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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL ANTONIO SAMPAIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
JUL-2010
I – APRESENTAÇÃO:
Para que a escola possa realizar sua verdadeira função, que é “Ensinar”, formar
cidadãos críticos e atuantes é necessário primeiramente definir o caminho a ser trilhado por
todos aqueles que se propõem a fazer da educação um novo rumo a um mundo melhor,
onde o educando seja criador e criatura, que a cada dia cria sua história, seu futuro e cabe
a escola buscar os subsídios para que ele seja o melhor possível.
É indispensável que a escola acompanhe as constantes mudanças existentes na
atualidade, com bom senso e responsabilidade para que, o educando, também suscetível a
essas mudanças, possa ver na escola , uma extensão de sua vida, de seu mundo, de um
processo em formação.
Portanto, a Educação é um desafio imenso, que trata de pessoas diferentes com
sonhos, idéias e realidades diversas, mas que têm necessidades comuns.
Da convivência, comunicação, humanização , sobrevivência , o amor , até a vida.
É o desafio maior da educação, é tratar de todas essas diferenças, conviver com os
opostos, buscando a construção de um ser humano “integral”, desenvolvendo suas
potencialidades e preparando-o para a vida em grupo, onde ele possa atuar ativa e
responsavelmente, escolhendo de modo consciente, os rumos do seu futuro.
Nesse aspecto, a educação é a oportunidade maior de compartilhar experiências,
construir o conhecimento, dar significado a ele , utilizá-lo na prática e assim modificar a
realidade de forma eficiente e construtiva.
Para que todas as formas de realizar um ensino realmente eficiente, passem da
utopia à ações concretas, elaboramos a presente Proposta pedagógica, baseada nos
parâmetros legais em conformidade com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
JUSTIFICATIVA:
A Proposta Pedagógica do Colégio Estadual General Antonio Sampaio – Ensino
Fundamental e Médio, tem por objetivo aprimorar a qualidade dos serviços prestados pela
escola e o conseqüente aumento na qualidade do ensino aqui oferecido.
Para tanto serão envolvidos todos os funcionários da escola , pais , alunos, Conselho
Escolar e A.P.M.F., que desenvolverão atividades diversas buscando a formação
intelectual, moral e social dos discentes , a quem todo o trabalho será dedicado e dirigido.
Para que a educação realmente seja um fator de mudança social , que seja uma
oportunidade de igualdade , concreta, eficaz e eficiente, justifica-se esta proposta.
II – INTRODUÇÃO:
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
Denominação: Colégio Estadual General Antônio Sampaio – Ensino Fundamental e Médio.
Endereço: Av. Carlos Cavalcanti n.º 2145 – Uvaranas
CEP 84025-000 Telefone (042) 3226-3011
Município: Ponta Grossa
Dependência administrativa: Secretaria de Estado da Educação.
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
ASPECTOS HISTÓRICOS:
O Colégio Estadual General Antônio Sampaio – Ensino Fundamental e Médio, com
sede na Avenida Carlos Cavalcanti n.º 2145, bairro de Uvaranas , município de Ponta
Grossa , Estado do Paraná , oferece cursos de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e
tendo como entidade mantedora o Governo do Estado do Paraná.
Esta escola foi criada pelo Decreto n.º 18.501 de 12/03/70 para ministrar o curso
primária durante a gestão do governador Paulo Pimentel.
O terreno onde fica situada foi doado pelo Exército e devido a isso levou o nome de
General Antônio Sampaio em homenagem ao Patrono da Arma de Infantaria.
Através das Resoluções n.º 2.827/87 de 16/07/87 e n.º 3901/87 de 20/01/87 foi
autorizado o funcionamento de Classes Especiais para portadores de deficiências pelo
prazo de dois anos a partir do ano letivo de 1987. Posteriormente a Resolução n.º 1.310/89
de 08/06/89 prorrogou o prazo para funcionamento.
A escola passou a oferecer ensino fundamental de 5ª a 8ª séries do 1º grau
autorizados pela Resolução n.º 538/98 de 25/02/98 de forma gradativa: 1998 – 5ª, 6ª, 7ª e
8ª séries e correção de fluxo. A ata de reconhecimento e renovação do Estabelecimento é
a Resolução número 93/03 de 24/03/03. O parecer do Núcleo Regional de Educação de
Aprovação do Regimento escolar é de número 122/2010.
Funciona na escola uma sala de Recursos na Área de Transtornos Globais de
Desenvolvimento autorizada pela Resolução n.º 2.555/00 e que veio em substituição a uma
sala de classe especial desativada.
No ano letivo de 2009, foi implementado na escola a EJA- Educação de jovens e
adultos, que passou a funcionar a partir do início do ano letivo de 2010, através da
Resolução 1502/2010 DOE de 19/04/2010
O Colégio trabalha no regime seriado de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental no
turno matutino e vespertino e Educação de Jovens e Adultos no turno noturno e conta com
onze salas de aula.
ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DA ESCOLA:
O ambiente das salas de aula quanto a organização do espaço, visa facilitar o
trabalho pedagógico do professor e do aluno, favorecendo a aprendizagem . Os alunos têm
acesso a materiais de uso freqüente, trabalham em grupo e fazem uso das paredes das
salas para exposições de trabalhos realizados individual ou coletivamente.
É utilizado o pátio da escola para apresentações de atividades artísticas e culturais
orientadas pelos professores .
A escola dispõe televisores e vídeo cassete itinerantes, para uso em sala de aula,
especificamente, onde são vistos filmes e reportagens que complementam ou iniciam os
estudos nas diferentes disciplinas do quadro curricular seguido pelo Estabelecimento de
Ensino.
A biblioteca atende às expectativas almejadas sendo utilizada freqüentemente por
alunos e professores para leitura e pesquisa.
Os professores realizam atividades pedagógicas explorando espaços da comunidade
e do município, com visitas a empresas, entidades assistenciais, áreas de lazer e outros
logradouros públicos que ofereçam oportunidade de concretização dos conhecimentos
teóricos recebidos durante as aulas.
RECURSOS MATERIAIS DISPONÍVEIS NO ESTABELECIMENTO:
A escola dispõe de alguns recursos audiovisuais que poderão contribuir no
planejamento de atividades curriculares de melhor qualidade tais como: televisão pen drive ,
dvd , retro-projetor , computadores que são constantemente utilizados pelos professores
para ministrarem suas aulas.
Contamos também com recursos didáticos como: globo terrestre, dicionários, discos,
mapas , livros didáticos, revistas, jornais , cartazes, folhetos de propagandas, calculadoras,
fitas de filmes e de músicas, jogos didáticos, bolas, jogos específicos da área de educação
física e brinquedos pedagógicos, proporcionando ao aluno contato com o que acontece no
mundo para ampliar sua visão de conhecimento e vincular o que é aprendido na escola
com seu mundo real.
III – OBJETIVOS GERAIS
A escola necessária para fazer frente a realidade é a que provê formação cultural e
científica, que possibilita o contato dos alunos com a cultura, aquela cultura provida pela
ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética. Especialmente, uma escola de
qualidade é aquela que inclui, uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural,
pedagógica.
Para essa escola, no exercício de seu papel na construção da democracia social e
política, são propostos os seguintes objetivos:
- Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos
alunos, por meio dos conteúdos escolares que ajude o aluno a transformar-se num sujeito
pensante, de modo que aprenda a utilizar seu potencial de pensamento na construção e
reconstrução de conceitos, atitudes e valores.
- Promover as condições para o fortalecimento da subjetividade e identidade cultural
dos alunos, incluindo o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da imaginação. O
ensino implica lidar com os sentimentos, respeitar as individualidades, compreender o
mundo cultural dos alunos e ajudá-los a se construírem como sujeitos, a aumentar sua auto-
estima, sua auto-confiança e o respeito consigo mesmos.
- Preparar para o trabalho e para a sociedade tecnológica e comunicacional, que
promova a inserção competente e crítica no mundo do trabalho. A preparação tecnológica
inclui o desenvolvimento de saberes, desenvolver capacidade de tomar decisões, interpretar
informações de todo tipo, pensar estrategicamente, desenvolver flexibilidade mental para
lidar com situações novas ou inesperadas.
- Formar para a cidadania crítica, incluindo autonomia, a participação e o diálogo
como princípios educativos.É preciso formar um cidadão-trabalhador capaz de interferir
criticamente na realidade para transformá-la e não apenas formar para integrar o mercado
de trabalho.
- Desenvolver a formação para valores éticos, isto é , formação de qualidades
morais, traços de caráter, atitudes, convicções humanistas e humanitárias.Visa a propiciar
conhecimentos, procedimentos e situações em que os alunos possam pensar sobre valores
e critérios de decisão e ação perante problemas do mundo da política e da economia, do
consumismo ,dos direitos humanos, das relações humanas, do meio ambiente, da violência
e das formas de exclusão social e, também diante das formas de exploração do trabalho
humano que subsistem na sociedade capitalista.
MARCO SITUACIONAL
As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel diante das
transformações que caracterizam o acelerado processo de globalização, econômico e
cultural. De fato, o novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a
facilidade de acesso a informação e alta valorização da mesma, a reestruturação do
sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização do
trabalho, o perfil dos trabalhadores exigem da escola um novo sentido, onde a categoria
trabalho deve ser compreendida como princípio educativo, o alvo a ser atingido pela escola
perpassa pela produção e a socialização do conhecimento, das ciências, das letras, das
artes, da política e da tecnologia para que o aluno compreenda a realidade socioeconômica,
política e cultural.
Essas transformações, que ocorrem em escala mundial, decorrem da conjugação de
um conjunto de acontecimentos e processos que acabam por caracterizar novas realidades
sociais, políticas, econômicas, culturais, geográficas e filosóficas. Considerando a imensa
oferta de meios de comunicação social extra escola, de meios informacionais e mediáticos.
Ela cumpre funções que não são providas por nenhuma outra instancia, ou a de prover formação geral básica- capacidade de ler, escrever, formação científica, estética e
ética, desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas. Por outro lado a escola
precisa ser repensada, pois a educação acontece em muitos lugares, por meio de várias
agências como a família, os meios de comunicação, as empresas, os clubes, a internet, as
redes sociais etc.
As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel diante das
transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e reestruturação
capitalista mundial. De fato, o novo paradigma econômico, os avanços científicos e
tecnológicos, a reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do
conhecimento afetam a organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, repercutindo
na qualificação profissional e, por conseqüência, nos sistemas de ensino e nas escolas.
Essas transformações , que ocorrem em escala mundial, decorrem da conjugação de
um conjunto de acontecimentos e processos que acabam por caracterizar novas realidades
sociais, políticas, econômicas, culturais, geográficas.
Mesmo considerando a imensa oferta de meios de comunicação social extra escola,
de meios informacionais, ainda assim há lugar para a escola na sociedade tecnológica e da
informação. Ela cumpre funções que não são providas por nenhuma outra instância, ou a de
prover formação geral básica- capacidade de ler, escrever, formação científica, estética e
ética, desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas. Por outro lado a escola
precisa ser repensada, porque ela não detém o monopólio do saber, pois a educação
acontece em muitos lugares, por meio de várias agências como a família, os meios de
comunicação, as empresas, os clubes, etc. As próprias cidades vão se transformando em
agências educativas à medida que os espaços e os equipamentos urbanos, as formas
participativas de gestão dos recursos financeiros, os programas culturais e de lazer, etc. são
tipicamente práticas educativas(Cavalcanti,2002).*
CARACTERÍSTICAS SÓCIO-ECONÔMICAS, CULTURAIS E EDUCACIONAIS:
DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
Números de Alunos
NÍVEIS TOTAL
Matutino 347
Vespertino 366 Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries
Total 713 Ensino Fundamental Fase II 95 Ensino Médio
Noturno 117 EJA
Total 212
Números de Funcionários
Serviços Gerais 08 Auxiliar Administrativo 05 Diretor 02 Equipe Técnico Pedagógica 05 Docente 64
V- MARCO CONCEITUAL:
CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem no processo educacional, é ao mesmo homem tempo educador e
educando, num processo denominado, por Paulo Freire, dialético, se tornando, sujeito,
objeto e objetivo da educação o qual será trabalhado pelas diferentes disciplinas
curriculares de ensino cada qual com sua peculiaridade e ao mesmo tempo generalidade.
Na disciplina de filosofia o homem é um ser inacabado em busca da perfeição. Os
princípios geográficos nos dizem que o homem molda os espaços enquanto é moldado por
ele. Para a matemática o homem é, um ser aberto, finito que teima em não aceitar como tal,
buscando a infinitude. Os princípios linguísticos caracterizam o homem como um ser que
representa o mundo e os seus pensamentos, tendo a representação como instrumento de
comunicação e forma de interação com o meio. Em artes a concepção de homem é a
expressão individual do belo e o feio através dos tempos. Para a história o homem se
caracteriza como o fruto do seu tempo, um ser inacabado até a morte. Segundo os
princípios da disciplina de religião homem se caracteriza por um ser que se comunica de
formas variadas e multifacetadas, o transcendentalismo dessa ligação resultou no
desenvolvimento cultural. Segundo os princípios da disciplina de ciência o homem, é um
ser dotado de razão capaz de aprender a aprender, saber pensar para melhor criar,
participar, refletir, criticar, construir, intervir e inovar. Para a Educação Especial, o homem é
um ser que necessita ser respeitado em suas necessidades, percebendo-o com suas
singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção
social.. As novas tecnologias apresentam o homem como divulgador, receptor e usuário da
informação caracterizando-se pela urgência e imediatismo.
São nessas e por essas prerrogativas que a Escola conduzirá seus trabalhos com o
objetivo de desenvolver o homem de forma a torná-lo cidadão capaz de gerir sua história
utilizando-se dos diversos saberes presentes no cotidiano escolar.
CONCEPÇÃO DE MUNDO
O tracejado histórico da humanidade e as condições da vida social, nos apresenta a
coexistência de aspectos culturais velhos e novos. As instituições escolares vêm sendo
pressionadas a repensar seu papel diante das transformações que caracterizam o
acelerado processo de integração e reestruturação capitalista mundial. Já não há um
mundo com princípios e objetivos fixos capazes de pautar a vida humana nas suas
relações e aspirações, de explicar e justificar as angustias, injustiças, carências e
frustrações, o avanço da ciência e das pesquisas, não permitem a existência de respostas
prontas para grandes questões, nem certezas que mobilizem as gerações de maneira
unidirecional. O mundo globalizado atual fez da informação mercadoria de alto valor e
a vida imediatista refutou a paciência e em muitos casos a fraternidade.
Entre nós e o mundo que nos circula vive a nossa interpretação. Percepção e
processamento mental se aliam na nossa construção da realidade. Podemos afirmar que
entre a nossa percepção da realidade e o nosso enunciado a seu respeito exite um outro
mundo balizado pelas nossas experiências, pelo nosso conhecimento, pelos nossos
sentimentos, pela nossa interpretação. Esse mundo interior que direciona o relacionamento
com a realidade externa é uma resultante. Que vai seu erigido com o correr da vida, com o
aprendizado, com os sentimentos, com o s pensamento. O mundo interior passa a funcionar
como um filtro mental por onde passam todas as informações a respeito do mundo externo
a fim de serem compreendidas e catalogadas. Uma real transformação ocorre quando
alteramos alguns pressupostos básicos de pensamento, alguns componentes desse filtro
mental que direciona nossa atuação no mundo.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE:
Durante muitos anos predominou uma caracterização hierárquica da sociedade, que
polarizava as classes sociais distintas e a partir disso criava e direcionava suas
necessidades sociais. Esta hierarquia que distingue os sujeitos, e suas necessidades, é um
ponto de vista integrado ao sistema capitalista de análise social. Todas instituições
acompanharam essa caracterização e com a escola, na sua eterna busca por contemplar a
diversidade da sociedade, isso não foi diferente. Todavia, acompanhar este processo
efêmero e veloz das informações e comunicações, assim como tentar caracterizar o mundo
em que vivemos, não é uma tarefa fácil.
UMA NOVA PRÁTICA PEDAGÓGICA INTEGRADA À “NOVA SOCIEDADE” DESAFIAM A ESCOLA A
FORMAR UM ALUNO INTEGRADO À SOCIEDADE, QUE RECONHECE SUA CIDADANIA E SE
RECONHEÇA COMO UM AGENTE TRANSFORMADOR. “O QUE ESTÁ EM JOGO NÃO É APENAS UMA
REESTRUTURAÇÃO DAS ESFERAS ECONÔMICAS, SOCIAIS E POLÍTICAS, MAS UMA REELABORAÇÃO
E REDEFINIÇÃO DAS PRÓPRIAS FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E SIGNIFICAÇÃO SOCIAL” (SILVA,
1990, P. 56).
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA:
Na atualidade a cidadania é percebido como uma condição de igualdade civil e
política. Com o passar do tempo surgiram novas visões sobre a economia, a sociedade e a
política.
A partir daí, alargaram-se os horizontes da esfera pública, ampliando-se,
consequentemente, os direitos dos cidadãos nos seus expoentes civis, políticos e sociais.
È impossível não notar os avanços nos campos da técnica e da política provocaram
na sociedade impactos tão radicais em tão pouco tempo, influenciado indiretamente os
direitos e deveres dos cidadãos. Hoje, uma variedade de atitudes caracteriza a prática da
cidadania. Assim, entendemos que um cidadão deve atuar em benefício de sociedade, bem
como esta útlima deve garantir-lhe os direitos básicos à vida, como moradia, alimentação,
educação, sáude, lazer, trabalho, entre outros.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:
A educação não pode servir unicamente para desenvolver inteligência, mas deve
contribuir para ampliaras perspectivas do homem e torná-lo útil para a sociedade e para o
mundo. O escopo primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais
capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica da
sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza e, ao mesmo tempo,
busca conforma-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de progresso e equilíbrio social da
coletividade a que pertence. Educação é o processo em que o ser humano vai buscando
trilhar o caminho do amadurecimento integral. Esse processo não é momentâneo ou
passageiro, mas sim uma dinâmica que precisa ser buscada e vivida durante toda
existência; é passar de uma mentalidade ou de um senso comum a uma consciência.
Significa sair de um concepção fragmentária, incoerente, desaiticulada, implicíta,
degradada, mecâmica, passiva e simplista para assumir uma concepção unitária, coerente,
articulada, explícita, original, intencional, ativa e cultivada. Não é somente uma atividade é
acima de tudo a consturção de um saber que utlrapassa o sentido escolar e se torna uma
construção premanente na vida do ser humamo.
Portanto, diante deste cenário é que a educação prioritariamente é convocada a
propor uma prática às necessidades sociais, políticas, econômica, culturais e inclusivas da
realidade brasileira, considerando os interesses e motivação dos alunos, garantindo
aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos,
fraternos, capazes de compreender e interagir em seu ambiente social.
CONCEPÇÃO DE ESCOLA:
A escola é uma instituição com função social e que deve trabalhar no sentido
de desenvolver todas as potencialidades dos alunos,garantindo o acesso, permanência e
sucesso de todos os educandos com base filosófica na tendência histórico cultural.
A educação evolui em conformidade com as sociedades que a usufruem e a escola
principal representante da educação formal não pode se manter estática no tempo e no
espaço, precisa antes, se adequar ao perfil de sua clientela, abrindo-se para a comunidade,
aceitando suas particularidades e guiando-se por um sistema de valores humanos. A escola
é o lugar da busca do saber, do saber fazer, do saber ser e do saber conviver, é o espaço
que possibilita o desenvolvimento e o gosto pelas múltiplas dimensões do conhecimento,
ampliando a visão do mundo, também, através da socialização, da cultura e humanização
das relações. Dessa maneira, o coletivo vai se constituindo na medida em que cada um
individualmente vai construindo sua identidade pessoal e social, delimitando e ampliando o
seu espaço, território e significado sócia. No coletivo reconhecemos os iguais e os
diferentes, as limitações e as possibilidades e aprendemos a lidar com alegrias e tristezas,
angústias e frustrações, compartilhando sentimentos, construindo relacionamentos e
fortalecendo a autoestima.
CONCEPÇÃO DE ENSINO – APRENDIZAGEM:
O processo de ensino não é desvinculado do processo de aprendizagem que
compreendera a aquisição do conhecimento promovendo uma nova maneira de ver, sentir
e agir perante as necessidade impostas pelo meio individual e social de cada ser.
A aprendizagem vincula novas ideias, conceitos e experiências aos conhecimentos
que o indivíduo já possui. A escola precisa estar atenta as diversas influências para que
possa propor atividades que favoreçam a construção de conhecimentos, a interação social
e aprendizagem significantivas.
As reflexões sobre as atuações em sala de aula e os debates ajudam a conhecer os
fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem considerados, provocam
mudanças significativas no diálogo entre ensino e aprendizagem e repercutem de maneira
positiva no ambiente escolar, na comunidade, na família pois o envolvido passam a atribuir
sentido ao que fazem e ao que aprendem.
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem é compreendida como um conjunto de atuações que
tem por finalidade orientar a ação pedagógica. É parte integrante do processo educacional.
Acontece contínua e sistematicamente frente a interpretação qualitativa do conhecimento
construído pelo aluno.
O professor tem na avaliação subsídios para uma reflexão contínua de sua práxis
educativa . A partir dela pode reformular seu planejamento, adequando-o às necessidades
de cada momento e,desta forma retomar os conteúdos que são os meios para o alcance
dos objetivos anteriormente propostos e reconhecidos como apropriados para o processo
de aprendizagem individual ou em grupo. Para o aluno é um instrumento de tomada de
consciência de suas dificuldades e possibilidade de revisão de seus investimentos na tarefa
de aprimoramento de seus conhecimentos.
É importante fazer com que o aluno compreenda os critérios de avaliação e sua
finalidade básica em um sentido crítico , ou seja, que conheça e atenda quais são os
elementos relevantes a serem levados em conta em uma avaliação, porque esses
elementos são importantes para a maneira como a avaliação pode contribuir para aquisição
do conhecimento. Assim sendo , a avaliação deixa de ser algo realizado do ponto de vista
de uma autoridade inquestionável e passa a ser compreendida como parte integrante do
processo. Essa concepção permite que o aluno seja visto como produtor de conhecimento.
A escola também deve ser avaliada e questionada continuamente de maneira que
cada momento da avaliação seja uma oportunidade de redefinição da ação educativa na
direção dos objetivos propostos.
Observando os aspectos da sociabilidade e de ordem emocional a avaliação do
aluno se dará valorizando o que ele aprendeu , sua bagagem cultural, respeitando suas
capacidades e diferenças individuais. Considerando esses aspectos, o professor pode
avaliar o aluno:
- observação sistemática: acompanhamento das atividades realizadas pelos alunos
durante o processo de aprendizagem, com registros em diários de classe e outros
instrumentos que possibilitem observação e posterior comparação.
- Análise das produções dos alunos: observar as atividades realizadas para se ter um
quadro real do progresso dos alunos na construção do conhecimento.
- Atividades específicas para a avaliação: condizentes com as realizadas em sala de aula
para avaliação de atividades específicas e esclarecer aos alunos quais aspectos serão
avaliados para que eles fiquem mais atentos.
Assim a avaliação é vista na Escola como um processo que vai fornecer subsídios
para que o professor obtenha medidas de apropriação ou não dos conteúdos por parte dos
alunos, com isso poderá redimensionar suas metodologias realimentando o processo
educativo , sob este ângulo a avaliação é vista como diagnóstica.
Ao professor compete uma visão de avaliação ampla que lhe possibilite saber : o
quê, como, porquê e para quê avaliar.
Da analise do inciso V. do artigo 24 da lei 9394/96, que estabelece a
organização da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar deverá
seguir critérios estabelecidos:
‘’a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os de eventual provas finais;
b)aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
c)obrigatoriedade de estudo de recuperação , de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos’’.
Com muita clareza a lei define que a avaliação não pode ser aceita como um
simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da
aprendizagem indicando um processo continuo e cumulativo, que venha
incorporar todos os resultados obtidos durante o período letivo. Aponta a
possibilidade de aceleração de estudos para alunos que apresentam atraso
escolar, situação que merece projeto próprio, com aprovação específica deste
Conselho Estadual de Educação, para que não se corram riscos da
simplificação de estudos, perdendo-se a qualidade de ensino para a quantidade
de alunos aprovados.
Possibilita ainda os avanços nos cursos e nas séries e mantém a
obrigatoriedade dos estudos de recuperação de preferência paralela ao período
letivo, situações que devem merecer de cada instituição de ensino um rigoroso
programa capaz de promover a valorização real dos alunos nela envolvidos. E é
nesse sentido que a aprendizagem como um processo contínuo com registros
permanentes do aproveitamento escolar pode se tornar um indicativo seguro
para apontar alunos que precisam de recuperação da aprendizagem antes que
o resultado final se concretize.
Cabe assim a responsabilidade às mantenedoras dos estabelecimentos de
ensino quanto a viabilização dos estudos de recuperação criando condições que
tornem exeqüíveis os programas previstos em cada situação escolar.
O Conselho de Classe, quando instituído na escola, tem o sentido de
acompanhamento de todo processo da avaliação analisando e debatendo todos
aos componentes da aprendizagem dos alunos. Como instrumento democrático
na instituição escolar o Conselho de Classe garante o aperfeiçoamento do
processo da avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.
É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de
aulas caminhem juntas , para que a prática ajuizando a teoria, permita avanços
tanto no procedimento metodológico da escola, como no programa social da
educação , que passa necessariamente pela capacidade de apontar caminhos
para toda construção e reconstrução dos currículos de cada escola.(Deliberação
n.º 007/99).
A avaliação final para efeito de aprovação ou retenção , deverá levar em conta todos
os resultados obtidos durante o ano letivo, considerando-se a freqüência e o rendimento
escolar.
A avaliação do aproveitamento será baseada na observação sistemática do
desempenho do aluno e servirá para diagnosticar seu progresso escolar, levando em
consideração as habilidades e atitudes que desenvolve.
Serão considerados aprovados os alunos que:
Obtiveram após aplicada a fórmula:
M.A. = 1º Bim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. , a média anual igual ou superior a
4
6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% sendo esta média anual será
considerada e registrada como média final e o aluno considerado aprovado por média.
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO DE ACORDO COM O QUE CONSTA NOS ARTIGOS DO
REGIMENTO ESCOLAR
Art.115- A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo
aluno.
Art.116- A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único- Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art. 117- A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.
Parágrafo Único- É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Art.118- Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico.
Art. 119- A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento
do pleno desenvolvimento do aluno, não comparando os alunos entre si.
Art.120- O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/
instrumentos/métodos de ensino.
Art.121- Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma, devendo ser realizadas no mínimo duas avaliações
no bimestre.
Art.122- Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo,pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas
para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art.123- A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art.124- A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
Art.125-A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Parágrafo único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
Art.126-A recuperação de estudos, num processo permanente e concomitante,
deverá valer 100% da nota, independente do instrumento de Avaliação, e o resultado
substituirá o valor menor.
Art.127-A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 ( dez vírgula zero).
Art.128- Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos
próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida
escolar.
Parágrafo Único- Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Art.129- A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada a apuração de sua frequência.
Art.130- Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finasi do ensino
fundamental, a média final mínima exigida é de 6,0 ( seis vírgula zero), observando a
frequência mínima exigida por lei.
Art.131- Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, que apresentarem
frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (
seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados no final do ano letivo.
Art.132- Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados
retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% ( setenta e cinco) do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar.
II. Frequência superior a 75% ( setenta e cinco ) do total de horas e média
inferior a 6,0 ( seis vírgula zero) em cada disciplina.
Art.133- A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar; apenas o registro de
frequência do aluno e do conteúdo desenvolvido pelo professor no Diário de Classe.
Parágrafo Único- Na modalidade Educação de jovens e Adultos, o aluno que optar
por frequentar as aulas de Ensino Religioso, terá carga horária da disciplina incluída no total
da carga horária do curso.
Art.134- Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
Art.135- Na modalidade de educação de Jovens e Adultos serão registradas de 02 (
duas) a 06 ( seis) notas por disciplina, que corresponderão a provas individuais escritas e
outros instrumentos avaliados adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno submeter-se-
á na presença do professor.
Art.136- Os registros de notas de Educação de Jovens e Adultos, para o Ensino
Fundamental- Fase II e Ensino Médio constituir-se-ão de:
I- 06 (seis) registros de notas, na disciplina de Língua Portuguesa, matemática,
Língua Portuguesa e Literatura.
II- 04 ( quatro) registros de notas, nas disciplinas de história, Geografia, Cincias
naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia.
III- 02 ( dois) registros de notas, nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia e
Educação Física.
Art.137- Na modalidade Educação de jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no
mínimo 6,0 ( seis vírgula zero) em cada registro de notas resultantes das avaliações
processuais.
Parágrafo Único- O aluno que não atingir a nota 6,0 ( seis vírgula zero) em cada
registro de nota terá direito à recuperação de estudos.
Art.138- Na modalidade de educação de Jovens e Adultos a Média Final (MF) para
cada disciplina corresponderá a média dos Registros de Notas, resultantes das avaliações
realizadas:
Média Final ou MF = soma dos registros de notas
número de Registro de notas
Art.139- Para fins de promoção ou certificado na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 ( seis vírgula zero) em cada disciplina e frequência
mínima de 75% do total de carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100%
na organização individual.
FUNDAMENTAÇÃO:
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS – SOCIOLÓGICOS:
A Filosofia de nossa escola é voltada prioritariamente à valorização do educando e a
busca da melhoria de sua qualidade de vida, através da Educação.
E nesse aspecto é possível considerar de diferentes modos a Filosofia que se prega ,
sendo
I) Uma Filosofia de ação
Na medida que
- Fundamenta a aprendizagem que vá ao encontro das expectativas dos alunos e nas
experiências por eles vividas.
- Seleciona os conteúdos curriculares conforme os critérios de atualidade, utilidade, e
funcionalidade dos mesmos.
- Educa pela vida, para a vida, através da vida.
II) Uma Filosofia desenvolvimentista
Na medida que
- Visa atender as necessidades da comunidade escolar
- Reconhece a realidade cultural e tecnológica da atualidade e se posiciona
historicamente frente as diversidades.
III) Uma Filosofia Humanística
Porque fundamenta-se no conhecimento do valor e da dignidade da pessoa humana:
- Tem como meta a educação e formação integral do ser humano.
- Respeita acima de tudo as diferenças individuais e necessidades especiais do
educando.
- Considera a educação como um permanente processo de promoção humana.
VALORES:
A educação volta-se ao lado humanitário levando o aluno a resgatar os princípios da
ética, da cooperação e solidariedade distanciando-o da marginalidade do mundo
contemporâneo e desenvolvendo habilidades a fim de trabalhar o ser humano bio-psico-
socialmente.
As diretrizes curriculares, propõem uma educação comprometida com a cidadania no
resgate de valores, visando a necessidade de transformação das relações sociais. A visão
integrada da produção de conhecimento nos faz vislumbrar constantemente novos
encaminhamentos. Os valores humanos nos levam a reconhecer a riqueza da diversidade
oferecida por um universo complexo e complementar. Dessa forma, o agir no mundo passa
a respeitar as diferenças numa perspectiva que inclui conhecimento e sensibilidade.
a) Valores Éticos:
Todas as instâncias da vida social têm uma dimensão moral. É preciso possuir
critérios, valores e estabelecer relações.
Diante dos conflitos , das questões complexas, percebem-se os limites das respostas
oferecidas pela moral e a necessidade de problematizar essas respostas, verificando a
consistência de seus fundamentos.
É a ética como reflexão crítica sobre a moral, definida como o conjunto de princípios ,
crenças, regras que orientam o comportamento dos indivíduos nas diversas sociedades.
A escola atenderá a proposta das diretrizes curriculares dando oportunidade a cada
educando de analisar-se e posicionar-se dentro do contexto social, dos grupos dos quais
faz parte, através do desenvolvimento de suas potencialidades, inclusive sua moralidade.
Na escola, ela aparece na perspectiva do desenvolvimento da capacidade de
autonomia das crianças e jovens, com os quais trabalhamos, possibilitando o
desenvolvimento da independência moral, a qual depende mais de experiências de vida
favoráveis do que de discursos e repressões . A escola pretende resolver os conflitos em
situações de diálogo, de defesa dos valores da solidariedade e democracia, dando
oportunidade de opinar, submetendo suas idéias ao juízo de outrem , ouvindo o parecer e
opiniões de seus semelhantes, etc...; e com isso , desenvolvendo nos alunos a competência
para discernimento entre o certo e o errado.
O trabalho Pedagógico assim realizado , atenderá o ideal ético de um eterno pensar,
refletir e construir. Na escola os alunos tomam parte nessa construção; serem livres e
autônomos para pensar e julgar, para problematizar constantemente o seu “eu” pessoal e
no seu “eu” coletivo, fazendo o exercício da cidadania.
b) Valores Políticos:
A vida política é a forma de existência humana em comum e diz respeito tanto às
vivências de caráter privado, na instância da intimidade dos indivíduos ou dos grupos ,
quanto ao poder de participação de uma sociedade, tendo direito a ter direitos, conhecer os
direitos e deveres já vigentes, bem como construir e ou rever os preceitos existentes.
Participar é ser e fazer parte – com seu fazer, sua interferência criativa na construção
da sociedade, os indivíduos configuram seu ser, especificidade, sua marca humana.
O compromisso dessa Escola com a dimensão política , requer a responsabilidade
coletiva quanto a melhoria da qualidade de ensino, às condições humanas relacionais , à
reflexão sobre o bom desempenho dos educadores e demais responsáveis pelo processo
educativo, será esclarecedora das ideologias que permeiam as relações sociais e deverá
instrumentalizar os alunos para tomadas de decisão na vida profissional, nem sempre
guiadas pela tecnologia , mas pelas convivências.
Logo, essa Escola será um espaço de formação e informação, onde a aprendizagem
dos “conteúdos” será em função dos objetivos maiores, que favorecerão a inserção do
aluno no dia a dia das questões sociais e em um universo cultural global.
Nesse universo vivenciado pelo educando, ele terá condições de atuar de forma
criativa, transformadora , justa e progressiva , promovendo o bem estar individual e coletivo,
Será um participante real e ideal da vida científica, cultural , social e política do País e do
Mundo.
c) Valores Religiosos:
“A necessidade do transcendente é peculiar ao Ser Humano”.
Uma Educação que vise à formação integral do Educando não pode deixar de
contemplar o desenvolvimento de sua dimensão religiosa”.
.
A escola, como local onde se manifestam múltiplas formas de tradições religiosas e
nas quais ocorreram manipulações políticas – econômicas – ideológicas, deverá orientar
seus alunos quanto a necessidade de cada um integrar-se a uma linguagem para
comunicar-se com O Transcendente – DEUS – e assim numa busca da dimensão mais
profunda do currículo escolar e das relações que se criam na escola, descobrir o sentido
último das coisas e proporcionar a visão de TODOS o processo educativo onde a RAZÃO e
a FÉ, levem a pessoa humana a sua formação integral : intuitiva, consciência crítica,
comunitária, participativa, comprometida com a realidade social, política e econômica, com
a vida, como agente da história e construtora de uma sociedade mais justa, fraterna, ética,
“numa visão de Deus, não distanciado, mas contextualizado”.
PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS:
O conhecimento é uma construção coletiva, forjada sócio-interativamente na sala de
aula, no trabalho, na família e em todas as demais formas de convivência. O aluno participa
ativamente de todas as atividades na construção de identidades capazes de suportar a
inquietação e conviver com o incerto, o imprevisível, valorizando a diversidade e a
qualidade.
Cabe à escola viabilizar um ensino que promova o desenvolvimento das aptidões
através de aprendizagens significativas e onde os conteúdos relevantes serão os meios
oportunizadores deste crescimento pessoal.
LINHA PEDAGÓGICA ADOTADA:
A Proposta Pedagógica da Escola Estadual General Antonio Sampaio, sustenta-se
na prática Pedagógica de respeito pelo ser humano, de solidariedade e da busca da
realização pessoal através da educação.
A prática pedagógica nortear-se-á pelas teorias construtivistas, sociointeracionistas,
de Wallon,Piaget e Vygotsky.
Na Educação de Jovens e Adultos a prática pedagógica nortear-se-á na pedagogia
da autonomia conforme a teoria do Pedagogo Paulo Freire.
A teoria de Henri Wallon fundamentou-se em quatro grandes temas – O movimento,
a emoção, a inteligência e a construção do eu, enfatizado o indivíduo como um ser
geneticamente social que busca a individuação, num constante movimento de interação e
oposição ao outro. Esta teoria traz inúmeras e importantíssimas contribuição para a
Educação Infantil.
De Piaget, buscando aplicar a lei da equilibração, no sentido de fazer com que o
educando busque novos conhecimento, formule seus conceitos, crie suas hipóteses,
elabore novos paradigmas e formule suas verdades, voltando ao equilíbrio de um novo
saber ou a “verdadeira construção do conhecimento”.
Nessa perspectiva construtiva, o educando aprende na própria vida, pela vida, para a
vida, tendo a escola como fonte de conhecimentos e orientadora do processo de “aprender
a aprender”.
A escola portanto, será um ambiente propício para que haja a interação do
educando/educador, onde ambos vão aprimorar, elaborar e construir o conhecimento
efetivamente.
De acordo com Vygotsky e como ele considera que a aprendizagem ocorre, as
atribuições dos educadores será de mediador e orientador da aprendizagem. Portanto, o
educador nessa visão, deixa de ser um mero transmissor de conhecimentos e verdades
absolutas.
Buscaremos adaptar os conhecimentos desses pensadores às nossas reais
necessidades pedagógicas, na busca de um saber articulado às experiências sociais, à vida
concreta, visamos um ensino baseado na Educação como fonte de subsídios para a
formação de um ser humano crítico, participativo e consciente.
Para Paulo Freire a EJA é uma modalidade de ensino que busca atender a
especificidade dos alunos jovens e adultos que sofreram o processo de exclusão escolar,
pelos mais diversos motivos, na infância ou na adolescência. Esta modalidade de ensino
trabalha com a concepção emancipatória da educação. A prática pedagógica do professor
em relação ao desenvolvimento da autonomia dos seus educandos, diz da necessidade de
se respeitar o conhecimento dos seus destinatários trazem para escola, pois ele é um
sujeito histórico e social, e já trás de sua casa vários saberes aprendido no seu dia-a-dia,
por isso que o professor deve valorizar esse conhecimento, e desenvolve-lo cada vez mais.
Esse tipo de pensamento é que os professores devem ter sempre antes de entrar em sala
de aula, na qual chamamos de ética universal que busca a formação humana.
TIPO DE CONHECIMENTO:
De acordo com a proposta adotada pelo Estabelecimento de ensino, embasado na
Teoria construtiva e sócio-interacionista, visa a construção ativa das capacidades
intelectuais para responder as necessidades educativas fundamentais.
Os conteúdos atitudinais norteiam o conhecimento escolar, portanto a escola, como
geradora de atitudes em relação ao conhecimento, busca, através de uma prática
constante, coerente e sistemática, que esses valores e atitudes almejados sejam expressos
no relacionamento social e procedimental, sem deixar de lado os valores individuais
segundo suas crenças e valores familiares.
A GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA
Como uma exigência da própria sociedade atual a gestão democrática é tida como
um dos caminhos para a democratização do poder na escola de maneira participativa. Esta
acontecerá associada ao presente projeto que efetivamente influencia a gestão escolar
como um todo, e de medidas que garantam a autonomia administrativa , pedagógica e
financeira sem eximir o Estado de suas obrigações com o ensino público, buscando a
pedagogia da inclusão, permanência e sucesso. A interdisciplinariedade e a
contextualização farão parte da práxis educativa no desenvolvimento do currículo. Esse
trabalho se apresentará sob a forma de: projetos de estudo, formação continuada dos
docentes, dinâmicas de grupo com alunos e comunidade, atividades diversificadas
(concursos, palestras). A escola é vista, desta forma como um espaço para a construção de
uma cultura democrática capaz de disseminar-se, todos os segmentos da escola adquirem
assim, um papel decisório nas ações propostas.
Os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a
decisão funcionar caracterizam a ação que denominamos gestão. Em outras palavras, a
gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para se atingir os
objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-
administrativos. A direção é um princípio e atributo da gestão, mediante a qual é canalizado
o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo dos objetivos. A
organização escolar não é uma coisa objetiva, um espaço neutro a ser observado, mas algo
construído pela comunidade educativa, envolvendo os professores, os alunos, os pais.
Vigoram formas democráticas de gestão e de tomada de decisões.. Ou seja, tanto a gestão
como o processo de tomada de decisões se dão coletivamente, possibilitando aos membros
do grupo a discussão pública de projetos e ações e o exercício de práticas colaborativas.
A concepção democrático-participativa baseia-se na relação orgânica entre a direção
e a participação dos membros da equipe. Acentua a importância da busca de objetivos
comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de tomada de decisões sem,
todavia, desobrigar as pessoas da responsabilidade individual. Ou seja, uma vez tomadas
as decisões coletivamente, cada membro da equipe deve assumir sua parte no trabalho. A
escola visa envolver toda a comunidade escolar num processo de tomada de decisões, o
que buscamos, é a construção de um modelo de educação que pressupõe a participação
coletiva de professores, pais, funcionários, diretores, pedagogos e alunos na discussão, na
argumentação e na escrita da identidade da escola. Exige-se primeiramente um esforço
coletivo e uma mudança de mentalidade da comunidade escolar, onde todos sejam
juntamente gestores, por isso, o desafio é construir novas relações no interior da escola.
CURRÍCULO:
A concepção de Currículo adotada pela Escola, vista ‘’como conjunto de
conhecimentos e experiências de aprendizagem oferecido aos estudantes, passa por vários
níveis ou instâncias de elaboração’’. (CENPEC – março/1998) Ele é resultado de
prioridades de políticas educacionais; diretrizes; leis; orientações e indicações dos
conteúdos de ensino, que deverão ser selecionados, organizados, sequenciados e que
possam estar diretamente centrados nas experiências dos alunos e nas necessidades
formativas do ser humano na sua dimensão individual e social.
‘’Numa amplitude de concepção de Currículo, buscar-se-á envolver três aspectos:
Currículo formal: planos e propostas pedagógicos; Currículo em ação: aquilo que
efetivamente acontece nas salas de aula e nas escolas; Currículo oculto: a não dito , aquilo
que tanto alunos, quanto professores trazem, carregando de sentidos próprios criando as
formas de relacionamento , poder e convivência nas salas de aula’’. (SANTOS, Naura N. M.
, 1999). Segundo GOMES.Pérez;Sacristán, p.148:
1º - O estudo do currículo deve servir para oferecer uma visão da cultura que se dá nas
escolas, em sua dimensão oculta e manifesta, levando em conta as condições em que se
desenvolve;
2º - Trata-se de um projeto que só pode ser entendido como um processo historicamente
condicionado, pertence a uma sociedade, selecionando de acordo com as forças
dominantes nela, mas não apenas com capacidade de reproduzir , mas também de incidir
nessa mesma sociedade;
3º - O currículo é um campo no qual interagem idéias e práticas reciprocamente;
4º - Como projeto cultural elaborado, condiciona a profissionalização do docente e é preciso
vê-lo como uma pauta com diferente grau de flexibilidade para que os professores
intervenham nele.
Logo, o currículo deverá representar a opção política e filosófica que, refletindo
tendências culturais e econômicas de seu tempo, determinam as formas de educação.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A sociedade da informação é uma sociedade de constante risco por causa da
destruição da natureza e dos problemas humanos decorrentes da degradação ambiental.
Vivemos em constante risco, além disso, a sobrevivência humana está ameaçada.As
autoridades, os órgão públicos vivem prometendo segurança para a população, todavia,
boa parte da solução dos problemas não depende dessas pessoas mas de interesses
econômicos privados.
Há diferentes entendimentos em relação à educação ambiental.A corrente
conservacionista defende a preservação das matas, dos animais, dentro de uma noção de
natureza biofísica intocável. Perante formas destruidoras da natureza e que retiram da
população meios de ganhar a vida defenderia a manutenção de formas de vida primitivas. A
corrente naturalista propõe uma forma de educação pelo contato com a natureza, ávida ao
ar livre, o que levaria ao turismo ecológico.A corrente da gestão ambiental incentiva ações
de movimentos sociais, de comunidades e de governos na luta pela despoluição das águas
e do ar, critica todas as formas de depredação da natureza, principalmente pela indústria. A
corrente da economia ecológica, que agrupa organismos internacionais e associações
ambientalistas, se caracteriza por defender tecnologias alternativas no trato da terra, no uso
da energia, no tratamento dos resíduos. Essa corrente se desdobra em duas vertentes
muito diferentes entre si: a vertente do “desenvolvimento sustentável” cujo modelo de
desenvolvimento é o capitalista, devidamente reciclado;a vertente das “sociedades
sustentáveis” que, sem negar os avanços técnicos e o desenvolvimento ambiental,
questiona o modelo de progresso destruidor da natureza(CORRENTINO,1995).
Essas quatro correntes enfatizam diferentes concepções e formas de fazer educação
ambiental e, do ponto de vista pedagógico, não se excluem. A educação ambiental contribui
na formação humana:
- levando os alunos a refletiram sobre as questões do ambiente no sentido de que as
relações do ser humano com a natureza e com as pessoas assegurem uma qualidade de
vida no futuro, diferente do atual modelo economicista de progresso;
- educando as crianças e jovens para proteger, conservar e preservar espécies, o
ecossistema e o planeta como um todo;
- ensinando a promover o autoconhecimento, o conhecimento do universo, a integração
com a natureza;
- introduzindo a ética da valorização e do respeito à diversidade das culturas, às diferenças
entre as pessoas, pois os seres humanos estão incluídos no conceito de natureza;
- empenhando os alunos no fortalecimento da democracia , da cidadania, das formas
comunitárias de discutir e resolver problemas , da educação popular;
- levando a tomadas de posições sobre a conservação da biodiversidade, contra o modelo
capitalista de economia que gera sociedades individualistas, exploradoras e depredadoras
da natureza biofísica e da natureza humana.
A educação ambiental não pode ser apenas uma tarefa da escola, ela envolve ações
práticas que dizem respeito ao nosso comportamento nos vários ambientes. Ao mesmo
tempo em que se precisa conhecer mais a respeito da natureza e mudar nossa relação com
ela, é preciso articular ações individuais com medidas mais gerais. As pessoas precisam ser
convencidas a se engajar em campanhas para a coleta seletiva do lixo, a adquirir o hábito
de não jogar lixo no chão, a não mutilar a natureza, a lutar contra a poluição ambiental. Um
outro sentido da atitude ecológica é o recusar um conceito de progresso baseado na
capacidade de possuirmos objetos e bens de consumo, assumindo uma visão de vida
baseada mais na relação com a natureza e as pessoas do que com os objetos
(Libâneo,2004).
EDUCAÇÃO INTERCULTURAL
A idéia de educação intercultural, que se projeta num currículo intercultural, está
assentada no princípio pedagógico mais amplo: o acolhimento da diversidade, isto é, o
reconhecimento dos outros como sujeitos de sua individualidade, portadores de uma
identidade cultural própria. Acolher a diversidade é a primeira referência para a luta pelos
direitos humanos. A presença da diversidade humana na sociedade resulta na
transversalidade de culturas, no sentido de que toda cultura é plural.Uma prática, um
comportamento intercultural, significa reconhecer o pluralismo cultural, aceitar a presença
de várias culturas e desenvolver hábitos mentais e atitude de abertura e diálogo com essas
culturas(Gimeno, 1995).
De fato, professores e alunos convivem com uma pluralidade crescente de pessoas e
grupos sociais. Vem aumentando a interação entre pessoas de diferentes lugares, em boa
parte por causa da intensificação da migração decorrente do aumento das desigualdades,
da pobreza, da falta de terra. Com isso, as crianças nas escolas convivem com pessoas
diferentes, às vezes com culturas e costumes diferentes, diferentes etnias e diferentes
linguagens. Uma educação intercultural requer que as decisões da equipe escolar sobre
objetivos escolares e organização curricular reflitam os interesses e necessidades
formativas dos diversos grupos sociais existentes na escola( a cultura popular, o urbano e o
rural, a cultura dos jovens, a cultura dos homens e mulheres, de brancos e de negros, das
minorias étnicas, dos alunos com necessidades especiais).
Assumir o objetivo da educação intercultural não significa reduzir o currículo aos
interesses dos vários grupos culturais que freqüentam a escola. O que se propõe é que,
com base em uma atitude coletiva definida pela escola no sentido de um pluralismo cultural-
uma visão aberta e plural em relação às culturas existentes na sociedade e na comunidade-
, seja, formulada uma proposta curricular que incorpore essa visão intercultural.
Não basta, todavia, pensar apenas no currículo formal. A educação intercultural
perpassa a organização escolar, o tipo de relações humanas que existe entre os
profissionais e os usuários da escola, o respeito a todas as pessoas que nela trabalham. Ou
seja, trata-se de uma mudança de mentalidade, de transformação das formas de pensar, de
sentir, de comportar-se em relação aos outros.
É preciso considerar, além disso, que os alunos trazem para a escola e para as salas
de aula um conjunto de significados, crenças, modos de agir, resultante de aprendizagens
informais , que muitos autores chamam de cultura paralela ou currículo extra escolar.
Fazem parte dessa cultura paralela o cinema, a TV, os vídeos, as conversas entre alunos e
entre amigos, as revistas populares, o rádio de onde os alunos extraem sua forma de ver o
mundo, as pessoas , as diferentes culturas, povos, etc. A organização escolar e os
professores precisam saber como articular essas culturas, ajudar os alunos a fazerem as
ligações entre a cultura elaborada e a sua cultura cotidiana, de modo que adquiram
instrumentos conceituais, formas do pensar e de sentir, para interpretar a realidade e intervir
nela ( Libâneo, 2004).
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação de qualidade é aquela que promove “para todos” o domínio de
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas , operativas e sociais
necessários ao atendimento de necessidade individuais e sociais dos alunos, à inserção no
mundo do trabalho, à constituição da cidadania, tendo em vista a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária. Em outras palavras, escola com qualidade social significa
inter-relação entre qualidade formal e política, é aquela baseada no conhecimento e na
ampliação do desenvolvimento cognitivo, operativo e social, atendendo as necessidades de
inclusão.
A escola não pode mais ser considerada isoladamente de outros contextos, outras
culturas, outras mediações. A escola contemporânea precisa voltar-se para as novas
realidades, ligar-se ao mundo econômico, político, cultural, mas precisa ser um baluarte
contra a exclusão social. A luta contra a exclusão social e por uma sociedade justa, uma
sociedade que inclua todos, passa pela escola e pelo trabalho dos professores. Propõe-se
para essa escola, um currículo centrado na formação geral e continuada de sujeitos
pensantes e críticos, na preparação para uma sociedade técnica/informacional, na formação
para a cidadania crítico-participativa e na formação ética.
A educação inclusiva, sob a dimensão curricular , significa que o aluno com
necessidades especiais deve fazer parte da classe regular, cabendo ao professor elaborar
um trabalho pedagógico que atenda às necessidades individuais de todos os alunos ,
sobretudo às dos alunos com necessidades especiais.
QUESTÕES ÉTNICAS E RACIAIS – CULTURAS NEGAS E SILENCIADAS
Sabemos que historicamente as escolas vem desenvolvendo conteúdos e discursos
que trazem as marcas de culturas homogêneas e hegemônicas.
A educação não é neutra, nunca foi. Ela foi produzida pelas elites, definindo até os
dias de hoje as divisões sociais.
A escola atual tem o compromisso com a (re)construção do projeto político
pedagógico em todos os seus aspectos, que precisam ser revistos, reelaborados,
sistematizados e apropriados para os nossos estudantes.
Precisamos promover um processo de socialização e produção de saberes que
contemplem as culturas e as vozes dos grupos sociais minoritários e/ou marginalizados que
não dispõe de estrutura imponente de poder e que geralmente são bruscamente
silenciadas.
Não podemos cair no equivoco de dedicar um dia do ano à luta contra os preconceitos racistas ou a refletir sobre as formas adotadas pela opressão das mulheres da infância. Um currículo anti-marginalização é aquele em que toso os dias do ano letivo, em todas as tarefas acadêmicas e em todos os recursos didáticos estão presentes as culturas silenciadas. (SANTOMÉ, 1992, p. 172)
São numerosas as formas através das quais o racismo aflora no sistema
educacional, de forma consciente ou oculta. Assim, por exemplo, podem-se detectar
manifestações de racismo nos livros didáticos de diversas áreas do conhecimento,
especialmente através dos silêncios que são produzidos em relação aos direitos e
características de comunidades, etnias e povos minoritários e sem poder.
As atitudes de racismo e discriminação costumam ser dissimuladas também
recorrendo a descrições dominadas por estereótipos e pelo silenciamento de
acontecimentos históricos, sócio-econômicos e culturais. Basta uma repassada pelos livros
didáticos para nos fazer ver de que forma fenômenos como invasões coloniais e
espoliações de recursos naturais de numerosos povos do terceiro mundo aparecem
nomeados como atos de descobrimento, aventuras humanas, feitos heróicos, desejos de
civilizar seres primitivos ou bárbaros, de fazê-los participar da verdadeira religião, etc. É
muito difícil encontrar raciocínios em torno de conceitos como exploração e domínio,
alusões a situações de escravidão e ações de brutalidade, com as quais se levam a cabo
muitas das invasões e colonizações de populações e territórios.
Como uma história narrada como tal quantidade de deformações, seus leitores e
leitoras podem facilmente atribuir a esses povos qualificativos tais como: primitivos, cruéis,
assassinos, ladrões, estúpidos, pobres, exóticos. Com isso, uma pessoa dessas nações ou
etnias, quando se vê obrigada a emigrar ou a exilar-se em países nos quais esse tipo de
material predomina nas instituições escolares, tem muitas possibilidades de ser recebida
com atitudes de comportamentos de hostilidade.
A partir disso, devemos desconstruir a neutralidade no interior da escola com uma
discussão mais viva desses temas. Para isso há que se transformar as concepções de
todos os envolvidos no processo, desconstruindo também (principalmente) as mentalidades
enraizadas, trabalhando com as diferentes disciplinas e ares de ensino, integrando-as numa
perspectiva emancipadora e liberadora.
PREVIDA
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou através da Lei n° 14.607 de
05 de Janeiro de 2005, que as instituições de ensino fundamental de 5ª a 8ª séries
contemplem em sua proposta pedagógica, estudo sobre o uso indivíduo de drogas e
prostituições infantil, no sentido de orientação.
A escola realizará através de estudos transdisciplinares envolvendo todas as áreas
do conhecimento pois acredita cada vez mais necessário a Prevenção da Vida no âmbito
escolar, a fim de solucionar problemas há tempos arraigados em nossa cultura social. O
caráter de urgência se ressalta ainda mais, uma vez que este assunto invade a vida do
adolescente, interferindo em suas atitudes, fortemente influenciadas pelas relações
interpessoais. Este trabalho será realizado através de reportagens, vídeos, palestras,
estatísticas e outros materiais para melhor orientar as crianças e os adolescentes.
Repercute na elaboração e redimensionamento de valores éticos, morais e sociais e de
juízos estéticos para que o adolescente possa posicionar-se diante da realidade. Por essa
razão, torna-se necessário um diálogo, uma parceria entre os envolvidos, alunos e
educadores, para a verdadeira efetivação do processo educacional.
ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ
Dentro das diretrizes curriculares elaboradas por este estabelecimento de ensino,
foram contempladas questões regionais com estudos de conteúdos referentes a História do
Paraná e Geografia do Paraná.
O aluno deverá ter a oportunidade de resgatar sua identidade local permitindo um
avanço de muitos questionamentos, propondo um novo perfil do papel da cultura
paranaense na formação do país, estabelecendo e reconhecendo novas perspectivas para
uma compreensão do global.
Ao constituirmos os pressupostos para traçar um novo perfil do papel de cultura
regional na formação do Brasil, respeitamos e valorizamos usos e costumes locais e
diferenças étnicas. Ao trabalharmos questões regionais, construímos uma imagem mais
positiva de nossa condição de cidadãos brasileiros e como agentes de nossa história.
VI – MARCO OPERACIONAL
LINHAS DE AÇÃO
PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A concepção democrático-participativa de gestão valoriza o desenvolvimento pessoal, a
qualificação profissional e a competência técnica.A escola é um espaço educativo, lugar de
aprendizagem em que todos aprendem a participar dos processos decisórios, mas é
também o local em que os profissionais desenvolvem sua profissionalidade.
A organização e a gestão do trabalho escolar requerem o constante aperfeiçoamento
profissional-político, científico, pedagógico de toda a equipe escolar. A formação continuada
é uma maneira diferente de ver a capacitação profissional de professores. Ela visa ao
desenvolvimento pessoal e profissional mediante práticas de envolvimento dos professores
na organização da escola, na organização e articulação do currículo, nas atividades de
assistência pedagógico-didática junto com a coordenação pedagógica,nas reuniões
pedagógicas, nos conselhos de classe,etc. O professor deixa de estar apenas cumprindo a
rotina e executando tarefas, sem tempo de refletir e avaliar o que faz.
Na nova concepção de formação do professor como crítico, como profissional
reflexivo e pesquisador e elaborador de conhecimentos, como participante qualificado na
organização e gestão da escola, o professor prepara-se teoricamente nos assuntos
pedagógicos e nos conteúdos para poder realizar a reflexão sobre sua prática; atua como
intelectual crítico na contextualização sociocultural de suas aulas e na transformação social
mais ampla;torna-se investigador analisando suas práticas docentes, revendo as rotinas,
inventando novas soluções; desenvolve habilidades de participação grupal e de tomada de
decisões seja na elaboração do projeto pedagógico e na proposta curricular seja nas várias
atividades da escola como execução de ações, análise de problemas, discussão de pontos
de vista, avaliação de situações, etc. Esse é o sentido mais ampliado que assume a
formação continuada.
A Educação continuada se faz necessária pela própria natureza do saber e do fazer humanos como prática que se transformam constantemente.A realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre. Dessa forma, um programa de educação continuada se faz necessário para atualizarmos nossos conhecimentos, principalmente pra analisarmos as mudanças que ocorrem em nossa prática, bem como para atribuirmos direções esperadas a essas mudanças.(Christov,1998,p.9)
O importante é acreditar que a formação continuada é condição indispensável para a
profissionalização, que se põe como requisito para a luta de melhores salários e melhores
condições de trabalho, assim como para o exercício responsável da profissão, o
profissionalismo.
Enquanto agirmos em nossas escolas contentando-nos com níveis mínimos de profissionalização(qualificação mínima, descompromisso com a atualização pedagógica, auto-desqualificação...) e profissionalismo(insensibilidade ao insucesso escolar dos alunos, má qualidade das experiências de aprendizagem dos alunos, rotinização e desencanto com o trabalho...) a luta pela profissionalidade se esvazia porque os professores continuarão pensando que , como está , está bom. (Guimarães,1999,p.5)
A formação continuada é outra das funções da organização escolar, envolvendo
tanto o setor pedagógico como o técnico e administrativo. A formação continuada é
condição para a aprendizagem permanente e para o desenvolvimento pessoal, cultural e
profissional de professores e especialistas. É na escola, no contexto de trabalho, que os
professores enfrentam e resolvem problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam
e recriam estratégias de trabalho e, com isso, vão promovendo mudanças pessoais e
profissionais.
Uma formação permanente, que se prolonga por toda a vida, torna-se crucial numa
profissão que lida com a transmissão e internalização de saberes e com a formação
humana, numa época que se renovam os currículos, introduzem-se novas tecnologias,
acentuam-se os problemas sociais e econômicos, modificam-se os modos de viver e de
aprender, reconhece-se a diversidade social e cultural dos alunos.
É em relação a novas e difíceis condições de exercício da profissão que a formação
continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando
os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e
elaborando formas de enfrentá-las.De fato, não basta saber sobre as dificuldades da
profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações
coletivas.Segundo Philippe Perrenoud, a reflexão possibilita transformar o mal estar, a
revolta, o desânimo, em problemas, os quais podem ser diagnosticados, explicados e até
resolvidos com mais consciência, com mais método. Ou seja, uma prática reflexiva, nas
reuniões pedagógicas, nas entrevistas com a coordenação pedagógica, nos cursos de
aperfeiçoamento, nos conselhos de classe, etc., leva a uma relação ativa e não queixosa
com os problemas e dificuldades.
A formação continuada consiste de ações de formação dentro da jornada de trabalho
e fora da jornada de trabalho. Ela se faz por meio de estudos, da reflexão, da discussão e
da confrontação das experiências dos professores.É responsabilidade da instituição, mas
também do próprio professor, porque o compromisso com a profissão requer que ele tome
para si a responsabilidade com a própria formação, assim sendo a escola contará com
encontros e grupos de estudo.
Também fazem parte das práticas de formação continuada aquelas ações de
acompanhamento das equipes das escolas promovidas pelas Secretarias de Educação ,
visando apresentar diretrizes gerais de trabalho, oferecer assistência técnica especializada
ou programas de atualização e aprimoramento profissional. Todavia, cabe um papel
decisivo às equipes técnicas das escolas que prestam assistência pedagógico-didática aos
professores, coordenam reuniões e grupos de estudo, supervisionam e dinamizam o projeto
pedagógico, auxiliam na avaliação da organização escolar e do rendimento escolar dos
alunos, trazem materiais e propostas inovadoras, acompanham as aulas, prestam
assistência na utilização de novos recursos tecnológicos como o computador, a Internet.
A formação em serviço ganha hoje tamanha relevância que constitui parte das
condições de trabalho profissional. Os sistemas de ensino e as escolas precisam assegurar
condições institucionais, técnicas e materiais para o desenvolvimento profissional
permanente do professor.
DEFINIÇÃO DE PAPÉIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO:
O gestor como articulador dos diferentes segmentos escolares em torno do Projeto
Político Pedagógico, desempenhará suas próprias tarefas no aspectos organizacional da
escola em relação à responsabilidade social frente a comunidade. Sua liderança será
exercida de maneira democrática, dividindo o poder de decisão e de deliberação sobre
assuntos escolares com: professores, funcionários, pais, alunos e comunidade escolar
representada pelo Conselho Escolar e Associação de Pais e Mestres, estimulando a
participação de todos.
O professor, a partir de sua participação ativa na escola deverá aperfeiçoar
continuamente a qualidade do seu trabalho docente, como mediador entre o aluno e o
conhecimento, assumindo responsabilidades, exercendo direitos e praticando a cidadania.
A Equipe Pedagógica tendo como preocupação maior, o desenvolvimento integral do
educando, no contexto atual, pretende contribuir não mais para atender " alunos problemas"
, mas para discutir junto com todos os alunos e demais envolvidos no processo educativo,
os conflitos que vivenciamos e as possíveis soluções cabíveis a cada situação em
discussão.
O pedagogo buscará desenvolver a articulação didático- pedagógica que irá além
das relações interpessoais: aluno x professor; professor x professor x pais e ou
responsáveis, abrangerá as orientações emanadas da SEED, conteúdos, métodos e a
reflexão teórico-prática , no interesse de que as ações pedagógicas e decisões tomadas no
ato de ensinar e aprender se façam de modo fundamentado e articulado. Com referência ao
aperfeiçoamento dos docentes a equipe pedagógica juntamente com a direção oportunizará
a participação dos docentes em cursos, palestras e ou eventos que promovam ao
atualização constante dos mesmos.
A prática escolar depende também da participação de todos os funcionários,
pois cada um, na sua área, contribui para o bom andamento das atividades pedagógicas e
para um ensino de qualidade. Os agentes educacionais I concentrarão suas atividades na
manutenção de infraestrutura escolar e preservação do meio ambiente, alimentação
escolar, assim como, a interação com o aluno. Os agentes educacionais II concentrarão
suas atividades na administração escolar e operação de multimeios escolares e interação
com o aluno. Para tanto, serão incentivados a atualização na área de relacionamento
humano e da prática da atividade que desempenham.
Estendendo a preocupação educativa à família e à comunidade estaremos co -
responsabilizando a sociedade e também garantindo a valorização da escolaridade através
das estratégias educativas da família.
Sendo dada a devida importância à participação da família e da comunidade no
processo escolar e nas políticas educacionais, esta se fará através da participação dos
mesmos em reuniões , palestras e encontros formativos promovidos pela escola.
O aluno sendo centro do processo educacional participará de maneira efetiva na
construção do seu próprio conhecimento sob a mediação do professor e da família,
garantindo assim o seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparando-se para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho conforme rege a Carta Magna e em
consonância com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
DIREÇÃO
O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola, auxiliado
pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos-administrativos,
atendendo às leis,regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de
ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela equipe escolar e pela
comunidade.
EQUIPE PEDAGÓGICA
O setor pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e
orientação educacional. Como são funções especializadas, envolvendo habilidades
bastante especiais, seus ocupantes devem ser formados em cursos de Pedagogia ou
adquiram formação pedagógico-didática específica.
O coordenador pedagógico supervisiona, acompanha,assessora, apóia, avalia as
atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência
pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao
trabalho interativo com os alunos. Outra atribuição que cabe ao coordenador pedagógico é
o relacionamento com os pais e a comunidade, especialmente no que se refere ao
funcionamento pedagógico-curricular e didático da escola e comunicação e interpretação da
avaliação dos alunos.
O orientador educacional, cuida do atendimento e do acompanhamento escolar dos
alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade.
CORPO DOCENTE E DISCENTE
O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola,
cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o processo de
ensino e aprendizagem. Os professores de todas as disciplinas formam, junto com a direção
e os especialistas, a equipe escolar. Além de seu papel específico de docência das
disciplinas , os professores também têm a responsabilidade de participar na elaboração do
plano escolar ou projeto pedagógico curricular, na realização das atividades da escola e nas
decisões dos conselhos de escola e de classe ou série, das reuniões com pais, da A.P.M.F.
e das demais atividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade.
O corpo discente constitui-se dos alunos e suas associações representativas.
EQUIPE ADMINISTRATIVA
O setor técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram o
atendimento dos objetivos e funções da escola.
A Secretaria escolar cuida da documentação , escrituração e correspondência da
escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo
atendimento de pessoas. Para realização desses serviços, a escola conta com um
secretário e escriturários ou auxiliares de secretaria.
O serviço de multimeios compreende a biblioteca , os laboratórios, os equipamentos
audiovisuais, a videoteca e outros recursos didáticos.
EQUIPE DE APOIO
A zeladoria , realizada pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e limpeza
do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da cozinha e da
organização e distribuição da merenda escolar; da execução de pequenos consertos e
outros serviços rotineiros da escola.
PARCERIAS E ÓRGÃOS COLABORADORES:
Como forma de parceria a escola conta com Associações de Pais Mestres e
Funcionários e o Conselho Escolar.
A Associação de Pais e Mestres foi fundada e constituída em 08 de outubro de 1979
por tempo indeterminado, tendo uma finalidade tríplice :
- colaborar no aprimoramento do processo educacional;
- Colaborar na assistência ao escolar;
- colaborar na integração família-escola-comunidade.
O Conselho Escolar, criado pela Resolução n.º 4.333/92 como órgão deliberativo no
auxilio da administração direta, atuando em função das condições reais da escola, da
organicidade do próprio Conselho e das competências dos profissionais da escola.É um
órgão colegiado composto por representantes das comunidades escolar e local, que têm
como atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas, financeiras
no âmbito da escola. Cabe aos conselhos , também analisar as ações a empreender e os
meios a utilizar para o cumprimento das finalidades da escola. Eles representam as
comunidades escolar e local, atuando em conjunto e definindo caminhos para tomar as
deliberações que são de sua responsabilidade.
Representam assim, um lugar de participação e decisão , um espaço de discussão,
negociação e encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação
social e promovendo a gestão democrática. São, enfim, uma instância de discussão,
acompanhamento e deliberação, na qual se busca incentivar uma cultura democrática,
substituindo a cultura patrimonialista pela cultura participativa e cidadã.
PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
CONSELHO DE CLASSE
De acordo com o disposto na Seção IV do Regimento Escolar sobre o Conselho de
Classe, constam os seguintes artigos:
Art.22- O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos,fundamentado no Projeto Político-
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as
ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem.
Art.24- Ao Conselho de Classe cabe verificar-se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-
educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino.
Art.25- O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades
apontadas no processo ensino e aprendizagem.
Art.26- O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a), pela equipe
pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma
turma e/ou série, por meio de:
I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da
equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de
alunos por turma e/ou série.
Art.27- A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e
oito) horas.
Art.28- O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
Art.29- As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a)
secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
Art.30- São atribuições do Conselho de Classe:
I – analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos
metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino aprendizagem;
II – propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a
melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III -estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo
de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a
Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV – acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar
os dados qualitativos e quantitativo do processo ensino e aprendizagem;
V – atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do
aluno para a série etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos resultados finais,
levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI – analisar pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do
estabelecimento, no prazo de até 72(setenta e duas)horas úteis após sua divulgação em
edital.
CONSELHO ESCOLAR
Segundo o Regimento Escolar desta instituição de ensino os seguintes artigos
discorrem sobre o Conselho Escolar:
Art.9- O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da Secretaria do Estado da Educação.
Art.10- O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação
pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a) diretor(a)
escolar.
§ 1º – A comunidade escolar é compreendida como o conjunto de profissionais da
educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e
frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
§ 2º – A participação das representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará em quinto (1/5) do colegiado.
Art.11- O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros
que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
Art. 12- O Conselho Escolar tem, como principal atribuição, aprovar e acompanhar e
efetivação do Projeto político pedagógico do estabelecimento de ensino.
Art.13- Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade
dos níveis e modalidades de ensino.
Parágrafo Único- As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e
suplentes, relizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um
mandato de 2 ( dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
Art.12- O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
I – diretor(a);
II – representantes da equipe pedagógica;
III - representantes da equipe docente ( professores);
IV - representantes da equipe técnico-administrativa;
V – representantes da equipe auxiliar operacional;
VI- representante dos discentes (alunos);
VII- representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII- representantes dos movimentos sociais organizados da comunidade ( Associação de
Moradores, Igrejas, Unidades de saúde, etc.
Art.15- O Conselho Escolar será regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 ( dois
terços) de seus integrantes.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES
A Associação de Pais e Mestres é um órgão associativo, constituído pelos pais ou
responsáveis dos alunos e pelos membros do Corpo Docente e terá como finalidade
principal, a integração Escola-Família-Comunidade, bem como a promoção de atividades
que gerem algum benefício educacional, social, desportivo ou cultural para os alunos ou
suas famílias.
A Associação de Pais e Mestres se regerá por estatuto próprio aprovado pela
Direção da Escala que indicará seu representante junto à Associação.
É vedada a Associação de Pais e Mestres a ingerência nos assuntos internos
administrativos e pedagógicos da Escola.
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
AVALIAÇÃO
A avaliação institucional é uma função primordial do sistema de organização e gestão
dos sistemas escolares e das escolas. Essa avaliação, também chamada administrativa,
visa a obtenção de dados quantitativos e qualitativos sobre os alunos, os professores, a
estrutura organizacional, os recursos físicos e materiais as práticas de gestão, a
produtividade dos cursos e dos professores, com o objetivo de emitir juízos valorativos e
tomar decisões em relação ao desenvolvimento da instituição.
Todas as decisões e procedimentos organizativos precisam ser acompanhados e
avaliados, com base no princípio da relação orgânica entre a direção e a participação dos
membros da equipe escolar.Além disso, é preciso insistir que o conjunto das ações de
organização do trabalho na escola está voltado para as ações pedagógico-didáticas, em
razão dos objetivos básicos da escola. O controle implica uma avaliação mútua entre
direção, professores e comunidade.
PROJETOS DESENVOLVIDOS
Consideremos inicialmente, os vários entendimentos sobre a noção de projeto. O
projeto está incluído na noção mais ampla de planejamento. O planejamento seria o
processo de previsão de objetivos, metas, ações, procedimentos como forma de
racionalização da ação.
O projeto surge como forma de superação de um paradigma técnico em tudo que a
escola e os professores precisam fazer já vem estabelecido de cima. O projeto, numa
perspectiva progressista, é o meio pelo qual os agentes diretos da escola tornam-se sujeitos
históricos, isto é, sujeitos capazes de intervir conscientemente e coletivamente nos objetivos
e nas práticas de sua escola, na produção social do futuro da escola, da comunidade, da
sociedade.
Pode-se dizer, então, que o projeto representa a oportunidade de a direção, a
coordenação, os professores e a comunidade tomarem sua escola nas mãos, definirem seu
papel estratégico na educação das crianças e jovens, organizarem suas ações, visando
atingir os objetivos a que se propõem.É o ordenador, o norteador da vida escolar.
Para isso, é preciso prever e antecipar ações, organizando as formas de intervenção
e atuação numa realidade que, pela sua natureza, é mutável.Isso significa que o projeto é
ao mesmo tempo um desejo, uma utopia, e uma concretização. Melhor dizendo, o projeto
incorpora a utopia mas sua característica é organizar a ação, por isso precisa ser sempre
operacional.
Os projetos a serem desenvolvidos pela escola versam sobre: Folclore estadual e
Regional; O esporte na escola; Tecnologia em educação e Gincana cultural.
PROJETOS
- Projeto Estadual e Regional, já com previsão determinada no calendário escolar para ser
realizado no mês de agosto que é o mês do folclore objetivando o resgate da cultura de
um povo em sua essência, especificamente o Estado do Paraná. É um projeto de caráter
disciplinar, envolvendo o coletivo da escola, direcionando ações para apresentações,
danças, teatros, lendas, parlendas, ditados populares, trava-línguas, adivinhas, cantigas
de roda, contação de histórias onde a participação dos alunos é fator determinante para
o sucesso do projeto.
- - O esporte na escola- Qualidade de vida é essencial nos dias atuais par o combate ao
sedentarismo, considerado o mal do século e causador de muitas doenças. É necessário
a prática de atividades físicas diferenciadas e atraentes, portanto a realização de projeto
enfatiza a realização de torneios, jogos inter-séries, com a participação da comunidade
escolar.
- Gincana cultural- é realizado durante o ano, elencando um tema âncora que norteará
todas as atividades, por exemplo: olimpíadas, copa do mundo, relacionando atividades
de pesquisa, busca de respostas e saberes acerca do tema proposto culminando com
uma festa na comunidade escolar, onde a turma vencedora terá direito a um passeio.
- Tecnologia em educação- utilização da mídia e da internet nas atividades escolares.
Com implantação do Paraná Digital e a TV Educativa Paulo Freire a escola visa oferecer
formas novas de aprendizagem: nova lógicas e sensibilidades. Esses comportamentos
são bem diferentes do processo linear, sistemático e previsível das aprendizagens em
que predominam os aspectos supostamente racionais, privilegiados pelas formas
regulares de ensino.
CONSIDERACÕES FINAIS:
O novo paradigma substitui o conceito de aluno – aquele que é ensinado – pelo de
estudante – que participa ativamente do processo – que assume e dirige a própria
transformação.
Um educador é um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos
e atual na formação de cidadãos que participam de forma crítica e consciente em uma
sociedade democrática , auxiliando no compreensão dos desafios e na luta pelos interesses
coletivos influindo no processo de transformação social.
É preciso construir uma boa escola , onde o indivíduo de hoje , torne-se participativo
e consciente de seu papel no exercício da cidadania.
Com a integração da comunidade na escola, os resultados , a longo prazo,
certamente, serão efetivados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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-MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competitividade. Ed. Cortez – 1993.
-SALTO PARA O FUTURO. Construindo a escola cidadã: projeto pedagógico.
Secretaria de Educação à distância. Brasília , Ministério da Educação e do
Desporto, SEED, 1998.
-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola – Espaço do projeto político pedagógico.
Ed. Papirus – 1998.
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-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. O projeto político pedagógico e a relação entre
Instituído e instituintes. ENDIPE (x: 2000)
-NISKIER, Arnaldo. L.D.B. A nova lei da educação. Ed. Consultor – 1998
-LIBÃNEO,José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática.Goiânia:Ed
Alternativa, 2004.
- MIGLIORI,Regina de Fátima...et al. Ética, valores humanos e transformação.São Paulo:
Peirópolis,1998.