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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO ESTABELECIMENTO DE ENSINO: Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. EFM MUNICÍPIO: Nova Cantu 1

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

ESTABELECIMENTO DE ENSINO:

Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. EFM

MUNICÍPIO:

Nova Cantu

NRE :

Campo Mourão

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SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO...............................................................................................................................................51. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.............................................................................................6

1.1 – Caracterização da Comunidade...............................................................................................................82.2 – Aspectos Históricos...............................................................................................................................112.3 – Organização Da Hora/Atividade No Horário Escolar...........................................................................132.4 – A Escola Possuí Alunos Com Necessidades Especiais.........................................................................13

3. ESPAÇO FÍSICO...........................................................................................................................................133.1 - Caracterização dos Professores e Funcionários.....................................................................................14

APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO..........................................................................................................153.2 -Caracterização da Equipe de Direção e Equipe de Pedagogos...............................................................15

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...................................173. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR.......................................................................196 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.....................................................................................227. - ATO SITUACIONAL..................................................................................................................................238. ATO CONCEITUAL.....................................................................................................................................25

8.1 – Concepção de Sociedade.......................................................................................................................258.2 – Concepção de Homem...........................................................................................................................268.3 – Concepção de Educação e Conhecimento.............................................................................................288.4 – Concepção de Escola.............................................................................................................................288.5 – Concepção de Ensino-Aprendizagem....................................................................................................298.6 - Concepção do Processo Avaliativo........................................................................................................318.7 - Concepção de Tecnologia......................................................................................................................33

9- ATO OPERACIONAL..................................................................................................................................379.1 – Critérios De Organização Interna Da Escola.........................................................................................379.2 - Acesso e Permanência do Aluno na Escola...........................................................................................409.3 – Capacitação Continuada de Educadores e Funcionários.......................................................................419.4 – Trabalho Coletivo..................................................................................................................................419.5 – Prática Transformadora Do Ponto De Vista Político Pedagógico.........................................................429.6- Intenção De Acompanhamento Aos Egressos........................................................................................449.7- Critérios Para Elaboração Do Calendários Escolar, Horários Letivos E Não Letivos............................459.8 - Recursos Que A Escola Dispõe Para Realizar O Projeto Político Pedagógico......................................46

10. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...............................................................................................................4710.1 - Procedimentos Pedagógicos.................................................................................................................5010.2 - Papel Específico De Cada Segmento Da Comunidade Escolar...........................................................5310.3 – O Papel da instâncias colegiadas.........................................................................................................56

11 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA....................................................................................5912. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA...............................................................................63MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL............................................................................65MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MEDIO.............................................................................................66

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS................................................................................................................111CONTEÚDO COMPLEMENTARES.....................................................................................................113

13- PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO E A SEREM DESENVOLVIDOS.........................................2661) Agenda 21 Escolar...................................................................................................................................2661.1 -Lixo na Escola:.....................................................................................................................................2671.2 - Horta na Minha Escola........................................................................................................................2681.3 - O Jardim da Escola..............................................................................................................................269

2- EDUCAÇÃO INCLUSIVA.........................................................................................................................2703) CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.....................................................................................274Fundamentação.................................................................................................................................................274Desenvolvimento..............................................................................................................................................275Objetivos...........................................................................................................................................................2764) MONITORIA E REFORÇO ESCOLAR.....................................................................................................2765) EDUCAÇÃO FISCAL.................................................................................................................................277

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento de constituição e

aperfeiçoamento de nossa prática institucional, informando e construindo uma educação de

qualidade e comprometido com os interesses reais e coletivos da população local. O projeto

político-pedagógico da escola pode ser inicialmente entendido como um processo de

mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de

ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela

escola como um todo. Então sua dimensão político-pedagógica caracteriza uma construção

ativa e participativa dos diversos segmentos escolares — alunos, pais, professores e

funcionários, direção e toda a comunidade escolar.

A participação dos membros da comunidade escolar na construção do

projeto da escola vai seguramente levar a escola ao sucesso, porque desenvolvido desta

forma permite que as pessoas ressignifiquem as suas experiências, reflitam sobre as suas

práticas, resgatem , reafirmem e atualizem os seus valores na troca com os valores de outras

pessoas, explicitem os seus sonhos e utopias, demonstrem os seus saberes, dêem sentido

aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmem as suas identidades, estabeleçam novas

relações de convivência e indiquem um horizonte de novos caminhos, possibilidades e

propostas de ação. Nossa perspectiva será sempre de uma escola que respeite a diversidade

cultural e étnica, que se constitua em referência para cada comunidade, que seja espaço de

criação e difusão cultural, permitindo que a população se aproprie do espaço público e dos

conhecimentos que nele se produzam. Nessa direção empenharemos o melhor de nossos

esforços. Esperamos que as gerações que vivenciem a experiência educacional, nos

próximos anos, o façam buscando a humanização das relações sociais e se insiram no

mundo a partir de valores como a cooperação, o respeito e a solidariedade.

A elaboração de um Projeto Político Pedagógico é um passo (ainda que

significativo, pois indica um salto de qualidade, evidencia um momento) no processo

educativo que contribui para formação do homem para a vida social. Para além das práticas

individuais realizadas por cada um dos profissionais que atuam no curso no cotidiano

escolar, é na prática coletiva que se constrói a unidade na diversidade, através das

discussões, dos debates, dos embates, participando das atividades realizadas pelo conjunto

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do curso (da vida universitária e, para além dela, dos movimentos sociais), não só das que

lhe dizem respeito mais diretamente. A construção de um projeto comum depende da

sincronia entre todos os elementos envolvidos. Ainda que cada uma faça seu trabalho da

melhor maneira possível, se o fizer isolado e independente do conjunto será insuficiente.

Pois, trata-se de um projeto, do qual a construção depende de todos. A palavra de comando

da nossa escola é educar para as competências, através da contextualização e da

interdisciplinaridade.

A construção do Projeto Político Pedagógico possibilitará à escola a refletir

sobre seus problemas com todos os seus segmentos e viabilizar alternativas não

imediatistas, mas, sobretudo, de médio e longo prazo, de como pensar, executar e avaliar o

seu trabalho. O Projeto Político Pedagógico de nossa escola expressará as formas

metodológicas acerca do entendimento que os professores têm da escola do conhecimento,

do processo de ensinar e de aprender, da sociedade e do homem que irá viver nessa

sociedade.

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Nome da Escola: Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. EFM

Município: Nova Cantu -1690 Códigos - 00379

NRE: Campo Mourão – Código 05

Entidade Mantenedora: SEED

Dependência Administrativa: Estadual

Ato de autorização: Res. Nº 3265/81 de 01 / 03 / 1982

Ato de Reconhecimento do Ens. Fundamental: Res. Nº4878/84 de 23/07/19847

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Ato de Reconhecimento do Ens. Médio: Res. Nº 2744/00 de 22/09/2000

Parecer do NRE para Aprovação do Regimento Escolar: 048/2005 de 07/03/2005

Parecer do NRE para Aprovação do Conselho Escolar: 185/2004 de 15/10/2004

Distância do Colégio ao NRE: 130 Quilômetros

Localização: Zona Urbana

Site da escola: www.joaocosta-novacantu.netescola.pr.gov.br

E-mail: [email protected]

Oferta de Cursos e Turmas

(x) Ensino Fundamental

(x) Ensino Médio

-O ensino é de forma Seriada

- Também possuí regimes de progressão parcial, ofertando matrícula em Regime de

Progressão Parcial ao aluno reprovado em até (03) disciplinas ou área de

conhecimento da série.

-

5ª a 8ª - Ensino Fundamental

1ª - 2ª - 3ª Ensino Médio

Número de turmas total do Estabelecimento: 27

Número de Alunos: 817

Número de salas de aula: 128

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Número de Diretor Auxiliar: 01

Número de Professores: 32

Número de Pedagogos: 03

Número de Funcionários: 13

Turno de funcionamento: ( x ) Manhã ( x ) Tarde ( x ) Noite

Metodologia Empregada

(x) Projetos

(x) Eixo temático

(x) Outros - Interdisciplinaridade e Contextualização

a) Avaliação

(x) Notas

(x) Conceitos / menções

b) Regime

(x) Bimestral

Ambientes Pedagógicos

- Laboratório de Química, Física e Biologia

- Biblioteca

- Refeitório (Utilizado também como sala de vídeo)

- Laboratório de Informática

- Sala de Apoio

- Sala de Vídeo

- Quadra Esportiva coberta

1.1 – Caracterização da Comunidade

Em pesquisa feita com nossos alunos constatamos que 40 % de nossos

alunos se deslocam a pé e 60% dos alunos esperam de 30 minutos à 1 hora, pelo transporte

de vinda e regresso a da escola. Muito embora esses alunos residam afastados o grau de

acessibilidade é razoável.

Os dados mais significativos relativamente às habilitações acadêmicas dos

pais são os seguintes:9

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- 50 % dos pais possuem Ensino Fundamental incompleto e completo ;

- 28 % dos pais possuem Ensino Médio ou antigo 2º grau Completo;

- 10% dos pais não sabem ler nem escrever;

- 7 % dos pais ainda estão estudando (Alfabetização, Fundamental e Médio);

- 3,5 % dos pais são analfabetos funcionais;

- 1,5 % dos pais possuem curso Superior.

O trabalho com os pais/ comunidade partirá dos seguintes objetivos:

- Propiciar aos pais um convívio saudável, fazendo da escola um lugar de troca de idéias,

sugestões e acima de tudo informações;

- Estimular a vinda dos pais à escola, levando-os a perceber a importância de sua

participação em atividades da escola e no acesso a sala de aula.

- Possibilitar nas reuniões não só momentos de verificação de resultados, mas também

momentos de estudo, reflexão, discussão e análise do dia-a-dia em sala de aula e acesso

a essa nova proposta pedagógica.

Para que esses propósitos venham acontecer, iremos envolver os pais nas

festividades que a escola promoverá como: Dia das mães; Páscoa, Dia dos Pais, Dia da

Criança; Dia de lazer; festas folclóricas, formatura; aniversários e outros. Iremos também

realizar reuniões em pequenos grupos (por turmas e /ou séries), para ler e discutir textos

referentes à metodologia desenvolvida levando-os a discutir e explicitar nosso trabalho.

Esperamos com esse processo trazer um maior envolvimento dos pais a medida que as

interrogações cresçam acentuadamente. A APMF (Associação de Pais, Mestres E

Funcionários) e Conselho Escolar, será o elo principal de ligação entre a escola e

comunidade, uma vez que são constituídos por membros da comunidade e do corpo docente

e discente. Em pesquisa feita com os pais para elaboração deste Projeto Político-

Pedagógico as expectativas dos pais em relação a escola para seus filhos são:

- Boa Educação;

- Futuro Melhor;

- Engajamento na sociedade;

- Profissão;

- Cidadãos conscientes, críticos e participativos;

- Preparação para a vida;

- Melhorar a qualidade do ensino;10

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O número de alunos é elevado (35 a 45) por turma. Esse valor corresponde

apenas ao indicador de matrícula e não de freqüência. A escola hoje é uma agência de

socialização, intermediando o processo entre a família e a sociedade. É uma etapa de

transição para entrar na sociedade. Portanto, não será grande novidade dizer que a escola

tem um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da cidadania.

O número de alunos que temos hoje em nossa escola é bastante relativo com

o padrão da escola, tendo em vista que temos procurado proporcionar o melhor para nossos

alunos. Temos hoje 887 alunos entre o Ensino Fundamental e Médio. De acordo com

pesquisa feita com os alunos em relação as suas expectativas no âmbito da escola, o

resultado foi:

- Afetividade;

- Conhecimento;

- Aprendizagem;

- Amizades;

- Momentos de lazer;

- Alimentação;

- Sonho;

- Profissão;

- Preparação para a vida;

- Informática.

Ainda de acordo com a pesquisa realizada com os alunos, os mesmos

querem alguns valores continuem sendo preservados na escola;

- Amizade e compreensão;

- Diálogo entre professor e aluno;

- Igualdade entre todos;

- Aulas dinâmicas;

É com base nestes anseios que iremos procurar desenvolver nosso trabalho,

pois o aluno será o personagem principal, pois a escola hoje tem e deve procurar se adaptar

as necessidades dos alunos, visto que nossa função é prepará-los para a vida, para que

condigam interagir coma sociedade de forma civilizada.

Horário do corpo discente na escola11

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CORPO DISCENTE ALUNOS 07:40 às 12:00 - 12:50 às 17:00

19:00 às 23:00

2.2 – Aspectos Históricos

Num certo dia do ano de 1939, os desbravadores atraídos pela quantidade de

terra fértil e madeira, passaram a adentrar no sertão inóspito. Abriram "picadas"

descobriram rios e deram denominações aos mesmos. Em pouco tempo surgia um núcleo

habitacional com diversas famílias, que trabalharam e formaram as primeiras lavouras de

milho e também passaram a criar suínos. O nome Nova Cantu surgiu em decorrência do

maior Rio que passa pelo município e também de uma família que morava na região e tinha

o sobrenome Cantu.

As atividades escolares iniciaram no ano de 1956, numa casa de madeira

construída para esse fim, não havia nem quadro de giz. O primeiro nome desse

estabelecimento de ensino foi Casa Escolar de Nova Cantu, com o passar do tempo e o

aumento do número de alunos, houve a necessidade da construção de um novo prédio o

qual recebeu a denominação de Grupo Escolar Rui Barbosa. No ano de 1969, de acordo

com o Decreto 17.781 de 30/12/69, teve início o curso ginasial inicialmente com duas

turmas no período noturno passando a denominar-se Ginásio Estadual de Nova Cantu.

Visando dar continuidade aos estudos dos cantuenses, foi iniciada a batalha

para implantação do 2º grau, em 1978 abre a primeira turma do Curso Técnico em

Contabilidade, sendo que era extensão de Campina da Lagoa.

Em 1980 a nossa escola passou a se chamar Escola de 1º Grau Professor

João Farias da Costa, Decreto 17.781 de 30/12/69 em homenagem "in Memorian". João

Farias da Costa, Natural do Estado de São Paulo filho de José Farias da Costa e Zizi Izaura

Soares Ribeiro, casado com Maria Genoveva Souza Costa, começou a lecionar em Nova

Cantu em 05 de março de 1969, como professor do 3º ano do primário. Em 03 de março de

1970 tomou posse como Secretário do Ginásio Estadual de Nova Cantu conforme portaria

nº 1982/70 a posse lhe foi dada pelo Diretor Cerilo Dalla Lasta, ao mesmo tempo em que

trabalhava como secretário da Escola também ministrava aulas de Matemática e Educação

Física. Sempre desempenhou com zelo a função que lhe foi confiada, sendo pessoa 12

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dedicada, e muito amigável com as pessoas. Trabalhou por esta escola até dia 03 de

dezembro de 1975. Nas suas férias foi passear e quando voltava para Nova Cantu o ônibus

em que viajava perdeu o controle e acabou caindo no Rio Cantu, o acidente aconteceu

numa Quinta-feira às 7h 45m do dia 05 de fevereiro de 1976. Acidente este que tirou sua

vida, a de sua esposa e de sua filha.

Não podemos prever o futuro. Mas ao olharmos para trás, podemos

claramente enxergar que alguns valores não mudaram, e entender que aqui eles nunca

mudarão: respeito, honestidade, solidariedade, justiça e amor, são sementes que não

morrem se plantadas em terreno fértil.

Em 1982 passou a ser Colégio Estadual Professor João Farias da Costa, de

acordo com a Resolução 2.101/83 de 06/06/83. Como Família Professor João Farias da

Costa, são 23 anos de trabalho, que esta família comemora, neste final de milênio, e quer

continuar trabalhando cada vez mais em prol de seus alunos, procurando sempre ser uma

escola inovadora desenvolvendo dessa forma atividades que visem a formação de um

cidadão cada vez mais consciente e apto para se inserir na sociedade e no mundo do

trabalho.

O Colégio Estadual Professor João Farias da Costa - Ensino Fundamental e

Médio, localizado à rua Joubert Agostinho de Oliveira, s/n, neste município de Nova Cantu,

tem por finalidade ofertar o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e o Ensino Médio,

atendendo às necessidades básicas deste município. É mantido pelo Governo do Estado e

Administrada pela Secretaria de Estado da Educação.

Atualmente esta entidade comporta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série

reconhecido de acordo com a Resolução nº 4.878/84 publicada no diário Oficial de

23/07/84 e o Curso de Educação Geral autorizada a funcionar pela Resolução 4.811/93 de

01/09/93. Tendo sua nomenclatura mudada de Ensino de 1º e 2º Graus para Ensino

Fundamental e Médio de acordo com a Resolução 3.120/98 de 31/08/98.

No ano de 2000 esta família tem algo a mais a comemorar do que o final do

milênio é o Reconhecimento do Curso de 2º Grau de acordo com a Resolução nº

2.744/2000. O estabelecimento de ensino tem por finalidade, atendendo ao disposto nas

Constituições Federal e Estadual e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

ministrar a Educação de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio, observadas

em cada caso, a legislação e as normas específicas aplicáveis. 13

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2.3 – Organização Da Hora/Atividade No Horário Escolar

A hora atividade de nossa escola é organizada por professor

individualmente, devido ao professor trabalhar em mais de uma escola.

2.4 – A Escola Possuí Alunos Com Necessidades Especiais

Sim, a nossa escola possuí alunos com necessidades educacionais especiais,

temos alunos com deficiência auditiva, e deficiência mental leve. Já deu-se início a

montagem da sala de recurso para atendimento desses alunos em contra-turno, o

atendimento será de uma média de 5 a 10 alunos por turno.

3. ESPAÇO FÍSICO

Os ambientes físicos escolares são espaços educativos organizados, limpos,

arejados, agradáveis, cuidados com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais

didáticos adequados à realidade da escola. Além das boas condições de trabalho

professores, alunos, funcionários e direção sempre estão atentos para um bom

aproveitamento dos recursos existentes, procurando organizar de forma que favoreça um

melhor convívio entre as pessoas.

Itens fundamentais para o ambiente escolar: Caderno, lápis, borracha e livros

didáticos para os alunos. A merenda escolar também é de qualidade. Possuímos via de

acesso para deficientes físicos.

Ainda contamos com: Acesso a Internet gratuito, água tratada, carteiras

conservadas, mesa e cadeira para o professor, materiais de uso para o professor como: giz,

quadro, livros, computadores, TV, aparelho de som, vídeo-cassete, retroprojetor, projetor

de slides e outros.

Em nosso Colégio contamos com os seguintes espaços

- Refeitório

- Cozinha

- Quadra Coberta14

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- Almoxarifado

- Doze banheiros

- Sala da Direção

- Sala do Documentador Escolar

- Sala dos Professores Pedagogos

- Sala dos Professores

- Secretaria

- Sala de Jogos

- Jardim

- Área Coberta

3.1 - Caracterização dos Professores e Funcionários

O corpo docente de nossa escola está composto da seguinte forma:

Número de Professores: 32

Em média 99% de nossos professores já possuem especialização em sua área de atuação. A

valorização do professor será um princípio central na discussão desse nosso Projeto-

Pedagógico. Pois a qualidade de ensino e o sucesso na tarefa de educar estão intimamente

relacionados à:

- Formação inicial e continuada;

- Às condições de trabalho - recursos didáticos, físicos, humanos e materiais, número de

alunos na sala de aula etc; e

- À remuneração decente;

- Troca de experiência entre as áreas;

- Valorização profissional;

- Entrosamento / diálogo;

- Apoio dos pais no processo de ensino;

- Hora atividade.

Os professores ainda fornecerão um ensino de qualidade para permitir que os

alunos tenham conhecimentos suficientes em todas as matérias curriculares e estabelecer 15

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uma atmosfera amigável e positiva na qual todos os alunos possam alcançar o sucesso. Os

professores ainda tem algumas metas que pretendem atingir tais como:

- Fornecer um ensino de alta qualidade e um aprendizado que proporcionará aos alunos o

sucesso nos exames nacionais;

- Promover uma parceria entre alunos, pais e professores que levem a responsabilidade

compartilhadas no aprendizado;

- Desenvolver responsabilidade social e uma compreensão da necessidade de

proporcionar igualdade para meninos e meninas;

- Encorajar os alunos a respeitar sua cultura e o ambiente.

Horário de atuação do corpo docente.

Corpo Docente Professores 07:40 às 12:00 - 12:50 às 17:10 -19:00 às 23:00

Em termos do quadro administrativo e Serviços Gerais nossa escola está

muito bem assessorada, pois todos os funcionários possuem qualificação para assumir tal

cargo. Todo o administrativo pretende fazer um atendimento de qualidade ao nosso aluno,

visto que a vida escolar do aluno está sempre passando pelas mãos desses funcionários. No

âmbito das transferências pretendem agilizar ao máximo o seu trabalho visto que , ajudará e

muito na vida escolar do aluno, quando o mesmo se desloca para outra região.

APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

Número de Funcionários: 13

3.2 -Caracterização da Equipe de Direção e Equipe de Pedagogos

Número de Pedagogos: 03

Número de Diretor Auxiliar: 01

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A equipe pedagógica estará inserida nos diversos sistemas que a escola

oferece Ter conhecimento e participar de todas as atividades.

Mesmo encontrando-se em diferentes sistemas e realizando atividades em

diferentes níveis, sabemos que é papel da mesma trabalhar regularmente para abordar

problemas e colaborar para a solução dos mesmos. Sabemos que é indispensável, estabelecer

um contexto de colaboração com professores/ equipe pedagógica/ escola, diante de qualquer

meta estabelecida.

Para tanto a Equipe Pedagógica tem as seguintes competências atribuídas

para desenvolver um bom trabalho de auxílio a alunos, professores e comunidade:

- Elaborar planos de estudos, com a colaboração dos professores para recuperação de

alunos com dificuldade de aprendizagem;

- Orientar os alunos sobre o uso eficaz da biblioteca da escola e estimulando-os nos

exercícios das atividades recreativas e desportivas, para aprimorar sua qualidade de

reflexão e integração social;

- Auxiliar na resolução de problemas individuais dos alunos, aconselhando-os sobre a

conduta a ser seguida dentro de fora do recinto escolar;

- Contribuir para o ajustamento dos alunos ao meio em que vivem;

- Promover integração, escola/ família/ comunidade, na organização de reuniões,

campanhas educativas, possibilitando a utilização de todos os meios capazes de realizar

a educação integral dos alunos;

- Participar no processo de avaliação escolar e recuperação de alunos, examinando as

causas eventuais fracassos;

- Pesquisar causas de evasão, repetência e outras;

- Acompanhar o rendimento escolar dos alunos, prever formas de suprir possíveis

defasagens;

- Reuniões de pais, definir claramente que a presença dos pais é de suma importância

para escola;

- Compor turmas, turnos e horários com critérios que favoreçam o ensino e

aprendizagem;

- Assegurar horários para reuniões coletivas planejá-las, coordená-las, avaliá-las.

Enfim, muito há de fazer. Nesta tentativa de traduzir competências da

Equipe pedagógica, fica claramente evidenciado o significado de trabalho coletivo na 17

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escola, não é possível trabalhar fragmentadamente o objetivo do trabalho da escola - não dá

e não é desejável estabelecer fronteiras claramente delimitadas do que compete a quem.

Mas dá para identificar claramente que este trabalho precisa de competências específicas.

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O objetivo desse Projeto Político Pedagógico é imprimir, na escola, a

dinâmica curricular significativa que dê conta de mobilizar as pessoas (alunos e

professores) para o conhecimento e socializar os processos de produção desse

conhecimento, de modo a garantir a todos a participação na sua construção e expressão.

Dessa forma, cumpre a escola seu papel de agência formadora de gerações. No atendimento

dos objetivos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a nossa escola oportunizará ao

educando situações que favoreçam:

- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes

e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação da atitudes e valores;

- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e da

tolerância recíproca em que assenta e a vida social.

Dentro da área de intervenção da ação pedagógica temos alguns objetivos a

serem alcançados em nosso trabalho, delimitando claramente para que, para quem e como

vamos trabalhar tais como:

- Promover a formação pessoal e social do aluno, especialmente do 3º e 4º ciclos,

consolidando aspectos relacionados com atitudes e valores;

- Incentivar os alunos à participação na vida escolar;

- Desenvolver o espírito de grupo/turma;

- Valorizar o desempenho do líder de turma;

- Reforçar o serviço de supervisão e orientação;

- Promover o desenvolvimento de experiências diversificadas, utilizando métodos que

valorizem a transversalidade dos conteúdos e a componente prática. 18

Page 19: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Promover a partilha de materiais e o debate de experiências pedagógicas nos grupos

disciplinares;

- Valorizar o desempenho do pessoal docente e discente.

- Prevenir a evasão e adequar a escola à diversidade social, assegurando a todos o

sucesso das aprendizagens;

- Implementar a flexibilização curricular e da organização pedagógica no sentido da

adequação do trabalho à diversidade dos contextos e simultaneamente da promoção de

um ensino de melhor qualidade para todos;

- Promover a educação intercultural e cívica, pois deverão estar presentes em cada

momento das atividade da escola, garantindo a todos uma aprendizagem de identidade e

de responsabilidade numa sociedade cada vez mais aberta e multifacetada;

- Motivar a comunidade educativa para uma participação ativa na escola;

- Valorizar e estimular a criatividade dos alunos;

- Incutir na comunidade escolar regras de segurança e responsabilidade;

- Promover espaços de reflexão entre os diversos intervenientes com vista à propagação

de uma imagem mais positiva da escola.

- Facultar o acesso ao conhecimento historicamente produzido;

- Selecionar / sistematizar e socializar conhecimentos (conteúdos) que contribuam para

formação de sujeitos críticos participativos;

- Confrontar e sistematizar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula (escola)

com os conhecimentos já elaborados (científicos), visando a (reconstrução desses

conhecimentos;

- Proporcionar e potencializar o desenvolvimento do aluno das suas capacidades

cognitivas, afetivas, emocionais, motoras, através do processo ensino-aprendizagem;

- Possibilitar situações educacionais de produção e socialização de conhecimentos para

que o aluno sinta-se sujeito do processo de construção da cidadania;

- Proporcionar informações, conhecimentos para que os educandos tenham condições de

conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio cultural, bem como aspectos sócio-

culturais de outros povos, grupos e nações;

- Estabelecer relações sociais democráticas no processo ensino-aprendizagem,

possibilitando uma ação social autônoma na relação e convivência cotidiana da escola e

na sociedade. 19

Page 20: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

O sentido filosófico que norteará este Projeto Político-Pedagógico é a

exploração da dimensão filosófica das aprendizagens curriculares, o que inclui a própria

investigação de métodos, textos e princípios da filosofia. Todos esses fatores estarão

integrados ao Projeto de nossa escola que trabalha a favor de uma cidadania autônoma livre

e solidária, assim a nossa filosofia será livre e intrínsecamente transformadora.

Em síntese a nossa escola partirá dos seguintes princípios:

- A pergunta como problematização de idéias, valores e saberes;

- O debate participativo, como construção coletiva de saberes;

- A crítica radical, como compreensão e avaliação de pressupostos e implicações;

- O diálogo, como interlocução com a história da filosofia;

- A criação, como possibilidade de emergência do novo;

- A resistência, como prática reflexiva de autonomia e liberdade.

Assim sendo este projeto será compreendido como uma tentativa de

promover experiências coletivas de pensamento filosófico, ou seja, vivências

intersubjetivas únicas e irrepetíveis, de um pensar que pergunta, debate critica , dialoga,

cria e resiste.Cabe ressaltar que a elaboração do Projeto Político-Pedagógico pressupõe, por

parte dos sujeitos que o constroem, a definição de pressupostos - filosóficos, sociológicos,

epistemológicos e didático-metodológicos - que orientem o pensar e o fazer da escola.

Filosóficos - referem-se à visão de homem a ser perseguida no pensar e nas

práticas a serem desenvolvidas pelos atores escolares como, por exemplo, um indivíduo que

deva usar suas capacidades intelectuais, psicomotoras e afetivas visando a transformação

das estruturas e instituições sociais.

Epistemológicos - dizem respeito à concepção que temos acerca da gênese

do conhecimento. De forma articulada à visão de homem mencionada anteriormente, o

saber é percebido como decorrência do imbricado jogo das relações sociais. Nesse sentido,

conhecimento e realidade são construídos e transformados coletivamente.

Sociológicos - situam sujeitos em relação ao caráter histórico da luta de

classes. Assim à medida em que a sociedade é, em sua gênese, conflituosa e possuidora de 20

Page 21: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

contradições e paradoxos que permeiam as relações pessoais e institucionais, a escola, não

está ilhada dos jogos e práticas sociais nem imune aos problemas gerados nas várias

esferas da totalidade social, devido às relações de poder presentes em seu interior.

Didático-metodológicos - referem-se às formas eleitas para a sistematização

do processo educativo visando oportunizar ao aluno a (re) elaboração crítica.

O Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. Ensino Fundamental e

Médio, enquanto espaço público se constituirá num lugar do embate de idéias, posturas e

entendimentos, pois a escola assim definida institui o princípio e a prática de todos os

integrantes do processo educativo. A escola no seu âmbito principal procurará propiciar ao

educando a abertura de serem ouvidos, a disposição de participar da livre discussão aberta e

séria. Tendo em vista que a escola é uma instituição da sociedade e parte de um processo

mais amplo no seio desta sociedade que tem configuração própria, interesses e políticas a

exercitar.

Ao nosso ver a escola tem que fugir desse modelo organizacional e encontrar

formas de atrair o comprometimento dos professores, alunos e comunidade. A função

básica da escola hoje é buscar uma participação significativa, em outras palavras é unir o

grupo em torno de todos os acontecimentos, e assim construir metas e objetivos para que a

mesma funcione sob três estruturas básicas: aluno, grupo imediato de trabalho (professor) e

organização como um todo. A escola buscará um ensino de qualidade capaz de formar

cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não se interagirem.

A escola também estimulará o desenvolvimento e participação democrática e efetiva da

comunidade dos pais nas diferentes instâncias do sistema educativo e especialmente

criando mecanismos que favoreçam o desenvolvimento escolar. Uma outra função da nossa

escola será a de realizar um trabalho possibilitando o desenvolvimento da autonomia

moral, trabalhando com experiências de vida favoráveis: Dessa forma o aluno, poderá

aprender a resolver conflitos, em situações de diálogo, a ser solidário, a ajudar e ser ajudado

a aprender a ser democrático saber expor suas idéias bem como também ouvir a idéia dos

outros. A nossa escola procurará educar alunos que consigam no decorrer de sua vida amar

as pessoas que a rodeiam, a respeitar todos seus semelhantes, e nesse sentido tem a seguinte

idéia:

- Educa-se para amar, amando e dialogando;

- Educa-se para respeitar, respeitando;21

Page 22: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Educa-se para ter responsabilidades, demonstrando confiança, tolerância, firmeza e

oferecendo o ombro amigo para chorar, vibrar e incentivar em todos os momentos das

jornadas.

O Projeto Político Pedagógico da escola estará apoiado:

- No desenvolvimento de uma consciência crítica;

- No envolvimento das pessoas, a comunidade interna e externa a escola;

- Na autonomia, responsabilidade e criatividade como processo e como produto do

projeto.

O papel do trabalho na vida do aluno e da sociedade será um aspecto muito

enfatizado neste projeto, no qual a escola se encarregará da preparação deste para um

melhor desempenho em suas funções sociais no mundo do trabalho. O mundo necessita ter

um cidadão social e fraterno não apenas querer tudo de si, mas transmitindo conhecimento

e proporcionando condições para o crescimento de todos. A nossa escola irá empenhar-se

na construção coletiva de um Projeto Político Pedagógico de qualidade, politicamente

definido em favor das necessidades das camadas populares concebendo a escola do ponto

de vista da educação, enquanto direito social. Pois nesse sentido a função social da escola

revela sua dimensão política na perspectiva de construir coletivamente a qualidade do

ensino e da aprendizagem pela via de uma Proposta Pedagógica autônoma e democrática.

Enquanto a aquisição da herança cultural organizada na forma de currículo se constitui em

objeto de apropriação por parte das novas gerações, a gestão desses processos educativos se

articula ao papel que a escola representa na unidade conhecimento - poder para usar papel

na formação de cidadãos críticos e ativos. A qualidade do ensino-aprendizagem

decorrente deste Projeto possibilitará o desenvolvimento de uma nova forma de pensar/

falar/agir que não permite ao poder se ocultar em lugar algum, mas que se explicita nas

relações entre sujeitos e os objetos de apropriação (bens materiais e culturais) como uma

possibilidade real de construção da dignidade do cidadão. Afinal, romper com a

discriminação e com o racismo, investindo numa escola que contemple e valorize nossas

matrizes culturais sem hierarquizá-las, que valorize e atue com competência, conhecimento

e desejo político, rumo à construção de uma educação libertadora e multicultural crítica -

esses são os nossos desafios e legados históricos. O multiculturalismo, como movimento

social e como abordagem curricular, não é o remédio para todos os males. Existem várias

concepções de multiculturalismo que vão do humanismo liberal conservador ao humanismo 22

Page 23: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

crítico e de resistência. O autor destaca o papel significativo que um multiculturalismo

crítico pode desempenhar na construção das políticas educacionais dos próximos anos.

Nesse sentido, ele abre um campo de pesquisa, de reflexão e de atuação para os educadores

brasileiros ainda pouco acostumados a debater essas temáticas no seu cotidiano. Contudo é

necessário mais do que leis para promover uma conscientização. É preciso implantar

programas, na prática, de tudo que se diz e se analisa como correto, relativo à questão do

negro na sociedade. Não podemos continuar com essa farsa de que somos um povo

libertador e desenvolvido, sem preconceitos e sem discriminação, sem nos preocuparmos

com uma educação realmente voltada para todas essas questões. É preciso sim, trabalhar

com as diversidades nas escolas promovendo uma maior reflexão sobre o multiculturalismo

e as desigualdades raciais. O desenvolvimento de projetos interdisciplinares envolvendo o

tema é fundamental para a construção de um aluno-cidadão mais consciente e menos

discriminativo. Enfim, é indispensável, principalmente com as crianças que fazem parte da

raça negra, desenvolver um trabalho de identidade, para que esta criança possa se

reconhecer negra e ter consciência do seu papel na sociedade em que vive, promovendo

relações interpessoais e conseqüentemente intrapessoais com um enfoque sociocultural.

6 - PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico de acordo com a Lei 9394/96 –

“O ser humano é, naturalmente, um ser da intervenção no mundo à razão

de que faz a História. Nela, por isso mesmo, deve deixar suas marcas de

sujeito e não pegadas de objeto.”

Paulo Freire (1997, p. 119)

O Projeto Político Pedagógico supõe reflexão e discussão crítica sobre os

problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na

realidade, buscando a transformação da realidade social, econômica, política. Exigindo e

articulando a participação de todos os sujeitos envolvidos no processo educativo

(professores, funcionários, pais, alunos e outros), empenhados na sua efetivação constituída

23

Page 24: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

por uma visão global de realidade e compromissos coletivos. Os princípios que estarão

norteando nosso trabalho estão no Art. 3º da Lei 9394/96:

“I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III. pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

IV. respeito à liberdade e apreço a tolerância;

V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII. valorização do profissional da educação escolar;

VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação do sistema de ensino;

IX. garantia do padrão de qualidade;

X. valorização da experiência extra-curricular;

XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”.

7. - ATO SITUACIONAL

A nova LDB 9394/96 tem sido de fundamental importância nas salas de

aulas, podemos vivencia-la no dia-a-dia com a capacitação também dos professores em sala

de aula.

Temos sentido algumas dificuldades em nossa escola como:

-  Falta de corpo docente

-   Evasão e repetência escolar;

-   Professores mal remunerados;

- Do ponto de vista da sociedade a educação é para todos, porém não é isso que é

vivenciado no nosso dia-a-dia.

- Gravidez precoce;

- Famílias desestruturadas;

- Falta de recursos para um melhor investimento em materiais para uso na escola no

cotidiano;

- Período de safra e entre safra;24

Page 25: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Questões climáticas, dificultando o deslocamento até a escola, devido ao transporte

escolar (chuva);

- Defasagem idade série.

Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado mudanças significativas em

diversas esferas da vida nacional. A organização e a estrutura do sistema educacional, como

parte desse contexto mais amplo, traduzem muitas das peculiaridades e características desse

reordenamento, sendo também palco de inúmeras transformações. A reflexão em torno da

nova LDB, iniciada já em 1988, resultou em amplo debate que se traduziu em diferentes

projetos que tramitaram no Congresso. O texto finalmente aprovado, objeto deste ensaio,

foi aquele de autoria do senador Darcy Ribeiro, o qual incorpora aspectos dos outros

projetos e acrescenta outros. A Constituição estabelece que a educação é um .direito de

todos e dever do Estado e da família., sendo .promovida e incentivada com a colaboração

da sociedade.. Aqui se introduz uma primeira noção importante, a de que a educação é

tarefa a ser compartilhada entre o Estado e a sociedade. Na esfera do Poder Público, este

dever é uma atribuição repartida entre as diferentes instâncias governamentais (a União, o

Distrito Federal, os Estados e os Municípios). A responsabilidade para com a educação no

âmbito da família também se concretiza através de deveres, cabendo aos pais ou

responsáveis matricular seus filhos na escola.

Precisamos combater a evasão, adaptar nosso fazer pedagógico à dura

realidade das novas clientelas, estabelecer turnos integrais, possibilitar que os professores

se dediquem exclusivamente a um estabelecimento, valorizar o magistério, dotar as escolas

com os mais modernos recursos didáticos e tecnológicos. É uma questão de para onde

direcionar investimentos, de estabelecer prioridades, de boa vontade política.

Nessa escola oferta Ensino Fundamental, sendo 5ª a 8º série e Ensino Médio

de 1º a 3ª série.

Como prioridade básica é necessário que sejam incorporadas as novas

tecnologias em nossa escola. Também se faz necessário o professor manusear essas

tecnologias, se capacitando para garantir uma boa prática. Tendo em vista que a difusão das

novas tecnologias, não deve ser somente uma instrumentalização técnica, mas sim como

um estudo fundamentado do uso dessas tecnologias.

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Page 26: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Os saberes escolares devem se integrar aos conhecimentos culturais trazidos

pelos alunos e professores, somando as áreas de conhecimento com as experiências já

adquiridas entre educador e educando.

A organização dos educadores por disciplina articulando os conteúdos

atende a realidade do campo através de:

Pesquisas;

Palestras com agrônomos;

Entrevistas com agricultores;

Visitas em propriedades e comércios, indústrias, exposições rurais etc;

Conhecimento das tecnologias e suas conseqüências;

Formas alternativas para o homem do campo;

Cultivo da horta escolar;

Para que os alunos enriqueçam os conhecimentos é preciso problematizar

os conteúdos, levando-os à reflexão da sua realidade, da sua história, permitindo a

participação de todos na busca da valorização do homem do campo enquanto ser histórico,

capaz de transformar o seu mundo.

8. ATO CONCEITUAL

8.1 – Concepção de Sociedade

“...Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta,

menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem,

dizendo não a qualquer possibilidade em face dos fatos, defende a

capacidade do ser humano em avaliar, de compreender, de escolher, de

decidir e, finalmente, de intervir no mundo.”

(FREIRE, P. 1997, p. 58-59)

Entre as funções que se atribuem a escola está a de garantir uma educação de

qualidade, desenvolvendo uma aprendizagem que inclua todas as dimensões além da

cognitiva. Para tanto é indispensável que a escola esteja aberta para escutar e entender os

desafios que os jovens enfrentam, pois são muitos distintos daqueles que os atuais 26

Page 27: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

educadores enfrentaram quando estavam nesta fase de vida. É importante que a escola

como espaço de sociabilidade, identidade e constituição da cidadania seja uma instrumento

de concretização de uma nova educação. Estamos praticamente vivendo na sociedade do

conhecimento onde os processos de aquisição do conhecimento assumem um papel de

destaque exigindo um profissional crítico, criativo, reflexivo e com capacidade de pensar,

de aprender a aprender, de trabalhar em grupo e de se conhecer como indivíduo, para isso a

nossa escola procurará formar esse indivíduo. O Projeto Político-Pedagógico, traduzido

num documento escrito, será um instrumento gerador de consensos, orientador e

potenciador da ação educativa. Estará centrado na formação dos alunos e visará explicitar

valores comuns envolver os intervenientes da comunidade educativa, criar condições para

uma gestão democrática, reforçar os processos de comunicação e participação, aumentando

assim a eficácia pedagógica e promovendo a partilha de experiências com as outras escolas.

Educar os filhos é tarefa que a família assume dia-a-dia da convivência. Esse é um direito

do qual ela não pode abrir mão e que busca a mútua cooperação da escola e da sociedade.

Família, escola e sociedade se engajam nesse papel de educar para a vida, de educar para

amar, para respeitar, para ter confiança e assumir responsabilidades. A sociedade hoje

coloca expectativas novas, mas também receios fundamentados, com a possibilidade de

novos excluídos. A nossa escola nesse sentido procurará se adaptar e dar respostas, quer em

termos organizativos, quer em ofertas de formação diversificadas aos alunos.

8.2 – Concepção de Homem

“As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar,

indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de

programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que

propostos, impostos. As crianças precisam de ter assegurado o direito de

aprender a decidir, o que se faz decidindo. Se as liberdades não se

constituem entregues a si mesmas, mas na sua assunção ética de

necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela

autoridade ou autoridades com que dialeticamente se relacionam.”

(FREIRE, P. 1997, p. 58-59)

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Page 28: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

O homem é um ser natural e social, age na natureza transformando-a

segundo as suas necessidades e além dela. O ser humano muitas vezes tem que sair do

âmbito estreito da família para poder se singularizar como sujeito e estabelecer sua relação

de vínculo com a sociedade. É importante que nós professores possamos entender o

conceito de homem como sujeitos para que dirigimos nosso trabalho, os sujeitos que

queremos ajudar a formar e a se transformar em cidadãos plenos.

O ser humano constrói sua identidade a partir do grupo social a que pertence, do

contexto familiar, das experiências individuais e de acordo com os valores, idéias e normas

que organizam sua visão de mundo.

O modo como se compreende cada fase da vida, é fruto de processos históricos de

transformação da humanidade. Cada sociedade, em cada época histórica e de acordo com

os diferentes grupos que a constituem, definem a duração, as características e os

significados desses tempos da vida.

São as referências socioculturais, locais e globais, o campo de escolhas que se

apresenta ao indivíduo, e dessa forma, amplia-se a esfera da liberdade pessoal e o exercício

da decisão voluntária, é o indivíduo que constrói sua consistência e seu conhecimento, no

interior dos limites postos pelo ambiente e pelas relações sociais.

Dessa maneira, conceber a identidade humana demanda entender quais as esferas da

vida que se tornam significativas, bem como compreender o significado de cada uma delas

na construção de sua identidade.

Essa construção se dá em processo de aprendizagem, o que implica o

amadurecimento da capacidade de integrar o passado, o presente e o futuro e também

articular a unidade e a continuidade de uma biografia individual, o que exige uma busca de

autoconhecimento, compreensão da sociedade e do lugar social em que está inserido.

O homem precisa ser visto como um ser ativo, social e histórico, marcado pelo

tempo, pela sociedade e pelas relações dialéticas, o homem se constrói ao construir sua

realidade.

A escola precisa de homem que seja transformador da realidade da qual ela está

inserida. Partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, ele pode escrever a sua história

de uma maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcançá-las, sem prejudicar

o meio em que vive. Ter consciência do desenvolvimento buscando-o com sustentabilidade.

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Page 29: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Traçar diretrizes que permitem as consciências críticas, reflexivas, participativas e

transformadoras. Buscando o conhecimento, o respeito mútuo, aceitando as diferenças na

convivência solidária, conquistando assim sua autonomia e valorização do compromisso

moral e ético.

8.3 – Concepção de Educação e Conhecimento

A primeira função da nossa escola será de formar cidadãos, sob várias

ópticas do conceito de cidadania. Para uma completa mudança na educação, com ma

política voltada para a formação social repensaremos sobre a função de nossa escola no

sentido de formação do jovem pressupondo a consciência dele enquanto cidadão, agente

produtivo capaz de acender classes e preparar jovens para o futuro.

Temos consciência que uma educação de qualidade vis a emancipação dos

sujeitos sociais e não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimite. É a

partir da concepção de mundo, sociedade e educação que a nossa escola procurará

desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual o

aluno vai se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesma.

8.4 – Concepção de Escola

A escola deve contemplar o interesse das crianças e jovens da comunidade,

respeitando sempre suas características próprias, valorizando ao máximo a criatividade e a

vivência de cada um. A escola também deve abrir espaços para que seus alunos expressem

conhecimentos e vivências adquiridas fora da escola e ainda abrir espaço para a produção a

manifestação de diferentes formas de expressão cultural, incentivando e propiciando a

participação ativa de todos os envolvidos no processo: alunos, professores, diretores,

funcionários, ex-alunos e a comunidade, em um diálogo transparente e verdadeiro, com o

objetivo de explicitar as diferenças e os avanços na construção de compromissos coletivos.

Integrando dessa forma as ações ao projeto global da escola, de maneira que as decisões

não se constituam em iniciativas episódicas ou em projetos paralelos àqueles adotados pela

escola. A escola desempenha um papel fundamental em todo o processo de formação de

cidadãos aptos para enfrentar uma sociedade em constante mutação. A rápida evolução 29

Page 30: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

tecnológica exige de cada um, capacidade de adaptação a novas situações e a mudanças de

profissão ao longo da vida.

Estaremos sempre em busca de uma escola de qualidade contribuindo desta

forma para a formação de nossos alunos nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos

e políticos, para o desempenho de seu papel de cidadão no mundo, tornando-se assim, uma

qualidade referenciada no social.

Uma escola de boa qualidade deve ter os seguintes atributos:

a) Ser pluralista, porque admite correntes de pensamentos divergentes com respeito a

diversidade, ao diferente;

b) Ser humanista, por identificar o homem como foco do processo educativo;

c) Ter consciência de seu papel político como instrumento para a emancipação,

combate às desigualdades sociais e desalienação dos trabalhadores.

8.5 – Concepção de Ensino-Aprendizagem

A grande necessidade de nossos alunos é que os conteúdos a serem

ensinados não sejam considerados fins. Eles devem ser meios para o aluno desenvolver

capacidades intelectuais, afetivas, tendo em vista as demandas do mundo em que vive. E

para que tal fato ocorra a nossa escola se baseará na Proposta Pedagógica, fazendo uma

seleção de conteúdos que ampliem para além de fatos e conceitos, mas com procedimentos

como valores, normas e atitudes. Partindo desse pressuposto abordaremos os conteúdos em

três grandes categorias:

1- Conteúdos conceituais: referindo-se a construção ativa das capacidades intelectuais

para operar com símbolos, idéias, imagens e representações que permitem organizar a

realidade, pois aprender conceitos permitirá ao aluno atribuir significados aos

conteúdos aprendidos e relacioná-los com os outros.

2- Conteúdos procedimentais: estarão presentes nos projetos de ensino, pois uma pesquisa,

um experimento, um resumo, uma maquete são proposições de ações presentes na sala

de aula. A inclusão de conteúdos procedimentais proporcionará aos alunos de um certo

modo, a pensar e a produzir conhecimentos.

3- Conteúdos atitudinais: permearão toda a atividade escolar, pois ensinar e aprender

atitudes requer um posicionamento claro e consciente sobre o que se ensina na escola. 30

Page 31: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Nesse sentido será uma prática constante, coerente e sistemática, em que valores e

atitudes almejados sejam expressos no relacionamento entre as pessoas e na escolha dos

assuntos a serem tratados.

Nesse sentido um ensino de qualidade está intimamente ligado à

transformação da realidade. Num processo educativo dialético, todos aprendem e todos

ensinam, numa construção coletiva do conhecimento. Nesse percepção, como Paulo Freire

tão bem desvelou, o processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de uma

lado, o professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo

dialético, isto é permeado de contradições e de mediações. O processo pedagógico

caracteriza-se, por um processo, portanto, como um movimento próprio de idas e vindas, de

construções sobre construções.

Para melhoria da qualidade do Ensino-Aprendizagem em nosso Colégio

estaremos estabelecendo algumas ações como:

1. diagnóstico em todas as classes e disciplinas, nos primeiros dias de aula, mormente as de

5ª séries cujos alunos ingressaram na escola;

2. recuperação paralela;

3. recuperação intensiva, após as avaliações bimestrais com alunos, que ainda apresentem

problemas de aprendizagem ao final do bimestre;

4. introdução da avaliação diagnóstica, na qual as provas, quando aplicadas, se transformem

em material de análise com a classe, com vistas à valorização do erro, enquanto momento

de correção e aprendizagem, conforme estudo do texto Avaliação e Aprendizagem retirado

da publicação Raízes e Asas durante o planejamento;

5. valorização das realizações do alunado com o objetivo de elevar-lhes a auto-estima e a

eliminação da recriminação quando o aluno malogra nas avaliações;

6. aulas dialogadas, que permitam a efetiva e organizada participação nas atividades de sala

de aula;

7. trabalho em grupo, no qual os alunos possam desenvolver um trabalho de descoberta e

enfatize-se o espírito de companheirismo e solidariedade, com a participação de todos;

8. introdução de alunos monitores, que possam auxiliar o professor na orientação dos que

apresentam dificuldades na aprendizagem de determinados conteúdos;

9. desenvolvimento de habilidades, ou seja, capacidade de os alunos transferirem

conhecimentos para situações novas. 31

Page 32: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

8.6 - Concepção do Processo Avaliativo

Para tanto a nossa avaliação será conduzida tendo em vista as competências

e habilidades definidas como o produto desejável ao final do curso, e tendo como

pressuposto, a capacidade dos alunos de desenvolvê-las ao longo das experiências

oferecidas nesta e nas demais áreas. A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta

perspectiva, poderá sugerir estratégias de recuperação muito mais ricas do que a mera

repetição de conteúdos não dominados, uma vez que permita planejar atividades

interdisciplinares, considerando a interseção entres as três áreas do conhecimento.

É nessa mesma perspectiva que pode será equacionada a nossa proposta de

aproveitamento de estudos e de experiências, quando se tenha em vista a complementação

da escolaridade. O consenso sobre a efetividade dessas experiências no desenvolvimento de

competências e habilidade e a importância de considerá-las no âmbito escolar, os

procedimentos utilizados tradicionalmente para sua aferição constituem um impedimento

para a incorporação dos postulantes à escola. Isso porque se voltam para a avaliação do

domínio de conteúdos específicos, sem considerar as competências e habilidades que fazem

parte do repertório do sujeito e que lhe permitiriam alcançar os conhecimentos desejados.

Assim na medida em que propomos um trabalho pela via da

interdisciplinaridade, a avaliação assume o papel de ingrediente contínuo, indispensável e

deixa de ser apenas uma etapa final do processo. A dificuldade de estabelecer critérios e

competência da avaliação no campo interdisciplinar é muito grande em virtude de sua

complexidade se comparada ao modelo clássico.

Portanto, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e

classificatória significa pensar no processo de ensino-aprendizagem como um todo, fazê-lo

trabalhar a favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma

aprendizagem efetiva e significativa. A avaliação transformadora não se limita ao

momento final do processo: ela acompanha em sua trajetória de construção cotidiana.

Busca identificar padrões culturais dos alunos que chegam às escolas e os elementos

necessários para ampliar esses padrões, através de uma relação de diálogo no dia-a-dia das

práticas de ensino.

32

Page 33: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino-

aprendizagem: fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os

conhecimentos prévios dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avance na

construção do conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não-excludente. Como

proposta em construção, não há uma sistematização pronta e acabada de idéias sobre como

será o procedimento a essa síntese, em avaliação diagnóstica, mas sim estamos em

processo de construção.

Nessa perspectiva, instrumentos diversos poderão ser utilizados em

avaliação diagnóstica, de acordo com a criatividade e a sensibilidade dos docentes e os

recursos disponíveis em sua realidade. Provas, testes, questionários, roteiros de observação

e de entrevista com alunos e pais de alunos, projetos que busquem caracterizar o universo

socio-cultural daqueles que frequentam a escola podem perfeitamente subsidiar o processo

de ensino-aprendizagem em uma perspectiva transformadora.

Espera-se, desse modo, contribuir para uma nova mentalidade em avaliação,

que, em uma abordagem diagnóstica, busque caminhar na direção de uma escola

democrática e participativa para todos, e não apenas para uma minoria. De acordo com a

Deliberação 007/99 que fala sobre Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento

Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino,

em Nível do Ensino Fundamental e Médio.

A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as

finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. Para isso serão utilizadas

técnicas e instrumentos diversificadas, preponderando sempre os aspectos qualitativos da

aprendizagem, considerando também a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos

conteúdos.

Nesses aspectos a avaliação deverá ser contínua, permanente e acumulativa.

No que se refere a recuperação de estudos, se o aproveitamento do aluno for

insuficiente o mesmo fará recuperação de estudo, paralelo a sua aula, isto com atividade

extra-classe. Na recuperação paralela o aluno será trabalhado concomitantemente aos

demais alunos com enfoque às suas dificuldades com auxílio daqueles que dominam o

conteúdo, e para verificação serão utilizados: trabalhos de pesquisas individuais bem como 33

Page 34: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

a observação de seu desejo de progresso pelo professor em sala de aula, sendo que as

atividades desenvolvidas serão desenvolvidas e serão arquivadas na pasta individual de

cada aluno.

Algumas atitudes podem ser desenvolvidas como:

- Realização de tarefas de forma gradativa e sucessiva, essas tarefas serão interpretadas e

analisadas;

- Trabalhos em grupos para o desenvolvimento de idéias e da interação com outros

alunos, mas não de natureza avaliativa porque não são a expressão da idéia de um só

aluno;

- O professor deve analisar as tarefas perguntando o que o aluno pensou, que obstáculos

ele encontrou, que conceitos compreendeu e quais não compreendeu. O professor deve

informar ao aluno o resultado dessa análise. Com base nessa análise é que o professor

planeja suas ações pedagógicas.

8.7 - Concepção de Tecnologia

Para que a tecnologia seja o material de apoio ao processo ensino-aprendizagem,

cujo mediador seja o professor, e o aluno seja o aprendiz de um pensar novo, que leva a

descoberta do mundo a sua volta. Entretanto a escola deve ser o espaço do conhecimento

caminhando junto com a tecnologia. O aluno deve ser um apaixonado pelo conhecimento e

não apenas pela técnica e sim pelo o que ela acrescenta a sua vida.

O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem evoluindo

vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições à educação,

presencial ou a distância. Entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas

tecnologias, é fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como

de produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que

favoreçam a democracia e a integração social.

O uso das mídias digitais, especialmente da hipermídia, incorpora distintos recursos

tecnológicos à tecnologia digital, proporciona o diálogo entre as diferentes linguagens,

transforma as maneiras de expressar o pensamento e de comunicar, interfere na

comunicação social e induz mudanças observáveis na produção dos materiais veiculados

com suporte em outras tecnologias. Exemplos da interferência da tecnologia digital na 34

Page 35: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

comunicação com suporte em outras tecnologias são observados nas imagens da televisão,

no design de material impresso, nos programas de rádio etc.

A natureza da incorporação às mídias digitais de linguagens e meios convencionais

de comunicação (áudio, vídeo, animação, material impresso...), de uso consolidado antes do

advento e da disseminação dos computadores, evidencia a necessidade de um planejamento

que considere as características específicas de suas linguagens e potencialidades

tecnológicas, propiciando a criação de uma sinergia para a concepção e realização de ações

educacionais inovadoras.

Para compreender o cenário de possibilidades que se descortina com a integração de

tecnologias no ensino e na aprendizagem, é necessário ter clareza das intenções e objetivos

pedagógicos, das possíveis formas de representação do pensamento, das características de

narratividade, roteirização e interação entre as tecnologias. Por conseguinte, as mudanças

dos ambientes educativos com a presença de artefatos tecnológicos e linguagens próximas

do universo de interesses do aluno proporcionam o acesso a uma gama diversa de

manifestações de idéias, permitem a expressão do pensamento imagético e criam melhores

condições para a aprendizagem e o desenvolvimento do ser humano e da civilização.

A integração entre tecnologias, linguagens e representações tem papel

preponderante na formação de pessoas melhor qualificadas para o convívio e a atuação na

sociedade, conscientes de seus compromissos para com as transformações e do saberes

cotidianos, científicos, técnicos, sociais, emocionais, artísticos e estéticos são ações que

induzem a reflexão sobre quem somos e para onde queremos ir, para a redescoberta do ser

humano.

O papel dos gestores usando as Tecnologias da Informação e da Comunicação –

TIC e apoiando/incentivando a produção feita na escola pelos alunos/professores usando as

diferentes mídias.

A educação, tecnologias e suas linguagens têm como intenção levantar aspectos

relacionados ao uso adequado das linguagens das mídias, com ênfase especial à mídia

televisiva e radiofônica, bem como as influências que as mídias digitais exercem em suas

formas de expressão. Destaca também a importância de compreender o potencial de

interação que cada tecnologia proporciona para que o aprendiz possa fazer-se sujeito da

produção, além de trabalhar a dimensão afetiva presente em todo ato de aprendizagem.

35

Page 36: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A tecnologia, comunicação e interação têm objetivo de influenciar o educando a

comunicar entre as pessoas, enfocando o fato de que ela ocorre de diversas maneiras,

conforme o contexto de produção das mensagens, as experiências pessoais e conhecimentos

dos interlocutores e as possibilidades interativas das tecnologias de suporte. Considera-se,

hoje, que a comunicação hipermediática se aproxima mais da forma como se desenvolve o

pensamento humano com o uso de diversas linguagens sobrepostas, que se interconectam

por meio de links acionados num clicar do mouse. Essas novas representações induzem

outras formas de leitura, diferentes da linearidade do papel impresso, que se realizam em

camadas sobrepostas e lidas em flashs instantâneos. Entretanto, isso não significa que a

leitura/escrita linear e seqüencial deixou de existir, mas que há outras formas que se

articulam conforme os estilos de leitura/escrita e as características da atividade em

realização.

A revolução tecnológica dos próximos anos aponta a diversidade de novas

possibilidades, tais como a disseminação da Internet móvel e o desenvolvimento da

televisão digital. Como ficarão as práticas pedagógicas com esses novos recursos

disponíveis nas escolas? Como integrá-los às tecnologias convencionais de modo a atender

à diversidade de condições de acesso às tecnologias da realidade brasileira? Como

resgatar/preservar a dimensão humana e a ética diante dessa evolução tecnológica que pode

ser utilizada tanto para a emancipação como a dominação do homem?

Atualmente, várias escolas públicas e privadas têm disponível o acesso às diversas

mídias para serem inseridas no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, diante

deste novo cenário educacional, surge uma nova demanda para o professor: saber como

usar pedagogicamente as mídias. Com isso, o professor que, confortavelmente, desenvolvia

sua ação pedagógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e em sua

experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e

mudanças na prática pedagógica.

De fato, o professor, durante anos, vem desenvolvendo sua prática pedagógica

prioritariamente, dando aula, passando o conteúdo na lousa, corrigindo os exercícios e

provas dos alunos. Mas este cenário começou (e continua) a ser alterado já faz algum tempo

com a chegada de computadores, internet, vídeo, projetor, câmera, e outros recursos

tecnológicos nas escolas. Novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas,

enfatizando novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto. 36

Page 37: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Para desenvolver uma prática pedagógica voltada para a integração das mídias, uma

das possibilidades tem sido o trabalho por projetos. Na perspectiva da pedagogia de

projetos, o aluno aprende fazendo, aplicando aquilo que sabe e buscando novas

compreensões com significado para aquilo que está produzindo (Freire & Prado, 1999;

Almeida, 2002; Prado, 2003).

A pedagogia de projeto2, tendo como enfoque a integração entre diferentes mídias e

áreas de conhecimento, envolve a inter-relação de conceitos e de princípios, os quais, se

não tiverem a devida compreensão, podem fragilizar qualquer iniciativa de melhoria de

qualidade na aprendizagem dos alunos e de mudança da prática do professor.

Para que haja a integração, é necessário conhecer as especificidades dos recursos

midiáticos, com vistas a incorporá-los nos objetivos didáticos do professor, de maneira que

possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos

alunos.

Nesta perspectiva, o cenário educacional requer do professor saber como usar

pedagogicamente as mídias e, este “como” envolve saber “o quê” e “o porquê” usar tais

recursos. Por outro lado, este saber “como”, “o quê” e “o porquê” usar determinadas mídias

encontra-se ancorado em princípios educacionais. Na mediação pedagógica, o papel do

professor é completamente diferente daquele que ensina, transmitindo informações,

aplicando exercícios e avaliando aquilo que o aluno responde, em termos de certo ou

errado. A mediação pedagógica demanda do professor ações reflexivas e investigativas

sobre o seu papel, enquanto aquele que faz a gestão pedagógica, criando condições que

favoreçam o processo de construção do conhecimento dos alunos. Nas palavras de

Perrenoud (2000), o seu papel concentra-se “na criação, na gestão e na regulação das

situações de aprendizagem” (p. 139).

Na perspectiva da integração, em se tratando, por exemplo, do uso pedagógico do

vídeo, a mediação do professor deve propiciar que as informações veiculadas por esta mídia

sejam interpretadas, ressignificadas e, possivelmente, representadas em outras situações de

aprendizagem (usando ou não os recursos da mídia), que possibilitem ao aluno transformar

as informações em conhecimento.

O desenvolvimento de uma atividade ou de um projeto usando a produção de vídeo

requer um trabalho em grupo entre os alunos e, muitas vezes, entre os profissionais de uma

mesma instituição ou externos a ela. Para produzir um vídeo, o grupo parte de um objetivo, 37

Page 38: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

cuja definição envolve negociação e argumentação entre os componentes do grupo, para se

chegar a um consenso que seja significativo para todos os envolvidos. Esse consenso,

segundo Almeida (2004), deve refletir o “reconhecimento de si mesmo e do outro em sua

singularidade e diferenciação, do respeito mútuo, da construção da identidade individual

simultânea com a construção do grupo como um sistema que engloba pensamentos,

emoções, ações, experiências anteriores, maneiras de ser, estar, sentir, pensar e fazer com o

outro”.

No contexto do roteiro, a produção da escrita envolve vários aspectos de caráter

cognitivo e criativo, tais como: antecipações, planejamento, organização lógica das

informações e dos fatos pesquisados e coerência entre as imagens, textos e sons,

respeitando os parâmetros do tempo e do foco intencional do produto, isto é do vídeo. Mas

como o professor pode vivenciar esta nova forma de aprender, para que possa repensar a

sua prática e reconstruí-la? Esta reconstrução da prática é fundamental para que o uso da

mídia possa ser integrado às atividades pedagógicas, de modo a propiciar aos alunos novas

formas de buscar, interpretar, representar e compreender os conteúdos curriculares num

escopo ampliado de ressignificações, bem como trabalho individual e colaborativo,

contemplando o contexto e o cotidiano de sua atuação na escola (Valente & Prado &

Almeida, 2003).

A reconstrução da prática requer a sua compreensão e a articulação de novos

referenciais pedagógicos que envolvem os conhecimentos das especificidades das mídias,

entre outras competências que o paradigma da sociedade atual demanda.

9- ATO OPERACIONAL

9.1 – Critérios De Organização Interna Da Escola

O nosso Projeto Político Pedagógico, como forma de organização do

trabalho na escola, se fundamentará em alguns princípios norteadores da escola

democrática, pública e gratuita para dessa forma suprir ao máximo a necessidade de nossos

alunos, tais como:

38

Page 39: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

a) Igualdade: Quer dizer condições de acesso e permanência na escola, superando dessa

forma todas as desigualdades de natureza sócio econômica, cultural e racial entre os

alunos.

b) Qualidade: O desafio fundamental desse nosso Projeto Político-Pedagógico é viabilizar

qualidade para todos, o que vai muito além da meta quantitativa do acesso global. Essa

qualidade implicará numa consciência crítica e capacitação de ação , de saber e de

mudar. A qualidade que desejamos e os alunos necessitam conjuga um caráter formal

ou técnico (enfatiza instrumentos, os métodos e as técnicas), com o político (voltado

para fins, valores e conteúdos).

c) Gestão democrática: é um princípio consagrado no Regimento Escolar e a as

dimensões pedagógicas, administrativas e financeira. Essa necessidade de gestão

democrática inclui a ampla participação dos representantes da comunidade escolar nas

decisões/ações administrativo-pedagógicas nela desenvolvidas.

d) Liberdade: É outro princípio consagrado no Regimento Escolar e está necessariamente

ligado a autonomia. Liberdade e autonomia fazem parte da própria natureza do ato

pedagógico. A liberdade, é algo que se experimenta, individual e coletivamente; e que

envolve uma articulação de limites e possibilidades. E essa experiência fará com que o

aluno construa sua vivência coletiva e interpessoal.

A organização do trabalho na escola é por sua vez mediação entre o trabalho

docente e prática social global, mas não é oferecer escola em iguais condições para todos.

Pelo contrário é a distribuição desigual do conhecimento a partir da origem da classe social.

O professor deve desempenhar a função de mediador do saber. Quanto ao material didático

deve ser de boa qualidade e o professor deve estar apto para manuseá-lo como material de

apoio, o docente deve submeter-se ao livro como planejador e executor do processo

didático. O desafio da escola é recuperar o compromisso com os valores pessoais, sociais e

culturais que devem marcar a formação dos cidadãos. Devemos conscientizar o educando a

dedicar-se como instrumento concreto do ensino para a vida e não somente pela

aprendizagem.

Biblioteca

A Biblioteca Professor Mauri Schuh funciona como um espaço posto à

disposição da comunidade em geral e destina-se à leitura e a elaboração de trabalhos

39

Page 40: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

individuais e ou/ coletivos. Dentre as atividades que a Biblioteca vai procurar desenvolver

destacam-se as seguintes:

- acompanhar os trabalhos de estudos e pesquisas dos estudantes;

- realizar atividades de classificação e catalogação de livros que facilitam o controle e a

consulta;

- emprestar livros e controlar sua devolução;

- fazer serviços de levantamento de dados e confecção de estatísticas que favoreçam a

avaliação de todo processo.

Seu horário de funcionamento é: Manhã, Tarde e Noite

Atenderá nas férias também, quando se fizer necessário. A nossa Biblioteca

ainda consta com um acervo bibliográfico de boa qualidade, vindo desta forma suprir as

necessidades de nossos alunos, sendo que sempre recebemos doações de livros, revistas e

jornais. Todas estas fontes de pesquisas tem sido utilizadas pelos nossos alunos com boa

perspectiva de aprendizagem.

Laboratório de Informática

Atualmente o Colégio conta com um laboratório de informática de 7,50 m X

6,80 m , que foi construído com recursos da comunidade, o qual não está adequado às

exigências estabelecidas pela SEED, sendo que não tínhamos outras instalações

apropriadas, o Estado requisitou o espaço da Biblioteca para montar o laboratório de

informática. Tal fato tornou nossa biblioteca inadequada ao trabalho qualitativo por parte

dos professores e alunos. Mas dispomos a princípio somente do espaço físico, temos

poucos computadores, alguns foram adquiridos pelo PROEM e outros com recursos

próprios. Embora contando com poucos equipamentos a escola procurará atender na

medida do possível as necessidades básicas dos alunos elaborando regras de utilização,

onde o professor trabalhará com projetos interdisciplinares de uma forma eficaz

pedagogicamente envolvendo uma dinâmica interativa e adequada.

Laboratório de Química, Física e Biologia

O nosso Laboratório está definido como uma dependência adaptada para o

trabalho prático, tendo condições de segurança. Sabemos que a necessidade de aulas

práticas, para tornar o ensino das ciências mais ativo e relevante, tem sido uma constante

nas propostas de inovação. Mas necessitamos de um profissional laboratorista para atender

às necessidades da escola. Quando buscamos realizar experiências em Ciências, a 40

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finalidade maior está na soma da teoria-prática, muitas vezes as coisas parecem estanques

ou dicotomizadas, e isto não pode acontecer em Ciências. As experiências despertam

geralmente um grande interesse por parte dos alunos, além de propiciar uma situação

excepcional que é aplicação das etapas do método científico, envolvendo desde a

observação, hipóteses até a conclusão. Para que ocorram as experiências , algumas etapas

serão consideradas:

- Tempo suficiente para confecção de pequenos aparelhos, muitas vezes esses aparelhos

devem ser montados fora de sala de aula;

- O professor deverá ter conhecimento de todas as etapas da experiência;

- O objetivo da experiência deve ficar bem claro a todos;

- As explicações e as conclusões devem envolver todos os participantes das experiências;

- Todas as questões de segurança devem ser consideradas nunca devem oferecer riscos

aos nossos alunos.

A Matriz Curricular está contemplada da seguinte forma: Base Nacional

Comum contempla 92 % das carga horária tanto no Ensino Fundamental como no Ensino

Médio. A Parte Diversificada contempla 80% da carga horária tanto no Ensino

Fundamental quanto no Ensino Médio. Língua Estrangeira Moderna ( Inglês) estão

contemplados como disciplina, da Parte Diversificada na Matriz Curricular do Ensino

Médio no período Diurno e Noturno. No Ensino Fundamental é contemplado na Parte

Diversificada e Língua Estrangeira Moderna ( Inglês).

Cada professor, em sua disciplina, estabelecerá metas a serem alcançadas

com os conteúdos "significativos" que vai ministrar. Considere-se que, fundamentalmente,

o aluno deve ser levado a "aprender a aprender" ou seja deve ser levado a incorporar

"habilidades". A meta ligada à incorporação de habilidades pelos alunos deve ser

inegociável, posto que, constitui o principal fundamento da aprendizagem.

9.2 - Acesso e Permanência do Aluno na Escola

Um dos principais desafios de nossa escola é fazer com que crianças e

adolescentes permaneçam na escola e consigam concluir os níveis de ensino em idade

adequada, e que os jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos.

Temos procurado tratar esse assunto com muito carinho, procurando sempre: descobrir as 41

Page 42: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

dificuldades de aprendizagem, saber porque estão faltando, onde moram, porque querem

abandonar a escola.

Manter uma parceria de trabalho com o Conselho Tutelar também uma

estratégia que adotamos e continuaremos adotando para manter o nosso aluno dentro da

escola.

9.3 – Capacitação Continuada de Educadores e Funcionários

Um dos elementos de nosso Projeto Político Pedagógico o plano da

formação contínua dos professores. Isto quer dizer que a formação dos professores em

exercício, não é de responsabilidade apenas do Estado através de seus órgãos, mas da

própria escola e de cada um dos seus profissionais, pois o desenvolvimento pessoal e

profissional também é de interesse de cada pessoa.

A sala de aula é um local de vivências pedagógicas. A análise do que aí

acontece evidencia muitas das dimensões da prática pedagógica efetivada: as formas usadas

para construir o espaço de interação, as relações de poder, as maneiras de processar as

negociações entre professor-aluno, aluno-professor, aluno-aluno, o trabalho coletivo e

outros. A formação continuada é uma das políticas públicas que viabiliza a qualidade da

aprendizagem de todos os alunos: níveis e responsabilidade da mantenedora, da escola e do

próprio profissional em sua função específica.

9.4 – Trabalho Coletivo

Para que uma escola realize um trabalho em grupo, ultrapassando a

interpretação equivocada de que para se formar um grupo basta agregar pessoas ou nomes a

uma determinada atividade, é preciso que se construa um projeto político pedagógico

consistente e real, as pessoas precisam estar inseridas neste projeto, não basta ser um

documento para arquivar na escola, seu texto precisa ser construído coletivamente, ser

conhecido, discutido e realimentado por todos os envolvidos no processo pedagógico e

escolar, além disso, seu conteúdo compreendido, assimilado e assumido por todos deve

estar permeando as atividades, as atitudes e as falas das pessoas.

42

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Trabalhar em grupo exige, entre outros fatores COMPARTILHAR idéias

(que enriquecem muito mais se forem conflitantes, divergentes) informações, reflexões e

ações; RESPEITAR e preservar a individualidade e as produções do outro, percebendo-o

como ser pensante, como um sujeito único e importante para o grupo; ACOLHER o outro é

fundamental para que o mesmo perceba-se / sinta-se fazendo parte deste grupo;

AUTONOMIA E INICIATIVA para emitir opiniões e críticas, desde que sejam

construtivas; COMPROMETIMENTO com a tarefa que o coletivo pretende dar conta,

afinal não posso participar de um grupo se não me identifico com a tarefa que o mesmo se

propõe a realizar; AVALIAR ações e atitudes de forma dialogada, com ética e respeito, o

que também não é fácil, afinal aprendemos (erroneamente!) a interpretar e realizar crítica

de modo pejorativo e depreciativo ou para atender interesses individuais ou empresarias,

impedindo o outro de crescer.

Trabalhar em grupo respeitando a individualidade do outro, mediando

conflitos e críticas com maturidade, afinal conflitos não devem ser abafados, mas discutidos

a fim de se buscar soluções coletivamente, seja para o grupo ou para um de seus

integrantes, é um grande desafio democrático que precisamos exercitar enquanto

educadores, acredito que só através deste exercício poderemos compreender as atitudes e

falas (ou a ausência delas) por parte de nossos alunos, diante de “trabalhos em grupo”.

“O trabalho coletivo na escola deve estar voltado para a construção de um

perfil de cidadão” (Fusari), que obviamente não é neutro, mas vinculado a concepções de

Educação e de Sociedade. Para tanto, é fundamental (e um grande desafio!) que nós

professores nos percebamos, além dos muros da escola, como seres individuais, sim, mas

integrados a uma coletividade com características sociais, políticas, econômicas e históricas

comuns, capazes de enxergar a realidade, discutir, produzir, exigir e propor soluções para

problemas reais da coletividade que compõe a escola e conseqüentemente, atender a

individualidade.

 9.5 – Prática Transformadora Do Ponto De Vista Político Pedagógico

A nossa escola procurará construir uma sociedade autenticamente

democrática amparando-se em valores que procurem formar cidadãos técnicos e

socialmente preparados. A ética não é uma geometria de direitos e deveres, ma uma 43

Page 44: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

constante busca daquilo que representa o melhor para o homem concreto e histórico em

busca de sua realização tanto profissional quanto humana.

A nossa escola procurará desenvolver seu trabalho voltado para atitudes e

valores como : diálogo, solidariedade e respeito mútuo.

O diálogo é expressão fundamental da relação entre os seres humanos,

doação mútua da palavra, sinal distintivo da humanidade. Os objetivos para se escolher o

diálogo como atitude dentro de nosso projeto são:

a) Saber valorizar o diálogo nas relações sociais

b) Valorização das próprias idéias, disponibilidade para ouvir idéias e

argumentos do outro e reconhecimento da necessidade de rever pontos

de vista.

c) Saber utilizar o diálogo como instrumento de cooperação.

d) Transformar e enriquecer o saber pessoal através do diálogo.

e) Participar dialógica na tomada de decisões coletivas.

É importante que o aluno perceba que pode ser solidário tanto ao ajudar um

amigo doente, que necessita momentaneamente de auxílio, como ao lutar por um ideal

coletivo da sociedade.

Os objetivos básicos de se trabalhar o valor solidariedade são:

a) Reconhecer e valorizar a existências de diversas formas de atuação

solidária no Âmbito político e comunitário.

b) Conseguir atuar com compreensão nas situações cotidianas.

c) Repudiar as atitudes desleais, de desrespeito, violência e omissão.

O respeito mútuo deve estar baseado no sentido de que todas as pessoas

precisam sentir-se respeitadas e sentir que delas se exige respeito. Na vida em sociedade as

pessoas assumem papéis diferentes, a partir das relações sociais é por isso que deve-se

principalmente respeitar a individualidade de cada um, pois desta forma estará

reconhecendo os limites e possibilidades pessoais alheias.

Em suma respeito mútuo se traduz pela valorização de cada indivíduo em

sua singularidade, nas características que o constituem. E traz guardada em sua

significação, as idéias de individualidade e de alteridade: na tomada de consciência que

cada pessoa faz de si própria revela-se a presença do outro como constituinte de sua

existência social.44

Page 45: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A nossa escola buscará sistematizar um Projeto Político Pedagógico, uma

educação que visa nortear e fundamentar seu trabalho pedagógico na escola como um todo,

afim de obter coerência teórico prática enquanto espaço de produção e socialização de

conhecimentos. Em síntese, a nossa escola conceberá os seguintes itens:

- Homem objetivado: cidadão crítico, responsável e consciente de seus direitos e deveres,

comprometido com o social e ciente de seu papel histórico na sociedade.

- Sociedade objetivada: sociedade justa e democrática, organizada através da luta e

consciência política e social do povo, com direitos iguais de acesso e distribuição

equitativa dos bens materiais e culturais.

- Educação: transmitir o conhecimento construído historicamente pelos homens criando

e recriando o mesmo, de modo a adequá-lo à nova realidade social e desse modo

contribuir para a formação de um sujeito criativo, participativo, autônomo, crítico e

transformador.

- A partir desse entendimento, o coletivo desta escola definiu como sendo função social

da escola transmitir/socializar os conhecimentos historicamente produzidos pela

humanidade, dando condições para que os alunos se produzam socialmente enquanto

sujeitos históricos, críticos, participativos e criativos.

A escola procurará trabalhar de forma garantir a igualdade de acesso para os

alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação

pedagógica na diversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada

estarão integradas em torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação entre

a educação fundamental e a vida cidadã através da articulação entre vários dos seus

aspectos.

9.6- Intenção De Acompanhamento Aos Egressos

Igualdade de condições para acesso permanência será uma de nossas metas

principais de trabalho. Dentro do processo educativo queremos pressupor uma

aprendizagem de qualidade para todos, ampliar o número de vagas e qualidade do nosso

ensino, superando privilégios econômicos e sociais. Procurando articular dimensões

técnicas e formais, com instrumentos novos de ensino, novas metodologias e técnicas de

ensino. Dentro de uma política que de condição de participação, para todos, envolvendo 45

Page 46: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

valores e conteúdos condizentes com a realidade do nosso aluno. Todo esse trabalho será

desenvolvido através de um processo reflexivo e elaboração coletiva. Estaremos

trabalhando em prol de um(a):- Sociedade: democrática, justa, igualitária; -

Homem/cidadão : crítico, participativo, responsável, criativo. - Escola: transformadora,

autônoma, emancipadora. - Mundo: com igualdade para todos.

9.7- Critérios Para Elaboração Do Calendários Escolar, Horários Letivos E Não

Letivos

O calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê

os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se, os feriados cívicos e

religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para reuniões técnicas e colegiadas

etc. O Calendário Escolar é elaborado pela SEED de acordo com a resolução 3927/2004. É

estabelecido Calendário Escolar único onde a escola opta semente pelo feriado municipal

que fica a critério do estabelecimento de ensino. O mesmo contém 200 dias letivos

atendendo a (LDB – Lei nº9394/96). É considerado como dia letivo, além dos dias de

Planejamento Escolar; os dias destinados para reuniões pedagógicas, Conselho de Classe e

outras, até o total de dez (10) dias no decorrer do ano letivo, bem como organizar as

reuniões pedagógicas fora dos dias letivos, previstos no calendário escolar.

Estaremos desenvolvendo algumas atividades dentro do período letivo como:

- Palestras, com abordagem de temas emergentes;

- Atividades Culturais, Dança, Teatro;

- Atividades Esportivas.

- Atividades com APMF e Conselho Escolar.

Fora do Período letivo acontecerá Capacitação descentralizada para o

Professor, orientada pela SEED e NRE na própria escola integrada as demais escolas do

município.

Os programas de Capacitação serão também realizados aos sábados, com orientação da

SEED.

A organização da hora atividade favorecerá o trabalho coletivo dos

professores priorizando sempre:

- O coletivo dos professores que atuam na mesma área de conhecimento;

46

Page 47: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- O coletivo dos professores que atuam na mesma série ou turma.

De acordo com a Lei nº 13.807/2002 a hora atividade constitui 20% da carga

horária do professor em efetiva regência de classe.

Cabe a equipe Pedagógica coordenar as atividades coletivas, a serem desenvolvida

durante a hora atividade. Cabe a direção, sistematizar o quadro da distribuição da hora

atividade, constando em edital, acompanhando e informando à comunidade escolar da

disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais. É de competência

do Diretor a verificação do cumprimento da hora atividade no estabelecimento.

9.8 - Recursos Que A Escola Dispõe Para Realizar O Projeto Político Pedagógico

A administração eficaz dos recursos físicos e financeiros da escola é

imprescindível, todavia a amplitude do seu papel envolve também: a responsabilidade pelas

ações pedagógicas, para a concretização da missão educacional; os processos de

comunicação interpessoal com alunos, pais, professores e demais colaboradores; o

desenvolvimento das equipes que atuam na escola; a implantação de projetos de parceria e

voluntariado; e a compreensão da dinâmica interna e externa que envolve as diversas

situações que emergem no cotidiano escolar. Conhecimentos indispensáveis ao Dirigente

Escolar relacionam-se ao PDE – Plano de Desenvolvimento da Escola, Proposta

Pedagógica e Currículo; ao processo de Ensino-aprendizagem; ao gerenciamento de

pessoas; e às normas, diretrizes e procedimentos legais para o funcionamento da escola

(infra-estrutura, matrícula, recursos financeiros oficiais, etc.).

Os recursos que escola dispõe para a realização deste projeto tem relação

direta na realidade local na qual a escola está inserida e sujeita as determinações e

contradições da sociedade. No que se refere aos recursos financeiras nossa escola é mantida

pela SEED, os recursos chegam via Fundo Rotativo – Fundepar, Programa Dinheiro Direto

na Escola (PDDE) e recursos de promoções e eventos realizados pela APMF e Conselho

Escolar.

Os recursos são utilizados par as seguintes finalidades:

47

Page 48: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

pequenas reformas, reparos e outras providencias de manutenção do prédio e demais

instalações da escola (pintura, troca de vidro e consertos de instalações elétricas

e/ou hidráulicas, etc.)

compra de materiais de consumo necessários ao bom funcionamento da escola

(material de limpeza e escolar, murais de aviso, lâmpadas, etc.)

aquisição de livros de literatura, laboratórios, bolas e rede de vôlei, giz, lápis de cor,

fitas de vídeo, etc.

O princípio que justifica e legitima essa autonomia é o de que é a própria

comunidade escolar quem melhor sabe o que precisa. O Diretor, os professores e

comunidade escolar são os que têm melhores condições para definir as necessidades de sua

escola, tornando mais eficiente a utilização dos recursos a ela destinados.

10. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

A organização do trabalho pedagógico em nossa escola estará totalmente

envolvido com a organização da sociedade . Onde a escola deverá ser vista por todos como

uma instituição social, inserida na sociedade e sujeita às determinações e contradições

dessa sociedade.

Dentro deste contexto as finalidades pretendidas para a nossa escola

trabalhar são:

- Finalidade cultural: a escola irá procurar preparar culturalmente os indivíduos para

uma melhor compreensão da sociedade em que vivem.

- Finalidade política: a escola procurará formar o indivíduo para a participação política

que abrange direitos e deveres da cidadania.

- Finalidade da formação profissional: a escola irá preparar os alunos para uma vida

produtiva capaz de se valer efetivamente das oportunidades econômicas ocupacionais.

- Finalidade humanística: a escola promoverá o desenvolvimento intelectual, emocional e

integral do aluno.

48

Page 49: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

O que queremos é trabalhar para proporcionar aos alunos uma diversidade de

percursos de aprendizagem, garantindo a coerência entre os objetivos estabelecidos e as

competências a desenvolver, estimulando dessa forma a concepção de estratégias e

atividades diversificadas que criem condições para transferência de aprendizagens inter e

intradisciplinares numa perspectiva de desenvolvimento das competências de saída do

Ensino Fundamental. O Colégio Estadual Professor João Farias da Costa procurará decidir,

coletivamente, o que se que reforçar dentro da escola, detalhando sempre as finalidade para

se conseguir um processo ensino-aprendizagem bem sucedido e se formar o cidadão

desejado. Criando dessa forma condições que favoreçam o desenvolvimento global e

harmonioso da personalidade do aluno, na sua dupla dimensão individual e social, de

acordo com princípios de liberdade, responsabilidade e solidariedade, proporcionando

assim a consolidação, aprofundamento e domínio de saberes, instrumentos e metodologias

que fundamentem uma cultura artística, humanística, científica e técnica , numa perspectiva

de educação permanente.

Hoje o Colégio Estadual Professor João Farias da Costa. Ensino

Fundamental e Médio, tem plena convicção de que a educação deve ser valorizada como

área estratégica em qualquer projeto educacional, bem como deu lugar à comunidade

educativa, aumentando, assim, a participação do intervenientes no processo educativo.

A democratização do ensino, trouxe à Escola novos valores, heterogeneidade

de saberes/aprendizagens e uma grande diversidade cultural. A escola deu lugar a

comunidade educativa aumentando a participação dos intervenientes no processo educativo,

A administração Central, confrontada com a dinâmica de mudança implementou a

Reestruração do Ensino Fundamental, através da Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394/96.

Neste contexto, a nossa escola está procurando dar resposta adequada às situações que lhe

são apresentadas, afirmando a sua especificidade e construindo a sua identidade a

autonomia. Num mundo em contínua transformação, a nossa escola tem orientado a sua

atividade por princípios e valores democráticos que fortaleçam a educação para a

autonomia indo de encontro das expectativas dos alunos como cidadãos e futuros

profissionais.

No trabalho de gestão será adotado alguns cuidados especiais de forma

operativa ao planejamento, organização, avaliação e acompanhamento contínuo dos

processos educativos. Uma forma adotada e que será dado continuidade é a distribuição de 49

Page 50: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

atividades aos professores na realização dos projetos escolares, procurando desta forma se

realizar uma liderança compartilhada no cotidiano escolar. A gestão escolar deve ser de

caráter coletivo realizado a partir da participação conjunta de todos os membros da

comunidade escolar. Pois a participação dá as pessoas a oportunidade de controlar o próprio

trabalho, de sentirem-se autoras e responsáveis pelos seus resultados, construindo dessa

forma a sua autonomia.

Algumas diretrizes e pressupostos a serem inseridas em nosso Projeto

Político Pedagógico são:

- A escola enquanto espaço educativo, que é por essência lugar social da comunicação

humana, reciprocidade de reversibilidade;

- Possibilitar a reflexão crítica sobre a prática pedagógica da escola, no sentido de

reformular seus cursos com vistas à melhoria do ensino;

- Analisar criticamente o modelo de ensino existente;

- Montar uma proposta pedagógica, face as necessidades dos alunos;

- Caracterizar o perfil docente e discente;

- Criar mecanismos de avaliação, no sentido da correção das distorções e da melhoria da

qualidade do ensino;

- A discussão será uma estratégia básica para a publicação daquilo que professores e

alunos fazem na escola, do que pensam, sabem e experimentam; de seus valores de vida

e convivência.

- A teoria não é por si só a solução para práticas novas. Daí a necessidade da atitude de

constante reflexão e teorização das práticas escolares.

- O planejar será uma articulação entre professores e alunos para as atividades de ensino

e aprendizagem: é um instrumento estratégico básico, uma condição intrínseca ao

projeto pedagógico. Neste sentido, a escola dará muita atenção já que é um

procedimento essencial e exige a participação de todos os envolvidos no e com o

trabalho escolar, em igualdade na condição de parceiros interagindo desde as decisões

passando pela operacionalização até a avaliação do que se propõe a realizar e

aprender.

50

Page 51: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

10.1 - Procedimentos Pedagógicos

Apresentaremos alguns procedimentos pedagógicos que auxiliam o professor

no processo ensino-aprendizagem. Em sua dinâmica pedagógica, o professor pode

encontrar outros procedimentos, porém serão citados aqueles que através da pesquisa

realizada acreditamos obter resultados positivos tanto na vivência pedagógica quanto

psicopedagógica.

a) A integração professor x aluno: Para que o aluno seja incentivado a participar da

dinâmica da sala de aula, é interessante que o professor procure apresentar atividades

desafiadoras que envolvam situações-problemas que mobilizem os esquemas cognitivos de

natureza operativa dos alunos. Estas atividades podem ser individuais ou grupais. Os jogos

e trabalhos em equipe, por exemplo, estimulam o relacionamento entre os alunos e

incrementam a integração da classe.

Propor atividades de expressão oral, nas quais o aluno possa ouvir e fazer-se

ouvir, falar sobre o que aprendeu e externar suas opiniões e suas dúvidas é um exercício

interessante. Depois de dar uma explicação sobre determinado conteúdo, pedir para um

aluno fazer oralmente uma rápida síntese do assunto que foi explicado ajuda a manter os

alunos atentos, pois eles sabem que precisam prestar atenção na explicação do professor,

porque serão solicitados a fazer um breve relatório oral do que foi exposto para a classe.

Quando um aluno apresentar uma dúvida sobre algum ponto da explicação dada, antes de

expor o assunto novamente, verifique quais os alunos que entenderam aquele tópico, e

procure pedir a um deles para explicá-lo à classe, e em especial, ao colega que não

entendeu. Esta medida contribui para desenvolver a cooperação entre os membros da

classe, pois assim eles têm a possibilidade de se ajudarem mutuamente no processo de

construção coletiva do conhecimento. Isto ajuda, também, a desenvolver a aprendizagem

autopossuída, que é aquela que se caracteriza pelo fato do aluno ter aprendido e saber que

aprendeu.

O professor poderá distribuir funções e dividir tarefas, como apagar a lousa,

recolher os cadernos, passar o cesto de lixo, distribuir o material, pendurar cartazes e

quadros didáticos, levar recados do professor a outros funcionários da escolar, etc. Os

alunos assumem essas funções e executam essas tarefas em rodízio. Isto permite que todos 51

Page 52: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

participem da dinâmica da sala de aula e também se sintam responsáveis por ela.“Na

escola, o professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno,

colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito

mútuo, na confiança e no afeto”

b) Processo ensino-aprendizagem sociabilizante: O estudo do meio é uma

técnica que permite ao aluno estudar de forma direta o meio natural e social que o circunda

e do qual ele participa. É um prática educativa que se utiliza de entrevistas, excursões e

visitas como forma de observar e pesquisar diretamente a realidade, coletando dados e

informações para posterior análise e interpretação. Na condução da aprendizagem dos seus

alunos, o professor tem duas funções básicas: a função incentivadora, pois precisa garantir

situações que incentivem o aluno a continuar progredindo nos estudos e estimulem sua

participação ativa no ato de aprender, e a função orientadora, pois cabe a ele ensinar, isto é,

orientar o processo de aprendizagem dos alunos para que possam construir o próprio

conhecimento. A autoridade do professor é inerente à sua função educadora, ou seja, é a

autoridade de quem incentiva e orienta.

c) Planejamento: É estreita e indivisível a relação existente entre a avaliação e os demais

elementos do planejamento no processo de ensinar e aprender, porque da mesma forma que

se avalia o que se ensinou, ou o que se aprendeu, avalia-se para ensinar e aprender melhor.

Assim, não há como dissociar a avaliação dos demais elementos que constituem o

planejamento no intuito de alcançar uma prática significativa em sala de aula. Adotaremos

alguns critérios sobre o planejamento:

- Esquecer a burocracia – Acabou a idéia de que planejar é ir a reuniões chatas em que o

professor se sente como um carimbador de papéis. Hoje quem leciona tem espaço para

criar.

- Conhecer bem de perto o seu aluno – Para planejar, é preciso conhecer as condições e os

interesses dos estudantes.

- Fazer tudo outra vez (e mais outra) – O Plano de Ensino é um documento pronto que

serve de base para o Planejamento. Já o Planejamento é um processo. Ele deve ser sempre

alterado, de acordo com as necessidades da turma.

- Estudar muito para ensinar bem – Uma pessoa só pode ensinar aquilo que sabe, por isso,

veja se você conhece bem os assuntos de que vai tratar. Claro que também é preciso saber

como ensinar.52

Page 53: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Colocar-se no lugar do estudante – Quando pensar numa aula, tente se colocar no lugar do

estudante. Você deve saber se os temas trabalhados em sala são importantes do ponto de

vista do aluno.

- Definir o que é mais importante – Dificilmente será possível trabalhar todos os conteúdos

com toda a turma. Os critérios para estabelecer o que é mais importante ensinar devem ser

as necessidades e as dificuldades dos alunos.

- Pesquisar em várias fontes – Toda aula requer material de apoio. Reserve tempo para

pesquisar. Busque informações em livros, jornais, revistas, discos, internet ou em qualquer

fonte ligada a seu plano de trabalho, sem preconceitos.

- Usar diferentes métodos de trabalho – O professor deve aplicar diferentes métodos, como

aulas expositivas, atividades em grupo e pesquisas de campo.

- Conversar e pedir ajuda – Seu coordenador precisa ajudar você a planejar. Ele deve

contribuir para que seu trabalho seja coerente com o projeto pedagógico da escola.

Conversar com os colegas também é útil. Aproveite as reuniões.

- Escrever, escrever, escrever – Uma boa idéia para analisar o que está ou não dando certo

em seu trabalho é comprar um caderno e anotar, no fim do dia, tudo que você fez em classe,

suas dúvidas e seus planos. Esse é um modo prático de atualizar o planejamento.

De acordo com Paulo Freire o professor deve partir de temas geradores,

principalmente os que estejam ligados a realidade da turma, pois desta forma o

conhecimento que o aluno irá adquirir estará mais contextualizado com a sua realidade. O

método de Paulo Freire também supera a dicotomia ou seja a divisão entre a teoria e

prática , principalmente quando o aluno descobre que a prática que ele conhece também é

um saber, e que esse saber tem influência na sua realidade. O diálogo também é uma atitude

adotada por Paulo Freire, tendo em vista que o ensino deve ser nutrido de amor, humildade,

esperança , fé e confiança. É também através do diálogo que os professores procurarão

contextualizar seus ensinamentos como também o diálogo , se consistirá numa virtude de

respeito aos educandos não somente como indivíduos , mas enquanto expressão de uma

prática social. Ainda para Paulo Freire nós professores temos que ser mediadores do

conhecimento ou seja educadores libertadores, capazes de levar os alunos a pensarem, a

questionarem sobre determinado assunto.

Para Piaget dentro de uma linha construtivista iremos formar indivíduos

independentes que busquem o conhecimento dos seu próprio modo. Vygotsky já defende a 53

Page 54: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

interação social e o instrumento linguístico pois são decisivos para compreender o

desenvolvimento cognitivo. Com base nas idéias de Piaget e Vygostky nossa escola

pretende assegurar par o aluno o direito a educação, dando oportunidade ao aluno de se

desenvolver tanto no ponto de vista intelectual como social e moral. De acordo com a linha

pedagógica construvista sóciointeracionista de trabalho caberá a sociedade, família e escola

propiciar experiências, trocas interpessoais e conteúdos culturais, permitindo desta forma

que o aluno atinja capacidades cada vez mais elaboradas, de conhecer, e atuar no mundo

físico e social, uma vez que a lógica a moral a linguagem e a compreensão de regras

sociais, são construídas por cada indivíduo ao longo do processo de seu desenvolvimento.

No sóciointeracionismo o conhecimento é mediado pelo social, além de que o professor não

ensina apenas o conteúdo, mas também a forma pela qual o aluno entra em contato com

esse conteúdo pela própria que ensina.

A visão interacionista de desenvolvimento traz importantes contribuições

para a prática pedagógica. Ao considerar que a criança constrói progressivamente novos

conhecimentos e novas formas de pensar, a escola passa a dar maior ênfase ao processo de

aprendizagem do aluno. Não é desejável que a criança simplesmente saiba coisas, mas sim

e sobretudo que pense competentemente sobre as mesmas. O objetivo, assim, não é

fornecer verdades prontas e acabadas aos alunos, mas é, antes, capacitar o aluno a elaborar

o conhecimento que se espera seja alcançado.

10.2 - Papel Específico De Cada Segmento Da Comunidade Escolar

A) PROFESSOR - Ao professor também caberá intervir nesse processo, propondo

desafios, estimulando a curiosidade, a pesquisa e o posicionamento crítico, auxiliando os

alunos na estruturação dos conhecimentos produzidos.

O papel do professor também será de orientar e educar usando de uma

autoridade liberal, com um diálogo aberto no qual transmita suas idéias e trabalhe de uma

forma conjunta com os alunos, expondo argumentos e encaminhando os alunos à

autonomia de pensamento e ações.

Ao professor caberá também a responsabilidade de estimular o desenvolvimento dos alunos

pela aprendizagem de diversos conteúdos, valores e hábitos. Visto que hoje o papel

54

Page 55: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

solicitado do professor na situação de ensino aprendizagem é o de uma atuação constante,

com intervenções para um grupo todo.

O professor procurará exercer uma prática pedagógica flexível e adaptada as

características e conhecimentos dos alunos. Uma prática que não deixe de buscar e usar

todos os meios possíveis ao seu alcance (apresentando os conteúdos de forma organizada,

usando incentivo de atenção e motivação, ajudando a corrigir erros, etc.) favorecendo assim

o processo de aprendizagem dos alunos que apresentarem dificuldades em um determinado

momento.

Vivemos em tempo de globalização econômica, de níveis elevados de

pobreza e de introdução rápida e intensiva de novas tecnologias e materiais no processo

produtivo, resultantes das exigências da própria sociedade e das transformações científicas

e tecnologias que ocorrem de forma acelerada e exigem das pessoas diferentes

competências. Esse contexto coloca enormes desafios para a sociedade como um todo,

como não poderia deixar de ser, também para a educação escolar. Para uma formação desse

tipo, a escola deve garantir aprendizagens diversificadas. Diante desse quadro, a formação

de professores destaca-se como uma das mais importantes dentre as políticas públicas para

a educação, pois os desafios colocados à escola exigem do trabalho educativo um patamar

profissional diferente ao existente hoje. Além da formação inicial consistente, é preciso

proporcionar aos professores uma formação contínua.

A fim de consolidar a educação nos dias atuais, se realmente queremos uma

escola competente para um ensino crítico, criativo, de qualidade e que desenvolva o

cidadão, é preciso adotar outros parâmetros, para que o professor desenvolva habilidades

de formador e estimulador do pensamento e da inteligência do aluno. Por meio de uma ação

planejada e refletida do professor no dia-a-dia da sala de aula, a escola realiza seu maior

objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez

mais com autonomia. Para atingir esse objetivo, é preciso focar a prática pedagógica no

desenvolvimento dos alunos, o que significa observa-los de perto, conhece-los,

compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e

incentivar suas potencialidades.

55

Page 56: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

B) DIRETOR E DIRETOR AUXILIAR

A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica

sempre uma tomada de posição dos atores sociais ( pais, professores, funcionários,

alunos...) Logo, o papel do Diretor não deve ser individual, pelo contrário, deve ser

coletivo, envolvendo os diversos membros da comunidade escolar na discussão e na

tomada de decisões. O Diretor deve contribuir para o fortalecimento da participação dos

alunos nas ações da escola. A implementação de processos e práticas de participação

coletiva, bem como a avaliação destas. É fundamental para romper com o autoritarismo.a

efetivação de uma gestão democrática como aprendizado coletivo deve considerar a

necessidade de se repensar a organização escolar, tendo em mente a importância desta na

vida das pessoas, bem como os processos formativos presentes nas concepções e práticas

que contribuam para a participação efetiva e para o alargamento das concepções de mundo,

homem e sociedade dos que dela participam. Pode-se constatar que a melhoria no

relacionamento humano entre direção e pessoal escolar, entre a escola e usuários e,

principalmente , o relacionamento geral entre os estudantes entre si e com vários

profissionais da escola, quer dentro quer fora da sala de aula. A participação popular

melhora a qualidade das decisões tomadas na área da educação e têm um papel fundamental

na democratização da gestão. Permitir que a sociedade exerça seu direito à informação e à

participação deve fazer parte dos objetivos de um governo que se comprometa com a

solidificação da democracia. Democratizar a gestão da educação requer, fundamentalmente,

que a sociedade possa participar no processo de formulação e avaliação da política de

educação e na fiscalização de sua execução, através de mecanismos institucionais. Esta

presença da sociedade materializa-se através da incorporação de categorias e grupos sociais

envolvidos direta ou indiretamente no processo educativo, e que, normalmente, estão

excluídos das decisões (pais, alunos, funcionários, professores). Alguns elementos facilitam

a implantação de medidas de democratização da gestão: a educação é uma política de muita

visibilidade, atingindo diretamente grande parte das famílias e não é difícil mobilizar

profissionais, pais e alunos.

É necessário que os mecanismos de democratização da gestão da educação

alcancem todos os níveis do sistema de ensino. Devem existir instâncias de participação

popular junto à secretaria de educação, junto a escolas e, onde for o caso, em nível regional.

Também é possível imaginar instâncias de participação especializadas, correspondentes aos 56

Page 57: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

diferentes serviços de educação oferecidos (Creches, Educação Infantil, Ensino

Fundamental, Ensino Médio, Alfabetização de Adultos, Ensino Profissionalizante).

Em qualquer instância, os mecanismos institucionais criados devem garantir

a participação do mais amplo leque de interessados possível. Quanto mais

representatividade houver, maior será a capacidade de intervenção e fiscalização da

sociedade civil.

A democratização da gestão da educação atua sempre como um reforço da

cidadania, constituindo-se em fator de democratização da gestão municipal como um todo.

A obtenção destes resultados, no entanto, depende da vontade política da

administração de ampliar os espaços de participação da sociedade na gestão municipal.

Depende, também, da adoção de outras medidas visando a democratização do ensino. Um

governo que não se preocupar com estes dois pontos dificilmente conseguirá implantar um

verdadeiro sistema de gestão democrática da educação.

10.3 – O Papel da instâncias colegiadas

APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação

dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes

e Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.

Os objetivos principais da APMF são: discutir, no seu âmbito de ação, sobre

ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família -

escola - comunidade, enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica,

para apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa; prestar

assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores

condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica do

Estabelecimento de Ensino; representar os reais interesses da comunidade escolar,

contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando manter a

gratuidade e universalidade da escola pública; promover o entrosamento entre pais, alunos, 57

Page 58: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

professores e funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócio-educativas-

culturais-desportivas, ouvido o Conselho Escolar; gerir e administrar os recursos

financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as

prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em

livro ata; colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações e

equipamentos, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.

Conselho Escolar

É um Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, avaliadora e

fiscalizadora, com o objetivo de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios relativos á

sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da

legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela

SEED. O Conselho Escolar visa a articulação entre os vários segmentos organizados da

sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu

funcionamento.

O Conselho Escolar é composto por professores, pedagogos, funcionários,

pais e alunos.O Conselho analisa as ações e empreende os meios para o cumprimento das

finalidades da escola. Eles apresentam a comunidade escolar e local. O Conselho Escolar

também tem por função acompanhar todo o processo de elaboração do P.P.P. O Conselho

Escolar contribui decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar no qual escola

e comunidade se identificam. O Conselho Escolar tem função: Deliberativa, Consultiva,

Fiscal e Mobilizadora. A seleção dos integrantes do Conselho Escolar é realizada de acordo

com as diretrizes do Sistema de ensino. Outras atribuições do Conselho Escolar são: a

elaboração do Regimento Interno; aprovação do plano administrativo sobre a programação

e aplicação dos recursos financeiros.

O Conselho Escolar é o sustentáculo do P.P.P. da escola, garantindo espaço

para que todos os segmentos da comunidade escolar possam expressar suas idéias e

necessidades, contribuindo para as discussões dos problemas e a busca de soluções. O

Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e 58

Page 59: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento

da Escola/ Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola. A função

deliberativa, refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações

pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas

desenvolvidas no âmbito escolar. A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para

dirimir dúvidas e tomar decisões quanto as questões pedagógicas, administrativas e

financeiras, no âmbito de sua competência.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas,

propondo alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo a transparência do

processo pedagógico, administrativo e financeiro. O conselho escolar não tem finalidade

e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a

não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu

Projeto Político-Pedagógico. O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem

como principal atribuição aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-

pedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento

de ensino. A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes

pressupostos:

a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;

b) A escola deve garantir o acesso e permanência a todos que

pretendem ingressar no ensino público;

c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis

e modalidades é um dever constitucional;

d) A construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está

diretamente vinculada a um projeto de sociedade;

e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos

indissociáveis num projeto democrático de escola pública;

f) O trabalho pedagógico escolar numa perspectiva emancipadora é organizado

numa dimensão coletiva;

g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos

que constituem a comunidade escolar;

59

Page 60: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a cooperação

a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em todos os aspectos pedagógicos,

administrativos e financeiros da organização do trabalho escolar.

O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e

proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:

a) Diretor;

b) Equipe Pedagógica;

c) Corpo Docente;

d) Funcionários Administrativos;

e) Funcionários de Serviços Gerais;

f) Corpo Discente;

g) Pais de alunos;

h) Representante da APMF;

i) Representante do Grêmio Estudantil;

j) Representante dos movimentos sociais organizados.

Representante de turma

O Representante de turma é um aluno escolhido pelo corpo docente da turma com

os demais alunos, para auxiliar os professores, direção e equipe pedagógica da escola no

processo de ensino aprendizagem. Por isso, é necessário que este aluno seja aplicado nos

estudos, diligente e disposto à ajudar no bom andamento das aulas.

11 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Vivemos em um mundo de transformações, um mundo acelerado, com

características diferentes da sociedade ou época em que uma grande maioria dos

professores atuais foi formada. Em conseqüência, o nosso professor pedagogo trabalha com

um aluno que possui valores, características e ações bem diferentes daquelas para qual ele

foi preparado para trabalhar. Em muitas rodas de professores o discurso comum é sobre

alunos desinteressados, que não querem nada com os estudos e não respeitam mais a escola.

Vivemos na sociedade do consumo e do hedonismo, onde a individualidade é maior a cada

dia e temos menos espaços de convivência com membros da família (estamos trocando a

sala pelo quarto); onde o certo e o errado se confundem; onde as crianças e jovens 60

Page 61: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

aprendem principalmente a partir da TV, dominam e utilizam com facilidade as

tecnologias; são egocêntricas (primeiro o eu), possuem pouco contato com a frustração e

apresentam uma adolescência precoce. Nossa sociedade está em processo de mudança e,

como em todo processo de mudança, nos aponta dois caminhos: o da oportunidade e o do

perigo...

Fica claro que a Equipe Pedagógica necessitará de uma visão ampliada da escola,

percebendo sua importância para além da sala de aula, se percebendo como peça chave de

conjunto maior, consciente de que cada ação sua irá influenciar diretamente em todo o

andamento da escola. Caberá a Equipe Pedagógica: Trabalhar consigo mesmo a percepção

de seu próprio valor e promover a auto-estima e a alegria de conviver e cooperar. 

Desenvolver um clima de respeito e de auto-respeito, o que significa:

- estimular a livre expressão de cada um sobre sua forma diferente de apreender o

mundo;

- promover a definição compartilhada de parâmetros nas relações, e de regras para

atendimento desses parâmetros, que considerem a beleza da convivência com as

diferenças;

- despertar a tomada de consciência pela iniciativa de avaliar individualmente, e em

grupos, seus próprios atos e os resultados desses atos;

- buscar a pesquisa e a vivência de valores de ordem superior, como qualidades

inerentes a cada indivíduo.

A mudança é irreversível e implica assumir responsabilidades. Para isso, é

fundamental que a equipe gestora da instituição seja parceira, se proponha a acompanhar o

processo e avaliar os resultados. A realização de ações conjuntas e coordenadas entre

direção, orientação, supervisão e docentes fortalece e enriquece a mudança, auxilia na

sensibilização da comunidade e da família. A situação de projeto de aprendizagem pode

favorecer especialmente a aprendizagem de cooperação, com trocas recíprocas e respeito

mútuo. Isto quer dizer que a prioridade não é o conteúdo em si, formal e

descontextualizado.

A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que

desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e

simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isto

quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e 61

Page 62: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

mais complexos problemas. Ao mesmo tempo, este processo compreende o

desenvolvimento continuado de novas competências em níveis mais avançados, seja do

quadro conceitual do sujeito, de seus sistemas lógicos, seja de seus sistemas de valores e de

suas condições de tomada de consciência.O importante é observar não o resultado, um

desempenho isolado, mas como o aluno está pensando, que recursos já pode usar, que

relações consegue estabelecer, que operações realiza ou inventa.

A Equipe Pedagógica é a co-responsável pela construção de uma equipe

escolar coesa, engajada e, sobretudo, convicta da viabilidade operacional das prioridades

consensualmente assumidas e formalizadas na proposta de trabalho do Colégio. A Equipe

Pedagógica irá exercer, no espaço da autonomia que lhe foi conferida, seu papel de

elemento-chave na orientação e gerenciamento dos resultados do desempenho escolar

obtido pelos alunos frente às ações devidamente planejadas pelos docentes. Na verdade a

Equipe Pedagógica no exercício específico de profissional, articulador e mobilizador da

equipe escolar, está vivenciando suas atividades intencionais voltadas para a melhoria do

fazer pedagógico da sala de aula. Considerando a escola como espaço cultural criado para

transmitir às novas gerações instrumentos de aprendizagens essenciais, temos grande

preocupação com a formação ética dos nossos alunos e formação de atividades fundados

nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com

os outros e aprender a ser. Nesta perspectiva, desenvolvemos nosso trabalho voltado para

uma educação cidadã que compreende a realização plena do ser humano, respaldado na

construção e reconstrução de conceitos e o fortalecimento de valores indispensáveis para

um convívio saudável e de prosperidade. Para realização e concretização do processo

ensino-aprendizagem é fundamental a co-participação da família em uma relação de

parceria com a escola, para que juntos possam efetivar a boa qualidade da educação de

todos que fazem o Contemporâneo.

Ações a serem desenvolvidas pela Equipe Pedagógica durante o ano letivo:

a) Elementos Essenciais da Coordenação Pedagógica

o Elo entre alunos, famílias, professores, orientadores e Direção.

o Elaboração dos componentes curriculares atuando junto aos professores.

o Integração do corpo docente.

62

Page 63: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

o Parceria com o corpo docente e a orientação, a fim de desenvolver no aluno

a consciência de sua autonomia, senso crítico, responsabilidade e o pleno

uso de sua cidadania.

o Estar sempre disponível para prestar qualquer esclarecimento aos pais.

b) Instrumentos viabilizadores da função Pedagógica

o Incentivar os docentes em um trabalho de equipe.

o Incrementar um trabalho coletivo, coerente e articulado com a proposta

pedagógica do colégio.

o Acompanhar os docentes na elaboração dos planos de ensino subsidiando-os

com indicadores que fazem parte dos componentes curriculares.

o Orientar os procedimentos de avaliação definidos pelo colégio, com vistas à

implementação de um processo de aprendizagem contínuo.

o Motivar e organizar os alunos para o reforço e recuperação de estudos

necessários a uma boa melhoria da aprendizagem.

o Orientar o corpo docente na utilização dos espaços físicos e uso das

bibliotecas, laboratórios, equipamentos e materiais didáticos disponíveis na

escola.

o Divulgar e facilitar o acesso dos docentes a novas metodologias e recursos

tecnológicos.

c) Estratégias de ações efetivas para melhoria do desempenho de docentes e

discentes

o Acompanhar o desenvolvimento dos conteúdos e projetos planejados pela

equipe docente.

o Sugerir a equipe docente alternativas de atividades que favoreçam uma

melhoria na aprendizagem principalmente nos aspectos detectados e

observados como dificuldade. 63

Page 64: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

o Conversar e discutir sempre que necessário, com a equipe docente, as

questões pertinentes ao desempenho escolar/aluno.

É importante mencionar que a Equipe Pedagógica possui funções múltiplas e significativas

que se desenvolvem como:

Preventiva: Consiste em acompanhar o processo pedagógico, a fim de obtermos

resultados positivos na melhoria do ensino-aprendizagem.

Construtiva: Auxiliar o docente a superar suas dificuldades de maneira positiva e

cooperativa.

Criativa: Estimular a iniciativa do docente, buscar novos caminhos, pesquisar e criar

novos recursos do ensino.

Enfim, o apoio pedagógico acompanha de perto o trabalho de rendimento escolar,

atentando para uma boa relação entre professor e aluno, lançando mão de recursos que

visam sempre trazer para a equipe docente / discente o que há de mais novo na educação

através de reuniões bimestrais, assessorias externas e capacitação docente.

12. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGOGICA

O Colégio Estadual Professor João Farias da Costa – Ensino Fundamental e Médio

tem como justificativa construir uma Proposta Pedagógica que trabalhe os saberes, por

meio do processo de ensino aprendizagem, promova quem aprende e quem ensine e, nessa

simbiose, sejam produzidas as bases de uma nova sociedade que se contraponha ao modelo

gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais, sob o

lema de um desenvolvimento auto-sustentável que, longe de ser um desenvolvimento

educacional, evidenciou um abandono da escola a sua própria sorte e, desta forma,

assumindo funções diferenciada, sem diretrizes comuns.

É esta escola que, ao desenvolver sua prática e disponibilizar o conhecimento

sistematizado aos professores e alunos, das mais diferentes comunidades, para sua inserção

cidadã, social e produtiva, participa, enquanto instituição social, do processo civilizador, o

qual permite o exercício consciente das decisões e ações dos homens na sociedade e as

possibilidades de transformação. É nessa escola de resistência que se crê e é nela que reside

64

Page 65: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

a intencionalidade da dimensão pedagógica, cuja definição está no esclarecimento de ações

educativas e de seu papel, e que possibilitem a formação do cidadão participativo,

responsável, compromissado, crítico e criativo. Uma escola cuja supremacia é o trabalho

com o conhecimento escolar. Conhecimento este, que é específico, advindo da produção

intelectual dos homens, mas que serve para possibilitar também o conhecimento amplo,

elaborado na ação humana coletiva, numa teia de relações sociais, as quais geram novas

necessidades de reflexão e elaborações.

A construção desta Proposta pedagógica possibilitará à escola refletir sobre seus

problemas com todos os seus segmentos e viabilizar alternativas não imediatista, mas,

sobretudo, de médio e longo prazo, de como pensar, executar e avaliar o seu trabalho, e

esta visa expressar suas formas metodológicas acerca do entendimento que os professores

têm da escola do conhecimento, do processo de ensinar e de aprender, da sociedade e do

homem que irá viver nessa sociedade.

A missão básica da escola é promover o processo de transmissão e geração dos

conhecimentos humanísticos, científicos e tecnológicos que possibilitem ao individuo

amplo domínio das atividades intelectuais e operativas, como instrumento de conquista da

cidadania e de adaptação e flexibilização no mundo do trabalho, como profissional

capacitado a agir com autonomia e responsabilidade, de forma crítica e criativa, em

consonância com o setor produtivo. Buscando com isso um ensino e educação de

qualidade, para um melhor desenvolvimento do intelecto, do senso crítico, da criatividade e

da integridade da pessoa na dimensão de sua vocação para servir, pois o educando como

parte integrante do mundo quer da escola explicações e descobertas dos fenômenos reais.

Mais especificamente na inclusão escolar, esse fato nos levou a pensar e debater

sobre as várias implicações e mudanças que esse ideal nos impõe e sobre o que essa frase

quer dizer para cada um de nós: educadores, pais, familiares e sociedade em geral. Afinal

queremos uma educação de qualidade para todos.

E para isso temos que encontrar o caminho mais claro e objetivo para atingirmos

esse ideal. Por isso, a grande missão de nossa escola será trabalhar para uma escola que

forme indivíduo para que tenha uma vida realizada e plena, bem como formar um cidadão

que participe responsavelmente na sociedade, através de um currículo que contemple de

maneira interdisciplinar e contextualizada os objetivos aqui elencados.

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Page 66: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNÍCIPIO: 1690 – NOVA CANTU

ESTABELECIMENTO: 00379 – JOÃO F. C E PROF – FUND MEDIOENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA

CURSO: 4000 – ENS. 1 GR.5/8 SER TURNO: MANHÃ E TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANA

DISCIPLINAS / SERIE 5 6 7 8

BASE

NACIONAL COMUN

ARTES

CIENCIAS

EDUCAÇAO FISICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LINGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

2

1

3

4

4

4

2

4

2

1

3

3

4

4

2

4

2

3

4

4

4

2

4

2

3

4

4

4

SUB-TOTAL 22 22 23 23

P

D

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N:9394/96* NÂO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO.DATA DE EMISSÃO: 17 DE OUTUBRO DE 2006

66

Page 67: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MEDIO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNÍCIPIO: 1690 – NOVA CANTU

ESTABELECIMENTO: 00379 – JOÃO F. C E PROF – FUND MEDIOENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANA

CURSO: 0009 – ENSINO MEDIO TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007– SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SERIE 1 2 3

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTEBILOGIAEDUCAÇAO FISICAFILOSOFIAFISICAGEOGRAFIAHISTÓRIALINGUA PORTUGUESAMATEMÁTICAQUÍMICASOCIOLOGIA

32

2224422

222

223442

2222223442

SUB-TOTAL 23 23 23

PD

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

DATAS DE EMISSÃO: 06 DE DEZEMBRO DE 2006

67

Page 68: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

DISCIPLINA: ARTES - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Artes, enquanto disciplina escolar possibilita o estudo das linguagens artísticas ao

aluno e o leva ao conhecimento e valorização das diferentes culturas, sejam elas locais,

regionais ou globais.

As práticas educativas da disciplina assumem um compromisso com a diversidade

cultural (patrimônio histórico), amplia o repertório do aluno a partir dos conhecimentos

estéticos, artísticos e contextualizados, aproximando-o do universo cultural da humanidade

nas suas diversas representações.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções Jesuíticas, ocorreu à primeira forma

registrada de Arte na educação, a qual se desenvolveu no Brasil uma educação de tradição

religiosa, para grupos de origem Portuguesa, Indígena e Africana, e para as missões

Guaranis nos estados do sul de poder Espanhol. Realizaram um trabalho de catequização

com ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança,

pintura, escultura e outras artes manuais. A companhia de Jesus promoveu essas formas

artísticas, cultivando as formas ibéricas da alta idade média e renascentista, assimilando

também as locais. Esse trabalho educacional perdurou aproximadamente por 250 anos de

1.500 a 1.759, e teve influência na manifestação cultural e popular das regiões. No governo

do Marquês de Pombal, os Jesuítas foram expulsos do território do Brasil Colônia e

estabelece a Reforma Pombalina, onde dava ênfase ao ensino das ciências naturais e dos

estudos literários. Os espaços foram substituídos por colégio-seminário de outras

congregações religiosas.

No início do século XIX, incluíram em seus currículos o Colégio-seminário de

Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro os estudos do desenho associado à matemática e

da harmonia da música.

Em 1.808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, iniciam-se obras e ações

para acomodar em termos materiais e culturais a corte portuguesa: E chega ao Brasil um

grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas Artes, na qual

os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos, o grupo obedecia ao estilo

neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, e exercícios na cópia e reprodução de 68

Page 69: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

obras consagradas. Com o fim dos colégios-seminário, transformou-se em estabelecimentos

públicos.

No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná;

a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para a formação em magistério e a

“Escola Profissão feminina“ (1886) oferecendo, além de desenho e pintura, cursos de corte

e costura, arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher.

Em 1.890 surge à primeira reforma educacional do Brasil República, onde

valorizava em Arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de desenvolver a mente

para o pensamento científico e os liberais baseando no desenvolvimento econômico e

industrial, preocupados com a preparação do trabalhador.

Essa concepção de ensino esteve presente, no período do governo de Getulio Vargas

(1.930-1.945) com a generalização do ensino profissionalizante nas escolas públicas; na

ditadura militar (1.964-1.985) com o direcionamento às habilidades e técnicas; e na

segunda metade dos anos 90 com a pedagogia das competências e habilidades que

fundamentam as práticas pedagógicas.

No Paraná, observam-se reflexos de vários processos pelos quais passou o ensino de

arte até tornar disciplina obrigatória. Esses processos acentuam-se a partir do século XIX

com o movimento imigratório, onde os artistas imigrantes trouxeram novas idéias e

experiências culturais diferentes como expressão individual.

A disciplina e exemplo vivo da diversidade cultural dos povos e expressam a

riqueza criadora dos artistas de todos os tempos e lugares, adapta-se a realidade de artistas

imigrantes junto com os artistas locais, tendo características próprias com valorização local.

Em contato com essas produções, o aluno pode exercitar suas capacidades

cognitivas, sensitivas, afetivas e imaginárias, organizada em torno da aprendizagem

artística e escrita.

Em conjunto com as outras áreas do conhecimento trabalhadas na escola, pode-se

articular entre a produção, a critica, a historia e estética da arte também o pensamento,

ações, atitudes, valores e princípios a Ética, meio ambiente, saúde, cidadania, comunicação,

trabalho e consumo.

O ensino da Arte enfoca expressividade, espontaneidade e criatividade, e usa a

genialidade individual. Tem a finalidade de ensinar o aluno a expandir suas potencialidades

criativas e assegurar o desenvolvimento da imaginação e autonomia do mesmo.69

Page 70: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A arte sempre esteve ligada a historia do homem e envolve tudo o que ele produz, vê e

representa com seus sentimentos e visões de mundo, com este conceito o professor tem

argumentos para justificar a seleção dos conteúdos.

Arte e área de conhecimento e não meios para destacar dons inatos, entretenimento

e terapia.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Artes, no Ensino Fundamental é viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos

conhecimentos em linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro por meio

de diferentes linguagens artísticas que o permita utilizar o conhecimento estético na

compreensão das diversas manifestações culturais, experimentar e explorar as

possibilidades de cada linguagem. A arte busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno, sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos

levando em conta a sistematização do conhecimento para a leitura da realidade, ensina a ver

e ter uma visão mais critica e lúdica, trazendo informações sobre a técnica utilizada pelo

artista, os materiais e suportes, sobre o estilo particular e a biografia, partindo para o fazer

artístico e a leitura da obra de arte na contextualização histórica (social, política, econômica

e cultural).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos básicos das linguagens artísticas

Produções/manifestações artísticas

Elementos Contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS5ª SÉRIE

Cor e luz

Linha

Ponto

70

Page 71: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Formas geométricas

Tangran

Desenho

Letras

Números

Releitura de obras

Fundo e figura

Expressão corporal

Introdução ao teatro

Qualidade do som

Ritmo e melodia

Folclore

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos básicos das linguagens artísticas

Produções/manifestações artísticas

Elementos Contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS6ª SÉRIE

Recursos geométricos

Comunicação visual (história em quadrinhos)

Ampliação

Redução

Percepção de cores

Movimento, Ritmo e equilíbrio

Contraste e simetria

Desenho – Releitura

Folclore

Elementos do som

Harmonia do som

71

Page 72: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

História do teatro

Coreografias improvisadas

Dinâmicas no teatro

Expressão vocal

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos básicos das linguagens artísticas

Produções/manifestações artísticas

Elementos Contextualizadores

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS7ª SÉRIE

Cores (luz e sombra)

Textura (tátil e gráfica)

Perspectiva

Geometria (mosaico, vitral)

Desenho abstrato

Estilização

Releitura

Cartaz

Gravura

Instrumentos musicais

Peças teatrais

Expressão facial

Danças culturais

Danças folclóricas

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos básicos das linguagens artísticas

Produções/manifestações artísticas

Elementos Contextualizadores

72

Page 73: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS8ª SÉRIE

Cores

Publicidade

Pintura-pigmento

Caricatura

Releitura

Escultura

Música pura e descritiva

Estruturas musicais

Mini peças

Expressões gestuais

Danças culturais

Danças folclóricas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Datas comemorativas

Cultura afro-Brasileira

Educação no Campo

tecnologia

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A arte compreendida como produção, expressa as relações desta com a cultura por

meio das manifestações materiais e imateriais.

A tarefa desta disciplina não se desvincula da forma de organização da nossa

sociedade, levando em consideração que a transformação determina condições para uma

nova atitude estética. Pois educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente,

interpretar a realidade, a fim de ampliar as possibilidades de função e expressão artística.

Para que a informação se transforme em conhecimento, e necessário interpretar e

questionar. O lado humano e lúdico tem fundamental importância na concepção de vida de 73

Page 74: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

cada um de nos. Por isso, o ensino da arte é imprescindível, através da arte trabalha-se o

desenho, a pintura, a musica, a expressão corporal, o teatro e a dança, eles desenvolvem um

processo profundo de conhecimento de si próprios, do outro e do mundo em que estão

inseridos.

O ensino da arte amplia suas aptidões para ler o mundo e resolver problemas,

através de recursos tecnológicos e manuais e culturais tornando os alunos mais sensíveis e

mais críticos.

A leitura da obra de arte ajuda a decodificar os códigos visuais que foram feitos

agora e no passado, e a apreciá-los.

A História da Arte é a informação estética de todas as classes sociais,

proporcionando a multiculturalidade brasileira uma aproximação de códigos culturais de

diferentes grupos (Ana Mae Barbosa).

CRITÉRIOS DE AVALIACÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser um processo contínuo no sentido de diagnóstico para o

professor, o aluno e a escola. Na disciplina de Artes avaliar é estimular o aluno para a busca

do conhecimento e reorientar ou não os caminhos da ação educativa, devendo possibilitar

ao aluno uma análise de seus conhecimentos em relação aos conteúdos que foi trabalhado.

Ao educador é o momento de questionamento e de reorganização. Tendo esta

reflexão sobre avaliação ela deixa de ser um método contra o aluno e não estabelece o

professor como detentor do poder arbitrário de classificação. O professor deve deixar claro

aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correções, abrir debates sobre a

necessidade de mudanças, auxiliar seus alunos a superar as dificuldades apresentadas,

analisar se os instrumentos de avaliação estão de acordo com os objetivos, conteúdos e

habilidades desenvolvidas em sala de aula, devendo sempre o professor reavaliar sua

prática em função dos resultados.

Em se tratar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao conhecimento

específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências (práticos) quanto

conceituais (teóricos), pois avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno

posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.

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Avaliação nesta disciplina supera dessa forma, o papel de mero instrumento de

medição de apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da sua

própria produção. As propostas devem ser socializadas em sala, possibilitando

oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas,

sem perder de vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos

conteúdos das linguagens artísticas.

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, Ana Mãe. Arte/Educação Contemporânea. São Paulo. Ed. Cortez, 2005

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem Segredos. Eventos Escolares – Contagem, MG.

Ed. IEMAR, 1999

Música, Movimento e Artes Visuais – 1ª ed. São Paulo. Ed. DCL, 2006 (coleção novos

caminhos. Formação continuada na sala de aula/ coura. Aline Corrêa de Souza).

FERREIRA, A B.H. Dicionário Aurélio básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro.

Ed. Nova Fronteira, 1995

CHAUI, M. Convite à filosofia. Universo das Artes. Arte e Sociedade. São Paulo. Ed.

Ática, 2003

FERRAZ, M. Fusari, M.R. Metodologia do Ensino de Arte. 2ª ed. São Paulo. Ed. Cortez,

1993

Diretrizes Curriculares de Artes Para o Ensino Fundamental – SEED / VERSÃO

PRELIMINAR JULHO/2006.

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DISCIPLINA: CIÊNCIAS - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.

Nos últimos anos o ensino de ciências passou por muitas mudanças, deixando de ser

vista como um corpo de conhecimentos estabelecidos, a Ciência passou a ser tratada como

uma atividade humana, acentuando-se de forma progressiva o caráter experimental dos

processos e procedimentos científicos, que são amplos e variados.

Os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de conhecimentos produzidos

pela humanidade no decorrer de sua história, daí a necessidade de articularmos os saberes

necessários entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, possibilitando

assim um novo encaminhamento pedagógico a medida em que se propõe partir desta

realidade como um todo para a especificidade teórico-prática da sala de aula.

A Ciência é uma disciplina que perpassa todas as dimensões da existência humana

em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações da Ciência com a cultura e com

os problemas éticos e filosóficos. A Ciência não só interfere como tem alterado nosso modo

de viver e agir.

Estudar Ciências não é apenas observar a natureza, mas também pesquisar,

raciocinar, levantar hipóteses, tirar conclusões e conscientizar da necessidade de preservar

o meio ambiente.

Historicamente a Ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem

a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias

correspondem a diferentes abordagens do fenômeno cientifico, da produção cientifica e

como esta implica na construção humana coletiva. O conhecimento científico está em

permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser

aceitas como completas e definitivas.

O processo de ensino/aprendizagem de Ciências constitui-se em um meio para o

aluno compreender as relações e inter-relações que se estabelecem na sociedade entre

homem –homem e homem-natureza, bem como suas respectivas implicações. As noções e

conceitos científicos podem ser trabalhados de forma critica e reflexiva, fornecendo

elementos para a compreensão e aplicação destes conhecimentos no cotidiano adequando-

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Page 77: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

os ás suas necessidades e interesses, passando a interagir de maneira saudável no meio em

que vive.

Finalmente, percebemos que o ensino de ciências em cada momento histórico, tem o

seu desenvolvimento ligado a uma trajetória de acordo com interesses políticos econômicos

e sociais de cada período, determinando assim, a mudança de foco do processo de ensino e

de aprendizagem. Isso alterou a concepção de aluno, professor, ensino aprendizagem,

escola e educação, contribuindo para a formação em diferentes épocas. De novos cientistas,

de cidadãos pensamento lógico e crítico, de mão-de-obra qualificada para o mercado, de

cidadãos críticos, participativos e transformadores.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O processo ensino/aprendizagem de ciências deve contribuir para o

desenvolvimento das competências cognitivas em que o professor e aluno possam entender

e relacionar teoria e prática, pois tendo o conhecimento da realidade é possível viver e

atuar, onde educandos e educadores não se tornem alienados e alienantes, capazes de

estabelecer uma inter-relação entre ciência e tecnologia e entre várias disciplinas

cientificas. Desenvolvendo atitudes de curiosidade, interesse, objetividade, perseverança,

responsabilidade, colaboração e gostar de ciência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Corpo Humano e Saúde

Ambiente

Matéria e energia

Tecnologia

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS5ª SÉRIEFÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

Universo

Galáxias

Constelações

Sistema solar (sol, planetas e

satélites)

A conquista do

espaço

77

Page 78: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Movimentos dos astros

Estações do ano

1.1 Planeta Terra:

QUÍMICO BIOLÓGICO

Origem da Terra;

Constituição da crosta terrestre;

Estrutura da Terra (atmosfera,

litosfera e hidrosfera).

1.2 Solo e Ecossistema:

FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

Forma da Terra;

Movimentos da

crosta terrestre;

Rochas e Solo;

Utilização e

preparação do solo

Os seres vivos e os

ecossistemas;

Solo e Saúde.

1.3 A Água na Natureza:

FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

Estados

físicos da

água;

Composição

da água;

Ciclo natura da água;

Água e os seres vivos;

Contaminação da água;

Preservação e tratamento;

Água e Saúde.

1.4 O Ar no Ecossistema:

FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

A existência do ar;

Movimentos do ar;

Meteorologia e

previsão do tempo;

Composição do

ar;

O ar e os seres vivos;

Poluição e contaminação

do ar;

O ar e saúde.

6ª SÉRIE

78

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Corpo Humano e Saúde

Ambiente

Matéria e energia

Tecnologia

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSFÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

Capilaridade;

Fototropismo;

Geotropismo;

movimento e

locomoção.

Diagnósticos: exames

clínicos por imagens,

tratamento:

radioterapia;

intoxicações por

agentes físicos:

elementos radioativos,

pilhas, baterias dentre

outros.

Osmose; Absorção;

Fotossíntese, respiração,

transpiração e gutação,

fermentação,

decomposição e

hibridação.

Imunização artificial:

soros, vacinas,

medicamentos;

Diagnósticos: exames

clínicos, tratamento:

quimioterapia.

Os seres vivos e os ecossistemas

(nascimento, reprodução, crescimento e

desenvolvimento).

Classificação e nomenclatura.

Vírus ;

Os seres unicelulares (moneras e

protistas);

Os fungos:

Reino animal;

Doenças causadas por animais e

por microorganismos.

Reino das plantas vegetgais:

raiz, caule, folha, fruto e

semente.

Reprodução e herediateriedade .

Biotecnologia e utilização dos

vegetais na indústria

farmacêutica, química e

alimentícia.

7ª SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Corpo Humano e Saúde

79

Page 80: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Ambiente

Matéria e energia

Tecnologia

FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO

Unidades de medida;

Equipamentos para

observação e

descrição de células.

Ação mecânica da

digestão;

Transporte de

nutrientes;

Pressão arterial;

Ação mecânica da

respiração;

O olho humano como

instrumento óptico;

O som e a audição;

Aparelhos e

instrumentos que o

homem constrói para

corrigir algumas

deficiências físicas.

Conceitos básicos: colóides,

osmose, difusão, substância

orgânicas e inorgânicas.

Sabores, odores e

texturas;

Necessidades

nutricionais;

Hábitos alimentares;

Alimentos diet e light;

Ação química da

digestão;

reações químicas e

transformação

energética;

eliminação de resíduos;

hemodiálise;

substâncias tóxicas de

uso agrícola e

domésticos;

composição química do

álcool e teor alcoólico

das bebidas.

Tamanho e forma da

célula;

Estrutura celular; divisão

celular; estrutura e função

dos tecidos;

Os sistemas nervoso e

endócrino, sensorial,

digestório, respiratório,

circulatório, excretor e

reprodutor e problemas à

eles relacionados.

Aspectos preventivos de

doenças do organismo

humano:

Métodos anti

concepcionais;

DST’s e prevenção;

Tipos de parto;

Noções de

genética;

8ª SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Corpo Humano e Saúde

Ambiente 80

Page 81: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Matéria e energia

Tecnologia

BIOLÓGICOS QUÍMICO FÍSICO

Prevenção e tratamento

das doenças

relacionadas a poluição

e contaminação do

solo, do ar e da água

por agentes químicos;

Biodigestor;

Fenômenos:

superaquecime

nto do planeta,

buraco na

camada de

ozônio e seus

efaitos nocivos

aos seres vivos

e ao ambiente.

Acidentes de

transito

relacionado ao

uso de Drogas

(álcool);

Prevenção de

acidentes.

Introdução à Química:

História da Química;

A Química – Ciência

experimental e no cotidiano.

A Matéria e suas propriedades.

Substâncias, Misturas e Combinações.

Elemento Químico;

Substancia Química.

O átomo:

História do átomo;

As partículas elementares do

átomo;

Características do átomo;

Isoátomos;

Ìons.

Tabela Periódica:

Classificação dos elementos

químicos;

Símbolos dos elementos

químicos;

Ligações Químicas.

Funções Químicas (ácidos, bases, sais

e óxidos).

Reações químicas

Segurança no trânsito:

Teor alcoólico das bebidas e suas

conseqüências no trânsito.

Introdução à Física:

Grandezas

físicas;

Cinemática:

Tipos de

movimento

quanto á

velocidade do

móvel.

Dinâmica:

Forças e

Movimento;

Princípios da

Dinâmica;

1.10 Calor e

Temperatura:

1.11 Tipos de Energia;

Energia térmica,

sonora, luminosa,

etc.

1.12 Eletricidade e

Magnetismo;

Fenômenos

elétricos.

Movimento,

deslocamento,

trajetória e

referencial;

velocidade e 81

Page 82: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

aceleração; distância,

tempo, inércia,

resistência do ar.

Forças.

METODODOLOGIA DA DISCIPLINA

Ao desenvolvermos o ensino de Ciências, devemos partir de uma visão que

considere o aluno como um sujeito constituído por seu grupo social, que lida com

diferentes tipos de conhecimentos, interpretando-os a partir de suas idéias, seus valores e

crenças, os quais por sua vez provêm de suas influencias sócio-culturais que fazem parte de

suas vivências. Dessa maneira, cada aluno é constituído por cultura, por suas experiências –

relacionadas à sua maneira de perceber, vivenciar e interpretar o mundo que conhece.

Partindo dessa perspectiva e focalizando um trabalho na área de ciências naturais,

poderíamos investigar quantas e quais seriam as visões de Natureza em uma sala de aula, e

a partir daí trabalharmos com suas incoerências, seus limites, seus problemas éticos.

Concebendo o ensino de Ciências, é necessário a implementação de atividades que

possibilitem uma participação enquanto sujeito ativo que colabora progressivamente na

construção do seu conhecimento. Nesse sentido, ressalta-se a importância da

experimentação formal em laboratórios didáticos, porém lembrando que somente aulas

práticas por si só, não resultam na apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos, teoria

e pratica devem estar intrinsecamente ligadas.

Ao ensinarmos Ciências, transferimos a todo e qualquer indivíduo, e

compartilhamos com ele a responsabilidade de contribuir por meio de uma articulação entre

os conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Os conteúdos específicos serão tratados,

respeitando principalmente o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade

cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos por parte dos alunos.

Pressupomos que o aprendizado dos alunos se dê pela interação

professor/aluno/conhecimento, ao se estabelecer um diálogo entre as idéias prévias dos

alunos e a visão científica atual. A integração interdisciplinar também é uma estratégia

importante de ensino e que deve estar acontecendo com freqüência.

82

Page 83: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A inserção de assuntos decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana na

disciplina de Ciências, será um componente principal, uma vez que os alunos devem

educar-se enquanto cidadãos participativos e uma sociedade multicultural e pluriétnica.

Dentro dos conteúdos a serem trabalhados estaremos incluindo assuntos como:

contribuição histórico-cultural dos povos negros e indígenas; desmistificação das teorias

racistas e contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da

Ciência e da Tecnologia; A população brasileira e a miscigenação dos povos; a origen dos

grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil.

Também serão realizadas pesquisas na internet, nos seguintes sites:

www.portalafro.com.br

www.mundonegro.com.br

www.diadiaeducação.com.br

www.nem.org.br

www.geledes.com.br

www.app.com.br

alguns filmes que podem ser trabalhados com os alunos:

A cor púrpura

Amistad

Hotel Amanda

Meu mestre minha vida

O poder de um jovem

CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação ocorre durante o processo de ensino-aprendizagem, através da

convivência diária com os alunos, analisando de que forma o aluno se apropria dos

conteúdos trabalhados.83

Page 84: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Cada passo da avaliação deve estar marcado por uma decisão clara e explicita do

que se está fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua

ação. A avaliação, neste contexto não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de

ser uma atividade racionalmente definida, a favor da competência de todos para a

participação democrática da vida social.

Nós professores estaremos procurando tornar a avaliação da aprendizagem como um

ato amoroso, no sentido de que esta avaliação seja um ato acolhedor, integrativo e

principalmente inclusivo. Entendendo que a avaliação da aprendizagem na escola deverá

auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino

aprendizagem, bem como a mesma deverá responder a sociedade pela qualidade do

trabalho educativo realizado.

BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências, Unindo a Pesquisa e a

Prática, (org). São Paulo: Pioneira Thonson Learning, 2006.

CRUZ, Daniel.Ciências e Educação Ambiental. São Paulo: Ática , 2002.

OLIVEIRA, Daisy Lara de.Ciências nas salas de aula/ org. de– Porto Alegre: Mediação,

1997.

DCE da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências

SOS Ciências/ Íris Stern. Arco-Íris, 1993.

VALLE, Cecília.Tcnologia e Sociedade: Manual do professor/– 1ª ed. – Curitiba:

Positivo, 2004 (coleção Ciências).

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e

proposições/ – 17ªed. São Paulo: Cortez, 2005.

Diretrizes Curriculares SEED/ julho2006.

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

84

Page 85: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Ao considerar que o ser humano é um todo somáticamente indivisível, que não há

como isolar os domínios cognitivo, afetivo-social e psicomotor, e que as ações estão a

mercê dos movimentos (...), é impossível negar que a Educação Física é uma disciplina das

mais abrangentes na diversidade de conteúdos.

Não devemos apresentar conteúdos únicos da área, e também conteúdos que a área

não possa desenvolver, pois tudo está relacionado ao individuo e ao movimento.

A Educação Física não se encontra só na escola, mas também em outros setores da

sociedade (academias, clubes, na medicina preventiva e demais terapêuticas), inclusive

como sustentadora da defesa ao grande mal dos últimos tempos: o estresse mental.

A escola não é um fragmento da sociedade, pois a função desta é preparar para a

sociedade. A educação física então se apresenta como disciplina a desenvolver o indivíduo

tendo como maior instrumento o movimento, visto que, desde os primórdios o movimento

acontece.

Na pré-história o homem tinha duas preocupações atacar e defender-se, que era

extremamente necessário para o homem primitivo sobreviver. Por isto, eram considerados

os homens mais músculos do que cérebro. Realizavam exercícios naturais, praticando uma

verdadeira educação física natural e espontânea.

Desde o começo, o aprendizado era transmitido de geração a geração pelo método

de observação e imitação, possibilitando maior vivência no meio hostil, apurando seus

sentidos, força e habilidade.

Os habitantes consideravam sua sobrevivência um favor dos Deuses dando a sua

vida um sentido ritual, sem muito espaço para a competição. Os exercícios se resumiam às

danças nas grandes festividades e nos cultos aos mortos. Ainda nesta época existiram

expressões de jogos utilitários e recreativos com suas regras e tanto vencedores quanto

vencidos aceitavam os resultados.

A continuação se deu na Grécia, onde os vencedores se tornavam verdadeiros

deuses. Porem, quando os romanos dominaram a Grécia, os jogos tornaram-se apenas

provas atléticas sem maior interesse.

Entrando na Idade Media, a igreja tratava com total descaso as coisas materiais e

estabelecia uma grande separação entre o físico e o intelectual. Somente no renascimento a

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Page 86: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

educação física voltou a ser bem vista, pois havia preocupação do desenvolvimento do

homem de forma completa.

A Educação Física no Brasil nos leva à época do descobrimento, os portugueses

quando chegaram aqui encontraram indígenas habituados à pratica de atividades físicas, da

mesma forma que o homem primitivo, pois os mesmos possuíam habilidades naturais.

De forma sistematizada, a Educação Física no Brasil começou dentro de uma escola

militar, servindo ao propósito militarista de adestramento e preparação para a defesa da

pátria, reforçando os sentimentos relacionados à eugenia da raça, reflexo da ideologia social

dominante naquela sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Pretende-se através da Educação Física, proporcionar aos alunos os benefícios na

área de saúde, bem como tornar do conhecimento dos alunos de forma teórica estes

benefícios. É também de interesse da Educação Física que a atividade física seja prazerosa

aos praticantes e também um meio de socialização e de qualidade de vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Expressividade Corporal

Manifestações Esportivas

Manifestações Ginásticas

Brincadeiras, Brinquedos e Jogos

Manifestações Estéticas – Corporais na Dança e no Teatro

CONTEUDOS POR SERIE / ANO - 5ª a 8ª

Expressividade Corporal

- Perceber os limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e expressivos;

- Superação dos educandos sobre seus limites nas vivências rítmicas e expressivas;

86

Page 87: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Valorização e exploração dos movimentos corporais.

Manifestações Esportivas

- Futsal

- Voleibol

- Handebol

- Basquetebol

- Tênis de Mesa

- Xadrez

Manifestações Ginásticas

- Ginástica Formativa

- Ginástica Corretiva

- Ginástica Coreográfica

- Atividades recreativas com bola, arco, bastão e corda

Brincadeiras, Brinquedos e Jogos

- Jogos Intelectivos

- Jogos de Disputa

- Jogos de Perseguição

- Brincadeiras Cantadas

Manifestações Estéticas – Corporais na Dança e no Teatro

- Danças Folclóricas

- Danças de Salão

- Danças Diversas

- Representações Teatrais

- Teatro de Fantoche

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro

Tecnologia

Educação no Campo 87

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É importante que o professor potencialize a aula a favor de todos os alunos, não

exigindo somente a competitividade e a performance ( motivos de evasão ), mas respeite os

limites e a cultura corporal dos alunos, levando em conta 3 momentos: proposição da

atividade – apresentação dos conteúdos e discussão da maneira como realizar as atividade;

execução – é a fase em que desenvolve-se a atividade proposta. É durante essa fase que o

professor observa, analisa e intervem quando necessário; reflexão – é o momento em que

professor e aluno refletem sobre sua prática, analisando pontos positivos e negativos.

Na aprendizagem e no ensino da cultura corporal de movimentos, trata-se

basicamente de acompanhar a experiência prática e reflexiva dos conteúdos na aplicação

dentro dos contextos significativos. Durante este acompanhamento, diversificando

estratégias de abordagem dos conteúdos, professor e aluno podem participar de uma

integração cooperativa de construção e descoberta, em que o professor promove uma visão

organizada do processo, e o aluno contribui com seus conhecimentos prévios.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÂO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Ao avaliar o aluno em Educação Física, pretende-se observar se o aluno aceita as

limitações impostas pelas situações do jogo tanto no que se refere às regras quanto no que

diz respeito ao seu desempenho e integração com o grupo. Espera-se que o aluno seja

capaz de perceber que os benefícios para a saúde decorrem da realização de atividades

corporais regulares e que esse avanço decorre da perseverança.

Essa avaliação será um processo contínuo, permanente e cumulativo e caberá ao

professor organizar o seu trabalho de modo a abranger as diversas manifestações corporais

evidenciadas nas formas ginásticas, do esporte, dos jogos e da dança, possibilitando assim

que os alunos reflitam e se posicionem criticamente, superando as desigualdades e

dificuldades que cada um possua.

88

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BIBLIOGRAFIA

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo:

Cortez, 1992.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO MEDIO. Versão preliminar 07/2006.

gov. PR. Séc. de est. Da educação . superintendência da educação.

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DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A educação no Brasil foi desenvolvida sob a responsabilidade dos padres Jesuítas,

ao longo dos períodos do colonialismo e do Império brasileiro (séculos XV a XIX),

centrada na concepção humanista. O ensino da religião é questão de cumprimento dos

acordos estabelecidos entre a Igreja católica e o Reino de Portugal, denominado “acordo do

Padroado”, que consistia na evangelização do povo para aderir ao catolicismo, religião

oficial do Império determinado pela constituição de 1824.

Após a proclamação da República o ensino passou a ser laico, público, gratuito e

obrigatório, rejeitando portanto, o monopólio da igreja católica sobre o ensino. A partir da

constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na

disciplina na escola pública, porém com matrícula facultativa.

Nas constituições de 1937,1946 e 1967 o Ensino religioso foi mantido como

disciplina do currículo, de freqüência livre para o aluno e de caráter confessional coerente

com o credo da família. Na década de 60 ocorreram muitos debates e questionamentos a

cerca da liberdade religiosa devido à manifestação do pluralismo religioso, mas na prática

as aulas continuavam a ser ministradas por professores leigos, com caráter proselista.

Em decorrência da Lei 5692/71, o Ensino Religioso foi implantado como disciplina

escolar em 1972 no estado do Paraná, a partir da criação da Associação Interconfessional

de Curitiba (Assintec). O resultado do trabalho dessa Associação foi o programa Nacional

de Tele Educação (PRONTEL), elaborado em 1972, que propôs a implantação do Ensino

religioso radiofonizado nas unidades escolares, municipais, o que fomentou as discussões

para a Educação Religiosa na Legislação Brasileira.

As discussões foram intensificadas com a promulgação da constituição em 1988,

por meio da organização o de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso

como disciplina escolar. Durante esse processo, o Estado do Paraná elaborou o Currículo

Básico, em 1990 e em 1992 foi publicado um caderno para o Ensino Religioso, seguindo os

moldes do Currículo Básico, no entanto, a sua elaboração ficou sob responsabilidade da

Assintec, com a colaboração da SEED.

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Somente a partir das discussões da LDBEN 9394/96, é que o Ensino Religioso

passou a ser compreendido como disciplina escolar. Por isso, sua implementação nas

escolas públicas do país foi regulamentada. Como estabelece a Lei 9475/97:

Art 33 – o Ensino Religioso de matricula facultativa, é parte integrante da

formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas

de Educação Básica assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil,

vedadas quaisquer formas de proselitismo.

Quanto ás políticas do Estado Paranaense, somente em 2002 o Conselho Estadual de

Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino Religioso nas

Escolas públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

A deliberação número 01/06 aprovado pelo CEE em, 10/02/2006, contribuiu para o

avanço do repensar do objeto da área, o compromisso com a formação docente, a

consideração da diversidade religiosa no Estado, a necessidade do diálogo/estudo na escola

sobre as diferentes leituras do sagrado na sociedade.

Portanto, o Ensino Religioso visa trabalhar o entendimento, o conhecimento das

manifestações religiosas, das crenças e a forma de interpretar o sagrado e sobretudo

aprender a respeitar diversidade religiosa, levando os educandos ao confronto e respeito de

idéias na construção do conhecimento.

“Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos que

tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e

símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que

são impregnadas.” (Seed, p.12, 2006).

As religiões são objetos de estudo nas aulas de Ensino Religioso. As diferenças

culturais são estudadas, com o fim de compreender a diversidade religiosa como expressão

da cultura, elaborada historicamente, e que, por isso, são marcadas por aspectos

econômicos, políticos e sociais.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso proporciona ao aluno o conhecimento das diferentes expressões

religiosas advindas da elaboração cultural, considerando o igual direito às histórias e 91

Page 92: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

cultura que compõem a nação brasileira. Essa reflexão tem a função de proporcionar uma

formação integral do educando, contemplando os aspectos: estéticos, éticos, cognitivo,

afetivo, cultural, biológico, social e religioso.

O aluno conhecendo as diferentes manifestações religiosas, poderá viver no seu

cotidiano o respeito à diversidade, garantida na Constituição Brasileira, art. 5º, inciso VI, a

liberdade de crença expressão da mesma.

Portanto, com o conhecimento e entendimento das diferentes crenças religiosas, o

aluno perceberá inserido na cultura, repudiando a toda e qualquer forma de preconceitos e

discriminações. Pois, o objetivo precípuo do Ensino Religioso é formar cidadãos éticos, que

priorizem a igualdade.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso definem como objeto de estudo

o sagrado, favorecendo assim, uma abordagem ampla de conteúdos específicos da

disciplina.

Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como ênfase da experiência

religiosa do cotidiano que foi contextualizado no universo cultural. O Ensino Religioso terá

também a preocupação, com os processos históricos de constituição do sagrado, em busca

dos caminhos percorridos até a concretização da simbologia e espaços que se organizam em

territórios sagrados, ou seja, o surgimento das tradições. A dimensão cultural influencia a

compreensão de mundo e a maneira como o homem vive o seu cotidiano, pois o que é

normal para uns pode não ser para outros.

O estudo do Ensino Religioso busca superar as aulas de religião, através de um

enfoque de entendimento com base cultural sobre o sagrado, de modo a promover um

espaço de reflexão na sala de aula em relação á diversidade religiosa.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRURURANTES

Paisagem Religiosa

Texto sagrado

símbolo

92

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

O Ensino Religioso na Escola Pública.

Orientações legais

Objetivos

Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como

disciplina escolar.

I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumento legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito À

liberdade religiosa

Direito de professar fé e liberdade de opinião e expressão

Direito á liberdade de reunião a associação pacíficas

Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

II LUGARES SAGRADO

Caracterização dos lugares e templos sagrados; lugares de peregrinação, de relevância, de

culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de formas oral e escrita pelas diferentes culturas

religiosas.

Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc)

( Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá’l, Tradições Orais

Africanas, Afro-brasileiras e ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV ORGANIZAÇOES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente.

Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de

organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as

diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.93

Page 94: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Fundadores e/ ou líderes religiosos.

Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações religiosas Mundiais e religiosas: Budismo,

Confucionismo, Espiritismo, Taoísmo etc.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

6ª SÉRIE

I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

Nos Ritos

Nos Mitos

No cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, paramentos, Objetos, etc.

II RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto

de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação de um acontecimento sagrado

anterior, é imitação, serve À memória e á preservação da identidade de diferentes

tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir

de transformações presentes.

Ritos de passagem

Mortuários

Propiciatórios

Outros

III FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:

confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

IV VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações

religiosas e sua relação com o sagrado.

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas94

Page 95: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Reencarnação

Ressurreição – ação de voltar à vida

Além Morte

Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam

presentes

Outras interpretações.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso propõem um encaminhamento

metodológico centrado num constante repensar do professor das ações que fundamentarão

o seu trabalho, sendo pautadas no respeito às diversas manifestações religiosas, valorizando

o universo cultural do aluno.

Os conteúdos específicos serão apresentados a partir de expressões do sagrado

desconhecidas pelos alunos, para evitar a restrição dos conteúdos da disciplina às

manifestações religiosas hegemônicas que serão trabalhadas posteriormente, pois “todo

conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para a superação; do

preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de toda forma de

proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão do sagrado.” (Seed, p. 27,

2006).

Segundo Figueredo (1994, p.113), o ensino Religioso é parte de um Projeto

Educativo Global. Tal projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as

potencialidades do educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos,

racionais, sociais, filosóficos e outros mais”. Portanto, a função da disciplina é contribuir na

formação de cidadãos aptos par viverem numa sociedade democrática, por isso os

conteúdos serão selecionados e trabalhados para que os alunos aprendam o respeito aos

diversos credos, tenham a sensibilidade diante das situações desumanas e lutem a favor dos

mecanismos geradores de vida (união, participação),bem como para a formação da

consciência ecológica, ou seja, a preocupação com a qualidade de vida de todos, sabendo

preservar e fazer bom uso das tecnologias.

A organização das atividades será pautada no dialogo, reflexão e interação entre

professor, aluno e conteúdo, levando em consideração o conhecimento cotidiano do 95

Page 96: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

educando. Pois, professor e aluno irão juntos elaborar, (re)significar o conhecimento, numa

relação dialógica.

Nesse sentido, o professor considerará o aluno como ser sistêmico, capaz de

aprender, pois aprendemos de maneiras, formas e caminhos diferentes, em momentos

diferentes e a postura dialógica do educador viabilizará a aprendizagem efetiva do aluno,

respeitando a sua singularidade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

O aluno é um ser único e como indivíduo inserido no coletivo, a sua singularidade

precisa ser considerada, por isso, o processo avaliativo será conduzido na perspectiva do

aluno vir aprender. Isto significa dizer, que o aluno pode não estar aprendendo, mas com a

reflexão e mediação do professor, o mesmo poderá obter uma aprendizagem efetiva, pois a

intervenção do professor deve ser desafiadora, não coercitiva, visando incluir todos no

processo educacional, considerando as limitações de cada aluno e valorizando as suas

habilidades, sabendo que o mesmo é um ser histórico, capaz de refletir e agir sobre o seu

contexto. Por isso, é coerente diversificar os instrumentos de avaliação, utilizando várias

estratégias para avaliar, como por exemplo: prova objetiva, dissertativa, seminário, trabalho

em grupo, relatório individual.

A avaliação está inserida no processo ensino/aprendizagem e resultará de várias

atividades que serão realizadas com o objetivo de verificar o nível de aprendizagem dos

conteúdos propostos. Com esses dados em mãos, professores e alunos poderão refletir sobre

o resultado atingido, tomando novas decisões sobre as formas mais eficazes de ensinar e

aprender.

A disciplina de Ensino Religioso é facultativa para o aluno, por isso, não terá

registro de notas na documentação escolar, no entanto, não deixa de ser importante a

implementação de práticas avaliativas pelo professor que asseguram o acompanhamento

do processo de apropriação de conhecimentos pela turma, baseados nos conteúdos e os seus

objetivos, finalizando identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencias para

a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.

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Page 97: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Este diagnóstico poderá ser observado em que medida o aluno respeita as opções

religiosas dos colegas, isso dará subsídios para o professor planejar as necessárias

intervenções no processo ensino e aprendizagem, retomando o conteúdo ou aprofundando

nos conteúdos posteriores. Através do processo avaliativo o professor terá elementos para

fazer uma auto-avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a reorganização do

que tenha trabalhado.

É essencial que o professor faça o registro formal do processo avaliativo, permitindo

à escola, pais, ao aluno identificarem os progressos obtidos na disciplina.

Só a avaliação comprometida com a sensibilidade, respeitando os fatores biológicos,

afetivos, sociais e cognitivos poderá surtir os efeitos esperados.

A avaliação, independente da disciplina, precisa ser feita visando a totalidade do

sujeito, contemplando a percepção, pensamento, imaginação, emoção, expectativas etc.,

considerando a historia do aluno na construção do conhecimento. Pois, a função da

avaliação não é discriminar, punir, mas diagnosticar quais as reais causas que impedem a

aprendizagem do aluno. Na perspectiva de Lukesi, avaliação pressupõe acolhimento, tendo

em vista a transformação. Pois o acolhimento integra e o julgamento afasta. Por isso, a

avaliação é um ato amoroso, por si só, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo.

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Page 98: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

BIBLIOGRAFIA

LUCKESI, Cipriano Carlos – Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e

proposições – 17ª ed. – São Paulo: Cortez, 2005.

FIGUEREDO, A. P. Ensino Religioso: Perspectivas Pedagógicas. Petrópolis, RJ: Vozes,

1994.

SECRETARIA DE EDUAÇAO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretriz Curricular para o

Ensino Religioso. 2006.

98

Page 99: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

DISCIPLINA: GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia era meramente descritiva ou matemática, na Antiguidade. Egípcios,

Gregos, Romanos, dentre outros povos, desenvolveram um conhecimento geográfico

independente e diferenciado dos demais, de acordo com as suas próprias necessidades de

entendimento do mundo que os cercavam.

A ciência geográfica neste período mantém seu caráter descritivo e se dedica a

registrar datas e nomes dos objetos e fenômenos.

È no século XIX que ela começa superar seu caráter descritivo.

Somente após os estudos de Humboldt e Ritter, que a Geografia deixa de ser meio

“saber” para se tornar uma verdadeira ciência, no século XIX, em torno de 1870,

contemporâneos, desenvolvem uma sistematização destes conhecimentos geográficos

passado e presente, dando uma característica própria e exclusiva à geografia, tentando a

unicidade Humanidade – Natureza, enquanto método de estudo da realidade.

A geografia durante o seu desenvolvimento, teve e ainda tem, alguns paradigmas

principais que norteiam a produção científica dos geógrafos,

É nesta perspectiva que nos dias atuais a Geografia procura fundamentar-se numa

abordagem teórica e metodológica, que procura complementar os principais avanços que

ocorreram no interior dessa disciplina, partindo dos métodos de interpretação da realidade

de cada cientista. O determinismo ambiental; método regional; nova geografia; geografia

crítica. Essa corrente procurava agir de maneira diferente de todas as outras anteriores,

justamente por não atender as conveniências governamentais.

Vê-se, portanto, que a geografia já nasceu profundamente atrelada aos interesses das

classes dominantes sempre procurando atender as necessidades das mesmas, somente a

partir da década de 70 é que a ciência geografia. Começa a procurar satisfazer as

aspirações da sociedade como um todo, buscando soluções tanto p/ questões internas da

própria geografia como a definição do seu objeto e de suas categorias de análise, quanto

p/os problemas sócio – ambientais que estão hoje colocados de maneira tão evidente. O

ensino da geografia atravessou de forma capenga a segunda revolução industrial

especialmente no seu Apogeu. Esse ensino foi gerado pela primeira revolução industrial, 99

Page 100: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

com o avanço do fordismo e em especial da internacionalidade da economia notadamente

após a 2º guerra mundial, essa disciplina escolar nacionalista e voltada para a memorização

sofreu muito e não sobrevive. Em alguns países, essa disciplina foi até retiradas dos

currículos escolares sendo fragmentada e incluída, junto com a história e o sociologia sob o

rótulo de estudos sociais mas a terceira revolução industrial veio mudar esse quadro, no

final dos anos 80, os EUA aboliram a disciplina estudos sociais e colocaram novamente a

geografia nas escolas elementares e médias.

O retorno do ensino da geografia, consolidado no séc. XIX até os dias de hoje, veio

apresentando significativas mudanças teóricas e metodológicas. Frente a isto pode-se dizer

que o ensino da geografia deve ensinar, ou melhor, deixar o aluno descobrir o mundo em

que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas locais e nacionais,

enfocando criticamente a questão ambiental e as relações sociedades/ natureza. É por esse

caminho, que a geografia escolar vai sobrevivendo e até mesmo ganhando novos espaços

nos melhores sistemas educacionais.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Considerar que nas diretrizes pretende-se formar um aluno consciente das relações

socio-espaciais de seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias criticas da

Geografia, ou seja, desconsidera as linhas de pensamento que negam, em suas construções

conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que

constituem o espaço geográfico.

Cabe salientar que a relação dos conceitos de paisagem, natureza, lugar e sociedade,

vinculada as teorias críticas da Geografia, contemplam os estudos apenas de alguns autores

que desenvolvem pesquisas neste campo teórico.

Sendo assim, a Geografia tem como objetivo compreender a vida de cada um,

desvendando os sentidos, os porquês conceitos em que vivemos

O estudo da Geografia insere-se na perspectiva de dar conta de como fazer a leitura

do mundo, incorporando o estudo do território como fundamental para que possa entender

as relações que ocorrem entre os homens, estruturadas em um determinado tempo e espaço.

100

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.

Geopolítica

A Dimensão Sócio – Ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

5ªSÉRIE

Desvendando as paisagens;

Espaço e tempo;

O tempo da natureza;

Aprendendo a orientar-se;

Aprendendo a localizar-se:

Os paralelos;

Os meridianos;

As coordenadas geográficas.

A representação do espaço por meio de mapas;

A linguagem cartográfica;

O movimento de rotação da Terra:

As fases da Lua: a base da divisão do tempo em semanas e meses.

O movimento de translação da Terra;

O ambiente urbano e rural;

A natureza é a fonte da vida;

O trabalho humano;

A natureza é transformada em produto pelo trabalho humano;

Revoluções industriais, impactos nas sociedades e na natureza;

A agropecuária e as condições ambientais;

O extrativismo mineral e o meio ambiente.

Cultura Afro-Brasileira

Cidadania

Trânsito

Drogas101

Page 102: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Meio Ambiente

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.

Geopolítica

A Dimensão Sócio – Ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

O Brasil indígena já existia antes do Brasil português;

A apropriação do espaço indígena e a construção de espaço geográficos;

A construção de espaços geográficos no Brasil;

Sudeste: a mineração e a cafeicultura;

Sul e Centro-Oeste: A construção e a reconstrução de espaços geográficos;

Aspectos físicos, econômicos e sociais do Estado do Paraná;

Norte ou Amazônia: A construção de espaços geográficos;

Brasil: País de industrialização ou retardatária;

As fontes de energia utilizadas na produção e nos transportes;

A urbanização brasileira no século XX e seus problemas;

Panorama da agropecuária no Brasil;

Domínios morfoclimáticas e o ambientalismo.

Cultura Afro-Brasileira

Cidadania

Trânsito

Drogas

Meio Ambiente

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.

Geopolítica

A Dimensão Sócio – Ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A Geografia da diversidade de paisagens naturais e a regionalização;

A formação e a distribuição dos continentes resultam da história da natureza;

Os países ou Estados resultam da história das sociedades humanas;

Na diversidade étnica ou cultural está a unidade da humanidade;

A Geografia da diversidade socioeconômica espacial;

Globalização e regionalização;

O mercado desenhando novas fronteiras;

As bases históricas do subdesenvolvimento;

Subdesenvolvimento: idéias falsas e fatores internos;

A América: regionalizações e paises de industrialização tardia;

Países americanos com economia baseada na exportação de produtos primários;

África: um continente sofrido e explorado;

A Ásia subdesenvolvida e o estudo de Israel;

Desigualdade social e problemas ambientais sociais e regionais;

Cultura Afro-Brasileira

Cidadania

Trânsito

Drogas

Meio Ambiente

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A Dimensão Econômica da Produção do/ no espaço.

Geopolítica

A Dimensão Sócio – Ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Modernização, Globalização e sociedade de consumo;

A Geografia das cidades globais;

Problemas ambientais locais e regionais;

Os acordos internacionais sobre o meio ambiente e as mudanças climáticas globais;

O Canadá;

Os Estados Unidos: a potência mundial;

A Europa Ocidental;

A Europa Oriental;

O Japão e os Tigres Asiáticos;

China: O dragão asiático;

Oceania;

Antártida;

Perspectiva para o século XXI: A nova ordem mundial.

Cultura Afro – Brasileira

Cidadania

Trânsito

Drogas

Meio Ambiente

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cidadania

Trânsito

Meio Ambiente104

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Drogas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Geografia procura fundamentar-se numa abordagem teórica e metodológica, que

procura complementar os principais avanços que ocorram no interior dessa disciplina. A

disciplina deve prestar-se para desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar,

analisar e pensar criticamente. A realidade que o cerca, para melhor compreende-la é

identificar as possibilidades de transformação no sentido de atingir suas principais

competências educacionais, sociais, políticas, econômicas e culturais. O ensino da

Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade,

possibilitando que nela interfiram de mais consciente e propositiva.

Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula, o

professor quando necessário pode promover aulas de campo, pois a compreensão da

realidade será mais completa quanto maior for o contato do aluno com a percepção da

complexidade do mundo.

Destaca-se ainda o uso da linguagem cartográfica, pois esta resulta de uma

construção teórica e prática que vem desde as séries iniciais e que deve seguir até o final da

educação básica.

Cabe ressaltar a importância do papel do professor, enquanto pesquisador, na

formação de futuros pesquisadores.

Essa iniciação pode ocorrer através da construção e desenvolvimento, em conjunto com os

alunos, de projetos que busquem estimular e ampliar os conteúdos específicos. Com essa

abordagem, propõe-se que ao final do ensino fundamental, o aluno possa entender o espaço

geográfico, onde os elementos não estejam segregados ou como se estivessem se parados

em “gavetas” sem ter uma ligação entre si.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma

reflexão crítica sobre a prática, no sentido de se captar seus avanços, suas resistências, suas

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dificuldades e possibilitar uma tomada de decisões sobre o que fazer para superar os

obstáculos.

Nosso trabalho se coloca numa dupla perspectiva: inicialmente, tentar despertar o

querer mudar em todos sentidos, através de uma crítica ao problema para possibilitar o

desequilíbrio, o acordar, o aprofundamento da compreensão, a tomada de consciência da

contradição; em seguida, a partir de um redirecionamento de perspectivas, oferecer alguns

subsídios para orientar concretamente os que querem realmente mudar.

Procurar realizar uma avaliação diagnóstica para o educando onde o mesmo será

avaliado no cotidiano escolar através do seu interesse nos conteúdos trabalhados; atuação

nos trabalhos coletivos e individuais na sala; apresentação de seminários e avaliações

descritivas.

Transportando essa compreensão para a aprendizagem, podemos entender a

avaliação da aprendizagem escolar como um ato de sociabilização, na medida em que a

avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando, pelos mais variados meios, no

curso da aprendizagem satisfatório, que integre todas as suas experiências de vida.

Assim sendo, a avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando

na sua viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade social.

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BIBLIOGRAFIA

VESENTINI, José Willian –1950. Geografia Crítica. São Paulo: Ática, 2002.

ADAS, Melhen – 1938. Comunicação Cartográfica. 4ª edição. São Paulo: Moderna,

2002.

NESTOR, André Kaercher. Geografia em sala de aula. Práticas e reflexões.

ACÁCIA Kuenzer. Avaliação.

SANTOS, Celso Vasconcelos dos. Avaliação: Concepção dialética – libertadora.

Diretrizes Curriculares de Geografia Para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar.

Julho 2006.

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DISCIPLINA DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Até a década de 1970 o ensino de história seguia a linha tradicional, valorizando

alguns personagens como sujeitos da historia, e sua atuação em fatos políticos, os

conteúdos históricos eram abordados de forma factual e linear: a pratica era expositiva e

aos alunos cabia a memorização e repetição.

A obrigatoriedade do ensino de História data a criação do Colégio D. Pedro II em

1837, neste ano foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que

instituiu a História como disciplina acadêmica, seus professores construíram os programas

escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados, os quais

foram elaborados de acordo com a Escola Metódica e Positivismo, caracterizando a

História política, uso restrito de documentos oficiais e escritos e valorização dos heróis.

A narrativa histórica apresentava o modelo de nação brasileira, como extensão da

História da Europa Ocidental, propondo a nacionalidade sintetizada na raça branca, índia e

negra, predominando a ideologia do branqueamento. Era conservadora, objetivava legitimar

os valores aristocráticos e excluindo as pessoas comuns como sujeitos históricos.

Este modelo foi mantido no inicio da Republica (1889), o Colégio D.Pedro II

continuou a ser referência para a organização educacional brasileira. Tendo sido alterado o

currículo em 1901, quando foi inserido na História Universal.

Retornou o tema História do Brasil no Governo de Getúlio Vargas (1882-1954)

vinculado ao projeto político nacionalista do estado novo, por meio da Lei Orgânica do

Ensino Secundário de 1942, restrito para a elite, contribuiu para a legitimidade do projeto

nacionalista.

Foi marcado por debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais desde os

anos 1930, passando a fazer parte dos debates educacionais por meio da Escola Nova. Na

década de 1950 é instituído o Programa de assistência Brasileiro Americano ao Ensino

Elementar (PABAEE), cujo objetivo era implantar o Ensino de Escola Normal Primária,

servindo de referência para implantação dos Estudos Sociais no Ensino de 1º grau, por

força da Lei 5.692/71.

No regime militar de 1964 manteve seu caráter político, pautado no estudo de fontes

oficiais, mantendo os grandes heróis como sujeitos da História e exemplo para as novas

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gerações. O ensino continuou hierarquizado e nacionalista sem espaço para crítica e

interpretações dos fatos, visando a formação de indivíduos passivos.

O Estado figurava o principal sujeito histórico, exemplificado nas obras dos

governantes e elites condutoras do país.

A partir da Lei nº 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e o

segundo grau profissionalizante. O ensino centrado numa formação tecnicista preparatória

para o trabalho, assim as disciplinas de Ciências Humanas perderam espaço no currículo,

sendo que as disciplinas de História e Geografia foram consideradas como área de Estudos

sociais, dividindo espaço com Educação moral e cívica (EMC) no 2.º grau a carga de

História foi reduzida com a inserção de Organização Social e Política Brasileira (OSPB).

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus

deveres patrióticos privilegiando noções e conceitos básicos adaptados à realidade,

distanciado da produção histórico-gráfico acadêmico. Em 1980, com o fim da Ditadura

Militar e o inicio de redemocratização de sociedade houve a aproximação entre a educação

básica e a superior.

No inicio dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas

na área educacional, surgindo novas propostas do Ensino de História, o que levou à

produção de materiais didáticos e paradidáticos, incorporando a nova historiografia.

No Paraná, a proposta de renovação do ensino de história, fundamentou-se na

pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado

do Paraná (1990) coerente com a redemocratização política do Brasil, valorizando as ações

dos sujeitos, relacionadas ao processo histórico social, incluindo o estudo da produção do

conhecimento histórico, contrariando os pressupostos teóricos do ensino da história

tradicional baseado na memorização, exercícios de fixação e livros didáticos. No segundo

grau, o documento Reestruturação do Ensino de 2º grau no Paraná (1990) que apresentava

uma proposta pedagógica a partir da formação de capitalismo no mundo ocidental e a

integração do Brasil.

Ao final dos anos 1990, o Paraná incorporou os Parâmetros Curriculares Nacionais

como referência para a Organização Curricular da rede pública estadual. As escolas

estaduais que ofertavam o 2º grau foram orientadas a partir de 1998, pela SEED, e elaborar

suas propostas curriculares de acordo com os PCNS. O reconhecimento dos novos cursos

de ensino médio, vinculados a estrutura do ambiente escolar com bibliotecas, laboratórios, 109

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informática etc. visando a preparação para o trabalho, de acordo com os princípios

propostos pela Unesco, o ensino de História contextualizado em função do mercado de

trabalho até o final de 2002.

Em 2003 a SEED organizou um projeto de formação continuada para os

professores, articulado as diretrizes curriculares, visando a orientação comum ao Ensino de

História para a rede pública, com destaque para a aprovação da lei n.º 13.381/01 que torna

obrigatório no ensino fundamental e médio os conteúdos de História do Paraná, a lei n.º

10.639/03 que altera a lei n.º 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, incluindo no currículo a obrigatoriedade de História e Cultura Afro-Brasileira,

seguida das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico –

Racionais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

No ensino de História devemos ter sempre como perspectiva, além dos objetivos

inerentes à própria disciplina, a formação da cidadania e dos valores democráticos tarefa

complexa e cheia de riscos, especialmente por que não temos uma tradição de vida

democrática. A ênfase no respeito às diferenças culturais e na defesa da pluralidade deve

pautar o ensino e as atividades de reflexão, pesquisa e debates na sala de aula.

É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do mundo e agente

transformador da realidade. Daí a necessidade de estimular um olhar crítico sobre a história

e incentivar a leitura, a reflexão, a análise e as exposições escritas e orais, pessoais e em

grupo.

Outro aspecto fundamental refere-se ao fato de se garantir que os diferentes temas,

assuntos que venham a ser trabalhados se relacionam com o universo amplo ou particular

de diferentes sujeitos sociais situados nos mais variados contextos sociais, espaciais e

temporais. Essa condição constitui-se, portanto, em um princípio fundamental que pode

contribuir decisivamente para que os educandos se percebam como sujeitos sociais e

construtores de conhecimentos.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A importância da história no cotidiano.

A humanidade e sua história.

Povo Indígenas no Brasil.

A chegada dos Europeus na América.

A Europa medieval e o oriente.

A expansão marítima e comercial.

A Europa moderna.

A colonização do Brasil e o processo de Independência do Brasil.

Pensando a nacionalidade do século XVIII ao XX.

A constituição do Ideário de Nação no Brasil.

Primeira Guerra Mundial e mudanças.

A eclosão de movimentos sociais de 1900 à 1920.

O poder do Estado 1920 à 1945.

O mundo Bipolarizado 1945-1986.

O mundo Globalizado de 1990 a atualidade.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5º Série

O que estuda a história.

A história do passado e do presente.

Nossa origem, sociedade e cultura primitiva.

Pré-história da América.

Arqueologia no Brasil.

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia.

Formação da Sociedade Brasileira e Americana

6º Série

Descentralização do poder, a sociedade, a religião e a cultura.

As grandes navegações e descobertas.

O comércio e propriedade

As grandes civilizações da América.

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Page 112: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Uma nova visão do homem e do mundo reforma e contra-reforma.

Reforma e contra-reforma.

Administração da Colônia.

Os ciclos econômicos engenhos e a escravidão.

União Ibérica e as invasões e Rebeliões coloniais.

Mudanças e ouro no Brasil Colonial.

7º Série

Acontecimentos mundiais no século XVIII.

Os iluministas e a representação de suas idéias.

O fim do antigo regime

Reflexos do Iluminismo e liberalismo.

Revolução Industrial e relações de trabalho XIX e XX.

As revoluções americana e francesa e sua influência no Brasil.

A vinda da família real para o Brasil.

A construção da nação brasileira.

A guerra do Paraguai.

O processo de abolição

O surgimento das grandes potências no século XIX.

O desenvolvimento industrial no século XIX.

A expansão imperialista.

O imperialismo e o neocolonialismo

Colonização da África e da Ásia.

Revolução Russa.

A República no Brasil primeiros anos.

8º Série

Brasil na primeira República oligarquias é opressões.

Semana da Arte Moderna.

Período Vargas

Revolução Russa.

Crise de 1929.

Movimentos populares na América Latina.

Europa Pós-Guerra.112

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Segunda Guerra Mundial.

Guerra Fria e os Regimes Militares da América Latina.

Independência das Colônias Afro-Asiáticos.

Movimento de contestação no Brasil e no mundo.

Nova ordem mundial.

Mudanças nos blocos Soviéticos.

Globalização e Neoliberalismo.

CONTEÚDO COMPLEMENTARES

A história do povo local e regional:

Usos e costumes

Povos indígenas no Paraná.

Datas Comemorativas e Folclóricas

A colonização do território Paranaense.

Cidadania

Folclore

Emancipação Política do Paraná.

Valorização dos bens públicos.

Ética e Cidadania.

O movimento micienicos no Paraná.

Folclore local e no Brasil.

Valores e Preconceitos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINAUma proposta de ensino que venha a se construir na base orientadora para a

elaboração de materiais didáticos, observadas pelo professor no tratamento dos conteúdos.

Este conjunto de valores educativos e de elementos são essenciais para que essa abordagem

represente a melhoria qualitativa no ensino de história.

Os conteúdos curriculares não são o fim de si mesmo, mas meios básicos para auxiliar no

desenvolvimento de habilidades por partes dos educadores priorizando-as, sobre as

informações.

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As linguagens são indispensáveis para a construção de conhecimentos e de

habilidades. A utilização de metodologia que de forma permanente, estimulam à pesquisa, à

experimentação e à resolução de problemas do passado e dos problemas do presente.

Relatividade cultural a ela o que se diferencia do relativismo para a qual não existe

consenso possível sobre o conhecimento e a ética.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINAPartindo do principio fundamental de que a avaliação é um processo de verificação

da aprendizagem decorrentes de cada etapa do desenvolvimento caracterizando o

desempenho do educando.

A avaliação deve ser vista principalmente como um instrumento que ajuda o aluno a

aprender, isto é, deve promover a aprendizagem. Deve ser realizada levando em conta os

conhecimentos prévios do educando, promovendo a aprendizagem funcional a partir de

situações diferenciadas de aprendizagem.

Através da avaliação diagnóstica, que permitirá ao professor a compreensão do

estágio da aprendizagem em que se encontra o aluno, rever as práticas desenvolvidas,

identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem,. No diálogo entre alunos e

professores, envolverá questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a

necessidade de tomada de decisões que poderão ser individuais ou coletivas.

O aprendizado e a avaliação constituirão um fenômeno compartilhado, sem um

instante específico para ocorrer, sem uma definição rigorosa que separe o momento de

aprender e o de demonstrar o conhecimento; com diferentes graus de complexidade e

levando em conta as diferentes habilidades desenvolvidas ao longo do processo.

A avaliação não pode enfocar somente a aquisição de conteúdos programáticos, mas

principalmente os conceitos, as habilidades, as atitudes e procedimentos. É preciso que

consista numa reflexão contínua das nossas ações quanto do caminho trilhado pelo aluno na

construção do conhecimento.

114

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BIBLIOGRAFIA

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção dialética libertadora do

processo de avaliação escolar, 1956.

ANTONIO, Pedro. História da Civilização Ocidental, Ensino Médio – Volume único.

São Paulo, FDT, 2004.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Ensino Médio. Volume Único. Editora Ática,

2006.

PÁTIO. Ano 10 – Revista Pedagógica. Artmed – Editora – Fevereiro/abril/2006.

NEVES, Léo de Almeida, 1932. Vivência de Fatos Históricos. São Paulo: Paz e Terra,

2002.

HUGLES, Warrington, Marnie. 50 grandes pensadores da História. São Paulo, Editora

Contexto, 2005.

RIBEIRO, Darcy, 1992. Os índios e a civilização: a integração das populações

indígenas no Brasil moderno. Editora Schwarcz Ltda.

STECA, Lucinéia Cunha. História do Paraná: do século XVI a década de 1950. Editora

Eduel.

Diretriz de História ensino fundamental – seed – 2006.

115

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DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Sendo o português brasileiro um continuador histórico do português europeus que

aqui chegou aos poucos com Cabral e continuou chegando durante os três séculos de

colonização e depois ainda com os imigrantes do século XIX, há que se compreender e

interpretar as coincidências e as divergências lingüísticas entre essas duas variedades da

língua portuguesa. O português europeu é fruto da sua sócio-história que é profundamente

distinta da sócio-história do português brasileiro.

O português brasileiro, como sabemos, resulta, sem dúvida, do contato entre

falantes do português europeu, língua hegemônica de dominação, com os falantes das

numerosas línguas indígenas autóctones, com as chamadas línguas gerais indígenas, e

ainda do contato com os falantes africanos, de várias línguas, e seus descendentes e, a partir

do século XIX, com os falantes dos diversificados grupos de emigrantes que aqui se

estabeleceram. Constituiu-se assim o português brasileiro em um complexo contexto

multilingüístico que há de ser rigorosamente escrutinado para que se possa afirmar de que

decorre o que tipifica, numa perspectiva histórica, o português brasileiro.

A tradição filológica da primeira metade do século XX, que se dedicou a esse tema,

muito simplificou e generalizou sobre essa questão, a depender do viés africanista,

indianista ou lusitanista de seus autores. Nesse primeiro momento de estudo sobre a

formação do português brasileiro, sem dúvida, foi Serafim da Silva Neto, apesar de seu viés

lusitanista, ideologicamente fundado na tese da vitória da superioridade cultural dos

europeus, aquele que buscou, embora de maneira assistemática e rarefeita, em fontes de

nossa história social, informações para uma reconstituição da sócio-história da língua

portuguesa no Brasil, para usar a sua designação.

A história do léxico português - basicamente de origem latina - reflete a história da

língua portuguesa e os contactos dos seus falantes com as mais diversificadas realidades

lingüísticas, a partir do romanço lusitânico. Esse acervo apresenta um núcleo de base latina

popular (resultante da assimilação e das transformações do latim pelas populações nativas

ibéricas), complementado por contribuições pré-românicas e pós-românicas ( de substrato,

em que a população conquistada absorve a língua dos dominadores; de superstrato, em que 116

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os dominadores adoptam a língua dos dominados; e de adstrato, em que as línguas

coexistem, podendo haver até um bilingüismo). Além desse núcleo, é imensa a participação

de empréstimos a outras línguas ( empréstimos culturais) e ao próprio latim (termos

eruditos tomados ao latim clássico a partir do século XVI). Foram os termos populares que

deram feição ao léxico português, quer na sua estrutura fonológica, quer na sua estrutura

morfológica. Mesmo no caso de empréstimos de outras línguas, foi o padrão popular que

determinou essas estruturas.

O vocabulário fundamental do português -- compreendendo nomes de parentesco,

de animais, partes do corpo e verbos muito usuais - é formado sobretudo de palavras

latinas, de base hereditária. Esse fundo românico usado na conversação diária constitui,

assim, a grande camada na formação do léxico.

A língua configura um espaço de interação estes sujeitos que se constituem através

dessa interação. Ela mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos

sujeitos que interagem.

As propostas de transformação do ensino de Língua Portuguesa consolidaram-se em

práticas de ensino em que tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada é o uso da

linguagem. Pode-se dizer que hoje é praticamente consensual que as práticas devem partir

do uso possível aos alunos para permitir a conquista de novas habilidades lingüísticas.

Aquilo que se diz ou que se escreve constitui o enunciado ou discurso, o qual se

realiza em momentos interativos. Nesse processo, os interlocutores vão construídos

sentidos e significados ao longo das suas trocas lingüísticas, orais ou escritas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Um dos grandes objetivos da disciplina é compreender e usar os sistemas

simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade

pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. O ensino da

Língua Portuguesa requer clareza dos princípios da linguagem verbal, pois é dela que o

homem se serve antes de tudo para construir o seu mundo e sua história. Dentro do sistema

lingüístico, Linguagem Verbal é a soma do homem e de sua representação sócio-cultural.

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A língua é uma das realidades mais fantásticas: vivemos entrelaçados pelas

palavras; ela estabelece todas as nossas relações e nossos limites que se constitui através

dessa interação.

Os textos literários abrem um fértil espaço para um trabalho integrado com outros

textos, criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e para a compreensão e

apreensão do potencial expressivo da linguagem.Permitindo também um trabalho integrado

com outras linguagens.(artes plásticas, música, cinema), criando condições para a

percepção do fazer artístico em geral, seja de suas especificidades, seja de suas dimensões

histórico-culturais.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o papel como participante da sociedade,

para que isso ocorra os objetivos devem seguir uma fundamentação em todo processo

ensino/aprendizagem.

Ao empregar a oralidade em suas diferentes situações de uso, o educando precisa

adequá-la em seu contexto, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando –se diante dos mesmos, compreendendo a linguagem como

interação social e ampliando o reconhecimento do outro e de si próprio, aproximando-se

cada vez mais o entendimento mútuo.

Os conhecimentos adquiridos por meio da prática e análise lingüística ajudam

expandir a capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a

capacidade de análise crítica. As reflexões sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,

atualizam o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

sua organização.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse

aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.

Leitura;118

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Oralidade;

Escrita;

Discurso.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª SÉRIE

Comparar textos, buscando semelhanças e diferenças quanto às idéias e à forma;

Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre entonação;

Desenvolver habilidades de leitura de textos de linguagem transverbal;

Conhecer a estrutura do dicionário e saber consulta-lo de modo rápido e eficiente;

Produção de texto (descrição);

Leitura e Interpretação de texto;

Substantivo e classificação;

Flexão dos adjetivos;

Artigos;

Flexão e classificação dos artigos;

Numeral e classificação;

Interjeição;

Letra, fonema e dígrafo;

Encontro consonantal;

Pronomes e classificação;

Encontro vocálico;

Divisão de silabas;

Sílaba tônica e átona;

Palavras axítonas, paroxítonas e proparoxítonas;

Acento gráfico;

Verbo, tempos verbais;

Verbo na construção do texto;

Conjunções;

Advérbios;

Pontuação.119

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse

aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.

Leitura;

Oralidade;

Escrita;

Discurso.

6ª SÉRIE

Leitura e interpretação de texto;

Produção de texto;

Grau dos substantivos e adjetivos;

Verbos;

A estrutura do verbo;

Sujeito e predicado;

Tipos e sujeito e classificação;

Ortografia;

Verbo de ligação;

Predicativo do sujeito;

Objeto direto e indireto;

Porônimos;

Pronomes na função de complementos verbais;

Variações dos oblíquos;

Linguagem e interação;

Coerência e coesão;

Tipos de predicado;

Plural dos substantivos compostos;

Plural dos adjetivos compostos;

Adjunto adverbial;

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse

aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.

Leitura;

Oralidade;

Escrita;

Discurso.

7ª SERIE

Leitura e produção de texto;

Produção de texto;

Sujeito indeterminado;

Oração sem sujeito;

Verbos impessoais;

O discurso;

O discurso citado nos gêneros narrativos;

O discurso direto e indireto;

Vozes do verbo;

A crônica;

O predicativo do objeto e predicado verbo nominal;

Denotação e conotação;

O modo imperativo;

Acentuação;

Figuras de linguagem;

Complemento nominal;

Anúncio;

Ortografia;

Aposto e vocativo;

Pontuação;

Conjunção;

Período simples e composto;121

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conceito de conteúdos estruturantes lança um novo olhar sobre esse

aspecto por que são constituídos dentro da mobilidade histórica.

Leitura;

Oralidade;

Escrita;

Discurso.

8ª SÉRIE

Leitura e interpretação de texto;

Produção de texto;

O conto;

Orações subordinadas substantivas;

Pronome relativo e demonstrativo;

Orações subordinadas adjetivas e adverbiais;

Período composto por coordenação: as orações coordenadas.

Pontuação;

Figuras de sintaxe;

Versificação;

Estrutura das palavras;

Ortografia;

Concordância nominal e verbal;

Sintaxe de regência (verbal e nominal);a crase;

Colocação pronominal;

122

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Temas Transversais: Meio Ambiente, Água, Família Saúde, Ética,

Cidadania,Gravidez na Adolescência,D.S.T.,Drogas,etc.

Tecnologia Educacional.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abarcar todos os

mecanismos envolvidos no processo de interação. Somente desse modo é possível entender

como uma criança de três anos já produz enunciados tão complexos e significativos.

Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado

na busca da ampliação de sua competência comunicativa.

É preciso ver o aluno, portanto, como um ser construído e em construção por meio

dessas vivências. A oralidade é vista como uma “prática social interativa” utilizada em

momentos de comunicação através de vários gêneros e formas com fundamentação na

realidade sonora. Precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o

desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir.

A leitura precisa ser vista na escola, como uma prática consistente do leitor perante

a realidade. É importante que a leitura seja vista em função de uma concepção

interacionista de linguagem, segundo o qual busca-se formar leitores no âmbito escolar.

A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o

texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual.

A Educação Inclusiva é um dos temas relevantes da atualidade. Com ele temos o

desafio de pensar e organizar o contexto educacional (em particular a escola) objetivando a

construção de uma sociedade mais justa, que respeite e valorize as diferenças das condições

físicas, psíquicas, mentais, culturais e econômicas de todas as pessoas, oferecendo assim,

concretas possibilidades de participação social com qualidade de vida.

Na educação inclusiva, devemos integrar o educando portador de deficiências

especiais a sua inclusão aos demais, de forma igualitativa ,visando novos métodos

educativos possibilitando-os a reintegração de seus valores culturais e morais dentro da 123

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sociedade . Quanto mais inseridos melhor será sua adaptação no seu desenvolvimento e

melhorando as suas limitações .

CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações organizadas com a

finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais

condições. Para tanto, é preciso elaborar um conjunto de procedimentos investigativos que

possibilitem o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino

e aprendizagem de melhor qualidade.

O desempenho do aluno ao longo do ano letivo, dá destaque à chamada avaliação

formativa, vista como mais adequada. Vale ressaltar que a avaliação só tem sentido se

puder contribuir para o desenvolvimento cognitivo dos alunos, convertendo-se em uma

ferramenta pedagógica, em um elemento que tem influencia na aprendizagem do aluno e na

qualidade do ensino.

Na oralidade será avaliada progressivamente considerando a participação do aluno

nos diálogos, relatos, discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência

da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos

de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões,

debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram no

decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema,

bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Deve considerar as

estratégias que os estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto

lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerar

também as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Em relação a escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo

de produção, nunca como um produto final. “Só se pode avaliar a qualidade e adequação

de um texto quando ficam muito claras as regra do ‘jogo’ de sua produção”. (Koch e

Travaglia (1990). Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual: os

parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos).124

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Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos-discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais-os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos

alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos

alunos a compreensão desses elementos no interior do texto.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados

continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chega a

almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

Pensar a prática da avaliação é ter que ,tanto o professor quanto o aluno necessitam

primeiramente, planejar o que será produzido.

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BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara

Vieira. 6ª edição. São Paulo: Hucitec, 1992.

GERALDI, C; FIORENTINE, D; PEREIRA, E. (orgs). Cartografia do trabalho docente.

Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens. São Paulo: Atual,

2002.

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

Currículo Inclusivo do Estado do Paraná.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos

Inclusivos.

http://www.educacaoonline.pro.br/

126

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DISCIPLINA DE MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Toda atividade humana requer um determinado conhecimento para compreender o

mundo que o rodeia, seja ela individual ou coletiva, pois não basta conhecer os fenômenos,

importa compreendê-los, determinar as razões da sua produção, descortinar as ligações de

uns com outros.

Já que, quanto mais alto for o grau de compreensão dos fenômenos naturais e

sociais, tanto melhor o homem se poderá defender dos perigos que o rodeiam.

Nesse sentido é necessário um breve olhar para a história da matemática, que nos

mostra que após um período de utilização prática com os egípcios e os babilônios, surge

uma fase de grande sistematização na Grécia, pois os gregos acreditavam que a matemática

era uma ciência capaz não só de tratar de questões práticas, mas de dar respostas a todo e

qualquer fenômeno que nos rodeia. Nesse período, Euclides atinge seu auge com os

elementos, no século III a . C.

A esse período de pujança grega, segue-se outro com os Hindus e Árabes que não

trabalhavam de forma axiomática como os gregos, mas desenvolveram interessantes

resultados, em especial na álgebra. No século XV, com Descartes, Leibniz e Newton entre

outros, é que surge um novo período de sistematização que estimula no século XVIII, um

grande progresso científico até a primeira metade do século XIX, quando o acúmulo de

resultados práticos leva a uma nova etapa de sistematização e, principalmente, de crítica

dos fundamentos, surgindo um novo período de sistematização das geometrias não

Euclidianas, com Lobachevsky e Riemann, que ganharam destaque por serem utilizadas

pela teoria da relatividade de Einstein na interpretação do universo.

No Brasil, até o final da década de 50 predominava a chamada matemática Clássica,

enfatizava-se o modelo euclidiano, com o ensino expositivo centrado no professor.

Esse período foi seguido por uma busca na modernização do ensino da matemática

em função de mudanças ocasionadas pela industrialização nacional e desenvolvimento da

agricultura, aumento populacional e o cenário político internacional pós Guerra.

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Nas últimas décadas, a preocupação com o ensino da matemática traduziu-se em

alguns movimentos bem definidos. Nos anos 60, foi a “matemática moderna”, que buscou

soluções no formalismo e nas estruturas. Nos anos 70, o “retorno ao básico”, de certa forma

uma reação diante do malogro da matemática moderna. Para os anos 80, muitos educadores

matemáticos eminentes chegaram a eleger a “ resolução de problemas” com a grande

prioridade do ensino de matemática.

Em 1987, o estado do Paraná através da Secretaria Estadual de Educação – SEED,

iniciou, discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaborar uma

proposta para seu sistema de ensino.

A questão central residia em repensar o ensino de segundo grau como condição para

ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto, de participação social

mais ampla do cidadão. Nesse contexto, o ensino da Matemática é visto como instrumento

para a compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente

de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento

técnico, o progresso do discernimento político.

No final da década de 1980 início da década de1990, o Estado do Paraná, fez um

movimento no sentido de produzir um documento de referência curricular para sua rede

pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática teve como fundamentação teórica

uma forte influência da tendência hitórico-crítica. Na leitura do texto são evidentes as idéias

da Educação Matemática começavam a se firmar no Brasil.

A partir da aprovação da LDBEN 9394/96, e dos PCNs, 1998, especialmente com

relação a disciplina de Matemática, fica fortemente a indicação para um trabalho voltado as

aplicações da Matemática na vida prática, minimizando o valor científicos da disciplina e

seus contextos internos.

A partir de 2003, a SEED inicia um processo de discussão coletiva com os

professores da Rede Pública Estadual que lecionam nos diferentes níveis de modalidades de

ensino, resgatando importantes considerações a respeito de abordagens sobre o ensino e

aprendizagem da Matemática.

Atualmente vem-se constatando a necessidade de mudanças no ensino da

Matemática tendo em vista vários fatores que fizeram com que se repensasse este ensino

em favor de uma visão mais progressista: a de uma educação Matemática.128

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Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante

construção que se desenvolve enquanto é experimentada no processo de investigação e

resolução de problemas, abrindo portas para a criação e para a emoção.

Sendo assim a finalidade da Educação Matemática é fazer com que os alunos

compreendam e se apropriem da própria matemática concebida como um conjunto de

resultados, procedimentos, algoritmos, etc; fazendo com que o mesmo construa por

intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a

formação integral do ser humano e particularmente do cidadão, isto é, do homem público.

Assim o ensino de Matemática será organizado para adaptar-se ao nível de

conhecimento e progresso de alunos com diferentes interesses e capacidades, criando

condições para sua inserção num mundo em mudanças e, ao mesmo tempo, contribuir para

desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Isso

porque acreditamos que, num mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais

ganham novos contornos requerem a compreensão de conceitos e procedimentos

matemáticos necessários para o cotidiano, tanto para o cidadão tirar conclusões e fazer

argumentações, quanto para agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas

vidas pessoais e profissionais.

Nesse aspecto a Matemática dará sua contribuição à formação de um estudante

crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais ao se apropriar de

conhecimentos matemáticos.

Um outro ponto a ser considerado é a influencia das mudanças tecnológicas nos

meios de produção imprimindo novos sistemas organizacionais ao trabalho, exigindo

trabalhadores versáteis, dotados de iniciativa e autonomia, capazes de resolver problemas

em equipe, de interpretar informações e de adaptar-se a novos ritmos e de comunicar-se

fazendo uso de diferentes formas de representação.

Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos forem apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano

e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.

Enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos alunos

realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias

sendo possível criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.129

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Em seu papel formativo, a Matemática contribui para ao pensamento e a aquisição

de linguagens e atitudes cuja utilidade ultrapassa o âmbito da própria Matemática, podendo

formar no aluno a capacidade de resolver problemas, elaborar representações da realidade,

gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar

situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a

percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras

capacidades pessoais.

Assim é importante refletir a respeito da colaboração que a Matemática tem a

oferecer com vista à formação da cidadania, refletir sobre as condições humanas de

sobrevivência, sobre a inserção dos alunos no mundo do trabalho, das relações e da cultura

e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais.

Nesta perspectiva o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado onde os

conteúdos foram organizados em todas as séries com vistas a interação dos conteúdos

estruturantes fundamentais da matemática: Números, Operações e Álgebra, Medidas,

Geometria e tratamento da Informação.

Pois, para obtermos resultados satisfatórios devemos fazer essa interação e o

trabalho com os conteúdos ganhará significado na medida em que seus estudos partam das

relações que possam ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais e que

incluam nos contextos internos a própria Matemática.

Somente desse modo, poderemos estar seguros de que o aluno estará capacitado

para agir de modo transformador sobre si mesmo e a realidade que o cerca.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A Matemática assim com as demais ciências, reflete as Leis do mundo que nos

rodeia e servem de potente instrumento para o conhecimento e domínio da natureza.

Embora, pelo alto nível de abstração as matemáticas trazem consigo a falsa impressão de

que é conhecimento só para especialistas. É fato que a matemática possui problemas

próprios, que não tem ligação imediata com outros problemas da vida social. Mas não há

duvida também de que os seus fundamentos mergulham tanto como os de outro qualquer

ramo da ciência, na vida real.130

Page 131: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

No ensino da Matemática não podemos perder de vista o fato de que além desta

disciplina estar relacionada a vida real, ela tem sua origem no mundo real e reconhecer que

a matemática surgiu da necessidade humana, é requisito prévio e importante para entendê-

la.

Sendo que a Matemática foi historicamente desenvolvida a partir das necessidades

da realidade humana, constatamos que ela, não esta pronta e acabada, ou seja, é um

processo em construção. A cada momento o ser humano se depara com novas necessidades

e precisa buscar soluções para as mesmas, portanto, somos agentes desse processo.

Desmistificar que a Matemática é um saber para poucos, e para isso não devemos

concebê-la da forma tradicional onde a interação nas aulas dessa disciplina é tida de forma

que os alunos não precisam estar envolvidos em qualquer pensamento matemático para que

possam participar da aula. Essa visão não é mais aceitável se desejamos que o aluno

construa o conhecimento. Precisamos propor situações que possibilitem a reflexão. São as

reflexões que permitirão uma melhor compreensão, um estabelecimento por parte dos

alunos da conexão entre o conhecimento que trazem consigo e o que está sendo construído.

Dessa forma a matemática poderá contribuir para a formação do cidadão. Com esse

objetivo nas aulas de matemática do ensino fundamental deve estar aberta para a interação

professor/aluno, valorizando as diferentes formas de expressão e os diferentes meios

culturais aos quais estão inseridos.

Assim a disciplina de Matemática transpõe para a prática docente, a construção da

história, possibilitando ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

Entende-se que o ensino de matemática tem dois objetivos principais:

Formativo (o conhecimento matemático desenvolve abstração, organização mental,

raciocínio lógico, quantitativo e geométrico).

Pragmático (o conhecimento matemático é útil socialmente tem diversas aplicações

e é porta de entrada para a maioria das ciências).

Para se aproximar desses objetivos, a matemática na medida certa

alia transmissão do conhecimento com atividades que desenvolvem autonomia.

Esses recursos são coerentes com uma visão de ensino, que recorrem a importância

da participação ativa dos alunos no processo de ensino aprendizagem. 131

Page 132: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 5º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números

História dos números;

Símbolos e regras;

Sistema de Numeração Decimal;

Números naturais e os processos de

contagem;

Reta numérica;

Conceito de números fracionários e

números decimais.

Operações e Álgebra

As idéias da adição e subtrações e álgebra;

Cálculo mental nas adições e subtrações;

Estimando arredondamento;

As idéias da multiplicação e divisão;

Expressões numéricas;

Propriedade distributiva da multiplicação;

Potenciação;

Raiz quadrada;

Múltiplos e divisores;

Operações com frações.

Medidas

O que é medir;

Sistema Métrico Sistemal;

Medidas de área;

Medindo volumes;

Perímetro;

Geometria Formas planas e não plana;

Ângulos – elementos e representação;

Polígonos;

Triângulos;

Quadriláteros;

132

Page 133: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Circunferências.

Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos e barras.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 6º SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números

Números decimais e fracionários;

Frações e números decimais na reta numérica;

Números negativos.

Potenciação e radiação de números decimais;

Adição e subtração com números negativos;

Multiplicação e divisão com números

negativos; potenciação com base negativa

Operações e Álgebra

Expressões numéricas;

Comparando grandezas: direta ou

inversamente proporcionais;

Razão e porcentagem;

Equações.

Medidas

Áreas e volumes;

Área – medida de superfície;

Relações entre as unidades;

Medidas de massa e medidas de tempo.

Geometria Sólidos geométricos;

o Poliedros;

o Prismas e pirâmides;

o Cilindros, cones e esferas;

Ângulos:

o Suplementares;

o Complementares;

o Opostos pelo vértice;

133

Page 134: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

o Grau e subdivisão do grau.

Tratamento da Informação

Construção e interpretação de gráficos.

Porcentagens e gráficos;

Pictogramas;

Medias;

Moda.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 7º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números

conjunto numéricos:

o Naturais;

o Inteiros;

o Racionais;

o Irracionais;

o Reais.

Potenciação e notação cientifica

o Propriedades das potências;

o Radiação;

Operações e Álgebra

Operações e expressões algébricas;

o Produtos notáveis;

o Operações com frações algébricas;

o Sistemas de equações;

o Sistemas cartesiano.

Medidas Medidas de arcos e de ângulos

Geometria Ângulos e polígonos

Circunferência e circulo.

Tratamento da Informação Possibilidades e estatística

134

Page 135: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Gráficos de segmentos.

CONTEÚDOS 8º SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Números

Conjunto dos números reais.

Potenciação:

o Expoentes naturais, inteiros,

racionais.

o Radiação:

o Propriedades, simplificação,

operações com radicais e

racionalização.

Operações e Álgebra

Equações do 2º grau

o Forma geral;

o Trinômio quadrado perfeito;

o Fórmula geral;

o Resolução de problemas.

Funções

o Conceitos e suas aplicações.

Porcentagem

Desconto, acréscimo e juros.

Medidas

Trigonometria no triângulo retângulo

o Relações métricas no triângulo

retângulo

Área do circulo;

Área da superfície e volume de um

cilindro.

Geometria Congruência e semelhança de figuras:

o Polígonos, triângulos;

135

Page 136: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

o Teorema de tales;

Circulo e cilindro.

Tratamento da Informação

Possibilidades e estatística

População e amostra;

Leitura e interpretação de gráficos.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura Afro

Educação no campo

Tecnologia

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Todo conhecimento matemático, desenvolvido no Ensino Fundamental, deve ter

explicação acessível para o aluno e ela deva ser fornecida integralmente.

Analisar os aspectos e as funções da Matemática leva-nos a pensar que ensinar

Matemática é mais do que fazer com que o aluno memorize resultados dessa ciência, isto é,

a aquisição do conhecimento matemático está vinculada ao domínio de um saber fazer na

Matemática. Daí a importância de atividades realmente instigantes, lúdicas, aplicadas e

diversificadas.

Utilizando para tanto diferentes metodologias, como resoluções de problemas,

Etnomatemática, Modelagem Matemática, Mídias tecnológicas e Histórias da Matemática.

A resolução de problemas possibilita aos alunos compreenderem os argumentos

matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser aprendido por todos

os sujeitos presentes no processo de ensino aprendizagem, podendo ser potencializado,

quando se problematizam situações do cotidiano.

A Etnomatemática surgiu em meados da década de 1970, quando Ubiratan

D’Ambrósio propôs que os programas educacionais necessitavam dar ênfase as

matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. A Etnomatemática considera uma

organização da sociedade que permite o exercício da crítica e análise da realidade.

136

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A modelagem matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os

problemas matemáticos e resolve-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo

real.

Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da internet entre outros, tem favorecido as experimentações matemáticas,

potencializando formas de resolução de problemas. A construção de gráficos, por exemplo,

com o uso dos computadores ampliam as possibilidades de observação e investigação.

A internet é outro recurso que também pode favorecer a aprendizagem, através da

formação de várias comunidades virtuais, reunindo professores, alunos e interessados na

área.

Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizam um aspecto

fundamental na disciplina: a experimentação. Os estudantes vão desenvolver argumentos e

conjecturas relacionadas às atividades com as quais se envolvem.

A História da matemática é necessária para que os estudantes compreendam a

natureza da matemática e a sua relevância na vida da humanidade. É pela Historia da

matemática que se tem possibilidade do estudante entender como o conhecimento

matemático é construído historicamente.

Elaborar problemas, partindo da História da matemática, é oportunizar ao aluno

conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção

dividindo com os mesmos as dúvidas e questionamentos.

Pensar numa prática docente a partir da Educação Matemática implica pensar na

sociedade em que vivemos, constituindo-se assim o ato de ensinar numa ação reflexiva e

política.

Assim antes de escolhermos a forma com a qual vamos trabalhar, iremos primeiro

conhecer os alunos, pois é de suma importância que primeiro se conheça seus alunos, suas

origens, sua cultura, para a partir daí começar a desenvolver o trabalho.

Numa perspectiva de trabalho em que se considere o aluno como protagonista da

construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha novas dimensões. Pois, o

mesmo deverá ser organizador, facilitador, mediador e incentivador da aprendizagem dos

alunos, e deverá ainda ser o avaliador dos resultados obtidos.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em processo

de construção, pode-se dizer que ela está centrada na prática pedagógica, mas não existe um 137

Page 138: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer

disciplina. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é

fundamental para que o professor construa sua prática.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Em todo trabalho pedagógico a avaliação é componente fundamental, tendo como

função identificar avanços e dificuldades referentes à compreensão do conteúdo deve

oferecer possibilidades ao aluno para se expressar, retomar e aprofundar a sua visão dos

conteúdos.

A avaliação vai possibilitar fundamentalmente ao professor condições de repensar a

sua prática diária, a metodologia empregada os recursos humanos e materiais empregados,

os conteúdos matemáticos da série e sua adequação.

De acordo com D’Ambrosio, a “avaliação” deve ser uma orientação para o

professor na construção de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou

reter alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar,

classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão de

educador.

Dessa forma vemos que a avaliação não deve ser um processo classificatório utilizada

como instrumento de aprovação ou reprovação, ela deve ser antes de tudo, um ato amoroso,

acolhedor, integrativo e inclusivo. Para tanto a avaliação deve seguir alguns princípios

básicos:

Ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser constante

e planejada, fornecendo feedback ao professor e permitindo a recuperação do aluno;

Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo

atingidos;

Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o

quanto antes;

A avaliação não deve ser vista como um instrumento de exclusão, antes disso ela deve

valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a

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diversidade, sem nenhum tipo de distinção, sejam essas diversidades culturais, étnicas,

raciais, sociais, físicas etc.

Finalmente observamos que não podemos avaliar somente através de provas e testes ,

devemos levar em consideração o desenvolvimento de modo geral do aluno durante todo o

processo de construção do conhecimento.

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BIBLIOGRAFIA

ANDRINI, Álvaro e VASCONCELOS, Maria José: Coleção Praticando Matemática.

São Paulo: Editora do Brasil, 2002.

GUELLI, Oscar. Coleção Uma aventura do pensamento. São Paulo, Ática, 2002.

TOSATTO, Claudia Miriam; PERCCHI, Edilaine do Pilar F. e ESTEPHAN, Violeta m.

Coleção idéias e Relações. Curitiba: Positivo, 2002.

JAKUBOVIC, José; LELLIS, Marcelo e CENTURIÓN, Marília. Coleção Matemática na

Medida Certa. São Paulo, Scipione, 2001.

MATSUBARA, Roberto e ZANIRATTO, Ariovaldo Antonio. Coleção Big mat. São Paulo.

Ibep. 2002

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo. Cortez, 2005.

ISOLANI, Célia Maria Martins; MIRANDA, Diair T. lima; ANZZOLIN, Vera Lucia

Andrade e MELÃO, Valderez Soares. Coleção Matemática. Curitiba. Módulo, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.

Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Orientações Curriculares. Curitiba:

SEED/DEPG.2005.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica,2001.

CARAÇA, Bento de Jesus, Conceitos Fundamentais da Matemática. Portugal, Lisboa.

Gradiva,2005.

Krulik, Stephen; Reys, Robert E., A Resolução de Problemas na Matemática Escolar.

São Paulo. Atual Editora, 2005.

140

Page 141: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

DISCIPLINA L. E. M. - INGLES - ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino das línguas modernas só começou a ser valorizado depois da chegada da

família real portuguesa ao Brasil, em 1808. no ano de 1809, com a assinatura do decreto de

22 de junho pelo príncipe regente D. João VI, cria-se as cadeiras de inglês e francês com o

objetivo de melhorar a instrução pública e atender as demandas advindas da abertura dos

portos ao comércio. Assim por toda a extensão territorial do Brasil foram criadas as

colônias de imigrantes. No sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores

foram as de imigrantes italianos, alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Numa

tentativa de preservar suas culturas, muitas colonos organizaram-se para construir e manter

escolas para os seus filhos uma vez que a escolarização já fazia parte da vida dessas

populações em seus países de origem e o estado brasileiro não ofertava atendimento escolar

a toda as crianças.

É também por esta razão que ainda é possível encontrar comunidades bilíngües no

Paraná. O ensino da língua portuguesa, quando ministrado, era tido como uma língua

estrangeira que não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos, a fim de

contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e de desenvolver hábitos de observação

e reflexão culturais, para conhecimento das civilizações estrangeiras e das tradições

daqueles povos.

No ensino permitia-se o uso da língua materna com o intuito de verificar a

compreensão dos conceitos, sendo que a gramática era explicada de forma dedutiva. A

partir de então, o foco do ensino na oralidade cedeu espaço ao ensino de todas as

habilidades lingüísticas: falar, ouvir, ler e escrever.

Nessa conjuntura, pode-se identificar o predomínio da oferta de língua inglesa que

continua ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino, por corresponder mais

diretamente as demandas da sociedade. Este argumento pragmático para seleção de saberes

implica numa prática excludente contribuindo par manutenção das desigualdades sociais,

ao desconsiderar a escola enquanto espaço de conhecimento, bem como a sua função

educacional na formação dos sujeitos alunos ao longo da educação básica.

141

Page 142: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

O aprendizado de uma Língua Estrangeira pode proporcionar consciência sobre o

que seja língua e suas potencialidades na interação humana, pois os alunos precisam ser

expostos à diversas manifestações da língua na sociedade, entendendo suas implicações

político-ideológicas.

A disciplina de Língua Estrangeira tem como finalidade específica ampliar o

contato com outras formas de conhecer outros procedimentos interpretativos de construção

da realidade, possibilitando maneiras diferentes de produzir sentidos e de perceber o

mundo. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções e maneiras de

construir e formar subjetividade independentemente do grau de proficiência atingido.

Concebendo-se a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma Língua

Estrangeira permite aos indivíduos perceberem-se como parte integrante da sociedade e

como participantes ativos do mundo em que vivem.

É preciso entender sobre o papel das línguas nas sociedades como mais do que

meros instrumentos de acesso à informação: As Línguas Estrangeiras são também

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender e de construir

significados,

É possível pensar que o verdadeiro propósito do ensino de línguas estrangeiras e

formas individuais capazes de interagir com pessoas, para tanto é necessário criar

condições para que o educando seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com

que se depare desenvolvendo assim o domínio dos códigos lingüísticos.

Então, pode-se afirmar que a língua estrangeira deve estar baseada nos conteúdos

estruturantes e em ações desenvolvidas em sala de aula, cabendo ao docente desenvolver a

consciência crítica e interpretativa com relação ao desempenho lingüístico discursivo da

Língua Estrangeira.

A língua pode ser vista como uma estrutura que faz intermediações entre o mundo e

o indivíduo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas estruturas da

língua, ela seria um elemento de ligação entre os dois. Tal concepção percebe a língua

como exterior ao mundo e ao indivíduo, e os significados como sendo produzidos

exteriormente tanto ao mundo quanto ao indivíduo tal exteriormente promove uma

dissociação entre língua e significação, entre língua e subjetividade, entre língua e

construção de identidades.

142

Page 143: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A concepção de língua não a segmenta em habilidades: ler, falar, escrever, ouvir

considerando que essas práticas não se separam em situações concretas de comunicação e,

logicamente, naquelas efetivadas em sala de aula. Daí o conceito tradicional das “quatro

habilidades” isoladas que pressupõe uma visão de linguagem como totalidade homogênea.

E assim, propõe-se ensinar, na sala de Língua estrangeira, não apenas uma língua,

mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os discursos,

manifestados em formas de textos de diferentes naturezas (Bakhtin 1988).

Com base nesses pressupostos, cabe salientar que se trata de fazer da aula de língua

estrangeira um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para

construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a

hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo

tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros excluídos dos tipos de [...]

[ conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os

conhecimentos [ em língua estrangeira] (Moita Lopes 2003, p 43) .

Assim, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, sob o viés da abordagem por

letramento crítico, os alunos e professores percebem que é possível construir significados

além daqueles permitidos pela língua materna. Desse modo, os sujeitos envolvidos no

processo de ensino e de aprendizagem não aprendem apenas novos significados e nem a

reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de produzir sentidos, outros

procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício

de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no di-a-dia atividades, cooperação,

respeitando o outro. Contemplar as diferenças, o grau de proficiência a ser atingido

dependendo das condições disponíveis para o ensino em cada ambiente escolar. Entretanto,

espera-se que o aprendizado dê ao aluno subsídios suficientes para que seja capaz de

compreender e ser compreendido na Língua Estrangeira de modo a vivenciar formas de

comunicação que lhe permitam perceber a importância deste conhecimento. Assim espera-

se que o aluno tenha podido experimentar, na aula de Língua Estrangeira formas de

participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas. 143

Page 144: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Propiciar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo em situações

significativas, isto é, reconhecidamente relevantes e não como mera prática de formas

lingüísticas. Deste modo, não se trata de restringir o ensino as estruturas consideradas

fundamentais, mas sim de estabelecer objetivos realistas e sensíveis as diferenças regionais

e individuais. Neste sentido, é preciso levar em conta que a língua estrangeira está sendo

ensinada com valor educacional e com finalidades pragmáticas na formação do indivíduo

para participação efetiva na sociedade, formação crítica a sociedade idealista, formação

integral do ser humano numa dimensão sociocultural e histórica, possibilitar a ampliação da

percepção do homem como um ser integrante de um modo dinâmico e complexo, onde se

possibilite a inserção social, econômica, política e também a formação do cidadão crítico.

No processo educativo deve-se despertar no aluno a motivação, o desejo de

aprender por um motivo intrínseco, que encontra tanto sua fonte como sua recompensa em

seu próprio exercício. O desejo de aprender deve ser resultante de uma discussão em grupo

o que é muito eficiente e duradoura, o indivíduo é solicitado a participar, a confrontar suas

idéias com as dos outros, pois a participação em grupo é de fundamental importância,

contribui para a aprendizagem da convivência social, do respeito a idéias divergentes, da

elaboração pessoal do conhecimento.

Quando se tratar da dimensão cognitiva, o ensino da língua estrangeira tem como

objetivo primordial desenvolver os processos de pensamentos do aluno e melhorar sua

capacidade para resolver problemas, adquirir capacidade de julgamento, preparar os

educando para a vida democrática, para a participação social, dando preferência à

aprendizagem por descoberta.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O aprendizado de uma Língua Estrangeira pode proporcionar consciência sobre o

que seja língua e suas potencialidades na interação humana, pois os alunos precisam ser

expostos à diversas manifestações da língua na sociedade, entendendo suas implicações

político-ideológicas.

A disciplina de Língua Estrangeira tem como finalidade específica ampliar o

contato com outras formas de conhecer outros procedimentos interpretativos de construção

da realidade, possibilitando maneiras diferentes de produzir sentidos e de perceber o 144

Page 145: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

mundo. Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções e maneiras de

construir e formar subjetividade independentemente do grau de proficiência atingido.

Concebendo-se a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma Língua

Estrangeira permite aos indivíduos perceberem-se como parte integrante da sociedade e

como participantes ativos do mundo em que vivem.

É preciso entender sobre o papel das línguas nas sociedades como mais do que

meros instrumentos de acesso à informação: As Línguas Estrangeiras são também

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender e de construir

significados,

É possível pensar que o verdadeiro propósito do ensino de línguas estrangeiras e

formas individuais capazes de interagir com pessoas, para tanto é necessário criar

condições para que o educando seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com

que se depare desenvolvendo assim o domínio dos códigos lingüísticos.

Então, pode-se afirmar que a língua estrangeira deve estar baseada nos conteúdos

estruturantes e em ações desenvolvidas em sala de aula, cabendo ao docente desenvolver a

consciência crítica e interpretativa com relação ao desempenho lingüístico discursivo da

Língua Estrangeira.

Discurso

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

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Page 146: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A língua pode ser vista como uma estrutura que faz intermediações entre o mundo e

o indivíduo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam possibilitados pelas estruturas da

língua, ela seria um elemento de ligação entre os dois. Tal concepção percebe a língua

como exterior ao mundo e ao indivíduo, e os significados como sendo produzidos

exteriormente tanto ao mundo quanto ao indivíduo tal exteriormente promove uma

dissociação entre língua e significação, entre língua e subjetividade, entre língua e

construção de identidades.

A concepção de língua não a segmenta em habilidades: ler, falar, escrever, ouvir

considerando que essas práticas não se separam em situações concretas de comunicação e,

logicamente, naquelas efetivadas em sala de aula. Daí o conceito tradicional das “quatro

habilidades” isoladas que pressupõe uma visão de linguagem como totalidade homogênea.

E assim, propõe-se ensinar, na sala de Língua estrangeira, não apenas uma língua,

mas os discursos que a compõem dentro de uma sociedade, ou seja, os discursos,

manifestados em formas de textos de diferentes naturezas (Bakhtin 1988).

Com base nesses pressupostos, cabe salientar que se trata de fazer da aula de língua

estrangeira um espaço de acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para

construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a

hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo

tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros excluídos dos tipos de [...]

[ conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os

conhecimentos [ em língua estrangeira] (Moita Lopes 2003, p 43) .

Assim, ao ensinar e aprender uma Língua Estrangeira, sob o viés da abordagem por

letramento crítico, os alunos e professores percebem que é possível construir significados

além daqueles permitidos pela língua materna. Desse modo, os sujeitos envolvidos no

processo de ensino e de aprendizagem não aprendem apenas novos significados e nem a

reproduzi-los, mas sim aprendem outras maneiras de produzir sentidos, outros

procedimentos interpretativos que alargam suas possibilidades de entendimento do mundo.

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade146

Page 147: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

CONTEUDO ESTRUTURANTE

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - 5ª SÉRIE

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 6ª SÉRIE

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas147

Page 148: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 7ª SÉRIE

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS – 8ª SÉRIE

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

Funções da língua

Estudos morfossintáticas

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos literários

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa e das implicações desta

no ensino de Língua Estrangeira, serão apresentados os fundamentos teórico-metodológicos

que, destacam-se alguns princípios educacionais fundamentais.

O atendimento as necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia de

qualidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira em relação as demais

obrigatórias do currículo.

O resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira.

O respeito a diversidade (cultural, identitária, lingüística) pautado no ensino de línguas

que não priorize a manutenção da hegemonia cultura.

Entende-se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios

necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas aprendam o

processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. Deste modo, a

escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que

sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Inspirando-se nas

palavras de Simom.

Diante da abordagem de ensino por letramento crítico, o qual implica em engajar os

alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras, que se concretizam por meio de

língua com a prática social. O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula precisa a

partir do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que menos

instrumentos de acesso a informação, as línguas estrangeiras são também possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados,

como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento

intercultural, manifestados por um pensar e agir crítico, por uma prática cidadã imbuída de

respeito as diferentes culturas, crença e valores, a capacidade de analisar e refletir sobre os

fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam pela

história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

Trata-se, portanto, de abordar o uso da língua estrangeira como espaço de construção de

significados dependentes da situação de uso, dos propósitos, dos interlocutores e dos

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recursos lingüísticos de que dispõem, pensam que o falante / escritor tem papel ativo na

construção de significados da interação, assim como o seu interlocutor .

Na aula de língua estrangeira será possível fazer discussões orais sobre sua

compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido,

integrando todas as práticas discursivas no processo da utilização de recursos visuais para

auxiliar o trabalho pedagógico em sala de aula. Neste caso os alunos com deficiência

auditiva, terão possibilidades de participar da aula, nos quais os diversos sentidos são

mobilizados para a aprendizagem de língua (visuais, orais, cognitivos).

A língua enquanto prática social, os alunos são encorajados a ter uma postura crítica

frente aos textos, envolvendo questionamentos acerca das visões de mundo que os

subjazem.

O estudo gramatical por si não garantem que os textos sejam, interpretados de acordo

com as expectativas do professor. A leitura é um processo de negociação de sentidos, de

contestação de significações possíveis como um embate, leitura consensuais dependem do

uso de estratégias acordadas entre as partes. Assim, o papel da gramática relaciona-se ao

entendimento, quando necessário, dos procedimentos para construção de significados

utilizados na língua estrangeira. O trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como

importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das

estruturas apresentadas, criando estratégias para que os sujeitos percebam a

heterogeneidade da língua.

Pode ser interessante trabalhar com textos que apresentem um grande número de

palavras transparentes, principalmente para turmas iniciantes. Isto pode auxiliar o aluno

perceber que é possível ler um texto em língua estrangeira sem muito conhecimento da

língua. No entanto, é preciso conscientizar os alunos da complexidade do ato de ler e que o

texto não é portados de um significado único e fechado em si mesmo. Na conscientização

da língua é apresentar um texto com cognatos e termos transparentes e o outro no qual os

conhecimentos de língua materna não favoreçam a sua compreensão imediata. A pesquisa

de palavras no dicionário também pode auxiliar essa conscientização, na medida que os

alunos percebam os possíveis sentidos apresentados para tais palavras, podendo ser

produzidos outros adequados a determinados contextos.

O livro didático faz parte do papel do professor na abordagem de ensino como

Letramento Crítico. Será preciso utilizar o material didático disponível na prática 150

Page 151: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

pedagógica, livro didático, dicionários, livros paradidáticos, DVDS, fita de áudio, CD-

Roms, Internet etc., sob a ótica de seu público e das propostas. Cumpre descartar que a

elaboração local de materiais didáticos, pautado nessa proposta, poderá permitir a

flexibilidade para incorporação de especificidade e interesses dos alunos, bem como

contemplar a diversidade regional.

Por fim, entende-se que ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira na perspectiva do

Letramento Crítico, o professor proporcionará ao aluno pertencentes a uma determinada

cultura ir ao encontro de outras línguas e culturas. Espera-se que possa surgir a consciência

do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando assim o domínio lingüístico que o aluno

possa vir a ter.

As questões de ordem estrutural terão influência sobre as escolhas de atividades

(número de alunos em sala, tempo e materiais disponíveis, ambiente físico), é preciso, em

qualquer caso, que essas escolhas estejam coerentes com os princípios e objetivos gerais

delineados. É preciso levar em conta que o aluno é parte integrante do processo e deve ser

considerado como agente ativo da aprendizagem. Esta colocação remete a visão de que o

ensino não é transmissão de conhecimento e que a aprendizagem acontece nas interações

sociais. De acordo com esta perspectiva os alunos poderão ser envolvidos em tarefas

diversificadas que exijam negociação de significados. Ocasionalmente poderá ser

privilegiada uma ou mais das habilidades lingüísticas (ler, falar, ouvir, escrever), embora

estejam todas integradas na concepção de língua adotada.

É preciso levar em conta também que as escolhas metodológicas dependem do perfil

dos alunos e dos professores, cuja formação fornece os contornos de suas possibilidades de

atuação.

É sabida a necessidade de adoção de livro didático em função dos efeitos,

proporcionando previsibilidade, facilidade para planejamento de aulas, acesso a textos, etc.

suas vantagens também são percebidas em relação dos alunos que podem dispor de material

para estudos, consulta, exercícios, enfim acompanhar de modo mais efetivo as atividades

planejadas. Assim, os materiais poderão dar aos alunos a sensação de progresso nos

estudos, na medida em que forem baseadas na seqüência programática estabelecida, as

visões de língua e de aprendizagem.

Para trabalhar os conteúdos relacionados à cultura Afro, pode-se utilizar pesquisa,

leitura informativa: características do negro, tradução, trabalho em grupo, inclusão do negro 151

Page 152: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

na escola, vinculação das relações entre negros, indígenas e brancos, assumir

responsabilidades por interligações étnico-raciais, enfrentamento de conflitos, contestações

valorizando os contrastes das diferenças culturais, palestra e filmes.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A Língua Estrangeira tem como concepção de avaliação, a formação do cidadão,

sua inclusão social, o reconhecimento da diversidade cultural, em que o aluno pode atuar,

os sentidos possíveis de reconstruir sua identidade, partilhando das responsabilidades sobre

os processos de construção de conhecimentos e sentir-se capaz de transformar onde vive

Ainda no processo avaliativo é necessário que o professor desenvolva as quatro

habilidades lingüísticas da Língua Estrangeira como: falar, escrever, ler e compreender

auditivamente.

Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de

avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. É preciso considerar as

diferentes naturezas da avaliação (diagnostica, somativa e formativa), que se articulam com

os objetivos específicos e conteúdos definidos nas escolas, respeitando as diferenças

individuais e escolares. Assim, espera-se diversidade nos formatos de avaliação, de modo a

oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seu progresso.

A avaliação terá que ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as

finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Para isso serão utilizados técnicas e instrumentos diversificados, preponderando

sempre os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerando também a

interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.

Nesses aspectos a avaliação deverá ser contínua e permanente. Ao propor reflexões

sobre práticas avaliativas, objetiva-se favorecer entre tais aspectos (avaliação, concepção de

língua e objetivos de ensino) e o processo de ensino e de aprendizagem.

Segundo Luckesi, a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu

verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso 152

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desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

A explicitação e o uso de seus resultados pode favorecer atividades menos

resistentes ao aprendizado de Língua estrangeira e permitir que toda a comunidade, não

apenas a escolar reconheça o valor desse conhecimento

A avaliação atravessa o ato de planejar e executar; por isso, contribui em todo o

percurso da ação planificada. A avaliação se faz presente não só na identificação da

perspectiva político-social, como também na seleção de meios alternativos e na execução

do projeto, tendo em vista a sua construção. Ou seja, a avaliação, como crítica de percurso,

é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção dos resultados que

planificou produzir, assim como é no redimensionamento da direção em ação, é uma

ferramenta da qual o docente não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é

necessário que seja usada da melhor forma possível.

O sistema de avaliação da abordagem estrutural é considerado o mais científico de

todos por considerar critérios de validade e confiabilidade derivados da psicometria. Isso

foi possível porque compartimentalizou-se a língua de forma que as resposta pudessem ser

restritas e objetivas.

A abordagem comunicativa surgiu propondo o resgate da língua como um todo, da

forma como ela ocorre na comunicação. Sua fundamentação teórica tem origem nos

estudos em análise do discurso, na psicologia cognitiva e na gramática gerativa –

transformacional de Chomsky.

As abordagens cognitivas contribuem, então, como fatores tais como: deve-se

respeitar as características individuais do aprendiz e seu processo de aprendizagem, as

condições em que ele aprende, seu contexto social e o grau de competência que ele

pretende alcançar; e fazê-lo consciente da sua responsabilidade para alcançar essa

proficiência.

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AVALIAÇÃO E AUTO – ESTIMA NA EDUCAÇÃO

A auto – estima é um sentimento, é portanto ato mental ou sensação subjetiva que

dispara emoções. Um sentimento, portanto, é uma percepção de um estado do corpo

envolvido por uma emoção. A auto – estima é o sentimento de querer-se bem, de apreciar-

se, de sentir ao mesmo tempo, amor a si mesmo, visão do próprio eu e autoconfiança. É a

saborosa emoção da felicidade de ser.

A visão do próprio eu constrói-se com a consciência das qualidades e dos defeitos e

se sobrepõe aos fatos, pois não importa o que quer que se tenha ou não conquistado, a visão

de si mesmo é a sólida convicção de que se possui qualidades e defeitos, potencialidades e

limitações.

Enquanto a visão do próprio eu consolida-se independente das coisas que fazemos, a

autoconfiança fundamenta-se em nossos atos e no julgamento que dos mesmos fazemos.

Ser confiante é pensar que se é capaz, de maneira competente, nas mais difíceis

circunstâncias. Três palavras sintetizam a auto – estima: o amor a si mesmo, a convicção do

que se é e a certeza de que competência jamais nos faltará.

A auto – avaliação a escola tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento e

a realização do ser humano, educando a criança para o autoconhecimento e a participação,

permitindo que ela desenvolva sua criatividade, tudo isso para que ela possa avaliar

constantemente sua ação. Ninguém aprende a se avaliar automaticamente, de um momento

para o outro. Quando se torna adulto, a auto – avaliação é aprendida aos poucos, durante o

desenvolvimento. E cabe a escola parcela significativa de responsabilidade no

desenvolvimento da capacidade de auto – avaliação por parte dos alunos.

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Entre vários instrumentos que podem ser utilizados para a verificação da

aprendizagem, os mais empregados são os testes objetivos, as provas orais, as dissertações

e os trabalhos livres.

Testes objetivos, na verdade não são tão objetivos. Na formulação das perguntas, na

escolha da matéria que vai ser incluída ou que vai ficar de fora e na própria seleção da

resposta correta entra muito da subjetividade do professor que elabora os testes. Os testes 154

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objetivos mais conhecidos são os seguintes: falso ou verdadeiro, múltipla escolha,

complemento ou lacunas e acasalamento.

A elaboração de testes objetivos é demorada, mas sua correção é tão simples que

pode ser feito por qualquer pessoa, desde que tenha a lista das respostas. Estas não

permitem variação e, por isso, afirma-se que a avaliação é mais objetiva, mais neutra. A

correção pode ser feita, inclusive, por computador, o que aumenta a rapidez, fazendo com

que tais testes sejam os preferidos quando o número de examinados é muito grande, como,

por exemplo, nos concursos e vestibulares.

Provas orais possibilitam ao professor um maior conhecimento do aluno e, também,

uma interação saudável entre professor e aluno.

Trabalhos livres com maior liberdade de trabalho, crescem a participação pessoal, o

interesse, o entusiasmo. E os resultados, em termos de rendimento escolar e de realização

pessoal, serão muito mais significativos.

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BIBLIOGRAFIA

LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995

FRANCO, M.L.P.B. Pressupostos Epistemológicos da Avaliação Educacional. Caderno

de Pesquisa (74). São Paulo: 1990

OSÓRIO, Débora (*) A Avaliação do Rendimento Escolar: Como Ferramenta da

Inclusão Social. Rio de Janeiro: 2002

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino

Fundamental. Curitiba versão Preliminar – julho 2006

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DISCIPLINA: ARTE - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Arte está presente desde os primórdios da humanidade, no período denominado

pré-história. Ela é um processo de humanização e o ser humano, como criador produz

novas maneiras de ver e sentir, que são diferentes em cada momento histórico e em cada

cultura, tendo este referencial como pressuposto e visando pensar o aluno como um sujeito

histórico e social. São apontadas três interpretações fundamentais em arte: Arte e Ideologia,

Arte e seu conhecimento e Arte e o trabalho criador. A arte tem como enfoque a

expressividade, espontaneidade e criatividade. Na educação, o ensino de arte amplia o

repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,

aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. Em

arte, a prática pedagógica contemplara as Artes Visuais, a dança, a música e as Artes

Cênicas.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções Jesuíticas, ocorreu à primeira forma

registrada de Arte na educação, a qual se desenvolveu no Brasil uma educação de tradição

religiosa, para grupos de origem Portuguesa, Indígena e Africana, e para as missões

Guaranis nos estados do sul de poder Espanhol. Realizaram um trabalho de catequização

com ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança

pintura, escultura e outras artes manuais. A companhia de Jesus promoveu essas formas

artísticas, cultivando as formas ibéricas da alta idade média e renascentista, assimilando

também as locais. Esse trabalho educacional perdurou aproximadamente por 250 anos de

1.500 a 1.759, e teve influência na manifestação cultural e popular das regiões. No governo

do Marquês de Pombal, os Jesuítas foram expulsos do território do Brasil Colônia e

estabelece a Reforma Pombalina, onde dava ênfase ao ensino das ciências naturais e dos

estudos literários. Os espaços foram substituídos por colégio-seminário de outras

congregações religiosas.

No início do século XIX, incluíram em seus currículos o Colégio-seminário de

Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro os estudos do desenho associado à matemática e

da harmonia da música.

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Em 1.808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, iniciam-se obras e

ações para acomodar em termos materiais e culturais a corte portuguesa: E chega ao Brasil

um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas Artes, na

qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos, o grupo obedecia ao estilo

neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, e exercícios na cópia e reprodução de

obras consagradas. Com o fim dos colégios-seminário, transformou-se em estabelecimentos

públicos.

No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná;

a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para a formação em magistério e a

“Escola Profissão feminina“ (1886) oferecendo, além de desenho e pintura, cursos de corte

e costura arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação da mulher.

Em 1.890 surge à primeira reforma educacional do Brasil República, onde

valorizava em arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de desenvolver a mente

para o pensamento científico e os liberais baseando no desenvolvimento econômico e

industrial, preocupados com a preparação do trabalhador.

Essa concepção de ensino esteve presente, no período do governo de Getulio Vargas

(1.930-1.945) com a generalização do ensino profissionalizante nas escolas públicas; na

ditadura militar (1.964-1.985) com o direcionamento às habilidades e técnicas; e na

segunda metade dos anos 90 com a pedagogia das competências e habilidades que

fundamentam as práticas pedagógicas.

No Paraná a arte passou por vários processos ate tornar-se disciplina obrigatória,

houve uma reflexão a respeito da importância da arte para o desenvolvimento de uma nova

sociedade, tendo como alicerces características próprias, baseadas numa valorização da

realidade local.

O ensino de arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a

se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação. Pela arte, o ser humano se torna consciente

de sua existência individual e social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a

interpretar o mundo e a si mesmo. Nessa perspectiva, educar os alunos esteticamente é

ensinar a ver, a ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas

possibilidades de fruição e expressão artística. Atualmente a arte tem grande importância na

vida dos povos e suas mais diversas manifestações tem sido alvo de estudos e pesquisas 158

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comprovando o fato de que a educação através da arte tem realizado inúmeros progressos

que beneficiam o homem, pois visa o desenvolvimento de personalidade integrada e

harmoniosa com estilos bem diferenciados. A Arte consiste em revelar beleza livres a

fantasia, a imaginação, a percepção, a combinação de imagens e representações de como o

artista vê o mundo que o cerca.

OBJETIVOS GERAIS

A arte tem como objetivo desenvolver um trabalho artístico e de sentir e perceber as

obras em análise. Possibilitar aos alunos, o acesso a elementos formais, a composição,

movimentos e períodos, o tempo e espaço, para que os mesmos possam familiariza-se com

as diversas formas de produção de arte, fatos históricos, culturais e sociais.

A arte envolve a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da cultura em

uma dimensão estética, interpreta as obras e a realidade, transcendendo as aparências,

aprendendo, através da arte, parte da totalidade da realidade humana social e também

mostra as relações que cada movimento e período tem com os de outras áreas da arte, e

como apresentam pontos em comum em determinados momentos.

Assim, um dos objetivos primordiais, nesta disciplina é possibilitar ao educando um

novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências com a

criação de uma nova realidade, no imaginário, bem como a ampliação das possibilidades de

fruição e expressão artística, dentro de um processo criador que transforma o real

produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Tempo e espaço

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2º ANO

Análise da história da arte159

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Arte Renascimento

Barroco

Rococó

Romantismo

Realismo

Art Nouveau

Impressionismo

Pós-Impressionismo

Expressionismo

Apreciação aos estilos musicais

Ritmo

Melodia

Harmonia

Gêneros e técnicas teatrais

Análise da história da arte

Arte pré-histórica

Arte Egípcia

Arte Grego-Romana

Arte Pré-Colombiana

Arte Bizantina

Arte Românica

Arte Gótica

Técnicas, materiais e suportes

Apreciação das artes visuais

Reflexão sobre as artes visuais e a cultura Brasileira

Gêneros musicais, períodos da história

Progressões da dança

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos160

Page 161: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Tempo e espaço

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3º ANO

Análise da história da arte

Movimentos artísticos século XX

Fauvismo

Cubismo

Abstracionismo

Dadaísmo

Surrealismo

Op-Art

Pop-Art

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Contemporânea

Música eletrônica

Rap, Funk, Techo

Dança moderna

Hip-Hop

Roteiros e jogos teatrais

Surgimento histórico do teatro

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Conscientização e meio ambiente

Prevenção/Drogas

Análises literárias

Cultura Afro-brasileira

Educação no campo

Tecnologia

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Precisamos direcionar o pensamento para o método a ser aplicado: para quem,

como, porque e o que. Deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: Sua

relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber a arte.

O objeto de trabalho é o conhecimento, e um trabalho mais sistematizado,

superando o senso comum do conhecimento empírico. È possibilitar aos alunos o acesso às

obras artísticas e tecnológicas para se familiarizar com as diversas formas de produção de

arte. O professor possibilita o acesso e media a leitura com o conhecimento sobre a arte,

para que o aluno interprete a arte e a realidade, aprendendo a realidade humana social.

A arte é um campo do conhecimento humano estruturado por um saber que tem uma

origem e cada conteúdo tem sua história, transforma-se, através do tempo, em função dos

modos de produção social, a maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.

O exercício da imaginação e criação nesta prática é fundamental, pois a produção do

aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e

humaniza os sentidos, é preciso planejar as aulas com recursos e metodologia específica

para cada um desses momentos.

A formação integral do homem e sua adaptação ao meio social, o estimulado a uma

atividade criadora diante de todas as manifestações da vida, capacitando-o a situar-se

dentro da cultura de sua época tendo como terceiro objetivo integrador capacitar o aluno a

reagir criativamente a novos estímulos e a situações novas buscando a imaginação,

originalidade, espontaneidade, inventividade e concentração.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser um processo contínuo no sentido de diagnóstico para o

professor, o aluno e a escola. Na disciplina de Artes avaliar é estimular o aluno para a busca

do conhecimento e reorientar ou não os caminhos da ação educativa, devendo possibilitar

ao aluno uma análise de seus conhecimentos em relação aos conteúdos que foi trabalhado.

Ao educador é o momento de questionamento e de reorganização. Tendo esta

reflexão sobre avaliação ela deixa de ser um método contra o aluno e não estabelece o

professor como detentor do poder arbitrário de classificação. O professor deve deixar claro

aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correções, abrir debates sobre a

necessidade de mudanças, auxiliar seus alunos a superar as dificuldades apresentadas,

analisar se os instrumentos de avaliação estão de acordo com os objetivos, conteúdos e

habilidades desenvolvidas em sala de aula, devendo sempre o professor reavaliar sua

prática em função dos resultados.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, por exemplo o conteúdo a ser trabalhado com o aluno que

possui um conhecimento, técnica ou habilidade deve servir para que ele possa amplia-lo e

principalmente sistematiza-lo dentro do percurso escolar desenvolvendo amplitudes do

conhecimento artístico (musica, artes visuais, teatro e dança). Este processo deve ser

redirecionado constantemente durante o percurso, utilizando-se de trabalhos em grupo,

trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e praticas entre outras. Observando o

desenvolver das habilidades dos alunos em todas as dimensões artísticas.

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BIBLIOGRAFIA

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: àtica, 1991

FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

RADESPIEL, Maria. Alfabetização sem segredos: Eventos escolares/Maria Radespiel –

Contagem, MG: Editora Iema, 1999.

Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio – SEED/ VERSÃO

PRELIMINAR JULHO/2006

164

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DISCIPLINA: BIOLOGIA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As Ciências Físicas e Biológicas tiveram início com os herdeiros dos filósofos, que

tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se ocupavam

da descrição das maravilhas naturais do novo mundo.

A preocupação do homem com a necessidade de garantir sua sobrevivência, levou-o

a diferentes concepções de vida, de mundo. Nos registros feitos pelo homem primitivo nas

suas pinturas rupestres, representam o interesse em explorar a natureza.

O desenvolvimento da Biologia teve, como principais pensadores e estudiosos, os

filósofos Platão (428/27 a.C. – 347/a.C.) e Aristóteles (384 a.C.- 322 a.C.), que deixaram

contribuições relevantes quanto a classificação dos seres vivos.

O pensamento biológico descritivo surgiu com Linné, o fundador do sistema

moderno de classificação científica dos organismos. O filósofo Francis Bacon (1561 -

1626) contribui com a nova visão da ciência recuperando o domínio do homem sobre a

natureza através da investigação, “substituir a revelação mística da verdade pelo caminho

qual ela foi obtida”.

No inicio do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809 – 1882),

apresenta suas idéias sobre a evolução das espécies. Com Darwin, a concepção teológica

criacionista, que falava das espécies imutáveis desde a sua criação do lugar a reorganização

temporal do homem. Darwin utilizou-se de evidências evolutivas as quais foram

consideradas provas que as sustentava: “o registro dos fósseis, a distribuição geográfica das

espécies, anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos

domesticados”.

Mendel,em 1865, apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características

entre os seres vivos, baseando-se em conhecimento já desenvolvidos por outros

pesquisadores, acrescidos por sua formação matemática e de cuidados especiais no

planejamento e na execução das experiências, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas

para observar como as características eram transmitidas. Ainda no século XIX a Biologia

fez grandes progressos, com a proposição da teoria celular, a partir de descrições feitas pelo

botânico Schleiden (1804-1881), pelo naturalista Schwann (1810-1882), afirmando que 165

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todas as coisas vivas animais e vegetais, eram compostas por células e com

aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.

As etapas históricas do desenvolvimento da Biologia tiveram como finalidade

representar como se deu a construção do pensamento biológico, identificando dessa forma

os recortes históricos importantes para fundamentar esta disciplina. Sendo assim, organizar

os conhecimentos biológicos constituídos ao longo da história da humanidade e adequá-la

ao sistema de ensino, requer compreensão de todos os seus contextos.

A Biologia representa o estudo da vida, em todos os seus aspectos, contribuindo

assim para a compreensão e aprofundamento do mundo dos seres vivos, especialmente sob

o olhar cientifico e tecnológico da vida moderna.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Diante das novas mudanças, a Biologia deve preparar os jovens para enfrentar e

resolver problemas, alguns dos quais com nítidos componentes biológicos, como o aumento

da produtividade agrícola, a população do ambiente, a violência etc. De acordo com essa

concepção, objetivamos um ensino de Biologia voltado para: aprender conceitos básicos,

analisar o processo de investigação cientifica e analisar as implicações sociais e da

tecnologia.

A formação biológica deve contribuir para que cada aluno seja capaz de

compreender e aprofundar as explicações atualizadas de processos e de conceitos

biológicos, a importância da ciência e da tecnologia na vida moderna, enfim, o interesse

pelo mundo dos seres vivos. Queremos que nosso aluno entenda que: “A Biologia ensina

nossos ouvidos a ouvir a natureza, nossos olhos a enxergá-la, nosso celebro a entender e a

respeitar a vida”.

Ao adotarmos esse conjunto de objetivos, determinaremos que novos assuntos farão

parte do ensino da Biologia, incluindo não só aspectos de ciência pura, como também

aqueles que tratam da aplicação da ciência para a solução de problemas concretos. Por

exemplo, o estudo da fisiologia passa a ter importância como subsídio para analise dos

fenômenos biossociais e da biotecnologia. A análise da história da Biologia permitirá aos

alunos entender a evolução de idéias e da metodologia científica em diferentes contextos.

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Page 167: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos;

Biodiversidade;

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

Os seres vivos e seus níveis de organização;

Os níveis de organização e o equilíbrio biológico;

Bioquímica celular;

Introdução à citologia;

A estrutura da célula;

Metabolismo energético da célula;

Histologia animal e vegetal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos;

Biodiversidade;

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2º ANO

Os seres vivos e os vírus;

Sistema de classificação dos seres vivos;

Vírus: características gerais;

Reino monera;

Reino protista;

Reino fungi;

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Page 168: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Reino animal (porífera, cnidária, platyhelminthes, nematelminthes, moluscos,

anelídeos, artrópodes, ecnodermata, cordata, peixes, anfíbios, répteis, aves, e

mamíferos);

Reino das plantas (algas pluricelulares, briófitas, pteridófitas, gimnospermas,

angiospermas);

Fisiologia vegetal e animal.

Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos.

Conflitos entre epidemias e endemias e o atendimento a saúde, bem como índice de

desenvolvimento humano (IDH).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos;

Biodiversidade;

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3º ANO

Origem da vida;

Geração espontânea;

Teoria da biogênese;

Embriologia animal;

1ª Lei de Mendel;

Dominância gênica;

2ª Lei de Mendel;

Genética de populações;

Herança ligada ao sexo;

Grupos sanguíneos;

Biologia molecular;

Engenharia genética;

Biotecnologia;

Mecanismos evolutivos;168

Page 169: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Adaptação e Teorias evolutivas;

Evidências evolutivas;

Especiação.

Estudo das características biológicas (biótipo dos diversos povos)

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Aborto,

Câncer,

Síndromes,

Eutanásia,

Transgênico,

Células – tronco,

Clonagem,

Ética,

Educação sexual.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Como proposta metodológica para ensinarmos Biologia, propõe-se a utilização do

método da pratica social que e aquele que está concentrado na valorização e socialização

dos conhecimentos da Biologia ás camadas populares, entendendo a apropriação crítica e

histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e

atuação crítica para transformação da realidade.

A interdisciplinaridade e a contextualização serão utilizadas em Biologia como

recursos complementares com os quais poderemos criar e aumentar as possibilidades de

interação entre as disciplinas, tornando a aprendizagem mais significativa.

A integração dos diferentes conhecimentos, cria condições necessárias para uma

aprendizagem motivadora. Oferecendo ao professor e ao aluno uma maior liberdade para

relacionar os conteúdos a problemas que dizem respeito a vida da comunidade. O ensino de

Biologia deve confrontar os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva da

apropriação da concepção de ciências da realidade social e da intervenção nesta realidade, 169

Page 170: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

possibilitando acesso à cultura científica, socialmente valorizada, tendo como objetivo a

formação do sujeito critico e reflexivo.

Atualmente o que se espera da escola, é que a mesma tenha uma grande participação

com a comunidade. Com essa visão, o ensino de Biologia incluirá necessariamente, uma

maior comunicação, envolvendo os alunos na discussão de problemas que estejam vivendo

e fazem parte de sua própria realidade.

De acordo com a Lei 10.639, em Biologia além da inserção dos conteúdos,

estaremos fazendo com que o aluno pesquise a cultura afro, quanto a resistência, no sentido

de respeitar e conhecer os seus valores e a sua contribuição na formação da nossa cultura

como: alimentação, tipos de doenças, resistência da pele. Esses conteúdos estarão sendo

complementares com alguns conteúdos tais como: A cor púrpura, Amistad, Hotel Huanda,

Meu mestre minha vida e outros.

Na Internet o aluno fará pesquisas em alguns sites como:

www.portalafro.com.br

www.mundonegro.com.br

www.diadiaeducação.com.br

Propiciar ao aluno o domínio das novas tecnologias para auxiliar e melhorar o

desenvolvimento do seu trabalho desta forma ele encontrará motivação e condições para

continuar a sua vida no campo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação é um elemento componente da atividade humana que está presente em

todos os setores e, com o avanço da tecnologia e da pesquisa tornou-se um mecanismo de

controle que em última análise, pretende obter informações que permitam uma melhoria ao

nível de desempenho dos indivíduos em diferentes situações.

Em Biologia, propomos uma avaliação como um projeto educacional, onde será

incluída a idéia sobre o significado dos conteúdos, sendo que a reflexão, não será excluída a

consciência do sujeito que será avaliado. Desta forma a avaliação, não será o momento

final, mas aquele que dá continuidade à aquisição de conhecimento, abrindo novas 170

Page 171: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

perspectivas de aprendizagem, ao mesmo tempo em que permite verificar se o aluno

adquiriu os pré-requisitos necessários para a compreensão do conhecimento que virá a

seguir.

Além do processo convencional, (provas e testes) o aluno será avaliado pela

participação nos trabalhos em grupo, em debates, seminários, investigação experimental,

visita a instituições de ensino, visita às empresas e interesses em estudos de campo. Sem

dúvida, como professores, devemos considerar o ensinar a pensar, como estratégia final

para a aprendizagem de nossos alunos.

Diante da multiplicidade das funções da avaliação, é necessário ter cautela no

momento de decidir sobre a escolha, a construção e a ampliação dos instrumentos de

verificação do aprendizado e sobre a análise dos resultados. O processo avaliativo, será

entendido como uma alavanca, que impulsionará o êxito dos alunos e da escola como um

todo. Para tanto, será contínua e evolutiva, o que dará ao professor subsídios para

percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos, ocorrendo dessa forma paralelamente

ao processo de construção do conhecimento.

A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer

pedagógico tendo como objetivo, fazer desafios superáveis aos alunos.

Por tanto, pensar a avaliação de forma a superar sua visão estática e classificatória

significa pensar no processo de ensino-aprendizagem como um todo, faze-lo trabalhar a

favor da permanência do aluno no sistema de ensino, buscando uma aprendizagem efetiva e

significativa. A avaliação transformadora não se limita ao processo final: ela acompanha

em sua trajetória de construção cotidiana. Busca identificar padrões culturais dos alunos

que chegam às escolas e os elementos necessários para ampliar esses padrões, através de

uma relação de diálogo no dia-a-dia das práticas de ensino.

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BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Ronaldo Souza de, & Carlos Frederico Bernardo Loureiro, Plilippe Pomier

Layrarques. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania/, (orgs.) 3ª edição

– São Paulo: Cortez, 2005.

SANTOS, Maria Ângela dos. Biologia Educacional –, 17ª edição 4º impressão – editora

Ática – 2005.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação e Aprendizagem Escolar –- 17 ª edição Cortez Editora

– 2005.

KRASILCKIK, Myriam. Prática de Ensino de biologia –– 4ª edição – Edusp- Editora da

universidade de São Paulo – 2005

Diretrizes Curriculares SEED / Julho/2006.

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DISCIPLINA – EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao considerar que o ser humano é um todo somaticamente indivisível, que não há

como isolar os domínios cognitivo, afetivo-social e psicomotor, e que as ações estão a

mercê dos movimentos (...), é impossível negar que a Educação Física é uma disciplina das

mais abrangentes na diversidade de conteúdos.

Não devemos apresentar conteúdos únicos da área, e também conteúdos que a área

não possa desenvolver, pois tudo está relacionado ao individuo e ao movimento.

A Educação Física não se encontra só na escola, mas também em outros setores da

sociedade (academias, clubes, na medicina preventiva e demais terapêuticas), inclusive

como sustentadora da defesa ao grande mal dos últimos tempos: o estresse mental.

A escola não é um fragmento da sociedade, pois a função desta é preparar para a

sociedade. A educação física então se apresenta como disciplina a desenvolver o indivíduo

tendo como maior instrumento o movimento, visto que, desde os primórdios o movimento

acontece.

Na pré-história o homem tinha duas preocupações atacar e defender-se, que era

extremamente necessário para o homem primitivo sobreviver. Por isto, eram considerados

os homens mais músculos do que cérebro. Realizavam exercícios naturais, praticando uma

verdadeira educação física natural e espontânea.

Desde o começo, o aprendizado era transmitido de geração a geração pelo método

de observação e imitação,possibilitando maior vivencia no meio hostil, apurando seus

sentidos, força e habilidade.

Os habitantes consideravam sua sobrevivência um favor dos Deuses dando a sua

vida um sentido ritual, sem muito espaço para a competição. Os exercícios se resumiam às

danças nas grandes festividades e nos cultos aos mortos. Ainda nesta época existiram

expressões de jogos utilitários e recreativos com suas regras e tanto vencedores quanto

vencidos aceitavam os resultados.

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Page 174: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

A continuação se deu na Grécia, onde os vencedores se tornavam verdadeiros

deuses. Porem, quando os romanos dominaram a Grécia, os jogos tornaram-se apenas

provas atléticas sem maior interesse.

Entrando na Idade Media, a igreja tratava com total descaso as coisas materiais e

estabelecia uma grande separação entre o físico e o intelectual. Somente no renascimento a

educação física voltou a ser bem vista, pois havia preocupação do desenvolvimento do

homem de forma completa.

A Educação Física no Brasil nos leva à época do descobrimento, os portugueses

quando chegaram aqui encontraram indígenas habituados à pratica de atividades físicas, da

mesma forma que o homem primitivo, pois os mesmos possuíam habilidades naturais.

De forma sistematizada, a Educação Física no Brasil começou dentro de uma escola

militar, servindo ao propósito militarista de adestramento e preparação para a defesa da

pátria, reforçando os sentimentos relacionados à eugenia da raça, reflexo da ideologia social

dominante naquela sociedade.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Oportunizar a todos os alunos desenvolver suas potencialidades de forma

democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como ser humano, permitindo-se

utilizar as atividades de forma prazerosa e recreativa em beneficio do exercício critico da

cidadania e da qualidade de vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esportes

Jogos

Ginástica

Lutas

CONTEÚDOS ESPECIFICOS POR SERIE / ANO - 1º a 3º

Esportes

- Futsal

- Voleibol174

Page 175: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Handebol

- Basquetebol

- Tênis de Mesa

- Xadrez

Jogos

- Jogos Intelectivos

- Jogos Cooperativos

Ginástica

- Ginástica Laboral

- Ginástica Aeróbica

Lutas

- Capoeira

- Karate

- Judô

Dança

- Danças de Salão

- Danças Típicas Nacionais

- Danças diversas (funk, axé, de rua)

CONTEÚDOS COMPLEMNETARES

Cultura – Afro

Tecnologia

Educação no campo

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas de Educação Física a metodologia utilizada será a Crítico Superadora,

onde trabalha-se os mesmos conteúdos na diferentes series, somente aumentando sua

complexidade, ou seja, os conteúdos são mais aprofundados.

Essa metodologia tem as seguintes estratégias de ensino: prática - social – vem

ser o lançamento de um assunto, onde o professor deve levar em consideração o

conhecimento dos alunos; problematização – é uma forma do aluno buscar o

conhecimento, seja através de pesquisa, leitura, conhecimento via mídia;

instrumentalização – é a forma que o professor ira utilizar para tornar o conhecimento

assimilado, verificando se o aluno incorporou à sua vida os conhecimentos por ele

assimilados, para desta forma libertar-se da condição de subdesenvolvido; catarse – é a

fase em que o aluno demonstra que aprendeu o conteúdo, podendo escrever ou até mesmo

debater de forma mais aprofundada sobre os conteúdos estudados; retorno à pratica social

– é a reformulação do conteúdo de forma clara, isto é, aprofundamento do conhecimento

que já fazia parte do saber do aluno.

A cultura Afro será trabalhada através da capoeira, que trará muitos benefícios à

saúde, aumentando a auto-estima e também ampliando o conhecimento histórico da cultura

brrasileira.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser um instrumento em que tanto alunos como professor possam

dimensionar os avanços e dificuldades dentro do processo de ensino-aprendizagem e torna-

lo cada vez mais produtivo.

Será ainda um processo continuo, permanente e cumulativo, possibilitando ao aluno

e ao professor uma reorganização frente ao esporte, dança, lutas, jogos e ginástica.

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BIBLIOGRAFIA

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo:

Cortez, 1992.

Diretrizes Curriculares Para o Ensino Medio. Versão preliminar 07/2006. gov. PR. Séc.

de est. Da educação . superintendência da educação.

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DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares brasileiros

desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais. No entanto, essa aparente “tradição”

do ensino de Filosofia é bastante questionável, a partir de um olhar mais atento sobre os

objetivos, as “utilidades” e os conteúdos que historicamente constituíram-na como

disciplina escolar. Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou,

porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira que oscilou entre

a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um dos documentos

educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de

1932 -, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebe-se que os currículos

escolares sofreram uma queda significativa da participação das humanidades. A nova

política educacional previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de nível

secundário e superior, como base da economia nacional, com a necessária variedade de

tipos de escola.

Com a Lei nº 4.024/61, a Filosofia deixava de ser obrigatória, e, sobretudo, com a

Lei nº 5.692/71, em pleno regime militar, o currículo escolar não deu espaço para o ensino

e estudo da Filosofia, que desapareceria dos currículos escolares do Segundo Grau durante

a ditadura, sobretudo por não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento. O

pensamento crítico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes.

Dois exemplos ilustrativos dados por Corbisier (1986, p. 84): O Instituto Brasileiro de

Filosofia (IBF), fundado em 1951, “atravessou incólume os 15 anos de ditadura militar,

sem que nada acontecesse. Ao longo desses 15 anos, de opressão e repressão, de prisão,

tortura e morte, nenhum diretor ou professor desse Instituto foi processado ou preso (...)”.

O outro exemplo envolve o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), fundado em

1954 que foi extinto, por decreto, dias depois do golpe militar de 1964. Porque um

permaneceu aberto, em funcionamento, e o outro foi fechado e extinto pela ditadura

fascista. A Filosofia torna-se perigosa, subversiva, a partir do momento que deixa de ser

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essa interminável e estéril ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar

dos mesmos problemas, insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se (...) prática.

Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual Filosofia se

pretende nesta Diretriz e como pode ser estudada e ao pensar o ensino de Filosofia, esta

Diretriz faz ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há como

atuar no campo politico e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o

direito de pensar, a capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa

opõe resistência.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais e deve ter claro que o processo

de ensino aprendizagem em Filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas

as outras disciplinas. O aprender e o ensinar em Filosofia só se concretiza na experiência

que acontece em cada aula, superando a passividade, o senso comum e os preconceitos que

trazem do seu dia-a-dia. Na busca de objetivos para o ensino de Filosofia no ensino médio,

deve-se considerar o ensino como problemática central, que exige uma tomada de posição

teórica e prática dos agentes envolvidos no processo.

Desse modo, consideramos algumas práticas que julgamos relevantes para o

entendimento da abordagem, tais como: construir o desenvolvimento e a autonomia do

educando; o diálogo como experiência primordial; substituir o verticalismo e o

autoritarismo pela discussão coletiva e pela participação consciente e responsável dos

educandos.

O ensino de Filosofia não tem apenas por objetivo ensinar algumas filosofias, nem

conteúdos prontos e acabados e não se resume a uma simples técnicas didáticas, e também

não é um treinamento para uma reprodução mecânica de conhecimentos adquiridos através

de uma atividade problematizadora na busca de inteligibilidade daquilo que se apresenta

como problema e como algo interrogativo. E cabe ao docente elaborar o seu programa de

curso, para que possa orientá-lo numa perspectiva que contemple os interesses dos

estudantes de acordo com suas necessidades aplicando com rigor, radicalidade e totalidade.

Fundamentar nas ações, decisões humanas contextualizadas, mediadas pela

linguagem e por uma leitura que manifeste o essencial da experiência filosófica, levando o 179

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aluno a analisar o texto filosófico de forma a articular a sua linguagem a sua linguagem

com as construções argumentativas sem trazer prejuízos no todo da obra e no seu

entendimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se

constituíram historicamente, em contexto e sociedades diferentes, mas que neste momento

ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante do Ensino Médio.

Estas Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por

meio dos seguintes conteúdos estruturantes:

Mito e Filosofia;

Teoria do conhecimento;

Ética;

Filosofia política;

Estética;

Filosofia da Ciência.

Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, professor de Filosofia poderá

fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte do específico –

que julgar possível e adequado. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes

Ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da

Filosofia latino-americana ou de qualquer outra filosofia, tendo em vista a pluralidade

filosófica da conteiporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva

do diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismos, niilismo, doutrinação, portanto, sem

qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É fundamental os múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se

aos possíveis desdobramentos dos conteúdos específicos e conteúdos estruturantes da 180

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Filosofia os quais devem ser apresentados em quatro momentos abrangendo a

sensibilização; a problematização; a investigação; a criação de conceitos. O ensino de

Filosofia deve nortear na quem dialoga com a vida, por isso, é importante que, na busca de

resolução do problema, haja preocupação também com uma análise da atualidade, com uma

abordagem contemporânea que remeta o estudante à sua própria realidade. Dessa forma, a

Filosofia ajuda a entender e analisar filosoficamente o problema em questão a ser trazido

para o presente com o intuito de entender o que ocorre hoje e como podemos atuar sobre

eles diante de nossa sociedade.

O Livro Didático Público de Filosofia incorporou, conforme seus limites e

possibilidades, os quatro eixos do ensino de Filosofia: a sensibilização, a problematização,

a investigação e a criação de conceitos, porém sabemos que o livro didático deve ser

aproveitado para enriquecer a investigação filosófica, este conhecimento deve ir muito além

de uma simples investigação dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do

conhecimento filosófico explicar e explicitar as problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, para a clareza que se pretende atingir no sentido da compreensão e

reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também

professores e a instituição escolar devem renovar constantemente suas práticas

metodológicas com qualidade e democracia.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação em Filosofia não pode ser concebido como um processo separado, mas

na sua função diagnóstica, ou seja, tem a finalidade de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem, pela qualidade com que professores,

estudantes e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. Por isso, a

avaliação não se restringiria a quantidade de conteúdo que o aluno assimilou, pois o que é

essencial é a capacidade dele argumentar ao assumir suas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos.

Assim, torna importante avaliar a capacidade do aluno do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:181

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- qual conceito trabalhou e criou/recriou;

- qual discurso tinha antes;

- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

Portanto, a avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do

que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Filosofia.

REALE, G; ANTISERE, D. História da Filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:

Paulus.

CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. 2ª edição. Rio de Janeiro. Civilização

Brasileira, 1986, v.1.

FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

KONDER, Leandro – O futuro da filosofia da Práxis – O pensamento de Marx no

século XXI, 2006.

SEED, Livro Didático – Filosofia – Ensino Médio.

DISCIPLINA: FÍSICA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física, incorporada em nossa cultura e no aparato social e tecnológico de nossos

dias, torna-se ao mesmo tempo, um instrumento necessário para a compreensão desse

mundo em que vivemos e para a atuação naquele que antivemos sendo seu conhecimento

indispensável a construção da cidadania contemporânea.

Diante disso, entendemos que a Física deve contribuir para a formação dos sujeitos,

porem através de conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física,

ou seja, a compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que

se apresentam.182

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A Física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade, assim

a astronomia é, talvez, a mais antiga das ciências é o inicio do estudo dos movimentos.

Os gregos deram um enorme salto ao formular racionalmente os princípios

explicativos do movimento, valorizando muito as idéias e pouco a experimentação.

A ampliação da sociedade comercial criou um ambiente próprio para a renovação

cultural que lançou as bases da ciência moderna. Nesse contexto surgiu no século XVI o

personagem símbolo dessa ciência Galileu Galilei com uma nova forma de se conceber o

universo, através da descrição matemática dos fenômenos físicos. Além disso, a

necessidade de testar com experiências concretas, as formulações teóricas.

Outro momento importante ligado a nova ciência vem a partir de Newton e seus

sucessores, ele realizou a síntese da historia da Física através da formulação das leis gerais.

Criou ainda um sistema matemático para resolver problemas de Física.

A partir dos fundamentos lançados por Newton ocorrem importantes inovações

cientificas e técnicas. A aplicação da ciência no desenvolvimento industrial foi tão intensa

que a Europa viveu a Revolução Industrial.

O inicio do século XX é marcado por uma nova revolução no campo cientifico: a

teoria da relatividade, publicada por Einstein em 1905.

De lá para cá, os avanços foram enormes, principalmente com o desenvolvimento da

eletrônica e da computação.

Dessa forma busca-se construir um ensino de Física centrado em conteúdos e

metodologias capazes de levar aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das ciências.

Mas também percebam a não neutralidade de sua produção bem como os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento, voltado à formação

de sujeitos que agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas.

Finalmente, devemos reconhecer a Física enquanto construção histórica, como

atividade social humana, parte de sua cultura, permitindo assim também reconhecer sua

presença no processo produtivo e sua incorporação no saber tecnológico.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCPLINA

O sucesso do processo ensino-aprendizagem depende em grande parte da interação

professor-aluno e um ambiente favorável ao resgate do prazer em aprender Física.

Entende-se então que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao

longo da história e compreende a necessidade desta dimensão do conhecimento para o

estudo e o entendimento do universo de fenômeno que o cerca.

Que em conjunto sejam compartilhados significados na busca da aprendizagem

quando novas informações interagirem com o conhecimento prévio e que adicionam,

diferenciam, integrem, modifiquem e enriqueçam o conhecimento já existente.

Que a Física contribua para a formação de uma cultura cientifica efetiva, permitindo

ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua

relação com a natureza em transformação na transmissão de conhecimento, valorizando

desde conteúdos específicos até suas implicações históricas.

Nesse sentido devemos reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos

de sua história e relações com o contexto cultural, social, político e econômico, para que o

aluno desenvolva suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na

sociedade compreendendo as etapas do método científico e estabelecendo um diálogo com

temas do cotidiano que se articulem com outras áreas do conhecimento.

Cabe à escola contribuir para esse desenvolvimento promovendo um ensino voltado

a uma formação sólida e ampla, que tenha como foco principal as exigências da vida social

e profissional, apresentado de modo prático e vivencial, privilegiado a interdisciplinaridade

e visão não fragmentada da ciência afim de que o ensino possa ser articulado e dinâmico.

CONTEUDOS POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- O estudo dos movimentos

- Termodinâmica

- Eletromagnetismo184

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SERIE

Estudos dos movimentos

Entidades Fundamentais: espaço, Tempo e massa.

Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentun e

suas conseqüências.

Conteúdos específicos:

Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.

A conservação do momentum;

Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia de força;

Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;

Potência;

Movimentos retilíneos e curvilíneos;

Gravitação universal;

A energia e o princípio da conservação da energia;

Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola,

ondulatória, acústica;

Movimento dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade

dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais;

introdução a sistemas caóticos.

2ª SÉRIE

Termodinâmica

Entidades fundamentais: Calor e entropia

Conceitos fundamentais: Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos

fenômenos físicos, a conservação da energia.

Conteúdos específicos:

Temperatura e calor

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades

termométricas, medidas de temperatura;185

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1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam

trabalho, a conservação da energia;

2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processo irreversíveis/reversíveis;

3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas

proximidades do zero absoluto.

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica

Estatística. A equalização da energia no contexto da Termodinâmica.

3ª SÉRIE

Entidades Fundamentais: Carga, n pólos magnéticas e campos;

Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética.

Conteúdos específicos:

Conceitos de carga e pólos magnéticos;

As Leis de Mxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Leis de Faraday, Lei de Ampere e Lei

de Lenz.

Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;

Força elétrica e magnética, Força de Lorentz.

Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito; as

ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da luz como uma

onda e como uma partícula: a dualidade onda-partícula; Óptica Física e Geométrica. A

dualidade da matéria;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

- Evolução da Física (teoria e criadores)

- Matéria e Universo: cosmologia Física

- Eletricidade/eletrônica

- Mecânica de carros

- Física do meio ambiente

- Astronomia

- Física do corpo humano

- Fibras óticas186

Page 187: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Laser

- Radioatividade

- Relatividade

- O calor solar e o efeito estufam

- Teoria do caos

- Teoria quântica

- A eletrônica e os computadores

- Hardware e Software

- Raios X e raios Gama

- O efeito fotoelétrico

- Física Moderna e Clássica

- Tópicos da Física contemporânea e tecnológica

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O aluno que educamos hoje mudará muito provavelmente de atividade profissional,

várias vezes durante a vida. Para que sejam preparados para a mobilidade, os mesmos

devem desenvolver uma profunda concepção dos conceitos e princípios da Física, tem de

raciocinar claramente e comunicar de modo eficaz, tem de reconhecer aplicações físicas no

mundo que os rodeia e enfrentar problemas de Física, por isso necessitarão de capacidades

básicas que lhes permitam aplicar os seus conhecimentos.

Ressaltamos a importância de um enfoque conceitual, mas que não leve em conta

apenas uma equação matemática, mas que considere o conhecimento cientifico como uma

construção humana com significado histórico e social. Onde nossos alunos possam:

comparar, generalizar, interferir de algum modo e ainda serem capazes de se desenvolver

discussões física, aprendendo a fazer suas próprias investigações sobre os conceitos físicos.

Uma parte significativa dessa forma de proceder, traduz-se em questões e

problemas a serem resolvidos impregnados ao cotidiano dos saberes e fazeres. Como ponto

de partida, trataremos de estimular a observação, classificação e organização dos fatos e

fenômenos a nossa volta segundo os aspectos físicos e funcionais relevantes.

Além disso, que o processo de ensino-aprendizagem parta também do conhecimento

prévio trazido pelos alunos, como fruto de sua experimentação, contribuindo para fazer a

ligação entre a teoria e prática, proporcionando uma melhor interação, para o

desenvolvimento cognitivo e social dos alunos. Oportunizar idênticas possibilidades e

direitos, ainda que apresentem diferenças sociais culturais e pessoais, efetivando-se a

igualdade de oportunidades, considerando a cultura dos povos do campo como processo de

apropriação e ampliação de novos conhecimentos.

Que o conhecimento da Física comece pela pergunta, pela inquietação, pelas

existências de problema e pela curiosidade voltada para os fenômenos físicos, enfatizando-

os qualitativamente, porém sem perda da consciência teórica, incluindo assim a

experimentação para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos.

Por isso entende-se também que abordagem histórica dos conteúdos se apresenta

como útil, rica e articulada, pois pode auxiliar os aluno a reconhecerem a ciência, tornado o

conteúdo mais interessante e compreensível.

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Destaca-se também a presença da tecnologia na educação especialmente o uso dos

computadores que essa tecnologia seja inserida no ensino da física como fonte de

informação, poderoso recurso para alimentar o processo de ensino e aprendizagem, grande

aliado do desenvolvimento cognitivo dos alunos, possibilitando assim um trabalho em

diferentes ritmos de aprendizagem.

Consideramos também que a física deverá ser desenvolvida de forma dinâmica,

motivando os alunos a buscarem o conhecimento, despertando o interesse e podendo ser

prático, mas permitindo ultrapassar o interesse imediato e conduzindo ao raciocínio

levando-os a perceber que a causa e o efeito de um fenômeno devem estar relacionados.

Evidentemente, caberá ao professor que melhor conhece a realidade de seus alunos,

do ponto de vista social, econômico, cultural e pessoal, elaborar a partir dos conteúdos qual

metodologia de ser utilizada para efetivar o ensino-aprendizagem, possibilitando saber qual

o ponto de partida e o de chegada para cada conteúdo. Se pensarmos em termos do

desenvolvimento integral do cidadão, alem da interação dos conteúdos específicos da

Física, temos de acrescentar outros, de outras áreas de conhecimento, o que nos levara à

interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

Assim sendo temos de reconhecer, respeitar, valorizar a cultura-afro, a diversidade

da nação brasileira, a sua descendência, a cultura e história, uma vez que devem educar-se

enquanto cidadãos atuantes no seio de sociedade multicultural e pluriétnica.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação estará inserida no processo ensino e aprendizagem e resultará de várias

atividades que serão realizadas, considerando os aspectos, conceituais e culturais, a

evolução das idéias em Física, a não neutralidade da ciência com o objetivo de verificar o

nível de aprendizagem dos conteúdos propostos levando em conta o progresso do aluno

quanto a esses aspectos.

Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em

consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de

análise de um texto, emissão de opinião que leve em conta o conteúdo físico, a capacidade

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de elaborar um relatório, atividades a serem apresentadas, avaliações escritas, participação

em seminários trabalhos em equipes, pesquisas dentre outros.

A avaliação deve ser vista como um processo formativo, continuo, processual,

interativo e referencial, capaz de colocar informações mais precisas, mais qualitativas sobre

os processos de aprendizagem que visem ao desenvolvimento do aluno levando-o a

progredir e atingir novos patamares do conhecimento.

O processo avaliativo consiste basicamente na determinação de quanto os objetivos

educacionais estão sendo atingidos, verificando o grau das mudanças desejáveis nos

padrões de comportamento do aluno possibilitando o aperfeiçoamento do processo ensino-

aprendizagem.

Tendo em vista que estamos tratando da avaliação de atividades escolares, esta

etapa também deve estar em sintonia com os objetivos que pretende para o processo

educativo, contribuindo para a formação do espírito crítico e transformativo dos alunos.

A avaliação assumirá um caráter formativo, favorecedor do progresso pessoal e da

autonomia do aluno, integrado ao processo de ensino – aprendizagem, para permitir ao

aluno consciência de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento e permitir ao

professor controlar e melhorar a sua prática pedagógica.

Nesse sentido, deve ser considerados o desenvolvimento da capacidade de ser

preocupar com o todo social e com a cidadania, necessárias para a avaliação da veracidade

de informações ou para a emissão de opiniões e juízos de valor em relação a situações

sociais nas quais os aspectos físicos sejam relevantes.

A observação permite ao professor obter informações tanto sobre as habilidades

cognitivas como também sobre os processos utilizados pelos alunos para resolver diferentes

situações-problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico.

Finalmente, podemos afirmar que a avaliação é um elemento significativo do

processo de ensino-aprendizagem envolvendo a pratica pedagógica do professor, o

desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho escolar. Ou seja, avaliar só

tem sentido quando utiliza um instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos

alunos visando o seu crescimento.

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BIBLIOGRAFIA

SAUL, Ana Maria - avaliação Emancipatória: Desafio à Teoria e a pratica de

currículo, 2ª edição – São Paulo: Artes – 1994.

KUENGER, Acácia Zeneida – Ensino Médio- Construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho, 4ª edição – São Paulo – Artez – 2005.

SILVA, Djalma Nunes – Física do Paraná – Novo Ensino médio – 6ª edição – São Paulo

– Ed. Ática- 2003.

PARANÁ/SEED - Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino médio – Curitiba –

SEED, 2006

PARANÁ/Colégio Estadual professor João farias da Costa, proposta pedagógica do

ensino médio- Nova Cantu – Paraná – 2002.

MAXIMIO, Antonio; Física – Volume único – Beatriz Alvarenga – São Paulo – scipione

– 2001.

AMBROSIO D. Ubiratan – etnomatemática – Ela entre a tradição e a modernidade - 2ª

edição – 2005.

LUCKESI, Cipriano Carlos – Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e

proposições – 17ª ed. – São Paulo: Cortez, 2005.

APPLE, Michael W. – Educação e Poder – Porto Alegre: artmed, 2002.

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DISCIPLINA: GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia era meramente descritiva ou matemática, na Antiguidade. Egípcios,

Gregos, Romanos, dentre outros povos, desenvolveram um conhecimento geográfico

independente e diferenciado dos demais, de acordo com as suas próprias necessidades de

entendimento do mundo que os cercavam.

A ciência geográfica neste período mantém seu caráter descritivo e se dedica a

registrar datas e nomes dos objetos e fenômenos.

É no século XIX que ela começa superar seu caráter descritivo. Somente após os

estudos de Humboldt e Ritter, que a Geografia deixa de ser meio “saber” para se tornar uma

verdadeira ciência, no século XIX, em torno de 1870, contemporâneos, desenvolvem uma

sistematização destes conhecimentos geográficos passado e presente, dando uma

característica própria e exclusiva à geografia, tentando a unicidade Humanidade –

Natureza, enquanto método de estudo da realidade.

A geografia durante o seu desenvolvimento, teve e ainda tem, alguns paradigmas

principais que norteiam a produção científica dos geógrafos,

É nesta perspectiva que nos dias atuais a Geografia procura fundamentar-se numa

abordagem teórica e metodológica, que procura complementar os principais avanços que

ocorreram no interior dessa disciplina, partindo dos métodos de interpretação da realidade

de cada cientista. O determinismo ambiental; método regional; nova geografia; geografia

crítica. Essa corrente procurava agir de maneira diferente de todas as outras anteriores,

justamente por não atender as conveniências governamentais.

Vê - se portanto, que a geografia já nasceu profundamente atrelada aos interesses

das classes dominantes sempre procurando atender as necessidades das mesmas, somente a

partir da década de 70 é que a ciência geografia. Começa a procurar satisfazer as aspirações

da sociedade como um todo, buscando soluções tanto p/ questões internas da própria

geografia como a definição do seu objeto e de suas categorias de análise, quanto p/os

problemas sócio – ambientais que estão hoje colocados de maneira tão evidente. O ensino

da geografia atravessou de forma capenga a segunda revolução industrial especialmente no

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seu Apogeu. Esse ensino foi gerado pela primeira revolução industrial, \com o avanço do

fordismo e em especial da internacionalidade da economia notadamente após a 2º guerra

mundial, essa disciplina escolar nacionalista e voltada para memorização sofreu muito e

sobrevive. Em alguns países, essa disciplina foi até retiradas dos currículos escolares sendo

fragmentada e incluída, junto com a história e o sociologia sob o rótulo de estudos sociais

mas a terceira revolução industrial veio mudar esse Quadro, no final dos anos 80, os EUA

aboliram a disciplina estudos sociais e colocaram novamente a geografia nas escolas

elementares e médias.

O retorno do ensino da geografia, consolidado no séc. XIX até os dias de hoje, veio

apresentando significativas mudanças teóricas e metodológicas. Frente a isto pode-se dizer

que o ensino da geografia deve ensinar, ou melhor, deixar o aluno descobrir o mundo em

que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas locais e nacionais,

enfocando criticamente a questão ambiental e as relações sociedades/ natureza. É por esse

caminho, que a geografia escolar vai sobrevivendo e até mesmo ganhando novos espaços

nos melhores sistemas educacionais.

Os profissionais no ensino de Geografia buscam através do seu fazer pedagógico

ampliar o conhecimento do aluno sobre o mundo, sobre as relações entre a sociedade e a

natureza, das quais participa, e promover valores e atitudes que concorram para a

construção de uma sociedade melhor.

O Ensino Médio constitui a etapa final do ensino básico. É portanto, o momento em

que devem ser consolidados, complementado e aprofundados os conteúdos. Nesta etapa, na

qual se amplia o domínio cognitivo, instrumental afetivo, valorativo, é importante que o

docente tenha, um bom conhecimento, de sua área de atuação.è a geografia a disciplina que

assume como objeto principal de atenção, na área de sociedade e cultura do ensino médio,

a análise dos fenômenos socioambientais na perspectiva de sua especialidade e que toma

como orientações privilegiadas de trabalho aquelas quê tem sido adotadas entre os

professores preocupados com a mudanças na prática que desenvolvem.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Buscar-se no ensino médio orientar a formação de um cidadão para aprender a

conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Isto é, deve buscar um

modo de transformar indivíduos tutelados e infantilizados em pessoas em pleno exercício

da cidadania, cujos saberes se revelem em competência cognitivas, sócio-afetivas e

psicomotoras e nos valores de sensibilidade e solidariedade necessários ao aprimoramento

da vida neste país e neste planeta.

No ensino médio o processo de ensino- aprendizagem indicam a sistematização de

um conjunto de disposições e atitudes como pesquisar, selecionar informações, analisar,

sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar de forma que o aluno possa

participar do mundo social, incluindo-se aí a cidadania, o trabalho e a continuidade dos

estudos.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Sócio-Ambiental

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço

Dinâmica Cultural e Democrática.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

Paisagem e Espaço Geográfico;

A Sociedade Tecnológica;

A Internacionalização da Economia . A Globalização;

Os Blocos Econômicos e a Formação dos Grandes Mercados;

Estatística Expressa em Gráfico;

A Dinâmica da População;

Distribuição da População Mundial;

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O Crescimento Demográfico;

Pirâmides Etária;

Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos;

Políticas Demográficas Contemporâneas;

As Migrações Internacionais e seus problemas;

Os Conflitos no Mundo Contemporâneo;

As Atividades Agropecuária e os Sistemas Agrários;

A Atividade Industrial no Mundo;

Energia. O motor da vida Moderna;

A Destruição da Natureza;

As Atividades Humanas;

Impactos Ambientais;

A Destruição da Natureza, Erosão e Poluição do Solo por Agrotóxicos;

O Lixo Urbano e os Impactos Ambientais causados pela Poluição

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Sócio-Ambiental

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço

Dinâmica Cultural e Democrática.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2º ANO

O Capitalismo e a Construção do Espaço Geográfico;

O Socialismo;

O Capitalismo X Socialismo, e a Guerra Fria;

O Mundo Pós- Guerra Fria;

O Subdesenvolvimento;

Novos Países Industrializados; Substituição das Importações;

O Comércio Mundial;

As Novas Migrações Internacionais e a Xenofobia;

A Urbanização e o Espaço Mundial;

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A Industrialização e os Impactos Ambientais no Espaço Urbano;

O Modo de Vida da Sociedade Urbana- Industrial;

O Desemprego e a Economia Informal;

Os Processos de Terciarização da Economia e Terceirização;

A Modernização da Agropecuária no Mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Sócio-Ambiental

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço

Dinâmica Cultural e Democrática.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3º ANO

A Formação e a Expansão do Território Brasileiro;

O Clima do Brasil;

Ecossistema Brasileiro;

Brasil, Estrutura Geológica e Relevo;

O Espaço Agropecuário Brasileiro;

Recursos Minerais do Brasil;

Os Transportes no Brasil;

Recursos Energéticos do Brasil;

Os Domínios Vegetais no Brasil;

O Sertão Nordestino;

A Industria da Seca;

Cartogramas e Mapas Temáticos;

A Primeira Ocupação do Território Brasileiro;

A Imigração no sul do Brasil- O Colonato de Posse;

A Imigração em São Paulo- Assalariamento;

As Migrações no Espaço Brasileiro;

Distribuição Atual da População Brasileira;

O Crescimento Demográfico Brasileiro;

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Indicadores Sócio- Culturais da População Brasileira.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES.

- Política na atualidade.

- Economia no Brasil.

- Cidadania.

- Ecologia

- Impactos ambientais.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho em grupo é uma das maneiras dos indivíduos exercitarem a

“convivência”, a socialização valores humanos interagem e constroem uma consciência

coletiva. Ele é estratégia fundamental para a troca de experiências e montagem dos

esquemas de trabalho pedagógico. No momento em que os grupos vão atuar, objetivos de

trabalho, dinâmica de atuação, etapas previstas e papéis de cada um no grupo já devem

estar definidos, bem como as fases anteriores do processo, com a ajuda do professor e de

acordo com o nível de desenvolvimento dos alunos. Os dados por eles coletados deverão

ser discutidos, analisados, fundamentados e sintetizados de acordo com os objetivos

propostos para o trabalho.

O ensino de Geografia, desta perspectiva teórica implica numa alfabetização

geográfica, ou seja, ensinar o aluno a ler o Espaço Geográfico. A busca da compreensão das

escolhas das localizações e das relações políticas, sociais, culturais e econômicas que as

orientam, nos remete a necessidade de pensar no referencial teórico que sustenta toda esta

reflexão.

A natureza, diversificada em toda a extensão da superfície terrestre, obrigou o

homem a adaptar-se a ela e ele o fz, criando formas, desenvolvendo técnicas, hábitos, usos

e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos naturais disponíveis.

As teorias críticas da geografia, procuram entender a sociedade em todos os seus

aspectos e nas relações que estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico.

Ou seja, a sociedade é entendida como aquela que produz um intercâmbio com a natureza,

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transformando-a em função de seus interesses econômicos e ao mesmo tempo sendo

influenciado por ela, criando desta forma, seus espaços de acordo com as relações políticas

e as manifestações culturais.

O conceito de sociedade é discutido também a partir das relações que se

estabelecem entre sua composição local, em suas relações com sociedades distantes

(relação global – local) e com os migrantes que têm fortes ligações com seu espaço de

origem e que ao se movimentarem levam influência do mesmo. Cabe destacar ainda que o

conceito de sociedade deve continuar associado aos estudos estatísticos, importantes para as

discussões políticas sobre planejamento ambiental, rural, industrial e urbano,

demonstrando, desta forma, as contradições sociais (etnia, religião, gênero, faixa-etária,

distribuição populacional, entre outros) existentes de dentro de uma mesma sociedade.

Considera-se que o ensino de geografia deve subsidiar os alunos a pensar e agir

criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo

assim a disciplina a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social

do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma passividade aos

indivíduos.

A partir desses apontamentos, cabe à escola, como um dos lugares onde se analisa,

produz e sistematiza-se conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e

sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar com olhar crítico,

o mundo que os cerca.

Vale, ainda, ressaltar que o ensino de geografia, numa proposta que supere a

memorização e a identificação como únicas formas de saber, requer uma análise mais

integrada e integradora, que não se ausente de observação e da descrição, mas que chegue

à análise, a compreensão e ao desvendamento da realidade, utilizando-se de procedimentos

metodológicos que incorporem entrevistas, a população, aplicação de questionários,

formação de série fotográficos, análise de materiais de jornais, tabelamento de dados, ou

seja, superando os limites do livro didático, aproximando o educando da realidade em que

se insere, criando a possibilidade de desvendar/ criar.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação realizada com os alunos possibilita ao sistema de ensino verificar como

está atingindo seus objetivos, portanto, nesta avaliação ele tem uma possibilidade de

autocompreensão.

O professor na medida em que está atento ao andamento dos seus alunos, poderá,

através da avaliação da aprendizagem, verificar o quanto o seu trabalho está sendo eficiente

e em que pode melhorar.

Procurar realizar uma avaliação diagnóstica para o educando onde o mesmo será

avaliado no cotidiano escolar através do seu interesse nos conteúdos trabalhados; atuação

nos trabalhos coletivos e individuais na sala; apresentação de seminários e avaliações

descritivas.

Transportando essa compreensão para a aprendizagem, podemos entender a

avaliação da aprendizagem escolar como um ato de sociabilização, na medida em que a

avaliação tem por objetivo diagnosticar e incluir o educando, pelos mais variados meios, no

curso da aprendizagem satisfatório, que integre todas as suas experiências de vida.

Os profissionais no ensino de Geografia buscam através do seu fazer pedagógico

ampliar o conhecimento do aluno sobre o mundo, sobre as relações entre a sociedade e a

natureza, das quais participa, e promover valores e atitudes que concorram para a

construção de uma sociedade melhor.

Avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma

reflexão crítica sobre a prática, no sentido de se captar seus avanços, suas resistências, suas

dificuldades e possibilitar uma tomada de decisões sobre o que fazer para superar os

obstáculos.

Nosso trabalho se coloca numa dupla perspectiva: inicialmente, tentar despertar o

querer mudar em todos sentidos, através de uma crítica ao problema para possibilitar o

desequilíbrio, o acordar, o aprofundamento da compreensão, a tomada de consciência da

contradição; em seguida, a partir de um redirecionamento de perspectivas, oferecer alguns

subsídios para orientar concretamente os que querem realmente mudar.

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Desta perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada, pois dá

ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem rítmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que

a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo

(professor e alunos) ajuda-os a refletir.

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BIBLIOGRAFIA

CALLAI, Helena Capetti – Geografia em sala de aula; Marina, Lucia, Osvaldo Riffer e

Acácia Kuenzer. – edições Compactado;

VASCONCELLO, Celso dos Santos – Avaliação.

PARANÁ SEED – Diretrizes Curriculares de Geografia do Ensino Médio.

201

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DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Até a década de 1970 o Ensino de História seguia a linha tradicional, valorizando

alguns personagens como sujeitos da historia, e sua atuação em fatos políticos, os

conteúdos históricos eram abordados de forma factual e linear: a pratica era expositiva e

aos alunos cabia a memorização e repetição.

A obrigatoriedade do Ensino de História data a criação do Colégio D. Pedro II em

1837, neste ano foi criado o instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que

instituiu a História como disciplina acadêmica, seus professores construíram os programas

escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados, os quais

foram elaborados de acordo com a Escola Metódica e Positivismo, caracterizando a

História política, uso restrito de documentos oficiais e escritos e valorização dos heróis.

A narrativa histórica apresentava o modelo de nação brasileira, como extensão da

História da Europa Ocidental, propondo a nacionalidade sintetizada na raça branca, índia e

negra, predominando a ideologia do branqueamento. Era conservadora, objetivava legitimar

os valores aristocráticos e excluindo as pessoas comuns como sujeitos históricos.

Este modelo foi mantido no início da República (1889), o Colégio D.Pedro II

continuou a ser referência para a organização educacional brasileira. Tendo sido alterado o

currículo em 1901, quando foi inserido na História Universal. Retornou o tema História do

Brasil no Governo de Getúlio Vargas (1882-1954) vinculado ao projeto político

nacionalista do estado novo, por meio da Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942,

restrito para a elite, contribuiu para a legitimidade do projeto nacionalista.

Foi marcado por debates teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais desde os anos 1930,

passando a fazer parte dos debates educacionais por meio da Escola Nova. Na década de

1950 é instituído o Programa de assistência Brasileiro Americano ao Ensino Elementar

(PABAEE), cujo objetivo era implantar o Ensino de Escola Normal Primária, servindo de

referencia para implantação dos Estudos Sociais no Ensino de 1º grau, por força da Lei

5.692/71.

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Page 203: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

No Regime Militar de 1964 manteve seu caráter político, pautado no estudo de

fontes oficiais, mantendo os grandes heróis como sujeitos da História e ex: para as novas

gerações. O ensino continuou hierarquizado e nacionalista sem espaço para crítica e

interpretações dos fatos, visando à formação de indivíduos passivos.

O Estado figurava o principal sujeito histórico, exemplificado nas obras dos

governantes e elites condutoras do país.

A partir da Lei nº 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e o

segundo grau profissionalizante. O ensino centrado numa formação tecnicista preparatória

para o trabalho, assim as disciplinas de Ciências Humanas perderam espaço no currículo,

sendo que as disciplinas de História e Geografia foram consideradas como área de Estudos

sociais, dividindo espaço com Educação moral e cívica (EMC) no 2.º grau a carga de

História foi reduzida com a inserção de Organização Social e Política Brasileira (OSPB).

O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus

deveres patrióticos privilegiando noções e conceitos básicos adaptados à realidade,

distanciado da produção historiográfico acadêmico. Em 1980, com o fim da Ditadura

Militar e o inicio de redemocratização de sociedade houve a aproximação entre a educação

básica e a superior.

No início dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas democráticas

na área educacional, surgindo novas propostas do Ensino de História, o que levou à

produção de materiais didáticos e paradidáticos, incorporando a nova historiografia.

No Paraná, a proposta de renovação do ensino de História, fundamentou-se na

pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado

do Paraná (1990) coerente com a redemocratização política do Brasil, valorizando as ações

dos sujeitos, relacionadas ao processo histórico social, incluindo o estudo da produção do

conhecimento histórico, contrariando os pressupostos teóricos do ensino da história

tradicional baseado na memorização, exercícios de fixação e livros didáticos. No Segundo

Grau, o documento reestruturação do Ensino de 2º grau no Paraná (1990) que apresentava

uma proposta pedagógica a partir da formação de capitalismo no mundo ocidental e a

integração do Brasil. O reconhecimento dos novos cursos de ensino médio, vinculados a

estrutura do ambiente escolar com bibliotecas, laboratórios, informática etc. visando a

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Page 204: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

preparação para o trabalho, de acordo com os princípios propostos pela Unesco, o ensino de

História contextualizado em função do mercado de trabalho até o final de 2002.

Em 2003 a SEED organizou um projeto de formação continuada para os

professores, articulado as diretrizes curriculares, visando a orientação comum ao Ensino de

História para a rede pública, incluindo no currículo a obrigatoriedade de História e Cultura

Afro-Brasileira, seguida das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações étnico –Racionais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

No ensino de História devemos ter sempre como perspectiva, além dos objetivos

inerentes a própria disciplina, a formação da cidadania e dos valores democráticos tarefas

complexa e cheia de riscos especialmente porque não temos uma tradição de vida

democrática. As diferenças culturais e na defesa da pluralidade deve pautar o ensino e as

atividades de reflexão pesquisa e debates na sala de aula.

Conscientizar ao educando que este e parte do mundo e agente transformador da

realidade. É necessário estimular um olhar critico sobre a história e leitura , a reflexão , a

análise e as exposições escritas e orais , pessoais e em grupo. Outro aspecto fundamental

refere-se ao fato de se garantir que os diferentes temas assuntos que venham a ser

trabalhados se relacionam com o universo amplo ou particular de diferentes sujeitos sociais

situados nos mais variados contextos sociais, especiais e temporais. Essa condição

constitui-se, em um principio fundamental que pode contribuir decisivamente para que os

educandos se percebam como sujeitos sociais e construtores de conhecimento histórico.

Tendo como objetivos de estudos as ações e realizações humanas praticadas no

tempo , que são as formas de agir , de pensar , de representar , imaginar, instituir ou seja de

se relacionar social, cultural e politicamente.

Estas relações condicionam os limites as possibilidades de transformação das

estruturas sócio-históricas, que mesmo condicionadas, estas ações permitem espaços para

escolhas e projetos de futuro.

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Page 205: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Deve-se estudar as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais

como condições geográficas físicas e biológicas de uma determinada época e locais ,numa

constante reformulação do conhecimento históricos. Todas as atividades cotidianas devem

ser estudadas ;o trabalho, o pensamento,as crendices populares, a sexualidade, a literatura,

a vida da mulher, práticas de higiene etc.

Nas questões políticas, econômicas e culturais: relações pessoais, familiares, étnicas

de gêneros, ritos, símbolos, meios de comunicação e transmissão de tradições. As pesquisas

são múltiplas: através de imagens cartas pessoais, grafites, letras de músicas, depoimentos

de pessoas comuns, manifestações artísticas, permitindo a vivência em um mundo

globalizado , diversificado e plural , mas propenso ao choque de culturas, aos confortos do

senso comum e as escalas de valores.

Pode compreender e atualizar com conhecimentos de causa as contribuições da

ciência e da tecnologia, onde possa ampliar a experiência educativa, estabelecendo relações

positivas com a comunidade e a sociedade e os espaços virtuais. Tornar se conhecedor de

sua própria história e da pluralidade de histórias presentes e passadas, aprendendo a realizar

análises.interpretações a cerca da sociedade atual.

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

CONTEÚDO ESPECÍFICO

1º ANO

Cultura, natureza evolução cultural, evolução biológica, nomadismo, sedentarismo,

sitio arqueológico e migrações.

Moda de produção asiática.

Estado, monarquia teocrática, civilização ,império.

Agricultura de regadio.

Comunidade primitiva, classe social, democracia, oligarquia, aristocracia, tirania,

império.

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Page 206: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Contradição, conjuntura, crise.

República.

Aculturação.

Feudalismo, subsistência poder pessoal, vassalagem, senhoria servidor, baixa

produtividade, troca natural, comparações de ofícios.

Manoteismo, estado teocrático Heresia burocracia.

Cosmoplita.

Trocas culturais.- Cultura Afro.

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

A importância da nossa cultura local e regional no Paraná

Agenda 21.

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

CONTEÚDO ESPECÍFICO

2º ANO

A centralização do poder.

O Renascimento e o humanismo.

Os europeus chegar a América.

Reforma e contra –reforma e o antigo regime.

As sociedades da mesoamérica.

Os povos do sul. Incas e Tupis a ocupação do continente americano.

A colonização portuguesa na América e o doce sabor do açúcar – os trabalhadores

do açúcar.

A União Ibérica.

A Supremacia inglesa na Europa.

A colonização inglesa na América do norte.

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Page 207: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Portugal sob a proteção da Inglaterra – as cidades de ouro – sob a égide do Marques

de Pombal.

Revolução Industrial – O iluminismo.

A independência das treze colônias inglesa.

A revolução Francesa, o período napoleônico.

A independência das colônias da América espanhola

Rebeliões na América portuguesa.

A família real no Brasil

Independência ou Morte.

Os Estrangeiros em nossa Terra- colonização, Política, a greve operaria, Escravidão

no Paraná, Povoamento.

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Comemorações folclóricas e cívicas

Ética e cidadania.

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

CONTEÚDO ESPECÍFICO

3º ANO

Liberalismo, nacionalismo e socialismo na Europa.

Itália e Alemanha, a unificação tardia.

O imperialismo.

Brasil o estado nacional se organiza.

Da regência ao segundo reinado a construção da ordem.

A republica é implantada no Brasil.

A primeira guerra mundial e a Revolução Russa.

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Page 208: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Brasil a Política na República do café – com – leite e revoltas de norte a sul.

A república em crise e a segunda guerra mundial.

O Brasil de Vargas.

Capitalismo e Socialismo: o mundo em guerra fria.

Descolonização da África, Ásia, América latina e Estados Unidos.

O Brasil em tempos de democracia.

A desintegração da União Soviética, a globalização, os paises riscos, os paises

pobres e em desenvolvimentos.

Brasil a construção do futuro.

Cultura Paranaense- conflitos de terra no Paraná, o território do Iguaçu, a revolta

dos posseiros, contestado , a Historia e sua economia Paranaense , ouro

tropeirismo , mate, madeira, café, suinocultura.

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Ética e cidadania

Agenda 21.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo o ensino de história, uma articulação do passado com o presente, é necessário

que seja organizado de forma seletiva e critica, englobando fragmentos ou ruínas do

passado, que deverão ser analisados segundo seguindo determinados valores, idéias e

procedimentos históricos com o objetivo de reconstituir fatos e vidas das sociedades e

culturas do passado, sua interligação e influência nas sociedades atuais.

Os conteúdos foram propostos de tal forma a construção da identidade pessoal do

educando, da formação de uma personalidade democrática, através do estudo de temas e

conceitos referentes á vida, propiciadora de participações sociais organizadas,

providenciadores dos exercícios da cidadania.

Dentro deste contexto devemos possibilitar o educando portador de deficiências sua

inclusão aos demais de forma igualitária visando novos métodos educativos possibilitando-

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Page 209: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

os a reintegração de seus valores culturais e morais dentro da sociedade. Quanto mais

inseridos melhor, sua adaptação e independência.

A organização dos conhecimentos adquiridos, desenvolvidos pelos educandos no

exercício de sua escolaridade, contemplando a linguagem escrita ou linguagens disponíveis

nas tecnologias da comunicação. Distinguir os diferentes.

Modos das convivências nelas existentes, proporcionando iniciativas e autonomias

na realização de trabalhos individuais e coletivos, voltados para as grandes transformações

tecnológicas e impactos que elas produzem na vida das sociedades.

A história para os alunos do ensino médio proporcionara condições para que ele

amplie conceitos introduzidos nas séries anteriores do ensino fundamental,contribuindo

assim para a construção de laços de identidade, pais o ensino de história passará a

desempenhar um importante papel na configuração de identidade, nas relações pessoais

com grupo de convívio com as classes, grupos sociais, culturais valores e gerações do

passado e do presente.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Avaliação é um processo abrangente da existência humana que implica uma

reflexão crítica sobre a prática no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas

dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os

obstáculos e poder garantir a formação integral do sujeito pela mediação da construção do

conhecimento e aprendizagem do aluno. Dentro da proposta a avaliação não deve ser

realizada em momentos separados do processo do ensino aprendizagem e verificar o nível

de aprendizagem, dos conteúdos propostos. Com esses dados o educador e educando

poderão refletir sobre o resultado atingido, tomando novas decisões sobre as formas mais

eficazes de ensinar e aprender. Sempre que for necessário o professor deverá buscar novos

modelos, metodologias de ensino, tornando a aprendizagem mais significativa para o aluno,

o que provavelmente resultará num melhor resultado.

O avaliar deverá estar presente durante todo o processo educacional e não em

períodos específicos, deverá estar em conformidade com os objetivos bem claros como

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norteadores do processo educacional nos comportamentos dos domínios cognitivos, afetivo

e psicomotor. Deve-se levar em conta todo o rendimento escolar através da percepção,

pensamento, emoção, expectativa do educando.

É importante ressaltar que os conteúdos de história sejam significativos porque

ajudam os alunos a entender o presente, sobretudo porque algo do presente os preocupa e,

por isto, constroem o seu diálogo.

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BIBLIOGRAFIA

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: Concepção dialética libertadora do

processo de avaliação escolar, 1956.

ANTONIO, Pedro. História da Civilização Ocidental, Ensino Médio – Volume único.

São Paulo, FDT, 2004.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Ensino Médio. Volume Único. Editora Ática,

2006.

PÁTIO. Ano 10 – Revista Pedagógica. Artmed – Editora – Fevereiro/abril/2006.

NEVES, Léo de Almeida, 1932. Vivência de Fatos Históricos. São Paulo: Paz e Terra,

2002.

HUGLES, Warrington, Marnie. 50 grandes pensadores da História. São Paulo, Editora

Contexto, 2005.

RIBEIRO, Darcy, 1992. Os índios e a civilização: a integração das populações

indígenas no Brasil moderno. Editora Schwarcz Ltda.

STECA, Lucinéia Cunha. História do Paraná: do século XVI a década de 1950. Editora

Eduel.

Paraná SEED – Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio – Curitiba

SEED - 2006

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DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da

língua portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi

incluído no currículo sob as formas das disciplinas de Gramática, Retórica e Poética:

abrangendo, esta última, a Literatura somente no século XIX, o conteúdo gramatical

ganhou a denominação de português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial,

o cargo de Professor de Português.

No século XIX, o ensino de língua materna relacionava-se a uma tradição de teoria

e análise com raízes na filosofia grega, em que a linguagem era usada como expressão de

pensamento. Só no início do século XX, com as novas teorias lingüísticas, começam a se

ouvir os ecos de uma mudança, mas, ainda assim, o ensino de Língua Portuguesa se

mantinha voltado à tradição gramatical, buscando-se a homogeneidade padronizada e

desprezando-se a heterogeneidade dialetal.

O ensino da Língua portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do

século XX, quando se iniciou, no Brasil a partir de 1967, um processo de “democratização”

do ensino, com a ampliação de vagas, a eliminação dos chamados exames de admissão,

entre outros fatores. (Frederico e Osakabe, 2004, p.61).

Como conseqüência desse processo de “democratização”, a multiplicação de alunos,

as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a

ser outras bem diferentes. A disciplina de português, com a lei 5692/71, passou a

denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e expressão (nas quatro primeiras séries) e

comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se,

principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação.

Segundo Geraldi (1977), se, por um lado, tais pesquisas trouxeram avanços para o

ensino de Língua Portuguesa, por outro, tornaram-se hegemônicos em relação aos estudos

literários, trazendo o desprestígio da função poética em proveito da função referencial da

linguagem.

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A partir dos anos 70, o ensino da literatura restringiu-se ao então 2º grau, com

abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto

poético, por exemplo, utilizava-se o método francês de análise literária, ou seja, propunha-

se à análise do texto, segundo as estruturas formais, rimas, canção de versos, ritmo,

estrofes, etc. nesse processo de ensino, cabia ao professor a conclusão da análise literária e

aos alunos a condição de meros ouvintes.

A busca da superação desse ensino normativo, historiográfico, tanto com a quebra

do cânone e a crescente valorização do leitor, bem como com a percepção da

impossibilidade de totalização ou centralização referencial, só recentemente tem alcançado

os estudos curriculares e, particularmente, o ensino de Língua e Literatura, seja através do

impacto dos pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, seja

através dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como Análise do Discurso,

teoria da Enunciação, Teorias da Leitura, Pensamento da desconstrução, etc.

Um dos grandes objetivos da disciplina é compreender e usar os sistemas

simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade

pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

Torna-se, pois fundamental, compreender que as significações dadas às várias

manifestações contribuem com a formação geral dos alunos e, nesse sentido, a linguagem

na escola passa ser o objetivo de reflexão e análise, permitindo ao aluno a superação e/ou a

transformação dos significados veiculados.

Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, estas Diretrizes fundamentam o

trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura, considerando o processo

dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da

linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.

A LDB nº 9394, de 20/12/1996, estabelece, em seu Art.36, que a língua portuguesa

será encarada como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da

cidadania, contemplando, assim, todas as modalidades expressivas, sem encará-las de

forma privilegiada ou não. Os ensinos de 1º e 2º graus passam, respectivamente, a ensinos

fundamental e médio.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Um dos grandes objetivos da disciplina é compreender e usar os sistemas

simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade

pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação, O ensino da

Língua Portuguesa e da Literatura requer clareza dos princípios da linguagem verbal, pois é

dela que o homem se serve antes de tudo para construir o seu mundo e sua história. Dentro

do sistema lingüístico. Linguagem verbal é a soma do homem e de sua representação

sócio-cultural.

A língua é uma das realidades mais fantásticas: vivemos entrelaçados pelas

palavras; ela estabelece todas as nossas relações e nossos limites que se constitui através

dessa interação.

Os textos literários abrem um fértil espaço para um trabalho integrado com outros

textos, criando uma rede para múltiplas leituras do mundo e para a compreensão e

apreensão do potencial expressivo da linguagem. Permitindo também um trabalho

integrado com outras linguagens.(artes plásticas, música, cinema), criando condições para a

percepção do fazer artístico em geral, seja de suas especificidade, seja de suas dimensões

histórico-culturais.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,

compreende a realidade em que está inserido e o papel como participante da sociedade,

para que isso ocorra os objetivos devem seguir uma fundamentação em todo processo

ensino/aprendizagem.

Ao empregar a oralidade em suas diferentes situações de uso, o educando precisa

adequá-la em seu contexto, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando –se diante dos mesmos, compreendendo a linguagem como

interação social e ampliando o reconhecimento do outro e de si próprio, aproximando-se

cada vez mais o entendimento mútuo.

Os conhecimentos adquiridos por meio da prática e análise lingüística ajudam

expandir a capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a

capacidade de análise crítica. As reflexões sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos,

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atualizam o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

sua organização.

A língua escrita em situações discursivas realizadas por meios de práticas sociais,

propicia a interação, aprimorando o contato com textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos através da literatura, constituindo

um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com práticas da oralidade,

da leitura e da escrita.

CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Texto Literário e não Literário;

Historiografia e Pesquisa e Análise Literária.

Argumentação;

Variações Lingüísticas;

Análise do Discurso;

Contextualização;

Morfologia;

Sintaxe;

Formação de Palavras;

Semântica;

Sintagma Nominal e Verbal;

Termos Integrantes da Oração;

Estrutura e Formação das Palavras;

Recursos de Estilo;

Temas Transversais (Meio Ambiente, Saúde, Drogas, D.S.T, Ética, Cidadania,

Família),

Tecnologia Educacional

.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

Leitura e análise de textos;

Produção de textos;

Linguagem, língua e fala;

Sílaba;

Significado da palavra;

Denotação e conotação;

Fonologia;

Funções da linguagem; Ortografia; Acentuação;

Pontuação; Poesia e Versificação;

Tipos de textos e suas linguagens; Gêneros Literários;

Origem da Língua Portuguesa.

2º ANO

Leitura e compreensão de textos;

Produção de textos;

Humanismo;

Literatura Informativa sobre o Brasil;

O Barroco em Portugal;

O Barroco no Brasil; Arcadismo;

Romantismo em Portugal;

Romantismo no Brasil;

Realismo no Brasil;

Ortografia e Pontuação;

Crase;

Classes de Palavras;

Concordância nominal;

Concordância Verbal.

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3º ANO

Articulação entre o texto e conteúdo;

Produção de textos orais e escritos;

Análise lingüística (propaganda, Jornal);

Diferentes tipos de textos;

Ortografia;

Acentuação (crase);

Pronomes demonstrativos;

Classes de palavras (revisão);

Complemento Nominal;

Complemento Verba;

Aposto e vocativo;

Semântica;

Pré-Modernismo em Portugal e no Brasil;

Contexto histórico e social;

Principais autores e obras;

Modernismo em Portugal;

Modernismo no Brasil;

Literatura Contemporânea.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua Materna na

natureza social do discurso e da própria língua significa compreender que são os produtos

das ações com a linguagem que constituem os objetos de ensino.

Nessa perspectiva, a partir das experiências dos educandos que a língua se transforma em

objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou de sua

leitura.

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A Oralidade é vista como uma prática social interativa utilizada em momentos de

comunicação através de vários gêneros formas com fundamentação na realidade sonora.

Precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento

das habilidades de falar e ouvir.

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam

diferentes caminhos: debates, discussões, seminários, transmissão de informações, de troca

de opiniões, defesa de ponto de vista (argumentação), contação de histórias, declamação de

poemas, representação teatral, relatos de experiência, entrevistas, etc. Além disso, podemos

analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas,

propagandas: em programas radiofônicos: no discurso do poder em suas diferentes

instâncias: no discurso público: no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações

do discurso oral. Na literatura oral, cabe considerar a potência dos textos literários como

Arte, produzindo a necessidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas

forças políticas particulares.

A Leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos e

precisa ser vista na escola como uma prática consistente do leitor perante a realidade. O ato

de ler é identificado como o de familiarizar-se com diferentes textos produzidos em

diferentes práticas sociais (notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios,

reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, fábulas, etc.),

percebendo em cada texto presença de um sujeito histórico, de uma intenção. A construção

dos significados de um texto é de responsabilidade do leitor. A escola, no processo de

leitura, não pode deixar de lado as linguagens não verbais - a leitura das imagens (fotos,

outdoors, propagandas, imagens digitais e virtuais, figura) que povoam, com intensidade

crescente, nosso universo cotidiano _ precisa contemplar o multiletramento mencionado na

fundamentação teórica dessas diretrizes e a própria condição da Língua materna, de suporte

e condição para todo o conhecimento.

É importante que a leitura seja vista em função de uma concepção interacionista de

linguagem, segundo o qual busca-se formação de leitores. A formação de leitores contará

com atividades que contemplem as linhas que tecem a leitura, que Yunes (1985) aponta

como sendo: Memória, Intersubjetividade, Interpretação, Fruição, Intertextualidade.

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A Escrita e ser trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o texto como

uma unidade potencializadora de sentidos, através da pratica textual.

Pensar na prática da escrita é ter em mente que tanto o professor quanto o aluno

necessitam primeiramente, planejar o que será produzido. O que se sugere, sobretudo, é a

noção de uma escrita como formadora de subjetividade.

A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do estudante em

situações específicas, e não a língua ideal. A norma real, aquela usada socialmente, mesmo

se tratando da norma padrão ou da norma culta, aprende-se lendo e escrevendo e não a

partir de conceitos. É nas experiências concretas de produção de textos que o estudante vai

aumentando seu universo referencial e aprimorando sua competência de escrita. . È

analisando seu texto segundo as intenções e as condições de sua produção que o ele vai

adquirindo a necessária autonomia para avaliar seus próprios textos e o universo de textos

que o cercam.

Produzir textos argumentativos, descritivos, de notícia, narrativos, cartas ou

memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, informativos ou

literários, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir resposta a uma

intenção e uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito daquele texto,

daquele discurso, naquela determinada circunstância, naquela esfera de atuação, e para que

ele perceba seu texto com o elo de interação, também pleno de expectativa de atitudes,

responsáveis ativas por parte de seu possíveis leitores. Também é relevante lembrar de que

o trabalho com a escrita é um processo, e não algo acabado, dessa forma, fazem-se

necessárias atividades que permitam ao aluno refletir sobre se texto e reelaborá-lo de forma

individual ou em grupo, valorizando, antes de tudo, o esforço daquele que escreve,

desconfia, rasga e reescreve, tantas vezes quantas julga necessária, até que o texto lhe

pareça bom para atender à intenção e claro para o outro que o lerá.

A Literatura é um universo rico de significados – as obras literárias de todas as

épocas e nacionalidades, patrimônio cultural da humanidade. Por isso, ao ler Literatura e

escrever a partir dela, o estudante aprende a ler e escrever a existência humana, atribuindo-

lhe sentido, independentemente de seu conteúdo e forma individual. Ela manifesta, através

de cada escritor, em cada obra ou em cada ato de leitura, múltiplas significações e diversas

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ordens de significados, mas, acima de tudo, possui uma supersignificação. Tal fenômeno

possibilita que seja vista como algo que acontece, que é fato, não é estático, está em

permanente processo.

A Análise Lingüística deve estar presente no ensino de Língua Portuguesa como

ferramenta que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita.

A fala, leitura e escrita são, segundo ROJO (2004), atos de interação que constróem

a vida social e nela são constituídos, envolvendo a construção de significados, de

conhecimentos, de identidade dos sujeitos. Esta interação é situada, a linguagem tem as

marcas sociais de gênero, sexualidade, classe social, religião, profissão, etc. e tem as macas

contextuais, sejam elas de natureza sincrônica ou diacrônica.

Esta reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem

operadores textuais, ele precisa ampliar sua capacidades discursivas em atividades de uso

da língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as exigências

específicas de adequação da linguagem (por exemplo: operadores argumentativos, aspectos

de coerência, coesão, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação,

concordância, regência, formalidade/informalidade, entre outros).

O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso da

língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as exigências

específicas de adequação da linguagem (por exemplo: operadores argumentativos, aspectos

de coerência, coesão, situcionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação,

concordância, regência, formalidade/informalidade).

A língua torna-se objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas, sem se

afastar do contexto inicial de produção, a reflexão e a discussão estão a serviço de ajustes

necessários na produção do aluno, naquela situação específica de interpretação ou

produção.

A inclusão da cultura Afro nos currículos da educação básica, trouxe fortes

repercussões pedagógicas principalmente na formação docente. Com esta iniciativa,

resgatou os valores históricos e culturais de nosso povo reparando algumas diferenças

ocorridas no passado, educando os cidadãos a buscar sua identidade e seus direitos, sendo

assim capazes de construir uma nação democrática.

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Page 221: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

No que diz respeito a cultura Afro-brasileira pode-se trabalhar com os alunos

elaborando pesquisas como: (alimentação, música, linguagem, dança, racismo, mercado de

trabalho, religião etc.), destacando assim a importância da auto-estima.

Educação no Campo

Para que aconteça a Educação no Campo é preciso juntar as experiências adquiridas

pelos alunos e professores repensando os saberes escolares de acordo com a realidade de

cada comunidade.

Garantir que a realidade do campo, com sua diversidade esteja presente em toda

organização curricular.

Introduzir à pesquisa de forma individual e coletiva e eleger temas centrais para a

prática pedagógica escolar, elaboração de projetos interdisciplinares parcerias com

cooperativas, palestras com agrônomos, feiras agrícolas, passeios ecológicos valorizando o

meio ambiente.

Tecnologia

O uso da tecnologia na educação no mundo moderno veio ao encontro com o

desenvolvimento e avanços tecnológicos educacionais, facilitando a prática docente

superando a passividade pela atividade criativa.

A prática docente é renovadora propondo atividades diversificadas bem como:

(pesquisas, trabalhos, troca de conhecimentos básicos da própria tecnologia etc.)

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Quando se reconhece a linguagem como processo dialógico, discursivo, a avaliação

precisa ser analisada sob novos parâmetros, dar ao professor pistas concretas do caminho

que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade lingüística e discursiva em

praticas de oralidade, leitura e escrita.

Toda avaliação deve ter como critério o aluno que está sendo avaliado, suas

aptidões e interesses, deve servir para aumentar a confiança do aluno em sua própria

capacidade, pois, é um meio, um instrumento, que deve servir como ponto de referencia

para o aluno, para que ele saiba em que direção está avançando, em que direção os outros

estão avançando, se esta aproximando ou não dos objetivos estabelecidos. Para o professor

a avaliação também deve servi de meio de análise dos resultados de seu próprio trabalho.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de

aprendizagem diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica,

aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo.

Na oralidade será avaliada progressivamente, considerando a participação do aluno

nos diálogos, relatos, discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência

da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos

de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas, discussões,

debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregaram no

decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema,

bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Deve considerar as

estratégias que os estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto

lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto, considerar

também as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Em relação a escrita, é preciso ver os textos de alunos como uma fase do processo

de produção, nunca como um produto final. “Só se pode avaliar a qualidade e adequação

de um texto quando ficam muito claras as regra do ‘jogo’ de sua produção”. (Koch e

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Travaglia (1990). Portanto, é preciso haver clareza na proposta de produção textual: os

parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos).

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos-discursivos,

textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos

alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva, contextualizada, que possibilite aos

alunos a compreensão desses elementos no interior do texto.

É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados

continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente, chega a

almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.

Na Literatura - Ler é um dos processos mais ricos que temos para desenvolver a

percepção da vida e o reconhecimento do outro. Através da leitura literária, adquirimos

conhecimento e saberes objetivos, mas, principalmente, ocupamos nossa capacidade de

pensar e sentir. Por esse motivo, a leitura literária tem a potencialidade de sozinha ou

agregada às demais áreas de conhecimento, mobilizar o estudante a ampliar o seu horizonte

de expectativas, conforme Iser (1996) preparando-o para ser um sujeito autônomo, fazer de

seu entorno social um espaço de convivência respeitosa e solidária, conhecer sua história,

suas origens e sua cultura e aprender a valorizar as manifestações simbólicas do ser

humano, seu mundo imaginário e as formas de interlocução que ele pratica.

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BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara

Vieira. 6ª edição. São Paulo: Hucitec, 1992.

GERALDI, C. FIORENTIN. D.PEREIRA, E (orgs). Cartografia do trabalho

docente.Campinas, SP. Mercado das Letras, 1996.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

MARCUSCHI,Luiz Antonio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001.

CEREJA, Willian Roberto, MAGALHÃES, T.C. Português: linguagens. São Paulo: Atual,

2002.

PILETTI, Nelson -Psicologia Educacional, 17ª edição. Editora Ática.

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÌNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO

MÈDIO. Governo do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Educação-

Superintendência da Educação. Versão Preliminar-2006.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE

EDUCAÇÃO BÀSICA DO ESTADO DO PARANÀ. Versão Preliminar. 2006.

HTTP: //WWW.FILOLOGIA.ORG.BR/VICNLF/ANAIS/CADERNO06-05.HTML

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DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Toda atividade humana requer um determinado conhecimento para compreender o

mundo que o rodeia, seja ela individual ou coletiva, pois não basta conhecer os fenômenos,

importa compreende-los, determinar as razões da sua produção, descortinar as ligações de

uns com outros.

Já que, quanto mais alto for o grau de compreensão dos fenômenos naturais e

sociais, tanto melhor o homem se poderá defender dos perigos que o rodeiam.

Nesse sentido é necessário um breve olhar para a história da matemática, que nos

mostra que após um período de utilização prática com os egípcios e os babilônios, surge

uma fase de grande sistematização na Grécia, pois os gregos acreditavam que a matemática

era uma ciência capaz não só de tratar de questões práticas, mas de dar respostas a todo e

qualquer fenômeno que nos rodeia. Nesse período, Euclides atinge seu auge com os

elementos, no século III a . C.

A esse período de pujança grega, segue-se outro com os Hindus e Árabes que não

trabalhavam de forma axiomática como os gregos, mas desenvolveram interessantes

resultados, em especial na álgebra. No século XV, com Descartes, Leibniz e Newton entre

outros, é que surge um novo período de sistematização que estimula no século XVIII, um

grande progresso científico até a primeira metade do século XIX, quando o acúmulo de

resultados práticos leva a uma nova etapa de sistematização e, principalmente, de crítica

dos fundamentos, surgindo um novo período de sistematização das geometrias não

Euclidianas, com Lobachevsky e Riemann, que ganharam destaque por serem utilizadas

pela teoria da relatividade de Einstein na interpretação do universo.

No Brasil, até o final da década de 50 predominava a chamada matemática Clássica,

enfatizava-se o modelo euclidiano, com o ensino expositivo centrado no professor.

Esse período foi seguido por uma busca na modernização do ensino da matemática

em função de mudanças ocasionadas pela industrialização nacional e desenvolvimento da

agricultura, aumento populacional e o cenário político internacional pós Guerra.

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Nas últimas décadas, a preocupação com o ensino da matemática traduziu-se em

alguns movimentos bem definidos. Nos anos 60, foi a “matemática moderna”, que buscou

soluções no formalismo e nas estruturas. Nos anos 70, o “retorno ao básico”, de certa forma

uma reação diante do malogro da matemática moderna. Para os anos 80, muitos educadores

matemáticos eminentes chegaram a eleger a “ resolução de problemas” com a grande

prioridade do ensino de matemática.

Atualmente vem-se constatando a necessidade de mudanças no ensino da

Matemática tendo em vista vários fatores que fizeram com que se repensasse este ensino

em favor de uma visão mais progressista: a de uma educação Matemática.

Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante

construção que se desenvolve enquanto é experimentada no processo de investigação e

resolução de problemas, abrindo portas para a criação e para a emoção.

Sendo assim a finalidade da Educação Matemática é fazer com que os alunos

compreendam e se apropriem da própria matemática concebida como um conjunto de

resultados, procedimentos, algoritmos, etc; fazendo com que o mesmo construa por

intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a

formação integral do ser humano e particularmente do cidadão, isto é, do homem público.

Assim o ensino de Matemática será organizado para adaptar-se ao nível de

conhecimento e progresso de alunos com diferentes interesses e capacidades, criando

condições para sua inserção num mundo em mudanças e, ao mesmo tempo, contribuir para

desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Isso

porque acreditamos que, num mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais

ganham novos contornos requerem a compreensão de conceitos e procedimentos

matemáticos necessários para o cotidiano, tanto para o cidadão tirar conclusões e fazer

argumentações, quanto para agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas

vidas pessoais e profissionais.

Nesse aspecto a Matemática dará sua contribuição à formação de um estudante

crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais ao se apropriar de

conhecimentos matemáticos.

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Page 227: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Um outro ponto a ser considerado é a influencia das mudanças tecnológicas nos

meios de produção imprimindo novos sistemas organizacionais ao trabalho, exigindo

trabalhadores versáteis, dotados de iniciativa e autonomia, capazes de resolver problemas

em equipe, de interpretar informações e de adaptar-se a novos ritmos e de comunicar-se

fazendo uso de diferentes formas de representação.

Desta forma, o ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos forem apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano

e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias.

Enseja-se um ensino que aponte para concepções, cuja postura possibilite aos alunos

realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias

sendo possível criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o pensamento e a aquisição de

linguagens e atitudes cuja utilidade ultrapassa o âmbito da própria Matemática, podendo

formar no aluno a capacidade de resolver problemas, elaborar representações da realidade,

gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar

situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a

percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras

capacidades pessoais.

Assim é importante refletir a respeito da colaboração que a Matemática tem a

oferecer com vista à formação da cidadania, refletir sobre as condições humanas de

sobrevivência, sobre a inserção dos alunos no mundo do trabalho, das relações e da cultura

e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais.

Nesta perspectiva o trabalho na sala de aula se dará de modo articulado onde os

conteúdos foram organizados em todas as séries com vistas a interação dos conteúdos

estruturantes fundamentais da matemática: Números, Operações e Álgebra, Medidas,

Geometria e tratamento da Informação.

Pois, para obtermos resultados satisfatórios devemos fazer essa interação e o

trabalho com os conteúdos ganhará significado na medida em que seus estudos partam das

relações que possam ser estabelecidas com contextos históricos, sociais e culturais e que

incluam nos contextos internos; a própria Matemática.

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Somente desse modo, poderemos estar seguros de que o aluno estará

capacitado para agir de modo transformador sobre si mesmo e a realidade que o

cerca.

OBJETIVOS GERAIS

Com o desenvolvimento da disciplina de matemática, busca-se a formação do

desenvolvimento intelectual dos alunos, promovendo sua autoridade, trabalhando a leitura e

interpretação de textos matemáticos, também a compreensão da linguagem simbólica e a

sua aplicação em outras ciências, como novas tecnologia incorporadas ao seu cotidiano,

utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos como calculadora,

computador, etc., contribuindo assim para o seu desenvolvimento cognitivo, cientifico e

tecnológico.

A compreensão e a utilização precisa da linguagem e demonstração matemática

deve levar o aluno a utilização de raciocínios dedutivo e indutivo compreendendo os fatos

conhecidos e sistematizados por meio de propriedades e relações.

Através da interpretação da linguagem do movimento da matemática na física e

química, buscando sempre que possíveis problemas que mostrem ligação com outras

ciências.

O desenvolvimento do conhecimento matemático aplicado em situações reais

permitindo a utilização não apenas na interpretação do real, mas também quando necessário

como forma de intervenção.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números

Álgebra

Geometria

Funções

Tratamento da Informação

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1ª SÉRIE

Os conjuntos numéricos

A Potenciação e Radiciação no conjunto dos números reais.

Introdução à teoria dos conjuntos.

O Sistema de Coordenadas cartesianas.

A trigonometria no triângulo retângulo

Relações trigonométricas em um triângulo qualquer.

Introdução a Funções.

Função Afim

Função Quadrática.

Progressão Aritmética

Progressão Geométrica

Função Exponencial

Função Logarítmica

Composição e Inversão de Função.

Função modular

Trigonometria na circunferência

Razões trigonométricas e circunferência de Raio Unitário

Funções trigonométricas

Operações em arcos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números

Álgebra

Geometria

Funções

Tratamento da Informação

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

2ª SÉRIE

Introdução a estatística

Geometria Plana

Geometria Espacial

Analise Combinatória

Probabilidades

Sistemas lineares

Binômio de Newton

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números

Álgebra

Geometria

Funções

Tratamento da Informação

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

3ª SÉRIE

Matrizes

Determinantes

Geometria Analítica

Polinômios

Números Complexos

Equações Algébricas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Em função dos problemas existentes atualmente, na sociedade de um modo geral,

paralelamente aos conteúdos inerentes da matemática, deverão ser abordadas questões, tais

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como: Drogas, DSTS, Ética, Cidadania, Gravidez na Adolescência, Uso racional da Água,

Lixo e Reciclagem, Política, Preservação do meio Ambiente, etc...

Além desses temas deverão ser trabalhadas nas aulas de matemática, atividades

relacionadas ao desenvolvimento do raciocínio e concentração através de jogos para treinar

o cérebro, como o Sudoku, Xadrez e outros.

Cultura Afro

Educação no Campo

Tecnologia

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo em vista que a formação do estudante crítico, capaz de agir com autonomia

nas suas relações sociais é preciso que ele se aproprie de conhecimento, dentre eles, o

matemático.

Para que o aluno possa se apropriar desse conhecimento, é necessário que o

professor use diferentes procedimentos metodológicos, tais como: resolução de problemas,

étno - matemática, modelagem matemática, mídias tecnológica e história da matemática.

Resolver problemas é da própria natureza humana. Podemos caracterizar o homem

como o “animal que resolve problemas.” Pela sua própria história a matemática mostra que

foi construída em resposta a perguntas motivadas por problemas, seja de ordem prática

(como divisão de terras, cálculos de questões financeira, etc) seja vinculada às outras

disciplinas (como Física, a Química, etc.) ou ainda ligados a própria matemática.

Dessa forma a resolução de problemas é da própria essência da Matemática,

funcionando como um grande organizador do processo de aprendizagem.

A etnomatemática procura, resolver e registrar questões de relevância social que

produzem conhecimento matemático, priorizando um ensino que valoriza a história dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais, dessa maneira os

conteúdos matemáticos devem ser desenvolvidos de forma contextualizada, observando a

realidade do aluno.

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A modelagem Matemática propõe a valorização do aluno no contexto social,

transformando problemas reais com problemas matemáticos e resolve-los interpretando

suas soluções na linguagem do mundo real.

Em face de grande evolução dos meios tecnológicos, (tais como: computador,

Internet, TV, vídeo, calculadoras, etc. estes devem ser utilizados nas aulas de matemática

de forma a favorecer as experimentações matemáticas, potencializando a inserção de

diferentes jeitos de ensinar e aprender.

Enfim conhecer a história da matemática e utiliza-la na elaboração de problemas é

permitir ao aluno perceber a matemática como campo do conhecimento que se encontra em

construção e que somos agentes desse processo.

Portanto entendemos que não existe uma receita pronta para o ensino e

aprendizagem da matemática, temos que manter um diálogo contínuo buscando sempre a

sua evolução.

Visando a valorização da história e cultura dos afro-brasileiros e dos africanos e que os

negros reconheçam sua cultura nacional que passam expressar visões de mundo próprias,

manifestar com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos, a disciplina de

matemática deve abordar nos conteúdos situações, como:

Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor, renda

e escolaridade no país e no município.

Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.

Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à população

negra.

Buscando a valorização do homem do campo os conteúdos escolares serão selecionados

e priorizados a partir de seu contexto social, através da investigação por parte do professor,

dos conteúdos históricos que contribuem nos diversos momentos pedagógicos para a

ampliação dos conhecimentos dos educandos e seu acesso às tecnologias.

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CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser um processo que possibilite o progresso pessoal do aluno,

servindo também como indicativo sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e

procedimentos desenvolvidos e ainda como verificador da maneira que os professores se

comunicam com os mesmos.

Dessa forma vemos que a avaliação não deve ser um processo classificatório

utilizada como instrumento de aprovação ou reprovação, ela deve ser antes de tudo, um ato

amoroso, acolhedor, integrativo e inclusivo. Para tanto a avaliação deve seguir alguns

princípios básicos:

Ser um processo contínuo e sistemático; portanto, deve ser constante

e planejada, fornecendo feedback ao professor e permitindo a

recuperação do aluno;

Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo

atingidos;

Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o

quanto antes;

Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não são

apenas os aspectos cognitivos que são analisados, mas os

comportamentais e sua habilidade psicomotora também.

Finalmente observamos que não podemos avaliar somente através de provas e

testes, devemos levar em consideração o desenvolvimento de modo geral do aluno durante

todo o processo de construção do conhecimento.

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BIBLIOGRAFIA

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Carbo. A Resolução de Problemas na Matemática Escolar- São Paulo – 1997.

CARAÇA, Bento de Jesus.Conceitos Fundamentais da Matemática –.Longen, Adilson –

Curitiba Paraná – positivo, 2004.

SPINELLI, Valter Souza, Matemática – São Paulo, Editora Ática, 2001.

UBIRATÃ, D’Ambrosio, – Etnomatematica, Elo entre as tradições e a modernidade –

Belo horizonte, Editora Autentica, 2005.

LUCKSI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar, 17º Edição – São Paulo,

2005.

CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Portugal, Lisboa.

Gradiva,2005.

KRULIK, Stephen; Reys, Robert E., A Resolução de Problemas na Matemática Escolar.

São Paulo. Atual Editora, 2005.

Diretrizes Curriculares da Disciplina de Matemática Ensino Médio/SEED – Versão

Preliminar 2006

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DISCIPLINA: QUÍMICA - ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Química começou com o homem primitivo, quando ele aprendeu à “ produzir o

fogo”, a cozer os alimentos, a fazer tintas para se pintar, a usar plantas como remédio para

suas doenças, etc.

Posteriormente, o homem aprendeu a fazer o pão, a produzir bebidas alcoólicas, a

curtir couro, etc. No começo da era Cristã, surgiram os chamados alquimistas, que

sonhavam em descobrir o “elixir da longa vida” e também algum processo para transformar

metais comuns em ouro. Enfim, a Química nunca parou de evoluir.

A Química moderna surgiu no final do século XVIII e no início do século XIX, e

está associada a muitas pessoas. Vamos citar apenas duas como ponto de referências: o

francês Antoine L. Lavoisier (1743 – 1794) e o inglês John Dalton (1766 – 1844).

Considera-se que a certidão de nascimento “da Química Moderna” seja o livro de

Lavoisier, Traité Elémentaire de Chimie, que veio a lume em 1789.

A Química como ciência, representa uma significativa evolução humana, não só na

elegância da própria disciplina, mas também na sua capacidade em auxiliar na resolução de

muitos problemas de uma população burguesa, num mundo de recursos tão limitados.

Há muitas razões que explicam o porquê do estudo da Química. A mesma atua

como um instrumento prático para o conhecimento e a resolução de problemas em muitas

áreas de atuação da vida humana. É usada rotineira e extensivamente em inúmeros campos

de estudos, que ajuda a adquirir um útil discernimento dos problemas da sociedade com

aspecto científico e técnico.

O prazer em aprender e descobrir a origem dos fatos é o combustível necessário

para a motivação, conseqüentemente, a partir do momento em que o aluno consegue esses

ingredientes, passa a ter domínio do assunto e torna-se capaz de ampliar seu campo de

visão e aplicar os conceitos estudados a fatos comuns do cotidiano.

As informações científicas, ajudam-nos a compreender os acontecimentos e a nos

posicionarmos perante eles, como cidadãos informados e conscientes. Quanto mais pessoas

perceberem que a Química é uma ciência que ajuda a compreender melhor o mundo em que

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vivemos e os conhecimentos químicos forem usados com sabedoria e ética, haverá, sem

dúvida, uma melhoria das condições de vida de todos os cidadãos.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

A Química tem muitos objetivos, alguns dos quais coincidentes com outros da

Física e da Biologia, e isso, de um lado, mostra que o objetivo é conhecer alguns aspectos

da natureza e favorecer aos alunos o exercício de observar, indagar e avaliar dados, tirar

conclusões a respeito de fenômenos, dentre outras habilidades. Nessas circunstâncias, os

alunos podem aprender a admitir e respeitar idéias diferentes, exercitar a argumentação e

desenvolver o pensar e o espírito de cooperação.

É bom lembrar que, na escola a Química oferece uma visão introdutória que permite

compreendê-la como uma ciência agradável de ser estudada e cujos reflexos podem ser

sentidos no dia-a-dia, de forma a propiciar ao estudante uma ampla formação que permita a

sua melhor inserção na realidade do mundo globalizado, desenvolvendo suas habilidades de

comunicação, as conexões interdisciplinares de conteúdos, habilidades de trabalho em

equipe e, ao mesmo tempo, de independência intelectual, de modo a permitir aos estudantes

desenvolverem suas futuras carreiras numa base sólida. Portanto, nosso principal objetivo é

dar condições aos alunos para participarem ativamente do processo de aprendizagem, o que

acreditamos ser essencial para que eles aprendam significadamente o conteúdo de Química,

exercendo melhor seus direitos.

Apesar da Química, que se encontra na base dos problemas ambientais ser muitas

vezes, extremamente complexa, seus aspectos centrais podem ser entendidos e apreciados

apenas com um conhecimento de Química básico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua Natureza;

Biogeoquímica;

Química sintética.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

O átomo: da história à sua constituição:

Histórico;

Modelos atômicos;

O núcleo e a caracterização do átomo;

Número atômico e de massa;

Isoátomos;

Diagrama de Linus Pauling;

Eletrosfera: distribuição eletrônica com base nos níveis e subníveis de energia e

com base nos orbitais.

Elementos químicos: classificação periódica:

Tabela de Mendeleiev;

Classificação periódica atual;

Localização dos elementos nos grupos e nos períodos;

Propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos químicos.

Ligações Químicas: formação de substâncias:

Por que os átomos se associam;

Tipos de ligações químicas;

Propriedades das substâncias metálicas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua Natureza;

Biogeoquímica;

Química sintética.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2º ANO

Reações químicas: transformações de substâncias:

Equação química;

Balanceamento de equações;

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Tipos de reações químicas;

Mol – a quantidade de matéria.

Funções Inorgânicas: noções fundamentais:

Ácidos (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura,

classificação);

Bases (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura, classificação);

Sais (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura, classificação);

Óxidos (propriedades funcionais, fórmulas moleculares, nomenclatura,

classificação);

Oxi-redução.

O estado gasoso: um conceito expansivo:

O estado gasoso;

Mistura dos gases;

Massa molar de misturas.

Estudo das soluções:

Misturas.

Termoquímica;

Transformações de energia;

Entalpia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua Natureza;

Biogeoquímica;

Química sintética.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3º ANO

Química Orgânica: o estudo do carbono:

O histórico da Química Orgânica;

Características dos compostos orgânicos;

Características do átomo do carbono;

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Classificação do carbono na cadeia carbônica;

Classificação dos compostos orgânicos.

Os clãs da Química Orgânica:

Função Orgânica;

Nomenclatura oficial.

Comparando compostos orgânicos;

Séries orgânicas;

Propriedades físicas.

Função Hidrocarboneto:

Hidrocarbonetos (alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, aromáticos).

Função Oxigenada:

Álcoois;

Aldeídos;

Fenóis;

Enóis;

Ácidos Carboxílicos.

Função halogenada:

Haletos orgânicos.

Função Nitrogenada:

Aminas, Amidas, Nitrilas.

Função sulfurada:

Ácidos sulfônicos.

Compostos organometálicos.

Compostos de função mista.

Isomeria.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Biografia dos descobridores das sub-partículas atômicas;

Radiatividade; o lado útil e o destrutivo; efeitos da radiação;

Os constituintes básicos do Universo;

A cor da chama depende do elemento químico;

O elemento químico no cotidiano;

A fórmula do corpo humano;

Desenvolvimento de novas ligas metálicas;

Chuva ácida;

Efeito estufa;

Camada de ozônio;

Funções inorgânicas no cotidiano;

Composição do petróleo;

Hulha;

Gás natural;

Etanol;

Metanol;

Aldeídos no cotidiano;

Cetonas no cotidiano;

Ácidos carboxílicos no cotidiano;

Flavorizantes;

Aminas e Amidas no cotidiano.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia no Ensino Médio de Química, tem a preocupação de fornecer

subsídios tanto ao professor, quanto ao aluno para que o binômio ensino/aprendizagem seja

alcançado e situe o estudante como parte do espaço em que vive, orientando-o para a

educação ambiental. Com isso, queremos que nosso aluno aprenda, além do conteúdo

básico necessário, a respeitar a Natureza, sabendo porque e como preserva-la.

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A concepção de que para ensinar e aprender Química é imprescindível para que a

proposta metodológica funcione sobre o aspecto de enxergar no aluno o ser social que ele é:

possuidor de suas próprias referências de vida e ter conhecimento de como o pensamento

científico vem sendo modificado através dos tempos, sempre a partir de novas descobertas

que se apóiam em antigos conceitos e práticas; com isso, valoriza-se o passado como um

suporte do presente, e o presente como um suporte do futuro.

A experimentação desempenha uma função essencial na caracterização do papel

investigativo e de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,

problematização, discussão, enfim, na elaboração de conceitos. É necessário perceber que o

experimento faz\ parte do contexto normal de sala de aula, porém que dicotomiza teoria e

prática.

A aprendizagem de Química pode ser uma oportunidade ímpar para a formação do

indivíduo, na medida que favorece a compreensão de processos de produção de

conhecimento e o exercício da abstração, através de uma atitude crítica e atuação

transformadora na direção de uma sociedade justa.

A química não deve ser vista pelo educando com preocupação exagerada de acertar

ou de decorar fórmulas e nomes, mas sobretudo de aplicar seus conhecimentos adquiridos

no seu cotidiano, seja na zona rural ou urbana, utilizando recursos tecnológicos, cada vez

mais avançados, aprimorando qualidade de suas necessidades.

Uma vez que o Brasil, um país multi-étnico e pluricultural, de organizações

escolares que visam a inclusão, é relevante aprender e ampliar conhecimentos, valorizando

a história e cultura afro-brasileira e africana em que todos devam educar-se enquanto

cidadãos atuantes no seio de uma sociedade capaz de construir uma nação democrática.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação tem a finalidade de verificação da aprendizagem e subsidiar,

redirecionando o curso da ação do professor no processo ensino/aprendizagem, tendo em

vista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola,

portanto deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes do

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diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interação recíproca, no

dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto sujeita a

alterações no seu desenvolvimento. O professor deve usar instrumentos de avaliação, tais

como: seminário, debates, leituras, testes classificatórios, produções de textos, paródias,

poemas, resolução de exercícios, trabalhos através de experiências laboratoriais, etc.

Só atingirá suas finalidades quando der publicidade aos resultados alcançados,

permitindo a comunidade acompanhar os resultados do trabalho educativo.

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BIBLIOGRAFIA

Russeall, Jhon B., Quimica Geral, tradução e revisão técnica Márcia Guekezian I et. Al. I

– 2º Edição – São Paulo, Pearson Markron Books - 1994.

Utimura,Yamoto Veruko, Maria Linguamoto; – Ilustrações de Exata Editoração SC LTDA

– São Paulo – FTD, 1998.

Peruzzo, Tito Miragia, Eduardo leite do Canto. Coleções básica: Quimiva Volume único -

ª edição – São Paulo – Ed. Moderna, 1999.

DEM – Orientação Curriculares – Química – SEED.

MALDANER, Otavio Aloísio - A formação Inicial Continuada de professores de

Química professor/pesquisador – 2ª edição Revista Ijui Ed. Unijui, 2003.

CORREA, Colim; tradução Maria Angeles Lobo Recio e Luiz Carlos Marques Correa – 2ª

edição – Porto Alegre :Bookman, 2002.

KUENZER, Acácia Zeneida – Ensino médio: construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho – 4ª edição – são Paulo – Editora Cortez, 2005.

ROMANELLI, Lilavate izapovitz e Rosaria da Silva Justi – Ijui – Editora Inijui, 2005.

Cruz, Daniel – Química e Física , livro do professor – São Paulo : Ática, 2002.

Diretrizes Curriculares SEED / Julho/2006

Lembo – Realidade e Contexto – 1 edição, Editora Àtica, volume único, 2004.

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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Sociologia é o estudo sistemático das sociedades humanas, dando ênfase especial

a sistemas modernos e industrializados.

Hoje vivemos num mundo preocupante, porem repleto das mais extraordinárias

promessas para o futuro. Um mundo cheio de mudanças, marcado por enormes conflitos,

tensões e divisões sociais, como também pelo ataque destrutivo da tecnologia moderna ao

ambiente natural. Mesmo assim temos a possibilidade, de controlar nosso destino e moldar

nossas vidas para melhor. Poder contribuir para a critica social e para reforma social

pratica, nos fornecendo os meios de aumentar nossas sensibilidades culturais permitindo

que as políticas se baseiem em uma consciência de valores culturais divergentes. Fornece

auto - esclarecimento, e oportunidade aperfeiçoada de alterar as condições de suas próprias

vidas.

A maioria de nós vê o mundo a partir de características familiares a nossas próprias

vidas. A Sociologia mostra a necessidade de assumir uma visão mais ampla, sobre porque

somos, como somos e por que agimos como agimos. Ela nos ensina que os dados de nossa

vida são fortemente influenciada por força históricas e sociais.

A Sociologia surgiu como uma tentativa de entender as mudanças abrangentes que

ocorreram nas sociedades humanas no decorrer dos últimos séculos, e ao impacto das

mudanças trazidas pela modernização no mundo social.

O conhecimento sociológico, crítica das relações sociais tem a finalidade de resgatar

dialeticamente o movimento histórico real e do pensamento a partir dos grupos e classes

que compõem a maioria (excluída) do povo brasileiro: índios negros, mulheres, migrantes,

trabalhadores da cidade e do campo, através da apreensão e compreensão do saber

sistematizado, da trama das relações sociais de classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos

da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais com precisão e uma linguagem

bastante acessível, vem contribuir para reflexão sobre mudanças nas condições sociais,

econômicas e políticas advindas do processo social moderno, despertando interesse e

curiosidade pela analise objetiva da sociedade que o cerca.

Tem por objetivo a compreensão da vida cotidiana, da visão de mundo e do

horizonte de expectativas nas relações com diversos grupos sociais já produzidos pela

humanidade ao longo de sua historia.

Inserir o educando sobre o processo de formação de uma nova sociedade, que se

define como novo modo de produção, capitalismo, e coloca-lo no conhecimento da nova

divisão do trabalho social capitalista contribuindo significativamente para os exercícios da

cidadania.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Processo de socialização e instituição sociais:

Cultura e indústria cultural;

Trabalho, produção e classes sociais;

Poder, política e Ideologia;

Direito, cidadania, movimentos sociais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

O estudo da sociedade humana;

Conceitos básicos para compreensão da vida social;

Comunidades, cidadanias e minorias;

Agrupamentos sociais;

Principais grupos sociais, com suas característica e valores sociais;

Fundamentos econômicos da sociedade;

Visão geral sobre o processo de produção, trabalho;

Matéria –prima e recursos naturais;

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Estratificação e mobilidade social – divisão da sociedade em camadas e as classes

sociais

Cultura e educação, com seus traços culturais na diversidade;

O estudo da contra cultura: socialização e controle social;

Instituições sociais: diferenças e relações;

As mudanças sociais e subdesenvolvimento;

A Sociologia no mundo atual e uso da tecnologia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

São necessárias ações para garantir que os conteúdos propostos se desenvolvam de

uma forma dinâmica e crítica garantindo uma construção a partir da realidade do aluno,

relacionando o conhecimento do senso comum com o conhecimento cientifico, com leituras

sistematizadas.

Não deverá ser negado o saber cotidiano da população, porem não devemos reduzir

a ciência a catalogação e a reprodução deste saber do senso comum.

A preocupação com o estudo do mundo moderno tem se concentrado em refletir as

questões relacionadas a raça, gênero e minoria sociais e sua participação política,

entendendo essa complexidade na caracterização do curso do capitalismo, caracterizando a

angústia das massas populares, catástrofes, constatação da degradação acelerada das

condições de existência, da permanência do desemprego, da destruição da população social

e do surgimento da fome e da arrogância das classes dirigentes que não se envergonham de

exibir suas riquezas aos olhos de quem nada tem.

São fundamentais os múltiplos instrumentos metodológicos , os quais devem

adequar-se aos possíveis desdobramentos dos conteúdos específicos à sua dimensão

pretendida, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da

lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a analise, a discussão, a pesquisa de capo

e bibliografia ou outros, pois assim como os conteúdos estruturantes – e os conteúdos

específicos deles derivados – os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação

ensino – aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da

Sociologia crítica.

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O conhecimento sociológico deve ir muito além da definição, classificação,

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa

primordial do conhecimento sociológico explicitar as problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que sempre dificultam o

desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à

transformação social.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA

Sociologicamente, a avaliação da aprendizagem, utilizada de forma fetichizada é

bastante útil para o processo de seletividade social. Se os procedimentos da avaliação

estivessem articulados com o processo de ensino-aprendizagem propriamente dito, não

haveria a possibilidade de dispor-se deles como se bem entende. Estariam articulados com

os procedimentos de ensino e não poderiam, por isso mesmo, conduzir ao arbítrio.

No caso, a sociedade é estruturada em classes e, portanto desigual. A avaliação da

aprendizagem então, pode ser posta sem a menor dificuldade, a favor do processo de

seletividade, desde que utilizada independentemente da construção da própria

aprendizagem.

Então para cumprir seu verdadeiro significado necessita assumir a função de

subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso

aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que

decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.(Cipriano

C.Luckesi).

Avaliar, se refere a qualquer processo por meios do qual alguma ou varias

características de um aluno, de um grupo de estudante, de um ambiente educativo, de

objetivos educativos, de materiais, professores, programas, etc. recebem a atenção de quem

avalia, analisa e valoriza as características e condições existentes, em função de alguns

critérios ou pontos de referência para emitir um julgamento que seja relevante para a

educação.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias prática de

ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que

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acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim

várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-la, a clareza

dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão/compreensão/reflexão dos

conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a

instituição escolar devem constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e

discursiva e principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

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BIBLIOGRAFIA

OLIVEIRA, Pérsio Santos de – Introdução à Sociologia – Ed. Ática 2002.

FERREIRA Pinto – Editora Revistas dos tribunais,2004.

Sociologia e Ensino em Debates: experiências e discussões de sociologia no Ensino

médio. Leyune, Mato Grosso de carvalho

GIDESN, Anthony – ed. Artimed 4ª edição, 2005. SEED. Diretrizes Curricular de

Sociologia para o Ensino Médio – julho 2006.

JU CHESI, Cipriano - Avaliação e Aprendizagem Escolar. Editora Cortez – 20065.

SANCRISTAN, J. Gineno Perez - Editora Artimede – 2000. BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem, São Paulo,1988.

LEFFA, V.J. Metodologia do Ensino de Línguas,Tópicos lingüístico aplicada.

Forianopolis : Ed. Da UFSC, 1988

MEIRELES, S.M. Língua Estrangeira e Autonomia, In Educar em revista, Curitiba –

UFPR, 2002.

Diretrizes Curriculares SEED/julho 2006.

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DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A abordagem histórica da Língua Estrangeira na educação brasileira contribui para

o desenvolvimento de um trabalho de construção das diretrizes, sem fazer do ensino da

Língua Estrangeira fator de submissão às outras culturas.

Foi em 1776, após a expulsão dos padres jesuítas do Brasil, os quais tinham até

então toda a responsabilidade do ensino, que o ministro Marquês de Pombal implantou o

sistema de ensino régio, com professores não – religiosos, a cargo do estado.

Em 1776, uma escola no Rio de Janeiro começou a ensinar o hebraico. Duas escolas

de Vila Rica, no apogeu da mineração em 1774, ensinavam latim. Em 1790, o rei de

Portugal ordenou que se remunerasse melhor os professores e se lhes desse uma

aposentadoria digna, e aos melhores alunos, uma medalha. Determinou também que se

desse apoio ao ensino do latim e do grego,

Enquanto, predominaram nas escolas do Brasil as línguas clássicas: o grego e o

latim. Eram por meio dessas línguas que se ensinava o vernáculo, história e geografia. O

ensino das línguas modernas teve um leve sopro de incremento com a chegada da família

real, em 1808. Mais tarde, em 1937 quando se fundou o Colégio Pedro II, e finalmente, a

reforma de 1885, trouxe maior importância ao crescimento do ensino das línguas modernas.

O ensino de línguas no período do império mostrava duas fragilidades: uma dizia

respeito à metodologia, que era a mesma tanto no caso das línguas vivas quanto das línguas

mortas – aplicava-se a tradução e a análise gramatical. A outra, por um caráter burocrático

de administração, afunilava-se na escassa competência das congregações dos colégios em

gerir as dificuldades que se apresentavam com este tipo de ensino.

A História nos conta que o ensino de línguas no Brasil, em relação as línguas

escolhidas e à metodologia, apresentou, de forma geral, algumas décadas de atraso em

relação a outros países. Somente trinta anos após a França ter adotado o método direto, é

que este foi implantado no Brasil, em 1931.

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Visto de uma perspectiva histórica, as décadas de 40 e 50, sob a Reforma

Capanema, formam os anos dourados das línguas estrangeiras no Brasil. (Leffa, UnP)

A LDB de 1961 descentralizou o ensino criando o Conselho Federal de Educação

que, entre muitas outras responsabilidades, ficou com a da indicação, para todos os sistemas

de ensino médio, de até cinco disciplinas obrigatórias, e aos Conselhos Estaduais de

Educação coube a responsabilidade de completar o número de disciplinas e indicar as que

poderiam, optativamente, ser adotadas pelos estabelecimentos de ensino. Coube também

aos Conselhos Estaduais, as decisões sobre o ensino de Língua Estrangeira. Foi assim que o

francês teve sua carga semanal diminuída ou foi retirado do currículo, o latim seguiu o

mesmo caminho, salvo algumas exceções e o inglês não sofreu grandes alterações.

A aprendizagem de língua estrangeira é uma possibilidade de aumentar a auto -

percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar-se

no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar

outros no discurso de modo a poder agir no mundo social.

Para que isso seja possível, é fundamental que o ensino de língua estrangeira seja

centrada pela função social desse conhecimento na sociedade brasileira. Tal função está,

principalmente, relacionada a uso que se faz de língua estrangeira via leitura, embora se

possa também considerar outras habilidades comunicativas em função da especificidade de

algumas línguas estrangeiras e das condições existentes no contexto escolar. Além disso,

em uma política de pluralismo lingüístico, condições pragmáticas apontam a necessidade de

considerar três fatores para orientar a inclusão de uma determinada língua estrangeira no

currículo: fatores relativos a história, as comunidades locais e a tradição.

Pode-se dizer que é compreendida como uma forma de se estar no mundo com

alguém e é, igualmente, situada na instituição, na cultura e na história.

Os processos cognitivos têm uma natureza social, sendo gerados por meio da

interação entre um aluno e um parceiro mais competente.

Em sala de aula, esta interação tem, em geral, caráter assimétrico, o que coloca

dificuldade específica para construção do conhecimento.

Os temas centrais desta proposta são a cidadania, a consciência crítica em relação a

linguagem e os aspectos sócio políticos, aprendizagem de língua estrangeira.

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Este tema se articula com os temas transversais dos Parâmetros Curriculares

Nacionais, notadamente, na possibilidade de se usar a aprendizagem de língua como espaço

para se compreender na escola as várias maneiras de se viver a experiência humana. Duas

questões teóricas em coram os parâmetros de línguas estrangeiras numa visão

sociointeracional da linguagem e da aprendizagem. O enfoque sociointeracional da

linguagem indica que, ao se engajarem no discurso, as pessoas consideram aqueles a quem

se dirigem ou quem dirigiu a elas na construção social do significado. É determinante nesse

processo o posicionamento das pessoas na instituição, na cultura e na história. Para que essa

natureza sociointeracional seja possível, o aprendiz utiliza conhecimento sistêmico de

mundo e sobre a organização textual, além de ter e aprender como usá-lo na construção

social dos significados via língua estrangeira. A consciência desses conhecimentos e a de

seu uso são essenciais na aprendizagem, posto que focaliza aspectos metacognitivos e

desenvolve a consciência crítica do aprendiz no que se refere como a linguagem é usada no

mundo social, como reflexos de crenças, valores e projetos políticos.

O conhecimento do mundo se refere ao conhecimento convencional que as pessoas

tem sobre as coisas do mundo, isto é, sempre é conhecimento do mundo. FicaM

armazenados na memória das pessoas conhecimentos sobre várias coisas e ações, por

exemplo, festas de aniversário, casamento etc.

Estes conhecimentos, organizados na memória em blocos de informação, variam de

pessoa para pessoa, pois refletem as experiências que tiveram, os livros que leram, os pais

onde vivem etc.

É esse tipo de conhecimento que permite a uma pessoa que vive no norte do Brasil,

por exemplo, compreender o enunciado. Da mesma forma, ausência de conhecimento de

mundo adequado pode constituir dificuldade para um profissional da área de Química, por

exemplo, compreender um texto, escrito em sua língua materna, sobre o ensino de línguas,

por lhe faltar conhecimento específico sobre essa área de conhecimento, embora não tenha

nenhuma dificuldade com aspectos do texto relacionado ao conhecimento sistêmico.

No Estado do Paraná a partir da década de 70, tais questões geram movimentos de

professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esse movimento se fez presente, no

Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, que constava já com professores de latim,

grego, francês, inglês e espanhol.

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Uma das forma encontradas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas

públicas após o parecer 581/76, bem como uma tentativa de rompimento com a hegemonia

de um único idioma ensinado nas escolas foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras

no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual passou a oferecer aulas de inglês,

espanhol, francês e alemão, aos alunos, no contraturno. O reconhecimento da importância

da diversidade de idiomas, também foi percebido na medida que a UFPR, a partir de 1982,

incluiu no vestibular as línguas espanhola, italiana e alemã. Esse fato estimulou a demanda

de professores que pudessem ensinar estas línguas.

Em meados de 1980 a redemocratização do país era o cenário propicio para que os

professores organizados em associações liderassem um amplo movimento pelo retorno da

pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais

mobilizações a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente os Centros de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEMs) no estado do Paraná, em 15 de agosto de 1986, como

forma de valorização da diversidade étnica que marca a história do Estado.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 9.394, determinou

que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino

fundamental, a partir da 5ª série, sendo que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade

escolar, dentro das possibilidades da instituição (Art. 26, §5º). Referindo-se ao Ensino

Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira moderna, como

disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter

optativo, dentro das disponibilidade da instituição. (Art. 36, Inciso III).

Ao historicizar o ensino da língua estrangeira, pretendeu-se, suscintamente,

problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os

aspectos que têm marcado o seu ensino, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais

e educacionais.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Ultrapassar as questões as questões técnicas e instrumentais e centrar-se na

educação é um dos objetivos fundamentais no trabalho com a disciplina do ensino de uma

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língua estrangeira. O professor deverá, acima de tudo, ser educador, ensinar aos alunos

maneiras de construir significados, elaborar procedimentos interpretativos e construir

significados do mundo. Trabalhar a língua enquanto discurso entendido como prática social

significativa, compreender num texto concreto e preciso sua significação numa enunciação

particular

Proporcionar ao aluno uma prática significativa, na qual ele tenha acesso a discursos

variados, orais e escritos, a qual possa se sentir inserido numa determinada realidade capaz

de interagir com ela, só assim o sujeito terá possibilidade de ampliar seu conhecimento de

mundo e desenvolver seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo. O aluno

deverá ser capaz de perceber a língua como algo que constrói e é construído por uma

determinada comunidade, constatar outras culturas com a sua própria, afirmar a sua

identidade cultural e, até mesmo modificar a partir do contato com os outros. Proporcionar

subsídios para que seus alunos sejam capazes de atribuir significados na língua, ensinar

estruturas consideradas fundamentais em sua prática de ensino, ir além das questões

lingüísticas incluindo questões culturais e extralingüísticas. A Língua Estrangeira no

Ensino Médio é orientar no sentido da formação integral do sujeito, será articulada como as

demais disciplinas do currículo, desenvolver formas de pensamento relacionado aos vários

conhecimentos.

Preparar o aluno do Ensino Médio para o trabalho e para a continuidade nos estudos

que serão atingidos na medida em que o objetivo maior for alcançado, que os alunos

conclua o Ensino Médio como sujeito capaz de interagir criticamente o mundo a sua volta,

estará também apto tanto para dar continuidade aos seus estudos como para enfrentar o

mundo do trabalho.

Compreender a relevância do conhecimento dessa língua, como instrumento de

comunicação que lhe possibilitará desenvolver-se cultural e profissionalmente.

Permitir ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente,

propiciam sua interação num mundo globalizado.

Levar o aluno a entender, falar, ler e escrever, acreditando que, a partir disso, ele

será capaz de usar o novo idioma em situações reais de comunicação.

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Page 255: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Entender a comunicação como uma ferramenta imprescindível do mundo moderno,

com vista à formação profissional, acadêmico ou pessoal, deve ser a grande meta do ensino

de Línguas Estrangeiras no Ensino Médio.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º ANO

Conhecimentos lingüísticos

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Vocabulário

Estrutura gramatical

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2º ANO

Conhecimentos lingüísticos

Gêneros textuais

Gêneros discursivos

Textos com cognatos e termos transparentes

Vocabulário

Práticas de leitura, escrita e oralidade

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Discurso

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

3º ANO

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Page 256: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Práticas de leitura, escrita e oralidade

Estudo morfossintáticas

Funções da língua

Estrutura gramatical

Vocabulário

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A aquisição da linguagem é entendida como resultado da interação entre o

organismo e o ambiente, através de assimilações e acomodações responsáveis pelo

desenvolvimento da inteligência.

Esta diretriz fundamenta o trabalho com a língua estrangeira, considerando o

processo dinâmico e histórico das diferentes e suas contribuições e contradições.

A competência comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da língua e não

apenas a busca da interação e não apenas da precisão, para autenticidade da língua e

contexto, atendendo às necessidades dos alunos no mundo real. O ensino de língua

estrangeira deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e se centrar na educação,

pois para que o aluno reflita e transforme a realidade que lhe apresenta, é preciso que

entenda essa realidade, seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e

culturais e, inclusive, perceba que esta realidade não é estática e nem definitiva, mas

inacabada, está em constante movimento e transformação.

Destaca-se, assim, a necessidade dos professores nas aulas de línguas estrangeiras

explorarem com seus alunos os diversos tipos de textos, comparando: a unidades temáticas,

lingüísticas e composicionais de um texto com outros textos e construindo a sua estrutura a

partir das reflexões da sala de aula; textos de países que falam o mesmo idioma estudados

na escola e observar aspectos culturais que ambos veiculam; textos publicados nacional e

internacionalmente sobre o mesmo tema e observar as abordagens de tais publicações e,

ainda, as estruturas fonéticas, sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estudada com

a da língua materna.

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Page 257: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Essa perspectiva permite que, tanto alunos como professores percebam que é

possível construir significados, além daqueles que são possíveis na língua materna,

percebam que há outras possibilidades de se entender o mundo.

Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao

interagir com a língua, estão interagindo com pessoas específicas em que é preciso levar em

conta que para entender um enunciado em particular ter em mente que disse o que, para

quem, onde e porque é imprescindível.

Outro grande desafio se coloca em se abordar uma prática social, capacitar uma

pessoa a se mover do estado de viver de forma relativamente restrita ao seu mundo

cotidiano até tornar-se um sujeito razoavelmente ativo na mudança de seu ambiente, o que

requer uma compreensão acurada da realidade na qual está inserido. É partindo desse

principio que entende-se que embora a escola regular seja o local preferencial para a

promoção da aprendizagem e inclusão de alunos com necessidades educacionais e

dificuldades de aprendizagem, no entanto, essa é uma tarefa que não depende apenas do

compromisso técnico e político dos governos, mas de pais, familiares, professores,

profissionais, enfim, de todos os membros da sociedade, pois o processo de inclusão exige

planejamento e mudanças.

Diante disso o desafio da inclusão escolar é enfrentado como uma nova forma de

repensar reestruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a não criar a penas

oportunidade efetivas de acesso para crianças e adolescentes com dificuldades, mas, sobre

tudo, garantir condições indispensáveis para que possa manter-se na escola e aprender

Levando-se que o homem é um indivíduo que aprende a conhecer a

responsabilidade e a importância de ser, enquanto cidadão, e do ser do cosmos, é também

um indivíduo culto, sensível, ético e holístico. Ao elaborar esta concepção, o ensino da

Língua estrangeira deve propiciar espaços cognitivos e afetivos do aluno, buscando a

formação de um homem crítico e auto-crítico, democrático, com capacidade de

compreensão, produção de mensagens, de relacionar os novos conhecimentos com os já

adquiridos e de expressar a sua afetividade, de forma atuante e transformadora.

Assim, o professor precisa criar estratégias para que os sujeitos alunos percebam a

heterogeneidade da língua, cujos sentidos possíveis atribuíveis são as necessidades

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específicas dos alunos, a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com os

textos.

O professor, portanto, nos trabalhos concebidos precisa valorizar o conhecimento de

mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões referentes aos assuntos

abordados, explorando todos os sentidos possíveis.

Nesse sentido, o aluno, agente ativo do processo de ensino e de aprendizagem, deve

ser instigado pelo professor a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos,

necessidades e anseios relacionados à aprendizagem.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação está inserida no processo ensino e aprendizagem que resultara em

múltiplas atividades que serão realizadas com o objetivo de verificar o nível de

aprendizagem dos conteúdos propostos. É considerado instrumento de avaliação, qualquer

recurso que julgar importante.

A Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional em 1996, determina que a

avaliação seja contínua e comutativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os

quantitativos.

Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,

principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as aulas de

acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais

são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais e as práticas

leituras, escritas ou oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhados e que

precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com

os discursos em língua estrangeira.

Na apreciação dos aspectos qualitativos deverão ser consideradas a compreensão e o

discernimento dos fatos e a percepção de suas relações; a aplicabilidade dos

conhecimentos; a capacidade de análise e síntese, além de outras habilidades intelectivas

que advierem do processo de atitudes demonstrada.

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Possibilitar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem e deverá

organizar-se aproveitando material vivo, isto é, textos reais, efetivamente presentes na

interação.

É essencial que se faça uma reflexão sobre o que será avaliado, bem como, sob

quais condições o ensino se realiza. O educando não pode e não deve refletir literalmente o

que lhe foi ensinado. Ele deve manipular o que aprendeu e explicar esses conhecimentos

em situações novas, de maneira criativa, devem ser seguidos às determinações da norma

culta sem, contudo, se desrespeitar a linguagem do aluno.

A participação do aluno em sala de aula deve ser avaliada. A avaliação deve prever a

análise criteriosa das condições gerais dos alunos de forma a permitir uma ordenação de

dados reais e concretos sobre os mesmos para consubstanciar decisões didático –

metodológicas em relação a ciclos de aprendizagem.

No Ensino Médio iremos trabalhar com auto-avaliação, pois assim permitira ao

aluno detectar seu próprio progresso e deficiência; e ao professor sua ação educativa. A

avaliação pelos grupos suscita o debate, a maior responsabilidade engajado de seus

participantes na solução mais efetiva do problema existentes em sala de aula, pela maior

socialização do processo ensino-aprendizagem.

As leituras, as pesquisas, as tarefas, os trabalhos em grupos, as apresentações e

demais atividades são todas as formas diferentes e necessárias para avaliar e ser avaliado,

uma vez que possibilitam a análise e descrição do processo que o aluno e professor usam

para se orientar e realizar suas tarefas.

A avaliação deverá ser contínua e cumulativa. Ela também poderá ser pontual, isto

é, enfocar, a cada mês ou a cada bimestre, os aspectos gramaticais, de vocabulário e de uso

estudados naquele período, visando um teste do seu grau de fixação. O importante é que

esses testes tenham uma efetiva dimensão educativa, sirvam de instrumento de diagnóstico

para o professor e igualmente para o aluno com vistas à medida compensatórias e eventuais

insuficiências.

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BIBLIOGRAFIA

FILHO, José Carlos P. de Almeida. O Professor de Língua Estrangeira em Formação.

LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem escola. São Paulo: Cortez.

BAKHTEN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: 1998.

LEFFA, V.J. Metodologia do Ensino de Línguas, Tópicos Lingüístico Aplicada.

Florianópolis: Editora da UFSC, 1988.

MEIRELES, S.M. Língua Estrangeira e Autonomia, In Educar em Revista. Curitiba:

UFPR, 2002.

AFONSO, Almeirindo J. (2002). Avaliação Educacional: Regulação e Emancipação.

São Paulo: Cortez.

Paraná SEED-Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Para o Ensino Médio -

Curitiba –SEED/2006

SAUL, Ana Maria – Avaliação Emancipatória: Desafio à Teoria e a prática de Curriculo –

2ª edição – São Paulo: Artes 1994.

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Page 261: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares brasileiros

desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais. No entanto, essa aparente “tradição”

do ensino de Filosofia é bastante questionável, a partir de um olhar mais atento sobre os

objetivos, as “utilidades” e os conteúdos que historicamente constituíram-na como

disciplina escolar. Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou,

porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira que oscilou entre

a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um dos documentos

educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de

1932 -, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebe-se que os currículos

escolares sofreram uma queda significativa da participação das humanidades. A nova

política educacional previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de nível

secundário e superior, como base da economia nacional, com a necessária variedade de

tipos de escola.

Com a Lei nº 4.024/61, a Filosofia deixava de ser obrigatória, e, sobretudo, com a

Lei nº 5.692/71, em pleno regime militar, o currículo escolar não deu espaço para o ensino

e estudo da Filosofia, que desapareceria dos currículos escolares do Segundo Grau durante

a ditadura, sobretudo por não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento. O

pensamento crítico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes.

Dois exemplos ilustrativos dados por Corbisier (1986, p. 84): O Instituto Brasileiro de

Filosofia (IBF), fundado em 1951, “atravessou incólume os 15 anos de ditadura militar,

sem que nada acontecesse. Ao longo desses 15 anos, de opressão e repressão, de prisão,

tortura e morte, nenhum diretor ou professor desse Instituto foi processado ou preso (...)”.

O outro exemplo envolve o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), fundado em

1954 que foi extinto, por decreto, dias depois do golpe militar de 1964. Porque um

permaneceu aberto, em funcionamento, e o outro foi fechado e extinto pela ditadura

fascista. A Filosofia torna-se perigosa, subversiva, a partir do momento que deixa de ser

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essa interminável e estéril ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar

dos mesmos problemas, insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se (...) prática.

Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual Filosofia se

pretende nesta Diretriz e como pode ser estudada e ao pensar o ensino de Filosofia, esta

Diretriz faz ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há como

atuar no campo politico e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o

direito de pensar, a capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa

opõe resistência.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Tem por objetivo definir os conceitos fundamentais e deve ter claro que o processo

de ensino aprendizagem em Filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas

as outras disciplinas. O aprender e o ensinar em Filosofia só se concretiza na experiência

que acontece em cada aula, superando a passividade, o senso comum e os preconceitos que

trazem do seu dia-a-dia. Na busca de objetivos para o ensino de Filosofia no ensino médio,

deve-se considerar o ensino como problemática central, que exige uma tomada de posição

teórica e prática dos agentes envolvidos no processo.

Desse modo, consideramos algumas práticas que julgamos relevantes para o

entendimento da abordagem, tais como: construir o desenvolvimento e a autonomia do

educando; o diálogo como experiência primordial; substituir o verticalismo e o

autoritarismo pela discussão coletiva e pela participação consciente e responsável dos

educandos.

O ensino de Filosofia não tem apenas por objetivo ensinar algumas filosofias, nem

conteúdos prontos e acabados e não se resume a uma simples técnicas didáticas, e também

não é um treinamento para uma reprodução mecânica de conhecimentos adquiridos através

de uma atividade problematizadora na busca de inteligibilidade daquilo que se apresenta

como problema e como algo interrogativo. E cabe ao docente elaborar o seu programa de

curso, para que possa orientá-lo numa perspectiva que contemple os interesses dos

estudantes de acordo com suas necessidades aplicando com rigor, radicalidade e totalidade.

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Page 263: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Fundamentar nas ações, decisões humanas contextualizadas, mediadas pela

linguagem e por uma leitura que manifeste o essencial da experiência filosófica, levando o

aluno a analisar o texto filosófico de forma a articular a sua linguagem a sua linguagem

com as construções argumentativas sem trazer prejuízos no todo da obra e no seu

entendimento.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que se

constituíram historicamente, em contexto e sociedades diferentes, mas que neste momento

ganham sentido político, social e educacional, tendo em vista o estudante do Ensino Médio.

Estas Diretrizes Curriculares propõem a organização do ensino de Filosofia por

meio dos seguintes conteúdos estruturantes:

Mito e Filosofia;

Teoria do conhecimento;

Ética;

Filosofia política;

Estética;

Filosofia da Ciência.

Dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, professor de Filosofia poderá

fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o recorte do específico –

que julgar possível e adequado. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes

Ética e/ou Filosofia Política, o professor poderá fazer um recorte a partir da perspectiva da

Filosofia latino-americana ou de qualquer outra filosofia, tendo em vista a pluralidade

filosófica da conteiporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva

do diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismos, niilismo, doutrinação, portanto, sem

qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.

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Page 264: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É fundamental os múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se

aos possíveis desdobramentos dos conteúdos específicos e conteúdos estruturantes da

Filosofia os quais devem ser apresentados em quatro momentos abrangendo a

sensibilização; a problematização; a investigação; a criação de conceitos. O ensino de

Filosofia deve nortear na quem dialoga com a vida, por isso, é importante que, na busca de

resolução do problema, haja preocupação também com uma análise da atualidade, com uma

abordagem contemporânea que remeta o estudante à sua própria realidade. Dessa forma, a

Filosofia ajuda a entender e analisar filosoficamente o problema em questão a ser trazido

para o presente com o intuito de entender o que ocorre hoje e como podemos atuar sobre

eles diante de nossa sociedade.

O Livro Didático Público de Filosofia incorporou, conforme seus limites e

possibilidades, os quatro eixos do ensino de Filosofia: a sensibilização, a problematização,

a investigação e a criação de conceitos, porém sabemos que o livro didático deve ser

aproveitado para enriquecer a investigação filosófica, este conhecimento deve ir muito além

de uma simples investigação dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do

conhecimento filosófico explicar e explicitar as problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, para a clareza que se pretende atingir no sentido da compreensão e

reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também

professores e a instituição escolar devem renovar constantemente suas práticas

metodológicas com qualidade e democracia.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação em Filosofia não pode ser concebido como um processo separado, mas

na sua função diagnóstica, ou seja, tem a finalidade de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem, pela qualidade com que professores,

estudantes e a própria instituição de ensino o constróem coletivamente. Por isso, a

avaliação não se restringiria a quantidade de conteúdo que o aluno assimilou, pois o que é

essencial é a capacidade dele argumentar ao assumir suas posições.

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O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e

discursos.

Assim, torna importante avaliar a capacidade do aluno do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

- qual conceito trabalhou e criou/recriou;

- qual discurso tinha antes;

- qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

Portanto, a avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do

que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Filosofia.

REALE, G; ANTISERE, D. História da Filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:

Paulus.

CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. 2ª edição. Rio de Janeiro. Civilização

Brasileira, 1986, v.1.

FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

KONDER, Leandro – O futuro da filosofia da Práxis – O pensamento de Marx no

século XXI, 2006.

SEED, Livro Didático – Filosofia – Ensino Médio.

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13- PROJETOS EM DESENVOLVIMENTO E A SEREM DESENVOLVIDOS

1) Agenda 21 Escolar

Introdução:

Diante dos fatos que vem acontecendo temos cada vez mais a certeza que o

atual modelo de crescimento econômico tem gerado enormes desequilíbrios ecológicos.

Temos consciência que o desenvolvimento é necessário, mas tem que ser respeitado o meio

ambiente. Com a elaboração da Agenda 21 escolar teremos como principal desafio,

elaborar um planejamento voltado para a ação compartilhada na construção de propostas

voltadas para a elaboração de uma visão de futuro entre todos os envolvidos com a

realização do Fórum abordando abordando os aspectos ambientais, sociais e econômicos

locais iremos definir as ações que levará a escola e comunidade contribuírem para um

futuro desejado. “Agenda 21” é um programa de ação para viabilizar a adoção do

desenvolvimento sustentável e ambientalmente racional em todos os países. Nesse sentido,

o documento da Agenda constitui, fundamentalmente, um roteiro para a implementação de

um novo modelo de desenvolvimento que se quer sustentável quanto ao manejo dos

recursos naturais e preservação da biodiversidade, equânime e justo tanto nas relações

econômicas entre os países como na distribuição da riqueza nacional entre os diferentes

segmentos sociais, economicamente eficiente e politicamente participativo e democrático.

No Brasil, as instituições não-governamentais e os governos locais têm se mostrado muito

mais sensibilizados e ativos do que o governo federal na elaboração da Agenda 21 e na

incorporação dos princípios da sustentabilidade às políticas públicas, programas, projetos e

até mesmo aos padrões de consumo e comportamento.

Os objetivos da Agenda 21 estão primeiramente no sentido de sensibilizar,

amadurecer a comunidade escolar quanto à importância de se trabalhar coletivamente.

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Page 267: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Durante a realização do Fórum queremos dar ênfase a três planos tais como:

- Jardinagem Escolar

- Horta Escolar

- Lixo Escolar

Com a elaboração da Agenda 21 queremos desenvolver um trabalho voltado para:

- Dimensões sociais e econômicas no sentido de haver uma maior integração entre meio

ambiente e desenvolvimento.

- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento no sentido de incentivar o

plantio de árvores e arbustos e outras plantas contribuindo para um ambiente mais

agradável.

- Fortalecimento do papel dos grupos principais no sentido de reconhecer e considerar o

papel das populações, respeitando a diversidade étnica-racial em especial a negra.

- Os meios de implantação serão de forma reorientar a comunidade local no sentido de

buscar um desenvolvimento sustentável, desejável e correto.

Em análise com a comunidade verificamos primeiramente que são

necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida.

Sabemos que as bases da segurança global estão ameaçadas e é imperativo que nós povos

da Terra, declaremos responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade

da vida e com as futuras gerações.

1.1 -Lixo na Escola:

Introdução:

Sabemos que o lixo é um problema sério para nossa comunidade. O problema atinge

a todos porque colabora com a proliferação de insetos e vírus. Mesmo uma escola bem

limpa e bem cuidada pode e deve incorporar o problema do lixo como uma questão a ser

refletida no sei dia-a-dia. Uma escola preocupada com a questão ambiental deve analisar o

lixo que produz e pensar na possibilidade de reaproveitá-lo, reutiliza-los ou recicla-lo.

Objetivos:

- Estimular a mudança de atitudes e a formação de novos hábitos com a relação à utilização

dos recursos naturais e favorecer a reflexão sobre a responsabilidade ética de nossa espécie

como o próprio planeta com um todo.

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Page 268: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Refletir sobre a importância de evitar o desperdício para tornar melhor a qualidade de

vida, já que vivemos numa sociedade de consumo.

Estratégias:

- Confeccionar lixeiras reaproveitando latões de plásticos ou metal, decorando-as.

- Cada grupo de aluno encarrega-se de decorar uma lixeira para sua sala de aula e outra

para o pátio.

- A cada ano pode-se inovar as lixeiras fazendo com que novas turmas se envolvam no

projeto.

- Palestras voltadas para os alunos, pais, funcionários de apoio e comunidade.

- Separar o lixo, principalmente o papel produzido pelos alunos e escola, para repassar aos

catadores de papel.

1.2 - Horta na Minha Escola

Esse Projeto surgiu da necessidade de trabalhar com diversos aspectos ligados ao

meio ambiente.Pois queremos uma horta bem planejada proporcionando boa qualidade de

vida para nossos alunos.Neste Projeto, os alunos podem atuar como responsáveis pela

seleção das espécies a serem cultivadas na horta. A horta e o jardim são projetos

complementares, pois seus objetivos se aproximam. Neste Projeto todos os professores e

alunos podem se envolver.

Objetivos:

Buscar mudanças na qualidade de vida que vivem a harmonia entre os seres

humanos e outras formas de vida.

- Dar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimento.

- Criar na escola, uma área verde produtiva pela qual todos se sintam responsáveis.

- Resgatar da trajetória familiar as espécies que costumam ser cultivadas na região.

- Identificar os canteiros com o nome das plantas cultivadas e as séries responsáveis.

- Pesquisar receitas junto às famílias e outras pessoas da comunidade que contenham os

alimentos cultivados na horta.

Estratégias:

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- Preparar o solo, com ajuda de Engenheiros ou Técnicos locais.

- Selecionar as espécies a serem cultivadas e dividir essa tarefa para os professores,

distribuírem para os alunos.

- Cada Equipe decide o que cultivar e a época propícia, sendo o período de semeadura e

colheita.

- Sempre verificar se a colheita implicará na retirada de toda a planta ou de apenas parte.

- Desenvolver atividades para melhorar e preservar o meio ambiente e o patrimônio de

nossa escola e comunidade.

- Levar o aluno a respeitar a natureza promovendo a integração homem-meio-ambiente a

fim de torna-lo um ser consciente preocupado com o futuro de nosso planeta.

- Reconhecer a escola como um espaço privilegiado de formação de cidadãos que

respeitem o meio em que vivem, de forma a cuidarem e preservarem cotidianamente os

espaços em que estão inseridos (casas, ruas, praças, escolas, córregos, rios, etc.)

- Utilizar o próprio ambiente escolar com a finalidade educativa e uma ampla gama de

métodos para transmitir e adquirir o conhecimento sobre o meio ambiente, ressaltando

principalmente atividades práticas e as experiências pessoais.

1.3 - O Jardim da Escola

Introdução:

As áreas externas de uma escola são na realidade, o seu cartão de visitas,

pois ao entrar numa escola a primeira coisa que se deparamos é com o espaço entre o

portão é a primeira edificação. Organizar um jardim na escola é algo que não tem um

tempo pré-denominado. Desde 1998 deu-se início a organização de um jardim e com o

passar dos anos foram sendo realizadas manutenções permanentes, por que a jardinagem foi

incorporada como um projeto permanente na escola, no qual a cada ano novas turmas são

envolvidas.

Envolvimento:

Professores, funcionários, alunos e pais tem dado sua parcela de contribuição

para a realização deste projeto.

Objetivos:

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Criar na escola uma área verde produtiva, pela qual todos se sintam

responsáveis, que tome as áreas externas e outros espaços da escola mais agradáveis e

prazeroso de se estar.

Resultado:

O resultado desse trabalho é o próprio jardim, que torna os espaços mais

agradáveis e que os alunos aprendam os cuidados necessários para mantê-lo. Por outro

lado, os alunos poderão ser envolvidos em pesquisas complementares, com conteúdos de

Arte, Língua Portuguesa, Ciências, Geografia e outras.

Atividades a Serem Desenvolvidas Futuramente:

- Organizar um livro sobre as plantas típicas da região. Através de entrevistas com a

comunidade e também consultar livros e enciclopédias sobre o assunto.

- Elaborar ilustrações das plantas da região, que poderão ser inseridas no livro, usa-las

como ilustração para calendários ou simplesmente como enfeite nas paredes da escola.

- Realizar seminários sobre jardinagem, apresentando as espécies que foram cultivadas,

dando dicas de plantio e manutenção e, até discorrer sobre as possíveis utilidades de

algumas espécies.

- Montar um catálogo de flores e folhas secas com a classificação das plantas e uma

descrição das suas características, que ser transformado em um material de pesquisa para os

alunos.

- Montagem de quadros decorativos com folhas e folhas secas com vidro e espelho.

2- EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às

diferenças de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou

permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem. Outra abordagem simplista que é

observada, tanto na maioria das narrativas dos autores quanto nos discursos, é a afirmação

de que o fenômeno da inclusão é o inverso da exclusão. Ao contrário: o avesso da inclusão

pode ser uma inclusão precária, instável e marginal decorrente de inúmeros fatores dentre

os quais a “sociedade capitalista que desenraiza, exclui, para incluir de outro modo,

270

Page 271: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

segundo suas próprias regras, segundo sua própria lógica. O problema está justamente

nessa inclusão” (Martins, apud Amaral, 2002, p.32).

A inclusão educacional para efetivar-se necessita do suporte da Educação

Especial, incluindo a implantação e/ou implementação de uma rede de apoio. No Paraná, a

inclusão educacional é um projeto gradativo, dinâmico e em transformação, que exige do

Poder Público, em sua fase de transição, o absoluto respeito e reconhecimento às diferenças

individuais dos alunos e a responsabilidade quanto à oferta e manutenção dos serviços mais

apropriados ao seu atendimento, tais como, Sala de Recursos de 5ª a 8ª séries na área da

Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem, Sala de Recursos na área da

Superdotação/Altas Habilidades para enriquecimento curricular, Profissional Intérprete para

educandos surdos com domínio da língua de sinais/LIBRAS e Professor de Apoio

Permanente para a alunos com acentuado comprometimento físico/neuromotor e de fala.No

Paraná, a Deliberação nº 02/03 – CEE, que fixa as

normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com

necessidades educacionais especiais no Sistema de Ensino do Estado do Paraná, assegura a

oferta de atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam necessidades

educacionais especiais decorrentes de:

I. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

II. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos; e

III. superdotação/altas habilidades.

Esse novo ponto de vista sinaliza para a necessária revitalização dos Projetos

Políticos Pedagógicos das escolas e da provisão de recursos humanos, materiais, técnicos e

tecnológicos pelos Sistemas de Ensino, conforme prevê a Deliberação nº 02/03 – CEE. Para

incluir (inserir, colocar em) um aluno com características diferenciadas numa turma dita

comum, há necessidade de se criar mecanismos que permitam, com sucesso, que ele se

integre educacional, social e emocionalmente com seus colegas e professores e com os

objetos do conhecimento e da cultura.

O principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças

devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades

ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às

271

Page 272: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de

aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo

apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com

as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de serviços e apoio

proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas dentro da escola. Dentro

das escolas inclusivas, crianças com necessidades educacionais especiais deveriam receber

qualquer suporte extra requerido para assegurar uma educação efetiva. As escolas especiais

podem servir como centro de treinamento e de recurso para os profissionais das escolas

regulares. Finalmente, escolas especiais ou unidades dentro das escolas inclusivas podem

continuar a prover a educação mais adequada a um número relativamente pequeno de

crianças portadoras de deficiências que não possam ser adequadamente atendidas em

classes ou escolas regulares. Investimentos em escolas especiais existentes deveriam ser

canalizados a este novo e amplificado papel de prover apoio profissional às escolas

regulares no sentido de atender às necessidades educacionais especiais. Uma importante

contribuição às escolas regulares que os profissionais das escolas especiais podem fazer

refere-se à provisão de métodos e conteúdos curriculares às necessidades individuais dos

alunos.A vasta maioria de alunos com necessidades especiais, especialmente nas áreas

rurais, é consequentemente, desprovida de serviços. De fato, em muitos países em

desenvolvimento, estima-se que menos de um por cento das crianças com necessidades

educacionais especiais são incluídas na provisão existente. Além disso, a experiência

sugere que escolas inclusivas, servindo a todas as crianças numa comunidade são mais bem

sucedidas em atrair apoio da comunidade e em achar modos imaginativos e inovadores de

uso dos limitados recursos que sejam disponíveis. Planejamento educacional da parte dos

governos, portanto, deveria ser concentrado em educação para todas as pessoas, em todas as

regiões do país e em todas as condições econômicas, através de escolas públicas e privadas.

O currículo para estudantes mais maduros e com necessidades educacionais especiais

deveria incluir programas específicos de transição, apoio de entrada para a educação

superior sempre que possível e conseqüente treinamento vocacional que os prepare a

funcionar independentemente enquanto membros contribuintes em suas comunidades e

após o término da escolarização. Tais atividades deveria ser levadas a cabo com o

envolvimento ativo de aconselhadores vocacionais, oficinas de trabalho, associações de

272

Page 273: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

profissionais, autoridades locais e seus respectivos serviços e agências. O papel das famílias

e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em

linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em

habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de

escolarização seja pouca.O envolvimento comunitário deve ser buscado no sentido de

suplementar atividades na escola, de prover auxílio na concretização de deveres de casa e

de compensar a falta de apoio familiar. Neste sentido, o papel das associações de bairro

deveria ser mencionado no sentido de que tais forneçam espaços disponíveis, como também

o papel das associações de famílias, de clubes e movimentos de jovens, e o papel potencial

das pessoas idosas e outros voluntários incluindo pessoas portadoras de deficiências em

programas tanto dentro como fora da escola. Sempre que ação de reabilitação comunitária

seja provida por iniciativa externa, cabe à comunidade decidir se o programa se tornará

parte das atividades de desenvolvimento da comunidade. Aos vários parceiros na

comunidade, incluindo organizações de pessoas portadoras de deficiência e outras

organizações não-governamentais deveria ser dada a devida autonomia para se tornarem

responsáveis pelo programa. Sempre que apropriado, agências governamentais em níveis

nacional e local também deveriam prestar apoio.

Nossa escola procurará se organizar da seguinte forma para desenvolver uma

verdadeira educação inclusiva:

- Espaço físico adequado, equipamentos para desenvolver as suas

potencialidades;

- A escola deve estar preparada não só para respeitar as diferenças,

mas trabalha-las ofertando um serviço especializado promovendo o

desenvolvimento das potencialidades existentes;

- Ver o deficiente como uma pessoa com necessidades intelectuais

como qualquer outra e levar em conta sua capacidade e vontade de

aprender, auxiliando quando necessário.

- Criar sala de recursos com profissionais especializados para

atender as necessidades especiais dos alunos;

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Page 274: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Trabalhar potencializando as habilidades que os alunos deficientes

apresentam para que os mesmos possam ser incluídos na

sociedade;

- Capacitar os profissionais da educação;

- Adequar o número de alunos por turma;

- O Projeto político pedagógico da escola deveria prever uma

capacitação para que o funcionário possa melhor interagir com a

presença dos alunos com necessidades especiais, pois os mesmos

estarão em contato com esses alunos, na secretaria, na biblioteca,

no refeitório e no pátio. O funcionário não estando capacitado pode

até deixar o aluno constrangido.

- Quanto aos alunos com deficiências leves temos procurado fazer

com que o mesmo sinta-se incluso no ambiente escolar. Caso a

escola venha receber alunos com deficiência visual ou deficiências

severas teremos dificuldades em trabalhar com eles, pois não

dispomos de materiais adequados, espaço físico e profissional

capacitado.

3) CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Fundamentação

A inserção da população negra na sociedade brasileira se deu pelo trabalho,

base da organização econômica e da convivência familiar, social e cultural. A cultura afro-

brasileira é uma das que mais se destacam no cenário do sincretismo religioso no Brasil. A

música e a dança dos descendentes africanos são exemplos vivos do que é o patrimônio

cultural do continente negro amadurecido ao longo do milênio. Uma história antiga e

valiosa pode ser contada através da música, da dança, do teatro, do artesanato, da

indumentária e das tradições. O ensino da história e cultura afro em nossa escola é de

fundamental importância para o desenvolvimento de uma educação voltada para a inclusão,

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Page 275: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

pois o que até hoje temos nas escolas é apenas o ensino onde o negro aparece apenas como

raça escravizada, inferiorizada...

Em nosso entendimento percebemos a raça negra como parte importante na

constituição do povo brasileiro e deve ser vista e respeitada como tal. A diversidade

historicamente tem sido representada como algo exótico, folclórico. A abordagem

superficial e distante do cotidiano escolar reforça estereótipos, naturaliza os problemas

raciais e sociais, justificando-os por meio de recursos da psicologia. Isso tem mudado com

ações educativas dos movimentos sociais e a reivindicação de uma nova postura da escola

em relação aos grupos étnicos-raciais que compõem o povo brasileiro. A música, a dança,

as tradições, as festas, os ritos, as religiões brasileiras receberam contribuições de inúmeros

povos. A maneira como estas tem sido expostas e intermediadas tem criado modelos de

representação pejorativa da maioria brasileira, desvalorizando sua riqueza cultural,

mantendo-se bem longe da perspectiva da afirmação multiculturalista. O “ideal de

branqueamento” tem feito desaparecer a memória e a identidade de diversos grupos,

enfraquecendo-os na luta pela sobrevivência, reconhecimento de suas diferenças, direitos e

importância na conformação da identidade nacional.

O movimento negro tem pressionado e realizado ações que culminaram

neste momento com a Lei nº 10.639 que inclui a Cultura Afro nos currículos de ensino

fundamental e médio. Sancionada em 09 de janeiro de 2003 pelo presidente da República,

torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira. Essa última parte estará

presente em todo o currículo, especialmente na Literatura, História e, principalmente,

Educação Artística. Se considerarmos os conhecimentos e saberes dos afrodescendentes em

sala de aula perceberemos o quanto a cultura afro-brasileira está presente. Ouviremos vozes

silenciadas há séculos e numa nova temporalidade criaremos outros caminhos para a

Educação.

Desenvolvimento

Já na escolha do tema para a Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo

meio ambiente, escolhemos o tema Diversidade Étnico-Racial, porque sabemos que o

Brasil é um País multicultural e que tem a presença de muitos povos. Queremos valorizar e

respeitar essa diversidade dentro da nossa escola através de projetos especiais ou ainda

pequenas atividades do cotidiano escolar voltadas para o resgate das diferentes culturas.

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Page 276: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

Neste ano de 2005 já desenvolvemos um Projeto voltado para o resgate da cultura afro

brasileira onde procuramos conhecer a África de ontem e hoje bem como a história do

Brasil contada na perspectiva do negro, onde reafirmamos a presença africana em nosso

meio. Pesquisa na Internet sobre os costumes herdados dos africanos, e que estão presentes

na Cultura Brasileira, e logo em seguida selecionar os mais praticados ou vivenciados

atualmente em nossa cidade.

Objetivos

- Apoiar e promover projetos temáticos culturais afro-brasileiros de modo a aumentar

a produção e a difusão inclusiva da cultura afro-brasileira junto à identidade cultural

nacional.

- Implementar ações voltadas para a valorização do desenvolvimento das

comunidades de tradição afro-brasileira, inclusive as comunidades remanescentes

de quilombo, de modo a assegurar seu etno-desenvolvimento coerente com suas

necessidades histórica, religiosa e cultural.

4) MONITORIA E REFORÇO ESCOLAR

Pesquisas da Unesco mostram que o Brasil é um dos países com maior

índice de reprovação de alunos. Este é, sem dúvida um grave problema da educação

brasileira, afinal, a reprovação também pode provocar a evasão escolar. Transformar

essa realidade não é fácil, mas é possível. Grupos de voluntários podem ajudar alunos a

alcançarem sucesso na escola sendo monitores e organizando grupos de estudo e

reforço escolar. . Todo mundo pode aprender, não importa quanto tempo leve ou

quantas vezes preciso ensinar. . Não há o que discutir todos tem direito à educação de

qualidade. Entretanto não é bem isso que acontece, pois muitas pessoas não chegam a

completar o ciclo básico.

Ações:

- Formar grupo de voluntários que possam dar aulas de reforço em diferentes matérias.

Cada um escolhe ensinar aquilo que mais gosta e tem facilidade. Os voluntários podem

ser alunos do Ensino Médio ajudando alunos da 5ª série.

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Page 277: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

- Cumprir o combinado e escolher horários que sejam convenientes para todos. Isto é

essencial para que esta ação tenha bons resultados.

- Convidar um professor para ser o orientador do grupo, pois, durante os estudos, os

voluntários podem ter alguma dúvida sobre a matéria, e ele é a melhor pessoa para

ajudar.

- Pode estender ainda mais. Fazendo-se um levantamento dos analfabetos da comunidade

local e incentiva-loa a freqüentar um curso de alfabetização.

- Identificar os alunos que estão faltando muito as aulas e incentiva-los a freqüentar a

escola.

- Fazer e manter uma biblioteca bem alegre e acolhedora, mostrando que a leitura é um

prazer.

5) EDUCAÇÃO FISCAL

O Programa Nacional de Educação fiscal (PNEF), foi criado em 1997 e

regulamentado em 2002 pela portaria nº 413 – Ministério da Fazenda e Ministério da

educação, com o objetivo de conscientizar a população sobre a questão tributária, formando

cidadãos críticos, pois estes participarão na gestão governamental, nos níveis municipal,

estadual e federal.

Vivemos atualmente num mundo globalizado, onde o conhecimento é primordial

para viver em sociedade, por isso, o direito à educação é essencial para o exercício da

cidadania. Nesse sentido a educação fiscal busca mostrar à sociedade a função do estado ao

arrecadar impostos e o dever do cidadão ao contribuir. Pois, muitas vezes, o governo

assume uma posição paternalista ou assistencialista, não permitindo ao povo a percepção da

sua responsabilidade na administração do dinheiro público, devendo ser investido para o

desenvolvimento do município, estado e país.

Além dos impostos diretos (IR, IPTU, IPVA), é importante que os discentes

conheçam os impostos indiretos (IPI, ICMS, ISS), que representam cerca de 70% da receita

tributária e que pagamos muitas vezes sem perceber.

Portanto, a educação fiscal é um trabalho de sensibilização da população para

função sócioeconômica do tributo. Conhecendo a sua função, o aluno terá condições de

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Page 278: PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO · Web viewO calendário ordena o tempo: determina o início e o fim do ano letivo, prevê os dias letivos, as férias, os períodos em que o ano divide-se,

acompanhar a administração dos governantes e cobrá-los, bem como votar com mais

responsabilidade, sabendo que o tributo deve ser pago para retornar à população na

aplicação dos recursos em benefício desta.

A educação fiscal vai ser trabalhada em forma de projetos, de maneira

contextualizada, sendo que o programa contemplará todas as disciplinas.

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