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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Engenheiro Beltrão, Novembro - 2007

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCuritiba – ParanáMaurício Requião

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃOCampo Mourão - Paraná

João Luiz Conrado

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIOEngenheiro Beltrão - Paraná

Eiridan Viana Pereira

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DEDICADO

A TODO JOVEM QUE OUSA SER...

Todo o jovem

Esconde, em algum lugar,

Razões que a escola

Não vai imaginar

Todo jovem

Oculta, em algum lugar,

Emoções que o currículo

Não vai abarcar

Todo jovem

Põe, em algum lugar,

Cismas que o mestre

Não vai desvendar

Todo jovem

Deposita, em algum lugar,

Motivos que a avaliação

Não vai captar

Todo jovem

Aponta, em algum lugar,

Novelos de vida

Para desnovelar

Todo jovem

Enxerga, em algum lugar,

Sinais luminosos

Para decifrar

Todo jovem

Guarda, em algum lugar,

Ícones que a lógica

Não vai decifrar

Todo jovem

Busca, em algum lugar,

Lições que o livro

Não vai ensinar

Todo jovem

Espera, em algum lugar,

Uma sala de aula

Que saiba encenar

Todo jovem

Pensa, em algum lugar,

Achar uma escola

Capaz de sonhar.

Moacir Alves Carneiro

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HOMENAGEM

A quem interessar posso chamar educador.

Primeiro, àqueles que enfrentam bem as,

circunstâncias com que se deparam no dia-a-dia...

Depois, àqueles que são honrados em suas;

relações com todos os homens, agüentando

com facilidade e bom humor aquilo que é

ofensivo para outros, então, sendo tão

agradável e razoável com seus companheiros

Quando é humanamente possível...

Àqueles que têm seus prazeres sob controle

E não acabam derrubados por suas infelicidades.

Àqueles a quem o sucesso não estraga.

Que não fogem, do seu próprio eu, mas sim,

se mantêm firmes, como homens de

sabedoria e sobriedade.

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SUMÁRIO

1- APRESENTAÇÃO .................................................................................................082- INTRODUÇÃO .......................................................................................................092.1- Identificação ........................................................................................................102.2- Histórico da Escola .............................................................................................102.3- Biografia do Patrono ...........................................................................................112.4- Espaços Físicos ..................................................................................................132.5- Cursos e Turmas.................................................................................................132.5.1- Séries e números de alunos ............................................................................142.5.2- Corpo administrativo.........................................................................................142.5.3- Corpo docente .................................................................................................152.6- Caracterização da População .............................................................................153- OBJETIVO GERAL ................................................................................................173.1- Objetivos Específicos ..........................................................................................174- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR ....................................195- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.................................................. 215.1- Constituição Federal............................................................................................215.2- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ...............................................215.3- Uma construção Coletiva ....................................................................................226- DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA .....................................................................................................................247- ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO – PRÁTICA........................................................278- CONCEPÇÕES QUE SUSTENTAM O TRABALHO EDUCATIVO DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA .....................................................................298.1- Concepção de Homem .......................................................................................298.2- Concepção de Sociedade....................................................................................298.3- Concepção de Educação.....................................................................................298.4- Concepção de Cultura ........................................................................................298.5- Concepção de Ciência ........................................................................................298.6- Concepção de Conhecimento .............................................................................308.7- Concepção de Currículo .....................................................................................308.8- Concepção de Tecnologia ..................................................................................308.9- Concepção de Trabalho ......................................................................................318.10- Concepção de Cidadania ..................................................................................318.11- Concepção de Avaliação ..................................................................................319- ORGANOGRAMA DA ESCOLA ............................................................................3310- PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA, E QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM ...........................................................3410.1 – Conselho Escolar ............................................................................................3510.2 – Associação de Pais e Mestres e Funcionários ..............................................3610.3 – Grêmio Estudantil ............................................................................................3610.4 – Capacitação Continuada de Educadores ........................................................3610.5 - Trabalho Coletivo ............................................................................................37

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11- O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO-PEDAGÓGICO ..........................................................................................................4012- REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ....................................................................................................................................4212.1- O Papel do Diretor ............................................................................................4412.2- O Papel da Secretaria e Auxiliares....................................................................4512.3- O Papel da Bibliotecária ..................................................................................4612.4- Coordenador Financeiro ...................................................................................4612.5- Papel do Professor Pedagogo ..........................................................................4712.5.1- Organização da Hora/Atividade no Horário Escolar ......................................48 12.6- Papel dos Serviços Gerais ................................................................................4812.7- Papel do Professor ...........................................................................................4913- PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ........................................................................5014- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ..................................................5415- PLANO DE AÇÃO DOCENTE .............................................................................5816- RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO ......5917- CALENDÁRIO ESCOLAR ...................................................................................6018- ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS .....................6118.1- Salas Ambiente .................................................................................................6118.2- Laboratório de Informática.................................................................................6218.3- Laboratório de Biologia, Física e Química ........................................................6219- ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR...............6320- DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .............................................................6420.1 – Currículo e Avaliação: reciprocidade na construção de um conhecimento solidariedade/emancipação .......................................................................................6620.2- Trabalho Pedagógico Emancipador ..................................................................6720.3- Finalidade da Avaliação Formativa Emancipatória ...........................................6920.4- Pesquisa de Avaliação dos Serviços educacionais ..........................................6921- INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS..................................7322- INCLUSÃO ...........................................................................................................7323- VALORIZAÇÃO A CULTURA AFRO NA PROPOSTA PEDAGÓGICA ...............7624- PRÁTICAS AVALIATIVAS ...................................................................................8024.1- Conselho de Classe...........................................................................................8124.2- Recuperação Paralela ......................................................................................8124.3- Progressão Parcial ............................................................................................8225- PROJETOS ..........................................................................................................8325.1- Cultura Afro .......................................................................................................8325.2- Em Ação Contra a Evasão – “Nenhum a Menos” .............................................8625.3 – Agenda 21........................................................................................................8825.4 – Educação Fiscal ..............................................................................................9725.5- Educação Tecnológica ....................................................................................10226- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ............10527- CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 10628- REFERÊNCIAS .................................................................................................10729- ANEXOS.............................................................................................................108

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29.1- APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR ............10929.2- MATRIZ CURRICULAR.................................................................................11029.3- PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA ..............................................11129.4 RESOLUÇÃO Nº 1968/82 ................................................................................29229.5ATO ADMINISTRATIVO Nº 090/2003 .............................................................29329.6 ATO ADMINISTRATIVO Nº 323/2005 .............................................................29429.7 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES PARA A ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – EM .............................................................................29529.8 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO ....................................29629.9-ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................29730.1- ATA DE APROVAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR .... 298

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1- APRESENTAÇÃO

O presente projeto Político Pedagógico é um compromisso definido coletivamente, e sua intencionalidade é a contribuição para a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Ele é pedagógico no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias para cumprir seus propósitos. Preocupa-se em instaurar uma fórmula de organização do trabalho pedagógico coerente com as mudanças que se fazem necessárias.

Ainda é preciso considerar que ele não se limita as orientações legais e políticas, mas supõe a revisão e a mudança de nossas concepções e práticas, no sentido de torná-las críticas para atingir as raízes das questões, que melhor se ajuste as necessidades de alunos com características diferenciadas promovendo dessa forma um processo de educação e inclusão responsável.

Vivemos um momento de revisão da educação escolar, de seu papel e seu alcance. O Projeto Político Pedagógico do Colégio Padre Antonio Vieira foi construído nesse contexto e pretende ser um instrumento teórico-metodológico a ser disponibilizado, (re)construído e utilizado por aqueles que desejam efetivamente a mudança.

O presente Projeto foi elaborado coletivamente pela comunidade Escolar e seu foco é o processo educativo com mais qualidade, organizado para garantir que os alunos permaneçam com êxito na Escola. Coerentemente com essa temática propomos um referencial teórico e prático seguindo as concepções da Pedagogia Histórico Crítica que pretende ser o direcionador de ações efetivas para organizar o ensino Médio proporcionando a preparação para a cidadania e para o mundo do trabalho, incluindo o desenvolvimento da autonomia intelectual, do pensamento crítico e da formação ética.

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2- INTRODUÇÃO

O presente projeto pretende ser na sua totalidade o caminho que norteará a prática efetiva da nossa escola.

A princípio apresentamos a identificação e o histórico do Colégio dando ênfase ao Patrono Padre Antonio Vieira, através de sua biografia, citando o Sermão da União como referência ao nosso propósito maior que é valorizar essa prática.

Fazemos a seguir a descrição do espaço físico, cursos e turmas, caracterizando a população, de maneira que possamos identificar a escola pelas nossas iniciativas e experiências que pela vontade e interesse de todos será bem sucedida e permeará nossas atitudes de êxito.

A escola é o espaço que por característica está dedicada à tarefa de organizar o conhecimento e apresentá-lo aos alunos pela mediação da linguagem, de modo que seja apreendido. Cabe a ela ainda a complexa tarefa de organizar competências cognitivas complexas como: autonomia intelectual, criatividade, solução de problemas, e outros, formando um sujeito com história, fazendo história.

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2.1- Identificação

Nome da Escola: Colégio Estadual Padre Antonio Vieira- Ensino MédioCódigo: 00251

2.2- Endereço: Rua Duque de Caxias, nº 431, Engenheiro Beltrão –Código: 0750 – Estado do Paraná - CEP 87 270 000

2.3- Telefone/Fax- 0 xx 44-3537-1231 – e-mail: Colé[email protected]

2.4- Núcleo Regional de Educação- Código:05 – Município de Campo Mourão, situado a 30 Km do município de Engenheiro Beltrão/Colégio Estadual Pe.Antonio Vieira- Ensino Médio.

2.2- Histórico da Escola

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e foi instalado no ano de 1949. Este estabelecimento recebeu a denominação de Grupo Escolar de Engenheiro Beltrão, de acordo com o Decreto nº. 16.122, publicado no Diário Oficial de 08/03/55.

Foi criada a Escola Normal Colegial Estadual de Engenheiro Beltrão, pelo Decreto nº. 182/67, de 28/12/67; a autorização de funcionamento deu-se pela Portaria nº. 12.884, de 29/12/67.

O Colégio Comercial Estadual de Engenheiro Beltrão foi criado pelo Decreto nº. 17,781 de 30/12/69 e autorizado a funcionar pela Portaria nº. 4.830 de 06/05/70.

A reorganização do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus foi através do Parecer nº. 158/78 e Processo nº. 116/78 e o reconhecimento deu-se pelo Decreto nº. 1348 de 22/07/82 e Resolução nº. 1968/82.

Ofereceu os Cursos de Magistério e Auxiliar/Técnico em Contabilidade, os quais foram reconhecidos pela Resolução nº. 1968/82 de 22/07/82, e também o Curso de Educação Geral/Preparação Universal, que foi reconhecido pela Resolução nº. 1350/85 de 28/03/85.

Com a municipalização das escolas de 1ª a 4ª séries ocorrida em 1992 em nosso município, o Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus passa denominar-se Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 2º Grau.

Atendendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, a Deliberação nº. 003-CEE e Resolução nº. 3120/98, este estabelecimento de ensino passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO.

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2.3- Biografia do Patrono

Padre Antonio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e com sete anos veio para a Bahia. Em 1623, entra na companhia de Jesus, ordenando-se padre em 1634. após a Restauração, movimento pelo qual Portugal liberta-se do domínio espanhol em 1640, retorna à terra natal, saudando o rei D. João IV, de quem se torna confessor.

Estréia na Capela Real de Lisboa em 1642 com o Sermão dos bons anos. A partir de então, dedica-se com muita disposição às questões políticas de Portugal.

Politicamente, Vieira tinha contra si: a pequena burguesia cristã, por defender o capitalismo judaico e os cristãos- novos; os pequenos comerciantes do Brasil, por ter ajudado na criação de um monopólio mercantil no Maranhão ( que geraria a Revolta de Beckman, em 1648); os administradores e os colonos, por defender os índios. Essas posições, notadamente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma condenação pela inquisição (permaneceu dois anos preso). Faleceu em 1697, na Bahia.

Podemos dividir a obra de Antonio Vieira em profecias, cartas e sermões.As profecias constam de três obras: História do Futuro, esperanças de

Portugal e Clavis Prophetarum, onde se notam a defesa do sebastianismo (crença segundo a qual o rei D. Sebastião, desaparecido em combate na África, voltaria para colocar Portugal em posição de destaque) e um nacionalismo megalomaníaco.

As cartas somam cerca de quinhentas, versando sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, a Inquisição e a atuação dos jesuítas na colônia.

Os sermões são quase duzentos e constituem o melhor da obra de Vieira. De estilo conceptista, totalmente oposto ao Gongorismo, o pregador português joga com as idéias e os conceitos, segundo os ensinamentos de retórica dos jesuítas. “Se gostas de afetação, pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não leias.”

Seus principais sermões:Sermão da Sexagésima – pregado na Capela Real de Lisboa, em 1655,

também conhecido como “A palavra de Deus”. Polêmico, esse sermão aborda a arte de pregar. Ao analisar por que “não frutificava a palavra de Deus na terra”, Vieira visava aos seus adversários católicos – os gongóricos dominicanos.

Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda – pregado na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Bahia, em 1640. Vieira incita o povo a combater os invasores holandeses, realçando os horrores e depredações que os protestantes fariam:

“Entraram por esta cidade com fúria de hereges e vencedores; não perdoarão o estado, o sexo nem a idade”.

Sermão de Santo Antonio – também conhecido com Sermão aos peixes, pregado em São Luís do Maranhão, em 1654. Vieira critica os costumes corruptos e os aprisionamento dos índios.

Os Sermões de Padre Antonio Vieira é uma obra composta de 15 volumes. Padre Vieira, grande clássico nos sermões e nas cartas, foi também gongórico, por abusar das antíteses, dos trocadilhos, da hipérboles.

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SERMÃO DA UNIÃOPe. Antonio Vieira

“Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Uma união de pedras é um edifício: uma união de tábuas é um navio: uma união de

homens é um exército.E sem essa união, tudo perde o nome e mais o ser. O edifício sem união é ruína: o navio sem união é naufrágio: o exército sem união é despojo. Até o homem (cuja

vida consiste na união de alma e corpo) com união é homem, sem união é cadáver. Por mais alta que esteja a cabeça, se não está unida, é pés. Por mais ilustre que

seja o outro, se não está unido, é barro. Nobreza desunida, não pode ser, porque em sendo desunida, logo deixa de ser nobreza, logo é vileza.

Para derrubar um reino e muitos reinos onde há desunião, não são necessárias baterias; não são necessários canhões; não são necessários trabucos; não são

necessárias balas, nem pólvora. Basta uma pedra: o lápis. Para derrubar um reino e muitos reinos onde falta a união

não são necessários exércitos, não são necessárias campanhas, não são necessárias batalhas, não são necessários cavalos, não são necessários homens,

nem um homem, nem um braço, nem uma mão.Nós temos muito boas mãos e o sabem muitos bem os nossos competidores.

Mas se não tivermos união, nem eles haverão mister mãos para nós, nem a nós nos hão de valer as nossas”

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2.4- Espaço Físico

Área do terreno: 13.112,00 m2

Área construída: 3.628,86 mNúmero de salas construídas: 16

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira conta com um terreno composto de uma quadra, cuja área chega a 13.112,00 m2 e uma área construída de 1 976,02 m2.

Possui 16 salas de aula, sendo que uma é utilizada para Sala de Vídeo.Possui uma área coberta com cerca de 260 m2, área gramada de 5.000 m2,

uma área livre com asfalto de 2.100 m2. Possui ainda uma quadra coberta de esportes com 1.100 m2 e arquibancadas com cerca de 875 m2. Tem ainda um terreno com 300 m2 que é destinado para uma horta escolar.

Em relação às dependências existentes, pode-se citar: área administrativa (direção, secretaria, biblioteca, sala dos professores, sala de orientação Educacional, Sala de Supervisão escolar); refeitório, laboratório de informática, laboratório de Física, Química e Biologia; Cantina escolar, Salão Nobre, Sala do Grêmio Estudantil e uma sala pequena que funciona como depósito.

2.5- Curso e Turmas

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, oferece o Ensino Médio, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, o qual é desvinculado do ensino profissionalizante e se constitui etapa final da educação básica. Tem duração de três anos, com turno de funcionamento diurno (matutino e vespertino) e noturno, é ministrado em regime anual. Suas finalidades são: a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos em nível superior; a preparação básica para o trabalho e a cidadania, para o educando continuar aprendendo de modo a ser capaz de adaptar com flexibilidade às novas condições de ocupação no mercado de trabalho ou realização de aperfeiçoamentos posteriores; o aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. (Documento do MEC, s.d. 8).

O currículo do Ensino Médio é constituído de Base Nacional Comum e Parte Diversificada, onde as Disciplinas são organizadas alfabeticamente.

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2.5.1- Séries e número de alunos

Ano Série Matriculas

Aprovados

Reprovados

Desistentes

Transferidos

Sem Freqüência

Remanejado

2000

1ª 257 158 8 22 28 23 182ª 249 164 9 14 30 17 153ª 167 122 2 5 25 5 8

20011ª 192 123 13 22 30 4 -2ª 193 117 16 13 44 3 -3ª 181 144 2 4 29 2 -

2002

1ª 199 132 29 18 20 - -2ª 167 123 13 6 20 5 -3ª 132 108 5 6 11 2 -

2003

1ª 249 168 15 30 32 4 -2ª 151 115 6 7 23 - -3ª 141 114 6 7 13 1 -

2004

1ª 215 134 27 25 29 - -2ª 192 151 11 6 24 - -3ª 133 108 5 8 12 - -

2005 1ª -2012ª- 1913ª- 156

498 - - - - - -

2006 1ª -2142ª -208

3ª-163

- - - - - - -

2007 1ª-1932ª-1833ª-170

- - - - - - -

2.5.2- Corpo administrativo

Nome Função Escolaridade Tempo de serviço

Eiridan V. Pereira Diretora Pós-graduação 09 anosMarlene Ap.Vieira Milani Secretária Sup. Completo 20 anos

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Aldeir Lopes Kitayama Supervisora Pós-graduação 20 anosDiva Selma Sontag dos Reis Orient. Educac. Pós-graduação 13 anosEdwirges Paro Aux. Administrativo Sup. Imcompleto 08 anosFátima Aparecida C. dos Reis Assist. Admin. Sup. Completo 20 anosCleuza Coaresma Aux. Serv.Gerais 2º Grau completo 02 anosIzabel da Silva Santana Aux. Serv. Gerais 1º Grau completo 18 anosLuzia Penha dos Santos Aux. Serv. Gerais 2º Grau Completo 02 anosMaria Aparecida Catore Aux. Serv. Gerais 2º Grau completo 20 anosCelia Terezinha de Souza Aux. Serv. Gerais 2º Grau completo 19 anos

2.5.3- Corpo docente

Nome Vínculo EscolaridadeArmelindo Corte dos Reis QPM Pós-graduadoChristina Samsel QPM Pós-graduadaDiva Selma Sontag dos Reis QPM Pós-graduadaEvanil Maria Campus QPM Pós -graduadaFrancisco de Assis Ferreira TF57 Pós-graduadoGraciele P. Riso de França QPMHelena Senger de Godoy QPM Pós-graduadaIluina Pereira Gimenez QPM Pós-graduadaIvani Jacira Fantucci QPM Pós-graduadaIvanir de Souza Garbim QPM Pós-graduadaLaura Corte dos Reis Medeiros QPM Pós-graduadaLeonard Van Spitizenberg QPM Pós-graduadoLucineide Margarete Ravazzi SCO2 Pós-graduadaLuiz Carlos Hernandes QPM Pós-graduadoMaria Socorro Brito SCO2 Pós-graduadaMarly Perdona Boni QPM Pós-graduadaNeuza Toyoko Tsuzuki QPM Pós-graduadaSimone Lopes de Souza QPM Pós-graduadaVerônica Lopes Aguiar QPM Pós-graduada

2.6- Caracterização da população

A comunidade escolar, em sua maioria, pertence a um nível sócio-econômico médio-baixo, sendo que 25% dos alunos vêm da zona rural, incluindo os distrito, 22% vêm de bairros próximos ao centro da cidade; o restante é da zona central da cidade.

Do total de alunos da escola 64% concentram-se no período diurno; 35% no período noturno. A clientela do diurno a grande maioria não trabalha fora; a do noturno, 80% trabalha, porém, a minoria (cerca de 25%) possui emprego legalmente constituído; os demais prestam algum tipo de trabalho, sem uma inserção legal no mercado (trabalho informal).

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Dos que trabalham, 30% ganham menos que um salário mínimo; 35% recebem um salário mínimo, e apenas cerca de 8% ganham mais que um salário mínimo, enquanto a renda familiar da maioria é de, no máximo, de dois salários mínimos.

Assim, o Ensino Médio no Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, insere-se nos dados que apresenta o MEC, por ser um ensino urbano, mantido pelo poder público.

Com as características que a clientela apresenta, sabe-se que pequena percentagem vai para o Ensino Superior e também que o mercado de trabalho não absorve formalmente os que concluem o Ensino Médio.

Então, é necessário que as necessidades desta clientela sejam atendidas da melhor forma possível, oferecendo através das disciplinas da matriz curricular, uma formação geral que, ao sair do Ensino Médio, o nossos alunos sintam-se preparados para enfrentar os desafios do mundo atual.

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3- OBJETIVO GERAL

Formar cidadãos priorizando a ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, que saibam se posicionar frente as dificuldades, construindo e aplicando conceitos das várias áreas do conhecimento, para compreensão de fenômenos naturais e tecnológicos, dos processos históricos, geográficos e filosóficos, das várias manifestações artísticas e culturais, articulando informações para a formação e construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam.

3.1 Objetivos Específicos

- Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, e os processos de utilização dos recursos naturais.

- Analisar do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos.

- Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para a preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana.

- Confrontar interpretações diversas de situação ou fatos da natureza ou do cotidiano comparando diferentes pontos de vista e analisando os argumentos utilizados.

- Desenvolver a postura reflexiva e investigativa.

- Compreender o mundo e atuar como cidadão consciente respeitando o ambiente que está inserido e o próprio corpo.

- Compreender-se como agente transformador da sociedade.

- Formar hábitos e valores que favoreçam o convívio com as mudanças e com as diferenças para se produzirem a solidariedade e a rejeição às desigualdades sociais.

- Mediar conhecimentos, exercitando a pesquisa de novos saberes, em sintonia com as necessidades dos tempos atuais.

- Educar contribuindo para a superação das desigualdades sociais, dos conflitos e da violência.

- Proporcionar uma visão abrangente sobre a estrutura e o funcionamento da escola.

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- Capacitar o aluno não só para a plena cidadania como também para o trabalho.

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4- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

“Os filósofos não tem feito senão interpretar o mundo de diferentes maneiras: O que importa é transformá-lo. Karl Marx

Para organizar os princípios filosóficos desse Colégio nos reportamos as idéias de Karl Max que admite ser possível reformar a sociedade mediante a boa vontade e a participação de todos.

Karl Marx e Engels formulam suas idéias a partir da realidade social por eles observada: de um lado, o avanço técnico, o aumento do poder humano sobre a natureza, o enriquecimento e o progresso; do outro, e contraditoriamente, a escravização crescente da classe operária, cada vez mais empobrecida.

De acordo com Marx, na medida em que cada indivíduo for capaz de se reproduzir como indivíduo social, menos intensa será a luta entre a existência e a essência, entre a liberdade e a necessidade e entre o indivíduo e sua espécie. Este postulado se encontra baseado no pressuposto da participação efetiva do homem na determinação de todos os aspectos de sua própria vida, desde os mais imediatos, até as questões mais gerais de política, de organização socioeconômica e de cultura.

A construção da autonomia, dentro dessa visão, supõe a saída do estágio de alienação que amarra o homem como instrumento submisso para o acúmulo do capital. Sair desse estágio de alienação é compreender como se define a relação entre salários e lucros; entre capital e trabalho e capital e terra.

O mundo do século XXI é na verdade uma grande incógnita, um grande desafio. O aceleramento tecnológico, o mundo mediado pela Telecomunicação, pela Internet, tem mexido nos referenciais. É preciso pensar o homem enquanto um ser de interação com este novo mundo.

Hoje, vivemos em um mundo onde a avareza e a competição são forças devidamente reconhecidas, mesmo levando os trabalhadores a ficarem mais pobres à medida que produzem mais riqueza, mesmo desqualificando-os enquanto indivíduos e transformando sua mão-de-obra mais barata. A consequência desse ciclo se expressa no processo de produção, cujo resultado é a falta de prazer na execução de sua tarefa, a pressa em executá-la, tornando-o em momentos de sofrimento, de má vontade, de contrariedade. O trabalho deixa de ser voluntário, para se tornar imposto, já que é o meio de satisfazer outras necessidades, como a de manter a existência.

Diante da realidade onde milhares de jovens estão à deriva em um mundo de incertezas, sem previsão do que vão ser ou fazer no futuro. Apesar disso, o jovem brasileiro tenta romper com a alienação e como imperialismo cultural que invadiu seu mundo, construindo a sua dimensão política e buscando sua própria história. Hoje parece que estamos politicamente mais esclarecidos e com uma maior capacidade de discernir as coisas. Porém, o que está faltando ainda para que o jovem extrapole uma atitude de contestação inconseqüente e não comprometida?

Está faltando seu envolvimento e preocupação com os problemas sociais.Passamos agora a definir os princípios que deverão nortear nossas reflexões

e direcionar nossas práticas fazendo uma avaliação do que representam esses

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saberes historicamente acumulados e a serviço de quem eles se tornaram organizados. Nessa perspectiva o ato de ensinar e refletir se torna imprescindível para abrir os espaços da mente para a luz do pensamento, para conhecermos a verdade e dar razões significativas para o “estar aí” no mundo.

Num nível social e político, ser indiferente para com o futuro da cultura ou do caminho político, é demonstrar não querer viver a liberdade e a possibilidade de construir a própria história.

Se estamos descontentes com aquilo que vemos, a única resposta que não podemos dar é a indiferença.

O compromisso com a mudança exige participação.A medida em que os jovens assumirem seu papel na História, tornar-se-ão

esperança de um novo amanhã. Nossas ações no interior desse colégio devem ser para que nosso jovem ouse

pensar, e pensar melhor, construindo sentido para sua vida. Sentido único para uma vida que também é única. Integrando-se na sociedade como ser maduro e autônomo como sujeito que pensa e constrói sua cidadania criticamente.

O professor pode oferecer parte da sua aula para o exercício do pensar sobre as coisas, para produzir trabalhos reflexivos. Dez minutos da sua aula, podem ser direcionados ao pensar a respeito do que se está ensinando, para que serve, e onde se quer chegar. Por que você está aí, nessa sala de aula? O que você, seus alunos, sua escola e sua comunidade almejam? Esse tempo será de muita valia.

O que pretendemos com esses princípios, é contribuir para a discussão, pois acreditamos que a superação da alienação e a reinvenção do poder somente será construída na prática do dia a dia, com a participação efetiva de todos os envolvidos no processo educacional, com o objetivo de superar a apatia e o ceticismo dos que não acreditam ser possível a construção de uma nova ordem social.

É muito importante que criemos alternativas reais e viáveis para os conteúdos e métodos educacionais que não sejam discriminatórios e que tratemos nossos alunos dentro de princípios que os ajudem a caminhar, a progredir, em busca da plena realização do indivíduo social.

“Mais vale uma cabeça bem feita que bem cheia”Montaigne

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5- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Obedecendo os princípios que determinam a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional cabe a escola cumprir seu dever maior que é garantir todos os princípios de igualdade de condições.

“O grande desafio da escola pública está em garantir um padrão de qualidade para todos e, ao mesmo tempo, respeitando a diversidade local, étnica, social e cultural. Portanto, o nosso desafio educacional continua sendo educar e ser educado” (GADOTTI, 1998)

5.1 Constituição Federal:

Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,

a arte e o saber;III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência

de instituições públicas e privadas de ensino.IV- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;V- Valorização dos profissionais do ensino, garantido na forma da lei,

planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;

VI- Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII- Garantia de padrão de qualidade.

5.2- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

Art. 3º- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:VIII- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;IX- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;X- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;XI- Respeito à liberdade e apreço à tolerância;XII- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;XIII- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;XIV- Valorização do profissional da educação escolar;XV- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;XVI- Garantia de padrão de qualidade;XVII- Valorização da experiência extra-escolar;XVIII- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

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5.3- Uma Construção coletiva

Acreditamos que a possibilidade concedida a cada escola para coletivamente organizar seu Projeto, é sem duvida uma conquista.

Pensar o espaço de formação dos nossos alunos de ensino médio diante dos desafios emergente da sociedade, é no mínimo caracterizar uma escola pluralista, preocupada com a formação de novas identidades sociais e culturais, contribuindo para consolidar o patrimônio escola/vida, assegurando consistência nas múltiplas relações existentes no interior da escola e fora dela.

“O Projeto Político-pedagógico, ao mesmo tempo em que exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam, requer a definição de fins. Assim todos deverão definir o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar. As ações específicas para obtenção desses fins são os meios. Essa distinção clara entre fins e meios é essencial para a construção do Projeto Político Pedagógico”(Veiga, Ilma Passos).

Definir a princípio nossa clientela, torna-se fundamental diante da intencionalidade do PPP, uma vez que precisamos de clareza para o planejamento de nossas ações. Já não é possível prever com antecipação. O clima participativo da comunidade escolar deve ser harmônico, saudável efetivo e compromissado para que a escola planeje e ao mesmo tempo possa colher os resultados.

Portanto, mais que palavras bonitas e textos bem elaborados, precisamos de ações conjuntas na definição de estratégias que promovam a participação de todos.

Somos assim uma escola real, com dificuldades, com limitações, mas ao mesmo tempo, uma escola preocupada com os novos paradigmas, com as novas relações escola/vida, com os novos avanços tecnológicos.

Pensamos que o ato ensinar/aprender tem muito a ver com a afetividade, resultado de uma auto estima em evidência, produto de uma relação transparente onde todos aprendem ao mesmo tempo.

Outro aspecto a considerar é a liberdade, posta como fruto de discussões e acertos envolvendo limites e possibilidades.

Considerando ainda que o reflexo de uma aprendizagem duradoura está no significado atribuindo a esse conhecimento, precisamos estabelecer uma relação efetiva entre quem aprende e o que é aprendido.

A escola contribui ainda para construção de referências, respeitando as preferências juvenis, sobre modalidades esportivas estilos musicais, manifestações artísticas e culturais, etc. Diversos aspectos da cultura juvenil viabilizam intensas discussões em várias disciplinas, adequando dessa forma a validade do alunoa realidade da escola.

Interagir com o grupo e com o ambiente de aprendizagem é extremamente significativo nesse momento de busca e consolidação de valores que caracterizam a juventude.

Entendemos ainda, que as relações de trabalho no interior da escola devem estar pautadas no respeito, solidariedade, justiça, participação coletiva, enfim, na função política de cada cidadão ao exercer seus direitos e seus deveres frente aos novos desafios.

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Se queremos uma escola voltada para os princípios que norteiam o PPP, devemos privilegiar as ações de cada elemento do grupo na condução deste processo coletivo.

A promoção do processo participativo é uma responsabilidade das lideranças democráticas, e isto vem somar na apresentação dos resultados.

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6- DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

Apenas um terço da população do país – 53 milhões de pessoas- freqüenta uma instituição de ensino. Com a ampliação da oferta de matrícula, inovações pedagógicas e uma legislação que visa a garantir serviços de maior qualidade, a educação brasileira passa por transformações. Há, no entanto, muito ainda por fazer. De cada dez brasileiros, um é analfabeto. Há falta de profissionais em alguns setores e boa parte dos professores não possui o nível de qualificação exigido por lei.

Dos avanços da educação nos últimos anos, destaca-se o obtido no ensino médio, cujo número de alunos cresceu quase 700% em três décadas. Em parte, esse crescimento se deve à melhoria do fluxo escolar: cada vez um número maior de alunos consegue dar continuidade aos estudo.

O ensino fundamental atende 97% das crianças de 7 a 14 anos, uma abrangência semelhante à dos países desenvolvidos. O principal problema desse nível de ensino é garantir a todos um padrão de ensino de qualidade. Outro setor que vive forte expansão é o do ensino superior, com a abertura de centenas de faculdades particulares. Hoje, o ingresso dos alunos na faculdade não depende apenas do desempenho no vestibular, já que existem várias formas de acesso ao ensino superior. A pós-graduação brasileira ganha terreno e mostra-se mais presente, respondendo por quase metade de toda a produção científica publicada da América Latina

A aplicação de testes aos alunos dos níveis fundamental, médio e superior tem permitido ao Ministério da Educação (MEC) avaliar as carências do ensino e definir estratégias para seu aprimoramento, pois a média dos alunos situa-se abaixo dos 50%, revelando muitos desafios a ser superados para a melhora do padrão da educação do pais. Apesar das críticas feitas ao Programa “Bolsa Família”, percebe-se que isso fez com que muitas crianças permanecessem na sala de aula.

O programa além de ter um aspecto social, tem importância de incentivar a permanência e à frequência deste aluno na escola.

É de competência e responsabilidade do Estado apenas o Ensino Fundamental e com a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Médio. Apesar do avanço imposto pela LDB, quando considera o Ensino Médio como parte da Educação Básica, a escolarização nesse nível para todos os brasileiros ainda está longe de ser alcançada no nosso país.

Apesar da expressiva expansão da oferta pública pelas redes estaduais de ensino ainda existem muitos jovens brasileiros sem acesso ao Ensino Médio. No ano de 2000, um terço dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos estava fora da escola. Na realidade, uma boa parte desses jovens já estava trabalhando, o Censo de 2000, do IBGE, mostrou que menos da metade (46%) estava nas classes de Ensino Médio. A maior parte deles (48%) estava ainda no ensino Fundamental.

Para os que conseguem estudar, nem sempre a qualidade da oferta de Ensino Médio está garantida. As condições precárias, em especial na escola noturna, se revelam na freqüente inexistência de laboratórios de informática e de ciências ou na indisponibilidade da biblioteca, na insuficiência do próprio conteúdo, na ausência de condições de trabalho e no despreparo e na falta de habilitação do professor.

A legislação que regulamentou a LDB definiu que o Ensino Médio, não pode ser oferecido de forma integrada à educação profissional, em uma só proposta,

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apenas. Isso significa que o aluno que busca uma profissão em nível médio terá que cursar ao mesmo tempo ou depois de concluir o Ensino Médio um curso de educação profissional, em nível técnico.

Ao pensar na realidade do Estado do Paraná, segundo o Censo de 2000, 24,8% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos trabalhava e estudava ao mesmo tempo e outros 12,5% só trabalhavam.

Em pesquisa promovida pela UNESCO e pelo Instituto Ayrton Senna, em Curitiba, no Paraná mostram que:

“Um aspecto fundamental revelado pela fala dos jovens estudantes de escola pública da periferia é o seu assombro, diante do estreitamento efetivo de suas oportunidades de trabalho. Nesse grupo de jovens trabalhadores, a palavra que não foi mencionada foi universidade, que deixa de existir em seu horizonte de expectativas como fato e com amor e representação. Para eles , o que conta é ter o quanto antes uma profissão e não compreendem o processo de retirada dos cursos profissionalizantes dos currículos das escolas estaduais de segundo grau, que transformam seus currículos em educação Geral. (SALLAS, ibd., P. 189).

Entretanto, a LDB em vigor é mais indicativa do que prescritiva e no caso do Ensino Médio há brechas para se repensar essa etapa da educação básica priorizando as necessidades dos aluno. Para isso exige-se recursos, equipamentos, mas requer também conhecer em profundidade nossos alunos e suas demandas. Mais do que isso, exige compromisso dos professores para enfrentar os desafios de uma realidade tão complexa e tão desigual como a nossa. Este, aliás, é um dos compromissos de quem é educador.

De acordo com a atual legislação, o Ensino Médio não prepara para nenhuma profissão. Tal preparação está no âmbito da educação Profissional. Mas o ensino Médio, diz a LDB, deve preparar para o trabalho.

Mencionada no Art. 35, da LDB, vinculando essa preparação à possibilidade do educando de continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores, o assunto foi detalhado nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Nível Médio: a preparação será básica, ou seja, aquela que deve ser base para a formação de todos e para todos os tipos de trabalho.

Acreditamos que, na nossa realidade, a proposta mais democrática de ensino médio é a que assegure para todos e de forma concreta as finalidades que a própria LDB define para este nível de ensino. Tal proposta se opõe ao ensino tradicional que beneficia os já incluídos e também se distancia de um ensino profissionalizante estreito, do tipo tecnocrático, voltado para a produção em série de especialistas que aprendem a fazer, apenas, mantendo-se condenados à pobreza cultural.

É esse o desafio maior da escola de Ensino Médio, o ponto de chegada de propostas mais democráticas e que não acentuam as desigualdades já existentes na nossa sociedade. O ponto de partida será sempre nosso aluno e suas demandas.

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira encontra-se tanto no aspecto físico como pedagógico equipado e em condições de oferecer um ensino de qualidade aos alunos. O maior problema detectado pela escola é a evasão escolar, onde muitos dos alunos deixam de freqüentar os estudos e observações tem mostrado que é devido a:

- Fatores sócio-econômicos;

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- Falta de pré-requisitos do aluno;- Falta de perspectiva para o futuro, isto é, não há razão para estudar, já que

o desemprego é muito grande;- Falta de perspectiva em dar continuidade aos estudos- fazer um curso

superior;- Despreparo da escola por não acompanhar a evolução da sociedade e o

avanço tecnológico;Outro problema que ainda preocupa é a reprovação escolar, e, mais uma vez

muitas causas são apontadas, especialmente aquelas que recaem na própria escola, como a falta de bom relacionamento entre o professor e aluno, e a falta de atrativos na escola para que o aluno sinta prazer em estudar e aprender.

As salas são organizadas como salas ambientes, onde cada professor permanece e os alunos encaminham-se para as respectivas salas. Apesar de ser uma experiência positiva, temos dificuldade quanto à própria ambientação, sendo necessário ainda para cada sala por exemplo, armários, livros específicos da disciplina.

Em relação a proposta pedagógica ainda encontramos dificuldades em trabalhar todos os conteúdos, devido a falta de livro didático para todas as disciplinas e falta ainda alguns itens para o laboratório como equipamentos adequados para a realização de experiências práticas, bem como a falta de um maior número de computadores para atender a todos no laboratório de informática, uma vez que o Colégio conta com apenas 09 computadores funcionando porém todos ligados a Internet.

Outro problema grave que temos enfrentado é a falta de recursos humanos e financeiros para atender as necessidades emergenciais referentes a compra de equipamentos e profissionais qualificados para atender os alunos em todos os horários de funcionamento da escola.

Enfrentamos ainda a defasagem de acervo bibliográfico, referentes a pesquisa às disciplinas, para pesquisa na biblioteca, onde contamos com livros velhos doados e alguns poucos comprados com recursos da APMF arrecadados através de promoções e temos recebido livros de literatura repassados pela Fundepar e SEED.

Outro obstáculo enfrentado na escola é a falta de articulação entre a comunidade e a escola e isso às vezes se dá pelo próprio excesso de “confiança” que os pais e a própria comunidade têm na escola e até na direção da mesma, restringindo a participação.

Outro fator que contribui para que a escola tenha dificuldades em atender melhor o aluno é o excesso de carga horária de alguns professores e isso prejudica o relacionamento com os alunos; onde percebemos os professores que não preparam bem suas aulas , estão sempre estressados ao lidar com os adolescentes e com o seu conteúdo, gerando aulas não atrativas. Há ainda a questão da falta de reconhecimento do trabalho do professor, a falta de material didático apropriado, falta de capacitação e muitos outros fatores que acabam por contribuir para o pouco rendimento dos alunos e automaticamente trazem insatisfação por parte do professor.

O número de alunos por turma também é um problema que a escola tem enfrentado, especialmente no que se refere à utilização de atividades e métodos diversificados de trabalho, bem como ao atendimento individualizado aos alunos.

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7- ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA.

A formação do professor e seu nível de participação nas decisões políticas da educação assumem papel relevante no processo pedagógico de qualquer grau de ensino. Outrossim, temos percebido a incoerência com que o discurso político dos professores tem sido transplantado para a prática. O que se tem visto é uma oscilação entre idéias progressistas e práticas conservadoras.

Sentimos a deficiência na formação dos professores, tanto nas suas dimensões pedagógicas específicas, quanto em sua dimensão política, enquanto cidadãos críticos e conscientes de seu papel social.

Por outro lado, apesar de a produção sobre esse tema (papel social) ter sido bastante numerosa nos últimos anos e as discussões estarem envolvendo interlocutores de diferentes tendências, os estudos não têm avançado sobre a figura do professor, enquanto cidadão, formador de outros cidadãos, um sujeito histórico, concreto, relacionado com um certo lugar, um certo tempo, inserido na adversidade do cotidiano das escolas.

Não podemos esquecer também que qualquer reflexão sobre a formação do professor, apontará para discussões político-pedagógicas sobre a sociedade que se pretende, o que se entende por cidadania, o papel social da escola neste contexto, os tipos de vinculação existentes entre as demais políticas públicas e a educação e as formas de participação dos professores na formulação das políticas do país.

Há portanto, outro lado da formação do professor a ser estudado – o do cidadão, visto que sua atuação tem duas dimensões políticas: no nível do ensino, com respeito ao currículo desenvolvido dentro da sala de aula, e, com o que se constrói fora dela – o currículo oculto, que explicita relações de poder, formas de organização interna da escola e de relação da escola com a comunidade e, em nível sindical ou associativo, na construção de seu próprio currículo oculto, engajado nas lutas comuns dos professores e dos trabalhadores em geral, ambos sinalizando para a construção de uma sociedade, na qual a igualdade de direitos humanos não seja encarada como utopia.

Quanto a formação docente, a mais qualificada e contínua pode estimular o professor a adotar uma postura proativa. Tal atitude é vital para a consolidação das mudanças necessárias no ensino médio. Isso porque elas dependem, em grande escala, na assenção de um projeto ético, político e pedagógico em cuja elaboração os docentes tenham efetiva participação. De modo geral, as políticas e diretrizes da educação nascem em gabinetes distanciados das realidades das escolas e os professores são chamados para tomar ciência dessas novas recomendações por meio de várias modalidades de eventos, quando é desconsiderada a importância que as experiência acumuladas em suas trajetórias docentes poderiam oferecer. Essa prática é fruto da desconfiança na capacidade dos professores de contribuir para discutir criticamente a natureza e o processo das mudanças necessárias, sem considerá-los uma liderança intelectual e moral para os nossos jovens, no sentido da sua preparação para serem cidadãos ativos e críticos.

Os programas para o aprimoramento das atividades docentes também devem valorizar a perspectiva intelectual do professor. Parece não haver um reconhecimento da atividade docente como uma atividade intelectual, tampouco da

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dimensão política da sua prática. Não se reconhece o professor como um intelectual transformador, um intelectual público. Essa visão geralmente concebe os professores como objetos das reformas educacionais, chamados a cumprir o que os especialistas definiram, o que faz deles administradores e implementadores de programas curriculares.

Existe hoje uma preocupação com a formação do docente para que ele torne capaz de utilizar os conhecimentos específicos de sua área e os conhecimentos derivados das teorias pedagógicas para melhor definir a sua prática, analisá-la, articulá-la com o projeto político-pedagógico da escola e com o processo educacional mais amplo, a partir da apreensão das suas relações com a sociedade contemporânea.

A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão.

Na nossa escola os conflitos encontrados são solucionados procurando utilizar da maior diplomacia possível, através do diálogo obedecendo o contido no regulamento interno e o contrato didático estabelecido pelo professor com seus alunos.

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8- CONCEPÇÕES QUE SUSTENTAM O TRABALHO EDUCATIVO DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

8.1- Concepção de homem:

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem.

Entendendo que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se destaca sobre a realidade, desde que participe ativamante nesta realidade.

8.2- Concepção de sociedade:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade”.(Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

8.3- Concepção de educação:

“Educação é um processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não somente a formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social. É a partir da consciência de sua própria experiência e da experiência da humanidade que o homem tem condições de formar-se como um ser moral e político”.(Maria Lúcia A. Aranha 1996, p.51)

8.4- Concepção de Cultura

Conjunto de práticas significativas nas relações sociais, assimétricas, relação de poder, nas quais se atribuem e compartilham significados e se formam identidades. Entendemos também a cultura como saber humano, que resulta na intervenção do homem na natureza através do trabalho, da técnica e das idéias, bem como os produtos que resultam dessa intervenção transformadora.

8.5- Concepção de ciência:A ciência é uma das formas de conhecimentos, e entre todas a forma mais

valorizada e por isso privilegiada de conhecimento, o conhecimento científico deve-

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se muito ao desenvolvimento tecnológico, cheio de êxitos, que a ciência tornou possível e fez real. Por isso, socialmente a ciência impõe-se não tanto pelo que ela é mas sobretudo pelo que faz e permite fazer, isto é, ela é socialmente reconhecida pelas suas conseqüências, bem visíveis no quotidiano do homem, permitindo-lhe agir eficazmente sobre as coisas, controlá-las e dominá-las, e assim tornam o homem não apenas o rei das criaturas – que o era por criação divina – mas dono e senhor do universo, pelo poder que põe ao alcance das suas mãos.

8.6- Concepção de Conhecimento:

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade.

Para Booff(2000, p.82), “O ato de conhecer, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

8.7- Concepção de Currículo

O currículo é o caminho que se percorre ao longo de um tempo escolar. Considerado também como o centro da Educação, é a essência em torno da qual se constroem as práticas pedagógicas. No currículo fica determinado e organizado o conteúdo que a escola deve trabalhar. Por isso é que nele encontramos uma seleção de conhecimentos escolares significativos e relevantes para que as novas gerações apreendam.

Este colégio preocupa-se em concretizar um currículo que reflita a diversidade étnico racial e cultural, com uma educação inclusiva, considerando a realidade do jovem que vem do campo, bem como a superação das desigualdades barbárie e injustiças produzidas nas relações de exploração do capitalismo.

8.8- Concepção de TecnologiaA tecnologia deve ser utilizada na escola para ampliar as opções de ação

didática, com o objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a curiosidade, a observação e análise, a troca de idéias, de forma que o aluno possa ter autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e ampliando conhecimentos. Dispõe-se da tecnologia como instrumento capaz de aumentar a motivação dos alunos.

Não é possível acompanhar os rápidos progressos tecnológicos.Em geral eles surgem modificando apenas alguns elementos do funcionamento básico, introduzindo um recurso a mais, realizando com mais rapidez um tarefa. Por isso o que importa não é manter-se atualizado em relação à modernização

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dos equipamentos, mas aprender a relacionar-se com a tecnologia na vida moderna.

8.9- Concepção de trabalho:

Ação transformadora, dirigida por finalidade consciente, a partir da qual o homem produz sua própria existência, tendo em vista suas necessidades.

É pelo trabalho que os homens se relacionam na luta para transformar o mundo e dar sentido global à história.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta dimensão que esta posto a formação do homem.

8.10- Concepção de cidadania:

“Cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização, de elaboração, de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo,como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”. (Boff(2000,p.51)

Segundo Martins, “a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições permanentes para expressão política. A cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – educação formal- pode ser um lócus excelente para a construção da cidadania”.

Portanto, a educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.

8.11- Concepção de avaliação

A avaliação é a mediação entre o ensino do professor e as aprendizagens do aluno, é o fio da comunicação entre formas de ensinar e formas de aprender.

É preciso considerar que os alunos aprendem diferentemente porque têm histórias de vida diferentes, são sujeitos históricos, e isso condiciona sua relação com o mundo e influencia sua forma de aprender. Avaliar,então, é também buscar informações sobre o aluno, é conhecer o sujeito e seu jeito de aprender.

O professor não pode planejar e avaliar pensando em um aluno ideal, mas sim no contexto real da sala de aula.

Para conhecer o aluno real, se faz necessário uma avaliação diagnóstica, que dirá quem são esses indivíduos, qual é a sua perspectiva histórica e cognitiva no momento seguinte, o professor quer ver como o que ensinou contribuiu para modificar o aluno, não para dar nota, mas para verificar se atingiu os objetivos pretendidos, esta é a avaliação reguladora. Quer dizer, se o aluno não aprendeu os conceitos, procedimentos e atitudes que constam no planejamento, então o professor volta para regular seu trabalho, para pensar como atender melhor o aluno.

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A preocupação é conscientizá-lo do que aprendeu e da maneira pela qual está aprendendo, para que se auto-avalie e se auto-regule.

A avaliação somativa expressa a atuação em um período pedagógico previsto ( neste caso bimestralmente), para que o professor possa repensar sua prática e dar um parecer sobre o aluno, ou uma nota.

A avaliação diagnóstica, reguladora e somativa compõem uma perspectiva de avaliação formadora e emancipatória que busca acompanhar o processo de ensino, formulando interveções diferenciadas.

Portanto a avaliação deixa de ser seletiva para selecionar os melhores e passa a oferecer a cada um dos alunos a oportunidade de desenvolver, no maior grau possível, todas as suas capacidades individuais.

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DIREÇÃO

Atribuições

Horários

Responsável

Professor

Atribuições Horários

Responsável

CoordenaçãoPedagógica

Atribuições Horários

Responsável

Atribuições

Horário

Responsável

Atribuições

Horário

Responsável

Secretaria Serviços Gerais

Conselho Escolar

Grêmio Estudantil

APMF

Conselho Escolar

Bibliotecária

Atribuições

Horário

Responsável

Merendeira

Atribuições

Horário

Responsável

Atribuições

Horário

Responsável

Porteiro e Inspetor

Atribuições

Horário

Responsável

Zeladoria Coordenador Financeiro

Atribuições

Horário

Responsável

Laboratório de Informática

Atribuições

Horário

Responsável

Laboratório de Física, Química e Biologia

Atribuições

Horário

Responsável

9- ORGANOGRAMA DA ESCOLA

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10- PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA, E QUALIDADE DO ENSINO APRENDIZAGEM

A gestão democrática numa escola é uma ação coletiva e integral visando uma educação de qualidade. A palavra gerir tem o sentido de produzir, criar, executar, administrar, governar, dirigir.

Significa ainda ter clareza com relação aos resultados que se quer alcançar e a partir daí planejar e mobilizar esforços e recursos, realizando auto-avaliação sistemática e as correções de rumo necessárias, na busca incessante da excelência.

É fundamental definir quais são os resultados (objetivos) que se pretende alcançar, estratégias metas e ações para ir em busca de tais resultados, estabelecendo ainda indicadores de desempenho, para acompanhar os progressos alcançados em relação aos resultados pretendidos.

A gestão democrática só será efetivada com a participação dos diferentes grupos que integram a comunidade escolar na definição de linhas de ação da escola. O envolvimento de pais e alunos no processo permitirá a construção de um processo de diálogo entre Estado e sociedade civil, na busca de condições para que todos sejam escolarizados com a mesma qualidade.

As principais decisões serão tomadas pelo conjunto de pessoas envolvidas no processo educativo e projetos pedagógicos capazes de articular o desempenho individual com o engajamento do coletivo dos educadores e educandos. Sendo assim a direção coordena as atividades, interligando as ações e compartilhando responsabilidades com alunos, professores, pais e funcionários, num processo contínuo de avaliação.

A escola enquanto formadora, deve dar ao educando condições para administrar as informações, de forma a ter comportamento adequado com a situação que se defronta, que seja capaz de decidir com autonomia, atuando como ser livre, fazendo sua história na própria história da sociedade da qual participa. Neste contexto a gestão escolar é responsável por todo o processo educacional, fazendo parte dela todas as pessoas efetivamente envolvidas com a escola.

O gestor escolar deve enfrentar com competência técnica e política todos os desafios sociais, sejam eles de ordem pedagógica, econômica, operacional e outros. Ele é antes de tudo, gestor de recursos humanos, para tanto, necessita conhecer cada um dos envolvidos no processo, procurando valorizar cada conquista e encorajar cada obstáculo enfrentado. Deve ainda manter comunicação com toda comunidade, formando uma rede de interação, numa constante troca de experiências.

As gestões públicas eficientes e eficazes devem ter um perfil claramente identificado pela equipe de trabalho e desenvolver um estilo de liderança que consiga alavancar resultados positivos no âmbito de sua atuação. Deve ainda solucionar problemas e articular saberes e competências dos membros da equipe em situações específicas para gerar as modificações necessárias.

Os princípios educacionais definidos pela Constituição foram discutidos e aprofundados por ocasião da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Essa lei alterou alguns pontos da legislação, como o estabelecimento do princípio da gestão democrática no sistema educacional e garantia de qualidade do ensino a todos os níveis.

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Contempla ainda a reorganização do sistema educacional, e por conseqüência da própria escola, com base nos pressupostos democráticos e na participação da sociedade civil, fortalecendo o caráter público do Estado e de suas instâncias.

Dessa forma, o sentido democrático empregado para qualificar a condução de um processo de gestão está intimamente ligado aos valores da sociedade, da cultura da escola e fundamentalmente, à concepção de cidadania do saber que se promove para este exercício de transformação da escola e da sociedade. Neste processo a gestão democrática está vinculada ao processo pedagógico-educativo mais amplo, a escola educa e forma o cidadão por suas relações políticas e pedagógicas.

No mundo complexo em que vivemos, educar é, mais do que nunca, uma construção feita coletivamente. É importante o estabelecimento e a manutenção de redes de conexões que privilegiam a ação coletiva através de acordos e parcerias e a participação de todos os segmentos da comunidade escolar no processo de tomada de decisões e o compromisso com uma aprendizagem de qualidade, como resposta aos interesses da sociedade.

Vivemos uma nova perspectiva no conceito de gestão frente aos desafios da inclusão, tendo em vista os problemas da evasão e repetência. Com isto evidencia-se a necessidade de adoção de políticas orientadoras de estratégias e mecanismos de gestão, capazes de confrontar os problemas em todas as suas manifestações e, superá-los.

A Gestão Democrática busca o equilíbrio de poderes e de participação dos segmentos no interior da escola em direção a uma nova prática de exercício do poder: a democracia participante; através dos órgãos colegiados e de apoio.

10.1- Conselho Escolar

Aos Conselhos Escolares cabe reforçar o Projeto Político Pedagógico da escola, como a própria expressão da organização educativa da unidade escolar, que deverá orientar-se pelo princípio democrático da participação.

Tem ainda a finalidade de assegurar a participação de educadores, funcionários, alunos e pais na gestão democrática escolar. O conselho tem funções de caráter consultivo, normativo, deliberativo e avaliativo das ações administrativas e pedagógicas, para promover o fortalecimento da autonomia pedagógica, administrativa, financeira nas unidades escolares.

O funcionamento do Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, no qual são definidos seus objetivos, sua natureza e os mecanismos e procedimentos que regulam seu funcionamento,

A atuação do Conselho deve contribuir com o trabalho do gestor escolar, legitimando suas decisões, colaborando na execução de algumas ações e monitorando os resultados alcançados.

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10.2- Associação de Pais, Mestre e funcionários

Associação civil, entidade de direito privado representativa de pais, professores e funcionários, vinculada à escola. É amparada pela constituição Federal/88. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários têm autonomia para exercer direitos e contrair obrigações, com atribuições que variam conforme a realidade de cada escola. Entre estas atribuições destacam-se a integração da escola com a comunidade, administrando, de acordo com normas legais, os recursos provindos de subvenções sociais, doações e arrecadações. Tem ainda como foco contribuir para a elaboração e implementação da proposta Pedagógica da escola acompanhando os resultados obtidos e contribuindo para sua melhoria contínua

É através da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que a gestão dos recursos financeiros pode se tornar um processo efetivo de discussão e decisão democrática, uma vez que é através da associação que a maior parte dos recursos destinados à escola é movimentado, pois a aplicação desses recursos só pode ser feita depois de aprovado em assembléia geral.

10.3- Grêmio Estudantil

O grêmio Estudantil foi criado como entidade autônoma, independente da direção da escola, pela Lei nº 7398/95, com finalidades educacionais, culturais, desportistas e sociais. A atribuição mais importante do grêmio é a participação dos alunos na construção e consolidação da gestão democrática, além de ser um espaço de discussão; é defensor do aluno e promove a sua participação na política, na arte e na cultura.

Cabe ao Grêmio Estudantil ainda:

- Representar condignamente o corpo discente;- Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;- Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;- Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;- Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional;- Lutar pela democracia permanente na escola, através do direitos de participação nos fóruns internos de deliberação da escola;

10.4- Capacitação Continuada de Educadores

A capacitação na escola será atendida por meio de “reuniões sistemáticas” e coletivas. Este mecanismo produzirá, além de estudos, troca de informações, reflexão sobre os problemas surgidos em sala de aula, tomadas de decisões em relação ao processo educativo.

Este trabalho será coordenado pelos professores pedagogos que através do seu acompanhamento no cotidiano levantarão um diagnóstico. O diagnóstico servirá,

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ainda, para identificar quais as dificuldades encontradas no trabalho, como eles aparecem, causas e possíveis encaminhamentos.

A capacitação sistemática também tem a função de alimentar a prática pedagógica, por meio da reflexão coletiva, apoiada em textos e/ou vídeos de cunho teórico, como forma de ajudar os profissionais a perceberem as relações entre educação e escola.

A teoria aliada à prática, além de fundamentar as novas idéias, ajudou ampliando o horizonte do grupo.

Para um trabalho mais complexo, pretende-se buscar parcerias em instituições de formação de profissionais (Universidades) acessores pedagógicos etc; conforme a necessidade e as condições do colégio.

É importante o registro das discussões e conclusão do grupo, porque apresentarão pistas para a continuidade do trabalho, formará o banco de memória dos encontros e servirá de material para a avaliação do mesmo.

“... Existe um tempo para melhorar; para se preparar e planejar, igualmente existe um tempo para partir para a ação. Porque um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos da gaveta e, de algum modo começar.”

(Amyr Klint)10.5- Trabalho Coletivo

Um dos grandes papéis da educação na atualidade é de efetivar-se enquanto instrumento fundamental de transformação da sociedade; isto é, a educação através de suas ações pode possibilitar a mudança das pessoas, dos grupos, da instituição onde está inserida. Dessa forma, não podemos conceber a educação como uma ação imobilizadora, muito pelo contrário, deve ser entendida em sua plena função mobilizadora, dinâmica, construtora de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

A prática pedagógica é uma prática social, uma prática política, pois não se pode conceber a educação sem um vínculo sócio-histórico. A educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.

“A educação é uma prática humana direcionada por uma determinada concepção teórica. A prática pedagógica está articulada com uma pedagogia, que nada mais é que uma concepção filosófica da educação. Tal Concepção ordena os elementos que direcionam a prática educacional”.(LUCKESI, 1994, p.21).

A aprendizagem é um dos principais objetivos de toda prática pedagógica, e a compreensão ampla do que se entende por aprender é fundamental na construção de uma proposta de educação, também mais aberta e dinâmica, definindo, por consequência, práticas pedagógicas transformadoras.

O ato de aprender a aprender é, sem dúvida alguma, uma das principais funções do ato de ensinar, ou melhor, do ato de educar. A formação de uma pessoa mais autônoma, no processo de aprender, torna-a mais autônoma no processo de viver – de definir os rumos de sua vida. Mas, para que isso não se transforme em uma ação individualista, é fundamental tornar a prática pedagógica em uma prática ética, comprometida, coerente, ao mesmo tempo, consciente e competente.

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A ação educativa – evidenciada a partir de suas práticas – permite aos alunos darem saltos na aprendizagem e no desenvolvimento, é a ação sobre o que o aluno consegue fazer, com a ajuda do outro, para que consiga fazê-lo sozinho. Entretanto, é princípio de toda instituição de ensino (principalmente da escola) garantir a aprendizagem a todos, visto que todos são capazes de aprender.

O educador tem também função importante neste processo, pois as práticas pedagógicas devem permitir aos alunos não somente acessarem o conhecimento, mas também transformá-los, inová-los. O educador tem a função de mediador entre o conhecimento historicamente acumulado e o aluno. Ser mediador, no entanto, implica em também ter apropriado esse conhecimento.

Portanto, se deve pensar um novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido.

Entende-se que não mais cabe uma educação na qual somente se pensa em uma onipotência do educador e da escola, mas é sempre preciso estar colocando em questão as práticas pedagógicas desenvolvidas por estes agentes da educação. A educação deve buscar novos parâmetros, novas perspectivas, e permitir-se inovar, transformar.

A escola, por sua vez, passa a ter uma nova função – ser espaço de otimização dos processos de aprendizagem e dos processos de construção de cidadãos. Cada sistema de educação é um meio político para manter ou para modificar a apropriação do discurso. O que é um sistema educacional senão a ritualização da palavra, a qualificação de alguns papéis fixos para interlocutores e a distribuição e a apropriação do discurso, com todas as suas aprendizagens e poderes.

A educação produz suas práticas em virtude do projeto de sociedade a que está vinculada. Portanto, para que as práticas pedagógicas garantam o desenvolvimento de pessoas capazes de aprender, cidadãs, solidárias, produtoras de conhecimento, a educação deverá ser um instrumento importante de uma sociedade que acredita nestas características.

Diante do exposto e partindo do ponto de vista político pedagógico enunciamos uma lista de características que em princípio aparecem como desejáveis e necessárias para se alcançar o objetivo do colégio e que vem de encontro com a filosofia da escola.

a) Uma instituição aberta que valoriza e considera os interesses, expectativas, e conhecimento dos jovens;

b) Uma escola que favorece e dá lugar ao protagonismo dos jovens e na qual os direitos da adolescência se expressam em instituições e práticas (de participação, expressão, comunicação, etc.) e não só se enunciam nos programas e conteúdos escolares.

c) Uma instituição que não se limita a ensinar, mas que se propõe a motivar, interessar, mobilizar e desenvolver conhecimentos significativos na vida das pessoas.

d) Uma instituição que se interessa pelos adolescentes e jovens como pessoas totais que se desempenham em diversos campos sociais (a família, o bairro, o esporte, etc.) e não só pelos alunos aprendizes de determinadas disciplinas.

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e) Uma instituição flexível em tempos, seqüências, metodologias, modelos de avaliação, sistemas de convivência, etc e que leva em conta a diversidade da condição adolescente e juvenil ( de gênero, cultura, social, étnica, religiosa, territorial, etc).

f) Uma instituição que forma pessoas e cidadãos e não “expertos”, ou seja, que desenvolve competências e conhecimentos transdisciplinares, úteis para a vida e não esquemas abstratos e conhecimentos que só tem valor na escola.

g) Uma instituição que atende a todas as dimensões do desenvolvimento humano: física, afetiva e cognitiva. Uma instituição na qual os jovens aprendem a aprender com prazer e que integra o desenvolvimento da sensibilidade, a ética, a identidade e o conhecimento técnico-racional.

h) Uma instituição que acompanha e facilita a construção de um projeto de vida para os jovens, onde fique caracterizado o compromisso, a abertura e a reciprocidade do mundo adulto para com os adolescentes e os jovens.

i) Uma instituição que desenvolve o sentido de pertinência e com a qual os jovens “se identificam”.

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11- O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO

A escola que surgiu no início da colonização do Brasil com os padres Jesuítas, instituída com a intenção de repassar a ideologia do catolicismo, com o passar do tempo perde este caráter religioso e com idéias iluministas foram sendo introduzidas novas áreas de conhecimento pelo avanço da ciência.

A partir daí assumiu várias posições visando atender a classe dominante, aos interesses políticos, individuais, de classes.

A produção e difusão do conhecimento constituem o modo mais promissor para se obter subsídios capazes de operar mudanças norteadoras na vida social do indivíduo. São recursos que garantem à sociedade equilíbrio respondendo aos desafios mais emergentes da população.

A sociedade passa atualmente por profundas transformações sociais, econômicas, culturais, filosóficas, científicas, é a busca da auto-afirmação.

A realidade aponta novas demandas, novos saberes, novos caminhos. Com a disponibilidade crescente de leituras na Internet ou em bibliotecas virtuais, o computador está se tornando uma forma mais viável de acesso aos materiais impressos. Os livros são caros, as bibliotecas defasadas. Para os que podem o papel é o luxo do consumo, para os demais o acesso ao computador é a solução.

A escola nesta visão tem muitas dificuldades para dar conta dos diversos aspectos legais a ela destinados. Compromisso com a aprendizagem, programas sociais, falta de recurso, indisciplina, descomprometimento, falta de recursos pedagógicos, falta de funcionário, entre outros.

As vezes é preciso ser artista para cumprir as demandas do marcado, os sonhos, as cobranças institucionais, etc.

Cada vez mais nos deparamos com saberes desvinculados da realidade. A escola nesta perspectiva vem cumprindo funções inerentes a sua especificidade.

Observamos que a cada mudança política, a educação sofre essas influências.

Os processos históricos juntamente com os culturais passaram a contribuir para a universalização da educação sistemática.

A função da escola hoje é fazer com que o aluno, através dos conhecimentos adquiridos seja capaz de estar apto para exercer sua cidadania. Ser competente para o mundo do trabalho e lutar por melhorias da qualidade de vida. Deve orientar o aluno a ter objetivos e metas definidas para seu bem estar, físico, psicológico e mental. Enquanto espaço reservado para formação humana, deve proporcionar uma prática emancipadora de transformação social, atendendo às classes populares. Deve contribuir para o sujeito sair do senso comum construindo um conhecimento sistematizado, podendo atuar e interferir nessa sociedade de forma consciente, visando o bem comum. Deve visualizar alunos, que consigam pensar com autonomia e independência e sejam capazes de se importar com eles mesmos, com a comunidade, com o meio ambiente e com o planeta. Que saibam usar bem os recursos disponibilizados pela escola, adquirindo competências básicas de falar, escrever, ler, ouvir, raciocinar, interpretar. E mais importante ainda, que nossos alunos tenham prazer na busca por novos conhecimentos, que sejam capazes de sonhar com o futuro, através do imediato que sejam eles mesmos, antes de tudo.

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A escola deve ser um espaço aberto que possibilite a todos tomar parte na vida da Instituição, considerando os limites e a normas de forma clara e transparente.

A construção de um clima escolar democrático supõe estabelecer um conjunto de valores que delimitem e referenciem as práticas pedagógicas que, de acordo com esses valores definem a vida e o trabalho escolar. Esse conjunto de valores devem estar vinculados à liberdade, a autonomia, o desenvolvimento do espírito crítico, da iniciativa e da responsabilidade. Neste sentido alcançar uma disciplina não impositiva, resultante de acordos, que no fim seja reconhecida e desejada por cada um, através da participação e do diálogo.

Uma escola será democrática quando os seus valores e as suas práticas respeitarem os princípios democráticos, onde os alunos sejam protagonistas da própria educação. Onde exista ainda espaço de valorização da história da cultura de seu povo, sua identidade, seus direitos, garantindo que a cultura Afro-Brasileira não fique restrita aos negros, mas a todos os brasileiros, enquanto cidadãos atuantes numa sociedade multicultural e pluriétinica.

Nesta perspectiva a escola deve ampliar o currículo escolar para diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Incluindo ainda no contexto de suas atividades e estudos as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia.

É preciso ainda, garantir o acesso a inclusão e a permanência de todos que por interesse queiram fazer parte do sistema educacional. Quando colocamos garantir, queremos reforçar que não basta criar um sistema legal de matrícula como direito do cidadão, mas o acesso e a permanência deste aluno com sucesso no interior da escola. Direito esse garantido através de projetos diferenciados de atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Proporcionar ainda ações conjuntas entre família, escola, comunidade buscando parcerias e propostas que reforcem o currículo escolar, voltado para a realidade emergente da sociedade local. É preciso ainda que conheçamos e reconheçamos cada caso, para tomarmos as medidas e as providências necessárias para solucioná-lo.

A escola mais que um espaço de semelhanças, faz a diferença quando assume suas diferenças, ter autonomia nesse sentido, é ser responsável, como parte e como todo, em uma relação.

A educação inclusiva veio tornar mais complexa a nossa vida, mais desafiadora nossa tarefa enquanto educadores. Vamos ter que pensar alguns conceitos, aprender a ouvir mais, rever as nossas expectativas como professores, as nossas formas de avaliar, de aprovar, de reprovar.

É importante assumirmos o preconceito, nosso medo, nossa resistência, nossa dificuldade, a nossa impotência, porque só assim vamos poder, pouco a pouco, assumir, uma formação que promova a educação inclusiva.

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12- REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

O projeto educativo compreende um instrumento de transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do grupo com uma caminhada definida em conjunto. Nesse sentido destaca como finalidades do projeto educativo:

- Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;- Ser um canal de participação efetiva- Dar um referencial de conjunto para a caminhada- Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola.- Ser um instrumento de transformação da realidade.- Colaborar na formação dos participantes.Um dos grandes papéis da educação na atualidade é de efetivar-se enquanto

instrumento fundamental de transformação da sociedade; isto é, a educação através de suas ações pode possibilitar a mudança das pessoas, dos grupos, das instituições onde está inserida. Dessa forma, não podemos conceber a educação como uma ação imobilizadora, muito pelo contrário, deve ser entendida em sua plena função mobilizadora, dinâmica, construtora de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

A prática pedagógica é uma prática social, uma prática política, pois não se pode conceber a educação sem um vínculo sócio-histórico. Segundo ARANHA 1996) a educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.

O ato de aprender a aprender é, sem dúvida alguma, uma das principais funções do ato de ensinar, ou melhor, do ato de educar. A construção de uma pessoa mais autônoma, no processo de aprender, torna-a mais autônoma no processo de viver – de definir os rumos de sua vida. Mas, para que isso não se transforme em uma ação individualista, é fundamental tornar a prática pedagógica em uma prática ética, comprometida, coerente, ao mesmo tempo, consciente e competente.

A ação educativa – evidenciada a partir de suas práticas- permite aos alunos darem saltos na aprendizagem e no desenvolvimento, é a ação sobre o que o aluno consegue fazer, com a ajuda do outro, para que consiga fazê-lo sozinho. Entretanto, é princípio de toda instituição de ensino (principalmente da escola) garantir a aprendizagem a todos, visto que todos são capazes de aprender.

O educador tem também função importante no processo, pois as práticas pedagógicas devem permitir aos alunos não somente acessarem o conhecimento, mas também transformá-lo, inová-lo. O educador tem a função de mediador entre o conhecimento historicamente acumulado e o aluno. Ser mediador, no entanto, implica em também ter apropriado esse conhecimento.

Portanto devemos pensar num novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido.

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“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. É preciso que, pelo contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. Não há docência sem discência, as duas explicam-se e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem á condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

O trabalho pedagógico como princípio educativo deve ser essencialmente cooperativo. Todas as atividades, coletivas e/ou individuais, devem ser organizadas como plano de trabalho para não perder o caráter de coisa comum. O professor deve ser gerenciador das atividades e o intermediário das relações, garantindo as condições de trabalho, informando, sugerindo e estimulando o aprendizado.

Os princípios que devem nortear o trabalho pedagógico são: a confiança e o respeito mútuo entre os seres humanos; a necessidade de um escola aberta e flexível; a livre expressão; o cooperativismo; a coletividade; o trabalho enquanto agente central do processo educativo e formador.

O trabalho pedagógico deve ainda possuir instrumentos que pode auxiliar na busca incessante por uma educação que recupera e reforça, no homem, o que ele tem de melhor: sua criatividade, sua autonomia, sua condição histórica de sujeito e não de objeto a ser modelado.

Há ainda que atentar para o fato de que toda educação é direcionada para uma realidade especifica, e é partir das peculiaridades, cultural e social, de cada realidade, que as teorias do conhecimento e da aprendizagem devem ser pensadas no âmbito da prática escolar. É um erro pensar a educação descolada da vida cotidiana e imediata dos indivíduos, de seus limites e de suas possibilidades.

Uma educação, de fato, transformadora caminha no sentido de promover o respeito pela diferença, de estimular a riqueza da diversidade.

O educador lida com a arte de educar. O instrumento de sua arte é a pedagogia. Ciência da educação, do ensinar. É no seu ensinar que se dá seu aprendizado de artista. Toda pedagogia sedimenta-se num método. Maneira de ordenar, organizar com disciplina, a ação pedagógica segundo certos pressupostos teóricos. Toda pedagogia está sempre engajada a uma concepção de sociedade, política. É neste sentido que, nesta concepção de educação, este educador faz arte, ciência e política. Faz política, quando alicerça seu fazer pedagógico a favor ou contra uma classe social determinada. Faz ciência, quando apoiado no método de investigação científica estrutura sua ação pedagógica. Faz arte, porque cotidianamente enfrenta-se com o processo de criação na sua prática educativa, em que, no dia-a-dia, lida com o imaginário e o inusitado. A ação criadora envolve o estruturar, dar forma significativa ao conhecimento. Toda ação criadora consiste em transpor certas possibilidades latentes para o campo do possível, do real.

É um grande desafio para a educação e seus agentes repensar e resignificar suas práticas pedagógicas, assim como sua proposta político-pedagógica. Para tanto, a formação dos educadores precisa ser potencializada para fomentar o desenvolver das competência no processo de ensino-aprendizagem; ou seja, para potencializar as competências dos alunos, o professor precisa, antes, ter suas próprias competências potencializadas. Rever algumas práticas e ampliar as

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competências em diversas outras áreas do processo educativo é fundamental para atingir-se uma ampla formação educacional.

Ao nos propormos trabalhar com educação, temos por princípio nossas intenções e as intenções do projeto ao qual estamos vinculados (intencionalidades); temos, de algum modo explícito, o público com o qual vamos trabalhar (sujeitos); temos, consciente ou inconscientemente, vínculo com uma proposta de educação e, por consequência, uma proposta de sociedade, expressa muitas vezes pelos objetivos ou pelas justificativas.

O professor ao desenvolver suas ações pedagógicas deve aprender a aprender, pois, ao ensinar, também se aprende, coloca em debate seu conhecimento. O professor não é onipresente, oniscente, muito menos, onipotente e, sim, é mais um aprendiz no processo da educação. Não podemos, contudo, pensar que não existem diferenças entre os diversos agentes envolvidos no processo pedagógico, pois o professor tem suas funções e os educandos as suas, mas ambos podem aprender ensinando e ensinar aprendendo.

Dessa forma, é interessante percebermos que a educação não é algo estático. A educação é dinâmica e, como a vida, é um permanente processo em movimento, em transformação. Assim, a educação não pode ser vista como espaço de sofrimento, de pura disciplina, de autoritarismo, pelo contrário, a educação, na medida do possível, deve ser espaço de prazer, de desenvolvimento, de alegria. A ação pedagógica deve expressar uma ação amorosa.

12.1 O Papel do Diretor

- Coordenar a elaboração e atualização do regimento escolar e a utilização deste como instrumento de suporte pedagógico.

- Participar do processo de escolha de representantes de turmas (aluno, professor);- Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros objetivando o atendimento e acompanhamento dos aluno, nos aspectos que se referem ao processo ensino-aprendizagem.- Participar junto com os professores da sistematização e divulgação dos informações sobre o aluno para conhecimento dos pais, e em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos.- Participar junto a coordenação pedagógica e professores, do processo de identificação, de análise dos causa e acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, visando o redimensionamento da ação pedagógica.- Coordenar, atualizar, organizar e socializar a legislação de ensino e de administração de pessoal da unidade escolar.- Coordenar junto com a equipe administrativa, a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expelidos pela unidade escolar.- Desenvolver o trabalho administrativo e pedagógico escolar considerando a ética profissional, sendo o articulador da proposta pedagógica.- Contribuir para o acesso e permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola, intervindo como mediador das condições

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necessárias a organização escolar e qualificação do processo ensino- aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais, atividades extra classes e de outras questões curriculares.- Divulgar aos pais e comunidade os resultados das ações educacionais voltada para a aprendizagem dos alunos.- Adoção de mecanismos de monitoramento e proposição de planos de melhoria da escola e sua gestão.- Promoção de práticas de valorização e reconhecimento do trabalho dos

professores e funcionários, no sentido de reforçar ações voltadas para melhoria da qualidade do ensino.

- Mediar conflitos e favorecer a organização dos segmentos escolares, em clima de compromisso ético e solidário.- Propiciar momentos de discussão organizados, com pauta definida, com tempo e espaço para que todos participem.- Definir problemas e identificar soluções, levando em consideração a opinião de todos.- Ressaltar as funções educativas de todos os funcionários.- Providenciar condições materiais e estruturais para que todos possam realizar seu trabalho.

12.2- O Papel da Secretaria e Auxiliares

- Prestar serviço ágil e atualizado de documentação, escrituração e informação escolar, devidamente, organizando registros, documentação dos alunos, estatísticas, legislação e outros.

- Recepção ao público, atendimento e encaminhamento aos departamentos solicitados.

1-Atendimento:. Aos professores, funcionários, alunos e pais.. telefônico e localização de pessoas;. comunicação interna;. Na ausência da direção a secretária(o) responde pela escola.

2- Endereços:- Manter enderços e telefones de professores, funcionários e alunos

atualizados.

3- Reorganização:- Manter o arquivo morto organizado.

4- Livro Ponto:- Organização- Controle diário.

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5- Documentos e correspondências:- Supervisionar o expediente a ser submetido ao despacho da direção;- Redigir e expedir correspondências(solicitação, agradecimentos, atas de

reuniões e conselhos de classes);- Controlar a documentação oficial do colégio.

6- Infra-Estrutura:- Controle de bens patrimoniais;- Organizar controle de chaves;- Solicitar a todos os setores materiais necessários pra a compra;- Disponibilizar a infra-estrutura necessária para a viabilização de projetos e

eventos desenvolvidos na escola;- Acompanhar os serviços e reformas mantendo a direção informada.- Manter o professor informado sobre a movimentação dos alunos

(desistentes, transferidos)

12.3- Papel da Bibliotecária

- Atender o público em geral ( alunos, professores, e funcionários);- Catalogar e classificar os livros;- Restaurar livros e mapas quando danificados;- Auxiliar nas pesquisas e consultas nos livros e na Internet.- Controlar a entrada e saída de livros cobrando os retardatários na

devolução de livros.- Conscientizar os alunos da aplicação de multa mediante atrasos, perdas ou danos de livros.

12.4- Coordenador Financeiro

- Buscar formas alternativas para obter recursos, espaços e materiais complementares para a melhoria da realização do projeto pedagógico;- Planejamento, acompanhamento e avaliação da execução dos recursos financeiros da escola, levando em conta as necessidades do projeto pedagógico, os princípios da gestão pública e a prestação de contas à comunidade.- Coordenar e promover ações que favoreçam a conservação, higiene, limpeza, manutenção e preservação do patrimônio escolar – instalações, equipamentos e materiais pedagógicos.- Aplicar e administrar as verbas escolares em concordância com a Direção e em articulação com o Conselho Deliberativo Escolar, APMF, conforme o caso.- Administrar os recursos financeiro, destinando-os a prioridades eleitas pelo Conselho Deliberativo Escolar.

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12.5 – Papel do Professor Pedagogo

Começamos definindo a função pedagógica como a articuladora do Projeto Político Pedagógico, que organiza a reflexão, a participação e os meios para que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos, partindo do pressuposto que todos tem direito e são capazes de aprender. O professor pedagogo em princípio assume então esse papel de educador mais experiente, o ponto de referência do processo pedagógico.

A tarefa é essencialmente pedagógica. Há necessidade do especialista em refletir sobre o trabalho em sala de aula. Estudar muito e usar as teorias para fundamentar o fazer e o pensar dos docentes. Elencar os pontos considerados fundamentais e assumir o que é relevante estipulado pelos coordenadores da escola..

- Ajudar a elaborar a proposta pedagógica da escola e garantir que ela seja posta em prática. - Procurar estar junto com o professor, discutindo com eles os problemas e buscando soluções, conhecendo bem os alunos.- Buscar meios de auxiliar o professor e tornar sua tarefa menos árdua.- Trabalhar em cima da idéia de processo de transformação, acolhendo o professor em suas angústias e ajudando-o a perceber suas contradições (e não acobertá-las).- Ajudar a produzir as mudanças necessárias.- Acompanhar e desenvolver nas horas-atividades uma prática de

colaboração, oferecendo suporte didático metodológico; ao professor - Orientar como devem ser os registros no livro de chamada e verifica-se os

objetivos a que se propuseram estão sendo alcançados.- Acompanhar o processo Ensino aprendizagem subsidiando o professor no

planejamento da ação pedagógica.- Buscar em todos os segmentos escolares as soluções indicadas para os

problemas apresentados.- Responder pela formação dos docentes, organizando encontros,

proporcionando momentos de reflexão e estudando temas pedagógicos e das áreas do saber para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, atitudes e elevar a motivação e a auto estima dos professores.

- Planejar, executar e avaliar os desdobramento e encaminhamentos de forma permanente: Conselhos de Classe, Reuniões Pedagógicas, Reunião de pais, Reuniões de planejamento, Grupos de Estudos e Projetos.

- Acompanhar através das notas e das queixas o rendimento dos alunos que apresentam defasagens na aprendizagem e faltas constantes, objetivando atendimento ou encaminhamentos que se fizerem necessários.

- Orientar pedagogicamente pais, alunos, educadores e demais funcionários da instituição.

- Fazer ainda o atendimento aos pais e ajudar a resolver problemas de disciplina dos estudantes.

- Realizar pesquisas, diagnósticos e estudos emitindo pareceres de informações técnicas e pedagógicas para a área de Ensino no NRE.

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- Participar de reuniões e jornada pedagógica e outros, buscando a fundamentação, atualizando e redimensionando a ação do pedagogo.

- É responsável pelas retificações ou modificações nos trabalhos sempre que necessários. Ressaltando méritos e tentando recuperar deficiências.

- Desenvolver o trabalho educacional considerando a ética profissional.

“Por tudo isso, o Professor Pedagogo (coordenador pedagógico) só vai desempenhar bem a sua função se for um líder e tiver apoio da direção em suas ações e reivindicações, como infra-estrutura de trabalho e tempo de estudo para todos os professores”.

(Revista Nova Escola, Maio 2003)

12.5.1 – Organização da hora/atividade no horário escolar

Corresponde as horas remuneradas para que os professores com regência de classe realizem atividades complementares ao processo pedagógico fora dos horários de aula.

A hora atividade faz parte da organização e distribuição de aulas realizada no início do ano letivo. Pretende ser um instrumento de planejamento a mais de que dispõe o professor para organizar suas aulas e seu trabalho efetivo, comprometido com a qualidade e o desenvolvimento do aluno.

A Equipe Pedagógica gerencia esse espaço de tempo obedecendo o critério de organização e distribuição de aulas e seu turno de funcionamento. Objetivando efetivar a proposta pedagógica para o ano letivo de 2006, pretendemos distribuir e organizar a hora atividade por disciplina, respeitando o número de professores e as melhores possibilidades de agrupá-las por área e turno.

Reconhecemos ainda, a grande dificuldade para que isso aconteça de maneira satisfatória, atendendo as necessidades do professor, devido a carga horária atribuída a múltiplas escola.

Para hora-atividade esta é insuficiente para o planejamento de uma boa aula.

“ Sabedoria não é ter, é saber onde encontrar.”

12.6 – Papel dos Auxiliares de Serviços Gerais

Os Auxiliares de Serviços Gerais compreende os serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção.

Cabe a Servente:- Proceder à abertura e fechamento do prédio, no horário regulamentar

fixado pelo Diretor;- Manter sob sua guarda as chaves do prédio e de todas as suas

dependências;- Controlar o acesso e saída de pessoas e matériaiss e manter a vigilância

do prédio e de suas dependências;

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- Efetuar a limpeza e zelar pela conservação dos móveis e equipamentos do estabelecimento;

- Requisitar materiais de limpeza e, quando for o caso, e controlar o seu consumo;

- Efetuar a limpeza interna e externa do prédio;- Zelar pela conservação e asseio do edifício, instalações, móveis e

utensílios.- Executar outras tarefas relacionadas com sua área de atuação que forem

determinadas pela Direção da Escola;

Cabe à Merendeira:- Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e

qualitativamente;- Informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de

reposição do estoque;- Conservar o local de preparação de merenda em boas condições de

trabalho, procedendo a limpeza e arrumação;- Efetuar tarefas correlatas à sua função.

12.7 – Papel do Professor

Nesse projeto educativo, considerando todos os aspectos é preciso pensar também sobre o papel do professor, pois, para superar os limites dessa escola, será necessário investir continuamente na sua formação, retomando e repensando o seu papel diante dessa escola cidadã. Nela não caberá um professor conteudista, tecnicista, preocupado somente com provas e notas, mas, sim um professor mais humano, ético, estético, justo, solidário que se preocupe com a aprendizagem e a qualidade do que é ensinado.

É preciso um profissional com competência, tanto política quanto técnica, que conheça e domine os conteúdos escolares e os atitudinais, saiba trabalhar em sala de aula utilizando uma metodologia dialética, que tenha compromisso político, social, seja pesquisador, um eterno aprendiz e estudioso, tenha uma prática coerente com a teoria, seja consciente do seu papel como cidadão. Um verdadeiro mediador entre sujeito e o objeto do conhecimento, trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos apropriados pelos alunos, eles possam compreender a realidade, atuar na sociedade em que vivem e transformá-la.

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13- PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

EIXO NORTEADOR

ENVOLVIDOS OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

GESTÃO

DEMOCRÁTICA

DIREÇÃO

CONSELHOESCOLAR

PROFESSORES

ALUNOSE

FUNCIONÁRIOS

- Legitimar as ações do gestor escolar- Colaborar na tomada de decisões;- Legitimar a proposta pedagógica;- Acompanhar os resultados obtidos pela escola;- Cuidar para que seja respeitado os direitos e deveres dos educandos, professores e funcionários;

- Planejamento e divulgação para toda comunidade escolar dos objetivos, metas e indicadores dos resultados da escola para o ano letivo que se inicia;- Estabelecimento das formas de acompanhamento dos resultados;- Projeto e parcerias com a comunidade, através de voluntariado;

- Início do ano letivo.- Através de reuniões mensais.-Durante o ano letivo.

GESTÃODEMOCRÁTICA

CONSELHODE

CLASSE

-Direção- Professores- Alunos

- Melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional da escola.- Refletir através da avaliação coletiva os resultados que a escola vem alcançando.- Definir as ações para melhoria dos resultados.- Estabelecer intervenções pedagógicas para a melhoria da prática cotidiana.

- Levantamento de dados;- avaliação dos resultados;- Intervenções pedagógicas;-Avaliação do processo ensino/aprendizagem;- Auto avaliação

-Durante o ano letivo estabelecido no calendário escolar, e sempre que se fizer necessário.

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GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção -Alunos representantes de turmas;- Professores;- Equipe Pedagógica.

- Estabelecer através da liderança de turmas uma relação efetiva entre as instâncias escolares.- Criar um espaço para discussão acompanhamento dos progressos e dificuldades encontradas em sala de aula.- Participar de maneira criativa e responsável das ações da escola.

- Palestras para preparar os alunos sobre o conceito de liderança e representatividade;

- eleição democrática para escolha dos representantes de turmas;

- Preparação e elaboração de um plano de ação para os líderes de turma.

- Durante o ano letivo.

GESTÃODEMOCRÁTICA

- Direção- Grêmio Estudantil- Alunos- Professores- Funcionário

- Incentivar as ações desenvolvidas pelo Grêmio Estudantil através do seu Plano de Ação;- Estabelecer parcerias juntamente com o grêmio para a implementação da Proposta Pedagógica da Escola;-Mobilizar o Grêmio Estudantil e todos os alunos para o Protagonismo Juvenil, assumindo uma postura mais participativa na sociedade com suas ações

- Mostra cultural e Pedagógica;- Projetos de Ação Jovem e cidadania;- Ampliação da sala de xadrez;- Monitoria aos alunos com dificuldades em algumas disciplinas;- Gincana cultural e Pedagógica;- Atividades festivas e resgates culturais;- Criação do Jornal da escola;- Premiação aos alunos destaques do ano;- Participação dos alunos na construção e consolidação da Gestão democrática;

- Em reuniões mensais- Durante o ano letivo;

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GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção- APMF- Professores- Funcionários

- Contribuir para elaboração e implementação da Proposta Pedagógica;- Apoiar as ações da escola;- Acompanhar os resultados obtidos pela escola;- Contribuir para gestão dos recursos financeiros;- Promover campanhas e promoção;- Colaborar para a integração da família/escola;- Representar os interesses da comunidade e dos pais;- Promover o entrosamento entre pais, professores e alunos.- Contribuir para melhoria e conservação das instalações e equipamentos;- Receber e gerenciar recursos recebidos;

- Reuniões para discussão, apresentação e acompanhamento dos resultados escolares;

- Atividades festivas e resgates culturais, através de festivais e quermesse;

- Reforma dos banheiros;

- Estruturação das salas ambientes, com material de apoio para cada disciplina/série;

- Torneios desportivos;

- Promoção – jantar dançante.

- Em reuniões durante o ano letivo, sempre que se fizer necessário;

GESTÃO DEMOCRÁTICA

- Direção- Equipe Pedagógica- Pais- professores- Funcionários

- Discutir, colabora e decidir sobre as ações para acompanhamento dos alunos e Integração família e escola;- Colaborar nas tomadas de decisões;- Acompanhar o progresso do filho na escola;- Fortalecer o relacionamento escola, comunidade;- Conhecer as intervenções pedagógicas utilizadas pela escola para proporcionar o sucesso do ensino- aprendizagem do aluno;

- Reuniões periódicas;- Visitas as famílias;- Divulgação para as famílias dos trabalhos realizados pelos alunos nas Gincanas Culturais e Pedagógicas e Mostra Cultural e Pedagógica;- Torneios desportivas;- Festas, festivais e quermesses.- Projetos e Parcerias.

- Durante o ano letivo;

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

- Direção- Equipe Pedagógica - Professores

- estabelecer o propósito central que norteia a existência da escola, sua função, participação e efetivação na sociedade.- Construir através da Proposta Pedagógica a Identidade da escola;- Conhecer os princípios norteadores de cada área do conhecimento;- Refletir sobre a sistemática da avaliação, práticas, concepções e critérios.- Garantir o ensino aprendizagem através da recuperação paralela.

- Leitura, reflexão e discussão coletiva da LDB, Instruções e resoluções afins;- Salas ambientes.- Acompanhamento pedagógico considerando a diversidade sócio-cultural dos educandos.- Monitoria em parceria com os alunos.

- Durante o ano letivo.

FORMAÇÃO CONTINUADA

- Direção- Equipe Pedagógica- Professores-Pais- Funcionários

- Oportunizar a todos o aperfeiçoamento profissional, através de capacitação contínua.

- Reuniões Pedagógicas- Grupos de Estudos- Seminários em parcerias com as Universidades;- Palestras;- Oficinas;

- Durante o anos letivo;

QUALIFICAÇÃODOS EQUIPAMENTOS

E ESPAÇOSFÍSICOS

- Direção;- APMF;- Conselho Escolar;- Professores;- Funcionários;-Grêmio Estudantil;

- Proporcionar um ambiente físico que contribua para a educação e a formação dos alunos;- Garantir o funcionamento eficaz e harmônico dos diversos processos de apoio;- Administrar os recursos de forma planejada, visando a racionalização das atividades e a qualidade dos resultados;- Identificar os principais pontos a serem melhorados visando a qualidade do resultado pedagógico.

- Equipar as salas ambientes com matérias didáticos pedagógicos;- Convênio e parcerias para aquisição de livros e revistas para a biblioteca;- Ampliação da sala de Xadrez;- Reforma dos banheiros.- Construção de um espaço para o teatro ao ar livre;- Planejamento e construção da quadra de vôlei de areia;- Ampliação do laboratório de Informática;

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14- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

EIXO NORTEADOR

ENVOLVIDOS OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

A P C E O DM AP GA ÓN G

H I A C M O E N T O

PROFESSORES

1- Acompanhar o Processo de Ensino-Aprendizagem subsidiando o professor no planejamento da ação pedagógica

- Encontros para Planejamento e organização do ano letivo.- Elaboração do contrato Pedagógico, estabelecendo regras de parceria e convívio ético par o ano que se inicia.

Fevereiro

e julho

2- Fortalecer o professor organizando encontros de formação continuada, para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, bem como para elevar a motivação e auto estima do grupo

- Encontros para levantamento de necessidades, proporcionando momentos de estudo reflexão e troca de experiências.

Um encontro por bimestre

3- Localizar práticas novas já presentes na realidade dos professores, para o grupo perceber que é possível, que funciona.

- Momentos para troca de experiências. Planejamento coletivo nas horas atividade.

Um encontro em março e outro em

julho.

4- Acompanhar e desenvolver nas horas atividades uma prática de estudo e colaboração.

- Organizando um espaço e horários o mais coletivo possível para estar dialogando com os professores.

Semanalmente

5- Verificar os registros nos livros de chamada

- Analisando periodicamente os objetivos a que se propuseram estão sendo alcançados No final do

bimestre6- Planejar, executar, avaliar os desdobramentos e encaminhamentos, de forma permanente dos conselhos de classe, das reuniões pedagógicas, reunião de pais, de planejamento, Projetos, Fóruns etc.

-Reuniões e Conselho de classe(Organizando a dinâmica para que aconteça de forma democrática e participativa)

No final de cada Bimestre

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7- Estar atualizado com pesquisas e Bibliografias para orientar professores na busca de soluções.

- Através de leituras, pesquisas e visitas a outras escolas para apreciação de práticas inovadoras

Sem definição de datas ou seja

durante o ano letivo8- Realizar pesquisas e estudo emitindo pareceres e informações técnicas para à área de ensino

- Fazendo e enviando relatórios para a área de ensino do NRE Quando necessário

EIXO NORTEADOR ENVOLVID-OS OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

A PC EO D

M A P G A Ó N G H I A C M O E N T O

ALUNOS

- Construir e divulgar o regulamento interno, despertando no educando a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças individuais, o sentimento de responsabilidade

- Visita nas turmas para apresentação da Função do Orientador e Supervisor e das situações que necessitam de regras para a harmonia do grupo no Colégio.- Levantamento de sugestões dos alunos.

Primeira semana de aula

- Escolher por turma um aluno que represente e coordene o grupo

- Apresentando o papel do Líder;- Fazendo a escolha através do voto.- Reunindo os escolhidos para

conscientização das funções.Março

3- Planejar momentos para palestras sobre assuntos sugeridos na própria turma.

- Convidando profissionais habilitados e organizando um cronograma de palestras.

Datas a definir.

4- Promover o bom relacionamento e cumprimento do Regimento Interno.

- Aconselhamento buscando sempre a harmonia.

Durante todo ano letivo

5- Identificar conflitos orientando alunos com problemas de ajustamento no grupo.

- Registro de ocorrências mais graves.

- Comunicando os responsáveis.Durante todo ano letivo

6-Assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação ao estudo.- Intervir com ações pedagógicas àqueles que apresentam faltas constantes e dificuldades de aprendizagem.

- Organizando momentos de entrevistas individuais e entrega dos boletins.

- Através de grupos de estudo em contra-turno com monitoramento dos próprios colegas – voluntários.

-No final do bimestre – sempre que necessário.- 2 vezes por semana cada disciplina.

7- Fazer diagnóstico nas turmas, coletando informações e sugestões sobre a dinâmica escolar de cada disciplina bem como a sua participação.

- aplicação de questionários, coletando dados para uma possível participação nos conselhos de classe.

Trimestral3 a 4 vezes no ano.

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A PC EO D

M AP GA ÓN G

H I A C M O E N T O

ALUNOS

8- Incentivar e acessorar todas as iniciativas de Projetos e melhorias;

- Através de apoio e coordenação de projetos como – Agenda 21(meio ambiente, Oficinas de dança, teatro, etc.

- Durante o período letivo.

9- Previnir, conscientizando o aluno e a família da importância de não interromper seus estudos

- Fazendo um trabalho de prevenção junto com os professores e responsáveis de salsa para que não haja desistentes.- Projetos criativos como: “Nenhum a menos”. Premiando a sala que terminar sem nenhum caso de evasão.

Durante todo o período letivo

10- Acompanhar o fluxo de evasão de alunos matriculados checando as justificativas para desistência.

- Observação de freqüência;- através de entrevistas para justificarem as causa de evasão;

- Durante todo o período letivo.

11- Dar acessoramento a todos alunos egressos;

Reintegrando na turma através do diálogo, e acompanhamento das suas reais necessidades.

- Durante todo o período letivo.

12- Validar casos de alunos com justificativas para realizar 2ª chamada.

-Recebendo, divulgando e arquivando atestados.

- Durante todo o ano letivo.

A PC EO DM AP GA Ó N GH IA CM O

E N T O

P A R L O U F N E O S S S O R E S

1- Oportunizar apresentação à comunidade e aos familiares o que estão explorando e aprendendo em determinadas áreas específicas do conhecimento

- Promovendo e acessorando:. Mostras pedagógicas;. Seminários;. Fóruns;. Apresentações culturais e gincanas;. Participação na Feira com Ciência, Fera e demais eventos.

Durante o transcorrer do ano.

- Dialogar com os pais para que juntos busquemos as melhores medidas educacionais, cultivam a participação produtiva da família na escola

- Reuniões- Palestras

- Entrevistas individuais

- Bimestralmente.- 3 vezes ao ano (data a definir)- Sempre que necessário.

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A PC EO DM AP GA ÓN GH IA CM O

E N T O

FAMILIAR

- Eventos de confraternização (gincana, sessão de filme etc.)

- Datas a definir.

A PC EO DM AP GA ÓN G

H I A C M O E N T O

DIREÇÃO

EQUIPEPEDAGÓGICA

-Avaliar e intervir no processo educativo

- Reunir-se a cada 15 dias para organizar a escola, planejar ações, verificar o que está dando certo e o que esta tendo dificuldade, que mudanças podem ser feitas.

PeriodicamenteA cada 15 dias.

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15- PLANO DE AÇÃO DOCENTE

Este Plano consiste na especificação dos procedimentos que serão usados para o estudo dos conteúdos. Para isso poderemos adotar um quadro seguindo critérios: Explicitar, para cada unidade de conteúdo, as atividades e os processos mais adequados para desenvolver a aula; ou fazer uma previsão geral de todas as estratégias de ensino-aprendizagem, considerando o que se lhe quer ensinar.

Objetivo Conteúdo Ações “Estratégias”

Recursos Avaliações

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16- RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO

O Colégio hoje possui mecanismos comuns existentes nas várias escolas públicas do Estado. Queremos com isso mostrar nossa prática voltada para uma política que garanta a princípio a qualidade, nos comprometendo com ações que envolvem o Grêmio estudantil e a APMF na geração de recursos financeiros para manter as despesas da escola.

A cantina escolar contribui com uma parcela da arrecadação e sua exploração é feita pela APMF, sob a supervisão da direção e do Conselho Escolar, respeitando às normas sanitárias. Os recursos obtidos com sua operação são revertidos em benefício dos alunos.

Outra fonte que gera recursos para a escola são as promoções feitas duas vezes ao ano. Uma em forma de arrecadação de recursos é o baile dos estudantes, com o objetivo de recepcionar os alunos no começo do ano letivo, e a realiação de um desfile para leger a garote e o garoto CEPAV. Este evento será realizado um vez ao ano.

Outra forma de angariar fundos financeiros é a realização do bingo feito através da Gincana Cultural, também realizado uma vez ao ano. Toda renda é revertida em prol de benfeitorias que beneficiam o ambiente escolar e aluno.

Todo o dinheiro arrecadado para ser gasto é submetido a análise dos membros da APMF e no disposto do seu Estatuto, bem como o do Conselho Escolar e seus representantes.

É respeitado sempre o princípio da qualidade do ensino para investir as verbas arrecadadas. Com isso pode-se realizar os reparos mais urgentes, corte de grama poda de árvores, substituição de alguns utensílios e outros. Fazemos ainda as confraternizações do final do ano, dia dos professores, dia dos estudantes, páscoa, visando manter a união de professores, alunos, pais, instâncias colegiados através dos recursos oriundos dessas promoções.

Contamos ainda com a ajuda da Prefeitura Municipal que colabora com a escola fornecendo trator para o corte de grama no terreno da quadra, bem como sede alguns homens bimestralmente para a realização de reparos mais urgentes.

Recebemos através do Fundo Rotativo um cota mensal destinada à aquisição de materiais (de expediente, de limpeza, esportivos, etc), à execução de pequenos reparos e à complementação de gêneros alimentícios para a merenda escolar, através da Cota suplementar.

As verbas são aplicadas de acordo com a necessidades da escola, com acompanhamento do Conselho Escolar.

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17- CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar para a rede pública estadual de Educação Básica define o início e o término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares, feriados oficiais, semana de planejamento, de capacitação, semana cultural, garantindo o mínimo de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.

Lembramos que, de acordo com o Art. 2º da Deliberação nº 02/2002 – CEE: “São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da Proposta Pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual”, e que o Parágrafo único do Art. 3º determina: “O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei”(grifo nosso);

Para garantia das 800 horas, são considerados dias de efetivo trabalho escolar todas as atividades de cunho pedagógico, incluídas na Proposta Pedagógica da instituição, com freqüência exigível dos alunos e efetiva orientação por professores/profissionais, realizados em sala de aula ou em outros locais adequados ao processo ensino-aprendizagem;

Portanto, os Estabelecimentos poderão considerar como dia letivo, além dos dois dias de Planejamento Escolar, os dias destinados para reuniões pedagógicas, (conselhos de Classe e outros) até o total de dez(10) dias no decorrer do ano letivo, ou organizar as reuniões pedagógicas fora dos dias letivos previstos no calendário escolar.

Deverão ser considerados também, os dias letivos, com outras atividades como, jogos escolares, gincanas desde que tenham cunho cultural e esportivo, pois envolvem professores e alunos.

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18- ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

A organização dos espaços internos do Colégio Padre Antonio Vieira procura destinar espaços específicos para as atividades de ensino aprendizagem e sua distribuição diferencia da escola tradicional, pois procurou transformar as salas comuns em setor ambiente,novos espaços instaurando um novo modelo educacional “mais vivo” e dinâmico, cercado de cuidados especiais e para isso contamos com uma Biblioteca (precisando atualização e melhoria dos acervos).

Temos também um laboratório de Informática com 9 computadores e uma linha de Internet, conseguida pelo Grêmio e mantida pela cantina da escola. Existe um Laboratório de Biologia Física e Química com alguns recursos mínimos para as experiências práticas. Uma Quadra esportiva que atende o lazer e qualidade de vida também da comunidade escolar. Possui uma sala de vídeo e DVD, com 50 cadeiras brancas. Uma sala maior pra reuniões e palestras e em especial as salas tradicionais foram transformadas em salas ambiente que passamos agora a relatar sobre seus objetivos e critérios de funcionamento.

18.1- Salas Ambiente

A proposta dessa alternativa pedagógica foi adotada no Colégio no início de 2005 e tem por objetivo facilitar o processo ensino-aprendizagem.

Mais do que um espaço diferenciado, a sala ambiente significa uma concepção de ensino que se organiza para que o conhecimento se desenvolva numa dinâmica interativa oferecendo-lhes o melhor para que se desenvolvam em um ambiente rico e verdadeiramente estimulador de suas potencialidades.

O colégio tem condições físicas para trabalhar nesse regime visto que possui 12 salas de aula, laboratório, para atender alunos do Ensino Médio. No primeiro ano de implantação dessas salas, trabalhamos com os recursos didáticos que o colégio já possuía e a meta para 2006 é providenciar materiais que ajudarão a enriquecer as aulas, estimulando a pesquisa e favorecendo um atendimento às diferenças individuais, reunindo teoria e prática, pois trabalhamos com turmas heterogêneas. No planejamento das aulas, precisa ser levado em consideração a utilização dos recursos disponíveis e a organização dos grupos. Para diminuir o fluxo de estudantes e melhor aproveitamento do tempo as aulas foram organizadas em duplas (geminadas).

Cada disciplina tem uma única sala, sendo que Português e Matemática que contam com maior número de carga horária, fez-se necessário dois ambientes. A permanência do profissional em seu ambiente faz com que possa adaptá-lo de acordo com o seu trabalho e sua criatividade, tornando este ambiente mais agradável e mais produtivo, ou seja, um lugar construído por eles mesmos interagindo aluno/professor/ambiente de forma significativa,

Para o funcionamento prático e pedagógico das salas ambiente, enfatizamos que a mudança não deveria ser apenas visual, refletindo-se no exercício efetivo de técnicas e utilização de materiais que promovessem uma melhor aprendizagem para o aluno.

Quanto aos recursos necessários para organização das salas virá por duas vias:

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- A Direção e APMF, que pretendem oferecer um mínimo de recursos materiais e equipamentos para cada disciplina.

- O professor através de um planejamento especial em conjunto com os alunos confeccionando materiais necessários para as aulas de acordo com a criatividade de cada um.

Com a implantação destas salas, tivemos resultados positivos, como por exemplo o controle da limpeza das salas, sem quebra de equipamentos ou estrago de materiais. Depoimentos de professores, pais e alunos confirmam que as aulas tornaram-se mais proveitosas e o ensino se desenvolveu de forma prática e condizente com a realidade. Portanto estamos motivados a continuar e aperfeiçoar esse modelo de organização do espaço educativo.

18.2- Laboratório de Informática

“O cidadão de hoje tem de estar instrumentalizado para compreender as novas tecnologias”.

Para aprimorar e promover o acesso de todos os jovens do Colégio ao mundo informatizado, uma das metas priorizada foi a reinstalação de 09 computadores e uma linha de Internet Banda Larga (ADSL), conseguida em parceria com o Grêmio Estudantil e sustentada com recursos da Cantina Escolar.

Passou assim a funcionar esse espaço em 2005, mesmo que precariamente, tendo em vista a falta de funcionário disponível para esse atendimento.

Esse espaço está sendo utilizado numa dinâmica de pesquisa previamente e pretende em 2007 contemplar também cursos de digitação e aprimoramentos.

A sala de informática será utilizada pelos alunos juntamente com o professor durante o perído de aula, e fora deste por um funcionário do colégio.

O perfil da sociedade contemporânea exige profissionais que dominem a tecnologia como requisito fundamental.

Neste contexto estamos cientes que precisamos de indivíduos que saibam se posicionar frente aos novos desafios e de acordo com as nossas possibilidades procuramos atender a tais requisitos.

18.3- Laboratório de Biologia, Física e Química

O laboratório é utilizado em parceria com as três disciplinas e neste ano de 2005 foi adquirido vários materiais, viabilizando as aulas práticas e melhorando a qualidade do ensino ofertado. Pretendemos neste ano de 2006 oferecer aos alunos aulas de laboratório com maior qualidade relacionando a teoria através das práticas buscando o maior entendimento dos conceitos estudados.

As aulas práticas de laboratório são de responsabilidade do professor da disciplina de Química Física e Biologia, uma vez que não dispomos de um responsável específico para este fim.

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19- ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR

Os critérios para organização das turmas e distribuição de professores obedece o contido nas normas da Secretaria de Estado da Educação, buscando distribuir os alunos bem como os professores da melhor forma possível, para que possamos atingir os objetivos propostos. A distribuição das turmas obedece rigorosamente o número mínimo de 40 e máximo de 45 alunos por turma, o que torna difícil o atendimento individual por parte do professor. Os professores são distribuídos obedecendo a ordem de classificação e habilitação em razão da especificidade de cada um.

Quanto ao calendário a escolha é feita em conjunto com as demais escolas do município- Estaduais e Municipais, uma vez que a maioria de nossos alunos dependem do transporte escolar necessitando assim da coincidência dos feriados e recessos no mesmo dia para não haver prejuízo aos alunos que dependem de transporte para freqüentar as aulas.

Quando necessário a pedido dos professores, será realizado o mapeamento dos alunos na sala com o intuito de melhorar o ensino aprendizagem.

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20- DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DA ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

A avaliação do Processo funciona como um instrumento de controle de qualidade, visando intervenções corretivas ao longo da realização, no sentido de assegurar resultados favoráveis.

A avaliação que acreditamos ser favorável ao bom desempenho de todos os seguimentos escolares é a Avaliação Institucional, uma vez que, seus objetivos fundamentais são aprimorar, comparar e fornecer elementos que possam servir de subsídios para a manutenção ou correção de ações que conduzam à qualidade da produção e transmissão do conhecimento.

A avaliação educacional engloba as situações em que os indivíduos ou grupos são submetidos a processos ou situações com vistas à aquisição de novos conhecimentos ou habilidades, remetendo-se à análise de desempenho. É também, aquela que se destina à análise dos currículos ou programas de ensino. Já a avaliação institucional tem como objeto as instituições, os sistemas e projetos ou políticas públicas. Refere-se à análise do desempenho global da instituição, dos processos de funcionamento e seus resultados.

Para dimensionar a real posição da avaliação institucional ela deve estar articulada com todo o processo de gestão estratégica e de construção do projeto institucional de modo a fornecer subsídios para a tomada de decisões e a correção de desvios e problemas na instituição. Sob essa perspectiva, a avaliação institucional significa um processo permanente de elaboração de conhecimento e de intervenção prática, que permite retroalimentar todas as demais atividades da instituição.

Cabe aqui ressaltar a importância da criação de uma cultura de avaliação, na qual o processo avaliativo seja um espaço de reflexão e mudança das ações institucionais. A consolidação dessa cultura se dá com a intensa participação de toda a comunidade, que deve ocorrer tanto na definição de procedimentos avaliativos e sua implantação, como na apropriação dos resultados, que devem ser traduzidos em ações direcionadas ao aperfeiçoamento das práticas acadêmicas e administrativas da instituição escolar.

Nenhuma avaliação institucional pode ser bem realizada, sem que tenha a participação da comunidade nos procedimentos de análise dos resultados obtidos e na tomada de decisões, e não apenas na coleta de dados ou como fontes desses dados. È inevitável construir uma “cultura institucional avaliativa”, um hábito cotidiano, coletivo e democrático de avaliar, para desmistificar qualquer tonalidade ameaçadora que a avaliação possa ter, dentro de nós.

A avaliação institucional é uma ferramenta indispensável para o planejamento, a gestão e as demais atividades que constituem o currículo da instituição de ensino, devendo basear-se em uma visão crítica, porém compreensiva das partes componentes da instituição, das relações desenvolvidas e das articulações entre elas, formando um “todo institucional”.

Deve ser desenvolvida segundo uma metodologia definida de forma democrática, com processos e instrumentos rigorosos e consistentes – dos pontos de vista teórico, técnico e político – abrangendo mais que a produção e a qualidade do trabalho das pessoas, ou as notas obtidas pelos alunos, mas a própria instituição, sua missão (fins, objetivos) funcionamento (meios, recursos e processos), relações

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internas e externas, produtos e, acima de tudo, os padrões de qualidade que deseja alcançar e que lhe são impostos pela realidade.

Cada avaliação traz, como pano de fundo, um paradígma teórico – conseqüentemente ideológico – que norteia, e que se expressa por meio de uma visão de homem, de mundo e de Educação. Isso significa que ela sofre influências da conjuntura histórica, política, cultural, sócio-econômica em que está inserida.

A avaliação formativa por exemplo tem como objetivo, verificar o ritmo e os estilos de aprendizagem dos alunos, realimentar o processo ensino aprendizagem dos alunos, permitindo efetuar correções,enfatizando os conteúdos e objetivos mais importantes e oportunizar a obtenção de maior sucesso escolar, por meio da detecção e da correção dos erros mais freqüentes, aumentando a motivação dos alunos e minimizando a evasão e a repetência escolar.

A importância que a avaliação formativa dá aos processos de gestão faz com que ela tenha forte impacto, não apenas na avaliação da aprendizagem dos alunos, mas na avaliação institucional em si.

Diante da avaliação institucional deve-se avaliar:a) Organização didático – pedagógica da escola- Estrutura acadêmico-administrativa;- Currículo desenvolvido, sistema de avaliação etc;- Atividades acadêmicas desenvolvidas pela escola;

b) Corpo docente:- Formação acadêmica e profissional;- Condições de trabalho (regime de trabalho, plano de carreira, incentivos

profissionais, relação docente/alunos e turmas;- Atuação e desempenho acadêmico e profissional;

c) Instalações:- Instalações gerais da escola;- Biblioteca- Laboratórios e salas ambiente.

Porém para que a avaliação Institucional seja completa, é necessário que ela conjugue dois momentos: a Avaliação Interna e a Avaliação externa.

A avaliação Interna corresponde às atividades relacionadas ao diagnóstico da realidade institucional, à análise dos problemas identificados nesse diagnóstico e à tomada de decisão, baseada na análise, direcionada à melhoria de qualidade.

Na avaliação Interna destacamos alguns estágios que a comporão:a) Diagnóstico – antes de tudo, é necessário determinar, com bastante

clareza, o objeto de estudo e os possíveis problemas que se deseja detectar. Um bom diagnóstico deve ser o mais objetivo possível, centrado exclusivamente nos aspectos fundamentais à compreensão da realidade que se deseja conhecer.

b) Análise – A análise dos resultados deve ser procedido do envolvimento de representações – quando não da totalidade – dos segmentos envolvidos, por meio de reuniões de grupos focais. Desta forma, assegura-se que os resultados recebam a crítica adequada quanto às relações de causa e efeito e quanto à sua fidedignidade, contribuindo para a identificação dos pontos críticos e

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para a indicação das medidas de correção dos desvios percebidos ou de melhoria do processo ensino-aprendizagem.

c) Tomada de decisão – Por meio de reuniões com os membros dos setores envolvidos, busca-se a solução para os problemas apontados. É importante, nesta etapa garantir a objetividade das discussões. As decisões devem ser expostas de forma mais clara possível, com definição de prazos, responsabilidade e recursos a serem mobilizados.

d) Divulgação – É o pleno conhecimento dos resultados do diagnóstico e das decisões tomadas, por parte de toda a comunidade institucional. Só quando da divulgação desses aspectos é possível promover o engajamento de todos, para a mudança desejada. É, ainda, fator crucial para a permanência da sensibilização de todos, quanto à avaliação institucional.

e) Meta-Avaliação – Como todo o processo avaliativo, esta fase da avaliação institucional deve considerar uma etapa de autocrítica, em que os seus aspectos metodológicos e instrumentais são submetidos a um criterioso julgamento, para determinar se a sua eficiência, eficácia e efetividade permitem a continuidade da sua utilização, ou se devem ser repensados (no todo ou em parte).

A avaliação Externa corresponde à submissão dos trabalhos executados na Avaliação Interna, dos resultados alcançados e das mudanças por elas induzidas, ao crivo de examinadores externos que, por não estarem envolvidos com aquela realidade, podem realizar uma crítica isenta e construtiva.

A Avaliação Externa tem, assim o objetivo de evitar que a Avaliação Institucional, como um todo, resulte num retrato corporativo de como a instituição, pretende ser, não do que ela é e do que dela espera a sociedade.

Concluímos diante do exposto a importância da avaliação Institucional para a qualidade do ensino.

20.1- Currículo e Avaliação: reciprocidade na construção de um conhecimento-solidariedade/emancipação

Constatamos que educação, cultura, currículo e avaliação estão em relação íntima e orgânica. A sala de aula foi “local” de um processo de comunicação mais amplo, em que histórias sociais estavam em jogo, posições de classe, questões de gênero, crenças, valores e que definiram “a entrada ou não na escola” de uma questão política. Em outras palavras, definem a política da escola em lidar com questões políticas.

Ao realizar um currículo, a escola realiza cultura, pois a cultura é o conteúdo substancial da educação. Educação não é nada fora da cultura e sem ela, alerta FORQUIN(1993).

Há uma reciprocidade entre currículo e avaliação dentro da proposta pedagógica da escola. Ao realizar um currículo, a escola amplia o universo cultural de símbolos e significações, consolidando uma tradicional cultura ou questionando-a, ressignificando-a, promovendo condições de rupturas. Nesse sentido, a escola realiza “uma versão autorizada da cultura” e, ao assim fazer, define os rumos de uma cultura que também se constrói no cotidiano escolar – realiza avaliação.

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O currículo escolar é a expressão de um campo contestado. Ele precisa ser compreendido como práticas de significação.

Paulo Freire explica em suas obras Educação na Cidade e Pedagogia da Autonomia, que a avaliação precisa deixar de ser apenas uma retórica democrática, ela precisa ser expressão de participação coletiva, de um trabalho intrinsicamente articulado de educadores(a) com seus educandos – a avaliação fundamentada no diálogo, na participação, na autonomia, na emancipação, em especial, no trabalho pedagógico ético-crítico que mude a “cara da escola”, suas relações de poder autocrática que se materializam no interior das salas de aula, nos processos de gestão escolar, e se afirme como substantividade democrática em todos os espaços e tempos escolares

20.2- Trabalho Pedagógico Emancipador

O trabalho pedagógico emancipador exige, como afirma ABRAMOWICZ(1992), que se recupere “o humano na condição existencial”, valorizando “o aluno como pessoa situada, com uma história, com emoções, motivos, interesses. Um aluno com uma face, um nome, uma esperança, uma estória a ser contada”, para possibilitar que os alunos possam compreender sua história como uma história cultural e social. A ação pedagógica formadora-emancipadora precisa garantir a vez e a voz dos seus sujeitos, caracterizando-se como práxis educativa de possibilidades “libertadoras/emancipadoras”.

Dentro do trabalho pedagógico emancipatório há a necessidade de ampliar a discussão sobre o currículo escolar, seus conteúdos, suas práticas de sala de aula, seus projetos interdisciplinares, seus compromissos sociais, entre outras questões; em síntese, avaliar a escola e na escola numa perspectiva emancipadora, consolidando mecanismos e estratégias de participação, convertendo a comunidade escolar em comunidade social – fonte de autoconhecimento e autonomia.

A avaliação emancipatória então tem como compromisso principal “fazer com que as pessoas direta ou indiretamente envolvidas em uma ação educacional escrevam a sua própria história e gerem as suas próprias alternativas de ação”(SAUL, 1988, P. 61)

A avaliação emancipatória tem como objetivo:a) indicar o compromisso da avaliação com o futuro que se quer transformar;b) permitir ao homem, através da consciência crítica, imprimir uma direção às

suas ações nos contextos em que se situa, de acordo com valores que elege e com os quais se compromete no decurso de sua historicidade;

A avaliação é compreendida como síntese de múltiplas determinações sociais e culturais, numa perspectiva de totalidade. O diálogo é tanto o objetivo como o método desta perspectiva de avaliação; a reflexão sobre a própria vida, nossos projetos e ações; o diálogo que estabelecemos com o passado e com o futuro, analisando criticamente o presente, gerando novas ações – tudo converge para esta unidade na diversidade: reflexão, ação, transformação.

A avaliação formativa emancipatória destaca:- A comunicação – a avaliação é essencialmente um processo e um

problema de comunciação. Precisa ser construída formativamente;

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- Oposição ao modelo da psicometria – necessidade de uma abordagem sociocognitiva e qualitativa;

- A avaliação é socialmente condicionada – a avaliação se constrói em função da história das interações do professor com os alunos; da história escolar; da história social;

- A intencionalidade formativa – precisa haver uma intencionalidade formativa, para além da regulação do processo ensino – aprendizagem;

- A vinculação ao projeto político-pedagógico – ela é movimento – a avaliação não é formativa por acaso, ela se torna formativa, vinculada a um projeto pedagógico explícito, construído coletivamente;

- A avaliação deve estar a serviço das aprendizagens dos alunos – a metodologia da avaliação formativa caracteriza-se por desencadear aprendizagens, observar e interpretar essas aprendizagens, comunicar e informar os resultados com a máxima transparência e participação dos envolvidos no processo para apresentar uma apreciação final;

- As dificuldades são fontes de aprendizagem, e a formatividade só acontece quando elas são remediadas e/ou reorientadas – a avaliação só se define, como formativa, quando a partir das dificuldades analisadas, há um propósito de remediá-las, de reorientação do processo, de construção de novas alternativas para a efetivação da aprendizagem significativa;

- A construção coletiva e declarada de critérios (alunos e professores) orienta a auto-avaliação – a construção de critérios de avaliação, compartilhadamente, é fundamental para que se compreenda os propósitos do ensino, para que se tenha clareza das aprendizagens a serem perseguidas e, em especial, para possibilitar aos alunos a compreensão de seu próprio processo de aprendizagem: exercitarem a auto-avaliação;

- A pluridimensionalidade metodológica (técnicas e instrumentos) com intencionalidade formativa – a avaliação deve se apoiar numa variedade de técnicas e instrumentos e acompanhar os processos de ensino e aprendizagem em diferentes momentos de sua realização;

- A formulação dos exames e seus resultados sujeitos à análise crítica – problemas de entendimento do aluno, das respostas esperadas pelo professor e daquilo que realmente o aluno é capaz de fazer naquele momento do exame devem ser seriamente analisados. Os resultados devem ser contextuados e servirem de base para a resignificação do processo de ensino e aprendizagem;

- Construção do referente da avaliação – a avaliação é uma leitura que implica a construção de um modelo reduzido do objeto a ser avaliado. A avaliação sempre informará muito menos do que o aluno realmente sabe fazer/aprendeu.

Na visão de mundo dentro da avaliação emancipatória e a avaliação formativa, podemos perceber que uma não pode ser construída sem a outra. A avaliação que defendemos e queremos construir é uma prática avaliativa ética-crítica que articula as diferente dimensões e áreas do currículo, do projeto de escola, das práticas pedagógicas de sala de aula.

A avaliação deve contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um

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elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Este é o sentido definitivo de um processo de avaliação formativa emancipatória.

20.3- Finalidade da Avaliação Formativa Emancipatória:

a) Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.

b) Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.

c) Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.

d) Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados.

A partir das finalidades a avaliação formativa emancipatória para se concretizar necessita apresentar as seguintes características:

a) A avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor: o que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova. A observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na realização de um processo de avaliação contínua.

b) A avaliação será global: quando se realiza tendo em vista as várias áreas de capacidades do aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc. E, a situação do aluno nos variados componentes do currículo escolar.

c) A avaliação será formativa: se concebida como um meio pedagógico para ajudar o aluno em seu processo educativo.

20.4- Pesquisa de Avaliação dos Serviços EducacionaisObs: Este quadro foi adaptado do quadro avaliativo do Colégio Integrado.

Para que tenhamos um diagnóstico da qualidade de nossos serviços, pedimos a sua colaboração em responder os itens que compõem esse questionário.

NOTAS A SEREM ATRIBUÍDAS1 2 3 4

Insuficiente Regular Bom Excelente

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1- Infra-Estrutura (Instalações físicas em geral)

Nota1 Instalações esportivas para as Atividade

Educação Física1 2 3 4

2 Limpeza e higiene do colégio 1 2 3 43 Instalações das salas de aula 1 2 3 44 Espaço de convivência (pátio) 1 2 3 4Observações:

2- Aspectos organizacionais e disciplinaresOrganização Nota

1 Uniforme 1 2 3 42 Regulamento Interno 1 2 3 43 1 2 3 44 1 2 3 4Observações:

3- Recursos HumanosÁrea Administrativa e de Apoio Nota

01 Atendimento prestado pela Direção 1 2 3 402 Atendimento prestado pela

coordenação1 2 3 4

03 Atendimento prestado pela Orientação

1 2 3 4

04 Serviço de Atendimento aos pais 1 2 3 405 Relacionamento Professor/aluno 1 2 3 406 Atendimento da Secretaria 1 2 3 407 Atendimento da Biblioteca 1 2 3 408 Atendimento do Laboratório de

Informática1 2 3 4

09 Atendimento da Cantina 1 2 3 410 Atendimento das Zeladoras 1 2 3 411 Atendimento da Merendeira 1 2 3 4Obeservações

4- Área PedagógicaAulas Nota

01 Práticas realizadas no Laboratório 1 2 3 402 Atendimento dado pelo professor no

laboratório1 2 3 4

03 Metodologia aplicada nas aulas de modo geral

1 2 3 4

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04 Sistema de avaliação 1 2 3 405 Recuperação Paralela 1 2 3 406 Atividades complementares

(projetos, visitas, etc.)1 2 3 4

07 O Colégio propicia formação para a cidadania

1 2 3 4

08 O colégio atende às suas expectativas

1 2 3 4

09 Importância dada por você as aulas 1 2 3 4Obeservações

5- Serviços Prestados Nota

01 Merenda 1 2 3 402 Sala de Vídeo- televisão 1 2 3 403 Informação 1 2 3 404 Comunicação Geral do Colégio 1 2 3 405 1 2 3 4Obeservações

6- Auto AvaliaçãoALUNO Nota

01 Sou assíduo e pontual 1 2 3 402 Realizo todas as tarefas propostas

pelo Colégio1 2 3 4

03 Pesquiso além do que o professor solicita

1 2 3 4

04 Participo dos eventos realizados pelo colégio

1 2 3 4

05 Sou pontual na entrega dos trabalhos e tarefas do cotidiano

1 2 3 4

06 Procuro sanar dúvidas 1 2 3 407 Sou de fácil relacionamento com

colegas professores e funcionários1 2 3 4

08 1 2 3 409 1 2 3 410 1 2 3 411 1 2 3 4Obeservações

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7- Auto Avaliação - PaisPais 1- Sim 2- não 3- ás vezes

4- nunca01 Participo das reuniões proposta pela

escola1 2 3 4

02 Acompanho o bom desenvolvimento do meu filho através de:( ) Boletim ( ) visita à escola ( ) pessoalmente ( ) não acompanho

03 Sou um bom leitor 1 2 3 404 Discuto assuntos polêmicos com

meu filho1 2 3 4

05 Procuro estar sempre informado sobre as atividades extra-classe (trabalhos, tarefas, provas, etc)

1 2 3 4

Obeservações

8-Avaliação dos professores1 Tem domínio do conteúdos ministrados?2 Tem objetividade e clareza na apresentação do conteúdo?3- Apresenta o conteúdo de forma adequada aos objetivos?4- Proporciona questionamentos e reflexões que contribuem para o diálogo?5- Orienta os alunos em sua dificuldades, demonstrando interesse na

aprendizagem da turma?6- Diversifica as atividades para trabalhar diferentes conteúdos?7- Utiliza instrumentos de avaliação variados: como trabalhos seminários,

apresentação em grupo, individual?8- Propõe avaliação adequada ao conteúdo ministrado nas aulas?9- É assíduo e Pontual?10- Consegue resolver problemas surgidos durante a aula com eficiência?

Professor(a) Professor(a) Professor(a) Professor(a) Professor(a)

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4Observações:

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21- INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS

A escola pública brasileira vem buscando garantir um espaço de qualidade a todos os alunos que nela ingressam.

A problemática surge diante das seguintes questões.- Como dar conta dos alunos que se evadem e que retornam após um

período, ou que efetivam a matrícula tardia?- Ou ainda, aquele aluno que embora freqüentando não consegue apropriar-

se dos conteúdos essenciais, o que fazer?Para outras profissões, como por exemplo para o médico, um caso

complicado, com certeza seria um grande desafio.Para alguns educadores do século XXI, trabalhar com essas problemáticas

ainda causam um grande transtorno.Nós enquanto escola acreditamos ser possível dar conta dessas questões

tendo em vista o comprometimento e envolvimento de professores, pais, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Direção e os próprios alunos.

O princípio que move a prática educativa pauta-se no compromisso ético da inclusão.

Experimentar este desafio é uma forma de mobilizar a sociedade na busca de uma qualidade de relações que respeite as diferenças e as particularidades do ser humano. Levando-se em conta que cada sujeito possui limitações, déficits cognitivos, físicos, sociais, culturais, entre outros. Portanto, é preciso reformular e redimensionar as propostas metodológicos, de acordo com a riqueza plural da realidade da sala de aula e do desafio da educação para diversidade.

Neste processo, a sala de aula, não pode ser um todo homogêneo. Não pode haver um planejamento único, para dar conta de todos. Cada caso deve ser tratado na sua especificidade.

Possuímos no interior da escola casos que confirmam esta situação, onde a aceitabilidade, a parceria, o apoio do grupo, vem consolidando esta prática.

Preocupados ainda com a questão, criamos um grupo de monitoria para dar conta da apreensão dos conteúdos de algumas disciplinas tidas como mais difíceis.

A equipe pedagógica pretende ainda um atendimento individual ligado, através de um acompanhamento numa ficha individual para perceber o avanço do aluno, verificando a freqüência e seu rendimento.

O trabalho prestado ainda não conseguiu dar conta de todos os casos, mais com certeza, está ajudando a minimizar o problema.

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22- INCLUSÃO

O espaço escolar, hoje, tem que ser visto como espaço de todos e para todos. Trata-se de um processo gradual e dinâmico, que assume várias formas segundo às necessidades e características de cada aluno, procurando atender à diversidade dos alunos que compõem o grupo e necessidades educativas especiais. Dessa forma vai democratizando a educação, oferecendo igualdade de oportunidade em meio à diferença, visando o exercício pleno da cidadania. Estaremos ainda abrindo discussões sobre igualdade de direitos, a dignidade do ser humano, a recusa de qualquer forma de discriminação.

A inclusão beneficia a todos, uma vez que sadios sentimentos de respeito a diferença, de cooperação e de solidariedade podem se desenvolver.

A inclusão faz parte da tentativa de adequar a escola às necessidades de uma sociedade exigente no que se refere à igualdade de oportunidades.

A partir dessa realidade reconhecemos a urgência na transformação de quatro pontos básicos: currículo, adaptação curricular, metodologia e avaliação, de forma a proporcionar uma educação centrada na diversidade. Nesse sentido, se incluem também a capacidade e a prática num universo diversificado que requer reflexão, flexibilidade e atualização contínua.

Numa abordagem educacional voltada para a diversidade humana, o currículo escolar deve proporcionar possibilidades que conduzam ao ideal da igualdade de oportunidade e traduzir a importância dos novos meios de acesso, seleção, tratamento e uso da informação para fins pessoal e socialmente úteis, o que reforça a necessidade de adaptar a escola às necessidades dos alunos.

Inserido neste novo paradigma, o currículo também deve ser flexível, o que abrange uma proposta de conteúdos a partir da realidade da instituição a sua comunidade, e numa visão mais específica do aluno, de forma a possibilitar que o educando busque direção própria.

No processo formativo, o currículo voltado para a inclusão deve considerar as seguintes características:

- Contemplar as necessidades educativas dos alunos.- Dar atenção à diversidade na aula.- Estimular a heterogeneidade.- Favorecer a individualização e a socialização do ensino.- Potencializar processo de colaboração reflexivo entre os profissionais.- Desenvolver intervenções pedagógicas para os alunos com necessidades

educativas especiais em uma dimensão mais cognitiva.- Adequar e adaptar o currículo ás necessidades dos alunos.É nossa preocupação o atendimento à diversidade social e para isso

buscaremos, estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais voltado indistintamente pra a inclusão de todos os indivíduos.

Vale considerar também que enquanto Escola Regular sentimos-nos despreparados para o atendimento aos alunos com deficiência mais severas, com necessidades especiais e não abrimos mão de recorrer a redes de ajuda e apoio.

Os princípios que nortearão o sistema educacional inclusivo do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira são:

a) A educação inclusiva veio tornar mais complexa e desafiadora a nossa tarefa e portanto vamos precisar estudar o que antes estávamos dispensados de estudar, vamos ter de aprender técnicas

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nas quais antes não precisávamos pensar, vamos ter de aprender a ver mais devagar quando estávamos acostumados a ver em uma certa velocidade, vamos ter de aprender a ouvir sem audição. Vamos ter de rever as nossas expectativas como professores, as nossas formas de avaliar, de aprovar, de reprovar. Temos de rever as estratégias para ensinar, rever a matriz curricular e rever nossa posição frente a esses outros outrora excluídos que agora fazem parte do todo. Enfim reorganizar nossa concepção de Escola porque ela é para “Todos”.

b) Devemos saber pesquisar o que o aluno com necessidades especiais pode fazer, o que, em sua deficiência, ele tem condições de melhorar. Tenho de vê-lo não por aquilo que eu tenho a mais do que ele, mas por aquilo em que ele sendo o que é, pode ser melhor, ou seja, conseguir fazer o educando avançar dentro de seus limites, possibilidades.

c) A deficiência não faz ninguém menos. Ela só é um limite com a qual nós temos que conviver.

Cabe a nós enquanto escola preparar “Todos” e com esse desafio preparar também o jovem que não tem deficiência para a importância de se aproximar, conviver com quem as têm. Somente a convivência vai quebrar os preconceitos, e fazer perceber que as pessoas diferentes são, em primeiro lugar, pessoas e, em segundo lugar, elas tem uma deficiência. As pessoas com deficiência tem os mesmos desejos, vontades de ter amigos, fazer programas, mas o preconceito faz com que os sem deficiência se afastem dela.

Incluir significa aprender, reorganizar grupos, significa ainda promover a interação entre os jovens de um outro modo. Essa interação servirá como “vacina” para convivência com as diferenças e a prevenção de preconceitos e valorização do outro como ser humano, desenvolvendo o espírito de solidariedade. Demonstrando aos pais e à sociedade que a principal função da escola é formar o cidadão, garantindo o seu crescimento pessoal e social.

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23- VALORIZAÇÃO A CULTURA AFRO NA PROPOSTA PEDAGÓGICA

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringem à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriética, capazes de construir uma nação democrática.

É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz européia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia.

Aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvidas, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sócio-cultural da escola da comunidade onde esta se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étinico-raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.

Muitas são as finalidades por que devemos incluir a cultura Afro no nosso currículo e procedimentos pedagógicos.

Estudos já realizados apontam que todas as áreas do conheciemnto a compõem desde que abordadas sem perder a perspectiva da cultura e da história dos povos africanos ou deles descendentes.

As Africanidades Brasileiras, no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem, conduzem a uma pedagogia anti racista, cujos princípios são:

Respeito: entendido não como mera tolerância, mas como diálogo em que seres humanos diferentes miram-se uns aos outros, sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade.

Reconstrução do discurso pedagógico: no sentido de que a escola venha a participar do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem, bem como contribuir para a afirmação da sua identidade e da sua cidadania.

Estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileria, que nos encontros e desencontros de umas com as outras se fizeram e hoje não são mais portuguesa, japonesa, italiana, alemã, mas brasileira de origem africana, européia, asiática.

As africanidades brasileiras abrangem diferentes aspectos, não precisam, por isso, constituir-se numa única área, pois podem estar presentes em conteúdos e

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metodologias nas diferentes áreas de conhecimento constitutivas do currículo escolar.

Passamos agora a elencar algumas sugestões que nossos professores podem utilizar e descobrir a riqueza das ciências, da tecnologia e da história dos povos desse continente bem como dos afrodescendentes para rechear suas aulas, combatendo os próprios preconceitos e os gestos de discriminação tão fortemente enraizados na personalidade dos brasileiros.

Vejamos algumas sugestões:

Português: Para mostrar a influência dos falares africanos no Brasil, centenas já incorporadas no nosso vocabulário, montar dicionários especiais, murais etc. Sugere-se também que leve para a sala lendas africanas e histórias que tratem de diversidade. Produção de poesias, paródias, acrósticos etc. Usando das pesquisas. Para atividades de leitura e escrita, familiares dos alunos afro-descendentes podem ser convidados para contar histórias de sua vida, informações que serão transformadas em texto (reunidos num livro, ou de outra forma pra serem divulgados)

História: Mostrar como o continente africano era dividido em reinos antes da chegada dos europeus. Pesquisas em Livros e na Internet são fontes para os alunos perceberem a estrutura social e política dos diversos povos.

A história do Brasil, enquanto construção de uma nação, inclui todos os povos que a constituem. Assim, ignorar a história dos povos indígenas, do povo negro é estudar de forma incompleta a história brasileira.

Se a história ensinada na escola souber contemplar, também, a vida vivida no dia-a-dia, pelos grupos menosprezados pela sociedade, então estaremos ensinando-aprendendo a história brasileira integralmente realizada. A valorização da história dos grupos populares, registrando o que em suas memórias está guardado de sua experiências, é tarefa que pode ser realizada por professores e alunos, a partir da comunidade em que a escola está inserida. Desta forma, todos os que constroem o Brasil estarão presentes nos conteúdos escolares.

Geografia – Sugerimos que a primeira coisa a se fazer é a pesquisa e também que o professor localize em mapas os diversos povos que vieram para o Brasil e as riquezas de cada região, principalmente as minas de ouro e diamantes, para a turma entender os motivos da exploração. Ao falar sobre os diversos povos, é possível destacar as contribuições de cada um para a economia do Brasil colônia. “Eles trouxeram para cá a melhor tecnologia dos trópicos”, informa o Prof. Rafael Sânzio. A enxada, o arado e técnicas de irrigação vieram para o Brasil com os negros. Maquetes da Casa Grande, Senzala e Quilombos também fazem parte da sugestão, desde que acompanhadas das melhores pesquisas.

Biologia: Partir em primeiro lugar da Pesquisa. “Douglas Verrangia”, biólogo e pesquisador, ressalta a importância de o

professor mencionar os fósseis encontrados no Vale da Grande Fenda, ao abordar a evolução das espécies, esclarecendo que biologicamente todas os seres humanos são parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual. Deve lembrar também que alguns povos tem mais melanina na pele em conseqüência da adaptação ao ambiente em que viviam etc.

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Matemática e Física: Ao desenvolver conteúdos de matemática, se o professor estiver atento às africanidades brasileiras, poderá valer-se, certamente, de obras, ainda raras entre nós, que mostram construções matemáticas africanas de diferentes culturas. Com isso, os alunos irão aprendendo diferentes caminhos trilhados pela humanidade.

Outra sugestão seria na geometria, simetria, cálculos etc.A turma da professora Carla F. De Sena após estudos criaram símbolos

simétricos para valores como, amizade, respeito e solidariedade.

Inglês: Pode ser através do resgate a língua de seus ancestrais. Mas, mesmo quando o idioma a ser aprendido é o inglês, é possível inserir a cultura africana e afro descendente. Levando para a sala letras de músicas do afro-descendente jamaicano Bob Marley e de outros cantores negros e textos em inglês sobre a vida de lideranças como as americanos Malcom X e Martim Luther King, ou seja, Reggae e Biografias.

Química: Pesquisas da influência da culinária na nossa cultura. A culinária enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes.

Em química também diz respeito a ideologias do racismo, do “branqueamento”.

Pesquisa como busca para promover a mudança conceitual.

Filosofia: Analisar e discutir as dificuldades encontradas por descendentes de africanos para terem sua identidade respeitada. Preconceitos, ideologias do racismo são questões para discutir, conviver e pensar. Estudo e Pesquisa da influência dessa cultura nas religiões, também são importantes pesquisar.

Educação Física: Existem muitas brincadeiras e jogos que herdamos da cultura afro e conhecê-los sempre será proveitoso. Poderá também incluir sessões de dança de raízes africanas e na área de jogos, aprender a jogar capoeira.

Arte: Na dança, do ponto de vista das africanidades brasileiras, não tem cabimento a musicalização que não inclua os ritmos de origem africana. E, do mesmo ponto de vista, não bastará ouvir textos musicais e reconhecer instrumentos típicos. Será preciso ouvir e fazer tentativas de tirar som e ritmo de instrumentos típicos: caixa de fósforo, pandeiro, agogô chocalho, atabaque, berinbau, ect, com o auxílio de quem sabe faze-lo. E não basta saber tocar instrumentos, é importante saber de que são feitos, como são feitos e, sempre que possível, aprender a construir, pelo menos alguns deles. Mais ainda, as músicas de origem africana são feitas para serem ouvidas e dançadas. Portanto, ensinar música afro, na perspectiva das africanidades, implica ouvir, produzir ritmos, construir instrumentos, dançar, conhecer a origem dos ritmos e dos instrumentos, as recriações que eles tem sofrido através dos tempos e os lugares por onde tem passado e se enraizado.

Considerações Finais

Como vimos nestes textos procuramos contemplar que as Africanidades Brasileiras ou a Cultura Afro ultrapassa o evento material, como um prato de

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sarapatel ou um apresentação de rapp. Elas se constituem também dos valores que motivaram tais processos e deles resultaram. Então isto significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao participar da construção brasileira, vão deixando nos outros grupos suas influências e suas marcas.

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24- PRÁTICAS AVALIATIVAS

A nossa concepção de avaliação compreende-a como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino.

Ela permite ajustar nosso modo de trabalhar para que o aluno aprenda da melhor forma possível e nos possibilita obter informações sobre o que foi aprendido e como isso ocorre. É portanto, uma reflexão contínua que fazemos de nossa prática em sala de aula, ajudando-nos a tornar consciência de quanto nós e nossos alunos estamos avançando quais as dificuldades e possibilidades.

As expectativas de aprendizagem que temos em relação aos alunos estão expressas nos objetivos, e para saber se eles foram atingidos é importante que escolhamos alguns critérios de avaliação.

A diversidade de instrumentos avaliativos é que vai possibilitar ao professor obter mais e melhores informações sobre o trabalho em classe:

1- Provas bem elaboradas ainda são recomendáveis, mas deve obedecer princípios como:

1.1 Estar ligada a uma situação do mundo real.(tempo real)1.2 As questões devem evitar textos ambíguos e observar o tempo que

será necessário para responder adequadamente;1.3 O valor de cada questão deve estar mensurado ao lado;1.4 Todos as avaliações devem ser corrigidas e desenvolvidas para dar

uma devolutiva da sua aprendizagem e oportunidade de revisar os conteúdos;1.5 Não devemos usar só provas como instrumento avaliativo;1.6 Nosso teste escrito terá um valor de 60 e 40 serão acrescentados

com as outras atividades solicitadas;

2- Saber separar e ter claro as situações de aprendizagem (não valem nota) e as situações de avaliações (valem nota mas tem direito a recuperação)

“Não esquecer nunca que uma avaliação precisa cumprir sua função de diagnosticar, reforçar e permitir crescer.

3- Pesquisa deve ser usada como uma situação de aprendizagem e uma produção pessoal de Introdução e Conclusão para ser analisada se a mesma cumpri o objetivo proposto.

- Deverá ser manuscrita quando só o professor for o interlocutor.- Digitada quando assim o professor orientar;

4- Coletânea de atividades, provas, relatórios e organização de uma pasta, para acompanhamento das aprendizagens avanços ou defasagens durante o ano.

5- Auto avaliação – Muitos autores trazem a auto avaliação como condição essencial para haver melhoria contínua no processo. É preciso passar por uma conscientização da importância desse recurso. Vai possibilitar ao aluno e ao professor um momento reflexivo acerca do trabalho realizado. Essa técnica pode ser desenvolvida em linguagem oral ou escrita.

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6- Outras possibilidades: Não devemos esquecer que para examinar habilidades e conhecimentos tecnicamente adquiridos, provas bem elaboradas, ainda são recomendáveis. Porém se o objetivo for examinar valores, atitudes, habilidades comportamentais etc, o enfoque será na avaliação alternativa composta de outras atividades como:

- Projetos- Seminários com apresentações e debates;- Atividades artísticas que demonstrem o conhecimento adquirido;- Relatórios.- Criação, desenvolvimento e construção de produtos e maquetes.- Realização de experimentos;- Prova com consulta, prova em equipe etc.

Concluímos que os resultados das avaliações passam a ser um subsídio, um recurso para delinear novas ações.

Quanto a avaliação no processo, cabe ao professor coletar dados e informações, com o objetivo de constatar evidências do que realmente está acontecendo com a aprendizagem. Essa coleta poderá ser em aula, ao final dela, ou assim que terminar um assunto específico da matéria. Se for diagnosticada qualquer dificuldade cabe ao professor acessar todos os mecanismos, métodos e práticas pedagógicas para que o problema seja sanado. Busca-se, portanto, de todas as formas possíveis, evitar o fracasso e garantir o sucesso.

24.1- Conselho de Classe

Reunião marcada a cada final de bimestre e liderada pela direção e equipe pedagógica onde o objetivo é compartilhar informações sobre a turma e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões.

Todos os participantes tem direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.

O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem considerando às diferenças e necessidades pedagógicas especiais.

Pretendemos iniciar em 2006 um avanço cauteloso para o Conselho de Classe que sugere a lei “Participativo” e para isso daremos um primeiro passo organizando uma coleta de dados através de questionários, trazendo para a pauta de discussões e o professor deve usar como auto-análise.

Tão fundamental quanto avaliar nesse encontro é decidir o que fazer com o resultados obtidos, ou seja, decidir sobre a necessidade de acompanhamento individualizado, constituição de grupos de estudos, reforço de trabalhos extras, etc.

24.2- Recuperação Paralela

Essa organização visa atender na nossa escola às necessidades dos alunos com aproveitamento insuficiente. Nesse Colégio ela é ofertada mediante um atendimento mais individualizado. Não é feita em períodos específicos mas sim durante todo o processo, quando após diagnóstico o professor detecta a necessidade de uma intervenção mais formalizada. Aqui essa organização didática

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vem acontecendo conforme a dinâmica de cada professor que após as avaliações vai introduzindo atividades novas reguladoras que comportam desafios mais adequados e ajudas mais contingentes, ou seja, são previsões do que é necessário fazer de novo.

24.3- Progressão Parcial

O aluno que não conseguir atingir os objetivos da série em que está matriculado tem o direito de matricular-se na série seguinte em regime de Progressão Parcial conforme rege o Regimento Interno. Tem direito a matrícula com Progressão Parcial o aluno que reprovar em até três disciplinas. As disciplinas em que o aluno ficou retido na série serão realizadas em turno diferente ao turno em que está matriculado, freqüentando aos aulas e cumprindo os requisitos necessários para a promoção.

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25- PROJETOS25.1 CULTURA AFRO

Problemática: Com que finalidades estudar a Cultura Afro, e quais os motivos que

levaram essas africanidades brasileiras a serem excluídas da sala de aula? E ainda

como usar elementos dessa cultura em cada uma das disciplinas do Ensino Médio

para enriquecer e amenizar os preconceitos da nossa cultura.

Justificativa: A cultura africana agora faz parte do currículo e é preciso levar o

educando a descobrir a riqueza das ciências, da tecnologia e da história dos povos

desse continente, tendo em vista que o ensino de História sempre privilegiou as

civilizações que viveram em torno do mar Mediterrâneo.

O pouco caso como é tratada a cultura africana em sala de aula, deixou

diminuída a noção de diversidade de nosso povo, minimizando a importância dos

afro-descendentes. Por isso, em 20/03, entrou em vigor a Lei nº 10.639 que tenta

corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africana e afro-brasileiras

nas escolas, fazendo parte oficial de todas as disciplinas.

Objetivo Geral: Buscar estratégias úteis para proceder mudanças , para apagar

preconceitos, corrigir idéias, atitudes forjadas com base nas destruidoras ideologias

do racismo.

Objetivo Específico:- Ensinar e aprender como os descendentes de africanos vêm, nos mais de

quinhentos anos de Brasil, construindo suas vidas e suas histórias, no

interior do seu grupo étnico e no convívio com outros grupos.

- Conhecer e aprender a respeitar as expressões culturais negras que

compõem a história e a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco

valorizadas.

- Compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar.

- Discutir as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da

designada democracia racial;

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- Refazer concepções relativas à população negra, forjadas com base em

preconceitos.

Metodologia: A aprendizagem consiste em reorganização e desenvolvimento das

concepções dos alunos e para isso será trabalhado numa dinâmica diversificando

estratégias e atividades. Será necessário que o ponto de partida do professor seja

planejado em cima das concepções prévias de seus alunos a respeito do estudado,

ouvindo-os falar conscientizando que as concepções resultam do que ouvimos outras

pessoas dizerem, mas que também resultam de nossas observações e estudos.

Será necessário que se lancem desafios para que os alunos ampliem e/ou

reformulem suas concepções prévias, incentivando-os a pesquisa, debates,

observação da vida cotidiana, danças, dramatizações, trabalhos em grupos,

envolvendo leituras e produções etc.

As atividades serão desenvolvidas de maneira interdisciplinar e organizada em

cada disciplina na modalidade de mini-projetos e os resultados serão apresentados

no mês de agosto numa “mostra Cultural para a comunidade local, desejando

sinceramente superar a ignorância relativamente. À história e à cultura dos

brasileiros descendentes de africanos.

Tempo de duração: 5 meses.

Recursos: Que serão utilizados: textos, Internet, Livros, Revistas, Vídeos, roupas, CDS,

aparelho de som, produtos alimentícios; materiais sucatas e outros para confecção

de instrumentos etc.

As despesas financeiras que forem surgindo, serão quitadas com recursos da

APMF e Cantina Escolar.

Produto Final: “Mostra Pedagógica”- Apresentação à comunidade de todas as

aprendizagens pesquisadas bem como a seleção em diversas formas das nossas

heranças culturais”.

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Plano de Ação por Disciplina

Tema: Produto Final:

Disciplina Envolvidos

Turma

O quê? Por quê?

(objetivos)

Como?

(ações)

Recursos

Materiais

Quando?

(Cronograma –

meses)

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25.2- Em Ação Contra Evasão -“ NENHUM A MENOS”

Problemática: A escola ao estabelecer sua proposta pedagógica, consegue

garantir que todos os alunos matriculados e egressos permanecem em seu interior

com sucesso?

Objetivo Geral: Proporcionar ao aluno matriculado na escola a garantia de

permanência, através de uma política diferenciada, que respeite a especificidade de

cada um.

- Criar mecanismos de controle da evasão, promovendo inclusão de todos na escola.

- Garantir a permanência do aluno através de um trabalho que promova a qualidade

e respeite a diferença.

- Promover a parceria entre alunos e professores, ressaltando a importância da

organização para o sucesso do projeto.

Justificativa: Tendo em vista a grande preocupação que a maioria das escolas

escolas públicas do Paraná tem enfrentado nas últimas décadas com evasão,

estamos propondo um trabalho visando consolidar uma política que garanta a

permanência de todos os alunos matriculados. Os resultados indicam que vários

fatores contribuem para que os alunos acabem saindo da escola, entre eles fatores

econômicos, sociais, ineficiência da própria escola em lidar com a situação, e outros.

É considerável e significativa a taxa de evadidos, fazendo com que a escola passe a

levantar esses resultados e procure alternativas eficientes para reverter a

problemática. Diante de tais constatações apresentamos uma proposta visando

minimizar esse levantamento, considerando as possibilidades reais da escola.

Metodologia: O projeto “Nenhum a Menos” será desenvolvido considerando dois

aspectos:

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Inicialmente faremos no início do ano letivo a eleição para representantes de

turmas e seus respectivos professores. Em seguida a equipe pedagógica

desenvolverá um trabalho de formação com esses representantes através de um

programa de capacitação e liderança para encorajar o professor líder de turma e os

representantes de cada turma a desenvolverem programas que sejam apropriadas

às expectativas (necessidades) do grupo através de palestras, oficinas e reuniões.

Num segundo momento esses alunos e professores assistirão o filme

“Nenhum a Menos”. De posse desses recursos iniciarão o trabalho efetivo de sala

de aula, onde cada turma, juntamente com seus representantes, assumirão a tarefa

de terminar o ano sem nenhuma desistência. Importante ressaltar que o grupo que

melhor se organizar, será no final do ano contemplado com aquilo que ficar decidido

em reunião no início do ano. Podendo ser uma viagem, ou um prêmio de igual valor.

O Grêmio Estudantil e o Conselho Escolar serão parceiros na organização e

acompanhamento dos resultados.

Duração: Durante o ano letivo de 2006

Produto Final: Comprovação da Diminuição da taxa de Evasão através dos

Relatórios no Final do Período Letivo.

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25.3- AGENDA 21

Tema: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL – agrotóxico e fertilizante x orgânico.

Problema:O uso indiscriminado de agro químicos na agricultura destrói os inimigos

naturais e estimula o aparecimento de novas pragas, conseqüentemente os

agricultores são obrigados a manipular fórmulas cada vez mais fortes, aumentando

significativamente a contaminação dos produtos que chegam à mesa da população e

contaminando o ambiente e prejudicando a qualidade das águas dos rios e a saúde

da comunidade, principalmente do próprio homem do campo.

Dentro desse contexto, como a escola poderá contribuir, através de

investigação científica, para minimizar e melhorar esse quadro?

Poderá a escola, juntamente com a comunidade incorporar nos

agricultores da região o modelo de agricultura sustentável?

Objetivo geral:Alertar a comunidade sobre as desvantagens da utilização de práticas

agrícolas insustentáveis e incorporar, gradativamente, o modelo de agricultura

sustentável, visando a otimização da produção.

Objetivos Específicos: Propiciar palestras, visitas para que se possa investigar e colher informações

sobre a realidade social da região em que se encontra inserida a Escola.

Orientar os alunos sobre as vantagens da implantação de um modelo de

agricultura sustentável.

Alertar para os riscos de contaminação, por produtos agrícolas, na alimentação e

na degradação do meio ambiente.

Oportunizar aos alunos e comunidade o conhecimento de um modelo de

agricultura sustentável.

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Promover a reflexão sustentada por um trabalho analítico, crítico que incorpore o

conhecimento empírico praticado pelo homem do campo, com o conhecimento

científico praticado na escola.

Fundamentação Teórica:Todos sabemos, embora pouco se faz, sobre os impactos ambientais

sofridos pelo planeta em função da intervenção do homem no meio ambiente. Essa

preocupação tornou-se crescente desde 1972 na Conferência das Nações Unidas

para o meio ambiente, realizada em Estocolmo em 1972, onde foi elaborado um

relatório que avaliava o estado do Meio Ambiente no planeta. De lá para cá,

diferentes segmentos da sociedade mundial vem se preocupando com a qualidade

de vida da população.

Durante a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento) realizada no Rio de Janeiro, foi firmado um acordo

com 179 países chamando-o de Agenda 21, que enfocava o conceito de

desenvolvimento sustentável, indicando as estratégias para que esse

desenvolvimento se efetivasse. A partir disso, várias ações foram implementadas

envolvendo todos os segmentos da sociedade pública e civil visando um modelo de

sustentabilidade.

Quando da implantação da Agenda 21 Brasileira, foram destacados os

seguintes temas centrais:

- Cidade Sustentável

- Agricultura sustentável

- Infra-estrutura

- Integração Regional

- Gestão de Recursos Naturais

- Redução das desigualdades Sociais

- Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento sustentável.

O compromisso da Agenda 21 é de todos na sociedade. Nós, enquanto

promotores de uma educação de qualidade, temos o compromisso e a

responsabilidade de fornecer uma educação globalizada no sentido intelectual,

humano e principalmente de responsabilidade social.

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Portanto, nosso papel dentro da agenda 21 é de desenvolver valores na

cultura humana, incluindo a imposição de novas posturas, tendo como princípio a

idéia de consumo responsável, o não desperdício, reúso e a reciclagem de resíduos

e produtos, fazendo cumprir as normas legais de proteção ambiental especialmente

na manutenção e reflorestamento das áreas degradadas pela ação irresponsável do

homem sobre as florestas através do desmatamento desordenado, destruição das

espécies animais, poluição das águas, emissão de gases tóxicos e uso irresponsável

de agrotóxicos.

A agricultura sempre foi um marco no desenvolvimento humano, pois

possibilitou a produção de alimentos, a sofisticação de ferramentas, manufaturados

gerando empregos e o desenvolvimento econômico.

As práticas utilizadas na agricultura são fundamentadas no manejo dos

recursos naturais, visando canalizar tais recursos na concentração de nutrientes e

energia que os animais e plantas cultivados necessitam para se desenvolver,

aumentando com isso, a produtividade e atendendo a ampla demanda na produção

de alimentos e matérias primas.

O modelo de agricultura contemporânea é composto por diferentes

práticas agrícolas e de diferentes níveis de desenvolvimento cultural e econômico,

desde a força braçal até os altos recursos tecnológicos.

Buscar hoje uma agricultura sustentável é de suma importância, pois a

prática da agricultura convencional levou à degradação ambiental observada em

diversos cantos de nosso planeta a exemplo disso, são os sinais de erosão,

desequilíbrio climático, assoreamento dos rios, a extinção de nascentes.

No ambiente natural, existe uma grande inter-relação entre as diferentes

espécies vegetais e os organismos consumidores. Os insetos herbívoros, por

exemplo, se alimentam dos vegetais, os insetos predadores se alimentam desses,

estabelecendo assim o equilíbrio entre essas populações. Quando o homem substitui

a vegetação natural pela agricultura, promove uma intensa simplificação do meio

natural. No entanto, nas ultimas décadas, o consumo de produtos químicos

aumentou significativamente para o controle de pragas e ervas daninhas, o uso

destes, também levam à destruição dos inimigos naturais, induzindo o aparecimento

de novas pragas, tornando necessário várias aplicações num mesmo plantio para

controlar a praga. O que acontece é que além de contaminar os alimentos

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produzidos, esse agrotóxico penetra no solo, causando a contaminação das águas,

do ar e das pessoas que aplicam esses produtos.

Enquanto a agricultura convencional causa irreversíveis conseqüências no

ambiente, a orgânica engloba todos os processos de cultivo e produção de

alimentos, imitando a natureza. Nesta não são utilizados agrotóxicos e fertilizantes

sintéticos, sua base é o solo. Em solo fértil as plantas serão saudáveis ficando

menos suscetíveis ao ataque de pragas e doenças. A agricultura orgânica procura

integrar a produção e o homem ao ambiente, causando menores impactos

ambientais e sociais.

Plano de Trabalho:1. Fazer um levantamento da situação ambiental nas propriedades rurais do

município de Engenheiro Beltrão, por meio de entrevistas com agricultores,

envolvendo:

- Tipo de solo;

- Sistema de cultivo adotado;

- Tipos de agricultura desenvolvida;

- Tipos de agroquimicos utilizados na produção;

- Classe toxológica dos produtos aplicados;

- Uso de equipamentos de segurança;

- Propriedades que matem irrigação

- Conhecimento do produtor da questão ambiental;

- Quantidade necessária de agro químicos por cultura.

2. Promover uma reunião na escola, convidando para fazer parte desta,

agricultores da região, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, Secretário

municipal do meio ambiente, alunos e professores, para troca de experiências

e levantamento das vantagens e desvantagens da agricultura convencional e

orgânica.

3. Promover pesquisas bibliográficas sobre todos os assuntos e após a posse do

referencial teórico todas as disciplinas trabalharão o tema abordado, usando o

seguinte procedimento:

- Matemática:

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- Trabalhar com o questionário de coleta de dados, transferir os dados em

gráficos estatísticos.

- Elaborar uma tabela de custo agrícola por hectare envolvendo uma ampla

pesquisa de preços no plantio convencional e orgânico.

- Química.

- Trabalhar os compostos químicos dos fertilizantes, agrotóxicos

utilizados na agricultura, suas fórmulas químicas, processo de fabricação,

etc.

- fazer uma análise química dos produtos do mercado quanto ao grau de

toxidade dos alimentos comercializados.

- Biologia.

- abordar os aspectos relativos à saúde, visando à qualidade de vida e as

vantagens e desvantagens dos produtos produzidos pelo processo

convencional e orgânico.

- Alimentos transgênicos.

- História

- Fazer um levantamento histórico do desenvolvimento do homem do

campo demonstrando a evolução da agricultura, suas influencias

econômicas e sociais, modelos e técnicas desenvolvidas até os dias

atuais, modelos e técnicas utilizadas hoje na comunidade.

- Geografia.

- topografia da região, tipo de solo, produtos adequados ao solo, relevo

etc.

- Língua Portuguesa.

Confecção de um jornal informativo, envolvendo todo o processo de

pesquisa, reuniões, etc.

- Língua estrangeira.

- Multinacionais que produzem e comercializam os agroquimicos

vendidos no Brasil.

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- Artes.

- Artesanato produzido pelo homem do campo, peças de museus,

reprodução dos materiais utilizados antigamente, (pilão, etc).

- Filosofia.

- Costumes, crenças do homem do campo.

- Física.

- Bio-enegia, auto-sustentabilidade do homem do campo.

- Educação Física.

- Alimentos, vitaminas e nutrientes contidos nos principais alimentos

produzidos pelo homem do campo.

Cronograma:Será montado junto com os professores na semana pedagógica.

Parcerias:- Cooperativas da região.

- Agrônomos e técnicos agrícolas

- Agricultores

- Comunidade.

Projeção para o futuro:Busca-se com o presente projeto um trabalho continuado não somente no

ano de 2006, mas nos anos vindouros, promovendo feiras de produtos orgânicos,

abrindo espaço para artesanato e comidas típicas elaboradas pela comunidade,

buscando uma constante parceria entre comunidade e escola e valorizando a cultura

regional.

Entendemos que esse trabalho venha contemplar amplamente a educação

no campo. A escola busca com esses projetos transcender os limites das disciplinas

construindo um currículo a partir da articulação dos saberes de acordo com a

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vivência dos alunos e das problemáticas da região em que a escola esta inserida,

ocorrendo assim, uma transdisciplinaridade.

Bibliografia:TORRES, Patrícia Lupion, et al, PROGRAMA RIO LIMPO, Intervenção da escola no

curso do rio. SEMA.

LIMA, Wilson, eta al, Revista- MEIO AMBIENTE E CIDADANIA, junho/ 2003.

ANTUNES, Paula Bessa, DIREITO AMBIENTAL. Rio de Janeiro, Luem Júris, 2000.

BOFF, Leonardo. SABER CUIDAR, Petrópoles, Vozes, 2001.LENVAL, L. de. A

EDUCAÇÃO DO HOMEM CONSCIENTE. São Paulo: Flamboyant, s.d.

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25.4 EDUCAÇÃO FISCAL

Tema: Formando Cidadão no Século XXI.

Problema: Estamos vivendo em uma era de transformação tecnológica, cultural,

política, mas que ainda há milhares de brasileiros passando fome, vivendo em

condições precárias, com deficiência no atendimento à saúde, ao saneamento

básico, sem trabalho, portanto sem dignidade. Se a educação deve formar o jovem

para ser um cidadão crítico, autônomo, é imprescindível que ele compreenda o papel

do Estado, seu financiamento e sua função social, e do processo decisório de

alocação do recurso público. Como mobilizar nosso jovem a participar do processo

de (re) construção social?

Objetivo Geral: Fornecer uma formação plena para o jovem autogovernar-se,

fornecendo condições para que ele entenda os contextos sociais, históricos e

econômicos em que está inserido, democratizando as informações sobre finanças

públicas propiciando o acompanhamento e o controle do gasto público.

Objetivo específico. Ensinar e aprender sobre políticas públicas e distribuição de renda.

Compreender, dentro do processo histórico, como as sociedades se

organizam.

Discutir sobre as transformações sociais desejadas, distribuição de

renda, construção coletiva da democracia.

Exercer o papel de cidadão democrático, participativo, fiscalizador da

gestão pública e da gestão escolar.

Compreender o real sentido dos tributos, seus diferenciais, a parcela

cabível a cada setor social, a forma de aplicação e percentuais cabíveis

a cada instância pública.

Incentivar a vigilância cidadã da aplicação dos recursos públicos.

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Fundamentação Teórica:Analisando o cenário brasileiro, e as constantes notícias que nos são

repassadas pelos meios de comunicação, jornais, revistas, televisão, notamos que

existem milhares de pessoas que vivem em condições precárias de sobrevivência,

alimentando-se nos lixões de nossas cidades, sem acesso à água, ao saneamento,

saúde, moradia. Não dá mais para fechar os olhos e virar o rosto do lado e fingir que

nada está acontecendo.

Mediante dados do IBGE, encontrados nos documentos da Secretaria da

Receita Federal, 1% da população mundial detém 53% de renda. O Brasil é um país

potencialmente rico, tendo alcançado 15% PIB (Produto interno bruto) do mundo.

Mas temos umas das piores distribuições de renda. Só somos comparados com

alguns países da África subsaariana, ou seja, os países que se situam abaixo do

deserto do Saara. No Brasil, 53 milhões de pessoas estão abaixo da linha da

pobreza, ou seja, 34% da população. A taxa de desemprego cresce a cada dia,

segundo dados do IBGE 2003. 50% da população economicamente ativa têm

emprego com carteira assinada, os restantes estão desempregados ou sujeitando-

se a condições precárias de trabalho. Enquanto isso vivemos num cenário de

corrupção pública. A cada dia o noticiário nos informa que milhares de dólares são

desviados dos cofres públicos para financiar campanhas eleitoreiras e para

corromper deputados e senadores que se dizem estar trabalhando para defender os

direitos dos cidadãos.

Diante desse cenário, cabe à educação fornecer informações para que essa

situação mude. Torna-se necessário democratizar as informações sobre finanças

públicas, propiciando ao cidadão fazer o acompanhamento e o controle do gasto

público, para que os tributos arrecadados sejam efetivamente aplicados conforme a

vontade popular, beneficiando a população que vive abaixo da linha da pobreza.

“O programa de Educação fiscal é constituído pelas mãos de cada um, a partir

de sua visão de mundo e da participação consciente no contexto das relações

humanas, sociais e econômicas, em que cada um é sujeito da sua história e da

história de todos”.(Secretaria da Receita Federal).

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Metodologia: Paulo freire, (PEDAGOGIA DA AUTONOMIA, 2005. P. 47) diz que “ensinar

não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria

produção ou a sua construção”. Partindo desse pressuposto, a primeira estratégia

que deverá ser aplicada é diagnosticar qual o conhecimento do aluno sobre os

tributos, ouvindo-os através de um diálogo aberto e investigando de onde vem o

conhecimento que têm a respeito do assunto. Após esse diálogo informal, será

necessário lançar-lhes desafios provocando a curiosidade e ampliarem seus

conhecimentos. Começando assim, um trabalho interdisciplinar, organizada em cada

disciplina na forma de mini projetos a serem executados durante o ano letivo.

Algumas sugestões procedimentais por disciplina:

Matemática.

1. Propor uma pesquisa na Internet, no Site da Receita Federal sobre o que é o

ICMS, IPVA, IPTU, parcelas cabíveis em cada ente tributante.

2. Quais os percentuais cobrados nos produtos da cesta básica. .

3. Como é feito o repasse do ICMS ao Estado. Quem paga a conta?

4. Elaborar gráficos estatísticos, verificando as condições de vida da população

do município, qual a renda per capta da população.

5. Verificar os percentuais que são repassados para a educação, quanto sua

escola recebe, onde e como são aplicados esses recursos, elaborar os

percentuais gastos na escola.

6. Trazer textos de jornais e revistas dos valores e percentuais divulgados pelo

governo federal dos investimentos e recortes dos desvios de dinheiro público,

fazendo um parâmetro do que poderia ser melhorado se os valores desviados

dos cofres públicos fossem investidos na melhoria da qualidade de vida da

população, dentro dos limites legais destinados a cada segmento da

sociedade.

7. Onde e como o IPTU, ISS são aplicados no município, qual o valor recebido

mensalmente.

8. Elaborar uma tabela de classificação dos impostos quanto ao contribuinte.

. História.

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1. Pesquisar a origem dos tributos desde a idade antiga até a

contemporânea.

2. Estudar e fazer um panorama da história dos tributos no Brasil desde a

época das descobertas até os dias atuais.

3. Fornecer as definições e o papel do Estado, suas organizações.

4. Estudar a história política do Brasil, os principais marcos.

5. Estudar a história do orçamento público no Brasil.

Português: 1. Elaborar um dicionário sobre os conceitos de tributos e suas classificações.

2. Elaborar um jornal informativo sobre orçamento participativo, sonegação

fiscal, etc.

3. Produzir textos e materiais informativos.

Geografia:

1- Promover uma visita em campo, para averiguar e pesquisar as condições de

moradia e salário dos munícipes.

2- Mapear o Brasil e verificar quais são as regiões onde se concentra o maior

índice de pobreza.

3- Quais os instrumentos necessários para a elaboração de um orçamento

público? Como é feito o orçamento público do município?

4- Mapear qual a área da cidade onde se concentre o maior índice de pobreza.

Quais as condições de vida dessa população, quanto ao saneamento básico,

saúde pública, quais os projetos que há no município para reverter o quadro

atual?

Artes.

1- Elaborar cartazes informativos e divulgá-los em murais no colégio.

2- Elaborar charges, diversas informativas a respeito de PPA, LDO, LO.

3- Promover peças teatrais com a participação da comunidade de caráter

informativo.

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. Educação Física Promover uma gincana cultural, com os temas propostos na educação fiscal,

formando equipes e elaborando provas na quadra que envolvem os conhecimentos

adquiridos.

- Filosofia.Trabalhar os valores embutidos na Educação fiscal, como liberdade,

igualdade, justiça social, superioridade de homem sobre o Estado.

Qual a diferença entre imposto, taxa, contribuição de melhoria, como esses

recursos devem ser aplicados e onde o são.

- Física. Trabalhar a energia elétrica, aproveitando não somente o consumo e as

transformações de kw. Mas também os valores dos impostos constantes nas faturas

de energia.

- Química.Quando trabalhar as composições químicas, aproveitar para trabalhar a água,

envolvendo contaminações, consumo e impostos embutidos nas faturas de água.

- Inglês.Produtos importados. Elaborar uma pesquisa no mercado sobre quais são os

produtos importados, quais as taxas e impostos aplicados na importação e também

na exportação dos produtos, pesquisar quais são os critérios das importações e das

exportações.

- Biologia. Quais as conseqüências causadas pela falta de saneamento básico, riscos de

epidemia, verbas destinadas à saúde pública, como são aplicadas no município

como fiscalizar a aplicação desses recursos

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Cronograma Ações

- Fevereiro Divulgação e formação de grupos de

estudos entre os professores.

- Março Montagem dos mini-projetos dentro das

disciplinas.

- Início dos trabalhos com os alunos.

- Palestras agendadas com técnicos da

receita federal.

- Abril a Novembro - Trabalho com os alunos, de forma

interdisciplinar.

Dezembro - Fechamento dos trabalhos.

Avaliação:A avaliação do projeto será feita dentro de cada disciplina de forma processual, com

critérios estabelecidos em acordo com os alunos. Como produtos finais, os alunos

envolvidos no projeto, montarão um orçamento popular para melhorias da escola e

também para melhoria do município.

Referências Bibliográficas.

ARAÚJO, José Prata. Cidadania – Políticas de Igualdade no Brasil. Minas Gerais,

Editora

Bis, 2002.

MORIM, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Publicado no

Boletim da SEMTEC-MEC Informativo Eletrônico da Secretaria de Educação Média e

Tecnológica – Ano 1 – Número 4 – junho/julho de 2000.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Educação Fiscal no contexto social. Brasília. 2004.

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Programa Nacional de Educação Fiscal. Sistema tributário nacional / ProgramaNacional de Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Gestão democrática dos recursos públicos / Programa Nacional de Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Relação Estado - Sociedade / Programa Nacional de Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

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25.5 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Problemática: A inovações tecnológicas tem contribuído para a prática pedagógica

e a efetivação da aprendizagem.

Objetivo Geral: Proporcionar avanços na melhoria e qualidade do ensino fazendo

uso das diversas tecnologias.

Objetivo Específico: Conhecer todo o potencial que as tecnologias podem trazer

para a melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos.

Justificativa: O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia

está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola faz

parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de

indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos

processos de formação e construção da realidade, devendo estar aberta e incorporar

novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas, justificamos este projeto.

Metodologia: Entendemos por tecnologia todo o conhecimento que permite alterar

nossas relações com o ambiente e com os outros seres humanos. Na era moderna

e industrial em que vivemos, a tecnologia geralmente é derivada de princípios

científicos, ou seja, de adaptações daquilo que é descoberto num laboratório de

pesquisa, de forma a permitir que possa ser produzido em maior quantidade.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para

a melhoria da qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na

escola não é, por si só, garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente

modernidade pode mascarar um ensino tradicional baseado na recepção e na

memorização de informações.

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e

na forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis –

livro didático, giz e lousa, televisão ou computador. A presença de aparato

tecnológico na sala de aula não garante mudanças na forma de ensinar e aprender.

A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a

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construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por

parte de alunos e professores.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de

socialização do saber; como um ambiente de discussão, troca de experiências e de

elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos

tecnológicos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a

comunidade escolar.

A tecnologia eletrônica – televisão, videocassete, DVD, máquina de calcular,

gravador e computador – pode ser utilizada para gerar situações de aprendizagem

com maior qualidade, ou seja, para criar ambientes de aprendizagem em que a

problematização, a atividade reflexiva, atitude crítica, capacidade decisória e a

autonomia sejam privilegiados.

Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais, revistas,

retroprojetor, vídeos e televisão, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para

a grande maioria das escolas, os meios eletrônicos de comunicação e informação

ainda constituem-se como “novidades”, embora socialmente sejam instrumentos

bastante conhecidos e utilizados.

Em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de

transformação da sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se

instaure o debate, a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e

disseminação de propostas de trabalho inovadores utilizando os meios eletrônicos de

informação e comunicação, já que eles possuem um enorme potencial educativo

para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem.

Utilizar recursos tecnológicos não significa utilizar técnicas simplesmente, e

não é condições suficiente para garantir a aprendizagem dos conteúdos escolares.

Por isso, é fundamental criar um ambiente de aprendizagem em que os alunos

possam ter iniciativas, problemas a resolver, possibilidades para corrigir erros e criar

soluções pessoais, utilizando os recursos tecnológicos como auxílio na

aprendizagem que exijam atitudes rápidas.

É importante que os alunos tenham os recursos tecnológicos como

alternativas possíveis para a realização de determinadas tarefas. A escola deve

possibilitar e incentivar que os alunos usem seus conhecimentos sobre tecnologia

pra apresentar trabalhos escritos das diferentes áreas; pesquisar sobre assuntos

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variados; sem que a realização dessas atividades esteja necessariamente atrelada

a uma situação didática planejada pelo professor.

A moderna sociedade tecnologia, cujos aspectos mais diretamente

observáveis modificam-se rapidamente, parece não deixar tempo nem para a crítica

nem para a contemplação e a satisfação com o estudo, exigindo apenas

conhecimentos de caráter mais usual. Porém, uma educação de caráter humanista,

capaz de fazer frente aos desafios da contemporaneidade, não pode dispensar a

contribuição da educação tecnológica, nas relações sociais e culturais instituídas a

partir do impacto das novas tecnologias.

É importante ressaltar a utilização desses recursos tecnológicos de forma

consciente para que o aluno não utilize de forma errada mas sim com fim que

aprimore sua formação intelectual.

Plano de Trabalho: Será trabalhada de forma interdisciplinar. De acordo com a

necessidade de cada conteúdo será feito o uso de recursos tecnológicos

correspondente.

Cronograma: Durante todo o ano letivo, no decorrer da execução do trabalho

pedagógico do professor junto aos alunos.

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26- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

Todo projeto em andamento precisa ser avaliado durante sua execução e

também no final. A avaliação serve para corrigir metas, ver os possíveis erros e

falhas, analisar o progresso e se estamos seguindo ao que se propõe.

Para isso é preciso reflexões constantes; se o trabalho que estamos

desenvolvendo está nos fazendo avançar na direção geral pretendida. Pretendemos

então realizar essas reflexões de forma organizada e registrada em fichas pré-

elaboradas, em grupos de estudo, reuniões com a APMF, Grêmio, Conselho Escolar

e representantes de sala.

Os participantes serão consultados e orientados a examinar cada item do

projeto político pedagógico confrontando a concepções com a prática vivenciada na

realidade.

Questionamentos que podem ser considerados:

Obs: Essas questões devem ser respondidas com relação a cada uma das

áreas temáticas, a fim de que o diagnóstico cubra inteiramente em seus diversos

aspectos:

1- Até que ponto nossa prática está coerente com o que estabelecemos em

nosso objetivo maior?

1- Nossa prática ajuda os jovens a serem críticos participativos e autônomos?

2- Até que ponto em nosso Colégio, o aluno é sujeito de seu próprio

desenvolvimento?

De modo geral:

3- Relatório de fatos e situações que evidenciam as ações positivas da escola

como um todo.(nossos pontos positivos)

4- Relatório de fatos e situações que evidenciam os aspectos negativos (nossos

pontos negativos)

5- O que já existe interna e externamente que ajuda a superar as falhas?

Serão anexados assim relatórios com as devidas conclusões.

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27- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em primeiro lugar queremos ressaltar que projeto refere-se a algo que ainda

não é, mas que se quer tornar.

Mais que organizar um conjunto de formações gerais, agora consiste em

saber regulá-las em favor do que se pretende que seja específico. Um dos meios

que possibilitará a realização e a transformação é o trabalho em equipe.

Ele será tanto melhor quanto se puder ser assumido no cotidiano daqueles

que foram os seus protagonistas e que se tornaram responsáveis por ele e, por isso

mesmo, beneficiários de sua realização.

O desafio do nosso Colégio é considerarmos uma realidade de evasão e

repetência que pode mudar, cabendo ao professor e a todos os outros profissionais

que aqui trabalham levar em conta essas mudanças, empenhadas em atingir o

objetivo mais geral. “Fazer com que todos aprendam”.

Nossa esperança, é que ele venha a se concretizar nas pequenas, sucessivas

e simultâneas coisas que vão pouco a pouco, dando-lhe consistência, tendo por base

relações solidárias.

O desafio está posto neste Projeto para todos e a contribuição de cada um é

fundamental nesta caminhada.

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28- REFERÊNCIAS

- GASPARIM, João Luiz, Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica,

Campinas, SP, 2002.

- HORA, Dinair Leal da, Gestão Democrática na Escola, Ed. Papirus.

- VASCONCELOS, Celso dos S., Coordenação do Trabalho Pedagógico, Ed.

Libertad, São Paulo.

- MACEDO, Lino de, Ensaios Pedagógicos – Como Construir uma Escola para Todos? Ed. Artmed.

- FREIRE, Paulo,Pedagogia da Autonomia.

- CARNEIRO, Moaci Alves. Os Projetos Juvenis na Escola de Ensino Médio, Ed,

Vozes, Petrópolis, 2002.

- SEED - Seminário de Desseminação das Políticas de Gestão Escolar para

Diretores da Rede Estadual, Maringá, 2004.

- GESTÃO EM REDE – Outubro de 2001 – nº 32

- GESTÃO EM REDE – Abril de 2001 – nº 27

- GESTÃO EM REDE – Maio de 2001 – nº 36

- IESDE BRASIL S.A – Homem, Cultura e Sociedade. Curitiba Pr.

- IESDE BRASIL S.A – Fundamentos Sócio- Filosóficos da Educação. Curitiba Pr.

- IESDE BRASIL S.A – Teorias da Aprendizagem. Curitiba, Pr.

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ANEXOS

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA - ENSINO MÉDIO.

ENGENHEIRO BELTRÃO-PR.

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR

O grande desafio da Proposta Curricular é estabelecer um projeto de ensino

voltado para uma inclusão de todos os alunos.

Com esse propósito foi elaborado o currículo de nosso Colégio onde as

diferenças individuais deverão ser respeitadas, por meio de planejamento de

propostas diversificadas. Trata-se da realização de um trabalho compartilhado,

visando otimizar a provisão de serviços e recursos para o atendimento de todos os

alunos em função das necessidades individuais, reconhecendo que a escola tem

como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e

sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal e social de todos os

educandos.

Para conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de

currículos abertos e flexíveis com adaptações para atender a diversidade.

Portanto nossa Proposta Curricular deverá viabilizar as necessárias

mediações para que os jovens desenvolvam conhecimentos que lhes permitam

trabalhar intelectualmente e pensar com praticidade, utilizando conhecimentos

científicos e estabelecendo relações sociais de modo articulado na resolução de

problemas.

Dessa forma o desenvolvimento humano em sua integralidade deverá estar

articulado de conhecimento, emoções e atitudes, que conduzam à autonomia

intelectual e ética.

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO

NRE: Campo Mourão MUNICÍPIO: Engenheiro Beltrão

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

Base

Nacional

Comum

Disciplina 1ª série 2ª série 3ª série C.Horária

Arte 2 - - 80

Biologia 3 2 2 280

Educação Física 2 2 2 240

Física 2 2 3 280

Geografia 2 2 2 240

História 2 2 2 240

LínguaPortuguesa 4 4 4 480

Matemática 4 4 4 480

Química 2 3 2 280Sociologia - 2 - 80

Filosofia’ - - 2 80

Sub-Total 23 23 23 2760

L.E.M. Inglês 2 2 2 240

Sociologia - 2 - 80

Sub-Total 2 4 4 400

Total Geral 25 25 25 3000 Total de horas 2500

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino

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24.4 – PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

ARTE

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA- ARTE

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINANas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências sobre

sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir à

ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em

mercadoria ou meramente proporcionar prazer.

As concepções presentes no senso comum, identificam-se no campo de

estudos da estética no mundo ocidental, com as teorias essencialistas de arte: a mímesis e a representação; a arte como expressão e o formalismo. Essas

teorias pretendem definir um conceito fixo e único sobre a arte , defendem a idéia de

que existe uma essência, ou seja, propriedades essenciais comuns a todas as obras

de arte e que somente nelas se encontram.

A teoria da mímesis, desenvolvida na Grécia antiga, tem por definição que a

arte é imitação. Assim a mímesis somente considerava perfeita a obra que atingisse

maior semelhança com o modelo configurado na representação da realidade,

segundo a expectativa do artista, então considerado como artífice.

Na arte essas concepções vem desde a Antiguidade Clássica, passando pelo

Renascimento, vindo até o século XIX, no início da segunda fase da revolução

industrial. São a mímesis e a representação, as mais antigas teorias da arte e foram

aceitas pelos próprios artistas, por muito tempo, como inquestionáveis, nas quais o

valor da arte está nas suas referências, na mensagem nela contida.

Ainda hoje, a teoria da representação é referência no cotidiano das escolas e

implica no senso de repetição da forma a partir de um modelo pré-estabelecido,

aceito como referência formativa no ensino da Arte. Essa idéia da arte como

representação, muito presente na escola, enfatiza o fazer técnico e científico de

conteúdos reprodutivistas, com uso de modelos e cópias do natural.

Contrapondo-se a um modelo de arte, fundamentada na representação fiel ou

idealizada da natureza, a arte sob a perspectiva da Teoria expresssionista, iniciou-

se com filósofos e artistas românticos do final do século XVIII. Essa concepção

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defendia que a arte deveria libertar-se das limitações das teorias anteriores (mimesis

e representação), ao mesmo tempo que deslocava para o artista, ou criador, a chave

da compreensão da arte.

A concepção expressionista em sua base, evidenciou as contradições da

sociedade, a partir das impressões pessoais dos artistas desse tempo histórico. Essa

concepção, dividiu-se em dois momentos distintos: A arte como expressão e a arte

como forma significante ou formalismo.Aproximando-se dessa idéia do romantismo, na arte como expressão,

detacaram-se artistas e filósofos como: Kant, Tolstoy, Van Gogh, Edward Munch,

Goethe, Ibsen, Wagner entre outros, que em algumas de suas obras representaram

essas características. Esse movimento tem como objetivo aprofundar o olhar diante

da realidade. O artista é considerado como gênio em seu processo de criação. Não

contempla mais as cenas do cotidiano de uma forma distanciada, de fora para

dentro, e sim deixa transparecer em suas obras as impressões dos sentidos,

projeções e visões subjetivas do real, que se caracterizam, nessa teoria, de dentro

para fora. A arte, nesse movimento, é considerada como expressão dramática,

visível, que exprime sentimentos e emoções.

Na concepção expressionista, uma importante função da arte foi a de revelar

as contradições da sociedade, prestando-se desse modo a uma crítica social que

representava os conflitos internos dos sujeitos, profundamente marcada por uma

localização histórica em transformação.

Para uma proposta de inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

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Enfim, é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

3- OBJETIVOS GERAIS

- Fazer o aluno sentir, invadir a razão e a emoção, levando-o à reflexão sobre o

homem e o mundo através da análise e criação de uma obra-de-arte.

- Ampliar a capacidade dos educandos de representar e compreender o mundo;

- Entender a arte como modo de ação produtiva do homem, como fenômeno

social e parte da cultura.

- Relacionar a arte com a totalidade da existência humana, mantendo íntimas as

conexões com o processo histórico;

- Compreender a arte como produto de produção cultural nascida por força das

práticas sociais;

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4- CONTEÚDOS:

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos Formais

A composição

Os movimentos e períodos

O tempo e espaço (estará presente no interior dos conteúdos e é um elemento

articulador entre os mesmo).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

1- figurativa

2- abstrata

3- figura/fundo

4- bidimensional / tridimensional

MÚSICA

1- ritmo

2- melodia

3- harmonia

4- intervalo melódico

5- intervalo harmônico

TEATRO

1- representação

2- sonoplastia / iluminação / cenografia

3- figurino / caracterização / maquiagem e adereços

DANÇA

1- ponto de apoio

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2- salto e queda

3- rotação

4- formação

5- deslocamento

MOVIMENTOS E PERÍODOS

1- arte Pré-histórica

2- arte no Egito Antigo

3- arte Grego-romana

4- arte Pré-colombiana nas Américas

5- arte Oriental

6- arte Africana

7- arte Medieval

8- Renascimento

9- Barroco

10- Neoclassicismo

SEGUNDA SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

1- semelhanças

2- contrastes

3- ritmo visual

4- gêneros

5- técnicas

MÚSICA

1- tonal

2- modal

3- gêneros

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4- técnicas

5- improvisação

TEATRO

1- jogos teatrais

2- roteiro

3- enredo

4- gêneros

5- técnicas

DANÇA

1- sonoplastia

2- coreografia

3- gêneros

4- técnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Romantismo

Realismo

Movimentos de vanguarda (Futurismo, Cubismo...)

Op-art

Pop-art

Teatro pobre

Teatro do oprimido

Música eletrônica

Rap, funk, técnico

Música minimalista

Arte engajada

Hip hop

Dança moderna

Vanguardas artísticas

Arte brasileira

Arte paranaense

Indústria cultural

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5- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar na

metodologia, que pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na

investigação da verdade” (FERREIRA, 1986). Este é o elemento da pedagogia que

está mais intimamente ligado à prática em sala de aula.

Quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o pensamento par o

método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê? O trabalho em sala de

aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é

de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras

artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma

devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da

organização pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o conhecimento, que

fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais

sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos artísticos.

A seguir explicitaremos cada um desses três momentos. Tendo em vista que

os mesmos constituem-se numa totalidade, o trabalho em sala poderá iniciar por

qualquer um deles, ou pelos três simultaneamente. O importante é que no final das

atividades (em uma ou várias aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos esses

momentos tenham sido realizados com os alunos.

4.1 Sentir e Perceber

A apreciação e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos

sentidos, sendo que a fruição e a percepção serão superficiais ou mais

aprofundadas, de acordo com as experiências e conhecimentos em Arte que o aluno

tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação

e apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as

obras e a realidade, transcendendo as aparências, aprendendo, através da arte,

parte da totalidade da realidade humano social.

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Na análise da obra de arte deve-se perceber que o artista, no processo de

composição de sua obra, imprime na mesma, sua visão de mundo, a ideologia ao

qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além do

artista ser um sujeito histórico e social, é também singular e na sua obra, apresenta

uma nova realidade social.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos realiza-se

tanto na apreciação dos objetos, quanto a percepção mediada pelo conhecimento

em arte sistematizado.

4.2 Conhecimento em Arte

Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade opera para

aprender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.

O conhecimento em arte, na perspectiva destas diretrizes materializa-se no

trabalho escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição,

movimentos e períodos, tempo e espaço) da disciplina e como eles se constituem

nas artes visuais, dança , música e teatro.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social

dos alunos, trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na

comunidade e as manifestações artísticas que produzem significado de vida para

estes alunos, tanto na produção como na fruição.

A abordagem dos conteúdos (conhecimento) não deve ser feita somente

como aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico,

pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são

trabalhados.

Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho

de indivíduos, histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem

e história, que devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno.

Este conhecimento transforma-se, através do tempo, em função dos modos de

produção social, o que implica, para o aluno, conhecer como se organizam as várias

formas de produzir arte, como também, a maneira pela qual a sociedade estrutura-se

historicamente.

4.3 – Trabalho Artístico

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A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e

momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a

escola encontra para desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte

não pode ser aprendida somente de forma abstrata, o processo de produção do

aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e

humaniza os sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem

em arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em

sala de aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas

com recursos e metodologia específica para cada um desses momentos.

O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o

fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir

e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual, diagnóstica por

ser a referência para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos,

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Para isso o

planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do

professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação

dos alunos.

A avaliação diagnóstica serve de base para o planejamento das aulas, pois

mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados, a forma e a

profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos

possuem.

Portanto o conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os

colegas de sala e ao mesmo tempo é a referência para o professor propor

abordagens diferenciadas. Por exemplo, o conteúdo a ser trabalhado com o aluno

que possui um conhecimento, técnica ou habilidade deve servir para que ele possa

ampliá-lo e principalmente sistematizá-lo, já o aluno que não conhece esse conteúdo

deve ser iniciado na sua aprendizagem.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar

vários instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e

final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas,

entre outras.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

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Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é,

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Departamento de ensino Médio.

Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.

- Diretrizes Curriculares de arte para o ensino médio.

- Livro didático público – Arte no Ensino Médio (Secretaria de Estado da

Educação).

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

BIOLOGIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – BIOLOGIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como estudo o fenômeno Vida. O homem tem,

através dos tempos, tentado explicá-lo e compreendê-lo.

Os conhecimentos da disciplina de biologia se firmam em modelos teóricos

elaborados pelo homem ( paradigmas teóricos), que apresentam o esforço para

entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o ensino,

buscou-se, na história os contextos nos quais pressões religiosas, políticas e sociais

impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a

compreender a natureza.

O homem primitivo retratou as suas observações através das pinturas

rupestres, o que representa o seu interesse em explorar a natureza.

Os filósofos Platão e Aristóteles deixaram suas contribuições quanto à

classificação dos seres vivos. As interpretações filosóficas buscaram explicações

para a compreensão da natureza.

Na idade média ( séc. V – séc. XV), através do cristianismo, o conhecimento

do universo foi associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica que o transforma

em dogmas, institucionalizando o dogmatismo egocêntrico ( Deus é o centro).

Neste período, nascem as primeiras universidades procurando organizar,

sistematizar e agrupar o conhecimento produzido pelo homem.

Na história da Ciência, na Renascença, encontra-se também um período

marcado por contradições. Leonardo da Vinci introduz o pensamento matemático

como instrumento que permite interpretar a ordem mecânica da natureza.

Neste período, surgem novas contribuições com Carl Von Linné, que resultou

no pensamento biológico descritivo.

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O médico Willian Harvey introduz as bases do pensamento biológico

mecanicista.

Com Erasmus Darwin surge a evolução dos seres vivos - mutação das

espécies ao longo do tempo. Lamarck, parte para a classificação dos seres vivos,

criando o conhecimento de sistema evolutivo em constante mudança.

Gregor Mendel propõe as leis que regulam a hereditariedade – transmissão de

características entre os seres vivos.

No século XIX, surge a proposição da teoria celular, a partir de descrições

feitas pelo Botânico alemão Mathias Schliden e pelo naturalista alemão Theodor

Schwann, afirmam que todas as coisas vivas, os animais e vegetais, eram

compostos por células e com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.

No século XX, a influência do pensamento biológico evolutivo surge a partir do

pensamento biológico da manipulação genética, demarcando a condição do homem em

compreender a estrutura físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações

biológicas.

Após estes fatos evolutivos da vida, o ensino passa a trabalhar três fatores que

provocaram alterações no Ensino de Ciências no Brasil: o progresso da Biologia, a

constatação internacional e nacional da importância do Ensino de Ciências, como fator

de desenvolvimento e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Na atualidade as mudanças pedagógicas são rápidas.

Ao analisar a situação do ensino público em 2003, percebeu-se a

descaracterização do objeto de estudo da disciplina de Biologia. Estabeleceu, assim, a

construção das Diretrizes Curriculares, considerando-se a concepção histórica da

ciência articulada com os princípios da filosofia da Ciência.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Compreender as rápidas transformações científicas e tecnológicas

provocadas, por exemplo, pela engenharia genética - e os grandes problemas

de nosso tempo, como a fome, a aids, as drogas e os desequilíbrios

ambientais.

- Reconhecer o sentido histórico de ciência e da tecnologia e sua relação com a

vida na terra.

- Possibilitar ao aluno o desenvolvimento das habilidades necessárias para a

compreensão do papel do homem na natureza.

- Propiciar condições para que o educando compreenda a vida como

manifestação de sistema organizados e integrados, em constante interação

com o ambiente físico-químico.

- Reconhecer como agente capaz de modificar ativamente o processo evolutivo,

alterando a biodiversidade e as relações estabelecidas entre os organismos.

- Compreender e interpretar fatos e fenômenos naturais sob a óptica da

Biologia, servindo como instrumento para orientar decisões e intervenções.

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3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o ensino de Biologia compreender o fenômeno Vida e sua complexidade de

relações, significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório

garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança

constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico,social, político,

econômico e cultural.

A proposta curricular do ensino de Biologia firma-se na construção da práxis do

professor. Objetiva trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares, mas numa

perspectiva diferenciada, onde retome a história da produção do conhecimento científico

e da disciplina escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes

estratégias metodológicas de ensino:

1- Prática social;

2-Problematização:

3-Instrumentalização;

4-Catarse;

5-Retorno à pratica social.

Para cada conteúdo estruturante, propõe-se:

1-Organização dos seres vivos;

2-Mecanismos biológicos;

3-Biodiversidade;

4-Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.

Compreendendo-se a proposta dos conteúdos estruturantes, uma atenção

especial deve ser dada ao modo como os recursos pedagógicos serão utilizados e aos

critérios político-pedagógicos da seleção de recursos didáticos, que podem contribuir

para crítica que permitirá realizar os recortes necessários dos conteúdos específicos

como significativos para o Ensino Médio.

Recursos utilizados:

- aula dialogada;

- a leitura;

- a escrita;

- a experimentação;

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- as analogias.

Recursos audio visuais:

- vídeo:

- transparência;

- fotos;

- atividades experimentais.

Atividades que veiculam uma concepção sobre a relação homem-ambiente, e o

estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios,

zoológicos, hortas, mercados, lixões, fábricas, hortos florestais, etc.

Jogos didáticos contribuem para gerar desafios e detém conteúdo com finalidade de

desenvolver habilidades de resolução de problemas, o que possibilita a oportunidade de

traçar planos de ações para atingir determinados objetivos.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade, a metodologia não pode

ser apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o

mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim, é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino, com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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3-CONTEÚDOS

PRIMEIRA SÉRIE Organização dos seres vivos.

1. Vida e composição química dos seres vivos.

Como definir “vida”?

Características gerais dos seres vivos.

A química das células.

2. Vida e energia.

Níveis de organização dos seres vivos.

Biosfera,ecossistemas,comunidades e populações.

Transferência de matéria e de energia nos ecossistemas.

As pirâmides ecológicas.

Redes e teias alimentares.

O equilíbrio na natureza.

Biodiversidade.

3. Ciclos da matéria,sucessão ecológica e desequilíbrios ambientais.

Introdução.

Ciclos da matéria.

Sucessão ecológica.

Desafios para o futuro.

4. Ecossistemas e populações.

Introdução.

Ecossistemas aquáticos.

Ecossistemas terrestres.

Manguezais.

Ecologia das populações.

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5. Relações entre os seres vivos.

Interações ecológicas.

Relações intra-específicas.

Relações interespecíficas ou Simbioses.

Mecanismos biológicos.

6. Origem da vida.

Universo, Sistema Solar e planeta Terra.

Geração espontânea.

Teoria da biogênese.

E os primeiros seres vivos,como surgiram?

A hipótese heterotrófica sobre a origem da vida.

7. Introdução à citologia e membranas celulares.

Citologia: estudo da célula.

Célula:tamanho,forma e funções.

Estrutura básica de uma célula eucariótica.

Os envoltórios das células.

Mecanismos de transporte através de membranas.

Endocitose e exocitose.

8. Citoplasma e organelas.

Citoplasma:características gerais.

Ribossomos.

Inclusões.

Citoesqueleto.

Centríolos.

Organelas membranosas.

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9. Metabolismo energético da célula.

Conceitos gerais.

Fotossíntese.

Quimiossíntese.

Respiração aeróbia.

Respiração anaeróbia.

Fermentação.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

10.Núcleo e divisão celular.

10.l Núcleo noções gerais.

10.2 Estrutura do núcleo.

10.3 Divisão celular.

10.4 Ciclo celular:interfase e mitose.

10.5 Meiose.

11.Embriologia animal.

Gametogênese.

Fecundação

As fases do desenvolvimento embrionário.

Anexos embrionários.

O desenvolvimento embrionário humano.

12.Histologia animal.

A multicelularidade.

Tecidos epiteliais.

Tecidos conjuntivos.

Tecidos musculares.

Tecido nervoso.

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SEGUNDA SÉRIE

Organização dos seres vivos.

13.Os seres vivos e os vírus.

Classificação dos seres vivos.

Reinos de seres vivos.

A proposta do sistema dos três domínios.

Vírus características gerais.

Mecanismos biológicos.

Moneras

Introdução.

Eubactérias.

14.Protistas.

Os termos protista e protoctista.

Os protozoários.

Os protozoários e a saúde humana.

As algas.

15.Fungos.

Introdução.

Fungos e mutualismo.

Estrutura básica de um fungo multicelular.

Os fungos e o ser humano.

Classificação e reprodução dos fungos.

Biodiversidade.

16.Os grandes grupos de plantas.

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Classificação das plantas.

Briófitas

Pteridófitas.

Gimnospermas.

Angiospermas.

17.Morfologia das angiospermas.

Germinação da semente.

A raiz.

O caule.

AS folhas.

Os frutos.

18.Histologia vegetal.

Classificação dos tecidos vegetais.

Tecidos meristemáticos ( meristemas ).

Tecidos permanentes.

Estrutura interna das raízes.

Estrutura interna do caule.

Estrutura interna da folha.

19.Fisiologia das fanerógamas.

Transpiração e transporte de seiva bruta.

Fotossíntese e transporte de seiva elaborada.

Fotossíntese e respiração.

Movimentos.

20. Introdução ao reino animal: Porífera e Cnidária.

Classificação e nomenclatura.

Filo Porífera.

Filo Cnidária.

21.Platyhelminthes e Nematelminthes.

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O significado dos nomes.

Platelmintos.

Nematelmintos.

22.Mollusca e Annelida.

Filo dos moluscos.

Filo dos anelídeos.

23.Arthropoda

O maior grupo de seres vivos: os artrópodes.

Classificação dos artrópodes.

Desenvolvimento.

Reprodução.

Fisiologia dos artrópodes: respiração,circulação e excreção.

Os grupos de artrópodes.

24.Echinodermata e Introdução ao filo Chordata.

Equinodermos

Cordados.

25.Peixes.

Peixes e tetrápodes.

Características gerais dos peixes com maxila.

Os grupos de peixes.

26.Anfíbios.

Quem são os anfíbios.

Características gerais.

Anuros.

Urodelos.

Ápodas.

27.Répteis.

A origem dos répteis.

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Os répteis atuais e suas principais características.

Anatomia e fisiologia dos répteis.

Classificação dos répteis.

28.Aves.

Características gerais das aves.

Sentidos.

Temperatura corpórea.

Fisiologia.

Origem das aves.

Um pouco mais sobre a classificação das aves.

29.Mamíferos.

Características gerais.

Regulação de temperatura corporal

Anatomia e fisiologia.

Prototérios ou monotremados.

Metatérios ou marsupiais.

Eutérios.

A origem evolutiva dos mamíferos.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.

30.Evolução humana; Fisiologia humana I:coordenação nervosa e locomoção.

Evolução humana.

Anatomia e fisiologia humana.

31.Fisiologia humana II:digestão e nutrição.

Digestão.

O sistema digestório humano.

Nutrição e saúde.

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32.Fisiologia humana III: respiração,circulação e excreção.

Sistema respiratório.

Sistema cardiovascular.

Circulação linfática e mecanismos de defesa.

Seres humanos e a manutenção da temperatura interna.

Sistema urinário.

33.Fisiologia humana IV:controle hormonal e repdução.

Controle hormonal.

O ciclo menstrual.

Reprodução humana.

TERCEIRA SÉRIE

Organização dos seres vivos.

34.Genética: a primeira lei de Mendel.

O início da Genética.

O trabalho de Mendel e a primeira lei.

Heredogramas.

Cruzamento-teste.

Exemplo de monoibridismo.

Monoibridismo e modificações nas proporções fenotípicas.

Mecanismos biológicos.

35.Polialelia.

Conceitos básicos.

Herança da cor da pelagem em coelhos.

Herança dos grupos sanguíneos do sistema ABO.

Transfusão de sangue.

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36.A segunda lei de Mendel.

Mendel e a herança de dois caracteres.

Probabilidade e leis de Mendel.

37.Genética pós-Mendel.

Introdução.

Pleiotropia e interação gênica.

Vinculação ou ligação gênica.

Herança do sexo na espécie humana.

Herança ligada ao sexo e herança holândrica.

Herança influenciada pelo sexo.

Herança limitada ao sexo.

38.Biologia molecular do gene:síntese protéica e engenharia genética.

Introdução.

A síntese de proteínas.

Mutações no material genético.

Biotecnologia:engenharia genética.

Biodiversidade.

39.Evolução:conceito e evidências.

Introdução.

Evidências da evolução:descobrindo relações de parentesco.

Adaptação e teoria evolutiva.

Irradiação adaptativa e evolução convergente.

Potencial biótico e resistência do meio.

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4l. Teoria sintética da evolução, especiação e genética de populações.

41.1 Introdução.

41.2 Teoria sintética da evolução.

41.3 Genética de populações.

41.4 Especiação:o processo de formação de novas espécies.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

42. Dinâmica das populações biológicas.

Características das populações.

Fatores que regulam o tamanho de populações biológicas.

Oscilações em populações naturais.

43. Fundamentos da Ecologia.

Conceitos básicos em Ecologia.

Cadeias e teias alimentares.

44. Energia e matéria nos ecossistemas.

Fluxo de energia e níveis tróficos.

Ciclos biogeoquímicos.

45. Relações ecológicas entre seres vivos.

Tipos de relação ecológica.

Relações intra-específicas.

Relações interespecíficas.

46. Sucessão ecológica e biomas.

Sucessão ecológica.

Fatores que afetam a evolução dos ecossistemas.

47. Conteúdos complementares

47.1 Agenda 21.

47.2 Cultura-Afro.

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47.3 Educação Fiscal.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que precisa ser definido pela unidade escolar e, em

especial, pelos professores, que atuam diretamente com os alunos.

Muitos caminhos são apontados para que se proceda a avaliação dos alunos,

mas somente o professor poderá definir o caminho a ser trilhado.

A avaliação deve:

a) ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola

como um todo. Para tanto, deve ser contínua e evolutiva, o que dará ao professor

subsídios para a percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos;

b) desenvolver-se paralelamente ao processo de construção do conhecimento;

c) ser considerada um instrumento para auxiliar a ação pedagógica;

d) servir para desencadear e interpretar comportamentos a serem observados.

Para dar conta desse papel, o professor pode avaliar, por exemplo:

. a postura do aluno diante dos problemas;

. os caminhos que o aluno percorre para solucionar esses problemas;

. as estratégias que utiliza para construir e sistematizar novos conhecimentos;

. a maneira como sintetiza os conhecimentos construídos;

. a forma como socializa seus conhecimentos;

. o que o aluno diz e como diz.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las, a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas, um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

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Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

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6- REFERENCIAS:

DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO,

julho 2006.

PAULINO w. R. Biologia Coleção ,Editora Saraiva.

PAULINO W. R. BIOLOGIA , EDITORA ÁTICA.

SÕNIA L. e SÉRGIO R. BIOLOGIA, EDITORA SARAIVA.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA - EDUCAÇÃO FÍSICA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em relação

aos demais componentes curriculares. Trata-se de um componente que contribui

para a formação do cidadão com instrumentos e conhecimentos diferenciados

daqueles chamados tradicionais no mundo escolar. O conhecimento da Educação

Física é socializado e apropriado sob manifestação de conjunto de práticas,

produzidas historicamente pela humanidade em suas relações sociais. Portanto,

trata-se de uma área de conhecimento que exige espaços e tempos diferenciados

dos espaços e dos tempos tradicionalmente tratados na escola, uma prática que

exige ambiente físico amplo, arejado, protegido do excesso de sol e da chuva,

equipado com materiais apropriados, que requer ajustes circunstanciais para o

desenvolvimento dos temas específicos. Essa estrutura física vai além dos muros da

escola, com a disciplina interagindo com a comunidade escolar, podendo explorar

espaços para além dos espaços escolares, como ruas, rios, praias, praças públicas,

montanhas, etc.

O que se espera é que os alunos do ensino médio tenham a oportunidade de

vivenciarem o maior número de práticas corporais possíveis. Ao realizarem a

construção e vivência coletiva dessas práticas, estabelecem relações individuais e

sociais, tendo como pano de fundo o corpo em movimento. Assim, a idéia é de que

os jovens adquiram maior autonomia na vivência, criação, elaboração e organização

dessas práticas corporais.

Espera-se, que os saberes da Educação física tratados no ensino médio

possam preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se

refere à organização dos espaços e recursos públicos de prática de esporte,

ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros.

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Sendo que ao término do Ensino Médio o aluno possa com esses

conhecimentos optar por uma atividade física para uma melhor qualidade de vida.

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2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA- Oportunizar a vivência das práticas corporais;

- Participação efetiva do educando no mundo do trabalho no que se refere à

compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao

controle sobre o próprio esforço e do direito ao repouso e ao lazer;

- Conhecer as práticas desportivas, não só como parte do currículo, mas

como prática de lazer e organização da comunidade nas manifestações,

vivência e na produção de cultura.

- Possuir iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para

suas próprias práticas corporais.

- Valorizar outras práticas corporais oriundas dos diversos grupos étnicos

que constituem a sociedade brasileira.

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3- CONTEÚDOS ANO/SÉRIE:

PRIMEIRA SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 ESPORTES – Origem e regras

1.1 Voleibol :

1.2 Handebol:

1.3 Futsal:

1.4 Basquetebol:

1.5 Atletismo

2 JOGOS

2.1 Ping-pong

2.2 Xadrez

3 LUTAS

3.1 Capoeira – origem, história

4 DANÇA

4.1 Folclórica - do Estado do Paraná – origem, história, transformações, ritmos,

coreografia.

4.2 Moderna – funk – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3 Afro-brasileira

5 GINÁSTICA

5.1 Localizada

5.2 Academia

5.3 Artística

5.4 Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.1 A desportivização

6.2 Mídia

6.3 Saúde

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6.3.1 Nutrição

6.3.2 Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.3.3 Lesões e primeiros socorros

6.3.4 Doping

6.4 O corpo

6.5 A tática e a técnica

6.6 O lazer

6.7 A diversidade

SEGUNDA SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 ESPORTES – Origem, regras, histórico.

1.1-Voleibol:

1.2- Handebol:

1.3- Futsal:

1.4- Basquetebol:

1.5-Atletismo

2 - JOGOS

2.1 Ping-pong – origem, como jogar, regras básicas.

2.2 Xadrez – aprofundamento do jogo e jogadas.

2.3 Jogos intelectivos – origem, variações regionais do jogo (dama, trilha...).

3 - LUTAS

3.1 Tae ko dow – origem, histórico, propósito filosófico, evoluções através do tempo,

contribuição da mesma para o desenvolvimento do indivíduo.

4 - DANÇA

4.1 Folclórica – das regiões brasileiras – origem, história, transformações, ritmos,

coreografia.

4.2 Moderna – Rap – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3 Afro – brasileira

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5 - GINÁSTICA

5.1 Localizada

5.2 Academia

5.3 Artística

5.5 Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.8 A desportivização

6.9 Mídia

6.10 Saúde

6.10.1 Nutrição

6.10.2 Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.10.3 Lesões e primeiros socorros

6.10.4 Doping

6.11 O corpo

6.12 A tática e a técnica

6.13 O lazer

6.14 A diversidade

TERCEIRA SÉRIECONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 - ESPORTES

1.1 Voleibol:

1.2- Handebol:

1.3- Futsal:

1.4- Basquetebol:

1.5 Atletismo

2 - JOGOS

2.1 Ping-pong – regras complementares, pontuação e arbitragem.

2.2 Xadrez – conhecimento de súmula e relógio dentro do jogo propriamente dito.

2.4 Jogos intelectivos – origem, variações regionais do jogo (dama, trilha).

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3 - LUTAS

3.1-Judô – origem, histórico, propósito filosófico, evoluções através do tempo,

contribuição da mesma para o desenvolvimento do indivíduo.

4 - DANÇA

4.1-Folclórica – tradicionais dos países do mercosul – origem, história,

transformações, ritmos, coreografia.

4.2- Moderna – danças de salão – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3- Afro-brasileira

7- GINÁSTICA

5.1- Localizada

5.2- Academia

5.3- Artística

5.4- Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.15 A desportivização

6.16 Mídia

6.17 Saúde

6.17.1 Nutrição

6.17.2 Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.17.3 Lesões e primeiros socorros

6.17.4 Doping

6.18 O corpo

6.19 A tática e a técnica

6.20 O lazer

6.21 A diversidade

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Através da articulação pedagógica, que tem como provocadores de todo o

processo e que se desencadeia a partir das intenções educativas, os conteúdos de

ginástica, esporte, jogos, lutas e dança como saberes construídos pela humanidade

podem ser palco de abordagem, entre outros. Alem disso cada um desses conteúdos

possui uma vinculação social com a realidade atual, tal como a vinculação do esporte

à indústria cultural. A dança por sua vez, também possui vinculações étnicas,

culturais e históricas, bem como relações de gênero a serem discutidas na escola.

A Ginástica e as Lutas possuem a riqueza das influências dos vários povos e

culturas que construíram o Brasil. Estão ligadas a questões estéticas e às tradições

da “boa condição Física”. Carregam consigo o simbolismo da beleza corporal e o

mito da longevidade, do corpo saudável e dos rituais de passagem presentes na

história e nos modos de vida dos vários grupos étnicos.

Os jogos carreiam as intenções lúdicas de cada prática corporal desenvolvida

no campo das transformações culturais. Quando se fala em possibilidades de

práticas de lazer, em processo criativo na escola ou em relações solidárias e

diversidade cultural, os jogos, como conteúdo, representam a possibilidade da

singularidade, do algo descoberto, aquilo que representa a identidade dos grupos.

Temas e conteúdos demandam ações pedagógicas que poderão ser

contempladas com pesquisas acerca das práticas comuns da comunidade e de

práticas latentes, vivenciadas em espaço, e com equipamentos específicos para

cada modalidade.

A articulação dos conteúdos, envolvidos pelo tratamento pedagógico, dará

condições de fazer a Educação Física cumprir algumas de suas perspectivas em

relação à formação dos alunos, dentre elas a questão da autonomia sobre as

práticas corporais, o acúmulo e a produção cultural a partir dos conhecimentos

construídos.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

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todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os

professores à reflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas

formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física nesta

proposta curricular, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e

aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da

aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações

pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina que Educação Física, a

avaliação deve conter critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a

qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando,

dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo, levando-se em

consideração o que preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa em

comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas

à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais

humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão

revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de

ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades constatadas. Será um processo contínuo,

permanente e cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o

seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações corporais, evidenciadas

nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os

alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma

suposta relação com o mundo.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

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organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

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6- REFERÊNCIASDIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO

MÉDIO.Versão preliminar junho/2006 SEED

www.saudeemmovimento.com

Regras oficiais – Editora Sprint (vôlei, futsal, basquetebol, handebol, atletismo)

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física;In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.

________Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.

BRUHNS, H. T. ° jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista Motrivivência, Ano VIII, n.09, Dezembro/96.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

FÍSICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA- ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: FÍSICA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física é a ciência básica da natureza, presente em todos os

momentos da nossa vida. Por exemplo: nos movimentos das pessoas e dos carros,

nas batidas do coração que bombeiam sangue pelas veias, no calor que aquece a

água; no barulho de um motor; na luz de um relâmpago, nas ondas que formam na

superfície da água quando uma pedra é lançada nela; lâmpada que se acende ao

ligarmos o interruptor; no vazamento de radiação em uma usina nuclear.

Um princípio que sempre norteou a Física e a Ciência como um

todo foram os avanços tecnológicos e temos inúmeros exemplos como: a união entre

técnicos e cientistas para o entendimento da ciência do calor, indispensável para

melhorar a potência das máquinas térmicas e busca por novas tecnologias de

guerra, iniciada com o desenvolvimento da bomba atômica, o lançamento do primeiro

satélite artificial, o Sputnik, pela antiga União Soviética, etc.

Essa busca pela melhoria e avanços para a sociedade que

começou a muitos anos, continuará geração após geração e dessa forma, esta

proposta busca construir em ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias

capazes de levar aos estudantes uma reflexão sobre o mundo das ciências sob a

perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica.

Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção

científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão de

fenômenos que o cerca. Mas, também, que percebam a não neutralidade de sua

produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta

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ciência, sem comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam

esses aspectos.

2- OBJETIVOS GERAIS

- Contribuir para formação de uma cultura efetiva, permitindo ao indivíduo a

interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua

relação com a natureza em transformação.

- Ajudar o estudante a compreender como a ciência através dos conteúdos da

Física contribui para a construção da sociedade em que estamos inseridos.

- Apresentar os fenômenos físicos de modo prático e vivencial, privilegiando a

interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, a fim de que o ensino

possa ser articulado e dinâmico.

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3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTESEstudo dos Movimentos, Termodinâmica e Eletromagnetismo.

PRIMEIRA SÉRIE

Estudo dos MovimentosEntidades Fundamentais: Espaço, Tempo e Massa.

Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do

Momentum e suas Conseqüências.

Conteúdos EspecíficosQuantidade de movimentos(momentum) e inércia, o papel da massa.

A conservação do momentum;

Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia da força;

Conceito de Equilíbrio e 3ª lei de Newton;

Potência;

Movimentos retilíneos e curvilíneos;

Gravitação universal;

A energia e o princípio da conservação de energia;

Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola,

ondulatória, acústica;

Movimento dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação,

viscosidade dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos

materiais;

Introdução a sistemas caóticos.

SEGUNDA SÉRIE

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TermodinâmicaEntidades Fundamentais: Calor e entropia.

Conceitos Fundamentais: Temperatura e calos, reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.

Conteúdos EspecíficosTemperatura e Calor;

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades

termométricas, medidas de temperatura;1ª Lei do Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que

realizam trabalho, a conservação da energia.2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropria, processos

irreversíveis/ reversíveis;

3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas

proximidades do zero absoluto;

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da

Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

TERCEIRA SÉRIE

EletromagnetismoEntidades Fundamentais: Carga, pólos magnéticos e campos.

Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda

eletromagnética

Conteúdos EspecíficosConceitos de carga e pólos magnéticos;

As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere e

Lei

de Lenz.

Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;

Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz.

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Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num

circuito; As

ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da luz

como

uma onda e como uma partícula: a dualidade onda-partícula; Óptica Física e

Geométrica.

A dualidade da matéria;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A ciência surge na tentativa de decifrar os universos físicos, determinados

pela necessidade humana de resolver problemas práticos e necessidades matérias

em determinada época, logo é historia, constituindo-se em visão de mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de

trabalhos um teórico e um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um

modelo de representação da natureza ou de um fenômeno. No teórico é feito um

conjunto de hipóteses, acompanhados de um formalismo matemático, cujo

conjunto de equações devem permitir que se façam previsões, podendo, às

vezes, receber após de experimentos, onde se confrontam os dados coletados

com os previstos pela teoria.

Nesse fazer ciência, independência da instituição de pesquisa ou quem

financia o cientista ou pesquisador, ele é um ser humano que vive num determinado

local, o qual, por sua vez, é determinado por um contexto econômico, político, social

e cultural. Logo, o conhecimento é socialmente produzido uma vez que ele, o

cientista, não o constrói sozinho. Entender a ciência significa considerá-la na

sociedade onde ela é produzida, a instituição de pesquisas que apóia e sustenta, os

avanços técnicos e científicos, pois isso muda em função dessa sociedade.

É importante que o ensino de Física não deixe de lado a Filosofia da Ciência,

especialmente aquela baseada na História, pois a Filosofia apresenta elementos

para análise que nos permite dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza.

Ela contribui para o repensar do ensino da Física, o qual nos impõe uma reflexão a

partir de suas múltiplas faces.A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de

conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja,

a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações

que nele se apresentem.

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O domínio da cultura científica constitui instrumento indispensável à

participação política, fato que somente poderá acontecer com conteúdos

historicamente e socialmente constituídos, e o mais próximo possível da produção

científica.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode

ser apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o

mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim, é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino, com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos por esta diretriz.

Ao considerarmos importantes os aspectos históricos, conceituais e culturais, a

evolução das idéias em Física e a não neutralidade da ciência, nossa avaliação deve

levar em conta o progresso do estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o

objetivo é garantir o objeto de estudo da Física, então ao avaliar deve-se também

considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes.

Dessa forma, a avaliação deva ter um caráter diversificado, levando em

consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a

capacidade conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um

experimento ou qualquer outro evento que envolva a Física, como por exemplo, uma

visita a um parque de ciência , dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com

uma nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou

mesmo puni-lo, mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem

sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas, um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

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Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos, é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

6- REFERENCIAS

- DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO. Versão

preliminar Junho/2006 SEED

- BONJORNO, Regina Azenha e outros. Física Completa Completa, Editora

FTD S.A. FÍSICA PARANÁ, Editora Ática, Djalma Nunes da Silva

-SECRETARIA ESPECIAL DE PRÁTICA E PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

GEOGRAFIA

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ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – GEOGRAFIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões

epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as denominações propostas

para esse objeto, hoje entendido como o Espaço Geográfico e sua composição

conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre

outros.

Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os

conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de

diferentes correntes de pensamentos especializaram-se em seus estudos,

percorreram caminhos e métodos de pesquisas distintos e, em alguns momentos

aprofundaram a dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana.

Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, assim

como, em algumas práticas escolares. Construção histórico do pensamento

geográfico, com o qual os professores de Geografia convivem pedagógica e

teoricamente há muito tempo.

Nessa apresentação o Espaço Geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e

técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-

relacionados.

Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas

também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um

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porto, uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos

geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física

como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da história desses

objetos, isto é, da forma como foram essa Geografia Física e essa Geografia

Humana se encontram.

Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das

localizações relacionais dos eventos (objetos e ações ) em estudo, são próprios do

olhar geográfico sobre a realidade. Nesse sentido, algumas perguntas orientam o

pensamento geográfico tais como: Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não

em outro lugar? Como é este lugar? Por que este lugar é assim? Por que as coisas

estão dispostas desta maneira? Qual o significado deste ordenamento espacial?

Quais as conseqüências deste ordenamento espacial?

Para responder aos questionamentos acima, de acordo com a concepção de

Espaço Geográfico adotado, torna-se necessário compreender as escolhas das

localizações e as relações políticas, sociais, culturais e econômicas que as orientam.

Para tanto é preciso um referencial teórico (conceitos geográficos) que sustente essa

reflexão.

No desejo de uma sala de aula melhorada, esperamos que as atuais

orientações legais e teóricas, expressas em tantos documentos que estão chegando

aos professores, criem os espaços e os tempos apropriados para que as mudanças

de pensares e práticas tomem vulto e se concretizem em ações ampliadas,

solidárias, pertinentes.

Acreditamos que este é o tempo e o lugar para retomar e aprofundar o diálogo

com nossos colegas sobre o que, para nós, seja a geografia, seus limites e suas

possibilidades, seus descaminhos e suas perspectivas. É um momento propício para

que sugestões e orientações quanto a novas abordagens temáticas se representem,

provocando o debate; e também para recriar procedimentos e discutir nossas

linguagens específicas, como o mapa, o trabalho de campo e o livro de geografia.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Estimular as reflexões a respeito da Geografia e do seu ensino,

problematizando a abrangência dos conteúdos desse campo do

conhecimento, necessária para compreensão do espaço geográfico no atual

período histórico crítico, que vincula o objeto da Geografia, seus conceitos

referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos

determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual contexto

histórico.

- Proporcionar aos estudantes, a compreensão geral do universo enfocando o

planeta Terra em todos os aspectos desde sua formação, evolução e

dinâmica, seus movimentos e fenômenos naturais.

- Permitir um conhecimento mais amplo no que diz respeito à posição

geográfica, a geologia, os tipos de clima e a influência da geopolítica.

Entendendo a formação da nossa nação e sua respectiva formação étnica.

- Compreender as mudanças ocorridas no espaço geográfico, identificando-as

em seu contexto histórico e estabelecendo entre elas uma relação temporal.

- Identificar as diversidades culturais e econômicas, analisando o papel que

desempenham nas diferentes nações existentes entre países desenvolvidos e

não desenvolvidos.

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3- CONTEÚDOS

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESA Dimensão Econômica da Produção no Espaço Geográfico

Geopolítica

Dimensão Sócio ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Economia Mundial: Agricultura antiga e atual, a industria, a divisão do

trabalho e os setores da economia: primária, secundária e terciária, dentro do

espaço Urbano e Rural.

2. Blocos econômicos

3. Novos blocos e das novas relações de poder e o enfraquecimento do estado-

nação.

4. 5-Apresentar os elementos para a localização das indústrias.

5. Medir os fatores positivos e negativos das indústrias.

6. Analisar as transformações que as indústrias exercem sobre o meio.

7. O relevo terrestre: o espaço natural do planeta.

8. Divisão atual do globo: A regionalização dos continentes e países, Evolução

histórica da regionalização.

9. Coordenadas geográficas: Localização na superfície terrestre.

10.Fusos Horários: Divisões do globo em fusos horários e localização dos

mesmos.

11.Cartografia: Mapas ou representações cartográficas em várias escalas

regionais e globais

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12.Os tipos de climas: influencias regionais na latitude e longitude

13.Rede hidrográfica: uso da água no meio urbano, poluição dos rios.

14.Biosfera: Flora e Fauna e o meio Físico

15.Energia e o Meio ambiental: A questão ecológica dos vários ecossistemas

regionais e globais.

16.Dinâmica populacional: Etnias, migrações, culturas, economia e história.

17.A geografia do Paraná: contexto histórico, formação de etnias e a economia.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES-Introdução a Cultura Afro, quanto a sua origem e história.

-Projeto – Agenda 21

-Educação Fiscal

SEGUNDA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço GeográficoGeopolítica

Dimensão Sócio ambientalA Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Nomear quais os problemas os problemas urbanos

2. Classificar os níveis dos problemas urbanos.

3. Indicar métodos para solucionar amenizar os problemas urbanos.

4. Nomear os problemas ambientais

5. Classificar o nível dos problemas ambientais com relação à preservação da

natureza.

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6. Compreender as relações entre preservação ou degradação da natureza em

função das organizações das cidades.

7. Posição geográfica, relevo, hidrografia e climas: Localização e extensão. A

questão Ambiental brasileira.

8. Nomear os tipos de fontes de energia.

9. Justificar os métodos de uso das fontes.

10. Estabelecer inter-relações entre as várias fontes de energia

11.Divisão política administrativa e geoeconômicas nas divisões estaduais,

municipais e distritos nos respectivos países.

12.A população: Movimentos migratórios, etnias, transporte.Energia,

agropecuária e a questão fundiária.

13. Formação dos blocos econômicos.

14.Justificar qual a função deles.

15.Compreender a formação de novos blocos e das novas relações de poder e o

enfraquecimento do estado-nação.

16.O Brasil na Globalização: População e regiões geoeconômicas.

17.Geografia do Paraná: O território e a regionalização, influência rural e urbana.

18.Os conflitos territoriais urbanos e rurais e a hierarquia da sociedade.

19.Movimentos migratórios e a ocupação urbana.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES-Cultura Afro, localização e extensão do continente Africano.

-Projeto – Agenda 21.

-Educação Fiscal.

TERCEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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A Dimensão Econômica da Produção no Espaço GeográficoGeopolítica

Dimensão Sócio ambientalA Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS1. Economia e Geopolítica: relações ambientais e culturais, socioeconômicas

locais, regionais, nacionais e globais.

2. O panorama do mundo atual.

3. A Geografia dos conflitos: o homem e natureza.

4. As novas migrações internacionais e a xenofobia.

5. Nacionalismos – Minorias étnicas e separatismo.

6. Estados Unidos, potência mundial.

7. A regionalização e o estudo dos países em seus respectivos continentes.

8. Identificar as diferentes formas de uso deste recurso natural.

9. Justificar a problemática ambiental relativa à falta de água.

10.Realizar um debate sobre os impactos da atual sociedade sobre os recursos

hídricos e identificar possíveis medidas para reverter esse quadro.

11.Seriar os principais agentes formadores do clima.

12. Inter-relacionar os diferentes domínios climáticos e suas vegetações típicas.

13.Avaliar as mudanças climáticas, seus efeitos e as mudanças na paisagem.

14.A Demografia: distribuição e mobilidade demográfica, no mundo atual.

15.Abordagem Cultural.

16.Transformações políticas, econômicas e sociais após a 2ª Guerra Mundial.

17.Cidades: a urbanização da humanidade.

18.A busca pelo desenvolvimento sustentável

19.Apontar os diversos fatores que contribuíram para o surgimento das

sociedades.

20.Classificar os diferentes modos de ocupação e exploração das áreas.

21. Interpretar a organização das sociedades segundo as economias locais e

regionais.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES-Cultura Afro, seus movimentos e influências atuais no mundo.

-Projeto- Agenda 21

-Educação Fiscal

4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A discussão acerca do ensino de geografia inicia-se pelas reflexões

epistemológicas do seu objetivo de estudo. Muitas foram as denominações propostas

para esse objeto, hoje entendido como o espaço Geográfico e sua composição

conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre

outros.

Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os

conceitos básicos e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de

diferentes correntes de pensamentos especializaram-se em seus estudos,

percorreram caminhos e métodos de pesquisas distintos e, com isso, evidenciaram

e, em alguns momentos aprofundaram a dicotomia entre Geografia Física e

Geografia Humana.

A partir disso, o conceito adotado para o objeto de estudo das Geografia

nessa proposta curricular é Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido

(LEFEBVRE, 1974) e apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais,

culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)

inter-relacionados (SANTOS, 1996b). De acordo com Santos:

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Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas

também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um porto,

uma floresta, uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos

geográficos. Esses objetos são do domínio tanto do que se chama a Geografia Física

como do domínio do que se chama a Geografia Humana e através da história desses

objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam, essa Geografia Física e

essa Geografia Humana se encontram. (1996b, p.599).

Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma

crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos aqui propostos.

No exemplo abaixo destaca-se que os conteúdos específicos são abordados a partir

do enfoque de cada conteúdo Estruturante e que esses enfoques perpassam uns

aos outros, constantemente.

O conteúdo específico meio urbano pode e deve ser abordado nos quatro

conteúdos estruturantes. Os desenvolvimentos receberão, no momento da aula, as

ênfases especificas de cada conteúdo estruturante, porém, não acontecerá uma

separação nas abordagens, pois na realidade concreta as dimensões

socioambiental, cultural, demográfica, econômica e geopolítica do meio urbano não

se separam, mas se intercruzam o tempo todo.

A aula de campo é, na escola, um rico encaminhamento metodológico para

que o aluno analise a área em estudo (urbano ou rural), diferenciando, por exemplo,

paisagem de espaço geográfico.

Para organizar uma aula de campo, o professor deverá delimitar previamente

o trajeto, de acordo com os objetivos a serem alcançados, e estabelecer os contatos

com possíveis entrevistados, quando for o caso. Feito isso, deverá mobilizar seus

alunos para o trabalho, explicando detalhadamente como será cada etapa e

deixando claro quais os objetivos a serem atingidos.

De qualquer forma, é necessário, ainda, trabalhar previamente, em sala de

aula, aspectos como o processo de ocupação e desenvolvimento da área visitada,

bem como as relações que estabelece com espaço mais amplo (escala geográfica).

Durante a visita a campo, sugerem-se alguns passos a serem seguidos, tais

como: observação sistemática orientada; descrição, seleção, ordenação e

organização de informações; registro das informações de forma criativa (croquis,

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maquetes, desenho, produção de texto, fotos, figuras, etc.).( SCHAFFER, in

CASTROGIOVANNI, 1999).

No retorno à sala de aula, o professor deve problematizar os fenômenos

observados pelos alunos. Estes, por sua vez, devem buscar fontes que expliquem

forma e função da paisagem da área visitada e identificar as transformações que

A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente, mas não é o espaço,

é, isto sim, a materialização de um momento histórico. Por isso o tratamento

pedagógico a ser dado ao conceito de paisagem, na escola, deve ser o de “par

dialético” do espaço geográfico, de materialidade que não se auto-explica

completamente.

O conceito de território foi ampliado e associado às relações de poder que

vão da escala micro (local) à macro (global).

O conceito de lugar ganhou destaque com a chamada Geografia Humanística

que trouxe a dimensão afetiva e subjetiva para os estudos a respeito do espaço.

Já os conceitos de sociedade e natureza enquanto par conceitual compõem o

pensamento geográfico e ultrapassam a condição de conceitos básicos da Geografia

tornando-se categoria de análise do espaço geográfico.

Considerando, então, que cada conceito geográfico se constitui em diferentes

momentos históricos e, em função das transformações sociais, e econômicas, que

alteram maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço, foram ressignificados

várias vezes, é fundamental que se explicite quais referenciais teóricos serão

adotados.

Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais

de seu tempo, assume-se, nestas diretrizes o quadro conceitual das teorias criticas

da Geografia, que incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as

contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço

geográfico.

Ao pesquisar os aspectos históricos de uma paisagem e refletir sobre as

ações que a produzem, remodelam, e lhe conferem novos usos, ultrapassa-se o

conceito de paisagem em direção à construção do conceito de espaço geográfico.

A aula de campo abre, ainda, possibilidades de desenvolver múltiplas

atividades práticas, tais como consultas bibliográficas (livros e periódicos), análise de

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fotos antigas, interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de

maquetes, murais etc. (NIDELCOFF, 1986).

Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral

(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a

problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à luz de

seus fundamentos teórico-conceituais. Para isso, é preciso observar alguns critérios

e cuidados para utilização desse tipo de recurso.

Deve-se evitar, por exemplo, o uso de filmes e programas de televisão apenas

como ilustração daquilo que o professor explicou ou que pretende explicar do

conteúdo.

A partir da exibição de um filme, da observação de uma imagem (foto,

ilustração, charge, entre outros), deve iniciar-se uma pesquisa que se fundamente

nas categorias de análise do espaço geográfico e nos fundamentos teóricos

conceituais da Geografia. O recurso áudio visual assume, assim o papel que lhe

cabe: problematizador, estimulador para pesquisas mais aprofundadas sobre os

assuntos que, provocadas pelo {fragmento de} filme assistido pode desvelar

preconceitos e leituras rasas, ideológicas e estereotipadas sobre os lugares e povos.

Quanto ao uso de recursos áudio visuais como mobilização para a pesquisa

deve levar o aluno suspeitar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas nas

imagens. Essa suspeita instigará a busca de outras fontes de pesquisa pra

investigação das raízes históricas da configuração sócio-espacial exibida, necessária

para uma análise crítica da mesma. (VASCONCELOS, 1993).

Quanto ao uso da cartografia nas aulas de Geografia, cabem algumas

considerações teóricas e metodológicas importantes. A cartografia tem sido utilizada,

no ensino de Geografia, para leitura e interpretação do espaço do espaço geográfico,

porém como recurso didático teve abordagens variadas em função da perspectiva

teórico-metodológico assumida pelo professor.

Durante muito tempo, os mapas foram considerados um instrumento básico da

geografia, usados apenas para a localização e descrição dos fenômenos espaciais.

Não havia no trabalho metodológico cartográfico, a preocupação em explicar o

ordenamento territorial da sociedade. Essa perspectiva teórico-metodológica foi

associada e identificada com a chamada Geografia Tradicional.

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Esta proposta sugere que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos

estudantes, como texto que são passíveis de interpretação, problematização e

análises críticas. Que jamais sejam meros instrumentos de localização e análises

críticas. Que jamais sejam meros instrumentos de localização dos eventos e

acidentes geográficos, pois ao final do Ensino Médio espera-se que os alunos sejam

capazes, por exemplo, de “correlacionar duas cartas simples, ler uma carta regional

simples, [...] saber levantar hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem,

analisar uma carta temática que apresenta vários fenômenos, [º”. (SIMIELLI in

CARLOS, 1999, p. 104).

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve

servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o

trabalho pedagógico do professor.

É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota

ou estabelecer um conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e

priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno

ao longo do ano letivo. A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina

a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de ensino-aprendizagem e

considera um avanço em relação à avaliação tradicional somativa ou classificatória.

Desta perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada,

pois, dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,

possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa

os sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com que o

professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais

das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa do sistema escolar,

mas sim de desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa,

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registradas de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes

finalidades.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve

usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos

alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e

interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas,

relatórios, de aulas de campo, apresentação de seminários, construção e análise de

maquetes, entre outros. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com

cada conteúdo e objetivo de ensino.

A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação é preciso refletir

sobre os critérios que devem norteá-la. Em geografia, os principais critérios a serem

observados na avaliação são as formações dos conceitos geográficos básicos e o

entendimento das relações sócio-espaciais. O professor deve observar, então, se os

alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço-

tempo e sociedade-natureza para a compreensão do espaço nas diversas escalas

geográficas.

Para isso o professor deve estabelecer as devidas articulações entre teoria e

prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para

sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre

necessário aprofundamento teórico. Tal prática requer um professor que, em primeiro

lugar, compreenda a concepção de ensino de Geografia na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem

claros para os alunos, como direito que tem de acompanhar todo o processo.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

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cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

6- BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, L.M. de Geografia – Novo Ensino Médio. São Paulo –Ática, 2005.

CAMARGO, J. B. de Geografia – Física, Humana e Econômica do Paraná. Maringá

– Ideal Gráfica, 2001.

MORAES A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo – Hucitec,

1987.

SANTOS, M. Por Uma Geografia Nova. São Paulo – Hucitec 1986.

SIMIELLI, M. E. Geoatlas. Sao Paulo – Ática 2005.

REFERÊNCIA DE APOIO:

Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio, Versão Preliminar

Julho/2006. Secretaria de estado e de Educação.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

HISTÓRIA

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ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINAAs diretrizes curriculares recusam uma concepção de história como verdade

pronta e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano,

sem diálogo com outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de história

seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado, recusam-se também

as produções historiográficas que afirmam não existir objetividade possível em

história, sendo, portanto, todas as afirmativas igualmente válidas.

A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações

humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio-

históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar,

de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.

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A investigação histórica pode detectar causalidades externas voltadas para

descobertas de relações humanas, e causalidades internas que buscam

compreender/interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem ás suas ações.

Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador

possui um método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do

passado. A problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do

historiador, produz uma narrativa histórica que tem como desafio contemplar a

diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas

relações.

A finalidade da história é expressa no processo de produção do conhecimento

humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a

interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da

compreensão da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não

significa relativismo teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou

interpretações para um determinado fato, algumas delas são mais válidas

historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da

ciência histórica em relação ao seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico

possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir

das experiências dos sujeitos.

A história enquanto conhecimento passa, na virada dos séculos XX e XXI, por

um conflito entre as diferentes correntes historiográficas. Entretanto, este quadro não

se caracteriza por uma ruptura de paradigmas inconciliáveis, mas por novas

configurações e construções que se expressam por meio de contrapontos e

consensos.

As concepções que marcam a produção historiográfica, a partir da adoção de

referenciais teóricos e de métodos, permitem a compreensão de que o conhecimento

histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação,

constituídos nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas produções e

concepções, o ensino de história contribui para a formação de uma consciência

histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do passado,

nessa perspectiva, permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos

tradicional e exemplar de consciência histórica. A ruptura com os modelos históricos

que pautam suas produções na linearidade temporal e na redução das interpretações

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a causas e conseqüências, permite a ampliação das possibilidades de explicação e

compreensão do fato histórico.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como

Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das

diretrizes curriculares de História, objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da

Educação Básica, a formação da consciência histórica genética. Para que esse

objetivo seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva, possibilita

que o professor explore os novos métodos de produção do conhecimento histórico e

amplie as possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento, de

sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado. Além

disso, permite que o aluno elabore conceitos que o permitam pensar historicamente,

superando também a idéia de história como algo dado, como verdade absoluta.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode

ser apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o

mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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2-OBJETIVOS GERAIS

- Utilizar os conceitos básicos da História na interpretação da realidade,

desenvolvendo o conhecimento do mundo e das características das diferentes

sociedades ao longo do tempo.

- Desenvolver o pensamento crítico na solução de situações que envolvam as

relações humanas.

- Reconhecer os diferentes agentes sociais e os contextos envolvidos na produção

do conhecimento histórico.

- Perceber os processos históricos como dinâmicos e não determinados por forças

externas às ações humanas.

- Compreender o passado como construção cognitiva que se baseia em registros

deixados pela humanidade e pela natureza.

- Reconhecer nas ações e nas relações humanas as permanências e as rupturas,

as diferenças e as semelhanças, os conflitos e as solidariedades, as igualdades

e as desigualdades.

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3- CONTEÚDOS SÉRIE/ANO

Conteúdos Estruturantes para as três séries: Trabalho, Relações Culturais e

Poder

PRIMEIRA SÉRIE

1- Trabalho

- Pré-História

- Antigas civilizações: Egito e Fenícia

- Antigas civilizações Ocidentais: Roma

- O mundo germânico

- Os árabes

- Feudalismo

- A empresa açucareira

- A escravidão

2- Relações Culturais

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- Os bizantinos

- Herança Cultural da Idade Média

- O Renascimento cultural e científico

- As reformas religiosas

- História e cultura Afro-Brasileira e Africana

3- Poder:

- Roma

- Características Políticas do Feudalismo

- A igreja medieval

- As cruzadas

- O mercantilismo

- Os sistemas coloniais

- Invasões estrangeiras

- História do Paraná –Primeiros Exploradores e Colonização

SEGUNDA SÉRIE:

TRABALHO

- Ciclo da mineração

- A exploração das minas

- O liberalismo econômico

- A escravidão

- História do Paraná - Imigração.

RELAÇÕES CULTURAIS

- Transformação da vida colonial

- Os movimentos sociais após a revolução Industrial

- O Iluminismo

- O Brasil se transformou após a vinda da família real

- Os movimentos sociais do século XIX

- O socialismo utópico

- História e Cultura Afro – Brasileira e Africana

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PODER

- Crise do sistema colonial e revoltas coloniais

- O despotismo esclarecido

- Leis Intoleráveis

- Revolução Francesa

- As guerras napoleônicas

- Os movimentos emancipacionistas

- A Independência

- O primeiro reinado

- A unificação italiana e alemã

- A proclamação da República

- O imperialismo

- O período entre guerras

- História do Paraná - Emancipação Política.

TERCEIRA SÉRIE

TRABALHO

- Descolonização da Índia e da Ásia

- O ciclo da cafeicultura na 1ª República

- Agitação democrática e o Golpe Militar

- A discussão ideológica no Brasil contemporâneo

- História do Paraná – Urbanização e Industrialização.

RELAÇÕES CULTURAIS

- A cultura contemporânea

- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

- A república da espada

- O domínio das oligarquias

- A era Vargas

- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

PODER

- A Segunda Guerra Mundial

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- A Guerra – Fria

- O populismo

- Ditadura Militar

- O Socialismo de Cuba e da China

- O monopólio norte-americano / Guerras do Oriente

- História do Paraná – revolução Federalista e Revolta do Contestado.

4- METODOLOGIA DA DISCIPLINAA metodologia proposta pela diretriz curricular do Ensino Médio tem como

base a utilização dos conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados

com a fundamentação teórica e os temas selecionados.

A problematização de situações relacionadas as dimensões econômico-social,

política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as ações e

relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos estruturantes

propostos: as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais.

Para abordar esses conteúdos estruturantes torna-se necessário que se ponha

recortes espaço-temporais e conceiturais à luz da historiografia de referência. Estes

recortes se constituem nos conteúdos específicos (tais como: conceitos,

acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados pelos alunos do Ensino

Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que

melhor responde a problemática, constitui o tema E este se desdobra nos conteúdos

específicos que fundamentam a resposta para problemática.

Assim, esta proposta traz como encaminhamento metodológico que os

conteúdos estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas,

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na compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua

complexidade.

Segundo o historiador Ivo Mattozzi pode-se estabelecer uma metodologia para

estudar um tema observando três dimensões.

Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se

quer representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o

tema histórico em um período bem definido demarcando referências temporais fixas

e estabelecer uma separação entre seu início e seu final. Por fim, os professores e

alunos definem um espaço ou território de observação do conteúdo tematizado. O

que delimita esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica

escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além dessas três dimensões, faz-

se necessário instituir um sentido a seleção temática realizada, o qual é dado pela

problematização.

O historiador Ivo Mattozzi, depois de selecionado o tema, o professor se

utilizará de três formas para construir uma narrativa histórica, sendo elas:

- Narração: uma forma de discurso na qual o professor e o aluno ordenam os

fatos históricos que se sucederam em um período de tempo. Esta

reconstrução representa o processo histórico relativo as mudanças e

transformações por meio de acontecimentos que levem de um contexto inicial

a um final.

- Descrição: é a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para

representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos

históricos. Esta descrição permite também a utilização de narrações como

exemplos ou provas da descrição do contexto histórico abordado.

- Argumentação, explicação e problematização: A problematização fundamenta

a explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a

construção uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a

busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a

argumentação é a resposta dada a problemática, a qual é construída através

da narração e da descrição.

Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula

proporciona a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte

na qual buscam-se respostas para as problematizações anteriormente

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formuladas. Assim os documentos permitem a criação de conceitos sobre o

passado e o questionamento dos conceitos já construídos.

As imagens, livros, jornais histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,

gravuras, museus, filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser

transformados em materiais didáticos de grande valia na constituição do

conhecimento histórico.

Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras em

sala de aula, como : na elaboração de biografias, confecção de dossiê,

representação de danças folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que

esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o contexto em

que os mesmos foram produzidos e estabelecer relações entre as fontes.

A proposta de seleção de temas é também pautada em relações

interdisciplinares considerando que é na disciplina de história, que ocorre a

articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.

Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser

tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

O acompanhamento do processo-ensino-aprendizagem, tem como finalidade

principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse

processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo

professor, possibilitando o redimensionando deste, caso seja necessário. A avaliação

não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino

aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto

cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.

Propõe-se uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A

avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de

maneira formal e criteriosa.

Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de

trabalho, de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o

processo histórico. E compreender que o estudo do passado se realiza a partir de

questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes documentos

históricos.

O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no

mundo contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho se

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constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes ás

relações de trabalho.

No que diz respeito as relações de poder, o aluno deve compreender que

estas encontram-se em todos os espaços sociais e também deve identificar, localizar

as arenas decisórias e os mecanismos que as constituíram.

E ainda, quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos

outros como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade

de cada sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se

constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as

permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.

Para tanto, o professor deve utilizar-se de diferentes atividades como: leitura,

interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos;

produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de

conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS:

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba:SEED, 1990.

DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO, Julho 2006

SEED.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Restruturação do ensino de segundo grau no Paraná: história/geografia.2 ed. Curitiba: SEED, 1993.

BARCA, Isabel. O Pensamento Histórico dos Jovens: idéias dos adolescentes

acerca da provisoriedade da explicação história. Braga: Universidade do Minho,

2000.

BARROS, José D’ Assunção. O campo da História: especialidades e abordagens.

2ª ed.Petrópolis: Vozes, 2004.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – LÍNGUA PORTUGUESA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Todos que se colocam a trabalhar com a língua portuguesa percebem

que a situação está muito longe de ser a ideal, e isso vem decorrente da própria

história, pois foi introduzida como disciplina somente no final do século XIX, e o

profissional desta área começou a receber formação na década de 1930.

A identidade do povo brasileiro está intimamente relacionada à sua

língua.

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No período colonial houve uma mistura da língua portuguesa com a

língua tupi (língua falada em grande extensão da costa brasileira), pois os

portugueses estavam afastados das metrópoles e os colonos se achavam isolados e

em contato constante com os índios. Neste período não houve uma educação em

moldes institucionais, mas sim voltada para a alfabetização, determinada pelo caráter

político, social e de organização e controle de classes. Quando foi institucionalizada,

as primeiras práticas pedagógicas adaptaram-se ao ensino do latim e destinavam-se

para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada, e era um

ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental, visando apontar para

obediência à fé, ao rei e à lei.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino da língua portuguesa em Portugal e não no Brasil. Em 1837, ela foi incluída

no currículo sob as formas das disciplinas de gramática, retórica e poética, esta

incluía Literatura.Somente no século XX, o conteúdo gramatical ganhou a

denominação de português, e em 1871 foi criado o cargo de Professor de Português.

Somente em meados do século XX, o ensino da língua portuguesa

deixou de ser elitisado, com isso se ampliou e passou a atender um maior número de

pessoas, porém esse aumento de vagas desencadeou outras necessidades, como

também não pôde atender às necessidades pedagógicas que surgiram. Junto a este

contexto, o país estava passando por um processo de industrialização e o ensino se

voltou para o profissionalizante.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980,

o ensino da língua portuguesa pautava-se em exercícios estruturais, técnicas de

redação e treinamento de habilidades de leitura.

O contexto social brasileiro exigia um número maior de docentes e de

forma rápida, acarretando num despreparo por parte destes, que adotaram o livro

didático como meio de trabalho, o que trouxe como conseqüência a falta de

autonomia da prática pedagógica, desconsiderando o conhecimento do professor,

seu senso crítico diante de um ensino reprodutivista e de pedagogia de reprodução.

A partir dos anos 80, a dimensão tradicional de ensino da língua cedeu

espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o

texto como unidade fundamental de análise. Houve um grande avanço dos estudos

em torno da natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua se constitui um

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espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação. Ela

mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que

interagem. Essa concepção diverge das abordagens de cunho formalista-

estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua. Essa atitude dá prioridade

à função referencial da linguagem em detrimento da função poética.

Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no

campo do ensino, pôde-se observar um movimento que procurava se libertar do

ensino normativo inicial. Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas

pesquisas acerca do ensino da língua, com enfoque nas práticas discursivas, o que

se percebe é que houve uma apropriação, por grande parte dos professores, dos

novos conceitos, sem que isso se refletisse na mudança de sua prática. Sobre o

ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a predominância do cânone.

Para esse ensino, baseado na Antiguidade Clássica, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960-70, a

leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, tinha por finalidade transmitir a

norma culta da língua, constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias

para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativa de rompimento com

essa prática, a abordagem do texto literário passa a centrar-se numa análise literária

simplificada, a partir de questionários sobre personagens principais e secundários,

tempo e espaço da narrativa.

A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então 2º.

Grau, com abordagens estruturais ou historiográficas do texto literário. Nesse

processo de ensino, cabia ao professor a condução da análise literária e aos alunos

a condição de meros ouvintes.

Os livros didáticos, em grande medida, tendem a priorizar determinados

autores para estudos diacrônicos, com base nos períodos literários, características,

biografias, fragmentos de textos, privando o aluno de uma efetiva prática de leitura

do texto literário.

A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores

para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão

sobre o trabalho realizado nas salas de aula, chegando-se a conclusão da

necessidade de novos posicionamentos em relação às práticas de ensino e

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

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2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Garantir a todos estudantes o domínio das práticas sócio-verbais que são

indispensáveis à vida cidadã e que transcendem os limites das vivências cotidianas

informais;

- ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais,

quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem

nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais;

- admitir a linguagem como um conjunto de práticas sociointeracionais,

garantindo um tratamento pedagógico à leitura, à escrita e à oralidade, sendo

concebidas como atividades sociais significativas entre sujeitos históricos, realizadas

sob condições concretas;

- fazer uso da linguagem oral de maneira que o sujeito seja capaz de empregá-

la em diferentes situações, sabendo adequá-la a cada contexto e interagir com

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diferentes interlocutores, bem como, conseguindo posicionar-se diante destas

situações de forma segura e fluente;

- familiarizar-se com diferentes tipos de textos, oriundos das mais variadas

práticas sociais, de forma a ter uma recepção crítica, reagindo a este, dando-lhe uma

resposta;

- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

- refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

- aprimorar, pelo contato com os texto literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

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3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Discurso – Prática Social – Leitura – oralidade e Escrita.

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDO

Leitura- Crônicas;

- Contos sobre os mais variados temas incluindo cultura afro e agenda 21 e

Educação Fiscal;

- Narrativas longas e curtas;

- Textos diversificados (poéticos, científicos, bíblicos, jornalísticos, informativos,

literários, publicitários, entre outros), privilegiando a mistura de gêneros, os

intertextos e os textos que apontam para outro).

Escrita- Enumeração;

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- Classes de palavras;

- Pontuação;

- Tipos de discurso;

- Ortografia;

- Aspecto estrutural da poesia;

- Figuras de linguagem;

- Linguagem figurada;

- Tipos de linguagens;

- Normas da língua;

- Variações lingüísticas;

- Interpretações de texto;

- Produção de texto.

- Análise de textos que se referem implícita ou explicitamente a outro texto, notando-

se a mistura de gêneros;

Oralidade- Leituras lúdicas;

- Crônicas em letras de música;

- Poemas;

- Haicai;

- Fábulas;

- Textos científicos, reportagens, artigos;

- Leitura de textos diversos quanto à estrutura, mas que abordam o mesmo tema.

SEGUNDA SÉRIE

Leitura- Textos informativos: notícia, reportagem, entrevistas;

- Da notícia à ficção;

- Reportagem com infográfico;

- Narrativas longas: romances;

- Principais elementos da narrativa;

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- Crônicas;

- Agenda 21;

-Cultura afro-brasileira- Educação fiscal

Escrita- Estruturação do texto jornalístico;

- Fonologia: pontuação, acentuação, aspectos gráficos;

- Morfologia: pronomes, verbos, estrutura e formação das palavras, substantivo,

adjetivo, artigo, numerais;

- Sintaxe: concordância nominal e verbal, passiva sintética e analítica, sentenças

coordenadas, substantivas e complexas;

- Produção de texto: em prosa, poema, jornalístico, resumo, conto.

Oralidade- Lendo a imprensa criticamente;

- Pausa poética;

- Leitura de classificados poéticos;

- Plano de leitura de narrativas longas;

- “Deslocamento” do texto jornalístico para o poético;

- Textos que abordam temas afro-brasileiros;

- Cultura indígena;

- Questão ambiental;

- Poesia.

TERCEIRA SÉRIELeitura- Tema abordado por vários tipos de textos.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da

adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num

seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa

- Textos de opinião e editoriais;

- Ponto de vista e argumentação;- Texto publicitário e sua linguagem;

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- Literatura brasileira, período colonial e autores; Romantismo e autores; Realismo e

autores; Parnasianismo e autores; Simbolismo e Naturalismo e autores; Semana da

Arte Moderna, Modernismo e literatura Contemporânea e autores;

- Literatura em Portugal;

- Do Renascimento ao Romantismo e autores;

- Realismo, Simbolismo, Modernismo e autores;

- Literatura africana, autores e obras;

Escrita

- Interpretação dos textos;

- Produzir texto com o tema “cidade” ou outro que julgar melhor;

- Produção de carta do leitor;

- Bilhete;

- Pronomes

- Uso do infinitivo;

- Crase;

- Uso do hífen e parênteses;

- Dissertação;

- Acentuação, pontuação e resumo;

- Produção de texto de editorial.

ORALIDADE- Contação de histórias;

- Poemas;

- Texto teatral;

- Análise dos meios de comunicação;

- Texto não-verbal e gráficos;

- Contos;

- Crônicas;

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O papel dos professores de Língua Portuguesa e Literatura é o de

garantir aos estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da

oralidade, da leitura e da escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram

nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, bem como, permitam a

emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem

imprescindíveis ao convívio social. O professor deve ainda estabelecer parceria real

em sala de aula, dar voz aos alunos, escutar o que eles têm a dizer, em experiências

de uso concreto da língua.

Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua

Materna na natureza social do discurso e da própria língua significa compreender

que são os produtos das ações com a linguagem que constituem os objetos de

ensino.

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Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos estudantes que a

Língua se transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua

produção oral ou escrita ou de sua leitura. Trabalhando dessa forma, o professor

valoriza os alunos enquanto sujeitos da linguagem, os quais selecionam os recursos

mais coerentes para interpretar, não caso da leitura, e para significar, quando

produzem seu texto oral ou escrito.

NA ORALIDADEAs possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos

apontam diferentes caminhos: debates, discussões, seminários. transmissão de

informações, de troca de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação),

contação de histórias, declamação de poemas, representação teatral, relatos de

experiência, entrevistas, etc. Além disso, podemos analisar a linguagem em uso:

em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas; em programas

radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias; no discurso

público; no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso

oral: No que concerne à literatura oral, cabe considerar a potência dos textos

literários como Arte, produzindo a necessidade de considerar seus estatutos,

sua dimensão estética e suas forças políticas particulares.

NA LEITURAAs atividades de leitura devem consideram a formação do leitor e isso

implica não só diferentes leitura do mundo, diferentes experiências de vida e,

conseqüentemente, diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes

com o texto e não sobre o texto, dirigido pelo professor.

A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas

que tecem a leitura, que Yunes (1995) aponta como sendo:

Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor,

suscita suas memórias, que guardam seus sonhos, suas opiniões, sua

visão de mundo. O ato de ler convoca o leitor ao ato de pensar;

Intersubjetividade: o ato .de leitura é interação não apenas do leitor

com o texto, mas com as vozes presentes nos textos, marcas do uso

que os falantes fazem da língua, discursos que atravessam os textos e

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os leitores;

Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de

subjetividades e memórias resulta na interpretação. As perguntas de

interpretação de textos, que tradicionalmente dirigimos aos alunos,· buscam

desvendar um possível mistério do texto e esquecem do mistério do leitor.

Fruição: a fruição do ato de ler não se esgota ao final da

leitura e das sensações. Ela permanece. E nisso ela difere do

prazer que se esgota rapidamente. Ela decorre de "uma

percepção mista de necessidade e prazer ( ... )".(YUNES, 1995,

P. 194)

Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos

textos, em diferentes linguagens, que antes do ato de leitura

permeiam o mundo e criam uma rede de referências e recriações:

palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos,

vozes, etc. No ato de ler enquanto conhecimento de mundo, a

memória recupera intertextualidades.

Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a

incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam implícitos,

pressupostos, subentendidos - que devem ser preenchidos pelo leitor.

NA ESCRITA

O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação

pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto come, elo

de interação social e os gêneros como construções coletivas. O que se sugere,

sobretudo, é a noção de uma escrita como formadora de subjetividades. O

desvelamento das relações de poder no discurso, ,já apontada na prática da

leitura, potencializa, agora, na escrita, a possibilidade de resistência aos valores

prescritos socialmente. Esses valores afastam a linguagem escrita do universo

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de vida dos usuários, como se ela fosse um processo à parte, externo aos

falantes, que, nessa perspectiva, não constroem a língua, mas apenas

aprendem o que os outros criaram.

LAJOLO (1982, p.60) defende que "as atividades que visem à produção

de texto sejam (também) fundadas numa concepção que privilegie não o texto

redigido, mas o ato de redigir". Escrita é, antes de tudo, ação, experiência.

NA LITERATURA

Uma nova perspectiva de trabalho com o texto literário seria o que

poderíamos chamar de método rizomático. Um professor de Literatura, para operar

na perspectiva rizomática, será um contínuo leitor, capaz ele mesmo de selecionar

os textos que trabalhará com os seus alunos. Ele estabelecerá, como critérios para a

seleção desses textos, não a linearidade da historiografia literária, nem a

adaptabilidade do texto ou tema. à linguagem dos alunos, subestimando suas

capacidades cognitivas, nem levará em conta a facilidade do texto, mas,

fundamentado no seu percurso de leitura, levará aos estudantes textos com maior

possibilidades de relações dentro do rizoma. O professor estimulará as conexões

entre “um ponto e outro”, a serem realizadas pelos alunos, e estabelecerá, ele

mesmo, suas conexões a partir dos textos apresentados pelos alunos, produzidos

por eles ou não. Ao trabalhar com os textos selecionados por ele mesmo, o professor

estimulará as relações dos textos escolhidos com o contexto presente. Terá sempre

em vista o presente da leitura - há quem diga que ler um texto é escrevê-Io, que a

escritura de um texto só se concretiza no instante da leitura - e as múltiplas

possibilidades de construção do significado a partir desse instante que carrega em si

alguma magia.

Para uma proposta de inclusão e diversidade, a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

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Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta. A efetivação desses avanços e progressos

depende da sensibilidade e dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

5- AVALIAÇÃO

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo,

a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor

pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua

capacidade lingüística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos

de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e

diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica

aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e alunos),

ajudando-os a refletirem e tomarem decisões. contação de história, as exigências

de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da

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produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se

posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários,

discursos políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou

menos formais, tendo em vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido

construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar

que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leituras de mundo e

repertório de experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a

adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado

dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos

textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui,

posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio

texto.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é

essencial para que ele adquira autonomia. É necessário que o professor perceba a

dimensão deste posicionamento.

A avaliação será conduzida tendo em vista a aprendizagem de cada um dos

alunos dentro de suas especificidades dentro de um produto pré-estabelecido, tendo

como pressuposto a capacidade de cada aluno em desenvolver suas habilidades

ao longo do processo escolar.

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, continua,

permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a

capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

A função diagnóstica deve ser usada como subsídio para visão do processo

ensino-aprendizagem como instrumento de diagnóstico do próprio trabalho,

valorizando os conhecimentos dos alunos.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valoriza-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

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organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permita que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual for o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

6- REFERÊNCIAS:

Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio,

Julho 2006 SEED

BAGNO, Marcos. A norma oculta – Língua e poder na sociedade. São

Paulo: Parábola, 2003.

ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba, 1990., pp. 50-82.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições

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para sua organização. In. KUENZER,Acácia.(org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed.

São Paulo: Cortez, 2002.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR

MATEMÁTICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Quando analisamos historicamente o desenvolvimento científico, podemos

perceber que no constante processo de intervenção intencional na realidade por

parte do homem, a fim de assegurar sua existência, encontramos uma clara relação

entre os diferentes modos de produção da sociedade e a ciência produzida a partir

desses modos de produção. A Ciência constitui-se, então, como uma das principais

atividades de intervenção na realidade. Essa ação intencional do homem sobre a

realidade, que tem raízes na atividade prática, proporciona a elaboração de

construções mentais que podem antecipar novas atividades, numa relação dialética

entre o concreto e o abstrato.

A relação entre concreto e abstrato, acompanha o desenvolvimento da

Matemática ao longo de toda sua história, na medida em que “aparecem

sucessivamente períodos em que o trabalho matemático inspira-se diretamente na

experiência sensível e períodos onde as noções, os resultados mal-estruturados da

fase anterior são sistematizados e generalizados, de forma aparentemente abstrata”.

(MACHADO, 1994, p.11).

Nesse sentido, um breve olhar para a história da Matemática nos mostra

que, após um período de utilização prática com os egípcios e os babilônios, surge

uma fase de grande sistematização na Grécia, que atinge seu auge com os

Elementos de Euclides, no século III a.C. A esse período de pujança grega, segue-se

outro, com os Hindus e Árabes que, sem trabalhar de forma axiomática como os

gregos, desenvolveram interessantes resultados, em especial na Álgebra. Somente

no século XV, com Descartes, Leibniz e Newton entre outros, é que surge um novo

período de sistematização que estimula, no século XVIII, uma fase de grande

progresso científico até a primeira metade do século XIX, quando o grande acúmulo

de resultados práticos leva a uma nova etapa de sistematização e, principalmente,

de crítica dos fundamentos. É nesse período que surgem as primeiras

sistematizações das geometrias não euclidianas, com Lobachevsky e Riemann, que

ganharam destaque por terem sido utilizadas pela Teoria da Relatividade de Einstein

na interpretação do universo.

A despeito da histórica dicotomia entre o abstrato e o concreto, o sucesso

excessivo dos valores formais, inspirou os matemáticos desse período a

apresentarem a Matemática com caráter de definitiva, como se só então tivesse

encontrado seu significado.

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Encontramos essa concepção formalista de matemática ainda presente nos

dias de hoje e, em que pese alguns movimentos no sentido de dar novos rumos à

mesma, podemos afirmar que tal concepção foi, e ainda é, determinante na prática

pedagógica adotada pelos professores no ensino dessa disciplina.

Ou seja, nosso interesse em analisar alguns modos de conceber o ensino

da Matemática no Brasil ao longo da história, se justifica na medida em que a

maneira como vemos a Matemática influencia de maneira determinante o modo

como a ensinamos, especialmente se considerarmos que nossas concepções são

construídas em nossa prática pedagógica, a partir de determinantes sócio-políticos

e ideológicos, pois,

(...) a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade que,

por sua vez, apresenta-se constituídas por classes sociais com interesses

antagônicos (...). Fica claro, portanto, que o modo como os professores

realizam seu trabalho, selecionam e organizam os conteúdos escolares, ou

escolhem as técnicas de ensino e avaliação, tem a ver com pressupostos

teórico-metodológicos, explícita ou implicitamente. (LIBÂNEO apud

FIORENTINI, 1995, P.4).

Assim, temos que, até o final da década de 50, predominava a chamada

Matemática Clássica, caracterizada por uma ênfase ao modelo euclidiano, com o

ensino expositivo, centrado no professor. Ao aluno cabia apenas copiar, repetir,

memorizar e devolver, nos momentos de avaliação, aquilo que tinha recebido

anteriormente do professor. Ainda durante esse período, a Matemática Clássica sofre

oposição da chamada Pedagogia Ativa, onde o aluno passa a ser o centro da

aprendizagem. No entanto, da mesma forma que a Matemática Clássica, essa

tendência continua a considerar que as idéias matemáticas são obtidas através da

descoberta. Entretanto, enquanto para a primeira, a descoberta se dava num mundo

ideal, platônico, para essa, é no mundo em que vivemos que as descobertas

acontecem. Essa tendência, além de auxiliar na unificação da Matemática como

disciplina, contribuiu com as diretrizes do ensino de Matemática na Reforma

Francisco Campos.

Com uma grande mobilização após 1950, promovida por vários congressos de

ensino da Matemática, o Brasil adere ao movimento internacional de reforma do

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currículo escolar que ficou conhecido como Movimento da Matemática Moderna nos

anos 50 e 60. É preciso ter claro que esse movimento se deu em nível internacional

em função da expansão industrial impulsionada pela necessidade de reconstrução

pós-guerra, ou seja, a reforma do ensino da Matemática surge para atender a uma

política de formação a serviço da modernização econômica. Epistemologicamente, o

movimento promove o retorno ao formalismo matemático, enfatizando o uso preciso

da linguagem matemática, o rigor e os aspectos estruturais e lógicos da mesma. De

um modo geral o ensino volta a centrar-se no professor, de forma autoritária, através

de exposições e demonstrações, cabendo aos alunos a mera reprodução do que foi

exposto pelo mesmo. A diferença entre o formalismo promovido pela Matemática

Clássica, e o promovido pela Matemática Moderna, está no fato de que enquanto

aquele enfatizava o encadeamento lógico do raciocínio matemático, este procura os

desdobramentos lógico-estruturais das idéias da matemática.

Com o golpe de 64, apesar das resistências, a escola acaba assumindo uma

função primordial na manutenção do regime militar, adaptando o aluno à sociedade,

tornando-o útil ao sistema. A tendência tecnicista, implantada com a reforma pela lei

5692/71, surge então com ênfase nas tecnologias do ensino, fundamentadas

psicologicamente no Behaviorismo. Tirando o centro do processo de ensino-

aprendizagem do professor e do aluno e focando-o nos objetivos instrucionais e nas

técnicas de ensino, a tendência tecnicista tem como finalidade do ensino da

Matemática, o desenvolvimento de habilidades computacionais, bem como de

resoluções de exercícios ou de problemas-padrão.

Em oposição à tendência tecnicista, surge o construtivismo, a partir da

epistemologia genética de Piageti e que passa a influenciar fortemente o ensino de

Matemática. Para essa tendência, o conhecimento matemático resulta de uma ação

interativa e reflexiva do homem com o meio em que vive, ou seja, para o

construtivismo a Matemática é uma construção humana. Por isso, o importante para

essa concepção é o processo e não o produto do conhecimento.

O fracasso da Matemática Moderna, aliado às dificuldades de aprendizagem

da Matemática por alunos das classes economicamente menos favorecidas,

impulsiona o aparecimento da tendência sócio - etnocultural, apoiada em Paulo

Freire e que tem como ícone na Educação Matemática o professor Ubiratan

D’Ambrosio, idealizador do que veio a ser conhecido como etnomatemática. Para

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essa tendência, o conhecimento matemático é considerado um saber prático,

produzido histórico-culturalmente nas práticas sociais, tendo como ponto de partida

os problemas da realidade, utilizando-se da Modelagem Matemática e da relação

dialógica entre professor e aluno, na solução da problematização inicialmente

proposta. Devido a esse caráter, surge como uma possibilidade de transformação da

realidade e da libertação dos oprimidos e marginalizados sócio-culturalmente. A

década de 90 é marcada pelas discussões em torno da tendência histórico-crítica

que considera a Matemática como,

(...) um saber vivo, dinâmico e que, historicamente, vem sendo

construído, atendendo a estímulos externos (necessidades sociais) e internos

(necessidades teóricas de ampliação dos conceitos). Esse processo de

construção foi longo e tortuoso. É obra de várias culturas e de milhares de

homens que, movidos pelas necessidades concretas, construíram

coletivamente a Matemática que conhecemos hoje. (FIORENTINI, 1995, p.31)

Nesse contexto, a tendência histórico crítica considera o que o aluno

aprendeu significativamente, pois ele atribui sentido e significado à

aprendizagem. Juntamente a essa tendência surge a tendência

sociointeracionista , que é fundamentada por Vygotski, como a maneira que o

conhecimento matemático é produzido e aceito por uma comunidade científica ou

grupos culturais, destacando as contribuições da cultura, da interação social e a

dimensão histórica do desenvolvimento mental.

Dentro do contexto apresentado, propomos um currículo de matemática

consciente, que atenda as prioridades dos educandos, tanto para sua atuação no

mercado de trabalho, quanto na continuidade de seus estudos, preparando-o

para o ingresso no ensino superior.

A matemática é importante porque nos ensina a pensar tornando-nos mais

aptos a abstrair e fazer raciocínios dedutivos, é uma linguagem universal,

desenvolve valores estéticos envolvendo diversas dimensões, entre as quais

destacamos os aspectos culturais, sociais, formativos e políticos, além de estar

sempre ligada aos problemas da ciência e da técnica de cada época estimulando

o desenvolvimento de novos conceitos e novas teorias.

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2- OBJETIVOS

1- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos.

2- Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, ralacionando a teoria com a prática, no ensino de cada

conteúdo abordado.

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3- Preparação básica para o trabalho e cidadania do educando, de

maneira que ele continue aprendendo e se adaptando às futuras

ocupações ou aperfeiçoamentos.

4- Promover uma aprendizagem significativa da matemática com

conteúdos relacionados ao cotidiano visando desenvolver as seguintes

capacidades:

Capacidade de resolver problemas diversos do cotidiano.

Capacidade de trabalhar em equipe, respeitando opiniões

divergentes.

Capacidade de ser criativo em situações diversas.

Capacidade de tomar decisões.

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3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na proposta abaixo foram citadas várias estratégias de ensino por conteúdo

abordado. Porém quando se trata do ensino da matemática se faz necessário discutir

cada uma dessas estratégias.

Investigação dos conceitos prévios

Quando o aluno chega ao ensino médio, o professor não tem conhecimento

de como a matemática estudada até aquele momento foi assimilada, e se ele

simplesmente poderá introduzir um novo conceito julgando que ou o aluno sabe do

que ele esta falando ou não sabe nada. Para tanto, é necessário investigar qual o

conhecimento que o aluno tem a respeito do conteúdo, no caso exposto, temos de

saber qual o conhecimento de número que o aluno chegou ao ensino médio. Para

tanto, no primeiro dia de aula será aplicada uma atividade envolvendo cálculos

numéricos e questionamentos a respeito dos conjuntos numéricos, para saber qual o

ponto de partida nosso, quanto ao trato do conteúdo citado.

Propor situações problema no tratamento dos conteúdos.

Essa metodologia é essencial, quando se trata de aproximar a matemática do

cotidiano das pessoas, ou para suprir os muitos questionamentos que os alunos

fazem para que serve este ou aquele conteúdo. O problema também tem a finalidade

de desenvolver o raciocínio lógico do aluno, fazendo-o pensar, ler, interpretar, pois, a

matemática não é somente cálculo, mas principalmente leitura e interpretação,

quando propomos que o aluno deverá formular novos problemas, este procedimento

fará com que ele organize seu raciocínio e pesquise situações de aplicabilidade do

conteúdo estudado em sala.

Propor exercícios diferenciados.

Quando o professor trabalha exercícios diferenciados daquele do livro didático

adotado pela escola, ele oportuniza o aluno a ter contato com atividades

diferenciadas, contextualizadas, com um encaminhamento diferenciado, tornando-o

capaz de resolver qualquer outra situação diferente, sendo capaz de abrir qualquer

livro de qualquer autor e resolver o exercício em questão.

Utilizar dados ou situações concretas.

Um exemplo disso é trabalhar funções mediante coleta das faturas de água e

luz dos alunos, essa técnica permite aproximar o conteúdo de matemática do aluno.

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Ou mesmo uma notícia de um jornal ou revista, ou uma situação ocorrida no contexto

da escola ou da sala de aula.

Utilizar recursos gráficos tecnológicos.

O uso do computador é essencial ao ensino quando o assunto é gráfico. Hoje,

ninguém apresenta um trabalho de pesquisa de forma manual, tudo é digitalizado,

portanto a matemática do ensino médio tem a obrigação de ensinar como elaborar

um gráfico no Excel, ou mesmo no Word.

Uso da calculadora.

Fazendo uma análise superficial no dia a dia de uma pessoa comum, notamos

que são raras as pessoas que vão ao supermercado ou a uma loja qualquer, e leve

consigo um lápis e um papel na mão para fazer a conta de quanto estão gastando.

Ou seja, hoje os indivíduos se querem conferir um cálculo qualquer recorrem a uma

calculadora comum. Embora, não são todos que têm afinidade com a mesma, se

atrapalham na hora se somar ou fazer qualquer operação que envolva valores muito

elevados, confundem o ponto do teclado da calculadora com o sistema de

numeração da milhar.

Existem educadores que ainda resistem ao uso da calculadora em sala de

aula, utilizando um discurso antigo dizendo que o aluno não raciocina quando usa a

calculadora. Isso só ocorre se o cálculo não estiver relacionado a uma situação

problema, pois a máquina não pensa, somente efetua o cálculo ela não dá ao aluno

se o cálculo é uma soma ou subtração ou outra operação qualquer, ela

simplesmente ajuda na obtenção de um resultado mais rápido, pois, o mundo atual

exige rapidez e habilidades pra enfrentar e resolver situações complexas do

cotidiano.

Uso da Internet.

Outro recurso que deve ser explorado é a informação, esta tem de estar

permeando todo o processo de ensino e aprendizagem da matemática. Recurso

este, extraído de jornais, revistas e principalmente a Internet. Nosso aluno do

ensino médio tem contato com a Internet, mas não a utiliza como aquisição de

novos conhecimentos, mas sim nas redes de relacionamentos virtuais, como o

orkut. Quando solicitados a fazer uma pesquisa, os mesmos não sabem colocar

uma referência extraída da Internet, não filtram as informações, transcrevendo dos

textos com os mesmos erros da página de pesquisa. Portanto a matemática

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também tem o compromisso de ensinar o aluno a pesquisar e apresentar essa

pesquisa de forma correta.

Uso de periódicos.

A leitura de jornais e revistas, principalmente à parte de economia tem

fundamental importância ao ensino, pois quando falamos que a matemática tem

relação direta com a vida e o futuro das pessoas e empresas, o aluno deverá

vivenciar essa relação acompanhando os noticiários e a influencia dos números na

vida das pessoas. Uma simples leitura exige uma série de recursos matemáticos

que propiciam a interpretação adequada das manchetes e informações veiculadas.

Jogos.

Outra estratégia importante são os jogos, estes quando especificamente

relacionados ao conteúdo abordado, serve como meio de fixar e estimular o

aprendizado daquele aluno que tem dificuldade de aprendizagem. Embora é muito

importante que o jogo não seja todo ele dado pronto ao aluno, somente como forma

de recreação, é de suma importância que o aluno adquira durante o processo de

ensino-aprendizagem condições dele mesmo elaborar o jogo e criar as próprias

regras. Com esse procedimento ele fixará o conteúdo de um modo natural, e

também promovendo o trabalho em grupo e o respeito pelas idéias do outro.

Quadro de giz e aula expositiva dialogada.

Não é porque temos recursos tecnológicos ao nosso dispor que vamos excluir

o tradicional quadro de giz e a aula expositiva dialogada, pois sem o diálogo e a

interferência do professor a educação não se concretiza. O contato e a relação

professor aluno é essencial para a vida em grupo e o aprendizado da matemática.

Zabala se diz que o aluno compreende o conteúdo abordado, a partir do momento

que o professor dá sentido ao mesmo, ou seja, a forma como este apresenta o

conteúdo e como ele o motiva, fazendo com que sua contribuição seja necessária

para que o aprendizado se concretize. É claro que a organização do conteúdo, as

revisões e o acompanhamento do professor são fundamentais no processo.

Pesquisa relacionando o conteúdo com outras disciplinas.

A interdisciplinaridade acontece realmente quando o aluno é capaz de resolver

um problema de física, por exemplo, usando os recursos aprendidos em matemática

ou vice versa, é importante que o aluno seja estimulado a pesquisar essa relação,

para que o aprendizado da matemática não fique somente na matemática, mas que

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ele consiga fazer o elo de ligação dessa com outras disciplinas, mas isso só irá

ocorrer se este for incentivado a buscar essa informação ensinando-o a pesquisar e

demonstrar aos demais colegas o resultado de sua pesquisa e como resolver uma

situação de forma diferente.

Inter relacionar os conteúdos de matemática.

Essa técnica permite resolver outras situações matemáticas usando os

recursos aprendidos com o conteúdo abordado. Um exemplo disso seria resolver

juros compostos usando logaritmos.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode

ser apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o

mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições”.

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4- CONTEÚDOS SÉRIE/ANO

PRIMEIRA SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA1- Conjuntos de números reais.

2- Conjuntos Numéricos

2- Conjuntos Números complexos.

FUNÇÕES

1- Trigonometria no triângulo retângulo

2- Relações trigonométricas em um triângulo qualquer.

3- Introdução de função.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

1- Porcentagem

- Calculando porcentagem por meio de uma função

- Educação Fiscal – Percentual de ICMS aplicado sobre os produtos.

- Cultura Afro-Percentual de descendentes Africanos.

FUNÇÃO1- Função Afim

- Agenda 21 – IMC (índice de massa corpórea) Cálculo e representação gráfica.

- Cultura afro: Análise gráfica do tráfico negreiro no Brasil.

2-Função Quadrática

3- Função Exponencial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO1- Juros Compostos

FUNÇÃO1- Função Logarítmica

2- Seqüência

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- Progressão aritmética

- Progressão Geométrica

SEGUNDA SÉRIE

FUNÇÕES1- Trigonométrica na circunferência2- Razões trigonométricas na circunferência de Raio Unitário

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

1-Estatística

- Cultura Afro – Dados Estatísticos do Município: grau de escolaridade dos afro-

descendentes, nível salarial.

- Educação Fiscal – Pesquisa conhecimento dos cidadãos de onde e como são

aplicados os recursos no município.

- Agenda 21 – água, recurso em extinção. Gráficos Estatísticos.

2- Análise combinatória

GEOMETRIAS-Noções Primitivas e Postulados

- Determinações de reta e plano

- Posições relativas entre reta e plano

- Projeção.

TERCEIRA SÉRIE

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES1- Probabilidade

2- Triangulo de Pascal

3-Binômio de Newton.

4- Teorema binomial.

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NÚMEROS E ALGEBRA

1-Matrizes2-Determinantes.

GEOMETRIAS

1-Geometria Plana2-Geometria analítica4-Geometria Espacial.- Prismas- Pirâmide- Cilindro- Cone- Esferas

NÚMEROS E ALGEBRA1- Polinômios

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5-AVALIAÇÃOAvaliar, em matemática, visa promover indistintamente todos os alunos de

forma coerente e reflexiva visando a construção do conhecimento, para tanto será utilizado os seguintes critérios:

-Elaboração de jogos, voltados ao conteúdo abordado.

-provas escritas individuais e em grupos.

-Trabalhos de pesquisas.

-resolução e elaboração de problemas do cotidiano do aluno.

-Pesquisas e noticiários relativos à matemática.

-Auto – avaliação.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante encontre condições propícias para seu aprendizado.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação Inclusiva.

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7- REFERÊNCIAS

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HOFFMANN, Jussara. AVALIAR PARA PROMOVER. Porto Alegre. Mediação,

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PAIVA, Manoel. MATEMÁTICA, São Paulo, Moderna, 2004.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, cadernos de Orientações curriculares.

Curitiba. 2006.

ZABALA, Antoni. A PRÁTICA EDUCATIVA COMO ENSINAR. Porto Alegre. Artmed.

1998.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

QUÍMICA

ENGENHEIRO BELTRÃO – 2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – QUÍMICA

1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A abordagem no Ensino de Química será norteada pela

construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos e experimentais,

vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos e culturais do nosso

cotidiano; estruturando um conhecimento que se estabelece mediante relações

complexas e dinâmicas na qual pretende que o aluno reconheça e compreenda de

forma integrada e significativa as transformações químicas que ocorrem com os

processos naturais e tecnológicos.

Embora muitos professores ainda concebam a sua prática de sala de aula

como um mundo à parte da teoria, há um movimento reflexivo por parte dos

profissionais da educação, no sentido de estabelecer vínculos entre a história, os

saberes, a metodologia, a avaliação para o ensino de Química.

Nessa proposta a preocupação central é resgatar a especificidade da

disciplina de química, recuperando a importância do seu papel no currículo escolar e

deixando de vê-la como área do conhecimento teórico. Por isso é importante dar

ênfase ao estudo da história da disciplina buscando uma seleção de conteúdos que a

identifique como campo de conhecimento.

Esses pressupostos são fundamentais para uma abordagem pedagógica

crítica da disciplina de química que ultrapasse a postura subserviente da educação,

formando um aluno crítico que se aproprie de conhecimentos químicos, tornando-se

capaz de refletir sobre o período atual.

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2 – OBJETIVOS

A disciplina de Química tem o propósito de formar cidadãos

que possam exercer com responsabilidade e discernimento a sua cidadania nas

ações sobre a natureza e a sua recuperação, através dos conhecimentos

elementares de Química.

Assim, os objetivos a enfatizar, dentro do ensino dessa

disciplina são:

Interpretar os fenômenos da natureza resolvendo problemas práticos usando

o conhecimento químico;

Proporcionar oportunidades aos alunos de perceberem a relação entre o

conhecimento desenvolvido na química e a vida cotidiana;

Desenvolver habilidades de manuseio de materiais e dispositivos químicos,

promovendo o conhecimento por meio de suas propriedades de

transformações, produção e utilização;

Favorecer a compreensão da dinâmica da constituição química como

resultado das pesquisas realizadas e que estão sujeitas às mudanças;

Favorecer a compreensão que a evolução do conhecimento químico tem sob

os aspectos históricos e sócio-econômicos;

Desenvolver a capacidade de investigação e senso crítico frente aos

problemas oriundos do desenvolvimento desta ciência;

Utilização da experimentação química com o intuito de melhor compreensão

do conteúdo teórico;

Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias e modelos)

para resolução de problemas qualitativos e quantitativos da química,

identificando e acompanhando as variáveis relevantes;

Compreender os códigos e símbolos próprios da química e utilizar a

representação simbólica das transformações químicas reconhecendo suas

modificações no tempo atual.

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3 – CONTEÚDOS

PRIMEIRO ANO

1ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: MATÉRIA E SUA NATUREZA

ESPECÍFICOS:

- Estrutura da matéria;

- Substâncias;

- Misturas;

- Métodos de separação;

- Fenômenos Físicos e Químicos;

- Propriedades Coligativas;

- Estrutura Atômica;

- Distribuição Eletrônica;

- Tabela Periódica;

- Ligações Químicas;

- Funções Químicas;

- Reações Químicas;

- Radioatividade;

- Eletroquímica;

2ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: BIOGEOQUÍMICA

ESPECÍFICOS:

- Soluções

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- Termoquímica

- Cinética Química

- Equilíbrio Químico

3ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: QUÍMICA SINTÉTICA

ESPECÍFICOS:

- Química do Carbono;

- Funções Oxigenadas;

- Polímeros

- Funções Nitrogenadas

- Isomeria

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4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As diretrizes propõem que a compreensão e apropriação do conhecimento

químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo, a Química.

Considera-se que na perspectiva da abordagem conceitual do conteúdo

químico, a experimentação favorece a apropriação efetiva do conceito e “o

importante é a reflexão advinda das situações nas qual o professor integra o trabalho

prático na sua argumentação”.

A metodologia utilizada tem o intuito de tratar a Química com os alunos de

modo a possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele, portanto

cabe ao professor:

Criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais

criticamente sobre a importância da utilização da Química.

Fazer com que o aluno entenda as idéias fundamentais das ciências, levando-

o a utilizá-las para compreender melhor o funcionamento e sua interação com

o mundo.

Desenvolver um conceito científico mediante uma linguagem usual para os

assuntos da vida cotidiana.

Estimular as atividades experimentais, pois elas despertam a curiosidades dos

alunos sendo uma forma de explicitar as suas idéias sobre os fenômenos a

serem estudados, melhor entendê-los e até modificar seus modelos

distorcidos sobre determinadas teorias científicas.

Associar a teoria com a prática é de importância fundamental.

Aplicar exercícios, de preferência, ligados às situações concretas da vida do

aluno, embora possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração.

Estimular o aluno a fazer leituras em livros, revistas, jornais e computadores

(internet).

Trabalhar a aprendizagem de modo a ser moldada e constituída em

interdisciplinaridade, na formação do ser crítico, consciente, que trabalha em

harmonia com o meio ambiente.

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Criar situações de aprendizagem no processo de inclusão de culturas,

religiões e limitações físicas, sensoriais, utilizando estratégias diferenciadas

de ensino e avaliação.

5 – AVALIAÇÃO

A proposta de uma avaliação formativa e processual, como uma forma de

questionamento daquelas relações de poder, passa a ser o método mais adequado

para o processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em conta a todo o

conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas concepções espontâneas,

além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos, isso se dá a partir de uma ação pedagógica em que a partir de

conhecimentos anteriores dos alunos; seja permitido aos mesmos o entendimento e

a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve

usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos

alunos, como: leitura, interpretação e construção de textos, pesquisas bibliográficas,

relatórios de aulas de laboratórios, apresentação de seminários, entre outros. Esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de

ensino, bem como que possa contemplar a aprendizagem de cada aluno dentro de

suas capacidades de superar as dificuldades de aprender os conteúdos.

Tal prática avaliativa requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda

a concepção de ensino de Química na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem

claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.

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6 – BIBLIOGRAFIA

BELTRAN, N. O. E CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

CARVALHO, Geraldo C. Química para o ensino médio. Scipione, vol. único, 2003.

Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Versão Preliminar -

Junho/2006. Secretaria de Estado e da Educação.

GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências. Editora Ática, 2005.

HALL, Nina. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:

Bookman, 2004.

MATEUS, Alfredo L. Química na Cabeça. Editora UFMG, 2005.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química: Professor/Pesquisador. 2º Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. p. 120.

NETO, B.B, IED. S. S. e BRUNS R. E. Como fazer expermimentos, Editora Unicamp,

2º Ed. 2003.

PERUZZO, Tito M. e CANTO, Eduardo L. DO. Química. Editora Moderna. Vol. único,

1998.

PESQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade – módulo 3. Nova

Geração, Brasília, 2004.

Revista Química Nova na Escola – Sociedade Brasileira de Química

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SARDELLA, A. e FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: Editora Àtica,

2004.

USBERCO, João e SALVADOR, Edgard. Química Essencial. Editora Saraiva.

241

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

FILOSOFIA

“A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. Não é obrigatório que elas gostem do que vêem. Mas é importante que seus horizontes se alargem.”

(Nietzsche)

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ENGENHEIRO BELTRÃO- 2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – FILOSOFIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Considerando que todos os conteúdos filosóficos configuram-se como

discursos, os quais apresentam um caráter crítico-reflexivo e problematizador, o

papel formativo específico da Filosofia no Ensino Médio volta-se, primariamente,

para a tarefa de fazer o educando aceder a um discurso-filosófico, à medida que

este, indissociavelmente, constrói e exercita a capacidade de problematização e

apropria-se reflexivamente do conteúdo. De fato, a conexão interna entre conteúdo

(discurso) e método (forma de análise, interpretação, crítica, problematização,

reconstrução racional, argumentação e posicionamento) deve tornar-se

evidentemente, sem a qual esvazia-se o especifico do ensino filosófico. Apesar dos

diferentes conteúdos filosóficos e diferentes métodos de acesso, há algo de comum

que lhe é inerente: a problematização e a reflexão. Portanto, nisto consiste, talvez, a

contribuição mais especifica da Filosofia na formação do aluno do Ensino Médio.

Nesta proposta, o conhecimento é concebido como um processo de

construção: cada conteúdo não deve ser vinculado como algo definitivamente

acabado, como uma doutrina fechada, constituída de certezas indiscutíveis; o que

não significa, por sua vez, fazer concessão ao ceticismo ou ao relativismo. Entende-

se que o filosofar caracteriza-se como busca de um saber instituinte, aberto e não

acabado, que permite colocar os educandos em contato com diferentes referenciais

conceituais do campo filosófico, assegurando-lhes a possibilidade de questionarem

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os problemas e construírem suas próprias tentativas de resposta, na perspectiva

metodológica de rigor, radicalidade e totalidade. Deste modo, esta proposta entende

que cada conteúdo selecionado, com ênfase no tratamento temático, deve configurar

esta dimensão problematizadora, apresentando-se na forma de questões distribuídas

em três eixos temáticos, referindo-se às questões ético-politicas, epistemológicas e

estéticas, que emergem das transformações sócio-culturais da contemporaneidade e

suas implicações do Ensino Médio, articulando-as interdisciplinarmente com outras

áreas de conhecimento relevantes. Como se pode observar, aqui se privilegia o

tratamento interdisciplinar e contextualizado para os conhecimentos de filosofia,

possibilitando ao educando a inserção crítica no universo da cultura, tendo em vista

sua formação para uma cidadania participativa. Com efeito, a LDB, no seu artigo 36,

§1º, tratou de dimensionar o papel da Filosofia no Ensino Médio referendo-se aos

conhecimentos filosóficos que são necessários ao exercício da cidadania.

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2- OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade humana de pensar, de pensar bem, de pensar melhor,

de forma coerente e crítica.

- Tornar temático o que está implícito, estruturar ações e informações.

- Relacionar informações e conhecimentos compreendendo as raízes das

concepções de homem e de mundo disponíveis em textos filosóficos para construir

uma argumentação consistente.

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3- CONTEÚDO

SEGUNDA SÉRIE

1 - MITO E FILOSOFIA

- Do mito à razão: O nascimento da Filosofia.

- Principais Períodos as história da Filosofia.

- Porque estudar Filosofia

- A Filosofia no nosso dia a dia.

- Mito – funções

- Mito e religião

- O mito hoje.

2 – TEORIA DO CONHECIMENTO

- O que existe além do que vemos.

- O que é conhecimento?

- Percepção de mundo.

- Período do conhecimento da idade antiga e média.

- “O mito da caverna” Platão

- Os tipos de conhecimentos

Conhecimento mitológico

Senso comum

Conhecimento científico

Conhecimento filosófico

- Verdade

- Lógica Aristotélica

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Definições e princípios

Proposições e argumentos

Tipos de argumentação: Dedução, Indução e Analogia.

Falácias

- A Lógica Pós Aristotélica.

3 - ÉTICA

- Definição da Ética

- A Ética e seus fundamentos.

Os primeiros a iniciarem reflexão sobre Ética – Sócrates, Platão e

Aristóteles.

- A construção da identidade moral.

Ninguém nasce moral – Teoria de Piaget

- A construção da Personalidade moral.

- Responsabilidade moral, determinismo e liberdade.

- Os valores.

- O bem e o mal.

4 – FILOSOFIA POLÍTICA

- O que é Política.

- O estado, sociedade e poder.

- As filosofias Políticas.

- Os regimes políticos.

- Participação do Povo Democracia.

- A política e o cotidiano.

Globalização

Trabalho

Desemprego

Fome

Violência

Segurança

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Saúde

Educação

5- FILOSOFIA DA CIÊNCIA O conhecimentos científico

Ciência e Valores

Benefícios das ciências

A ciência antiga e a medieval

A revolução científica

As transformações produzidas pelas novas ciências.

6- ESTÉTICA Introdução conceitual

Funções da arte

Criatividade como capacidade humana

Concepções estéticas

a) Naturalismo Grego

b) A Estética Medieval (Santo Agostinho e São Tomás de Aquino)

c) A Estética Romântica

d) O Pós-Modernismo

O pensamento estético no Brasil

3ª SÉRIE

1 – MITO E FILOSOFIA

- Mito e Filosofia – (continuidade e ruptura )

- Um breve percurso na história da Filosofia da idade antiga à contemporânea

- Os primeiros Filósofos.

- Os Pré – Socráticos – Os sofistas.

- Etapas da Filosofia.

- A Filosofia no Brasil.

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2 – TEORIA DO CONHECIMENTO

- Formas de conhecer.

- Razão, Verdade e Conhecimentos.

- Dogmatismo ( Posso conhecer tudo? )

- Ceticismo ( Posso duvidar de tudo? )

- Pragmatismo ( Como tornar clara as nossas idéias )

- Silogismo ( Indicado por Aristóteles como tipo perfeito do raciocínio)

- Ideologia – Conceito – Discurso não ideológico- A ideologia em ação – A ideologia

da mídia).

- Teoria do conhecimentos na idade moderna.

Empirismo (John Locke, Thomas Hobbes e David Hume)

Racionalismo (René Descartes e Baruch Spinoza)

Idealismo (Immanuel Kant)

- Teorias do conhecimento na idade contemporânea.

zIdealismo Hegeliano – Wilhelm Hegel

Materialismo – Karl Marx

Positivismo – Augusto Comte

3 - ÉTICA

- Os princípios morais básicos.

- Obrigação moral – (A teoria Kantiana da Obrigação moral)

- A moral e os comportamentos humanos.

Moral e Religião

Moral e Política

Moral e Direito (Vivência social)

Moral e Ciência

- Doutrinas éticas fundamentais.

Ética e história

Ética grega

Ética cristã medieval

Ética moderna

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A ética contemporânea.

4 – FILOSOFIA POLÍTICA

- Conhecendo alguns Filósofos que pensaram sobre Política.

Platão

No mundo grego <

Aristóteles

Nicolau Maquiavel

No mundo moderno<

Thomas Morus

Antonio Gramsci

No mundo contemporâneo <

Walter Benjamim

- As Teorias Política

Liberalismo

Neoliberalismo

Socialismo / Anarquismo / Comunismo

Materialismo

Totalitarismo / Fascismo / Nazismo

Terrorismo

- A Política que vivemos em nosso país nos dias de hoje

A crise política

A indiferença política

5- FILOSOFIA DA CIÊNCIA

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As ciências da natureza

As ciências humanas

A ciência e a Ética

A genética e os problemas éticos (genoma, transgênicos, clonagem)

6- ESTÉTICA A arte como forma de pensamento

Kant e a crítica do juízo estético.

Arte e Sociedade: indústria cultural e cultura de massas

Meios de comunicação (televisão, cinema);

Arte e Filosofia

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos

específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a

investigação e a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma

imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música –

tantas são as possibilidades para atividades geralmente conduzidas pelo professor,

com o objetivo de instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante

e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se chama sensibilização.

Após a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a

problematização, a investigação, a criação de conceitos, o que não significa dizer

que a sensibilização não possa correr diretamente a partir do conteúdo

problematizado.

A problematização ocorre quando um professor e estudantes, a partir do

conteúdo em discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o

conteúdo. É importante ressaltar que os recursos utilizados para sensibilização,

sejam filme, música ou o texto, podem ser retomados a qualquer momento.

Problematizando, o professor convida o estudante a analisar o problema, o

que se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar

a experiência filosófica. Recorrendo à história da filosofia e aos clássicos, o

estudante defronta-se com diferentes maneiras de entender o problema e com as

possíveis soluções já elaboradas, que embora não resolvam o problema, orienta a

discussão.

O ensino da Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,

por isso é importante que na busca de resolução do problema haja preocupação

também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que

remeta o estudante a sua própria realidade. Dessa forma, partindo de problemas

atuais, estudados a partir da história da filosofia, dos estudos dos textos clássicos, de

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interpretação cientifica e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino

Médio pode formular seus conceitos, construir seu discurso filosófico. O texto

filosófico que ajudou os filósofos a entender e analisar filosoficamente o problema em

questão será trazido para o presente com o objetivo de fazer entender o que ocorre

hoje e como podemos, a partir da filosofia, entender os problemas de nossa

sociedade.

Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a

elaborar um texto, um construto teórico; terá condições de ser construtor de idéias

com caráter inusitado e criativo e as socializará para discussão. É esse o sentido que

se deve atribuir à criação de conceitos no nível médio.

Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está

implícito nas idéias e como elas se tornam conhecimento e por vezes ideologia,

criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente por meio de raciocínios

lógicos num pensar coerente e crítico.

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico,

dando-lhe caráter dinâmico e participativo.

O ensino de Filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressupõe um

bom planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras

estratégias, a fim de que a investigação seja de fato a diretriz do ensino.

Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas

significativos para estudantes do Ensino Médio, é importante que haja a preocupação

de não ser superficial e de demorar o tempo necessário para realização de todo o

processo de ensino proposto, desde a sensibilização para o problema passando pelo

estudo dos textos filosóficos, até a elaboração de conceitos, para que se garanta de

fato a reflexão filosófica.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

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Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de aprendizagem do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma

especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia

como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontra

seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência

esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não

determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não tem

finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a

qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão

construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância

individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber

quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história de Filosofia, de texto,

ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar

deste ou daquele tema.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do

estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em jogo é a

capacidade dele de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que

deve ser levado em considerações é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos

temas e discursos.

É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e

criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual

discurso tem após o estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a

sensibilização, coletando o que o estudante pensava antes e o que pensa após o

estudo. Com isso é possível entender avaliação como um processo que se dá no

processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.

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5.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Ficha de acompanhamento da participação individual;

Produção de texto dissertativo;

Teste escrito com múltipla escolha;

Relatórios;

Apresentação de pesquisa;

Apresentação teatros, cartazes, mural, paródias, usando o conteúdo

estudado;

Auto-avaliação – Oral e Escrita;

Observação direta do professor com registro no livro da participação em

debates;

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas

avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para

reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais

reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na organização

didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante

encontre-se em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS:Diretriz Curricular de Filosofia para o Ensino Médio, Julho 2006 – Secretaria de estado da Educação.

ARANHA, M.Lúcia de Arruda: MARTINS, M. Helena Pires, Filosofando: Introdução à filosofia Moderna, 1993.

_____________, temas de filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1998.

CHAUÍ, Marilena. Convite a filosofia. E. ed. São Paulo. Ática, 1995.

CORDI, Cassiano; SANTOS, Antônio R. dos; et alli. Para filosofar. São Paulo:

Scipione, 1995.

CUNHA, José Auri, Iniciação á investifação filosófica, São Paulo, atual. 1992.

MATOS, Arnaldo Moreira de .Filosofia. Curitiba/IESDE Brasil, 2003

MAYER, Sergio, Filosofia com jovens. Ed. Vozes.

WONSORICZ, Silvio. Filosofia início de uma mudança Ed. Sophos.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

LÍNGUA ESTRANGERIA MODERNA-INGLÊS

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ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – INGLÊS

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No início da colonização, os jesuítas, ensinavam o latim como exemplo de

língua culta. Em 1759, foi implantado pelo Marques de Pombal o sistema de ensino

régio , ensinando as línguas clássicas: o latim e o grego . O ensino das línguas

modernas teve um leve incremento com a chegada da família real em 1808 e, mais

tarde , em 1837, quando se fundou a primeira escola pública de nível médio e

implantou um currículo nos moldes franceses,e em seu programa constavam 7

anos de francês, 5 de inglês e 3 de alemão . Esse modelo de ensino de línguas

se manteve até 1929. O francês esteve sempre em primeiro lugar por representar

um ideal de cultura e civilização, seguido do inglês e depois do alemão a partir de

1929, do italiano que fez parte do currículo até 1931.

Nessa época, a abordagem era Tradicional, pois concebia a língua como um

conjunto de regras e privilegiava a escrita, seguindo uma tradição do ensino do

grego e do latim. Na Europa, neste período, Ferdinand Saussure,1916, inaugurou

os estudos entre oposição de “langue”, o sistema lingüístico propriamente dito e

parole, e o uso desse sistema em contextos sociais, tornou-se um marco histórico.

No governo de Getúlio Vargas, iniciou-se estudos para uma reforma do sistema de

ensino, a Reforma Francisco Campos, propunha que a escola secundária

proporcionasse formação geral e preparação para o ensino superior. Um método de

ensino de língua Estrangeira foi estabelecido – o Método Direto, Sendo este

método usado para induzir o aprendiz ao acesso direto dos sentidos, sem a

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tradução, de forma que se pensasse diretamente na língua estrangeira. A língua

materna perde o seu papel de mediadora e a aprendizagem estava em constante

contato com a língua em estudo.

Em 1942, com a reforma Capanema , a educação ficou centralizada no

Ministério de Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas , a

metodologia e o programa a serem trabalhados .O uso do Método Direto não

deveria ter apenas fins instrumentais , mas também educativos . Nesse período, a

língua espanhola foi valorizada como disciplina curricular ,pois representava, um

modelo de patriotismo.O inglês tinha seu espaço garantido por ser o idioma mais

usado nas transações comerciais, enquanto que o francês mantinha o seu prestígio

por continuar representando um ideal de cultura.

Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística surgem

mudanças significativas quanto às abordagens e aos métodos de ensino. Os

lingüistas estruturalistas da época, Leonardo Bloomfield, Charles Fries e Robert

Lado, dentre outro, apoiavam-se na psicologia da escola Behaviourista para

trabalhar a língua, a partir da forma para chegar ao significado, tais lingüistas

sistematizaram os métodos audiovisual e áudio-oral surgidos nos Estados Unidos,

em 1942. A partir de 1950 surge o modelo de descrição lingüística criado por

Chomsky, a gramática Gerativa Transformacional, que reestruturou a visão de língua

e de sua aquisição. A partir de então, o princípio do foco na oralidade cede espaço

ao ensino de todas as habilidades: falar , ouvir, ler, e escrever. Permitia-se o uso da

língua materna e a gramática era explicada de forma dedutiva.

A política de incentivo à industrialização que ocorreu na década de 50 fez

com que o ensino de humanidades fosse substituído, paulatinamente, por um

currículo cada vez mais técnico, o que acarretou a diminuição da carga horária das

línguas estrangeiras. Com o golpe militar em 64, o Ministério de Educação e Cultura

recebeu ajuda financeira e técnica da agência Americana para o desenvolvimento

internacional brasileiro, pelos estudos realizados por este convênio, direcionou o

governo a preocupar-se em formar profissionais e não cidadãos, por não ser política

e economicamente interessante. A partir da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71,

esta desobrigava a inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1º E 2º GRAUS,

pois alegava que a escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de

mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Na década de 70, esse

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pensamento tomava o ensino de línguas estrangeiras como um instrumento das

classes favorecidas . De acordo com o parecer 58176 do conselho Federal, a língua

estrangeira seria ensinada por acréscimo. Isso fez com que muitos deles

suprimissem a língua estrangeira ou reduzissem seu ensino. Os métodos áudio-

linguais, fundamentados na lingüística estrutural norte-americana de Skinner, tinha

finalidade estritamente instrumental, era um incentivo a mais para justificar o ensino

de inglês como única opção.

Na década de 80 desenvolveu-se o cognitivismo construtivista, teoria baseada

nos estudos epistemológicos de Piaget, que serviu de base para os estudos de

Vygotsky. Segundo ele a linguagem se desenvolveu primeiro nas trocas sociais e

após as representações originadas dessas interações, há um movimento de

interiorização que parte para o mental. O interacionismo social, leva em conta fatores

sociais comunicativos e culturais na aquisição da linguagem . Vygotsky afirma que é

a a partir e através da interação com o outro, mediada pela linguagem que o homem

se transforma de ser biológico em ser sócio histórico.

É uma vertente dessa perspectiva o conceito da competência comunicativa

elaborada por Hymes em 1972. Esta teoria dá ênfase à importância de, na situação

de aquisição da linguagem, abordar os problemas práticos que ocorrem numa

comunidade heterogênea e na qual os aspectos sócio-culturais são fundamentais.

Competência comunicativa vem portanto a ser o domínio por parte do falante dos

valores sócio-culturais da comunidade em que se realiza a comunicação e da

adequação do discurso aos usuários e a intenção do falante.

Canale ampliou este conceito de competência comunicativa, no sentido de ser

voltada para o uso efetivo da língua e não apenas da precisão, para autenticidade da

língua e contextos, atendento às necessidades dos alunos no mundo real

A abordagem comunicativa é uma vertente da competência comunicativa, que

recebeu influência do audiolingualismo, estudos de pragmática e interacionismo.

Através dela surge a integração das quatro habilidades: ler, escrever, ouvir e falar.

Essa abordagem não se centra em normas padrões, mas em modos de se expressar

adequados a cada situação e contexto. O maior objetivo é a produção de significados

e o contexto sociolingüístico, os papéis do falantes e os meios não lingüísticos e

estruturas típicas de situações de comunicação.

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Alguns adeptos da pedagogia crítica, consideram essa abordagem de uma

dimensão político-ideológica e relações de poder marginalizadas.

Os estudos da linguagem realizados por Hymes em aproximam a Lingüística

da Sociologia. Inicia-se dessa forma, ao considerar os aspectos semânticos da

linguagem,opõe-se ao estruturalismo de Chomsky. No Brasil a pedagogia crítica é

inspirada por Paulo Freire. Ela se baseia no surgimento das teorias da análise do

discurso que, ao contrário da lingüística ortodoxa, se nega a separar o lingüístico das

condições sócio-histórico-ideológicas de produção, deslocando a análise do discurso

para além do gramatical e para além do meramente lingüístico.

No Brasil, a partir do início dos anos 90, impulsionadas por um ideal de

redemocratização do país e pela criação do Mercosul, as escolas voltam a ofertar o

espanhol como alternativa ao inglês sem suplantá-lo. Em 1996 com a LDB (Lei nº

9.394), há o registro da obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira no ensino

fundamental. Referindo ao Ensino Médio a lei determina que será incluída uma

língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar e uma segunda, em caráter optativo. Em 1999 os PCNs são publicados

para o ensino de língua estrangeira, apresentando uma concepção de língua como

prática social, mas privilegiam a prática da leitura restringindo o conceito de

contextualização. Outra falha apresentada é ao utilizar o critério de tipologia textual.

Em 2005, foi criada a Lei 11.161, que decreta a obrigatoriedade para a oferta de

Língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. Sendo assim a oferta é

obrigatória para a escola, mas de matrícula facultativa para o aluno.

1.1 Língua Estrangeira Moderna No Paraná A imigração teve papel fundamental na colonização do Paraná. Os imigrantes

que para o Paraná vieram mantiveram seus costumes vivos e também a língua. É

por essa razão que no Paraná é possível encontrar comunidades bilíngües.O resgate

do prestígio do ensino de língua estrangeira se dá no Paraná em 1976, quando esta

passa a ser obrigatória, somente no 2º grau. Em 1986 foi criado o CELEM pela

SEED. Esses Centros de Línguas funcionavam no contra-turno, sem custo financeiro

a alunos da rede pública estadual. Esse foi um projeto, que proporciona até hoje

aulas de espanhol, inglês, alemão, francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês a

mais de 21.000 alunos da rede pública estadual do Paraná. Com relação ao ensino

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de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a

publicação do currículo Básico. É um texto que apregoa a indissociabilidade entre

língua e cultura, e propõe uma concepção de língua entendida como prática social e

historicamente construída.

As Diretrizes curriculares, construídas junto com os professores de língua

estrangeira do Paraná, propõem portanto um jeito novo de olhar o discurso, como

algo que se possa ser construído nas interações sociais. É trabalhar a língua

enquanto discurso – entendido com prática social significativa. É uma nova

possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.

A abordagem sócio-interacionista possibilita uma nova perspectiva que

privilegia a prática lingüística: o falante e o uso que faz da linguagem. O discurso não

é apenas transmitido, mas refletido, analisado e é passível de transformações, já que

neste enfoque o aluno não é um ser passivo, mas crítico e transformador, capaz de

criar novas realidades.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Proporcionar ao aluno uma prática significativa, na qual ele tenha acesso a

discursos variados, orais e escritos, na língua inglesa, a fim de que ele possa ampliar

o seu conhecimento de mundo e posicionar-se criticamente em relação ao outro e a

si mesmo.

- Proporcionar subsídios para que ele seja capaz de atribuir e produzir

significados em inglês.

- Levar o aluno a refletir e transformar a sua realidade através de um

entendimento dela, de seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e

culturais. Perceber que ela está em constante movimento e transformação e que ele

pode ser o sujeito ativo disso.

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3- CONTEÚDOS

Conteúdos EstruturantesO discurso, concebido como produto de interações em práticas sociais

significativas é a base dos conteúdos, onde serão ativados os diversos

conhecimentos necessários para a formação integral de nossos alunos. Serão,

portanto discursos variados envolvendo oralidade e escrita.

Conteúdos EspecíficosPRIMEIRA SÉRIE

A) Conhecimentos textuais- Tipos de textos

e-mails

documentos e formulários

propaganda e catálogos

classificados e anúncios

artigo de jornal e revistas

programação de TV

coluna de aconselhamentos

anedotas

letras de músicas sobre variados temas

biografias

comentários

pesquisa de opinião

listas

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B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico, e discursivo estão

inseridos nas quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING

Preencher formulários através de perguntas e respostas.

Falar sobre membros da família.

Perguntar e responder sobre informação pessoal em 1ª e 3ª pessoa

Descrever-se e descrever alguém física e intelectualmente.

Perguntar e responder sobre tempo, quantidade e posse.

Narrar ações em desenvolvimento.

Expressar gostos ou aversões por objetos ou atividades.

WRITING

Responder perguntas sobre si mesmo

Completar frases com informações pessoais

Escrever pequenos parágrafos dando informações sobre si.

Descrever ações em desenvolvimento.

Escrever um parágrafo sobre hábitos e costumes de si mesma ou

rotina e atividades diária, passatempos e atividades de lazer.

Dar informações sobre uma terceira pessoa do singular ou pessoas

da família.

Descrever lugares e pessoas.

Escrever instruções.

READING

Pré-leitura

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em todas as séries.

Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida

real.

Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam

entender os pontos-chave.

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Leitura

Utilizar estratégias como skimming, scanning, predicting

Usar contexto para descobrir palavras desconhecidas .

Prever o assunto através de títulos e ilustrações.

Ajudar a entender o propósito do autor.

Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

Esclarecer o conteúdo.

Identificar cognatos.

Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

Estabelecer relações lógicas.

Compreender definições.

Pós-leitura

Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

Elaborar atividades complementares

LISTENING

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos Pré-listening

Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o

tema, trazendo gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a

necessidade dos alunos, como propagandas de pontos turísticos, diálogos e

descrições.

Listening

Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios

de ouvir e anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e

cantar.

Post-listening

Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

C) Conhecimentos gramaticais

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Conhecimentos gramaticais: É importante evitar a organização de conteúdos

baseados em itens gramaticais, pois tal procedimento contraria a visão de língua

como contexto e espaço de construção de sentidos. Devem estar portanto, apenas

subordinados aos usos que se faz da LEM, devem ser tratados de modo

contextualizado.

Os textos escolhidos definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos.

SEGUNDA SÉRIEA) Conhecimentos textuais

Reconhecer padrões de sequenciação em narrativas: then, next, at first, in the

beginning, after that, at last, finally

Causa e efeito em textos de caráter científico

Idéia principal e idéias de apoio

d)Instruções

descrição de processo

estratégias de leitura: skimming, scanning, conhecimento prévio

g)referentes pronominais

h) artigos biográficos

conselhos e sugestões

pontos importante em uma entrevista

correspondência comercial

tabelas

receitas

B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico e discursivo estão inseridos nas quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING AND WRITING

Descrever sobre eventos passados.

Narrar fatos a partir de gráficos, linha do tempo ou tabela.

Narrar fatos em pequenos parágrafos.

Identificar erros gramaticais em pequenos textos.

Escrever pequenas hipóteses

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Reescrever diálogos na forma indireta.

Fazer comparações

Produzir anúncios

Escrever cartazes

READING

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em todas as séries.

Levantar em sala de aula os tipos de texto que mais agradam aos alunos.

Apresentar textos para escolha dos alunos.

Elaborar atividades de pré-leitura e de compreensão geral do texto,

focalizando aspectos mais amplos de sua produção.

Pré-leitura

Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida

real.

Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam

entender os pontos-chave.

Leitura

Perceber estratégias do autor através de vocábulos

Perceber situações de produção

Ajudar a entender o propósito do autor.

Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

Esclarecer o conteúdo.

Identificar cognatos.

Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

Estabelecer relações lógicas.

Compreender definições.

Pós-leitura

Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

Elaborar atividades complementares

LISTENING

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Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em todas as séries.Pré-listening

Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o

tema, trazendo gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a

necessidade dos alunos.

Listening

Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios

de ouvir e anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e

cantar.

Post-listening

Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

C) Conhecimentos gramaticais

TERCEIRA SÉRIEA) CONHECIMENTOS TEXTUAIS-Tipos de texto Jornal escolar

Artigos de revistas

Artigos de jornais

Entrevista

Resumos

Coluna de aconselhamentos

Textos informativos

Letras de músicas sobre os mais variados temas

Textos literários

Propagandas

Contos e fábulas

Textos de páginas da internet

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Gráficos e tabelas

B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico e discursivo estão inseridos nas quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING

Perguntar e responder sobre sobre ideais profissionais.

Fazer pequenos relatos de sua infância ou de seu passado.

Perguntar e responder sobre gostos e preferências.

Expressar opiniões

Narrar sobre o passado de pessoas que fizeram história no Brasil ou no

mundo.

Resumir fatos oralmente

Expressar suas preocupações ambientais através de perguntas e respostas.

Textos que expressem traços de obrigação

READING

Ler artigos biográficos, narrativas de acontecimentos passados, planejamento

ações futuras, artigos de jornais e revistas entrevistas, resumos,

reportagens,seções de aconselhamento, pesquisas, ideais ou ambições da

ciência.

Textos informativos de caráter históricos ou científicos.

Levantar em sala de aula os tipos de texto que mais agradam aos alunos.

Apresentar textos para escolha dos alunos.

Elaborar atividades de pré-leitura e de compreensão geral do texto,

focalizando aspectos mais amplos de sua produção.

Pré-leitura

Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida

real.

Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam

entender os pontos-chave.

Leitura

Ajudar a entender o propósito do autor.

Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

Esclarecer o conteúdo.

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Identificar cognatos.

Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

Estabelecer relações lógicas.

Compreender definições.

Pós-leitura

Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

Elaborar atividades complementares

LISTENING

Pré-listening

Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o

tema, trazendo gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a

necessidade dos alunos, como propagandas de pontos turísticos, diálogos e

descrições.

Listening

Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios

de ouvir e anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e

cantar.

Post-listening

Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

WRITING

Escrever diálogos

Escrever narrativas

Escrever anúncios e cartazes

Preencher formulários

Descrever ações em narrativas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Agenda 21

Cultura Afro

Educação Fiscal

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Esses conteúdos serão readaptados para a língua inglesa, de forma a contemplar, o

discurso, seus instrumentos, seus processos de construção. Já que estes temas são

atuais e necessários serem vistos dentro da esfera não apenas nacional, mas global.

Estas são propostas que pode ou não serem alteradas de acordo com as

transformações históricas da sociedade, lembrando que a informação se movimenta

e por isso mesmo torna-se complexo trabalhar apenas isto ou aquilo. Há materiais

extensos que possibilitem estarmos olhando para a nova ordem mundial, suas

exigências e o que pensam os poderes constituídos não apenas em nosso país mas

no mundo.

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Dentro da perspectiva da Pedagogia Histórico Crítica o ensino de língua

estrangeira assume uma abordagem sociointeracionista. Esta teoria é orientada

pelas contribuições dos teóricos russos do Círculo de Bakhtin – Voloshinov,

Medvedev e Bakhtin – que a partir de uma concepção interacionista definem a

linguagem. Em suas teorias o conceito de língua é mais que um conjunto de normas

e formas, mais que uma manifestação psíquica individual; a língua é entendida como

uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas. É um

espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas

que as constroem e que são por ela construídas. É na língua que se percebe, se

entende e se constrói a realidade.

Apresentar ao aluno apenas o discurso que tenta explicar o funcionamento da

língua e as regras formais de gramática é muito pouco. Ao trabalhar exclusivamente

com esse discurso pedagógico, a escola apresenta ao aluno uma realidade

lingüística que não corresponde à realidade cotidiana cultural dos países que

vivenciam a LEM. É preciso trabalhar a língua enquanto discurso – entendido como

prática social significativa - (oral e/ou escrito)pois, como afirma Voloshinov: “...o

essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada,

mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação

numa enunciação particular.”(VOLOSHINOV, 1992). Portanto, é preciso proporcionar

ao aluno uma prática significativa, na qual ele tenha acesso a discursos variados,

orais e escritos, na LEM e com a qual possa se sentir inserido numa determinada

realidade e capaz de interagir com ela, só assim ele terá a possibilidade de ampliar

seu conhecimento de mundo e desenvolver seu espírito crítico com relação ao outro

e a si mesmo.

Ao interagir com outras culturas através da LEM, o aluno deverá ser capaz de

perceber a língua como algo que constrói e é construído por uma determinada

comunidade, constatar que língua e cultura são indissociáveis, perceber a

diversidade cultural, ter oportunidade de contrastar outras culturas com a sua própria,

afirmando assim a sua identidade cultural e, até mesmo modificando-a a partir do

contato com a(s) outra(s).

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Partindo dessa perspectiva, a função do professor de LEM é proporcionar

subsídios para que seus alunos sejam capazes de atribuir e produzir significados na

língua meta. O professor de LEM precisa estar consciente de que ensinar uma língua

não é apenas ensinar estruturas consideradas fundamentais em sua prática de

ensino mas, ir além das questões lingüísticas incluindo questões culturais e

extralingüísticas. Como a LEM no ensino médio é orientada no sentido da formação

integral do aluno será, necessariamente, articulada com as demais disciplinas do

currículo, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários

conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo

inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos de

disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados, por exemplo: variação

lingüística existe tanto na LEM como na língua materna, a literatura inevitavelmente

estará relacionada à história ou, os costumes alimentares ou de vestuário de uma

comunidade são influenciados pela sua localização geográfica.

Segundo Volpi (2001), o professor de língua estrangeira se limitava à simples

aplicação de um método ou de um material didático previamente elaborado e a

transmitir seus conhecimentos a partir de decisões tomadas sem a sua participação

e embasadas em teorias lingüísticas desconhecidas por ele. Em uma nova visão da

função docente, o professor precisa ser um indivíduo consciente de que não é

detentor de todo o saber, de que o conhecimento representa um desafio permanente

às suas crenças e convicções e de que a sua responsabilidade não se limita à

transmissão de informações, mas deve atender a funções sociais mais abrangentes.

O professor deve levar o aluno a olhar para o texto de modo diferente

proporcionando atividades reflexivas que o façam perceber qual a intenção do autor,

qual a carga de informatividade, qual o formato de texto, quais instrumentos

argumentativos se fizeram necessários, que princípios éticos estão envolvidos na

articulação do discurso. É preciso que o aluno se posicione em relação aos textos,

compare a sua realidade com a realidade construída nos textos. A leitura tem

espaço previlegiado na sala de aula, mas o professor deve integrar as habilidades de

escrever, falar e ouvir também. Abrir espaços para que discursos de caráter orais

possam ser vinculados na sala de aula como textos de música, trechos de diálogos

de filmes, discursos e entrevistas em áudio, ou outros com a finalidade de perceber a

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trama dos diálogos, das falas ou intenções: as idéias que vão se estabelecendo na

produção da oralidade.

Motivar o aluno e proporcionar momentos para que possa se expressar

utilizando a língua alvo, se fazer entender com possível produtor de discursos,

utilizando instrumentos lingüísticos apropriados, tanto para atividades orais como

escritas. Estas produções devem ter a finalidade ou propósito não apenas de ser

avaliado, mas de se fazer entender, de se reconhecer como construtor de sentidos e

principalmente de se sentir compreendido. Estas estruturas de fala devem ser

negociadas, o professor deve estar aberto para atender as necessidades na medida

em que elas forem surgindo.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser

apoiada na homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas,

trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que

todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser

empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O

importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento

do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o

nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e

dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e

progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados

efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena

na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar presente em todo o processo de ensino-aprendizagem

e contribuir tanto para a construção de saberes quanto para reflexão da prática do

professor. Deve ser contínua e cumulativa, muito mais qualitativa do que quantitativa.

A prática dela deve levar a uma reflexão sobre a metodologia e o alcance dos

objetivos propostos. Deve levar o aluno a desenvolver sua capacidade de pensar,

analisar, pesquisar e criar. As atividades avaliativas devem ser contextualizadas e

estar de acordo com os conteúdos desenvolvidos.

Toda a capacidade de produção do aluno na sala de aula bem como os

trabalhos de pesquisa, sua articulação da língua via escrita ou oralidade e a sua

capacidade de compreensão tanto oral, quanto escrita deve ser acompanhada e se

não bem processada pelo aluno deve ser retomada.

Deve-se ter certeza de que o aluno realmente conseguiu construir sentidos na

língua alvo através de provas escritas, realização de pesquisa e exposição de idéias

e impressões.

Através de atividades de compreensão de texto o professor deve verificar

como o aluno se posiciona, se domina os conhecimentos lingüísticos, discursivos,

sócio-pragmáticos ou culturais.

Através das atividades de produção deve-se observar a capacidade do aluno

de fazer uso dela nos mais diversos aspectos dos conhecimentos trabalhados em

sala de aula.

5.1 Critérios de AvaliaçãoLeitura e compreensão oral

- Exercícios de compreensão de texto e posicionamento crítico.

- Capacidade de perceber a intencionalidade do autor através dos mais variados

discursos e tipologias textuais.

Produção oral e escritaCom relação a produção escrita é importante avaliar a capacidade do aluno de

utilizar a língua observando alguns aspectos lingüísticos e discursivos.

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A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e

contribuir para a construção de saberes.

A lei de diretrizes e bases de 1996 determina que a avaliação seja continua e

cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e

planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através

dela que é possível perceber quais são os conhecimentos – lingüísticos, discursivos,

sócio-pragmáticos ou culturais- e as praticas- leitura, escrita ou oralidade- que ainda

não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais

exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em

língua estrangeira.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as

práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de

diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos

pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na

organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as

mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser

utilizado é oferecer opções para situações pontuais, ou seja, materiais opcionais pré-

elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre

cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante se

encontre em condições propícias, seja qual forma for o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é

quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a

proposta de Educação Inclusiva.

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6- REFERÊNCIA:

- DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA PARA O

ENSINO MÉDIO, julho 2006. versão preliminar MOITA Lopes, Luiz Paulo. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma nova ação política in BARBARA, L, Ramos R.

C. O ( Org) Reflexões e ações no ensino-aprendizagem da línguas. Campinas:

Mercado de Letras. 2003

- SARMENTO, S. Aspectos Culturais Presentes no Ensino de Língua Inglesa. I

MULLER, V; Sarmento, S. O Ensino do Inglês com Língua Estrangeira: estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004

- LEFFA, V J. Metodologias de ensino de línguas. In: BOHN, H. I.; VANDRESEN,

P. Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras.Florianópolis.

Ed. Da UFSCA, 1988

- GIMENEZ – “Eles comem cornflakes, nós comemos pão com manteiga”: espaços

para reflexão sobre a cultura na aula de língua estrangeira. Texto apresentado

durante palestra de abertura proferida no IXEPLE, em 04 de outubro de 2001.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

SOCIOLOGIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2007

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – SOCIOLOGIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia originou-se, em grande parte, de uma ambição filosófica: explicar

o desenvolvimento da história humana e as crises sociais do século XIX na Europa.

Voltando um pouco mais longe no tempo, observa-se que os sofistas gregos

contribuíram indiretamente para o surgimento da Sociologia, pois abriram caminho

para o entendimento da ordem social como domínio regido por princípios específicos,

apontado para a existência de leis sociais reconhecidas como produto do próprio

homem e independentes de fatores sobrenaturais.

Os primeiros pensamentos sobre o assunto não obtiveram êxito, pois não se

alicerçavam na investigação científica dos fenômenos. Esses pensamentos

baseavam-se mais na especulação, recorrendo, por exemplo, a deuses e heróis para

explicar os fenômenos sociais, cuja explicação, até a Idade Média e início da Idade

Moderna, foi muito calcada na Filosofia e na Religião.

No século XVI, a igreja, por meio da autoridade do Papa, entrou em conflito

com os protestantes, gerando a Reforma Protestante. Após esse processo, houve

maior desenvolvimento dos pensadores deste campo de ação como, por exemplo,

Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Isaac Newton.

Somente no século XVI surgiram escritores que trataram os problemas da vida

em nível mais realista, com Maquiavel, com O Princípe; Tomas Morus, com Utopia;

Tomaso Campanella, com Cidade do Sol; e Francis Bacon, com Nova Atlântica. Mais

tarde, obras básicas deram grande contribuição ao desenvolvimento das Ciências

Sócias, como: Elogia a Loucura, de Erasmo de Roterdã; e O Leviatã de tomas

Hobbes.

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O Príncipe, de Maquiavel, publicada em 1513, retrata uma discussão objetiva

do Estado e da arte de governar; Utopia, de Tomas Morus, publicado em 1515,

retrata uma ordem social ideal, descrevendo um Estado perfeito no qual os

problemas enfrentados pela sociedade tiveram solução; O Espírito das Leis, de

Montesquieu, faz uma análise do papel desempenhando por certos fatores externos

na vida das pessoas; A Nova Ciência, de Giambattista Vico, enfatiza que a

sociedade é subordinada a leis definidas que podem ser descobertas pelo estudo e

pela observação; e O Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, já no século

XVIII, considera o Estado natural e basicamente selvagem sem o homem, ficando

ratificada a importância e influência da sociedade na vida do indivíduo.

No século XIX, o movimento de pensamento que deu condições para a

gênese da Sociologia era alicerçado em duas correntes: organicismo e positivismo. A

primeira era idealista e contra e empirismo(preocupava-se com a teoria); já a

segunda era basicamente empírica(preocupava-se com o método), por isso elas se

completavam.

A pré-história da Sociologia pode ser compreendida entre 1750 e 1850, uma

etapa de 100 anos que engloba parte do século XVIII e parte do século XIX.

No século XIX, Augusto Comte, Herbert Spencer, Gabriel Tarde e,

principalmente, Émile Durkheim, Max weber e karl Marx investigaram os fenômenos

sociais com uma visão totalmente científica.

Com esses pensadores, a Sociologia, em sua nova dimensão, tem como

propósito essencial o tratamento objetivo e científico da sociedade e a geração dos

problemas sociais em sua acepção mais global. Ela surgiu sob dois campos de

atuação: sob o ponto de vista teórico e sob o ponto de vista prático.

A Sociologia pode ser dividida em quatro grandes etapas: de 1839 a 1875,

com os trabalhos de Comte e Spencer; o final do século XIX; os primeiros 25 anos do

século XX; e até os dias de hoje,caracterizada pela essência do vasto campo de

proposições empíricas.

A Sociologia surgiu no contexto de duas importantes revoluções: a Revolução

Francesa, em 1789, e a Revolução Industrial, no século XIX. Essas revoluções são

marcos da passagem de sociedade tradicional pré-capitalista para a sociedade

moderna, fato que provocou intensas e profundas mudanças sociais.

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A Sociologia surgiu para compreender esses fenômenos sociais que alteraram

definitivamente o comportamento da sociedade. Ela estuda as relações sociais e a

formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida em

sociedade. Abrange, portanto, o estudo dos grupos sociais;dos fatos sociais; da

divisão da sociedade em camadas; da mobilidade social; dos processos de

cooperação, competição e conflito na sociedade.

Em 1887, após muitos impedimentos, a Sociologia foi, enfim, elevada

oficialmente à categoria de ciência. No sentido amplo de estudo da sociedade, a

denominação de ciência foi utilizada pela primeira vez em 24 de dezembro de 1824.

Considerando essa data como marco, a Sociologia como ciência tem, então, quase

dois séculos de existência.

Os maiores teóricos da Sociologia foram Émile Durkheim, Max Weber e Karl

Marx.

A evolução da Sociologia foi caracterizada por esses pensadores, mas houve

outros, também de grande importância, como Saint Simon; Herbert Spencer; L. T.

Hobhouse; Simmel; Von Wiese, Ferdinand Tonnies; Gabriel Tarde e Pareto.

Esse estudo da sociedade hoje divide-se em diversas ares, entre elas:

Sociologia Política – analisa as bases sociais do poder em todos os setores

institucionais da sociedade, as implicações de caráter social de movimentos

políticos, bem como o desenvolvimento e funções do governo e do Estado.

Sociologia da Religião – estuda a natureza do fenômeno social religioso como

componente da estrutura das relações sociais.

Sociologia da Arte – estuda as relações entre as diversas manifestações

artísticas e as características das sociedades em que elas ocorrem.

A Sociologia volta-se, em todo o tempo, para os problemas que nós enfrentamos

no a dia-a-dia de nossos vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento

científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem

como confrontá-las com a realidade.

Quando se coloca numa posição crítica, a Sociologia incomoda muito, pois,

como toda ciência, revela coisas ocultas. Quem oculta, não deseja que os

segredos sejam colocados a público. Essas “coisas”, ao serem esclarecidas de

alguma forma, podem perturbar uma série de interesses ou mesmo concepções,

explicações e até convicções.

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Uma das preocupações de quem ensina Sociologia é formar indivíduos

autônomos, que se transformem em pensadores independentes, que tenham a

capacidade de analisar o noticiário, as novelas da TV, os programas do dia-a-dia

e as entrevistas das autoridades, percebendo os engodos e falácias presentes

nesses discursos e quem eles efetivamente representam.

Assim, os professores dessa matéria pretendem que os indivíduos tenham a

capacidade de ler um jornal ou um livro e formar seu próprio pensamento e

julgamento sobre os fatos. Querem, também, que se tenha a capacidade de fazer

as próprias perguntas para alcançar um conhecimento mais preciso da realidade

em que vivemos e ao mesmo tempo criar uma hostilidade às explicações fáceis e

simplistas.

A busca principal é pelo desenvolvimento de uma imaginação sociológica, isto

é,a capacidade de analisar nosso cotidiano e ver as relações existentes com

situações mais amplas que nos condicionam e nos limitam, mas que explicam o

que acontece com nossas vidas. Usando uma metáfora, pode-se dizer que o

objetivo da Sociologia é fazer com que as pessoas possam ver e analisar o

bosque e as árvores ao mesmo tempo.

Pelas razões acima expostas é que batalhamos por longos anos para que a

Sociologia voltasse obrigatoriamente às escolas de Ensino Médio do país, pois

desde a década de 1940 isso não acontecia. Agora que ela será obrigatória, a

partir de 2007, é nosso propósito que esta disciplina seja ministrada com

qualidade e para isso é necessário o empenho de todos, professores qualificados

e alunos exigentes, nesta nova caminhada em busca de uma melhor educação

para este país.

Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para discussões

pretensamente neutras da Sociologia do século XIX. A sociologia no presente tem

o papel histórico que vai muito além da leitura e explicações teóricas da

sociedade. Não cabem mais explicações e compreensões das normas sociais e

institucionais, para a melhor adequação social, ou mesmo para a mera crítica

social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do social no sentido de sua

transformação. Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do

acirramento das forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial

desenfreado, entre outras causas, exigem indivíduos capazes de romper com a

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lógica neoliberal da destruição social e planetária. È tarefa inadiável da escola e

da sociologia a formação de novos valores, de uma ética e de novas práticas

sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações

sociais.

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2- OBJETIVOS GERAIS

Promover o conhecimento das diversas formas pelas quais os seres humanos

vivem em grupos bem como as relações que se estabelecem no interior e

entre esses diferentes grupos.

Ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e

crítica, acerca da realidade social na qual está inserido.

Estabelecer questionamento que descortine as desigualdades e as

diversidades.

Resgatar dialeticamente o movimento do real e do pensado a partir dos

grupos e classe que compõem a maioria do povo brasileiro.

Desenvolver compreensão crítica através de um saber sistematizado da trama

das relações sociais de classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da

sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.

Fornecer conhecimentos teóricos aos alunos para que possam melhor

compreender e transformar o mundo atual.

Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e conseqüentemente

a agir nas diversas instâncias sociais, implicando numa atitude ativa e

participativa.

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3- CONTEÚDOSO Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

1. O surgimento da Sociologia

2. As teorias sociológicas na compreensão do presente

3. A produção sociológica brasileira

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

1. A instituição Escolar

2. A instituição Religiosa

3. A instituição Familiar

Cultura e Indústria Cultural

1. Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica

2. Diversidade Cultural Brasileira

3. Cultura: criação ou apropriação?

Trabalho, Produção e Classes Sociais.

1. O processo de trabalho e a desigualdade social

2. A questão da pobreza

3. Globalização

Poder, Política e Ideologia

1. Ideologia

2. Formação do Estado Moderno

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

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1. Movimentos Sociais

2. Movimentos Agrários no Brasil

3. Movimento Estudantil

4. A Violência Humana

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a

exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos

textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e

bibliografia ou outros. Os encaminhamentos metodológicos e o processo de

avaliação também devem estar relacionados à própria construção histórica da

Sociologia crítica, caracterizada portanto por posturas teóricas e práticas

favorecedoras ao desenvolvimento de uma pensamento criativo e instigante.

O aluno do Ensino Médio deve ser colocado como sujeito de seu aprendizado,

não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo,

ou a análise de filmes, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a

relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente

novos saberes.

Dentre outros, dois encaminhamentos metodológicos são próprios do

conhecimento sociológico: a pesquisa de campo e o uso de recursos áudio-visuais,

especialmente, vídeos e filmes.

A pesquisa de campo deve ser iniciada a partir da discussão com o grupo de

alunos para a definição do tema a ser pesquisado e do enfoque ou recorte a ser

privilegiado; em seguida deverá ser elaborado um pré-projeto de pesquisa, a

partir de uma revisão bibliográfica, da elaboração de um roteiro de observação

e/ou de entrevistas, ida à campo para levantamento dos dados, organização

dosdados coletados, confecção de tabelas ou gráficos, e se necessária a

interpretação dos mesmos e finalmente a análise e a articulação com a teoria.

Um filme deve ser entendido também com “texto”, e como tal deve passível de

uma “leitura” pelo aluno, pois o cinema e a TV são dotados de linguagem próprias

e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o

professor proponha uma “leitura” reflexiva, inserida em um determinado contexto.

Portanto alguns passos devem ser seguidos: escolha do filme que não deve

atender somente aos interesses do conteúdo, mas também à faixa etária e o

repertório cultural do aluno; discussão da ficha técnica do filme; elaboração de um

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roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo;

exibição do filme; discussão e articulação das temáticas contempladas com a

teoria sociológica; sistematização através da produção de texto ou utilização de

outra linguagem(visual, musical, literária).

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar todas as

atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de uma tratamento metódico

e sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou

seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os

envolvidos pela disciplina. A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência,

articulados com a prática social; a capacidade de argumentação fundamentada

teoricamente; a clareza e coerência na exposição das idéias, seja no texto oral ou

escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no decorrer do curso.

Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como

iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam

com acomodação e o senso comum, são dados que informarão aos professores, o

alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em sociologia portanto, acompanham as próprias

práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos

debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de

campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre

teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como

perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no

sentido da apreensão/compreensão dos conteúdos pelo aluno.

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6- REFERÊNCIA:COSTA,Cristina. Sociologia, Introdução à Ciência da Sociedade, São Paulo,

Moderna, 1997.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo:Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Educação e sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultural, 1999.v.1.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

GIDDENS , Anthony, Sociologia. Artmed

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – SOCIOLOGIA.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 1.968/82

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das aribuições que lhe foram delegadas pelo Art. 1º, inciso V, letra d do Decreto nº 3.037, de 09 de outubro de 1980, e tendo em vista o disposto no Art. 80 da Deliberação nº/80, do Conselho Estadual de Educação.

RESOLVE

Art. 1º - Fica reconhecido o curso de 2º Grau – Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade, do Colégio Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus, no município de Engenheiro Beltrão.

Art. 2º - Em decorrência do disposto no artigo anterior, fica reconehcido o Colégio Padre Antonio Vieira – Endino de 1º e 2º Graus, de Engenheiro Beltrão, mantido pelo Governo do Estado do Paraná

Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, em 22 de julho de 1982.

IRAN MARTIN SANCHESSecretário de Estado da Educação

PUBLICADO NO D.O.E. Nº 1348 EM 05/08/1982

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Cópia fiel do documento original que está aquivado no Colégio.

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOSETOR DE ESTRUTURA E FUNICIONAMENTO

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

ATO ADMINISTRATIVO Nº 090/2003

A Chefia do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, no uso de atribuições que lhe foram confiadas por Lei e, em obediência aos parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2122/2000 – SEED.

RESOLVE:

Art. 1º - Homologar o Parecer nº 065/2003 de 08/05/2003, emitido pelo Setor de Estrutura e Funcionamento do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, resultado da análise da Proposta de Regiemnto Escolar.

Art. 2º - Aprovar o Regimento Escolar do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, do município de Engenheiro Beltrão – Paraná.

Art. 3º - Este ATO entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário.

Campo Mourão. NRE/SEF, 08 de maio de 2003.

Professor João Luiz ConradoChefe do NRE. Dec 179/03

Cópia fiel do documento original que está arquivado no Colégio.

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOSETOR DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

ATO ADMINISTRATIVO Nº 323/2005

A chefia do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, com fundamento no disposto no artigo 1º da Resolução nº 2124/2005, DOE de 15.08.2005, e nos estritos termos das normas estampadas na Deliberação 016/99, do Conselho Estadual de Educação,

RESOLVE

Art. 1º APROVAR a alteração dos membros do Conselho Escolar aprovados pelo Parecer nº 031/00 e Ato Administrativo nº 095/2000 de 12 de junho de 2000, do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, do município de Engenheiro Beltrão – Pr.

Art. 2º - HOMOLOGAR os nomes de:Eiridan Viana PereiraAldeir LopesFátima A. Chiminello ReisVerônica LopesCleuza CoresmaRenan Vinicius RosolenLeandro Batista DagustinMaria Angelina Ruzzon PereiraVilson GainoMaurílio Lima

Para comporem a partir de setembro de 2005, o Conselho Escolar do referido Estabelecimento.

Art. 3º - Este Ato entrará em vigor na presente dada, revogadas as disposições em contrário.

Campo Mourão, 29 de setembro de 2005.

Professor João Luiz ConradoChefe do NRE-Dec. 179/03

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Cópia fiel do documento original, que faz parte do arquivo da escolaATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES PARA A ELEIÇÃO E POSSE

DA DIRETORIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

Aos dois dias do mês de Dezembro de dois mil e cinco, sito a Rua Duque de Caxias, 431, foi dado início a eleição para a escolha do Grêmio Estudantil do Colégio Padre Antonio Vieira – Ensino Médio. A eleição foi feita por meio do voto direto e secreto, em cédulas de papel, contando com duzentos e cinqüenta e cinco votantes, além da Diretoria do Grêmio Estudantil, Conselho Fiscal e seus suplentes. Duas chapas foram apresentadas, sendo a chapa um em cabeçada por Leandro Pacheco Leite e a chapa três tendo como líder Nathany Nayany Rodrigues.A eleição iniciou-se às oito horas (08:00) e terminou às vinte e uma horas (21:00) no Salão Nobre do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, a mesa 01 foi composta pelos mesários: Sonia Maria Magni da Silva – presidente, Marlene Aparecida Vieira Milani – secretária, Elias Rigamonte – Membro e a a mesa 02 foi composta pelos mesários: Aldeir Lopes – presidente, Fatima Aparecida Chiminello – secretária, Tiago José de Moraes – Membro.. Encerrada a votação, iniciou-se logo a seguir a apuração dos votos, pelos componentes da mesa escrutinadora, composta pelos elementos: Marlene Aparecida Vieira Milani (Presidente da Mesa), Gislaine da Silva Lopes e Larissa Parolin Grego (escrutinadores). O resultado foi o que segue: votos a favor da chapa um, cento e trinta e seis (136); votos a favor da chapa três, cento e oito (108); votos brancos: três (3); votos nulos: oito (8). Anunciado o resultado da eleição da chapa um e três, foi dado como ganho a chapa um, cujos componentes são:Presidente: Leandro LeiteVice Presidente: Aline RodriguesSecretário Geral: Renan RosolemPrimeira Secretária: AlessandraTesoureiro Geral: Leandro DagostinPrimeiro Tesoureiro: Jéssica PinessoDiretor Social: Élvio FernandoVice Diretor Social: Lucas ZucchelloDiretor de Imprensa: Guilherme RavazziDiretor de Esporte: Jhonatan OmuraVice Diretor de Esporte: Rodolpho ZuffaDiretor Cultural: Danielle PetschVice Diretor Cultural: Emerson CoutoDiretor de Saúde e Meio Ambiente: Maurício SoaresSuplente: Gleidson FerreiraA posse desta diretoria, cujo mandato será de um (01) ano, conforme prevê o Estatuto do Grêmio, será realizada no dia quatorze de Dezembro de dois mil e cinco às vinte horas nas dependências do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, durante um jantar de confraternização dos professores e funcionários, APMF e membros do Conselho Escolar.Nada mais havendo a constar, eu Marlene Aparecida Vieira Milani, secretária deste Estabelecimento de Ensino, lavrei a presente ata em livro próprio que vai assinada por mim e pelos membros da mesa receptora de votos e demais presentes.

Engenheiro Beltrão, 02 de Dezembro de 2005.____________________Leandro Pacheco Leite

Presidente

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Cópia fiel extraída do Livro de Registro de Atas do Grêmio Estudantil , páginas 15 e 15vASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL

PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO.ENGENHEIRO BELTRÃO – PARANÁ

ATA Nº 02/2005 - ELEIÇÃO APMF – CHAPA ÚNICA

Aos oito dias do mês de março de dois mil e cinco (08-03-05), realizou-se no Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, a eleição para a diretoria da Associação de Pais, Mestres e funcionários. Concorreu à eleição para a diretoria, a seguinte chapa, assim formada: CHAPA ÚNICA DA DIRETORIA DA APMF. – Presidente: Júlio Polido; Vice-presidente: Maria Helena Rodrigues Petsch; Secretária: Sônia Maria Magni da Silva ; Segunda Secretária: Marlene Aparecida Vieira Milani; Primeiro Tesoureiro: Ana Lucia Florêncio Caíres; Segundo Tesoureiro: Maria Angelina Ruzzon Pereira; Diretor Social:Rosangela Pagliarini; Diretor Cultural: Gilberto Aparecido Ferreira e Roberto Rodrigues Chaves; Diretor de Esportes: Valdir Hermes da Silva; Conselho Fiscal: Aldeir Lopes, Diva Selma Sontag do Reis, Amarildo Pezente; Suplentes: Divino Aparecido Barbosa, Fátima Morisco da Silva, Tarciso Paulino Rodrigues e Pascoal Faria. Compareceram a eleição sessenta e sete (67) votantes e assinaram em livro próprio. A eleição iniciou-se às vinte horas (19:30 h) no Salão Nobre do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, composta pelos mesários: Aldeir Lopes – presidente, Fátima Aparecida Chiminello Reis – secretária, Diva Selma Sontag dos Reis – Membro. Encerrada a votação, iniciou-se logo a seguir a apuração dos votos, pelos componentes da mesa escrutinadora, composta pelos elementos: Christina Samsel (Presidente da Mesa), Tereza Acutu e Armelindo Cortes dos Reis (escrutinadores). O resultado foi o que segue: votos a favor: sessenta e sete (67); votos brancos: zero (0); votos nulos: zero (0). Anunciado o resultado da eleição da chapa única, foi dado posse imediata a sua diretoria, cujo mandato será de dois (02) anos, conforme prevê o Estatuto da Associação. Nada mais havendo a constar, eu Sônia Maria Magni da Silva, secretária desta Associação, lavrei a presente ata em livro próprio que vai assinada por mim e pelos membros da mesa receptora de votos e demais presentes.

Engenheiro Beltrão, 08 de Março de 2005.

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Júlio Polido Presidente

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Cópia fiel extraída do Livro de Registro de Atas da APMF, página 12, 12V e 13 e 13VColégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio

Engenheiro Beltrão – Paraná

Ata de Reunião para Aprovação do Projeto Político Pedagógico

Aos quatorze dias do mês de novembro de dois mil e cinco (14-11-2005), às 19H e 30 m, reuniram-se em uma das salas do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira sob a presidência da Diretora do Estabelecimento, a professora Eiridan Viana Pereira, os membros do Conselho Escolar, onde a pauta prevista era especificamente a apresentação do registro escrito e conteúdo do Projeto Político Pedagógico para leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura em pequenos grupos foi discutido e considerado uma proposta viável na sua aplicação e flexível para possíveis mudanças, reajustes durante sua execução. Por acreditar estar ali o que de melhor atende às necessidades de nossa escola foi aprovado por todos os presentes o referido Projeto, para constar lavrou-se a presente ata que será assinada por todos os componentes deste conselho:

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Cópia fiel extraído do Livro de Registro de Atas do Colégio.

Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino MédioEngenheiro Beltrão – Paraná

Ata de Reunião para Aprovação da Proposta Pedagógico Curricular

Aos quinze dias do mês de marçlo de dois mil e sete, às 19h e 30m, reuniram-se em uma das salas do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira sob a presidência da Diretora do Estabelecimento, a professora Eiridan Viana Pereira, os membros do Conselho Escolar, onde a pauta prevista é a apresetação da Proposta Pedagógica para leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura e sendo considerada a Proposta viável na sua aplicação e flexível a possíveis mudanças e reajustes durante sua execução, atendendo às necessidades da nossa Escola, foi aprovada por todos os presentes a Proposta Pedagógico Curricular. Para constar lavrou-se a presente ata que será assinada por todos os componestes deste Coselho Escolar.

Cópia fiel extraído do Livro de Registro de Atas do Colégio.

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