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COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – ENSINO FUNDAMENTAL,  MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE PROJETO POLÍTICO - PEDAGÓGICO FÊNIX-PARANÁ 2007 1

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - EFMN - Notícias · limites do estabelecido e do normatizado, para que ele se aproprie da teoria e da prática que tornam o

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COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – ENSINO FUNDAMENTAL,  MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE  

PROJETO POLÍTICO ­ PEDAGÓGICO

FÊNIX­PARANÁ2007

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ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVAGovernador do Paraná

MAURÍCIO REQUIÃO DE MELLO E SILVASecretário de Estado da Educação

RICARDO FERNANDES BEZERRADiretor Geral

YVELISE DE FREITAS SOUZA ARCO­VERDESuperintendente da Educação

JOÃO LUIZ CONRADOChefe do NRE de Campo mourão

ROSEMAR CÂNDIDO DE OLIVEIRA DE SOUZADiretora

ELIANE CÂNDIDODiretora Auxiliar

GILCÉLIA FIDELIS DE SOUZA PEREIRASecretária

NADIR JOSÉ CORREIA RAMOSRIDAMAR CANDIDO

Professoras Pedagogas

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 04

INTRODUÇÃO....................................................................................................... 06

ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA............................................................. 07

OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................... 07

OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................. 08

PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR................................ 08

PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO............................................... 10

ATO SITUACIONAL.............................................................................................. 12

ATO CONCEITUAL............................................................................................... 20

ATO  OPERACIONAL........................................................................................... 25

PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.......................................................................... 26

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA................................................ 30

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO ­ 

PEDAGÓGICO.....................................................................................................

45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 46

ANEXOS................................................................................................................. 47

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR.......................................... 48

MATRIZES  CURRICULARES............................................................................. 50

ATAS DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO ­ PEDAGÓGICO............... 341

PARECER FINAL NRE.......................................................................................... 343

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APRESENTAÇÃO

O   Colégio   Estadual   Santo   Inácio   de   Loyola   –   Ensino   Fundamental,   Médio   e Profissionalizante, apresenta seu Projeto Político Pedagógico que é um trabalho coletivo de reflexão, sendo  um conjunto de definições doutrinárias e de estratégias de ação tendo, uma definição  pedagógica  e  político­administrativa,  baseado  na  Lei  de  Diretrizes   e  Bases  da Educação.

  A   preocupação   pedagógica   é   central.   Define   uma   concepção   e   um   desenho curricular,  ou seja, a seleção de competências e conhecimentos a serem construídos e de estratégias de aprendizagem e de avaliação. “ Por quê, o quê e como aprender e avaliar “ são as  questões  que  orientam essa  definição.  Longe de  ser   apenas  uma “grade”  com cargas horárias, estabelece o papel de cada componente curricular na formação dos alunos e prevê tempos e espaços para seu desenvolvimento. A Escola é vista como um espaço social sendo um meio de dar  condições ao aluno de aprender a aprender, a fim de que ele saiba buscar e analisar  informações,  resolver situações do cotidiano,  interagir  com o meio em que vive, trabalhar coletivamente, tendo desenvolvido através de experiências vivenciadas no dia­a­dia valores   como   a   solidariedade,   fraternidade,   autonomia,   honestidade   e   respeito. Proporcionando   ao   aprendizado  um  sentido   real   de  vida   a   ser   praticado   imediatamente. Portanto envolver os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do mesmo constitui um grande desafio para a construção da gestão democrática e participativa. Toda essa  dinâmica  se  efetiva  como um processo  de  aprendizado político   fundamental  para  a construção de uma cultura de participação e de gestão democrática na escola.

Este   Projeto   Político   Pedagógico   constitui   o   norte   orientador   das   atividades curriculares e da organização da escola e se expressa nas práticas cotidianas, traduzindo os compromissos institucionais relativos ao direito, consagrado nas leis brasileiras e garantindo a todos, sem distinção de qualquer natureza, de acesso à educação pública, e gratuita e de qualidade referenciada pelo social.

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ESTE PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO É RESULTADO DE UM TRABALHO COLETIVO:

 

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Provimentoao cargo de

diretor

Construção coletiva

do projeto político-

pedagógico daescola

Luta pela progressiva

autonomia da escola

Discussão e implementação de

novas formas de

organização e de gestão escolar

Garantia definanciamento

público da educação e da escola nos

diferentes níveis e Modalidades de ensino

Fortalecimento da

participação estudantil

DECISÃODECISÃOPARTILHADAPARTILHADA

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INTRODUÇÃO

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.

1.1. Escola: 00224 – Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola­Ensino Fundamental,        Médio e Normal – Fone: (44) 3272­1322       1.2. Município: 0770 – Fênix.1.3. Dependência Administrativa: Estadual1.4. NRE:  05 – Campo Mourão1.5. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná1.6. Ato de Autorização do Estabelecimento: Decreto 4. 635 /78 DOE de  20­02­

78.1.7. Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 7.097/84 de 20/02/78 1.8. Ato da Renovação de Reconhecimento do Colégio (Ensino Fundamental): 

Res. Nº 2.742/02 de  09­08­02; (Ensino Médio): Res.2.022/03 de 01/08/03  1.9. Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar:  Nº Distância da Escola 

do NRE: 58 KM.1.10. Local: ( X ) Urbana

   (    ) Rural1.11. Endereço Eletrônico:

e­mail: [email protected]

2) ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:

2.1. MODALIDADES DE ENSINO:( X ) Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)( X ) Ensino Médio( X ) Normal( X ) Educação Especial (Sala de Recursos)  2.2. NÚMERO DE TURMAS:18 turmas ENSINO FUNDAMENTAL: 04 turmas (matutino), 04 turmas (vespertino)ENSINO MÉDIO: 03 turmas (matutino), 03 turmas (vespertino), 03 turmas (noturno    NORMAL: 01 turmaNÚMERO DE ALUNOS: 540 alunosNÚMERO DE PROFESSORES:   27 professoresNÚMERO DE PEDAGOGOS: 03NÚMERO DE SALAS DE AULA: 08 salas

2.3. TURNOS DE FUNCIONAMENTO:( X ) Matutino( X ) Vespertino     ( X )  Noturno      

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           2.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS:( X ) Biblioteca( X ) Sala de Apoio Pedagógico( X ) Laboratório de Informática( X ) Laboratório de Ciências, Físicas e Biológicas 

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ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

Tendo a Escola  iniciado suas atividades em 15 de fevereiro de 1962 nas salas do antigo Grupo Escolar Santo Inácio de Loyola, que atualmente está situado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fênix. Em 1967 passou a funcionar em prédio próprio na Avenida São Vicente de Paula, nº 10. 

Em 1976 entrou em vigor a Reforma de Ensino na 1ª e 2ª série, através da lei  nº 5.692/71 e no ano seguinte entrando também na reforma a 3ª e 4ª série. 

Em 1978  houve  uma  reorganização  no  nome  do  Estabelecimento  passando   a   ser Escola  Santo   Inácio  de  Loyola  –  Ensino  de  1º  Grau,   e  hoje   possui  nova  denominação: Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, e tem como órgão mantenedor o Governo do Estado do Paraná. A Escola está organizada de modo a atender a sua comunidade escolar, composta de alunos da Zona Rural e Urbana oferta as   seguintes  modalidades  de  ensino:  Ensino  Fundamental  5ª  à   8ª   séries,  Ensino  Médio, Educação Profissional e Educação Especial (Sala de Recursos). Possui 18 turmas, sendo 08 turmas de ensino Fundamental, 09 de Ensino Médio e 01 de Educação Profissional, com um total de 543 alunos. Dispõe de 27 professores, 03 professores ­ pedagogos e 12 funcionários. Os   turnos   de   funcionamento   são:   manhã,   tarde   e   noite.   A   escola   possui   os   seguintes ambientes   pedagógicos:   Sala   de   Recursos,   Sala   de   Apoio   Pedagógico,   Laboratório   de Ciências Físicas e Biológicas, Laboratório de Informática e Biblioteca.

No que se refere a organização pedagógica nossa escola favorece o desenvolvimento do   trabalho   dos   profissionais,   pois   são   promovidas   atividades   escolares   que   visam   a integração   entre   os   mesmos,   os   alunos   e   a   comunidade,   todos   têm   oportunidade   de participação e   liberdade para expressar  diferentes  pontos  de vista,   independentemente da função que exercem.

CARACTERÍSTICA DA COMUNIDADEA comunidade  fenixense  é  de  nível   sócio­econômico variando de  médio  a  baixo. 

Apesar    dos   integrantes   adultos  das   famílias   trabalharem a   renda  per  capita  é   baixa.  A maioria   dos   pais   dos   alunos   trabalham   nas   lavouras   de   cana­de­açúcar   para   as   firmas SABARAÁCOOL e   IVAÍCANA.  Os  poucos   empregos  diferentes   estão  no   comércio,   na COAMO, CAMPAGRO, Prefeitura e Estado (funcionários públicos).

A população demonstra ter preocupação com a formação da cidadania e a preparação para a vida, desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre essas questões, os quais dão incentivo para que seus filhos estudem.

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OBJETIVOS GERAIS:• Compreender a trajetória   que o educando realiza em seu processo de constituição 

como indivíduo, criando possibilidades para o seu crescimento como cidadão crítico e sujeito de sua própria história;

• Valorizar o papel determinante da interação com o meio social ;• Construir possibilidades de ação e de conhecimento coletivos a partir da interpretação 

da realidade vivenciada pela comunidade escolar, a fim de transformá­la   para que esta atenda às necessidades locais;

• Formar     cidadãos   capacitados   para   compreender   e   utilizar   as   novas   tecnologias empregando­as na melhoria do mundo em que vive;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

• a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

• o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

• o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32 – LDB).

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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

As pessoas se educam no cotidiano de suas vidas, em sociedade, e é pela educação, nas relações sociais que nós nos tornamos quem somos.

De acordo com a concepção sócio­interacionista e tendo como base as formulações de Vygotsky, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal, apresenta uma linha filosófica sócio­histórica a qual traz em seu bojo a concepção de que todo Homem se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros e entramos em um processo histórico que de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e visões sobre ele e, de outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo.

O ponto de partida desta nossa reflexão encontra­se no grande valor que a teoria Vygotskyana dá ao processo de interação e, em nosso caso específico, como educadores, às intervenções pedagógicas e ao ensino na construção do conhecimento. Nesse referencial, o processo ensino­aprendizagem também se constitui dentro de interações que vão se dando nos diversos contextos sociais.  

Sendo assim, acreditamos que a sala de aula deve ser considerada como um lugar privilegiado de sitematização do conhecimento e o professor articulador na construção do saber, o qual tem o papel explícito de interferir no processo ensino­aprendizagem e provocar avanços nos alunos.

Deste modo a relação educador–educando não deve ser uma relação de imposição, mas   sim,   uma   relação   de   cooperação,   de   respeito   e   de   crescimento.   O   aluno   deve   ser considerado como um sujeito interativo e ativo no processo de construção do conhecimento e o educador deve assumir papel fundamental nesse processo, como indivíduo mais experiente. Por  essa  razão cabe ao mesmo considerar   também, o que o aluno  já   sabe,  sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem, num processo dinâmico.

Portanto neste contexto é  fundamental ressaltar que a escola, está  compreendida com base no desenvolvimento histórico da sociedade; e dessa forma entendemos que a escola deve estar voltada para a formação de um ser humano crítico e auto–crítico, pautado em princípios éticos, de valorização da dignidade e dos direitos humanos, bem como de respeito às diferenças individuais e à diversidade, cujo fator predominante é a conscientização sobre as diversas manifestações religiosas, o multiculturalismo étnico racial e social, o qual dever ser entendido como o processo e modo de educar valorizando as diversas heranças culturais e sociais de uma nação e suas relações umas com as outras, na construção da convivência pacífica dentro e fora do país, em que se respeitem os direitos humanos e a diversidade, e se promovam a identidade cultural, a cidadania e a melhoria da qualidade de vida.

No que se refere ao mundo do trabalho, sabemos que o mesmo é uma atividade humana de transformação da natureza e do próprio Ser Humano, sendo assim ter o trabalho como   princípio   educativo   implica   compreender   a   natureza   da   relação   que   os   homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais. Desta forma caberá à escola promover aos alunos horizontes e captação do mundo além das rotinas escolares, dos 

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limites do estabelecido e do normatizado, para que ele se aproprie da teoria e da prática que tornam o trabalho uma atividade criadora, fundamental ao ser humano.

Sendo assim,  visamos formar o educando um  cidadão  político, capaz de conhecer e lutar pelos seus direitos, dentro e fora da escola e que  todos que fazem parte do ambiente escolar,   devem   ser   sujeitos   da   ação   educativa,   caminhando   na   direção   da   democracia participativa e da superação das desigualdades sociais.  

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PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A Constituição Federal   procurando dar conta dos diferentes planos de inserção do ser humano através dos princípios norteadores da educação que estão presentes no Projeto Político­Pedagógico   do   Colégio   Estadual   Santo   Inácio   de   Loyola­   Ensino   Fundamental, Médio e Profissionalizante, excetuando­se o que compete unicamente ao Estado.

O artigo 206  da Constituição Federal deixa claro o seguinte: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II­ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e 

o saber;III­   Pluralismo   de   idéias   e   de   concepções   pedagógicas   e   coexistência   de 

instituições públicas e privadas do ensino;IV­ Gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;V­ Valorização dos profissionais do ensino garantido na forma da lei, planos 

de carreira para o magistério público com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e  títulos, assegurado regime jurídico único para  todas as instituições mantidas pelo Estado;

VI­ Gestão democrática do ensino público em forma da lei;VII­ Garantia de padrão de qualidade.A Lei  de Diretrizes e Bases da Educação  – LDB (Lei 9.394/96), coloca em 

seu artigo 3o que o  ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II   ­   Liberdade   de   aprender   ,   ensinar,   pesquisar   e   divulgar   a   cultura,   o 

pensamento, a arte e o saber;III­   Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;IV­ Respeito à liberdade e apreço à tolerância;V­ Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;VI­ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiaisVII­ Valorização do profissional da educação escolar;VIII­   Gestão   democrática   do   ensino   público,   na   forma   desta   Lei   e   da 

legislação dos sistemas de ensino;IX­ Garantia de padrão de qualidade;X­ Valorização da experiência extra­escolar;XI­ Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;

Todos esses planos devem ser considerados pelo currículo escolar, contemplando a práxis pedagógica, implementando a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

Tendo   em   vista   a   importância   desta   proposta,   faz­se   necessário   que   todos   os segmentos da escola reflitam, analisem, avaliem e assumam juntos esta reformulação, a fim de assegurar a eficiência e a  eficácia do ensino que venham garantir a formação do cidadão crítico, ativo e participativo na sociedade em que vive, pois deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB.

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ATO SITUACIONAL

DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

Com 179 milhões de habitantes que se espalham por 5.561 municípios do Brasil, um país continental, mantém um sistema público de educação básica – Ensino Fundamental, 09 anos;  Ensino  Médio,  03 anos  – que atende,  em 2007 aproximadamente  47.6 milhões  de estudantes,  matriculados  em 193 mil  escolas  do  Ensino Fundamental  e  1.650 escolas  do Ensino Médio. 

É nesse universo escolar que deve ser levado em conta quando se reflete ou se propõe ações para promover a integração escola – comunidade no país, como processo fundamental para fortalecer as lideranças escolares e a gestão democrática e participativa nas unidades de ensino público.

Sem esquecer que quando se fala em comunidade escolar, além dos segmentos de alunos, professores e funcionários envolvidos (comunidade externa) está se falando de todo um segmento  de  pessoas  posicionadas  no  entorno  das   escolas,  que   se  dedicam às  mais variadas atividades e com especial ênfase, está se referindo às famílias de nossos alunos. 

Em países com as características estruturais como as do Brasil em que as variáveis socioeconômicas e culturais/educacionais, que provocam problemas como a violência social endêmica, o clientelismo e a corrupção política, as relações entre poder e mídia e os baixos níveis de qualidade de vida, por exemplo.

Esse rol de problemas se reflete nas mudanças que acontecem nas relações familiares. À  quase permanente ausência dos pais e mães trabalhadores em casa e à  desestruturação familiar causada por inúmeras causas (separações e abandonos, alcoolismo e drogas, miséria, violência doméstica) somam­se em muitos casos, à  falta de pais ou responsáveis (irmãos, parentes   ou   amigos)   com   conhecimento   ou   capacidade   para   educar   as   crianças   e adolescentes.

De forma simultânea, no âmbito escolar discute­se hoje uma série de mudanças no papel da educação, que deve assumir, diante do novo quadro social, responsabilidades com relação   ao   que   se   pode   chamar   de   educação   integral,   ou   seja,   um   processo   ensino­aprendizagem   abrangente   que   envolva   as   áreas   cognitiva,   afetiva   e   psicomotora   dos educandos. A mudança do papel da educação resulta, é  claro, também na necessidade de evolução do  papel  dos  professores   e  gestores   escolares,  o  que,  por   sua  vez,  depende  de complexas mudanças de entendimento e conscientização destes profissionais; da implantação de políticas públicas efetivas na área que valorizem o  trabalho da classe;  e  da oferta  de capacidade e qualificação permanentes.

É nesse contexto social que o nosso município dentre tantos outros está inserido, cuja comunidade é de nível sócio econômico variando de médio a baixo. Apesar da maioria dos integrantes adultos das famílias trabalharem a renda per capita é baixa. 

A   comunidade   demonstra   ter   preocupação   com   os   valores   morais   e   religiosos desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre essas questões. No que se refere aos pontos positivos pode ser colocado o incentivo que dão aos filhos para que estudem. Quanto aos pontos negativos podem ser colocados: os baixo salários, números elevados de pessoas por família e baixa escolaridade.

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A escola  que   temos  dentro  das  possibilidades     existentes   dispõe  de  profissionais comprometidos   com   o   processo   educativo,   todos   tem   oportunidade   de   participação   e liberdade   para   expressar   diferentes   pontos   de   vista,   independentemente   da   função   que exercem ou do lugar que ocupam na estrutura escolar,  priorizando sempre o diálogo e o respeito mútuo. As decisões são coletivas e respeitadas por todos, desta forma procura­se garantir   aquilo   que   é   direito   do   educando:   a   apropriação   de   conhecimentos   científicos, culturais   e   tecnológicos   significativos,   comprometidos   com   a   formação   humana.   É   m ambiente inclusivo respeitando as necessidades especiais de cada um. Buscando sempre zelar pela   qualidade   física   e   material   da   escola,   bem   como   a   variedade   de   estimulações pedagógicas.

A  gestão  escolar  é   democrática,   sempre   respeitando  o  contexto   sócio­econômico­cultural,  as condições físicas e de saúde de nossos alunos,  os quais  têm oportunidade de propor, criar e realizar atividades na sala de aula e na escola como um todo. Temos alunos criativos   e   participativos,   alunos  com dificuldades  de   aprendizagem e  com necessidades especiais, porém verificamos que todos são capazes de se tornar cidadãos críticos, pois em nossa   escola   os   alunos   se   socializam,   brincam   e   experimentam   a   convivência   com   a diversidade  humana.  Em nosso  ambiente  educativo,  o   respeito,  a  alegria,  a  amizade e  a solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e  de   igualdade  entre   todos.  Os mesmos  relataram que gostam de  freqüentar  a escola.

A maioria dos pais de nossos alunos ou responsáveis por eles, participam ativamente de todas  atividades promovidas pela escola, outros são mais ausentes devido ao difícil acesso à escola, e também a falta de disponibilidade de horário, pois às vezes os mesmos chegam muito tarde do trabalho e mesmo a escola realizando a maioria de seus trabalhos no período noturno,  o   cansaço d  um dia   exaustivo  de   trabalho   faz  com que  alguns  pais   faltem em algumas reuniões, porém verificamos que todos querem que seus filhos (as), sejam sujeitos ativos no desenvolvimento do processo ensino­aprendizagem. 

Os professores de nossa escola demonstram um esforço contínuo na determinação dos métodos, ações e reações a fim de promover com  maior competência possível, a formação dos alunos e sua aprendizagem, tirando o melhor proveito das situações vivenciadas. São responsáveis e sensíveis em relação aos alunos como pessoas. 

Os funcionários são participativos  e  estão envolvidos  no processo pedagógico,  no direcionamento  das   ações   educativas.  São  integrantes  no  processo  de  desenvolvimento  e sucesso escolar, dão sugestões e são colaborativos e responsáveis.

A   gestão   é   democrática,   a   direção   organiza   e   participa   dos   programas   de desenvolvimento de funcionários  e também enfatiza a importância dos resultados alcançados pelos alunos. Lidera relações humanas, destacando a criação e a manutenção de um clima escolar   positivo   e   a   solução   de   conflitos.   Administra   com   eficácia   e   transparência,   é participativa e busca parceiras junto à comunidade, dentro e fora do contexto escolar.

A organização pedagógica  é realizada com eficiência pela equipe pedagógica, sempre voltada para o aprendizado do aluno, onde a vida escolar do mesmo é acompanhada através de informações obtidas dos educadores, pais e comunidade.

Supervisiona as ações dos educadores, orientando e ofertando apoio, recursos e meios para desenvolver projetos pata melhorar a prática educacional. 

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Com referência à fundamentação teórica e organização pedagógica da escola o projeto apresenta   a   Filosofia   da   Escola,   Concepção   Educacional,   os   Princípios   Norteadores   da Educação de acordo com  a LDB e a Constituição Nacional no seu artigo 206, os objetivos da escola, e as Diretrizes Curriculares que norteiam as ações pedagógicas.

A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso Projeto Político Pedagógico: 

INCLUSÃO

A inclusão educacional requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas colocar   pessoas   com   necessidades   especiais   num   lugar   em   que   não   costumavam   estar, significa não mais perceber a deficiência e sim, suas possibilidades de superação, significa rever a função social da escola. Inclusão significa dar oportunidades diferentes, considerando a semelhança de direitos e a capacitação da cidadania. Sendo assim o processo de inclusão educacional   exige  planejamento    mudanças   sistêmicas   político   administrativas   na  gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. O mundo necessita urgentemente de cidadãos éticos, dotados  de   espírito   crítico   e   cooperativo,   qualidades  que   só   brotam do   convívio   com a diversidade,   além   disso   sabemos   que   a   inclusão   escolar   de   alunos   que   apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas em sua permanência física junto aos demais educandos, portanto consideramos de suma importância implementarmos em no Projeto Político ­ Pedagógico o compromisso de nossa escola com uma   educação   de   qualidade   para   todos   os   alunos,   favorecendo   a   acessibilidade,   a flexibilização curricular, a adoção de adaptações curriculares, que caracterizam sua opção por práticas heterogêneas e inclusivas. 

EDUCAÇÃO DO CAMPO

Ao contemplarmos a Educação do Campo em nosso Projeto Político – Pedagógico consideramos importante salientar que valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos   com a   comunidade,   gerando  um  sentimento  de  pertença  de  onde   se   vive.   Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que leve o aluno a compreender o mundo e transformá­lo. Para que estas ações se concretizem é necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos a serem trabalhados e as formas de encaminhamento metodológico, utilizando alternativas de como encaminhá­las. Ainda há  que se considerar toda a dinâmica da vida do campo com seus ciclos produtivos, período de pesca e turismo, épocas  de  chuva,  entre  outros,  que  devem ser  considerados  na  elaboração do  calendário escolar,   evitando   assim,   a   evasão   ou   um   número   excessivo   de   falta   de   alunos   em determinados períodos do ano.

A valorização do campo nas propostas educacionais depende de cada um de nós. E os nós  do campo são desvelados como fundamento da prática pedagógica. Os  nós  do campo podem ser desvelados na gestão democrática da escola e da educação pública. Os  nós  da 

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escola pública podem ser compreendidos mediante a atitude coletiva de indagação sobre a trajetória da institucionalização dos tempos escolares e da escola como lugar de aquisição de conhecimentos.  A  superação  de  uma  realidade  pressupõe  conhecimento  e   apreensão  dos elementos que a compõem, portanto, capacidade de argumentação.

Para concluir, a educação do campo só tem sentido quando pensada atrelada à questão agrária que a muito inquieta os trabalhadores de todos os campos. 

CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA

A educação constitui­se um dos principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo.

A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro­Brasileira e Africana nos currículos   da   Educação   Básica   trata­se   de   decisão   política,   com   fortes   repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece­se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e   cultura   de   seu   povo,   buscando   reparar   danos,   que   se   repetem  a   cinco   séculos,  à   sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro­ brasileira e africana não se restringe à  população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar­se enquanto cidadãos atuantes no sei de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender reeducação das relações étnico­raciais não são tarefas exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e as discriminações correntes na sociedade perpassam por ela. Constatamos que, para que nossa escola, desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visa a uma sociedade justa. Sendo assim, sabemos que a escola tem papel preponderante para   a  eliminação  das  discriminações  e  para  emancipação  dos  grupos  discriminados,   ao proporcionar   acesso   aos   conhecimentos   científicos,   a   registros   culturais   diferenciados,   à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis   para   consolidação   e   concerto   das   nações   como   espaços   democráticos   e igualitários. 

Assim   sendo,     a   educação   das   relações  étnico­raciais   impõe   aprendizagens   entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime. 

Para   obter   êxito,   nossa   escola   e   professores   não   podem   improvisar.   Temos   que desfazer a mentalidade racista e discriminadora secular, superando o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico­raciais e sociais, desalienando processos pedagógicos. Isto não pode   ficar   reduzido   a   palavras   e   a   raciocínios   desvinculados   da   experiência   de   ser inferiorizados   vivida   pelos   negros,   tam   pouco   das   baixas   classificações   que   lhes   são atribuídas nas escalas de desigualdades sociais, econômicas, educativas e políticas. 

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AGENDA 21 ESCOLAR

A Agenda  21  é   um processo  e   instrumento  de  planejamento  participativo  para  o desenvolvimento   sustentável   e   que   tem   como   eixo   central   a   sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico.

A escola é  um lugar de conhecimentos e  possibilidades e assim se torna possível através de dados,   teoria,  reflexão, estatísticas e práticas,  construir  no coletivo,  um amplo projeto de mudança social e cultural. 

Através  da realização do Fórum da Agenda 21 Escolar,  o  problema detectado em nosso  município   foi   a   falta  de  compromisso  com o  meio  em que  vivemos  e   a   falta  de conscientização quanto a água e aos descuidos com  o lixo no nosso cotidiano. 

São princípios diretivos da escola para integração da Agenda 21:• Promover   em   todos   os   segmentos   da   escola   os   senso   de 

responsabilidade individual em relação ao uso dos recursos locais; • Estabelecer  processos de participação para elaboração de projetos e 

tomada de decisões sobre problemas ambientais locais;• Buscar continuamente a redução dos consumo dos recursos naturais;• Trabalhar   de   maneira   integrada   os   projetos   desenvolvidos   na 

comunidade escolar para envolver a todos os atores do processo;• Promover permanentes processos de sensibilização e conscientização 

de   todos   os   segmentos   da   escola   e   comunidade   de   entorno   para melhorar a saúde ambiental local. Integrar a comunidade escolar com outros segmentos da sociedade para viabilizar a troca de experiências e a implementação de ações;

• Valorizar   o   conhecimento   de   vida   das   pessoas,   respeitando   as diferenças culturais entre indivíduos;

• Orientar   todos   os   segmentos   da   comunidade   escolar   sobre   a administração dos resíduos sólidos e outros materiais potencialmente danosos ao meio ambiente;

• Seguir   os     princípio   e   recomendações   da   Agenda   21   Global, estipulados na Rio­92.

Através da realização do Fórum da Agenda 21 Escolar, o problema detectado foi a falta de conscientização e implementação legal, quanto ao uso correto da água e ao destino do lixo corretamente em nossa comunidade.

EDUCAÇÃO FISCAL

A principal característica desse início de século é a velocidade das mudanças  que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, tecnológicas, institucionais e do capital humano. Podem­se identificar  alguns fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração dessas transformações que impactaram de forma profunda a economia e as 

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sociedades: globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania.

Desta forma para que haja mudança de comportamento na sociedade, com despertar da  consciência  de  cidadania,  é  necessária  uma ação educativa  permanente  e   sistemática, voltada  para  o  desenvolvimento  de  hábitos,  atitudes  e  valores.  A Educação Fiscal  é   um trabalho  de   sensibilização da   sociedade para   a   função  socioeconômica  do   tributo.  Nesta função, o aspecto econômico, refere­se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da população.

A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato de aumento da arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O Programa Nacional de Educação Fiscal tem escopo muito amplo; busca o entendimento,  pelo cidadão, da necessidade e  da função social  do tributo, assim como dos aspectos relativos à administração dos recursos públicos.

Com o   envolvimento  do   cidadão  no   acompanhamento  da  qualidade   e   dos  gastos públicos, estabelece­se controle social sobre   o desempenho dos administradores públicos e asseguram­se   melhores   resultados   sociais.   O   aumento   da   cumplicidade   do   cidadão   em relação às finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o estado. Este é o estágio de convivência desejável e esperado.

Desta maneira a implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal deverá ocorrer de forma contextualizada contemplada em todas as disciplinas na forma de projetos.

TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR

“As tecnologias invadem nosso cotidiano”. Essa é uma das  frases mais utilizadas hoje em dia para se  referir  aos equipamentos  com os  quais   lidamos nas  atividades  rotineiras. Pensadores contemporâneos e a mídia em geral afirmam que vivemos em uma sociedade tecnológica. Essas referências encaminham­se para um pensamento do oposição entre a nossa natureza humana e a “máquina”, forma concreta com que  a tecnologia é  reconhecida.

A democratização do acesso aos novos produtos tecnológicos, como computadores e Internet, é um desafio para a sociedade atual, que demanda esforços e mudanças nas esferas econômicas  e  educacionais.  Para  que   todos  possam  ter   informações  e  utilizar  de    modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço educacional. Como elas estão em permanente evolução,  a  aprendizagem contínua é  conseqüência  natural    do momento social e tecnológico que se vive, a ponto de poder se afirmar que essa é uma “sociedade da aprendizagem”. Diante dessa realidade, o papel do professor também se altera. Em nossa escola muitos professores já sentiram que precisam mudar sua maneira de ensinar – querem se adaptar ao ritmo e as exigências educacionais dos novos tempos e anseiam por oferecer um ensino   de   qualidade,   adequado   às   novas   exigências     e   profissionais.   Colocam­se   como mestres   e   aprendizes,   com   a   expectativa   de   que   por   meio   da   interação   estabelecida   na comunicação didática com os alunos, a aprendizagem aconteça para ambos.

É  bom  lembrar  que  as  dificuldades   relativas  à  mudança  são  inerentes  a  qualquer sistema permanente­ indivíduos, grupos ou organizações. Ao longo do   funcionamento de uma organização escolar surgem e cristalizam­se estruturas de poder e focos de cultura que resistem a mudanças, principalmente tecnológicas.

Sabemos que o uso das tecnologias trará vários benefícios para o trabalho pedagógico com o aluno, sendo assim a partir da visão dos processos mais gerais do contexto escolar, o gestor   pode   se   utilizar   do   conflito   estabelecido   para   potencializar   um   momento   de 

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aprendizagem coletiva de forma colaborativa. Ou seja, pode ser um agente de promoção da aprendizagem organizacional.

INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA

No Brasil, a própria Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam a participação dos pais para a efetivação do processo da gestão democrática nas escolas. Entretanto, mais do que o cumprimento de uma determinação legal, a busca pelo fortalecimento dessa parceria colaborativa se apresenta, no atual contexto social, como um dos poucos caminhos viáveis para que as escolas e famílias consigam superar as dificuldades que vêm enfrentando na educação de seus filhos/alunos. Pode­se assim traduzir a busca pela promoção de uma parceria permanente entre família e escola como um esforço com interesses mútuos envolvidos – um caminho de colaboração de mão dupla. Para que isto aconteça o passo mais  importante é  que a  escola seja receptiva e  convidativa a  todas as famílias. É necessário que haja um elo de ligação por meio de encontros e reuniões periódicas e atividades que envolvam os mesmos.

A participação de todos no processo decisório das políticas educacionais é de grande relevância  para  se promover  o   sucesso  das  ações  escolares.  Na perspectiva  da  escola  há atualmente um reconhecimento de que a educação de uma criança ou adolescente é  tarefa árdua e complexa que requer um esforço conjunto com a família; e já não se concebe, como há alguns anos, a transferência de responsabilidade ou atribuição de culpa pelo fracasso nesta tarefa da escola para a família, ou da família para a escola.

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA

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CONSELHO ESCOLAR

DIREÇÃO

GRÊMIO ESTUDANTIL

APMFDIREÇÃOAUXILIAR

CONSEL HODE

CLASSE

COORDENADOR

DE CURSO

COORDENADOR

DE ESTÁGIO

EQUIPE PEDAGÓGICA

PROFESSORES

BIBLIOTECA SECRETARIASERVIÇOS

GERAIS

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ATO CONCEITUAL

CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO

CONCEPÇÃO DE HOMEM: A visão de   homem que baliza esta proposta pedagógica é a de um ser que vive em uma sociedade de transformações constantes e deve estar   preparado   para   enfrentar   as   mudanças   tecnológicas   e   sociais   que   ocorrem   a   cada momento. O homem não poderá ser alienado da realidade, deverá ser crítico, consciente de seus direitos e de seus deveres. O mundo hoje é uma aldeia global, exige cada vez mais do homem, pois sua evolução ocorre vertiginosamente. Para acompanhar as transformações do mundo ele precisa ser muito bem informado e estar preparado para assumir os desafios do novo milênio. 

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE: A sociedade está inserida em um mundo no qual as injustiças sociais, a discriminação, o desemprego e a desvalorização do ser humano é uma constante. Nesta sociedade existem os dominantes e os dominados e apenas aqueles que conseguem se sobrepor a todas estas especificidades terão a chance de crescer e progredir. Diante disto cabe à escola criar meios para a compreensão  crítica  desta realidade por parte dos   alunos   e   lutarmos   por   uma   sociedade   libertadora,   crítica,   reflexiva,   igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.

   CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:  O processo educacional deve contemplar um ensino­aprendizagem   que   ultrapasse   a   mera   reprodução   de   saberes   “cristalizados”   e desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento, possibilitando, assim,   que  o   cidadão   torne­se   crítico   e   que   exerça   a   sua   cidadania,   refletindo   sobre   as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade. 

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COMO O CONHECIMENTO PODE E DEVE SER TRABALHADO NA ESCOLA:

O Conhecimento deve ser   trabalhado como contribuição e  a  escola  deve procurar mediar   o   encontro   dos   saberes   diferentes:   o   saber   erudito,   científico,   com   o   saber   do estudante e de sua comunidade. O saber do estudante é diferente e pode e deve ser aumentado no confronto como outros saberes, pois ele é valido e legítimo. Visto que o conhecimento necessário   para   a   educação   básica   das   pessoas   é   muito   mais   do   que   informação.   O conhecimento na Prática Pedagógica é vivo, é dinâmico e é vida, ele é produzido e criado e cada estudante é sujeito dessa criação do conhecimento.

Cabe ao educador mediar o diálogo do educando com o conhecimento, pois a escola dever ser lugar de apropriação crítica,   sistematizada e também lugar de questionamento do saber instituído e de produção criativa de conhecimentos novos, vinculados às necessidades dos educandos.

 

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CONHECIMENTOObjeto do Trabalho

Pedagógico

CONCEPÇÃO - Construção

- Processo

OBJETIVO

ATO PEDAGÓGICO

TRABALHA MAIS

PROCESSO

FORMAÇÃO

GESTÃO DA ESCOLA

Trabalhar o conteúdo

Ampliação do Saber

- A Inteligência- A Criatividae

Aprendênciasocioinduvidual

Homem ético, culto e solidário

- Democrática- Compartilhamento

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A ESCOLA:

A Escola é um espaço privilegiado de formação do educando, a qual deve respeitar e integrar o saber do povo. A função da escola é  assegurar a apropriação e construção das condições subjetivas do cidadão. Esses   aspectos são essenciais ao exercício da cidadania. Portanto, a escola, no cumprimento de sua função emancipadora, é indispensável para que o cidadão tenha uma presença crítica e inovadora no seu tempo e lugar.

Em nossa escola, promovemos nossa prática pedagógica visando que o aluno tenha sua formação como sujeito de sua história, sendo assim o mesmo:

Esta é a escola que trabalhamos e a que queremos, pois é num trabalho coletivo que realizamos nossas ações, buscando sempre tornar o ambiente educativo agradável, sendo o lugar   onde   os   educandos   se   socializam,   brincam   e   experimentam  a   convivência   com   a diversidade  humana.  Neste  ambiente,  o   respeito,  a  alegria,  a  amizade,  a  solidariedade,  a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência, se desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos. 

Por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia­a­dia da sala de aula, nossa    escola  buscará   realizar   seu  maior  objetivo:   fazer  com que os  alunos  aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia. Para atingir esse objetivo, é preciso   focarmos   a   prática   pedagógica   no   desenvolvimento   dos   alunos,   o   que   significa observá­los de perto,  conhecê­los,  compreender  suas diferenças,  demonstrar  interesse por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades. Crianças, adolescentes, jovens e adultos vivem num mundo cheio de informação, o que reforça a necessidade de planejar as aulas com base em um conhecimento sobre o que eles já sabem, o que precisam e desejam saber.

Sabemos  que  a  avaliação é  parte   integrante  do  processo  educativo,  ou   seja,  deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas, mas a avaliação não deverá   deter   apenas   a   aprendizagem   do   aluno,   avaliar   a   escola   como   um   todo   e periodicamente é muito importante para que se promova um ensino de qualidade. Na escola que temos e que queremos, a gestão é democrática, onde há o compartilhamento de decisões e   informações,  pois  a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo­benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os recursos  da   escola,   inclusive  os   financeiros)  é   uma  preocupação   constante,   compartilhar decisões  envolvendo pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade 

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Constrói o saber historicamente acumulado

Incorpora o Patrimônio Cultural da humanidade

Apropria-se do saber produzidoe acumulado pela humanidade

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nas   administração   escolar.     Neste   ambiente   os   profissionais   têm   condições   de   trabalho, juntamente com a participação ativa dos órgãos colegiados.

A escola que temos e a que queremos está sempre promovendo práticas pedagógicas que favorecem a reflexão e a interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e artística, valorizando sempre a diversidade.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante e fundamenta do processo educativo. Por meio dela, o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino­aprendizagem na escola inclui uma avaliação inicial para o planejamento do professor e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho, seja ela um tópico da matéria, um bimestre ou um ciclo.

Quando se fala em avaliação, certamente estamos nos referindo a algo muito mais completo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas. Os alunos podem ser avaliados, por exemplo,   por   um   trabalho   em   grupo,   pela   observação   de   seu   comportamento   e   de   sua participação  na   sala  de  aula,  por   exercícios   e   tarefas  de   casa.  Assim,   o   estudante   pode exercitar e inter­relacionar suas diferentes capacidades, explorando seu potencial e avaliando sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus avanços. Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende. A auto­avaliação – quando o aluno avalia a si próprio ­  é uma ótima   estratégia   de   aprendizagem   e   construção   da   autonomia,   facilitando   a   tomada   de consciência dos avanços, dificuldades e possibilidades. É importante também que os alunos nos ajudem a escolher os modos como serão avaliados, o que leva ao comprometimento de todos, pois a avaliação deve ser usada a favor da aprendizagem do aluno, como instrumento auxiliar   do   professor,   processando­se   continuamente   com   a   função   de   diagnóstico   e acompanhamento.

A ESCOLA PÚBLICA COMO ESPAÇO DE EXERCÍCIO DO DIREITO DE CIDADANIA

É   função   da   escola   forma   o   cidadão,   assegurando   ao   estudante   o   acesso   e   a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e às práticas de convivência democrática. 

Para   cumprir   essa   função   nossa   escola   propõe   favorecer   essa   formação   e construir/instituir, de forma coletiva o compromisso relativo aos direitos, consagrados nas leis brasileiras e garantido a todos, sem distinção.

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ATO OPERACIONAL

ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO

Entendemos por gestão democrática a garantia de mecanismos e condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram.

A LDB dispõe que: Art.14Os sistemas de Ensino definirão as normas de gestão democrática do 

ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I   –   Participação   dos   profissionais   da   educação   na   elaboração   do Projeto Político –Pedagógico da escola;

II   –   Participação   das   comunidades   escolar   e   local   em   Conselhos Escolares ou equivalentes.

Deste modo concluímos que a elaboração deste Projeto Político­Pedagógico ocupa um papel central na construção de processos de participação e, portanto, na implementação de   uma   gestão   democrática.   Envolver   os   diversos   segmentos   na   elaboração   e   no acompanhamento  do  projeto  pedagógico  constitui  um grande desafio  para   construção da gestão democrática e participativa.

Em nossa escola a direção procura compartilhar decisões envolvendo pais,   alunos, professores,   funcionários,   os   órgãos   colegiados   e   outras   pessoas   da   comunidade   na administração escolar. O nosso Conselho Escolar participa orientando, opinando e decidindo sobre tudo o que tem a ver  com a qualidade da escola, como a  participação que tiveram na construção do Projeto Político­Pedagógico e dos Planejamentos Anuais,  sempre avaliando os resultados da administração e ajudando na busca de meios  para solucionar  os  problemas administrativos e pedagógicos, decidindo sobre os investimentos prioritários.

Mas   não   é   só   nos   conselhos   que   a   comunidade   participa   da   escola.   Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da região e associações locais estão sempre presentes. Como a democracia   também se  aprende na  escola,  a  participação se  estende a   todos  os alunos.  Como cidadãos,  eles   têm direito  de opinar   sobre o que  é  melhor  para  eles  e  se organizar em colegiados próprios, como os grêmios.

Por   fim,  é   importante   saber  que,  numa gestão democrática,  é  preciso   lidar  com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre dialogar com   os   que   pensam   diferente   de   nós   e,   juntos,   negociar.   Para   direcionar   este compartilhamento   de   decisões   a   escola   possui   o   seu   Plano   de   Ação   e   as   atividades pedagógicas estão organizadas da seguinte maneira:

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PLANO DE AÇÃO DA  ESCOLA

O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio têm o seu plano  de   ação     compromissado   com a   educação  de   seus   alunos.  Este   plano   expressa   a preocupação e o compromisso da escola com a melhoria do ensino a partir dos pressupostos da pedagogia Histórico – crítica. Dentro desta visão a parte administrativa da escola terá como função:

A GESTÃO DEMOCRÁTICA é exercida em parceria com as Instâncias colegiadas:

CONSELHO ESCOLAR: O Estabelecimento de Ensino tem instituído um Conselho Escolar com Representantes da Equipe Técnico­Pedagógica, Professores,  Alunos e Representantes  da  Sociedade.  Este  Conselho é  um órgão Colegiado,  de naturezas consultivas, deliberativas e fiscais, com o objetivo de promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

CONSELHO DE CLASSE: O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva em assuntos pedagógicos, com atuação restrita a cada turma ou   classe   da   Escola,   tendo   como   objetivo   acompanhar   o   processo   ensino­aprendizagem, nos seus diversos aspectos. 

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF:  é  Pessoa Jurídica de Direito Privado, órgão de representação do Corpo Docente e Discente da Escola,  não  tendo caráter  partidário,   religioso de raça,  e  nem fins  lucrativos,  não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando­se de trabalho voluntário.

A APMF tem como função, entre outras, planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar condições aos alunos de participar de todo o processo escolar.

REPRESENTANTES DE TURMA:  tem a   função  de   ser  o  porta­voz  da   turma quanto às suas reivindicações.

GRÊMIO   ESTUDANTIL:  PRINCIPAIS   METAS   E   OBJETIVOS   DE   UM GRÊMIO ESTUDANTILEle exerce um papel importante para a formação do protagonismo juvenil. 

Um grêmio não pode apenas cuidar de atividades recreativas e culturais, mas também deve levar à frente as lutas dos estudantes pela melhoria do ensino, por um tratamento mais digno, por mais democracia na escola e participar das lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam. Um órgão de estudantes que só pensa em promover festas e torneios não estará contribuindo para formar um estudante consciente e capaz de lutar pelos seus direitos. Um grêmio que só cuida de reivindicar e conduzir lutas não consegue apoio e participação de muitos colegas esquecendo­se de procurar atingir uma de suas metas mais importantes, que é a de tornar à escola mais prazerosa e proveitosa para os estudantes. 

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A FAMÍLIA: exerce um papel importante dentro da escola. Como um lugar de crítica cultural  e   social,  à   escola deve   reconhecer  a   família  como  instância de   formação primeira.

PROPOSTA PEDAGÓGICA            A escola ocupa um espaço não apenas geográfico na comunidade. Portanto é preciso que a escola esteja comprometida com a evolução desta sociedade. E é através do Projeto Político  Pedagógico  que  esta   escola   contribui  para  que   a   comunidade  escolar   alcance  o sucesso necessário para participar das ações e compreensão do mundo globalizado. E, para que à escola supere suas dificuldades e assuma os desafios do mundo atual é necessário que se torne um sistema aberto.

Assim, torna­se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampla de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino.       Os componentes curriculares da Escola  são  selecionados a partir de um amplo processo de discussão nas áreas do conhecimento, sobre a relevância e significação dos mesmos para a aprendizagem. Dessa forma, esses componentes, que ainda, se apresentam organizados em disciplinas,   se   inter­relacionam espontaneamente,  à  medida  que  os  professores  planejam, executam e avaliam atividades conjuntamente, em uma perspectiva inter e /ou transdisciplinar do conhecimento.                     A prática pedagógica tem como pressupostos, a visão construtivista da educação e correntes pedagógicas que favorecem o papel do professor como facilitador da relação do aluno com o saber destacando como principal corrente à pedagogia histórico­crítica, adotada como eixo norteador da Educação Pública do Estado do Paraná   cujo objetivo é preparar o aluno   para   mobilizar   os   saberes,   atitudes   e   habilidades   para   solucionar   com   eficiência situações diversas da vida.                   Quanto às metodologias utilizadas, leva­se em consideração que nenhuma, por si própria,  basta  para mobilizar a prática educativa.  O que  torna cada disciplina coerente e eficaz são, fundamentalmente, os eixos norteadores e a metodologia adotada pelo professor. É   importante   buscar,   em cada  metodologia,   o   que   se   concebe   como   funcional  à   práxis adotada.               A intencionalidade da proposta pedagógica,  os  recursos  tecnológicos e   logísticos disponíveis e o processo de avaliação são importantes elementos norteadores, considerando o aluno como agente "ativo" em sua formação como cidadão ético, moral e crítico.              Como à  escola utiliza o sistema bimestral  de avaliação, entendido como processo, oferece também a re­avaliação, na qual alunos e professores têm a oportunidade de retomar os conteúdos não apreendidos ou não compreendidos.                A chamada recuperação paralela é   realizada durante  todo o ano letivo, dentro do processo.  Também   ocorrerá   na   sala   de   recursos   com  professor   designado   para   isto,   em contra­turno.  Contará   também com o  projeto  “Adote  um Amigo”.  Um aluno    ajudará   o outro,que necessita de recuperação, em sala de aula e em tarefas extra­classe.

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               Os resultados das avaliações são expressos em notas numa escala de zero a 10,0.  Os critérios da Avaliação serão definidos em cada disciplina de acordo com os planos de ensino do Professor.        Os pais são comunicados quanto ao rendimento escolar do aluno por meio dos boletins bimestrais.

PROJETOS, ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS.

  A programação das atividades culturais deverá constar no Calendário Escolar, sendo que as mesmas serão desenvolvidas durante o ano letivo. A seguir os eventos propostos:

• Feira de Ciências;• Mostra de Literatura;• FACESI (Feira Arte Cultural do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola);• Festival da Canção;• Projeto FERA;• Feira da Comciência;• Olimpíadas de Matemática, Física e Biologia;• Jogos Colegiais;• Maratonas;

• DESENVOLVIMENTO DOS SEGUINTES PROJETOS:

• “Não basta ser pai, tem que participar”;• “Drogas tô fora!”• “Inclusão é responsabilidade de todos”• “Tecnologia ao alcance de todos”• “Reconhecimento e a valorização da diversidade cultural”• Projetos Complementares (Agenda 21, Paz, DST,  Ética e Cidadania, Educação Afro, 

Educação Fiscal, Educação do Campo e outros).• Projeto Folclore: “Buscando Resgatar a Identidade e Cultura do Povo Brasileiro”;• Projeto: “Em Ação Contra a Evasão”;• Projeto de Teatro e Dança: “Atitude e Movimento”

OBJETIVOS DAS ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS:• Socialização;• Envolvimento das famílias e da comunidade escolar;• Desenvolvimento da linguagem e do espírito de cooperação;

Sensibilização para manifestações folclóricas e artísticas em geral.

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AÇÕES E METAS:

Como gestor de todo o processo escolar vencer o desafio de articular satisfatoriamente a pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia­a­dia do professor. 

Convocar   integrantes   da   comunidade   escolar   para   a   elaboração   do   Plano   Anual   do Regulamento   Interno   do   Estabelecimento,   submetendo­o   à   aprovação   do   Conselho Escolar;

Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

Elaborar   e   submeter   à   aprovação   do   Conselho   Escolar   às   diretrizes   específicas   de administração, em consonância com as normas orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;

Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação;

Supervisionar   as   atividades   dos   órgãos   de   apoio,   administrativo   e   pedagógico   do estabelecimento;

Coordenar e supervisionar os serviços da Secretaria escolar;

Abrir espaços para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das experiências de sucesso;

Implementar   uma   gestão   participativa,   estimulando   o   desenvolvimento   das responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;

Gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos resultados;

Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação do Plano de Trabalho;

Administrar   os   serviços   de   apoio   às   atividades   escolares,   de   modo   a   estimular   a participação desses serviços nos processos decisórios da escola;

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Negociar com competência, para harmonizar  interesses divergentes e estabelecer bons relacionamentos,   com   vistas   às   necessidades   de   todos   os   envolvidos   direta   ou indiretamente com o Colégio. 

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PLANO DE AÇÃO DA  EQUIPE PEDAGÓGICA

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Cotidiano do Trabalho

do Pedagogo

Planejar comprofessores

Análise eescolha do livro

didático

Discutir e organizarações para alunos que

encontramdificuldades deaprendizagem

Realizardiagnóstico da

comunidade

Atender pais

Atender alunos

Atender Professores

Avaliação Institucional,conselho de Classe

- Conselho da Escola- APMF, Grêmio Estudantil

Ação contra a evasão

- Organizar turmas,

matrícula

Estudar,divulgar

referencialbibliográficoatualizado

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EIXO NORTEADOR: PROMOVER E SUBSIDIAR O TRABALHO PEDAGÓGICO A   Equipe   Pedagógica   é   o   órgão   responsável   pela   coordenação,   implantação   e 

implementação, no Estabelecimento de  Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

  A   Equipe   Pedagógica,   do   Colégio   Estadual   Santo   Inácio   de   Loyola­Ensino Fundamental,     Médio   e   Normal   é   composta   por   Professores   Pedagogos   e Coordenadores do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio na Modalidade Normal – Integrado.

OBJETIVOS: Contribuir para a promoção de um ensino de qualidade, respeitando as diferenças e a diversidade cultural.

AÇÕES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS E QUE COMPETEM À EQUIPE PEDAGÓGICA:

Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organização das classes, horário semanal e distribuição de aulas;

Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação:

Assessorar   e   avaliar   a   implementação   dos   programas   de   ensino   e   dos   projetos pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino;

Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;

Orientar   o   funcionamento   da   Biblioteca   Escolar,   para   garantia   do   seu   espaço pedagógico;

Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas  a sua melhoria;

Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com   dados e  informações relativas aos serviços   de   ensino   prestados   pelo   Estabelecimento   e   o   rendimento   do   trabalho escolar;

Promover   e   coordenar   reuniões   sistemáticas   de   estudo   e   trabalho   para     o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

Elaborar com o  Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

Analisar e admitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de transferência, de acordo com a legislação vigente.

Subsidiar e acompanhar a elaboração e o desenvolvimento de projetos propostos pelos professores e  também os projetos propostos pela escola, os quais são: Agenda 21, 

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Cultura  Afro,   Inclusão,  Educação  Fiscal,  Em  Busca  da  Paz,  A  Água,  Disciplina Escolar, Evasão, Sexualidade, Drogas Tô Fora, Não Basta Ser Pai tem que Participar.

      CONDIÇÕES: Para que os projetos e as ações propostas sejam realizadas com sucesso a Equipe Pedagógica juntamente com os Órgãos Colegiados, propiciarão condições, através da disposição de espaço físico, materiais didáticos e subsídios pedagógicos.

CRONOGRAMA: Durante o ano letivo.

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AÇÕES QUE SERÃO REALIZADAS PELA ESCOLA QUANTO AOS ÍTENS CONTEMPLADOS NO PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO:

INCLUSÃO

A escola trabalha a questão da inclusão com muito esforço e responsabilidade, pois sabemos que   inclusão escolar  é  um processo  de  perspectiva   transformadora  e  de  ajustes flexíveis.   Sendo   assim,   nossa   comunidade   escolar   procura   lidar   com   as   diferenças individuais.

Mantemos um trabalho de conscientização   e acolhimento permanente, procurando sempre   em   reuniões   e   encontros   com   os   pais,   responsáveis,   alunos,   profissionais   e funcionários mostrar que o desafio é que faz a diferença. 

Para alcançar tais objetivos é necessário um enfoque intersetorial e políticas de apoio que   integrem áreas  e   fortaleça  parcerias  com os  segmentos  da  saúde,   formação social  e trabalho, a fim de que sejam melhorados os aspectos globais que atuam sobre a aprendizagem dos   alunos,   garantindo   as   condições   objetivas   e   subjetivas   básicas   de   que   os   mesmos necessitam para aprender.

Um outro grande pilar que a escola procura oportunizar é a construção de práticas mais inclusivas tais como: debates, estudos e reflexões por parte de todos os segmentos da escola com vistas à intervenção no fazer pedagógico. Os projetos implantados na escola têm feito   com   que   o   processo   todo   melhore   e   ocorra   um   crescimento   natural   dos   valores colocados como necessários para que se realize a inclusão.

Desta forma concluímos que todos os profissionais da educação são fundamentais na trama que constitui a rede que sustenta o processo inclusivo.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

Como vimos anteriormente a afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos.

Afim de compreender a educação a partir dessa diversidade presente no campo, a escola   além   de   desenvolver   projetos,   realizará   outra   forma   de   trabalho   que   são   temas geradores,   que   possibilitam   uma   articulação   das   diferentes   disciplinas   entre   si   e   com   a realidade do campo. Também deve­se observar as contribuições que o trabalho através da pesquisa   ­   observação,   experimentação,   reflexão   ­   oferece   às   práticas   pedagógicas.   Ir   a “campo no campo”! Muitas vezes esquecemos de aproveitar a rica diversidade encontrada no entorno da escola, ficando apenas no espaço da sala de aula.

Tendo em vista  as  considerações  relatadas a  valorização da cultura dos povos do campo é sem dúvida, o eixo central das Diretrizes Curriculares, sendo assim caberá à nossa escola reconhecer a especificidade do campo e respeitar a sua diversidade sócio­cultural.

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CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA

Para que a escola desempenhe a contento o papel de educar,  é  necessário que se constitua um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que  visam uma  sociedade   justa.  A  escola   tem papel  preponderante  para   eliminação  das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos,  a registros cultuais  diferenciados,  à  conquista de racionalidade que   rege   as   relações   sociais   e   raciais,   e   a   conhecimentos   avançados.   Pensando   assim consideramos   de   suma   importância   desenvolvermos   o   Projeto   “Reconhecimento   e   a Valorização da Diversidade Cultural”, o qual trata­se de um projeto interdisciplinar que visa promover oportunidades de diálogo e buscar formas de convivência e respeito mútuo, pois respeitar as diversidades é viver num país sem discriminação. O projeto será desenvolvido durante o ano letivo.

FÓRUM DA AGENDA 21 ESCOLAR

Através de dados levantados no Fórum da Agenda 21 Escolar, os eixos norteadores dos trabalhos são a ÁGUA  e o LIXO que serão trabalhados da seguinte forma:

PROBLEMAS E AÇÕES DA AGENDA 21 ESCOLAREIXO NORTEADOR: ÁguaPROBLEMA:  Como concretizar o uso da caixa de captação de água da chuva do 

Município de Fênix?AÇÕES: 

Conscientizar as famílias sobre os benefícios financeiros desta forma de captação; Transformar em Lei e fazer com que a mesma entre em vigor; Cada morador construir pelo menos calhas (método barato) para coletar água; Realizar palestras com os alunos e seus familiares, de orientação quanto a qualidade, 

consumo e desperdício da água; Pesquisas sobre a forma como é feita a contaminação do lençol freático; Visitas à estação de tratamento de água, visita a uma fazenda para verificar a nascente 

de um rio para observar o sistema de armazenamentos de água da chuva; Leitura   da   conta   de   água,   identificando   cada   um   dos   campos   presentes   e   seus 

respectivos significados; Coletar dados sobre o consumo de água em diferentes países, bem como das reservas 

mundiais de água; Confecção de maquetes.

EIXO NORTEADOR: LixoPROBLEMA: Como iniciar no município a Coleta Seletiva do Lixo?

AÇÕES: 

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Criação de uma Lei;  Conscientização da comunidade; Fazer a separação do lixo; Prefeitura fazer a coleta com aterro sanitário; Estímulo por parte das autoridades; Palestras com o representante da EMATER da nossa comunidade; Passeatas; Confecção de cartazes; Pesquisas através da Internet, jornais, revistas sobre o tema abordado; Produção de Histórias em Quadrinhos pelos alunos, músicas; Trabalho de conscientização a toda a comunidade da seleção dos materiais recicláveis 

para facilitar a coleta; Coleta dos resíduos recicláveis e venda dos mesmos   e a aplicação dos recursos na 

aquisição de materiais pedagógicos; Viagem aos alunos que colaboraram na coleta dos materiais recicláveis; Envio de ofício aos agricultores e comerciantes solicitando a doação de ferro­velho e 

outros materiais recicláveis; Participação de funcionários e professores como colaboradores das turmas; Controle de recebimento do material feito através de fichas contendo: série, turma, 

turno, nome dos alunos, data e o peso dos materiais coletados.

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal será  trabalhada no cotidiano escolar de acordo com a realidade brasileira através de projetos que serão desenvolvidos durante o ano letivo.

TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR

Sabemos que transformar a escola em um espaço de aprender a aprender passou a ser um dos grandes desafios para a educação desse novo século. Para isso, vale repensar nos modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em novos métodos com a integração das várias tecnologias, pois é inegável que a escola precisa acompanhar a evolução tecnológica e tirar o máximo de proveito dos benefícios que esta é  capaz de proporcionar. Desta forma serão traçadas algumas estratégias a fim de viabilizar um trabalho contextualizado, o qual ocorrerá por meio de inúmeras ações, as quais estarão inseridas no projeto “Tecnologia ao Alcance de Todos”. Será desenvolvido durante o ano letivo.

INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA 

O lema de nossa escola é “Comunidade e Escola, a União que dá Certo”. Vale lembrar que o envolvimento da comunidade nas ações realizadas pela escola é muito importante, por isso faz­se necessário que todos os segmentos da mesma sejam convidados a participar, não somente aqueles mais atuantes no dia­a­dia. Para isso utilizamos algumas estratégias a fim de mobilizar  pais,  alunos,  professores  e   funcionários  para  debates   referentes  à  qualidade  do 

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desempenho educacional, tais como: cartas para os pais, faixa na frente da escola, divulgação de eventos no jornal ou na rádio local,  parcerias efetivas entre família e escola (APMF), Conselhos Escolares, círculo de mães ou pais, trabalho voluntário de pais e mães, promoção de   seminários,   cursos   e   palestras   para   os   pais   e   realização   de   atividades   culturais   que envolvam a família e comunidade, como celebrações do Dia dos Pais e Dia das Mães, festas juninas, e outras.

Para que estes trabalhos possam transcorrer bem com a participação de todos, divulgamos   as   atividades   propostas,   providenciamos   com   antecedência   os   materiais necessários e disponibilizamos um espaço para receber a todos.

ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA

Um dos principais desafio atuais de nossa escola é fazer com que as crianças e adolescentes nela permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos.

Para que se tenha eficácia quanto ao acesso e permanência dos alunos no ambiente escolar, fazemos um levantamento e quem são os alunos que, na escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem, quem são os mais faltosos, onde vivem, quais as suas dificuldades, quais são os que abandonaram ou se evadiram, procurando saber o motivo, o que  estão fazendo, nos esforçamos tentando trazê­los de volta, utilizando Conselho Tutelar, as ações do Projeto Fica, tratando com cuidado e carinho todas as situações. 

Após os dados encontrados, a comunidade escolar verifica se o que aparece com mais freqüência como   causa do abandono é a necessidade de trabalhar, a escola entra em contato com a Prefeitura e Câmara Municipal, solicitando por Programas de Bolsa Família que cheguem até aos que necessitam deste benefício e que se evadiram ou abandonaram a escola pelo motivo citado.

Se   há   casos   de   trabalho   infantil,   procuramos   o   Conselho   Tutelar   ou   o   Poder Judiciário,  pois   isso é   crime previsto  em lei.  Além disso,  entre  7  e  14  anos  as  crianças obrigatoriamente têm de freqüentar a escolar. Se forem problemas de conflitos pessoais entre alunos, com professores ,etc., desenvolvemos a questão do diálogo e da negociação dentro da escola. Várias são as razões possíveis, por isso estamos sempre tentando identificar quais ações trarão bons resultados.

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA 

QUANTO AO AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR:

• Salas de Aula: As salas de aula permitem a organização do mobiliário  de  acordo com as  atividades  diversas   (   rodas, trabalhos em grupo, etc.), são arejadas e iluminadas, possui carteiras   disponíveis   para   o   uso   de   todos   os   alunos,   há mesas e cadeiras para o professor;

• Sala de Recursos: A Sala de Recursos é um espaço arejado

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com disponibilidade de carteiras e cadeiras para o número de   alunos   que   freqüentam   a   mesma,   com   cartazes     que trazem  informações   referentes  aos  conteúdos  trabalhados, há armários, os quais contém todos os trabalhos realizados pelos alunos e diversos tipos de jogos educativos;

• Cozinha:  A   cozinha   é   limpa   e   arejada,   a   merenda   é preparada na própria escola, é balanceada e nutritiva, todos alunos têm acesso à mesma. Os alunos são orientados sobre como se alimentar, escovar os dentes, etc;

• Pátio  Escolar:  O pátio  é  bonito  e   seguro,  é   aproveitado para atividades pedagógicas quando necessário;

• Laboratório   de   Ciências   Físicas   e   Biológicas:  O laboratório   é   limpo   e   arejado,   os   materiais   a   serem utilizados   estão   em   boas   condições.   Para   aulas experimentais   o   Agente   de   Execução   é   avisado   com antecedência a fim de preparar os materiais pertinentes às experiências;

• Laboratório   de   Informática:  O   laboratório   é   bem equipado, possui 20 computadores para utilização de alunos e   professores,   acesso   à   Internet   por   rede   óptica   e   ainda impressão a laser.

• Biblioteca:  A   biblioteca   dispõe   acervo   organizado, ambiente   agradável,   arejado,   qualquer   pessoa   (   aluno, professor,   funcionário,   pai   ou   mãe   )   pode   freqüentar   a biblioteca   ou   ter   acesso   aos   livros   da   escola,   há   um funcionários   responsável   pelo   acervo   e   que   apóia   aos usuários no acesso aos livros que necessitam;

• Quadra de Esportes: O espaço para o ensino e a prática de esportes,   responde   às   necessidades   da   escola,pois   temos uma quadra coberta, a qual é bem aproveitada por todos os alunos; 

• Banheiros:  Há banheiros disponíveis para o uso de todos, são   limpos  e   estão  em boas   condições  de  uso,   são  bem utilizados ( sem ociosidade);

• Lavabos:  Há lavabos disponíveis para o uso de todos, são limpos e estão em boas condições;

• Água filtrada ou tratada:  Há bebedouros, os quais estão em   boas   condições,   todas   as   pessoas   que   freqüentam   a escola (alunos, professores, pais, etc.) tomam água filtrada ou tratada;

• Tratamento do Lixo: Há lixeiras na escola, as quais estão espalhadas em toda a escola para facilitar o seu uso. Há um trabalho   pedagógico   sobre   a   destinação   adequada   do mesmo, separando­o para reciclagem;  

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• Rede  de  Esgoto:  A escola   está   ligada   a  um sistema de esgotamento sanitário, as instalações de água e esgoto estão em boas condições de funcionamento. As questões relativas ao saneamento básico são discutidas pedagogicamente com a comunidade escolar.

QUANTO   À   ORGANIZAÇÃO   E   UTILIZAÇÃO   DE   EQUIPAMENTOS MATERIAIS E PEDAGÓGICOS:

• Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos e mapas: Há giz, quadro, livros, jogos, mapas, etc., disponíveis para o uso   do   professor.   Esses   materiais   respondem   às   necessidades   da prática pedagógica, estão em boas   condições de uso, seu conteúdo respeita a diversidade humana e a igualdade entre todos, os mesmos chegam até a sala de aula para apoiar a prática pedagógica;

• Equipamentos   Televisão,   Computador,   Videocassete,   DVD, Aparelho de Som, Retro­projetor, Duplicador a Álcool,  Acesso à Internet: Esses equipamentos estão em boas condições e respondem à prática pedagógica. O conteúdo de vídeos, DVD’s, os  programas da TV   Escola,   outros   programas,   acesso   à   Internet   e   músicas,   os aparelhos   de   retro­projetor   e   mimeógrafo   são   utilizados   na   escola respeitando   a   diversidade   humana   e   a   igualdade   entre   todos.   Os membros da comunidade (alunos, pais, professores, funcionários,etc.), têm acesso a esses equipamentos.

• QUANTO   À   ORGANIZAÇÃO   DAS   TURMAS   E   CALENDÁRIO ESCOLAR:

ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS: Procuramos organizar as turmas de forma heterogênea, pois acreditamos que é na diversidade que se efetiva a construção do conhecimento, respeitando o que prevê a LDB nos dispositivos da lei n.9.394/96 (art. 23);

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR:

Art.154  ­  O   Calendário   Escolar   será   elaborado,   anualmente,   pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo, anterior à  sua vigência.

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Art.155  ­    O   calendário   escolar   atenderá   ao   disposto   na   legislação   vigente, garantindo o mínimo  de 200 (duzentos) dias letivos e de 800 (oitocentas) horas no   ensino   regular,   e   as   normas     emanadas   pela   Secretaria   de   Estado   da Educação.

ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE:A Hora ­ Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para 

estudos, avaliação e planejamento. Cabe   à   Equipe   Pedagógica   coordenar   as   atividades   coletivas   e   acompanhar   as 

atividades individuais a serem desenvolvidas, durante a hora – atividade.Cabe   à   Direção   além   de   outras   tarefas   o   acompanhamento   e   informação   à 

comunidade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais.

Cabe aos Professores, sob a orientação e coordenação da Equipe   Pedagógica ou Direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora – atividade.

A organização se dá da seguinte forma: Correção de atividades discentes; Estudos   e   reflexões   a   respeito   de   atividades   que   envolvam   a   elaboração   e 

implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino; Atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar.

ELEIÇÕES ­ CONFORME REGIMENTO INTERNO E ESTATUTO DE CADA SEGMENTO:

Dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar

Art.22– A Associação de Pais, Mestres e Funcionários ­ APMF ou similares, pessoa jurídica de direito privado,  é  um órgão de representação dos Pais, Mestres   e   Funcionários   do   estabelecimento   de   ensino,   não   tendo   caráter político   partidário,   religioso,   racial   e   nem   fins   lucrativos,   não   sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.Parágrafo Único – A APMF será   regida por Estatuto próprio, homologado em Assembléia Geral convocada especificamente para este fim.Art.23   ­   O   Grêmio   Estudantil   é   o   órgão   máximo   de   representação   dos estudantes  do  estabelecimento  de   ensino,   com o  objetivo  de  defender  os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.Parágrafo Único – As atividades do Grêmio reger­se­ão por Estatuto próprio, aprovado em Assembléia Geral convocada para este fim.

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Seção IDo Conselho Escolar

Art.13 ­ Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo­se a representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino.Parágrafo Único ­ As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar­se­ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 ( dois) anos , admitindo­se uma única reeleição consecutiva.  

AS   FORMAS   DE   PROVIMENTO   AO   CARGO   DE   DIRETOR:   LIMITES   E POSSIBILIDADES

Variadas  são as   formas  e  as  propostas  de  acesso  à  gestão da  escolas  públicas historicamente utilizadas no sistema educacional brasileiro. Entre elas destacam­se: 

1­ Diretor livremente indicado pelos poderes públicos (estados e municípios);2­ Diretor de carreira;3­ Diretos aprovado em concurso público;4­ Diretor indicado por listas tríplices ou sêxtuplas ou processos mistos;5­ Eleição direta para diretor.

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FORMAS DE ESCOLHA

DOSDIRIGENTESESCOLARES

Listas tríplices,sêxtuplas ou

processos mistos. Concurso público

Eleiçãodireta

Livre indicaçãopelos poderes

públicos

Plano de carreira

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RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA: PROFESSORES­ FUNCIONÁRIOS­ EQUIPE   PEDAGÓGICA­   ALUNOS   –   DIREÇÃO   –   PAIS   –   COMUNIDADE ESCOLAR:

       Não resta dúvida  que a eficácia da escola em vários aspectos é resultante do modelo de gestão coletiva. O comprometimento e divisão de responsabilidades facilita o trabalho pedagógico  e   administrativo,   portanto   sabemos  que   realizar   parcerias  para   atender   as necessidades  da  escola é  de   suma  importância  e   ressaltamos que  a  grande parceria  é entrelaçamento dos aspectos pedagógicos e administrativos.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A Escola tem por objetivo a formação integral do aluno, para que isto ocorra com sucesso,   é   fundamental   que   a   mesma   viabilize   a   Capacitação   continuada   de   seus profissionais,   para   que   os   mesmos   possam   desta   forma   inovar   suas   práticas.   Propiciar também  momentos   para   estudos,   a   fim   de     debater   temas   educativos,   disponibilizar     a participação de professores e funcionários em eventos promovidos pela SEED , NRE e outras Instituições. Organizar palestras, seminários, painéis e oficinas com a participação dos pais, alunos, professores e conselheiros.

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ESCOLA

SEED NÚCLEOS OutrasEscolas

Estudar temaspedagógicos e das

áreas do saber

Priorizar opedagógico mais

do que o administrativo

Proporcionar momentos de

reflexão

Desenvolver nashoras-atividadesuma prática de

colaboração

Fazer, refazer,refletir,

realimentar..., nocoletivo, o Projeto

Político-Pedagógico

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA

Seção IXDa Avaliação da Aprendizagem , da

 Recuperação de Estudos  e Promoção

Art.102 ­     A avaliação é uma prática reflexiva que faz parte do processo ensino   e   aprendizagem   e   tem   a   função   de   diagnosticar   o   nível   de apropriação   do   conhecimento   pelo    aluno  e   subsidiar   a   intervenção pedagógica. Art.103 ­  A avaliação é contínua, cumulativa e processual, e deve refletir o desenvolvimento   global   do   aluno,   considerando   as   características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.Parágrafo Único ­ Dar­se­á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.Art.104  ­  A avaliação será  realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos   e   instrumentos   diversificados,   coerentes   com   as   concepções   e finalidades educativas expressas no projeto político­pedagógico da escola.Parágrafo Único ­  É vedado submeter o aluno a uma única   oportunidade e a um único instrumento de  avaliação.Art.105   ­   Os   critérios   de   avaliação   do   aproveitamento   escolar   serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos   no projeto político­pedagógico.Art.106   –   A   avaliação   deve   utilizar   procedimentos   que   assegurem   o acompanhamento   do   pleno   desenvolvimento   do   aluno,   evitando­se   a comparação dos alunos entre si.Art.107 ­  O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre  a  ação pedagógica,  contribuindo para que a  escola  possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.Art.108 – Na avaliação do aluno deverão ser  considerados os  resultados durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.Art.109 ­ Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo pelo aluno e pelo professor, observando os seus avanços e necessidades   detectadas,   para   o   estabelecimento   de   novas   ações pedagógicas.Art.110 ­ A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.Art.111   –   A   recuperação   de   estudos   dar­se­á   de   forma  permanente   e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.Art.112  ­  A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático­metodológicos diversificados.Parágrafo Único ­   A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.

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Art.113 ­ A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).Art.114   ­     .Para   os   anos   iniciais   do   Ensino   Fundamental   não   haverá atribuição de  notas.Parágrafo Único ­  O registro se dará por parecer descritivo, inicial e final, sobre   o   aproveitamento   do   aluno,   a   ser   emitido  pelo  próprio   professor, considerando os aspectos qualitativos acumulados ao longo do processo de ensino e  aprendizagem.Art.115    ­  Os   resultados   das   avaliações   dos   educandos   deverão   ser registrados  em documentos  próprios,   a   fim de que   sejam asseguradas  a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando.Parágrafo Único ­   Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo­se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatório seu registro no livro de classe do professor.Art.116  – A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada a apuração da sua assiduidade.Art.117 ­  Para os anos  iniciais  do Ensino Fundamental  a promoção será automática,   desde   que   haja   freqüência   compatível   com   a     legislação vigente.Art.118   ­   Para   fins   de   promoção   ou   certificação   de   conclusão  para   o segundo segmento do ensino fundamental e ensino médio,    a média final mínima   exigida   é   de   6,0   (seis   vírgula   zero),    observando   a   freqüência mínima exigida por lei.Art. 119 – São considerados aprovados ao final do ano letivo do segundo segmento   do   ensino   fundamental   e   do   ensino   médio,   os   alunos   que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual  igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero) em cada disciplina.Art.120 – São considerados retidos ao final do ano letivo, os alunos para o segundo   segmento   do   ensino   fundamental   e   do   ensino   médio   que apresentarem:I – Freqüência inferior a 75% do total de horas letivas,  independente do aproveitamento escolar;II ­ Freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina. Art.121  – A disciplina de Ensino Religioso não se constitui  em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.Art.122 – Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente   inseridos   no   sistema   informatizado   para   fins   de   registro   e expedição de documentação escolar.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A qualidade da educação não é algo predefinido e sim um processo de construção que leva em conta as necessidades e objetivos do grupo social, isto é, da comunidade imediata e dos   valores   sociais   mais   amplos,   e   é   um   compromisso   institucional   e   pessoal   com   a democratização da educação.

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Portanto, a Avaliação Institucional constitui­se um processo sistemático de discussão permanente sobre as várias práticas vivenciadas na escola, intrínseco à  construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a Avaliação Institucional articula as demais avaliações,  possibilitando uma  leitura da totalidade das instituições e do sistema. 

Desta forma a Avaliação Institucional será utilizada em nossa escola a fim de auxiliar a  compreensão da realidade escolar/educacional e mobilizar para mudanças necessárias e trazer subsídios para a política educacional, para a gestão escolar e para a prática pedagógica, contribuindo para melhoria da qualidade do ensino.

DESEMPENHO DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS

Em busca de uma educação  de qualidade, o Ministério da Educação aplica o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para que possamos encontrar  juntos os caminhos da melhoria do quadro educacional do País, tendo como objetivo melhorar a qualidade do ensino nas   escolas   brasileiras.   Como   nossa   escola   também     tem   desafio   e   é   responsável   pela formação escolar das cidadãs e cidadãos brasileiros, preparamos, apoiamos e divulgamos o ENEM a todos os alunos. Nossos alunos têm obtido bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio.

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico  será avaliado semestralmente por professores   equipeserá avaliado semestralmente por professores   equipe  pedagógica,  Conselho Escolar,  APMF e Grêmio Estudantilpedagógica,  Conselho Escolar,  APMF e Grêmio Estudantil.  Deste  modo ele nunca estará pronto e acabado pois, sendo flexível. estará sujeito a mudanças de acordo com a realidade da escola e do momento histórico vivenciado pela comunidade, pelo país ou pelo mundo.

A   avaliação   do   Projeto   Político   Pedagógico,   sendo   um   processo   democrático   de decisões,   levará   sempre  em consideração,  por   todas  as   instâncias   envolvidas,   se  ele  está instaurando uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, se contém opções explícitas na direção da superação de problemas no decorrer do trabalho educativo, voltado à   realidade desta comunidade. Sua construção, assim, será contínua, pois, enquanto produto é também processo, incorporando ambos numa interação possível.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  ALMANAQUE ABRIL ELETRÔNICO, São Paulo:  abril, 1999.

 CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. Brasília, 1988.

CRUZ, Daniel.Ciências Educação Ambiental . 12ª edição, São Paulo:  Ática   1995

DOMINGUES, Joelza Ester e FIUSA, Loyola Paranhos Leite. O Brasil em foco .  São Paulo      F.T.D. 1996. 

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO. Brasília. 1997..

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Diretrizes  Curriculares  Nacionais  para  a Educação das relações Étnicos­Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro­ Brasileira e Africana. (apostila)

PIRES, Cecília.  A violência no Brasil .  São Paulo:  Moderna, 1997.

REVISTA ISTO É. Medo.  São Paulo:  Três, Junho / 2000.

 Uma semana de terror.  São Paulo: Três, fevereiro/  2000.

Fobia, mais de 20 milhões de brasileiros sofrem  deste mal . Três, fevereiro / 2000.

REVISTA VEJA . Socorro ! São Paulo: Abril, Junho / 2000.

 Sob as Asas do Império. abril, abril / 2000.

Belo e Poderoso .  São Paulo: abril, Junho / 2000.

SECRETARIA   DE   ESTADO   DA   EDUCAÇÃO;  Curso   de   diretrizes   pedagógicas   e administrativas para a educação básica.  (apostilas)  Julho de 2005.

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ANEXOS

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APRESENTAÇÃO

A presente Proposta Curricular apresenta a produção coletiva dos vários segmentos 

escolares envolvidos, na perspectiva de um repensar sobre a escola de um modo geral. Trata­

se de rever tanto suas funções, quanto sua organização didático­pedagógica.

Assim a proposta  foi  organizada a  partir  de reuniões,  grupos de estudo,  reflexões 

individuais e coletivas acerca da prática nas diferentes disciplinas, as quais estão organizadas 

segundo a matriz curricular da escola e em consonância com os princípios das diretrizes 

curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná.

É  com esta  perspectiva que esta  Proposta  Curricular é  apresentada.  Ela consolida 

tanto  a  participação dos  envolvidos  nos  debates  e   reflexões,  quanto a  própria  prática  de 

ensino e de trabalho pedagógico. A Proposta oferece alternativas que se assentam em uma 

Filosofia   inovadora  que  procura  equilibrar   a   teoria   e   a  prática  de   forma  a  garantir  uma 

compreensão dos conteúdos sistematizados mas trazendo­os para a realidade estrutural na 

qual vivem os diversos seguimentos da escola e os alunos.

As reflexões acerca da proposta curricular articulam os conhecimentos  a uma prática 

pedagógica   comprometida   com   a   concretização   do   processo   ensino­aprendizagem   com 

qualidade e para que esse processo se fundamente na formação humana partimos do princípio 

de que o homem é um ser de valores, que diferencia dos demais seres por sua capacidade de 

criar cultura e que cabe à  escola possiblitar e contribuir em sua formação como cidadão 

crítico e inovador. Por isso esta proposta curricular tem perspectivas inclusivas e relações 

éticas   e   democráticas,   contemplando   os   conteúdos   estruturantes   de   cada   disciplina   e 

respeitando a diversidade, pois quando se trata de inclusão, entende­se que a escola tem que 

respeitar o direito constitucional da pessoa com necessidades educacionais especiais e de sua 

família   na   escolha   da   forma   de   educação   que   melhor   se   ajuste   às   suas   necessidades, 

circunstâncias e aspirações, promovendo, dessa forma, um processo de inclusão responsável e 

cidadã.   Deste   modo,   a   escola   regular   deve   estar   preparada   para   receber   o   aluno   com 

necessidades especiais. No que se refere à diversidade, os critérios utilizados para seleção dos 

conteúdos   foram   os   seguintes:   a   relevância   sociocultural   e   política,   considerando   a 

necessidade   e   importância   da   atuação   da   escola   em   fornecer   informações   básicas   que 

permitam   conhecer   a   ampla   diversidade   sociocultural   brasileira,   a   fim   de   divulgar   as 

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contribuições dessas diferentes culturas presentes em território nacional e eliminar conceitos 

errados, culturalmente disseminados, acerca de povos e grupos humanos que constituem o 

Brasil. Sendo assim, contemplou­se nesta Proposta Curricular a Educação do Campo, pois 

compreende­se que a partir da diversidade presente no campo, pode­se construir políticas 

públicas que assegurem o direito à igualdade com respeito as diferenças. Inclui­se também a 

Cultura­Afro, visando a adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de 

valorização   da   diversidade,   a   fim   de   superar   a   desigualdade   étnico­racial   presente   na 

educação   ,   valorizar   ,   divulgar   e   respeitar   os   processos   históricos   de   resistência   negra, 

desencadeados   pelos   africanos   escravizados   no   Brasil   e   por   seus   descendentes   na 

contemporaneidade, desde as formas individuais até as coletivas.

Por ser uma proposta aberta sempre que se fizer necessário a escola e seu seguimentos 

deverão rever o que foi proposto para se acrescentar o que for necessário e também para 

modificar o que não estiver indo de encontro aos verdadeiros interesses e necessidades dos 

educandos.

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NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER. TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASENACIONAL

COMUM

5ª série 6ª série 7ª série 8ª sérieArtes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1 0 0Geografia 3 3 3 3História 3 3 4 3Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4SUB – TOTAL 22 22 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M – Inglês ** 2 2 2 2SUB – TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.

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NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER. TURNO: TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASENACIONAL

COMUM

5ª série 6ª série 7ª série 8ª sérieArtes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 4Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso * 1 1 0 0Geografia 3 3 3 3História 3 3 4 3Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4SUB – TOTAL 22 22 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M – Inglês ** 2 2 2 2SUB – TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.

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NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASENACIONAL

COMUM

1ª série 2ª série 3ª sérieArtes 2 2 0Biologia 2 2 2Educação Física 2 2 2Filosofia 0 0 2Física 2 2 3Geografia 3 2 2História 2 2 2Língua Portuguesa 4 3 4Matemática 4 4 4Química 2 2 2Sociologia 0 2 0SUB – TOTAL 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M – Inglês * 2 2 2SUB – TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.

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NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASENACIONAL

COMUM

1ª série 2ª série 3ª sérieArtes 2 2 0Biologia 2 2 2Educação Física 2 2 2Filosofia 0 0 2Física 2 2 3Geografia 3 2 2História 2 2 2Língua Portuguesa 4 3 4Matemática 4 4 4Química 2 2 2Sociologia 0 2 0SUB – TOTAL 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M – Inglês * 2 2 2SUB – TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.

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NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASENACIONAL

COMUM

1ª série 2ª série 3ª sérieArtes 2 2 0Biologia 2 2 2Educação Física 2 2 2Filosofia 0 0 2Física 2 2 3Geografia 3 2 2História 2 2 2Língua Portuguesa 4 3 4Matemática 4 4 4Química 2 2 2Sociologia 0 2 0SUB – TOTAL 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M – Inglês * 2 2 2SUB – TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.

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CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL – INTEGRADOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 TIPO DE IMPLANTAÇÃO: GRADATIVA TURNO: NOTURNOMÓDULO: 40 HORAS/AULA: 4.800 HORAS: 4.000

DISCIPLINAS H. Aula

H. Relóg

BASE NACIONAL COMUM

1ª 2ª 3ª 4ª

Língua Portuguesa e Literatura 4 3 2 3 480Arte 2 80Educação Física 2 2 2 2 320Matemática 3 2 4 2 440Física 3 2 200Química 2 2 160Biologia 2 2 160História 2 2 160Geografia 2 2 160Sociologia 2 80Filosofia 2 80Sub-total 19 15 13 11 2320

PD

Língua Estrangeira Moderna 2 160 133

Sub-total 2 160 133

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

Fundamentos Históricos da Educação 2 80Fund. Filos. da Educação 2 80Fund. Sociol. da Educação 2 80Fundamentos Psicológicos da Educação 2 80Fund. Hist. e Polít. da Educ. Infantil 2 80Concepções Norteadoras da Educação Especial 2 80Trabalho Pedagógico na Educação Infantil 2 2 160Organização do Trabalho Pedagógico 2 2 160Literatura Infantil 2 80Metodologia do Ensino de Português / Alfabetização 2 2 160Metodologia do Ensino de Matemática 2 80Metodologia do Ensino de História 2 80Metodologia do Ensino de Geografia 2 80Metodologia do Ensino de Ciências 2 80Metodologia do Ensino de Arte 2 80Metodologia do Ensino de Educação Física 2 80

Sub-total 6 10 12 1520

1266

25 25 25 4000

3333

Estágio Supervisionado 5 5 5

Total 30 30 30 800 667

TOTAL GERAL 4800

4000

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ENSINO FUNDAMENTAL

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ARTES

A) APRESENTAÇÃO GERAL A DISCIPLINA

Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas vilas e   reduções   jesuíticas,   a   primeira   forma   registrada   de   arte   na   educação.   A   congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil  e desenvolveu uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.

Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Em todo os lugares onde a Companhia de Jesus radicou, promoveu essas forma artísticas.

Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manisfesta­se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma  de   cantar   e   tocar   viola   (guitarra   espanhola),   no   folclore,   com  as  Cavalhadas   em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. 

Por volta do século XVIII, busca­se a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval, voltando­se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como caracrterística marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência. O governo do Marquês de Pombal  expulsa os  jesuítas do território do Brasil  Colônia e  estabelece uma reforma na educação colonial e em outras instituições, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários.

No século XIX destacam­se os Colégios­Seminários o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro, os quais incluíram em seus currículos, diferentemente dos demais, estudos do desenho   associado   à   matemática   e   da   harmonia   na   música,   características   da   arte   na sociedade burguesa européia do século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo.

Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil,fugindo da invasão de Napoleão   Bonaparte,   inicia­se   uma   série   de   obras   e   ações   para   acomodar   em   termos materiais e culturais, a corte portuguesa.

Entre essas ações destaca­se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas­Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo neoclássico. Esse padrão estético entra  em conflito com a arte colonial    de características brasileiras, como o Barroco na arquitetura,  escultura,  talhe e pintura presentes nas obras de Antônio 

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Francisco Lisboa ( Aleijadinho), na música do Padre José Maurício, e em outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiços, que não recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros.

Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil. Entre conflitos positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em Augusto Comte, valorizavam em Arte, o ensino do desenho geométrico.

Em 1922 um marco considerado importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna. Os artistas valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação realista.

No Paraná, observa­se reflexos desses vários processos pelos quais passou o Ensino de Arte até tornar­se disciplina obrigatória.

Em 1971 foi promulgada a Lei Federal 5692/71 que no seu artigo 7º, determina a obrigatoriedade do Ensino de Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio. 

Em 1996 foi promulgada a nova LDB 9394/96 que mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ser licenciatura plena e uma habilitação específica. 

Portanto é importante ressaltar que desde a época em que habitava as cavernas, antes mesmo de saber escrever, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com  o intenção de dar sentido a algo, de comunicar­se   com   os   outros   pela   linguagem   da   arte.   Deste   modo   a   Arte   é   criação   e manifestação do poder criador do homem. Criar é   transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A Arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real.  O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Portanto pensar o ensino de arte é também pensar o processo de poetizar, fruir e conhecer arte. Percebendo e analisando seus percursos e resultados e compreendendo os seus conceitos e contextos, visualizamos o processo de ensinar e aprender na perspectiva de seu próprio universo.

Para que o ensino da Arte possa estar articulado na escola de maneira a propiciar ao aluno, o acesso democrático aos bens culturais presentes na sociedade é importante que se considere a identidade do aluno a partir de sua própria história, respeitando sua pertença e suas diferenças, pois diferenciar não equivale a discriminar. Sendo assim um grande desafio lançado à sociedade atualmente é o de articular, da melhor maneira possível, os valores da solidariedade e da igualdade. 

Desta forma o professor de Artes deve estar revendo o seu papel no processo de ensino ­ aprendizagem, no que diz respeito à linguagens artísticas e aos conhecimentos presentes nos bens culturais de maneira que ele  seja um mediador para que os alunos se apropriem que o patrimônio   cultural   pode   ser   entendido   como   tudo   que   está   à   nossa   volta.   Tudo   o   que aconteceu, desde milhares de anos, e que continua acontecendo, faz parte da dinâmica de cada   cultura.   E   que   não   diz   respeito   somente   aos   grandes   monumentos   históricos,   aos vestígios arqueológicos, aos quadros dos pintores famosos,  às obras clássicas da literatura. 

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Refere­se também a tudo aquilo que nos cerca, a todas as atividades que realizamos em nosso dia­a­dia, à forma pela qual entendemos o mundo e nele interferimos.

B) OBJETIVOS GERAIS:

• Visar a abordagem dos elementos básicos das linguagens artísticas como matéria­prima para a construção do conhecimento estético;

• Ampliar e aprofundar a contextualização histórica social, política, econômica e cultural, autores/artístas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e relações identitárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra;

• Explorar   as   linguagens   artísticas   reconhecendo   os   elementos   comuns   presentes   nas diversas representações culturais determinadas pelos seus contextos.

• Propiciar  o  acesso  aos  conhecimentos  presentes  nos  bens  culturais,  por  meio  de  um conjunto   de   saberes   em   Arte   que   lhe   permitam  utilizar­se   desses   conhecimentos   na compreensão das realidades e amplia o seu modo de vê­las.

C) CONTEÚDOS .

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ENSINO FUNDAMENTAL

ÁREAS ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO PRODUÇÕES/MANIFESTA­ÇÕES ARTÍSTICAS

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

­ Espacilidade­ Forma− Suporte− Luz − Sombra

­ ponto­ linha­ bidimensional/assimetria­ configuração visual­ delimitação do espaço­ tamanho­ espaço­ materiais

­ desenho­ computação gráfica­ vídeo­arte­ pintura­ gravura­ fotografia­ esculturas­ instalações­ construções arquitetônicas

MÚSICA­ Ritmo­ Melodia

­Seqüência/movimentos sonoros

­ Arranjo vocal/instrumental­ Fonte sonora/instrumentação

TEATRO

­ Expressão gestual, vocal, facial e corporal

­Manifestação motora, emotiva, gestual e vocal e semelhante− Represen

tação teatral indireta: bonecos/objetos

­ Ação­ Falas­ Gestos/mímicas− Dramatização

DANÇA

− Espaço− ações

­ Espaço­ Níveis­ Planos­ Tensões­ Projeções­Progressões­ saltar­ deslocar­ encolher­ expandir­ girar­ inclinar­ cair ­ gesticular

­ Improvisação

Projetos:

− Folclore é− conhecimento

− Valorizando o− homem do−  campo−− Aprendendo a− cantar

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D) METODOLOGIA:

             Toda sala de aula é retrato de uma história pedagógica construída numa concepção de educação, sendo assim é importante oferecer ricas oportunidades de aprendizagem. Para isso, é preciso selecionar meios acessíveis os quais nós professores de Arte devemos trilhar para poetizar, fruir e conhecer arte, pois nossos alunos devem ser capacitados a realizar e analisar manifestações   artísticas,   compreendendo­as   em   sua   diversidade   histórico   ­   cultural, respeitando as identidades e as pertenças de cada um (estilos de vida, diferenças de gênero, divisão de  trabalho,  hierarquias  sociais,  sistemas de valores,  mecanismos de participação política,etc).

Nessa perspectiva podemos considerar que a arte não é uma produção fragmentada ou fruto   de   modelos   aleatórios   ou   apartados   do   contexto   social   nem   tampouco   mera contemplação;   é   sim,   uma   área   de   conhecimento   que   interage   nas   diferentes   instâncias intelectuais,   culturais,   políticas   e   econômicas.   Dessa   maneira,   o   professor   deverá   criar condições   de   aprendizagem   para   o   aluno   ampliando   as   possibilidades   de   análise   das linguagens  artísticas,   a  partir  da   idéia  de  que  as  mesmas   são  constituídas  de  produções culturais.   Durante   as   aulas   os   conteúdos   serão   trabalhados   de   forma   dinâmica   e contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, de uma vivência para  a construção do conhecimento, através de projetos, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada aluno.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Para   se  de   tratar  da  avaliação  em Artes,  é   necessário   referir­se   ao  conhecimento específico   das   linguagens   artísticas,   tanto   em   seus   aspectos   experienciais   (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar­se  em relação aos   trabalhos  artísticos  estudados  e  produzidos.  Cada linguagem   artística   possui   um   conjunto   de   significados   anteriores,   historicamente construídos   pelo   homem,   composto   de   sentidos   que   podem   ser   entendidos   e reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade.

Deste modo avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde queremos chegar, e estabelecermos  os   critérios   a   serem seguidos.  Para  que   se  promova  um processo  de aprendizagem,   que   permita   ao   aluno   desenvolver   aspectos   cognitivos   através   de: atividades   lúdicas,   pesquisas,   trabalho   coletivo, produções/manifestações/locais/regionais/globais   das   diversas   linguagens   artísticas, peculiaridades culturais, respeitando o ritmo de aprendizagem dos alunos inclusos e não inclusos através de exposições, relatórios, etc. A partir desses apontamentos pretendemos viabilizar  ao aluno o  acesso  sistematizado aos  conhecimentos  em Arte por  meio das diferentes linguagens artísticas. Desta forma a avaliação em Artes supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua   própria   produção.   Assim   sendo,   considerará   o   desenvolvimento   do   pensamento 

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estético,   levando   em   conta   a   sistematização   dos   conhecimentos   para   a   leitura   da realidade.

F) BIBLIOGRAFIA:

DIRETRIZES,  Curriculares   da  Educação  Fundamental   da  Rede  de  Educação  Básica   do Estado do Paraná / Versão Preliminar.

ANDRÉ, Herling & Eiji Yajima. Desenho, Editora Ibep.

THAYANNE, Gabryelle. A  Conquista da Arte, Editora do Brasil.

SOLANGE, Valadares / Célia Diniz. No Cotidiano Escolar, Editora Fapi.

HELOIZA, de Aquino Azevedo. Aprendendo com Arte, Editora Árvor do Saber.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte.

SANTAELLA, L. Arte e cultura: equívocos do elitismo. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1995.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999

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CIÊNCIAS

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINAA construção da ciência acontece por meio da evolução do pensamento do ser humano. 

A cada momento nos deparamos com novas produções científicas, veiculadas pela mídia, o que configura novas demandas para a disciplina.  Portanto a disciplina de ciências não pode ser vista com o uma bricolage de aspectos relativos ao conhecimento científico, mas sim como uma disciplina que possibilite espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade científica, ética, cultural, e que instrumentalize o aluno para compreender e intervir no mundo de forma consciente.

Sendo assim, o ensino de Ciência, na atualidade, tem o desafio de oportunizar a todos os alunos,por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção científica.   A disciplina   de   Ciências   favorecerá   a   compreensão   das   inter­relações   e   transformações manifestadas no meio (local, regional, global), buscando sempre reflexões e soluções para problemas contemporâneos.

Estudos atuais, propõe abordagem crítica e histórica dos conteúdos para a disciplina de Ciências,  que priorize os conhecimentos científicos físicos,  químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar as implicações da relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Entretanto é evidente que o desenvolvimento da ciência segue uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais, alterando a concepção de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação, contribuindo para a formação, em diferentes época e   criticamente,   de   mão­de­obra   qualificada   para   o   mercado   de   trabalho   e,   de   cidadãos críticos, participativos e transformadores.

B) OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:

Atualmente   acredita­se  que  o  objetivo  do   ensino  de  Ciências  Naturais   não  pode   se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico. É necessário também buscar uma mudança metodológica e de atitude nos alunos.  Busca­se formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não superficial.   Busca­se, então, um ensino de Ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez  mais   de   construir   conhecimentos   sobre   a   natureza  mais   próximos  do   conhecimento científico que do senso comum.   De qualquer forma, busca­se como ponto inicial para o ensino­aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se defrontam.

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C) CONTEÚDOS:

Conteúdos Estruturantes:AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA  ­ CORPO HUMANO 

E SAÚDE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSAstronomia e Astronáutica:

Sistema solar

Planeta Terra

Movimentos da Terra

Prevenção da Ação do Sol

Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicaçõesAr no Ecossistema

Composição do  Ar

Pressão Atmosférica

Doenças causadas por bactérias e vírus

Poluição do arSolo no Ecossistema

- Composição do solo

Agentes de transformação do solo

Tipos de adubação

Doenças, prevenção e tratamento 

Poluição do solo

Água no Ecossistema

Estados físicos da água

Composição da água

Pressão e densidade

Ciclo da água

Contaminação da água

Doenças, prevenção e tratamento

Economia da águaEm todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.

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Conteúdos Estruturantes:AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA  ­ CORPO HUMANO E 

SAÚDE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Biodiversidade

Classificação e adaptação morfofisiológicas

Critérios de classificação

Vegetais – raiz, caule, folha, fruto, fruto e semente

­ Reprodução dos vegetais

Animais invertebrados: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção e reprodução.

Animais vertbrados: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção e reprodução.Inter­Relações entre os Seres Vivos e o Meio Ambiente

Divisões da biosferaRelações Ecológicas

Temperatura e calor – diferenças entre os conceitos

Equilíbrio térmicoDoenças, Infecções e Intoxicações e Defesa do Organismo.

Doenças causadas por animaisDoenças causadas por microorganismos

Efeitos das intoxicações

Sistema imunológico

Soros e vacinasTransformação da Matéria e da Energia

Cadeia Alimentar e Teia AlimentarEnergia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção.

Eletricidade – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção.

Magnetismo: imãs e bússolasEm todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.

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Conteúdos Estruturantes:AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA  ­ CORPO HUMANO E 

SAÚDE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Níveis de Organização dos Seres Vivos• Aspectos morfosiológicos básicos da célulaDivisão celular

Tecidos animaisSistema Digestório

Necessidade nutricionaisAção mecânica da digestão

Reação química da digestão

Doenças do Sistema DigestórioSistema Cardiovascular:

Estrutura do Sistema- Pressão Arterial

Doenças do sistema cardiovascular

Sistema Respiratório

Estrutura do SistemaMovimentos respiratórios

Doenças do sistema respiratórioSistema Urinário

Estrutura do SistemaEliminação de resíduos

Hemodiálise

Doenças do sistema urinárioSistema Endócrino

Principais glândulasTecnologias para diagnosticar problemas endócrinos

Doenças do sistema endócrinoSistema Esquelético

Estrutura do esqueleto humanoDisfunções do sistema esquelético

Prevenções do esqueletoSistema Muscular:

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MúsculosDisfunções do Sistema Muscular

Prevenção do Sistema MuscularSistema Sensorial:

Visão, audição, gustação, olfação e tato.Portadores de necessidades educacionais especiais.

Deficiência congênita e adquirida: causa, consequência e prevenção.

A luz e a visão.

Poluição visual.

O som e a audição.Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.

Conteúdos Estruturantes:AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA  ­ CORPO  E SAÚDE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOSCorpo humano como um todo integradoSistema Genital Feminino

Sistema Genital Masculino

Reprodução Humana

Tecnologia de reprodução in vitro

Tecnologia envolvida na manipulação genética e aconselhamento genético.

Clonagem e células tronco

Métodos Anticoncepcionais

Gravidez precoce

DSTs

Tecnologia no tratamento das DSTs.

Matéria e suas propriedades

Sustâncias e misturasO átomo

Substâncias químicas

Reações químicas

Funções químicas

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Sustâncias tóxicas de uso industrial

Substâncias tóxicas de uso agrícola

Substâncias tóxicas de uso doméstico.

Sistema Nervoso Central e Periférico:

Classificação do SistemaDoenças do Sistema Nervoso

Efeitos das drogas.

Segurança no trânsito

Movimento Velocidade

Força

Máquinas Simples

O uso do álcool, suas causas e consequências

Efeitos do álcool

Composição química do álcool.

Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:O encaminhamento metodológico deverá abordar uma prática social que considere o 

sujeito histórico, priorizando os conteúdos historicamente constituídos.Dentro desta abordagem é   importante que os conteúdos estruturantes e específicos 

tenham relações entre si. Se não houver integração entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos com os conteúdos historicamente determinados, a aprendizagem não irá além de uma abordagem tradicional dos conteúdos.

Os conteúdos deverão ser trabalhados com a teoria e a prática, caminhando lado a lado, pois através da observação e do experimento o educando amplia sua visão de mundo. Com a utilização de leituras, análises, interpretação de dados, tabelas, esquemas, resolução de   problemas,   estudo   de   casos,   abordando   problemas   reais   da   sociedade,   entrevistas   e debates.

Devemos   estabelecer   formas   comuns  de   vida  de   aprendizagens   e   de   trabalho  no decorrer das aulas entre alunos inclusos ou não de modo que a integração e a cooperação entre eles aconteça realmente.

As questões ambientais, Educação do Campo e Educação Afro serão trabalhados com filmes, músicas, danças, palestras e pesquisas.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

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A   avaliação   é   um   elemento   do   processo   ensino­aprendizagem   que   deve   ser considerado   como   uma   informação   ao   professor   sobre   o   que   foi   aprendido   pelo   aluno auxiliando o  professor  na   reflexão  sobre  a  eficácia  de  sua  prática   educativa,  bem como informa ao aluno quais são os seus avanços, dificuldades e possibilidades.

Em Ciências as formas de avaliação serão: individuais e coletivas, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação são observação sistemática com registro de debates, entrevistas, pesquisas,   filmes, experimentos, observações e atividades específicas como comunicações de  pesquisas,   relatórios  de   leitura  de  experimentos  e  provas  dissertativas  ou  de  múltipla escolha.

Esses instrumentos respeitarão o desenvolvimento dos alunos inclusos ou não, pois o aluno é o elemento  essencial.

F) BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares De Ciências Para o Ensino Fundamental.

Paraná; Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola Pública do estado do Paraná.   3. ed. Curitiba; SEED, 1997.

Secretaria De Estado da Educação. Superintendência Da EducaçãoDepartamento De Ensino Fundamental

Diretrizes CurricularesDa Educação FundamentalDa Rede De Educação BásicaDo Estado do ParanáEnsino Fundamental – CiênciasVersão Preliminar.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A História da Educação Física atravessou muitas mudanças, iniciando no século XIX onde a partir daí ela se tornou componente obrigatório nos currículos escolares, onde a burguesia   brasileira   depositou   na   ginástica   a   responsabilidade   de   promover,   através   dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida humana.

Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.

A Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As atividades dirigidas a mulher   deveriam   desenvolver   harmonia   de   suas   formas   feminis   e   as   exigências   da maternidade futura.

A   Educação   Física   continuou   tendo   caráter   obrigatório   na   escola,   com   a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7° e pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica.

Instituiu­se   assim,   a   integração   da   disciplina   como   atividade   escolar   regular   e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Na  área   pedagógica   a   primeira   referência   ganhou   destaque  na   área   profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.

Em meados dos  anos  80,  surgiu propostas sobre denominação progressista  onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e  da esportivização.

Dentre   as   correntes   ou   tendências   progressistas   destacam­se   as   abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista.

Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais vinculadas as 

discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da Filosofia da Educação.

Já no início da década de 90, um momento significativo para  o Estado do Paraná, foi  a  elaboração do Currículo Básico,  este  embasado na  pedagogia  histórico  ­  crítica  da educação.

O   Currículo   Básico   se   caracterizou   por     uma   proposta   avançada   onde   a instrumentação do corpo deveria dar  lugar às   formação humana do aluno em todas suas dimensões.

No   mesmo   período,   foi   elaborado   também   o   documento   de   Reestruturação   da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também fundamentou­se na concepção histórico – crítica de educação e , naquele momento, pretendia­se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física.   Vislumbrava­se   a   perspectiva   de   mudança   e   transformação   de   uma   sociedade fundamentada  em valores   individuais  para  uma sociedade mais   igualitária,   esta  proposta representou um marco para a disciplina, destacando a  importância da dimensão social da Educação Física,  possibilitando a consolidação de  um novo entendimento  em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma 

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forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos,   relativos   à   ginástica,   à   dança,   aos   desportos,   bem   como,   às   atividades   que correspondem às características regionais.

Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna­se   possível   sistematizar   propostas   pedagógicas   que   orientem   essas   diretrizes,   com vistas a  avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.

B ­ OBJETIVOS GERAIS:

- Saber utilizar diferentes  fontes  de  informação e  recursos   tecnológicos para adquirir  e construir conhecimentos;

- Conhecer o próprio corpo e dele  cuidar,  valorizando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida, agindo com responsabilidade em relação à  sua saúde, visando um corpo forte e útil para o trabalho;

- Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;- Estimular a organização e a participação em atividades desportivas;- Ampliar as experiências em lutas, ginástica, jogos e danças através de suas manifestações 

cotidianas;- Promover atividades que valorizem a diversidade cultural (cultura   afro – brasileira e 

educação do campo).

C ­ CONTEÚDOS:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- O corpo como construção histórico social- Conhecimento do corpo- Manifestações esportivas- Manifestações de ginástica- Jogos, brincadeiras e brinquedos- Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro.

1 – JOGOS – BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS

- Jogos e brincadeiras com e sem materiais.- Brinquedos e brincadeiras tradicionais.- Construção coletiva de jogos e brincadeiras.- Jogos: recreativos, motores, intelectivos, sensoriais e pré­desportivos.

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2 –   MANIFESTAÇÕES GINÁSTICA

- Diferentes tipos de ginástica.- Atividades de coordenação motora grossa.- Atividades de domínio e controle corporal.- Ginástica de solo: rolamentos, rodas, parada de mão, etc

3 – MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS  CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO

- Atividades rítmicas e expressivas.- Imitação, mímica e representação.- Danças tradicionais e folclóricas.- Expressão corporal com e sem material.

4 – MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS

- Origem dos diferentes esportes.- Princípios básicos dos esportes.- Práticas esportivas com e sem materiais.- Fundamentos básicos dos esportes.- Noções de competição esportiva.- Regras simplificadas e oficiais.- Noções táticas.

5 ­  CONHECIMENTO SOBRE O CORPO

- Qualidades físicas básicas.- Freqüência cardíaca- Postura e análise postural.- Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades.- Relaxamento.

 

D ­ METODOLOGIA:

Os conceitos e atitudes apontam para a valorização dos procedimentos sem restringi­los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos esportes, incluindo atitudes de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento.

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Os   conteúdos   conceituais   de   regras,   táticas   e   alguns   dados   históricos   factuais   de modalidades   somam­se   reflexões   sobre   os   conceitos   da   ética,   estética,   desempenho, satisfação e eficiência.   Os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objetivo de ensino aprendizagem, além de trabalhar com criança os elementos que compõe seu meio sócio   cultural,   visando   a   inclusão   do   outro,   valorização   da   cultura   corporal   e   com   a linguagem como forma de composição, respeito as diferenças e as características individuais dos educandos, aptos e inaptos a prática corporais, proposto como vivências concretas pelo aluno, é  também importante oportunizar condições para identificar o que existe, o que foi transformado, como, porque é  e quais os fatos que ocasionaram as transformações e desta forma propiciarem condições para a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro. 

Diante de tudo isso, é importante se fazer uma reflexão sobre a qualidade de vida, e desenvolver uma compreensão integrada do meio ambiente em suas   múltiplas e complexas relações   ,   envolvendo   aspectos   ecológicos,   psicológicos,   legais,   políticos,   sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.     A qualidade e a quantidade da aprendizagem oferecida  pela   escola   e   vivenciada  pelo   aluno,   que  é   constantemente  bombardeado  pela indústria de massa da cultura e do lazer com falsas necessidades de consumo, carregado de mitos de saúde, desempenho, de beleza, de informações pseudo­científicas e falácias. 

Desta forma os conteúdos deverão ser ministrados através de aulas práticas e teóricas, e caminha também nesta direção a inclusão de conteúdos tecnológicos no procedimento de pesquisa que o aluno possa fazer opções e escolhas, localizar problemas, checar hipóteses, e também atribuir sentido a aprendizagem.   Faz parte deste processo o acesso a informática e o conhecimento   globalizado   em   vários   conteúdos   utilizando   outros   meios   de   informações como: livros, revistas, jornais, vídeos, pesquisa, entrevista, painéis, visitas, e organização de eventos e produção de materiais, etc...

Portanto,   é   fundamental   valorizar   a   importância   social   da   escola   com   espaços   de experiências em que uma ampla parcela da população pode ter acesso à tática e a reflexão da cultura corporal de movimento.     

É  preciso observar  a  predisposição,  a  cooperação,  a   solidariedade a  valorização da cultura popular  e  nacional,   respeitando a  si  e  a  outro procurando socializar  e   resgatar  o entendimento dos valores culturais, resignificando os valores, o sentido da cultura afro por meio da linguagem do corpo.

O docente   executará    suas   atividades   de   acordo   com   os   conteúdos propostos, desenvolvendo   atividades  que   favoreçam o  desenvolvimento  de   relações   integradas   entre sujeitos e o meio, cabendo ao mesmo considerar a complexidade dos conteúdos, adequando as  experiências   trazidas  pelos  educandos,  de   forma  que  na   relação  sentir,  pensar,   agir  e refletir   se   faça   a   organização   da   consciência,   levando   a   modificar   a   situação   ensino­aprendizagem, melhorando a relação interpessoal do aluno. 

Portanto,   é   fundamental   valorizar   a   importância   social   da   escola   como  espaço   de experiência em que uma ampla parcela da população pode ter acesso à prática e à reflexão da cultura corporal de movimento.

O professor deverá utilizar se de varias dinâmicas de trabalho como: aulas teóricas   e práticas, aulas expositivas e demonstrativas, atividades individuais, atividades em pequenos 

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grupos e grandes grupos, participação e envolvimento em torneios e gincanas, atividades com e sem material, utilizando   material reciclável, incentivando o educando a respeitar o meio ambiente,  exposição de  trabalhos  escritos  e   teóricos,  confecção de materiais  com sucata, utilização  de  murais   e   cartazes,   utilização  de   recursos   audiovisuais:   vídeo,   retroprojetor, jornais, revistas etc. 

Conscientizar o aluno sobre a importância da Educação Fiscal, e como a contribuição deste   recurso podem chegar até  a escola,  através do encaminhamento e  envolvimento do educando no jogos escolares, materiais esportivos, merenda, etc. Despertando no cidadão o envolvimento e acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelecer controle social o desempenho dos administradores assegurando melhores resultados sociais.

E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação no ensino de Educação Física deverá favorecer a busca da coerência entre as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. A avaliação deve estar   colocada   a   serviço  da   aprendizagem de   todos  os   alunos,   de  modo  que  permeie  o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo. 

Esta deverá ser contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo, deverá  ter critérios claros, a fim de priorizar a qualidade do processo ensino e aprendizagem, com vistas  à  diminuição das desigualdades  sociais  e  com a  luta  por  uma sociedade justa e mais humana.

Através da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o processo para mudanças e aperfeiçoamento da mesma.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizará e reorganizará  o seu trabalho, visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

F ­ BIBLIOGRAFIA:

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995

VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.

BRASIL.   Ministério   da   Educação.   Diretrizes   operacionais   para   a   Educação   Básica   nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002.

CASTELLANI FILHO,Lino.Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus,1991.

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LUCKESI, C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:Cortez,1995.

VAGO, Tarcísio Mauro. Início e fim do século XX: maneiras de fazer educação física na escola. Caderno  CEDES.Campinas, n.48, p. 30­51, 1999.

CAMARGO, Marilena Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso de investigação sobre cultura escolar (1928­1958). São Paulo: Editora da Unesp, 1999.

SEED.   Diretrizes   Curriculares   de   Educação   Física   para   o   Ensino   Fundamental.   Versão preliminar/ julho 2006.

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ENSINO RELIGIOSO

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O ensino religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento,  de conhecimento,  de aprendizagem em relação às  diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação  e o reconhecimento de singularidade.

Assim o Ensino Religioso permitirá  que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se relacionam com o Sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas   manifestações   no   espaço   escolar,   estabelecendo   relações   entre   culturas,   espaços   e diferenças,  para  que no entendimento destes  elementos  o educando possa elaborar  o   seu saber, passando a entender e diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Oferecer critérios para que os educandos desenvolvam uma consciência crítica diante   das   situações   desumanas   que   envolvem   parte   da   população,   e   se posicionam   de   forma   a   optar   pelo   ideal   ou   fortalecer   o   seu   propósito   de construção de uma sociedade comprometida com o bem comum;

• Ajudá­los a perceber a relação entre a Ciência, Cultura e Fé ao buscar resposta para os próprios questionamentos;

• Sensibilizar   o   aluno   a   respeito   da   diversidade   religiosa   e   dos   múltiplos significados do Sagrado.

C ­CONTEÚDOS POR SÉRIE:

I – RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas

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CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES 

PAISAGEM 

RELIGIOSA 

SÍMBOLO    TEXTO 

SAGRADO

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

_________________________________________________________

II – LUGARES  SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, re reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.

_________________________________________________________

III – TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

- Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá ´is – Fé Bahá ´I, tradições Orais Africanas, Afro – brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.

_________________________________________________________

IV – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando­se as suas principais características de organização, cultura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.

- Fundadores / e ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

- Exemplos de Organizações Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo ( Lao Tsé), etc.

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CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES 

PAISAGEM 

RELIGIOSA 

SÍMBOLO   TEXTO 

SAGRADO

I  ­ UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No Cotidiano

 _____________________________________________________________________

II – RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações  religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

_____________________________________________________________________

III – FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

____________________________________________________________________

IV – VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.

- Reencarnação

- Ressurreição – ação de voltar à vida

- Além da morte

- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes

- Outras interpretações.

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D­ METODOLOGIA:

O Ensino Religioso é  parte  de  um Projeto Educativo Global.  Tal  projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as potencialidades do educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos, racionais, sociais, filosóficos e outros mais.

Toda   a   ação   pedagógica   da   Escola   prevê   o   encaminhamento   do   educando   à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da sociedade.  Não é  possível uma atuação coerente com os princípios da cidadania, sem uma correta concepção de valores. O Ensino Religioso, num processo de interação e integração com os demais componentes do sistema concorre para tal concepção.

Não é possível uma nova prática metodológica em Ensino Religioso, sem considerar o processo evolutivo de forma abrangente, o que implica na concepção de seus objetivos, conteúdos,   procedimento   da   relação   ensino­aprendizagem,   com   os   determinantes   dos processos sociais em suas dimensões culturais, ideológicas, éticas, religiosas, políticas e suas implicações, considerando o contexto no qual está inserido o educando.

E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

É necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes   do   processo   educativo   na   disciplina   do   Ensino   Religioso.   Assim,   cabe   ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

É importante lembrar que mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor proceda ao registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à escola,   ao   aluno,   aos   seus   pais   ou   responsáveis   identificarem   os   progressos   obtidos   na disciplina.

Trabalhar   com  textos  orais   e   escritos,   levando  o   aluno  a   uma   reflexão   sobre  o Sagrado e as Organizações Religiosas buscando o respeito as diversidades das mesmas.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos   como   também   poderão   perceber   que   a   apropriação   dos   conhecimentos   dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

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F­ BIBLIOGRAFIA:

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: Junqueira,   Sérgio;   WAGNER,   Raul   (orgs)   O   ensino   religioso   do   Brasil.   Curitiba: Champagnat, 2004.

GIL FILHO, Sylvio. F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Rá e Ga. O  Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, 3 n. p. 91­120, 1999.

JUNQUEIRA,   Sérgio   Rogério   Azevedo.   (Orgs).   Conhecimento   Local   e Conhecimento Universal: pesquisa, didática e ação docente: Curitiba, Champagnat, 2004.

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GEOGRAFIA

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Geografia tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas na escola, poios favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno e o mundo do qual faz parte, fornecendo­lhe uma visão mais completa do complexo social – o espaço construído pelo trabalho humano, ao longo de um processo histórico. Essa integração deve ser interpretada como a capacidade de refletir criticamente sobre a sociedade em que vive e sobre o espaço que ocupa e, muitas vezes, ajuda a construir.

A Geografia tem como obejtivo compreender a vida de cada um de nós desvendando os sentidos, os porquês das paisagens em que vivemos e vemos serem como são.

Na Geografia é importante construir no dia­a­dia relações cotidianas com os alunos e propiciar­lhes condições para que entendam a importância destas, ou de outras idéias para a Geografia.    

 

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender,  explicar e transformar o mundo;

• Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma certa passividade aos indivíduos;

• Preparar os alunos para serem agentes da construção do espaço e subsidiá­los para interferir conscientemente na realidade.

C) CONTEÚDOS :

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

 A DIMENSÃO DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

• Cartografia;

• A   vida   modificando   as paisagens;

• As dinâmicas da natureza e a ação humana.

• Sistemas   de   produção industrial;

• Agroindústria;

• Economia   e   desigualdade social.

AGENDA 21

PROJETO:EDUCAÇÃO DO CAMPO.

GEOPOLÍTICA

• Políticas ambientais;

• Meio   ambiente   e desenvolvimento;

• A   dinâmica   da   água   no Planeta Terra.

• Movimentos sociais.

PROJETO: AGENDA 21

PROJETOS: CULTURA AFRO E EDUCAÇÃO DO CAMPO.

A DIMENSÃO SOCIO­ AMBIENTAL

• As eras geológicas;

• Os   movimentos   da   Terra   no Universo   e   suas   influências (rotação e translação);

• As rochas e minerais;

• O ambiente urbano e rural;

• Movimentos   socio   – ambientais;

• Classificação   de   fenômenos atmosféricos   e   mudanças climáticas;

• Rios e bacias hidrográficas;

• Sistemas de energia;

• Circulação   e   poluição atmosférica;

• Desmatamento;

• Chuva ácida;

• Buraco na camada de ozônio;

• Efeito   estufa   (aquecimento global);

PROJETOS: AGENDA 21 E CULTURA AFRO

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• Desigualdade   social   e problemas ambientais;

• A dinâmica do relevo e a ação antrópica. 

• Sistemas de energia;

• Circulação   e   população atmosférica;

• Desmatamento;

• Chuva ácida;

• Buraco na camada de ozônio;

• Efeito   estufa   (aquecimento global);

• Ocupação de áreas irregulares;

• Desigualdade   social   e problemas ambientais. 

A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA

• Consumo e consumismo.

• Exôdo rural;

• Urbanização e favelização;

• Fatores e tipos de migração;

• Estrutura etária;

• Movimentos sociais;

• Meios de comunicação;

• Estudo   dos   gêneros (masculino   e   feminino,   entre outros).

EDUCAÇÃO DO CAMPO

D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Propõe  que  os   conteúdos   específicos   sejam  trabalhados  de  uma   forma  crítica   e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, valorizando o real processo de inclusão que preconiza   uma   verdadeira   relação   ensino­aprendizagem.   Mantendo   uma   coerência   dos fundamentos  teóricos  aqui  propostos,  utilizando a cartografia  como ferramenta essencial, 

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possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice­versa contemplando a interdisciplinaridade.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar   a   sua  metodologia   e  o   nível   de   compreensão  dos   conteúdos   específicos   tratados durante um determinado período.

Evitar  avaliações que contemplem apenas  umas das   formas de comunicação dos alunos.

Esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice – versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplem diferentes práticas   pedagógicas,   tais   como:   leitura,   interpretação  e   produção  de   textos   geográficos, leitura   e   interpretação   de   fotos,   imagens   e   principalmente   diferentes   tipos   de   mapas, pesquisas   bibliográficas,   aulas   de   campo   entre   outros,   cuja   uma   das   finalidades   seja   a apresentação de seminários, leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos, relatório de experiências práticas de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos. A avaliação deve ser um processo  não­linear  de  construções   e   reconstruções,   assentado  na   interação  e  na   relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e aluno.

F) BIBLIOGRAFIA:

SEED – Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.

SANTOS, M. A natureza do espaço: Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo, Hucitec, 1996.

VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.

BRASIL,   Parâmetros   Curriculares   Nacionais:   Ensino   Fundamental.   Brasília: Ministério da Educação, 2002.

CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.

VLACH. V.R.F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In. VESENTINI,  J.W. (org.).  O ensino de geografia  no século XXI.  Campinas,  SP.  Papirus, 2004.

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HISTÓRIA

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos   históricos,   o   desenvolvimento   das   relações   que   se   estabeleceu   entre   os   grupos humanos  em diferentes   tempos  e   espaços.  Os  historiadores   estão  atentos  às  diferentes   e múltiplas   possibilidades   e   alternativas   nas   sociedades,   tanto  nos  de   hoje   quanto   nas   do passado, que emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens, procuram apontar para os desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos.

A construção da disciplina de História e a organização de seu ensino nas escolas brasileiras esteve envolvida desde o século XIX, em discussões políticas que estavam em destaque em diversos momentos. Considerando o período do Brasil independente o Estado passou a assumir a gestão da educação. A tarefa de fazer do ensino de História instrumento de legitimação de poderes e de formação de indivíduos adaptados à ordem social não poderia se resumir, à imposição de uma abordagem da História que privilegiasse o Estado e a ação dos grandes homens como constituidora da identidade nacional.

A partir  da Era Vargas há  uma preocupação do Estado no sentido de orientar o ensino   de   História   para   a   formação   moral   e   política.   O   governo   Vargas   entendeu   a importância do cultivo de uma história e de uma memória nacional para a construção da identidade nacional.  Suas  estratégias  não se  limitavam ao ensino escolar,  mas  iam além, atingindo políticas de preservação do patrimônio histórico e da celebração da memória da nação.

As principais mudanças presentes no século XX, foram acentuadas pelas reformas de   Francisco   Campos   e   Gustavo   Capanema   que   elegeram   o   ensino   de   História   como instrumento central da política, e a disciplina de História como fundamental na formação moral e patriótica.

Após  a   implantação do   regime militar  o  ensino  de  história  manteve   seu  caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista de factual. Mantiveram­se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. O Estado figurava como o principal sujeito histórico.

Na   década   de   70,   o   ensino   de   História   era   predominantemente   tradicional;   a abordagem dos conteúdos históricos era apresentada de forma linear e factual.

A partir da Lei 5692/71, o ensino centrou­se nessa formação tecnicista voltada para a preparação de mão­de­obra para o mercado de trabalho.

No decorrer do processo histórico a história busca explicar tanto as uniformidades e as regularidades das formações sociais quanto as rupturas e diferenças que se constituem no embate das ações humanas.

Assim   a   História   concebida   como   processo,   busca   aprimorar   o   exercício   da problematização  da  vida   social,   como  ponto   de  partida  para   a   investigação  produtiva   e criativa,  buscando  identificar  as   relações  sociais  de  grupos   locais,   regionais,  nacionais  e outros povos, perceber as diferenças, os conflitos/contradições e as solidariedades, igualdades e   desigualdades   existentes   nas   sociedades;   comparar   problemáticas   ativas   e   de   outros 

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momentos, posicionar­se de forma crítica no seu presente e buscar as relações possíveis com o passado.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Assegurar que nossos alunos tenham uma postura crítica em relação aos conteúdos transmitidos e aprendam a construir seu próprio ponto de vista.

• Levantar   e   analisar   as  diferentes   formas  de   relação   com o  espaço,  vividos  pelos diferentes grupos humanos.

• Reconhecer e valorizar as diferentes formas de relação com o tempo estabelecidas pelas diferentes culturas.

• Reconhecer e valorizar a educação a partir das diferentes formas de localizações e moradias do educando, tendo como compreensão, o urbano e o rural (campo).

C) CONTEÚDOS:

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DIMENSÃO POLÍTICA;DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;DIMENSÃO CULTURAL.

DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI  –  DIFERENTES TRAJETÓRIAS,  DIFERENTES CULTURAS.CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARESProdução do conhecimento histórico A Humanidade e a História­   o   historiador   e   a   produção   do conhecimento histórico;

­ Tempo, temporalidade;­ Fontes, documentos;­ Patrimônio material e imaterial;­ Pesquisa.Articulação da História com outras áreas do conhecimento.

arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, sociologia, 

*   Observação   o   estudo   da   produção   do conhecimento   histórico   e   a   articulação   da História com outras áreas do conhecimento se   faz   necessário   em   todas   as   séries   do ensino fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como está posto para a 5ª série.

­   De   onde   viemos,   quem   somos,   como sabemos?

Arqueologia no Brasil Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações.

­ Lagoa Santa: Luzia (MG)­ Serra da Capivara (PI)­ Sambaquis (PR)

­   Teoria   do   surgimento   do   homem   na América­ Mitos e Lendas da origem do homem­ Desconstrução do conceito de pré­história­ Povos ágrafos, memória e história oral

Povos indígenas no Brasil  e no Paraná As primeiras civilizações na América­ Ameríndios do território brasileiro­ Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng

­   Olmecas,   Mochicas,   Tiwanacus,   Maias, Incas e Astecas­ Ameríndios na América do NorteAs primeiras civilizações na África, Europa e Ásia­ Egito, Núbia, Gana e Mali­ Hebreu, Gregos e Romanos

A chegada dos europeus na América Península   Ibérica   nos   séculos   XIV   e   XV: cultura, sociedade e política.

­ (des) encontros entre culturas­ Resistência e dominação­ Escravização

­ Reconquista do território­   Religiões:   judaísmo,   cristianismo   e islamismo

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­ catequização ­ Comércio (África, Ásia, América e Europa.Formação   da   sociedade   brasileira   e americana

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

­ América Portuguesa­ América Espanhola­ América Franco­inglesa­   Organização   político­administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)­ Manifestações culturais (sagrada e profana)­   Organização   social   (família   patriarcal   e escravismo)­ Escravização de indígenas e africanos­   Economia   (pau­brasil,   cana­de­açúcar   e minérios)

­   Songai,   Benin,   Ifé,   Congo,   Monomotapa (Zimbabwe) e outros­ Comércio­ Organização político­administrativa­ Manifestações culturais­ Organização social­  Uso de  tecnologias:  engenho de açúcar,  a batea, construção civil...

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• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;­ DIMENSÃO CULTURAL.

DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARESExpansão e consolidação do território Consolidação dos estados nacionais europeus 

e Reforma Pombaliana­ Missões­ Bandeiras­ Invasões estrangeiras

­ Reforma e contra­reforma

Colonização do território “paranaense”­ Economia­ Organização social­ Manifestações culturais­ Organização político­administrativaMovimentos de contestação Independência das treze colônias inglesas da 

América do Norte­ Quilombos (BR e PR)­ Irmandades: manifestações religiosas­sincretismo.­ Revoltas Nativistas e Nacionalistas­ Inconfidência mineira­ Conjuração baiana­ Revolta da cachaça­ Revolta do maneta­ Guerra dos mascates

Diáspora Africana­ Revolução Francesa – Comuna de Paris

Chegada da família real ao Brasil Invasão napoleônica na Península Ibérica­ De Colônia à Reino Unido­ Missões artístico­científicas­ Biblioteca nacional­ Banco do Brasil­ Urbanização da Capital­ Imprensa RégiaO processo de independência do Brasil O processo de independência das Américas­ Governo de D. Pedro I­ Constituição outorgada de 1824­ Unidade territorial­ Manutenção da estrutura social­ Confederação do Equador­ Província Cisplatina­ Haitianismo­   Revoltas   regenciais:   Malês,   Sabinada,   Balaiada, Cabanagem, Farroupilha

­ Haiti­ Colônias Espanholas

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;­ DIMENSÃO CULTURAL.

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARESA construção da Nação Revolução   Industrial   e   relações   de   trabalho 

(XIX e XX)­ Governo de D. Pedro II­ Criação do IHGB­ Lei  de  Terras,  Lei  Euzébio de  Queiroz   ­ 1850­ Início da imigração européia­ Definição do território­   Movimento   Abolicionista   e emancipacionista

­ Luddismo­ Socialismo­ Anarquismo

Emancipação política do Paraná (1853)­ Economia­ Organização social­ Manifestações culturais­ Organização política­administrativa­ Migrações: internas (escravizados, libertos e   homens   livres   pobres)   e   externas (europeus)­ Os povos indígenas e a política de terras

A guerra do Paraguai e /ou a Guerra da Tríplice Aliança O processo de abolição da escravidão Colonização da África e da Ásia

Guerra Civil e Imperialismo estadunidenseCarnaval na América Latina: entrudo, murga e candomble

­ Legislação­ Resistência e negociação­ Discursos:­ Abolição­ Imigração – senador Vergueiro Branqueamento e miscigenação (oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sermientona ArgentinsOs primeiros anos da República Questão Agrária na América Latina

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­ Idéias positivistas­ Imigração asiática­ Oligarquia, coronelismo e clientelismo­   Movimentos   de   contestação   :   campo   e cidade­ Movimentos messiânicos­ Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro­   Movimento   operário:   anarquismo   e comunismo­ Paraná:   ­ Guerra do contestado   ­ Greve de 1917 ­ Curitiba      ­   Paranismo:   movimento   regionalista   – Romário   Martins,   Zaco   Parná,   Langue   e Morretes, João turim

­ Revolução MexicanaPrimeira Guerra MundialRevolução Russa

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;­ DIMENSÃO CULTURAL.

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARESA   semana   de   22   e   o   repensar   da nacionalidade

Crise de 29

­ Economia­ Organização social­ Organização político­administrativa­ Manifestações culturais­ Coluna PrestesA   “Revolução”   de   30   e   o   Período   Vargas (1930 a 1945)

Ascenção dos regimes totalitários na Europa

­ Leis trabalhistas­ Voto feminino­ Ordem e disciplina no trabalho­ Mídia e divulgação do regime­ Criação do SPHAN, IBGE­ Futebol e carnaval­ Contestações à ordem­ Integralismo­   Participação   do   Brasil   na   II   Guerra Mundial

­ Movimentos populares na América Latina­ Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América latina Independência das colônias afro­asiáticas ­ Cárdenas ­ México­ Perón ­ Argentina­ Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart ­ Brasil

­ Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno Guerra Fria­   Governos   de   Manoel   Ribas,   Moyses Lupion,   Bento   Munhoz   da   Rocha   Netto   e Ney Braga­ Frentes de colonização do Estado, criação da   estrutura   administrativa:   Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...­ Movimentos culturais  Movimentos sociais no campo e na cidade: Ex.:  Revoltas  dos  colonos  década  de  50   ­ Sudoeste

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­ Os xetáO Regime Militar no Paraná e no Brasil Guerra   Fria   e   os   Regimes   Militares   na 

América Latina  ­ Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação­ O uso ideológico do futebol na década de 70: O tricampeonato mundial – a criação da liga nacional (campeonato brasileiro)­ Cinema novo­ Teatro­ Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.

­ Política de boa vizinhança­ Revolução Cubana­ 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende­ Censura dos meios de comunicação­ O uso ideológico do futebol na década de 70­ A copa da Argentina ­ 1978

Movimentos de contestação no Brasil Movimentos de contestação no mundo­ Resistência armada­ Tropicalismo­ Jovem Guarda­ Novo sindicalismo­ Movimento Estudantil

­ Maio de 68 ­ França­ Movimento Negro­ Movimento Hippie­ Movimento Homossexual­ Movimento Feminista­ Movimento Punk­ Movimento Ambiental

Paraná no contexto atualRedemocratização Fim da bipolarização mundial­ Constituição de 1988­   Movimentos   populares   rurais   e   urbanos: MST (Movimento dos Sem Terra), MNLM (Movimento   Nacional   de   Luta   Pela Moradia),   CUT   (Central   única   dos Trabalhadores, Marcha Zumbi dos Palmares, etc.­ Mercosul­ Alca

­ Desintegração do bloco socialista ­ Neoliberalismo­ Globalização­ 11 de setembro nos EUAÁfrica e América Latina no contexto atual

O Brasil no contexto atual­ A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

      A proposta curricular delineada neste documento propõe­se a estabelecer articulações entre abordagens teórico­metodológicas distintas, resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino de História. Uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas.

       Retomando­se alguns aspectos apresentados no histórico da disciplina, identifica­se que o ensino de História tradicional, pautado pela valorização da História Política e Econômica, 

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numa perspectiva linear factual, personificada em heróis, que exclui a participação dos outros sujeitos.           O método a desenvolver no ensino de História é  apresentar e colocar em prática o processo do aprendizado do educando, onde devemos dar conta dos desafios: Desenvolver o senso crítico, conhecer a história como processo significativo em seu movimento contínuo, dinâmico, total e plural onde podemos transformar o indivíduo.             Criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações ente o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas.                Dentro   deste   contexto   é   importante   estimular   o   educando   para   que   adquiram progressivamente   atitudes   de   iniciativa   para   realizar   estudos,   pesquisas   e   trabalhos   que despertem o  interesse pela  história  e  valorizem a diversidade e  o  patrimônio cultural  da humanidade.

No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira compreendendo assim as relaçoes marcadas pela desigualdade   sócio­econômicas   e   as   tranformações   ao   longo   do   tempo,   respeitando   e aderindo valores uns dos outros e buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais   a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.

E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação dever ser entendida como um dos aspectos do ensino, devendo ser para tanto diagnóstica onde tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo e ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

Para que a avaliação diagnóstica apresente os resultados desejados faz­se necessário que sejam realizados a partir  do diálogo entre  alunos e  professores,  envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado. É preciso sempre retomar a avaliação com os alunos, pois permite situá­los como parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à  aprendizagem de todos.  Cabe ao professor planejar  situações diferenciadas de avaliação.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em sala de aula  e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, apresenta­se a seguir alguns apontamentos a serem observados pelo professor que permitam analisar se:

­ Os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;­ Os alunos empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos;­  Compreendem a  História   como  prática   social,   da   qual   participam como   sujeitos 

históricos de seu tempo;­  Analisam as  diferentes  conjunturas históricas,  a  partir  das  dimensões  econômico­

social, política e cultural;­ Explicita o respeito à diversidade étnico­racial, religiosa, social e econômica a partir 

do conhecimento dos processos históricos que os constituíram.

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− O real processo de inclusão preconiza uma verdadeira relação ensino­aprendizagem, uma relação circular e não linear, na qual o sujeito ora é chamado aprendente, ora é chamado ensinante.

F ­ BIBLIOGRAFIA

­ Projeto Político Pedagógico­ Viver a História (Cláudio Vicentino)

­ Nova História Crítica (Mario Sscmit

­ Revistas: Mundo Jovem, nova Escola, isto É, Agenda 21

­ Rádio, TV, DCs, DVDs e Vídeos.

­ Livro Didático:

­ 5ª Série – Cotrin Gilberto – Saber e Fazer História – História Geral e do Brasil – Pré­história, Primeiras Civilizações e Antiguidade Clássica – Editora Saraiva _ SP.

­   6ª   Série   –   Cotrin   Gilberto   –   Saber   e   Fazer   História   –   História   Geral   e   do   Brasil   ­ Feudalismo, Modernidade Européia e Brasil Colônia.

­ 7ª Série – Cotrin Gilberto – História Geral e do Brasil – Consolidação do Capitalismo e Brasil império.

­ 8ª Série – Cotrin Gilberto – História Geral e do Brasil – Mundo contemporâneo e Brasil República.

SEED – Diretrizes Curriculares para o Ensino de História para o Ensino Fundamental.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A   disciplina   de   Língua   Portuguesa   passou   a   integrar   nos   currículos   escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, depois de organizado o sistema de ensino. Contudo a preocupação com a formação do professor  teve  início apenas nos anos 30 do século XX.

Levando   em   consideração   a   chegada   dos   primeiros   conquistadores   europeus, acrescenta­se a formação do povo brasileiro a língua, a identidade desta nação, verifica­se tais   fatos  aos  cento e  poucos anos  desta  disciplina quase  oitenta  de  preocupação com a formação do professor.

Nos primeiros tempos de colônia, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinado mais caráter político, social e de organização do que pelo pedagógico; ou seja tratava­se de um ensino eloqüente, voltado a uma   perpetuação   patriarcal,   estamental   e   colonial,   claramente   reprodutivista   acionado   a inculcar a obediência, a fé ao rei e à lei. 

Em meados do século XVII, torna­se obrigatório o Ensino de Língua Portuguesa em Portugal   e   no   Brasil,   foi   incluído   no   currículo   sob   as   formas   da   disciplina:   gramática, retórica, poética e “literatura”.

No século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 foi criado o cargo de Professor de Português.

Em 1967 iniciou­se um processo de “democratização” do ensino, com criação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores.

Com a Lei 5692/71 passou a denominar­se no 1º grau Comunicação e Expressão (nas  quatro  primeiras   séries)   e  Comunicação  em Língua  Portuguesa   (nas  quatro  últimas séries) nesse contexto a gramática deixa de ser enfoca principal do ensino de língua e a teoria da comunicação torna­se o referencial, assim durante as décadas de 70 e 80, o Ensino de Língua Portuguesa, pautava­se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Assim sendo,  houve  a  necessidade  de  aumentar  o  quadro  de  profissionais,  para suprir tal demanda deixando para um segundo plano a formação pedagógica dos docentes. Transferindo a responsabilidade para o livro didático e criando um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão. 

No   Brasil   a   dimensão   tradicional   do   ensino   da   língua   cedeu   espaço   a   novos paradigmas envolvendo questões contextuais. A partir dos anos 80 integraram o círculo de Bakhtin, de natureza sociológica da linguagem .

Em   1997   segundo   Geraldi,   tais   pesquisas   trouxeram   avanço   para   a   língua portuguesa, por outro lado trouxe desprestigio da função poética.

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Na busca da superação do ensino normativo, tanto a quebra cânone e a crescente valorização do leitor impossibilitava a totalização, ou centralização,   referencial, só com o impacto de pensadores contempoâneos como: Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, ou seja, dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como análise do discurso, Teoria da Enunciação, Teoria da Leitura, Pensamento da Desconstrução, etc., foram conquistados novos espaços.

A partir  dos  anos  80  os  estudos   lingüísticos  mobilizaram os  professores  para   a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna, marcada pelo livro de “O Texto na Sala de Aula”, de Geraldi, que marcou as discussões sobre o Ensino de Língua Portuguesa no Paraná, presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988 o Currículo Básico e 1990.

No   caso   do   Currículo   do   Paraná,   pretendia­se   uma   prática   pedagógica   que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.

No   final   da   década   de   90   os   Parâmetros   Curriculares   Nacionais   também fundamentaram   a   proposta   para   a   disciplina   de   Língua   Portuguesa   nas   concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. 

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a discussão sobre o ensino de Língua e Literatuta requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino.

Língua   Portuguesa   não   é   uma   língua   estática   e   isolada,   é   componente   crucial, dinâmica, articulada e compromissada com o processo educacional; neste aspecto a Língua Portuguesa compreende, gera, significa e interage integrando a organização do mundo e da própria identidade, contemplando a língua materna com diferentes falantes e interlocutores de forma integradora.

A linguagem e o contexto social estão sempre presentes entrelaçando como ponto de partida a dimensão dialógica. Promove e direciona atividades sócio­histórica tendo em vista a necessidade  e  prioridade  de   respeitar   as  condições  sociais,  assim como as   condições  de produções em um dado momento histórico. Globaliza não somente sua própria história e necessidade como ponto de partida como também envolve outras culturas como a indígena, a afro­africana e a educação do campo que até então não estavam incorporadas no currículos escolares.

É em Língua Portuguesa que norteiam os três eixos essenciais: a oralidade, a leitura e a escrita, fatores extremamente importantes para o desenvolvimento das outras disciplinas, bem como meio para a continuidade da caminhada no processo ensino – aprendizagem, nela o sujeito se apropria e se faz sujeito do seu próprio conhecimento possibilitando sobressair­se diante dos conflitos sociais facilitando o desenvolvimento pleno de suas potencialidades no mundo.

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B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Levar os alunos a desenvolver a leitura, a escrita e a oralidade respeitando suas condições   de   produção   descobrindo   as   intenções   que   estão   implícitas   nos discursos do cotidiano posicionando diante dos mesmos;

Possibilitar trocas de experiências levando­os a compreender a realidade que está inserido e o seu papel como cidadão participante na sociedade;

Identificar   os   diferentes   discursos:   verbal,   oral,   escrito,   considerando­se interlocutores, os objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

Promover   diferentes   leituras   dirigidas   a   reflexão   sobre   a   história   e   a   vida contemporânea das culturas afro­africanas, educação do campo e indígena.

C­ CONTEÚDOS:

 

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES

LEITURA ­Textos literários;

­Gêneros textuais;

­Trava­línguas;

­Quadrinhos;

­Adivinhas;

­Parlendas;

­Piadas;

­Verbetes enciclopédicos;

­Relatos de experiências.

­ História e origem da cultura Afro.

ESCRITA ­Relatos (história de vida);

­Bilhetes;

­Cartas;

­Cartazes;

­Avisos (textos pragmáticos);

­Propaganda;

­Poemas;

­Contos;

­Relatórios;

­Anúncios;

­Reprodução de texto;

­Análise Linguística;

­Compreensão de textos, poesias e documentários.

ORALIDADE ­Relatos familiares e comunitários;

­Relatos vivenciados pelo aluno;

­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações.

­Cidadania 

­Saúde

­Cultura Afro e Indígena.

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES

ORALIDADE ­Apresentação de temas variados;

­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações;

­Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem analisadas de diversas maneiras.

­Cidadania;

­Saúde;

­Cultura Afro e Indígena

LEITURA ­Textos narrativos;

­Textos literários;

­Textos informativos;

­Notícias;

­Entrevistas;

­Lúdicos;

­Trava – línguas;

­Quadrinhos;

­Adivinhas, parlendas, piadas;

­Classificados;

­Charges e slogans.

ESCRITA ­Produção textual;

­Bilhetes, cartas;

­Cartazes, avisos, propagandas, textos pragmáticos;

­Poemas, contos, crônicas (textos literários);

­Notícias e entrevistas (texto de imprensa);

­Relatórios;

­Verbetes enciclopédicos;

­Reestruturação de textos e análise linguística.

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES

ORALIDADE ­Apresentação de temas variados;

­Depoimentos;

­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discussões e enunciações;

­Relatos de acontecimentos;

­Debates, júris –simulados e seminário.

­Cidadania;

­Saúde;

­Cultura Afro e Indígena

­Agenda 21.

LEITURA ­Textos literários;

­Textos de imprensa;

­Textos lúdicos;

­Textos didáticos;

­Textos descritivos;

­Verbetes enciclopédicos;

­Textos narrativos.

ESCRITA ­textos pragmáticos (bilhetes, cartas, cartazes, avisos);

­Textos literários (poemas, contos e crônicas);

­Textos de divulgação científica;

­Textos de imprensa;

­Textos de divulgação científica (resumo de artigos e verbetes de enciclopédias);

­Análise linguística e reestruturação de textos.

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS COMPLEMENTARES

ORALIDADE ­Apresentação de temas variados;

­Depoimentos;

­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações;

­Relato de acontecimentos;

­Debates, júris – simulados e seminário;

­Análise de entrevistas

­Saúde(DST);

­Alimentação;

­Higiene;

­Cultura Afro e Indígena

­Agenda 21.

LEITURA  ­Textos literários e não literários, fictícios;

­Textos informativos;

­Textos de imprensa;

­Textos lúdicos;

­Textos didáticos;

­Documentários;

­Textos noticiário;

­Textos descritivos.

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ESCRITA ­Relatos;

­Cartas;

­Cartazes;

­Poemas;

­Contos;

­Crônicas;

­Notícias;

­Editoriais;

­Entrevistas;

­Relatórios;

­Resumos;

­Verbetes de enciclopédia;

­Charge;

­Reprodução de texto;

­Análise linguística.

D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Em todos os momentos que envolvem esta disciplina a forma de ser trabalhada é sempre levando em consideração o ponto de chegada dos alunos, respeitando suas condições de produções e suas realidades sócio­cultural e econômica. Para isto, um levantamento de dados  é   o  ponto  de  partida  e   a   partir  deste  momento   iniciar   conteúdos   significativos  e contextuais   acrescentando   e   aprimorando   a   aprendizagem.   Cabe   ressaltar   que   além   de respeitar a língua materna no contexto da prática da sala de aula, até  as possibilidades de relacionamentos   de   transformação   deverão   nortear   e   valorizar   as   relações   (valores   e conhecimentos) de forma que possam compreender e interpretar para interagir à construção do conhecimento.

Desta forma a  oralidade, norteia o espaço escolar tendo em vista a exposição de idéias e a capacidade de adequar diferentes situações como: ouvir o outro, falar com o outro, respeitando as variedades lingüísticas (língua materna).

Na  leitura:  (lida,  ouvida e   falada)  ler  silenciosamente em voz alta   ,  por   tópicos, parágrafos, bem como ouvir o outro enquanto sujeitos da situação discutindo e debatendo idéias e contextos da leitura.

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Na  escrita:   produzir   textos   respeitando   as   condições   de   produção   por   meio   de relações   com   o   contexto   e   apresentando   tipologias   textuais,   com   atividades   que   devam posicionar­se contra ou a favor respeitando estruturas ou adequando estruturas textuais de acordo com atividades propostas.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A   avaliação   estará   presente   envolvendo   os   três   eixos   da   disciplina   de   Língua Portuguesa   relacionados   abaixo   e   partindo   das   condições   de   produções,   ou   seja,   sua realidade.

Oralidade   –   Considerando­   se   a   participação   do   aluno   nos   diálogos,   relatos   e discussões,   a  clareza  que  demonstra   ao  expor   suas   idéias,   a   fluência  da   sua   fala,  o   seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial,   a   sua   capacidade   de   adequar   o   discurso,   texto   aos   diferentes   interlocutores   e situações.

Leitura – Avaliar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do texto, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto propondo discussões, debates e outras atividades.

Escrita – Ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como   um   produto   final.   Os   aspectos   discursivos,   textuais,ortográficos   e   gramaticais,   os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos são avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto.

F) BIBLIOGRAFIA:

FARACO,   Carlos   A   .   Terezza,   Cristóvão,   Castro,   Gilberto   de.   Diálogos   com Bakhtin. Curitiba, Pr. Editora UFPR., 2000.

FÁVELO, Leonor L., Koch, Ingedore G. V. Lingüística textual uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.

FIORIN, José Luiz. O romance e a representação da heteronoidade constitutiva. In Faraco, Carlos Alberto (org) Diálogos com Bakhtin. Curitiba UFPR, 2001.

FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2004.

GERALDI, C., Fiorentine, L.,  Pereira, E (orgs). Cartografia do trabalho docente. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1936.

GERALDI, Pontos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Kleiman, Angela; Moraes. S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.

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KLEIN, Lígia. Proposta Político – Pedagógica para o ensino fundamental: governo popular de Mato Grosso do Sul. SED/Núcleo de Ensino Fudamental,2000.

______, Travaglia, Luiz C. a coerência textual. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 1990.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999,

SEED – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental.

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MATEMÁTICA

A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A   história   da   Matemática   nos   revela   que   os   povos   das   Antigas   Civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje.

No Brasil  na metade do  século  XVI a matemática  viria  a   ser   introduzida  pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras.

O  desenvolvimento   lógico  do   século   XIX  foi   denominado   como   o  período  das matemáticas contemporâneas. Trata­se uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas.

No final do século XIX e início do século XX ocorre as instalações de indústrias, fábricas   nas   cidades   causado   pelo   aumento   da   população   urbana.   Nesse   contexto   os matemáticos, passaram de pesquisadores a professores.

Até  o   final  dos  anos  50  prevaleceu  no  Brasil  a  matemática  Formalista  Clássica concentrada no professor e no seu papel expositor.

Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.

Na tendência Tecnicista a partir de 1964, a pedagogia não se centrava no professor ou no estudante, mas nos objetivos instrucionais, recursos e técnicas de ensino.

A Técnica Construtivista surgiu a partir das décadas de 60 e 70. Nessa tendência, o conhecimento  matemático   resultavam   de   ação   interativas   e   reflexivas   dos   estudantes   no ambiente ou nas atividades pedagógicas.

A   tendência   Histórico­Crítica   não   consistia   apenas   no   desenvolvimento   de habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e significado as idéias matemáticas, tornando­o capaz de estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar.

No   final   da   década   de   1980   e   início   da   década   de   1990,   cria­se   no   Paraná   o Currículo para a Rede Pública do Ensino Fundamental.

A partir de 1998 o Ministério da Educação iniciou a distribuição dos PCN’S que defende uma concepção neoliberal de homem, de mundo e de sociedade.

A partir  de  2003  a  SEED elaborou as  Diretrizes  Curriculares  Nacionais   e  num processo   de   discussão   coletiva   com   os   professores   da   Rede   Pública   Estadual,   resgata importantes considerações a respeito do ensino e aprendizagem da Matemática .

Portanto é necessário que o processo ensino­aprendizagem em Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação   de   linguagem   adequada   para   descrever   e   interpretar   fenômenos   ligados   à Matemática e a outras áreas do conhecimento.

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Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

O ensino de Matemática seja realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta­se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado cientificamente.

A Matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem, até na hora de definir  se uma compra deve ser  paga à  vista  ou a prazo,  no uso em complexos computadores, no sobe­e­desce da bolsa de valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país...

A Matemática   tem grande  importância   em outras  áreas  do  conhecimento,   como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano.

B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Ao final do curso, esperamos que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos sobres a linguagem matemática, suas causas e como elas influenciam nossas vidas;

• Que o aluno compreenda que a matéria prima da matemática são as idéias, e que seu desafio é a construção de sistemas coerentes de idéias;

• Que   o   aluno   desenvolva   a   capacidade   de   analisar,   comparar,   conceituar, representar, abstrair e generalizar;

• Que   o   aluno   tenha   condições   de   associar   a   matemática   a   outra   área   do conhecimento;

• Desenvolver,  a  partir  de suas  experiências,  um conhecimento organizado que proporcione a construção de seu aprendizado;

• Que a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas;

• Promover atividades que valorizem a diversidade cultural.

            C) CONTEÚDOS:

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Sistema   de   numeração   decimal   e   não decimal;

• Números naturais e suas representações;

• As   seis   operações   e   suas   inversas   (adição, subtração,   multiplicação,   divisão, potenciação e radiciação);

• Transformação  de  números  fracionários   (na forma   de   razão/quociente)   em   números decimais;

• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência;

• Porcentagens   nos   seus   diferentes   processos de   cálculos   (razão,   proporção,   frações   e decimais);

• Ângulos. 

MEDIDAS

• Organização do sistema métricodecimal e do sistema monetário;

• Transformação de unidades de medidas  de massa, capacidade, comprimento e tempo;

• Perímetro, área e volume. 

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GEOMETRIA

• Classificação   e   nomenclatura   dos   sólidos geométricos e figuras planas;

• Construções   e   representações   no   espaço plano;

• Planificação de sólidos geométricos;

• Padrões   entre   bases,   faces   e   arestas   de pirâmides e prismas;

• Condições   de   paralelismo   e perpendicularidade;

• Desenho   geométrico   com   uso   de   régua   e compasso;

• Classificação de triângulos.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Coleta,   organização   e   descrição   de dados;

• Leitura  e   interpretação e  representação de   dados   por   meio   de   tabelas,   listas, quadros e gráficos;

• Gráficos de barras e colunas. 

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Números decimais;• Números inteiros;• Potenciação e radiciação;• Transformação de números  fracionários  (na  forma de 

razão/quociente) em números decimais;• As noções de variável e icógnita e a possibilidade de 

cálculo  a   partir   da   substituição   de   letras   por   valores numéricos;

• Noções de proporcionalidade:fra­ção, razão, proporção, semelhança e diferença;• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;• Equações, inequações de 1º grau;• Expressões numéricas. 

MEDIDAS

• Transformações   de   unidades   de   medidas   de   massa, capacidade, comprimento e tempo;

• Perímetros,  área,  volume, unidades correspondentes  e aplicações na resolução de problemas algébricos;

• Capacidade e volume e suas relações;• Ângulos.

GEOMETRIA

• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

• Padrões   entre   bases,   faces   e   arestas   de   pirâmides   e prismas;

• Planificação de sólidos geométricos;• Círculo e cilindro;• Desenho geométrico com uso de régua e compasso. 

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Coleta, organização e descrição de dados;• Leitura  e   interpretação  e   representação  de  dados  por 

meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e 

de curvas e histogramas;• Médias, moda e mediana. 

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOSNÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA • Conjuntos   numéricos   (naturais,   racionais,   reais, 

inteiros e irracionais);• Potenciação e radiciação;• Variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a 

partir   da   substituição   de   letras   por   valores numéricos;

• Sistemas de equações de 1º grau;• Polinômios e os casos notáveis;• Produtos notáveis;• Ângulos;• Fatoração. 

MEDIDAS • Perímetro, área e volume;• Ângulos e arcos­unidade, fracionamento e cálculo.

GEOMETRIA • Representação cartesiana e confecções de gráficos;• Círculo e cilindro;• Desenho   geométrico   com   uso   de   régua   e 

compasso;• Construção   de   polígonos   inscritos   em 

circunferências;• Representação   geométrica   dos   produtos   dos 

notáveis;• Interpretação geométrica,  equações,   inequações e 

sistemas de equações.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO • Coleta, organização e descrição de dados;• Leitura e   interpretação e  representação de  dados 

por meio de tabelas,  listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos   de   barras,   colunas,   linhas   poligonais, setores e de curvas e histogramas;

• Noções de probabilidade. 

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA

• Potenciação e radiciação;• Juros   e   porcentagens   nos   seus   diferentes 

processos   de   cálculos   (razão,   proporção, frações e decimais);

• Variável   e   incógnita   e   a   possibilidade   de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;

• Equações de 1º e 2º graus;• Cálculo   do   número   de   diagonais   de   um 

polígono;• Funções;• Trigonometria no triângulo retângulo.   

 Educação Fiscal

MEDIDAS • Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;

• Triângulo   retângulo   –   relações   métricas   e Teorema de Pitágoras;

• Triângulos quaisquer.GEOMETRIA 2. Representação   cartesiana   e 

confecções de gráficos;3. Círculo e cilindro.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Coleta, organização e descrição de dados;• Leitura   e   interpretação   e   representação  de 

dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;

• Gráficos   de   barras,   colunas,   linhas poligonais,   setores   e   de   curvas   e histogramas;

• Noções de probabilidade.

 D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Uma   das   grandes   dificuldades   na   transferência   do   conhecimento   é   o   “como ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino­aprendizagem.

Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a  ação do professor.

Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um conhecimento em   Matemática   mediante   a   configuração   curricular   que   promove   a   organização   de   um trabalho   escolar,   que   se   expresse   em   articulações   entre   os   conteúdos   específicos   e estruturantes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.

Os  conteúdos  matemáticos   serão  abordados  a  partir  de   resolução  de  problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa   reconhecer e registrar questões de relevãncia social     que   produzem   conhecimento   matemático   propondo   a   valorização   do   aluno   no 

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contexto social, para tanto deve­se promover ambientes gerados por aplicativos informáticos, uso de mídias, recursos tecnológicos, aplicativos de modelagem e simulação. Considerando como elemento orientador na elaboração de atividades, a História da Matemática.

O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de condições.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação deve ter um papel de mediação  no processo ensino e aprendizagem, ou seja, o ensino, a   aprendizagem e a avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo   sistema.   Para   isso   cabe   ao   professor   considerar   nas   práticas   de   avaliação, encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e a busca de diversos métodos avaliativos.

O   professor   precisa   estimular   e   considerar   também   os   registros   escritos   e manifestações orais de seus alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é  um componente desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levando­o a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante  pautando­se  num processo  em   que  as  diferentes  necessidades  sejam priorizadas , a fim de garantir a inclusão.

Para   uma   boa   prática   avaliativa,   em   Educação   Matemática,   são   os   necessários encaminhamentos  metodológicos  que  abram espaço à   interpretação e  à  discussão,  dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por parte do aluno.

A avaliação é  um meio,  e  não um fim em si  mesma.  É  um processo contínuo, diagnóstico,   dialético,   e   deve   ser   tratada   como   parte   integrante   das   relações   de   ensino aprendizagem.

F ­ BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes   Curriculares   de   Ensino   de   Matemática   para   o   ensino   fundamental   –   versão preliminar – julho 2006.

BASSANEZI,   R.   C.   Ensino­   aprendizagem   com   modelagem   matemática:   uma   nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

DAMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade.                     Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DAMBRÓSIO, V. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da matemática. In: BICUDO,   M.V.;   BORBA,   M.   Educação   Matemática:   Pesquisa   em   movimento.   São Paulo: Cortez, 2004. P. 13­29.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.

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VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. Ed. São Paulo: Martins Pontes, 2002.

RUIZ,   Adriano   Rodrigues.   Matemática,   matemática   escolar   e   o   nosso   cotidiano. www.pedagogia. pro. br/ matemática. Htm;

www. Matemática hoje. Com. Br/telas/mat. Educ.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA.

) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:Desde  o   início  da   colonização   do   território   que  hoje   corresponde   ao     litoral   do 

território   brasileiro   pelos   portugueses,   houve   a   preocupação   do   estado   português   em promover a educação.

Na década de 70, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de línguas  estrangeiras  como mais  um  instrumento das  classes   favorecidas,   já  que  a  grande maioria não tinha acesso a este conhecimento.

Em 1976 a língua estrangeira volta a ser valorizada e obrigatória no 2º grau.Com o passar dos anos o predomínio de oferta de língua estrangeira contínua a ser 

prestigiada pelos estabelecimentos de ensino.Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, determinou 

que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da quinta série.

O MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fudamental de Língua Estrangeiras – PCNs em 1998. Este documento pauta­se numa concepção de língua como prática social privilegiando a “abordagem comunicativa”.

A partir das reflexões em torno da Abordagem Comunicativae das implicações desta no ensino de LEM, serão apresentados a seguir os fundamentos teórico­metodológicos que referenciam estas Diretrizes.• atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da 

equidade no tratamento da disciplina de LEM em relação às demais obrigatórias do currículo;

• O resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no currículo da Educação Básica;

• O respeito à diversidade (cultural, identitária, lingüística).Para tanto, identificou­se na pedagogia histórico­crítica o referencial teórico que 

sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, entende­se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendem o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Atualmente em pleno alvorecer da era da informação num mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se comunica cada vez mais, nunca o tempo foi tão curto para tanta informação, e portanto, nunca a objetividade na linguagem foi tão necessária.

Nos   tempos   modernos,   portanto,   com   a   internacionalização   do   mundo   e   com   o crescente   desenvolvimento  de   tecnologia   de   comunicação,   a   funcionalidade   dos   idiomas como meios de comunicação clara e objetiva se impõe a tudo, fato este reconhecido também pelo mais respeitados representantes da língua portuguesa.

Especialmente no caso do inglês, um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje, adotado como língua internacional e cada vez mais pessoas estudam e falam inglês em todo o mundo.

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Já há algum tempo, o inglês tornou­se um dos principais veículos de comunicação no meio   diplomático,   no   comércio   mundial,   nas   competições   esportivas,   no   turismo,   nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congresso sobre a ciência, tecnologia, arte, etc.

Em paralelo a isso, a redação e editoração de textos via computadores está criando uma tendência à padronização do inglês na sua forma escrita pelo fato de ter sido um país de língua inglesa o berço da informática.   Por isso é de suma importância conhecer a língua inglesas para não se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.

B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade;• Oportunizar   o   reconhecimento   e   compreensão   sobre   a   diversidade   lingüística   e 

cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;• Despertar o interesse por apreciar produções escritas e orais de outras línguas;• Construir   conhecimento   sobre   a   organização   textual   e   sobre   como   utilizar   a 

linguagem nas   situações  de  comunicação,   tendo como base  os   conhecimentos  da língua materna.

C – CONTEÚDOS:

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSOLevando   em   consideração   que   o   conteúdo   estruturante   é   o   que   traz   base   à 

concepção de língua defendida nas diretrizes é que serão estabelecidos os conhecimentos que identificam e organizam o estudo desta disciplina.

Sendo assim o conteúdo específico vem complementar o conteúdo estruturante e ambos constituem os três eixos da língua que são leitura, oralidade e a escrita.

Assim a linguagem do texto passa a ser a materialidade para alcançar tal fim, ou seja, o trabalho em sala de aula precisa partir de um texto de linguagem num contexto em uso   tendo   em   vista   que   o   objetivo   do   trabalho   em   sala   de   aula   é   a   construção   do significado por meio do engajamento discursivo e não meramente a prática de estruturas lingüísticas.

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ESPECÍFICOSCOMPLEMENTARES

LEITURA ­Diálogos;­Textos descritivos curtos;­Textos informativos curtos;­Notícias curtas de revistas;­Jogos de adivinhação;­Histórias em quadrinhos;­Propaganda;­Texto não­verbal;­Texto narrativo curto;­Convites.

­Diferentes  tipologias  textuais tais   como:   Educação   do Campo, Cultura Afro.

ESCRITA ­Produção de textos curtos;­Interpretação de texto;­Produção de diálogo;­Acróstico;­Tradução de texto;­Jogos de adivinhação;­Confecção de convites;­Apresentação e cumpromento.

ORALIDADE ­diálogos;­Declamação de poesia;­Música;­Descrição de locais e objetos;­Expressar preferências;­Narração de fatos ocorridos;­apresentar­se, apresentar o outro e perguntar sobre: (nome, idade, endereço, nacionalidade);­Expressar vontades; ­Pedir favor, ajuda;­Dar ordens;­Pedir permissão para fazer algo.

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ESPECÍFICOSLEITURA ­Diálogos;

­Textos informativos;­Textos narrativos­Textos descritivos­Textos não – verbais­Textos poéticos;­Charges;­História em quadrinhos;­Gráficos;­Legendas;­Textos instrutivos;­Propagandas;­Jogos;­Textos argumentativos.Leitura: notícias de revistasjogos e adivinhações

ESCRITA ­Produção de textos curtos;­Interpretação de texto;­Crítica de filme;­Síntese de texto;­Produção de texto poético;­Acróstico;­Tradução de texto;­Produção de propaganda;­Jogos;­Fazer convites­Descrição física.resenha crítica de filmes e colocar produção de diálogojogos e adivinhaçõespalavra­cruzada

ORALIDADE ­Diálogos;­Declamação de poemas;­Música;­Compreensão oral de texto;­Debates sobre texto lido;­Descrever locais e objetos;­Expressar preferências;­Narrar fatos ocorridos;­Perguntar sobre preferência do outro;­Pedir favor, ajuda;­Dar ordens;­pedir permissão para fazer algo;­Defender um ponto de vista;­pedir informação.

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D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho do LEM na escola precisa partir do entendimento do papel da línguas nas sociedades como mais do que novos instrumentos de acesso à informação:  as LEM são 

também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

- Diagnosticar o conhecimento que os alunos trazem para propiciar a eles oportunidades de trocas   de   experiências   na   perspectiva   de     continuidade   a   construção   de   novos conhecimentos.

Aproveitar   o   interesse   dos   alunos   e   estimular   a   capacidade   de   ouvir,   discutir,   falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma  criativa, fazer suposições em relação aos conteúdos.

É preciso levar em conta também que as escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos e dos professores, cuja formação fornece os contornos de suas possibilidades de atuação.

Cada aprendiz constrói seu próprio aprendizado baseando em experiências de fundo psicológico resultantes de sua participação ativa no ambiente, por este motivo é  de suma importância promover a diversidade cultural, valorizando a cultura afro e a educação do campo.

De acordo com estas perspectivas a metodologia de ensino de língua na direção de uma abordagem humanística baseada na comunidação e intermedição de um facilitador carismático, e com participação ativa do aprendiz.

E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:

O ato avaliativo é algo presente em todo empreendimento humano.O ato avaliativo não é  um empreendimento meramente mecânico, pois envolve um 

julgamento de valor, ou seja, a percepção do professor sobre o rendimento escolar.  Para tal; é preciso que se tenha claro quais serão os critérios que servirão de base para a avaliação.

A avaliação  será   contínua e  quantitativa;  observando a  participação do  aluno  em classe, através de atividade orais e escritas, trabalhos e pesquisas, expressão oral em diálogos; procurando   não   classificar   mas   diagnosticar   afim   de   respeitar   o   processo   de   ensino aprendizagem.

F) BIBLIOGRAFIA.

SEED – Diretrizes Curriculares de língua estrangeira para o ensino Fundamental e Médio

Currículo Básico Para a Escola Pública do Estado do Paraná.

Livro Take Your Time.

Livro Graded English – Elisabeth Prescher, Ernesto Pasqualin, Eduardo Amos.

Apostila de Inglês – Paula B. Pignatti e equipe.Essential English – Antonio de S. e  Silva – Rafael Bertolin.

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ENSINO MÉDIO

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ARTE

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A   Arte   está   presente   desde   os   primórdios   da   humanidade,   sendo   uma   atividade fundamental do ser humano. Ela é uma forma de trabalho criador. O trabalho transforma a natureza e  o  próprio homem. As  inter­relações  entre  o   fazer   /  pensar  arte  na escola nos proporciona tecer uma interlocução maior e mais significativa entre as identidades pessoais (“eu” individual) e coletivas (por exemplo “eu negro”, “eu mulher”, “eu brasileiro”), de modo que nos permita pertencer, dialogar e transformar a realidade que nos circunda.

Deste modo para que o ensino de arte possa estar  articulado na escola de maneira a propiciar   ao   aluno,   o   acesso   democrático   aos   bens   culturais   presentes   na   sociedade   é importante que se considere a identidade (pessoal, psicológica e cultural) na elaboração do planejamento,   pois   a   identidade   de   cada   indivíduo   está   relacionada   com   elementos hereditários,   de   origem   social,   assim  como   o   contexto   familiar   e   sociocultural   o   que   é fundamental  na  compreensão  das   relações  humanas,   sociais   e   educativas   e   interessa­nos trabalhá­lo especialmente na sua relação com a dimensão cultural. 

A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da diversidade, pois a mesma é caracterizada por uma cultura pluridentitária formada através da contribuição, de diferentes grupos sociais, étnicos, das áreas urbanas e rurais, a qual constitui uma realidade multicultural.   Nesta   realidade   estão   presentes   aspectos   da   cultura   de   diferentes   grupos indígenas e africanos, dos europeus, dos orientais, dos jovens, dos velhos, das mulheres e homens, da cultura erudita e da popular, do artesanato e da informática, da arte e da ciência, influenciando­se reciprocamente, mas mantendo sua identidade. Desta forma o ensino de arte deve estar  pautado na  interdisciplinaridade e na valorização da pessoa humana como ser criador e auto­ criador. Portanto o desafio do professor está  em dialogar com a diferença, possibilitando ao aluno uma educação multiculturalista, a qual permite ao mesmo lidar com a diferença de modo positivo na Arte e na vida. 

B ­ OBJETIVOS GERAIS:• Possibilitar a compreensão dos elementos formais observados nas produções humanas e 

na natureza, aprofundando o conhecimento dos mesmos;

• Possibilitar o acesso às obras artísticas de diferentes modalidades e movimentos artísticos que enfocam o mesmo objeto/temática, revelando o conteúdo social da arte por meio de fatos históricos, culturais e sociais, que alteram as relações internas ou externas de um movimento   artístico,   cada  um  com  suas   especificidades,   gêneros,   estilos   e   correntes artísticas;

• Estabelecer relação entre a organização dos desdobramentos dos elementos formais e a produção artística e compreender que a composição de cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e ao caracterizá­lo, os elementos também se caracterizam.

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C ­ CONTEÚDOS:Ensino Médio 

Conteúdos EstruturantesÁreas Elementos Formais Composição Movimentos e 

PeríodosConteúdos 

ComplementaresConteúdos Específicos

Artes Visuais

­ Ponto­ Linha­ Superfície­ Textura­ Volume­ Luz­ Cor

­ Figurativa­ Abstrata­ Figura/fundo­ Bidimensional/tridimensional­ Semelhanças

Música ­ Altura­ Duração­ Timbre­ Intensidade­ Densidade

­ Ritmo­ Melodia­ Harmonia­ Intervalo melódico­ Intervalo harmônico

Teatro  ­ Personagem:   Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.­ Ação­ Espaço Cênico

­ Representação­ Sonoplastia/iluminação­ Cenografia/figurinoCaracterização/Maquaigem­ Adereços

Dança ­ Movimento corporal­ Tempo­ Espaço

­ Ponto de apoio­ Salto e queda­ Rotação­ Formação­ Deslocamento

­ Arte Pré­histórica­ Arte no Egito­ Arte Grego­romana­ Arte Pré­Colombiana nas Américas­ Arte Oriental­ Arte Africana­ Arte Medieval­ Renascimento­ Barroco­ Neoclassicismo­ Romantismo­ Realismo­ Impressionismo­ Expressionismo­ Fauvismo­ Cubismo­ Abstracionismo­ Dadaísmo

    Projetos:

  ­ Folclore é conhecimento.

  ­ Valorizando o homem do campo.

   ­ A música na comunidade.

D ­METODOLOGIA:

 O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.

No espaço escolar,  o  objeto de  trabalho é  o  conhecimento.  Desta   forma devemos contemplar, na metodologia do ensino de Arte, três momentos da organização pedagógica: o sentir e perceber, que são formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, e a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno a formação de conceitos artísticos. O ensino de Arte também deverá articular as áreas da disciplina entre si e também com as outras disciplinas da Matriz Curricular de forma dinâmica, contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva utilizando estratégias 

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metodológicas, atividades e recursos que melhor respondam as necessidades individuais dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A   avaliação   será   diagnóstica   e   processual,   diagnóstica   por   ser   a   referencia   do professor   para   o   planejamento   das   aulas   e   de   avaliação   dos   alunos,   processual   por pertencer a todos os momentos da pratica pedagógica.

A   sistematização   da   avaliação   se   dará   na   observação   e   registro   dos   caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem acompanhando os avanços e dificuldades   percebidas   em   suas   criações­produções.   A   avaliação   será   individual   e coletiva, utilizando vários instrumentos, como diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas entre outras, respeitando os ritmo de aprendizagem dos alunos inclusos ou não.

F ­ BIBLIOGRAFIA:

DIRETRIZES,  Curriculares   da  Educação  Fundamental   da  Rede  de  Educação  Básica   do Estado do Paraná / Versão Preliminar. Julho/2006

ANDRÉ, Herling & Eiji Yajima. Desenho, Editora Ibep.

THAYANNE, Gabryelle. A  Conquista da Arte, Editora do Brasil.

SOLANGE, Valadares / Célia Diniz. No Cotidiano Escolar, Editora Fapi.

HELOIZA, de Aquino Azevedo. Aprendendo com Arte, Editora Árvor do Saber.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte.

SANTAELLA, L. Arte e cultura: equívocos do elitismo. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1995.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999

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BIOLOGIA

A ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIAEntre   os   séculos   XV   –   XVII   Carl   von   Linné   contribuiu   imensamente   no 

reconhecimento de plantas e animais úteis ou nocivos, bem como catalogando seres vivos estudando suas estruturas e funções.

Lentamente, os mistérios da vida foram sendo desvendados, com inúmeras práticas biológicas   que   se   desenvolveram   de   maneira   artesanal,   até   atingir   elevados   níveis   de perfeição, quase sempre envolvendo o uso de equipamentos sofisticados e de alta precisão. Os progressos da Biologia foram assim, tornando­se cada vez mais evidentes.

No século XIX, por exemplo, com a produção do primeiro analgésico, com o advento da anestesia geral e com transfusão sangüínea entre outras conquistas, já mostrava um avanço promissor .

No século XX, o homem entra na era da produção de vacinas e de soros em larga escala, realiza­se cirurgias a laser, transplante de órgãos e entre outros marcos de genialidade, penetra   no   coração  das   células   e   descobre  o   livro  da  vida:   uma  molécula   fenomenal   e peculiar, o DNA, desvendando o código genético.

Essas   e   outras   conquistas,   proporcionadas   pela   Biologia,   impulsionaram   e aperfeiçoaram   diversas   áreas   do   conhecimento   humano.   Além     disso,   é   marcante   a contribuição da Biologia para o desenvolvimento de uma mentalidade de respeito pela vida, tornando   o   homem   cada   vez   mais   capacitado   para   desempenhar   suas   atividades   sem comprometer a harmonia do meio em que vive.

A Biologia, habilita­se cada vez mais para o processo de facilitar o saneamento das “doenças da civilização”, desde a fome e a miséria até  a destruição de recursos naturais, atuando significativamente na melhoria da qualidade de vida do homem.

B ­ OBJETIVOA Biologia ao longo do tempo, passou por várias tendências curriculares na tentativa 

de desenvolver um objetivo próprio para solucionar uma indagação que persistia “ o que queremos para o nosso aluno”.

 Atualmente o objetivo central do estudo da Biologia, é desenvolver um repertório de habilidades intelectuais, que ajudem o aluno a resolver problemas por meio da capacidade de buscar dados, analisá­los, propor hipóteses, organizar investigações para testá­las e avaliar as soluções   possíveis.   A   Biologia,   preocupa­se   também   em   respeitar   as   características individuais e os estilos próprios de cada um, tornando o aluno   um   sujeito ativo, crítico e envolvido com ações concretas.

C – CONTEÚDOS

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos específicos CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

• Implicações   dos  Avanços Biológicos   no   Contexto da Vida

• Organização   e Distribuição   dos   Seres Vivos

•  Processo de Modificação dos Seres Vivos

• Biodiversidade

1. Histórico da Biologia• Conceitos• Objetivos• Características• Introdução a Citologia

- Química   da célula

•P

• Principais   componentes orgânicos da células

Revestimento celulares 

Membrana plasmática• Permeabilidade celular• Sistema membranosos  do 

citoplasma• Organelas citoplasmáticas• Citoesqueleto  e  organelas 

locomotoras• Estrutura   e   função   do 

núcleo celularHistologia• Tipos de tecidos

1. Ecologia• Conceitos• Os   Seres   Vivos   e   o 

Ambiente• Características   Gerais   do 

grupo• Importância biológica

Desequilíbrios ecológicos

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos específicos CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

• Implicações   dos   Avanços Biológicos no Contexto da Vida

• Organização   e Distribuição   dos   Seres Vivos

•   Processo de Modificação dos Seres Vivos

• Biodiversidade

1. Classificação   dos   seres vivos

Vírus

Reino Monera

Reino Protista

Reino Fungi2. Fisiologia   e   Anatomia 

Comparada dos Vegetais3. Fisiologia   e   Anatomia 

Comparada   dos Invertebrados

4. Fisiologia   e   Anatomia Comparada   dos Vertebrados

Nutrição

Respiração

Circulação

Excreção

Revestimento 

Sustentação

Locomoção

Reprodução5­ Ecologia • Fluxo de matéria e energia• Ciclos Biogeoquímicos• Biomas   terrestres   e 

aquáticosDesequilíbrios ecológicos

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos específicos CONTEÚDOSCOMPLEMENTARES

• Implicações   dos   Avanços Biológicos no Contexto da Vida

• Organização   e Distribuição   dos   Seres Vivos

•   Processo de Modificação dos Seres Vivos

Biodiversidade

Divisão celular

Reprodução   e desenvolvimento 

• Tipos de reprodução

Sistema   Reprodutor Masculino e Feminino

EmbriologiaI­ Noções   gerais   de 

Genética

Lei   da   Segregação   ou Primeira Lei de Mendel

Lei   da   Segregação Independente  ou  Segunda Lei de Mendel

Sistema ABO e Rh

Herança   ligada   ao cromossomo X na espécie humana

Aberrações cromossômicas na espécie humana

Aplicações da genéticaII­ Biotecnologia   e 

Bioética• Pesquisas   Científicas   e 

biológicasIII­ Origem e Evolução 

da vida • Teorias evolucionistas3­ ECOLOGIA

Relações ecológicasDesequilíbrios Ambientais

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D ­ METODOLOGIA

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social,  problematização,  instrumentalização, catarse,  e o retorno a prática social.

Assim, ao utilizar­se desta estratégias metodológica e retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados nesta Diretriz Curricular para   o   Ensino  de  Biologia,   propõe­se   a   utilização  das   estratégias   acima   apresentadas   e considerar   os   princípios   metodológicos   utilizados   naqueles   momentos   históricos,   porém adequados ao ensino neste momento histórico.

Recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre   tantos  outros,  devem ser  utilizados  no sentido de possibilitarem a  participação dos alunos,   favorecendo   a   expressão   de   seus   pensamentos,   suas   percepções,   significações, interpretações, uma vez que aprender, envolve a produção/ criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes mediações, das influências e incorporações que os alunos demonstram, os alunos inclusos e aqueles que demonstrem dificuldades será respeitado o seu tempo de aprendizagem e outros instrumentos que colaboram muito com a aprendizagem  como: imagens de vídeo, transparências, fotos e as atividades experimentais são muito utilizados nas aulas de Biologia, pois requerem uma problematização em torno da questão demonstração/interpretação.

As questões ambientais, escola de campo, inclusão e educação Afro serão trabalhadas com: filmes, músicas, palestras e pesquisas.

E ­ AVALIAÇÃO

Avaliação   é   um   elemento   do   processo   ensino   aprendizagem   que   deve   ser considerado   como   uma   informação   ao   professor   sobre   o   que   foi   aprendido   pelo   aluno, auxiliando o  professor  na   reflexão  sobre  a  eficácia  de  sua  prática   educativa,  bem como informar ao   aluno quais são os seus avanços, dificuldades e possibilidades. Longe de ser apenas um momento final do processo ensino, a avaliação deve ser contínua e diagnóstica.

Em Ciências as formas de avaliação serão: individuais e coletivas, oral e escrita. Os instrumentos   de   avaliação   são   observação   sistemática   como,   registro   de   debates,   de entrevistas,   de   pesquisas,   de   filmes,   de   experimentos,   e   de   observações;   e   atividades especificas como comunicações de pesquisas, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltipla escolha.

Todos os instrumentos respeitaram as dificuldades dos alunos inclusos ou não, pois o foco principal é o aluno.

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F – BIBLIOGRAFIA

KRASILCHIK,   Myriam.  Prática   de   Ensino   de   Biologia,  Editora     da Universidade de São Paulo, 4ª edição 2005.

PAULINO, Wilson Roberto.  Biologia Atual, Editora Ática São Paulo 1998JÚNIOR, César da Silva & SASSON Sezar.  Biologia, Editora Saraiva São Paulo 2006LOPES, Sônia & ROSSO Sérgio  Biologia, Editora Saraiva São Paulo 2006Diretrizes Curriculares do Ensino de Biologia. SEED/Julho/2006.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A História da Educação Física atravessou muitas mudanças, iniciando no século XIX onde a partir daí ela se tornou componente obrigatório nos currículos escolares, onde a burguesia   brasileira   depositou   na   ginástica   a   responsabilidade   de   promover,   através   dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida humana.

Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.

A Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As atividades dirigidas a mulher   deveriam   desenvolver   harmonia   de   suas   formas   feminis   e   as   exigências   da maternidade futura.

A   Educação   Física   continuou   tendo   caráter   obrigatório   na   escola,   com   a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7° e pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica.

Instituiu­se   assim,   a   integração   da   disciplina   como   atividade   escolar   regular   e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Na  área   pedagógica   a   primeira   referência   ganhou   destaque  na   área   profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.

Em meados dos  anos  80,  surgiu propostas sobre denominação progressista  onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e  da esportivização.

Dentre   as   correntes   ou   tendências   progressistas   destacam­se   as   abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista.

Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais vinculadas as 

discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da Filosofia da Educação.

Já no início da década de 90, um momento significativo para  o Estado do Paraná, foi  a  elaboração do Currículo Básico,  este  embasado na  pedagogia  histórico  ­  crítica  da educação.

O   Currículo   Básico   se   caracterizou   por     uma   proposta   avançada   onde   a instrumentação do corpo deveria dar  lugar às   formação humana do aluno em todas suas dimensões.

No   mesmo   período,   foi   elaborado   também   o   documento   de   Reestruturação   da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também fundamentou­se na concepção histórico – crítica de educação e , naquele momento, pretendia­se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física.   Vislumbrava­se   a   perspectiva   de   mudança   e   transformação   de   uma   sociedade fundamentada  em valores   individuais  para  uma sociedade mais   igualitária,   esta  proposta representou um marco para a disciplina, destacando a  importância da dimensão social da Educação Física,  possibilitando a consolidação de  um novo entendimento  em relação ao 

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movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos,   relativos   à   ginástica,   à   dança,   aos   desportos,   bem   como,   às   atividades   que correspondem às características regionais.

Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna­se   possível   sistematizar   propostas   pedagógicas   que   orientem   essas   diretrizes,   com vistas a  avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.

B ­ OBJETIVOS GERAIS:

• Aprofundar­se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de  forma a  reconhecer  e  modificar  as atividades corporais.,   as  noções conceituais de esforços, intensidade e freqüência, elevando­se à condição de planejador de suas práticas corporais.

• Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas, consciente da importância   dos   mesmos   na   vida   do   cidadão.e     aprofundar­se   no conhecimento   e   compreensão   das   diferentes   manifestações   da   cultura corporal,   reconhecendo   e   valorizando   as   diferenças   de   desempenho, linguagem e expressividade.

• Atentar   para   o   surgimento  das  múltiplas   variações   da   atividade   física enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e mercado de trabalho promissor.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni­las e interpretá­las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.

• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos potencializando e canalizando as  diferenças  individuais  para o  benefício e  conquista  dos objetivos por todos.

• Perceber   na   convivência   e   práticas   pacíficas,   maneiras   eficazes   de crescimento   coletivo,   dialogando,   refletindo   e   adotando   uma   postura democrática sobre os diferentes pontos de vistas em debate.

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C ­ CONTEÚDOS:

ESPORTES

- Profissionalização esportiva- Influência da mídia- Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade- Esporte enquanto fenômeno cultural- Esporte em suas várias manifestações e abordagens- Análise crítica das regras- Inclusão no esporte

JOGOS E BRINCADEIRAS 

- Resgate de valores históricos- Análise críticas e criação de novas regras- Valorização e resgates das culturas locais e regionais- Potencialização de valores recreativos e lúdicos

GINÁSTICA

- A influência  da mídia sobre o culto ao corpo- Cultura corporal- As diversas manifestações ginásticas- História e cultural- A espontaneidade dos movimentos

LUTAS

- Manifestações da cultura corporal- História e cultura- Influência no desenvolvimento pessoal-  As diferentes manifestações

CORPO

- Manifestações e transformações corporais- A influência da mídia na estética corporal- Qualidade de vida- O corpo em sua formação integral

DANÇA

- Os diversos aspectos culturais- Manifestação expressiva do corpo

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- Manifestação social- Qualidade de vida- Técnicas corporais- A influência da mídia

D ­ METODOLOGIA:

Os conteúdos     serão  desenvolvidos   através   de  uma  prática   que  visa   a   atender   o processo maturacional do aluno, procurando respeitar sua individualidade biológica, social e cultural. Assim, ao estabelecer os conteúdos, o professor deve levar em conta a viabilização de programas que incentivem o sentimento de valor pessoal através de auto­expressão, auto­confiança, exploração motora e técnicas de soluções de problemas. Os conteúdos deverão ser ministrados através de aulas práticas e teóricas, caminha também nessa direção a inclusão de conteúdos e procedimentos de pesquisa, organização e observação como objeto de ensino e aprendizagem,   a   partir   dos   quais   os   alunos   possam   fazer   opções   e   escolhas,   localizar problemas, checar hipóteses, e também atribuir sentido e significado à  aprendizagem. Faz parte desse processo o acesso a livros, revistas, jornais, vídeos, a elaboração de pesquisas, entrevistas, painéis, visitas, apreciações e organização de eventos e produção de materiais.

Amplia­se,   com   isso,   o   universo   de   aprendizagem   possível,   somando­se   aos conhecimentos produzidos na aprendizagem de procedimentos técnicos e gestuais.

Os   conteúdos   conceituais,   de   regras,   táticas   e   alguns   dados   históricos   atuais   de modalidades soma­se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação e eficiências. 

Diante   desta   proposta   é   interessante   considerar   a   qualidade   e   a   quantidade   de aprendizagem oferecido pela escola e vivida pelo aluno que é constantemente bombardeado pelas indústrias de massa da cultura e do lazer com falsa necessidade de consumo, carregado de mito de saúde, desempenho e beleza de informações pseudocientificas.

A  cooperação e solidariedade, valorização da cultura popular e nacional, respeito a si e ao outro, predisposição para busca de conhecimento, da diversidade de padrões e padrões expostos, valorização do desempenho esportivo de modo geral, para experimentar situações novas   e   que   envolvam   novas   aprendizagens   aceitação   da   disputa   como   elemento   de competição e não como atitude de rivalidade frente aos demais  ,  valorização do próprio desempenho como parte do processo de aprendizagem desvinculada do resultado, disposição em adaptar e aplicar regras, materiais e espaços, visando a inclusão do outro, valorização da cultura corporal de movimento e como linguagem, como forma de composição, respeito as diferenças e características individuais.

E­  CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação na disciplina de Educação Física é um processo educativo contínuo que tende a verificar quais as práticas e métodos utilizados pelo professor foram viáveis para a apreensão e desenvolvimento dos conhecimentos. Essa avaliação servirá como indicadora das lacunas apresentadas pelos alunos, dando oportunidade ao professor de intervir e atingir alvos 

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da aprendizagem. A avaliação oportunizará ainda a revisão da prática pedagógica com vistas a obtenção dos objetivos propostos pela disciplina.

O   professor   de   Educação   Física   no   Ensino   Médio   deve   manter­se   atento   aos procedimentos avaliativos que põe em prática, cuidando para não estabelecer parâmetros que extrapolem as competências perseguidas no processo de ensino.

Os instrumentos de avaliação deverão atender à  demanda dos objetivos educativos expressos na seleção dos conteúdos, abordados dentro da categoria conceitual, procedimental e atitudinal.                  

O aluno será avaliado pelos progressos e aprendizagens que atingiu no decorrer do desenvolvimento   das   aulas.   O   importante   é   que   ele   seja   comparado   consigo   mesmo, incorporando  e   aplicando  novos  valores   a   sua   realidade   e  demonstrando  criatividade  na solução de problemas.         

O professor e os alunos deverão discutir  os critérios   utilizados para avaliar,  essa abertura   trará   contribuições   no   entendimento  do  programa   a   ser   desenvolvido  nas   aulas durante período letivo, como também, desenvolverá a compreensão dos alunos sobre o quer o professor   busca   alcançar,   responsabilizando   a   todos   pela   trajetória   a   ser   percorrida, permitindo aos alunos que opinem e dêem sugestões, propondo aos mesmos a utilização da auto­avaliação como reflexão do educando sobre suas atividades em sala de aula.

Assim   sendo,   a   avaliação   será   um   processo   contínuo,   permanente   e   cumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela, individualmente ou em grupos. Deve­se construir uma concepção de avaliação que o que dê pistas concretas do caminho que o aluno está fazendo para se apropriar efetivamente, das atividades propostas de forma participativa, coletiva, eficiente, contínua com vista a melhoria da prática pedagógica.

F­ BIBLIOGRAFIA:

BARRETO, D. Dança:   ensino sentidos e possibilidades na escola. Campinas/SP.Autores associados, 2004.

BRACHT,   V.   e   ALMEIDA,   F.   Q..   A   política   do   esporte   escolar   no   Brasil:   a pseudovalorização da educação física. Campinas/SP. RBCE. Autores associados, v. 24, p. 87­101, 2003.

CIAVATTA,   M   e   FRIGOTTO,   G.   (orgs.)   Ensino   Médio:   ciência,   cultura   e   trabalho. Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.

DARIDO, S. C. e  RANGEL, I. C.. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro/RJ. Guanabara Koogan, 2005.

MORAES, A. C..Orientações curriculares do ensino médio, Brasília: MEC, SEB, 2004.

COLETIVOS DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo/SP. Cortez, 1992.

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ABRAMOVAY, M. e CASTRO, M. G.. Ensino Médio: múltiplas vozes. Brasília: MEC, UNESCO, 2003.

SEED.   Diretrizes   Curriculares   de   Educação   Física   para   o   Ensino   Médio.   Versão preliminar/ julho 2006.

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FILOSOFIA

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Filosofia é  uma disciplina que leva a reflexão desde a importância   de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial, que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia? E filosofar para que?

Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as circunstâncias, favorecem   espaços   para   análise   e   criação   de   conceitos,   tendo   assim   justificativas   e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e contribuidora observando o contexto.

Desta forma,  esta disciplina se apresenta no contexto escolar tendo em vista a   perspectiva  de  quem dialoga   com a  vida,   pois   busca   a   reflexão   e   a   resolução  de problemas,   se   preocupando   com   a   análise   atual   numa   abordagem   contemporânea remetendo o aluno a sua própria realidade, assim possibilitando o desenvolvimento de estilos próprios de pensamentos.

B ­ OBJETIVOS: Levar os estudantes a pensarem, oportunizando a construção e análise de conceitos, 

bem como interpretar conhecimento científico como provisório, jamais acabado ou definitivo;

Compreender o estudo da Filosofia e do filosofar; Compreender   complexidades   do   mundo   contemporâneo,   sua   particularidades, 

especializações e a forma fragmentada manifestada até então, buscando a superação do caráter fragmentário da realidade por meio da filosofia;

Proporcionar   espaços  de  discussão   tendo  ênfase  pensadores   (Platão,  Aristóteles   e outros) refletindo seus pensamentos e sua contribuição para com a humanidade;

Contemplar os conteúdos estruturantes enquanto conhecimentos basilares; Entender as relações do homem no mundo e consigo mesmo.

C – CONTEÚDOS: Conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia 

Política, Estética, Filosofia da Ciência, recortes históricos e sociais.

D ­ METODOLOGIA:A forma a ser trabalhada deve envolver quatro momentos: a sensibilização, a 

problematizarão, a investigação e a criação de conceitos. Levando em consideração os momentos   abordados   acima,   certamente   o   respeito   à   diversidade   de   pensamentos diferentes dos estudantes serão de suma importância no sentido de entender os problemas sociais da nossa sociedade, bem como a aquisição de conceitos e posições por meio de problematizarão   serão   pontos   de   debates   e   pontos   cruciais   no   processo   ensino­aprendizagem.

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E ­ AVALIAÇÃO:A avaliação se dará  a partir  da sensibilização, ou seja coletando o que o 

aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após a criação de conceitos. Em outras palavras também valorizando e respeitando sua bagagem (prática social); considerando neste aspecto o processo contínuo no interior das aulas e não um momento fragmentado de processo.

F ­ BIBLIOGRAFIA:­ Biblioteca do professor­ Filosofia – Ensino Médio – Secretaria de Estado de Educação (Livro Didático público)­ Clássicos e comentários (História e Filosofia)1. Textos clássicos na Internet.

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FÍSICA

A –  Apresentação Geral da disciplina de Física.

O objeto de Estudos da Física é o Universo em toda sua complexidade.  Por essa razão a Disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da Natureza.   Entretanto a forma como é   apresentada  hoje,   não   são  coisas  da  natureza  ou  a  própria  natureza,  mas  modelos   de elaborações humanas.

Galileu Galilei (1562 – 1643) com suas observações desfaz o sacrário dos lugares Naturais da dicotomia entre o céu e a Terra.  Agora, o Universo não é finito e nem o céu é tão perfeito.

Galileu ao aceitar o modelo de Copérnico causa uma revolução e ao aprofundar as idéias que vinham evoluindo, contribui para o nascimento da Ciência Moderna, retirando das autoridade eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciam um novo período chamado de moderno, abrindo caminho para que Isaac NEWTON elevasse a Física no século XVII ao status de ciência.

Na   Inglaterra,  na  segunda  metade  do   século  XVIII,  ocorria   a  primeira   revolução industrial feito mais com conhecimento técnico do que com ciência.

O contexto social e econômico favoreceu o conhecimento físico da  Termodinâmica com o intuito de melhorar a potência das máquinas térmicas que produziam muito calor e pouco rendimento.

No   cenário   científico  mundial,   o  único  do   século  XX é  marcado  por   uma  nova revolução no campo da pesquisa da Física.   Em 1905 Eisten propõe a teoria da relatividade, e os  trabalhos de diversos cientistas abriram caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica.

A   conjuntura   favoreceu   no   Brasil   a   criação   em   1934   do   curso   de   “   Sciencias Fluysicas”,   a  Segunda   Guerra   Muncdial   em  função   do  uso   da  Bomba   atômica   provoca mudanças no curricula da Disciplina de Física.

No Brasil em 1946, pelo Decreto Federal nº 9355, de 13 de junho de 1946, foi criada a 1ª Instituição Brasileira direcionada ao ensino de Ciências que foi o Instituto Brasileiro de Educação, cultura e Ciências (IBECC).

Paralelamente começam a ser desenvolvidos Projetos nacionais. A busca da modernização e desenvolvimento do países militares, pós 1964, valoriza o 

ensino  das   ciências,   pois   precisava  de  mão  de  obra  barata   e   qualificada  o  que   levou   a promulgação da Lei Nº 5692, de LDB em 1971.

No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de 80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições diretas, inicia­se a implantação da pedagogia histórica­crítica.   Desse movimento nasceu o Currículo Básico.

A humanidade sempre manifestou curiosidade sobre o mundo ao seu redor. Desde os primeiros   documentos   registrados,   buscam­se   caminhos   para   impor   uma   ordem   na desconcertante diversidade dos eventos observados. A ciência é um processo de busca dos princípios que governam nas causas e os efeitos no universo. Hoje, considera­se que a ciência é dividida em campos separados, embora essa última divisão tenha ocorrido apenas no último século.

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A   Física   é   a   ciência   do   exótico   e   da   vida   cotidiana.   O   exótico   surpreende   a imaginação. Na vida cotidiana, engenheiros, músicos, arquitetos e muitos outros profissionais lidam com assuntos como transferência de calor, ondas sonoras, tensões e outros na execução diária de seus respectivos trabalhos.

Enquanto   há   aproximadamente   um   século   não   havia   mais   do   que   umas   poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da eletricidade.

Daí a importância do Estudo da Física associadas às suas origens (historia da física), de forma que se adquira uma visão mais crítica e humanística da ciência. Para que isso ocorra é   necessário,   trabalhar   a   física   em espirais  de   forma que   idéias  novas  e   revolucionárias possam conter idéias antigas e mitos primordiais, pertencentes até mesmo a outras culturas.

Contudo aliado a evolução cientifica devemos levar em consideração a limitação do universo e sua capacidade de se refazer. Portanto é essencial a prudência e os conhecimentos desses limites a fim de que a Evolução não se torne em regressão.

No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de 80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições diretas, inicia­se a implantação da pedagogia histórica­crítica.   Desse movimento nasceu o Currículo Básico.

B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

­ Ao final da série  esperamos que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos sobre os   conteúdos   básicos   dos   fenômenos     que   ocorrem   com   a   natureza   ,   as   causas   desses fenômenos e como eles influenciam nossa vida.­ Que aluno tenha capacidade de compreensão de um texto seja literário ou científico.­ Que consiga elaborar um relatório sobre um experimento.­  Que os conhecimentos adquiridos,    sirvam de elo entre   os acontecimentos sociais  e o desenvolvimento científico.­ Que os conhecimentos científicos adquiridos em física, os ajude nas tomadas de decisões mais equilibradas e mais racionais na resolução de problemas do seu dia­a­dia usando suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na  sociedade.­  Que  ele   consiga    analisar  o   senso  comum e   fortalecer  os  conceitos   científicos  na   sua experiência a fim de buscar melhoria das condições de vida  da humanidade.

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C – CONTEÚDOS 

Estudo dos Movimentos 

Entidades Fundamentais: Espaço, Tempo e Massa

Conceitos Fundamentais:  Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentum e suas conseqüências.

Conteúdos Específicos:

Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.A conservação do momentum;Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton – a idéias de força;Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;Potência; Movimentos retilíneos e curvilíneos;Gravitação universal;A energia e o princípio da conservação da energia;Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa molar, ondulatória, acústica;Movimentos dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos, comportamento de superfície e interfaces, estrutura dos materiais;Introdução a sistemas caóticos.

Conteúdos Complementares:Utilizar Tecnologia Computacional na Análise Quantitativa de movimentos.Agenda 21 – associando Evolução e Preservação.

Termodinâmica 

Entidades Fundamentais: Calor e entropia

Conceitos   fundamentas:  Temperatura   e   calor,   reversibilidade   e   irreversibilidade   dos fenômenos físicos, a conservação da energia.

Conteúdos Específicos:

Temperatura e CalorLeis   de   Termodinâmica:   Lei   zero   da   Termodinâmica,   equilíbrio   térmico,   propriedades termométricas, medidas de temperatura;1ª   Lei   da   Termo:   idéia   de   calor   como   energia,   sistemas   termodinâmicos   que   realizam trabalho, a conservação da energia;2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processos irreversíveis/reverssíveis;

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3ª   Lei   da   Termo:   as   hipóteses   da   sua   formulação,   o   comportamento   da   matéria   nas proximidades do zero absoluto.As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

Conteúdos Completares:Abordar a Sensação Térmica de forma interdisciplinarProjeto “Improvisando dentro da sala de aula”

Eletromagnetismo 

Entidades Fundamentais: Carga, pólos magnéticos e campos.

Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética.

Conteúdos Específicos:

Conceitos de carga e pólos magnéticos; As Leis de Maxwll: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Apere e Lei de Lenz.Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;Força elétrica e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito; As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da Luz como uma onda e como uma partícula: a dualidade onda­partícula;Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria;As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.

Conteúdos Complementares:A Física nos esportesLei de escala para potência dissiparada nos mamíferosProjeto “Brincando com a Eletricidade’Projeto sobre radação: Aplicação no ser humano, benefícios e desvantagens.

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D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA.

Após  análise  de  algumas   tendências  e  concepções  percebemos que  construímos nossa idéia pedagógica a partir da reflexão de nossa prática, de muita discussão da mesma com os professores e, voltamos à prática novamente num processo em permanente mutação, para tanto consideramos algumas questões:

­ Que o aluno tenha possibilidade de compreensão de conceitos e significados e o estabelecimento   de   relações   com   experiência   anteriormente   vivenciadas.   Para   tanto   é importante   uma   metodologia   de   ensino   que   leva   em   conta   a   experimentação   e   que   a matemática   não   seja   considerada   por   excelência   pré­requisito   ao   ensino   da   Física, considerando ainda que a Física não se separa das outras disciplinas e que os conteúdos devam ser   tratados  num contexto   social,   econômico,   cultural   e  histórico,   situando­os  no tempo e  no  espaço.  O objetivo  é   construir  o  conhecimento  como solução de  problemas significativos, respondendo as exigências do contexto em que está inserido e não apenas para atender   as   expectativas   de   poucos.   A   física   a   ensinar   é   aquela   que   procura   no   seu desenvolvimento progressivo,  assistir  a  maneira  como foi  sendo elaborado e aí  aparecem dúvidas   e   contradições  para  que   logo   surjam outras  dúvidas,  outras   contradições.  Nesse sentido a Física deve ser ensinada a  um público cujo modelo de organização precisa ser questionado, portanto, implica pensar na sociedade em que vivemos, construindo ­ se assim num ato político para formar cidadão com responsabilidade coletiva da preservação do meio ambiente, do uso adequado desses princípios no relacionamento social e comunitário.

Para tanto buscamos montá­lo com a especificidade e diferenças necessárias a fim de   auxiliar   o   trabalho   em   sala   de   aula,   respeitando   certos   argumentos   de   fundamental importância como: 

A certeza de que esse material é um agente pedagógico capaz de traçar um caminho que conduza o aluno ao sucesso no aprendizado;

A confiança que ele é em suporte que deve auxiliar o professor na construção do conteúdo e permitir a opção pelo tipo de abordagem a ser utilizado;

Que nele deve permear a abertura de trabalhar com as diversidades existentes em cada classe (alunos inclusos ou não),  com apresentação dos conteúdos de forma mais   simplificada  possível,  acompanhado de  atividades  graduadas  e  em número suficiente para atender a todos os níveis de exigências;

Encerrado cada capítulo, desenvolver um trabalho de recuperação do aluno que está em   defasagem   no   aprendizado   para   daí   dar   seqüência   no   desenvolvimento   dos próprios conteúdos.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino­aprendizagem, em que o objetivo não é verificar a quantidade de informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como “transmissão de conhecimento”. 

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Ela servirá como instrumento de diagnóstico do processo ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumento de avaliação).

 Dessa forma restringir a avaliação à conceito obtido em uma prova não retrata com 

fidelidade o aproveitamento obtido, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço   do   desenvolvimento   do   aluno,   que   o   leve   a   assumir   um   compromisso   com   a aprendizagem. Portanto, é   importante considerar a ampla variedade de linguagens usadas, tais   como:   numérica,   algébrica,   geométrica,   gráfica,   em   desenhos,   relatórios,   gincanas, maratonas, pesquisas, utilização de informática, seminários, visitas a parque de ciências entre outros. Considerando alunos inclusos ou não.

A avaliação cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas, conversação, trabalho   em   classe   e   extra­classe,   trabalho   em   grupo,   participação   ativa   nas   atividades propostas   e   principalmente,   o   desenvolvimento  do   aluno)   será   como um diagnóstico  do processo ensino – aprendizagem, que   irá  nortear  os  novos  rumos do  trabalho e   será  um suporte   para   verificar   a   necessidade   de   uma   nova   metodologia   ou   de   um   processo   de recuperação. 

F ­ BIBLIOGRAFIA

BONJORNO, Regina Azenha e outros. FÍSICA COMPLETA. São Paulo. FTD S/APARANÁ/SEED.   Programa   Expansão,   Melhoria   e   Inovação   no   Ensino   Médio­

Documento   elaborado   para   elaboração   do   Projeto.   Curitiba:   SEED,   1994.quantidade   de informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado 

QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das Máquinas Térmicas. São Paulo: Scipione,1996

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à  prática educativa.São Paulo:Paz e Terra, 1996 (Coleção leitura).

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional­LDB 9.394/96.KRASILCHIK, M. O Professor e o Ensino das Ciências, São Paulo: EPU; 1987.PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio, Versão preliminar. 

Julho/2006. FÍSICA: Ensino Médio / Seleção e organização: ZYLBERSZTAJN, Arden et al. 

Organização Geral : STUDART, Nelson – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.

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GEOGRAFIA

A­ Apresentação Geral da Disciplina

O ensino da geografia tem o papel   de prover bases e meios de desenvolvimento e ampliações da capacidade dos alunos de apreensão da realidade sob o ponto de vista da espacialidade, ou seja, de compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na configuração do espaço. O que se acredita é  que, ao longo da história, os seres humanos organizam­se em sociedades e vão produzindo sua existência.

A geografia propicia o entendimento do espaço geográfico e do papel desse espaço nas práticas sociais.

B ­  OBJETIVOS GERAIS:

• Proporcionar ao aluno a compreensão: do mundo em que vive, das relações entre natureza / homem / trabalho; da sociedade, tornando­o crítico e parte integrante / participante como agente de transformação;

• Oportunizar   ao   educando   a   possibilidade   de   situar­se   na   dinâmica   de transformações contemporâneas, fazendo com que atue crítica e construtivamente no contexto local como parte integrante do global;

• Desenvolver um raciocínio geográfico ou um conhecimento espacial, que auxilie na compreensão do mundo;

• Contribuir para a leitura de mundo através do entendimento do espaço geográfico, serve para o exercício da cidadania auxiliando o aluno a conhecer a realidade para poder interferir nela.

 C­  CONTEÚDOS:

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Ensino Médio Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Conteúdos 

ComplementaresA Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço

­ Espaço Geográfico, paisagem e território­ A localização no espaço geográfico­ Cartografia: construindo mapas­ Cartografia: a leitura de mapas­ O tempo geológico e as placas tectônicas­ A estrutura da terra­ Cidades: a urbanização da humanidade

Educação no Campo

Geopolítica ­ A atividade industrial no mundo­ Energia: o motor da vida­ Cidades: a urbanização da humanidade­ A destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais­ Em busca do desenvolvimento sustentável

Agenda 21 (Projetos)

A dimensão Socioambiental

­ A dinâmica interna do relevo­ A dinâmica externa do relevo­ As várias “fisionomias” da superfície terrestre­ A atmosfera e os fenômenos meteorológicos­ Os fatores que influenciam o clima­ Tipos de Clima­ Os grandes biomas terrestres­ O planeta pede água­ As águas continentais­ Redes urbanas. A hierarquia das cidades

Agenda 21 (Projetos)

A Dinâmica Cultural Demográfica

­ A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas­ A população da Terra e suas diversidades­ As atividades agropecuárias e os sistemas agrários

Educação do CampoCultura Afro

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Ensino Médio Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Conteúdos 

ComplementaresA Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço

­ Novos países industrializados: substituição de importações­ Novos países industrializados: plataformas de exportação­O comércio mundial­ União Européia­ Outros blocos econômicos­ China: um país, dois sistemas­ América Latina­ África

Agenda 21

Geopolítica ­ O Capitalismo e a construção do espaço geográfico­ O Socialismo­ Capitalismo e Socialismo: A Guerra Fria­ O mundo pós­guerra fria­ A intercionalização do capital­ União Européia­ Outros blocos econômicos­ Oriente Médio­ O Mundo sem a URSS­ O novo Leste europeu­ A comunidade de Estados Independentes­ China: um país, dois sistemas­ Coréia do Norte, Cuba e Vietnã­ América Latina­ África­ Reino Unido e França­ Itália e Alemanha­ Canadá e Japão­ Austrália e Nova Zelândia, os ricos do Sul­ Estados Unidos, a superpotência mundial

Agenda 21 

A dimensão Socioambiental

­ Oriente médio­ O mundo sem a URSS­ O Novo Leste europeu­ A comunidade de Estado independentes­ China: um país, dois sistemas­ Coréia do norte, Cuba e Vietnã­ América Latina­ África­ Reino Unido e França­ Itália e Alemanha­ Canadá e Japão­ Austrália e Nova Zelândia, os ricos do sul­ Estado Unidos, a superpotência mundial

Agenda 21 

A Dinâmica Cultural Demográfica

­ O subdesenvolvimento­ As novas migrações internacionais e a xenofobia­ Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas­ O Islã – entre a paz e o terrorismo

Cultura Afro Educação do Campo

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Ensino Médio Conteúdo Estruturante Conteúdo Específico Conteúdos 

ComplementaresA Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço

­ A formação e a expansão do território brasileiro­ Caracterização do espaço brasileiro­ Brasil, país subdesenvolvido industrializado­ O comércio exterior brasileiro­ A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil­ A industrialização no Brasil­ Localização espacial da industria brasileira

Agenda 21

Geopolítica ­ A Organização político­administrativa e a divisão regional do Brasil­ Os complexos regionais brasileiros­ impactos ambientais em ecossistemas brasileiros

Agenda 21 

A dimensão Socioambiental

­ Brasil: estrutura geológica e relevo­ Paraná –Aspectos Físicos­ O clima do Brasil­ Ecossistemas brasileiros­ A hidrografia brasileira­ Recursos minerais do Brasil­ Recursos energéticos do Brasil­ Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros

Agenda 21 

A Dinâmica Cultural Demográfica

­ Os transportes no Brasil­ A população brasileira: crescimento e formação étnica­ A população brasileira: distribuição e estrutura­ Movimentos da população do Brasil­ Paraná – Aspectos Humanos­ Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras

Cultura Afro Educação do Campo

D­  METODOLOGIA:

Propõe­se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos da Geografia. 

O professor deve trabalhar a partir de uma consistente análise e da construção de explicações   contundentes.   Há   que   se   imprimir   uma   postura   investigativa   e   não   apenas receptiva.

A metodologia adotada visa a  contextualização histórica dos  conteúdos.  Todos os conteúdos devem conter uma abordagem ou um discurso voltado ao “social”, sem esquecer o “ambiental”. Também devem ser pautados na sedimentação do aluno no respeito a diferença, considerando a pluralidade de visões (como a “educação do campo”, a inclusão, a “Agenda 21”) como valor em si buscando formar um cidadão democrático.

O professor poderá lançar mão de todas as ferramentas e estratégias necessárias como o uso de vídeo, livros, revistas, computador, internet, jornais, etc.

A aula de campo é na escola um rico encaminhamento metodológico para a análise do aluno. Ela abre ainda possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas, tais como: 

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consultas bibliográficas,  análise de fotos antigas,   interpretação de mapas,  entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais, etc.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:    A avaliação é parte do processo de ensino ­ aprendizagem e, por isso, deve servir não 

apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor.

É  fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer   um   conceito.   É   imprescindível   que   a   avaliação   seja   contínua   e   priorize   a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de ensino – aprendizagem, deve ser diagnóstica e continuada, pois, dá ênfase ao aprender. Faz com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo­se realmente no processo de ensino – aprendizagem.

O professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de  aulas  de campo,  apresentação de seminários,  construção e análise  de maquetes,  entre outros.

A partir dessas considerações sobre formas de avaliação é  preciso refletir sobre os critérios que devem norteá­la. Em Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio – espaciais.

Finalmente, é  necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.  

F ­  BIBLIOGRAFIA:SPOSITO, M.E.B. Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia:       Pontos e contrapontos para uma análise. In CARLOS, A. F. E.       OLIVEIRA, A. U. de (orgs) Reformas no Mundo da Educação:       Parâmetros Curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.

VLACH, V. R. F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva        Histórica , In VESENTINI J.W. (org.). O Ensino de Geografia no        Século XXI. Campinas, SP: Papirus, 2004.

SANTOS, M. Pôr uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

MARINA, LÚCIA e TÉRCIO. Geografia: série novo ensino médio.       Ed. Compacta, Editora Ática, São Paulo: 2003.

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SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. Versão Preliminar. Julho/2006

Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial de União, 23 de  dezembro de 1996.

MAAK, Reinhard. Geografia Física do Paraná. Curitiba, Banco de Desenvolvimento do Paraná, UFPR. 1968.

CARDOSO, Jayme Antonio. Atlas Histórico  do Paraná. 2ª edição. Ver. Amp. Curitiba, Livraria do Chain, Editora, 1986.

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HISTÓRIA.

A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA“A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e  às 

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.   Já as relações humanas produzidas por 

estas ações podem ser  definidas como estruturas sócio­históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de repensar, de imaginar, de instituir, portanto, de se 

relacionar social, cultural e politicamente”.Dentro dessa perspectiva a constituição da disciplina de História e a organização de 

seu ensino nas escolas brasileiras desde seus princípios é  marcada por alguns “ vícios de origem” causados pela feição institucional de sua implantação.  Durante o período colonial e do império, a educação brasileira esteve quase que integralmente nas mãos da Igreja Católica, e dela absorveu algumas características fundamentais.  Nos séculos XIX e XX, outro tipo de escola vem juntar­se à  escola dirigida pela   Igreja  as  escolar  militares.    Fundadas  com a finalidade de formar os quadros dirigentes de uma instituição militar cada vez mais presente e ativa   na   vida  nacional,   quer   no   Império,   quer   na  nascente  República  Velha,   as   escolas militares passam a dar feição a um estereótipo social de excelência e consciência de ensino, porém   num   ensino   fundado   nas   características   fundamentais   da   instituição   militar:   a hierarquia e a disciplina , aliados a uma exaltação cívico­patriótica e ufanista.

O prejuízo  que  estas  políticas  de  adestramento   tecnológico  e  patriotismo ufanista trouxe   à   área   de   História   foram   imensas,   considerada   disciplina   menor,   foi   a   História descaracterizada enquanto área de conhecimento específico e aglutinada em algo amorfo, constituindo, junto com Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica, o núcleo básico de introjeção da ideologia governamental: os malfadados “ Estudos Sociais”.

Ao   mesmo   tempo,   a   proposta   de   ensino   profissionalizante   aparecida   como   a redentora, propondo a ação escolar enquanto habilitadora de técnicos a nível de 2ª grau para suprir a demanda de profissionais de nível médio de um mercado de trabalho que, na época os governantes supunham em ilimitada expansão.

Mesmo   com   o   fim   do   regime   militar,   a   falência   do   tecnicismo   na   escola   e   o surgimento de novas propostas de ensino centradas na formação integral do indivíduo ainda estão presente na representação da Escola na sociedade brasileira.

A   expectativa   social   é   uma   escola   que   discipline,   que,   através   da   veiculação   de conteúdos formais, adestre para o mercado de trabalho; que introjete nos alunos a visão cega do   amor   e   obediência   cega   à     pátria,   representada   pelo   Estado.     Isto   num   processo hierarquicamente definido, onde cabe ao professor o repasse dos conteúdos formais e aos alunos a recepção e introjeção acrítica, passiva e disciplinada, destes conteúdos.

Na  década  de  90  o  MEC divulgou  os  Parâmetros  Curriculares  Nacionais  para   o Ensino Fundamental e Médio.  Em consonância com as propostas das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio,  os parâmetros organizaram o currículo em áreas do conhecimento. Toda essa conjuntura teve implicações no currículo de história na medida em que os PCNS têm como preocupação formar cidadãos preparados para exigências científico ­ tecnológicas da   sociedade   contemporânea,   pois   estas   são   consideradas   necessárias   à   adaptação   do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.

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A partir do século XXI propõe­se uma organização do currículo para o Ensino de História que terá como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos.

B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA.

Compreender a importância do Estudo da História

Desenvolver a aprendizagem significativa do saber transmitido e estimular a reflexão, o senso crítico, o raciocínio político, econômico e social.

Caracterizar o homem enquanto ser social que possui saber e produz cultura;

Incorporar noções de tempo e periodização;

Valorizar a oralidade, incentivando a leitura;

Compreender que a identidade do cidadão também é formada por seu modo de vida;

Entender a importância da interação social para os grupos humanos;

Compreender que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos­raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias;

Compreender a memória como construção conjunta;

Compreender   as  desigualdades   sociais  como um problema de   todos  e  uma  realidade possível de mudança;

Refletir   sobre   as   relações   de   poder   nas   diversas   instâncias   sócio­históricas   entre   os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e nas relações com a sociedade;

Reconhecer e valorizar as diferentes formas de relação com o tempo estabelecidas pelas diferentes culturas;

Levantar e analisar as diferentes formas de relação com o espaço, vividas pelos diferentes grupos humanos;

Conhecer   e   respirar   as   diferentes   linguagens   pelas   quais   se   expressa   a   pluralidade cultural;

Perceber,  em diferentes   fenômenos naturais  encadeamentos e   relação causa/efeito  que condicionam   a   vida   no   espaço   (geográfico)   e   no   tempo   (histórico)   utilizando   essa percepção para posicionar­se criticamente diante das condições ambientais  de seu meio;

Identificar os diferentes instrumentos e processos tecnológicos analisando seu impacto no trabalho e sua relação com a qualidade de vida, com o meio ambiente e  a saúde.

C – Conteúdos 

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Conteúdos Estruturantes:

Relações Trabalho / 

Relações de Poder / 

Relações Culturais

1­CONSTRUÇÃO   DA IDENTIDADE   E   VIVÊNCIA HISTÓRICA:

- Vivência histórica

- Conceito de História

- O princípio da humanidade

2­ AS RELAÇÕES ENTRE A SOCIEDADE E A CULTURA EM   DIFERENTES MOMENTOS   NA   HISTÓRIA DOS   POVOS:   DA   ÁFRICA, DA ÁSIA E DA EUROPA.­ Egito: sociedade, economia e cultura

- Mesopotâmia:   sociedade, economia e cultura;

- A civilização grega

- A civilização romana

3­   TRANSIÇÃO   DO FEUDALISMO   PARA   O CAPITALISMO:

- Divisão   do   poder   político no sistema feudal.As   relações   de   poder   no sistema   feudal   – organizações e conflitos.

- A defesa dos interesses das classes Dominantes.

- Crise da servidão.

- Desenvolvimento comercial e urbano.

- As monarquias feudais.

4­ CULTURA, CIÊNCIA E RELIGIÃO.

- Renascimento CulturalReforma Religiosa

- O Absolutismo

- Revolução Inglesa 

Iluminismo e liberalismo 

- Mercantilismo 

5 – AO REINOS E SOCIEDADES AFRICANAS E OS CONTATOS COM A EUROPA.

6­ PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS  

MODERNOS:

- A   expansão   européia   e   conquista   da AméricaO pioneirismo português

- O impacto da conquista

7­ O BRASIL NO PERÍDO COLONIAL:

- Brasil pré­colonialExpansão territorial

- Mineração

- Sociedade colonial

Conteúdos Complementares

­   Movimentos Sociais   e Culturais

­   Políticas públicas e as diversas instituições

­   Contexto Temporal   e Espacial

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Conteúdos Estruturante

sRelações 

Trabalho / Relações de 

Poder / Relações Culturais

AS GRANDES TRANSFORMAÇÕES SÓCIO­ECONÔMICAS:

- Revolução Industrial

Consolidação do capitalismo industrial

- Transformações da sociedade na era industrial

- Relação de trabalho

- Processo revolucionário na França.

REBELIÕES COLONIAIS:

- Crise   do   sistema   colonial:   revolta   de Beckmann,   Guerra   dos   Emboadas,   Revolta dos   Mascates,   Inconfidência   Mineira   e Baiana.

Processo de independência no Brasil.

REBELIÕES REGENCIAIS:

- I Reinado e Período Regencial.

Revoltas   do   Império:   Confederação   do 

Equador,   Cabanagem,   Sabinada,   Balaiada   e Farrapos.

II  REINADO:

- Sociedade, política e economia

O fim do Império­abolição da escravidão 

- Imigração

- O Negro na formação da sociedade brasileira.

REPÚBLICA OLIGÁRQUICA  (1889­1930)

- As   relações   de   poder   durante   a   República Velha;

A Constituição de 1891;

- Os governos militares;

- Exclusão e revolta no período republicano:

- Canudos, Contestado

- Cangaço.

- A República do café­com­leite.

- A questão da terra no Brasil.

A LUTA DE CLASSES NA EUROPA DO SÉCULO XIX:

- Liberalismo

O nacionalismo

- As Doutrinas Sociais

- Organização dos trabalhadores

- O socialismo

MOVIMENTOS SOCIAIS E NACIONALIDADES:

- Unificação da Itália e da Alemanha

Guerra de Secessão nos EUA

REORGANIZAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA 

MUNIDIAL:

- O Imperialismo – transformação do capitalismo 

industrial.

O   novo   colonialismo:  Partilha   da   África   e  da 

Ásia.

O NOVO EQUILÍBRIO INTERNACIONAL:

- A paz armada.

A I Guerra Mundial

- A revolução russa

A CRISE DO CAPITALISMO E OS REGIMES TOTALITÁRIOS:

- A crise de 1929

O Nazismo e Fascismo.

Conteúdos Complementares:

­ Impactos Ambientais­ Desemprego­ Desigualdade Social­ Fome­ Violência­   Contexto   Temporal   e 

espacial

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Conteúdos Estruturante

sRelações Trabalho   / Relações   de Poder   / Relações Culturais

BRASIL:   CRISE   E   REVOLUÇÃO   NA REPÚBLICA DOS CORONÉIS.

- A Revolução de 1930 no Brasil

O Governo Provisório

- O Estado Novo

- O fim da ditadura Getulista

O BRASIL DEMODRÁTICO

- Eleições   de   1945   e   a redemocratização do Brasil

A Constituição de 1946

- O Populismo: Vargas e Dutra

- O Suicídio de Vargas

- De Juscelino à Ditadura Militar

A   CRISE   DO   LIBERALISMO   E   A POLARIZAÇÃO MUNDIAL:

- A   Segunda   Guerra   Mundial   e   a polarização

A   formação   dos   blocos:   ONU, OTAM E PACTO DE VARSÓVIA.

- A   Guerra   Fria   e   as   esferas   de influência

DESCOLONIZAÇÃO   E   CONFLITOS REGIONAIS:

- A Guerra da Coréia

A Guerra do Vietnã

- Descolonização da África e da Ásia

CONSOLIDAÇÃO   E   EXPANSÃO   DO SOCIALISMO:

- A recuperação soviética

O Leste europeu

- O socialismo agrário na China

- Revolução cubana

A   AMÉRICA   LATICA   ENTRE   O POPULISMO E O MILITARISMO:

- A Guerra Fria: a influência dos EUA na América Latina

O Populismo

- As   revoluções   no   México,   Chile   e Nicarágua

BRASIL: O AVANÇO DOS MOVIMENTOS POPULARES

- O Golpe de 1964

O Brasil da Ditadura Militar

- Fim da Ditadura – Diretas já

- Redemocratização do Brasil

O FIM DO MUNDO BIPOLARIZADO

- A Nova ordem mundial

Queda do Império Soviético 

- Queda do Muro de Berlim

- Desintegração da Iugoslávia

- Reunificação da Alemanha

- A Globalização

- Países ricos e pobres

- Países pobres e em desenvolvimento

- Perspectivas para o século

- O Paraná no contexto Atual

- A   questão   ambiental   relacionada   a globalização.

Conteúdos Complementares:

­ O mundo do trabalho­ Políticas públicas­ Organizações sociais­ Cultura comum­ Relações Culturais­  Contexto   temporal   e 

espacial

D ­ DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO.

Os seres humanos vivem dentro de sistemas históricos que são de ampla escala e de longa   duração.     Esses   sistemas   históricos   surgem,   ganham   existência   e   acabam desaparecendo, assim percebe­se a necessidade de valorização dos sujeitos históricos não somente   como   objetos   de   análises   historiográficas,   mas   como   agentes   que   buscam   a construção do conhecimento através da reflexão teórica e, portanto, da produção conceitual da sua prática vivencial e investigativa no universo escolar.  É importante que seja o caminho para a   formação de uma consciência histórica do aluno e  no professor  ao pensarem sua própria experiência educativa, ao se pensarem como seres sociais e cidadãos construtores de um espaço produzido pela ação social.

Dentro   deste   contexto   é   importante   estimular   os   alunos   para   que   adquiram progressivamente   atitudes   de   iniciativa   para   realizar   estudos,   pesquisas   e   trabalhos   que despertem o  interesse pela  história  e  valorizem a diversidade e  o  patrimônio cultural  da humanidade.

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Ao   se   tratar   de   Brasil,   conhecer   a   diversidade   étnica   e   cultural   que   compõe   a sociedade brasileira é de fundamental importância, uma vez que possibilita compreender suas relações   marcadas   por   desigualdades   socioeconômicas   e   apontar   as   transformações necessárias, oferecendo elementos para a compreensão de que valorizar as diferenças étnicas e  culturais  não significa  aderir  aos  valores  do outro,  mas  respeitá­los  com expressão da diversidade, e a mesma é traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente.

Assim, a História no contexto das relações sociais, visa o aprimoramento de atitudes e valores   imprescindíveis   para   o   exercício   da   cidadania   respeitando   não   só   as   diferenças culturais mas também os “diferentes”  (pessoas com necessidades especiais).

Diante da apropriação do conceito e da consciência  histórica na formação do sujeito a relação professor­aluno passa a ser compreendida em uma contribuição ampla para uma formação histórico­crítica, uma vez que o estudo das experiências do passado permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicionais.

Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as esperanças, lutas, trajetórias e especificidades culturais que caracterizam os alunos e levar em consideração os saberes   e   fazeres  populares,   bom senso  presente   no   senso  comum a   fim  de  estabelecer diálogos pedagógicos mais interculturais, mais reflexivos e menos excludentes.

E ­ AVALIAÇÃO.

A avaliação proposta para o Ensino de História do Ensino Médio deve ser formal, processual,   continuada  e  diagnóstica.    Propõe  um acompanhamento  do  processo  ensino­aprendizagem, tem como finalidade principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o  desenvolvimento  desse  processo,   e   assim permite   refletir   sobre  o  método  de   trabalho, possibilitando o rendimento deste, se necessário.

A   avaliação   neste   contexto   não   deve   ser   realizada   em   momentos   separados   do processo   de   ensino   aprendizagem,   considerando   os   aspectos:   apropriação   de   conceitos históricos, o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. 

Para   que   a   avaliação  proposta   se   efetive  poderão   ser   utilizados   atividades   como: leitura,   interpretação e análise de  textos historiográficos,  mapas e documentos históricos; produção   de   narrativas   histórica,   pesquisas   bibliográfica,   sistematização   de   conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Diferença social e condição de classe social são categorias que devem ser focalizadas de  modo  inseparável.  A sociedade brasileira  constitui­se  de  diferentes  matrizes  étnicas  e culturais,   para   tanto   pode­se   dizer   que   os   grupos   sociais   constituem   muitas   formas   de simbolizar   o  mundo,  por   isso  podemos   falar   em diversidade  cultural.  Nesse   sentido,  na avaliação buscamos valorizar os grupos sociais dentro do seu espaço vital, valorizando os saberes e fazeres de cada grupo social.

F ­ BIBLIOGRAFIA.

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História e Consciência do Brasil – 2ª grau – ed. Saraiva

História da Civilização Ocidental – Geral e Brasil – FTD – Antonio Pedro

História – de Olho no Mundo do trabalho – Scipione – volume único – Herodoto B. Bruna Renata , Carlos ª Schneeberger.

História – Edição Compacta – Ed. Ática – Divalte.

História – Uma abordagem integrada – Ed. Moderna –Nicola Luia de Petta,

Eduardo Apararicio Braz 

Brasil – História e Sociedade – Ed. Ática – Francsico M.P. Teixeira

História – O Brasil Foco – FTD – Joelza Ester Domingues, Layla Paranhos Leite Fiusa

História – Séroe Brasil – Ed. Atica­ Gislane Azevedo, Reinaldo Seriacopi

SEED.   Diretrizes   Curriculares   de   Historia   para   o   Ensino   Médio.   Versão   Preliminar. Julho/2006.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A   disciplina   de   Língua   Portuguesa   passou   a   integrar   nos   currículos   escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, depois de organizado o sistema de ensino. Contudo a preocupação com a formação do professor  teve  início apenas nos anos 30 do século XX.

Levando   em   consideração   a   chegada   dos   primeiros   conquistadores   europeus, acrescenta­se a formação do povo brasileiro a língua, a identidade desta nação, verifica­se tais   fatos  aos  cento e  poucos anos  desta  disciplina quase  oitenta  de  preocupação com a formação do professor.

Nos primeiros tempos de colônia, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinado mais caráter político, social e de organização do que pelo pedagógico; ou seja tratava­se de um ensino eloqüente, voltado a uma   perpetuação   patriarcal,   estamental   e   colonial,   claramente   reprodutivista   acionado   a inculcar a obediência, a fé ao rei e à lei. 

Em meados do século XVII, torna­se obrigatório o Ensino de Língua Portuguesa em Portugal   e   no   Brasil,   foi   incluído   no   currículo   sob   as   formas   da   disciplina:   gramática, retórica, poética e “literatura”.

No século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 foi criado o cargo de Professor de Português.

Em 1967 iniciou­se um processo de “democratização” do ensino, com criação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores.

Com a Lei 5692/71 passou a denominar­se no 1º grau Comunicação e Expressão (nas  quatro  primeiras   séries)   e  Comunicação  em Língua  Portuguesa   (nas  quatro  últimas séries) nesse contexto a gramática deixa de ser enfoca principal do ensino de língua e a teoria da comunicação torna­se o referencial, assim durante as décadas de 70 e 80, o Ensino de Língua Portuguesa, pautava­se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Assim sendo,  houve  a  necessidade  de  aumentar  o  quadro  de  profissionais,  para suprir tal demanda deixando para um segundo plano a formação pedagógica dos docentes. Transferindo a responsabilidade para o livro didático e criando um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão. 

No   Brasil   a   dimensão   tradicional   do   ensino   da   língua   cedeu   espaço   a   novos paradigmas envolvendo questões contextuais. A partir dos anos 80 integraram o círculo de Bakhtin, de natureza sociológica da linguagem .

Em   1997   segundo   Geraldi,   tais   pesquisas   trouxeram   avanço   para   a   língua portuguesa, por outro lado trouxe desprestigio da função poética.

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Na busca da superação do ensino normativo, tanto a quebra cânone e a crescente valorização do leitor impossibilitava a totalização, ou centralização,   referencial, só com o impacto de pensadores contempoâneos como: Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, ou seja, dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como análise do discurso, Teoria da Enunciação, Teoria da Leitura, Pensamento da Desconstrução, etc., foram conquistados novos espaços.

A partir  dos  anos  80  os  estudos   lingüísticos  mobilizaram os  professores  para   a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna, marcada pelo livro de “O Texto na Sala de Aula”, de Geraldi, que marcou as discussões sobre o Ensino de Língua Portuguesa no Paraná, presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988 o Currículo Básico e 1990.

No   caso   do   Currículo   do   Paraná,   pretendia­se   uma   prática   pedagógica   que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.

No   final   da   década   de   90   os   Parâmetros   Curriculares   Nacionais   também fundamentaram   a   proposta   para   a   disciplina   de   Língua   Portuguesa   nas   concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. 

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a discussão sobre o ensino de Língua e Literatuta requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino.

Língua   Portuguesa   não   é   uma   língua   estática   e   isolada,   é   componente   crucial, dinâmica, articulada e compromissada com o processo educacional; neste aspecto a Língua Portuguesa compreende, gera, significa e interage integrando a organização do mundo e da própria identidade, contemplando a língua materna com diferentes falantes e interlocutores de forma integradora.

A linguagem e o contexto social estão sempre presentes entrelaçando como ponto de partida a dimensão dialógica. Promove e direciona atividades sócio­histórica tendo em vista a necessidade  e  prioridade  de   respeitar   as  condições  sociais,  assim como as   condições  de produções em um dado momento histórico. Globaliza não somente sua própria história e necessidade como ponto de partida como também envolve outras culturas como a indígena, a afro­africana e a educação do campo que até então não estavam incorporadas no currículos escolares.

É em Língua Portuguesa que norteiam os três eixos essenciais: a oralidade, a leitura e a escrita, fatores extremamente importantes para o desenvolvimento das outras disciplinas, bem como meio para a continuidade da caminhada no processo ensino – aprendizagem, nela o sujeito se apropria e se faz sujeito do seu próprio conhecimento possibilitando sobressair­se diante dos conflitos sociais facilitando o desenvolvimento pleno de suas potencialidades no mundo.

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B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

Levar os alunos a desenvolver a leitura, a escrita e a oralidade respeitando suas condições   de   produção   descobrindo   as   intenções   que   estão   implícitas   nos discursos do cotidiano posicionando diante dos mesmos;

Possibilitar trocas de experiências levando­os a compreender a realidade que está inserido e o seu papel como cidadão participante na sociedade;

Identificar   os   diferentes   discursos:   verbal,   oral,   escrito,   considerando­se interlocutores, os objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;

Promover   diferentes   leituras   dirigidas   a   reflexão   sobre   a   história   e   a   vida contemporânea das culturas afro­africanas, educação do campo e indígena.

C ­ CONTEÚDOS:

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Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Oralidade ­ Debates;

­ Discussões;

­ Transmissão de informações;

­ Troca de opiniões; 

­   Defesa   de   ponto   de   vista (argumentação);

­ Contação de historias;

­ Declamação de poemas;

­ Relatos de experiências;

­ Entrevistas

­ DST

­ Cultura Afro

­ Cidadania

Leitura ­ Notícias;

­ Crônicas;

­ Piadas;

­ Poemas;

­ Artigos científicos;

­ Romances;

­ Contos.

Meio Ambiente

Escrita ­ Textos argumentativos,

descritivos,

jornalísticos,

narrativos,

poemas,

crônicas,

humorísticos,

informativos,

literários (produção de textos)

­ Análise lingüística

­ Reestruturação de textos

­ Agregação de novos significados

Projeto Agrinho

Cidadania

 

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Ensino Médio 

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Oralidade ­ Debates;

­ Discussões;

­ Seminários;

­ Transmissão de informações;

­ Troca de opiniões; 

­ Defesa de ponto de vista (argumentação);

­ Contação de historias;

­ Declamação de poemas;

­ Relatos de experiências;

­ Entrevistas

­ Saúde 

­ Alimentação

Leitura ­ Notícias;

­ Crônicas;

­ Piadas;

­ Artigos científicos;

­ Romances;

­ Contos;

­ Reportagens;

­ Narrativas longas e curtas;

­ Charges.

Escrita ­ Textos argumentativos,

descritivos,

narrativos,

cartas,

poemas,

abaixo­assinados,

crônicas,

humorísticos,

informativos,

literários (produção de textos)

­ Análise lingüística

­ Interpretação Escrita

­ Reestruturação de textos

­ Agregação de novos significados

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Ensino Médio 

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Oralidade ­ Debates;

­ Discussões;

­ Seminários;

­ Transmissão de informações;

­ Troca de opiniões; 

­ Defesa de ponto de vista (argumentação);

­ Contação de historias;

­ Declamação de poemas;

­ Representação teatral,

­ Relatos de experiências;

­ Entrevistas

Leitura Textos

­ Notícias;

­ Crônicas;

­ Piadas;

­ Poemas,

­ Artigos científicos;

­ Ensaios,

­ Romances;

­ Contos;

­ Reportagens;

­ Propagandas,

­ Informativos,

­ Charges.

Escrita ­ Produção de Textos:

Argumentativos

Descritivos

Noticia

Narrativo

Carta ou memorandos literários

­ Análise lingüística

­ Reestruturação de textos

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D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Em todos os momentos que envolvem esta disciplina a forma de ser trabalhada é sempre levando em consideração o ponto de chegada dos alunos, respeitando suas condições de produções e suas realidades sócio­cultural e econômica. Para isto, um levantamento de dados  é   o  ponto  de  partida  e   a   partir  deste  momento   iniciar   conteúdos   significativos  e contextuais   acrescentando   e   aprimorando   a   aprendizagem.   Cabe   ressaltar   que   além   de respeitar a língua materna no contexto da prática da sala de aula, até  as possibilidades de relacionamentos   de   transformação   deverão   nortear   e   valorizar   as   relações   (valores   e conhecimentos) de forma que possam compreender e interpretar para interagir à construção do conhecimento.

Desta forma a  oralidade, norteia o espaço escolar tendo em vista a exposição de idéias e a capacidade de adequar diferentes situações como: ouvir o outro, falar com o outro, respeitando as variedades lingüísticas (língua materna).

Na  leitura:  (lida,  ouvida e   falada)  ler  silenciosamente em voz alta   ,  por   tópicos, parágrafos, bem como ouvir o outro enquanto sujeitos da situação discutindo e debatendo idéias e contextos da leitura.

Na  escrita:   produzir   textos   respeitando   as   condições   de   produção   por   meio   de relações   com   o   contexto   e   apresentando   tipologias   textuais,   com   atividades   que   devam posicionar­se contra ou a favor respeitando estruturas ou adequando estruturas textuais de acordo com atividades propostas.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A   avaliação   estará   presente   envolvendo   os   três   eixos   da   disciplina   de   Língua Portuguesa   relacionados   abaixo   e   partindo   das   condições   de   produções,   ou   seja,   sua realidade.

Oralidade   –   Considerando­   se   a   participação   do   aluno   nos   diálogos,   relatos   e discussões,   a  clareza  que  demonstra   ao  expor   suas   idéias,   a   fluência  da   sua   fala,  o   seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial,   a   sua   capacidade   de   adequar   o   discurso,   texto   aos   diferentes   interlocutores   e situações.

Leitura – Avaliar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do texto, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto propondo discussões, debates e outras atividades.

Escrita – Ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como   um   produto   final.   Os   aspectos   discursivos,   textuais,ortográficos   e   gramaticais,   os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos são avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto.

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F ­ BIBLIOGRAFIA:

FARACO,   Carlos   A   .   Terezza,   Cristóvão,   Castro,   Gilberto   de.   Diálogos   com Bakhtin. Curitiba, Pr. Editora UFPR., 2000.

FÁVELO, Leonor L., Koch, Ingedore G. V. Lingüística textual uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.

FIORIN, José Luiz. O romance e a representação da heteronoidade constitutiva. In Faraco, Carlos Alberto (org) Diálogos com Bakhtin. Curitiba UFPR, 2001.

FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2004.

GERALDI, C., Fiorentine, L.,  Pereira, E (orgs). Cartografia do trabalho docente. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1936.

GERALDI, Pontos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Kleiman, Angela; Moraes. S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.

KLEIN, Lígia. Proposta Político – Pedagógica para o ensino fundamental: governo popular de Mato Grosso do Sul. SED/Núcleo de Ensino Fudamental,2000.

______, Travaglia, Luiz C. a coerência textual. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 1990.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999,

SEED – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental.

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MATEMÁTICA

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A   história   da   Matemática   nos   revela   que   os   povos   das   Antigas   Civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje.

No Brasil  na metade do  século  XVI a matemática  viria  a   ser   introduzida  pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras.

O  desenvolvimento   lógico  do   século   XIX  foi   denominado   como   o  período  das matemáticas contemporâneas. Trata­se uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas.

No final do século XIX e início do século XX ocorre as instalações de indústrias, fábricas   nas   cidades   causado   pelo   aumento   da   população   urbana.   Nesse   contexto   os matemáticos, passaram de pesquisadores a professores.

Até  o   final  dos  anos  50  prevaleceu  no  Brasil  a  matemática  Formalista  Clássica concentrada no professor e no seu papel expositor.

Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.

Na tendência Tecnicista a partir de 1964, a pedagogia não se centrava no professor ou no estudante, mas nos objetivos instrucionais, recursos e técnicas de ensino.

A Técnica Construtivista surgiu a partir das décadas de 60 e 70. Nessa tendência, o conhecimento  matemático   resultavam   de   ação   interativas   e   reflexivas   dos   estudantes   no ambiente ou nas atividades pedagógicas.

A   tendência   Histórico­Crítica   não   consistia   apenas   no   desenvolvimento   de habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e significado as idéias matemáticas, tornando­o capaz de estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar.

No   final   da   década   de   1980   e   início   da   década   de   1990,   cria­se   no   Paraná   o Currículo para a Rede Pública do Ensino Fundamental.

A partir de 1998 o Ministério da Educação iniciou a distribuição dos PCN’S que defende uma concepção neoliberal de homem, de mundo e de sociedade.

A partir  de  2003  a  SEED elaborou as  Diretrizes  Curriculares  Nacionais   e  num processo   de   discussão   coletiva   com   os   professores   da   Rede   Pública   Estadual,   resgata importantes considerações a respeito do ensino e aprendizagem da Matemática .

Portanto é necessário que o processo ensino­aprendizagem em Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação   de   linguagem   adequada   para   descrever   e   interpretar   fenômenos   ligados   à Matemática e a outras áreas do conhecimento.

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Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

O ensino de Matemática seja realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta­se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado cientificamente.

A Matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem, até na hora de definir  se uma compra deve ser  paga à  vista  ou a prazo,  no uso em complexos computadores, no sobe­e­desce da bolsa de valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país...

A Matemática   tem grande  importância   em outras  áreas  do  conhecimento,   como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano.

B ­ OBJETIVOS GERAIS:

As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania e dito como objetivos do ensino médio levar o aluno a:

• compreender   a  matemática   como construção,   entendendo como elas se desenvolvem pôr acumulação, continuidade ou ruptura  de  paradigmas e   relacionando o  desenvolvimento científico como a transformação da sociedade;

• entender   e   aplicar  métodos   e   procedimentos  próprios   da matemática;

• identificar   variáveis   relevantes   e   selecionar   os procedimentos   necessários   para   a   produção,   análise   e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos e tecnológicos;

• apropriar­se dos conhecimentos matemáticos e aplicar esses conhecimentos para explicitar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade;

• compreender   e   aplicar   os   conceitos,   procedimentos   e conhecimentos   matemáticos   em   situações   diversas.   Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;

• desenvolver   e   aplicar   conhecimentos   matemáticos   em situações  presentes  no   real.  É   a  capacidade  de  utilizar  a Matemática   não   apenas   na   interpretação   do   real,   como também, quando necessário, como forma de intervenção;

• promover atividades que valorizem a diversidade cultural

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C – Conteúdos

Ensino Médio Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Números e Álgebra ­ Conjunto dos Números Reais

Geometria ­ Noção de Geometria Euclidiana 

Funções ­ A trigonometria no triangulo retângulo

­   Relações   trigonométricas   em   um   triangulo qualquer

­ Função afim

­ Função quadrática

­ Função exponencial

­ Função logarítmica

­ Função modular

­ Progressão Aritmética

­ Progressão Geométrica 

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Ensino Médio Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Números e Álgebra ­ Sistemas Lineares

Geometria ­ Geometria Plana

­ Geometria espacial

Funções ­ A trigonometria no triangulo retângulo

­ Relação trigonométrica em um triangulo qualquer

­ Trigonometria na circunferência

­   Razão   trigonométrica   na   circunferência   de   raio unitário

­ Função Trigonométrica

­ Operação com arcos

Tratamento de Informação

­ Introdução à estatística

­ Análise combinatória

­ Probabilidade

Binômio de Newton

Ensino Médio 

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Números e Álgebra ­ Matrizes

­ Determinantes

­ Polinômios

­ Equações algébricas

­ Números complexos

Geometria ­ Geometria Analítica

Tratamento de Informações

­ Matemática Financeira

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Uma   das   grandes   dificuldades   na   transferência   do   conhecimento   é   o   “como ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino­aprendizagem.

Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a  ação do professor.

Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um conhecimento em   Matemática   mediante   a   configuração   curricular   que   promove   a   organização   de   um trabalho   escolar,   que   se   expresse   em   articulações   entre   os   conteúdos   específicos   e 

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estruturantes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.

Os  conteúdos  matemáticos   serão  abordados  a  partir  de   resolução  de  problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa   reconhecer e registrar questões de relevãncia social     que   produzem   conhecimento   matemático   propondo   a   valorização   do   aluno   no contexto social, para tanto deve­se promover ambientes gerados por aplicativos informáticos, uso de mídias, recursos tecnológicos, aplicativos de modelagem e simulação. Considerando como elemento orientador na elaboração de atividades, a História da Matemática.

O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de condições.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação deve ter um papel de mediação  no processo ensino e aprendizagem, ou seja, o ensino, a   aprendizagem e a avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo   sistema.   Para   isso   cabe   ao   professor   considerar   nas   práticas   de   avaliação, encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e a busca de diversos métodos avaliativos.

O   professor   precisa   estimular   e   considerar   também   os   registros   escritos   e manifestações orais de seus alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é  um componente desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levando­o a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante  pautando­se  num processo  em   que  as  diferentes  necessidades  sejam priorizadas , a fim de garantir a inclusão.

Para   uma   boa   prática   avaliativa,   em   Educação   Matemática,   são   os   necessários encaminhamentos  metodológicos  que  abram espaço à   interpretação e  à  discussão,  dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por parte do aluno.

A avaliação é  um meio,  e  não um fim em si  mesma.  É  um processo contínuo, diagnóstico,   dialético,   e   deve   ser   tratada   como   parte   integrante   das   relações   de   ensino aprendizagem.

F ­ BIBLIOGRAFIA:

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, versão preliminar – julho 2006.

MARCONDES, Sérgio Gentil. Matemática. 7ª Ed. São Paulo: Ática, 2003.

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RUIZ,   Adriano   Rodrigues.   Matemática,   Matemática   escolar   e   o   nosso   cotidiano.   www. Pedagogia. Pro. br/ matemática. Htm.

www. Matemática hoje. Com. Br/ telas/ mat­educ. asp.

PARANÁ,  secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino do primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

MATEMÁTICA E REALIDADE: análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam o ensino da matemática. São Paulo: Cortez, 1994.

Introdução à história da educação matemática. São Paulo: atual, 1998.

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QUÍMICA.

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta­se dividida em   várias   disciplinas,   entre   elas   a   Química,   que   estuda   a   natureza   da   matéria,   suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos.

Apesar   de   se   ter   conhecimento  de  manifestações   químicas  muito   antes   da   Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a ciência Química.

Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal e do elixir da longa vida, os alquimistas introduziram   e   aperfeiçoaram   técnicas   de     metalurgia,   sintetizaram   várias   substâncias, isolaram outras,   além de   terem  registrado  um grande  número  de  experimentos   em  suas observações.

A partir do século XVII, a ciência se transforma, tornando­se mais experimental e menos   filosófica:  multiplicam­se  as  observações  e   as  experiências;  os   fenômenos;  e   são elaboradas hipóteses explicações.   Surgiu então a necessidade de um aprofundamento das relações matemáticas, de novos experimentos com aparelhagens mais precisas, de troca de informações e uma maior organização.

A partir  de então, começou a surgir  um grande número de  trabalhos importantes, envolvendo vários cientistas.

Podemos dizer que tudo à  nossa volta é  química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação.   Percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bem­estar para nossa vida.

Contudo, é comum ouvirmos comentários que depreciam essa ciência relacionando­a a  desastres ecológicos.    Esses  fatos  infelizmente,  encobrem as  importantes conquistas do homem pelo conhecimento químico.   Na verdade o problema não está na Química, mas no seu uso, ela em si, não é boa nem má.

Mudar essa situação não é papel apenas do químico, mas de toda a sociedade, que deve ser crítica e participativa, exigindo que o conhecimento promova uma qualidade de vida cada  vez  melhor   e  que  permita  uma coexistência  harmoniosa  entre  o  homem e  o  meio ambiente.

B – OBJETIVOS GERAIS.

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de homens e mulheres em busca do conhecimento para compreensão do mundo, valorizando­o como instrumento para o exercício da cidadania competente;Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma precisa e sintética   para   representar   e   comunicar   os   conhecimentos   sobre   o   mundo   natural   e tecnológico;

Identificar   os   elementos   do   ambiente,   percebendo­os   como   parte   de   processos   de relações, interações e transformações;

Identificar   os   elementos   do   ambiente   como   recursos   naturais   que   têm   um   ritmo   de renovação, havendo, portanto, um limite para sua retirada;

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Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas, ambientais e vice­versa;

Compreender   a   tecnologia   como   recurso   para   resolver   as   necessidades   do   homem diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem;

Discernir conhecimento científico de crendices e superstições;

 Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do cotidiano;

Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas respostas para desafios;

Perceber a construção histórica do conhecimento científico;

Desenvolver   a   reflexão   sobre   as   relações   entre   ciência,   sociedade   e   tecnologia, considerando as questões éticas envolvidas, valorizando a diversidade cultural.

Valorizar a identidade e a produção dos sujeitos que vivem no campo, bem como seus modos de produção e a conscientização do uso dos produtos químicos.

C – CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos  Complementares

Matéria   e   sua natureza

Estrutura atômica­ Modelos­  Número   atômico,  massa   e elemento químico­   Isótopos,   isóbaros   e isótonos­ Distribuição eletrônica

Tabela Periódica­ Classificação Periódica­ Onde encontrar e empregar os elementos químicos

Números Quânticos ­   Principal,   secundário, magnético, spin­ Diagrama de Linus Pauling

Ligações Químicas­ Iônica­ Covalente­ Metálica

Misturas­ Tipos­   Métodos   e   processos   de separação

Reações Químicas

­ Agrotóxicos:Uso adequado e os cuidados na sua utilização.

­ Alterações que o organismo humano pode sofrer por falta de nutrientes.

­ Brasil pesquisa carro movido a hidrogênio.

­  Contribuição dos povos africanos e seus descendentes para os avanços da Ciência e da tecnologia.

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­ Tipos ­   Balanceamento   por tentativas

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares

Matéria   e   sua natureza

Número de Oxidação­ Nox­   Regras   práticas   para   o cálculo do nox

Reações de Óxido­Redução­ Método redox

Funções Inorgânicas­ Estudo dos ácidos­ Estudos das bases­ Neutralização – ácido­base­ Estudo dos sais­ Estudo dos óxidosQuantidade e medidas­ Massa­ Mol­ Número AvogradoEstequiometria­ Fórmula­ Estequiometria  das reações­ Leis Volumétricas­ Os coeficientes e o número de mols

­ Jeans Délavé e a oxirredução.­ Oxidação dos principais metais – corrosão.

­ Principais funções e seu campo de aplicação.­ Pesticidas, herbicidas e controle.­ Fontes e impactos dos principais poluentes do ar.

Biogeoquímica Soluções I­ Introdução­ Tipos de soluções­ Solubilidade­   Concentração   de soluções­ Diluição de soluções­ Misturas de soluções

­ Principais salinas.­ Água do mar

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Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos

Conteúdos Complementares

Matéria   e   sua natureza Radioatividade

­   A   descoberta   do Raio X­   Radiações   de Urânio­   Leis   da Radioatividade­ As radiaçõaes­   A   radioatividade artificialcinética   das desintegrações radiativas

­Acidentes causados com radioatividade.­Uso indevido da radioatividade­Quimioterapia­Vibuficação de rejeitos radiativos

BiogeoquímicaCinética química­   Velocidade   de uma reação­   Ocorrência   de reações Químicas­   Equilíbrio químico

Equilíbrio ambiental(Ag 21)Catalisadores Efeito Estufa

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Química Sintética Funções orgânicas­ Hidrocarbonetos­ Radicais­   Hidrocarbonetos Ramificados­ Funções orgânicas contendo nitrogênio e haletos­ Polímeros­ Isomeria

­ Petróleo – fonte e utilização.­ Biodiesel – outra forma de energia­ PUC – um plástico reciclável­   etanol   e   Açúcar   –   produtos   da   indústria   da sacarose.

D ­ METODOLOGIA.Todo o processo ensino­aprendizagem, em Química deve partir de um conhecimento 

prévio  dos  estudantes,  onde   se   incluam concepções   espontâneas,   a  partir  das  quais   será elaborado um  conceito científico.

Quando  os   estudantes   chegam à   escola   eles  não  estão   totalmente  desprovidos  de conhecimento e ainda, uma sala de aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem também dessa origem. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de metodologia com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Considerando  os   conhecimentos  que  o  aluno   traz,  mostrando­lhe  o  conhecimento científico   historicamente   produzido   o   aluno   do   ensino   médio   terá   condições   de   formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos químicos.

Para tanto será utilizadas aulas expositivas com a utilização de recursos audiovisuais quando possível.

Leituras e discussão de textos complementares, pesquisas em diferentes fontes (livros, revistas, jornais, Internet etc.).

Exposição dos assuntos com o uso de material experimental.Realização de experiências pelos alunos com o auxílio do professor, coordenando os 

trabalhos e resolvendo dúvidas.Aplicação de avaliações contínuas para verificação da aprendizagem.

E – AVALIAÇÃO.A avaliação será contínua e qualitativa diagnóstica pois verifica a produção constante 

do aluno e minimiza os  traumas das provas bimestrais.    A simples avaliação ao final do bimestre nem sempre propicia uma recuperação eficiente do aluno.     A avaliação constante permite   ao   professor   identificar   falhas   durante   o   processo   e   retomar   um   determinado conteúdo trabalhando­o de outra maneira.

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Ao elaborarmos uma prova escrita, devemos ter em mente que não iremos verificar os conteúdos memorizados pelos alunos, pois todos sabemos que a maioria deles já terá sido esquecida algum tempo depois. 

As avaliações devem ter em conta os objetivos específicos do planejamento bimestral, ou seja, quais são as habilidades básicas de raciocínio e a aplicação dos conteúdos que, no início do ano, o professor se propôs a desenvolver para seus alunos.

As   habilidades   básicas   de   raciocínio   que   o   curso   norteia   são:   treinamento   da observação do mundo ao redor do aluno, análise de situações do dia­a­dia com base nos conceitos  compreendidos,   interpretação de   textos  e   síntese  dos  conceitos   fundamentais  e resolução de problemas com base na aplicação de conceitos.

F ­ BIBLIOGRAFIA.ApostilaDiretrizes Curriculares de Química para o ensino MédioVersão preliminar / julho 2006.SCHWARTZMAN S. Formação da comunidade científica no Brasil.  Rio de Janeiro FINEP, 1979.SARDELLA, A; FALCONE M. Química: Série Brasil.  São Paulo: Ática 2004.RUSSE L, JB. Química Geral.  São Paulo: MC Graw – hill, 1981.

SOCIOLOGIA

A). APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Sociologia volta­se, todo tempo para os problemas que nós enfrentamos no dia­a­dia de nossas vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem como confortá­las com a realidade.

Como   ciência,   a   sociologia   delineou­se   no   rastro   do   pensamento   positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época,  estava  ligado à     lógica da ciência dita  “experimentais”.  Ou seja,  para acender  ao estatuto   de   ciências,   deveria   atender   a   determinados   pré­requisitos   e   seguir   métodos “científicos” que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimentos de regras.

São  representados  desse  pensamento.  Augusto  Conte  o  primeiro  a  usar  o   termo sociologia, relacionado com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que adotou conceitos elaborados por Conte,  especialmente o de ordem social,  para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico.

Apesar   de   sua   origem   conservadora   d   de   sua   proposta   inicial   conformista,   a sociologia   desenvolvem   também   um   olhar   crítico   e   questionador   sobre   a   sociedade.   O pensador  Karl  Marx   trouxe   importante   contribuição   ao  pensamento   sociológico  por   que desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a porta do momento em que uma determinada classe social apropriou­se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos da sociedade.

No Brasil,   tanto as  idéias conformistas quanto as revolucionários exerceram forte influência na formação da pensamento sociológico brasileiro.

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Com o advento da Rep. Houve a primeira tentativa de se introduzir a Sociologia como   disciplina   Escolar   obrigatória   no   Brasil   através   do   então   ministro   da   Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a introduzir a disciplina no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925.

Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de oferecer uma formação mais  humanística para os  estudantes  secundários.  Mas na  segunda fase da Era Vargas,   em  1942,   sua  obrigatoriedade  é   retirada  das   escolas   secundárias,   permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe militar de 64.

A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos das escolas médias, permanecendo restritos ás Escolas Normais. Com a Lei 5.673/71 foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de substituir a sociologia e a Filosofia.

A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao terminarem o Ensino Médio devem demonstrar  conhecimentos  de sociologia e   filosofia.  Em 1997º  ex­deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a LDB e torna a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado pelo presidente Fernando H. Cardoso.

A   trajetória   do   ensino   de   sociologia,   caracterizada   por   freqüentes   interrupções trouxe­lhe marcas  que  não podem ser   ignoradas  relativamente  a   sua  inserção no cenário educacional.

Os grandes problemas que vivemos  hoje provenientes do acirramento das forças do capitalismo   mundial   e   do   desenvolvimento   industrial   desenfreada   entre   causas,   exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destrinção social e planetária .

É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas relação social.

B). OBJETIVOS:• Estender os caminhos percorridos pela sociologia.• Pesquisar as teorias dos principais pensadores.• Compreender a importância dos valores, normas e regras para a vida em sociedade.• Refletir   sobre  a  cultura  popular  e  erudita  bem como a  diversidade  cultural  do povo 

brasileiro.• Compreender a importância dos fatos sociais para a sociologia.• Entender a relação entre ideologia e industria cultural.• Analisar a importância das instituições sociais para a formação integral do cidadão.• Investigar sobre a trajetória do “trabalho”, suas formas de organização e evolução.• Questionar as diversas formas de trabalho e a exclusão social.• Compreender as relações de poder e as ideologias dominantes existentes nos sociedades.• Entender o estado como agente de controle social.• Compreender a importância dos direitos para a formação da cidadania.• Resgatar a importância dos movimentos social.

C). CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:Os conteúdos estruturantes da disciplina de sociologia propostas são:• O processo de socialização e os institutos sociais.• A cultura e a indústria cultural.

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• Trabalho, produção e classes sociais.• Poder, política e ideologia.• Cidadania e movimentos sociais.

D). METODOLOGIA:

A sociologia deve explicitar as diversas visões de mundo, as concepções de sociedade e de homem. Tem como atribuição básica: ir além de investigar, identificar descrever, classificar, interpretar, explicar todos os fatos relacionados à vida social, logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e instigante.Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá construir uma postura mais  reflexiva e  crítica diante  da complexidade do mundo moderno.  Poderá  perceber­se como elemento ativo, dotado de força “política” e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através do exercícios pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário.Cabe ao professor, orientar os alunos também através do conhecimento da sociologia de maneira   contextualizada,     no   sentido  de  compreender   e   aliviar  o   impacto  causado  pelo conjunto   de   transformação   econômico­sociais   geradas   pelo   fortalecimento   do   sistema capitalista   e   pelo  grande  desenvolvimento   tecnológico   e   científico,   bem como aliviar  o impacto gerado pela relevante desestruturação de instituições sociais como a “família”.Tem portanto, a sociologia, a função de “armar” o aluno com instrumentos que possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e agente da situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua realidade. Ela não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender.É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,   de   modo   a   descobrir   pré   noções   e   preconceitos   que   quase   sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.Enfim,   o   ensino   da   sociologia   pressupõe   metodologias   que   coloquem   os   alunos   como sujeitos de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas, importa que o aluno seja constantemente provocado   a   relacionar   a   teoria   com   o   vivido,   a   rever   os   conceitos   e   a   reconstruir coletivamente  novos   saberes.  Partir   da  prática   social   dos   alunos  permitirá   a   tomada  de consciência sobre essa mesma prática, que não é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma expressão social do grupo do qual ele faz parte.

E). AVALIAÇÃO:A avaliação no ensino da sociologia não deverá ser meramente verificatória da aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas precisará ser articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado com o conhecimento sociológico, procurando perceber a apreensão que os estudantes realizam, as modificações que demonstram na compreensão dos mecanismos de funcionamento da sociedade, nos discursos, nos posicionamentos dentro do espaço escolar e nas relações sócias.As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou 

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filme,   seja   a   participação   nas   pesquisas   de   campo,   seja,   a   produção   de   textos   que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática.

F). BIBLIOGRAFIA:Diretrizes   Curriculares   da   Rede   Pública   de   Educação   Básica   do   Estado   do   Paraná. Sociologia. Curitiba, 2006.

Orientações Curriculares. Sociologia. Secretaria de Estado da Educação, fevereiro, 2006.

Biblioteca do professor.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ­ INGLÊS

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINADesde o inicio da colonização do território que hoje corresponde ao litoral brasileiro 

pelos portugueses, houve a preocupação do estado Português em promover a Educação.Na década de 70, o pensamento nacionalista do Regime Militar tornava o ensino de 

Línguas Estrangeiras como mais um instrumento das classes favorecidas, já  que a grande maioria não tinha acesso a este conhecimento.

Em 1976 a Língua Estrangeira volta a ser valorizada e obrigatória no Segundo Grau. Com   o   passar   dos   anos   o   predomínio   da   oferta   de   Língua   Estrangeira   continua   a   ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino.

Em 1996, a Lei ed Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394 determinou que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da 5ª série.

O   MEC   publicou   os   Parâmetros   Curriculares   Nacionais   (PCNs)   para   o   Ensino Fundamental de Língua Estrangeira, em 1998 este documento pauta­se numa concepção de Língua como prática social privilegiada a “Abordagem Comunicativa”.

A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa e das implicações desta no   ensino   de   Língua   Estrangeira,   serão   apresentados   a   seguir   os   fundamentos   teórico­metodológicos que referenciam estas diretrizes:

­ o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da   equidade   no   tratamento   da   disciplina   de   Língua   Estrangeira   em   relação   às   demais obrigatórias do currículo;

­  o  resgate de função social  e  educacional  do Ensino de Línguas Estrangeiras no currículo da educação básica;

­ o respeito à diversidade (cultural, identitária, lingüística). Para tanto identificou­se na pedagogia crítica o referencial teórico que sustenta este 

documento de Diretrizes Curriculares, entende­se que a escolarização tem o compromisso de prover   aos   alunos,   meios   necessários   para   que   não   apenas   assimilem   o   saber   enquanto resultado,  mas  apreendem o  processo  de  sua  produção,  bem como as   tendências  de  sua transformação.

B – OBJETIVOS GERAIS- Levar o aluno a construir seu próprio aprendizado baseando­se em experiências de 

fundo psicológico resultantes de sua participação ativa no ambiente.- Promover a diversidade cultural, valorizando a cultura afro.- Desenvolver uma consciência critica a respeito do papel das Línguas na sociedade.- Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades 

de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes.- Respeitar as leituras de mundo que constituem a cultura individual do aluno.

C ­ CONTEÚDOS.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Levando   em   consideração   que   o   Conteúdo   Estruturante   é   o   que   traz   base   a concepção   de   Língua   defendida   nestas   Diretrizes   e   que   serão   estabelecidos   os 

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conhecimentos que  identificam e organizam o estudo desta disciplina.  Sendo assim o conteúdo especifico vem complementar o conteúdo estruturante e ambos constituem os três eixos da Língua que são: leitura, oralidade e a escrita. 

Assim a linguagem do texto passa ser a materialidade para alcançar tal fim, ou seja, o trabalho em sala de aula precisa partir de um texto de linguagem num contexto em uso, tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por meio do engajamento discursivo e não meramente a prática de estruturas lingüísticas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES                                                 CONTEÚDOS COMPLEMENTARESLeitura ­ Diálogos;

­ Textos informativos;­ Textos narrativos;­ Textos descritivos;­ Textos argumentativos; ­ Textos não verbais;­ Textos poéticos;­ Charges;­ História em quadrinho;­ Gráficos;­ Legendas;­ Textos instrumentivos;­ Propaganda;­ Jogos

Escrita ­ Produção de textos curtos;­ Interpretação de texto;­ Resumo de filme;­ Síntese de textos;­ Produção de diálogo;­ Produção de texto poético;­ Acróstico;­ Tradução de texto;­ Propaganda;­ Jogos;­ Fazer convites

Oralidade ­ Diálogos;­ Declamação de poemas;­ Músicas;­ Desenvolver a noção de hipótese;­   Exposição   de   pensamentos   referentes   à filmes;­ Debates sobre textos lidos;­ Fazer planos para o futuro;­ Compreensão oral de texto;­ Pedir informações;­ Descrição oral de uma pessoa;­ Defender um ponto de vista;­ Expressar posse;­ Entrevista­ Descrever locais e objetos;­ Dar ordens;­ Expressar preferências;­ Narrar fatos ocorridos;­ Perguntar sobre preferência do outro;­ Pedir favor, ajuda­ Pedir permissão para fazer algo.

­ Músicas afro­americanas­ Diferentes tipos textuais ­ Filmes ­ Contos ­ Biografias

Compreensão Auditiva ­ Compreender enunciados orais;­ Musicas;­ DVD’s;­ CD­ROMsOs textos escolhidos definirão os conteúdos lingüísticos­discursivos, bem como as práticas discursivas a serem trabalhadas.

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D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho da Língua Estrangeira Moderna na escola precisa partir do entendimento do  papel   da  Língua  nas   sociedades   como  mais   de  que  novos   instrumentos  de   acesso  à informação   e   que   também   dê   privilegio   a   inclusão   social:   as   LEMs     são   também possibilidades   de   conhecer,   expressar   e   transformar   modos   de   entender   o   mundo   e   de construir significados.

Diagnosticar   o   conhecimento   que   os   alunos   trazem   para   propiciar   a   eles oportunidades de troca de experiências na perspectiva de continuidade a construção de novos conhecimentos. Aproveitar o interesse dos alunos e estimular a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições em relação aos conteúdos.

É  preciso  levar  em conta  também que as  escolhas  metodológicas  dependem do perfil   dos   alunos   e   dos   professores,   cuja   a   formação   fornece   os   contornos   de   suas possibilidades  de  atuação.  Cada  aprendiz   constrói   seu  próprio  aprendizado baseando  em experiências de fundo psicológico resultantes de sua participação ativa no ambiente, por este motivo é de suma importância promover a diversidade cultural, valorizando a cultura afro, bem como dando atenção especial a inclusão.

De acordo com estas perspectivas a metodologia de ensino de Língua na direção de uma abordagem humanística  baseada  na  comunicação e   intermediação de  um  facilitador carismático, e com participação ativa do aprendiz.

E ­ AVALIAÇÃO

O ato avaliativo é algo presente em todo empreendimento humano. Este ato não é um empreendimento  meramente  mecânico,  pois   envolve  um  julgamento  de  valor,  ou   seja,   a percepção do professor sobre o rendimento do aluno.   Para isso é necessário seguir alguns critérios. A avaliação e parte integrante e fundamental do processo ensino­aprendizagem e auxiliará tanto o aluno como o professor a se auto­avaliar.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996 determina que a avaliação seja  continua  e  cumulativa  e  que  os  aspectos  qualitativos  prevaleçam sobre  os quantitativos. Fazendo assim que o professor possa estar sempre inovando suas metodologias e planejando suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos, sem esquecer dos inclusos que merecem um especial atendimento.É   através   da   avaliação  que   será   desenvolvido  os   eixos  da  Língua  Estrangeira  Moderna, leitura, oralidade e escrita, levando o aluno a sua prática constante. 

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F ­ BIBLIOGRAFIA

SEED – Diretrizes  Curriculares  de Língua Estrangeira para o  ensino   Médio.  Versão Preliminar – Julho/2006. Currículo Básico Para a Escola Pública do Estado do Paraná.

ROCHA,   Analuiza   Machado   e   FERRARI,   Zuleica   Aguida.    Take   Your   Time,   Ed Moderna, 3ª edição reformulada .2004

PRESCHER, Elisabeth et al. Graded English. Ed Moderna, 2ª edição. Maringá, 2005

PIGNATTI, Paula B. et al.  Apostila de Inglês 

SILVA,  Antonio de S. e outro.  Essential English 

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CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS SÉRIES INCIAIS DO ENS. FUNDAMENTAL, EM NÍVEL MÉDIO, 

NA MODALIDADE NORMAL ­ INTEGRADO

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PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO MÉDIO INTEGRADO ­ CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA

1­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

                   Segundo Bakthin, a língua se configura num espaço de interação entre os sujeitos que se constituem através dessa interação, e ainda mais, a língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados”. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente”. (Faraco,2003)

                   A linguagem – e a Língua Materna – é vista, assim, como atividade que se realiza historicamente   entre   sujeitos,   constituindo­se,   os   sujeitos   e   a   linguagem,   nos   múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamentos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à   linguagem escrita:   eles   abrangem,  além dos   textos   escritos   e   falados,   a   integração  da linguagem verbal com “as outras linguagens (artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas discursivas sociointeracionais) e suas   especificidades   (seus   diferentes   suportes   tecnológicos,   seus   diferentes   modos   de composição e de geração de significados.)” (Faraco, 2000)                   Essa concepção recusa esses olhares que alienam a linguagem de sua realidade social   concreta.   Nós   a   concebemos   como   um   conjunto   aberto   e   múltiplo   de   práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados.                   Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades   psíquicas   em   meio   a   essa   intricada   rede   de   relações   socioverbais   e   pela interiorização da própria dinâmica da interação socioverbal.                   Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de relações socioverbais. De forma alguma, podemos ser compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical: ou como meros reprodutores de um certo monumento   lingüístico   cristalizado;   ou,   ainda,   como meros  usuários   de  um  instrumento externo a nós.                                     Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de linguagem. 

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Em língua materna, a escola obviamente, nunca parte do zero: os alunos têm experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabe­nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade, tornando­se mais maduro e mais amplo.                                     Portanto, devemos levar o aluno do curso de Formação de Docentes a ter o domínio   amplo   da   leitura,   da   escrita   e   da   fala   em   situações   formais,   quanto   do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais.

2 ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

_ Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá­la a cada contexto e interlocutor,   descobrindo   as   intenções   que   estão   implícitas   nos  discursos  do   cotidiano   e posicionando­se diante dos mesmos;_  Desenvolver   o   uso  da   língua   escrita   em  situações   discursivas   realizadas  por  meio  de práticas sociais, considerando­se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

_ Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

_ Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,  propiciando através  da Literatura,  a  constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

3 – CONTEÚDOS:

ORALIDADE:­ relato de experiências pessoais, contos, romances, crônicas;­ dramatização de obras literárias (poesias, contos, crônicas, romances);­ debate de textos lidos (literários, informativos, científicos, programas de TV);­ identificação das idéias contidas no texto, interlocutor, objetivo do texto e a coerência na construção do texto;­   exposição   de   idéias   com   clareza,   seqüenciação,   objetividade,   consistência argumentativa, adequação vocabular, tanto em debates como em discussões.

LEITURA:­   prática   de   leitura   de   textos   de   vários   gêneros   (literários,   informativos,   científicos, publicitários);­ identificação da idéia central;­ reconhecimento das diferentes tipologias textuais;

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­ identificação do interlocutor, do objetivo do texto, da coerência na construção do texto, tema, argumentação usada;­ compreensão crítica do conteúdo;­ análise das opções expressivas: características da linguagem, dos fatos e dos estilos.

ESCRITA:­ elaboração de sínteses, parágrafos argumentativos, paródias e resumos de textos lidos;­ prática de escrita de textos informativos, narrativos, descritivos, poesia;­ apresentação de mural (cartazes focalizando momentos literários);­  nos   textos  escritos  pelos  alunos,  em relação ao  conteúdo  levar  em consideração:  a clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa, redundância inadequada;­ em relação a estrutura: paragrafação, adequação dos recursos coesivos;­ em relação à expressão: adequação à norma padrão, superação das marcas inadequadas de oralidade, pontuação.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA:­ temas gramaticais correlacionados com o controle da norma padrão (esse estudo deve ser articulado com a prática de análise de textos lidos e deve ser feito com base em uma concepção clara e realista da variação lingüística, das diferenças entre linguagem falada e linguagem escrita, entre fala formal e informal);­ concordância nominal e verbal;­ regência nominal e verbal (no caso da regência, será importante o contraste adequado entre   regências   mais   tradicionais   com   suas   vertentes   contemporâneas;   além   disso,   é preciso muito cuidado com a regência em orações subordinadas adjetivas e o emprego do pronome relativo);­ temas gramaticais correlacionados com o domínio dos recursos expressivos (esses temas devem ser estudados na prática de reconstrução de textos, na prática de análise de textos lidos, por meio de exercícios de reelaboração sintática em que se explore a sinonímia estrutural e entre os períodos compostos; entre subordinação e coordenação, entre orações reduzidas, orações plenas e sintagmas nominais complexos);­ reforço ao uso convencional e, principalmente, expressivo da pontuação;­ reforço à representação gráfica adequada (ortografia e pontuação).

LITERATURA:­   prática   de   interpretação   de   textos   literários   como   uma   contínua   construção   da consistência argumentativa do discurso;­   incorporação   de   idéias   e   relações   textuais   do   aluno   em   face   aos   textos   literários integrais;­  seleção de   textos   literários  que estimulem as   relações  dos   textos  escolhidos  com o contexto presente;­ a leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as especificidades desse tipo de texto, desde sua criação de mundos, até os recursos de linguagem presentes em cada obra;­ desenvolvimento do projeto Afro na Literatura.

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4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

                   Temos claro de que a concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona nossa metodologia.                    Assim, a concepção de linguagem que adotamos pressupõe uma metodologia ativa  e  diversificada,  compreendendo o  trabalho  individual,  o   trabalho em duplas  ou em pequenos grupos e o trabalho com as turmas, além de atividades expositivas do professor.                   O trabalho com a Língua Portuguesa e a Literatura deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e   pessoais,   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades,   principalmente,   em   condições semelhantes aos demais.

LEITURA

                   Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar­se com diferentes tipos de textos oriundos das  mais  variadas  práticas   sociais   (em especial  da   literatura,  do   jornalismo,  da divulgação científica, da publicidade).                    Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude  de leitor crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que   atrás     de   cada   um   há   um     sujeito,   com   uma   certa   experiência   histórica,   com   um determinado universo de valores, com uma intenção.                    Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao texto,   dar­lhe   uma   resposta,   concordando   com   ele,   ou   dele   discordando;   rindo   dele, emocionando­se com ele, aplaudindo­o, refutando­o, assinalando­o, fazendo­lhe a paródia e assim por diante.                   Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à linguagem escrita. Entendemos ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva dos textos escritos ou falados.                                     E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não  com a linguagem verbal.                   Cabe, portanto, à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas atividades de leitura   dos   textos   em   linguagem   verbal.   No   entanto,   não   pode   deixar   de   oferecer   aos estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens, considerando­se de um  lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos.

ESCRITA

                   O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional. Ou dito de outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso implica reconhecer que o interlocutor é um dos 

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condicionantes   do   nosso   texto.   Em   conseqüência,   a   escrita   cobra   de   nós   uma   ação   de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias de sua produção.                   As atividades de escrita devem ser sempre contextualizadas. É uma das formas que   temos   para   contornar   um   certo   artificialismo   inerente   à   prática   escolar   da   escrita, transformando­a numa atividade efetivamente geradora de sentidos.                   É importante que no trabalho com a escrita se crie um ambiente de ‘oficina’ para  as   situações   práticas,   isto   é,   a   escrita   não   deve   jamais   ser   encarada   como   uma   tarefa burocrática,  mas sim coletiva,  de forma que envolva o aluno na preparação, apreciação e refeitura dos textos.

ORALIDADE

                    O curso de Formação de Docentes não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela relevância que o falar em situações formais tem para a vida cidadã.                                     Não  precisamos,  é   claro,   ensinar   aquelas   práticas  que   aprendemos espontaneamente no nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No entanto, a escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e fluência em   situações   formais   (isto   é,   no   espaço   público,   diante   de   um   conjunto   plural   de interlocutores), seja em atividade de transmissão de informação, seja no debate.                   As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio democrático, seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja, sobretudo, pela polêmica civilizada, a qual pressupõe, entre outros fatores,  uma escuta respeitosa,  uma enunciação clara e  sustentada de opiniões e a abertura para novos argumentos e pontos de vista.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

                                     Na articulação destes três conteúdos – leitura, escrita e oralidade – estão os gêneros do discurso e a reflexão sobre a linguagem, que são as operações com a língua que os alunos vão realizar.                    O ensino de português deve levar o aluno a uma ação reflexiva sobre a própria  linguagem, integrando as práticas socioverbais e o pensar sobre elas.                    Esse pensar envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da linguagem (isto   é,   de   sua  organização  gramatical),   quanto,   e   especialmente   a   compreensão   de   sua realidade social e histórica (isto é, da variação lingüística).

LITERATURA

                 O trabalho pedagógico com a Literatura no curso de Formação de Docentes não pode deixar de lado a formação do leitor. Por isso tal trabalho não deve se prender ao uso exclusivo dos   livros  didáticos que  substituem a  riqueza potencial  da  literatura pela  mera historiografia   literária,   preocupada   com   dados   biográficos   de   autores,   lista   de   obras 

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produzidas por eles bem como a sua descrição, além da circunscrição da obra a um contexto histórico desvinculado da realidade do aluno.                    Segundo Garcia (2005), a Literatura deve ser um corpo expansivo, aberto aos acontecimentos a que os processos de leitura – que tornam o leitor autor­ não cessam de forçá­la. O trabalho com literatura em sala de aula deve permitir a constituição de um campo de  interação em torno do objeto estético que,  mais que o agenciamento de  instâncias de controle, abre­se para espaço incontrolável da linguagem. As aulas de Literatura requerem de acordo com essa concepção,  que o repertório  de   leitura  do professor  esteja  em contínua ampliação. Então, ao selecionar textos literários para seus alunos, o professor, além de ter em vista o caráter de literariedade desses textos, terá as oportunidades de relaciona­los através das combinações suscitadas por seu percurso de leituras.                  A Literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos móveis que o professor determinará por si e pelas necessidade que perceber na interação dos alunos com os textos literários. Assim, temos, numa relação meramente exemplificativa: Literatura e Arte; Literatura e Biologia; Literatura e... Qualquer das disciplinas do currículo do curso de Formação de Docentes.                  O trabalho com Literatura potencializa uma prática diferenciada com os conteúdos estruturantes elencados acima (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.                  Para tanto o professor de Língua Portuguesa e Literatura no curso de Formação de Docentes será capaz de se valer de todos os meios de que dispõe para – ao aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos seus alunos aos níveis da oralidade, leitura e escrita, fazendo a um tempo com que o pensamento prolifere – permitir que os alunos façam suas próprias escolhas   ante   as  oportunidades  que  a  vida  colocar  na   sua   frente   e   caminhem com suas próprias   pernas.   Um   professor   de   Língua   Portuguesa   e   Literatura   deve   educar   para   a criatividade e para a liberdade. 

5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

                                     A avaliação – seus critérios e procedimentos – decorre, evidentemente, da concepção   de   linguagem   que   foi   aqui   exposta.   Em   outras   palavras,   entendemos   que   a avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos as metodologias.                     Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando­os a refletirem e tomarem decisões.                                       Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,   numa   troca   informal   de   idéias,   numa   entrevista,   numa   contação   de   história,   as exigências de adequação de fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é  necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas 

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televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado.                    A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leitura de mundo e repertório de experiências dos alunos.                    Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar­se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.

                     O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é essencial para que ele adquira autonomia, e não há que se perder de vista, a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizem dois processos distintos e desvinculados, um regular e outro especial.

6 – BIBLIOGRAFIA:

COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender.                Porto Alegre: Artmed, 2002.      FARACO, Carlos Alberto. Português língua e cultura.Curitiba: Base Editora        LTDA, 2005.

FARIA, Maria Alice.O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,1991.

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G.V. Lingüística textual: uma introdução.      São Paulo: Cortez, 1988; Editora     Mediação, 2003.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. C

FIORIN, José Luiz.Elementos de análise do discurso.São Paulo: Contexto,     1994.

FIORIN, José Luiz. e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto.São      Paulo:  Editora Ática, 1998.

INFANTE,Ulisses.Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo:     Scipione, 1995.

JANSSEN, Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa.(Org)

     Práticas  avaliativas e Aprendizagens significativas. Porto Alegre Campinas

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     São Paulo: Pontes, 2000.

KOCK, Ingedore V. A interação pela Linguagem.São Paulo: Contexto, 1992.

KOCK, Ingedore V. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1991.

KOCK, Ingedore V. A coerência textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1990.

ORLANDI, Eni Puccinelli. A  linguagem e seu funcionamento.Campinas: Pontes      Editores, 1996.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º    Grau.Curitiba, 1988.

ROJO, Roxane (Org). A prática de linguagem em sala de aula. São Paulo:      Mercado de Letras, 2000.

SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

SOLE, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

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DISCIPLINA: – ARTE – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

1­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da diversidade, pois a mesma  é caracterizada por uma cultura  pluridentitária formada através da contribuição, de diferentes grupos sociais, étnicos, das áreas urbanas e rurais, a qual constrói uma realidade multicultural.     Nesta   realidade   estão   presentes   aspectos   da   cultura   de   diferentes   grupos indígenas e africanos, dos europeus, dos orientais, dos jovens, dos velhos, das mulheres e homens, da cultura erudita e da popular, do artesanato e da informática, da arte e da ciência, influenciando­se reciprocamente, mas mantendo sua identidade. Desta forma o ensino de arte deve estar  pautada na  interdisciplinaridade e  na valorização da pessoa humana como ser criador e auto­criador. Portanto o desafio do professor está  em dialogar com a diferença, possibilitando ao aluno uma educação multiculturalista, a qual permite ao mesmo lidar com a diferença de modo positivo na arte e na vida.

Desta forma papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como   expressão;   Estudos   das   diferentes   concepções   de   arte;   Conhecimento,   trabalho   e expressão   e   sua   relação   com   o   ensino;   Estudo   das   tendências   pedagógicas   –   Escola tradicional, nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das artes visuais,   da   música,   da   dança   e   do   teatro   e   sua   contribuição   na   formação   dos   sentidos humanos desde a Educação Infantil e anos iniciais – abordagens metodológicas para o ensino de artes. A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas como instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais.

2 ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

IV­ Conceituar   e   conhecer   através   do   contato   com   o   mundo   da   cultura   a   forma específica de a arte significar o mundo e as coisas, expondo o que pensam sobre a forma expressiva que vêem e o sentido que elaboram ao fruir a produção artística.

V­ Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de outros povos,  bem como: no teatro, na música, na dança, nas artes visuais, identificando autores e artistas de diferentes épocas, países, movimentos, gêneros nas diversas linguagens da arte.

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VI­ Reconhecer as profissões artísticas (maestro, compositor, ator, bailarino, artista plástico,   escultor,   coreógrafo,   estilista,   dramaturgo,   cineasta,   diretor,   gravador, arquiteto, ceramista etc.) através da história da arte.

VII­ Educá­lo por meio da visão e para além do raciocínio.

VIII­ Proporcionar­lhe condições favoráveis para o seu desenvolvimento total

3 ­ CONTEÚDOS:

Renascimento   (contexto   histórico,   características,   pintores,   escultores,   músicos   e   suas principais obras);

A Reforma e contra­reforma;

Barroco e Rococó;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Pós ­ impressionismo;

Expressionismo;

Cubismo (analítico e sintético);

Favismo;

Abstracionismo;

Dadaismo;

Arte indígena;

Cultura afro­brasileira;

Surrealismo;

Op art;

Pop art;

A arte no Brasil;

Música brasileira;

Pintores brasileiros;

Perspectiva;

Pintura com manquini;

Hachuras com manquini;

Xilogravura;

Cinema;

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Televisão;

Rádio;

Teatro:Representação teatral direta e indireta;Improvisação cênica;Teatro infantil;Dramatização

• Dança:• Coreografia improvisada;• Coreografia original

Conteúdos complementares

Projeto “Fuxico”:­ Conhecer suas técnicas peculiares;­ Resgatar a tradição que é a de unir as pessoas;­ Composição tridimensional (confecção da Bandeira Nacional).

Cultura afro­brasileira­ Artes (máscaras, símbolos, estamparias e leitura de obras dos artistas que retrataram a cultura negra através de suas obras);­ Religiosidades;­ Confecção de um painel com personalidades afro­brasileiras.

 4 ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Ao desenvolver os conteúdos, os quis envolverão conhecimentos de diferentes obras de artes visuais, produtores e movimentos artísticos de diversas culturas em diferentes tempos da história.

Fornecer   aos   educandos   possibilidades   de   compartilharem   descobertas,   idéias, sentimentos, atitudes ao permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o individual e o coletivo desenvolvendo a socialização.

Diante dos conceitos e a história da dança na vida humana, seus intérpretes,  seus gêneros   presentes   nas   varias   culturas,   será   um   aspecto   importante   na   ampliação   de referenciais sobre essa linguagem.

O desenvolvimento de sentir, expressar e pensar a realidade sonora ao redor do ser humano que se modifica nessa rede em que se encontra,  auxilia  o educando em fase de escolarização básica a desenvolver capacidade musical.

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Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo de aproximação do aluno com o universo artístico.  Sob a  forma de  aprendizagem sistematizada.  É  papel  da escola como espaço socializador do conhecimento, possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas. Portanto, cabe ao professor a partir dos conteúdos, instigar a memória, a percepção e as possíveis associações com realidade/ cotidiano do aluno.

O trabalho do professor com os anos iniciais se torna mais significativo se houver a articulação do lúdico às atividades em sua prática pedagógica. Considerar o ato de brincar como um dos princípios  para  a  elaboração do processo de ensino e  de aprendizagem, é entender a criança e seus valores, entre eles, a capacidade de materialização do mundo da fantasia, através das brincadeiras. As associações surgidas entre as linguagens artísticas e a realidade da criança podem revelar a maneira autêntica, a expressão do prazer dos sentidos. A associação   entre   o   ato   de   brincar   e   o   ato   de   aprender   é   uma   possibilidade   de   diálogo estabelecido entre o sujeito e a  leitura de sua realidade,  em seu tempo (a   infância).  Isso significa entender a criança como sujeito criado na e pela cultura.

Essa forma de desenvolver o ensino de Artes voltado aos alunos dos anos iniciais tem a probabilidade de superar as práticas que reforçam a superficialização da aprendizagem em Arte, que seduzem as aulas a simples práticas de exploração de materiais ou reprodução do que já existe. A substituição das linguagens artísticas pela reprodução e consumo das mesmas limita as possibilidades de expressão do aluno.

Na produção artística infantil deve ser considerada a dimensão simbólica das ações e experiências  da  criança,  para  que  essas  possam extrapolar  os   estereótipos   existentes  nas músicas, nas danças e nas imagens dos meios de comunicação e que se apresentam muitas vezes,   como se   fossem o  que  é   real   e  unicamente  artístico.  Além disso,  é   necessária   a superação de práticas que privilegiam o desenvolvimento de capacidades motoras por meio de atividades mecânicas (ainda utilizadas por muitos livros didáticos). A padronização das produções artísticas infantis, (bem representada por desenhos reproduzidos por reprografia ou mimeógrafo) não limita as crianças somente em suas possibilidades de exploração do espaço, das   cores   e   das   formas,   mas   também,   não   consideram   a   importância   da   reflexão,   da descoberta da criação, características tão peculiares da infância.

Dessa   maneira,   o   professor   pode   criar   condições   de   aprendizagem   para   o   aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas  de  produções  culturais,   isto  é,  produtor  de  uma cultura  em um determinado contexto histórico.

Não deixando de levar em conta os portadores de necessidades especiais, através de 

um planejamento flexível de acordo como a necessidade especial específica de cada aluno 

incluso no Ensino Médio.

5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

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Diante do contexto artístico e filosófico de diversas culturas e em diferentes tempos da história, também há de se fazer uma reflexão sobre a ação social que os produtos de arte impõem, concretizando as relações de trabalho na sociedade contemporânea.

Assim, considerando que a avaliação é um processo constante e que deverá constar de identificação   e   argumentação   crítica   sobre   o   direito   à   criação   e   comunicação   cultural, respeitando os valores e gostos de outras pessoas da própria cidade e de outras localidades, conhecendo   e   interpretando   cada   produção   cultural,   há   que   se   observar   o   domínio   do indivíduo quanto às possibilidades físicas, emocionais e intelectuais.

Considerando ainda a Arte como forma de comunicação inerente ao ser humano, nela inserem­se também os conhecimentos básicos da linguagem e grafia musical como meio de comunicação e expressão de idéias e sentimentos, manifestações e cooperação interagindo em processos de criação e interpretações musicais. Também este aspecto será alvo de análise e observações durante o desenrolar do processo da avaliação.

Para que haja interação do conhecimento intelectual e corporal, a dança, mais uma das formas de comunicação artística, será  vista como elemento integrador entre indivíduo e o processo de comunicação, sendo avaliada como expressão cultural, traduzindo a história e sentimentos dos seres humanos em geral.

Diante dessa forma de pensamento, a avaliação será aplicada em consonância com a metodologia da escola, avaliando­se o conhecimento do educando e também se utilizando suas experiências e desenvolvendo a dinâmica criativa e original, valorizando as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula e constituirá da observação da atuação do educando, respeitando e compreendendo seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais, bem como seu direito de criação e comunicação cultural.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

­ ALAMBERT, Francisco. A semana de 22, a aventura modernista no Brasil. S.P: Scipione, 1992.­ Apostila do CEPPEB – Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão Bagozzi.­ ARRIBAS, Teresa Lleisca. Educação Infantil. Artmed. Porto Alegre: 2004.­ AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. S.P: Ática, 1997.­ BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da Arte. S.P.: Perspectiva, 1991.­ CHUAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. SP: Ática, 2003.­ Currículo Básico. Paraná: Secretaria Estadual de Educação, 1992.­ FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. Arte.­  FIGUEIREDO,  Lenita Miranda.  História da Arte para criança.  S.P.:  Livraria Pioneira, 1988.­ Gênios da Pintura. A pintura no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

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­ História Geral da Arte. Grandes Gênios da pintura. Madri: Delta Image, 1996.­ Lendas e mitos do Folclore brasileiro: Região Nordeste. S.P.: Rídeel, 1991.­ LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré­escola e alfabetização. Petrópolis RJ: Editora Vozes, 2002.­ MARTINS, Alberto. Goeldi. São Paulo, 1995.­ MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. S.P.: FTD, 1998.­  MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte. SP: FTD, 1998.­ OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. RJ: Campus, 1983.­ PROENÇA, Graça. História da Arte. S.P: Ática, 1991.­ Projeto Político Pedagógico – PPP – Diretrizes curriculares de artes/ arte. Julho /2006.­ REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. S.P.: Cortez, 2002.­ STABILE, Rosa Maria. A expressão artística na Pré­Escola. SP: FTD, 1989.Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

1­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao   analisarmos   a   história   da   Educação   Física,   podemos   verificar   importantes momentos   de   maturidade,   de   senso   crítico   que   contaram   com   ampla   participação   da comunidade científica educacional.

As discussões envolveram várias áreas de conhecimento como a biologia, a fisiologia, a psicologia, a biomecânica, entre outras.

A partir  da década de 80,  foram incorporadas às discussões,  as  contribuições  das ciências humanas principalmente da sociologia e fisiologia.  Assim surgiram os primeiros debates voltados a uma criticidade. Tais críticas voltaram­se principalmente, aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.

Neste contexto, as aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as durezas das aulas em sala.

Os   conteúdos   da   Educação   Física   devem   ampliar   o   campo   de   intervenção   da Educação Física para além das abordagens centradas na motricidade. Devem estar de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno. Além disso, as práticas corporais devem ter como princípio básico o desenvolvimento do sujeito omnilateral.

A Educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em relação aos demais componentes curriculares. Trata­se de um componente que contribui para a formação do cidadão com instrumentos e conhecimentos diferenciados daqueles chamados tradicionais no  mundo   escolar.  O   conhecimento  da  Educação  Física  é   socializado   e   apropriado   sob manifestação de conjunto de práticas, produzidas historicamente pela humanidade em suas relações   sociais.   Por   isso,   é   uma   área   de   conhecimento   que   exige   espaços   e   tempos diferenciados dos espaços e dos tempos tradicionalmente tratados na escola.

Não podemos também deixar de lado o fato do curso de formação de docentes ser dirigido para a formação profissional, devendo assim, assumirmos uma proposta curricular integrada.

Desta forma, a educação básica e especializada deve estar integrada no sentido de atender às demandas da transformação social.

Assim, ao pensar em conteúdos para o curso de educação profissional é ter claro que o desenvolvimento das competências exigidas pelo modo de produção capitalista tal como se desenvolve a partir da base microeletrônica, só pode ocorrer de uma sólida educação básica inicial, complementada por processos educativos que integrem em todo o percurso formativo, conhecimento   básico,   conhecimento   específico   e   conhecimento   sócio­histórico,   ou   seja, ciência, tecnologia e cultura.

A   educação   profissional,   enquanto   processo   de   formação   humana,   refere­se   ao desenvolvimento  da  pessoa  humana   enquanto   integralidade,  não  podendo   ficar   restrita  à dimensão   lógico­formal   ou   às   funções   ocupacionais   do   trabalho;   ela   se   dá   no entrecruzamento   das   competências   cognitivas,   comportamentais   e   psicomotoras   que   se 

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desenvolvem através das dimensões pedagógicas das   relações sociais e produtivas, com a finalidade de produzir as condições necessárias à existência.

A   educação   profissional   deve   articular   conhecimento   básico   e   conhecimento específico a partir dos processos de trabalho e da prática social. Assim, os conteúdos devem contemplar as diversas áreas cujos conhecimentos contribuem para a formação profissional e cidadã derivada do perfil profissional.

É   essencial  momentos  para  os   conhecimentos   sócio­históricos   e   as   categorias   de análise que propiciem a compreensão crítica da sociedade capitalista e das formas de atuação do homem, como cidadão e trabalhador, sujeito e objeto da história.

O   tratamento   metodológico   não   deve   privilegiar   a   memorização   de   passos   e procedimentos,  e sim, privilegiar as habilidades de comunicação, a capacidade de buscar informações   em   fontes   e   através   de   meios   diferenciados   e   a   possibilidade   de   trabalhar cientificamente com estas informações para resolver situações problemáticas, criando novas soluções.

Outro ponto que deve ser considerado é que, os jovens que chegam às escolas de ensino médio são portadores de saberes e praticantes de determinadas experiências construídas em outros espaços e tempos sociais. Na participação de grupos de sociabilidade extra­escolares, os jovens ampliam suas possibilidades de atuar como protagonistas de suas ações e se constituírem sujeitos sociais autônomos.

Desta forma, cabe ao professor partir dessa prática das experiências trazidas por cada aluno para atingir o conteúdo específico.

Cada  um desses   jovens   irá   trazer   experiências   distintas,   fruto  de  uma  infância   e adolescência desenvolvidas em situações e condições muito diferentes dos pontos de vista social,  econômico, moral,  cultural,  religioso e étnico, com inúmeras vivências de práticas corporais.

O papel da Educação Física é compreender e discutir junto a esses jovens os valores e significados que estão por trás dessas práticas corporais. Além disso, oportunizar aos alunos do   ensino   médio   a   vivência   do   maior   número   de   práticas   corporais   possíveis,   pois   ao realizarem a construção e vivência coletiva dessas práticas, estabelecem relações individuais e sociais, tendo como pano de fundo o corpo em movimento.

Espera­se,  portanto,  que  os   saberes  da  Educação  Física  no  ensino  médio  possam preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se refere à organizações dos espaços e recursos públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros. Preparar os alunos para terem iniciativa pessoal para criar planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais.

A Educação  Física  deve   também, oferecer   conhecimentos  para  que  os   indivíduos possam ter participação efetiva no mundo do trabalho no que se refere à  compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio esforço e do direito ao repouso e do lazer.

Portanto, as aulas de Educação Física no ensino médio e, em especial no Curso de Formação de Docentes, deve oferecer subsídios para a formação geral do aluno, relacionando conteúdos gerais  e  específicos;  proporcionar e  valorizar  a experiência e  vivência prática. Estimular o aluno para a criticidade, para a pesquisa, além da busca da formação continuada.

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2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

_ Proporcionar uma vivência corporal variada a fim de estimular as habilidades corporais, a criatividade   e   a   expressividade,   o   senso   crítico,   podendo   assim,   contribuir   de   forma significativa no desenvolvimento geral do educando;

_ Demonstrar o verdadeiro significado e importância da disciplina de Educação Física no currículo escolar, desde a educação infantil até o ensino médio;

_ Oportunizar o estudo e conhecimento do desenvolvimento infantil, bem como de aspectos relacionados à saúde e a qualidade de vida;

_ Oportunizar a vivência prática e contato direto com crianças de diversas faixas etárias, favorecendo assim, a relação teoria e prática;

3 – CONTEÚDOS:

Modalidades desportivas:

­ Voleibol;­ Jogo pré­desportivo;

­ Handebol;­ Jogo pré­desportivo;

­Basquetebol;­ Jogo pré­desportivo;

­Futsal;­ Jogo pré­desportivo;

­ Xadrez;­ Jogadas específicas;

Características dos diferentes tipos de jogos:

­ Jogos de construção;­ Jogos simbólicos;­ Jogos sensoriais;­ Jogos de regras;

Atividades rítmicas e expressivas:

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­ Brinquedos cantados;­ Expressão Corporal;

História da Educação Física:

­ Evolução da Educação Física no contexto histórico;­ Objetivos e finalidades atuais da Educação Física escolar;

Modalidades desportivas:

­ Voleibol;­ Jogo pré­desportivo;­ Sistemas ofensivos e defensivos;

­ Handebol;­ Jogo pré­desportivo;­ Sistemas ofensivos e defensivos;

­ Basquetebol;­ Jogo pré­desportivo;­ Sistemas ofensivos e defensivos;

­ Futsal;­ Jogo pré­desportivo;­ Sistemas ofensivos e defensivos;

­ Xadrez;­ Jogadas específicas;

Organização de eventos esportivos e recreativos no contexto escolar:

­ Gincanas esportivas, recreativas e culturais;­ Definição;­ Procedimentos para a organização;

Danças folclóricas:

­ Aspectos históricos de diversas danças e ritmos folclóricos;­ Principais passos, músicas e vestimentas;

Atividade física relacionada com a saúde:

­ Obesidade: definição causa, tratamento e prevenção;­ Colesterol: definição, causa, tratamento e prevenção;­ Triglicérides: definição, causa, tratamento e prevenção;

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­ Osteoporose: definição, causa, tratamento e prevenção;­ Diabetes: definição, causa, tratamento e prevenção;

Projeto Afro:

­ Influência da cultura africana nas danças e ritmos brasileiros;­ Breve retrospectiva da história africana no Brasil;

Modalidades desportivas:

­ Voleibol;­ Jogo pré­desportivo;­   Processos   pedagógicos   para   a   iniciação   de   crianças   na   aprendizagem   do 

voleibol;

­ Handebol;­ Jogo pré­desportivo;­   Processos   pedagógicos   para   a   iniciação   de   crianças   na   aprendizagem   do 

handebol;

­ Basquetebol;­ Jogo pré­desportivo;­   Processos   pedagógicos   para   a   iniciação   de   crianças   na   aprendizagem   do 

basquetebol;

­ Futsal;­ Jogo pré­desportivo;­ Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do futsal;

­ Xadrez;­ Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do xadrez;

Psicomotricidade:

­ Coordenação motora global, fina e óculo­manual;­ Esquema corporal;­ Lateralidade;­ Noção espacial e temporal;

Teatro:

­ Apresentação;­ Expressão corporal;­ Música;

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­ Dança;

Atividades rítmicas e expressivas:­ Brinquedos cantados;­ Movimentos rítmicos variados;­ Montagem de coreografias simples;

Projeto Afro:­Ritmos e danças da cultura afro­brasileira: teoria e prática;

4­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Assim como já foi mencionado na ementa da disciplina, o aluno ao chegar no ensino médio, já possui uma cultura corporal própria, adquirida através da experiência e vivência na própria escola, na comunidade, dentro dos grupos sociais.

Desta forma, o trabalho do professor deverá partir dessas experiências trazidas pelos alunos,   propondo   atividades   teóricas   e   práticas   afim   de   estimular   a   criatividade,   a expressividade e a criticidade do aluno, bem como, estimular um melhor desenvolvimento de suas habilidades motoras e cognitivas.

Através da proposta de estudo e pesquisas de campo, o professor deve estimular no aluno a busca do conhecimento, além de proporcionar momentos para que esses alunos do curso de formação de docentes tenham um contato direto com crianças de diversas faixas etárias.

A metodologia deve também, oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e   direitos,   ainda  que   apresentem diferenças   sociais,   culturais   e   pessoais,   efetivando­se   a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais.

5­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A   avaliação   da   aprendizagem   em   Educação   Física   será   um   processo   contínuo, permanente cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando os alunos a refletirem e se posicionar criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

Na avaliação deverá  ser observada a participação, a desenvoltura e a evolução dos alunos em cada atividade, verificando sua individualidade e necessidade.

Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.

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6­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas.  Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Estado da Educação­PR, 1984.

NANNI, Dionísia.  Dança – Educação: pré­escola à  universidade. Rio de Janeiro : Sprint, 1995.

Organização de competições­torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria.  Educação Física no cotidiano escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999.

ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo: Manole, 1993.

GALLARDO,   Jorge   Sérgio   Pérez   et   alli.  Didática   de   Educação   Física:   a   criança   em movimento­jogo, prazer e transformação. São Paulo: FTD, 1998.

GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1982.

Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.

FERREIRA NETO, Carlos Alberto.  Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

SANTOS,   Luiz   Silva.  Educação,   Educação   Física,   Capoeira.   Maringá:   Fundação Universidade Estadual de Maringá, 1990.

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DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Ao estabelecer diretrizes para a organização do ensino da Matemática no Ensino Médio Integrado pretende­se contemplar tanto a necessidade da sua adequação para o desenvolvimento e promoção dos alunos, com diferentes motivações interesses e capacidades, criando condições para sua inserção num mundo e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer argumentações, quando para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas vidas pessoais e profissionais.

No   ensino   profissionalizante   toma­se   como   princípio   educativo,   articular ciência, cultura, tecnologia e sociedade. Para tanto, há que se recorrer a uma sólida Formação Geral   Fundamentados   nos   conhecimentos   acumulados   pela   humanidade:   a   organização curricular deve promover a universalização de bens científicos, culturais e artísticos tornando o   trabalho   como   lixo   articulador   dos   conteúdos,   ou   seja,   como   princípio   educativo, respondendo   as   novas   formas   de   articulação   entre   cultura,   trabalho   e   ciência   com   uma formação que busque um novo equilíbrio entre o desenvolvimento da capacidade de atuar politicamente e trabalhar intelectualmente.

A integração entre conhecimento básico e aplicado, só é possível através da medição do processo produtivo, ponto que não se resolve do juntamento de conteúdos ou mesmo de instituições com diferentes especificidades; ela exige outro tratamento a ser dado ao projeto pedagógico, que forme o processo de trabalho e as relações sociais como eixo definidor dos conteúdos, além do conhecimento que compõe as áreas do conhecimento.

O   tratamento   metodológico   privilegiará   a   relação   teoria/prática   e parte/totalidade   são   então   outras   as   competências   a   desenvolver,   para   além   da   simples memorização de  passos e  procedimentos,  que   incluem as  habilidades  de comunicação,  a capacidade   de   buscar   informações   em   fontes   e   através   de   meios   diferenciados   e   a possibilidade  de   trabalhar   cientificamente  com estas   informações   para   resolver   situações problemáticas, criando novas soluções; e principalmente, é outro o processo de conhecer, que ultrapasse a relação apenas individual do homem com o conhecimento, para incorporar as múltiplas mediações do trabalho coletivo.

Em relação aos conteúdos que compõem cada percurso formativo deverá ser organizado de modo a  integrar  a  dimensão disciplinar  e   indisciplinar:  a  compreensão da totalidade das relações exigidas para inserção responsável do aluno na vida social e produtiva indica   a   necessidade   de   um   currículo   que   articule   projetos   transdisciplinares   e   ações disciplinares, de modo a permitir ao aluno o acesso a formas superiores de compreensão da realidade, através das complexas conexões que articulam parte e totalidade.

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2­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Desenvolver a capacidade de o aluno utilizar a Matemática como instrumento de novas aprendizagens e como meio de interpretação da realidade;

­ Ampliar as capacidades de raciocínio, de resolução de problemas, de comunicação e de rigor, bem como o espírito crítico e a criatividade;

­ Incentivar a relação pessoal, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e cooperação e o sentimento de segurança em relação às próprias capacidades matemáticas;

­ Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos temas: Números, Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e Probabilidades, bem como aplica­las na resolução de problemas matemáticos ou não;

• Expressar­se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática.

• Transpor, para a prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

3­ CONTEÚDOS:

Números e Álgebras:Conjunto dos números reais;

 Funções:Função afim;Função quadrática;Função exponencial;Função logarítmica;Função modular;

Tratamento da informação:Matemática financeira;

Números e Álgebras:Matrizes;Determinantes;Sistemas lineares;

Funções:Progressão aritmética;

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Progressão geométrica;Funções trigonométricas;

Tratamento da informação:Estatística;

Números e Álgebras:

Polinômios;Noções de números complexos;

Geometrias:Geometria plana;Geometria espacial;Geometria analítica;Noções básicas de geometria não – euclidiana;

Tratamento da informação:Análise combinatória;Binômio de Newton;Probabilidade;

Projeto Cultura Afro:Construção de gráficos;Construção de tabelas.

Projeto de Matemática:Conteúdos de 1ª à 4ª séries.

4­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A Educação Matemática prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir  com autonomia nas suas  relações sociais  e,  para  isso,  é  preciso que ele  se  aproprie também de conhecimentos matemáticos.

Sobre o processo do ensino e aprendizagem, historicamente a mais presente nas nossas salas de aula de Matemática, identifica ensino com transmissão de conhecimento, e aprendizagem com mera recepção de conteúdos. Nessa concepção, a aprendizagem é vista como um acúmulo de conhecimentos, e o ensino baseia­se essencialmente na verbalização do conhecimento por parte do professor. Se por um lado essa concepção teórica apresenta a vantagem de se atingir um grande número de alunos ao mesmo tempo, visto que a atividade estaria a cargo do professor, por outro lado demanda alunos bastante motivados e atentos à 

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palavra do professor, o que não parece ser o caso para grande parte de nossos alunos, que estão imersos em uma sociedade que oferece uma gama de outras motivações.

Levar   o   aluno   a   fazer   leitura,   discussão   e   selecionar   textos   que   venham acompanhados   de   exercícios   resolvidos   para   facilitar   a   aprendizagem,   permitindo   que reflitam   sobre   a   teoria   apresentada,   procurando   desta   maneira,   trabalhar   com   questões contextuais, aplicando conceitos matemáticos na vida real, estimulando os alunos a lerem textos, jornais, revistas, para que ponham soluções matemáticas reais.

Em  relação  à   inclusão,  procurar­se­á   reproduzir  documentos  que  ofereçam informações que contribuam para o interesse de toda a sociedade brasileira, visando sempre definir   como   fundamental   a   inserção   nos   movimentos   sociais   e   na   defesa   dos   direitos humanos, em especial os excluídos e descriminados.

Além disso, trabalhar­se­á com dados estatísticos a respeito da quantidade de alunos e classe racial que está inserido na escola.

5­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A  avaliação   deve   ser   tratada   como   estratégia   de   ensino,   de  promoção   do 

aprendizado, deve fornecer informações que possibilitem o aprendizado do aluno, bem como 

sua autonomia, deve fornecer, não apenas para o professor, mas também e principalmente 

para   o   aluno,   indicativos   sobre   o   conhecimento   e   a   compreensão   de   conceitos   e 

procedimentos desenvolvidos.

Além   disso,   nesse   processo,   não   podemos   deixar   de   lado   o   aspecto 

comportamental  que  engloba  capacidades  e   atributos  que  vai  muito  além dos  conteúdos 

matemáticos propriamente ditos. Entre eles temos a criatividade, a sistematização produzida 

pelos alunos e a capacidade de comunicar­se e de fazer conjecturas.

A avaliação não deve ser vista como isolada, mas como parte integrante em 

todo o processo. Ela deve ocorrer em varias situações. Qualquer avaliação do conhecimento 

matemático adquirido ou construído pelos alunos deve, entre outros, fornecer informações 

sobre a capacidade que o aluno tem em distinguir atributos relevantes e irrelevantes de um 

dado   conceito,   de   verificar   se   o   aluno   consegue,   de   forma   adequada,   representar   esses 

conceitos reconhecendo seus significados.

Além do que foi exposto até aqui, acreditamos ainda que a avaliação, como 

parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, deve permitir abordagens alternativas 

na forma como é encaminhada, em seus instrumentos utilizados. Assim, consideramos que a 

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elaboração do documento de registros de observação dos alunos em sala de aula, a auto­

avaliação dos alunos e,   também, os registros que podem ser construídos pelos alunos da 

forma   como   estão   evoluindo   ao   longo   do   desenvolvimento   de   um   conteúdo   podem 

representar instrumentos de avaliação.

Os Conteúdos serão avaliados através de:

trabalhos de pesquisa;

avaliação escrita;

atividades realizadas em sala;

atividades extra­classe;

trabalhos em grupo ou individual.

Uma   avaliação   que   se   restringe   em   apenas   em   quantificar   o   nível   de 

informação que o aluno domina não é  coerente. Para ser completo, esse momento precisa 

envolver todo a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa, que o aluno 

atribui significados ao que aprendeu e consegue materializá­lo de raciocínio matemático.

Além destas   considerações   citadas   será   considerada   também diagnóstica   e 

formativa, as quais, em relação aos alunos inclusos sofrerão adaptações de acordo com as 

dificuldades apresentadas por eles.

Dessa forma,  não há  que se perder  de vista  a  necessidade de um trabalho 

conjunto  e   interligado que  se  concretize   interdisciplinarmente  na  aprendizagem do aluno 

incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, 

duas “educações”: a regular e a especial.

6­ BIBLIOGRAFIA:

GIOVANI, José Ruy. Matemática completa – Ensino Médio: volume único. São Paulo: FTD, 1994.

LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004.

MORI, Iracema e ONAGA, Dulce Satiko. Idéias e Desafios: 8ª série. São Paulo: Saraiva, 2002.

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SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos. Matemática: volume único. São Paulo: Editora Ática, 2000.

LONGEN, Adilson. Ementas e Bibliografia da Base nacional Comum. Coleção Nova Didática. Volume I.

Matemática Completa, Autor: José Ruy Giovani.                                                  José Roberto Bonjorno                                                 José Ruy Giovani Jr.

Matemática do 2º grau, Autora: Kátia Roku.

Matemática 2º grau, Autor: Marcondes Gentil Sérgio. 

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: FÍSICA ­ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

1­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Propõe­se   no   curso   de   Formação   de   Docentes,   a   formação   geral   do   aluno 

desenvolvendo sua capacidade de pesquisar, buscar informações, analisa­las. Sendo assim a 

Física é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo em que vivemos, contribui para a 

formação de uma cultura científica efetiva que permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, 

fenômenos e processos naturais.

Tem­se como metas, tornar significativo esse aprendizado científico, principalmente 

para os alunos cujo conhecimento é necessário para seu futuro profissional, que a formação 

dá opções para o aluno seguir diferentes caminhos, e a Física mostra­se compromissada com 

o desenvolvimento da disciplina, na área de Formação; e sabe­se que o aluno no curso de 

formação de Docentes estuda o desenvolvimento intelectual da criança, onde ele se baseia na 

idéia  de  que  seu  conhecimento é   construído através  da   interação com o  meio ambiente, 

melhor ela se adaptar a ele, e com isso ocorre um processo chamado equilibração, que a 

pessoa por sua vez assimila uma experiência e, fazendo isso, ajusta ou acomoda sua estrutura 

cognitiva a ela. Tal visão de aprendizagem como equilibração ou adaptação entre o aprendiz e 

o meio ambiente coloca o aprendiz em um papel ativo. A criança é vista como arquiteta de 

seu   próprio   conhecimento,   e   se   utilizam   disso   para   se   empenharem   nas   experiências 

propostas. 

2­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­  Compreender  enunciados  que envolvem códigos  e  símbolos físicos  para  tabelas, 

gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico.

­ Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre si. 

Expressar­se   corretamente   utilizando   a   linguagem   física   adequada   e   elementos   de   sua 

representação simbólica.

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­  Apresentar  de  Forma clara  e  objetiva  o  conhecimento  aprendido,  através  de   tal 

linguagem.

­ Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.

­ Conhecer e utilizar conceitos físicos.

­ Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.

­ Relacionar e compreender leis e teorias físicas.

­Construir   e   investigar   situações­problema,   identificar   a   situação   física,   utilizar 

modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar previsões.

­   Articular   o   conhecimento   físico   com   conhecimento   de   outras   áreas   do   saber 

científico.

­ Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam 

aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

­ Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da 

cultura humana.

­ Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas.

­ Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua historia e relações 

com o contexto cultural, social, político e econômico.

­ Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos 

meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos meios tecnológicos e sua 

relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

3. CONTEÚDOS:

ELETRICIDADE:

             Carga elétrica;

             Processo de eletrização;

Força elétrica;

Campo elétrico;

Corrente elétrica;

Potência elétrica;

Resistores e geradores.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

Agenda 21 promove a identificação de problemas que afetam a qualidade de vida dos 

seus   alunos   e   do   seu   entorno,   para   que   juntos,   escola   e   comunidade   escolar,   busquem 

soluciona­los a partir de discussões que favoreçam a discussão de saberes.

              Eixo temático – Segurança;

Cidades sustentáveis;

Redução das desigualdades sociais;

Gestão dos recursos naturais;

Infraestrutura e integração regional.

CULTURA   AFRO­BRASILEIRA   –  Análise   dos   dados   do   IBGE   sobre   a 

composição da população Brasileira e pouca renda e escolaridade no país e no município;

Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho;

Realização com alunos de pesquisas de dados na escola com relação à  população 

negra;

Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos. 

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

É   importante   que   o   processo   de   ensino­aprendizagem,   em   Física,   parta   do 

conhecimento   prévio   dos   estudantes,   onde   se   incluem   as   concepções   alternativas   ou 

concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.

Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia­a­dia, na 

interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola, se fazem 

presentes no momento em que se inicia o processo de ensino­aprendizagem. Já a concepção 

científica   envolve  um  saber   socialmente   construído   e   sistematizado,   o   qual   necessita   de 

metodologias para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar 

onde se lida com o conhecimento cientifico historicamente produzido.

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No entanto, quando os estudantes chegam a escola eles não estão vazios, não são uma 

tábua  rasa.  E,  ainda,  a  composição de  uma sala  de aula  mistura pessoas  com diferentes 

costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem também dessa origem, o que torna 

impossível molda­los como se fossem iguais. Dentro de um determinado conteúdo, seja qual 

for a metodologia escolhida pelo professor, é importante que considere o que eles conhecem 

e, esse seja ponto de partida para o inicio de uma aprendizagem que agregue significados 

para professor e estudantes.

Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou, 

ainda   questões   que   eles   trazem,   mas   não   sabem   como   formular.   Nesses   casos   é 

imprescindível o papel do professor como uma espécie de informante científico. Para ir além 

do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma mediação que não é 

aleatória,   mas   pelo   conhecimento   fisco,   num   processo   organizado   e   sistematizado   pelo 

professor. O objetivo é que professor e estudantes, em conjunto, compartilhem significados 

na  busca  da  aprendizagem que acontece  quando as  novas   informações   interagem com o 

conhecimento   prévio   do   sujeito   e,   simultaneamente,   adicionam,   diferenciam,   integram, 

modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substitui ­lo. 

A partir do conhecimento físico, em acordo com TAVARES (2004), o estudante deve 

ser capaz de perceber e aprender em outras circunstâncias onde fizerem presentes situações 

semelhantes  às   trabalhadas  pelo  professor   em  aula,   apropriando­se   da   nova   informação, 

transformando­a   em   conhecimento.   Então,   seja   qual   for   a   metodologia   adotada   pelo 

professor,   em   conformidade   com   o   conteúdo   trabalhado,   deve­se   sempre   buscar   uma 

avaliação   do   processo,   que   só   tem   sentido   se   utilizada   para   verificar   a   apropriação   do 

conteúdo. A partir desse processo avaliativo o professor terá subsídios para intervir.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:

A avaliação deve levar em conta os pressuposto teóricos adotados por esta diretriz. 

Ao consideramos importante os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das 

idéias  em física  e  a  não neutralidade  da  ciência,  nossa avaliação deve  levar  em conta o 

progresso do estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de 

estudo da física, então ao avaliar deve­se também considerar a apropriação desses objetos 

pelos estudantes.

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Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração 

todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de analise de um texto, 

seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a 

capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que 

envolva a física, como por exemplo, uma visita a um parque de ciência, dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma 

nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni­

lo, mas sim de auxilia­lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada 

como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu 

crescimento: e junto todo esse processo, trazendo o aluno incluso para junto de todos de uma 

maneira mais simplificada possível para que haja uma boa interação entre eles.  

6. BIBLIOGRAFIA:

∙ Física: Coleção Horizontes ­Ivan Gonçalves dos Anjos; Editora Ibep.

∙ Curso de Física – VI ­ Antônio Marciano e Beatriz Alvarenga; Editora Scipione – 5ª edição.

∙ Ramalho Júnior, Francisco – Os Fundamentos da Física. São Paulo; Moderna, 1993.

∙ Silva, Djalma Nunes – Série – Novo Ensino Médio ­ São Paulo; Ática 2002.

∙ Arcipreste, Nicolangelo Alcel – Física – 2º Grau ­ São Paulo; Ática 1981.

∙ Bonjorno, Regina F. S. Azenha – Física Fundamental ­ São Paulo; FTD.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: QUÍMICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A   aprendizagem   em   Química   indica   a   compreensão   e   a   utilização   dos conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejando, executando e avaliando as ações de intervenção na realidade; desenvolvendo ao longo do curso Formação de Docentes, conhecimentos práticos e contextualizados, necessários a vida contemporânea através   da   interdisciplinaridade   com   abordagem   relacional,   estabelecendo   ligações   de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos.

A   Química   é   importante   no   momento   atual,   pois   através   dela   pode­se compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico e assim pode julgar de   forma   mais   fundamentada,   tudo   o   que   nos   cerca,   permitindo   ao   aluno   exercer   sua cidadania   de   acordo   com  sua   faixa   etária   e   participando  do  desenvolvimento   científico­tecnológico   com   importantes   contribuições   especificas,   cujas   ocorrências   tem   alcance econômico, social e político.

A Química é considerada a grande vilã do século, quando se enfatiza os efeitos poluentes que certas substancias causam no ar, solo e água, mas não se fala na necessidade e na   competência   da   Química   em   controlar   essas   fontes   poluidoras.   Dessa   forma,   as informações  recebidas  podem levar a  compreensão distorcida da realidade e  do papel  da Química.

Portanto,   se   faz   importante   a   presença  da  Química  no  Ensino  Médio  que completa a educação básica. Para tanto, a Química no Ensino Médio, deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

O conhecimento especializado, o conhecimento químico isolado é necessário, mas não suficiente para o entendimento do mundo físico, pois não é capaz de estabelecer as interações com outros subsistemas. Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em continua mudança.

Não se pode simplesmente aceitar que a Ciência está pronta e acabada, e que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta.

Os   conhecimentos   difundidos   no   ensino   da   Química   devem   permitir   a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que o individuo se enxergue como participante de um mundo em constante transformação, bem   como   capacitar   os   alunos   para   tomarem   suas   próprias   decisões   em   situações problemática, contribuindo assim para o desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.

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B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

­ Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

­   Identificar   fontes   de   informações   e   formas   de   obter   informações   relevantes   para   o conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc);

­Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica;

­ Compreender dados quantitativos, estimativas e medida;

­   Selecionar   e   utilizar   idéias   e   procedimentos   científicos   (leis,   teorias,   modelos)   para resolução de problemas quantitativos em química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;

­ Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química, selecionando procedimentos experimentais;

­ Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana individual e coletiva com o ambiente;

­   Reconhecer   as   relações   entre   desenvolvimento   cientifico   e   tecnológico   da   Química   e aspectos sócio­politico­culturais;

­ Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice­versa. ­   Utilizar   a   representação   simbólica   das   transformações   químicas   e   reconhecer   suas modificações ao longo do tempo;

­Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas;

­   Compreende   dados   quantitativos,   estimativos   e   medidas,   compreender   relações proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional);

­ Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros (classificação, seriação e correspondência em Química);

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­   Desenvolver   conexões   hipotético­lógicas   que   possibilitem   revisões   das   transformações químicas;

­ Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;

­ Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia.

C ­ CONTEÚDOS:

Conteúdos estruturantes:

Matéria e Sua Natureza;Biogeoquímica;Química Sintética.

Matéria da natureza;Bioquímica;Química sintética.

Química do carbono (orgânica);Funções Oxigenadas;Radioatividade;Soluções;Termoquímicas.

Conteúdos Complementares:Agenda 21.

­  O lixo;­ Tratamento da água;

Poluição e desenvolvimento;Agrotóxicos;

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Todos   nós   nos   deparamos   com   o   estudo   de   Química   logo   de   saída memorizando fórmulas e  conceito  e  ouvindo os professores apresentando a seqüência de conteúdo “logicamente  organizada”.Hoje,  portanto,  adota­se  uma preocupação central  em fornecer aos alunos ferramentas básicas que lhes permitam o exercício pleno da cidadania.

Para   isso,   os   alunos   precisam   ter   o   domínio   dos   conceitos   químicos   e desenvolver a capacidade de fazer julgamento de olhares e atitudes comprometidas com a sociedade em que estão inseridas.

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Dessa   forma,   esse   plano   de   trabalho   foi   organizado   buscando   garantir princípios   que   ao   mesmo   tempo   em  que   instrumentaliza   os   alunos   com   as   ferramentas culturais   do   conhecimento   químico   assume   uma   postura   de   compromisso   ético   com   a sociedade brasileira no seu contexto sócio­econômico e político.

  Considerando  que  os  objetivos  descritos  no  plano  de   trabalho  e   fornecer conhecimentos relevantes que possam servir de ferramenta cultural para o jovem participar da sociedade moderna, caracteriza, sobretudo pela presença de ciência e da tecnologia, serão trabalhados alguns temas relevantes durante o decorrer de cada bimestre para que o jovem possa entender as implicações sociais da química e das tecnologias em sua vida e desenvolver valores e atitudes para ação social responsável.

Pressupõe­se o estabelecimento de relações conceituais pelo próprio aluno por meio da mediação do conhecimento pelo professor,  cujo papel  é  explorar  as concepções prévias dos alunos, atribuindo­lhes valor e significado.

Desta forma os conteúdos serão trabalhados, abordando as culturas brasileiras, afrodescentes e indígenas de maneira a desenvolver a igualdade e contra as discriminações que impera em nossa sociedade, acreditando sempre na diversidade que um novo mundo é possível, sem preconceito e discriminação.

      Nesse   processo   serão   realizadas   atividades   que   envolvam   debates, discussões, pesquisas, valorizando as oportunidades que surgirão em sala de aula, a fim de superar a desigualdade ética­racial, respeitando a diversidade cultural e assim, construindo uma sociedade justa, igual e equânime.  

E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Não  há   dúvidas   de  que   a   avaliação  é   um dos   temas  mais   controversos   e apaixonante da educação. Ela deve ser pensada como um item a mais no nosso plano de trabalho e tem vários papeis.

A avaliação antes de ser um ato de julgamento e cobrança formal, ha de ser um processo cumulativo e contínuo de acompanhamento de atividades  desenvolvidas pelo aluno.

De uma forma geral, az avaliação deve centrar­se na observação da conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade d observação, questionamentos da teoria como pratica, proposição de novas idéias, desenvolvimento de pesquisas, capacidade de  análise   e   síntese  das  questões   estudadas,  domínios  dos  conteúdos  básicos   relativos  a disciplina.

Ao centralizar o processo de ensino­aprendizagem na dinâmica discursiva da aula, com atividade, diversificada, o processo avaliativo passa a requerer mais do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a participação do aluno. Para isso   o   engajamento   dele   na   atividade   precisa   ser   natural,   autônomo   e   assumido   como crescimento pessoal. Os alunos tendem a se sentir sujeitos no processo e não apenas executor de acumular pontos para avaliação.

Temos uma tendência a avaliar o desempenho dos alunos, mas os resultados podem e devem servir também para rever o nosso plano de trabalho.

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Se tratando de um processo avaliativo continuo, diagnóstico e cumulativo a recuperação  de   estudo   e   paralela   e   de   suma   importância   para   o   processo  de   ensino  de aprendizagem. Esta será realizada através de atividade extraclasse em forma de pesquisas, leituras e exercícios visando a compreensão conteúdos em defasagem de aprendizagem.

A   avaliação   terá   como   parâmetro   de   mensuração   de   debates,   seminários, avaliação escrita, avaliação comportamental e experimentos práticos.  

F­ BIBLIOGRAFIA:

Química e sociedade: vários autores­ PEQUE­projeto de ensino de química e sociedade. São Paulo:Nova geração 2005.

Carvalho, G C –Química moderna 1­São Paulo:Scipione,1995.

 Macedo, M V & Carvalho­ A Química 1 ed, São Paulo: IBEP,1999.

 Peruzzo, T M & Cantu E –L.da Química, São Paulo:Moderna,1999.

 Sardella, A­ Química, serie novo ensino médio­ São Paulo: Àtica 2000.

 Teruko, Y.U. & Linguanoto – M Química São Paulo: FTD,1998.

 Usberco, J & Salvador –E Química 1, Ed.São Paulo:Saraiva 1997.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: BIOLOGIA _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­  APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna, métodos próprios   de   investigação,   que   se   expressam   nas   teorias,   nos   modelos   construídos   para interpretar os fenômenos que se propõe a explicar. Apropriar­se desses códigos, dos conceitos e   métodos   relacionados   a   cada   uma   das   ciências,   compreender   a   relação   entre   ciência, tecnologia e sociedade, significa ampliar as possibilidades de compreensão e participação efetiva nesse mundo.

É  objeto de estudo da Biologia o  fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações, que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente. 

Ao   longo   da   história   da   humanidade,   várias   foram   às   explicações   para   o surgimento   e   a   diversidade  da  vida,   de  modo  que  os  modelos   científicos   conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. 

O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da natureza viva e dos limites   dos   diferentes   sistemas   explicativos,   a   contraposição   entre   os   mesmos   e   a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. 

Deve permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem para explicar   tanto   aquilo   que   podemos   observar   diretamente,   como   também   aquilo   que   só podemos inferir; que tais modelos são produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais que procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação. 

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. 

O  desenvolvimento  da  Genética   e  da  Biologia  Molecular,  das   tecnologias  de manipulação do DNA e de clonagem traz à tona aspectos éticos envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando à reflexão sobre as relações 

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entre   a   ciência,   a   tecnologia   e   a   sociedade.  Conhecer   a   estrutura  molecular  da  vida,  os mecanismos de perpetuação, diferenciação das espécies e diversificação  intraespecífica,  a importância da biodiversidade para a vida no planeta são alguns dos elementos essenciais para   um   posicionamento   criterioso   relativo   ao   conjunto   das   construções   e   intervenções humanas no mundo contemporâneo.

Na   Biologia   estabelecem­se   modelos   para   as   microscópicas   estruturas   de construção   dos   seres,   de   sua   reprodução   e   de   seu   desenvolvimento.   Debatem­se,   nesse contexto, questões existenciais de grande percussão filosófica sobre a origem da vida e dos seres vivos em nosso planeta. 

Neste século presencia­se um intenso processo de criação científica, inigualável a tempos   anteriores.   A   associação   entre   ciência   e   tecnologia   se   amplia,   tornando­se  mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano.

 Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

A decisão sobre o quê e como ensinar em Biologia, no Ensino Médio, não se deve estabelecer como uma  lista  de   tópicos  em detrimento  de  outra,  por  manutenção  tradicional,  ou  por inovação arbitrária, mas sim de forma a promover, no que compete à Biologia, os objetivos educacionais, propostos para a área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e em parte já enunciados na parte geral desse texto. Dentre esses objetivos, há aspectos da Biologia   que   têm   a   ver   com   a   construção   de   uma   visão   de   mundo,   outros   práticos   e instrumentais   para   a   ação   e,   ainda   aqueles,   que   permitem   a   formação   de   conceitos,   a avaliação, a tomada de posição cidadã. 

Um tema central para a construção de uma visão de mundo é  a percepção da dinâmica   complexidade  da  vida  pelos   alunos,   a   compreensão  de  que   a   vida  é   fruto  de permanentes interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias em Biologia, como   nas   demais   ciências,   se   constituem   em   modelos   explicativos,   construídos   em determinados contextos sociais e culturais. Essa postura busca superar a visão a­histórica que muitos   livros   didáticos   difundem,   de   que   a   vida   se   estabelece   como   uma   articulação mecânica de partes, e como se para compreendê­la, bastasse memorizar a designação e a função dessas peças, num jogo de montar biológico. 

Para promover um aprendizado ativo, que, especialmente em Biologia, realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos. 

A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser apreciada como   moderna   decorrência   sistemática   de   um   processo,   em   que   o   ser   humano,   parte integrante  dos  ciclos  e   fluxos  que  operam nos  ecossistemas,  neles   intervém, produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes. Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de 

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realizar   tais   intervenções,   estabelecendo   relações   com   fatores   sociais   e   econômicos envolvidos.   Possibilitarão,   ainda,   o   estabelecimento   de   relações   entre   intervenção   no ambiente, degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento sustentado como alternativa ao modelo atual.

Não é possível tratar, no Ensino Médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo   o   conhecimento   tecnológico   a   ele   associado.   Mais   importante   é   tratar   esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e por que foram produzidos, em que   época,   apresentando   a   história   da   Biologia   como   um   movimento   não   linear   e freqüentemente contraditório.

Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê­las, elaborá­las, refutá­las, quando for o caso, enfim compreender o mundo e nele   agir   com   autonomia,   fazendo   uso   dos   conhecimentos   adquiridos   da   Biologia   e   da tecnologia.

O desenvolvimento de tais competências se inicia na escola fundamental, mas não se   restringe   a   ela.   Cada   um   desses   níveis   de   escolaridade   tem   características   próprias, configura momentos particulares de vida, de desenvolvimento dos estudantes, mas guarda em comum o fato de envolver pessoas, desenvolvendo capacidades e potencialidades que lhes permitam o exercício pleno da cidadania, nesses mesmos momentos. 

Entre   as   intenções   formativas,   garantida   essa  visão   sistêmica,   importa   que  o estudante saiba: relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana, entendendo­a como bem­estar físico, social e psicológico e não como ausência de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico­químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia; compreender a diversificação das espécies como   resultado   de   um   processo   evolutivo,   que   inclui   dimensões   temporais   e   espaciais; compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente e que é essa interação que configura o universo, a natureza como algo dinâmico e o corpo como um todo, que  confere  à   célula   a   condição de  sistema vivo;  dar   significado a  conceitos   científicos básicos   em   Biologia,   como   energia,   matéria,   transformação,   espaço,   tempo,   sistema, equilíbrio   dinâmico,   hereditariedade   e   vida;   formular   questões,   diagnosticar   e   propor soluções   para   problemas   reais   a   partir   de   elementos  da  Biologia,   colocando   em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

No   ensino   de   Biologia,   enfim,   é   essencial   o   desenvolvimento   de   posturas   e valores  pertinentes  às   relações  entre  os   seres  humanos,  entre  eles  e  o  meio,  entre  o   ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.

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B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA 

Descrever   processos   e   características   do   ambiente   ou   de   seres   vivos,   observados   em microscópio ou a olho nu;

Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia;Apresentar,  de  forma organizada o conhecimento biológico apreendido através  de   textos, 

desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e 

imagem, entrevista) selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo;Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na compreensão de 

fenômenosEstabelecer relações entre parte e todo, de um fenômeno ou processo biológico;Selecionar   e   utilizar  metodologias   científicas   adequadas  para   a   resolução  de  problemas, 

fazendo uso quando for o  caso de tratamento estatístico na análise de dados coletados;Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando 

elementos da Biologia;Utilizar   noções   e   conceitos   da  Biologia   em novas   situações   de   aprendizado   (existencial 

escolar);Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da   conjunção de 

fatores  sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;Identificar   a   interferência   de   aspectos   místicos   e   culturais   nos   conhecimentos   do   senso 

comum relacionadas a aspectos biológicos;Reconhecer   o ser humano como agente e paciente   de transformações intencionais por ele 

produzidas no seu ambiente;Julgar     ações   de   intervenção,   identificando   aquelas   que   visam   a   preservação   e   a 

implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;Identificar   as   relações  entre  o  conhecimento  científico  e  o  desenvolvimento   tecnológico, 

considerando   a   preservação   da   vida,   as   condições   de   vida   e   as   concepções   de desenvolvimento sustentável.

C ­ CONTEÚDOS

Organização dos Seres Vivos:

                                               ­      Características dos Serres vivos­       Biologia molecular­       Reprodução – tipos básicos de reprodução

Mecanismos  e tecnológico no Campo da Biologia:

                   ­      Histórico, importância  e  abrangência da Biologia

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                   ­      Progressos das ciências biológicas e atualidades                                 ­      Investigação científica

Biodiversidade

BiosferaAmbienteEcossistemasComunidadesCiclos biogeoquímicosDesequilíbrio EcológicoSaúde humanaDesenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia

Relação dos Seres vivos com  o meio ambiente:

Origem da vidaNíveis de organização dos seres vivosHereditariedade e ambiente

 

Organização dos seres vivos                                              

­   Classificação dos Seres vivos em Reinos­   Vírus – Anatomia, fisiologia, importância e replicação­   Características, anatomia e fisiologia dos grandes grupos 

de seres vivos:  Monera         Protista         Fungi         Plantae         Animália 

Desenvolvimento cientifico e tecnológico no campo da Biologia

Contágio, prevenção e tratamento de doenças parasitárias 

                               

D – METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA

       Neste século presencia­se um intenso processo de criação inigualável a tempos 

anteriores. A associação entre ciências e tecnologia   se amplia tornando­se cada vez mais 

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presente   no   cotidiano   e  modificando   cada  vez   mais   o   mundo   e   o   próprio   ser   humano. 

Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre seres 

humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação 

com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo pondo em discussão os valores 

envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

         Diante da imensa gama de informações proporcionadas pelos jovens, inclusive 

com a curiosidade que o assunto enseja, há que se proporcionar um estudo que se aproveite 

deste   potencial     informativo,   fazendo   com  que  o   conhecimento   sistemático  de  Biologia 

subsidie  o   julgamento de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento,  ao 

aproveitamento  de   recursos   naturais   e   a   utilização   de   tecnologias   que   implicam   intensa 

intervenção humana ao ambiente enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se 

processa.

       Assim, o ensino da Biologia na escola de nível médio, deve levar o jovem à 

compreensão do mundo que o cerca, abordando não somente os fatos e princípios científicos, 

como  oferecer condições para esses fatos e analisar as implicações sociais da tecnologia. 

   Elementos da história e o contexto social que há uma ampla rede  de relações entre 

produção científica   e o contexto social,  econômico e político. É  possível verificar que a 

formulação, o sucesso ou o fracasso das  diferentes  teorias cinéticas está  associado a seu 

momento  histórico.  Partindo  desta   perspectiva  os   conteúdos   a   serem desenvolvidos   com 

pesquisas e experimentos em laboratórios,  observação na natureza,  pranchas de Biologia, 

softwares, CD­ROM e outros materiais que se distinguem ao estudo biológico. Para aguçar a 

curiosidade e o interesse, os conteúdos serão trabalhados sempre em forma de problemas 

para serem resolvidos com os alunos de maneira contextualizada, revelando por que   foram 

produzidos, em que época, apresentando a história   da biologia como um movimento não 

linear e freqüentemente contraditório, buscando desenvolver no educando o questionamento, 

a investigação e o gosto pela aprendizagem. 

O enfoque dos assuntos deverá  ser de tal forma que contemple a compreensão da 

natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é 

parte integrante, com ela interagem, dela depende e nela interfere, reduzindo seu grau de 

dependência, mas jamais sendo independente.

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Enfim,   a   metodologia   a   ser   utilizada   deverá   desenvolver   as   capacidades   que permitam ao aluno  lidar  com as   informações,  compreender  o  mundo e nele  agir  com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 

         A   avaliação   deve   cumprir   três   funções   básicas   que   são:   pedagógico­didática,   de diagnóstico e de controle da aprendizagem.

       É também necessário ressaltar que a avaliação deve se contemplar aspectos qualitativos em quantitativos, possibilitando a revisão do plano de ensaio e principalmente deve auxiliar o educando a desenvolver capacidades e habilidades.

      Assim por ser uma tarefa complexa não se resume apenas na realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa.

       Então para o enfrentamento desta situação em torno da avaliação, em primeiro lugar é necessário compreender efetivamente o problema captar o movimento do real em termos de avaliação   na   prática.   A   metodologia   de   trabalho   e   de   avaliação   deve   ser   entendida   na perspectiva dialética  –   libertadora  e  deve  compreender  os   seguinte  elementos   :  partir  na prática, refletir sobre a prática e transformar a prática.

    Especificamente, em Biologia a avaliação centrar­se­á na observação da conduta do aluno frente   aos   desafios   propostos,   na   sua   capacidade   de   observação,   questionamento   de pesquisas, capacidade de trabalho em grupo, domínio e manuseio de instrumentos básicos relativos à disciplina.

     Considerando as funções básicas da avaliação ela  terá  caráter  de acompanhamento do progresso do aluno e serão consideradas como práticas avaliativas o esforço do aluno para a realização das atividades, seu desempenho e o seu crescimento no decorrer do processo de ensino aprendizagem.

    Os trabalhos serão realizados preferencialmente em sala de aula com acompanhamento do professor;   tais   como:  debates,   experiências,   testes,   escritos,   tarefas   específicas,   trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos práticos , pesquisas, participação em trabalhos coletivos e individuais e outras formas que se mostram aconselháveis e de aplicação possível, cumprindo a sua finalidade educativa de ser contínua, permanente e cumulativa.

       A recuperação de Estudos e  a  Recuperação Paralela  serão desenvolvidas conforme a legislação da seguinte forma: O Profº fornece ao aluno subsídios para que este se aproprie dos conteúdos que foram desenvolvidos no bimestre e não apropriados por ele através de pesquisas, leituras, atividades e trabalhos extraclasse. 

F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASCheida, Luiz Eduardo – Biologia Integrada – FTD.

Valle, Cecília – Vida e Ambiente. Editora Positivo

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MACHADO, Sídio. Biologia de olho no mundo do trabalho. Editora Scipione.

KNELLER, G. F.,  A Ciência como Atividade Humana. Zahar Editores/ EDUSP, Tradução Antônio José de Souza, Rio de Janeiro, 1978.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Desde o início de nossa vida profissional, nos deparamos com grandes desafios para ensinar história. De maneira sempre intensa e incessante, temos buscado meios para tornar as aulas atraentes e motivadoras, Nosso objetivo, através de nossas atividades tem sido o de instrumentalizar os alunos para que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e menos excludente.

Com o ensino de história visamos estimular os futuros educadores a lutarem por seus direitos promovendo a consciência de cidadania plena,

Até recentemente, o ensino de história privilegiava um tipo de formação que dava ênfase à memorização de fatos e datas, bem como uma sucessão de acontecimentos de ordem política, em que nós pessoas comuns, ficávamos colocados como meros expectadores.

É através da história que os jovens possuem condições de ampliar seus conhecimentos, contribuindo substantivamente para a construção de laços de identidade e consolidação da formação da cidadania.

Em nossa forma de pensar, o grande desafio do professor de história reveste­se de duplo significado.

De um lado, é preciso apresentar aos alunos conteúdos que inevitavelmente, envolvam escolhas temáticas e nova versão dos acontecimentos. De outro lado, é necessário empenhar­se para que os alunos desenvolvam uma postura crítica em relação aos conteúdos estudados e com isso construam seu próprio saber.

A história que se escreve, tem relação expressa com o contexto social em que foi produzida. O historiador dialoga com o mundo em que vive, com seus problemas e desafios, lutas e utopias, e esse diálogo influencia a forma como ele reconstrói e interpreta o passado, sendo fundamental a interação ativa entre professores e alunos, todos nós assimilados mais facilmente aquilo que vivenciamos do que aquilo que ouvimos, havendo a necessidade da participação ativa do aluno no processo ensino aprendizagem.

Sendo necessário investir continuamente na sua formação, retomando e repensando o seu papel diante dessa escola cidadã. Nela não caberá um professor conteudista, tecnicista, preocupado somente com provas e notas, mas sim um professor mais humano, ético, justo, solidário, que se preocupe com a aprendizagem. É preciso um profissional com competência, tanto política quanto técnica, que conheça e domine os conteúdos escolares e atitudinais, saiba trabalhar em sala de aula utilizando uma metodologia dialética, tenha um compromisso 

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político, social, seja pesquisador, um eterno aprendiz, tenha uma prática coerente com a teoria, seja consciente do seu papel como cidadão. 

B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Expressar a compreensão do que é História e de como se constrói o conhecimento histórico, tomando consciência da natureza do saber histórico;

­ Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da história do cotidiano, da história cultural; identificar no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da atualidade, a continuidade de elementos do passado, reforçando o diálogo passado ­ presente;

­ Contribuir para que o educando amplie a compreensão da realidade e seja capaz de estabelecer relações com outras realidades históricas e de respeitar os valores culturais das diferentes sociedades;

­ Formar cidadãos crítico, participativo, reflexivo, compromissado e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania; 

­ Desenvolver a capacidade de compreensão e de atitudes de respeito com relação a outras culturas e sociedades, em outros tempos e lugares, respeitando as diferenças individuais, culturais e religiosas;

­ Reconhecer a diversidade cultural como elemento importante para o entendimento da História, promovendo um conhecimento mais plural do que o universal da história das sociedades;

­   Relacionar processos históricos local, nacional e história mundial;

­   Elaborar contextos explicativos para os problemas históricos do mundo atual;

­  Identificar e analisar diferentes formas de manipulação da História feita pelos poderosos instituídos, pela mídia, pelos diferentes grupos sociais que disputam o poder num dado momento.

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C ­ CONTEÚDOS:

Relações Culturais::

O Homem e a História;

Introdução ao estudo da História;

Como estudar História;

Povos da Mesopotâmia;

Egípcios;

Gregos;

Romanos;

O Renascimento Cultural;

As Reformas Religiosas;

Cultura Afro­brasileira;

História do Paraná.

Relações de poder:

A Idade Média no Oriente;

O Sistema Feudal;

As Crises do Sistema Feudal;

Transformações na sociedade medieval;

A crise do século XIV;

Relações de trabalho:

As Origens do Sistema Capitalista;

A expansão marítima;

Absolutismo monárquico;

Mercantilismo;

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Relações de trabalho:

A colonização do Brasil;

A colonização da América;

Crise açucareira e mineração no Brasil;

A Revolução Industrial;

Movimentos Nacionalistas e Industrialização na Europa do século XIX;

Imperialismo: A competição entre as nações industriais;

Relações de poder:

A Revolução Francesa;

O processo de independência do Brasil;

O Primeiro Reinado;

Período Regencial;

Afirmação da Nação Brasileira;

O segundo reinado no Brasil;

A república no Brasil;

Processo das Guerras Mundiais;

A Europa em guerra;

A turbulência do período entre guerras;

2ª Guerra Mundial;

O Brasil na Era Vargas;

O Mundo Bipolarizado;

A Guerra Fria;

Política desenvolventista e ditadura no Brasil;

A redemocratização do Brasil;

O Mundo Multipolarizado;

Crises no mundo contemporâneo.

Relações Culturais:

O Iluminismo;

História do Paraná;

Cultura Afro­brasileira.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

AGENDA 21

Segurança;

Cidades Sustentáveis;

Redução das Desigualdades Sociais;

Gestão dos Recursos Naturais.

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A   História   se   caracteriza   pela   pluralidade   de   interpretações   e   concepções metodológicas, cada uma delas com seus significados e princípios próprios.

A   metodologia   aplicada   será   ampla   e   abrangente,   enfatizando   as   significações presentes nas obras de arte, na literatura, no universo da criatividade popular e erudita. A visão de mundo de uma dada sociedade, o viver, pensar, agir, sentir de homens e mulheres que criaram e criam no seu dia a dia essas práticas culturais, assim como a interação cultural dos diferentes grupos, com seus valores, costumes, tradições, conflitos, sempre respeitando a pluralidade de formas usadas nos estudos do passado. Essa pluralidade será fruto do diálogo de História com outras ciências, especialmente geografia, psicologia e filosofia.

Sendo que se deterá em trabalhar o ser por inteiro, levando ao desenvolvimento do conhecimento teórico, prático, mas também do humano e social.

Oportunizar o aluno incluso idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças   sociais,   culturais   e   pessoais,   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação é um processo que se faz necessário em todo o processo, seja no processo de ensino/aprendizagem, ou na execução de um projeto, seja na realização de uma tarefa. O ato de avaliar pode ser realizado sob os mais diversos enfoques possíveis, mas existem dois principais, o quantitativo (que procura transformar em números o aprendizado) e o qualitativo (   que   procura   observar   o   que   realmente   foi   aprendido).Segundo   Dalmas:   por   meio   da avaliação, descobre­se como o grupo está  entre  o que se propôs  (objetivos) e a  vivência (resultados   obtidos).   Dessa   forma,   a   avaliação   torna­se   uma   ferramenta   importante   para constatar se os resultados obtidos no processo ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que será desenvolvido para o Ensino Fundamental, deverá basear­se na avaliação qualitativa e contínua, visando averiguar se o processo de ensino/aprendizagem esta sendo eficaz, se os objetivos propostos estão sendo cumpridos. A avaliação dessa forma, 

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não pode ser uma ferramenta de opressão, mas sim uma forma de constatar se o aluno está conseguindo desenvolver as competências propostas.

A   avaliação   deve   considerar   a   participação   do   aluno,   o   trabalho   didático,   seu desenvolvimento   nos   trabalhos   e   discussões   em   sala   de   aula,   sua   seriedade   diante   das atividades proposta  e sua capacidade de compreensão.

A análise atenciosa do aluno como um todo, fornecerá condições de se realizar uma avaliação mais justa e adequada, e que, ao mesmo tempo, propicie ao aluno, condições de construir seu conhecimento através de diferentes abordagens.

Dessa forma, conforme estabelece a LDB, a avaliação deverá estar sendo executada a todo momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por   exemplo:   júris   simulados,  dramatizações,   seminários,  participação,  análise  dos fatos, coerência das idéias expostas, compreensão do conteúdo.

Mas,   como no   sistema  escolar   ainda  é   necessário   atribuir  medidas,   as   atividades acima descritas serão avaliadas e   terão o objetivo de avaliar  a  capacidade de síntese,  de análise, de compreensão dos alunos. Essas atividades deverão incentivar o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno.

A avaliação é entendida como um processo dinâmico, resulta na concepção de que é necessário,  no  processo  de   interação professor  –  aluno um reavaliar  constante.  Por   isso, caracteriza­se como forma avaliativa contínua e cumulativa.

Com relação à avaliação inclusiva, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusiva, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações: a regular e a especial.

F – BIBLIOGRAFIA:

COTRIN, Gilberto.História Global  ­ Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.

PRADO JÚNIOR,Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1997.

LEAL, Victor Nunes. Coronelismo – enxada e voto.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia como valor universal e outros ensaios. Rio de Janeiro: Salamandra, 1984.

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HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: O breve século XX (l914 – 1991). São Paulo: Schwarcz, 2005.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia.6.ed. São Paulo: Cortez, 1985.

LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paulo: Cortez 1990.

MAGNOLI, Demétrio. O Mundo Contemporâneo: relações internacionais 1945 – 2000. São Paulo: Moderna, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

HOLLANDA, Sérgio Buarque de. As Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

FERRO, Marc, Cinema e história.  São Paulo: Paz e Terra, 1992.

FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. (...).

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA:  GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­  APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso país desde longa data. Nesse sentido, as primeiras décadas do século XX podem ser tomadas como uma importante referência. Isso porque, por meio de um rico debate, no qual a presença de Carlos Miguel Delgado de Carvalho foi muito marcante, não apenas porque se exaltava a importância da Geografia   na   formação   escolar,   como   também   se   apontava   para   a   necessidade   de   uma Geografia de fato científica, moderna. Vejamos.

Delgado de  Carvalho foi  cientista  político.  Muito mais  do que   isso foi  um árduo defensor do florescimento de uma Geografia que ultrapassasse a mera descrição dos estados brasileiros, recheada de nomes a serem memorizados. Daí, ainda segundo ele, a urgência de se   edificar   uma   Geografia   de   fato   científica,   com   um   objeto   de   estudo   devidamente estabelecido.

Por outro lado, não podemos perder de vista que Delgado de Carvalho fazia parte de uma intelectualidade, ou de uma elite se assim o preferir, que se encontrava debruçada sobre questão da consolidação do Estado brasileiro. Em outras palavras, ela reconhecia claramente que a Geografia poderia desempenhar, juntamente com a Histórica, um papel da máxima importância na formação e na cristalização de um patriotismo minimamente fundamentado. Na   realidade,   tratava­se   de   assegurar,   via   sistema   escolar,   a   inculcação  da   ideologia   do nacionalismo patriótico. Sendo assim, convém observar que a formação de uma identidade nacional, no caso do Brasil, era cercada de aspectos muito específicos, a começar pelo fato de sr uma ex­colônia. Ou seja, ao se tornar um país independente de Portugal, a consolidação da identidade nacional necessitava ser, literalmente, construída. Afinal, os elementos de coesão nacional eram relativamente inconsistentes para um país com as dimensões do Brasil e como se deu o processo de sua formação territorial,   foi  nesse contexto,  portanto,  que o ensino primário ganhou relevância, gerando, como já foi dito, uma certa preocupação da parte de Delgado   de   Carvalho   com   a   edificação   de   uma   Geografia   científica   no   país,   capaz   de contribuir para a formação da Nação brasileira. Até porque, no seu entender, as crianças e os jovens somente compreenderiam o sentido da formação do Brasil por meio de um estudo assimilável e cativante, com o auxílio de diversos e variados recursos. Ao contrário, uma disciplina mnemônica, desinteressante e austera em nada contribuiria para o desenvolvimento do sentimento de pertencimento a um grupo e a um território que fossem comuns a todos.

Essa relação deverá ser ancorada num suporte teórico­crítico que vincule o objeto da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico.

B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

­ Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania. Um indivíduo com uma visão de mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive;

  

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­   Formar   indivíduos   capazes   de   entender   os   fatos   que   acontecem   no   mundo interpretá­los   e   de   estabelecer   relações   não   só   entre   fatos,   mas   deles   com   a realidade do local onde vive, ou seja, o espaço geográfico;

­ Ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço geográfico, tornando­o capaz de “pensar” esse espaço e perceber­se como parte integrante dele;

­ Fornecer a base conceitual da disciplina através de sua evolução; educar o aluno para   o   pleno   domínio   da   linguagem   cartográfica,   noções   de   escala   e   fusos horários,   além   de   conhecer   os   processos   naturais   e   antrópicos   que   regem   a superfície do planeta Terra;

­ Compreender os processos que regem as sociedades humanas e sua organização; ter noções dos processos de urbanização, evolução populacional, desenvolvimento da agricultura e problemas ambientais. 

C – CONTEÚDOS:

• Espaço Geográfico,  Paisagem e território• A localização no espaço geográfico• O tempo geológico• A estrutura da Terra• A dinâmica do relevo• O relevo brasileiro• Os tipos de clima• O clima no Brasil• Os biomas terrestres• A atmosfera• As águas continentais• Brasil ­ hidrografia• Impactos ambientais• Desenvolvimento sustentável• Brasil formação e expansão do território brasileiro• A população brasileira ­ crescimento e formação étnica• A população brasileira ­ distribuição e estrutura• Movimentos da população brasileira• Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras• Os transportes no Brasil• A industrialização no Brasil• O comércio exterior brasileiro

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES   :  

Agenda 21:A Agenda 21 Escolar é a proposta que resulta dos estudos Global, Brasileira, Estadual 

e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio de influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto no meio familiar e social onde tal influência é exercida;

Projeto Afro – Belezas da África:  Melhorar a  auto­estima do afrodescendente através da valorização  da   sua   cultura   e   de   suas   contribuições   na   formação  da   identidade  do   povo brasileiro.

D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso País desde longa data,   desde   as   primeiras   décadas   do   século   XX   ,   essa   ciência   vem   ganhando   força   e importantes referências.

Ela   pode   ser   trabalhada  por  meio  de  um   rico  debate,   investigação  de  um ““ problema geográfico””, requer que se defina sua localização e se estabeleça o “tamanho” do espaço onde esse problema se insere.

Além da escala de análise, juntamente com sua utiliza”cão, a geografia escolar trabalha com três questões que se complementam: Onde? Por que aqui e não em outro lugar? Como é este lugar?

De fato, criar situações problematizadas e contextualizadas, que apropriem do real significado vivenciando aquilo que conhecemos por lugar, paisagem e território.

Dar devida atenção às práticas sociais que se desenrolam no e pelo espaço. Trata­se de caráter afetivo e identitário, como determinados espaços de vivência do educando e seus respectivos símbolos( a rua, uma árvore, a praça, uma estátua, a cidade e um marco,etc).

Para que serve ensinar geografia?

Saber se localizar;Compreender o mundo em que vivemos;Formar cidadãos críticos e atuantes;Saber usar (ou desenhar) mapas;Estudar rios, climas, vegetação etc;

No  ensino  de  geografia   cabe  dois   objetivos  e   finalidades  que   se   complementam, proporciona  o desenvolvimento do   raciocínio geográfico  e  assegurar  a   formação de uma consciência espacial. A geografia pode contribuir para um verdadeiro “Pensar o Espaço”.

E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

A avaliação se caracteriza por  um dos paradoxos mais complexos no processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, educadores estão constantemente discutindo a melhor 

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forma de avaliar, quais as maneiras mais corretas. De acordo com Argento:

A prática docente do processo ensino­aprendizagem está vinculada às inter­relações entre os sujeitos do processo. O homem constrói seu conhecimento fundamentado em suas relações com a natureza, com o espaço   e   com   a   sociedade.   O   conhecimento,   então,   passa   a   ter significado   na   vida   humana,   e   o   processo   avaliativo   se   torna processual, dinâmico e formativo.

Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre­se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna­se uma ferramenta   importante   para   constatar   se   os   resultados   obtidos   no   processo   de ensino/aprendizagem   estão   sendo   satisfatórios.   O   processo   de   avaliação   que   será desenvolvido para o 1º ano deve ser coerente com o que está propondo para a metodologia de ensino. Sendo assim, se está propondo um ensino crítico, o processo de avaliação também deve basear­se nos postulados da Geografia Crítica.

Nessa nova concepção, avaliar torna­se mais do que verificar se o aluno memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar­se do conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a Catarse. Segundo Gasparim (2003 p.128):

A Catarse é  a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do 

prático a  que  o educando chegou,  marcando sua nova posição em 

relação   ao   conteúdo   e   à   forma   de   sua   construção   social   e   sua 

reconstrução na escola. 

Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos diz que a “a ‘Catarse  é  a  verdadeira  apropriação do saber  por  parte  dos  alunos’.   Isso significa que  o estudante não apenas aprendeu de cor a  lição, mas constituiu para si  uma nova visão da realidade”. Desta forma é  necessário romper com a avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo uma relação de conflito como destaca Souza:

As   relações   de   poder   e   subordinação,   presentes   na   sociedade, reproduzem­se  na  forma como a  escola  se organiza  e   funciona.  E dentre os aspectos específicos da vida da escola, em que se expressam relações   autoritárias   e   hierárquicas,   tem­se   a   avaliação.   Os depoimentos tanto dos profissionais que atuam na escola como dos alunos apontam­na como uma ação unidirecional no seu foco e no seu processo,   ou   seja,   de   todos  os   elementos   integrantes   do   processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e essa avaliação se concretiza, exclusivamente, pelo julgamento que o professor faz dele.

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Portanto,   conforme   estabelece   a   Pedagogia   Histórica   Crítica   e   os   postulados   da Geografia Crítica o processo de avaliação será  contínuo e diagnóstico. A avaliação estará sendo executada a todo o momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por exemplo, júris simulados, dramatizações, seminários, entre outras, onde estarão sendo avaliados.

No que tange a disciplina de Geografia, deve­se avaliar no aluno a capacidade de interação com o espaço geográfico,   ler  e   interpretar os símbolos cartográficos,  além dos códigos  específicos  da  Geografia,   reconhecer  e  aplicar  o  uso das  escalas  cartográficas  e geográficas. O educando deve também reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e   interpretação;   reconhecer  na  aparência  das   formas  visíveis   e  concretas  do espaço  geográfico  atual   a   sua  essência,  ou   seja,   os  processos  históricos   construídos   em diferentes tempos, e os processos contemporâneos.

 Em um aspecto mais prático, a avaliação formal do grupo se dará mediante aplicação de  avaliações escritas e trabalhos bimestrais, com pontuação cumulativa e terá por objetivo avaliar   a   aprendizagem do   aluno   com  relação   aos   conteúdos  estruturantes   da  disciplina. Essas avaliações  e trabalhos terão o objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas atividades   deverão ser compostas de questões abertas, que incentivem o pensamento crítico e  a  liberdade de expressão do aluno. Conforme destaca Argento,   os   instrumentos   avaliativos   podem   ser   os   mais   diversos   possíveis   no   caso   da avaliação formal:

... Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos professores são: avaliações   escritas   sem   consulta,   trabalhos   individuais   e/ou   em grupo,   tanto   em   forma   oral   como   em   forma   escrita,   pesquisas bibliográficas,   conversas   informais,   debates,   relatórios,   avaliação operatória, painéis, murais, auto­avaliação.

F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAS, Mellen. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 1994.

ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 1998.

ALMEIDA,  Lucia  Marina  Alves  de  RIGOLIN,  Tércio  Barbosa.  Geografia:  novo ensino 

médio. São Paulo: Ática, 2005.

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1998.

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ARGENTO,   Heloisa   T.  Metodologia   de   Ensino   Fundamental:   Estudos   Sociais.  In: 

http://www.trendnet.com.br/users/hargento/GEOGRAFIA.doc, acesso em 22/06/2006.

             

COELHO, Marcos de Amorim.  Geografia geral:  o espaço natura e sócio­econômico. São 

Paulo: Moderna, 1992.

DALMAS, Ângelo. Planejamento Participativo na Escola: Elaboração, Acompanhamento 

e Avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994.

Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado 

do Paraná – Geografia. Curitiba: SEED, 2005.

FREIRE, Paulo.  Pedagogia da Autonomia:  Saberes Necessários à  Prática Educativa.  São 

Paulo: Paz e Terra, 1996.

GASPARIM, João Luiz.  Uma didática para a Pedagogia Histórico­Crítica.  São Paulo: 

Autores Associados, 2003.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro Branco. Geografia: homem e espaço. São 

Paulo: Saraiva, 2002.

MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo: relações internacionais 1945 – 2000. São 

Paulo: Moderna, 1996.

MATOS, de Teixeira Maria Zilá – Bonecas Negras, Cadê? O Negro no currículo escolar: 

sugestões práticas

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MORAES,   Antonio   Carlos   Robert.  Geografia:  Pequena   História   Crítica.  São   Paulo: 

HUCITEC, 1998.

MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço do Homem. São Paulo: Ática, 2001

.

PIFFER, Osvaldo. Geografia no ensino médio.  São Paulo: IBEP, 2001.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do Novo Tempo. Campinas: Autores 

Associados, 1999.

SENE,   Eustáquio   de;   MOREIRA,   João   Carlos.  Geografia   geral   e   do   Brasil:  espaço 

geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

______. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 

2002.

______. Trilhas da Geografia: A Geografia no Dia­a­Dia. São Paulo: Scipione, 2000. 

SOUZA,  Sandra  Maria  Zákia  Lian.  Avaliação  da Aprendizagem: Teoria,  Legislação  e Prática   no   Cotidiano   de   Escolas   de   1°   Grau.  In: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p106­114_c.pdf, acesso em 22/06/2006. 

VESENTINI, José  William.  Sociedade e espaço:  geografia geral e do Brasil.  São Paulo: 

Ática, 2001.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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SOCIOLOGIA

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Sociologia volta­se, todo tempo para os problemas que nós enfrentamos no dia­a­dia  de  nossas  vidas  em sociedade.  Ela  pretende ser  um conhecimento científico sobre a realidade social  e,  enquanto tal,  visa a estabelecer  teorias,  bem como confortá­las com a realidade.

Como   ciência,   a   sociologia   delineou­se   no   rastro   do   pensamento   positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época,  estava  ligado à     lógica da ciência dita  “experimentais”.  Ou seja,  para acender  ao estatuto   de   ciências,   deveria   atender   a   determinados   pré­requisitos   e   seguir   métodos “científicos” que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimentos de regras.

São  representados  desse  pensamento.  Augusto  Conte  o  primeiro  a  usar  o   termo sociologia, relacionado com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que adotou conceitos elaborados por Conte,  especialmente o de ordem social,  para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico.

Apesar   de   sua   origem   conservadora   d   de   sua   proposta   inicial   conformista,   a sociologia   desenvolvem   também   um   olhar   crítico   e   questionador   sobre   a   sociedade.   O pensador  Karl  Marx   trouxe   importante   contribuição   ao  pensamento   sociológico  por   que desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a porta do momento em que uma determinada classe social apropriou­se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos da sociedade.

No Brasil,  tanto as idéias conformistas quanto as revolucionários exerceram forte influência na formação da pensamento sociológico brasileiro.

Com o advento da Rep. Houve a primeira tentativa de se introduzir a Sociologia como   disciplina   Escolar   obrigatória   no   Brasil   através   do   então   ministro   da   Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a introduzir a disciplina no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925.

Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de oferecer uma formação mais  humanística para os  estudantes  secundários.  Mas na  segunda fase da Era Vargas,   em  1942,   sua  obrigatoriedade  é   retirada  das   escolas   secundárias,   permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe militar de 64.

A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos das escolas médias, permanecendo restritos ás Escolas Normais. Com a Lei 5.673/71 foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de substituir a sociologia e a Filosofia.

A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao terminarem o Ensino Médio devem demonstrar  conhecimentos  de sociologia e   filosofia.  Em 1997º  ex­deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a LDB e torna a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado pelo presidente Fernando H. Cardoso.

A   trajetória   do   ensino   de   sociologia,   caracterizada   por   freqüentes   interrupções trouxe­lhe marcas  que  não podem ser   ignoradas  relativamente  a   sua  inserção no cenário educacional.

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Os grandes problemas que vivemos  hoje provenientes do acirramento das forças do capitalismo   mundial   e   do   desenvolvimento   industrial   desenfreada   entre   causas,   exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destrinção social e planetária .

É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas relação social.

B­  OBJETIVOS:4. Estender os caminhos percorridos pela sociologia.5. Pesquisar as teorias dos principais pensadores.6. Compreender   a   importância   dos   valores,   normas   e   regras   para   a   vida   em 

sociedade.7. Refletir sobre a cultura popular e erudita bem como a diversidade cultural do povo 

brasileiro.8. Compreender a importância dos fatos sociais para a sociologia.9. Entender a relação entre ideologia e industria cultural.10. Analisar   a   importância   das   instituições   sociais   para   a   formação   integral   do 

cidadão.11. Investigar sobre a trajetória do “trabalho”, suas formas de organização e evolução.12. Questionar as diversas formas de trabalho e a exclusão social.13. Compreender   as   relações   de  poder   e   as   ideologias   dominantes   existentes   nos 

sociedades.14. Entender o estado como agente de controle social.15. Compreender a importância dos direitos para a formação da cidadania.16. Resgatar a importância dos movimentos social.

C ­  CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:Os conteúdos estruturantes da disciplina de sociologia propostas são:I­ O processo de socialização e os institutos sociais.II­ A cultura e a indústria cultural.III­ Trabalho, produção e classes sociais.IV­ Poder, política e ideologia.V­ Cidadania e movimentos sociais.

D ­  METODOLOGIA:

A   sociologia   deve   explicitar   as   diversas   visões   de   mundo,   as   concepções   de sociedade   e   de   homem.  Tem como  atribuição  básica:   ir   além  de   investigar,   identificar descrever, classificar,  interpretar,  explicar  todos os fatos relacionados à  vida social,   logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e instigante.

Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá construir uma postura   mais   reflexiva   e   crítica   diante   da   complexidade   do   mundo   moderno.   Poderá perceber­se como elemento ativo, dotado de força “política” e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através do exercícios pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário.

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Cabe   ao   professor,   orientar   os   alunos   também   através   do   conhecimento   da sociologia de  maneira  contextualizada,    no sentido de  compreender  e  aliviar  o   impacto causado pelo conjunto de transformação econômico­sociais geradas pelo fortalecimento do sistema capitalista e pelo grande desenvolvimento tecnológico e científico, bem como aliviar o impacto gerado pela relevante desestruturação de instituições sociais como a “família”.

Tem portanto,  a  sociologia,  a   função de “armar”  o aluno com instrumentos que possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e agente da situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua realidade. Ela não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender.

É   tarefa primordial  do conhecimento sociológico explicitar  problemáticas sociais concretas e  contextualizadas,  de modo a descobrir  pré  noções  e  preconceitos  que quase sempre   dificultam   o   desenvolvimento   da   autonomia   intelectual   e   de   ações   políticas direcionadas à transformação social.

Enfim,  o   ensino  da  sociologia  pressupõe  metodologias  que  coloquem os  alunos como sujeitos de seu aprendizado; não importa  que o encaminhamento seja  a  leitura,  o debate,   a   pesquisa   de   campo   ou   a   análise   de   filmes,   mas,   importa   que   o   aluno   seja constantemente  provocado a   relacionar  a   teoria  com o  vivido,  a   rever  os  conceitos  e  a reconstruir   coletivamente  novos   saberes.  Partir  da  prática   social  dos  alunos  permitirá   a tomada de consciência sobre essa mesma prática, que não é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma expressão social do grupo do qual ele faz parte.

E ­  AVALIAÇÃO:A avaliação  no  ensino  da   sociologia  não  deverá   ser  meramente  verificatória  da 

aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas precisará ser articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado com o conhecimento sociológico, procurando perceber   a   apreensão   que  os   estudantes   realizam,   as   modificações   que  demonstram  na compreensão   dos   mecanismos   de   funcionamento   da   sociedade,   nos   discursos,   nos posicionamentos dentro do espaço escolar e nas relações sócias.

As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou   filme,   seja   a   participação  nas   pesquisas   de   campo,   seja,   a   produção  de   textos   que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática.

F). BIBLIOGRAFIA:Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. 

Sociologia. Curitiba, 2006.

Orientações Curriculares. Sociologia. Secretaria de Estado da Educação, fevereiro, 2006.

Biblioteca do professor.

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FILOSOFIA

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Filosofia é  uma disciplina que leva a reflexão desde a importância   de se 

trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial, que é levar a 

questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia? E filosofar para que?

Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as circunstâncias, 

favorecem   espaços   para   análise   e   criação   de   conceitos,   tendo   assim   justificativas   e 

posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e contribuidora observando o 

contexto.

Desta forma,  esta disciplina se apresenta no contexto escolar tendo em vista 

a   perspectiva  de  quem dialoga   com a  vida,   pois   busca   a   reflexão   e   a   resolução  de 

problemas,   se   preocupando   com   a   análise   atual   numa   abordagem   contemporânea 

remetendo o aluno a sua própria realidade, assim possibilitando o desenvolvimento de 

estilos próprios de pensamentos.

B ­ OBJETIVOS:

1. Levar   os   estudantes   a   pensarem,   oportunizando   a   construção   e   análise   de 

conceitos, bem como interpretar conhecimento científico como provisório, jamais 

acabado ou definitivo;

2. Compreender o estudo da Filosofia e do filosofar;

3. Compreender   complexidades   do   mundo   contemporâneo,   sua   particularidades, 

especializações   e   a   forma   fragmentada   manifestada   até   então,   buscando   a 

superação do caráter fragmentário da realidade por meio da filosofia;

4. Proporcionar espaços de discussão tendo ênfase pensadores (Platão, Aristóteles e 

outros) refletindo seus pensamentos e sua contribuição para com a humanidade;

5. Contemplar os conteúdos estruturantes enquanto conhecimentos basilares;

6. Entender as relações do homem no mundo e consigo mesmo.

C ­ CONTEÚDOS:

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• Conteúdos  estruturantes:  Mito  e  Filosofia,  Teoria  do  Conhecimento,  Ética, 

Filosofia Política, Estética, Filosofia da Ciência, recortes históricos e sociais.

D ­ METODOLOGIA:

A forma a ser trabalhada deve envolver quatro momentos: a sensibilização, a 

problematizarão, a investigação e a criação de conceitos. Levando em consideração os 

momentos   abordados   acima,   certamente   o   respeito   à   diversidade   de   pensamentos 

diferentes dos estudantes serão de suma importância no sentido de entender os problemas 

sociais da nossa sociedade, bem como a aquisição de conceitos e posições por meio de 

problematizarão   serão   pontos   de   debates   e   pontos   cruciais   no   processo   ensino­

aprendizagem.

E ­ AVALIAÇÃO:

A avaliação se dará  a partir  da sensibilização, ou seja coletando o que o 

aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após a criação de conceitos. Em outras 

palavras também valorizando e respeitando sua bagagem (prática social); considerando 

neste aspecto o processo contínuo no interior das aulas e não um momento fragmentado 

de processo.

F ­ BIBLIOGRAFIA:

­ Biblioteca do professor

­ Filosofia – Ensino Médio – Secretaria de Estado de Educação (Livro Didático público)

­ Clássicos e comentários (História e Filosofia)

­ Textos clássicos na Internet.

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DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino  das línguas modernas teve sopro de incremento com a chegada da família 

real em 1808 e, mais tarde, em 1837, ganhou real importância quando se fundou a primeira 

escola pública de nível médio.

O modelo de ensino de línguas instituído pelo Colégio Pedro II,  se manteve até 1929.

No primeiro governo de Getúlio Vargas, com a criação do Ministério de Educação e Saúde Pública,   intelectuais   imbuídas  por  um  ideal  de modernidade  e  de  uma  identidade nacional, iniciaram estudos para uma reforma significativa do sistema de ensino, Reforma Francisco Campos, a qual propunha que a escola secundária proporcionasse ao mesmo tempo formação geral e preparação para o ensino superior e na qual pela primeira vez, o método de Língua estrangeira foi oficialmente estabelecido – o método Direto.

O   método   Direto   se   baseava   na   teoria   associacionista   da   Psicologia   da Aprendizagem.

Em 1942, com a reforma Capanema, o curso secundário passou  a ser dividido em dois níveis; ginasial,  com quatro anos, e colegial, com três. O uso do método Direto não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos, para contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e para desenvolver hábitos de reflexão.

Nos anos  50  e  60,  com o  desenvolvimento  da  ciência   lingüística  e  o  crescente interesse pela  aprendizagem, surgem mudanças significativas  quanto às abordagens e  aos métodos de ensino.

Predominantemente na década de 70, tomava o ensino de línguas estrangeiras como um instrumento das classes favorecidas para manter privilégios, impondo um domínio social, cultural, político e econômico.

O conceito  de  competência  comunicativa   foi   retomado e  ampliado por  diversos autores, os mais conhecidos são Swan e Canale, que primeiramente em 1980, agregaram ao conceito de competência discursiva.

Em 20 de dezembro de 1996 foi publicado a mais recente LDB (Lei  nº 9.394). Referindo   ao   Ensino   Médio,   a   lei   determina   que   será   incluída   uma   língua   estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.

Percebe­se que, embora o discurso de tal abordagem se apresente como veiculado de idéias progressistas e inovadoras, é importante atentar para suas origens históricas e as vinculações ideológicas dos seus princípios e conceitos.

B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

_  Distinguir as variedades lingüísticas.

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_ Escolher o registro adequado às situações nas quais se processam a comunicação.

_      Possibilitar  a  escolha  de vocabulário  que  melhor   refletir  a   idéia  do  que  se  pretende transmitir._  Compreender   de   que   forma,   determinada   maneira   ou   expressão  pode   ser   literalmente interpretada em razão dos aspectos culturais._  Compreender como os enunciados refletem a forma de ser, de pensar e de agir de quem os produz._ Utilizar os aspectos com coerência e coesão na produção oral e escrita._ Utilizar estratégias verbais e não verbais para compensação das falhas, a fim de se fornecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido em situações de produção e leitura._  Conhecer   como usar   as   línguas  estrangeiras  modernas   como   instrumento  de  acesso  à informação e outras culturas e grupos sociais._ Analisar recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção/recepção –  intenção,  época,   local,   interlocutores  participantes da  criação e  propagação de  idéias  e escolhas, tecnologias disponíveis.

C. CONTEÚDOS:

.  Compreensão e produção: oral­fonética/fonologia; construção gramatical; léxico; 

entonação   e   variação   da   tonalidade;   relação   entre   ortografia;   nível   de 

formalidade da fala e sua adequação  a contextos específicos.

. Produção escrita: ortografia, tipologia textual, organização textual; construção de 

significados.

Leitura

                ­ Diferentes gêneros textuais_Literatura;_Seleção de variedade lingüística formal e informal. ­ Conhecimentos lingüísticos discursivos, sócio­pragmáticos e culturais. 

 Escrita

_ Seleção de variedade lingüística formal e informal;_ Interlocução a que se dirige ao texto;_ Desenvolvimento da identidade.

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 Oralidade

_ Desenvolvimento da capacidade de expressar­se;_ Compreensão de enunciados orais:_ Criação de condições de prática significativa;_ Produção de enunciados;_ Compreender enunciados orais.

Identificação das funções gramaticais da palavra;Compreensão leitora­gêneros textuais;Identificação   dos   aspectos   da   cultura   das   comunidades   falantes   da   língua   estrangeira 

moderna.        ­ Conjunções: and, or, but, so;    ­ Going to, will    ­  Pronomes possessives: my, your, our

               ­ Preposições: under, above, between, among    ­ Passado simples dos verbos    ­ Verbo to have (presente e passado)    ­  Verbos anômalos (can, may, must, should)    ­  Passado continuo    ­  Presente perfeito    ­  Presente perfeito contínuo

AdvérbiosFuturo contínuo

AdvérbiosFuturo contínuoRevisão simple present, geoing to, will, simple past;Graus do adjetivo;Indefinidos e seus compostos: somebody, anybody...;Passado perfeito;Adjetivos de quantidade: little, a little, less, few, fewer, much, many...Pronomes relativos: who, whom, that...Frases condicionais.

D. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais. O 

objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade 

discursiva presente em vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de 

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opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como 

o caráter do público a que se destina e, sobretudo e indispensável aproveitar o conhecimento 

que ele já tem das suas experiências com a língua materna.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor aos alunos, textos orais,   pertencentes   aos   diferentes   discursos,   procurando   compreendê­los   em   suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações. È necessário que se explicite que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.

Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a ideologia e   a   construção   da   realidade   fazem   parte   da   produção   do   conhecimento,   e   que   esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de   poder,   é   preciso   ao   apresentar   textos   literários   aos   alunos,   propor   atividades   que colaborem para que aja reflexão  sobre os textos e que os percebam como uma prática social de uma sociedade de um determinado contexto sócio – cultural .

Entende­se   que   o   conhecimento   sistematizado   pela   educação   escolar   deve oportunizar  aos  alunos   inclusos   idênticas  possibilidades  e  direitos,  ainda  que  apresentem diferenças   sociais,   culturais   e   pessoais,   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Caso seja necessário deverá ser feita adaptação curricular.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A   avaliação   será   feita   de   forma   contínua   e   cumulativa.   Serão   levadas   em consideração todas as situações, das quais o aluno for convidado a fazer parte. Sejam escritas, orais,  em grupo ou em forma de pesquisa.  Um dos aspectos  principais  da avaliação é  a observação da capacidade do aluno entender o discurso na língua e não somente as regras que norteiam esse discurso. Afinal, se queremos formar um cidadão com posicionamento crítico, não podemos ficar presos somente a questões sistemáticas da disciplina. A avaliação tem âmbito   mais   abrangente,   extrapolando   os   limites   da   sala,   assumindo   um   caráter   de acompanhamento participativo e não meramente quantitativo. 

As avaliações deverão adequar­se às dificuldades dos alunos inclusos.

F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLSOP, J. English grammar exercises, Cassel, 1984.

CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da língua portuguesa, Nova Fronteira,      1982.

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FERRARI A. Zuleica, Take your time, Editora Moderna, 1996.

MEADE, M. The little bookd of big riddles. Harvey House, 1976.

MOTA, L. Adagiário brasileiro. Itatiaia/Edusp, 1987.

MACHADO R. Analuiza, Take your time, Editora Moderna, 1996.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

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DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO 

MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Assim  como acontece   com a cultura letrada e com a ordem econômica, a forma   como   se   origina   e   evolui   o   poder   político   tem  implicações     para   a   evolução   da educação   escolar,   uma  vez  que   se   origina   e   se   desenvolve,   quer   espontaneamente,   quer deliberadamente,   para   atender   aos   interesses   das   camadas   representadas  na   estrutura   do poder.

A   evolução   da   estrutura   do   poder,   no   Brasil,   passou   por   fases   que   se estenderam desde o predomínio quase absoluto do poder local até  a supremacia do poder central, com hipertrofia do executivo. Nessa evolução,  é possível vislumbrar épocas em que um equilíbrio mais ou menos estável foi obtido graças às mútuas concessões entre o poder local  e  o  poder  central,   tal  como se  deu  o pacto  coronelista  da  política  dos  governos  e momentos em que os conflitos entre uma esfera e outra  tornaram­se evidentes.  Mas,  em quase todo o curso de história brasileira, as bases políticas assentaram­se mais no poder real dos donos da terra, nos interesses do latifúndios e numa minoria aristocrática agrária. Ao longo  dessa   evolução,   a   organização  do   ensino  mostrou­se   sempre   fragmentada,   dada   a predominância   dos   interesses   particulares   serviu   sempre   para   suprir   as   necessidades   da ilustração da  minoria  aristocrática.  Dentro desse  contexto,    a   ilustração dada pela  escola servia também para qualificar o representante político; do poder local nas esferas mais altas. O monopólio da cultura  letrada dada pelas escolas era  garantir  de nível  mais elevado de atuação, quer relativamente à pratica, quer relativamente à esfera administrativa.

No Brasil,  até  o  fim da década de 1920,  as  camadas  dominantes;  com o objetivo de servir e alimentar seus próprios interesses e valores, conseguiram organizar o ensino de forma fragmentada, tomando o país como um todo, e ideal, considerando o modelo proposto de educação. Isso se deu mesmo quando essas camadas deixaram de ser as únicas a procurar a educação escolar. O fato é que o toque aristocrático e o caráter de classe que essa educação conferia não só concorriam para manter o status, pela natural distância social que ajudava a promover, como também serviriam de instrumento de ascensão social aos estratos que, embora privados da propriedade de terra, se achavam em condições de assumir posições mais elevadas.

Em épocas mais recentes, o remanejamento das forças na estrutura do poder ocasionou também certas mudanças na organização do ensino. Nesses diferentes  períodos da história da Educação brasileira a educação escolar passou a organizar­se não mais de  forma fragmentária por causa do avanço e do fortalecimento do regime centralizador, mas de forma que   refletissem   as   contradições   próprias   de   um   sistema   político   responsável   mais   pela metamorfose das formas tradicionais de controle do poder do que realmente pela criação de formas novas.

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Neste contexto a disciplina de Fundamentos   Históricos da Educação tem a missão de fazer uma  retrospectiva histórica da educação brasileira, a contribuição de teorias renomadas,   seus   avanços   e   recuos,   bem   como   destacar   a   importância   da   educação   na formação e transformação do cidadão.

B­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

• Destacar   a   importância   da   educação   para   a   compreensão   da realidade e transformação   do meio no qual os sujeitos históricos estão inseridos;

• Analisar   através   de   uma   perspectiva   histórica   a   evolução   dos Fundamentos   Históricos   da   Educação   desde   as   sociedades primitivas até as atuais;

• Buscar   a   contribuição   da   Educação   do   período   clássico   para   as concepções  filosóficas de educação na atualidade;

• Compreender a evolução dos  Fundamentos Históricos da Educação brasileira;

• Estabelecer   paralelos   entre   a   educação   contemporânea   e   outros períodos.

C– CONTEÚDOS:

Conceito de Historia e Historicidade:

_Divisões dos tempos e Eras históricas;

Historia da Educação:

_Recorte e metodologia:

Educação Clássica:

_ Grécia e Roma;

Educação Medieval:

_ Renascimento; 

_Educação Humanista;

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Aspectos Educacionais da Reforma e da Contra – Reforma:

_ Religião e Escola;

Educação Brasileira no Período Colonial e Imperial:

_Pedagogia Tradicional;

Primeira República e Educação no Brasil (1889 – 1930):

8_Transição da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova.

Educação no período de 1930 a 1982:

_  Liberalismo Econômico, escolanovismo e tecnicismo:

Pedagogias não – liberais no Brasil:

__Características e expoentes;

Educação Brasileira Contemporânea:

_ Tendências Neoliberais, Pós _ Modernas  versus Materialismo Histórico.

D _ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Pensar em uma metodologia para o ensino de Fundamentos requer rever as ideologias dominantes em cada época e etapa do processo de ensino aprendizagem. Segundo Althusser, "A Ideologia e os Aparelhos Ideológicos do Estado" marca, naturalmente, o início da   preocupação   com   a   questão   ideologia   em   educação.   Althusser   argumentava   que   a educação constituiria  uma dos principais  dispositivos através do qual  a classe dominante transmitiria suas idéias sobre o mundo social existente. Essas idéias seriam diferencialmente transmitidas, na escola, às crianças das diferentes classes uma visão de mundo apropriada aos que   estavam   destinados   a   dominar,   outra   aos   que   se   destinavam   às   posições   sociais subordinadas.

Partindo   desse   pressuposto   a   disciplina   de   Fundamentos   Históricos   da Educação pretende também identificar as relações de poder que determinaram cada período da História da Educação brasileira e suam influência na constituição dos currículos oficiais. 

Assim, compreender a educação em sua dimensão histórica requer propostas, currículos e programas de ensino que determinaram a formação ou deformação de inúmeras gerações.

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E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:

 É importante ressaltar que, a avaliação é pensada  como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos.   

           Após  a   fase  de  diagnosticar  em que é  detectado o  que  pretende abordar.  É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver estratégias de ensino­aprendizagem.   

      A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientado por objetivos inicialmente propostos.

A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de aprendizagem e individualizá  –la, ou seja,  o diagnóstico é   individualizado e permanente, num constante processo de verificação.

F­ BIBLIOGRAFIA:

”ABGNANO,N, & Visalberghi, A História da Pedagogia, trad. De Glicínis

LOPES, Eliane Teixeira. Perspectivas História da Educação. São Paulo, Ática, 1995. UFRJ, 1999

SAVIANI,   Demerval.   Educação:   do   censo   comum   à   consciência   filosófica.   São   Paulo, Cortez, Autores associados, 1980.

ROMANELLI, Otaiza. História da Educação, no Brasil (1930­1973) Petrópolis.

RIBEIRO, Maria Luisa. História da Educação Brasileira, a organização escolar. 4ª ed. São Paulo. Moraes, 1982.

Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Em nível Médio, na Modalidade Normal. SEED/ 2006.    

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DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­  APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Ao longo da história,  a  luta pelo acesso à   instrução, ao saber e à  cultura  tem 

figurado dentre as principais aspirações dos grupos sociais, visto que a reflexão filosófica foi 

o ponto de partida para novos conhecimentos, análises científicas, leituras e re­leituras de 

mundo.

A educação e cidadania têm sido preocupação primordial da Humanidade desde os tempos mais remotos. Na atualidade, volta­se a discutir e refletir sobre esses aspectos, procurando­se entender e reelaborar o verdadeiro papel e sentido da escola. 

O principal  teor da educação nos últimos  tempos,  é   justamente no sentido de desenvolver potencialidades do ser em formação, ou seja, o aluno.

E   para   que   a   educação   realmente   consiga   atingir   estes   ideais   propostos,   é necessário o desenvolvimento de uma geração mais rigorosa com os seus próprios  ideais acerca de determinados princípios, principalmente no tocante à educação.

A disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação surge como propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do   Ensino   Fundamental   em   Nível   Médio,   uma   visão   sobre   escola,   educação   e   pratica pedagógica. Desta forma, proporcionando ao futuro educador a reflexão sobre os acertos e desacertos da educação, sendo capaz de superar o caráter fragmentário do senso comum e possibilitando uma visão crítica da própria realidade.

É comum afirmar hoje que a educação está em crise. Isto, porém, não é novidade, pois ela sempre esteve em crise. Em todos os tempos e lugares, a educação foi questionada. Se hoje ainda há questionamentos sobre a educação, é porque existe abertura social para que isso   aconteça.   E   o   papel   dos   Fundamentos   Filosóficos   da   Educação   é   justamente   o   de oferecer critérios para o debate.

Sabemos que a solução da crise não é  apenas uma questão de mais ou menos recursos.   Precisamos,   antes   de   tudo,   refletir   sobre   a   educação,   colocando   pontos fundamentais como: o homem necessita ser educado? O que é educação? A educação pode ser   instrumento de   libertação do  homem? Para  que   tipo  de  sociedade vai  educar?  Esses seriam os pontos primordiais para o levantamento de debates e formação de idéias do futuro profissional, pois se acredita que todo educador, para merecer este nome, precisa colocar, interpretar e compreender tais questões.

A Filosofia então, é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender melhor quem somos e em que mundo vivemos.  Enfim, nos ajuda a entender o sentido de nossa própria existência.

Com o estudo dos Fundamentos Filosóficos da Educação, o futuro educador terá embasamento   teórico   para   articular   o   conhecimento   filosófico   a   diferentes   conteúdos ensinados e analisados na escola.

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Através   de   uma   proposta   clara   e   concisa,   em  que   os   objetivos   encontram­se claramente articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina no Curso de Formação de Docentes,   possibilitará   a   apropriação   ativa   de   uma   cultura,   idéia,   valores,   princípios   e habilidades que facilitará a vivência de uma vida mais consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer e reivindicar direitos inalienáveis ao homem.

O   que   realmente   importa   é   que,   no   contato   do   aluno   com   a   disciplina   de Fundamentos Filosóficos da Educação, estejam alicerçadas atitudes e posturas pedagógicas que possibilitem a formação do espírito crítico inovador. 

B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Possibilitar aos alunos do Curso de Formação de docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, uma iniciação à atividade filosófica a partir da   consideração   das   possibilidades,   desafios   e   limites   que   se   apresentam   atualmente   à Filosofia, no Sistema Educacional, compreendendo que a filosofia aplicada à educação pode servir de matéria­prima para a ação transformadora da prática pedagógica;

­ Explicitar as relações entre filosofia e evolução, destacando a contribuição da filosofia para a configuração dos atuais contornos da educação;

­ Desenvolver no aluno a capacidade de analisar diferentes ideologias presentes no sistema educacional, propiciando a formação de atitudes que possa transformar a realidade;

­ Incentivar o aluno a refletir sobre as características e modificações da educação ao longo dos tempos;

­   Introduzir   fundamentos   teóricos   que   possibilitem   ao   aluno   “aprender   a   pensar”,   mas, principalmente a “pensar melhor”, formando opinião própria.

C­CONTEÚDOS:

Filosofia e Educação: elucidações conceituais e articulações:Filosofia;O Processo Filosofar;Filosofia e Educação;

                                   

As Teorias da Educação:As teorias Não­Critícas;As Teorias Critico­Reprodutivistas;A Pedagogia Histórico­Crítica e a Educação Escolar. 

 

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Educação e Sociedade:Educação como Redenção da sociedade;Educação como reprodução da Sociedade;Educação como Transformação da Sociedade.

Conhecimento:Sujeito e Objeto do Conhecimento;Principais Teorias do Conhecimento;Filosofia, Conhecimentos, Ensino e Aprendizagem;Conhecimento e a Dialética;

Principais Pensadores da Filosofia da Educação Moderna e Contemporânea:Locke – o papel da experiência na produção do conhecimento;Comenius e Herbart ­ a expressão pedagógica centradas no desenvolvimento da criança;Dewey – o  pragmatismo;Marx e Gramsci:  a concepção Histórico­crítico da educação.  

   

D­METODOLOGIA: 

A organização da prática pedagógica na disciplina Fundamentos Filosóficos da 

Educação,   tem em vista  a  preparação dos  alunos  para  uma compreensão mais  ampla  da 

realidade social, para que se tornem agentes ativos de transformação. Essa prática pressupõe 

que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados 

para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. 

Sendo   assim   iremos   estar   fazendo   leitura   e   análise   dos   textos   relativos   aos   conteúdos, 

relacionando­os   com   nossa   realidade;   pesquisando   e   debatendo   os   textos   filosóficos   e 

propiciando condições  de  desenvolvimento  que  ampliem suas  capacidades  e  habilidades, 

enriquecendo à  atuação na vida prática.    

Nesse sentido a disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação vem trabalhar e desenvolver   o   futuro   profissional   inserido   nesta   realidade,   onde   ele   possa   conhecer profundamente a disciplina em sua formação, pois percebemos que somente através da teoria e  prática ele  irá  participar de forma crítica na construção desse saber,  entendendo que o conhecimento   sistematizado   pela   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos   incluso idênticas   possibilidades   e   direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais,   culturais   e pessoais,   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades,   principalmente,   em   condições semelhantes aos demais.                                                                                     

E­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos 

envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, 

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direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras de experiências que devem ser valorizadas nas escolas.     

A avaliação no contexto escolar é sem dúvida alguma de suma importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a ser usado na construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar. Conduzida com caráter reflexivo e, na medida em que sirva de termômetro  a   identificar   as   carências   apresentadas  pelos   alunos,  no  decorrer  do  período letivo,   serve   como   balizador,   para   que   se   possa,   tomar   certas   decisões   ou   executar modificações e reforços que favoreçam o desenvolvimento necessário ao alcance pleno dos objetivos planejados.

A LDB propõe a avaliação diagnóstica devendo proceder a verificação do rendimento escolar do aluno de forma a retomar o processo de ensino aprendizagem sempre que se fizer necessário. Sendo fundamental ter uma visão sobre o aluno como um ser social e político, capaz de atos e  fatos,  dotado de e em conformidade com o senso critico,  sujeito de seu próprio desenvolvimento, sendo capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu   meio,   mantendo   uma   ação   interativa   capaz   de   uma   transformação   libertadora   e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve.

O educando deve ter por tanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja criativo, dinâmico, inovador. Assim colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo ensino­aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participativo dos momentos de transformação da sociedade.  

F­BIBLIOGRAFIA:

ARANHA,   Maria   L.de   Arruda;   MARTINS,   Maria   Helena   P.   Filosofando,   introdução   à filosofia. 3ªed. São Paulo: Moderna Editora, 2003. 

CAMARGO, Marculino. Filosofia do conhecimento e ensino – aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. 

CHAUI, Marlene. Filosofia. São Paulo: Ática Editora, 2002­(série novo ensino médio). 

_____________. Convite à filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004.

GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2001.

LUCKESI,  Cipriano.  Filosofia   da   educação.  São  Paulo:  Cortez  Editora,   1994­   (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor).                    SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo, Cortez Editora/Autores Associados, 1987.

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________________. Pedagogia histórico­critíca: primeiras aproximações. 8ª edição revista e ampliada. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003.  

SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

             A sociedade é  estudada pela economia,  pela Psicologia Social,  pela Antropologia Social e pela Sociologia, especificamente. Todas estas ciências são herdeiras dos estudos históricos, porque é a História que se ocupa dos fenômenos sociais.

  A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido considerado­as produto da Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em situações históricas das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e de classe.

Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a  explicação dos fenômenos que envolviam o homem como um ser de relações .

Desde seu surgimento, a Sociologia debate­se entre tendências teóricas, entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do mundo.

Estas abordagens do mundo são a  leitura da diferenciação  interna,  das tenções e contradições que determinam a formação capitalista.

 A sociedade contemporânea vive uma profunda reestruturação que exige de todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos conceitos e mecanismos de funcionamentos da sociedade.

Nesta   sociedade  globalizada  e   competitiva,  é   necessário  desenvolver   a capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A sociologia como ciência, procura então, estudar os fatos através da análise dos fenômenos sociais dentro de uma visão histórica dos acontecimentos.

Neste contexto, os Fundamentos Sociológicos da Educação, ganham nova importância e se confrontam com novos desafios pesquisando, analisando e interpretando os fenômenos sociais e sua influência no meio escolar.

Com o  conhecimento  desta  ciência,  é  possível   repensar  os  padrões   as regularidades que ordenam a vida social,  procurando entender os paradoxos deste mundo atual.

Os Fundamentos Sociológicos da Educação, enquanto disciplina no Curso de   formação   de   Docentes,   propõem  reflexões   que   possibilitam   uma   aprendizagem   mais profunda dos fatos e problemas sociais que envolvem a realidade educacional, vivida por professores   e   alunos  do  Curso     em questão.  É   uma disciplina  que  entrega  a  Sociologia Aplicada,   isto   é,   uma   disciplina   que,   em   conjunto   com   outras,   procura   interferir racionalmente nos processos educacionais.

A escola está inserida no contexto da sociedade brasileira, marcadas pelas desigualdades do sistema capitalista. Compreender as relações entre a escola e o contexto político,  econômico e social  é  de  fundamental   importância,  para o futuro profissional  da educação, para que o mesmo possa se posicionar diante dos fatos, sabendo que atitudes que pode e deve tomar.

  O   que   se   quer   realmente,   é   buscar   na   disciplina   subsídios   teóricos   e instrumentos de reflexão que contribuem para colocar os alunos do Curso de frente para a escola   e   para   a   sociedade,   no   sentido   de   conhecê­la   em   seus   múltiplos   aspectos, compreendendo as razões que impossibilitaram superar ou amenizar o problema educacional, 

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procurando a partir daí, formas de como contribuir para a superação dos obstáculos que ainda atrapalha o sistema educacional brasileiro. 

Quando pensamos a educação na perspectiva sociológica e antropológica, estamos refletindo sobre processos de socialização orientados pelo conjunto de códigos e práticas   sociais   desenvolvidas   em   sistemas   simbólicos   ,   sistemas   culturais,   ou   seja,   em dimensões das sociedades de que se originam os processos de reprodução dos valores, da moral, das regras, dos costumes, dos modos de vida considerandos “normais”.

A   idéia   Durkheiminiana   de   que   a   conseqüência   coletiva   se   impõe   ao individuo não é  de  toda descartável,  como faz a critica do funcionalismo. As sociedades criam as religiões, a moral e o direito que são homogeneizados e internalizados nos processos de   socialização,   sobre   tudo  nos  processos   educativos   implícitos  nos  ambientes   sociais   e explicito nos ambientes especializado nas artes de ensinar, doutrinar e domesticar.

Dessa forma, a sociologia que se expirou em Durkheim, destacou a educação escolar   como   fator   essencial   do   equilíbrio,   da   harmonia   e   do   progresso   da   sociedade capitalista.

É comum na sociologia da educação essa postura” militante” do cientista, ou seja, ao mesmo tempo que analisa a educação , engaja­se em movimentos de defesa de suas propostas sócio­educativas.

Weber   era   “pessimista”   com   esses   processos   de   racionalização   porque aprisionava os indivíduos em processos técnicos sofisticados, mas com o fim em si mesmos. Com o tempo os esquemas racionais , como as burocracias, passavam a ter autonomia relativa em   relação   às   necessidades   sociais,   tornando­se   máquinas   centradas   em   sua   própria reprodução. As escolas e os processos pedagógicos também passaram pela racionalização/ irracionalizacão.

Karl Marx (1818­1883) não pode ser rotulado como sociólogo, pois, não foi a sua preocupação o estabelecimento dessa ciência. É um pensador completo, podemos afirmar que é  um cientista social e produziu no século XIX uma teoria fantástica, que marcou as ciências sociais e muitas outras áreas que, mais  tarde, beberam na fonte do materialismo histórico.

A educação no capitalismo é  marcada pelas classes sociais, é  dividida. A burguesia terá seus métodos e espaços educacionais e aos trabalhadores será ofertada uma educação parcial de disciplinamento para as fábricas. No tempo de Marx, o trabalho infantil estava sendo regulamentado, e uma das idéias era de que as fabricas oferecessem a educação profissionalizante. Marx defendia a educação nas fábricas. Entretanto, indicou a educação politécnica como uma forma de superar a unilateralidade dos trabalhadores. 

Gramsci, socialista e filosofo marxista, pensa a educação como uma esfera de constituição de hegemonia e  contra­hegemonia.  Seria  importante que os socialistas se dedicassem   a   pensar   a   educação   do   homem   socialista,   superando   a   visão   de   classes predominante. Daí propõe a Escola Unitária, acima das diferenças entre as classes. O trabalho como principio   educativo   e   o   esforço  para   superação  do  pensamento  do   senso   comum/ folclórico. Essa visão de educação influenciou e influencia até hoje a sociologia da educação e as ciências sociais voltadas para a educação de modo geral.

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B ­ OBJETIVOS GERAIS:      

­ Despertar no aluno a possibilidade de uma leitura critica da realidade educacional, baseada em exemplos concretos tirados da vida cotidiana, das noticias da imprensa, da experiência comum;

­ Compreender a realidade social e as forças que nela atuam (formação dos profissionais);

­ Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade educacional, amparados pela sociologia educacional, sustentando nos vários paradigmas teóricos e nas do senso comum;

­ Analisar a educação, relacionando­a ao conceito social e político inserido nas relações capitalistas;

­ Transmitir e produzir conhecimentos indispensáveis à compreensão da educação como fato social;

­ Despertar no futuro professor, o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade brasileira que o cerca, especificamente, a realidade educacional;

­ Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a visão de mundo e horizonte de expectativas, nas relações interpessoais com os vários grupos sociais;

­ Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigido, gerado por mudança em diversos setores da sociedade;

­ Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena para si como futuro professor para seus alunos;

­ Reconhecer a importância dos fundamentos sociológicos da educação para um maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade por parte dos futuros profissionais da educação;

­ Proporcionar ao aluno conhecer o trabalho da sociologia na sociedade brasileira;

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C ­CONTEÚDOS:

O que é educação e o que é sociologia?

     ­ Conceitos de sociologia;     ­ A importância dos fundamentos sociológicos da educação na formação de       Professor;     ­ A importância da sociologia na sociedade;     ­ A importância da sociologia na educação;     ­ Os diferentes olhares sobre a educação;A educação como objeto de estudo sociológico e as diferentes formações sociais.     ­ A origem da escola;     ­ As formas de educação: sistemática/ formal e assistência/ informal;     ­ As funções sociais da educação;     ­ A cultura espontânea e a cultura erudita;     ­ Pesquisa resgatando a cultura espontânea ou popular;

A educação e o Funcionalismo de Emile Durkheim.­   A   educação   como   fato   social,   com   características   de   coerção,   exterioridade   e generalidade;­ Individuo e consciência coletiva;­ mudança social;

A educação Republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do trabalho social.­ Desenvolvimento e trabalho;­ Relação das classes;­ Organização das classes;­ Educação e submissão;

Principais   sociólogos  brasileiros   que  desenvolveram estudos   sobre   a   relação   indivíduo   e sociedade.­ Durkheim e os fatos sociais;­ weber e a ação social;­ Gramsci;­ Marx e as classes sociais;­ Fernando de Azevedo;­ Lourenço Filho;

A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade.­   a   educação   como   processo   socializador   :   função   homogeneizadora     e   função diferenciadora;­ A educação como processo de controle social: função conservadora e função inovadora;

A educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da democracia .­ Estrutura social e educação;­ Estrutura social e sistema escolar;­ Educação, estratificação e mobilidade social;­ Instituições escolares e educação;

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­ Educação para a democracia;

Conteúdos complementares: Cultura Afro;     ­ Textos para leitura reflexiva;     ­ Analises de textos;

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A atuação do futuro professor na construção do seu próprio conhecimento, as experiências que adquirem através de leituras e os debates comparativos feitos em grupo serão pontos de partida para o estudo dos Fundamentos Sociológicos da Educação.

A organização de atividades que favoreçam a fala e a escrita como meio para a reorganização   e   a   reconstrução   de   experiências   compartilhadas   pelos   alunos   através   de leituras de revistas, jornais, entre outros, bem como o uso da tecnologia para ampliar o campo de coleta de dados para o enriquecimento da pesquisa, que também deve ser uma prática constante no trabalho com a disciplina.

Será   também  enfatizado   o   incentivo   à   organização  de   trabalhos   coletivos, grupos de pesquisas cientificas e pesquisa de campo, levantando dados estatísticos sobre a educação, de modo a influenciar no desempenho do aluno na escola e na vida em sociedade.

É   importante a ressalva de que não é  somente importante a transmissão do conhecimento (elemento indispensável na compreensão da educação como fato social), mas, fazê­lo de modo a introduzir no aluno, formas de despertar o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade educacional brasileira para isso, a inclusão de notícias de jornal, textos   literários   e   comentários   sobre   os   fatos   sociais   ligados   à   educação   concretiza   a preocupação   de   não   desligar   a   vida   real   e   dos   problemas   humanos   os   estudos   dos Fundamentos Sociológicos da Educação.  Levá­los a entender a importância dos sociólogos dentro   da   disciplina,   deixando   claro   as   relações   do   trabalho   com   a   prática   social, considerando as diferenças de classes de oportunidades e até mesmo no que diz respeito aos alunos que são inclusos no ensino regular e enfim com todas as  pessoas  independente de sua cor religião ou raça encontrada em nossa  sociedade. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos   os   alunos,   envolvendo   a   organização   do   processo   de   aprendizagem   por   meio   da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos   prévios,   suas   necessidades   lingüísticas   diferenciadas   e   o   contexto   social. Entende­se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais , culturais   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades   ,   principalmente   em   condições semelhantes aos demais .   

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E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

       Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança dos processos avaliativos. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e, uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis.

                     Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e não quantitativos, possibilitando ao educando a desenvolver capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre ela e transformá­la em uma nova prática.. O processo de avaliação dar­se­á através de debates, trabalhos escritos, seminários, debates, provas e trabalho extraclasse.

              Ainda   quando   falamos   em   avaliação   na   disciplina   de   Fundamentos Sociológicos devemos levar em conta as condições sociais de todos os alunos em especial alunos   oriundos   de   classes   especiais   que   são   inclusos   no   ensino   regular,   assim     faz­se necessário à  avaliação dentro das habilidades nas quais os educandos mais se destacam , considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos   realmente   sejam   inclusos   no   processo   de   avaliação   .     Assim  a   escola   deverá   ser prepositiva,   em   relação   a   concepção   assumida   em   seu   Projeto   Político   Pedagógico, possibilitando aos  alunos  a  capacidade de pensar  criticamente  a   realidade a  partir  dela   , construir   explicações   possíveis   estabelecendo   relações   que   lhes   dê   a   condição   de   atuar política e  produtivamente  de modo a   transformar a   realidade   ,  assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem.

F ­REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2000.

TOMAZI, Dacio Nelson. Iniciação a Sociologia.Londrina: Atual, 2000.

ÁRIES, P. A História Social da Criança e da Família: Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

OLIVEIRA, de Santos Pérsio.Introdução à sociologia da Educação: São Paulo: Atica. 1998.

ARANHA, Arruda de Lucia Maria. História da Educação: São Paulo Editora Moderna 1991.

Revista Pedagógica Pátio,  nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE.

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Revista Professor nº1. Outubro 2003­ Ministério da Educação.

Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

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DISCIPLINA ­ FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O momento histórico que vivemos, nos revela uma sociedade cada vez mais heterogênea calcada num sistema econômico divisor e explorador de classes  ,  criador de mentes oprimidas , e pessoas sem oportunidades para desenvolverem suas potencialidades psicológicas , sociológicas , físicas , intelectuais etc.

Percebe­se também a falta de uma política educacional competente e assídua que tenha seus objetivos inteiramente voltados para o ensino – aprendizagem que promova condições para que o educando possa integrar­se ao seu meio, não como sujeito passivo, mas um   sujeito   integrado  na   sociedade,   conhecedor   dos   seus  direitos   e   deveres   sendo   então conseqüentemente agente integrante da construção e transformação do seu presente e da sua história;   sendo na  prática  um sujeito  que  pensa  e  age  consciente  das  conseqüências  que qualquer ação acarretará para a sua vida ou demais integrantes do seu meio.

Tendo   em   vista   a   colocação   anterior,   surge   a   necessidade   de   formar profissionais aptos a exercer a função de docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental (1ª a 4ª).   

Nesse sentido, a proposta de Fundamentos Psicológicos da Educação vem para fazer com que o futuro profissional, inserido nesta realidade, possa conhecer profundamente a importância da disciplina e para que seja alcançado o objetivo proposto no transcorrer do ano,   “Aprender   a   Conhecer”   “aprender   a   ser”,   aprender   a   fazer   “fazendo   um   trabalho relacionado aos conteúdos valorizando a troca de idéias e de experiências, pois se percebe que as aulas expositivas não estão sendo muito atrativas e sim muito expositivas, isto não está sendo suficiente  para que haja  aprendizagem,  exige­se hoje,  que  o  professor  vá  além da simples   transmissão   de   conhecimentos   passando   a   exercer   o   seu   papel   de   mediador   e orientador da aprendizagem”.

Na   práxis   educativa   corrente   na   maioria   das   escolas   e   na   maioria   das instituições  de  cunho educativo  ainda   temos  muitas  dificuldades,   somos   limitados  e  nos confundimos com o bombardeio de propostas, autores, psicologias e tendências.

De dentro do mar de confusões conceituais,  chavões,  modismos,  pactos de MÉDIOcridade, medos, desesperanças e da falta de recursos materiais mínimos, queremos buscar um desvendamento inicial de uma questão ainda indefinida: a relação entre a chamada Pedagogia Histórico­Crítica e a contribuição da Psicologia Sócio­Histórica.

No   entanto   entendemos   que   deva   ser,   fundamental,   a   base   filosófica materialista   dialética   a   partir   da   qual   pretende­se   entender   o   homem   na   totalidade   das relações que compõem sua existência.

A proposta  psicológica  de Vigotsky  e de  seus  colaboradores  e   seguidores, dentre suas diversas possibilidades entram em cheio na questão do processo de aquisição do conhecimento,   na   medida   em   que   estuda   a   gênese     dos   processos   mentais   complexos, propriamente   humanos   e   tal   gênese   se   dá   nas   relações   sociais   das   quais   o   indivíduo atualmente se insere . A atividade coletiva é fundamental uma vez que a própria interação com pessoas mais experientes orienta o sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um papel fundamental na formação da mente.

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             Com tudo  isso não exclui  a  necessidade da compreensão da escola enquanto   realidade   política   –dentro   de   um   sistema   sócio­econômico   historicamente determinado, entre outras questões, para as quais Vigotsky, por exemplo, não dedicou seus principais trabalhos.

B ­OBJETIVOS GERAIS:

­ Compreender a importância da disciplina para a formação pessoal e profissional;

­ Conhecer­se como individuo cheio de potencialidades e construtor do seu próprio conhecimento;

­ Incentivar a defesa do seu ponto de vista em relação ao conhecimento adquirido;

­ Desenvolver a capacidade de fazer julgamentos, análise critica e omitir opiniões com clareza e objetividade;

­ Proporcionar intercâmbio de idéias para aprimoramento da aprendizagem;

­ Analisar textos que ajudem na reflexão e formação profissional;

­ Propor atividades que contextualize a influencia do meio social e cultural no desenvolvimento do educando;

­ Compreender que a criança é um ser em desenvolvimento;

­ Reconhecer os principais meios de se evitar possíveis deficiências;

­ Valorizar a divulgação dos conhecimentos elaborados na escola para a comunidade;

­ Perceber a importância de aprimorar sua aprendizagem através de leituras informativas e estudos diversos;

­ Compreender a importância da inclusão do portador de necessidades especiais, como valorização da pessoa humana;

­ Compreender que o portador de necessidades especiais é um ser capaz de se desenvolver através das relações estabelecidas com a sociedade;

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C ­CONTEÚDOS:

Introdução a Psicologia.           ­ Psicologia e a história;           ­ Senso comum;           ­ Conhecimento científico;           ­ Origem da Psicologia científica;

Instrução   a   psicologia   da   educação,   principais   teorias   psicológicas   que   influenciam   a psicologia contemporânea.

­ Behaviorismo;­ Gestalt;­ Psicanálise;­ Skinner e a psicologia comportamental;­ Psicanálise e educação;­ O sócio­construtivismo, Piaget, Vigotsky, Wallon; 

Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente.

­ Desenvolvimento da criança e do adolescente;­ Relação do desenvolvimento humano e a aprendizagem;

Desenvolvimento humano e sua relação com a linguagem.­ A linguagem;­ Os aspectos sociais;­ Aspectos culturais e afetivos da criança;­ Cognição;

Aprendizagem.­Conceituação da aprendizagem;­Definição da aprendizagem;­Teorias da aprendizagem;

­ Conteúdos complementares: Cultura Afro;­ Textos para leitura reflexiva;­ Analises de textos;

D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA: 

Compete, ao professor no decorrer do seu processo de formação do educando, desenvolver alunos críticos, autênticos, produtivos, ativos, conscientes, participativos, com opiniões   e   elaborações   próprias,   tendo   o   domínio   dos   conteúdos   teóricos   e   práticos 

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necessário para o exercício de sua profissão. Ainda, o compromisso ético e profissional de orientar,   dinamizar,   motivar,   estabelecer   metas,   princípios   e   fins   educativos,   avaliar   o educando como também se avaliar, fazendo uso de recursos adequados.

Assim   esse   trabalho   deverá   acontecer   através   de   leituras,   debates, relacionamento da teoria com a prática fazendo com que os mesmos entendam a relação do aprender, do ser e do conviver. 

Desenvolver um sujeito mais apto a lidar com os controles sociais e capazes de exercer o “contra­controle”, tal fato só será possível na medida em que for possibilitado ao sujeito um amplo repertório de comportamentos verbais e domínio de técnicas socialmente utilizadas.  

Esta ampliação de repertório que possibilita ao sujeito um número cada vez maior de formas de atuação social de modo que não apenas seja socialmente manipulado, mas passe também a controlar determinadas variáveis de forma que tenha uma vida mais reforçadora.

Mas o professor não pode omitir­se, e não se limita a mero “facilitador” , ao contrário, é também um ser ativo e com um sério compromisso, na medida em que propicia recursos     e   organiza­os   de   forma   a   possibilitar   o   avanço   do   aluno   com     relação   aos conhecimentos   e   aos   próprios   processos   mentais   envolvidos   na   atividade   ensino/ aprendizagem. Tais avanços não existiram sem intervenções, sem preparo do professor, nem sem a ação conjunta, onde o aluno cria os seus próprios meios de onde é o construtor ativo de seus  próprios  processos  psicológicos  superiores  com o  auxilio  do  outro­numa integração dialética do individual com o social.

Sendo assim o professor deve ser sempre sujeito ativo, organizando, intervindo sempre   que   necessário,   possibilitando   momentos   de   trabalho   coletivo   e   individual proporcionando   a   eles   troca   de   experiências   e   valorizando   os   saberes   de   cada   um considerando a  todos sendo portador ou não de algum tipo de deficiência respeitando as dificuldades que cada um apresenta, e assim por diante, e isto não exclui sua posição de constante aprendiz. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do   ideal  de  uma escola  pública  de  qualidade,  que  acolha   todos  os  alunos,  envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos,   métodos,   avaliação),   considerando   seus   conhecimentos   prévios,   suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende­se que o conhecimento sistematizado   pela   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos   inclusos   idênticas possibilidades   e   direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais,   culturais   e   pessoas efetivando­se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.        Enfim, aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de interações com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de discussão com seus pares e em sua luta política.          

E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Quando   pensamos   em   avaliação   vemos   a   possibilidade   de   mudança   dos processos   avaliativos.   É   um   desafio   porque   exige   fundamentalmente   a   compreensão 

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teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e, uma outra prática pedagógica.  Prática   aqui   entendida,   não   como ação   cotidiana,  mecânica   e   repetitiva, porém como práxis.

Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e  não  quantitativos,  possibilitando  ao  educando  o  desenvolvimento  de   capacidades   e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre ela e  transformá­la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta que todo o esforço do aluno parta da realização das atividades em sala e fora da sala, suas capacidades em grupo. O processo de avaliação dar­se­á  através de trabalhos escritos, seminários, avaliações escritos e trabalho extraclasse.

Ainda   quando   falamos   em   avaliação   na   disciplina   de   fundamentos psicológicos devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e comportamento para alguns alunos, sendo ainda alguns portadores de deficiência, assim  faz­se necessário à   avaliação   dentro   das   habilidades   nas   quais   os   educandos   mais   se   destacam   , considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos no processo de avaliação. Sendo assim será  dada ênfase à avaliação considerando o interesse, compromisso participação e aprendizagem dos alunos. 

Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu   Projeto   Político   Pedagógico   incentivando   aos   alunos   a   capacidade   de   pensar criticamente a realidade e a partir dela , construir explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a   realidade   ,   assumindo   uma   avaliação   formativa   ,   inclusiva   ,   que   não   legitime   o autoritarismo e,   integrada às práticas pedagógicas  ,  que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial.

F ­REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DAVIS, Claudia e Zilma de Oliveira. Psicologia na Educação: São Paulo: Cortez, 1994.

BOKI, Bahia Mercês Ana/ Odair  Furtado /  Maria de Lurdes Trassi  Teixeira. Psicologias: Uma introdução ao estudo da Psicologia: São Paulo: Saraiva, 1999.

   SABINI.Caria Aparecida Maria.Fundamentos de Psicologia Educacional: São Paulo: Editora Àtica, 2000.

Revista, Mundo Jovem, Um jornal de Idéias.

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Revista  Pedagógica  Pátio,  nº28  novembro  2003   /janeiro  2004  –  Ministério  da  Educação FNDE.

Revista Professor nº1. Outubro 2003­ Ministério da Educação.

Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006.

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DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A ­  APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

É   importante  lembrarmos que em nosso país,  a educação  infantil  vem se consolidando no cotidiano das instituições, como prática social, somente a partir do final dos anos 70 e início dos anos 80, ainda que frente a inúmeras adversidades como área de estudo, esta consolidação também vem ocorrendo e pode ser constatada pelo interesse de um número cada vez maior de pesquisadores, a partir da década de 90, por esta temática. Isso quer dizer que tem havido uma hostilidade do educador para com a criança pequena.

    Diante deste quadro vemos que a posição dos educadores do nosso país, já nos   permite   pensar   em orientações   para   a   educação  da   criança  pequena   (0   a  6   anos)   , diferente dos parâmetros estabelecidos para a infância escolarizada. A passagem da infância de um âmbito familiar  para um institucional,  à  creche,  que,  co­responsabilizando­se pela criança passa, também, a criar uma linguagem própria sobre as condições das crianças, e não o sujeito­escolar (o aluno); e quanto à definição de suas funções, ao contrario daquelas (que tem   constituído   historicamente   como   uma   pedagogia   escolar),   suas   funções   aqui   se encontram em processo de constituições.

 Para isto, faz­se necessário em primeiro lugar destacar que a creche e a pré­escola   diferenciam­se   essencialmente   da   escola   quanto   às   funções   que   assumem   num contexto   ocidental   contemporâneo,   particularmente,   na   sociedade   brasileira   atual,   estas funções   apresentam   em   termos   de   organização   do   sistema   educacional   e   da   legislação própria, contornos bem definidos.

Na realidade brasileira, atual, ainda buscamos ampliação da oferta de vagas na Educação Infantil e uma redução nas enormes diferenças da qualidade das instituições da Educação Infantil existentes. A luta necessária tem a ver com a conquista da melhoria da prática cotidiana e um dos agentes importantes destes processos são os professores.

Os professores só poderão favorecer a construção de conhecimentos para as crianças, caso eles também sejam desafiados a construírem os seus. 

Para isto, durante a sua formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como, aos conhecimentos da área. 

Atualmente, a existência de serviços de creche (0 a 3 anos) . ou mesmo de pré­escola (4 a 6 anos) , esta sob risco ; embora seja a nossa única instituição a   registrar juntamente com , e até mais do que o ensino superior  .

Os documentos oficiais  explicitam alguns destes  ideários e  reconhecem a educação   infantil   como   essencial   na   atualidade.   “Não   há   mais   controvérsia   sobre   a importância   da   educação   infantil   para   a   criança   nem   sobre   a   necessidade   social   deste seguimento  do  processo   educativo.  Trata­se  de  um  fenômeno  mundial   e   que,  no  Brasil, também alcança significativa expressão.

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É  preciso colocar os conhecimentos a cerca da Educação Infantil  de forma consistente nos cursos de formação inicial.  É  neste sentido que, para além de formarmos profissionalmente  os/as   alunos/as  destes   cursos,   futuros/as  docentes,   estaremos   formando pessoas  conhecedoras   de  um direito   social   das   crianças  pequenas,   já   estabelecido   como campo profissional .

  

 B­ OBJETIVOS GERAIS:

­ Proporcionar aos alunos o entendimento de que muitas vezes a educação infantil para funcionar em suas plenitudes depende muitas vezes também de questões burocráticas.

­ Desenvolver nos educandos a capacidade para aproveitarmos pequenos espaços.

­ Desenvolver nos alunos o interesse à investigação do contexto histórico da criança do passado até os dias atuais.

­ Proporcionar aos educandos o contato e a apreciação a todas as leis que asseguram o direito da criança (ECA).

­ Proporcionar aos alunos a necessidade de mudança com relação aos tratos da criança do passado e do presente.

­ Oportunizar os educandos a estar em contato com instituições que trabalham a criança de 0a6 anos. 

  C­ CONTEÚDOS:

Contexto sóciopolítico e econômico em que emerge e se processa a Educação Infantil e seus aspectos culturais constitutivos.           ­ Tratamento da criança no contexto social;           ­ Meio em que a criança vive;           ­ Condições culturais e sua relação com o social;          

Concepção de infância.           ­ Relação da criança com a sociedade;           ­ A historia da criança;

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 Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil.

           ­Historia;           ­Legislação;           ­Políticas públicas;           ­ perfil profissional da educação infantil;           ­ Conteúdos complementares: Cultura Afro;

­ Textos para leitura reflexiva;­ Analises de textos;

 D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Considerando a importância da Educação Infantil na formação da criança e sua inserção na sociedade,  a  preocupação do governo em formar mais  profissionais  para atuarem na Educação Infantil, o que queremos com nosso curso é que conheça a necessidade e   a   importância   em  tratar   essas   particularidades  do   trabalho  pedagógico  para   com  essa criança pequena, considerando que hoje recebemos crianças oriundas de todas as situações e assim também temos que estar preparados para receber crianças que são inclusas no sistema escolar do ensino regular. No entanto devemos lembrar que para que isto aconteça faz­se necessário   que   os   professores   estejam   preparados   para   favorecer   a   construção   de conhecimentos pelas crianças, caso eles também sejam desafiados a construir os seus. 

Durante a formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter   acesso   aos   conhecimentos  da   cultura  geral,   bem como  os   conhecimentos  da  área,   o trabalho  com essa  disciplina  acontecerá   através  de  entrevistas,  visitas,   coletas  de  dados, discussão sobre FUNDEF e FUNDEB,  leituras,  montagens e  atividades para a  Educação Infantil, confecção de partes, análise de textos.

A   reflexão   acerca   da   educação   inclusiva   e   seus   desafios   aos   educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do   ideal  de  uma escola  pública  de  qualidade  que  acolha   todos  os   alunos,   envolvendo  a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos,   métodos,   avaliação),   considerando   seus   conhecimentos   prévios,   suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende­se que o conhecimento sistematizado   pela   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos   inclusos   idênticas possibilidades   e   direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais,   culturais   e   pessoais efetivando­se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.

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 E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Quando falamos em avaliação no trabalho pedagógico na Educação Infantil devemos ter em mente que a avaliação da aprendizagem se reveste em um outro sentido, integrada às propostas pedagógicas que considera o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer   relações   entre   o   conhecimento   aprendido   e   o   mundo   do   trabalho.   Assim   a avaliação deve proporcionar aos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis,  estabelecer relações que lhes dê  condições de atuar   politicamente   e   produtivamente   de   modo   a   transformar   a   realidade.   No   entanto   a avaliação não deve ser vista como ato de punição, mas sim um ato de transformação onde o indivíduo é sujeito desta aprendizagem, devemos considerar que quando avaliamos, levamos em conta as condições do aluno. A avaliação será  diagnóstica e contínua durante  toda a realização do trabalho, percebendo o interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos alunos.

  A   dedicação   aos   trabalhos   propostos   durante   as   aulas   será   de   extrema importância. Por isso no decorrer dos mesmos, será levado em consideração todo empenho do aluno para realização das atividades durante o ano letivo, principalmente quando se tratar de pesquisas e trabalhos extraclasse   individuais ou coletivos .   Assim a escola deverá ser prepositiva,   em   relação   a   concepção   assumida   em   seu   Projeto   Político   Pedagógico   , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e  interligado que se concretize   interdisciplinarmente na  aprendizagem,  de  modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial.

F ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

        AROEIRA Maria Luiza C. SOARES, Maria Inez B. MENDES, Rosa EMILIA A. Didática da pré­escola. São Paulo: FDT, 1996.

OLIVEIRA, Zilma de M. RAMOS. A Criança e seu Desenvolvimento. São Paulo: CORTEZ, 2000.

OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos. Educação infantil  Fundamentos e Métodos. São Paulo: CORTEZ, 2002.

KRAMER, Sonia. A Política do pré­escolar no Brasil: a arte do disfarce.Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987.

Revista Pedagógica Pátio,  nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE.

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Revista Professor nº1. Outubro 2003­ Ministério da Educação.

Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.

Delizoicov, Demétrio ­ Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

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DISCIPLINA: CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As discussões referentes à inclusão dos alunos com necessidades especiais não 

são recentes, no final do século XIX, esses alunos eram tidos como indignos de educação 

escolar, no século XX ocorreu o atendimento a esses alunos em instituições apropriadas. A 

partir  da década de 60,  surgiram as políticas públicas e,  mais  tarde,  as classes especiais 

dentro das escolas comuns. Na década de 70, ocorreu a fase de integração, permitindo nas 

escolas comuns a aceitação das crianças ou alunos com necessidades especiais. Mas, foi a 

partir do final da década de 80, que se intensificou a necessidade de educar esses alunos no 

ensino regular.

As   iniciativas   em prol  da   inclusão  são muitas,   apostando que  a  Educação 

Inclusiva pode ser a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos especiais e 

aqueles   considerados  normais.  Diante   desses  movimentos  para   universalizar  o   acesso  às 

escolas,   conclui­se   que   o   paradigma   da   inclusão   vem   caracterizar   uma   orientação   que, 

necessariamente, diz respeito à  melhoria da qualidade das respostas educativas de nossas 

instituições de ensino­aprendizagem para todos.

A   inclusão   educacional   implica   no   reconhecimento   e   atendimento   as 

diferenças de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou 

permanentes, ou que  apresentam dificuldades de aprendizagem.

É   importante   salientar   que   a   inclusão   educacional   depende   não   só   da 

capacidade do sistema escolar em buscar soluções para o desafio da presença de alunos com 

necessidades especiais nas classes, como também de fazer tudo para que nenhum aluno seja 

excluído com base em algumas necessidades educacionais especiais.

Os princípios fundamentais dessa filosofia escolar passam pelo enfrentamento 

dos desafios e o apoio às interações e aos processos que se compatibilizam com a filosofia da 

escola, sem esquecer de desenvolver redes de apoio na escola, tanto para professores quanto 

para alunos que precisam de estímulo e de assistência. O trabalho do professor comprometido 

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com a filosofia  da inclusão é   respeitar  o potencial  de cada aluno e aceitar  os estudantes 

igualmente,   acreditar   nos   alunos   e   em   sua   capacidade   de   aprender,   aumentar   sua 

autoconfiança, estar preparado para indicar recursos adequados às necessidades, ser flexível 

nos métodos de avaliação, dentre outros. E que os alunos possam exigir, decidir e contribuir 

para o seu próprio desenvolvimento.

O princípio filosófico norteador do movimento inclusivo repousa na idéia de 

uma escola democrática e comprometida com os interesses e necessidades de todos os alunos.

E o papel da concepção norteadora da Educação Especial é preparar o futuro 

educador   à   utilização   de   recursos   humanos,   tecnológicos   e   materiais   diferenciados   que 

promovem a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de 

ensino.

A   disciplina   Concepções   Norteadora   da   Educação   Especial   surge   com   o 

propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes uma nova visão sobre a 

escola, educação e práticas pedagógicas. Desta forma proporcionando ao futuro educador o 

conhecimento dos principais dispositivos legais, políticos e filósofos da Educação Especial, o 

direito   de   todos   à   educação   pública   e   gratuita,   oportunidades   sociais   iguais   para   todos 

(Declaração dos Direitos Humanos­1948).

B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­  Capacitar  os alunos  do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil  e  Séries 

iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, para atuarem, visando a inclusão de alunos 

com necessidades educacionais especiais.

 

­ Levar os alunos a refletirem sobre o papel da Educação para assegurar que as diferenças 

sociais, culturais e individuais não se transformem em desigualdades educativas.

­ Fornecer aos alunos o maior número de informações sobre a atual diversidade e realidade 

educacional.   Levá­los   a   buscar   sempre   mais   conhecimento   para   exercer   seu   papel   com 

segurança e melhor desempenho.    

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   C ­  CONTEÙDOS:

Conceito de disciplina:

A importância da disciplina;

Legislação;

Fundamentos históricos, sócio­políticos e éticos.

Formas de Atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino:

Adaptações Curriculares;

Serviços e Apoios Especializados;

Professor de Apoio Permanente;

Sala de Recursos;

Classe Especial;

Escola Especial;

Classes Hospitalares;

Centro Multidisciplinar de Atendimento Especializado

Educação Profissional;

Atendimentos clínico­terapêuticos e assistenciais.

A Ação do Educador Junto a Comunidade Escolar:

Inclusão;

Prevenção da Deficiência;

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Formação do Profissional de Educação Especial;

Avaliação no Contexto Escolar;

As áreas das deficiências:

Conceito;

Atendimento Especializado;

Área de condutas típicas;

Área de deficiência mental;

Área de deficiência visual;

Área de deficiência auditiva;

Área de deficiência física;

Área de altas habilidades / superdotação;

Múltiplas deficiências. 

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

 

A organização da prática pedagógica na disciplina Concepção Norteadora da Educação Especial, depende de uma ação educativa que tenha como eixo à formação de um cidadão autônomo e participativo. Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. Sendo assim iremos fazer uma leitura e análise dos textos relativos aos conteúdos, relacionando­os com nossa realidade; realizando pesquisa de campo, para situar na atual realidade sobre a inclusão em salas de aulas onde possui alunos inclusos; pesquisar e apresentar para os demais alunos, as principais causas das deficiências e como preveni­las; realizar seminários, debates sobre os conteúdos trabalhados, como forma de sanar dúvidas e divulgar a situação atual da inclusão em nosso município. E 

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quando referimo­nos a inclusão, estamos fazendo referência a todas as espécies de situações que esse conceito possa nos reportar.

Nesse sentido a disciplina de Concepções Norteadora da Educação Especial vem trabalhar e desenvolver o futuro profissional inserido nesta realidade, onde ele possa conhecer profundamente a disciplina em sua formação, pois percebemos que somente através da teoria e prática ele irá participar de forma crítica na construção desse saber, entendendo que   o   conhecimento   sistematizado   pela   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos inclusos,   idênticas   possibilidades   e   direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais, culturais   e   pessoais,   efetivando­se   a   igualdade   de   oportunidades,   principalmente,   em condições semelhantes aos demais.    

E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos 

os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através 

dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas 

necessidades próprias e também possuidoras de experiências que devem ser valorizadas nas 

escolas.

A avaliação deve contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos, assumindo o 

compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão e não de exclusão 

deles. Para isto, se faz necessário assumir uma avaliação, que implica o entendimento do 

individuo no contexto social como ser em movimento e em construção.Disso decorre que só é 

possível garantir qualidade para todos quando a escola assumir uma avaliação formativa e 

inclusiva, que não legitima o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas que priorize a 

especificidade dos processos formativos do aluno.

Nesse sentido não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e 

interligado  que   se   concretize   interdisciplinarmente  na   aprendizagem,   de   modo   a   não   se 

caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e 

a especial.

Entendendo   a   avaliação   como   processo   continuo,   pretende­se   além   de   provas 

escritas, avaliar o desempenho dos alunos nos debates, seminários e pesquisas, levando em 

consideração a compreensão, participação e capacidades de análise crítica.        

F ­REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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ASSÊNCIO­FERREIRA, Vicente José. O que todo professor precisa saber sobre neurologia. São José dos Campos: Pulso; 2005.

BAUTISTA, Rafael. Necessidades educativas especiais.Lisboa: Dinalivros, 1997.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Projeto Escola Viva, garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 2000. V.1­2.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades educativas especiais. In: Conferencia Mundial sobre NEE: Acesso e Qualidade UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.

Deliberação nº 02/03 – Conselho Estadual de Educação.   

FONSECA, Vitor da. Educação especial: programa de estimulação precoce – 2 ed. rev.aumentada – Porto Alegre: Artmed, 1995.

JOSÉ, Elizabete da Assunção; COELHO, Maria Tereza. Problemas de Aprendizagem. 12 ed. São Paulo: Ática, 2001.

LE BOULCH,  Jean.  O desenvolvimento  psicomotor,  do  nascimento  aos  seis  anos.  Porto Alegre, artes Medica. 1982.

MAZZOTTA, José de Oliveira. Fundamentos de Educação Especial. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli & Cia Ltda, 1997.

PHELAN, Thomas W. TDA/TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. São Paulo: M Book; 2005.

SAAD, Suadir Nader. Preparando o caminho da inclusão, dissolvendo mitos e preconceitos em relação à pessoa com Síndrome de Down.  São Paulo: Vetor, 2003.

SOUZA, Ângela Maria Costa de. A criança especial: temas médicos, educativos e sociais. São Paulo: Roca, 2003. 

Diretrizes   Curriculares  do   Estado   do   PARANÁ  –Curso   de  Formação  de  Docentes   – SEED/2006

 

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DISCIPLINA:   –   TRABALHO   PEDAGÓGICO   NA   EDUCAÇÃO   INFANTIL   – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Considerando a importância na formação da criança de 0 a 6 anos houve uma preocupação   muito   grande   por   parte   dos   estudiosos   e   educadores   nas   últimas   décadas, visando   assim   um   desenvolvimento   não   apenas   cognitivo,   mas   voltado   para   o desenvolvimento na formação da criança . No entanto compete a ela nessa etapa com a ajuda do  professor  desenvolver­se  como  toda,   tornando assim o   ingresso  da  criança  no  ensino fundamental  bem mais   fácil,   tendo  como objeto  de  preocupação  a  própria   criança,   seus processos de constituição como seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas   capacidades   intelectuais   sem   fazer   distinção   entre   alunos   dita   normais   e   alunos especiais, suas criatividades, estéticas, expressivas e emocionais . Assim a escola se coloca como espaço privilegiado para o domínio dos conhecimentos básicos , enquanto a escola tem como sujeito o aluno e objeto o ensino , a creche e a pré­escola têm como objeto principal às relações   educativas   travadas   num   espaço   de   convívio   coletivo   visando   assim   um relacionamento entre todas as crianças de todas as faixas etárias tornando essa aprendizagem algo prazeroso onde acontece através de jogos e brincadeiras, pois assim a criança  aprenderá conceitos de uma forma mais fácil . No entanto cabe ressaltar a importância do profissional que irá  desenvolver esse  trabalho com a criança de 0 a 6 anos tendo como algumas das características   a   formação   específica   para   o   trabalho.   Deste   modo   é   preciso   colocar   os conhecimentos  acerca  da  educação  infantil  de  forma consistente  nos  cursos  de  formação inicial.  É  neste sentido que, para além de   formarmos profissionalmente os alunos destes cursos, futuros docentes, estaremos também formando pessoas conhecedoras de um direito social das crianças pequenas, já estabelecidas no campo profissional.

B ­OBJETIVOS GERAIS:

­ Promover aos alunos o entendimento sobre o que é gestão democrática;

­ Conscientizar os educandos da importância dos programas de atendimento as crianças menores de 6 anos;

­ Proporcionar aos alunos o entendimento sobre o que representa a proposta pedagógica na Educação Infantil;

­ Mostrar a eles de onde vem os recursos e qual é a quantidade que cada aluno recebe;

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­ Conscientizar os educandos sobre o momento histórico vivido pela criança no passado;

­ Propiciar a eles atividades em sala e fora da sala;

­ Conscientizar os educandos da importância das pré­escolas para as etapas posteriores.

­ Verificar como é o funcionamento e atendimento da educação infantil no município;

­ Conscientizar os educandos sobre a importância da parceria do governo para a educação infantil.

C­CONTEÚDOS:  

Gestão, organização política para a educação infantil.­ A trajetória legal para a construção da Educação Infantil como parte da educação básica;

Natureza e especificidade do trabalho pedagógico. ­ A concepção de infância construída na função pedagógica;­ os objetivos da educação infantil: desenvolvimento integral da criança de 0a6 anos;

Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de 0a6 anos.­ A criança nos três primeiros anos de vida;­ Desenvolvimento afetivo;­ Desenvolvimento visual, tátil e auditivo;­ Desenvolvimento motor;­ Desenvolvimento da linguagem;­ Desenvolvimento de espaço e tempo ;­ A construção da linguagem oral e da linguagem escrita ;­ A criança e o seu desenvolvimento de 4 a 6 anos;­O desenvolvimento contínuo dos aspectos afetivos, visual, tátil, auditivo, motor, de espaço e de tempo;­O letramento enquanto processo de aquisição do sistema escrito da sociedade;­ A alfabetização como conseqüência do trabalho conduzido globalmente;

O jogo, brinquedo e a brincadeira na educação infantil.­ O brincar­papel fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem da criança;­ A construção de brinquedos;­ Os jogos e sua classificação: jogos funcionais ou exercícios, jogos simbólicos, jogos de aquisição, jogos de construção, jogos de regras;

Particularidade   dos   processos   educativos   na   educação   infantil,   organização   curricular   , planejamento e avaliação .

­ Estrutura curricular para a educação infantil: linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, matemática, movimento, musica e artes visuais.­   Planejamento­organização   do   trabalho   pedagógico,   organização   do   espaço pedagógico, rotina na educação infantil;

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O trabalho pedagógico na educação infantil.­ Concepção de educação;­ Planejamento,­ Organização curricular;­ Gestão;­ Avaliação;

 Gestão Democrática.           ­ Autonomia e programas de descentralização;           ­ Relações entre o poder público e o privado;           ­ Implantação de programas;

Financiamento da educação no Brasil.                 ­ Origem e destinos das fontes de recursos;

 ­ Documentos que ampara legalmente a Educação Infantil;

Políticas públicas para a educação infantil e suas implicações para a organização do trabalho pedagógico.

           ­ políticas da educação para crianças de 0 a 6 anos no Brasil, o desafio 

e a construção da cidadania;

           ­ A situação da criança no Brasil e seu atendimento;           ­ Legislação;           ­ Proposta pedagógica na Educação Infantil;           ­ Participação das Instituições na Educação Infantil;

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Considerando a importância da Educação Infantil na formação da criança e sua inserção na sociedade e a preocupação do governo em formar mais profissionais para atuarem   na   Educação   Infantil,   o   que   queremos   com   nosso   curso   é   que   se   conheça   a necessidade e a importância de se tratar essas particularidades do trabalho pedagógico. No entanto devemos lembrar que para que isso aconteça faz­se necessário que os professores favoreçam a  construção  de   conhecimentos  pelas   crianças.  Para   isto,  durante   a   formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como os conhecimentos da área, o trabalho com essa disciplina acontecera através   de   entrevistas,   visitas,   coletas   de   dados,   discussão   sobre  FUNDEF  e  FUNDEB, leituras, montagens e atividades para a Educação Infantil, confecção de pastas, análise de textos. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos,   avaliação),   considerando   seus   conhecimentos   prévios,   suas   necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende­se que o conhecimento sistematizado 

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pela   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos   inclusos   idênticas   possibilidades   e direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais,   culturais   e   pessoas   efetivando­se   a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.

E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Quando   falamos   em   avaliação   no   trabalho   pedagógico   dos   futuros profissionais da Educação Infantil devemos ter em mente que a avaliação da aprendizagem se reveste   em   um   outro   sentido,   integrada   aos   pressupostos   da   proposta   pedagógica   que considera o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento aprendido e o mundo do trabalho.           Assim a avaliação deve proporcionar aos alunos a capacidade   de   pensar   criticamente   e   transformar   a   realidade   a   partir   dela,   construir explicações   possíveis,   estabelecer   relações   que   lhes   dêem   condições   de   atuarem politicamente e produtivamente de modo a transformar a realidade. No entanto a avaliação não deve ser vista como ato de punição. Será dada ênfase à avaliação diagnóstica e contínua durante toda a realização do trabalho, percebendo o interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos  alunos.  A dedicação aos   trabalhos  propostos  durante   as  aulas   será  de extrema importância. Por isso no decorrer dos mesmos, será  levado em consideração todo empenho   do   aluno   para   realização   das   atividades   durante   o   ano   letivo.   O   processo   de avaliação   acontecerá   através   de   exposição   de   trabalhos,   trabalhos   escritos,   seminários, debates, avaliações escritas e trabalhos extraclasse.

Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos  processos   formativos  do  aluno   .  Não   se  pode  perder  de  vista   a  necessidade  de  um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem. 

F ­REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

KRAMER, Sonia.  A política do  Pré­Escolar  no  Brasil:  A arte  do  disfarce –  São Paulo: Cortez, 2003.

Subsídios para credenciamento de instituições de educação infantil. Volume 1 Ministério da Educação e do Desporto .

OLIVEIRA, Zilma de Ramos. Educação Infantis Fundamentos e Métodos­São Paulo: Cortez, 2002.

CRAIDY, Carmem e Gládis E. Kaercher. Educação Infantil Praque te Quero?Porto Alegre: Artmed, 2001.

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Revista Pedagógica Pátio,  nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE.

Revista Professor nº1. Outubro 2003­ Ministério da Educação.

Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.

GARCIA, Leite Regina. Revisitando a Pré­Escola.São Paulo: Cortez, 1993.

Diretrizes   Curriculares  do   Estado   do   PARANÁ  –Curso   de  Formação  de  Docentes   – SEED/2006

 

   

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DISCIPLINA: – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO.

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As profundas modificações que têm ocorrido nomundo do trabalho trazem novos desafios   para   a   educação   e   sua   gestão.       São   mudanças   que   de   operam   no   plano econômico­social, ético­político,cultural e eudcacional. 

Os desafios educacionais, no mundo complexo em que vivemos, representam uma tomada de consciência das necessidades a serem assumidas e respondidas pela educação dentro de suas especificidades e limites.

Esta  proposição constitui­se,  essencialmente,  das  grandes  questões  que  são propostas à educação atual e à complexidade universal do presente momento histórico.

Considerando a educação em sentido amplo, podemos afirmar que ela envolve todas as instâncias sociais. Uma destas é a escola que possui, entre suas funções principais, a de transpor para a sala de aula os conhecimentos científicos e culturais, a fim de que, pela ação docente­discente, os educadores se apropriem deles com sentido para suas vidas. Essa tarefa é um desafio tanto para professores quanto para alunos.

Na   sociedade   atual,   exige­se   cada   vez   mais   criatividade,   diversidade, iniciativa,  responsabilidade  individual e coletiva.  Esta  é  a nova fórmula de sobrevivência social, por isso, a educação deve a ela corresponder e o processo ensino aprendizagem deverá passar   da   monocultura   escolar   para   o   multiculturalismo   a   fim   de   preparar,   senão tecnicamente, ao menos em seu espírito, os profissionais do futuro, para que possam fazer frente aos desafios que lhe são propostos.

Por isso, a instituição escolar é sempre uma expressão da estrutura social como um todo. A escola não existe em si e para si. Existe para cumprir uma função dentro dessa sociedade, respondendo a seus desafios.

Trata­se de pensar uma nova perspectiva, na formação do educador de uma forma mais abrangente, que inclua o interno e o externo da escola, o movimento de construção do conhecimento e do pensamento do aluno, ao mesmo tempo em que se vivencia a docência como pratica social comprometida com sua transformação.

Para que o educador desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que seja portador de um certo nível de conhecimento teórico que permita que sua prática seja indissociável da reflexão.

Diante disso, os educadores têm a grande responsabilidade de confrontar sua prática com uma séria reflexão e revisão dos objetivos que assumiu e que busca alcançar. Sem a práxis o educador corre o risco de se tornar reprodutor de um sistema, sem a menor crítica e sem oportunidade de confrontar idéias, para construir novas possibilidades de agir. 

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B ­ OBJETIVOS GERAIS:

­ Proporcionar ao aluno momentos de leitura, análise e reflexão para que possa compreender a importância de um trabalho pedagógico bem organizado, considerando a escola como um lócus onde se desenvolverá o processo de transformação social e a educação com a finalidade de formar pessoas capazes do exercício pleno da cidadania onde a formação do educando exige­lhe compreender a organização do sistema escolar brasileiro;

­  Promover   situações  onde os  alunos  possam analisar  criticamente  a  prática  pedagógica, compreendendo as novas  exigências educacionais  diante das   transformações  sociais,  bem como construir e fortalecer a identidade profissional dos futuros professores, por meio da aquisição   do   conhecimento   da   realidade,   dos   princípios   e   das   teorias   requeridas   pela formação profissional, assegurada por uma orientação científica e crítica, tendo em vista uma formação mais humana e preocupada com o desenvolvimento integral do ser humano;

­ Desenvolver no aluno a capacidade de entender como acontece a política educacional dentro das   unidades   escolares,   bem   como   ser   capaz   de   perceber   as   políticas   educacionais relacionadas   ao   contexto   sócio­econômico   atual   e   ainda   organizar   seus   conhecimentos compreendendo a educação como um segmento social que é extremamente determinada pelo contexto histórico de cada momento;

­   Propiciar   aos   alunos,   numa   perspectiva   crítica,   conhecimentos   básicos   referentes   à organização dos sistemas de ensino e da política educacional no Brasil e o acompanhamento da sua implementação, em nível de sistema e de unidade escolar. 

C ­ CONTEÚDOS

Organização do Sistema Escolar Brasileiro;_ Definindo Sistema e Sistema Escolar;_ Estrutura e funcionamento do Sistema Escolar;_ Níveis e modalidades de ensino;_ Aspectos legais;

Estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro;_ Níveis administrativos;_ Análise das atribuições da União, dos Estados e dos Municípios;_ Recursos públicos destinados a educação;

Fundamentos teórico­metodológicos do trabalho docente na Educação­Básica;

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_ Os princípios básicos do ensino;_ Processos didáticos:ensino e aprendizagem;_ A estruturação do trabalho docente;_ O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico;

Os paradigmas educacionais;_ Prática educativa e sociedade;_ Analise crítica da prática pedagógica;_ As tarefas da escola pública democrática;

Políticas para a Educação Básica_ Nacional, Estadual e Municipal;_ A reforma da Educação Básica dos anos 1990;_ Análise crítica das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação e dos Parâmetros Curriculares;

Financiamento da educação brasileira;_ Gestão da Educação Básica e a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação);

Gestão e organização do trabalho pedagógico;_ Gestão democrática da educação e da escola;_ Concepções de currículo e ensino;_ Projeto Político­Pedagógico: uma construção coletiva;_ O currículo e a organização do trabalho escolar;

O trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental;_ Planejamento da ação educativa;_ Avaliação da aprendizagem escolar;_ Modalidades avaliativas e seus objetivos;_Avaliação Formativa e seu sentido de melhoria do processo de ensino­aprendizagem;

CONTEÚDOS COMPLEMENTARESProjeto Afro:

_Análise de textos;_Dinâmicas;

D ­ METODOLOGIA:

Parte­se do pressuposto que o objeto da educação diz respeito a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que se tornem humanos. Nesse sentido, a escola configura uma situação privilegiada, a partir da qual se pode detectar a dimensão pedagógica que existe no interior da prática social, sendo o papel da escola, socializar o saber sistematizado.

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Pela mediação da escola, acontece a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, tratando­se de um movimento dialético, isto é, o objeto do trabalho pedagógico é  o conhecimento como construção.A função e o objetivo   do   ato   pedagógico   é   a   ampliação   do   saber   dos   educandos   sobre   determinada realidade.

No confronto entre o saber do educando e o saber da humanidade, o educando amplia   o   seu   saber   e   constrói   capacidades   e   aptidões   sociais,   afetivas   e   cognitivas, compreendendo criticamente o contexto no qual vive, e desse modo participa ativamente da vida social.

Essa visão de educação dá condições e reforça a construção de uma sociedade de inclusão, possibilita a efetivação na prática de uma escola pública de qualidade para todos, envolvendo   a   organização   do   processo   de   aprendizagem   por   meio   da   flexibilização   e adaptações curriculares (conteúdos, métodos,  avaliação) considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social.

Assim   a   educação   escolar   deve   oportunizar   aos   alunos   inclusos   idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e efetivando­se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A   avaliação   da   aprendizagem   deve   ser   entendida   como   um   processo organizado,   como   um   conjunto   de   fases   que   se   condicionam   mutuamente   e   têm   uma ordenação seqüencial. A avaliação, tradicionalmente vista como sinônimo de controle, como momento de aplicação de provas, instrumento de julgamento e classificação do aluno, precisa ser revista e instaurada de forma mais abrangente, como parte do processo pedagógico, que permitam   aos   agentes   escolares   decidir   sobre   intervenções   e   ajustes   que   se   fizerem necessários, em fase do projeto educativo.

A   avaliação   deve   contribuir   para   o   pleno   desenvolvimento   dos   alunos, assumindo o compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão dos educandos e não de exclusão deles.Para isto, se faz necessário assumir uma concepção de avaliação,   que   implica   o   entendimento   do   indivíduo   no   contexto   social   como   ser   em movimento e em construção.

Disso decorre que só é possível garantir qualidade para todos quando a escola assumir uma avaliação formativa e inclusiva, que não legitima o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas que priorizem a especificidade dos processos formativos do aluno.

Nesse   sentido  não   se   pode  perder   de  vista   a   necessidade  de  um  trabalho conjunto e interligado que se concretize interdiciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e a especial.

Entendendo  a   avaliação  como um processo  contínuo,  pretende­se  além de provas   escritas,   avaliar   o   desempenho   dos   alunos   nos   debates,   seminários   e   pesquisas, levando em consideração a compreensão, participação e capacidade de análise crítica. 

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F­ BIBLIOGRAFIA:

DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa, Campinas, São Paulo­ Autores Associados, 1999.

Diretrizes Curriculares do curso de Formação de Docentes, SEED, 2006.

FREITAG, Bárbara.Escola, Estado e Sociedade.7ªed.São Paulo:Centauro, 2005.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico­ Critica, Campinas, São Paulo, Autores Associados.  2002.

IRIA, Brzezinski (org). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam.9ed. São Paulo: Cortez, 2005.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática, São Paulo, Cortês, 1990.

LUCKESI, Cipriano Carlos.  Avaliação  da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições .2ed. São Paulo: Cortez, 1995.

PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública, São Paulo, Ática 2001

PILETTI, Claudino. Didática Geral, São Paulo, Ática, 1988

PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental, São Paulo, Ática, 2001

SAVIANE, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 15ed.Campinas: Autores Associados, 2004.

________________ Escola e Democracia, São Paulo, Cortês, 1984.

________________ Pedagogia histórico­ crítica: primeiras aproximações, Campinas, São Paulo, 2002.

SHIROMA, Eneida Oto. Política Educacional, Rio de Janeiro, DP&A, 2002

VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental, São Paulo:Cortez ,2002.

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DISCIPLINA: LITERATURA INFANTIL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O ato de ler,  antes restrito a ambiente fechado, hoje, acontece em todos os 

lugares. Lê­se em casa, mas lê­se também nos bancos das praças, nas ruas, nos ônibus, no 

metrô, nos aviões. E alem de textos nas mãos, o individuo recebe outras mensagens escritas: 

placas, avisos luminosos, outdoors.\

Nos últimos dois séculos, a literatura passou a estar indissociavelmente ligada 

á escrita. E a historia do homem, na era moderna e contemporânea, ela é toda pontuada por 

documentos escritos.

São   muitas   e   diferentes   as   circunstâncias   da   vida   e   por   isso   as   pessoas 

produzem suas   literaturas  de  modo diversificado.  Todas  as   formas  de   ler   são  relevantes, 

devendo, pois ser contempladas.

Cabe a escola, formalmente, estabelecer relações entre literatura e individuo, 

ou melhor, entre a literatura/escrita e a criança, aprofundando os níveis de desempenho.

O   mundo   da   literatura   tem   muitas   facetas.   Lê­se   para   ampliar   os   limites 

próprio   conhecimento,   para   obter   informações   simples   e   complexa;   lê­se   em   busca   de 

diversão e descontração e, por meio da literatura e ficção e da poesia, lê­se para chegar ao 

“prazer do texto”.

São muitos os gestos de leitura e diferentes textos que circulam nas instruções 

e   grupos   sociais.   Obras   teóricas,   menos   e   mais   complexas   juntam­se,   em   estantes   de 

residências e até  em bibliotecas escolares, a manuais didáticos. Textos  literários referidos 

acabam convivendo com escritas voltadas ao puro entretenimento. Versões simplificadas de 

obras   clássicas dividem o mesmo espaço com os originais que lhe deram a vida. Além de 

revistas, quadrinhos e jornais, os textos que aparecem na mídia eletrônica estreitam mais e 

mais seus laços com os produtos “tradicionais”.

Podemos   estabelecer   como   princípios   norteadores   da   literatura   infantil:   a 

caracterização da literatura do ponto de vista da linguagem e a distinção entre literatura geral 

e infantil.

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Sabe­se que a linguagem do dia­a­dia, e a dos textos informativos procura ser 

mais objetiva; já na literatura a linguagem possui uma intenção ou varias explicitas. Usando 

de metáforas a linguagem literária perde de vista o significado imediato e exige para si a 

multiplicidade deles.

Não há  como distinguir  a  Literatura  infantil  da Geral.  Cabe a escola optar 

entre  uma literatura  infantil  com preocupações pedagógicas e uma literatura  infantil  com 

preocupações   estéticas,   resgatando   dessa   forma   a   maioridade   conferida   única   e 

exclusivamente a literatura geral.

A literatura infantil no curso de formação de docentes deve levar o aluno antes 

de tudo a ser leitor, pois para formar leitores o professor deve antes de tudo de gostar de ler 

para poder trabalhar bem a literatura.

O professor  precisa   ler  muito  para  os   alunos,   ler   com eles,   saber  ouvir   a 

leitura, ainda que tímida e descompassada, que os alunos façam estudos de textos que eles 

mesmos produziram.

Entrando   em  contato   com  os  diferentes   tipos  de   textos   literários   o   futuro 

professor terá condições teóricas e metodológicas de desenvolver um programa de literatura.

B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­  Saber  utilizar  diferentes   fontes  de   informações   e   recursos   tecnológicos  para  adquirir  e construir conhecimentos numa perspectiva histórica priorizando esta  modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.

­  Compreender   a  Literatura   Infantil   como desenvolvimento   integral  para   a  promoção  do indivíduo levando­o a construir valores sociocultural e respeitar a sociodiversidade. 

­ Utilizar métodos de pesquisa e dar ênfase a produção de textos, interpretando e conhecendo as diferentes correntes literárias. 

 

­   Estudar   e   compreender   as   transformações   ocorridas   na   prática   da   Literatura   Infantil entendendo a Educação contemporânea necessária.

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C ­ CONTEÚDOS.

Contexto histórico da Literatura Infanto Juvenil:

_ Natureza mito poética na infância da humanidade e na infância  do homem;

Narração oral­ o mundo simbólico das fadas:

_ A importância do contador de histórias;

O universo da poesia para as crianças:

_ Cecília Meireles e Sidónio e outros;

Monteiro Lobato:

_ Realidade e imaginário:

A formação do conceito de infância  no educador:

_Lygia Bojunga Nunes;

_ Ana Maria Machado e outros;

Os clássicos reinventados:

      _ Panorama atual na narrativa e na poesia;

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A disciplina Literatura Infantil da terceira serie, da formação de docente se estruturara em torno da questão: Como se constitui o trabalho na Literatura Infantil e como este deve ser realizado,  bem como sua fundamentação teóricos.

Optar   por  uma  metodologia  que  priorize  o   ensino  da  pesquisa,   isto   e,     o questionamento   construtivo,   visando   aprimoramento     do   conhecimento   já   adquirido     no percursos escolar de cada educando. Levando o aluno a perceber que a escola e um espaço aberto para   o conhecimento, cheio de oportunidades, tendo no professor       um orientador motivador,    o  educando   deixara  de  ser  mero  espectador    para  ser  parceiro  de   trabalho, buscando, juntos, a inovação     dos conhecimentos( aprender a aprender) e no decorrer do processo   de   formação,   aprender   a   ser   critico,   autentico,   produtivo,   ativo,   consciente, participativo, tendo o domínio do conteúdo teórico e pratico.

Trabalhar em grupo sempre que possível esta forma de trabalho, proporciona uma melhor intervenção entre os alunos.

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O   docente   atuara   como   elemento   esclarecedor   nas   possíveis   dúvidas, mantendo  o  cuidado  para  não  desestimular  o   aluno.  Oferecendo  ao  educando  atividades construtiva tanto mental como física,que possa permitir o educando a interpretar a realidade e construir   significados,   e   ao  mesmo   tempo     construir  novas  possibilidades  de  ação   e  de conhecimento.

E ­ CRITERIOS DE AVALIAÇAO ESPECIFICO DA DISCIPLINA:

A dinâmica da educação transforma a cada momento todos os campos de atividade humana, essencialmente o conhecimento.

Avaliar  conteúdos aprendidos por diferentes alunos com os mesmos critérios  não pode   ser   compreendido   como   fundamento   de   uma   sociedade   que   vive   um   tempo   de mudanças e transformações.

  É   importante   ressaltar   que,   a   avaliação  é   pensada     como  um processo.  Tem  a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos. 

A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientado por   objetivos   inicialmente   propostos.(A   avaliação   será   realizada   através   de:   pesquisa, trabalho  em grupo,   confecção de   livros   resgatando a   literatura  oral,  debate,  discussão e analise crítico de livros literários.).

F_ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 ASSMAN, Juraci (org.) Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano de ação. Porto Alegre: Artmed, 2001.  

LAJOLO, M. e Zilberman, R. Literatura Infantil Brasileira: Historia & Historia: São Paulo: Ática, 1988.

YUNES, Eliane e Ponde, Gloria. Leitura e Leitura da Literatura Infantil, São Paulo: FTD, 1989. 

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CUNHA, Maria Antonieta Antunes Literatura Infantil – Teoria & Pratica. Ática 1988.

FANNY, Abramovich, Literatura Infantil, Gostosura e Bobices. Scipione

ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola. São Paulo, Global, 1981.

Diretrizes Curriculares do Curso se Formação de Docentes. SEED/ 2006

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DISCIPLINA: METODOLOGIA DE PORTUGUÊS/ALFABETIZAÇÃO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Partindo da premissa de que a educação profissional tem compromisso com a formação  humana  dos  alunos,   a   qual   requer   a   apreensão  dos   conhecimentos   científicos, tecnológicos   e   histórico­sociais   pela   via   escolarizada,   a   disciplina  de  didática   da   língua portuguesa/Alfabetização  visa   desenvolver   no   aluno,   do   curso  de   formação  de  docentes, conhecimentos sobre a linguagem e a linguagem escrita.

A   leitura   e   a   escrita   atuam   como   instrumentos   básicos   e   ferramentas necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento acumulado, registrado no código escrito. Assim, a prioridade da escola básica é promover no indivíduo, a aquisição da leitura   e   da   escrita,   na   sua   forma   mais   completa,   de   modo   a   possibilitar   o   exercício competente do entendimento e da expressão escrita na Língua Portuguesa.

A questão fundamental é trabalhar com uma concepção de alfabetização ligada a uma concepção de linguagem e a uma concepção de linguagem escrita.

Um dos caminhos para o desenvolvimento deste trabalho pode ser o estudo das diferentes propostas de alfabetização e ensino de Língua Portuguesa utilizados, analisando, com os futuros professores, os procedimentos de cada um deles, de forma a evidenciar os pressupostos teóricos que os sustentam; explicitar a concepção de ensino e de aprendizagem, a concepção de língua escrita e a corrente da psicologia a que estão atrelados.

 A concepção de língua escrita como um sistema de representação em que a grafia das palavras e seu significado estão associados, encaminha o processo de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa para além do mero domínio do sistema gráfico, propondo um efetivo domínio da língua escrita, tomada na sua totalidade.

O   futuro   professor   precisa   entender   a   leitura   e   a   escrita   como   atividades sociais   significativas,   sustentando­se,   por   conseguinte,   em   atividades   pedagógicas   que envolvem   o   uso   da   língua   em   situações   reais,   através   de   textos   significativos   e contextualizados. Nesta direção, o domínio do sistema gráfico é parte de um processo mais amplo.

Uma ação pedagógica pressupõe, além da concepção de língua, de escola, de educação e de sociedade, o conhecimento da diferentes dimensões da alfabetização.Portanto não se forma o professor alfabetizador apenas com a disciplina Metodologia do Ensino de Português  e  Alfabetização, mas com a articulação desta  com as  diferentes disciplinas do currículo do curso de  formação.  Há  que  se buscar  a  necessária  unidade   teórica entre  as diversas   disciplinas   estudadas   durante   o   curso.   A   formação   do   futuro   professor   exige profundo domínio teórico de modo que as disciplinas desenvolvidas no curso contribuam para a compreensão do homem como ser histórico e para uma leitura mais abrangente da realidade.

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É   necessário   que   os   futuros   docentes   compreendam   a   existência   de   uma relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, idéias pedagógicas e a concepção do objeto do conhecimento, ou seja, a Língua Portuguesa.

Outro aspecto que deve ser considerado na formação dos docentes é o fato de que as diferenças econômicas, culturais e sociais determinam homens diferentes.

Desta   forma,   a   ação   pedagógica   não   pode   deixar   de   levar   em   conta   tais diferenças. Contudo, não se há de, ingenuamente, acreditar que estas impossibilitam qualquer aprendizagem   ou   que   a   escola   possa   suprir   todas   as   desvantagens   determinadas   pelas condições sociais.

É   preciso   ainda   destacar   as   contribuições   da   Lingüística   no   preparo   dos docentes,   garantindo   aos   futuros   mestres   noções   básicas   como:   conceito   de   texto, características do sistema gráfico da Língua Portuguesa, vogais e consoantes na sua dimensão gráfica  e   fonética,  padrões   silábicos  da  Língua,   tipologia   textual,   funções  da   linguagem, trama dos textos, unidade temática, consistência argumentativa, coerência, unidade estrutural, coesão,   emprego   da   norma   padrão,   adequação   lexical,   redundâncias   e   repetições, ambigüidade,   respeito   às   convenções   do   código,   relação   oralidade­escrita,   variações lingüísticas  e  uso adequado de  recursos gráficos.  E como considerar  didaticamente estas questões enquanto direcionador do processo de aquisição da leitura e da escrita.

Do   ponto   de   vista   de   uma   proposta   metodológica   de   Língua   Portuguesa, propõe­se que a prática pedagógica leve em consideração três grandes eixos: compreensão da função social da leitura e da escrita; aquisição da leitura e da escrita; domínio do sistema gráfico.  Estes  eixos  não significam etapas  sucessivas;  deverão constituir­se  num trabalho distinto, mas não disjunto.

O   futuro   docente   deve   estar   preparado   para   criar   uma   prática   rica   em estimulações  e   significações,  garantindo,  no  interior  da escola,  a   forma de  aprender  que acontece fora dela, ou seja, pela interação entre os sujeitos. O trabalho que envolve a leitura e produção   de   textos   representa   o   caminho   mais   coerente   para   efetivar   o   processo   de alfabetização e de ensino da Língua Portuguesa. Paralela a leitura e produção de textos deve ser trabalhada também a oralidade, pois é um aspecto que precisa ser desenvolvido, através de situações significativas, ricas e variadas. 

B ­  OBJETIVOS GERAIS:

­   Possibilitar   aos   alunos   do   curso   de   Formação   de   Docentes   o   domínio   dos   conteúdos necessários   para   entenderem/executarem o  processo  de   ensino  da  Língua  Portuguesa  na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental;

­ Compreender a história da alfabetização a fim de entender seu processo de desenvolvimento na sociedade e refletir sobre as práticas pedagógicas e métodos de ensino;

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­ Conhecer os aspectos políticos e ideológicos da alfabetização, para que possa refletir sobre a teoria e a prática;­  Propiciar  o  conhecimento das concepções do processo de alfabetização do Brasil,  bem como a situação atual e perspectivas, fazendo um paralelo entre a atual e as anteriores, para que possam refletir sobre o ensino­aprendizagem;

­ Compreender a importância do pensamento e da linguagem no processo de alfabetização;

­   Proporcionar   o   conhecimento   da   história   da   escrita   como   um   processo   natural   do desenvolvimento; reconhecendo a importância da linguagem oral para aquisição da escrita, valorizando o vocabulário infantil;

­   Entender   a   variação   lingüística   de   cada   indivíduo,   compreendendo   o   valor   social   da linguagem, reconhecendo a leitura e a escrita como atividades sociais significativas;

C ­ CONTEÚDOS:

A leitura e a escrita como atividades sociais significativas;

Linguagem e sociedade;

Concepção de variação lingüística.

Pressupostos teóricos – metodológicos da;

Leitura;

Escrita;

Análise escrita dos processos de alfabetização;

Procedimentos metodológicos na alfabetização;

Análise critica de materiais didáticos de alfabetização.

Contribuição  das   diferentes  Ciências   na   formação  do  professor   de  Língua  Portuguesa   e Alfabetização;

Concepção de ensino e aprendizagem;

Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita;

Análise critica dos diferentes processos de Ensino da Alfabetização;

Concepção de linguagem, língua escrita, alfabetização e de letramento;

Diferentes programas de Alfabetização desenvolvidos no Brasil.

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Considerações   teóricas   –   metodológicas   para   a   prática   pedagógica   de   Alfabetização   e letramento;

Análise de materiais didáticos de alfabetização;

Papel da escola como promotora da alfabetização e letramento;

Como alfabetizar letrando;

História da escrita;

Processo de avaliação.

Leitura e escrita de atividades sociais significativas;

Conceito de texto, leitura e escrita;

Padrões silábicos da Língua;

Noções básicas de fonéticas;

Procedimentos metodológicos da leitura e escrita;

Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;

Leitura e interpretação;

Produção e reescrita de textos;

Análise Lingüística;

Atividades de sistematização pra o domínio do código escrito;

Análise   critica   dos   materiais   dos   materiais   didáticos   do   ensino   da   Língua Portuguesa.

Projeto “Feira de Ciências”;

 Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados e apresentação    ao público;

Projeto “Afro”;

 Leitura e discussão de textos;

Projeto “Festival de Artes”;

 Danças, Músicas, Teatros trabalhos manuais.

D –METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

O   encaminhamento   metodológico   da   disciplina   se   fará   através   de   leitura, pesquisa,  debates  a   fim de  trabalhar  com uma concepção de  alfabetização  ligada  a  uma concepção de linguagem escrita analisando e discutindo diferentes propostas de alfabetização 

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e   ensino   da   língua   portuguesa,   evidenciando   pressupostos   teóricos   e   metodológicos explicitando a concepção de ensino e aprendizagem.

Serão   também analisadas   as   formas  de   alfabetizar   nas   escolas,  Campo  de Estudo bem como as atividades propostas, buscando assim, um repensar e um reorganizar sua postura pedagógica.

O   trabalho   deverá   ir   além   dos   métodos   tradicionais   e   da   Psicogênese   da Língua Escrita;  deve­se priorizar  a  articulação das diferentes disciplinas  que compõem o currículo do curso. Há que se buscar a unidade teórica entre as diversas disciplinas do curso.

O   desenvolvimento   de   uma   prática   educativa   de   melhor   qualidade   só   é possível no momento histórico atual, a partir do momento que a escola pública estiver aberta a toda população que nela tem acesso, e os alunos inclusos deverão ser oportunizados com os mesmos direitos ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, os conteúdos, métodos   e   avaliação   serão   flexíveis   acolhendo   a   todos   levando   em   consideração   seus conhecimentos, e necessidades, efetivando assim a igualdade em condições semelhantes aos demais.

E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação da  aprendizagem deverá   ser   integrada  aos  pressupostos  da  proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista.

Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.

As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida.

A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento.

A escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de   atuar   política   e   produtivamente   de   modo   a   transformar   a   realidade;   assumindo   uma avaliação   formativa,   inclusiva,   que  não   legitime  o   autoritarismo e,   integrada  às   práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.

Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial.

Portanto,   na   disciplina   de   Metodologia   do   Ensino   da   Matemática   o   aluno   será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito, análise e discussão de 

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textos,   realidade  observada  nas   escolas   que  ofertem ensino  de  1ª   a  4ª   série   e   educação infantil, avaliação escrita, contextualização dos métodos de ensino.

F  – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SOUZA, Maria Alice S. e Silva. Construindo a Leitura e a Escrita. São Paulo: Ática, 1994.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: A Alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez, 1991.

FERREIRA, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1993.

FERREIRA, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1986.

FERREIRA, Emília. Reflexão sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1988.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o BÁ – BÉ – BI – BÓ – BU. São Paulo: Scipione, 1998.

RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA­ENSINO MÉDIO INTEGRADO.

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Tendo em vista a necessidade de superar o modelo conteudista de ensino da 

Escola Nova, Tradicional, Tecnicista e Construtivista, cujo modelo é a mecanização através 

da repetição de atividades sócio­intelectuais, vimos a necessidade de se investigar a relação 

entre o conteúdo e o método, processo­produto, pois o educador necessita trabalhar, não só o 

conhecimento cientifico em sua forma mais elaborada, mas como o desenvolvimento e suas 

formas de utilização na prática.

A Metodologia do Ensino da Matemática deverá   trabalhar os conteúdos, as 

formas, os métodos e as técnicas de forma a superar a polaridade entre a teoria e a prática, 

sujeito  e  objeto,  concreto e  abstrato,  promovendo unidade dialética  através  da  tonalidade 

entre ambas.

A educação na área da matemática deve estar  voltada para a superação do 

saber fazer e, ao mesmo tempo, desenvolver formas que passem a exigir a incorporação do 

pensamento de caráter cognitivo mais elaborado, isto é, como o domínio de análise e síntese 

estabelecendo relações internas como conteúdo matemático e demais ciências, resolução de 

situações – problemas, compreensão e agilidade nos cálculos e/ou algoritmos, interpretação 

de problemas sociais, o raciocínio lógico – formal e dialético aliado a produção tecnológica e 

também, as diversas formas de desenvolvimento do relacionamento humano e solidário.

Esta   deverá   adotar   pressupostos   teóricos   –   metodológicos   que   articulem 

conteúdos   e   métodos,   o   ensino   da   matemática   deverá   privilegiar   o   desenvolvimento   da 

ciência   e   da   tecnologia   nos   fundamentos   de   suas   produções   e   aprimorar   o   pensamento 

reflexivo para que possamos pensar e interferir na realidade humana.

B  – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Compreender a concepção de ciência e tecnologia determinadas pelas relações sociais e 

produtivas;   recuperando   o   conteúdo   e   a   linguagem   matemática,   o   raciocínio   lógico   – 

matemático e o método adequado para cada conteúdo;

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­ Conhecer métodos de ensino que tem como ultimo elemento o processo de abstração;

­  Buscar   o   desenvolvimento   intelectual   promovendo   sua   autonomia,   através   da   leitura   e 

interpretação de   textos  matemáticos,   expressando­se  através  da  matemática,   incentivando 

estratégias variadas de resolução de problemas,  habituando­se à  procura dos porquês dos 

fatos estimulando a argumentação;

­ Proporcionar conhecimento ao aluno através da modelagem matemática, para tornar­se mais 

consciente da utilidade da matemática para resolver e analisar problemas do dia­a­dia, para 

compreender a dicotomia existente entre a matemática escolar formal e a sua utilidade na 

vida real.

­   Compreender   a   matemática   dos   diferentes   grupos   culturais,   valorizando   os   conceitos 

matemáticos informais construídos, através de suas experiências fora do contexto escolar;

­ Conhecer a construção histórica do conhecimento matemático, compreendendo a evolução 

dos conceitos e da tecnologia enfatizando as dificuldades inerentes a essas dificuldades, onde 

se têm revelado as mesmas apresentadas pelos alunos no processo de aprendizagem;

­   Adquirir   autoconfiança   na   sua   capacidade   de   criar   e   fazer   matemática,   dessa   forma, 

deixando   de   ser   um   conhecimento   pronto   e   simplesmente   transmitido,   fazendo   parte 

integrante do processo de construção de seus conceitos matemáticos,

C– CONTEÚDOS:

Concepções de ciência e de Conhecimento Matemático;

Escolas: Tradicional, Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico – critica;

Pressupostos teóricos – metodológicos do ensino e aprendizagem de matemática;

O desafio de ensinar matemática;

O método de ensino;

Matemática X Cotidiano;

Matemática em tempo de game;

Como ensinar matemática hoje? Resolução de problemas, Modelagem Matemática,

Etnomatemática, História da Matemática, Alfabetização Tecnológica, Jogos e Desafios;

Conceitos matemáticos;

Linguagem matemática e suas representações;

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Cálculos e/ou Algoritmos.

Pressupostos teóricos – metodológicos da Alfabetização Matemática;

           ­ Métodos de ensino;

Conceito e construção de número;

Classificação e Seriação;

Sistema de numeração decimal;

Números decimais;

Números racionais;

Geometria;

 Medidas;

O conhecimento humano.

Análise critica de livros e materiais de ensino.

Confecção de material didático.

Projeto “Feira de Ciências”;

Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados, e apresentação ao público;

Projeto “Afro”;

Leitura de textos e discussão;

Projeto “Festival de Artes”;

Músicas, Danças, Teatros, Trabalhos manuais.

D  – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A metodologia para o ensino dos conteúdos matemáticos será  através da relação 

teoria  e  prática,   sujeito  objeto,  concreto  abstrato,  promovendo a  unidade dialética,  numa 

totalidade,   estimulando   dessa   forma   uma   aprendizagem   contextualizada,   associada   a 

apreensão da totalidade enquanto modo de produção da vida em sociedade, onde não mais 

valorizará a repetição a mecanização, valorizará o processo de construção do conhecimento e 

o desenvolvimento do raciocínio lógico­formal.

O aluno será levado a saber fazer e dessa forma incorporará o pensamento de caráter 

cognitivo mais elaborado.

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Será estimulado a confrontar a teoria e a prática, a observação do ensino de 

matemática nas escolas Campo de estudo onde confrontará com as metodologias estudadas e 

reelaborar sua prática pedagógica contextualizando os conteúdos desenvolvidos socialmente.

Pretende­se   que   o   aluno   através   dessa   metodologia   de   ensino   elabore   o 

pensamento reflexivo concreto e identifique que o processo de conhecimento vai além da 

relação do homem com o  conhecimento,  ele  se   fará  das   relações  sociais  e  históricas  do 

trabalho humano.

Este   trabalho   privilegiará   também   a   pesquisa,   leituras,   apresentação   de 

trabalhos,   discussão,   análise   de   livros   didáticos,   conteúdos,   metodologias   e   materiais 

didáticos   utilizados,   de   modo   a   acolher   todos  os   alunos   em  formação   possibilitando   as 

adaptações   curriculares   se   necessário,   considerando   seus   conhecimentos   prévios   suas 

necessidades   lingüísticas  diferenciadas  e  o  contexto social;  devendo oportunizar   todos  os 

alunos inclusos as mesmas possibilidades e direitos ainda que apresentem diferenças sociais, 

culturais e pessoais.

E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

  A avaliação da aprendizagem deverá  ser  integrada aos pressupostos da proposta 

pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre 

o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida 

numa matriz teórica tradicional e positivista.

     Para tanto, deve­se situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para   que   possamos   compreender   e   contextualizar   melhor   as   suas   práticas   avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.

         As   ações   que   se   revestem deste   caráter   se   explicitam quando  o  professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida.

     A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento.

     A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.

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Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial.

Portanto,   na  disciplina   de  Metodologia   do  Ensino   da   Matemática   o   aluno   será 

avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito, análise e discussão de 

textos,   realidade  observada  nas   escolas   que  ofertem ensino  de  1ª   a  4ª   série   e   educação 

infantil, avaliação escrita contextualização e métodos de ensino e avaliação escrita.

F– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TOLEDO, Marília; Toledo Mauro. Didática da Matemática: Como dois e dois: A construção 

da matemática. São Paulo: FTD, 1997.

ROSA, Ernesto Neto. Didática da Matemática. São Paulo: Ática. 1995, 7ª edição.

CARVALHO,   Dione   Lucchesi   de.   Metodologia   do   Ensino   da   Matemática.   São   Paulo: 

Cortez, 1991.

CARRAHER, Terezinha et alii. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.

CANDAU, V.M. A didática em questão. Rio de Janeiro. Vozes, 1986.

GASPARIN,  João Luiz.  Uma didática  para  a  pedagogia  histórico­critíca.  Campinas,  SP: 

Autores Associados, 2003.

SAVIANI, Demerval.Pedagogia histórico­critíca. Campinas, SP: Autores associados, 2003.

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DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Cabe ao educador, da disciplina metodologia do ensino de história promover a 

realização de aprendizagem com o maior grau de significado possível uma vez que esta nunca 

é absoluta – sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e 

as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui.

A aprendizagem significativa   implica  sempre  em alguma ousadia:  diante  do 

problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá­las. Fatores e processos 

afetivos,  motivacionais   e   relacionais   são   importantes   nesse  momento.  Os   conhecimentos 

gerados na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno 

tem na escola, do professor e de si mesmo, nas suas motivações e interesses, em seu auto 

conhecimento e  em sua auto­estima.  Assim como os significados construídos pelo aluno 

estão destinados a ser substituídos por outros no transcurso das atividades, as representações 

que o aluno tem de si e de seu processo de aprendizagem também. É fundamental, portanto, 

que   a   intervenção   educativa   escolar   propicie   um   desenvolvimento   em   direção   à 

disponibilidade exigida pela aprendizagem significativa.

Se  a   aprendizagem  for  uma experiência  de  sucesso,  o   aluno constrói  uma 

representação de si mesmo como alguém capaz.  

A aprendizagem é  condicionada, de um lado, pelas possibilidades do aluno, 

que  englobam  tanto  os  níveis  de  organização  do  pensamento  como os  conhecimentos   e 

experiências prévias, e, de outro, pela interação com os outros agentes. 

Posicionar­se com visão crítica da realidade enquanto totalidade, vinculando o 

homem ao seu desenvolvimento social  e a relação entre a noção de tempo e espaço pelo 

educando dando ênfase a fatos históricos, geográficos, políticos, sociais e econômicos da 

humanidade.

Nessa trajetória, o papel do educador e das interações sociais nas atividades torna­se, sem 

dúvida, elementos centrais nos debates sobre aprendizagem de história. 

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B  – OBJETIVOSGERAIS DA DISCIPLINA:

­ Analisar a metodologia do ensino de  história numa perspectiva histórica priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.

­ Compreender a didática do ensino de  historia como desenvolvimento integral para a promoção do indivíduo levando­o a construir valor sociocultural e respeitar a sociodiversidade. 

­ Adequar a metodologia, tomando a realidade do aluno como ponto de partida, estabelecendo mediação entre o saber cientifico  e o senso comum. 

 C – CONTEÚDOS:

História e memória social:

_ As finalidades do ensino de História na sociedade brasileira contemporânea;

A transposição didática da história:

_ A compreensão e explicação histórica;

Relação entre a construção da noção de tempo e espaço:

_Leitura do mundo da criança;

O trabalho com as fontes históricas:

Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do Ensino Fundamental:

Planejamento, seleção e avaliação em historia:

Análise crítica do material didático:

D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Com   base   na   identificação   dos   diferentes   ritmos   de   duração   do   tempo histórico,   buscamos   a   compreensão   das   relações   de   continuidade   e   descontinuidade, permanência e mudanças, propondo uma análise histórica reversível, ou seja, que vá  do presente para o passado, deste volte para o presente e, partindo do passado e do presente, discuta noções de futuro.

Levamos em conta o fato que todo documento é uma representação do real e não propriamente o real. Por isso, todo documento estará reproduzindo a visão de mundo de quem o  produziu.  O   conhecimento  histórico  é   construído   em uma  determinada  época, comprometido com questões de seu próprio tempo. É um conhecimento que envolve escolha de   abordagem,   reflexão  e  organizações  de   informações,  problematização,   interpretação, análise, localização espacial e ordenação temporal de uma série de acontecimentos da vida 

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coletiva  que   ficaram registrados,  de  algum modo por  meio  de  escritas,  desenhos  entre outros... e portanto   a   abordagem construtivista integra, num único esquema explicativo, questões  relativas ao desenvolvimento individual e à pertinência  cultural, à construção de conhecimento e a interação social. Considera o desenvolvimento pessoal como o processo mediante o qual o ser humano assume a cultura do grupo social a que pertence.

minários e exposições de trabalho.   .   No entanto, levaremos os educandos a trabalhar   com   análise   crítica   dos   livros   de   didáticos   e   texto,   confecções   de   materiais didáticos,  o   resgate  da  História  e  Memória  Social   através  de  grupo de  estudo,  debate, apresentação em forma de se

 E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:

A avaliação é indissociável do processo de construção do conhecimento. Ela se caracteriza por ser formativa e processual, pois considera os progressos, as dificuldades, os bloqueios, os erros e acertos ao longo  da prática  de ensino­ aprendizagem.

As formas de praticar a  avaliação   variam de acordo com os interesses do sistema educacional  e  a necessidade de seu grupo. Onde os alunos serão convidados a expor oralmente os resultados de suas descobertas, com base nos trabalhos desenvolvidos, e dialogar   constantemente   com   os   colegas   e   professor   para   levar   suas   hipóteses   ao conhecimento   de   todo   o   grupo   e   referendá­las   ou   reformulá­las,   conforme   o desenvolvimento das discussões.

A partir  dos  estudos  desenvolvidos,   terão que  ser  capazes  de   se   situar  no tempo presente reconhecendo diversidades e proximidades com modos de vida,  cultura, crenças, relações sociais e econômicas dos indivíduos e das comunidades de seu próprio tempo e espaço.

É  necessário ainda que se  identifique a participação de outros sujeitos e  a existência de outros acontecimentos e de outros tempos relacionados à dinâmica da vida atual.

F ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 PENTEADO, Heloísa Dupas, Metodologia de Ensino de Historia e Geografia. São Paulo: Cortez, 1991.

LEME, Dulce M. P. e outros. O ensino de Estudos Sociais. São Paulo: Atual, 1986. 

NEVES, Maria A. Mamede. Ensinando e Aprendendo Historia. São Paulo: EPU – CNPq, 1985. 

LEGOFF, J. História e memória. São Paulo: Unicamp, 1992.

CARDOSO, Ciro F. S. Uma introdução à história. São Paulo: brasiliense, 1988. 

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

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DISCIPLINA: – METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA ­  ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Ensinar didática do ensino de Geografia no contexto da pós­modernidade, na qual  as   tecnologias   invadem nosso  cotidiano e  o   espaço  se   reorganiza  num processo  de continuas mudanças, não é uma tarefa fácil.

A tecnologia principalmente através dos meios de comunicação vem invadindo a   vida   dos   alunos   cada   vez   mais,   e   a   escola   precisa   assumir   o   importante   papel   de instrumentalizá­los   no   processo   de   leitura   do   mundo,   propiciando   a   construção   do conhecimento através de conteúdos que expressem valor no contexto atual.

Com o objetivo de estudar as interações homem/natureza, numa abordagem relacional,  as  praticas  pedagógicas  devem proporcionar  diferentes  situações  de  vivências, permitindo ao aluno construir, compreender e aplicar conceitos geográficos e, portanto frente a uma nova forma de viver e pensar, são imprescindíveis a compreensão da dinâmica social que   nos   permite   reconhecer   o   papel   da   geografia   na   formação   dos   alunos   e   buscar paradigmas que correspondam às necessidades atuais.

Ao propormos a construção e problematização de materiais didáticos para as aulas práticas, estamos proporcionando meios para uma eficiente interação professor/aluno, para que  haja  participação ativa  do  educando e  o  professor  oriente  e  organize  esse  processo; levando   o   educando   a   refletir   e   analisar   seu   papel   enquanto   estudante,   exercendo   uma educação voltada à construção da cidadania.

B­ OBJETIVOS  GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Analisar o estudo da didática do ensino de geografia como um produto histórico como um conjunto de objetos e de ações que revelem as práticas sociais dos diferentes grupos que vivem num determinado lugar, interagindo, sonhando, produzindo e reconstruindo o saber numa perspectiva histórica priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.

­ Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se relacionam e constituem o espaço em que  se encontram inseridos.

­ Saber utilizar diferentes fontes de informações  e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

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C­ CONTEÚDOS:

Concepção de geografia:_A geografia como ciência;_Compreensão do Espaço produzido (espaço relacional);

Aspectos teóricos:_Metodológicos de ensino de geografia;

Objetivos   e   finalidades   do   Ensino   da   Geografia   na   Proposta   Curricular   do   Curso   de Formação  de  Docentes  da  Educação   Infantil   e  Anos   Iniciais  do  ensino   fundamental, atendendo as especificidades do Estado do Paraná:_(quilombolas, indígenas, campo e ilhas);

Relação entre Conteúdos, Método e Avaliação:Os conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais:Diferentes Tendências de Geografia:

_Bibliografia e concepção de Geografia como ciências;Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais:Análise crítica dos livros didáticos dos Anos Inicias e Educação Infantil.

D_ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Hoje, graças ao avanço da investigação científica na área da aprendizagem, tornou­se  possível   interpretar  o  erro  como algo   inerente  ao  processo  de  aprendizagem e ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá­Io.

A superação do erro é resultado do processo de incorporação de novas idéias e de transformação das anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem ao sujeito para, assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.

No   entanto   o   que   o   aluno   pode   aprender   em   determinado   momento   da escolaridade  depende das  possibilidades  delineadas  pelas   formas de  pensamentos  de  que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe.   Isto  é,  a   intervenção pedagógica deve­se ajustar  ao que os alunos conseguem   realizar   em   cada   momento   de   sua   aprendizagem,   para   que   possa   constituir verdadeira ajuda educativa.

O   conhecimento   é   resultado   de   um   complexo   e   intrincado   processo   de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos   possam,   e   devam,   contribuir   para   que   a   aprendizagem   se   realiza,   nada   pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos   de   ação   e   interpretação.   Mas   o   desencadeamento   da   atividade   mental construtiva  não  é   suficiente  para  que  a   educação esteja  compatível   com o  que  significa socialmente.   O   processo   de   atribuição   de   sentido   aos   conteúdos   escolares   é,   portanto, individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos remetem 

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a formas e saberes.

O trabalho será desenvolvido de maneira que o educando possa trabalhar de forma crítica analisando textos, livros didáticos, atividades em grupos, debates, exposição de trabalho, confecções de maquetes e materiais didáticos, exposição de trabalhos.   Pesquisa em grupo e individual.

E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

É importante ressaltar que, a avaliação é pensada  como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos.

Após a fase de diagnosticar em que é detectado o que se pretende abordar. É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver  estratégias  de ensino­ aprendizagem.

A   avaliação   será   continua   ao   longo   do   processo   de   aprendizagem,   sendo orientada por objetivos inicialmente propostos.

  A   organização   dos   conteúdos   e   o   modo   que   eles   serão   sistematizado possibilitam utilizar um método  de avaliação com essas características. Há, por exemplo, uma seção em especial    denominada agora eu sei,Cuja proposta básica é   levar  o educando   a retomar,   registrar   e   organizar   o   que   foi   estudado.   É   uma   oportunidade   para   verificar   e acompanhar o aprendizado.

A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de aprendizagem e individualiza   –la,   ou   seja,   o   diagnóstico   é   individualizado   e   permanente,   num  constante processo de verificação.

F­ BIBLIOGRAFIA:

ALMEIRA,   R;   Passinie,   E   ­   O   Espaço   geográfico,   ensino   e   representação   São   Paulo: Contexto, 1991.

ALMEIRA, R. D. de do Desenho ao Mapa. São Paulo: Contexto, 2003.

______Geografia Critica_______A valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec.1984

KOZEL, S. ; Filizola, R. Didática da Geografia: memórias da terra o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996

FREIRE, Paulo, Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

­ Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes... SEED/ 2006.  

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DISCIPLINA ­ METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

                     A proposta da disciplina do ensino de ciências tem por objetivo possibilitar a compreensão do mundo natural nas relações sociais de produção, com vista a garantir ao aluno uma análise concreta de realidade através de apropriação do conhecimento cientifico, ao mesmo tempo em que permite comparar a explicação cientifica do mundo com outras explicações como aquelas proporcionadas pela arte , religião entre outras. A disciplina de ciências   deve   possibilitar   espaços   efetivos   de   discussão   e   reflexão   a   respeito   de   uma identidade cientifica,  ética,  social  e  cultural  enfim uma disciplina que  instrumentaliza os alunos para compreenderem e intervirem no mundo de forma consciente.

Mostrar a ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo   e   suas   transformações,   reconhecendo   o   homem   como   parte   do   universo.   A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das explicações e cerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão  e  valorização  dos  modos  de   intervir  na  natureza,  para   a   compreensão  dos recursos tecnológicos que realizam estas mediações, para a reflexão sobre as questões éticas implícitas nas relações entre ciência, sociedade e tecnologia.

O   ensino   de   Ciências   Naturais   é   espaço   privilegiado   em   que   as   diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações produzidas pelos homens  podem ser   expostas   e   acompanhadas.  É   o   espaço  de  expressão  das   explicações espontâneas  dos   alunos   e   daquelas   oriundas  de  vários   sistemas   aplicativos.  Contrapor   e avaliar diferentes explicações favorecem   o desenvolvimento de postura reflexiva , crítica , questionadora   e   investigativa,   de   não   aceitação   de   idéias   e   informações   .   Possibilita   a percepção   dos   limites   de   cada   modelo   explicativo,   inclusive   dos   modelos   científicos   , colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação.

Para o ensino de ciências naturais será necessária à construção de uma estrutura geral   da   área   que   favoreça   a   aprendizagem   significativa   do   conhecimento   histórico acumulado e a formação de uma concepção de ciência, suas relações com a tecnologia e com a sociedade. Portanto, é necessário considerar as estruturas de conhecimento envolvidos no processo de ensino e aprendizagem – do aluno, do professor e da ciência.

B – OBJETIVOS GERAIS:

­ Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humana parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;

­ Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia em condições de vida, no mundo de hoje e em sua revolução histórica;

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­  Formular  questões,  diagnosticar   e  propor   soluções  para  os  problemas   reais   a  partir  de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

­ Saber utilizar conceitos científicos básicos, valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

­ Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva,   compreender   a   tecnologia   como   um   meio   para   suprir   necessidades   humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.        

C­CONTEÚDOS:

O Ensino de ciências e a construção de uma cultura cientifica que possibilite e ao cidadão comparar as diferentes explicações do mundo. .

­    O que é ciências ?­    Objetivo de estudo da ciência;­     Para que estudar ciências no ensino fundamental;

A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.

­    Noções de espaço;                 ­  A ciência e as suas diversas implicações no cotidiano dos educandos;

­    Experiências;

Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania.

­    Ciências naturais e a cidadania; ­    Relação ciências no ensino fundamental;­    Interdisciplinaridade o ensino de ciências e as diversas disciplinas;­    Técnicas de ensino para o trabalho com a disciplina de ciências; 

A construção dos conceitos científicos.

­    Aulas práticas para o ensino fundamental;­    Definir conceitos ao termo trabalhador ;­    Elaboração de conceitos para aplicação;

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O pensamento racional e intuitivo na aprendizagem de ciências. 

­    Relação de ciências e crenças ;­    Ensinar ciências valorizando a formação humana;

O papel dos professores das famílias e das comunidades na aprendizagem formal e informal. 

­     O perfil do professor de ciências; ­     Valorização dos conhecimentos do cotidiano do educando ;­     Relação entre o ensino formal e informal nas ciências ;­     Valorização do aluno portador de alguma deficiência ;  

 Conteúdos complementares: Cultura Afro;

­     Textos para leitura reflexiva;­      Analises de textos;

D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Proporcionar   ao   educando   a   compreensão   e   a   necessidade   de   aprender   e ensinar  ciências,   levando­os  a  entender  a  natureza como um todo dinâmico,  sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do mundo em que se vive. Entendendo que a ação do homem sobre a natureza é diferentes dos demais animais, pois a condição dos animais é assegurada dentro da própria natureza, enquanto que o homem adquire consciência de que esta  transformando a natureza para adaptá­la às suas necessidades básicas. Assim podemos perceber e levá­lo a entender que o homem dentro de suas limitações seja  portador ou não de deficiências através do seu trabalho incorpora diferentes experiências e acumula uma dada quantidade de conhecimento. Levá­los a compreender o papel da ciência, como mola   propulsora   do   desenvolvimento   cientifico   e   tecnológico   contemporâneo,   faz­se necessário analisar o movimento de produção e apropriação de conhecimentos tendo por base uma política econômica que deveria privilegiar o bem estar do homem. Assim para que essa amplitude de conhecimentos e informações se concretize no educando faz­se necessário que esse   trabalho   seja   realizado   através,   de   pesquisas,   debates,   observações,   montagem   de maquetes,   realização de experiências e comprovação das mesmas ,montagens de plano de aula, aula prática relatório das atividades desenvolvidas em sala e fora dela.

Estabelecer relações entre o que é conhecido e as novas idéias, entre o comum e  diferente,  entre  o  particular   e  o  geral,  definir   contrapontos   entre  muitos   elementos  no universo do conhecimento.

O ensino de ciências será realizado através do desenvolvimento de posturas e valores   pertinentes   às   relações   entre   os   seres   humanos,   o   conhecimento   e   o   ambiente, contribuindo para a compreensão da realidade.

A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre   fatos   ou   fenômenos,   a   leitura   e   escrita   de   textos   informativos,   a   organização   de informações por meio de desenhos,   tabelas,  gráficos,  esquemas e  textos, a proposição de suposições, o confronto entre a suposição e a solução de problemas são procedimentos que deverão ser trabalhados a fim de possibilitar a aprendizagem.

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É   importante   que   os   alunos   se   apropriem   do   conhecimento   cientifico   e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, entendendo que cada um, a seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos.

Caberá   ao   professor   incentivar   as   atitudes   de   curiosidades,   de   respeito   à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das informações, às provas obtidas por meio de investigações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente, de apreço e respeito à individualidade.A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos   os   alunos,   envolvendo   a   organização   do   processo   de   aprendizagem   por   meio   da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos   prévios,   suas   necessidades   lingüísticas   diferenciadas   e   o   contexto   social. Entende­se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoas efetivando­se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.

E­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Quando   pensamos   em   avaliação   vemos   a   possibilidade   de   mudança   dos processos avaliativos norteados por teorias pedagógicas não criticas. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis.

Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e não quantitativos e principalmente deve auxiliar o educando a desenvolver capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ou conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática para refletir sobre ela e transformá­la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta todo o esforço do aluno para a realização das atividades, em sala e fora da sala, suas capacidades   em   grupo.   O   processo   de   avaliação   dar­se­á   através   de   debates,   trabalhos escritos, seminários, avaliações escritas e trabalho extraclasse.

Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e comportamento para alguns   alunos,   sendo   ainda   alguns   portadores   de   deficiência,   assim   faz­se   necessário   à avaliação dentro das habilidades nas quais os educandos mais se destacam, considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem, fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos no processo de avaliação.  Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida  em seu  Projeto  Político  Pedagógico     ,  possibilitando    aos  alunos  a capacidade de pensar criticamente a realidade a partir dela , construir explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dêem a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o 

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autoritarismo   e,   integrada   as   práticas   pedagógicas   ,   que   priorize   a   especificidade   dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não   se   caracterizarem dois  processos  distintos   e  desvinculados,  ou   seja,  duas   educações regular e especial.

F­BIBLIOGRAFIA:

CAMPOS, Maria Cristina DA Cunha. Didática de Ciências: O ensino e aprendizagem como investigação – São Paulo: FTD. 1999.

Revista Pedagógica Pátio,  nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE.

Revista Professor nº1. Outubro 2003­ Ministério da Educação.

Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.

Delizoicov, Demétrio ­ Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE ­ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O papel  da  arte  na  formação humana,  como conhecimento,  como trabalho,  como 

expressão; Estudos das diferentes concepções de arte; conhecimento, trabalho e expressão e 

sua relação com o ensino; estudo das tendências pedagógicas – Escola Tradicional, Nova e 

Tecnicista   –   com ênfase  nos  marcos  históricos   e   culturais   do   ensino  da   arte   no  Brasil. 

Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das artes visuais, da 

musica, da dança e do teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a 

Educação Infantil  e anos iniciais  – abordagens metodológicas para o ensino de artes.  As 

atividades artísticas na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas 

com instrumental para a educação infantil e anos iniciais.

B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­   Possibilitar   ao   aluno   o   conhecimento   dos   diferentes   meios   de   expressão   e 

compreender a Arte na sua vida e na escola enquanto forma de representação das visões de 

mundo, sempre renovando a maneira de interpretar a realidade por meio da música, teatro, 

dança e pintura;

­  Possibilitar   no   aluno   um novo  olhar,   um  ouvir  mais   crítico,   um   interpretar   da 

realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, o imaginário, bem como 

a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artística;

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­  Compreender como o ensino da arte no Brasil  vem se processando ao longo da 

história,   como   são   constituídas   as   práticas   pedagógicas   e   artísticas   nos   seus   diversos 

momentos;

­   Desenvolver   uma   relação   de   autoconfiança   com   a   produção   artística   pessoal, 

relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a diversidade de 

cada um;

­   Propiciar   a   compreensão   sobre   a   importância   da   arte   na   formação   humana, 

desenvolvendo o conhecimento crítico de diferentes interpretações das artes visuais a fim de 

avaliar os trabalhos da humanidade;

C – CONTEÚDOS:

Tendências Pedagógicas: com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da Arte no 

Brasil;

Escola Tradicional;

Escola Nova;

Escola Tecnicista.

Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição:

Artes Visuais;

Artes visuais como produto cultural e histórico;

Em caminhamento metodológico para o ensino das artes visuais;

Arte Culta e Popular (folclore);

Cultura afro­brasileira;

A expressividade infantil;

Desenvolvimento do desenho infantil;

Critérios de avaliação em artes visuais.

Música;

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Dramatizações – músicas, paródias;

Sons atuais e em extinção (afro­brasileiro);

Composições infantis;

Improvisações musicais;

Conhecimento das dimensões de criação, apreciação e comunicação com instrumental para a 

Educação Infantil e anos iniciais.

Dança;

Coreografias improvisadas;

Coreografia original (afro­brasileira);

Espaço;

Ações;

Dinâmica/ritmo.

Teatro;

Expressão gestual;

Expressão vocal;

Representação teatral direta e indireta;

Improvisação cênica;

Dramatização.

D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A   metodologia   utilizada   deverá   fornecer   aos   educandos   possibilidades   de 

compartilharem   descobertas,   idéias,   sentimentos,   atitudes   ao   permitir   a   observação   de 

diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o individual e o coletivo desenvolvendo 

a socialização.

Dessa forma o encaminhamento metodológico da disciplina se fará através de 

leituras, discussões de textos variados, pesquisas, atuações em teatros, danças, musicas na 

escola de formação e campo de estudo, desenvolvimento e técnicas e aplicação das mesmas 

nas várias instituições de ensino leitura informativa para redimensionar posicionamentos e a 

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postura profissional, coleta de material didático para analise e intervenção, participação em 

projetos artísticos desenvolvidos no município, acompanhamento de crianças para observar o 

desenvolvimento da expressividade, análise de músicas, composições e improvisações.

E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA:

A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da proposta 

pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre 

o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida 

numa matriz teórica tradicional e positivista.

Para   tanto   se  deve   situar   inicialmente   a   sociedade  na  qual   está   inserida  a 

escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas 

estabelecendo relações com estas mesmas práticas.

                     As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem de vida.

A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo  através do conhecimento.

                     A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.

            Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial.

         Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino de Arte, o aluno será avaliado 

através de pesquisa, apresentação de trabalhos orais e escritos, análise e discussão de textos, 

realidade observada nas escolas  que  ofertem ensino de 1ª  a  4ª  série  e  educação  infantil, 

avaliação escrita, contextualização de métodos de ensino, atividades práticas e criatividade;

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F –REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FERRAZ,  Maria  Heloisa  Corrêa  de  Toledo,  Fusari,  Maria   de  Resende.  Metodologia   do 

Ensino de Arte – São Paulo: Cortez, 1993.

MARTINS, Miriam Celeste, Picosque, Gisa, Guerra, M. Tereza Teles. Didática do Ensino de 

Arte – São Paulo: FTD, 1998.

PILAR, Analice Dutra. Fazendo Artes na Alfabetização. Porto Alegre: Kuarup, 1987.

AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. São Paulo: Ática, 1997.

MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. São Paulo: FTD, 1998.

REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

LIBÂNIO, José Carlos. Democratização da Escola pública – A pedagogia crítico­social dos 

conteúdos. São Paulo. Edições Loyola, 2002.

Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes ­  SEED/2006.

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DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ­ ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

O entendimento que cada pessoa tem sobre a educação Física irá  ao encontro dos interesses ou propósitos de quem a utiliza.

Ao observarmos a história da Educação Física, em especial no Brasil, verificamos que ela se desenvolveu conforme os interesses das classes dominantes.

Atualmente, as novas concepções da Educação Física escolar destacam o aluno como um todo integrado. A criança é vista como um ser historicamente situado, dona de um saber que é importante para sua vida em sociedade.

Para Gallardo et alli (1998), a criança deve aprender a viver em sociedade e para isso é   necessário   que   ela   internalize   os   elementos   da   cultura   corporal   ou   motora   que   são relevantes   para   seu   grupo   social,   como   também   as   normas   de   convívio   presentes   nos diferentes grupos sociais dos quais participa.

A Educação Física escolar tem valor inestimável oferecendo à criança a oportunidade de vivenciar  diferentes   formas de organização, a  criação de normas para a   realização de tarefas   ou   atividades   e   a   descoberta   de   formas   cooperativas   e   participativas   de   ação, possibilitando a transformação da criança e de seu meio.

Além   disso,   a   Educação   Física   escolar   possui   objetivos   e   conteúdos   próprios   e necessários ao desenvolvimento do potencial motor de cada criança. Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário superar o senso comum de que o tempo pedagógico das aulas de educação física se resume à quadra ou ao pátio e, mais grave, ao tempo para a recreação, para as vivências corporais e para o brincar descompromissado (dos objetivos educacionais).

Dessa forma, devemos entender que a educação física trata da cultura corporal de movimentos numa perspectiva histórico­crítica, deixando de lado o conceito de movimento humano.

Nesta perspectiva, a disciplina de Metodologia de Ensino de Educação Física, deve proporcionar subsídios para seus alunos, afim de que estes possam reconhecer e valorizar a importância   da   disciplina   de   Educação   Física   no   desenvolvimento   da   criança,   desde   a educação infantil até as séries iniciais do ensino fundamental.

Desta forma, os conteúdos da cultura corporal, bem como os aspectos relacionados ao desenvolvimento  motor  da  criança,   além das   teorias  de  aprendizagem motora  devem ser elementos integrantes da proposta curricular.

Além disso, os conteúdos devem preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se refere à organizações dos espaços e recursos públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros. Preparar os alunos para terem iniciativa   pessoal   para   criar,   planejar   ou   buscar   orientação   para   suas   próprias   práticas corporais. Deve também, preparar o futuro professor para que possam planejar as práticas corporais de seus alunos.

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B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­   Contribuir   de   forma   significativa   na   formação   geral   e   profissional   do   educando, estimulando sua criatividade, expressividade e senso crítico;

­ Oportunizar a prática de planejar e executar sua aptidão de ministrar aulas de Educação Física;

­   Apresentar   o   papel   e   a   importância   da   Educação   Física   no   processo   educacional, especificamente na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental;

C­ CONTEÚDOS:

A Educação Física como componente curricular:

O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor, cognitivo e afetivo­social do ser humano;

Desenvolvimento motor e aprendizagem motora:

A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão;

A   criança   e   a   cultura   corporal   de   movimentos:   o   resgate   do   lúdico   e   a   expressão   da criatividade;

D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Todos os conteúdos a serem desenvolvidos, terão aulas teóricas e práticas, a fim de proporcionar uma maior compreensão por parte dos alunos.  Deverão também, ser realizados trabalhos de pesquisa em grupo e/ou individual, utilizando recursos audiovisuais, materiais alternativos, entre outros. Além disso, os alunos terão a oportunidade de realizar atividades diretamente com as crianças, podendo desenvolver a relação teoria e prática.

A   metodologia   deve   também,   oportunizar   aos   alunos   inclusos   idênticas possibilidades   e   direitos,   ainda   que   apresentem   diferenças   sociais,   culturais   e   pessoais, efetivando­se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais.

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E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A   avaliação   da   aprendizagem   na   disciplina   Metodologia   de   Ensino   de Educação Física será um processo contínuo, permanente cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando os alunos a refletirem e se posicionar criticamente com o intuito de construir uma relação com o mundo.

Na   avaliação   das   aulas   práticas   deverá   ser   observada   a   participação,   a desenvoltura e a evolução dos alunos em cada atividade, verificando sua individualidade e necessidade.   Poderão   também   ser   avaliados   através   de   avaliações   escritas,   trabalhos   de pesquisa e apresentações.

Na avaliação do aluno incluso, não se pode perder de vista a necessidade de um   trabalho   conjunto   e   interligado   que   se   concretize   interdisciplinarmente   na   sua aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.

F­ BIBLIOGRAFIA:

Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas.  Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Estado da Educação­PR, 1984.

NANNI, Dionísia.  Dança – Educação: pré­escola à  universidade. Rio de Janeiro : Sprint, 1995.

Organização de competições­torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro : Sprint, 2003.

VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria.  Educação Física no cotidiano escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999.

ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo : Manole, 1993.

GALLARDO,   Jorge   Sérgio   Pérez   et   alli.  Didática   de   Educação   Física:   a   criança   em movimento­jogo, prazer e transformação. São Paulo : FTD, 1998.

GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre : Sagra, 1982.

Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.

FERREIRA NETO, Carlos Alberto.  Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

SANTOS,   Luiz   Silva.  Educação,   Educação   Física,   Capoeira.   Maringá:   Fundação Universidade Estadual de Maringá, 1990.

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MAGILL, Richard A.  Aprendizagem motora: conceitos e aplicações.  São Paulo  :  Edgard Blücher, 1984.

GUERRA, Marlene. Recreação e lazer.  Porto Alegre : Sagra, 1982.

GALLAHUE,   David   L.;   OZMUN,   John   C.  Compreendendo   o   Desenvolvimento   motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo :Phorte, 2001.

Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006

 

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DISCIPLINA: PRÁTICA DE FORMAÇÃO (ESTÁGIO SUPERVISIONADO) – ENSINO MÉDIO INTEGRADO

A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Partindo do pressuposto de que a educação profissional, enquanto processo de formação humana, refere­se ao desenvolvimento da pessoa como um todo, não podendo, ficar restrita a dimensão lógico­formal ou as funções ocupacionais do trabalho.

A disciplina de Prática de Formação (estágio supervisionado) é um elemento curricular do curso de formação de professores responsável por assegurar a unidade teoria e prática desta formação. Devendo ser entendido como elemento decisivo no que diz respeito à qualidade de ensino.

Possibilitando através dessa disciplina, estabelecer um elemento articulador da relação teoria e prática na formação dos profissionais da educação. Definindo­se assim, que tipo de professor pretende formar e para qual escola.

De acordo com Saviani “é a educação que determina os saberes que entram na formação do educador”, tendo a escola que considerar a sua função social e dimensão política no contexto dessa sociedade capitalista.

Sendo a educação, entendida como um fenômeno próprio dos seres humanos, que se constituem no processo de produção de sua existência. A medida que esta produção se dá no processo de adaptação da natureza ao próprio homem, agir sobre ela e promover sua transformação, uma vez que esta ação intencional é  definida como trabalho.  E para  isso, explica  Saviani,  a  educação situa­se ma categoria  do  trabalho e  "ao mesmo tempo,  uma exigência   do   e  para   o   processo  de   trabalho  não  material   uma    vez  que  diz   respeito  às atividades em que o produto não se separa do ato de produção. Ou seja, a aula  (produto do trabalho  do  professor)  é  produzida  e  consumida ao  mesmo  tempo.  A aula   se   realiza  no momento exato do seu consumo, pelo aluno.

Neste sentido Saviani devem integrar­se no processo de formação do educador cinco saberes:  Saber Atitudinal compreende  o domínio dos comportamentos e vivencias consideradas   adequadas   ao   trabalho   educativo;  Saber   Crítico   Contextual:expressa   a compreensão das   condições   sócio­históricas  que  determinam a   tarefa  educativa;  Saberes Específicos:correspondem às disciplinas que integram os currículos escolares e finalmente o Saber   Didático­   Curricular:   corresponde   o   entendimento   da   dinâmica   do   trabalho pedagógico.

O   estágio   supervisionado   é   o   elemento   por   meio   do   qual   se   pretende estabelecer   a   relação   teoria   e   prática   na   formação   do   educador,   sendo   necessário   estar pautado numa reflexão que discuta o fazer pedagógico em todas as suas dimensões: o que ensinar, como ensinar, para quem ensinar e para que ensinar.

De acordo com a compreensão de Vasquez (1977. P.233), a teoria e a prática deve ser concebida como uma dimensão de um mesmo processo unitário que se efetivam através de uma dinâmica, em que a teoria orienta a ação, entendida como transformação da realidade, e esta, por sua vez, pode reorientar a própria teoria, fazendo­a avançar e progredir.

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O curso de formação não é apenas uma prática docente, mas deve ser a teoria sobre   a   prática,   ou   seja,   uma   reflexão   sobre   e   a   partir   da   realidade   da   escola.   Nessa perspectiva, pretende­se instrumentalizar o aluno do curso de formação de professores na construção   de   sua   práxis   pedagógica.   Pois,   como   já   dizia   Marx,   não   basta   conhecer   e interpretar o mundo de forma teórica, mas sim transformá­lo.

No entanto para que este processo se efetive é necessário organizar a disciplina de   estágio   supervisionado   de   maneira   que   estabeleça   uma   relação   teoria   e   prática, possibilitando a construção de uma práxis pedagógica, por parte do futuro profissional que está   em   processo   de   formação.   Sendo   uma   práxis   pedagógica   comprometida   com   a transformação  necessária   para   a   efetivação  do  papel  da   escola  no  atual   contexto   social, econômico e político em que a escola está inserida, o método sobre o qual podemos pensar a organização   do   estágio   é   o   método   dialético­materialista,   o   qual   Gadotti   (2001,   p.   79), destaca um tríplice movimento: “de crítica, de construção do conhecimento  novo, e da nova síntese no plano do conhecimento e da ação”. Este movimento caracterizaria o método, “ao mesmo tempo como uma postura, um método de investigação e uma práxis”.

Para Frigotto (2001), estabelecer relações sobre uma dada realidade a partir de uma abordagem materialista histórico dialética,   implica compreender,  esta abordagem nas suas   diferentes   dimensões:   enquanto   postura,   método   e   práxis.   Buscando   verificar   as manifestações   do   objeto   e   compreender   concretamente   este   fenômeno;   a   partir   de   um determinado sentido, objetivo: a compreensão e transformação desta realidade.

Se entendermos práxis a partir da perspectiva de Vasquez, como uma atitude transformadora, não deixando de ser uma interpretação científica, pois não há práxis como atividade   puramente   material.   Sem   a   finalidade   de   produção   de   conhecimentos   que caracterize a atividade teórica. Enfim, uma pesquisa que se proponha a explicar o mundo criticamente, precisa desenvolver uma explicação, que se coloque ela mesma, no terreno da práxis revolucionária, que tenha um sentido histórico, social, político e técnico.

Portanto,   buscamos   mostrar   que   o   estágio   supervisionado   é   um   elemento articulador da relação teoria e prática, devendo ser pensado na perspectiva da formação de profissionais da educação, sendo capaz de partir de uma análise rigorosa do contexto em que o sistema educacional está inserido, construindo conhecimentos novos que possam explicar e indicar   alternativas   para   construção   de   uma   práxis   pedagógica   que   vá   ao   encontro   das necessidades de uma educação de qualidade.

B­OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:

­ Possibilitar, ao aluno do Curso Normal, uma aproximação com o "ofício de professor".

­   Propiciar   contato   com   situações   ­   problemas   no   âmbito   de   algumas   modalidades específicas   educacionais,   como:   Educação   do   Campo,   Educação   Indígena,   Educação Especial, EJA, assim como as atividades extra­escolares desenvolvidas por ONG's e outras Instituições.

­ Proporcionar meios ao futuro professor para conhecimento e reflexão sobre as fases de 

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desenvolvimento da criança, a constituição das famílias e suas modificações na sociedade atual.

­  Instrumentalizar o futuro professor para atuar na Educação Infantil  e séries  iniciais  do Ensino Fundamental.

­   Promover   ação   docente   garantindo   que   os   alunos   contextualizem   os   conteúdos desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas com a prática social, e também vivenciem as práticas pedagógicas nas escolas de 1ª a 4ª série dos anos iniciais. ­   Garantir   ao   futuro   professor,   através   da   Prática   de   Formação,   a   oportunidade   de desenvolver de fato a práxis pedagógica e educativa, a partir das teorias estudadas durante o Curso.

C ­CONTEÚDOS

Os sentidos e significados do trabalho do professor/educador:

 A natureza do trabalho do professor. O papel do professor/educador.

      A diferença do trabalho de educar em relação a outros tipos de     Trabalho.

O trabalho considerado produtivo e o trabalho considerado intelectual e a relação entre os dois.As dificuldades existentes para se mensurar as tarefas do educador.O produto do trabalho do professor.As conseqüências específicas do professor em relação às atividades no seu processo criativo.

Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a Educação: Como se operam as desigualdades sociais na esfera da educação. As diferenças de classe, gênero, etnia, religião, estética, entre outras que se manifestam nos centros  de  educação  infantil,  nas  escolas  e  nos  diferentes  espaços de  educação  formal  e informal.

A relação das estruturas sociais reproduzidas e às vezes alimentadas no espaço educacional com o trabalho do professor.

O papel do professor e as especificidades de seu trabalho diante das desigualdades.

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O papel da escola na socialização dos conhecimentos disponíveis no sentido da compreensão e superação das desigualdades entre as classes sociais, entre os gêneros, entre as etnias.

Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação infantil.

Desenvolvimento do comportamento social da criançaAs etapas do desenvolvimento em termos físicos e psicológicos.O papel e a influência da família e da escola na socialização.O processo de socialização.O desenvolvimento cognitivo.Política Nacional de Educação da Criança de 0 a 6 anos.A Educação Infantil e a nova L.D.B.Família... O que está acontecendo com ela?Estágio de observação e participação em instituições que ofertam ensino a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.

Artes, brinquedos, crianças e a educação infantil nas diferentes instituições.O grupo de brinquedo.O brinquedo e os jogos.Os grupos infantis.Estágios de observação e participação nas  diferentes instituições de ensino.Confecção de brinquedos com material reciclável e exposição.Análise critica do Referencial Nacional Curricular de Educação Infantil.Análise do trabalho pedagógico na Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental.

Intervenção metodológica na superação das metodologias utilizadas na Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental.

Manejo de Classe.Confecção de material didático.Análise do material didático utilizado pelo professor.

Práticas pedagógicas.

Manejo de classe;Recursos didáticos;Conteúdos curriculares de 1ª a 4ª série;Fundamentos teóricos­metodológicos da pesquisa.Ação docente;Reflexão sobre a práxis pedagógica educativa;Contextualização entre os conteúdos desenvolvidos na escola de formação com a de Campo de estudo.

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D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Possibilitar   o   aprofundamento   sobre   o   que   é   o   trabalho   do   professor   nos 

Centros  de  Educação   Infantil   e  nas  Escolas   do  Ensino  Fundamental.Aproximando­os  da 

realidade, através de pesquisas, reflexões teórico­metodológicas mais consistentes, pesquisa 

de campo, observação e participação em instituições próximas dos alunos como: Centros de 

Educação Infantil, Escolas do Ensino Fundamental, instituições voltadas para portadores de 

deficiência física, mental,  visual,  auditivo entre outros. E, caso existam nas proximidades 

Educação Indígena, Educação de Jovens e Adultos, Educação no Campo.

Observação,   reflexão   sobre  os   condicionantes  da   infância   e  da   família  no 

Brasil e os fundamentos de Educação Infantil, resultando em pesquisas e observação, quanto 

às concepções de infância, família e educação.

Análise das artes, brinquedos, jogos, sua utilização nas diferentes instituições 

educativas,   elaboração   de   inventários,   exposição   de   materiais   confeccionados   durante   a 

pesquisa.

Ação docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental,  através de práticas 

pedagógicas, em que os futuros professores poderão contextualizar e vivenciar os conteúdos 

desenvolvidos nas aulas e disciplinas que fundamentam o curso.

Dessa forma será possibilitado ao aluno, além da ação docente, a elaboração 

de materiais didáticos, seleção adequada dos mesmos, o desenvolvimento de metodologias 

adequadas   para   um   bom   desempenho.   Análise   critica   de   propostas   pedagógicas,   livros, 

materiais didáticos e sua relação com o processo de ensino aprendizagem.

A reflexão sobre a educação inclusiva desafios e expectativas a respeito da 

efetivação, na prática de um ideal de uma escola pública de qualidade, que acolhe todos os 

alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilização e 

adaptações   curriculares   (de   conteúdos,   métodos,   avaliação).   Proporcionando   ao   futuro 

professor   uma   visão   em   que   a   escola   deve   oportunizar   aos   alunos   inclusos   direitos   de 

efetivação   a   igualdade   de   oportunidades   independente   se   apresentem   diferenças   sociais, 

culturais e pessoais.

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E ­CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:

A   avaliação   da   aprendizagem   deverá   ser   integrada   aos   pressupostos   da proposta  pedagógica,   considerando  o  aluno   como  sujeito  histórico,   capaz  de  estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista.

Para   tanto   se  deve   situar   inicialmente   a   sociedade  na  qual   está   inserida  a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.

As   ações   que   se   revestem  deste   caráter   se   explicitam  quando   o  professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida, de empregabilidade, visando sempre o mercado de trabalho.

A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento.

A escola deverá   ser  propositiva,  em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.

Não   se   pode   perder   de   vista   a   necessidade   de   um   trabalho   conjunto   e interligado  que   se   concretize   interdisciplinarmente  na   aprendizagem,   de   modo   a   não   se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial.

Assim, a avaliação será concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo, estará  presente em todas bases de execução do plano de ação.     Através   de   trabalhos   de   pesquisa,   debates,   expressão   oral   e   escrita   dos   temas elaborados, estágios de observação e participação, prática docente, confecções de materiais didáticos, análise de textos, pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica, projetos, seminários entre outros.

    F­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CANDAU, Vera Maria. O bom professor e a sua prática. Campinas – SP: Papirus, 1995.

AGUIAR,   Márcia   Ângela.   Institutos   superiores   de   Educação   na   nova   LDB.   In: BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997 p. 459­472.

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NUNES, Andréa do R. Caldas; TROJAN Rose Meri; TAVARES, Tais Moura. Análise da Implantação da Proposta Curricular do Curso de Magistério da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, no período de 1990 a 1994: Relatório de Pesquisa realizada nos anos de 1993 a 1995. Curitiba: UFPR; Setor de Educação; Departamento de Planejamento e Administração Escolar, 1995.

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BRASIL. MEC. CEB.  Resolução CEB n.o 2, de 19 de Abril de 1999. Institui  diretrizes Curriculares para a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade Normal.

BRASIL. MEC. CNE.  Parecer n. ° CES 970/99, Curso Normal superior e da Habilitação 

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para Magistério em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental nos cursos de Pedagogia, aprovado em 09/11/1999.

BRASIL.   MEC.   Conselho   Nacional   de   Educação.   Resolução   n.o   2,   dispões   sobre   os programas  especiais  de   formação  pedagógica  de  docentes,   26  de   junho  de  1997.  DOU, 15/07/1997.

BRZEZINSKI,   Iria.  A   formação   e   a   Carreira   de   Profissionais   da   Educação   na   LDB 9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997 p. 141­158

FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984.

  FRIGOTTO,   Gaudêncio.   Educação   e   formação   humana:   ajuste   neoconservador   e alternativa democrática. IN: GENTILLI, P. e SILVA, Tadeu da. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Visões Críticas. Petrópolis: Vozes, 1995.

GASPARIN, João  Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico­crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2002.

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VIEIRA, Sofia Lerche. Estado e Política de Formação de Magistério. Texto apresentado no GT de Estado e Política Educacional na 20.8 Reunião Anual da ANPED, Caxambu, MG, 24 à 28 de Setembro de 1997.

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BOCK,  Ana  Mercês  Bahia.  Psicologias:  uma  introdução  ao  estudo  de  psicologia/  Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lurdes Trassi Teixeira. ­ 13.Ed. ­ São Paulo: Saraiva, 2002.

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Ata nº02/2005Ata da Reunião plenária do Colégio Estadual   Santo   Inácio   de   Loyola­ EFM,   para   aprovação   do   Projeto Político   Pedagógico,   realizada   no dia sete de novembro de dois mil e cinco.  

As   quatorze   horas   do   dia   sete   de   novembro   do   ano   de   dois   mil   e   cinco,   atendendo   à convocação feita pela Diretora  Rosemar Candido de Oliveira de Souza do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola­ EFM, reuniram­se os membros da comunidade escolar para realizar a análise, e aprovação do Projeto Político Pedagógico do Colégio. Abertos os trabalhos a Diretora agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância da participação de todos os segmentos do Colégio para o  êxito da gestão escolar.  Logo após o  projeto foi  posto em discussão.  A  equipe  pedagógica  usou  o   retro­projetor  para   expor  o  que   foi  proposto  no mesmo, explicando cada item citado. Após a explanação do Projeto, o mesmo foi aprovado por   unanimidade.  A  Diretora   encerrou  a   reunião  dizendo  que  a   atuação  da   comunidade escolar   contribuiu   para   transformar   positivamente   a   educação   em   nosso   colégio   e   que aguarda por novas contribuições e sugestões que permitam  a revisão permanente do Projeto Político   Pedagógico.   Agradeceu   a   participação   de   todos,   dando­se   por   encerrados   os trabalhos. Nada mais havendo a constar, eu, Ridamar Candido, professora – pedagoga lavrei a presente ata que será assinada por mim e por todos os presentes.

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Ata nº 01/2007Ata   da   Reunião   Plenária   para   a aprovação   final   do   Projeto Político­Pedagógico,   realizada   no dia seis de março do ano de dois mil   e   sete   no   Colégio   Estadual Santo   Inácio de  Loyola  –  Ensino Fundamental,   Médio   e Profissionalizante.

Às vinte horas e trinta minutos do dia seis de março de ano de dois mil e sete, atendendo convocação  da Diretora Rosemar Candido de Oliveira de Souza, reuniram­se os membros da Comunidade Escolar para realizar análise e aprovação final do Projeto político­Pedagógico. A Diretora iniciou a reunião ressaltando a importância da participação d todos os segmentos do processo educativo para construir  uma visão global  da realidade e  dos compromissos coletivos,   continuou   esclarecendo   que   o   mesmo   alicerça   o   trabalho   pedagógico   escolar enquanto processo de construção contínua,  pois  é  através  do mesmo que se  faz possível direcionarmos as ações dos educadores e dos educandos no decorrer do trabalho educativo e isto implica o esforço coletivo e participativo. Logo após a Diretora explicou que foram feitas alterações   no   mesmo,   portanto   fez­se   necessário   nova   análise   e   discussão.   Diante   da exposição feita todos concordaram com as mudanças realizadas e concluíram que por ser uma construção coletiva o mesmo articula a prática da participação e elimina o individualismo, buscando desta forma uma gestão escolar democrática e assim promover o sucesso escolar. A seguir   em   votação   o     Projeto   Político­Pedagógico   foi   aprovado   por   unanimidade. Agradecendo a participação, deu­se por encerrada a reinião e nada mais havendo a tratar, eu Nadir José Correia Ramos, professora pedagoga lavrei a presenta ata que será assinada por mim e por todos os presentes.

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PARECER FINAL ­ NRE

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