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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO UNIÃO DA VITÓRIA, PARANÁ ABRIL/2019

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO...reconhecido o Curso de 1º Grau. No mesmo ano, pela resolução n.º 3.204/92, foi autorizada a implantação do Ensino de 2º Grau Regular, Curso de

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

UNIÃO DA VITÓRIA, PARANÁ

ABRIL/2019

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

UNIÃO DA VITÓRIA – PR

ABRIL/2019

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 5

2 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................... 6

Quadro 01: EQUIPE GESTORA .......................................................................... 8

Quadro 02: PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ...................................... 8

Quadro 03: PROFESSORES - CELEM ESPANHOL ........................................... 9

Quadro 04: PROFESSORES HORA TREINAMENTO ......................................... 9

Quadro 05: PROFESSORES SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL E DE-

FICIÊNCIA VISUAL............................................................................9

Quadro 06: PROFESSOR PAEE ......................................................................... 9

Quadro 07: PROFESSOR PAEE – INTÉRPRETE DE LIBRAS ........................... 9

Quadro 08: PROFESSOR LEI ESTADUAL 15308/06 .......................................... 9

Quadro 09: AGENTES EDUCACIONAIS I ......................................................... 10

Quadro 10: AGENTES EDUCACIONAIS II ........................................................ 10

3 MARCO SITUACIONAL ....................................................................................... 11

Gráfico 1: RENDA FAMILIAR EM NÚMERO DE SALÁRIOS MÍNIMOS ............ 12

Gráfico 2: ESCOLARIZAÇÃO DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS .................... 12

Quadro: 11 – ENSINO FUNDAMENTAL - IDEB ................................................ 20

Quadro: 12 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO ................................ 20

Quadro: 13 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO ................................ 20

Quadro: 14 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO ................................ 20

Quadro: 15 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO ................................ 21

Quadro: 16 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 1ª SÉRIE ............................................ 21

Quadro: 17 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 1ª SÉRIE ............................................ 21

Quadro: 18 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 3ª SÉRIE ............................................ 21

Quadro: 19 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 3ª SÉRIE ............................................ 21

Quadro: 20 - ENSINO FUNDAMENTAL............................................................. 22

Quadro: 21 - ENSINO MÉDIO ........................................................................... 23

Quadro: 22 - ENSINO FUNDAMENTAL – POR ANO ........................................ 24

Quadro: 23 - ENSINO MÉDIO – POR SÉRIE .................................................... 24

Gráfico 3 – IDEB EM GRÁFICO ........................................................................ 25

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Gráfico 4 - SAEP EM GRÁFICO ........................................................................ 25

Gráfico 5: ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................. 26

Gráfico 6: ENSINO MÉDIO ................................................................................ 26

Gráfico 7: ENSINO FUNDAMENTAL – RESULTADOS DE APRENDIZAGEM .. 27

Gráfico 8: ENSINO MÉDIO - RESULTADOS DE APRENDIZAGEM .................. 27

4 MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 28

5 MARCO OPERACIONAL ..................................................................................... 48

5.1 Calendário Escolar ....................................................................................... 48

5.2 Matriz Curricular do Ensino Fundamental .................................................... 49

5.3 Matriz Curricular do Ensino Médio Diurno .................................................... 50

5.4 Ações didático-pedagógicas e flexibilização do currículo ............................. 50

6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................ 59

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 60

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1 APRESENTAÇÃO

A elaboração do Projeto Político-Pedagógico pressupõe construção de

práticas democráticas que contribuam para uma educação de caráter transformador,

a qual irá empreender ações no sentido de criar e ampliar os espaços de

participação, enfatizando o caráter público da educação e assegurando a qualidade

da aprendizagem para todos, como condição necessária ao exercício da cidadania.

A organização desta proposta de ação consciente é voltada para o

envolvimento da escola, família e comunidade, na sua totalidade.

Projeto construído com a participação de todos os segmentos da escola,

através de assembleias, reuniões, debates e reflexões, a fim de coletar dados para

sua elaboração. O resultado final foi exposto em murais para que, dessa forma, toda

a comunidade tomasse conhecimento, refletindo a escola que temos para a escola

que queremos.

Com a construção e execução deste projeto, pretende-se melhorar a

qualidade do ensino deste estabelecimento, respondendo concretamente aos

problemas gerais, oportunizando aos pais, professores, agentes, alunos, equipe

pedagógica e direção, condições de participarem ativamente no processo

educacional, com direito garantido ao acesso e à permanência dos alunos de todos

os níveis socioeconômicos na escola.

“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de

fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram.

Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da

educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e

não aceitar tudo que a elas se propõe.” Jean Piaget

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2 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Neusa Domit, Ensino Fundamental e Médio, código

0077-3, está localizado à Avenida Wilson Alves, 680, Bairro São Braz, Distrito de

São Cristóvão, Município de União da Vitória, sob o código 2840, mantido pelo

Governo do Estado do Paraná, com o INEP 41118294. É compartilhado com a

Escola Municipal Melvin Jones, Ensino Fundamental Anos Iniciais. Para contato,

possui telefone de número (42) 3524 4420 e (42) 3524 4373, e_mail

[email protected] e [email protected]. O colégio está

situado no perímetro urbano, à distância de 5 km do NRE.

Até 1991, a instituição escolar funcionava com o nome de Escola Municipal

Melvin Jones e oferecia as oito séries iniciais do 1º grau. Com o processo de

municipalização do ensino de pré à 4ª série em União da Vitória, foi criada a Escola

Estadual Neusa Domit, com a autorização das 4as séries finais do 1º grau pela

resolução 904/91, de 12/03/91. A Escola recebeu este nome em homenagem à

professora Neusa Domit.

A Escola Estadual passou a funcionar em dualidade administrativa com a

Escola Municipal Melvin Jones, no prédio de propriedade do Município.

Pela resolução número 3566/92, de 23 de outubro de 1992, ficou

reconhecido o Curso de 1º Grau. No mesmo ano, pela resolução n.º 3.204/92, foi

autorizada a implantação do Ensino de 2º Grau Regular, Curso de Educação Geral

Preparação Universal para o Trabalho. No ano de 1998, foi reconhecido o curso de

2º Grau, pela resolução 51/98, de 12 de janeiro de 1998. A partir de 17 de junho de

1998, as dependências do prédio passaram a pertencer ao Estado.

Em 11 de setembro de 1998, de acordo com a resolução secretarial nº

3120/98, o colégio passou a ser identificado como Colégio Estadual Neusa Domit –

Ensino Fundamental e Médio. O colégio teve seu ato de reconhecimento pela

resolução nº 2748/02, de 08 de agosto de 2002, e o ato da renovação do

reconhecimento pela resolução nº 256/03, de 20 de março de 2003. Novamente, o

Ato de renovação do reconhecimento do Ensino Fundamental, através da resolução

nº 4322/07, de 16 de outubro de 2007, publicado no DOE1 em 29 de novembro de

2007 e o Ato de renovação de reconhecimento do Ensino Médio pela resolução nº

1 Diário Oficial do Estado

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4782/2013, de 23 de outubro de 2013, publicada no DOE em 20 de novembro de

2013.

O colégio oferece Ensino Fundamental anos finais, Ensino Médio, Sala de

Recursos Multifuncional – DI2, DFN3, TGD4, e TFE5 e, ainda, Sala de Recursos

Multifuncional DV6, CELEM7 - Espanhol e Aulas Especializadas em Treinamento

Desportivo. O regime de funcionamento da Educação Básica é de 05 horas-aula por

período, tendo cada aula 50 minutos, 800 horas-aula distribuídos em 200 dias

letivos.

As turmas da Educação Básica estão organizadas da seguinte forma: no

período matutino: Ensino Fundamental, 02 turmas de 7º ano, 02 turmas de 8º ano,

02 turmas de 9º ano; Ensino Médio, 01 turma de 1ª série, 02 turmas de 2ª série e 01

turma de 3ª série; período vespertino: 04 turmas de 6º ano, 02 turmas de 7º ano, 02

turmas de 8º ano, 01 turma de 9º ano do Ensino Fundamental; período noturno:

apenas Ensino Médio, 01 turma de 1ª série, 01 turma de 2ª série e 01 turma de 3ª

série.

CELEM – Espanhol, no período matutino possui 02 turmas de LEM I e 01

turma de LEM8 II - Espanhol, vespertino. Quanto à Sala de Recursos Multifuncional,

01 turma matutina e outra vespertina. Também, 01 turma de Deficiência Visual no

período matutino. Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo no período da

tarde e outra de Aulas Especializadas de Atletismo no período da manhã. Quanto à

Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e de Matemática, não há

matrículas até o momento.

A instituição de ensino atende a um total de 753 alunos, sendo 391 alunos

do Ensino Fundamental, divididos em: 179 alunos no período matutino e 212 alunos

no período vespertino. No ensino Médio, totalizando 196 alunos, sendo no matutino,

103 alunos e noturno, 93 alunos. Conta com 80 alunos matriculados no CELEM,

sendo no matutino, 58 alunos, e vespertino, 22 alunos; 32 alunos na Sala de

Recursos Multifuncional, 02 deles com deficiência visual; Aulas Especializadas em

Treinamento Desportivo, 50 matrículas e, por último, normalmente, são 40 alunos

em Sala de Apoio à Aprendizagem, no matutino, abrangendo 6os e 7os Anos, mas até

2 Deficiência Intelectual;

3 Deficiência Física Neuromotora; 4 Transtornos Globais do Desenvolvimento; 5 Transtornos Funcionais Específicos; 6 Deficiência Visual; 7 Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. 8 Língua estrangeira Moderna

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a presente data, como vimos no parágrafo anterior, a SEED não autorizou seu

funcionamento.

Para definir as turmas, reúnem-se o corpo docente, a direção e a equipe

pedagógica, que verificam, analisam e definem a organização e as modificações

necessárias para o bom andamento do processo de ensino e aprendizagem.

Priorizam-se os 6os Anos, no período vespertino, levando-se em conta o inverno

rigoroso e a distância de acesso ao colégio.

O horário de funcionamento desta Instituição Escolar é: Matutino: entrada às

07 horas e 30 minutos e saída às 11 horas e 50 minutos; Vespertino: entrada às 13

horas e saída às 17 horas e 20 minutos; Noturno: entrada às 18 horas 55 minutos e

saída às 23 horas e 05 minutos.

A estrutura física abriga 19 salas de aulas, 02 salas adaptadas, totalizando

21 salas em uso diário pelo colégio estadual e escola municipal. Possui 01

Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, 01 Biblioteca, Sala da Equipe

Pedagógica, Secretaria, Sala da Direção, Sala dos Professores, Sala de Estudos, 02

Laboratórios de Informática, Sala de Educação Física, 01 Quadra de Esportes

coberta, Cozinha, Instalações Sanitárias, Refeitório e 01 Almoxarifado.

Os recursos humanos, em números e nível de formação concluída, podem

ser verificados nos quadros a seguir:

Quadro 01: EQUIPE GESTORA

Função

Horas/ Aula

Vínculo

Total

Nível de Formação máxima

Especialização PDE

Direção e auxiliar 60 QPM9 2 01 01

Pedagogos 120 QPM 5 04 01

Quadro 02: PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização PDE10

QPM 29 31 06

PSS11 03 02

9 Quadro Próprio do Magistério 10 Plano de Desenvolvimento Educacional 11 Processo Seletivo Simplificado.

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Quadro 03: PROFESSORES - CELEM ESPANHOL

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 01 - 02 - -

Quadro 04: PROFESSORES HORA TREINAMENTO

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 02 02

Quadro 05: PROFESSORES SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL E DEFI-CIÊNCIA VISUAL

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 01 01 - -

PSS 01 01

Quadro 06: PROFESSOR PAEE12

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 01 01

Quadro 07: PROFESSOR PAEE – INTÉRPRETE DE LIBRAS

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 01 01 Quadro 08: PROFESSOR LEI ESTADUAL 15308/0613

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Graduação Especialização Mestrado PDE

QPM 01 01

12 Professor de Apoio Educacional Especializado 13 Professor afastado de sala de aula com base em laudo médico

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Quadro 09: AGENTES EDUCACIONAIS I

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Educação Básica Graduação Especialização

QFEB14 07 06 01

PSS 01 02 01

Quadro 10: AGENTES EDUCACIONAIS II

Vínculo

Total Nível de Formação máxima

Educação Básica Graduação Especialização

QFEB 06 06

Observando os quadros acima, pode-se concluir que o nível de formação

dos profissionais é excelente e o quadro pouco rotativo. Quanto às instâncias

colegiadas, são atuantes e participativas, sendo elas, APMF15, Conselho Escolar,

Conselho de Classe e Grêmio Estudantil.

As escolas municipais base do colégio, são a Escola Municipal Melvin Jones

e a Escola Municipal Maridalva Palamar, mas também são recebidos alunos de

outras instituições, em menor número.

A comunidade escolar é composta por uma população heterogênea nas

questões econômica, social e cultural. Pode se observar uma evolução significativa

nas questões citadas.

14 Quadro de Funcionários da Educação Básica 15 Associação DE Pais e Mestres

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3 MARCO SITUACIONAL

A Educação do continente latino-americano vive hoje um momento

especialmente paradoxal, conforme afirma Candau (1999). A autora enfatiza que

não se pode negar a enorme expansão do sistema educacional nas últimas

décadas, pelo menos no que diz respeito à educação básica.

O discurso oficial hoje apresenta a educação como a grande responsável pela modernização de nossas sociedades, por suas maiores ou menores possibilidades de integrar-se no mundo globalizado e na sociedade do conhecimento, que exigem altos níveis de competência e domínio de habilidades de caráter cognitivo, científico e tecnológico, assim como o desenvolvimento da capacidade de interação grupal, iniciativa, criatividade e uma elevada auto-estima. A educação é encarada como esperança de futuro (CANDAU, 1999. p.11).

No entanto, percebe-se, ainda, no País, altos índices de analfabetismo,

evasão, repetência e desigualdade de oportunidades educacionais, agravadas pela

desvalorização do profissional da educação.

Para conhecer e compreender a comunidade na qual este estabelecimento

de ensino está inserido, foram coletados dados relevantes para este fim, através de

amostragem. Nesta, verificou-se que 73% dos alunos residem no bairro e apenas

27% em bairros próximos. Pode-se observar que tem mais mães trabalhando em

relação a pais, este fato se explica por alguns morarem apenas com a mãe ou com a

mãe e padrasto.

A profissão dos provedores é abrangente, desde empregados domésticos,

profissionais liberais, trabalhadores de fábrica, motoristas, caminhoneiros, mestres

de obras, funcionários públicos, vendedores, serviços gerais, pedreiros, cuidadores

de idosos, técnicos em enfermagem, dentistas, professores, entre outras, também

há alguns aposentados.

A renda mensal destas famílias pode ser observada no quadro a seguir

usando de parâmetro número de salários mínimos.

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Gráfico 1: RENDA FAMILIAR EM NÚMERO DE SALÁRIOS MÍNIMOS

FONTE: Amostragem por questionário aplicado

Podemos colocar que a maioria das famílias se encaixa como sendo classe

média baixa. Nesta pesquisa constatou-se também que 48,7% possuem automóvel,

16% moto e automóvel, 2,5%, apenas moto e por fim, 32,8% não possuem veículo

automotor algum. Quanto à moradia, 76,5% têm casa própria, 9,2% alugada, 4,2%

moram em residência cedida por familiares e por último, 10,1% moram em casa de

empresa ou residem com parentes. Ainda, 58% declararam possuir computador e

70,6%, internet. Quanto à participação na vida financeira da família, 7,6% dos alunos

declararam trabalhar e ajudar no sustento da casa e 0,8% é responsável pelo

mesmo. A maioria declarou como sendo da cor branca. Quanto à escolarização dos

pais e/ou responsáveis pode-se observar nos gráficos abaixo e efetuar uma análise.

Gráfico 2: ESCOLARIZAÇÃO DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS

FONTE: Amostragem por questionário aplicado

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Observando a descrição e os relatos acima, pode-se concluir que é uma

comunidade heterogênea, com bom nível socioeconômico e cultural. Mas, como

todas, com casos específicos que interferem na aprendizagem e disciplina. Casos de

rompimento familiar recente, que comumente afeta os adolescentes, como o

desemprego e o descaso ou desapego familiar e uso de drogas de algum membro

da família ou até mesmo o aluno. São situações pontuais, mas que afetam a vida de

alguns alunos e, consequentemente, de turmas. A esta questão não se pode

classificar de desestrutura familiar, pois, segundo Belinda Mandelbaum (2010), a

estrutura familiar:

Ela se transforma continuamente durante a história para acompanhar as alterações sociais, econômicas e culturais. Muitos fatores afetam sua configuração, a forma de seus membros se relacionarem e seu modo de ser e de educar os filhos. Nunca houve um modelo definitivo, principalmente na cultura ocidental.

A realidade em que a instituição de ensino está inserida não é diferente,

pois percebemos vários contrastes de natureza social, na qual parte da sociedade

encontra-se marginalizada pelo atual sistema econômico. Esse fator pode refletir

num desgaste da qualidade da escola pública. Problemas como salas superlotadas

e desmotivação, também são fatores negativos. Por vezes, o educador acaba

exercendo, além da função acadêmica, a função de ouvinte, orientador e motivador.

A Equipe Pedagógica, juntamente com a Direção e Professores, busca

alternativas para sanar o déficit de aprendizagem detectado, trocando ideias e

sugerindo métodos, técnicas e formas diferenciadas de trabalho, realizando

avaliações por equipe multiprofissional, encaminhando alunos com déficit intelectual

e dificuldade acentuada de aprendizagem para atendimento na Sala de Recursos

Multifuncional. Conta, também, com Professor de Apoio Educacional Especializado,

para auxiliar aluna com deficiência física neuromotora e Intérprete de Libras para

aluna com surdez.

Os critérios para se planejar as turmas da educação básica giram em torno

de distribuir os alunos, público alvo da educação especial, nas turmas, observar as

especificidades e dar preferência aos 6os anos, no turno vespertino.

A criança e adolescente têm garantido pela legislação o acesso e a

permanência na escola, mas sabemos, também, que essa permanência e a

aprendizagem dos alunos não dependem somente da escola, mas envolvem ações

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conjuntas entre família, escola e a comunidade em que vivem esses alunos.

Em caso de aluno infrequente, é solicitada a presença dos pais ou

responsáveis, para esclarecimentos. Quando não há o retorno esperado e para

garantir seus direitos, utilizam-se os instrumentos do Programa de Combate à

Evasão Escolar, implementado em conjunto com a Rede Estadual de Educação

Básica do Paraná, Conselho Tutelar e Ministério Público, como medida de combate

à evasão escolar.

A instituição contou sempre com Sala de Apoio à Aprendizagem para os 6os

e 7os Anos, nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Os alunos são

selecionados por avaliação diagnóstica para detectar as defasagens e os conteúdos

trabalhados de forma diferenciada, com materiais concretos, que venham ao

encontro das necessidades dos alunos, levando à superação das dificuldades e à

apropriação dos conteúdos necessários para a continuidade do conhecimento

matemático e, quanto à Língua Portuguesa, busca-se trabalhar de maneira dinâmica

os processos de oralidade, leitura e escrita, através da diversidade de gêneros

textuais.

Como é possível observar na identificação do colégio, os alunos público-alvo

da educação especial são atendidos no turno matutino e vespertino. O espaço físico

é adaptado e acredita-se na inclusão, apesar de cientes de que a inclusão que se

vivencia ainda não é a ideal, mas o início consciente de um longo caminho a ser

percorrido.

A instituição de ensino acredita em uma inclusão educacional voltada não só

ao público-alvo da educação especial, mas, também, às diferenças de cunho

cultural, social, sexual e racial. Para tanto, visa-se aos seguintes objetivos:

Atender às necessidades educacionais de cada aluno;

Utilizar recursos e materiais diferenciados para favorecer a aprendizagem

e a socialização;

Aplicar estratégias que melhor respondam às características e às

necessidades de cada aluno;

Adaptar currículo e metodologia;

Flexibilizar, conforme Art. 59 LDBEN (1996), temporalidade, avaliação,

conteúdo e metodologia.

A garantia da Escola Pública para todos implica em possibilidade de

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permanência e qualidade a todos que a ela se reportam e, para tal, é necessária

uma igualdade e equidade de oportunidades, ou seja, garantia de apoio e serviço

especializados para que cada um aprenda conforme suas singularidades.

Considerando o fator indisciplina, que interfere no rendimento escolar do

aluno, realiza-se acompanhamento individual e/ou coletivo, juntamente com os

professores, em reuniões mensais, bimestrais ou quando necessário. Às vezes, os

procedimentos não surtem o resultado esperado, mas se está sempre em busca de

novas alternativas para fazer com que os alunos superem suas dificuldades e

possam crescer em seu desenvolvimento intelectual, pessoal e social.

Os professores da instituição de ensino, planejam suas aulas de acordo com

a legislação vigente e, não se contentam em apenas transmitir o saber ou facilitar

aquisição dos conhecimentos, mas em desenvolver, no aluno, atitudes que irão

facilitar o processo, através dos caminhos do conhecimento sistematizado, levando à

conquista da própria autonomia.

Os educadores do Estabelecimento buscam novas e diferenciadas formas

de transmitir os conteúdos para os educandos, preocupam-se com seu próprio

crescimento profissional e participam, periodicamente, de cursos de capacitação,

oferecidos pela SEED, como também buscam em outros locais, inclusive vários

professores já participaram do PDE, aplicando o projeto desenvolvido no curso,

dentro da própria escola, envolvendo os alunos e a comunidade escolar. Realizam a

hora-atividade no próprio estabelecimento, seguindo horário pré-estabelecido, de

forma individual ou coletiva. As capacitações pedagógicas realizam-se com

qualidade e responsabilidade, todos participam das discussões dos temas propostos

pela SEED e na reformulação ou adequação do PTD16, bem como na atualização do

Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar.

Nesse sentido, o Colégio tem como tarefa primordial zelar pela

aprendizagem de seus educandos, diante de uma sociedade que exige a formação

de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com

competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem.

Partindo deste pressuposto, os alunos realizaram discussões orientadas

pelos professores, a partir de textos preestabelecidos, sobre o que é o Projeto

Político Pedagógico, pesquisas, construção de murais coletivos com os temas “a

16 Plano de Trabalho Docente

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escola que temos” e “a escola que queremos” e, em sua maioria, chegaram à

conclusão que a escola desempenha bem sua participação na sociedade, e os

professores e funcionários são comprometidos e dedicados com a causa

educacional.

Muitos eventos constam no calendário para oportunizar maior articulação

entre as diferentes etapas de ensino: Hora Cívica, programada e coordenada pelo

Grêmio Estudantil; OLICOND17, “Vivendo e Pensando em Versos”; projeto “Hora da

Leitura”; Festa Julina Interna; Almoço do Dia do Estudante e Dia Nacional da

Consciência Negra.

Para atuar no Enfrentamento à Violência, o colégio é atendido pelo

Programa Patrulha Escolar Comunitária.

A escola conta com biblioteca, dois laboratórios de informática, um

laboratório de Ciências Físicas e Biológicas; todas as salas de aula equipadas com

TV multimídia; dispõe de equipamentos de DVD, som, projetor de multimídia e lousa

digital.

A partir do ano de 2010, seguindo orientações da SEED, iniciou a

implantação do Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, inicialmente com

exposição sobre o funcionamento do Programa aos professores e funcionários e, na

sequência, com algumas ações de adequação do sistema de sinalização horizontal

nas rampas de acesso e rota de fuga. O colégio já conta com a Equipe de Brigada

Escolar.

No ano de 2017, implantou-se o RCO18, substituindo o Livro de Registro de

Classe físico. Também neste ano, ocorreu a implantação no NRE, do SERP19 em

substituição a FICA20, este colégio agora está conectado diretamente à Rede de

Proteção, desde que se faça a alimentação do sistema.

A avaliação do processo ensino e aprendizagem se dão de forma

diagnóstica, processual e contínua, com recuperação concomitante. Conforme

decisão do colegiado, são aplicados no mínimo 2 (dois) instrumentos distintos de

avaliação por trimestre em todas as disciplinas, exceto Língua Portuguesa e

Matemática, no mínimo 3 (três), em seguida a cada avaliação, acontece a

recuperação concomitante de conteúdos e reavaliação. Prevalece a maior nota entre

17 Olimpíadas do Conhecimento Neusa Domit. 18 Registro de Classe Online. 19 Sistema Educacional da Rede de Proteção Online 20

Ficha de Acompanhamento de Alunos Ausentes

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avaliação e reavaliação. Educações Física e Arte, podem ser avaliadas de forma a

adotar critérios como, comprometimento e envolvimento dos estudantes nas

estratégias metodológicas e atividades propostas no decorrer do trimestre. Conforme

- o Parecer n° 12/1997-CNE/CEB, que esclarece dúvidas sobre a Lei nº 9.394/96,

em complemento ao Parecer CEB nº 05/97, item 1.14. No caso do CELEM –

Espanhol, as avaliações são em número de 3 (três), abrangendo oralidade, escrita e

leitura. Consequentemente, a recuperação de conteúdos correspondente a cada

item e sua reavaliação.

O Conselho de Classe, um espaço interdisciplinar de estudo de casos e

tomada de decisões, em que se fazem presentes Professores, Direção, Equipe

Pedagógica e Secretária da Escola, que se reúnem para refletir e avaliar o

desempenho pedagógico dos alunos dos diversos anos e séries, buscando soluções

para as dificuldades de aprendizagem, sejam elas conceituais ou cognitivas. Todas

as discussões são registradas em ata.

Há incentivo, tanto em relação aos professores quanto aos alunos, a

desenvolver projetos e participar de programas, oferecidos pela SEED ou não, tais

como: Olimpíadas de Matemática, de Língua Portuguesa, Concurso de Cartas dos

Correios, Agrinho e outros. Quanto à participação em jogos, a escola incentiva e

oferece horário e oportunidade para alunos treinarem modalidades desportivas, tais

como futsal, atletismo e xadrez.

O Ensino Médio é oferecido nos turnos Matutino e Noturno, atendendo,

dessa forma, jovens que trabalham em meio período e em período integral. A

maioria dos alunos do noturno são trabalhadores. Para estes, oportunizam-se

práticas pedagógicas diferenciadas, sempre levando em consideração o que prevê a

Matriz Curricular. Incentiva-se, ainda, os alunos, à prática de estágio não obrigatório,

como forma de inserção no mercado de trabalho.

Conta com o PIBID21, que tem como objetivo o aperfeiçoamento e a

valorização da formação de professores para a educação básica. A finalidade do

PIBID é promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas,

desde o início da sua formação acadêmica, para que desenvolvam atividades

didático-pedagógicas orientadas por um docente da licenciatura e de um professor

da escola. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes deste

21 Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

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projeto de iniciação à docência. O PIBID vem contribuindo significativamente no

processo de ensino e aprendizagem, oportunizando aos educandos maneiras

diferenciadas de acesso ao conhecimento. Assim, os alunos participantes do PIBID

se envolvem em todas as atividades desenvolvidas na escola.

Está ocorrendo a preparação gradativa, direcionando os trabalhos rumo à

Escola Integral, oferecendo a oportunidade aos alunos de participar de atividades

em contraturno, como descritos a seguir.

Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – Futsal e Atletismo. Para os

cursos oferecidos em contra turno, leva-se em conta a oferta para alunos em

vulnerabilidade social.

O curso de CELEM - Espanhol acontece desde o ano de 2009. A partir de

2018, segue a Instrução Nº 24/2017 - SUED/SEED, onde se divide em cursos de

Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) organizados em LEM I, II e III. A Proposta

Pedagógica Curricular para o ensino de Línguas no CELEM deverá ser elaborada de

acordo com a organização curricular específica de cada curso, definida pelo nível de

proficiência, conforme descritores constantes no Anexo II, desta Instrução, bem

como com os conteúdos, abordagem teórico-metodológica, avaliação e atividades

definidos pelo CELEM/DEB/SEED.

O Anexo II da Instrução Nº 24/2017 - SUED/SEED explicita que:

Curso de Língua Estrangeira Moderna (LEM) Objetivos a. Desenvolver novas formas de expressão linguística. b. Ampliar a formação dos estudantes para melhor acesso ao mundo do trabalho e às informações. c. Ampliar o horizonte cultural dos estudantes por meio do contato com culturas contemporâneas de diferentes povos e países. d. Preservar a língua, cultura e tradição dos povos, para valorizar a diversidade étnica que marca a história paranaense.

Curso C/H Descritor mínimo de conhecimento para o curso

LEM I 160 h Capacidade para compreender e utilizar, em interações, gêneros textuais relacionados às situações familiares e cotidianas, realizando produções textuais orais e escritas (descrevendo, expondo e narrando), em nível básico.

LEM II 160 h Capacidade para compreender e utilizar, em interações, gêneros textuais relacionados às situações recorrentes à sociedade contemporânea, realizando produções textuais orais e escritas (descrevendo, expondo e narrando), em nível básico.

LEM III 160 h Capacidade para compreender e utilizar, em interações, gêneros textuais relacionados a diversos contextos, realizando produções textuais orais e escritas, descrevendo experiências, eventos, aspirações, bem como expondo razões e justificativas sobre situações específicas, em nível pré intermediário.

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Oferta-se neste ano letivo 2 turmas de LEM I no período matutino e 1 turma

de LEM II no vespertino; com a carga horária de 04 horas-aula semanais. O curso é

ofertado para os alunos do Ensino Fundamental e Médio e, comunidade em geral.

A Equipe Pedagógica é composta por profissionais que atuam em conjunto

com professores, agentes educacionais e direção, visando à garantia da qualidade

de ensino. O suprimento para Equipe Pedagógica é de 60 horas no período

matutino, 40 horas no vespertino e, ainda, 20 horas no período noturno. O cálculo de

horas a serem supridas na Equipe Pedagógica é de acordo com o número de turmas

por turno.

A equipe diretiva teve substituição na direção geral, permanecendo a direção

auxiliar. Atua de forma democrática, dinâmica e inovadora, incentivando e

promovendo a participação de todos no processo educacional, enfatizando o ensino

e aprendizagem.

Dispõe de um Conselho Escolar participativo e atuante, que colabora em

todas as ações que lhe são pertinentes, assim como a APMF. O Grêmio Estudantil

está em processo de adaptação e crescimento, mostra-se colaborativo e também

com boa visão do todo.

A quadra esportiva está totalmente reformada e de acordo com as normas.

O telhado dos blocos de salas de aula trocado e colocada manta térmica, salas de

aula com nova pintura, parte dos banheiros e calçadas reformadas. Estas reformas

foram realizadas no ano de 2018. O colégio fez parte do Projeto Escola 1000, em

2017, recebendo apenas a pintura externa.

Seguem, adiante, os quadros que mostram os índices de aproveitamento

escolar, tanto por indicadores educacionais internos quanto externos. Se iniciará

pelas avaliações externas que vão do quadro 11 ao 19.

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20

Quadro: 11 – ENSINO FUNDAMENTAL - IDEB22 Ano IDEB Proficiência LP Proficiência MAT Taxa de

aprovação Nível da Escola

LP (1-8) MAT (1-9)

2005 4,0 231,94 250,32 0,85 2 2

2007 4,3 229,36 262,85 0,88 2 3

2009 3,9 247,62 241,64 0,88 2 2

2011 4,6 250,40 261,49 0,88 2 3

2013 3,4 238,45 244.18 0,73 2 2

2015 4,0 238,65 255,87 0,82 2 3

2017 5,7 283,6 285,2 0,93 4 4 Fonte: INEP23

Analisando os resultados acima, pode-se observar que em 2017, se

alcançou a média 5,7, quando a projeção era 5,2.

Quadro: 12 – SAEP24 - ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO Ano Proficiência

LP Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2013 206,3 23,8% 43,0% 27,7% 5,6%

2018 203,4 26,9% 39,7% 26,9% 6,4%

Fonte: SAEP

Quadro: 13 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO Ano Proficiência

MAT Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2013 218,9 31,1% 38,7% 28,3% 1,9%

2018 271,2 4,6% 49,4% 39,1% 6,9%

Fonte: SAEP

Quadro: 14 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO Ano Proficiência

LP Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2012 251,7 10,9 61,4 26,7 1,0

2013 246,4 18,8 56,5 22,4 2,4

2017 278,7 1,2 44,7 45,9 8,2

Fonte: SAEP

22 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica; 23 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aloísio Teixeira; 24 Sistema de Avaliação Educacional do Paraná;

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Quadro: 15 – SAEP - ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO Ano Proficiência

MAT Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2012 256,6 19,8 64,4 15,8

2013 246,1 29,4 62,4 8,2

2017 287,4 4,7 58,8 29,4 7,1

Fonte: SAEP

Quadro: 16 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 1ª SÉRIE Ano Proficiência

L.P. Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2013 240,4 18,9% 58,6% 21,6% 0,9%

2018 271,2 4,6% 49,4% 39,1% 6,9%

Fonte: SAEP

Quadro: 17 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 1ª SÉRIE Ano Proficiência

MAT Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2013 248,0 33,3% 54,1% 10,8% 1,8%

2018 283,0 9,2% 57,5% 29,9% 3,4%

Fonte: SAEP

Quadro: 18 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 3ª SÉRIE Ano Proficiência

LP Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2012 261,7 40,7 36,0 20,5 2,8

2013 246,5 36,9 38,3 22,1 2,6

2017 262,1 39,5 36,0 21,3 3,2

Fonte: SAEP

Quadro: 19 – SAEP - ENSINO MÉDIO - 3ª SÉRIE Ano Proficiência

MAT Padrão de desempenho (%)

Abaixo do básico Básico Adequado Avançado

2012 271,3 52,8 41,8 3,6 1,7

2013 270,6 54,7 40,0 3,6 1,8

2017 260,9 64,3 31,5 2,5 1,7

Fonte: SAEP

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Analisando os resultados educacionais do SAEP, pode-se concluir que a

aprendizagem tem tido mais avanços que retrocessos ou estagnação, neste

estabelecimento de ensino, mas ainda se tem um longo caminho a percorrer.

Em 13 de março do corrente ano, foram avaliados os alunos do Ensino

Fundamental, 6º e 9º Anos e do Ensino Médio as 1ª e 3ª séries, com o instrumento

denominado Prova Paraná. Abrangendo as disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, objetivando ajudar o professor a avaliar o aprendizado dos alunos

individualmente. Seguindo o raciocínio do parágrafo anterior, observa-se o caminho

a percorrer, em Língua Portuguesa os resultados, especialmente no Ensino

Fundamental, são bons, já no Ensino Médio observa-se grande defasagem.

Matemática está muito aquém do ideal, podendo-se observar a dificuldade de

interpretação de dados e planificações, os melhores resultados também são do

Ensino Fundamental.

Quanto aos resultados internos, os mesmos podem ser observados nos

quadros 20 a 23.

Quadro: 20 - ENSINO FUNDAMENTAL

ANO

20..

Adequação idade/ano

Distorção

Idade/ano

Aprovação Aprovação C/C25

Desistente Reprovação

14

83,0% 17,0% 65,6% 8,2% 23,1% 3,1%

15

79,5% 20,5% 66,6% 16,9% 15,0% 1,5%

16

62,8% 37,2% 75,8% 12,6% 0,0% 10,7%

17

82,1% 17,9% 79,4% 13,0% 0,0% 7,6%

18

87,8% 12,2% 58,6% 27,0% 0,0% 14,4%

Fonte: SERE26

Este quadro, referente ao geral do Ensino Fundamental, é bastante

subjetivo. Tomando como base o ano de 2015, quando o índice de reprovação foi o

mais baixo e o de aprovação por conselho de classe o mais alto dos últimos três

anos, ocorreu um alto índice de reprovação em 2016. Os resultados acima

necessitam ser amplamente discutidos e estudados.

A distorção idade/série, em 2016, aponta como consequência do índice de

distorção idade/ano, somado ao abandono dos anos de 2014 e 2015. No ano 2017,

a diminuição da distorção possivelmente está relacionada a transferências, obteve-

25 Conselho de Classe 26 Sistema Estadual de Registro Escolar

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se o maior índice de aprovação no Ensino Fundamental dos últimos 4 anos.

Em 2018, diminuiu a distorção idade/ano, aumentou o índice de reprovação

e aprovação por Conselho de Classe; abandono continuou zerado. Estes resultados

são no mínimo questionáveis, como alunos aprovados por média, no ano seguinte

não tiveram o mesmo desempenho ou desempenho superior?

Quadro: 21 - ENSINO MÉDIO ANO

20... Adequação idade/série

Distorção Idade/série

Aprovação Aprovação C/C

Desistente Reprovação

14

78,0% 22,0% 55,5% 7,9% 18,3% 18,3%

15

72,8% 27,2% 61,6% 13,1% 7,2% 18,1%

16

83,3% 16,7% 65,0% 11,0% 14,3% 9,7%

17

62,0% 38,0% 72,2% 9,8% 11,5% 6,5%

18

72,5% 27,5% 58,0% 19,3% 13,8% 8,9%

Fonte: SERE

O quadro acima se refere ao Ensino Médio e é diferente do Ensino

Fundamental, em que se pode observar a evolução dos resultados. No ano 2016, a

distorção idade/série diminuiu e a aprovação aumentou significativamente.

Preocupante é o índice de abandono. Já em 2017, distorção idade/série aumentou,

praticamente fechando a soma da reprovação, abandono e distorção idade/série do

resultado final de 2016. Já o abandono aumentou consideravelmente, não obtendo

efeito a comunicação ao SERP e aprovação teve queda de 7,5%. Em 2018, a

distorção idade/série diminuiu, em contrapartida, aprovação por conselho de classe,

abandono e reprovação aumentaram. A aprovação direta caiu em mais de 14%,

enquanto a aprovação por Conselho de Classe teve aumento de mais de 50%. Fica

a mesma interrogação colocada no Ensino Fundamental.

Fazendo análise dos dois últimos quadros, fica o questionamento, em 2018,

os alunos desaprenderam ou em 2017 houve facilitação nas avaliações, sendo que

os professores eram basicamente os mesmos. Para melhor observar e compreender

onde estão os maiores problemas, apresentaremos os resultados por ano ou série e

turno, na sequência.

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24

Quadro: 22 - ENSINO FUNDAMENTAL – POR ANO ANO

LETIVO Ano Turno AP APC/C AP+APC/C=

AP TOTAL Desistente REP

2017

6º TARDE 80,4% 12,0% 92,4% 0,0% 7,6%

7º MANHÃ 57,1% 27,0% 84,1% 0,0% 15,9%

7º TARDE 88,5% 0,0% 88,5% 0,0% 11,5%

8º MANHÃ 81,4% 16,3% 97,7% 0,0% 2,3%

8º TARDE 95,0% 0,0% 95,0% 0,0% 5,0%

9º MANHÃ 89,6% 6,6% 96,2% 0,0% 3,8%

9º TARDE 88,9% 11,1% 100,0% 0,0% 0,0%

2018

6º TARDE 61,0% 23,2% 84,2% 0,0% 15,8%

7º MANHÃ 59,7% 31,4% 91,1% 0,0% 8,9%

7º TARDE 69,5% 11,6% 81,1% 0,0% 18,9%

8º MANHÃ 58,6% 27,3% 85,9% 0,0% 14,1%

8º TARDE 81,3% 11,5% 92,8% 0,0% 7,2%

9º MANHÃ 39,4% 32,0% 71,4% 0,0% 28,6%

9º TARDE 72,6% 20,0% 92,6% 0,0% 7,4%

Quadro: 23 - ENSINO MÉDIO – POR SÉRIE ANO

LETIVO SÉRIE TURNO AP APC/C AP+APC/C=

AP TOTAL

DESISTENTE REP

2017

1ª MANHÃ 87,9% 8,1% 96,0% 2,0% 2,0%

1ª NOITE 29,5% 35,0% 64,5% 22,6% 12,9%

2ª MANHÃ 84,0% 8,3% 92,3% 7,7% 0,0%

2ª NOITE 59,9% 10,5% 70,4% 18,5% 11,1%

3ª MANHÃ 90,3% 0,0% 90,3% 0,0% 9,7%

3ª NOITE 66,4% 4,2% 70,6% 23,5% 5,9%

2018

1ª MANHÃ 70,5% 25,9% 96,4% 0,0% 3,6%

1ª NOITE 50,9% 13,0% 63,9% 16,7% 19,4%

2ª MANHÃ 62,5% 29,4% 91,9% 5,4% 2,7%

2ª NOITE 56,7% 10,0% 66,7% 20,0% 13,3%

3ª MANHÃ 31% 33,3% 64,3% 21,4% 14,3%

3ª NOITE 76,6% 4,0% 80,6% 19,4% 0,0%

Para uma melhor visualização dos resultados, seguem os gráficos. Gráficos

3 e 4, resultados de avaliações externas e 5 ao 8, resultados de avaliações internas:

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Gráfico 3 – IDEB EM GRÁFICO

Fonte: MEC27/ IDEB

Gráfico 4 - SAEP EM GRÁFICO

Fonte: SEED/SAEP

27 Ministério da Educação e Cultura

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Gráfico 5: ENSINO FUNDAMENTAL

Fonte: SERE

Gráfico 6: ENSINO MÉDIO

Fonte: SERE

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Gráfico 7: ENSINO FUNDAMENTAL – RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

Fonte: SERE

Gráfico 8: ENSINO MÉDIO - RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

Fonte: SERE

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4 MARCO CONCEITUAL

O marco conceitual apresenta os princípios didático-pedagógicos

relacionados à concepção de: educação; homem enquanto infância, adolescência,

juventude, adulto e idoso; mundo; sociedade; cidadania; formação humana integral;

cultura; trabalho; escola; gestão escolar; currículo; cuidar e educar; alfabetização e

letramento; conhecimento; tecnologia; ensino-aprendizagem; avaliação; tempo e

espaço pedagógico; formação continuada; educação inclusiva e diversidade.

Para iniciar, aborda-se homem; quando se fala homem, refere-se à raça

humana, independentemente de sexo.

O homem é sua “porção” natural e aquilo que ele produz modifica permanentemente seu meio. O homem é ao mesmo tempo natureza (domínio da necessidade) e negação da natureza (domínio da liberdade). Esta transcendência do meramente natural que o faz um ser histórico o homem consegue pelo trabalho (PARO, 2006; p.30).

O homem, um ser social, dominador e dominado, inquieto, em constante

evolução intelectual, psicológica, científica e social, é autor e co-autor na construção

da história da humanidade.

Vive em grupos, seguindo normas e costumes que resultam do pensar

coletivo, isto é, da sociedade. Sociedade deve ser elaborada, coesa, justa e uma

organização social bem estruturada, pautada no consenso coletivo. A sociedade

mundial vive em constantes transformações tecnológicas, climáticas, científicas e

econômicas, aumentando a desigualdade social, tornando-se necessário repensar

constantemente as atitudes e as perspectivas humanas, no intuito de propiciar a

inclusão social com vistas ao momento histórico que se vive. As sociedades formam

o mundo. O que é mundo? Qual a concepção?

A concepção de mundo, ou visão de mundo, é constituída por conhecimento e posicionamentos valorativos acerca da vida, da sociedade, da natureza, das pessoas (incluindo-se a auto-imagem) e das relações entre todos esses aspectos (DUARTE, 2015, p. 12).

O homem vive em grupos que formam a sociedade e compõem o mundo.

Mas o primeiro grupo do qual o homem faz parte é a família.

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Segundo Aquino:

A família, entendida como o primeiro contexto de socialização, exerce indubitavelmente, grande influência sobre a criança e o adolescente. A atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e, consequentemente, influenciam o comportamento da criança na escola. [...] É impossível negar, portanto, a importância e o impacto que a educação familiar tem (do ponto de vista cognitivo, afetivo e moral) sobre o indivíduo. Entretanto, seu poder não é absoluto e irrestrito. Uma coisa é aceitar que o que ocorre no ambiente familiar é importante, e outra, bastante diferente, é acreditar que é determinante e irreversível (1996, p. 97 e 98).

Considerando que o princípio da convivência social ocorre na família, ela

deve proporcionar a base de valores e suporte psicológico e emocional, mas nem

sempre ela garante o resultado esperado e determinante. A escola, então, tem o

papel de desenvolver o convívio democrático em seu ambiente e este é um processo

realizado a cada dia, com a participação da comunidade interna e externa.

O ensino, quando bem organizado, impulsiona o desenvolvimento dos

alunos. Segundo Aquino (1996, p. 4), “Uma vez que o conhecimento só se realiza

com e pelo outro, a relação professor - aluno se torna o núcleo e foco do trabalho

pedagógico.” Por esse motivo, é importante olhar com cuidado a relação professor -

aluno e compartilhar responsabilidades e trabalhos.

A educação escolar é uma forma de atualização histórica pela qual os

alunos passam, cabendo ao professor o papel de mediador do conhecimento

historicamente produzido.

“A escola tem o papel central de promover a construção do conhecimento,

garantindo ao aluno o acesso ao saber sistematizado e à formação de

atitudes e habilidades, proporcionando condições para o exercício da

cidadania plena e a construção de uma sociedade mais justa” (BRIGHENTI,

in DAVIS e GROSBAUM, 2001, p.19).

O entendimento que se tem hoje do trabalho escolar é de que a ênfase deve

estar no processo de ensino e aprendizagem, finalidade maior de todo o esforço a

ser dispendido. Essa visão representa um novo olhar para a escola, pois subordina o

caráter administrativo ao pedagógico. A principal razão de ser da escola é a

aprendizagem de todos os alunos.

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A proposta de educação do Colégio Estadual Neusa Domit é mediar o

conhecimento construído historicamente pelo homem, objetivando informar aos

indivíduos os elementos culturais necessários para viver na sociedade a que

pertencem. Como a instituição entende que a educação é atualização histórica,

cultural e tecnológica dos indivíduos, é necessário que ela concorra para a formação

de cidadãos atualizados, capazes de participar de forma ativa, crítica e

transformadora.

Para Perrenoud (1999), “a Escola deve modificar-se para oferecer aos

alunos as ferramentas necessárias para que ocorra o desenvolvimento humano e

profissional satisfatório, capacitando-os a atuar positivamente na sociedade em que

estão inseridos.”

A este respeito, ainda, segundo Perrenoud:

A Escola deve oferecer situações escolares que favorecem a formação de esquemas de ações e de interações relativamente estáveis e que, por um lado, possam ser transpostas para outras situações comparáveis, fora da escola ou após a escolaridade (1995, p.32).

Pode-se entender, pela citação acima, que a escola deve preparar o aluno

para desempenhar seu papel de cidadão, deixando-o apto para enfrentar situações

além dos muros escolares.

De acordo com Lück (1991, p. 31) “O aluno deve ser visto como o fim

precípuo da educação; para ele existe a escola e, portanto, para a promoção do seu

desenvolvimento devem convergir, direta ou indiretamente, todas as ações.”

A escola é um local de formação, ou deveria ser. Como afirma Mello (2004,

p. 92): ‘’A escola é o local privilegiado para formação [...]’’. Sendo assim, há

necessidade de algumas mudanças como, por exemplo, o número máximo de

discentes por sala, evitando-se salas superlotadas. Almeja-se uma escola com

unidades de objetivos, com espaço físico amplo e adequado, que possa comportar

laboratórios de Informática, Ciências e Artes, que permita aos alunos a interação

com as novas tecnologias que hoje tomam conta da sociedade. O trabalho em

tempo integral com os educandos, em que possam contar com atividades

diferenciadas para seu pleno desenvolvimento. Todavia, para que isto se torne real,

é preciso estruturar a escola, investir em recursos materiais didático-pedagógicos

atualizados e em recursos humanos, ou seja, profissionais especializados nas mais

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diversas áreas do ensino.

A ação docente deve voltar-se para possibilidade de transição do que o

aluno sabe fazer para o que não sabe ainda, só assim a aprendizagem avança,

ocorrendo a construção do conhecimento.

Pode-se observar que a educação sempre tem uma finalidade social, o que

remete a Bock e Aguiar: “a educação tem sempre uma finalidade social. Sempre que

estivermos na prática educativa estaremos, queiramos ou não, promovendo uma

determinada sociedade e um determinado tipo de cidadão” (2003, p.145).

A equipe escolar valoriza o conhecimento prévio dos alunos, mantendo

diálogo com o mundo que o rodeia, aliando aos conhecimentos científicos e

historicamente construídos, ocorrendo a construção de um novo conhecimento para

o aluno e, consequentemente, a aprendizagem, que só adquire significado se

vinculada à realidade existencial dos alunos. Assim, cabe ao professor a tarefa de

mediar e intervir nos conteúdos, fazendo a contextualização com o meio, tornando o

aluno o sujeito produtor do seu próprio conhecimento.

O conhecimento na escola precisa ser construído a partir do objeto de

estudo de cada disciplina ou área de conhecimento. O eixo que estrutura a

educação, a instituição de ensino e a sociedade, é o conhecimento. Na escola se

sistematiza o conhecimento histórico, científico e tecnológico, mas não se pode

esquecer da formação integral do ser humano. Esta função da escola é fundamental

para a transformação humana e social.

Segundo Tonet (2007):

[...] é função da educação propiciar ao individuo conhecimentos, habilidades e valores necessários para a formação do gênero humano. É evidente que a formação integral, sem o questionamento das raízes da desigualdade social, não tem como atender as necessidades humanas. É preciso que haja uma prática direcionada para a realidade do educando, para que esse possa ter acesso e permanecer mais tempo na escola para que tenha um desenvolvimento adequado.

A formação humana integral é que prepara o homem para produzir as

condições de viver em sociedade, de construir seu modo de vida, sua autonomia,

seu senso crítico, tornar-se um ser ético e responsável por suas ações. À família

cabe o cuidar, o zelar, orientar, transmitir valores e ética, que envolve boas

maneiras, respeito, pontualidade, responsabilidade, entre outras.

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O conhecimento faz adquirir cultura e esta leva o homem a criar e

transformar. Todos os povos e sociedades possuem sua cultura e por mais

tradicional e arcaica, na visão de nossa sociedade, os conhecimentos adquiridos são

passados de geração a geração.

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente

o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, o que o distingue dos outros

seres. Apesar das constantes evoluções por que o mundo passa, a cultura tem a

capacidade de permanecer quase intacta, sendo passada aos descendentes como

uma memória coletiva e viva, o que faz da cultura um elemento social.

Para efetivar o conhecimento e a aprendizagem, é necessário que cada

profissional envolvido no processo, nas diferentes áreas de atuação, participe de

forma efetiva do trabalho, levando os alunos e os docentes a sentir que existe

coesão de ideias e responsabilidades compartilhadas.

A escola deve ser constituída por uma equipe de profissionais envolvidos e

comprometidos com aprendizagem significativa, pensando juntos, tendo objetivos

comuns para percorrer o mesmo caminho e chegar a resultados positivos e

conteúdos escolares articulados, impedindo a fragmentação do ensino.

Cabe à escola proporcionar o questionamento de seu papel conscientizador,

devendo estabelecer o vínculo das relações interpessoais com a comunidade em

âmbito geral, propiciando, assim, o crescimento pessoal do aluno e do grupo,

resultando em cidadãos conscientes no exercício de sua cidadania. Passou-se pelas

fases da vida humana, para agora se fazer um apanhado de seu espaço na

sociedade, sua função e direitos como cidadão.

Segundo a Cartilha Direitos do Cidadão, Volume II, do Ministério Público

Federal, Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2011, p. 11:

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila. [...]

Este é o conceito de cidadão e os direitos legais dos brasileiros, mas sabe-

se que muitos dos direitos sociais estão inacessíveis e até suprimidos.

Segundo a mesma Cartilha e na mesma página acima, cidadania é:

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[...] É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.

Os direitos existem, consequentemente, há os deveres que são

estabelecidos e precisam ser respeitados para conviver em sociedade exercendo a

cidadania plena.

Um dos direitos se refere a direito ao trabalho; atualmente o trabalho perdeu

a centralidade, como era no período moderno, na era industrial; apesar de ainda ter

um papel importante na definição de quem somos, por oferecer um papel social, a

carreira e, sobretudo, o sustento. Apesar de não ser mais o centro, o trabalho

continua vital para o sujeito e a sociedade. O trabalho, para cada sociedade, na

verdade, tem seu sentido, ele expressa o modo de ser, pensar e agir.

Foram abordados homem, sociedade, mundo, escola, conhecimento,

educação, formação humana integral, cidadão e cidadania e trabalho. Agora, segue-

se abordando o homem em todas as suas fases, alfabetização, letramento, tempo e

espaço escolar, currículo, tecnologia e gestão escolar.

Entre os séculos XVI a XVIII, a criança era considerada um adulto em

miniatura e, em consequência desta visão, algumas etapas de seu desenvolvimento

eram suprimidas através de vivências típicas da vida adulta, que eram antecipadas.

Mais tarde, formou-se nova visão: a infância era um momento que exigia atenção e

cuidados para que a criança se tornasse um adulto honrado e útil socialmente, ou

seja, era preciso protegê-la de influências negativas do meio. Outra visão, também

difundida, era a da criança universal, abstrata, que seguia um padrão ideal, as que

não seguiam este modelo estipulado eram submetidas a práticas compensatórias e,

consequentemente, reforçava-se a discriminação.

Atualmente, a concepção de criança como ser atuante e de direitos tem

amparo legal na Constituição Brasileira, artigo 205, e na LDB, artigo 2º:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

“O ser humano é, a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social,

histórico”. Com esta afirmação, Morin (2004, p.15) aborda como o sujeito humano,

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homem, é composto e, a partir disto, então, deve ser estimulado ao desenvolvimento

pelas instituições responsáveis.

Para Kramer (1995, p. 216),

O conceito de infância se diferencia conforme a posição da criança e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.

A concepção de criança, do ser infantil, portanto, é a de um ser histórico e

culturalmente contextualizado e que deve ser considerado e respeitado em seus

aspectos cultural, biológico e cognitivo, bem como considerar seu processo de

desenvolvimento afetivo, social, psicológico, cognitivo, motor, lúdico, expressivo e,

ainda, respeitando-se as suas particularidades, lembrando que cada indivíduo é

único. Arroyo (1994) afirma:

[...] compreender que cada idade tem a própria identidade, e isso exige uma educação específica para esse período, e não um preparo para a outra idade. Uma concepção de infância assim assumida requer pensar nessa criança considerando seu desenvolvimento integral.

A adolescência, assim como a infância, também é compreendida

historicamente. Como afirma Pitombeira (2005):

A naturalização da adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da adolescência.

De acordo com a maioria dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser

adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que,

juntas, traçam o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como

uma fase do desenvolvimento humano que faz ponte entre a infância e a idade

adulta. Nessa perspectiva, a adolescência é compreendida como um período

atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua

subjetividade.

Já foram abordadas as concepções de infância e adolescência, agora se

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estará abordando a concepção de juventude. Segundo Abramo (1994, p. 1):

A noção mais geral e usual do termo juventude se refere a uma faixa de idade, um período de vida, em que se completa o desenvolvimento físico do indivíduo e ocorre uma série de transformações psicológicas e sociais, quando este abandona a infância para processar sua entrada no mundo adulto. No entanto, a noção de juventude é socialmente variável. A definição do tempo de duração, dos conteúdos e significados sociais desses processos se modificam de sociedade para sociedade e, na mesma sociedade, ao longo do tempo e através de suas divisões internas. Além disso, é somente em algumas formações sociais que a juventude configura-se como um período destacado, ou seja, aparece como uma categoria com visibilidade social.

Em determinadas classes sociais da nossa cultura se “protege” a infância e

a juventude em demasia, prorrogando o período da adolescência, caracterizando-se

por uma dependência em relação aos pais e uma postergação do período em que o

indivíduo vai se tornar socialmente produtivo, entrando para idade adulta.

A fase adulta também é resultado de construções e significações sociais em

contextos históricos e sociedades determinadas, em um processo de permanentes

mudanças e ressignificações. Nesta fase não surge nenhuma nova estrutura mental

ou física e o indivíduo caminha para um aumento gradativo do desenvolvimento

cognitivo e uma maior compreensão dos problemas e das realidades significativas

que o atingem. Isto influencia os conteúdos afetivos, emocionais e sua forma de

estar e ver o mundo.

Finalmente, vem a fase idosa, que se caracteriza pela exclusão,

discriminações e abandono. Os idosos são pessoas ativas, percebem, sentem,

emocionam-se, pensam, refazem, criam e aprendem, e se integram em todos os

domínios da vida social, desde que lhe seja oportunizado. Como afirma Messy

(1999, p. 18): “O envelhecimento é um processo que se inscreve na temporalidade

do indivíduo, do começo ao fim da vida. É feito de uma sucessão de perdas e

aquisições, à maneira dos movimentos vitais. ”

As perdas são tanto afetivas, sociais e vitais, já as aquisições no decorrer da

vida são incontáveis e imensuráveis, mas não valorizadas pelos mais jovens de

nossa sociedade.

Medeiros (1998, p. 7) enfatiza: “Numa sociedade em que o mito é a

juventude, a beleza e a força física, ser velho é, contrastivamente, ser feio, fraco e,

principalmente, improdutivo. ”

Ainda há culturas em que, ao adulto cabe o papel central de educador,

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responsável por um ensino favorecedor do controle social, em que as tradições e

culturas são repassadas.

Podemos confirmar esta visão na concepção formulada por Durkheim (1972,

p. 42):

A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem como objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.

A citação acima coloca a questão de a educação passar de geração para

geração, o que acontece, em termos, nas instituições de ensino. Em termos, porque

na escola esta transmissão acontece por aqueles que têm maior conhecimento ou

conhecimento maior em determinadas áreas em relação aos alunos que, algumas

vezes, têm mais idade que seus professores.

A escola deve ser constituída por uma equipe de profissionais envolvidos e

comprometidos com aprendizagem significativa, pensando juntos, tendo objetivos

comuns para percorrer o mesmo caminho e chegar a resultados positivos e

conteúdos escolares articulados, impedindo a fragmentação do ensino.

A escola requer profissionais que “abracem a causa da educação”, porém,

quando há alta rotatividade de profissionais no estabelecimento, não se criam

vínculos, não acontece o sentimento de pertença, importante neste caso.

O sistema educacional deve ser estável, tendo princípios básicos que não

entrem em crise devido a ideologias políticas, o que resultaria em segurança à

escola como um todo, melhorando a qualidade de ensino.

À instituição de ensino não cabe apenas a transmissão e construção do

conhecimento, mas também, a segurança de seus alunos e funcionários no período

que se encontram no local. Pensando nisso, foi criado o Programa Brigada Escolar,

pela Instrução nº 024/2012, que, entre outros fatores, considera os seguintes:

a importância da instituição de uma brigada de emergência nas instituições de ensino da rede estadual para o enfrentamento ordenado de situações de risco por meio do treinamento de alunos, professores e funcionários; a necessidade de regularização das edificações da rede estadual de ensino, compatibilizando-as às normas de segurança contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros; a necessidade de planejamento gradual das intervenções físicas nas escolas frente ao elevado investimento previsto para atendimento das normas de segurança contra incêndio e pânico, do Corpo de Bombeiros;

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a permanência de oferta dos meios para o controle de incêndio e a facilitação de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros, [...]

Em 2015, A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e o

governador de estado sancionou a Lei nº 18424 de 8 de janeiro de 2015, onde foi

instituída, no âmbito da Rede Estadual de Ensino, o Programa Brigadas Escolares –

Defesa Civil na Escola - PBEDCE, que tem por objetivo, assegurar a integridade

física e o bem-estar da comunidade escolar.

Destacam-se, abaixo, alguns princípios centrais que devem ser

considerados no processo de ensino aprendizagem de todo e qualquer aluno:

A história particular do aluno;

O autoconceito do aluno, que influi em sua capacidade de aprender;

A relevância do ensino para a vida do aluno;

Articulação dos conhecimentos empíricos dos alunos com os científicos;

Apresentação dos conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo

em cada disciplina;

Vivenciar a aprendizagem para incorporar.

O saber assimilado durante a existência da pessoa forma seu

conhecimento. Os conceitos são formados a partir de eventos externos ao indivíduo

e para apropriar-se deles é preciso que se identifiquem as características,

propriedades e finalidades dos mesmos através de uma gradativa interiorização.

A principal razão de ser da escola é a aprendizagem e o conhecimento de

todos os alunos. Aprendizagem é o processo através do qual as pessoas interagem

e se apropriam ativamente dos conteúdos e das experiências humanas, que o grupo

social se apropriou no decorrer de sua existência. Segundo Paro,

Na produção material de sua existência, na construção social de sua história, o homem produz conhecimentos, técnicas, valores, comportamentos, atitudes, tudo enfim que configura o saber historicamente produzido. Para que isso não se perca, para que a humanidade não tenha que reinventar tudo a cada nova geração, fato que a condenaria a permanecer na mais primitiva situação, é preciso que o saber esteja permanentemente sendo passado para as gerações subsequentes. Essa mediação é realizada pela educação, entendida como a apropriação do saber produzido historicamente. Disso decorre a centralidade da educação enquanto condição imprescindível da própria realização histórica do homem. É, pois, pela educação, que o homem tem a possibilidade de se construir historicamente, se diferenciando da mera natureza (2002, p. 60).

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A partir da citação acima, prioriza-se um currículo significativo e capaz

de promover uma educação democrática, igualitária e mais humana. Devem

ser consideradas como ponto de partida de criação, apropriação,

sistematização e produção do saber; como também o tempo e espaço

escolar. Primeiramente, falar-se-á do tempo e espaço escolar que, segundo a

LDB 9394/96,

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

Pode-se observar que o dia a dia escolar privilegia a questão do tempo e do

espaço como tarefas administrativas, que se apresentam de forma concreta

seguindo o calendário civil, a divisão dos horários, a dimensão e distribuição das

salas, corredores, salas de múltiplo uso, laboratórios, setor administrativo, pátios.

Quanto ao tempo, compreende-se como o tempo cronológico, físico e estabelecido

socialmente. Não levando em conta o tempo subjetivo, que é o tempo vivido, o

tempo da consciência, das emoções. Tempo este que define a maturidade, as

especificidades, que faz sermos o que somos. E no momento da construção do

currículo, deve ser levado em conta, tanto o espaço quanto o tempo cronológico e

subjetivo.

O currículo deve abranger obrigatoriamente os dispostos na LDB, nos

artigos 26, 26-A, 27, 28 e seus respectivos parágrafos, bem como o que dispõem as

demais legislações pertinentes ao assunto. A LDB estabelece normas básicas para o

Currículo Nacional: os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma

Base Nacional Comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma Parte Diversificada, exigida pelas características

da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.

O currículo, hoje, abrange:

Todas as atividades, experiências, materiais, métodos de ensino e outros

meios empregados pelo professor ou considerados por ele, no sentido de alcançar

os objetivos educacionais; devendo possuir clareza de propósito; eficiência de

ações; ser: dinâmico, evolutivo em consonância com as mudanças verificadas no

ambiente global (adaptado ao ambiente local, nacional e internacional) e

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democrático (aberto a mudanças); estar sujeito a análises constantes para

verificação do alcance dos objetivos;

É o ambiente em ação, fornece as experiências através da vivência,

ultrapassa o muro da escola e entra na sala de aula, transformando-se em

conteúdos a serem trabalhados no contexto escolar. O resultado é uma educação

que prepara o educando de forma adequada, garantindo-lhe ajustamento pessoal,

desempenho consciente e responsável de seu papel na sociedade.

O desenvolvimento cognitivo e bio-psico-social do aluno, no que se refere à

escola, estão intimamente ligados ao currículo. Currículo, em sua etimologia, deriva

da palavra latina “Scurrere” – correr, e refere-se a curso, é definido como curso a ser

seguido. Segundo Barrow citado por Goodson (2002, p. 31): “[...] no que se refere à

etimologia, portanto o currículo deve ser entendido como o conteúdo apresentado

para estudo”.

Sacristan propõe como definição de currículo: “o projeto seletivo de cultura,

cultural, social, política e administrativamente condicionado, que preenche a

atividade escolar e que se torna realidade dentro das condições da escola tal como

ela se encontra configurada” (1998, p. 35). Currículo são todas as atividades,

experiências, materiais, métodos de ensino; é o ambiente em ação construído no

coletivo para haver maior comprometimento e, consequentemente, maior eficácia no

ensino.

Não existe ensino nem processo de ensino-aprendizagem sem conteúdos de cultura e é justamente o currículo que ordena esses conteúdos. Por isso, o currículo encontra-se no centro do processo educativo, pois é em torno da transmissão dos conhecimentos (conteúdo de ensino) que gravita a maior parte das práticas pedagógicas. Por essa razão é que se pode afirmar que o currículo é a matéria-prima da escola e do trabalho docente. Sem conteúdos de ensino (elemento da cultura) não há razão para os alunos irem à escola, assim não se justifica o trabalho do professor (SOUZA, 2006; p.33).

Então, o currículo deve privilegiar a realidade e a necessidade do aluno, sem

que o conhecimento científico perca seu lugar. É preciso atender os interesses dos

alunos, primando pelo papel da escola em ser instituição formadora. É trabalho de o

professor transformar o saber empírico em saber científico através do conhecimento

escolar, de acordo com Mello (2004, p. 39): “Caberá ao professor mediar e

transformar o conhecimento científico em conhecimento escolar pela transposição

didática”.

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A globalização e as evoluções constantes fazem com que a transformação e

a atuação do educador e da escola sejam, necessariamente, direcionadas para um

novo paradigma da educação.

A escola tem muito que refletir sobre sua organização curricular, começando

pela compreensão de que a sua ação passa a ser uma intervenção única no

processo de formação do homem na sociedade atual. Nesse paradigma, o professor

deve ser um mediador do saber coletivo, com competência para ser um agente do

processo de mudança

Portanto, há que se construir um currículo que privilegie a realidade e a

necessidade do corpo discente, sem que o conhecimento científico perca seu lugar.

É preciso atender aos interesses dos alunos, primando pelo papel da escola em ser

instituição formadora. É trabalho do professor transformar o saber empírico em saber

científico através do conhecimento escolar, de acordo com Mello (2004 p. 39):

‘’Caberá ao professor mediar e transformar o conhecimento científico em

conhecimento escolar pela transposição didática. ’’

A sociedade, em constante transformação, requer uma escola que a

acompanhe, desta forma, a melhor maneira é manter atualizado o currículo,

conforme postula Castro e outros (2001 p.42): “O momento de se pensar o currículo

é o momento de repensar as finalidades da escola, sintonizando-a com a

contemporaneidade”.

Na hora da construção da Proposta Pedagógica Curricular de uma escola,

devem-se levar em conta o estudo da realidade sócio econômico e cultural da

região, o perfil do aluno e do professor paranaense, bem como o que a legislação

estabelece. Levando em conta toda esta situação, a escola precisa ter autonomia

para discutir e definir seu currículo, enfocando sua realidade e as necessidades da

sua comunidade, para então partir para o saber científico. Construindo o currículo no

coletivo, há maior comprometimento e, consequentemente, maior eficácia no ensino.

A escola, a educação, deve ser capaz de inserir o aluno na sociedade, com

habilidades e conhecimentos básicos desenvolvidos, e isso deve estar presente no

momento da construção do currículo. Segundo Sancho,

As próprias escolas são uma tecnologia, uma solução à necessidade de proporcionar educação a todos os cidadãos e cidadãs de certas idades. [...] a educação pode ser concebida como uma Tecnologia Social e um educador como um tecnólogo da educação. Assim, os professores ou os teóricos da educação que só parecem estar dispostos a utilizar e considerar

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as tecnologias (artificiais, organizadoras e simbólicas) que conhecem, dominam e com as que se sentem minimamente seguros, por considerá-las não (ou menos) perniciosas, não prestando atenção às produzidas e utilizadas na contemporaneidade, estão, no mínimo, dificultando aos seus alunos a compreensão da cultura do seu tempo e o desenvolvimento do juízo crítico sobre elas. (1998, p. 39-41).

Quando se fala em tecnologia, não se está referindo ao computador, celular

unicamente, mas sim a um conjunto de métodos, técnicas e conhecimentos

aplicados para se solucionar problemas, produzir bens e serviços relacionados às

necessidades humanas. Quaisquer instrumentos que interferem na realidade e que

foram criados a partir de estudos científicos podem ser associados à tecnologia,

como o quadro de giz, Livro Didático, os diversificados materiais escolares.

Tecnologia não são apenas as máquinas, ela também se refere a novos paradigmas

nas diversas áreas do conhecimento. Sendo assim, não se pode pensar a tecnologia

somente como objeto.

Para que o currículo tenha resultados efetivos, é premente que se conheça

um pouco sobre alfabetização e letramento, o que poderá levar ao entendimento de

determinadas dificuldades de nossos alunos.

Segundo o artigo Alfabetização e letramento - uma possibilidade de

intervenção:

Alfabetização: aprendizado do alfabeto, domínio e apreensão da forma escrita, utilizada em duas funções que se inter-relacionam: ler e escrever; Letramento: relaciona-se diretamente ao ato de ler e de escrever, ampliando-se, a medida que se faz uso dessas funções na vida social, utilizando-os num processo mais amplo do que a decodificação de palavras, ou o registro delas. Alfabetização e letramento são dois processos que se inter-relacionam, complementando-se, sendo que a alfabetização inicia-se antes da entrada da criança na escola, e se formaliza no Ensino Fundamental com a aquisição do código escrito, visto que a cultura escrita perpassa a sociedade humana. O letramento, por sua vez, vai além do domínio do código, constituindo-se enquanto prática social, de uso do código escrito, em varias situações da vida do individuo. Começa com a alfabetização, sendo contínuo nas relações Humanas (SOZIM et al., 2008).

A função da escola é trabalhar para que o aluno tenha acesso e domínio da

leitura e da escrita. Mas este é um processo gradativo, pois o meio e a condição

social também interferem nesta aquisição. Uma pessoa apenas alfabetizada não

obterá muitas mudanças em sua vida. Para que aconteça a mudança, a

alfabetização deve ocorrer num panorama de letramento. Apenas decodificando, ele

continua sendo um analfabeto funcional.

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A pessoa letrada já não é a mesma que era quando analfabeta ou iletrada, ela passa a ter outra condição social e cultural – não se trata propriamente de mudar de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura – sua relação com os outros, com o contexto, com os bens culturais torna-se diferente (SOARES, 2003, p. 37).

Deve-se ter consciência de que a alfabetização e o letramento são

indissociáveis e resulta das relações humanas, indo além do período escolar. Sendo

mais claro, está presente em toda vida da pessoa.

É necessário ter-se em mente, no momento de elaborar a Proposta

Pedagógica Curricular, que ela deve abranger as diversidades, evitar a exclusão e o

insucesso.

A criança e o adolescente têm garantido pela LDB 9394/96, ECA Lei nº

8069/1990, e pela Constituição Federal, o acesso e a permanência na escola. Sabe-

se, também, que essa permanência e o desenvolvimento integral dos alunos não

dependem somente da escola, mas envolvem ações da família e da comunidade em

que vivem esses alunos.

Em busca da garantia dos direitos das crianças e adolescentes e, maior

comprometimento familiar, nessa escola foi implementado, em conjunto com a Rede

Estadual de Educação Básica do Paraná, Conselho Tutelar e Ministério Público, o

Programa de Combate à Evasão Escolar, que proporciona grande auxílio nessa

tarefa.

Sabendo que no Brasil 10% da população possui algum tipo de deficiência,

torna-se imprescindível, levar a informação em conta no momento de construir o

Currículo, para assegurar o acesso e a permanência dessa população na escola.

A escola, ao pensar no outro, no diferente, na diversidade, pensa na

possibilidade de reduzir e eliminar as barreiras do preconceito, da discriminação e da

desigualdade.

Segundo a constituição, os alunos com necessidades educacionais

especiais têm esses direitos adquiridos e são amparados, ainda, pela Declaração

dos Direitos da Criança, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Plano

Decenal da Educação e LDB 9394/96, que dedica o capítulo V à Educação Especial

e garante matrícula a esses alunos preferencialmente na rede regular de ensino, e

prevê métodos, técnicas e avaliação diferenciadas e específicas para cada

peculiaridade.

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O Estado do Paraná propõe que a Educação Especial se realize através da

deliberação nº 02/2016-CEE, que fixa as normas específicas, assegurando a oferta

de atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam tais

necessidades.

Um novo paradigma está nascendo, um paradigma que considera a

diferença como algo inerente na relação entre os seres humanos. Cada vez mais a

diversidade está sendo vista como algo natural. Frente a esse novo paradigma

educativo, a escola tem por obrigação atender todas as crianças e adolescentes sem

exceção. A escola deve ser aberta, pluralista, democrática e de qualidade. Portanto,

deve manter as suas portas abertas às pessoas com necessidades educacionais

especiais, sejam elas portadoras de dificuldades acentuadas no processo de

aprendizagem, limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o

acompanhamento das atividades curriculares, não vinculada a uma causa orgânica

específica ou relacionada a distúrbios, limitações, deficiências e diversidade cultural.

Escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de ensino educacional a

cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo

a cada um, de acordo com suas potencialidades e necessidades.

A escola deve promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e

social dos alunos, independente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social

ou qualquer outra situação, só então, quando estiver organizada para favorecer a

cada aluno poderá ser considerada inclusiva. Para tanto, os alunos precisam ser

vistos como sujeitos eficientes, capazes, produtivos e, principalmente, aptos a

aprender.

Para que uma instituição de ensino funcione realmente, precisa de uma

gestão escolar democrática e participativa. A construção e o desenvolvimento do

convívio democrático e participativo na escola é um processo que se realiza a cada

dia, com a participação da comunidade interna e externa.

O modo democrático de gestão abrange o exercício do poder, incluindo os

processos de planejamento, da tomada de decisões e a avaliação dos resultados

alcançados.

A gestão escolar tem por objetivos envolver todos os segmentos

interessados na construção de propostas coletivas da educação, através dos órgãos

colegiados.

Segundo Abranches (2003, p. 54), afirma que:

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Os órgãos colegiados têm possibilitado a implementação de novas formas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas, financeiras e pedagógicas.

A partir da década de 1980, com a inclusão do inciso IV, artigo 206 da

Constituição Federal, foi estabelecida a “gestão democrática do Ensino Público na

forma da Lei. ” Dezesseis anos depois, a LBD 9394/96 reforça esse princípio no seu

artigo 14, inciso II, onde menciona a participação da comunidade em conselhos

escolares e equivalentes.

A gestão escolar ainda está longe de ser considerada ideal, mas já foram

obtidos grandes avanços, no entanto, a existência de colegiados não assegura o

processo participativo. Abranches (2003, p. 67) ainda salienta “que os indivíduos se

inserem nos colegiados, participam de suas atividades, mas não sabem definir o que

seria essa prática”. Esta falta de informação ou conhecimento interfere na gestão.

A participação qualitativa ocorre, segundo Abranches (2003, p.24):

[...] à medida que se estabelece uma constância na prática de participar dos atos corriqueiros dos indivíduos e em seus grupos sociais. Pois é no dia-a-dia que o sujeito se depara com escolhas em que atua e cria sua própria história. È o cotidiano, reflexo da sociedade, o lugar no qual se exercitam a crítica e a transformação do próprio meio, do diário e do próprio processo histórico. A participação permite a co-responsabilização na formação de um projeto político e sela a demanda e o compromisso da sociedade civil diante da proposição de políticas públicas e rumo à constituição de um sujeito coletivo e um projeto efetivamente político para a sociedade.

Na sequência, será abordada a avaliação, que é entendida como um

processo complexo e dinâmico, não como algo que traz um resultado estanque, mas

um meio que auxilia o professor em seu trabalho pedagógico, mostrando-lhe se seu

fazer pedagógico está adequada à turma ou alunos, conforme Luckesi (2002, p. 43)

nos explica:

[...] a avaliação terá de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos.

A dialética, prática X teoria, tem relação direta com o ato de avaliar, pois a

partir deste, o professor pode refletir sobre seu trabalho, como afirma Mello (2004 p.

45).

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Refletir sobre o que ensinamos, como ensinamos e por que ensinamos significa analisar e situar a nossa prática pedagógica. Uma reflexão sincera ajudará a encontrar o ponto certo dos ajustes necessários e a determinar o quanto precisamos mudar.

Esta reflexão na qualidade de ensino e aprendizagem claramente evoca

tomada de posição, tal qual afirma Luckesi (2002, p. 33): ‘’ A avaliação pode ser

caracterizada como uma forma de ajuizamento da qualidade do objeto avaliado,

fator que implica uma tomada de posição a respeito do mesmo, para aceitá-lo ou

transformá-lo. ’’

Conforme estudos realizados, a avaliação do processo ensino-

aprendizagem apresenta três funções: diagnóstica, formativa e somativa.

Através da avaliação diagnóstica o professor verifica o conhecimento prévio

dos educandos para orientar o preparo de novas aprendizagens.

A avaliação formativa tem como meta principal verificar se os alunos estão

atingindo os objetivos previstos. Pelegrini (2002, p. 26) citado por Cerqueira, afirma

que:

No modelo de avaliação, a ênfase está no aprender, gerando uma mudança em todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividades e o próprio jeito de avaliar a turma. Na avaliação formativa não há como pressuposto ou premiação. Prevê que os estudantes possuem processos e ritmos de aprendizagem diferentes.

Na avaliação somativa o objetivo é classificar os alunos, sendo realizada ao

final de um curso ou unidade de ensino, de acordo com os níveis de aproveitamento

previamente estabelecidos.

Essas três formas de avaliação devem estar vinculadas para se garantir a

eficácia do sistema de avaliação.

Ao avaliar, precisam ser levadas em conta as especificidades das turmas e

dos alunos, tendo sempre em mente que cada qual tem uma forma de

aprendizagem, de compreensão e expressão. Por este motivo, os instrumentos

avaliativos devem ser diversificados e os critérios de avaliação bem definidos.

Segundo Santana (1999 p. 14):

A verificação dos resultados se processará através do maior número possível de testes, provas, inquirições, observações, auto-avaliação, avaliação-cooperativa, feedback constante e tudo mais que ocorrer ao professor que possa permitir um domínio do conhecimento pretendido.

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O que o aluno sabe deve ser valorizado e considerado nas avaliações que

são feitas. Todo progresso, por mínimo que seja, deve ter relevância, bem como o

erro do aluno, nunca havendo comparação com os demais alunos, mas sempre ele

com ele mesmo. Isto concede ao professor uma reflexão sobre seu próprio trabalho,

em que precisa mudar, o que precisa reformular e o ponto de partida. Segundo

Luckesi (2002 p. 58): “[...] o erro não é fonte para castigo, mas suporte para o

crescimento [...] é visto como algo dinâmico, como um caminho para o avanço”.

A LDB 9394/96 estabelece:

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: [...] V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; [...] e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

As regras referentes à avaliação estão estabelecidas na LDB, como se pode

verificar. A instituição de ensino apenas acrescenta suas particularidades,

obedecendo ao exposto acima.

Para fechar este marco, será abordada a formação continuada, que engloba

a atualização. A LDB 9394/96 define, em seu artigo 2º, que:

[...] a educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

A escola é o ponto de encontro dos vários profissionais envolvidos na ação

educativa. Para cumprir sua função, a escola deve ter como foco um ensino-

aprendizagem que instigue o educando a aprender a aprender, aprender a pensar, a

saber, construir a sua própria linguagem e a se comunicar, a usar a informação e o

conhecimento para ser capaz de viver e conviver num mundo em transformação.

Para isso, é preciso que a formação e a atuação do educador seja,

necessariamente, direcionada para um novo paradigma da educação.

É necessário, para tanto, que os docentes sejam profissionais competentes,

com formação que os capacite a criar novos ambientes de aprendizagem, que

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colaborem para o desenvolvimento de cidadãos autônomos, de indivíduos que

pensam por si mesmos e que estabelecem relações de reciprocidade e interação.

A LDB 9394/96 dedicou especial atenção à questão de formação do

professor em seus artigos 61, 62 e o inciso III do artigo 63, em especial, que nos diz

o seguinte: “Art. 63 = III - programas de educação continuada para os profissionais

de educação de diversos níveis”.

Se a formação inicial é uma exigência legal, a formação continuada do

profissional da educação é uma necessidade e um direito garantido pela LDB, para

que se tenha uma educação de qualidade e oportunizado pela SEED, através de

programas de formação continuada a todos os profissionais da educação, e da

oferta do PDE aos professores QPM.

A formação continuada está relacionada ao desenvolvimento do profissional

da educação, que tem direito, como indivíduo, de atualizar-se permanentemente,

para um bom desempenho e comprometimento com seu trabalho.

Os artigos 63, inciso III e 67, inciso V da LDB, enfatizam que o processo

formativo deve ser contínuo, pois o conhecimento humano, em qualquer área, está

em constante transformação e construção, e sofre, diariamente, o impacto das

mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, que exigem uma constante

adaptação às novas formas de vida, de trabalho. Para atingir satisfação pessoal e

competência profissional, o educador precisa se atualizar constantemente.

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5 MARCO OPERACIONAL

5.1 Calendário Escolar

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2018

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - RES. nº 4.685/17-GS/SEED

Efetivo trabalho Escolar - Delib. 02/02 -CEE/PR : Semana Pedagógica (04 dias); Formação em Ação (01 dia); Planejamento (02)

dias; Formação em Ação Disciplinar (01 dia). Dias e horas não computados para cumprimento da exigência legal para os alunos.

Janeiro Fevereiro - 11 dias Março – 17 dias

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2 1 2

6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 3 4 5 6 7 8 9

13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 10 11 12 13 14 15 16

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 17 18 19 20 21 22 23

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 24 25 26 27 28 29 30

1- Dia Mundial da Paz 31 5- Carnaval 27- F. Municipal

Abril – 21 dias Maio – 22 dias Junho – 18 dias

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 1

7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8

14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15

21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22

28 29 30 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

19- Paixão 27- Ativ. Esportiva 28- Corrida Interb. 1- Dia do Trabalho 18 – C. Classe 23- Brigada 30 20- Corpus Christi

Julho – 13 dias Agosto – 22 dias Setembro – 21 dias

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7

7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28

28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31 29 30

7- Dia do Func. de Escola 23 - Brigada 7- Indep. do Brasil 13- C. Classe Interm.

21 – Formação em Ação

Outubro – 22 dias Novembro – 20 dias Dezembro – 14 dias

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 6 7

6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 8 9 10 11 12 13 14

13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 15 16 17 18 19 20 21

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 29 30 31

17 a 19 - OLICOND 12- N. Sª Aparecida 15- Dia do Professor

2- Finados 15- Proclamação da República 20- Dia Nac. Consciência Negra

7- C. Classe 19- Emanc. Política PR; 25- Natal

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Início e término do ano letivo FÉRIAS DISCENTES FÉRIAS/RECESSOS DOCENTES Férias MÊS DIAS MÊS DIAS Recesso JAN/FEV 43 JAN/FÉRIAS 30

Semana Pedagógica JULHO 14 FEV/RECESSO 06 Conselho de Classe DEZEMBRO 12 JULHO/RECESSO 14 Planejamento RECESSOS 02 DEZ/RECESSO 8

Brigada Escolar TOTAL 71 OUTROS RECESSOS 4

OLICOND TOTAL 62 Formação Continuada HORÁRIO DAS AULAS BIMESTRES

Fechamento do ano letivo Manhã Tarde Noite 1º TRIM 14/fev a 27/mai Feriado Municipal Início 07:30 13:00 18:55 2º TRIM 28/mai a 12/set Formação Disciplinar Término 11:50 17:20 23:05 3º TRIM 13/set a 19/dez

Jogos Escolares Recreio 10:00 às 10:10 15:30 às 15:40 21:25 às 21:35 Atividades Complementares Atividades Complementares de Carga Horária

Atividade Carga Horária (horas)

1º Trimestre 67 Atividade Esportiva 27/04 04 h

2º Trimestre 67 OLICOND 18 h

3º Trimestre 67 Dia Letivo 18/05 e 07/12 08 h

TOTAL DE DIAS LETIVOS = 201 Atividade Cultural e Esportiva 13/09 04 h

5.2 Matriz Curricular do Ensino Fundamental

NRE: 29 – UNIÃO DA VITÓRIA MUNICÍPIO: 2840 - UNIÃO DA VITÓRIA

ESTABELECIMENTO: 0077-3 - COLÉGIO ESTADUAL NEUSA DOMIT, EF M

ENDEREÇO: WILSON ALVES, 680

TELEFONE: (42) 3524-4420

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANO

TURNO: MANHÃ E TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso * 1* 1* - -

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Subtotal 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. Inglês 2 2 2 2

Subtotal 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.

* Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.

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5.3 Matriz Curricular do Ensino Médio Diurno

NRE: 29 – UNIÃO DA VITÓRIA MUNICÍPIO: 2840 - UNIÃO DA VITÓRIA

ESTABELECIMENTO: 0077-3 - COLÉGIO ESTADUAL NEUSA DOMIT, EF M

ENDEREÇO: WILSON ALVES, 680

TELEFONE: (42) 3524-4420

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: ENSINO MÉDIO 1ª/ 3ª SÉRIES

TURNO: MANHÃ E NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 1ª 2ª 3ª

Arte 0 2 0

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 4 3

Matemática 4 3 4

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

Subtotal 23 25 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. Inglês 2 2

L.E.M. Espanhol* 4 4 4

Subtotal 6 4 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Opcional para o aluno e computada na carga horária da matriz curricular.

5.4 Ações didático-pedagógicas e flexibilização do currículo

A tarefa educativa é, simultaneamente, um dever e, principalmente, um

direito de todo cidadão, da sociedade civil organizada e, sobretudo do Estado. Por

esta razão, a escola precisa ser vista como conjunto coordenado de ações que

visam atingir os objetivos e metas de trabalho do estabelecimento, fazendo-se

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necessário compreender a verdadeira função da instituição, realizando um trabalho

coletivo.

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e da

sociedade está cada vez mais acentuado e se volta para a necessidade de construir

uma escola que prioriza a formação de cidadãos capazes de atuarem

conscientemente na sociedade.

Ao cumprir a especificidade própria da educação, reafirma-se o

compromisso político-pedagógico necessário ao desenvolvimento de um trabalho

qualitativo na escola, com todos os alunos (SAVIANI, 1985).

Visando o permanente desenvolver do saber, a escola busca todas as

formas possíveis para aquisição do ensino, seja através de palestras, busca de uma

boa relação professor/aluno, promoção de eventos culturais, entre outros.

Durante o ano letivo são incorporados à PPC e PTD diversos conteúdos,

vistos como obrigatórios, para a formação integral dos educandos. São eles:

Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99, Dec. 4201/02).

Educação Ambiental (Lei Estadual nº 17.505/13).

Estatuto do Idoso (Lei Federal nº 10.741/03).

Política de Proteção ao Idoso (Lei Estadual nº 17.858/13).

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Lei Federal nº 11. 343/06).

Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência - PROERD

(Lei Estadual nº 17650/13). Educação Fiscal/ Educação Tributária (Portaria

Interministerial nº 413/02 e Decreto 5739/12 - Institui o Programa Estadual de

Educação Fiscal – PEEF/PR).

Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Lei Federal nº 11525/07);

Acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir

conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do

ensino fundamental.

Gênero e Diversidade Sexual (Lei Estadual nº 16.454/10: Institui o Dia

Estadual de Combate a Homofobia e Resolução nº. 12, de 16 de janeiro de 2015).

Programa de Combate ao Bullying (Lei Estadual nº 17335/12).

Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas Públicas Paranaenses

(Lei Estadual nº 18447/15).

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Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) – Educação em

direitos humanos (Decreto nº 7037/09).

Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE (Lei nº 11947/09).

Código de Trânsito Brasileiro – educação para o trânsito (Lei nº 9503/97).

Lei nº 11769/08 – inclui parágrafo no art. 26, sobre a música como

conteúdo obrigatório.

Lei Estadual nº 13381/01 – História do Paraná.

História e Cultura Afro-Brasileira (Lei Federal nº 10.639/03).

História e Cultura Afro-brasileira e Indígena (Lei Federal nº 11.645/08).

Instrução nº 17/06 SUED/SEED – A Educação das Relações Étnico-

Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana obrigatória.

Baseado na PPC, professores elaboram o PTD bimestral enviando à Equipe

Pedagógica, nos moldes da SEED (conteúdos estruturantes, básicos e específicos;

objetivos específicos; metodologia e recursos; avaliação: critérios, instrumentos e

recuperação), seguindo-o e flexibilizando se necessário.

A escola, inserida na sociedade repleta de diversidade, tem como objetivo

garantir o acesso e a permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública por

meio de políticas públicas educacionais, quando necessárias, e refletir sobre o

preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual, a

identidade de gênero, e propiciar fundamentação para seu enfrentamento.

A metodologia parte da concepção libertadora, onde seus princípios básicos

fundamentam-se na ideia de que a educação se faz através do diálogo, onde

professores e alunos buscam entendê-la para nela atuarem, transformando-a.

Entende-se que a sistematização do processo educativo precisa ocorrer

oportunizando a todos a assimilação ativa e crítica dos conteúdos, por meio de

metodologias participativas e contextualizadas, levando os alunos a avanços em

suas representações do real, sendo o professor um catalisador desse processo

mediador, por uma relação pedagógica humanizada e humanizante, em que os

profissionais da educação, pais e alunos, são os construtores do conhecimento e da

realidade.

A Instituição de Ensino visa, através de sua metodologia, uma condição de

aprendizado em que haja entusiasmo nos fazeres, nos desafios, cooperação entre

os envolvidos, ética nos procedimentos, pois assim estará construindo a cidadania

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em sua prática, dando condições para a formação dos valores humanos

fundamentais.

Sempre que necessário, realiza-se reflexão sobre a metodologia utilizada em

sala de aula, de forma que o conhecimento seja resultado da ação dos alunos do

Ensino Fundamental e Médio, com base em seu conhecimento prévio, oferecendo,

dessa forma, aos alunos com dificuldades de aprendizagem, novas oportunidades

para melhorar seu rendimento escolar: Sala de Apoio à Aprendizagem, nas áreas de

Matemática e Língua Portuguesa, Sala de Recursos, Atividades Complementares

em contraturno, priorizando os alunos em vulnerabilidade social neste último. Estes

projetos objetivam auxiliar na aprendizagem, na redução dos níveis de evasão e

repetência escolar. O currículo flexibilizado, metodologia e avaliações diferenciadas,

também adotadas, auxiliam na aprendizagem e avaliação de alunos com

dificuldades e alunos público-alvo da Educação Especial. Sempre que se tiver

alunos atendidos pelo SAREH, todos os encaminhamentos são realizados, bem

como alunos afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/1969, em que os alunos portadores

de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras condições

mórbidas, determinando distúrbios agudos ou agudizados, e Lei 6202/75, que se

refere a alunas gestantes, que recebem o conteúdo em sua residência, como

também os alunos que se encaixam no Decreto-Lei nº 1044/1969. E, por último,

alunos que se enquadram no artigo 1º da Lei nº 4.375/1964 (Lei do Serviço Militar),

também recebem atendimento diferenciado para que não ocorram danos à

aprendizagem.

A realização da recuperação concomitante de estudos, estabelecida como

um processo no qual o professor retoma os conteúdos, trabalha de forma

diferenciada, procurando sanar as dificuldades de aprendizagem dos alunos e

oferecendo a oportunidade de recuperarem sua defasagem, considerando sempre a

maior nota alcançada entre a nota da avaliação e reavaliação. A recuperação de

conteúdos ocorre independentemente do instrumento avaliativo aplicado. Os

conteúdos trabalhados nas aulas de recuperação concomitante devem ser

registrados pelo professor no RCO, especificadamente. Todo aluno terá direito de

participar da recuperação concomitante de conteúdos, independente da nota, assim

como da reavaliação, sendo obrigatória a realização da reavaliação para os alunos.

Os alunos que se negarem a realizar uma avaliação ou reavaliação, ou ainda, não a

entregaram, o fato deve ser registrado no campo individual no RCO e a equipe

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pedagógica informada.

A instituição adotou, por decisão em assembleia, a aplicação de no mínimo 2

avaliações e 2 reavaliações com instrumentos distintos, lembrando que a avaliação

também é continuada e cumulativa. Arte e Educação Física, adotam critérios que

abrangem suas especificidades.

Com a implantação do RCO é possível acessar, em tempo real, para saber

sobre cada aluno, aula, disciplina e turma. O acesso é um pouco demorado para o

professor, deveria ser simplificado. Mesmo assim, facilita a vida dos professores e

equipe pedagógica, além de que é possível acessar em qualquer lugar e momento.

Oferece-se, ainda, aos alunos, funcionários e comunidade o Programa

CELEM – Espanhol, nos turno matutino e vespertino, que constará no currículo dos

alunos e acontece em contra turno.

Os alunos são incentivados a desenvolver atividades culturais, artísticas e

esportivas, com temas em destaque, e orientados quanto a participarem, juntamente

com professores e comunidade, nos Projetos oferecidos pela SEED e desenvolvidos

pela escola.

Vivendo e Pensando em Versos é um projeto que ocorre desde o início

letivo até final de setembro. A cada ano é escolhido um tema e os alunos produzem

textos em versos, orientados pelos professores de Língua Portuguesa. As poesias,

produzidas pelos alunos, por turma, são avaliadas e selecionadas para a confecção

de livro e apresentação na Noite da Poesia, que faz parte da OLICOND, em que

também são apresentadas poesias de outros autores, com o declamador escolhido

por cada turma, durante. As demais poesias são expostas em murais. Esse trabalho

é coordenado pela Direção e Equipe Pedagógica, com a colaboração dos

professores e funcionários. Toda comunidade é convidada a participar e apreciar as

apresentações e os trabalhos expostos.

A Festa Julina Interna, em conjunto com a Escola Municipal Melvin Jones,

tem o objetivo de preservar a cultura, a tradição e proporcionar lazer e diversão.

Durante a festa, são servidas comidas típicas, oferecidos jogos e brincadeiras, bem

como danças tradicionais, preparadas e apresentadas pelos alunos. Os custos são

bancados pela APMF com a colaboração dos professores e funcionários.

O almoço do Dia do Estudante é, habitualmente, oferecido na segunda

semana de agosto, em conjunto com a Escola Municipal Melvin Jones. Os alunos do

turno matutino têm aula normal até as 11 horas e 30 minutos, quando lhes é servido

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o almoço no refeitório, após o que retornam aos seus lares. Os alunos do turno

vespertino, que inicia às 13 horas, têm seu almoço servido nesse horário e, em

seguida, dirigem-se às suas salas para aula normal. Os alunos do noturno têm seu

jantar servido às 19h, após o que tem aula normal. O cardápio é especialmente

elaborado para data, que visa à integração e valorização de todos os segmentos da

comunidade escolar. Os custos são absorvidos pela APMF e pela comunidade

interna e externa da escola.

Hora Cívica, em que se oportuniza aos alunos expressarem o civismo, o

patriotismo e a prática da cidadania. Sob a coordenação da Equipe Pedagógica e

Direção, os alunos são reunidos no pátio interno, é hasteada a Bandeira Nacional,

cantado o Hino e feitas apresentações cívicas por alunos de turmas previamente

selecionadas, de acordo com cronograma.

O projeto “Hora da Leitura” ocorre obrigatoriamente bimestralmente, por

decisão do colegiado, seguindo cronograma pré-estabelecido, com o intuito de

incentivar a leitura, tornando-a um hábito prazeroso.

O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro,

contempla os temas da diversidade racial, em que é feito um trabalho pedagógico,

orientado pela Equipe Multidisciplinar, através de palestras, textos, produções,

oficinas e exposições, que visem à apreensão do conhecimento. Os alunos,

orientados pelos professores da área de humanas e suas tecnologias, em conjunto

com todos os professores, alunos e funcionários, desenvolvem atividades

direcionadas ao tema, através da confecção de textos, murais, apresentações

artísticas e culturais.

Para atuar no Enfrentamento à Violência, o colégio é atendido pelo

Programa Patrulha Escolar Comunitária, através de palestras aos pais, alunos,

professores, e pelo acompanhamento no dia a dia escolar.

O colégio conta com a Equipe de Brigada Escolar, com treinamento

semestral do Plano de Abandono, previsto em Calendário Escolar.

A biblioteca possui bom acervo bibliográfico e é aberta nos três turnos para

pesquisas, trabalhos e leituras. Conta, ainda, com acesso à Internet, para

disponibilizar uma pesquisa mais ampla.

Possui dois laboratórios de informática, um com 18 e outro com 20

máquinas, utilizados pelos professores em sua hora atividade, para pesquisa e

preparo de aulas e preenchimento do RCO, e com os alunos, em aulas

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diferenciadas, com acompanhamento do professor, apesar da precariedade e do

sucateamento desses equipamentos.

A escola contempla em todas as salas de aula, Televisor Multimídia e ainda

disponibiliza, conforme agendamento prévio, equipamentos de DVD, som, projetor

de multimídia e lousa digital, utilizados como apoio metodológico em aulas

diferenciadas e mais envolventes, quebrando a rotina do quadro e giz. Neste ano

letivo foram instaladas em 5 salas de aulas televisores smart, onde se pode acessar

vídeos educativos diretamente e apresentar textos, slides, desde que estejam no

formato JPG.

Continuamente, ocorre a articulação entre a escola e o Programa de

Combate à Evasão Escolar, com novas e contínuas vivências educacionais,

implementando e conscientizando sobre a importância da interação cada vez maior

entre família, escola e educandos.

No decorrer do ano letivo se oportunizam aos pais reuniões e assembleias,

para que a família participe nos fatos do cotidiano escolar.

O Colégio mantém parcerias com instituições de ensino superior locais, em

que os acadêmicos oferecem oficinas e palestras sobre diversos assuntos de

interesse dos alunos e do colegiado.

Também mantém parceria com empresas que oferecem oportunidade de

estágio não obrigatório aos alunos do Ensino Médio, incentivando, encaminhando e

fazendo os acompanhamentos e avaliações necessárias, conforme prevê a

legislação.

Tendo em vista o contínuo processo de aquisição de conhecimento, são

ofertados e incentivados momentos de reflexão pedagógica, voltados para o

aperfeiçoamento e/ou atualização, através da participação dos professores e

funcionários na Formação Continuada, elaborada pela SEED/NRE; Semana

Pedagógica, no início de cada semestre, Formação Disciplinar, Simpósios, Grupos

de Estudo, GTR, Profuncionário e outras atividades previstas em Calendário.

Como instituição de gestão democrática, as instâncias colegiadas são boas

parceiras.

O Conselho Escolar, com estatuto próprio, órgão colegiado, representativo

da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e

fiscalizadora, em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da

Secretaria de Estado e Federais, para o cumprimento da função social e específica

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da escola. Ele é um aliado da direção na gestão escolar, no que se refere ao estudo,

planejamento e acompanhamento das ações do cotidiano escolar, buscando uma

nova realidade escolar, em que as relações de poder precisam ser compartilhadas

visando o bem comum. Participa e coopera sempre que necessário e for convocado.

Segundo Werle (2003, p. 60):

[...] não existe um Conselho no vazio, ele é o que a comunidade escolar estabelecer, construir e operacionalizar. Cada conselho tem a face das relações que nele se estabelecem. Se forem relações de responsabilidade, de respeito, de construção, então, é assim que vão se constituir as funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras. Ao contrário, se forem relações distanciadas, burocráticas, permeadas de argumentos, tais como: ”já terminou meu horário”, “este é meu terceiro turno de trabalho”, “vamos terminar logo com isto”, “não tenho nada a ver com isto”, com que legitimidade o conselho vai deliberar ou fiscalizar?!

Assim, os integrantes precisam participar ativamente e não apenas assinar o

que já foi decidido de forma autônoma.

A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação

dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, que não tem

caráter político-partidário, religioso, racial, nem fins lucrativos. Seus dirigentes e

conselheiros não são remunerados, são constituídos e eleitos por um período de 2

(dois) anos e com o objetivo de promover a integração escola-comunidade, captar e

gerir a aplicação de recursos, acompanhar o desenvolvimento da Proposta

Pedagógica, entre outras atribuições. A APMF, hoje, é um espaço privilegiado de

decisão e participação de cidadãos conscientes envolvidos com a escola. O capítulo

III dos objetivos da APMF deixa bem claro suas funções e nesta instituição, participa

quando chamada, ainda falta desenvolver a pro atividade.

O Grêmio Estudantil é um órgão de representação do corpo discente da

instituição de ensino. Ele deve representar a vontade coletiva dos estudantes e

promover a ampliação da democracia, desenvolvendo a consciência crítica.

Ele não tem fins lucrativos, deve propor-se a representar os estudantes e

defender seus direitos, estreitando a comunicação dos alunos entre si e com os

outros segmentos da comunidade escolar. Promover atividades educacionais,

culturais, cívicas, desportivas e sociais, assim como realizar intercâmbio de caráter

cultural e educacional com outras instituições. Em 1985, por ato do poder legislativo,

o funcionamento dos grêmios estudantis ficou assegurado pela lei 7.398, como

entidade autônoma de representação dos estudantes, com estatuto próprio. O

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grêmio está sendo orientado para que possa desenvolver autonomia e se tornar

proativo.

Por último, o Conselho de Classe, que pode ser considerado a mais

importante ferramenta do trabalho pedagógico. É definido por Dalben (2004, p. 38)

como: “instância formalmente instituída na escola ou órgão colegiado, responsável

pelo processo coletivo de avaliação da aprendizagem do aluno”.

É um espaço em que professores das diversas disciplinas, juntamente com a

direção e equipe pedagógica, reúnem-se para discutir, avaliar e propor ações para

acompanhamento do processo pedagógico da escola. É também um momento

privilegiado para se avaliar a eficácia do processo ensino-aprendizagem,

levantamento de possíveis medidas a serem tomadas posteriormente, dando

possibilidade para reorganizar a prática docente e pedagógica, não apenas uma

verificação e discussão de notas. Ainda, citando Dalben (2004, p. 69), “[...] quando

se discute o Conselho de Classe, discutem-se também as concepções de avaliação

escolar presentes nas práticas dos professores e discutem-se também a cultura

escolar e a cultura da escola que as vem produzindo”.

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6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional é um ato de reflexão em que a Direção, Equipe

Pedagógica, Professores e Funcionários da instituição de ensino podem analisar sua

prática pedagógica, bem como o desenvolvimento de suas ações, sejam elas na

parte administrativa ou de pessoal de apoio, sendo que este momento de

envolvimento oportuniza melhorias no processo educacional como um todo,

diagnosticando, assim, falhas que porventura possa haver no processo pedagógico-

administrativo.

Essa avaliação ocorrerá nos momentos de encontro de todo colegiado,

como, Jornadas Pedagógicas Semestrais, Reuniões Pedagógicas, Planejamento e

Replanejamento, norteando assim os trabalhos a serem desenvolvidos na etapa

seguinte, com a participação de representantes das instâncias colegiadas em, no

mínimo, um momento.

Isso é indispensável, pois o Projeto Político Pedagógico é um espaço de

construção coletiva e deve ser flexível, possibilitando correções, alterações e

adições, sempre que se fizerem necessárias, em razão do desenvolvimento do

processo educacional.

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