84
COLEGIO ESTADUAL MANOEL ANTONIO GOMES – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL 2012 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

COLEGIO ESTADUAL MANOEL ANTONIO GOMES – ENSINO

FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

2012

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Page 2: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

2

SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO II – INTRODUÇÃO • IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA • ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES • CARACTERÍSTICAS ATUAIS DO COLÉGIO • ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO - Períodos e Horários de Atendimento - Calendário Escolar - Horários Semanais • ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS - Ambientes de Aprendizagem - Ambientes de Apoio • RECURSOS HUMANOS • CURSOS OFERTADOS - Ensino Fundamental – Anos Finais - Ensino Médio - Curso de Formação de Docentes - Educação do Campo – Casa Familiar Rural - CELEM - Salas de Apoio à Aprendizagem - Atividades Complementares Curriculares de Contra Turno - E-tec Brasil III – MARCO SITUACIONAL • REALIDADE GLOBAL • REALIDADE BRASILEIRA • REALIDADE DO ESTADO • REALIDADE DO MUNICÍPIO • REALIDADE DA ESCOLA - Dados da escola IV – MARCO CONCEITUAL

• CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE • CONCEPÇÃO DE CULTURA • CONCEPÇÃO DE TRABALHO • CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA • CONCEPÇÃO DE CIDADANIA • CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO • CONCEPÇÃO DE ESCOLA • CONCEPÇÃO DE PESSOA • CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA • CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO • CONCEPÇÃO DE PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO • CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA • CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO • CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Page 3: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

3

• CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO • CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO • CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO • CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO • PRINCÍPIO PEDAGÓGICO • PRINCÍPIO METODOLÓGICO • PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA - Conselho Escolar - Eleição de Diretores - APMF - Grêmio Estudantil - Conselho de Representantes de Turma - Assembléia Geral de Estudantes V – MARCO OPERACIONAL • PLANEJAMENTO

- Projeto Político Pedagógico - Proposta Pedagógica Curricular - Plano de Trabalho Docente - Planejamento Participativo

• AVALIAÇÃO - Avaliação Institucional - Avaliação na Sala de Aula - Recuperação de Estudos • REGIMENTO ESCOLAR • FORMAÇÃO CONTINUADA - Semanas Pedagógicas - Reuniões Pedagógicas - PDE/GTR - Grupos de Estudo - DEB Itinerante - Simpósios/Seminários/Encontros/Cursos - Produção de Materiais (Folhas/OAC) - Profuncionário • PROGRAMAS INTITUCIONAIS - JOCOP’s - CELEM -Salas de Apoio à Aprendizagem • DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS - História da Cultura Afro-Brasileira e Indígina - Educação Ambiental - Sexualidade • ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA • HORA-ATIVIDADE • REGIME DE FUNCIONAMENTO • CALENDÁRIO ESCOLAR • INCLUSÃO • ENFRENTAMENTO A EVASÃO • ENSINO FUNDAMENTAL DE 9(NOVE) ANOS

Page 4: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

4

• IDEB • ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO • EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS - Direção - Direção Auxiliar - Ações do Diretor - Professor Pedagogo - Ações do Professor Pedagogo - Professor Docente - Ações do Professor Docente - Agente Educacional I - Agente Educacional II • PROJETOS DA ESCOLA • AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VI -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VII - ANEXOS

Page 5: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

5

I - APRESENTAÇÃO Este projeto apresenta os resultados de várias pesquisas, leituras, debates,

reuniões pedagógicas e levantamento de dados realizados ao longo dos anos pela escola. Procura atender às necessidades do coletivo, adaptando-se à realidade da comunidade escolar.

Com o objetivo de definir princípios para orientar as atividades de ensino-aprendizagem, o Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – E.F.M.N, procura reestruturar regularmente seu Projeto Político Pedagógico.

As discussões tiveram início a partir da fundamentação sobre a elaboração do Projeto Político Pedagógico envolvendo direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, representantes de turma, grêmio estudantil, membros do Conselho Escolar e APMF. Foram realizadas reuniões por área para analisar as dimensões político-pedagógicas do projeto, de forma que constem as necessidades e avanços da prática pedagógica.

Os dados sobre escolaridade, situação econômica e expectativas dos pais em relação à função social da escola foram verificados através de um questionário elaborado e aplicado junto aos pais e alunos, garantindo dessa forma, a efetiva participação dos envolvidos.

O processo de reconstrução deste projeto, além de um trabalho de articulação de segmentos e discussão ampla, proporcionou também uma auto-avaliação das ações instituídas na escola. As metas traçadas foram definidas em razão do debate sobre problemas vivenciados no presente e no passado e da necessidade de encaminhamentos práticos e racionais, de flexibilização de procedimentos e adequação de posturas às expectativas da comunidade.

Em 2009, foram reelaboradas as Propostas Pedagógicas Curriculares – PPC, de todas as disciplinas, as quais são parte integrante deste projeto, tendo como subsídios as Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Fundamental e Médio.

Em 2012 foram revisadas e atualizadas as Propostas Pedagógicas Curriculares desta instituição de ensino visando melhorias nos processos pedagógicos.

O projeto tem como objetivo pensar constantemente sobre as ações da escola, avaliando resultados e estabelecendo novas metas.

Page 6: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

6

II - INTRODUÇÃO Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as metas

educacionais que se deseja alcançar a curto, médio e longo prazo. Projetar é lançar adiante, antever, explorar novas possibilidades e optar intencionalmente pelo que se deseja. É um empreendimento no sentido de tornar importante algo que se está buscando.

No contexto educacional, o político refere-se às ações conjuntas de promoção para uma educação cidadã, que ofereça subsídios para o crescimento do aluno que atua na sociedade. Sendo um sistema de regras que dizem respeito à direção de negócios públicos, está voltado à maneira hábil de atingir os objetivos a que se propõe no contexto escolar.

No que se refere ao pedagógico, que é indissociável do político, consideramos todas as ações educacionais que norteiam e efetivam o trabalho escolar no sentido de organização, aplicação e efetivação da finalidade a que se propõe a educação.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96, diz que entre outras “incumbências” da escola está a de “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. E que os professores devem “participar” da elaboração desta proposta que toma o planejamento como ferramenta mais importante que o regimento para a implementação de processos pedagógicos. Por isso, são igualmente necessárias a produção e organização de idéias como ferramentas para que as transformações necessárias ocorram. Qualquer instituição que tem objetivos claros quanto sua atuação no campo social e cultural e que pretende atuar com dignidade e eficácia no mundo atual, necessita ter claro na construção do projeto político-pedagógico o que se quer alcançar como resultado social e do que precisa para isso, avaliando até que ponto está contribuindo para o que se quer como ideal para a educação.

Neste sentido, a construção do projeto político-pedagógico nas escolas deve basear-se em fundamentos sólidos de participação coletiva da comunidade escolar, sendo um documento norteador de reflexões contínuas concretas em favor da construção de uma escola mais democrática.

Identificação da escola

O Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – Ensino Fundamental, Médio e Normal está situado na Rua Polônia, nº 905 – centro, no município de Reserva, Estado do Paraná, CEP 84.320-000, pertencendo ao Núcleo Regional de Educação de Telêmaco Borba, tendo como entidade mantenedora a Secretaria de Estado da Educação. Aspectos históricos importantes

O Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – Ensino Fundamental, Médio e Normal foi reconhecido na década de 60, quando, no dia 10 de fevereiro de 1960 foi criado, pelo decreto nº 27.865, o Ginásio Estadual Manoel Antonio Gomes’’.

Naquela ocasião achou-se por bem homenagear como Patrono da Escola, Manoel Antonio Gomes, que havia sido o primeiro prefeito de Reserva.

A criação do Curso Normal Regional veio ao encontro das necessidades do município. Houve empenho das autoridades locais, bem como por parte da população que se mostrava aberta e disposta a ampliar seus conhecimentos.

Desta feita, com determinação, o então prefeito Oldemar de Andrade, tomou as medidas cabíveis em busca de professoras normalistas, em outros municípios.

Page 7: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

7

A Direção do estabelecimento de ensino, Grupo Escolar Coronel Rogério Borba, cede espaço para o Curso Normal Regional e, ambos passam a ocupar as mesmas instalações, nesta Avenida.

Tendo como primeira Diretora a Professora Catarina Iurkiv Gomes, iniciou-se a formação de duas turmas sendo uma pela manhã e outra no final da tarde, isto sendo feito para atender solicitação de alunas que já atuavam como professoras, no período vespertino.

Por ordem governamental foi mudado o nome do Curso para Escola Normal de Grau Ginasial Manoel Antonio Gomes.

Catarina Iurkiv Gomes, atuou como diretora e também como professora sendo auxiliada por normalistas pontagrossenses recém-chegadas: Juracy Melys, Tereza Maria da Costa e Marli Brim, que buscaram corresponder aos desafios de uma escola em fase inicial e de adaptar-se a uma cidade interiorana.

Ainda na década de 60, a Escola Normal de Grau Ginasial Manoel Antonio Gomes foi transformada em Ginásio Estadual Manoel Antonio Gomes e em 1968, passa a ter como diretora a Sra. Wanda S. Piotrowski.

Nesse período, a Escola enfrenta ainda as dificuldades dos anos anteriores, como precariedade de comunicação e falta de um Núcleo Regional sendo assistida pela “Sétima Inspetoria Regional” que funcionava em Telêmaco Borba. A referida Inspetoria era administrada por um Inspetor responsável pelo encaminhamento da documentação escolar para a Secretaria de Educação.

Havia ainda dificuldades referentes à falta de orientação quanto à documentação, falta de verbas e merenda. Porém, nada que abalasse a forte determinação da direção e professores em dedicar-se com empenho à questão educacional.

Em 1978, foi implantado o ensino de 1º grau nas séries iniciais e as demais séries foram implantadas gradativamente.

Pela resolução de 1981, o Ginásio Estadual Manoel Antonio Gomes e Grupo Escolar Coronel Rogério Borba, ambos neste município, passaram a constituir um único estabelecimento de ensino. O desmembramento ocorreu em 1984, em duas unidades escolares distintas:

- Escola Estadual Coronel Rogério Borba (de 1ª a 4ª série). - Escola Estadual Manoel Antonio Gomes - Ensino de 1º grau (de 5ª a 8ª

série). No final da década de 70, autoridades municipais e o então prefeito

Frederico Bittencourt Hornung, propiciaram à comunidade rural o Transporte Escolar, beneficiando assim alunos da área rural que reforçaram o quadro de alunos da referida Escola.

Maria de Fátima Hornung Ayres Correia, Tereza Maria da Costa Oliveira, Maria Olivia Szatkowski e Adélia Hornung Martins, vêm respectivamente completar o quadro de Diretoras no final da década de 70 e década de 80.

Em 1982, houve a transferência da Escola da avenida para as novas instalações na Rua Polônia e no ano seguinte ocorreu a primeira eleição para diretores, sendo eleita como diretora a professora Adélia Hornung Martins.

Acompanhando o progresso do município, a escola amplia o seu turno, em 1984, para melhor atender a comunidade que precisa dedicar tempo ao trabalho e ao estudo. Além dos turnos matutino e vespertino, cria-se o noturno.

Entre os desafios deste período, pode-se denominar a falta de espaço físico para acomodar o grande número de turmas havendo necessidade em se ocupar salas em outras escolas da cidade (Escola Estadual Coronel Rogério Borba e

Page 8: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

8

Educandário Santa Helena); a falta de verbas, que levava a escola a promover eventos com a finalidade de arrecadar fundos para a aquisição de equipamentos e sanar outras necessidades do estabelecimento de ensino. Em períodos de chuva intensa, alunos de uma determinada localidade, precisavam pernoitar na cidade, as providências eram, então, tomadas pela direção da escola.

Buscava-se ainda, o desenvolvimento dos alunos com atividades diversificadas entre elas a “Gincana do Livro”, envolvendo a comunidade escolar e participação em Comemorações Cívicas como a “Primeira Corrida do Fogo Simbólico”, na Semana da Pátria.

Uma nova fase da escola inicia-se em 1991, com o reconhecimento do Curso de 2º grau – Educação Geral - e o Estabelecimento de Ensino passa a denominar-se Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – Ensino de 1º e 2º graus. Em 1993 foi implantado, pela SEED, o SERE (Sistema Estadual de Registro Escolar) informatizando gradativamente as informações sobre a vida escolar dos alunos.

Irão compor o quadro de diretores, nesta década, os professores: Vera Lúcia Hornung, Rosali Szeremeta da Cruz, Paulo Cesar Campos e Ricardo Viana da Cruz.

Nos primeiros anos providenciou-se a ampliação da Fanfarra que atuava em diversos eventos escolares.

Levando em conta a grande demanda escolar, o espaço físico é ampliado construindo-se novas salas de aula.

Neste período foram implantados e realizados os seguintes eventos: - Semana da Cultura; - Festa do Pinhão; - Garota CEMAG. Com interesses educativos e recreativos a comunidade reservense,

autoridades municipais e pais participam da vida escolar. No ano de 1994 foi implantado o Curso de Magistério - integrado, com

duração de 4 anos, encerrado no ano de 2000. Em 2003 foi autorizado a funcionar no período noturno, o Curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Modalidade Normal em Nível Médio, na forma Aproveitamento de Estudos (2 anos) e Integrado (4 anos).

No ano de 2006, assumiram a direção a Profª Jucélia Avany Heil de Souza e o Profº Ricardo Viana da Cruz. Com recursos da APMF, foram realizadas melhorias na parte física da escola, como: construção de uma sala para os professores e refeitório para professores e funcionários e organização de uma sala especial para audiovisuais. E através de programas desenvolvidos pelo governo estadual foram feitas a cobertura da quadra esportiva, instalação do Laboratório de informática e instalação das TVs Pendrive nas salas de aula. Estrutura que possibilitou uma mudança na maneira dos professores e alunos trabalharem os conteúdos. No mesmo ano o Colégio passou a ser a escola Base da Casa Familiar Rural do município, através de parceria entre a SEED (Secretaria de Estado da Educação) e a ARCAFAR (Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil) com o objetivo de estar fornecendo a certificação necessária para legalização da vida escolar dos educandos que frequentam essa modalidade de ensino, amparados na Resolução nº 2638/07 de 31/03/2007.

Page 9: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

9

A Casa Familiar Rural é uma instituição educativa, regida por uma Associação de Produtores que trabalha com um método de educação adaptado ao jovem do meio rural, tendo como pontos principais a família e sua realidade, aplicando a Pedagogia da Alternância (em anexo Plano Curricular) .

A partir do ano de 2009, a Casa Familiar Rural do município de Reserva PR passa a oferecer o Curso do Ensino Médio com Qualificação em Agricultura, sempre procurando desenvolver e aplicar a Pedagogia da Alternância.

O presente Curso tem por objetivo ofertar formação e qualificação para os alunos egressos do 9º ano do Ensino Fundamental da Casa Familiar Rural e também para os alunos egressos do Ensino Regular, com certificação da ARCAFAR e CEMAG.

Em 2012, o colégio implantou simultaneamente a matriz curricular do Ensino Fundamental de nove anos – anos finais. Características atuais do colégio

Atualmente o Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes está sob a direção do professor Ricardo Viana da Cruz, tendo como vice-diretor o professor Paulo Cesar Campos.

Os cursos em funcionamento são: Ensino Fundamental (Regular), Ensino Médio (regular ) e Ensino Médio (Educação do Campo – Pedagogia da Alternância, ministrado na Casa Familiar Rural), e Curso de Formação Docente – Modalidade Normal. Além de programas como CELEM – Espanhol; Sala de Apoio à aprendizagem (6º e 9º anos); Profissionalizantes (E-tec Brasil) – Administração e Segurança do Trabalho.

Atende 37 turmas, divididas em três períodos: manhã, tarde e noite, somando um total de aproximadamente 1200 alunos.

O Colégio está constituído por aproximadamente 54 professores, 6 professores pedagogos e 20 funcionários.

Todos os atos que norteiam a administração deste Estabelecimento visam uma transformação integral do aluno, tornando-o capaz de cumprir os seus deveres, exigir os seus direitos como cidadão pleno.

O Colégio busca sempre a participação da comunidade e da família para que ocorra a integração entre escola e sociedade.

Conta com o Grêmio Estudantil que é o órgão que congrega todos os alunos do estabelecimento com finalidade social, desportiva, cultural e cívica. A Diretoria do Grêmio é constituída por alunos eleitos por seus pares e que tem como objetivo principal representar os interesses dos alunos. Todas as ações do Grêmio são amparadas por Estatuto próprio.

Possui a APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), órgão de representação dos pais, mestres e funcionários. Sua diretoria é eleita em assembléia geral, com gestão de dois anos.

O Conselho Escolar, órgão máximo de direção da escola, de natureza consultiva, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora, é constituído por membros de todos os segmentos da comunidade escolar. As instâncias colegiadas buscam a efetivação da gestão democrática na escola.

Com relação às atividades extracurriculares temos a destacar a tradicional Festa do Pinhão, Garota CEMAG e Mostra Cultural. Além do Desfile no Dia da Pátria, passeata do Dia da Água, viagens culturais, Visita à Universidade e Usina hidrelétrica de Mauá.

Page 10: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

10

Organização e funcionamento Períodos e horários de atendimento

Os períodos de atendimento no Colégio são nos três turnos e com os seguintes horários:

MANHÃ – 7h e 30min às 12h TARDE – 13h ás 17h e 30min NOITE – 18h e 30min ás 23h Nos períodos da manhã e tarde funcionam os cursos de Ensino

Fundamental, Médio, CELEM e salas de apoio à aprendizagem e no período noturno os cursos de Ensino Médio, de Formação Docente, CELEM, E-tec Brasil.

Calendário Escolar

O Calendário Escolar é definido previamente, com o auxílio do Núcleo Regional de Educação, seguindo as instruções estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação. Nele são previstos os 200 dias letivos exigidos por lei, bem como, os feriados, recessos escolares, reuniões pedagógicas, conselhos de classe, capacitação, planejamento, entre outras atividades desenvolvidas pela escola.

O Calendário é aprovado pelo NRE e cumprido rigorosamente pela escola. Junto com o calendário, são entregues ao professor orientações para

preenchimento do Livro Registro de Classe. Horários Semanais

Os horários semanais são organizados de acordo com o número de aulas semanais de cada disciplina, o número de aulas do professor no período e sua disponibilidade para a escola. O horário é alterado tantas vezes forem necessárias para organização das aulas, devido à troca de professores e ajustes com outras escolas. Organização dos Espaços Físicos Ambientes de aprendizagem

O prédio da escola passou por reforma completa no ano de 2009 e está com a seguinte estrutura:

Salas de aula: O colégio conta com 10 salas de aula com 50,41m². Todas elas possuem

quadro de giz, mural e TV Pendrive. Laboratório de informática: O laboratório de informática com 45m², possui 20 computadores para uso

dos professores e alunos. Miniauditório: O miniauditório com 45m², é um espaço organizado para aulas com

multimídia, utilizando o data-show, e reuniões que se fizerem necessárias. Conta com 50 cadeiras almofadadas e tela para projeção.

Laboratório de ciências, química e física: O laboratório com105m², destinado às aulas práticas de Ciências, Química

e Física, possui material laboratorial e reagentes químicos específicos para experimentos e demonstrações variadas.

Sala de educação física: A sala de Ed. Física com 70 m², é o espaço destinado às aulas práticas.

Além do material esportivo, conta com mesa de Tênis de Mesa e Peabolim. Quadra coberta:

Page 11: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

11

A quadra poliesportiva com 608m², é utilizada nas aulas de Ed. Física, para atividades artísticas, culturais e esportivas realizadas na escola, como: festas, gincanas, apresentações de danças e teatros, jogos escolares, formaturas, reuniões de pais e mestres entre outras.

Biblioteca: A biblioteca com 75m², possui acervo de literatura, material de pesquisa,

material pedagógico e acervo bibliográfico para o professor, além dos livros didáticos que são fornecidos para os alunos e 10 computadores com internet para uso dos alunos.

Quiosque, mesas ao ar livre e saguão: Além de serem usados esses espaços para refeição, também são utilizados

para aulas de leitura e atividades variadas, com objetivo de mudar o ambiente educativo. Ambientes de apoio

Mecanografia: Com computador, impressora e mimeógrafo para que os materiais a serem

trabalhados com os alunos possam ser preparados pela pessoa responsável pelo setor.

Sala dos professores: Ambiente destinado para o professor organizar seu material de trabalho,

corrigir, estudar, preparar aulas, consultar sites educativos através da internet, descansar nos intervalos, receber informações variadas, fazer reuniões entre outras que lhe convir. A sala conta com cinco computadores com internet, TV e DVD , armários individuais, mural, mesa de reuniões, cadeiras almofadadas.

Secretaria: Espaço em que se concentram todas as informações sobre o aluno, sua

vida escolar e o resultado de seu desempenho durante o ano letivo. Tudo sobre o aluno passa pela secretaria e é nela que se processam os resultados obtidos pelo professor em sala de aula. A sala conta com 4 computadores conectados a internet, com SERE e SERE WEB, escrivaninhas, arquivos de documentação.

Sala de direção: Espaço reservado para que a direção faça seu trabalho diário e os

atendimentos que forem solicitados. Com 1 computador, impressora e armário de arquivos.

Sala da equipe pedagógica: Espaço para a equipe pedagógica realizar suas atividades diárias, para

atendimento de alunos, pais, professores e comunidade em geral. Com um computador conectado a internet, impressora, escrivaninha, mesa, cadeiras almofadadas, armário para materiais pedagógicos e arquivo.

Recursos Humanos Equipe de Direção

NOME NASC FORMAÇÃO FUNÇÃO VÍNCULO CH

PAULO CESAR CAMPO 22/04/1967 MATEMÁTICA/FÍSICA DIRETOR QPM 40 LUIZ PIETROSKI DUKIEVISKI 16/03/1972 MATEMÁTICA DIRETOR AUXILIAR QPM 20 Equipe Pedagógica

NOME NASC FORMAÇÃO FUNÇÃO VÍNCULO CH

EDINEIA PLEM SZEREMETA 10/09/1975 PEDAGOGIA PROFESSORA PEDAGOGA QPM 20 JACY DE CAMPOS COBRISKI 14/03/1961 PEDAGOGIA PROFESSORA PEDAGOGA QPM 20 JANE CARVALHO 09/09/1977 PEDAGOGIA PROFESSORA PEDAGOGA QPM 40 LIZIANE REBEIRO DO NASCIMENTO 15/10/1969 PEDAGOGIA PROFESSORA PEDAGOGA QPM 20 SOELI HENRIQUE FAUSTIN 11/02/1972 PEDAGOGIA PROFESSORA PEDAGOGA QPM 20 TERCIO ALVES DO NASCIMENTO 26/05/1970 PEDAGOGIA PROFESSOR PEDAGOGO QPM 20

Page 12: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

12

Professores

NOME NASC DISCIPINA MANHÃ TARDE NOITE

VÍNCULO CH HA CH HA CH HA

ADRIANE PIETROSKI CURSO NORMAL - - - - 11 3 PSS ALAN HENRIQUE R.PIETROCHINSKI 06/11/1985 GEOGRAFIA 3 1 - - - - PSS ALCIONE MALHERBI SINHORI 14/09/1951 GEOGRAFIA - - 18 4 14 3 QPM AMABILLE APª DE SOUZA VAZ HISTÓRIA - - 2 0 - - PSS ANA MARIA PACHALKI 26/03/1972 MATEMÁTICA - - 4 1 - - PSS ANA ROSA DE SOUZA CURSO NORMAL - - - - 7 2 PSS ANDREA LOBASCZ NEVES 25/05/1977 FILOSOFIA - - 12 3 - - PSS BIANCA SUSANNA P. ROSSATO 04/05/1987 QUIMICA - - - - 6 1 PSS CARLA CRISTINA CAMPOS ALMEIDA 02/08/1979 INGLÊS - - 12 3 - - QPM CECILIA TRELINSKI 22/05/1966 SOCIOLOGIA - - - - 18 4 PSS CRISLAINE PIETROSKI 06/05/1987 INGLÊS 8 2 - - 10 2 PSS CRISTIANE APª TORQUATO 17/06/1987 PORTUGUÊS - - - - 12 3 PSS CRISTIANE BANDEIRA VELOZO MATEMÁTICA 4 1 - - - - PSS DANIELE PORFIRIO PARRA 30/08/1985 ARTE 12 3 14 3 4 1 QPM DANIELLE SETTI MATEMÁTICA 6 1 - - - - PSS DANIELLY MARIA CARLESSE 14/04/1979 CIÊNCIAS/BIOLOGIA 15 4 15 4 - - PSS DANIELLY PIETROCHINSKI 02/08/1977 MATEMÁTICA - - 17 4 - - PSS DIONETE PRESTES BUENO 27/05/1979 PORTUGUÊS 8 2 - - - - PSS EDUARDO ALEXSANDRO PARRA CIENCIAS/MATEMÁTICA 9 2 9 2 15 4 QPM EDUARDO MELO TREVISAN 02/09/1981 QUIMICA 12 3 12 3 8 2 QPM ELAINE CRISTINA T. DE OLIVEIRA CURSO NORMAL - - - - 8 2 PSS ELENIZE S. DE OLIVEIRA 16/05/ CURSO NORMAL - - 12 3 4 1 PSS ELIANE MARCONDES SILVA 08/03/ SOCIOLOGIA 4 1 - - - - PSS FERNANDA MARTINS ROCHA CURSO NORMAL - - - - 16 4 PSS HERMINIO R. CARNEIRO JR 28/07/1965 HISTÓRIA 9 2 9 2 14 3 PSS IRIS ROQUE VAZ JR 07/03/1969 ED. FÍSICA 6 1 - - 6 1 QPM JACY DE C. COBRISKI 14/03/1961 SALA APOIO MATEM. 8 2 8 2 - - QPM JANINHA APARECIDA PEREIRA 08/08/1977 FÍSICA 8 2 10 2 14 3 QPM JOCEMAR EIDAM SZEREMETA 08/12/1979 FILOSOFIA - - - - 14 3 PSS JUCELIA SEBASTIANA DA CRUZ 22/12/1986 SOCIOLOGIA 4 1 12 3 6 1 PSS JULIANA VOZNIAK 21/10/1980 INGLÊS 8 2 2 0 - - PSS JULIANE CRISTINE PANARO PORTUGUÊS - - - - 4 1 PSS LIDIA HUMENCHUKI 07/08/1972 CURSO NORMAL - - - - 6 1 PSS LIDIANE GOMES S. DA CRUZ 25/03/1983 ED. FÍSICA 6 1 9 2 - - QPM LIZIANE RIBEIRO NASCIMENTO 12/10/1969 CURSO NORMAL 20 4 - - - - QPM LORIVANA APª HORNUNG 28/08/1973 MATEMÁTICA - - - - 6 1 QPM LOSANGELA L.R. FREITAS 20/01/1981 GEOGRAFIA 10 2 - - - - QPM LUIZ PIETROSKI DUKIEVICZ 16/03/1972 MATEMÁTICA/FISICA 10 2 8 2 - - QPM LURDES INES FLORESTINO 05/06/1966 HISTÓRIA - - 4 1 - - PSS MARCELA DE FÁTIMA VILA 14/10/1987 BIOLOGIA - - - - 14 3 PSS MARCOS TEODORO BARBÃO 03/04/1985 GEOGRAFIA 12 3 4 1 - - QPM MARIA DE LURDES SETTI 26/08/1987 HISTÓRIA/ENS.RELIG 12 3 - - - - PSS MARIA EFIGÊNIA M. SILVA 08/10/1960 HISTÓRIA 16 4 16 4 - - QPM MARLETE C. BECHER SANTOS 27/10/1967 CURSO NORMAL - - - - 4 1 QPM REGIANE DE SOUZA SOLTOVISK 11/05/1968 MATEMÁTICA 18 4 6 1 - - QPM ROSALI SZEREMETA DA CRUZ 26/02/1964 PORTUGUÊS 16 4 16 4 - - QPM ROSÂNGELA MIANDA DA SILVA 31/12/1966 PORTUGUÊS 16 4 16 4 - - QPM ROSINÉIA DUARTE BUENO 26/06/1959 ED.FÍSICA 14 3 15 4 15 4 QPM RUI NERY SZEREMETA 01/07/1969 CURSO NORMAL - - 5 1 8 2 PSS VANESSA SETTI 02/08/1984 CELEM-ESPANHOL 4 1 4 1 8 2 QPM SHEILA REGINA SETTI 06/01/1988 HISTÓRIA 6 1 6 1 - - PSS TÉRCIO ALVES DO NASCIMENTO 26/05/1970 FILOSOFIA/SOCIOLOGIA 16 4 - - - - QPM VALÉRIA C. OLIVEIRA PIOTROWSKI 05/12/1967 PORTUGUÊS 8 2 16 4 - - QPM VERA LUCIA CAMPOS 26/05/1960 PORTUGUÊS - - - - 12 3 QPM

Agentes Educacionais

NOME NASC FUNÇÃO MANHÃ TARDE NOITE

VÍNCULO ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA

ALCIONE AP. MARTINS 10/05/1972 AG. EDUCI. I 7h 12h20 15h20 18h - - QFEB ALEX SANDRO BATISTA 12/06/1983 AG. EDUC. II 8h 12h 13h 17h - - QFEB ANA DÉLIA NOVAK TRELINSKI 16/11/1974 AG. EDUC. I 7h 12h20 15h20 18 - - QFEB ANA MARIA MIRÓ LEMES 12/08/1953 AG. EDUC. I 7h 11h30 - - 19 22h30 QFEB ANDREIA ALEXANDRA ACORDI 04/11/1976 AG. EDUC. II 7h30 11h30 13h 17h - - QFEB CLAUDINEI DOS SANTOS 09/04/1978 AG. EDUC. II 8h 12h - - 19h 23h QFEB EDILENE KUBLINSKI DOS SANTOS 13/05/1983 AG. EDUC. II 8h 12h 13h 17h - - PSS ELICEIA SANTANA SCHAVARSKI 25/10/1967 AG. EDUC. I 7h 12h20 15h20 18 - - QFEB ELIZIA MACHADO NIEVOLA 19/12/1957 AG. EDUC. I 7h 10h 12h 16 - - MUN. ELZENI APARECIDA SANTANA 29/12/1973 AG. EDUC. I 7h 12h20 15h20 18 - - QFEB EMERCI DE CAMPOS 06/11/1963 AG. EDUC. II 8h 12h 13h 17h - - QFEB EUNICE MARTINS MORAES 27/03/1956 AG. EDUC. I 7h 11h 12h 16h - - QFEB IZETE MARIA WAURICK 03/11/1966 AG. EDUC. I - - 13h 17h 18h30 22h30 QFEB LINDAMAR M. DE HOLLEBEM 27/01/1959 AG. EDUC. II 8h 12h - - 19h 23h QFEB LUZIA APARECIDA DE JESUS 22/06/1950 AG. EDUC. II 7h 10h10 12h30 17h20 - - QFEB MARCOS LEANDRO GUNHA 13/06/1982 AG. EDUC. II - - 12h30 16h30 19h 23h QFEB MARIA CASTORINA L. PRACHUM 10/05/1958 AG. EDUC. II 8h 12h - - 18h30 22h30 MUN. NILCEIA AP. BATISTA VENTURA 21/11/1972 AG. EDUC. I 8h 12h 13h 17h - - QPM ROSEMARIE AP. LEMES SOUZA 24/09/1963 AG. EDUC. I 7h 12h20 15h20 18 - - QPM

Page 13: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

13

Cursos ofertados - Níveis, Modalidades e Programas Ensino Fundamental – Anos Finais

O Ensino Fundamental compõe o que a Lei Federal nº 9.394 de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – nomeia como parte da Educação Básica e que tem como finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

A partir de 2007, o curso Ensino Fundamental passa a ser reestruturado para 9 anos de duração, amparado na lei abaixo citada. Atos legais:

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, inciso I prevê: “O Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.”

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, reforça o princípio do direito à educação e dever do Estado, ao afirmar no art. 5º. que:

“o acesso ao ensino fundamental é um direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.”

Historicamente, a idade mínima para ingresso na educação brasileira foi de sete anos de idade, confirmada em todo ordenamento legal da educação até a promulgação da Lei Federal nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as Diretrizes e Bases para Educação Nacional em seu art. º 87, § 3º, inciso I:

“obriga os Municípios, os Estados e a União a matricularem todos os educandos a partir dos sete anos de idade e, facultativamente, a partir dos seis anos no ensino fundamental”.

Essa abertura permitiu que os sistemas de ensino, inclusive o do Estado do Paraná, autorizassem a matrícula, mediante a existência de vagas, de crianças que completassem seis anos no início do ano letivo.

Com a Lei Federal nº. 11.114, de 16 de maio de 2005, a matrícula das crianças de 06 (seis) anos torna-se obrigatória, alterando os artigos 30, 32 e 87 da Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996.

A Lei Federal nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006, alterando os art. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9394/96, dispõe sobre a duração mínima de 09 (nove) anos para o ensino fundamental e reafirma a matrícula obrigatória a partir dos 06 (seis) anos de idade para todo o ensino brasileiro. Esta mesma Lei fixa o ano de 2010 como prazo final para implantação do ensino fundamental ampliado.

A Resolução nº 03, aprovada em 03 de agosto de 2005, tendo por base o Parecer nº. 06/05, de 08 de junho de 2005, do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica, define as normas nacionais para a ampliação do ensino fundamental para 09 (nove) anos de duração, com a antecipação da obrigatoriedade de matrícula no ensino fundamental aos seis anos de idade devendo sua organização adotar a seguinte nomenclatura: Educação Infantil, Ensino Fundamental – anos iniciais, Ensino Fundamental – anos finais e Ensino Médio. A partir do ano de 2012, o Ensino Fundamental – anos finais, terá a nomenclatura de 6° a 9° Ano. Ensino Médio

O Ensino Médio é composto por 3 anos de duração, perfazendo um total de 2.400 horas de estudos. Como etapa da Educação Básica, direito de todo cidadão, o Ensino Médio é um objetivo não somente do governo, mas de toda a sociedade. Além da garantia de acesso e permanência de adolescentes, jovens e adultos nessa etapa educacional, faz-se necessário construir coletivamente um projeto ético,

Page 14: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

14

político e pedagógico de ensino médio de qualidade que esteja comprometido com as múltiplas necessidades sociais e culturais da população brasileira.

As últimas pesquisas realizadas mostram números alarmantes de jovens, em idade escolar, que estão fora desse processo. Alguns em salas inadequadas à sua faixa etária e outros sem estudar. Ao mesmo tempo em que se constatam esses problemas, cresce a procura pelo Ensino Médio.

O seminário “Ensino Médio: Construção Política”, realizado em junho de 2003, foi um passo no sentido de construção coletiva da política de Ensino Médio, onde foi debatido e complementado idéias, num movimento que gerou um duplo compromisso: por parte da Semtec/MEC, o de incorporar institucionalmente proposições que expressam a vontade coletiva de educadores; por parte da sociedade civil, o de envolver-se nessa construção de forma crítica e atuante, colaborando para a consolidação das relações democráticas. Todos os estudos realizados nesta data foram amplamente discutidos e fazem parte do documento: Ensino Médio: Construção Coletiva. Curso de Formação de Docentes

A história da formação de professores no Brasil demonstra que os cursos profissionalizantes – habilitação Magistério – tiveram um papel fundamental na formação de recursos humanos habilitados para atuação nas séries iniciais do primeiro grau, o atual ensino fundamental. Foram os cursos denominados “Normal” até os anos 60; de “Magistério”, a partir dos anos 70; e de “Normal”, novamente, após 1996, que possibilitaram a passagem do ensino realizado por leigos para o ensino assumido por profissionais qualificados para o exercício desta importante função (Pimenta, 1997).

O ideal para formação de professores sempre foi o de formação em nível superior, questão já apontada nas Diretrizes Curriculares elaboradas no início dos anos 90. Os cursos de Magistério contribuíram para melhoria dos procedimentos pedagógicos nas escolas e imprimiram um caráter científico e profissional a uma ocupação considerada simples e desqualificada, conforme a característica assumida de ser realizada por mulheres e em caráter complementar às suas atividades familiares. Com o passar do tempo, a atividade de educar crianças foi percebida como uma atividade complexa, que necessita de profissionais capazes de dominar as teorias pedagógicas e metodológicas.

Educação do Campo – Casa Familiar Rural

A Casa Familiar Rural é uma instituição educativa, regida por uma Associação de Produtores que trabalha com um método de educação adaptado ao jovem do meio rural, tendo como pontos principais a família e sua realidade, aplicando a Pedagogia da Alternância.

Para a Pedagogia da Alternância a vida também ensina, por isto o espaço sócio-profissional também é formativo didático e integra o período letivo da escola. Segundo André Duffaure: “A Pedagogia da Alternância é um processo formativo contínuo na descontinuidade de atividades e de espaços e tempos.” Para que haja uma integração formativa nos diferentes espaços escola-família é necessário uma didática específica, com instrumentos metodológicos que ajudam a articular o tempo escola e tempo sócio-profissional.

Ao longo de sua trajetória educacional as Casas Familiares Rurais vêm criando instrumentos tais como: o Plano de Estudo com temas geradores escolhidos a partir de um diagnóstico da realidade local, o caderno de pesquisa, caderno de

Page 15: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

15

acompanhamento, estágios, avaliação do processo formativo, visitas de estudo, caderno didático, visita de acompanhamento familiar, entre outros.

Os Instrumentos Pedagógicos representam uma das características da Pedagogia da Alternância, ou seja, a alternância possui um dispositivo pedagógico especifico. São estes instrumentos e atividades que podem fazer a diferença, se bem manuseados pelos Monitores e outros atores implicados que colaboram com a formação nas Casas Familiares Rurais.

As Casas Familiares Rurais tem como uma de suas finalidades a formação integral e personalizada dos educandos. Sendo a tutoria uma das principais estratégias para essa finalidade.

A tutoria consiste no acompanhamento personalizado do aluno. Cada monitora acompanha um grupo de alunos e os assiste dando a cada aluno a oportunidade de um momento a sós para tratar do Plano de Estudo, do Caderno da Realidade, da convivência em casa, na Casa Familiar Rural. Formalmente, a acolhida personalizada se dá no início da sessão na Casa Familiar Rural, mas se estende informalmente ao longo da sessão. Ou seja, a monitoria acompanha o aluno ao longo de toda a sessão escolar.

A Pedagogia da Alternância resume-se, portanto, no trabalho articulado entre escola e família, onde o aluno é o principal ator desse processo, os agentes auxiliares são os pais e monitores, que devem colaborar com os métodos de avaliação, tendo em vista que seu objetivo é averiguar em que o aluno necessita ser ajudado para melhorar suas técnicas de orientação. Portanto, o método da Pedagogia da Alternância é um processo formativo contínuo que busca diagnosticar para aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, as habilidades e atitudes dos educandos.

CELEM

O programa do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) se destina para as turmas iniciais, ou seja, turmas de 1º Ano do Ensino Médio. Os alunos devem matricular-se em apenas uma turma e idioma, cursando no CELEM um idioma diferente daquele que consta na sua grade curricular. O CELEM ofertará Cursos Básicos e de aprimoramento para Línguas: Alemã, Espanhola, Francesa, Inglesa, Italiana, Japonesa, Mandarim, Polonesa e Ucraniana.

No Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes será ofertado no CELEM o curso de Espanhol.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna da SEED/PR, todos devem ter acesso aos conhecimentos produzidos pela humanidade que, na escola, são veiculados pelos conteúdos das disciplinas escolares. Quando a escola assume um currículo disciplinar, significa dar ênfase a ela como espaço de socialização do conhecimento, função especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que nela tem a oportunidade, algumas vezes única, de acesso ao mundo letrado. Neste sentido a aula de LEM deve ser constituída como “um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Ainda a língua deve ser concebida como discurso, não como estrutura ou códigos a ser decifrada, constrói significados e não apenas o transmite. O sentido da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico (DCE, 2008. p. 22).

Page 16: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

16

O processo de aprendizagem de uma língua estrangeira moderna envolve obrigatoriamente a percepção de que se trata da aquisição de um produto cultural complexo. Esse aprendizado implica o cumprimento de etapas bem delineadas que culminarão com o domínio de competências e habilidades que permitirão ao aluno utilizar esse conhecimento em múltiplas esferas de sua vida pessoal, acadêmica e profissional.

Ao se apropriar de uma língua o aluno se apropria também dos bens culturais que ela engloba. Tais bens lhe permitirão acesso a informações em sentido amplo, bem como uma inserção social mais qualificada, da qual poderá beneficiar-se e sobre a qual poderá interferir.

O papel do professor, portanto deve ser o de tornar possível ao seu aluno atribuir e produzir significados, meta última do ato de linguagem.

O caráter prático do ensino da língua estrangeira permite a produção de informação e acesso a ela, o fazer e o buscar autônomos, o diálogo e a partilha com semelhanças e diferenças. Para isso o foco da aprendizagem deve concentrar-se na função da linguagem, visando prioritariamente à leitura e a compreensão de textos verbais e escritos, portanto, a comunicação em diferentes fatos positivos da vida cotidiana.

Salas de Apoio à Aprendizagem O programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam o 6.º ano, e 9.º ano do Ensino Fundamental. Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contraturno, que têm como finalidade trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos nessas disciplinas. No ano de 2010, foram ofertadas salas de apoio para a 5ª série do ensino fundamental, nos períodos da manhã e tarde. Os resultados não foram satisfatórios devido a vários problemas decorrentes do atraso na abertuta das salas; a falta de professores, que ocasionou o fechamento antecipado das salas; e o despreparo dos professores que assumiram as turmas, que não tinham experiência nenhuma com séries iniciais. Em 2011, já no terceiro bimestre, foram abertas salas de apoio para 5ª e 8ª séries. No ano de 2012, com a implantação da matriz curricular do Ensino Fundamental de 9 anos, as salas de apoio passam a atender as turmas de 6º e 9º ano, o que na prática não altera em nada seu trabalho. O seu objetivo continua sendo de sanar as dificuldades de aprendizagem nesse nível de ensino. Atividades Complementares Curriculares de Contraturno As Atividades Complementares Curriculares de Contraturno são atividades educativas, integradas ao currículo escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno. Tem por objetivos: promover a melhoria da qualidade do ensino a fim de atender às necessidades socioeducativas dos alunos; ofertar atividades complementares ao currículo escolar em contraturno vinculadas ao Projeto Político-Pedagógico da escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade e possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais. Tais atividades são organizadas em nove macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e

Page 17: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

17

Lazer, Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas. 1 – Atividade Complementar Curricular em Contraturno - Química Professor – Eduardo de Melo Trevisan Ano Letivo – 2012 Macro Campo – Experimentação e Iniciação Científica Turno – Tarde Conteúdos – Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica e Química Sintética Objetivo – Proporcionar o desenvolvimento da Experimentação e Iniciação Científica por parte dos educandos do Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Encaminhamento Metodológico – A Atividade Complementar Curricular em Contra Turno da Disciplina de Química será desenvolvida na sala de aula, bem como no laboratório de ciências. No primeiro momento serão desenvolvidas atividades teóricas de pesquisas, as quais serão selecionadas para posteriormente serem trabalhadas com os alunos. Para isso, serão utilizados diversos recursos materiais como por exemplo: Tv multimídia, quadro negro, giz, lápis, borracha, papel sulfite, equipamentos e reagentes de laboratório, entre outros Avaliação – A avaliação será processual e diagnóstica, com ênfase nos objetivos propostos. A mesma �era desenvolvida através das atividades experimentais no laboratório de ciências. Resultados Esperados: Para o Aluno – Espera-se que através da Atividade Complementar de Contra Turno da disciplina de Química, os alunos passem a ampliar e dominar os conteúdos referentes a disciplina de Química. Para a Escola – Espera-se que através da Atividade Complementar de Contra Turno da disciplina de Química, a escola passe a ser um local de maior possibilidade de aprendizagem escolar. Para a Comunidade – Espera-se que através da Atividade Complementar de Contra Turno da disciplina de Química, a comunidade passe a ter uma maior interação com o coletivo escolar. Referências Bibliográficas – Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química - Seed. Paraná. 2008 2 – Atividade Complementar Curricular em Contraturno – Educação Física Professor – Iris Roque Carneiro Vaz Junior Ano letivo – 2012 Modalidade esportiva - Futsal Turno – Tarde Conteúdo – Fundamentação básica, técnicas, táticas e regras oficiais. Objetivo – Democratizar o acesso ao esporte educacional de qualidade, como forma de inclusão social, ocupando o tempo ocioso de crianças e adolescentes em situação de risco social; - Oferecer práticas esportivas educacionais, estimulando crianças e adolescentes a manter uma interação afetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral; - Oferecer condições adequadas para a prática esportiva de qualidade.

Page 18: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

18

Encaminhamento Metodológico – Identificação das possibilidades e limites, desenvolvimento da atividade relativa a apreensão do conhecimento e reflexão sobre a prática com diálogo. Avaliação – Diagnóstica com revisão do trabalho realizado, identificando lacunas no processo pedagógico, contínua, permanente e cumulativa. Resultados Esperados: Para o aluno – Acreditamos que estaremos proporcionando uma melhor qualidade de vida e educação a muitas crianças e adolescentes do colégio, melhoria do convívio e na integração social dos participantes, melhora na auto estima, melhora das capacidades e habilidades motoras dos participantes. Para a escola – Melhora no rendimento da aprendizagem dos alunos, combate a evasão escolar, melhor comprometimento dos alunos para com a aprendizagem. Para a comunidade – Diminuição do número de crianças na rua ou em local inapropriado, diminuição de vandalismo e atos infracionais. Referência Bibliográficas – Diretrizes Curriculares Estaduais. Educação Física. Seed, Paraná: 2008.

E-Tec Brasil

Com o objetivo de ampliar a oferta e democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio, o Departamento de Educação e Trabalho da SEED/PR em parceria com o MEC/IFPR, criou cursos técnicos na modalidade à distância pelo programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec Brasil).

Após análise de algumas escolas o CEMAG foi selecionado para oferecer cursos de Secretariado e Administração, no período noturno.

No ano de 2012, está sendo ofertado o curso de Segurança do Trabalho e Administração.

Page 19: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

19

III. MARCO SITUACIONAL REALIDADE GLOBAL

No século XX o binômio ciência/educação estabeleceram os parâmetros do crescimento econômico das nações. Também estruturaram o domínio (quase) definitivo do Homem sobre o meio natural, adaptando-o ao atendimento das necessidades e das existências do social. Como resultado, o desenvolvimento tecnológico superou em muito as expectativas humanas. Podemos localizar o início dessa imensa transformação no pós segunda guerra. Interesses múltiplos se combinaram, de forma a possibilitar ao capitalismo, de modo mais claro ao liberalismo, estender seus longos braços sobre a totalidade das nações.

Neste cenário, ainda que muitos passos, no sentido da resolução das dores do ser humano, não tenham sido alcançados, outros tantos deram uma nova dimensão à humanidade. Assim, por exemplo, possuímos hoje uma indústria farmacêutica que afasta, em muito, o sofrimento físico, melhora a qualidade de vida e a prolonga; a indústria alimentícia possibilita a manutenção dos alimentos por longa data, favorecendo o armazenamento dos mesmos, ou a própria indústria da tecnologia de ponta, na informática, que transformou a noção de tempo e de espaço, criando possibilidades nunca imaginadas pelo homem. Os resultados dessa nova forma de “fazer” a realidade não poderia deixar de provocar transformações também no modo de vida dos grupos sociais. Aprender a viver uma nova realidade tão diferente nem sempre foi tranqüilo, e o homem viveu um século violento, onde o desrespeito à vida foi aparente, onde os valores humanitários foram substituídos, invertidos ou abandonados. O modelo neoliberal do desenvolvimento, baseado apenas no crescimento econômico, revelou-se profundamente desigual, apresentando ritmos de progresso diferentes nos países e regiões do mundo. As disparidades foram acentuadas pela competição estabelecida pelo próprio sistema, que em sua base propõe a desigualdade como fonte da produção da riqueza e consequentemente concentração de poder.

Na década de noventa, deste século, a humanidade presenciou o processo de globalização. Essa potencialização do modelo neoliberal conclui, de forma profunda, a exclusão de grupos de pessoas que, se por um lado se mostram mantenedores do sistema na divisão do trabalho, por outro recebem apenas as suas sobras, definidas na globalização da pobreza e não dos lucros criados pelo sistema. Nesse sentido, o fenômeno do desenvolvimento e do subdesenvolvimento organizaram-se numa dependência perversa, refletida e atuante sobre o indivíduo, retirando dele direitos básicos de cidadania e de dignidade humana.

Neste quadro desalentador e pertinente a mudanças estruturais, o investimento educativo, necessita de capital humano em que despontem qualidade de formação, competências e habilidades desenvolvidas e articuladas. E junto a isso uma maior estruturação interior, de forma a que o cidadão não apenas produza de forma otimizada, mas que estabeleça um universo relacional, e por consequência, construa uma realidade mais justa e equitativa.

No confronto com tantas forças, o universo da educação mostra-se novamente chave para as transformações que urgem. Frente à revolução da inteligência, a formação permanente adquire a dimensão de investimento estratégico que implica na mobilização das escolas, empresas, sindicatos, órgãos governamentais e sociedade como um todo. Para as escolas, já não basta comunicar, nem mesmo colocar-se como a detentora do saber, senão colocar-se como o lugar por excelência onde se aprende e onde mais se forma do que informa. É impossível hoje, conceber a educação tradicional como fator de

Page 20: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

20

desenvolvimento equitativo, pois que a velocidade da tecnologia descarta a possibilidade de nivelamento entre os países. Tais fatos influenciam sobremaneira os índices dos povos. Portanto, a revisão do sistema educativo é essencial para responder, de modo concreto, aos questionamentos postos pelo próprio sistema.

A escola na realidade global hoje tem uma tarefa imprescindível: formar cidadãos capazes de se tornarem promotores de uma revolução sócio-cultural, em que valores necessários a este tempo sejam resgatados e promovidos. Deve também incentivar a busca por novas formas de organização social que permitam o surgimento de alternativas, para o sujeito pensar num mundo possível de ser vivido com alegria, dignidade de solidariedade.

REALIDADE BRASILEIRA

O cenário brasileiro nesse início de século tem como forte característica novas e numerosas massas de pessoas que estão vivendo à margem da sociedade. A cada dia observa-se com mais freqüência o aumento de práticas como corrupção, abuso do poder público e uso indevido de suas verbas. O pensamento de modernização desencadeou um profundo afastamento entre a humanidade e alguns valores hoje tão esquecidos, sendo responsável pelas perspectivas sombrias diante da eminência do caos no contexto brasileiro e mundial, seja ele geopolítico, ecológico ou socioeconômico. Reverter este quadro é de uma urgência absolutamente indispensável, uma vez que aproximamo-nos velozmente do limite a partir do qual o retorno é improvável.

Em contrapartida, a sociedade brasileira contemporânea passa por rápidas transformações no mundo do trabalho e do conhecimento, como o avanço tecnológico que vem configurando a sociedade virtual e os meios de informação e comunicação, que invadem fortemente o ambiente escolar, aumentando os desafios para tornar a escola uma conquista democrática efetiva. O desafio é educar as pessoas, propiciando-lhes um desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo, principalmente num país tão rico e com tamanha desigualdade social como o Brasil. REALIDADE DO ESTADO O Estado do Paraná, com uma população de aproximadamente 10,5 milhões de habitantes, está localizada na Região Sul do Brasil. Desta população, cerca de 22% está em idade escolar. As taxas de analfabetismo entre 10 a 14 anos é de 1,3% e acima de 15 anos é de 6,7%. O Paraná tem desenvolvido políticas educacionais voltadas à diminuição das taxas de analfabetismo e expansão da oferta da escolarização básica. Além disso vem propondo diversos programas educacionais para melhoria da qualidade de ensino. Nos últimos anos o Estado tem investido fortemente na estrutura, equipamentos e materiais didáticos para as escolas e principalmente na formação continuada de professores e funcionários. A valorização salarial também tem sido uma preocupação dos últimos governos.

O Paraná melhorou em todas as medições nas três fases de ensino, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, que avalia o desempenho da educação pública no Brasil em comparação a avaliação realizada em 2005.

Page 21: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

21

O estado do Paraná ficou em primeiro lugar, com índice de 5,0, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, junto com o Distrito Federal e à frente de Santa Catarina e São Paulo, com 4,9. As melhorias na educação podem ser percebidas em muitos aspectos, porém estamos muito longe de ter a educação ideal. Problemas como abandono (3,9% - EF e 6,7% - EM) e repetência (12,6% - EF e 11,7% - EM) ainda são gravíssimos. A taxa de crianças entre 10 a 14 anos com mais de dois anos de atraso escolar é de 6,4%. REALIDADE DO MUNICÍPIO

A cidade de Reserva está localizada na região centro-oeste do Paraná. Possui uma população de aproximadamente 25 mil habitantes, sendo que mais da metade reside na zona rural, que é bastante extensa.

O município limita-se ao norte com Imbaú, ao sul com Ivaí, a leste com Tibagí, ao oeste com Cândido de Abreu, a noroeste com Rosário do Ivaí e a nordeste com Ortigueira. Está a 180km da capital do estado. A formação étnica é constituída por poloneses, ucranianos, alemães, italianos e japoneses. O município está a 833m de altitude, sua área é de 1635 km², possui clima subtropical, os acidentes geográficos são: Morros (Morro Vermelho, Serra da Galinha, Serra do Facão, Serra da Laranjeira, Serra da Prata) e rios (Rio Imbaú, Rio do Peixe, Rio São Pedro, Rio Cavinha e Rio Maromba, com Salto de 50 metros).

Sua economia é essencialmente agrícola, produzindo milho, feijão, soja, pimentão e tomate, sendo que no último ocupa o primeiro lugar como produtor no Estado do Paraná. O município tem superado muitas dificuldades, percebe-se um bom crescimento de pequenas industrias, madeireiras principalmente, e do comércio local gerando empregos e desenvolvimento.

No contexto educacional tem apresentado avanços significativos com relação a formação de professores e estrutura das escolas.

Na rede municipal são mantidos quatro Centros de Educação Infantil; quatro Escolas Municipais de Ensino Fundamental – anos iniciais, na sede; dezoito Escolas Municipais Rurais de Ensino Fundamental – anos iniciais, destas onze são multisseriadas. A rede municipal de Reserva obteve um índice do IDEB de 4,4 em 2009, onde a projeção do MEC era de 4,1.

Na rede estadual são quatro Escolas Estaduais de Ensino Fundamental – anos finais, e quatro Colégios Estaduais de Ensino Fundamental – anos finais e Ensino Médio.

Nas redes conveniada e particular, tem o atendimento de uma Escola Especial – APAE e uma de Educação Infantil. REALIDADE DA ESCOLA

O Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes – Ensino Fundamental, Médio e Normal é o maior do município, com uma média de 1100 alunos. Em seu quadro estão em média 55 professores, 6 pedagogos e 22 funcionários. A maioria dos alunos são provenientes de famílias de agricultores, empregados assalariados e trabalhadores autônomos, sendo que uma grande quantidade dos educandos, principalmente do noturno, trabalham para complementar a renda familiar.

A falta de uma política voltada à formação cultural e social no município faz com que os alunos se desviem do foco principal da escola, que é a construção e apropriação do saber cientificamente elaborado buscando na escola apenas recreação, o que foge de seu objetivo principal.

Page 22: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

22

Com relação a Inclusão Escolar, procura-se atender as exigências de vários Documentos Legais, no que se refere ao tema, como por exemplo: a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949); Constituição Federal Brasileira (1988); Lei Nº 7.853/89 – Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, que consolida as normas de proteção e dá outras providências; Declaração Mundial de Educação para Todos (1990); Declaração de Salamanca (1994); o Decreto Nº 3.298/99 que regulamenta a Lei Nº 7.853/89; a Lei Nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente; a Lei Nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) MEC. 1997; a Lei Nº 10.172/2001 – Diretrizes Curriculares Nacionais, Plano Nacional de Educação e as Diretrizes Nacionais de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens, assim como o Projeto de Resolução CNE/CEB de Julho de 17/10/2001.

Porém, a realidade da inclusão escolar ainda é bastante precária, principalmente no que se refere a recursos físicos, materiais e humanos. A escola passou por reformas na estrutura física, ganhando uma rampa de acesso para cadeirantes, o que facilita a locomoção de deficientes físicos.

Quanto a participação dos pais na escola, ocorrem normalmente em reuniões de pais e mestres, promoções, principalmente através da APMF e convocações por parte da escola para acompanhar o processo ensino-aprendizagem dos educandos.

A prática metodológica dos professores varia de acordo com a área disciplinar e as orientações das Diretrizes Curriculares Estaduais. São realizadas também atividades esportivas, viagens culturais, atividades de integração com outras instituições como APAE, Secretarias de Educação e Saúde, Órgãos Civis e Militares.

A avaliação e recuperação da aprendizagem fazem parte do trabalho dos professores, tendo por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor, aluno e conhecimento. Os instrumentos e critérios utilizados pelos professores constam em seus Planos de Trabalho e tem como principal objetivo investigar para intervir na aprendizagem dos educandos.

Como podemos observar nos quadros abaixo, ainda temos muito a melhorar para alcançar as metas de desempenho estabelecidas pelo Estado. Problemas de evasão e repetência são os mais preocupantes, principalmente no período noturno. IDEB – Resultados da Escola e Metas do Estado

IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 4.2 4.1 3.8 4.2 4.4 4.7 5.0 5.4 5.6 5.9

Prova Brasil – 2005, 2007 e 2009

RESULTADOS DA PROVA BRASIL MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA

2005 2007 2009 2005 2007 2009 248,97 241,62 226,69 225,04 226,64 234,37

Taxas de Abandono – 2009, 2010 e 2011

TAXAS DE ABANDONO EF – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO

2009 2010 2011 2009 2010 2011 4.8 1,3 2,9 7,6 7,5 6,9

Page 23: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

23

Dados de Aprovação, Reprovação e Abandono – 2009 Disciplinas Matriculados Nº Aprovados Nº Reprovados Ap Conselho de

Classe Desistentes

TURNO Nº TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº %

Arte M 343 M 315 91,8 M 13 3,7 M 04 1,2 M 15 4,3 T 324 T 287 88,5 T 25 7,7 T 06 2,0 T 12 3,7 N 207 N 154 74,3 N 22 10,6 N 03 1,9 N 31 14,9

Biologia M 225 M 200 88,8 M 09 4,0 M 08 4,0 M 16 7,1 T 232 T 206 88,7 T 14 6,0 T 05 2,4 T 12 5,1 N 307 N 226 73,6 N 23 7,4 N 06 2,6 N 58 18,8

Ciências M 154 M 145 94,1 M 06 3,8 M 11 7,5 M 03 1,9 T 156 T 139 89,1 T 11 7,0 T 04 2,8 T 06 3,8

Ed. Física M 379 M 353 93,1 M 07 1,8 M 00 0,0 M 19 5,0 T 388 T 366 94,3 T 04 1,0 T 00 0,0 T 18 4,6 N 307 N 234 76,2 N 15 4,8 N 00 0,0 N 58 18,8

Filosofia M 141 M 130 92,1 M 03 2,1 M 04 3,0 M 08 5,6 T 107 T 99 92,5 T 02 1,8 T 03 3,0 T 06 5,6 N 199 N 157 78,8 N 06 3,0 N 01 0,6 N 36 18,0

Física M 225 M 200 88,8 M 09 4,0 M 07 3,5 M 16 7,1 T 232 T 203 87,5 T 17 7,3 T 17 8,3 T 12 5,1 N 307 N 220 71,6 N 29 9,4 N 11 5,0 N 58 18,8

Geografia M 379 M 341 89,9 M 19 5,0 M 25 7,3 M 19 5,0 T 388 T 249 89,9 T 21 5,4 T 03 1,2 T 18 4,6 N 307 N 226 73,6 N 23 7,4 N 03 1,3 N 58 18,8

História M 379 M 347 91,5 M 13 3,4 M 06 1,7 M 19 5,0 T 388 T 344 88,6 T 26 6,7 T 05 1,4 T 18 4,6 N 307 N 224 72,9 N 25 8,1 N 20 8,9 N 58 18,8

L.Portuguesa M 379 M 343 90,5 M 17 4,4 M 22 6,4 M 19 5,0 T 388 T 336 86,5 T 34 8,7 T 25 7,4 T 18 4,6 N 307 N 225 73,2 N 24 7,8 N 06 2,6 N 58 18,8

Matemática M 379 M 346 91,2 M 14 3,6 M 18 5,2 M 19 5,0 T 388 T 340 87,6 T 30 7,7 T 17 5,0 T 18 4,6 N 307 N 222 72,3 N 27 8,7 N 23 10,3 N 58 18,8

Química M 225 M 200 88,8 M 09 4,0 M 40 20,0 M 16 7,1 T 232 T 210 90,5 T 22 9,4 T 32 15,2 T 12 5,1 N 307 N 228 74,2 N 21 6,8 N 24 10,5 N 58 18,8

Sociologia M 155 M 135 87,0 M 08 5,1 M 09 6,6 M 12 7,7 T 189 T 168 88,8 T 10 5,2 T 00 0,0 T 11 5,8 N 208 N 141 67,7 N 18 8,6 N 01 0,7 N 49 23,5

LEM-Inglês M 379 M 344 90,7 M 16 4,2 M 07 2,0 M 19 5,0 T 388 T 344 88,6 T 26 6,7 T 11 3,1 T 18 4,6 N 307 N 228 74,2 N 21 6,8 N 03 1,3 N 58 18,8

Dados de Aprovação, Reprovação e Abandono – 2010 Disciplinas Matriculados Nº Aprovados Nº Reprovados Ap Conselho de

Classe Desistentes

TURNO Nº TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº %

Arte M 297 M 277 93,2 M 7 2,3 M 3 1,0 M 13 4,3 T 291 T 250 85,9 T 16 5,4 T 2 0,8 T 25 8,5 N 192 N 142 73,9 N 3 1,5 N 0 0,0 N 47 24,4

Biologia M 222 M 205 92,3 M 4 1,8 M 3 1,4 M 13 5,8 T 212 T 180 84,9 T 6 2,8 T 2 1,1 T 26 12,2 N 281 N 198 70,4 N 10 0,3 N 13 4,6 N 73 25,9

Ciências M 154 M 148 96,1 M 5 3,2 M 10 6,7 M 1 0,6 T 147 T 134 91,1 T 8 5,4 T 5 3,7 T 5 3,4

Ed. Física M 376 M 357 94,9 M 5 1,3 M 0 0,0 M 14 3,7 T 359 T 319 88,8 T 9 2,5 T 0 0,0 T 31 8,6 N 281 N 205 72,9 N 3 1,0 N 0 0,0 N 73 25,9

Filosofia M 137 M 131 95,6 M 3 2,1 M 1 0,7 M 3 2,1 T 103 T 96 93,2 T 0 0,0 T 0 0,0 T 7 6,7 N 177 N 134 75,7 N 8 4,5 N 3 1,6 N 35 19,7

Física M 222 M 204 91,8 M 5 2,2 M 5 2,4 M 13 5,8 T 212 T 175 82,5 T 11 5,1 T 9 5,1 T 26 12,2 N 281 N 198 70,4 N 10 3,5 N 28 9,9 N 73 25,9

Geografia M 376 M 355 94,4 M 7 1,8 M 7 1,9 M 14 3,7 T 359 T 316 88,0 T 12 3,3 T 2 0,6 T 31 8,6

Page 24: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

24

N 281 N 202 71,8 N 6 2,1 N 2 0,7 N 73 25,9 História M 376 M 355 94,4 M 7 1,8 M 3 0,8 M 14 3,7

T 359 T 313 87,1 T 15 4,1 T 4 1,2 T 31 8,6 N 281 N 201 71,5 N 7 2,4 N 0 0,0 N 73 25,9

L.Portuguesa M 376 M 352 93,6 M 10 2,6 M 6 1,7 M 14 3,7 T 359 T 309 86,0 T 19 5,2 T 3 0,9 T 31 8,6 N 281 N 200 71,1 N 8 2,8 N 7 2,4 N 73 25,9

Matemática M 376 M 352 93,6 M 10 2,6 M 26 7,3 M 14 3,7 T 359 T 308 85,7 T 20 5,5 T 23 7,4 T 31 8,9 N 281 N 200 71,1 N 8 2,8 N 12 4,2 N 73 25,9

Química M 222 M 206 92,7 M 6 2,7 M 20 9,7 M 13 5,8 T 212 T 172 81,1 T 14 6,6 T 33 19,1 T 26 12,2 N 281 N 197 70,1 N 11 3,9 N 31 11,0 N 73 25,9

Sociologia M 164 M 148 90,2 M 5 3,0 M 3 2,0 M 11 6,7 T 177 T 146 82,4 T 6 3,3 T 2 1,3 T 25 14,1 N 193 N 123 63,7 N 6 3,1 N 3 1,5 N 64 33,1

LEM-Inglês M 376 M 356 94,6 M 6 1,5 M 3 0,8 M 14 3,7 T 359 T 309 86,0 T 19 5,2 T 7 2,2 T 31 8,6 N 281 N 201 71,5 N 7 2,4 N 3 1,0 N 73 25,9

Resumo dos Dados de Aprovação, Reprovação e Abandono - 2010 Matriculados Nº Aprovados Nº Reprovados Ap Conselho de

Classe Desistentes

TURNO Nº TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº %

M 376 M 348 92,5 M 14 3,7 M 48 13,7 M 14 3,7 T 359 T 305 71,0 T 23 6,4 T 50 16,3 T 31 8,6 N 281 N 196 69,7 N 12 6,1 N 54 19,2 N 73 25,9

Total 1016 T 849 83,5 Total 49 4,8 Total 152 17,9 Total 118 11,6

Dados de Aprovação, Reprovação e Abandono – 2011 Disciplinas Matriculados Nº Aprovados Nº Reprovados Ap Conselho de

Classe Desistentes

TURNO Nº TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº %

Arte M 223 M 200 89,6 M 13 5,8 M 3 1,5 M 10 4,4 T 255 T 223 87,4 T 15 5,8 T 3 1,1 T 17 6,6 N 102 N 65 63,7 N 25 24,5 N 0 0 N 12 11,7

Biologia M 236 M 219 92,7 M 10 4,2 M 0 0 M 7 2,9 T 216 T 175 81,0 T 20 9,2 T 0 0 T 21 9,7 N 297 N 203 68,3 N 44 14,8 N 2 0,6 N 51 17,1

Ciências M 141 M 126 89,3 M 10 7,0 M 1 0,7 M 5 3,5 T 142 T 130 91,5 T 5 3,5 T 2 1,4 T 7 4,9

Ed. Física M 377 M 363 96,2 M 4 1,0 M 0 0 M 12 3,1 T 358 T 326 91,0 T 4 1,1 T 0 0 T 28 7,8 N 297 N 229 77,1 N 17 5,7 N 0 0 N 51 17,1

Filosofia M 236 M 215 91,1 M 14 5,9 M 5 2,1 M 7 2.9 T 216 T 170 78,7 T 25 11,5 T 3 1,3 T 21 9,7 N 297 N 204 68,6 N 42 14,1 N 0 0 N 51 17,1

Física M 236 M 212 89,8 M 17 7,2 M 7 2,9 M 7 2,9 T 216 T 166 76,8 T 29 13,4 T 4 1,8 T 21 9,7 N 297 N 196 65,9 N 50 16,8 N 10 3,3 N 51 17,1

Geografia M 377 M 350 92,8 M 15 3,9 M 4 1,0 M 12 3,1 T 358 T 305 85,1 T 25 6,9 T 0 0 T 28 7,8 N 297 N 197 66,3 N 49 16,4 N 4 1,3 N 51 17,1

História M 377 M 349 92,5 M 16 4,2 M 0 0 M 12 3,1 T 358 T 312 87,1 T 18 5,0 T 2 0,5 T 28 7,8 N 297 N 204 68,6 N 41 13,8 N 0 0 N 51 17,1

L.Portuguesa M 377 M 347 92,0 M 18 4,7 M 3 0,7 M 12 3,1 T 358 T 299 83,5 T 31 8,6 T 7 1,9 T 28 7,8 N 297 N 194 65,3 N 51 17,1 N 4 1,3 N 51 17,1

Matemática M 377 M 341 90,4 M 24 6,3 M 15 3,9 M 12 3,1 T 358 T 296 82,6 T 34 9,4 T 6 1,6 T 28 7,8 N 297 N 195 65,6 N 51 17,1 N 7 2,3 N 51 17,1

Química M 236 M 212 89,8 M 17 7,2 M 13 5,5 M 7 2,9 T 216 T 160 74,0 T 35 16,2 T 17 7,8 T 21 9,7 N 297 N 198 66,6 N 48 16,1 N 3 1,0 N 51 17,1

Sociologia M 236 M 217 91,9 M 12 5,0 M 1 0,4 M 7 2,9 T 216 T 184 85,1 T 11 5,9 T 0 0 T 21 9,7

Page 25: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

25

N 297 N 208 70,0 N 38 12,7 N 0 0 N 51 17,1 LEM-Inglês M 295 M 285 96,6 M 5 1,6 M 0 0 M 7 2,3

T 245 T 222 90,6 T 5 2,0 T 0 0 T 18 7,3 N 197 N 140 71,0 N 17 8,6 N 1 0,5 N 39 19,7

Resumo dos Dados de Aprovação, Reprovação e Abandono - 2011 Matriculados Nº Aprovados Nº Reprovados Ap Conselho de

Classe Desistentes

TURNO Nº TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº % TURNO Nº %

M 377 M 333 88,3 M 32 8,4 M 36 10,8 M 12 3,1 T 358 T 288 80,4 T 42 11,7 T 29 10,0 T 28 7,8 N 297 N 192 64,6 N 54 18,1 N 24 12,5 N 51 17.1

Total 1032 T 813 78,7 Total 128 12,4 Total 89 10,9 Total 91 8,8

Page 26: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

26

IV. MARCO CONCEITUAL O Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes, tem a democracia como

princípio fundamental em todos os seus aspectos, priorizando o diálogo entre os partícipes da comunidade escolar, pois, uma boa escola se faz com os mesmos elementos que devem compor a sociedade: democracia, interação e flexibilidade.

A educação é uma questão de direitos e deveres humanos e todos os indivíduos devem ter acesso a ela. O exercício da cidadania não pode se restringir, somente, à questão de direitos e deveres de uma parcela da população devendo abranger também as questões referentes aos grupos excluídos ou rejeitados pela sociedade.

A ação pedagógica é o traço de união entre o indivíduo e o social. A escola ao se propor a atender os interesses das classes populares, assume suas finalidades sociais referidas a um projeto de sociedade onde as relações sociais existentes são aos poucos modificadas. A aquisição de conhecimentos e habilidades através de estratégias pedagógicas garantirá maior participação das classes populares, resultando na transformação social. Como afirma Libâneo (1985, p.96) “O objetivo da escola, assim será, garantir a todos o saber e as capacidades necessárias a um domínio de todos os campos da atividade humana, como condição para redução das desigualdades de origem social.”

Através do conhecimento o aluno poderá captar a estrutura objetiva do real e representá-lo subjetivamente. Essa representação pode transformar-se como diz Gramsci (1984, p.53) “em meio de liberdade, em instrumento para criar uma nova forma ético-política, em fonte de novas iniciativas”. É certo que nem todo conhecimento permite uma articulação prática imediata, mas é importante que, mesmo através de mediações, seja garantido seu vínculo com a transformação da realidade.

O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a aceitação e a valorização do outro, isto é, das diversidades: étnicas, religiosas, culturais, socioeconômicas, físicas e outras.

Diante disso é que optamos e defendemos o paradigma da educação inclusiva, já que esse almeja e defende uma sociedade comprometida com as minorias, que valoriza a diversidade humana, que respeita a dignidade de cada pessoa, a igualdade de direitos, a oportunidade e o exercício pleno da cidadania, assim como a liberdade de expressão e de pensamento.

Existe hoje, em todos os setores da sociedade, uma questão muito forte para a mudança. Isso porque, estamos vivendo um período de grandes mudanças, em que as coisas acontecem e se transformam muito rapidamente graças aos avanços da ciência e da tecnologia. O tempo parece ter adquirido novas dimensões. A instabilidade é a marca do momento, em síntese estamos vivendo um momento histórico que muitos estudiosos denominam como a “pós-modernidade”.

Em todas as partes, em todos os campos de atividade, as pessoas buscam o “novo”, o diferente, formas alternativas e pouco convencionais de agir. Vivemos uma época que em nada se assemelha as outras vividas por nossos antepassados e para a qual não estamos preparados.

Segundo HARGREAVES citado por ALONSO (1999 p.09): A maioria dos autores coloca as origens da condição pós-moderna por volta dos anos 60. Pós-modernidade é uma condição na qual a vida política, econômica, organizacional e até mesmo a pessoal passa a ser organizadas em torno de princípios muito diferentes daqueles da modernidade. Filosófica e ideologicamente, os avanços nas telecomunicações ao lado do alargamento e rapidez na divulgação da informação fazem com que se rompam antigas certezas ideológicas e as pessoas descubram que existem outras formas de viver.

Page 27: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

27

Neste contexto, sem dúvida nenhuma, está a questão da inclusão escolar. Experimentamos uma situação nova, insegura e até mesmo angustiante, pois, entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade. Sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na oferta de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da vida.

O impacto que a inclusão tem causado no meio escolar, nas instituições especializadas e entre os pais de alunos, com e sem deficiência, provocou o aparecimento de muitas dúvidas e vieses de compreensão, que talvez estejam retardando a implementação de ações em favor da abertura das escolas para todos os alunos. Preconceitos, antigos valores, velhas verdades, atitudes e paradigmas conservadores da educação ainda ocultam o verdadeiro sentido dessa inovação. Um conhecimento com pretensão de verdade absoluta deve resultar em distorção.

Percebemos dessa forma a necessidade dos sistemas adotarem políticas educacionais adequadas às novas necessidades do cotidiano escolar visando um trabalho com qualidade social. Sabemos que a trajetória é complexa, mas se não nos aventurarmos em tais horizontes dificilmente mudaremos o modelo vigente de exclusão dos grupos minoritários.

De acordo com estudos atuais, as escolas inclusivas partem de uma filosofia segundo a qual todas as crianças podem aprender e fazer parte da vida escolar e comunitária.

A diversidade é valorizada e acredita-se que tal diversidade fortaleça a turma e ofereça a todos os seus membros maiores oportunidades para a aprendizagem.

BARTH, professor de Harvard, citado por STAINBACK, (1999), referindo-se ao valor da diversidade se expressa da seguinte maneira:

As diferenças encerram grandes oportunidades para a aprendizagem. Elas oferecem um recurso livre, abundante e renovável. Eu gostaria de ver nossa compulsão para eliminar as diferenças substituídas por um enfoque igualmente insistente em se fazer uso dessas diferenças para melhorar as escolas. O que é importante sobre as pessoas - e sobre as escolas - é o que é diferente, não o que é igual.

Isso significa dizer que a inclusão escolar é verdadeiramente a educação para todos, no seu sentido mais amplo, já que somos seres singulares e dotados de inteligências múltiplas. A educação inclusiva contribui significativamente para a democracia e solidariedade do ensino, pois é através desse paradigma que se desenvolvem atitudes de respeito, companheirismo e amor entre as pessoas.

Uma escola inclusiva é aquela que educa todos os alunos preferencialmente em sala de aulas regulares. Educar todos os alunos em salas de aulas regulares significa que todo o aluno deve ter oportunidades educacionais adequadas, que sejam desafiadoras, porém ajustadas às suas habilidades e necessidades; recebam todo o apoio e ajuda de que eles ou seus professores possam, da mesma forma, necessitar para alcançar êxito nas principais atividades educativas.

A escola inclusiva é o lugar onde todos são aceitos, onde todos ajudam e são ajudados por seus colegas e por outros membros da comunidade escolar, para que suas necessidades educacionais sejam satisfeitas.

A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um Estado democrático.

A democracia, nos termos em que é definida pelo Art. I da Constituição Federal estabelece as bases para proporcionar a igualdade de oportunidades, e também um modo de sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a

Page 28: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

28

expressão de conflitos, em uma palavra, a pluralidade. É, portanto, no desdobramento do que se chama de conjunto central de valores, onde deve ser considerada a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, tanto do ponto de vista de valores quanto de costumes, crenças religiosas, expressões artísticas, capacidades e limitações.

A atitude preconceituosa nega a existência de uma sociedade democrática e plural. As relações entre as pessoas devem estar sustentadas por atitudes de respeito mútuo. O respeito traduz-se pela valorização de cada individuo em sua particularidade, nas características que o constituem. O respeito ganha um significado mais amplo quando se realiza como respeito mútuo. O respeito mútuo tem sua significação ampliada no conceito de solidariedade.

Como exemplo dessa afirmativa, pode-se citar o direito à igualdade de oportunidade de acesso ao currículo escolar. Se cada criança ou jovem brasileiro com necessidades educacionais especiais tiver domínio do acervo de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania, estaremos dando um passo decisivo para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE A sociedade é o espaço de interações e manifestações humanas. Onde o ser humano age, comunica seus pensamentos, celebra suas conquistas ou demonstra suas deficiências. Na qual a educação tem papel fundamental, devendo ser libertadora, interdisciplinar, inclusiva, integradora, dialética, contínua, processual e segura, embasada por uma escola democrática, reflexiva, transformadora, coerente, prazerosa e planejada. É no espaço escolar que o conhecimento historicamente produzido é ressignificado em suas razões filosóficas, permitindo ao educando a construção de reflexões a respeito dos paradigmas que constituem a sociedade vigente. Portanto, a sociedade deve ser o espaço onde toda a complexidade da humanidade possa ser exposta, vista e sentida com solidariedade e fraternidade. Considerando que seus alicerces estão sujeitos à economia de mercado que valoriza a formação técnica em detrimento à formação ética e moral do cidadão, a escola tem se constituído a partir de valores voltados a construção de um sujeito competitivo. A competitividade é constantemente aguçada e valorizada sob a ótica da meritocracia institucional. Não importam os caminhos, mas as metas a serem alcançadas pela instituição no cumprimento de programas escolares estabelecidos pelos projetos educacionais. Sendo assim, é nesta sociedade fundada sob valores materiais e subsidiada por uma economia excludente que este sujeito é convencido em sua maioria a não reconhecer o saber científico como instrumento fundamental para o seu pleno desenvolvimento. É nesta perspectiva que a educação encontra um dos seus grandes desafios: instrumentalizar o educando para sua emancipação social com equilíbrio e sobriedade, estabelecendo subsídios para a construção de uma sociedade fundada nos princípios da coletividade, justiça e liberdade sem restrições de qualquer natureza, permitindo a convivência na e pela diversidade, projetando em suas gerações futuras valores morais e materiais balizados pelos mais justos dos princípios que fazem jus à nossa humanidade.

Page 29: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

29

CONCEPÇÃO DE CULTURA Diante de variedade e da exuberância cultural que permeia o nosso povo, é, no mínimo, esperado que tenhamos uma ideia do que venha a ser esse fenômeno tão expressivo e característico da nossa gente e de todos os povos da Terra. Procuramos saber o que diversos autores pensam sobre o assunto e percebemos que cultura pode ser considerada as realizações materiais de um povo e os aspectos espirituais de uma comunidade. Segundo Tylor, não é uma disposição inata, perpetuada biologicamente e sim, “um todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” Tylor entendia a cultura como um fenômeno natural, e como tal poderia ser analisado sistematicamente, visando a formulação de leis que explicassem sua gênese e transmissão. Segundo David Schneider, “Cultura é um sistema de símbolos e significados. (...)”. E Jaques Turgot, escreveu que o homem é possuidor de um tesouro de signos e que tem a faculdade de multiplicá-los infinitamente, de retê-los, de comunica-los e transmiti-los aos descendentes como herança. Segundo Geertz, a cultura não é nunca particular, mas sempre pública. Não é um poder, algo ao qual podem ser atribuídos casualmente os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituições ou os processos; ela é um contexto, algo dentro do qual os símbolos podem ser descritos de forma inteligível. Para Goodenough “cultura é um sistema de conhecimento; consiste em tudo aquilo que alguém tem de conhecer ou acreditar para operar de maneira aceitável dentro de sua sociedade” Claude Lévi-Strauss, define cultura como “um sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana” e, Geertz e Schneider, defendem que a “cultura deve ser considerada não um complexo de comportamentos concretos mas um conjunto de mecanismos de controle(...) para governar o comportamento. Já para Max Weber, “o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado”. Entendemos então que cultura é um conjunto de símbolos e significados, que são criados, transformados e transmitidos dentro de uma sociedade, dando-lhes características próprias. CONCEPÇÃO DE TRABALHO O trabalho é uma atividade inerente à vida humana. Sem ele não existiria evolução. O homem primitivo só conquistou a modernidade através da força criativa do trabalho. O próprio instinto de sobrevivência faz com que o homem procure alternativas para suprir suas necessidades básicas. O que no início era para atender necessidades de alimento, abrigo e aquecimento, passou a se tornar muito mais complexo. Outras necessidades começaram a aparecer com a constituição das famílias, o homem passou a buscar pelo conforto, pela estabilidade, pela fixação em um só lugar e o trabalho passou a tomar outras formas. Com a formação de comunidades, houve a necessidade do ensino, administração, política, criando assim o trabalho intelectual.

Page 30: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

30

Com a indústrialização, o trabalho tomou uma forma totalmente diferente de seus primórdios, passando a exigistir as relações de trabalho, parecidas com as que existem hoje, mas muito mais rudimentares. Nos dias de hoje, o trabalho tem características muito peculiares. Grande parte dele é considerado intelectual ou envolve conhecimentos específicos de operacionalização de máquinas. O trabalho braçal tem sido substituído por máquinas cada vez mais completas e os trabalhos de pesquisa em tecnologia para todas as áreas da huninidade, mais evoluídos. Neste contexto, está o trabalho escolar, que sempre sofre influências diretas do mundo do trabalho. Historicamente, tem acompanhado a evolução e as transformações da sociedade e do trabalho humano. Porém, frente o acelerado processo tecnológico, a educação tem se mostrado obsoleta em alguns aspectos, não conseguindo acompanhar o ritmo do mundo do trabalho. Isso tem causado profundo desconforto à escola, pois passa a ser vista como ineficiente e fracassada. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA O termo tecnologia, de origem grega, é formado por tekne (“arte, técnica ou ofício”) e por logos (“conjunto de saberes”). É utilizado para definir os conhecimentos que permitem fabricar objetos e modificar o meio ambiente, com vista a satisfazer as necessidades humanas. Portanto, a tecnologia é o conjunto dos instrumentos, métodos e técnicas que permitem o aproveitamento prático do conhecimento científico. Embora erradamente, a palavra tecnologia é usada como sinónimo de tecnologias da informação, que são aquelas que permitem o tratamento e a difusão de informação por meios artificiais e que incluem tudo o que esteja relacionado com os computadores. Por si só, a tecnologia nem é boa nem é má. Dos vários impactos positivos, mencionaremos o fato de aumentar a produtividade do trabalho humano e do nível de vida da população, bem como a diminuição dos esforços que implica. Já, no que diz respeito aos aspectos negativos, a tecnologia pode dar origem à desocupação, quando a mão-de-obra, fruto do trabalho do homem, é substituída por máquinas, às diferenças sociais, onde os trabalhadores são categorizados em função das suas competências tecnológicas e à contaminação ambiental.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA Cidadania é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania sempre esteve fortemente ligado à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade. O conceito de cidadania tem origem na Grécia clássica, sendo usado então para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Cidadania,

Page 31: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

31

pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida em sociedade. Ao longo da história, o conceito de cidadania foi ampliado, passando a englobar um conjunto de valores sociais que determinam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão. Cidadania é o direito de ter direito. Cidadania não combina com individualismo e com omissões individuais frente aos problemas da cidade; a cidade e os problemas da cidade dizem respeito a todos os cidadãos. Existem leis no Brasil que visam reparar injustiças, e também uma longa história de lutas cotidianas para conquistar estes direitos: o direito à liberdade de expressão, o direito de organizar e participar de associações comunitárias, sindicatos trabalhistas e partidos políticos, o direito a um salário justo, a uma renda mínima e a condições para sobreviver, o direito a um pedaço de terra para plantar e colher, o direito de votar e ser votado, talvez o mais elementar da democracia moderna, negado a sociedade, na já longa história da cidadania brasileira. É esta luta cotidiana por direitos elementares que define a cidadania brasileira e não os apelos ao pertencimento, ao nacionalismo, a democracia e ao patriotismo do cidadão-comum. A cidadania brasileira é a soma de conquistas cotidianas, na forma da lei, de reparações a injustiças sociais, civis e políticas, no percurso de sua história e, em contrapartida, a prática efetiva e consciente, o exercício diário destas conquistas com o objetivo exemplar de ampliar estes direitos na sociedade. Neste sentido, para exercer a cidadania brasileira em sua plenitude torna-se absolutamente necessário a percepção da dimensão histórica destas conquistas no percurso entre passado, presente e futuro da nação. Este é o caminho longo e cheio de incertezas. Esta é a originalidade e especificidade da cidadania brasileira. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Educação é tudo aquilo que dialeticamente favorece o sujeito, na realização de si e do seu desenvolvimento (educere) e diz respeito à intervenção, (educare) do ato educativo. Martins, in Fazenda p. 143. cita Maurice Debesse e Gaston Mialaret, 1974 e Giustino Broccolini, 1990, quanto à origem etimológica do termo e ao duplo sentido de: “educo-eduxim-eductum-educere” significando: fazer sair, lançar, tirar para fora, trazer à luz, educar; e “educo-educavi-educatum-educare” significando: criar, amamentar, sustentar, elevar, instruir, ensinar.

Na raiz da palavra há uma relação entre os dois termos que revela uma dupla concepção, podendo ser identificada a sua complementaridade, quando um nos remete ao outro.

É possível vislumbrar a interdependência entre o que pode ser chamado de objeto coerente estrutural do educar-educação, resultante de um complexo conjunto de perspectivas entre o educere (educação como desenvolvimento) e o educare (a intervenção).

Considerando a contribuição das ciências humanas pode-se esclarecer o que é desenvolvimento; e da didática para compreender o que vem a ser intervenção. Destacam-se dois mananciais na compreensão da ação educativa:

Page 32: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

32

Das ciências: Filosofia, Psicologia, Sociologia, o desenvolvimento, preservando seu campo de estudos, já que não se referem exclusivamente à educação.

Da Didática: as Metodologias, voltadas para a organização e intervenção na prática docente.

Estes evidenciam a pluralidade da natureza fenomenológica da educação. Suas idéias convergem para a compreensão do homem num contexto educativo.

“A educação se realiza através do ato educativo, ou seja, tudo aquilo que dialeticamente pode favorecer ao sujeito, na realização de si, no desenvolvimento, e através do ato educacional, isto é tudo aquilo que possa dizer respeito à intervenção, (educare) a especificação do educativo” in Fazenda, 2000, p.246.

Neste sentido, não há possibilidade de gerar conhecimento neutro, nem conhecimento que não interfira em nossa existência.

O processo educativo envolve um trabalho com uma grande diversidade de atividades, metodologias e estratégias que favorecem o conhecimento, a trajetória individual do educando, os valores herdados dos ancestrais, ressaltando, respeitando e valorizando todas as etnias que compõem a comunidade local.

É vista como instrumento de busca que propicia o acesso ao saber historicamente acumulado pela humanidade, porém reavaliando a realidade social na qual o educando está inserido. Nela a construção do conhecimento é imprescindível, e é uma atividade inseparável da prática social, onde as informações são reelaboradas e surgem em forma de ação sobre o mundo social. “Em Educação o imperativo é expor-se e provocar mudanças apontando novos caminhos, criar obras primas e recriar o que já existe”. (Paulo Freire)

CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Escola é um conjunto de recursos plurifuncionais, aberto a uma utilização intensiva por parte de público e parcerias diversas, que desenvolvem múltiplas atividades de aprendizagem, onde o saber se transforma, se aperfeiçoa, se amplia e se universaliza.

O objetivo principal da escola é proporcionar um lugar apropriado onde todos possam interagir, ensinando e aprendendo.

O espaço educativo deve transformar-se em ambiente de superação de desafios pedagógicos que dinamiza e significa a aprendizagem, que passa a ser compreendida como construção de conhecimentos e desenvolvimento de competências em vista da formação cidadã.

Na escola os conteúdos culturais e científicos devem estar ligados à vida e o meio social do educando. O conhecimento construído historicamente pela humanidade é sistematizado e transformado num trabalho coletivo, mediado pelo educador que estimulará o educando de maneira a desenvolver a sua oralidade, sua autonomia, e se tornar gerenciador do seu próprio mundo e do processo de aprendizagem.

É papel da escola, formar cidadãos críticos e capazes de reconstruir a vida aprendendo a ocupar, a preservar e transformar o seu meio. Questionar a forma concreta, a realidade das relações do homem e da mulher com a natureza e com outros, tendo como prioridade as necessidades sociais, psicológicas e culturais do educando.

À escola é espaço de: Promoção de valorização dos recursos humanos da Instituição, como

diretriz fundamental para a consecução dos objetivos institucionais e de melhoria das condições ambientais de trabalho.

Page 33: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

33

Definição de política de qualificação, aperfeiçoamento e atualização contínua dos recursos humanos.

Otimização de condições de trabalho adequado aos recursos humanos da Instituição.

Dinamização de um programa de aprimoramento permanente dos recursos humanos da Instituição.

Implantação de mecanismos para constituir um corpo docente com capacidade efetiva de orientação científica ao educando.

CONCEPÇÃO DE PESSOA

Pessoa é um ser em constante interação com o meio. A pessoa é considerada um ser situado num mundo material, concreto,

econômico, social e ideologicamente determinado. Sendo assim, resta-lhe transformar essa situação, porque a pessoa e o mundo são concebidos aqui numa abordagem interacionista. Tem o direito de expressar suas opiniões, seus sentimentos, desmistificar os padrões estabelecidos, transformar os conceitos de realidade, superar os preconceitos, valorizando a si própria e aos outros, numa visão crítica de transformação social e do seu papel enquanto cidadão atuante na sociedade.

Através da educação acredita-se que a pessoa possa contribuir na transformação social, dentro de princípios de igualdade, da solidariedade e da convivência mútua. “Todo homem é pessoa, mas ao longo da história vai se desenvolver e dar sentido sua existência” (Michel Quast) CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Infância

A infância é um período da vida, extremamente dinâmico e rico, que vai do nascimento até a puberdade (aproximadamente 10 anos).

Nesta fase o ser humano vê, pensa e sente o mundo de um modo próprio. O crescimento se faz, concomitantemente, em todos os domínios; segundo as

características fisiológicas, sócio-afetivas e cognitivas, se divide em três estágios: 1ª infância – 00 a 03 anos; 2ª infância – 03 a 06 anos; 3ª infância – 07 anos até a puberdade.

Características da 1ª infância: (0 a 03 anos)

As características da 1ª infância (0 a 03 anos) constituem-se em três períodos distintos:

1º período (de 00 a 01 ano): nos primeiros seis meses o bebê apresenta dependência absoluta, passiva; no 2º semestre já revela o primeiro sinal de agressividade – a mordida. Nesta fase a criança precisa de cuidado total, tanto físico quanto emocional. A pessoa que lida com a criança deve ser segura de si, afetuosa, tranquila, decidida, com a voz calma e sem gestos violentos. O afeto deverá estar presente em todos os momentos de atenção. Os estímulos auditivos chegam através de cantigas, conversas e brinquedos que produzam sons.

2º período (01 a 02 anos): o bebê se apresenta vacilante e ambivalente, passa do amor ao ódio, beija e morde. É obstinado, agarrador, desordenado. É muito dependente sem querer sê-lo. É a época do treinamento dos hábitos higiênicos, controle da micção, da evacuação e disciplina alimentar.

Page 34: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

34

A experimentação é a atividade primeira dos bebês nesta idade, que estão sempre provando, mexendo, lambuzando-se. É a oportunidade dos adultos que o cercam de expressar amor, carinho e intermediar soluções para as suas necessidades que são muito freqüentes. É o término do período denominado por Piaget como sensório-motor, que se estende do nascimento até a aquisição da linguagem. A atividade intelectual é de natureza sensorial e motora. A criança percebe o ambiente e age sobre ele, por isso é essencial a estimulação desde os primeiros dias de vida. É a fase do desenvolvimento da consciência do próprio corpo, diferenciado do restante do mundo físico, bem como do desenvolvimento da inteligência.

3º período (02 a 03 anos): a característica principal é que toma conhecimento da diferença do sexo. Está em uma fase de equilíbrio, contente consigo mesmo e com o mundo (lar e escola). O vocabulário está crescendo muito e adora palavras novas. Orgulha-se do seu maior controle muscular, apresenta um melhor desenvolvimento motor. Já consegue brincar coletivamente, porém depois de algum tempo de brincadeira conjunta começa a briga, com mordidas, socos e pontapés. Muito sensíveis aos impulsos do momento, a criança de três anos necessita de: experiências motoras, experiências sensoriais, experiências sociais.

A serenidade é característica indispensável para quem lida com crianças dessa idade. Características 2ª infância (04 a 07 anos)

04 anos: a criança apresenta integração do automatismo corporal. É vigorosa nas brincadeiras, tem movimentos graciosos e sua rítmica corporal está repleta de novas conquistas e habilidades: anda com firmeza, corre mais depressa e sobe em lugares altos e difíceis.

“Encaixar” e “construir” são atividades que executa com propósitos em vista. Seu vocabulário é rico (mais de 2.000 palavras) e pode se concentrar por períodos de quase trinta minutos, às vezes até em atividades criadas por ela mesma.

Faz perguntas e se interessa por praticamente tudo. Demonstra curiosidade pelos órgãos genitais, pelo nascimento dos bebês e pelas diferenças sexuais. A figura humana está presente nos desenhos e retrata coisas que já viu. Recorta papel e segura pincel (seu movimento de pinça está amadurecendo) e a atividade de colagem é apreciada.

É a época em que fala muito sozinha e sua imaginação é muito fértil. Reconhece cores e tonalidades, tamanhos e formas geométricas. Necessita muito do concreto. Suas emoções são extremas, ou gosta muito ou detesta muito. Tem mais noção dos limites (meu, teu, nosso, certo/errado). Gosta muito de ser elogiada e se auto-elogia. “Onde” e “quando” ainda não são claramente discriminados; certo e errado, com firmeza amiga por parte do adulto, já são identificados. Emprega com exatidão o vocabulário relativo a espaço, no sentido de direção e/ou de posições.

05 anos: a criança de cinco anos apresenta um evidente progresso em seu crescimento, é mais alta e com proporções diferenciadas. As pernas são longas e tem fisionomia de menina ou de menino, não de bebê.

Quer ser reconhecida, necessitando de apoio e responsabilidade delegados por quem lida com ela. Os traços que caracterizam a sua personalidade podem ser reconhecidos. Planeja atividades, a idéia precede a ação, o que significa pensar antes de agir. Continua apresentando ansiedade em relação a coisas cuja explicação desconhece, mas aceita regras e limites.

Page 35: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

35

Com um vocabulário muito rico, vence maiores dificuldades de pronúncia e faz muitas e interessantes perguntas. Quando vai a certos lugares, como o supermercado “lê” algumas palavras, já conhecidas em objetos e embalagens do seu dia-a-dia.

A motricidade fina está mais hábil, domina as atividades gráfico-plásticas, dentro de limites. Escreve seu primeiro nome. Vive grande parte do tempo no mundo da imaginação. Gosta de histórias de fadas e é muito curiosa. A criança de cinco anos precisa de muito apoio, responsabilidade, brincadeiras coletivas, oportunidade para concentração e boa orientação.

06 anos: O crescimento físico é acentuado e difere-se do de outras idades pela perda dos dentes de leite. Veste-se e despe-se sozinha. Precisa de espaço e descanso, pois se cansa sem o saber.

Canta muito, dramatiza, faz comparações e tem senso de humor apurado. Gosta de repetir palavras novas. Aprecia fazer experiências, faz muitas perguntas, gosta de planejar passeios, querendo fazer tudo a sua moda.

O adulto deve encorajá-la a ouvir e saber falar na hora apropriada, sempre estimulando a expressão livre. O interesse pelas horas já se faz notar e tenta identificar e aprender semana, mês e ano. O interesse por ciências é acentuado, sempre querendo respostas.

Sua concentração já pode ultrapassar 30 minutos. Sente necessidade da matemática e seu desenvolvimento favorece um interesse natural e crescente pela leitura e curiosidade pela escrita das palavras.

Tem necessidade de ser aceita e aprovada pelo grupo. Quer ganhar sempre, ser a primeira, a mais elogiada ou a mais querida. Administra bem conflitos, planeja atividades em grupo e está aprendendo que existem horas apropriadas para tudo.

Pode mostrar comportamentos antagônicos em casa e na escola e quando contrariada pode reagir com linguagem agressiva. O adulto que a acompanha deve ser hábil e resolver com facilidade os problemas emocionais surgidos nesta época. Características 3ª infância (07 anos até a puberdade)

O crescimento físico continua num ritmo lento, sem grandes acelerações até a puberdade, que geralmente se inicia no final deste período. A criança entra em um período de equilíbrio; é a época da calma e da concentração. É uma época de assimilação, gosta de ouvir, observa tudo. Apresenta-se muitas vezes introvertida. Não é muito agressiva, porém resmunga e se queixa antes de enfrentar uma obrigação. Tem falta de confiança em si e, às vezes, não quer nem tentar, desculpando-se com “não sei” ou “não quero fazer”. É conversadora.

Firma seu sentido de independência, porém ainda não aceita perder. As capacidades motoras globais continuam a se aprimorar, consegue andar de bicicleta, jogar bola e fazer outras atividades que requerem considerável coordenação. Tem condições de realizar atividades visuais e auditivas ao nível dos adultos e torna-se capaz de focalizar sua atenção. Este é o período que Piaget denominou de estágio das operações concretas.

Estas atividades podem ser feitas tanto mental quanto concretamente. Ela também atinge a noção de conservação e reversibilidade, tornando-se capaz de raciocinar indutivamente, tornando-se cada vez mais lógica.

Este é o período que Freud denominou de “latência” porque o interesse sexual parece estar submerso. Os companheiros tornam-se muito importantes, mas quase todos os grupos são de crianças do mesmo sexo.

Page 36: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

36

A ligação afetiva com os pais é menos visível, mas, presumivelmente, ainda existe. Desenvolvem-se ligações afetivas com amigos especiais. Em muitos aspectos, este é um período calmo, como Freud previu. Mas não é um período vazio. Muitas coisas acontecem, mas talvez as mudanças sejam mais sutis do que as observadas nas fases anteriores, ou na adolescência Adolescência

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência compreende a faixa etária entre 10 e 20 anos; o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), entretanto, restringe essa fase para a idade entre 12 e 18 anos.

A adolescência é um momento de auto-afirmação, em que a construção da identidade se faz necessária entre os iguais. Dessa forma, a busca por uma identidade faz com que o adolescente rompa com os vínculos do mundo adulto inclusive com seus pais, e busque uma aceitação social que costuma provocar mudanças de comportamento evidenciadas nas gírias, nos bonés, nas roupas, nas músicas, e em outras características que costumam chocar o adulto.

Nesse estágio, desportistas e artistas (entre outros) servem como modelos de comportamento.

Jean Piaget observou no comportamento adolescente um grande incremento nas habilidades cognitivas, o que pode levar a conflitos, posto que o indivíduo tem acrescidas, ainda, à razão, a necessidade de competição e a habilidade de teorizar em termos adultos - pensamento formal e pensamento abstrato. O grande avanço cognitivo que ocorre nessa fase é o aparecimento do pensamento abstrato.

A dualidade entre o amadurecimento do corpo e amadurecimento psicológico, frequentemente causa certa susceptibilidade à instabilidade emocional que pode levar ao consumo de drogas ou álcool, problemas mentais como esquizofrenia ou distúrbios alimentares (como anorexia e bulimia), e a problemas sociais como gravidez na adolescência.

A adolescência também sofre influências do meio social em que se encontra, e de certa forma são determinantes para suas escolhas. Essas escolhas, dependendo da ausência de limites, da base familiar e religiosa, do meio social em que vive, podem determinar até mesmo o envolvimento com atos infracionais ou o início da utilização de substâncias psico-ativas, o que acontece muitas vezes apenas para provar a superioridade em relação aos iguais, e em outras, para ter o que a sociedade capitalista tem para oferecer.

A psicologia entende que o adolescente necessita vencer três lutos: o luto pela perda do corpo infantil, tendo que se adaptar a um novo corpo e com a maneira de lidar com ele e também com a forma como as pessoas o observam; o luto pela perda dos pais da infância, os que antes tinham todo um modo especial de lidar e de cuidar, agora já repreendem e exigem uma adaptação à condição de alguém que não é mais criança; em terceiro lugar, lidar com a morte do mito das figuras paterna e materna, que deixam de ser herói/heroína para revelarem os limites e fragilidades e o luto pela perda da identidade infantil, pois têm que enfrentar as suas próprias crises e dar rumos aos seus atos e história (ABERASTURY, 1981, p. 71).

A partir destas perspectivas, a adolescência poderá ser entendida como construção histórica, que tem seu significado determinado pela cultura e pela linguagem que media as relações sociais, sendo estas o referencial para a criação dos sujeitos que passam neste momento por várias transformações no corpo e na mente. Neste sentido a compreensão da totalidade constitutiva da adolescência passa não só pelos parâmetros biológicos, como idade ou desenvolvimento

Page 37: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

37

cognitivo, mas necessariamente pelo conhecimento das condições sociais que constroem uma determinada adolescência. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO Designa-se por letramento o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. O letramento tem como objeto de reflexão, de ensino, ou de aprendizagem os aspectos sociais da língua escrita. Implica adotar na alfabetização uma concepção social da escrita, em contraste com uma concepção tradicional que considera a aprendizagem de leitura e produção textual como a aprendizagem de habilidades individuais. Uma atividade que envolve o uso da língua escrita (um evento de letramento) não se diferencia de outras atividades da vida social: é uma atividade coletiva e cooperativa, porque envolve vários participantes, com diferentes saberes, que são mobilizados segundo interesses, intenções e objetivos individuais e metas comuns. Já a prática de uso da escrita dentro da escola envolve prioritariamente a demonstração da capacidade individual de realizar todos os aspectos de todas as atividades, seja: soletrar, ler em voz alta, responder a perguntas oralmente ou por escrito, escrever uma redação ou um ditado. A diferença entre ensinar uma prática e ensinar para que o aluno desenvolva uma competência ou habilidade não é mera questão terminológica. Na escola, onde predomina a concepção da leitura e da escrita como competências, concebe-se a atividade de ler e escrever como um conjunto de habilidades progressivamente desenvolvidas até se chegar a uma competência leitora e escritora ideal: a do usuário proficiente da língua escrita. Os estudos do letramento, por outro lado, partem de uma concepção de leitura e de escrita como práticas discursivas, com múltiplas funções e inseparáveis dos contextos em que se desenvolvem. Pressupõe que as pessoas e os grupos sociais são heterogêneos e que as diversas atividades entre as pessoas acontecem de modos muito variados. Portanto, é viável que se concebam princípios gerais para a organização do currículo, mas as atividades para seu desenvolvimento, na interação entre professor e aluno(s) e entre aluno(s) e aluno(s) envolvem tal sorte de fatores de ordem social e pessoal que seus resultados são imprevisíveis. No ciclo em discussão, os “conteúdos” correspondem, basicamente, ao conjunto de saberes e conhecimentos requeridos em práticas sociais letradas, tais como as de medição, cálculos de volume, elaboração de maquetes, mapas e plantas (conteúdos matemáticos), e àqueles necessários para a participação em práticas discursivas de leitura e produção de textos de diversos gêneros. Nesse último caso, estamos falando, dentre outros, daqueles “conteúdos” relativos ao domínio do código (como a segmentação em palavras, correspondências regulares de som-letra, regras ortográficas de palavras comuns, uso de maiúsculas) e à formação de uma noção de texto (coesão, coerência, multimodalidade, intertextualidade, gênero e discurso, etc.) A partir do momento em que o letramento do aluno é definido como o objetivo da ação pedagógica, o movimento será da prática social para o conteúdo, nunca o contrário, se o letramento do aluno for o objetivo da ação pedagógica.

Page 38: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

38

CONCEPÇÃO DE PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO Um profissional com competência. O bom profissional precisa ter a consciência da necessidade de uma

formação bem sólida, refletindo constantemente sobre sua prática, debatendo com seus pares, dialogando com as famílias e a comunidade e buscando informações necessárias para o trabalho que desenvolve. São instrumentos essenciais para a reflexão sobre a prática direta com os educandos a observação, o registro, o planejamento e a avaliação.

A implementação e/ou implantação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente, dos professores que trabalham nas instituições. Por meio de suas ações, que devem ser planejadas e compartilhadas com seus pares e outros profissionais da instituição, podem-se construir projetos educativos de qualidade junto aos familiares e às crianças. A idéia que preside a construção de um projeto educativo é a de que se trata de um processo sempre inacabado, provisório e historicamente contextualizado que demanda reflexão e debates constantes com todas as pessoas envolvidas e interessadas.

Para que os projetos educativos das instituições possam, de fato, representar esse diálogo e debate constante, é preciso ter professores que estejam comprometidos com a prática educacional, capazes de responder às demandas familiares e das crianças, assim como às questões específicas relativas aos cuidados e aprendizagens infantis.

O Educador deverá ter condições de: -Compreender as relações estruturais entre escola e sociedade. -Ter domínio de conteúdos específicos da sua disciplina e do campo dos

saberes pedagógicos, psicopedagógicos e político-sociais. -Abstrair, analisar, planejar e responder criativamente às novas situações

educacionais. -Demonstrar um comportamento predominantemente marcado pela

autonomia, ética e solidariedade humana, características indispensáveis a todo educador.

-Comprovar capacidade de lidar e usar positivamente a informação, a tecnologia, as habilidades interpessoais em benefício do processo educativo global.

Os coordenadores dos estabelecimentos escolares devem criar procedimentos flexíveis de gestão, estabelecer relações familiares com os educadores, pais e a comunidade. Colaborar com os educadores para que realizem ações concretas, a fim de responder com eficácia, competência, ética e criatividade aos legítimos apelos e anseios dos educandos.

O Educador necessita: Elaborar recursos pedagógicos e adotar atitudes diversificadas de ações

educativas. Se responsabilizar pelo ensino ministrado aos educandos com

necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem. Diversificar a oferta de opções, de modo a diminuir o insucesso escolar e

evitar a muitos educandos o sentimento de exclusão e de ausência de futuro. CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Acreditar que a formação profissional limita-se ao encerrar a formação inicial e que depois ao defrontar-se com a prática não será preciso mais dar continuidade à formação e que a mesma resume-se a fazer cursos de apoio ou assistir palestras, em clássicos programas de reciclagem, é um equívoco. Primeiramente, há que se

Page 39: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

39

considerar, que alguns cursos são apenas paliativos, não buscam a sólida referência para a continuidade e consistência do aprendizado e também que a concepção que muitos professores têm em relação à formação contínua é errônea.

A continuidade da formação vai muito além da frequência a cursos, ela é também, como concebe VEIGA (1998), um processo dinâmico por meio do qual, ao longo do tempo, um profissional vai adequando sua formação às exigências de sua atividade profissional. Então, se antes a teoria se construía na previsão das futuras práticas, na formação constante, as práticas antecipam à teoria, ou seja, o conhecimento do professor não é meramente acadêmico, racional e também, não só empírico, há uma correlação entre ambos os conhecimentos, pois o profissional precisa adquirir um saber que consiste em gerir a informação disponível e adequá-la estrategicamente ao contexto da situação formativa em que, a cada instante, se situa sem perder de vista os objetivos traçados. E é esta gestão de informações, um dos requisitos fundamentais para obtenção do sucesso, na sociedade contemporânea.

O desafio da formação do professor consiste em propiciar uma contínua atualização e ampliação nos horizontes do conhecimento, e essa conquista, que relaciona-se com a autonomia da escola, se dá ao passo que o professor compreende o significado da projeto político pedagógico, como fruto da ação compartilhada por todos os envolvidos na dinâmica do ensino-aprendizagem. E se os educadores se perceberem como participantes reflexivos de sua ação, com uma postura política coletiva e que na dimensão do entendimento se dá através do diálogo das práticas e das formulações teóricas, produzirão o que MENEZES (1996) defende como a visualização dos princípios e procedimentos de organização dos sujeitos do processo educativo e das práticas pedagógicas que definem a condução dos processos de ensinar e aprender.

Portanto, na formação docente, influem os elementos constitutivos relacionados com o perfil do profissional que se deseja traçar e com o tipo do aluno que a sociedade quer formar, por isso, a grande importância é assegurar a competência intelectual, técnica, reflexiva do professor e que o mesmo participe ativamente no processo de elaboração e reelaboração do conhecimento que ocorre na escola, podendo assim regular, inovar situações de aprendizagens e também compartilhar com seus colegas as experiências, dificuldades, a fim de avaliar sua postura no processo educativo.

O profissional da educação, encontra muitas dificuldades em seu local de trabalho, pois estamos em uma época que tudo acontece rapidamente, introduzem-se novas tecnologias no contexto escolar e os alunos que há muito tempo tinham o professor como principal fonte do saber, atualmente interagem com as mais diversas tecnologias. Acentuam-se os problemas sociais e econômicos, os currículos se modificam , fala-se em avaliação formativa, inserção da comunidade na escola, enfim, o professor precisa estar certo da concepção que fundamenta sua prática, ou optar por trabalhar de forma eclética, mas principalmente, precisa refletir sobre a sua prática para ir em busca de soluções. Nessa perspectiva, PERRENOUD (2000, p.155) inclui em seu livro entre as dez novas competências para ensinar, a competência “administrar sua própria formação contínua” e segundo o autor, “saber administrar a sua formação contínua, hoje, é administrar bem mais do que saber escolher com discernimento entre diversos cursos em um catálogo...”, o que vem reforçar a idéia de que o processo de formação de professores começa pela formação inicial, tem sua continuidade podendo ser também através de cursos, mas existe a formação da qual já falamos,

Page 40: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

40

que é aquela que se dá dentro do contexto do seu trabalho, através de troca de idéias, ajuda a professores que estão no início da carreira e muita reflexão sobre a sua prática. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, mas não está limitado a, descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou verdadeiros. Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer. Na Grécia Antiga temos várias visões e métodos de conhecimento: Sócrates: Estabelecendo seus métodos: ironia e maiêutica; Platão - Doxa - A ciência é baseada na Opinião; Aristóteles - Episteme - A ciência é baseada Observação (Experiência); Teoria do Conhecimento na Antiguidade: Podemos perceber que os Filósofos gregos deixaram algumas contribuições para a construção da noção de conhecimento: Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual; Estabeleceram diferença entre aparência e essência; Estabeleceram diferença entre opinião e saber; Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade. Teoria do Conhecimento na Idade Média: Na Patrística - Temos a tendência da conciliação do pensamento cristão ao pensamento platônico, sendo seu grande expoente Santo Agostinho; Na Escolásticas - Temos a anexação da Filosofia aristotélica ao pensamento cristão, com o estreitamento da relação Fé e Razão, sendo seu grande expoente São Tomás de Aquino; No Minimalismo - Temos o final do domínio do Pensamento Medieval, com a separação da Filosofia da Teologia através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus expoentes Duns Scotto e Guilherme de Oclkam. Teoria do Conhecimento na Idade Moderna: A primeira revolução Científica trouxe várias mudanças para o pensamento, dentre as quais podemos destacar a mudança da visão teocentrista (Deus é o centro do conhecimento), para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento). O racionalismo de René Descartes - O discurso do Método: A máxima do cartesianismo "Cogito ergo sun"; O empirismo: John Lock - a experiência, David Hume - a Crença, O criticismo kantiano: O conhecimento a priori: Universal e necessário; A herança iluminista: A razão. Teoria do Conhecimento na Idade Contemporânea: A Crise da Razão; O novo iluminismo de Habermas A razão crítica precisa: Fazer a crítica dos limites; Estabelecer princípios éticos; Vincular construção a raízes sociais. A construção do conhecimento fundado sobre o uso crítico da razão, vinculado a princípios éticos e a raízes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento, sem jamais ter fim. O assunto é por demais amplo e muito bem discutido por vários filósofos. Nossa pretensão foi apenas trazer uma reflexão através de um esboço dos principais modos de conhecer o mundo e suas formas de abordagens para se chegar ao conhecimento verdadeiro

Page 41: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

41

CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM O processo ensino/aprendizagem é o desenvolvimento da arte de aprender, envolvendo simultaneamente quem ensina e quem aprende. No ensino e aprendizagem “a relação educador/educando é uma relação horizontal, um posicionamento como sujeitos do ato de conhecer”. (Maurício Tragtemberg). Dialogam em condições de igualdade, desafiados por situações-problemas que devem compreender e solucionar, abrangendo aspectos contextualizados.

“Só aprende aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes concretas" (Paulo Freire).

Decorrente destes princípios a avaliação crítica do processo ensino-aprendizagem é constante, buscando qualificá-lo permanentemente, sendo esta dinâmica parte da construção coletiva do projeto de escola consubstanciada na gestão democrática. De acordo com a LDB 9394/96, o ensino e aprendizagem necessitam apontar teoricamente e comprovar na prática o porquê do conhecimento que se está construindo, partindo do pressuposto de que só se constrói conhecimento fazendo relações. É de fundamental importância que o educando respaldado na teoria, perceba-a presente na prática, buscando no seu meio social o conteúdo observando, investigando, registrando, retornando à comunidade para transformá-la. Assim a escola forma gestores da informação, sujeitos que estudam para buscar respostas ou soluções para os problemas encontrados no cotidiano educacional. Valoriza as características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem de cada educando. Apóia o educando no desenvolvimento da autonomia ajudando-o a exercitar a cidadania, aprender a usar o poder da visão crítica, para entender o contexto do mundo e ser ator da própria história. Os planejamentos são adaptados às necessidades do educando, sendo que o que apresenta dificuldades de aprendizagem receba apoio adicional para sanar seus problemas. Com a intervenção do educador e por sua própria participação ativa, o educando passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada a uma visão organizada e unificada. Numa participação organizada e ativa da democratização, prepara-se o educando para o mundo adulto, fornecendo-lhe um instrumental por meio da aquisição do conteúdo e da socialização. Parte do pressuposto filosófico de que o homem interage na sociedade e constrói a sua história, e do pressuposto político de que o papel da escola é formar cidadãos lúcidos e capazes de reconstruir a vida, aprendendo a usufruir, a preservar e transformar o seu meio. Estabelecer os objetivos e os conteúdos, ampliando as possibilidades de atendimento à diversidade apresentada pelo educando, podendo considerar diferentes habilidades, interesses e maneiras de aprender no desenvolvimento de cada capacidade. Um conteúdo vivo e concreto que tenha ressonância na vida, portanto, indissociável da realidade social, baseado em relações diretas da experiência do educando, para contribuir e eliminar a seletividade social e torná-la democrática.

Page 42: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

42

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO O termo currículo é encontrado em registros do século XVII, sempre relacionado a um projeto de controle do ensino e da aprendizagem, ou seja, da atividade prática da escola. Desde os seus primórdios, o currículo envolvia uma associação entre o conceito de ordem e método, caracterizando-se como um instrumento facilitador da administração escolar. Existem duas grandes vertentes do campo do currículo neste século: a primeira, cuja preocupação central é a construção de modelos de desenvolvimento curricular; e a segunda, na qual a ênfase recai na compreensão do currículo escolar como espaço conflitivo de interesses e culturas diversos. O currículo deve orientar o processo de ensino e de aprendizagem a partir de princípios gerais e norteadores do planejamento e da ação pedagógica. Neste sentido, o currículo orienta a prática pedagógica levando em conta os seguintes elementos: 1) Informações sobre o que ensinar – definir os conteúdos e objetivos; 2) Informações sobre quando ensinar – organizar, ordenar e sequenciar os conteúdos e objetivos; 3) Informações sobre como ensinar – estruturar as atividades e estratégias pedagógicas para atingir os objetivos definidos; 4) Informações sobre o quê, quando e como avaliar - verificar se os objetivos foram atingidos e introduzir, quando necessário, correções ao processo (COLL, 1987). Estes elementos relacionam-se entre si e são desencadeados e delimitados a partir do perfil de profissional que se deseja formar e dos objetivos do curso, para então se definir as estratégias e conhecimentos necessários para dar conta da formação pretendida. Além disso, o currículo é concebido enquanto uma instância dinâmica, alimentada pela avaliação constante do processo de aprendizagem e do curso. Este modelo de currículo dinâmico traz a tona não só os conceitos previamente selecionados pelo professor, mas o conjunto de saberes presentes no contexto social que ganham relevância na proposta de problemas contextualizados. Os problemas são definidos a partir dos objetivos e do conteúdo para promover a colaboração. Assim, a aprendizagem não fica restrita ao conteúdo, mas é ampliada a partir da busca de novas informações e interação para solução do problema. Compõe-se pelos objetivos definidos do curso e das disciplinas, pela seleção de experiências. As experiências de aprendizagem proporcionadas pelos problemas concretizam os pressupostos teórico-metodológicos, pois estes se voltam para a realidade, assim são contextualizados e flexibilizam a busca e a construção do conhecimento a partir do interesse e da autonomia do aluno. Assim, os desafios constituem em desafios amplos e contextualizados que permitem a proposta de soluções diversificadas de acordo com os conhecimentos e experiências dos alunos. CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO

O planejamento representa o processo de síntese do conhecimento, constituindo-se em um espaço centrado na aprendizagem, tendo como referência o direito ao acesso aos conhecimentos elaborados histórica e socialmente.

Para VASCONCELLOS, 1995 “É uma mediação teórico-metodológica para a ação consciente e intencional”.

É reflexão, processo mental, abordagem teórica, tomada de decisão, previsão de uma ação, intencionalidade.

Page 43: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

43

Tem por objetivos resgatar a intencionalidade da ação educativa; superar o caráter fragmentado das práticas educativas; racionalizar os espaços e recursos para atingir os fins do processo educativo; superar as imposições ou disputas de vontades individuais, construindo a participação de todos na Gestão Democrática; fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições.

Fases do Planejamento - Elaborar: ver a ação global em que se está, observando o tipo de

sociedade, de pessoa, de educação, de escola constante no PPP (realidade desejada); verificar a distância entre a realidade existente e a desejada e propor ações, atitudes e normas orgânicas para diminuir esta distância;

- Executar: agir em conformidade com o que foi proposto no Plano; - Avaliar: revisar cada um dos momentos, cada uma das ações, atitudes e

normas e cada um dos documentos derivados. As três fases do planejamento são inseparáveis.

Dimensões do Planejamento Planejamento político: capacidade de conceber, operacionalizar, fazer

opção no conjunto de valores, de conhecimentos que constituem, para o conjunto de pessoas envolvidas, a dialética entre o horizonte e o “aqui e agora”. Portanto, deve ser construído coletivamente, tendo na dialética uma forma de perceber que mundo é possível ser construído e a favor de quem se destina a educação almejada.

Planejamento operacional: a organização e a dinâmica de relações das opções feitas no planejamento político, sustentadas por metodologias, modelos e técnicas de busca da coerência entre o discurso e a prática. O discurso tem a dimensão política e a prática tem a dimensão operacional.

O planejamento numa perspectiva democrática Exige relações democráticas de trabalho entre os diversos profissionais e

uma relação dialógica entre professor e educando; É espaço rico e pertinente à democratização das relações e do saber na

formação de valores. Projeto Político Pedagógico

O termo é defendido pelos educadores críticos, como sendo um documento de construção coletiva da identidade da escola pública.

Pressupõe concepção de homem, sociedade, escola, educação, cultura, trabalho, tecnologia, cidadania, conhecimento, ensino e aprendizagem, avaliação;

O PPP é um referencial teórico da escola e constitui-se de três marcos: MARCO SITUACIONAL MARCO CONCEITUAL MARCO OPERACIONAL Análise da realidade diagnóstico da escola e suas especificidades. Descreve e situa a escola no atual contexto da realidade brasileira, do estado e do município. Explicita e analisa criticamente problemas e necessidades da escola em relação ao ensino e aprendizagem, organização do tempo e

Opção teórica: Pedagogia progressista. Explicita objetivamente e estabelece relações entre os fundamentos teóricos (concepção de homem, sociedade, educação, escola, conhecimento, avaliação, cidadão, cidadania, cultura, gestão democrática, currículo). Direcionamento dos instrumentos de gestão

Define linhas de ação e a reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva pedagógica administrativa, financeira e político-social: Redimensionamento da gestão democrática (instâncias colegiadas) ações relativas à formação continuada, especificidades curriculares, recuperação

Page 44: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

44

espaço, relações de trabalho na escola, índices de evasão e reprovação, organização da hora-atividade e organização da prática pedagógica.

democrática. Intervenções na prática pedagógica (conteúdos – professor- educando- ensino e aprendizagem – avaliação metodológica da organização do trabalho pedagógico)

de conteúdos, avaliação institucional, prática docente e qualificação dos equipamentos pedagógicos.

O PPP pressupõe:

-Compreensão crítica da realidade histórico-social; -Compromisso ético-político com a transformação da realidade social; -Participação efetiva de todos os sujeitos da prática educativa; -Autonomia na escola enquanto exercício de democratização; -Valorização dos profissionais da educação em termos de formação

continuada; -Compromisso do poder público (Estado) na oferta e manutenção da educação

pública de qualidade; -Construção coletiva da concepção de currículo, gestão democrática e de

formação continuada. Proposta Pedagógica Curricular

Presente nos Artigos 12, e 13 da Lei de Diretrizes e Bases - 9394/96, como Proposta Pedagógica e no artigo 14, da mesma lei, como Proposta Curricular, não existindo diferença entre os termos. A CADEP optou pelo termo Proposta Pedagógica Curricular.

A Proposta Pedagógica Curricular explicita: O QUÊ: conteúdos de cada área do conhecimento; COMO: metodologia de ensino e práticas avaliativas; POR QUÊ: o direito à apropriação do conhecimento produzido historicamente; PARA QUÊ: socialização e a apropriação dos conteúdos, enquanto

compromisso com a emancipação das camadas populares; PARA QUEM: sujeito histórico-social construído nas determinações das

relações de classe.

Plano de Trabalho Docente A dimensão conceitual O que é um plano? - É um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando

fazer, com que fazer e com quem fazer; - É um norte para as ações educacionais; - Plano é a formalização dos diferentes momentos do processo de

planejamento; - É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas. O Plano de Trabalho Docente: - Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor; - Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de forma

adequada; - É um instrumento político e pedagógico que permite a dimensão

transformadora do conteúdo;

Page 45: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

45

- Permite uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem; - Possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e avaliação

do professor; - Orienta /direciona o trabalho do professor; - Requer conhecimento prévio da Proposta Pedagógica Curricular; - Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa. Estruturas do plano de trabalho docente: Conteúdos: Definidos por conteúdos estruturantes, ou seja, saberes – conhecimentos de

grande amplitude, conceitos ou práticas – que identificam e organizam os diferentes campos de estudo das disciplinas escolares, sendo fundamentais para a compreensão do objeto de estudo das áreas do conhecimento (Arco-Verde, 2006).

O desdobramento dos conteúdos estruturantes em conteúdos específicos será feito pelo professor em discussão com os demais professores da área que atuam na escola. O professor deve dominar o conteúdo escolhido em sua essência, de forma a tomar o conhecimento em sua totalidade e em seu contexto, o que exige uma relação com as demais áreas do conhecimento. Esse processo de contextualização visa a atualização e aprofundamento do conteúdo pelo professor, possibilitando ao aluno estabelecer relações e análises críticas sobre o conteúdo.

Justificativa: Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes e específicos como opção

política, educativa e formativa. Objetivos: Referem-se às intenções educativas. Expressam as intenções de mudanças no

plano individual, institucional e estrutural. Estão voltados aos conteúdos e não às atividades.

Encaminhamentos metodológicos e recursos didáticos: O conjunto de determinados princípios e recursos para chegar aos objetivos, o

processo de investigação teórica e de ação prática. Critérios de avaliação: Critérios definem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada

conteúdo precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se avaliar, são as formas, previamente, estabelecidas para se avaliar um conteúdo. Deve constar a proposta de recuperação dos conteúdos.

Referências: As referências permitem perceber em que material e em qual concepção o

professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma historicamente situada implica buscar outras referências, não sendo, portanto o livro didático o único recurso.

Dimensão Legal -Aparece no Artigo 13, II e IV da LDB como Plano de Trabalho que deve ser

feito pelo professor, isso justifica o termo Plano de Trabalho Docente. -Edital de concurso para o magistério – Descrição das atividades genéricas dos

professores de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental e séries do Ensino Médio da Rede Estadual do Paraná:

-Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica curricular dos estabelecimentos de ensino em que atuar;

-Elaborar Plano de Trabalho Docente e trabalhar pelo seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, com os

Page 46: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

46

princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional.

Observação: O Livro Registro de Classe, enquanto documento que legitima a vida legal do educando e explicita entre o pretendido e o feito, deve estar estreitamente articulado ao Plano de Trabalho Docente, levando em consideração questões concernentes à Matriz Curricular, Calendário Escolar, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Ação da Escola e, por fim ao Projeto Político Pedagógico. Plano de Ação da Escola

O que é o Plano de Ação da Escola? - O Plano de Ação da Escola é um documento que: - Organiza coletivamente o trabalho escolar, partindo da proposta de

candidatura á direção escolar (Plano de ação do Diretor); - Define ações imediatas necessárias à organização do trabalho escolar. -Explicita as condições necessárias à prática docente; - Articula as ações para a efetivação do Projeto Político Pedagógico. Obs: O Plano de Ação da Escola e o PPP serão analisados no coletivo escolar

a fim de definirem ações necessárias para a organização do trabalho escolar. Portanto, o Plano de Ação articulará ações para a efetivação do PPP.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e Promoção

De acordo com o texto de LUCKESI (2003) o ato de avaliar implica coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou quantidade.

A avaliação, diferentemente da verificação, envolve um ato que ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por sua vez, direciona o objeto numa trilha dinâmica de ação.

Como bem ressalta LUCKESI (2003), “Precária ou não, importa compreender que, na aferição da aprendizagem, a medida é um ato necessário e, assim, tem sido praticada na escola. Importa-nos ter clareza que, no movimento real da operação com resultados da aprendizagem, o primeiro ato do professor tem sido, e necessita ser, a medida, porque é a partir dela, como ponto de partida, que se pode dar os passos seguintes da aferição da aprendizagem.”

Como superação da atual prática avaliativa, na medida do possível, os professores buscam avaliar não só os conteúdos da Disciplina, mas também manifestações típicas que envolvem todo o ato da aprendizagem, ou seja: cognitivos, afetivos, sociais, etc. Assim como a recuperação paralela dos estudos.

Na dinâmica do processo ensino-aprendizagem, a avaliação é um mecanismo que subsidia a condução do desenvolvimento por meio de ações, para que se possa qualificar o reencaminhamento da ação, possibilitando conseqüências na direção da aprendizagem significativa pela mediação.

Assim, a avaliação exige em sua prática, o rigor científico e técnico, ampliando o aspecto pedagógico que o processo incita, visando a transformação de transmissão do saber, que deve ser superada. E para isso, faz-se necessário sem dúvida nenhuma a participação de todos os envolvidos no processo educativo, isto é, pais, professores, direção, equipe técnico pedagógica, alunos e demais membros da instituição escolar.

Page 47: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

47

Para o Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes a avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos dando-se relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Instrumentos de avaliação

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, sendo vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Entre os instrumentos de avaliação estão: -Prova formal objetiva, dissertativa ou mista, com ou sem consulta ao

conteúdo, individual ou em grupos. -Prova oral. -Trabalhos escritos, com ou sem apresentação para a turma. -Pesquisas bibliográficas, de campo ou estatística. -Resumos, resenhas, releitura de obras clássicas, relato de experiências,

confecção de materiais. -Projetos, seminários, debates, palestras. -Observação do professor à participação do aluno no desenvolvimento das

atividades nas aulas ou nas tarefas. Critérios de avaliação

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com as Propostas Curriculares descritas neste projeto, constarão no Plano de Trabalho Docente e de acordo com a metodologia utilizada pelo professor.

Ao elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor definirá como será realizada a avaliação dos conteúdos trabalhados e também como fará a recuperação de estudos que se dará de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si, proporcionando dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para a reorganização dos conteúdos, definição de novos instrumentos e métodos de ensino.

O professor ao definir seus critérios de avaliação deve deixar claro aos alunos que instrumentos serão utilizados, o peso dado a cada um desses instrumentos, que atitudes são esperadas do aluno em cada uma das situações de avaliação. Organização da avaliação

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas estratégias de ensino e aprendizagem.

Page 48: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

48

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), em quatro bimestres. O Resultado Final se dará pela soma dos quatro bimestres divididos por quatro. Os resultados de cada bimestre serão registrados pelo professor no Livro de Registro de Classe, o qual será vistado pela Equipe Pedagógica. Esta, após fazer a conferência, passará os tickets com as notas e número de faltas para a secretaria, que digitará no SERE para fins de registro e expedição de documentação escolar, assegurando-se a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno. Posteriormente serão impressos os boletins para acompanhamento dos pais e alunos. Recuperação de estudos

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, com critérios definidos pelo professor em seu Plano de Trabalho Docente. Seus resultados serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe. Promoção

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei de 75%. Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que apresentarem: freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar, somente do número de faltas.

O aluno que apresentar conhecimentos além dos propostos para a série em que está matriculado passará por processo de aceleração, seguindo procedimento padrão.

Em relação ao aluno recebido por transferência será elaborado um plano de adaptação de estudos, o qual consiste em um conjunto de atividades didáticas pedagógicas desenvolvidas pelo educando frente às disciplinas da Base Nacional Comum, que o mesmo não teve até o momento da transferência e não terá até o término do curso. Progressão parcial Este colégio não oferece Regime de Progressão Parcial, porém ao receber matrícula de alunos com dependência em até três disciplinas, a escola elaborará Plano Especial de Estudos da(s) disciplina(s) em dependência, constando a identificação do aluno e série, os conteúdos estruturantes, básicos e específicos por período, a metodologia, a avaliação e referências bibliográficas. Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político

Page 49: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

49

Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos. É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de:

I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.

A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

São atribuições do Conselho de Classe: I.analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem;

II.propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;

III.estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

IV.acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;

V.atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para série subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;

VI. analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital.

Page 50: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

50

CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO Inclusão é o ato de incluir, trazer para dentro. No âmbito educacional, as

propostas de inclusão visam atingir todos os grupos que se encontram marginalizados (ou menos favorecidos) no processo social.

São as diferenças que constituem os seres humanos. Os sujeitos têm sua identidade determinada pelo contexto social e histórico em que sua existência é produzida. É a vida em sociedade que pressupõe o reconhecimento das multiculturas advindas das mudanças tecnológicas e sociais.

Na década de 90, teve início a discussão de propostas inclusivas para os alunos com deficiências, na Política Nacional de Educação. O artigo 208 da Constituição define que o atendimento aos deficientes deve ser dado preferencialmente na rede regular de ensino. Isso também fica claro na LDB 9394/96, cap. 5, artigos 58, 59 e 60. Sendo assim:

A noção de deficiência é, pois, uma questão contingencial e decorre de normas e expectativas da sociedade (...) é uma situação que surge como produto da interação daqueles que apresentam determinados atributos com o meio social, que interpreta e considera tais aspectos com desvantagens. (Ferreira e Guimarães, 2003, p. 32).

Para que a inclusão se concretize, é necessário repensar a escola, ofertando ambientes inclusivos com apoio de material didático e pedagógico e na formação do professor. É preciso também criar mecanismos que promovam a integração do aluno na escola nos aspectos social, educacional e emocional, com os professores, colegas e toda comunidade escolar. PRINCÍPIO PEDAGÓGICO

Partindo da concepção da natureza humana, onde o homem necessita produzir continuamente sua existência e é pelo trabalho que ele age sobre a natureza adaptando-a as suas necessidades, Saviani define a educação como um processo de trabalho não material, no qual o produto não se separa do ato de produção. O trabalho educativo é “o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto de homens” (Saviani,1991, p21).

A produção intencional da humanidade implica a produção de idéias, conceitos, valores, hábitos, atitudes, conhecimentos, ou seja, a produção do saber ou a forma pela qual o homem apreende o mundo e é humanizado. Conforme Saviani (1991, p21) “o que não é garantido pela natureza deve ser produzido historicamente pelos homens”. Assim o saber objetivo é considerado matéria prima para a atividade educativa e deve ter primazia sobre o mundo da natureza, ou seja, sobre o saber natural, espontâneo. Nesta perspectiva a escola é definida como uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber elaborado, e não do saber espontâneo, do saber sistematizado e não do saber fragmentado, da cultura erudita e não da cultura popular. PRINCÍPIO METODOLÓGICO

A metodologia tem como ponto principal estimular o educando para que aprenda suas atividades de descobertas pessoais e organize o seu pensamento, estabelecendo relações entre os conhecimentos que já possui e os novos construídos com implementação de ações concretas e de conteúdos conceituais em cada disciplina.

Page 51: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

51

Nessa perspectiva, o educador cria um ambiente que desperte a curiosidade de forma prazerosa e colaborativa. Ele é um mediador do conhecimento sistematizado.

O educando deve reconhecer que sua história está inserida na história dos grupos sociais dos quais participa e ser instrumentalizado para agir na sociedade de modo confiante e crítico, o que implica fazer com que tome consciência das contradições sociais e desenvolva valores para a construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática.

Para instrumentalizá-lo, exige-se que tenha acesso a uma ampla gama de conhecimentos, ajudando-o a dominar os instrumentos de participação nas diferentes situações, lendo e escrevendo com autonomia e se apropriando dos conhecimentos construídos pela humanidade.

A metodologia em tela presume: - Ressignificar o erro do educando como busca de construção de acerto,

transformando o pensar e a ação docente em prática verdadeiramente autônoma; -Agir e refletir, por meio de uma ação dialógica. -Construir propostas de transformação da prática dos professores sobre o

processo de construção de conhecimento do educando; -Conhecer as estratégias usadas pelos professores para provocar, no

educando, o conflito cognitivo; -Extrair os conteúdos da problematização e da prática de vida dos educandos,

despertando uma nova relação com a experiência vivida, priorizando mais o processo de aprendizagem do que o conhecimento.

-Tornar os conteúdos o mais claro e assimilável possível, lembrando-se de que ensinar é criar possibilidades para a produção ou construção. “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. (Paulo Freire)

-Tornar o ambiente um meio estimulador que questiona a realidade das relações do homem com a natureza e com seus pares, visando a sua transformação.

Nesta metodologia o educador é visto como aquele que: a) estimula o processo da aprendizagem para que o educando aprenda e faça

suas descobertas pessoais e organize seu pensamento, estabelecendo relações entre os conhecimentos que possui e os que irá construir;

b) age como ator fundamental para despertar a curiosidade de forma prazerosa;

c) assume o papel de mediador no desenvolvimento livre e espontâneo do educando;

d) problematiza as questões do cotidiano, pensa e repensa a sua prática educativa;

f) conhece as teorias que fundamentam esta proposta e, embasado nelas, constrói sua prática, tira os elementos norteadores que não são "receitas" prontas, parte da análise crítica das realidades sociais que sustentam as finalidades sócio-políticas da educação.

É fundamental que o professor se sinta desafiado a repensar o tempo pedagógico, analisando se ensina o que é de direito para o educando e se a seleção de conteúdos, capacidades e habilidades são de fato importantes naquele momento.

O professor, portanto, junto aos conteúdos, precisa propiciar espaço para a vivência de valores que orientam os comportamentos e estruturam personalidades. Necessita investir também na dimensão afetiva e ajudar o educando a progredir na aprendizagem para alcançar as metas que devem ser atingidas do ponto de vista cognitivo.

Page 52: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

52

Ao planejar as situações didáticas, cabe ao professor refletir sobre o educando, considerando o seu desenvolvimento, contemplando as características culturais do grupo a que pertence e as características individuais, tanto no que se refere aos modos como interage na escola, quanto à bagagem de saberes de que dispõe.

Os conteúdos são adequados à vida prática do educando, o que propicia uma nova forma de relação com conhecimento/homem/mundo, possibilitando sua interação. PRINCÍPIO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. O envolvimento de todos que fazem parte, direta ou indiretamente, do processo educacional, no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional, é imprescindível para o sucesso da gestão escolar participativa.

A participação dá às pessoas a oportunidade de controlar o próprio trabalho, sentirem-se autoras e responsáveis pelos seus resultados, construindo, portanto, sua autonomia. Ao mesmo tempo, sentem-se parte orgânica da realidade e não apenas um simples instrumento para realizar objetivos institucionais. Mediante a prática participativa, é possível superar o exercício do poder individual e de referência e promover a construção do poder da competência, centrado na unidade social escolar como um todo.

A participação efetiva pressupõe que todos os segmentos da escola, discutam e organizem coletivamente a situação problemática que vivenciam em interação com a organização escolar e que, a partir dessa análise, determinem um caminho para superar as dificuldades que julguem mais carentes de atenção. Portanto, os problemas são apontados pelo próprio grupo, e não pelo diretor da escola ou sua equipe técnico-pedagógica.

A ação participativa depende de que tal prática seja realizada a partir do respeito a certos valores substanciais como ética, solidariedade, equidade e compromisso.

A ética é representada mediante a ação orientada pelo respeito ao ser humano, às instituições sociais e aos elevados valores necessários ao desenvolvimento da sociedade com qualidade de vida, que se faz traduzir nas ações de cada um. De acordo com esse valor, a ação participativa é orientada pelo cuidado e atenção aos interesses humanos e sociais como valor.

A solidariedade é manifestada pelo reconhecimento do valor inerente a cada pessoa e o sentido de que os seres humanos se desenvolvem em condições de troca e reciprocidade, em vista do que são necessárias redes abertas de apoio recíproco.

A equidade é representada pelo reconhecimento de que pessoas e grupos em situações desfavoráveis necessitam de atenção e condições especiais, para igualar-se aos seus semelhantes no processo de desenvolvimento. Vale dizer que os benefícios da atenção são distribuídos de forma diferente de modo a possibilitar aos que apresentam maior dificuldade de participação, condições favoráveis para superar essa dificuldade.

O compromisso se traduz na ação dos envolvidos no processo pedagógico, focada e identificada com o objetivo, valores, princípio e estratégias de

Page 53: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

53

desenvolvimento. Pressupõe o entendimento pleno dessas questões e o empenho pela sua realização, traduzida em melhor aprendizagem pelos alunos.

Portanto, a ação participativa hábil em educação é orientada pela promoção solidária da participação por todos da comunidade escolar, na construção da escola como organização dinâmica e competente, tomando decisões em conjunto, orientadas pelo compromisso com valores, princípios e objetivos educacionais elevados, respeitando os demais participantes e aceitando a diversidade de posicionamento. INSTÂNCIAS COLEGIADAS Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

É um órgão que não tem finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político-Pedagógico. Seus membros não recebem qualquer tipo de remuneração ou benefício pela participação no colegiado, por não ter fins lucrativos.

O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino. Seus objetivos são: -realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o coletivo, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da Escola; -constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar; -promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal; -estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações da SEED e a legislação vigente; -acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto Político-Pedagógico da escola; -garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização das atividades educativas escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.

O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar. Tem como membro nato o Diretor do estabelecimento de ensino, constituindo-se no Presidente do referido Conselho. E poderá eleger seu vice-presidente, dentre os membros que o compõe, maiores de 18 (dezoito) anos.

Page 54: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

54

Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantido a representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino. E de acordo com o princípio da representatividade e proporcionalidade, previsto em seu estatuto, é constituído pelos seguintes conselheiros: Membros do Conselho Escolar: Gestão 2010 - 2012 Diretor: Ricardo Viana da Cruz Representante da Equipe Pedagógica: Edinéia Plem Szeremeta. Representante do Corpo Docente – Ensino Fundamental: Losangela Lacerda Ribeiro Feitas. Representante do Corpo Docente – Ensino Médio: Valéria da Costa Oliveira Piotrowski. Representante dos Funcionários Administrativos: Claudinei dos Santos. Funcionário Serviços Gerais: Elzeni Aparecida Santana. Representante do Corpo Discente – Ensino Fundamental: Jéssica Heil Plem. Representante do Corpo Discente – Ensino Médio: Angélica Carvalho M Mercer. Representante do Corpo Discente – Curso Normal: Raquel Moraes Cunha. Representante dos Pais de Alunos: Roseni Aparecida Neves de Campos e Carlos Alberto Szatkowski. Representante do Grêmio Estudantil: Vinícius Elias Prestes

O Conselho Escolar é um fórum permanente de debates, de articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento da mesma.

As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das condições reais da escola, da organização do próprio Conselho e das competências dos profissionais em exercício na unidade escolar. E estão descritas em seu estatuto. Eleição de Diretores

A direção escolar é composta pelo(a) diretor(a) e diretor(a) auxiliar, escolhidos(as) democraticamente pelos componentes da comunidade escolar. Sua função, como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

É de sua competência: -responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse e

cumprir a legislação em vigor. -coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola incentivando a qualificação permanente dos profissionais da educação;

-implementar a proposta pedagógica do estabelecimento e coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento.

-presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente, elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público, sempre prestando contas dos recursos recebidos.

-coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, dos Regulamentos Internos, a elaboração do calendário escolar e acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias

Page 55: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

55

letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes, assegurando o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade.

-supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional.

-presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

-definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional;

-assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

-coordenar e supervisionar a montagem dos processos de autorização de funcionamento e reconhecimento dos cursos de Educação Profissional;

Ao(à) diretor(a) auxiliar compete assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento. Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF)

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

Tem por objetivos: -Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe pedagógica e administrativa. -Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. -Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade. -Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o Conselho Escolar. -Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal. -Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o Conselho Escolar. -Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata. -Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação. Os recursos arrecadados pela APMF são utilizados para melhoria da qualidade do ensino e atendimento do aluno carente, ouvido o Conselho Escolar, em consonância com a proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino. Tais recursos são oriundos de Contribuição social voluntária dos integrantes; Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes públicos e pessoas físicas ou jurídicas; Campanhas e promoções diversas em conformidade com a

Page 56: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

56

legislação vigente; Juros bancários e correções monetárias provenientes de aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente; Investimentos e operações monetárias previamente autorizadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar; Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a legislação em vigor; Exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação específica;

O patrimônio da APMF é constituído pelos bens móveis e imóveis, incorporando qualquer título. Que devem ser obrigatoriamente contabilizados e inventariados em livro próprio, integrando seu patrimônio e ficando sob responsabilidade da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal, permanecendo uma cópia atualizada do registro com a Direção do Estabelecimento de Ensino. O patrimônio público não integrará o patrimônio da APMF em nenhuma hipótese.

O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários. -Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e Funcionários da Unidade Escolar. -Serão integrantes colaboradores, ex-alunos, pais de ex-alunos, ex-professores, ex-funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar. -Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços à educação e à APMF. -São considerados Mestres para efeito deste estatuto todos os professores e especialistas em exercício na unidade escolar. -São órgãos da administração da APMF: Assembléia Geral; Conselho Deliberativo e Fiscal; Diretoria; Assessoria Técnica;

Em 2012 a Diretoria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários está composta por: Presidente – Luiz Fernando Leniar Vice-Presidente –Sergio Piotrowski 1° Secretário – Rosali Szeremeta da Cruz 2° Secretário – Eduardo Alexsandro Parra 1° Tesoureiro – Rodrigo Alvarez 2° Tesoureiro – Gilson Antonio de Almeida 1° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo – Rosana Maria Machado Leniar 2° Diretor Sócio-Cultural-Esportivo – Iris Roque Vaz Junior Conselho Deliberativo e Fiscal – Marcela Adriana Biel, Carla Vanessa Marini, Roberto Carlos Didek, Magda Yuriko Goto Ouchi, Claudio Cesar Mercer Szeremeta, José Messias Bernardes, Gilmara Ines Sotoski.

Os Cargos de Diretoria serão ocupados somente por integrantes efetivos, eleitos em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim. E os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1° Tesoureiro e 2° Tesoureiro, serão privativos de pais, e/ou, responsáveis legais de alunos matriculados com freqüência regular, vedados aos Servidores Públicos Estaduais. Os cargos de 1° e 2º Secretário e 1° e 2º Diretor Sócio-Cultural-Esportivo, serão privativos de professores e ou funcionários do estabelecimento de ensino, desde que respeitada a paridade.

Page 57: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

57

Grêmio Estudantil Alfa-Ômega O Grêmio Estudantil ALFA ÔMEGA é o órgão máximo de representação dos

estudantes do COLÉGIO ESTADUAL MANOEL ANTONIO GOMES – EFMN localizado na cidade de RESERVA e com sede neste Estabelecimento de Ensino.

Histórico do Grêmio: Foi fundado em 03 de novembro de 1993, com a finalidade de promover a

união do corpo discente, através da realização de promoções culturais, assistenciais, desportivas e recreativas dos alunos do CEMAG.

O primeiro presidente eleito foi o aluno Willian Gomes Vinharski, o qual se dedicou pelo crescimento e fortalecimento deste movimento estudantil. As principais atividades foram: edição do Jornal Estudantil, de circulação entre os alunos e professores, o qual teve várias edições; Atividades esportivas e participação em eventos culturais e sociais do colégio, como Gincanas e Semana Cultural.

Ao longo destes quinze anos, o Grêmio teve várias diretorias, todas tiveram sua parcela de colaboração no amadurecimento dos alunos com relação a participação e a força estudantil.

2008 foi o ano em que o maior número de chapas se candidataram, sete no total. Porém, apenas cinco delas puderam concorrer, já que duas foram impedidas por irregularidade nos planos de ação. A chapa TNT ganhou da segunda colocada com uma diferença de 91 votos de um total de 859 votos válidos. Isso nos mostra que a vontade de participar tem crescido no meio dos estudantes. É um bom começo para o exercício de cidadania.

Componentes gestão 2010/2011: Presidente: VINICIUS ELIAS PRESTES Vice Presidente: EVERTON LUCAS OLIVEIRA Secretário Geral: JOHNI FERNANDES 1º Secretário: DIOFREI HENRICH S. DE MOURA Tesoureiro Geral: CHARLANE SIDULOVISCK 1º Tesoureiro: EVANDRO MERCER Diretor Social: JESSICA KAUANY MARCONDES MERCER Diretor de Imprensa: KACIANE APARECIDA BASILIO Diretor de Esportes: CARLOS RENAN SPERAFICO Diretor de Cultura: SHELDON SZATKOWSKI Diretor de Saúde e Meio Ambiente: VINICIUS OZELAME ZUB Objetivos do Grêmio: - Representar condignamente o corpo discente; -Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio; -Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros; -Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos; -Realizar intercâmbios e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas); -Lutar pela democracia permanente na Escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola. -Buscar a união dos estudantes através do Grêmio Estudantil. -Incentivar a participação dos alunos nas atividades desenvolvidas pelo Grêmio. -Fortalecer as relações do Grêmio com os demais alunos do colégio.

Page 58: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

58

-Oportunizar o crescimento da capacidade de organização estudantil em atividades esportivas, sociais e culturais. -Acompanhar as discussões relativas ao processo ensino aprendizagem dando sugestões de melhoria da qualidade. Ações: * Inter-Séries (Futsal, Vôlei, Xadrez); 1 – Recreação, interatividade, esporte. 2 – Cada sala fez seu time para se enfrentar em uma disputa mata–mata, ou melhor, perdeu está fora. 3 – Diversão, cooperação e união dos alunos. * Gincana Dia do estudante; 1 – Comemorar o Dia do Estudante. 2 – Cada turma inscreveu seus representantes, estes participaram de provas de agilidade, destreza e conhecimentos gerais. 3 – Confraternização, diversão, companheirismo, conhecimento. * Palestra com profissionais; 1 – Refletir sobre a futura escolha profissional, conhecer algumas profissões de destaque. 2 – Foram convidados profissionais de várias áreas para apresentar aos estudantes detalhes sobre o curso de formação inicial, as possibilidades a do campo de trabalho, o retorno financeiro e a satisfação profissional. 3 – Conhecimento, troca de experiências, curiosidade. * Promover uma festa semestral; 1 – Confraternização. 2 – Com a ajuda da Direção fizemos a Festa do Estudante. 3 – Diversão. * Rádio Escola; 1 – Aumentar a comunicação na comunidade escolar, animar o intervalo, desenvolver a oralidade e criticidade. 2 – Ainda não é uma prática diária, mas os programas são gravados pelos alunos interessados e entram no ar nos intervalos. 3 – descontração nos intervalos, diversão, aprendizagem. * Projeto Agricultura; 1 – Enriquecer a merenda escolar, utilizar espaços ociosos, envolver os alunos. 2 – Organizamos um grupo e juntos limpamos, preparamos o terreno e plantamos verduras que são utilizadas na merenda. 3 – Economia, conhecimento, satisfação. * Lixeiras recicláveis para ajudar na limpeza do colégio; 1 – Colaborar com a limpeza da escola, por em prática uma ação em defesa ao meio ambiente. 2 – Após a participação na III Conferência pelo Meio Ambiente decidimos pedir que a direção a aquisição de Lixeiras para separação do lixo para reciclagem. 3 – Limpeza, colaboração. * Campanhas em Geral (Agasalho, Câncer de Mama, Meio ambiente, Alimento); 1 – Participação social. 2 – O grêmio apóia todas as campanhas promovidas na escola tomando frente nas atividades. 3 – Participação, envolvimento dos alunos em causas sociais. * Festival de talentos; 1 – Incentivo a cultura, desenvolvimento de talentos.

Page 59: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

59

2 – Junto com a comemoração do Dia do Estudante tivemos apresentações culturais feitas pelos alunos: canto, dança, teatro, etc. 3 – Entretenimento, diversão, descobertas de talentos artísticos. * Parceria com Grêmios de outros colégios; 1 – Trocar experiências, fortalecer laços de amizade, cooperação. 2 – Alunos e grêmio do Colégio Helena Ronkoski, foram convidados a participar das gincanas e inter-séries na nossa escola e nós participamos também na escola deles. 3 – Confraternização, cooperação, troca de experiências, novas amizades. * Colaboração efetiva na Festa do Pinhão; 1 – Contribuir para o sucesso da festa que é tradição no colégio, participar de atividades culturais. 2 – Organizamos a quadrilha apresentada na festa, ajudamos na ornamentação e limpeza da escola. 3 – Diversão, cooperação. * Parceria com vereadores da cidade; 1 – Conhecer como funciona a vida política do município. 2 – Visitas às reuniões na Câmara dos Vereadores, convites aos vereadores para participar de eventos que acontecem na escola. 3 – Conhecimento, interação, participação política. * Participação em Eventos: 1 – Estar atento ao que acontece em nossa comunidade. 2 – Tivemos em eventos realizados na escola e outros, como de Faxinal do Céu: III Conferencia Municipal Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente; Palestra na Casa Familiar Rural; I Seminário Estadual da Comunidade Escolar; 3 – Conhecimento, novas experiências, aprendizado. * Colaboração na Garota CEMAG; 1 – Colaboração na Festa mais badalada do Colégio. 2 – Ornamentação do clube, colaboração nos preparativos. 3 – Diversão, participação, novas experiências. * Reivindicação do meio passe para os alunos com Carteira de Estudante em eventos culturais e esportivos da cidade; 1 – Fazer valer nossos direitos de estudantes. 2 – Diálogo com organizadores de eventos solicitando o meio passe para estudante com carteirinhas em eventos realizados na cidade. 3 – Bons descontos para os estudantes. * Apoio na organização da formatura do Ensino Médio. 1 – Colaboração. 2 – Participação como anfitriões na cerimônia de formatura. 3 – Diversão, colaboração, novas experiências. * Garota Inter-Séries. 1 – Animar as atividades esportivas, valorizar a beleza e simpatia de nossas colegas. 2 – Foram convidadas algumas meninas da escola para concorrer no Garota Inter-séries para abertura do evento. 3 – Diversão, cultura, entretenimento, participação. * Participação em reuniões de Conselho de Classe e do Conselho Escolar. 1 – Participar das decisões importantes para a comunidade escolar. 2 – Estivemos em várias reuniões juntamente com os professores e direção da escola onde foram discutidos assuntos de cunho pedagógicos e administrativos.

Page 60: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

60

3 – Participação, conhecimento, novas experiências. Atividades previstas: Pretende-se dar continuidade as ações já desenvolvidas, além de novas idéias que possam surgir. Conselho de Representantes de Turma

O Conselho de Representantes de Turma (CRT) é a instância intermediária de deliberação do Grêmio, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e será constituído somente pelos representantes de turma, eleitos anualmente pelos estudantes de cada turma.

O CRT se reunirá ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente quando convocado pela diretoria do Grêmio. Funcionará com a presença da maioria absoluta de seus membros, deliberando por maioria simples de voto.

O CRT será composto através de eleição, organizada pela Equipe Pedagógica, no início do período letivo.

Além das atribuições de representantes de turma, são atribuições do CRT: -Discutir e votar propostas da Assembléia Geral e da Diretoria do Grêmio; -Velar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio e deliberar sobre casos omissos; -Assessorar a Diretoria do Grêmio na execução de seu programa administrativo; -Apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio, podendo convocar para esclarecimentos qualquer um de seus membros; -Deliberar, dentro dos limites legais, sobre assuntos do interesse do corpo discente de cada turma representada; -Deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio. Assembléia Geral dos Estudantes A Assembléia Geral é o órgão máximo de deliberação do Grêmio Estudantil e compõe-se de todos os sócios do Grêmio e excepcionalmente, por convidados do Grêmio, que se absterão do direito de voto. Compete a Assembléia Geral; -Aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio; -Eleger a Diretoria do Grêmio; -Discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qualquer um de seus membros; -Denunciar, suspender destituir diretores do Grêmio de acordo com normas estabelecidas; -Receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio e sua prestação de contas; -Marcar, caso necessário, Assembléia Extraordinária. -Aprovar a constituição da Comissão Eleitoral.

Page 61: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

61

V - MARCO OPERACIONAL PLANEJAMENTO Projeto Político Pedagógico O projeto político pedagógico é o principal instrumento de planejamento dentro da escola. Através dele são estruturados todos os segmentos e processos da instituição. Deve contemplar cada uma das ações desenvolvidas dentro da escola, estabelecendo metas e fazendo projeções para sanar as dificuldades enfrentadas pela escola. Deve ser avaliado, atualizado e realimentado periodicamente para acompanhar as mudanças ocorridas na instituição. Proposta Pedagógica Curricular A proposta pedagógica curricular é o planejamento curricular da escola. Contempla todos os conteúdos, a metodologia e os critérios de avaliação de cada uma das disciplinas dos cursos ofertados pela instituição. Estabelece os conteúdos estruturantes e básicos que os alunos devem domirar. São contruidas a partir das Diretrizes Curriculares Estaduais e norteiam o trabalho pedagógico e didático do professor. Plano de Trabalho Docente O plano de trabalho docente é o planejamento individual do professor. Nele são estabelecidos, além dos conteúdos estruturantes e básicos, os conteúdos específicos da disciplina, a metodologia que será utilizada pelo professor, os recursos, os critérios de avaliação para cada conteúdo, os instrumentos a serem utilizados, as estratégias de recuperação. É um instrumento que tem as características de quem irá aplicá-lo. Por isso deve ser pensado e construído em seus mínimos detalhes para ter seu propósito alcançado. O professor projeta tudo o que irá aplicar durante o bimestre, semestre e ano, tendo como base a proposta pedagógica curricular da escola. Planejamento Participativo O planejamento participativo é o plano de gestão da escola. Nele são estabelecidas as metas a serem alcançadas por um gestor durante um determinado período. Assim como, os meios, os recursos e os segmentos da instituição a serem atendidos. É participativo porque deve ser construído com a contribuição de toda a comunidade escolar, através das Instâncias Colegiadas (Conselho escolar, APMF, Grêmio Estudantil). O planejanento participativo é um dos componentes da Gestão Democrática. AVALIAÇÃO Avaliação Institucional A avaliação institucional é um processo global, contínuo, sistemático e participativo. Participam desse processo, agentes internos – alunos, professores, pedagogos, funcionário e diretores. Agentes externos – pais ou responsáveis, entidades sociais. E outros sujeitos diretamente envolvidos com as atividades da escola – Conselho Escolar, APMF.

Page 62: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

62

Tem o objetivo de alcançar a melhoria da qualidade da instituição escolar como um todo. Proporcionando autoconhecimento ou autoconciência, que significa identificar os acertos e as insuficiências, as vantagens ou potencialidades e as dificuldades onde a ação central é a reconstrução, para amparar na dificuldade, estimular na busca de solução, exigir a realização de melhorias. O compromisso de todos é com a superação e o aperfeiçoamento de cada um, e por consequência de todos. Avaliação na Sala de Aula A avaliação da aprendizagem ainda é uma dificuldade a ser superada pela escola. São tantos os entraves que a compõem, que ainda precisamos aprender e praticar muito para chegar ao verdadeiro sentido da aviliação. Algumas ações vem sendo desenvolvidas outras necessitam ser reformuladas, outras descobertas, mas estamos caminhando. Algumas ações:

• Estudo do tema em reuniões pedagógicas. • Elaboração de plano de avaliação por disciplina. • Discussão de estratégias em reuniões de área. • Capacitação dos professores feitas pelo NRE, SEED, DEB. • Reformulação de propostas a partir das discussões em Conselho de

Classe.

Recuperação de Estudos A recuperação de estudos, como parte integrante do processo avaliativo, tem sido igualmente tema de discussão, estudo e preocupação da escola. Temos procurado estratégias, através de tentativas e reformulações, para uma prática eficiente e justa. Algumas ações são:

• Elaboração da proposta de recuperação. • Estudo do tema em reuniões pedagógicas. • Implantação de salas de apoio à aprendizagem para 6º e 9º anos.

REGIMENTO ESCOLAR O Regimento Escolar é o principal documento legal da escola. Nele são oficializados todas as ações da instituição. É formulado de acordo com a legislação viginte com orientações da Secretaria de Estado da Educação - SEED e o Núcleo Regional de Educação – NRE. As alterações do Regimento Escolar são feitas atrvés de adendos. FORMAÇÃO CONTINUADA Semanas Pedagógicas As semanas pedagógicas acontecem no início do primeiro e do segundo semestres de cada ano. Tem por objetivo a formação dos profissionais da educação mediante a reflexão sobre temas educacionais. São planejados pela SEED, e executados pela equipe pedagógica da escola. A certificação é feita pela SEED, normalmente de 24h, e o registro de frequência, pelo profissional responsável na escola para esse trabalho, sendo acompanhado pelo diretor do estabelecimento. É obrigatório o cumprimento de 100% da carga horária para receber o certificado.

Page 63: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

63

Reuniões Pedagógicas As reuniões pedagógicas são organizadas pela direção e equipe pedagógica da escola. Os temas são escolhidos conforme a necessidade da comunidade escolar e as datas são previstas em calendário escolar. A frequência é obrigatória para todos os professores e sem certificação. PDE/GTR O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, integrado às atividades da formação continuada em Educação, disciplina a promoção do professor para o Nível III da Carreira, conforme previsto no Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei Complementar nº 103, de 15 de março de 2004. O PDE se destina aos professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM, que se encontram Nível II, Classe 11da Tabela de Vencimentos do Plano de Carreira. O GTR faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Educação (Seed) que acontece em ambiente virtual. É um espaço de estudo e discussão sobre as especificidades da realidade escolar. O GTR é um dos diferenciais do PDE enquanto programa de formação continuada pois, além de elaborar e aplicar o projeto em sala, o professor PDE compartilha e interage com outros professores acerca do assunto. Grupos de Estudo Os grupos de estudo são uma modalidade de formação continuada descentralizada, que possibilita ao profissional da educação estudar assuntos de seu interesse e necessários a sua prática, num período fora de seu horário de trabalho e com colegas de área. A dinâmica de estudo é baseada na leitura de textos, discussão pelo grupo e realização de sínteses. Inicía com no mínimo três e no máximo 10 integrantes em cada grupo e um coordenador que é responsável pela frequência, material e organização do espaço físico utilizado pelos grupos. A carga horária total é de 30h, sendo seis encontros de quatro horas e seis horas não presenciais. DEB Itinerante O DEB – Departamento de Educação Básica da SEED, promove cursos disciplinares onde são discutidos temas expecíficos das disciplinas. É chamado itinerante por atender a todos os NRE. Simpósios/Seminários/Encontros/Cursos Os simpósios, seminários, encontros e cursos são modadidades de formação continuada em que os profissionais da educação procuram frequentemente. Podem ser ofertados pela SEED, NRE ou instituições educacionais desvinculadas ao Estado.

Page 64: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

64

Produção de Materiais (Folhas/OAC) O Projeto Folhas é um projeto de Formação Continuada que oportuniza ao profissional da educação a reflexão sobre sua concepção de ciência, conhecimento e disciplina, que influencia a prática docente. O Projeto Folhas integra o projeto de formação continuada e valorização dos profissionais da Educação da Rede Estadual do Paraná, instituído pelo Plano Estadual de Desenvolvimento Educacional. O Folhas, nesta dimensão formativa, é a produção colaborativa, pelos profissionais da educação, de textos de conteúdos pedagógicos que constituirão material didático para os alunos e apoio ao trabalho docente. O Objeto de Aprendizagem Colaborativa – OAC está vinculado ao desenvolvimento curricular, à formação continuada e à valorização dos profissionais da educação e objetiva viabilizar meios para que professores da Rede Pública Estadual do Paraná pesquisem e aprimorem seus conhecimentos, buscando a qualidade teórico-metodológica da ação docente. O OAC tem como proposta instrumentalizar os professores em sua prática pedagógica, constituindo-se como recurso para a discussão coletiva das Diretrizes Curriculares para Educação Básica do Estado. O formato desta produção tem como princípio o respeito à autonomia intelectual do educador, servindo de sugestão e orientação ao registro de seus percursos individuais de aprendizagem. O resultado deste processo é uma mídia digital, cujo autor é o professor da Educação Básica do Estado do Paraná, disponibilizada na WEB (Portal Dia a dia Educação). Profuncionário O Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (ProFuncionário) é um curso de educação a distância, em nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativas nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação básica. O Profuncionário forma profissionais nas seguintes habilitações: Secretaria Escolar, Alimentação Escolar, Multimeios Didáticos e Meio Ambiente, Manutenção da Infraestrutura Escolar e Biblioteconomia. PROGRAMAS INSTITUCIONAIS JOCOP’s O JOCOP’s – Jogos Colegiais do Paraná, tem por objetivo:

� Promover o desporto educacional, através de jogos que envolvam várias modalidades esportivas, dando oportunidade de participação a um maior número de alunos, despertando o gosto pela prática dos esportes, com fins educativos e formativos;

� Propiciar a oportunidade para o surgimento de novos talentos esportivos, enfatizando os valores educacionais dos JOCOP'S;

� Favorecer o desenvolvimento global dos alunos e sua integração na sociedade;

� Proporcionar atividades que contribuam para o aprimoramento psicomotor dos alunos;

� Favorecer aos alunos a aquisição de experiências que venham enriquecer seus conhecimentos e facilitar sua relação com o meio, contribuindo desta forma para o exercício da cidadania;

Page 65: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

65

CELEM É uma oferta extracurricular e gratuita de ensino de línguas estrangeiras nas escolas públicas do Estado do Paraná. Nesta escola é ofertado o curso de espanhol desde 2010. O curso tem duração de dois anos letivos, e a carga horária e registrada no histórico escolar do aluno. Salas de Apoio à Aprendizagem As salas de apoio são desenvolvidas em contraturno e tem por objetivo sanar dificuldades de aprendizagem e diminuir a repetência e a evasão escolar. No ano de 2011 foram abertas salas de apoio para 6º e 9º anos. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (2009), “as disciplinas escolares são entendidas como campos do conhecimento e se identificam pelos respectivos conteúdos estruturantes e por seus quadros teórico-conceituais”. Considerando essa construção teórica, as disciplinas são o pressuposto para a interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, propõe-se que os temas de diversidade dos desafios educacionais contemporâneos “sejam abordados pelas disciplinas que lhe são afins, de forma contextualizada, articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas, sob o rigor de seus referenciais teórico-conceituais”.

Sendo assim, propomos uma breve explicação sobre a maneira de como esses temas serão tratados dentro da nossa realidade escolar, a fim de tê-los contemplados no Projeto Político Pedagógico. História da Cultura Afro-Brasileira e Indígena

A Lei nº 10.639/03 estabelece o ensino de cultura e história afro-brasileira e Africana e especifica que se deve privilegiar o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. Determina ainda que tais conteúdos devam ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, literatura e história brasileira.

Em 10 de março de 2008, com a Lei 11.645 torna-se obrigatório nos estabelecimentos de ensino o estudo das temáticas “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Segundo a Lei no artigo 1º, “O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.”

A temática Cultura Afro-brasileira e Indígena que tem como ponto de partida a História será, em nosso colégio, abarcada por diversas áreas do conhecimento. Embora a Lei nº 10.639/03 ressalte as disciplinas de História, Arte e Língua Portuguesa como norteadoras do trabalho, pensamos ser plenamente possível a interação das diferentes áreas do conhecimento no processo de resgate da identidade negra e indígena e de valorização da sua cultura, bem como a luta dos

Page 66: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

66

negros e dos povos indígenas no Brasil e sua participação na formação da sociedade nacional.

Achamos necessário desmistificar visões equivocadas acerca do negro somente como escravo, da África como continente primitivo, da passividade quanto à escravidão e defender a democracia racial. Os grandes reinos africanos e suas organizações, políticas e sociais possuem uma riqueza historicamente conceituada que deverá ser estudada por nossos alunos.

Geograficamente falando, nossos alunos poderão perceber a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e a complexidade do mundo atual, focando suas atenções na miscigenação dos povos e a distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil e suas contribuições para a nação.

Ginástica e lutas, práticas corporais na dança e nos jogos podem mostrar nas aulas de Educação Física o significado da cultura afro-brasileira e africana em nosso contexto histórico-social.

Para o ensino de música na disciplina de Arte, obrigatório a partir da Lei nº 11.769/08, encontramos um propósito interessante e dinâmico quando se aproveitam os ritmos e a grande contribuição da cultura africana para a diversificação das aulas.

Palavras africanas presentes no vocabulário brasileiro atual, estudos de obras literárias de escritores negros farão das aulas de Língua Portuguesa um espaço rico de possibilidades de trabalhos sobre a cultura afro-brasileira e africana.

Em Biologia, a discussão deverá estar voltada para a desmistificação das teorias racistas através do estudo de características biológicas dos diversos povos; pesquisa e análise das condições de vida e de saúde das populações africanas e afro descendentes relacionando-as com os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais das respectivas comunidades.

Enfim, esses são apenas alguns exemplos que comprovam a possibilidade de trabalho do tema nas disciplinas que compõem nossa Proposta Pedagógica Curricular.

Educação Ambiental

Visando implementar a Lei nº 9.795/99, que prevê o desenvolvimento da educação ambiental como prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino formal, nossos professores terão como um de seus objetivos de ensino um processo permanente de formação e busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão da relação entre o homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.

A educação ambiental deve ter como objetivos a sensibilização e a conscientização, a busca por uma mudança comportamental baseada no conhecimento da importância da ação do homem sobre a natureza e os efeitos que isso pode causar a médio e longo prazo. Achamos indispensável a formação de um cidadão mais atuante e despertar em nossos alunos as condições para que eles possam fazer a diferença no futuro é uma das atribuições dos professores das disciplinas contempladas em nossa proposta pedagógica curricular.

O ambiente escolar é propício para que os alunos recebam informações e atuem como multiplicadores destas informações junto a seus amigos e familiares e, neste sentido, acreditamos que a esperada mudança de postura poderá ser alcançada na realidade social que constituímos.

Page 67: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

67

Sexualidade Humana A sexualidade é um tema pertinente ao conceito da própria vida e está na

base de todas as relações humanas. A estabilidade emocional do indivíduo possui sua base no equilíbrio da sexualidade e aprendemos sobre ela ao longo da vida, seja através da família, amigos, lugares em que vivemos ou frequentamos, televisão, internet e, como não podia ser diferente, aprendemos sobre sexualidade também no ambiente escolar.

Ao contrário do que se pensa, os alunos querem tirar suas dúvidas a respeito da sexualidade com pessoas que realmente possam passar as informações que buscam de maneira tranquila, sem preconceitos ou tabus e, mais do que isso, nossos adolescentes precisam, mais do que nunca, de orientações sexuais. Os pais não se acham preparados para tratar deste tema de modo a desvendar as inquietações presentes nas mentes de nossos jovens e se a escola não se predispuser a tratar da educação sexual, as consequências serão devastadoras para a sociedade em geral.

Sem informação, os jovens ficam desprotegidos e não se dão conta da grande responsabilidade que os esperam, por exemplo, em uma gravidez na adolescência. As consequências para a saúde na sexualidade sem prevenção trazem danos muitas vezes irreversíveis para a vida adulta e o desequilíbrio emocional torna-se inevitável.

A formação de valores em relação à sexualidade permite ao indivíduo modificar, ao longo de seu desenvolvimento, atitudes que só lhe trariam danos; as discussões sobre o assunto nas disciplinas contempladas em nossa proposta pedagógica possibilitará aos alunos a chance de boas escolhas de conduta. As ideias e concepções desenvolvidas nas áreas curriculares contribuem para a construção de uma nova visão de corpo, trazendo outras abordagens da sexualidade em seus conteúdos. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA Funções Específicas da Comunidade Escolar Para que a escola desempenhe com sucesso sua função educativa é necessário que ela esteja organizada e desenvolva um trabalho articulado com todos os seus segmentos (direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e comunidade). Para tanto cada segmento terá suas funções específicas: Direção: -Convocar e presidir as reuniões do conselho Escolar. -Elaborar e submeter à aprovação do conselho Escolar as diretrizes específicas da administração do estabelecimento. -Propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações emergenciais. -Elaborar os planos de aplicação financeira e as respectivas prestações de contas ao conselho Escolar. -Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor. Direção Auxiliar: -Assessorar a direção na determinação de normas gerais de organização e funcionamento do estabelecimento. -Informar a direção sobre todos os fatos ocorridos no funcionamento do estabelecimento. -Substituir o diretor em suas faltas ou impedimentos. -Atender às solicitações da direção, relativas a assuntos de sua competência.

Page 68: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

68

-Assessorar a direção na execução das propostas orçamentárias. -Comunicar a direção providências adotadas na solução de problemas surgidos. Ações do diretor e diretor-auxiliar: -Trabalhar em sintonia com a equipe pedagógica e os professores; -Desenvolver atividades que envolvam a escola e a comunidade; -Realizar prestação de contas das verbas destinadas à escola; -Fazer adequações no prédio escolar como a ampliação e construção de salas de aula; -Realizar constantes diálogos com os professores na busca da solução para os problemas; -Incentivar o uso de uniforme; -Viabilizar a participação da escola em projetos municipais e estaduais; -Realizar, juntamente com a equipe pedagógica, reuniões bimestrais para o acompanhamento da vida escolar de seu filho. -Realizar Mostra Pedagógica aberta à comunidade. -Buscar junto a SMEC e órgãos competentes recursos necessários para ampliação do prédio; -Organizar a participação da escola em projetos da Secretaria da Saúde, como o flúor e palestras de saúde bucal; -Dinamizar seu trabalho a partir de uma visão de gestão democrática, pautada no respeito; -Organizar as cerimônias de formaturas e viagens de encerramento do ano letivo. Professor Pedagogo: -Participar das discussões da implementação da proposta pedagógica da escola. -Auxiliar na organização das classes e elaboração do horário semanal. -Elaborar com o corpo docente, a proposta curricular do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as Diretrizes Pedagógicas da Secretaria do Estado da Educação. -Propor à direção e ao corpo docente projetos de enriquecimento curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados. -Promover reuniões pedagógicas e reuniões de área, visando melhoria da qualidade do ensino. -Atualizar-se constantemente através de cursos e leituras. -Orientar o corpo docente e discente sobre os seus direitos e deveres, através do regulamento interno. -Auxiliar os professores em salas de aula e atividades extraclasse. -Sugerir e encaminhar ao corpo docente materiais pedagógicos e de apoio. -Verificar e acompanhar o rendimento escolar bem como a metodologia, os conteúdos trabalhados, recuperação de estudos no decorrer de cada bimestre. -Dar atendimento individual aos alunos que apresentam dificuldades de conteúdos e relacionamento. -Informar os alunos sobre o sistema de avaliação, com relação a frequência e o rendimento escolar. -Ser o mediador nas diversas questões que envolvem a entidade educacional. Ações do Professor Pedagogo: -Promover e coordenar reuniões pedagógicas; -Promover grupos de estudos para reformulação do projeto político-pedagógico do estabelecimento; -Analisar os projetos pedagógicos a serem implantados na escola;

Page 69: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

69

-Auxiliar na elaboração do calendário letivo, na formação das turmas, na definição e elaboração de horário semanal das aulas, do recreio, da hora-atividade e outras atividades de cunho pedagógico; -Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; -Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta curricular e do projeto político-pedagógico da escola; -Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola; -Organizar a realização dos conselhos de classe individuais e coletivos; -Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão ação sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos; -Incentivar a participação da comunidade escolar em cursos, reuniões, grupos de estudos e feiras pedagógicas oferecidos pela SMEC; -Organizar, juntamente com o corpo docente, a Mostra Pedagógica anual, onde são expostos os projetos desenvolvidos pela escola; -Acompanhar e encaminhar os educandos com dificuldades para os profissionais competentes; -Realizar sondagem do desenvolvimento do educando; -Acompanhar o preenchimento dos livros registros de classe, vistando-os periodicamente. Professor Docente: -Participar das discussões e implementação da proposta pedagógica. -Registrar no livro registros de classe a frequência, conteúdos e rendimento dos alunos. -Desenvolver projetos e atividades extraclasses para enriquecimento cultural. -Solicitar e /ou participar de reuniões pedagógicas, quando necessário. -Utilizar e zelar dos recursos audiovisuais e materiais escolares. -Participar das atividades extraclasses, eventos culturais, propostos pela equipe pedagógica. -Diversificar a metodologia, em sala de aula, procurando atender as necessidades dos alunos. -Manter a ética profissional, a respeito de assuntos do estabelecimento de ensino, visando a harmonia e bom relacionamento. -Reivindicar, junto a direção, a compra de materiais que venham auxiliar os educandos na construção do conhecimento. -Promover auto-avaliação para que possa rever sua prática pedagógica (avanços e dificuldades). -Elaborar com a equipe pedagógica a proposta curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação. -Escolher juntamente com a equipe pedagógica livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação. -Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do conhecimento pelo aluno. -Promover e participar de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional. Ações do Professor Docente: -Dinamizar as aulas com metodologias diversificadas;

Page 70: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

70

-Realizar sondagem da aprendizagem dos alunos, comunicando aos pais suas necessidades; -Acompanhar de maneira individual os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem; -Realizar a flexibilização do currículo para os alunos que necessitem; -Incluir nos conteúdos a história da cultura Afro-descendente e Africana; -Participar dos projetos e atividades realizadas na escola; -Elaborar projetos, juntamente com a equipe pedagógica, que favoreça o bom desempenho dos alunos; -Buscar aperfeiçoamento profissional no que se refere à inclusão de alunos especiais; -Dinamizar a aplicação do projeto político–pedagógico da escola; -Participar das reuniões e cursos realizados pela escola e oferecidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura -Participar das reuniões, grupos de estudos e Mostra Pedagógica da escola; -Utilizar os materiais pedagógicos que a escola oferece para diversificar suas aulas; -Cuidar dos bens materiais da escola e incentivar os alunos a terem responsabilidade; -Demonstrar confiança na capacidade do educando, fazendo com que ele sinta-se importante no processo, reforçando sempre seus acertos; -Buscar orientações com profissionais competentes quando necessário, bem como estudos e leituras de aperfeiçoamento da prática pedagógica; Agente Educacional I: - Manutenção e Infraestrutura escolar e Preservação do Meio Ambiente - Alimentação Escolar - Interação com o Educando • zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar; • executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço; • lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; • utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar; • abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola; • efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola; • disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal; • coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; • executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; • racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; • comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada; • abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou

Page 71: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

71

outras atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; • zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata; • controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; • encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade; • acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado; • preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; • participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; • agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar; • efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; • preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; • responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar; • verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; • atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais; • organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício; • acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; • realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia imediata; • preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; • participar da implementação do Projeto Político Pedagógico. Agente Educacional II: - Administração Escolar - Operação de Multimeios Escolares • realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; • auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia;

Page 72: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

72

• manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; • receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; • emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares (função esta específica do secretário designado); • classificar, protocolar e arquivar documentos; • prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; • atender ao telefone; • prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; • lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; • manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; • manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; • comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; • manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino; • executar trabalho de mecanografia e de reprografia; • acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; • participar de reuniões escolares sempre que necessário; • participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de expediente da escola; • comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; • executar outras atividades correlatas às ora descritas; • catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; • registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática; • manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática; • restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; • atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; • zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca; • conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de informática e de ciências; • reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; • registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; • organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; • zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; • zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola, quando solicitado; • participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade escolar;

Page 73: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

73

• decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; • executar outras atividades correlatas às ora descritas; participar da implementação do Projeto Político Pedagógico. HORA ATIVIDADE A hora-atividade é o momento em que o professor tem para se organizar, planejar, estudar e executar atividades decorrentes da sala de aula. É também, um momento que a escola deve organizar de forma a proporcionar oportunidades de reflexão sobre a prática, formação continuada e orientação para o professor. Além das atividades rotineiras do professor nas horas-atividade, são desenvolvidas: • Reuniões de área. • Pré Conselho de Classe. • Orientação para preenchimento do Livro Registro de classe. • Leitura de textos • Organização da hora atividade de acordo com a disciplina ministrada, possibilitando troca de experiências entre os professores. REGIME DE FUNCIONAMENTO

Curso Ensino Fundamental – 9 anos – Anos Finais Oferta do 6º a 9º ano, com currículo disciplinar, na modalidade presencial, nos turnos da manhã e tarde, período anual e organização da avaliação bimestral.

MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL – 9 ANOS – ANOS FINAIS

DISCIPLINA COMPOSIÇÃO CARGA HORÁRIA SEMANAL 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO

ARTE BNC 2 2 2 2 CIÊNCIAS BNC 3 3 3 3 ED. FÍSICA BNC 3 3 3 3

ENS. RELIGIOSO BNC 1 1 0 0 GEOGRAFIA BNC 3 3 4 3

HISTÓRIA BNC 3 3 3 4 L. PORTUGUESA BNC 4 4 4 4

MATEMÁTICA BNC 4 4 4 4 LEM-INGLÊS PD 2 2 2 2

TOTAL C.H. SEMANAL 25 25 25 25

Curso Ensino Médio – Regular

Oferta da 1ª a 3ª séries, com currículo disciplinar, na modalidade presencial, nos turnos da manhã, tarde e noite, período anual e organização da avaliação bimestral.

MATRIZ CURRICULAR

ENSINO MÉDIO – REGULAR

DISCIPLINA

COMPOSIÇÃO CARGA HORÁRIA SEMANAL

1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE ARTE BNC 2 0 0

BIOLOGIA BNC 2 2 2 ED. FÍSICA BNC 2 2 2 FILOSOFIA BNC 2 2 2

FÍSICA BNC 2 2 2 GEOGRAFIA BNC 2 2 2

HISTÓRIA BNC 2 2 2 L. PORTUGUESA BNC 4 4 4

MATEMÁTICA BNC 3 3 3

Page 74: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

74

QUÍMICA BNC 2 2 2 SOCIOLOGIA BNC 2 2 2

LEM-ESPANHOL PD 4 4 4 LEM-INGLÊS PD 0 2 2

TOTAL C.H. SEMANAL 25 25 25

Curso de Formação Docente – Aproveitamento de Estudos

Oferta do 1º ao 5º semestres, com currículo disciplinar, na modalidade presencial, no turno noturno, período semestral e organização da avaliação bimestral.

MATRIZ CURRICULAR CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL – Aproveitamento de Estudos TURNO: DIURNO E NOTURNO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 IMPLANTAÇÃO GRADATIVA MÓDULO: 20

DISCIPLINAS

SÉRIES semestrais

Hora aula Hora relógio

1ª 2º 3º 4º 5ª

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 120 100 FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100 FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - - 120 100 FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100 FUNDAMENTOS HIST. E POL. DA ED. INFANTIL 3 3 120 100 CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA ED. ESPECIAL 2 2 - - 80 67 TRABALHO PEDAGÓGICO NA ED. INFANTIL 3 3 2 - 160 134 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 3 3 2 2 - 200 167 LITERATURA INFANTIL 2 2 80 67 FUNDAMENTOS DA ED. DE JOVENS E ADULTOS 2 3 100 84 MET DO ENS. DE PORTUGUÊS / ALFABETIZAÇÃO 2 3 2 140 118 METODOLOGIA DO ENSINO D MATEMÁTICA 2 2 3 140 118 METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 2 3 140 118 METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA 2 2 3 140 118 METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS 2 2 3 140 118 METODOLOGIA DE ENSINO DE ARTE 2 2 3 140 118 METODOLOGIA DO ENSINO DE ED. FÍSICA 2 2 3 140 118

Sub-total 25 25 20 20 20 2200 1843 PRÁTICA DE FORMAÇÃO 5 5 10 10 10 800 667 TOTAL GERAL 30 30 30 30 30 3000 2510

CALENDÁRIO ESCOLAR É atribuição, tanto dos professores, quanto da equipe pedagógica e diretiva, zelar pelo cumprimento do Calendário Escolar. Porém, existem problemas que estão além do alcance da escola, como por exemplo, a falta de professores com atestados médicos, ausência de professores para cursos, reuniões e eventos promovidos pela SEED. Nestas situações, seria necessário professores substitutos que estivessem a disposição na escola para trabalhar com os alunos na falta do professor titular. Em outros casos de faltas de professores, a escola organiza meios para reposição de carga horária para os alunos. Através de horários especiais ou cronogramas de reposição O Calendário Escolar deve garantir ao aluno 200 dias letivos e o mínimo de 800h de efetivo trabalho pedagógico. Além de prever carga horária para formação continuada para o professor, para análise da aprendizagem do aluno e planejamento das atividades docentes.

Page 75: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

75

CALENDÁRIO ESCOLAR 2012

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);

reunião pedagógica (01 dia) – Delib. 02/02-CEE Janeiro Fevereiro Março

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4

1 � 3 1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 21 8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 ☺ 27 28 29 30 31

29 30 31

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval 26 Feriado Municipal Abril Maio Junho D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 ♥

1 2 8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 Dias 13 14 15 16 17 ▲ 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23

29 30 27 28 29 � 31 24 25 26 27 28 29 30 6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi 21 Tiradentes

Julho Agosto Setembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 3 � 2 3 4

1

8 9 10 11 12 13 14 Dias 5 6 7 8 9 10 11 22 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 ♥

12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 ▲ 21 22 29 30 31 Dias 26 � 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 30

07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

Outubro Novembro Dezembro D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 ♥

1 2 3

1 7 8 9 10 � 12 13 20 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 13

14 15 16 17 18 19 20 Dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 ♥ dias 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 30 31

12 N. S. Aparecida

2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional Consciência Negra

♥ Conselho de Classe � Reunião Pedagógica Férias Discentes

Férias/Recesso/Docentes

☺ Feriado Municipal Janeiro 31

janeiro/férias 30 � Replanejamento fevereiro 7

janeiro/julho/recesso 15

▲ Formação continuada julho 18

dez/recesso 12 Início/Término dezembro 12

outros recessos 3

Planejamento

Total 68

Total 60 Férias

Recesso

Semana Pedagógica

Formação Continuada SEED e NRE

Complementação da carga horária

� Semana de Integração Escola Comunidade

Page 76: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

76

INCLUSÃO A escola inclusiva é aquela que está preparada para receber qualquer aluno, independente de sua condição física, intelectual, social ou financeira. Sendo assim percebemos que temos muito a nos preparar, pois ainda lutamos contra problemas de repetência e evasão escolar. Buscando soluções para os problemas da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, talvez encontremos soluções para outros problemas da escola. Algumas ações tem sido desenvolvidas para melhoria no atendimento de alunos com necessidades educativas especiais:

• A escola vem buscando proporcionar momentos de discussão, leitura e estudos com o corpo docente, utilizando-se de diversos materiais, o tema inclusão é amplamente discutido. Apesar da escola não possuir Salas de Recursos, CAE e CAP, porém tem procurado melhorar sua estrutura física, adequando às necessidades que possam surgir, tendo como objetivo uma inclusão responsável;

• Todos os segmentos da escola estão buscando fundamentar-se a respeito da inclusão, através da participação nas capacitações oferecidas pela SMEC (Secretaria Municipal de Educação e Cultura), grupos de estudos, leituras e debates. As famílias são convidadas a participar de reuniões onde são tratados assuntos referentes à inclusão para que possam estar informadas e conscientes do seu papel na vida dos filhos;

• A escola se propõe a realizar a flexibilização curricular, ao receber alunos com deficiência, para que o mesmo tenha uma aprendizagem significativa;

ENFRENTAMENTO A EVASÃO Nos casos de evasão enfrentados pela escola, vem-se buscando resgatar os alunos através de ações como:

• visitas à casa dos alunos; • conversa com os pais sobre a necessidade de estudo e sua responsabilidade

em enviar o filho para escola; • trabalho de conscientização em sala de aula; • ações que promovam o respeito as suas especificidades para que o mesmo

não desanime e sinta-se estimulado pelos estudos; • aplicação da FICA , que divide a responsabilidade de atender a frequência do

aluno com os pais, Conselho Tutelar e Promotoria ; ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (nove) ANOS Sabemos que a ruptura, o choque de realidade que a criança sofre ao passar dos anos iniciais do Ensino Fundamental para os finais é inevitável, porem podemos amenizar esse processo de transição com alguns cuidados que poderão fazer diferença para o aluno, como:

• Planejamento conjunto dos professores do 6º ano, com assessoria de professores dos últimos anos, da primeira etapa do ensino fundamental.

• Acolhida aos novos alunos e seus pais, onde serão apresentadas normas, práticas e rotinas da escola.

• Em parceria com as escolas de anos iniciais, preparar os futuros alunos para a rotina e novidades da nova etapa que irão enfrentar.

Page 77: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

77

• Estreitar os vínculos com os pais ou responsáveis, criando um sistema de comunicação escola – família mais eficiente no que se refere ao acompanhamento do desenpenho do aluno.

IDEB Conforme análise feita no Marco Situacional, vemos claramente o declineo nos índices do IDEB do colégio. Diante disso nos propomos a algumas ações para eleva-los novamente estabelecendo como meta para 2011 índice de 4.7:

• Trabalho com as dificuldades do aluno nas salas de apoio à aprendizagem. • Incentivo e preparo dos alunos para realização da Prova Brasil. • Orientação aos professores quanto a reprovaçao e aprovação por Conselho de

Classe. • Intensificação do trabalho de combate a Evasão Escolar e aplicação de

recursos como Fica, termos de responsabilidade dos pais, entre outros. Temos plena consiência do desafio que enfrentaremos, mas estamos dispostos a trabalhar para alcança-lo; ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

O Estágio Curricular não-obrigatório, ainda que vise à preparação para o trabalho produtivo, vai além da formação articulada para o mercado de trabalho, constitui-se em atividade complementar à formação acadêmica e/ou profissional realizada por livre escolha do educando. O estágio deverá estar em consonância com os objetivos gerais do Projeto Político pedagógico da unidade escolar, atendendo aos pressupostos da Proposta Curricular dos níveis de ensino. É um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma, já o estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida a carga horária regular e obrigatória.

A Lei 11.788/08, dispõe sobre o estágio não-obrigatório e em seu artigo 1° diz que

“o estágio é ato educativo, desenvolvido no ambiente escolar, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”.

Também que o estágio faz parte da proposta pedagógica Curricular do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando, visando o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. A Lei de diretrizes e Bases da educação Nacional, 9393/96 prevê em seu artigo 82 que “os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição”.

Também as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, instituída pela resolução CNE/CEB nº 03 de 26 de junho de 1998 estabelece que as propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de tratamento.

Page 78: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

78

O Estágio não-obrigatório ofertado pelo Colégio Estadual Manoel Antonio Gomes tem sua base legal na LDBEN 9394/96, na DCNEM de 1998 e na Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, além de estar regulamentado pelo Projeto Político Pedagógico e Regimento Interno da Instituição.

O Estágio Não Obrigatório será planejado, executado e avaliado conforme Plano de Estágio elaborado pelo estabelecimento de ensino. Não será computado como componente curricular e não interfere na aprovação ou reprovação do aluno.

A carga horária cumprida pelo aluno será acrescida a seu Histórico Escolar. E a duração do contrato do estagiário com a instituição concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência. O aluno deverá ter no mínimo 16(dezesseis) anos para fazer o Estágio. EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS Biblioteca e Mecanografia. -Ampliar o acervo bibliográfico através de aquisições e doações; -Adequar o horário de funcionamento da biblioteca e mecanografia, fazendo com que as mesmas sejam acessíveis a todos e em todos os turnos; -Melhorias nas instalações físicas dos ambientes. Laboratórios e Quadra Esportiva -Disponibilizar as instalações como: quadra esportiva e dos laboratórios para estudos, lazer e atividades esportivas, em qualquer momento do período letivo e inclusive nos finais de semana, desde que haja disponibilidade de funcionários; -Adequar o espaço existente transformando-o em um local confortável para alimentação, jogos lúdicos e descanso através da construção de mesas e bancos; -Buscar o acesso à internet, afim de que toda comunidade escolar possa usufruir seus benefícios. Material Didático -Aquisição e conservação dos materiais didáticos, máquinas copiadoras, vídeos, televisores, DVD, retro projetores, projetor multimídia (DATASHOW), laptop, os quais estarão à disposição, desde que agendados antecipadamente. Especificidade Local -Promover feiras científicas, exposições dos trabalhos realizados, gincana cultural, jogos estudantis, atividades esportivas e cívicas, festa do pinhão, garota CEMAG, solenidade de formatura, festa do estudante, viagens culturais buscando a confraternização, interdisciplinaridade e lazer. PROJETOS DA ESCOLA 1 - Semana Cultural e Esportiva -Realizar Mostra Pedagógica das atividades desenvolvidas na escola, com o objetivo de promover a integração da escola e família, mostrando para a comunidade em geral os trabalhos realizados pelos alunos; -Realizar apresentações dos alunos em datas comemorativas, resgatando valores como cidadania e patriotismo; 2 - Visita a Usina Hidrelétrica de Mauá Data da visita: de 2012 Número de pessoas por visita: 31; Motorista: 01; Professores: 02; Alunos:28 Saída do Cemag: 9:30 horas Chegada na Usina: 12:00 horas Período da visita: 13:30 ás 15:30 horas.

Page 79: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

79

Saída da Usina: 15:30 horas. Retorno provável na escola: 18:00 horas Refeitório: Sim Custo da refeição: R$ 8,00 Motivo da visita: Visualização dos conceitos físicos de transformação de energia e eletricidade no processo de construção e funcionamento da Usina Hidrelétrica de Mauá. Professor responsável: Janinha Aparecida Pereira – RG 7.105.967-7 Professores acompanhantes: Eduardo de Melo Trevisan– RG 10.962.234-6 Plano de Trabalho Docente - Visita á Usina Hidrelétrica de Mauá Professora: Janinha Aparecida Pereira Escola: CEMAG Série: 3°ANO Número de Aulas: 08 Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo Conteúdos Básicos: Carga elétrica, Campo elétrico, Corrente elétrica. Conteúdos Específicos: Eletricidade: força magnética, motores e geradores. Objetivos: � Estudar as diferentes formas de transformações de Energia. � Visualizar os conceitos físicos e fenômenos físicos presentes na Hidrelétrica. � Investigar a universalização da energia elétrica em nosso país e sua disponibilidade no futuro. � Mostrar ao aluno que a física é uma construção humana, uma ciência que procura descrever e controlar a natureza. � Desmistificar as idéias que as leis da física são sagradas e imutáveis para que os alunos saibam das enormes limitações das ciências e dos cientistas. � Descobrir como a energia elétrica gerada nas usinas chega á escola. � Compreender a construção do conhecimento físico como um processo histórico, em estreita relação com as condições sociais, políticas e econômicas de determinada época. Introdução: 1- Apresentação dos conceitos de Eletricidade, força magnética, motores e geradores em sala de aula 2- Visita á Usina Hidrelétrica de Mauá. 3- Visualizar os conceitos de Eletricidade e Eletromagnetismo presentes em uma Usina Hidrelétrica. 4- Fazer relatório sobre os conceitos físicos identificados na visita á Usina Hidrelétrica de Mauá. Desenvolvimento: Ler e discutir textos que contemplarão os conceitos de Eletricidade: força magnética, motores e geradores. Atividades: 1- De acordo com os textos estudados e a pesquisa de campo feita na Usina Hidrelétrica responda as questões a seguir: a. Onde e quando foi instalada a primeira hidrelétrica? E a primeira Termoelétrica? b. Onde e quando foi instalado o primeiro sistema de iluminação pública? c. Quais foram as primeiras usinas geradoras e distribuidoras de energia elétrica de nosso país? d. Que tipo de usina de produção de energia elétrica temos em nosso país? Qual a mais abundante? e. Como você avalia o acesso á energia elétrica no Brasil?

Page 80: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

80

2- Faça um vídeo em grupo de três alunos usando Máquina Digital, ou Celular relacionando os conceitos de Eletricidade E Eletromagnetismo visualizados na Usina Hidrelétrica. 3- Apresentar o Vídeo ou Slides em sala de aula usando a TV Multímida. Avaliação: - Realização das atividades propostas durante o desenvolvimento das aulas. - Compreensão dos conteúdos específicos estudados expressos na facilidade de desenvolvimento das atividades propostas. - Análise do vídeo clipe levando em consideração a articulação dos conceitos físicos relacionados com o funcionamento da Usina Hidrelétrica. Tecnologias e Mídias a serem utilizadas: Livro didático, textos, TV Multimídia, Internet, simulações. Referencias: ALVARES, Beatriz Alvarenga; LUZ, Antonio Maximo Ribeiro da Física. São Paulo: Scipione, 2005. vol. 2. Física/vários autores - Curitiba: SEED-PR, 2006. SEED, DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008. 3 – Visita à Universidade Estadual de Ponta Grossa Disciplina: Física e Química Série: 3ª Série Ensino Médio Macrocampo: Experimentação Turno: manhã e tarde Número de alunos: 54 alunos Local da visita: Laboratórios de Física e Química da UEPG Data: 17 e 18 de novembro de 2012. Horário de saída: 6:30 h do Cemag Horário provável de chegada: 19:00h Conteúdos: Óptica e eletromagnestismo; Química orgânica e inorgânica Objetivos: Levar os alunos a visualização e compreensão dos fenômenos físicos e químicos nas atividades teórico experimentais e demonstração de conceitos físicos apresentadas pelos alunos de iniciação científica da UEPG nos laboratórios de Física e Química. Registrar através de vídeos e fotos as demonstrações de fenômenos físicos e químicos apresentados nos laboratórios. Promover a integração entre professores e alunos buscando evidenciar a interdisciplinaridade existente nas disciplinas de FÍSICA E QUÍMICA. Propor uma prática pedagógica com a integração de experimentos que ofereça novas alternativas de interação e expressão levando os alunos a ter possibilidades diferenciadas de aprender Física e Química. Encaminhamento Metodológico: É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física e Química, parta do conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos e químicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo de aprendizagem.

Page 81: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

81

No trabalho com os conteúdos do ensino de Física e Química, é importante que se considere o que os estudantes conhecem a respeito do tema para que ocorra uma aprendizagem significativa. É fato que, por vezes, o conhecimento científico evolui na medida em que suas hipóteses são confirmadas por evidências experimentais. O trabalho experimental não serve apenas para verificar um modelo, mas, se for preciso, apontar suas limitações e ajudar no desenvolvimento de outro modelo. É esse o espírito do trabalho experimental que se propõe: um ensino que vise à formação de um cidadão crítico, capaz de se inserir no mundo da ciência e avaliar alternativas de ação de maneira crítica e independente. Os experimentos podem suscitar a compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um conceito com alguma idéia anteriormente discutida. Neste último caso, a atividade experimental precisa contribuir para que o estudante perceba, além da teoria, as limitações que esta pode ter. Ainda, privilegiam o confronto entre as concepções prévias do estudante e a concepção científica, o que pode facilitar a formação de um conceito científico. Mesmo as dificuldades e os erros decorrentes nos experimentos devem contribuir para uma reflexão dos estudantes em torno do estudo da ciência. Tendo como parâmetro o bom senso vamos utilizar uma metodologia a nosso alcance como: -Pesquisa (internet). -Demonstrações de conceitos físicos (TV pendrive) e visualização de Experimentos nos laboratórios de Física e Química da UEPG. - Visualização e discussão de simulações de modelos físicos que estão á disposição no portal dia-a-dia educação e outros sites. - Registros das atividades teórico experimentais e demonstração de conceitos físicos e químicos visualizados pelos alunos do Ensino Médio nos laboratórios de Física e Química da UEPG através de vídeos e fotos. - Integrar e relacionar vários conteúdos para que os mesmos contribuam e provoquem transformações nas formas de interação, visualização e compreensão dos conceitos e fenômenos físicos e químicos. Avaliação Pressupõe o acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais, a evolução das idéias em Física e Química e a não neutralidade da ciência. Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo. Inicialmente é preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem no desenvolvimento dos trabalhos. Durante o processo de ensino é preciso identificar os problemas de aprendizagem dos alunos, suas possíveis causas e, as possibilidades de intervenção ou revisão do planejamento pedagógico. A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Quanto aos critérios de avaliação da Proposta pedagógica, deve-se verificar: - A compreensão dos conceitos físicos essencial para o entendimento de uma unidade de ensino e aprendizagem planejada; - A capacidade de entendimento de um texto (compreensão, análise, síntese, etc.) seja ele literário ou científico, para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;

Page 82: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

82

- A capacidade de elaborar um relatório tendo como referência os conceitos, as leis, enfim as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a Física e a Química. Resultados esperados: Para o aluno – Essa Proposta Educacional baseada no uso de viagens culturais aos laboratórios de Física e Química da UEPG. Portanto espera-se que o aluno possa ter a identificação de fenômenos que os rodeia e a seleção de informações, que pense criticamente e relacione o conhecimento científico com suas experiências cotidianas. Pois as atividades teóricos experimentais e demonstrações de fenômenos e conceitos físicos e químicos oferecem novas alternativas de interação, expressão e compreensão dos conteúdos levando os educandos a ter novas possibilidades de aprendizagem. Para a escola – A escola com essa Proposta Pedagógica espera que as Viagens Culturais possam contribuir com a formação integral do aluno. Pois a informação, visualização e comunicação, capacita e integra os educando aos novos recursos de aprendizagem promovendo a inovação na qualidade do processo ensino e aprendizagem possibilitando uma melhor visualização lúdica, visual e sensorial para aprendizagem do aluno do Ensino Médio. Referências Bibliográficas: ALVARES, Beatriz Alvarenga; LUZ, Antonio Maximo Ribeiro da Física. São Paulo: Scipione, 2005. vol. 2. Vários autores. Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. SEED, DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação Diretriz curriculares para Educação Básica. Curitiba, 2006. Disponível na página do Portal Educacional do Estado do Paraná. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br . Acesso em: 10 de Julho de 2011. Adaptado de MORAN, José Manuel, disponível em: www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm -. Acesso em 05 de fevereiro de 2011. TV MULTIMÍDIA. Disponível em: http:/www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/ Acesso em 04 de fevereiro de 2011. MORAN, José Manuel. O Vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação, São Paulo, ECA Ed. Moderna. 1995. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O projeto político pedagógico é considerado a planta baixa da escola. Ao analisa-lo devemos ter uma visão panorâmica da escola. Para tanto é preciso que ele seja claro e objetivo. Porém, durante sua construção, nem sempre a escola consegue ter clareza das idéias que ali são postas. Além disso, por ser a escola uma estrutura dinâmica, está em constante mudança sendo necessário readaptações, reformulações e reflexão sobre a realidade. Por esses motivos, o projeto político pedagógico deve ser avaliado, reformulado e realimentado periodicamente, buscando retratar a realidade da escola. Os perídos de avaliação estão previstos para a semanas pedagógicas no início do primeiro e segundo semestres.

Page 83: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

83

ARTICULAÇÃO DO ESTABELECIMENTO COM A COMUNIDADE É de suma importância para o processo ensino-aprendizagem a participação da comunidade. O acompanhamento da dinâmica escolar feita pelos pais ou responsáveis reflete diretamente no sucesso escolar do aluno e também na postura da escola frente a determinados desafios. Quando a comunidade participa ativamente dos processos desenvolvidos na escola, ambas tem condições de uma maior articulação desses processos, visto que podem contribuir para resolver as dificuldades interferindo positivamente uma em outra. Por esse motivo a escola tem buscado alternativas para trazer a participação da comunidade para dentro dos muros da escola. Seja como família, participando da rotina escolar dos seus filhos. Seja como associações (APMF) ou conselhos (CONSELHO ESCOLAR). Seja como profissionais de outras áreas da sociedade, saúde, segurança, entre outros, se dispondo a contribuir com as atividades da escola. A escola não pode ser uma “ilha”, pois ela é influenciada e influencia a comunidade em que faz parte. VI – REFERÊNCIAS ALMEIDA, Custódio Luis S, de. A criação e construção do espaço pedagógico. Revista da AEC, Brasília, 2002, nº 122, p.21 a 31, jan/mar. 2002. CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática: Coleção Magistério- Formação e prabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1989. GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola. _______. Temas para um projeto político-pedagógico/ Danilo Gandin, Luis Armando Gandin. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. PEREIRA, Ieda Lúcia Lima. Pedagogia na prática: propostas para uma educação integral/ Maria Lúcia Hannas. São Paulo: Editora Gente, 2001. _______. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental. Parecer nº CEB 04/98, de 29 de janeiro de 1998. _______. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Editora do Brasil S/ª. BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais – Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia – saberes necessários à prática educativa.São Paulo: Paz e Terra, 1998. FREIRE, P. Pedagogia da Indignação – cartas pedagógicas e outros escritos.São Paulo: Editora UNESP, 2000. MOREIRA, A.F., SILVA, T.T. (orgs) Currículo, cultura e sociedade, 6ª Ed. São Paulo: Cortez, 2002 PARANÁ (Estado) Secretaria de Estado da Educação e da Cultura. Currículo Básico da Educação Pública do Paraná. Curitiba, 1990.

149

150

Page 84: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Na amplitude escolar podemos denominar projeto como sendo as ... atuação no campo social e cultural e ... que levava a escola a promover eventos

84

CASTELLAIN, Mirian Célia. Um paradigma da educação: construção conjunta do processo inclusivo. Revista em Movimento. Curitiba, v.1, n.3, p. 33 a 40, set/dez., 2002. VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. Campinas, SP: Papirus, 1995. CHALITA, Gabriel. Pedagogia do amor: a contribuição das histórias universais para a formação de valores das novas gerações. 7 ed. São Paulo: Editora Gente, 2003. ALONSO, M. (Org.) O trabalho docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, 1999. BEHRENS, Marilda A. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1999. BRASIL, Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998. CANDAU, Vera Maria (Org.) Sociedade, Educação e Culturas. Petrólis: Vozes, 2002. STAINBACK, S. Inclusão: Um guia para educadores; tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre, Artes Médicas. Sul, 1999. VYGOTSKY, Levi S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. LIBÂNEO,J.C. Democratização da Escola Pública: A pedagogia crítico-social dos conteúdos. 20a ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica. 9a.ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. VASCONCELLOS, C dos S. Construção do Conhecimento em Sala de Aula. 15a.ed. São Paulo: Libertad, 2004. http://www.youtube.com/watch?v=sEpTnhgzwOQ http://www.youtube.com/watch?v=zjFDSHPkJ_4&feature=related