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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA (1) Março de 2011 Nivalde J. de Castro (2) Guilherme Frejat Ferreira (3) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR … · 4 1 – GERAL Tabela nº. 1 Fonte: EPE - 2011 De acordo com a resenha mensal do mercado elétrico da Empresa Pesquisa Energética

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO da CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA(1)

Março de 2011

Nivalde J. de Castro (2) Guilherme Frejat Ferreira(3)

(1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ

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ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................3

1 – GERAL .......................................................................................................................4

2 – METALURGIA ..........................................................................................................6

2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL E OUTROS METAIS 6 2.2 – AÇO 8 2.3 – MINÉRIO DE FERRO 10

3 – SETOR AUTOMOTIVO..........................................................................................12

4 – PAPEL e CELULOSE ..............................................................................................13

5 – QUÍMICA e PETROQUÍMICA ..............................................................................14

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SUMÁRIO EXECUTIVO

Neste mês de março, um desastre natural abalou os mercados de todo o mundo: o terremoto ocorrido no Japão. Todos os mercados sentiram o impacto do terremoto, inclusive os de metais básicos e o de mineração. Fortes oscilações nos preços de alumínio e cobre na bolsa de Nova York, negociadora de commodities, causou receio de uma grande queda no valor desses metais por parte de investidores ao redor do globo .

No Brasil, o cenário de otimismo continua, agora com uma leve luz amarela devido ao aumento da inflação. Mas o cenário positivo pode ser observado ainda no constante aumento de demanda por eletricidade, tanto nos setores industrial, comercial e residencial. O acréscimo total foi de 4% em relação ao mês anterior. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou no dia 17 março, ao chegar ao ministério da Fazenda, que o preço do minério de ferro pode aumentar ainda mais no mercado internacional devido à crise no Japão. Segundo ele, a commodity terá um grande aumento em sua demanda quando começarem os esforços para a reconstrução do país asiático.

A produção brasileira de aço segue em alta, apresentando um aumento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior com um total de 2,7 milhões de toneladas de aço produzidos. No acumulado do primeiro bimestre esse aumento foi de 7,6% ante o bimestre do ano de 2010. Seguindo o bom momento do mercado de aço, a Gerdau e a Usiminas, duas das maiores produtoras de aço no país, informaram novos investimentos. A Gerdau vai investir 2,5 bilhões de reais para duplicação da Cosigua, sua fábrica de aços longos situada no distrito industrial de Santa Cruz. A Usiminas segue a mesma tendência e está ampliando sua rede de distribuição na região Sul do país com um acordo de exclusividade com o grupo Fallgatter. O contrato de exclusividade com a Fallgatter, especializada na distribuição de produtos siderúrgicos e na fabricação de peças, componentes e equipamentos para a indústria metal-mecânica, adiciona à rede da siderúrgica uma capacidade de processamento da ordem de 50 mil toneladas de aço por ano.

O setor automotivo é outro setor que mantem o ritmo de crescimento, pois o aumento de produção de automóveis continua, inclusive com altas taxas de crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior, ano este que foi recorde de produção de veículos no Brasil. O único setor que apresentou leve redução na produção foi o de papel e celulose.

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1 – GERAL

Tabela nº. 1

Fonte: EPE - 2011

De acordo com a resenha mensal do mercado elétrico da Empresa Pesquisa Energética (EPE) de março, o consumo de energia elétrica na rede das concessionárias totalizou 35.357 gigawattshora (GWh) em fevereiro de 2011, representando um acréscimo de 4% em relação ao mesmo mês de 2010. No ano, a taxa acumula alta de 5,1%, e, em 12 meses, de 7,1%, sempre sobre igual período do ano anterior.

O consumo industrial na rede elétrica totalizou 14.628 GWh em fevereiro de 2011 (1,8%). Esse baixo crescimento, o menor desde dezembro de 2009, deve ser relativizado na medida em que está condicionado pela queda do consumo observada no Nordeste. E há duas razões principais para isso: fechamento de uma fábrica de alumínio na Bahia, que representava 8% do consumo industrial no estado, e a repercussão da interrupção do fornecimento de eletricidade, que em muito afetou as atividades industriais no Polo de Camaçari, na Bahia. Excluídos das estatísticas os dados da Bahia e de Alagoas, o consumo industrial no país cresceu 3,8%, taxa compatível com o crescimento setorial no longo prazo. Nas demais regiões, houve crescimento no consumo das indústrias. Na região Norte, o aumento foi de 8,2%, com destaque para o comportamento do Polo Industrial de Manaus e das indústrias eletrointensivas no Pará. Em São Paulo, as unidades consumiram 4,2% a mais. A indústria paulista é bem diversificada e, em grande medida, funciona como termômetro da performance setorial, o que significa que o consumo de energia elétrica não indica clara alteração do panorama da indústria, ainda que se possam perceber sinais de acomodação em relação ao desempenho do ano passado.

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Gráfico nº. 1

Fonte: EPE - 2011

O consumo residencial brasileiro de eletricidade em fevereiro somou 9.427 GWh, ficando 5,5% acima de fevereiro de 2010. Em 12 meses findos nesse mês, a classe acumula expansão de 5,9%, índice que pode ser considerado elevado. Foram registrados 58,4 milhões de consumidores, significando 2,2 milhões de novas ligações no intervalo de um ano (média mensal superior a 180 mil), ou um crescimento de 3,9%. Em cada unidade de consumo, o gasto médio mensal com energia esteve em torno de 155 kWh, um incremento de 2% em relação ao mesmo período de 2010.

Em fevereiro, o consumo comercial e de serviços somou 6.335 GWh, indicando expansão de 7,9% sobre igual mês de 2010. Houve crescimento acima da média nacional no Sudeste (8,4%), no Sul (8,3%) e no Centro-Oeste (9,4%). Destacam-se os resultados apurados em São Paulo (10%), em boa medida em razão do efeito calendário (maior número de dias faturados e maior número de dias úteis), em Santa Catarina (10,5%) e em Goiás e no Distrito Federal, onde se concentram 2/3 do consumo do Centro-Oeste e o crescimento foi de 13%.

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2 – METALURGIA

A metalurgia nacional atingiu 87,3% de utilização da capacidade instalada no mês de fevereiro, um aumento de 0,34% com relação ao mês de janeiro. Nos últimos doze meses, houve um crescimento de 1,74%.

Gráfico n°. 2

Fonte: FGV - 2011

2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL E OUTROS METAIS

O preço do cobre no mercado internacional teve uma forte oscilação devido: ao terremoto no Japão, incertezas causadas pela crise na Europa e aumento das taxas de tratamento e refino especialmente na China. No entanto, o mercado está otimista no médio prazo com os esforços de reconstrução do Japão, que deverá aumentar a demanda por metais, inclusive o cobre.

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Gráfico nº. 3 Variação nos Preços do Cobre no Mercado Internacional.

Fonte: ADVFN - 2011

A variação do preço do alumínio não foi diferente, oscilando fortemente como o cobre.

Gráfico nº. 4 Variação nos Preços do Alumínio no Mercado Internacional

Fonte: ADVFN - 2011

A transferência dos ativos de alumínio da Vale para o grupo norueguês Norsk Hydro ASA, numa operação de US$ 5 bilhões, foi o maior negócio já feito por uma empresa fora da Noruega, revelou o vice-presidente da recém-criada área de bauxita e alumina do grupo,

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Johnny Undeli. A transação com a Vale, que recebeu parte em dinheiro e parte em ações da norueguesa, passando a deter 22% do capital da companhia, vai tornar a Norsk-Hydro na maior empresa de alumínio do mundo, dado o domínio que terá sobre toda a cadeia de produção do metal, com destaque para matérias-primas como bauxita de Paragominas (PA) e alumina da Alunorte, prevê Undeli. Segundo ele, o fortalecimento da Hydro em nível global coloca o negócio num contexto político para a Noruega em relação ao Brasil. A Norsk-Hydro é hoje a terceira maior produtora de alumínio do mundo. O governo da Noruega tem 43,89% do seu capital. Essa fatia caiu para 34,5% depois que a Vale passou a ser a segunda maior acionista da empresa.

A Vale começou no início desse mês a produção de níquel na localidade de Onça Puma, no Pará, onde tem uma mina e uma planta de processamento. A capacidade nominal de produção é de 53 mil toneladas métricas por ano de níquel contido em ferro-níquel, o produto final. Na sexta-feira, dia 04 de março, foi produzido o primeiro metal, na primeira de duas linhas de produção de ferro-níquel. A estimativa é que a segunda linha terá a produção iniciada no segundo semestre deste ano. De acordo com comunicado enviado aos acionistas da companhia, o investimento total em Onça Puma é estimado em US$ 2,841 bilhões, com US$ 146 milhões a serem gastos em 2011 durante o início de produção da unidade. A Vale espera não precisar alavancar seu balanço nos próximos anos. A expectativa é que 33 projetos entrem em operação entre este ano e 2015, “ampliando a capacidade de financiamento da expansão das atividades”.

2.2 – AÇO

A produção brasileira de aço bruto totalizou 2,7 milhões de toneladas em fevereiro, volume que corresponde a um aumento de 11,4% frente ao mesmo período de 2010, segundo dados divulgados dia 18 de março pelo IABr. Com esse resultado, a produção acumulada em 2011 cresceu 7,6% ante o primeiro bimestre de 2010, totalizando 5,5 milhões de toneladas de aço bruto. Os dados mostram ainda que a produção de laminados atingiu 2,2 milhões de toneladas em fevereiro, o que representa um incremento de 9,9% na comparação com igual mês de 2010. No bimestre, os laminados já acumulam uma produção de 4,3 milhões de toneladas, com alta de 5% em relação ao mesmo período de 2010. Segundo o instituto, as vendas internas somaram 1,8 milhão de toneladas em fevereiro, 14,2% a mais do que em fevereiro do ano passado. No acumulado do ano, as vendas chegaram a 3,5 milhões de toneladas, com crescimento de 9,3%.

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Gráfico n°. 5 Evolução da Produção de Aço Bruto no Brasil. Janeiro a Dezembro de 2010- fevereiro de

2011.

Fonte: IBS - 2011

O grupo Gerdau anunciou dia 2 de março no Rio de Janeiro um investimento da ordem de R$ 2,5 bilhões para duplicação da Cosigua, sua fábrica de aços longos situada no distrito industrial de Santa Cruz. Nos últimos anos, essa unidade foi renomeada para Gerdau Aços Longos. A produção de aços longos no Brasil no ano passado, conforme dados do IABr, foi de 10,2 milhões de toneladas de produtos laminados, com aumento de 22% em comparação à 2009. As vendas das siderúrgicas no mercado interno alcançaram 8,9 milhões de toneladas, diante de um mercado que consumiu entre 10,1 milhões e 10,5 milhões de toneladas. A diferença foi coberta por elevada taxa de penetração de aço importado, que atingiu 1,35 milhão de toneladas. Esse volume representou 165% de aumento sobre o ano anterior e abocanhou cerca de 13% do mercado brasileiro. As empresas exportaram 1,2 milhão de toneladas.

A Usiminas, maior produtora de aços planos do Brasil, está ampliando sua rede de distribuição na região Sul do país com um acordo de exclusividade com o grupo Fallgatter. O contrato de exclusividade com a Fallgatter, especializada na distribuição de produtos siderúrgicos e na fabricação de peças, componentes e equipamentos para a indústria metal-mecânica, adiciona à rede da siderúrgica uma capacidade de processamento da ordem de 50 mil toneladas de aço por ano. Em 2010, a área de transformação do aço da Usiminas teve um Ebitda de 102 milhões de reais, aumento ante os 33 milhões de reais de 2009. A rede da Usiminas tem uma capacidade para comercializar até 1,5 milhão de toneladas de aço por ano e foi formada em julho de 2010. O grupo reúne empresas distribuidoras, transformadoras e centros de serviços independentes que trabalham exclusivamente com os aços da Usiminas.

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A Usiminas afirmou que ainda é muito cedo para avaliar se o terremoto de 8,9 graus na escala Richter, ocorrido no Japão, levará ao aumento das vendas para aquele país. Rumores de mercado logo após o desastre indicavam que a siderúrgica mineira se beneficiaria com o crescimento de negociações de aço com o Japão, pois foram registrados danos em estruturas de cinco siderúrgicas locais. A perspectiva de aumento das vendas vem da possibilidade da interrupção na produção das siderúrgicas Kashima, da Sumimoto Metal, Chiba e Keihin, da JFE Holding Inc., e a Muroran e Kimitsu, da Nippon Steel, que poderão frear a produção por aproximadamente seis meses. Se esse fato se confirmar, 22,2 milhões de toneladas de aço serão retirados do mercado.

2.3 – MINÉRIO DE FERRO

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou no dia 17 março, ao chegar ao ministério da Fazenda, que o preço do minério de ferro pode aumentar ainda mais no mercado internacional devido à crise no Japão. Segundo ele, a commodity terá um grande aumento em sua demanda quando começarem os esforços para a reconstrução do país asiático, que foi atingido na semana passada por um terremoto e tsunamis. "Com isso, o preço pode se elevar um pouco", disse Lobão.

A Vale informou há pouco que os embarques de minério de ferro para o Japão não foram prejudicados pelo terremoto e o tsunami que atingiram o país na semana passada. A mineradora brasileira afirmou em nota que o impacto da catástrofe sobre as siderúrgicas japonesas foi limitado e a maioria delas já voltou a operar. Em 2010, os embarques de minério de ferro e pelotas da Vale para o Japão somaram 30,8 milhões de toneladas, equivalentes a 10,5% do total vendido pela empresa. A Vale tem hoje 56 navios aguardando carregamento em seus portos, sendo nove destinados ao Japão. Ainda segundo a Vale, a refinaria de níquel em Matsuzaka, ao sul do Japão, onde trabalham 66 empregados, continua a operar normalmente. No seu escritório comercial em Tóquio, a Vale orientou seus empregados a trabalharem em casa por medida de segurança, devido à possibilidade de novos abalos sísmicos, dificuldades com o transporte público, e visando à economia de energia.

O governo japonês afirmou que os níveis de radiação após as explosões na usina de Fukushima podem afetar a saúde humana. Foram detectados níveis de radiação mais altos ao sul da instalação. Moradores que vivem em um raio de 30 km da usina foram aconselhados a deixar suas residências ou permanecer em casa a portas fechadas para evitar exposição. Em Tóquio, os níveis estariam acima do normal, mas sem apresentar riscos à saúde. No dia 14 de março, as autoridades em Fukushima haviam informado que 190 pessoas foram expostas a

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radiação e um navio militar americano, o porta-aviões USS Ronald Reagan, havia detectado baixos níveis de radiação a uma distância de 160 km da usina de Fukushima.

A unidade de mineração da Usiminas fechou acordo de distribuição de minério de ferro com a chinesa Armco Metals. Segundo comunicado da Armco, uma distribuidora de minerais metálicos importados e recicladora de metais, um primeiro carregamento de 150 mil toneladas métricas de minério de ferro foi despachado dia 17 de março avaliado em 19,8 milhões de dólares. A companhia afirma que a Usiminas tem "intenção de entregar 3 milhões de toneladas métricas de minério de ferro em 2011, bem como, potencialmente, 20 milhões de toneladas métricas para a China em 2012". "Esta parceria estratégica nos oferece oportunidade de assegurar nossa posição de distribuição de metais na China enquanto maximiza a lucratividade", afirma a Armco no comunicado.

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3 – SETOR AUTOMOTIVO

A capacidade instalada da indústria ficou em 83,7%. Com relação ao mês de janeiro, a

indústria automotiva apresentou um aumento de 0,36%. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a indústria apresentou um aumento de 0,96%.

Gráfico n°. 6

Fonte: FGV - 2011

A produção nacional de veículos continua a crescer e este ano deve bater mais um recorde em relação à produção anual. O aumento percentual da produção de fevereiro em relação a janeiro é de uma alta de 18,7% num total de 310 mil veículos produzidos. Já em relação ao mesmo período do ano anterior o aumento foi de 24%.

Gráfico nº 7 Produção nacional de veículos. Período: Jan - Dez 2010- fevereiro 2011

Fonte: Anfavea - 2011

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4 – PAPEL e CELULOSE

O nível de utilização da capacidade instalada aumentou 1,1% em relação a janeiro, e subiu 1,5% ante fevereiro de 2010, alcançando 91,2%.

Gráfico n°. 8

Fonte: FGV - 2011

As vendas de papelão ondulado da indústria brasileira encerraram fevereiro com um total de 192,422 mil toneladas, segundo dados oficiais divulgados dia 30 de março pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). O montante representa uma queda de 0,73% em relação a janeiro deste ano e um aumento de 1,38% ante fevereiro do ano passado. O resultado das vendas de papelão ondulado é considerado um termômetro para o desempenho da economia como um todo, já que o produto é utilizado na fabricação de embalagens. No acumulado do primeiro bimestre de 2011, as vendas cresceram 1,53% em relação ao mesmo período de 2010, para 386,262 mil toneladas.

A Suzano Papel e Celulose registrou lucro líquido de R$ 250,6 milhões no quarto trimestre de 2010, expansão de 13,2% ante os R$ 221,4 milhões do mesmo intervalo de 2009.

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5 – QUÍMICA e PETROQUÍMICA Na indústria química, o nível de utilização da capacidade instalada alcançou 84,8% em

fevereiro, aumentando 0,83% em relação a janeiro e 2,04% ante o mesmo mês do ano passado.

Gráfico n°. 9

Fonte: FGV - 2011

Inaugurado em 2008, o complexo petroquímico da Braskem em Paulínia tem capacidade para produzir 300 mil toneladas de polipropileno por ano e já terá de passar por expansão para acompanhar o crescimento da demanda Para não criar um gargalo, a petroquímica receberá este ano investimentos marginais, para ajustes de equipamentos, o que permite elevar a produção em mais 50 mil toneladas/ano, segundo Carnaúba. Com a aprovação do conselho dos aportes de US$ 50 milhões, a expansão da capacidade deverá ser implementada a partir de 2012, totalizando uma produção de até 450 mil toneladas anuais de PP. Atualmente, cerca de 30% da produção dessa unidade é exportada. A produção de polipropileno do grupo totaliza cerca de 2 milhões de toneladas por ano, dos quais metade sai das unidades da Braskem e a outra parte pelas fábricas da Quattor, incorporada no ano passado pela petroquímica. Ao todo são seis unidades de polipropileno do grupo, três delas no Rio Grande do Sul, a de Paulínia, uma em Mauá, Rio de Janeiro e Bahia.