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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 2018

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO LICENCIATURA EM … · Estadual nº 5.758, de 28 de novembro de 1934 e federalizada pela Lei nº 1.254, de 4 de dezembro de 1950, sendo uma autarquia

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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

2018

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Instituto de Matemática e Estatística

Diretor: Prof. Elismar da Rosa Oliveira

Vice-Diretor: Prof. Flávio Augusto Ziegelmann

Departamento de Estatística (DE)

Prof. João Henrique Ferreira Flores Chefe de Departamento

Departamento de Matemática Pura e Aplicada (DMPA)

Prof. João Batista da Paz Carvalho Chefe de Departamento

Comissão de Graduação de Matemática (COMGRAD-MAT)

(Mandato: 01/02/2017 a 07/02/2018)

Profª. Flávia Malta Branco (Coordenadora) Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Prof. Dagoberto Adriano Pizzotto Justo (Coordenador Substituto) Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Profª Débora da Silva Soares Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Profª Lisete Regina Bampi Departamento de Ensino e Currículo

Prof. Guilherme Pumi Departamento de Estatística

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Núcleo Docente Estruturante1(NDE)

Profª. Flávia Malta Branco (Coordenadora)

Prof. Alveri Alves SantAna

Prof. Dagoberto Augusto Rizzotto Justo

Prof. Leonardo Fernandes Guidi

Profª Luisa Rodriguez Doering

Prof. Marcus Vinicius de Azevedo Basso

1 Os membros do NDE do Curso de Licenciatura em Matemática são professores do Departamento de Matemática Pura e Aplicada em regime de Dedicação Exclusiva.

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Apresentação

A Educação é um bem público e deve estar a serviço de um projeto de

país. Nesse sentido, este documento apresenta o Projeto Pedagógico de Curso

da Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

elaborado em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais,

estabelecidas pela Resolução 02/2015 do Conselho Nacional de Educação.

Também apresenta informações sobre a Universidade, incluindo aspectos

legais da sua criação, contextualização, trajetória e relevância social,

particularmente no Sul do País. Por fim, apresenta informações detalhadas

sobre o Curso de Licenciatura em Matemática, as quais são os pilares do Projeto

Pedagógico de Curso.

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A UFRGS

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com sede em

Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, foi instituída pelo Decreto

Estadual nº 5.758, de 28 de novembro de 1934 e federalizada pela Lei nº 1.254,

de 4 de dezembro de 1950, sendo uma autarquia dotada de autonomia didático-

científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial.

A estrutura, finalidade, a organização e o funcionamento dos órgãos

da Administração Superior, das Unidades Universitárias e demais órgãos da

Universidade estão definidos no Estatuto e Regimento Geral da Universidade,

conforme Decisão nº 148/94 e Decisão nº 183/95 do Conselho Universitário e

a Resolução nº 42/95 do Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa,

publicados no Diário Oficial da União em 11 de janeiro de 1995 e 30 de janeiro

de 1996. Também se orienta em seu Plano de Desenvolvimento Institucional

(PDI) para o período de 2016-2026, aprovado pela Decisão nº 179/2016 de 24

de junho de 2016 do Conselho Universitário.

Reconhecida nacional e internacionalmente, ministra cursos em todas

as áreas do conhecimento e em todos os níveis, desde o Ensino Fundamental

até a Pós-Graduação. A qualificação do seu corpo docente, composto em sua

maioria por mestres e doutores, a atualização permanente da infraestrutura

dos laboratórios e bibliotecas, o incremento à assistência estudantil, a

implementação de políticas públicas de ações afirmativas, bem como a

priorização de sua inserção nacional e internacional são políticas em constante

desenvolvimento.

Por seus prédios circulam, diariamente, cerca de 36 mil pessoas em

busca de uma das mais qualificadas experiências de ensino do país. Este, aliado

à pesquisa, com reconhecidos níveis de excelência, e a extensão, a qual

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proporciona diversificadas atividades à comunidade, faz com que a UFRGS

alcance altos níveis de avaliação nacionais e internacionais.

A UFRGS, como instituição pública a serviço da sociedade e

comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as diferenças,

prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso com a

educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e

solidariedade.

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1. PERFIL DO CURSO

Nome do Curso

Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática - Noturno.

Título Conferido aos Egressos do Curso

Aos egressos do Curso de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em

Matemática - Noturno é conferido o título de Licenciado em Matemática.

História do Curso

O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) foi criado em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com

duas habilitações: Bacharelado em Matemática e Licenciatura em Matemática.

Foi autorizado a funcionar em 1942, através do Decreto nº 9.706, e obteve

reconhecimento em 1944 através do Decreto nº 17.400 (PAIUFRGS, 1996).

O diploma de licenciado era então outorgado àqueles estudantes que,

tendo concluído o curso de Bacharelado, cursaram um ano adicional de

disciplinas de Didática. Em 1970, como decorrência da reforma universitária de

1968, a oferta de ambas as habilitações passou a ser encargo do Instituto de

Matemática e Estatística da UFRGS (IME), até então dedicado exclusivamente à

pesquisa.

Em 1990 foram ofertadas, pela primeira vez, vagas distintas para os

cursos de Bacharelado e Licenciatura em Matemática no Concurso Vestibular

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da UFRGS. Com isso, o curso de Licenciatura passou a contar com um docente

representante na Comissão de Graduação dos cursos de Matemática.

Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de

Licenciatura, superando a estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados

à formação matemática e um ano dedicado à formação didático-pedagógica. O

novo currículo foi proposto tendo como referência um perfil delineado de

professor de Matemática, de modo que “o aluno tivesse oportunidade de

vivenciar situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a iniciação

à docência permeasse todo o curso (PAIUFRGS, 1995). A organização curricular

foi estruturada segundo os critérios: “ Integrar, ao longo dos quatro anos de

formação, as disciplinas das áreas pedagógica e matemática; Iniciar o trabalho

de formação a partir do nível em que se encontra o aluno, retomando-se ao

longo do primeiro ano conteúdos da escola secundária; Distribuir

equilibradamente os créditos entre disciplinas de caráter matemático e caráter

pedagógico.” (PAIUFRGS, 1995).

Nesse novo currículo, também foi incorporada a perspectiva da inovação

do ensino de Matemática com recursos das tecnologias digitais, inicialmente

através de duas disciplinas e posteriormente nas práticas pedagógicas

desenvolvidas ao longo do curso (Idem, 1995).

Em 1995 foi criado o curso de Licenciatura em Matemática – Noturna,

atendendo a uma demanda social de graduação de alunos trabalhadores, com

as mesmas disciplinas do curso diurno, distribuídas ao longo de cinco anos de

formação.

Em 2000, os currículos sofreram novas alterações em atendimento à

exigência de um mínimo de 300 horas de prática de ensino, estabelecida pela

nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96). Nessas

alterações, foram preservados os princípios motivadores da reformulação

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curricular anterior e modificadas a súmula e carga horária de um conjunto de

disciplinas, em decorrência de avaliação interna do currículo implementado

desde 1993.

A implementação dos novos currículos dos cursos de Licenciatura foi

acompanhada de um conjunto de iniciativas relativas à qualificação do corpo

docente e à melhoria das condições de infraestrutura dos cursos que se

refletem nas práticas integradas de ensino, pesquisa e extensão, bem como na

articulação entre a formação inicial e continuada de professores.

Destaca-se a qualificação, em nível de Doutorado, do corpo docente

atuante nos cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em

Matemática-Noturna. No Departamento de Matemática Pura e Aplicada

(DMPA), responsável pela oferta de disciplinas que correspondem a cerca de

70% da carga horária dos cursos de Licenciatura, a qualificação dos docentes

desenvolveu-se em dois sentidos.

Numa primeira vertente, prosseguiu o esforço de formação e o

recrutamento de doutores na área da Matemática, iniciado nos anos 70. Na

segunda vertente, um grupo de docentes dedicados aos cursos de Licenciatura

buscou a continuidade de sua formação nas áreas da Educação, da Educação

Matemática e da Informática na Educação. Nesse mesmo período tornaram-se

sistemáticas, no âmbito do Instituto de Matemática e Estatística (IME), as

atividades de pesquisa e extensão voltadas especificamente para as questões

de ensino e de formação de professores de Matemática.

A área de Educação Matemática adquiriu identidade e espaço próprio no

IME, com presença permanente nas Comissões de Pesquisa e Extensão. Em

1996, o DMPA realizou pela primeira vez um concurso docente voltado para

essa área.

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No Departamento de Ensino e Currículo (DEC) da Faculdade de Educação

(FACED), responsável por um conjunto de disciplinas que inclui os estágios

curriculares, consolidou-se também um grupo de docentes dedicado ao curso

de Licenciatura em Matemática, com formação em nível de doutorado nas áreas

da Educação e da Educação Matemática.

A constituição de um grupo de docentes com formação nas áreas da

Educação, Educação Matemática e Informática na Educação reflete-se na

produção de trabalhos que dizem respeito à formação de professores e ao

ensino de matemática. Dentre esses trabalhos, cabe destacar as dissertações e

teses de autoria dos docentes que atuam no curso. Na continuidade desses

trabalhos, diferentes projetos de pesquisa vêm sendo desenvolvidos a partir de

questões de ensino e aprendizagem de Matemática, envolvendo alunos dos

cursos de Licenciatura e da Pós-graduação em Ensino de Matemática e tendo

como objeto de análise e campo de implementação a sala de aula, articulando a

pesquisa e a prática docente na formação de professores.

Entre esses projetos de pesquisa, podem ser destacados.

- o Projeto “Professores de Matemática: formação e iniciação à docência”,

subprojeto da Pesquisa Novas Políticas e Novas Práticas Curriculares em

Formação de Professores (Fórum das Licenciaturas da UFRGS - Convênio

PROGRAD-UFRGS-FINEP) desenvolvido em 1996-1997;

- Projeto “GPA - Grupo de Pesquisa Ação em Educação Matemática da UFRGS”

(convênio PROADE-FAPERGS), desenvolvido no período 2000 a 2002, que

envolveu um número significativo de professores da rede e de alunos do Curso

de Licenciatura, em ações docentes conjuntas, que se constituíram como

resposta a questões-problema da área de ensino;

- Projeto “O Computador na Aprendizagem de Matemática Elementar”, iniciado

em 1995 e em desenvolvimento até o início do século XXI, articulando ensino,

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pesquisa, formação de professores e uso de tecnologia informática e servindo

de apoio para as disciplinas do Curso de Licenciatura que aliam Informática

com Ensino de Matemática;

- Projeto de Pesquisa “Construção dos números reais e discussões sobre

trigonometria e funções trigonométricas”, desenvolvido de 2002 a 2006, que

parte de uma das principais problemáticas da formação de professores - “qual

é o conhecimento específico de Matemática que deve ser construído em nível

superior e que é essencial ao professor do nível básico?” -, tem como campo de

ação a sala de aula do Curso de Licenciatura e se propõe a produzir material

didático;

- “Projeto Fábrica Virtual - Produção de Módulos Educacionais Digitais -

Matemática”, executado de 2007 a 2008 dentro do Projeto RIVED (Red

Internacional Virtual de Educación), desenvolvido no MEC pela Secretaria de

Educação a Distância (SEED) em parceria com a Secretaria de Ensino Médio e

Tecnológico (SEMTEC), constituindo-se em uma iniciativa para criação de

material didático digital com intuito de otimizar o processo de ensino das

ciências da natureza e da matemática no ensino médio presencial, com

financiamento da UNESCO;

- Projeto “Um Ambiente de Apoio à Pedagogia de Projetos de Aprendizagem”

realizado pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(FAURGS) e com financiamento da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos,

do Ministério da Ciência e Tecnologia, desenvolvido de 2003 a 2005;

- Projeto MDMat – Mídias Digitais para Matemática - Produção de conteúdos

educacionais digitais interativos para ensino-aprendizagem de Matemática,

iniciado em 2007 e em andamento, resultando na produção de ambientes

digitais MDMat - http://mdmat.mat.ufrgs.br/, MDMat - anos iniciais -

http://mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/, Representação do Mundo pela

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Matemática - http://mdmat.mat.ufrgs.br/PEAD/, este último tendo servido de

suporte para o Curso de Pedagogia a Distância da Faculdade de Educação da

UFRGS. O projeto MDMat, através do subprojeto ODIN - Objetos Educacionais

Digitais, criado em 2011, também integrou os esforços desenvolvidos por

Universidades brasileiras no desenvolvimento e catalogação de objetos de

aprendizagem que compõe o acervo do Banco Internacional de Objetos

Educacionais (BIOE) do Ministério de Educação -

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/, tendo produzido cerca de 200

objetos digitais e catalogado mais 1000 objetos no BIOE. Desde sua criação, já

participaram do projeto MDMat, mais de 20 estudantes dos Cursos de

Licenciatura e do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática, além

do envolvimento de professores egressos dos Cursos de Licenciatura em

Matemática da UFRGS.

No que tange à infraestrutura dos cursos, cabe destacar a constituição,

em 1994, do Laboratório de Informática do curso de Licenciatura, com recursos

do Programa de Apoio à Qualidade de Ensino de Graduação da UFRGS, e

mantido com recursos do IME. Em 2001, foi ampliado com recursos da

FAPERGS o Laboratório de Ensino de Matemática, também instalado no IME e

projetado para realização de experiências de ensino. O Laboratório teve sua

capacidade ampliada para 50 alunos, ocupando área de 100m2, e foi dotado de

espaço para reuniões. Foram comprados televisão, filmadora, vídeo,

computador, impressora e recursos para exposições multimídia. Desde 2002,

este espaço tem se constituído em ambiente para práticas didáticas e atividades

culturais.

A Universidade conta, desde 2002 com a Secretaria de Educação à

Distância (SEAD) que promove institucionalmente o desenvolvimento e a

ampliação de políticas e ações em EaD, bem como aperfeiçoamento pedagógico

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por meio das tecnologias de informação e comunicação. A SEAD tem como

atribuições:

I. Promover ações com o intuito de democratizar o conhecimento

científico e o acesso ao saber acadêmico, por meio das tecnologias

educacionais digitais;

II. Apoiar a implementação de cursos e projetos de educação mediados

por tecnologias digitais, propostos pelas Unidades Acadêmicas da UFRGS;

III. Acompanhar e dar apoio pedagógico e tecnológico aos cursos de

graduação, pós-graduação e extensão mediados por tecnologias digitais;

IV. Coordenar e executar programas de fomento a cursos, ações de

pesquisa e projetos de educação mediados por tecnologias digitais

(Sistema Universidade Aberta do Brasil, entre outros), em cooperação

com as Unidades Acadêmicas, Fundações de Apoio e demais órgãos da

Administração Central da UFRGS;

V. Incentivar e fomentar a integração de infraestruturas, recursos

orçamentários, financeiros e de pessoal, visando executar políticas e

ações de EaD na UFRGS;

VI. Promover pesquisas sobre tecnologias digitais como apoio às práticas

educacionais, com o objetivo de subsidiar e fundamentar tais práticas;

VII. Desenvolver, disseminar e fomentar a produção de recursos

tecnológicos para a utilização didático-pedagógica;

VIII. Estabelecer convênios e parcerias com empresas e instituições de

ensino governamentais e não governamentais, públicas ou privadas, com

o intuito de promover a educação mediada por tecnologias digitais;

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IX. Cooperar com as Unidades Acadêmicas e demais órgãos da

Administração Central da UFRGS, no intuito de manter e desenvolver a

excelência acadêmica, criando oportunidades para a integração e a

convergência entre as modalidades presencial e a distância;

X. Incentivar a criação e participar de grupos de trabalho no âmbito da

UFRGS, que visem o desenvolvimento de metodologias de ensino e de

aprendizagem, de novas tecnologias educacionais digitais, bem como de

materiais didáticos para a EaD.

Na perspectiva da inovação do ensino de Matemática com recursos da

tecnologia, foram criados sítios que possibilitam a divulgação da produção dos

professores e estudantes dos cursos de Licenciatura, que inclui recursos

didáticos. Em 1998, foi criado o sítio Mathematikos localizado atualmente em

http://mathematikos.mat.ufrgs.br, tendo servido de suporte virtual para

disciplinas dos cursos de Licenciatura até o ano de 2008. Em 2000, foi criado o

sítio http://www.edumatec.ufrgs.br, produção do Projeto Educação

Matemática e Tecnologia Informática, implementada com recursos do Projeto

Produção de Material Didático, financiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e de

Graduação da UFRGS. Este sítio, até o ano de 2002, funcionou como material de

apoio para uma disciplina dos cursos de Licenciatura. No ano de 2003, com

apoio da Secretaria de Educação à Distância da UFRGS (SEAD), o projeto foi

reestruturado para oferta de Educação a Distância (Projeto Educação

Matemática e Tecnologia Informática: uma experiência em Educação a

Distância), já com uma primeira experiência em andamento desde outubro de

2003. Em 2001 foi criado o sítio http://matematicao.mat.ufrgs.br, também

contando com recursos do Projeto Produção de Material Didático, financiado

pelas Pró-Reitoria de Pesquisa e de Graduação da UFRGS e pela SEAD, sendo

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produzido integralmente por estudantes da Licenciatura que, por sua vez, o

utilizam em trabalhos práticos com alunos do Ensino Fundamental. Como

expressão institucional do trabalho desenvolvido, o IME é um dos núcleos da

SEAD e um dos Institutos fundadores e membros permanentes do Centro

Interdisciplinar em Novas Tecnologias na Educação (CINTED), criado em 2001

e abrigando o Programa de Pós-graduação em Informática na Educação.

Atualmente, com a disseminação de plataformas virtuais de

aprendizagem e contando com o suporte do Centro de Processamento de Dados

da UFRGS no uso da Plataforma Moodle (https://moodle.ufrgs.br/), os

docentes que atuam nas disciplinas dos Cursos de Licenciatura, têm utilizado

de maneira regular as possibilidades oferecidas por este ambiente virtual. Esse

uso envolve desde a publicação de materiais complementares às aulas

presenciais, até o uso de ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas

existentes na plataforma.

As atividades de extensão estão integradas à formação dos licenciandos

de forma sistemática nas disciplinas de Laboratório de Prática de Ensino-

Aprendizagem de Matemática. No âmbito dessas disciplinas, os licenciandos

desenvolvem experiências de ensino-aprendizagem junto a diferentes grupos

de alunos: experimentos localizados em torno de tópicos específicos

implementados na sala de aula regular ou no ambiente do Laboratório de

Ensino da Matemática (IME-UFRGS), com alunos de nível fundamental e médio;

intervenções em turmas de ensino fundamental ou médio, na modalidade

regular ou EJA; parceria permanente com o Colégio de Aplicação da UFRGS, na

forma de assessoria ao Projeto Amora e oficinas de ensino; cursos de extensão

para alunos ou egressos do ensino médio, nas áreas da Geometria, da Análise

Combinatória e Probabilidade, dos Números Reais e das Funções.

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Outros projetos de extensão têm propiciado a interação dos estudantes

dos cursos com grupos das comunidades interna e externa à UFRGS. Durante o

ano de 2003, 45 licenciandos dos cursos de Licenciatura em Matemática

participaram, como bolsistas, do Programa ECSIC - Escola, Conectividade e

Sociedade da Informação, atuando em 25 escolas da Rede Municipal de Ensino

de Porto Alegre. Este programa foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura

de Porto Alegre e financiado pelo BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social. A partir dele, disseminou-se os modelos ou protótipos de

inovação curricular desenvolvidos e testados pelo Laboratório de Estudos

Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em função das

“necessidades de transformação do modelo de Escola da Sociedade Industrial

para um novo modelo: o da Escola que vai formar o cidadão da Sociedade da

Informação e da Sociedade do Conhecimento” (PROJETO ECSIC, 2001, p. 35).

Desde 2003, licenciandos vêm atuando no Programa Pró-Cálculo, nos

cursos de Pré-Cálculo oferecidos aos calouros da UFRGS e no acompanhamento

das “turmas especiais” de Cálculo I, oferecidas aos alunos com duas ou mais

reprovações na disciplina.

As diretrizes para formação inicial e continuada de professores mais

recentes indicam a articulação entre investigação e prática, ao longo desse

processo de formação. Nos últimos dez anos, o IME tem realizado atividades de

extensão voltadas para a formação continuada de professores que integram

tratamento de conteúdos matemáticos, desenvolvimento de competências

práticas e oportunidade para pesquisa em Educação Matemática. Podem ser

citadas as seguintes iniciativas de formação continuada:

- a sequência de três Oficinas de Matemática para professores e licenciandos,

atividades de extensão desenvolvidas em 1992, 1993 e 1995;

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- os quatro Cursos Pró-Ciências oferecidos para professores de Matemática e

que contaram com recursos do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação de

Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), nos anos de 1996,

1997, 1998/99 e 2003 (no último caso, através de convênio com a Secretaria

da Educação do Estado);

- a sequência de quatro Cursos para Professores de Ensino Médio, realizados

em convênio com Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Projeto Instituto do

Milênio), em janeiro e julho de 2002, em janeiro e julho de 2003 e em janeiro e

julho de 2004.

Em 2002, um grupo de docentes deu início ao estudo dos caminhos para

a criação de um novo Programa de Pós-Graduação no IME - o PPG-Ensino de

Matemática, vinculado ao oferecimento de um Mestrado especialmente

destinado para os professores em exercício na rede de escolas do nível

fundamental, médio e técnico. Em 2004 foi criado e cadastrado, junto ao CNPq,

o Grupo de Pesquisa em Ensino de Matemática da UFRGS e apresenta-se a

proposta de criação de um Programa de Pós-Graduação em Ensino de

Matemática e de um Mestrado Profissional para professores de Matemática em

exercício, aprovado nas instâncias da UFRGS.

O Programa de pós-Graduação em Ensino de Matemática do IME foi

aprovado em 2004, na Área de Ensino de Ciências e Matemática da CAPES,

tendo sido reorganizada, em 2011, como Área de Ensino. O corpo docente do

Programa foi constituído a partir de ações de ensino, pesquisa e extensão

vinculadas à qualificação do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS e

da preocupação compartilhada com a melhoria do ensino e a formação

continuada de professores. O grupo reúne docentes com formação nas áreas da

Educação Matemática, da Educação, da Informática Educativa, da Matemática

Pura, da Matemática Aplicada e da Estatística. Essa diversidade reflete-se nas

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linhas de pesquisa e nos Projetos Acadêmicos dos cursos, que contemplam o

conhecimento da Matemática, da Matemática Aplicada às outras ciências, da

Estatística, das tendências de pesquisa em Educação Matemática, dos processos

cognitivos, das teorias de aprendizagem, dos usos de tecnologia na sala de aula,

das metodologias de ensino e de pesquisa.

Através da formação interdisciplinar dos professores que atuam na

Educação Básica ou na formação de professores, busca-se contribuir para a

constituição do professor pesquisador, que reflete, experimenta e avalia sua

prática, tendo em vista a melhoria do ensino.

Como resultados, foram produzidas até o momento, 130 dissertações e

130 produtos didáticos disponíveis na página web do Programa de Pós-

graduação em Ensino de Matemática (http://www.ufrgs.br/ppgemat/). Desses

130 egressos, cerca de 20%, encontram-se atuando em Institutos Federais dos

Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; cerca de 70% atuam em escolas

públicas do Ensino Básico. Destaca-se também que, desse grupo, cerca de 20%

já concluíram ou estão com estudos de doutoramento em andamento.

Em 2014, comemorando os 10 anos de criação do PPGEMat, foi realizado

o evento MATEMÁTICA NA ESCOLA - Seminário Comemorativo dos 10 anos do

PPGEMAT-UFRGS, contando com a participação de mestrandos, egressos e

palestrantes de diversos programas de pós-graduação em Educação

Matemática do Brasil. Deste Seminário resultou a criação de uma ambiente

com a publicação das palestras em vídeo

(http://www.mat.ufrgs.br/~ppgem/10anos/index.htm) e os anais com as

comunicações científicas, relatos de experiência e oficinas apresentados no

evento (http://www2.mat.ufrgs.br/ocs/index.php/ppgemat/ppgemat).

Dando continuidade à expansão da Pós-graduação no Instituto de

Matemática e Estatística, em 2017 foi criado o Mestrado Acadêmico no

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Programa de pós-Graduação em Ensino de Matemática. Atualmente o Programa

de Pós-Graduação em Ensino de Matemática (PPGEMat) - Mestrado

Profissional tem conceito 5 e o mestrado Acadêmico tem conceito 3 na

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A criação do Mestrado Profissional e do Mestrado Acadêmico provocou

um incremento nas atividades de pesquisa, de ensino e de extensão do corpo

docente vinculado ao PPGEMat e que atua de maneira concomitante nos Cursos

de Licenciatura em Matemática.

Assim, são representativos os projetos de pesquisa e extensão a seguir

apresentados.

- “A Escola e a Relação dos Alunos com os Saberes Matemáticos”, projeto

de pesquisa iniciado em 2015, envolve o estudo da relação dos alunos da

educação básica com os saberes matemáticos, agregando pesquisas

desenvolvidas pelos mestrandos em suas escolas e salas de aula.

- “A Matemática No Ensino Primário Gaúcho Dos Anos Cinquenta:

Documentos E Narrativas De Antigos Professores”, projeto de pesquisa

iniciado em 2013 com financiamento da CAPES, o projeto investiga as

propostas de ensino de aritmética nas séries iniciais que foram

difundidas e experimentadas nos anos 1950, considerando

especialmente as influências da Escola Nova e da matemática moderna

- “Estudar Para Ensinar: Práticas E Saberes Matemáticos Nas Escolas

Normais Do Rio Grande Do Sul (1889-1970)”, projeto de pesquisa

iniciado em 2016 e financiado pelo CNPq, o projeto envolve docentes e

estudantes de graduação e pós-graduação.

- ADATec (Ação - Desenvolvimento - Aprendizagem - Tecnologias),

iniciado em 2017, trata de reflexões sobre a construção do sujeito

professor de matemática

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- “Desenvolvendo Conceitos De Cálculo Diferencial E Integral I Com Base

Na Análise De Modelos E No Uso De Tecnologias Digitais: Tensões

Emergentes”, projeto de pesquisa iniciado em 2014.

- “Processos De Gênese Instrumental De Uso Das Tecnologias Digitais Por

Professores De Matemática”, projeto de pesquisa iniciado em 2016,

investiga processos de gênese instrumental pessoal e profissional do

professor de matemática e os impactos do uso de tecnologias digitais na

construção de conceitos em matemática.

- “Programa Institucional De Bolsas De Iniciação À Docência (PIBID) -

Subprojeto Matemática”, projeto de extensão iniciado em 2007 visa à

formação qualificada de docentes para a educação básica e à melhoria

desse nível de ensino pelas vias da integração escola-universidade e da

promoção da autonomia docente, considerando uma efetiva articulação

entre teoria e prática nestes contextos educacionais.

- “OBMEP - Olimpíada Brasileira De Matemática Das Escolas Públicas -

Regionais RS01 E RS03”, projeto de extensão iniciado em 2005 e em

andamento.

Também fazendo parte dos esforços de formação de professores e da

experiência acumulada no PPGEMat, entre 2010 e 2015 foram ofertados dois

Cursos de Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática para a

Educação Básica oferecido no âmbito da UAB/UFRGS. Os cursos

caracterizaram-se pela articulação entre conhecimento matemático, tecnologia

e prática pedagógica tendo como propósito a atualização dos conhecimentos

dos professores de Matemática, especialmente quanto ao uso das mídias

digitais no processo de ensino e de aprendizagem.

(http://www.ufrgs.br/espmat/)

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As mudanças implementadas nos cursos de Licenciatura em Matemática

em 1993 estiveram em consonância com as orientações estabelecidas pelas

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação

Básica emanadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) colocando os

cursos em condições privilegiadas para o atendimento às suas determinações.

Em 2005 nova mudança curricular foi implementada a fim de atender às

exigências das Resoluções 01 e 2/2002 do CNE, bem como às determinações do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS (CEPE) em sua Resolução

04/2004, assinada em 28/04/2004.

A Resolução CNE/CP 1/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, “institui

as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da

Educação Básica, em nível superior, curso de Licenciatura, de graduação plena”,

enfatizando a necessidade de programas de formação que integrem, desde os

primeiros anos de curso, a aquisição de competências pedagógicas e

competências em área específica de conhecimento.

A Resolução CNE/CP 2/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, “institui

a duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, de

formação de professores da Educação Básica em nível superior”, estabelecendo

uma integralização mínima de 2800 horas de formação, com a seguinte

distribuição: 1800 horas para conteúdos curriculares de natureza científico-

cultural; 400 horas de prática pedagógica como componente curricular, ao

longo do curso; 400 horas de estágio curricular supervisionado, a partir da

segunda metade do curso; 200 horas para outras formas de atividades

acadêmico-científica culturais.

As exigências estabelecidas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

da UFRGS em sua Resolução 04/2004, reforçou a importância da

“indissociabilidade entre formação da especialidade e a formação pedagógica

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pela introdução, desde as etapas iniciais do curso, de disciplinas de práticas

pedagógicas”, assim como “a inclusão da pesquisa como eixo articulador entre

a construção do conhecimento específico e a prática pedagógica” e institui,

como obrigatório nos cursos de Licenciatura, o Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC) como registro de “reflexão que integre a construção teórica com as

experiências adquiridas ao longo das práticas pedagógicas e do estágio

obrigatório.”

As exigências dos documentos citados foram atendidas e o novo currículo

dos cursos de Licenciatura em Matemática entrou em vigência no ano de 2005.

Passados 10 anos, o Conselho Nacional de Educação, revogou as

resoluções anteriores e definiu novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a

formação inicial em nível superior dos cursos de licenciatura, cursos de

formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura bem

como para a formação continuada através da Resolução nº 02, de 1º de julho de

2015.

Alinhamento do curso às Diretrizes Curriculares Nacionais

O currículo do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS é

orientado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(Lei nº 9.394/96) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas na

Resolução nº 02/2015 do CNE.

Além da sólida formação matemática, pedagógica e tecnológica, os

estudantes do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS são estimulados,

durante a graduação, a refletir sobre problemas sociais, ambientais, direitos

humanos, diversidade cultural, entre outros temas que colaborem com a

formação de cidadãos éticos, críticos, capazes de colaborar com a construção

de uma sociedade mais justa, sustentável e humanizada. Nesse sentido, a

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proposta curricular do Curso alinha-se às Resoluções CNE/CP n° 1/ 2012, que

estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, à Lei

Federal nº 9795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a

política nacional de educação ambiental, à Lei Federal nº 10.639/ 2003, criada

com a intenção de ressaltar a importância da cultura negra na formação da

sociedade brasileira, entre outras.

Alinhamento do curso ao Projeto Pedagógico Institucional

O Estatuto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em seu artigo

2º afirma que a UFRGS, como Universidade Pública, é expressão da sociedade

democrática e pluricultural, inspirada nos ideais de liberdade, de respeito pela

diferença, e de solidariedade, constituindo-se em instância necessária de

consciência crítica, na qual a coletividade possa repensar suas formas de vida

e suas organizações sociais, econômicas e políticas.

De acordo com o PDI da UFRGS 2016-2026, a missão da Universidade é

“Desenvolver educação superior com excelência e compromisso social,

formando indivíduos, gerando conhecimento filosófico, científico, artístico e

tecnológico, capazes de promover transformações na sociedade”. A principal

missão da UFRGS, para os próximos anos, é a de ser uma Universidade

reconhecida pela sociedade como de excelência em todas as áreas de

conhecimento em âmbito nacional e internacional.

O curso de Licenciatura em Matemática alinha-se Estatuto e ao Projeto

Pedagógico Institucional (PDI) da instituição ao zelar pela formação de futuros

Professores de Matemática éticos, críticos, capazes de refletir, repensar sobre

suas formas de vida, as organizações sociais, econômicas e políticas. Mas

especialmente capazes de colaborar com o necessário fortalecimento do ensino

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de matemática nas escolas de ensino básico do país promovendo ensino de

qualidade fundamentado na sólida formação matemática, pedagógica e

humanitária recebida durante o processo de formação.

O curso também se alinha ao Projeto Pedagógico da Instituição nos

seguintes aspectos:

a) articulação das atividades de ensino de graduação e de pós-graduação e

de pesquisa, por meio de projetos de pesquisa e bolsas de iniciação

científica, no âmbito do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e

da Faculdade de Educação (FACE);

e) aperfeiçoamento, atualização e flexibilização do currículo do Curso de

Licenciatura em Matemática;

f) incentivo à mobilidade acadêmica, nacional e internacional na forma de

intercâmbios, estágios e programas de dupla diplomação,

especialmente fomentado pelo Programa de Licenciaturas

Internacionais (PLI);

g) incentivo à participação dos estudantes em atividades de ensino,

pesquisa e extensão;

h) integração de novas ferramentas e tecnologias da educação durante o

processo formativo, inclusive de educação à distância nas atividades

didáticas, com ênfase no uso de softwares e programas apropriados ao

ensino de matemática;

i) aconselhamento dos discentes para estimular a permanência dos alunos

no curso e diminuir a evasão;

j) acolhimento e acompanhamento de alunos com necessidades especiais,

com especificidades culturais, e aqueles ingressantes a partir de

políticas de ações afirmativas e encaminhamento para os órgãos

competentes da Universidade, quando necessário;

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k) Promovendo a flexibilização curricular com formação diversificada do

futuro professor de matemática;

l) promovendo a participação dos estudantes em atividades de pesquisa e

extensão, aplicando seus conhecimentos em escolas de educação

básica nas quais o IME tem parceria, com projetos de extensão, como o

Colégio de Aplicação da UFRGS.

m) promovendo a participação dos estudantes no Programa Institucional

de Iniciação à Docência (PIBID) em escolas da educação básica de Porto

Alegre;

n) avaliação institucional permanente das atividades de graduação como

um dos parâmetros de avaliação da própria Universidade.

o) busca da excelência na formação dos futuros professores de Matemática

para que possuam sólida formação matemática, pedagógica e domínio

da tecnologia para promoção de transformações na realidade das

escolas.

Na seção seguinte serão apresentadas as alterações curriculares

realizadas para adequar-se às Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução nº

02/2015 do CNE) bem como àquelas que estejam em consonância com as

demandas de formação de professores de Matemática para o Século XXI.

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2. ATIVIDADE DO CURSO

Modalidade do Curso

Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática - Noturno.

Duração do Curso

O currículo do curso de Licenciatura em Matemática, de turno integral, é

estruturado em 8 etapas semestrais, ou 4 anos.

O currículo do curso de Licenciatura em Matemática - Noturno, oferecido

no turno noturno e aos sábados pela manhã, tem as mesmas disciplinas e está

estruturado em 10 etapas semestrais ou 5 anos.

A duração mínima é de 6 semestres para o curso de Licenciatura em

Matemática e de 8 semestres para o curso de Licenciatura em Matemática –

Noturna. A duração máxima desses cursos é de 16 e 20 semestres,

respectivamente.

Vagas Oferecidas

Os cursos de Licenciatura em Matemática oferecem anualmente 90 vagas,

sendo 45 no curso Licenciatura em Matemática (diurno, com ingresso no

primeiro semestre) e 45 no curso Licenciatura em Matemática – Noturna (com

ingresso no segundo semestre do ano).

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Informações do Curso

A sede do curso está localizada no Instituto de Matemática e Estatística,

no Campus do Vale (Prédio 43111 - Av. Bento Gonçalves, 9500 - CEP 91509-

900 - Porto Alegre - RS), sendo coordenado pela Comissão de Graduação de

Matemática (COMGRAD/MAT) e assessorada pelo Núcleo Docente

Estruturante (NDE), bem como por servidores, ocupantes do cargo de Técnico

em Assuntos Educacionais.

O Núcleo Docente Estruturante do curso de Licenciatura em Matemática,

regulamentado pela Resolução nº 22/2012 do CEPE-UFRGS, é composto por

seis professores do Departamento de Matemática Pura e Aplicada em regime

de Dedicação Exclusiva à Universidade, todos com o título de Doutorado. Seu

regimento foi aprovado através da Decisão nº 01/2013 do Conselho do

Instituto de Matemática e Estatística e pela Decisão nº 131/2013 do CEPE-

UFRGS.

Conforme especificado no Regimento Interno do Instituto de Matemática

e Estatística, a COMGRAD/MAT é composta por três professores

representantes do Departamento de Matemática Pura e Aplicada, um professor

representante do Departamento de Estatística, um professor representante de

outros departamentos que ministram disciplinas obrigatórias para o Curso de

Licenciatura em Matemática, um representante Técnico Administrativo em

Assuntos Educacionais e por dois representantes discentes. A elegibilidade e

forma de eleição dos representantes estão detalhadamente descritos no

referido Regimento. A composição e mandato dos membros atuais da

COMGRAD/MAT estão descritos no início deste documento.

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O Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2014 é 4 e o resultado obtido

pelos estudantes no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de

2017 foi 5.

Alterações recentes na Estrutura do Curso

Motivados pela necessidade de mudança no currículo dos cursos de

Licenciatura regulamentadas pelo MEC, bem como por reflexões a respeito do

funcionamento do curso e o grande número de alunos retidos nas etapas

iniciais, professores e alunos discutiram de julho de 2015 a julho de 2016,

orientados pelo Núcleo Docente Estruturante e pela Comissão de Graduação do

Curso a proposta pedagógica e a grade curricular do curso de Licenciatura em

Matemática da UFRGS motivando a implementação de novo currículo no ano de

2017.

A Resolução nº 02/2015 do CNE exige que os cursos de Licenciatura

tenham, no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas de efetivo trabalho

acadêmico, em cursos com duração de, no mínimo, 8 (oito) semestres ou 4

(quatro) anos. Nosso curso tinha, até 2016, 2.910 (duas mil e novecentos e dez)

horas de efetivo trabalho acadêmico. Com a nova proposta curricular,

implementada em 2017, passou a ter 3.330 (três mil e trezentas e trinta) horas

de efetivo trabalho acadêmico.

A Resolução nº 02/2015 do CNE também estabelece, em seu artigo 13,

parágrafo primeiro, que a distribuição da carga horária dos cursos de

licenciatura deve ser feita da seguinte maneira:

I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular,

distribuídas ao longo do processo formativo;

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II - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na

área de formação e atuação na educação básica, contemplando também

outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto de curso da

instituição;

III - pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas às

atividades formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos I

e II do artigo 12 da referida Resolução, conforme o projeto de curso da

instituição;

IV - 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de

aprofundamento em áreas específicas de interesse dos estudantes,

conforme núcleo definido no inciso III do artigo 12 da Resolução, por

meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da extensão e da

monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição.

A carga horária dos itens I, II e IV, já estavam contempladas nos currículos

dos Cursos em atenção às diretrizes curriculares nacionais de 2002. Assim

tratou-se de manter as características que qualificam a estrutura curricular e

de atender o item II com a ampliação de 400 horas atacando os problemas de

reprovações e evasão do Curso.

A avaliação interna dos Cursos de Licenciatura apontava para dois

aspectos fundamentais a serem enfrentados. O primeiro referia-se a

necessidade de realizar um trabalho junto aos licenciandos no sentido de

educar para o estudo e, ao mesmo tempo, ampliar a carga horária em disciplinas

de Matemática com índices de reprovação altos e que se encontram distribuídas

ao longo das etapas dos dois Cursos. Essa alteração se deu com a ampliação em

1 hora-aula em 11 disciplinas dos Cursos de Licenciatura. Destaca-se que essa

hora semanal acrescentada é planejada pelo docente de maneira que os

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estudantes tenham atividades coletivas que favoreçam o compromisso com

estudos sistemáticos e que são avaliadas, também sistematicamente, pelo

docente. Essas atividades coletivas podem ser organizadas nas modalidades

presenciais e a distância, em consonância com a Resolução 11/2013 do

CEPE/UFRGS.

O segundo aspecto diz respeito à necessidade de, desde o início do Curso,

criar mecanismos que possibilitassem aos recém ingressantes, estabelecer

relações entre as discussões sobre Educação Matemática e a docência. Assim,

foram criadas três disciplinas de Educação Matemática e Docência, sendo as

duas primeiras sob a responsabilidade do DMPA e a terceira sob os auspícios

do Departamento de Ensino e Currículo da Faculdade de Educação. A ideia da

criação dessas disciplinas partiu de experiências exitosas desenvolvidas no

âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e

da constatação da importância de se discutir a profissionalização docente.

As disciplinas de Educação Matemática e Docência, criadas na mudança

curricular implementada em 2017, propõem reflexão acerca da Educação

Matemática e suas relações com concepções contemporâneas de cultura,

sociedade e docência bem como a constituição da docência em Educação

Matemática sob perspectiva histórica e contemporânea. As referidas

disciplinas propõem ainda análise dos diferentes espaços de docência

exercícios de docência e estímulo da singularidade na produção de novas

formas de expressão para o ensinar e o aprender em Educação Matemática.

Além dessas disciplinas, duas outras foram criadas, História da Educação

Matemática e Ensino e Aprendizagem de Estatística, visando ampliar os

horizontes em termos de conhecimentos históricos e do campo da Estatística.

Quanto à primeira, considera-se fundamental que o egresso do Curso de

Licenciatura compreenda o passado para exercer sua atividade no presente e

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no futuro. Sobre a disciplina Ensino e Aprendizagem de Estatística, registra-se

que a inserção de conhecimentos pedagógicos sobre o ensino e a aprendizagem

de Estatística têm sido enfatizada nos documentos oficiais do Ministério da

Educação por sua relevância na Sociedade do Conhecimento e cabe aos

professores de Matemática tratar destes temas no Ensino Básico.

Acrescenta-se que um conjunto de disciplinas alternativas a saber, A

Física do Século XX – A, Acessibilidade e Tecnologia Assistiva na Educação

Inclusiva, Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais,

Educação em Espaços Culturais, Encontro de Saberes, Povos Indígenas,

Educação e Escola, Explorando O Universo: dos Quarks aos Quasares, Práticas

Pedagógicas Interdisciplinares na Escola, Projetos de Aprendizagem em

Ambientes Digitais, Psicologia da Educação: A Educação e Suas Instituições,

Psicologia da Educação: O Jogo II, Sociologia da Educação: Tópicos Especiais I,

Software Livre na Educação, foram incluídas na oferta curricular visando

qualificar a profissionalização docente ao complementar a abordagem de temas

transversais em conformidade com a legislação vigente.

O curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS oferece formação

básica em matemática, além de enfatizar disciplinas de formação prática-

pedagógica, em parceria com a Faculdade de Educação. Todas as disciplinas que

integram o currículo, explicitadas na grade curricular (Anexo 1), são de

natureza obrigatória.

É importante destacar que a Prática Pedagógica para o Ensino de

Matemática está presente no curso desde as etapas iniciais, acompanhadas de

reflexão teórica, especialmente no conjunto de disciplinas oferecidas pelo

Instituto de Matemática e Estatística e listadas a seguir. Laboratório de Prática

de ensino-aprendizagem em Matemática I (120h), Laboratório de Prática de

ensino-aprendizagem em Matemática II (120h), Laboratório de prática de

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ensino-aprendizagem em Matemática III (120h), Educação Matemática e

Docência I (45h), Educação Matemática e Docência II(75h) Essas disciplinas

totalizam 480 horas.

Em relação às horas dedicadas ao Estágio Curricular Supervisionado

na área de Matemática com atuação na educação básica, o curso oferece 420

horas de atividades ministradas pela Faculdade de Educação, distribuídas nas

disciplinas: Estágio em Educação Matemática I (120h), Estágio em Educação

Matemática II (150h) e Estágio em Educação Matemática III (150h).

De acordo com a Resolução nº 02/2015 do CNE, os cursos devem

constituir-se de núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e

interdisciplinares, do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e

das diversas realidades educacionais, bem como de núcleo de aprofundamento

e diversificação de estudos das áreas de atuação profissional. O curso de

Licenciatura em Matemática da UFRGS contempla 2220 horas dedicadas às

atividades formativas estruturadas por esses dois núcleos, descritas abaixo.

Disciplinas oferecidas pela Faculdade de Educação, totalizando 330

horas. Organização da escola básica (30h), Psicologia da Educação I - A(30h),

História da Educação: história da escolarização brasileira e processos

pedagógicos(30h), Psicologia da Educação II(30h), Filosofia da Educação I

(30h), Educação Contemporânea: Currículo, Didática, Planejamento (60h),

Intervenção pedagógica e necessidades educativas especiais (30h), Língua

Brasileira de Sinais (LIBRAS) (30h), Educação Matemática e Docência III (60h).

Disciplinas sob a responsabilidade do Instituto de Matemática e

Estatística e Instituto de Física, totalizando 1710 horas. São elas: História da

Matemática (60h), História da Educação Matemática (45h), Pesquisa em

Educação Matemática (60h), Ensino e Aprendizagem de Estatística (30h),

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Educação Matemática e Tecnologia (75h). Introdução aos Números Racionais

(45h), Introdução às Funções Algébricas (60h), Introdução aos Números Reais

e Complexos (75h), Introdução às Funções Transcendentes (75h) Geometria I -

MAT (75h), Computador na Matemática Elementar I (75h), Geometria II - MAT

(75h), Fundamentos de Aritmética (75h), Vetores e Geometria Analítica (60h),

Álgebra I (60h), Álgebra Linear I - A (60h), Cálculo A (60h), Cálculo B (60h),

Combinatória I (75h), Física I (60h), Álgebra II (60h), Física II (60h),

Combinatória II (75h), Aplicações da Matemática A (75h), Probabilidade e

Estatística (60h), Análise Real I (60h), Análise Real II (60h).

Dentre as disciplinas Álgebra III - A (60h), Análise Linear II (60h),

Cálculo Numérico A (60h) e Matemática Financeira (60h), de caráter

alternativo-obrigatório, o estudante deverá escolher uma para cursar, de

acordo com seus interesses acadêmicos.

Há um conjunto de disciplinas eletivas listadas a seguir, das quais o

estudante deve cursar, no mínimo, 60h: A Física do Século XX-A (60h),

Acessibilidade e Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva (45h), Cálculo C

(60h), Educação em Espaços Culturais (60h), Encontro de saberes (60h),

Explorando o Universo: Dos Quarks aos Quasares (30h), Povos Indígenas

Educação e Escola (30h), Práticas Pedagógicas Interdisciplinares na Escola

(60h), Projetos de Aprendizagem em Ambientes Digitais (30h), Psicologia da

Educação: A Educação e suas instituições (30h), Psicologia da Educação: O

Jogo II (30h), Sociologia da Educação: Tópicos Especiais I (30h), Software Livre

na Educação (30h).

O Trabalho de Conclusão de Curso (60h) completa esses dois núcleos,

estando sob a responsabilidade da Comissão de Graduação em Matemática

(COMGRAD-MAT) e regido por Resolução dessa referida Comissão.

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O núcleo de estudos integralizados para enriquecimento curricular,

contempla 210 horas de atividades complementares regulamentadas pela

Resolução nº 06/2013 da COMGRAD-MAT (Anexo 2).

A integralização curricular é obtida por meio de créditos atribuídos às

disciplinas em que o aluno lograr aprovação. Cada crédito corresponde a quinze

horas de carga horária. É exigido que o estudante integralize 3330 horas, em

ambos os cursos.

Na presente proposta foi mantido e aprofundado o espírito de integração

e articulação entre as diferentes vertentes que compõem o espectro da

formação de um futuro professor de Matemática, presentes na última

adaptação curricular realizada nos cursos de Licenciatura em Matemática, e

aqui representadas pelas disciplinas dos Institutos de Matemática e Estatística,

Instituto de Física e Faculdade de Educação.

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3. PERFIL DO EGRESSO

Definimos o perfil do profissional que se espera formar neste curso a

partir do perfil que está expresso no Projeto Pedagógico do Curso de

Licenciatura em Matemática, formulado em 1992. O professor formado no

Curso de Licenciatura em Matemática deve:

“- apresentar um bom domínio de conteúdos matemáticos;

- apresentar um bom domínio de teorias de ensino aprendizagem e saber

adequá-las ao conteúdo específico;

- apresentar um bom domínio da tecnologia informática como

ferramenta para a aprendizagem da Matemática;

- ser um pesquisador dentro da sala de aula, capacitado a entender as

diferentes estratégias desenvolvidas pelos alunos no processo de

aprendizagem e as variáveis didáticas envolvidas no processo;

- ser agente de transformação dentro de sua escola, questionando os

programas e as sequências de ensino vigentes;

- estar em permanente contato com pesquisas e experiências na área de

Educação Matemática, realimentando permanentemente a dinâmica do ensinar

e do aprender.” (PAIUFRGS, 1995, p. 4).

Frente às necessidades de formação do professor de Matemática para o

Século XXI, o profissional que se pretende formar é um professor com sólido

conhecimento matemático; professor prático-reflexivo, aquele que produz

conhecimento pedagógico dos conteúdos; professor para o futuro, com domínio

das tecnologias digitais; professor-pesquisador em sala de aula; professor

agente transformador da realidade da escola e corresponsável pela qualidade

do ensino. Esse perfil orienta as diferentes estratégias de formação que vão

perpassar o trabalho docente e o próprio currículo.

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Os objetivos específicos do Curso de Licenciatura consistem no

desenvolvimento de ações que contribuam para desenvolver:

a) conhecimento dos conteúdos da Matemática básica, com

qualificado nível de abstração, estabelecendo relações dos conteúdos entre si

dos conteúdos com as outras áreas da ciência e do cotidiano;

b) conhecimento de teorias de aprendizagem e de cognição, sabendo

adequá-las ao conteúdo específico;

c) competência no uso das tecnologias digitais de informação e

comunicação para ensino e aprendizagem de Matemática;

d) competências para desenvolver pesquisa na da sala de aula,

tomando o aluno como sujeito da aprendizagem, buscando entender as

diferentes estratégias desenvolvidas no processo de aprendizagem e buscando

identificar as diferentes variáveis didáticas envolvidas no processo;

e) competência para se tornar agente de transformação dentro de

sua escola, questionando os programas e as propostas de ensino vigentes e

multiplicando a formação recebida;

f) competência para buscar a atualização permanente nas áreas de

Ensino de Matemática e Educação Matemática, estando em contato com

pesquisas e experiências novas para realimentar permanentemente a dinâmica

do ensinar e do aprender.

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4. FORMAS DE ACESSO AO CURSO

As formas de acesso ao curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS

são:

1) por meio do Concurso Vestibular, conforme definido em Edital aberto

pela UFRGS anualmente, podendo o candidato se inscrever nos sistemas

de ingresso:

- acesso universal; ou,

- acesso universal e reserva de vagas para candidatos egressos do

Sistema Público de Ensino Médio de acordo com a categoria de renda

bruta mensal per capita ou, adicionalmente, autodeclarado preto,

pardo, indígena ou pessoa com deficiência;

O exame vestibular está previsto na Resolução 11/2013 do CEPE. O

processo seletivo específico para ingresso de estudantes indígenas, realizado

anualmente, será considerado, para fins desta resolução, modalidade específica

de Concurso Vestibular. O processo seletivo denominado vestibular é regulado

pela Resolução nº 46/2009 do CEPE. Adicionalmente, por opção do candidato,

haverá um décimo escore E10, composto pelo resultado das provas obtidas do

Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

A reserva de vagas para alunos egressos de escolas públicas foi

reorganizada, no ano de 2018, pela Decisão nº 212/2017 do CEPE/UFRGS,

garantindo o acesso a pessoas com deficiência em todos os cursos da

Universidade.

2) Por meio do Sistema de Seleção Unificado (SISU), adotado pela

Universidade em 2014.

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O referido sistema de seleção é realizado pelo MEC, por meio do

site http://sisu.mec.gov.br, e usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM) para selecionar os estudantes.

Para aprovação no Curso de Licenciatura em Matemática será exigida dos

candidatos às vagas destinadas ao SISU a pontuação no ENEM de, no mínimo,

450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do exame, e, no mínimo,

de 500 pontos na redação. As informações relativas ao processo de seleção pelo

SISU estão detalhadas no Termo de Adesão da UFRGS ao SiSU.

O ingresso no curso por meio do Concurso Vestibular ou através do SISU

ocorre anualmente com o oferecimento de 45 vagas para o Curso de

Licenciatura em Matemática (de turno integral) no 1º semestre letivo do ano e

45 vagas para o Curso de Licenciatura em Matemática - Noturno no 2º semestre

letivo do ano.

A distribuição e o preenchimento das vagas, segundo a forma de acesso,

SISU ou Vestibular, são definidos em editais, em consonância com a legislação

vigente. No ano de 2018, dessas 45 vagas, 31 foram reservadas para o ingresso

via vestibular e 14 para o ingresso via SISU.

3) Por meio de ingresso para ocupação de vagas ociosas nos cursos de

graduação da UFRGS, regulados pela Resolução n° 13/2016 do CEPE. De

acordo com a referida resolução, a ocupação dessas vagas poderá ocorrer de

três formas distintas: I – Transferência Interna, através do recálculo do

argumento de concorrência do Processo Seletivo de Ingresso; II – Ingresso de

Diplomado; III – Transferência por Processo Seletivo Unificado.

O ingresso para a ocupação de vagas ociosas nas modalidades de

Transferência Interna e Ingresso de Diplomado ocorre semestralmente. O

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Processo Seletivo Unificado ocorre anualmente. O número de vagas para cada

modalidade é definido no correspondente Edital.

O Ingresso de Diplomado é a forma de ingresso, mediante processo

seletivo, para diplomados por esta Universidade ou por outras IES do país em

curso reconhecido ou que tenham obtido diploma no exterior, desde que este

tenha sido revalidado, na forma da lei.

A modalidade de Transferência Interna é destinada aos alunos da UFRGS

que desejam trocar de curso. A COMGRAD/MAT adota como critério de

aprovação o recálculo da média harmônica do Concurso Vestibular, devendo

ser superior ao argumento do último classificado no Curso de Licenciatura em

Matemática no ano em que o candidato prestou vestibular.

A modalidade de Processo Seletivo Unificado é destinada para alunos de

outras IES. O candidato deve estar matriculado ou com matrícula trancada e ter

sido aprovado no conjunto das disciplinas que compõem os três primeiros

semestres do seu curso de origem (no caso de curso semestral) ou nos dois

primeiros anos (no caso de curso seriado ou anual). O curso de origem do

candidato deverá ser reconhecido pelo MEC e ser idêntico (mesma

denominação) ou assemelhado ao curso pretendido, conforme disposto no

anexo da Resolução nº.14/2008 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da

UFRGS (CEPE). Também pode se candidatar aluno de curso idêntico ou

assemelhado de IES estrangeira e, se pré-selecionado, estará sujeito à análise

específica da sua documentação, a ser realizada pela COMGRAD/MAT. É vedada

a Transferência Voluntária para os dois semestres finais do curso pretendido.

Também é autorizado o ingresso por Transferência Compulsória,

destinada para Servidor Público Federal civil ou militar, ou para seu

dependente discente, em razão de comprovada remoção ou transferência de

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ofício que acarrete mudança de domicílio para Porto Alegre ou município

próximo, na forma da lei. A Transferência Compulsória ocorre, a qualquer

tempo, independentemente da existência de vagas. O pedido desse tipo de

transferência para curso idêntico, isto é, de mesma denominação, será

apreciado pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Caso não exista curso

idêntico, a Câmara de Graduação deve emitir um parecer vinculativo quanto à

existência de curso equivalente nesta Universidade, cabendo a decisão final à

PROGRAD.

A Resolução nº 11/2013 do CEPE regulamenta formas de ingresso na

UFRGS. Além das citadas acima, a Resolução trata da Readmissão de Abandono,

Transferência Compulsória e Discente Convênio.

Política de Ações Afirmativas

A UFRGS vem promovendo ações afirmativas, ou seja, políticas públicas

que visam proteger minorias e grupos que, em uma determinada sociedade,

tenham sido discriminados no passado. A ação afirmativa visa remover

barreiras, formais e informais, que impeçam o acesso de certos grupos ao

mercado de trabalho, universidades e posições de liderança. Nesse sentido a

universidade tem promovido diálogos e reflexões desde o ano de 2005, quando

foram realizados amplos debates, promovidos por estudantes, técnicos,

professores, em parceria com os movimentos sociais, principalmente, os

movimentos negros e indígenas para garantir a reserva de vagas através de

cotas para alunos negros, pardos, indígenas e oriundos de escolas públicas.

Em 2006, a Universidade, em diálogo com esses movimentos, iniciou

oficialmente o debate sobre a implementação de uma política de ações

afirmativas. O resultado deste debate foi a constituição da Comissão Especial

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formada por membros do Conselho Universitário (CONSUN) e do Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), cujo objetivo era formular uma proposta

de política de ações afirmativas a serem adotadas pela UFRGS. O ano de 2007

foi um marco na luta contra a histórica exclusão de estudantes negros,

indígenas e oriundos de escolas públicas: a proposta do ingresso por reserva de

vagas foi aprovada pelo Conselho Universitário para vigorar a partir de 2008.

A Universidade entende que não basta reservar as vagas para este grupo

de alunos e, preocupada com sua permanência na Universidade, criou em 2012

a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) com o objetivo de promover

ações que visam a garantir a permanência e o sucesso do estudante na UFRGS

bem como a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações

Afirmativas, com o mesmo objetivo, entretanto especialmente preocupada com

o acompanhamento e a permanência dos estudantes cotistas na universidade.

O Programa de Ações Afirmativas tem como objetivo garantir a

permanência dos alunos ingressantes pelo sistema de cotas através de

programas de bolsas, ampliação dos restaurantes universitários e moradia

estudantil, aumento do acervo bibliográfico, entre outras ações. A resolução Nº

268/2012 do CEPE/UFRGS regulamentou o Programa de Ações Afirmativas na

Universidade. Esta resolução foi aprovada pelo Conselho Universitário em

agosto de 2012, quando determinou a criação da Coordenadoria de

Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas.

O artigo 12 da referida resolução decide: “Fica instituída a Coordenadoria

de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, ligada à Pró-Reitoria

de Coordenação Acadêmica, com estrutura própria e as seguintes atribuições:

I - realizar o acompanhamento dos estudantes ingressantes por este

Programa, junto à Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD – e às

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Comissões de Graduação – COMGRADs – de cada curso da UFRGS, e

buscar o atendimento de suas necessidades acadêmicas;

II - elaborar, ouvidas as Unidades Acadêmicas e as COMGRADs de cada

curso, e encaminhar ao Conselho Universitário relatório anual de

avaliação do Programa;

III - realizar e encaminhar ao Conselho Universitário relatório bianual

relativo à permanência e ao desempenho do estudante ingressante por

meio das vagas reservadas por este Programa;

IV - a partir das avaliações parciais realizadas, sugerir mecanismos de

aperfeiçoamento do Programa ao Conselho Universitário;

V - encaminhar relatório de avaliação acerca dos resultados do Programa

de Ações Afirmativas, sugerir mecanismos de aperfeiçoamento do

mesmo e manifestar-se relativamente à sua prorrogação, ao final de sua

vigência;

VI - implementar mecanismos de efetivação, junto às Unidades

Acadêmicas, dos objetivos deste Programa, especialmente no que

concerne aos incisos III e IV do Art. 2º.

VII - disponibilizar os dados referentes aos estudantes beneficiários da

política de ações afirmativas para as COMGRADs e Unidades

Acadêmicas, a fim de permitir o acompanhamento e qualificação dessa

política no âmbito das Unidades e Cursos da UFRGS”.

No atendimento à Lei Federal nº 12.711/12, em 2013 e 2014 a UFRGS

ofertou 30% das suas vagas para alunos que ingressaram amparados na

reserva de vagas (cotas) para estudantes que concluíram o ensino médio em

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escolas públicas. Em 2015 a reserva de vagas foi ampliada para 40% e a partir

de 2016, essa reserva passa a ser de 50% do total das vagas oferecidas.

Os estudantes do curso de Licenciatura em Matemática são convidados a

refletir sobre a importância dessas ações, que visam diminuir as desigualdades

de nosso país, em todas as disciplinas do curso. Também participam de

atividades de extensão, palestras e diálogos promovidos pelo DEDS –

Departamento de Educação e Desenvolvimento Social da UFRGS. Essas

atividades versam sobre os seguintes temas: conversações afirmativas,

lideranças de mulheres negras, conhecimento do continente africano, culturas

indígenas, etc. Mais informações no site: http://www.ufrgs.br/deds. O objetivo

é difundir o conhecimento das culturas africana e indígena, e ressignificar os

conceitos sobre o negro e índio em consonância com a Lei LDBEN/2006 e a Lei

Federal 10.639 de 2003 que trata da importância da cultura negra na formação

da sociedade brasileira.

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5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PERFIL DE FORMANDO - MATRIZ

CURRICULAR DO CURSO

CURSO LICENCIATURA EM MATEMÁTICA (INTEGRAL)

Curso: MATEMÁTICA

Habilitação: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Currículo: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Etapa 1

Código Disciplina/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01343 COMPUTADOR NA MATEMÁTICA ELEMENTAR I

Súmula: Desenvolvimento de conceitos e relações

matemáticas dentro do ambiente LOGO. Polígonos regulares

convexos e não-convexos, círculos, curvatura e raio de

curvatura, mosaicos, espirais, processos recursivos, árvores

binárias, fractais.

Obrigatória 5 75

MAT01341 GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Geometria plana: pontos, retas, ângulos.

Triângulos congruentes, construções com régua e

compasso. Triângulos semelhantes. Funções

trigonométricas de ângulos. Círculos. Lugares geométricos.

Decomposição de regiões poligonais.

Obrigatória 5 75

EDU01004 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HIST. DA ESCOLARIZAÇÃO

BRAS. E PROC PEDAGÓGICOS

Súmula: Estudo analítico do processo histórico de

escolarização moderna no Brasil, com destaque para as

práticas educativas e visões pedagógicas presentes na

institucionalização da escola. A educação escolar associada

às relações de classe, gênero e etnia enquanto constituintes

e constituidoras da produção e reprodução das

desigualdades sociais. Investigação das campanhas ou lutas

de movimentos sociais em direção à universalização da

educação escolar.

Obrigatória 2 30

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MAT01207 INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS RACIONAIS

Súmula: Introdução ao pensamento matemático. Frações

equivalentes; critérios para duas frações serem

equivalentes. Definição de número racional. O corpo

ordenado dos racionais; densidade do conjunto Q e do

conjunto das frações decimais. Representação decimal dos

números racionais; caracterização dos números racionais

cuja representação decimal é periódica; recuperação da

fração geratriz de racionais cuja decimal é periódica.

Aproximações e estimativas. Insuficiência aritmética,

algébrica e geométrica de Q. Transposição para a escola:

Frações e número racionais versus relação parte-todo;

frações e números racionais versus o conceito de razão. Os

diferentes contextos e significados das operações com

frações e com números racionais.

Obrigatória 3 45

MAT01206 INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES ALGÉBRICAS

Súmula: Conceito de função, função injetora, sobrejetora,

função inversa, gráficos. Funções lineares e afins. Funções

polinomiais. Funções potências racionais. Funções

racionais, homográficas e a hipérbole. Funções algébricas.

Obrigatória 4 60

EDU03024 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA

Súmula: A organização da escola enquanto mediação de

políticas, de ideologias, de interesses e de finalidades da

educação brasileira. Abordagens pedagógico-

organizacionais da escola enquanto produtora de

subjetividade e em termos de suas contradições e

mediações. O espaço para a construção de uma escola

pública, democrática e de qualidade.

Obrigatória 2 30

EDU01011 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I – A

Súmula: Introdução ao estudo da(s) psicologia(s) e seu

interesse para o campo da educação. A constituição do

sujeito (desenvolvimento/aprendizagem) na sua relação

com os outros no âmbito da cultura. Estudo das relações

entre professores e alunos.

Obrigatória 2 30

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Etapa 2

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01211 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA I

Súmula: Estudo da Educação Matemática em suas relações

com concepções contemporâneas de cultura, sociedade e

docência. Constituição da docência em Educação

Matemática sob uma perspectiva histórica e

contemporânea. Introdução a exercícios de docência e

estímulo a novas formas de expressão em Educação

Matemática.

Obrigatória 3 45

EDU01010 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO I

Súmula: Bases filosófico-antropológicas da educação. O ato

educativo: aspectos estéticos, éticos e epistemológicos.

Relação da educação com a linguagem, a cultura e o trabalho.

Unidade, diversidade e complexidade do processo

educativo.

Obrigatória 2 30

MAT01063 FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICA

Súmula: Indução. Números inteiros. Congruências.

Obrigatória 5 75

MAT01345 GEOMETRIA II - MAT

Pré-Requisito: MAT01341 - GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Geometria espacial: paralelismo de retas e planos,

perpendicularidade de retas e planos, ângulos. Secções

cônicas e propriedades óticas. Semelhança e homotetia, área

de figuras planas, área e comprimento de círculo, volumes e

áreas de sólidos de revolução. Transformações geométricas.

Polígonos, poliedros, simetrias. Teorema de Euler. Sólidos

platônicos.

Obrigatória 5 75

MAT01208 INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS E COMPLEXOS

Súmula: Noções básicas de reta euclidiana. Postulado do

contínuo. Construção dos números reais via medição de

segmentos de reta. Teorema Fundamental da Geometria

Analítica. Introdução aos números algébricos e

transcendentes. Números complexos: definição; operações e

suas propriedades; representação polar; raízes n-ésimas da

unidade, representação no plano de Argand-Gauss.

Obrigatória 5 75

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EDU01012 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO II

Pré-Requisito: EDU01011 - PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I – A

Súmula: Estudo das teorias psicológicas que abordam a

construção do conhecimento, destacando as teorias

interacionistas e suas contribuições para a pesquisa e as

práticas educativas.

Obrigatória 2 30

MAT01191 VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA

Súmula: Geometria Analítica no plano e no espaço. Sistemas

de coordenadas. Vetores e operações com vetores. Estudo

da reta e de curvas planas. Estudo da reta, do plano, de

curvas planas e de curvas e superfícies no espaço.

Distâncias.

Obrigatória 4 60

Etapa 3

Código Disciplina/ Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

MAT01064 ÁLGEBRA I

Pré-Requisitos: MAT01063 - FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICA e

MAT01207 - INTRODUÇÃO AOS NUMEROS RACIONAIS e MAT01208

- INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS E COMPLEXOS

Súmula: Teoria de conjuntos. Relações. O corpo dos

números complexos. Equações de grau 2, 3 e 4. Teorema

Fundamental da Álgebra. Fatoração de polinômios em R[X].

Obrigatória 4 60

MAT01355 ÁLGEBRA LINEAR I – A

Pré-Requisito: MAT01191 - VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA

Súmula: Sistema de equações lineares. Matrizes. Fatoração

LU. Vetores. Espaços vetoriais. Ortogonalidade. Valores

próprios. Aplicações.

Obrigatória 4 60

MAT01199 CÁLCULO – A

Pré-Requisitos: MAT01206 - INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

ALGÉBRICAS e MAT01208 - INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS E

COMPLEXOS

Súmula: Funções polinomiais, racionais, algébricas,

exponenciais e logarítmicas. Limites e continuidade.

Derivadas e aplicações. Integrais indefinidas e definidas,

propriedades e técnicas. Aplicações a equações diferenciais.

Obrigatória 4 60

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MAT01212 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA II

Pré-requisito: MAT01211 - EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA I

Súmula: Estudo de perspectivas históricas e

contemporâneas em Educação Matemática em suas

implicações para a docência. Análise de experiências de

pesquisa em docência produzidas na escola básica.

Promoção de exercícios de docência e incentivo a novas

formas de expressão para o ensinar e o aprender em

Educação Matemática.

Obrigatória 5 75

MAT01209 INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES TRANSCENDENTES

Pré-Requisito: MAT01206 - INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

ALGÉBRICAS

Súmula: Funções exponenciais e logarítmicas. Funções

trigonométricas e trigonométricas inversas. Funções

trigonométricas inversas. Funções trigonométricas

hiperbólicas.

Obrigatória 5 75

MAT01070 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA I

Pré-Requisitos: MAT01063 - FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICA e

MAT01207 - INTRODUÇÃO AOS NUMEROS RACIONAIS e MAT01208

- INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS E COMPLEXOS

Súmula: Números naturais, inteiros, racionais.

Incomensurabilidade e números irracionais. Preparação,

execução e avaliação de experiências de prática de ensino

nesses conteúdos especificados.

Obrigatória 8 120

Etapa 4

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01204 CÁLCULO – B

Pré-Requisitos: MAT01191 - VETORES E GEOMETRIA

ANALÍTICA e MAT01199 - CÁLCULO – A

Súmula: Funções trigonométricas, suas inversas, derivadas

e técnicas de integração associadas. Sequências e séries

infinitas. Funções escalares de várias variáveis, derivadas

parciais, máximos e mínimos. Multiplicadores de Lagrange.

Obrigatória 4 60

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MAT01066 COMBINATÓRIA I

Pré-Requisitos: MAT01063 - FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICA e

MAT01341 - GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Princípios de contagem: princípio aditivo e

multiplicativo. Aplicações: números binomiais, combinações

com repetição e permutações circulares. Princípio da inclusão e

exclusão. Probabilidades discretas. Princípio da casa dos

pombos.

Obrigatória 5 75

EDU02134 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA III

Pré-Requisitos: MAT01212 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA II

Súmula: Estudo das investigações contemporâneas

relacionadas à docência em Educação Matemática. Análise

dos diferentes espaços da docência. Promoção de exercícios

de pesquisa e estímulo da singularidade na produção de

formas de expressão para o ensinar e o aprender.

Obrigatória 4 60

FIS01066 FÍSICA I

Pré-Requisito: MAT01199 – CÁLCULO – A

Súmula: Movimento e leis do movimento. Gravitação.

Princípio de conservação. Fluídos. Termodinâmica.

Obrigatória 4 60

MAT01071 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA II

Pré-Requisitos: MAT01191 – VETORES E GEOMETRIA

ANALÍTICA e MAT01211 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA I

e MAT01345 – GEOMETRIA II – MAT

Súmula: Geometria sintética no plano e no espaço. Medidas:

comprimentos, áreas e volumes. Geometria Analítica.

Transformações geométricas. Preparação, execução e

avaliação de experiências de prática de ensino nesses

conteúdos especificados.

Obrigatória 8 120

Etapa 5

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01065 ÁLGEBRA II

Pré-Requisito: MAT01064 – ÁLGEBRA I

Súmula: Anéis de polinômios em K[X]. Algoritmo da

divisão. Irredutibilidade. Decomposição em fatores

irredutíveis. Extensões de corpos. Números algébricos e

transcendentes. Construções com régua e compasso.

Números construtíveis.

Obrigatória 4 60

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50

EDU02084 EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CURRÍCULO, DIDÁTICA,

PLANEJAMENTO

Pré-Requisito: EDU03024- ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA

Súmula: Aborda as relações entre currículo, didática,

culturas, subjetividades, identidades e diferença. Discute os

diversos movimentos de planejar, ensinar, aprender e

avaliar produzidos na Educação. Estimula e realiza

experimentações em pesquisa, docência e novas formas de

expressão da Educação contemporânea em espaços

escolares e não-escolares.

Obrigatória 4 60

EDU02X13 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA I

Pré-Requisitos: EDU02134 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA III e MAT01070 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE

ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA I e MAT01071 –

LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO APRENDIZAGEM EM

MATEMÁTICA II

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes práticas e

saberes que constituem espaços educativos. Inserção nesses

espaços com foco na problematização dessas práticas e

saberes, na organização curricular do trabalho docente e na

realização de ações pedagógicas.

Obrigatória 8 120

FIS01067 FÍSICA II

Pré-Requisito: FIS01066 – FÍSICA I

Súmula: Eletricidade e Magnetismo. Movimento

Ondulatório e Luz.

Obrigatória 4 60

MAT01072 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Pré-Requisitos: MAT01066 – COMBINATÓRIA I e MAT01199 –

CÁLCULO – A e MAT01209 – INTRODUÇÃO AS FUNÇÕES

TRANSCENDENTES

Súmula: Números reais e complexos. Funções algébricas

elementares. Funções trigonométricas. Funções

exponenciais e logarítmicas. Sequências numéricas e

progressões. Análise Combinatória e Probabilidade.

Preparação, execução e avaliação de experiências de prática

de ensino nesses conteúdos especificados.

Obrigatória 8 120

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51

Etapa 6

Código Disciplina/Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

MAT01073 APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA – A

Pré-Requisito: MAT01204 - CÁLCULO – B

Súmula: Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem;

equações diferenciais ordinárias lineares de 2ª ordem, a

coeficientes constantes; equações a diferenças de 1ª ordem.

Aplicações na Física, Química, Biologia e em outras áreas de

conhecimento.

Obrigatória 5 75

MAT01067 COMBINATÓRIA II

Pré-Requisitos: MAT01066 – COMBINATÓRIA I e MAT01204 –

CÁLCULO – B

Súmula: Funções geradoras. Relações de recorrência.

Introdução à teoria dos grafos. Caminhos eulerianos e

hamiltonianos. Coloração. Planaridade.

Obrigatória 5 75

MAT01074 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA

Pré-Requisitos: MAT01064 – ÁLGEBRA I e MAT01204 – CÁLCULO

– B e MAT01345 – GEOMETRIA II - MAT

Súmula: Análise e proposta de utilização de diferentes

softwares para o ensino e aprendizagem da Matemática na

escola, acompanhada de prática pedagógica. Análise de sites

Web na área de Educação Matemática e suas possíveis

utilizações no dia a dia da sala de aula. Construção de

referencial teórico na área de tecnologia informática

aplicada à Educação Matemática.

Obrigatória 5 75

MAT01351 HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Alguns temas sob ponto de vista histórico:

sistemas de numeração, geometria, trigonometria, cálculo

aritmético e logarítmico, equações algébricas, combinatória,

geometria analítica, cálculo infinitesimal e numérico.

Obrigatória 4 60

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EDU01013 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E NECESSIDADES

EDUCATIVAS ESPECIAIS

Súmula: A disciplina visa à reflexão crítica de questões

ético-político-educacionais da ação docente quanto à

integração/inclusão escolar de pessoas com necessidades

educativas especiais. Analisa a evolução conceitual, na

área da educação especial, assim como as mudanças

paradigmáticas e as propostas de intervenção. Discute as

atuais tendências, considerando a relação entre a prática

pedagógica e a pesquisa em âmbito educacional.

Obrigatória 2 30

MAT02219 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Pré-Requisito: MAT01199 – CÁLCULO – A

Súmula: Probabilidade: Conceito e teoremas

fundamentais. Variáveis aleatórias. Distribuições de

probabilidade. Estatística descritiva. Noções de

amostragem. Inferência estatística: Teoria da estimação e

Testes de hipóteses. Regressão linear simples. Correlação.

Obrigatória 4 60

Etapa 7

Código Disciplina/Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

MAT01068 ANÁLISE REAL I

Pré-Requisito: MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Números reais: conjuntos infinitos, enumeráveis e

não enumeráveis, supremo. Sequências infinitas: limite,

Teorema de Bolzano-Weierstrass, critério de Cauchy. Séries

numéricas: convergência, convergência absoluta.

Obrigatória 4 60

EDU02X14 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA II

Pré-Requisitos: EDU02X13 – ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA I e MAT01072 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE

ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes práticas

que constituem o campo de estágio. Planejamento,

operacionalização e avaliação de diferentes práticas

educacionais em espaços educativos, voltados ao Ensino

Fundamental. Desenvolvimento de projeto de ensino,

envolvendo realidades educativas e as práticas propostas

na universidade.

Obrigatória 10 150

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MAT01210 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Problemas, procedimentos e fontes da pesquisa em

História da Educação Matemática. Finalidades, práticas e

movimentos de inovação da Matemática Escolar. A

profissionalização dos professores de Matemática no Brasil.

Obrigatória 3 45

EDU03071 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais

(LIBRAS). História das comunidades surdas, da cultura e das

identidades surdas. Ensino básico da LIBRAS. Políticas

linguísticas e educacionais para surdos.

Obrigatória 2 30

MAT01048 PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Estudo da produção recente da pesquisa em

Educação Matemática. Análise de projetos, dissertações,

teses, livros e artigos publicados em revistas da área.

Participação ativa em projeto de pesquisa.

Obrigatória 4 60

Etapa 8

Código Disciplina/Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

MAT01069 ANÁLISE REAL II

Pré-Requisito: MAT01068 – ANÁLISE REAL I

Súmula: Continuidade: limites, descontinuidades, Teorema

do Valor Intermediário. Diferenciabilidade: derivada,

máximos e mínimos. Teorema do Valor Médio. Sequências e

séries de funções: convergência simples e uniforme, séries

de potências.

Obrigatória 4 60

MAT02043 ENSINO E APRENDIZAGEM DE ESTATÍSTICA

Pré-Requisitos: Créditos Obrigatórios – 100 e MAT02219 –

PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Súmula: Educação Estatística: história, desenvolvimento e

abordagens. Abordagens de ensino de estatística a Educação

Estatística Crítica. Ensino por Projetos. Ensino centrado em

dados e a resolução de problemas. O uso de jogos e material

concreto no ensino de estatística e a utilização da simulação

no ensino.

Obrigatória 2 30

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EDU02X15 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA III

Pré-Requisitos: EDU02X13 – ESTÁGIO EM MATEMÁTICA I e

MAT01072 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO –

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes práticas

que constituem o campo de estágio. Planejamento,

operacionalização e avaliação de diferentes práticas

educacionais em espaços educativos, voltados ao Ensino

Médio. Desenvolvimento de projeto de ensino, envolvendo

realidades educativas e as práticas propostas na

universidade.

Obrigatória 10 150

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MAT

Pré-Requisitos: EDU02X14 – ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA II e MAT01048 – PESQUISA EM EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

Obrigatória 0 60

Grupo de Alternativas: [1] Atividades Exigidas – [4] Créditos Exigidos

Código Disciplina/Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

MAT01077 ÁLGEBRA III – A

Pré-Requisito: MAT01065 – ÁLGEBRA II

Súmula: Grupos. Subgrupos normais. Grupos quociente.

Homomorfismos de grupos. Grupos de permutações.

Teoremas de Cauchy e de Sylow.

Alternativa 4 60

MAT01156 ÁLGEBRA LINEAR II

Pré-Requisito: MAT01355 – ÁLGEBRA LINEAR I – A

Súmula: Determinantes. Operadores diagonalizáveis.

Teorema espectral. Forma canônica de Jordan. Espaços com

produto interno. Formas bilineares.

Alternativa 4 60

MAT01032 CÁLCULO NUMÉRICO A

Pré-Requisito: MAT01355 – ÁLGEBRA LINEAR I – A

Súmula: Erros; ajustamento de equações; interpolação,

derivação e integração; solução de equações lineares e não

lineares; solução de sistemas de equações lineares e não

lineares; noções de otimização; solução de equações

diferenciais e equações diferenciais parciais; noções do

método Monte Carlo em suas diferentes aplicações.

Alternativa 4 60

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55

MAT01031 MATEMÁTICA FINANCEIRA – A

Súmula: Capitalizações simples e composta. Descontos

simples e compostos. Rendas certas. Rendas variáveis. Taxa

interna de retorno. Equivalência de fluxos de caixa.

Amortização de empréstimos. Noções de análise de

investimento. Correção monetária.

Alternativa 4 60

Sem Etapa

Código Disciplina/Pré-Requisito/ Súmula Caráter Créditos CH

FIS01056 A FÍSICA DO SÉCULO XX – A

Pré-Requisitos: FIS01067 – FÍSICA II e MAT01073 – APLICAÇÕES

DA MATEMÁTICA – A e MAT01205 – CÁLCULO – C

Súmula: Origem da física quântica. Modelos atômicos.

Princípio da incerteza. Equação de Schrödinger. Partícula

livre e pacotes de onda. Aplicações em uma dimensão.

Eletiva 4 60

EDU03085 ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA NA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Pré-Requisito: EDU01013 – INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E

NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Súmula: Estudos e pesquisas sobre acessibilidade e

inclusão através das tecnologias, com ênfase a) nas políticas

e ações de inclusão operadas a partir da mídia digital e

tecnologias assistivas e das suas consequências na vida

escolar e social; b) nas possibilidades tecnológicas para

atender a diversidade funcional na escola; c) nas produções

de conteúdos e intervenções pedagógicas com uso de

tecnologias na perspectiva inclusiva compartilhado com

uma pessoa, desativado - somente pessoas específicas

podem acessar.

Eletiva 3 45

MAT01205 CÁLCULO – C

Pré-Requisito: MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Integrais múltiplas, mudança de variáveis. Funções

vetoriais, integrais de linha e de superfície. Teoremas de

Gauss, Green e Stokes, aplicações. Teorema da divergência e

aplicações.

Eletiva 4 60

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56

ART03971 EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS CULTURAIS

Súmula: Relação entre Educação e Arte em espaços não

escolares. Instituições culturais e artísticas em projetos

educativos. Mediação entre a Escola e os Espaços Artísticos

do contexto dos alunos. Materiais pedagógicos para espaços

artístico-culturais em suas relações com a escola. Projetos

educativos em Arte na Sociedade.

Eletiva 4 60

ART03946 ENCONTRO DE SABERES

Súmula: Noções de interculturalidade, diversidade cultural

e pluralidade epistêmica. Docência compartilhada com

Mestres dos Saberes Tradicionais e Populares. Práticas

interepistêmicas e intersubjetivas nas artes e nas ciências

humanas, naturais e sociais. Criação de projetos

colaborativos e de ações de intervenção social.

Eletiva 4 60

FIS02009 EXPLORANDO O UNIVERSO: DOS QUARKS AOS

QUASARES

Súmula: Escalas de distância e tempo no Universo. O céu

Noturno. Planetas solares e extrasolares. Evolução das

Estrelas. Estrelas Anãs Brancas, Estrelas de Nêutrons e

Buracos Negros. Galáxias. Quasares. Cosmologia. Matéria

Escura. Energia Escura.

Eletiva 2 30

EDU01057 POVOS INDÍGENAS, EDUCAÇÃO E ESCOLA

Súmula: História e cultura dos povos indígenas do Brasil.

Estudo dos processos educacionais. Possibilidades de

abordagens da temática indígena na escola.

Eletiva 2 30

ART03970 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES NA

ESCOLA

Súmula: Estudos sobre interdisciplinaridade. Projetos

pedagógicos. Mediação e curadoria pedagógica. Materiais

pedagógicos.

Eletiva 4 60

EDU01016 PROJETOS DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES

DIGITAIS

Súmula: Nesta disciplina serão estudadas situações

experimentais desenvolvidas na modalidade de Projetos de

Aprendizagem, enfocando a construção de conhecimento

nas diferentes áreas do currículo, os usos dos recursos

tecnológicos para atividades colaborativas, a introdução de

metodologias interdisciplinares e formas alternativas de

avaliação da aprendizagem.

Eletiva 2 30

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EDU01022 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO E SUAS

INSTITUIÇÕES

Súmula: Análise do status do ensino e da aprendizagem em

Instituições Educativas e as modalidades de intervenção

utilizadas, bem como as relações internas e externas

estabelecidas (grupos de trabalho, serviços, sociedade civil)

e sua repercussão no ensino e na aprendizagem. Medidas

institucionais para a qualificação do ensino e da

aprendizagem. Funcionamento institucional: análise e

intervenção. Grupos: funcionamento, tipos, abordagem na

escola. Educação e Poder.

Eletiva 2 30

EDU01018 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: O JOGO II

Súmula: O jogo e a Educação: relações com teorias de

aprendizagem, implicações para a observação e intervenção

na situação lúdica, possibilidades e limites do uso

pedagógico do jogo, formação lúdica do educador e

implicações para o projeto político-pedagógico da escola.

Tipologia do jogo (diferentes classificações do jogo).

Vivências lúdicas.

Eletiva 2 30

EDU01006 SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: TÓPICOS ESPECIAIS I

Súmula: Abordagens interdisciplinares no estudo da

educação.

Eletiva 2 30

EDU01027 SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO

Súmula: História, desenvolvimento, conceituação e estágio

atual do software livre no processo educacional.

Democratização do acesso à informática e ao conhecimento.

Aspectos econômicos, políticos, sociais, filosóficos e

educacionais dos programas proprietários. O sistema

operacional GNU-Linux e os principais aplicativos

educacionais. Trabalho voluntário não remunerado e a

cooperação na produção de software livre.

Eletiva 2 30

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CURSO LICENCIATURA EM MATEMÁTICA (NOTURNO)

Curso: MATEMÁTICA

Habilitação: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA - NOTURNA

Currículo: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – NOTURNO

Etapa 1

Código Disciplina Caráter Créditos CH

MAT01343 COMPUTADOR NA MATEMÁTICA ELEMENTAR I

Súmula: Desenvolvimento de conceitos e relações

matemáticas dentro do ambiente LOGO. Polígonos

regulares convexos e não-convexos, círculos, curvatura

e raio de curvatura, mosaicos, espirais, processos

recursivos, árvores binárias, fractais.

Obrigatória 5 75

MAT01341 GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Geometria plana: pontos, retas, ângulos.

Triângulos congruentes, construções com régua e

compasso. Triângulos semelhantes. Funções

trigonométricas de ângulos. Círculos. Lugares

geométricos. Decomposição de regiões poligonais.

Obrigatória 5 75

EDU01004 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: HIST. DA

ESCOLARIZAÇÃO BRAS. E PROC PEDAGÓGICOS

Súmula: Estudo analítico do processo histórico de

escolarização moderna no Brasil, com destaque para as

práticas educativas e visões pedagógicas presentes na

institucionalização da escola. A educação escolar

associada às relações de classe, gênero e etnia

enquanto constituintes e constituidoras da produção e

reprodução das desigualdades sociais. Investigação das

campanhas ou lutas de movimentos sociais em direção

à universalização da educação escolar.

Obrigatória 2 30

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MAT01207 INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS RACIONAIS

Súmula: Introdução ao pensamento matemático.

Frações equivalentes; critérios para duas frações

serem equivalentes. Definição de número racional. O

corpo ordenado dos racionais; densidade do conjunto

Q e do conjunto das frações decimais. Representação

decimal dos números racionais; caracterização dos

números racionais cuja representação decimal é

periódica; recuperação da fração geratriz de racionais

cuja decimal é periódica. Aproximações e estimativas.

Insuficiência aritmética, algébrica e geométrica de Q.

Transposição para a escola: Frações e número

racionais versus relação parte-todo; frações e números

racionais versus o conceito de razão. Os diferentes

contextos e significados das operações com frações e

com números racionais.

Obrigatória 3 45

MAT01206 INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES ALGÉBRICAS

Súmula: Conceito de função, função injetora,

sobrejetora, função inversa, gráficos. Funções lineares

e afins. Funções polinomiais. Funções potências

racionais. Funções racionais, homográficas e a

hipérbole. Funções algébricas.

Obrigatória 4 60

EDU01011 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I – A

Súmula: Introdução ao estudo da(s) psicologia(s) e seu

interesse para o campo da educação. A constituição do

sujeito (desenvolvimento/aprendizagem) na sua

relação com os outros no âmbito da cultura. Estudo das

relações entre professores e alunos.

Obrigatória 2 30

Etapa 2

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01211 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA I

Súmula: Estudo da Educação Matemática em suas

relações com concepções contemporâneas de cultura,

sociedade e docência. Constituição da docência em

Educação Matemática sob uma perspectiva histórica e

contemporânea. Introdução a exercícios de docência e

estímulo a novas formas de expressão em Educação

Matemática.

Obrigatória 3 45

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60

EDU01010 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO I

Súmula: Bases filosófico-antropológicas da educação.

O ato educativo: aspectos estéticos, éticos e

epistemológicos. Relação da educação com a

linguagem, a cultura e o trabalho. Unidade, diversidade

e complexidade do processo educativo.

Obrigatória 2 30

MAT01345 GEOMETRIA II - MAT

Pré-Requisito: MAT01341 - GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Geometria espacial: paralelismo de retas e

planos, perpendicularidade de retas e planos, ângulos.

Secções cônicas e propriedades óticas. Semelhança e

homotetia, área de figuras planas, área e comprimento

de círculo, volumes e áreas de sólidos de revolução.

Transformações geométricas. Polígonos, poliedros,

simetrias. Teorema de Euler. Sólidos platônicos.

Obrigatória 5 75

MAT01208 INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS E COMPLEXOS

Súmula: Noções básicas de reta euclidiana. Postulado

do contínuo. Construção dos números reais via

medição de segmentos de reta. Teorema Fundamental

da Geometria Analítica. Introdução aos números

algébricos e transcendentes. Números complexos:

definição; operações e suas propriedades;

representação polar; raízes n-ésimas da unidade,

representação no plano de Argand-Gauss.

Obrigatória 5 75

EDU01012 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO II

Pré-Requisito: Psicologia da Educação I - A

Súmula: Estudo das teorias psicológicas que abordam

a construção do conhecimento, destacando as teorias

interacionistas e suas contribuições para a pesquisa e

as práticas educativas.

Obrigatória 2 30

MAT01191 VETORES E GEOMETRIA ANALÍTICA

Súmula: Geometria Analítica no plano e no espaço.

Sistemas de coordenadas. Vetores e operações com

vetores. Estudo da reta e de curvas planas. Estudo da

reta, do plano, de curvas planas e de curvas e

superfícies no espaço. Distâncias.

Obrigatória 4 60

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Etapa 3

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01355 ÁLGEBRA LINEAR I – A

Pré-Requisito: MAT01191 - VETORES E GEOMETRIA

ANALÍTICA

Súmula: Sistema de equações lineares. Matrizes.

Fatoração LU. Vetores. Espaços vetoriais.

Ortogonalidade. Valores próprios. Aplicações.

Obrigatória 4 60

MAT01199 CÁLCULO – A

Pré-Requisitos: MAT01206 - INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

ALGÉBRICAS e MAT01208 - INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS

REAIS E COMPLEXOS

Súmula: Funções polinomiais, racionais, algébricas,

exponenciais e logarítmicas. Limites e continuidade.

Derivadas e aplicações. Integrais indefinidas e

definidas, propriedades e técnicas. Aplicações a

equações diferenciais.

Obrigatória 4 60

MAT01212 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA II

Pré-Requisito: MAT01211 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA I

Súmula: Estudo de perspectivas históricas e

contemporâneas em Educação Matemática em suas

implicações para a docência. Análise de experiências de

pesquisa em docência produzidas na escola básica.

Promoção de exercícios de docência e incentivo a novas

formas de expressão para o ensinar e o aprender em

Educação Matemática.

Obrigatória 5 75

MAT01063 FUNDAMENTOS DE ARITMÉTICA

Súmula: Indução. Números inteiros. Congruências. Obrigatória 5 75

MAT01209 INTRODUÇÃO AS FUNÇÕES TRANSCEDENTES

Pré-Requisito: MAT01206 – INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕES

ALGÉBRICAS

Súmula: Funções exponenciais e logarítmicas. Funções

trigonométricas e trigonométricas inversas. Funções

trigonométricas inversas. Funções trigonométricas

hiperbólicas.

Obrigatória 5 75

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Etapa 4

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01064 ÁLGEBRA I

Pré-Requisitos: MAT01063 – FUNDAMENTOS DE

ARITMÉTICA e MAT01207 – INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS

RACIONAIS e MAT01208 – INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS

E COMPLEXOS

Súmula: Teoria de conjuntos. Relações. O corpo dos

números complexos. Equações de grau 2, 3 e 4.

Teorema Fundamental da Álgebra. Fatoração de

polinômios em R[X].

Obrigatória 4 60

MAT01204 CÁLCULO – B

Pré-Requisitos: MAT01191 - VETORES E GEOMETRIA

ANALÍTICA e MAT01199 - CÁLCULO – A

Súmula: Funções trigonométricas, suas inversas,

derivadas e técnicas de integração associadas.

Sequências e sérias infinitas. Funções escalares de

várias variáveis, derivadas parciais, máximos e

mínimos. Multiplicadores de Lagrange.

Obrigatória 4 60

MAT01066 COMBINATÓRIA I

Pré-Requisitos: MAT01063 - FUNDAMENTOS DE

ARITMÉTICA e MAT01341 - GEOMETRIA I – MAT

Súmula: Princípios de contagem: princípio aditivo e

multiplicativo. Aplicações: números binomiais,

combinações com repetição e permutações circulares.

Princípio da inclusão e exclusão. Probabilidades discretas.

Princípio da casa dos pombos.

Obrigatória 5 75

EDU02134 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E DOCÊNCIA III

Pré-Requisitos: MAT01212 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA II

Súmula: Estudo das investigações contemporâneas

relacionadas à docência em Educação Matemática.

Análise dos diferentes espaços da docência. Promoção

de exercícios de pesquisa e estímulo da singularidade

na produção de formas de expressão para o ensinar e o

aprender.

Obrigatória 4 60

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FIS01066 FÍSICA I

Pré-Requisito: MAT01199 – CÁLCULO – A

Súmula: Movimento e leis do movimento. Gravitação.

Princípio de conservação. Fluídos. Termodinâmica.

Obrigatória 4 60

Etapa 5

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01065 ÁLGEBRA II

Pré-Requisito: MAT01064 – ÁLGEBRA I

Súmula: Anéis de polinômios em K[X]. Algoritmo da

divisão. Irredutibilidade. Decomposição em fatores

irredutíveis. Extensões de corpos. Números

algébricos e transcendentes. Construções com régua

e compasso. Números construtíveis.

Obrigatória 4 60

FIS01067 FÍSICA II

Pré-Requisito: FIS01066 – FÍSICA I

Súmula: Eletricidade e Magnetismo. Movimento

Ondulatório e Luz.

Obrigatória 4 60

MAT01070 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA I

Pré-Requisitos: MAT01063 – FUNDAMENTOS DE

ARITMÉTICA e MAT01207 – INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS

RACIONAIS e MAT01208 – INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS REAIS

E COMPLEXOS

Súmula: Números naturais, inteiros, racionais.

Incomensurabilidade e números irracionais.

Preparação, execução e avaliação de experiências de

prática de ensino nesses conteúdos especificados.

Obrigatória 8 120

EDU03024 ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA

Súmula: A organização da escola enquanto mediação

de políticas, de ideologias, de interesses e de

finalidades da educação brasileira. Abordagens

pedagógico-organizacionais da escola enquanto

produtora de subjetividade e em termos de suas

contradições e mediações. O espaço para a construção

de uma escola pública, democrática e de qualidade.

Obrigatória 2 30

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Etapa 6

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01067 COMBINATÓRIA II

Pré-Requisitos: MAT01066 – COMBINATÓRIA I e

MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Funções geradoras. Relações de recorrência.

Introdução à teoria dos grafos. Caminhos eulerianos e

hamiltonianos. Coloração. Planaridade.

Obrigatória 5 75

EDU02084 EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CURRÍCULO,

DIDÁTICA, PLANEJAMENTO

Pré-Requisito: EDU03024 – ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

BÁSICA

Súmula: Aborda as relações entre currículo, didática,

culturas, subjetividades, identidades e diferença.

Discute os diversos movimentos de planejar, ensinar,

aprender e avaliar produzidos na Educação. Estimula e

realiza experimentações em pesquisa, docência e novas

formas de expressão da Educação contemporânea em

espaços escolares e não-escolares.

Obrigatória 4 60

MAT01071 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA II

Pré-Requisitos: MAT01191 – VETORES E GEOMETRIA

ANALÍTICA e MAT01345 – GEOMETRIA II – MAT

Súmula: Geometria sintética no plano e no espaço.

Medidas: comprimentos, áreas e volumes. Geometria

Analítica. Transformações geométricas. Preparação,

execução e avaliação de experiências de prática de

ensino nesses conteúdos especificados.

Obrigatória 8 120

MAT02219 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Pré-Requisito: MAT01199 – CÁLCULO – A

Súmula: Probabilidade: Conceito e teoremas

fundamentais. Variáveis aleatórias. Distribuições de

probabilidade. Estatística descritiva. Noções de

amostragem. Inferência estatística: Teoria da

estimação e Testes de hipóteses. Regressão linear

simples. Correlação.

Obrigatória 4 60

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65

Etapa 7

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT02043 ENSINO E APRENDIZAGEM DE ESTATÍSTICA

Pré-Requisitos: Créditos Obrigatórios – 100 e

MAT02219 – PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

Súmula: Educação Estatística: história,

desenvolvimento e abordagens. Abordagens de ensino

de estatística a Educação Estatística Crítica. Ensino por

Projetos. Ensino centrado em dados e a resolução de

problemas. O uso de jogos e material concreto no

ensino de estatística e a utilização da simulação no

ensino.

Obrigatória 2 30

EDU02X13 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA I

Pré-Requisitos: EDU02134 – EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E

DOCÊNCIA III e MAT01070 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE

ENSINO-APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA I e MAT01071 –

LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM

MATEMÁTICA II

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas e saberes que constituem espaços educativos.

Inserção nesses espaços com foco na problematização

dessas práticas e saberes, na organização curricular do

trabalho docente e na realização de ações pedagógicas.

Obrigatória 8 120

MAT01210 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Problemas, procedimentos e fontes da

pesquisa em História da Educação Matemática.

Finalidades, práticas e movimentos de inovação da

Matemática Escolar. A profissionalização dos

professores de Matemática no Brasil.

Obrigatória 3 45

MAT01072 LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Pré-Requisitos: MAT01066 – COMBINATÓRIA I e

MAT01199 – CÁLCULO – A e MAT01209 – INTRODUÇÃO AS

FUNÇÕES TRANSCENDENTES

Súmula: Números reais e complexos. Funções

algébricas elementares. Funções trigonométricas.

Funções exponenciais e logarítmicas. Sequências

numéricas e progressões. Análise Combinatória e

Probabilidade. Preparação, execução e avaliação de

experiências de prática de ensino nesses conteúdos

especificados.

Obrigatória 8 120

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Etapa 8

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01073 APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA – A

Pré-Requisito: MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem;

equações diferenciais ordinárias lineares de 2ª ordem,

a coeficientes constantes; equações a diferenças de 1ª

ordem. Aplicações na Física, Química, Biologia e em

outras áreas de conhecimento.

Obrigatória 5 75

MAT01074 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TECNOLOGIA

Pré-Requisitos: MAT01064 – ÁLGEBRA I e MAT01204 –

CÁLCULO – B e MAT01345 – GEOMETRIA II – MAT

Súmula: Análise e proposta de utilização de diferentes

softwares para o ensino e aprendizagem da Matemática

na escola, acompanhada de prática pedagógica. Análise

de sites Web na área de Educação Matemática e suas

possíveis utilizações no dia a dia da sala de aula.

Construção de referencial teórico na área de tecnologia

informática aplicada à Educação Matemática.

Obrigatória 5 75

EDU02X14 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA II

Pré-Requisitos: EDU02X13 – ESTÁGIO EM MATEMÁTICA I

e MAT01072 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO –

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas que constituem o campo de estágio.

Planejamento, operacionalização e avaliação de

diferentes práticas educacionais em espaços

educativos, voltados ao Ensino Fundamental.

Desenvolvimento de projeto de ensino, envolvendo

realidades educativas e as práticas propostas na

universidade.

Obrigatória 10 150

EDU01013 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E NECESSIDADES

EDUCATIVAS ESPECIAIS

Súmula: A disciplina visa à reflexão crítica de questões

ético-político-educacionais da ação docente quanto à

integração/inclusão escolar de pessoas com

necessidades educativas especiais. Analisa a evolução

conceitual, na área da educação especial, assim como as

mudanças paradigmáticas e as propostas de

Obrigatória 2 30

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67

intervenção. Discute as atuais tendências,

considerando a relação entre a prática pedagógica e a

pesquisa em âmbito educacional.

Etapa 9

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01068 ANÁLISE REAL I

Pré-Requisito: MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Números reais: conjuntos infinitos,

enumeráveis e não enumeráveis, supremo. Sequências

infinitas: limite, Teorema de Bolzano-Weierstrass,

critério de Cauchy. Séries numéricas: convergência,

convergência absoluta.

Obrigatória 4 60

EDU02X15 ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA III

Pré-Requisitos: EDU02X13 – ESTÁGIO EM MATEMÁTICA I

e MAT01072 – LABORATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO –

APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA III

Súmula: Estudo teórico-analítico das diferentes

práticas que constituem o campo de estágio.

Planejamento, operacionalização e avaliação de

diferentes práticas educacionais em espaços

educativos, voltados ao Ensino Médio.

Desenvolvimento de projeto de ensino, envolvendo

realidades educativas e as práticas propostas na

universidade.

Obrigatória 10 150

EDU03071 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 120

Súmula: Aspectos linguísticos da Língua Brasileira de

Sinais (LIBRAS). História das comunidades surdas, da

cultura e das identidades surdas. Ensino básico da

LIBRAS. Políticas linguísticas e educacionais para surdos.

Obrigatória 2 30

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68

MAT01048 PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Estudo da produção recente da pesquisa em

Educação Matemática. Análise de projetos,

dissertações, teses, livros e artigos publicados em

revistas da área. Participação ativa em projeto de

pesquisa.

Obrigatória 4 60

Etapa 10

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01069 ANÁLISE REAL II

Pré-Requisito: MAT01068 – ANÁLISE REAL I

Súmula: Continuidade: limites, descontinuidades,

Teorema do Valor Intermediário. Diferenciabilidade:

derivada, máximos e mínimos. Teorema do Valor

Médio. Sequências e séries de funções: convergência

simples e uniforme, séries de potências.

Obrigatória 4 60

MAT01351 HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Pré-Requisito: Créditos Obrigatórios – 100

Súmula: Alguns temas sob ponto de vista histórico:

sistemas de numeração, geometria, trigonometria,

cálculo aritmético e logarítmico, equações algébricas,

combinatória, geometria analítica, cálculo infinitesimal

e numérico.

Obrigatória 4 60

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MAT

Pré-Requisitos: EDU02X14 – ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA II e MAT01048 – PESQUISA EM EDUCAÇÃO

MATEMÁTICA

Obrigatória 0 60

Grupo de Alternativas: [1] Atividades Exigidas – [4] Créditos Exigidos

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter Créditos CH

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MAT01077 ÁLGEBRA III – A

Pré-Requisito: MAT01065 – ÁLGEBRA II

Súmula: Grupos. Subgrupos normais. Grupos

quociente. Homomorfismos de grupos. Grupos de

permutações. Teoremas de Cauchy e de Sylow.

Alternativa 4 60

MAT01156 ÁLGEBRA LINEAR II

Pré-Requisito: MAT01355 – ÁLGEBRA LINEAR I – A

Súmula: Determinantes. Operadores diagonalizáveis.

Teorema espectral. Forma canônica de Jordan. Espaços

com produto interno. Formas bilineares.

Alternativa 4 60

MAT01032 CÁLCULO NUMÉRICO A

Pré-Requisito: MAT01355 – ÁLGEBRA LINEAR I – A

Súmula: Erros; ajustamento de equações;

interpolação, derivação e integração; solução de

equações lineares e não lineares; solução de sistemas

de equações lineares e não lineares; noções de

otimização; solução de equações diferenciais e

equações diferenciais parciais; noções do método

Monte Carlo em suas diferentes aplicações.

Alternativa 4 60

MAT01031 MATEMÁTICA FINANCEIRA – A

Súmula: Capitalizações simples e composta. Descontos

simples e compostos. Rendas certas. Rendas variáveis.

Taxa interna de retorno. Equivalência de fluxos de

caixa. Amortização de empréstimos. Noções de análise

de investimento. Correção monetária.

Alternativa 4 60

Sem Etapa

Código Disciplina/Pré-Requisito/Súmula Caráter C réditos CH

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FIS01056 A FÍSICA DO SÉCULO XX – A

Pré-Requisitos: FIS01067 – FÍSICA II e MAT01073 –

APLICAÇÕES DA MATEMÁTICA – A e MAT01205 – CÁLCULO –

C

Súmula: Origem da física quântica. Modelos atômicos.

Princípio da incerteza. Equação de Schrödinger.

Partícula livre e pacotes de onda. Aplicações em uma

dimensão.

Eletiva 4 60

EDU03085 ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA NA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Pré-Requisito: EDU01013 – INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

E NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Súmula: Estudos e pesquisas sobre acessibilidade e

inclusão através das tecnologias, com ênfase a) nas

políticas e ações de inclusão operadas a partir da

mídia digital e tecnologias assistivas e das suas

consequências na vida escolar e social; b) nas

possibilidades tecnológicas para atender a

diversidade funcional na escola; c) nas produções de

conteúdos e intervenções pedagógicas com uso de

tecnologias na perspectiva inclusiva compartilhado

com uma pessoa, desativado - somente pessoas

específicas podem acessar.

Eletiva 3 45

MAT01205 CÁLCULO – C

Pré-Requisito: MAT01204 – CÁLCULO – B

Súmula: Integrais múltiplas, mudança de variáveis.

Funções vetoriais, integrais de linha e de superfície.

Teoremas de Gauss, Green e Stokes, aplicações.

Teorema da divergência e aplicações.

Eletiva 4 60

ART03971 EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS CULTURAIS

Súmula: Relação entre Educação e Arte em espaços

não escolares. Instituições culturais e artísticas em

projetos educativos. Mediação entre a Escola e os

Espaços Artísticos do contexto dos alunos. Materiais

pedagógicos para espaços artístico-culturais em suas

relações com a escola. Projetos educativos em Arte na

Sociedade.

Eletiva 4 60

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71

ART03946 ENCONTRO DE SABERES

Súmula: Noções de interculturalidade, diversidade

cultural e pluralidade epistêmica. Docência

compartilhada com Mestres dos Saberes Tradicionais e

Populares. Práticas interepistêmicas e intersubjetivas

nas artes e nas ciências humanas, naturais e sociais.

Criação de projetos colaborativos e de ações de

intervenção social.

Eletiva 4 60

FIS02009 EXPLORANDO O UNIVERSO: DOS QUARKS AOS

QUASARES

Súmula: Escalas de distância e tempo no Universo. O

céu Noturno. Planetas solares e extrasolares. Evolução

das Estrelas. Estrelas Anãs Brancas, Estrelas de

Nêutrons e Buracos Negros. Galáxias. Quasares.

Cosmologia. Matéria Escura. Energia Escura.

Eletiva 2 30

EDU01057 POVOS INDÍGENAS, EDUCAÇÃO E ESCOLA

Súmula: História e cultura dos povos indígenas do

Brasil. Estudo dos processos educacionais.

Possibilidades de abordagens da temática indígena na

escola.

Eletiva 2 30

ART03970 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES NA

ESCOLA

Súmula: Estudos sobre interdisciplinaridade. Projetos

pedagógicos. Mediação e curadoria pedagógica.

Materiais pedagógicos.

Eletiva 4 60

EDU01016 PROJETOS DE APRENDIZAGEM EM AMBIENTES

DIGITAIS

Súmula: Nesta disciplina serão estudadas situações

experimentais desenvolvidas na modalidade de

Projetos de Aprendizagem, enfocando a construção de

conhecimento nas diferentes áreas do currículo, os

usos dos recursos tecnológicos para atividades

colaborativas, a introdução de metodologias

interdisciplinares e formas alternativas de avaliação da

aprendizagem.

Eletiva 2 30

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72

EDU01022 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO E SUAS

INSTITUIÇÕES

Súmula: Análise do status do ensino e da

aprendizagem em Instituições Educativas e as

modalidades de intervenção utilizadas, bem como as

relações internas e externas estabelecidas (grupos de

trabalho, serviços, sociedade civil) e sua repercussão

no ensino e na aprendizagem. Medidas institucionais

para a qualificação do ensino e da aprendizagem.

Funcionamento institucional: análise e intervenção.

Grupos: funcionamento, tipos, abordagem na escola.

Educação e Poder.

Eletiva 2 30

EDU01018 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: O JOGO II

Súmula: O jogo e a Educação: relações com teorias de

aprendizagem, implicações para a observação e

intervenção na situação lúdica, possibilidades e limites

do uso pedagógico do jogo, formação lúdica do

educador e implicações para o projeto político-

pedagógico da escola. Tipologia do jogo (diferentes

classificações do jogo). Vivências lúdicas.

Eletiva 2 30

EDU01006 SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: TÓPICOS ESPECIAIS I

Súmula: Abordagens interdisciplinares no estudo da

educação.

Eletiva 2 30

EDU01027 SOFTWARE LIVRE NA EDUCAÇÃO

Súmula: História, desenvolvimento, conceituação e

estágio atual do software livre no processo

educacional. Democratização do acesso à informática e

ao conhecimento. Aspectos econômicos, políticos,

sociais, filosóficos e educacionais dos programas

proprietários. O sistema operacional GNU-Linux e os

principais aplicativos educacionais. Trabalho

voluntário não remunerado e a cooperação na

produção de software livre.

Eletiva 2 30

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73

6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Os processos de ensino e de aprendizagem são avaliado tanto com base

na avaliação do professor e sua atuação docente, como com foco no e a partir

do aluno e seu desempenho. No caso da avaliação docente, é o aluno que,

acessando um formulário próprio no Portal do Aluno do site da UFRGS, atribui

conceitos a cada tópico ali referido. As respostas podem ser lidas pelo professor

diretamente interessado para que, com base nelas, continue aprimorando seu

trabalho bem como pelo Núcleo de Avaliação da Unidade que investiga esses

resultados e divulga para a comunidade acadêmica.

Embora a avaliação se dê de forma contínua, cumulativa, descritiva e

compreensiva, é possível particularizar esses três momentos no processo,

quais sejam: acompanhamento do percurso cotidiano de estudos do aluno, pelo

docente (presença, interesse, participação, entre outros); realização de provas

e produção de trabalhos escritos e performáticos, reais ou virtuais (sítios,

objetos virtuais, etc), mas sempre entregues presencialmente, que possibilitem

sínteses dos conhecimentos trabalhados; e apresentação de resultados de

estudos e pesquisas realizadas, com performance presencial coletiva. Somente

após a realização e participação nessas avaliações é que é feita a valoração final

do desempenho do aluno, traduzida em conceito final de cada disciplina.

A avaliação dos alunos nas disciplinas é responsabilidade dos respectivos

professores, respeitados os critérios especificados nos planos de ensino, em

conformidade com a Resolução nº 11/2013 do CEPE. Os critérios de avaliação,

incluindo a forma cálculo da nota, critérios para atribuição de conceitos e

atividades de recuperação, são definidos no Plano de Ensino, o qual deve ser

aprovado pelo Departamento e homologado pela Comissão de Graduação. De

acordo com a referida resolução, a aprovação ou reprovação em Atividade de

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74

Ensino dependerá do resultado de avaliações efetuadas necessariamente ao

longo de todo o período letivo, na forma prevista no Plano de Ensino, sendo o

resultado global expresso em conceito, conforme estabelecido pelo Regimento

Geral da Universidade. São conceitos de aprovação: A, B e C, correspondendo

respectivamente a aproveitamento Ótimo, Bom e Regular. São conceitos de

reprovação: D e FF. O conceito D será atribuído por desempenho acadêmico

insatisfatório, e o conceito FF por falta de frequência em mais de 25% (vinte e

cinco por cento) da carga horária prevista para a Atividade de Ensino no seu

Plano de Ensino.

Será conferida a titulação de Licenciado em Matemática ao graduando

que:

- Obtiver aprovação em todas as atividades curriculares;

- Cumprir o total de horas previstas para a prática pedagógica;

- Cumprir todas as atividades transversais solicitadas pelo curso;

- Obter a frequência mínima exigida nas atividades curriculares, que é de

75% (setenta e cinco por cento).

Para a formação do Professor de Matemática é necessário que os

processos de ensino e de aprendizagem dos aspectos teóricos e metodológicos

sejam construídos a partir do interesse no educando favorecendo a discussão e

o estabelecimento de relações dos temas em estudo com fenômenos

profissionais e cotidianos. Nesse sentido, na maioria das disciplinas do Curso

de Licenciatura de Matemática da UFRGS são abordados conteúdos práticos,

proporcionando aos alunos elementos adequados para a criação e a reflexão

dos conhecimentos envolvendo Didática, Tecnologias Digitais e Matemática.

No curso de Licenciatura de Matemática, uma componente central é a

apropriação dos recursos oferecidos pelas tecnologias digitais de informação e

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comunicação. Várias disciplinas requerem a integração entre atividades

expositivas das metodologias e a aplicação destas em problemas práticos e na

organização de materiais didáticos com foco na aprendizagem de conceitos de

Matemática do Ensino Básico.

Outro aspecto particular do curso é a interdisciplinaridade. Neste

contexto, as atividades didáticas ministradas contemplam aplicações em

diversas áreas. Além das abordagens feitas em disciplinas, é importante

destacar as possibilidades de inserção dos estudantes em salas de aula das

escolas da Educação Básica da rede pública e privada de Porto Alegre. Esta

interação tem sido proporcionada pela participação dos alunos em atividades

complementares, projetos de pesquisa, bolsas de iniciação científica, estágios e,

participação no programa PIBID e, especialmente, pelas disciplinas de

Educação Matemática e Docência, Laboratórios de Prática de Ensino-

Aprendizagem em Matemática e dos Estágios em Educação Matemática.

Os conhecimentos interdisciplinares exigidos dos futuros professores de

matemática fazem com que os docentes que atuam no curso estejam em

constante aperfeiçoamento permitindo que diferentes temas sejam abordados

em sala de aula. Nesse sentido constata-se que questões relativas às diferentes

formas de aprender e de ensinar, educação, ética, saúde, meio ambiente,

diversidade cultural e problemas sociais, por exemplo, sejam abordados ao

longo do Curso.

O sistema de avaliação prevê também que o aluno seja avaliado em todo

o processo de ensino aprendizagem, havendo mais de uma avaliação ao longo

do semestre, procurando sempre retomar o que já foi visto, especialmente com

os monitores das disciplinas e também com o professor que se dispõem a

esclarecer as dúvidas dos alunos em horários extraclasse.

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76

A COMGRAD/MAT mantém contato permanente com os professores das

diferentes disciplinas do currículo do curso, na intenção de promover

melhorias na qualidade das aulas ministradas por eles. Este contato ocorre

através dos departamentos de origem das disciplinas e de seus professores.

Dessa forma, a avaliação dos processos de ensino e aprendizagem está

acontecendo a todo instante e em todos os âmbitos da educação, aliada a uma

avaliação institucional, provocando a reflexão e reestruturação deste processo.

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77

7. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

Avaliação Interna

O sistema de avaliação do curso de Licenciatura em Matemática terá

como objetivo aprimorar sua qualidade e colaborar com a formação de

professores para o sistema de Educação Básica.

Quanto à sua organização, o curso de Licenciatura em Matemática possui

uma Comissão de Graduação, com a coordenação do curso e suas

representações. Neste nível, são resolvidas questões de caráter interno ao

andamento do curso com a orientação e apoio do Núcleo Docente Estruturante

dos cursos de Matemática. Para as questões de caráter institucional, a Comissão

de Graduação se dirige diretamente à Direção e ao Conselho da Unidade do

Instituto de Matemática e Estatística (IME/UFRGS). Dessa instância, questões

de reconhecimento interno passam pela Câmara de Graduação

(CAMGRAD/UFRGS) e pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da

Universidade (CEPE/UFRGS). Questões relacionadas ao registro acadêmico são

resolvidas pelo Departamento de Consultoria em Registros Discentes

(DECORDI/UFRGS); já as relacionadas ao suporte tecnológico, encaminhadas

ao Centro de Processamento de Dados (CPD/UFRGS), e as relacionadas com

ENADE e solicitação de Reconhecimento/Renovação de Reconhecimento de

Cursos com a Secretaria de Avaliação Institucional (SAI/UFRGS).

A UFRGS, nos termos da lei, conta com uma Comissão Própria de

Avaliação (CPA) que é responsável pela coordenação e pela articulação das

diversas ações de avaliação desenvolvidas pela Universidade, sejam elas

demandas internas ou externas.

A UFRGS tem tradição em avaliação interna e externa iniciada com a

implementação, em 1994, do Programa de Avaliação Institucional – PAIUFRGS,

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78

vinculado ao PAIUB, desenvolvido ao longo de quatro anos, e mantido através

do PAIPUFRGS - 2º Ciclo Avaliativo, iniciado em 2002, cuja meta principal foi

avaliar o cumprimento da missão da Universidade na sua finalidade de

educação e produção dos conhecimentos integrados no ensino, na pesquisa, na

extensão, na gestão acadêmica e administrativa, em cada Unidade Acadêmica,

tendo por base os princípios da Pertinência Social e da Excelência sem

Excludência.

A partir da aprovação da Lei nº. 10.861/2004 (SINAES), a UFRGS iniciou

um movimento de articulação do PAIPUFRGS – 2º Ciclo Avaliativo,

encontrando-se, atualmente, no 11º Ciclo Avaliativo. Assim, a avaliação interna

da UFRGS passou a ser regida pelo Programa PAIPUFRGS/SINAES, mantendo o

cerne do programa existente e ampliando-o com as concepções da Lei.

O Sistema de Autoavaliação da UFRGS prevê a avaliação das dez

dimensões do SINAES, dentre elas a avaliação do docente pelos discentes.

Conforme instrumento de avaliação da UFRGS, disponível através do portal

eletrônico (portal do aluno e do professor), ao final de cada semestre letivo, os

alunos avaliam os professores no exercício de suas atividades de ensino. É

importante ressaltar que tal Sistema de Avaliação possui uma série histórica

desde o segundo semestre de 2006, e que apresenta seus resultados de

diferentes formas: por disciplina, por departamento, por curso e geral da

Instituição.

A Secretaria de Avaliação Institucional disponibiliza informações

referentes à avaliação dos cursos através do Painel da Qualidade, disponível no

site: http://www.ufrgs.br/sai/dados-resultados/painel-da-qualidade.

O Instituto de Matemática e Estatística tem um Núcleo de Avaliação de

Unidade (NAU), que é órgão assessor do Conselho da Unidade e é composto por

dois professores de cada Departamento que compõe a Unidade, dois técnicos

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administrativos, um discente representante de curso de graduação e um

discente representante de curso de pós-graduação da unidade. As atribuições

da CPA, do NAU e da SAI constam em Regimento interno da CPA (Decisão nº

184/2009). O NAU do IME realiza levantamento de dados e constatação das

situações mais problemáticas da Unidade para fins de planejamento das futuras

ações da unidade.

Avaliação Externa

A última avaliação externa do curso de Licenciatura em Matemática da

UFRGS foi realizada em 2017, quando os estudantes participaram do Enade

(Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). O conceito obtido pelo curso

foi 5.

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8. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do curso de Licenciatura em

Matemática é uma atividade de ensino obrigatória de caráter individual,

equivalente a 60 horas, que consiste na produção de monografia apresentada

oralmente diante de banca examinadora constituída especificamente para esse

fim.

É normatizado pela Resolução nº 03/2016 da COMGRAD-MAT (Anexo 2)

e deverá ser uma produção que integre a construção teórica com as

experiências adquiridas ao longo dos estágios de docências e de práticas

pedagógicas consideradas como atividades vinculadas ao curso, realizada sob

a orientação de um docente da UFRGS, que contemple a realização de trabalho

empírico envolvendo coleta e análise de dados em interação com alunos ou

professores e com a realidade da escola básica.

A orientação do TCC será realizada por professores efetivos da UFRGS

que tenham a titulação mínima de mestre. O cadastro da atividade de ensino

TCC é realizado pela COMGRAD e deve ser solicitado pelo aluno no período de

matrícula da Universidade, conforme calendário acadêmico. Para efetivação da

matrícula o estudante deve apresentar a proposta de TCC, indicando a temática

de estudo na qual se situa, justificativa articulando o objeto de estudo às

práticas pedagógicas ou estágios de docência, abordagem metodológica e

cronograma de trabalho e o termo de concordância do professor orientador.

A temática de estudo pode ser escolhida dentre as listadas abaixo ou, caso

não esteja, submetida à apreciação da Comissão de Graduação.

1. Ensino e aprendizagem de conteúdos específicos de Matemática: Trata

das questões relativas aos conteúdos de matemática, destacando as

diferentes abordagens, a perspectiva histórica, as ideias fundamentais, a

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transformação do conteúdo acadêmico em conteúdo escolar e o

conhecimento pedagógico específico.

2. Relações entre a prática pedagógica e a pesquisa em Educação

Matemática: Trata das práticas pedagógicas inseridas ou resultantes de

projetos de pesquisa, destacando a revisão bibliográfica dos trabalhos

que enfocam o mesmo tema, a fundamentação teórica da prática, as

diferentes formas de coleta de dados e sua análise.

3. Educação Matemática e práticas culturais: Esta temática analisa sob

uma perspectiva política, social e cultural a inter-relação entre processos

pedagógicos da Educação Matemática desenvolvidos em diferentes

espaços educativos e as práticas culturais contemporâneas de crianças,

jovens e adultos.

4. Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação Matemática:

Trata das questões relativas à integração das Tecnologias da Informação

e Comunicação na Educação Matemática; tem focos na reorganização dos

espaços e tempos escolares, na reestruturação curricular, nas mudanças

do contrato didático e no potencial das tecnologias da inteligência na

construção do conhecimento.

5. Perspectivas educacionais contemporâneas e educação matemática:

Estudos de modos de pensar a educação matemática contemporânea em

suas relações com a teorização curricular. Objetiva-se

explorar possibilidades de uma ideia de experiência no campo da

educação matemática, focalizando a escrita, a leitura e a subjetividade.

6. Aprofundamento de tópico de Matemática: Aprofundamento de algum

tópico de Matemática de interesse do aluno que tenha sido motivado pela

experiência do mesmo nas práticas e estágios.

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A avaliação do trabalho será realizada em sessão pública de apresentação

do TCC, por uma banca composta por três professores, sendo um o orientador

e dois os arguidores, todos pertencentes ao quadro docente da UFRGS.

Eventuais recomendações ou sugestões da banca examinadora devem ser

incorporadas ao trabalho e a versão final é encaminhada à COMGRAD para

registro do conceito e, se aprovado e autorizada a publicação, é encaminhado

para a biblioteca do Instituto de Matemática e Estatística da UFRGS e registrado

no Repositório Digital da UFRGS (LUME).

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9. ESTÁGIO CURRICULAR

Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de Licenciatura,

superando a estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados à formação

matemática e um ano dedicado à formação didático-pedagógica. O novo

currículo foi proposto tendo como referência um perfil delineado de professor

de Matemática, de modo que “o aluno tivesse oportunidade de vivenciar

situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a iniciação à docência

permeasse todo o curso (PAIUFRGS, 1995). A organização curricular foi

estruturada segundo os critérios:

“Integrar, ao longo dos quatro anos de formação, as disciplinas das áreas

pedagógica e matemática; iniciar o trabalho de formação a partir do nível em

que se encontra o aluno, retomando-se ao longo do primeiro ano conteúdos da

escola secundária; distribuir equilibradamente os créditos entre disciplinas de

caráter matemático e caráter pedagógico.” (PAIUFRGS, 1995).

No novo currículo, também foi incorporada a perspectiva da inovação do

ensino de Matemática com recursos da tecnologia, inicialmente através de duas

disciplinas e posteriormente nas práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo

do curso (Idem, 1995).

Então, dentro da organização curricular, a parte prática e os estágios

supervisionados se dão a todo momento e não apenas ao fim do curso. As

disciplinas que compõem esse quadro são oferecidas pelo Instituto de

Matemática, que totalizam 420 horas: Laboratório de Prática de ensino-

aprendizagem em Matemática I, Laboratório de Prática de ensino-

aprendizagem em Matemática II e Laboratório de prática de ensino-

aprendizagem em Matemática III, com 120 horas cada e Educação Matemática

e Tecnologia, com 60 horas. E também pela Faculdade de Educação que

caracterizam o Estágio Curricular supervisionado e que totalizam 420 horas:

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Estágio em Educação Matemática I, com 120 horas; Estágio em Educação

Matemática II e Estágio em Educação Matemática III, cada uma delas com carga

horária 150 horas.

O Estágio Obrigatório no Curso de Licenciatura em Matemática é

atividade de ensino obrigatória com carga horária de 420 horas, regulamentado

pelo Plano de Ensino da Disciplina, subdividido em 3 disciplinas, a saber:

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA I: A disciplina com carga horária

de 120h contempla estudo teórico-analítico das diferentes práticas e

saberes que constituem espaços educativos e propõem a inserção dos

estudantes nesses espaços com foco na problematização dessas práticas

e saberes, na organização curricular do trabalho docente e na realização

de ações pedagógicas.

Se principal objetivo é inserir o estudante em espaços educativos,

buscando conhecer aspectos gerais de estrutura e organização do trabalho

docente problematizando práticas sócio-político-culturais que constituem

espaços educacionais. Na referida disciplina os estudantes conhecem e

participam do cotidiano, das rotinas, da estrutura e da organização do espaço

escolar e de outros espaços educativos. Também exercitam práticas de leitura,

escrita, pesquisa e reflexões em torno das diferentes práticas que constituem a

Educação e a Educação Matemática em diferentes espaços educativos

vivenciando realidades educacionais e práticas propostas pela Universidade

com postura ética.

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA II: A carga horária desta

disciplina é de 150 horas e propõe estudo teórico-analítico das diferentes

práticas que constituem o campo de estágio bem como planejamento,

operacionalização e avaliação de diferentes práticas educacionais em

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espaços educativos, voltados ao Ensino Fundamental. Na disciplina são

desenvolvidos projetos de ensino, envolvendo realidades educativas e as

práticas propostas na universidade.

Os estudantes experimentam exercícios de pensamento possibilitados

pelas práticas propostas na disciplina, atualizam conhecimentos sobre as

teorias educacionais contemporâneas e suas implicações para o estágio

docente e o currículo; fazem uso dos conteúdos/temas trabalhados nas

disciplinas que constam como Pré-requisito para a disciplina de Estágio II,

objetivando articulá-los e reatualizá-los na elaboração dos planos de aula e do

Projeto de Ensino. Planejam e executam práticas docentes na disciplina de

Matemática em um ou mais turma de alunos dos Anos Finais do Ensino

Fundamental, na modalidade regular ou EJA; Conhecem e participam do

cotidiano, das rotinas, da estrutura e da organização de uma escola pública ou

privada, bem como de outros espaços educativos a exemplo de cursos de

educação popular e são convidados a repensar a avaliação como técnica de

ensino e aprendizagem, bem como produtora de relações de saberes, poderes,

verdades e subjetividades. Em suma, vivenciam realidades escolares e ou de

outros espaços educativos e as práticas propostas na Universidade com postura

ética.

ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA III: A disciplina, com carga

horária de 150 horas, tem proposta semelhante ao Estágio em Educação

Matemática II entretanto, voltada para a prática de ensino no Ensino

Médio.

No âmbito da Universidade, a Resolução nº 04/2004 do CEPE

regulamenta as diretrizes para o plano pedagógico das licenciaturas da UFRGS

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De acordo com essa legislação, é obrigatória a realização de estágio

curricular supervisionado, a partir da segunda metade do curso. Esse estágio

deve compreender um conjunto de atividades para a atuação do professor,

envolvendo interação com a comunidade escolar, compreensão da organização

e do planejamento escolar e, finalmente, o planejamento, a execução e a

avaliação de atividades docentes de acordo com a legislação vigente.

Ainda no âmbito da Universidade, a Resolução nº 31/2007 do CEPE

regulamenta os estágios de docência nos cursos de Licenciatura da UFRGS. De

acordo com a referida resolução, os Estágios de Docência dos Cursos de

Licenciatura constituem-se em espaços de integração entre universidade,

escola e comunidade, através do intercâmbio de saberes e da articulação de

ações de ensino, pesquisa e extensão. Têm por objetivo a inserção do discente

de curso de Licenciatura na prática docente, constituindo-se em um espaço de

formação profissional, no campo de estágio, e sob a supervisão direta por

profissionais dos diferentes espaços educativos e orientação pelos professores

da UFRGS.

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10. ATO AUTORIZATIVO ANTERIOR OU ATO DE CRIAÇÃO

O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS) foi criado em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com

duas habilitações: Bacharelado em Matemática e Licenciatura em Matemática.

Foi autorizado a funcionar em 1942, através do Decreto nº 9.706, e obteve

reconhecimento em 1944 através do Decreto nº 17.400 (PAIUFRGS, 1996).

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11. Política de Atendimento a Portadores de Necessidades Especiais

O atendimento aos portadores de necessidades especiais é uma

preocupação constante da UFRGS, que tem mantido e ampliado diversas ações,

tais como:

a) Programa de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou

mobilidade reduzida: inclui obras como construção de rampas,

nivelamento de passeios, sanitários adaptados, além de estudos para

diferentes situações de acesso. Esta iniciativa está sendo contemplada

nos Projetos de Arquitetura para os prédios novos. Os prédios antigos

estão sendo gradualmente reformados para atender este tipo de

necessidade. O Campus do Vale tem sido reestruturado para atender a

essas exigências.

b) Núcleo de Apoio ao Aluno com Deficiência Visual (NAPNES): criado para

atender portadores de deficiência visual, atua diretamente com alunos

e professores. Confecciona textos em Braille e capacita estagiários e

outros profissionais para o trabalho com esse público. Conta também

com o apoio da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas

Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades

no Rio Grande do Sul (FADERS);

c) Setor de Apoio a Alunos com Deficiência Visual (SAADVIS): criado em

janeiro de 2005, por portaria do Reitor, iniciou um processo inclusivo,

ao cumprir a legislação nacional vigente sobre a educação de pessoas

com deficiência visual no ensino superior, criando as condições

necessárias para que esses alunos que já ingressaram pelos caminhos

legais (vestibular) tenham o acesso adequado ao material de seus

cursos. O setor tem como objetivo oferecer o apoio necessário aos

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alunos de graduação, pós-graduação e ensino profissionalizante da

Universidade;

d) O Incluir - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade é o setor responsável por

desenvolver estratégias de inclusão, acessibilidade e permanência de

pessoas com deficiência, Transtorno do Espectro do Autismo ou com

alguma condição de saúde que necessite de atendimento especial,

dentro da comunidade universitária, no âmbito do ensino, pesquisa,

extensão e gestão administrativa. O Núcleo atende alunos, técnicos-

administrativos e docentes; assim como setores da Universidade, que

necessitem de atendimento para atividades de responsabilidade na

UFRGS.

Uma das principais formas de garantir a inclusão e a acessibilidade, bem

como a permanência, é através do atendimento individual, o qual visa dar

condições de acesso e igualdade ao ensino-aprendizagem e ao desempenho

profissional, buscando a promoção e a autonomia do atendido. De acordo com

a especificidade da demanda de cada pessoa ou setor atendido, são oferecidos

recursos de acessibilidade, como: tecnologia assistiva, tradutor-intérprete de

Libras, materiais adaptados, guia vidente, acompanhamento em sala de aula,

ledor e transcritor, e o que mais for preciso para garantir a acessibilidade ao

atendido, visando a eliminação de barreiras físicas, pedagógicas, atitudinais e

de comunicação.

O Núcleo de Inclusão e Acessibilidade também é responsável pela

articulação, o fomento e a consolidação da política de inclusão e acessibilidade

da UFRGS. Através de ações transversais aos diversos órgãos da Universidade,

envolvidos com a promoção de ações de inclusão, acessibilidade e

permanência.

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Desde 1997 tem-se dados acerca do ingresso de alunos surdos no

Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS, diante do que se

buscaram alternativas para viabilizar a permanência de aluno surdo com a

presença de tradutores intérpretes de Língua Brasileira de Sinais em sala de

aula.

Em 2001, foi fundado o Núcleo de Pesquisa e Apoio a Pessoas com

Necessidades Educacionais Especiais (NAPNES) que visava a inclusão social

através da educação, tecnologia e profissionalização. Nesse esforço de inclusão,

realizavam-se pesquisas e cursos de extensão, de capacitação, e

profissionalizantes, além de promover o diálogo entre pessoas com deficiência

e a comunidade, objetivando a diminuição do preconceito.

Em 2005 criou-se o Setor de Apoio ao Aluno com Deficiência Visual, com

o objetivo de atender as demandas de pessoas com deficiência visual, de

possibilitar o desenvolvimento integral, inclusão social e capacitação às

pessoas que trabalham com essa população. Além da realização de pesquisas

na área de educação especial.

A partir 2006, a Universidade aderiu ao Programa Incluir- Acessibilidade

à Educação Superior, as quais constituíram a formulação de estratégias para

identificação das barreiras ao acesso das pessoas com deficiência à educação,

decorrentes de cegueira, baixa visão, mobilidade reduzida, deficiência auditiva

e da condição de ser surdo, usuário da Língua Brasileira de Sinais, nesta

Universidade. As ações, desde então, visam a eliminação de barreiras

pedagógicas, atitudinais, arquitetônicas e de comunicação, possibilitando uma

efetiva participação desses alunos na UFRGS. Nesse contexto, o objetivo geral

consistia no atendimento de acadêmicos com necessidades educacionais

especiais decorrentes de deficiências.

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Em 2014, com a criação do Incluir - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade,

buscou-se dar mais visibilidade e condições para que se ampliem e consolidem

as ações que vinham sendo realizadas, através de estratégias voltadas às

pessoas com deficiência na comunidade universitária, garantindo condições de

equidade de acesso ao conhecimento, ao desenvolvimento profissional e

cultural.

e) LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais: em consonância com a política

nacional de inclusão e com a legislação emanada da Secretaria Especial

dos Direitos Humanos e do Ministério de Educação, a Universidade

oferece os recursos assistivos requeridos aos estudantes portadores de

deficiência auditiva. Tanto para as atividades de graduação como de

pós-graduação, são disponibilizados intérpretes da Língua Brasileira de

Sinais - LIBRAS - sobretudo na Faculdade de Educação. Um grupo de

pesquisa estabelecido e reconhecido no tema auxiliando na implantação

das ações definidas. A Faculdade de Educação oferece o ensino de Libras

a fim de capacitar todos os estudantes da instituição para o trabalho com

portadores de deficiência auditiva. Por meio dos professores vinculados

a essa atividade, a Universidade tem participado de iniciativas nacionais

que visam à formação de intérpretes. Os servidores técnico-

administrativos da Universidade também têm oportunidade de se

capacitarem em Libras, conforme referido no item anterior.

A disciplina de LIBRAS é obrigatória no curso de Licenciatura em

Matemática bem como a disciplina de Intervenção Pedagógica e Necessidades

Educativas Especiais. A disciplina Acessibilidade e Tecnologia Assistiva na

Educação Inclusiva tem caráter eletivo no curso.

No ano de 2017 o Conselho Universitário aprovou a Decisão nº

212/2017, que trata das formas de acesso à Universidade de candidatos

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egressos do Sistema Público de Ensino Médio que sejam pessoas com

deficiência. O vestibular de 2018 foi o primeiro que incluiu reserva de vagas

para pessoas com deficiência.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A trajetória de formação de professores de Matemática via Instituto de

Matemática e, mais recentemente, Instituto de Matemática e Estatística da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, remonta à criação do Instituto e

gerações de professores foram e são responsáveis pela manutenção da

qualidade dessa formação.

Nos últimos anos, a COMGRAD/MAT e o NDE coordenaram a reflexão

sobre o currículo com alunos e professores do Curso de Licenciatura em

Matemática visando sua reestruturação. Assim, ao mesmo tempo em que a

carga horária foi alterada a fim de atender às exigências da Resolução nº

02/2015 do CNE, modificações visando diminuir a retenção de estudantes nas

etapas iniciais do curso foram introduzidas na estrutura curricular do Curso.

Para isso, foram criadas disciplinas para promover discussões a respeito da

Educação Matemática e a docência e ampliada a carga horária em disciplinas de

Educação Matemática e de Matemática.

Este Projeto Pedagógico, elaborado em conformidade com as Diretrizes

Curriculares Nacionais estabelecidas pela Resolução 02/2015 do Conselho

Nacional de Educação, reflete o compromisso da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul com a construção de um projeto de país que valoriza a igualdade,

a solidariedade e a liberdade. Para isso esta Proposta preconiza o

desenvolvimento do pensamento crítico, do pensamento científico, da

criatividade, da capacidade para cooperar e da empatia, condições

fundamentais para um qualificado exercício profissional dos futuros

professores de Matemática no século XXI.

Finalizando, retoma-se um princípio basilar deste documento: a

Educação é um bem público e deve estar a serviço de um projeto de país.