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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO RYSICZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO MARQUINHO 2012

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · mercado de trabalho e melhores condições de vida. A população em sua maioria, reside na área rural onde desenvolve uma policultura de subsistência

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO RYSICZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MARQUINHO 2012

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO RYSICZ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O projeto político-pedagógico pode ser comparado, de forma análoga, a uma árvore. Ou seja, plantamos uma semente que brota, cria e fortalece suas raízes, produz sombra, flores e frutos que dão origem a outras árvores, frutos... ―Mas, para mantê-la viva, não basta regá-la, adubá-la e podá-la apenas uma vez.‖

Libâneo

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 8

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .......................................................................................... 9

2.1. DADOS DA INSTITUIÇÃO ........................................................................................................ 9

2.2. HISTÓRICO .................................................................................................................................. 9

3. MARCO SITUACIONAL .............................................................................................................. 11

3.1 ORGANIZAÇÃO ......................................................................................................................... 14

3.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR COMO UM TODO ....................................... 14

3.3 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS (LABORATÓRIO, SALAS DE AULA, SALA DE RECURSOS, BIBLIOTECA, SALA DE EDUCADORES). ............................................................ 16

3.4 ASPECTOS QUANTITATIVOS: .............................................................................................. 16

3.5 FORMAÇÃO ACADÊMICA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO ............................... 17

3.6 ATENDIMENTO A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES E ACESSO; .... 17

3.7 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR. COMO ACONTECE O TRABALHO COM AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS........................................................................................... 17

4. MARCO CONCEITUAL ............................................................................................................... 18

4.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................................................ 18

4.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ....................................................................................................... 19

4.3 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................................................... 19

4.4 CONCEPÇÃO DE CULTURA .................................................................................................. 20

4.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO...................................................................................... 21

4.6 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ............................................................................................ 22

4.7 CONCEPÇÃO DE ENSINO – APRENDIZAGEM ................................................................... 22

4.8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................................................... 23

4.9 CONCEPÇÃO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA ....................................................................... 24

4.10 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ............................................................................................. 24

4.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................................................... 25

4.12 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ..................................................................................................... 25

4.13 CONCEPÇÃO DE TEMPO ..................................................................................................... 26

4.14 CONCEPÇÃO DE TRABALHO ............................................................................................. 27

4.15 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO ........................................................................................ 28

4.16 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ............................................................. 28

4.17 SAA - SALA DE APOIO ......................................................................................................... 29

5. MARCO OPERACIONAL ............................................................................................................ 29

5.1 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA ESCOLA A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO; .. 29

METAS ................................................................................................................................................ 29

AÇÕES ................................................................................................................................................. 29

5.2 LINHAS DE AÇÃO E REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR NA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA, ADMINISTRATIVA E POLÍTICO-SOCIAL. ............... 32

REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO ESCOLAR .................................................................... 32

APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS ............................................ 33

CONSELHO ESCOLAR ..................................................................................................................... 33

GRÊMIO ESTUDANTIL .................................................................................................................. 34

ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO E APOIO .................................................................... 35

CELEM – CENTROS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS: O CELEM OFERTA CURSO BÁSICO E DE APRIMORAMENTO PARA LÍNGUA ESPANHOLA. ......................... 35

SAA – SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM ............................................................................. 35

REGIME DE FUNCIONAMENTO ................................................................................................. 36

MATRIZES CURRICULARES ......................................................................................................... 37

CALENDÁRIO ESCOLAR ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E CELEM .............................. 42

SISTEMA DE AVALIAÇÃO, RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROMOÇÃO ...................... 44

CONSELHO DE CLASSE .................................................................................................................. 46

CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 49

RECLASSIFICAÇÃO ......................................................................................................................... 48

PROGRESSÃO PARCIAL ................................................................................................................ 49

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ............................................................................................. 50

PROGRAMA FICA COMIGO .......................................................................................................... 50

PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA ESCOLAR .............................................. 51

ATENDIMENTO AOS ALUNOS INCLUSOS ................................................................................ 55

ATENDIMENTO À LEI Nº11.645/08 -CULTURA AFRO, AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA.......................................................................................................................................... 54

ATENDIMENTO A LEI 13.381/2001 - HISTÓRIA DO PARANÁ ....................................... 55

ATENDIMENTO A LEI 9.795/99 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................ 57

ATENDIMENTO A LEI 6.202/75 - ESTUDANTE GESTANTE .............................................. 57

SAREH- SERVIÇO DE ATENDIMENTO A REDE DE ESCOLARIZAÇÃO HOSPITALAR-RESOLUÇÃO 2527/2007. ............................................................................................................. 56

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E PLANO DE AÇÃO ................................................................. 56

EDUCAÇÃO TRIBUTÁRIA FISCAL .............................................................................................. 62

PROPOSTA DE ARTICULAÇÃO ENTRE O 5º E 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 63

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ............................................................................ 65

6.1. ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................................................................... 65

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE ............................... 65

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS ....................... 81

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ..... 94

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO .. 111

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ................. 114

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA .................... 127

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ............ 135

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA ............ 143

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................................................................................ 149

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA .................... 169

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA .................. 183

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA ........................... 188

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA ...................... 194

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA ............... 210

PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CELEM .................................................................................... 217

DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA- ESPANHOL .................................. 217

7.REFERÊNCIAS...................................................................................................219

1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Rysicz Ensino

Fundamental e Médio, está pautado em cima de reflexões sobre as finalidades da

escola, o seu papel social, a definição de caminhos e ações que serão executadas

por toda a comunidade escolar. É um documento de suma importância, pois reflete a

realidade da escola, sendo um clarificador da ação educativa em sua totalidade.

Sua finalidade é assegurar e fundamentar todo o funcionamento do Colégio,

sua estrutura física funcional e também pedagógica, assim como dar garantia e

legitimidade para que ―a escola seja palco de inovações, investigações e grandes

ações fundamentadas num referencial teórico metodológico que permita a

construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à singularidade, à

transparência, à solidariedade e à participação‖ (Veiga, 1996).

O Projeto Político Pedagógico envolve a composição dos documentos:

Proposta Pedagógica Curricular do Ensino Fundamental, Médio e CELEM – Centro

de Língua Estrangeira Moderna, Matriz Curricular e Calendário Escolar.

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1. Dados da Instituição

Escola: Colégio Estadual João Rysicz – Ensino Fundamental e Médio

Código: e reorganização 1554

Endereço: Rua XV de novembro, S/N

Telefone: (42)3648-1237

Site da Escola: www.marqjoaorysicz.seed.pr.gov.br

E-mail Institucional: [email protected]

Município: Marquinho

Código do Município: 013

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED)

NRE: Laranjeiras do Sul

Código: 31

Distância da Escola até o NRE: 45 km

2.2. Histórico

O Colégio de Marquinho teve início em 1966, como ―Escola Isolada de

Marquinho‖. Em 1969 passou a chamar-se Grupo Escolar João Rysicz. Em 1970,

passou a se chamar "Escola Estadual João Rysicz".

Com o Ato de autorização da Escola, resolução nº 000000090 de 20/01/1986

foi implantado o ensino de 5ª a 8ª série, com ajuda do então prefeito de Cantagalo

Sr. Guilherme de Paula Neto e do deputado Cândido Bastos na administração do

então governador Álvaro Dias. No entanto o ato de reconhecimento da Escola saiu

quatro anos depois com a resolução nº 000002430 de 13/09/1990.

Em 1994 através da resolução n° 4829/94 foi autorizada a implantação do 2°

grau regular - Educação Geral Preparação Universal, e a instituição de ensino

passou a denominar-se Colégio Estadual João Rysicz - Ensino de 1° e 2° graus,

sendo o prefeito de Cantagalo o Sr. Mateus Paulino da Rocha e o governador Sr.

Roberto Requião. O curso teve sua implantação gradativa a partir de 1994, o qual foi

reconhecido em 23 de maio de 2003, pela resolução 1130/03. No ano de 1998 houve

a última mudança na nomenclatura, passou a chamar-se Colégio Estadual João

Rysicz - Ensino Fundamental e Médio, conforme resolução da secretaria n° 3120/98

de 11/09/98. Com a resolução nº 2732/02 de 11/10/2002 teve a renovação do Ato de

Reconhecimento do Ensino Fundamental do Colégio. E em 21/06/2001 com nº

212/01 têm-se o Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar.

3. MARCO SITUACIONAL

Vivemos num mundo capitalista, onde se procura obter conhecimentos com o

objetivo de conseguir posição social e retorno financeiro, uma sociedade que usa a

guerra como argumento e faz dela meios para defender interesses políticos e

religiosos. Um mundo conturbado, onde a família, eixo central da sociedade, está

perdendo sua identidade, valores, e princípios.

Como consequência, vários fatores interferem no meio social: menores

abandonados, pais desempregados, baixo poder aquisitivo, famílias

desestruturadas, falta de perspectivas e incentivos aos moradores de campo e

como reflexo a migração para as grandes cidades e o acréscimo dos problemas

urbanos.

A educação pública no Estado do Paraná tem procurado meios para driblar a

exclusão, implantando vários programas, que de certa forma amenizam as questões

que envolvem escola-comunidade. Muito precisa ser feito a nível estadual para

sanar as diferenças sócio-educacionais, como: analfabetismo, inclusão social,

acessibilidade entre outras.

Nossa comunidade escolar em muitos casos é afetada pelos fatores

anteriormente mencionados. Há em nosso município famílias extremamente

carentes, estas não tiveram avanços e não conseguiram melhorar sua situação

econômica, isto é comprovado pelo fato de que o número de famílias beneficiadas

pela Bolsa Família vem aumentando e hoje representa quase 15% da população. As

políticas de assistencialismo, mesmo apresentando alguns fatores positivos causam

uma acomodação das famílias. Esta condição, reflete na escola, pois muitos

educandos não buscam o aprendizado como meio de modificar sua vida,

frequentam e assistem as aulas com o objetivo de não perder o beneficio social, Isso

alavanca uma série de problemas, baixa rendimento escolar, indisciplina e

repetência. Somente uma pequena porcentagem continuam seus estudos, fazendo

curso superior ou técnico.

Tentando a organização financeira, as famílias já tentaram várias opções

para se manter no local, tendo em alguns casos resultados poucos rentáveis, e de

certa forma um desestímulo. A pecuária leiteria é uma saída diante da aquisição de

uma renda mensal para custear os gastos mínimos como: energia elétrica,

alimentação e vestuário.

Quanto à educação, nossa escola tem a missão de compartilhar o

conhecimento e estimular o jovem a permanecer no campo, desenvolvendo

consciência crítica, de forma que seja capaz de analisar as realidades rural e

urbana, a fim de procurar novas técnicas.

O Município de Marquinho é uma resultante do sistema como um todo, ou

seja, cabe usufruir do contexto atual, independente de sua ideologia. Por ser um

município tipicamente agrícola, novos incentivos estão sendo aplicados na área

rural, como, produção de leite, gado de corte, horta familiar. O município procura

atender com melhor estrutura a área de saúde, educação e agricultura, evitando

com isso a saída de sua população para outros centros na procura de vagas no

mercado de trabalho e melhores condições de vida.

A população em sua maioria, reside na área rural onde desenvolve uma

policultura de subsistência e comercial, favorecendo a economia local.

Nota -se em cada setor do mercado, mudanças internas, como exemplo: as

dificuldades da agricultura, derivadas de crises econômicas e também fatores

climáticos, fazendo com que novas alternativas sejam criadas para amenizar os

problemas sócios econômicos. Sendo isto verificado no Estado do Paraná e também

no município de Marquinho. As famílias de nossos alunos sobrevivem basicamente

da agropecuária (com gado de corte, produção leiteira e agrícola) com a qual

melhorou o rendimento mensal. Na área urbana as famílias têm rendimentos do

comércio, prestação de serviços e trabalho público. A grande maioria depende do

poder público para assistência médica, a qual é realizada no posto de saúde, e o

Programa saúde da família que atende comunidades, os casos mais graves no

Município são encaminhados para Laranjeiras do Sul e outros centros maiores

(Cascavel, Guarapuava, Curitiba...).

No Município todas as escolas são públicas sendo 03 escolas rurais

municipais e uma estadual rural fundada no ano de 2011, a Escola Rural Estadual

Professora Júlia Folda – Ensino Fundamental, 01 escola Municipal urbana, 01

escola de Educação Infantil urbana, 01 Colégio Estadual urbano de Ensino

Fundamental e Médio. O município também oferta Educação de Jovens e Adultos

nas APEDs, Programa Paraná Alfabetizado, Educação Superior a Distância, 03 Tele

centros, 01 Biblioteca Pública.

O município custeia toda a necessidade de transporte escolar no Ensino

Fundamental, Médio, em alguns casos auxilia também no Superior. Visto que 75%

dos alunos moram em áreas rurais, muitos têm dificuldades para se deslocarem até

a sede do município, principalmente em dias chuvosos. O transporte é feito por

veículos menores fechados até chegar ao local das vias de ônibus, isto é um dos

obstáculos que os alunos enfrentam, pois as distâncias são grandes e os mesmos

têm que sair muito cedo de casa, e nos dias chuvosos as estradas por serem

acidentadas ficam sem condições de trânsito, que pode gerar um resultado negativo

no aprendizado dos alunos.

O município de Marquinho localiza-se no centro-oeste do Estado do Paraná,

possui 4.956 habitantes, tendo uma taxa decrescente de 0,95%. Consequência

disso, a falta de oportunidades de emprego, desmotivação pela agricultura. Levando

a população jovem a deixar o município à procura de trabalho, visto que aqui, estes

não vêem perspectivas de melhora de vida.

A maioria das pessoas do município não possui uma consciência política,

ignoram o papel da política em sua vida, vendo-a apenas como meio de beneficio

individual, na maioria dos casos não há pretensão de voto com objetivo comum,

visando melhoria e desenvolvimento em prol de sua cidade.

Quanto aos aspectos físicos geográficos, possui clima subtropical úmido

mesotérmico, verões quentes com tendência de concentração das chuvas, invernos

com geadas apresentando temperaturas negativas, com estações anuais não

definidas.

Faz limite ao norte com Palmital, ao sul Cantagalo, Virmond e Laranjeiras do

Sul, ao leste com Goioxim e ao oeste com Nova Laranjeiras.

Com altitude 835m, está localizado a 400 km da capital do Estado. O

município está inserido na bacia hidrográfica do Piquiri (100%) cortado por vários

rios. Destacando-se o Rio do Cobre que nasce no Município de Goioxim, mas tem a

maior parte de seu curso dentro do Município de Marquinho, e sua confluência com

o Rio Piquiri na divisa de Laranjal e Nova Laranjeiras.

Marquinho é beneficiado por duas rodovias Estaduais, sendo uma de estrada

de rodagem (cascalhada) ligando Marquinho a Goioxim e Cantagalo, PR 365, a

segunda asfaltada, PR 158, ligando Laranjeiras do Sul e Palmital.

3.1 Organização

Quantidades

Turmas: 29

Alunos: 748

Professores por área

- Artes: 03

- Biologia: 03

- Ciências: 04

- Educação Física : 03

- Ensino Religioso: 01

- Espanhol: 01

- Filosofia: 01

- Física: 01

- Geografia: 03

- História: 03

- Inglês :02

- Matemática: 05

- Português: 05

- Química:01

- Sociologia : 01

Pedagogos: 04

Agentes educacionais I: 07

Agentes educacionais II: 05

3.2 Organização da entidade escolar como um todo

Turnos de funcionamento: matutino, vespertino e noturno

Número de aulas diárias: 5 por turno

Número de aulas semanais: 25 por turno

Turmas por turno:

- Manhã 11 turmas

- Tarde 11 turmas

- Noite 04 turmas

Horário de inicio e termino das aulas:

- Manhã: 7:20 às 11:40

- Tarde: 13:00 às 17:20

- Noite: 18:20 às 22:40

Atividades de complementação curricular e apoio: CELEM – Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas, SAA – Sala de Apoio e Aprendizagem.

Organização da hora atividade: é realizada de forma individual, pois a rotatividade

das aulas impedem o professor de estar com os demais colegas. A escola possui

um cronograma próprio.

Situação do estágio obrigatório e não obrigatório- Lei 11.788/2008.

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação

das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto

pedagógico do curso.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga

horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória.

A instituição não oferta Cursos Técnicos, para o cumprimento da Lei.

Condições de atendimento à alunos com necessidades educacionais

especiais:

Grande barreira se constitui no despreparo dos professores e Equipe

Pedagógica em trabalhar com alunos que apresentam necessidades especiais. A

formação de professores neste domínio de intervenção permanece com uma

necessidade urgente. Os professores e equipe pedagógica que tem atendido esses

alunos tem aprendido com a sua própria prática, no processo de inclusão. A escola

até o momento não dispunha de equipamentos, materiais e recursos pedagógicos

específicos à natureza. Porém, está em processo de implantação a sala de

recursos Multifuncional, com professor especializado que atenderá os alunos em

horário diferente do frequentado no ensino regular.

3.3 Condições físicas e materiais (laboratório, salas de aula, sala de recursos, biblioteca, sala de educadores).

- laboratório de informática: Bom

- laboratório de química : regular

- salas de aula: regular

- biblioteca: ótima

- sala dos educadores: regular

3.4 Aspectos Quantitativos:

Índices de Aproveitamento escolar/2010

Série Matricula-dos

Aprovados % Reprovados% Abandono% Dependência

5ª Ens. Fund. 138 93 6 1 -

6ª Ens. Fund. 116 87 10 3 -

7ª Ens. Fund. 125 90 8 2 -

8ª Ens. Fund. 91 83 8 9 -

1ª Ens. Méd. 96 79 13 8 00

2ª Ens. Méd. 83 93 2 5 03

3ª Ens. Méd. 76 84 13 3 00

Fonte: SERE/WEB

Dados das avaliações externas

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Marquinho 3.1 4.0 4.2 3.1 3.2 3.5 3.9 4.3 4.6 4.8 5.1

Regime de Funcionamento: presencial, com a seguinte organização:

I – 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental;

II- Ensino Médio

III- O registro das somas das notas será trimestral, para cada componente

curricular. Dessa forma assim se organizam os trimestres letivos:

I – 1º trimestre – fevereiro, março, abril e maio

II- 2º trimestre - maio, junho, julho, agosto e setembro

III- 3º trimestre – setembro, outubro, novembro e dezembro.

Porte: 4 (quatro)

3.5 Formação acadêmica dos profissionais de Educação

Profissionais Quant.

Total

Grau de formação

Ens.Fund Médio Pró-func. Superior Pós-

grad.

Professores 29 03 24

Pedagogos 04 - - - - 03

Agentes Educacionais I 07 - 06 01 - -

Agentes Educacionais II 05 - - 05 02 -

3.6 Atendimento a formação continuada dos professores e acesso;

Professores e funcionários estão em constante formação, participando de

cursos promovidos pelo governo estadual, federal e instituições privadas. Dentre

alguns destacam-se:

- Grupos de estudos ;

- Cursos à Distância, via internet;

- Simpósios;

- Cursos de treinamento tecnológico;

- Curso de Capacitação (formação continuada)

- Formação em ação;

- Pró-funcionário;

- Jornada Pedagógica;

- Encontros, palestras com profissionais para alunos, pais, funcionários, professores

e instâncias colegiadas.

3.7 Características da comunidade escolar. Como acontece o trabalho com as instâncias colegiadas

Na instituição de ensino, a gestão escolar democrática entende-se como a

participação de toda a comunidade escolar, organização coletiva, decisões

compartilhadas em termos pedagógicos, administrativos e financeiros, buscando

uma integração entre escola e comunidade com vistas à construção de uma

identidade para a instituição educativa que responda aos anseios desta.

A Comunidade Escolar é heterogênea, proveniente de famílias de níveis

sociais e econômicos diversos da nossa comunidade. O colégio recebe alunos

provenientes de todas as escolas do Ensino Fundamental da sede e distritos,

resultando na existência de estudantes de nível diversificado. Estes estudantes são

estáveis, não se observando problemas sérios de evasão. Sendo o município

essencialmente agrícola, sem desenvolvimento industrial.

A relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre a

garantia do sucesso dos alunos na escola. O apoio da família é essencial para o

bom desempenho do aluno. Pode-se afirmar que há uma boa relação entre a família

e a escola. A maioria dos pais é participante ativo da escola.

As instâncias colegiadas são órgãos que apoiam a instituição de ensino,

contribuindo também para o melhor desenvolvimento, sendo: Conselho Escolar,

Conselho de classe, APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio

Estudantil, Professores e alunos representantes de turmas.

O fato da participação nos colegiados apresentar-se como uma nova forma de

gestão não significa que o diretor perderá seu caráter de autoridade responsável

pela escola. Por meio dos colegiados, ele poderá contar com o apoio de outras

pessoas envolvidas no processo educacional para conseguir desenvolver os

projetos de melhoria na escola e no ensino.

4. MARCO CONCEITUAL

4.1 Concepção de Educação

Segundo o dicionário Aurélio, educação é o processo de desenvolvimento da

capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando

à sua melhor integração individual e social. Paulo Freire nos diz que a educação tem

caráter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos

educando. Educação é o desenvolvimento integral do indivíduo: Corpo, mente,

espírito, saúde, emoções, pensamentos, conhecimento, expressão, etc. Tudo em

benefício da própria pessoa, e a serviço de seu protagonismo e autonomia. Mas

também sua integração harmônica e construtiva com toda a sociedade. Educação

engloba os processos de ensinar e aprender, de ajuste e adaptação.

É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos

destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às

gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à

convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. A prática

educativa formal observada em instituições específicas, se dá de forma intencional e

com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da

educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar.

4.2 Concepção de homem

O homem é um ser histórico, ele muda no tempo, e a cada nova situação

ocorrem novos projetos, outros pensamentos, e se adquirem novos valores. Isso

ocorre em toda atividade individual e coletiva, bem como suas ações de vida.

É através do trabalho que o homem age sobre o mundo e com o mundo

produz a sua própria história. A partir das relações sociais os homens estabelecem

as suas leis e constroem seu modo de agir, seus valores, suas ideias, nascem as

instituições e organizam os saberes.

Com base em conhecimentos já adquiridos surgem novos modelos que vão

se encarregar de manter viva a memória de um povo de todos os saberes.

Como diz Pedro Demo:

―Ninguém Educa Ninguém, porque todo fenômeno emancipatório exige uma

relação de dentro para fora; o professor é o orientador não um perceptor. Ninguém

se Educa Sozinho, porque a relação social é intrínseca a todo processo Educativo‖.

Editora Vozes, 1998, p.220.

4.3 Concepção de Sociedade

Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema

semiaberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos

pertencentes ao mesmo grupo, no qual se reflete a maneira de ser, agir e pensar de

um povo. Local onde se deve primar pela solidariedade, fraternidade, justiça,

igualdade de direitos e liberdade de expressão. Um espaço que celebre sem

adiantamentos a diversidade, concebendo-a como parte da condição humana.

Necessitamos de pessoas empreendedoras na vida, não mais escravas da

ignorância humana e do trabalho alienado, uma sociedade participativa que exerça o

direito pleno da democracia enquanto sociedade civil, organizada para o crescimento

mútuo da escola e da comunidade.

4.4 Concepção de cultura

Apesar de inúmeras discussões sobre cultura, admitiremos, neste primeiro

momento, que o termo cultura tem duas denotações básicas. A primeira, trazida da

tradição grega, descreve a formação do homem enquanto agente no mundo,

referindo se ao homem como ser uno à procura do autoconhecimento e em estreita

relação com as artes, ofícios e expressões sociais. Tendo-se tornado praticamente

sinônimo de progresso, o termo hoje designa o conjunto das tradições, técnicas,

instituições que caracterizam um grupo humano: a cultura compreendida desta

maneira é normativa e adquirida pelo indivíduo, no seio social. Desta forma, cultura

é uma palavra que se aplica tanto a uma comunidade desenvolvida do ponto de

vista técnico ou econômico, como às formas de vida sociais mais rústicas e

primitivas.

A cultura, segundo Geertz(1989), é pensada como sistema simbólico,

claramente possível pelo isolamento histórico de grupos humanos, expressa as

relações próprias da comunidade, passando por gerações, até caracterizar-se por

um sistema integrado de ações conjuntas, identificadas por sua ideologia, crenças,

expressões, formas de ser e estar. Já Bourdieu (1989) sustenta a construção

coletiva totalmente influenciada pela representação explícita e da expressão verbal.

A cultura, no outro sentido, integra-se nos diferentes mecanismos sociais que

perpassam pelo universo simbólico-espacial do agente, o corpo tem um papel

determinante como filtro e percepção cultural, seja através dos sentidos, ou

compreendida como experiências. Na formação do universo cultural têm-se

diferentes níveis de compreensão, seja nas formas de integrar-se aos outros, nas

diferentes formas de aprendizado ou na influência do meio ambiente. O termo

cultura empregada como sinônimo de civilização, através da tradição iluminista, é

interpretado por seus elementos individuais, o chamado agentes sociais e/ou

históricos, neste sentido que Elias aponta para uma idéia de civilização representada

por um coletivo que define certas normas, mas que, inserido nesta teia de

significados, o ser humano procura na sua formação cultural características múltiplas

de relacionamento no pensar e agir (ELIAS, 1984).

A partir destes referenciais, podemos colocar diferentes dimensões de cultura,

como a cultura criada pelo povo (popular), que articula uma concepção do mundo

em contraposição aos esquemas oficiais; a cultura erudita que é transmitida na

escola e sancionada pelas instituições; a cultura de massa que reflete um sistema

industrial em desenvolvimento e que tem base no fetiche, na mercantilização das

relações e no consumo.

4.5 Concepção de Conhecimento

Nosso conhecimento é bastante limitado. Aquilo que sabemos, não sabemos

em profundidade e de forma absoluta. Daí concluirmos que a maior parte do nosso

conhecimento é relativa e apenas provável, pois é ousado, embora possível, admitir

uma certeza ou forma de conhecimento absoluta.

A tarefa de conhecer pode ser resumida na relação entre o sujeito

cognoscente (que busca o conhecimento) e o objeto conhecido (que se dá a

conhecer). O conhecimento é produto de uma conjunção da atividade do sujeito com

a manifestação de um objeto que de alguma forma lhe interessa. É uma reação do

organismo a um estímulo conveniente.

Neste processo não podemos descartar que há certa apropriação do objeto

pelo sujeito, podendo, por vezes, este objeto fazer parte do sujeito ou confundir-se

com ele próprio.

O conhecimento sensível ou sensorial, comum tanto aos homens quanto aos

animais, é fruto da atividade dos sentidos (ex.: percepção de cores, sons, imagens,

lembranças, etc.). O conhecimento intelectivo ou intelectual, atributo/privilégio dos

homens, resulta da capacidade de pensar, refletir, abstrair, na condição de construir

conceitos, princípios, leis e teorias.

Pelo conhecimento o homem se apropria das diversas áreas da realidade

para dela tomar posse, situando cada ente, fato ou fenômeno isolado dentro de um

contexto mais amplo, em que se perceba seu significado e função, sua origem e

estrutura fundamental.

4.6 Concepção de Tecnologia

Tecnologia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as

ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal

conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:

As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;

As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos

usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos mesmos;

Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de

manufatura, a tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);

A aplicação de recursos para a resolução de problemas;

O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de

conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura;

Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como

combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento

do que pode ser produzido).

A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia.

Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como

uma colher de madeira e a fermentação da uva, até as ferramentas e processos

mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial

Internacional e a dessalinização da água do mar. Frequentemente, a tecnologia

entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o

desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e

sociológicas.

4.7 Concepção de Ensino – Aprendizagem

Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/educando, considerado

individual ou coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora e

orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo plano e formação.

O Processo de ensino-aprendizagem desenvolve-se de maneira presencial,

não presencial ou mista, utilizando para esse fim ambientes educacionais como

escolas, centros de formação, empresas e comunidades urbanas e rurais. O

Processo de ensino-aprendizagem está centrado no educando e dá ênfase tanto ao

método quanto ao conteúdo. Compreende a organização do ambiente educativo, a

motivação dos participantes, a definição do plano de formação, o desenvolvimento

das atividades de aprendizagem e a avaliação do processo e do produto. Constitui

essencialmente o trabalho escolar, cujo produto são os conhecimentos construídos,

os conhecimentos dominados e as habilidades. (cf. CATAPAN, A. Hack. O processo

do trabalho escolar, In: Perspectiva, jul/dez, 1996)"

4.8 Concepção de Avaliação

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e deve servir

como um instrumento de diagnóstico, oferecendo elementos para uma revisão de

postura como um todo (aluno, professor, metodologia e conteúdo).

Na avaliação deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem,

não submetendo os alunos a uma só oportunidade de aferição. Esta deve dar

condições para que o aluno consiga demonstrar os resultados e aproveitamentos de

conteúdos básicos, experiências, deduções, opiniões e conclusões concretas que o

levem ao desenvolvimento individual.

Para que a mesma tenha realmente a finalidade educativa do cidadão, deverá

ser diagnóstica, contínua, processual e cumulativa (somativa). Segundo Haydt, a

avaliação diagnóstica é aquela realizada no início de um curso, período letivo ou

unidade de ensino, com a intenção de constatar que seus alunos apresentam ou não

o domínio dos pré-requisitos necessários, isto é, se possuem os conhecimentos e

habilidades imprescindíveis para as novas aprendizagens. (HAYDT, 1997.p.16/17).

A avaliação contínua é considerada um método de avaliação onde o aluno é

avaliado por inteiro, ou seja, a avaliação não deve acontecer somente ao final de um

trimestre. É preciso que o processo de avaliação seja constante. Essa avaliação

pode ocorrer por meio da observação permanente do professor. Esse deve estar

sempre atento e anotando todo o desenvolvimento do aluno, dessa forma será

capaz de avaliar as suas atitudes, a sua participação, o seu interesse, a sua

comunicação oral e escrita, o confronto e a defesa de ideias de cada um.

A avaliação cumulativa (somativa), se realiza ao final de um curso, período

letivo ou unidade de ensino, e consiste em classificar os alunos de acordo com os

níveis de aproveitamento previamente estabelecidos, geralmente tendo em vista sua

promoção de uma série para outra ou de um grau para outro. (HAYDT, 1997.p. 18).

Os instrumentos de avaliação utilizados no processo de acompanhamento

dos alunos são inúmeros, sendo eles através de: trabalhos, debates, processos

descritivos, em grupo, etc., no entanto, o que não pode acontecer, que seja utilizada

uma única maneira de avaliar, sem levar em consideração, que cada aluno tem sua

forma de demonstrar o conhecimento.

4.9 Concepção de Gestão Democrática

A Gestão Democrática ocorre quando o gestor ouve, pensa e age em conjunto,

porque a gestão é o conjunto de ações de um grupo que coloca em ação uma

escola, na interatividade das ideias, sendo capaz de avaliar e rever suas ações.

Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998), os

Conselhos de composição paritária, devem respaldar-se em uma prática participativa

de todos os segmentos escolares. (...) Os conselhos e assembleias escolares devem

ter funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e

avaliar todo o processo de gestão escolar. (CISEKI, A.A. Conselhos de escola:

coletivos instituístes da escola cidadã.)

Alguns princípios que norteiam a Gestão Democrática são as decisões e ações

elaboradas e executadas de forma coletiva, e não apenas dirigidas por uma única

pessoa a participação de todos no cotidiano escolar envolvido na gestão como:

professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, conselho e toda a

comunidade. Deve existir transparência com relação as decisões, ações tomadas ou

implantadas na escola, sendo decididos e expostos a todos os interessados.

4.10 Concepção de Cidadania

A construção da cidadania é o objetivo maior de toda a educação escolar,

formar cidadãos autônomos, capazes de atuar com competência e dignidade no

exercício de seus direitos e deveres, assumindo a valorização da cultura de sua

própria comunidade.

Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e

participa ativamente de todas as questões da sociedade. Para o educador brasileiro

Demerval Saviani, ser cidadão significa ser sujeito de direitos e deveres: ―Cidadão é,

pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade e, extensivamente,

da vida da sociedade‖. É importante lembrar que as mudanças na economia e na

sociedade beneficiaram mais algumas categorias sociais do que outras. Só

determinadas parcelas da sociedade alcançarão, na prática, os direitos de cidadania

em sua plenitude, como o de receber os serviços públicos de água encanada e

tratada, rede de esgoto, luz elétrica, etc. Outro indicador de grau de cidadania de

uma nação é o tratamento que se dá aos idosos. Crianças e idosos são os dois

extremos frágeis de uma sociedade. Uma sociedade que não respeita suas crianças

e seus idosos põe em risco a vida de cada pessoa em particular.

4.11 Concepção de currículo

Etimologicamente o termo currículo vem do latim curriculum que significa pista

de corrida, caminho ou trajetória. Expressa, portanto, um projeto de escola e,

consequentemente, de sociedade e de mundo. A concepção de currículo na escola

pública, por sua vez, deve expressar a intenção desta trajetória, que não é

espontânea – é intencional e deve revelar as necessidades históricas daqueles que

dependem da escola pública como via de acesso ao conhecimento. Currículo,

portanto, se situa nas disputas de poder que ocorrem entre aqueles que vêm na

educação o espaço para seus projetos e expectativas, bem como disputas de poder

no interior das próprias políticas públicas.

4.12 Concepção de Escola

A Escola – lugar da busca ―do saber, do saber-fazer, do saber-se e do saber-

conviver‖ – é o espaço que possibilita o desenvolvimento e o gosto pelas múltiplas

dimensões do conhecimento, ampliando a visão do mundo, também, através da

socialização da cultura e humanização das relações.Na prática, isso supõe:

a) exercício de processos participativos e relações democráticas;

b) vivência de uma Nova Sociedade: promotora da paz, da justiça, da solidariedade

e da dignidade humana;

c) educação das pessoas para lidar com os avanços tecnológicos, bem como

valorizar a emoção, a intuição, a criatividade e para a inserção no processo do

conhecimento;

d) processos pedagógicos que fortaleçam a responsabilidade de educadores e

educandos na compreensão e problematização do conhecimento como um

desafio a ser perseguido;

e) transparência e verdade na condução do processo educativo, assumindo erros e

limitações como possibilidade de crescimento;

4.13 Concepção de tempo

A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de

duração. Por influência da teoria da relatividade idealizada pelo Físico Albert

Einstein, o tempo vem sendo considerado como uma quarta dimensão do

Continuum espaço-tempo do Universo, que possui três dimensões espaciais e uma

temporal.Pode-se dizer que um acontecimento ocorre depois de outro

acontecimento. Além disso, pode-se medir o quanto um acontecimento ocorre

depois de outro. Esta resposta relativa ao quanto é a quantidade de tempo entre

estes dois acontecimentos. A separação dos dois acontecimentos é um intervalo; a

quantidade desse intervalo é a duração.

Uma forma de definir depois baseia-se na assumpção de causalidade. O

trabalho realizado pela humanidade para aumentar o conhecimento da natureza e

das medições do tempo, através de trabalho destinado ao aperfeiçoamento de

calendários e relógios, foi um importante motor das descobertas científicas.

Em teoria, o tempo não flui imutavelmente. O tempo flui se expandindo

lentamente, pois as três dimensões estão se inflacionando e, com elas, a quarta

dimensão também. Um segundo sempre será um segundo, mas a cada segundo

que passa o intervalo de tempo está lentamente aumentando. Retrocedendo ao

momento inicial (Big Bang), este mesmo intervalo de tempo (1 segundo) estava

correndo quase que estático.

Ao que parece ser a idade do universo em 13,7 bilhões de anos, está se

calculando pelo tempo "imutável" de hoje em dia. Pela teoria do tempo se

expandindo, o universo teria trilhões de anos.

Em outras palavras, o tempo é uma componente do sistema de medições

usado para sequenciar eventos, para comparar as durações dos eventos, os seus

intervalos, e para quantificar o movimento de objetos. O tempo tem sido um dos

maiores temas da religião, filosofia e ciência, mas defini-lo de uma forma não

controversa (que possa ser aplicada a todos os campos) de tudo tem eludido aos

maiores conhecedores.

Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairos.

Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico (ou sequencial) que pode ser

medido, esse último significa "o momento certo" ou "oportuno": um momento

indeterminado no tempo em que algo especial acontece. Em teologia descreve a

forma qualitativa do tempo (o "tempo de Deus"), enquanto chronos é de natureza

quantitativa (o "tempo dos homens").

Na física e noutras ciências, o tempo é considerado uma das poucas

quantidades essenciais. O tempo é usado para definir outras quantidades - como a

velocidade - e definir o tempo nos termos dessas quantidades iria resultar numa

definição redundante.

Na meteorologia, o tempo é o estado físico das condições atmosféricas em

um determinado momento e local. Isto é, a influência do estado físico da atmosfera

sobre a vida e as atividades do homem.

4.14 Concepção de trabalho

Dos primórdios da Humanidade até aos nossos dias o conceito ―trabalho‖ foi

sofrendo alterações, preenchendo páginas da história com novos domínios e novos

valores. Do Egito à Grécia e ao Império Romano, atravessando os séculos da Idade

Média e do Renascimento, o trabalho foi considerado como um sinal de opróbrio, de

desprezo, de inferioridade. Esta concepção atingia o estatuto jurídico e político dos

trabalhadores, escravos e servos. Com a evolução das sociedades, os conceitos

alteraram-se. O trabalho-tortura, maldição, deu lugar ao trabalho como fonte de

realização pessoal e social, o trabalho como meio de dignificação da pessoa.O Papa

João Paulo II (1989) refere que:

Com a palavra trabalho é indicada toda a atividade realizada pelo mesmo

homem, tanto manual como intelectual, independentemente das suas características

e das circunstâncias, quer dizer, toda a atividade humana que se pode e deve

reconhecer como trabalho, no meio de toda a riqueza de atividades para as quais o

homem tem capacidade e está predisposto pela própria natureza, em virtude da sua

humanidade (p. 7).

4.15 Concepção de letramento

Atualmente a definição mais difundida é a apresentada por Magda Soares:

―Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, o

estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como

conseqüência de ter-se apropriado da escrita‖ Desse modo, letramento seria

resultado ou conseqüência do processo de alfabetização.

Enquanto se utiliza o termo analfabeto em oposição a alfabetizado, não é

possível, de maneira análoga, aplicar a mesma relação entre letrado e iletrado.

Mesmo o indivíduo que não sabe ler nem escrever de alguma maneira faz uso da

escrita quando se relaciona com outros atores sociais, seja pedindo que outro leia

para ele uma carta ou bula de remédio, seja tentando chegar a algum bairro da

cidade, o qual ele ainda não conheça, ou mesmo relatando um fato ou

acontecimento a alguém.

Sabemos que a criança ao ingressar na escola já domina integralmente a

gramática de sua língua, no entanto, esse saber não é valorizado ficando seu

universo vocabular fora do espaço escolar que só prestigia a língua culta.

Concordamos com Freire (1996:10) ao afirmar que ―as palavras deveriam vir

carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do

educador.

4.16 Concepção de Infância e Adolescência

Em 13 de julho de 1990, é promulgada a Lei nº. 8069 – o Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA). Essa lei representa uma mudança de paradigma na área

da infância e da juventude, incorporando uma nova concepção de criança e

adolescente. Estes passam a ser considerados como ―sujeitos de direitos‖, e não

mais como ―menores‖ objeto da ação do poder público, principalmente em casos de

abandono e/ou delinquência, passíveis de medidas assistencialistas, segregadoras e

repressivas como nos Códigos de Menores de 1927 e 1979.

Trata-se de uma mudança de concepção na qual as crianças e os

adolescentes eram vistas exclusivamente como ―portadoras de carências‖ e, a partir

de então, como cidadãos, sujeitos de direitos.

Pensar a infância e a adolescência nessa nova perspectiva significa

reconhecer que nessa fase da vida os indivíduos encontram-se em pleno

desenvolvimento biopsicossocial e que, portanto, necessitam de atendimento e

cuidados especiais para se desenvolverem plenamente.

Essas necessidades e cuidados são postos em termos de

direitos, estendendo-se ao conjunto desse segmento, sem discriminação de

qualquer tipo, cabendo ao poder público, à família e à sociedade, assegurar com

absoluta prioridade a efetivação desses direitos relativos à sobrevivência e ao seu

desenvolvimento integral das crianças e adolescentes.

4.17 SAA - Sala de Apoio

O Programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às

dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam as séries finais do Ensino

Fundamental. Para os alunos da 6º Ano e 9º ano. Esses alunos participam de aulas

de Língua Portuguesa e Matemática no contra-turno, participando de atividades que

visam à superação das dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas.

5. MARCO OPERACIONAL

5.1 Planejamento de Ações da escola a curto, médio e longo prazo;

Metas

Construir ambiente educativo onde todos os segmentos da comunidade

escolar sintam-se responsáveis pelo processo educativo e pela conservação

do patrimônio escolar;

Conscientizar da importância do estudo, como fonte de conhecimento e apta-

afirmação;

Estimular a participação da comunidade nas ações da escola;

Ser espaço de interação e discussão conduzindo na busca de alternativas;

Ter todos os alunos em idade escolar, frequentando a escola;

Conseguir que a família tenha uma participação mais ativa nos problemas da

escola viabilizando soluções.

Ações

- Reuniões de planejamento com a Direção e equipe pedagógica: com o

objetivo de planejar reuniões pedagógicas, eventos e repasse de informações.

Responsáveis: Direção e Equipe Pedagógica.

- Reuniões Pedagógicas com os professores: com o objetivo de prevenir e

buscar alternativas contra problemas com turmas e/ou alunos de ordem pedagógica

ou comportamental. Também tem como objetivo acompanhar a escrituração do livro

registro do professor, plano de trabalho docente, bem como proporcionar subsídios

para o seu planejamento.

Frequência: Trimestralmente; Responsáveis: Direção e Equipe Pedagógica.

- Reuniões com os pais dos alunos de 6º ano. Nas primeiras semanas de aula.

Temas: Normas da escola e orientações para enfrentar as mudanças da 5º para 6º

ano. Responsáveis: Direção e equipe Pedagógica.

- Reuniões com os pais: serão efetuadas de duas formas: coletiva e individual.

Têm como objetivos proporcionar um maior conhecimento das normas e regras que

regem nossa escola; a importância do registro de participação dos pais no

acompanhamento da vida escolar do filho, explicação de como será efetuada a

entrega de boletins; explanação da importância das reuniões individuais e abertura

da escola para esclarecimento de dúvidas. As reuniões individuais têm como

objetivo informar os pais sobre o rendimento e o comportamento dos seus filhos.

Frequência : Reunião Coletiva – 02 ou 03 durante o ano . Reunião individual –

sempre que se fizer necessário, por solicitação dos professores ou após

ocorrências. Responsáveis: Direção, Equipe Pedagógica e professores.

- Reuniões com alunos reprovados: oportunizar ao aluno uma auto-avaliação

trimestral para que possa refletir sobre como está o seu desenvolvimento e

participação nas aulas das disciplinas reprovadas e nas disciplinas em geral.

Responsáveis: Equipe Pedagógica

- Reunião com alunos aprovados por conselho de classe: oportunizar ao aluno

uma auto-avaliação trimestral para que possa refletir sobre como está o seu

desenvolvimento e participação nas aulas das disciplinas em que o aluno foi

aprovado pelo conselho e nas disciplinas em geral. Responsáveis: Equipe

Pedagógica .

- Aluno Representante de Turma: a eleição para representante de turma tem por

objetivo promover a representatividade do alunado, além de proporcionar a

colaboração entre representante-professor. Perfil do representante: responsável,

estudioso, justo, amigo, não se envolve em confusão, respeita os colegas e

professores. Funções: ser responsável pela chave da sala de aula (abrir e fechar),

atender solicitações dos professores, equipe pedagógica e direção. Responsáveis:

Equipe Pedagógica, direção e Professores.

- Documentação administrativo-pedagógica: com o objetivo de obter maior

controle das ações dos alunos, faz-se necessário registrá-las. Assim, serão

utilizados os seguintes documentos com suas respectivas funções:

- Ata de acompanhamento pedagógico: tem a função de registrar o

acompanhamento feito pela equipe pedagógica aos alunos como: a não entrega de

trabalhos, quando não trazem os materiais solicitados pelo professor, recusa-se a

fazer avaliação e recuperação, não faz as atividades propostas, etc. Responsáveis:

Professores e equipe pedagógica.

- Ata de ocorrências: onde serão registradas ocorrências de indisciplina e

descumprimento as normas internas da escola, na sala de aula ou em qualquer

espaço escolar. Dependendo da gravidade da ocorrência o aluno será encaminhado

à equipe pedagógica para advertência e registro em ata, bem como solicitação da

presença dos pais. Responsáveis: Professores e Equipe Pedagógica e Direção.

- Registro de reunião com pais: livro ata onde serão registrados a pauta da

reunião e as decisões tomadas na mesma.

Responsável: Secretária Escolar

- Projetos Permanentes e Específicos: proporcionar aos alunos contato com

temas relevantes à escola, bem como a participação de projetos específicos da

Secretaria de Estado da Educação. Os projetos propostos serão elaborados com a

colaboração dos professores. Projetos permanentes da escola: Projeto de Leitura,

Higiene, Cidadão e reorganização, Respeito ao Patrimônio Público e ao Próximo,

Preconceito e Meio Ambiente. Responsáveis: Direção,Equipe Pedagógica e

professores.

- Palestras para pais e alunos: com o objetivo de combater a evasão, violência e

outros problemas enfrentados no dia a dia da escola, proporcionando maior

orientação para os pais.

Responsáveis:Direção, Equipe Pedagógica e professores.

- Eventos: que promovem integração aluno, família e escola (Festa Campesina,

Noite de Talentos, Homenagem ao dia das mães, reunião de pais , conselho de

classe participativo).

5.2 Linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva pedagógica, administrativa e político-social.

Redimensionamento da Gestão escolar

Dentro do ambiente Escolar é necessário o comprometimento com a

Educação como um todo, não importando o cargo que tenha, a união para busca

de melhor qualidade no ensino aprendizagem deve ser uma máxima no dia-a-dia da

escola.

Assim percebe-se que a equipe pedagógica, direção, professores, equipe

administrativo e de apoio, muitas vezes precisam se desligar das atividades

básicas diárias, para colaborar na busca de soluções de possíveis problemas que

surgem no ambiente escolar. Para que haja o desenvolvimento escolar com êxito

é necessário esse conjunto de ações. Entende-se que os fatos que interferem no

aprendizado do aluno estão relacionados com inúmeros problemas como: social,

econômico, cultural, familiar, psicológicos, cognitivos entre outros. Surge então a

necessidade por parte da escola em conhecer seu alunado, e voltar-se totalmente

aos seus projetos e planos, dessa forma contribuir para o desenvolvimento tanto

individual quanto coletivo.

Nesse processo, a escola atua como um espaço de construção coletiva no

qual o poder de decisão é compartilhado, objetivando difundir no contexto escolar a

nova postura pertinente a um ensino de qualidade que dará, por conseguinte, as

ferramentas necessárias ao educando para atuar em pé de igualdade no mercado

competitivo que temos na atualidade, pois, Gestão Democrática só se faz com

interação e ação coletiva.

A gestão colegiada são mecanismos coletivos escolares constituídos, em

geral, por professores, alunos, funcionários, pais e por representantes da sociedade,

escolhidos pela comunidade escolar, com o objetivo de apoiar a gestão da escola.

Existem vários tipos de estruturas de gestão colegiadas em nosso colégio. Dessas

estruturas, as encontradas são o Conselho Escolar, a Associação de Pais Mestres e

Funcionários e Grêmio Estudantil. Outros tipos de estrutura, com outras

denominações, mas com funções similares ou complementares, são: Alunos e

professores representantes de turmas.

APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários

É um órgão de representação dos pais, mestres e funcionários da Instituição

de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial, não sendo os seus

membros remunerados. Atua como integradora dos segmentos da sociedade

organizada no contexto escolar, visando sempre a realidade da comunidade. Serve

como ponto básico de organização para o segmento das famílias dos alunos.

Conselho Escolar

É um órgão colegiado, representativo da comunidade escolar, de natureza

deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar. Antes de outras

instituições (Conselho Tutelar, Religiosas, etc). Atua como responsável pelo estudo

e planejamento, debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das

principais ações do dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico, como

administrativo e financeiro.

Grêmio Estudantil

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na

escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras

possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.

Dentre as muitas atividades que o grêmio pode realizar, destaca-se:

- integrar os alunos e a comunidade, promovendo eventos culturais como

projeção de filmes, peças teatrais, gincanas, concursos de poesia, coral,

festival de dança, de música, etc.

- campeonatos esportivos nas diversas modalidades.

- Palestra temáticas.

ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO E APOIO

CELEM – Centros de Línguas Estrangeiras Modernas: O CELEM oferta Curso Básico e de Aprimoramento para Língua Espanhola.

O Curso Básico e de Aprimoramento serão anuais, distribuídos nos turnos

regulares e/ou intermediários. No curso do CELEM o início das aulas é concomitante

ao início do período letivo das aulas da Matriz Curricular.

A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita de Cursos Básico e

de Aprimoramento em LEM, é destinada aos alunos da Rede Estadual de Educação

Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio,

Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos.

Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que estejam no efetivo

exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino na Rede Pública Estadual

de Educação Básica, Secretaria do Estado de Educação e Núcleo Regional de

Educação, num total de até 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por

turma. A comunidade poderá usufruir dos cursos, num total de até 30% das vagas

sobre o número máximo de alunos por turma, desde que comprovada a conclusão

dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

O curso do CELEM é ofertado nos turnos: manhã, tarde, intermediário tarde.

O Curso Básico terá duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de

160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320(trezentos e

vinte)horas/aula. O Curso de Aprimoramento terá duração de 01(um) ano, com

carga horária de 160 (cento e sessenta) horas/aula.

A carga horária semanal do curso do CELEM será de 04 (quatro) horas/aula

de 50 (cinquenta) minutos.

É obrigatória ao aluno do CELEM, a frequência mínima de 75% do total da

carga horária do período letivo, para fins de promoção.

SAA – Sala de Apoio à Aprendizagem

As Salas de Apoio à Aprendizagem, funcionam em contra turno escolar. A

carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e

Matemática - será de 04 horas-aula semanais para os alunos, acrescidas de

01(uma) hora aula-atividade para o professor, devendo ser ofertadas,

prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes, sempre tendo em

vista o benefício do aluno.

As Salas de Apoio à Aprendizagem são organizadas em turmas de no

máximo 20 (vinte) alunos. O funcionamento está condicionado à frequência de

alunos, existência de espaço físico adequado, professor e Plano de Trabalho

Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola.

Regime de Funcionamento

- Está organizado em anos – 6º ao 9º ano e Ensino Médio.

- Turno : Manhã, tarde e noite

Matrizes Curriculares

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 00031 – LARANJEIRAS DO SUL MUNICÍPIO: 0001554 - MARQUINHO

ESTABELECIMENTO: 00013 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO RYSICZ – EFM

ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, S/N

TELEFONE: 0XX(42)3648-1237

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO * 1 1 0 0

GEOGRAFIA 2 3 3 3

HISTÓRIA 3 2 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 5 5 5 5

MATEMÁTICA 5 5 5 5

SUBTOTAL 23 23 23 2

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2

SUBTOTAL

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa. Marquinho,17 de dezembro de 2012.

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 00031 – LARANJEIRAS DO SUL MUNICÍPIO: 0001554 - MARQUINHO

ESTABELECIMENTO: 00013 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO RYSICZ – EFM

ENDEREÇO: RUA XV DE NOVEMBRO, S/N

TELEFONE: 0XX(42)3648-1237

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO * 1 1 0 0

GEOGRAFIA 2 3 3 3

HISTÓRIA 3 2 3 3

LÍNGUA PORTUGUESA 5 5 5 5

MATEMÁTICA 5 5 5 5

SUBTOTAL 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96. *ENSINO RELIGIOSO – DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA.

Marquinho, 17 de dezembro de 2012.

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO REGULAR

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: Laranjeiras do Sul - 31 MUNICÍPIO: Marquinho - 1554 ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Rysicz – Ens. Fund. e Médio - 00013 FONE: (42)3648-1237 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: ( x ) Simultânea

TURNO: Manhã MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 2 0

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 4 3 4

MATEMÁTICA 3 4 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

PARTE DIVERSIFIC

ADA

L.E.M. – Inglês 0 0 2

L.E.M. – Espanhol* 4 4 4

SUB-TOTAL 4 4 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96. *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Marquinho, 10 de dezembro de 2010.

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO REGULAR

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: Laranjeiras do Sul - 31 MUNICÍPIO: Marquinho - 1554 ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Rysicz – Ens. Fund. e Médio - 00013 FONE: (42)3648-1237 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: ( x ) Simultânea

TURNO: Tarde MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 2 0

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 4 3 4

MATEMÁTICA 3 4 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

PARTE DIVERSIFIC

ADA

L.E.M. – Inglês 0 0 2

L.E.M. – Espanhol* 4 4 4

SUB-TOTAL 4 4 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96. *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Marquinho, 10 de dezembro de 2010.

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO REGULAR

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: Laranjeiras do Sul - 31 MUNICÍPIO: Marquinho - 1554 ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Rysicz – Ens. Fund. e Médio - 00013 FONE: (42)3648-1237 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: ( x ) Simultânea

TURNO: Noite MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 2 0

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 4 3 4

MATEMÁTICA 3 4 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

PARTE DIVERSIFIC

ADA

L.E.M. – Inglês 0 0 2

L.E.M. – Espanhol* 4 4 4

SUB-TOTAL 4 4 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96. *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

Marquinho, 10 de dezembro de 2010.

Calendário Escolar Ensino Fundamental, Médio e CELEM

Sistema de Avaliação, Recuperação de Estudos e promoção

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

1º - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento

de avaliação

2º - Instrumentos de avaliação: Objetiva, descritiva, oral, trabalhos individual e em

grupo, debates, seminários, análise de imagens e textos, atividades em classe e

extraclasse, pesquisa de campo, dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças),

atividades esportivas e atividades em laboratório, filmes, vídeos.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento

do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

1º - A recuperação será ofertada a todos os alunos, até mesmo aos que

obtiverem nota trimestral acima da média.

2º - A recuperação das avaliações será de forma objetiva, descritiva e oral,

com o mesmo valor da avaliação referente.

O resultado da avaliação proporciona dados que permitam a reflexão sobre a

ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno são considerados os resultados obtidos durante todo o

período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,

tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, por esta instituição de ensino e novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero ) a 10,0 (dez vírgula zero).

Os resultados das avaliações dos alunos são registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida

escolar. Os resultados da recuperação são incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência.

Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula

zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados

aprovados ao final do ano letivo.

Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que

demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais que demonstrem

condições de dar continuidade de estudos nos anos seguintes.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente

do aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a

6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

Para cálculo da média anual será usada a seguinte fórmula:

MA = 1º T + 2º T + 3º T = 60

3

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar.

A recuperação das avaliações serão realizadas logo após a realização das

mesmas, sendo que o professor tem autonomia para escolher o instrumento que

utilizará.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo são devidamente

inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de

documentação escolar.

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didáticos pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações

educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo

ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações

e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e

aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos

conteúdos curriculares estabelecidos.

Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto

Político Pedagógico da instituição de ensino.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,

onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

O Conselho de Classe é constituído pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar, pela

equipe pedagógica, por todos os docentes, que atuam numa mesma turma e os

alunos representantes de turmas, por meio de:

I. Conselho de Classe Integrado, no primeiro e segundo trimestre, com a

participação de toda a turma em sala de aula, da equipe de direção, da

equipe pedagógica, da equipe docente e pais de alunos por turma.

II. Conselho de Classe, no terceiro trimestre, com a participação da equipe

de direção, da equipe pedagógica e da equipe docente.

As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pela

secretária da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

São atribuições do Conselho de Classe:

I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,

encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao

processo ensino e aprendizagem;

II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para

a melhoria do processo ensino e aprendizagem;

III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos,

em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e

aprendizagem;

V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço

do aluno para série subsequente ou retenção, após a apuração dos

resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do

aluno;

VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas)

horas úteis após sua divulgação em edital.

Classificação

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que este

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país

ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de

desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, deste estabelecimento e

dos profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção deste

estabelecimento para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

para obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino

Fundamental.

Reclassificação

A reclassificação é o processo pedagógico que se concretiza através da

avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a

responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas

curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s)

disciplinas(s) compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na

série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa

iniciar o processo de reclassificação.

Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração

de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou

não.

Cabe Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,

para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

A equipe pedagógica desta instituição de ensino, assessorada pela equipe do

Núcleo Regional de Educação de Laranjeiras do Sul, instituirá Comissão, conforme

orientações emanadas da Secretaria do Estado de Educação, a fim de discutir as

evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação.

O aluno classificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará

a Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado por este

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à

Secretaria de Estado de Educação.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em uma disciplina em regime seriado, poderá cursá-la

subsequente e concomitantemente às séries seguintes. Esta instituição de ensino

oferta matrícula com Progressão Parcial ao aluno que não obtiver êxito em 01

disciplina.

A disciplina em dependência será cursada, pelo aluno, em turno contrário ao

da série em que foi matriculado.

1º - O regime de Progressão Parcial exige, para aprovação na dependência, a

frequência determinada em lei e o aproveitamento escolar estabelecido no

Regimento.

2º - Havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de

estudos para a disciplina em dependência, registrando-se em relatório, o qual

integrará a pasta individual do aluno.

É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência de

disciplina no Ensino Fundamental.

A expedição de Certificado de conclusão do curso ocorrerá após atendida a

carga horária mínima exigida em lei.

Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno será

matriculado na série, para cursar somente a disciplina em dependência e o

Certificado será expedido após a sua conclusão.

Aproveitamento de Estudos

Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados.

A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de

ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga

horária total do curso.

A avaliação para fins de aproveitamento de estudos será realizada

conforme os critérios estabelecidos no Plano de Curso .

È vedado o aproveitamento de estudos nos cursos integrados ao Ensino

Médio.

Programa Fica Comigo

O combate à evasão escolar é a sua principal meta, entendendo que o

acesso à escola e à educação é um direito subjetivo e inalienável através do qual,

segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o próprio Estatuto da

Criança e Adolescência, a criança e o adolescente têm direito à educação, visando

ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho.

A Lei Nº 11.525/07, Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei 9.394, para incluir

conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do

ensino fundamental, tendo como diretriz a Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, que

institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição

de material didático adequado.

A garantia do acesso à escola para nossos educandos, portanto, é um

compromisso de todos: do Estado, da família, do Ministério Público, dos Agentes de

Saúde, dos integrantes das Secretarias Municipais, dos Conselhos Comunitários,

dos Conselhos de Direitos e Tutelares, dos demais órgãos oficiais, não oficiais e,

enfim, de toda a sociedade civil.

Esta rede, por sua vez, implica na aproximação dos órgãos oficiais que

podem e devem ser buscados pela escola no sentido de oferecer o suporte

necessário para mediar a prevenção da evasão, localização do aluno ausente e

mediação de ações, para o retorno e permanência do aluno na escola.

Para a instrumentalização do Programa foi criada a ―FICA‖ (Ficha de

Comunicação do Aluno Ausente). Tal instrumento tem como objetivo acompanhar

os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em que apresentem

ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados.

Prevenção e enfrentamento à violência escolar

O fórum de prevenção e enfrentamento a violência escolar, é um instrumento

que foi elaborado com a participação de professores, pedagogas, diretor, vice-

diretora, funcionários e representantes da comunidade escolar. Tendo como

embasamento a dois professores do Colégio Estadual ao Seminário Integrado

sobre Drogas, Indisciplina, Evasão e Violência nas escolas, e Leitura e Discussão

em grupo na Semana da Formação Continuada do Caderno Temático sobre

Enfrentamento à Violência na Escola.

Após discussão no grupo geral, foi eleito uma prioridade que será trabalhada

a partir do mês de setembro de 2010 e continuado em 2011, sobre o Fenômeno

BULLYING.

Algumas estratégias foram construídas com a colaboração de todos os

participantes, após discussões e esclarecimentos quanto à legalidade e legitimidade

das proposituras. Para efetivação das ações em 2010, será realizado um diagnóstico

do fenômeno Bullying.

Justificativa

Urge a necessidade de enfatizar a participação social, valorização do

diálogo, preparação da comunidade escolar para ser capaz de exercer plenamente

sua cidadania e, ao mesmo tempo, modelar o seu desempenho visando tornar-se

um agente transformador da gestão democrática.

Construir o essencial para possibilitar a comunidade escolar usufruir de

melhores condições institucionais e ambientais para se desenvolver e aprimorar

suas habilidades e capacidades de forma mais prazerosa, trazendo para escola

seus potenciais, que não são poucos, mas que só precisam ser estimulados e

lapidados.

Práticas desse tipo oportunizam maior descentralização das ações técnico-

pedagógicas visando melhor eficácia nas estratégias de prevenção e intervenção da

violência escolar, demonstrando a preocupação da educação em ultrapassar

fronteiras que separam a família da escola, fortalecendo assim essa parceria na

construção de uma Cultura de Paz e de não - violência entre todos os segmentos da

comunidade escolar.

OBJETIVO:

Desenvolver, com a participação da comunidade escolar, estratégias de

intervenção e prevenção das incivilidades e violência dentro da escola.

AÇÕES

AÇÃO 01

- elaborar o Plano de Prevenção ao enfrentamento da violência escolar, a partir do

diagnóstico da situação atual da escola.

Responsável: direção, equipe pedagógica, funcionários, professores e alguns

representantes da comunidade.

Período: a partir de setembro de 2010.

Objetivo: mobilizar a comunidade escolar para refletir e discutir sobre o problema do

enfrentamento à violência na escola.

Procedimentos: a equipe aplicará questionários para Levantamento de Diagnóstico,

instrumento que deverá focalizar os aspectos mais relevantes detectados a partir da

análise dos ―Questionários‖, e incluí-las em outras ações. Atividades curriculares e

extra curriculares.

AÇÃO 02

- articular os alunos da Escola com o 3º ano do ensino Médio.

Responsável: equipe , 3º ano do Ensino Médio, e representantes de turmas

período: a partir de setembro de 2010.

Objetivo: promover maior participação cidadã do corpo discente nas decisões e

ações da escola.

Procedimentos: reunindo de forma ordinária mensal os líderes de todas as turmas

com reuniões em horários alternativos de modo a contemplar os representantes de

turmas , em seguida fixar em local estratégico as ações que serão tomadas a partir

das reuniões, visando maior transparência do processo.

AÇÃO 03

- divulgar o Regimento do Colégio a toda comunidade escolar.

Responsável: equipe Pedagógica, Professores e Direção

período: a partir de setembro de 2010.

Objetivo: oportunizar a comunidade escolar, o livre acesso ao Regimento Escolar da

instituição, visando maior promoção dos direitos e deveres de cada membro da

instituição de ensino.

Procedimentos: Fixando partes do documento em pontos estratégicos da Escola, de

acordo com o maior fluxo dos segmentos, os artigos inerentes aos direitos, deveres

e proibições, atribuição e fins de utilização previstos no Regimento.

AÇÃO 04

- utilização de vários espaços escolares, com painéis sobre a conscientização do

exercício pleno da cidadania.

Responsável: professores de todas as disciplinas do Ensino Fundamental e Médio

prazo: a partir de setembro.

Objetivo: envolver os alunos, em atividades artísticas, promovendo ética e

cidadania.

Procedimentos: os professores, em sala de aula, elaborar painéis com informações

e ilustrações sobre cidadania, paz e não violência.

Atendimento aos alunos inclusos

Este estabelecimento educacional busca, com base nas diretrizes da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná, contemplar a articulação, inclusão e

conscientização de todos os envolvidos no processo educacional, de forma a

estabelecer a importância da permanência e frequência dos alunos garantindo desta

forma, a mobilização na política da inclusão e valorização da vida.

Os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação estão matriculados nas classes comuns do ensino regular.

Porém, grande barreira se constitui no despreparo dos professores e equipe

pedagógica em trabalhar com alunos que apresentam necessidades educacionais

especiais. A formação de professores neste domínio de intervenção permanece com

uma necessidade urgente. Os professores e equipe pedagógica que tem atendido

esses alunos têm aprendido com a sua própria prática, no processo de inclusão. A

escola até o momento não dispunha de equipamentos, materiais e recursos

pedagógicos específicos à natureza. No entanto, está em fase de implantação a

sala de recurso, com professor especializado que atenderá os alunos em horário

diferente do frequentado no ensino regular, a partir do ano de 2012.

Atendimento à Lei nº11.645/08 -Cultura Afro, afro-brasileira e Indígena

A instituição tem procurado garantir no espaço do currículo a educação das

relações étnico-raciais, considerando os princípios da Lei em questão.

Entendemos que a Lei é um desafio, pois trata de questões curriculares que

evidenciam contradições e conflitos existentes na escola e no mundo acadêmico,

questiona e desconstrói saberes históricos eurocêntricos que ainda hoje funcionam

como orientadores de uma concepção estereotipada do negro e do índio, ainda

presente em alguns livros didáticos.

Consideramos como uma tarefa pedagógica o enfrentamento do

etnocentrismo e das perspectivas eurocêntricas de interpretação da realidade

brasileira e a desconstrução de mentalidades produzidas por esses tipos de visões

históricas da África e dos afro-brasileiros consolidadas nos diferentes espaços de

produção de saberes e subjetividades. Nossas práticas precisaram atravessar as

diferentes áreas do conhecimento não apenas reconhecendo a diferença afro

descendente e indígena, mas ressignificando as relações étnico-raciais inseridas

nos conteúdos.

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, envolverá

articulação entre passado, presente e futuro no âmbito de experiências, construções

e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e realidades desses povos

no cotidiano da escola, nos diferentes níveis e modalidades de ensino, como

conteúdo de disciplinas, datas significativas, realização de projetos de diferentes

naturezas no decorrer do ano letivo, com vistas à divulgação e estudo da

participação dos africanos e indígenas e de seus descendentes em episódios da

História do Brasil, na construção econômica, social e cultural da nação, destacando

a atuação deles em diferentes áreas do conhecimento, de atuação profissional, de

criação tecnológica, artística e de luta social.Já que a escola tem o papel

preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos

discriminados, acreditamos que com essas medidas estaremos desempenhando o

verdadeiro papel de educadores.

Atendimento a Lei 13.381/2001 - História do Paraná

Está inserido conteúdos de História do Paraná na disciplina de história desta

instituição de ensino. Exige-se que os conteúdos a serem trabalhados sejam

articulados e aprendidos pelos alunos, avaliados e considerados matéria dada, como

os demais saberes a serem trabalhados.

Ao trabalhar com os temas relativos ao universo paranaense, pretende-se

levar o aluno a conhecer, valorizar e respeitar a cultura e a formação do povo

paranaense construídas historicamente, abordando temas que perpassam pelas

diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, ao prever no seu Plano de Trabalho

Docente a temática proposta aliada aos conteúdos específicos determinados, o

professor deverá estar capacitado e equipado para desenvolver o trabalho junto aos

alunos de forma segura e eficiente, evitando improvisações e falta de

fundamentação na sua proposta. O tema trabalhado de forma articulado não poderá

ser vazio de conteúdo, ao contrário, deverá ser concebido como fator de

enriquecimento do conhecimento.

Atendimento a lei 9.795/99 - Educação Ambiental

O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa fazer uso da Lei

9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental de modo a levar a

informação voltada a preservação do equilíbrio ambiental para desenvolver nos

discentes a conscientização e compreensão do homem e o meio onde se está

inserido através da compreensão das questões relacionadas a preservação do meio

ambiente.

Atendimento a Lei 6.202/75 - Estudante Gestante

A partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a estudante em

estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares.

O início e o fim do período em que é permitido o afastamento serão

determinados por atestado médico a ser apresentado à direção da escola. Em casos

excepcionais devidamente comprovados mediante atestado médico, poderá ser

aumentado o período de repouso, antes e depois do parto.

Em qualquer caso, é assegurado às estudantes em estado de gravidez o

direito à prestação dos exames finais.

SAREH- Serviço de Atendimento a Rede de Escolarização Hospitalar-Resolução 2527/2007.

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar, objetiva o

atendimento educacional aos estudantes que se encontram impossibilitados de

frequentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento

de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção

ou a reinserção em seu ambiente escolar.

Equipe Multidisciplinar e Plano de Ação

Com base na Lei 10.639/03 e 11.645/08, Instrução 017/2006 e Deliberação

04/2006 que tratam das Normas para a Educação das Relações Étnico-Raciais e

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, possui a Equipe

Multidisciplinar responsável pelo desenvolvimento das atividades no ano de 2011 a

respeito do tema e é composta pelos seguintes membros:

- Suzana de Fátima Almeida - pedagoga

- Lucia Hlusiak Machado - Agente Educacional

- Julio Cesar de Oliveira – Instancia Colegiada

- Eloi Carlos dos Santos – professor da área de Humanas

- Renata Kubiak – Professora da área de Humanas

- Solange B. Varella Staine – professora da área de Exatas

- Amauri Antonio Fontana – professor da área de Exatas

- Susana Heupa – professora da área de Humanas (representante da área de

Biológicas ).

Função da Equipe Multidisciplinar

Envolver direção, equipe pedagógica, professores e funcionários, para

orientar e auxiliar o desenvolvimento de ações relativas à educação das Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo

do período letivo.

O trabalho das Equipes Multidisciplinares na escola é de fundamental

importância para o processo de superação das práticas discriminatórias seguidas de

racismo e preconceito racial. A equipe é orientada a desenvolver trabalhos de

resgate da Cultura Afro-Brasileira e Africana e documentar as ações através de

relatórios.

PLANO DE AÇÃO

Objetivos a serem alcançados

- Contextualizar leis e conceitos sobre questões envolvidas nas temáticas da

diversidade como conceito de Índio e Negro;

- Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos diferentes

povos;

- Inserir no Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de ensino a equipe

Multidisciplinar e as ações relacionadas à Educação para as Ações étnico-

raciais;

- Localizar, identificar e disponibilizar materiais relativos a temática ;

-Desenvolver estratégias de conscientização da comunidade escolar para com

a temática, problematizando as relações entre as culturas africana e Indígena;

- Mostrar trabalhos durante o ano, relacionados às temáticas para a

comunidade.

- Realizar as atividades em conjunto com órgãos competentes municipal;

- Preparação de seminários da Semana da Consciência Negra e outros;

- Organização de Eventos Culturais no Espaço Escolar: Filmes, palestras

teatros, danças, etc...

Justificativa das ações a serem realizadas

O Brasil tem uma dívida em relação à população negra e ao povo indígena,

dada as condições de exclusão que lhes foi imposta historicamente.

Este plano justifica-se pela importância de reparar as desigualdades e

distorções históricas que resultaram na criação de estereótipos que perduram até

os tempos atuais.

As ações presente no plano, orientadas pelas leis vigentes possibilitará a

reflexão, a conscientização e a desconstrução de ideias cujo resultado, pretende-se

provocar uma mudança de comportamento de modo a reverter de maneira positiva,

na leitura de quaisquer questão referente a esses povos, começando pelo fato de

repensarmos as relações etnicorraciais, os direitos e a posição ocupada pelos

negros e indígenas na sociedade .

Ações a serem desenvolvidas

Diagnóstico Etnicorracial na Escola

Situação Atual Proposta de mudança

Quanto ao Currículo e programa

- Trabalhado em algumas disciplinas

- A temática é tratada considerando as informações de livros didáticos e no Dia do Índio.

- Existe resistência dos professores para trabalhar criticamente essa

- Contemplar a temática em todas as disciplinas .

temática.

Quanto as Atividades e rituais pedagógicos

- Em algumas situações não é trabalhado de forma efetiva e direta o enfrentamento ao preconceito étnico racial e igualdade de direitos .

-Falta conhecimento aos profissionais da educação relacionado ao tema.

- Capacitação aos profissionais da educação específico da sala de aula;

- Incentivar produções de trabalhos e atividades que representem a diversidade étnico racial.

- Organizar palestras na instituição envolvendo todos os segmentos;

Quanto ao Ambiente Escolar

- A escola não contempla no PPP, ações da temática, somente em algumas PPC e PDT, mais direcionados nas disciplinas de História e Artes;

-Contemplar a temática no PPP, PPC e PDT em todas as disciplinas .

Quanto à relação professor/aluno

- Os professores permitem que os alunos expressem suas opiniões e questionamentos;

- continuar a proporcionar espaços para discussões e incentivar questionamentos acerca da temática;

Quanto as relações com a comunidade

- Poucas atividades desenvolvidas

- Elaborar projetos envolvendo os vários segmentos da comunidade ( comércio, agricultura, escolas ) intercâmbio.

- Conscientização das famílias;

Quanto a expressão verbal cotidiana

- Em muitas ocasiões as ofensas verbais não são questionadas pelos professores , e a maior parte ocorre entre alunos e alunos.

- Quando ocorrer situações de ofensas os educadores interferirem diretamente no momento do ocorrido.

Quanto à biblioteca e videoteca

- Existem poucos livros referentes à temática.

- Não possui filmes e documentários referente a temática

Adquirir filmes , documentários e bibliografia atualizada contemplando alunos e professores.

PLANO DE AÇÃO E CRONOGRAMA

Metas Objetivos Ações Prazo

J F M A M J J A

S O N D

1 Inserção da temática em todas as disciplinas

Trabalhar com as diversidades culturais, explorando as diferenças étnico –raciais, atendendo uma lei vigente;

- sugerir atividades e materiais que podem ser utilizados nas disciplinas

x x

2 Capacita-ção dos profissiona-is da Educação

Estar mais preparados para trabalhar com a temática

Incorporar o assunto nas discussões de reuniões pedagógicas, grupos de estudo e momentos de formação.

x x x x

3 Reformula-ção do PPP.

Assegurar e garantir que a temática seja trabalhada por todos os educadores

- inserção da temática no PPP;

-No

x

4 Melhorar o relaciona-mento entre professor e aluno

Melhor convívio e desempenho na sala de aula

-Criar um conselho mediador (componentes: 1 professor, 1 aluno e um da equipe pedagógica ou direção)

x x x x x x x x x x

5 Melhorar a interação entre escola e comunidade

Conscientizar a comunidade em relação aos assuntos etnicorraciais e divulgar os trabalhos realizados na instituição

- organizar as turmas, selecionar e ensaiar, (teatros)juntamente com os professores;

- solicitar transporte junto aos órgãos competentes para transporte da equipe e

x

grupo de teatro;

- providenciar materiais necessários;

- visitar diferentes comunidades e apresentar teatros.

6 Diminuir os casos de agressões verbais no espaço escolar

Mobilizar, sensibilizar os alunos e profissionais da escola para a reeducação do vocabulário usado.

-Conversar de imediato com os envolvidos na agressão ;

- sancionar o agressor com pesquisa e apresentação de trabalhos sobre o tema, como forma de retratação, caso se recuse a cumprir, será feito um registro no livro de ocorrências.

x x x x x x x x x x

7 Prover a biblioteca com títulos sobre a questão racial

Possibilitar o trabalho dos professores e a aumentar o contato dos alunos com a cultura e personagens negros:

- Levantamento de títulos;

- orçamento nas editoras;

- Providenciar a compra ;

x

8 Espaço na Rádio Ambiente para discussão permanente sobre a questão racial .

Nortear a propagação de idéias em prol do respeito as diferenças, com enfoque crítico .

- Leitura de poesias

- músicas

- Relembrar datas comemorativas .

x x x x x x x x x x

9 Organizar trimestral-mente uma sala de cinema sobre a temática;

Possibilitar ao aluno um novo olhar contra o preconceito e discriminação racial;

-Apresentar os detalhes de encaminhamento das atividades antes do filme ser mostrado.

- Assistir o filme

- Utilizar a

x x x

próxima aula expositiva para referendar os pontos importantes disponibilizados pelo filme, aprofundando o assunto e introduzindo ideias .

Operacionalização

Observação: As tarefas com definição de responsabilidades serão distribuídas com toda a comunidade escolar, acompanhando os prazos das ações . Referências

ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Educação das relações étnico –raciais: pensando referencias para a organização da prática pedagógica – Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.

Educação Tributária Fiscal

Segundo Pedro Demo (1996), ―participação é conquista social‖ A Educação

Fiscal é uma ponte que nos liga a essa fonte de saber e uma porta que se abre para

a construção de um processo de participação popular.

No momento em que o indivíduo passa a perceber a dinâmica e a importância

desses processos para sua vida, há grande possibilidade de mudança de

paradigma. Fica mais explícito que o tributo é a contribuição de todos para

construirmos uma sociedade mais justa, o que só será possível com o controle

popular do gasto público. Essa consciência estimula a mudança de comportamento

em relação a sonegar e malversar recursos públicos, atos que passam a ser

repudiados como crimes sociais, uma vez que retiram dos cidadãos que mais

dependem do Estado as condições mínimas para que tenham dignidade e

esperança de construir seu futuro com autonomia e liberdade.

A Educação tributária Fiscal será trabalhada por meio de projetos por

algumas turmas e apresentadas em teatros para todos os alunos da instituição.

Proposta de Articulação entre o 5º e 6º Ano do Ensino Fundamental

A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso

da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores (direção, equipe

pedagógica e professores) necessitam serem grandes e fiéis companheiros nessa

nobre caminhada da formação educacional do ser humano. Dessa forma, alguns

critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Os alunos

oriundos do 5º ano para 6º ano e seus pais, serão recebidos nesta instituição de

forma diferenciada dos demais, por serem novos na instituição. Em forma de

reunião, será apresentados aos pais e alunos, algumas questões de importante

relevância para a escola, como: Convidar os pais e alunos para conhecer as

instalações, a equipe pedagógica e os funcionários é fundamental para que eles se

apropriem do espaço e se sintam à vontade para fazer parte dele. Esse momento

pode acontecer no primeiro dia de aula ou na primeira semana. Esse contato serve

para que os gestores exponham o funcionamento e a rotina da escola e informem

sobre as atividades extraclasse. Explique a finalidade de cada ambiente e a função

dos profissionais que ali trabalham, apresentando-os pelo nome. Aproveite para

compartilhar as regras de funcionamento previstas no Regimento Escolar. Ao

comunicá-las aos pais, abre-se um canal de diálogo sobre os direitos e deveres de

cada um.

6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A Proposta Pedagógica Curricular é a expressão de uma determinada

concepção de educação e de sociedade, pensada filosófica, histórica e

culturalmente no Projeto Político Pedagógico. Ela é construída pelos professores das

disciplinas e mediada pela equipe pedagógica, os quais lançam mão dos

fundamentos curriculares historicamente produzidos para proceder a esta seleção de

conteúdos e métodos com sua respectiva intencionalidade.

6.1. ENSINO FUNDAMENTAL

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Arte

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Para compreendermos e aprofundarmos a posição atual do ensino de Arte em

nosso país especialmente no Paraná apresentaremos alguns fatos importantes que

constituem o histórico da disciplina.

No Brasil durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a

congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu para grupos

de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos

registros revelam o uso pedagógico da arte. Ensinava-se artes e ofícios, por meio

da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais.

Esse trabalho perdurou aproximadamente 250 anos e foi muito importante na

constituição da matriz cultural brasileira e paranaense.

Mais tarde com a vinda da família real para o Brasil, ocorreu a Missão

Artística Francesa e com ela veio à concepção pedagógica tradicional de arte.

No Paraná foi criado o Liceu de Curitiba (1846) e mais tarde a escola de

Belas Artes e Industria.

Fato importante para o ensino de Arte foi reforma educacional brasileira que

ocorreu com a proclamação da República, marcada pelos conflitos de ideias

positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de arte

valorizar o desempenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o

pensamento científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico

e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do

trabalhador. Sendo que o que se propagou foi a ideia positivista.

O ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais

diversos espaços sociais são influenciados, também por movimentos políticos e

sociais. Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de

Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira associado aos

movimentos nacionalistas da época.

O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na espontaneidade,

expressividade e criatividade apoiou-se na Escola Nova, na livre expressão,

contradizendo os padrões estéticos da escola tradicional.

No Paraná houve reflexos de vários processos pelos quais passou o ensino

da Arte, assim como no final do século XIX com a chegada dos imigrantes e entre

eles, artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas, com a aplicação

da arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da arte para o

desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em formação

e a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da

arte se tornar disciplina escolar.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se

intensificaram: nas artes plásticas, nas Bienais e os movimentos contrários a ela; na

música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro com o Teatro Oficina e o teatro

de Arena de Augusto Boal; e no cinema com o cinema novo de Glauber Rocha.

Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico e foram reprimidos, vários

artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram

perseguidos e exilados.

Com a lei federal nº 5.692/71, cujo artigo 7 determinava a obrigatoriedade do

ensino da arte nos currículos do ensino fundamental (a partir da 5º ano) e do Ensino

Médio. Assim a arte torna-se obrigatória no Brasil, no entanto seu ensino foi

fundamentado para o desenvolvimento de técnicas e habilidades, o que minimizou o

conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte.

A pedagogia histórica - critica fundamentou o currículo básico para o ensino

de 1º grau, publicado em 1990, e o documento de reestruturação de Ensino de 2º

grau na escola pública do Paraná. Tais propostas curriculares pretendiam fazer da

escola um instrumento para a transformação social e nelas, o ensino de arte

retomou a formação do aluno pela humanização dos sentidos pelo saber estético e

pelo trabalho artístico.

Esse processo foi interrompido com a chegada dos Parâmetros Curriculares

Nacional(1997-1999), em arte tiveram como principal fundamentação a proposta de

Ana Mãe Barbosa denominada de Metodologia Triangular. Mas os Parâmetros

Curriculares Nacional não tiveram muito êxito, pois não se basearam em uma

Diretriz as quais só foram publicadas posteriormente.

Hoje podemos perceber um ensino de Arte, com mais valor e muito mais

democrático, alicerçado pela Diretriz de Arte, com número de aulas aumentado por

série, além de concurso público para professores da área, livros didático público,

livros para o professor e eventos próprios.

Apesar de todas as mudanças ocorridas, devemos reconhecer que ainda

precisamos lutar pela real valorização da disciplina como área de conhecimento, não

como prática de entretenimento e terapia.

Os fundamentos teóricos e metodológicos devem levar em consideração as

diferentes formas de pensar arte e o seu ensino são constituídos nas relações

socioculturais, econômicos e políticas do momento histórico em que se

desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem

referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à

política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria

ou simplesmente proporcionar prazer. Serão abordadas as formas como a arte é

compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino e como as pessoas se

defrontam com o problema de conceituá-la.

Algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em

prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade e de ser

humano que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vinculam-se.

São elas:

Arte como mímesis e representação;

Arte como expressão;

Arte como técnica (formalismo).

A arte como mímesis e representação:

Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a ideia

da arte coimo representação, em muitos casos assimilada como referencia formativa

no ensino de Arte. É comum no cotidiano das escolas , por exemplo, a aplicação de

atividades de repetição de formas, a partir de modelos pré-estabelecidos de origem

natural ou não. Na prática comum, algumas recorrências indicam que o valor da arte

estaria somente nas suas referências, na mensagem, nos valores extra-artísticos.

Assim, mesmo de modo não consciente, essa concepção auxilia na formação

de indivíduos submissos ao sistema vigente, seja qual for, e os modelos existentes.

Por extensão, favorece o espírito de submissão à realidade tal e qual está

posta/imposta, como se a história e a sociedade fossem estáticas, modelos prontos

a serem conhecidos / reproduzidos. A partir dessa concepção, cabe à educação tão

somente promover o ajustamento do sujeito que deve achar seu lugar na sociedade

e resignar-se. Nega-se, então, a possibilidade de conhecer a realidade para somar

na sua construção, de modo a superá-la e transformá-la.

A Arte como expressão:

Passou, a ser considerada obra de arte toda expressão concretizada em

formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e emoções.

Essa ideia de arte como expressão consolidou-se no ensino com a pedagogia

da Nova Escola, que era centrada no aluno. O encaminhamento metodológico no

ensino da Arte passou a priorizar atividades práticas (fazer) ancoradas na

espontaneidade ( o que reduzia as aulas, muitas vezes, ao espontaneísmo) para

assegurar o desenvolvimento da imaginação e da autonomia do aluno. Assim, o

aluno alcançaria a realização pessoal a partir de atividades de expressão artística

que valorizam a imaginação e a criatividade, o que pressupõe a produção em arte,

fruto de um dom nato.

A arte como técnica e formalismo

O formalismo que se vinculou a pedagogia tecnicista dos anos de 1970 e

ainda está presente na prática escolar. O formalismo na arte super valoriza a

técnica e o fazer do aluno e tem origem num movimento artístico do início do

século XX.

No formalismo considera-se a obra de arte pelas prioridades formais de sua

composição. As ideias expressas na obra são consideradas puramente artísticas; o

artista não se detém, nem dá importância ao tema. O fundamental é como se

apresenta, se estrutura e se organiza e não o que a obra representa ou expressa.

Reconhece-se que o entendimento da Arte como mímesis e representação,

da Arte como expressão e da posição tecnicista que entende a Arte como puro

fazer, são limitados por focarem a compreensão da Arte a apenas uma dimensão.

Em sua complexidade, a arte comporta cada uma das posições apresentadas:

simultaneamente representa a realidade, expressa visões de mundo pelo filtro do

artista ( mas não apenas suas emoções e sentimentos pessoais) e retrata aspectos

políticos, ideológicos e socioculturais da sua época.

Tratar dessas concepções da arte tem por objetivo auxiliar o professor no

importante processo de reflexão e avaliação de sua prática.

Objetivo geral da disciplina, é que os alunos adquiram conhecimentos sobre

a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de

criação e desenvolver o pensamento crítico.

Os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica,

abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira

crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas

dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem

desigualdades e injustiças.

Educar os alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais

crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova

realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição.

Há três interpretações fundamentais da arte a serem consideradas:

Arte como forma de conhecimento;

Como conhecimento da realidade, a arte pode revelar aspectos do real, não

em sua objetividade – o que constitui tarefa específica da ciência -, mas em sua

relação com a individualidade humana. Assim, a existência humana é o objeto

específico da arte.

Arte como ideologia;

Duas funções da ideologia podem ser destacadas:

- Ideologia como um elemento de coesão social, de relação de pertencimento

a um grupo, a uma classe ou a uma sociedade, função que tanto pode garantir a

manutenção dos modelos vigentes, quanto possibilitar ações e reações no sentido

de transformá-los.

- Ideologia como portadora e difusora do pensamento hegemônico como

elemento de imposição de interesse de uma classe social sobre outra, formas de ser

e pensar que dissimulam a realidade, que visam manter e legitimar a dominação;

A arte desempenha também, uma função ideológica e pode se tornar

elemento de imposição de modos de ser, pensar e agir hegemônicos, pois pela

mídia em geral alcança quase toda população do país. Por isso, é fundamental levar

ao conhecimento dos alunos as três principais formas de como a arte é produzida e

disseminada na sociedade contemporânea: arte erudita, arte popular e indústria

cultural;

Arte como trabalho criador

É essencial no ensino de arte que o educando desenvolva atividades de

cunho artístico no âmbito da escola.

A disciplina de arte, além de promover conhecimento sobre as diversas áreas de

arte, deve possibilitar ao aluno a experiência de um trabalho de criação total e

unitário. O aluno pode, assim, dominar todo processo produtivo do objeto: desde a

criação do projeto, a escolha dos materiais e do instrumental mais adequado aos

objetivos que estabeleceu, a metodologia que adotará e, finalmente, a produção e a

destinação que dará ao objeto criado.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes constituem uma identidade para a disciplina e

possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas de arte.

Os conteúdos estruturantes da disciplina são:elementos formais; composição:

elementos e períodos.

Elementos formais:

O sentido da palavra formal está relacionada a forma propriamente dita ou

seja, aos recursos empregados numa obra. São elementos da cultura presentes nas

produções humanas e na natureza; são matéria prima para produção artística e o

conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas

artísticas e são diferentes em cada uma delas.

Composição:

É o processo de organização e de desdobramento dos elementos formais que

constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes

visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor.

Na área de música todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão

da fonte sonora que originou. É pela manipulação das durações, mediadas pelo

conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.

Com organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de

composição de cada área de arte, formulam-se todas as obras sejam elas visuais ,

teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

Movimentos e períodos:

Se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento em

arte.Esse conteúdo revela aspectos sociais,culturais e econômicos presentes numa

composição artística e explicita as relações internas ou externas de um movimento

artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. O professor

deve mostrar as relações que cada movimento e período de uma determinada área

da arte estabelece com as outras áreas e como apresenta características em

comum, coincidindo ou não com o mesmo período histórico. Nas aulas, o trabalho

com esses conteúdos devem ser feitos de modo simultâneo.

No ensino médio a prioridade é para a história da arte com raros momentos

de prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artístico e na

leitura de obras de arte.

Em síntese durante a educação básica, o aluno tem contato com fragmentos

do conhecimento em arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais,

com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos com

exercícios cognitivos, abstratos ( Ensino Médio).

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação

Greco-Romana Oriental Ocidental Africana

6º Ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia

Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica

6º Ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo

Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento

6º Ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal

tempo espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica

7º Ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Duração

Ritmo Melodia

Música popular e étnica (ocidental

Timbre Intensidade Densidade

Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação

e oriental

7º Ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea

7º Ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano

7º Ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena

8º Ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno

8º Ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Linha Forma Textura Superfície Volume

Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação

Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea

Cor Luz

Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

8º Ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo

8º Ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo

Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna

9º Ano – Área Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico

Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea

9º Ano – Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop

9º Ano – Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino

Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas

9º Ano – Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna

Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea

CTAT

Arte – Ensino Médio Área Música M

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação

Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino Americana

CTAT

Área Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos, Gêneros: paisagem, natureza –morta, Cenas do cotidiano, Histórica, Religiosa, da mitologia

Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Industria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino Americana

Área Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-Fórum; Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros:Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação

Teatro Greco Romana Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Industria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino Americano Teatro Simbolista

Direção Produção

Área Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais Composição Movimentos e períodos

Conteúdos Básicos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria Cultural, étnica, folclórica, populares e salão

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Classica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Quando se trata de metodologia precisamos direcionar o pensamento para o

método a ser aplicado para quem: para quem? Como? Por que ? O que? O trabalho

em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: sua

relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber

as obras artísticas.

No espaço escolar o objetivo de trabalho é o conhecimento desta forma devemos

contemplar, na metodologia de ensino da arte três momentos.

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística bem como: desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõem uma obra de arte.

Vejamos algumas possibilidades do trabalho artístico contemplando as quatro áreas do conhecimento da arte: Artes Visuais Deve-se trabalhar abordando não apenas produções pictóricas de

conhecimento universal e artistas consagrados, mas também formas e imagens de

diferentes aspectos presentes na sociedade contemporânea. Também relacionar

com a realidade do aluno, como artistas, produções e bens culturais da região.

As imagens exploradas devem ser bidimensional como desenhos, pinturas,

gravuras, fotografias, propagandas visuais e tridimensionais como esculturas,

instalações, produções arquitetônicas, maquetes.

Um fator importante a ser trabalhado são as mídias por fazerem parte do cotidiano

das crianças, adolescentes e jovens e assim possuírem significados para eles.

Poderá ainda ser trabalhado o processo de releitura de obras de arte, mas

objetivo do aluno compreender a realidade, a época do autor e elementos de

experiência do aluno a sua visão hoje dos fatos.

É importante não esquecer que sempre que possível fazer um elo com as demais

áreas do conhecimento da arte.

Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica,

reafirma a discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que

permite um olhar sobre a realidade humana social, e as possibilidades de

transformação desta realidade.

Dança

É fundamental buscar no encaminhamento das aulas a relação dos conteúdos

próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. A dança tem

conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que, uma vez

integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética

da arte.

A dança possui como elementos formais: movimento corporal, espaço e

tempo. O elemento central da dança é movimento corporal por isso o trabalho

pedagógico pode basear-se em atividades de experimentação do movimento,

improvisação, em composições coreográficas e processo de criação, tornando o

conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por

articularem os conteúdos da dança.

Atividades como criação de formas e registro gráfico da formação inicial e dos

passos sequenciais, uso de diferentes adereço, proposta de criações, improvisações

e execuções coreográficas, individuais e coletivas, identificação do gênero a que

pertencem a dança e em que época foi concebida, devem ser valorizadas e

trabalhadas na dança.

O professor ao selecionar os conteúdos da dança deverá levar em consideração o

contexto social e cultural dos alunos.

Música

No trabalho com música é necessário compreender que desde o nascimento

até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta musical que tanto

compõe suas preferências relacionadas a herança cultural quanto interfere na

formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa, assim ao

trabalhar determinada música é importante contextualizá-la.

Para que os alunos compreendam como se organiza uma música deve-se ouvir os

sons com mais atenção de modo a identificar seus elementos formadores como: a

intensidade, a altura, o timbre, a densidade, a duração, o ritmo, a melodia e a

harmonia.

No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e gêneros musicais,

cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. A música é

então, uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele. Poderão ser

trabalhados atividades como: apreciação e análise musical, seleção/escola de

gêneros musicais, construção de instrumentos musicais, apresentações musicais e

registro de todo material sonoro produzido.

Teatro

Sabemos que inúmeras são as vantagens oferecidas pelo teatro destacando-

se a: criatividade, socialização, memorização e coordenação. Com o teatro o aluno

tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem

correr riscos.

O trabalho com teatro pode ser iniciado com exercícios de relaxamento,

aquecimento e com os elementos formais do teatro: personagem – expressão vocal,

gestual, corporal e facial – Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição

de texto literário para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos

aluno e outros exercícios cênicos.

O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo, o professor não

excluí a abordagem da teorização em arte como por exemplo, discutir os

movimentos e períodos artísticos importantes da história do teatro.

Para o trabalho de sentir e perceber é essencial que os alunos assistam

peças teatrais de modo analisá-las a partir de questões como: descrição do texto,

análise da estrutura e organização da peça, análise da peça sob o ponto de vista do

aluno.

O trabalho com o teatro deverá oportunizar aos alunos análise, a investigação

e a composição de personagens de enredos e de espaços de cena, permitindo a

interação critica dos conhecimentos trabalhados com outras realidades

socioculturais.

Esse encaminhamento poderá ser iniciado pelo enredo a partir de uma obra

da literatura dramática universal, da literatura brasileira ou da oralidade ( contos,

lendas, cantigas populares), uma letra de música, um recorte de jornal, uma

fotografia ou pintura os quais contém temas sobre situações relevantes do ser

humano em sua relação consigo e com o outro.

Outra opção é iniciar pelo processo de criação de personagem. Na

elaboração do seu perfil físico e simbólico.

O espaço cênico deve ser criativo e dinâmico, é necessário que os limites do

palco sejam extrapolados sempre que possível. Dessa maneira, locais inusitados

como uma escadaria ou uma simples sala sem qualquer móvel são transformadas

em locais que reforçam a intenção da cena e / ou das personagens.

O professor deve trabalhar para que o aluno compreenda e valorize as obras

teatrais como bens culturais. Na escola, as propostas devem ir além do teatro

convencional, que não pode ser entendido somente em seu formato, mas pelas

ideologias de uma época que ele simboliza.

Referente as leis, n. 11.645/08 ― História e Cultura Afro, Afro Brasileira e

Indígena‖, lei n.º 13.381/01 ― História do Paraná‖, Lei n.º 9.795/99 ―Meio Ambiente‖ e

Lei nº. 11.769/08 ― Música‖ e também a cerca do uso a cerca do uso indevido

drogas, sexualidade e violência contra a criança, serão inseridos dentro dos

conteúdos básicos tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio.

Serão utilizados como recursos didáticos laboratório de informática, TV multimídia,

data show, aparelho de som, DVD, filmes, músicas, obras de arte, livros didáticos e

teóricos, revistas, jornais, xérox, biblioteca da escola, sites da internet.

4. AVALIAÇÃO A avaliação em Arte é diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a

referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos,

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

O planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a

avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a

auto-avaliação dos alunos. De acordo com a LDB (n. 9394/96, art. 24, inciso V) a

avaliação é ― contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período

sobre os de eventuais provas finais‖.

Centra-se no conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os

limites do gosto e das afinidades pessoais direcionando de maneira sistematizada o

trabalho pedagógico.

A avaliação por meio da observação e registro é sem parâmetros

comparativos entre os alunos, considerando aspectos experienciais (praticas) e

conceituais (teóricos). Desenvolvimento do pensamento estético e sistematização do

conhecimento para a leitura da realidade.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação como: trabalhos artísticos, pesquisas

bibliográficas e de campo, debates em forma de seminários e simpósios e provas

teóricas e práticas, registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e

outros.

Assim o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o

acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo. Visando às seguintes

expectativas de aprendizagem:

A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Com relação aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais serão

avaliados de acordo com a sua capacidade e seu empenho.

A recuperação da aprendizagem será oferecida paralelamente após cada

avaliação, com revisão dos conteúdos e aplicação de uma nova avaliação.

5. REFERÊNCIAS: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Arte para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. FISCHER, Ernst. A necessidade da Arte. Tradução Leandro Konder. – Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 2002. GOMBRICH, E. H. (Ernst Hans). A História da Arte. Tradução Alvaro Cabral. – Rio de Janeiro LTC, 2006. PROENCA, Garcia. Descobrindo a História da Arte. 1 ed. – São Paulo Ática,

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ciências

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda

sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais

como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as

tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER,

1980). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram,

significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e

compreendê-la, nos diversos momentos históricos.

Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884- 1962)

contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento

científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se

com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados

fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico:

O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia

tanto a Antigüidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas,

como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o estado

científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX

e início do século XX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1905, como início

da era do novo espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein

deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre.

(BACHELARD, 1996. p. 09).

No Brasil, na primeira República, as poucas instituições escolares que

existiam nas cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores

estrangeiro dedicados a ensinar conhecimento cientifico em caráter formativo. Aos

filhos da classe trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um ensino

em que os professores não tinham formação especializada, trabalhavam em várias

escolas e ensinavam conhecimento científico sob caráter informativo.

(GHIRALDELLI JR., 1991).

Então, o mesmo conhecimento produzido pela pesquisa científica era

organizado, selecionado e socializado de formas diferenciadas. Porém, a

organização curricular em disciplinas tem sido prática hegemônica na história do

currículo (MACEDO e LOPES, 2002).

A disciplina de ciências Iniciou sua consolidação no currículo das escolas

brasileiras com a Reforma Francisco Campos em 1931, com objetivo de transmitir

conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência

já consolidadas no currículo escolar brasileiro. O currículo era organizado da

seguinte forma: o chamado ensino secundário mantinha cinco anos na sua etapa

fundamental, com mais dois anos na sua etapa complementar. Os conhecimentos

científicos foram integrados na disciplina de Ciências Físicas e Naturais ofertadas

nos dois primeiros anos da etapa fundamental (5ª e 6ª séries, aproximadamente).

Nos três últimos anos da etapa fundamental (6ª a 8ª séries, aproximadamente), os

conhecimentos científicos eram abordados nas disciplinas de Física, Química e

História Natural.

Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino objetivava a

preparação de uma ―elite condutora‖ e para tal, ―a legislação era clara: a escola

deveria contribuir para a divisão de classes e, desde cedo, separar pelas diferenças

de chances de aquisição cultural, dirigentes e dirigidos‖ (GHIRALDELLI JR., 1991, p.

86). O currículo era organizado no ensino secundário em dois ciclos, um de quatro e

outro de três anos. O primeiro ciclo, ginasial, distribuía a disciplina de Ciências

Naturais nas duas séries finais. Em linhas gerais, no 3º ano, atual 7ª série do Ensino

Fundamental, abordava-se os seguintes conteúdos: água, ar e solo, noções de

botânica e de zoologia e corpo humano. No 4º ano, atual 8ª série do Ensino

Fundamental, prevaleceram as noções de Química e Física e foram retirados alguns

conteúdos da proposta anterior que propiciavam articulação com a realidade.

Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura),

instituição vinculada à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação,

a Ciência e a Cultura) cujo objetivo era ―promover a melhoria da formação científica

dos estudantes que ingressariam no ensino superior e, assim, contribuir de forma

significativa ao desenvolvimento nacional‖ (BARRA e LORENZ, 1986, p. 1971) e,

desse modo, melhorar a qualidade do ensino.

Com a LDB n. 4024/61 revogou a obrigatoriedade das escolas adotarem

programas oficiais desenvolvidos pelo Ibecc, possibilitando mais liberdade na

escolha dos conteúdos numa tentativa de utilizar o livro didático como instrumento

de mudanças no ensino de Ciências.

O golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de direcionar o ensino

como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos científicos para a

formação do trabalhador, ―considerado agora peça importante para o

desenvolvimento econômico do país‖ (KRASILCHIK, 2000, p. 86).

O ensino de Ciências passou a assumir compromisso de suporte de base

para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau, visando às

necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico

do país, sob controle do regime militar.

O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na

formação do futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste

momento histórico, à análise das implicações sociais da produção científica, com

vistas a fornecer ao cidadão elementos para viver melhor e participar do processo de

redemocratização iniciado em 1985.

Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no

Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico

para o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia

histórico-crítica. Este documento resultou de reflexões e discussões realizadas no

Estado do Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de

encaminhamento metodológico. Esse programa analisava as relações entre escola,

trabalho e cidadania.

O Currículo Básico, no início dos anos 1990, ainda sob a LDB n. 5692/71,

apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua

legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente, pois

valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos

norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino

Fundamental, a saber, 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de

Matéria e Energia; e 3. Saúde - melhoria da qualidade de vida.

Com a promulgação da LDB nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e

Bases para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito

federal. O Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído

pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina

de Ciências, pois, nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina

e sua constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo

plano.

Com os PCN, os conteúdos escolares das Ciências Naturais foram

reorganizados em eixos temáticos, a saber: 1. Terra e Universo; 2. Vida e Ambiente;

3. Ser humano e Saúde; e, 4. Tecnologia e Sociedade. No entanto, o ensino desses

conteúdos sofreu interferência dos projetos curriculares e extracurriculares

propostos por instituições, fundações, organizações não governamentais (ONGs) e

empresas que passaram a intervir na escola pública nesse período histórico de

orientação política neoliberal.

Neste momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas,

como por exemplo, a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da

sexualidade, do meio ambiente, entre outros. Entretanto, os conceitos científicos

escolares que fundamentam o trabalho com esses temas não eram enfatizados. A

ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho pedagógico

com os temas transversais, esvaziaram o ensino dos conteúdos científicos na

disciplina de Ciências.

A incursão pela história das ciências permite identificar que não existe um

único método científico, mas a configuração de métodos científicos que se

modificaram com o passar do tempo. As etapas que compõe o método científico

são determinadas historicamente sob as influencias e exigências sociais,

econômicas , éticas e políticas.

O conhecimento científico mediado para o contexto escolar têm origem

nos modelos explicativos construídos a partir da investigação da natureza . Pelo

processo de mediação didática. O conhecimento sofre adequação para o ensino,

na forma de conteúdos escolares, tanto em termos de especificidade conceitual

como de linguagem.

A apropriação do conhecimento cientifico pelo estudante no contexto escolar

implica superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o

conhecimento anterior do estudante deve ser valorizado, uma vez que são úteis na

vida prática e para o desenvolvimento de novas concepções. Espera-se uma

superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos, que

permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem dos

conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar

implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o

conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que

estabelecem na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado.

Denominam-se tais conhecimentos como alternativos aos conhecimentos científicos

e, por isso, podem ser considerados como primeiros obstáculos conceituais a serem

superados. Valorizá-los e tomá-los como ponto de partida terá como consequência a

formação dos conceitos científicos, para cada estudante, em tempos distintos.

Dessa forma o ensino de Ciências deixa de ser encarado como mera transmissão de

conceitos científicos, para ser compreendido como processo de formação de

conceitos científicos, possibilitando a superação das concepções alternativas dos

estudantes e o enriquecimento de sua cultura científica (LOPES, 1999). Espera-se

uma superação do que o estudante já possui de conhecimentos alternativos,

rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de

estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, de saber utilizar

uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da

aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano. Portanto,

deve-se trabalhar com os conteúdos científicos escolares e suas relações

conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a zona de

desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY,1991), descrita anteriormente

em um processo de interação social em que o professor de Ciências ― é o

participante que já internalizou significados socialmente compartilhados para os

materiais educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz também venha

a compartilhá-los‖ (MOREIRA, 1999, p. 109).

O ensino de Ciências Naturais deverá oportunizar o desenvolvimento nos

alunos das seguintes capacidades:

Os conteúdos específicos serão abordados em suas inter-relações com

outros conteúdos e disciplinas;

Conceder ao aluno uma compreensão crítica e histórica do mundo

natural, do mundo construído e da prática social;

Instigar a curiosidade, a criatividade e a observação do aluno;

Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural do

educando;

Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como sua produção

intelectual e também como ponto de partida para o desenvolvimento do

saber;

Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de

posicionar-se frente às situações de seu tempo;

Desenvolver a responsabilidade, a solidariedade, a autonomia e o

respeito ao bem comum;

Possibilitar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam

abordados numa perspectiva de totalidade;

Incentivar uma postura crítica e participativa face às novas tecnologias;

Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive,

em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes

do ambiente;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de

tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução

histórica;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas

reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em

prática conceitos, desenvolvidos no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia,

matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentos, registros, etc.,

para coleta, organização, comunicação e discussão de informações;

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

Compreender saúde como bem individual e comum que deve ser

promovido pela ação coletiva;

Compreender tecnologia como meio para suprir necessidades

humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles

prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.

Considera-se na DCE, que, no processo de ensino-aprendizagem a

construção de conceitos pelo estudante não difere, em nenhum aspecto, do

desenvolvimento de conceitos não sistematizados que traz de sua vida cotidiana, é

preciso considerar que o estudante tem capacidade de solucionar problemas,

desempenhar tarefas, elaborar mapas mentais de representação e construir

conceitos com ajuda de outras pessoas.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Astronomia Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros

Matéria Constituição da matéria

Sistemas Biológicos Níveis de Organização

Energia Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia

Biodiversidade

Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos

7º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Astronomia Astros Movimentos Terrestres Movimentos Celeste

Matéria Constituição da matéria

Sistemas Biológicos Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia Formas de energia Transmissão de energia

Biodiversidade

Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática

8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Astronomia Origem e evolução do Universo

Matéria Constituição da matéria

Sistemas Biológicos Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia Formas de energia

Biodiversidade Evolução dos seres vivos

9º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Astronomia Astros

Gravitação Universal

Matéria Propriedades da matéria

Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

Energia Formas de energia Conservação de energia

Biodiversidade Interações ecológicas

3. METODOLOGIA

Conforme as DCE, o ensino de Ciências deve ter uma prática pedagógica que

leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico,

buscando os interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida.

Os pontos de partida para o processo ensino-aprendizagem devem ser

atividades de interesse da comunidade escolar, embasando assim uma

aprendizagem significativa a ser proposta pelo professor.

Para implementação dos conteúdos, vislumbra-se a utilização das seguintes

metodologias:

Aulas expositivas com materiais didáticos como cartazes, painéis,

literatura específica sobre os conteúdos abordados pela disciplina bem

como revistas, jornais e panfletos informativos que abordem assuntos de

interesse.

Realização de atividades experimentais para melhor compreensão dos

conteúdos estudados, onde os alunos terão oportunidade de testar suas

hipóteses em relação a vários fenômenos estudados pelas ciências

naturais, analisar os resultados obtidos elaborando por fim com base no

referencial teórico trabalhando pelo professor e nas experiências suas

próprias conclusões a respeito do conteúdo trabalhado.

Observações com lupa e ao microscópio em lâminas previamente

preparadas para melhor compreensão dos conteúdos abordados. Depois

os alunos realizarão desenhos esquemáticos das observações bem como

relatórios dos procedimentos adotados.

Palestras com profissionais a respeito de assuntos de interesse dentro da

disciplina.

Vídeos educativos sobre os conteúdos previstos para a disciplina.

Confecção de cartazes, painéis e textos sobre assuntos pertinentes para

campanhas de informação e conscientização da comunidade escolar.

Pesquisas de campo e excursões como fonte de coleta de dados para

posterior análise em sala de aula, fazendo o intercâmbio escola X

realidade.

Pesquisas orientadas em literatura específica, trabalhos individuais ou em

grupo.

Entrevistas realizadas com pessoas capacitadas (médicos, enfermeiros,

agrônomos, veterinários), a respeito de conteúdos a serem desenvolvidos

dentro da disciplina.

Exercícios baseados em situações-problema para que os alunos de posse

do conhecimento adquirido durante as aulas criem estratégias de

resolução, verificando se as soluções propostas são viáveis e assim

através da tentativa e do erro, possam sanar suas dúvidas e fixar os

conteúdos trabalhados, adquirindo ao longo do processo o espírito de

pesquisa e sentimentos de autoconfiança e independência.

Para alunos com necessidades especiais, serão adotadas medidas, tais

como: atendimento individualizado, material didático diferenciado e

método de avaliação com consulta.

Dependendo do conteúdo, dar maior enfoque na educação no campo,

como a agricultura e a pecuária, haja vista que essa é a realidade da

maioria dos nossos alunos.

Utilizar a história da Ciência em integração aos conceitos e aprendizagem.

A questão ambiental é o gerenciamento dos recursos naturais.

De que forma nossas atitudes de gestão familiar podem contribuir para a

preservação ambiental.

O modo de vida consumista refere diretamente na sustentabilidade e

manutenção da Bioesfera.

A natureza e o manejo sustentável (gerenciamento de recursos).

Meio ambiente e cidadania.

Consumir, plantar e preservar.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira

(Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação

ambiental (Lei 9795/99), e Educação Fiscal Decreto 1143/99 e Portaria 413/02.

4. AVALIAÇÃO

Segundo o Regimento escolar o Projeto Político Pedagógico, as avaliações

serão de caráter cumulativo e o objetivo principal da avaliação é informar ao

professor o que foi aprendido pelo estudante e também ao estudante quais são seus

avanços, dificuldades e possibilidades. De posse desta informação o professor

realiza uma reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e desse modo

reorienta o processo ensino aprendizagem para que o estudante aprenda. Longe de

ser apenas um momento final do processo pedagógico, a avaliação se inicia quando

os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar

durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de

período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e

sistemático pelo professor como de momentos específicos de formalização, ou seja,

a demonstração de que apenas as metas e os objetivos foram atingidos.

A avaliação deve ser coerente aos objetivos propostos e aos conteúdos

trabalhados, visando não só a formação de conceitos, avaliamos o processo de

ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos. Dessa forma é fundamental que se

utilizem diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes

aprendizagens e também que fiquem claros e explícitos tanto para o professor como

para os alunos os critérios de avaliação utilizados.

O professor observará diariamente o desempenho dos alunos em sala de

aula, através de perguntas feitas pelo professor, dos registros de debates, de

entrevistas, de pesquisas, de filmes, experimentos e os desenhos de observação.

Também serão realizadas avaliações individuais e coletivas, orais e escritas como

pesquisas, participação em debates. Nestas as questões devem ser

contextualizadas, solicitando ao estudante que faça uso de seus conhecimentos

através da interpretação de uma história, figura, texto, situação-problema e

experimento em situação semelhante, mas não igual à vivenciada em sala de aula.

Desta forma a avaliação se efetivará como instrumento de favorecimento ao

progresso e a autonomia do aluno, incentivando o aluno a expressar seus avanços

no processo de aprendizagem, não convém ser realizada perguntas diretas e

objetivas, pois acreditamos que este método limita o aluno.

De forma geral, espera-se que o aluno aprenda a compreensão de conceitos

científicos da disciplina, a capacidade de elaborar um relatório a partir de

experimentos que levem em conta conceitos de Ciências.

A avaliação para alunos portadores de necessidades especiais, será levada

em consideração. A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando

métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação

Instrumentos de avaliação: Objetiva, descritiva, oral, trabalhos individual e em

grupo, debates, seminários, análise de imagens e textos, atividades em classe e

extraclasse, pesquisa de campo, dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças),

atividades esportivas e atividades em laboratório, filmes, vídeos.

A recuperação será ofertada a todos os alunos, até mesmo aos que

obtiverem nota trimestral acima da média. A recuperação das avaliações será de

forma objetiva, descritiva e oral, com o mesmo valor da avaliação referente.

Na disciplina de Ciências, serão considerados os seguintes critérios de

avaliação:

Compreender as ocorrências astronômicas como fenômenos da

natureza.

Entender da constituição do planeta Terra, no que se refere à

atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

Conhecer os fundamentos teóricos da composição da água presente

no planeta Terra.

Reconhecer as características gerais dos seres vivos.

Compreender as ocorrências de fenômenos meteorológicos e

catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos.

Obter entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do

surgimento da vida.

Conhecer os mecanismos de constituição da cédula e as diferenças

entre os tipos celulares.

Compreender o fenômeno da fotossíntese e dos processos de

conversão de energia na célula.

Abordar a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias

taxonômicas, filogenia.

Entender as interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar,

seres autótrofos e heterótrofos.

Refletir sobre os modelos científicos que abordam a origem e a

evolução do universo.

Relacionar as teorias e sua evolução histórica.

Conceituar átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações

químicas, reações químicas.

Conhecer os componentes orgânicos e relações destes com a

constituição dos organismos vivos.

Interpretar os fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as

marés.

Compreender as propriedades da matéria, massa, volume, densidade,

compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,

impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade,

permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.

Compreender os fundamentos teóricos que descrevem os sistemas

nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino.

Complementar com os demais sistemas do corpo humano.

Entender os mecanismos de herança genética, os cromossomos,

genes, os processos de mitose e meiose.

5. REFERÊNCIAS:

LOPES, A. C. Conhecimento escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro: UERJ, 1999. MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília:UnB, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências para os anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; . São Paulo : EDUSP, 1980.

VYGOSTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais

recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide

de conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada

ginástica surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação com o

desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse

modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao

aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a

agilidade, e a resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de

hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

O Conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade

brasileira, o que contribuiu para a construção de uma nova ordem econômica,

política e social.

Com a proclamação da República, veio as discussões sobre as instituições

escolares e as políticas educacionais. No ano de 1888, Rui Barbosa emitiu o parecer

n. 224, sobre a Reforma Leôncio de Carvalho decreto n. 7247, de 19 de abril de

1879, da Instrução Pública. Em outras conclusões, afirmou a importância da

ginástica para a formação de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a

Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às demais disciplinas (SOARES, 2004).

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de

Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a

partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto

publicado pelo então ministro da guerra, General Nestor Sezefredo Passos. Esse

período histórico foi marcado pelo esforço de construção de uma unidade nacional, o

que contribuiu sobremaneira para intensificar o forte componente militar nos

métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras.

As relações entre a institucionalização da disciplina de Educação Física no

Brasil e a influencia da ginástica, explicitam-se em alguns marcos históricos, dentre

eles: a criação do ― Regulamento da Instrução Física Militar‖ (Método Francês), em

1921; a obrigatoriedade da prática da ginástica nas instituições de ensino, em

1929; a adoção oficial do método Francês, em 193, no ensino secundário; a criação

da Escola de Educação Física do Exército , em 1933, e a criação da Escola

Nacional de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, em 1939.

No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por

acaso, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de

Educação Física. Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um

incentivo às práticas desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a

importação de especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades

esportivas e a criação do Conselho Nacional dos Desportos, em 1941, com o

intuito de orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o país.

Com a promulgação da Nova Constituição a prática de exercícios físicos tornou-se

obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino.

Com o golpe militar no Brasil, em 1964, o esporte passou a ser tratado com

maior ênfase nas escolas, especialmente durante as aulas de Educação Física.

Na década de 70, a Lei n. 5.692/71 por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto

n. 69450/71, manteve o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas

escolas, passando a ter uma legislação específica e sendo integrada como

atividade escolar e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas

de ensino.

Através da prática de exercícios físicos visando ao desenvolvimento da

aptidão física dos alunos, seria possível obter melhores resultados nas competições

esportivas e, consequentemente, consolidar o país como uma potência olímpica,

elevando seu status político e econômico.

Tal concepção de Educação Física escolar de caráter esportivo foi duramente

criticada pela corrente pedagógica da psicomotricidade que surgia no mesmo

período.

Com o movimento de abertura política e o início de um processo de

redemocratização social, que culminou com o fim da Ditadura Militar em meados dos

anos 1980, o sistema educacional brasileiro passou por um processo de

reformulação. Nesse período, a comunidade científica da Educação Física se

fortaleceu com a expansão da pós-graduação nessa área no Brasil. Esse movimento

possibilitou a muitos professores uma formação não mais restrita às ciências

naturais e biológicas.

Houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da Educação

Física que trouxe várias proposições e interrogações acerca da legitimidade dessa

disciplina. Entre as correntes ou tendências progressistas, destacam-se as seguintes

abordagens:

Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal meio e

fim da Educação Física.

Construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva construtivista –

interacionista.

No contexto das teorizações criticas em educação e Educação Física, no final

da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná, tiveram início às

discussões para elaborações do Currículo Básico, como principal documento oficial

relacionado a Educação Básica no Estado do Paraná. Para a Educação Física, o

Currículo Básico fundamentava-se na Pedagogia Histórico-Crítica.

Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocessos na década de

1990, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB n. 9394/96).

Os parâmetros curriculares nacionais de Educação Física para o Ensino

Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em

aspectos técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às

dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos

baseados em concepções teóricas relativas ao corpo e ao movimento. Já no Ensino

Médio os conhecimentos da Educação Física perderam centralidade e importância

em favor dos temas transversais e da Pedagogia das Competências e Habilidades,

as quais receberam destaque na proposta.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná entende-

se a escola como um espaço que dentre outras funções deve garantir o acesso aos

alunos ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade.

Partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física

se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das

inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela

humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um

ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas

também agente histórico, político, social e cultural.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança

Danças Folclóricas Danças de rua Danças criativas

Ginástica

Ginástica rítmica Ginástica circence Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

7º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança

Danças Folclóricas Danças de rua Danças criativas Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circence Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos Radicais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças criativas Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circence Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

9º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos Radicais

Jogos e brincadeiras

Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças criativas Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos; Individuais; Radicais;

Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos;

Dança Danças Folclóricas; Danças de salão; Danças de rua ;

Ginástica Ginástica Artística/Olímpica; Ginástica de Condicionamento Físico; Ginástica geral ;

Lutas Lutas com aproximação; Lutas que mantêm a distância ; Lutas com instrumento mediador ; Capoeira ;

3 . METODOLOGIA A disciplina de Educação Física deve organizar e sistematizar o conhecimento

sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as

diferentes culturas no processo pedagógico o senso de investigação e de pesquisa

pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de

conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas práticas e nas reflexões.

Nos conteúdos estruturantes diversas modalidade de jogos, com suas regras

mais elementares, as possibilidades de apropriação e recreação, conforme a cultura

local devem ser consideradas. Após breve mapeamento sobre o que os alunos

conhecem em relação ao tema, o professor deve criar um ambiente de dúvidas

sobre os conhecimentos prévios, posteriormente deverá apresentar o conteúdo

sistematizado. Nas intervenções pedagógicas realizadas os conteúdos não devem

ser desvinculados dos objetivos estabelecidos . Em atendimento a lei 11.645/08 será

trabalhado a capoeira, ou danças, como prática corporal da cultura afro-brasileira.

DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Os desafios educacionais sociais contemporâneos - Prevenção ao Uso de

Drogas, Enfrentamento à Violência nas Escolas, História e Cultura Afro Brasileira,

Africana e indígena, Educação Ambiental, Sexualidade, Educação para o Trânsito e

Educação Fiscal - serão trabalhados durante todo o ano, devido sua importância e

necessidade, dando prosseguimento a caminhada a fim de atender as reais

necessidades da escola e o desenvolvimento global do aluno, oportunizando

desenvolver o senso de participação, respeito, direitos, autonomia, para assim

alcançar a formação de um cidadão conhecedor e capaz.

Os temas precisam perpassar todas às disciplinas, o tempo todo. Assim,ao

abordar os temas, o professor oportuniza aos alunos refletirem para que possam

construir conceitos, em vez de apenas coletar informações, ou seja, é preciso, antes

da ação, uma reflexão profunda. Trata-se de um trabalho contínuo, que não

depende apenas do planejamento de cada disciplina mas, podem ser

trabalhados pelo coletivo da escola em projetos interdisciplinares.

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

A sociedade em geral e de modo especial à escola, tem sido chamada a se

posicionar frente ao aumento crescente da experimentação e do consumo de

substâncias psicoativas, destacadamente por educandos em idade produtiva.

No Estado do Paraná foi criada a Lei N º.11.273 de 21 de dezembro de 1995,

criando a obrigatoriedade da realização de palestras sobre drogas tóxicas e

entorpecentes em geral, nas atividades das escolas da rede pública estadual do

Paraná. Para que se Este Projeto Político Pedagógico propõe desenvolver, nos

alunos do Colégio Estadual Joao Rysicz – ensino Fundamental e Médio,

capacidades intelectuais que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentos

acumulados. Com isso o ensino não se limita à transmissão de conteúdos, mas

especialmente a ensinar o aluno a pensar, ensinar formas de acesso e apropriação

do conhecimento elaborado, de modo que possa aplicá-lo no decorrer da

vida.

Essas condições implicam no compromisso de disseminar os conhecimentos

numa dinâmica - reflexiva crítica - que possibilite aos educandos uma cultura

que lhes permita conhecer, compreender e refletir sobre a sociedade em que vivem

e serem capazes de exercer sua cidadania, atuar como agentes

transformadores. O acolhimento aos alunos com diferentes potencialidades e

dificuldades, o papel reservado a eles na instituição, assim como, o cuidado e

atenção com suas problemáticas de vida, podem concretizar o respeito mútuo, o

diálogo, a justiça e a solidariedade.

O Colégio Estadual Joao Rysicz – Ensino Fundamental e Médio consiste no

método dialético, onde o objetivo é fazer com que o educando desenvolva-se

numa aprendizagem significativa dos conteúdos, dando a oportunidade para a

aprendizagem do conhecimento científico de forma crítica. Através desse

pensamento, a escola tem o compromisso de respeitar e valorizar os saberes e

experiências dos alunos, analisando a realidade e contextualizando com os

saberes curriculares, valorizando e resgatando a diversidade cultural, fazendo um

paralelo e enriquecendo o conhecimento produzido no âmbito escolar. Sabemos

que as questões educacionais estão ligadas aos problemas sociais, políticos,

culturais e econômicos e através de uma relação dialética, a educação pode

interferir e transformar a realidade da sociedade. Da mesma forma, os

problemas sociais podem interferir e afetar a educação. Assim, a prática

pedagógica deve estar em constante interação entre realidade e conteúdo

escolar.

A educação nos acompanha durante toda a vida, pois sempre estamos

aprendendo coisas novas e, portanto, nos educando. A partir da infância o processo

vai se tornando cada vez mais intenso, proporcionando ao indivíduo o instrumento

físico, intelectual, emocional e social de que precisa para tornar-se um ser

social, mais atuante.

EDUCAÇÃO FISCAL

Diante das mudanças que ocorre em todas as áreas: econômicas, sociais

culturais, científicas, tecnológicas, institucionais e do capital humano. Há de

desenvolver no âmbito escolar um trabalho – Educação Fiscal - visando à

conscientização da sociedade quanto à função do estado de arrecadar imposto e ao

dever do cidadão contribuinte.

A Educação Fiscal tem como objetivo a compreensão enquanto inserção de

valores na sociedade, como a percepção do tributo, que assegura o

desenvolvimento econômico e social, seu conceito, sua função, sua aplicação e sua

contribuição para uma sociedade justa e eticamente responsável.

A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilidade da sociedade para a

função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere-se à

otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação dos

recursos em benefício da população. A Educação Fiscal tem escopo muito mais

amplo; busca o entendimento, pelo cidadão, da necessidade e da função social

do tributo, assim como dos aspectos relativos à administração dos recursos

públicos.

Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos

gastos públicos, estabelece-se controle social o desempenho dos administradores

públicos e asseguram-se melhores resultados sociais.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para auto

afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido de valorização do seu

trabalho, sua história, seu jeito de ser dos seus conhecimentos, para tanto é

necessário compreender a educação do campo como construção de um paradigma

de desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano.

Faz-se necessário que a escola discuta, resgate o contexto da educação do

campo, no sentido de subsidiar os educadores e educandos, na valorização e

compreensão em relação à vida da ―pessoa do campo‖ em sua função cotidiana.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

Ao longo da história da educação brasileira, as políticas educacionais se

caracterizam por pensar a escola como instituição destinada a homogeneizar

a sociedade marcada pela diversidade sociocultural uma concepção negativa

que deve ser superada.

A Educação Cultural Afro-brasileira africana e indígena passa a ser

obrigatório nas escolas através das Leis 10.639/03 e 11.645/08, sendo

trabalhada em todas as disciplinas.

Acreditamos que a diversidade enriquece a sociedade da qual fazemos

parte, dentro desse contexto, podemos afirmar que o colégio procura trabalhar

de forma democrática e transformadora, oferecendo espaços para discutirmos de

forma aberta e críticas questões das relações étnico-raciais a cultura Afro-

brasileira africana e indígena, para que os alunos percebam que vivemos ainda em

um país de muitas desigualdades sociais e que podemos educar esta e as futuras

gerações para revertermos tal quadro, através de ações concretas valorizarmos e

acolhermos a cultura afro-brasileira, o negro, o pardo e o índio para que nossos

alunos possam conhecer e valorizar a diversidade cultural.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Educação ambiental Lei 9.795/99 - A Educação Ambiental deverá contribuir

para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e a atuar na

realidade sócio ambiental de modo comprometido com a vida, com o bem-

estar de cada um e da sociedade local e global. Desenvolvendo no aluno

atitudes ―ambientalmente corretas‖ trabalhando na formação de valores, com o

ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos.

SEXUALIDADE

A sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural,

precisa ser discutida na escola, sendo um espaço privilegiado para o

tratamento pedagógico desse desafio educacional contemporâneo temporário ou

permanente, bem como os recursos e apoios que a escola deverá

proporcionar para sanar as referidas dificuldades. São considerados serviços e

apoios pedagógicos especializados os de caráter educacionais diversificados

ofertados pela escola regular, como a Sala de Recursos e Sala de Apoio.

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

A sociedade convive com diversidades étnicas, cultural, religiosa, econômica,

valores sociais, o que pode gerar conflitos entre os indivíduos. A falta de tolerância e

respeito a essas diversidades também se fazem presente na escola e na

comunidade escolar. Para Bourdieu e Passeron, a verdadeira violência da escola é

―primeiramente a violência simbólica, invisível, que mascara uma dominação social e

naturaliza o viés da suposta insuficiência do ―mau aluno‖, que é um desajustado à

ordem dominante, reforçado pela escola (apud Debardieux, 200, p.400). A escola

deve conscientizar e trabalhar para a cultura da paz e respeito à individualidade,

transformando o poder da força em poder de conhecimento e discernimento

para a construção de uma sociedade justa e igualitária, onde o diálogo se faz

necessário no processo educacional e social.

UTILIZACAO DE RECURSOS NA ESCOLA

Recursos didáticos

É imprescindível garantir a articulação entre conteúdos e métodos de ensino,

na opção didática que se fizer para que o ensino alcance os objetivos propostos. Os

métodos e recursos didáticos são possibilidades de qualificar a intervenção

profissional no cotidiano das aulas de Educação Física.

Assim, os professores poderão utilizar, dentre outros, os seguintes recursos

didáticos e estratégias de ensino:

• análise de imagens e sons (filmes, vídeos, fotografias, desenhos, pinturas,

propagandas, músicas, charges, murais, documentários); de objetos (troféus,

flâmulas, medalhas, certificados, diplomas, brinquedos, maquetes, cenários,

fantasias); de textos, livros, contos, crônicas, jornais, revistas, poesias, histórias,

paródias, dentre outros;

pesquisa, entrevista, júri simulado, seminário, palestra;

debate com profissionais e atletas convidados;

visita à comunidade, em especial aos espaços de esporte e lazer;

teatro e cinema;

oficina de brinquedos e brincadeiras;

feira e eventos artísticos e culturais;

campeonatos, excursões diversas, acantonamentos.

Uma possibilidade de utilização desses recursos didáticos são os recortes de

revistas e de jornais. Esse material didático deve ser interessante, atual e instigador,

e provocar em quem os lê um posicionamento crítico. Essa prática exige do

professor uma postura de pesquisador. Ele precisa estar atento àquilo que está

acontecendo à sua volta para relacionar esses acontecimentos com suas aulas.

Esse material didático poderá ser elaborado por ele, juntamente com os alunos.

Recursos tecnológicos

Os recursos tecnológicos surgem como uma ferramenta para despertar no

aluno o interesse pelo conteúdo a ser estudado.

Na área da educação, o uso das TIC (Tecnologias de Informação e

Comunicação) tem gerado muita discussão acerca das suas vantagens e

desvantagens, pois o impacto do avanço tecnológico, entendido como um processo

social sobre processos e instituições sociais (educação, comunicação, trabalho,

lazer, relações pessoais e familiares, cultura, imaginário e identidade, etc.), tem sido

muito forte, embora percebido de modos diversos e estudado a partir de diferentes

abordagens.

O uso das TICs, quando bem conduzido, pode promover a interação entre

professores e alunos, intercâmbio de informações e experiências, agindo como uma

―janela para o mundo‖, isto é, permite que o educando conquiste outros espaços.

Para a Educação, os meios de comunicação de massa trouxeram mudanças

e possibilidades significativas. Inicialmente porque, ao se tornarem populares entre

jovens e crianças, esses meios geraram novas formas de apreensão mediada da

realidade. Isto significa dizer que jovens e crianças desenvolvem maneiras

diferenciadas de lidar com as informações e com a elaboração de novos

conhecimentos.

O uso das tecnologias é irreversível e tornou-se fundamental no processo

educacional moderno, além de ser indispensável nos modos de produção. No

entanto, o campo da educação e da Educação Física Escolar, ainda apresenta

resistência ao uso das tecnologias, em razão principalmente da falta de uma

formação profissional adequada que capacite os professores a utilizar e

desenvolver, criticamente, um estilo próprio de atuar com as TIC.

O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais, e as diversas práticas de

aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas

como imagens), e objetos de conhecimento amplamente divulgados ao grande

público. Jornais, revistas, videogames, rádio e televisão difundem informações sobre

a cultura corporal de movimento, nosso fundamental objeto de estudo. Há muitas

produções dirigidas ao público adolescente. Crianças tomam contato muito cedo

com práticas corporais e esportivas do mundo adulto. Informações sobre a relação

práticas corporais e saúde estão acessíveis em qualquer revista feminina, em

jornais, noticiários e documentários de TV, nem sempre com o rigor técnico-científico

que seria desejável.

Na era dos computadores e vídeos, a escola deverá subsistir sobretudo como

lugar de reagrupamento e comunicação, no qual a individualização e o parcelamento

dos conhecimentos vão poder corrigir-se e unificar-se.

Cabe ao professor de educação física valer-se dos RT's como MAIS UM

recurso pedagógico para auxiliá-lo na sua tarefa de educar. Entendemos, também,

que o professor deve juntamente com os alunos, discutir acerca dos pontos bons e

ruins que a tecnologia nos oferece, buscando correlacionar com os conteúdos da

nossa área e ressaltando a importância de uma visão crítica sobre o ―bombardeio‖

de informações a que somos submetidos diariamente.

O professor de educação física não deve se alienar dos avanços tecnológicos

que nossos alunos têm contato diariamente. Deve, todavia, utilizar tais recursos

conscientemente e de maneira a atingir os objetivos almejados com suas aulas.

Recursos materiais

Para aproveitar toda a energia que as crianças das séries iniciais têm, a aula

de Educação Física deve conter jogos e exercícios bastante diversificados e

elaborados com variados recursos materiais, como cordas, bolas, arcos, o próprio

corpo, etc. Assim, além de estimular cada vez mais a participação dos alunos, pode-

se aprimorar e desenvolver todas as suas capacidades, para que eles tenham uma

base sólida e preparem-se para as situações que exigirão práticas mais elaboradas.

Um dos objetivos da Educação Física é o desenvolvimento motor da criança.

Para que a criança se desenvolva sem perder o estímulo, não se deve enfatizar o

erro, e sim considerar como válidas todas as suas tentativas. Outro ponto importante

que não se pode esquecer é a fase em que as crianças estão. Dos 7 aos 10 anos, o

crescimento físico é uniforme e lento, se comparado ao do adolescente, que cresce

de forma acelerada.

Também é preciso considerar que, nessa fase, a criança demonstra

concentração quando trabalha sozinha e colaboração afetiva quando trabalha em

grupo, pois, após diversos anos aprendendo a se movimentar, a pensar, a sentir e a

se relacionar, a criança se vê em condições de estabelecer com o mundo uma

relação de igualdade. Ou seja, passará de um estado em que se coloca como o

centro de todas as atenções (egocentrismo) para um estado onde não é mais o

centro, e sim um ser relacionando-se com outros.

Nas aulas de Educação Física, deve haver uma grande variação nas

atividades para desenvolver os aspectos individuais com os exercícios e os aspectos

coletivos através dos jogos. Os jogos, além de desenvolver os aspectos coletivos,

possuem várias outras funções. Uma que se destaca é a adaptação. A criança,

diante de uma nova situação, utiliza-se de recursos já aprendidos para poder

resolver situações novas. Para aproveitar o potencial desse recurso, é importante

que o jogo, independentemente de sua denominação — simbólico, de exercícios, de

regras, de criação, entre outros, seja atraente e estimule a participação de todos.

Ao analisar livros ou propostas pedagógicas existentes na área, percebe-se o

destaque atribuído aos recursos materiais. Freire (1997), por exemplo, descreve

atividades nas quais a utilização de bolas, arcos, bastões, cordas e até mesmo

materiais feitos com garrafas e copos descartáveis, são indispensáveis para

proporcionar ao aluno a troca com o meio e atribuição de novos significados ao

brinquedo. É importante que esses materiais sejam diversificados quanto ao peso,

tipo, cor e tamanho, exigindo do aluno constantes adaptações e ajustamentos de

conhecimentos previamente adquiridos. Batista (2003) também exemplifica, na

descrição de algumas atividades, a utilização de diversos materiais para trabalhar

equilíbrio, habilidades com a bola e atividades em grupo. Venâncio e Carreiro (2005)

descrevem atividades como ginástica artística e lutas, nas quais a utilização de

materiais é indispensável. Dessa forma, podemos afirmar que o professor terá mais

condições para realizar um trabalho de melhor qualidade, se a escola em que atua

lhe oferecer espaços e recursos materiais adequados.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente

e cumulativo, tal qual preconiza a LDB 9394/96, em que o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a

ginástica, o esporte, os jogos, as brincadeiras, a dança e a luta. Deve estar

relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo –se na forma de

resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho

realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o

objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam, os acertos

e ainda superem as dificuldades constatadas..

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação. Durante os momentos de intervenção pedagógica, o

professor pode utilizar-se de instrumentos avaliativos, como: avaliação objetiva,

descritiva, oral, trabalhos individual e em grupo, debates, seminários, análise de

imagens e textos, atividades em classe e extraclasse, pesquisa de campo,

dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças), atividades esportivas e atividades em

laboratório, filmes, vídeos.

A recuperação será ofertada a todos os alunos, até mesmo aos que

obtiverem nota trimestral acima da média. A recuperação das avaliações será de

forma objetiva, descritiva e oral, com o mesmo valor da avaliação referente.

4.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE ACD – ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

Quando a avaliação contempla aprendizagem do ensino formal, seu

significado e complexidade mostram-se aumentados uma vez que o ato de aprender

apresenta nuances que são singulares a cada indivíduo, independentemente de sua

condição ou não de deficiência.

Dessa forma, para além dos processos rígidos da educação, torna-se

necessário uma flexibilização metodológica na busca do respeito às individualidades

e características singulares de cada sujeito, sendo possível assim contemplar a

concepção de avaliação formativa, que atribui àquela a função do auxílio para o

aluno aprender e se desenvolver.

De modo contraditório no cenário educacional, percebe-se por vezes na

prática pedagógica de muitos professores de distintas disciplinas escolares, uma

concepção avaliativa de tendência tradicionalista que tende conduzir a prática por

um viés conteudista. Tal prática apresenta-se na contramão da perspectiva inclusiva

uma vez que atribui maior importância ao resultado (nota) em detrimento ao

processo.

A Educação Física atual, dentro de uma nova perspectiva de saber, em muito

influenciada pela Pedagogia, Psicologia e Sociologia, propõe uma avaliação que

tenha por objetivo auxiliar a todos os alunos em suas aprendizagens, rumo ao

conhecimento, dentro de uma perspectiva de inclusão que não tenha o quesito

performance como prioridade e sim, todo o processo de amadurecimento do

indivíduo, seja em seus aspectos cognitivo, afetivo e motor, de forma integrada e

indissociável.

O uso de avaliações e/ou critérios diferentes por parte dos professores,

durante o processo avaliativo de alunos com deficiência, denota uma preocupação e

um interesse pedagógico de proporcionar, dentro uma atmosfera inclusiva, o

aprendizado dos alunos.

A resposta para a questão poderia ser: uma escola capaz de ensinara todos

que nela estejam, restaurando-se a idéia de professor mediador fazendo

intervenções em sala de aula, com vistas a fo rmar um cidadão crítico,

politizado, autônomo e apostando no desenvolvimento do homem. Democratizar a

escola implica viabilizar o conhecimento formal à maioria das pessoas da

comunidade na qual ela está inserida. Nesta concepção de escola, a educação das

pessoas com necessidades educacionais especiais está voltada ao atendimento de

suas necessidades.

Os serviços de Educação Especial, têm por objetivo:

Desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;

Incent ivo à autonomia, cooperação, espír i to cr í t ico e cr ia t ivo da

pessoa portadora de necessidades educativas especiais;

Preparação dos a lunos para part ic iparem at ivamente no mundo

social, cultural, dos desportos das artes e do trabalho;

Frequência à escola em todo o fluxo de escolarização, respeitados os

ritmos próprios dos alunos;

5 . REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. COSTA JUNIOR, Edson Farret da; SOUZA, SANDRO C de; MUNIZ, Augusto César P. Futsal: teoria e prática. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. MELHEM, Alfredo. Brincando e aprendendo voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. OLIVEIRA, Maria Cecília Mariano de. Atletismo escolar: uma proposta de ensino na educação infantil. Rio de Janeiro: Sprint, 2006. RIBEIRO, Jorge Luiz Soares. Conhecendo o voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. GAIO, Roberta. Ginástica rítmica popular. Jundiaí, 2ª edição : Fontoura, 2006. SANTOS, José Carlos Eustáquio dos. Ginástica Geral: Elaboração de coreografias e organização de festivais. Jundiaí: 2001. FERREIRA, Vanja. Dança escolar: um novo ritmo para a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. NANNI, Dionísia. Dança Educação: princípios, métodos e técnica. Rio de Janeiro, 4ª edição : Sprint, 2002. ALENCASTRO VEIGA, Ilma Passos (org.). Escola Fundamental, currículo e ensino. Campinas:Papirus, 1991. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.Brasília:MEC, 1996.BRASIL.

Constituição da República Federativa do Brasil . Brasília: Senado Federal, 1988.

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Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ensino Religioso

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento religioso vivenciado na escola, e na vida social, é

compreendido como disciplina que complementa a grade curricular do Ensino

Fundamental, possibilitando ao aluno resgatar e ampliar seu horizonte cultural,

valorizar a diversidade da cultura religiosa e contribuir para as práticas sociais dos

tempos modernos.

Com a Educação Religiosa aplicada nas escolas o aluno pode analisar e dar

significado para a existência humana, apontadas pelas tradições religiosas e

organizada enquanto sistematização da relação entre o ser humano e a realidade

que o cerca.

O Ensino Religioso é o instrumento que auxilia na superação das

contradições da história da humanidade, que muitas vezes aparece com respostas

isoladas que apenas contribuem para a fragmentação da visão crítica do cidadão.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da

humanidade, em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto, o

Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a

oportunidade de processo de escolarização fundamental para si.

O Ensino Religioso contribui para o desenvolvimento do sujeito. Tem como

meios básicos a compreensão do ambiente natural e social, dos valores em que se

fundamenta a sociedade, ampliar a capacidade de aprendizagem, tendo habilidades

e a formação de atitudes e valores.

São considerados conteúdos estruturantes para o Ensino Religioso: a

Paisagem Religiosa, o Símbolo e os Textos Sagrados.

O Ensino Religioso contribui para superar desigualdades étnico-religiosas,

garantindo o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por

consequência, o direito à liberdade individual e política, superando toda e

qualquer forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos

e sacramentos, pois na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe

um modo adequado de agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela

impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação e até mesmo de

criação de novos valores.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Paisagem Religiosa Universo Simbólico Religioso Texto Sagrado

Organizações Religiosas; Lugares Sagrados; Textos Sagrados orais ou escritos; Símbolos Religiosos;

7º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Paisagem Religiosa Universo Simbólico Religioso Texto Sagrado

Temporalidade Sagrada; Festas Religiosas; Ritos; Vida e Morte ;

3. METODOLOGIA Nas aulas de Ensino Religioso pretende-se que os alunos reconheçam a

experiência de seus conhecimentos prévios.

Inicialmente será exposto o conteúdo que será trabalhado e em seguida o

diálogo desse para verificar a etapa de estudo da vida do educando, neste momento

haverá mobilização do aluno para construção do conhecimento. Evidencia-se, assim

que qualquer assunto a ser desenvolvido em sala está, de alguma forma presente

no cotidiano social dos alunos. Após propõe se a problematização do conteúdo

destacando com questões que precisão ser resolvidas para poder dominar a

construção dos conhecimentos, que permitam levar para a vida do educando.

Para efetivação do processo pedagógico propõe-se atividades destacando a

expressão do sagrado que seja estranho ao conhecimento proposto, assim o

professor estabelecerá uma relação pedagógica perante as manifestações

religiosas, respeitando a liberdade de consciência e o opção religiosa do educando.

As atividades que serão realizadas durante o processo de aprendizagem

deverão envolver questões com amplo conhecimento que permitam a identificação

do processo obtido na disciplina. Além desses o professor poderá utilizar de

métodos variados como pesquisas no laboratório de informática, jornais, revistas,

textos informativos, entrevistas e depoimentos; destacando o conhecimento das

bases teóricas que compõe o universo que se firmam o sagrado nas diferentes

culturas.

4. AVALIAÇÃO

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário

estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se

apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as

outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática

pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e

religiosa, contribui para a transformação social. Ao professor cabe implementar

práticas avaliativas e construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar

e registrar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação

com a intencionalidade do ensino explicitada no plano de trabalho docente.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos para o Ensino Religioso,

recomenda-se que se utilize o método formal do processo avaliativo, adotando

instrumentos que permitam a escola, ao aluno, aos pais ou responsáveis,

identificarem os progressos obtidos na disciplina.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de

concepção da realidade social e, como ampliou o seu conhecimento em torno do

objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade,

amplitude e profundidade.

5. REFERÊNCIAS: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de geografia

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Geografia tem como proposta um tratamento específico com área de

conhecimento comprometida em tornar o mundo compreensível para os alunos,

explicável e possível de transformações. Em sua meta busca um ensino para a

conquista da cidadania brasileira.

O espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em

que integram fatores naturais, sociais econômicos e políticos. Portanto, ela se

transforma ao longo da história da humanidade e as pessoas, seus componentes

ativos, redefinem suas formas de viver e de percebê-la.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de

organização. Observar as estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da

natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes

marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância entre período seco e

período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses

conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e

modificá-la em benefício próprio.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam

explicar questões referentes ao espaço e à sociedade.

É fundamental que o espaço vivido pelos alunos continue sendo o ponto de partida,

compreendendo como o global, o regional e o local relacionam-se nesse espaço.

Recomenda-se não trabalhar hierarquicamente do nível local ao mundial: o

espaço vivido é real e imediato, pois são muitos e variados os lugares com os quais

os alunos tem contato e, sobretudo, sobre os quais são capazes de pensar. A

compreensão de como a realidade local relaciona-se com o contexto global é um

trabalho a ser desenvolvido durante toda a escolaridade, de modo cada vez mais

abrangente, as séries iniciais.

O educador deve ter um olhar crítico sobre o espaço geográfico, pois este

está em constante transformação, ou seja, sempre que a sociedade interfere no

meio este sofre mudanças, as formas assumem funções no cotidiano e no mundo,

para benefício ou não da humanidade.

O aluno tem de perceber a inter-relação dos processos, sejam estes sociais,

políticos, econômicos ou culturais, bem como destes com o meio natural.

As diretrizes consideram que o ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir

criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar o mundo

de forma abrangente, ou seja, enfocando todos os temas em qualquer momento.

Entretanto, existe a necessidade de um esforço no qual ofereça aos alunos

conhecimentos específicos da Geografia, fazendo com que este leia e interprete

criticamente o espaço, considerando as diversas temáticas que envolvem a

Geografia e de maneira flexível.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS 6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização e exploração dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação das paisagens,a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista. A transformação geográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo e emprego de tecnologia e exploração de produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação do crescimento das cidades a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividade

produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão Econômica do Espaço geográfico Dimensão política Do espaço geográfico Dimensão cultural Demográfica do Espaço geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação da mão de obra , do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. Formação, localização e exploração dos recursos naturais.

9º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

As diversas regionalizações do espaço Geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução técnico –científico informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

Ensino Médio

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço

A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A revolução técnico científica- Informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

3. METODOLOGIA

Toda metodologia desenvolvida deve estar embasada em concordância com

os conteúdos básicos e tendo eles entre si para que sempre estejam ligados uns aos

outros, não havendo assim cortes de conteúdos.

A organização das aulas devem oferecer oportunidades individuais e coletivas

para que todos possam desenvolver sua potencialidade criadora, mas que também

esteja aberto a compartilhar com outros suas experiências vividas na escola e fora

dela.

A compreensão do objeto da Geografia, o espaço geográfico, deve ser

abordado com análise das relações ambientais e sociedade, permitindo o

fortalecimento de conceitos relacionados a esta ciência.

Buscar sempre explicar de uma forma clara todos os conteúdos básicos para que o

educando possa assimilar e acumular conhecimentos de forma crítica e consciente

para a formação da cidadania.

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos

básicos e específicos.

Os conceitos fundamentais da Geografia: paisagem, lugar, região, território,

natureza e sociedade, serão apresentados de uma perspectiva crítica.

Para o entendimento do espaço geográfico se faz necessário o uso dos

instrumentos de leitura cartográfica e gráfica compreendendo signos, legenda,

escala e orientação.

Através do uso de imagens (vídeos) via Tv pendrive, os mesmos baixados

pela internet, bem como parte do acervo escolar (videoteca), além do uso da

informática no auxílio de pesquisa elaborada pelos alunos.

A compreensão do objeto da Geografia, espaço geográfico, é finalidade do ensino

dessa disciplina.

As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade-natureza e as

relações espaço-temporalidade são fundamentais para a compreensão dos

conteúdos abordados.

A realidade local e paranaense deverá ser contemplada sempre que possível.

A cultura afro-brasileira e indígena deverá ser considerada no desenvolvimento dos

conteúdos.

O meio ambiente e a sociedade capitalista no mundo de hoje devem ter olhar

crítico visto que os homens são os responsáveis diretos na devastação ambiental.

Oferecer oportunidades, por meio de tarefas organizadas para a aula, em que

vários possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento

autônomo, fortalecendo, assim, sua autoestima, atribuindo alguns significados ao

produto do seu trabalho intelectual.

Conforme Santos, os objetos que interessam à Geografia não são apenas

objetos móveis, mas também imóveis, tal uma cidade, um barragem, uma estrada de

rodagem, um porto, um floresta, uma plantação, um lago, um montanha. Tudo isso

são objetos geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a

Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através

da história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa

Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram. (SANTOS, 1996)

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto

acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. É

fundamental que esta seja mais do que a definição de uma nota ou um conceito. É

imprescindível que seja contínua e priorize a qualidade e o processo de

aprendizagem; ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Pode-se avaliar de maneira formativa, diagnóstica e contínua, preponderando

os aspectos do ensino-aprendizagem, não submetendo os alunos a uma só

oportunidade de aferição.

Para que a mesma tenha realmente a finalidade formativa do cidadão, deverá

ser contemplada diferentes práticas pedagógicas como avaliações escritas e orais, o

uso de imagens, trabalhos em grupos ou individuais, ilustrações (mapas),

discussões temáticas, pesquisas, dramatização (peça teatral), recortes (revistas e

jornais), produção de cartazes e seminários.

A avaliação deve dar condições para que o aluno dito normal ou com

necessidades especiais consiga demonstrar os resultados e apropriação de

conteúdos básicos, experiências, deduções, opiniões e conclusões concretas que

levem ao desenvolvimento individual e coletivo.

Para que isso aconteça o aluno deverá, na área de Geografia, estabelecer os

seguintes critérios:

Reconhecer conceitos relacionados a dimensão econômica da produção

do/no espaço.

Identificar conceitos geopolíticos de territórios e lugar, com a leitura dos

mapas.

Perceber no seu cotidiano a mobilização dos recursos naturais e a relação do

capitalismo com a sociedade e a natureza.

Reconhecer marcas culturais na formação e modificação das paisagens,

histórica e economicamente.

Conceituar os elementos espaciais e saber utilizá-los na linguagem gráfica

para poder obter informações e representar as paisagens geográficas em

mapas, maquetes entre outros.

Saber utilizar procedimentos de pesquisa geográfica, fazer leituras de

imagens, expressar-se oralmente e na escrita sobre a natureza do espaço,

como território, lugar e região.

aos alunos que obtiverem resultados insuficientes será retomado o conteúdo,

fazendo recuperação paralela e imediata, resgatando com isso um conjunto

de conhecimentos.

5. REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de História tem como objeto de estudo os processos históricos

relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas

ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,

representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

O ensino de História na Educação Básica, busca-se despertar reflexões a

respeito de nossos alunos, com base em aspectos políticos, econômicos, culturais,

sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e da produção do conhecimento

histórico.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio

Pedro II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico

Brasileiro (IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns

professores do Colégio Pedro II faziam parte do IHGB e construíram os programas

escolares, os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos que seriam

ensinados.

A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como extensão da História da Europa Ocidental. Nesse modelo conservador de

sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores

aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes excluía a

possibilidade das pessoas comuns serem entendidas como sujeitos históricos. Este

modelo de ensino de História foi mantido no início da República (1889), e o Colégio

Pedro II continuava a ter o papel de referência para a organização educacional

brasileira. Em 1901, o corpo docente alterou o currículo do colégio e propôs que a

História do Brasil passasse a compor a cadeira de História Universal. Nessa nova

configuração, o conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do

currículo, que, devido à sua extensão, dificilmente era tratado pelos professores nas

aulas de História.

O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no

período autoritário do governo de Getúlio Vargas.

Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas

do ponto de vista factual. Mantiveram-se os grandes heróis como História narrada,

exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. O ensino não

tinha espaço para análise crítica e interpretações dos fatos, mas objetivava formar

indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da pátria.

Ainda no regime militar, a partir da Lei n. 5692/71, o Estado organizou o

Primeiro Grau de oito anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-

se numa formação tecnicista, voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado

de trabalho.

No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas

como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de

Educação Moral e Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi

reduzida e a disciplina de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a

compor o currículo. O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no

início dos anos 1980.

Por sua vez, o documento Reestruturação do Ensino de Segundo Grau no

Paraná (1990), também fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos,

apresentava uma proposta curricular de História. Para o Primeiro Grau, o conteúdo

foi dividido em dois blocos distintos: História

do Brasil e História Geral. A História do Paraná e da América Latina apareciam como

estudos de caso, descolados dos grandes blocos de conteúdos.

Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da

Educação divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino

Fundamental e Médio.

Os PCN para o Ensino Médio organizaram o currículo por áreas do

conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas e suas

tecnologias juntamente com as disciplinas de Geografia, Sociologia e Filosofia. No

Ensino Fundamental, os PCN apresentaram as disciplinas como áreas do

conhecimento, e a História foi mantida em sua especificidade, integrada às demais

pelos chamados Temas Transversais. A partir do ano de 2002 iniciou-se uma

discussão coletiva envolvendo professores da rede estadual, com objetivo de

elaborar novas Diretrizes Curriculares para o Ensino de História, essas Diretrizes

consideraram a diversidade cultural e a memória paranaense, buscando contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e

destacam os seguintes aspectos;

o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano – Os diferentes sujeitos Suas Culturas Suas Histórias

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

- Relações de Trabalho

- Relações de Poder

-Relações Culturais

- A experiência humana no tempo.

- Os sujeitos e suas relações com o outro no

tempo.

- As culturas locais e a cultura comum.

7º Ano - A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Relações de trabalho

As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

Relações de poder

Relações culturais

A relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.

8º ano- O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9º ano- Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das

Instituições Sociais

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

- Sujeitos, Guerras e revoluções.

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 1 - Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 2 - Urbanização e industrialização.

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 3 - O Estado e as relações de poder.

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

- Relações de trabalho - Relações de poder - Relações culturais

Tema 6 - Cultura e religiosidade.

3.METODOLOGIA

A construção do conhecimento histórico e sua compreensão estão ligadas as

experiências de vida e pelos meios de comunicação que o aluno possui no grupo

social a que pertence. Essas idéias dos alunos têm um caráter de pertencimento e é

a partir deles que o professor ao considerar este conhecimento prévio pode definir

os conteúdos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como

problematizá-los.

É essencial que os alunos compreendam e ampliem seu referencial de

conhecimento com base em pesquisas e estudos que levem o mesmo a entender os

limites do livro didático, diferentes interpretações de um mesmo acontecimento e

intenções de diferentes documentos. O entendimento destes aspectos possibilita os

alunos a valorização de diferentes culturas, como a indígena e afro-brasileira, faz

com que ele perceba a necessidade da preservação de documentos escritos ou

não, dos lugares de memória e demais fontes históricas.

O professor contribui para o processo de apropriação do conhecimento

histórico, assim irá retomar com freqüência questões acerca das interpretações,

fontes utilizadas e recortes feitos com base no assunto abordado. A metodologia

privilegia os alunos e professores como sujeitos históricos.

A temporalidade será abordada na sala de aula em ocasiões que analisem as

semelhanças, diferenças, mudanças e permanências das ações humanas no tempo.

Esta noção é construída de acordo com as experiências do cotidiano. Assim

análises de comparação, hipóteses e questionamentos orais serão práticas

utilizadas.

Ao construir novas periodizações de temas de estudo, os alunos identificarão

suas experiências com os assuntos abordados, encontrará assim significado para

esse conhecimento e sentido a aprendizagem da disciplina.

Ao utilizar diferentes fontes, deve-se esclarecer que o livro didático será

utilizado na sala de aula, identificando aos alunos seus limites e possibilidades.

Ampliaremos o estudo com outros referenciais, para explicar a origem e pontos

importantes de contribuição de diferentes materiais na produção do conhecimento.

A história local será abordada em várias ocasiões, partindo do micro ao

macro, analisando a identificação de grupo, memória como história, instituições e

pluralidade cultural existente na região. Trabalhar as temáticas de Cultura Afro-

brasileira e Meio Ambiente, dando sentido ao conhecimento prévio do aluno ou

utilizando-se da história oral, com o uso de entrevistas temáticas direcionadas e

orientadas pelo professor.

No Ensino Médio serão trabalhadas as temáticas sugeridas pela DCE da

disciplina, paralelamente as problemáticas locais e construídas no ambiente escolar,

por que não é possível representar o passado em toda a sua complexidade.

A articulação com outras áreas de conhecimento serão frequentes, visto que

ao utilizar diversos documentos e estabelecer relações entre diferentes fontes de

trabalho ( pinturas, museus, histórias em quadrinhos, filmes, músicas e material

disponível em outros meios de comunicação)será necessário um trabalho coletivo. O

educando perceberá que nada está pronto e acabado, mas que possuem

possibilidades de diferentes interferências e interpretações, incentivaremos assim a

pesquisa e a formação da consciência histórica.

4. AVALIAÇÃO

É necessário ter clareza que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto,

professor e alunos precisam entender que os pressupostos da avaliação, tais como

finalidades, objetivos, critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa

ser melhorado ou o que já foi apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor

poderá lançar mão de várias formas avaliativas, tais como:

• Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o desenvolvimento da

aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a

compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;

• Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico e tem por finalidade

retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar a

aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;

• Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma amostragem de objetivos

propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o

perfil dos alunos e com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a

compreensão dos conteúdos.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

Capacidade de estabelecer comparações simples entre passado e

presente, com referência a uma diversidade de períodos, culturas e contexto sócio-

históricos. Entender que a história é tanto um estudo da continuidade como da

mudança e da simultaneidade. Compreender que um acontecimento histórico pode

responder a uma multiplicidade de causas, experiências sociais de sujeitos que

constroem e participam do processo histórico. Ser capaz de estabelecer sequencia

de datas e períodos, determinar sequencia de objetos e imagens e relacionar

acontecimentos com uma cronologia.

Criar possibilidades de substituir as práticas avaliativas baseadas na

memorização de conteúdos, propondo atividades associativas, como:

Atividades que possibilitem a apreensão das ideias históricas dos estudantes

em relação ao tema abordado;

Atividades que permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de

uma narrativa histórica;

Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de ideias e

conceitos históricos;

Atividades que revelem se o educando se apropriou da capacidade de leitura

de documentos com linguagens contemporâneas, como: cinema, fotografia,

história em quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento

histórico.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação. Durante os momentos de intervenção pedagógica, o

professor pode utilizar-se de instrumentos avaliativos, como: avaliação objetiva,

descritiva, oral, trabalhos individual e em grupo, debates, seminários, análise de

imagens e textos, atividades em classe e extraclasse, pesquisa de campo,

dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças), atividades esportivas e atividades em

laboratório, filmes, vídeos.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de história, os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações

de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem,

de modo a se fazerem sujeitos da própria história.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino aprendizagem estendidas a todos que desejam fazê-la podendo ser

em forma de trabalho, avaliação oral ou escrita. Os resultados serão incorporados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um

componente de aproveitamento escolar.

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de História para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

]

Proposta Pedagógica de Língua Estrangeira Moderna – Inglês

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo dessa disciplina contempla as relações com a cultura, o

sujeito e a identidade. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-

políticas econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam

uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade, fazendo uso

da língua que estão aprendendo em situações significativas.

O ensino de língua estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar

sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e

econômica ao longo da história.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas

advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o

ensino das línguas modernas começou a ser valorizado.

Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, primeiro em nível

secundário do Brasil e referência curricular para outras instituições escolares por

quase um século. O currículo do Colégio se inspirava nos moldes franceses e, em

seu programa, constavam sete anos de Francês, cinco de Inglês e três de

Alemão,cadeira esta criada no ano de 1840.

O modelo de ensino de línguas instituído por esse Colégio se manteve até

1929. Nele, o Francês era o idioma priorizado por representar um ideal de cultura e

civilização, seguido do Inglês e depois do Alemão, por possibilitarem o acesso a

importantes obras literárias e serem consideradas línguas vivas. A partir de 1929, o

Italiano também passou a compor o currículo até 1931.

A abordagem pedagógica tradicional de raízes europeias, também chamada

de gramática-tradução, adotada desde a educação jesuítica com o ensino dos

idiomas clássicos – Grego e Latim –, prevaleceu no ensino das línguas modernas.

A partir de meados da década de 1910 até a data seguinte, o ideal do

nacionalismo passava a ter uma ampla abrangência. Para efetivar os propósitos

nacionais, em 1917, o governo Federal decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de

imigrantes. Em 1920, a Reforma Educacional de São Paulo foi exemplo dessa

preocupação Nacionalista, foi proibido o Ensino de Língua Estrangeira para

crianças menores de 10 anos, que ainda não dominassem corretamente o

Português. A Reforma de 1931, intitulada Francisco Campos pela primeira vez

estabeleceu-se um método oficial de Ensino de Língua Estrangeira: o método direto,

em contraposição ao tradicional, de modo a atender os novos anseios sociais

impulsionados pela necessidade do ensino das habilidades orais, visando a

comunicação na língua alvo. No método anterior essas habilidades não eram

contempladas, pois se privilegiava somente a escrita, visto que a língua não era

ensinada como instrumento de comunicação.

A partir do Estado Novo, o prestigio das línguas estrangeiras foi mantido no

Ginásio. O Francês se apresentava ainda com uma ligeira vantagem sobre o Inglês

e o Espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativa ao Ensino do

alemão. Além disso, o latim permaneceu como Língua Clássica. Isso Explica porque

o Espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso

secundário, uma vez que a presença de imigrantes da Espanha era restrita no

Brasil. Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, destaca-se que

o Ensino de Inglês teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o Idioma

mais usado nas transações comerciais, enquanto o Francês era mantido pela sua

tradição curricular. Assim, falar inglês passou a ser um anseio das populações

urbanas, de modo que o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no

currículo, no lugar do Francês.

Com a Lei nº 5692/71 e sob a égide de um suposto nacionalismo, o governo

militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras no currículo do primeiro e

segundo graus, sob o argumento de que a escola não deveria se prestar a ser a

porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Em 1976, o

Ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado e a disciplina tornou-se

novamente obrigatória somente no segundo grau.Entretanto, não perdeu o caráter

de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse condições de

oferecê-la.

Em 1996, a Lei de Bases e Diretrizes da Educação Nacional n. 9.394

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no

Ensino Fundamental, a partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuída a

comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. Para o Ensino

Médio a lei determinou que fosse incluída uma Língua Estrangeira Moderna como

disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em

caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. Como resultado de um

processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a lei 11.161, que

tornou obrigatório a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino

Médio, buscou-se atender os interesses político-econômicos para melhorar as

relações comerciais do Brasil com países de língua espanhola, a oferta dessa

disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o aluno.

O Ensino de Língua Estrangeira Moderna, na educação básica, propõe

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente tem

marcado o ensino dessa disciplina. Desta forma, espera-se que o aluno:

- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletiva;

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto passíveis de transformação na prática social.

- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência

sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdo Estruturante: Discurso como Prática Social

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNERO DISCURSIVO CONTEÚDOS BÁSICOS 6º ANO

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

Fotos

Slogan

Manual técnico

LEITURA

Identificação do tema do argumento principal.

Interpretação observando: -conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade intertextualidade de texto.

Placas

Desenho animado

Filmes

Músicas

Vídeo clip

Adivinhas

Álbum de família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de roda

Cartão

Convites

História em quadrinhos

Cartazes

Cartum

Charge

Músicas

Piadas

Quadrinhas

Trava-línguas

Linguagem não verbal

ORALIDADE

Variedades lingüísticas .

Intencionalidae do texto Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países

ESCRITA

Adequação ao gênero : Elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.

Clareza de idéias

Coesão e coerência

Função dos adjetivos, pronomes, artigos ,numerais, substantivos, palavras interrrogativas, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

7º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS

Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

Fotos

Slogan

Manual técnico

Placas

Desenho animado

Filmes

Músicas

Vídeo clip

Adivinhas

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de roda

Cartão postal

Carta pessoal

LEITURA:

Identificação do tema, do argumento principal.

Interpretação , observando : - conteúdo veiculado, - fonte ,intencionalidade e intertextualidade do texto.

Linguagem não verbal

ORALIDADE

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países. ESCRITA

Adequação ao gênero: -elementos composicionais,elementos

Causos

Contos de fadas

História em quadrinhos

Cartum

Charge

Diário

Músicas

Piadas

Narrativas de humor

Poemas

Mapas

Notícia

Anúncio

Adivinhas

Anedotas

Bilhetes

Formais e marcas linguísticas .

Clareza de idéias. Adequar o conhecimento adquirido á norma padrão.

Coesão e coerência

Função do advérbio, verbo preposição ,artigo, numerais,adjetivos, palavras interrogativas, substantivos contaveis e incontáveis, concordãncia verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto.

Vocabulário Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

8º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS 8º ANO

Adivinhas

Álbum de família

Carta pessoal

Causos

Comunicado

Convites

Contos de fadas

História em quadrinhos

Pesquisas

Cartazes

Cartum

Charge

horóscopo

Entrevista

Narrativa de enigma

Poemas

Mapas

Notícia

Anúncio

E-mail

Folder

Slogan

Bulas

Manual técnico

Placas

Filmes

LEITURA

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários .

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

Linguagem verbal e não verbal

ORALIDADE

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudadad em diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero : -elementos composicionais elementos formais e -marcas linguísticas

Clareza de idéias Adequar o conhecimento adquiridoà norma padrão

Coesão e coerência A função dos pronomes artigos, numerais, adjetivos, verbos,

Músicas

Paródia

Publicidade comercial

Texto argumentativo

Texto de opinião

Vídeo clip

preposições, adverbios, locxuçoes adverbiais, palavras interrogativas, substantivos, substantivos

9º ANO

GÊNERO DISCURSIVO CONTEÚDOS BÁSICOS 9º ANO

Carta pessoal

Causos

Comunicado

Convites

Biografias

Contos

Fábulas

História em quadrinhos

Lendas

Memórias

Agenda cultural

Carta ao leitor

Cartum

Charge

Entrevista

Provérbios

Receitas

Relatos de experiências vividas

Narrativas de enigma

Narrativas de terror

Narrativas fantásticas

Paródias

Poemas

Romances

Notícia

Sinopse de filmes

tiras

LEITURA

Interpretação textual ,observando : -conteúdo temático -fonte - intencionalidade -intertextualidade -marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Informações implícitas no texto

Realização de leitura nõa linear dos diversos textos

ORAlIDADE

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Exemplos de pronuncia e de vocábulos da lingua estudada em paises diversos.

Finalidade do texto oral

Elementos extralinguisticos: entonação, pausa

ESCRITA

Adequação ao gênero: -elementos composicionais -marcas linguísticas

Paragrafaçaõ

Clareza de ideias Adequar o conhecimento a norma padrão

Carta pessoal

Causos

Comunicado

Convites

Biografias

Contos

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência

A função dos pronomes artigos,

numerais, adjetivos, verbos,

Fábulas

História em quadrinhos

Lendas

Memórias

Agenda cultural

Carta ao leitor

Cartum

Charge

Entrevista

Provérbios

Receitas

Relatos de experiências vividas

Narrativas de enigma

Narrativas de terror

Narrativas fantásticas

Paródias

Poemas

Romances

Notícia

Sinopse de filmes

tiras

preposições, adverbios, locxuçoes

adverbiais, palavras interrogativas,

substantivos, substantivos contaveis

e incontáveis,question tags, falsos

cognatos, conjunções e de outras

categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de

sentido no texto

Vocabulário

Ensino Médio Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade

Vozes sociais presentes no texto;

léxico

Coesão e coerência

Marcadores de discurso

Funções das classes gramaticais no texto

elementos semânticos

Discurso direto e indireto

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilisticos (figuras de linguagem);

Marcas linguisticas: particularidades da lingua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

variedade linguistica;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

Escrita

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilisticos (figuras de linguagem);

Marcas estilisticas: particularidades da lingua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessã, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica

Oralidade

Elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, etc...

Adequação do discurso ao gêner;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguisticas;

Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

Esferas de Circulação Exemplos de Gêneros

Adivinhas Álbum de família Anedotas Bilhetes Cantigas de roda Carta pessoal

Diário Exposição oral Fotos Músicas Parlendas Piadas

COTIDIANA

Cartão postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae

Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava línguas

LITERÁRIA /ARTISTICA

Autobiografia Biografias Contos Contos de fadas Contos de fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai História em quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Letras de músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Cientifica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

CIENTÍFICA

Artigos Conferência Debate Palestra Pesquisas

Relato Histórico Relatório Resumo Verbetes

ESCOLAR

Ata Cartazes Debate regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Juri Simulado Mapas Palestra Pesquisa Relatório Histórico

Relatório Relatos de Experiência Cientificas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita)

Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha crítica Sinopses de Filmes Tiras

Fotos

PUBLICITÁRIAS

Ánuncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Músicas Paródias Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto político

POLÍTICA

Abaixo assinado Assembléia Carta de emprego Carta de reclamação Carta de solicitação Debate

Debate regrado Discurso Político ― de Palanque‖ Fórum Manifesto Mesa redonda Panfleto

JURIDICA

Boletim de ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa

Estatutos Leis Ofício Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Manual Técnico Placas Relato Histórico Relatório Relatos de experiências Científicas

Resenha Resumo Seminário Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de enciclopédias

MIDIÁTICA Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Fotolog Home Page

Realiy Show Talk show Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip Video Conferência

3. METODOLOGIA

Nas aulas de língua inglesa do Ensino Fundamental serão priorizadas

atividades atrativas e de fácil compreensão, trabalhando com as funções

comunicativas através de imagens, sons, jogos, brincadeiras e músicas

principalmente nos primeiros contatos com a Língua Inglesa, para que dessa forma

seja despertado o gosto e o interesse pelo novo.

Os textos terão formas e assuntos variados, sendo os temas dados de acordo

com as necessidades e realidade dos alunos, sem deixar de apresentar itens

importantes da cultura estrangeira. Promover a aquisição da nova língua ao aluno

através de atividades desenvolvidas com material concreto e de acesso de todos,

como embalagens, marcas e frases (camisetas, bonés, mochilas), recortes e outras

fontes que forem surgindo da própria busca dos alunos durante o processo de

aprendizagem..

Recursos como revistas, jornais, livros, TV, DVD, gravador, computador,

etc..., podem ser usados na elaboração de tarefas pedagógicas, para que seja

mostrada ao aluno a ligação entre sala de aula e mundo exterior.

A cada dia os alunos vêm tendo mais possibilidades de ter e manter contato

com a informação e as mudanças do mundo moderno, e as aulas terão como

principal objetivo levar o aluno a descobrir o discurso como prática social,

apropriando-se da língua que domina esses meios e fazer parte dele por inteiro,

que basta abrir caminhos e se apropriar de todo conhecimento que lhe for

apresentado. Mostrar aos alunos que toda atividade tem um significado, tem algo

maior por trás, está inserida na língua de um novo povo e de uma nova cultura.

O professor deve envolver práticas sociais, assim expressa e transforma

modos de entender o mundo e de construir significados. Deve-se levar o aluno a

desempenhar atividades comunicativas, ir além da gramática. O desenvolvimento

pedagógico do professor deve atender as diferenças dos alunos e contribuir para a

formação de um sujeito crítico, que a intenção maior é preparar esse sujeito para

que seja capaz de participar da sociedade com suas diferentes culturas que vão

além de uma língua, como aprender a valorizar e aprender também sobre outras

culturas.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor deverá prever a abordagem da História e cultura Afro e afro-brasileira

(Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação

ambiental (Lei 9795/99).

4. AVALIAÇÃO

No processo avaliativo o professor deve organizar o ambiente pedagógico,

observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na

sala de aula se faz pela intervenção, a partir da escolha de textos consistentes, e de

diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na

interação com o material didático; nas conversas em língua materna e língua

estrangeira no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao

promover o desenvolvimento de ideias.

A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-

reflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno,

carregado de significados e de compreensão, identificando dificuldades, planejando

e propondo outros encaminhamentos que busquem superá-las.

Sendo a Avaliação contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Os instrumentos de avaliação serão de forma

objetiva, descritiva, oral, trabalhos individual e em grupo, debates, seminários,

análise de imagens e textos, atividades em classe e extraclasse, pesquisa de

campo, dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças), atividades em laboratório,

filmes, vídeos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos. Será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Dar-

se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

5.REFERÊNCIA

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Matemática

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O objeto de estudo desse conhecimento está centrado na prática pedagógica

e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático

e envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e

se aproxima da própria matemática ― concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algoritmos etc.‖ Investiga, também como o aluno, por

intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza

diversa, visando a sua formação integral como cidadão.

O nascimento da matemática surgiu por volta de 2000 a.c . No Brasil, com a

chegada da corte portuguesa,em 1808, implementou-se um ensino por meio de

cursos técnicos militares, nos quais ocorreu a separação dos conteúdos em

matemática elementar e matemática superior, lecionados na escola básica e nos

cursos superiores.

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da matemática foi

discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas

pedagógicas que contribuíram para legitimar a matemática como disciplina escolar e

para vincular seu ensino com os ideais e as exigências exigidas advindas das

transformações sociais e econômicas dos últimos séculos. Durante o século XX,

várias tendências influenciaram o ensino da matemática em nosso país. A empírico

ativista e outras concomitantes, dentre as quais se destacam: formalista clássica,

formalista moderna, tecnicista, construtivista, sócio-etnocultural e histórico crítica,

muitas dessas fundamentam o ensino até hoje.

No final da década de 1980, o Estado do Paraná, produziu coletivamente um

documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino fundamental

denominado currículo básico. Em 1991, iniciou-se um processo de formação

continuada baseado nos textos do currículo básico.

Com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, procura

adequar o ensino brasileiro às transformações do mundo de trabalho, fruto da

globalização econômica e apresenta novas interpretações para o ensino da

matemática. No Paraná nesse período foram criadas várias disciplinas que

abordavam os campos do conhecimento da matemática, infraqueciam-na como

disciplina.

A partir de 1998, o ministério da Educação distribuiu os parâmetros

curriculares nacionais, que para o ensino fundamental apresentavam conteúdos da

matemática. Porém para o ensino médio orientavam as práticas docentes tão

somente para o desenvolvimento de competências e habilidades, destacando o

trabalho com os temas transversais.

Em 2003, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná deflagrou um

processo de discussão coletiva com os professores que atuam em salas de aula,

nos diferentes níveis e modalidades de ensino, com educadores dos núcleos

regionais e das equipes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação,

constituindo as Diretrizes Curriculares, as quais resgatam importantes

considerações teórico-metodológicas para o ensino da matemática.

Em seu papel formativo a Matemática deve oferecer recursos para que o

aluno possa se desenvolver no seu cotidiano, interpretando, resolvendo problemas

através de um raciocínio estruturado e fundamentado na Matemática, mas o que

não pode acontecer é ficar somente no cotidiano, o aluno tem que ir muito, além

disso, portanto, precisará também conhecer a estrutura matemática, a teoria

científica. O papel da teoria científica é oferecer condições para apropriação dos

aspectos que vão além daquelas observados pela aparência da realidade.

(RAMOS, 2004).

Levar o aluno a compreender os conceitos, procedimentos estratégicos da

Matemática, para que ele tenha formação científica e compreenda a estrutura

matemática, a aplicação dos conhecimentos matemáticos no seu dia-a-dia, que

seria a relação teoria/prática, tenha condições de formular opinião própria, ser

criativo, desenvolver o raciocínio, tenha confiança na utilização de procedimentos

matemáticos, obtenha realização pessoal mediante o sentimento de segurança em

relação às suas capacidades matemáticas, desenvolva atitudes de autonomia e

cooperação e principalmente que a partir do conhecimento matemático, seja

possível o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

A busca de informações demonstra responsabilidade, ter confiança em sua

forma de pensar, fundamentar suas ideias e argumentações, são essenciais para

que o aluno possa aprender a se comunicar, perceber o valor da Matemática como

bem cultural de leitura e interpretação da realidade e possa estar mais bem

preparado para o mundo do conhecimento.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

NÚMEROS E ÁLGEBRA Sistemas de Numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e Radiciação;

Números Fracionários;

Números Decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema Monetário.

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7º ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Inteiros;

Números Racionais;

Equação e Inequação do 1º grau;

Razão e Proporção;

Regra de Três Simples

GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura;

Ângulos.

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

Moda e Mediana;

Juros Simples.

8º Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Racionais e Irracionais;

Sistemas de equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS Medida de comprimento;

Medida de área;

Medida de volume;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Gráfico e Informação;

População e amostra.

9º Ano

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA Números Reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES Noção intuitiva de Função Afim;

Noção intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria Não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

Ensino Médio

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA • Números Reais; • Números Complexos; • Sistemas lineares; • Matrizes e Determinantes; • Polinômios; • Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de Área; • Medidas de Volume; • Medidas de Grandezas Vetoriais; • Medidas de Informática; • Medidas de Energia; • Trigonometria.

FUNÇÕES • Função Afim; • Função Quadrática; • Função Polinomial; • Função Exponencial; • Função Logarítmica; • Função Trigonométrica; • Função Modular; • Progressão Aritmética; • Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS •Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Análise Combinatória; • Binômio de Newton; • Estudo das Probabilidades; • Estatística; • Matemática Financeira.

3. METODOLOGIA

Os Conteúdos matemáticos propostos devem ser abordados por meio de

tendencias metodológicas que fundamentam a prática docente, das quais destacam-

se: Resolução de problemas; Modelagem matemática; midias tecnológicas;

Etnomatemática; História da matemática; Investigações matemáticas.

As tendências metodológicas apresentadas serão trabalhadas de formas

articuladas. No Processo de resolução, recomenda-se uma metodologia que propicie

chegar a um modelo matemático. Tendo o modelo sistematizado, parte-se para a

solução do problema, cujas alternativas podem ser buscadas em resolução de

problemas. Os recursos tecnológicos como sofwares com planilhas eletrônicas,

calculadoras e outros aplicativos da internet, possibilitam a resoluçaõ de problemas

em um tempo menor, dando condições de realizar as devidas análises, os debates

e as conclusões de ideias, permitindo construção, interação, trabalho colaborativo,

processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática,

enfatizando um dos aspectos fundamentais da disciplina, que é a experimentação.

Uma prática docente investigativa pressupoe a elaboração de problemas que

partam da vivencia do estudante e, no processo de resolução transcenda para o

conhecimento científico. A abordagem dos conteúdos especificos pode transitar por

todas as tendências da Educação matemática.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor deverá prever a abordagem da História e cultura Afro e afro-brasileira

(Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação

ambiental (Lei 9795/99).

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos que abram espaço para a interpretação e discussão

que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse

conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça é necessário

que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades

dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu

conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meios de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Sendo a Avaliação contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Os instrumentos de avaliação serão de forma

objetiva, descritiva, oral, trabalhos individual e em grupo, debates, seminários,

análise de imagens e textos, atividades em classe e extraclasse, pesquisa de

campo, dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças), atividades em laboratório,

filmes, vídeos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos. Será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Dar-

se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem

5. REFERÊNCIAS:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina De Língua Portuguesa

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa é uma unidade que se constitui de muitas variedades, num

mesmo espaço social convivem diferentes variedades linguísticas, associadas a

diferentes valores sociais.

Devido à necessidade da reforma da educação brasileira, houve a necessidade do

desenvolvimento das competências básicas tanto para o exercício da cidadania quanto

para o desempenho de atividades profissionais. A garantia de que todos desenvolvam e

ampliem suas capacidades é indispensável para se combater a dualização da sociedade,

que gera, desigualdades cada vez maiores.

As atividades em Língua Portuguesa devem, portanto, criar situações em que os

educandos possam operar a própria linguagem, construindo paradigmas próprios da fala

de sua comunidade, colocando atenção sobre similaridades, regularidades e diferenças

de formas e de usos linguísticos, levantando hipóteses sobre as condições contextuais e

estruturais que se dão.

É proposto que as aulas de Língua Portuguesa a ênfase esteja no aprendizado da

leitura, porém, no sentido amplo da palavra, pois ler não é apenas a decodificação, mas

no entendimento da própria realidade; além disso, salientar a importância da escrita, o

perfeito domínio dos aspectos linguísticos para que o educando possa participar

ativamente no mundo letrado que vivemos.

A Língua Portuguesa é móvel, passa continuamente por transformações oriundas

de seu papel nas interações que ocorrem no seio da sociedade, as teorias em que se

amparam nossos pensamentos estão a demandar a liberdade de nossas ações

pedagógicas cada um de nós tem a capacidade de se libertar das linhas que nos

prendem, cada um de nós é capaz de criar a própria linha de ação dentro do que se tem

em vista: aperfeiçoar em uso a oralidade, a leitura e a escrita e dar curso, por

proliferação, ao pensamento.

A função do professor de Língua Portuguesa e Literatura é ajudar seus alunos a

ampliarem seu domínio de uso das linguagens verbais e não verbais através do contato

direto com textos dos mais variados gêneros, orais ou escritos engendrados pelas

necessidades humanas enquanto falantes de idioma. Pode-se afirmar que o professor

desta área do conhecimento, área que é o alicerce e o meio necessário para a aquisição

e construção do conhecimento nas áreas de ensino, tem o papel de formar o leitor e

auxiliá-lo no aprimoramento de sua expressão oral e escrita.

Finalizando o professor de Língua Portuguesa e Literatura do Ensino Médio, será

capaz de se valer de todos os meios de que dispõe para – ao aperfeiçoar a expressão e

a compreensão dos seus alunos nos níveis de oralidade, leitura e escrita, fazendo com o

pensamento prolifere, permitir que os alunos façam as próprias escolhas ante as

oportunidades que a vida colocar na sua frente e assim caminhe com suas próprias

pernas. Um professor de Língua Portuguesa e Literatura educa para a criatividade. Um

professor de Língua Portuguesa e Literatura educa para a Liberdade.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONCRETIZANDO-SE NA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA.

6º Ano do Ensino Fundamental

GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Histórias em quadrinhos

Piadas;

Adivinhas;

Lendas;

Fábulas

Contos de fadas;

Poemas;

Narrativa de enigma;

Narrativa de aventura;

Dramatização;

Exposição oral;

Comercial para tv;

Causos;

Carta pessoal;

Email;

Receita;

Convite;

Auto biografia;

Cartaz;

Classificados;

Quadrinhas;

Cantigas de roda;

Bilhetes;

LEITURA

Identificação do tema

Interpretação textual,observando: -contexto temático -interlocutores -fonte -intertextualidade -informatividade -intencionalidade -marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

Fotos;

Aviso;

anedotas

Histórias em quadrinhos

Piadas;

Adivinhas;

Lendas;

Fábulas

Contos de fadas;

Poemas;

Narrativa de enigma;

Narrativa de aventura;

Dramatização;

Exposição oral;

Comercial para tv;

Causos;

Carta pessoal;

Email;

Receita;

Convite;

Auto biografia;

Cartaz;

Classificados;

Quadrinhas;

Cantigas de roda;

Bilhetes;

Fotos;

Aviso;

anedotas

ORALIDADE

Adequação ao gênero; - Conteúdo temático -Elementos composicionais - marcas linguísticas

Variedade linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Elementos extralinguísticos; - entonação, pausas , gestos...

Histórias em quadrinhos

Piadas;

Adivinhas;

Lendas;

Fábulas

Contos de fadas;

Poemas;

Narrativa de enigma;

Narrativa de aventura;

Dramatização;

Exposição oral;

Comercial para tv;

Causos;

Carta pessoal;

Email;

Receita;

Convite;

ESCRITA

Adequação ao gênero : - conteúdo temático - elementos composicionais - marcas linguísticas

Argumentação

Paragrafação

Clareza de idéias

Refacção textual

Auto biografia;

Cartaz;

Classificados;

Quadrinhas;

Cantigas de roda;

Bilhetes;

Fotos;

Aviso;

anedotas

Histórias em quadrinhos

Piadas;

Adivinhas;

Lendas;

Fábulas

Contos de fadas;

Poemas;

Narrativa de enigma;

Narrativa de aventura;

Dramatização;

Exposição oral;

Comercial para tv;

Causos;

Carta pessoal;

Email;

Receita;

Convite;

Auto biografia;

Cartaz;

Classificados;

Quadrinhas;

Cantigas de roda;

Bilhetes;

Fotos;

Aviso;

anedotas

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função do adjetivo, pronome,artigo ,numeral e outras categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos graficos : aspas ,travessão, negrito ,hífen, itálico

Acentuação gráfica

Processo de formação de palavras

Girias

Algumas figuras de pensamento

Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

Particularidades de grafia de algumas palavras

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Entrevista ;

Crônica;

Música;

Notícia;

Narrativa mítica;

Tiras;

Propaganda;

LEITURA:

Interpretação textual , observando : - conteúdo temático - interlocutores - fonte -ideologia -papéis sociais representados

Exposição oral;

Paródia;

Provérbios;

Torpedos;

Álbum de família;

Literatura de cordel;

Carta;

Diário;

Cartum;

História em quadrinhos;

Placas;

Provérbios;

- intertextualidade -intencionalidade -informatividade -marcas linguísticas

Identificação do argumento principal dos argumentos secundários

As particularidades do texto em registro formal e informal

Texto verbal e não verbal

Entrevista ;

Crônica;

Música;

Notícia;

Narrativa mítica;

Tiras;

Propaganda;

Exposição oral;

Paródia;

Provérbios;

Torpedos;

Álbum de família;

Literatura de cordel;

Carta;

Diário;

Cartum;

História em quadrinhos;

Placas;

Provérbios;

ORALIDADE

Adequação ao gênero -conteúdo tematico -elementos composicionais -marcas linguísticas

Procedimentos e marcas linguísticas tipicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor -participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Entrevista ;

Crônica;

Música;

Notícia;

Narrativa mítica;

Tiras;

Propaganda;

Exposição oral;

Paródia;

Provérbios;

Torpedos;

Álbum de família;

Literatura de cordel;

Carta;

Diário;

ESCRITA

Adequação ao gênero -conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas

Linguagem formal /informal

Argumentação

Coerência e coesão textual

Organização das idéias /parágrafos

Finalidade

Refacção textual

Cartum;

História em quadrinhos;

Placas;

Provérbios;

Entrevista ;

Crônica;

Música;

Notícia;

Narrativa mítica;

Tiras;

Propaganda;

Exposição oral;

Paródia;

Provérbios;

Torpedos;

Álbum de família;

Literatura de cordel;

Carta;

Diário;

Cartum;

História em quadrinhos;

Placas;

Provérbios;

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Discurso direto e indireto

Função do advérbio, verbo preposição ...

A pontuação e seus efeitos de sentido

Recursos graficos :aspas ,travessão, negrito ,itálico,parenteses, hífen

Acentuação gráfica

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A representação do sujeitono texto (determinado/indeterminado, ativo/ passivo)

Neologismo

Figuras de pensamento (hipérbole, ironia ,eufenismo, antítese)

Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

Linguagem digital

Semântica

Particularidades de grafia de algumas palavras

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Regimento;

Slogan;

Tele jornal;

Telenovela;

Reportagem;

Pesquisa;

Conto fantástico;

Narrativa de terror;

Charge;

Narrativa de humor;

Crônica jornalística;

Paródia;

Resumo;

LEITURA

Interpretação textual ,observando: - conteúdo temático -interlocutores -fonte -ideologia -intencionalidade -informatividade -marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

As diferentes vozes sociais representadas no texto

Sinopse de filme;

Poema;

Biografia;

Relato pessoal;

Haicai;

Juri;

Mesa redonda;

Caricatura;

Dissertação escolar;

Linguagem verbal e não verbal ,midiatico, infograficos ,etc

Relações dialógicas entre os textos

Reportagem;

Pesquisa;

Conto fantástico;

Narrativa de terror;

Charge;

Narrativa de humor;

Crônica jornalística;

Paródia;

Resumo;

Sinopse de filme;

Poema;

Biografia;

Relato pessoal;

Haicai;

Juri;

Mesa redonda;

Caricatura;

Dissertação escolar;

ORALIDADE

Adequação de gênero: - conteúdo temático - elementos composicionais -marcas linguísticas

Coerências globais do discurso oral

Variedades linguísticas

Papel do locutor e do interlocutor -participação e cooperação -turnos de fala

Particularidades dos textos orais

Elementos

Extralinguísticos: entonação,pausas, gestos...

Finalidade do texto oral

Reportagem;

Pesquisa;

Conto fantástico;

Narrativa de terror;

Charge;

Narrativa de humor;

Crônica jornalística;

Paródia;

Resumo;

Sinopse de filme;

Poema;

Biografia;

Relato pessoal;

Haicai;

Juri;

Mesa redonda;

Caricatura;

Dissertação escolar;

ESCRITA

Adequação ao gênero : -conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas

Argumentação

Coerência e coesão textual

Paráfrase de textos

Paragrafação

Refacção textual

Reportagem;

Pesquisa;

Conto fantástico;

Narrativa de terror;

Charge;

Narrativa de humor;

Crônica jornalística;

Paródia;

Resumo;

Sinopse de filme;

Poema;

Biografia;

Relato pessoal;

Haicai;

Juri;

Mesa redonda;

Caricatura;

Dissertação escolar;

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

Conotação e denotação

A função das conjunções na conexão de sentido de texto

Progressão referencial (locuções adjetivas ,pronomes, substantivos)

Função do adjetivo , advérbio, pronome , artigo e de outras categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos :aspas ,travessão,negrito,hífen,itálico

Acentuação gráfica

Figuras de linguagem

Procedimentos de concordância verbal e nominal

A elipse na sequência do texto

Estrangeirismos

As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

A função do advérbio: modificador e circunstanciador

Complementação do verbo e de outras palavras

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS

Artigo de opinião;

Debate;

Reportagem oral e escrita;

Manifesto;

Seminário;

Resenha crítica;

Narrativa fantástica;

Romance;

Histórias de humor;

Contos;

Músicas;

Charges;

LEITURA

Interpretação textual ,observando : - interlocutores -conteúdo temático -fonte - intencionalidade -intertextualidade -ideologia -informatividade -marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Editorial;

Entrevista oral e escrita;

Assembleia;

Palestra;

Depoimento;

Imagens;

Informações implícitas no texto

As vozes sociais presentes no texto

Estética do texto literário

Artigo de opinião;

Debate;

Reportagem oral e escrita;

Manifesto;

Seminário;

Resenha crítica;

Narrativa fantástica;

Romance;

Histórias de humor;

Contos;

Músicas;

Charges;

Editorial;

Entrevista oral e escrita;

Assembleia;

Palestra;

Depoimento;

Imagens;

ORALIDADE

Adequação ao gênero: -conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas

Variedades linguísticas

Intencionalidadedo texto oral

Argumentação

Papel do locutor e do interlocutor(turnos de fala)

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,

Artigo de opinião;

Debate;

Reportagem oral e escrita;

Manifesto;

Seminário;

Resenha crítica;

Narrativa fantástica;

Romance;

Histórias de humor;

Contos;

Músicas;

Charges;

Editorial;

Entrevista oral e escrita;

Assembleia;

Palestra;

Depoimento;

Imagens;

ESCRITA

Adequação ao gênero -conteúdo temático -elementos composicionais -marcas linguísticas

Argumentação

Resumo de textos

Paragrafação

Intertextualidade

Refacção textual

Artigo de opinião;

Debate;

Reportagem oral e escrita;

Manifesto;

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Conotação e denotação

Coesão e coerência textual

Vícios de linguagem

Seminário;

Resenha crítica;

Narrativa fantástica;

Romance;

Histórias de humor;

Contos;

Músicas;

Charges;

Editorial;

Entrevista oral e escrita;

Assembleia;

Palestra;

Depoimento;

Imagens;

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras(que revelam a posição falante em relação ao que diz ,como: felizmente ,comovedoramente...)

Semântica

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

Função doa djetivo , do adverbio, pronomes , artigoe de outras categorias como elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos :aspas ,travessão, negrito, itálico,hífen

Acentuação gráfica

Estrangeirismos ,neologismos ,gírias

Procedimentos de concordância verbal e nominal

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

A função das conjunçôes e interjeições na conexão das partes do texto

Coordenação e subordinação nas oraçoes do texto

Ensino Médio

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONCRETIZANDO-SE NA ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA.

LEITURA – Conteúdos Básicos

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumento do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e conseqüência

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

entre partes e elementos do texto;

semântica;

operadores argumentativos;

modalizadores; figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do Texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores;

- figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos Extralinguísticos; entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

Adequação do discurso do gênero:

Turnos de fala;

Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras).

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Esferas de Circulação Exemplos de Gêneros

COTIDIANA

Adivinhas Álbum de família Anedotas Bilhetes Cantigas de roda Carta pessoal Cartão postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae

Diário Exposição oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava línguas

LITERÁRIA/ ARTISTICA

Autobiografia Biografias Contos Contos de fadas Contos de fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai História em quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias

Letras de músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Cientifica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos

ESCOLAR

Ata Cartazes Debate regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Juri Simulado Mapas Palestra Pesquisa Relatório Histórico

Relatório Relatos de Experiência Cientificas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao leitor Cartum Charge Classificados

Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha crítica

Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita) Fotos

Sinopses de Filmes Tiras

PUBLICITÁRIAS

Anuncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan

Músicas Paródias Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto político

POLÍTICA

Abaixo assinado Assembleia Carta de emprego Carta de reclamação Carta de solicitação Debate

Debate regrado Discurso Político ― de Palanque‖ Fórum Manifesto Mesa redonda Panfleto

JURIDICA

Boletim de ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa

Estatutos Leis Ofício Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO

Bulas Manual Técnico Placas Relato Histórico Relatório Relatos de experiências Científicas

Resenha Resumo Seminário Texto argumentativo Texto de Opinião Verbetes de enciclopédias

MIDIÁTICA Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Fotolog Home Page

Realiy Show Talk show Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip Video Conferência

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Usar-se-á um encaminhamento metodológico voltado para a concretização dos

conteúdos, buscando diversificar as aulas, deixando-as mais atrativas aos olhos dos

educandos, para que, através de harmonia e um bom relacionamento entre professor e

alunos, ocorra com maior facilidade à aprendizagem.

Como educadores devemos usar a concepção sociointeracionista assumida nestas

Diretrizes pretendendo uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só

existe em situações de interação e através das práticas discursivas que assumem a

língua em sua história e funcionamento.

Em relação ao ―ensinar língua oral‖ é necessário que exista acesso ao uso da

linguagem mais formalizados e convencionais, tendo em vista a importância que o

domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania.

A realização de pesquisas de campo e bibliográficas, dramatizações, entrevistas,

debates, atividades lúdicas, interpessoais e emocionais, trabalhos individuais e em

grupos, bem como a utilização dos meios tecnológicos que a escola oferece, como,

retroprojetor, TV e vídeo, CDs, música, entre outros.

Dessa forma a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que precisa ser

considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.

O constante diálogo e sua análise representam possibilidades de interação e

aprendizagem, valorizar o ambiente escolar é também reconhecê-lo como um espaço

fértil para construir racionalidades mais solidárias e combater intolerâncias qualquer tipo

de preconceito.

A História e a Cultura Afro , Indígena e Meio Ambiente , são contemplados através

de textos selecionados para utilizar no decorrer de cada bimestre conscientizando os

educandos com relação aos valores como: respeito , igualdade, direitos e deveres ,

responsabilidade, etc. Os materiais dos cursos de Educação do Campo são bem

indicados para usar no tema ― Meio Ambiente ‖ , contando também com a ajuda dos

professores de outras disciplinas .

4. AVALIAÇÃO

A avaliação será sempre um instrumento para dimensionar o trabalho do professor,

do aluno e da escola. A avaliação não terá função terminal, não devendo ser mera soma

das notas alcançadas frente às tarefas propostas.

Sendo a Avaliação contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Os instrumentos de avaliação serão de forma objetiva,

descritiva, oral, trabalhos individual e em grupo, debates, seminários, análise de imagens

e textos, atividades em classe e extraclasse, pesquisa de campo, dinâmicas culturais

(teatros, músicas, danças), atividades em laboratório, filmes, vídeos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. Será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado e Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica . Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio . Curitiba ,2008. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Rysicz.

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Biologia

Apresentação da Disciplina

Para a ciência, em especial para a Biologia, esta construção ocorre em

movimentos não lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e de

busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da história da

humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em

que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Entendida como busca da verdade, com base no pensamento mecanicista, a

ciência, no ensino, tinha reforçada a sua tradição descritiva, cuja metodologia estava

centrada em aulas expositivas, com adoção de livros didáticos importados da França que

traziam informações atualizadas relativas à área. Era adotado o método experimental

como instrumento de reforço à teoria científica.

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno,

numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais (FERNANDES, 2005, p. 04).

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou

o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte

deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência

humana.

Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos

diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em

explorar a natureza.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino

Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos

teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos - que evidenciam o

esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscaram-

se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas,

econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

Entende-se que a disciplina contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por

meio de conteúdos que ampliam seu entendimento acerca do objeto de estudo. No

entanto nem sempre esses conteúdos estiveram relacionados à pratica pedagógica de

formação de pensamento analítico e crítico do aluno. Em determinados contextos

históricos, esse mesmo conhecimento vinculado a uma concepção de educação, foi

apresentado de modo a atender os interesses da sociedade, contribuindo para reduzir

ideias que legitimam desigualdades sociais e discriminação raciais, expostas até

mesmo nos livros didáticos, por meio da sistematização dos conhecimentos biológicos,

da receptividade e memorização, pelo aluno, do conteúdo.

Pensamento biológico descritivo

A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na

antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia,

tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.).

Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos, com

interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão

da natureza.

Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto

religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento sobre o universo,

vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja católica que o transformou em

dogma.

Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a natureza e

considerava que ―para tudo que não podia ser explicado, visto ou reproduzido, havia uma

razão divina; Deus era o responsável‖ (RAW, SANT’ANNA, 2002.p 13).

A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento produzido

pelo ser humano fez surgir as primeiras universidades medievais, nos séculos IX e X,

como as de Bolonha e Paris. Nas universidades, sistematizou-se o conhecimento

acumulado durante séculos e passou-se a discuti-lo de maneira distinta do que ocorria

nos centros religiosos. Nessas universidades, mesmo sob a influência da Igreja, as

divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de

pensamento em relação às concepções, até então hegemônicas, sobre aqueles

fenômenos.

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico teológica

medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano, iniciando

uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse movimento da

ciência compreendeu, assim, o processo de superação de ideias antigas e emergência de

novos modelos.

A história da ciência, na renascença, também foi marcada pelo confronto de

ideias. Ao mesmo tempo em que alguns naturalistas utilizaram o pensamento matemático

como instrumento para interpretar a ordem mecânica da natureza (ROSSI, 2001), outros,

como os botânicos, realizavam seus estudos sob o enfoque descritivo. O número elevado

de espécimes vegetais e a ―[...] uniformidade estrutural das plantas frutíferas

(angiospermas)‖ (MAYR, 1998, p. 199) despertaram maior interesse pela observação

empírica e direta das plantas representando a preocupação dos naturalistas em descrever

e ilustrar a natureza criada por Deus.

Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolveu, porém, de modo

diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma comparativa, com atenção

maior à sua organização na scala naturae e com base no que hoje se denomina de

comportamento e ecologia.

Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos avanços

tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de conservação

dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos, dando novo impulso à

sistemática animal e aperfeiçoando as observações e descrições feitas por Aristóteles

(RONAN, 1987a; MAYR, 1998).

Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo, a

classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes categorias e

denominações: gênero, família, espécie, ordem. Entretanto, muitos naturalistas se

mantiveram sob a influência do paradigma aristotélico.

Pensamento biológico mecanicista

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de

forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método científico a

ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições desse período

histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626) contribuiu para uma nova

visão de ciência, pois recuperou o domínio do ser humano sobre a natureza.

Ao introduzir suas ideias sobre aplicação prática do conhecimento, Bacon, propôs

um procedimento de investigação que ―substitui a revelação mística da verdade pelo

caminho no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da observação‖ (FEIJÓ,

2003, p. 18). Seu pensamento se contrapôs à filosofia aristotélica, a qual influenciou, por

séculos, o modo de entender e explicar o mundo.

Nas discussões sobre a natureza do desenvolvimento dos seres vivos, os

defensores do pré – formismo defendiam a existência de estruturas pré-formadas no

interior de um ovo, e atribuíam as principais qualidades formadoras ao pai, ―enquanto

seus opositores, que sustentavam a tese da epigênese‖ defendiam a ―diferenciação

gradual de um ovo inteiramente amorfo para os órgãos do adulto‖ (MAYR, 1998, p. 129).

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento de

instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para entender o

funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em partes cada vez

mais especializadas e menores, com o propósito de compreender as relações de causa e

efeito no funcionamento de cada uma delas.

Pensamento biológico evolutivo

Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento científico

europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em confronto

com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução

biológica, cada vez mais foi confrontada.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi

questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos sobre a

mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados principalmente por

Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por Jean - Baptiste de Monet,

conhecido por Lamarck (1744-1829).

―Erasmus Darwin acreditava na herança de características adquiridas e, com essa crença,

produziu o que decerto era uma emergente teoria da evolução, embora, de fato, ainda

deixasse muitas questões sem resposta‖ (RONAN, 1987b, p. 09). Lamarck considerava a

classificação importante, porém artificial, por acreditar na existência de uma ―sequência

natural‖ para origem de todas as criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo

ambiente (RONAN, 1987b, p. 09).

Ao apresentar uma exposição ampliada de sua teoria, em Philosophie

Zoologique(1809), Lamarck, adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o

conceito de sistema evolutivo em constante mudança; isto é, para ele, formas de vida

inferiores surgem continuamente a partir da matéria inanimada e progridem

inevitavelmente em direção a uma maior complexidade, progressão esta, controlada pelo

ambiente.

Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem

evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural sobre a

ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies, assentada no

ponto de intersecção entre o pensamento científico e filosófico. A ideia de propor

generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidências científicas, não mais

teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do ser humano.

O pensamento biológico da manipulação genética

Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram para

que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos políticos e

tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma ressignificação do

darwinismo e deu força ao processo de unificação das ciências biológicas. Nesse

contexto histórico e social, a Biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de

seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas.

Em meados da década de 1970, as discussões acerca do progresso da ciência,

do trabalho científico nas instituições de pesquisa e do pensamento científico de cada

época, expuseram a fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a uma

epistemologia empírica. Assim, a crise da ciência ficou exposta, como também, a

necessidade de rever o método de construção do conhecimento científico.

O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar a

realidade objetiva, a considerar que essas formas coexistem e que essa coexistência

indica a necessidade de rever o método científico como instrumento que confere às

ciências físicas e naturais o status de cientificidade.

A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é a

biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos na

atualidade. Tais avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à biofísica e à própria

biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram

no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo, ao conhecer a estrutura e a função dos

cromossomos foi possível desenvolver técnicas que permitiram intervir na estrutura do

material genético e, assim, compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química

dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.

Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem em

discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA. Essas

controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua como base

para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação genética.

Os objetivos da disciplina são:

Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados

em microscópio ou a olho nu.

Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia.

Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos de estudo.

Apresentar de forma organizada o conhecimento biológico aprendido, através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes etc.

Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura

de texto e imagem, entrevistas), selecionando aquelas pertinentes ao tema

biológico em estudo.

Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.

Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia elaborando conceitos,

identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.

Utilizar critérios científicos para realizar para realizar classificações de animais,

vegetais etc.

Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia na compreensão de

fenômenos.

Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para resolução de

problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na análise de

dados coletados.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos . Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Organismos geneticamente modificados.

3. METODOLOGIA

Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina

de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório

permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e

teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural.

As ciências biológicas têm apresentado uma expansão em seus conteúdos no

decorrer dos tempos. Essa expansão contribuiu para o caráter enciclopédico assumido

pela prática pedagógica, inclusive pela falta de critérios de seleção que permitissem ao

professor decidir o que era fundamental e o que era acessório.

Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na construção a

partir da práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os

currículos escolares, mas numa perspectiva diferenciada, em que se retome a história da

produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e seus determinantes

políticos, sociais e ideológicos.

Os quatro paradigmas metodológicos do conhecimento biológico, abordados

anteriormente, o descritivo, o mecanicista, o evolutivo e o da manipulação genética

representam um marco conceitual na construção do pensamento biológico identificado

historicamente. De cada marco define-se um conteúdo estruturante e destacam-se

metodologias de pesquisa utilizadas, à época, para compreender o fenômeno VIDA, e

cuja preocupação está em estabelecer critérios para seleção de conhecimentos desta

disciplina a serem abordados no decorrer do ensino médio.

Essa concepção metodológica permite que um mesmo conteúdo específico seja

estudado em cada um dos conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem

histórica que determinou a constituição daquele conteúdo estruturante e o seu propósito.

Pretende-se discutir o processo de construção do pensamento biológico presente

na história da ciência e reconhecê-la como uma construção humana, como luta de ideias,

solução de problemas e proposição de novos modelos interpretativos, não enfatizando

somente seus resultados.

As explicações para o surgimento e a diversidade da vida levam à proposição de

conhecimentos científicos, os quais conviveram e convivem com outros sistemas

explicativos, tais como: teológicos, filosóficos e artísticos.

Com a introdução de elementos da história, torna-se possível compreender que há

uma ampla rede de relações entre a produção científica e o contexto social, o econômico,

o político e o cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes

teorias científicas, estão associadas ao momento histórico em que foram propostas e aos

interesses dominantes do período.

Ao considerar o embate entre as diferentes concepções teóricas propostas para

compreender um fato científico ao longo da história, torna-se evidente a dificuldade de

consolidar novas concepções, em virtude das teorias anteriores, pois estas podem agir

como obstáculos epistemológicos.

Importa, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as ideias

primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à

aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito VIDA.

Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável

favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a

formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a

realidade.

Saviani (1997) e Gasparin (2002) apontam que o ensino dos conteúdos, neste caso

conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num processo pedagógico como:

a prática social, a problematização, a instrumentalização, a catarse, o retorno à prática

social.

O trabalho pedagógico da organização dos seres vivos deve ser permeado por

uma concepção metodológica que permita abordar a classificação dos seres vivos como

uma das tentativas de conhecer e compreender a diversidade biológica considerando,

inclusive, a história biológica da VIDA.

É importante adotar concepções metodológicas que favoreçam o estabelecimento

de relações entre os diversos mecanismos biológicos de funcionamento e manutenção da

vida.

A biodiversidade deve ser permeada por uma concepção metodológica que

permita abordar as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as ideias fixistas já

superadas há muito pela ciência e supostamente pela sociedade. Pretende-se a

superação das concepções alternativas do aluno, com a aproximação das concepções

científicas, procurando relacionar os conceitos da genética, da evolução e da ecologia,

como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

A manipulação genética permite a análise sobre as implicações dos avanços

biológicos que se valem das técnicas de manipulação do material genético para o

desenvolvimento da sociedade.

Os recursos pedagógicos serão trabalhados e aos critérios político-pedagógico

da seleção destes recursos, de modo que eles contribuam para uma leitura crítica e para

os recortes necessários dos conteúdos específicos identificados como significativos para

o ensino médio.

O uso de diferentes imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio

usados com frequência nas aulas de Biologia, requerem a problematização em torno da

demonstração e da interpretação.

Estratégias de ensino como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade

experimental, o estudo do meio, os jogos didáticos, entre tantas outras, devem favorecer

a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas percepções, significações,

interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados,

pois esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias propagadas

em sala de aula.

As atividades experimentais podem ser o ponto de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos ou permitir a aplicação das ideias discutidas em aula, de modo

a levar os alunos a aproximarem teoria e prática e, ao mesmo tempo, permitir que o

professor perceba as explicações e as dúvidas manifestadas por seus alunos.

Outra estratégia que, além de integrar conhecimentos, veicula uma concepção

sobre a relação ser humano-ambiente e possibilita novas elaborações em pesquisa, é o

estudo do meio. Este estudo pode ocorrer em locais como: parques, praças, terrenos

baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados, aterros sanitários, fábricas,

etc.

Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios, conforme Moura

(1994), o jogo é considerado uma estratégia impregnada de conteúdos culturais a serem

veiculados na escola.

Devemos garantir o previsto na Lei n. 10.639/03 que torna obrigatória a presença

de conteúdos relacionados à história e cultura afro-brasileira e africana. Igualmente deve

ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura dos povos indígenas, em

concordância com a Lei n. 11.645/08. Podemos trabalhar dentro dos conteúdos

estruturantes: Biodiversidade, Mecanismos Biológicos e Manipulação Genética, onde

serão integrados com diversos conteúdos básicos, prevendo nos conteúdos específicos

interação gênica, DNA, biomas.

De acordo com o Decreto 1143/99, portaria 413/02 sobre Educação Fiscal, o

mesmo será trabalhado conforme o Projeto Político Pedagógico, com textos informativos,

debates,destacando a importância do tema em questão.

5. AVALIAÇÃO

Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias

sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os

processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe uma tomada de decisão, em que o aluno

tome conhecimento dos resultados da aprendizagem e organize-se para as mudanças

necessárias.

Sendo a Avaliação contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de

mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar

comportamentos docentes de ―senso comum‖ muito persistente (CARVALHO &GIL-

PÉREZ, 2001).

As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem

análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão no

―senso comum‖ do ambiente escolar as seguintes noções:

• É fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e objetividade;

• O fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não estão ao

alcance de todos. Ao se aprovar demais, a disciplina é uma ―brincadeira‖; então, convém

ser ―exigente‖ desde o início;

•Tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores extraescolares,

como capacidade intelectual e ambiente familiar;

• A prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em escala

descendente;

• A função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento do aluno,

destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.

A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises de

resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada para os

professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de possibilitar a

elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual

participa.

Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de avaliação classificatório

por acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber

competente dos alunos (HOFFMANN, 2003).

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em

critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de

aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os

professores acabam por não se preocuparem em ―auxiliar o aluno a resolver suas

dificuldades ou a avançar no seu conhecimento‖ (HOFFMANN, 2003, p. 121).

Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e Hoffmann,

considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise crítica da própria

avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os professores se

envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um instrumento de

aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

Ao considerar o professor corresponsável pelos resultados que os alunos obtiverem o

foco da pergunta muda de ―quem merece uma valorização positiva e quem não― para

‖que auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os resultados

desejados‖. Além disso, incentivar a reflexão, por parte do professor, sobre sua própria

prática.

Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam

uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em

que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino aprendizagem,

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade

do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem

importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo

professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a

avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade

é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para

nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe- se uma

tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua

aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a avaliação

como um processo ―contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos‖. Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento

analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

obstáculos existentes.

Espera-se que o aluno:

• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem;

• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolve a manipulação genética

Os instrumentos de avaliação serão de forma objetiva, descritiva, oral, trabalhos

individuais e em grupo, debates, seminários, análise de imagens e textos, atividades em

classe e extraclasse, pesquisa de campo, dinâmicas culturais (teatros, músicas, danças),

atividades em laboratório, filmes, vídeos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. Será organizada com atividades significativas,

por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual João Rysicz. Regimento escolar do Colégio Estadual João Rysicz. Amabis, José Mariano, 1947- Biologia / José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2010. Lopes, Sônia. Biologia – volume único / Sônia Lopes, Sergio Rosso. 1ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005. Silva Junior, César da, 1934 – Biologia – volume 2 – 2ª série – Seres Vivos: estrutura e função/ César da Silva Junior, Sezar Sasson. _ 8. Ed. _ São Paulo: Saraiva, 2005.

Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Filosofia

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A filosofia é uma disciplina estratégica no ensino médio: permite aos alunos a

oportunidade de apropriar-se das condições indispensáveis para a elaboração do

pensamento reflexivo. Reflexão, significa, ―voltar atrás‖; ou seja, um repensar

detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado e interrogar-se sempre a respeito das

opiniões, das impressões, dos acontecimentos técnico-científicos e do próprio sentido da

filosofia.

Através dos conteúdos planejados na disciplina de Filosofia pretende-se que os

educandos desenvolvam a capacidade de elaborar ou reelaborar conceitos filosóficos,

visando desenvolver a autonomia dos mesmos. Que consigam argumentar

filosoficamente. Para isso será oferecida aos alunos a oportunidade de participar de

discussões coletivas, de conhecer os principais filósofos gregos, o pensamento filosófico,

suas contribuições para a atualidade, bem como os mitos, ciências e filosofia, mostrando

suas diferenças e características próprias e como cada uma das funções trabalham juntas

proporcionando o mesmo objetivo.

Um dos objetivos dos conteúdos é levar os alunos a se posicionarem

desmistificando o que está detrás da realidade, percebendo seu papel de cidadão e

integrante da sociedade. Que consigam construir argumentações, formular raciocínios

lógicos, coerentes e critico. Que democracia é participação do cidadão, para mudar a

realidade nos aspectos em que acharem necessário de mudanças e que poder e violência

faz parte da nossa sociedade desde os tempos mais remotos.

Também se espera que os educandos desenvolvam o conhecimento sobre o

pensamento humano, seus sonhos, imaginação, criação e utopia. A comunicação e o

diálogo. Aprender a ouvir e dialogar, pois o diálogo nos torna humanos e nos mantém em

relação com o mundo.

Pretende-se ainda refletir sobre o homem: seus valores, seus desafios, sua

cultura, sua interferência sobre a natureza, sua intervenção através do trabalho, a

sociedade moderna, a acumulação capitalista e a alienação do trabalhador. Os

educandos deverão perceber que também são responsáveis pela manutenção e

transformação da vida.

O Ensino de Filosofia pretende levar os educandos a refletir sobre a realidade em

que estão inseridos, levando-os a compreender que o homem é um ser situado numa

época e que às vezes ele próprio se sente perplexo com a realidade vivida e começa a se

interrogar sobre tal realidade buscando uma razão fundamental para tudo o que existe. E

que o melhor meio de que podemos nos valer para nos aproximarmos da filosofia são as

perguntas. Só que não são só perguntas. São perguntas /problemas. São perguntas de

caráter reflexivo, ou seja, o pensamento dentro de uma ação humana que permite uma

tomada de atitude dos homens diante dos acontecimentos da vida.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

Mito e Filosofia

Saber mítico;

Saber filosófico

Relação Mito e filosofia

Atualidade do mito;

O que é filosofia?

Teoria do conhecimento

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Ética

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a

necessidade das normas.

Filosofia Política

Relações entre comunidade e poder

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa

Filosofia

3.METODOLOGIA

A metodologia em filosofia, considerando os conteúdos estruturantes, dar-se-á em

quatro momentos, a saber: a mobilização para o conhecimento, a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

A mobilização para o conhecimento será realizada com diversas possibilidades,

tais como: trechos de filmes, imagens, textos jornalísticos e literários, músicas, abarcando

de acordo com o decreto 1143/99 e portaria 413/02, os temas Educação fiscal, uso de

drogas, sexualidade humana e a violência contra criança e adolescentes.

Esses meios instigam os educandos a iniciarem o processo de busca pelo

conhecimento relacionando seu cotidiano com os conteúdos filosóficos.

O segundo passo é o trabalho filosófico, pois se inicia os questionamentos, a

investigação e a identificação dos problemas que ajudarão na criação dos conceitos.

Na investigação se inicia o processo de análise dos problemas levantados

anteriormente, ocorrendo nesse momento o que se entende por experiência filosófica.

Para essa experiência é de muita importância a utilização de textos clássicos da filosofia,

pois assim o educando confronta sua realidade com a do filósofo e encontra

possibilidades de enfrentar sua realidade com outra visão.

A partir da abordagem contemporânea, o estudante formula conceitos, constrói um

discurso argumentativo, rigoroso, crítico e coerente, pois se partiu de uma mobilização,

problematização, investigação, tendo como recursos textos diversos, filmes, a própria

vivência do educando, chegando a elaboração de conceitos e a percepção das ideologias

presentes nos discursos atuais.

O estudo partirá de uma reflexão de situações cotidianas que exigem

posicionamento ético, e aprofundado a partir das reflexões éticas atuais, a seguir se fará

um estudo de fundamentos da filosofia com abordagem dos principais pensadores em

diferentes contextos. Tanto a reflexão filosófica tem como objetivo e finalidade oferecer

condições para o exercício da cidadania.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve conceber o educando com sujeito do processo educativo e não

como mero objeto. Por isso devemos conceber a avaliação como processo diagnóstico,

isto é, ela não possui uma finalidade em si, mas, tem por função subsidiar e até mesmo

redimensionar o curso da ação do processo de ensino/ aprendizagem, tendo em vista

garantir a qualidade do resultado, que o educador e educandos estão construindo

coletivamente.

Portanto, a avaliação não pode ser feita de forma isolada, pois não se trata de algo

estático, que ocorre em dado momento do processo educacional, e nem podemos

confundir avaliar com medir, privilegiando unilateralmente o produto observável,

mensurável e quantificável.

Avaliar é algo complexo e temos que considerar alguns aspectos que ajudarão:

a) É essencial que exista um profundo respeito pela pessoa e posição do aluno,

mesmo que o professor não concorde com elas;

b) Uma postura dogmática é inaceitável filosoficamente falando, pois não existem

verdades absolutas, nem uma única filosofia, mas várias correntes, vários

pontos de vista;

c) O que poderá ser levado em consideração é o trabalho concreto com os

conceitos, a capacidade em construir e avaliar proposições e nem detectar os

princípios subjacentes aos temas e discursos;

d) Avaliar a capacidade dos alunos em formular as questões de maneira

organizada e estruturada, procedendo de forma sistemática, com métodos

determinados, procurando as raízes e caminhando as diversas dimensões do

problema num todo articulado.

e) Comparar o discurso que tinha antes com o discurso que têm após os conceitos

trabalhados.

Isso pode ser feito através de exercício de reflexão nas aulas, nos trabalhos de

pesquisa nas discussões nas leituras de textos e comentários escritos, reconstruindo as

ideias com as suas próprias argumentações.

A avaliação não é feita para quantificar o que o educando sabe, mas diagnosticar

as dificuldades e intervir no processo para que possa atingir uma maior qualidade de

reflexão. A avaliação deverá contribuir para perceber quais dificuldades apresentadas

pelo educando é, uma vez diagnosticar as dificuldades procurar formas concretas para a

solução.

Com relação aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais serão

avaliados de acordo com a sua capacidade e seu empenho.

A recuperação acontecerá paralelamente aos estudos. Sempre que necessário

será retomado os conteúdos para que os alunos tenham a oportunidade de tirar as

dúvidas.

5. REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. 4 ed. São Paulo: Moderna, 2009. _______, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1986. CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1997. FILOSOFIA, ensino médio/ vários autores. Livro didático público, 2 ed. Curitiba: SEED-PR. 2006 Projeto Político Pedagógico, 2012. Regimento Escolar, 2011. SEED – Diretrizes Curriculares de Filosofia para Ensino Médio (DCE) Governo do Paraná – Curitiba, 2008.

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Física

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Este planejamento trata da presença da Física em nosso cotidiano, à medida que

explica fenômenos naturais e mostra como necessidade do ser humano, em sociedade e

contribuem para o desenvolvimento científico e tecnológico, e também adquire grande

importância no âmbito da Física, e sua abordagem procura esclarecer ao aluno que as

explicações científicas são passíveis de reelaborações.

A física tem por objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade, ou

seja os estudos relacionados a natureza. Como funciona a gravidade, o sistema

planetário, os campos magnéticos, os movimentos, como um avião de 100 toneladas

consegue levantar voo, etc.

Entende – se, então, que a Física deve educar para cidadania contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção cientifica

ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para

o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também que

percebam, a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as

estruturas que representem esses aspectos.

O acesso aos conhecimentos físicos é fundamental na transformação social.

Assim, o ensino de física encontra- se calcado nos seguintes princípios: preparar o

educando para a democracia e estabelecer uma postura crítica frente aos aspectos

políticos, econômicos, culturais, espirituais que os norteiam, bem como torná-Io

consciente de seu papel de cidadão participativo.

Outros objetivos, que também devem nortear o ensino da disciplina em questão,

são: propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo discutam, analisem,

argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais;

Valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das

certezas e incertezas; Superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,

priorizando sua função social. Considerar a prática social do sujeito; Possibilitar a

articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos; Tratar os conteúdos de

forma consistente, crítica, histórica.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Reconstruir conceitos, ideias e práticas ligadas aos fenômenos físicos trazidos

espontaneamente pelos alunos, fazendo-os refletir sobre a ótica da racionalidade

científica, fazendo parte desse processo a dialética.

Educar para a cidadania e para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de

admirar a beleza da produção ao longo da história.

Compreender a necessidade da dimensão do conhecimento científico para o

estudo e o entendimento dos fenômenos que o cerca.

Subsidiar os alunos para agirem com autonomia e criticamente em todos os

aspectos da vida humana e da natureza, compreendendo seu cotidiano, as

intervenções tecnológicas e as relações éticas entre o homem e a natureza, em

seu universo.

Reconhecer que a física deve educar para a cidadania contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de criar novos conceitos abstraídos

da natureza.

Compreender que em Física o processo de ação – reflexão – ação, leva a

conscientização e compreensão dos fenômenos físicos da natureza, para que o

aluno seja um agente articulador e transformador da realidade em que está

inserido.

Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua história e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Movimento

Momentum e inércia

Conservação de quantidade de movimento Variação da quantidade de movimento = impulso

2ª Lei de Newton

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio Energia e o principio da conservação da energia Gravitação

Termodinâmica

Leis da Termodinâmica

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

Eletromagnetismo

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas; Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática /Lei de Coulomb, Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday A natureza da luz e suas propriedades

3. METODOLOGIA

Ao iniciar a discussão acerca dos fundamentos teórico metodológicos do ensino

da disciplina de Física na Educação Básica torna- se necessário abordar alguns aspectos

que afetam de forma direta os saberes relacionados a essa área do conhecimento.

É importante ressaltar que o conhecimento físico não á algo pronto e

inquestionável, mas que se encontra em constante transformação. Tal processo de

elaboração, construção e reconstrução do conhecimento se dá em função das

necessidades humanas, visto que a Ciência é realizada por homens e mulheres, e como

tal, passível de falhas e constantemente atrelada aos processos sociais, políticos,

culturais e econômicos. Como afirma Chassot (1995) a ciência já não é mais considerada

neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções

humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios.

Nesse contexto, o desenvolvimento da sociedade, assentada no sistema

capitalista, passa a exigir das pessoas responsáveis pela Ciência, respostas precisas e

específicas a suas demandas econômicas, ambientais, sociais, políticas, entre outras. O

interessante que na história da Física mostra a evolução das ideias e conceitos em

Física, caminho quase sempre não linear, de erros e acertos, avanços e retrocessos

típicos de um objetivo essencialmente humano, que é a produção cientifica.

É importante que o processo de ensino - aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.

Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no ser dia - a

dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola,

se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino aprendizagem. Já

a concepção cientifica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual

necessita de metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar. a escola

é por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente

produzido.

Nosso objetivo é que nossos estudantes, em conjunto, compartilhem significados

na busca da aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram,

modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substituí-lo.

A epistemologia, a história e a filosofia da ciência - uma forma de trabalhar é a

utilização de textos originais traduzidos para o português, pois, entende-se que eles

contribuem para aproximar estudantes e professores da produção científica, da

compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos epistemológicos

encontrados. as relações da física com a física e, com outros campos do

conhecimento.aprofundar os conhecimentos adquiridos nos livros didáticos com

sugestões e questionamento nos conceitos ali escritos.

Para que haja um processo de ensino aprendizagem efetivo dos conteúdos

estruturantes o professor, como mediador dos conteúdos, tem um papel fundamental.

Para tanto, o uso de várias metodologias devem ser adotadas, porém, todas devem

considerar o conhecimento prévio do aluno.

O conhecimento que o aluno possui sobre determinados fenômenos físicos, o

qual adquiriu com sua cultura ( informações de jornais, revistas, internet e outros) devem

ser considerados como base. Em que a partir deles o professor conduza-o ao

conhecimento científico.

A construção deste conhecimento será encaminhado através de:

Modelos matemáticos teóricos são importantes, uma vez contextualizados do

cotidiano do educando, para que possam fazer sentido para o aluno.

Experimentação contemplada a curiosidade do aluno. Dela, o aluno consegue

valorizar, sentir, ouvir, enfim, interagir com os fenômenos. O que torna o

aprendizado significativo.

Leitura científica do texto, de jornais, revistas e internet.

Trechos de filmes que são importantes, pois possuem o papel de transformar

informações em conhecimento científico.

Abordar os aspectos históricos no Brasil, a cultura indígena as contribuições da luta

dos negros na formação da sociedade brasileira.

Discussões sobre as mudanças do meio ambiente e as teorias científicas.

Nas salas de aula o professor usará exposições dos conteúdos com explicações

contextualizadas; aulas de experimentação ( laboratórios, experimentações em

sala de aula ou atividade extraclasse); aulas de leitura, pesquisas e/ ou cortes de

filmes; aulas de resolução de exercícios de modelos matemáticos.Partindo do

pressuposto que a Física é uma construção humana, que deve educar para a

cidadania, ao considerar a não neutralidade da produção científica, suas relações

sociais, políticas, econômicas e culturais. Busca integrar no Ensino de Física:

História e Cultura Afro-Brasileira (Lei nº. 10.639/03 e Cultura Indígena Lei nº.

11.645/08);

Meio Ambiente (Lei nº. 9.795/99), contemplada através dos conceitos de energia e

conservação de energia.

Enfrentamento a violência na Escola. ( Lei 11..273/95).

Prevenção ao uso indevido de Drogas e Sexualidade, incluindo Gênero e

Diversidade Sexual será tratada no cotidiano escolar, sempre que surgir situações

vivenciadas ou observadas pelos alunos, buscando discussões e reflexões.

No entanto é importante destacar que o ensinar não se concretiza por si só, ou

pela ação do professor, os resultados só emergem se o aluno quiser e estiver

disposto a aprender. Portanto, esforço e estudo precisam fazer parte do cotidiano

do educando.

4. AVALIAÇÃO

No entanto, a avaliação não pode ser usada para classificar os alunos com uma

nota, mas para auxiliar na aprendizagem, pois o principal objetivo da educação é criar

homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente de repetir o que as outras

gerações fizeram torná-Ios criativos, críticos, inventivos e descobridores. É formar mentes

que possam verificar e não aceitar tudo o que Ihes é oferecido.

Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em

considerações todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de

análise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em

conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou

qualquer outro evento que envolva a Física.

Nossos pontos avaliativos no ensino-aprendizagem do aluno serão da

seguinte forma: Avaliação escrita, trabalhos em grupos, pesquisas (individual ou em

grupos), relatórios de leitura, científica ou literárias.

Relatórios de participação em experimentos laboratoriais.

Com relação aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais serão

avaliados de acordo com a sua capacidade e seu empenho.

A recuperação da aprendizagem será oferecida paralelamente após cada

avaliação, com revisão dos conteúdos e aplicação de uma nova avaliação.

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Edição Completa. Série Novo Ensino Médio. Volume Único. São Paulo: Moderna, 2001.

Regimento Escolar do Colégio Estadual João Rysicz.

Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual João Rysicz.

194

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Química

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da

matéria e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por

necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e,

posteriormente, o domínio do processo de cozimento.

Considera-se essencial retomar fatos marcantes da historia do

conhecimento químico em suas inter-relações econômicas, política e social. A

aceleração de conhecimentos teóricos e práticos associados a aspectos químicos

presentes na cultura das antigas civilizações teve o seu desenvolvimento

impulsionado por necessidades humanas, entre elas: a descoberta e o domínio do

fogo, a produção de artefatos manuais, entre outras.

Tais conhecimentos não podem ser classificados como a Química, que

conhecemos atualmente, no entanto, corroboraram de forma decisiva para que tal

ciência pudesse vir a existir.

Ao abordarmos a discussão acerca da importância do ensino de Química,

torna-se essencialmente relevante retomar fatos marcantes da história do

conhecimento empírico.

Devido a inquietações existenciais e a busca pela vida eterna, os alquimistas

procuraram o elixir da eternidade e a pedra filosofal (transformação do metal em

ouro). Assim, no século XVI, com o fim do feudalismo, a alquimia se difundira pela

Europa. Nesse período, houve uma migração intensa para os grandes centros

urbanos, onde as péssimas condições sanitárias, econômicas, nutricionais dessa

população, geraram um desequilíbrio demográfico. E em busca de soluções para

esses problemas emergentes houve um avanço das pesquisas para a cura de

doenças e o uso de substâncias químicas.

No decorrer dos séculos XVII e XVIII ocorreu um avanço do conhecimento

tanto da química quanto da física. Os principais focos de investigação dessas

ciências eram as composições dos materiais e a busca de novos elementos

químicos. Nestes estudos destacam-se Boyle, Priestley, Cavendish e com o rigor

metodológico de Lavoisier, definiu-se um novo saber que passou a ser conhecido

195

como química, o qual foi dividido em diferentes ramificações: alquimia, boticários,

iatroquímica e estudo dos gases.

Um dos químicos mais influentes da Franca, foi Antonio Laurent Lavoisier,

elaborou o Tratado Elementar da Química, (1789), referencia para a química

moderna da época; o mesmo que propôs uma nomenclatura universal para os

compostos químicos. Além disso, demonstrou que a queima é uma reação química

com oxigênio, gerando fenômenos como a combustão, calcificação e respiração.

Desenvolveu vários estudos sobre adulteração dos alimentos, funcionamento das

tinturas, etc.

Nesse sentido, observa- se que o desenvolvimento da Química, como

ciência, teve seu desdobramento na Europa, e surgiu como uma aliada na busca de

solução para as necessidades do sistema capitalista, bem como dos interesses

econômicos das classes dominantes.

Entretanto, a Química alcançou seu apogeu apenas no século XX, onde

países como os Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, investiram milhões de

medicamentos indústria bélica, artefatos nucleares, mecânica quântica, entre outras.

É de suma importância, observar que tais avanços científicos resultaram na

eclosão das duas guerras mundiais do século XX. Assim, se torna necessário na

instituição de ensino discussões acerca da ética na pesquisa e do impacto desta à

sociedade.

No Brasil, as primeiras atividades educativas químicas surgiram no inicio do

século XIX, o ensino de Química foi implantado em 1862. Estudos sobre Lavoisier

foi decisivo e adotado nas escolas militares e de engenharia brasileiras. A

importância do ensino da Química foi reconhecida para o progresso dos estudos da

Medicina, cirurgia e agricultura como em diferentes ramos aplicados às artes,

farmácia.

Em 1916, grandes modificações surgiram, como a criação de comunidades

cientifica.

Em 1929, no Brasil, a crise do café mudou o eixo econômico, o país deixou

de ser predominantemente agrário e passou a investir na industrialização.

A partir de 1931, a disciplina de Química passou a ser ministrada de forma regular

no currículo do ensino secundário no Brasil. No Paraná foi implantado o Curso de

Química na Universidade Federal do Paraná, em 1938.

196

Na década de 1980 a Secretaria de Estado de Educação do Paraná,

elaborou o Currículo Básico para o Ensino de Primeiro grau, voltado para as teorias

de Vigotsky.

Na década de 90, com a aprovação da LDB (9394/96) e com a construção

dos PCN, foram apresentados como documento balizador para as reformulações

curriculares que deviam ocorrer nos estados brasileiros e pela contextualização dos

conteúdos e pela interdisciplinaridade, a fim de evitar a compartimentarão do

conhecimento.Gerando um esvaziamento dos conteúdos das disciplinas,os quais

passaram a ser apenas um meio para desenvolver as competências e habilidades

necessárias ao ingresso no mercado de trabalho, ao final do Ensino Médio. Na

química, esse enfoque priorizou o estudo de fatos cotidianos, ambientais e

industriais, sem, contudo, maiores aprofundamentos teóricos que utilizassem o

próprio saber químico.

Nas últimas quatro décadas do século XX, houve avanços científicos

consideráveis, como a miniaturização dos sistemas de computação, descoberta de

novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, entre outros.

Entretanto, no que tange a consciência dos cientistas e a discussão ética

recorrente a suas pesquisas, ainda não houve avanço significativo, ou seja,

encontra- se em fase embrionária.

O acesso aos conhecimentos químicos é fundamental na transformação

social. Assim, o ensino de química encontra-se calcado nos seguintes princípios:

preparar o educando para a democracia e estabelecer uma postura crítica frente aos

aspectos políticos, econômicos, culturais, espirituais que os norteiam, bem como

torná-Io consciente de seu papel de cidadão participativo.

Nestas Diretrizes se propõem que a compreensão e a apropriação do

conhecimento químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de

estudo da Química: as substâncias e os materiais.

A disciplina de Química tem como objetivos: problematizar a construção dos

conceitos químicos, compreender a constituição química da matéria, reconhecer ao

elementos químicos através da tabela periódica , entenda e questione a ciência do

seu tempo e ao avanços tecnológicos na área de química .

Outros objetivos, que também devem nortear o ensino da disciplina em

questão, são: propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo

discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente

197

às demandas sociais; Valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade e a

divergência, o questionamento das certezas e incertezas; Superar o tratamento

curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando sua função social. Considerar

a prática social do sujeito; Possibilitar a articulação entre os conhecimentos físicos,

químicos e biológicos; Tratar os conteúdos de forma consistente, crítica, histórica,

considerando os elementos do Movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Ao iniciar a discussão acerca dos fundamentos teórico-metodológicos do

ensino da disciplina de Química na Educação Básica torna-se necessário

abordarmos alguns aspectos que afetam de forma direta os saberes relacionados a

essa área do conhecimento.

É importante ressaltar que o conhecimento químico não á algo pronto e

inquestionável, mas que se encontra em constante transmutação. Tal processo de

elaboração, construção e reconstrução do conhecimento se dá em função das

necessidades humanas, visto que a Ciência é realizada por homens e mulheres, e

como tal, passível de falhas e constantemente atrelada aos processos sociais,

políticos, culturais e econômicos. Como afirma Chassot (1995) a ciência já não é

mais considerada neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que,

por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são

provisórios.

Nesse contexto, o desenvolvimento da sociedade, assentada no sistema

capitalista, passa a exigir das pessoas responsáveis pela Ciência, respostas

precisas e específicas a suas demandas econômicas, ambientais, sociais, políticas,

entre outras.

A Química tem forte presença no suprimento de demanda de novos

produtos, que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia,

química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos,

entre outras. Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química

por meio de uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos

sócio-científicos, ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas,

sociais e culturais relativas à ciência e à tecnologia.

Assim, faz-se necessário uma abordagem no ensino de Química que priorize

a construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades

em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). Desse modo, há que ser feito esforços

para estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia e a avaliação

198

para a educação em Química, delineando novas perspectivas e tendências para o

ensino dessa disciplina.

Ainda, é de suma importância, a inserção do aluno no meio científico, seja

através de aulas experimentais, análise de situações cotidianas e busca de relações

entre a Química e a sociedade tecnológica. Isso implica extrapolar o conhecimento

para além do domínio fragmentado dos conceitos e definições químicas.

Esse processo deve ser planejado pelo professor, onde haja a presença de

uma relação dialógica, a qual contribui para que os sujeitos compreendam e

questionem a ciência de seu tempo. Assim, para que tal pressuposto possa ser

alcançado, uma proposta metodológica viável é a aproximação do discente com o

objeto de estudo químico, via experimentação.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e

na sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização,

discussão e principalmente na significação dos conceitos químicos. Ao contrário do

que muitos acreditam, não é necessário haver laboratórios sofisticados para a

compreensão dos conceitos (NANNI, 2004).

Segundo Bernadelli (2004) há uma gama de pessoas que resistem ao

estudo da Química pela falta de contextualização e significado de seus conteúdos.

Muitos alunos do ensino médio têm dificuldades de relacioná-Ios em situações do

cotidiano, pois foram ensinados a valorizar apenas as fórmulas, nomes e tabelas.

Nessa perspectiva, é necessário superar a transmissão de conteúdos

realizados com base apenas no livro didático tradicional. É preciso superar o

reducionismo imposto pelo paradigma nextonianocartesiano e buscar uma nova

proposta, mais totalizante, integradora, complexa, enfim, mais humana.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua natureza.

Matéria

Constituição da matéria

Estados de agregação

Natureza elétrica da matéria

Modelosatômicos

(Rutherford,Thompson, Dalton, Bohr...)

199

Biogeoquímica.

Química sintética

Matéria e sua natureza.

Biogeoquímica.

Tabela Periódica.

Solução

Substância: simples e composta;

Misturas;

Métodos de separação

Solubilidade;

Concentração

Forças Intermoleculares

Temperatura e pressão;

Densidade

Dispersão e suspensão

Tabela periódica

Velocidade das reações

Reações químicas;

Lei das reações químicas;

Representação das reações químicas;

Condições fundamentais para ocorrência

das reações químicas;

Fatores que interferem na velocidade

das reações;

Lei da velocidade das reações químicas;

Equilíbrio químico

Reações químicas Reversíveis;

Concentração;

Relações matemáticas e o equilíbrio

químico (constante de equilíbrio);

Deslocamento de Equilíbrio (princípio de

Le Chatelier): concentração, pressão,

temperatura e efeito dos catalisadores;

Equilíbrio químico em meio aquoso (pH,

constante de ionização, Ks).

Tabela Periódica

200

Química sintética

Ligação Química

Tabela periódica;

Propriedades dos materiais

Tipos de ligações químicas em relação

às propriedades dos materiais;

Solubilidade e as ligações químicas;

Interações intermoleculares e as

propriedades das substâncias

moleculares;

Ligações de Hidrogênio;

Ligação Metálica (elétrons semi-livres);

Ligações sigma e PI;

Ligações polares e apolares;

Alotropia.

Reações químicas

Reações de Oxi-redução

Reações exotérmicas e endotérmicas;

Diagramas das reações exotérmicas e

endotérmicas;

Variação de entalpia;

Calorias;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Calorimetria;

Tabela periódica.

Radioatividade

Modelos atômicos (Rutherford);

Elementos químicos (radioativos );

Tabela periódica;

Reações químicas

Velocidade das reações

201

Emissões radioativas

Leis da radioatividade

Cinética das reações químicas

Fenômenos radioativos (fusão e fissão

nuclear)

Gases

Estado físico da matéria

Tabela periódica

Propriedade dos gases

(densidade/difusão e efusão, pressão x

temperatura, pressão x volume);

Modelo de partículas para os materiais

gasosos;

Misturas gasosas;

Diferença entre gás e vapor;

Lei dos gases

Funções químicas

Funções Orgânicas

Funções Inorgânicas

Tabela periódica

3. METODOLOGIA

É de suma importância que o processo de ensino aprendizagem se dê a

partir do conhecimento prévio dos alunos, o qual será usado como base para

elaborar um conceito químico.

Os modelos e o ensino de química:

A utilização de modelos no ensino de química, para descrever

comportamentos microscópicos, não palpáveis, é um dos fundamentos dessa

ciência. Deve-se lembrar, contudo, que eles são apenas aproximações necessárias.

Considera-se, ainda, que esses modelos são válidos para alguns contextos e não

para todos, ou seja, são localizados e seus limites são determinados quando a teoria

não consegue explicar fatos novos que eventualmente surjam.

No modelo de Dalton, o átomo foi considerado a menor partícula da matéria. Essa

expectativa para o átomo foi suficiente para os objetivos da investigação de Dalton,

202

os quais se centravam na interação de gases, na descoberta de novas substâncias

gasosas e nos pesos atômicos.

Outras questões, como a eletrização da matéria e a divisibilidade do átomo,

não eram preocupações da época em que Dalton propôs seu modelo. Ainda assim,

teve um grande impacto na química da transição do século XVIII para o XIX. Apenas

no final do século XIX, é que cientistas como J.J. Thomson (1878) desenvolvem

investigações sobre a natureza da matéria e sua eletrização, resultando em um novo

modelo que explicasse melhor esse fenômeno, que àquele proposto por Dalton. Isso

não implica numa alteração desse último, e sim, na demarcação teórica de seus

limites e objetivos. Da mesma forma outros modelos no início do século XX, como o

de Rutherford (1909) e o de Bohr (1913), foram propostos para explicar os fatos

investigados na época – a passagem de emissões gama por placas de ouro, o raio

X, a radiação de sais recém-descobertos em jazidas de várias partes do mundo – os

quais não afinavam com os modelos existentes, resultando na proposta de outros

modelos atômicos que explicassem melhor os fenômenos.

Os modelos são, portanto, propostas provisórias para explicar determinados

fenômenos e atendem a interesses desses grupos de cientistas que investigam a

matéria e sua natureza. É importante destacar que a referência aos modelos não é

apenas para os modelos atômicos, mas também diz respeito aos modelos de

moléculas, de reações químicas, de ligações químicas, de intermoleculares, os

modelos quânticos e matemáticos, etc. Desse modo, a Química é uma ciência que é

construída tendo por base o uso de diferentes modelos para o entendimento teórico

dos diversos fenômenos que investiga no campo macroscópico.

Portanto, os professores de Química devem se utilizar dos modelos para explicar

determinadas ocorrências e fenômenos químicos. Ou seja, saber qual modelo utilizar

e o porquê na explicação dos fenômenos abordados na escola. Igualmente

importante é o docente ajudar os alunos a elegerem o modelo mais adequado no

estudo da Química desenvolvido na escola, possibilitando-os pensar na

provisoriedade e na limitação dessas representações. Esse encaminhamento

permite aos alunos compreender o significado dos modelos na ciência e que as

elaborações científicas não devem ser tomadas como verdades imutáveis e

definitivas.

Assim, abordar os modelos na escola vai além do simples estudo de datas e

nomes. Exige que os docentes possuam conhecimentos epistemológicos a respeito

203

do que sejam os modelos, sua função na ciência, seus objetivos, suas limitações, e

em que contexto histórico foi elaborado. Isso implica num estudo da natureza da

ciência, sua dinâmica e seus princípios constitutivos, além de considerar os

conhecimentos a respeito de como os alunos propõem seus modelos mentais na

explicação dos fenômenos.

O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Há muitos trabalhos resultados de pesquisa em ensino de Química cujo

tema é a experimentação. Eles são unânimes em considerar a importância da

experimentação para uma melhor compreensão dos fenômenos químicos. No

entanto, a maioria dos cursos que adota essa metodologia aplica uma espécie de

receituário composto de uma breve introdução sobre o assunto, os objetivos do

experimento, os procedimentos e material necessário para realizá-lo.

Numa concepção mecanicista, caberia ao estudante somente observar e

acompanhar a execução do experimento de modo que tudo sairia exatamente como

previsto. Depois, ele faria um relatório dos dados coletados, previamente colocados

no receituário, com a elaboração de gráficos e tabelas e uma conclusão, devendo

estar de acordo com a teoria que foi base para o experimento. Frequentemente,

seria considerada uma margem de erro não superior a um valor previamente

estipulado pela receita do experimento, que apenas comprovaria um conhecimento.

Nessa linha de trabalho, a ciência é considerada verdade absoluta; não cabe ao

estudante questioná-la, mas somente aceitá-la; o conhecimento químico não é

construído, é descoberto.

Nestas Diretrizes, considera-se que esse tipo de encaminhamento

metodológico não contribui para a compreensão da atitude científica e deve ser

superado. Espera-se que, no uso do laboratório, o professor considere também os

encaminhamentos realizados numa aula teórica.

As atividades experimentais, utilizando ou não o ambiente de laboratório escolar

convencional, podem ser o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua

relação com as ideias a serem discutidas em aula. Os estudantes, assim,

estabelecem relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao

professor suas dúvidas.

Ainda que a palavra laboratório tenha como elemento de composição o

prefixo labor – realizar à custa de esforço ou trabalho, trabalhar com cuidado –, a

204

atividade laboratorial implica não somente fazer com as mãos, sentir e manipular,

mas também, está relacionada à análise criteriosa e à articulação entre prática e

teoria.

Uma aula experimental, seja ela com manipulação do material pelo aluno ou

demonstrativa, não deve ser associada a um aparato experimental sofisticado, mas

sim, à sua organização, discussão e análise, possibilitando interpretar os fenômenos

químicos e a troca de informações entre o grupo que participa da aula.

Mesmo quando ocorrem ―erros‖ em atividades experimentais, seja por

condições ambientais ou reagentes com prazo de validade vencidos, estas situações

podem ser aproveitadas pelo professor no sentido de se investigarem as causas

dessas incorreções, analisando-as do ponto de vista pedagógico, pois elas estão

ligadas aos limites de correspondência entre os modelos científicos e a realidade

que representam, uma vez que as investigações na escola não primam por

resultados quantitativos ou qualitativos.

Um exemplo simples é a atividade experimental com a Tabela Periódica.

Coletam-se objetos comuns ao nosso dia-a-dia, tais como: níquel (encontrado no

clipe), ferro (prego), cobre, prata e tantos outros. Relacionam-se esses objetos com

os elementos na tabela indicando seu nome e suas características: se é metal, não

metal, gás, sólido ou líquido, entre outras. O aluno deverá ser estimulado a

estabelecer relações entre a Tabela Periódica e os saberes do cotidiano. O objetivo

de um trabalho dessa natureza é ultrapassar a memorização de nomes, símbolos,

número de massa, números atômicos e possibilitar o estabelecimento de relações

entre os elementos da Tabela Periódica e os objetos analisados.

Uma atividade experimental que pode ser feita é o da condutividade elétrica

de sais para testar a qualidade dos preservativos. Tal experiência requer água com

sal, preservativos de várias marcas, régua, balança, tesoura, proveta, papel toalha,

béquer, amperímetro ou outro dispositivo para identificar a passagem de corrente

elétrica. Em seguida, deve-se encher um preservativo com uma solução de água e

sal, na sequência, colocar o preservativo em um béquer contendo também água e

sal. Após, colocar um dos eletrodos do amperímetro dentro do preservativo e outro

na solução salina do béquer. Observar se existe condução de corrente elétrica.

Finalmente furar com uma agulha o preservativo e testar a passagem de corrente

elétrica.

205

Outra atividade experimental utiliza comprimidos efervescentes para

trabalhar um dos fatores que influenciam a rapidez das reações químicas. Para

realizá-la são necessários três comprimidos e três copos com a mesma quantidade

de água. No primeiro copo deve-se colocar um comprimido inteiro, no segundo copo,

um comprimido quebrado manualmente e, no terceiro copo, um comprimido

triturado. O que ocorre quando os comprimidos nas diferentes situações são

adicionados à água? Como é possível explicar as observações realizadas pelo

experimento? Qual das três misturas atua com mais rapidez no organismo humano?

As atividades experimentais apresentadas neste texto são simples, porém

possibilitam questionamentos que permitem ao professor localizar as possíveis

contradições e limitações dos conhecimentos explicitados pelos estudantes. À

medida que as atividades experimentais transcorrem, é importante que o professor

incentive os alunos a exporem suas dúvidas, que se manifestem livremente sobre

elas para que conversem sobre o conhecimento químico.

LEITURAS CIENTÍFICAS E O ENSINO DE QUÍMICA

Há algum tempo, pesquisadores em educação recomendam textos

científicos para o ensino de Química. No entanto, ao trabalhar um texto devem-se

tomar alguns cuidados. É preciso selecioná-lo considerando alguns critérios, tais

como: linguagem, conteúdo, o aluno a quem se destina o texto e, principalmente, o

que pretende o professor atingir ao propor a atividade de leitura.

O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo estivesse nele presente,

mas sim, como instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno-aluno, aluno-

conteúdo e aluno-professor, para que se vislumbrem novas questões e discussões.

Também é necessário considerar que as diferentes histórias de vida dos leitores,

bem como seu repertório de leituras, interferem na possibilidade de compreensão

dos textos científicos.

A Química estuda o mundo material e sua constituição. Considera-se

importante propor aos alunos leituras que contribuam para a sua formação e

identificação cultural, que possam constituir elemento motivador para a

aprendizagem da Química e contribuir, eventualmente, para a criação do hábito da

leitura. Textos de Literatura e Arte podem se tornar ótimos instrumentos de

abordagens interdisciplinares no ensino de Química. Exemplo disso é um fragmento

da música Rosa de Hiroshima, de Vinícius de Morais e Gerson Conrad: ―Da rosa da

206

rosa / da rosa de Hiroshima / a rosa hereditária/ a rosa radioativa, estúpida, inválida‖.

Evidencia-se a preocupação com a radiação e os aspectos negativos do seu uso.

Com conhecimentos químicos, além do entendimento da mensagem da música, é

possível explorar aspectos ligados a desintegração nuclear, aos efeitos e

propriedades das emissões radioativas, aos danos intracelulares causados pela

exposição à radiação, aos processos de fissão nuclear e de transmutação de metais.

Como então trabalhar com textos? Sugere-se:

• fazer a leitura do texto e apresentação por escrito com questões e dúvidas ou a

leitura do texto para discussão em outro momento;

• solicitar que os alunos tragam textos de sua preferência, de qualquer natureza

(jornal, revista, rótulos de vidros de remédios, etc.) e relacioná-los com o conteúdo

químico a ser trabalhado;

• assistir a um filme, por exemplo, Óleo de Lorenzo e relacionar a produção e o

acúmulo de ácidos graxos no organismo com as doenças degenerativas. Na

sequência, fazer a leitura de um texto de divulgação científica sobre o mesmo

assunto. É uma maneira de motivar o aluno para a leitura e um recurso que favorece

questionamentos.

Segundo a Lei n. 11.645/08 fica obrigatório a abordagem de conteúdos que

envolvam a temática de Historia e cultura dos povos indígenas. Inserindo na

Proposta pedagógica assuntos referentes a conteúdos químicos como a preparação

de um prato de origem africana ―feijoada‖, reação química: cozimento; mineração de

diamantes ligações químicas , classificação periódica . Conforme a Lei 9795/99 que

institui a política Nacional Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes

de modo contextualizado, como a mineração de ouro que causa destruição de

florestas e fontes , poluição de rios com metais pesados como o mercúrio que pode

ser trabalhado em classificação periódica ,soluções , equilíbrio químico ,reações

químicas e gases . O banho os europeus aprenderam o ato do banho com os índios

que pode ser trabalhado em solubilidade, e gases.Que pode ser trabalhada a

formulação de perfumes cosméticos. Em relação ao decreto 11 43/99 e portaria

413/12 que trata da Educação Fiscal no ambiente escolar, como o imposto sobre

comercio de bebidas, combustíveis e cigarros que são substancias químicas

relacionadas a vários conteúdos na disciplina de química : Bebidas ,soluções,

velocidade das reações químicas equilíbrio químico , ligação química , gases ,

função orgânicas e classificação periódica .

207

A concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas, como: Experimentação no

ensino de química; A observação; Interdisciplinaridade; Contextualização; Livro

Didático; O trabalho de campo; Os jogos de simulação e desempenho de papéis;

Visitas às indústrias, fazendas, museus; Projetos individuais e em grupos; Redação

de cartas para autoridades; palestrantes convidados; Fóruns, debates, seminários,

conversação dirigida, dentre outras. Atividades que estimulam o trabalho coletivo:

música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, história

em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras. Destacam- se

alguns recursos pedagógicos que podem atuar como facilitador do aprendizado:

slides, DVDs, CDs, CD-ROM educativos e softwares livres, dentre outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em

interações recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de

modo pontual, portanto, esta sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.º 9394/96, a avaliação

formativa e processual, como resposta às históricas relações pedagógicas de poder,

passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta

o conhecimento prévio do aluno e valorizar o processo de construção e reconstrução

de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem

finalidade em si, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do

professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo

da escola.

Coerência entre o planejamento das ações pedagógicas do professor, o

encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, a fim de que os critérios de

avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao propósito principal do

processo de ensino e de aprendizagem, a aquisição dos conteúdos específicos e a

ampliação de seu referencial de análise crítica da realidade, por meio da abordagem

articulada.

No entanto, a avaliação não pode ser usada para classificar os alunos com

uma nota, mas para auxiliá-lo na aprendizagem, pois, o principal objetivo da

educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente de

208

repetir o que as outras gerações fizeram torná-los criativos, críticos, inventivos e

descobridores. É formar mentes que possam verificar e não aceitar tudo o que lhes é

oferecido.

Espera-se que o aluno:

Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na

área da Química;

Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

Problematize a construção dos conceitos químicos;

Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico.

Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos

sobre modelos atômico, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo

básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação,

solubilidade, concentração, forças intermoculares, etc.

Identifique a ação dos fatores que influencia a velocidade das reações

químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da

velocidade, inibidores.

Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos

específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico,

deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos

catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso.

Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o

núcleo de um átomo e a eletros fera de outro a partir dos desdobramentos

deste conteúdo básico.

Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível

microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esses

conteúdos básicos.

Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que

ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse

conteúdo básico.

Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, gases,

modelo de partículas e as leis dos gases.

209

Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação à

outra espécie com a qual estabelece interação.

Assim, faz-se necessário considerar uma série de fatores, dentre os quais se

podem destacar:

A série que será avaliada;

O nível cognitivo dos alunos;

As diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por parte dos

alunos;

O planejamento das ações pedagógicas;

O quanto e de que forma o aluno se apropriou do conhecimento científico.

Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, usam-se

instrumentos que possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura

e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela

Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação

de seminários, entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo

com cada conteúdo e objetivo de ensino. Sendo que após qualquer avaliação ou

trabalho será feito uma recuperação de conteúdos e logo em seguida uma nova

avaliação para que os alunos possam se recuperar. Em relação a alunos com

necessidades educacionais especiais temos a sala de recurso com equipamentos

apropriados e professores com melhor treinamento onde possa ser melhor ser

atendido.

5. REFERÊNCIAS: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. Portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscarAulas.html?busca=&tipopesquisa=1&modalidade=3&componente=32&tema=248&uf=&ordem=0&x=36&y=3&ba=true Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual João Rysicz Regimento Escolar do Colégio Estadual João Rysicz

210

Proposta Pedagógica Curricular da disciplina de Sociologia

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O objeto de estudo da ciência social são as relações objetivas, materiais,

determinadas, já que a sociedade se apresenta como uma realidade determinada

historicamente.

A disciplina apresenta aos alunos os principais conceitos de Sociologia,

concentrando-se em torno de temas para compreensão da vida social, o

comportamento social e o convívio em sociedade. Os alunos terão a oportunidade

de conhecer os aspectos estudados pela sociologia, os temas importantes e o

objetivo da disciplina. Os elementos da cultura e as influências das diversas culturas,

seus traços culturais, padrões culturais e subcultura. Também estudarão os meios de

produção e as forças produtivas.

Os educandos terão a oportunidade de compreender a produção e o papel

histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as às práticas

dos diferentes grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em

sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, à justiça e à distribuição dos

benefícios econômicos.

Será abordados também o processo de socialização dos seres humanos, a

sociedade humana e os conceitos básicos para a compreensão da vida social, bem

como o comportamento das pessoas na sociedade. Pretende-se que os educandos

percebam as influências que recebem da família, do meio em que vivem e como

agem de acordo com sua formação. É importante levá-los a perceber que aprendem

com o meio, mas que também podem transformá-lo com sua ação social.

Pretende-se que os alunos reflitam sobre o que seja a cultura, bem como

saibam que existem várias diferenças culturais entre as sociedades existentes no

planeta. Reflitam também a respeito do sentido que eles dão ao seu cotidiano, ou

seja, como a sua conduta pode ser culturalmente condicionada e como a cultura

pode fazer variar a forma de se organizar a família, e que os padrões culturais são

construídos por nós e, ao mesmo tempo, interferem na nossa vida de forma que

podem até condicionar a visão que temos do mundo e das coisas.

Espera-se que os alunos compreendam os fatores que levaram a sociedade

civil a se organizar e a lutar pelos direitos fundamentais de seus membros. A

211

compreensão do potencial de deliberação e conseqüente pressão políticas inerentes

a esses novos canais de participação, bem como demonstrar a diferença entre a

lógica democrática dos movimentos sociais em contraposição aos tradicionais canais

de representação política, representados pelos partidos políticos e organizações

sindicais.

Os alunos deverão compreender a produção e o papel histórico das

instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as às práticas dos diferentes

grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em sociedade,

aos direitos e deveres da cidadania, à justiça e à distribuição dos benefícios

econômicos. Compreender o conceito de política, e o que vem a ser democracia,

política e, principalmente, cidadania; compreendendo melhor a nossa realidade

política e reconhecendo a participação política como algo fundamental para todos

que vivem em sociedade.

O objetivo geral é Levar aos alunos o entendimento de que a Sociologia

procura compreender os comportamentos sociais, debater os temas relacionados

com o comportamento social; aflorar as contradições existentes na sociedade;

estimular permanentemente os alunos a refletir sobre a realidade política, social,

econômica e cultural em que vivem e mostrar a necessidade de transformação da

mesma. Os objetivos específicos são:

Conhecer as diversas concepções sociológicas.

Levar aos alunos o entendimento de que a Sociologia procura compreender

os comportamentos sociais como parte de uma rede de interdependências e de

interações sociais.

Compreender a importância da família como parte constituinte da sociedade,

respeitando uma ou outra forma de organização familiar.

Levar o educando fazer análises sobre a importância e o papel da escola e de

seus atores.

Compreender a importância da religião, respeitando as diferentes práticas

religiosas.

Colocar os conceitos como: bens, serviços, produção, recursos naturais,

instrumentos de produção, meios de produção, forças produtivas, relações de

produção e modos de produção.

Refletir e compreender o que seja a cultura, bem como saibam que existem

212

várias diferenças culturais entre as sociedades existentes no planeta. É importante

que também saibam que existem diferenças dentro de um mesmo país (sub-

culturas), sendo que as sociedades têm um ritmo próprio de desenvolvimento e nem

por isso uma é necessariamente inferior à outra.

Apresentar o conceito de cidadania, sua origem e desenvolvimento histórico.

Levar à compreensão do potencial de deliberação e conseqüente pressão

políticas inerentes a esses novos canais de participação, bem como demonstrar a

diferença entre a lógica democrática dos movimentos sociais em contraposição aos

tradicionais canais de representação política, representados pelos partidos políticos

e organizações.

Identificar as formas de participação do indivíduo na sociedade e seus

direitos.

Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da

cidadania plena, no contexto do Estado de direito, atuando para que haja,

efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o

cidadão.

Explicitar como a cidadania pode se expressar através da participação nos

assuntos políticos do Estado

Refletir sobre a importância do mercado de trabalho nos dias atuais, suas

exigências e competitividade;

Mostrar que a sociedade é mais complexa do que pode parecer inicialmente.

Caracterizar a Sociologia como ciência, diferente de uma discussão de

opiniões entre certo e errado.

Mostrar participação política não se manifesta apenas no período das eleições

por meio do voto, já que existem inúmeras vias através das quais os cidadãos

podem constantemente participar do processo político decisório do Estado.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

O processo de socialização e as Instituições Sociais

Processo e Socialização;

Instituições Sociais: familiares; Escolares; Religiosas;

213

Instituições e Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

Cultura e Indústria Cultural

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria Cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria Cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Culturas afro-brasileiras e africanas;

Culturas indígenas;

Trabalho, Produção e Classes Sociais

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais. Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil.

Poder, Política e Ideologia

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; Democracia, autoritarismo, totalitarismo. Estado no Brasil; Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

214

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos humanos; Conceitos de cidadania; Movimentos Sociais no Brasil; A questão ambiental e os movimentos ambientalistas ; ONG´S.

3. METODOLOGIA

A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar

respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria

escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de história,

etc. .

Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são

propostos:

- aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,

quando possível;

- Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

- Leitura de textos: clássicos teóricos, teórico contemporâneos, temáticos, didáticos,

literários e jornalísticos;

- Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e

pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

- Análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise

crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), ente outros.

Na disciplina de sociologia, serão abordados temas obrigatórios para o

currículo básico do Estado do Paraná como:

o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do

Paraná;

o cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes

215

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

o cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

O cumprimento da lei n. 11645/08, que incluí o estudo da História e da cultura

afro-brasileira nos conteúdos da educação básica.

O cumprimento da lei n. 11.769/08, que torna obrigatório o ensino de música

nos componentes curriculares das escolas de educação básica brasileira.

O cumprimento da lei n. 9.795/99, que dispõe sobre a educação ambiental e

institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

A partir do pressuposto de que o educando é um sujeito transformador da

sociedade deve-se levar em conta na disciplina a articulação entre os temas atuais

em debate como o uso indevido de drogas; a sexualidade humana; e o

enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve conceber o educando com sujeito do processo educativo e

não como mero objeto. Por isso devemos conceber a avaliação como processo

diagnóstico, isto é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas, tem por função

subsidiar e até mesmo redimensionar o curso da ação do processo de ensino/

aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que o educador e

educandos estão construindo coletivamente.

Portanto, a avaliação não pode ser feita de forma isolada pois não se trata de

algo estático, que ocorre em dado momento do processo educacional, e nem

podemos confundir avaliar com medir, privilegiando unilateralmente o produto

observável, mensurável e quantificável. Ao invés disso a avaliação tem por função

incentivar e perceber as capacidades cognitivas do aluno como: memorização,

observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação,

criatividade, formulação de hipóteses, entre outros. Tudo isso reflete nos objetivos

propostos pelas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica que propõe formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo em que vivem, que possam

compreender criticamente o contexto social e histórico e que possam ser inseridos

nesta sociedade não apenas como sujeitos passivos, mas também, transformadores.

216

A avaliação deverá contribuir para que o educador possa perceber quais

dificuldades apresentadas pelo educando e a partir deste diagnóstico, este possa

intervir e modificar a sua prática pedagógica para que o educando consiga atingir os

objetivos propostos.

Com relação aos alunos com Necessidades Educacionais Especiais serão

avaliados de acordo com a sua capacidade e seu empenho.

A recuperação será ofertada a todos os alunos, até mesmo aos que obtiverem

nota trimestral acima da média. A recuperação das avaliações será de forma

objetiva, descritiva e oral, com o mesmo valor da avaliação referente.

5. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

217

Proposta Pedagógica do CELEM

Disciplina de Língua Estrangeira Moderna- Espanhol

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória

do ensino de Língua Estrangeira no Brasil, nota-se que, a escola pública foi marcada

pela seletividade, tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o

acesso a uma língua estrangeira consolidou- se historicamente como privilégio de

poucos. Atualmente, o interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e

propostas para que o ensino de Língua Estrangeira Moderna possa ter um papel

democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie o

aluno como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. Ao contrário de

épocas passadas, o ensino de Língua Estrangeira Moderna se alicerça em dar

suporte aos discentes sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira

Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve

incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino

de Língua Estrangeira Moderna direcionada à construção do conhecimento e à

formação cidadã e, que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento e

compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes e crie novas

maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a

escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de

comunicação.

Considera-se que o Espanhol é uma das línguas mais importantes do mundo

e que seu crescimento está se difundindo muito, sendo que é a segunda língua mais

utilizada na comunicação internacional. Isso significa para nossa comunidade, ter

um número maior de possibilidades no mercado de trabalho, pois ele é falado nos

cinco continentes. Considerando útil no desenvolvimento e na aprendizagem dos

alunos, além de ser uma ótima oportunidade de conhecer a linguagem de outras

culturas.

Na escola o ensino de Língua Estrangeira Moderna contribui para a

construção do conhecimento dos jovens, auxiliando também à formação cidadã de

cada um, pretendendo desta maneira formarem pessoas capazes de compreender

as diversidades culturais e linguísticas da sociedade.

218

No Estado do Paraná, a partir da década de 1970, os professores de idiomas

estrangeiros, insatisfeitos com a reforma de ensino, para manter a oferta de Línguas

Estrangeiras nas escolas públicas e superar a hegemonia do Inglês, sugeriram a

criação do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) que passou a

oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão aos alunos do contra-turno.

O CELEM foi criado oficialmente em 15 de agosto de 1986, como forma de

valorizar as diversidades étnicas que marca a história paranaense.

O ensino de espanhol propiciará ao aluno o conhecimento das etnias e das

culturas que formaram a população paranaense, assim como Literatura Espanhola e

hispano-americana. Justificando desta maneira sua importância enquanto língua

estrangeira ofertada no CELEM.

Objetivos

Nestas Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação

Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que

historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma espera-se que os alunos possam atingir os seguintes objetivos:

Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar

as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um

norte comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino da Língua Estrangeira deve considerar as relações

que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,

objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e

o reconhecimento da diversidade cultural.

219

2. CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos, a seguir, serão trabalhados sempre a partir de um

texto significativo, atendendo aos gêneros textuais, as esferas de circulação e às

especificidades de cada ano.

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação textual, observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade;

Linguagem não verbal;

As particularidades do texto em registro formal e informal;

Finalidades de texto;

Estética do texto literário;

Realização de leitura não linear dos diversos textos;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como: ( aspas, travessão, negrito) e

figuras de linguagem;

Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto e expressões que denotam ironia ou humor

no texto.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Ambiguidade;

220

Vozes sociais presentes no texto;

Sentido conotativo e denotativo;

Adequações ao gênero: elementos composicionais, elementos formais

e marcas linguísticas;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbo/nominal;

Clareza de ideias;

Paragrafação;

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade do texto oral;

Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,...;

Adequação do discurso ao gênero;

Particularidades e pronuncias da língua estudada em diversos países;

Variações linguísticas;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias e repetições);

ANÁLISE LINGUISTICA

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas, substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e

nominal e outras categorias como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Acentuação;

Vocabulário;

221

ESFERA DE CIRCULAÇÃO E GÊNERO TEXTUAIS PARA CADA ANO 1º

ANO – P1

COTIDIANA

Exposição Oral; Álbum de Família; Fotos; Cartão pessoal; Carta

pessoal; Cartão Felicitações; Cartão Postal; Bilhetes; Convites;

Musicas/Cantigas (Folclore); Quadrinhas; Provérbios; Receitas;

Relatos de experiências vividas; Trava-línguas.

LITERÁRIA /

ARTÍSTICA

Autobiografia; Biografias; Histórias em quadrinhos; Lendas;

Letras de Músicas; Narrativas; Poemas.

IMPRENSA Artigo de opinião; Caricatura; Cartum; Charge; Classificados;

Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico;

Manchete; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras.

PUBLICITÁRIA Anúncios; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;

Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade

Comercial.

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulos / Embalagens.

MIDIÁTICA

Chat; Desenho animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal;

Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip.

2º ANO – P2

COTIDIANA

Exposição oral; Cartão pessoal; Cartas ( pessoal); Cartões

(sociais); Convites; Adivinhas; Anedotas; Diário; Canções

(culturais); Curriculum Vitae.

LITERÁRIA /

ARTÍSTICA

Biografias; Contos de fadas / Contemporâneos; Histórias em

quadrinhos; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas ( Aventura,

Ficção, etc.) Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos.

ESCOLAR Diálogo/ Discussão Argumentativa; Resenha; Exposição Oral;

Mapas; Resumo; Relatos; Texto Argumentativo; Texto de

Opinião; Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA Artigo de opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao leitor; Carta do

leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística;

222

Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo;

Infográfico; Manchete; Mapas; Notícia; Reportagens; Sinopses

de Filmes; Tiras.

PUBLICITÁRIA Anúncios; Caricatura; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;

Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade

Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto

Político.

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas; Regras de Jogo; Placas; Rótulos / Embalagens;

Recursos Didáticos

Quadro de giz;

TV pendrive;

Textos impressos;

CDs, DVDs;

Retroprojetor e transparência.

Som

Jogos educativos ( caça-palavras, cruzadinhas);

Livro didático;

3.AVALIAÇÃO

A avaliação é compreendida como parte integrante e intrínseca ao processo

educacional, pois esta é contínua e possibilita ao aluno uma reflexão de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades.

Na língua espanhola, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual,

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação serão a observação sistemática

durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos alunos, as respostas dadas, os

registros de debates, de entrevistas e as avaliações escritas, orais em individuais ou

coletivas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos e dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

223

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados anotados em Livro Registro de

Classe.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0(zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total

de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão

considerados aprovados ao final do ano letivo.

Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que

apresentarem:

I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do

aproveitamento escolar;

II. Frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média

inferior a 6,0(seis vírgula zero).

Serão registradas médias, que corresponderão às avaliações individuais

realizadas através de diversos instrumentos avaliativos adotados, aos quais,

obrigatoriamente, o aluno submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação

adotado pela instituição de ensino.

Para cálculo da Média Anual será adotada a seguinte fórmula:

MA = 1T + 2T + 3T = 6,0

3

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.pdf. http://www.diaadia.pr.gov.br/celem/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=55 Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Rysicz.

Regimento escolar Colégio Estadual João Rysicz.

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7. REFERÊNCIAS

BOURDIEU, P. Poder simbólico. Rio de Janeiro: Brasil, 1989. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989.

ELIAS, N. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1984. EDLER, Carvalho Rosita. Educação Inclusiva: com os pingos nos ―is‖. Porto Alegre: Mediação, 2004. http://www.inep.gov.br/pesquisa/thesaurus/thesaurus.asp?te1=122175&te2=37535 . (cf. CATAPAN, A. Hack. O processo do trabalho escolar, In: Perspectiva, jul/dez, 1996) acesso em 14/05/2010 HAYDT, Regina Célia C.Curso de didática geral. São Paulo: Ática,1997. ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Capítulo IV, parágrafo único (18).

Ética e Cidadania: Construindo valores na escola e na sociedade/ Secretária de

Educação Básica, FNDE Brasília 2007) Pg,11

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo#Tempo_no_sentido_amplo acesso em 17/05/2010

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