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7/18/2019 Projeto NBR 16384 - Segurança Em Eletricidade http://slidepdf.com/reader/full/projeto-nbr-16384-seguranca-em-eletricidade 1/60 ABNT/CB-003 PROJETO ABNT NBR 16384 JUN 2015 Segurança em eletricidade APRESENTAÇÃO 1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Segurança em Eletricidade (CE-003:064.012) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), com número de Texto-base 003:064.012-001, nas reuniões de: 03.11.2010 09.02.2011 22.03.2011 19.05.2011 21.06.2011 20.07.2011 20.09.2011 16.11.2011 14.02.2012 13.03.2012 17.04.2012 08.05.2012 05.03.2013 11.11.2013 17.03.2014 26.08.2014 a) Não tem valor normativo. 2)  Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informação em seus comentários, com documentação comprobatória; 3) Tomaram parte na sua elaboração: Participante Representante  ABRACOPEL Edson Martinho  ABRACOPEL Gilberto Callage Alvarenga  ARA NDA Jose Rubens Alves de Souza BEGHIM Renato K. F. Morel BUDGET ENG.  Antonio Carlos Mori CHEMTECH Camilo A. Silveira COELBA Cide Meira de Andrade COLI ENG. Paulo Cezar Aleixo Coli © ABNT 2015 Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT. NÃO TEM VALOR NORMATIVO

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ABNT/CB-003

PROJETO ABNT NBR 16384

JUN 2015

Segurança em eletricidade

APRESENTAÇÃO1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Segurança em Eletricidade(CE-003:064.012) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), com número deTexto-base 003:064.012-001, nas reuniões de:

03.11.2010 09.02.2011 22.03.2011

19.05.2011 21.06.2011 20.07.2011

20.09.2011 16.11.2011 14.02.2012

13.03.2012 17.04.2012 08.05.201205.03.2013 11.11.2013 17.03.2014

26.08.2014

a) Não tem valor normativo.

2)  Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar estainformação em seus comentários, com documentação comprobatória;

3) Tomaram parte na sua elaboração:

Participante Representante

 ABRACOPEL Edson Martinho

 ABRACOPEL Gilberto Callage Alvarenga

 ARANDA Jose Rubens Alves de Souza

BEGHIM Renato K. F. Morel

BUDGET ENG.  Antonio Carlos Mori

CHEMTECH Camilo A. Silveira

COELBA Cide Meira de Andrade

COLI ENG. Paulo Cezar Aleixo Coli

© ABNT 2015

Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modicada

ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e temapenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internetou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

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CONSULTOR Pedro S. Sumodjo

CONSULTOR Marcos Antonio Leite

CONSULTOR Luiz K. TomiyoshiCOOPER POWER Daniel Constantino

CPFL Frederico Prestupa Neto

CEMIG Luciano Antônio Ferraz

EATON Luiz Felipe O. Costa

EATON Luciano Lima

EATON Diego Luiz da Costa Azevedo

EATON Rogério Couto BarrosELETRONORD Maria do Amparo Pessoa Ferraz

GUISMO Jobson Modena

LEGRAND Antônio Carlos Santos

LEGRAND Ricardo Alves Sacco

METRO SP Murilo José Jareno

METRO SP Natalina YurieHirata Ikarimoto

MERSEN Rildo Miranda

MIOMEGA João Gilberto Cunha

MIOMEGA Rafael G. Cunha

MUNDO ELÉTRICO Paulo Takeyama

PDCA Luis Antônio B. Leal

PROJETIVA Marlize Voigtlaender  

GILCO PROTEÇÃO ELÉTRICA Igidio G.C Castro

ORMAZABAL Antonio David Falchi

OBO BETTERMANN Sergio Roberto Santos

OBO BETTERMANN André Luis Afonso Pinheiro

PETROBRAS Leandro Erthal

PETROBRAS Ricardo P. Mattos

PETROBRAS Estellito Rangel Junior  

PRYSMIAN Flavio Ochiutto Obertelli

REDSTONE Alberto Luis Krawczyk

RDI / BENDER Theodoro Ricardo Bender  RDI / BENDER Flora Ilse Bender  

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RELACOM Antônio Carlos Moreira

SECOVI – SP Ronaldo Sá

SINGULAR PROJ. E INST. ELÉTRICAS LTDA Jose O. VolpatoSCHNEIDER ELECTRIC João Paulo Campini

SCHNEIDER ELECTRIC Luiz Rosendo Tost Gómez

SPDM Jefferson Floripes Moraes

STECK José Carlos Nunes

STECK Maurício Aurélio Bueno

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Segurança em eletricidade

Electrical Safety 

Prefácio

 A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As NormasBrasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismosde Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sãoelaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto danormalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

 A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitosde patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT aqualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestescasos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas paraexigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

 A ABNT NBR 16384 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela Comissãode Estudo de Segurança em Eletricidade (CE-003:064.012). O Projeto circulou em Consulta Nacionalconforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope

This Standard sets out the minimum requirement and general principles for safe operation of and work

activity on, with, or near electrical installations and equipment to establish electrical safety program.

This Standard apply to:

a) Operation of electrical system and installation;

b) Execution of any electrical work activities on electrical installation, including construction,

maintenance and test;

c) Execution of any non-electrical work activities, such as construction near overhead electrical

lines or electrical underground installation, cleaning and others executed by ordinary

 personnel near electrical installation and equipment.

This Standard is applicable to operation of electrical installation, and work activities on, with or nearelectrical installations operation at voltage levels from and including extra-low voltage up to and

including high voltage. High voltage includes levels referred to as medium and extra-high voltage.

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This Standard is applicable for work activities on, with or near electrical installation designed for the

generation, transmission, conversion, distribution and use of electrical power of:

 — Fixed and permanent installations, such as on industries and transmission line;

 — Temporary installation such as on construction sites, fairs and exhibitions;

 — Mobile or capable of being moved installation such as mobile substation;

 — Electrically driven mobile equipment such as excavating machine.

This Standard does not apply to the electrical installation listed below, however, if there are no other

specic rules or regulations, the principles of this standard may be applied as a minimum requirement:

— on any aircraft; (these are subject to International Aviation laws);

 — on any sea going ship; (these are subject to International Marine laws);

 — electronic telecommunication and information system;

 — at coal or other mines;

 — on re brigade vehicles installation;

 — on electric traction systems.

This Standard does not apply to ordinary persons when using electrical installation and equipment,

 provided that the installation and equipment comply with relevant technical standards and are designed,installed and maintained to assure personnel and livestock safety.

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Introdução

O objetivo desta Norma é estabelecer regras para operação e realização de serviços em instalações

elétricas ou em suas proximidades de forma segura, além de fornecer orientação para elaboração de umprograma eciente de segurança em eletricidade para a execução dos serviços, bem como organizaros aspectos humanos na intervenção destas instalações através de um sistema de gerenciamento.

Esta Norma não tem como objetivo estabelecer requisitos técnicos para execução da instalaçãoelétrica, ou para fabricação de equipamentos e componentes. Para estes casos, outras normas devemser consultadas.

Esta Norma tem como foco principal os prossionais que realizam intervenções em instalaçõeselétricas, como operar, realizar manutenção e realizar ensaios.

Esta Norma inclui recomendações para administrar a segurança das pessoas que podem realizarserviços não elétricos na zona livre, ou instalações totalmente desenergizadas com a certezade que estes são e continuarão seguras como, por exemplo, limpezas, reparos nas infraestruturas nãorelacionadas com a instalação elétrica, e para aqueles que podem operar dispositivos de comandoencontrados nas instalações e equipamentos elétricos, como, por exemplo, interruptores e botõesde comando, com a nalidade de acionar equipamentos de utilização para outros ns não elétricos.

 A proteção das pessoas deve ser assegurada por meio de instalação segura, seguindo as normastécnicas de instalação, manutenção e construção de equipamentos elétricos devidamente executadaspor prossionais habilitados e seguindo esta Norma que cobre o sistema de gerenciamento para evitara exposição destas pessoas aos riscos da eletricidade.

Os equipamentos e instalações elétricas, quando projetados e instalados de acordo com as normastécnicas, em princípio, se tornam seguros para utilização, operação e intervenção. Desta forma,é de extrema importância que estas intervenções respeitem e mantenham a integridade destesequipamentos e instalações conforme projetado e adquirido.

Esta Norma de segurança em eletricidade fornece orientações para a elaboração de:

— conteúdo mais amplo que o memorial descritivo do projeto e das intervenções;

 — conteúdo mais amplo dos procedimentos de serviço de operação e/ou manutenção, reparoe substituições;

 — requisitos de qualicação e experiência na aprovação dos serviços com riscos e técnicasde análise de riscos nas operações; e

 — intervenções nas instalações elétricas.

 As investigações de incidentes e acidentes de trabalho envolvendo eletricidade têm demonstradoque a maioria ocorre durante as intervenções nos equipamentos ou instalações quando é necessárioremover ou alterar temporariamente as proteções dos equipamentos ou instalações concebidas paraprover a segurança durante o funcionamento normal.

 As técnicas de investigações de incidentes ou acidentes utilizados pelos prossionais de segurança

do trabalho sugerem basicamente a identicação de três fatores:

a) fatores físicos – falha nos equipamentos, componentes e ou instalação;

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b) fatores humanos – falha nas ações ou intervenções humanas por falta de conhecimentoou despreparo dos prossionais envolvidos no acidente; e

c) fatores sistêmicos ou gerenciais – falha da gestão tanto dos fatores físicos quanto dos humanos.

Estes três fatores devem ser analisados e as ações corretivas devem ser implementadas para evitarrecorrências.

Esta Norma visa proteger quanto aos fatores humanos, sistêmicos ou gerenciais, enquanto que outrasnormas técnicas visam atender aos aspectos técnicos quanto aos fatores físicos.

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Segurança em eletricidade

1 Escopo

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e princípios gerais para operação segura e atividadesem instalações elétricas e equipamentos elétricos, ou em suas proximidades, para estabelecer umprograma de segurança em eletricidade.

Esta Norma se aplica aos seguintes serviços:

a) operação do sistema e instalações elétricas;

b) realização de quaisquer serviços nas instalações elétricas, incluindo construção, manutenção e

ensaios;

c) serviços não elétricos de qualquer natureza, como construções próximas a linhas elétricasaéreas ou cabos subterrâneos, limpezas, e outros realizados por pessoas não advertidas, nasproximidades das instalações elétricas.

Esta Norma se aplica às operações de instalações elétricas e realização de serviços em instalaçõeselétricas que operam em níveis de tensão, desde extra baixa tensão até a alta-tensão, inclusive. Esteúltimo termo inclui os níveis que se conhecem como média tensão até extra-alta-tensão.

Esta Norma se aplica aos serviços em instalações elétricas necessários para geração, transmissão,

transformação, distribuição e utilização de energia elétrica e nas proximidades das: — instalações xas e permanentes, como industriais e linhas de transmissão;

 — instalações temporárias como canteiros de obras, feiras e exposições;

— instalações móveis como subestações transportáveis;

 — equipamentos capazes de serem transladados, como escavadeiras elétricas.

Esta Norma não se aplica às instalações abaixo relacionadas, entretanto, na ausência de outrasnormas ou regulamentos, os princípios indicados nesta Norma podem ser aplicados nas seguintes

instalações como requisitos mínimos:

 — instalações elétricas de aeronaves (estas estão sujeitas às legislações da AviaçãoInternacional);

 — instalações elétricas de embarcações marítimas (estas estão sujeitas às legislações daMarítima Internacionais);

 — em sistemas eletrônicos de telecomunicação e de informação;

 — em minas de qualquer natureza;

 — instalações em veículos de brigada de incêndio;

 — em sistemas de tração elétrica.

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Esta Norma não se aplica às atividades realizadas no uso das instalações elétricas e equipamentos,sempre que estes estiverem projetados, instalados e mantidos de acordo com os requisitos dasnormas técnicas aplicáveis que garantam a segurança das pessoas e animais, para serem utilizadospor pessoas não advertidas.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Parareferências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-seas edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

 ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classicação de áreas – Atmosferas

explosivas de gás

 ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classicação de áreas – Atmosferasde poeiras combustíveis

IEC 60079 (all parts), Explosive atmospheres

IEC 61010-1, Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory

use – Part 1: General requirements

3 Termos e denições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denições.

3.1 Gerais

3.1.1operaçõesatividades necessárias para permitir que uma instalação elétrica funcione. Estas atividades incluematuações como manobras, controle, monitoramento e manutenção, assim como o serviço elétricoe não elétrico

3.1.2atividade

qualquer ação de pessoas na intervenção, operação, execução de serviços em instalações elétricasou não elétricas, em que há a possibilidade de um perigo da eletricidade

3.1.3impedimento de reenergizaçãobloqueio 

condição que garante a não energização do circuito por meio de recursos mecânicos,eletromecânicos e procedimentos apropriados, sob controle da pessoa envolvida nos serviços

3.1.4inuências externasvariáveis ambientais ou humanas, alheias, que podem interferir nos serviços e que têm que serconsideradas na denição e seleção de medidas de proteção para segurança das pessoas e odesempenho dos componentes da instalação

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3.1.5instalação elétricaconjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com características coordenadas entre si,que são necessárias ao funcionamento de uma parte determinada de um sistema elétrico. Incluemequipamentos e componentes

3.1.6sistema elétricodenição conceitual da distribuição da energia elétrica desde o recebimento ou geração até o pontode utilização da eletricidade

3.1.7isolar seccionar 

desconectar completamente todas as fases de um dispositivo ou de um circuito de outros dispositivos

e circuitos, criando uma separação física capaz de suportar as diferenças de tensão esperadas entreo dispositivo ou os circuitos

3.1.8lesão (elétrica)morte ou ferimento corporal produzido por choque elétrico, queimadura elétrica, arco elétrico,ou por incêndio ou explosão provocada pela energia elétrica, como consequência da operação deuma instalação elétrica

3.1.9local de serviçofábrica, local ou área onde são realizados serviços

3.1.10noticaçãomensagem ou instrução escrita relacionada com a operação de qualquer instalação elétrica

3.1.11protetor isolanteprotetor rígido ou exível fabricado de materiais isolantes, utilizado para cobrir partes com tensãoou não e/ou partes adjacentes, com a nalidade de evitar contatos acidentais

3.1.12

responsável pela instalação elétricapessoa autorizada e designada para assumir total responsabilidade pela operação da instalaçãoelétrica

NOTA Responsabilidade não se transfere ou delega. Recomenda-se que sempre seja designada umapessoa responsável pela instalação.

3.1.13responsável pelo serviçopessoa autorizada e designada para assumir total responsabilidade pela execução dos serviços

NOTA Responsabilidade não se transfere ou delega. Recomenda-se que sempre seja designada uma

pessoa responsável pelo serviço.

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3.1.14risco elétricoprobabilidade de ocorrer uma lesão devido ás atividades com eletricidade

3.1.15barreiraqualquer dispositivo, isolado ou não, que seja utilizada para impedir a aproximação ou qualquercontato com as partes energizadas em uma instalação elétrica

3.1.16serviço em instalação energizadaserviço durante o qual a pessoa entra deliberadamente em contato com partes com tensão,ou entra deliberadamente na zona de risco, seja com uma parte de seu corpo ou com as ferramentas,equipamentos ou dispositivos que esteja manipulando

3.1.17serviço em eletricidadeserviço em, com ou perto de uma instalação elétrica, como ensaios e medições, reparos, substituição,modicação, ampliação, instalação, manutenção e inspeção

3.1.18serviço em proximidade de partes energizadasserviço durante o qual a pessoa pode entrar na zona controlada, ainda que seja com uma partedo seu corpo ou com extensões condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentosque manipule

3.1.19serviço não elétricoserviço realizado nos arredores de uma instalação elétrica totalmente protegida, no qual estáassegurada a ausência de perigos elétricos, como construção, escavação, limpeza, pintura etc.,porém sem qualquer intervenção na instalação elétrica

3.1.20serviço em instalação desenergizadaatividades de um serviço realizado em instalações elétricas sem tensão e sem carga elétrica, que sãoexecutadas depois de terem sido tomadas todas as medidas para assegurar que estas não se tornemenergizadas durante a execução do serviço

3.1.21medições elétricastodas as atividades destinadas a medir ou vericar as grandezas físico-elétricas de um componente,equipamento ou instalação

3.2 Áreas classicadas quanto à presença de atmosferas explosivas

3.2.1área classicadalocal no qual uma atmosfera explosiva está presente ou pode estar presente, em quantidades tais quenecessitem de precauções especiais para a instalação e utilização de equipamentos

NOTA Para os efeitos desta Norma, uma área classicada é uma região tridimensional.

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3.2.2área não classicadaárea na qual uma atmosfera explosiva não é prevista em quantidades que necessitem de precauçõesespeciais para a instalação e utilização de equipamentos

3.3 Equipamentos

3.3.1simplescomponentes elétricos ou combinação de componentes de construção simples, com parâmetroselétricos bem denidos, que são compatíveis com a segurança intrínseca do circuito no qual estessão utilizados

3.3.2xo

equipamento xado a um suporte ou xado em um local especíco que não permite que seja deslo-cado

3.3.3portátilequipamento destinado a ser carregado por uma pessoa

3.3.4uso pessoalequipamento destinado a ser carregado junto ao corpo de uma pessoa durante utilização normal nasatividades laborais

4 Princípios gerais

4.1 Segurança na operação

 Antes de realizar qualquer atividade relacionada à operação de um sistema elétrico ou qualquer serviçosobre, com ou na proximidade de uma instalação elétrica, deve ser feita uma avaliação dos riscosda eletricidade que possam existir. Esta avaliação deve ser registrada no procedimento que descrevea forma de realizar a operação ou os serviços, para garantir a segurança das pessoas.

4.2 Pessoal

 As responsabilidades sobre a segurança das pessoas que participam das atividades de execução dosserviços e daqueles que estão ou possam estar envolvidos nos serviços devem ser de acordo coma autorização dada aos prossionais, conforme a legislação brasileira.

Todos que realizem intervenções ou serviços sobre, com ou na proximidade de uma instalaçãoelétrica, devem estar formalmente qualicados e autorizados, e devem ter recebido as instruçõesreferentes aos requisitos de segurança e as instruções da empresa aplicáveis ao seu serviço. Estasinstruções devem ser repetidas durante o transcurso dos serviços, quando estes tiverem uma longaduração (mais de um dia de duração) ou forem de natureza complexa (envolvendo diversos gruposou intervenções simultâneas em diferentes sistemas). Deve ser exigido de todos os envolvidos noserviço o cumprimento destes requisitos, regras e instruções.

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Devem ser usados equipamento de proteção individual (EPI) adequados aos locais e condiçõesem que as pessoas vão trabalhar, vestimentas adequadas ao tamanho do corpo e equipamento deproteção adicional conforme registrado no procedimento de execução do serviço. Antes de começarqualquer serviço e durante a execução deste, o responsável pelo serviço deve assegurar que todoscompreenderam e respeitam todas as instruções, regras e requisitos estabelecidos no procedimento.

Ninguém pode ser autorizado a executar uma atividade sem que esteja registrado em sua chafuncional os comprovantes da qualicação prossional, a realização de treinamentos e a demonstraçãode conhecimentos técnicos que embasem as experiências comprovadas de prevenção contraos riscos da eletricidade, a menos que esteja sob a supervisão constante de um prossional habilitadoe autorizado que possua estas comprovações. A supervisão deve considerar o nível de conhecimentoe a experiência das pessoas para determinar o serviço que pode ser realizado.

Devem ser utilizados no mínimo os seguintes critérios para avaliar a qualicação:

 — comprovante de conclusão de curso especíco na área elétrica, reconhecido pelo SistemaOcial de Ensino;

 — comprovante da realização e demonstração da compreensão do treinamento de segurançabásica em eletricidade, com conteúdo e duração mínima conforme estabelecido na legislaçãobrasileira;

— caso julgado necessário, comprovação da experiência em serviços elétricos similaresao que será designado com demonstração sobre a percepção dos perigos e riscos quepossam aparecer durante o serviço e a respectiva medida de proteção a ser tomada;

— comprovante de realização de treinamentos técnicos sobre o equipamento ou instalação

em que realizará o serviço;

 — demonstração da compreensão dos procedimentos a serem seguidos para execuçãodo serviço;

 A complexidade dos serviços deve ser avaliada antes de iniciar a execução, a mde estabelecer a composição da equipe com prossionais com nível de qualicação adequada:capacitado, qualicado, habilitado e autorizados.

4.3 Organização

 A instalação elétrica de um sistema elétrico deve estar sob a responsabilidade de um prossionalhabilitado.

Onde duas ou mais instalações ou equipamentos forem compartilhados, por exemplo, conjuntode manobra de distribuição que alimenta diferentes instalações em uma mesma sala, devem serelaborados acordos formais de consulta e cooperação entre os responsáveis de cada instalação paradeterminar as medidas necessárias, de modo a garantir a segurança e o controle das atividades quevenham a se desenvolver em cada uma dessas instalações.

O controle de acesso das pessoas não autorizadas, bem como o acesso a todos os locais em queestejam expostas aos perigos e riscos da eletricidade, devem estar denidos em procedimentoespecíco. A elaboração deste procedimento especíco deve ser de responsabilidade do responsávelpela instalação elétrica e deve estar de acordo com a legislação brasileira e normas técnicas.

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Para cada serviço deve ser designado um responsável pelo serviço. Quando o serviço for subdividido,pode ser necessário nomear supervisores para garantir a segurança em cada uma das subdivisões,estando todos eles sob a responsabilidade de uma só pessoa de coordenação, responsável por todoo serviço.

O responsável pelo serviço e o responsável pela instalação devem estar de acordo com os procedimentosde segurança do sistema elétrico, para permitir a execução do serviço e com a descrição das atividadesna instalação elétrica e suas proximidades, antes de qualquer modicação da instalação elétricae da execução do serviço.

O responsável pelo serviço e o responsável pela instalação elétrica podem ser a mesma pessoa.

Todos os serviços complexos (envolvendo diversos grupos ou intervenções simultâneas em diferentessistemas) e de longa duração (mais de um dia de duração) devem seguir um procedimento escrito,contendo o planejamento das atividades com a descrição das etapas, análise de risco e medidas

de controle com aprovação de todos os envolvidos de acordo com a legislação brasileira.

Uma pessoa qualicada, habilitada e autorizada pode estabelecer a forma de executar o serviço comsegurança nas seguintes situações:

a) nas instalações não complexas (quando envolve um único sistema ou circuito elétrico segregado)ou nas suas subpartes em circunstâncias claramente compreendidas e previamente estabelecidasem procedimentos aprovados;

b) quando se trata de executar serviços repetitivos de rotina denidas em procedimento;

c) para serviços de manutenção, realizados segundo procedimentos preestabelecidos.

No local de realização de serviços, elétricos ou não elétricos, em, ou nas proximidades de umainstalação elétrica energizada, deve haver pessoas treinadas e informadas, capazes de prestaros primeiros socorros para acidentes de origem elétrica, como choque elétrico ou queimaduras porarco elétrico, e de solicitar socorro.

 As orientações de primeiros socorros e solicitação de socorro devem constar em placas ou pôsteresaxados no local de serviço, ou nos folhetos ou documentos de segurança entregues às pessoas,conforme denição mais apropriada para as circunstâncias.

4.4 Comunicação (transmissão da informação)

Incluem-se aqui todas as formas de transmitir ou receber informação entre as pessoas: verbal, escrita,sonora e visual, por exemplo, display  de visualização, painéis anunciadores e luzes.

 Antes do início de qualquer atividade, o responsável pelo serviço deve noticar o responsável pelainstalação sobre a natureza, o local e as consequências sobre a instalação elétrica devido à realizaçãodo serviço, e o procedimento do trabalho planejado. Esta noticação deve ser feita por escrito.O responsável pela instalação e o responsável pelo serviço a ser realizado devem assegurar queforam dadas as instruções especícas e detalhadas a todas as pessoas sob sua supervisão paraa realização dos serviços, antes de começar qualquer atividade.

Todas as informações necessárias para a segurança durante a operação da instalação elétrica, como

a conguração da rede, o estado das chaves seccionadoras (fechada, aberta, aterrada), e a posiçãodos dispositivos de segurança para operação segura da instalação elétrica devem estar registradasem um documento especíco e devem ser transmitidas mediante uma noticação.

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Todos os meios de transmissão da informação somente devem ser utilizados após serem adotadase aplicadas as precauções para assegurar que a informação seja conável e que não causemal-entendidos ou falsos sinais.

Todas as noticações devem incluir o nome e os meios de contato com a pessoa que transmitiua informação.

Não é permitido colocar em funcionamento ou reenergizar a instalação elétrica, após a conclusãode serviço controlado unicamente por sinais (por exemplo, etiquetas) ou acordos prévios considerandosomente o intervalo de tempo determinado como informação. A colocação em funcionamento ou emreenergização somente deve ser feita após a vericação e inspeção nal, assegurando que estejaadequado e seguro para operar.

Durante a realização dos serviços em que as informações sejam transmitidas verbalmente, incluindocomunicação por rádio, para evitar enganos, recomenda-se que o receptor repita as informações

ao transmissor, que conrmará que foram recebidas e compreendidas corretamente. Caso utilizerádio, deve assegurar que interferências externas não se interponham às mensagens.

 Após o término do trabalho, o responsável pelo serviço deve realizar as devidas vericações, inspeçõese limpeza da área, e deve comunicar o responsável pela instalação sobre o resultado da vericaçãoe conclusão do serviço.

4.5 Locais de trabalho

O local de trabalho deve estar totalmente livre para movimentação das pessoas e claramentedenido, delimitado e identicado. Devem ser providenciados espaço, meios de acesso e iluminaçãoem todas as partes da instalação elétrica, em, ou e próximo do local onde a atividade será realizada.O acesso de emergência ao local de trabalho e as rotas de fuga de emergência devem estar claramenteidenticados.

Medidas adequadas de prevenção devem ser tomadas para evitar lesões das pessoas por outrasfontes de risco existentes no local de serviço tais como mecânicos, sistemas pressurizados ou quedas.

Objetos que possam dicultar o acesso ou materiais inamáveis não podem ser colocados próximos,tampouco nas vias de acesso, rotas de fuga ou nas áreas onde equipamentos elétricos são operados.Materiais inamáveis não podem ser armazenados próximos à instalação elétrica e devem sermantidos afastados das fontes de ignição.

Para locais com área classicada, ver Seção 9.

4.6 Ferramentas, equipamentos e dispositivos

O termo “equipamentos” inclui também os equipamentos de proteção individual (EPI), o equipamentode proteção coletiva (EPC), e os sistemas de proteção coletiva (SPC), que devem atender aosrequisitos da legislação brasileira.

Exemplos de ferramentas, equipamentos e dispositivos são:

 — calçados, luvas e botas isolantes;

 — óculos de segurança e protetor facial;

 — capacetes;

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 — vestimenta completa de segurança contra risco térmico por arco elétrico e fogo repentino;

 — vestimenta condutiva;

 — vestimenta de segurança contra campos eletromagnéticos;

 — tapetes, plataformas isolantes;

— ferramentas isoladas e isolantes;

— varas e barras de manobra;

— dispositivo de bloqueio e conjunto de manobra;

— detectores e dispositivos indicadores de tensão;

— equipamento de localização de cabos subterrâneos;

— equipamentos de aterramento temporário;

— barreiras, suportes;

 — sistema antiqueda.

 As ferramentas, equipamentos e dispositivos devem cumprir os requisitos das normas técnicasnacionais e, na sua ausência, as normas internacionais aplicáveis, e possuir os respectivos certicadosde acordo com a sua utilização como Certicado de Aprovação para EPI (CA), categoria de isolação

(instrumentos de teste), certicado de conformidade Ex (para utilização em áreas classicadas).

 A vestimenta de proteção contra queimaduras deve ser especicada de acordo com o nível de energiaincidente calculada em joule por centímetro quadrado (J/cm2) ou calorias por centímetro quadradoem cada ponto do sistema elétrico, através de metodologia internacionalmente reconhecida.

 As ferramentas, equipamentos e dispositivos devem ser utilizados de acordo com as instruçõesfornecidas pelo fabricante. Estas instruções devem estar no idioma nacional (português do Brasil).

Qualquer ferramenta, equipamento e dispositivo que deva ser utilizado para garantir a segurançada operação ou serviços sobre, com ou na proximidade de instalações elétricas devem ser concebidosespecicamente para este m, ser mantidos em condições adequadas para seu uso e ser corretamente

utilizados.

“Manter em condições adequadas para seu uso” signica realizar vericações visuais periódicas,ensaios elétricos e calibrações, quando aplicável, antes da utilização. É necessário que o funcionamentoe a integridade sejam vericados imediatamente antes e após a utilização, inclusive após reparosou modicações, a m de vericar a integridade elétrica e as propriedades mecânicas das ferramentas,equipamentos e dispositivos.

Todas as ferramentas, equipamentos e dispositivos especiais utilizados durante a operaçãoou o serviço sobre, com ou na proximidade de instalações elétricas devem ser armazenados de formaque sua integridade seja mantida ou conforme orientação do fabricante.

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4.7 Desenhos, documentos e registros

Devem ser mantidos disponíveis e atualizados os desenhos, especicações de equipamentos, memorialdescritivo de projeto e registros das instalações elétricas. Um prontuário elétrico da instalação devepossuir no mínimo os descritos em 4.7.1 a 4.7.5.

4.7.1 Documentos do sistema elétrico

 Além dos documentos de projetos com informações técnicas de engenharia da instalação elétricae concepção do sistema elétrico, devem ser elaborados documentos especícos com informaçõesnecessárias para o planejamento e execução segura e conável dos serviços, isolamento, operaçãoe manutenção do sistema elétrico.

O esquema unilar para o propósito de segurança deve ser o mais simples possível, contendoinformações necessárias para execução do serviço com segurança. Deve conter no mínimo as

seguintes informações:

 — tensão de alimentação;.

 — informações das fontes de alimentação, incluindo geradores de emergência e energiaarmazenada, pontos de seccionamento, e que possa ser fácil e rapidamente identicadoo uxo de energia para o local de serviço;

 — todas as situações operacionais possíveis e indicações de seccionamentos efetivos da(s)alimentação(ões), ou intertravamento mecânico, incluindo geradores de emergência, fontesalternativas de energia e energia armazenada como baterias e capacitores;

 — nível de energia incidente do arco elétrico para cada situação operacional do sistema;

 — tensão, capacidade de ruptura e corrente nominal dos dispositivos de proteção;

 — esquema de aterramento adotado com informações de tensão de passo e toque;

 — identicação dos dispositivos e unidades funcionais;

 — identicação dos circuitos elétricos.

O esquema unilar deve ser elaborado para cada local, sistema elétrico ou equipamentoe deve estar acessível a todos os envolvidos no local de serviço.

O esquema unilar deve conter informações atualizadas, legíveis, objetivas e relevantes para asegurança das pessoas para a realização dos serviços.

 As identicações dos dispositivos e unidades funcionais devem ser idênticas em todosos documentos constantes nesta subseção.

4.7.2 Desenhos da instalação

 — desenho da planta contendo a conguração do sistema de aterramento e equipotencializaçãopara proteção das pessoas;

 — plantas completas da classicação de áreas, contendo planta baixa e cortes;

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 — desenho da instalação subterrânea ou enterrado;

 — desenho do sistema de combate a incêndio;

 — desenho das instalações elétricas aéreas;

 — arranjo dos equipamentos e desenho de distribuição do sistema elétrico tais como: salaselétricas e encaminhamento de cabos elétricos, incluindo rotas de fugas, iluminaçãode emergência e rota de resgate;

 — desenhos do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA).

4.7.3 Estudos e especicação do sistema elétrico

 — estudo de curto-circuito;

 — estudo de coordenação e seletividade;

 — estudo da energia incidente do arco elétrico;

 — estudo de classicação de áreas, quando aplicável;

 — especicação das medidas e meios de proteção contra choques elétricos e queimaduras porarco elétrico;

 — especicação das medidas e meios de proteção contra incêndios ou outros riscos adicionaisde origem elétrica;

 — especicação do SPDA;

 — especicação dos requisitos de segurança dos equipamentos elétricos;

 — estudo de coordenação de isolamento;

 — especicação do sistema de aterramento e dos pontos de conexão dos aterramentostemporários.

4.7.4 Documentos e registros

Registro de inspeção e ensaios, como, por exemplo:

 — relatório de vistoria e inspeção do SPDA;

 — relatório de ensaio dos dispositivos de proteção do sistema elétrico;

 — relatório de teste do Dispositivo Diferencial Residual;

 — relatório de teste dos equipamentos e ferramentas portáteis;

 — relatório de ensaios e certicados dos EPI;

 — relatório do sistema de aterramento, equipotencialização e potenciais permissíveis.

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4.7.5 Outros documentos

 — manual descritivo de operação dos equipamentos. O manual descritivo de operações deveconter todas as situações operacionais possíveis e indicações de seccionamento efetivo

da(s) fonte(s) de alimentação de energia, ou intertravamento eletromecânico ou mecânico,incluindo geradores de emergência, fontes alternativas e energia armazenada. O manualdeve conter as informações da origem das fontes de alimentação e pontos de seccionamento,para que possa ser identicado fácil e rapidamente o uxo de energia no local de serviço;

 — certicados de conformidade dos equipamentos Ex destinados a aplicação em áreasclassicadas;

 — folha de dados e especicação dos equipamentos;

 — lista de cabos com informações técnicas como isolação, nível de tensão, antichama, atóxica

etc.;

 — cálculo de dimensionamento dos cabos;

 — estudo luminotécnico;

 — planta de localização dos equipamentos de combate a incêndio especíco para incêndiode origem elétrica;

 — desenho em planta da sinalização de segurança elétrica e zonas de segurança;

 — descrição do sistema de identicação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo

dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutorese os próprios equipamentos e estruturas, denindo como estas indicações devem seraplicadas sicamente nos componentes das instalações.

4.8 Sinalização e advertência

Para a realização de qualquer serviço com eletricidade ou para operação do sistema elétrico, deve seradotada a sinalização destinada à advertência e à identicação dos riscos existentes.

 A sinalização deve ser condizente com a análise de risco e projeto e com o documento de sinalização,e deve conter no mínimo:

 — delimitação da área de serviço e impedimento de acesso;

 — impedimento de energização, reenergização ou operação do equipamento de manobrae comando;

 — delimitação da área de circulação de veículos e de movimentação de cargas, considerandoa altura de cabos aéreos;

 — identicação do responsável pelo serviço.

 As instalações elétricas devem possuir sinalização e advertência xas e permanentes nos equipamentos,

informando os riscos existentes e:

 — nível de tensão;

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 — nível de energia incidente do arco elétrico e respectiva distância de aproximação segura;

 — pontos de seccionamento de energia para segurança;

 — pontos com fontes de energia múltipla;

 — identicação das fontes de alimentação de energia;

 — identicação dos circuitos elétricos;

 — EPI e EPC necessário para operação do equipamento.

 As sinalizações devem atender aos requisitos da legislação brasileira, e devem ser no idioma nacional.

5 Procedimento padrãoDeve ser realizada, antes de cada serviço, uma avaliação prévia de sua execução, onde qualquerpessoa envolvida na atividade possa expor ao responsável pelo serviço suas observaçõesde segurança sobre o mesmo. O responsável pelo serviço deve estudar o problema com a equipee se for necessário, consultar o responsável pela instalação para revisar o procedimento.

Todos os procedimentos devem ser elaborados mediante análise de riscos do sistema elétrico comparticipação conjunta das pessoas que efetivamente administram os programas de segurançada organização, pessoas que têm como responsabilidade a operação do sistema elétrico e aquelesque têm a responsabilidade na execução dos serviços.

Para os estudos de análise de riscos, devem ser utilizadas as ferramentas mais adequadas para cadasituação do serviço e complexidade da instalação.

 A técnica de análise de risco utilizada deve ser descrita na documentação de registro dos resultados.

NOTA São ferramentas de referência para procedimentos aplicados à eletricidade as seguintes técnicas:“E se...” (What if), Análise de Modo de Falha e Efeitos (FMEA/AMFE), Analise de Risco de Operabilidade(HAZOP) e Análise da Arvore de Falhas (FTA/AAF) aplicado para eletricidade.

 Alguns exemplos de serviço com risco incluem, mas não se limitam a:

a) medição, testes, ensaios de componentes elétricos e instalações elétricas;

b) serviço nas proximidades do banco de baterias e/ou capacitores;

c) abertura de porta dos conjuntos de manobra ou remoção das barreiras de proteção;

d) remoção e inserção de fusíveis;

e) perfuração, escavação ou penetração de paredes, pisos e forros;

f) lançamento de cabos em leitos, canaletas ou envelopes;

g) instalação de desvios “ jumpers”;

h) instalação e remoção dos dispositivos de aterramento;

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i) operação de chaves, disjuntores e interruptores;

j) remoção e inserção de unidades funcionais e disjuntores em equipamentos;

k) serviço de desmontagem e remoção ou rearranjo da instalação elétrica;

l) atividades de comissionamento e partida.

Todas as atividades e serviços em equipamentos ou no sistema elétrico devem ser com base emprocedimentos de segurança para realização do serviço, além dos procedimentos técnicos do serviço.Os procedimentos devem ser elaborados mediante análise dos riscos de eletricidade que possamestar presentes, e para cada risco indicar as medidas de controle para eliminar estes riscos.

 As medidas de controle podem ser de caráter administrativo (como desenergização totalda unidade) ou por meio das proteções físicas das partes energizadas, como a proteção contra

eventual queda de materiais condutores que possam provocar arcos elétricos. Os EPI não podemser considerados como medida de controle dos riscos, mas como a última proteção no casoda falha das medidas de controle de risco.

O responsável pelo serviço deve assegurar que os executantes tenham capacitação e qualicaçãonecessárias mediante comprovação de treinamento e que sejam autorizados para o serviço. Devecerticar que todos os instrumentos de medição e vericação, bem como ferramentas, estejamde acordo com os requisitos de segurança.

5.1 Riscos com eletricidade a serem considerados

Na análise de riscos para realização de serviço devem ser considerados no mínimo:

 — choque elétrico;

 — arco elétrico;

 — incêndio;

 — explosão;

 — energia estática;

 — campo eletromagnético.

5.2 Procedimentos administrativos

 A empresa deve possuir um procedimento estabelecendo claramente a política de administraros riscos da eletricidade no projeto, construção, operação e manutenção, até a sua total desativação.Este procedimento deve denir as atribuições e responsabilidades dentro da organização, qualicaçãodos prossionais e sistema de controle integrado ao programa do saúde e segurança do trabalho(SST) da empresa.

Entre outras, o procedimento administrativo deve estabelecer:

 — inclusão dos requisitos de segurança no projeto, construção, montagem, manutençãoe operação;

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 — as atribuições e responsabilidades das funções ou áreas nas diferentes fases de execuçãodo serviço;

 — requisitos para análise de riscos de eletricidade e medidas de controle dos riscos oriundas

da análise de risco indicada no procedimento de segurança;

 — controle e administração das documentações e procedimentos de segurança, incluindoautorização, aprovação dos procedimentos, ciclo de revisão dos procedimentos e ciclode inspeções periódicas;

 — realização de auditorias, investigação e análise de incidentes e acidentes;

 — critério de segurança nos contratos das empresas prestadoras de serviços e comprade equipamentos, incluindo equipamentos e ferramentas de ensaios elétricos;

 — requisitos de treinamento e atualizações dos recursos humanos. A organização deve possuir um procedimento administrativo que exija a permissãode trabalho e planos de trabalho para todas as intervenções. A permissão de trabalho deve ser elaboradapelo responsável pela execução do serviço e aprovada pelo prossional habilitado e autorizado pelaorganização após análise minuciosa das condições do local e dos riscos presentes.

Somente o responsável pela instalação pode dar a permissão de trabalho para realizaros serviços e dar o aceite nal de conclusão do serviço após a vericação da atividade executada,observando se está conforme o projeto ou dentro das condições de segurança para operação. Tanto apermissão quanto a aceitação devem ser por escrito. Este procedimento deve ser seguido igualmenteno caso de uma interrupção do serviço e do término dos serviços.

Na permissão de trabalho devem constar todos os riscos envolvidos e reconhecidos, levantados pormeio da análise de risco de eletricidade para o serviço, e para cada risco as respectivas medidasde controle adotadas, com a data de validade.

Os serviços podem ser divididos em tarefas individuais para facilitar a identicação dos riscosenvolvidos em cada atividade, e deve ser emitida uma permissão para cada tarefa.

 A organização deve estabelecer e conduzir auditorias e inspeções regulares para identicar eventualdesvio aos procedimentos estabelecidos, e adotar medidas para corrigir os desvios.

5.3 Procedimentos de segurança para operação do sistema elétrico

 As operações (manobras) do sistema elétrico são ações que alteram e/ou modicam o estadoou condição da instalação e do uxo de energia elétrica de uma instalação elétrica, por meiode equipamentos projetados e instalados para este m (por exemplo: ligar e/ou desligar um disjuntor,abrir e/ou fechar uma chave seccionadora). As operações podem ser realizadas localmente ou porcontrole a distância.

Existem dois tipos de operação do sistema elétrico:

 ● operação com nalidade de alterar ou modicar o estado elétrico de um sistema elétrico parautilizar um equipamento, partir ou parar equipamentos que necessitam de energia elétrica

e que foram projetados para certa nalidade sem que esta alteração ou modicação do estadoapresente riscos às pessoas ou instalação. Esta alteração ou modicação do estado elétricoé realizada mantendo a proteção original do equipamento conforme projetado para esta nalidade

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(normalmente não necessita de intervenção na instalação e remoção das barreiras físicasde proteção);

 ● operação de desconectar ou reconectar as instalações para realizar serviços, por exemplo,

remoção de disjuntor ou outro dispositivo para desconectar com barramento principal, desconectarcabos de modo a impedir o uxo de energia elétrica (normalmente necessita de intervençãona instalação e remoção das barreiras físicas de proteção).

 As operações (manobras) de equipamentos elétricos devem ser realizadas por prossionais capacitadosou qualicados e autorizados em equipamentos elétricos em condição normal de operação e comas características de proteção elétrica e mecânica original do equipamento. Qualquer operação deveser considerada como operação de risco.

 As operações de energização dos equipamentos ou instalações elétricas logo após a intervençãono equipamento, seja ela para manutenção ou colocação em operação pela primeira vez, devem

ser realizadas após a revisão de segurança de pré-energização pelo responsável pela instalação,depois de considerada segura para operação e depois de conrmado que a intervenção foi executadaconforme o projeto devidamente aprovado.

Quando ocorrer a desenergização de um equipamento elétrico para intervenção, deve ser asseguradoque o seccionamento de todas as fases seja efetivo por meio da vericação da ausência de tensãodo lado de saída do dispositivo de seccionamento, e o mesmo ser bloqueado e todas as fasescurto-circuitados e aterrados para impedir eventual energização indevida. O bloqueio deve sersinalizado e constar as informações do responsável pelo mesmo. Somente o responsável pelobloqueio pode removê-lo, não sendo permitida a transferência desta responsabilidade.

Em serviços que envolvam várias pessoas ou atividades, deve haver múltiplos bloqueios e alémdo impedimento de energização deve ser instalado um sistema para aterrar todas as fases do sistemaem um único ponto de tal forma que quando energizado indevidamente, o mesmo não permita quea energização exponha as pessoas ao risco da eletricidade. O dispositivo de aterramento devepossuir o menor comprimento possível para evitar eventuais movimentos provocados por forçaseletromagnéticas (chicoteios) quando ocorrer uma energização indevida.

Os procedimentos, instruções e práticas devem buscar a eliminação dos riscos de lesões às pessoase de interrupção do fornecimento de energia à operação. Estes documentos devem abordar o seguinte,quando apropriados:

  sequências de chaveamento para minimizar o risco de exposição aos arcos elétricos;

  técnicas para identicar e comunicar de maneira ecaz as zonas de trabalho seguro nosequipamentos;

  atualizações de estudos do sistema como: análise de risco de arco elétrico, coordenaçãoda proteção e outros considerados adequados ou necessários;

  os estudos devem ser reavaliados toda vez que houver mudança ou alteração no sistemaelétrico e substituição de tecnologias de proteção, e estas mudanças ou alterações devemser reetidas nos documentos e procedimentos. Caso nenhuma alteração ocorra no sistemaelétrico, deve ser reavaliada o estudo pelo menos a cada cinco anos;

  plano operacional alternativo para sistema de energia elétrica no caso de condição climáticasevera;

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 — plano de gerenciamento para a instalação de geradores temporários.

 As operações de desconexão ou conexão antes e após a intervenção – serviços em instalaçãodesenergizada – devem ser realizadas por prossional devidamente capacitado e/ou qualicado

e autorizado conforme denido na legislação brasileira e detalhado nos procedimentos administrativos.

Nos procedimentos devem ser indicados e denidos os meios para interromper o uxo de energiaelétrica a equipamentos em situações de emergência para segurança das pessoas, incluindo uxode fontes alternativas, por meio de seccionamento local ou remoto.

Somente pessoas autorizadas podem realizar operação de emergência em instalações elétricas.

Se em uma instalação elétrica de baixa tensão a falha de uma fase para terra não for isoladaautomaticamente pela proteção, deve haver mecanismos para indicar que houve a falha para terrae condição para localizar esta falha o mais rápido possível para evitar que ocorra a falha de outra fase.

Estas medidas de segurança devem ser adotadas para a proteção e segurança das pessoas.NOTA As medidas adequadas a serem tomadas dependem da tecnologia utilizada e do projeto dainstalação. Em instalações elétricas de baixa tensão com utilização do sistema de aterramento do neutro porimpedância para redução da corrente para terra e energia do arco, a corrente de uma fase para terra podenão ser suciente para atuação da proteção. Neste caso, recomenda-se que sejam previstos outros meiospara localizar e sinalizar a falha.

5.4 Vericações de funcionamento

5.4.1 Medições elétricas

Somente pessoas qualicadas e autorizadas ou pessoas capacitadas e autorizadas sob supervisãode uma pessoa habilitada devem proceder à medição. A pessoa deve ter conhecimento dos riscos emserviços de medição e ser devidamente treinada para operação dos instrumentos.

Para realizar medições em instalações elétricas, devem ser utilizados instrumentos de mediçãoapropriados para a respectiva grandeza e protegidos contra transientes, sobretensão, curto-circuitopor meio de fusível de alta energia e contato inadvertido nas partes energizadas. Estes instrumentosdevem ser vericados quanto ao correto funcionamento antes e depois da medição em uma fonteconhecida.

Para realizar medições em elementos energizados, é obrigatória a utilização dos equipamentosde proteção individual, e devem ser adotadas as devidas medidas de precaução contra contatosacidentais, choque elétrico, efeitos eletromecânicos de curto-circuito e de arco elétrico. A especicaçãodo EPI deve ser estabelecida em função do nível de tensão, efeitos mecânicos e energia do arco, edeve estar claramente denida nos procedimentos.

Devem ser aplicados os procedimentos para os trabalhos desenergizados (ver 6.2), para os trabalhosenergizados (ver 6.3) ou para os trabalhos na proximidade de elementos energizados (ver 6.4),conforme cada situação.

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5.4.2 Ensaios elétricos

Os ensaios incluem todas as atividades e serviços para vericar o funcionamento ou o estado elétrico,mecânico ou térmico, integridade dos componentes e equipamentos de uma instalação elétrica.

Os ensaios também incluem as atividades destinadas a comprovar a ecácia, por exemplo, dasproteções elétricas e dos circuitos de segurança. Os ensaios podem incluir medições de acordo com5.4.1. Os ensaios devem ser realizados por pessoas qualicadas e autorizadas, ou por pessoascapacitadas sob o controle e a supervisão de uma pessoa habilitada e autorizada.

Os ensaios em uma instalação desenergizada devem ser realizados de acordo com os procedimentospara os serviços desenergizados. Quando for necessário abrir ou retirar os dispositivos de aterramentotemporário, devem ser tomadas as precauções necessárias para evitar a realimentação da instalaçãoatravés de qualquer outra fonte de alimentação possível. Isto é necessário para prevenir o risco deenergização indevida e para evitar eventual choque elétrico para o pessoal envolvido.

Quando os ensaios forem realizados utilizando a fonte de alimentação normal da instalação, devem-seaplicar os requisitos indicados em 6.2 a 6.4.

Quando os ensaios forem realizados utilizando a fonte de alimentação externa, devem-se tomarprecauções para assegurar que:

  todos os operadores e usuários sejam noticados que existe uma fonte externa de alimentaçãona instalação sob teste;

  instalação esteja isolada de todas as fontes normais de alimentação (ver 6.2.1);

  instalação não possa ser energizada por qualquer outra fonte de alimentação além daquelafonte externa;

  sejam tomadas medidas de segurança contra os riscos da eletricidade para todas as pessoasenvolvidas durante a realização dos ensaios;

  área em que se realiza o ensaio esteja devidamente sinalizada e isolada, para evitar presençade pessoas não autorizadas;

  sejam identicados todos os pontos de eventual transferência de tensão de ensaio, porexemplo, a extremidade de um cabo sob ensaio;

  pontos de seccionamento tenham características de isolamento suciente para que oseccionamento resista à aplicação da tensão de ensaio no lado desenergizado e à tensãode operação do outro lado energizado, ambos existentes simultaneamente.

 Alguns tipos especiais de ensaios elétricos, por exemplo, em laboratórios de alta tensão, onde hápartes com tensão expostas, devem ser realizados por pessoa qualicada que tenha recebido umaformação especializada e autorizada para a realização do ensaio. Se for necessário, devem seradotadas medidas de proteção complementares de acordo com o indicado na Seção 6.

5.4.3 Instrumentos para ensaios e testes

Todos os instrumentos para ensaio devem:

  estar de acordo com a IEC 61010-1, categoria mínima III de proteção contra sobretensão,

ser testado e certicado por órgão homologado. Esta exigência é crítica na prevençãode acidentes com arco elétrico provocado pela falha interna do instrumento, que pode serprovocada por um transiente de tensão;

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  ter proteção contra falhas com contenção interna, como fusível interno limitador de correnteou suas pontas de prova protegidas (fusíveis ou resistores de alta energia);

  as pontas de teste devem minimizar o potencial de contatos das partes energizadas quando

realizarem as medições, por exemplo, pontas com proteção isolante retrátil, mantendosomente o necessário para contato.

Quando as pontas de teste/cabos de conexão forem removíveis do instrumento, os seguintes cuidadosadicionais devem ser adotados para evitar eventual contato com a outra extremidade:

 — que as características de proteção das pontas e cabos sejam mantidas;

 — as pontas de teste e cabos sejam originais do fabricante do instrumento;

 — que a característica de proteção de falha do instrumento de ensaio como um conjunto nãoseja alterada.

Quando forem utilizadas pontas de teste tipo “jacaré”, devem ser adotadas precauções para assegurarque a isolação seja suciente para a tensão e a parte de contato condutora totalmente protegidacontra contato acidental. Quando utilizado este tipo de pontas de teste por longo período de tempo(por exemplo, para, monitoramento de tensão), estas devem ser avaliada se o conjunto é para usocontínuo.

5.4.4 Inspeções e vistorias

O objetivo das inspeções e vistorias é assegurar que uma instalação elétrica está em conformidadecom os regulamentos de segurança e requisitos técnicos especicados nas normas aplicáveis e nosrequisitos de segurança previstos no projeto.

Distinguem-se as vistorias e inspeções pelas seguintes denições:

 ● vistoria - é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosados elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram. Pode serrealizada por prossional qualicado e autorizado, ou prossional capacitado autorizadocom supervisão de um prossional habilitado autorizado;

 ● inspeção –possui a mesma denição anterior, incluída identicação de anomalias, falhas,testes, medições, ensaios, análise de documentos técnicos e auditorias, com orientaçõespara melhorias e ajustes de procedimentos. Deve ser realizada por prossional habilitado.

 As instalações elétricas novas, assim como as modicações e ampliações das existentes devem servistoriadas e inspecionadas quanto às condições de segurança de operação antes da energizaçãoou colocação em serviço. Devem ser realizadas vistorias e inspeções periódicas com o objetivo dedetectar defeitos originados por anomalias de projeto, construção ou falhas de manutenção que podemaparecer depois da colocação em serviço (vícios ocultos) que podem dicultar seu funcionamento ougerar riscos, de acordo com a análise de risco prévia.

 As vistorias e inspeções podem incluir as seguintes etapas:

a) Vistorias:

 — vericação visual e utilização de lista de vericação (check-lists);

 — medições e inspeções simples.

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b) Inspeções:

 — inspeções completas ou parciais das instalações;

 — auditorias com ns especícos de avaliação da conformidade legal (como concessionárias,normas de órgãos de scalização regulamentadores e Corpo de Bombeiros) ou sob escopoespecíco do proprietário das instalações;

 — medições ou ensaios de acordo com os requisitos de 5.4.1 e 5.4.2.

 As vistorias e inspeções devem ser realizadas utilizando desenhos, documentos e registros do sistemaelétrico (ver 4.7).

Eventuais defeitos devem ser corrigidos imediatamente, ou as partes defeituosas devem serdesconectadas imediatamente, assegurando o bloqueio contra energização não planejada.

 As vistorias e inspeções devem ser realizadas por pessoa autorizada com experiênciana realização desta atividade em instalações similares. As inspeções devem ser realizadascom equipamentos e instrumentos adequados, incluindo EPI, de forma que se possa evitaro risco, considerando, se necessário, as limitações impostas pela presença de partes acessíveis comtensão.

Os resultados das inspeções e vistorias devem ser registrados indicando os desvios das nãoconformidades encontradas e as respectivas referências. Exemplos de referências são as normastécnicas aplicáveis ao equipamento e instalação, procedimentos de segurança preestabelecidos,critérios de projeto contido no prontuário, entre outros. Quando necessário, devem ser adotadas açõescorretivas correspondentes e os resultados devem ser registrados por prossionais habilitados.

 As inspeções devem classicar os riscos das não conformidades encontradas, estabelecendouma ordem de prioridade para a intervenção e correção. Para o estabelecimento da ordemde prioridade devem ser consideradas a probabilidade de acidentes, sua gravidade,a tendência de evolução e a área afetada pelo problema. Independentemente da extensão dosproblemas, todos os riscos passíveis de causar a morte ou ferimentos graves devem ser resolvidosimediatamente.

 A inspeção deve declarar explícita e objetivamente todas as áreas visitadas, a abrangência da inspeçãoe limitações de escopo. Não pode ser negligenciado o caráter pericial da atividade de inspeção,e devem ser atentadas as questões legais envolvidas.

6 Procedimento de serviço

6.1 Generalidades

 Antes de iniciar qualquer intervenção em uma instalação elétrica, este deve ser planejado considerandotodos os riscos envolvidos mediante análise de risco.

O responsável pela instalação e o responsável pelo serviço a ser realizado devem assegurar quesejam dadas as instruções especícas e detalhadas para todas as pessoas. As instruções devem serdadas antes de começar o serviço e devem ser compreendidas e aceitas por todos os envolvidos,incluindo o pessoal da brigada de emergência e o pessoal de prontidão.

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 Antes do início do serviço, o responsável pelo serviço deve noticar ao responsável pela instalação,a natureza, o local e as consequências sobre a instalação elétrica devido aos serviços realizados.Esta noticação deve ser feita por escrito, principalmente quando os serviços envolverem diferentesatividades com participação de várias pessoas.

Somente o responsável pela instalação deve dar a permissão para realizar os serviços. Esteprocedimento deve ser seguido igualmente no caso de uma interrupção do serviço por qualquermotivo e no seu término.

Os procedimentos de serviço compreendem três situações distintas:

— com instalação desenergizada (ver 6.2);

 — com instalação energizada (ver 6.3);

 — nas proximidades de elementos energizados (ver 6.4).Todos estes procedimentos devem ser com base na aplicação de medidas de proteção contra osefeitos de choque elétrico ou os efeitos eletrodinâmicos de curto-circuito e de arco elétrico.

Quando não puderem ser totalmente respeitados os requisitos estabelecidos em 6.2 (serviços cominstalação desnergizada) ou em 6.4 (serviços nas proximidades de elementos energizados), entãodevem ser atendidos os requisitos de 6.3 (serviços com instalação energizada).

O isolamento das partes energizadas para a realização dos serviços deve ser assegurado instalando-se barreiras contra contatos inadvertidos por materiais dielétricos (isolantes) sólidos, com nível deisolamento de acordo com a tensão envolvida e grau de proteção mínimo IP 4X, ou mantendo-se uma

distância de separação no ar (isolação). Estas distâncias devem ser consideradas com os membrostotalmente estendidos acrescidos do comprimento da ferramenta condutora. Ver Anexo A.

6.1.1 Indução eletromagnética

Os condutores ou partes condutoras sem tensão nas proximidades de elementos com tensão podemestar sob inuência da indução eletromagnética. Além dos requisitos de 6.2 e 6.4, devem ser adotadasas precauções a seguir especícas para os serviços em sistemas elétricos inuenciados pela indução.Isto é especialmente aplicável para serviços em linhas elétricas aéreas ou em leitos de cabos ondeexistam circuitos de alta corrente junto aos cabos dos demais circuitos:

 — aterrar os condutores a intervalos adequados para reduzir o potencial entre condutorese terra a um nível de tensão segura;

— equipotencializar ou blindar o local de serviço, para evitar a possibilidade de que a pessoafaça parte do laço indutivo.

NOTA Quando esta prática for inviável, como, por exemplo, em linhas de transmissão, recomenda-serealizar uma análise de risco e planejar como trabalho energizado ou trabalho ao potencial.

6.1.2 Condições atmosféricas

Devem ser indicadas restrições para iniciar ou continuar os serviços quando existirem condiçõesatmosféricas adversas, por exemplo, descargas atmosféricas, tempestades, neblina e ventos fortes.

Quando ocorrer formação de descargas atmosféricas, ou em caso de iminente aproximação de ventosfortes acompanhada por descargas atmosféricas, o serviço em condutores expostos das instalações

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elétricas, em equipamentos ou aparelhos diretamente conectados a estes condutores deve cessarimediatamente, de modo a prevenir quaisquer perigos, e o responsável pela instalação deve sernoticado. Isto se aplica também às medições elétricas, quando estas estiverem sendo realizadasem instalações internas conectadas diretamente à rede externa, pois estão sujeitas às sobretensõese surtos transferidos pela rede.

Quando ocorrer baixa visibilidade no local de serviço, a atividade não pode ser iniciada e deve sersuspenso qualquer serviço em andamento, colocando o local de serviço e a instalação sob condiçõesseguras.

6.2 Serviços em instalações desenergizadas (zona livre)

Para realizar serviços em instalações desenergizadas, deve ser assegurado que a instalação elétricado local de serviço está sem tensão e se manterá sem energia durante a realização do serviço. Isto vaiexigir a identicação clara e a delimitação elétrica precisa do local de serviço que sofrerá intervenção.

Depois de identicadas as respectivas instalações elétricas, devem ser aplicados os seguintesrequisitos essenciais, seguindo a ordem especicada, a menos que existam razões especícas pararealizar de outra forma:

— desconectar completamente a instalação da sua fonte (seccionamento);

 — assegurar contra a possível reenergização (impedimento de reenergização);

 — conrmar e vericar que a instalação está desenergizada (constatação da ausênciade tensão);

 — aterrar o sistema (instalação de aterramento temporário com equipotencialização

dos condutores dos circuitos);

 — proteger contra as partes próximas energizadas (proteção dos elementos energizadosexistentes na zona controlada);

 — instalar sinalização de impedimento de reenergização.

 A permissão para iniciar o serviço desenergizado deve ser autorizada pelo responsávelpela instalação elétrica para o responsável pelo serviço. Todas as pessoas que participamdo serviço devem ser autorizadas pela empresa contratante e pela prestadora do serviço.

6.2.1 Desconectar completamente a instalação da sua fonte (seccionamento)

 A parte da instalação ou equipamento em que vai ser realizado o serviço deve estar desconectadade todas as fontes de alimentação, incluindo fontes de emergência e fontes alternativas por meios oudispositivos de seccionamento efetivo de todas as fases. A desconexão deve ser assegurada por umadistância no ar ou um isolamento de ecácia equivalente que assegure que o ponto de seccionamentonão provoque falha elétrica.

O acionamento do dispositivo de seccionamento deve ser realizado mantendo a integridade originaldo equipamento onde está localizado o dispositivo e deve ser executado por pessoas qualicadase autorizadas.

Os pontos de seccionamento devem estar claramente identicados nos documentos de projeto,e nos próprios pontos da instalação.

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6.2.2 Assegurar contra a possível reenergização (impedimento de reenergização)

Todo dispositivo de seccionamento utilizado para desconectar completamente a instalação elétrica nolocal de serviço deve assegurar contra a possibilidade de energização, preferencialmente por bloqueio

físico do mecanismo de operação.

Em caso de ausência de dispositivos de bloqueio físicos de operação contra energização, devem-seadotar dispositivos ou meios equivalentes de impedimento, de acordo com a prática estabelecida,por exemplo, extração do dispositivo de seccionamento móvel e retirada dos fusíveis da sua base,com bloqueio mecânico para impedir a inserção inadvertida.

Quando for necessária uma fonte de energia auxiliar para a operação do dispositivo de manobra,esta fonte de energia deve ser desativada e impedida de ativação até o termino do serviço. Devemser colocadas sinalizações de aviso, de forma a prevenir qualquer interferência (por exemplo,realimentação acidental).

Quando forem utilizados dispositivos de controle remoto para proteção contra uma energização, deveser impedida a manobra local destes dispositivos. Todos os sistemas de sinalização e de localizaçãoelétricos utilizados para este m devem ser conáveis. Os dispositivos de comando de operação(liga/desliga) do circuito de comando não podem ser utilizados como meio de impedimentode energização.

 As partes da instalação elétrica que ainda permaneçam com carga depois da separação completada instalação e depois de aplicadas as medidas assegurando contra a reenergização, por exemplo,capacitores e cabos, devem ser descarregados, utilizando-se dispositivos adequados.

6.2.3 Conrmar e vericar que a instalação está desenergizado (constatação da ausência detensão)

 A ausência de tensão deve ser conrmada em todos os condutores ativos da instalação elétricano local mais perto possível de onde vai ser executado o serviço. A conrmação da ausênciade tensão deve ser por meio do sistema de indicação de tensão incorporado nos equipamentos ou pormeio de instrumentos de medição ou detecção de tensão independentes, com contato ou sem contatodireto com condutores.

Nos casos da utilização do instrumento incorporado no equipamento, antes da desenergização,deve ser conrmado que este está indicando a presença de tensão e, após desenergização, que estenão tem indicação.

Os instrumentos independentes devem ser vericados quanto ao seu perfeito funcionamentoimediatamente antes da desenergização em uma fonte de tensão conhecida, e logo após a suautilização.

NOTA 1 Na vericação da ausência de tensão, recomenda-se incluir condutores de proteção (PE) e neutro(N), pois eles podem conter tensões induzidas ou provocadas pelas correntes parasitas em nível de tensãoperigosa.

NOTA 2 Convém que atenção especial seja adotada em terminais de geradores, pois, mesmo sem excitaçãoelas podem induzir tensões perigosas nos terminais devido à permanência de campo remanescente no rotore energia elétrica acumulada.

No caso de cabos elétricos isolados, quando não puder ser identicado o estado “desenergizado” comexatidão no local de serviço, devem-se adotar outros meios de proteção, para garantir a segurança

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de acordo com as práticas locais vigentes. Estas podem incluir a utilização de dispositivo de perfuraçãoda isolação do cabo no local onde será executado o serviço, como emenda e reparo da isolação, antesde qualquer intervenção. Quando utilizada esta prática, a perfuração deve ser controlada remotamente.

NOTA 3 A prática de perfuração da isolação normalmente é utilizada em cabos isolados subterrâneos,quando é difícil identicar se o cabo está desenergizado, utilizando uma ferramenta conhecida como “Cable

spiking tools”  controlada remotamente.

Quando da utilização das chaves de aterramento controladas remotamente para vericar que ainstalação está sem tensão, a posição da chave deve ser sinalizada de forma conável pelo sistemade controle remoto.

6.2.4 Aterrar o sistema colocando em curto-circuito (instalação de aterramento temporáriocom equipotencialização dos condutores do circuito)

O aterramento temporário tem por nalidade proteger contra eventual energização acidentaldo circuito ou do equipamento sob intervenção propiciando rápida atuação do sistema automáticode seccionamento ou proteção contra descargas atmosféricas que possam interagir ao longodo circuito em intervenção.

 Algumas possibilidades de energização acidental, não limitando a estas, podem ser causadas por:

 — erros em manobra;

 — contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito sobintervenção;

 — tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;

 — fontes de alimentação de terceiros (geradores);

 — descargas atmosféricas sobre linhas aéreas;

 — cargas capacitivas ou armazenadas.

O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos (condutores) em intervenção, o queconsiste em colocar em curto-circuito todas as fases e conectar ao ponto de aterramento conável,estabelecendo a equipotencialidade.

Este procedimento deve ser adotado a montante (antes) e a jusante (depois) do ponto de intervençãodo circuito, salvo quando a intervenção ocorrer no nal do trecho. Deve ser retirado ao nal dosserviços.

6.2.4.1 Generalidade

No local do trabalho e em todas as instalações de alta-tensão e em algumas de baixa tensão(ver 6.2.4.2), deve ser instalado aterramento temporário nas respectivas partes da instalação.Os equipamentos ou dispositivos de aterramento temporário devem ser conectados primeiroao ponto de aterramento e a seguir aos pontos do circuito do equipamento ou elemento a aterrar.Os equipamentos ou dispositivos de aterramento temporário devem ser visíveis do local de serviço.

Se isto não for possível, as conexões de aterramento devem ser instaladas o mais perto possíveldo local de trabalho e sinalizadas.

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Nas subestações, devem, por ocasião da manutenção dos componentes, ser conectadosos componentes do aterramento temporário à malha de aterramento xa já existente.

Se no decorrer dos serviços for necessário interromper ou emendar condutores e se houver risco de

existir diferença de potencial na instalação, devem ser tomadas medidas apropriadas, como a conexãode equipotencialização ou aterramento, antes de se proceder ao seccionamento ou à conexão daspartes destes condutores no local de trabalho.

Todos os cabos e conectores de aterramento temporário e da conexão de equipotencialidadeutilizados devem ser adequados e de seção suciente para conduzir a máxima corrente decurto-circuito da instalação elétrica. O comprimento deve ser o menor possível, para evitarrisco associado ao movimento (chicoteio) do cabo devido à força eletrodinâmica, se ocorrer umcurto-circuito e limitar a tensão para no máximo 50 Vac.

Devem ser adotadas precauções para assegurar que o aterramento permaneça corretamente

conectado durante o tempo em que se realiza o serviço. Quando da desconexão do aterramentoprovisório para a realização de medições ou ensaios, devem ser adotadas precauções especiaissuplementares ou alternativas para prevenir o risco de energização.

 As chaves de aterramento com comando remoto para aterramento temporário de uma instalaçãoelétrica devem ter a posição da chave de aterramento clara e de forma segura, sinalizada no sistemade comando remoto.

 A ordem de conexão do dispositivo de aterramento deve ser: primeiro conectar ao ponto de aterramentoe em seguida as fases, sendo a remoção na ordem inversa.

6.2.4.2 Requisitos para as instalações extra baixa tensão e baixa tensão

O aterramento temporário e a equipotencialização podem não ser necessários nas instalações demuito baixa e de baixa tensão quando tratar de serviços em um circuito ou componentes de umcircuito, desde que seguidos os passos para serviço desenergizado.

Deve ser feita uma análise de risco que contemple:

 — linhas aéreas com interferência com outras linhas ou induzidas eletricamente;

 — sistema alimentado por um grupo gerador auxiliar.

Para intervenção em conjuntos de manobra, quando houver várias atividades simultâneas, sódeve ser considerado que o conjunto está desenergizado se for instalado aterramento temporáriono barramento principal, de preferência na entrada da alimentação.

6.2.4.3 Requisitos para as instalações de alta tensão

Para as linhas aéreas com condutores nus, deve ser instalado o aterramento temporário à montante e jusante do local do serviço e em todos os condutores que possam energizar o setor de trabalho. Pelomenos um dos equipamentos ou dispositivos de aterramento temporário deve ser visível do local deserviço e estar o mais próximo possível do local do trabalho.

Quando não for possível visualizar o equipamento ou dispositivo de aterramento temporário nos limites

do local de serviço, deve ser colocado um equipamento ou dispositivo de aterramento local ou umdispositivo adicional de sinalização ou qualquer outra identicação equivalente.

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Para as linhas aéreas isoladas, cabos ou outros condutores isolados, o aterramento temporário deveser instalado nas partes nuas dos pontos de separação da instalação ou o mais próximo possívela esses pontos, à jusante e à montante do local de serviço.

Deve-se equipotencializar a superfície da área de trabalho de forma a garantir a segurança daspessoas.

6.2.5 Proteger contra as partes próximas energizadas (proteção dos elementos energizadosexistentes na zona controlada)

Se houver partes de uma instalação elétrica próximas ao local de serviço que não podem serdesenergizadas, é necessário adotar medidas adicionais de proteção contra contatos antes de iniciaro serviço. Ver 6.4

6.2.6 Instalação de sinalização e impedimento de reenergização

Os pontos de seccionamento contendo dispositivos de impedimento de reenergização e os dispositivos

de aterramento temporário descritos em 6.2.5 devem possuir sinalização visível contendo informaçãosobre o motivo, a data e o período previsto, o nome do responsável pelo dispositivo de impedimentoe o respectivo supervisor.

Somente o responsável pelo dispositivo de impedimento pode removê-lo este ao término do serviço.Quando o serviço for transferido para outra pessoa, esta deve instalar o seu próprio dispositivode impedimento e uma nova sinalização.

NOTA 1 O dispositivo de impedimento é a proteção da pessoa que está exposta aos riscos da eventualenergização portanto, recomenda-se que seja considerado como a sua salvaguarda da vida enquanto

ela estiver trabalhando, e não como um sistema de gerenciamento.

NOTA 2 A etiqueta de identicação do meio de impedimento e o próprio meio de impedimento são pessoaise intransferíveis.

NOTA 3 Não é permitido que os dispositivos de impedimento como cadeados, partilhem chave ou segredoem comum.

6.2.7 Autorização para o início do serviço

Para iniciar qualquer serviço é necessário ter autorização por escrito do responsável pela instalaçãoliberando a área. A permissão para o início do serviço deve ser dada unicamente pelo responsável

pelo serviço a ser executado, e somente depois de ter colocado em prática as medidas detalhadasem 6.2.1 a 6.2.6.

Em intervenções em sistemas elétricos, é necessário elaborar um documento com detalhes quantoà desenergização e instalação do aterramento temporário.

6.2.8 Reenergização ao nalizar os serviços

Os envolvidos devem ser informados quando os serviços forem nalizados, e que não pode serrealizada mais atividade alguma no local e que devem permanecer afastados. Deve ser efetuadaa limpeza geral da área, e todas as ferramentas, equipamentos e dispositivos utilizados no serviçodevem ser retirados. Após a limpeza e liberação total da área, deve ser efetuada a inspeção dosequipamentos e do local dos serviços para conrmar se estes foram executados adequadamente.Somente então se deve começar o processo de reenergização.

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Devem ser retiradas todas as proteções dos elementos energizados da zona controlada, os equipamentose/ou dispositivos de aterramento temporário, as barreiras de proteção e demais equipamentosde segurança do local de serviço. Uma vez assegurado que todos os elementos instalados paraproteção foram retirados, deve-se proceder a retirada dos bloqueios e outros dispositivos utilizadospara impedir uma eventual reenergização e por último as sinalizações e demarcação da áreade segurança.

 A partir do momento em que seja suprimida uma das medidas inicialmente adotadas para deixara instalação em condições seguras para a realização dos serviços, a parte da instalação elétricacorrespondente deve ser considerada energizada.

Quando o responsável pelo serviço estiver seguro de que a instalação elétrica está pronta para serreenergizada, deve noticar ao responsável pela instalação, informando que o serviço foi nalizadoe que a instalação elétrica está pronta para sua energização.

O responsável pelo serviço e o responsável pela instalação devem realizar uma vericação e revisãogeral antes da reenergização, para assegurar que a instalação pode ser energizada com segurança.Caso encontrem itens que comprometam a segurança, o procedimento de segurança adotadaanteriormente deve ser restabelecida até que os desvios sejam corrigidos antes da energização.

6.3 Serviços em instalações energizadas (zona de risco)

Serviços em instalações energizadas são os executados onde existem partes da instalação energizadassem proteção, que possibilitam contato acidental, seja com parte do corpo ou com ferramentas.

 A forma segura para intervenção em instalação elétrica é com a instalação desenergizada. Os serviçoscom tensão só podem ser executados quando forem esgotados todos os esforços para serviço semtensão, e com autorização por escrito do responsável pela instalação, informando o motivo pelo quala instalação não pode ser desenergizada,

Os requisitos desta subseção não se aplicam às atividades como detecção e medição de grandezaselétricas, e procura de defeitos. A execução destes serviços só pode ser realizada por prossionaisqualicados e autorizados a realizar medições, utilizando todos os EPI, inclusive contra choque elétricoe queimaduras por arco elétrico, e instrumentos de ensaios que atendam aos requisitos de 5.4.3

6.3.1 Generalidades

Durante a execução dos serviços em instalações energizadas, a pessoa pode entrar em contato

com partes com tensão ou adentrar na zona de risco, seja com uma parte de seu corpo ou comferramentas, equipamentos que são utilizados.

NOTA Para determinar a zona de risco, ver Anexo A.

Deve ser assegurado que a pessoa se mantenha em uma posição estável durante a execuçãodo serviço, para permitir que tenha as duas mãos livres, inclusive para utilização das ferramentasou instrumentos.

Devem ser utilizados todos os equipamentos de proteção individual previstos no procedimentoelaborado para o serviço contra os riscos existentes no local do serviço. As vestimentas de segurançadevem ser adequadas às condições do serviço e não podem possuir itens metálicos, e o prossional

não pode utilizar adornos pessoais.

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Para o serviço em instalação energizada, devem ser adotadas medidas de proteção contra choqueelétrico e arco elétrico. Deve ser vericada a existência de diferentes tensões presentes em tornoda área de serviço.

Os serviços devem ser realizados por prossionais autorizados e treinados conforme exigênciada legislação brasileira.

O serviço em instalações e equipamentos energizados requer a aplicação de procedimentosespecícos. Todas as pessoas devem ser treinadas e instruídas em como manter as ferramentas,equipamentos e dispositivos em boas condições e em bom estado de utilização, assim como vericarestes antes da utilização.

 As condições ambientais, como a umidade e a pressão atmosférica, podem afetar o desempenhode algumas ferramentas, e devem ser especicadas com base nestas limitações. Caso as condiçõesambientais se alterem, o serviço deve ser interrompido e o procedimento reavaliado.

Para o serviço em instalações e equipamentos energizados, sempre deve estar presente umapessoa adicional de prontidão com função especíca de segurança acompanhando o serviço. A pessoa de prontidão deve estar treinada e qualicada para desempenhar suas responsabilidades. As responsabilidades incluem, mas não se limitam a:

 — estar ciente de todos os riscos envolvidos na tarefa;

 — ser qualicado para desligar a energia do equipamento em que se está trabalhando.

Em algumas instalações podem ser necessários treinamento e autorização especícos para suaoperação, e a pessoa de prontidão deve ser selecionada de acordo com:

 — estar apto a iniciar o alarme de emergência do local de serviço. Isso deve ser especicamenterevisado antes de começar a tarefa no local onde o serviço será executado;

 — ser treinado na administração de primeiros socorros adequados, por exemplo, reanimaçãocardiopulmonar (RCP) onde houver um risco reconhecido de choque elétrico, e tratamentode queimaduras, onde houver risco de queimaduras por choque elétrico ou arco elétrico;

 — ser capaz de impedir que:

 — outras pessoas removam coberturas não incluídas no plano de serviço;

 — pessoas não envolvidas na tarefa ultrapassem o limite da fronteira de serviço seguro;

 — execute serviço que interra com sua capacitação de realizar quaisquer dos deveresacima;

 — ser capaz de comunicar informações críticas aos primeiros que responderemà emergência.

 A pessoa de prontidão deve utilizar os mesmos EPI que a pessoa que está realizando a tarefa sea análise de risco determinar que, em uma emergência, ela precisa entrar na zona de risco, porexemplo, para desligar a energia ou iniciar o processo de primeiros-socorros.

Devido às diferenças em instalações, equipamentos, tarefas e riscos, é difícil ser especíco quantoà qualicação da pessoa de prontidão, entretanto, devido às responsabilidades acima, é preferível

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que a pessoa de prontidão possua conhecimento de serviços em eletricidade. Conforme a gravidadedo perigo e o aumento dos riscos, deve-se aumentar a qualicação em eletricidade da pessoade prontidão.

6.3.2 Treinamento e capacitação para autorizado

Deve ser implantado um programa especíco de treinamento para desenvolver e manter a autoriza-ção para a realização dos serviços em instalação energizada, de acordo com a legislação brasileira.Este programa deve estar de acordo com os requisitos particulares dos serviços com tensão a seremrealizados, procedimentos preestabelecidos, e deve compreender exercícios teóricos e práticos; apessoa deve demonstrar a compreensão do aprendizado teórico e prático sobre os riscos envolvidos.

 Ao nalizar de forma satisfatória o treinamento, deve ser entregue um certicado conrmando que oparticipante é capaz de realizar serviços em eletricidade de acordo com o seu nível de treinamento ede executar as atividades com segurança.

Deve ser realizado um treinamento de atualização (reciclagem), conforme legislação, em um interva-

lo máximo de dois anos. Em função da complexidade do serviço ou natureza do risco envolvido nosserviços, o treinamento de atualização (reciclagem) deve ser realizado em um intervalo menor quandoocorrer:

  troca de função ou mudança das atribuições de atividades dentro da empresa;

  retorno de afastamento ao serviço ou inatividade, por período superior a três meses;

  modicações nas instalações elétricas;

  modicação, revisão ou troca de métodos, procedimentos, processos e organização doserviço.

6.3.3 Manutenção da autorização

 A validade da autorização para serviços em equipamentos ou instalação energizada deve ser renova-da sempre que necessário, de acordo com o nível de capacitação e qualicação da pessoa.

 A validade da autorização para serviços em equipamentos ou instalação energizada deve ser renova-da nos seguintes casos:

  mudança do quadro de pessoal, supervisão ou da empresa prestadora de serviço;

  mudança de função;

  interrupção da execução de serviços por longo período;

  limitações médicas;

  modicações signicativas das instalações (mudanças de equipamento ou de estrutura);

  mudanças de métodos de serviço ou de manutenção.

Recomenda-se renovar estas autorizações anualmente.

6.3.4 Métodos de trabalho

Existem três principais métodos de serviço em equipamentos e instalações energizadas, que dependemda posição da pessoa em relação às partes energizadas e das medidas de proteção utilizadas contraos choques elétricos e arcos elétricos oriundos de curto-circuito.

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Para cada método devem ser avaliados os demais riscos envolvidos, além de choque e arco elétricocomo, trabalhos em altura e espaço connado.

6.3.4.1 Método de trabalho por distância de isolamento ou por isolação

Método de serviço em equipamento ou instalação energizada, no qual a pessoa interage com a parteenergizada a uma distância segura das partes energizadas, através do emprego de procedimentos,ferramentas e dispositivos isolantes apropriados.

6.3.4.2 Método de trabalho por contato com luvas isolantes

Método de serviço em equipamento ou instalação energizada, no qual a pessoa tem contato diretocom as partes energizadas, mas não ca ao mesmo potencial da parte energizada, protegidas porEPI (botas, luvas e mangas isolantes) e EPC (cobertura e mantas isolantes) adequados ao nívelde tensão. Para as instalações de baixa tensão, a utilização de luvas isolantes não dispensa o uso

de ferramentas manuais com isolação adequada.

6.3.4.3 Método de trabalho por mesmo nível de potencial

Método de trabalho onde a pessoa realiza seu serviço em contato direto com parte energizadacando ao mesmo potencial dela. Deve ser garantido que o corpo inteiro da pessoa que no mesmopotencial com a utilização de um conjunto de vestimentas condutoras (roupas, botas, luvas, capuzes)conectados a parte energizada todo o tempo.

6.3.5 Trabalho de desmontagem e remoção da instalação elétrica

Qualquer remoção ou desmontagem de uma instalação elétrica deve ser realizada sem tensão.

 A identicação, remoção e corte de condutores e cabos frequentemente envolvem riscos quantoà identicação do cabo correto a ser removido. Pode ocorrer exposição ao condutor energizadoe interrupção de operações, se um circuito de controle ou de energia for danicado.

O procedimento para serviços de desmontagem e remoção de uma instalação elétrica deve conteros seguintes passos:

 — conrmar a ausência de tensão nas duas extremidades do condutor, na fonte e no destinode cada condutor;

 — identicar cada cabo ou circuito antes que seja cortado ou removido. O método recomendado

para rastrear um cabo ao longo de seu comprimento de uma fonte isolada conhecida é usarum laço de o ou um nó de cabo preso frouxamente em torno do cabo na extremidade dafonte e deslizá-lo ao longo do comprimento do cabo. Um cabo sobre o leito não pode serrastreado com as mãos ao longo do comprimento do cabo;

— identicar o cabo nos dois lados de uma barreira, por exemplo, passagem de uma paredeou duto, para cada circuito individual e ter uma pessoa autorizada que aprove o procedimentoe/ou prática de identicação;

— avaliar o local de corte de um cabo quanto ao risco de provocar danos a outros cabos. Aterraras ferramentas pneumáticas de corte ou ferramentas de pontear os cabos e utilizar EPI para

proteger contra eventuais riscos de corte de cabo energizado;

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 — para minimizar o risco de danicar cabos adjacentes e possível exposição aos riscosda eletricidade, um cabo inutilizado sobre um leito deve ser retirado, mas não é recomendadoque seja cortado;

  quando não for possível a retirada dos cabos inutilizados sobre os leitos, estes devemter uma sinalização identicando-os como desativados, a data da desativação e o nomedo responsável pela desativação. Além disso, suas extremidades devem ser isoladase protegidas.

6.3.6 Escavações e penetrações

 Antes da realização de escavações ou penetrações em pisos, tetos e paredes devem ser estabelecidosprocedimentos para garantir a integridade das linhas elétricas. Dutos, eletrodutos e cabos elétricosnecessitam ser localizados e identicados na área do serviço.

Os procedimentos devem incluir as distâncias-limites de aproximação de linhas subterrâneas(energizadas ou desenergizadas) com métodos de escavação por meio de ferramentas portáteise mecanizadas.

O serviço de escavação e penetração deve ser realizado com permissão, e os formulários de aprovaçãoda permissão devem indicar especicamente os riscos de linhas elétricas enterradas.

Os procedimentos devem incluir, mas não se limitar a, utilizar os desenhos atualizados mostrandocabos subterrâneos e uso de detectores eletrônicos para localizar cabos antes do início das escavaçõesou penetrações.

6.3.7 Condições de serviço

De acordo com a complexidade, as condições de serviço e a condição do local denirão as regrasa serem incorporada ao procedimento. Elas estabelecem os procedimentos para a realizaçãodo serviço, considerando a preparação, as ferramentas e equipamentos especícos a serem utilizados.

 As condições de serviço podem compreender um ou vários dos seguintes aspectos:

 — descrição das relações de autoridade entre as pessoas envolvidas no serviço com tensão,identicando o responsável pela instalação e o responsável pelo serviço;

— medidas a serem tomadas para limitar os surtos de manobra no local de serviço, como

a proibição de religamento automático dos disjuntores;— determinação de distâncias de serviço das pessoas e dos objetos condutores utilizados

durante o serviço. Estas distâncias são baseadas na tensão fase-terra, mas também devemser determinadas para as tensões fase-fase e referidas ao nível de isolamento necessário.

6.3.8 Ferramentas, equipamentos e dispositivos

 Além do estabelecido em 4.6, as ferramentas, equipamentos e dispositivos de segurança devem serespecicados quanto à sua característica elétrica e de aplicação, como tensão, isolação, limitaçõese condição de trabalho.

Nas ferramentas, equipamentos e dispositivos, devem estar claramente identicadas as suascaracterísticas técnicas e de segurança para uso e funcionamento.

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 As especicações das ferramentas, equipamentos e dispositivos devem possuir um prontuário ou uma“cha técnica”, incluindo informações sobre aferições e ensaios. Estas chas devem ser utilizadaspara vericar a adequação dos dispositivos para a utilização desejada.

6.3.9 Condições ambientais

Em condições ambientais adversas, deve haver restrições para serviços em equipamentosou instalações energizadas. Estas restrições devem ser baseadas na redução de isolação, visibilidadee mobilidade da pessoa.

Para os serviços na área externa, devem ser consideradas diversas condições atmosféricas, comoas precipitações, névoa espessa, tormenta elétrica, ventos, tormenta de sal e areia, temperaturasmuito baixas entre outras. Os serviços com eletricidade devem ser proibidos ou interrompidos em casode chuvas fortes, má visibilidade ou quando a pessoa não puder manipular facilmente as ferramentas.Em caso de tormenta os serviços com tensão não podem ser iniciados ou devem ser interrompidos.

Para os serviços no interior de edifícios, estas condições atmosféricas não necessitam ser consideradas,a menos que exista a probabilidade de risco de sobretensão que provenha da instalação externa,através da conexão com linhas externas, e se a iluminação na zona de serviço não for sucientecausando falta de visibilidade.

Devem ser considerados outros parâmetros como a altitude e poluição, particularmente no casode serviços sobre ou em proximidade de instalações de alta tensão que podem reduzir a qualidadede isolação das ferramentas, equipamentos e dispositivos.

Quando o serviço for interrompido devido às condições ambientais, a instalação deve ser mantida comtodos os dispositivos isolados e em estado seguro. Antes de reiniciar o serviço interrompido, deve-se

certicar de que as partes isolantes estejam limpas e intactas. Se for necessário limpar os elementosisolantes, deve ser seguido o procedimento de limpeza especicado.

6.3.10 Organização do trabalho

6.3.10.1 Preparação para o serviço

Se houver quaisquer dúvidas sobre os procedimentos a utilizar, deve ser feita uma reavaliação antesde começar o serviço. Todos os aspectos de segurança em eletricidade e outros aspectos devem seranalisados de forma que o serviço possa ser preparado e planejado adequadamente. Esta reavaliaçãodeve ser documentada por escrito.

6.3.10.2 Ações do responsável pela instalação elétrica

 A instalação ou a parte da instalação onde vai ser realizado o serviço deve ser colocada e mantidano estado denido na etapa de preparação. Este estado pode compreender a inibição do rearmeautomático ou a alteração dos parâmetros das proteções elétricas.

Deve ser identicado o local onde é proibido o religamento automático e colocado uma sinalizaçãoe advertência indicando que se está realizando um serviço com tensão.

Nas intervenções em alta tensão devem ser utilizadas linhas de comunicação diretas entre o localde serviço e o correspondente centro de controle.

6.3.10.3 Ações do responsável pelo serviço

O responsável pelo serviço deve informar o responsável pela instalação sobre a natureza e o localda instalação aonde este serviço vai ser realizado, ver 4.4

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 Antes de iniciar o serviço, o responsável deve explicar para as pessoas em que consistem o serviçoe o planejamento de trabalho, quais são os aspectos de segurança, quais são as funções de cadaum deles e quais ferramentas e equipamentos devem ser utilizados, conforme denido no procedimento.

O nível de supervisão deve corresponder à complexidade dos serviços ou à tensão da instalação.

O responsável pelo serviço deve considerar as condições ambientais no local.

 A autorização para começar os trabalhos deve ser dada somente para a pessoa responsável peloserviço.

 Ao nalizar o serviço, o responsável pelo serviço deve informar ao responsável pela instalação elétricasegundo o procedimento estabelecido. Se o serviço for interrompido, devem ser tomadas as medidasde segurança adequadas e noticar o responsável pela instalação.

6.3.11 Requisitos especícos para as instalações de extra baixa tensão

Nas instalações em sistema de extra baixa tensão eletricamente separados da terra (SELV),é permitida a realização de serviços com tensão sem precauções contra choque elétrico, mas devemser adotadas precauções contra curtos-circuitos e consequências operacionais.

Nas instalações em sistema de extra baixa tensão não eletricamente separado da terra (PELV)e de extra baixa tensão funcional (FELV), os serviços em partes com tensão devem ser realizadosconforme 6.3.10.

6.3.12 Requisitos especícos para as instalações de baixa tensão

Nas instalações de baixa tensão, até 1 000 V em c.a. e 1 500 V em c.c., com proteção contra

sobrecorrente e curto-circuito, devem ser instaladas barreiras de isolamento das partes com tensãoe ser utilizadas ferramentas isoladas, equipamento de proteção individual adequado para evitar quea pessoa ou ferramenta entre em contato com partes energizadas.

6.3.13 Requisitos especícos para as instalações de alta tensão

Deve ser vericado se todos os métodos e ferramentas escolhidos para realizar o serviço sãoapropriados para as características elétricas da instalação e as tensões envolvidas.

 As características dielétricas e mecânicas das ferramentas devem ser especicadas de acordo coma tensão envolvida e as normas aplicáveis, e devem ser consideradas as condições do local na zonade serviço.

Se a extensão da área de serviço não permitir que o responsável pelo serviço possa assegurara supervisão constante e permanente durante a execução, ele deve designar uma outra pessoa paraauxiliar.

6.3.14 Serviços especícos em partes energizadas

Os serviços como limpeza, pulverização e remoção de incrustações sobre isolantes devem estardescritos em procedimentos correspondentes. A pessoa para realizar estas tarefas deve estarqualicada e autorizada.

6.4 Serviços em proximidade de partes energizadas (zona controlada)

Os serviços na proximidade de partes energizadas devem ser realizados de acordo com procedimentosespecícos elaborados por prossional habilitado e autorizado.

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Caso os serviços nas proximidades sejam executados por pessoas capacitadas, ou por pessoas nãoadvertidas para realizar serviços não elétricos, como limpeza, estas devem ter treinamento especicosobre os perigos e riscos das instalações, com um certicado emitido por um prossional habilitadoe autorizado. Quando a análise de risco determinar a necessidade de uma supervisão esta deve serqualicada e autorizada em serviços em eletricidade.

6.4.1 Generalidades

Os serviços em proximidade de equipamentos e instalações energizadas com tensão nominal superiora 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua somente podem ser realizados porpessoa autorizada e quando as medidas de segurança assegurarem que as partes energizadas nãopodem ser tocadas, por exemplo, componente com proteção mínima IP 2x, ou que a zona de serviçoenergizada não pode ser ultrapassada.

Para controlar os perigos da eletricidade na proximidade de partes com tensão, podem ser colocadasproteções como telas, barreiras, invólucro ou protetores isolantes (ver 6.4.2).

Se não for possível aplicar estas medidas, deve ser providenciada uma proteção para manter umadistância de segurança não menor que Rr da Tabela A.1 com relação às partes com tensão acessíveis,e garantir uma adequada supervisão.

Devem ser adotadas medidas para assegurar que o local de serviço permita que a pessoa se mantenhaem posição estável durante a execução do serviço, tendo as duas mãos livres para execução dosserviços e utilização das ferramentas ou instrumentos.

 Antes do início dos serviços, o responsável pelo serviço deve instruir a pessoa sobre a manutençãodas distâncias de segurança, as medidas de segurança adotadas e principalmente a necessidadede manter a atenção constante sobre os riscos da eletricidade. O limite da zona de serviço deve serdenido precisa e claramente e deve-se estar atento às condições ou circunstâncias não habituais. As instruções devem ser repetidas a intervalos apropriados ou depois de uma mudança das condiçõesde serviço.

O local de serviço deve ser delimitado com barreiras, cordas, tas, cones, bandeirolas, luzes, sinaisetc. Os conjuntos de manobra adjacentes com tensão devem ser destacados por meios adicionaisvisíveis e claros, por exemplo, sinais de advertência xados na frente das portas e em todos os ladosdo conjunto de manobra.

 A própria pessoa deve assegurar que, para qualquer movimento, voluntário ou involuntário, ela possafazer não alcançará a zona de risco com uma parte de seu corpo, ferramentas ou objetos que manipule.

Deve-se prestar atenção especial quando forem manipulados objetos longos como ferramentas,terminação de cabos, tubos e escadas.

6.4.2 Proteção com telas, barreiras, invólucros ou coberturas isolantes

Estes dispositivos de proteção devem ser selecionados e instalados de forma que assegurem umaproteção suciente contra os esforços elétricos e mecânicos previsíveis.

Para instalação destes dispositivos protetores dentro da zona de risco (trabalho energizado) deve-seutilizar os procedimentos de trabalho para instalações energizadas.

Para instalação destes dispositivos protetores fora da zona de risco (trabalho energizado), pode-se

utilizar os procedimentos de trabalho desenergizado utilizando meios que impeçam que a pessoa queos instala invada a zona de risco. É recomendado que sejam seguidos os procedimentos de trabalhoenergizado.

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Quando cumpridas as condições acima expostas, podem ser realizados os serviços na zonade proximidade, utilizando os procedimentos de trabalho desenergizado por pessoa autorizada.

Os dispositivos utilizados, como os protetores de isolamento, barreiras ou invólucros, devem estar

adequadamente conservados e mantidos em sua posição de forma segura durante a realizaçãodo serviço. Se estes dispositivos não assegurarem uma proteção completa das partes com tensão(para instalações de baixa tensão um grau de proteção de penetração não inferior a IP4X ou IPXXB),as pessoas qualicadas que trabalham na proximidade destes elementos devem ser supervisionadas.

6.4.3 Proteção por distância de segurança (fora de alcance) e supervisão

Quando utilizado o método de proteção por colocação fora de alcance, isto é, manter distância desegurança em relação à parte energizada, deve-se incluir pelo menos o seguinte:

 — a distância de segurança a se manter não pode ser inferior ao Rc (zona livre) da Tabela A.1,

considerando a natureza dos serviços e a tensão nominal da instalação elétrica;

— os critérios para a designação da pessoa necessária para realizar os serviços (zona controladaou zona livre);

 — os procedimentos a serem seguidos durante os serviços para evitar entrar na zona de risco;

 — presença da supervisão constante ou de pessoa de prontidão de segurança paraacompanhamento;

 — identicação e sinalização do limite de aproximação.

6.4.4 Serviços de construção, montagem e outros serviços não elétricos

Para os serviços de construção, montagem e outros serviços não elétricos, como:

 — serviços em andaimes ou plataformas;

 — serviços com equipamentos de elevação, maquinaria de construção e transportadoras;

 — serviços de montagem eletromecânica;

 — transporte;

 — pintura e renovação;

 — posicionamento do equipamento de construção e outros equipamentos;

— serviços de escavação.

Deve-se manter uma distância especicada a todo momento, particularmente no balanço das cargasdurante o deslocamento, transporte e elevação de equipamentos. Esta distância deve ser medida apartir dos condutores ou partes com tensão que se encontram mais próximos.

 A distância especicada deve ser obtida a partir do valor Rc, (zona livre) ver Tabela A.1 e adicionalmente

uma distância suplementar considerando: — a tensão da rede;

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 — a natureza do serviço;

— o equipamento a ser utilizado;

 — o fato de que as pessoas que realizam o serviço sejam pessoas advertidas.

Para linhas aéreas, devem ser considerados todos os movimentos possíveis das linhas aérease todos os movimentos, deslocamentos, balanços, chicoteio ou quedas dos equipamentos utilizadospara a realização do serviço.

7 Procedimento de segurança de manutenção

7.1 Generalidades

 A nalidade da manutenção é conservar a instalação elétrica nas condições requeridas para proteçãoe operação. A manutenção pode consistir em “manutenção preditiva” e “manutenção preventiva”, queé realizada sistematicamente com a intenção de prevenir falhas e conservar a instalação em boascondições, ou de “manutenção corretiva”, que é o que se realiza para reparar ou substituir uma partedefeituosa.

 A “manutenção preditiva” é realizada sem necessidade de desenergização do sistema elétrico,como, por exemplo, a realização da termograa e inspeção de linhas, enquanto que a “manutençãopreventiva” necessita de desenergização, como, por exemplo, limpeza de contatos.

Cada tipo de manutenção necessita de uma análise criteriosa dos riscos envolvidos, e estes riscosdevem constar nos procedimentos.

Há dois tipos de serviços de manutenção:

 — serviço no qual o risco de choque elétrico, curto-circuito ou arco elétrico está presente e,portanto, deve-se aplicar procedimentos de serviço apropriados;

 — serviço no qual o projeto do equipamento permite que certas tarefas de manutenção(por exemplo, trocas de fusíveis incorporadas nas seccionadoras ou troca de lâmpadasdo sistema de iluminação com soquetes proteção IP2x) sejam realizadas de forma segura,sem necessidade de aplicar a totalidade do procedimento de serviço descrito em 7.4.

Conforme o serviço deve-se aplicar as regras para os serviços em equipamentos e instalaçõesdesenergizadas (zona livre, ver 6.2), serviços em instalações energizadas (para zona de risco,ver 6.3), serviços em proximidade de partes energizadas (para zona controlada, ver 6.4), ouvericação de funcionamento (5.4).

7.2 Pessoal

Todos os procedimentos de manutenção a serem executados devem ser aprovados por prossionalhabilitado e autorizado e pelo responsável pela instalação.

Quando da realização de um serviço de manutenção em uma instalação elétrica, deve-se:

— denir claramente a parte da instalação afetada; — identicar e nomear o responsável pelo serviço.

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 As pessoas que realizam os serviços devem estar autorizadas e capacitadas para o serviço a serrealizado. Devem estar equipadas e utilizar as ferramentas, instrumentos de medição e de ensaioe os equipamentos de proteção individual conforme descrito no procedimento, e devem ser mantidosem boas condições de uso.

Devem ser adotadas todas as medidas de segurança, incluindo as proteções necessárias paraa proteção de terceiros, de animais e de bens.

7.3 Serviços de reparo

Os serviços de reparo podem compreender as seguintes etapas:

 — procura de defeito;

 — correção do defeito ou substituição de componentes;

 — colocação em serviço da parte da instalação reparada.

Pode ser necessário aplicar procedimentos diferentes em cada etapa do serviço.

Devem ser denidas condições especicas de serviço para localizar e delimitar defeitos coma instalação energizada ou durante a aplicação de tensões de ensaio, de acordo com a Seção 5 e combase na Seção 6.

 A eliminação de defeitos deve ser realizada de acordo com as regras dos procedimentos de serviçoconforme a Seção 6.

Devem ser realizados os ensaios funcionais e de vericação apropriados, e os ajustes necessários paraassegurar que os elementos reparados da instalação estejam em condições de serem reenergizados.

7.4 Serviços de substituição

7.4.1 Substituição de fusíveis

 A substituição de fusíveis deve ser realizada com equipamento desnergizado sem tensão, salvo se forseguido um procedimento de trabalho energizado seguro.

Para instalações de baixa tensão, onde o fusível está instalado em um dispositivo que protegea pessoa contra um contato e contra um possível curto-circuito (por exemplo, fusível incorporadona chave seccionadora removível), a substituição pode ser realizada sem vericar a ausênciade tensão e por uma pessoa autorizada.

Para as instalações de alta tensão, a substituição deve ser realizada de acordo com os procedimentosde serviço (ver Seção 6) e por uma pessoa autorizada.

7.4.2 Substituição de lâmpadas e acessórios

Quando for necessária a substituição de lâmpadas e acessórios removíveis, como starters, esta deveser realizada sem tensão, atendendo aos requisitos de segurança de trabalho em altura.

Para instalações de baixa-tensão, estas substituições podem ser realizadas com tensão por pessoasnão advertidas, quando o material possuir uma proteção completa IP 2X contra os contatos.

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Em todos os outros casos, especialmente para instalações de alta tensão, a substituição deve serrealizada de acordo com os procedimentos de reparos (ver 7.3). As substituições de acessórios nãoremovíveis devem ser realizadas de acordo com os procedimentos de serviço indicados na Seção 6.

Obrigatoriamente, deve assegurar-se que as peças de substituição utilizadas sejam adequadasao equipamento que está sendo mantido.

7.5 Interrupção temporária

No caso de uma interrupção temporária do serviço de manutenção, o responsável deve tomar todasas medidas necessárias para impedir tanto o acesso a partes acessíveis com tensão, como qualquermanobra não autorizada na instalação elétrica.

Qualquer interrupção deve ser informada ao responsável pela instalação.

7.6 Término do serviço de manutenção

 Ao nalizar os serviços de manutenção, o responsável pelo serviço deve deixar a instalaçãoà disposição do responsável pela instalação. Deve-se noticar o responsável pela instalação sobreo estado da instalação elétrica no momento de sua entrega.

8 Planejamento e atendimento à emergência e resgate

 Apesar de todos os esforços para eliminar os riscos e ferimentos com a eletricidade, existem situaçõesque fogem do controle. A empresa deve possuir um plano de emergência documentado e o pessoalpreparado e treinado para prestar os primeiros socorros e resgate imediato ao acidentado em situaçõesde emergência.

O plano de emergência deve contemplar resgate e tratamento de choque elétrico, queimaduras porarco elétrico, lesões por explosão devido à rajada de materiais ou incêndio envolvendo equipamentoelétrico.

O plano de emergência e resgate ao acidentado deve estabelecer a avaliação médica rápidae imediata para qualquer exposição a um choque elétrico na tensão acima de 50 V c.a. e/ou 120 V c.c.,independentemente de sintomas observáveis, ferimentos ou desconforto do acidentado.

O plano de emergência deve contemplar:

 — treinamento em reanimação cardiopulmonar (RCP);

 — prestação de primeiros socorros para queimadura por arcos elétricos;

 — meios de resgate e transporte de acidentados;

 — realização de simulados de emergência com acidentes com eletricidade;

 — identicação dos pontos de isolamento de energia e treinamento aos socorristas;

 — treinamento de manuseio e operação dos equipamentos de prevenção e combate a incêndioexistentes nas instalações elétricas;

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 — equipamentos de emergência, incluindo meios de comunicação, EPI dos socorristas,mantendo disponível e de fácil acesso com sinalizações de fácil localização;

 — manutenção do cenário do incidente elétrico até que a equipe de perícia/investigação chegue

ao local.

9 Serviços em áreas classicadas

Os documentos de classicação de áreas atualizados, planta baixa, cortes, estudos e cálculosdevem estar disponibilizados nos prontuários elétricos da instalação como previsto na legislaçãobrasileira. As plantas e cortes devem estar disponíveis para o trabalhador dentro das salas de controleou em instalações sujeitas a este risco.

É recomendado que a empresa estabeleça uma norma interna sobre a classicação de áreas

incorporando a própria experiência no assunto com base no seu processo industrial e sistemaadministrativo de segurança operacional. Na ausência desta podem ser utilizadas normas especícasdo próprio segmento industrial e a ABNT NBR IEC 60079-10-1, para gases e vapores inamáveis,e ABNT NBR IEC 60079 -10 -2, para poeiras combustíveis.

Os dados sobre as substâncias inamáveis podem ser obtidos diretamente da análise do produtoutilizado, da Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ou banco de dadosinternacionais.

 A empresa deve estabelecer procedimentos especícos para realização de serviços em eletricidadeem ambientes de área classicada. É recomendado que sejam com base em uma das ferramentasde análise de risco.

 A empresa deve estabelecer procedimentos especícos para realização de serviços em eletricidadeem ambientes de área classicada. É recomendado que sejam com base em uma das ferramentasde análise de risco.

Os prossionais que atuam sobre este risco devem receber treinamento adequado, conforme previstona legislação brasileira.

Os equipamentos, componentes e critérios de instalação elétrica devem atender à série IEC 60079.

Os equipamentos e componentes elétricos que operam dentro de uma área classicada devem possuir

certicado de conformidade Ex e devem constar no prontuário da instalação.

Os serviços somente devem ser iniciados mediante a emissão de uma permissão de trabalho especícacom base em uma ferramenta de análise de risco constando no mínimo:

  data e horário do início e termino da atividade;

  natureza da atividade a ser realizada;

  riscos envolvidos e medidas de controle;

  instrumento e ferramentas que podem ser utilizadas;

  aprovação com identicação legível do aprovador.

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Não podem ser realizados serviços ou intervenções, como abertura de invólucros, serviços de remoçãode componentes ou equipamentos para reparo ou substituição do local de origem em instalaçõeselétricas em área classicada com o sistema energizado enquanto a unidade estiver em funcionamento,processando produtos explosivos ou inamáveis. Entre estas atividades, inclui-se inspeção detalhada,quando for necessário abrir os invólucros.

Os serviços ou intervenções em instalações elétricas em área classicada somente podem ser iniciadosapós a conrmação da ausência de uma concentração que possa causar ignição de qualquer gás,inamável ou combustível antes do início da atividade e monitoramento continuo durante a execuçãoda atividade

 A conrmação da ausência de tensão dentro da área classicada deve ser feita por um instrumentode medição Ex que possua cericado de conformidade.

Qualquer atividade ou intervenção em instalação elétrica após conrmação da desenergizacão

e conrmação da ausência de uma concentração que possa causar ignição de qualquer gás ou ina-mável deve ser assegurada por supervisão contínua por pessoa qualicada e monitoramento contínuo.

Os equipamentos elétricos moveis (portáteis, transportáveis, e manuais) e suas respectivas conexõescom a fonte devem ser apropriados para o tipo para uso na classicação de área do local.

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Anexo A(informativo) 

Guia de distâncias no ar para os procedimentos de trabalho

A.1 Generalidades

O objeto deste Anexo é ajudar os usuários a denir as distâncias mínimas para realizar serviçosem instalações desenergizadas, energizadas ou em proximidades de partes energizadas.

A.2 Serviços em instalações energizadas – Zona de riscoQualquer trabalho dentro da zona de risco é considerado serviço em instalação energizada.

 A zona de risco é o entorno da parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusiveacidentalmente por parte do corpo ou com materiais, ferramentas ou equipamentos manipulados pararealização do serviço. A distância é estabelecida de acordo com o nível de tensão, cuja aproximaçãosó é permitida a prossionais autorizados e com adoção de técnicas e instrumentos apropriados detrabalho. Este entorno é denido pela distância Rr da parte condutora energizada.

A.3 Serviços em proximidades – Zona controladaQualquer trabalho durante o qual a pessoa pode entrar na zona controlada, ainda que seja com umaparte do seu corpo ou com materiais, ferramentas ou equipamentos que manipulados para realizaçãodo serviço é considerado serviço em proximidades sem alcançar a zona de risco.

 A zona controlada é o entorno da parte condutora energizada, não segregada, acessível, estabelecidade acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a prossionais autorizados. Esteentorno é denido pela distância Rc da parte condutora energizada.

A.4 Zona livre

Os trabalhos fora da zona de risco e zona controlada são trabalhos não relacionados às instalaçõeselétricas, realizados na zona livre.

 A pessoa que desenvolve atividades em zona livre e na vizinhança da zona controlada tem que serautorizada e instruída formalmente com conhecimentos que permitam identicar e avaliar possíveisriscos e adotar as precauções cabíveis.

A.5 Zona de risco de arco elétrico

 A zona de risco de arco é estabelecida de acordo com o cálculo da energia incidente acima de1,2 cal/cm2 ou 5 J/cm2, e no local a ser indicado o nível de energia.

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Tabela A.1 – Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre

Faixa de tensãonominal da instalação

elétrica

kV

Rr - Raio de delimitaçãoentre zona de risco e

controlada

m

Rc - Raio de delimitaçãoentre zona controlada e

livre

m

< 1 0,20 0,70

≥ 1 e < 3 0,22 1,22

≥ 3 e < 6 0,25 1,25

≥ 6 e < 10 0,35 1,35

≥ 10 e < 15 0,38 1,38

≥ 15 e < 20 0,40 1,40≥ 20 e < 30 0,56 1,56

≥ 30 e < 36 0,58 1,58

≥ 36 e < 45 0,63 1,63

≥ 45 e < 60 0,83 1,83

≥ 60 e < 70 0,90 1,90

≥ 70 e < 110 1,00 2,00

 110 e<

 132 1,10 3,10≥ 132 e < 150 1,20 3,20

≥ 150 e < 220 1,60 3,60

≥ 220 e < 275 1,80 3,80

≥ 275 e < 380 2,50 4,50

≥ 380 e < 480 3,20 5,20

≥ 480 e < 700 5,20 7,20

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Anexo B(informativo) 

Informações complementares para o trabalho em segurança

Exemplo de aplicação para serviços em instalações energizadas.

B.1 Renovação da autorização para serviços em instalações energizadas

 Além dos treinamentos exigidos pela legislação, na prática é recomendado realizar atualizações detreinamentos e reavaliações sempre que ocorrerem os seguintes casos:

 — mudança do pessoal ou de supervisão;

 — interrupção da execução de trabalhos por longo período;

 — limitações médicas;

 — mudanças de métodos de trabalho ou de manutenção (revisão do procedimento).

B.2 Condições ambientais

Recomenda-se que as condições ambientais apresentadas em B.2.1 a B.2.5 sejam avaliadas.

B.2.1 Precipitações

Por precipitação, entende-se a chuva, o granizo, a garoa, o orvalho ou a geada.

 As precipitações inuenciam principalmente na visibilidade e condição de equilíbrio das pessoas.Dependendo do nível de tensão, do tipo de instalação e do tipo de serviço e método utilizado, quandoas precipitações prejudicarem a visibilidade, isolação dielétrica dos equipamentos e o equilíbrioda pessoa for prejudicado, recomenda-se a suspenção dos trabalhos.

B.2.2 Neblina espessa A névoa é considerada espessa quando a visibilidade é reduzida a um nível que comprometaa segurança, particularmente quando o supervisor de trabalho não consegue visualizar os membrosda equipe e as partes energizadas onde executam os trabalhos ou na sua proximidade. Nestascondições, recomenda-se interromper os trabalhos.

B.2.3 Temporais com descargas atmosféricas

Se do local de trabalho for possível observar relâmpagos e ouvir trovões, recomenda-se a suspensãodos trabalhos, se estiver efetuando atividades sobre condutores, em linhas aéreas e em subestações

conectadas com estas linhas.

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B.2.4 Ventos fortes

Considera-se que o vento é forte quando ele impede a pessoa de utilizar suas ferramentas comprecisão. Neste caso recomenda-se interromper os trabalhos.

B.2.5 Temperaturas muito baixas

Considera-se que a temperatura é muito baixa quando ca difícil o uso de ferramentas e diminui aduração ou vida útil dos materiais; neste caso, recomenda-se que os trabalhos sejam interrompidos.

B.3 Proteções contra incêndios – Combate a incêndios

Na operação das instalações elétricas, sempre considerar a possibilidade da ocorrência de umincêndio.

Se ocorrer um incêndio, desenergizar as partes da instalação elétrica envolvidas no evento ou quepossam interferir com a atividade de combate a incêndio, salvo se for necessário manter energizadopara combater o incêndio ou se o corte de energia puder causar outros riscos adicionais.

Recomenda-se que os materiais e objetos inamáveis sejam instalados, armazenados e protegidosde forma que não possam ser inamados facilmente.

Recomenda-se a utilização de cabos de força e de controle com revestimento antichama.

Recomenda-se que os ambientes que segregam sistema de força e controle com passagem de caboentre eles possuam fechamento completo, não sendo permitido a presença de fendas ou aberturasnão protegidas.

Recomenda-se que os leitos de cabo sejam instalados fora do raio de ação dos vapores quentesemanados da região de abertura de painéis elétricos contra arco elétrico certicado ou não interramcom os dutos de exaustão destes.

Convém que ambientes de subestação elétrica sejam protegidos por sistemas de detectoresno ambiente, sobre forro e em entre pisos ou passagem de cabos.

B.3.1 Incêndios em pequenas instalações elétricas

Para combater pequenos incêndios em instalações elétricas, convém que existam extintoresde incêndio ou sistema de proteção do tipo apropriado para a classe de incêndio em quantidade,tipo e em boas condições operacionais, visíveis e facilmente acessíveis, levando em consideraçãoos cenários previstos nas análises de risco da instalação.

Recomenda-se que as pessoas sejam treinadas na utilização de extintores para combate a incêndios,especialmente em instalações energizadas. Convém que esta formação se repita a intervalosadequados de tempo.

Quando forem utilizados extintores em uma instalação elétrica energizada, recomenda-se que sejamrespeitadas as distâncias de segurança adequadas.

Informar as pessoas sobre a possibilidade de desprendimento de substâncias tóxicas por materiaisquentes ou em combustão.

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B.3.2 Incêndios em grandes instalações elétricas

Para combater incêndios em grandes instalações elétricas, por exemplo, subestações, recomenda-seque sejam previstos sistemas de combate a incêndio por lançamento de água plena, com instalaçãode hidrantes ao redor da instalação em número e locais adequados. Para efeito do combate a incêndio,uma instalação elétrica desenergizada pode ser considerada como incêndio em edicação.

Recomenda-se também que seja previsto um sistema de interrupção e bloqueio completoda subestação, incluindo principalmente a subestação principal de entrada da planta industrial. Convémque os sistemas de iluminação de emergência, banco de baterias, pressurização e equipamentos,como ventiladores de captação de ar externo, também sejam projetados desta forma, e que sejautilizado o sistema de detecção, assim como o sistema redundante de dispositivo de interrupçãoe bloqueio facilmente acessível por uma brigada de incêndio, adjacente a entrada da instalaçãoou pelo lado externo.

Não é permitida a existência de sistema de banco de baterias dentro das subestações. Estas podemser adjacentes, porém desde que sejam segregadas por barreira física permanente entre elas,por exemplo, parede de alvenaria.

B.4 Proteções em áreas classicadas

Quando da realização de serviços elétricos em locais com risco de formação de uma atmosfera,recomenda-se que sejam adotadas medidas de controle de acordo com o nível de risco, como:

a) por monitoramento contínuo da atmosfera e proibição de uso de qualquer fonte de energia capazde inamar a mistura explosiva;

b) aplicação de uma ventilação contínua e monitoramento da concentração da atmosfera explosiva;

c) limitação das atividades dos trabalhos;

d) utilização de equipamentos certicados Ex.

B.5 Segurança na utilização de instrumentos de medição portátil

 Antes de fazer qualquer tipo de medição, vericar se a tensão do circuito é menor que a tensão

máxima especicada para o instrumento.

 Além da tensão máxima do instrumento, atentar para o nível de impulso que o instrumento suporta.(4 kV, 6 kV ou 8 kV)

Multímetros não são apropriados para serem utilizados em tensão acima 1 000 V c.a.

B.5.1 Categorias de utilização (ou categoria de sobretensão) para baixa-tensão

Determinar a capacidade do instrumento em suportar os transientes de tensão.

 As categorias são divididas em CAT I, CAT II, CAT III e CAT IV.

Mesmo para uma categoria, ela pode ter nível de impulso diferente.

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Tabela B-1 – Categorias de utilização de instrumentos

Categoria Denição conforme IEC 61010 Explicação

CAT IVPara medições realizadas naentrada da instalação de baixatensão

Trifásico na conexão da rede elétrica externa

CATI IIIPara medições realizadas eminstalações internas de baixa tensão

Distribuição trifásica, conjuntos de manobrade baixa tensão, inclusive distribuição deiluminação e serviços auxiliares monofásico

CAT IIPara medições realizadas emcircuitos diretamente conectados àinstalação de baixa tensão

Cargas conectadas a tomadas monofásicasremovíveis

CAT I

Para medições em circuitos não

diretamente conectados

 Aparelhos eletrônicos

B.5.2 Exemplos de aplicação

Tabela B-2 – Exemplos da utilização de instrumentos

Categoria Exemplos

CAT IV

 ● Refere-se à “origem da instalação”, ponto em que é feita a conexão de baixa

tensão ao suprimento de energia da rede externa ● Medidores de eletricidade, equipamentos com proteção primária

 ● Ambiente externo e entrada de rede elétrica, derivação de eletricidade do posteao prédio

 ● Linha elétrica aérea até o prédio isolado, linha elétrica subterrânea até umabomba elétrica

 ● Painel de saída de um gerador

CATI III

 ● Equipamento em instalações xas, como por exemplo, mecanismo de distribuiçãoou motores polifásicos

 ● Barramento e alimentador em instalações industriais

 ● Alimentadores e derivações, dispositivos de painéis de distribuição

 ● Sistemas de iluminação em prédios grandes

 ● Tomadas de eletrodomésticos com conexões até a entrada da rede elétricapública

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Categoria Exemplos

CAT II

 ● Eletrodomésticos, ferramentas portáteis e cargas domésticas e outras cargassemelhante

 ● Tomadas e derivações longa

 ● Tomadas a mais de 10 m de distância da CAT III

 ● Tomadas a mais de 20 m de distância da CAT IV

CAT I

 ● Equipamentos eletrônicos com proteção

 ● Equipamento conectado a circuitos (fonte) em que medidas são tomadasno sentido de limitar as sobretensões de transientes a um nível adequadamentebaixo

B.5.3 Fusíveis de proteção

Fusíveis originais do instrumento possuem alta capacidade de interrupção.

Nunca substituir um fusível original do fabricante por outro modelo e tipo.

Manter estoque de fusíveis originais dos instrumentos existentes.

B.5.4 Pontas de prova

Recomenda-se que tenham categoria igual ou superior à do instrumento.

Nunca utilizar pontas de prova improvisadas ou danicadas.

Manter estoque de pontas de prova originais dos instrumentos existentes.

B.5.5 Cuidados adicionais

Sempre exigir certicação de 3ª parte e não apenas uma declaração do fabricante.

Utilizar EPI completo (contra choque e arco elétrico) para trabalho de medição em eletricidade.

Sempre pendurar o medidor: não segurá-lo nas mãos, para se prevenir da exposição aos efeitos dostransientes.

Evitar utilizar instrumentos muito antigos: recursos de segurança implementados nos novosequipamentos justicam o custo de substituição.

B.5.6 Outras questões de segurança

B.5.6.1 Uso do bastão detector de tensão

Jamais encostar ou mesmo se aproximar de um barramento de alta tensão sem vericar a ausênciade tensão por meio do bastão.

Tabela B.2 (continuação)

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B.5.6.2 Identicação das caixas de terminais dos geradores e dos seus respectivos cubículosde entrada nos painéis elétricos

Em função do magnetismo residual, quando o gerador estiver girando, existe tensão em seus terminais,

mesmo com o sistema de excitação desligado. Para evitar erros de avaliação da situação, recomenda-se que seja colocada uma placa de advertência sobre esta condição.

B.5.6.3 Substituição de fusíveis em circuitos trifásicos

Quando apenas um dos fusíveis se rompe, os outros dois podem ter se danicado devido à sobrecarga.

Sempre substituir os três fusíveis em um circuito trifásico e descartar os retirados.

Manter em estoque quantidades sempre múltiplas de três para cada tipo e corrente nominal de fusível.

B.5.6.4 Manutenção de disjuntores de baixa tensão A conabilidade, velocidade e abertura de um disjuntor dependem de sua especicação original e desuas condições de instalação, manutenção e operação.

 A manutenção e calibração periódica dos relés de proteção e disjuntores para manter a integridadesão fundamentais para a segurança da instalação e proteção das pessoas contra energia do arcoelétrico.

Disjuntores com unidade eletrônica de trip: ensaio por injeção secundária de corrente, bem comoensaiar cada componente da malha em separado, não garante a funcionalidade do conjunto.

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Anexo C(informativo) 

Informação complementar passos para cálculo da energia do arco(IEEE Std 1584- 2002)

C.1 Para as condições da instalação

 — tensão entre 208 V e 15 000 V – trifásico;

 — frequência de 50 Hz e 60 Hz;

 — corrente de curto-circuito sólido entre 700 A e 106 000 A;

 — aterramento de sistema sólido e isolado com e sem resistência;

 — arco dentro do invólucro de equipamentos e em locais abertos;

 — espaçamento entre condutores (barramentos) entre 13 mm e 152 mm;

 — curtos-circuitos trifásicos:

Passo 1: Obter dados do sistema e instalação elétrica.

Passo 2: Determinar a corrente de curto-circuito trifásico no ponto onde quer calcular a energia doarco (I bf  ).

Passo 3: Determinar a corrente de arco elétrico (I a).

a) Para tensão do sistema menor que 1 000 V

log I a = K + 0,662 ⋅ log I bf + 0,0966 ⋅ V + 0,000 526 ⋅ G + 0,5588 ⋅ V ⋅ log I bf – 0,00 304 ⋅ G ⋅ log I bf 

e

I a = 10 log Ia

onde

log  é o logaritmo na base 10;

I a  é a corrente do arco elétrico (kA);

K   (– 0,153) para conguração aberta;

  (– 0,097) para conguração em caixa fechada;

I bf é a corrente presumida de curto-circuito sólido trifásico simétrico valor r.m.s (kA);

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V   é a tensão do sistema (kV);

G  é a distância dos condutores expressa em milímetros;

a) Para tensão do sistema entre 1 000 V e 15 000 Vlog I a = 0,00 402 + 0,983 ⋅ log I bf 

e

I a = 10 log Ia

b) Para tensão do sistema acima de 15 000 V

I a =  I bf 

Passo 4: Calcular a energia incidente normalizada

log E n = K 1 + K 2 + 1,081 . log I a + 0,0 011 .G

e

E n = 10 log E n

onde

E n é a energia incidente (J/cm2) para tempo de 200 ms e distância de 610 mm;

K 1  (– 0,792) para conguração sem compartimento (sem invólucro)

  (– 0,555) para conguração em compartimento;

K 2  (0) para sistema isolado e aterrado por alta resistência

  (– 0,113) para sistema solidamente aterrado;

G  é a distância dos condutores/barramento, expressa em milímetros (mm)

Tabela C.1 – Expoente de distância x

Tensão dosistema

kV

Conjunto demanobra

Distância típicados condutores/

barramentosmm

Expoente dedistância

x

0,208 – 1

Conjunto demanobra 

sem separaçãointerna

32 1,473

Conjunto demanobra 

com separaçãointerna

25 1,641

> 1 – 5Conjunto de

manobra

13 – 102 0,953

> 5 – 15Conjunto de

manobra153 0,953

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Passo 5: Denir a distância de trabalho – distância entre o ponto de ocorrência do arco e o ponto quese quer determinar a energia

Passo 6: Determinar o tempo de duração do arco em segundos, considerando a corrente de arco

calculado no passo 3, e para 85 % da mesma corrente. Recomenda-se que este tempo seja obtido dacurva de seletividade do sistema de proteção.

Passo 7: Cálculo da energia incidente

E  = 4,184 ⋅ C f ⋅ E n ⋅ (t /0,2) ⋅ (610x/Dx)

onde

E é a energia incidente, expressa em joules por centímetro quadrado (J/cm2);

C f   é o fator de cálculo:

1,5 para tensão igual ou menor do que 1 kV

1,0 para tensão acima de 1 kV;

E n  é a energia normalizada;

t   é o tempo do arco, expresso em segundos (s);

D  é a distância do ponto do arco expressa em milímetros (mm);

x é o expoente de distância (ver Tabela C.1).

Repetir o cálculo para determinar a energia normalizada e energia incidente para corrente iguala 85 % da corrente calculada, considerando o respectivo tempo de extinção do arco.

Utilizar o maior valor para a escolha da vestimenta de proteção.

C.2 Para instalação fora da condição listada em C.1

Nos casos onde a tensão for acima de 15 000 V ou as distâncias entre condutores/barramentos foremacima de 152 mm, recomenda-se que seja aplicado o método teórico do Lee para cálculo da energia,utilizando a equação;

E  =

 2,142⋅

 10

6⋅

 V  ⋅

 I bf⋅

 (t /D2

)onde

E   é a energia incidente, expressa em joules por centímetro quadrado (J/cm2);

V   é a tensão do sistema, expressa em quilovolts (kV);

t   é o tempo, expresso em segundos (s);

D é a distância do arco, expressa em milímetros (mm);

I bf   é a corrente de curto-circuito sólido trifásico.

Recomenda-se que a roupa para proteção contra energia do arco tenha a especicação de ATPVou EBT maior que a energia incidente calculada.

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Anexo D(informativo) 

Orientação para procedimento de trabalho seguro para atmosferasexplosivas de gás

Um procedimento para trabalho seguro pode ser implantado para permitir que fontes de ignição sejamutilizadas em uma área classicada, sob condições prescritas.

Uma permissão de trabalho pode ser emitida quando uma região especíca tiver sido avaliada paraassegurar que gases ou vapores inamáveis não estão presentes e não é prevista a sua presença,em quantidades que possam alcançar concentrações inamáveis, durante o período de tempo

especicado. A permissão pode prescrever monitoração de gás contínua ou periódica ou açõesdetalhadas a serem levadas em consideração no evento de uma liberação.

Considerações para a emissão de uma permissão de trabalho especíca podem incluir:

a) especicação da data e horário do início da permissão de trabalho;

b) denição da localização da atividade;

c) especicação da natureza da atividade permitida (por exemplo, gerador a diesel, perfuração);

d) medições realizadas e registros possíveis para conrmar a ausência de uma concentração quepossa causar ignição de qualquer gás ou vapor inamável;

e) especicação dos requisitos e periodicidade de amostragem para conrmar a ausência continuadade gás ou vapor inamável;

f) controle de possíveis fontes de líquidos ou gases inamáveis;

g) especicação de planos de contingência para emergências;

h) especicação de data e horário para expiração da permissão de trabalho.

NOTA Importantes aspectos associados com a documentação, treinamento, controles e utilizaçãonecessários para uma aplicação efetiva de uma permissão de trabalho estão além do escopo desta Norma.

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7/18/2019 Projeto NBR 16384 - Segurança Em Eletricidade

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ABNT/CB-003PROJETO ABNT NBR 16384

JUN 2015

Bibliograa

 ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

 ABNT NBR 5419 (todas as partes), Proteção contra descargas atmosféricas

 ABNT NBR 7117, Medição da resistividade e determinação da estraticação do solo

 ABNT NBR 12232, Execução de sistemas xos automáticos de proteção contra incêndio com gás

carbônico (CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante

 ABNT NBR 13231, Proteção contra incêndio em subestações elétricas

 ABNT NBR 14039, Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV 

 ABNT NBR 15688, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus

 ABNT NBR 15749, Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em

sistemas de aterramento

 ABNT NBR 15751, Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos

 ABNT NBR IEC 60079 (todas as partes), Atmosferas explosivas 

 ABNT NBR IEC 60439-2, Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 2: Requisitos

 particulares para linhas elétricas pré-fabricadas (sistemas de barramentos blindados)

 ABNT NBR IEC 60439-3, Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão – Parte 3: Requisitos

 particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinados a instalação em locais

acessíveis a pessoas não qualicadas durante sua utilização – Quadros de distribuição

 ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP)

 ABNT NBR IEC 62271-102, Equipamentos de alta-tensão – Parte 102: Seccionadores e chaves

de aterramento

 ABNT NBR IEC 62271-200, Conjunto de manobra e controle de alta-tensão – Parte 200: Conjunto de

manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1 kV até e inclusive 52 kV 

IEC TS 60479-1, Effects of current on human beings and livestock – Part 1: General aspects

IEEE Std 1584TM, Guide for performing arc-ash hazard calculation

IEEE Std. 3007.2, Recommended practice for the maintenance of industrial and commercial power

system