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Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal Rua Dom Pedro II, 1360 Centro - Castro PR CASTRO/2016 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Lei Federal nº 11 769 /08 - dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino da Música na Educação Básica; Lei federal nº 9796/99 e Decreto

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Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal

Rua Dom Pedro II, 1360 – Centro - Castro – PR

CASTRO/2016

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal Rua Dom Pedro II, 1360 – Centro - Castro – PR

TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

Sumário I APRESENTAÇÃO ................................................................................. 3 II FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP ..................................................... 4 III IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ...................................... 5

1- Dados Gerais ................................................................................... 5 2- Histórico do Estabelecimento de Ensino ......................................... 6

IV NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS ..................... 7 V DIAGNÓSTICO .................................................................................... 7

1- Identificação e análise dos problemas, necessidades e avanços presentes na realidade social, política, econômica, cultural e educacional ...................................................................................... 7

2- Características da população, dos alunos, localização da escola, características do bairro .................................................................. 10

3- Principais ocupações, níveis de renda, escolaridade da população 11 4- Quantitativos do corpo docente, discente, administrativo e de

apoio ................................................................................................ 12 5- Distribuição de funções, vínculos funcionais, níveis de formação

inicial e acesso a formação continuada ........................................... 13 6- Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos,

constituição das turmas, número de turmas, períodos ou turnos de funcionamento, organização curricular ............................................ 14

7- Forma de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais .................................................................... 15

8- Projetos/atividades desenvolvidos no contraturno ........................... 16 9- Condições físicas do estabelecimento ............................................. 20 10- Resultados educacionais: aprovação, reprovação e evasão,

propostas de superação, dados das avaliações externas, relação entre idade e série .......................................................................... 21

VI ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ........................................... 24 1- Instâncias Colegiadas ...................................................................... 24

1.1- Conselho Escolar .................................................................. 24 1.2- APMF .................................................................................... 25 1.3- Grêmio Estudantil .................................................................. 25

2- Direção ............................................................................................. 25 3- Equipe Pedagógica .......................................................................... 26 4- Setor técnico-administrativo/Assistente de Execução/Auxiliar

Operacional ...................................................................................... 26 5- Corpo Docente ................................................................................. 26

VII FUNDAMENTAÇÃO .......................................................................... 27 1- Concepções que orientam e fundamentam as ações da escola ...... 27 2- Concepção de infância e adolescência ............................................ 28 3- Concepção de homem, sociedade e cultura .................................... 32 4- Concepção de escola e educação ................................................... 35 5- Concepção de trabalho .................................................................... 39 6- Concepção de tecnologia ................................................................. 42 7- Concepção de cidadania .................................................................. 44

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8- Concepção de conhecimento ........................................................... 45 9- Concepção de ensino aprendizagem ............................................... 47 10- Concepção de avaliação ................................................................. 51 11- Concepção de currículo ................................................................... 53 12- Concepção de alfabetização e letramento ...................................... 58 13- Concepção de Gestão Escolar ........................................................ 61

VIII PROPOSIÇÃO DE AÇÕES .............................................................. 63 1- Linhas de Ação do Estabelecimento ................................................ 63 2- Processo de avaliação e registro, critérios e instrumentos

utilizados .......................................................................................... 66 3- Procedimentos de intervenção didática – recuperação de estudos,

conselho de classe e os critérios utilizados, processos de promoção classificação, reclassificação, adaptação/aproveitamento de estudos, regime de progressão parcial .............................................................................................. 69 3.1- Recuperação de Estudos ......................................................... 69 3.2- Conselho de classe .................................................................. 71 3.3- Processos de promoção classificação, reclassificação, adaptação / aproveitamento de estudos, regime de progressão parcial ........................................................................... 73

4- Aprimoramento da prática pedagógico / Formação Continuada ...... 76 5- Articulação do estabelecimento com a comunidade e atuação da

equipe multidisciplinar, entre outras situações previstas na legislação educacional ..................................................................... 78 5.1- Articulação do estabelecimento com a comunidade ................ 78 5.2- Atuação da equipe multidisciplinar ........................................... 79 5.3- Outras situações previstas na legislação educacional ............. 81 5.3.1- Estágio Obrigatório ............................................................... 81 5.3.2- Estágio Não Obrigatório ....................................................... 83

6- Como a escola contemplará conteúdos obrigatórios ....................... 84 6.1- História do Paraná .................................................................... 84 6.2- História e Cultura Afro-Brasileira , africana e indígena ( Lei nº 11.645/08) ........................................................................................ 85 6.3- Música ...................................................................................... 87 6.4- Prevenção ao uso indevido de drogas ..................................... 88 6.5- Sexualidade humana ................................................................ 88 6.6- Educação ambiental, Lei Federal nº 9796/99, Dec nº 4201/02 89 6.7- Educação Fiscal e Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02) ........................................................................... 90 6.8- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente e Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07) ..... 91

IX REGIME DE FUNCIONAMENTO ....................................................... 93 X REFERÊNCIAS Xi ANEXOS ....................................................................................

100 106

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I- APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Major

Vespasiano Carneiro de Mello vem sendo discutido e reelaborado

coletivamente desde 2009. Ao longo desses anos, durante a Semana

Pedagógica e as atividades de Formação Continuada, professores,

funcionários e comunidade escolar refletiram sobre a importância da

reavaliação, análise e reformulação deste documento que acompanha as

transformações ocorridas no cotidiano escolar. A revisão das metas e

objetivos propostos no Projeto Político Pedagógico anterior bem como uma

releitura das concepções nele definidas foi importante para que todos

pudessem refletir sobre suas práticas e sobre todo o processo de ensino-

aprendizagem, decorrentes destes princípios, redirecionando as ações

educativas necessárias para melhorar a qualidade do ensino, ou mesmo,

reforçando ações que se refletem positivamente no cotidiano escolar.

Para a construção deste documento, foi fundamental a análise das Diretrizes

Curriculares Estaduais, dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos

subsídios teóricos da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Esses e

outros documentos analisados, bem como os indicativos educacionais deste

estabelecimento em avaliações internas e externas serviram de base não só

para a construção deste projeto, mas também para o entendimento da

função social da escola no contexto local e ciência quanto aos anseios da

comunidade a qual confia a educação de seus filhos a este estabelecimento.

O presente documento apresenta uma descrição atual do colégio e

evidencia as mudanças possíveis almejadas pela comunidade escolar para

buscarmos a educação de qualidade a que nossos alunos têm direito.

No entanto, este não é um documento pronto e acabado, ao

contrário precisa ser pensado, analisado e reelaborado constantemente de

acordo com os anseios desta comunidade escolar, podendo ser entendido

como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento

participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada (Vasconcelos

2004a, p.169).

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II – FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP

A política educacional atual vem apontando para a importância de

um processo de gestão compartilhada e da descentralização dos sistemas

educacionais, priorizando a autonomia das escolas. Tais princípios estão

previstos:

Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional;

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;

Lei nº 13.381/01 – sobre o ensino de História do Paraná;

Lei nº 11.645/08 –dispõe sobre o ensino da História e Cultura Afro-

brasileira, africana e indígena;

Lei Federal nº 11 769 /08 - dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino

da Música na Educação Básica;

Lei federal nº 9796/99 e Decreto nº 4201/02 – dispõem sobre a

Educação Ambiental;

Lei Federal 11.161/2005 que determina que todos os

estabelecimentos de ensino médio devem ofertar a língua espanhola de

forma obrigatória para os estabelecimentos e matrícula facultativa aos

alunos;

Instrução Normativa nº 0011/2009 –SEED/SUED que orienta quanto à

elaboração da Matriz Curricular para os anos finais do Ensino Fundamental

e Ensino Médio;

INSTRUÇÃO N° 010/2010 – SUED/SEED que dispõe sobre as

Equipes Multidisciplinares para tratar da Educação das Relações Étnico-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena.

Lei Federal nº 1152507 – dispõe sobre os Direitos da Criança e do

Adolescente;

Lei nº 8069 – dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente;

Lei n.º 9.475/97 – dispõe sobre o Ensino Religioso;

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Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 - traz nova definição e

classificação do estágio;

Deliberação 02/2003 – estabelece normas para a Educação Especial,

modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades

educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do Paraná;

Deliberação 09/2001 – dispõe sobre a matrícula de ingresso, por

transferência e em regime de progressão parcial; o aproveitamento de

estudos; a classificação e a reclassificação; as adaptações; a revalidação e

equivalência de estudos feitos no exterior e regularização de vida escolar em

estabelecimentos que ofertem Ensino Fundamental e Médio nas suas

diferentes modalidades;

Deliberação 031/1986 e Parecer 04/1986 – trata da eliminação de

documentos escolares;

Regimento Escolar.

Documentos que orientam e normatizam a composição das instâncias

colegiadas: APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

Assim, baseada nesses princípios, a proposta pedagógica consolida-

se num documento legal que detalha objetivos, diretrizes e ações do

processo educativo a ser desenvolvido na escola.

III – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

1- Dados Gerais

1.1 Código/Instituição de Ensino: 14

1.2 Endereço: Rua D. Pedro II, 1360 CEP: 84165-020

1.3 Município: Castro Fone/Fax: (42) 3232 2328 / 3232 2943

1.4 Email: colé[email protected] / [email protected]

1.5 Código / Núcleo Regional de Educação: 25

1.6 Código do INEP: 41060911

1.7 Dependência Administrativa: Estadual

1.8 Localização: Urbana

1.9 Oferta de Ensino: Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

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Educação Profissional Integrada em Nível Médio

Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental em Nível Médio, na modalidade Normal

2.0 Ato de Autorização da Instituição

Resolução nº. 2255/2014 de 27/6/2014

2.1 Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar nº 64/2016 de

08/3/2016

2.2 Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação

2 – Histórico do Estabelecimento de ensino

Começa sua história no século XX, década de 50, o Brasil vivia o

entusiasmo do governo Juscelino Kubitschek. A modernidade era a tônica da

época, anos de Bossa Nova, Rock and Roll, James Dean... Guerra Fria,

influência norte – americana. Eram os Anos Dourados.

Sob a égide desenvolvimentista no governo estadual de Moisés

Lupion, sendo Prefeito Municipal o senhor Angelo Rolim de Moura, nasceu o

Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello, ainda com a

denominação de Ginásio Estadual de Castro, nas dependências do Grupo

Escolar Dr. Vicente Machado, pelo decreto nº 427 de 21/02/1957.

Nesta data iniciaram-se as atividades do curso secundário do

Ginásio Estadual com a presença do Inspetor Dr. Joaquim de Almeida, do

Prefeito substituto Vespasiano Carneiro de Mello, das professoras Djanira

Ribas Taques (diretora do grupo Dr. Vicente Machado), Maria Lucrécia e

Julieta Signorelli, Lenir Lopes Sidor e da primeira diretora autorizada Profª

Judith Carneiro de Mello.

Com a aquisição da Chácara Primavera, ocorreu a construção da

sede definitiva e, em 09/04/57, professores, alunos, funcionários e diretoria

compareceram ao lançamento da pedra fundamental.

Em 1960, a denominação do Ginásio Estadual de Castro foi alterada

para Ginásio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello, numa justa

homenagem ao ilustre homem público que tanto contribuiu para o

desenvolvimento do Município como vereador, prefeito, deputado estadual e

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líder na comunidade de Castro.

Ao longo de quase meio século esta instituição está presente na

história do município, adaptando-se as reformas educacionais, chega aos

nossos dias como Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello –

Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

IV –NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

O Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello oferta as

séries finais do Ensino Fundamental no período vespertino; Ensino Médio

Regular, seriado e anual, no período matutino e noturno; Curso de Formação

de Docentes no período matutino e vespertino; Curso Técnico em Turismo

Integrado no período matutino.

V – DIAGNÓSTICO

1– Identificação e análise dos problemas, necessidades e avanços

presentes na realidade social, política, econômica, cultural e

educacional

De acordo com a LDB 9.394/96, a escola deve exercer um papel

humanizador e socializador, além de desenvolver habilidades que

possibilitem a construção do conhecimento e dos valores necessários à

conquista da cidadania plena. Para que possa realizar tal função, é preciso

levar em conta a vida cotidiana daquele que “aprende” e daquele que

“ensina”, uma vez que cada um traz consigo elementos extrínsecos à

realidade escolar, os quais devem ser relevantes dentro do espaço de

criação e recriação das relações que se estabelecem no ambiente escolar.

Eles devem ser uma referência permanente na ação educativa.

Vale a pena ressaltar que a aprendizagem deve sempre desenvolver

ao máximo o conhecimento a fim de que o educador e o educando

entendam a sociedade em que estão inseridos como um processo

permanente de reconstrução humana ao longo das gerações, num processo

contínuo, dotado de historicidade; que compreendam que a garantia desse

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espaço de socialização depende do respeito às individualidades, para que

cada um construa a si próprio como agente social, alcançando o bem da

coletividade.

O que fazer para que “educandos”, e por que não “educadores”,

frutos do neoliberalismo social, do capitalismo selvagem e da crise política

que o mundo atravessa, possam realmente transportar para além dos muros

da escola, experiências de decisões democráticas? Adotem atitudes

coerentes sem que haja hegemonia de um sobre o outro? Até quando

professor será o intocável, no processo de ensino/aprendizagem? Até

quando o aluno insistirá em ir na contramão, remando na direção oposta de

tal processo? Será que a escola, enquanto instituição, deixou-se levar por

essas distorções? O que fazer, então?

É difícil aceitar que a origem da formação profissional de nossos

educadores venha de um modelo centralizador, não democrático, típico do

poder ditatorial exercido pelas escolas tradicionais, das quais somos frutos.

Difícil e conflitante, uma vez que o mundo mudou, os alunos mudaram, a

educação mudou e nós, profissionais da educação, embora na tentativa de

acompanhar tais mudanças, trazemos o ranço de nossa formação. Em

tempos atuais no contexto da nossa sociedade existem abandonos ou

esquecimentos de valores fundamentais para a construção de uma

sociedade mais ética, mais correta, com valores preestabelecidos,

necessários para o equilíbrio da escola e do País.

A realidade brasileira apresenta muitas dicotomias, tanto em nível

local como global.

A escola é um instrumento de reprodução com problemas em nível

global, pois são aparentes em nossos alunos distúrbios de conduta,

relacionamento, educação, problemas econômicos, sociais, culturais, etc...

Sendo assim o cotidiano da escola absorve todos estes problemas,

em menor escala, mas em maior intensidade. Assim também, o colégio

Vespasiano enfrenta alguns problemas como:

O despreparo dos alunos que chegam ao 6º ano do fundamental ou

ao 1º ano do Ensino Médio, fazendo com que os professores

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encontrem dificuldade para trabalhar com turmas extremamente

heterogêneas;

A ausência de acompanhamento dos alunos encaminhados por

Conselho Tutelar e outros órgãos de proteção à criança e ao

adolescente, que acaba gerando indisciplina e fazem o professor se

sentir impotente diante de determinadas situações, principalmente

quando o aluno percebe que não há nada que se possa fazer para

controlá-lo;

O sistema de avaliação não é produtivo, pois cria no aluno a ideia de

que não precisa estudar e acaba se tornando muito desgastante para

o professor;

O número elevado de alunos em sala de aula prejudica o trabalho,

dificultando o processo ensino aprendizagem;

Os pais têm deixado a cargo da escola a transmissão de valores que

antes eram de responsabilidade das famílias e isso tem criado

conflitos entre professores e alunos;

Professores com dificuldades de adaptar suas metodologias de

ensino e de avaliação à nossa realidade atual;

A dificuldade em reunir professores e funcionários para a formação

continuada;

Dificuldade em efetivar a hora-atividade como momento de

capacitação;

Alunos desinteressados, sem perspectiva para o futuro.

A dificuldade e demora nos laudos e no encaminhamento para

avaliação de alunos com necessidades educacionais especiais.

Percebe-se que alguns problemas que o Colégio enfrenta poderiam

ser facilmente amenizados, como: a participação efetiva dos pais, não só

nas instâncias colegiadas (APMF e Conselho Escolar) ou quando são

solicitados para resolver problemas particulares de seus filhos, mas

realmente acompanhando o processo educativo de seu filho; a melhor

distribuição da rota do transporte escolar poderia fazer com que os alunos

fossem distribuídos em um maior número de escolas, evitando que o

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colégio ficasse com turmas superlotadas, enquanto outras escolas

encontram-se com número reduzido de alunos em sala de aula; uma equipe

multiprofissional, formada por psicólogo, assistente social, neuropediatra à

disposição das escolas públicas para agilizar os processos de avaliação e

encaminhamento dos alunos com necessidades especiais.

Neste momento de reflexão, percebeu-se que: compreendemos

como aprendizagem a absorção de conceitos, mas há necessidade de

relacionar isto ao seu uso prático. Nem sempre, nós professores,

relacionamos os conteúdos teóricos com a prática vivida pelos profissionais

que passam pelos bancos escolares. Existem conteúdos obsoletos, alunos

problemáticos, indisciplinados, em meio a colegas estudiosos que esperam

carregar conteúdos para sua vida e a escola precisa saber trabalhar com

essa diversidade.

2– Características da população, dos alunos, localização da escola,

características do bairro

Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello está

localizado na região central do município de Castro, a aproximadamente 50

km do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa ao qual está

subordinado. Atualmente, atende a cerca de 1500 (um mil e quinhentos)

alunos. Uma clientela bastante diversificada, oriunda de diversas regiões do

município: região central, periferia e zona rural.

O Colégio é o maior em número de alunos do município, cuja

população possui uma grande diversidade das etnias destacando-se a

presença de holandeses, alemães, japoneses, afrodescendentes (incluindo

uma comunidade Quilombola), eslava (poloneses, ucranianos, russos),

italiana, árabe e remanescentes de povos indígenas.

No período matutino encontram-se alunos do Ensino Médio,

Formação de Docentes – Normal, Técnico em Turismo, Sala de Recursos e

Sala de Apoio Pedagógico, provenientes de escolas públicas e particulares,

estabelecendo desta forma um padrão socioeconômico de vida que varia de

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baixo a médio, filhos de trabalhadores com renda média de três a cinco

salários mínimos, os quais tem seu grau de instrução na maior parte no

ensino fundamental.

No período vespertino, os alunos são do Ensino Fundamental e

Formação de Docentes, a grande maioria vem de escola pública, muitos da

zona rural e da periferia, gerando um alunado bastante heterogêneo e

carente, tanto econômica quanto culturalmente.

O alunado do período noturno que cursa o Ensino Médio é composto

por alunos trabalhadores, que são provenientes do Ensino Fundamental

Regular e da Educação de Jovens e Adultos, precisando de atenção

especial, pois é onde se encontra a população mais carente quanto ao

aspecto econômico, cultural e educacional. É nesse período que se percebe

maior índice de fracasso e evasão escolar. Nesse turno também é ofertado o

CELEM-Espanhol, que está funcionando com duas turmas compostas por

alunos do Ensino Médio matutino e alunos do Ensino Fundamental- séries

finais turno vespertino.

O bairro em que a escola está localizada é tranquilo, com ruas

pavimentadas e saneamento básico, apresentando baixos índices de

violência; sua população pertence basicamente á classe média, formada por

trabalhadores de diversos setores da economia: funcionários públicos,

empresários, profissionais liberais, professores. Assim, a escola raramente

sofre atos de vandalismo externos ou arrombamento e depredação.

3- Principais ocupações, níveis de renda, escolaridade da população

O município de Castro tem como base de sua economia a

atividade agropecuária, sendo considerado um dos maiores produtores do

Estado do Paraná, com destaque na agricultura, pecuária de corte, a

criação de gado, suínos e aves. Em relação a pecuária leiteira, o município

é considerado uma das principais bacias leiteiras do Brasil, a área

comercial é ampla reunindo prestadoras de serviços, indústrias de móveis,

pincéis e alimentos

.

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Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello está

localizado na região central do município de Castro, a aproximadamente 50

km do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa ao qual está

subordinado. Atualmente, atende a cerca de 1500 (um mil e quinhentos)

alunos. Uma clientela bastante diversificada, oriunda de diversas regiões do

município: região central, periferia e zona rural.

No período matutino encontram-se alunos do Ensino Médio,

Formação de Docentes – Normal, Técnico em Turismo, Sala de Recursos e

Sala de Apoio Pedagógico, provenientes de escolas públicas e particulares,

estabelecendo desta forma um padrão socioeconômico de vida que varia de

baixo a médio, filhos de trabalhadores com renda média de três a cinco

salários mínimos, os quais tem seu grau de instrução na maior parte no

ensino fundamental.

No período vespertino, os alunos são do Ensino Fundamental e

Formação de Docentes, a grande maioria vem de escola pública, muitos da

zona rural e da periferia, gerando um alunado bastante heterogêneo e

carente, tanto econômica quanto culturalmente.

O alunado do período noturno que cursa o Ensino Médio é composto

por alunos trabalhadores, que são provenientes do Ensino Fundamental

Regular e do Ensino Supletivo, precisando de atenção especial, pois é onde

se encontra a população mais carente quanto ao aspecto econômico,

cultural e educacional. É nesse período que se percebe maior índice de

fracasso e evasão escolar havendo necessidade de encaminhamentos

metodológicos diferenciados que possam motivá-los para a aprendizagem.

Nesse período também é ofertado o CELEM-Espanhol, que está

funcionando com duas turmas compostas por alunos do Ensino Médio

matutino e alunos do Ensino Fundamental- séries finais turno vespertino.

4- Quantitativos do corpo docente, discente, administrativo e de apoio

Corpo Docente: 98 professores

Corpo Discente: 1.575 alunos

Equipe Pedagógica: 10 pedagogas

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- 13 - Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello

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TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

Agentes Educacionais I: 17 funcionários serviços gerais

Agentes Educacionais II: 10 técnicos administrativos

5 - Distribuição de funções, vínculos funcionais, níveis de formação

inicial e acesso a formação continuada

O Colégio Vespasiano conta com um corpo docente formado por 53

professores pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério, sendo 4

readaptados, 45 professores temporários contratados pelo processo de

seleção simplificado, 7 pedagogas pertencentes ao Quadro Próprio do

Magistério e 3 temporárias. Dois professores encontram-se nas funções de

Diretor e Diretor-Auxiliar e três em funções de Coordenação de

Curso/Estágio. Todos os professores possuem licenciatura plena com

especialização em diferentes áreas da educação, quinze já concluíram o

Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE). Frequentemente, os

professores são incentivados a participar de atividades de Formação

Continuada, Jornadas Pedagógicas e encontros promovidos pela SEED.

O quadro técnico administrativo é composto por 6 Agentes

Educacionais II pertencentes ao Quadro Estadual de Funcionários da

Educação Básica, sendo um secretário e 5 Técnicos Administrativos, e

quatro Técnicos Administrativos temporários contratados pelo processo de

seleção simplificado, 8 Agentes Educacionais I pertencentes ao Quadro

Estadual de Funcionários da Educação Básica e 9 temporários contratados

pelo processo de seleção simplificado, sendo 04 responsáveis pela

preparação da alimentação escolar, 03 responsáveis pelo atendimento aos

alunos e pela manutenção e 09 responsáveis pela limpeza e conservação do

prédio e dos pátios. Dos Agentes Educacionais I, todos já concluíram o Pro

funcionário.

Todos os Agentes Educacionais II efetivos já concluíram o Pro

funcionário, seis possuem formação em nível superior. Sempre que é

oportunizado, os funcionários são incentivados a participar de cursos

oferecidos pela Escola do Governo, SEED ou Formação Continuada on-line.

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TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

6- Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos,

constituição das turmas, número de turmas, períodos ou turnos de

funcionamento, organização curricular

O Colégio Vespasiano conta com 18 salas de aula, uma sala de

recursos, uma sala localizada no bosque do colégio, destinada, atualmente,

para as aulas de Prática de Formação de Docentes. Nos três períodos de

funcionamento (manhã, tarde e noite), atende a um total de 41 turmas, assim

distribuídas:

Período matutino

Ensino Médio: 12 turmas

Formação de Docentes: 04 turmas

Técnico em Turismo: 01 turma

Período vespertino

Ensino Fundamental: 15 turmas

Formação de Docentes 03

CELEM: Espanhol – 01 turma

Período noturno:

Ensino Médio: 06 turmas

CELEM: Espanhol: 02 turmas

Turno intermediário:

CELEM: Espanhol: 01 turma

O alunado é distribuído em turmas mistas de trinta e cinco a

quarenta e cinco alunos de acordo com a Instrução para formação de turmas

da SEED, quando os alunos utilizam o transporte público e sempre que

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possível, são matriculados numa mesma turma.

A partir de 2015, o Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de

Mello voltou a ofertar o Ensino Médio Regular, em regime seriado, na

modalidade anual, no período matutino e noturno. A matriz curricular das

séries finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano, a do Ensino Médio, a

do curso de Formação de Docentes e a do curso Técnico em Turismo

Integrado é constituída por disciplinas que compõem o Núcleo Comum,

Parte Diversificada e disciplinas específicas de Formação Profissional, na

modalidade anual e seriada.

7- Forma de atendimento aos alunos com necessidades educacionais

especiais

Os alunos com necessidades educacionais especiais são atendidos

na Sala de Recursos. A Sala de Recursos é um serviço de apoio de natureza

pedagógica, conduzido por professor especializado, para atender alunos de

6º ao 9º ano, em contraturno, que apresentem os seguintes

comprometimentos:

- Deficiência Intelectual / DI

- Transtornos Funcionais Específicos / TFE

-Transtornos Globais do Desenvolvimento / TGD

Alunos que apresentam dificuldade nas disciplinas de Português e

matemática são encaminhados para a Sala de Apoio Pedagógico que visa

atender alunos de 6º e 9º, nas áreas de Português e Matemática, com o

objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de

oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas

suas operações básicas e elementares; sendo que no 9º ano o enfoque

principal é a Prova Brasil. A sala de apoio à aprendizagem busca, por meio

de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contraturno,

superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular,

diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da educação

ofertada pela rede pública. A classe de apoio direciona seu trabalho de

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maneira a torná-lo diferenciado da forma comumente encontrada nas

classes regulares.

8- Projetos/atividades desenvolvidos no contra turno.

Em 2011, conforme Instrução nº 004/2011 - SUED/SEED, o

colégio oferta as seguintes atividades de complementação curricular em

contra turno escolar:

Como o Colégio Vespasiano possui uma ampla área verde e terreno

agricultável, no macro campo Meio Ambiente, período matutino, optou-se por

ofertar a atividade “Horta Escolar Orgânica”, destinada a alunos do Ensino

Fundamental (6º ao 9º ano), clientela oriunda principalmente do meio rural.

Os objetivos dessa atividade buscam desenvolver trabalhos escolares

abordando conteúdos relativos ao meio ambiente, relacionando teoria e

prática; promover o trabalho interdisciplinar e transdisciplinar de forma

dinâmica e prazerosa; melhorar o desempenho escolar; estimular a

alimentação saudável; formar consciência ecológica e atitudes de

cooperação, respeito e responsabilidade; conhecer técnicas de cultura

orgânica; compreender a relação entre solo, água e nutrientes; identificar

técnicas de manuseio do solo e dos vegetais; valorizar o trabalho agrícola;

identificar técnicas de semeadura, adubação e colheita; conhecer o sabor e

o nome dos alimentos cultivados; desenvolver o hábito e a capacidade de

pesquisar em fontes diversas. Os conteúdos trabalhados estão relacionados

à disciplina de Geografia e abordam o espaço geográfico: composição do

solo, as consequências desse ordenamento espacial; aspectos culturais

relacionados com a produção de hortifrutigranjeiros da região. Ciclo vegetal,

morfologia e fisiologia vegetal, relações ecológicas, entomologia, ciclo do

carbono e nitrogênio, nutrição, ciclo da água, conservação do solo, impactos

ambientais, rotação de culturas, diversidade ecológica.

Tendo em vista o grande número de alunos atendidos pelo Ensino

Médio e cursos profissionalizante, no macro campo mundo do trabalho e

geração de rendas, optou-se por ofertar a atividade de complementação

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curricular “Preparatório para o Vestibular”, no período noturno. Essa

atividade visa melhorar o desempenho dos alunos das séries finais do

Ensino Médio e dos cursos profissionalizantes em Língua Portuguesa e

Redação, nos exames vestibulares da região, no Processo Seletivo Seriado

(PSS) e no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

O projeto “Fanfarra Escolar”, embora não seja uma atividade de

complementação curricular, é desenvolvido desde 2005 com apoio da APMF,

de empresários locais, de funcionários e professores do colégio. Atende a

aproximadamente 40 alunos do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e de

cursos profissionalizantes, com aulas aos sábados e/ou em turno

intermediário tarde/noite. Tendo como objetivo desenvolver a habilidade

musical, a sensibilização, a disciplina e a responsabilidade, já recebeu

diversas premiações em concursos estaduais e interestaduais:

2007:

Vice-campeão interestadual de fanfarras em Porto União- S.C

1º lugar linha de frente

3º lugar mor de comando

2007:

Vice-campeã paranaense de fanfarras em Japurá –Pr

1º lugar mor de comando

2007:

3ª colocada no campeonato Nacional em Barra Mansa- RJ

2008:

Campeã interestadual de fanfarras em Porto União -SC

2º lugar linha de frente

3º lugar mor de comando

2008:

Campeã paranaense de fanfarras em Rebouças- Pr

1º lugar linha de frente

3º lugar mor de comando

2010

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3ª colocada no campeonato paranaense de fanfarras em Carambeí-

Pr

3º lugar mor de comando

2011

Vice-campeã interestadual de fanfarras em Porto União- S.C

1º lugar linha de frente

2º lugar mor de comando.

2012

Campeã paranaense de fanfarras em Porto União - SC

1º lugar linha de frente

1º ligar mor de comando

2013

Campeã interestadual de Fanfarras em Porto União SC

1º lugar linha de frente

5º lugar mor de comando

2013

Campeã paranaense de Fanfarras em União da Vitória PR

1º lugar mor de comando

1º lugar corpo coreográfico

2º lugar linha de frente

2º lugar baliza

2014

Campeã paranaense de Fanfarras e Bandas em Teixeira Soares PR

2º lugar mor de comando

1º lugar corpo coreográfico

1º lugar linha de frente

1º lugar baliza

A Sala de Apoio Pedagógico nas disciplinas de Português e

Matemática é ofertada no período matutino e atende a alunos do 6º ao 9º

ano do Ensino Fundamental que apresentam dificuldade na aquisição dos

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conhecimentos básicos dessas duas disciplinas. Por meio de atividades

diferenciadas e significativas oferecidas no contraturno, visa proporcionar

aos alunos a superação dessas dificuldades e a melhoria do rendimento no

turno regular, diminuindo assim a repetência e melhorando a qualidade da

educação ofertada pela rede pública. A classe de apoio direciona seu

trabalho de maneira a torná-lo diferenciado da forma comumente encontrada

nas classes regulares.

Em atendimento à Lei Federal 11.161/2005, que determina que

todos os estabelecimentos de ensino médio devem ofertar a língua

espanhola de forma obrigatória para os estabelecimentos e matrícula

facultativa aos alunos, e Instrução Normativa nº 0011/2009 –SEED/SUED,

desde 2011, o colégio disponibiliza aos alunos, professores e funcionários da

rede pública de ensino, bem como à comunidade, o Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas (Celem): Espanhol, no período matutino, vespertino

e noturno. Os alunos que cursam o Celem têm no seu Histórico Escolar o

registro do idioma cursado, pois os cursos constam no Sistema Estadual de

Registro Escolar.

A Defesa Civil do Paraná, criada em 29 de dezembro de 1972, é

responsável pela coordenação e administração dos meios de prevenção de

riscos, preparação contra ameaças, resposta a desastres e recuperação de

seus danos. Em situações de normalidades, tem como princípios a

prevenção e a preparação. Na prevenção, realiza-se a educação, orientação

e o esclarecimento da população. Na preparação, busca-se a implantação

de uma fase em que são executadas ações para redução das

vulnerabilidades das localidades e da sua população, através de

planejamento, infraestrutura, capacitação e treinamento para responder a

possíveis desastres.

Neste processo, a prevenção e preparação são fundamentais

para que a resposta e a recuperação sejam eficientes e eficazes para

redução de danos e possibilidade de novos sinistros. Diante disso, o colégio

realiza dois treinos de abandono no ano, a fim de que a comunidade escolar

esteja previamente preparada para possíveis eventualidades, alertando para

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os riscos a que estão submetidos, pela negligência e/ou desatenção, sendo

de fundamental importância o Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil

na Escola para o Estado do Paraná.

9- Condições físicas do estabelecimento

O Colégio Vespasiano possui uma área construída de 3.087m²,

cercado por uma área de bosque de vegetação nativa preservada,

totalizando 34.421m². O prédio está relativamente bem conservado. A

estrutura física é composta por:

18 Salas de aula

01 Laboratório de Informática com 10 computadores para os alunos (Proinfo)

01 Sala de estágio do curso de Formação de Docentes

01 Biblioteca

01 Laboratório de Física, Biologia e Química

01 Laboratório de Informática para os Professores e Funcionários (PRD)

01 Refeitório

01 Cozinha

01 Depósito de merenda escolar

01 Brinquedoteca

02 Quadras de Esportes, sendo uma coberta

01 Campo de Futebol

01 Caixa de areia para saltos

01 Minipista de atletismo

04 Conjuntos de banheiros

01 Pátio coberto

01 Pátio aberto

01 Auditório

01 Sala para Equipe Pedagógica

01 Sala para coordenação dos cursos profissionalizantes

Bloco administrativo com:

02 Salas para secretaria: uma maior e outra menor

01 Sala para professores

01 Sala para Xerox

02 Salas para arquivo Histórico Escolar

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01 Sala de direção

01 Sala de espera

10- Resultados educacionais: aprovação, reprovação e evasão,

propostas de superação, dados das avaliações externas, relação entre

idade e série

Em 2008, o colégio fez parte do Programa Superação. Com o

objetivo de superar as dificuldades para promover uma educação de

qualidade, foram estabelecidas ações que permitiram alcançar melhores

condições de aprendizagem, reduzindo os índices de reprovação e

abandono, através da mudança de metodologias de ensino, que resultaram

em um maior comprometimento dos professores e dos alunos, na tentativa

de aumentar o rendimento escolar e a frequência às aulas, problema

observado principalmente no período noturno. Os resultados dessas ações

podem ser verificados através da análise dos dados, em todos os níveis de

ensino ofertados pelo colégio nos anos de 2007 e 2008.

Rendimento Escolar na Escola Vespasiano C Mello,C E Mjr-EF M

Profis N

Rendimento Escolar

Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Aprovação

Ensino Fundamental - Anos Finais 85,1% 94,1% 90,3% 83% 90,5% 82,9% 82,6% 81,5%

Ensino Médio 66,7% 80,7% 87,3% 84% 84,5% 84,5% 79,6% 75,7%

Reprovação

Ensino Fundamental - Anos Finais 12,1% 3,6% 9,7% 16,1% 9,5% 15% 16,5% 16,4%

Ensino Médio 11,5% 5,3% 8,1% 15,6% 13,5% 13,7% 17,5% 23,6%

Abandono

Ensino Fundamental - Anos Finais 2,8% 2,3% 0% 0,9% 0% 2,1% 0,9% 2,1%

Ensino Médio 21,8% 14% 4,6% 0,4% 2% 1,8% 2,9% 0,7%

Fonte: CENSO / INEP

Data: 10/10/2016 21:31:24

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Os índices de aprovação, reprovação e evasão do colégio têm se

mantido mais ou menos estável nos últimos anos, apresentando algumas

variações. O Colégio vem procurando alternativas para superar as

dificuldades e melhorar a qualidade no ensino ofertado, como uma maior

participação dos pais, metodologias diferenciadas, principalmente para o

ensino noturno, atividades estimuladoras e criativas no Ensino Fundamental,

instrumentos variados na avaliação, entre outras.

Ao se analisar os dados do censo escolar e dos levantamentos

realizados durante os Conselhos de Classe, verificou-se que no Ensino

Fundamental a taxa de abandono durante o ano de 2014 foi de 2,1%, esse

índice baixou para 0,7% no ano de 2015, elevando os índices de aprovação

de 81,5% para 91,90%, gerando também queda considerável nos índices de

reprovação que passaram de 16,4% em 2014 para 6,35% em 2015.

No Ensino Médio houve uma pequena queda na taxa de aprovação,

em 2014 - 75,7% foram aprovados e em 2015 - 73,96%. A taxa de abandono

em 2015 foi motivada por dois aspectos: primeiro a mudança de blocos

semestrais para o anual e o período prolongado de greve dos professores.

2015 Taxa de aprovação

Taxa de reprovação

Taxa de abandono

FUNDAMENTAL 91,90% 6,35% 1,75%

MÉDIO 73,96 12,30 13,74%

FORMAÇÃO DE DOCENTES

96,47% 0,59% 2,94%

TECNICO EM TURISMO

89,47 2,63% 7,89%

O Ideb é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento

escolar (aprovação), cujos índices são obtidos a partir do Censo Escolar,

realizado anualmente pelo Inep e médias de desempenho nos exames

padronizados aplicados pelo Inep (Prova Brasil) nas disciplinas de Português

e Matemática. Como reflexo da preocupação com a qualidade de ensino, da

mudança de metodologia adotada em todas as disciplinas, do

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comprometimento de todos os profissionais da educação e da participação

dos pais no dia a dia da escola, observou-se significativa melhora nas

avaliações externas e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica,

ou seja, no IDEB da escola que, em 2009, atingiu a meta prevista pelo MEC

para 2017. Em 2011 manteve a média, em 2013 apresentou uma queda,

embora esteja com um índice acima da meta projetada, mas em 2015 voltou

ao índice 4,9.

Ideb Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009

2011

2013

2015 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

3.4 4.4 4.9

4,9

4.5

4.9 3.4 3.5 3.8 4.2 4.6 4.9 5.1 5.4

.

Em relação aos índices de distorção idade/série, durante o ano de

2015, observou-se taxa de 16,85% no Ensino Fundamental. Embora essa

porcentagem não possa ser considerada elevada, deve se pensar e procurar

desenvolver ações que impeçam o aumento desses índices, principalmente

com a atuação da sala de recursos da aprendizagem, do apoio pedagógico,

de uma participação mais efetiva dos pais e de órgãos de proteção, como o

Conselho Tutelar, para evitar o abandono escolar.

Taxa de Distorção Idade/Série - Ano 2015

Ensino

Taxa de Distorção

Ensino Fundamental 9 anos

6º Ano 11,67 %

7º Ano 11,20 %

8º Ano 18,80 %

9º Ano 28,42 %

Total do Ensino 16,85 %

Fonte: SERE / ABC Data: 15/06/2016 08:15:33

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VI- ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

1- Instâncias Colegiadas

1.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado composto por

representantes da comunidade escolar e local, que têm como atribuição

deliberar, avaliar e fiscalizar sobre as questões político-pedagógicas,

administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cabe ao conselho,

também, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o

cumprimento das finalidades da escola. Ele representa a comunidade

escolar atuando em conjunto definindo e em conformidade com a

legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da

Educação. A comunidade escolar compreende o conjunto dos

profissionais da educação atuantes no estabelecimento de ensino,

alunos devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais ou

responsáveis pelos alunos. O Conselho Escolar tem como principal

atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-

pedagógico.

O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da

representatividade e da proporcionalidade é constituído pelos seguintes

conselheiros:

Diretor

Representante da Equipe Pedagógica

Representantes do Corpo Docente

Representante da Equipe Técnico – Administrativa

Representante da Equipe de Serviços Gerais

Representante dos Alunos

Representante dos Pais ou Responsáveis

Representante dos Movimentos Sociais organizados da comunidade

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1.2 APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, pessoa

jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos pais ou

responsáveis e funcionários do estabelecimento de ensino, não tendo

caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus dirigentes e conselheiros. A APMF reger-se-á por

estatuto próprio e pelos dispositivos legais ou regulamentares que lhe forem

aplicados.

1.3 Grêmio Estudantil

Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos

Grêmios Estudantis ficou assegurado pela Lei 7.398, como entidades

autônomas de representação dos estudantes. O Grêmio Estudantil é

constituído pelos componentes do corpo discente e tem o objetivo de

defender os interesses Individuais e coletivos dos alunos, incentivando a

cultura literária, artística e desportiva de seus membros, desde que

autorizado pelo Conselho Escolar. O Grêmio Estudantil é regido por estatuto

próprio, aprovado pelo Conselho Escolar e Homologado em Assembleia

Geral. O Grêmio Estudantil não tem caráter político-partidário, religioso,

racial e também não deverá ter fins lucrativos.

2- Direção

A direção escolar é composta pelo diretor (a) e diretor (a) auxiliar,

escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade

escolar, conforme legislação em vigor. A função de diretor (a), como

responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o

alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino, bem como zelar pelos assuntos de ordem

administrativa.

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3– Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em

Pedagogia, sendo responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares

definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em

consonância com a política educacional e orientações emanadas da

Secretaria de Estado da Educação.

Conforme Regimento Escolar e legislação vigente, Na Educação

Profissional, as Coordenações de Cursos e Estágio Supervisionado serão

supridas por profissionais com habilitação específica no curso e

subordinadas à equipe pedagógica. Cabe ao Coordenador de Curso na

Educação Profissional colaborar com a equipe pedagógica para a

consolidação do processo de formação integrada.

4- Setor técnico-administrativo/Auxiliar Operacional

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais

que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do

estabelecimento de ensino. O técnico administrativo que atua na secretaria

como secretário (a) escolar é indicado, coordenado e supervisionado pela

direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme

normas da Secretaria de Estado da Educação.

O Colégio Major Vespasiano Carneiro de Mello, possui duas casas

cedidas a permissionários, conforme legislação vigente.

5- Corpo docente

A equipe docente é constituída de professores regentes habilitados

nas áreas específicas do conhecimento, sendo sua função principal ser

mediador do processo ensino-aprendizagem possibilitando aos educandos a

aquisição dos saberes científicos devidamente sistematizados. Para tanto, é

necessário que essa equipe seja consciente e assuma com responsabilidade

e competência as atribuições referentes à função exercida.

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VII – FUNDAMENTAÇÃO

1 – Concepções que orientam e fundamentam as ações da escola

A Filosofia Educacional que norteia este PPP e norteia as ações dos

profissionais desta instituição leva em conta os determinantes sociais na

educação, ou seja, tem sua base teórica na Pedagogia Histórico-Critica que

norteia as políticas educacionais no Estado do Paraná, propondo-se a

ressaltar a função básica da escola, a transmissão do saber sistematizado,

do conhecimento científico, universal e objetivo, a ser dominado por todos os

estudantes.

Nesse sentido, nossa escola busca garantir que os alunos tenham

acesso a esse conhecimento de forma dinâmica e com qualidade, podendo,

assim, apropriar-se dos conhecimentos transmitidos e deles fazer uso para a

transformação da sua realidade. No entanto, para que essa transformação

social aconteça, a escola precisa buscar maneiras de fazer desse processo

educativo algo prazeroso, desafiador, em que o aluno estabeleça relações

entre o que aprende na escola e a sua vida fora dela. Daí a importância de

que os conteúdos curriculares estejam vinculados à prática e à interação

social, de forma a se privilegiar a interdisciplinaridade para que não sejam

simplesmente apresentados de forma estanque e sem relação entre as

disciplinas. Para isso, é fundamental que professores, funcionários, diretores

e a família reflitam constantemente sobre o que pode ser feito para que se

atinjam melhores resultados, para que o aluno participe de maneira ativa,

dinâmica na construção de seu aprendizado

A escola deve fazer do ambiente escolar um meio que favoreça o

aprendizado, um espaço onde o aluno veja significação para a sua vida, não

só uma obrigação legal ou um espaço para encontrar com os amigos. Ao

compreender a escola como espaço significativo de aprendizagem, como

fonte de segurança que garanta seu espaço no mercado competitivo, o

aluno buscará aprender sempre mais, tornando-se comprometido com sua

própria formação.

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O Colégio Vespasiano entende que não pode simplesmente

informar, precisa também formar, desenvolver as potencialidades físicas,

cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem dos conteúdos

(conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores), para que,

assim, tornem-se cidadãos atuantes na sociedade em que vivem. Uma

sociedade que valoriza cada vez mais o conhecimento e que só pode ser

considerada efetivamente democrática quando seus cidadãos são

alfabetizados, reflexivos, com condições reais de exercerem sua

participação e cidadania, conhecedores de seus direitos e deveres e aptos a

competir em condições de igualdade, independentemente de sua classe

econômica.

Alguns princípios fundamentais nortearam a construção deste

projeto:

a busca de uma escola democrática, pública e gratuita onde haja

igualdade de condições de acesso, de permanência na escola e

qualidade de ensino;

a gestão democrática da escola, repensando as estruturas de poder, a

tomada de decisões, a superação de conflitos e a eliminação de

relações competitivas, corporativas e autoritárias;

o respeito e o cumprimento às leis que regulamentam o ensino

público;

a valorização dos profissionais da educação, incentivando a formação

continuada e proporcionando condições adequadas de trabalho;

a função social da escola com a transmissão do conhecimento

historicamente construído pela humanidade;

o ideal de sociedade e de homem que queremos formar.

2– Concepção de infância e adolescência

Levando em consideração que tanto a infância quanto a

adolescência são compreendidas como categorias construídas

historicamente, trazem em si suas especificidades.

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Diferentes concepções de criança e de adolescente e que tornam

distintas a partir do ponto de vista teórico, e que acabam contribuindo para

formar diferentes conceitos sobre esses grupos.

A infância deve ser compreendida como um modo particular de se

pensar a criança, não dentro de uma perspectiva universal, vivida por todos

do mesmo modo. É preciso vislumbrar uma multiplicidade e uma urgência

em compreender a infância sem ideias pré-concebidas, pois esta é uma fase

da vida assim como a adolescência, que tem seu papel e seu status

determinado pela sociedade e seus sistemas.

Segundo Philippe Áries (1978), a infância é uma invenção da

modernidade e por isso, pode-se dizer que a criança antes era vista como

um ser frágil e inocente, porém hoje o entendimento desta fase permeia

outros conceitos como o da criança autônoma, independente e portadora de

liberdade.

Tendo a infância como objeto de estudos e saberes de diferentes

áreas e, portanto, não podendo ser vista como algo cristalizado e acabado,

mas, como uma etapa que precisa ser entendida sob diversos pontos de

vista históricos, sociais e culturais, a escola deve procurar os melhores

caminhos para realizar o processo de ensino e aprendizagem.

Após análise de diversas concepções e perspectivas sob o ponto de

vistas de alguns autores clássicos da educação, citamos Piaget, o qual

retrata nos estágios do desenvolvimento humano, fases da infância as quais

correspondem à faixa etária dos educandos matriculados nos anos finais do

ensino fundamental.

Para Piaget:

Estágio das operações concretas, dos 7 aos 11 ou 12 anos, tem

como marca a aquisição da noção de reversibilidade das ações.

Surge a lógica nos processos mentais e a habilidade de discriminar os

objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar

conceitos de tempo e número.

Por volta dos 12 anos começa o estágio das operações formais.

Essa fase marca a entrada na idade adulta, em termos cognitivos. O

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adolescente passa a ter o domínio do pensamento lógico e dedutivo,

o que o habilita à experimentação mental. Isso implica, entre outras

coisas, relacionar conceitos abstratos e raciocinar.

Diante disso e considerando que de modo geral, os estágios citados

são vivenciados por todos os indivíduos, porém com variações no início e

término em função das especificidades relacionadas questões sócio culturais

e ambientais.

De acordo com Coll e Gilliéron 1987: Cada uma dessas fases é

caracterizada por formas diferentes de organização mental que possibilitam

as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o

rodeia.

A partir disso, o professor deve realizar uma leitura aprofundada das

características individuais dos educandos, para só depois poder traçar seu

planejamento de ensino.

Outro teórico para o qual voltamos nossa atenção é Vygostky, que

define através dos processos de aprendizado e do papel do professor, como

se segue abaixo:

Processos de Aprendizado

ocorre desde o nascimento

aprendizado está relacionado ao desenvolvimento

aspecto necessário e universal:

relacionado ao desenvolvimento das funções psíquicas

percurso é definido pelo processo de maturação e a relação com o

ambiente sócio-cultural

o papel do outro é essencial para o entendimento das relações entre

desenvolvimento e aprendizado

O Professor

Como mediador, é ele quem ajuda a criança a concretizar o

desenvolvimento que ela ainda não atinge sozinha na escola, o

professor e os colegas mais experientes são os principais mediadores

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Tem um papel ativo na sala de aula, sendo condutor do processo,

atuando na zona de desenvolvimento proximal.

Não há foco nas “fases do desenvolvimento” do aluno

O professor objetiva que o aluno progrida e a escola tem a função de

fazê-lo avançar

Já as contribuições de Wallon, destacam que o desenvolvimento da

criança, aparece como resultado da maturação e das condições ambientais.

Seus trabalhos dedicam um grande espaço às emoções como formação

intermediária entre o corpo, sua fisiologia, seus reflexos e as condutas

psíquicas de adaptação, não separando o aspecto cognitivo do afetivo. Sua

teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito

mais do que o cérebro, abalou convicções. Wallon foi o primeiro a levar o

corpo e as emoções da criança para dentro da sala de aula;

Afetividade: As emoções têm papel preponderante no

desenvolvimento. É por meio delas que o aluno exterioriza seus

desejos e vontades. São manifestações que expressam um universo

importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos

tradicionais.

Inteligência: O desenvolvimento da inteligência depende de como

cada criança faz as diferenciações com a realidade exterior. É na

solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o

sincretismo (mistura de ideias num mesmo plano), bastante comum

nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual.

Desta forma, para que a criança tenha um desenvolvimento

saudável e de qualidade dentro do ambiente escolar, e consequentemente

no social, é indispensável que se estabeleçam relações interpessoais

positivas, com aceitação e apoio das limitações, possibilitando assim o

sucesso em todo o processo de ensino e aprendizagem.

Compreendendo a fase da infância sobre estes diferentes aspectos

que se interligam nos processos de crescimento, é possível contemplar as

necessidades da adolescência, que é uma fase contínua da infância.

A palavra “adolescência” vem da palavra latino “adolesco”, que

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significa crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que

se caracteriza por uma intensa busca e da própria identidade.

Através do pensamento, o adolescente constrói novas teorias sobre

as concepções já dadas, sempre buscando e tentando no meio social,

chegar a uma concepção das coisas que lhe sejam próprias e que lhe traga

mais sucesso que seus antecessores.

A busca de superação de seus limites, é uma das características dos

adolescentes da contemporaneidade, muitos deles procuram superar os

fracassos vivenciados por seus pais, fazendo de sua história uma

superação, o que é muito positivo, pois remete-os a novas conquistas tanto

no âmbito escolar quanto no profissional.

Isto mostra com clareza que a relação entre as fases do

desenvolvimento e o processo de ensino e aprendizagem, estão interligadas,

pois a cada faixa etária, há necessidade de diferentes estímulos para cada

novo aprendizado, portanto, o papel dos educadores como mediadores

deste processo é fundamental para o sucesso da vida escolar.

3- Concepção de homem, sociedade e cultura

Na escola tradicional, o homem era visto como um ser imutável, que

nasce pronto. Hoje entendemos que o homem é um ser essencialmente

histórico e é pela história que nós nos formamos e por ela nos conhecemos

e temos a consciência do que somos. Sem dúvida, somos seres inacabados,

em construção, o homem constrói o mundo material e o simbólico também, o

homem se educa e educa o outro.

A única aptidão inata do homem é a aptidão para a formação de

outras aptidões. Essas aptidões se formarão a partir do contato com o

mundo dos objetos e com fenômenos da realidade objetiva, resultado da

experiência sócio-histórica da humanidade. Para se apropriar desse mundo,

da arte, dos instrumentos, da tecnologia, dos conceitos e ideias, o homem

desenvolve, em relação a ele, atividades que reproduzem os traços

essenciais da atividade acumulada e cristalizada nesses produtos da cultura.

As propriedades que fazem do homem um ser particular, que fazem

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deste animal um ser humano, são um suporte biológico específico, o

trabalho e os instrumentos, a linguagem, as relações sociais e uma

objetividade caracterizada pela consciência e identidade, pelos sentimentos

e emoções e pelo inconsciente. Sendo assim, não existem senão homens

concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto sócio-

econômico, cultural e político, enfim, num contexto histórico.

Considerando-se esta inserção, a educação, para ser válida, deve

levar em conta necessariamente tanto a vocação ontológica do homem

(vocação de ser sujeito) quanto às condições na qual ele vive (contexto).

Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação

educativa deverá promover o próprio indivíduo e não ser instrumento de

ajuste deste à sociedade. Portanto, é importante compreender a natureza

das relações que o homem estabelece com o meio natural e nas relações

sociais, pois a educação é uma manifestação histórica do estar e do fazer

humano. Para isso deve ter acesso ao conhecimento científico, para que

esteja apto a defender suas ideias, mas também desenvolver autonomia

frente às contradições da sociedade, no intuito de formar cidadãos éticos,

solidários e com sensibilidade quanto ás diferenças individuais, capazes de

tomar decisões, elaborar estratégias e agir no sentido da construção de um

mundo melhor.

O ser humano desde a Pré-história desenvolveu processos de

reprodução, convivência, acasalamento e defesa, utilizando, como os

demais animais, mecanismos instintivos de preservação da espécie. Porém,

o homem desenvolveu habilidades que dependem do aprendizado, tornou-

se capaz de pensar, planejar, ordenar, prever e interpretar, sempre vivendo

em grupo. Foi descobrindo e compreendendo o mundo em que vive;

compartilhando esses conhecimentos com os seus semelhantes e

transmitindo aos seus dependentes que produziu e produz a cultura

humana.

A partir desta capacidade genuinamente humana, criou formas

próprias de sociedade, soluções para as necessidades concretas da vida e

sobrevivência que se mantiveram enquanto adequadas às necessidades do

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momento histórico que se vivia. Sempre que surgiram novas necessidades,

o homem adaptou, transformou ou criou formas para supri-las.

Uma sociedade é um agrupamento humano, onde existe uma

interdependência que integra todos os seus elementos em função de

objetivos comuns e de sobrevivência do todo social. Porém, devemos ter em

mente que a sociedade hoje está estruturada a partir de um fator básico – a

produção, e que poderá mudar conforme as necessidades que surgirem. A

nossa sociedade não pode ser vista como um sistema completo, absoluto,

fechado, mas sim, como produto da cultura humana, marcado por um

processo histórico e que sofre muitas mudanças.

A sociedade, por ser constituída de valores, é responsável pela

alienação das consciências através destes mesmos valores, que como bem

sabemos, podem servir como suporte na perpetuação do ''status quo'', com

todas as suas implicações e justificações.

Logo, o homem, através da educação, descobre um meio para a

construção de um novo mundo “status”. Este deve possibilitar ao homem as

mesmas condições que a classe dominante lhe impossibilitou de obter. O

objetivo primordial da educação é levar o ser humano a se livrar das

amálgamas que o impedem de desenvolver seu próprio ser, e transformar a

realidade em que está inserido. Portanto o homem cria a cultura na medida

em que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida, reflete sobre

ela e dá respostas aos desafios que encontra. Cultura, aqui, é entendida por

Freire (1974) como: {...} Todo o resultado da atividade humana, do esforço

criador e recriador do homem, de seu trabalho por transformar e estabelecer

relações dialogais com outros homens”.

Desta forma, cultura constitui a aquisição sistemática da experiência

humana, aquisição esta que será crítica e criadora e não simplesmente

armazenamento de informações justapostas, que não foram incorporadas ao

indivíduo total.

Nesse sentido, é lícito dizer que o homem se cultiva e cria a cultura

no ato de estabelecer relações, no ato de responder aos desafios que a

natureza coloca, como também no próprio ato de criticar, de incorporar a seu

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próprio ser e de traduzir por uma ação criadora a experiência humana feita

pelos homens que o rodeiam ou que o precederam. (Freire, 1974).

A história consiste, pois, nas respostas dadas pelo homem à natureza,

aos outros homens, às estruturas sociais, e na sua tentativa de ser

progressivamente cada vez mais o sujeito de sua práxis, ao responder aos

desafios de seu contexto.

4 – Concepção de escola e educação

Ainda que não de forma universalizada, um dos maiores avanços

que podemos destacar é a compreensão de que a educação tem um papel

democrático importante na socialização do conhecimento como via de

compreensão do mundo. A sociedade que aí está não pode ser reproduzida,

não podemos nos conformar a ela de forma ingênua, com suas

desigualdades e injustiças.

Cumpre destacar que, uma vez apropriada de sua função histórica e

social, no sentido de ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores e

dos filhos dos trabalhadores, na perspectiva da emancipação humana e

social dos que almejam uma sociedade mais inclusiva, a própria escola tem

possibilidade de se sustentar numa concepção de educação que reafirme as

políticas de Estado e que estas possam consolidar-se como políticas

públicas de fato.

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender

um numero cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares.

Ao assumir essa função, que historicamente justifica a existência da escola

publica, intensificou-se a necessidade de discussões continuas sobre o

papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para o país.

A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-

se de formas muito diferenciadas. Da perspectiva das teorias críticas da

educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem são os

sujeitos da escola publica? De onde eles vêm? Que referências sociais e

culturais trazem para a escola?

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Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em

que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a

partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar.

Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a

escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na

sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um

forte caráter político. Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças,

jovens e adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou

rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais

(FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas

escolares em que elas se constituem.

Esta concepção de escola orienta para uma aprendizagem

especifica, colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o

qual diz respeito aos conhecimentos historicamente sistematizados e

selecionados para compor o currículo escolar.

Entende-se que a função social da escola e das possibilidades de se

lidar com os impactos das contradições sociais e da diversidade cultural são

os elementos que mais suscitam a necessidade de avanço, não somente da

compreensão sobre o papel da escola - que não é de preparar mão-de-obra,

não é de formar para o mercado, não é de dar conta de todos os problemas

sociais e econômicos, mas é o de possibilitar que, através do conhecimento,

os nossos alunos possam ter compreensão da sua condição como sujeito

histórico.

Na mesma perspectiva, o professor é aquele que estuda e que, em

meio a tantas demandas, busca aprimorar-se, formar-se e capacitar-se,

portanto, é o sujeito que tem o domínio do saber e deve mediar este saber -

oferecê-lo ao seu aluno de forma organizada e sistematizada. É aquele que

ensina. Com certeza não ensina qualquer conteúdo apenas como via de

simplesmente desenvolver capacidades mentais. É aquele que seleciona o

recorte do conteúdo, o qual não é aleatório e sim planejado, movido por uma

intenção social, política, histórica e cultural.

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Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica

fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de

ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos

professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “uma

transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência,

estrategicamente concebida como alternativa necessária a internalização

dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa”

(MESZAROS, 2007, p. 212).

Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente

aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu

pertencimento étnico e cultural e as possíveis necessidades especiais para

aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como

potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que

cabe a escola ensinar, para todos.

A educação como prática social pode acontecer em diversos

lugares, de forma que:

Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender – e – ensinar. Para saber. Para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou várias: educação? Educações. [...]. Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante. BRANDÃO (1988).

Sem dúvida, a educação acontece em todos os lugares, é uma prática

social, cujo fim é o desenvolvimento de aprendizagens nos seres humanos.

Porém o que determina os tipos de educação adequados aos interesses

políticos e econômicos de uma sociedade são os modos de produção e

valores culturais que são os fatores estruturais de uma sociedade.

Compreendemos que a educação não é suficiente para promover a

transformação social, entretanto, sem ela essa transformação é impossível,

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pois, segundo Libâneo (1990, p.17), não há sociedade sem prática educativa

e nem prática educativa sem sociedade.

Cada sociedade precisa cuidar da educação dos indivíduos, ajudá-

los a desenvolver as suas capacidades físicas e mentais, prepará-los para a

participação ativa e transformadora nas várias instâncias da vida social.

A educação é um fenômeno social e universal, sendo uma atividade

humana necessária à existência e funcionamento de toda a sociedade. A

educação é socialmente determinada, pois onde quer que se dê, é

contextualizada social e politicamente; está subordinada à sociedade que

lhes faz exigências, determina objetivos e lhe provê condições e meios de

ação.

Numa sociedade democrática a educação deve ir além das barreiras

ideológicas impostas, superar os obstáculos que o próprio sistema

educacional cria e cumprir a difícil tarefa de preparar o indivíduo para a sua

total integração social, independente de classe social, raça ou religião.

Tornar a educação um direito de todos é realmente o grande desafio que a

escola precisa enfrentar e superar.

Toda ação educativa, para que seja válida, deve, necessariamente,

ser precedida tanto de uma reflexão sobre o homem como de uma análise

do meio de vida desse homem concreto, a quem se quer ajudar para que se

eduque. O homem se torna o sujeito da educação.

É preciso que a educação esteja em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos, adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história... (FREIRE, 1974a, p.42 apud MIZUKAMI, 1986, p. 94).

A educação é fator de suma importância na passagem das formas

mais primitivas de consciência para a consciência crítica, que, por sua vez,

não é um produto acabado, mas um vir a ser contínuo.

Estão ocorrendo rápidas mudanças na sociedade e isso se reflete na

escola, no ensino, exigindo que a escola não apenas transmita os

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conhecimentos, mas que crie um ambiente que estimule o educando e que

valorize a descoberta, as idéias, para possibilitar que o aluno percorra o

conhecimento de maneira mais motivada, critica e criativa, proporcionando

trocas de experiências, de afetividade no ato de aprender e no

desenvolvimento cognitivo, desenvolvendo o pensamento crítico reflexivo. O

conhecimento proveniente da atividade humana passa a ser sistematizado

em vários campos do saber. Como afirma Leontiev (1978): ”Quanto mais

progride a humanidade, mais rica é a pratica sócio – histórica acumulada por

ela [...] Conforme foram dominando a natureza, os homens foram produzindo

conhecimentos geográficos, químicos, físicos, biológicos, sociais, artísticos e

formas de registro desses conhecimentos.

A escola é responsável pela construção da identidade e se ela não

souber respeitar o desenvolvimento do sujeito, deixará de ter significado,

lembrando que o ser humano aprende muito mais com movimento,

afetividade e com a socialização. Sendo não apenas fonte de saber, a escola

há de projetar-se como o elemento básico e insubstituível de formação da

cidadania. Pois, segundo Paulo Freire (1983), a educação assume caráter

amplo, não restrito à escola em si e nem a um processo de educação formal.

Deve ser ela “um local onde seja possível o crescimento mútuo do professor

e dos alunos, no processo de conscientização, o que implica uma escola

diferente da que se tem atualmente, com seus currículos e prioridades”, não

devendo ser, portanto, uma instituição, portadora de uma natureza imutável.

5 – Concepção de trabalho

O homem apropria-se da natureza, age sobre ela transformando-a

de acordo com suas necessidades. A esse processo dá-se o nome de

trabalho. A essência do homem é o trabalho. (SAVIANI, 2007) Confirmando

essa gênese identitária, Netto e Braz, 2007 postulam ser o trabalho uma

categoria considerada “indispensável para a compreensão da atividade

econômica, faz referência ao próprio modo de ser dos homens e da

sociedade”.

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O trabalho assume um papel centralizador numa sociedade envolta

pela política do capital. E a educação nessa atual conjuntura é, segundo

Perrude:

“... entendida como mercadoria, sob a ótica do mercado é vista como estratégia frente a produtividade e a competitividade que deve atender a capacitação e ao perfil dos trabalhadores, exigidos para estes novos tempos, em prejuízo da educação entendida como dever do Estado e um direito incontestável de todos os cidadãos”. (PERRUDE, 2004)

É papel de a escola, no entanto, pensar um projeto pedagógico que

supere essa visão mercantilista de sua função para que possa primar por um

espaço de ensino que mude essa lógica de trabalho baseada apenas no

preparo de mão-de-obra com produtividade, utilidade, individualismo e

competitividade, num contexto de ausência de reivindicação. (SILVA

JÚNIOR, 2002, P.36)

O trabalho deve ser visto como princípio educativo e para isso a

proposta de ensino deve ser comprometida com a classe trabalhadora,

relacionando conhecimento, produção e relações sociais através da

apropriação do saber científico-metodológico, de forma que o cidadão possa

ser preparado para a participação na vida social, política e produtiva. De

acordo com o Art. 22 da LDBEN, “a Educação Básica tem por finalidades

desenvolver o educando assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores. ” (SAVIANI, 2007) E para o Ensino

Médio, o referido autor cita os princípios da lei: aprofundamento dos

conhecimentos e a preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando; adaptação com flexibilidade as novas condições de ocupação ou

aperfeiçoamento posteriores; formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos

fundamentos científicos-metodológicos dos processos produtivos,

relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. (op.cit.)

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Tais princípios confirmam a função social da escola que vai muito além da

capacitação de educandos para simples massa de manobra. O trabalho

precisa ser visto como princípio educativo e para que isso ocorra muitas

mudanças devem acontecer no interior da escola. Segundo Kuenzer (2006),

há a necessidade de relação do aluno com o conhecimento produzido e com

as formas de sua produção, de modo individual e coletivo, de maneira que

se articulem diferentes áreas do conhecimento, envolvendo teoria e prática,

reflexão e intervenção social lógica e histórica de maneira que haja

desenvolvimento de sua autonomia ética e intelectual, capacidade de

organização e transformação coletiva.

Ainda de acordo com a referida autora, para esse novo princípio

educativo do trabalho, exige-se uma transformação radical no projeto

político-pedagógico, com sérias implicações para a formação de

professores, visto que nessa nova demanda muitas mudanças são

salientadas, entre elas:

“(...)o domínio das diferentes formas de linguagem e de comunicação, com raciocínio lógico-formal, criatividade, autonomia, capacidade de educar-se permanentemente. A rigidez é substituída pela flexibilidade, a obediência pela contestação, de modo a desenvolver identidades autônomas capazes de usar o conhecimento de modo transdisciplinar para criar soluções novas com rapidez para as novas situações que a realidade do trabalho e das relações colocam para o homem cotidianamente”. (KUENZER, 2006)

A escola deve garantir uma educação básica que faculte aos jovens

as bases dos conhecimentos que lhes permitam analisar e compreender o

mundo social, político, cultural, estético e artístico. Educação que possa

preparar sujeitos autônomos, e não apenas “cidadãos-produtivos”

explorados, obedientes, despolitizados e que apenas façam “bem feito” o

que o mercado determina.

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6- Concepção de tecnologia

A tecnologia na escola é um recurso estratégico para uma

pedagogia diferenciada. De acordo com Moran (comunicado em entrevista),

ela é a utilização de meios mais práticos para ajudar o aluno a lidar com

conteúdos, atitudes, valores e emoções. A escola deve valorizar as mídias

como instrumentos de aprendizagem. O acesso a tais recursos traz

mudanças na forma como se constrói o conhecimento e amplia as

transformações sociais. As tecnologias de informação e comunicação nos

possibilitam maior contato aos diferenciados saberes.

Diante dessa realidade é imprescindível que os professores façam tais usos

de maneira apropriada. A escola deve romper com sua histórica forma de

ensinar. Para Gadotti (2000):

Ainda se trabalha muito com recursos tradicionais que não têm apelo para as crianças e jovens. Os que defendem a informatização da educação sustentam que é preciso mudar profundamente os métodos de ensino para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar, a capacidade de pensar, em vez de

desenvolver a memória. Para ele, a função da escola será, cada vez mais, a de ensinar a pensar criticamente. Para isso é preciso dominar mais metodologias e linguagens, inclusive a linguagem

eletrônica.

É necessário que nas diferentes áreas do conhecimento a tecnologia

possa ser utilizada para enriquecer o fazer pedagógico proporcionando

diversificadas e atrativas maneiras de trabalhar com o conteúdo, utilizando

novas metodologias, dominando outras linguagens, sendo a eletrônica uma

delas. Ainda conforme o referido autor (op.cit.), estamos na era do

conhecimento, na sociedade do conhecimento, sobretudo em consequência

da informatização. Essa está presente, diariamente, nos mais diferentes

setores do dia a dia.

Não há como negarmos os avanços tecnológicos e nem as

mudanças sociais que eles têm acarretado. Por um lado, esses apresentam

válidas formas de ampliação e acesso ao saber; por outro, podem mascarar

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uma realidade se a apresentamos de forma superficial; se não refletimos

sobre todos as implicações que tais mudanças acarretam ao nosso meio; ou

se os professores não tiverem elencados e bem definidos os objetivos

propostos com o uso das mídias. Por isso, é necessário um trabalho

reflexivo sobre essas novas demandas. “Uma educação de qualidade

demanda, entre outros elementos, uma visão crítica dos processos

escolares e usos apropriados e criteriosos das novas tecnologias. ”

(KRAMER & MOREIRA; 2007).

É função da escola também, conforme Porto (2006) “analisar o papel

que as tecnologias e as informações/ imagens têm desempenhado na vida

social isso implica não somente explorar as características técnicas dos

meios, mas buscar entender as condições sociais, culturais e educativas de

seus contextos”. A tecnologia deverá ser concebida como recurso e como

objeto de estudo, visto que sua presença e utilização, por si só, de nada

adiantam, porque é papel do professor selecionar e organizar o uso de tal

recurso, em sua área de atuação, e será isso que fará com que essa

ferramenta pressuponha a realização de um trabalho educativo e

pedagógico.

Na verdade, há um caminho a ser percorrido no que concerne às tecnologias

de informação, pois fazer com que todos os nossos educadores realizem

práticas pedagógicas que contemplem os meios midiáticos, ainda, não é

uma realidade. Entretanto, primamos nossos anseios e metas às palavras de

Moran (2007) ao dizer que:

Precisamos, em consequência, estabelecer pontes efetivas entre educadores e meios de comunicação.

Educar os educadores para que, junto com os seus alunos, compreendam melhor o fascinante processo de troca, de informação-ocultamento-sedução, os códigos polivalentes e suas mensagens. Educar para compreender melhor seu significado dentro da nossa sociedade, para ajudar na sua democratização, onde cada pessoa possa exercer integralmente a sua cidadania.

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Afinal, o exercer de nossa cidadania e a compreensão do significado

de cada um na sociedade são princípios que não devem ser esquecidos e é

função da escola fazer com que fervilhem.

7- Concepção de cidadania

Em seu sentido tradicional, a cidadania expressa um conjunto de

direitos e deveres que permite aos cidadãos o direito de participar da vida

política e da vida pública, participando ativamente da elaboração das leis e

do exercício de funções públicas. Hoje, no entanto, o significado de

cidadania assume contornos mais amplos, que extrapolam o sentido apenas

de atender às necessidades sociais, e assume o objetivo a busca por

condições que garantam uma vida digna às pessoas. Tal tarefa complexa

por natureza, pressupõe a educação de todos (crianças, jovens e adultos), a

partir de princípios coerentes com esses objetivos, e com a intenção

explícita de promover a cidadania pautada na democracia, na justiça, na

igualdade, na equidade e na participação ativa de todos os membros da

sociedade nas decisões sobre seus rumos.

“Cidadão” é o sujeito da história, de sua própria história e, com

outros cidadãos da história de sua comunidade, de sua cidade, sua nação,

seu mundo. Cidadão é aquele que se eleva em dignidade e direitos por

sobre as instituições e estruturas, por sobre o próprio Estado que, sob

licença, o governa. Cidadão é todo o homem e mulher, sem discriminação

etária, igualado pela condição humana, de onde emana todo o poder

político, que somente no seu interesse se justifica.

A participação é uma característica básica da cidadania, podendo-se

dizer que cidadão é o homem participante. A conceituação de cidadania

engloba dois outros elementos, os direitos e os deveres. Quanto aos direitos,

eles são garantidos pelo Estado constitucional, sendo fundamentados nos

direitos humanos. Os deveres se relacionam ao compromisso comunitário

de cooperação e co-responsabilidade.

Educar para a cidadania é preparar o indivíduo para participar em

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uma sociedade democrática, por meio da garantia de seus direitos e do

cumprimento dos seus deveres. Isso quer dizer que educar para a cidadania

é educar para a democracia.

É necessário adotar uma postura crítica em relação ao papel da

educação na formação da cidadania que deve estar vinculada ao jogo de

poder presente na sociedade. Sendo que sem o envolvimento ativo do

aluno, muito pouco a escola pode contribuir na consolidação da cidadania.

Além disso, decorre daí uma concepção de ensino em que o aluno não pode

ser concebido e tratado como agente passivo; pois, a cidadania não é

transmitida e sim conquistada.

A contextualização significa vinculação do ensino com a vida do

aluno, bem como com as suas potencialidades. Levando-se em conta as

ideias dos alunos e oferecendo-lhes condições para que se criem soluções

para os problemas colocados é que, de fato, se pode propiciar a participação

deles no processo educacional em direção à construção de sua cidadania,

uma vez que dessa forma, haverá uma identificação cultural e,

consequentemente, a integração à escola.

A educação tem o papel também de desenvolver no indivíduo o

interesse pelos assuntos comunitários, de forma que ele assuma uma

postura de comprometimento com a busca conjunta de solução para os

problemas existentes. È tarefa fundamental do educador que está

comprometido com a formação da cidadania, buscar ações que permitam

favorecer o desenvolvimento da capacidade crítica de julgar. A educação

para a cidadania implica, sobretudo a educação moral, educação

fundamentada em valores éticos que norteiem o comportamento dos alunos

e desenvolva aptidão para discutir decisões necessárias, sempre voltadas

para a coletividade.

8- Concepção de conhecimento

O que diferencia o ser humano dos outros animais é o conhecimento,

pois por mais que as ações de alguns animais sejam sofisticadas, como é o

exemplo das formigas. O homem atua na natureza, imprime sua marca e a

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humaniza.

O conhecimento humano exprime as condições materiais de cada

momento histórico; desde a Grécia Antiga, o homem já tinha várias visões

sobre o conhecimento em suas diferentes formas (senso comum, científico,

tecnológico, filosófico, estético, etc.). Através do conhecimento, o homem

apropria-se da realidade e pode agir sobre ela e agir de forma mais

consciente.

Podemos perceber que da nossa relação com o mundo surgem o

conhecimento e a compreensão da realidade. Temos que concordar com

Luckesi quando considera o conhecimento como uma forma “teórico-prática”

e “prático-teórica”. Desse modo, a compreensão do mundo ocorre tanto em

situações simples do cotidiano quanto nas complexas. Destaca ainda os

seguintes aspectos em relação ao conhecimento: é social. O indivíduo

relacionado a outros que encontra saídas para os problemas da realidade; é

histórico: para solucionar problemas da atualidade contamos com a

contribuição do passado; é um modo de “iluminação da realidade”, mesmo

quando se dá através de uma explicação mágica; é necessário para o

progresso, para o atendimento do ser humano, e, finalmente, “o

conhecimento, como compreensão da realidade e como necessidade para o

ser humano, pode ter uma função de libertação ou de opressão”.

Segundo Pedro Demo (1996), o conhecimento é visto como

instrumentalização ou método primordial da inovação na realidade e na

história. É decisivo para a cidadania e para a competitividade.

Nesse conceito, percebemos um conhecimento mais moderno,

pois se torna fundamental por intervir na realidade. Esse conhecimento

moderno acaba nos colocando algumas questões no que se refere ao

desenvolvimento da pessoa como ser global, agente transformador dos seus

atos e até da própria realidade, ele acaba se tornando um fator decisivo em

termos de comparação e competitividade.

[...] o conhecimento é concebido como uma construção social, o que significa dizer que é o produto

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da concordância e do consentimento de indivíduos que vivem determinadas relações sociais (por exemplo, de classe, raça e gênero) em determinados momentos. Significa dizer, também, que o mundo em que vivemos é simbolicamente construído pela interação social com os outros e é altamente dependente de cultura, contexto, costume e especificidade histórica. (McLAREN apud SANTOS, MOREIRA, 1988)

Sem dúvida somos seres históricos e o conhecimento não pode ser

visto como pronto e acabado, inquestionável, mas sim como produção de

conhecimento, histórico, relativo valorizando a curiosidade a incerteza, a

reflexão e a pesquisa.

9- Concepção de ensino aprendizagem

Para Saviani, aprender e ensinar são processos inseparáveis, uma

vez que o ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995, p.17). Este

processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais

necessários a sua formação e a sua humanização (SEED, agosto, 2010).

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico,

fruto de uma relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e

interpessoal. ” O conhecimento é, portanto, fruto de uma relação mediada

entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do

conhecimento. Os processos de produção do conhecimento permitem, ao

aluno, sair do papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do

desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a

linguagem.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade

entre o ensino e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento

dialético de apropriação do conhecimento que possibilite compreender o real

em suas contradições, são algumas das muitas defesas da abordagem

histórico-cultural. (SEED, SP agosto de 2010) Ainda de acordo com Ramos

(2004),

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O processo de ensino-aprendizagem contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do aluno. Por outro lado, sua importância está condicionada à possibilidade de [...] ter consciência sobre seus modelos de explicação e compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a determinados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de outros. (DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA, 2010)

Ensino e aprendizagem são duas facetas de um mesmo

processo, visto que a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica,

não é uma simples transmissão de um professor que ensina para um aluno

que aprende. Ao contrário é uma relação recíproca na qual se destacam o

papel dirigente do professor e a atividade dos alunos. O ensino tem a tarefa

principal de assegurar a difusão e o domínio dos conhecimentos

sistematizados construídos pela humanidade. A aprendizagem é assimilação

ativa desses conhecimentos, é uma relação cognitiva entre aluno e matéria

de estudo com a mediação do professor. O professor, o ensino não existe

por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem. O processo de ensino,

ao mesmo tempo em que realiza as tarefas da instrução, é um processo de

educação, deve além do aspecto intelectual desenvolver os aspectos moral,

afetivo e físico.

A aprendizagem acontece em todos os espaços da vida humana, em

todos os ambientes, em todas as circunstâncias, pois toda a experiência que

o indivíduo acumula durante a vida, não deixa de ser uma aprendizagem.

Ensino e aprendizagem assumem um significado amplo, tal qual o que é dado a educação. Não há restrições às situações formais de educação. Educador e educando são, portanto, sujeitos de um processo em que crescem juntos, porque “... ninguém educa ninguém, ninguém se educa; os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. FREIRE (1974).

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Todo ato de ensino tem implícito, uma concepção acerca da relação

entre desenvolvimento e aprendizagem. Conhecer e identificar essas

concepções no cotidiano escolar fará com que a aprendizagem seja

qualitativa aos alunos, ou seja, a importância de uma mediação bem

consciente e informada faz a diferença para além dos muros da escola.

Podemos, ainda, reconhecer que a afirmação do papel mediador do

professor no processo de aprendizagem do estudante, não é uma afirmação

política de valorização do professor, mas basicamente de valorização do

conhecimento sistematizado; esse processo deve 'sempre' ocorrer, sem o

qual, a transmissão dos resultados do desenvolvimento sócio histórico da

humanidade nas gerações seguintes seria impossível, e impossível,

consequentemente, a continuidade do progresso histórico. (LEONTIEV,

1987, p. 272)

Para Vygotsky (1988), desenvolvimento é entendido como um longo

processo de internalização dos modos culturais de pensar e de agir através

do qual processos interpessoais são transformados em processos

intrapessoais. O desenvolvimento é sempre passado pela mediação. A ideia

de mediação é a ideia de intermediação mesmo, de algo interposto entre

uma coisa e outra. A relação do homem com o mundo para Vygotsky não é

uma relação direta, mas uma relação mediada, e pode ser feita por meio dos

instrumentos ou signos que são mediadores necessários para o processo de

internalização.

A escola e o professor são os intermediários diretos em todo o

processo de desenvolvimento e, outro fator que irá influenciar o processo de

desenvolvimento: é o ambiente sócio – cultural no qual o sujeito está

inserido, mas é na escola que o sujeito vai sofrer uma interferência mais

dinâmica e elaborada, cabendo ao professor servir de mediador no processo

de desenvolvimento, já que a função da escola é também a de impulsionar,

através do aprendizado, o estudante na construção de seus saberes e, ainda

também de instigar no educando conhecimentos novos. Deve haver um

continuo processo de construção do ensino-aprendizagem, a fim de garantir

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um bom nível de desenvolvimento potencial ou mental.

Logo, o ensino deve ser pensado de forma transformadora para

desencadear processos que possam interferir de modo criativo e elaborado

no desenvolvimento. A escola tem a função de suporte nessa construção e

também irá mediar todo o processo de desenvolvimento entre professor e

alunos. O professor tem a mais importante de todas as funções, que é a de

mediador e também de intervir na elaboração do conhecimento das crianças.

O professor deve propor explicações que levem o aluno a raciocinar, pensar,

elaborar seus próprios pensamentos relacionados a determinado assunto.

Para que ocorra o ensino-aprendizagem é necessário que os

profissionais da educação estejam inseridos num processo educacional que

privilegie a formação continuada e que oportunize sua participação nas mais

diferentes formas de efetivá-la, visando à ressignificação e à dinamização

dos conceitos, das posturas e das práticas docentes,

Demo (2000, p. 91) ressalta que “para o professor promover

fundamentalmente a aprendizagem é preciso que estude com afinco as

teorias e práticas de aprendizagem e que se mostre um exemplo para seu

aluno de que sabe aprender. ”

É fundamental o bom relacionamento entre professor e aluno. O

professor precisa conhecer o desenvolvimento do seu aluno nos seus

múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo, e social. E ainda precisa conhecer

melhor as questões da educação, as diversas práticas analisadas na

perspectiva histórica, sociocultural e relacioná-las em conformidade com as

necessidades da comunidade em que a escola se encontra inserida, bem

como refletir criticamente sobre seu papel diante de seus alunos e da

sociedade.

Quanto a isso, Freire (1996, p. 39) já afirmou que “é pensando

criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a

próxima prática’’.

A aprendizagem torna-se significativa a partir do momento em que o

aluno toma consciência de que a escola não é algo a parte, desvinculada da

sua realidade. Precisamos formar futuros indivíduos que se apropriem de

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instrumentos que lhe permitam perceber a realidade e transformá-la.

Ensino e aprendizagem assumem um significado amplo, tal qual é

dado a educação. Não há restrições as situações formais de educação.

Educador e educando são, portanto, sujeitos de um processo em que

crescem juntos.

10- Concepção de avaliação

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto

como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como

instrumento de investigação da pratica pedagógica, sempre com uma

dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem,

ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a

ação da pratica pedagógica.

Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho

com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a

aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da

avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as

possibilidades de desempenho no futuro e mudar as práticas insuficientes,

apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas

práticas educativas (LIMA, 2002/2003 apud PARANÁ, 2008, p. 33).

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos

professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões

a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e

aluno no acesso ao conhecimento.

É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com

o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político

Pedagógico e, mais especificamente, na Proposta Pedagógica Curricular e

no Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente

fundamentados nas Diretrizes Curriculares.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a

executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a

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expressão de conhecimento do aluno como referência para uma

aprendizagem continuada.

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem, com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo se aprendizagem dos

alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. No

entanto, a avaliação da aprendizagem não pode constituir-se unicamente na

forma de verificação do que o aluno aprendeu, antes de qualquer coisa,

deve servir como parâmetro de avaliação do trabalho do próprio professor.

Portanto, deverá ser diagnóstica, contínua, cumulativa, analisando a prática

pedagógica de todos os envolvidos.

A avaliação deve constituir-se em instrumento através do qual o

professor possa ter condições de saber se houve e, em que medida houve,

apropriação do conhecimento por parte do aluno. Deve permitir ao professor,

reconhecer a adequação de métodos de transmissão do conhecimento, uma

vez que não se pode dizer que houve ensino, se não houve aprendizagem. A

avaliação também deve mostrar se as relações pedagógicas estabelecidas

ocorreram de modo a contribuir satisfatoriamente para o processo de

transmissão/assimilação de conhecimento.

A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. ” HOFFMANN (1996).

DIMENSÕES BÁSICAS DA AVALIAÇÃO

DIMENSÃO DESAFIOS

Sensibilidade Sentir necessidade de avaliar; demonstrar percepção aguçada e abertura. Não avaliar porque é exigido exteriormente ou julgar que ‘já sabe’ antes de conhecer melhor a realidade.

Análise da Realidade

Conhecer, obter dados significativos, isto é, relevantes/essenciais e verdadeiros/fidedignos.

Clareza da Finalidade

Retomar, fazer memória da finalidade, dos objetivos (que podem estar expressos no projeto político-

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pedagógico da instituição e/ou no projeto de ensino aprendizagem do professor)

Julgamento Realizar juízo de valor/qualidade sobre o produto ou a atividade, e não sobre a pessoa.

Tomada de decisão

Decidir o que fazer; dar continuidade à prática ou elaborar um novo plano de ação, de forma individual ou compartilhada (por exemplo, com o aluno).

Ação Agir de acordo com a decisão tomada.

Diante dessa perspectiva, faz-se necessário que os educadores

revejam as práticas educativas que desenvolvem, deixando de centrar todo

o seu empenho na avaliação usada para cobrar, muitas vezes, dados e/ou

fatos não significativos em relação ao conteúdo trabalhado. Neste contexto a

avaliação deve ser emancipadora, garantindo o acesso ao conhecimento e a

possibilidade de avaliar o aluno durante todo o processo de apropriação do

saber.

11- Concepção de currículo

Sacristan fala de impressões que, “tal como imagens, trazem à mente

o conceito de currículo. ” Em algumas dessas impressões, a ideia de que o

currículo é construído para ter efeitos sobre as pessoas fica reduzida ao seu

caráter estrutural prescritivo. Nelas, parece não haver destaque para a

discussão sobre como se dá, historicamente, a seleção do conhecimento,

sobre a maneira como esse conhecimento se organiza e se relaciona na

estrutura curricular e, conseqüência disso, o modo como as pessoas

poderão compreender o mundo e atuar nele.

[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino e a acepção mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do

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plano reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas

como e o caso da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação a reconstrução social da mesma (SACRISTAN, 2000, p. 14).

Essas impressões sobre currículo podem ser consideradas as mais

conhecidas e corriqueiras, porém, nem todas remetem a uma análise crítica

sobre o assunto.

Quando se considera o currículo tão somente como um documento

impresso, uma orientação pedagógica sobre o conhecimento a ser

desenvolvido na escola ou mera lista de objetivos, métodos e conteúdos

necessários para o desenvolvimento dos saberes escolares, despreza-se

seu caráter político, sua condição de elemento que pressupõe um projeto de

futuro para a sociedade que o produz. Faz-se necessária, então, uma

análise mais ampla e crítica, ancorada na ideia de que, nesse documento,

está impresso o resultado de embates políticos que produzem um projeto

pedagógico vinculado a um projeto social.

Assim, da tentativa de responder o que é currículo, outras duas

questões indissociáveis se colocam como eixos para o debate: a intenção

política que o currículo traduz e a tensão constante entre seu caráter

prescritivo e a pratica docente.

Como documento institucional, o currículo pode tanto ser resultado

de amplos debates que tenham envolvido professores, alunos,

comunidades, quanto ser fruto de discussões centralizadas, feitas em

gabinetes, sem a participação dos sujeitos diretamente interessados em sua

constituição final. No caso de um currículo imposto às escolas, a prática

pedagógica dos sujeitos que ficarão a margem do processo de discussão e

construção curricular, em geral, transgride o currículo documento.

Isso, porém, não se dá de forma autônoma, pois o documento

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impresso, ou seja, “o estabelecimento de normas e critérios tem significado,

mesmo quando a prática procura contradizer ou transcender essa definição

pré-ativa [de currículo]. Com isso, ficamos vinculados a formas prévias de

reprodução, mesmo quando nos tornamos criadores de novas formas”

(GOODSON, 1995, p. 18).

O currículo como configurador da pratica, produto de ampla

discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas

e com organização disciplinar é a proposta das Diretrizes para a rede

estadual de ensino do Paraná, no atual contexto histórico. Não se trata de

uma ideia nova, já que, num passado não muito distante, fortes discussões

pedagógicas se concretizaram num documento curricular que se tornou

bastante conhecido, denominado Currículo Básico. Esse documento foi

resultado de um intenso processo de discussão coletiva que envolveu

professores da rede estadual de ensino e de instituições de ensino superior.

Assim, a educação era entendida como processo e não como produto. “Um

processo de reconstrução e reconstituição da experiência; um processo de

melhoria permanente da eficiência individual” (GADOTTI, 2004, p. 144).

Vinculava-se ao materialismo histórico dialético, matriz teórica que

fundamentava a proposta de ensino-aprendizagem de todas as disciplinas

do currículo. Chegou a escola em 1990 e vigorou, como proposição

curricular oficial no Paraná, ate quase o final daquela década. As Diretrizes

Curriculares, por sua vez, se apresentam como frutos daquela matriz

curricular, porém, duas décadas se passaram e o documento atual tem as

marcas de outra metodologia de construção, por meio da qual a discussão

contou com a participação maciça dos professores da rede.

Buscou-se manter o vinculo com o campo das teorias críticas da

educação e as metodologias que priorizem diferentes formas de ensinar, de

aprender e de avaliar. Alem disso, nas diretrizes a concepção de

conhecimento considera suas dimensões científica, filosófica e artística,

enfatizando-se a importância de todas as disciplinas.

Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na escola, por meio

dos conteúdos das disciplinas concorrem tanto os fatores ditos externos,

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como aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família,

trabalho quanto as características sociais e culturais do público escolar, alem

dos fatores específicos do sistema como os níveis de ensino, entre outros.

Além desses fatores, estão os saberes acadêmicos, trazidos para os

currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em

função de suas permanências e transformações.

Tais temas foram o mote das discussões propostas para os

professores durante o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares,

trabalhados numa abordagem histórica e crítica a respeito da constituição

das disciplinas escolares, de sua relevância e função no currículo e de sua

relação com as ciências de referência.

Na relação com as ciências de referência, é importante destacar que

as disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem,

estruturam-se nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais

como os mecanismos conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios

de sentido que organizam a relação do conhecimento com as orientações

para a vida como pratica social, servindo inclusive para organizar o saber

escolar.

Embora se compreendam as disciplinas escolares como

indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos

conhecimentos, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos

limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos

organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se

estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias

para a compreensão da totalidade.

Assim, o fato de se identificarem condicionamentos históricos e

culturais, presentes no formato disciplinar de nosso sistema educativo, não

impede a perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também,

como concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente

condicionada ao formato disciplinar, ou seja, a forma como o conhecimento é

produzido, selecionado, difundido e apropriado em áreas que dialogam, mas

que apresentam suas especificidades.

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Considerando o currículo como um documento que deve ser

construído e que está diretamente ligado à identidade escolar, mostrando

que a educação está intimamente ligada à política da cultura, entende-se

que este nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimentos, que de

algum modo aparece nos textos e nas salas de aula de uma nação. Ele é

sempre parte de uma tradição seletiva, sendo resultado da seleção de

alguém, da visão de algum grupo acerca do que seja conhecimento legítimo.

É produto das tensões conflitos e concessões culturais, políticas e

econômicas que organizam e desorganizam um povo.

Assim, a escola se fundamenta em princípios que nortearão o ensino

democrático, público e gratuito, partindo do princípio de que a educação

escolar é parte integrante da sociedade, visando a preparação do indivíduo

para a vida sociopolítica e cultural, sendo que seu ideal político-pedagógico

está voltado para a emancipação desse homem. Essa organização pretende

romper com a separação entre concepção e execução, entre pensar e fazer,

entre teoria e prática. Na visão progressista e abrangente de currículo,

concebemo-lo como “o conjunto de atividades da escola que afeta, direta e

indiretamente o processo de transmissão, assimilação e produção do

conhecimento”, considerando-o como um instrumento de confronto de

saberes: o saber sistematizado e o saber de classe, que é valorizado e é o

ponto de partida para o trabalho educativo. VEIGA (1989).

Por isso mesmo, o planejamento de currículo nessa visão

implica escolher, selecionar e tomar decisões educacionais baseado numa

filosofia educacional coerente, bastante analisada e que identifique e concilie

as necessidades da sociedade e do educando.

Falar sobre decisões curriculares implica em falar sobre que conhecimentos ensinar, para quem e como fazê-lo. Essa decisão aparentemente simples esconde em seu âmago todo um intrincado emaranhado de relações que envolvem distribuição de poder e controle social, aspectos esses nem sempre visíveis quando se escolhem itens do binômio planejamento – avaliação para uma organização cotidiana de atividades de uma disciplina. (CUNHA e LEITE (1996)

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O objetivo do currículo deve ser o preparo dos alunos para

serem membros democráticos e solidários, vivenciando uma cidadania

crítica e ativa. Para isso acontecer, a seleção dos conteúdos curriculares

deve promover a aquisição do conhecimento, da cultura, dos valores, da

cidadania e do trabalho.

12- Concepção de alfabetização e letramento

Com a chegada dos alunos egressos das séries iniciais do Ensino

Fundamental de nove anos às escolas que ofertam as séries finais do

Ensino Fundamental, faz-se necessário refletir sobre conceitos

fundamentais, tais como: alfabetização e letramento. Sabe-se que a

alfabetização é um processo dentro do letramento e, segundo Magda

Soares, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever. É certo também

que o conceito de alfabetização mudou no decorrer dos anos, sobre esse

aspecto, Vera Massagão Ribeiro escreve:

A definição sobre o que é analfabetismo vem sofrendo revisões nas últimas décadas. Em 1958, a Unesco definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler ou escrever um enunciado simples, relacionando-o a sua vida diária. Vinte anos depois, a Unesco sugeriu a adoção do conceito de alfabetismo funcional. É considerada alfabetizada funcional a pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e de usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. Em todo o mundo, a modernização das sociedades, o desenvolvimento tecnológico, a ampliação da participação social e política colocam demandas cada vez maiores com relação às habilidades de leitura e escrita. A questão não é mais apenas saber se as pessoas conseguem ou não ler e escrever, mas também o que elas são capazes de fazer com essas habilidades. Isso quer dizer que, além da preocupação com o analfabetismo, problema que ainda persiste nos países mais pobres e também no Brasil, emerge a preocupação com o

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alfabetismo, ou seja, com as capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social. (RIBEIRO, 2006).

Diante disso, fica claro que o letramento, na maioria das vezes, não

se inicia na escola, visto que a criança entra em contato com o mundo

letrado frequentemente muito antes da alfabetização formal, pois ainda cedo

pode ter acesso a textos escritos diversos: embalagens, revistas, jornais...;

também não se encerra na escola, é um processo que continua ao longo da

vida. Assim, é preciso reconhecer que para que haja continuidade no

processo de letramento dessa criança oriunda das séries iniciais do Ensino

Fundamental de nove anos, somente um trabalho voltado para a leitura e a

escrita poderá fazer com que a escola cumpra o seu principal papel,

formando indivíduos autônomos, capazes de atender à demanda de uma

sociedade letrada cada vez mais exigente, em que as informações devem

ser processadas e assimiladas rapidamente. No entanto, para que isso

aconteça, é preciso lembrar que o compromisso com a leitura e a escrita não

é apenas de responsabilidade do alfabetizador ou do professor de

português, todos os educadores deverão atuar de forma coordenada na

promoção do letramento, uma vez que grande parte das aprendizagens

escolares depende da capacidade de processar informações escritas,

verbais e numéricas, relacionando-as com imagens, gráficos e outros

gêneros textuais.

A função da escola, na área da linguagem, é introduzir a criança no mundo da escrita, tornando-a um indivíduo funcionalmente letrado, isto é, um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para atingir às várias demandas de uma sociedade letrada que prestigia esse tipo de linguagem com um dos instrumentos de comunicação. (KATO, 2005).

Se é função da escola introduzir o aluno no mundo da escrita,

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tornando-o um indivíduo funcionalmente letrado, não há como deixar uma

responsabilidade tão grande restrita a uma só disciplina. O letramento se dá

em todos os momentos da escolarização e prossegue ao longo da vida, não

se completa nunca e a escola precisa dar condições para que o aluno possa

gerenciar seu próprio conhecimento. Para isso, ele precisa aprender a ler a

variedade de textos com que vai se deparar, sejam verbais ou não verbais.

A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de história é do professor de história e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de ciências é do professor de ciências e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de matemática é do professor de matemática e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de geografia é do professor de geografia e não do professor de português. A tarefa de ensinar a ler e a escrever um texto de educação física é do professor de educação física e não do professor de português. A tarefa do professor de português é de ensinar a ler a literatura brasileira. (GUEDES e SOUZA, 1998).

Entretanto, para que isso realmente se efetive, é importante que

cada professor conheça as características do ler e do escrever na sua área,

seus mecanismos, estratégias e práticas (NEVES, 2006). Como essas

atividades poderão ser inseridas nas aulas de Matemática, de Ciências, de

História, de Geografia, de Arte, de Educação Física, enfim, de todas as

disciplinas da Matriz Curricular, deve estar presente no Plano de Trabalho

Docente, definindo a metodologia de trabalho tanto com a leitura quanto com

a escrita, pois escrever requer observação, conhecimentos, pesquisa,

planejamento, paciência e, conseqüentemente, leituras, releituras e

reescritas diversas. Garantindo, assim, ao aluno, não apenas o

conhecimento das letras e o modo de decodificá-las, mas a possibilidade de

usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e

comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas em um

determinado contexto cultural, ou seja, um estado não conquistado por

aqueles que simplesmente dominam o código

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A partir dessas reflexões e com base no conceito de Ribeiro (2003,

p.91) sobre Alfabetização e Letramento é que se definiu a concepção que

norteia este Projeto Político Pedagógico e os encaminhamentos

pedagógicos a serem desenvolvidos no Colégio Estadual Major Vespasiano

Carneiro de Mello para o letramento em todas as séries e modalidades de

ensino: alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um

código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio

da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da

escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita

denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como:

capacidade de ler e escrever para atingir diferentes objetivos

13- Concepção de Gestão Escolar

Embora o princípio da gestão democrática possa ser considerado

ainda recente na nossa história, há algum tempo a comunidade escolar do

Colégio Vespasiano vem buscado mecanismos para que esta realmente se

efetive. Entendida como a participação coletiva, organizada através das

instâncias colegiadas, onde cada elemento da comunidade escolar tem

representatividade e voz para manifestar a sua opinião, a gestão

democrática permite o comprometimento de um maior número de pessoas

na tomada de decisões, no planejamento, na definição do uso de recursos e

necessidades de investimentos, na implementação das decisões coletivas,

nos momentos de avaliação da escola e das políticas educacionais. A gestão

democrática está também associada à democratização do acesso e a

estratégias que garantam a permanência (com sucesso) do aluno na escola,

tendo como meta a universalização do ensino e o debate sobre a qualidade

dessa educação.

Viabilizar a participação de todos os segmentos da comunidade

escolar nas tomadas de decisões, no planejamento do processo educativo e

na sua execução é um dos grandes desafios do gestor, que é o principal

articulador para que se concretize o processo democrático. Cada segmento

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da escola (alunos, professores, pedagogos, funcionários, representantes de

movimentos sociais...) pode e deve se fazer representar em uma das três

instâncias colegiadas do Colégio Vespasiano: Conselho Escolar, APMF e

Grêmio Estudantil, os quais são constituídos conforme a legislação e

possuem Estatuto próprio.

O Conselho Escolar é o órgão máximo da escola e atua nas

principais decisões que envolvem aspectos do projeto educativo, pedagógico

e administrativo; constituído por representantes dos pais, alunos,

professores, funcionários, equipe pedagógica e sociedade organizada; seus

membros precisam estar comprometidos com o segmento que representam,

discutindo com seus pares as necessidad3es da escola, levando sugestões

ao conselho, trazendo as decisões tomadas e fiscalizando a implementação

dessas decisões.

A APMF é composta por segmentos da escola que devem agir em

prol dos alunos; sua função é decidir como aplicar os recursos de forma a

dar suporte ao trabalho pedagógico, não é somente uma instância executora

de recursos financeiros ou assistencialista, por isso precisa estar

devidamente articulada ao Conselho Escolar para que todos trabalhem em

função da melhor qualidade da educação e, para isso, é fundamental a

transparência na prestação de contas que envolve a execução de recursos

públicos.

O Grêmio Estudantil é um espaço importante de participação política

dos alunos; espaço de discussão dos problemas, de tomada de decisões e

de implementação de propostas; assim, incentivar a participação dos alunos

no Grêmio Estudantil também é compromisso do gestor na concretização da

gestão democrática.

Dessa forma, a participação de todos os segmentos da comunidade

escolar, através da representatividade nas instâncias colegiada, viabiliza o

processo democrático da gestão e tem no diretor o principal articulador para

que esse princípio realmente se efetive. Incentivar a participação dos pais,

dos professores, dos funcionários e dos alunos é o caminho para se

concretizar o princípio da gestão democrática.

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O diálogo aberto com a comunidade, a apresentação dos índices ou

discussão dos resultados de forma clara e sincera, a fixação de metas para

curto, médio e longo prazo são fundamentais para motivar a comunidade a

participar da escola, pois criam expectativas e desafiam à mudança.

Conhecer a realidade e saber onde se quer chegar, torna desafiador o

processo educativo. Divulgar, fazer saber, dar ciência de pequenas ou

grandes conquistas faz com que o indivíduo queira também ser parte

integrante dessa conquista.

VIII – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

1- Linhas de Ação do Estabelecimento

Incentivo e respeito aos órgãos colegiados: conselho escolar,

conselho de classe, grêmio estudantil, APMF, buscando sempre maior

participação desses órgãos no cotidiano da escola e nas tomadas de

decisões;

Apoio e respeito ao trabalho docente, tendo no diálogo, na orientação

e no planejamento os princípios que nortearão o trabalho pedagógico;

Equipe de direção comprometida com o bom relacionamento entre

todos os setores da escola e com a qualidade do ensino;

Manutenção do diálogo e comunicação entre todos os setores da

escola;

Garantia de que decisões tomadas em colegiado sejam

implementadas, avaliadas, reconstruídas e institucionalizadas;

Reuniões periódicas com representantes de classe (professor e

aluno) para levantar os problemas e definir possíveis soluções;

Trabalho em equipe – direção, equipe pedagógica, corpo docente,

administrativo, serviços gerais - que garanta uma soma de esforços eficazes

e coordenados em prol de um ensino de qualidade;

Garantir a disciplina de funcionamento da organização,

estabelecendo, em consenso, normas claras e possíveis de serem

cumpridas, para todos os membros da instituição;

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Promover periodicamente avaliação sistemática de todas as

instâncias da instituição, objetivando verificar o que já se conseguiu avançar,

como se vai vencer o que não foi superado, e como essa prática será

mobilizadora para os alunos, para os professores, para os pais e para a

escola;

Proporcionar a todos os envolvidos no processo educacional

momentos de estudo e reflexão sobre o Regimento Escolar e o Projeto

Político Pedagógico;

Bom aproveitamento do tempo em reuniões, hora-atividade,

conselhos de classe, para organização do trabalho pedagógico;

Reconhecimento público da escola, incentivando ações que visem à

melhoria dos índices de aproveitamento escolar e que minimizem os índices

de evasão e repetência;

Implementação de ações que visem à melhoria do rendimento

escolar;

Incentivo à implementação de projetos que tenham como objetivo o

ensino-aprendizagem;

Buscar estratégias adequadas, juntamente com toda a equipe, que

assegurem o bom desempenho e a permanência do aluno do período

noturno com sucesso na escola;

Dar especial atenção ao período noturno, para melhor atender as

suas necessidades e problemas específicos, tais como evasão e repetência;

Promover discussões sistemáticas sobre as formas de avaliar a

aprendizagem do aluno, respeitando as particularidades de cada período,

nível de ensino e disciplina;

Adotar a avaliação diagnóstica nas séries iniciais de cada nível de

ensino, como ponto de partida para o planejamento docente e para a

implementação de ações paralelas que garantam a aprendizagem;

Apoio às coordenações dos cursos técnicos na busca de parcerias

com instituições públicas e privadas para viabilização de estágios e melhoria

dos próprios cursos;

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Defender uma educação inclusiva, coerente com as necessidades do

educando e com os recursos da escola, buscando condições que orientem e

apoiem o trabalho do professor;

Estudo e reflexão sobre o P.P.P. observando a necessidade de

possíveis mudanças em função da clientela atendida;

Avaliação periódica dos planos e adaptações constantes às novas

necessidades e circunstâncias.

Instituir ciclos de eventos que tenham como objetivo a promoção dos

cursos técnicos e a melhor formação dos alunos;

Incentivar a formação continuada, proporcionando oportunidades de

formação em serviço, envolvendo todos os profissionais da escola e, quando

necessário, a comunidade;

Criar e incentivar experiências para o aprimoramento do processo

educativo;

Desenvolvimento de projetos especiais, com apoio do Grêmio

Estudantil e parcerias com outras instituições, tais como: recuperação de

estudos, reforço escolar, orientação de estudos, organização de espaços

pedagógicos, grupos de estudo e pesquisa, cultura e lazer, meio ambiente e

outros desafios educacionais contemporâneos;

Apreciação realista dos recursos humanos e financeiros a fim de

assegurar a eficácia das ações e necessidades a serem atendidas a curto,

médio e longo prazo;

Promover o contínuo aperfeiçoamento dos recursos humanos, físicos

e materiais da escola;

Implementação de projetos que visem ao melhor aproveitamento de

espaços como biblioteca, quadras esportivas, laboratório de ciências,

laboratório de informática e de recursos tecnológicos disponíveis;

Apoio ao esporte, incentivando a realização de atividades esportivas e

culturais;

Promover a integração escola-família-comunidade, por meio da

realização de palestras, reuniões e participação em eventos;

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Incentivo à elaboração de atividades pertinentes às necessidades dos

alunos (feiras culturais e científicas, festivais, grupos de teatro, palestras,

entre outros);

Incentivo e apoio à Fanfarra do colégio tendo em vista a captação de

recursos que garantam a sua continuidade e a participação em eventos

locais ou em outras regiões;

Realização de concursos que incentivem a habilidade literária e a

atividade cultural;

Promover um ambiente de trabalho que propicie uma convivência

social saudável, apoiada em valores éticos e de respeito mútuo;

2- Processo de avaliação e registro, critérios e instrumentos utilizados

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino

e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno devendo ser contínua, cumulativa e processual e

refletir o desenvolvimento global do aluno, considerando as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação

deve ser realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas neste Projeto Político-Pedagógico. O aluno não pode

ser submetido a uma única oportunidade e a um único instrumento de

avaliação. Todos os instrumentos utilizados para trabalhar um conteúdo

específico possibilitam verificar o processo de aprendizagem e, portanto, de

avaliação: textos escritos, apresentações, exercícios, produções coletivas ou

individuais, seminários, provas formais, pesquisas, teatro, práticas de

laboratório, trabalhos interdisciplinares, projetos de leitura, projetos diversos,

entre outros. Cada instrumento ou cada conteúdo precisa ter claro o que

dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar. Os critérios

definem os propósitos do que especialmente se avalia e em que dimensão.

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Assim, todos os instrumentos podem e devem ser entendidos pelo menos

em três dimensões:

I- A compreensão dos conteúdos por parte do aluno: ressaltando-se que

repetir o que o livro diz não dá conta de dimensionar de fato o que o aluno

entendeu, por isso da necessidade em se romper com modelos de avaliação

e de metodologia que priorizam a memorização simplesmente.

II- A capacidade de fazer relações entre esse conteúdo com outros e com

sua vida, relações estas que são históricas, sociais, políticas, culturais e

econômicas. Lembrar que o conteúdo em sua totalidade dá essa dimensão,

e que conhecer, significa trazer da origem do conteúdo seu significado,

portanto, contextualizar é trabalhar o conteúdo no seu sentido de origem.

Aos poucos os alunos devem ser levados a fazer estas relações e a

perceber essa totalidade.

III- Capacidade de posicionar-se, fazer julgamento, crítica. Posicionar-se

implica usar referências (históricas, políticas, culturais, econômicas, etc.)

para defender seu posicionamento.

Estes critérios devem nortear todos os instrumentos, deixando claro

para o aluno o que exatamente se está avaliando: se a comunicação oral, a

capacidade de argumentação escrita, se é simplesmente a memorização em

si, se é a estética ou organização dos cartazes do trabalho, os

procedimentos na resolução de problemas, etc. Os pesos atribuídos aos

instrumentos serão estabelecidos a partir das dimensões aqui apresentadas,

dos critérios a serem adotados no processo de avaliação e do consenso

entre professores, direção e equipe pedagógica, durante os momentos de

planejamento e replanejamento das atividades. Os critérios subsidiarão a

valoração em forma de pesos a partir da intenção que se tenha em trabalhar

algum determinado conteúdo desta ou daquela forma, bem como, trata-se

da expectativa de aprendizagem sobre o conteúdo trabalhado.

Assim, é essencial estabelecer a relação entre os conteúdos que se pretende ensinar, o objetivo para este ensino, a forma de sistematização destes conteúdos, para então, estabelecer instrumentos e critérios de avaliação claros e específicos que serão

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utilizados no processo avaliativo. (...). Não basta, apenas, a divisão dos conteúdos, mas é fundamental que se tenha clareza do que se quer com este ou aquele conteúdo (objetivos) e a forma como serão sistematizados (metodologia) e também o modo que estes conteúdos serão avaliados, ou seja, a definição de alguns instrumentos para avaliações pontuais da aprendizagem e o estabelecimento de critérios de avaliação pertinentes e coerentes com os conteúdos determinados. (BATISTA, 2008)

Para isso tudo, o professor deve ter bem claro quais conteúdos vai

trabalhar ao longo do período letivo, de que maneira esses conteúdos vão

relacionar-se entre si, de que forma eles serão trabalhados, ou seja, que

instrumentos serão utilizados para a produção desse conhecimento. Estes

instrumentos já se constituem em instrumentos de avaliação. A avaliação

não finalizará o processo, ela é o próprio processo e os critérios servirão de

referencial para perceber o que retomar e o que reavaliar. Portanto, ao

elaborar seu Plano de Trabalho Docente, o professor deve relacionar os

instrumentos articulando-os com a metodologia de ensino, definindo,

também, os critérios a serem utilizados devem ser claros tanto para a equipe

pedagógica quanto para o aluno. Os resultados obtidos nos diversos

instrumentos de avaliação serão analisados no decorrer do período letivo,

pelo aluno, pelo professor e pela Equipe Pedagógica, observando os

avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas

ações pedagógicas.

Dessa forma, para melhor atender a esse processo, o ano letivo

passará a ser organizado sob a forma de trimestre, sendo considerado

aprovado o aluno com Média Anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero), ficando a fórmula da Média Anual:

MA = 1º trimestre +2º trimestre + 3º trimestre = 6,0

3

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos

em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das

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avaliações dos alunos serão registrados nos campos específicos do livro

Registro de Classe, indicando-se o instrumento utilizado, o valor, o dia em

que ocorreu a avaliação e o conteúdo avaliado, a fim de que sejam

asseguradas a clareza das informações, a regularidade e a autenticidade da

vida escolar do educando.

3– Procedimentos de intervenção didática – recuperação de estudos,

conselho de classe e os critérios utilizados, processos de promoção

classificação, reclassificação, adaptação/aproveitamento de estudos,

regime de progressão parcial

3.1- Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos é um processo de trabalho em que

professor e aluno procuram sanar dificuldades e limites encontrados em

cada disciplina, sendo inerente ao processo ensino/aprendizagem, tem

caráter imediato, de atendimento continuo na própria classe e \ ou

extraclasse e ocorre de duas formas:

1- A retomada imediata dos conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação utilizados durante o processo de ensino-

aprendizagem;

2- A utilização de instrumentos de avaliação diversos para verificação da

aprendizagem dos conteúdos já retomados em sala de aula.

Todos os instrumentos utilizados para trabalhar um conteúdo

específico possibilitam verificar o processo de aprendizagem e, portanto, de

avaliação. Os estudos de recuperação serão paralelos e, portanto, logo após

a análise dos resultados em cada instrumento avaliativo aplicado, o

professor deve retomar conteúdos não assimilados possibilitando aos alunos

que não atingiram os objetivos previstos uma nova oportunidade de

aprendizagem. A recuperação de aprendizagem deve ser imediata e

contínua; deve atender as dificuldades específicas dos alunos; deve

abranger não só os conceitos, mas também as habilidades, procedimentos e

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atitudes.

A partir da percepção do professor, a recuperação pode ocorrer

através de pesquisa, seminário de apresentação para grupo de alunos

diferentes, produções coletivas e individuais, entre outros, conforme a

dimensão do conteúdo que não foi aprendido pelo aluno.

Além da recuperação imediata e contínua, o Colégio poderá ofertar,

caso se faça necessário, a recuperação paralela, intensiva no final dos

bimestres. A recuperação paralela deve ser preferencialmente feita pelo

próprio professor que viveu com o aluno aquele momento único de

construção do conhecimento. A recuperação intensiva, no final dos

trimestres, abrange uma quantidade maior de conteúdos e tem o mérito de

não deixar os problemas se acumularem ao longo do ano letivo.

Na atribuição de notas o peso das recuperações deverá ser

proporcional aos valores das avaliações como um todo, ou seja, se o

processo vai de 0 a 100¨% de apreensão, diagnóstico e retomada dos

conteúdos, a recuperação terá peso de 0 a 100%. Todos os alunos têm

direito a recuperação, inclusive os que já atingiram a média prevista no

regimento da escola.

A recuperação de estudos deve estar registrada no campo dos

conteúdos indicando que conteúdo foi retomado. As recuperações, uma vez

feitas em sala de aula, devem estar também registradas nesse campo

indicando “recuperação de estudos – conteúdo e o valor”. No registro de

notas deve estar registrado o instrumento utilizado, o valor e o dia em que

ocorreu a recuperação. Se realizada em casa, sob a forma de pesquisa, por

exemplo, deve-se indicar os nomes dos alunos, o instrumento utilizado, o

valor e o conteúdo que foi recuperado no campo observações, registrando

também no campo de notas.

Vale ressaltar que o colégio não contempla a recuperação após o

encerramento do período letivo.

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3.2- Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado e uma instância

avaliativa que analisa, discute e delibera sobre os processos de ensino e

aprendizagem no estabelecimento de ensino. É um organismo colegiado,

constituído no espaço escolar, que prioriza a discussão pedagógica em torno

dos processos de ensino, de aprendizagem e de avaliação. É o momento

privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a

fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de

ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.

No Colégio Vespasiano, o Conselho de Classe é organizado em três

momentos distintos:

· Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como

oportunidade de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à

análise do colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo

de ensino, com vistas à superação dos problemas levantados e que não são

privativos deste ou daquele aluno ou desta ou daquela disciplina. É um

espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem, mediado

pela equipe pedagógica, junto com os alunos e professores, ainda que em

momentos diferentes.

- Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho

(grande grupo), são discutidos os diagnósticos e proposições levantados no

pré-conselho, estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e

atuais, entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre

alunos. A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias

devem ser revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer

um novo olhar sobre a forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em

conta as necessidades dos alunos.

· Pós-conselho de classe: encaminhamentos e ações previstas no Conselho

de classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos alunos

sobre sua situação escolar e as questões que a fundamentaram

(combinados necessários); retomada do plano de trabalho docente no que

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se referem à organização curricular, encaminhamentos metodológicos,

instrumentos e critérios de avaliação; retorno aos pais/responsáveis sobre o

aproveitamento escolar e o acompanhamento necessário, entre outras

ações. Todos estes encaminhamentos devem ser registrados em ata.

Uma vez que a avaliação envolve, tanto a aprendizagem do aluno

quanto a própria ação de ensinar do professor, é possível estabelecer uma

relação a partir da própria organização do conselho de classe, a qual deve

abranger:

- Organização das reuniões e momentos de articulação entre os diferentes

sujeitos envolvidos no processo de avaliação escolar. Faz parte da

organização do trabalho pedagógico e é responsabilidade direta de

pedagogos, direção e professores;

- A auto-avaliação do professor;

- A auto-avaliação da equipe pedagógica;

- A análise diagnóstica das turmas;

- A discussão, a tomada de decisões e o registro das propostas de ação

pedagógica, estabelecidas coletivamente, e a responsabilidade de todos os

sujeitos do processo educativo por colocá-las em prática.

O Conselho de Classe é muito mais que a simples retrospectiva do

comportamento e notas do aluno no decorrer do período e, neste espaço,

tornam-se possíveis as mudanças, ainda que pequenas e gradativas, mas

que sigam numa mesma direção. Assim, no processo de organização do

Conselho de Classe é necessário considerar a definição de critérios, os

quais devem ser qualitativos e não quantitativos, e que sustentam a função

deliberativa e orientam a prática pedagógica. As discussões no Conselho de

Classe final, as quais são mediadas pela equipe pedagógica, bem como

respaldadas e presididas pela direção escolar devem, por sua vez, se

sustentar sobre alguns critérios qualitativos:

· Avanços obtidos na aprendizagem;

· Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;

· Desempenho do aluno em todas as disciplinas;

· Acompanhamento do aluno no ano seguinte;

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· Situações de inclusão;

· Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex. Falta de professores

sem reposição);

· Não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram

média para aprovação devem ser submetidos à análise e decisões do

Conselho;

· Não há número de disciplinas para aprovar ou reprovar. Mesmo que o

aluno tenha sido reprovado em todas as disciplinas o que está em análise é

sua possibilidade de acompanhar a série seguinte;

· Questões disciplinares não são indicativos para reprovação. A avaliação

deve priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não

suas atitudes ou seu comportamento.

Ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não quer

dizer que o aluno não possa ser novamente aprovado no ano seguinte. A

análise, nestes casos, deve voltar-se às ações e ao acompanhamento

pedagógico deste aluno que não foram efetivos de modo a mudar os

encaminhamentos para que o aluno tivesse oportunidade de outras formas

de entendimento dos conteúdos;

3.3- Processos de promoção classificação, reclassificação, adaptação / aproveitamento de estudos, regime de progressão parcial

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar

do aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Na promoção ou certificação

de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a

média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a

freqüência mínima exigida por lei. Os alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem freqüência mínima de

75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas e média anual igual

ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados

aprovados ao final do ano letivo. Os alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio serão considerados retidos ao final do ano

letivo quando apresentarem:

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I. freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas

letivas, independentemente do aproveitamento escolar;

II. freqüência superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas

letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento

que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de

estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos

por meios formais ou informais, podendo ser realizada por promoção, para

alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na

própria escola ou por transferência, para os alunos procedentes de outras

escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de

origem. A classificação independe da escolarização anterior e acontece

mediante avaliação para posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou

etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência adquiridos

por meios formais ou informais. A classificação tem caráter pedagógico

centrado na aprendizagem, e exige, conforme previsto no Regimento

Escolar, as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das

escolas e dos profissionais: organizar comissão formada por docentes,

pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; realização de

avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica;

comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

para obter o respectivo consentimento; arquivar Atas, provas, trabalhos ou

outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no Histórico Escolar

do aluno.

No Curso de Educação Profissional, nível médio, a classificação

será efetuada por promoção e por transferência para a mesma habilitação.

No entanto, é vedada a classificação, independentemente da escolarização

anterior, para série, etapas, períodos posteriores, considerando a

necessidade do domínio de conteúdos para a formação em Educação

Profissional e Formação de Docentes.

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de

ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente

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no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de

encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e

desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico

Escolar. Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço

na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na

série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma

possa iniciar o processo de reclassificação. Os alunos, quando maior, ou

seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de estudos através do

processo de reclassificação, cabendo à escola aprová-lo ou não. A equipe

pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus

responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a

ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. De acordo com o

Regimento Escolar, a equipe pedagógica do estabelecimento de ensino,

assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá

Comissão, conforme orientações emanadas da Secretaria de Estado da

Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a

necessidade da reclassificação. Cabe à Comissão elaborar relatório dos

assuntos tratados nas reuniões, anexando os documentos que registrem os

procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na Pasta

Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela

equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de

aprendizagem. O resultado do processo de reclassificação será registrado

em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do processo

de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado

no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada,

assim como, aos cursos da Educação Profissional e Formação de Docentes.

A adaptação de estudos de disciplinas, feita pela Base Nacional

Comum, é atividade didático-pedagógica desenvolvida sem prejuízo das

atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno

possa seguir o novo currículo, e deve ser realizada durante o período letivo

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe

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pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno

está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno. Ao

final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais

serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.

Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados, devendo a

carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de

ensino de origem, ser transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da

carga horária total do curso. Na Educação Profissional, em cursos

subseqüentes, o aproveitamento de estudos deve estar relacionado com o

perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou habilitação

profissional, adquiridas no Ensino Médio; em qualificações profissionais,

etapas ou módulos em nível técnico concluídos em outros cursos, desde que

cursados nos últimos cinco anos; em cursos de formação inicial e

continuada de trabalhadores, no trabalho ou por meios informais; em

processos formais de certificação; no exterior. A avaliação para fins de

aproveitamento de estudos será realizada conforme os critérios

estabelecidos no Plano de Curso. No entanto, é vedado o aproveitamento de

estudos nos cursos integrados ao Ensino Médio.

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula

com Progressão Parcial, porém serão aceitas as transferências recebidas de

alunos com dependência em até três disciplinas e deverão ser cumpridas

mediante plano especial de estudos. Não é permitida a matrícula de alunos

em regime de Progressão Parcial nos cursos de Educação Profissional

técnica de nível médio com organização curricular subseqüente ao Ensino

Médio (semestral).

4- Aprimoramento da prática pedagógico / Formação Continuada

Para refletirmos sobre a formação dos professores devemos ter como

ponto de partida a formação pessoal de cada educador no ambiente escolar,

assim:

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Pensar na formação do professor para exercitar uma adequada pedagogia dos meios, uma pedagogia para modernidade, é pensar no amanhã, numa perspectiva moderna e própria de desenvolvimento, numa educação capaz de manejar e de produzir conhecimento, fator principal das mudanças que se impõem no Século XXI. E desta forma seremos contemporâneos do futuro, construtores da ciência e participantes da reconstrução do mundo. MORAES (1993)

Portanto, desenvolver competência profissional, é condição

imprescindível a ser vivenciada por todos os profissionais e, em especial, por

aqueles que são responsáveis pela vida da escola e sua qualidade, a fim de

que possam acompanhar aquela dinâmica e estabelecer a renovação

contínua da escola.

A competência é formada por conhecimentos, habilidades e atitudes

necessários para o desempenho profissional. Estes são desenvolvidos tanto

mediante cursos especiais, leituras, como também, e sobretudo, na

orientação cotidiana para aprender e construir conhecimentos a partir da

própria prática profissional. Esta orientação, porém, demanda um cuidado e

atenção especial com a observação, análise, reflexão e registro das ideias

desenvolvidas neste processo.A formação continuada busca a constituição

do sujeito, com sua história de vida, formação, cidadania e de educador,

para a constituição do sujeito educador que pode, ou não, estar em sala de

aula, mas educa ao trabalhar com a educação como processo de vida.

Hoje, professores e funcionários dispõem de laboratório de

informática, instalados através do Programa Paraná Digital e do Proinfo

onde podem fazer uso dos ambientes virtuais de Educação a Distância como

ferramenta para a formação continuada. Esses devem ser espaços de

convivência entre funcionários de todos os setores da escola e professores,

para que possa haver a troca de conhecimentos, o aprender com o outro, a

socialização do conhecimento, onde quem sabe mais ensina a quem sabe

menos.

Assim, um bom espaço para o cumprimento da hora-atividade pode

ser o laboratório de informática, pois ali, professor e equipe pedagógica têm

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acesso ao conhecimento necessário para a preparação das aulas, podem

trocar experiência com outras unidades de ensino, buscar práticas

inovadoras que enriqueçam a sua prática e, além disso, usar o ambiente

virtual para a sua própria formação. O ambiente virtual de aprendizagem é

uma ferramenta que contribui muito para o ensino/aprendizagem e para o

processo de formação continuada. Todos os profissionais da educação

devem conhecer o seu funcionamento e aproveitar as vantagens que essa

ferramenta proporciona para sua formação. A participação em cursos

ofertados nessa modalidade torna possível que o professor alie esses

conhecimentos a sua prática em sala de aula e ao uso da internet com seus

alunos.

Além das possibilidades de formação continuada através do

ambiente virtual, professores e funcionários podem participar dos programas

ofertados pelo Governo Estadual e Federal, como o PDE (Programa de

Desenvolvimento da Educação), o Pro funcionário (o qual emite certificação

a nível técnico pós-médio aos Agentes Educacionais I e II que concluem o

curso), Escola do Governo e Plataforma Freire, bem como das atividades de

Formação Continuada promovidas pelo Núcleo Regional e pela Secretaria

de Estado da Educação.

A hora-atividade também é um momento de reflexão sobre a prática

pedagógica e sua organização deve priorizar a reunião de professores de

áreas afins para facilitar a troca de experiências, a leitura e a análise de

textos que contribuam para a formação continuada, o acompanhamento da

equipe pedagógica e a participação dos professores nas oficinas

organizadas pelo Núcleo Regional.

5- Articulação do estabelecimento com a comunidade e atuação da

equipe multidisciplinar, entre outras situações previstas na legislação

educacional

5.1- Articulação do estabelecimento com a comunidade

A integração com as famílias e a comunidade em geral objetiva criar

condições adequadas de convivência e de trabalho para todas as ações

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educativas. Para isso, são utilizadas algumas estratégias como: a realização

de reuniões de com pais ou responsáveis pelos alunos e/ou o atendimento

individual a pais ou responsáveis, incentivo à participação da comunidade

nas diversas instâncias colegiadas como o Conselho Escolar e Associação

de Pais, Mestres e Funcionários, incentivo para a participação dos alunos

nos projetos complementares (Salas de Apoio, CELEM, Atividade de

Complementação Curricular, Fanfarra), Grêmio Estudantil e como

Representantes de Turma. O constante acompanhamento do rendimento

escolar dos alunos busca ampliar as possibilidades de uma contribuição

mais significativa da família no processo escolar. Por isso, Este

estabelecimento de ensino procura desenvolver acordos com parceiros que

possam auxiliar no bom desempenho da comunidade escolar através de

ações como:

Palestras de conscientização abordando temas de interesse coletivo,

como: mercado de trabalho, drogas, DSTs, primeiros socorros, gravidez na

adolescência, uso adequado da tecnologia (celular, redes sociais); violência

doméstica;

Envolvimento do conselho tutelar e Patrulha Escolar para

conhecimento e aplicação dos direitos e deveres;

Solicitações às universidades para esclarecimentos sobre os cursos

ofertados;

Intermediar a realização de convênios com instituições públicas,

privadas e não governamentais.

Ciclo de palestras dos cursos técnicos sobre assuntos do interesse

dessa clientela escolar e que podem contribuir para a qualificação

profissional.

5.2- Atuação da equipe multidisciplinar

A Equipe Multidisciplinar de Educação das Relações Étnico-Raciais

do colégio é formada por representantes dos professores, representantes

dos agentes educacionais e representantes das instâncias colegiadas,

escolhidos por processo eletivo entre seus pares. Compete à Equipe

Multidisciplinar:

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1. Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho

Escolar e as

Orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a

Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) e o Ensino de História e

Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena;

2. Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os

professores na elaboração do Plano de Trabalho docente no que se refere à

ERER

3. Realizar formação permanente com os demais profissionais de educação

e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo

DEDI/SUED.

4. Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,

funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o

Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.

5. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento

ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando

professores/as, equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as,

pais, mães e alunos/as.

6. Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias, quando

for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo,

denunciadas nos estabelecimentos de ensino.

7. Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano

Nacional de

Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o

Ensino da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

8. Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de

conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de

ensino.

9. Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe

multidisciplinar.

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O trabalho das Equipes Multidisciplinares nas escolas será

organizado nas modalidades de Encontros e Seminários. Esses encontros

têm caráter organizativo e formativo e carga horária cumpridas na escola

com cronograma de execução sugerido pela própria equipe e aprovado

pelas Equipes Multidisciplinares dos NREs ao início do ano letivo. Os

Seminários têm caráter formativo envolvendo docentes com conhecimento

e/ou experiência nas temáticas de ERER e no Ensino de História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena. Os Seminários deverão ser realizados

na Semana da Consciência Negra como culminância das atividades

planejadas e desenvolvidas nos Encontros das Equipes Multidisciplinares e

ao longo do calendário letivo, contemplando data (s) significativa (s) da

comunidade local.

5.3- Outras situações previstas na legislação educacional

5.3.1- Estágio Obrigatório

A Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008 traz nova definição e

classificação do estágio, definindo-o como “ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a

preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

frequentando o ensino regular”, devendo ser inserido no projeto político

pedagógico do curso, no presente caso, no ensino médio.

Através desta legislação, o estágio abrange duas modalidades:

obrigatória, cuja carga-horária é para aprovação e obtenção de diploma no

curso; e não obrigatório, integrando a formação do educando, enquanto

atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória do curso

regular.

No ensino técnico profissionalizante e no curso de Formação de

Docentes, contamos com vários colaboradores, que atuam como

complementação no ensino curricular, oportunizando aos alunos o

desenvolvimento de ações e práticas profissionais realizadas sob a forma de

estágios com orientação direta de nossos professores e dos profissionais

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daquelas Instituições. Os alunos do Eixo Tecnológico de Turismo e

Hospitalidade têm a oportunidade de desenvolver ações práticas em

restaurantes, hotéis e pousadas da região, bem como em setores de

responsabilidade da Secretaria Municipal de Turismo.

Os alunos do curso de Formação de Docentes realizam a Prática de

Formação em escolas da rede pública municipal e da rede particular do

município, sempre com orientação direta de professores e coordenadores do

colégio e dos profissionais das escolas em que realizam o estágio.

As atividades no estágio serão desenvolvidas de acordo com a

disciplina de Estágio ou de Prática de Formação, viabilizando a construção

do conhecimento prático através da fundamentação teórico científica,

capacitando o aluno a desempenhar atividades inerentes à profissão, com

orientação, acompanhamento e supervisão do professor da referida

disciplina e do coordenador de estágio.

Cabe ao estabelecimento de ensino preparar toda a documentação

legal referente aos estágios e ao coordenador de estágio, dentre outras

previstas no Regimento Escolar e neste P.P.P., solicitar campo de estágio e

encaminhar para a SEED, afim de realizar os devidos convênios; orientar

professores e supervisores quanto ao estágio; fornecer aos professores

material para relatório e avaliação do aluno; controlar as entregas de

relatórios e avaliações pelos professores de estágio; visitar periodicamente

os devidos campos de estágio

Cabe à instituição que concede o estágio oferecer campo de estágio

nos seus diversos serviços para os alunos, designando os locais para

atuação e número máximo de alunos por local ofertado, obedecendo a

critérios preestabelecidos de acordo com as necessidades e possibilidades

dos convenentes. Avaliar junto aos representantes da Instituição de Ensino,

ao término de cada período, o estágio realizado. Permitir aos docentes da

Instituição de Ensino, acesso aos locais ofertados para o estágio, para

conhecimento e entrosamento com os serviços e equipes informar à

coordenação de curso da Instituição de Ensino com antecedência mínima de

30 (trinta) dias, qualquer alteração do programa aprovado. Designar um

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representante da Instituição cedente para acompanhar o desenvolvimento e

a operacionalização das atividades.

De acordo com as exigências feitas pelas Instituições cedentes de

campo de estágio, os alunos deverão ser alertados quanto ao período da

realização dos estágios e cumprir as normas internas da instituição cedente.

Os alunos deverão assinar um termo de compromisso se responsabilizando

em cumprir ou fazer cumprir as exigências e as atividades, A avaliação do

estágio deverá ser realizada de acordo com as especificidades de cada

curso e disciplina.

5.3.2- Estágio não obrigatório

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político Pedagógico

da escola não pode contrapor-se à própria concepção de escola pública,

ainda que o estágio seja uma atividade que vise a preparação para o

trabalho produtivo, conforme Lei nº 11788/2008. O Estágio não-obrigatório

visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e á

contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando

para a vida cidadã e para o trabalho. Será ato educativo escolar

supervisionado, com acompanhamento efetivo pelo professor orientador do

Colégio e por supervisor da parte concedente. Os locais de estágio serão

selecionados pela instituição de ensino através de cadastro de partes

concedentes, podendo ser pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da

administração pública, profissionais liberais de nível superior registrados nos

conselhos de fiscalização profissional, observado o disposto no Art. 9º da Lei

11.788/2008. Cabe à instituição de ensino observar as obrigações previstas

no Art. 7º da mesma lei, especialmente no que concerne à comunicação à

parte concedente do estágio não-obrigatório as datas de realização das

avaliações escolares do estagiário para que o mesmo não sofra prejuízos no

seu aproveitamento escolar. A jornada de atividade em estágio não-

obrigatório não poderá ultrapassar 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas

semanais. Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário

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que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a

escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais

necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho.

Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio

desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este

possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário

com o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos

transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que maneira tais

relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e

socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das

turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre

as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta

prática.

Com base nas considerações destacadas, ressalta-se que a

inserção do estágio não obrigatório, no PPP, deve tomar como referência o

papel do estágio a partir das relações de trabalho, o papel do pedagogo na

mediação do estágio, o papel do aluno estagiário em relação à instituição e

às escolas e o papel do conhecimento escolar na compreensão das relações

de trabalho diante da sociedade atual.

6 - Como a escola contemplará conteúdos obrigatórios

6.1- História do Paraná;

De acordo com a Lei Estadual nº 13 381/01, que prevê a

contemplação da História do Paraná em todas as áreas do conhecimento,

torna-se uma exigência que todos os PPCs e PTDs insiram a mesma, sendo

assim, todas as disciplinas da matriz curricular do ensino fundamental,

médio e profissionalizante devem contextualizar a História do Paraná com

seus conteúdos específicos. Sendo dado maior ênfase nas disciplinas de

Arte, História, Geografia e Português.

Dentro da disciplina de Arte sugerem-se como conteúdos a serem

trabalhados as manifestações socioculturais do Paraná como as danças, o

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folclore, as comidas típicas, as artes plásticas e a musicalidade.

Em História o foco principal sugerido é o histórico regional,

valorizando a formação do município de Castro, bem como a sua

participação e importância na história de formação do Estado do Paraná.

Sugerem-se como conteúdos a serem abordados a ocupação indígena, a

ocupação espanhola, a ocupação portuguesa no Paraná, o tropeirismo e a

imigração de estrangeiros. Citando também a importância dos

afrodescendentes no processo de formação do Paraná.

Dentro da disciplina de Geografia também deve ser focalizada a

questão regional, trabalhando a importância do município de Castro na atual

configuração territorial e econômica do Paraná. Devem ser abordadas

também a hidrografia, a vegetação, o clima, e relevo e as riquezas minerais.

Também devem ser discutidas questões econômicas relevantes do nosso

estado e da região de Castro como por exemplo a participação de cada setor

da economia na constituição do produto interno bruto do Paraná, os

transportes, o crescimento das cidades e o Mercosul.

Já na disciplina de Português devem ser trabalhados textos

interpretativos da história paranaense, os hinos municipais e o hino estadual.

Na literatura, poesia, trocadilhos, parlendas, vocabulário e livros de

escritores paranaenses, enfatizando a questão regional.

Com base nos exemplos acima, todas as disciplinas devem

obrigatoriamente colaborar com esse processo, adequando seus conteúdos

e inserindo temas relativos a história do Paraná aos mesmos.

6.2- História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena ( Lei nº 11.645/08)

Uma sociedade democrática e justa, inclui todos os setores da

população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou

dominação. Nesse contexto, a Lei 10.639/2003, prevê em seu artigo 26:

“Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-

Brasileira”. A Lei em si não basta, pois aprendemos a História dos outros, ou

parte dela, no entanto a cultura universal inclui feitos Afros de grande

importância e estes são desconhecidos ou desprezados pela educação

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brasileira. É preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que

tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessa cultura,

incluindo afro-brasileiros na condição de decisivos para a construção da

sociedade, proporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-

se de novos saberes sobre a cultura Afro-brasileira.

Com o objetivo de promover a releitura da História do mundo

africano, sua cultura e os reflexos sobre a vida dos afro-brasileiros em geral,

a organização dos conteúdos, de todas as disciplinas, deve contemplar a

garantia à cidadania e a igualdade racial. Ao encontro do que diz a lei

supracitada, sugere-se as seguintes propostas de trabalho que poderão ser

abordadas pelos docentes no decorrer do ano letivo:

- Trabalhar as diferenças e semelhanças de vida entre afro-brasileiros e

negros de outros países.

- Apresentar a contribuição afro-brasileira em manifestações na arte,

literatura, esportes, culinária, língua, religião, como elementos de formação

da cidadania.

- Reconhecer o papel do negro na definição e na defesa do território, os

Quilombos rurais e urbanos, o negro na periferia e na questão da posse de

terras.

-Proporcionar condições para o conhecimento sobre questões relativas a

saúde e doenças.

-Comparar o relacionamento entre africanos na era pré-colonial, no período

de dominação européia e na atualidade.

-Discutir e conhecer as personalidades negras que deixaram ou estão

deixando sua contribuição nos diversos setores da sociedade, como

expressões culturais, desportivas, artísticas, políticas, musicais, religiosas

etc...

- Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros,

jornais, revistas, filmes, fotos, visitas, passeios e confrontar dados e

abordagem.

- Trabalhar com documentos variados, edificações, plantas urbanas, mapas,

instrumentos de trabalho, rituais, adornos, meios de comunicação,

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vestimentas, textos, imagens e filmes.

- Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas,

organização de informações coletadas, como obter informações de

documentos, como proceder em visitas e estudos.

- Promover estudos e reflexões sobre diversidade de modo de vida e de

costumes dos afros brasileiros.

- Promover estudos e reflexão sobre a presença na atualidade de elementos

afro-brasileiros na localidade.

- Debater questões do dia- a- dia dos afros brasileiros.

- Propor estudos sobre a diversidade étnico racial da comunidade e suas

relações.

- Construir com os alunos: resumos orais, em forma de textos, gráficos, linha

de tempo, criação de brochuras, murais, teatros, danças, coreografias,

comidas, vestimentas, instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas

danças, exposições e estimular a criatividade expressiva.

- Propor pesquisa específica envolvendo rituais e superstições hoje

concebidas que percorreram tempo e espaço na sociedade brasileira

envolvendo a etnia afro brasileira.

- Propor pesquisa científica envolvendo a culinária afro-brasileira e sua

inclusão no dia-a-dia do povo brasileiro e em especial da comunidade.

6.3- Música

A música é um bem cultural e por isso não pode ser um privilégio de

poucos. Portanto, em conformidade com a Lei Federal 11 769 /08 que dispõe

sobre a obrigatoriedade do ensino da Música na Educação Básica, além de

ser componente curricular da disciplina de Arte, a música também é

trabalhada em contraturno escolar, através do Projeto de Fanfarra

desenvolvido no colégio. As demais disciplinas da matriz curricular, de

acordo com suas especificidades, poderão incluir atividades de

musicalização no seu Plano de Trabalho, tendo em vista que a

musicalização pode contribuir com a aprendizagem, favorecendo o

desenvolvimento cognitivo, lingüístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança

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e do adolescente. Para Bréscia (2003) a musicalização é um processo de

construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e

desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da

sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da

imaginação, memória, concentração, atenção, auto-disciplina, do respeito ao

próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma

efetiva consciência corporal e de movimentação.

6.4- Prevenção ao uso indevido de drogas

A prevenção ao uso indevido de drogas é compromisso de

todos os profissionais da educação, bem como de toda comunidade. Dessa

forma, além do trabalho realizado em cada uma das disciplinas da matriz

curricular, serão realizadas palestras, debates, campanhas, entre outros, em

parceria com o Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, APMF, Secretaria de

Saúde, Patrulha Escolar e outras instituições que tenham por objetivo a

prevenção ao uso de drogas.

6.5- Sexualidade humana

Aspectos relativos à sexualidade humana serão trabalhados por

todos os profissionais da escola através de ações afirmativas que combatam

o preconceito e promovam a conscientização quanto ao princípio

constitucional de que todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza,

bem como objetivando a prevenção da gravidez na adolescência. De acordo

com a idade/série dos alunos e parecer da equipe pedagógica e do conselho

escolar, serão realizadas palestras, debates, campanhas com o objetivo de

promover essa conscientização e garantir o respeito entre os indivíduos

independente da opção sexual. Além das disciplinas que já apresentam a

sexualidade humana como conteúdo previsto no seu rol de conteúdos, as

demais disciplinas da matriz curricular poderão também promover debates,

seminários, estudos para discutir assuntos de interesse dos adolescentes e

que possam contribuir para a formação de uma consciência ética de respeito

ao corpo e de valorização da vida

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6.6- Educação ambiental, Lei Federal nº 9796/99, Dec. nº 4201/02;

Considerando a Política Nacional de Educação Ambiental –

PNEA/Agenda 21 – Lei 9795/99 estaremos dando continuidade as atividades

ambientais que este Colégio já desenvolve e inserir a educação ambiental

como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os

níveis, disciplinas e modalidades do ensino formal.

Atividades contempladas e que terão continuidade:

Valorizar e preservar todo o espaço físico e ambiental do Colégio,

reconhecendo este como exercício dos direitos e deveres da cidadania;

Relacionar à preservação ambiental a qualidade de vida, através de

pequenos gestos que vão contribuir para o bem-estar comum.

Analisar os impactos ambientais e mobilizar os alunos para os

problemas existentes no espaço escolar e fora desse, através de ações que

deverão ser desenvolvidos no decorrer do período letivo.

A dimensão ambiental deve ser interdisciplinar com o propósito de

atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da

Política Nacional de Educação Ambiental.

As ações educativas devem ser desenvolvidas, por meio das

seguintes linhas de atuação inter-relacionadas: desenvolvimento de estudos,

pesquisas e experimentações, produção e divulgação de material educativo

entre outros.

Em se tratando do Brasil, não é possível falar da história dos índios

sem voltar ao Brasil colônia. Lembrando que na história do descobrimento,

os índios já estavam presentes, embora conforme a cultura europeia, fossem

considerados como animais e só serviam como força de trabalho.

Precisamos desfazer a imagem negativa do índio visto a partir da

Europa e introduzir uma nova visão do índio a partir da nossa cultura

elevando-o de coadjuvante a sujeito da história.

Precisamos estudar as diversas denominações indígenas no Brasil

para entendermos como funcionava a cultura dos mesmos.

Ao voltarmos para as origens dos índios veremos que eles já tinham

organização política, econômica e religiosa, portanto não eram tão inocentes

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como pensavam os europeus.

Partindo dessa concepção da cultura indígena no Brasil, precisamos

harmonizar entre as disciplinas qual a melhor maneira de transmitirmos

esses ensinamentos culturais aos alunos. Sendo assim, podemos fazer

acontecer a interdisciplinaridade, que vem ao encontro dos anseios da

política da SEED.

Por se tratar de uma gestão democrática, podemos contar com os

membros da comunidade escolar para que nossas expectativas sejam bem

sucedidas.

Ao resgatarmos a história dos índios do Brasil, estaremos dando

identidade própria a nossa história.

6.7- Educação Fiscal e Educação Tributária (Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02)

O Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF foi regulamentado

por meio da Portaria Conjunta do Ministério da Fazenda e da Educação nº

413 de dezembro de 2002. Essa mesma portaria define as competências

dos órgãos envolvidos na implementação do Programa. A Educação Fiscal

é um processo educacional que norteia a construção de um sistema

tributário justo e harmônico. Para que haja uma mudança de comportamento

na sociedade, com o despertar da consciência de cidadania, é necessária

uma educação permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento

de hábitos, atitudes e valores. É fundamental o aprimoramento da

consciência social do cidadão. Segundo Albuquerque, (1999 p. 46), a

compreensão da Educação Fiscal, como conhecimento necessário ao

exercício dos direitos do ser humano, é um passo que a escola dá na

constituição de uma sociedade mais digna, mais justa, mais solidária e mais

feliz. A educação fiscal representa um grande desafio para as escolas, para

os professores e os alunos, pois permite, desde cedo, trabalhar o conceito e

a prática global da cidadania com as crianças. O trabalho com esse tema

nos permite conhecer mais sobre os impostos que pagamos ao Estado, além

de ensinar a cobrar o retorno em melhores políticas públicas.

O Programa de Educação Fiscal do Paraná tem como objetivo geral

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estimular a mudança de valores e de atitudes, propiciar o pleno exercício da

cidadania e contribuir para o aprimoramento da sociedade. Os objetivos

específicos, em consonância com o Programa Nacional, são:

- Estimular o cidadão a refletir para a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimento aos cidadãos sobre administração pública;

- Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos

públicos;

- Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Com base nisso, a escola busca trabalhar a educação fiscal através

de jogos, teatro, leituras, debates, palestras, reflexão sobre o tema,

empregando também as atividades do Programa de Educação Fiscal do

Paraná, inseridas nas disciplinas de Matemática, Sociologia e Geografia, o

que não impede que outras disciplinas trabalhem com a questão da

Educação Fiscal, tendo em vista a transversalidade da temática.

6.8- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente e Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07)

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e o Estatuto da Criança e

do Adolescente (ECA), a criança e o adolescente têm direito à educação,

visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício

da cidadania e qualificação para o trabalho. É, portanto, responsabilidade de

todos, Poder Público, família, comunidade ligada direta ou indiretamente à

educação escolar preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar,

pois não basta apenas garantir o acesso à escola, é preciso garantir a

permanência (com sucesso) do aluno. Nesse sentido, faz-se necessário que

a escola tenha claro o princípio da inclusão, não somente inclusão do aluno

com necessidade especial, mas a inclusão real que acontece com o

reconhecimento de que cada aluno é diferente e que o contato e o convívio,

no plano formal e informal, entre pessoas diferentes, é uma oportunidade

para a construção de laços de vinculação, de relações afetivas que podem

vir a revelar-se, ao longo dos anos, como um suporte fundamental na

construção da personalidade das pessoas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) veio reforçar e

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- 92 - Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello

Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal Rua Dom Pedro II, 1360 – Centro - Castro – PR

TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

reiterar uma posição de direitos individuais, políticos e sociais, que passaram

a ser atribuídos à criança e ao adolescente. Os mesmos deverão ser

assegurados pela família, pela sociedade e pelo Estado. Para isso, direção,

equipe pedagógica e professores devem acompanhar a frequência dos

alunos, preencher e encaminhar a ficha FICA ao Conselho Tutelar nos casos

de alunos faltosos sem justificativa, após realizar as medidas cabíveis pela

escola. A escola também precisa estar atenta a crianças e adolescentes em

situação de risco pessoal: sob ameaça ou violação de direitos por abandono,

violência física, psicológica ou sexual, exploração sexual comercial, situação

de rua, trabalho infantil, abandono escolar e outras formas de submissão

que provocam danos e agravos físicos e emocionais. Por isso, é

imprescindível que a escola promova momentos de reflexão quanto à

situação dos alunos atendidos pela escola, mantendo comunicação com os

órgãos municipais de proteção à criança e ao adolescente.

Promover a discussão, reflexão e conscientização a respeito da

legislação educacional é da responsabilidade de todos e a importância da

participação da comunidade escolar nas questões que envolvem violência e

evasão escolar de crianças e adolescentes é parte integrante da proposta

pedagógica deste estabelecimento. Toda situação de violação de direitos ou

de violência contra a criança ou adolescente precisa ser comunicada ao

órgão responsável, garantindo que a segurança da criança e do adolescente

seja resguardada.

Quando qualquer membro da escola tem conhecimento de

desrespeito aos direitos de seus alunos e não toma nenhuma providência,

pode ser responsabilizado por omissão ou conivência. Logo, o diretor e a

equipe pedagógica precisam orientar professores, funcionários, pais e

alunos quanto às medidas que devem ser tomadas em caso de suspeita de

violência e de desrespeito aos direitos da criança e do adolescente. Nesse

sentido, a atenção e a vigilância contínua são fundamentais, assim como o

diálogo com o Conselho Tutelar, Ministério Público, Patrulha Escolar e outros

órgãos de proteção existentes no município.

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Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal Rua Dom Pedro II, 1360 – Centro - Castro – PR

TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

IX – REGIME DE FUNCIONAMENTO

O Ensino Médio Regular, anual e seriado, é ofertado no período

matutino e noturno, com Matriz Curricular constituída por disciplinas que

compõem o Núcleo Comum e Parte Diversificada e processo de avaliação

trimestral.

O Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano é ofertado no período

vespertino, com Matriz Curricular constituída por disciplinas que compõem o

Núcleo Comum e Parte Diversificada, na modalidade anual e seriada e

processo de avaliação trimestral:

A Matriz Curricular do curso de Formação de Docentes, ofertado no

período matutino e vespertino, é constituída por disciplinas que compõem o

Núcleo Comum, Parte Diversificada e disciplinas de Formação Específica,

em regime anual e organização seriada, com processo de avaliação

trimestral.

O curso Técnico em Turismo Integrado é ofertado no período

matutino e possui Matriz Curricular constituída por disciplinas que compõem

o Núcleo Comum, Parte Diversificada e disciplinas específicas de Formação

Profissional, em regime anual e organização seriada, com processo de

avaliação trimestral.

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO MATUTINO E NOTURNO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

NRE: 25 - PONTA GROSSA MUNICÍPIO: 0490 – Castro

ESTABELECIMENTO: 0014 – Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello

ENDEREÇO: rua Dom Pedro II, 1360

TELEFONE: (42) 32322328

ENTIDADE MANTENEDORA: Secretaria de Estado da Educação

CURSO: 0009 ENSINO MÉDIO

TURNO: Matutino

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 FORMA: Simultânea

DISCIPLINAS / ANOS

1ª 2ª 3ª

Arte - 2 -

BASE Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

NACIONAL Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

COMUM Língua Portuguesa 3 3 4

Matemática 4 2 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Subtotal 23 23 23

PARTE L.E.M. IESPANHOL**

4 4 4

DIVERSIFICADA L.E.M. INGLÊS*

2 2 2

Subtotal

Total Geral 29 29 29

OBSERVAÇÕES:

- Matriz curricular de acordo com a LDB 9394/96

- * Disciplina definida pela Comunidade Escolar.

- ** Disciplina de matricula facultativa ofertada no contra turno escolar no CELEN

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Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal Rua Dom Pedro II, 1360 – Centro - Castro – PR

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 25 - Ponta Grossa MUNICÍPIO: 0490 – Castro

ESTABELECIMENTO: 00014 – Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello - Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal.

ENDEREÇO: Rua Dom Pedro II, 1360.

FONE: (42) 3232-2328

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: Ensino Fundamental TURNO: Tarde.

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012

FORMA: Simultânea MÓDULO: 40 Semanas

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

DISCIPLINAS SÉRIES

6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2

ENSINO RELIGIOSO * 1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PD

LEM – INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

TOTAL CARGA HORÁRIA (horas aula) 1000 1000 1000 1000

Observações: * Disciplina optativa ao aluno

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TEL/FAX: (42) 3232-2328 /(42) 3232-2948 E-MAIL: [email protected]

MATRIZ CURRICULAR – FORMAÇÃO DE DOCENTES

Ano de implantação: 2014 Turno: Diurno Módulo: 40 – Carga Horária Total = 4.800h/aula e

4.000h/relógio Implantação: GRADATIVA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS Séries Hora

Aula

Hora

Relóg

io Arte 2 80 67 Biologia 3 120 100 Educação Física 2 2 2 2 320 267 Filosofia 2 2 2 2 320 267 Física 3 120 100 Geografia 3 120 100 História 2 2 160 133 Língua Portuguesa 2 2 2 3 360 300 Matemática 2 2 2 2 320 267 Química 2 2 160 133 Sociologia 2 2 2 2 320 267

Subtotal 17 17 15 11 2400 2000 PARTE

DIVERSIFICADA

Língua Estrangeira Moderna 2 80 67

Subtotal 2 80 67

FORMAÇÃO

ESPECÍFICA

Concepções Norteadoras da Educação Especial

2 80 67

Fundamentos Filosóficos e Sociológicos

da Educação 2 80 67

Fundamentos Históricos da Educação 2 80 67 Fundamentos Históricos e Políticos da

Educação Infantil 2 80 67

Fundamentos Psicológicos da Educação 2 80 67 Libras 2 80 67 Literatura Infantil 2 80 67 Metodologia da Alfabetização 2 80 67 Metodologia do Ensino da Arte 2 80 67 Metodologia do Ensino de Ciências 2 80 67 Metodologia do Ensino de Educação

Física 2 80 67

Metodologia do Ensino de Geografia 2 80 67 Metodologia do Ensino de História 2 80 67 Metodologia do Ensino de Matemática 2 80 67 Metodologia do Ensino de Língua

Portuguesa 2 80 67

Organização do Trabalho Pedagógico 2 2 160 133 Prática de Formação 5 5 5 5 800 666 Trabalho Pedagógico na Educação Infantil 2 2 160 133

Subtotal 13 13 15 19 2400 2000

Total 30 30 30 30 4800 4000 Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução 004/2010 – SUED/SEED, o ensino da Língua Espanhola será ofertado pelo

Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa para o aluno.

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MATRIZ CURRICULAR – TÉCNICO EM TURISMO - INTEGRADO

Matriz Curricular

Estabelecimento: Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello

Município: Castro

Curso: TÉCNICO EM TURISMO

Forma: Integrada Implantação gradativa a partir do ano: 2010

Turno: Matutino Carga Horária: 4000 horas/aula - 3333 horas

mais 133 horas de Estágio Profissional Supervisionado.

Módulo: 40 Organização: Seriada

DISCIPLINAS SÉRIES

Hora / Aula Hora 1ª 2ª 3ª 4ª

1 ADMINISTRAÇÃO E MARKETING 2 80 66,77

2 AGENCIAMENTO 2 80 66,77

3 ARTE 2 2 160 133,33

4 BIOLOGIA 2 3 200 166,75

5 DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL 2 80 66,77

6 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 266,67

7 ESPECIFICIDADE REGIONAL 2 80 66,77

8 EVENTOS 2 80 66,77

9 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 266,70

10 FÍSICA 3 2 200 166,75

11 GASTRONOMIA 2 80 66,77

12 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200,00

13 HISTÓRIA 2 2 2 240 200,00

14 INTRODUÇÃO AO TURISMO 2 80 66,77

15 LEGISLAÇÃO APLICADA AO TURISMO 2 80 66,77

16 LEM: ESPANHOL 2 80 66,77

17 LEM: INGLÊS 2 2 160 133,33

18 LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 3 2 2 280 233,69

19 MATEMÁTICA 2 2 2 240 200,00

20 MEIOS DE HOSPEDAGEM 2 80 66,77

21 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL 2 80 66,77

22 PLANEJAMENTO TURÍSTICO 2 80 66,77

23 QUÍMICA 3 2 200 166,75

24 SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 266,67

25 TRANSPORTES 2 80 66,77

26 TURISMO E MEIO AMBIENTE 2 80 66,77

TOTAL 25 25 25 25 4000 3333

ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO 1 1 1 120 100

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O calendário anual é elaborado de acordo com as normas e orientações da SEED.

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AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

A Proposta Política Pedagógica do Colégio Estadual Major

Vespasiano Carneiro de Mello foi construída coletivamente, de uma forma

sistemática ao longo dos últimos anos, nos momentos previstos em

Calendário Escolar, tais como: Semana Pedagógica, Conselho de Classe,

Reuniões Administrativas e Pedagógicas, Semanas e Grupos de Estudos,

participação dos professores e funcionários em Seminários, Jornadas,

Cursos, Hora-Atividade, dentre outros no cotidiano da escola, através de

observações, diálogos, conversas informais,diagnóstico da realidade

realizada com a comunidade, críticas e sugestões.

Após sua conclusão, passou pela aprovação do Conselho Escolar e

posteriormente foi encaminhado ao núcleo regional para a devida análise e

parecer. Deverá ser constantemente submetido a avaliação, devendo ser

realimentado a cada ano para possibilitar os ajustes das ações propostas

pela comunidade escolar e sua adequação aos dispositivos legais, pois,

sendo o Projeto Político Pedagógico o alicerce do trabalho pedagógico da

escola, enquanto processo de construção contínua também nunca estará

pronto e acabado.

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X- REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Leny Miranda, Educação Fiscal nas Escolas – Dissertação de Graduação, Recife: Universidade Federal de Pernambuco. Centro de ciências Sociais, Recife, 1999 p.45- ALMEIDA, Maria Elizabeth de. ProInFo: Informática e Formação de Professores. Secretária de Educação a Distância. Brasília. Ministério de Educação. SEED, 2000. BATISTA, A.M.P. Critérios de avaliação com enfoque no Ensino Médio. OAC.PDE/SEED, 2008. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. 21 ed. São Paulo: Ed.

Brasiliense, 1988 ( Coleção primeiros passos ). BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003. CEDHAP – Centro de Desenvolvimento Aplicado – Programa Escola Inteligente. CEDHAP – Curitiba, 2002. COLELLO, Silvia M. Gasparian. Alfabetização e Letramento:Repensando o Ensino da Língua Escrita. Disponível em: <http://www.hottopos.com/ videtur29/silvia.htm/>. Acesso em: 26 de junho de 2011. CONSED: Conselho Nacional de Secretários de Educação GESTÃO EM REDE. nº 21e nº 38. Curitiba. Consed., 2000.

CONSED: Conselho Nacional de Secretários de Educação GESTÃO EM REDE. nº 36, Curitiba. Consed., 2002.

CUNHA, M. I., LEITE, D. Decisões pedagógicas e estruturas de poder na Universidade. Campinas: Papirus,1996. DALBEN, A I. L. de F. Dimensões subjetivas na prática dos Conselhos de Classe. In: DALBEN, A I. L. de F. Trabalho escolar e conselho de classe.

Campinas. SP: Papiros, 1995. DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,1996. ________. Conhecer & Aprender: sabedoria dos Limites e Desafios. Porto

Alegre, Artmed, 2000b. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira .1986. 2ª Ed.

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FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974. ______ -Educação como prática da liberdade. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz

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http://www.paulofreire.org/pub/Institucional/MoacirGadottiArtigosIt0009/Educ_qualidade_social_2004.pdf. Acesso em:20/7/2011. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-critica.

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GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. 2. ed. Rio de

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2000. Módulo 4. I KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. 7ª

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_______-Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Revista Brasileira de Educação, Campinas, v. 12 n. 34 jan./abr. 2007

Disponível em www.scielo.br/pdf/rbedu/v12n34/a12v1234.pdf Acesso em 10/9/2011 SCHMIDT, Elizabeth Silveira. Planejamento Curricular – Currículo

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XI- ANEXOS

PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR – ENSINO

FUNDAMENTAL

6º ao 9º ano

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ARTE a) Fundamentos básicos da disciplina

A educação se refere aos processos formais e informais através dos quais a cultura é transmitida aos indivíduos. A educação escolar é uma delas. É através dela que o ser humano aprende a ser, a interagir, a interpretar e a produzir cultura. Por meio da atividade artística, o homem expressa-se, afirma-se, constrói e reconstrói suas ideias. Historicamente, a produção cultural passou a ser concebida como valor de uma determinada classe, geralmente transmitindo ideias e manifestações hegemônicas, representadas pelo cientificismo e pelo racionalismo europeu e sexista. A Arte passou a representar a cultura erudita, feita por brancos, do sexo masculino, de condições financeiras privilegiadas, segundo os cânones formais da modernidade. As outras manifestações artísticas não condizentes a esses padrões ficaram relegados à categoria de folclore, arte popular ou arte indígena. Todo homem produz e cria cultura. É fundamental entender que as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança, constituem-se especialmente de manifestações das atividades criativas dos seres humanos, cumprem historicamente as mais diversas funções – ideológicas, educativa, social, expressiva, cognitiva e decorativa – buscando ampliar e enriquecer a relação estética do homem com a realidade.

A compreensão do processo de desenvolvimento do homem e sua humanização têm especificamente a produção de sua existência. Ele age sobre si próprio, transforma-se e transforma seu meio para a satisfação das suas necessidades. Isso é trabalho. Pelo trabalho, os homens deixaram de se submeter às condições impostas pela natureza e passaram a dominá-la. Formularam sistemas simbólicos para guardar e transmitir os conhecimentos resultantes desta produção cria valores, formas de expressão e de identidade para aquilo que produziram por meio da Ciência e da Arte. Então, os objetos expressam o homem de duas maneiras: os utensílios para satisfazer as suas necessidades cotidianas e os que objetivam suas vontades, imaginação, expressão. Esta dupla função do trabalho torna possível a criação de objetos, e o que hoje chamamos de Obras de Arte. Como diz Vazquez “A arte como trabalho é criação de uma realidade na qual plasmam finalidades humanas, mas nesta nova realidade domina sobre tudo sua utilidade espiritual...” (VAZQUEZ, 1978, p. 71). É pelo trabalho criador que o homem elabora o seu modo de ouvir, ver, representar, e movimentar-se, criando assim, um pensamento crítico e educando-se esteticamente por intermédio do domínio dos instrumentos e códigos próprios da linguagem.

A arte é um resultado da síntese da expressão e da transformação da natureza e a si mesmo, tendo como produto a diversidade de culturas que, ao atravessarem fronteiras, expressam as características, a evolução, a manifestação e a produção de diversos grupos sociais e diferentes etnias, o que possibilita compreender o problema da desigualdade social e da discriminação, fruto da relação dominante existente em nossa sociedade. Em cada modo de produção social, existe uma produção cultural. A percepção e a criação dos objetos que compõem a produção artística

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exigem um sentido humanizado. Marx diz: “... graças à riqueza objetivamente desenvolvida da essência humana que a riqueza da sensibilidade humana subjetiva é em parte cultivada, e é em parte criada, que o ouvido se torna musical, que o olho percebe a beleza da forma, em resumo, que os sentidos tornam-se capazes de gozo humano, torna-se sentidos que confirmam como forças essenciais humanas. Pois não só os cinco sentidos, como também os chamados sentidos espirituais (vontade, amor, etc.), em uma palavra, o sentido humano, a humanidade dos sentidos, constituem-se unicamente mediante o modo de existência de seu objeto, mediante a natureza humanizada... A objetivação da essência humana, tanto no aspecto teórico como no aspecto prático, é, necessária, tanto para tornar humano o sentido do homem, como para criar o sentido do humano correspondente à riqueza plena da essência humana e natural.” (MARX, 1987, P.178).

Sabemos que uma grande maioria dos estudantes, não tem muitas informações adequadas sobre Arte. Isso dificulta bastante a formação do jovem, pois ele acaba sem contato com um dos aspectos mais ricos e significativos da produção humana em todos os tempos. Fica privado do encantamento e das emoções despertadas pelas obras dos grandes artistas, fica impedido de ter uma visão mais abrangente do processo cultural como um todo, uma vez que o conhecimento das Artes facilita a compreensão das obras literárias e é uma fonte de referência importantíssima para o entendimento do processo histórico e não é possível a um povo, construir o desenvolvimento da cultura sem a Arte e, repensando no sentido da arte, introduzida recentemente na escola como forma de conhecimento, – pois era apenas vista como forma de diversão, de atividades lúdicas, etc, - e ela tendo conquistado o seu lugar na grade curricular, podemos dar um passo a mais no saber artístico. Um dos elementos essenciais que caracteriza a arte na escola, é que ela pode ser questionada, discutida, pensada, refletida, contextualizada..., a fim de que ela faça parte das nossas vidas, e da construção da sociedade brasileira. O desafio do professor de arte, hoje, está em dialogar com a diferença a fim de construir, modificar e transformar a sociedade para que esta se torne um lugar mais justo e digno de se viver; trabalhando, respeitando, tecendo com o outro, a fim de recriar culturas e não apenas somar ou adicionar na nossa diversidade cultural.

É papel da escola fazer uma inter-relação entre os códigos de diferentes culturas de vários grupos sociais, respeitar e compreender esses códigos interpretá-los, integrá-los e analisá-los dentro do contexto em que foram construídos, permitindo um pensamento e um posicionamento crítico frente aos seus contextos. A proposta do Ensino da Arte na Escola visa à compreensão da Arte como trabalho criador que surge das necessidades do homem em questões sociais em suas diversidades culturais, religiosas, econômicas, jurídicas, emocionais, morais e intelectuais. Esta apresentação crítica, constituída de estruturas artísticas, vai registrar a interferência humana no espaço e no tempo como produto histórico-social. Cada manipulação artística resgata, com a sua essência, significações que serão compreendidas como sínteses de determinadas relações. Isto resultará no

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movimento de (re)elaboração do passado, numa versão significativa do presente que constitui numa antecipação do futuro, tornando possível a existência da simultaneidade.

A finalidade do ensino da Arte na escola está justamente na explicitação para o aluno das ações histórico – sociais que geram a simultaneidade de hoje, bem como seus significados, que provém das infinitas possibilidades que o trabalho artístico representa. Se entendermos a Arte como um processo de trabalho construtivo e transformativo, cabe ao professor de Arte desempenhar suas funções numa prática de ensino que considere o objeto artístico e suas qualidades, no movimento das relações sociais que os produzem, que os distribuem e os consomem. O homem se apropria da realidade com todos os seus sentidos. Na prática, os sentidos naturais tornam-se humanos porque os objetos se tornaram objetos humanos. A formação dos sentidos é resultado de toda a história da humanidade, se constituíram historicamente e são ao mesmo tempo naturais e culturais. A formação dos sentidos deve ser objeto da educação, pois através da humanização dos sentidos do homem, este humaniza o mundo como um todo. Assim, o aluno apropriando-se do saber artístico já sistematizado e presente na produção artística da humanidade por meio do exercício sistemático, contínuo e gradativo, será possível ampliar e aprofundar a capacidade dos sentidos humanos e suas possibilidades de compreensão por intermédio deles. O trabalho com a Arte na Escola, além de permitir o acesso ao conhecimento, a interpretação e a fruição cultural, potencializa o ato criador.

Criar e aprender arte na escola através da leitura e interpretação possibilita o desenvolvimento da capacidade cognitiva ou intelectiva, ou seja, a partir da construção e do acesso ao saber culturalmente produzido, o educando opera criativamente, pensa, interpreta, analisa, reflete, sintetiza e produz, portanto, desenvolve-se, humaniza-se. Conciliando os objetivos mais amplos da Arte: análise e compreensão da arte como manifestação das determinações históricas, sociais, econômicas, estímulo da fruição artística, a produção e a reflexão às técnicas variadas, com a estrutura da Escola, com a realidade que o cerca e a contextualização dos conteúdos, estaremos dando condições para que o aluno se torne uma pessoa crítica, criativa e sensível estando aberto para novas experiências, tendo contato com várias manifestações culturais e artísticas, colaborando assim para a formação global do aluno. b) Objetivos gerais da disciplina - Humanizar os sentidos; - Conhecer e compreender os símbolos da cultura; - Enriquecer o repertorio visual e corporal do aluno; - Estimular outras formas de pensar, sentir e agir; - Desenvolver o senso critica; - Encorajar a expressão individual e coletiva. c) Metodologia que será utilizada

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O trabalho com a disciplina de Arte deverá levar em consideração a relação teoria/prática, empregando para isso: desenhos com semelhanças;criação de histórias em quadrinho;desenhos de observação, geométrico, abstrato de criação; pesquisas sobre os elementos musicais; execução de obras de arte do renascimento; identificar com os alunos as possíveis causas sobre a violência na escola; pesquisa em campo sobre a arte indígena, pintura, dança e a música em si; confecção de sólidos geométricos, construindo pequenas esculturas; pesquisa e Criação de diferentes tipos de letras; colagem, desenhos usando as cores; observação das técnicas utilizadas por diferentes artistas para a produção do efeito sombra; aplicação de diferentes técnicas de sombreamento nos próprios desenhos; pesquisa individual ou coletivamente, com reprodução de obras de arte sobre o Barroco e Rococó; reconhecer e aplicar textura; conhecer e respeitar as diferentes manifestações populares artísticas; criar pequenas peças teatrais; reconhecer as diversas modalidades de impressão; criar coreografias; reconhecer e identificar elementos do Romantismo, Realismo e Impressionismo; identificar problemas que afetam nosso ambiente; execução de releitura de diferentes obras de arte; ilustração de textos variados; criação de projetos variados. d) Avaliação

De acordo com a LDB (9394/96, artigo 24, inciso V), e com a deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Cap. I , artigo 8o), a avaliação em Arte devera levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre seu conhecimento em Arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes. O processo de avaliação tem como premissa o dialogo e o respeito ao gosto do educando, enfatizando as escolhas individuais, sendo assim, uma avaliação significativa. A avaliação proposta é processual sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, aceitando o progresso de cada um em suas produções. Dessa forma, a avaliação será feita de forma contínua, observando-se diretamente o desenvolvimento dos alunos na realização das tarefas, nos seminários de artes e mantendo na organização, criatividade e habilidade, etc. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: elementos formais; composição; movimentos e

períodos.

Conteúdos básicos 6º ano

- Origem da arte - Arte rupestre - Leitura dos elementos formais da arte visual - linha, forma, cor, plano, volume, textura movimento, ritmo, espaço, superfície, harmonia, equilíbrio dinâmica, proporção. - Leitura de escolas pictóricas e movimentos artísticos a pré-história, grego romana, africana e arte oriental.

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- Construção de tipos de letras. - Representação de objetos em bi e tridimenção. - A arte da antiguidade - egípcia, grega e romana. - A historia da musica, teatro e dança. - Desenhos com padrões geométricos. - Estilização da forma. - Historia em quadrinhos. - Abstração. - Releituras e analises de diversas obras de arte. - Simetria e assimetria. - Proporção - A figura humana. - Proporção do rosto de frente e perfil. - Expressões fisionômicas – caricaturas. - Folclore, mitos e lendas. - Estilos e tendências - natureza morta, paisagem e retrato. - Relação fundo e imagem. - Arte figurativa e não-figurativa. - Criação de cartaz. - Criação de máscaras. - Biografia de Artistas. - Música grego romana, indígena e africana. - Introdução aos elementos formais da musica altura, timbre, duração, intensidade e densidade. - Improvisação musical dos sons corporais. - A dança em diferentes contextos históricos. - Elementos formais da dança movimento corporal, tempo e espaço. - Movimento: dança folclórica e indígena. 7º ano - Conceituar e definir a arte. - Leitura dos elementos formais da arte visual linha, forma, cor, plano, volume, textura movimento, ritmo, espaço, superfície, harmonia, equilíbrio dinâmica, proporção. - Composição - equilíbrio, harmonia, movimento, ritmo, unidade etc. - Aplicação de técnicas - luz e sombra, volume, contraste. - Teoria da cor. - Textos e atividades relacionados a movimentos artísticos - Arte brasileira - Arte paranaense. - A expressão humana – caricaturas. - Desenhos e pinturas com formas diversas. - Representação de um objeto de forma bidimensional e tridimensional. - Estilização de formas. - Releitura e analise de diversas obras de arte. - Decomposição da forma. - Recorte e colagem de figuras. - Harmonia em preto e branco.

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- Apreciação musical. - A historia da musica, teatro e dança. - Musica africana, musica paranaense, industria cultural. - Elementos formais da musica e composição. - Coreografia. - Movimento: dança moderna. - Improvisação; teatro paranaense, teatro de boneco 8º ano - Conceituar, definir a historia da arte. - Composição - equilíbrio, harmonia, movimento, ritmo, unidade etc. - Técnicas de impressão e diferentes texturas. - Renascimento e Barroco. - Pop art. - Arte primitiva. - Arte contemporânea. - Releitura e analise de diversas obras de arte. - Historia em quadrinhos. - Textos e atividades relacionados a movimentos artísticos. - Comparação dos estilos de arte. - Obra e vida dos artistas. - Musica brasileira e de vanguarda e latino americana. - Apreciação musical - gêneros :popular, étnico , folclórico e industria cultural. - Dança contemporânea e hip hop, coreografia e níveis. - Teatro caracterização do personagem - Improvisação: encenação e leitura dramática. 9º ano - Conceituar, definir a historia da arte. - Composição - equilíbrio, harmonia, movimento, ritmo, unidade etc. - Técnicas de impressão e diferentes texturas. - Renascimento, Surrealismo, Realismo, Hip Hop, Vanguardas , - Pop art - Arte primitiva. - Arte contemporânea. - Releitura e analise de diversas obras de arte. - Historia em quadrinhos. - Textos e atividades relacionados a movimentos artísticos. - Comparação dos estilos de arte: obra e vida dos artistas - Música brasileira, popular, brasileira e atual. - Apreciação musical, gêneros :popular, étnico , folclórico e industria cultural. - Dança moderna e contemporânea e street dance; coreografia e níveis. - Teatro caracterização do personagem: Improvisação; encenação e leitura dramática; criação de texto dramático. f) Conteúdos obrigatórios

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Em Arte, os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de teatro, danças, jogos, debates, palestras: - História do Paraná; - Prevenção ao uso indevido de drogas; - Sexualidade humana; - Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito da criança e do adolescente; - Educação fiscal e educação tributária.

A música faz parte dos conteúdos básicos da disciplina e será trabalhada em todos os anos. Assim como a História e a Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena que deve levar o aluno a: identificar, analisar e refletir sobre a presença de elementos e rituais das culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede, maculelê, capoeira, congada, maracatu, tambor de crioulo, samba de roda, umbigada, carimbó, coco etc. Identificar, analisar e refletir sobre as danças de natureza religiosa (candomblé); lúdica (brincadeira de roda); funerária (axexê); guerreira (congada); dramática (maracatu) e profana (jango). Analisar a contribuição artística da cultura africana na formação da Música Popular Brasileira: origem do batuque, do lundu e do samba, entre outros. Relacionar a cultura africana e afro-brasileira e sua contribuição nas artes plásticas: Máscaras, esculturas (argila, madeira, metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia etc. Referências OLIVEIRA, Jo e GARCEZ, Lucilia. Explicando a Arte. Ediouro, Publicações S.A, SP, 1999 CANTELE, Bruna R. Arte, etc. e tal... São Paulo: IBEP, 1998. PARANA, Diretrizes Curriculares de Arte – para Educação Básica.

Curitiba, Secretaria de Educação do Estado do Paraná, 2008. 127 PROENCA, Graça. História da Arte. Ática, São Paulo, 2009. MARTINS, Mirian Celeste. Didática do ensino de arte – a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. FTD, 1998.

CIÊNCIAS a) Fundamentos teóricos da disciplina

O trajeto histórico da ciência desde os primórdios apresenta a figura do homem, que sempre buscou explicações para suas indagações cotidianas, mesmo que de maneira inconsciente, procurando assim meios mais adequados para adaptar-se à vida na Terra. Desde as primeiras descobertas, como o fogo (pré-científico) até as pesquisas mais complexas

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relacionadas, por exemplo, à teoria celular (científico), o homem se utiliza da ciência para compreender a sua realidade e interferir nos fenômenos da natureza de modo mais crítico.

Neste sentido, os conteúdos que historicamente abrangem o currículo de ciências, são essenciais no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista, principalmente, os conhecimentos empíricos do aluno vinculados ao processo de escolarização, uma vez que esses conteúdos propiciam a identificação das falhas cometidas nas observações cotidianas, facilitando dessa maneira a reprodução das situações nas quais eles devem interagir entre si, ajudando-os a compreender os conceitos científicos básicos e a estabelecer relações entre estes e o mundo em que vivem.

É também no âmbito escolar que o educando estabelece relações com as problemáticas locais, propiciando discussões em sala de aula, no que diz respeito ao conhecimento que o mesmo tem do local onde vive, colocando em confronto esse conhecimento e o conhecimento científico adquirido, o que certamente desperta mais interesse em apresentar soluções alternativas para o problema (hipótese).

O ensino de ciências também é fundamental para a compreensão do aluno no que diz respeito à aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando assim à reflexão sobre as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, ou seja, às modificações que ocorrem ao longo do tempo, onde as tecnologias são utilizadas como recursos para suprir suas necessidades, no que se refere à qualidade de vida de forma mais dinâmica, eficaz e prática. Considerando dessa maneira as questões éticas que influenciam diretamente nas problemáticas sociais, buscando assim através do conhecimento das ciências da natureza e da história e cultura afro-brasileira-brasileira e indígena, alternativas que amenizem os problemas relacionados ao preconceito, racismo e discriminação. Valoriza-se, assim, cada indivíduo e suas características particulares, como parte integrante de uma sociedade que busca a compreensão dos fenômenos que fazem parte do seu cotidiano

O educando, nos dias atuais, tem mais acesso a informações sobre o conhecimento científico, no entanto, constantemente reconstrói suas representações a partir do conhecimento cotidiano, formando as bases para a construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida diária. Apesar da necessidade de ruptura entre o conhecimento científico e o conhecimento cotidiano, há também a necessidade de não se extrapolarem os limites um do outro. O conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são históricos e sofrem interações mútuas. b) Objetivos gerais da disciplina

O conjunto de objetivos para o ensino de ciências destaca varias intenções como: criar oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao final do ensino fundamental, adquira um conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes que operem como instrumentos para a interpretação do modo cientifico e tecnológico, capacitando-o nas escolhas que fará como individuo

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e como cidadão. Nesse sentido, o ensino de ciências deverá se organizar de forma a permitir que o aluno desenvolva as seguintes capacidades: - Identificar o conhecimento cientifico como resultado do trabalho de gerações de homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente; - Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário cientifico como forma precisa de representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo natural e tecnológico; - Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser conservados, preservados; - Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte do processo de relações, interações e transformações. c) Metodologia que será utilizada

A metodologia deve atender à realidade do aluno, onde busque além de tornar o ensino uma prática prazerosa e significativa, também o aproxime à vida cotidiana. Para isso é necessário um planejamento diferenciado, como métodos inovadores, com recursos diversificados, que além de despertarem a curiosidade do aluno, ainda estimulem a participação dos mesmos nas aulas e principalmente que os direcione a conhecer aquilo que é real, ou seja, que permita aos educandos conhecer a realidade e desvendá-la de forma crítica e construtiva. Isso será realizado por meio de relatos orais e escritos, esquemas (desenhos), observações, pesquisas, aulas práticas experimentais, questionários, jogos didáticos, atividades em grupo, construção de maquetes e cartazes, entre outros. No que diz respeito aos recursos pedagógicos tecnológicos, serão utilizados os disponíveis na escola, tais como livro didático, texto de jornal e de revista científica, quadro de giz, modelos didáticos, retroprojetor e televisores. As abordagens dos conteúdos certamente irão contribuir para a formação de conceitos científicos, valorizando também, o pluralismo cultural, compreendendo melhor as questões relacionadas à cultura Afro brasileira e indígena, contribuindo assim para a amenização dos problemas sociais relacionados ao preconceito, discriminação e racismo. d) Avaliação De acordo com a LDB nº 99394/96 a avaliação deve ser contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação deve ser entendida como processo abrangente, permanente, contínuo, formativo e sistemático, priorizando a construção do conhecimento do educando e os avanços obtidos na relação ensino-aprendizagem, valorizando a participação efetiva do mesmo, oportunizando-o situações que possibilitem a utilização dos seus conhecimentos, valores e habilidades. É importante não apenas diagnosticar o que o aluno aprendeu sobre fatos e conceitos, mas, sobretudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas

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situações. Para isso é necessário formas de avaliação diversificada, tais como leituras, análise e produção de textos, testes de memorização e entendimento, atividades orais e escritas em sala de aula, relatórios de filmes e experimentos laboratoriais, cruzadinhas, seminários e debates.

e) Conteúdos curriculares Conteúdos estruturantes: Astronomia; Matéria; Sistemas Biológicos; Energia; Biodiversidade.

Conteúdos básicos

6º ano Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros Constituição da matéria Níveis de organização Celular Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos ( Gênero e diversidade sexual, Prevenção ao uso indevido das drogas)

7º ano

Astros Movimentos terrestres Movimento celeste Constituição da matéria Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos Formas de energia Transmissão de energia Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática

8º ano Origem e evolução do Universo Constituição da matéria Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos Formas de energia

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Evolução dos seres vivos 9º ano Astros Gravitação universal Propriedades da matéria Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética (Gênero e diversidade sexual) Formas de energia Conservação de energia Interações ecológicas (Educação Ambiental) f) Conteúdos obrigatórios

Em conformidade com as Leis 10.639/2003, 11.645/2008, 13.381/01 e 9795-99, em todas as séries do Ensino Fundamental, sempre que há oportunidade, são ministrados conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura dos Povos Indígenas e História do Paraná, através de palestras, debates, leituras, atividades lúdicas, entre outros.

A prevenção ao uso indevido de drogas, a sexualidade humana, a educação ambiental são conteúdos específicos da disciplina de ciências e deverão ser abordados em todas as séries.

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, atividades lúdicas, ou seja, de ações afirmativas que:

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Abordem a música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, visando o desenvolvimento cognitivo/lingüístico; psicomotor e sócio-afetivo;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - Levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências

CRUZ, J.L.C., livro didático: Projeto Araribá 8 série. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2006. GEWANDSZNAJDER, F. livro didático 8ª série. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2005.

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KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado, 2008. PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03): Secretaria de Estado e Educação do Paraná,

Curitiba, 2005. PARANÁ. Cadernos temáticos: História e Cultura dos povos indígenas

(Lei nº 11.645/2008): Secretaria de Estado e Educação do Paraná, Curitiba, 2005. VALLE, C. Vida e Ambiente, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. 1ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.

EDUCAÇÃO FÍSICA a) Fundamentos teóricos da disciplina

A Educação Física Escolar vem se constituindo como prática pedagógica, a partir de diferentes interesses e concepções pedagógicas, portanto, com diferentes concepções de homem, sociedade e dos fins da educação.

O desafio que se apresenta para a Educação Física é de que dentro de qualquer processo educacional ela possa ser percebida como um componente curricular, nem mais nem menos importante que os demais, e que busque, junto com eles, fazer com que os objetivos educacionais sejam alcançados.

A presença da Educação Física no currículo escolar, historicamente, foi assegurada e determinada através de legislação própria, bem como seus conteúdos e metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições, como a desportiva, a médica e a militarista. Não podemos ignorar que o ser humano expressa seus sentimentos através de movimentos, descobrindo a sensibilidade de seu corpo, cada um com sua linguagem própria e com isso estabelece um elo de ligação com o mundo. Para que o ser humano faça essa leitura de seu próprio corpo e do mundo é necessário que ele se conheça em um todo, como um ser crítico, pensante, conhecedor de seus direitos.

A Educação Física tem um papel importante em todos os elos da corrente educativa, pois o nosso instrumento de trabalho é o corpo em movimento, e tem como principal objetivo o desenvolvimento motor da criança. Particularmente nas escolas, a educação física tem uma contribuição educacional relevante para todos os indivíduos, relacionada com o desenvolvimento motor e a aptidão física para o bem-estar e a saúde. Para isso, as aulas devem ser prazerosas, informativas e contextualizadas, abordando conteúdos em forma de Esportes, Jogos e Brincadeiras, Danças, Ginásticas e Lutas, sendo abordado também a cultura Afro-Brasileira, a cultura Indígena e a Paranaense.

A Aula no ensino fundamental deve incentivar os alunos a participar

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de atividades que envolvem movimentos corporais, a criar relações equilibradas e construtivas com os colegas, sem qualquer forma de discriminação, e a valorizar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade e situações esportivas e lúdicas. Deve também transmitir informações sobre hábitos saudáveis de vida, despertando o gosto pela atividade física.

A atuação do professor de Educação Física deve estar voltada para o desenvolvimento global do educando sem desprezar o desenvolvimento intelectual e psicossocial, tendo como objetivo principal fazer o homem viver a sua plenitude. b) Objetivo geral da disciplina

- Propiciar através de experiências e vivências do corpo e sua relação com o movimento atrelado a um todo no contexto social e consequentemente sua interação com o meio. c) Metodologia que será utilizada

Partindo do movimento humano, expressão da identidade corporal, da sensorial idade, da percepção e do mundo que nos cerca, os conteúdos da disciplina serão construídos por atividades recreativas, danças, ginásticas, esportes, jogos, lutas e atividades complementares.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos conteúdos será aquela que utilizará como recurso a observação, análise de situações, na qual o indivíduo aprimorando-se do conhecimento saberá organizá-lo com competência.

Buscando a experiência do aluno, a metodologia propõe atividades teórico prática, coletivas e individuais, usando como recurso a observação, reflexão, exploração da criatividade e sensibilidade onde o trabalho deixa de ser informativo para ser formativo.

A construção do conhecimento, na disciplina da Educação Física, deve ser feita de forma crítica, coletiva e interdisciplinar, tendo a preocupação de levar a reflexão do que este conhecimento significa na sociedade, em que ele se fundamenta, o que justifica sua prática, a quais interesses atende.

d) Avaliação

A avaliação deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo. Não pode deixar de estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, sendo continuada identificando os progressos do aluno durante o ano letivo.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto os professores quanto os alunos poderão analisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o

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professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações culturais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

Assim, devemos entender que a avaliação deverá partir da observação do agir e interagir do aluno no meio ambiente como consequência do conhecimento reelaborado e das práticas vivenciadas e não apenas dos gestos, das técnicas, da performance e dos resultados das competições.

Serão utilizados como instrumentos de avaliação, a participação e assiduidade nas aulas, avaliações teóricas e/ou práticas, trabalhos e respeito aos colegas e professora. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: esporte, jogos, ginástica, lutas, dança. Conteúdos básicos 6º ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira. o Lutas de Aproximação

Ginástica: o Ginástica Geral. o Ginástica Rítmica o Ginástica Circense.

Dança:

o Danças Folclóricas. o Danças de Rua. o Danças Criativas.

Jogos e Brincadeiras:

o Cooperativos. o Jogos de Tabuleiro. o Brincadeiras e Cantigas de Roda. o Jogos e Brincadeiras Populares.

7º ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira.

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o Lutas de Aproximação Ginástica:

o Ginástica Geral. o Ginástica Rítmica o Ginástica Circense.

Dança:

o Danças Folclóricas. o Danças de Rua. o Danças Criativas.

Jogos e Brincadeiras:

o Cooperativos. o Jogos de Tabuleiro. o Brincadeiras e Cantigas de Roda. o Jogos e Brincadeiras populares.

8º ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira. o Lutas com Instrumento Mediador.

Ginástica: o Ginástica Geral. o Ginástica Rítmica o Ginástica Circense.

Dança: o Danças Circulares. o Danças Criativas. o Dança Folclórica.

Jogos e Brincadeiras:

o Cooperativos. o Jogos de Tabuleiro. o Brincadeiras e Cantigas de Roda. o Jogos e Brincadeiras Populares.

9º ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira. o Lutas com instrumento Mediador.

Ginástica: o Ginástica Geral. o Ginástica Rítmica

Dança:

o Danças Circulares

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o Danças Criativas. Jogos e Brincadeiras:.

o Jogos de Tabuleiro. o Jogos Dramáticos e Cooperativos.

f) Conteúdos obrigatórios

Em conformidade com as Leis 10.639/2003, 11.645/2008, 13.381/01 e 9795-99, em todas as séries do Ensino Fundamental são ministrados conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura dos Povos Indígenas, História do Paraná e de Educação Ambiental.

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, atividades lúdicas, ou seja, de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Reforcem princípios da Educação Ambiental;

Abordem a música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, visando o desenvolvimento cognitivo/lingüístico; psicomotor e sócio-afetivo;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro

ENSINO RELIGIOSO a) Fundamentos teóricos da disciplina

A presença do Ensino Religioso no currículo de Ensino Fundamental atende a Lei n. 9475/97 a qual assegura o respeito a diversidade cultural

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religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. A presente disciplina tem como foco o sagrado em suas diferentes manifestações numa perspectiva de compreensão sobre a própria religiosidade e a do outro. A disciplina procurara construir uma cultura de respeito em relação as diferentes expressões religiosas, tendo em vista que o conhecimento religioso constitui patrimônio da humanidade. b) Objetivos gerais da disciplina

- Construção de uma cultura de respeito em relação às diferentes religiões.

- Propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, compreensão a diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais.

- Conhecer as orientações legais e diferenciar aulas de religião e de Ensino Religioso.

- Caracterizar lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nesses locais.

- Identificar diferentes textos sagrados.

- Identificar diferentes organizações religiosas.

- Reconhecer a existências de diferentes ritos, festas religiosas e forma das religiões lidarem com a vida e com a morte.

c) Metodologia que será utilizada

O encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso “não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho. Logo, as praticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão fomentar o respeito as diversas manifestações religiosas, o que amplia e valorize o universo cultural dos alunos” (DCE de Ensino religioso,2008). Para encaminhar os conteúdos de ensino religioso o professor se utilizar-se-á de aulas expositivas e dialogadas, leitura e interpretação de textos, debates, atividades individuais e em grupo, apresentação de trabalhos, visitação de diferentes espaços sagrados e, por fim poderá fazer uso dos seguintes recursos Tevê Pendrive, laboratório de informática, biblioteca do professor e do aluno. d) Avaliação

A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não ocorre como na maioria das disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação nem terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter facultativo de matricula na disciplina. Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Cabe ao professor implementar praticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela

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classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e os seus objetivos. Para atender a esse propósito, o professor devera elaborar diferentes instrumentos (prova, trabalhos, debates, relatório, interpretação de textos, apresentação teatral, analise de filme, documentários entre outros) que o auxiliem a registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Critérios a serem observados no processo avaliativo: · Expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua? · Aceita as diferenças de credo ou de expressão de Fé? · Reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social? · Emprega conceitos adequados para referir-se as diferentes manifestações do sagrado? e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: a paisagem religiosa; o símbolo; o texto sagrado. Esses conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos isoladamente; antes, são referências que se relacionam intensamente para a compreensão do objeto de estudo em questão e se apresentam como orientadores para a definição dos conteúdos escolares. Conteúdos básicos 6º ano - As orientações legais; - Os objetivos e as principais diferenças entre aulas de Religião e Ensino Religioso como disciplina Escolar. - Respeito à diversidade religiosa

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito a liberdade religiosa; - Direito a professar Fé e liberdade de opinião e expressão; - Direito a liberdade de reunião e associação pacificas; - Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. Lugares sagrados

- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras etc.; - Lugares construídos: templos, cidades sagradas etc. Textos sagrados orais e escritos São ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas, orações etc. Os exemplos a serem apontados incluem: vedas (hinduísmo), escrituras baha´is, fé Baha’I, tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias, alcorão (islamismo), etc. Organizações religiosas

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- Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas. Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais, estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo), confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tse) etc. 7º ano Universo simbólico religioso Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos: dos ritos; dos mitos; do cotidiano. Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos etc. Ritos

São celebrações das tradições e manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; servem a memória e a preservação da identidade de diferentes tradições e manifestações religiosas, e podem remeter a possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas. Destacam-se: - Os ritos de passagem; - Os mortuários; - Os propiciatórios, entre outros. Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki (kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita etc. Festas religiosas São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles, destacam-se: - Peregrinações; - Festas familiares; - Festas nos templos; - Datas comemorativas. Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista), Ramada (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaica), Natal (cristã). Vida e morte

As respostas elaboradas para a vida alem da morte nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações: - O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; - A reencarnação; - A ressurreição – ação de voltar a vida; além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, e outras. f) Conteúdos obrigatórios

Em conformidade com as Leis 10.639/2003, 11.645/2008, 13.381/01

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e 9795-99, em todas as séries do Ensino Fundamental são ministrados conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura dos Povos Indígenas, História do Paraná e de Educação Ambiental.

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, ou seja, de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Abordem a música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, visando o desenvolvimento cognitivo/lingüístico; psicomotor e sócio-afetivo;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Reforcem princípios da Educação Ambiental;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - Levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar,1997. CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994. COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUQUEIRA, S.; WAGNER, R. (Orgs.) O ensino religioso no Brasil.

Curitiba: Champagnat, 2004. DURKHEIM, E. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo:

Edições Paulinas, 1989. ELIADE, M.; O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:

Martins Fontes, 1992. ELIADE, M.; Tratado de história das religiões. 2 edição, São Paulo:

Martins Fontes, 1998. HINNELS, J. R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989. MACEDO, C. C. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo:

Moderna, 1989. OTTO, R. O sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba, 2008.

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GEOGRAFIA a) Fundamentos teóricos da disciplina

Estabelecer relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica das estações do ano e conhecer o ciclo produtivo da natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer a dinâmica e a direção dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram condições de existência. Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas. Todos esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício a sua própria sobrevivência.

No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamento se especializaram, percorreram caminhos e métodos de pesquisa diferentes, de modo que evidenciaram, e, em alguns momentos, aprofundaram a histórica dicotomia entre a geografia física e geografia humana. Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos assim como em algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um trabalho conjunto que vise superar a dicotomia entre a geografia física e a geografia humana, parte do construto histórico com o qual os professores de geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.

Dessa forma os conceitos e teorias da geografia devem procurar atender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos que constituem o espaço geográfico.

b) Objetivos gerais da disciplina - Compreender o dinamismo do espaço geográfico em todas as suas escalas (local, regional, nacional, continental e mundial.) - Estabelecer as relações entre a natureza e a sociedade para a produção e manutenção do espaço. - Reconhecer os ambientes produzidos pelos seres humanos e pela natureza, estabelecendo a importância da educação ambiental - Interpretar a dinâmica cultural, socioambiental, econômica, política e demográfica presentes nos diversos espaços da superfície terrestre. c) Metodologia que será utilizada

Os conceitos fundamentais da Geografia devem proporcionar uma maior analise e compreensão do espaço geográfico atual e as suas relações com a natureza através de aulas expositivas, pesquisas, seminários, leitura e interpretação de artigos, textos e mapas, atividades diversificadas em sala de aula, utilizando-se dos mais variados subsídios, dentre os quais podemos citar os recursos audiovisuais.

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d) Avaliação

As avaliações são diárias através de atividades propostas, exercícios, pesquisa, relatórios, sínteses.

Avaliações individuais em equipe (sendo mensais e bimestrais). Serão levados em conta a participação e o interesse em sala de

acordo com o conteúdo. Serão desenvolvidas avaliações formativas e somatórias registradas

de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades, por isso em lugar de avaliar apenas por provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos como práticas de leitura, pesquisas individuais, relatório de filmes e vídeos etc.

As avaliações devem ser adequadas curricularmente de acordo com as necessidades individuais de cada aluno.

e) Conteúdos curriculares Conteúdos Estruturantes:

Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Conteúdos Básicos 6º ano

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos

naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização

do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico raciais. (de acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7° ano

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

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A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações O espaço rural a modernização da agropecuária. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, (re) organização do

espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico raciais. (de acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). 8° ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação de mercadorias, mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações. A distribuição das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço produtivo. As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agropecuária. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico raciais. (De acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). 9° ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço de produção. O comércio mundial e suas implicações socioespaciais. A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios do continente asiático, europeu e africano.

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A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da

paisagem e a (re) organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico raciais. (De acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). f) Conteúdos obrigatórios

Em conformidade com as Leis 10.639/2003, 11.645/2008, 13.381/01 e 9795-99, em todas as séries do Ensino Fundamental serão ministrados conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura dos Povos Indígenas, História do Paraná e de Educação Ambiental.

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, ou seja, de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Reforcem princípios da Educação Ambiental;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - Levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências: ADAS, Melhem. Geografia. São Paulo: Moderna, 2006. ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, T. B. Fronteiras da Globalização. São Paulo: Ática 2010. MEC. Ministério da educação e do desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Orientação sobre a lei federal 9394/96 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia. Curitiba, 2010.

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PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico: Representação, memórias, identidades / obra coletiva. Curitiba: SEED, 2008, p 112.

HISTÓRIA a) Fundamentos básicos da disciplina

Se no passado a disciplina de História servia para justificar o modelo de nação brasileira, vista como extensão da Europa Ocidental, hoje as demandas sociais para o ensino de História possibilitam novas reflexões. As verdades prontas e definitivas foram superadas, a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações, as relações humanas e o significado que os sujeitos históricos dão às suas ações, as formas de pensar, agir, sentir, representar, imaginar, instituir, se relacionar. Os processos históricos, então, não podem ser entendidos como uma sucessão de fatos na ordem de causa e conseqüência, isso ocorre de forma não-linear, portanto a produção do conhecimento requer uma nova postura e forma de análise que contemple a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

b) Objetivos gerais da disciplina

Conhecer a experiência humana no tempo, os sujeitos e sua relação com o outro no tempo, a cultura local e a cultura comum, as relações de propriedade, o mundo do campo e o mundo da cidade, as relações entre o campo e a cidade – conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade, a história das relações com o trabalho, o trabalho e a vida em sociedade, o mundo do trabalho, as resistências e as conquistas de direito, a formação das instituições sociais, a formação do Estado, guerras e revoluções. Objetivos específicos:

Valorizar a identidade étcnico-histórica cultural.

Estudar e analisar a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana - Situar aspecto histórico-social e as produções culturais de origem africana.

Discutir as relações étnicas no Brasil.

Valorizar as diferentes raízes, identidades dos distintos grupos que constitui o povo brasileiro.

Ensinar respeitar os diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar. Levar o educando a compreender a importância do estudo da História, interagindo com as experiências do cotidiano, para a formação de uma consciência crítica e participativa.

c) Metodologia que será utilizada

A metodologia da disciplina de História está de acordo com as Diretrizes Curriculares. O trabalho pedagógico será organizado por meio de vestígios e fontes históricas diversos, da fundamentação na historiografia, da

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problematização do conteúdo e das narrativas históricas dos alunos. Durante as aulas de História serão utilizados documentos escritos, registros orais, os testemunhos de história local, fotografias, jornais, literatura, filmes, livro didático, vestígios iconográficos, mapas, cartazes e a internet. d) Avaliação

Durante a avaliação serão considerados os conteúdos de História efetivamente trabalhados em aula e que poderão ser revistos quando for necessária uma melhor apreensão. As formas avaliativas que serão utilizadas são a diagnóstica, formativa e a somatória. O professor levará em conta os três aspectos da avaliação da disciplina de História conforme as Diretrizes Curriculares: a investigação e a apropriação de conceitos históricos; a compreensão das relações da vida humana e o aprendizado dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Para isso serão utilizados os seguintes critérios de avaliação: interpretação de diferentes documentos históricos, pesquisas, relatórios de filmes e vídeos, debates, sistematização de conceitos históricos, resolução de exercícios em sala de aula, produção de narrativas históricas, apresentação de seminários e provas escritas.

e) Conteúdos curriculares

Conteúdos estruturantes: Relações de Poder, Relações Culturais e Relações de Trabalho. 6º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS: A experiência humana no tempo; os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; as culturas locais e a cultura comum. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Tempo e temporalidade; formação do pensamento histórico; lugares da memória; fontes históricas; os primeiros habitantes do Brasil; o modo de viver dos primeiros seres humanos da África; organização das sociedades indígenas no Brasil; a organização do trabalho no Egito Antigo, na Mesopotâmia e na Fenícia; a religiosidade no mundo antigo; a civilização grega; a formação do Império Romano do Ocidente e do Oriente; a crise do Império Romano; a sociedade medieval.

7º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS: As relações de propriedade; a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Renascimento Cultural; Reforma Religiosa; Absolutismo; a formação de Portugal e da Espanha; as grandes navegações e o Mercantilismo; a África e a Ásia nos sécs. XIV e XVI; a América Pré-Colombiana; o domínio espanhol e português na América; o Brasil colonial e a ocupação do espaço rural e urbano; o uso da terra nas comunidades quilombolas; as primeiras cidades brasileiras e as cidades africanas. 8º ano

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CONTEÚDOS BÁSICOS: História das relações da humanidade com o trabalho; o trabalho e a vida em sociedade; o trabalho e as contradições da modernidade; os trabalhadores e as conquistas de direito. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Iluminismo; Revolução Francesa; Revolução Industrial; os movimentos operários e o socialismo; a vida cotidiana das classes trabalhadoras e as contradições da modernização; as independências na América; o Imperialismo do séc. XIX; os EUA no séc. XIX; o Brasil Império: a busca pela cidadania; a Segunda Revolução Industrial; as Revoluções Liberais; a unificação da Itália e da Alemanha; Brasil: Imigração e Abolição; os remanescentes de quilombos; os saberes nas sociedades indígenas no Paraná; a Proclamação da República; a República Velha: a sociedade oligárquico-latifundiária.

9º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS: A constituição das instituições sociais; a formação do Estado; sujeitos, guerras e revoluções. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: República Velha: a sociedade oligárquico-latifundiária; Os movimentos sociais na República Velha; a 1ª Guerra Mundial; a Revolução Russa; o Brasil no período entre guerras; a crise do capitalismo e as ditaduras fascistas; a 2ª Guerra Mundial e a participação do Brasil; o Período Vargas; o populismo na América Latina; a Guerra Fria; o fim do colonialismo na África e na Ásia; a Revolução Chinesa; os conflitos no Oriente Médio; a Ditadura Militar no Brasil; os movimentos de contestação no Brasil e no mundo; a redemocratização do Brasil; aspectos culturais dos afrodescendentes e dos indígenas na atualidade; o mundo contemporâneo (O Brasil depois da ditadura, a sociedade tecnológica, avanços científicos, a questão ambiental) f) Conteúdos obrigatórios

Em conformidade com as Leis 10.639/2003, 11.645/2008, 13.381/01 e 9795-99, em todas as séries do Ensino Fundamental são ministrados conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, História e Cultura dos Povos Indígenas, História do Paraná e de Educação Ambiental.

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, ou seja, de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Reforcem princípios da Educação Ambiental;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - Levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- Levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - Incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o

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adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências

BUENO, Fidelis. Pouso do Iapó – contribuição à História de Castro. Castro, 2002. CARDOSO, Oldimar Pontes. História hoje. São Paulo: Ática, 2007. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

LAZIER, Hermógenes. PARANÁ: terra de todas as gentes e de muita história. Francisco Beltrão: GRAFIT, 2003. OJEDA, Eduardo A. Balz. História. OLIVEIRA, Ricardo Costa de. O silêncio dos vencedores: genealogia, classe dominante e Estado do Paraná. PELLEGRINI, Marco; DIAS, Adriana Machado; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história. SCHMIDT, Maria Auxiliadora M. S. Histórias do cotidiano paranaense. SCHMIDT, Mario. Nova história crítica: moderna e contemporânea. SILVA, Sérgio Aguilar. O Paraná de todas as cores: história do Estado do Paraná para o ensino fundamental. Curitiba: Base, 2001.

LÍNGUA PORTUGUESA a) Fundamentos teóricos da disciplina

A disciplina de Língua Portuguesa se justifica no currículo da escola básica por ser a língua materna e também por entender que e por meio dela que nos comunicamos e desenvolvemos capacidades de observação, reflexão criação, discriminação de valores, julgamento, convívio e ação. Nesta perspectiva, a sala de aula configura-se como local de interação verbal de dialogo entre os educandos portadores de diferentes saberes que se relacionam com outros diferentes saberes sistematizados.

O objeto de estudo dessa disciplina e a língua-discurso, isto e, não a língua vista em sua estrutura apenas formal, mas a língua contextualizada em um tempo e espaço, a qual tem como foco principal elaborar discursos (orais e escritos). Devido a isso, almeja-se com esse objeto aprimorar a escrita, leitura e oralidade dos nossos alunos, bem como os conhecimentos linguisticos.

A concepção de linguagem que ira embasar esse estudo e a interacionista, entende-se que essa concepção possibilita a pratica de linguagem no âmbito social, valorizando os diferentes dialetos e visando ao letramento (oral e escrito, nas diversas esferas de comunicação) do aluno.

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b) Objetivos gerais da disciplina

· Empregar a Língua oral e em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor; · reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; · desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de praticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, alem do contexto de produção; · analisar textos produzidos, lidos e/ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos lingüísticos -discursivos; · aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento critico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade , da leitura e da escrita; · aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso as ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se , também da norma padrão. c) Metodologia que será utilizada

Na sala de aula e em outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa têm o papel de aprimorar as possibilidades de domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita para que compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Isso significa possibilitar aos educandos tanto o entendimento de poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais quanto a sua emancipação e autonomia em relação a essas práticas. Dessa forma, o professor precisa estabelecer parcerias em sala de aula, dar voz aos alunos, escutar o que eles têm a dizer, em experiências de uso concreto da língua. O constante diálogo e sua análise representam possibilidade concreta de ir além do autoritarismo e da apatia nessas relações. Sob uma perspectiva mais generosa, valorizar o ambiente escolar e também reconhecê-lo como espaço fértil para construir racionalidades mais solidárias e combater intolerâncias e qualquer tipo de preconceito.

Na prática da oralidade, as variantes linguísticas devem ser consideradas como legítimas formas de expressão. Em especial, as de grupos sociais historicamente marginalizados serão tratadas em sua relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. A leitura compreende o contato do aluno com uma grande variedade de textos produzidos numa ampla variedade de práticas sociais, sem se limitar somente aos textos presentes no livro didático. Propiciando o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, atitude responsável diante deles. Não se pode deixar de lado a linguagem não-verbal: a leitura de imagens como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com

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crescente intensidade o nosso cotidiano. O ensino deve abordar diferentes gêneros textuais, assim como diferentes meios de comunicação: televisão, cinema, teatro, uma vez que se pretender ter um leitor capaz de desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no meio social e cultural que o cerca.

O professor além de ser contínuo leitor, também precisa selecionar textos não apenas pela linearidade da historiografia nem pela adaptabilidade do texto ou tema à linguagem do aluno, preferindo sempre aqueles que ampliem relações de leitura. Estimulará associações entre um ponto e outro e estabelecerá suas conexões a partir dos textos apresentados pelos alunos, da autoria destes ou não. Ao trabalhar com os textos selecionados, o professor instigará relações entre eles e o contexto presente, tendo sempre em vista o presente da leitura e as múltiplas possibilidades de construção de significado a partir dos momentos de reflexão.

O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos. Assim, a escrita é entendida como formadora de subjetividades. O reconhecimento das relações de poder no discurso potencializa, na escrita, a possibilidade de resistência a determinados valores socioculturais. Não é função da escola formar escritores, mas o aluno precisa entender o funcionamento de um texto escrito, que é diferente de um texto oral, depois de internalizar essas diferenças pode amadurecer na produção de textos, cuja intenção é provocar uma ação no mundo. A prática da escrita requer ter em mente que tanto o professor quanto o aluno necessitam planejar o que será produzido, em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e, então, revisar, reestruturar e reescrever o texto. Por meio desse processo, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, suas fantasias e sua criatividade, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do acréscimo ou da exclusão de uma ideia.

Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva e a internalizada no processo d ensino da Língua Portuguesa. É importante desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto e sobre outros textos de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, esse estudo, o que vale não é a categoria em si, mas é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. O aluno precisa ampliar sua capacidade discursiva em atividade de uso da língua de maneira a compreender outras exigências de adequação da linguagem como, por exemplo, a argumentação, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade. Os professores farão ver aos alunos que a escola é o espaço

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do erro, onde ele pode e deve errar para que a partir dessa consciência, sob uma dinâmica de tentativas, acertos, inferência, comparações, deduções construa o aprendizado do fato linguístico.

Três eixos norteiam o trabalho com a língua: Oralidade, Leitura e Escrita, os quais deverão fazer parte do cotidiano do aluno, envolvendo atividades que contemplem o uso da língua em reais práticas discursivas, levando-se em conta sempre a inclusão de todos os alunos. Domínio da Oralidade:

Relatar experiências pessoais e familiares, dos amigos, acontecimentos, eventos, histórias lidas (literárias ou informativas), entrevistas, filmes.

Reconhecer as intenções e objetivos presentes na fala do outro, sendo capaz de avaliar a consistência argumentativa, a adequação vocabular, a objetividade, a clareza e a coerência na exposição dos fatos e ideias.

Debates, seminários, e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas similaridades e diferenças.

Analisar a linguagem em uso: programas televisivos, radiofônicos, discursos políticos, discurso público ou privado entre outros.

Domínio da Leitura

Praticar a leitura de textos de estilos, temas, estruturas diversas, sendo capaz de:

Interpretá-los, identificar as ideias básicas, reconhecer suas especificidades, o processo e o contexto de produção.

Confrontar ideias básicas, argumentando sobre elas

Proceder a leitura contrastiva (vários textos abordando o mesmo tema, porém com estrutura diversa).

Ler com fluência, entonação e ritmo. Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos

mundos criados pela leitura e à possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos.

Domínio da escrita

Produzir textos ficcionais, descritivos, narrativos, informativos e argumentativos (elaboração de relatos, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, crônicas, notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas, relatórios, resumos de artigos e verbetes de enciclopédias, atentando para:

- clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa. - uso correto e adequado dos recursos estilísticos e formais da língua. -adequação da norma padrão da língua. - pontuação, ortografia, acentuação E emprego de recursos

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gráfico-visuais. Realizar atividades de uso da língua, de maneira a compreender

exigências de adequação da linguagem como, por exemplo, argumentação, concordância, regência, pontuação, acentuação, aspectos sintáticos, morfológicos e semânticos, tendo em vista a assimilação das singularidades que determinam o uso da norma padrão

Além disso, serão propostas as seguintes atividades para se atingir os objetivos propostos:

Leitura silenciosa, oral, individual e em grupos de diferentes suportes textuais.

Reflexão, debate, exposição de opiniões individualmente ou em grupo.

Análise, compreensão e entendimento das estruturas do texto. Consulta a dicionários e outras fontes que se fizerem necessárias. Resolução de exercícios orais e escritos. Revisão de conteúdos. Produção e reestruturação de textos curtos e longos, de temas e

estilos variados. Pesquisas, trabalhos, apresentações, dramatizações, jogos

recreativos e educativos. Participação em atividades desenvolvidas pela classe, pela

comunidade, ou por outras entidades que exploram a educação e a cultura.

Uso das tecnologias disponíveis pela instituição de ensino. d) Avaliação

Está será contínua, observando-se: o desempenho do aluno no seu dia a dia, nas atividades apresentadas, frequência às aulas, nível de atenção, atitudes. Também serão considerados trabalhos, provas, atividades diversas, contemplando sempre a produção oral e escrita do aluno, considerando-se:

Debates orais: exposição clara das ideias, fluência, participação organizada, além do bom nível de argumentação.

Capacidade de recontar o que foi lido ou ouvido. Prática de leitura, capacidade de estabelecer relações com outros

textos. Capacidade de síntese (oral e escrita). Encadeamento de ideias. Uso adequado de recursos coesivos. Eliminação de redundâncias. Domínio dos aspectos formais: parágrafo, pontuação, letras

maiúsculas. Domínio da concordância verbal e nominal. Capacidade de expandir as ideias. Capacidade de reestruturar parágrafos e textos. Capacidade de entender a flexibilidade da língua.

Assim, o aluno deve ser capaz de:

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Ler e interpretar um texto, identificar o assunto, a temática e a função do tipo de texto lido, bem como criar e recriar outros textos a partir da leitura.

Produzir um texto, dominar a modalidade padrão predominante na escrita, bem como os recursos expressivos que permitem construir o texto segundo suas intenções e opções.

Para que a avaliação se processe de forma contínua, empregar-se-ão diversos recursos e instrumentos, além da prova escrita, a fim de observar os avanços e a qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos no final de um período de trabalho tais como:

dramatizações, debates, apresentações orais, trabalhos de pesquisa, produções de textos, participação no desenvolvimento de atividades extraclasse ou em sala de aula entre outros.

e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: o discurso como prática social Conteúdos Básicos Gêneros Discursivos. Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, lavando-se em conta sempre a inclusão de todos os alunos. LEITURA.

Conteúdo temático. Interlocutor. Finalidade do texto. Intencionalidade. Argumentos do texto. Contexto de produção. Intertextualidade. Vozes sociais presentes no texto. Discurso ideológico presente no texto. Elementos composicionais do gênero. Contexto de produção da obra literária. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramáticas no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Semântica.

- operadores argumentativos;

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- modalizadores; - figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade. Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto. Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto. Semântica

-operadores argumentativos -modalizadores. -figuras de linguagem

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito entre outros.

ORALIDADE.

Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas entre outros. Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição); Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições

entre outras). Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

6º ano Produção de textos orais e escritos. Língua e Linguagem. Narrativa e seus elementos básicos. Conto.

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Resumos. Tipos de Discurso. Partes de um livro, reportagem, notícia e texto instrucional. Diálogo argumentativo. Variedades linguísticas; tipos de frases e Sinais de Pontuação. Classes gramaticais e suas particularidades: Substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral verbos regulares (formação do imperativo). Regras de acentuação. Ortografia e uso da palavra PORQUÊ. Fonética; Letras e fonemas. Palavras no sentido de: Denotação e Conotação. Textos sobre meio ambiente (LEI 9795-99 PNEA/AGENDA21) Textos de autores paranaenses (LEI ESTADUAL 13.381/01) Textos de Cultura afro-brasileira e dos Povos Indígenas LEI 10.639/2003, INSTRUÇÃO Nº 017/2006 SUED, DELIBERAÇÃO 04/06 e LEI 11.645/2008) 7º ano Compreensão e interpretação textos. Leitura expressiva dos textos e a linguagem dos mesmos. Produção textual – narração. A linguagem em foco. Verbos I e II – regulares e irregulares. Semântica e Discurso. Ortografia G ou J./ Há e a/ Mal e Mau/ Mai e Mas. O advérbio e sua construção no texto. Produção textual – Poema, poema-imagem – produzir e declamar. Morfossintaxe – Sujeito e Predicado. Tipos de Sujeito Predicado nominal. Concordância do verbo com o sujeito simples e composto Predicativo do sujeito – Verbos de ligação. Acentuação: hiatos e acento diferencial. Produção textual – campanha comunitária, argumentação oral - discussão em grupo e debate deliberativo. Pronomes e a coesão textual. Preposição – combinação e contração prepositiva. A preposição na construção do texto. Transitividade verbal – Predicado verbal – objeto direto, objeto indireto Função dos pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo, variações dos pronomes oblíquos. Produção textual: Notícia, Títulos e Legendas, Entrevista oral e escrita. Tipos de predicado e sua construção no texto. O adjunto adnominal e o adjunto adnominal e sua construção no texto. Textos sobre meio ambiente (LEI 9795-99 PNEA/AGENDA21) Textos de autores paranaenses (LEI ESTADUAL 13.381/01) Textos de Cultura afro-brasileira e dos Povos Indígenas LEI 10.639/2003, INSTRUÇÃO Nº 017/2006 SUED, DELIBERAÇÃO 04/06 e LEI 11.645/2008)

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8º ano Semântica Verbos Impessoais Vozes do Verbo Termos da oração Ortografia/ acentuação Predicativo do objeto/ verbo Período simples e composto Classificação das conjunções Complemento Nominal/ Aposto e Vocativo Vírgula Denotação/ conotação Figuras de linguagem Período composto por coordenação e subordinação Anúncio Carta Piada Crônica Textos sobre meio ambiente (LEI 9795-99 PNEA/AGENDA21) Textos de autores paranaenses (LEI ESTADUAL 13.381/01) Textos de Cultura afro-brasileira e dos Povos Indígenas ( LEI 10.639/2003, INSTRUÇÃO Nº 017/2006 SUED, DELIBERAÇÃO 04/06 e LEI 11.645/2008 9º ano

Acentuação; emprego do hífen (NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO) Termos da oração (REVISÃO) Conjunções coordenativas e subordinativas (REVISÃO) Orações coordenadas Orações subordinativas Pronomes relativos Orações adjetivas Advérbios Orações subordinadas adverbiais Figuras de linguagem Formação de palavras Concordância Nominal e Verbal Preposição / Crase Regência Nominal e Verbal Pronomes / Colocação pronominal Tipos de discursos Gêneros textuais: Conto, crônica, romance, poesia, reportagem, notícia, editorial, carta do leitor, texto dissertativo-argumentativo. Textos sobre meio ambiente (LEI 9795-99 PNEA/AGENDA21) Textos de autores paranaenses (LEI ESTADUAL 13.381/01) Textos de Cultura afro-brasileira e dos Povos Indígenas LEI 10.639/2003, INSTRUÇÃO Nº 017/2006 SUED, DELIBERAÇÃO 04/06 e LEI 11.645/2008)

f) Conteúdos obrigatórios

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Em conformidade com a Lei 10.639/2003, Instrução nº 017/2006 SUED, a Deliberação 04/06 e a Lei 11.645/2008 Em todas as séries do Ensino Fundamental serão ministrados conteúdos da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e também a História e Cultura dos Povos Indígenas. A Lei 9795/99 PNEA/ Agenda 21(Política Nacional de Educação Ambiental) e a Lei Estadual 13381/2001 que contempla os conteúdos de Histórias do PR, através de textos literários ou não e filmes abordando a grande e rica contribuição encontrada na Língua Portuguesa.

A música será trabalhada através de atividades lúdicas, tendo em vista a leitura de partituras e a interpretação de músicas populares brasileiras, sendo abordada como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, visando o desenvolvimento cognitivo/lingüístico; psicomotor e sócio-afetivo;

Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, atividades lúdicas, ou seja, de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Reforcem princípios da Educação Ambiental;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

Referências

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo:

Parábola Editorial, 2003. BORGATTO, Ana. Bertin Terezinha. Marchezi, Vera. 1ª Edição – Tudo é Linguagem. São Paulo. Editora Ática, 2007. BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental - língua portuguesa. Brasília, 1998. CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens: Literatura- Produção de Textos – Gramática. São Paulo:

Atual Editora, 5 ed. 2005. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 3 ed. 2001. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa, 2008.

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MATEMÁTICA a) Fundamentos teóricos da disciplina Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, é necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua constituição como campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro. A Matemática tem como finalidade principal contribuir na formação da cidadania, uma vez que permite a quem a utiliza descrever diferentes aspectos da realidade, estabelecer relações entre eles e tirar conclusões a partir deles. A conquista da cidadania está ligada à inserção dos indivíduos, como cidadãos, no mundo do trabalho, no da cultura e no das relações sociais. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, para que ocorram as inserções dos cidadãos no mundo do trabalho, no mundo das relações sociais e no mundo da cultura e para que desenvolvam a crítica diante das questões sociais, é importante que a Matemática desempenhe, no currículo, equilibrada e indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio do aluno, na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. b) Objetivos gerais da disciplina

A finalidade da educação matemática e fazer o estudante construir por

intermédio matemático;

Formar um estudante critico, capaz de agir com autonomia nas relações sociais;

A matemática não e algo pronto e acabado, pode-se estabelecer duvidas e contradições;

Fundamentar a matemática numa ação critica como atividade humana.

c) Metodologia que será utilizada

As práticas docentes que deverão ser abordadas com os conteúdos de Matemática, poderão partir da resolução de problemas, através da qual, o educando terá a oportunidade de aplicar seus conhecimentos previamente adquiridos, tendo em vista o fato de que a formação Matemática propicia ao ser humano uma maior facilidade em elaborar estratégias para encontrar as soluções ou vislumbrar diferentes caminhos para resolver os problemas que enfrenta em outras situações. Deverão ser desenvolvidas pelos professores práticas diferentes, tornando assim as aulas de Matemática mais dinâmicas, sendo utilizados os recursos tecnológicos, como a TV multimídia, laboratório de Informática,

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materiais didáticos, revistas, jornais, panfletos, TV escola e não apenas se restringindo aos conceitos clássicos como a exposição oral e resolução de exercícios. Isso possibilita aos alunos uma melhor compreensão dos argumentos matemáticos, e ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser aprendido por todos os que estão presentes no processo de ensino e aprendizagem.

O ambiente escolar deverá ter uma relação professor-aluno onde haja um respeito mútuo, cooperação, trabalhos individuais ou em grupos, autoconfiança, não deixando de lado os valores éticos, morais, estéticos e humanos. d) Avaliação

A avaliação do processo ensino-aprendizagem tem sido uma preocupação constante. Hoje, avaliar, já assumiu dimensões mais amplas do que atribuir notas ou classificar o aluno para a sua promoção ou retenção. Os instrumentos de avaliação são importantes, pois vem apresentar os avanços e as dificuldades dos alunos, facilitando o planejamento das possíveis intervenções durante as aulas. Não existe uma forma única e eficaz de avaliar. O registro das observações diárias da sala de aula sobre participação, colaboração, interesse e desempenho dos alunos, seja em trabalhos individuais, seja em grupo, vem a contribuir para o conhecimento da progressão do desempenho do aluno, como também, facilita a avaliação dele e a do próprio professor. A aplicação de pequenos testes ou tarefas diárias, favorece uma avaliação contínua, permitindo e auxiliando a detectar e corrigir possíveis dificuldades do aluno, como também a intervenção do professor no acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. e) Conteúdos curriculares Conteúdos Estruturantes

Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos 6º ano

Sistemas de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e Divisores; Potenciação e Radiciação; Números Fracionários; Números Decimais; Medidas de Comprimento; Medidas de Massa; Medidas de Área; Medidas de Volume;

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Medidas de Tempo; Medidas de Ângulos; Sistema Monetário; Geometria Plana; Geometria Espacial; Dados, Tabelas e Gráficos; Porcentagem.

7º ano

Números Inteiros; Números Racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e Proporção; Regra de Três Simples; Medidas de Temperatura; Medidas de Ângulos; Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não euclidianas; Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e Mediana; Juros Simples.

8º ano

Números Racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis; Medidas de Comprimento; Medidas de Área; Medidas de Volume; Medidas de Ângulos; Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não euclidianas; Gráfico e Informação; População e Amostra.

9º ano

Números Reais; Propriedades dos Radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas;

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Regra de Três Composta; Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Noção Intuitiva de Função Afim; Noção Intuitiva de Função Quadrática; Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não euclidiana; Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Compostos.

f) Conteúdos Obrigatórios Os seguintes conteúdos obrigatórios serão trabalhados através de debates, jogos, leituras, ou seja de ações afirmativas que:

Visem a prevenção ao uso indevido de drogas;

Busquem combater o preconceito de qualquer espécie;

Reforcem princípios relativos à sexualidade humana, bem como a prevenção da gravidez na adolescência;

Contemplem a Educação fiscal e Educação Tributária, de modo a: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo;

- levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Reforcem o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, tendo como princípio o Direito da Criança e do Adolescente.

As práticas complementares como a educação ambiental fundamentada pela Lei 9795/99, para que o indivíduo passe a ser um construtor de valores sociais, com atitudes voltadas para a conservação do meio ambiente, assim como a Lei 10639/03 que trata da História e Cultura Afro-brasileira, Lei 11645/08 que trata da História da Cultura dos Povos Indígenas do Brasil, Lei 9797/99 PNEA/Agenda 21 – Política Nacional de Educação Ambiental, Lei Estadual 13381/01 – contempla conteúdo de História do Paraná, deverão também fazer parte da Disciplina de Matemática. Referèncias BOUDEAUX, Ana Lúcia et al. Coleção matemática na vida e na escola. Ed. Positivo, São Paulo, 2. ed, 2006. JUNIOR, José Ruy Giovanni; CASTRUCCI, Benedito. A Conquista da Matemática. Ed. FTD, São Paulo, 2009. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS de Matemática (5ª a 8ª série). Brasília, 1998.

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PARANÁ/SEED, Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.

INGLÊS a) Fundamentos básicos da disciplina

A função da LEM é transmitir aos alunos o conhecimento, não apenas da disciplina, mas um conhecimento amplo de si próprio, de sua cultura e da cultura de outros. O aluno deve sentir-se parte integrante do processo de construção de sua

identidade. O idioma inglês esta cada vez mais presente em nosso cotidiano e vem se mostrando como importante meio de comunicação no mundo globalizado em que vivemos. Conhecer essa língua hoje e, portanto, condição para que o educando possa sentir-se inserido nessa realidade e dela participar ativamente. Além disso, a língua estrangeira contribui na formação da cidadania e também ao acesso a diversidade cultural dos povos a fim de promover o reconhecimento e a valorização do papel do individuo como agente transformador de mundo. O ensino da Língua estrangeira não e visto apenas como abordagem comunicativa, ou seja, o ensino da língua pela língua, mas, como um meio de acesso a diversidade cultural, a aquisição de informações referentes as questões da globalização, do capitalismo, da saúde e do mundo do trabalho etc. A Língua estrangeira pode possibilitar ao educando ampliação de visão de mundo, reconhecer sua própria identidade por meio da cultura do outro, expandir a capacidade interpretativa e auxiliar na formação de discurso pro ou contrario como formação de opiniões em função da construção de cidadania e como agente transformador de mundo. b) Objetivos gerais da disciplina

· Identificar no universo que o cerca as línguas estrangeiras que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngüe e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas desempenham em determinado momento histórico; · Refletir sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir as visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu pais e do mundo; · Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo; · Formar conhecimento sistêmico, sobre a organização textual, sabendo como e quando utilizar a linguagem nas situações comunicativa tendo como referencial os conhecimentos da língua materna; · Desenvolver o espírito critico do uso da língua estrangeira que esta aprendendo; · Valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho.

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c) Metodologia que será utilizada

Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica , nas aulas de LEM, o professor aborda os vários gêneros textuais em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem abandoná-la. Para tanto, serão utilizados os recursos tecnológicos disponíveis tais como: TV multimídia e laboratório de informática, no intuito de enriquecer as aulas expositivas, melhorar as práticas de leitura e interpretação, análise e compreensão de textos verbais e não-verbais. d) Avaliação A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá para a construção de saberes. Sendo contínua e cumulativa, onde os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. As formas de avaliação serão escritas (provas e trabalhos, confecção de cartazes) e orais (apresentação de trabalhos, leitura), teatros, projetos culturais, atividades realizadas em classe e extra-classe. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: Discurso como prática social. Conteúdos básicos: 6º ao 9º ano Leitura Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais do texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas; Variedade linguística; Ortografia.

Todos os conteúdos serão trabalhados a partir de textos, abordando-

se os diversos gêneros textuais em atividades diversificadas, objetivando a leitura, a oralidade e a escrita. Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

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- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Informatividade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais do texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos;

- Marcas linguísticas;

- Variedade linguística;

- Ortografia.

Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Pronúncia.

f) Conteúdos obrigatórios

Os gêneros textuais contemplarão, entre outros, temas relacionados às questões ambientais às questões étnico-raciais no Brasil e nos países falantes de língua inglesa, história e cultura afro-brasileira, africana e afro-americana , Lei 10.639/03, história e cultura dos povos indígenas, Lei 11.645/2008, Instrução 017. Durante as aulas também serão realizados debates, leituras, jogos, seminários enfatizando ações afirmativas em relação aos seguintes temas obrigatórios:

Música (Lei nº 645/08) Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito da Criança e do Adolescente Lei Federal nº 11.525/07.

Referências: PARANÁ. Secretaria do Estado e da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba, 2008.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étinico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR – ENSINO

MÉDIO

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BIOLOGIA a) Fundamentos teóricos da disciplina O trajeto histórico da ciência desde os primórdios apresenta a figura do homem, que sempre buscou explicações para as suas indagações cotidianas, mesmo que de maneira inconsciente, procurando assim meios mais adequados para adaptar-se à vida na Terra. Desde as primeiras descobertas, como o fogo, até as pesquisas mais complexas relacionadas, à teoria celular, o homem se utiliza da Biologia para compreender a sua realidade e interferir nos fenômenos da natureza de modo mais crítico. A produção científica e tecnológica das últimas décadas tem modificado o homem e seu mundo. As implicações sociais, políticas e éticas destes avanços, foram trabalhadas, de modo contextualizado durante as aulas de biologia, com alunos do Ensino Médio. Este trabalho destina-se à área de formação de professores e aos mecanismos de produção de conhecimentos pelos alunos. A coleta de dados aconteceu por meio de procedimentos múltiplos, usados como estratégia investigativa para compreender as idéias, atitudes, valores e crenças dos alunos. A análise da prática pedagógica para a formação de professores demonstrou a importância da investigação em ação como uma alternativa para o trabalho de modo reflexivo. Assim, é possível melhorar a qualidade das aulas, formando alunos críticos e atuantes, capazes de atitudes bem pensadas em sua vida pessoal e profissional. A Biologia produz pesquisas e informações veiculadas por diferentes meios de divulgação, científicos ou não. Dentro desse conjunto de informações há aquelas que afetam diretamente a vida humana. Há também as decisões que o indivíduo e a coletividade precisam tomar, muitas vezes apoiadas em conhecimentos cuja origem e compreensão fogem de suas possibilidades. Pesquisadores do Ensino das Ciências, como Wood-Robinson (et al. 1998) e Martins-Díaz (2002) têm destacado a necessidade de educar o homem para uma cidadania responsável, por meio de uma alfabetização que contemple uma formação cientifica. É na escola, ambiente cultural apropriado, que se deve iniciar um processo que permita aos cidadãos obter informações e desenvolver a capacidade crítica. Alguns professores têm concepções errôneas sobre Biologia e as transmitem aos seus alunos. Esta deficiência deve-se à formação de professores e precisa ser repensada e reestruturada, segundo Gil-Pérez e Carvalho (2001), para melhorar a prática pedagógica. Para os autores, a prática pedagógica de qualidade se baseia no currículo escolar e, principalmente, na formação inicial (e permanente) dos professores, contemplando aspectos como a ruptura de visões simplistas sobre o Ensino de Biologia. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999) sugerem que se trabalhem temas sociais de modo interdisciplinar, por meio dos temas transversais (Ética, Meio ambiente e Orientação Sexual), desde o Ensino Fundamental. A partir daí eles poderão contribuir de alguma de alguma forma, desde que sejam contextualizados, para formar o cidadão. Além de ensinar o conteúdo, a escola deve também buscar meios de informar e formar, discutindo as questões éticas permeadas pelos conteúdos do Ensino

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de Ciência. Os temas polêmicos inseridos no conhecimento científico são muitos. A Ciência modifica-se rapidamente e nem sempre os cidadãos têm conhecimento e condições de discutir e compreender as novidades científicas. A LDB/96, segundo os PCNs (1999, p.22), confere uma nova identidade ao Ensino Médio, permitindo ao estudante integrar-se à vida comunitária e ter consciência dos seus direitos e deveres. Uma educação mais ampla e reflexiva conduzirá o aluno ao exercício da cidadania. É importante ressaltar que esta preocupação em contextualizar os conteúdos tratados no Ensino Médio não tem apenas um fim instrumental e utilitário. Também se pretende oferecer aos alunos uma visão atual do mundo, para que conheçam as tecnologias avançadas e as teorias que as sustentam. Não é preciso acrescentar novos conteúdos ao currículo e sim, investir na formação dos professores, capacitando-os a desenvolverem práticas pedagógicas interdisciplinares de qualidade. Ensinar Biologia sob uma abordagem curricular conceitual, procedimental e atitudinal é o caminho para a aprendizagem significativa dos conteúdos. Os alunos participaram com muito interesse, questionando e pesquisando para re-elaborar seus conhecimentos. Ainda segundo Zabala (1998, p.48), a aprendizagem dos conteúdos atitudinais supõe conhecimento e reflexão sobre os possíveis modelos, apropriação e elaboração do conteúdo. Isso implica na análise dos fatores positivos e negativos, para um maior posicionamento e envolvimento afetivo, bem como, uma revisão e avaliação da própria atuação. b) Objetivos gerais da disciplina

Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

Estabeleça características específicas dos microorganismos, fungos, organismos vegetais e animais;

Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfologia, estrutural e molecular) dos seres vivos;

Classifique e compreenda os seres vivos quanto ao número de células (uni e pluricelular), organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia entre os sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

Reconheça a célula como unidade estrutural dos seres vivos; Identifique as organelas citoplasmáticas; Estabeleça relações entre as organelas citoplasmáticas e o

funcionamento do organismo; Diferencie os tipos celulares dos tecidos que compõem os

sistemas biológicos (histologia); Compreenda e reconheça as fases da embriogênese; Identifique os anexos embrionários bem como sua importância

no desenvolvimento do embrião;

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Compare e diferencie o desenvolvimento embrionário do reino animal;

Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial e transporte de substâncias;

Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células;

Reconheça e análise as diferentes teorias sobre a origem da vida e da evolução das espécies;

Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos;

Reconheça a importância de constituição genética para manutenção da diversidade dos seres vivos;

Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes;

Reconheça e diferencie as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem;

Compreenda a importância e valorização de diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;

Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;

Discuta e análise os interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética;

Compreenda a evolução histórica do conhecimento biotecnológico aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas socioambientais;

Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo ser humano na diversidade biológica.

c) Metodologia que será utilizada A metodologia deve atender à realidade do aluno, onde busque além de tornar o ensino uma prática prazerosa e significativa, também o aproxime à vida cotidiana. Para isso é necessário um planejamento diferenciado, como métodos inovadores, com recursos diversificados, que além de despertarem a curiosidade do aluno, ainda estimulem a participação dos mesmos nas aulas e principalmente que os direcione a conhecer aquilo que é real, ou seja, que permita aos educados conhecer a realidade e desvendá-la de forma crítica e construtiva. Isso será realizado por meio de relatos orais e escritos, esquema, observações, pesquisas, aulas práticas experimentais, jogos didáticos, atividades em grupo, pesquisas a campo, trabalhos práticos: construção de maquetes, cartazes. No que diz respeito aos recursos pedagógicos tecnológicos, serão utilizados os disponíveis na escola, como livro didático, textos de jornais e revistas, quadro de giz, modelos didáticos, TV pendrive, computadores. As abordagens dos conteúdos certamente irão contribuir para a

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formação de conceitos científicos, valorizando também, o pluralismo cultural, compreendendo melhor as questões relacionadas à cultura Afra brasileira e indígena, contribuindo assim para a amenização dos problemas sociais relacionados ao preconceito, discriminação e racismo. Em Ciências Naturais é muito importante que a seqüência: problematização busca informações, sistematização do conhecimento, seja desenvolvida a cada tema trabalhado. É na observação da natureza e constatação de fatos que o conhecimento científico se manifesta. A problematização dos temas pode surgir de questões trazidas pelo aluno por meio de observações da natureza ou ser realizada por questões apresentadas pelo professor. A busca de informações em fontes variadas como observação, experimentação, leitura de textos informativos, entrevistas e estudos do meio devem fazer parte do ensino, pois é no confronto de idéias que se constroem as ciências. A observação direta ou indireta (fotos, ilustrações, vídeos etc.) é uma forma de se olhar os detalhes de algo que já se conhece; assim, é importante que o professor trace um roteiro do que deve ser observado e que também deixe livre ao aluno a possibilidade de fazer suas próprias descobertas, registrando por escrita, desenhos ou verbalmente. Para uma demonstração ou experimento, o guia ou protocolo pode ser previamente elaborado pelo professor ou pode ser discutido e confeccionado pelos próprios alunos; uma comparação entre os resultados obtidos e os esperados deve ser registrada com critérios. Na leitura de textos informativos (livros didáticos, para-didáticos, enciclopédias, jornais, revistas, internet etc.) deve-se observar a adequação do nível da linguagem ao conhecimento do aluno. Após a problematização e a busca de informações, a sistematização, ou seja, uma síntese final deve ser elaborada. No primeiro ciclo, na forma de uma conversa com a classe ou representação por desenhos, pequenos textos, dramatização etc. No segundo ciclo pode-se elaborar textos maiores, confeccionar maquetes ou relatórios. A utilização de projetos é especialmente útil para se trabalhar certos temas das Ciências Naturais e a relação destes com outras disciplinas. O desenvolvimento de um projeto deve seguir à escolha de um tema, definição dos objetivos, dos conteúdos, das atividades e das atitudes que se pretende desenvolver nos alunos e, ao final, uma avaliação das etapas e do produto desejado conclui o trabalho. d) Avaliação

De acordo com a LDB nº 99394/96 a avaliação deve ser contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação deve ser entendida como processo abrangente, permanente, contínuo, formativo e sistemático, priorizando a construção do conhecimento do educando e os avanços obtidos na relação ensino-aprendizagem, valorizando a participação efetiva do mesmo, oportunizando-o situações que possibilitem a utilização dos seus conhecimentos, valores e habilidades. É importante não apenas diagnosticar o que o aluno aprendeu sobre fatos e conceitos, mas, sobretudo verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu na resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas situações. Para isso é necessárias formas de

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avaliação e entendimento, atividades orais e escritas em sala de aula, relatórios de filmes e experimentos, seminários e debates. No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeito se quer formar para a sociedade que se quer construir.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que: • é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o intuito de ensinar; • no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente; • os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação pedagógica; • os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede; • os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequada do que uma prova objetiva.

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e) Conteúdos curriculares

Conteúdos estruturantes: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética;

Conteúdos básicos 1º ao 3º ano Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia; Mecanismos de desenvolvimento embriológico; Teoria celular, mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos; Teoria evolutiva; Transmissão das características hereditárias; Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente; Organismos Geneticamente Modificados;

f) Conteúdos obrigatórios

Na realidade escolar, os procedimentos próprios do ensino de ciências ficaram reduzidos à transmissão de um único método científico, consistente no conjunto de passos definidos e aplicados de modo a ensinar o aluno a agir como cientista, sob uma visão positivista de ciências, no entanto devemos ter em mente que esse aluno precisa estar preparado para enfrentar um mundo extremamente pluralista, onde as diferenças são marcadas desde o ínicio da história brasileira, precisamos for alunos críticos, conscientes, mas que ao mesmo tempo possa competir de igual para igual no mercado de trabalho, defender o seu espaço com auto-estima e responsabilidade, diante desse pensamento a nossa disciplina deve estar trabalhando assuntos atuais, relevantes para criar discussões interessantes e construtivas. Através desse pensamento a Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena, dentro da disciplina de biologia ela será trabalhada a partir da curiosidade dos estudantes sobre o assunto, por exemplo. Será que eles sabem das marcas que as línguas indígenas deixaram no português do dia a dia? Explorar a diversidade linguística - a chamada glotodiversidade - pode ser divertido e curioso. Palavras como carioca (casa de branco) e ipanema (rio de pouco peixe) terão novos valores para os estudantes. Música, alguns conteúdos de biologia podem ser trabalhados utilizando esse recurso: protozoários, ectoparasitoses, botânica... Prevenção de drogas, com palestras preventivas, depoimentos, visitas a casa de recuperação. Sexualidade Humana, apresentar o Projeto Menarca do colégio Sepam. Educação Ambiental, incentivar os alunos na coleta seletiva, reciclagem, construção de materiais com papéis reciclados.

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Educação Fiscal e Tributária, incentivar a importância de se pedir notas de tudo que é comprado, mostrar o valor desse ato, realizar trabalhos conjuntos com a disciplina de matemática. Combate a violência trabalhos em grupos, dinâmicas de grupos, palestras trabalhos comunitários. Direitos da criança e do adolescente, trabalhar o estatuto.

Referências

BERNARD, J. Da biologia à ética: Novos poderes da ciência novos deveres

do homem ... . Portugal: Publicações Europa- América, LDA.,1990. BIZZO. N. Ciências Biológicas. IN: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. P. 148-149. BOGDAN. R.C.; BIKLEN. S. K. Investigação Qualitativa em Educação.

Portugal: Porto Editora, 1994. BRASIL. Lei nº 9.394/96, Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

aprovada na Câmara Federal em 17/12/96 e sancionada pelo Presidente da República em 20/12/96, Brasília, 1996(mimeo). BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília:

Ministério da Educação e Cultura, 1999, 64p. MARTÍN-DÍAZ, M.J. Enseñanza de las ciencias? Para qué? Revista

electrónica de Enseñanza de las Ciencias, vol.1, n.2. 2002. Disponível em: www.saum.uvigo.es/reec/volumenes.htm

EDUCAÇÃO FÍSICA a) Fundamentos teóricos da disciplina

A Educação Física Escolar veem se constituindo como prática pedagógica, a partir de diferentes interesses e concepções pedagógicas, portanto , com diferentes concepções de homem, sociedade e dos fins da educação.

O desafio que se apresenta para a Educação Física é de que dentro de qualquer processo educacional ela possa ser percebida como um componente curricular, nem mais nem menos importante que os demais, e que busque, junto com eles, fazer com que os objetivos educacionais sejam alcançados.

A presença da Educação Física no currículo escolar, historicamente, foi assegurada e determinada através de legislação própria, bem como seus conteúdos e metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições, como a desportiva, a médica e a militarista.

Não podemos ignorar que o ser humano expressa seus sentimentos através de movimentos, descobrindo a sensibilidade de seu corpo, cada um com sua linguagem própria e com isso estabelece um elo de ligação com o mundo. Para que o ser humano faça essa leitura de seu próprio corpo e do mundo é necessário que ele se conheça em um todo, com um ser crítico,

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pensante e conhecedor de seus direitos. Nesta fase da escolaridade, torna-se necessário compreender a

Educação Física em um contexto mais amplo, ou seja, entender que ela é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

A Educação Física, é parte do projeto geral de escolarização, estando sempre a favor da formação humana, pois permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar.

Para o ensino médio, os conteúdos estruturantes adotados foram: Esporte, Jogos e Brincadeiras, Dança, Ginástica, Lutas e; então, através da fundamentação dos conteúdos da Educação Física, pretende-se que a mesma transcenda aquilo que se apresenta como senso comum, que priorize a construção do conhecimento sistematizado, de reelaboração de ideias e práticas que intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e suas implicações par a vida. b) Objetivo geral da disciplina - Propiciar através de experiências e vivências do corpo e sua relação com o movimento atrelado a um todo no contexto social e consequentemente sua interação com o meio. c) Metodologia que será utilizada

Sendo o objeto de estudo da Educação Física a cultura corporal, pretende-se relacionar o movimento humano, historicamente construído, ao cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais.

Utiliza-se a metodologia Crítico-superadora, que permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal. Os conteúdos devem oportunizar o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos a serem apreendidos pelo aluno, para isso eles são tratados simultaneamente, constituindo referências que vão se ampliando no pensamento dos alunos, ou seja, lidam com os mesmos dados nas diferentes séries, o que muda são as referências e o aprofundamento do pensamento sobre eles, em cada fase amplia-se o grau de complexidade.

Os conteúdos serão construídos através de atividades rítmicas, danças, ginástica, desportos coletivos e individuais, jogos e atividades complementares. Também através de atividades teórico prática, coletivas e individuais, usando como recurso a observação, a reflexão, exploração da criatividade e sensibilidade, onde o trabalho deixa de ser informativo para ser formativo.

d) Avaliação

A avaliação deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não

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como um elemento externo a este processo. Não pode deixar de estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, sendo continuada, identificando os progressos do aluno durante o ano letivo.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto professores quanto os alunos poderão analisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações culturais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

Serão utilizados como instrumentos de avaliação, a participação e assiduidade nas aulas, avaliações teóricas e/ou práticas, trabalhos e respeito aos colegas e a professora.

Assim, devemos entender que a avaliação deverá partir da observação do agir e interagir do aluno no meio ambiente como consequência do conhecimento reelaborado e das práticas vivenciadas e não apenas dos gestos, das técnicas, da performance e dos resultados das competições. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: esportes, jogos, ginástica, lutas, dança. Conteúdos básicos 1º Ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira. Ginástica:

o Ginástica Geral. o Ginástica de Condicionamento Físico.

Dança: o Danças Folclóricas. o Dança Afro.

Jogos:

o Cooperativos. o Dramáticos. o Jogos de Tabuleiro.

2º ano Esportes:

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o Coletivos e individuais. Lutas:

o Capoeira. o Lutas com Instrumento Mediador.

Ginástica: o Ginástica Geral o Ginástica de Condicionamento Físico.

Dança:

o Danças de Salão. Jogos:

o Cooperativos. o Dramáticos. o Jogos de Tabuleiro.

3º Ano Esportes:

o Coletivos e individuais. Lutas:

o A Capoeira. o Lutas com Aproximação. o Lutas que mantém a distância.

Ginástica: o Ginástica Geral. o Ginástica de Condicionamento Físico.

Dança:

o Danças de Rua. o Dança Afro.

Jogos: o Cooperativos. o Dramáticos. o Jogos de Tabuleiro.

f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Este assunto será abordado, durante o conteúdo estruturante lutas, iremos trabalhar a capoeira, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, mostrando a importância histórica e as diferenças entre a capoeira angolana e regional. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Durante o conteúdo estruturante esporte, abordaremos o tema enfatizando as competições individuais e coletivas, onde o atleta usa “drogas” ilícitas para melhorar o desempenho, e em momentos oportunos que surgem durante as aulas. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental; Educação Fiscal Durante os conteúdos esportes radicais, abordaremos a preservação ambiental, usando como linhas as competições e o eco-turismo como corridas de aventura, escaladas entre outras. E a Educação Fiscal, durante a elaboração de competições, visando ensinar a arrecadar fundos e pagamento de impostos para

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a realização de campeonatos e as bolsa auxilio para atletas ( lei de incentivo ao esporte). 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Durante todos os conteúdos, este tema será abordado, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado as questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, pois faz parte do desenvolvimento corporal, sendo trabalhado a medida que surgirem oportunidade, está relacionado a expressão corporal e desenvolvimento humano que são elementos articuladores da disciplina. Referências:

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.

FILOSOFIA a) Fundamentos teóricos da disciplina

A filosofia enquanto conjunto de conhecimentos construídos historicamente reúne grande parte dos temas que influenciam a vida de nossos estudantes. Seja no campo da política, da ética, da ciência, seja no campo da arte, os conhecimentos filosóficos estão presentes, mesmo que inconscientemente. Ensinar filosofia no Ensino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, tem suas especificidades, pois exige do professor um posicionamento em relação aos sujeitos desse ensino e às questões históricas atuais que lhes são colocadas como cidadãos de um país. A filosofia é uma disciplina que entrou para os currículos das escolas desde o Brasil Colônia. Com a Proclamação da República, a filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais, com a Lei 4.024/61 a filosofia deixava de ser obrigatória, principalmente com a Lei 5.692/71, em pleno regime militar, o currículo não deu espaço para o ensino da filosofia. A partir de 2010 a filosofia volta a ocupar de maneira obrigatória seu espaço nos currículos das escolas. Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a filosofia pode viabilizar interfaces com outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Hoje, no momento histórico vigente, os valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a filosofia tem um espaço a ocupar e uma contribuição a fazer. A filosofia é importante por apresentar como conteúdo e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de filosofia é um espaço para análise e criação de

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conceitos. A filosofia objetiva preparar o cidadão para a futura sociedade, formar cidadãos críticos, pessoas que possam assumir a condição de sujeitos de sua própria história e contribuam para a transformação da sociedade. A filosofia é crítica, em sendo assim justifica sua presença nos currículos das escolas, é condizente com a realidade democrática e pretende levar o educando a ter um olhar diferenciado do mundo, isto é, um olhar crítico. b) Objetivos gerais da disciplina - Conscientizar o aluno da necessidade de se pensar criticamente a partir da realidade vigente. - Formar cidadãos críticos capazes de assumir a condição de sujeitos de sua história, pessoas comprometidas com a sociedade em que vive. - Levar o aluno a construir seu pensamento próprio com base na filosofia. - Preparar o aluno para acompanhar a realidade moderna com senso de cidadania, princípios de democracia, aptos para viver conforme as exigências da modernidade. c) Metodologia que será utilizada

1) A mobilização para o conhecimento Serão utilizados diferentes recursos para que os estudantes se mobilizem, se predisponham à criação de conceitos autônomos. Dentre tais recursos podemos citar: textos de revistas e jornais, músicas, filmes, documentários, apresentações na TV pen drive, temas polêmicos das mais variadas áreas gerados em nossa sociedade. Tais conteúdos auxiliarão os estudantes na correlação do pensamento filosófico com a realidade. i. e x e

2) A problematização A partir do tema proposto, os alunos deverão averiguar os problemas filosóficos pelos mais variados aspectos: seus pontos positivos e negativos, sua causa e seus efeitos. Imprescindível também é a relação do referido problema com a própria vida do estudante. Esta etapa deverá sempre ser auxiliada constantemente pelo docente com certo rigorismo lógico e densidade de conteúdo, para não se cair no reducionismo filosófico. 3) A investigação Nesta etapa, já obtida a problematização, é de fundamental importância que nos voltemos para o estudo dos pensadores da filosofia. O pensamento é uma construção histórica e gradual e devemos investigar os diferentes estágios da abordagem filosófica sobre um mesmo problema. Com essa “visão do todo” poderemos buscar uma reflexão atual e crítica sobre o tema proposto. 4) A criação de conceitos. A criação de conceitos pode ser considerado um dos ápices da atividade filosófica (bem como a criação de questionamentos adequados). Temos a consciência de que tal feito é, infelizmente, reduzido a um número pequeno de filósofos na atualidade, que contribuem efetivamente na construção da histórica da filosofia. Apesar das limitações em sala de aula, os estudantes devem ser estimulados a “criarem seus próprios conceitos” de uma maneira à fugir do

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senso comum e a buscarem um senso crítico autônomo em relação à filosofia e a própria vida. Devem ser constantemente encorajados nesse objetivo.

d) Avaliação O processo de avaliação tem por escopo um diálogo contínuo com o estudante, além de diagnosticar o andamento da construção de conceitos. Deve-se levar em consideração também as experiências de vida do aluno, suas relações com a realidade, seu microcosmo. Uma avaliação de Filosofia que se resumisse a averiguar conteúdos históricos da disciplina seria antes uma simples repetição, algo que é ineficaz em termos educacionais. Como bem citado nas DCE´S atuais, o sentido da avaliação só se revela na própria experiência do filosofar. Espera-se que o estudante possa, ao final do ensino médio seja capaz de: a) Compreender, Pensar e Problematizar os conceitos básicos dos diversos conteúdos estruturantes da disciplina b) Elaborar respostas adequadas aos problemas suscitados. c) Argumentar de forma escrita ou oral suas opiniões, com densidade de conteúdo. d) Construir idéias de caráter intuitivo e inusitado relacionado aos conteúdos estruturantes. e) Visualizar a correlação existente entre os temas trabalhados e a realidade social f) Dominar os conceitos já apreendidos pelos pensadores no transcorrer da história e a partir disso, rediscuti-los. g) Refletir sobre os corolários do elo entre filosofia e as demais áreas do conhecimento humano. Para isso, serão empregados os seguintes critérios e instrumentos de avaliação:

Avaliar levando em conta o desempenho do aluno nas disciplinas que compõem o bloco, priorizando a interdisciplinaridade;

Provas, trabalhos individuais e em grupo; Debates, seminários e apresentações de pesquisas; Será avaliado a capacidade de argumentação e a participação nas

atividades. e) Conteúdos curriculares

Conteúdos estruturantes: mito e filosofia; teoria do conhecimento; ética; filosofia política; filosofia da ciência; estética.

Conteúdos básicos 1º ano

Introdução a filosofia

O que é filosofia

Para que serve a filosofia

Surgimento da filosofia

Mito e filosofia

Os principais períodos da filosofia

Os pré-socráticos

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Filosofia antiga: Sócrates, Platão e Aristóteles

Teoria do Conhecimento

Possibilidade do conhecimento

As formas do conhecimento

O problema da verdade

A questão do método

Conhecimento e lógica

Cultura Africana e Afrodescendentes

Cultura Indígena 2º ano

Introdução

Ética

Ética e moral Pluralidade ética

Ética e violência

Razão, desejo e vontade

Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas. Filosofia Política

Relação entre comunidade e poder Liberdade e igualdade política

Política e ideologia

Esfera pública e privada

Cidadania formal e/ ou participativa

Cultura Africana e Afrodescendentes

Cultura Indígena

3º ano

Concepção de ciência

A questão do método científico

Contribuições e limites da ciência

Ciência e ideologia

Ciência e ética

Natureza da arte

Filosofia e arte

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto etc.

Estética e sociedade

Cultura Africana e Afrodescendentes

Cultura Indígena

f) Conteúdos obrigatórios

1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Este assunto será abordado, durante o conteúdo estruturante ética, enfatizando o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, mostrando a importância histórica e a influência cultural na formação do povo brasileiro.

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2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Embora esteja vinculado ao conteúdo ética e violência, este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado a medida que surgirem oportunidades, pois este tema está relacionado ao desenvolvimento humano que é um elemento articulador da disciplina. 6- A Educação Fiscal será trabalhada dentro do conteúdo estruturante: filosofia

política, buscando: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) Música (Lei nº 645/08) A música será trabalhada a partir dos temas: cultura, arte e filosofia, estética, visando principalmente o desenvolvimento sócio-afetivo e a musicalização através de atividades lúdicas.

Referências BRASIL, CONSTITUIÇÃO. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 2007. CHAUÍ, M. Filosofia Série Brasil: Ensino Médio, volume único. São Paulo: Ática, 2005. CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Atual Editora, 2002. COTRIM, G. Fundamentos de Filosofia: história e grandes temas – 16 ed.São Paulo: Saraiva, 2006 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público: Filosofia – Ensino médio. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Filosofia.

Curitiba: SEED, 2010.

HISTÓRIA a) Fundamentos teóricos da disciplina

Se no passado a disciplina de História servia para justificar o modelo de nação brasileira, vista como extensão da Europa Ocidental, hoje as

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demandas sociais para o ensino de História possibilitam novas reflexões. As verdades prontas e definitivas foram superadas, a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações, as relações humanas e o significado que os sujeitos históricos dão às suas ações, as formas de pensar, agir, sentir, representar, imaginar, instituir, se relacionar. Os processos históricos, então, não podem ser entendidos como uma sucessão de fatos na ordem de causa e consequência, isso ocorre de forma não-linear, portanto a produção do conhecimento requer uma nova postura e forma de análise que contemple a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

b) Objetivos gerais da disciplina

- Conhecer o mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo – trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre. - Compreender o processo de urbanização e industrialização do Brasil e, de maneira peculiar, do Paraná, a formação do Estado Moderno e as relações de poder, os sujeitos, as revoltas e as guerras no contexto da modernidade e de modo específico, os movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. c) Metodologia que será utilizada

A metodologia da disciplina de História está relacionada à História Temática conforme propõe as Diretrizes Curriculares.

O trabalho pedagógico com os conteúdos históricos será fundamentado em várias tendências atuais da historiografia (Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa), suas respectivas interpretações e no estudo de diversas fontes históricas.

Durante as aulas de História serão utilizados documentos escritos, registros orais, os testemunhos de história local, fotografias, jornais, literatura, filmes, livro didático, vestígios iconográficos, mapas e informática.

A metodologia utilizada possibilita a formação de alunos com uma personalidade democrática e crítica e a articulando o que aprenderam com as diversas áreas do conhecimento.

d) Avaliação

Durante a avaliação serão considerados os conteúdos de História efetivamente trabalhados em aula e que poderão ser revistos quando for necessária uma melhor apreensão. As formas avaliativas que serão utilizadas são a diagnóstica, formativa e a somatória.

O professor levará em conta os três aspectos da avaliação da disciplina de História conforme as Diretrizes Curriculares: a investigação e a apropriação de conceitos históricos; a compreensão das relações da vida humana e o aprendizado dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Para isso serão utilizados os seguintes critérios de avaliação: interpretação de diferentes documentos históricos, pesquisas, relatórios de filmes e vídeos, debates, sistematização de conceitos históricos, resolução de exercícios em sala de aula, produção de narrativas históricas,

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apresentação de seminários e provas escritas. e) Conteúdos curriculares Conteúdos Estruturantes: Relações de Poder, Relações Culturais e Relações de Trabalho. 1ª SÉRIE

Conteúdos Básicos: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre, Urbanização e Industrialização. Conteúdos Específicos: Introdução a ciência histórica (conceito de História, cronologia, fontes e historiografia); a Pré-História; os primeiros grupos humanos (África, Europa e na América); conceito e divisão de trabalho nas sociedades teocráticas, pré-colombianas reinos e impérios africanos; antiguidade clássica e sociedade feudal; o Império Bizantino; a Civilização Islâmica; o Renascimento Cultural; a Reforma Religiosa.

2ª SÉRIE

Conteúdos Básicos: O Estado e as relações de poder, os sujeitos, as revoltas e as guerras. Conteúdos Específicos: Conceito de Estado, Absolutismo, Expansão Marítima e Mercantilismo, A ocupação do litoral brasileiro pelos portugueses (choque cultural com os indígenas e a degradação ambiental) O sistema colonial, As independências na América, A construção do “Estado” do Brasil (cultura, sociedade, economia e política), Iluminismo, Revolução Francesa, Revoltas Escravas (Revolta dos Malês, Revolta na Fazenda Capão Alto).

3ª SÉRIE

Conteúdos Básicos: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções; cultura e religiosidade. Conteúdos Específicos: A industrialização e a expansão imperialista, A República Velha (instalação, poder político e econômico, movimentos sociais), a industrialização no Brasil, O Paraná ( os afrodescendentes no processo de formação, a imigração de estrangeiros), a 1ª e 2ª Guerra Mundial, a Guerra Fria, a Era Vargas, o populismo na América Latina, a Ditadura Militar no Brasil, a redemocratização do Brasil, o mundo contemporâneo ( o mundo multipolar, a 3ª Revolução Industrial, alterações climáticas, a questão energética), o Brasil contemporâneo ( a transição para a democracia, a Constituição de 1988, a globalização, a reforma agrária, a questão indígena, problemas urbanos, as relações de trabalho, a questão ambiental, comportamento e diversidade). f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Este assunto será abordado enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos,

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mostrando a importância histórica e a influência cultural na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado a medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada dentro dos conteúdos estruturantes da

própria disciplina, visando principalmente: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) Música (Lei nº 645/08) A música será trabalhada a partir dos temas: cultura, arte e filosofia, estética, visando principalmente o desenvolvimento sócio-afetivo e a musicalização através de atividades lúdicas. 8) História do Paraná (Lei nº 13.381/01) Este conteúdo, específico da disciplina de História, será abordado em todas as séries, através do estudo de aspectos formadores da cultura e da história paranaense. Referências

ARRUDA, José Robson. Toda a história. BARBOSA, Elaine Senise; JUNIOR, Newton Nazaro; PÊRA, Silvio Adegas. Panorama da História. v.3, Curitiba: Positivo,2005. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. OJEDA, Eduardo A. Balz. História. PELLEGRINI, Marco Cesar; DIAS, Adriana Machado; GRINBERG, Keila. Coleção Novo olhar. SCHMIDT, Mario. Nova história crítica: moderna e contemporânea.

LÍNGUA PORTUGUESA

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a) Fundamentos teóricos da disciplina O trabalho com a Língua Portuguesa deve considerar as práticas

linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para a multiplicidade de usos da linguagem e de estratégias envolvidas neste novo processo de produção de sentidos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais utilizando a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos

De acordo com Antunes (2003), “o papel ideal do professor de Língua Portuguesa é o de contribuir significativamente para que os alunos ampliem sua competência no uso oral e escrito da disciplina”. b) Objetivos gerais da disciplina

· empregar a Língua oral e em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor; · reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; · desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de praticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, alem do contexto de produção; · analisar textos produzidos, lidos e/ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos lingüísticos -discursivos; · aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento critico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; · aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se , também da norma padrão. c) Metodologia que será utilizada

Na sala de aula e em outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa têm o papel de aprimorar as possibilidades de domínio discursivo na oralidade, na leitura e na escrita para que compreendam e interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. Isso significa possibilitar aos educandos tanto o entendimento de poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais quanto a sua emancipação e autonomia em relação a essas práticas. Dessa forma, o professor precisa estabelecer parcerias em sala de aula, dar voz aos alunos,

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escutar o que eles têm a dizer em experiências de uso concreto da língua. O constante diálogo e sua análise representam possibilidade concreta de ir além do autoritarismo e da apatia nessas relações. Sob uma perspectiva mais generosa, valorizar o ambiente escolar e também reconhecê-lo como espaço fértil para construir racionalidades mais solidárias e combater intolerâncias e qualquer tipo de preconceito.

Na prática da oralidade, as variantes linguísticas devem ser consideradas como legítimas formas de expressão. Em especial, as de grupos sociais historicamente marginalizados serão tratadas em sua relação à centralidade ocupada pela norma padrão e pelo poder da fala culta.

A leitura compreende o contato do aluno com uma grande variedade de textos produzidos numa ampla variedade de práticas sociais, sem se limitar somente aos textos presentes no livro didático. Propiciando o desenvolvimento de uma atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, atitude responsável diante deles. Não se pode deixar de lado a linguagem não-verbal: a leitura de imagens como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com crescente intensidade o nosso cotidiano. O ensino deve abordar diferentes gêneros textuais, assim como diferentes meios de comunicação: televisão, cinema, teatro, uma vez que se pretender ter um leitor capaz de desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no meio social e cultural que o cerca.

No que se refere ao trabalho com a Literatura, há que se considerar a necessidade de escolha de métodos que orientará o estudo. O conhecimento de teorias literárias pelo professor deve ser realimentado com frequência, para que seja mais bem definida a medida do alcance da abordagem com a qual se dará o estudo. O professor além de ser contínuo leitor, também precisa selecionar textos não apenas pela linearidade da historiografia nem pela adaptabilidade do texto ou tema à linguagem do aluno, preferindo aqueles que ampliem relações de leitura. Estimulará associações entre um ponto e outro e estabelecerá suas conexões a partir dos textos apresentados pelos alunos, da autoria destes ou não. Ao trabalhar com os textos selecionados, o professor instigará relações entre eles e o contexto presente, tendo sempre em vista o presente da leitura e as múltiplas possibilidades de construção de significado a partir dos momentos de reflexão.

O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos. Assim, a escrita é entendida como formadora de subjetividades. O reconhecimento das relações de poder no discurso potencializa, na escrita, a possibilidade de resistência a determinados valores socioculturais. Não é função da escola formar escritores, mas o aluno precisa entender o funcionamento de um texto escrito, que é diferente de um texto oral, depois de internalizar essas diferenças pode amadurecer na produção de textos, cuja intenção é provocar uma ação no mundo. A prática da escrita requer ter em mente que tanto o professor quanto o aluno necessitam planejar o que será produzido, em seguida escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e,

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então, revisar, reestruturar e reescrever o texto. Por meio desse processo, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, suas fantasias e sua criatividade, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do acréscimo ou da exclusão de uma ideia.

Os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a descritiva e a internalizada no processo do ensino da Língua Portuguesa. É importante desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto e sobre outros textos de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, esse estudo, o que vale não é a categoria em si, mas é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. O aluno precisa ampliar sua capacidade discursiva em atividade de uso da língua de maneira a compreender outras exigências de adequação da linguagem como, por exemplo, a argumentação, situacionalidade, intertextualidade, informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade. Os professores farão ver aos alunos que a escola é o espaço do erro, onde ele pode e deve errar para que a partir dessa consciência, sob uma dinâmica de tentativas, acertos, inferência, comparações, deduções construa o aprendizado do fato linguístico.

Três eixos norteiam o trabalho com a língua: Oralidade, Leitura e Escrita, os quais deverão fazer parte do cotidiano do aluno, envolvendo atividades que contemplem o uso da língua em reais práticas discursivas.

Domínio da Oralidade:

Relatar experiências pessoais e familiares, dos amigos, acontecimentos, eventos, histórias lidas (literárias ou informativas), entrevistas, filmes.

Reconhecer as intenções e objetivos presentes na fala do outro, sendo capaz de avaliar a consistência argumentativa, a adequação vocabular, a objetividade, a clareza e a coerência na exposição dos fatos e ideias.

Debates, seminários, e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

Confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas similaridades e diferenças.

Analisar a linguagem em uso: programas televisivos, radiofônicos, discursos políticos, discurso público ou privado entre outros. Domínio da Leitura

Praticar a leitura de textos de estilos, temas, estruturas diversas, sendo capaz de:

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Interpretá-los, identificar as ideias básicas, reconhecer suas especificidades, o processo e o contexto de produção.

Confrontar ideias básicas, argumentando sobre elas. Proceder a leitura contrastiva (vários textos abordando o mesmo

tema, porém com estrutura diversa). Ler com fluência, entonação e ritmo. Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos

mundos criados pela leitura e à possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos. Domínio da escrita

Produzir textos ficcionais, descritivos, narrativos, informativos e argumentativos (elaboração de relatos, bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, crônicas, notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas, relatórios, resumos de artigos e verbetes de enciclopédias, atentando para: - clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa. - uso correto e adequado dos recursos estilísticos e formais da

língua. -adequação da norma padrão da língua. - pontuação, ortografia, acentuação e emprego de recursos gráfico-

visuais. Realizar atividades de uso da língua, de maneira a compreender

exigências de adequação da linguagem como, por exemplo, argumentação, concordância, regência, pontuação, acentuação, aspectos sintáticos, morfológicos e semânticos, tendo em vista a assimilação das singularidades que determinam o uso da norma padrão. Além disso, serão propostas as seguintes atividades para se atingir

os objetivos propostos: Leitura silenciosa, oral, individual e em grupos de diferentes suportes

textuais. Reflexão, debate, exposição de opiniões individualmente ou em

grupo. Análise, compreensão e entendimento das estruturas do texto. Consulta a dicionários e outras fontes que se fizerem necessárias. Resolução de exercícios orais e escritos. Revisão de conteúdos. Produção e reestruturação de textos curtos e longos, de temas e

estilos variados. Pesquisas, trabalhos, apresentações, dramatizações, jogos

recreativos e educativos. Participação em atividades desenvolvidas pela classe, pela

comunidade, ou por outras entidades que exploram a educação e a cultura.

d) Avaliação

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Está será contínua, observando-se: o desempenho do aluno no seu dia a dia, nas atividades apresentadas, frequência às aulas, nível de atenção e atitudes. Também serão considerados trabalhos, provas, atividades diversas, contemplando sempre a produção oral e escrita do aluno, considerando-se:

Debates orais: exposição clara das ideias, fluência, participação organizada, além do bom nível de argumentação.

Capacidade de recontar o que foi lido ou ouvido. Prática de leitura, capacidade de estabelecer relações com outros

textos. Capacidade de síntese (oral e escrita). Encadeamento de ideias. Uso adequado de recursos coesivos. Eliminação de redundâncias. Domínio dos aspectos formais: parágrafo, pontuação, letras

maiúsculas. Domínio da concordância verbal e nominal. Capacidade de expandir as ideias. De reestruturar parágrafos e textos. De entender a flexibilidade da língua.

Assim, o aluno deve ser capaz de: Ler e interpretar um texto, identificar o assunto, a temática e a função

do tipo de texto lido, bem como criar e recriar outros textos a partir da leitura.

Produzir um texto, dominar a modalidade padrão predominante na escrita, bem como os recursos expressivos que permitem construir o texto segundo suas intenções e opções. Para que a avaliação se processe de forma contínua, empregar-se-

ão diversos recursos e instrumentos, além da prova escrita, a fim de observar os avanços e a qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos no final de um período de trabalho tais como:

- dramatizações, debates, apresentações orais, trabalhos de pesquisa, produções de textos, participação no desenvolvimento de atividades extraclasse ou em sala de aula entre outros. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: o discurso como prática social

Conteúdos Básicos

Gêneros Discursivos. Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries, levando-se em conta sempre a inclusão social de todos os alunos.

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LEITURA

Conteúdo temático. Interlocutor. Finalidade do texto. Intencionalidade. Argumentos do texto. Contexto de produção. Intertextualidade. Vozes sociais presentes no texto. Discurso ideológico presente no texto. Elementos composicionais do gênero. Contexto de produção da obra literária. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramáticas no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial; Partículas conectivas do texto; Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; Semântica.

- operadores argumentativos; -modalizadores; -figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade. Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto. Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto. Semântica

-operadores argumentativos -modalizadores. -figuras de linguagem

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito entre outros.

Vícios de linguagem;

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Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência;

ORALIDADE.

Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais corporal e

gestual, pausas entre outros. Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição); Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições

entre outras). Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

1º ano

Leitura e interpretação de diferentes suportes de textos. Produção de textos. Elementos da comunicação. Linguagem e suas funções. Denotação e Conotação. Figuras de Linguagem. Variações linguísticas. Origem da Língua Portuguesa. Fonética. Ortografia. Acentuação gráfica. Crase. Emprego do hífen. Pontuação. Estrutura das Palavras. Concordância verbal e nominal. Regência verbal e nominal.

LITERATURA.

A essência da literatura. Gêneros literários. Texto poético, narrativo e teatral. Periodização literária (Trovadorismo, Humanismo e Classicismo –

panorama geral). Literatura de Informação, Barroco e Arcadismo.

2º ano

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Leitura e interpretação de diversos tipos de textos. Produção de textos; narrativos, descritivos, dissertativos, resenhas. Regência verbal e nominal. Pontuação. Acentuação. Uso do pronome oblíquo /figuras de linguagem. Verbos.

LITERATURA

Romantismo: poesia e prosa. Realismo. Naturalismo. Parnasianismo. Simbolismo.

3º ano

Leitura e produção de diversos tipos de textos. Produção de textos: narrativos, dissertativos, descritivos, resumos. Termos da oração: essenciais, integrantes, acessórios. Relações de sentido no interior do período ( coordenação e

subordinação). Emprego dos pronomes relativos. Colocação pronominal.

LITERATURA.

Pré – Modernismo. Modernismo. Correntes de Vanguarda Europeia. Literatura Contemporânea – Poesia: Paulo Leminski. Conto; Dalton

Trevisan. Romance e crônica; Moacyr Scliar. Teatro: Nelson Rodrigues.

f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, estudo de autores da literatura africana, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual

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Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado a medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) Música (Lei nº 645/08) A música será trabalhada a partir dos temas: cultura, arte e estética, visando principalmente o desenvolvimento sócio-afetivo e lingüístico; a musicalização será trabalhada através de atividades lúdicas. 8) História do Paraná ( Lei nº 13.381/01); Este conteúdo será trabalhado através do estudo de autores da literatura paranaense e dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros. Referências ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental -

língua portuguesa. Brasília, 1998. CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens: Literatura- Produção de Textos – Gramática. São Paulo: Atual Editora, 5 ed. 2005. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 3 ed. 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa, 2008.

INGLÊS a) Fundamentos teóricos da disciplina

A disciplina tem o compromisso de promover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber, mas aprendam o processo de sua produção. Que o aluno se sinta como parte integrante do processo de construção de sua identidade, que se perceba como sujeito de sua própria história, que conheça melhor a sua cultura a partir da cultura do outro. Assi, LEM é concebida como espaço de construções discursivas, como princípio social e o ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito maior de educação, considerando as contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes

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subjazem”. Dessa forma, é fundamental reconhecer a importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia não se separam.

Isso implica superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como externos aos sujeitos.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. b) Objetivos gerais da disciplina

- Contribuir para a formação do sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo; - Colaborar para a elaboração da consciência da própria identidade; - Garantir ao aluno o estímulo necessário para que entre no “universo” da Língua Estrangeira e interaja com ela; - Constatar e vivenciar criticamente a diversidade cultural. c) Metodologia que será utilizada

A metodologia deverá envolver os alunos em atividades críticas, reflexivas, problematizadoras, etc. O texto sempre será o ponto de partida no desenvolvimento dos conteúdos. Os conhecimentos estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. d) Avaliação

A avaliação será contínua, cumulativa e servirá além de aferir a aprendizagem do aluno, para o professor repensar sua metodologia e planejar as aulas de acordo com as necessidades dos alunos. Os instrumentos de avaliação serão: - avaliações escritas e orais; - projetos culturais (Halloween, etc.) - apresentação de trabalhos; - teatros, diálogos, leituras, etc. - atividade realizadas em classe e extraclasse. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: o discurso como prática social. Conteúdos básicos

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1º ao 3º ano - Passado do verbo to be (ser/estar) e there to be (haver) - Passado Contínuo; - Passado Simples; - Presente e Passado Perfeito; - Modais; - Imperativo; - Grau dos adjetivos; - Perguntas no final da frase (Question Tags) - Voz Passiva; - Marcadores de Discurso; - Cognatos e Falsos Cognatos; - Pronomes Indefinido; - Gerúndio como sujeito; - Discurso Direto e Indireto; - Textos abordando questões Étnico- raciais. f) Conteúdos obrigatórios

1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) Música (Lei nº 645/08) A música será trabalhada a partir dos temas: cultura, arte e estética, visando principalmente o desenvolvimento sócio-afetivo e lingüístico; a musicalização

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será trabalhada através de atividades lúdicas. 8) História do Paraná (Lei nº 13.381/01); Este conteúdo será trabalhado através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros. Referências

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna e Orientações Curriculares para o Ensino Médio – linguagens, códigos e suas tecnologias. LEFFA, V. O ensino de línguas estrangeiras. LIBERATO, Wilson. De olho no vestibular e inglês para o Ensino Médio. MARQUES, Amadeu. Inglês para o Ensino Médio, Reading texts in English e Password. Lei 10.639/03 – História da África e dos Afro-brasileiros na Educação Básica.

CELEM – ESPANHOL a) Fundamentos teóricos da disciplina

A publicação da Resolução nº 3904/2008 – SEED, em 27 de agosto de 2008 regulamenta e organiza a oferta do ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito de cursos básicos e de aprimoramento, em língua estrangeira moderna (CELEM), para alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos, bem como garante a oferta destes cursos e sua extensão ao atendimento à comunidade, professores e agentes educacionais.

Também fizeram parte das reestruturações implementadas no CELEM, o trabalho com a Língua Estrangeira pautado nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Língua Estrangeira Moderna, o registro de estudos dos cursos no Histórico Escolar do aluno e a oferta de 30% das vagas à comunidade. No ano de 2010, em decorrência da implementação da Lei Federal 11.161/2005, a oferta obrigatória de Língua Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio passou a ser obrigatória.

Assim, o trabalho realizado através do CELEM contribui de maneira significativa para a melhoria da perspectiva profissional dos alunos da escola pública e dos integrantes da comunidade que a compõem. O conhecimento de uma língua estrangeira é de grande importância em nossos dias, pois, através desse conhecimento, o aluno estará interagindo com uma nova e diferente realidade sociocultural, ou seja, estará aprendendo uma nova cultura, um novo estilo de vida, valores e estrutura de pensamento que diferem daqueles aprendidos em sua língua nativa.

De acordo com as Diretrizes da Educação Nacional, a política curricular tem como objetivo a construção de uma sociedade mais justa, onde todos sejam contemplados com as mesmas oportunidades. O acesso

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ao conhecimento produzido pelo homem deve ser estendido às crianças, jovens e adultos das diversas regiões e com diferentes etnias e culturas. Portanto a Educação Básica precisa ofertar ao estudante, uma formação capaz de instrumentalizá-lo para compreender e atuar em seu meio social. As Diretrizes curriculares para a Educação Básica propõem formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A língua estrangeira moderna se constitui num espaço para que o aluno perceba a diversidade linguística e cultural, use-a para sua comunicação, compreenda sua função social e seus benefícios para o desenvolvimento cultural de uma nação. Aprender uma língua estrangeira é também uma forma de inclusão social, possibilitando ao aluno perceber- se como sujeito integrante e ativo numa sociedade complexa. Dessa forma, propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. b) Objetivos gerais da disciplina

- Contribuir para a formação do sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo; - Colaborar para a elaboração da consciência da própria identidade; - Garantir ao aluno o estímulo necessário para que entre no “universo” da Língua Estrangeira e interaja com ela; - Constatar e vivenciar criticamente a diversidade cultural. c) Metodologia que será utilizada As aulas de LEM serão desenvolvidas através da abordagem de vários gêneros textuais, envolvendo atividades diversificadas, análise da função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e depois a gramática em si. O ensino da LEM deve priorizar o texto, bem como as práticas de uso da língua: Na oralidade: - Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos; · Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; · Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; · Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

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· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. Na leitura · Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação; · Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado; · Desenvolver atividades de leitura em três etapas: - pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura); - leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas); - pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto); · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; · Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade; · Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual; · Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros: - temáticas (o que é dito nesses gêneros); - estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos); - composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica). Na escrita · Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; · Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; · Acompanhar a produção do texto; · Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; ·Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto; · Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; · Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas; · Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados. d) Avaliação

A avaliação será continuada, cumulativa e processual, procurando sempre refletir o desenvolvimento global dos alunos, considerando as características individuais, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, devendo o professor fazer uso de diferentes e variados

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instrumentos de avaliação, tais como: produção de textos, apresentação de seminários, testes e/ou provas escritas, trabalhos em sala de aula, pesquisa, atividades em grupo, entre outros, tendo em vista os critérios de avaliação a serem observados para cada uma das práticas de ensino da língua: Na oralidade, espera-se que o aluno:

·Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); ·Apresente suas ideias com clareza, coerência; ·Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; ·Organize a sequência de sua fala; ·Respeite os turnos de fala; ·Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; ·Exponha seus argumentos; ·Compreenda os argumentos no discurso do outro; ·Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); ·Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário. Na leitura, espera-se que o aluno:

·Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto através da observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas); ·Localize informações explícitas e implícitas no texto; ·Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto; ·Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual; ·Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes); ·Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto; ·Analise as intenções do autor; ·Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; ·Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais. Na escrita, espera-se que o aluno: ·Expresse as ideias com clareza; ·Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: -às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); -à continuidade temática; ·Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; ·Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

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·Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; ·Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto; ·Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados; ·Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; ·Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais). e) Conteúdos curriculares Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social Conteúdos básicos P1

Gêneros textuais: serão trabalhados com textos de diferentes gêneros de circulação, tais como: Esfera cotidiana: convite, letra de música e receita culinária. Esfera publicitária: paródia, publicidade comercial, slogan. Esfera produção: regras de jogo, rótulos. Esfera jornalística: anúncios classificados, cartum, charge. Esfera artística: autobiografia e biografia. Esfera escolar: cartaz, mapa. Esfera literária: conto, crônica, poema Esfera midiática: videoclipe, telenovela Prática da oralidade: Fatores centrados no leitor: tema do texto; finalidade do texto; intencionalidade do texto; adequação do discurso ao gênero; variação lingüística. Fatores centrados no texto: marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito Prática de Leitura Fatores centradas no leitor: · Tema do texto; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Referência textual; Condições de produção. Fatores centradas no texto: Intertextualidade; Léxico: repetição,

conotação, denotação, polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Prática de Escrita

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Fatores centradas no leitor: Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; finalidade, intencionalidade e condição de produção do texto; papel do locutor e do interlocutor. Fatores centradas no texto: Intertextualidade; Emprego de palavras e/ou

expressões com mensagens implícitas e explicitas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; P2

Gêneros textuais: serão trabalhados com gêneros de diferentes esferas de circulação: Esfera cotidiana: curriculum, Exposição oral; Ficha de inscrição Lista de compras Esfera publicitária: Anúncio ; Comercial para televisão; Folder; Inscrições em muro Esfera produção: Instrução de montagem; Instrução de uso; Manual técnico; Regulamento Esfera jornalística: Artigo de opinião; Carta do leitor; Entrevista; Notícia; Reportagem Esfera escolar: palestra, seminário; Esfera literária: peça de teatro, romance Esfera midiática: chat; blog Prática da Oralidade Fatores centradas no leitor: Tema do texto; Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero; Variações linguísticas. Fatores centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. Prática de Leitura Fatores centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico:

repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto; Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios; Prática de Escrita

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Fatores centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Fatores centradas no texto: Intertextualidade; Partículas conectivas

básicas do texto; Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal.

Referências PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria da

Educação do Paraná – Departamento de Educação Básica. 2008.

ARTE a) Fundamentos teóricos da disciplina

As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.

Algumas formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade (democrática ou autoritária, por exemplo) e de ser humano (essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação vinculam-se. São elas:

• Arte como mimeses e representação; • Arte como expressão; • Arte como técnica (formalismo).

Essas formas históricas de interpretar a arte especificam propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte.

O ensino de Arte no Colégio, é a oportunidade do aluno explorar, construir e aumentar seu conhecimento, desenvolver suas habilidades, articular e realizar trabalhos estéticos e explorar seus sentimentos. O ensino de Arte propicia meios de conhecer, apresentar interpretar, simbolizar e metaforizar em um contexto de apreciação estética e de valorização cultural. A Arte é essencial para possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer Arte.

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b) Objetivos gerais da disciplina - Humanizar os sentidos; - Conhecer e compreender os símbolos da cultura; - Enriquecer o repertorio visual e corporal do aluno; - Estimular outras formas de pensar, sentir e agir; - Desenvolver o senso critica; - Encorajar a expressão individual e coletiva.

c) Metodologia que será utilizada

- A partir do conhecimento dos elementos formais, movimentos e períodos os alunos poderão criar suas próprias composições utilizando as mais diversas técnicas. - Serão feitos exercícios com os alunos, (teóricos e práticos) concluindo a matéria dada com a prática e uso de alguns materiais do conhecimento dos alunos e alguns materiais ainda não explorados. Serão realizadas exposições dos trabalhos executados durante o ano. - Atividades práticas de aplicação artística dos elementos já estudados, tendo como suporte ilustrativo, referências da história da Arte, bem como a utilização de recursos audiovisuais e softwares (Tv Pendrive). - Por meio de pesquisas, coletar subsídios para desenvolvimento de estudos e práticas. - Serão realizadas visitas a exposições. - Sempre que possível os alunos poderão assistir a peças teatrais. Depois de assistir a peças teatrais os alunos poderão descrever o contexto bem como o nome da peça, autor, direção, local, atores e período histórico da representação. d) Avaliação A avaliação é diagnóstica e processual. Esta será feita no dia-a-dia, pela participação dos alunos nas aulas tendo atividades diárias, e estas poderão acontecer por meio de trabalhos, pesquisas, debates e provas escritas, leitura e interpretação de obras de arte, domínio dos elementos formais e intelectuais da linguagem; domínio dos materiais; será realizada a recuperação paralela oportunizando os alunos que não conseguirem média suficiente por problemas de aprendizagem. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: elementos formais; composição; movimentos e períodos. Conteúdos básicos 2º ano

ELEMENTOS FORMAIS NAS ARTES VISUAIS

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Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor. Gravura (xilogravura, litogravura, gravura em metal e serigravura): Artes gráficas (audiovisuais) Fotografia, cinema e televisão. Cartazes, folders, designes, logotipos. COMPOSIÇÃO Figurativa, abstrata, figura-fundo, semelhanças, contrastes e gêneros. MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Rupestre, Arte egípcia, Arte grega, Arte greco-romana, Arte Medieval, Bizantina, Românica, Gótica, Renascentista, Barroco, Rococó, Neoclassicismo, Romantismo, Impressionismo, expressionismo, Abstracionismo, Surrealismo e Semana da Arte Moderna no Brasil e Arte indígena e africana. TEATRO Elementos da ação dramática- história (texto teatral), personagem, espaço cênico, expressão verbal e gestual; - Diferenças históricas no contexto histórico Ação dramática: Improvisação, Jogo dramático, mímica e dramatização. MÚSICA DANÇA QUALIDADES PLÁSTICAS: Equilíbrio ( simetria e assimetria), harmonia, proporção (figura humana), unidade, ritmo (racional e emocional) e movimento (visual e cinético). HISTÓRIA DA ARTE Dadaísmo, Futurismo, Fauvismo, Op Art., Pop Arte, Movimento Modernista, Arte Contemporânea, Arte Naïf, Arte Africana. f) Conteúdos obrigatórios

1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente

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Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado a medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente: - levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) Música (Lei nº 645/08) A música faz parte dos conteúdos específicos da disciplina e será trabalhada a partir dos temas: cultura, arte e estética, visando principalmente o desenvolvimento sócio-afetivo e lingüístico; a musicalização será trabalhada através de atividades lúdicas. 8) História do Paraná (Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros. Referências ARRUDA, Jacqueline; VENTRELLA, Roseli. Projeto Educação para o século XXI. Série Link da Arte. São Paulo: Moderna, 2002. BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2003. GOMBRICH, Ernst H. A História da Arte. LTC. Rio de Janeiro, 1993. JANSON, H. N. História Geral da Arte. O mundo Antigo e a Idade Média. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001 OSTROWER,Fayga.Universo da Arte.Rio de Janeiro: Ed. Campos,1983. PARANÁ. Secretaria de estado da educação do Paraná. Projeto Folhas.

Disponível em: http: www.diadiaeducacao.pr.gov.br > acesso em 20 de mar. de 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para Educação Básica. Departamento de Educação Básica.

Curitiba, 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006. PROENÇA,Graça. História da Arte.São Paulo: Ática, 2008

MATEMÁTICA

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a) Fundamentos teóricos da disciplina Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros

conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade.

Por volta do século VI a.C., a educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da escrita na formação dos filhos da aristocracia. A Matemática se inseriu no contexto educacional grego somente um século depois, pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do mundo.

As primeiras propostas de ensino baseadas em práticas pedagógicas ocorreram no século V a.C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos.

Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e o Ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais, fundamentados na memorização e na repetição.

Já no século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve caráter estritamente religioso. Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o surgimento de escolas e a organização dos sistemas de ensino. Embora a ênfase fosse dada ao estudo do latim, surgiram as primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática.

Nas discussões filosóficas das universidades medievais entre os séculos X e XV, os estudos da Matemática mantiveram-se atrelados às constatações empíricas.

Após o século XV, o avanço das navegações e a intensificação das atividades comerciais e, mais tarde industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática, cujos conhecimentos e ensino voltaram-se às atividades práticas.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização desse conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. As descobertas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos.

No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje.

O século XVIII foi marcado pelas Revoluções Francesa e Industrial e pelo início da intervenção estatal na educação. Com a emergente economia e política capitalista, a pesquisa Matemática voltou-se, definitivamente para as necessidades do processo da industrialização.

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da

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Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construção de portos, canais, pontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra. Com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças entre as classes sócias e a necessidade de educação para essas classes, de modo a formar tanto trabalhadores quanto dirigentes do processo produtivo. Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal demanda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que daria base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática (VALENTE, 1999).

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.

A instalação de fábricas e indústrias nas cidades criou um novo cenário sócio-político-econômico que, em conjunto coma as ciências modernas, fez surgir uma nova forma de produção de bens materiais, uma nova classe de trabalhadores e, junto com ela, a necessidade de discutir seus interesses ligados à educação.

Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para sua prática docente, alguns professores começaram a buscar fundamentação não somente nas teorias matemáticas, mas em estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos.

Tais concepções foram discutidas nos congressos internacionais ocorridos entre 1900 e 1914 e trouxeram necessidade de pensar uma atividade de pensar um ensino de matemática que articulasse, numa única disciplina, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a Trigonometria, etc.

Essas discussões chegaram ao Brasil por intermédio de integrantes do corpo docente do Imperial Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, criado em 1837, como modelo para escola secundária no país.

O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial. Assim, as novas propostas educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura de educação artificial e verbalizada (MIORIM, 1998).

As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção empírico-ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. O escolanovismo orientou a formulação da metodologia do ensino da Matemática na Reforma Francisco Campos, em 1931. Nas décadas seguintes, de 1940 até meados da década de 1980, essa tendência influenciou a produção de alguns

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materiais didáticos de Matemática e a prática pedagógica de muitos professores no Brasil.

A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem.

Outras tendências, concomitantemente a empírico-ativista (escolanovista), influenciaram o ensino da Matemática no nosso país. Muitas fundamentam até hoje, dentre as quais se destacam as tendências: formalista clássica, formalista moderna, tecnicista, construtivista, socioetnocultural e histórico-crítica (FIORENTINI, 1995).

Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica. Ela se caracterizava pela sistematização lógica e visão estática, a-histórica e dogmática do conhecimento matemático. A principal finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento do pensamento lógico-dedutivo.

Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, com a reformulação do currículo escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com essa tendência, o ensino era centrado no professor, que demonstrava os conteúdos em sala de aula.

Com a política econômica desenvolvida, tomado com o golpe de 1964, foi necessário um redirecionamento também da política educacional. Os cursos profissionalizantes compulsórios no Segundo Grau e a tendência tecnicista contribuíram para que a escola vinculasse, às suas funções, o papel de preparar o indivíduo para se inserir no mercado de trabalho e servir ao sistema produtivo que pretendia se estruturar.

O caráter mecanicista e pragmático do ensino da Matemática foi marcante no decorrer da década de 1970. O método de aprendizagem enfatizado era a memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de resolução de problemas.

Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino de Matemática na década de 1980. Nessa tendência, se dava mais ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento, a interação entre os estudantes e o professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia como um momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.

A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Educação Matemática foram valorizadas e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática. A relação professor-estudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos no seu contexto cultural.

A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de sua metodologia buscava a construção do conhecimento a partir

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da prática social. Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico.

A aprendizagem da Matemática consiste me criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida da história e do cotidiano. O auge das discussões da tendência histórico-crítica aconteceu num momento de abertura política no país, na década de 1980.

Nesse cenário político, a Secretaria de Estado de Educação do Paraná iniciou, em 1987, discussões coletivas para elaboração de novas propostas curriculares. A reestruturação do ensino de Segundo Grau foi concluída em 1988. Em tal proposta, “a questão central reside em repensar o ensino de Segundo Grau como condição para ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto, de participação social mais ampla do cidadão” (PARANÁ, 1993, p. VIII).

O ensino da Matemática para o Segundo Grau (atual Ensino Médio) passou a ser visto “como instrumento para a compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento técnico, o progresso do discernimento político” (PARANÁ, 1993, p. 05).

Desde 2003, a SEED instituiu um processo de discussão coletiva com professores que atuam em sala de aula, nos diferentes níveis e modalidades de ensino. O resultado desse trabalho conjunto são as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, as quais norteiam o trabalho teórico-metodológico para o ensino da Matemática.

No corrente ano, os planejamentos para a disciplina estão pautados no caderno de expectativas de aprendizagem e o plano de metas para 2011.

Diante deste rico histórico, a Matemática se coloca como uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar logicamente, organizar, analisar e interpretar criticamente informações. b) Objetivos gerais da disciplina - desenvolver o ser humano em todas as suas potencialidades, visando à formação integral do ser humano e particularmente, do cidadão, que, ao apropriar-se de conhecimentos matemáticos, tenha condições de participar crítica e ativamente da sociedade; - compreender e construir a Matemática por intermédio do conhecimento dela mesma, visando à formação integral do ser humano;

- contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades

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matemáticas, e generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e outras áreas do conhecimento. c) Metodologia que será utilizada

Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.

Em relação às abordagens, destacam-se a análise e a interpretação crítica para resolução de problemas, a história da Matemática, as mídias tecnológicas e as investigações matemáticas.

As práticas pedagógicas a serem desenvolvidas no ensino da disciplina são:

- Aulas expositivas (com demonstrações e resoluções no quadro de giz); - Resolução de exercícios e problemas (individual e/ou coletivamente); - Utilização de meios tecnológicos (Calculadora, TV Pendrive,

Multimídia); - Uso de jornais e revistas; - Utilização de Jogos em Matemática; - Aulas experimentais (no laboratório ou em ambiente externo);

d) Avaliação:

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); - compreende, por meio da leitura, o problema matemático; - elabora um plano que possibilite a solução do problema; - encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; Para atingir os critérios descritos, diferentes formas de avaliação poderão

ser realizadas pelo professor desde que em concordância com seu planejamento e segundo as Diretrizes Curriculares, dentre as quais: provas escritas, trabalhos, seminários, atividades orais e escritas, relatórios de aulas no laboratório ou em ambiente externo, debates, pesquisas individuais e em grupo, participação em sala, resolução de exercícios propostos em sala, entrega de tarefas dentre outros. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: Geometrias; Números e Álgebra; Funções; Tratamento da Informação. Conteúdos básicos

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1º ano

- Números Reais

- Equações e Inequações Exponenciais e Logarítmicas

- Trigonometria

- Função Afim

- Função Quadrática

- Função Polinomial - Função Exponencial - Função Logarítmica

- Função Trigonométrica

2º ano - Matrizes e Determinantes - Sistemas Lineares - Análise Combinatória - Binômio de Newton - Estudo das Probabilidades - Geometria Plana - Geometria Espacial - Medidas de Áreas - Medida de Volume e Capacidade 3º ano - Geometria Analítica

- Polinômios

- Números Complexos

- Equações Algébricas

- Progressão Aritmética

- Progressão Geométrica

- Estatística

- Matemática Financeira

f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente

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Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) História do Paraná ( Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros. Referências: BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.; JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino de matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p. 1-37. 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná.

Curitiba: SEED/ DEPG, 1993. _______. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba, SEED 2008. VALENTE, V. R. Uma história da matemática escolar no Brasil (1730-1930). São Paulo: Annablume/FAPESP, 1999. MATEMÁTICA: Ciências e aplicações. (Ensino Médio) I. Iezzi, Gelson. II. Dolce, Osvaldo. III. Degenszajn, David. IV. Périgo, Roberto. V. Almeida, Nilze de. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

FÍSICA a) Fundamentos teóricos da disciplina

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Desde a Antiguidade, a humanidade interessa-se por conhecer a natureza, desvendar seus mistérios e utilizar seus recursos para suprir suas necessidades. Suas motivações iniciais eram ligadas à sobrevivência em um meio hostil e por isso para construir abrigos, confeccionar vestimentas, entender o clima para plantar, para defesa em caso de guerras; conhecer melhor os fenômenos materiais e as propriedades da matéria se tornou imprescindível. Somente mais tarde a curiosidade e o simples prazer de conhecer levaram o homem desenvolver ideias mais abstratas intentando interpretar a realidade que o cercava.

A palavra Physis é de origem grega e significa natureza ou matéria. Sendo assim a Física é a ciência que estuda a natureza e a interação da energia com a matéria, ou ainda tal qual os gregos consideravam, é o estudo da formação do próprio universo. Sem esta ciência não teríamos a compreensão dos fenômenos naturais básicos que nos levaram, principalmente no século passado, a experimentar avanços de ordem tecnológica sem precedentes históricos. Para tanto, a Física aborda conteúdos de caráter prático e de dimensões filosóficas, principalmente com as revoluções de ideias provocadas pela Mecânica Quântica e Relatividade Geral no início do século XX. Seu acervo de conhecimento está integrado com a história moderna, aplicada a tecnologia, contribuindo então com a formação de um aluno que além de ter mais cultura científica, entenda como a ciência, ao mesmo tempo em que procura nos trazer mais conforto, é também usada como instrumento de poder e dominação. O pensamento físico também estimula a interpretação de fatos, fenômenos e processos materiais, que fazem parte de nosso cotidiano, de forma mais lógica e racional. Pode o homem se situar e dimensionar melhor a sua interação com o meio onde vive, projetando as conseqüências naturais de seus atos, quando exerce sua ação sobre a matéria.

Hoje os estudos e pesquisas realizadas no campo da Física estão situadas na fronteira do conhecimento humano e por vezes, nossos alunos nem desconfiam que muitos dos novos equipamentos que ele adoram usar são a materialização de conceitos e teorias físicas. O maior entendimento a respeito da estrutura da matéria e de suas partículas elementares, da formação do próprio universo, dos campos geradores das quatro forças básicas da natureza, da conversão de massa em energia, entre outros avanços, mudaram a ordem mundial após a derrota do Japão na segunda grande guerra.

A física continua ampliando suas áreas de pesquisa, e também sua influência social. Quando passamos por um aparelho de raios X, tomografia computadorizada, usamos um computador com chip microprocessador mais rápido, compramos telefones celulares menores e com mais funções, dirigimos nosso automóvel, esquentamos comida no forno microondas, usamos a internet, somente citando alguns exemplos, estamos nos beneficiando de artefatos tecnológicos derivados desta ciência básica. Como nenhum dos dispositivos modernos prescinde do uso de Energia, é papel também da Física entende-la e ser capaz de desenvolver formas de gerá-la

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e transformá-la, condição essencial para que qualquer um país possa ser considerado desenvolvido.

A evolução da Física não é independente do desenvolvimento das forças produtivas da sociedade sendo assim, seu aprendizado não pode estar estruturado separadamente do contexto sócio - econômico em que surgiram suas teorias e descobertas. O estudo da história desta ciência nos leva a entender como exerceu sua influência e continua influenciando até hoje as artes, a filosofia e a sociologia. Sem seu aprendizado não podemos entender como o pensamento religioso e místico pós-idade média foi pouco a pouco sendo substituído pelo cientificismo atual.

Finalmente a Física, deve levar o indivíduo a tentar, sempre que possível, buscar a ordem implícita nos aparentemente caóticos eventos naturais, condição essencial para que este tenha maior domínio do meio em que está inserido, aumentado sua qualidade de vida. O estudante então deve entender que muito do conforto e entretenimento modernos, que tanto valoriza, estão estreitamente relacionados com os estudos desta ciência. As teorias físicas possibilitam também, uma maior capacidade deste relacionar diversos fenômenos naturais com aquilo que ocorre em seu dia a dia. Sendo assim, uma vez que sejam assimilados os conceitos básicos da Física, máquinas térmicas como motores a explosão e geladeiras, ferramentas e equipamentos, utensílios e aparelhos eletroeletrônicos domésticos, instrumentos ópticos, novos materiais, etc. deixam de ser simplesmente objetos de consumo se tornando exemplos concretos de como esta ciência nos influencia mudando nossos costumes, hábitos e desejos de ordem material. b) Objetivos gerais da disciplina

- Trabalhar conceitos físicos, desenvolvimento tecnológico, história da ciência, relacionando-os ao cotidiano do aluno. - Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, permitindo ao educando a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais. - Possibilitar a formação científica valorizando a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações históricas. - Preparar o aluno para que possa dar continuidade a seus estudos. c) Metodologia que será utilizada

Basicamente serão aulas expositivas, nas quais predominará a resolução de exercícios com a participação dos alunos. Elaboração e resolução de situações - problemas, envolvendo conteúdos trabalhados em sala de aula, estimulando os alunos a trabalhar as inteligências lingüística, lógico-matemática e espacial, que queiramos ou não, são as mais valorizadas em nossa sociedade de consumo. Quando possível serão realizadas atividades extras em laboratório com os alunos, relacionadas à matéria, visando aumentar a capacidade de reflexão, o estimulando a pensar cientificamente, ou seja, partindo da observação lançar hipóteses e possíveis soluções para explicar paradoxos.

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Discussões de temas relacionados com a teoria física, com método dialógico, visando dar liberdade aos alunos de elaborar questionamentos e exposição de suas experiências pessoais relacionadas ao conteúdo trabalhado.

Utilização de recursos multimídia para apresentar ao aluno fenômenos e efeitos naturais que não fazem parte de seu dia a dia. Por meio de vídeos ou de outros recursos audiovisuais podem ser mostrados avanços tecnológicos advindos da Mecânica Quântica, Relatividade Geral, Astrofísica e demais campos de estudo da Física Moderna. Onde também se pode discutir as relações entre inovação científica/tecnológica e a manutenção do poder dentro das sociedades atuais.

d) Avaliação:

Vários instrumentos de avaliação serão utilizados para obtenção da média final dos alunos, cada uma com objetivos bem específicos, lembrando que a Física é uma ciência exata e como tal tem por intenção principalmente desenvolver habilidades específicas dos alunos relacionadas com as inteligências lógico-matemática e espacial.

A prova escrita deve avaliar em parte a capacidade do aluno em relacionar a teoria apresentada e discutida em sala de aula com situações, comuns no dia a dia. Principalmente será avaliada a capacidade de utilizar a matemática básica, aprendida no ensino fundamental, aplicada juntamente com os conceitos e simbologias da Física, na resolução de problemas científicos ou de situações práticas. Será levado, em conta na correção final, a capacidade de interpretação das questões, a aplicação correta das funções matemáticas a ela relacionada e o domínio da linguagem matemática básica com o correto uso das unidades de medida adotadas em nosso país pela ABNT juntamente com o Sistema Internacional (S.I.), base da maioria da engenharias.

A leitura de texto científico tem por objetivo avaliar a capacidade de interpretação da linguagem técnico-científica. Por meio de questões relacionadas, não explicitamente, ao texto será medido o nível de compreensão de ideias principais e do nível de importância daquilo que abordava o artigo ou notícia científica. Não serão computadas respostas vazias de conteúdos, simplesmente transcritas do texto, monossilábicas e sem sentido e com erros grosseiros de gramática.

As listas de exercícios em sala de aula medem o nível de interesse e criatividade do aluno na elaboração de respostas racionais e lógicas na solução de problemas encontrados quando a Física interpreta os fenômenos naturais, usando como ferramenta a linguagem matemática e seus pressupostos. O nível de cooperação entre os alunos e o aprendizado compartilhado também são avaliados durante estas atividades.

Os trabalhos escritos descrevendo e explicando assuntos relevantes ao campo de estudo da Física devem estar estruturados cientificamente contendo no mínimo: capa, introdução, desenvolvimento, conclusões e bibliografia. Objetivam avaliar a capacidade do aluno em sintetizar textos pesquisados, de escrever corretamente, principalmente com trabalhos

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manuscritos e a articulação de conclusões resultantes dos novos conhecimentos, que se supõe, serão adquiridos após a atividade.

Quando a estrutura escolar permita atividades laboratoriais, e existam materiais adequados e com a mínima qualidade, relatórios sobre experimentos demonstrativos também são instrumentos importantes de avaliação, pois, também permitem ao aluno desenvolver um texto próprio, descritivo e crítico sobre o que foi observado durante a atividade prática. O relatório deverá estar estruturado com: capa, introdução teórica, desenvolvimento, materiais e métodos, resultados obtidos, conclusão e bibliografia. e) Conteúdos curriculares Conteúdo estruturante: Movimento; Termodinâmica; Eletromagnetismo. Conteúdos básicos 1º ano

1- Estudo Analítico dos Movimentos Básicos da Natureza 1.1 – Definição de grandezas físicas; 1.2 – Ferramentas matemáticas para representar grandezas físicas; 1.3 – Padrões internacionais de unidades de medida; 1.4 – Definições de espaço, tempo, referencial e trajetória; 1.5 – Construção das funções matemáticas do movimento; 1.6 - Equações dos movimentos uniforme e acelerado; 1.7 – Relação entre força, massa e movimento; 1.8 – Conservação do momento linear e impulso.

2- Energia, Movimento e sua Conservação 2.1 – Princípio da conservação da energia mecânica; 2.2 – Sistemas conservativos e dissipativos; 2.3 – Trabalho de uma força e potência mecânica.

2º ano

1- Calor 1.1 – Calor como energia; 1.2 - Calor e dilatação; 1.3 – Trocas de calor; 1.4 - Máquinas Térmicas;

2- Imagem e Som 1.5 – Luz e imagem; 1.6 - Espelhos esféricos, lentes e instrumentos ópticos; 1.7 – Som; 1.8 – Sons e instrumentos.

3º ano

1- Definições e princípios básicos da eletrostática

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1.1 – Definição da natureza dos fenômenos elétricos; 1.2 – Fenômenos eletrostáticos; 1.3 – Conceitos de Campo e potencial elétrico.

2- Definições e princípios básicos da eletrodinâmica 2.1 – Relação entre potencial elétrico e corrente elétrica; 2.2 – Condução da eletricidade pela matéria; 2.3 – Potência e consumo de energia elétrica;

1.9 – Circuitos elétricos básicos e geradores. 3- Princípios básicos do eletromagnetismo. f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual.

6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. 7) História do Paraná ( Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado sempre que houver oportunidade, através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros.

Referências: ALVARENGA, Beatriz; MÀXIMO, Antônio. Física ensino médio volumes 1, 2

e 3. São Paulo: Scipione, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba: SEED, 2010.

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PIETROCOLA, Maurício; POGIBIN, Alexander; ANDRADE, Renata; ROMERO, Talita Raquel. Coleção Física em Contexto. Volumes 1, 2 e 3.

São Paulo: FTD, 2010. GASPAR, Alberto. Compreendendo a Física. Volumes 1, 2 e 3. São Paulo:

Ática, 2011.

GEOGRAFIA a) Fundamentos teóricos da disciplina

Estabelecer relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica das estações do ano e conhecer o ciclo produtivo da natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer a dinâmica e a direção dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram condições de existência. Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas. Todos esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício a sua própria sobrevivência.

No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamento se especializaram, percorreram caminhos e métodos de pesquisas diferentes, de modo que evidenciaram, e, em alguns momentos, aprofundaram a histórica dicotomia entre a geografia física e geografia humana. Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos, assim como em algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um trabalho conjunto que vise superar a dicotomia entre a geografia física e a geografia humana, parte do construto histórico com o qual os professores de geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.

Dessa forma os conceitos e teorias da geografia devem procurar atender a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos que constituem o espaço geográfico, relacionando conceitos com o seu cotidiano, com o espaço no qual está inserido, tornando-se um cidadão atuante e critico. b) Objetivos gerais da disciplina

- Desenvolver no aluno a capacidade de entender a ocupação e gestão do Espaço Geográfico, permitindo uma visão dialética dos processos de organização do espaço mundial e nacional, das relações socioeconômicas e conhecer as relações entre crescimento demográfico e estrutura econômica e social. - Distinguir e reconhecer meio ambiente, paisagem natural e meio social, identificando seus elementos constituintes e as suas interdependências;

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- Compreender o encadeamento dos elementos formadores da paisagem natural e as modificações ou impactos que a sociedade nela acarreta; - Reconhecer os impactos ambientais ocorridos no seu lugar de vivência, podendo discutir com pertinência problemas e possíveis soluções; - Dominar o vocabulário geográfico e utilizar diferentes linguagens, entre elas a cartográfica e compreender a escala cartográfica, utilizando-a na leitura geográfica; - Estudar a dinâmica interna do nosso planeta e as teorias que ajudam a entender a formação da superfície terrestre. c) Metodologia que será utilizada

Os conceitos fundamentais da Geografia devem proporcionar uma maior analise e compreensão do espaço geográfico atual e as suas relações com a natureza através de aulas expositivas, pesquisas, seminários, leitura e interpretação de artigos, textos e mapas, atividades diversificadas em sala de aula, utilizando-se dos mais variados subsídios, dentre os quais podemos citar os recursos audiovisuais.

d) Avaliação

As avaliações são diárias através de atividades propostas, exercícios, pesquisa, relatórios e sínteses.

Avaliações individuais em equipe (sendo mensais e bimestrais). Serão levados em conta a participação e interesse em sala de acordo

com o conteúdo. Serão desenvolvidas avaliações formativas e somatórias registradas

de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades, por isso em lugar de avaliar apenas por provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos como práticas de leitura, pesquisas individuais, relatório de filmes e vídeos etc.

As avaliações devem ser adequadas curricularmente de acordo com as necessidades individuais de cada aluno.

e) Conteúdos curriculares

Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Conteúdos básicos 1° ano

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção. A formação, localização e, exploração e utilização dos recursos

naturais.

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As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as questões étnico-raciais. (de acordo com a lei 10.639/3).

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei 13 381/01).

2° ano

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agropecuária. As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização. Os movimentos migratórios e suas motivações. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico raciais. (De acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos

naturais. A formação das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

3° ano

A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

O comércio e suas implicações socioespaciais. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado. As diversas manifestações socioespaciais da diversidade cultural e as

questões étnico-raciais. (de acordo com a lei 10.639/3). A geografia do Paraná e as histórias do Paraná (de acordo com a lei

13 381/01). f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira

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Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas, bem como dentro de conteúdos específicos da própria disciplina. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos, enfatizando-se o direito da criança e do adolescente. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

7) História do Paraná (Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado sempre que houver oportunidade, através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros.

Referências: ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Fronteiras da Globalização. São Paulo: Ática, 2010. CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998 LUCCI, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado. Geografia: ensino médio, volume 1, 2 e 3; 1 ed. - São Paulo: Saraiva, 2010. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Orientação sobre a lei federal 9394/96

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da rede pública de educação básica- Geografia. Curitiba: SEED, 2010.

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QUÍMICA a) Fundamentos teóricos da disciplina A vida em si já é um fantástico processo químico, no qual as transformações das substâncias nos permitem andar, pensar, sentir. As diversas sensações biológicas, como medo, cãibra e apetite, e as diversas reações biológicas, como medo, alegria e felicidade, estão associadas ás substâncias presentes em nosso organismo. O nosso corpo é um verdadeiro laboratório de transformações químicas. Estudar química não só nos permite compreender os fenômenos naturais, mas o seu conhecimento possibilita um maior entendimento do complexo mundo social que vivemos. A Química tem garantido ao ser humano uma vida mais longa e confortável. O seu desenvolvimento tem permitido a busca para solução de problemas ambientais, o tratamento de doenças antes incuráveis, o aumento da produção agrícola, a construção de prédios mais resistentes, a produção de materiais que permitem a confecção de novos equipamentos. Contudo, associada ao progresso, temos uma infinidade de desequilíbrios ambientais. Vazamento de gases tóxicos, contaminação de rios e do solo e envenenamento por ingestão de alimentos contaminados são problemas mostrados, todos os dias, pela imprensa. Diariamente, lemos notícias mostrando o paradoxo do desenvolvimento científico e tecnológico, que tanto traz benefícios para sociedade como também riscos para própria sobrevivência humana. Para mudar essa situação, todos nós, cidadãos, deveríamos buscar desenvolver ações em nossa comunidade para que as aplicações da Ciência e da tecnologia na sociedade possam proteger a vida das gerações futuras e propiciar condições para que todos tenham acesso aos seus benefícios. Esperamos que com o estudo da Química ocorra um maior entendimento das tecnologias que estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano e possa participar das decisões a elas relacionadas, levando em conta seus riscos e benefícios. b) Objetivos gerais da disciplina

- Desenvolver a capacidade de resolução de problemas, que implica na necessidade de vinculação de conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido, proporcionando ferramentas necessárias para que possa compreender melhor o mundo em que vive; - Analisar os fenômenos de transformações ocorridas no seu cotidiano sob o ponto de vista científico, despertando uma visão investigadora dos fenômenos que cercam e a constante evolução da ciência. - Desenvolver e possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele, através das substâncias e matérias químicas. c) Metodologia que será utilizada - Aulas expositivas e dialogadas; - Experimentos; - Experimentos com materiais alternativos;

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- Resolução de exercícios e situação-problema; - Leitura de artigos visando a identificação de substâncias químicas presentes nos corantes, remédios e bebidas da cultura indígena e africana. d) Avaliação Provas escritas, trabalhos, seminários, leitura e interpretação de textos, atividades orais e escritas, relatório de aulas práticas, visitas, debates, pesquisas individuais e em grupo, atividades de pesquisa bibliográfica, relatório de filme e vídeos e entrega de tarefas. Avaliar o aluno de inclusão de maneira diferenciada e adaptada, enfatizar sempre que, embora aprendendo diferentemente ou por outras vias o aluno é um aluno como os outros. e) Conteúdos curriculares

Conteúdos estruturantes: Biogeoquímica, matéria e sua natureza e química sintética. Conteúdos básicos 1º ano

Conceito de Matéria, Átomos e Moléculas. Elementos Químicos Substâncias Químicas: Simples e Compostas. Mudanças de Estados Físicos. Misturas. Separação de Misturas. Técnicas de extração de substâncias utilizadas em tingimentos, manufatura de remédios e bebidas que são de senso comum na cultura indígena e africana. Fenômenos Químicos e Físicos Modelos Atômicos Número Atômico e Número de massa Íons: Cátions e ânions Isótopos Os quatro números quânticos Radioatividade Classificação e Propriedades Periódica dos elementos Ligações Químicas: Iônica, Covalente e Metálica Forças Intermoleculares Funções Inorgânicas: Ácidos, Bases, Sais e Óxidos. 2º ano Soluções

Suspensão, colóides e soluções Solubilidade. Técnicas de extração de substâncias utilizadas em tingimentos, manufatura de remédios e bebidas que são de senso comum na cultura indígena e africana. Unidades de Medidas de Concentração: Concentração Comum, Concentração em Quantidade de Matéria, Título em Massa e Diluição de Soluções

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Termoquímica Entalpia As equações termoquímicas. Reações Exotérmicas e Endotérmicas

Interpretação gráfica A entalpia de formação e combustão Lei de Hess A energia de ligação Cinética Química A rapidez das reações químicas Teoria das colisões Fatores que influenciam a velocidade das reações Equilíbrio Químico Conceito Deslocamento de Equilíbrio. Eletroquímica

Número de Oxidação Oxidação, Redução, Oxidante e Redutor Balanceamentos de oxiredução Pilhas 3º ano Introdução a Química Orgânica Funções Orgânicas

Hidrocarboneto de cadeia normal e de cadeia ramificada Fenóis Alcoóis Aldeídos Cetonas Ácidos carboxílicos Ésteres Éteres Amidas Aminas Haletos orgânicos Identificação e diferenciação das diversas funções orgânicas encontradas nas substâncias químicas de remédios, bebidas e corantes utilizadas no cotidiano de indígenas e africanos. Isomeria Polímeros Sintéticos Lipídios e Glicídios. Aminoácidos e Proteínas f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas,

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vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas, bem como dentro de conteúdos específicos da própria disciplina. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos, enfatizando-se o direito da criança e do adolescente. 5. Gênero e Diversidade Sexual Não há um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual. 6- A Educação Fiscal será trabalhada visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

7) História do Paraná (Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado sempre que houver oportunidade, através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química. Curitiba: SEED, 2010. SANTOS, W. L. P. et. al. Química & Sociedade. 1. ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.

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SOCIOLOGIA a) Fundamentos teóricos da disciplina

A Sociologia, por seu objeto de estudo ser amplo e abrangente, tem nos feito repensar o próprio processo educacional do aluno como um todo, pois a sua presença recente em Lei Estaduais e Nacional no currículo escolar, possibilita com os seus conteúdos dar ao aluno essa dimensão crítica e mesmo cientifica dos problemas e da interpretação dos fenômenos sociais que nos cerca.

A fundamentação que o conteúdo em Sociologia deve ter embasa-se principalmente na acepção crítica, construída no debate do Materialismo Histórico, mas também quanto aos clássicos sempre bebe em suas outras fontes como Max Weber, Karl Marx e Emile Durkheim. Enfim o pressuposto teórico sempre se alimenta das principais fontes, mas sempre abre espaço para as demais como

Teoria da Elite, do sociólogo norte americano Robert Dahl, Sociologia da Globalização de Otavio Ianni, Sociologia do Trabalho do sociólogo italiano Domenico De Massi, etc.

A compreensão teórica realmente é necessária, tendo em vista que o aluno é capaz de conceber a teoria e analisar pelo seu ponto de vista os fenômenos, conquanto ela não também poderá ser muita densa, pois a Sociologia ainda nos é aplicada apenas em um ano do currículo do Ensino Médio, talvez a ampliação para mais períodos nos fará ampliar o arcabouço teórico.

Quanto a prática, não é possível conceber uma disciplina somente na sua dimensão teórica, por isso a estimulação para trabalhos extras em que o aluno tenha contato com a realidade, e possibilite entender e interpretar o mundo a sua volta com a ferramenta cientifica e crítica vai de encontro as nossas expectativas, pois nosso intuito é formar alunos cidadãos, conhecedores do mundo a sua volta.

Com o olhar mais apurado essa fundamentação perfaz anseios, mas antes de tudo ela vocaciona o educador a desafios claros entre prática e teoria. Se ensinar conforme nos esclarece o mestre Paulo Freire exige rigorosidade metódica, pesquisa, criticidade, estética e ética, identidade cultural, superação dos preconceitos, comprometimento e principalmente respeito a autonomia do ser do educando; a Sociologia tem porque não um

papel impar como as demais disciplinas nesse processo, pois ela antes de tudo é uma ciência que tenta esclarecer essa parte mais complexa de nossa existência, a vida em sociedade. b) Objetivos gerais da disciplina

- Compreender como funciona a dinâmica da sociedade. - Perceber-se como elemento ativo e com capacidade de viabilizar uma sociedade mais justa. - Analisar as diferenças sociais no Brasil e suas conseqüências. - Desenvolver a capacidade crítica e a consciência de que a educação é requisito para a conquista da cidadania e o desenvolvimento da nação. - Compreender a complexidade do preconceito e discriminação numa

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sociedade onde esses itens estão enraizados. c) Metodologia que será utilizada

Os conteúdos contemplados nesta PPC serão abordados por meio de aulas expositivas e dialogadas, seminários, debates, análise de filmes, estudo de caso, pesquisas de campo, leituras de textos sociológicos ou temas sociais, com a finalidade de permitir ao educando a leitura da sociedade à luz da ciência sociológica, permitindo um dialogo. Para o trabalho com a Sociologia serão utilizados: • Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; • Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; • Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; • Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; • Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de ensino d) Avaliação

As avaliações serão continuas e diversificadas, podendo-se utilizar os seguintes instrumentos: pesquisas, trabalhos em grupos e individuais,

provas dissertativas ou objetivas, produções textuais, analises de textos, de filmes, documentários etc., debates, seminários, análise de estudo de caso. As recuperações dos conteúdos serão realizadas no decorrer do processo de aprendizagem. Nas avaliações propostas pela disciplina, serão contemplados os seguintes critérios, com intuito de verificar se o educando: · identifica-se como ser eminentemente social; · compreende a organização e a influencia das instituições sociais em seu processo de socialização e as contradições do mesmo; · reflete sobre suas ações individuais e percebe que as ações em sociedade são interdependentes; · identifica e compreende a diversidades cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades; · compreende como a cultura e a ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; · compreende como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos; · entende o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que esta relacionada a um determinado sistema econômico, político e social. ·compreende a diversidade das formas de trabalho em varias sociedades ao

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longo da historia, tal como a sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela e as especificidades do trabalho na sociedade capitalista; · entende que a o Estado é uma construção histórica e que o mesmo apresenta contradições no seu processo de formação; · compreende que a ideologia é um mecanismo de dominação existente em diversos âmbitos sociais; ·identifica as formas que a violência se apresenta na sociedade brasileira; ·Entende que os direitos não são dados a priori, mas sim construções sócio-históricas; · Identificam que existem na sociedade minorias que precisam ter os direitos básicos garantidos; · relacionem o conceito de cidadania nos diferentes contextos históricos brasileiros; · reconhece que os movimentos sociais são produtos de lutas, demandas coletivas na busca da garantia de direito e cidadania. e) Conteúdos curriculares Conteúdos estruturantes • O processo de socialização e as instituições sociais; • Cultura e indústria cultural; • Trabalho, produção e classes sociais; • Poder, política e ideologia; • Direitos, cidadania e movimentos sociais. Conteúdos básicos

1º ano

· Instituições Sociais: Família, Escola e Religião; - Instituições de Reinserção: Prisões, Manicômios, Educandários e Asilos · Ciência e Senso Comum; · Formação e Consolidação da Sociedade Capitalista. · Teorias Sociológicas Clássicas: August Comte, Emile Durkheim, Karl Marx e Friedrich Engels e Max Weber. - Processo de Socialização. 2º ano

· Cultura e Industria Cultural; · Trabalho, Produção e Classes Sociais; · Conceito de Cultura na Antropologia; · Diversidade Cultural; · Identidade; · Industria Cultural; · Cultura de Massa; · Comunicação de Massa; · Sociedade de Consumo; · Indústria Cultura no Brasil.

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· Conceito de trabalho nas diferentes sociedades. · Desigualdades Sociais. · Globalização e Neoliberalismo. · Trabalho no Brasil. 3º ano

· Poder. Política e Ideologia. · Direito, Cidadania e Movimentos Sociais. · Formação e desenvolvimento do Estado Moderno. · Teoria Contratualista. · Formas de Governo. · Estado no Brasil. · Conceito de Ideologia e Poder. · Aparelhos Ideológicos do Estado. · Direitos Civis, Políticos, Sociais e Ambientais. · Direitos Humanos. · Conceito de Cidadania. · Conceito de Movimentos Sociais. · Movimentos Sociais no Brasil. · Questão Ambiental e Movimentos Sociais. · ONGs. f) Conteúdos obrigatórios 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro-Brasileira Estes assuntos serão abordados enfatizando-se o respeito à diversidade racial, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de pesquisas, vídeos, palestras, mostrando a importância histórica e a influência cultural desses povos na formação do povo brasileiro. 2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas Este tema está inserido nos conteúdos básicos da disciplina e será trabalhado sempre que houver oportunidade, através de debates, palestras, leituras, exemplos de vida e atividades de conscientização. 3. Lei 9799/95 Educação Ambiental A educação ambiental será trabalhada através da leitura e interpretação de textos, debates, seminários, vídeos, campanhas, bem como dentro de conteúdos específicos da própria disciplina. 4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente Este tema faz parte integrante dos conteúdos básicos de Sociologia e será abordado sempre que se fizer necessário, não havendo um momento específico, pois quando surgir a oportunidade o assunto será vinculado às questões propostas pelos alunos, enfatizando-se o direito da criança e do adolescente. 5. Gênero e Diversidade Sexual Questões de gênero e sexualidade humana fazem parte dos conteúdos básicos da Sociologia, não havendo um momento específico para ser tratado este assunto, sendo trabalhado à medida que surgirem oportunidades, através de palestras, vídeos, debates, leitura de textos diversos, buscando-se sempre combater o preconceito de gênero, a gravidez na adolescência e a violência sexual.

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6- A Educação Fiscal será trabalhada ao se tratar o conteúdo estruturante poder, política e ideologia, visando principalmente:

- levar o aluno a refletir sobre a função socioeconômica do tributo; - levar conhecimento aos alunos sobre administração pública; - incentivar o acompanhamento pela sociedade da aplicação dos recursos públicos; - criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

7) História do Paraná (Lei nº 13.381/01) Este conteúdo será trabalhado sempre que houver oportunidade, através do estudo dos aspectos culturais da História do Paraná, utilizando-se, para isso, textos diversos, reportagens, músicas, filmes, entre outros. Referências FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1960. OLIVEIRA, M. (Org.) As Ciências Sociais no Paraná. Curitiba: Pretexto, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Estado do Paraná: Sociologia, 2008.