Upload
lamcong
View
520
Download
51
Embed Size (px)
Citation preview
ft
MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIADEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇAO MINERAL
PROJETO RADAMPROGRAMA DE INTEGRAÇAO NACIONAL
ILEVANTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS
PRESIDENTE DA REPÜBLICA
Emi'lio Garrastazu Medici
MINISTRO DAS MINAS E ENERGIA
Antonio Dias Leite Junior
DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇAO MINERALYvan Barretto de Carvalho
PROJETO RADAM
Presidente — Acyr Âvila da Luz
Secretario Executive» — Antonio Luiz Sampaio de Almeida
Superintendente Técnico Operacional - Otto Bittencourt Netto
5? DISTRITO-DNPM
Chefe — Manoel da Redençâo e Silva
MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA
DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODUÇÂO MINERALPROJETO RADAM
LEVANTAMENTO DE RECURSOS NATURAIS
VOLUME 4
FOLHASB.22ARAGUAIAE PARTE DA FOLHA SC.22 TOCANTINS
Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSUWorld Data Centre for Soils. The purpose is to make a safedepository for endangered documents and to make the accruedinformation available for consultation, following Fair UseGuidelines. Every effort is taken to respect Copyright of thematerials within the archives where the identification of theCopyright holder is clear and, where feasible, to contact theoriginators. For questions please contact [email protected] the item reference number concerned.
GEOLOGIA
GEOMORFOLOGIASOLOSVEGETACÄOUSO POTENCIAL DA TERRA
PROGRAMA DE INTEGRACÄO NACIONAL
RIO DE JANEIRO1974
30ÖQ
r
Brasil. Departamento Nacional de Produçao Mineral.Projeto RadamFolha SB.22 Araguaia e parte da folha SC.22
Tocantins; geologia, geomorfologia, solos, vegetaçâo euso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1974.
(Levantamento de recursos naturais, 4) 27,5 cm
1. Regiäo Norte — Geologia. 2. Regiio Norte -Geomorfologia. 3. Regiäo Norte — Solos. 4. RegiäoNorte - Vegetaçâo. 5. Regiäo Norte - Uso Potencialda terra. I. Brasil. Programa de Integraçao Nacional.I I . Série. I I I . Tftulo.
CDD 558.1
Correspondência: Av. Pasteur, 404 Praia Vermelha Rio GB
PLANO DA OBRA
Local izacäo da AreaApresentaçâoPrefâcio
GEOLOGIAGEOMORFOLOGIASOLOSVEGETACÄOUSO POTENCIAL DA TERRA
Outros Produtos do Projeto Radam
Anexos Mapa GeológicoMapa GeomorfológicoMapa Exploratório de SolosMapa de Aptidâo Agrfcola dos SolosMapa FitoecológicoMapa de Uso Potencial da Terra
Local izaçéfo da Area
NB
NA
SA
SE
NB
NA
APRESENTAÇAO
A descoberta do espaço amazônico, através do emprego de técnicas das mais modernas, como osensoriamento remoto, renasce neste momento com o seu potencial de recursos naturais, através doProjeto RADAM, ao divulgar esta nova seqüência de resultados, iniciando uma série de expressivosdados obtidos nos mapeamentos da Amazonia.
Deste modo, a quietude dos imensos vazios que reclamavam ocupaçao de sentido econômico, começa aser rompida através de um esforço conjunto e arrojado.
O Projeto RADAM, no cumprimento da missäo que Ihe foi atribui'da, dentro do contexto do Programade Integraçao Nacional, sente-se orgulhoso em participar da iniciativa gigantesca em que se empenhao Governo Federal no desenvolvimento da Amazônia Brasileira.
Ao ensejo de mais este lançamento, renovamos os agradecimentos formulados nos volumes anteriores,ressaltando, nesta oportunidade, o inestimävel apoio obtido do Ministério da Aeronâutica, através dedois dos seus órgaos:
— Da 1a Zona Aérea, nas pessoas de seu Comandante Major Brigadeiro do Ar Joao CamarâoTelles Ribeiro, Tenente—Coronel Aviador José Bernardo Santarém, Major Aviador GabrielBrasil e o Capitäo Intendente Uyrangé Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima;
— Do PARA-SAR, na pessoa de seu Comandante Major de Infantaria de Guarda Gil Lessa deCarvalho e Subcomandante Major Intendente Roberto Câmara Lima Ypiranga dosGuaranys.
Finalmente, à FUNAI, pelo auxi'lio prestado através de seu Delegado de Belém, Antonio AugustoNogueira que muito auxiliou as campanhas em regiöes indi'genas.
YVAN BARRETTO DE CARVALHODiretor-Geral do Departamento Nacional
da Producäo Mineral
PREFÄCIO
Com este quarto volume da série do Projeto RADAM se inicia o estudo da Amazônia propriamentedita, em sua parte oriental, situada entre os paralelos 4° S e 9° S e os meridianos 48° W e 54° W.Compreende toda a folha SB.22 Araguaia e o quarto norte da fol ha SC.22 Tocantins, num total de366.830 km2, abrangendo terras dos estados do Para, Goiës e Maranhao.
Foi mantida a mesma divisâo dos volumes anteriores, com as cinco seçoes: GEOLOGIA,GEOMORFOLOGIA, SOLOS, VEGETACÄO e USO POTENCIAL DA TERRA.
A metodologia adotada foi aquela jà definitivamente estabelecida pelo RADAM: interpretacäo dasimagens de radar — auxiliada, quando necessério e possfvel, pelas fotografias infravermelho emultiespectrais, também obtidas no levantamento do Projeto —, seguida de sobrevôosa baixa altura everificaçâo no próprio terreno, em pontos previamente selecionados, de pesquisa bibliogrâfica e deoutras informaçoes ûteis à reinterpretaçao final.
O tema geológico, neste volume, apresenta-se com uma dimensao extraordinéria, quer pela importânciamineralógica da area —distrito ferri'fero Carajâs-Xingu, manganês do Sereno-Lajeiro, Buritirama e Azul,diamantes nos Rios Tocantins e Araguaia e a cassiterita dos depósitos aluvionares —, quer pelacomplexidade e riqueza de sua geologia, quer pelo fato de, pela primeira vez, ser esta vasta regiäo daAmazônia Oriental — graças à visäo de conjunto que os mosaicos de radar permitem —, objeto de umestudo global em seus mûltiplos aspectos: estratigréficó, tectônico e estrutural.
Para uma melhor sistematizaçao dos estudos, a érea foi dividida em cinco provi'ncias geológicas:
Area Cratônica do GuaporéFaixa Orogênica Araguaia—TocantinsSinéclise do AmazonasSinéclise do Maranhao—Piaui'Coberturas Cenozóicas
O estudo geológico destas provi'ncias foi sobremaneira enriquecido com a realizaçao de um grandenumero de anélises petrogrâficas e geocronológicas das amostras coletadas nas missöes de campo.
E para esta grandïosa tarefa de desvendar uma tao rica geologia, em uma das regioes menos conhecidasdo Brasil — o Créton do Guaporé — o RADAM contou corn uma équipe de geólogos denodados ecompétentes, auxiliados pelos intrépidos homens do grupo de logi'stica, o que se portaram à altura dagrande missäo que Ihes foi confiada. Aliâs, estas palavras nâo se restrigem ao Setor de Geologia, sâoextensivas aos batalhadores dos demais Setores do RADAM, pois todos igualmente as merecem.
0 estudo geomorfológico, calcado principalmente na interpretacäo das imagens de radar, evidenciouquatro grandes unidades de relevo:
Planalto Dissecado do Sul do ParéPlanalto Setentrional Para—MaranhaoDepressäo Ortoclinal do Médio TocantinsDepressäo Periférica do Sul do Paré.
Os autores descrevem, caracterizam e discutem essas quatro unidades de relevo, enfatizando osprocessus de circundesnudaçâo, as influências litológicas, estruturais e morfocliméticas.
Também, com muita oportunidade, osautores realçam a importância das superfi'cies de aplainamentose das formacöes superficiaisque as recobrem, como verdadeiros metalotectos para depósitos debauxita, caulim, cassiterita, manganês, etc.
Na seçao de SOLOS sao apresentadas a classificaçao, a caracterizaçâo e a distribuiçâo dos grandesgrupos de solos que ocorrem na ârea estudada.
Os autores apresentam também uma classificaçâo das terras sob o aspecto da Aptidao Agncola, nossistemas de manejo primitivo e desenvolvido, corn vista a culturas de ciclo curto e de ciclo longo.
Dentre as conclusöes e recomendacöes dos autores, destacamos aquela em que recomendam estudosmais detalhados sobre a vasta érea de solos desenvolvidos sobre rochas vulcânicas — andesitos e riolitos— do Grupo Uatumâ, e mapeados como unidade BL.
Os estudos sobre a VEGETACÄO seguiram, em linhas gérais, a mesma metodologia aplicada àséreasanteriores. Entretanto, devido à enorme importância florestal, foi dada uma ênfase especial aoinventério madeireiro da presente ârea.
Foram reconhecidas e devidamente caracterizadas très grandes regioes Ecológicas: Cerrado, FlorestaDensa e Floresta Aberta.
É apiesentada uma exténsa lista das espécies florestais constatadas durante os trabalhos de inventério.
Sobre os recursos madeireiros, os autores discutem de urn modo objetivo e realista, apresentandotabelas com volumetria e dados econômicos, que evidenciam o imenso valor das f lorestas desta érea, asquais, se racionalmente aproveitadas, equivalem ao grande valor de seus recursos minerais.
Para cada uma das vinte folhas de 1° x 1°30', que constituem a érea estudada, os autores apresentamuma anélise sobre seus recursos naturais renovéveis.
Na parte final do presente volume é apresentada uma anélise da potencialidade dos recursos naturais daérea, concluindo os autores com uma série de recomendacöes e sugestöes para a melhor utilizaçâodaqueles recursos.
Logo na introduçao, os autores escrevem: "Numa programaçao de desenvolvimento regional queconsidère a érea do centro-sul do Paré e parte dos vales do Tocantins e do Araguaia, o complexomineiro da serra dos Carajés é o nûcleo em torno do quai o Governo, certamente, estruturaré todo umsistema sôcio-econômico. Esse potencial, aliado àquele constitui'do pelas éreas florestais definidas pelomapeamento e inventérios realizados pelo Projeto RADAM, abre perspectivas bastante amplas quantoas possibilidades para a ârea abrangida pelas folhas SB.22 Araguaia e parte da folha SG.22 Tocantins, aquai tem em Marabé urn polo de desenvolvimento regional importante".
Da anélise do Mapa de Uso Potencial da Terra ressalta que a ârea apresenta maior capacidade naturalpara o aproveitamento de recursos florestais — madeira e extrativismo — e para o desenvolvimento deatividades de Lavoura e Criacäo de Gado em Pasto Plantado.
Os autores propöem e justificam o estabelecimento de cinco Réservas Biológicas, para a preservaçao daflora e da fauna, e a implantaçao da FLORESTA NACIONAL DO BACAJÂ-ITACAIÛNAS.
ACYR ÂVILA DA LUZPresidente do RADAM
GEOLOGM
6E0L0GU
GEOLOGIA DAS FOLHAS SB.22 ARAGUAIA E PARTE DE SC.22 TOCANTINS
AUTORES:
PARTICIPANTES:
GUILHERME GALEÄO DA SILVAMARIO IVAN CARDOSO DE LIMAALUIZIO ROBERTO FERREIRA DE ANDRADEROBERTO SILVA ISSLERGEROBALGUIMARÄES
JOSÉ WATERLOO LOPES LEALJAIME FRANKLIN VIDAL ARAÛJOMIGUEL ANGELO STIPP BASEIROBERTO DALL' AGNOLJOÄO BATISTA GUIMARÄESTEIXEIRARAIMUNDO MONTENEGRO GARCIA DE MONTALVÂO
SUMÂRIO
ABSTRACT 1/11
1. INTRODUCÄO 1/13
1.1. Localizaçâo 1/131.2. Objetivos do Trabalho 1/131.3. Método de Trabalho 1/13
2. ' ESTRATIGRAFIA I/7
2.1. Provfncias Geologicas 1/172.1.1. Ârea Cratônica do Guaporé 1/172.1.2. Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins 1/182.1.3. Sinéclise do Amazonas I/192.1.4. Sinéclise do Maranhäo-Piauf 1/192.1.5. Coberturas Cenozóicas 1/192.2. Descriçâo das Unidades I/202.2.1. Complexo Xingu I/202.2.1.1. General idades I/202.2.1.2. Posiçao Estratigrâfica I/202.2.1.3. Distribuiçâo da Area 1/212.2.1.4. Geocronologia 1/212.2.1.5. Petrografia 1/252.2.1.6. Consideraçoes Gerais I/372.2:2. Grupo Araxâ I/372.2.2.1. Generalidades 1/372.2.2.2. Posiçao Estratigréfica 1/382.2.2.3. Distribuiçao.na Area 1/392.2.2.4. Geocronologia 1/392.2.2.5. Petrografia 1/392.2.2.6. Grau de Metamorfismo 1/422.2.3. Grupo Tocantins 1/442.2.3.1. Generalidades 1/442.2.3.2. Posiçao Estratigréfica 1/452.2.3.3. Distribuiçâo na Ârea 1/452.2.3.4. Geocronologia 1/452.2.3.5. Petrografia 1/462.2.3.6. Grau de Metamorf ismo 1/482.2.4. Grupo Grâo-Paré 1/482.2.4.1. Generalidades 1/482.2.4.2.. Posiçao Estratigrâfica î/492.2.4.2.1. Divisâo Estratigréfica 1/492.2.4.2.2. Relaçôes de Contato 1/522.2.4.2.3. Relaçôes Estruturais 1/532.2.4.3. Distribuiçâo na Area 1/53
I/3
2.2.4.3.12.2.4.3.22.2.4.3.32.2.4.3.4272.4.3.5.2.2.4.4.2.2.4.5.2.2.5.2.2.5.1.2.2.5.2.2.2.5.3.2.2.5.3.1.2.2.5.3.2.2.2.5.3.3.2.2.5.3.4.2.2.5.3.5.2.2.5.4.2.2.5.4.1.2.2.5.4.2.2.2.5.4.3.2.2.5.4.4.2.2.5.4,5.2.2.5.5.2.2.5.5.1.2.2.5.5.2.2.2.5.5.3.2.2.5.5.4.2.2.5.5.5.2.2.5.6.2.2.5.6.1.2.2.5.6.1.2.2.5.6.1.2.2.5.6.2.2.2.6.2.2.6.1.2.2.6.2.2.2.6.3.2.2.6.4.2.2.6.5.2.2.7.2.2.7.1.2.2.7.2.2.2.7.3.2.2.7.4.2.2.7.5.2.2.7.5.1.2.2.7.5.2.
. Area da Serra dos Carajés 1/53
. Area de Sao Félix do Xingu 1/55Area da Serra da Tocandera 1/56
. Area da Serra do I naja 1/57Area da Serra Arqueada 1/57Geocronologia 1/57Petrografia 1/57Grupo Uatumâ 1/59General idades 1/59Divisâo Estratigrâfica 1/59Formaçao Rio Fresco 1/59General idades 1/59Relaçâo Estratigréfica 1/60Distribuiçao na Area 1/60Geocronologia 1/60Petrografia 1/60Formaçao Sobreiro 1/61General idades 1/61Relaçâo Estratigrâfica 1/61Distribuiçao na Area 1/61Geocronologia 1/61Petrografia 1/62Formaçao Iriri 1/62General idades 1/62Relaçâo Estratigréfica 1/63Distribuiçao na Area 1/63Geocronologia 1/63Petrografia 1/63Corpos Intrusivos 1/66Diques 1/66Intermediérios 1/66Âcidos 1/66Granitos 1/66Granito da Serra dos Carajâs 1/66General idades 1 /66Posiçâo Estratigréfica 1/66Distribuiçao na Area 1/67Geocronologia 1/67Petrografia 1/67Granito Velho Guilherme 1/68General idades 1/68Posiçâo Estratigrâfica 1/68Distribuiçao na Area 1/68Geocronologia 1/68Petrografia 1/69Maciços Tipo Velho Guilherme 1/69Maciços Tipo Gradaûs 1/69
I/4
2.2.1.6. Consideraçoes Gerais 1/702.2.8. Formaçao Gorotire 1/712.2.8.1. General idades 1/712.2.8.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/722.2.8.3. Distribuiçâo na Area 1/722.2.8.4. Geocronologia 1/722.2.8.5. Liblogias 1/722.2.9. Formaçao Triunfo 1/732.2.9.1. General idades 1/732.2.9.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/752.2.9.3. Distribuiçâo na Ârea e Litologia 1/752.2.10. Formaçao Trombetas 1/762.2.10.1. General idades 1/762.2.10.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/772.2.10.3. Distribuiçâo na Area 1/772.2.10.4. Litologias 1/772.2.11. Formaçao Pimenteiras 1/772.2.11.1. General idades 1/772.2.11.2. Posiçâo Estratigrâfica 1 /772.2.11.3. Distribuiçâo na Ârea 1/782.2.11.4. Litologias 1/782.2.12. Formaçao Longé 1/782.2.12.1. General idades 1/782.2.12.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/782.2.12.3. Distribuiçâo na Àrea 1/782.2.12.4. Litologias 1/782.2.13. Formaçao Piauf 1/782.2.13.1. General idades V782.2.13.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/792.2.13.3. Distribuiçâo na Area 1/792.2.13.4. Litologias 1/792.2.14. Formaçao Pedra de Fogo 1/792.2.14.1. General idades 1/792.2.14.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/792.2.14.3. Distribuiçâo na Ârea 1/802.2.14.4. Litologias 1/802.2.15. Formaçao Sambafba 1/802.2.15.1. General idades 1/802.2.15.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/812.2.15.3. Distribuiçâo na Ârea 1/812.2.15.4. Litologias 1/812.2.16. Formaçao Orozimbo 1/822.2.16.1. General idades 1/822.2.16.2. Posiçâo Estratigrâfica 1/832.2.16.3. Distribuiçâo na Area 1/832.2.16.4. Geocronologia 1/832.2.16.5. Petrografia 1/83
I/5
2.2.16.6. Anélises Qui micas 1/852.2.17. Formaçlo Itapicuru 1/872.2.17.1. General idades 1/872.2.17.2. Posiçao Estratigrâfica 1/872.2.17.3. Distribuiçao na Area 1/872.2.17.4. Litologias 1/872.2.18. Formaçâo Barreiras 1/872.2.18.1. General idades 1/872.2.18.2. Posicâo Estratigrâfica 1/872.2.18.3. Distribuiçao na Area 1/892.2.18.4. Litologias 1/892.2.19. Aluviôes 1/89
3. ESTRUTURAS 1/90
3.1. Estruturas Regionais 1/903.2. Estruturas Locais 1/913.3.1. Estrutura da Area de Xambioâ 1/913.2.1.1. Anticlinal da Serra das Andorinhas—Martfrios 1/913.2.1.2. Anticlinal da Serra de Xambioâ 1/923.2.1.3. Braquianticlinal do Lontra 1/923.2.1.4. Estruturas menores: Muricizal e Ibiapava 1/923.2.2. Estrutura da Serra do Santa Maria 1/923.2.3. Sinclinal da Tocandera 1/923.2.4. Sinclinal de Sâo Félix 1/933.2.5. SinclinoriodeCarajâs 1/933.2.6. Falha da Serra da Seringa 1/933.2.7. Falha Floresta 1/943.2.8. Falha Carapana 1/943.2.9. Falha do Iriri 1/943.2.10. Falha da Serra dos Carajâs 1/953.2.11. Corpos Granfticos Circulares 1 /953.2.12. Estrutura da Serra do Tapa 1 /963.2.13. Estrutura de Taina-Recan 1/963.2.14. Faixa de Serpentinitos do Araguaia—Tocantins 1/963.2.14.1. General idades 1/963.2.14.2. Distribuiçao na Area 1/973.2.14.3. Litologias 1/973.2.14.4. Origem 1/983.2.14.5. Geocronologia 1/983.2.15. Lineamento Iriri—Martfrios 1/993.2.16. Lineamento do Rio das Velhas ou Tocantins—Araguaia 1/993.2.17. Discordâncias 1/100
4. HISTORICA GEO LOG ICA 1/104.
4.1. Desenvolvimento Estrutural 1/1044^2. Evoluçâo Geologica 1/106
I/6
5. GEOLOGIA E C O N O M I C A 1/109
5.1.5.2.5.2.1.5.2.2.5.2.3.5.2.4.5.2.5.5.2.6.5.2.7.5.2.8.5.2.9.5.2.10.5.Z11.5.2.12.5.2.13.5.2.14.5.2.15.5.2.16.5.2.17.5.2.18.5.2.19.5.2.20.5.2.21.5.2.22.5.2.23.5.2.24.5.2.25.5.2.26.5.2.27.5.3.5.4.5.4.1.5.4.2.5.4.3.
6.
7.
8.
9.
General idades 1/109Ocorrências Minerais 1/109Ouro 1/109Platina 1/110Diamante 1/110Grafita 1/110Chumbo e Prata 1/110Cobre 1/111Ferro 1/111Manganês 1/113Estanho 1/115
• Titânio 1/116Cromo .1/116Limonita 1/116Bauxit« 1/116Calcârio 1/116Fosfatos (monazita e Xenotima) 1/117Cristal de Rocha e Ametista 1/118Caulim 1/118Talco 1/118Serpentina 1/118Nfquel 1/119Micas 1/120Topâzio 1/120Carväo 1/120Atapulgita 1/121Turmalina 1/121Materiais de Construçâo 1/121Âgua Subterrânea 1/123Possibilidades Metalogenéticas da Area 1/123Situaçâo Legal dos Trabalhos de Lavra e Pesquisa MineralDecretos dë Lavra 1/127Alvaräs de Pesquisa 1/128Pedidos de Pesquisa 1/130
CONCLUSÖES 1/134
RECOMENDAÇ0ES 1/136
RESUMO 1/137.
BIBLIOGRAFIA V138
1/127
I/7
TÂBUA DE ILUSTRAÇÔES
MAPA
Geológico (em envelope anexo)
QUADROS
1. Sumârio da estratigrafia 1/22 e 1/232. Geocronologia 1/24
FIGURAS
1. Folha SB.22 Araguaia e parte de SC.22 Tocantins 1/142. Coluna Estratigréfica 1/163. Diagrama dos basaltos da Sinéclise do Parana e Maranhäo—Piau f 1/884. Possibilidades Metalogenéticas 1/126
ESTAMPAS
1. Braquianticlinal do Lontra2. Estrutura da Serra de Taina-Recan3. Falha da Serra da Seringa4. Falha da Serra dos Carajâs5. Granito circular da Serra do Velho Guilherme
FOTOS
1. Complexo Xingu2. Migmatito Epibol rtico3. Granito Alaskftico4. Dique de diabâsio5. Granulito bésico — fotomicrografia6. Granulito — fotomicrografia7. Quartzo diorito — fotomicrografia8. Biotita anfibolito — fotomicrografia9. Microssienito — fotomicrografia
10. Biotita gnaisse — fotomicrografia11. Grupo Araxä12. Micaxisto do Grupo Araxâ13. Granada Estaurolita-clorita-muscovita-xisto — fotomicrografia14. Granada-biotita-feldspato-quartzo-xisto — fotomicrografia15. Muscovita-gnaisse — fotomicrografia16. Biotita-muscovita-xisto — fotomicrografia17. Serpentinito — fotomicrografia18. Piroxito serpentinizado — fotomicrografia19. Filitos do Grupo Tocantins20. Serpentinito21. Sericita-clorita-xisto — fotomicrografia
I/8
22. Clorita-muscovita-quartzo-xisto — fotomicrografia23. GFupo Grâo-Paré24. Quartzitos e itabiritos do facies Tocandera25. Facies da Formacäo Carajas26. Arenito conglomerético do membro Azul (Formaçao Rio Fresco)27. Arenitos e folhelhos ardosianos do membro Naja28. Arenito conglomerético do membro Azul — Serra dos Carajés29. Folhelhos ardosianos do membro Naja30. Folhelhos ardosianos e arcóseos micéceos dobrados (membro Naja)
por intrusio de riolito — Formaçao Iriri31. Grupo Uatuma — Formaçao Sobreiro — Andesito porfirftico32. Conglomerado granitizado33. Andesito — fotomicrografia34. Brecha vulcânica — fotomicrografia35. Dacito — fotomicrografia36. Inignibrito — fotomicrografia37. Cinerito — fotomicrografia38. Riolito —fotomicrografia39. Maciço Granito Velho Guilherme40. Granito Velho Quilherme — fotomicrografia41. Formaçao Gorotire42. Diabésio — fotomicrografia43. Aluviöes arenosas no Rio Fresco44. Garimpo de Diamante no Rio Tocantins45. Bloco de galena argent i'fera no veio de Tres I Ihotas46. Calcério da Formaçao Pedra de Fogo47. Cristais de Topézio48. Afloramento de Carvao
I/9
ABSTRACT
Geological results of reconnaissance work based primarily on interpretationof radar imagery complemented by field investigations are presented,encompassing the region of Sheets SB.22 Araguaia and part of SC.22Tocantins, which fall within parallels 04°00' and OSPOO' South andmeridians 48P00' and 54°00' covering the states of Paré, Goiés andMaranhao, in a total of approximately 366.830 square kilometers.
The location and characteristics of five geological provinces are given, as wellas the description of the stratigraphie units from Precambrian to Recent,which is applicable to the eastern flank of the Guaporé Craton.
Geological investigation of the mapped region indicates that a belt ofmetamorphic rocks with an ophiolitic sequence marks the approximatecontact between the Craton and the Araguaia-Tocantins Orogenic Belt, inthe eastern margin. The sialic basement of the Xingu Complex, and the GrSoPara Group (iron formation associated to spiiiitic voicanics) are capped by asequence of sedimentary and volcanic rocks of the Uatuma Group. Twodifferent sorts of granite are intrusiv'es, the younger belonging to theextensive tin province related to an acid and intermediate geological episode.
The Precambrian record is completed by a very thick coverage of plataformsediments belonging to the Gorotire and Triunfo formations.
Oscillatory movements of epirogenic nature in the northwestern and easternmargins of the Craton were responsible for the establishment of twoPaleozoic syneclises — the Amazonas Syneclise, in the northern flank, andthe Nlaranhao/PiauT Syneclise, in the eastern border of the Craton — with asedimentary sequence ranging from Silurian to Cretaceous.
Sedimentary coverages of Cenozoic age are of particular significance in thenortheastern most portion of the region, where as the alluvial sediments areextensively distributed along the larger rivers, such as the Tocantins,Araguaià, Xingu, Iriri, Fresco and Itacaiunas.
From the economic standpoint, the most important mineral deposits arethose of iron, in the District of Carajas-Xingu; of manganese, atSereno-Lageiro, Buritirama and Azul; of diamonds, at the Tocantins andAraguaia rivers; and the presently under-explored deposits of alluvialcassiterite in the proximities of circular bodies of subvolcanic cratogenicgranites. Occurrences of copper, lead, zinc, chromium, nickel, coal andlimestone, have also been indicated in the region and their real importancewill soon be defined by the prospecting activities now being carried out byprivate mining companies.
1/11
1. INTRODUÇÀO
1.1. Localizaçâo
A ârea com encarte pelos paralelos de 04°00' e09°00'S e meridianos de 48°00' e 54°00'W.Gr. coristitui o "Bloco B-1" do Projeto RADAMe seu mapeamento geológïco é o tema desteRelatório; pelo corte cartogréfico internacionalocupa a totalidade da folha SB.22-Araguaia e oquarto norte da folha SC.22-Tocantins, numtotal de 366.830 km2.
É parcela da Amazonia Legal Brasileira, comterras dos estados do Para, Goiés, Maranhäo eadensamentos populacionais expressivos pratica-mente só a leste do meridiano 50°00'W. Gr. Adrenagem principal é representada a leste peloRio Tocantins e seus afluentes Araguaia eItacaiûnas, a oeste pelo Rio Xingu e tributériosBacajâ, Fresco e Iriri. Porçoes setentrionais saoocupadas a leste pelas altas bacias dos RiosCapim e Moju, drenando a regiâo a sul de Belémdo Para, e ao centra pelas bacias do Anapu eTueré, afluentes do braço sul da foz do RioAmazonas. A' topografia varia de plani'cies aareas com altitude média em torno de 700m nasserranias e planaltos. Numa visäo gérai é suave odescenso de sul para norte das cotas mâximas doplanalto paranaense, 3 oeste do Araguaia, atéatinge a fronte serrano Itacaiûnas-Jatobé-Pardo(5°30'S). Entäo, em degrau alto cai a planurasque atingem a Planfcie Amazônica a norte,sendo elas vez por outra interrompidas poralinhamentos sérreos NW-SE pouco elevados(cerca de 150m). Para leste, em meridiano, se;alongam depressöes do Araguaia, (so a 130m)-Tocantins(20 a 170m),chegando a topografia aoslimites da ârea em ascençao as bordas daschapadas sedimentäres (250m a SE e E; 200m aNE). A cobertura vegetal é de floresta tropicalsempre-verde (densa a norte de 5°30'S e aberta asul) com savanas tipo cerrado, subordinada-mente a SE da area; os solos sao principalmentelatosólicos; o clima é principalmente quente eûmido. (Figura 1).
Cerca de 2/3 da ârea estâo na porçao oriental doCraton do Guaporé, marginado pela Faixa Oro-gênica Araguaia-Tocantins. Estas unidades pré-cambrianas estao encobertas em superffcie, aleste pela seqüência sedimentär paleozóica-mesozóica da Sinéclise do Maranhäo-Piau f eapenas no extremo noroeste da Folha SB.22pelo flanco meridional siluriano da Sinéclise doAmazonas; sedimentos terciérios a nordesle edepósitos do sistema fluvial Xingu e Tocantins-Araguaia completam o esboço do quadro geoló-gico nas folhas mapeadas.
1.2. Objetivos do Trabalho
Parte do "mais concentrado e urn dos maioresesforços jamais feitos para mapear recursosnaturais e para analisar fatores ambientais naface da Terra", Moura (66) (1971), o mapea-mento geológico cujos resultados sâo aqui apre-sentados, objetiva melhorar os nfveis de conheci-mento do N e parte do NE do Brasil, a curtoprazo, tanto em si'ntese anah'tica de esforçosanteriores — em seu melhor grau de compreensi-bilidade com relaçâo a escala adotada — como,as ultimas, apresentaros informes mais precisosde sua geologia; estes informes decorrem emgrande parte da notâvel visäo de con junto que asimagens de radar permitem integrar no seu todo,apoiada na utilizaçao de outras sensores empre-gados pelo Projeto RADAM e no controle decampo efetuado em pontos selecionados emnossas interpretacöes. Acreditamos que dessavisäo regional poderâ, e só entao, sobrevir omapeamento geológico em detalhe e a escolha demétodo indicado em funçao do objetivo a seratingido em cada caso. O trabalho executadopermite ter elementos "to recognize the geologi-cal factores favourable to mineralization", Bar-ringer (17) (1969).
1.3. Método de Trabalho
Esta équipe utilizou-se do conhecimento de
1/13
FIGURA 1
FOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DA FOLHA SC.22 TOCANTINS
MPOO'
M°OO' B2°8O'
9°OO'48°OO1
ESCALA i:5.0OO.0O0
SOK« O 90 »O BO 2 0 0 K B
1/14
muitos outros geólogos, engenheiros de minas enaturalistas, cujos trabalhos relativos a esta areaatingem numero superior a 150 referênciasbibliogrâficas. A triagem restringiu a utilizaçâode alguns apenas a dados litológicos, isto porque,näo possuindo a possibilidade de integraçâo degrandes areas, ficavam as vezes subordinados aosafloramentos ao longo dos cursos dâgua ecaminhamentos. Por sua vez, alguns trabalhosmais récentes, inclusive corn fotografias aéreas,nâo facilitaram ao nfvel que esperâvamos, porrestriçâo na etapa de campo, ficando mais nodegrau da "interpretaçâo". Também informaçôesverbais, sempre que possfvel, cruzadas, fornece-ram subsi'dios quanto aos dados do terreno, quercomo fontes diretas quer como indicativas depontos de destaque que mereceram nossa aten-çâo nas fases de interpretaçâo e/ou campo.
A base do mapeamento foi a imagem de radarem mosâicos semi-controlados na escala de1:250.000, que constituem no dizer de Godoy eRoessel (42) (1973) "the largest commercialside-loocking radar (SLAR) remote sensing pro-ject ever undertaken". As faixas com recobri-mento possibilitaram visâo estereoscópica paraas interpretacoes. O auxflio dos demais produtosdo sensoramento efetuado pelo RADAM, princi-palmente as fotos em infra-vermelho, foi valioso,do mesmo modo que outras fotos anteriormenteobtidas. O resultado dessa metodologia: dadosanteriores mais interpretaçâo, aliada a experiên-cia profissional nesta ârëa de alguns dos técnicosda équipe, possibilitou critérios mais favorâveis àescolha dos pontos de amostragem e estudo decampo.
Na mesopotâmia Tocantins-Araguaia ainda con-seguimos utilizar viaturas terrestres, entretanto aausência de estradas na ârea oeste levou-nos aefetuar cerca de 260 pontos cc m helicóptero nototal da Folha SB.22-Araguaia, SC.22-Tocantins,iniciando o mais amplo trabalho de apoiologfstico para este tipo de serviço feito até entâona Amazônia.
O suporte da petrografia microscópica, dageocronologia e da anâlise qufmica foi aditadopor ocasiâo da reinterpretaçâo, como suplemen-to estimâvel a esta fase.
Conseguindo sistematizar a extracao dos elemen-tos de observaçâo, de identificaçâo e os interpre-tativos, aliados a todo um volume de dadosobtidos através das diversas fontes e processus jereferidos, foi possfvel ultrapassar lima etapa demapeamento mais expedito: o "Mapa de EstilosTectônicos", cujas unidades sâo, jâ no dizer deOliveira (70) (1972) "calcadas na geometria dasexpressöes estruturais visfveis nas imagensaéreas, sem nenhuma cûnsideraçâo direta". Porse tratar de ârea com predominância de unidadespré-cambrianas foi de grande valor a aplicaçâo deconceitos emitidos por Allum com relaçao àinterpretaçâo de éreas corn metamorf ismo regio-nal (4) (1961) e sobre as fotos aéreas infra-ver-melho para a geologia (5) ( 1970).
Com relaçao as unidades de mapeamento cujaslocalidades-tipo, expressâo e desenvolvimentoregional se localizam fora da presente ârea, osconceitos bâsicos a elas diretamente relacionadosforam, inclusive os de sua interpretaçâo peloRADAM, trazidos dessas vizinhanças.
Adotado o método aqui exposto foi possfvelfazer urn mapa geológico na escala de1:1.000.000 mostrando a distribuiçâo dosprincipals grupos de rochas, sempre que possfvelagrupando-as'em formaçoes e estabelecendo umaordern cronológica, plotando as ocorrências mi-nerais conhecidas e objetivando também repor-tar âreas que devam ser estudadas em maioresdetalhes visando novas jazidas.
1/15
FIGURA 2
C O L U N A E S T R A T I G R A F I C A: SB-22 E PARTE DA SC-22
PERIOOO GRUPOF O R M AÇ Ä0
SIMBOLO SECAO COLUNAR DESCRIÇÂO LITOLOGICA
OUATERNARIO
TERCIARIO BARREIRAS
CRETACEO ITAPICURU
Tb
Ki
JURASSICO-CRETACEO OROZIMBO JKo
TRIASSICO SAMBAIBA Th» . - / - - . • .
PERMIANO PEDRA DE FOGO Ppf
CARBONIFERO PI AUI Cp
DE VONIA NO
SUP
MEO
LONGA Dl
PIMENTEIRAS Op
SILURI A N O TROMBETAS St
PRE-CAMBRIANO
SUPERIOR B
TRIUNFO pCtf
GOROTIRE p€go
P R E - C A M B R I A N O
S U P E R I O R c
U
A
T
U
M
À
I R I R I
SOBREIRO
GRANITO
VELHO
GUILHERME
R I O
FRESCO
pCicc
p€sC
GRANITO
DA SERRA
DOS
CARAJAS
p€rt
GRAO-PARAPRE-CAMBRIANO
SUPERIOR
A MEDIO
PCgp
TOCANTINS p€t
ARAXA p€o
PRE-CAMBRIANO
M E D I O
A INFERIOR
C O M P L E X O
X I N G Up€x
A I tiv l o t s : coscolhok I C o l u v l o : or « l o t tI
glom
tol , !AHA ZON A 3/MA*AMIA0-»IAUI 1
Ar«ntto« • argilitot v*rm«lhos lominados
B osai tot • diabo'sio* ; amigdaloidal
Ar*nitoi fines o mv'dios , branco a ov«r-mtlhados.
ro e g
Ar «nit
ipsi t o .
. . . . . . . . ...««...«i..
cinio
FoOwOtos t filtito* cmza o prtro^fnlcoctos^oli-
tos ptrîtoso» , inf«rcolo«ôts d* v«nito prindpot-
m«iMnt* no lopo (tmccusf DO (UMNNAQ-AAUI'I
A/snito groSMiro, mol f«t«cionodofcstrotificacâo
horizontal, comodos d» fotlMOic c conglomtrodo «v
tSINCCLISC OO AMAZON*f 1
Artntto ortoqiiortiitico, poucocoultncojhoriionfo-<stconglomtrótKOstsi d» itoblrlto« • vulcanicas
Arenito* congtonwraticosofnotffeldsparicos rtaba-
s«,congloin«róticosnQbaM c topu.
fin't icui
Argtlitos,folMtttos • crcosios
corbonosos • mtcoccos (*» »«i«t
nosos, tiftitos , or
nitos • grauvacos
g/anodtorito»,
alatxiticot
G r o n i t o t
porfirfticot
muscovitico»,
aia&kiticos»
i.pl-
F l l i tos , quortzlt
vacot e Kittos.
tmttogrou-
ultroboticai( pa^moiitos.(FAIIA OHOQtmCA OO i O W U . r O C A M T M » I
MigffiQTitos 9 y f oo i to s , gronodiorttos
d i fn to t l m«tomor f i tos im fa'cits
{ Trta Pof metro* ) .(CRATotl DO GUAPORE)
1/16
2. ESTRAtlGRAFIA
Os dados disponfveis perm item afirmar que oembasamento polimetamórfico (Complexo Xin-gu), a Faixa Orogênica do Araguaia-Tocantins(grupos Araxé e Tocantins, Ofiolitos),a seqüên-cia fern'fera e metabasitos(Grupo Gr§o-Paré),oplutonismo pós-orogênico (Granito da Serra doCarajés), os maciços grani'ticos e granodion'ticos,circulares, subvulcânicos, cratogênicos (GranitoVelho Guilherme), a associaçao vulcânica écida eintermediéria subséquente, o pacote pelftico ecarbonoso (Grupo Uatuma), bem corno a cober-tura molassóide, posterior (Formaçâo Gorotire),sobreposta pela Formaçâo Triunfo, tiveram suaedificaçâo completadas até o término do Pré-cambriano. Do Eopaleozóico em diante, somen-te a borda oriental e setentrional do Cratonapresentou fases mais longas de "reativaçao",implantando a Sintese do Maranhäo—Piaufa do Amazonas. Nestas fases.ambasassinéclisesforam afetadas por manifestaçôes vulcânicasbâsicas de carâter toleiftico. A cobertura ceno-zóica (Formaçâo Barreiras) transgride escas-samente sobre o nordeste da ârea.
Após o Terciério parte da area é sede demovimentaçâo epirogênica positiva, comprovadapela presença de terraços aluvionares mais anti-gos, contrastando corn a deposiçâo dos sedi-mentos fluviais récentes do sistema dos RiosXingu, Araguaia e Tocantins.
Ao que tudo indica, a consolidaçao da margemoriental e setentrional do Craton do Guaporé, sedeu anteriormente ao Ciclo Transamazônico(1800-2600 MA) e é correspondente ao Guriense(mais de 2600 MA). Movimentos posteriores saoem parte responsâveis por sua modelaçao atual.
2.1. Provfncias Geológicas
Na ârea hâ no mi'nimo quatro grupos de rochasmetamórficas separadas por discordâncias prin-cipais. Eventos de um vulcanismo subséquente
constitui'do por vulcânicas âcidas e intermedi-érias associadas a uma sedimentaçaointermontana constituem um grüpo sobrejacenteaos metamorfitos.
Duas idades de intrusoes grani'ticas foram identi-ficadas na ârea. Posteriormente a este eventohouve a sedimentaçao de unidades transgressivas,que recobrem hoje, parcialmente, a porçao oestee sudoeste da area.
Bordejando setentrional e orientalmente a érea,esta a Sinéclise do Amazonas e a Sinéclise doMaranhäo—Piaui'.
Os metamorfitos da ârea apresentam-se dobradosem estilos diferentes, falhados e metamorf izadosem graus variâveis. As demais unidades litoestra-tigrâficas, quer vulcânicas ou sedimentäres foramafetadas por uma intensa e extensa tectônica queproduziu inûmeros fraturamentos.
Fase epirogênica positivaCenozóico.
fez-se presente no
Com a finalidade de identificar estes eventosespacial e temporalmente, foi a ârea dividida emProvfncias Geológicas:
— Ârea Cratonica do Guaporé— Faixa Orogênica Araguaia-Tocantins— Sinéclise do Amazonas— Sinéclise do Maranhäo-Piauf— Coberturas Cenozóicas
2.1.1. ÂREA CRATÔNICA DO GUAPORÉ
A érea estudada pertence à Plataforma Brasileiradefinida por Almeida (9) (1967), mais especifi-camente, encontra-se na margem oriental doCraton do Guaporé, definido por aquele autor. Étambém parte da chamada Plataforma Ama-zônica, Sucszynski (93) (1969) Ferreira (37)(1969).
1/17
Foi submetida a eventos orogenéticos e epiro-genéticos, responsàveis pelo estabelecimentode cido tectonomagmâtico. Do meridiano50°00' W. Gr. para o oeste verifica-se a predom i-nância de rochas pré-cambrianas constituindo oComplexo Xingu.
Depositadas sobre essa ârea cratônica, ocorreuma seqüência de rochas ricas em ferro, repre-sentada por jaspilitos hematfticos, itabiritos,metabasitos espilfticos, dobrados e falhados.
A seqûêncja f err ffera, metabasitos e espilitos.queconstituem o Grupo Grao-Parâ, jaz em discordan-temente sobre o Complexo Xingu.
Foram identificadas duas fases orogênicas: umamarginal (Araguaia-Tocantins) e outra que reati-vou o Complexo Xingu e dobrou as rochas doGrupo Grâo Para, segundo eixos em torno de N80°W, estabelecendo falhamentos e fraturamen-tos com direcao N 30°W e N 40°E, e cujadireçao de esforço primârio pode-se supor aoredor de N 200 e E (NNE).
Nesta ultima as principais estruturas formadasforam o sinclinório de Carajâs e sinclinal daTocandera com direçao e caimento para NW. Oevento magmâtico deste estâgio corresponde ao"emplacement" de granitos p6s-cineméticos dotipo Granito da Serra dos Carajâs, com1800-2000 MA.
Cessados os movimentos diastróficos, essa por-çâo do Craton evoluiu para o estâgio do "quasi-craton" ou do "vulcanismo subséquente", mani-festando-se entâo intensos falhamentos comvulcanismo-fissural riolftico e ignimbrftico,acompanhados de menores (? ) porçoes de an-desitos. Nas bacias intermontonas acumulou-seuma sedimentaçâo pelftica com estratos dematerial carbonoso. Durante a fase do vulca-nismo houve o "emplacement" de granitos,granófiros, corn feiçôes circulares, cratogênicos,mineralizados em cassiterita, topézio e tan tali ta.Esta fase vulcano-sedimentar é representada pelo
Grupo Uatumâ. Após urn episódio erosionalcomeçou a ser depositada uma seqüênciacontinental denominada Formaçâo Gorotire,sobreposta discordantemente pela FormaçâoTriunfo de igual caréter.
2.1.2. FAIXA OROGÊNICA ARAGUAIA-TOCANTINS
A Faixa Orogênica Araguaia—Tocantinsaqui de-finida, constitufda pelos grupos Tocantins eAraxé com um "Serpentine Belt", contorna amargem oriental do Craton do Guaporé, cornuma largura maxima de 160.km e mfnima de25 km. A direçao gérai desta faixa é NS,truncando e transgredindo as feiçôes estruturaisdo embasamento, orientadas na direçaoWNW—ESE, estabelecendo uma discordância an-gular.
Este truncamento de direçao corresponde aoLineamento Tocantins-Araguaia, reconhecido porKegel (57) (1965) equivalente ao lineamento doRio das Velhas, Pflug (79) (1962).
Os metamorfitos dessa faixa exibem fâcies me-tamórficos crescentes no sentido de oeste paraleste, ou seja do bordo do craton em direçao àzona mais profunda do sulco geossinclinal.
O fâcies metamórfico do Grupo Tocantins é xis-to verde (subfâcies quartzo-albita-muscovita-clo-rita) e do Grupo Araxâ atinge inclusive almand[na-anfibolito (até subfâcies almandina-estauroli-ta).
O "Serpentine Belt" é constitufdo pelos maciçosultramârficos intensamente serpentinizados etalcificadosdas serras Taina Recan, de Conceiçâodo Araguaia, do Tapa, e outros maciços jâ namargem direita do Rio Araguaia. É um impor-tante evento ligado à evoluçâo do geossinclinal,parecendo corresponder ao cinturâo de rochasultrabâsicas de Goiâs que se prolongaria rumoao norte.
1/18
No conjunto, a faixa orogênica^raguaia-Tocan-tins représenta uma superposiçâo de rochas decaréter eu e m/ogeossinclinal onde n§o sâo clarassuas relacöes com as rochas do vulcanismoinicial.
Urn evento dessa orogenèse corresponde aosgranitos cataclésticos, granófiros e alcali-grani-tos, reconhecidos ao longo do igarapé JacaréGrande e Rio Muricizal.
2.1.3. SINÉCLISE DO AMAZONAS
Na Folha SB.22-Araguaia e SC.22-Tocantins asrochas sedimentäres da Sinéclise do Amazonas,afloram muito escassamente, no noroeste daarea, sendo constitufdas por arenitos de granula-çâo média a grosseira com leitos conglomeréticoscinza claro e amarelo. Folhelhos ocorrem empequenas camadas interestratificadas corn osarenitos, näo tendo expressao no conjunto daFormaçao. A unidade referida é a FormaçaoTrombetas; assenta discordantemente sobrerochas do Complexo Xingu e o contato com asformacöes sobrejacentes é também discordanteCaputo; Rodrigues, Vasconcelos (26) (1971). Aidade, inferida de seus fósseis, é siluriana infe-rior.
2.1.4. SINÉCLISE DO MARANHÄO-PIAUI"
Eventos geológicos a leste da Faixa OrogênicaAraguaia-Tocantins evoluiram para a organizaçâoda Sinéclise do Maranhäo-Piau f. Da deposiçao nasinéclise, na area em pauta, afloram folhelhos esiltitos cinza-arroxeados com nfveis de oólitospi-ritosos e arenitos do topo da Formaçao Pimentei-ras. Após, arenitos médios a grosseiros comestratificaçâo cruzada da Formaçao Cabeças sâosobrepostos por folhelhos cinza-escuros a pretosda Formaçao Longé; todas très formacöes säo doDevoniano.
Em seguida, iniciou-se a sedimentaçâo represen-
tada por arenitos finos com intercalacöes defolhelhos carbonosos (Formaçâo Piauf,Carbon ffero).
Em ambiente continental depositaram-se areni-tos, siltitos e folhelhos com leitos de s flex eevaporitos da Formaçâo Pedra de Fogo, doPermiano.
Urn episódio tectônico atingiu essas formacöes,falhando-as nas proximidades da confluencia dosRios Tocantins e Itacaiunas, constituindo aFossa de Itupiranga. Tal fato pode ter tidoorigem na reativaçâo do Lineamento do Rio dasVelhas af coïncidente com a Faixa OrogênicaAraguaia-Tocantins.
O auge da deposiçao continental é representadopor arenitos finos a médios com estratificaçôescruzadas de grande amplitude: Formaçâo Sam-ba f ba, do Triâssico.
A reativaçâo citada, ocasionou manifestaçôesvulcânicas bésicas de natureza toleifticas, tantode caréter intrusivo como efusivo, constituindo aFormaçao Orozimbo, do Jurâssico-Cretéceo.
Em seguida houve a deposiçao que resultouarenitos e argilitos vermelhos e laminados, daFormaçao Itapicuru, em ambiente continental.Esta unidade représenta mais uma coberturamesozóica. do que parte de sedimentaçâo restri-ta à sinéclise.
2.1.5. COBERTURASCENOZÔICAS
A cobertura cenozóica que aflora na FolhaSB.22-Araguaia e SC.22-Tocantins, restringe-se àporçâo nordeste da ârea (Folha SB.22-X-B),onde forma atualmente platôs e mesas sobre ossedimentos da Formaçao Itapicuru, É consti-tui'da pela Formaçâo Barreiras, que apresentauma grande variedade de tipos, i.e. desde argi-lito a conglomerado. As camadas ora exibemestratificaçâo perfeita ora sâo maciças. De uma
1/19
maneira geral, predominam arenitos finos, bemestratificados, de cores vermelho, amarelo, bran-co, roxo, com camadas intercaladas de arenitogrosseiro e de conglomerado, geralmente comestratificacäo cruzada.
2.2. Descriçâo das Unidades
2.2.1. COMPLEXOXINGU
2.2.1.1. Generalidades
A visualizaçao do Craton do Guaporé através dasareas imageadas pelo RADAM, mostrou que é nabacia do Rio Xingu onde afloram com realce asrochas poli metamorf icas do embasamento. Adrenagem menor, mas paralela àquele grande rio(Rioj Bacajâ, Anapu e Tuerê), também corta asrochas da unidade basal.
Foi Oliveira (68) (1928) que percorreu o RioXingu de sua foz à confluência com o RioFresco, apresentando pela primeira vez mapa erelatório com uma visäo geral desse embasamen-to.
Referências sobre a geologia do Rio Bacajéforam feitas por Oliveira (op. cit.), onde relataum granito de grande cristais de ortósio,diabésio, granito gnéissico a biotita, ortoanfiboli-to, anfibólio-xisto e granito gnéissico.
Barbosa et alii (14) (1966), nos trabalhos doProjeto Araguaia, no quedenominam "Pré-Cam-briano Indiferenciado" relataram ocorrências dedioritos, anfibolitos, granito róseo, migmatitoscom paleossoma de metabasitos e quartzitoscortados por vênulos, veios e lentes de quartzo-pegmatitos e fazem referências a gabros eanortositos.
No Projeto Marabé, (28) (1972) sob a denomina-çap de Pré-Cambriano Indiferenciado, as rochasforam agrupadas em quatro categorias baseadasem dados de campo e petrogréficos:
a) gnaisse, augen-gnaisses migmati'ticos, lepti-tos, granulitos, charnockitos e anfibolitos;
b) granitos, granodioritos e quartzo dioritos;
c) dioritos e noritos;
d) cataclasitos e milonitos.
Kirwan (58) (1972), descrevendo a ârea doBacajé diz: "Rocks of this type were observedvia helicopter traverses in the stream beds of theItacaiünas, Tueré and Anapu rivers where allareas exhibited rocks of metamorphic, igneousand migmatic origin. On SLAR imagery thevarious horizons are extremely persistent, for-ming long ridges oriented nearly east west. Inthe field a strong gneissosity was often and allrock showed linear or planar foliation to somedegree. All phase of metamorphic and igneousactivity on a regional basis are exhibited: wellbedded paragneisses; injection gnaisses; migmati-tes; granites probably derived from mobilizedmetasediments and truly igneous rocks wereseem. Dips are steep or vertical and structuresvirtually absent. Late NE-trending diabase areapparent on the SLAR sheets (SB.22-X-A, X-C).
In general, the Bacajé-style represents a type ofdeposit that is found in other shield areas of theworld where extremely deep erosion haseliminated surficial and overlying formations sothat only deep, high-grade metamorphic rocksand original persistent structures remain".
2.2.1.2. Posiçâo Estratigréfica
Os conjuntos de rochas expostos nos vales doItacaiünas, Parauapebas, Preto, Tapirapé, Cin-zento, Bacajé, Tueré, Anapu, nos limites seten-trionais da Serra dos Carajés, constituem umaassociaçâo de metamorfitos, fgneas e encraves dequartzitos, gnaisses e xistos micéceos, (TrèsPaimeiras), estes Ultimos identificados por Oli-veira (68X1928) no Rio Bacajé, que retratamuma profunda erosäo de rochas de alto a médiograu de metamorf ismo.
I/20
Na regiäo ao sul da Serra dos Carajâs, no altocurso dos Rios Cateté, Itacaiunase Parauapebas,também afloram metamorf itos e i'gneas como aonorte dessa serra.
Entre as Serras dos Gradaûs, Santa Maria eRedençao, bem como ao sul do paralelo 8°00' —entre as margens dos Rios Iriri e Xingu — compequenas variacöes, as rochas têm aproximada-mente a mesma composiçio petrogrâfica.
Muito embora as unidades litológicas näo pudes-sem ser individualizadas (estratigrafia) em forma-cöes, nesta ârea, os caractères petrogrâficos eestruturais obedecem urn padräo coerente que éo seguinte:
— O interdigitamento de migmatitos com grani-tos, granodioritos, gnaisses e anfibolitos;
— A ocorrência de catamorfitos na seqüênciamigmâtica;
— Os alinhamentos concordantes com os"trends" de rumo WNW-ESE, ao norte da Serrados Carajâs;
— As isógradas metamórficas muito próximas;
— Possibilidade de dobras isoclinais, cujos eixosteriam a direcäo WNW-ESE.
Em decorrências dos dados aqui apresentadospropomos neste relatório a denominaçâo deComplexo Xingu para essas unidades de embasa-mento.
2.2.1.3. Distribuiçâo da Area
As rochas poli metamórficas ao norte da Serrados Carajâs, nos vales do Itacaiünas, Parauape-bas, Tapire, Cinzento, Bacajâ, Tueré, Anapu, säoconstitu (das por granitos, granodioritos, gnais-ses, migmatitos, dioritos, granulitos e anfiboli-tos. Essas rochas dispôem-se em faixas orienta-das segundo a direçao gérai WNW-ESE.
O estilo do dobramento, leva-nos a aventar apossibilidade da existência de dobras do tipoisoclinal, cujo conjunto classificar-se-ia no pa-dräo holomórfico de Beloussov (19) (1971).
A regiäo ao sul da Serra dos Carajâs é constitu f-da por migamatitos, gnaisses e granitos, observâ-veis no alto dos cursos dos Rios Cateté,Itacaiünas e Parauapebas.
Entre a Serra dos Gradaûs, Santa Maria eRedençao as rochas do embasamento säo maisisótropas e representadas por granitos, grano-dioritos e migmatitos. Ao sul do paralelo 8°00',entre Rios Iriri e Xingu, afloram granitos,granodioritos, gnaisses, e granulitos.
As rochas do embasamento mapeadas nas Folhas- SB.22 - Araguaia e SB.22 - Tocantinsocupam ârea superior a 150.000 quilômetrosquadrados.
Feiçoes estruturais — lineamentos säo obser-vâveis ao norte da Serra dos Carajâs. Al i , Lyon(62) (1972), no mapa XINGU-ARAGUAIA, deescala 1:1.000.000, na ârea do Bacajâ, coloca umgrande alineamento, denominando-o de Linea-mento de Xambioé, cuja direçao gérai é NW-SE.
Issler (52) (1973), observa que: "outro elementoestrutural de grande envergadura é a série delineamentos Bacajâ—Matfrios, corn direçao géraiNW-SE, porém abrindo-se ligeiramente em formade leque em direçao a Marabé".
2.2.1.4. Geocronologia
Da ârea, Almaraz (6) (1967), datou varias rochas(granitos, migmatitos, anfibolitos), na regiäo dosRios Itacaiünas e Tocantins, pelo método potâs-sio-argônio, tendo obtido uma idade média de2.000 MA. Obteve idade semelhante, datandoduas amostras de anfibólio xisto e migmatito daârea do Rio Parauapebas.
Amaral (11) (1969), datou amostras de gnaisses,
1/21
OUAORO 1 - SUM AB 10 DE ESTRATIORAFIA
FOLHA ARAOUAIA (SB. 22) E PARTE DA TOCANTINS (SC.22)
Cronologia Litoestratigrafia
Era
FormacSo
PerfodoI da de
Absolute10° Anos
Çraton Sinéclise SinécliseFaixa do do
Orogénica Amt- Maranhäozonas -Piauf
Oescriçâo Lilologica Sucinta ObservacoesRecursos Minerais
AssociadosDisuibuicäo Especial
CEN0zoIco
Areias amareladas, quartzosas, subangular, Espessura na érea é manor cue 30 Diamante, ouro, cassiterita nos Os eluviöes ocorrem ao longo dos rios, encon*o . : _ _ _ _ granulacäo média a grosse, selecäo moderada. métros. niveis de cascalho; arguas, areias. trando-se maiores extensoes na confluéncia dosuuaiorn» u - - Kntm ^ v e g e | a i $ c a r D O n i l e a o s R a r o s | e i t 0 J a r ( m i t 0 («rruginoso, laterita. r i°» Araguaia e Tocantins.
argilosos. Niveis conglomeréticos.
Arenitos finos. siltitos e argilitos caolinicos Espessura em torno de 100 ma- Caulin. bauxito, calcério e mar- Exposiçfo sobre o Itapecuru, além de uma faixa. . corn lentes de conglomerado e arenito gros- tros. gas calcfferas; arenito ferru- a direita do Rio Tocantins, entre as cidades de
Barreiras , . , " " " " , ' " ' " " , seiro, pouco consolidados até friéveis; em.(Alterdo (Pirabasl , „ . , , , ,Terciério - Barreiras (Araguaia)
Chaol'gérai maciços horizontalmente, com estrati-
ficacäo cruzada, vermelhos, amarelos, bran-cos; calcério e margas calcfferas.
ginoso.a d i e t a do o TJacunda e Marabé.
MESOZ
oIco
CretaceoIta-
pecuruArenitos finos, caolinicos e argilitos finamente Espessura n£o superior a 100laminados, vermelhos. métros.
Entre os meridianos 48° e 48° 40*W, ao sullimitada pelo paratelo 5 ° 30' e ao norta 4« OO'S
Basalto cinza e verde escuro, preto: cores Vulcanismo toleftico correv Cobre nativo, ametista; material Exposicoes sobre a Formacäo Sambafba e PedraOre- variadas e descamaeäo esferoidal quando alte- pondendo ao estagio do vulca- de construçào. de Fogo, além de numerosos diques na parte
zimbo rado; textura hemivftrea até holocristalina nismo final. Espessura inferior a oriental de SB.22.grosseira: amigdaloidal. 50 métros.
JurassicoCretaceo
110-190
Triassico Sam- Arenitos finos a médios bem selecionados, Espessura na area em torno debaiba estratificaçSes cruzadas, branco a averme- 150 métros.
Ihado.
No leste da érea, até o meridiano 48°20'W;limitada nos paralelos de 7° 10' e 5°40'S.
P
A
L
E
O
ZóI
co
PermianoPedra
deFogo
Arenitos siltitos e folhelhos com leitos de Espessura de 200 métros,silex e calcério e pipsita.
Calcàrio e gipsita. Localizada entre os meridianos 48°20' e48°30'W delimitada pelos paralelos 09° e5°30'.
Carbon (fero Piaui(Poti)
Arenitos finos cinza esbranquiçados corn in- Espessura em torno de 100 me- Calcério; delgadas camadas de Esta formacäo encontra-se aproximadamente aotercalacoes de folhelhos carbonosos e restos tros. carvao? longo do meridiano 48°20'. até a altura dede végétais carbonizados. 7°30'S; largura da-faixa entre 15 e 30 km.
Folhelhos e siltitos escuros a preto. laminados Espessura aproximada de 50 me-Longé finas intercalaçôes de arenito cinza. tros.
sup.Oevoniano -
med.
Em faixa situada entre os meridianos 48° e48°20' delimitadas ao sul pelo paralelo 9 ° e aonorte pelo paralelo 8°10'S.
Folhelhos e siltitos, escuro a prato, micaceo, Espessura nâo superior a 100Pimen- com niveis de oolitos piritosos, intercalaçoes métros. Na area esta sobre oteiras de arenito principalmente no topo. Araxé e Tocantins.
Faixa aproximadamente ao longo do meridiano48°30', continua para sul do paralelo 6°40 ' e anorte, entre 6°20' e 5°35'. Na area é a unidadeaflorante mais inferior da Maranhäo-Piauf.
Siluriano
Arenito grosseiro. mal selecionado, com estra- Espessura entre 100 e 150 me-Trom- tificaçâo horizontal; camadas de folhelhos e tros. Na drea esta sobre o Com-betas conglomerados intercalados. branco e ama- plexo Xingu.
relo.
Ocupa érea de 100 km - 0,03% do mapa;ocorre apenas no extremo NW da érea mapeada.Ünica formacäo da Sinéclese do Amazonas ado-rante em SB-22.
Triunfo(Riozinho
doAnfrfsio)
Arenito ortoquartzitico, as vezes cbnglome- Espessura média de 150 métros. (Au, di, UI?rético. (Horizontes) muito pouco caulfnicomédio a sub-arredondado, avermelhado, talvezpor impregnacâo superficial com seixos deitabiritos e vuleânicas.
Melhor representada nas folhas SB-22-VC partesul e SB-22-YA parte norte e sul; na ultimatemos discordäneia angular com a FormaçàoGorotire. Nas folhas vizinhas formam piatos depequena extensSo. As coordenadas sSo:05°40'S; 06°40'WGr; 52<>40'WGr.
Pré-CambrianoSuperior B
Goro-tire
Arenitos conglomeràticos a finos, geratmente Na seçà*o tipo tem espessura de Âgua subterranea,quartzosos; em parte ortoquartziticos, mais 350 m. (Au. di. UI?feldspéticos quando mais prôximos à base;intercalaçôes de arenito micaceo; conglomerà-ticos ne base e no topo com seixos de até10 cm; Seçoes com aleitamento diagonal, cor-tado por veios de quartzo e diaues de dia-basio.
A exposiçao mais setentrional a Gorotire encon-träte a altura do paralelo 5°40'S que corres-ponde as estruturas dobradas do rio Pardo; a sulproximo ao paralelo 9°00'S e a leste domeridiano S1°10'WGr. Salientamos que ao sulda Serra dos Carajas algumas exposiçoes sobre oComplexe» Xingu. A oeste, na Serra do lucatï,correspondendo a uma cuesta que coincide comas exposiçâes mais ocidentais élas estruturas daSerra do Rio Pardo.
±1.380GranitoVelho
Guilherme
Biotita-granito a granodioritos, com tendéneia Granitos subvufcânicos, circula- Sn, Ta, Tz, Nbalasquitica. res, cratogénicos.
Principalmente a oeste de 50°30'WGr e entre6°00' e 8O00' sul.
Iriri
1.600
SobreiroPré-Cambriano
Superior C
±1.700
- Uatumâ — — —(Fm. Ricv GranitoFresco) da Serra
dos Cara-jas (Serrada Seringa)
Riolitos, ignimbritos, piroclasitos, granôfiros, Vulcanismo acido, fissurai, ex- Bentonita?riodacitos e traquitos. plosivo, corn possibilidade meta- Sn (Wood tint?
logénicas limitadas.
Andesitos porfiros e porfiriticos, augita- Vulcanismo intermediério conti- Cu, Pb, Zn, Ag. Auhornblenda andesitos. dacitos e tufos ande- nental, com possibilidade meta-sfticos. togénicas limitadas.
Muscovita-hornblenda granito,róseos.
porfiritico, Granitos circùnscritos cortando Material de conjtruçao.a estrutura regional do Grupo (Sn, W, Cu, Au)?Grào-Paré; pós-cinematico.
RioFresco
Argilitos, folhelhos pretos carbonosos, hulha Sedimentaçào intermontana. Es- Hulha para-antracitica.para-antraci'tica, argilitos cinza azulados, arcó- pessura maior que 2.500 m. V. Mn; U?sios cinzento-esverdeado a cinzento escuro.
O Grupo Uatumâ aflora a sul do paralelo05°40'S. extendendo-se. até o meridiano51°20'WGr. O limite sul fica ao longo doparalelo 08°40'S e a oeste ao longo do meri-diano 54°00'WGr; afloramentos deste grupotambém no baixo curso do Rio Iriri (SB-22-VA); as vuleânicas intermediârias ocupam areade aproximedamente 3.000 km3 e as écidas emtorno de 37.000 km ; intrusôes granfticas naunidade I
mb. Naja: area Rio Fresco mb. Azul:area Carajas.
GrâoPar«
(2.000) (Serrados
Carajas)
(Tocan-doral
Jaspilitos hematfticos, metabasitos, espilitos Grau de metamorfismo corres- Fe, Mn;Au?quertzitos finos a conglomeraticos e filitos fer- ponden» ao facies xisto-verde aruginosos, brancos a avermelhados com inter- anfibolito Espessura do Grupocalacdes de itabiritos. (Facies Tocandera e „ „ t o r n o d , 50g m8tro$dnzento-tereno).
Ocorre como série de bandas orientadasWNWSSE, desde o curso médio do Rio Itacaiù-nas ao none, até o curso médio do Rio Fresco asul; limites oriental e ocidental tâo respec-tivamente os rios Xingu e Vermelho.
Pré-CambrianoSupe-ior a Médio
Filitos, clorita, xistos, clorita-sericita, xisto e Grau de metamorfismo corres- Cr e Ni nas ultrabasicas, grauva- Faixa continua entre os meridianos 48°30'WGr.calco-muscovita-clorita, xistos, grauvacas con- pondante ao facies xisto-verde, cas conglomeraticas portadoras e 49°30'WGr. Sua porçSo mais eo sul chega aglomeraticas. facies xisto-verde, subfécies subfacies quartzo-albita-musco- de diamante. ter uma largura de 120 km. Tocantins e Araxaquartzo-albita-muscovita-clorita. vita-clorita. pertencem a Faixa Orogénica Araguaia—Tocan-
tins.
(±2.000) Tocan-tins'
l > 2.000) Araxé-
Muscovita-biotita xistos, calco-muscovita-bio-tita, xistos, (localmente mérmores), metagrau-vacas, xistos com estaurolita, cianita e sili-manita. Intercalaçôes de anfibolitos. Quart-zitos puros e muscovite, quartzitos. Seric*ita-quartzitos, cianita quartzitos, magnetita.quartzitos.
Grau de metamorfismo corres-pondante ao facies xisto-verde(subfacies quartzc-albita epi-doto-almandina) e atingindo lo-calmante fécies anfibolito. Es-pessura dos 3 Grupos pré-Ua-tumâ menor que 4.000 métros.
Cr, Pt, Co e Ni nas ultrabésicas; Faixa aproximadamente' N-S entre os meri-pegmatitos, muscoviticos e tur- dianos 48°30'WGr e 49°00'WGr. Ocorre comomaliniferos; veios com monazita faixas' isoladas a margem esquerda do Rioe xenotfmio; talco, cristal de Araguaia até o meridiano 49°30'WGr e umarocha. outra exposiçao (10x20 km) proximo ao
meridiano 50°0CWGr e cortado à altura deXambio pelo Rio Araguaia.
Pré-CambrianoMidio a Inferior
> 2.000a
3.300
Complexo Xingu(Complexo Cristalino Indiviso)
(Complexo Basai Goiano)(Grupo Morro Grande)
Granitos, granodioritos, migmatitos, quart- Grau d* metamorfismo code a- Pegmatitos e veios de quartzo Limita-se a leste, aproximadamente no mendia-zitos, xistos, dioritos, quartzo. dioritos, granu- tingir o facies almandina-anfibo- aurfferos. no de 49°30'; Aflora ao none do frontelitos écidos e bésicos, anfibolitos, gnaisses; lito egranulito. (Ta, Sn, Be, Li, Cs)? Serrano Itacaiünai Jatobé-Pardo (5°30'S); a sulquertzitos, gnaisses e xistos micéceos (Tres da Serra dos Carajas e leste da bacia do alto RioPalmeiras). Fresco; na pa(te sudoeste da érea.
QUADRO 2 - SUMARIO DA GEOCRONOLOGIAFOLHA ARAGUAIA (SB-22) E PARTE TOCANTINS (SC-22)
Cronologia
Era Periodo
Quaternério
CenozoicoTerciârio
Cretéceo
CretéceoMesozóico Juréssico
Triéssico
Permiano
Carbon ireroPaleozôico
• S U P -Oevomanomed.
Siluriano
Pré-CambrianoSuperior B
Pré-CambrianoSuperior C
Pré-CambrianoMédio a Inferior
Pré-CambrianoMédio
a Inferior
IdadeAbsolute10' Anos
-
-
110-190
-
-
-
-
-
-
±1.380
±1.600
±1.700
12.000)
(±2.000)
02 .000)
>2.000a
3.300
Grupo
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Uatumä(Fm. RioFresco)
-
Grâo-ParéSerrados
Carajâs
Tocantins*
Araxé'
Litoestratigrafia
Cratondo
Guaporé
Barreiras
-
-
-
-
-
-
-
-
Triunfo(Riozinho do
Anfrisio)
Gorotire(Cuben-
cranquem)
GranitoVelho
GuilhermeIriri
Sobreiro
Granito daSerra dos
Carajâs(Serra daSeringa)
Rio Fresco
(Tocandera)
-
-
Formaçâo
p Sinéclise SinéclisedoOrogZca d 0 M»inhto-
^ Amazonas Piaui
B . r r p i r_, Barreiras BarreiraslAranùala) (Al ter d 0 (Pirabas)(Aragua.a) C h - o ) , ,p i l<una)
— — Itapecuru
— — Orozimbo
- - Samba (ba
Pedra de~ Fogo
Piauf(Poti)
- - Longé
— — Pimenteiras
- Trombetas -
_
- - -
_
_
-
_
-
•
Complexo Xingu(Complexo Cristalino Indiviso)
(Complexo Basai Goiano)(Grupo Morro Grande)
Dados Geocronológicos
Observaçôes
Efusivase IntrusivasBàsicas, Tolefticas
Granito Velho Guilherme
Riolitoscom Isocrona(Rochas do Grupo Rio Fresco)
Granito da Serra dos Carajés
Granito da Serra da Seringa
Rochas Méficas 1° Grupo
. . . . . . . 2° GrupoVulcamca Inferior
Granito da Regiâo Ipixuna-Jatobal
OeterminaçÔes Geocronologicas Efe-tuadas em Rochas neste Grupo, cole-tadas «m Goiés.
Anfibolito do Rio ItacaiûnasAnfibolito do Rio TapiraréGranito Si'tio do EneuGranito Itaboca
QnaisseMigmatito Bacuri
AmostrasRepresentative
AG-14CN-339
RM9
GA-29 (Anf.)GA-31 (Anf.)GOl-RCGO1-RCG02-RC
N4F5NAF5NAF7 (RT)NA F7 (Felds.)
AA-7-6TT14 A 66
• 32 4 66•31 4 66GA26AV-5-7AV-5-7
Método-ldade
K-Ar 110 MAKAr 189 MA
K-Ar 1.837 MARb-Sr 1.377 MA
Rb-Sr 1.645 ± 83 MAKAr 9 0 0 - 1.300 MAK-Ar 1.200 ± 150 MA
KAr 1.828 ± 52 MAK-Ar 1.663 ± 15 MAK-Ar 1.810 MARb-Sr 1.708 MARb-Sr 1.614 MA
K-Ar 946 ± 57 MAK-Ar 940 ± 50 MAKAr 1.902 ±100 MAK-Ar 1.828 ±28 MA
K-Ar 2.000 MA
KAr 900-1.600 MA
K-Ar 386-3.000 MA
K-Ar 2.540 ± 75 MAK-Ar 3.280 ±113 MARb-Sr 1.920 MARb-Sr 2.040,MARb-Sr 2.050 MAKAr (RT) 3.283 ±113 MAK-Ar 1.980 ±60 MAK-Ar 1.990 ±60 MA
anfibolitos e muscovita xistos da érea do RioItacaiunas e fixou o ultimo evento metamórficoem torno de 2.000 MA. A idade de urn anfibo-lito da parte oeste da Serra Tapi râpé é de3280 ± 113 MA.
Gomes et alii (43) (1971), apresentam resultadosgeocronológicos, em numero de 16 determina-çôes pelo método K/Ar em rochas localizadasnas imediaçoes da Serra dos Carajés. Essasdâtaçôes foram realizadas em rochas do "em-basamento cristalino", (Complexo Xingu? ), sen-do 4 em anfibolitos, 3 em gnaisses, 1 emmicaxisto, 4 em méficas associadas à formaçaoferri'fera e 2 em granito e bésicas mais récentesaflorando junto as margens dos Rios Itacaiunas eTributârios, bem como provenientes da SerraMisteriosa, Cinzento, Tapirapé, H-7 e Buritira-ma. Corn exceçâo de urn dado superior a3200 MA, referente a um anfibolito do RioTapirapé, provével indicativo de nûcleo antigono Craton do Guaporé, os demais situam-se emtorno de 2000 MA.
O trabalho da HIDROSERVICE, (SUDAM),(51) (1973), diz que ao norte da Serra dosCarajâs, nos vales do Itacaiunas, Parauapebas,Preto, Tapirapé e Cinzento, o Complexo Crista-lino é representado por granito gnaisse, biotitagranitos, hornblenda biotita granitos, dioritos egranulitos; essas rochas dispöem-se em faixasorientadas paralelamente aos metassedimentosdo Grupo Grâo-Parâ e varias determinaçoesgeocronológicas foram feitas em amostras destasrochas e os resultados variam de 1.900 a3.280 MA, sendo sugerido que as rochas foramformadas e/ou afetadas por diferentes eventos(Tabela 1).
Segundo Basei (18) (1973), os dados K/Ar embiotitas nas amostras RADAM AA 113, Ml F 03,JW 03 sâo concordantes ao redor de 1.800 MA eesta idàde foi atribufda ao resfriamento regionaldo Ciclo Transamazônico, corn papel prédomi-nante na evoluçâo da érea (Carajaîdes). Naregiâo do Bacajé uma isócrona de referenda
Rb-Sr em rocha total, acusou idade de1864 ± 60 MA, corn razao Sr 87/Sr 86 inicial de0,705 ± 0,0004, levando Basei (op. cit.) aconcluir ser esta a idade de formaçao dessasrochas. Entretanto, nâo afastou a hipótese deque essas rochas, possam ter sido formadas ante-riormente e "rejuvenecidas" pelo Ciclo Trans-amazônico, fato este que tem apoio nos dadosde campo disponîveis (Carajai'des).
A geocronologia poderé tentar esclarecer estasituaçâo com o estudo detalhado Rb-Sr emisócronas verdadeiras, utilizando amostras demesmo afloramento, visto que nâo foi possi'velno presente trabalho de mapeamento delimitarno Complexo Xingu nessas areas, rochas maisjovens ou mesmo os "nûcleos antigos" da éreado Tapirapé (Serra dos Carajés).
2.2.1.5. Petrografia
Mos domi'nios do Complexo Xingu foram cole-tadas durante o mapeamento RADAM, 102,amostras nas quais realizou-se estudo petro-gréfico. Destas, 87 foram descritas microscopica-mente (Tabela II).
As rochas descritas podem ser agrupadas em trèsgrande conjuntos:«Ectinitos Normal's — Neste conjunto inclufmosos granulitos, anfibolitos, gnaisses. xistos, equartzitos.
Rochas Metassomâticas — Sob este tftulo foramagrupadas os migmatitos dos vérios tipos ealguns granitos tipicamente anatexfticos.
Rochas Graniticas — Neste foram agrupadosgranitos,.granodioritos e sienitos.
Rochas Cataclâsticas — Embora a cataclase sejaum fenômeno generalizado no Complexo Xinguincluimos aqui aquelas rochas cujas texturas eestruturas originais foram totalmente destru fdaspelo dinamometamorfismo.
I/25
TABELA I
Amostras
N?
GA-2GA-3GA-4GA-5GA-6GA-7GA-8GA-9GA-10GA-11GA-12GA-13GA-16*GA-17GA-18GA-19GA-20
. GA-22GA-24GA-26
Mineral
BiotitaBiotitaAnfibólioBiotitaBiotitaAnfibólioAnfibólioAnfibólioBiotitaAnfibólioBiotitaAnfibólioBiotitaBiotitaBiotitaAnfibólioAnfibólioMuscovitaAnfibólioRocha Total
Rocha
GnaisseGnaisseGnaisseGnaisseGnaisseGnaisseGranitoGranitoGranitoXistoGnaisseAnfibolitoGranitoGnaisseGranitoAnfibolitoAnfibolitoXistoAnfibolitoGnaisse
%K
7,6705,8850,9847,4256,0621,1881,0931,3865,2300,2447,2200,9812,1016,2897,5300,6770,3307,6180,1660,152
A40 Radiogênico10"6CCSTP/g
1.005,00872,30145,60
1.022,00882,60182,90162,20161,80750,7041,01
1.006,00219,1056,10
1.223,001.156,00
106,6046,47
1.101,0022,8553,81
%A40
Atmosférico
3,132,651,470,480,72
10,6915,713,543,146,891,94
10,6946,630,532,948,44
10,950,70
10,2325,95
Idade106 - Anos
1900 ±2055 ±2051 ±1962 ±2032 ±2103 ±2073 ±1768±2014 ±2214 ±1978 ±2601 ±
574 ±2409 ±2098 ±2130 ±1989 ±2022 ±1961 ±3283 ±
505548394850
173394645425142706778777331
113
* _= amostras apresentando indfcios de alteraçâo metassomàtica.
TABELA II
to
MintrcisAmostrss
PT-76BMI-20.2PT79AAA 115PT36 JW-8.AG 7PT-15 JW 12.1AG-72PTI5JW12.3GP-F 01GPF 02PA-70FL05PT 36 JW 8bPT 86 G 02PT86G03PT-31 JW 13PA-70FLO4PA-70FL01PT-76B Ml 20.1PT-76C Ml 21PT74BFL02PT 338 AA 125PT33BAA 124PT33CAA 126AG-10PT-128AA 136PT12AAA134PT12AAA13SPT-12AAA 138PT12BAA 136PT-I2BAA 137PT-13 AA 131PT14AAA132PT-20 AP 236AP-235PT-IOA AA 141PT-10A AA 140PT-19 AP243PT-3A AP 245PT-IN AP 242PT-2A AP 244PT-4A CCYPTIOB AA 142SI - S PIUMCN-81PA7OFLO3PT-02 OL 02PT-93E AA 102PT88C JW4PT-88 G 01PT 7e AA 112PT-79A AA 114PT.748 FLO!PT-60 Ml 27.2PT-37 AA 121PT-15 JW 12.2PT-7 AA 145PT-7AA144AN-79PT98 F 01PT-99 OL 01PT 77A Ml 22PT-80 AA 103PT-76AMI 19PT-71 Ml 14PT -656 AV 03PT«) Ml 27AG-8PT 37 AA 120AG-7 1PT12CAA139PT-26AAN413AP-247GPF 03PA-7OFLO2PT88B AA 105PT 79 AA 113PT-768 Ml 20PT-54 GOOIPT-13 AA 130PT-63B Ml 24 1CC-3Ml.24 PT 638PT-57MI J3IPT 880 AA 106PT-88H AA 104MI-F 01 PT 101MI-F02PT101GPF 02CN-521PT-100A-F
Qu.rtzo
xx
2525x
15x
10x
10X
xX
9535xxx
2526x
30202020xxx
5X
35X
18203525x
25xx
15x
2535202535xx
3530x
3032344 032252512xxxX
33402530x
X
255
1510
* .
3525x_
x
5078xx
X
X
-
X
FfidtipAlc.
x-
IS
25x
42__--M
. _
-
30xxxx
35x
3525_5
_xx_
x
25x
44406020x
I Sxx
5x
4020354530xx
2525x
15352525404 5546 0xxxx
45254 060xx
40_
5x__
202590x
753510xxx
20*_
PI*0iO-Clta-o
xx
5445x
35X
2520'
48
__25xxX
504 0x
30407555xxx
4 0x
35X
28355
40X
4 0x
X
55x
3340452530x
X
3540X
4030403025252025xx
X
x
20302510x
x25_5555x
x35308x-1510xx
X
_
25_
FcKhfM-to Total
_
_
___ •
. _
-
10_ .x-
_
______-______-_-___
-_-___--
_
__-______--__-____-____
40-__--____--__-_-
c '°"'* 0Meo> *"""• *"«"•Horn- Oiop-
Hind, s<*o_ Argi- Hiptr- , , CHnohi-Str iC l t» I0MS .téaio Z " c f o „•„,.
S55
15
IS
10
35x1031333
105
758050
152
15a'
201520
615
7560
X X
X X
X X
X X
• tnclui t«mbém quartio.• Ttm pint., inclusive.
Este agrupamento tem a finalidade ûnica defacilitar a explanaçao porquantoa rigor algumasdessas rochas podem pertencer a um ou outroconjunto.
Ectinitos Normais
Quartzitos (PT 86 G 03, PT 31 JW 13,PT86G02).
Os quartzitos amostrados variam de quartzitosmicâceos, normalmente muscovi'ticos (até 5%)contendo ainda epidoto, zircâo, rutilo e opacoscomo acessórios a quartzitos puros. No gérai sâoquartzitos puros, algo feldspéticos, apresentandoos feldspatos nas amostras, intensa alteraçâo aargilosos e a alguma sericita. Normalmente apre-sentam grao corn contatos suturados e forteextinçao ondulante.
Knup (59) (1971) assinala perto da Serra deBuritirama, quartzito com biotita, epîdoto, gra-nada, anfibólio, piroxênio, diopsfdio, zircâo eopacos evidenciando ainda textura granoblâsticae xistosa.
Knup (op. cit.) visualizou duas paragêneses: umade alto grau (vg. granada, piroxênio e anfibólio)e uma de baixo grau, indicando a presença dequartzitos a magnetita e hematita. Por razöesclaras (cf. Grâo-Parâ) preferimos admiti-loscomo intégrantes do Grupo Grâo-Paré.
Xistos — apenas uma amostra de xisto foicoletada (PT 100 A/F), entretanto é ainda Knup(op. cit.) que assinala quartzo-muscovita xisto,clorita xisto, biotita-actinolita xisto, gonditos,grafita xisto, mârmore e calco-xisto.
amostra analisada indica um xisto constitui'dopor clorita, quartzo, feldspatos e opacos, comtextura rigorosamente lepidobléstica, denuncian-do esforço após cristalizaçao através dos"boudins" de quartzo e quartzo-feldspatos. Pos-sui coloraçao verde acinzentado a marrom-esverdeado e granulaçao fina.
Gnaisses — Os gnaisses do Complexo Xinguforam coletados através das amostrasPT76B-MI 20, PT 54 GO 01, PT13AA130 ePT 11 JW 16).
Representam hornblenda-biotita gnaisse comtextura que varia desde francamente granolepi-dobléstica a nematogranobléstica, indicando estaultima, af inidade de classificaçâo com os anfibo-litos. Sao constitui'dos por quartzo (25-35%),feldspato-alcalino (20-25%), plagioclâsio (albita--oligoclâsio) (30-35%), hornblenda (30-35%),biotita (5%), além de opacos, apatita, zircâo,esfeno, epidoto, clorita, sericita e minerais ar-gilosos.
Estes gnaisses, via de regra, transicionam rapida-mente para migmatitos heterogêneos e/ou ho-mogêneos.
Anfibolitos e rpchas anfibolfticas — sob estadenominaçâo foram classificadas as amostrasCN 521, GP F 02, GP F 03, PA 70, FL 02,A A 105, PT 79A/AA113, PT 12B AA 136,G P F 0 1 , PT 12B AA 137, PT36JW8b,PA70FL05eMI 19 (Tabela III).
A amostra M1-19 représenta uma rocha decomposiçao sienftica com textura granonema-toblâstica, composta principalmente por feldspa-tos alcalinos e hornblenda, podendo ser classifi-cada como lamboanito, sendo sua composiçâomuito próxima do litotipo de Madagascar.
As amostras PT 79 A/AA 113, GP FO3, PA 70FL02, AA-105 e PT 12B AA 136, representamrochas de composiçâo dion'tica corn maior oumenor orientaçao, as quais nao formam çorposisolados, representando antes paleossoma dosmigmatitos da area. Sao compostas por horn-blenda (0%-20%), plagioclésio (75%-30%), feld-spato-alcalino (0%-5%), biotita (0%-15%),quartzo (20%—0%), ocorrendo ainda piroxênio,epîdoto (até 20%), clorita (até 15%), opacos,esfeno, sericita e zircâo.
I/28
Apresentam os mais variados graus de alteraçao.A textura varia de granular a granolepido-bléstica. O quartzo apresenta, via de regra,extinçao ondulante. Os plagioclésios estäo nor-malmente alterados a sericita e argilosos. Ahornblenda altera-se a biotita e/ou clorita. Säonormalmente leuco a mesocrâticos.
Como anfibolitos propriamente ditos foramamostradas GPF01 , PT 12B AA 137, PT36JW8b, PA 70 FL 05, CN 521 e GP F 02.
Destas, a JW 8b parece representar urn granulitodiopst'dico. Sao compostos por hornblenda(40%-80%), plagioclésio (50% a menos de 10%),quartzo (10-0%), biotita (15%-0%), opacos(até 5%), uralita (até 10%), piroxênio, epf-doto; clorita, apatita, sericita, argilosos, felds-patos alcalinos e raramente carbonatos e esfeno.
Possuem textura nematobléstica marcante, fu-gindo a regra apenas a CN 521, que apresentatextura granolepidobléstica. Neste conjunto apa-recem os mais variados graus de alteraçao efortes sintomas de tensäo.
Granulitos — representando granulitos foramcoletadas as amostras Ml 20.2, AA 115, JW8a,AG-7, JW 12.1, JW 12.3 e AG 7.2.
Sua composiçâo varia de amostra para amostranosseguintes intervalos (Tabela IV).
O piroxênio é normalmente hiperstênio com umclinopiroxênio (clinohiperstênio e/ou diopsfdio)subsidiério. O plagiocläsio varia em seu teor emanortita de menos de 20% a mais de 50%.
O feldspato alcalino vai de inexistente (granulitobésico) até 24%, quando o granulito adquireamplo carâter âcido. A biotita, varia' desde 0%até 10%. O anfibólio varia de 10% a 0% podendoser uralita ou hornblenda. Opacos, apatita, clori-ta, sericita e argilosos, säo acessórios fréquentesenquanto, carbonatos epidoto, zircâo sâo maisraros.
A textura varia desde granoblâstica (granuh'tica)ti'pica até lepidogranoblâstica. Algumas acham-sebastante conservadas enquanto no gérai säofréquentes os fenômenos de sericitizaçâo, cloriti-zacäo e argilizacäo. O quartzo apresenta comoconstante extinçâo anômala e pequeno 2V. Oi'ndice de cor varia de hololeucocrético a meso-melanocrético.
Rochas Metassomâticas — Na verdade säo raras asrochas Complexo Xingu que näo apresentamindi'cios de migmatizacäo.
Aqui incluimos apenas aquelas com franco pro-cesso metassomético (Tabela V).
Com exceçao de raras amostras (vg AA 140) osmigmatitos do Complexo Xingu, apresentamcomposiçâo granodion'tica a quartzo dion'tica,indicando a estâgio extremo de erosäo a que foisubmetida a regiäo.
Assim varia a composiçâo:
Quartzo (15%—80%), feldspato alcalino (menosde 5% a 60%) plagioclâsico (menos de 5% a55%), b iot i ta (0%-15%), hornblenda(0%-15%), muscovita (0%-3%), epidoto(0%—15%), sendo frequente opacos, apatita,clorita, sericita, zircâo, esfeno, argilosos, epidotoe mais raramente alanita, tremolita, actinolita erutilo.
Efeitos clataclâstico säo com uns e denunciadospelo encurvamento das lamelas de macla doplagiocläsio, lamela de mica, extinçâo anômalade minerais e trituramento de gräos.
Das amostras classificadas como migmatitos,44% representam embrechito, 28% anatexitos,24% epibolitos e 4% diadsitos.
Esta estâtfstica entretanto nao tem maior va-lidade porquanto muitas rochas classificadascomo gnaisses cortado por veio granfticos, ro-chas com ni'veis xistosos alternados corn ni'veisgrani'ticos, gnaises brechado cimentado corn ma-
l/29
TABELA-Ill
MineraisConstituâtes
HornblendaPlagioclâsioUralitaQuartzoPiroxênioEpidotoCloritaBiotitaApatitaSericitaOpacosArgilososFeldspato Aie.AlanitaEsfenoActinolita/Trem.ZircâoCarbonatos
1 Inclui feldspato alcalino2 Inclui quartzo3 Inclui sericita
M1-19
X
X——
—
——
—
X
X
X
X
X
X
X
X—
—
MineraisConstituâtes
QuartzoPlagioclâsio
GP-F 01
6525—10——— •———X
X—
—_
—
—
—
Feldspato AlcalinoBiotitaPiroxênioHornblendaCloritaOpacosApatitaZircâoSericitaArgilososEpidotoCarbonatosUralita
PT12BAA137
4040105
XX
X
X
X
X
X—
—
——
—
—
—
PT36JW8b
5048—X
XX
X—
—
X
X—
X——
—
—
X
MI-20.2
X
X
XXX
X
X
X
X
PA70FL05
80101
—10—X
XX
X
X
X
X
X——
—
—
—
TABELA
AA-115
X
45
1030XX
X
X
X
10
Amostras
CN521
60253
—_—X—
15X
X
X—
—
—
X—
—
—
IV
JW8a
255415411
XX
X
X
X
X
GPF02
75202
—X
XX—
—
——
5———————
Amostras
AG7
254525
21
X
X
X
X
X
X• x
X
X
X
PT12BAA136
75—20—X
X
5X
X
XX—
——
—
X
—
AG7.2
153542
3X
2XX
X
X
X
X
X
AA105
2055—10—X
X
15X—
X—
X—
X—
—
—
JW-12.1
XX
XX
X
X
X
PA70FL02
1555—15—X
X
10XX
X
X
5—X—
—
—
JW 12.3
X
X
X
X
GPF03
20401
—5
—2015———X
X
X— •
X—
—
—
PT79AAA113
X
X——
X
X
X
X
X—
X—
—
——
—
—
—
TABELA V
Amostras
Minerais Contribuintes
Feld-
Quartzo spato
Alc.clésio
Trem.Musco- Horn-
Biotita Clorita Opacos Apatita Epidoto Sericita Argilosos ZircSo Rutilo Esfeno Actino- Alanitavita blenda
lita
FL-04(PA-70)
FL-OKPA-70)
MI-20.1
MI-21
FL-02
AA 125
AA 124
AA 126
AG 10
AA 135
AA 134
AA 138
AA 136.1
AA 131
AA 132
AP 236
AP 235
AA 140
AA 141
AP 243
AP 245
AP 242
AP 244
CC-Y PT-4A
AA 142
35
x
x
X
25
x
30
20
x
20
x
X
X
35
x
18
35
20
25
x
25
x
x
15
30
x
X
X
5
25
x
35
25
x
5
x
x
X
25
x
44
60
40
20
x
15
x
X
5
25
x
X
X
50 '
40
x
30
40
x
55
x
X
X
35
x
28
5
35
40
x
40
x
X
'55
5
5
x
15
x
X
X
5
X
5
5
15
x
10
x
X
10
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
-
X
-
-
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
X
X
X
X
X
X
X
-
-
X
-
-
-
X
X
X
X
X
-
X
s-
-
X
-
X
-
X
-
X
-
-
-
X
-
X
-
-
-
X
10
-X
15
X
X
-
X
2
-
X
X
-
X
X
X
X
-
X
-
-
-
X
-
X
-
X
X
X
X
X
X
X
X
-
X
X
-
-
X
-
-
X
X
-
X
X
X
-
X
X
-
X
X
X
X
-
X
X
-
-
X
-
-
-
X
-
X
X
-
X
X
X
-
-
X
X
-
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
1
X
X
X
X
X
X
X
1 Inclui Sericita
terial quartzo-feldspético representariam em ver-dade diadsitos, epibolitos e agmatitos, respecti-vamente.
Por outro lado muitos granitos porfiróides egranitos gnâissicospoderiam representar facies demigmatitos homogêneos.
Sendo os estudos dos migmatitos e sua necessé-ria classificaçâo uma tarefa apenas executével nocampo, salientamos aqui somente uma ou outrafeiçâo que corrobore aqueles estudos in loco.
Ao microscópio a migmatizaçâo é evidenciadapelas seguintes feiçoes:
a) Neoformaçao de feldspatos alcalinos em tornode nûcleos alterados de feldspatos (plagioclâsio ealcalino)
b) Minerais da matriz englobados pelo cresci-mento dos porfiroblastos de feldspatos alcalinos.
c) Presença de duas ou mais geraçoes de quartzo.
d) Desenvolvimento exagerado de pertitas se-gundo os pianos de fraqueza dos plagioclésios.
Rochas Graniticas — Mui tas das rochas abaixopoderiam pertencer ao conjunto das metassomâ-ticas, todavia por nao termos maiores relaçôes decampo e as rochas nao apresentarem feiçoesdefinitivas de metassomatismo, senao aquelasocorrentes nos granitos do embasamento, estaoclassificadas neste item.
Sienitos — Como sienitos foram coletadas trèsamostras (Ml 24, Ml 24.1 e CC-3).
As CC—3 e Ml 24,1, representam sienitos alca-linos e a Ml 24 um sienito normal. Estas rochas,ao que parece, representam variaçoes facioló-gicas do embasamento.
Nos sienitos alcalinos a granulaçâo varia demuito fina a muito grosseira (CC—3 e 24.1,
respectivamente). Säo compostas de ortoclasiopertitizado, albita, microcli'nio, oligoclâsio, mus-covita, biotita e riebeckita. Como acessóriostemos o quartzo, opacos e carbonatos.
Säo rochas inequigranulares e levemente orien-tadas. A outra amostra (Ml 24), représenta umavariaçao faciológica da MI 24.1. É um sienitonormal a hornblenda, com granulaçâo muitogrosseira a algo porfin'tica. O feldspato alcalino éo ortoclésio micropertitizado e représenta cercade 75% da rocha.
A hornblenda (12%), acha-se alterada a clorita(5%) e opacos (3%). Biotita, apatita, carbonatos,epidoto, quartzo, integram a lista dos acessórios,sendo entre estes a apatita o mais frequente.
Granitos — Foram coletadas 14 amostras (TabelaVI). A (XB 06) représenta um granito leucocré-tico, gnâissico em afloramento, muscovftico. Seuindice de cor atinge 1% indicando tratar-se derocha francamente alasqui'tica. Seus mineraisdenunciam o esforço que a rocha sofreu bemcomo uma microclinizaçio evidente dos plagio-clâsios. Os minerais estâo normalmente alteradosembora, encurvados e muitos fraturados.
As demais amostra podem ser assim agrupadas:
Muscovita — biotita granito— 1
Biotita granitos— 6
Biotita — hornblenda granitos— 4
Granitos alasqu fticos— 2
Muscovita-biotita-granito (OL — 01) — Rochacom i'ndice de cor proximo a 1 , fornecido pelabiotita, ocorrendo a muscovita como produto dealteraçâo dos plagioclésios. Como acessórios fi-guram epidoto, clorita, opacos, zircâo, sericita eargil osos.
O feldspato alcalino é o microcli'nio intensa-
I/32
TABELA VI
Minerais Contribuintes
AmostrasFeld-
Quartzo spato
Ale.
Plagio-
clâsioBiotita
Musco-
viteClorita Opacos Apatita Augita
Horn-
blendaEpidoto Sericita Argilosos Zircäo Esfeno
00CO
OL-01
MI-22 PT77A
PT-80AA103
MI-19 PT76A
MI-14 PT71
AV-03
MI-27
AG - 7.1
AA139
AN 413
GOIPT86
MI - 23.1
XB-6
25
12
x
X
X
x
33
30
x
X
X
50
24
54
60
x
x
x
x
45
60
x
X
X
35
60
20
25
x
X
X
X
20
10
x
X
X
15
15
1
3
x
x
X
X
2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
-
-
X
-
-
-
X
X
-
_
X
X
-
X
-
-
-
-
X
X
X
-
_
X
X
-
X
-
-
X
X
-
X
X
X
X
X
X
-
X
X
-
-
X
-
X
-
X
X
X
X
X
-
-
-
X
-
X
-
X
X
_
X
X
X
algo pertitizado. É/algQ porfiróide, possuindogranulaçâo média. O quartzo se apresenta bas-tante fraturado e com extinçâo ondulante. Abiotita se acha cloritizada e oxidada. O plagio-clésio se apresenta profundamente alterado aepidoto, sericita e muscovita.
Biotita-granitos (AA 103, Ml 19 PT 76A, Ml 27,Ml 14, ÀA 139/S11/PIUM) - A composiçiodestes granitos varia nos seguintes entornos:quartzo (50%-20%), feldspato alcalino(55%-35%). plagioclésio (15%-25%), biotita(5%-1%), ocorrendo como acessório clorita, opa-cos, zircâo, epfdoto, sericita,argilosos, apatita,e esfeno.
O quartzo é normalmente anédrico, intersticial,com extinçio ondulante frequente, sempre fra-turado.
Os feldspatos alcalinos présentes sâo os ortoclâ-sio e microclfnio, maclados, pertitizados, via deregra, sericitizados, com inclusao de quartzo eplagioclésio.
O plagioclésio (oligoclésio) esta geralmente seri-citizado, caulinizado, parcialmente substitufdopor feldspatos alcalinos.
Biotita aparece normalmente cloritizada cominclusöes de óxido de ferro e zircâo.
Biotita-hornblenda granitos - (Ml 22, AN 413,G 01 e AV 03) - Nestas rochas a hornblendaaparece com teores subordinados, enquanto abiotita pode ultrapassar 10%. Ambas normal-mente acham-se alteradas a clorita.
O feldspato alcalino é representado por orto-clâsio e microclfnio, achando-se pertitizado.Atinge até 60% da rocha em certos casos.
O plagioclésio é o oligoclésio. Acha-se alterado asericita, argilosos e freqüentemente substitufdopelo microclfnio.
O quartzo mantêm as feiçoes descritas para os
biotitas granitos. Como acessórios ocorrem clo-rita, opacos, epfdoto, sericita, argilosos, zircâo,esfeno e apatita.
Granitos Alasquiticos - (AG 7.1 e Ml 23.1) -Pelas descriçoes acima vê-se que sâo poucos osgranitos em que o fndice de cor é superior a 5.De modo, gérai estas rochas têm tendênciaalasquftica. Hé entretanto duas amostras em quea mineralogia essencial é formada inteiramentepor feldspatos e quartzo, ocorrendo sericita cornalteraçâo dos primeiros e raras palhetas declorita.
Aqui o feldspatos alcalino (60%-30%) é repre-sentado por ortoclésio pertitizado e microclfnio,estando em ambos os casos alterados a sericita eargilosos.
0 plagioclésio (15%—10%) de determinaçâo diff-cil, acha-se da mesma forma alterado a sericita eargilosos.
O quartzo (50%— 30%) apresenta-se em grâosanédricos, fraturado, com bordos denteados.esbo-çando extinçâo ondulante e biaxialidade. Comoacessório, ocorrem clorita, opacos, zircâo, es-feno, sericita e minerais argilosos.
Macroscopicamente sâo róseos e avermelhados,com granulaçâo desde média até pegmatóide.
Granodioritos — Foram coletadas 20 amostras(Tabela VII) classificadas como granodioritospodendo ser assim agrupadas:
— Muscovita-biotita granodioritos
— Hornblenda-biotita granodioritos
— Biotita granodioritos
Muscovita-Biotita Granodioritos (CN 81, OL 02,FL 01 - (PT 74 B) AN 79, 8/VIC 10/69) -Macroscopicamente sâo rochas inequigranulares,por vezes porfiróides, granulaçâo fina a grosseira,cinzentas, róseas.pardecentas, crèmes, mosqueadas.
I/34
TABELA - VII
Minerais Constituintes
Amostras
CN81
Quartzo
Feld-
spato
Alc.
Plógio-
clésioBiotita
Musco-
viteClorita Opacos Apatita
Horn- Carbo-Epidoto Sericita Argilosos Zircêb Esfeno Fluorita Alanita
blenda natos
en
CN81
FL 03 PA 70
OL-02
AA-102
JW-04
AA-112
AA-114
FL 01 PT 74B
Ml 27.2
AA 121
JW12.2
AA 145
AA 144
AN 79
FOI PT 98
AG 6
AA 120
AP 247
8/VIC 10/69
Ml F-01
25
35
20
25
35
x
35
30
x
30
32
34
40
32
25
40
25
25
35
x
40
20
35
45
30
x
25
25
x
15
35
25
25
40
45
25
40
40
40
x
33
40
45
25
30
x
35
40
x
40
30
40
30
25
25
30
25
25
23
x
1
5
x
55
x
35x1031
1233x8
8
x
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
'x
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1 - Inclui clorita.
Sâo constitufdas por: quartzo (20%-35%), felds-pato alcalino (45%—25%), plagioclâsio(45%-20%), biotita (5%-1%), muscovita (até1%). Como acessórios comuns ocorrem clorita,opacos, epfdoto, sericita, argilosos, zircâo e maisraramente apatita, carbonatos e esfeno.
O quartzo é anédriço, fraturado, corn extinçâoondulante. Pode ser intersticial ou inclufdo pelosfeldspatos. Näo raras vezes esboça textura emmosaico.
O feldspato alcalino (microclfnio e ortoclâsio)mostra-se sempre pertitizado, alterado a sericitae argilosos.
O plagioclésio é normal mente oligoclésio, cujoteor em anortita varia de amostra para amostra,alcançando por vezes valores muito baixos.
Altera-se a sericita, argilosos, epfdoto e maisraramente a carbonatos.
A biotita acha-se freqüentemente cloritizada,oxidada, incluindo as vezes zircâo que Iheprovoca halos pleocróicos.
A muscovita é fruto de alteraçâo do feldspato,estando normalmente em seu interior.
Hornblenda Biotita Granodioritos (AA 112, AA121. AA 144, AA 120 e AA 145) - Macroscopi-camente sao rochas de granulaçao média apegmatóide, freqüentemente porfirfticas, corescinza a creme em tons pardacentos a avermelha-dos, maciças a levemente orientadas.
Sao constitufdas por quartzo (40%—25%), felds-patos a lea linos (40%—15%), plagioclâsio(40%-25%), biotita (10%-1%), hornblenda(menos de 1%).
Como acessório frequente temos clorita, opacos,apatita, epfdoto, sericita, zircao e mais rara-mente carbonatos, esfeno, alanita e fluorita.
com extinçâo ondulante, com contatos normal-mente suturados. 0 feldspato alcalino(microclfnio-ortoclâsio) encontra-se normalmèh-te pertitizado, geralmente alterado a sericita eargiloso.O plagioclâsio mostra-se também alterado asericita, argilosos e mais raramente a carbonatose epfdoto.
A biotita, acha-se freqüentemente cloritizada,apresentando inclusao de zircâo, esfeno, opacos,epfdoto e alanita.
A hornblenda é rara, aparecendo em cristaisisolados, normalmente alterada e/ou clorita.
Biotita Granodioritos (PA70 FL03), AÀ*102,JW 04, AA 114, Ml 27.2, AG 6,AP 247, Ml F01)— Macroscopicamente sao rochas de granulaçaomuito fina a grosseira em cores róseo claro, cinzacom tons esverdeados, mosqueadas.
Säo constitufdas por quartzo (50%-25%), felds-pato alcalino (45%—20%), plagioclâsio(40%-25%), biotita (8% menos de 3%) e comoacessórios fréquentes clorita, opacos, epfdoto,sericita, argilosos, zircâo e mais raramente carbo-natos, esfeno, alanita, fluorita e apatita.
O quartzo se apresenta em grâo anédriço comextinçâo ondulante, bastante fraturado.
O feldspato alcalino (microclfnio e ortoclâsio)esta pertitizado as vezes mirmequitizado, fre-qüentemente alterado a sericita e argilosos.
O plagioclâsio, por vezes zonado, é normalmenteo oligoclésio, podendo atingir em certos grâos acomposiçâo da albita. Acha-se freqüentementealterado a sericita, argilosos,. epfdoto e maisraramente a carbonatos.
A biotita mostra-se normalmente cloritizada eoxidada, apresentando freqüentemente inclusöesde quartzo, epfdoto, zircâo, apatita e alanita.
O quartzo é normalmente anédricos. fraturado, Rochas Cataclâsticas — Duas amostras (AA 106
I/36
e AA 104) representam rochas mtensamentecataclasadas, jâ em facies milonftico.
Normalmente sao rochas âcidas (quartzo até80%) possuindo ainda ortoclâsio, microclmio(10%), plagioclésio (até 10%), clorita, carbona-tos, argilosos, sericita, epfdoto, esfeno e opacos.As vezes a milonitizaçâo foi täo intensa queensejou o surgimento de fenocristais (reorganiza-C0O? ) de quartzo e feldspato. No gérai trata-sede uma farinha de cristais e rocha embebida emmatriz quartzosa. Os filitosos orientam-se parale-los ao bandeamento da rocha. Sua limpidezdeixa concluir serem estes de neoformaçao.
Além destas rochas foram coletadas varias arnos-tras representando brechas de falha.
2.2.1.6. Consideracöes Gérais
Em resumo, o Complexo Xingu é urn conjuntode rochas polimetamórficas com tendência gra-nodiorftica, variavelmente migmatizadas, apre-sentando encraves de ectinitos normais em re-giöes menos arrasadas ou no interior de paleos-sinclinais. O grau de metamorfismo gérai é defâcies anfibolito e granulito ou na classificaçâode Jung e Roques (53) (1952) no fâcies dosgnaisses inferiores e gnaisses ultra-inferiores.
Pelo grau de conhecimento atual, por certofomos levados involuntariamente, a incluir noComplexo Xingu rochas mais novas, cuja sepa-racâo nao foi possfvel, seja pela densidade deamostragem seja pela escala de mapeamento.
2.2.2. GRUPO ARAXÂ
2.2.2.1. General idades
Moraes Rego (65) (1933), estudando as regiôesque envolvem a confluência dos rios Araguaîa eTocantins verificou a existência de um conjuntode metamorfitos onde uma porçâo séria correla-cionâvel à "Série de Minas". Nâ*o pôde entre-
tanto o citado autor separar cartograficamenteesta porçao, erabora suspeitasse de uma discor-dância em relaçao ao conjunto.
Barbosa (30) (1955), descrevia na localidademineira de Araxâ um pacote de metamorfitos aque denominara Grupo Araxâ. Sob esta denomi-naçâo eram inclufdos micaxistos e quartzitoscom intercalacôes de anfibolitos.
Barbosa et alii i(14) 1966), correlacionavamrochas ocorrentes ao nörte do paralelo 12° S aoGrupo Araxâ.
Em trabalhos sucessivos, Barbosa e sua équipeestenderam o Grupo Araxé através de todo oEstado de Goiâs, confirmando a correlaçao feitaquando do Projeto Araguaia.
Ainda, Barbosa e équipe (82) (1969), ensaiarampela primeira vez uma divisao do Grupo corn asdenominaçôes informais de A e B sendo asegunda colocada no fâcies de micaxistossuperiores e a primeira no fâcies micaxistosinferiores.
Também Barbosa eoutros (85J(1969),acrescen-tam ao Grupo Araxâ mais uma unidadeincluindo ai os gnaisses superiores localmentemigmatitizados.
t m Minas Gérais as rochas do Grupo Araxâpossuem direçao resultante ËW, rumando paraNW à medida que adentram Goiâs. Na altura doparalelo 17° 20' S bifurcam-se em duas faixas se-paradas pelo "alto" de Pires do Rio-ltaguaru. Es-tas faixas continuam N 45 W, paralelas, sendo ade SW descontfnua e a NE parcialmente cobertapor metamorfitos do Grupo Canastra descritopor Barbosa em 1955, Barbosa et alii (15)(1970).A partir de Goianésia—Barro Alto, as rochas doGrupo Araxâ, infletem bruscamente para NE eesta mesma inflexao é registrada no "ComplexoBasai Goiano", que Ihe vai contornando o bordoocidental; nas proximidades do paralelo 14° Safiora continuamente uma faixa grosseiramente
I/37
paralela ao Araguaia(NNE),.tomando direçao NSa partir de Gurupi, Goiés. É com esta direçaoque vai penetrar na érea da Folha AraguaiaSB.22 e Tocantins SC.22.
Caracterizando os confins mais setentrionais doGrupo, as rochas do Araxé abrangidas nessa érea,sâ"o perfeitamente amoldadas as estruturas doComplexo Xingu, indicando talvez a reduçâo deespessura que af näo deve ultrapassar um milharde métros. Je foi referida a ocorrência de rochadesse Grupo a norte de SA-22, na Serra doTrucaré, cf. Francisco; Silva; Araüjo (40)(1967).
2.2.2.2. Posiçâo Estratigrâfica
0 Grupo Araxé é composto de rochas dos fécies:
Micaxistos Superiores. xistos com sericita e/ouclorita, quartzitos clorfticos e/ou sericfticos,mérmores, filitos diaftoréticos, talco xistos, al-bita xisto e itabiritos.
Micaxistos Inferiores: xistos gnaissóides; xistoscorn biotita e/ou muscovita, corn granada, sili-manita, distênio, estaurolita, tremolita; quar-tzitos puros ou micéceos, granatfferos.
G naisses Superiores: anfibolitos; gnaisses commuscovita e/ou biotita, granada, silimanita, dis-tênio, estaurolita, andalusita; mérmores e quar-tzitos, além dos cortejos de rochas bésico-ultrabésicas que sâo referidos a sul (fora da érea)como inclui'dos na seqüência. As rochas doGrupo Araxé sâo tidas costumeiramente comopertencentes ao fécies xisto verde (subféciesquartzo-albita-epfdoto-almandina) embora ocor-ram também af rochas tfpicas de fécies anfibolf-tico.
Em Goiés chama atençâo a altemância dequartzitos e xistos, o que deixa inferir umapulsaçlo na deposiçâo pelito-psamito-pelito.Além disso, esta situaçâo vem denunciar uma
profundidade relativamente pequena da super-ffcie de deposiçâo. Na érea em estudo estaaltemância é denunciada pela "aspereza" naimagem de radar.
O contato entre o Grupo Araxé e o GrupoTocantins é discordante. No mapeamento, ogrande obstéculo é o retrometamorfismo queleva a fécies filftico rochas de ambos os grupos.Ensaio tectônico efetuado por Inda, in PROS-PEC (85) (1970) caracteriza com suficienteclareza a discordância entre os dois grupos empauta. O contato superior é da mesma formadiscordante embora seja mais diffcil de seconstatar seja pela imprecisâo na descriçâo deMoraes Rêgo, seja pela diaftorese que atingiutambém o topo do Araxé. De qualquer forma édiferente o grau de metamorfismo do Araxé,bastante superior. Foi suspeitada a possibilidadede existência de falhamentos de empurrâo colo-cando rochas do Araxé sobre o Grupo Tocantinsnas folhas SB.22-Z-B e SB.22-Z-D embora nâotenha sido possfvel esta constataçâo no presentemapeamento.
As rochas bésico-ultrabésicas situadas em do-rn fnios do Grupo Tocantins estâo, via de regra,falhadas e cataclasadas.
Cameron (23) (197-1) sobre as manifestaçoesbésico-ultrabésicas assim se expressa:"large areasof serpentine and related ultrabasic to basicintrusives are present in association with majornorthsouth fault developed at the margin of themain Tocantins and Araxé fold belt. They maybe related to the Minas Uruçuano Cycle in viewof a reported 1000 million year K/Ar date froma gabbro within the apparently technicallyrelated co Goiés serpentine belt".
Puty e outros (28) (1971) descrevem uma se-qüência de ultrabasitos serpentinizada e talcifi-:cada como concordante com o Grupo Araxé in-dicando por esta ocorrência a existência de der-rames vulcânicos sin — Araxé.
I/38
Os ultrabasitos säo colocados freqüentemente noGrupo Tocantins. Em verdade, as vezes, estasrochas denunciam facies metamorficos a grau deanfibolito, fâcies este incompatfvel com o que seconhece do Grupo Tocantins. A associaçao uni-versal destas rochas com zonas de falhas nâ*o dei-xa de sugerir a idéia de uma ascensâo por tectô-nica; seu.caréter extremamente brechado tam-bém induz a esta conclusao. Hé entretanto cor-pos ultrabésicos no Araxé.
Na ârea descrita neste relatório nio foi possîvelobter as relaçoes diretas com o Grupo Araxâ, dafa maioria dos ultrabasitos no Grupo Tocantins.
Na folha SB.22-ZB o Grupo Araxé denuncia trèsgrandes estruturas denominadas Lontra, Xam-bioé e Andorinhas—Martfrios, sendo que emLontra e Xambioé o Complexo Xingu aflora nointerior.
As primeiras representam braquianticlinais des-ventrados e a terceira um anticlinal isoclinal. Na-quelas, o Complexo Xingu é representado porrochas granfticas gnaissïf icadas e xistificadas. Es-tas estruturas parecem resultantes de "paleorre-levo do embasamento" e/ou de "tectônica super-imposta".Dois sistemas de falhamentos predominam nasrochas do Araxé: N 20° - 40°W e N 40° - 60°W.
2.2.2.3. Distribuiçâo na Area
Neste estudo, as rochas do Grupo Araxâ foramidentificadas nas Folhas SB 22-X-D, SB.22-Z-BSB.22-Z-C, SB.22-X-A e SC.22-X-B formandoduas faixas norte-sul, sendo a mais oriental,continua, com cerca de 40 km de largura por350 km de comprimento, capeada em seus limi-tes leste por sedimentos da Sinéclise do Mara-nhâo—Piauf e a ocidental descontfriua, orailhada em dommios das rochas do Grupo To-cantins ora isoladas sobre o Complexo Xingu(Las Casas).
2.2.2.4. Geocronologia
Para Hasui e Almeida (47) (1970) o GrupoAraxé constituiu-se antes de 980 M'Ae posteriora 1400 MA. Amostras da regiäo de Goianésia—Barro Alto forneceram idades de 607 ± 8 MA(K/Ar), 627 ±31 MA e 502 ±20 MA (K/Ar),Hasui e Alrtieida/AJ Baeta Jr e équipe (27) (1972),sendo a segunda obtida em biotita e as demaisem muscovita.
Resultados obtidos por Basei (18) (1973), for-neceram para as rochas do Grupo Araxé idadesde 483± 21 MA e 386 ± 6 MA em K/Ar parabiotita e flogopita respectivamente.
Em termos de geocrcnologia, todos os retraba-Ihamentos tectônicos e geoqui'micos das rochasdo Grupo Araxé dificultam o seu posicionamen-to. Evélido ainda salientar que rochas intrusivasno Grupo (vg. Maciços de Sao José do Tocan-tins—Go) revelam idades, inclusive, superiores a3000 MA, Hasui; Kawashita; Iwanuch (50)(1972).
Para Hasui, Hennies e Iwanuch (49) (1972) oGrupo Araxé foi intensamente afetado peloCiclo Brasiliano havendo urn "rejuvenecimentoisotopico"(0.4 a 0.8 b.a).
2.2.2.5. Petrografia
As rochas estudadas podem ser divididas emcinco grandes grupos petrogréficos:
— Xistos e xistos gnaissóides
— G naisses e migmatitos
— Quartzitos
— Rochas anfibolfticas
— Rochas magnesianas
I/39
Xistos e Xistos Gnaissóides — Na categoria dexistos e xistos gnaissóides enquadra-se a maiorparte das amostras descritas (Tabela VIII). Seusconstituintes essenciais sâo quartzo, biotita,muscovita, albita-oligoclésio, aos quais somam-seem certas amostras, calcita, granada, estaurolita,epfdoto, clorita e sericita. Os acessórios cons-tantes nas diversas laminas säo: turmalina, clo-rita, opacos e apatita. Ocasiónalmente ocorremzircao, esfeno e feldspato potéssicos.
O quartzo varia de 20% a 60%, sempre, por-tanto, em teor elevado. Mostra-se recristalizado enao raramente concentra-se em nfveis de segre-gacäo metamórfica.
A biotita e a muscovita perfazem em conjunto20% a 40% da maioria das rochas. A primeiratem pJeocrofsmo de amarelo-marron a pardo eultrapassa a segunda em quantidade. Ambasmostram uma ótima orientaçao responsâvel pelaxistosidade desenvolvida.
Albita e/ou oligoclésio estao sempre présentes. Oseu teor é menor nos xistos (AA-52; XB-2 eMB-5) e aumenta consideravelmente nos xistosgnaissóides (20% a 40%). A albita de modo geraldomina, mas o oligoclésio é o principal feldspatoem certas amostras. É muito caracterfstico ofato e os cristais destes minerais encontrarem-seseguidamente repletos de inclusöes dos demaisconstituintes da rocha, englobados durante o seucrescimento (AA-224; AO-1 ; MMC-2).
A calcita ocorre em tres amostras (AA-50, AO-1e MMC-2) em porclo significativa, aparecendonoutras como acessório. É notével a sua associa-çâo preferencial com o quartzo em nfveis desegregaçio, onde se concentra com o mesmo.
A granada (almandina) é urn constituinte impor-tante (RF-65; XB-2) ou acessório (RF-64).Contém urn grande numero de inclusöes, muitasmostrando arranjo helicftico ou semi-helicftico.Na amostra XB-2 é evidente a sua formaçâoporterior pois corta a xistosidade da rocha, omesmo acontecendo com a estaurolita que de-
senvolve grandes cristais idioblésticos corn fortepleocrofsmo.
No Projeto Marabé, foi descrita uma série deamostras em que granada e estaurolita säoconstituintes importantes. Além disso, tambémforam identificados em menor numero delascianita e silimanita (area próxima aestruturado Lontra).
O epfdoto forma uma certa percentagem emalgumas amostras e corre como acessório nasdemais. Apresenta-se em granulös ou cristaissubédricos acompanhando os minerais filitosos.
A clorita é urn dos acessórios présentes em quasetodas as laminas. Concentra-se nas amostrasAA-52 e XB-2, alcançando proporcöes maiselevadas.
A sericita ocorre na MB-5 como mineral essen-cial e nas demais ou esté ausente ou résulta daalteraçio dos feldspatos.
Apatita, opacos e turmalina slo acessórios sóraramente ausentes. A presença da ultima (fatoje assinalado em outros trabalhos) é indicativa dariqueza em boro dos sedimentos originais.
Gnaisses e Migmatitos — Os gnaisses revelamuma grande semelhança com os xistos gnais-sóides descritos, notando-se apenas o aumentono teor de feldspatos, com a consequentediminuiçao de méficos, e a separaçlo em nfveismelhor definido&Os migmatitos je diferem umpouco mais, revelando claramente uma metas-somatose potéssica corn a formaçâo de grandescristais de microclfnio.
O quartzo concentra-se com os feldspatos nasporçoes félsicas da rocha, com teores oscilandoentre 25%—45%. Estes normalmente sao sódicos(albita-oligoclésio), com proporcöes entre20%—65%, mas hé amostras em que o micro-clfnio prédomina (AA-51 e RF-66 A). Na ultimadesenvolve porfiroblastos que incluem pequenoscristais de quartzo e plagioclésio.
I/40
TabelaVIII
Minerais Constituintes
Albita- Felds-Amostras Quartzo Oligo- pato-
clasio Alc.
Bio- Musco-tita vita
Cal- Gra- Estau-cita nada rolita
Horn-blenda
Epi- CI o- Turma- Opa- Apa-doto rita lina tita
Zircâb Esfeno
Tremo-lita-
Acti-nolita
Seri- Argi- Gra-cita losos fita
A A - 5 0
AA - 55.2
A A - 5 6
AA-224
AA - 224.2
A O - 1
MMC-2(N?2)i
R F - 6 4
R F - 6 5
Ml - 5(XB-9)
AA-55.1
AA - 55.3
MI-8IXB-5)
R F - 6 6 A
Conc. Arag.
A A - 2 1 3
A A - 5 2
XB-2
MB-5
RF-48
RF-48A
JW-18
XB-3
AN-76
PT-5.A-RF 30
MMC-5 N9 5
MB-4.1
MMI - 7
RF-66
CN - 377
60
45
40
30
35
33
35
20
50
x
33
45
x
25
35
x
45
x
50
x
X
100
x
X
X
X
X
20
25
35
20
23
25
25
40
25
x
65
35
x
20
35
x
5
x
X
X?
8
x?
50
x?
7
18
20
35
20
10
15
25
15
x2
15
x
5
3
10
2
5
20
15
10
15
2
x
x
X
X
X
30
X
30
x
7 - -
10
7
— x
7
x —
5
x
18
x
X
X
45 45
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
X
—
X
-
-
-
-
-
-
—
—
-
-
-
X
X
X
X
X
-
X
X
_
-
-
-
__
50
Osgnaissessao micéceos, apresentando a biotita ea muscovita associadas, em geral com dominân-cia nftida da primeira. Hâ, entretanto, amos-tras em que a muscovita define a variedade (M 1-8XB-5 e "Conceiclö do Araguaia") e a biotitaesté ausente ou é mero acessório.
Os minerais acessórios s§o:opacos, apatita, zircaoe epfdoto, normalmente em quantidade redu-zida. A clorita e a turmalina se apresentam emapenas uma amostra, contrastando com os xistosgnaissóides onde sao comuns.
Quartzitos — Os quartzitos estudados ao micros-cópio sao muitos puros e mostram, através daforte extinçao ondulante e da granulaçâo margi-nal dos cristais de quartzo claros efeitos detensionamento.
Hâ ocorrência local de sericita-quartzitos, cia-nita-quartzitos e magnetita-quartzitos.
Rochas Anfiboli'ticas — Embora tenham impor-tância subordinada, sao encontradas com relativafreqüência, encaixadas nos xistos e gnaisses,corpos anfiboli'ticos de pequenas dimensöes. Aomicroscópio revelam uma textura nematoblâs-tica face à perfeita orientaçâo dos prismas curtosde homblenda, constituinte essencial da rochajunto com plagioclésios sódicos. Tremolita--actinolita e opacos sâo.acessórios sign if icativos.
No Pröjeto Marabâ, foram interpretados comoortoanfibolitos, entre outros motivos por apre-sentarem textura blastofi'tica.
Rochas Magnesianas — As rochas magnesianas daârea eram antigos peridotitos e piroxenitos quesofreram profundas alteraçôes mineralógicasresultando na forrrïaçâo de serpentinitos e, emmenor escala, talco-xistos, antofilita-xisto etremolita-actinolita-xistos (Tabela IX).
Foram descritas varias amostras de serpentinitos,cujos principais constituâtes sao a antigorita,mostrando sempre estrutura em malha ("meshstructure"), a bastita, com estrütura caracte-
rfstica e o crisotilo em veios cortando a rocha emvarias direçôes. Em quantidade acessóriaapresentam-se iddingsita e opacos. A antigorita ésempre a mais abundante e formou-se a partir daolivina. A bastita é resultante da substituiçâo dopiroxênio. É comum a preservaçlo dos limitesdos antigos cristais, face ao acûmulo de mineraisopacos nos mesmos e a diferença notâveis naestrutura da serpentina. Nâo hâ "relictos" dosminerais primitivos. A cromita foi localizadà emcertas amostras.
Os piroxenitos estudados também se encontramserpentinizados, somente que em menor escala,possuindo uma mineralogia mais complexa. Aserpentina, principalmente bastita, com algumaantigorita e crisotilo, substituiu os ortopi-roxênios e a olivina, mas ainda sâo perfeitamenteindentificâveis na lamina urn clinopiroxênico,tipo augita-diopsi'dio, a homblenda marronfortemente pleocróica e grandes lamelas debiotita (flogopita ? ). Tremolita—actinolita,clorita, talco e opacos säo subordinados.
Os talcos-xistos apresentam-se untuosos ao tato,caracten'stica de seu minerai dominante, ao quaiassociam-se antigorita, opacos e clorita.
Os antofilita-xistos sao praticamente monomi-nerélicos, com a antofilita desenvolvendo hâbitoasbestiforme.
2.2.2.6. Grau de Metamorfismo
De acordo corn os facies definidos por Winkler(101) (1967), para o metamorf ismo tipo Bar-rowiano, as rochas do Grupo Araxé apresentamurn metamorfismo crescente desde o facies dosxistos verdes até o fâcies almandina—anfibolito,passando por todos os subfâcies do primeiro e sómuito raramente ultrapassando o subfâcies al-mandina—estau roi ita do segundo.
Bastante indicativo disto é o numero muitolimitado de amostras em que foram identificadascianita e silimanita,. enquanto que a associaçaoestaurolita-almandina é bem mais frequente.
I/42
TABELA IX
Minerais Constituintes
Amostras
AN 64
AN 73
AA60A
AA60
AA59
AN 65
RF57
RF56
CN76
MM 11
CN 73
RF44
MM 3
Anti-
gorita
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
X
X
X
Bas-
tita
X
-
-
-
-
- •
X
X
-
-
-
-
_
Criso-
tila
X
X
X
X
X
-
-
-
X
-
X
-
_
Idding-
sita
X
X
X
X
X
-
X
X
-
-
-
-
_
O Dav-rpa
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
o . G a r n i "
Opacos Cromitaerital? )
Pla-
gio-
clésio
Piro-
xênioClorita Epfdoto
Horn-
blenda
Bio-
tita
Trem-
Olivina Act>-
nolita
TalcoMagne-
sita
De modo gérai as rochas se concentram nossubfécies quartzo albita e quartzo-albita-epi'do-to-almandina, o ultimo corresponde ao féciesalbita-epi'doto-anfibolito de Turner (96) (1968)bem como o fâcies epi'doto-anfibolito de Eskola;Barth; Correns (34) (1939). A sua paragênesemais tfpica é: muscovita + biotita ± almandina +quartzo ± clorita + albita + epi'doto.
2.2.3. GRUPO TOCANTINS
2.2.3.1. General idades
Moraes Rego (65) (1933) denominou "Série doTocantins" a um conjunto de metamorfitosaflorantes ao longo do rio Tocantins desdeabaixo (norte) de Tucurui' e para sul até além deSäo Joäo do Araguaia. Na oportunidade deixavaa possibilidade de subdividir o pacote em doisgrupos, dos quais considerava que o"superiorpoderia, ser Ordovinciano"e o inferior correla-cionével à "Série de Minas".
Leonardos, in Oliveira e Leonardos (69) (1943)em rëpido estudo na regiao julgou visualizar"duas unidades distintas, uma algonquiana, afe-tada pelo metamorfismo regional e outra cam-briana, atingida e em parte digerida pelas in-trusöes granfticas", granitos da area de Itaboca.
Também Oliveira e Leonardos (op.cit.) afirmamque "os xistos seriefticos que se estendem daconfluência do Araguaia com o Tocantins atéMarabé e no baixo Itacaiûnassao absolutamenteidênticos aos da cabeceira do Tocantins, equipa-rados à Série Minas. Na confluência dos doisgrandes rios, o micaxisto esté orientado apro-ximadamente segundo norte-sul. Logo abaixo,tem o aspecto de filito e toma a orientaçao 20°que mantém até Marabé e no baixo rioItacaiünas".
Barbosa (30) (1955), descrevia no TriânguloMineiro o Grupo Araxâ que mais adiante, comoutros (14) (1966), estenderiam até o extremosetentrional de Goiés e sul do Para, mostrando
continuidade fi'sica entre a porçâo inferior daSérie do Tocantins, de Moraes Rego, com asrochas do Grupo Araxé e, entäo advogava aexistência de discordância entre os Grupos To-cantins e Araxé baseado principalmente no graude metamorfismo.
Puty e équipe (28) (1972), por outro ladoafirmam que hé uma transiçâo no tocante aograu de metamorfismo, concordando entretantoque no gérai, as rochas do Grupo Araxé sâo maismetamórficas que as do Grupo Tocantins.
Esta espécie de dûvida, todavia, nao pareciaexistir para Moraes Rego (op. cit) que nao sóvisualizava a discordância como correlacionava aparte inferior de sua Série corn a "Série deMinas" (= Araxé).
Almeida (7) (1965), em seu ensaio sobre ogeossinclfnio Paraguaio correlaciona o GrupoCuiabé ao Tocantins. Da mesma forma Barbosaet alii (14) (op. cit.) lembram a semelhançalitológica das duas unidades.
É bem verdade que ao sudoeste, onde Evans (35)(1894) descreveu as "ardósias Cuiabé" estasapresentam padrao de dobramento fechadoGuimarâes e Almeida (46) (1972). Estas diferen-ças entretanto poderiam ocorrer por conta dapouca espessura do Grupo Tocantins na érea domapeamento em comparaçao corn aquelas apre-sentadas pelo Grupo Cuiabé nas vizinhanças dacapital mato-grossense.
Ferreira (39) (1971) citando Almeida (8) (1967)confirma que "o sistema Paraguai— Araguaiadesenvolve-se desde a regiâo do Rio Apa, nafronteira com o Paraguai, até o baixo vale doRio Tocantins, no Paré, por mais de 2.500 km.
Conforme Francisco, Silva e Araûjo (40) (1967)as rochas Tocantins "ocorrem até as proximida-des de Nazaré dos Patos e talvez ainda ajusante", ou seja, ultrapassando de quase100 km os limites de 4°00'S.
I/44
2.2.3.2. Posiçâo Estratigrâfica
O Grupo Tocantins é composto por um conjun-to de epimetamorfitos, dobrado, com eixopreferencialmente N—S e mergulhos corn polari-zaçâo para leste, distribu l'do segundo uma faixaN—S de largura variâvel entre 25 a 120 km.
Hâ feiçoes que indicam ser grande parte dopacote oriundo do metamorfismo regional sobreritmitos. Apesar desta ritmicidade hâ maiorpredominância de metapsamitos (metagrauvacas,epiquartzitos, metarcósio etc) desde Tucurui'atéSäo Joâo do Araguaia e de metapelitos (filitos,ardósias, sericita xistosetc.) dai' para este-sudeste.segundo Francisco, Silva e Araüjo (op. cit.); estefato leva a crer na possibilidade futura de divisâodo Grupo em duas unidades obedecendo, grossomodo, àqueles limites.
Seu contato oeste dà-se sempre com o ComplexoXingu, sendo discordante nao só metamórficacomo estruturalmente. Este Complexo possui asestruturas com resultantes WNW enquanto osepimetamorfitos do Grupo Tocantins apre-sentam suas resultantes em N-S. Em um pequenotrecho, nas vizinhanças da foz do Itacaiûnas oGrupo Tocantins é coberto pela Formaçâo Pedrade Fogo. Na borda leste, as rochas do GrupoTocantins entram em contato inferior com osmetamorfitos do Grupo Araxé até cerca de30 km ao norte do paralelo 6°S. Daf para norteseu contato superior é com a Formaçâo Pedra deFogo. Logo ao norte da confluência do rioTocantins com o Araguaia, o Grupo Tocantinsesté coberto pelos sedimentos da Formaçâo Ita-picuru, situaçao esta que perdura até o extremonorte da ârea.
O contato com o Grupo Araxâ é o que maisdificuldade apresenta seja pelas razoes apresenta-das quando da descriçâo do Grupo Araxâ, sejapela pequena ou quase nu la quebra de relevo queoferece. Além dos aspectos fisiogréficos quetolhem sobremaneira a possibilidade de observa-çâo minuciosa, uma laterizaçâo.também regional,dificulta uma separaçâo ni'tida das duas unida-
des. Parecem, entretanto, ser a ma definiçâo doGrupo Tocantins e a diaftoresej sofrida peloGrupo Araxâ os obstâculos mais porïderâveis nadelimitaçâo entre as duas unidades.
As rochas do Grupo Tocantins apresentam fa-Ihamentos N 50° 60° E e N 30° - 60 W comoos mais importantes.
Pelo exame da literatura, tudo indica que para ocentro-oeste brasileiro a reconstruçâo da evolu-çao do Grupo Tocantins é mais clara e aindependência geológica em relaçâo ao Araxâmais facilmente estabelecida.
2.2.3.3. Distribuiçâo na Ârea
As rochas do Grupo Tocantins afloram numafaixa, grosso modo, N—S, desde o paralelo 9° noextremo sul da ârea até o extremo norte, noparalelo 4°S. Distribui-se numa faixa de 120 kmde largura, reduzindo-se para 90 km na altura doparalelo 6°S, para 65 km no paralelo de Marabé,estreitando-se a norte do paralelo 5° S paraapenas 25 km, espessura esta que é mantida atéabandonar a ârea no paralelo 4° S' Aflora por-tanto nas Folhas SB.22-V-B, V-D, Z-A, Z-B, Z-C,SC.22-X-A e X-B. Seu relevo é normalmente suavecuja monotonia é quebrada junto as serrassustentadas pelo conjunto quartzitos-ultrabasitosinclui'dos, ainda com certas restriçoes, no GrupoAraxâ.
O Rio Araguaia corre em seus domfnios até aaitura da Estrutura do Lontra. Dai' para norte,a drenagem mais importante restringe-se aotrecho do Tocantins desde a sua confluênciacom o Rio Araguaia (Säo Joâo do Araguaia) atéa confluência do Tocantins com o Rio Ita-caiunas.
2.2.3.4. Geocronologia
Nenhum estudo geocronológico desenvolvido atéo presente sobre rochas do Grupo Tocantinsapresentou resultados da idade de formaçâo
I/45
compatfvel ao relacionamento estratigrâfico.
Dados indiretos entretanto permitem localizar oGrupo Tocantins em determinado intervalo detempo.
O granito de Sao Vicente em Mato Grosso, acerca de 60 km de Cuiabé, corta as rochas doGrupo Cuiabé. Segundo Almeida (1965) suaidade é de 500 MA, significando esta idade ummmimo para o conjunto Tocantins—Cuiabé,mmimo este que deve ser elevado, visto je terencontrado este granito as rochas do GrupoCuiabâ epimetamorfizadas.
O limite superior, séria aquete fornecido pelasdataçoes das rochas do Grupo Araxé.
HIDROSERVICE, (SUDAM) (51) (1973) advo-gam para este Grupo uma idade ao redor de2000 MA, com base nos granitos de Jatobal.
2.2.3.5. Petrografia
A partir do estudo macroscópico e microscópicoefetuado em amostras do Grupo Tocantins,pode-se dividir a unidade em cinco tipos petro-gréficos principals:
— Xistos de baixo grau
— Ardósiasefilitos
— Metapsamitos
— Calcério.
Xistos de baixo grau — As rochas mais comunssao xistos micéceos muito finos, cujos consti-tuintes essenciais sao sericita, clorita e quartzo(MI-1 — ARN-1). Entretanto, hé amostras emque muscovita (AA-216, AG-2), biotita(AA-216) e feldspatos alcancam teores elevados.Opacos e com menos freqüência carbonatos,epidoto, apatita, turmalina e argilosos, sâo osminerais acessórios. A sua textura é lepidoblas-tica e foram observadas foliaçoes de idade
diversas (Ml—1, ARN—1). Também hé separaçâoem nfveis quartzosos e micéceos (AA—216) e aformaçlo de microdobras, perfeitamente defi-nidas face à presença dos mesmos (AG—2).
Ardósias e Filitos — Este é o grupo que englobaa maior parte das amostras coletadas na unidade.Sâo rochas de granulaçio muito fina, exibindonormalmente uma boa orientaçâo. A sua mine-ralogia bésica é quartzo, sericita, clorita efeldspatos e os acessórios sâo biotita, muscovita,opacos, carbonatos, turmalina, epidoto, titanitae zircâo.
A lamina RF—702 mostra ardósia em quediminutos cristais de quartzo e feldspatos sâoenvolvidos por lamelas ainda menores de sericita,com uma boa orientaçao. A amostra AA-57recebeu a mesma denominaçâo contendo aindaclorita, quartzo, sericita e óxido de ferro. Je aMl—23/XB—8, foi classificada como filito; estémuito bem orientada e mostra uma alternânciade nfveis claros e escuros respectivamente, maispobres e mais ricos em óxido de ferro.
Metapsamitos — Os metapsamitos estudados säo,de modo gérai ricos em quartzo, mas näo osuficiente para serem classificados comoortoquartzfticos. Foram definidos como meta-subgrauvacas e metassubarcósios. Os seus demaiscomponentes sâo feldspatos, argilosos, sericita,óxido de ferro, chert e fragmentos de rocha.
A amostra AN 68 tem o quartzo como consti-tuinte principal corn seus grâos normalmentenäo se tangenciando. Os feldspatos associam-se aele corn freqüência, mas foram largamente subs-titufdos pela sericita e minerais argilosos. Envol-vendo estes minerais hé chert, óxido de ferro e apropria sericita.
Quartzitos — Os quartzitos pertencentes àunidade sâo muito puros. Além do quartzo,registrou-se apenas a presença em quantidadesacessórias de magnetita, óxido de ferro, sericita eturmalina. Possuem textura granobléstica, emgérai, fina. Muitas amostras apresentam cataclase
I/46
TABELA X
Minerais Constituintes
AmostrasQuartzo Sericita Clorita
Feld- Musco- Carbo- Turma- _ Frag, deBiotita Opacos Epidoto Apatita Argilosos Titanita Zircao
spatos vita natos lina RochaChert
ARN 1 - MI 1RF.-63AA-216XB-01/MI 3A G - 2AA-274MB- 17MB -03MB-02AA-57N9-6JW-22JW-23RF-700RF - 702MI - 23/XB 8MB-23Mi - 14MB-15MB-14MB-01AN-68AN-69AN-70XB-11MM-01MB-20RF-55AN-77AN-75JW-12JW-26N9-10RF-701E-3
PT-104/MI.1XB-04/MI.2MI/AO-1
xX
40xX
X
X
X
X
X
X
X
X
25X
X
25
x99
100
revelada pela textura "mortar" e pela disposiçaoparalela do eixo ótico dos vérios cristais dequartzo.
Calcârios — Das très amostras inclui'das na cate-goria de calcârios duas deias foram laminadas(E—3 e RF701) e mostram-se muito seme-Ihantes. Ambas sao rochas bastante puras, fina-mente cristalinas, sacaróides, com granulaçaomuito uniforme. Aos carbonatos (mais de 99%nas amostras) associam-se grâos esparsos dequartzo, opacos, muscovita, epidoto e felds-patos, de origem detrftica e alguma argila.
A MM-10 représenta um calcârio que foi anali-sado pelo Instituto Tëcnologico Industrial deMinas Gérais, fornecendo os seguintes valores:
Sio2CaOMgOR2O3
Pfg
= 19,87%= 44,40%= traços= 2,04%= 33,53%
2.2.3.6. Grau de Metamorfismo
As rochas do Grupo Tocantins sao fracamentemetamorfizadas, fato comprovado pela abun-dância de ardósias, filitos, clorita-sericita, xistose epiquartzitos.
A paragênese mineralógica define o fâcies comosendo o dos xistos verdes — Winkler (100)(1967), predominando o subfécies quartzo-albita-muscovita-clorita e só raramente atingindoo subfâcies quartzo-albita-epi'doto-biotita.
2.2.4. GRUPO GRÄO PARA
2.2.4.1. General idades
A ilaçao do texto de Moraes Rego (65) (1933)sobre "morros de topo piano onde se encontramcam pos geraes" no alto Itacaiunas e a existência
de duas amostras de "hematita do Rio Ita-caiûnas", coletadas na mesma década, nascoleçoes do Museu Paraense Emflio Goeldi, noslevam a admitir serem estas as primeiras"refe-rências" à presença de formaçao fern'fera naregiâo de Carajés.
Do mesmo modo, je na area do Xingu — RioFresco, as citaçoes sao: Oliveira (68) (1928) noRio Fresco (no local Morrinhos) a montante dacachoeira do Cocal, foto 20 do citado trabalho;sem embargo é a faixa de metassedimentos cornitabiritos concernente à Serra de Sao Félix.Rjmos (86) (1955) se réfère a seixo de itabiritona Formaçao Gorotire, proximo a esta vila.
A primeira referência direta na literatura geo-lógica sobre a Serra dos Carajés origina-se doProjeto Araguaia, sob a denominaçâo de For-maçao Piaui', de idade Carbon ffera. Outras areastambém sao mostradas no referido trabalho,dentre as quais citamos Serra de Sâo Félix, Serrade Santo Antonhäo, Serra da Tocandera, Serrado Inajâ, que como veremos adiance pertencemao Grupo Grao-Paré.
Reduzindo as areas mapeadas como FormaçaoGorotire, Parada et alii (78) (1966) estudaramna regiâo do Rio Naja, afluente do Rio Fresco,uma faixa de metassedimentos que formalizaramcomo Formaçao Tocandera, composta dequartzitos e itabiritos, correlacionada entâo aohorizonte médio da série Minas e ulteriormente asérie Tocantins por Ramos (87) (1967); domesmo modo Francisco, Silva e Araüjo (40)(1967) na regiio do Baixo Tocantins corrigiramasindicacöes de Carboni'fero Piauf para a faixaonde mapearam leptitos, quartzitos, itabiritos,metasiltitos, metaconglomerados, filitos e me-tabasitos; correlacionando-a também à série To-cantins.
Em agosto de 1967, geólogos do Projeto Ama-zonia, identificaram na serra Arqueada e na dosCarajâs uma seqüência fern'fera, que foi correlacionada à Série Tocantins, por Tolbert et alii(95) (1971).
I/48
Knup (59) (1971) denominou genericamente de"metassedimentos" para as seqüências que ocor-rem na Serra dos Carajâs e areas vizinhas e queseriam correspondentes as "séries Araxé e To-cantins".
A PROSPEC (84) (1970) quando da execuçâoda segundà etapa do Projeto Cobre—Parâ/DNPM,divulgou a presença de itabiritos dobrados a SWda Serra de Sâo Félix, que se estende até o RioXingu, aflorando na parte oriental da ilhaProcedoni. Na oportunidade correlacionou osmesmos, com a formaçao ferrffera da Serra dosCarajâs.
Seguiram-se posteriormente trabalhos efetuadospelo IDESP/CPCAN (1967-71) na bacia do RioFresco, denunciando a presença de filitos enri-quecidos em ferro, corn eventuais quartzitos eitabiritos na serra de Santo Antonhâo. Estasexposiçoes foram relatadas à Formaçao Tocan-dera.
Durante o perfodo de 1971 a Companhia Meri-dional de Mineraçâo efetuou furos de sondagense abriu galeria na serra de Sâo Felix, com o fitode avaliar a potencialidade econômica da For-maçao Carajâs. Puty et alii (28) (1972) deno-minaram de "formaçao ferrffera"a seqüencia demetassedimentos e vulcânicas bâsicas (basalto)que ocorrem na Serra dos Carajés e metassedi-mentos expostos ao norte e a sul da referidaserra.
Suszczynski (94) ( 1972),dâ uma série de evidên-cias a favor da origem vulcânica do minérioprimârio da Serra dos Carajâs.
Os geólogos da Companhia Vale do Rio Doce eCompanhia Meridional de Mineraçâo englobaramas unidades ocorrentes na Serra dos Carajâs numgrupo denominado, de Grupo Grao-Parâ (29)(1972) sendo entao dividido em très unidades:
— Seqüencia Paleovulcânica Superior: rochas vul-cânicas mâficas com alguns horizontes ferrfferos;
— Formaçao Carajâs: itabiritos, minério de ferrolixiviado, intercalates e diques de rochas mâ-ficas;
— Seqüencia Paleovulcânica Inferior: rochas vul-cânicas méficas.
FoiaHIDROSERVICE (51) (1973) que chamoude Grupo Serra dos Carajâs para a citadaseqüencia na Serra dos Carajâs em substituiçaoao termo Grâo-Paré.
Quanto aos aspectos deposicionais da formaçaoferrffera, consideramos que se aproxima estreita-mente do fâcies óxido de James*; deposiçao doferro em mar raso e, segundo Goodwin eShlanka**; deposiçao de ferro em bacia vulcano--tectônica.
2,2.4.2. Posiçâo Estratigrâfica
2.2.4.2.1. Divisao Estratigrâfica
Adotamos a mesma denominaçâo utilizada pelosgeólogos da CVRD/CMM (29) (1972), ou seja,Grupo Grao-Parâ.
As vulcânicas mâficas sâô rochas originalmentebasâlticas, do grupo dos espilitos, e sâo bemconhecidas as oçorrências de olivina-basalto noRio Parauepebas.
Em vista da continuidade das estruturas naregiäo da Serra dos Carajâs, ligaçâo comprovadaentre as Serras de Sâo Félix e Santo Antonhâo,homogeneidade litológica entre essa ûltima e osmetassedimentos da bacia do Rio Fresco, estru-turas e relaçoes estratigrâficas anâlogas as da areada Serra dos Carajâs, presença de exposiçoesisoladas na Serra Arqueada, Inajâ, Sereno e
JAMES, H.L Sedimentary faciès of iron formation. Econ.Geology, 49:235-293,1954.
1 GOODWIN, A.M.;SHLANKA, R. Archean Vulcano tectonicbasins: form and pattern. Canadian Jour. Earth Sei., Otawa,4:777-795, 1967.
I/49
Buritirama (estrutural e litologicamente similaresà area de exposicäo t f pica do Grupo). englo-bâmes todas estas; exposicöes como concernen-tes ao Grupo Grao-Paré e denominamos oconjunto de Distrito Ferrffero Carajés—Xingu,dado que a distribuiçâo da formaçao ferrfferaprevalece nos domfnios do conjunto de eleva-çôes chamado Serra dos Caraiâs (e suas vizi-nhanças) — bacia do Rie Xingu (em algunsafluentes).
Uma vez que a presença de vuleânicas rhéficaslimita-se as regiöes entre a Serra Norte, Serra Sule Serra de Sâo Félix (espilitos), se considerarmosum eixo unindo estas ocorrências, fica a nortedeste os que denominamos "fâcies Cinzento-Se-reno" (micaxistos, quartzitos, itabiritos, metas-siltitö^e filitos) e a sul o "facies Tocandera"(predommio de quartzitos e filitos, itabiritos)!Salientamos que no Anticlinal Alto Bacajé, amorfologia semel hante as âreas de ocorrências devuleânicas acima citadas, "sugere" a presençadestas nesta estrutura.
Suscitâmes aqui algumas dûvidas sobre a pre-sença de duas seqüências de vuleânicas mâficas,no Grupo Grao-Paré, constituindo a capa e alapa da formaçao ferrffera:
— Estudos microseópicos realizados em bâsicasda seqüência paleovulcânica: Inferior, Superior edas que cortam a formaçao ferrffera mostramque elas sâo semelhantes entre si. Rezende eBarbosa (88) (1972).
— A repetiçâo das seqüências vuleânicas com aFormaçao Carajés pode estar relacionada a fa-Ihas;
— Foi considerado como caréter distintivo emrelaçao à unidade inferior, a presença de interca-laçôes de formaçao ferrffera na unidade méficasuperior, Rezende e Barbosa (op. cit);
— A existência de falhas de baixo ângulo quepoderiam ser responsâveis pela duplicaçâo de umûnico horizonte vuleânico;
— A formaçao ferrffera é cortada por diques derochas méficas, sem dûvida pertencentes aomesmo ciclo vuleânico das"seqüências" Rezendee Barbosa (op. cit);
— Nos furos de sondagem geralmente a cober-tura argilosa é contfnua até atingir a formaçaoferrffera. Assim sendo, nâo se pode afirmar quehaja urn corpo bem definido de rocha méficacapeando a Formaçao Carajés em toda a suaextensâo. Perto do flanco norte do sinclinório,3 km a oeste do Rio Parauapebas, hé umafloramento de itabiritos de mergulho forte evertical, sotoposto a arenitos de mergulho sub-horizontais;
— A presença de massa alterada de coloraçâoescura, tomada as vezes como produto deintemperismo nessas vuleânicas, pode tambémser produto de alteraçâo dos diques de diabâsioque cortam toda a seqüência, inclusive os sedi-mentosda Formaçao Rio Fresco.
Os exemplos morfológico-geológicos a seguir,constituem subsfdios ao mapeamento da con-tinuidade do Grupo Grlo-Paré para além daSerra dos Carajés:
— A Serra do Cinzento esté separada dâ SerraNorte por falhamentos, provavelmente pela Fa-Iha Carajés, com rejeito horizontal da ordern de30 km ao Cruzar o Itacaiûnas.
— As separaçôes Serra do Sereno — Serra deBuritirama e Serra do Sereno — Serra Norte,devem-se à erosâo e/ou falhamentos. Na imagemde radar observa-se uma foliaçâo marcante quevem da Serra de Buritirama até as proximidadesda Serra do Sereno, quando é encoberta porsedimentos da Formaçao Rio Fresco.na Serra doParedâo. No segundo caso o nfvel topogréficoentre as duas serras é aproximadamente omesmo.
— Entre a parte norte da Serra de Sao Féiix e aexposicäo do Grupo Grâo-Paré a sul da Serra deSâo José, existe uma faixa de direçao apro-
I/50
ximada NW-SË, que sugere a continuidade dasduas ocorrências.
— A Serra de Sao Félix une-se à Serra de SantoAntonhâo por uma faixa de metassedirrientos dedireçao rv|-S.
— A Serra Arqueada, de direçâo aproximada.E-W, parece constituir para oeste a seqüência dosrnetassedimentos truncados por falha, na Serrade Säo Félix.
— A Serra Ruim esta separada da Serra daSeringa, pela presença da Falha da Seringa.
— A Serra do Cinzento tem continuidade paraoeste através de uma série de cristas alinhadasaté as proximidades da Serra de Sâo José.
— Os quartzitos que constituem o Sinclinal deCrocraimoro, sâo os mesmos encontrados naporçao sul e oeste da Serra de Santo Antonhâo eIgarapé Bom Jardim.
O Grupo Grâo-Parâ tem ampla distribuiçâo naarea mapeada. Sua principal exposiçâo situa-sena Serra dos Carajâs e cercanias, como Serras doCinzeiro, Sereno e Buritirama. Séu limite seten-trional localiza-se aproximadamente no paralelo069 30' sul, ou seja, para norte deste paralelonâo se encontra exposiçâo deste Grupo. Damesma forma para oeste seu limite situa-seaproximadamente no meridiano 529 30' W.Gr,que corresponde a parte mais ocidental dà SerraAs exposiçoes mais orientais do grupo corres-
rpondem a parte terminal da Serra do Sererio,enquanto que a exposiçâo mais meridional loca-liza-se na Serra do Inajâ, quase nos limites daârea de trabalho, no paralelo 099 00' sul. Naparte central da ârea este Grupo ocorre emexposiçoes nàs Serras de Sâo Félix, Arqueada,Tocandera e Ruim.
Morfologicamente, correspöndem f cnapadas cö-bertas por canga laterftica, cristas alinhadas comescarpas fngremes, morros alinhados, "cuestas" e
"hogbacks" e elevacöes com topo chato ejntensamente ravinadas.
A espessura do Grupo Grâo-Parâ é de aproxima-damente 650 m Serra dos Carajâs. Na Serra deSâo Félix a espessura da Formaçâo Carajâsatinge em média 100 .métros. Na Serra daTocandera segundo Parada et alii (76) (1966) ositabiritos intercalados entre os quartzitos atin-gem local men te cerca de. 400 rhëtros de espessura(rio Naja).
As descriçôes de très unidades no Grupo Grâo--Parâ, para a ârea da Serra dos Carajâs, sâo as
.seguintes:
— Seqüência Paleovulcânica Inferior:, esta se-qüência nâo aflora, sendo indicada em numero-sos furos de sondagens e galerias. Com exceçâodos locais onde houve intènsa defprmaçâo oudecomposiçâo, ela préserva estruturas vulcânicasoriginais e aparentemente représenta vârios der-rames.
O intemperismo e alteraçâo hidrotermal màsca-ram em grande parte,as rochas desta seqüência.A presença de rochas mâficas sob o itabiritoe/ou minério de ferro foi verificado constante-mente nas galerias em furo de sondagem emesmo em afloramento para se poder afirmarque a lapa da Formaçâo Carajâs é um corpoestratiforme de rocha mâfica.
Sua espessura esté em torno de 200 métros.
Estudos microscópicos realizados em rochasmâficas das seqüências inferior e superior e quecortam a formaçâo ferrffera, indicam que saosemelhantes entre si. As variaçoes referem-se anatureza extrusiva ou injetada e ao grau dealteraçâo que sofreram após a consolidaçâo.
Estas rochas mâficas sâo essencialmente vulcâ-nicas bâsicas do grupo de espilitos, caracteri-zados pela associaçâo de um plagioclâsio âcido
1/51
com minerais mâficos, geralmente com estruturaamigdaloide. Existem dois tipos de rochas: oprimeiro, de textura fina, indicativa de oriqemextrusiva; no outro tipo, rochas de granulaçâomais grosseira.
As rochas do primeiro tipo sao claramenteindicatives de origem ëxtrusiva. Predom inarncavidades miarolfticas e a textura intergranular.Em gérai o ünico mineral primârio que sobrevi-veu à alteraçao é um plagioclâsio sodico-câlcico.Os produtos de alteraçao do plagioclâsio saosericita, calcita e/ou calcedônia. O mâfico rara-mente preservado é o piroxênio.
Além da granulaçao grosseira, o segundo tipoapresenta um paragênese minerai diferente doprimeiro. O piroxênio apresenta-se preservado,encontram-se cristais de epidoto, enquanto aclorita e o quartzo sâo menos abundantes.
Nos trabal hos de campo do RADAM, foi cole-tada no Rio Branco uma amostra (JW-10) devulcânica bâsica semelhante aquela da Serra dosCarajâs e as relaçoes de campo induzem acorrelacionar com a seqüência inferior de Re-zende e Barbosaj
— Formaçâo Carajâs: é constitufda essencial-mente de itabiritos e seus produtos de alteraçaoe intemperismo. O itabirito é a unidade litoló-gica geradora de todos os corpos de minérioenriquecido na regiao da Serra dos Carajâs.
Os itabiritos expostos sao rochas laminadas degranulaçao fina, e composiçâo mineralógica sim-ples, constitufda de quartzo, hematita e, subor-dinadamente, de magnetita. Quando frescos, sabrochas duras e coerentes, contudo se apresentamfreqüentemente alteradas intempericamente,quando se desagregam parcial ou totalmente.Sua espessura média na ârea das jazidas é de250 m, enquanto que nas clareiras da Serra deSao Félix atingem somente 100 m.
Diques de rocha mâfica cortam a FormaçâoCarajâs. Estes corpos intrusivos sâo tornadoscomo pertencentes ao mesmo cielo que deuorigem as unidades vulcânicas.
diques e soleiras indica que eles pertencem aomesmo cielo vulcânico que deu origem as uni-dades vulcânicas inferior e superior:
Os contatos estratigrâficos da Formaçâo Carajâssâo concordantes em quase todos os pontos quepuderam ser observados.
Filitos e micaxistos que tem sua seçâo tfpica naSerra do Cinzento, afloram esporadicamente,entre a Serra Norte e a Sul, devido as condiçoesintempéricas.
As rochas deste Grupo em seçâo delgada pos-suem granulaçao fina a média e textura lepido-blâstica, conquanto em algumas amostras ocaréter dominante seja nematoblâstico variâvel,porém o quartzo é constante.
— Seqüência Paleovulcâniza Superior: Capeandoa formaçâo ferrffera encontra-se em alguns locaisumà argila vermelha, laterftica, onde raros fra-gmentos de rocha mâfica foram tornados comoindicativos de sua natureza original.
"Greenstones" foram encontrados na regiâo dasSerras Norte e Sul, como 'representante daseqüência paleovulcânica superior; trata-se deespilito ligeiramente porfirftjco.
O Grupo Grâo-Paré foi correlacionado por al-guns autores a série Tocantins> devido a "algumasemelhança litológica", prinçipalmente a presen-ça de itabiritos. Nâo "èndossamos tal correlaçâoem vista ao jâ exposto neste relatório e também:
— ausência de vulcânica mâfica ou qualquermanifestaçâo magmâtica expressiva no GrüpoTocantins.
— padroes tectônicos diferentes.
2.2.4.2.2. Relaçoes de Contato
O Grupo Grâo-Parâ assenta-se discordantemen-te sobre o Complexo Xingu, constituindo uma
I/52
discordância angular e erosiva.
SobrepostosaoGrupo Grao-Parâ em discordânciaangular jazem sedimentos da Formaçâo RioFresco.
As relacöes acima citadas estâo bem evidentes naSerra dos Carajâs, Serra de Sao Félix e na regiâoda bacia do Rio Fresco.
Maciços granfticos de dimensöes batolfticas s§ointrusivos neste Grupo e claramente pôs-cinemâ-ticos que denominamos de "Granito da Serrados Carajâs".
Também sâo encontrados diques mâficos cor-tando o Grupo e passando as unidades maisnovas.
2.2.4.2.3. Relacöes Estruturais
As rochas do Grupo Grao-Parâ foram afetadaspor falhamentos de duas direçôes principais:NE-SW e NW-SE e secundariamente N-S. Den-tre estas citamos: falha na Serra Carajâs, FalhaCarapanâ e Falha da Serra da Seringa. Parece-nos que as direçôes NW—SE sâo mais novas eforam responsâveis pela formaçao de dobrassuperimpostas: os dobramentos da Serra daEstrela e Serra do Rabo constituem belos exem-plos. Estas direçôes de falhamentos sâo poste-riores a formaçao do sinclinório e do "emplace-ment" do Granito da Serra dos Carajâs.
Como exemplo representativo da direçâoNE—SW, citamos a Falha Floresta e Falha SâoJosé: a primeira, responsâvel pelo truncamentode estruturas dobradas na Serra de Sâo Félix,enquanto a segunda corta a faixa de metassedi-mentos que verge para SW nas proximidades daSerra Sâo José.
Esforços compressivos de direçâo aproximadaNNE e ENE desenvolveram dobras abertas efechadas de direçio aproximadamente NW.
O "trend" gérai do Grupo Grâo-Parâ éNNW—WNW, com vergência em alguns locaispara sul ou sudoeste.
Por feiçôes mineralógicas próprias, o GrupoGrao-Parâ apresenta fâcies metamórfico xistoverde.
Das principais estruturas dobradas destacam-se:Sinclinório da Serra dos Carajâs, Sinclinal de SâoFélix, Sinclinal da Tocandera, Anticlinal do AltoBacajâ, Sinclinal do Cinzento, Sinclinal do Inajâe Sinclinal de Cocraimoro.
2.2.4.3. Distribuiçào na Ârea
2.2.4.3.1. Ârea da Serra dos Carajâs
O Grupo Grâo-Parâ tem por localidade tfpica aSerra dos Carajâs, ocorrendo por toda a extensaodessa Serra, desde o Rio Vermelho (afluente doRio Itacaiunas) até aproximadamente o cursomédio do Rio Xingu. Sua extensao é de aproxi-madamente 85 km euma largura média em tornode 10 km.
Constitui-se de rochas"intensamente dobradas efalhadas, orientadas preferencialmente na dire-çâo WNW e NW, sendo que nas proximidades daSerra Sâo José hé uma bifurcaçâo: uma faixasegue a direçâo gérai do grupo, enquanto outraverge para SW.
Sua altitude média esté em torno de 600 métros.Em visao gérai, é formada por chapadas co-bertas por canga laterftica, descontfnuas ousemidescontmuas, cobertas muitas vezes porvegetaçâo tipo savana coroando as chapadas ematas cobrindo os vales ravinados; cristas alinha-das corn escarpas fngremes ou apenas morros ali-nhados.
Na ârea entre as serras Norte e Sul, que é objetode estudos da Companhia Amazônia Mineraçâo,temos a seçâo-tipo do Grupo Grao-Parâ.
I/53
A. seqüência vulcânica bâsica tem ocorrênciaconfirmada na Serra de Sao Félix, quando foidetectada por furos de sonda) e no interior deuma galeria. Aliâs a experiência comprova que achamada "seqüência paleovulcânica inferior" deuma maneira gérai nâo ailora. A "Superior" éconsiderada aflorando excepcionalmente em va-les, o que tornaria dif feil determinar sua exten-sâo areal. No entanto por trabalhos je efetuadosnas serras do Rabo e Estrêla é conhecido que amesma nâo tem extensâo para leste. Enquantoque para oeste, Anticlinal Alto Bacajâ, porexemplo, onde foi efetuado trabalho de campopelo Projeto RADAM estas seqüências nao fo-ràm denunciadas, provavelmente pelos fatosantes referidos.
Na Serra do Cinzento a litologia dominante sâomicaxistos, filitos, quartzitos e itabiritos cornextensâo commua para oeste. Aliâs, à medidaque a faixa se aproxima do Rio Xingu, a litologiadominante é de quartzitos ora corn granulaçâofina a média, até conglomerâtico, ora corn ooli-tos ferruginosos e também alguma incidência dexistos. ,
Nas cercanias da Serra de Sâo José, no ponjto emque hâ bifurcaçâo das faixas com vergêneia paraSW e NW, no rumo NW a litologia dominantesâo quartzitos, enquanto que no SW a predom i-nâneia é de xistos e itabiritos.
A Serra do Sereno esta localizada aproximada-mente 80,km a SW de Marabé, cortada peloigarapé Sereno, afluente do Rio Vermelho. Ternextensâo em torno de 24 km e é constitufda poruma sucessâo de quartzitos micéceos, micaxis-tos, metassiltitos, filitos, silexitos e itabiritos doGrupo Grâo-Paré, com direçâo geral N 809E emergulhos para N e S, formando um pequenosinclinal assentado diretamente sobre o Com-plexo Xingu. Öcorrem também intrusivas bâsicas.Os dados locais revelam uma altitude média de550 metros e morfologicamente apresenta-se emchapadas com cristas fngremes alinhadas em seuquadrante leste. Associados aos micaxistos equartzitos ocorrem minérios de manganês.
A Serra de Bu ri ti ram a local iza-se .a cerca de130 km a oeste de Marabà. Possui uma extensâode aproximadamente 50 km orientada para NWe altitude média de 600 m. Morfologicamenteconstitui-se de cristas fngremes. Litologicamentecompoe-se de quartzitos e micaxistos associadosa depósitos de manganês, rochas essas comdireçâo média de N 509W e mergulhos variandoentre 409 e 759 para NE.
A Serra da Estrêla fica na parte terminal da gran-de estrutura da Serra Sul, no extremo leste damesma. As camadas possuem 'direçâo geral NNWe sâo predominäntemente itabiritos. Foi dete-tada grande quantidade de blocos de especularitae hematita compacta, evidenciando o fato destazona ter intensos esforços compressivos. Com-plementando.esta evidência é corroborada emimagens de radar mostrando a estrutura principalcomo sinclinal de direçâo WNW corn caimentopara ESE.
A Serra do Rabo é a continuaçao para este daSerra Sul. É sustentada principalmente porxistos e itabiritos e inflete para sul formando umconjunto dobrado, corn uma série de anticlinaisesinclinais.
Constitui urn sinclinório a estrutura que englobaas Serras Norte, Sul e Cinzento, atravessado peloGranito da Serra dos Carajâs que atinge asedimentaçao intermontana do Grupo Uatumâali depositado (Fm. Rio Fresco — membroAzul).
A Serra do Cinzento situada a norte da SerraNorte tem como estrutura principal um sinclinalintensamente falhado, com eixo de direçâo NNWe que foi separado da serra Norte através daFalha Carajés ou pelo conjunto de falhas parale-las a esta. Corresponde na reälidade a aba dosinclinório a que sâo referidos as Serras Norte eSul.
Na Folha SB.22-V-D, regiâo das cabeceiras doRio Bacajâ, em contraste com embasamentoarrasado representado pelo Complexo Xingu,
I/54
temos um conjunto de cristas representativas doGrupo Grâo-Pâré, cujo limite de exposiçâo estaaproximadamente no paralelo 06°20'S.
A NW da Serra Säo José esta o limite oeste dosmetassedimentos da Serra dos Carajés com aformaçâo de duas estruturas principais: umanticlinal .e um sinclinal;jsuaves, eixos orientadospara NW e caimentos no mesmo sentido. A suldesta serra temos um sinclinal limitado porfalhas no seu flanco sul.
A Serra Sao José constitui um maciço granfticobatoiftico semelhante ao encontrado no interiordo sinclinório da Serra dos Carajés.
O braquianticlinal do Alto Bacajé é, sem embar-go, uma das estruturas proeminentes deste Gru-po. Na sua parte central afloram rochas perten-centes ao Complexo Xingu, eixo de direçâoWNW corn caimento tanto para ES E como paraWNW.
A Falha Carajés constitui uma das feiçoes maisimportantes que afetaram este grupo. É uma fa-lha de deslocamento horizontal corn rejeito dedezenas de quilômetros, sinistral, e que foiresponsével pelos dobramentos superimpostosdas Serras do Rabo e da Estrêla, como tambémpela separaçâo da atual Serra do Cinzento daSerra Norte. É posterior a formaçâo do sinclinó-rio e anterior a intrusâo batolftica do granitoSerra dos Carajés. Sua direçao sofre inflexôes evaria entre WNW e NNW. Corresponde aomesmo "set" das falhas Carapanâ e Serra daSeringa.
Intenso diaclasamento afetou este grupo comdireçôes prédominantes NE—SW e NW—SE, secundariamente N—S.
2.2.4.3.2. Ârea de Säo Félix do Xingu
Na Serra de Sâo Félix, situada no norte dacidade de Sâo Félix do Xingu, encontram-serochas pertencentes ao Grupo Grâo-Paré. Sua
topografia é de platôs descontfnuos em sua parteoeste, enquanto a leste predominam cristasalinhadas. A presença de platôs deve-se a cober-tura de canga laterftica, que. indubitavelmentedificultou em imagens aéreas uma roelhor com-preensâo estrutural e extensâo lateral das unida-des que compöem o Grupo Grâo-Paré. Fato se-melhante ocorre na Serra dos Carajés.
Essa serra, cuja parte central é um sinclinalassimétrico, foi estudada pela Companhia Meri-dional de Mineraçâo em 1971: efetuados 11furos de sonda e aberta umagaleria.Constituiù-se sem. dûvida em boa contribuiçâo a geologiada ârea. A espessura média da formaçâo Carajésfoi determinada em torno de 100 métros.
O Grupo Grâo-Paré esté çortado por falhasdentre as quais destacamos duas principais,ambas corn deslocamento horizontal: Falha Flo-resta e Falha Carapanâ, de direçao WNW e NNE,respectivamente. Secundariamente predominamfalhamentos de direçao N—S.estes talvez respon-séveis pela vergência para sul da FormaçâoCarajés, quando passa a fazer parte da Serra deSanto Antonhâo.
Nas proximidades de Igarapé Maguari, afluentedo baixo Rio Fresco, o Grupo Grâo-Paré, defoliaçâo aproximadamente ENE, inflete brusca-mente para sul, cortando o igarapé em seu cursomédio, até atingir o Rio Fresco na foz doIgarapé Carapanâ, com rejeitos variévers e visf-veis nas imagens de radar, constituindo o elo deligaçâo entre as Serras de Sâo Félix e de SantoAntonhâo.
Na serra de Santo Antonhâo a litologia domi-nante é de filitos enriquecidos em ferro comeventuais quartzitos. A textura fina nas imagens,devido à intensidade do ravinamento, indicanesta zona uma maior incidência de rochasfilfticas. Esta érea situa-se a oeste do Rio Fresco,sendo que para leste deste, existem algumasexposiçôes esparsas.
A oeste desta serra esté uma intrusâo de rochas
I/55
granfticas, circular, portadoras de cassiterita,algo diferente em aspecto nas imagens dosgranitos do tipo Velho Guilherme e que local-mente recebe a denominaçâo de granito doMocambo, Observa-se na imagem de radar oarqueamento das rochas circundantes, devido àintrusäo, estando ainda bastante encoberto pelosfilitos.
Foi postulado que havia uma discordância entrea faixa de metassedimentos de direçâo N—S/e aseqüência que faz parte da Serra de Sao Félix;no entanto o controle de campo efetuado naârea confirma a continuidade desta faixa. Con-tornando a Serra de Santo Antonhâo em suaporçao sul e oeste, estâo expostos quartzitoscom mergulho médio a fracos para SW. Naporçao norte desta serra esté mapeada uma falhanormal de direçâo N 459W.
A leste do igarapé Bom Jardim, em contato comum corpo granftico conhecido como granito doBom Jardim expoem-se quartzitos com direçâodas camadas aproximadamente N—S, mergulhosmédiosa fracos para oeste, e apresentam-se corta-dos por uma falha normal.
A N W da Folha SB.22-Y-D dispoê-se um sincli-nal simétrico de quartzitos, de eixo orientadopara NWW, corn caimento para NW, com mergu-lhos variando em torno de 40—209. Seu flancooeste foi erodido e apresenta no seu interiorrochas vulcânicas âcidas da Formaçâo Iriri. Foiafetado pela Falha Floresta e seu "Nariz"apresenta-se em discordância proeminente com aFormaçao Iriri. Varias falhas cortam esta estru-tura e possuem orientaçâo preferencial NE eNW.
2.2.4.3.3. Area da Serra da Tocandera
Estudando uma faixa de metassedimentos doRio Naja, afluente do Rio Fresco, Parada et alii(78) 11966) definiram a Formaçao Tocandera,constitufda de quartzitos superior e inferior comintercalaçâo de um pacote de itabiritos. Pelas
suas caracterfsticas litológicas e posiçao estrati-gràfica, foi na ocasiâo correlacionada ao hori-zonte médio da Série Minas e à Série Tocantinspor Ramos (87) (1967). Consideramos comointégrante do Grupo Grâo-Paré, correspondendoa um fâcies da formaçao ferrffera.
Na bacia do Rio Fresco este fécies Tocanderatem suas exposiçôes tfpicas. Caracteriza-se porafloramentos escarpados de metassedimentos emforma de "ferradura" com mergulhos para ointerior, de médios a fortes, constituindo bonsexemplos de "hogbacks" ' e "cuestas". Formauma estrutura de amplo sinclinal.
A norte do Sinclinal da Tocandera temos boasexposiçôes deste fâcies, cortadas pela FalhaSerra da Seringa, de direçâo WNW e desloca-mento horizontal dextral. Estas exposiçôes si-tuam-se na érea da Serra do Velho Guilherme;predominam quartzitos, micaxistos corn foliaçâode direçâo WNW e NNW,com mergulhos médiosa fortes para sul e filitos enriquecidos cornitabiritos formando pequenas dobras tanto anorte como a sul e filitos enriquecidos comitabiritos formando pequenas dobras tanto anorte como a sul da Serra do Velho Guilherme.
Este conjunto foi intrudido, à semelhança daSerra de Santo Antonhäo, por rochas subvulcâ-nicas, circulares, de composiçâo granftica, porta-doras de cassiterita (Granito Velho Guilherme).
Ao norte a seqüência é limitada por falhas e oprincipal sistema de falhas que afetou estaunidadeéNEeNW.
Na Serra de Santa Maria, Folha SB.22-Z-A, héexposiçôes semelhantes; tem forma de umaferradura corn dimensôes reduzidas, atravessadaE—W pelo rio homônimo, afluente do Araguaia.Consistent de quartzitos e itabiritos e tambémpertence ao fécies Tocandera. Em termos estru-turais parece corresponder a uma estrutura tipopopa de canoa. O entalhe do rio formou umcanhâo, semelhante ao do Ankonhoro — onde oRio Naja atravessa a Serra da Tocandera , na ,érea
I/56
de Gorotire.
2.2.4.3.4. Area da Serra do Inaja
Na parte NW da fol ha SC.22-X-A expöem-se naSerra do Inajé uma seqüência de metassedimen-tos com "trend" de direçâo aproximadamenteE-W. Säo cristas älinhadas,comescarpasfngremes,bastante ravinadas em alguns pontos.
Compoe-se primordialmente de filitos, itabiritose quartzitos. Em algumas areas evidenciam apresença de magnetismo incipiente. Apresen-tam-se deslocados por duas falhas paralelas dedireçâo NW, no seu quadrante oeste, quando naoportunidade säo encobertos por sedimentosclâsticos da Formacäo Gorotire.
Estruturalmente corresponde a um sinclinal comcamadas invertidas e mergulho para N. A sul daserra foi mapeado um pequeno sinclinal.
A NW desta serra ocorrem duas estrutirascirculares, que foram relacionadas ao granitoVelho Guilherme (Gradaüs), cujo carâter intru-sivo foi por nós verificado.
2.2.4.3.5. Area da Serra Arqueada
Elevaçâo de cristas fngremes, alinhadas na dire-çâo E—W, composta de itabiritos e sob este umquartzo micaxisto que parece passar até gnaisse.Apresenta mergulhos bastante forte e corta umaseqüência de gnaisses e xistos na FolhaSB.22-Z-A. Nas margens do Rio Itacaiunas ocor-rem duas notâveis exposiçoes.
2.2.4.4. Geocronologia
A geocronologia das rochas mâficas do GrupoGrâo-Parà, fomeceu idades ao redor de2.000 MA em K/Ar, semelhantes as do embasa-mento da ârea e que correspondem ao ultimoevento metamórfico regional representado pelo
ciclo Transamazônico, ou Carajafdes, por esterelatório, para esta ârea.
Rochas méficas estâo présentes também naforma de diques cortando a seqüêrïeia do GrupoGrâo-Parâ e formaçôes mais novas. Os resuItadosobtidos apresentam uma ampla distribuiçâocro-nológica obtendo-se idades desde 1.900 até210 MA para estes diques.
2.2.4.5. Petrografia
Desta unidade foram coletadas pelo ProjetoRADAM 29 amostras, representadas por quartzi-tos, minério de ferro, itabiritos, vulcânicas bési-cas e duas brechas de falha (Tabela XI).
As 8 amostras de quartzitos säo compostasfundamental mente de quartzo, 97% na amostraPT-26, AP-249, alguma muscovita e sericita(PA-35, JW-09, PT-27A, MI-33, PT-26, AP-249),sendo que nessa ultima as duas micas perfazem3%. Mais raramente ocorrem zircâo (PT-26,AP-249) e feldspato (?) (PT-23, AP-240 ePT-26, AP-249). Na amostra PT-68A, CC-AN,que foi classificada duvidosamente como quart-zito, ocorrem fragmentos de rocha (? ). O óxidode ferro ocorre algumas vezes, conferindp asrochas coloraçâo avermelhada tfpica. Rara pirita,com seus cubos deformados, somente foi obser-vada na amostra PT-100, F-03.
As amostras de vulcânicas bâsicas (6) säo repre-sentadas por basaltos, epi-diabâsio e outrasamostras (3) que por motivo de terem sidoapenas descritas macroscopicamente, aliado aofato de serem de granulaçâo extremamente finae alterada, foram classificadas como vulcânicasbâsicas, compostas de feldspatos, anfibólio (? ),piroxênio (? ). Freqüentemente fraturadas e pre-enchidas por calcita e sfiica,observando-se nessespianos, desenvolvimento de anfibólio verde (ter-milita-actinolita? ). A amostra N4-F81-125 apre-senta vesfculas preenchidas por calcita e sflica,bem como observa-se a presença de raros sulfe-tos.
I/57
TABELA XI
Minerais Constituintes
Amostras QuartzoFrag. Seri- Felds- Musco-
Roc. cita patos vitaZircSo
Magne-
tits
Argi-
lososOpacos
Men-Chert
Clo-
rita
Epi-
doto
Horn-
blenda
Plagio-
clas.
Tita-
nlta
Carbo-
natos
Anfl-
bólio
Piro-
xênio
Hema-
tita
PT 68A CC AN
PT 27A Ml 33
PT 36 JW 09
PT 26 AP 249
PT 23 AP 240
PT 103 F 03
PT 50A Ml 301
PT38AAA129
PT 30 JW 07A
PT38AAA128
PT 50B Ml 31
PT92MI2A
PT 50 Ml 30
PT 52 Ml 29
N4
PT55JW10
N4A
N4F81
N4F77
N8 F 3 294,50
N4F110-121.60
PT96JB1
PT 100 F 01
PT 100 F 02
AA 73
x
xX
97
x
X
X
- +3X —
xi— X
— X
— X
— X
— X
— X
— X
— X
— X
— X
— X
-
-
-
-
-
-
X
X
X
X
-
• -
-
-
-
-
-
X
-
X
X
X
x1X
-r
-
( + ) = Muscovita + sericita (1) = Incluem Sulfetos.Obs.: Foram coletadas ainda PT 34 AA 127 e N8 F3 (410) representando brecha de falha.
As amostras PT 32 JW 11 e CC 04 sfio monominerâlicas compostas por quartzo.
O basalto é representado pela amostra N4 F 77,com textura intersticial arborescente, havendopredominância de labradorita, porém ocorrendóandesina menos comumente. Os interstfcios en-tre as ripas de plagioclâsio säo ocupadas pormaterial vftreo-criptocristalino associado a umamassa de clorita e alguns agregados de actinolitaderivativa do piroxênio (augita). O quartzo éraro, xenomórfico, ocupando certos espaçosintergranulares.
A amostra N4A, classificada como epi-diabésiotem uma textura original totalmente mascaradapela transformaçâo sofrida pela rocha. O plagio-clësio exibe ainda contornos que evidenciamuma antiga forma euédrica a subédrica, ripifor-me, estando agora saussuritizada, sendo que umaûnica seçâo forneceu An = 35% que com asdévidas restriçôes pode ser considerada andesina.A augita sofreu intensa uralitizaçâo. O quartzoforma diversos intercrescimentos mirmequfticosou microgréficos e ocorre também como cristaisintersticiais. 0 carbonato é rarfssimo e o epidotoesta vinculado à alteraçâo dos plagioclâsios.
A amostra PT55JW10, esta totalmente alte-rada, nao mais sendo observada a textura ori-ginal, corn os minerais primitivos aparecendoapenas como relictos. A clorita é o minerallargamente prédominante, contendo em seu inte-rior opacos, e parece ter sido proveniente daalteraçâo da hornblenda. Os rarfssimos cristaisainda observados de feldspatos, estâo alterados aepidoto, argilosos, sericita e a propria clorita. Atitanita é rara. Alguns veios preenchidos predo-minantemente por feldspatos, cortam a rocha.Essa amostra foi duyidosamente classificadacomo basalto espih'tico da seqüência vulcânicainferior do Grupo Grâo-Parâ.
2.2.5. GRUPO UATUMÄ
2.2.5.1. Generalidades
Clâsticos finos, tufos e tufitos mapeados porAlbuquerque (2)(î922) a montante da*cächoeira
Balbina no rio Uatumä, receberam de Oliveira eLeonardos em .1940 (69) (1943) a designaçâo de"Série Uatuma". Ferreira (36) (1959)apresentouimportantes contribuiçoes principal mentequanto à composiçao litológica.
Durante certo tempo esteve confusa a situaçâodessa unidade, tendo sido nela inclufdos, princi-pal mente por resultados de trabalhos de sonda-gem, sedimentos da Formaçâo Trombetas.
2.2.5.2. DivisSo Estratigréfica
A categoria de Grupo para a unidade Uatumä foiproposta por Caputo, Rodrigues e Vasconcelos(26) (1971).A subdivisâo em très unidades defi-nidas na âYea das Folhas Araguaia e Tocantins éproposta neste Relatório:
Formaçâo Iriri, BRASIL. SUDAM/Geominera-çâo (21) (1972)
Formaçâo Sobreiro, Paré. IDESP (77) (1972)
Formaçâo Rio Fresco, Barbosaetalii (14) (1966)
2.2.5.3. Formaçâo Rio Fresco
2.2.5.3.1. Generalidades
A ocorrência de rochas sedimentäres com mate-rial carbonoso na bacia do Rio Fresco, foiprimeiro relatada por Oliveira (68) (1928). Areferência à Formaçâo Rio Fresco deve-se aBarbosa (14) (1966), tendo o mesmo autor (op.cit.) formalizado o termo para "uma partesedimentéria e outra vulcânica" e afirmou que"A sucessâo sedimentâria precedeu o vulca-nismo".
Os trabalhos do IDESP efetuados a partir de1968 na ârea de ocorrência dessa formaçâo,nâo fazem a separaçâo em dois facies, um sedi-mentär e outro vulcânico, para a Formaçâo^Rio Fresco. Em" 1972""foram definidas a For-
I/59
maçâo Sobreiro e a Formaçâo Iriri, ambas derochas vulcânicas, ficando restrita a unidade RioFresco à anteriormente chamada"espessa série desedimentos marinhos."
2.2.5.3.2. Relaçâo Estratigrâfica
A Formaçâo Rio Fresco é discordante sobrerochas do Grupo Grao-Parâ no Sinclinório daSerra dos Carajés e sinclinal da Tocandera. Ésobreposta por uma seqüência vulcanica predo-minantemente andesîtica denominada FormaçâoSobreiro. Trata-se de uma sedimentaçâo inter-montana de grande espessura (ordern de3.000 m) intrudida por diques bésicos dasvulcânicas posteriores, assim como por granitostipo Serra dos Carajâs.
Propomos para esta Formaçâo a subdivisâo emmembro Azul e membro Naja.
O membro Azul é a parte basai do Rio Fresco,exposto principalmente no interior do sinclinó-rio de Carajés, elongado em NW-SE, na érea doigarapé Azul, (H-7) afluente da margem direitado Rio Itacaiûnas. Foram conhecidas camadasde conglomerado cinza claro incluindo seixos dequartzo e quartzitos corn matriz arenosa eargilosa, arenito creme esverdeado mal selecio-nado (argiloso, micéceo feldspético) e folhelhospretos, manganesfferos e carbonosos nas cama-das su peri ores.
O membro Naja (no interior do sinclinório daTocandera, na érea do igarapé Naja, afluente noRio Fresco cerca de 2 km a sui de Gorotire) éconstitufdo por sucessivas alternâncias de cama-das de arenitos arcoseanos, siltitos, grauvacas,folhelhos ardosianos cinza esverdeados, por ve-zes micéceos, carbonosos e calcfferos. Os con-tatos corn o Grupo Grâo-Paré säo feitos por fa-Ihas (Ankonhoro, Teporé, Trairâo). Ê sobrepos-to por rochas vulcânicas, principalmente andesf-ticas, Formaçâo Sobreiro (Jatobâ, Areia Branca)ou pela Formaçâo Gorotire (igarapés Sonho,Pukatukre, Barreiro, Flexa).
2.2.5.3,3. Distribuiçao na Ârea
Bacia do Rio Fresco: da barra do igarapé Teporéà foz do igarapé Areia Branca; igarapé Naja, dafoz até-o canhâo do Ankonhoro; igarapé Trairaoatéo Joari.
Bacia do Rio Itacaiûnas: no sinclinório deCarajés, cortada pelo igarapé Azul; Rio Paraua-pebas, da Falha dos Carajés ao flanco da SerraNorte, entre o Rio Parauapebas e a Serra doRabo; na Serra do Paredio.
2.2.5.3.4. Geocronologia
O membro basai é afetado pelo Granito da Serrados Carajés eu ja idade apresentada por HIDRO-SERVICE. (SUDAM) (51) (1973) é de 1.827±52 MA e 1.663 ±15 MA, Gomes et alii(43) (1971) corn 1.824 ± 52 MA e 1.828± 28 MA, todos em K/Ar (anf.). É correlaciona-da à idade do granito da Serra da Seringa corn1.810 MA (K/Ar, 1.708 MA e 1.614 MA emRb/Sr). As rochas vulcânicas capeantes apresen-tam idade radiométricas de 1.700 MA a1.600 MA, Amaral (12X1971) e Basei(18) (1973).
2.2.5.3.5. Petrografia
Das amostras coletadas (NI/N4/511-5.9,NI/N4-20, NI/N4-15 e H-7) 2 representam areni-tos e as outras conglomerado e folhelhos respec-tivamente. A amostra JK 2 foi classificada ma-croscopicamente como arenito silicificado poden-do mesmo corn as dévidas restriçoes ser umhornfelse.
Os arenitos säo creme esverdeados, duros efriâveis, mal selecionados, de granulaçâo fina agrosseira, algo argilosos, micéceos (sericita emuscovita), feldspâticos (NI/N4-20), com opa-cos. A amostra NI/N4 511-5.9, apresenta-secortada por veios de quartzo centimétrico comturmalina (afrisita)} é bem mais micéceo que a
I/60
NI/N4-20 e apresenta algum zircao. 2.2.5.4.2. Relaçoes Estratigrâficas
O conglomerado é de cor cinza claro, algofriâvel, com seixos de quartzo e quartzitossubarredondados a predominantemente arredon-dados, com matriz arenosa fina a média eargilosa. A sericita é rara, bem como urn mineralverde disseminado parecendo ser nontronita. Oóxido de ferro apresenta-se disseminado pelaamostra.
O folhelho é preto, bem laminado, muito poucoffssil, com laminas milimétricas, manganesi'fero ecarbonoso (? ).
TABELA XII
**•NI/N4/511
5,9
Quartzo xMuscovita xSericita xArgil osos xZircäo ?Feldspato —Manganês —Mat. Carbon. —Opacos —Frag. Rocha —óxido de Ferro —
NI/N620
_X
X
X
—
>x——X
?—
Amostras
NI/N415
X
—
X
X
—
—
—
—
—
X
X
H-7
_——X
—
—
X
?-——
JK-2,1
X
—
—
—
—
X
—
—
-
—
—
2.2.5.4. Formacäo Sobreiros
2.2.5.4.1. Generalidades
O vulcanismo de caréter andesftico que sesuperpöe à Formacäo Rio Fresco foi referidopor Barbosa et alii (14) (1966). A unidade foidefinida como "urn vulcanismo intermediério aécido, com predominância de andesito", IDESP(77) (1972). A seçao-tipo esté na lócalidadeSobreiro, entreposto agropecuârio da FUNAI, àmargem esquerda do Rio Fresco, entre o igarapéAreia Branca e a foz do Rio Riozinho.
Essa Formacäo esté superposta à Formacäo RioFresco e foi seguida de umaseqiiência vulcânicapredominantemente âcida. Esta ultima relacäo éencontrada no Sobreiro, no médio Rio Verme-Iho (afluente do Rio Riozinho), igarapé SantaRosa e Triunfo (afluentes do Rio Xingu).
2.2.5.4.3. Distribuiçao na Area
A distribuiçao espacial da Formacäo Sobreiroem afloramentos esté via de regra restrita aspartes baixas dos vales. Isto se deve ao relativa-mente pequeno desmonte da Formacäo Iriri e aocontrole exercido pela topografia sobre a quaifluiu. Assim é que num enfoque utilizando comoreferenda a drenagem, podemos indicar comoéreas de afloramentos: Rio Fresco, a montantedo igarapé Carapanä até a foz do Trairäo; RioRiozinho, da foz ao granito da Serra de Um Dia;Rio Vermelho, de sua barra no Riozinho até acachoeira da Serra da Casa de Pedra; Rio Xingu,principal mente em terras à margem direita entreo igarapé Bom Jardim e Araraquara; ainda noXingu, a montante do igarapé Triunfo e ao longodo baixo e médio curso deste igarapé.
2.2.5.4.4. Geocronologia
"Os granitos pós-cineméticos tipo Serra dosCarajés (1.700 MA) näo afetam as rochas ande-si'ticas Sobreiro, atingindo entretanto a baseFormacäo Rio Fresco cortada por diques dovulcanismo écido-intermediério e esse episódiomagmâtico teve seu apogeu por volta de1.600-1.700 MA", Basei (18) (1973).Outra refe-rência é na érea do maciço Velho Guilhermecorn o granito (± 1.400 MA) corta um dique deandesito da fase superposta pelo vulcanismoIriri.
1/61
TABELA XII I
Minerais
Plagioclâsio
Augita
EpfdotoCarbonates
Argilosos
aorita
Opacos
Frag, de AndesitoFrag, de Chert
Frag, de Quartzito
Quartzo
FeldspatoZircäo
PistacitaZoisita
Uralita
Serieitaöxido de Ferro
HornblendaTitanita
PT-40ACC-Z
X
X
X
x'
X
X
X
—
—
-
-
-
-
—
—
—
—
—
-
—
PT-24
AP-239
_
-
-
-
-
-
X
X
X
X
X
X
X
X
—
—
—
—
-
—
XinguViana
60
40
X
-
-
X
X
—
—
-
-
-
-
—
X
X
X
-
-
—
A mostras
PT-45AN-408
X
-
X
-
-
-
-
-
—
-
X
-
-
-
—
-
—
X
-
—
AA-109
PT-71B
—
X
X
X
-
X
X
-
—
-
X
X
-
—
-
-
—
-
X
X
PT-71C
AA-110
X
-
-
-
-
-
X
-
—
-
-
-
-
—
—
—
—
-
X
—
2.2.5.4.5. Petrografia
As amostras coletadas (PT-40A GC Z, Xin-gu/Viana, AA-109, AA110, PT239 e AN 408)representam 4 andesitos e 2 tufos andesfsticos(Tabela XIII).
Os andesitos têm textura predominantementepilotaxftica, sendo que também é encontradatextura porfirftica (AA-110), constitufdos fun-damental mente por plagioclâsio bastante altera-do (só permitindo sua identificaçao como labra-dorita-andesina-calcita na amostra Xingu/Vianna), augita, com excecäo da AA-110, emque a calcita nâo ocorre e sim hornblenda. Osacessórios sâo epfdoto, saussurita, sericita, clo-rita, uralita, carbonatos, quartzo, esfeno e opa-cos. Fenômenos de propilitizaçao sâo observadosna amostra AA-109.
As rochas tufâceas (2) sâ*o constitui'das defragmentes de andesito, chert e quartzito, bemcomo de quartzo e feldspato. Ocorrem pistacita,zoisita, epfdoto, quartzo de neoformaçao(PT 45 AN 408), opacos e zircâo (PT 24 AN 239),sendo que na amostra PT 45 AN 408 o plagioclé-sio é a andesina.
2.2.5.5. Formaçao Iriri
2.2.5.5.1. Generalidades
A SUDAM/Geomineraçao (21) (1972) fez a pro-posiçao do nome Formaçao Iriri para o conjuntode vulcanitos âcidos, ignimbritos, piroclasitos eintrusivas associadas, que identificou no rioIriri, afluente pela margem esquerda do Xingu.No referido trabalho ficôu evidenciada a vas-
I/62
tidäo desse vulcanismo de carâter riol ftico-rioda-cftico.
Consideramos neste trabalho riolitos, dacitos,piroclästicas, ignimbritos, granófiros, conglome-rados graisenizados e delenitos como pertencen-tes à Formaçao Iriri.
2.2.5.5.2. Relaçao Estratigrâfica
As vulcânicas Iriri superpôem a Formaçao So-breiro e sâo sobrepostas pela Formaçao Gorotiree intrudidas por granitos do tipo Velho Gui-Iherme.
As relaçôes de contato corn Sobreiro (predomi-nantemente andesftica) sâo melhor verificadasna local idade Sobreiro (Rio Fresco), no trechodas Très llhotas (Rio Xingu) e no vale do igarapéTriunfo. A superposiçâo pela Formaçao Gorotireé marcante no rio Riozinho (Cubencranquém),alto rio Vermelho (na base da Serra da Casa dePedra) e na Serra do Pardo.
As intrusôes de granitos circulares sâ*o destaca-das em: Sâo Francisco—Bom Jardim. Triunfo,Bom Destino, Rio Vermelho e Ananas—PortoSeguro.
As vulcânicas Iriri também estâo em contatocom o embasamento poli metamorf ico (Com-plexo Xingu) e com o Grupo Grâo Para.
2.2.5.5.3. Distribu içao na Area
Em nosso trabalho mapeamos a Formaçao Iriri,desde o Rio Iriri (a NW), cruzando o Xingu nosetor de Cocraimoro e o Rio Riozinho a sul dacachoeira de Um Dia, até à faixa envolvente aSerra de Cubencranquém, ocupando uma ârea deaproximadamente 37.000 km2 mais ou menoselongada NW-SE.
2.2.5.5.4. Geocronologia
Os resultados de Amaral (12)0971) e Basei
(18) (1973) apresentam isócronas de referênciapara os riolitos de 1.645 ± 83 MA e 1.693± 21 MA, respectivamente, o que vem confirmar,utilizando este método, a idade desse vulcanis-mo.
2.2.5.5.5. Petrografia
Desta unidade foram coletadas 32 amostrasrepresentadas por riolitos, dacitos, piroclâsticas,ignimbrito, riodacito, granófiros e conglo-merados granitizados. Foram também amos-tradas 2 brechas de falha (PT 48 AL 1 ePT87JB/G01).
Riolitos — Estas rochas (8) têm textura por-firftica, com fenocristais de quartzo (exceto naPT 69D Ml 12) e feldspato alcalino, sendo que oquartzo apresenta as vezes fenômenos de cor-rosâo magmética. A matriz é micro a criptocris-talina, deixando transparecer, as vezes, partesvftreas, de natureza âcida. A amostraPT85EMI 15.1 em certos locais apresenta-secom uma textura microgréfica a esferulftica.
Os minerais que ocorrem como produto dealteraçâo e acessórios, sâo predominantemente,argilosos, opacos, zircâo, sericita, clorita, os maisraros sâo fluorita (PT69DMI 12), biotita (PT72A AV 04) e muscovita (? ) (PT 87 JB/G 02).
Dacitos — As 5 amostras coletadas apresentamtextura porfin'tica, sendo observadas texturaspilotaxftica somente na KKM CC/2. Os feno-cristais, sâo de plagioclâsio (variando de albita alabradorita) as vezes zonados a biotita(PT82xgMI 17.1). A mesóstase é fina, com-posta fundamentalmente de quartzo e feldspato.Os mâficos sâo hornblenda (PT 94 JB 03 ePT 82xg Ml 17.1) augita (PT 21 AN 405) e bio-tita (corn exceçâo da KKM CC 2). Os mineraisde alteraçâo e acessórios sâo carbonatos, clorita,apat i ta , opacos, zircâo (PT 94 JB 2,PT 21 AN 505) e argilosos (PT 94 JB 3).
Delenito — A ûnica amostra coletada
I/63
TABELA XIV
Amostras
Minerais Constituintes
Plagio- Bio-
Quartzoclasio tita tita blenda
Apa- Horn- Opa- Felds- Clo-
cos patos ritaEsfeno
Epi- Carbo- Argi- Seri-
doto natos
Feldsp. Musco- Fluo-
Zircaolosos cita Alcal. vita rita
Augita
Frag.
de
Rocha
PT-87xgMI-17.1
PT-94-JB 03
KKM-CC-02
PT 4C AP 246
PT-85EMI-15.1
PT-87 JB/G 02
PT-69DMI-12
PT-68 AN-400
PT-72A AV-04
PT-72C AV-06
KKM-CC-05
PT-46A CC-X
MI-7
PT-25B
PT-25A
PT-87 G/JB-02.1
8/VIA 10-69
PT-68A ÀN 401
PT-49A M I-32.1
PT-49A M1-32
115/263
PT-94 JB-4
121/287
8/VIB 10/69
JW-15
PT-21 AN-405
x
x
X
X
5024x
X
X
-
X
-
-
-
-
X
-
-
-
X
X
-
-
-
-
X
x*
-
X
-
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
3725X
X
X
X
X
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
X
-
-
X
-
-
-
X
X
-
X —
X X
X —
X —
X —
X —
X —
X X
X —
X —
X —
X —
X X
X X
X X
X —
X —
X —
X —
X X
X —
X —
X —
X —
X X
— X
X —
X X
X?
X
X
X
X —
X —
— X
X —
X —
— X
X —
X —
— X
— X
X —
X —
X X
X —
X X
— X
X —
X —
X —
24
X X
X X
X X
X X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1050X
X?
X?
Existe vidro nas amostrasFragmentos de riodacito, traquito e çhert.
(PT94JB04), é porfiri'tica, com oligoclâsio eortoclâsio. O primeiro esté freqüentemente zo-nado e alterados a argilosos e serecita. A matriz émuito fina sendo o quartzo urn dos principalsconstituintes, e o principal mâfico a biotita. Emmenores quantidades aparecem clorita e mus-covita. Como produto de alteracäo e acessóriosocorrem apatita, epi'doto, titanita, opacos e car-bonatos. Para oeste, bacia do Jamauxim, é bemmarcante a presença de delenitos, BRASIL.SUDAM/Geomitec/(22) (1972).Piroclâsticas — Das 6 amostras coletadas (5) säotufos e a restante uma brecha. Dentre aquelas asamostras PT 49 A MI 32 e MI 32.1 säo cineritos,com matriz vitroclâstica, com fragmentos devidro e fenoblastos de quartzo, feldspato alca-lino, biotita, carbonato, fluorita, apatita e zir-cao, estando os mesmos orientados preferencial-mente com o comprimento maior paralelo àestratificacäo de rochas. Filetes de vidro (hialo-triquitos ou cabelos de Peleé), apesar do estégiode vitrificaçao ainda säo visi'veis. Acham-sefortemente impregnados por óxido de ferro.
A amostra 8/VI-A (tufo de cristal) apresentaabundantes fenoblastos (quartzo, ortoclâsioplagioclésio sódico) envoltos por uma matrizmicrocristalina a vftrea. Alguns fragmentos derocha de composicäo quartzo-feldspatica ocor-rem. Epi'doto, opacos, zircäo e sericita säo rarosacessórios.
A amostra 115/263 é uma brecha vulcânicaformadas por fragmentos de dimensöes de lapillie cinzas, sendo que os blocos e lapilli säoenvolvidos por uma matriz de cinzas e cristaiscomposta de quartzo e feldspato envolvidos pormaterial fino felsi'tico e óxido de ferro. Osfragmentos de rocha säo predominantemente deriodécito e mais raramente "piroclasitos", tra-quitos e chert. Classificada duvidosamente comotufo riol ftico a amostra PT 68 AN 401 temmatriz vi'trea em fase de devitrificacäo, combastante impregnacäo de óxido de ferro, écortada por veios de quartzo com alguma calcita,apresentando-se silicificada, sendo que o felds-pato (ortoclâsio) apresenta-se em avançado es-tâgio de alteraçâo.
Ignimbritos — As amostras MI-7, PT 25A e25B , apresentam estrutura de fluxo bem desen-volvida, sendo a matriz micro a criptocristalina;Fenocristais de feldspato alcalino (totalmentealterado a uma massa micâcea, quartzo e opacos)e oligoclâsio (alterado a quartzo, carbonatos esericita) encontram-se imersos em matriz onde aestrutura de fluxo é salientada pelo alinhamentodos micrólitos de óxido de ferro. Como aces-sórios ocorrem esfeno, albita, epi'doto e clorita.
TABELA XV
QuartzoFeldsp. Ale.MicrocrtnioOrtoclâsioPlagioclésioSericitaCloritaMuscoviteCarbonatosÓxido de FerroArgilososOpacos
PT-46BMI/CC 1
X
-
—
X
X
X
X
-
X
X
X
X
Amostras
PT-881CAA-107
X
X
—
X
X
X
-
X
—
X
X
X
PT-71 BAA-108
X
X
—
-
X
-
X
-
—
X
X
X
PT-65AV-02
X
-
X
-
X
X
-
-
—
X
-
X
Granófiros — As 4 amostras coletadas apresen-tam textura granof frica,compostas predominan-temente de quartzo e feldspatos alcalinos(microclfnio e ortoclâsio), ocorrendo subordi-nadamente plagioclésio sódico. Os feldspatosestäo localmente alterados a sericita e argilosos emais raramente calcita. Säo hololeucocrâticossendo que os mâficos säo rara biotita e opacos.Ocorre ainda muscovita, clorita e mirmequitos,A amostra AA-107 apresenta caracten'sticas deaplitos.
Conglomerados Graisenizados — Essas rochas (3)mostram evidencias de granitizacäo, em que numamatriz grani'tica (quartzo/feldspética) observam-se seixos e granulös de quartzo microclfnio eplagioclésio sódico (124/287), sendo que nessa
I/65
mesma amostra, estao argilitizados e sericitiza-dos, com alguma muscovita na matriz, porém naamostra 8/VI B-10/69 a matriz granitizada ébem mais evidenciada e composta de quartzo(37%), plagioclàsio sódico (50%), microclfnio(10%), epfdoto (2%), muscovita (1%), clorita,zirclo, opacos, argilosos e sericita, denunciandoclaramente composiçâo granodiorftica para amesma.
2.2.5.6. Corpos Intrusivos
2.2.5.6.1. Diques
2.2.5.6.1.1. Intermédiares
Diques de andesitos sâo constantes na ârea deinfluência do Grupo Uatumä advindos principal-mente do evento Sobreiro. Na verdade a maioriados diques que cortam a Formaçao Rio Frescosâo correlacionâveis à Formaçao Sobreiro.
2.2.5.6.1.2. Acidos
Relacionando ao que foi dito para ös diques deandesito, o reconhecimento da faixa de Uatumâmostrou pouca incidência de diques de riolito daFormaçao Iriri.
2.2.5.6.2. Granitos
Existe uma quase contemporaneidade entre asmanifestaçôes vulcânicas e corpos granfticos tipoSerra dos Carajés. Por outro lado os granitos tipoVelho Guilherme sâo certamente posteriores aoseventos vulcano-sedimentares do Grupo Uatumâ.
2.2.6. GRANITO DA SERRA DOS CARAJÂS
2.2.6.1. Generalidades
O granito tido duvidosamente por Knup (59)(1971) como intrUsivo no Grupo Grâo-Parâ foi
entâo denominado informalmente decentral"
'granito
HIDROSERVICE (SUDAM) (51) (1973) deno-mina Granito da Seringa a duas intrusöes ocor-rentes a SW da Serra da Seringa.Trabalhos de campo bem como fotointerpreta-çâo em imagens de Radar e fotoinfravermelhoindicaram a presença mais generalidade destesgranitos bem como relaçôes précisas com rochasdo Grupo Uatumâ e demais unidade na ârea.
A utilizaçâo do nome Granito da Serra dosCarajâs é justificada pelas seguintes razôes:
— Foi na Serra dos Carajâs que primeiramente severificou a existência desta geraçâo de granitos;
— É aC que as melhores relaçôes estratigréficasestâo visfveis;
— Sua estreita relaçâo corn os depósitos de ferroimpede maior confusâo.
2.2.6.2. Posiçâo Estratigrâfica
Em CVRD/CMM (29) (1972) encontramos amençâo de que "hé indi'cios de metamorfismonp ponto de contato entre o granito e o arenito,este ultimo que parece ser localmente transfor-mado em quartzito em que a matriz originalsericftica de granulaçâo fina recristalizou paraformar muscovita relativamente grosseira".
Nesse trabalho "o arenito" é tido como Gorotireo que viria a recuar a Formaçao Gorotire para ociclo Transamazônico de acordo corn os dadosgeocronológicos obtidos para o granito.
Neste relatório é indicado que a seqüênciacléstica mapeada corn Gorotire na Serra dosCarajâs trata-se de uma seqüência terrfgena debase da Formaçao Rio Fresco (membro Azul).
O granito ocorrente na Serra dos Carajés éintrusivo na base desta seqüência, conforme
I/66
denunciam as apófises que ele emitiu. nestes are-nitos e o metamorfismo de contato jâ descrito ecorroborado por verificacöes de campo.
Este maciço é intrusivo também em rochas doGrupo Grâo-Paré embora as relaçoes pontuais,sejam desconhecidas.
Na Serra da Tocandera, maciço de mesmagéraçao afeta por tectônica de bordo e termo-metamorfismo os sedimentos do membro Naja,da Formaçao Rio Fresco, bem como rochas doGrupo Grâo-Parâ.
2.2.6.3. Distribuiçâo na ârea
Oito maciços na ârea, foram agrupados sob adenominaçâo de "Granito da Serra dos Carajâs":
- Maciço da Serra dos Carajés
• Maciço da Serra da Tocandera
• Maciço da Serra da Areia Branca
• Maciço da Serra do Tukre
• Maciço da Serra da Seringa
• Maciço da Serra Sâb José
• Maciço da Cachoeira de Um Dia
• Maciço da Serra da Lua Nova
SB.22-Z-A
SB.22-YD/Z-C
SB.22-Y-B/Y-D
SB.22-Y-D
SB.22-Z-A/Z-C
SB.22-V-D
SB.22-Y-D
SB.22-Y-B
Sâo corpos com expressao superficial "amebi-fornrie" a grosseiramente circular; a dimensâomaxima é encontrada no granito da Serra daSeringa (cerca de 65 km) e a m mima no granitoda Serra dos Carajâs (corn cerca de 25 km emseu eixo maior).
2.2.6.4. Geocronologia
Amostras do maciço da Serra da Seringa foramdatados por Basei (18) (1973) que encontrouem K/Ar1810MA e em Sr/Rb 1708 MA e1614 MA.
O Granito da Serra dos Carajâs foi datado porGomes et alii (43) (1971) e SUDAM/HIDRO-SERVICE (op. cit.) fornecendo em K/Ar (an-
fibólio) cerca de 1.800 MA. Segundo Basei(op. cit.) a isocroma de referência para a Forma-çao Iriri é de cerca de 1.700 MA o que permitelocalizar o "evento" Granito da Serra dosCarajâs como pré-vulcànismo.
A isócroma de referência, Basei (op. cit.), obtidapara o Complexo Xingu, cerca de 1.660 MAadmite a inclusâo de amostras representativas dogranito da Serra da Seringa e indica tambémserem estes granitos pos-cinemâticos eéquivalentes ao "rejuvenescimento" generalizadodas rochas do Complexo Xingu.
2.2.6.5. Petrografia
As amostras estudadas (TabelaXVI) permitemdéfinir estes maciços como granfticos a grano-diorfticos corn tendência alasquftica, preferente-mente biotfticos.
TABELA XVI
Minerais
Quartzo
Ortoglâsio
Albita
SericitaPlagioclasio
Epidoto
Hornblende
Biotita
Apatita
Zircäo
Fluorita
Feldsp. Ale.
Opacos
Clorita
Argilosos
N1/N4/
S11-6,5
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
-
-
-
X
Jlv-Z
X
-
-
-
X
-
X
X
-
-
—
X
X
-
—
Amostras
PT53RC
G-02
35
60• -
X
3--
2-
X
X
-
X
X
—
PT-74RC
G-01
30
40-
X
10
--
2-
X
-
X
X
X
X
PT95
JW02
35
25-
X
35-
• -
2-
X
-
X
X
X
X
* — com pertita + microelfnio.
Os granitos têm textura hipidiornórficargraiuilar,c o m p o s t o s e s se ne i a I m en t e deortoclâsio-microclina (60%) na amostra
1/67
(PT 53-RC/G-02); ortoclâsio pertita (40%) naPT74 RC/G01; quartzo (30-35%) microclina(18%), na PTRC/G01; oligoclâsio <3-10%) ebiot i ta (2%), sendo que na amostraN1N4/S11-6,5 ocorre hornblenda, que prédo-mina sobre a biotita. Os minerais acessórios e dealteraçâo säo clorita, zircäo> opacos, sericita,a rg i l osos (PT 74 RC/GO1) apatita(N1/N4/511-6,5) e fluorita (com excecäo daPT 74 RC/G 01 ). A amostra PT 53 RC /G 02, foiclassificada como granito subvulcânico. A amos-tra PT 95A JW 02, foi classificada como grano-diorito, apresentando textura hipidiomórficagranular, e é composta de quartzo (35%) ané-drico, algo arredondado, as vezes inclusos nosfeldspato; oligoclésio (35%) subédrico.macladossegundo a lei Albita ou Albita-Carlsbad; raramicroclina, biotita (2%) oxidada e parcialmentecloritizada. Ocorrem como acessórios zircäo eopacos.
2.2.7. GRANITO VELHO GUILHERME
2.2.7.1. Generalidades
Mais de duas dezenas de corpos granfticoscirculares foram detectadas na imagem de radar.Estes corpos estäo localizados principalmentenas Folhas SB.22-Y-A, Y-B, Y-C e SC.22-X-A.
Sao normalmente pequenos maciços, circulares,com diâmetro variando entre 4 e 10 km, comcaracterfsticas subvulcânicas.
De urn modo geral estäo muito arrasados eintensamente fraturados, as cupulas graiseniza-das ou com "stockworks" portadoras de cassite-rita, tantalita, topâzio e fluorita, literalmentedestrui'das. A concentracäo ocorre em aluviöescircunvizinhos e nos vales instalados na fraturasdesses corpos.
2.2.7.2. Posiçâo Estratigréfica
A unidade mais jovem cortada por estes granitosé a Formacäo Iriri, do Grupo Uatumä.
Sob o ponto de vista geotectónico, esses granitosestanfferos estäo condicionados a:
— Localizacäo marginal ou preferencialmentedentro da provmcia vulcânica écida e interme-diâria;
— Situaçao ao longo ou na intersecäo de falha-mentos;
Outro dado a mencionar é que a Provfncia dosgranitos subvulcânicos, circulares cratogênicos,da margem oriental do Craton do Guaporé, säomais antigos que os granitos circulares da pro-vmcia estanffera de Rondônia — K/Ar 930 —970 MA.
2.2.7.3. Distribuiçâo na Area
Dentre as estruturas circulares detectadas, ascitadas (Tabela XVII) se destacam face ao maiornumero de dados disponfveis.
Velho GuilhermeAgua AzulMocamboS. Francisco—Bom
JardimAnanas—Porto
SeguroBom DestinoTriunfoGradaûs MaiorGradaûs Menor
TabeU
Lat. 6° 48'Lat. 6° 53'Lat. 6° 51'
Lat. 7° 01'
Lat. 7° 24'Lat. 6° 17'Lat. 6° 33'Lat. 8° 40'Lat. 8° 43'
i XVII
30"S e30"S e30"S e
30"S e
50"Se0O"Se20"S e30"S e10"Se
Long. 51° 09'Long. 51° 13'Long. 51° 57'
Long. 52° 15'
Long. 52° 67'Long. 53° 37'Long. 530 02'Long. 50° 58'Long. 50° 54'
50"30"55"
30"
40"00"20"30"50"
WGrWGrWGr
WGr
WGrWGrWGrWGrWGr
2.2.7.4. Geocronologia
A geocronologia da amostra RM-9 do GranitoVelho Guilherme pelo método Rb-Sr em rochatotal, forneceu 1.384 ±58 MA; Basei (18)(1973) dado este consentâneo, com as relacöesestratigréficas do Grupo Uatuma, sendo este e osdemais granitos subvulcânicos circulares, tipi-camente cratogênicos, posteriores ao paroxismovulcânico écido, pois as isocrónas de referênciados riolitos säo da ordern de 1.645 ±83 MA,
I/68
Amaral (12) (1971), e 1.693 ± 21 MA segundoBasei (18) (1973).
2.2.7.5. Petrografia
Dois tipos principais se destacam no conjunto:
— maciços de composiçâo grani'tica corn nûcleosgranodiorfticos (Velho Guilherme).
— maciços francamente granodiorfticos (Gra-daüs).
2.2.7.5.1. Maciços tipo Velho Guilherme
O Granito Velho Guilherme, cujo nome foi pornós estendido a todos os "granitos" da mesmageracäo na area, apresenta-se como uma rochacom tendência alasqui'tica. A grande maioria dosmaciços cai nesta categoria. Sua composiçâovaria de amostra para amostra, ficando seusintervalos conforme:
TABELA XVIII
Constituantes
QuartzoFeldsp. Aie.PlagioclâsioBiotitaCloritaOpacosHornblendaMuscovitaSericitaFluoritaZircâoEpidotoArgilosos
RM-5
27,744,610,514,4
X
X
(? )
(?)
X
(? )
X
X
X
Amostras
RM-7
35,634,526,8
2,9X
X
(? )
(?)
X
(? )
X
X
X
RM-9
40,626,229,0
4,0
X
X
(? )(? )
X
(?)
X
X
X
FMVG-007
206810
2
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Macroscopicamente sao rochas inequigranulares,de cor rosa a acinzentada, de granulaçâo média,compostas de feldspatos alcalinos, plagioclâsio,biotita, quartzo e opacos.
Trabalhos desenvolvidos pela concessionéria daarea indicam uma média de intervalos da biotitaentre 3% e 5%. Pela composiçâo vê-se que narealidade trata-ss de urn corpo corn diferencia-çào petrogréfica indo de granito a granodiorito.
0 quartzo apresenta-se anédrico com extincäoondulante. Os feldspatos alcalinos s§o represen-tados por microcli'nio pertitizados (subsidiaria-mente ortoclâsio) e levemente alterado a argi-losos. Hé indicios de metassomatose alcalina narocha. 0 plagioclâsio é sódico (albita-oligoclésio)corn lamelas de macla encurvadas, parcialmentesubstitui'do por feldspatos alcalinos. Acha-sebastante alterado a sericita. A biotita acha-secloritizada. A hornblenda é rara como a musco-vita que se associa a biotita. Os acessórioschegam a perfazer 1% da rocha.
Esta intrusao provocou o aparecimento do horn-felses formados a base de quartzo, cordieritasilimanita, plagioclâsio sódico, biotita, clorita eopacos.
2.2.7.5.2. Maciços tipo Gradaûs
No oeste da Folha SC.22-X-À, na Serra Gradaûs,ocorrem dois corpos circulares intrusivos nosquartzitos do fâceis Tocanderas do Grupo Grâo-Parâ.
Referencias sobre tais corpos devem-se a Barbosaet alii (14) (1966) que dizem: duas ocorrênciasmorfologicamente peculiares na mesopotâmiaAraguaia—Xingu. A primeira situa-se na FolhaSC.22-D nas cabeceiras do Rio Inajâ, afluente doAraguia. Trata-se de uma depressäo quase circu-lar, de 5 km de diâmetro, no sopé de umamontanha de quartzitos : e cercada de umadelgada sedimentaçao terciâria (Tp). Pode serque essa morfologia corresponda a uma chaminévulcânica".
0 corpo maior tem 6 km de diâmetro e cujascoordenadas sio 8° 40'00" e 50° 58' 30" WGr,o menor tem aproximadamente 3 km de diâ-
I/69
metro e as coordenadas säo 8°43'20"S e50° 55' 40" WGr.
O corpo intrusivo maior apresenta-se arrasado.aparte central com uma cobertura de solos, semqualquer afloramento.
Proximo à periferia aflora sob a forma dematacöes uma rocha quartzo-feldspética. Osquartzitos circundantes exibem indfcios de me-tamorf ismo termai.
O corpo intrusivo menor nâo foi amostrado, massobrevoado de helicóptero, mostrou feicöes se-melhantes ao primeiro, o que nos leva a aventara possibilidade de ter a mesma composiçaopëtrogréfica do primeiro.Com referenda a corpos circulares intrusivossemelhantes aos da Serra do Gradaüs, cabemencionar que na Folha SB.22-Y-D, ocorremdois corpos circulares "intrusivos" em quartzitosdo Grupo Gräo-Parä, cujas feicöes observadas naimagem de radar, permite-nos sugerir tal analo-gia.
Macroscopiçamente apresentam-se com corbranco-leitosa a creme, mosqueada por biotita.
A textura é inequigranular, de granulaçâo médiaa grosseira.
Sua composiçâo varia no seguinte entorno: oquartzo (35%), plagioclésio (60%) microcli'nio,biótita, hornblenda, clorita, opacos, esfeno eargil osos.O quartzo se apresenta em cristais anédricos,localmente corn extinçâo ondulante.
O feldspato alcalino é o microclfnio estandoprofundamente alterado a minerais argilosos.
O plagioclâsio possuindo tendência ao euedrismoacha-se bastante zonado e igualmente alterado aargilosos.
Os méficos sâo pouco abündantes, predominan-do ai' a biotita parcialmente alterada a clorita.
Esta intrusâo provocou metamorfismo de con-tato sobre os metassedimentos db GrupoGrâo-Parâ.
Este hornfelse macroscopiçamente apresenta-secom granulaçâo fina a muito fina, cor cinza-mosqueado. É composto por quartzo (35%),feldspato (25%), biotita (20%), muscovita(20%), opacos, zircâo e argilosos. Os feldspatosslo representados tanto por alcalinos quanto porplagioclâsios.
A alteraçâo sobre estes minerais a argilososimpede maior determinaçâo.
2.2.7.6. Consideraçôes Gérais
Sob o ponto de vista metalogênico esses granitospodem apresentar os seguintes fécies mineraliza-dos:
— Biotita-granitos com columbita, zircäo, etc;— Albita-riebeckita com pirocloro;— No fâcies à riebeckita e biotita, com colum-bita e pirocloro;— Fâcies graisenizados favoréveis à mineralizaçâode wolframita, molibdênita, berilo espodumênioou lepidolita.
Alguns elementos traços caracterfsticos de grani-to e estanho segundo Willwock e Issler (9.8) (99)(1971); Gotman &' Rub (45) (1961), foramencontrados nas estruturas, sâo vistos na tabela:
Elemento ppmA mostra
R M - 5R M - 7
TABELA
B
2 .2
Zr
1575
XIX
Y
10050
Sn
1015
Pb
2050
F*
—
Embora nab tenha sido détermina*) fluor nas amostras eleesta presente uma vez que sao encontrados nos aluviôes daarea inûmeros cristais de topâzio.
É frequente a mineralizaçâo destes maciços,principalmente a cassiterita e topézio. Embora aescala de mapeamento nâo permitisse maiores
1/70
detalhes sobre estas estruturas, dados fornecidospelo 59 Distrito Norte (DNPM) mostram possuira cassiterita da Serra do Velho Guilherme asseguintes caracterfsticas:— granulaçao fina a média conforme distância dogranito;— anâlises quantïtativas para minerais pesados deamostras ali tomadas, apresentam os resultadosconstantes na tabela seguinte:
TABELA
alii (14) (1966), aos sedimentos pcorrentes emrestos isolados de ambos os lados do Xingu, doparalelo 6° a 10° S e na bacia do Rio Fresco. Onome advém de um grupo de mdiosCaiapósedaserra próxima ao aldeamento (P.l. Gorotire)desses fndios.
Oliveira (68) (1928) noticia pela primeira vez aocorrência de "pontas de serras escarpadas cons-xx
Amostra
C M R - 1
CMR - 2
C M R - 3
Magnetita
3.98
0.01
llmenita
X
1.02
Estauralita
0.04
Monazits
4.800.12
Rutilo
2.88
Cassiterita
Peso
85.00
88.30
98.85
Cassiterita
Volume
80.0
91.3
92.0
— teor de estanho metélico na cassiterita daordern de 72%.
Duas anâlises qufmicas de amostras colhidas peloDNPM na Serra do Velho Guilherme forneceramos seguintes val ores.
TABELA XXI
SiO2
AI2O3
Fe2O3
Fe O
MnO
Mg O
Ca O
Na20
K20
TiOjP2O5
H20(+)
H20 (-)
C02
Total
67,9%
13,1%
2,4%
3,1%
0,2%
1,4%
2,3%
6,3%
0,3%
74,2%
13,3%
0,3%
0,4%
0.1%
0,6%
4,3%
4,8%
0,05%
97,00% 98,05%
2.2.8. FORMAÇAO GOROTIRE
2.2.8.1. General idades
A denominaçâo Gorotire foi dada por Barbosa et
titufdas por um arenito branco" antes de sechegar a Novo Horizonte. Proximo a essa locali-dade, Oliveira (op. cit.) encontrou um dique dediabâsio cortando os arenitos, o que o levou asugerir uma idade Triàssica para estes, ainda queadmitisse a fragilidade do argumento.Ramos (86) (1955) foi o primeiro autor a ater-secorn detalhe aos sedimentos Gorotire, sendo-lhe,alias, atribui'da a autoria desta denominaçâoBarbosa et alii (op. cit.). Na oportunidade ocitado autor chama "a atençâo para a extraor-dinâria semelhança litológica dos arenitos daSerra de Gorotire, principalmente pelo seu ca-râter caoli'nico — conglomerâtico, corn os are-nitos de idade devoniana inferior que constituema formaçâo Serra Grande, na bacia Piauf—Ma-ranhâo". Lembra também a semelhança entre amorfologia de suas escarpas e as do arenitoOei ras, Formaçâo Cabeças. Alias, Ramos (op.cit.) utiliza a denominaçâo "Formaçâo SerraGrande? " em seu esboço.
Barbosa et alii (op. cit.) apresentam uma seçâona Serra de Gorotire indicando af uma espessurade cerca de 300 m. Descrevem também umconjunto de sedimentos representado por ar-cósios finos, arenitos muito finos, jasperóides,calcedonitos e siltitos corn intercalaçâo de es-tromatólitos silicosos, èstratificaçao cruzada, a
1/71
que chamaram "Formaçâo Cubencranquém".Esses autores admitiam para esta Formaçâo ummmimo de 400 m de espessura.
2.2.8.2. Posiçâo Estratigrâfica
Na Serra de Gorotire, Barbosa et alii (op. cit.)viram a seguinte sucessâo: (1) arenito grosso,caoh'nico seixoso; (2) arenito grosso caulmico,estrati fi cacao diagonal; (3) arenito médio, cau-lmico, estratificaçâo diagonal; (4) arenito duro,pouco caulmico delqados veios de quartzo-hialino (5) bancos de arenito duro, pouco ounada caulfnico; (6) bancos de arenito caulmico,grosso; (7) bancos de arenito duro, pouco cau-lmico; (8) arenito grosso, corn linhas de seixosmiûdos e outros dispersos, mergulhando de18-11°, para o interior da serra, com interca-laçoes de "black sands" e arenitos finos emicâœos.
As rochas da Formaçâo Gorotire acham-se do-bradas segundo os eixos normalmente NW comcaimento para SE.
Nâo tendo sido constatado qualquer discor-dância entre as formaçoes Gorotire e Cuben-cranquém, quer no campo quer nas imagens deRadar, malgrado a afirmaçâo de que "a forma-çâo Cubencranquém é discordante da FormaçâoGorotire, conforme mostram muito bem asfotografias aéreas" descrevemos aqui como For-maçâo Gorotire o conjunto formado por aquelasduas unidades de Barbosa et alii (14) (1966).Situando o infcio da deposiçâo de sua unidadeCubencraquém concomitante com o infcio dosdobramentos Gorotire, afirmam que face a estesincronismo "em certos lugares elas sâo aparen-temente concordantes". Na verdade o inversoocorre, isto é, localmente hâ uma aparentediscordância entre algumas porçoes da FormaçâoGorotire, devido à estratificaçao diagonal edobramentos diferenciais. Seus contatos infe-riores sâo discordantes corn as unidades doGrupo Uatumâ, e com o Complexo Xingu e porfalha com o Grupo Grao-Paré.
Apenas uma unidade Ihe cobre na érea — a
Formaçâo Triunfo que além de näo dobrada,tem sua discordância corroborada por urn espes-so conglomerado basal.
2.2.8.3. Distribuiçâo na Area
A maior distribuiçâo conti'nua desta formaçâoocorre na Serra de Cubencranquém e nas Serrasde Gorotire e da Casa de Pedra.
Ocorre ainda numa faixa predominantementeNNW na Serra de Gradaûs, na Serra da Paz,seguindo dai' paralelo ao rio Xingu, pela margemdireita até pouco ao sul do Cocraimoro quandoos sedimentos Gorotire passam a se restringirapenas à marqem esquerda daquele rio, forman-do urn cordao alongado na direçâo N 30° —40° W, conhecido como Serra do Uacatâ. Apartir dai'vai aflorar apenas na Serra do IgarapéPardo, afluente sinistro do Rio Xingu.
Cartograficamente ocorre nas Folhas SC.22-V-A,V-B, SB.22-V-C, Y-A, Y-B, Y-C, Y-D, Z-A e ZC.
2.2.8.4. Geocronologia
Apesar de nâo haver estudo geocronológicodireto sobre rochas de diques nesta unidade, aidade das vulcânicas em 1.600-1.700 MA fun-ciona como limites mâximos para a FormaçâoGorotire, sobreposta as vulcânicas.
2.2.8.5. Litologias
A amostragem realizada nos dommios destaunidade revelou a presença de arenitos, arenitosfeldspéticos, siltitos, conglomerados, arenitosconglomeréticos, argilitos e quartzitos, comotambém de brechas de falha (PT 81 GL/01 e02).
Arenitos — As amostras coletadas, em numerode 14, apresentam cores creme-violeta a creme,cinza, róseo claro, avermelhada, pre-dom inantemente duras e raramente • f riéveis emaciças, as vezes com estratificaçao cruzada,
I/72
granulaçâo variando de fina a grosseira, sendo afina mais comumente observada. Motfoscopica-mente mal selecionadas a moderadamente sele-cionadas, revelando, arredondamento que variadesde anguloso a regular (AP 42A e 42B).A matriz é constantemente argilosa, apresen-tando algum feldspato jâ avançado estégio dealteraçâo. Por terem sido estudadas ao micros-côpio, as amostras Ml 2, Ml 3 e Ml 4 mostramuma mineralogia mais detalhada e composta deseridta, muscovita (corn exceçâo da MI 3) frag-mentos de rocha ou quartzo feldspâtica (Ml 4)opacos (com exceçao de Ml 3), clorita (exceçaode Ml 4), sendo que a amostra Ml 3 apresentamicroclfnio, plagioclésio, pertita, biotita e zir-câo, perfazendo bem menos de 10%.
As 5 amostras de arenitos feldspâticos sâo decores variéveis; cinza-creme, róseo e violécea,duras e friâveis, predominantemente maciças, asvezes estratificadas, matriz argilosa e cimentosilicoso; mal selecionada,subangulares,granulaçaofina a grossa (PT 83 JB 6). Os feldspatos ocor-rem em torno de 10%, sendo que a muscovitaobservada na PT 85 W Ml 15.2 é bastante rara. Oóxido de ferro é encontrado em todas asamostras e os opacos só na PT 87 JB 5.
Duas amostras de siltitos de cores creme, creme--acinzentada a prêta (provavelmente devido aomaterial carbonoso), argilosas, duras, compactas,sendo que a AA 111 é algo laminada, micromi-câcea, com pequenas cavidades drusiformes pre-enchidas por quartzo. Aparecem formas quelembram tubos de vermes (? ) e que se encon-tram preenchidas por material quartzo feldspato(? ). Nessa mesma amostra sâo observadas mar-cas de onda.
O arenito conglomerético é representado pelaamostra PT93N Ml 18, de cor avermelhada,dura, maciça, granulaçao grossa, com quartzo,raros feldspatos e fragmentos de rocha (? ). Malselecionàdo, grâos subarredondados a subangu-losos, cimentado por sflica, que também pre-enche as f raturas.
O conglomerado,(amostra PT 72N Ml 10.1),édecor esbranquiçada.duro, maciço,com seixos dequartzitos, matriz areno-argilosa, cimentado porsflica.
Uma ûnica amostra de quartzito (Ml 6) é de corcreme a rósea, granulaçao fina, de texturagranolepidobléstica, constitui'da de quartzo(70%), sericita-muscovita (25%), minerais argi-losos e zircao, havendo óxido de ferro dissemi-nado.
As duas amostras de argilito PT 84B AV 07, sâode cor rósea a avermelhada.
2.2.9. FORMAÇAO TRIUNFO
2.2.9.1. Generalidades
Quando da realizaçâo do Projeto Iriri—Curué,BRASIL. SUDAM/GEOMINERACÄO - (21)(1972) foram estudadas ao longo do Riozinhodo Anfrfzio, afluente do Iriri, exposiçoes de umaseqüencia de sedimentos psef îticos e psamfticos.Estes Ultimos, em estratificaçâo de canal ouindicando uma inversao na seqüencia normal desedimentaçâo, jacentes diretamente sobre o em-basamento granftico (Complexo Xingu) e sem amenor evidência de metamorfismo. Foi naquelaocasiâo denominada de "Formaçao Riozinho doAnfrfzio" e correlacionada tentativamente àFormaçao Gorotire, definida por Barbosa et alii(14) (1966). Estas exposiçoes ocorrem na Fol haSB.21-X-D, imediatamente a oeste da area abran-gida por este relatório. Através do estudo minu-cioso de imagens de Radar (SLAR), fotosinfravermelho e verificaçoes de campo, foi obser-vado que esta unidade tem continuidade paraEste, principalmente nas folhas SB.22-V-A,SB.22-V-C. Entâo procuramos correlacionâ-lacorn as aflorantes na Folha Araguaia (SB.22),baseados nos seguintes critérios:
— semelhança litológica
— posiçâo estratigrâfica
I/73
TABELAXXII
Minerais Constituintu
Amostras Feld'
Quartzo spatos
Alc.
Plagio-
clésioSeri- Clo-
cita rita
Musco-
vita
Frag.
de
Rocha
Bio-
tita
Felds-
pato
total
Argi-
losos
Óxido
de
Ferro
Apa-
titaChert
Opa- Micro- Orto- Zir- Epi- Turma-
cos clina clasio cäo doto lina
AP-42A x
AP-42B x
PT-48 A CC 1 x
PT-62MI26 x
PT-72 N Ml 10 x
PT-83 JB 06 x
PT-84 JB 07 x
PT-84 C AV 8 x
PT-88 B Ml 8 x
PT-91 Ml 4 80
PT-92 Ml 2 80
PT-92 Ml 02.1 x
PT-92 Ml 3 90
PT-93SEAA100 x
PT-93 W AV-01 x
PT-87 (Px) JB 5 90
PT-85WMI15.2 x
PT-93 N Ml 18 x
PT-91 Ml 5 x
Cach-KKK AA 111 x
PT-84 B AV 07 x
PT-82 Ml 16 x
PT-72 N Ml 10.1 x
PT-85 B Ml 11 x
PT-89 Ml 6 70
PT-63 Ml 25 x
— x
— x
— X
— X
— — X
10— X
— X
— X
25* -
X X X X X
: inclui muscovita.
— continuidade f (sica
— caractères estruturais
— expressäo topogréf ica
Morfologicamente esta seqüência déstica cons-titui platos de relativa extensäo, secundariamen-te morros isolados à semelhança de "ilhas" ouentäo morros alongados; em todos os casos comescarpas ravinadas. A NW da Folha SB.22-Y-A oplatô desta formaçao, nas adjacências do igarapéBala, toma a morfologia de morros alongados,seguindo para norte na Folha SB.22-V-C edispondo-se ainda na Folha contfgua SB.21-X-D,estabelecendo uma continuidade ffsica incontes-tâvel.
Os trabalhos de campo efetuados nas areas emquestao, revelam uma analogia tanto na litologiacomo na posiçâo estratigrâfica, como veremosadiante.
A par de todas essas similaridades e em vista dasexposiçoes, na regiäo atravessada pelo igarapéTriunfo, apresentarem relacöes lito-estratigréficae estruturais marcantes, principalmente no queconcerne ao melhor exemplo da presença dadiscordância com a Formaçao Gorotire, pro-pomos neste relatório a denominaçao de Forma-çao Triunfo, a esta seqüência, em substituiçâo aotermo "Riozinho do Anfn'zio"
2.2.9.2. Posiçâo Estratigrâfica
A horizontalidade desta formaçao é modificadalocalmente pela presença de falhamentos, geral-mente NE-SW e NW-SE. Estes fatos säo eviden-tes a NE da Folha SB.22-Y-A pela presença defalhas normais a norte do igarapé Pombal, ondeos efeitos de cizal hamentos säo bem conspfcuos.Algumas exposiöes ao longo do Rip Xingumostram evidências de perturbaçâo tectônica.Litologicamente existe semelhança entre a For-maçao Triunfo e a Gorotire, mas seus parâme-tros estratigréficos-estruturais säo diametralmen-te opostos, o que nos possibilita afirmar que saounidades diferentes.
Aliâs, a similaridade litológica entre elas jâ fezcom que pesquisas anteriores as considerassemuma mesma unidade.
A Formaçao Triunfo corresponde à fase poste-rior da transgressâo que depositou sedimentosda Formaçao Gorotire e a tectônica que defor-mou esta unidade.
Devido ao movimento epirogenético positivo docraton, houve râpida e intensa erosäo, comdeposiçâo desta unidade nas zonas negativas, eformaçao de conglomerados, arenitos e siltitos,que evidenciam as variaçoes tectônicas durante aerosâo, transporte e deposiçâo.
O posicionamento estratigrâfico é sobreposto àFormaçao Gorotire; a presença de seixos dearenitos ortoquartzfticos tipo Gorotire corroboraa idade mais nova do Triunfo com relaçâo àFormaçao Gorotire. Do mesmo modo quanto àpresença de seixos de rochas granîticas, itabirf-ticas e vulcânicas, com outras unidades marcada-mente mais antigas.
Os depósitos desta formaçao säo tipicamente decobertura e sua idade é tentativamente colocadano Pré-cambriano Superior B, como a Gorotire,porquanto nâo existem elementos que a correlà-cionem corn a Formaçao Prosperança, Paiva (72)(1929), do Cambro-Ordoviciano, com a quai tempouca semelhança.
2.2.9.3. DistribuiçSo na Area e Litologiâs
As exposiçoes da Formaçao Triunfo mostram-semelhor representadas nas Folhas SB.22-Y-A eSB.22-V-C, nas cercanias dos igarapés Triunfo ePombal, secundariamente mas FolhasSB.22-V-A, SB.22-V-D, SB.22-Y-B e SB.22-Y-C.
A Formaçao Triunfo constitui uma seqüênciaclâstica, continental, de cobertura de platafor-ma, de idade pré-cambriana (? ) e näo dobrada.
I/75
Na Folha SB:21-X-B, vizinha à area deste rela-tório foram descritas as seguintes ocorrências:
— No Riozinho do Anfrfzio, afluente do RioIriri, aflora extenso soalho de conglomeradogrosseiro, de caréter petrom ftico, com seixosarredondados de vulcanicas écidas, quartzitos eitabiritos, dispostos em matriz arenosa, rosa--avermelhada. Hâ gradaçao para arenitos rosados,de grâo medio aparentemente sotopostos aoconglomerado, sugerindo uma inversäo na se-qüência normal de sedimentaçâo (seg. ProjetoIriri— Curuâ). Aventamos a possibilidade de es-tratificaçao de canal para estes arenitos. Parajusante foram assinalados no mesmo trabalhopacote de arenito alinhados segundo N30W, comestratificaçao de canal. Para sul, na FolhaSB.21-X-D, ocorrem:
— Na mesopotâmia Iriri—Curuâ, a sul da loca-lidade Entre-Rios aflora um conglomerado decor avermelhada, com seixos de até 5 cm dediâmetro de rochas vulcanicas e quartzo leitosos,com predominância de vulcanicas. A matriz écomposta de areia grossa.
- A NW da Folha SB.21-X-D afloram arenitosortiquartzfticos, róseos e amarronzados, finos amédios, ligeiramente feldspâticos, graos subarre-dondados e com estratificaçao cruzada.
Dentro da aYea mapeada jâ foram estudadosafloramentos em vérios pontos, dentre os quaiscitamos:
— no morro do Oxi, margem direita do Rio Iriri;consta de arenitos rosados, sem orientaçao dis-tinta, estratificados sub-horizontalmente, soto-postos a siltitos, endurecidos com "clay balls",de cor avermelhada-escura, devido ao alto teorde óxido de ferro (seg. Projeto Iriri—Curué).Esta seqüencia esté sobreposta à Formaçâo Iriri(vulcanicas);
— as margens do igarapé Triunfo estâo expostosarenitos ortoquartzfticos, pouco caulmicos, ho-rizontais, conglomeration, corn seixos de itabiri-tos e vulcanicas;
— a sul do igarapé Pombal foi descrito umconglomerado petrom ftico, com seixos de quart-zo e granito corn diâmetro até 3 cm. Matrizarenosa grosseira, carâter horizontal;
— a leste da Serra Sao José foram identificadosnos trabalhos de campos sedimentos nftida-mente horizontais.
As margens do Rio Xingu, foram estudados peloProjeto Cobre—Para, os seguintes afloramentos,que na oportunidade foram correlacionados àentao Formaçâo Cubencranquém:
— na cachoeira do Remansinho, Rio Xingu,encontra-se conglomerado encaixado em arenitp,apresenta pedregulhos e calhaus de quartzo,arenito quartzftico e itabirito. A altitude doarenito é de 250 para N5OE;
— acima do Rebojinho, aflora arcósio de colo-raçâo cinza-escura, bem estratificado, fino, duro,com mergulho suave para leste;
— na Serra Encantada, margem esquerda do R ioXingu, expöem-se arenitos de coloraçâo branca,avermelhada ou amarelada, duros, médios, bemcimentados, corn altitude de 220 para N50°E.
2.2.10. FORMAÇÂO TROMBETAS
2.2.10.1. General idades
Deve-se a Derby (32) (1898) a descriçao formaidos sedimentos da Formaçâo Trombetas, osquais ele referiu ao"terreno Siluriand'que cons-titufa "o primeiro membro da série Paleozóicado Amazonas. . . " Como localidade tipo indicou,no Rio Trombetas uma zona ". . . de quatro acinco milhas, formando a primeira cachoeira eparte da segunda" e ainda "um morro de cercade 100 métros de elevaçâo chamado Oiteiro doCachorro, situado à margem direita do riomesmo nome, um pouco acima de sua desembo-cadura no Trombetas". Em urn e outro localobservou ele, o contato inferior da FormaçâoTrombetas discordante sobre as rochas crista-
l/76
linas da regiäo; referindo-se ao Oiteiro do Ca-chorro, assinala que: "a parte inferior destemorro é composta de felsito acima do quaJapresentam-se as camadas silurianas..." e àsegunda cachoeira: "na parte inferior da segundacachoeira, chamada Vira Mundo, estas rochasrepousam sobre o syenito". Calculou a incli-naçâo das camadas em aproximadamente 5° nosentido SSW e a espessura total da formaçâo em" . . . cerca de 300 métros". A descriçâo daFormaçao na localidade tipo é a seguinte: "ocarâter das camadas é notavelmente uniforme.Estas compöem-se quase exclusivamente de gresduro, argiloso e micâceo dispostos em lages finasde poucos cent f métros de espessura, -porém comalgumas camadas maciças de gres puro. A cordeste gres varia muito, sendo ora branco, oraamarelo, vermelho e purpüreo, predominando,porém, urn torn avermelhado mais ou menoslistrado e matizado. Os calcérios faltam porcompleto e os schistos säo raros e poucosimportantes.. .". Ainda na cachoeira do ViraMundo coleciorïou inûmeros fósseis (Cefaló-podes, Gastropodes, Lamelibrânquios, principal-mente), e no Oiteiro do Cachorro restos deplantas que julgou serem "Fucóides ou Algas".
2.2.10.2. Posiçâo Estratigrâfica
A Formaçao Trombetas cobre uma érea muitorestrita da Folha Araguaia (SB.22): cerca de200 km2. Na érea em apreço jaz diretamentesobre o Complexo Xingu. Aqui nâo hé qualquerunidade que se Ihe sobreponha fisicamente,embora mais para norte (NE e NW) seus con-tatos superiores sejam também discordantes,Caputo, Rodrigues e Vasconcelos (26) (1971).Sua idade inferida paleontologicamente, é Silu-riana Inferior.
2.2.10.3. Distribuiçâo na Area
A Formaçao Trombetas ocorre na porçâo noro-este mais extrema, confinada à margem esquerdado Rio Uruaré.
2.2.10.4. Litologias
No gérai é constitufda- por arenitos de granu-laçâo média a grosseira com leitös conglomeré-ticos cinza-claro e amarelo. Folhelhos ocorremem pequenas camadas interestratificadas aosarenitos e nâo tem expressao no conjunto daformaçao.
Melhores informaçoes sâo prestadas no relatórioda Folha Belém — (SA.22) onde a unidade afloraem grandes extensoes.
2.2.11. FORMAÇAO PIMENTEIRAS
2.2.11.1. General idades
O nome Pimenteiras foi usado pela primeira vezpor Small (91) (1914), quando se referiu ascamadas de folhelhos que af loram nos arredoresda cidade de Pimenteiras, no Estado do Piauf. Osfolhelhos fariam parte da seqüência de rochasdenominadas "Série do Piauf" por ele considera-da permiana, estratigraficamente superior à"Série da Serra Grande". Small portanto modi-ficou a estratigrafia proposta em 1913 quandojulgou a "Série da Serra Grande" cretâcea, acimados "Arenitos de Campo Maior" que incluframas camadas Pimenteiras.
2.2.11.2. Posiçâo Estratigrâfica
A Formaçao Pimenteiras nesta érea se sobrepoeem discordância aos micaxistos e quartzitos doGrupo Araxé. O contato superior com a For-maçao Pedra de Fogo é também discordante.Evidências dessa discordância sao encontradas aosul de Colinas de Goiés, 7 km a oeste da RodoviaBelém—Bras f I ia, onde na base da FormaçaoPedra de Fogo hê um conglomerado que incluigrandes blocos dé quartzitos do Grupo Araxâ.Trata-se de uma unidade sedimentär marinha deéguas rasas e fossil ff era.
I/77
2.2.11.3. Distribuiçâo na Area 2.2.12.2. Posiçâo Estratigrâfica
Esta unidade aflora em todo flanco oeste daSinéclise do Maranhâo—Piauf, numa faixa alon-gada na direçao norte-sul que se estende desde oparalelo 9°S até o paralelo 59S formando, emGoiés, a serra das Cordilheiras a oeste de Guaraf,Presidente Kennedy, Colinasde Goiâs. Esta faixade afloramento é cortada transversalmente pelasestradas Guaraf -^ Couto Magalhâes (Goiés) eWanderlândia—Xambioâ (Para). Hâ boas expo-siçoes do Piménteiras na rodovia Transamazô-nica, alguns quilômetros a oeste do Rio Ara-guaia. Para.
2.2.11.4. Litologias
• As amostras coletadas représentant! folhelhosargilosos de cor vermelho-tijolo, bem estratifi-cados, com baixa fissilidade e siltito argiloso,cor creme-rosado, boa estratificaçâo, algo seri-ci'tico.
Dados bibliogrâficos registram a Formaçao Pi-menteiras como constitufda de folhelhos decores variegadas, predpminando os tons cinza-es-curo, avermelhado, roxo, micéceo, contendonódulos e leitos oolfticos piritosos. Arenitosfinbs e siltitos, de cores claras, finos interca-lam-se em folhelhos para o topo da Formaçao.
2.2.12. FORMAÇAO LONGÂ
2.2.12.1. Generalidades
O nome Longâ foi introduzido por Albuquerquee Dequech (3) (1946) para designar os folhelhosque afloram no vale do rio Longé ao norte doestado do Piauf. Colocaram os "Folhelhos doRio Longé" no Oevoniano Campbell; Plummer;Brazil, (25) (1948) referiram-nos ao Carbonife-ro, imediatamente sobrepostos à Formaçao SerraGrande. Blankennagel (20) (1952) estabeleceu aposiçao estratigréfica correta do Longé, s"ituan-do-o acima da Formaçao Cabeças e abaixo dossedimentos do Carbon ffero.
O contato superior, da Formaçao Longé com aFormaçao Piauf, é concordante; corn a For-maçao Pedra de Fogo é discordante.
Polens e macrofósseis do Devoniano Superiorforam encontrados nesta unidade.
2.2.12.3. Distribuiçâo na Area
Foi mapeada no vale do Rio Tocantins e Rio doSono no extremo sudeste da érea, na regiäo dePedro Afonso, Goiés.
2.2.12.4. Litologias
Na Formaçao Longé predominam folhelhos pre-tos e castanhos; ocorrem também siltitos earenitos laminados (foto).
2.2.13. FORMAÇAO PIAUI'
2.2.13.1. Generalidades
Small (91) (1914) utilizou o termo "Série doPiauf" para designar toda a seqüência de rochaspaleozóicas da Bacia do Piauf—Maranhâo. Duar-te, in Messner e Wooldridge (64) (1964), cha-mou de Formaçao Piauf ä urrv conjunto derochasdo Pensilvaniano. A designaçâo FormaçaoPoti foi criada por Paiva (72) (1937) quandodescreveu uma seçao de arenitos e siltitos comrestos de plantas e finas camadas de carvaoencontradas na perfuraçâo n9 125 em Teresina-—Piauf. Kegel (56) (1953) reconheceu a For-maçao Poti em superffcie e através de fósseiscolocou-a no Mississipiano. Os trabalhos que seseguiram ao de Kegel mantiveram a divisâo dasrochas do Carbon ffero em duas Formacöes: Potie Piau f.
I/78
2.2.13.2. Posiçâo Estratigrâfica
Nos trabalhos do Projeto RADAM a FormaçaoPiau f compreende as rochas situadas estratigraf i-camente acima da Formaçao Longé é abaixo daFormaçao Pedra de Fogo. O nome Poti foiabandonado em virtude da regra de prioridadedo Código de Nomenclatura Estratigréfica.
Os contatos inferior e superior com a Formaçao'Longâ e Pedra de Fogo, respectivamente, sâoconcordantes.
A idade da Formaçao Piauf, inferida de seusfósseis é Carbon ffera.
2.2.13.3.. Distribuiçâo na Area
Aflora no extremo sudeste da érea no vale doRio Tocantins a norte de Tupirantins (Goiés) e asudeste de Araguafna (Goiés) nas FolhasSC.22-X-B e SB.22.Z.D.
2.2.13.4. Litologias
A Formaçao Piauf é constitufda de arenitosfinos e siltitos cinza, amarelo e avermelhado,bem estratificados. Ocorrem lentes de arenitoconglomerético geralmente corn estratificaçaocruzada.
2.2.14. FORMAÇAO PEDRA DE FOGO
2.2.14.1. Generalidades
Este nome foi usado pela primeira vez porPlummer et alii (81) (1946), para designar a"Formaçao de Sflex" e camadas com fósseis dePsaronius. A localidade tipo da formaçao foi oRiacho Pedra de Fogo, entre as cidades de PastosBons e Nova York, Maranhao.
Desde que Lisboa (60) (1914) datou os Psaro-nius como do Permiano, esta idade vem sendomantida. Plummer et alii (op. cit.), usaram o
termo Formaçao Motuca para designar os folheiIhos vermelhos corn leitos de anidrita queirepousam sobre o que ele chamou de Pedra deFogo, e que-foram descritos pela primeira vez nafazenda Motuca, entre Säo Domingos do Azei-tam e Benedito Leite, Maranhao. Hé uma grandesemelhança dessas duas unidades descritas, quesâo concordantes e diferem pela cor dos folhe-Ihos. Consideramos nos trabalhos do RADAM aFormaçao Motuca como urn fécies da FormaçaoPedra de Fogo.
2.2.14.2. Posiçâo Estratigréfica
O contato inferior com a Formaçao Piauf éconcordante havendo uma transgressâo paraoeste sobre as formaçoes mais antigas, quandoela recobre em discordância a Formaçao Pimen-teiras e as rochas que constituem o embasa-mento da Sinéclise do Maranhao—Piauf, como osxistos do Grupo Araxé, os filitos do GrupoTocantins e os granitos e gnaisses do ComplexoXingu. A transgressâo foi muito além da érea dedeposiçao da Formaçao Pimenteiras, cujo limiteatual forma uma linha mais ou menos norte-sulpoucos quilômetros à oeste das cidades deGuaraf, Araguafna e Wanderlândia, Goiés. Hétestemunhos isolados sobre o embasamento,próximos da atual borda, e outros muito maisafastados, como é o caso, da je referida manchade sedimentos Pedra de Fogo existentes a sul deMarabé (Folha SB.22-X-D). A espessura daFormaçao na érea mapeada varia desde poucosmétros até mais de 100 métros.
Após a deposiçao da Formaçao Pedra de Fogo,urn espisódio epirogênico a expos à erosaojuntamente com todas as formaçoes mais an^tigas. A proxima sedimentaçao foi de arenitoSambafba, que se Ihe sobrepöeem discordância,o mesmo ocorrendo com outras formaçoes maisrécentes como Orozimbo e Itapici'-u.
O Pedra de Fogo foi estudada por Lisboa (op.cit.) que datou-a do Permiano pela presença dePsaronius. Posteriormente um fossil de verte-brado, alguns restos de peixes, ostracóides e
I/79
lamelibrânquios, confirmaram esta idade.
2.2.14.3. Distribuiçâo na Area
Esta unidade aflora em uma faixa conti'nua dedireçâo norte-sul e largura Variando de 10 a40 km, ocupando a parte leste da area, entre osRios Tocantins e Araguaia. A faixa deafloramento é atravessada em grande extensâopela rodovia Belém—Brasflia no trecho quecompreende as cidades de Guaraf, PresidenteKennedy, Colinas de Goiâs, prolongando-se até aleste da confluência do Tocantins com oAraguaia. Excelentes afloramentos desta For-maçâo estao expostos na encosta da elevaçaoonde esxâ situada a repetidora Campo Alegre,da Embratel (Folha SB.22-Z-D). Aflora ainda emuma area isolada a sul e oeste de Marabâ.
2.2.14.4. Litologias
Esta unidade é constitufda por folhelhos esiltitos de cores predominantemente avermelha-da, roxa e rosa, bem laminados, pouco micâceos;intercalam-se camadas de arenitos f inos de coresclaras, calcériö e margas branco e amarelo claro,finas camadas de calcita e aragonita, além decamadas e lentes de gipsita; na parte superior héfolhelhos e siltitos vermelho purpura; é muitofrequente e caracterfstica a presença de camadase bancos dé s flex e a abundância de madeirasfósseis.
Foram coletadas 17 amostras, representadas porarenito. siltito, madeiras sihcificadas, folhelhos,conglomerados e calcériö.
Cinco amostras (MB 13.2, MB 13.1, MB 7.1,MB 7.2, MB10FB), representam arenitos malselecionados duros e friéveis, granulaçao varian-do de muito fina a média, matriz argilosa, gräossubangulosos a subarredondados, com feldspatoalterado (BM 13.2, MB 13.1, MB7.1 eMB10FB, calcffero (MB7.2),, predominante-mente maciços, micâceos, sendo a biotita e
clorita encontradas nas amostras BM 13.2 eMB 10FB respectivamente. Cimentadospor sfli-ca ou óxido de ferro e de cores cinza, róseo,marrom e creme. Rados opacos (MB 7.1 I.-As amostras de folhelhos (BM 10 JTB, AG 3 eAN 245) sao de cores variadas: bordeauxpardacento, creme, violeta, siltosa, micâceas(sericita e muscovita), estratificaçâo pianoparalelo e baixa fissilidade. A amostraMB 10 JTB encontra-se bastante alterada, che-gando a confundir-se com argilito.
Também foram coletadas 3 amostras demadeiras silicificadas (AA 205, 229 e CN 1500),sendo que esta ultima apresenta-se com incrusta-cöes mamelonares de óxido de manganês.
Os siltitos (Paleo-1, AN 238 e AN 243), säoargilosos, micéceos, com estratificaçâo poucopronunciada a maciça, cimentadosporcarbonatos(AA 243) sendo que nesta amostra observa-secalcita sob a forma de venu los ou cristaisIsolados. As cores sao variegadas em tonschocolate, cinza claro, creme e ocre.
Os calcârios representados pelas amostrasOPC 69 e AA 256, sâo duros e maciços, degranulaçao fina, argilosas, sendo observadoscristais maiores de calcita e algum quartzo queforma drusas e veios, A cor é cinza escuro.
A amostra (AA 265) é um conglomerado deseixos de silexito, siltito calcffero e calcedônia,serido a matriz constitui'da por s flex e quartzocom granulaçao de areia. Apresenta-se estrati-ficada com os eixos maiores dos seixosconcordantes com esta estratificaçâo. Arredon-damento e esfericidade muito baixos. O cimentoé carbonato de célcio e talvez gipsita. Corvariegada em tons avermelhados, creme, cinza,claro, róseo e esbranquiçado.
2.2.15. FORMAÇAO SAMBAI'BA
2.2.15.1. Generalidades
Plummer et alii (81) (1946), usaram pela primei-
I/80
ra vez o termo Samba fba para denominar omembro superior de sua Formaçâo Melancieirasdatada do Cretâceo. Campbell; Plummer; Brazil;(25) (1947/48) empregaram o mesmo nome paradesignar urn pacote de arenitos que ocorria sob odiabâsio, como membro da Formaçâo Enxu,também datada do Cretâceo.
O trabalho de Campbell (24) (1949), consideroua Formaçâo Pastos Bons de idade jurâssica,"estando abaixo do derrame de diabâsio", esubdividiram-na em 3 membros: Arenito Samba-i'ba, Membro Motuca e Membro Musinho. Luz(61 ) (1959) propos elevar o Arenito Samba fba àcategöria de Formaçâo, do mesmo modo que osoutros dois membros, passando Pastos Bons aconstituir um Grupo.
Messner e Wooldridge (64) (1964) consideraramo Arenito Sambafba como Formaçâo datando-ado Triâssico. A seçâo tipo desta formaçâo estaexposta na Serra da Vitória, em Sambafba,Maranhâo, fora dos limites da area compre-endida pelo mapeamento apresentado nestetrabalho.
2.2.15.2. Posiçào Estratigrâfica
Neste relatório o termo Sambafba refere-se a umconjunto de arenitos sobrepostos à FormaçâoPedra de Fogo e sotopostos ao derrame basâlticoOrozimbo.
O contato inferior com a Formaçâo Pedra deFogo é nitidamente discordante, gérai mentemarcado por* um conglomerado basal de seixosde sflex provenientes desta ultima Formaçâo.Excelentes afloramentos desta feiçâo poder serobservado na Belém—Brasflia, aproximadamente20 km ao sul de Colinas de Goiâs. O contatosuperior com a Formaçâo Orozimbo é tambémdiscordante. As lavas basâlticas derramaram-sesobre uma superffcie de erosâo muito irregulardo Arenito Sambafba. Este também é recobertoem discordância pela Formaçâo Itapicuru, aonorte de Araguantins, Goiâs. A espessura da
unidade na ârea é calculada em torno de 150métros.
Para a Formaçâo Sambafba é inferida uma idadeTriâssica pela sua posjçâo estratigrâfica entre aFormaçâo Pedra de Fogo do Permianö eFormaçâo Orozimbo, do Jurâssico a CretâceoInferior. Para estes sedimentos continentais deambientè desértico, estudos palinológicos, entre-tanto conferem-lhe idade Jurâssico—Triâssico
2.2.15.3. Distribuiçâo na Ârea
A Formaçâo Sambafba aflora em uma faixanorte-sul com largura maxima de 30 km, noextremo centro-leste da ârea entre as cidades deAraguantins e Araguafna. Esta faixa estende-semais para leste e as melhores exposiçôes destaformaçâo ficam a poucos quilômetros domeridiano 48°W, fora da ârea, a leste deAraguafna, Goiâs; na estrada para Filadélfia. Hâbons afloramentos na estrada Belém—Brasflia anordeste de Wanderlândia, Goiâs, principalmentena escarpa da elevaçao onde se situa a repetidoraSâo Joâo, da Embratel.
2.2.15.4. Litologias
Durante os trabalhos de campo toram coletadasalgumas amostras da Formaçâo Sambafba. Umatrata-se de silexito de coloraçâo cinza claro aavermelhado, apresentando cavidadesdrusiformes corn quartzo bem recristalizado;material argilo-siltoso envolve parcialmente aamostra.
Outra é um arenito ortpquartzftico de cörvermelho-tijolo, friâvel, de granulaçâo média afina, granulometricamente bem classificada,grâos foscos, bom arredondamento, esfericidaderazoâvel e levemente argiloso.
.Uma terceira, idêntica a segunda, denunciaestratificaçâo cruzada.
1/81
Esta unidade compoe-se de arenitos róseos eavermelhados, gris a amarelados, algo argilososcom intercalaçoes de delgados leitos de sflex.Localmente apresenta conglomerado basai, cons-titufdo por seixos dè quartzo e fragmentos desflex. A estratificaçâo cruzada é uma constante.
2.2.16. FORMAÇAO OROZIMBO
2.2.16.1. General idades
As manifestaçoes de vulcanismo toleifticö daSinéclise do Maranhâo—Piauf, foram estudadaspibneiramente por Lisboa (60) (1914).
Posteriormente a PETROBRÂS, obteve dados desubsuperffcie que em grande parte auxiliaram noconhecimento da extensäo das atividades vulcâ-nicas.
Mesner e Woldridge (64) (1964), teceramconsideraçoes petrogrâficas sobre os basaltos,mencionando os tipos, estruturas e espessuras,bem como compilaram urn mapa geológico, emescala 1:1.000.000. dos trabalhos da PETRO-BRÂS, onde as vulcânicas se destacam no bordoœste da sinéclise.
Barbosa et alii (14) (1966) no Projeto Araguaia,mapearam parte dos derrames basélticos dePorto Franco, Estreito e da margem oeste do RioTocantins (Tocantinópolis), indicando detalheserelaçoes estratigrâficas com os sedimentos dasinéclise.
Correa e Cunha (31) (1969) destacam no trechocompreendido entre Porto Franco e Estreito,très tipos petrogréficos de basaltos individualiza-dos. Descriçoes petrogréficas, anâlises qu f micas econsideraçoes petroqufmicas integram o tra-balho.
Sial e Menor (90) (1971), desenvolveram umestudo petrogréfico sobre os derrames de PortoFranco e Grajaû, onde se detêm no estudo daidentificaçâo dos tipos de basaltos que ali
ocorrem. Descriçoes petrogréficas, anélises quf-micas, consideraçoes petroqufmicas e geologiaeconômica constituem o trabalho.
A estratigrafia dos basaltos e diabésios dasinéclise do Maranhâo—Piauf, começou a sertratada de maneira mais detalhada a partir dotrabalho de Aguiar (1) (1969), que os separouem duas unidades: Mosquito e Sardinha. Oprimeiro séria do Triéssico Inferior e o segundodo Cretéceo Inferior, ficando entre os dois asformaçoes Pastos Bons e Corda, constituindo asquatro Formaçoes o Grupo Mearim. Ainda nomesmo trabalho a Formaçâo Mosquito foidividida em 5 membros: Basalto Inferior,Macapé, Basalto Médio, Tingui e BasaltoSuperior. As unidades basélticas foram todasdefinidas na érea Fortaleza dos Nogueiras —Barra de Corda — Grajaû.
Segundo Nunes; Barros Filho; Lima (67) (1973),a validade desta subdivisâo nao foi constatada.Pelo contrario, observou-se a existência de umaso fase de extensos derrames que cobriramgrandes areas. Essa unidade, de fundamentalimportância como elemento na subdivisâoestratigréfica, é mapeada nos relatório doRADAM, como Formaçâo Orozimbo por estarmuito bem representada nos arredores destalocalidade. A vila Orozimbo localiza-se naBR-230, Rodovia Transamazônica, entre ascidades de Sâo Joâo dos Patos e Pastos Bons, noMarantiio.
2,2.16.2. Posiçâo Estratigréfica
O contato inferior com a Formaçâo Sambafba édiscordante, sendo a superffcie de erosâo ondederramaram-se as lavas, bem irregular. Asmelhores exposiçôes dos basaltos e da superffciede contato corn a Formaçâo Sambaïba, estäo umpouco a leste do limite da érea deste relatório notrecho Belém—Brasflia, entre Wanderlândia-—Goiés e Estreito—Maranhâo. Encontram-sedentro da massa baséltica blocos englobados dearenitos e de siltitos alguns atingindo mais de
I/82
uma dezena de métros.
Em certos locais os basaltos recobrem direta-mente a Formaçâo Pedra de Fogo. Em nossaârea, a Formaçâo Orozimbo nâo é recoberta pornenhuma outra, porém ela esté estratigrafica-mente inferior a Formaçâo Itapicuru, tambémem discordância.
A espessura do Orozimbo é muito irregularprincipalmente porque esté entre duas superff-cies de discordância; além disso o topo daunidade aparece je erodido.
2.2.16.3. Distribuiçâo na Area
Os basaltos afloram em extensâo relativamentepequena nesta érea, apenas a norte e sudeste deAraguafna, Goiés e ao longo da RodoviaTransamazônica no trecho da margem direita doRio Araguaia. Aparecem ainda algumas éreas debasaltos na margem esquerda, porém semrepresentaçâo na escala. Estas âreas de rochasvulcânicas nâo estâo satisfatoriamente realçadasnas imagens do RADAM, de modo que essasrochas nâo puderam ter os seus contatos melhordelineados no mapeamento.
A maior érea de afloramento fica na partecentro-oeste, regiâo de Porto Franco, Estreito,Grajaû e Fortaleza dos Nogueiras. Daf deve terextensâo quase contfnua para leste até o vale doPamai'ba, estando porém recoberta pela For-maçâo Itapicuru nas Serras do Itapecuru e dasAlpercatas.
Além disto centenas de corpos tabulares sedistribuem em toda érea da Folha SB.22Araguaia e SC.22 Tocantins. Na ausência dedados que desdissessem, aliados a dados geocro-nologicos, estes corpos foram inclui'dos na For-maçâo Orozimbo.
2.2.16.4. Geocronologia
Foram feitas vinte dataçôes em amostras do
RADAM utilizando o método K/Ar, fornecendoidades em torno 120 a 180 milhoes de anos o queconfère ao Orozimbo uma idade de JuréssicoSuperior a Cretéceo Inferior. As dataçôes foramfeitas no C.P.Geo - U.S.P. e pèle WestwoodLaboratories - (New Jersey — USA). Hasui;Hennies; Iwanuch (51) (1972) apresentamidades juréssicas, pelo mesmo método em amos-tras da regiâo de Estreito e Porto Franco.
2.2.16.5. Petrografia
Sendo as exposiçôes desta unidade bem maisextensas nas éreas a leste a amostragemrestringiu-se grandemente aos corpos tabulares.Apenas duas amostras coletadas representambasaltos.
Os basaltos quando nâo alterados, sâo de coresprêta a verde escuro, tomando' diversos aspectosquando alterados: vermelho, róseo, amarelo ecores variegadas. Geralmente o intemperismo déformas de descamaçâoesferoidal. É frequente apresença de calcita e de amfgdalas preenchidaspor zeólitas, cujos cristais as vezes ultrâpassam10 cm. A textura é muito variével, podendo serdesde uma massa afanftica até eventualmenteuma textura tfpica de gabro.
A amostra CN 382 é um basalto amigdaloidal(calcita, quartzo, zeólitas e clorita), toleftico,constitufdo de plagioclésio nâo identificado(45%), augita (45%), zeólitas (7%), clorita (3%),opacos, uralita, iddingsita e saussurita. A matrizé intergranular sendo que o piroxênio eplagioclésio sâo subédricos a anédricos, estandoo piroxênio algo alterado a uralita e oplagioclésio saussuritizado, havendo algumamatéria vi'trea preenchendo os interstfcios entreesses minerais.
A amostra Ml-EST, que foi duvidosamenteclassificada como olivina basalto, é composta dalabradorita (45%), pigeonita (40%), olivina(10%), opacos, clorita e iddingsita.
1/83
TABEL.A XXIII
Minerai« Constituintas
A mostrasPlagio- Augi- Clo- Carbo-clôsio ta rita natos
Epf- Seri- Magne- Horn-doto cita tita- Blenda
Opa- Quar- Apa- Arç|i- Trem.-cos tzo tita losos act
Ura- Blo- Saus-lita. tita surita
Tita Pigeo- 01 i- Idding- Espl- Zeoli-nita nita vina sita nelio ta
PÏ-KKM-CC 01
AN-71
CN-94-2
CN-66
XB-07
PT-88-JW-5
MM-2
RF-67
AA-232
CN-71
JW-17
MI-20
CN-382
MI-EST
MB-18
MB-11
PT-33A-AA 122
AG-8
AG-5
CN-76
x50455045x45
50
45
45
50
50
45
45
40
45
45
50
45
x
22
20
45
7
x
39
45
10
45
15
25
45
50
45
45
40
x x
5 -
5 x
x —
10
x —.
5 x
x —
X —
8
5
3
x —
5* -
x —
X X
x 5
1520—35-5
——-2015--—---x
5553
x555545
xx57
1010
3xxX
X
1X
—
-
3X
-
-
—
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
— X
X —
X X
X X
5 x
— X
— X
X —
X — —
X — —
- 35 ?
— — — x- 40 10 x
45
x — — — —
1 Clorita + uralita' Uralita + biotita
A rocha ê microcristalinacom textura intergran-ular. O plagioclâsio e o piroxênio, saosubédricos, estando aquele pouco alterado,porém näo sendo identificados os produtos dealteraçao. A iddingsita provém da alteraçao daolivina.Dentre as amostras representativas de diabésios,6 apresentam profunda alteraçao (metamórfica? ) responsâveis pela impossibilidade da deter-minacäo da textura original e sao: AN 71, CN94.2, XB 07, MM 2, JW 17, e Ml 20. Todas saocompostas de plagioclâsio saussuritizados, augi-ta, hornblenda-uralita, clorita, opacos e quartzo,sendo que este ocorre somente em quantidadealgo significativa nas amostras JW 17 e AN 71,ambas com 3%. A tremolita-actinolita (5%),ocorre somente na amostra CN 94.2. Os acessó-rios sao biotita (Ml 20 e JW 17), apatita (nâoocorrendo na CN 94.2), epidoto (neo ocorrendona Ml 20), titanita (Ml 20 2 MM 2), carbonatos(MM 2 e CN 94.2) e argilosos (AN 71e MM 2).Efeitos cataclâsticos sao evidenciados na AN 71,onde observa-se trituramento dos minerais elamelas dos plagioclésios com algum encurva-mento.As 11 amostra restantes, tem textura predomi-nantemente subofftica (estando a CN 66, comtendencia porfiróide) e mais raramente intergra-nular (MM 4 e AG 8). compöem-se de labradorita(nas amostra PT KKM CC 01 e. PT 88C JW 5 oplagioclâsio näo foi determinado) augita, pigeo-nita (AA 232, AG 8) e opacos. Como prodütode alteracao dos piroxênios e plagioclésios, auralita e saussurita, respectivamente, oçorremnas amostras AA 232, RF 67, MB 11 e AG 8,onde só se observa uralita e PT 33A - AA 122,MB 18, MM 4 4 CN 66 onde ocorrem ambas. Auralita na amostra CN 71 chega atingir 5%.
Na amostra AA 232 a iddingsita (5%), Jeva asu por da existência de olivina, porém a mesmanäo foi iderïtificada.
A cïorita ocorre em quase todas as amostras comexcecäo das AA 232 e PT 33A - AA 122. Abiotita esté ausente nas PT 33AÀA 122, PT 88CJW 5, PT KKM CC 01 e MM 4. A sericita é rara
ocorrendo somente nas CN 66, MB 18, PT 67 ePT KKM CC 01. O quartzo nao ocorre nasamostras PT KKM CC 01. CN 71 e AA 232,sendo que na AG 8 forma intercrescimentomicrogréfico com o feldspto*,'nas demais é urnacessório raro. Os acessórios mais raros saoepfdoto, hornblenda, apatita e carbonatos, ma-gnesita e espinélio (? ).
2.2.16.6. Anélises Ou (micas
O numero de anélises qu f micas das lavas dasinéclise do Maranhäo—Piau f, usadas no presenteestudo, é bastante reduzida. Apresentamos aspublicadas por SIAL (op. cit.), cujos resuItados eprocedência constam da tabela XXIV.
No intuito de apresentarmos alguns dados com-parativos com as efusivas bésicas da Sinéclise doParané, foram calculados os paramétras de Jung(53) (1955) em lavas 'da Sinéclise do Mara-nhio-Piauf (Tabela XXV).
TABELA XXV
PF-1-E
R 80S 52
PF-B5
R 66S 54
Valores de " R "
PF-7C
7337
PF-X5
8633
e " S " das Anélises Qufmicas
PF-8E
7544
PF-A5
7436
PF-Z5
7136
PF-3E
7533
PF-3E
6832
PF-D5
8040
PF-2E
7852
PF-C3
7541
A Figura 3. T mostra o relacionamento do teorde SiOj das anélises qufmicas com urn valor R =100 x Ca 0 + K20 + Na20, calculado em cadaanélise, cujo conjunto de pontos, intersecta areta horizontal R=50, cujo valor de SiO* é iguaia 53. É fécil ver que este valor de " i " correspon-de ao mdice de calco-alcalinidade (alcali-line-index) de Peacock.
A classificaçâo da associacöes regionais segundoo método deste autor, aparece assim:
785
TABELA XXIV
ANALISES DE ALGUNS BASALTOS DE PORTO FRANCO E QRAJAÛ - MARANHAO
PF-1-E PF-7C PR-8E PF-25 PF-3E PF-2& PF-ÎE PF-X5 PF-A5 PF-3E PF-D5 FF-C3
SiOj
TiOj
AljOj
Fe203
FeO
MnO
MgO
CaO
Na2O
K 2 0
P2O5
CO2
S
CI
H20 +
H20
Total
50,101,30
11,00
4,24
5,76
0,00
6,70
9,30
1,10
1,20
0,09
48,901,30
10,06
5,267,14
0,00
7,30
8,80
2,00
1,20
0,06
48,501,20
11,90
5,77
7,83
0,00
8,10
9,00
1,62
1,30
0,04
48,301.15
11.10
5.77
7,83
0,00
8,60
8,30
2,10
1,20
0,20
48,201,30
12,70
4,59
6,21
0,00
6,80
8,00
2,50
1,20
0,09
49,401,30
14,00
4,59
6,90
0,00
7,40
9,20
1,20
1,30
0,09
50,101,30
13,10
5,10
7,36
0,00
7,90
8,80
2,00
2,40
0,04
45,701,37
11,50
5,41
6,90
0,00
6,60
9,50
0,97
0,48
0,41
49,301.20
13,10
5,10
6,90
0,00
8.10
9,80
2,10
1,20
0,06
48,401,30
10,60
5,10
6,90
0,00
7,20
11,30
2,40
1,20
0,09
47,401,20
12,30
5,10
6,90
0,00
7,60
10,80
1,60
1,10
0,04
49,601,40
13,00
5,26
7,14
0,00
7,60
9,60
1,80
1,30
0,04
2,206,90
99,89
0,903,70
99,16
0,903,70
99,86
2,602,00
99,15
2,006,30
99,89
1,104,10
99,20
0,061,50
99,20
,106,80
99,20
1,501,50
99,86
1,203,90
99.81
1,604,20
99,04
0,602,40
99,87
Procedência: as amostras PF-2-5 e PF-X6 sSo de Grajaû e as demais sSo de Porto Franco.
TABELA X X V I
Associaçôes — TipoDefinidas por Peacock
Câlcica
Cal co-Alcalins
Âlcali-Calcica
Alcalina
indice deAlcalinidade
61c e
51
Associaçôes doPresente estudo
Sinéclise do Parana
Sinéclise do Maranhâo—
Piauf
Conclui-se, pois, que os basaltos da Sinéclise doMaranhâo—Piauf, apresentam um fndice de alca-linidade classificével como uma associaçâo alcali— céleica.
A figura 3.2 mostra pontos do relacionamentodo teor de SiO2 nas anâlises qufmicas com umvalor S = 100 x K20/K20+ Na 2 0, calculado decada anélise, cujo conjunto M é quase todoenvolvido pelo conjunto maior P, representativedos valores de SiO2 e"S"dos basaltos e diabésiosda Sinéclise Maranhâo—Piauf e nâo mostramdiferenciados âcidos, ou por outra, ainda naoforam identificados e analisados quimicamente.
2.2.17. FORMAÇAO ITAPICURU
2.2.17.1. General idades
0 nome Itapicuru foi usado pela primeira vezpor Lisboa (60) (1914) quando chamou de"Itapicuru beds" aos sedimentos aflorantes noVale dos Rios Itapecurue Alpercatas ao norte dePastos Bons, Maranhâo, colocando-os com dû-vida, no Permiano.
Campbell; Plummer; Brazil (25) (1947/48) es-tudando a parte sudoeste do Estado do Mara-nhâo utilizaram o termo Formaçao Itapicuru,dividindo-a nos membros Arenito Serra Negra,"Indivisas" e Boa Vista, considerando-a Creté-ceo. Note-se que, no sentido usado por Camp-bell, Formaçao Itapicuru, corresponde à "SérieGrajaü" de Lisboa (op. cit.) e nâo as "Itapicurubeds" do mesmo autor.
2.2.17.2. PosiçSo Estratigrâfica
Neste relatório a Formaçao Itapicuru compre-ende as rochas sedimentäres situadas sobre oBasalto Orozimbo e abaixo da Formaçao Bar-re iras.
O contato inferior da Formaçao Itapicuru com oBasalto Orozimbo é discordante. Além disso aItapicuru cobre indistintamente a FormaçaoSambafba e rochas do Grupo Tocantins. Ocontato superior, com a Formaçao Barreiras, étambém discordante.
A idade da Formaçao Itapicuru, com base emfósseis, é considerada Cretéceo.
2.2.17.3. Distribuiçao na Ârea
Aflora no nordeste da érea, Folhas SB.22-X-B eSB.22-X-D, proximo da confluência do Araguaiacom o Tocantins, a leste de Marabé, Paré.2.2.17.4. Litologias
A Formaçao Itapicuru é constitui'da por arenitosfinos, avermelhados, rósëos, cinza, argilosos.ge-ral mente com estratificaçâo horizontal eocasionalmente cruzada, corn abundante silicifi-caçoes na parte superior.
2.2.18. FORMAÇAO BARREIRAS
2.2.18.1. General idades
Nâo se conhece precisamente a origem dadesignaçâo formai dessa un idade. Aparen-temente o termo Formaçao foi incorporado aonome descritivo "barreiras" usado para designaras falésias comuns no litoral brasileiro em muitasregiöes e cuja primeira referêneia vem da cartade Pero Vaz de Caminha, 1500, conformeOliveira e Leonardos (69) (1943).
2.2.18.2. Posiçâo Estratigrâfica
A Formaçao Barreiras foi mapeada em discor-
I/87
so
TO
•O
SO
4O
30
20
10
»o,%40 SO 83 M SO TO 60
3.1 Diagrama R dos Basaltos das Sinéclises do Parana e Maranhao-Piauf
90
80
70
•O
90
40
90
20
10
O
,' ! » "I p iII
/ p . » •'Ù. ' BASALTITO-LEtDLEITO-OACITO- OELENITO
s< _ , , ' 'feASALTO-OIABÂSIO
40 SO 60 70 80
3.2 Diagrama S dos Basaltos das Sinéclises do Parana e Maranhäo-Piauf
1/88
dância sobre todas as formaçoes estratigrafica-mente inferiores, É considerada dö TerciârioSuperior por sua posiçao estratigrâfica em rela-çâo as camadas de calcério fossil (fero Pirabas, doMioceno, as quais se superpöe diretamente.Neste relatório é usado este termo com talconceituaçao.
2.2.18.3. Distribuiçâo na Area
A Formacäo Barreiras aflora na parte nordesteda érea (Folha SB.22-X-B),onde forma platôssobre os sedimentos da Formaçâo Itapicuru.
2.2.18.4. Litologias
A Formaçâo Barreiras apresenta uma excepcio-nal variedade de tipos litológicos. As rochasvariam de argilito a conglomerado. As camadasora exibem estratificaçao perfeita, laminada.orasâo maciças, sem estratificaçao. De uma maneiragérai, entretanto, predominam arenitos finos esiltitos bem estratificados de cores vermelho,amarelo, branco, roxo, corn camadas de arenito
grosseiro e de conglomerado, geralmente comestratificaçao cruzada, intercaladas.
2.2.19. ALUVIÖES
A cobertura sedimentär recente, mapeada sob adenominaçâo generica de "Aluviôes" compre-ende depósitos aluviais consolidados de variadagranulometria. Estes sedimentos tem pouca ex-pressao nos Vales dos Rios Iriri, Xingu, Fresco,Bacajâ, Anapu, Tuerê e Itacaiünas ao contrarioda marcante expressâo, notadamente, na con-fluência do Rio Tocantins corn o Araguaia, nasvizinhanças de Marabâ (Paré) e de Araguacema(Goiâs).
Estas aluviôes vem apresentando enriquecimen-to em minerais pesados tais como ouro,diamante, cassiterita, ilmenita, magnetita,turmalina, zircâo, estaurolita, silimanita, cianita,hornblenda, e rutilo, monazita, columbita etantalita. Estudos de detalhes poderâo delimitarcampo aluvionares prospectivos, além dos jeexplorados para ouro (Naja), diamante (Tocan-tins—Araguaia), diamante e cassiterita (Branco).
I/89
3. ESTRUTURAS
3.1. Estruturas Regionais
A anâlise das imagens de radar e os trabalhos decampo demonstraram na Polhas AraguaiaSB.22 e Tocantins SC.22, a existência defeiçoes estruturais com amplitude regional.
A séçâo Pré-Cambriana exibe feiçoes carac-terfsticas de proœssos tectonomagmâticos e desedimentaçâo de crâton, geossinclinal e siné-clises.
O craton do Guaporé, na sua porçao oriental éconstitufdo por metamorfitos de médio a a(tograu, denominado de Complexo Xingu, queorientam-se segundo NW e mesmo E-W. Osmergulhos das estruturas planares e lineares dosmetahnorfitos variam de vertical a 20°, ora paraNNE e SSW. O sistema de falhas, fraturas edemais feiçoes, aproximadamente ortogonaisentre si, orientam-se segundo NW e NE, comvariaçoes para NNW, WNW, ENE e menosproeminente NS.O embasamento, Complexo Xingu, deve teratingido a sializaçâo através de orogeneses muitoantigas, cuja idade possivelmente seja superior a3000 MA, Ciclo Guriense.
Existem dados que revelam ter este embasa-mento sofrido "rejuvenecimentos" posteriores(Ciclo Transamazônico, efeitos termicos correla-cionâveis aos eventos vulcanicos do Grupo Uatu-mâ).
A Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins, é cons-titufda pelos Grupos Tocantins, Araxâ e "Ser-pentinete Belt" (ofiolitos). O Grupo Araxâter-se-ia desenvofvido no sulco eugeossinclinal; oGrupo Tocantins na porçao miogessinclinal. Oscorpos ultramâficos estâo em ambos os Grupos
Os metamorfitos apresentam atitudes concor-dantes e muito constantes com direçao NS aNNW, com mergulho preferenciai para leste evalores variéveis entre 30° e 80°.
Regionalmente a Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins e "Serpentine Belt" truncam asfeiçoes estruturais do Complexo Xingu, estabe-lecendo uma discordância angular.
As relaçoes de campo indicam que essa faixaorogênica tenha sido edificada através de umaorogenèse, "Araguaides"; a idade séria superior a2000 MA, entretanto tais dados nao tem apoiopreciso nas dataçoes geocronológicas feitas di-retamente em rochas dessa faixa.
O Grupo Grao-Parâ, sobrepoe ao ComplexoXingu através de uma discordância erosiva.Espacialmente esse Grupo ocupa uma zona detransiçao entre o bordo do craton e a porçaogeossinclinal.
Os metamorfitos ricos em ferro e metabasitosespilfticos formam urn sinclinório orientadosegundo a direçao NW-SE. Essa estrutura éafetada por uma falha transcorrente — Falha deCarajâs — possivelmente dextral, corn extensaosuperior a 200 km. Falhamentos paralelos bemcomo falhas menores orientadas segundo a dire-çao NE e NS, afetam toda a estrutura. O GrupoGrao-Parâ apresenta-se dobrado, corn eixosorientados segundo a direçao NW e atingida porfalhas NNW e NE. A atitude dos metamorfitosdessa unidade é bastante variada, originada pelosefeitos conjugados de dobramento e falhamento.
No conjunto gérai o grande anticlinório doGrupo Grâo-Parâ, orientado segundo a direçaoNW-SE, estabelece um truncamento regionalcom a faixa Orogênica Araguaia—Tocantins,orientada segundo a direçao NS e NNW, estabe-lecendo uma inconformidade.
Os dados geocronológicos indicam que essaunidade estabelecida através de uma orogenèse,"Carajai'des", tenha idade de aproximadamente2000 MA.
Cessados os movimentos orogenéticos, o Cratondo Guaporé, foi sede de um intenso evento
1/90
vulcano-sedjmentar com um episódio de plu-tonismo cratogênico.
O Grupo Uatuma, corresponde a este evento.Espacialmente ocupa uma vasta superffcie dis-posta predominantemente no rumo NNW,transgredindo metamorfitos do Grupo Grâo-Parâ, Os limites setentrionais, situam-se além damargem direita do Rio Fresco até Sao Félix doXingu, prolongando-se através da margem direitado Rio Xingu até ser sotoposto pela FormaçâoTriunfo a oeste de Sao Francisco. Os limitesmeridionais dâo-se por uma linha irregular con-tomando a Serra da Paz, atravessando o RioXingu, e dispondo-se em ambas as margens doRio Iriri, até o limite oeste da Folha SB.22Araguaia.
O Grupo Uatumâ mostra um sistema de falhas,fraturas e demais feiçoes tectônicés menores,aproximadamente ortogonais entre si, orientam-se segundo NW e NE, corn variaçôes para NNW,WNWeENE.
O padrâo tectônico exibido pelo Grupo Uatumaé tipicamente urn efeito ocasionado por movi-mentos anorogênicos de distensâo que se estabe-leceram após estâgio de "vulcanismo subséquen-te" ou "quasicraton".
A geocronologia do Grupo Uatuma, situa-noentre Ï380MA a 1800MA; corresponde a umciclo tipicamente anorogênico.
Após um perfodo erosivo, começa a sedimen-taçâo da Formaçao Gorotire sotoposta discor-dantemente a Formaçao Triunfo, que trans-gressivamente recobrem rochas do G ru posUatumâ, Grâo-Parâ e Complexo Xingu. Sâoformaçôes com caracterfsticas de coberturä^
A Formaçao Gorotire apresenta-se encaixada emblocos falhados, corn atitudes mpdificadas pelosmovimentos das falhas, inclusive corn feiçoes dedobramentos. Essa formaçao foi atingida poresforços de direçâo NW ou WNW.
A Formaçao Triunfo sobreposta à Formaçao
Gorotire, mostra-se subhorizontal mente, eatingida por falhamentos NEe NW.
Bordejando a Faixa Orqgênica Araguaia—Tocantins começou o processo-de instalaçâo daSihéclise do Maranhâo—Piauf, decorrente dosmovimentos oscilatórios verticais inerentes a esseprocesso. Nesta fase, a estruturaçâo antiga docrâton, bem como na faixa orogênica, foi reati-vada, e novas estruturas foram criadas.
Provavelmente no limite entre o Cretâceo e oTerciârio, a ârea foi submetida a nova reativaçâooriginando râpida ingressâo marinha a NE, segui-da de sedimentaçâo continental — FormaçaoBarreiras.
Atualmente a ârea é sede de movimentos epiro-gênicos positivo, a julgar pelos terraços elevadosna drenagem fluvial contrastando com a sedi-mentaçâo aluvionar nos principals rios da area.
3.2. Estruturas Locais
Identificamos feiçoes estruturais — dobras,falhas, lineamentos, faixas orogênicas, bemcomo inconformidades entre metamorfitos, ouainda entre metamorfitos e vulcanitos, vulca-nitos e sedimentäres, ou entre sedimentäres esedimentäres, que foram edificados durante aevoluçâo do Crâton do Guaporé, da FaixaOrogênica Araguaia—Tocantins e sinéclises doAmazonas e Maranhâo—Piauf.
3.2.1. ESTRUTURAS DA AREA DEXAMBIOA
Nas vizinhanças de Xambioâ (Goiâs) e SâoGeraldo (Paré), Foltia SB.22-Z-B, 'rochas doGrupo Araxâ estâo estruturadas em dobras quetem forte expressâo topogrâfica formando aSerra das Andorinhas—Martfrios, de Xambioâ edo Lontra.
3.2.1.1. Anticlinal da Serra das Andorinhas—Martfrios
Fica situada a seis quilômetros ao norte de
1/91
Xambioâ na margem esquerda do Rio Araguaia.Seu contorno tem forma el fptica, alongada cercade 30 km na direçao N-S; o Rio Araguaiacontorna a extrem idade sul da estrutura reali-zando forte inflexâo para leste. Os quartzitosapresentam inclinaçôes moderadas (da ordern de30°) para NE. Os flancos sul e oeste saotruncados por falhas normais que modificaram ainclinacao das camadas. A estrutura foi inter-pretada como um anticlinal isoclinal de eixonorte-sul corn duplo "plunge".
3.2.1.2. Anticlinal da Serra de Xambioâ
A estrutura da Serra de Xambioâ é constitui'dapor uma associaçao de dobras fechadas (sincli-nais e ànticlinais). Apresentam duplos eixos decaimento, onde os eixos maiores possuem dire-çao WNW-ESE.
Litologicamente apresenta uma constituiçâosemelhante as rochas da estrutura do Lontra.Essas estruturas apresentam direçoes diferentesda estrutura regional Araxâ.
3.2.1.3. Braquianticlinal do Lontra
A estrutura cortada pelo Rio Lontra, na partecentral é constitufda de paragnaisses e leDtito doComplexo Xingue de quartzitos Araxâ na parteexterna. Apresenta eixos de caimento duolos,onde o eixo maior corn direçao NNW-SSE, oquai é concordante com o sistema regional.Tanto no flanco norte como no sul os mergulhosmantêm-se na faixa de 20° e 40°. No flancooeste os mergulhos sao constantes e mais fortesque os da borda leste.
Transformaçôes metassomâticas afetaram essasrochas, onde sao ressaltados os cristais de albitaem forma de porf iróblastos.
A estrutura é um branquianticlinal ho sentido deBeloussov (19) (1971), denominaçâo dada pelarelaçao do tamanhos dos eixos.
3.2.1.4. Estruturas Menores: Muricizal e Ibia-pava
Pequenos sinclinais e ànticlinais, assimétricos,corn eixos de duplo caimento corn direçaoNNW-SSE ocorrem a sul do Lontras-Muricizal,entre o Lontra e Xambioâ—Ibiapava atravessadospelo Rio Ibiapava, corn eixos E-W. As micro-dobras, em gérai apresentam-se recumbentes eapontam para o Crâton do Guaporé.
3.2.2. ESTRUTURA DA SERRA DO SANTAMARIA
Na parte leste da Folha SB.22-Z-D rochas doGrupo Grao-Parâ constituem uma elevaçao de-nominada Serra do Santa Maria, nome tornadode um pequeno rio (afluente da margem es-querda do Rio Araguaia) que Ihe escava umcanhâo. O acidente se sobressai bastante napassagem arrasada das imediacöes e tem formade uma ferradura com abertura voltada paraleste; a parte interna é deprimida e nivelada como terreno circundante.
As camadas de quartzitos e itabiritos, dispostosem arcos, apresentam mergulhos em torno de 30a 40 graus radialmente para o interior daestrutura. Esta disposiçao sugere de uma dobrasinclinal corn eixo mergulhando para leste, masas relaçoes dos contatos corn a topografia e asrelaçoes estratigrâficas das rochas do GrupoGrao-Parâ corn as rochas adjacentes sao confli-tantes com essa interpretaçio. Por outro ladoestas relaçoes levaram a concluir-se por umaestrutura tipo "popa de canoa" onde as bordasapresentam mergulhos convergentes e o nücleocom mergulhos divergentes; a eliminaçâo donûcleo por erosäo e a consequente exposiçao doembasamento, todavi'a, dificulta a interpretaçâo.
3.2.3. SINCLINAL DA TOCANDERA
Estruturalmente a faixa de metassedimentos dofâcies Tocandera .constitui um amplo sinclinal,
I/92
com eixo de direçao aproximada ENE ecaimen-to para NE, tendo a Serra Ruim com aba norte ea Serra da Tocandera como aba sul, cujascamadas estao orientadas para NW e NE, res-pectivamente. Em sua parte central foi intrudidopor um batólito granftico tardi-orogênico(granito tipo Serra dos Carajés), fesponsévelpelo maior numero de falhas e complexidade dedobras. Tanto os flancos norte e sul desenvol-veram dobras tipo "chevron" com efeitos decizalhamento ou falhas nos seis eixos. O flanconorte mantém aproximadamente a direçao NW,enquanto o flanco sul sofreu duas inflexöes:quando atinge o Rio Fresco inflete para NNE ena sua parte terminal inflete para SSW.
Litologicamente compöem-se de:— filitos enriquecidos em ferro— quartzitos superiores— itabiritos— quartzitos inferiores
A exposiçao de filitos localiza-se no flanco sul, aoeste do Rio Fresco, e assenta diretamente sobreos quartzitos superiores.
3.2.4. SINCLINAL DE SÄO FÉLIX
A parte central da serra, estruturalmente é umsinclinal assimétrico de direçao E-W com caimen-to para W cujo flanco norte apresenta mergulhosmais fortes; nas bordas do norte da serra foimapeado por interpretaçâo um anticlinal dereduzidas dimensöes, de direçao ENE comcaimento para SW, cujo eixo apresenta-se deslo-cado por falhas de direçao NW. A borda SWtambém parece constituir um anticlinal de di-mensöes maiores cujo flanco NW foi cortadopela Falha Floresta.
A leste, a seqüência ferrffera é limitada por umafalha de direçao NNW, evidenciada pelo trun-camento brusco da foliaçao de direçao ENE,assim como pela presença de cataclasito. Admi-timos ainda a possibilidade de extensao paraleste desta seqüência, em zonas isoladas.
3.2.5. SINCLINORIO DE CARAJAS
A est ru tu ra que engloba as serras Norte e Sul éinterpretada como sinclinório falhado, cujas abascorrespondem a estas serras; seu' eixo temdireçao WNW-ESE, corn caimento para WNW.
Das duas abas desse siclinório, a Serra Norte é amenos contfnua e estruturalmente mais com-plexa. A ihtrusâo de um corpo de dimensöesbatolfticas, Granito da Serra dos Carajäs, tardi-tectônico complica mais ainda a interpretaçâoestrutural.
O flanco meridional descreve um longo arcoconvexo para o exterior da serra, tomando rumode NW a oeste do Rio Itacaiûnas, onde logo apóssofre um arqueamento, talvez resultado de efei-tos causados pelos esforços que deram origèrti aFalha Carajâs.
A Serra Sul além de constituir a outra aba dosinclinório, corresponde também ao flanco sulde um sinclinal, que tem continuidade lateralpara oeste, estendendo-se até as cercanias daSerra Sao José. O flanco norte do sinclinório.Serra do Cinzento, também cpnstitui um sin-clinal falhado, afetado pela falha Carajäs.
A NE da Folha SB.22-Y-B, esté mapeada umasérie de dobramentos de pequenas dimensöes,inclusive dobramentos plâsticos em itabiritos.Esta faixa é conti nuaçao do flanco su! dosinclinório.
3.2.6. FALHA DA SERRA DA SERINGA
A Serra da Seringa situa-se a noroeste da folhaSB.22-Z-C. No flanco sul desta serra foi mapeadauma falha de rejeito horizontal sinistraï, dedireçao NW-SE, que se estende por mais de50 km, cortando rochas do Complexo Xingu,Grupo Grao-Parâ e Granito da Serra dos Carajés(maciço da Agua Branca).
1/93
3.2.7. FALHA FLORESTA
Esta falha localiza-se nas Folhas SB.22-Y-B,SB.22-Y-C e SB.22-Y-D sendo melhor represen-tada na primeira. Exibe uma extensâo de apro-ximadamente 115 km, desde a serra de Sâ*o Félixaté a Serra de Bom Jardim, nas vizinhanças doRio Xingu. No entanto, somente a oeste dacidade de Sao Félix do Xingu, no trecho em queo Rio Xingu mostra uma curvatura para leste,esta estrutura é claramente evidenciada. Osigarapés Santa Rosa (ao norte) e Floresta (a sul),ambos afluentes do Rio Xingu, têm cursocontrolado por esta falha.
No biênio 1969/70, quando da execuçâo doProjeto Cobre-Parâ/DNPM, esta falha foi ma-peada e o nome originou-se do igarapé Floresta,porém, a extensâo da mesma era desconhecida.
Constitui uma falha de direçâo NE-SW, dextral,com rejeito na ordern de quilômetros. Cortarochas do Complexo Xingu, Grupo Grâo-Parâ eGrupo Uatumâ; por conseguinte com este ultimomovimento posterior ao Grupo Uatumâ e ante-rior a sedimentaçao da Formaçâo Gorotire.Imêdiatamente a oeste foi determinado atravésde imagens de radar uma falha paralela àFloresta, seguramente contemporânea, porém depequena extensâo. Perpendicularmente, é cor-tada por numerosas falhas, que devenrv corres-ponder ao evento que deu origem à falhaCarapanâ. sem dûvida mais jovem.
Dentre as estruturas atingidas por esta falhadestacamos o sinclinal de Cocraimoro e o anti-clinal a SW da Serra de Sâo Félix.
3.2.8. FALHA CARAPANÂ
Situa-se na Folha SB.22-Y-B, a NE da cidade deSâo Félix do Xingu e atravessa o igarapéCarapanâ, afluente do Rio Fresco, no seu cursomédio, do quai recebe esta denominaçao.
Trata-se de uma zona falhada com aproximada-mente 6 km de largura, direçâo NW-SE, dextral,
rejeito de dezenas de métros e contfnua emtorno de 100 km. Em verdade a Falha Carapanâconstitui um prolongamento para NE da Falhada Serra da Seringa.
Atinge rochas concernentes ao Complexo Xingue Grupo Grâo-Paré, sendo que na Serra de SâoFélix afeta o sinclinal de Sâo Félix no flanco sul.
Na mesma Folha (SB.22-Y-B) existem nume-rosas falhas com mesma direçâo da Falha Cara-panâ e originérias do mesmo evento. Dentreestas, citamos as que cortam os metassedimentosalinhados N-S, entre a Serra de Sâo Félix e SantoAntonhâo, no quadrante sul e para norte as quetruncam à foliaçâo das rochas do Grupo Grâo-Paré, estabelecendo um contato por falha.
A veracidade da falha Carapanâ foi constatadoem campo, inclusive com a presença de cata-clasito na crista a oeste da Serra de Sâo Félix.
3.2.9. FALHA DO I RI RI
Localiza-se a leste do Rio Cateté e oeste do RioIriri, nas Folhas SB.22-Y-C e SC.22-V-A. Corta oRio Iriri nas proximidades de sua nascente, fatoevidenciado pela presença de cataclasito, deacordo com os dados obtidos do Projeto Iriri-Curuâ, BRASIL. SUDAM/Geomineraçâo/ (21)(1972).
Corresponde a uma zona de cristas proeminentese lineamentos descontfnuos evidenciados nasimagens de radar. Tem uma extensâo de aproxi-madamente 150 km, cuja direçâo prédominanteé NNW-SSE.
A importância geológica desta estrutura resideno fato de truncar a "foliaçâo de f ratura" dasrochas da Formaçâo Iriri, de direçâo WNW,constituindo um contato por falha desta forma-çâo com o Complexo Xingu.
Na Folha SB.22-V-A em seu quadrante iNW 'éproéminente1 nas imagens de SLAR um conjun-to de cristas, que constatamos ser zona de
I/94
falha e que mostra aproximadamente a-mesmadireçao das encontradas na regiao do Iriri;parecendo ter continuidade para sul, em virtudeda presença de cataclasito nas cercanias do RioNovo, afluente do Iriri. A par de todos estesdados aventamos a possibilidade da continuidadeda Estrutura do Iriri, para norte.
3.2.10. FALHA CARAJÂS
Constitui a estrutura mais proeminente da éreade Carajâs. Corta a Serra dos Carajâs de NW paraSE, alongando-se desde o alto Bacajâ até ascercanias do Rio Araguaia, corn uma exterçsâoaproximada de 3Ö0 km. Sinistral, com rejëitohorizontal na ordern de 40 km evidenciado naimagem de radar (cabeceiras do Cinzento).
Afetou intensamente as rochas do Grupo Grâo-Parâ corn formaçao de dobras superimpostàs riasserras do Rabo e Estrela, atingindo inclusiverochas do Grupo Tocantins, e Formaçao RioFresco.
O evento tectônico que deu origem a estaestrutura foi responsâvel pela "separacäo" daSerra Norte da Serra do Cinzento e o arquea-mento existente na regiäo das cabeceiras do RioAquiri. É de idade posterior a formaçao do sin-clinório dos Carajâs.
3.2.11. CORPOS GRANITICOS CIRCULARES
Posteriormente ao clfmax da efusâo de lavasécidas, foram intrudidas na érea dezenas décorpos circulares, nitidamente cratogênicos, decomposiçâo granftico-granodiorftica, com ten-dência aiasquftica.. É normal, nas vizinhançasdestas estruturas a formaçao de hornfelses, tantohiperaluminosos como micâceos. Näo é raro, poroutro lado, uma nftida e progressiva associaçâocorn aqueles vulcanitos, o que aliés se traduz nocaréter subvulcânico da grande maioria destasrochas. A consangüineidade destes corpos circu-lares com os vulcanitos é denunciada nao sópelos caractères petrogrâfico-petrologicos como
também pelos dados geocronológicos obtidos.Também as efusivas mostram uma variaçaodesde francamente-riol fticas até quartzo-riol fti-ças. Esses corpos,-graças à sua larga distribuicaona ârea em questao, forneceram informaçoesestratigrâficas que perm item sua local izaçaotemporal com satisfatória precisao.
Os granitos de Porto Seguro, Triunfp e BomJardim säo nitidamente intrusivos na FormaçaoIriri. Os granitos da Serra Velho Guilherme eGradaûs introduziram-se em sedimentos doGrupo Grao-Paré.
Estas estruturas, via de regra, estâo confinadas alargas zonas de falhas. Este fato, alias, ternsimilar, segundo Marmo (63)0971) nos granitosmais jovens da Nigeria: "In northern Nigeria thementioned jounger granites occur (...) asobviously intrusions. They are confined to analmost 250 km wide belt continuing from JosPlateau, northwards into the Republic of Niger(...) where the belt is approx. 70-80 km wideand very similar to th?+ of Jos Plateau (...).Within this belt, the Nigerian granites form socalled ring structures (...) mainly together withacid volcanics. The whole of the belt seems to beconfined to an important large and persistenttectonic zone . . .
Thus it seems that all the intrusions of thesegranites and of the associated acid volcanics ofJos Plateau and Tarraouadji have followed thiszone of weakness resulting in numerous graniteintrusions at short intervals side by side withalmost continuous volcanic activity".
Embora os granitos nigerianos sejam con-siderados mesozóicos, he uma perfeitaidentidade na origem, evoluçao e relaçoes com asestruturas granfticas circulares (Rb/Sr1.380 MA, K/Ar 1.717 ± 38 MA) brasileirasdesta area.
Também aqui estes granitos podem ser conside-rados "mais jovens" porquanto represeritem aultima geraçao de granitos identificada na area.
I/95
Sua idade absolu ta parece decrescer paulatina-mente rumo WSW, ètingindo na regiâo doTerritório Federal de Rondônia valores inferi-ores a 1.000 MA.
3.2.12. ESTRUTURA DA SERRA DO TAPA
A Serra do Tapa é constitufda por xisto-verde, aformaçâo ferrffera e corpos de rocha ultrabâsicasserpentinizada cortando discordantemente (? ) àestrutura. Em gérai, a estrutura é representadapor uma zona de falha (milonito, brecha, sto-ckwork, etc). As rochas ultramâficas (mafititos)foram metamorfizadas em epizona à facièsxisto-verde, onde é constante a presença declorita, actinolita, tremolita e facies filitosos aantigorita e crisotilo.
3.2.13. ESTRUTURA DE TAINA-RECAN
A estrutura da Serra de Taina-Recan situa-se naFolha SC.22-X-A, no extremo sul da area mape-ada. As rochas que a constitui formam umacrista retilmea, alongada na direçao norte-sul, de40 km de extensâo e 3 km de largura maxima. Orelevo circundante é piano o que realça perfeita-mente o acidente na topografia. O topo daelevaçâo esta de 80 a 100 métros em relaçâo âbase. A cidade de Araguacema (Goiâs), situa-sena altura da extremidade sul da estrutura en-quanta que a Fazenda Taina-Recan fica proximoda extremidade norte.
A vegetaçâo na vertente leste da elevaçâo é densae na vertente oeste é muito pobre, rasteira,formada de grammeas e arbustos isolados.Observa-se intensa lateritizaçao na regiâo o queforma verdadeiros pavimentos laterfticos emtornö da serra.
A estrutura é formada por rochas orientadassegundo a direçâo NS, N2OE, com mergujhos de50° a 70°E. Estas rochas foram cortadas porultrabâsicas que formam corpos lenticulares (? ),descontmuos de pequena dimensâo colocando
aparentemente segundo a foliaçâo da encaixante(quartzitos finos, róseos, muito duros que asvezes tornam-se verdadeiros sflex, metarcósios,metagrauvacas (? ) e filitos cinzentos): Toda aseqüência é cortada por veios de quartzo. Asultrabésicas sâo piroxenitos, de cor verde-escura,de textura maciça em gérai grosseira; essasrochas estâo serpentinizadas e nâo raro de-compostas em uma massa marrom a cinzaesverdeada com pequenos fraturamentos inten-samente silicificados que Ihe confère um aspectoalveolar. Nas rochas ultrabésicas sâo encontradosmineralizaçoes de cromita (pequenos cristais) efibras de asbestos (0,5 cm) preenchendo fratu-ras.
Em seçoes transversais à estrutura de Taina-Recan nota-se a gradaçâo de quartzitos (prédo-minantes no flanco leste) até xistos e filitos(prédominantes no flanco oeste), embora emescala de afloramento sejam encontrados ambosos tipos de rocha. Levando em consideraçâo omergulho das camadas para leste e admitindonormal a gradaçâo dos sedimentos pretéritos deque derivam os quartzitos e xistos (de clésticosgrosseiros para clâsticos finos) poder-se-ia inter-pretar a estrutura como uma sinclinal isoclinal.Entretanto, as rochas ultrabâsicas estâoconcentradas nos xistos e filitos na parte centrale oeste da estrutura e nâo foram observadas nosquartzitos, o que sugere que os xistos sâo maisantigos. Por esta razâo a estrutura deTaina-Recan foi interpretada como um anticlinalisoclinal.
3.2.14. FAIXA DE SERPENTINITOS DOARAGUAIA-TOCANT+NS
3.2.14.1. Generalidades
Segundo Almeida (9)0967), contornando oCraton do Guaporé, uma zona subsidente evo-luiu para a organizaçao de uma geossinclinal.
Cameron (23M1971), diz que serpentinito eintrusivas bâsicas a ultrabâsicas estâo présentes
I/96
em zonas norte ë sul desenvolvidas na margemprincipal faixa de dobramento Tocantins eAraxé.
Puty e équipe (27) (1972), no Projeto Marabâapresentam os seguintes dados:
— Encaixadas nos filitos, clorita-xistos e quar-tzitos, ocorrem rochas ultramâficas serpentiniza-das na Serra do Tapa e acham-se representadaspor uma faixa N—S, justamente com metassedi-mentos do Grupo Tocantins, nao tendo sidocaracterizadas separadamente face aos poucosdados de campos disponi'veis e a dificuidade deseparaçâo correta através de fotografias aéreas.
— Consideraram que possivelmente essas rochasultramäficas constituem prolongamento do"Serpentine Belt" reconhecido no Estado deGoiâs, estando as datacöes naquela area, emtorno de 3.000 MA.
— No Rio Lontra e na estrada Xambioâ—Wanderlândia ocorrem corpos de rochas ultra-mäficas provavelmente do tipo alpino,encaixadas nos micaxistos.
— Na Fazenda Bodocó (estrada Xambioâ—Wan-derlândia) uma seqüência de serpentinitos gradapara talco-xistos. Na base a rocha ultramâficaapresenta-se totalmente serpentinizada, na zonaintermediâria enriquece-se em talco e no topotorna-se talco-xistos e talcos maciços (esteati-to). No Rio Lontra, sobrepostos aos serpenti-nitos ocorrem clorita-xistos, que sugerem umarelaçâo genetica com essas rochas ultramäficas.
Issler (52) (1973), descreveu os aspectos petro-gréficos dos maciços de serpentinitos em: Ta-ina-Recan, Conceiçâo do Araguaia, Serra doTapa, Serra das Andorinhas — Sâo Geraldo e osmaciços das proximidades do anticlinal do Lon-tra. No mesmo trabalho säo focados outrosaspectos da "Serpentine Belt" na "Faixa Orogê-nica do Rio Araguaia" inclusive a sugestao do"magmatismo inicial" para este evento orogêni-co.
3.2.14.2. Distribuiçâo na Area
Estas rochas ocorrem em diversos pontos daregiâo de Xambioâ, sul do Para e em Goiâs.
No Rio Lontra e no Km 8 da estrada Xambioâ—Wanderlândia (fazenda Mirindiba), afloramrochas ultrabâsicas num estado bastanteavançado de serpentinizaçao.
Na Serra do Tapa, afloram pequenos corpos derochas ultrabâsicas serpentinizadas, cortando osxistos Tocantins e a formaçâo f err ff era queocorre na serra. Estes corpos têm continuidadepara norte (rio Vermelho). A transformaçâo foitotal, onde é acentuada a presença de actinolita,tremolita e clorita. Segregaçâo de quartzo ebrechaçâo sâo comuns evidenciando um meta-morfismo dinâmico posterior à formaçâo deserpentinitos.
Outras rochas de origem bâsico-ultrabésica comotalco-xisto, actinolita-xisto e .calco-tremó-lita-xisto, pertencentes aos fâcies xisto-verde o-correm na estrada Xambioâ-Wanderlândia e noRio Lontra.
3.2.14.3. Litologias
Os serpentinitos sao de cores esverdeadas, apre-sentando-se bastante fraturados, maciços, denatureza originalmente pirogênica, e produto dealteraçâo (auto-hidrólise) de rochas peridotfti-cas. Mineralogicamente sâo constitufdos de lâ-minas de antigorita e vênulos de cristolita ebastita (? ) e como acessórios ocorrem mineraisopacos (magnetita ? ). Em alguns pontos darocha pode ser reconhecido ainda a formaoriginal dos cristais de olivina.
Os xistos magnesianos sâo representados porserpentinitos, talco-xistos, tremolita-xistos etalco-actinolita-tremolita xistos.
Os serpentinitos sâo compostos de antigorita,talco e dolomita (magnesita). Originalmenteevidenciam uma origem dunftica intrusiva, so-
l/97
frendo alteraçoes hidrotermais pós-magméticados minerais méficos pré-existentes. Essa altera-çao foi total; formando serpentinito maciço compredominância do fécies filitosos à antigorita,caracterizada pela'textura malhada intercruzada.O talco em agregados lamelares locais parece sertambém, produto de uma seqüência de auto-hidrólise com formacâo à expensa de serpentinapor reaçâo corn CO2. A dolomita (ou magnesita)é urn mineral abundante e ororre em forma degrandes cristais.
Os talco-xistos apresentam-se em forma maciça(esteatito) ou lamelar. A rocha é praticamentemonomineralógica, constitufda de talcó emforma prismética, com disposiçâo semi-radial eabundante granulös de óxido de ferro e ma-gnesita esparsadamente distribu fdos.
Os tremolita^xistos sao compostos essencialmen-te de tremolita-fibrosa. Em seçâo delgada asfibras estâo inalteradas e contém mineraisopacos ao longo dos pianos de clivagem.
Os talco-actilonita-tremolita-xistos têm magne-tita. O talco parcialmente alterado, apresenta-seem cristais alongados, geralmente perpendicula-res à orientacâo cristalogréfica dos minerais deactinolita e tremolita, os quais se desenvolvemem forma de fibras. A magnetita ocorre dis-seminada de maneira irregular em forma deoctaèdres perfeitos na massa rochosa.
3.2.14.4. Origem
A Faixa de Serpentinitos do Araguaia—Tocantins, é remanescente de uma intensaerosâo das rochas de um pretérito cinturâoultrabâsico e bâsico (ofiolitos) — associado auma sedimentaçâo eugeossinclinal, cléstica equfmica marinha que após um evento orogênicosofreu inversâo, edificando-se um relevo cordi-Iheirano. As litologias atualmente af lorante sob aforma de maciços alongados, cincundados pormetassedimentos de fécies, xisto-verde, subfâciesquartzo-albita-muscotiva-clorita e quartzo-albi-
ta-epfdoto-almandina, sejam no conjunto osprodutos de um produto efeito de retrameta-morfismo e intemperismo das rochas originaismetamorfizadas.
Sob o ponto de vista geotectônico a Faixa deSerpentinitos do Araguaia—Tocantins sériacorrelacionével ao estâgio do "magmatismo ini-cial".
3.2.14.5. Geocronologia
Os dados geocronológicos da Faixa de Serpenti-nitos do Araguaia—Tocantins nao sâo homogê-neos:
— Ferreira (38) (1970) coloca este evento oro-genétjco no Clico Brasiliano (550-900 MA);
— De acordo com Hasui e Almeida (47)(1970), oGrupo Araxé constitui-se antes de 980 MA.Intrusoes bâsico-ultrabâsicas précoces na evolu-çâo eugeossinclinal foram metamorfizadas jun-tamente com os metassedimentos do GrupoAraxâ, o que sugere idade muito mais antigapara o infeio do Ciclo Uruaçuano. Um limitemâximo parece ser indicado pelo evento térmicode 1.400 MA;
-Cameron (23)0971), coloca "Stocks de Gra-nitos Tardios", Grupo Tocantins, serpentinitos,hornblenditos e gabros, fazendo parte do CicloBrasiliano (550-900 MA), e granitos e o GrupoAraxé, no "Ciclo Minas-Uruaçuano Rejuveneci-do (550-1.300 MA)";
— Almeida (10)0971), coloca o GrupoTocantins no Ciclo Brasiliano (620-900 MA) e oGrupo A r a x é no C i c l o Uruçuano(900-1.300 MA);
As dataçoes efetuadas por Hasui; Hennies;Iwanuch (49) (1972) em intrusivas bésico-ultrabâsicas no xisto do Grupo Araxé, forneceidades em torno de 980 MA. Dataçoes maisrécentes realizadas por Hasui; Kawashita;
I/98
Iwanuch (50) (1972) em rochas do complexogabro-piroxênito do Maciço de Niquelândia,encaixadas nos micaxistos Araxâ, forneceramidades até 3.000 MA. Idades em torno de 700,900 e 1.700 MA foram obtidas.
-HIDROSERVICE. SUDAM (51) (1973), dizque säo existem determinaçoes geogronológicaspara o Grupo Tocantins. Entretanto, apresentadeterminaçoes feitas em granitos da regiäo deIpixuna—Jatobal, todos fornecendo idades emtorno de 2.000 MA. Considéra que esses granitossâo mais antigos que as rochas metamórficas doGrupo Tocantins, e que as determinaçoes deidade foram efetuadas pel o método K-Ar embiotitas, as quais perdem facilmenteargônio nosprocessus metamórficos, e supoe que aquelaidade seja da ordern grandeza do Grupo Tocan-tins.
Na faixa de serpentinitos Basei (18) (1973) tevepor "objetivo urn melhor posicionamento geo-cronológico para os grupos Araxâ e Tocantins naârea abrangida pelas fol has SB e SC-22. Entre-tanto devido à escassez de amostras em condi-coes de permitir urn estudo detalhado em Rb-Sr,n§o foi possfvel adicionar elementos novos.aosdados geocronológicos jâ existentes".
3.2.15. LINEAMENTO IRIRI-MARTfRIOS
As referências em SLAR sobre este elementotectônico deve-se a Lyon (62) (1972), que nomapa Xingu—Araguaia, de escala 1:1.000.000,na area do Rio Bacajé, coloca o "Lineamento deXambioé", cuja direçâo gérai é NW—SE.
Posteriormente, Issler (52) (1973),assim se ex-pressa "outro elemento estrutural de grandeenvergadura é a série de alinhamentos Bacajé—Martfrios, com direçâo gérai NW-SE,' porémfecham-se ligeiramente, forma de leque, em di-reçâo a Marabâ":
No exame da Folha SB-22 delineia-se a norte daSerra dos Carajâs, a partir da Serra dos Martfrios,
alinhamentos corn rumo gérai NW-SE, que atra-vessam a Serra do Sereno e balizam os flancos daSerra de Buritirama e Serra Misteriosa, cruzamos Rios Bacajé, Xingü e Iriri, atëserëm encober-tos por sedimentos silurianos, corn extensâorealçada em cerca de 650 km.
As razoes genéticas de tais alinhamentos nâoforam mostradas durante nossa campanha demapeamento. Todavia aventamos a possibilidadede ser esta faixa somente urn "trend" continuodas Jitologias do Complexo Xingu, afetado porfalhas e fraturas NW-SE.
3.2.16. LINEAMENTO DO RIO DAS VELHASOU TOCANTINS-ARAGUAIA
Pflug (79) (1962),chama a atençao para umlineamento que tem extensâo de aproximada-mente 3.000 quilômetros, e se estende doQuadrilâtero Ferrffero, até além do Territóriodo Amapé corn uma direçâo SSE-NNW. Estelineamento denominado Lineamento do Rio dasVelhas, sépara diferentes unidades geológicas etem importância morfológica. Disse que nobaixo Tocantins uma série Pré-Cambriana do-brada que vem do sul com rumo N-S, passa a serparalela à direçâo do lineamento quando seaproxima dele e a mudança na direçâo dasdobras no baixo Tocantins mostra que o linea-mento deve ser sido ativo je no Pré-Cambriano.
Kegel (57) (1965), tratando do mesmo linea-mento, mas que denominou Lineamento Tocan-tins—Araguaia, tece uma série de arrazoados.Considerando o contato das margens da Sinéclisedo Maranhâo-Piauf corn o Pré-Cambriano, notadiferenças entre os bordos oriental e ocidental.Segundo ele, no bordo ocidental, ao longo dosRios Tocantins e Araguaia, os estudos do Pro-jeto Araguaia, revelaram estruturas bem maiscomplicadas que o bordo oriental. Diz ainda queexiste ao longo dos rios uma estrutura complexaque justifica falar de um lineamento.
As caracterfsticas que justificaram para Kegel
I/99
(op. cit.) o reconhecimento de tal estruturaforam as seguintes:
— Zona nao mùito estreita porém bem marcante,sendo observada de uma mudança importante dedireçôes do embasamento que de N-S, ao longodos rios, muda para.NW a W, marcando assimuma transiçâo para o embasamento da Amazo-nia;
— A eoluna estratigrâfica do paleozóico nao étâo compléta e relativamente simples como naérea central e oriental, havendo certa mudançade fécies, lacunas de sedimentaçao e mesmofalhas que indicariam maior inquietaçâo nodesenvolvimento estrutural daquela ârea, segun-do acusam as curvas batimétricas, em partepouco distanciadas ao longo do lineamento,revelando o mais forte rebaixamento da base;
— Existe forte variaçao estrutural a W e a E doalto Rio Araguaia. As rochas dominantes, filito,micaxistos, gnaisses e quartzitos, possuem dire-çlo preferencial de N até NE, porém existe, porvezes forte variaçao estrutural que se manifestapor anticlinais e sinclinais de diversas direçôesaxiais para E, N e NW;
— Hé muitas discordâncias que as vezes eviden-ciam estruturas bem variadas nos dois elementos.Parece possfvel que exista, no ângulo entre oembasamento corn "direçâo Amazônica" e com"direçao do Espinhaço", uma vasta ârea onde asforças orogênicas constitufram blocos e cadeiasdobradas em maior variaçao;
— Rumando para o norte, o lineamento dirige-seàfoz do Rio Amazonas, cruzando provavelmentea llha do Marajó. A geologia desta ilha, révéla agrande espessura do cenozóico e mesozóico e aexistência de um sistema de falhas escalonadas,verificada por estudos geof fsicos, caracterizandopossivelmente a continuaçao do lineamento.
Nao resta menor dûvida que os dois autoresmencionados, je na década dos sessenta, pos-sufam clara visâo deste lineamento. Este tra-
balho além de ampliar esta visâo, acresce novosdados.
0 Lineamento do Rio das Velhas (Tocantins-A-raguaia), corresponde aqui, em largos traços, àFaixa Orogênica Araguaia—Tocantins, corn ro-chas metassedimentares correspondentes a umsulco geossinclinal, cuja inversao constitui umacordilheira com relevo tipo Apallachiano.
— Esta faixa orogênica baliza o bordo orientaldo Craton do Guaporé provavelmente a edificarno Pré-cambriano Médio e sendo quase quetotalmente arrasada no Paleozóico, fornecendoassim grande parte da sedimentaçao da Sinéclisedo Maranhao—Piau f.
— Possivelmente durante uma reatiyaçao, estafaixa orogênica tenha sido novamente atingida, eos falhamentos antigos tenham sido reaber-tos, asœndendo por eles magma bâsico decarâter tolei'tico, correspondendo as efusivas eintrusivas da Formaçâo Orozimbo. (que afloramais especificamente na borda ocidental dasinéclise).
— A reativaçâo desta faixa orogênica teré oca-sionado a instalaçao da Fossa, de Itupiranga, ofalhamento escalonado do substrato da Fossa doMarajó e tenha a sua correspondência seten-trional no enxame de diques paralelos de natu-reza bésica toleiftica no Território Federal doAmapä, Cassiporé de Oiapoque a Ferreira Go-mes.
— O Lineamento do Rio das Velhas é urn elemen-to tectônico que enseja perspectivas favorâveissob o ponto de vista estrutural, estratigréfico,petrogréfico e metalogênico, com a Faixa Oro-gênica Araguaia—Tocantins.
3.2.17. DISCORDÂNCIAS
Nas folhas SB.22-Araguaia e SC.22-Tocantins,foram observadas as seguintes inconformidades:
1/100
— A Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins, cons-titufda pelos grupos Tocantins e Araxé,juntamente com a "Serpentine Belt" (Ofiolitos),com direçâo gérai NS, trunca e transgride asfeiçoes estruturais do Complexo Xingu.
— O contato entre as rochas do Grupo Araxâ edo Grupo Tocantins é do tipo discordante. Estaestrutura foi assim classificada tornados emconsideraçâo conjuntamente os fatos seguintes:
a) O maior grau de metamorfismo das rochas doGrupo Araxâ, em relaçlo as rochas do GrupoTocantins. No Araxâ sao encontrados quartzitos,micaxistos, xistos quartzo-feldspéticos, para-gnaisses e migmatitos; o Grupo Tocantins apre-senta notâvel uniformidade sendo constitui'do,quase exckisivamente, de clorita-xisto e filitos emais raramente quartzitos, metagrauvacas e cal-cârio metamorfico. .
b) Maior intensidade de deformaçâo das rochasdo Araxâ em relaçlo as rochas do Tocantins. Asrochas do Grupo Araxâ foram intensamentedobradas e apresentam inclinaçoes muito fortes,freqüentemente verticais, o que pode ser obser-vado em ' toda ârea mapeada; as rochas doTocantins exibem geralmente dobramentosmoderados com inclinaçoes da ordern de20°-30°.
Em relaçâo as rochas do Araxâ as caracterfsticasacima citadas sâo especialmente conspi'cuas nasseçoes Guaraf—Pequizeiro, PresidenteKennedy—Itaporanga (Estado de Goiâs, FolhaSC.22-X-B), Wanderlândia-Xambioâ (Goiâs,Folha- SB.22-Z-B). Quanto as rochas do GrupoTocantins as melhores exposiçoes corn referên-cias ao referido no item " b " estâo nas seçoesCouto Magalhaes—Pequizeiro (Goiâs, FolhaSC.22-X-B), proximo de Conceiçâo do Araguaia(Estado do Para, Folha SC.22-X-A), na RodoviaTransamazônica nas imediaçoes de Marabâ (Para,Folha SB.22-X-D), na rodovia PA-70 imediaçoesda fazenda Macaxeira (Para, Folha SB.22-Z-B).
maiores feiçoes estruturais segundo WNW-ESE éconcordante na parte setentrional com asdireçôes regionais do Complexo Xingu. Todaviaas isógradas metamórficas sao diferentes esta-belecendo entre os grupos uma "inconformidademetamorfica". Puty et alii (28) (1972), falandosobre a formaçâo ferrffera, dizem que:
"Esta unidade constitui uma grande faixa derochas metassedimentares e vulcânicas bâsicaslocalizadas a oeste do Projeto Marabâ, represen-tadas principalmente na Serra dos Carajâs poritabiritos e basaltos. Apresenta-se orientada nadireçâo WNW-ESE e o seu contato com a areacratonizada do Pré-cambriano Indiferenciado édiscordante erosivo".
— O Grupo Uatumâ sobrepoe em discordânciaangular e erosional o Grupo Grao-Parâ — omembro Azul da Formaçâo Rio Fresco sobre aformaçâo ferrffera na serra dos Carajâs, (igarapéAzul). O membro Naja da Formaçâo Rio Fresco,acha-se em contato por falha, quando a Serra daTocandera é seccionado pelo Rio Fresco, a sulde Gorotire. O membro Naja assenta-se em in-conformidade sobre os fâcies Tocandera da For-maçâo Carajâs no Rio Presco à jusante do RioTrairâo no local chamado Jatobâ. Fatos anâlogossao observados no alto Rio Inajâ, afluente doRio Trairao, bem como no igarapé Naja, àjusante da cachoeira do Anhonhoro (Canhâo daTocandera).
Ao longo do Rio Fresco, na Serra da ÂguaBranca, logo à jusante da foz do Rio Trairâo, osandesitos da Formaçâo Sobreiro estâosobrepostos ao fâcies Tocandera da FormaçâoCarajâs. Ainda no Rio Fresco, entre Rebojo eCarapanâ, os andesitos assentam-se sobre filitos eitabiritos do fâceis Santo Antonhäo (FormaçâoCarajâs). Tal fato, repete-se igualmente à jusantede Sao Félix do Xingu, na serra de Säo Félix ena bacia do igarapé Araraguara, no extremooriental da Serra dos Carajâs, à margem direitado Rio Xingu.
— O Grupo Grao-Parâ, com rumo geral das A Formaçâo Iriri assenta-se em inconformidade
1/101
sobre rochas do Grupo Grâo-Paré, em situaçâoidêntica as ocorrências relatadas à jusante de SâoFélix do Xingu, no flanco oeste da serra homô-nima.
Ao longo do Rio Xingu, na Serra Bom Jardim, ocontato se faz a leste com os andésites daFormaçâo Sobreiro e nos demais quadrantescom as vulcânicas riolfticas da Formaçio Iriri.
— A Formaçâo Gorotire acha-se sobreposta emdiscordância erosional as rochas do GrupoUatumâ. Assim na Serra da Casa de Pedra aFormaçâo Gorotire assenta-se a NE sobre osandesitos da Formaçâo Sobreiro, bem comosobre o granito da cachoeira de Um Dia, no rioRiozinho a NW; a SW sobre as efusivas riolfticasda Formaçâo Iriri, enquanto que a SE recobre asrochas do Complexo Xingu. É de supor.-se quetambém neste quadrante, em funçâo da posiçâoestratigréfica e aproximidade dos afloramentos,transgrida sobre as rochas do Grupo Grâo-Parâ,aqui representadas pelo prolongamento leste daSerra da Tocandera; esta situaçâo é anéloga naSerra dos Gradaûs.
Por outro lado, na Serra do Pardo, a FormaçâoGorotire recobre as rochas do Complexo Xingu anorte, e riolitos da Formaçâo Iriri a sul.
Formaçâo Gorotire na érea da Serra de Gorotireassenta-se discordantemente sobre o granitocentral do sinclinal da Tocandera e a sul da SerraArqueada, sobre um maciço granftico subvul-cânico denominado "Alto Carapanâ".
— A Formaçâo Triunfo assenta-se sobre a For-maçâo Gorotire em discordância angular.
A nordeste da Folha SB.22-Y-A e oeste do RioXingu esté exposto um notével exemplo dediscordância angular, entre as Formaçôes Goro-tire e Triunfo.
Ao norte da discordância afioram os sedimentosda Formaçâo Gorotire, constituindo um anti-clinal amplo e assimétrico, intensamente fa-Ihado, sendo que seu flanco leste, foi afetado
por numerosas falhas normais de pequeno rejei-to , de direçâo ENE, imprimindo nasproximidades do "nariz" um lineamentomarcante nesta direçâo. As medidas de atitudeefetuadas nesta formaçâo indicaram um mer-gulho em tomo de 259. Enquanto que para sul,em forma de platôs, expoe-se a seqüência derochas sedimentäres da Formaçâo Triunfo, decaràter subhorizontal, evidenciado pela presençada estratificaçâo, à semelhança de curva de nfvelque reflète a resistência dos tipos litológicos àerosâo. Apresentam-se em alguns pontos local-mente inclinados devido à açâo de falhamentos.
Ao sul da Folha SB.22.V-C esta discordância étambém evidente, pois a norte ocorrem sedimen-tos dobrados da Formaçâo Gorotire, em sinclinalamplo, com afloramentos da Formaçâo Triunfono seu interior, indicando uma seqüência maisjovem, cujos mergulhos suaves de carâter deposi-cional, contrastam corn os tectônicos da Forma-çâo Gorotire.
Em suma, ao norte da Folha SB.22-Y-A e a sulda Folha SB.22-V-C, os sedimentos horizontais esub-horizontais da Formaçâo Triunfo sobrepos-tos aos sedimentos dobrados da Formaçâo Go-rotire, evidenciam a presença de uma discor-dância angular entre estas unidades.
— A Formaçâo Trombetas aflora escassamentena extremidade noroeste da Folha SB.22/SC.22em discordância angular sobre as rochas doComplexo Xingu.
— A Formaçâo Pimenteiras sobrepoediscordantemente os micaxistos e quartzitos doGrupo Araxé. O contato superior com a Forma-çâo Pedra de Fogo também é discordante.Evidências dessa discordância sâo encontradas aosùl de Colinas de Goiés, 7 km a oeste da rodoviaBelém-Brasdia, onde na base da FormaçâoPedra de Fogo hé um conglomerado que incluigrandes blocos de quartzitos do Grupo Araxé.
— A Formaçâo Pedra de Fogo assenta-se con-cordantemente sobre a Formaçâo Piau f, todavia
1/102
hâ uma transgressée» para oeste sebre as forma-çoes mais antigas, quando ela recobre emdiscordâneia a Formaçâo Pimenteiras e as rochasque constituem o embasamento da Sinéclise doMaranhao—Piauf, como os xistos do GrupoAraxâ, os filitos do Grupo Tocantins e osgranitos e gnaisses do Complexo Xingu. Após adeposiçâo da Formaçâo Pedrä de Fogo, a siné-clise sofreu um levantamento epirogênico que aexpos à erosâo juntamente corn todas as for-maçoes mais antigas. Logo após depositou-se aFormaçâo Sambafba, que Ihe sobrepoe em dis-cordâneia, o mesmo ocorrendo com outrasformaçoes mais jovens como Orozimbo e Itapi-curu.
— A Formaçâo Sambafba assenta-se discordan-temente sobre a Formaçâo Pedra de Fogo.Excelente afloramento desta inconformidadepode ser observado na rodovia Belém—Bras f lia,aproximadamente 20 km ao sul de Colinas deGoiâs. O contato superior com a Formaçâo
Orozimbo é também discordante. As efusivasbésicas tolefiticas derramaram-se sobre umasuperf feie de erosâo muito irregular do ArenitoSambafba. -Este também é recoberto em discor-dâneia pela Formaçâo Itapicuru, ao norte deAraguatins, Goiâs.
— A Formaçâo Itapicuru sobrepöe-se discordan-temente sobre as efusivas bésicas tolefiticas daFormaçâo Orozimbo. Além disso as litologias doItapicuru cobrem indistintamente a FormaçâoSambafba e rochas do Grupo Tocantins. Ocontato superior, com a Formaçâo Barreiras, étambém discordante.
— A Formaçâo Barreiras recobre em discor-dâneia a Formaçâo Itapicuru.
— Sedimentos récentes continuam se depositan-do principalmente nas areas sob influência dosmaiores cursos da drenagem.
1/103
4. HISTÔRIAGEOLÔGICA
4.1. Desenvolvimento Estrutural
Jé dissemos que a area estudada encontra-se naborda oriental do Craton do Guaporé e foisubmetida a eventos orogenéticos e epirogenéti-cos, de um ciclo tectonomagmâtico, responséveispelo estabelecimento de estégios de plutonismo,vulcanismo, dobramentos e falhamentos.
O Complexo Xingu, queconstitui o embasamen-to poli metamorf ico desta porçâo do craton, éformado por granitos, granodioritos, migmatitos,gnaisses,granulitos, anfibolitos e quartzitos.
Depositada sobre essa ârea cratônica, ocorre umaseqüência de rochas ricas em ferro, representadaspor jaspilitos hematfticos. itabiritos, quartzitos,quartzitos conglomeréticos e filitos, dobrados efalhados, bem como metabasitosespilfticos, queconstituem o Grupo Grâo-Parâ.
A ocorrência de tal seqüência, em meio da areapoli metamorf ica subjacente leva a supor para oambiente deposicional duas hipóteses:
— Deposiçâo em ambiente do ferro em baciavulcano-tectônica de Goodwin e Shlanka;
— Deposiçao em ambiente de mar raso-féciesóxido de James.
Contornando o Craton do Guaporé, uma zonasubsidente evolui para a organizaçâo de umageossinclinal, denominada Paraguai—Araguaia.
A Faixa de Serpentinitos (Ofiólitos) da FaixaOrogênica Araguaia-Tocantins, juntamente comos metassedimentos dos Grupos Tocantins eAraxâ, representam uma seqüência mioeugeos-sinclinal cujo facies metamórfico cresce nosentido de oeste para leste, ou seja do bordo docraton em direçâo a zona mais profunda dosu Ico geossinclinal.
As feiçôes estruturais do Complexo Xingu eGrupo Grâo-Parâ, orientadas na direçao
WNW-ESE, sâo truncadas pela Faixa de Serpen-tinitos, da Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins,de rumo NNE-SSE, estabelecendo uma discor-dância angular. Este truncamento de direçoeséquivalentes ao Lineamento do Rio das Velhas,de Pflug (Lineamento Tocantins—Araguaia, re-conhecido por Kegel).
Com relaçâo ao fâcies metamórfico, as rochas doGrupo Tocantins, apresentam mineraistipomorfos do fécies xisto verde, subfâciesquartzo-albita-muscovita-clorita, enquanto queas rochas do Grupo Araxé, atingiram grau demetamorfismo mais alto bu seja, xisto verde eepfdoto-anfibolito, subfâcies quartzo-albita-epfdoto-almandina ou localmente anfibolîtico.
Segundo as zonas de Barrow, as rochas do GrupoAraxâ foram submetidasa um metamorfismoprogressivo atingindo a zona de silimanita.
O evento plutônico âcido desta orogenèse cor-respondente ao "emplacement" de granitos ca-taclâsticos, granófiros e alcali-granitos.
Na margem oriental do Craton do Guaporé, sâoidentificados dois ciclos orogênicos. 0 primeiro,mais antigo, com caracten'sticas plâsticas, cor-respondendo a Faixa de Serpentinitos da FaixaOrogênica Araguaia—Tocantins, refletindo-sepelo Lineamento do Rio das Velhas (Tocan-tins—Araguaia) cuja direçao de esforço primâriositua-se a ENE, dobrou as rochas dos GruposTocantins e Araguaia, segundo eixos de do-bramentos corn direçao NNW-SSE. Como con-seqüência deste esforço primârio originaram-sefeiçoes estruturais:
— falhamentos de rejeito horizontal de primeiraordern com direçâo WNW e N 30° E;
— falhamentos de rejeito horizontal de segundaordern com direçâo NNW e N 45° E;
— "Drag-folds" de segunda ordern com direçâodos eixos WNW;
1/104
— falha de empurräo com direçao NS e NNW.
Durante o desenvolvimento deste primeiro cicloorogênico, o Craton do Guaporé comportou-secomo um nücleo ri'gido, estabelecendo-se ex-tensos falhamentos e lineamentos:
— falhamentos de rejeito horizontal segundo asdireçôesN60° E e 45° W;
— lineamento Iriri—Marti'rios, de rumo géraiNNW.
A segunda orogenèse, mais jovem, também comcaracteri'sticas plésticas (reativou o ComplexoXingu e dobrou as rochas do Grupo Grao-Parâ)cuja direçao priméria situa-se a NNE, estabeleceueixos de dobramentos corn direçao WNW-ESE.Como resultante deste esforço primârio erigi-ram-se as seguintes feiçoes estruturais:
— falhamentos (rejeito horizontal) de primeiraordern com direçao NNE a N 45° E, bem comoNNW;— falhamentos (rejeito horizontal) de segundaordern com direçao WNW, NNW, N 60 E;
— "Drag-folds" de segunda ordern com direçaodos eixos ENE;
— falhas de empurräo com direçao WNW.
Os facies metamorficos das rochas do GrupoGrao-Parâ sao xisto verde e anfibolito.
As dataçoes desta orogeneses apresentam osseguintes resultados:
— rochas bâsicas da Formaçio Carajâs, métodoK /A r - 1800-2000 MA;
— plutonismo pos-cinemético constitui'do peloGranito da Serra dos Carajés - K/Ar (Anf.)1828 ± 28 MA - 1824 ± 52 MA.
Os dados cronológicos desta segunda orogenèsesituam-se no "C ic lo Transamazônico"(1.800-2.000 MA).
Cessados os movimentos diastróficos, a porçâooriental do Craton de Guaporé evoluiu para o"estàgio do quasicraton" ou do "vulcanismosubséquente" manifestando-se entâo intensosfalhamentos de reativaçâo, com vulcanismofissurai rioh'tico, ignimbrftico, acompanhados defases efusivas de andesitos, dacitos e riodacitos.Nas bacias intermontanas acumulava-se umasedimentaçao peh'tica corn parte de materialorgânico.
Neste estégio vulcano-sedimentar, tardiamentehouve o "emplacement" de granitos, corn ten-dência alasquîtica e granodioritos.
Estes granitos apresentam-se com feiçoes circula-res, mineralizados corn cassiterita, tantalita, to-pézio e fluorita.
Esse evento vulcano-sedimentar foi agrupado soba denominaçao de Grupo Uatumâ.
Após urn episódio erosional começou a serdepositada uma seqüência tern'gena continentalchamada de Formaçao Gorotire, sobreposta pelaFormaçao Triunfo.
A geocronologia destes eventos cratogênicos säoos seguintes:
— vulcanismo intermediârio âcido: K-Ar900-1300 MA; isócrona - Rb-Sr 1645 ± 83 MA;idades K-Ar 900-1300 MA e 1.200 ± 150 MA.
— dataçoes na ârea do Rio Fresco:
- K-Ar Rocha total:
Amostra SF-1 - Quartzo-pórfiro - 650 MAPA-267 - Quartzo-pórf i ro1040 MAPA-272 - Quartzo-pórf i ro1070 MA39/XXV/XI - Quartzo-pórfiro1220 MAPA-23 - Quartzo-pórfiro 1450 MAPA-214 - Andesito - 870 MA
- riolitos, isócrona Rb-Sr 1600 MA;
1/105
— granito circular Velho Guilherme, amostraRM 9 (DNPM - K-Ar r -1737 MA);Rb-Sr-1377MA,
Os eventos geológicos a leste da Faixa OrogênicaAraguaia—Tocantins, evolufram para a organi-zacäo da Sinéclise do Maranhäo—Piaui'. A de-posiçao no oeste da sinéclise inicia-se com osfolhelhos e siltitos cinza arroxeados com ni'veisde oólitos piritosos e arenitos no topo daFormaçao Pimenteiras. Após vêm os arenitosmédios a grosseiros com estratificaçâo cruzadada Formaçâo Cabeças. Sobrepöem-nos os folhe-lhos cinza-escuros a pretos da Formaçâo Longé.
Estas très formaçoes pertencem ao Devoniano erepousam discordantemente sobre o GrupoAraxâ. Após iniciou a sedimentaçao de arenitosfinos com intercalates de folhelhos carbonososda Formaçâo Piaui', do Carbon ffero, tendo-sedepositado a seguir arenitos, siltitos e folhelhoscom leitos de sflex a calcârio da Formaçâo Pedrade Fogo, do Permiano.
Uma exposiçâo continental é representada porarenitos finos a médios com grandes estratifica-çoes cruzadas que pertencem a Formaçâo Sam-ba l'ba, do Triéssico.
No Jurâssico e Cretâceo desencadearam-se nasinéclise manifestaçoes vulcânicas de naturezatoleiftica, tanto de carâter intrusivo como efusï-vo, constituindo a Formaçâo Orozimbo (K-Ar110—180 MA). Este paroxismo vulcânico cor-responde ao estâgio do "vulcanismo final".
Após as manifestaçoes vulcânicas de carâterbésico depositaram-se arenitos e argilitos verme-Ihos, laminados. (Formaçâo Itapicuru, conti-nental).
A Formaçâo Pedra de Fogo encontra-se nasproximidades da confluência dos Rios Tocantinse Araguaia, sedimentada na Fossa de Itupiranga.Trata-se provavelmente de uma reativaçâo doLineamento do Rio das Velhas.
Em discordância paralela sobre a . FormaçâoItapicuru, assentam-se os arenitos róseos, poucoconsolidados, corn argila e caulim (FormaçâoBarreiras, Terciârio).
A ârea esta em movimentaçao epirogenéticapositiva.
4.2. Evoluçao Geológica
A evoluçâo da porçao oriental do Craton doGuaporé e sua reconstituiçâo baseia-se ora emfatos, ora em correlaçoes pelo que ocorreu emoutras éreas cratônicas, cuja seqüência de even-tos pode servir como modelo.
Marginalmente e sobre o Craton existem gruposde rochas, dobradas, regionalmente metamorfi-zadas, cujas feiçoes estruturais, foram oriundasno mi'nimo de duas orogenèses, cujos padroestectônicos — lineamento, eixos de dobramentos,falhamentos, "trends" regionais, etc, — estäobem caracterizados nas unidades envolvidas.
A primeira orogenèse, "Araguai'des", edificou aFaixa Orogênica Araguaia—Tocantins, dobrandoe metamorfizando uma seqüência calco-peli'tica,aluminosa, bori'fera, associada a ultraméficas(ofiólitos).
Esta orogenèse corresponde ao estâgiotectonomagmâtico do vulcanismo inicial ou azona de "subduction" da Teoria das Plaças.
O esforço primârio de compressâo que jogou aseqüência vulcano-sedimentar contra a margemoriental do Craton dp Guaporé, proveio de ENE,estabelecendo:
— Falhas, fraturas e diaclases segundo as direçoesN85°W e N45°E;
— Falhas, fraturas e diaclases segundo as direçoesNNW, N45°E, N80°W;
— "Drag-folds" cujos eixos têm o rumo WNW.
1/106
Neste evento orogenético, a seqüência calco-peli'tica deu origem aos metamorfitos queconstituem as litologias dos Grupos Araxé eTocantins.
A inversao deste possante conjunto metamorf icodeve ter originado urn sistema cordilheiranobastante elevado, cujo aplainamento deve terdurado até o desenvolvimento da Sinéclise doMaranhao—Piaui'.
Nesta orogenia as rochas do Complexo Xingu,atingiram o "processo de plataformas ativadas",segundo as concepcöes de Kazanskii (55)(1968), Salop e Scheimann (89) (1969).
A segunda orogenèse, "Carajaides" atingiu umapaleobacia ou soleira de plataforma sobre ocraton, assoreada com uma seqüência peli'tica,ferrffera, magnesffera, associada a lavas bâsicas.
A compressao primâria que dobrou toda aseqüência, originou-se a NNE, organizando oseguinte padrao estrutural:
— Sinclinais ou sinclinórios com eixos de do-bramento de direçao N80°W;
— Falhas e fraturas segundo as direçoes N45°E eNNW;
— Falhas e fraturas segundo as direçoes N80°W,N60°WeNNW;
— "Drag-folds" com eixos de rumo ENE.
Neste evento orogenético o pacote pelftico, pelaintervençao do metamorfismo regional, origi-nou os metamorfitos ricos em ferro e metavul-cânicas espilfticas e demais metamorfitos man-ganesfferos do Grupo Grâo- Paré.
É de acreditar-se que neste segundo eventoorogenético, tenham sido as rochas do embasa-mento atingidas por um novo processo deplataformas ativadas.
Esta orogenia tem marcantes episódios de plu-
tonismo tardio, exemplificado pelos batolitos daSerra da Seringa (GO1 - Rc K-Ar 1810 MA;Rb-Sr 1708 MA; GO2 - Rc Rb-Sr 1614 MA);da Serra dos Carajés (GA-29). Ànf. K-Ar 1828±52 MA; GA-3. Anf. K-Ar 1663 ±'15 MA), bemcomo os demais batolitos como Areia Branca,Tukre, Sao José e Lua Nova.
Cessados os movimentos orogenéticos manifesta-ram-se falhamentos de reativaçao, corn extrusoesde lavas intermediârias e écidas, cuja distribuiçaoespacial na Amazônia revela-se sem dûvida amais extensa da Terra. Nas bacias intermontanas,contemporaneamente, acumulou-se uma sedi-mentaçao peli'tica em parte com matéria orgâ-nica.
Marginalmente ocorrem maciços intrusivos, comforma circular. Esses maciços mostram-se asvezes graisenizados e.mineralizados a cassiterita,tantalita, topézio e fluorita. Os aluvioes circunvi-zinhos contém freqüentemente mais que5 kg/m3 de cassiterita.
Este evento vuIcano—sedimentär foi agrupadosob a denominaçao de Grupo Uatumâ, e cujoslimites geocronológicos ficam delineados pelaisdcrona dos riolitos — Rb—Sr 1645 ± 83 MA eGranito Velho Guilherme - Rb-Sr 1377 MA.
Deve ser correta a afirmativa de Steiner (93)(1960), que "os ignimbritos parecem serequivalente âcido dos basaltos de platôs", poisapós o paroxismo vulcano ignimbrftico doCraton do Guaporé, e destas intrusoes granfticase granodiori'ticas, sucedeu-se um longo perfodoerosional.
Neste perfodo erosional, nas areas baixas, de-positou-se um pacote tern'geno continental, corncaracten'sticas molassóides, constituindo aFormaçao Gorotire; assentando discordantemen-te sobre a Formaçao Gorotire ocorre a Forma-çao Triunfo com caracterfsticas semelhantes.
1/107
No eopaleozóico, na margem setentrional doCraton, instalou-se a Sinéclise do Amazonas.Enquanto prosseguia a evolucäo da Sinéclise do
Amazonas na margem oriental do craton, paraalém da Faixa Orogênica Araguaia—Tocantins, seestabelece a organ izaçâo da Sinéclise do Mara-nhâo—Piauf.
1/108
5. GEOLOGIA ECOIMÛMICA
5.1. Generalidades
Os recursos minerais da area foram trata-dos no passado por Barbosa et alii (14) (1966),apresentando bons dados sobre o ouro, diaman-te, cristal de rocha, calcârio, carväo, pegmatitos,chumbo e cobre e égua subterrânea.
Parada et alii (78) (1966), no sentido de orientare auxiliar uma campanha para o desenvolvi-mento do subsolo paraense, estudaram o minériode ferro do Rio Naja, pesquisaram a ocorrênciade ferro na Serra das Andorinhas, veeiros dequartzo com turmalina na borda superior daSerra dos Marti'rios; em Säo Geraldo, na vertenteda nascente da Serra Branca e na cata do SenhorMariano Conceiçao da Silva, um pegmatitoportador de xenotima. No mesmo trabalho säoapresentados dados sobre o carväo do RioFresco.
O IDESP no trabalho Para: Recursos Minerais(73) (1966), apresenta os bens minerais conhe-cidos na época.
Puty et alii (28) (1972), apresentam urn inventé-rio dos recursos minerais. Sao abordados depó-sitos e ocorrências de: ferro, manganês, diaman-te, cristal de rocha, cianita, talco, monazita,rutilo, turmalina, ni'quel, mârmore, calcârio ematerial de construçâo.
HIDROSERVICE SUDAM (51) (1973),apresen-ta urn item sobre os recursos minerais, abor-dando ocorrências, jazidas e minas dos seguintesbens minerais: ferro, manganês, ni'quel e ele-mentos associados, ouro, alummio, diamante,calcârio, cristal de rocha (quartzo), arguas, maté-rias-primas para a construçâo civil, carvao mine-rai e ou tros.
5.2. Ocorrências Minerais
Mesmo que nao seja escopo primeiro desterelatório o cadastramento de ocorrências mine-
rais, foi feita a inclusao de um.capftulo nestesentido, visando, em linhas gérais, resumir osdados existentes sobre o assunto.
O desenvolvimento da area estarà ligado àexploraçao dos depósitos da area de Carajâs,como polo de atraçâo de mao-de-obra, arreca-daçao de impostos, desenvolvimento de obrasviérias, nûcleos populacionais, sistema de abaste-cimento, geraçao de energia e outros serviçoscorrelacionados. Sem düvida essa atividade mine-ira, influirâ decisivamente no futuro na eco-nomia regional.
Ferro, manganês, estanho, diamante, calcârio earguas säo os principais recursos minerais daârea; ocorrências de ouro, platina, cromo, titâ-nio, ni'quel, chumbo, alumfnio, carvao e mine-rais de pegmatitos (tantalita, xenotima, cassite-rita etc), säo conhecidos.
No relatório seräo tratados outros bens mineraisde menor monta, mas indispensâveis ao ramo daconstruçâo civil.
5.2.1. OURO
Jâ houve garimpagem de ouro no alto Rio Naja,IDESP (73) (1966).
Säo conhecidas ainda ocorrências de ouro noIgarapé Maguari, em Säo Félix do Xingu, bemcomo no Rio Iriri a montante da confluência doRio Novo.
Ocorrências de ouro no Rio Itacaiünas e emItupiranga (foz do Rio Pedra Alta) säo mencio-nados na literatura.
Dados fragmentârios sobre a exploraçao de dia-mantes no Rio Tocantins, dâo conta que o teorem ouro nas aluviSes pode alcançar 3g/m3 (SU-DAM) HIDROSERVICE (51) (1973), teor esteconvidativo face ao alto preço do ouro no mer-cado internacional.
Barbosa et alii (14) (1966), recomendam como
1/109
particularmente interessante, as aluviöes dosseguintes rios: Itacaidnas e seus maiores afluen-tes; Trairao e seu afluente Juari, Araguaia, notrecho Araguana—Santa- Izabel, e seus afluentesXambioé, Gameleira, Lontras, Muricizal, Bana-nal, Piranhas, estes très Ultimos só nas cabe-ceiras, isto é, junto do divisor Tocantins-—Araguaia.
5.2.2. PLATINA
O conhecimento de ocorrências de platina naarea, restringe-se a anélise de uma amostra decromita (PR-01), colhida num macico ultrabâ-sico serpentinizado situado na margem direita doRio Araguaia, cujo resultado apresentou 2,5 g/t.
5.2.3. DIAMANTE
O diamante é ainda um dos recursos mineraismais explorados nos Rios Tocantins e Araguaia.Consta que a primeira gema foi descoberta em1610, por um soldado enviado por la Ravardiereao Paré, em terras dos Pacajâs, Baena (13)(1839).
Marabâ é um dos mais antigos e maiores centrosde garimpagem. Varias vezes sua produçao atin-giu 20.000 a 25.000 quilatés, equivalente entäoa 10% do total do Paf s.
Os métodos de trabalhar os cascalhos diamantf-feros näo evolui'ram da bateia primitiva e dosistema de peneiras que perdura até hoje. Trabä-Iha-se também os cascalhos de canais secos, oucom bombas de sucçâo e escafandros os canaisinundados.
As zonas de corredeiras, onde ocorre a concen-traçâo natural do diamante säo os sftios dosgarimpos.
Os garimpeiros operam somente durante a esta-çao seca, no perfodo de junho a novembro,época em que o nfvel das âguas é baixo
permitindo a retirada dos cascalhos dos leitosdos rios e igarapés.
A provincia diamanti'fera parece situar-se no RioTocantins, desde Säo Joäo Araguaia até asproximidades de Tucurui', localizando-se princi-palmente no trecho Itupiranga—Jacundé, aproxi-madamente 45 km de extensao.
Os cascalhos diamantfferos dos Rios Tocantins-—Araguaia abrem perspectivas para a indagaçaoda matriz-primâria, cujo condicionamento tectô-nico se faz na periferia das sinéclises.
5.2.4. G RAF ITA
A ocorrência situa-se alguns quilômetros a lesteda localidade de Pequizeiro, proximo da estradaGuaraf—Couto Magalhaes (Goiâs) na FolhaSC.22-X-B,
O mineral ocorre em rochas xistosas do GrupoAraxé orientadas aproximadamente segundo adireçâo norte-sul com mergulhos fortes paraleste. A grafita, sob a forma de pequenas lamelasplanarmente orientadas, forma leitos milimétri-cos alternados com leitos um pouco mais espes-sos e irreguläres de material quartzo-feldspâtico.O mineral nao forma concentrâmes, sendo antesum constituinte disseminado na rocha, que foiclassificadacomo xisto quartzo-feldspético grafi-toso.
5.2.5. CHUMBO E PRATA
Seis quilômetros abaixo de Sao Félix, no RioXingu, encontra-se uma ocorrência de chumbo ecobre. Galena argentffera, calcopirita e mala-quita associam-se ao quartzo com uma estruturafilâo em pente.
Encaixa-se em rochas andesi'ticas de cor chocola-te ou de cor cinza, porfiróide. O filäo éobservado em "Très II notas" quase ao ni'vel dasâguas mi'nimas do Rio Xingu. Os sulfetos säomuito dispersos no gigantesco filäo de quartzo.
1/110
Um "pick sample" constitufdo de dezenas depequenos fragmentes do filao e a amostra médiadesse material revelou segundo Barbosa et alii(op. cit):
Cobre 0,8%Chumbo 6,8%Ouro 20 g/tPrata 1920 g/t
Segundo o IDESP (73) (1966), esta ocorrênciafoi cubada em cerca de 258.000 toneladas deminério.
5.2.6. COBRE
A PROSPEC (82) (1969); (83) (1970) noProjeto do Cobre do Paré, relata os seguintesdados sobre a mineralizaçao de "Très llhotas":
— Nas duas primeiras ilhas (norte e centro)afiora um espesso filao de quartzo mineralizadocorn Cu, Pb, Zn, Ag, Au, etc. Jâ na terceira (sul)aparece somente andesito.
O filao tem extensäo de aproximadamente 1quiiômetro e possança de 30 a 40 métros. Suaatitude parece ser vertical. A mineraçâo é maisintensa na segunda ilhota, de onde inclusiveforam extrai'dos "buchos" com alto teor degalena.
Algumas empresas de mineraçâo je estiveramneste local fazendo um estudo da referidaocorrência.
O filao näo apresenta, à primeira vista, interesseeconômico devido à dispersao de mineralizaçao,o que faz com que somente os "buchos"apresentem teores econômicos para a mineraçâo.Também nao se conhece a distribuiçao damineralizaçao em profundidade. O filao se en-contra encaixado em rochas andesi'ticas doGrupo Uatuma (Formaçao Sobreiro).
A amostragem em seçoes nas "Très llhotas'forneceram os seguintes resultados analfticos:
TABELA XXVII
NP Amostras
11112
154
Cu%
0,2570,0910,1030,0280.042
Pb%
1,2050,270,4100,0600,304
Zn%
0,0460.0240,050,0050,028
Agg/t
81181267
5.2.7. FERRO
Os depósitos de ferro na zona do Itacaiûnasestao distribu i'dos ao redor de um conjunto deelevaçoes denominadas Serra dos Carajâs. 0flanco norte, denominado Serra Norte, encerraoito depósitos N-1, N-2, N-3, etc. Aextremidadeda Serra dos Carajâs, denominada Serra Leste,encerra dois depósitos. O flanco sul, denomi-nado Serra Sul, encerra 45 depósitos, chamadosS-1, S-2, S-3 etc. A cerca de 100 km WSW daextremidade oeste da érea em estudo, nasproximidades de Sâo Félix do Xingu, säo encon-trados dois depósitos de ferro pertencentes aodistrito ferrffero.
Os depósitos de minério de ferro säo encon-trados em uma série de platôs relativamentehorizontais de formas irreguläres, contendo oca-sionalmente lagos e numa cota de cerca de400 m acima do m'vel das terras circunvizinhas.Os platôs sao cobertos com canga, uma crosta(aglomerado) resistente composta de fragmentasde minério de ferro cimentados por hidróxido deferro.
O grupo Grao-Parâ, na ârea dos depósitos, temaproximadamente 650 métros de espessura.
As principais unidades litologicas encontradas nodistrito ferrffero sao descritas da seguinte manei-ra: granito gnaisse, anfibolito, xisto e quartzitodo Complexo Xingu. Estas, geralmente exibemum grau de metamorfismo dentro do fécies
1/111
anfibolito.
Seguindo-se ao mesmo e em discordância angu-lar, encontram-se o Grupo Grao-Paré que na éreados depósitos, é composto por seqüência vulcâ-nica de rochas bésicas espilitizadas, parcialmenteou totâlmente alteradas e pela formaçao ferri'-fera (Formaçao Carajës) constitui'da por jaspi-litos hematfticos, itabirito, minério de ferrolixiviado, intercalacöes e diques de rochas mé-ficas. As rochas do Grupo Grio-Parâ na ârea dosdepósitos mostram urn baixo a médio grau demetamorfismo xisto verde a anfibolito.
Corn respeito à origem do ferro no DistritoFerrffero da Serra dos Carajâs:
— deposiçao de ferro em bacia vulcano-tectônica,Goodwin eShlanka;
— deposiçao do ferro em ambiente de mar raso,facies óxido de James.
A caracteri'stica do minério, segundo a équipeCVRD-CMM (29) (1972), é ser constituidoprincipalmente de martita e hematita, comquantidades significativas de magnetita e goethi-
ta. A goethita e limonita predominam mais nominério à superffcie. Os diversos tipos de miné-rio compreendem itabiritos (duro e brando),hematita dura e friével e os vérios tipos de canga.Os minérios friéveis representam a grande massadas jazidas e sao classificadas em tres tipos,conforme o grau friabilidade:minério semiduro(predominando em supërffcie), semibrando ebrando. Uma anélise média do minériofornecem 66,5% Fe, 0,05P, 2,2% SiO2 +AI2O3
Perda de Fogo 2,0%. Entre 50 a 60% do minério3,a granulometria se encontra na faixa de 0,1a 6,35 cm.
A Tabela XXVIII apresenta anâlises quîmiçaspara amostras selecionadas de minério da Serra.dos Carajés, segundo Tolbert.et alii (95) (1970).
As réservas foram calculadas principalmente combase em secöes verticais, segundo linhas de son-dagens transversais aos eixos maiores dos corposde minério. Considera-se como minério medidoo definido por malha de sondagem com furosespaçados de 200 m; sendo minério indicadoquando o espaçamento é de 400 m, e inferidopara espaçamentos maiores de 400 m, ou naausência de furos de sondagem, baseado apenasna interpretaçao geológica. Câlculos de réservaforneceram os seguintes valores: cerca de 2.0 b.t.
TABELA XXVIII
Amostra% em Peso
Fe
63,4768,1366,5867,5569.11
P
0,2280,0790,0680,0350,014
sio2
0,970,470,770,610.68
AI 2 0 3
2,641,133,722,580,03
Mn
0,040,040,620,090,03
TiO2
0,4400,200
-0.0200,005
S
0,0190.020
-0,003
—
P.F.
7,052,520,932,240,62
ABCOE
Obs. : -
B - Hematita dura In Situ (Superficial) da ârea N 1 da Serra Norte.C = Minério friével da Galeria N - I T - 1 , ârea N 1 Serra NorteD = Minério friâvel superficial. Serra Sut.E = Hematita fina galeria N—IT—1, ârea N.1 Serra Norte.
1/112
de minério; mais de 2.5 b.t. e 11.5-b.t. deminério indicado e 11.5 b.t. de minério inferido.Usando-se como "cuf-off" teor de 64,0%Fe pa-ra esses câlculos, hâ cerca de 6 bilhoes de tonela-das de minério com teor aproximado de 66,5%Fe.
Em vista dos resultados positivos da pesquisa, jâestâo sendo desenvolvidos estudos de viabilidadeeconômica.
Provavelmente o escoamento do minério seraferroviârio, ligando a ârea portuâria de Itaqui, noMaranhao e as jazidas da Serra dos Carajâs, noParé.
Parada et alii (78) (1966) foram os primeiros aestudar os depósitos de ferro da Serra doTocandera, proximo a Gorotire. A situaçaogeológica do jazidamento mostra um pacote deitabiritos corn cerca de 400 métros de espessuraintercalados entre quartzitos vermelhos superio-res e quartzitos brancos na parte inferior.
Foram entâo cubadas 225 milhoes de toneladasprovâveis de itabirito de teores variéveis (entre50% e 19% de Fe) e cerca de 2 milhoes detoneladas de chapinha com até 57% dé Fe.
5.2.8. MANGANÊS
Em decorrência de um programa sistemético depesquisa, em agosto de 1966, a Companhia deDesenvolvimento de Indûstrias Minerais (CO-DIM), localizou os depósitos de manganês daSerra do' Sereno. As pesquisas da CompanhiaMeridional e da Amazônia Mineraçao, resultaramna descoberta dos depósitos de manganês naSerra de Buritirama e no Igarapé Azul.
A Serra do Sereno esta localizada a cerca de80 km a SW de Marabé, junto ao Igarapé Sereno,afluente do Rio Vermelho. Apresenta cerca de30 km de comprimento, sendo constitui'da poruma seqüência de quartzitos micâceos, mica-xistos.metassiltitos, filitos, silexitos e jaspilitos
hematfticos do Grupo Grao-Paré, com direçaogeral N 809E e mergulhos para N e S, formandouma estrutura anticlinal. O substrato da Serra doSereno säo rochas do Complexo Xingu, bemcomo rochas bésicas e ultrabésicas.
As altitudes mâximas sao de 550—600 m e osdesni'veis sao de aproximadamen.te 250 m. Ominério de manganês aflora à meia encosta,associadoaos xistos e quartzitos.
Os trabalhos efetuados pela CODIM e pelaCompanhia Meridional indicam que os depósitossâo predominantemente formados por enriqueci-mento de protominério silicatado.
O protominério pode também ser carbonâtico egrafitoso. Os minerais identificados foram:
— CODIM — criptomelana, piroluzita, chegandoa constituir 95% de algumas amostras. Psilome-lana, manganita, bixbuita e braunita foramobservadas, em quantidades menores em quasetodas as amostras. Quartzo e goethita aparecemcomo as maiores impurezas.
-HIDROSERVICE (SUDAM) - os mineraisidentificados nas secöes polidas e por difraçâo deraios X, mostram uma paragênese de baixatemperatura, corn exceçâo de uma amostra queacusa hausmanita e espessartita, ambas de altapressâo e temperatura.
O minerai mais comum é a criptomelana, litiofo-rita e psilomelana. Os acessórios mais fréquentessao magnetita e martita.
O teor em manganês das amostras de minériovaria de 39,12% a 53,04% atingindo os teores deferro e sflica, as vezes, altos valores — sempreinferior a 20%. Cations prejudiciais estäo présen-tes percentagens m mimas.
As anélises qui'micas de amostras representativasdo minério de manganês da Serra do Sereno, sâovistas na tabela XXIX.
1/113
TABELA XXIX
IPMRIKRIKRIKDOVENAENAOVAQUEQUE
Amostras N?s
- 10-5- 106-10- 106-11- 106-12- 116-6- 116-4- 116-5- 116-4- 116-4— 116-5
Serra
IpirangaRicaRicaRicaDolarEncantoEncantoOvaQueimadaQueimada
%Mn
44,0251,6739,1547,8045,1940,2243,7349,0849,0853,04
%MnO2
64,7574,2258,0271,3167,8257,8964,3473,7973,9280,24
%Fe
4,540,951,745,61
14,342,795,923,691,001,17
%SiO2
12,025,296,236,607,35
18,609,166,00
10,965,54
%AI203
2,522,456,934,962,815,385,543,323,522,46
%P
0,280,200,370,020,130,090,080,100,200,20
%BaO
4,884,512,732,521,701,941,701,790,790,96
Os resultados dos trabalhos geológicós forne-ceram: cerca de 2,5 milhöes de toneladas de mi-nério medido, a 40% Mm e cerca de 8,0 milhöesinferidos, a 30% Mn.
Em virtude dos baixos teores, réservas insuficien-tes e localizacäo nao é atualmente econômico,somente urn planejamento integrado corn os de-mais depósitos manganesi'feros da area poderâcaracterizar melhor seu grau de viabilidade.
Segundo Barreiros (16) (1966) amostras de gra-nitos, provenientes de afloramentos próximos àCachoeira Prêta, no Vale do Sereno e determi-nadas pelo método K—Ar deram resultados entre1920—2160 MA (sem indicar relacäo com osdepósitos de manganês).
- A Serra de Buritirama esté a 130 km a WSWda cidade de Marabé. Tem extensâo de 65 km,rumo N50W corn referenda ao Itacaiünas. A par-te mais alta é constitui'da por uma crista mais oumenos conti'nua, atinge cotas de ordern dos350 m em relaçao ao nfvel do Rio Itacaiünas.Para sudoeste da crista hâ urn caimento brusco eforte, enquanto que do lado noroeste o déclive émais suave; encontra-se um rosârio de pequenosmorrotes, que segue o alinhamento gérai daserra.
Os depósitos de manganês estao associados aquartzitos e micaxistos com direçao em torno deN50W e mergulhös variando entre 409 e 759
para NE. 0 substrato da serra é constitui'do porrochas polimetamórficas do Complexo Xingubem como diques de rochas bàsicas. Deve sersalientado que os metassedimentos da serra deBuritirama pertencentes ao Grupo Grâo-Parâapresentam fâcies sedimentär original mais clâsti-co, caracten'stica esta que se acentua para onorte.
As ocorrências manganes ff eras ocorrem à meiaencosta, no contato entre os quartzitos e xistos.As ocorrências de manganês sao aparentementelenticulares, consistindo de diversos tipos de óxi-dos de manganês, incluindo tipos pulverulentos,friâveis e intermediârios. Dyer (33) (1972), rela-ta que tais óxidos se originam, ao que tudo in-dica pelo enriquecimento supergênico de xistosmangnesfferos de baixo teor, por meio de açaodo intemperismo.
O manganês estaria contido primariamente nosmetassedimentos, sob a forma de óxidos de altapressao e temperatura — hausmanita e jacobsita— bem como silicatos — espessartita, rodonita epiroxmangenetita. Estas rochas submetidas aosprocessus de meteorizaçao originaram os óxidosde baixa temperatura e pressao — criptomelana,litioforita, manganita e piroluzita, que consti-tuem a maior parte do minério aflorante, em-bora também seja encontrada no minério super-ficial a jacobsita.
1/114
Parece que hâ um controle estratigrâfico para asconcentrâmes pri marias de manganês, je que asocorrência6 situam-se preferencialmente no con-tato quartzito-xisto, semelhante ao que ocorreno Sereno.
A Companhia Meridional, nos trabalhos de pes-quisa encontrou para teor médio de minério39-41% de Mn; 3-4% de Fe; 12-14% de AI2O3 e6-8% de SiO2. Os valores das réservas determina-dos nos trabalhos de pesquisa dessa Companhiasao da ordern de onze milhoes de toneladasmêtricas, com cerca de très milhoes medidas.
Semelhante à jazida do Sereno, Buritirama terâestreita dependência de aproveitamento com oescoamento do minério de ferro da Serra dosCarajâs.
— O Igarapé Azul é afluente do Rio Itacaiunas a5 km a sul da Serra do Cinzento, na ärea daSerra dos Carajâs.
Na area, se observou num paredâo, a partir dabase: folheJhos e siltitos que passam, superior-mente a folhelhos manganes(feros e camadasconstitufdas essencialmente de óxido de man-ganês, sendo o topo composto por blocos rola-dos que impedem a observaçao total da seqüên-cia. Neste ponto, as Rochas do membro Azul daFormaçao Rio Fresco têm direçào N60W e me-rgul ham cerca de 309 para SW.
As observaçoes efetuadas em afloramentos per-mitem caracterizar uma origem sedimentär singe-nética para os mesmos e este fato abre perspecti-vas basta'nte favorâveis aos trabalhos de pesqui-sa desenvolvidos pela Amazônia Mineraçao.
Segundö informacöes verbais o minério teria aoredor de 45,10% de Mn, 2,27% de Fe; 8,60% deAI2O3 e3,55%deSiO2.
A HIDROSERVICE/SUDAM (51) (1973), relataanâlises mineralógicas, efetuadas numa amostra,por meio de seçoes pólidas e difracäo de raios X,que indicaram a presença .de criptomelana comp
minerai principal e litioforita como minerai su-bordinado.
Os trabalhos de-pesquisa estao na fase inicial,estando atual mente programadas sondagens in-clinadas para perfurar as camadas vertical mente.A superf fcie é rica em "granzon".
Uma estimativa sobre as réservas do Igarapé Azulé de que as mesmas possam ascender a 10 mi-lhoes de toneladas corn teor médiö de 45 a 47%de Mn.
5.2.9. ESTANHO
O estanho ocorre na ârea em estudo e provém doarrasamento dos maciços granfticos cujo exem-plo tfpico é o Granito Velho Guilherme. Estemaciço intrusivo, tem uma ârea de aproxima-damente 35.000 ha sendo o diâmetro cerca de8 km, e sua ârea de aluvioes vizinhas de cerca de15.000 ha.
— O teor de estanho metâlico na cassiterita é daordern de 72% segundo os resultados obtidospela PROMIX (Produtora de Minérios Xingu), epode-se avaliàr as réservas do Granito Velho Gui-lherme em torno de 7.500 ton de cassiterita comaproximadamente 72% de estanho contido.
Presentemente estao sendo conduzidos trabalhos<te pesquisa nas âreas .da porçao ocidental do ma-riço, sendo que as da borda Este indicaram umaréserva medida de cerca de 480 ton. decassiterita.
O teor do minério nos aluvioes pode alcançar até11 kg/m3, porém o teor médio das aluviöes daârea esta caleulado em torno de 1,1 kg/m3 sendocerca de 400 g superior ao de Rondônia.
A produçao da PROMIX em 1973 (até setem-bro), foi da ordern de quarenta toneladas (Cr$540.000,00).
1/115
5.2.10. TITÂNIO
Parada et alii (78) (1966), referem as ocorrênciasde rutilo nas aluviôes ribeirinhos do Araguaia,das proximidades da barra do Igarapé Xambioâ ena própria bacia deste curso d'âgua.
Minerais de titânio associados a granófiros e âlca-li-granitps, introduzidos nos micaxistos do Gru-po Araxé, foram observados a 12 km da margemdireita do Rio Muricizal, proximo à cidade deAraguaia.
5.2.11. CROMO
Durante trabalhos de campo foram localizadasocorrências de cromita em serpentinitos de Cou-to Magalhaes, Goiâs, margem direita do Rio Ara-guaia, Folha SC.22-X-B.
A regiao é de relevo ondulado, sem grandes des-nfveis, e a vegetaçao é do tipo parque corn matasde galeria. Na monotonia do relevo destacam-seelevaçoes suaves e alongadas (da ordern de 1 kmde extensao) orientadas em direçao norte que,gérai mente, correspondem as faixas com serpen-tinitos.
Nesses alinhamentos as rochas sao fortemente si-licificadas e nâo raro adquirem aspecto de bre-cha devido à intensidade dos micro-fraturamen-tos. O material coluvial e aluvial em torroo destascristas é constitufdo predominantemente porquartzo leitoso, massas de serpéntina e grao decromita e magnetita.
Uma das ocorrências era, em 1972, objeto depesquisa; em escavaçao a céu aberto estava sen-do estudado um veio de cromita compacta deaproximadamente dois métros de possança. Osserpentinitos, de cor verde e marrom intensa-mente fraturados, têm direçao N40E mergu-Ihando 60 a 70 graus para SE.
Algumas amostras de cromita, de serpentinito ede suas encaixantes foram selecionadas para anâ-
lise qui'mica. Os resultados estâo sumarizadosnas tabelas.
T ABE LA XXX
Amostra N? Cuppm
Crppm
Nippm
Coppm
CN73AN73AAN73BAN 74AN 77AN 78RF55RF57
49115487218263633
1.0505.1005.6001.2501.200
6902.900
880
2.6005.2006.7001.000
230260
5.000125
14016018035
718
1305
Amostra N?
AN73C
Amostra N9
P R - 0 1
TABELA
Cr2O3%
22
TABELA
XXXI
,Ni%
0,17
XXXII
Co%
0,020
Pt (g/t)
2,5
Cu%
0,0019
5.2.12. LIMONITA
A limonita encontrada na ârea da formaçao fer-rffera, poderâ ser usada como fonte de pigmen-tos (ocres) na indüstria de tintas.
A canga limonftica, bastante frequente, é um ex-celente material para ser usado no recobrimentode estradas.
5.2.13. BAUXITA
Segundo Wolf e Silva (101) (1973), osdepósitosde bauxita acham-se nas proximidades da rodo-via PA-70, constituindo urn prolongamento dos
1/116
de Paragominas, e estao local izadas entre as se-guintes coordenadas: Latitude 4O40' e 5° 30' S elongitudes 489 30' 00" e 490 20' 00" WGr.
5.2.14. CALCARIO
Hâ calcârios associados ao Grupo Tocantins, cer-ca de 30 quilômetros a sudeste de Couto Ma-galhâes, onde ocorre uma elevaçâo dessa rochaapresentando très quilômetros de extensâo. Asréservas sâo da ordern de 20 milhoes de métroscûbicos.
As ocorrências de calcârios no Igarapé LagoVermelho, proximo à Rodovia Transamazônica eno Rio Itacaiûnas, a 31 km a montante de Mara-bâ, sâo util izadas para o fabrico de cal. Os calcâ-rios ocorrem em forma de nfveis da seqüênciasedimentär Pedra de Fogo, do mesmo modo queas ocorrências em torno de Marabâ.
No Rio Araguaia, a montante de Araguantinsencontra-se também caieiras, onde o calcârio daFormaçâo Pedra de Fogo é transformado em cal.
O IDESP fornece algumas anélises dos calcâriosde Santana do Araguaia:
ocorrem calcârios levemente metamórficos, pre-tos e cinza-azulados, grafitosos, com veios irregu-läres de calcita branca. O calcério é maciço eforma uma lente nos xistos do Grupo Tocantins.
Ao sul da vila de Redençao, municfpio de Con-ceiçâo do Araguaia, Para (Folha SC.22-X-B),proximo do local denominado "Sftio do Meio"algumas exposiçôes de rochas carbonatadas fo-ram observadas. Afloram de modo desconti'nubnuma extensao superficial muito restrita, da or-dern de 1 km2, geralmente na calha de pequenoscursos d'âgua que drenam a margem esquerda doRio Arraias; entretanto, hâ possibilidade deoutros afloramentos a N e S desta ocorrência.
Predominam folhelhos pretos e cinza-escuros,duros, bem laminados, que se desagregam emplaças, com camadas centimétricas de calcârio,também escuros, intercaladas. As espessurasobservadas nessas exposiçôes sâo de ordern de 2métros. A estratificaçâo é perfeitamente hori-zontal.
52.15. FOSFATO (MONAZITA E XENOTIMA)
A oeste de Xambioâ, na nascente da Serra Bran-ca, ocorre um pegmatito com xenotima.
TABELA XXXIII
Amostra
15/10 SF16/11 SF18/13 SF19/14 SF20/15 SF
Localizaçâo
SF 1,6,0Om.*SF 1,5,50 m.*SF 2,9,00 m.*SF 2,3,00 m.*SF 3,10,00 rit.*
C02
32,030,344,014,343,7
CaO
20,923,930,2
8,329,6
MgO
13,310,919,37,2
19,3
SiOî
28,930,3
4,459,5
5,7
AI2O3
3,22,61,36,60,9
Fe2O3
0,480,530,381,880,34
P1O5
0,060,090,090,070,09
S03
0,100,040,010,070,01
Na20
0,530,430,291,220,19
' Acima da base do morro.Analyses by N. Coger and L.M. Rundle, Geochemical Division Institute of Geological Sciences, London. Lab. Ref. 8116 A — E.
Outras ocorrências de calcârio estâo a montanteda foz do Rio Lontra no Araguaia.
Na fazenda Cocal, 30 km a sudeste de CoutoMagalhâes, Estado de Goiâs, (Folha SC..22-X-B)
Na ponta noroeste da Serra Branca, na bacia doRio Sororó, vertente do Igarapé Paus, no garim-po Novo Rumo, ocorre xenotima em pegmatito.
Monazita ocorre no Km 10 da estrada Xambioâ-
1/117
—Âgua Branca e no ramal do Lontra (ramifi-caçao da estrada Xambioâ—Wanderlândia).
Apesar das informacöes insuficientes sobre aocorrência, a monazita provém de pegmatitoatualmente decomposto, estando o mineral "insitu" associado ao caulim.
5.2.16. CRISTAL DE ROCHA E AMETISTA
Durante a década de cinqüenta, houve intensaatividade de garimpagem de cristal de rocha eametista na regiao de: Xambioâ, Chapada e ÂguaBranca.
Esses garimpos estao na maioria das vezes, emterrenos dos Grupos Araxà e Tocantins. Quantoa sua origem, existem très tipos de jazimentocristal de rocha associado aos quartzitos e xistos:o primeiro em forma de bolsôes dentro dos veiosde quartzo leitoso; o segundo em forma de bol-sôes dentro dos quartzitos e o terceiro, associadoa veios de pegmatitos. A princîpio a garimpagemera feita em alûvio de quartzo e camadas dequartzitos.
No ano de 1971, foi descoberta uma nova locali-dade de Chapada, chegando-se a produzir cristalde aproximadamente 100 quilos.
Quanto a ametista, é produzida em pequena es-cala, somente na fazenda Bodocó onde existeuma cata. Apesar da ametista ser produzida emforma de lasca, näo tem f raturas, é de cor roxo--veludo e näo contém impurezas.
Até o presente näo se tem controle dos veiosmineral izados com relaçâo a metamorruos A-raxé.
5.2.17. CAULIM
Na Folha SB.22-X-B ocorre a Formaçâo Barrei-ras sob a forma de platos bastante dissecados. Asocorrências de caulim no Distrito Cauh'nico do
Capim-Moju ensejam perspectivas favorâvèis paraque venham ser encontradas ocorrências de cau-lim na extremidade nordeste dessa Folha.
As perspectivas säo consubstanciadas no traba-Iho de Francisco et alii (40) (1971 — os quaisencontraram ocorrências nao muito distante daarea em apreço - e Vasconcelos (97) (1973).
5.2.18. TALCO
O talco ocorre principalmente na fazenda Boco-do, localizada no Km 8 da estrada Xambioâ-—Wanderlândia, em leitos intercalados aos mica-xistos sob a forma compacta — esteatito.
Os estùdos dos jazimentos na area foram prelimi-nares, nâo se podendo adiantar sobre as possibili-dades econômicas do talco nessa regiao.
5.2.19. SERPENTINA
Segundo Cameron (23) (1971), amostras de ser-pentinitos dos maciços ultrabésicos da FaixaOrogênica Araguaia—Tocantins, analisada pores-pectrometria quantitativa, fomeceram osseguin-tes dados:
TABELA XXXIV
e)
9)
10)
i i )
12)
Amostras NV
E/SF/1
9.70
E/SF/VI
9.70
E/SF/VII
0.70
E/SF/VMI
9.70
E/SF/IX
9.70
Fazenda Santa Fé
Majores constituintes Si-Mg-Fe- Menores constituintes Ni-Cr-AI
Traços V-Mn-Ti-Co
Maiores constituintes Si-Mg-Fe— Menores constituintes Ni-Cr-AI
Traços V-Mn-Ti-Co
Maiores constituintes Si-Mg-Fe— Menores constituintes Ni-Cr-AI
Traços V-Mn-Ti-Co
Maiores constituintes Si-Mg-Fe— Maiores constituintesN Ni-Cr-AI
Traços V-Mn-Co-Ti
Maiores constituintes Si-Mg-Fe— Menores constituintes Ni-Cr-AI
Traços V-Mn-Co-Ti
1/118
TABE LA XXXV
Amostras N98
13)
14)
6/17/RT/(64)
10.70
6/17/RT/(19)
10.70
Tucuruf
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
Maiores constituintesTraços
TABELA XXXVI
Amostras N?
16)
17)
18)
19)
6/17/RT/I25)
10.70
6/17/RT/(28)
10.70
10/19/RT/ID
10.70
18/30/RT/I1)
10.70
20/32/RT
10.70
Taina Recan
Maiores constituintes- Menor constituinte
Traços
Maiores constituintesTraços
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
Maiores constituintes- Menor constituinte
Traços
Maiores constituintes- Menor constituinte
Traços
TABELA XXXIVII
Amostras N°s
1)
2)
3)
4)
3/6 A (1)
9.70
6/15 A (1)
9.70
6/16 A (1)
9.70
29/66 A
10.70
Serra do Tapa
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
Maiores constituintesMenores constituintesTraços
TABELA XXXVIII
Amostras NP^
5)
6)
7)
4/4 RA (1)
10.70
1 - E
9.70
2 - E
9.70
Pau D'Arco
Maiores constituintes- Menores constituintes
Traços
*Maiores constituintes
- Menor constituinteTraços
Maior constituinte- Menores constituinte
Traços
Si-AIMg-Fe-CaNi-Cr-V-Mn
Si-Ca-Fe-MgMn-V-Ti
Si-AI-Fe-Ca-MgMnNi-Cr-Ti-Na-V
Si-AI-Fe-Ca-MgNK>ThMn-V-Na
Ca-MgSi-Fe-AITi-Mn-V-Na
Fe-AI-SiTiMn-Cr-Ni
Fe-AI-SiTiMn-Cr-Ni
Si-Mg-FeNi-Cr-AICo-V-Ca-Mn
Si-Mg-FeNi-Cr-AICo-V-Ca-Mn
Si-Mg-FeNi-Cr-AICo-V-Mn-Ti
Si-Mg-FeNi-Cr-AICo-VCaWIn-Ti
Si-AI-FeNa-Ti-Mg-CaCr-NW-MnCuZr
Si-Ca-Fe-AIMgMnONKHNa
SiFe-AINi-Cr-Mn-Ti-Cu-V-Ca-Mg
5.2.20. NI'QUEL
Depósitos niquelfferos de grandes dimensöestêm sido encontrados no Estado-çJe Goiâs. Lé, deum modo gérai, o minério é representado porarguas niquel(feras e lateritos, oriundos da in-temperizaçao dos corpos bâsicos-ultrabâsicos econsequente enriquecimento ao tongo do perfilregolftico. Pesquisas efetuadas pela iniciativa pri-vada e pela CPRM, cf. Baeta Jr et alii (27)(1972), têm estabelecido parametros que facili-tam a prospecçâo deste elemento.
Nos corpos bâsicos-ultrabâsicos ocorrentes naârea em apreço, uma série de anâlises tem revela-do a presença de ni'quel, inclusive em teoresacima do "cut-off" de varias minas. A minerali-zaçao é sempre representada pelos mesmos tiposde minério goiano, nâo tendo sido detectadaconcentraçao de minério tipo sulfeto.
Amostras dos serpentinitos analisadas por es-pectrometria quantitativa para Ni e Cr, Cameron(23) (1971), forneceram osseguintesresultados:
TABELA XXXIX
Amostras Serra do Tapa
1)
2)
3)
4)
3/6 A (1)9T7O~
6/16 A (1)9.70
7/16A(1)9.70
29/66 A10.70
0,53% Ni 0,25% Cr
1,03% Ni 0,11% Cr
0.21% Ni 0,18% Cr
0,38% Ni 0,17% Cr
TABELA XL
Amostras N o s Fazenda Santa Fé
8)
9)
10)
11)
12)
E/SF/19.70
E/SF/VI9.70
E/SF/VII9.70
E/SF/VI II9.70
E/SF/IX9.70
0,63% Ni
2,4% Ni
2,6% Ni
3,0 % Ni
2,2% Ni
0,47% Cr
0,17% Cr
0,15% Cr
0,15% Cr
0,16% Cr
1/119
5.2.21. MICAS
Apenas Barbosa et alii (14) (1966) referem-se aocorrências de mica na.érea,. assim mesmo demaneira generalizada e a ti'tulo de probabilidade.Restringem aqueles autores à ocorrência depegmatitos as érea do embasamento (ComplexoXingu) e Araxé.
Sao inümeros os pegmatitos muscovfticos as-sociados a corpos bésico-ultrabésicos em Goiâsde onde, aliâs, sai quase a totalidade da micacomercializada naquele Estado. Atençao nestesentido deve ser dirigida aos corpos de Taina-Recan, Tapa, entre ou tros.
5.2.22. TOPÂZIO
O topâzio associado à cassiterita, ocorre na éreamapeada, nos aluviöes provenientes do arrasa-mento dos maciços ci rcu lares. Sao boas aspossibilidades de aproveitamento desta pedrasemipreciosa como "subproduto" da mineraçâode cassiterita. Cristais de até 3 cm foram encon-trados nas aluviöes.
5.2.23. CARVÄO
A primeira referência a camadas betuminosasaflorando no Rio Fresco, afluente do Rio Xingu,deve-se a Oliveira (68) (1928). Este autor des-creve e ilustra um anticlinal com duas camadasbetuminosas tendo a superior no mfnimo 20métros em gfloramento e inferior "do épice doanticlinal à capa da mesma 115 métros". Entreas duas, uma outra, de folhelho cinzento-àzuladode 75 métros de espessura. Oliveira (op. cit).
Na obra "Geologia do Brasil", Oliveira e Leo-nardos (69) (1943) continuant as referências aesta anticlinal logo a montante da foz do RioTrairao e as referências a folhelhos negros com"camadas altamente pirobetuminosas e dobra-das", em afloramentos entre Trairao e NovoHorizonte (localidade hoje inexistente, a 12 km
norte de Gorotire). No mesmo trabalho iridicamocorrências de carvao antracitoso no Rio Fresco,na Carreira Comprida (60 km de Nova Olirrda) ea 22 km da foz do Rio Naja e outras duas mais:no Igarapé Trairao e em Flor de Ouro, Xingu.
Good, Abreu e Fraser (44) (1948) apresentamanélises de carvao do Rio Fresco, relatoriadastambém por Pinto (80) (1955):
CinzasMatéria volétilCarbono fixoCalorias
20%1,5%74%6.200
Ramos (86) (1955) atravésde informaçoes locaisna érea de Gorotire indica para o carväo doIgarapé Trairao a localizaçao "das proximidadesda foz do seu afluente Joari".
Barbosa et alii (14) (1966) corn o respaldo dedocumento do Dr. Sylvio Fróes Abreu transcritona citada obra e sob a conclusäo de que "Asnossas investigaçoes geológicas revelaram que ascamadas da Formaçao Rio Fresco säocaracteristicamente marinhas e portanto nâopoderiam conter carvao antraci'tico", concluemque o material carbonoso coletado ria barra doIgarapé do Barreiro num veio de 35 cm deespessura seja urn asfaltito.
F. W. Sommer (in Ramos op. cit.) observou embinocular o macerado de material carbonoso queapresentou umas estruturas fibrosas sugerindo apossibilidade de conter vesti'gios de algas mas,posteriormente (In: Barbosa et alii, op cit.), F.W.Sommer e W. Curvelo em pesquisas palinológicase petrogréficas diagnosticaram compléta ausên-cia de restos de végétais nas amostras analisadas.Na tentativa de obter microfósseis, Campos eOliveira, In: ID ESP (75) (1969/70) obtiveramreaçao positiva corn safranina, porém as anélisesnao apresentaram estruturas reconheci'veis.reconheci'veis.
Ainda Barbosa et alii (op. cit.) concluem quantoa origem: "um meta-torbanito de algas ou um
1/120
resfduo asféltice de petróleo" e forneceram aseguinte anélise:
unidadevolatilcarbono fixocinzasenxofre
5,2%4,9%
72,9%17,0%0,97%
poder calorffero superior 6.413 calorias"
Parada et alii (78) (1966) mencionaram oafloramento de carväo antracftico imerso aolado da "ilha do Carvao" (llha do Barreiro)encontrado em 1962, sugërindo furo de son-dagem no local. Apresentam também os seguin-tes dados comparativos, Tabela XLI :
— retomada dos estudos na érea quando oplanejamento passe a existir de modo viével —por exemplo: necessidade de material ener-gético, diffeil de ser obtido em condiçoes maisvantajosas que o carvao do Riö-Fresco — acontinuidade das tarefas iniciadas.
Apresentamos na pagina seguinte (Tabela XLl i)alguns resultados de anélises executadas duranteo programa CPCA/IDESP.
5.2.24. ATAPULGITA
Parada et alii (78) (1966), referem-se a atapul-gita encontrada na cata do garjmpo daCastanheira, na bacia do Igarapé da Lama,
TABELA XLI
Umidade 105%
Cinzas %
Material volétil%
Carbono fixo %
Enxofre %
Poder calorffero Kcal/Kg
Crisciûma
se
3,2
32.3
25.2
39,3
5,6
5.000
Bsrro
Branco
3.8
35,0
24.0
37,2
8.14.550
Stderûr.
Nacional
2.5
37,2
17.8
42,6
5.6
5.050
ITRSG
5.4
22.4
11.6
66,0
0,87
6.046
RioFrefeco
IPT-SP
4.46
20,30
6,30
69,90
0/9
6.208
LJ».M. n920.089
4.6
17.0
6.6
72,5
1.02
6.246
Entre 1968 a 1971 extenso e intenso programafoi desenvolvido pela CPCAN/IDESP visandodéfinir o assunto earvao do Rio Fresco.
A ultima etapa do prograna foi a execuçao de511m de sondagem na ârea do Barreiro, sendoperfurada camada com 1,02m. As conclusses erecomendacöes dos très relatórios (74) (1969),(75) (1969/70> e (76) (1971) podem, ser assimconsubstanciadas :
— érea de interesse para pesquisa: 7,543 km2
— locais de maior probabilidade: Barreiro, Trai-râo, Adelino e Ponte;
— classificaçâo do material estudado: hulha, nolimite superior para antracito (nao siderûrgico,possfvel para fins energéticos).
afluente esquerdo do Araguaia, aproximada-mente 15 km de sua barra.
5.2.25. TURMALINA
Na Fazenda Bodocó, localizada no Km 8 daestrada Xambioé—Wanderlândia foram observa-dos cristais de turmalina verde, com coloraçaonâo homogênea tQtalmente fraturados e quebra-diços. A turmalina negra (afrisita) é gérai menteencontrada associada a veios de quartzo quecortam os metamorf itos do Grupo Araxé.
5.2.26. MATERIAIS DE CONSTRUÇAO
Na cidade de Marabé as rochas duras utilizadas
1/121
TABELAXLII
Amostras 11/125 12/125 E 127 64.89 17.127 70/1.1 70/1.2 70/2
Unidade Hlgroscópica %
Cinzas b*. %
Materials volateisbj
Carbono f ixo b j %
Enxof re b j %
Poder alorrfero b j % superior (cal/g)
Poder calorffero bjt % inferior
% Unidade do ar
Carbono fase pura %
Hidrogênio b* %
Hidrogênlo base pura %
Oxigênio b.s (por diferença)
Nitrogénio b.s
3336,3
5.0
57,1
1.6
5022
4947
Nula
91,5
1,46
2,30
4
0,6
4.0
32,2
6.2
61.0
1.6
5309
5224
Nula
90,1
1,66
2,38
5
0,7
4,7
44.3
6,9
47/»
1.4
4137
4036
Nula
88,7
1.93
1.62
6
OS
4,14
37,15
3.99
54,72
1,77
4720
-
-
-
-
-
-
5,31
40,26
6,36
48,07
0,72
4190
-
-
-
-
-
-
3,1
47,6
3,9
48,5
3,2
3910
-
-
45,3
-
1.31
-
3.3
47,3
4,2
48,5
3.6
3996
-
-
45,0
-
1.17
-
1355.2
3.1
41.7
3.5
3241
-
-
40,0
-
1,36
-
Obs: 11/125, 12/125, e 127: ITRSG in ( ) (1969)64-89, 17-127: I.P.C. Mineral de Tokyo in ( ) (1970)70/1.1, 70/1.2, 70/2: ITRSG in ( ) (1971)
para a construçâo civil sâo os cataclasitos, queocorrem na Cachoeira de Lourençâo, proximo acidade de Itupiranga. Sâo utilizados ainda emlarga escala como pedra de construçâo o si'lex eo calcério da Formaçâo Pedra de Fogo.
Ainda na cidade de Marabâ, só se tem conheci-mento do funcionamento de uma olaria, compequena capacidade de produçâo. A argila utili-zada para o fabrico de tijolos e telhas é extraCdados sedimentos récentes nas margens do RioItacaiûnas, proximo a sua foz.
Ao longo do Rio Tocantins, tem-se grandesdepósitos de areias, formando praias e ilhas,constituindo fonte de material de construçâopara a cidade de Marabâ.
Entretanto, essas ocorrências de areias e arguas,durante a estaçâo chuvosa sâo cobertas pelasâguas dos Rios Tocantins e Itacaiûnas.
5.2.27. ÂGUASUBTERRÀNEA
Varias cidades 'na ârea abrangida pelo presentere la tori o utilizam-se de âgua subterrânea para oseu abastecimento. A vantagem da âgua subter-rânea na ârea parece residir na sua maioreconomicidade em relaçâo ao tratamento deâgua superficial, além da maior constância naqualidade e salubridade da primeira.
Um estudo em grande amplitude poderia propor-cionar o abastecimento d'âgua para os vâriosnûcleos populacionais da ârea desde que, logi-camente, .fatores econômico-sociais assimaconselhassem.
A existência de extensa rede hidrogrâfica nâoinvalida esta filosofia, de vez que o tratamentode âgua superficial requer nâo apenas um gastocontfnuo como também técnica especffica nemsempre disponfvel nesses nûcleos.
5.3. Possibilidades Metalogenéticas da Area
O exame detalhado das informaçôes geológicasexistentes sobre a. ârea, bem como os dadosteóricos da metalogênese das demais plataformasdo mundo, perm item esboçar as possibilidadesmetalogenéticas para cada unidade.
Uma bibliografia bâsica acompanharâ cada pro-babilidade metalogênica, sendo as referênciasapresentadas como fonte de informaçao bâsicanas pesquisas que poderâo vir a ser encetadas naprospecçâo de certos elementos.
Complexo Xingu
— Pegmatitos portadores de Ta, Sn, Be, Li, Cs.— Veeiros de quartzo com Au.
AUBERT, G. Le Lithium. B.B.R.G.M. Paris,2 :23-93 , 1963.
BURNOL, L Le Beryllium. Bull. B.R.G.M.,Paris, 2, 1968.75 p.
GINZBURG, A.I.; OVCHINNIKOV, L.N.;SOLODON, N.A. Genetic types of tan-talum ore deposits and their economicimportance. International Geol. Review, 14(7): 665-673, 1972.
JONES, R.S. Gold in igneous sedimentary andmetamorphic ricks. U.S. Geol. Survey.,circ. 610, 1969.28 p.
MOUSSU, R. Recherche des gisements d'Etain.Chron. des Mines et de la RechercheMinere Paris, 314:338-347, 1962.
OVCHINNIKOV, L.N. & SOLODON, N.A.Genetic tvpes of cesium deposits and someproblems of. their exploration. Interna-tional Geol. Review., 14 (7): 707 - 719,1972.
Grupo Grâo-Parâ
— Seqüências metamórficas de Fe e metabasitosespilfticos.
1/123
— Seqüência sedimentär com Mn singenético— Meteorizacäq de metamorfitos ricos em Mn— Au associado a nfveis itabirfticos— Ni associado aos metabasitos
BLONDEL, F. Les types be gisements de fer.Chron. Mines coloniales n. special 231:231:226-246, sept 1955.
LOMBARD, J. Sur la geochimie et les gisementsdu Njcket. Chron. Mines d'Outre Mer et delà Recher Miniere. 244:237-256,1956.
MACHAI RAS, G. Contribution à l'étude rïnine-ralogique et metal logenique dé l'or. Bull.B.R.G.M., 2,3^970. 72 p.
WISSINK. A. Les gisement de manganese dumonde. Conditions de dépôt, typologie etmetal contenu. B. B.R.G.M. Sect. 2, 1:33-48, 1972
Granito da Serra dos Carajâs
— Depósitos hidrotermais de Sn, W, Cu.— Veeiros de quartzo corn Au
BLANCHOT, A. Description de quelques gêtesde cuivre, de nickel, molydene et leurprospection. B. B.R.G.M., Orléans, 1968.214p.
DOUNG, P.K. Enquête sur l'or dans les roches.Origine de l'or des gisements. Chron desMines et de la Recherche Minière, Paris343:175-188,1965.
Ll, K. C. & WANG, C. Y. Jüngstem. Amer.Chem. Soc. Mon, 94. 3 éd. New York,Reinhold Pub. Co., 1965. 506 p.
MOUSSU, R. Recherche des gisements d'Étain.Chron des Mines et de la RechercheMinière, Paris, 314:338 - 347, 1962.
Faixa Orogênica do Araguaia-Tocantins
— Cr nas Rochas ultramëficas e bâsicas— Ni sob a forma de sulfetos ou silicatosassociados as rochas ultramâficas.
— Co nos asbolanos desenvolvidos sobre as ro-chas ultramâficas.— Talcó associado as rochas ultramâficas— Pt nos cromititos associados as rochas ultra-mâficas— Carbonatos associados à seqüência de rochasultramâficas— Asbestos associados aos serpentinitos.
ANDRENS, R. W. Cobalt, London, OverseasGeol. Survey Mineral, Resources Division,1962.221 p.
CLARK, V. B. Platinum. Miner. Inf. Serv. U.S.,23 (6): 115-122 , 1970.
LOMBARD, J. Sur la Géochimie et les gisementsdu nicket. Chron, Mines d'Outre Mer et de laRecherche Minière, Paris, 244: 23 256,1956.
MICHARD, A. Les dolomies; une revue. B.Serv. carte geol. Als Lors., Strasbourg, 22 .WV - 9 2 . ÎS69.
OSS, J.F. van. "Asbestos" In: MATERIALS andTechnology. Non-metallic ores, silicate in-dustries and solid mineral fuels, LogmanJ.H. de Bussy, 1973. v.2 p. 2 9 - 3 7 .
OSS, J.F. van. "Talc". In: MATERIALS andTechnology. Non metallic ores, silicateindustries and solid mineral fuels, LogmanJ.H. de Bussy, 1973. v.2 p. 29, 45 - 48,123 - 286 - 322.
THAYER, T.P. Mineralogy and Geology ofchromium. Chromium. Amer. Soc.Monogr., 132:14 - 52, 1956.
Grupo Uatuma
— U e V associado aos folhelhos carbonosos daFormaçâo Rio Fresco— Mn nos folhelhos e siltitos do membro Azulda Formaçâo Rio Fresco— Pb. (Ag), Zn, Cu, associados as rochasandesftrcas da Formaçap Sobreiro, ocor-rendo sob a forma filoneana ou disseminaçoes.— Bentonita associada aos tufos âcidos da For-maçâo Iriri.
1/124
BOULADON, J. Contribution a lîhe systema-atique des gisements de plomb et de zinc.Chron. des Mines et de la RechercheMinière, Paris 385:215-227, 1969.
BOY LE, R.W. The Geochemistry of Silver andits Deposits, ft Geol. Survey of Canada,160,1968,264 p.
DOMEREV, V.S. Basic Features of theMetal logeny of Copper. International Geol.Review, 4(3):263 - 270, 1962.
GOTMAN, Ya & DAND ZUBREV, I.N. Geneticclassification of uranium deposits. International Geol. Review, 7(3) :518 - 525, 1965.
KHOLODOV, V.N. Vanadium. Geochimie mi-néralogie et types génétiques dé gisementsaans les roches, sedimentäres. Moscou.Izdat Nauka, 1968, 258 p.
OSS, J.F. van. "Betonite". In: MATERIALS andTechnology. Non-rrietallic ores, silicateindustries and solid mineral fuel, London —J.H. de Bussy, 1973 v.2 p. 195 - 196.
WISSINK, A. Les gisemsts de manganese dumonde. Conditions de depot, tipologie etmetal contenu, ft B.R.G.M. Sect. 2.1:33-48', 1972.
Granitos Circulares— Cobre pôrfiro— Sn nos greisens e stockworks das cûpulas— Sn nas aluviöes adjacentes— Nb — Ta associado aos fâcies petrogréficos— Topâzio associado à cassiterita nas aluviöes.
bUCELLIER, V. Geologie du niobium et dutantale. Chron. des Mines et de laRecherche Minière, Paris, 317-67-88;318:116-132.1963.
MOUSSU, R. Recherche des gisemensts d'Etain.Chron. des Mines et de la RechercheMinière. Paris, 314:338-347, 1962.
OSS, J.F. van. "Topaz" In: MATERIALS andTechnology. Non-metallic ores, sillicateindustries and solid mineral fuel. London,Logman - J.H. De Bussy, 1973.v.2. p 513-514.
Formacao Gorotire e Formaçâo Triunfo
— Au e diamante nos nfveis conglomerations;urânio?
JONES, R.S. Gold in igneous, sedimentary andmetamorphic rocks. U.S. Geol. Survey.Circ. 610, 1969, 28 p.
OSS, J.F. van. "Diamond". In: MATERIALSand Techonology. Non-metallic ores.Bussy. 1973. v. 2.439-507.
Formaçâo Orozimbo
— Ametista em geodos em certos nfveis estrati-gräficos— Cu nativo disseminado ou em nfveis estra-tigrâficos.
GILMOUR, P. Notes on a non-genetic classifica-tions of copper deposits. Econ. Geol.,Lancaster, 57:450-453, 1962.
OSS, J.F. van. "Amethist" In: MATERIALS andTechnology. Non-metallic ores, silicat in-dustries and solid mineral fuels. London —J.H. De Bussy. 1973. v. 2. p. 526-529.
Formaçâo Barreiras
— Bauxita— Caulim
COOPER, J.D. "Clays". In: U.S. Department ofInterior. Bureau of Mines. Mineral Factsand Problems. Washington, 1970. (Bulletin,650).
ZANS, V.A. Classifications and genetic types ofbauxite deposits. In: INTERNATIONALGUIANA CONGRESS, 5th, Georgetown,Geol. Survey of British Guiana, 1962p. 205-212.
Aluviöes
— Diamante— Ouro
1/125
POSSIBILIDADES METALOGENETICASFOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DA SC.22 TOCANTINS
M*00«•Oflf
52° 30" Sl°00' 4»° 30' 4e°00'
8* 00"
4«00'
8°00'
6°00'
7*00'
*>00'
9°00'48*00'
ft Pm*. Oorotlr» • THunfo 0
ESCALA 1 : 9 000 000
80k« 0 50 100 180 200k*
FIGURA 4
1/126
KENNEDY, G.C. & NORDLTE, B.E. Thegenesis of Diamond Deposit. Econ. Geol.,Lancaster, 63:495-503, 1968.
MAGAK'YAN'S, I.G. Ore Deposits. Int. Geol.Review, 10(9):141-202, 1968.
Bordas da Sinéclise do Maranhäo-Piau (
— Kimberlitos— Rochas alcalinas, bàsico-alcalinas com ou semcarbonatitos.
ALLEN, J.B. & CHARSLEY, T.J. Nephelinesyenite and phono/ite. London, Inst. Geol.Sei., 1968. 169 p.
BARDET, M.G. Les nouvelles théories de V.A.Milashev sur les Kirberlites. Chron. desMines et de Recherche Minière. Paris,393:157-173,1970.
DAWSON, J.B. Recent Researcher onKimberlite and Diamond Geology. Econ.Geol. Lancaster, 63:504-511,1968.
HEINRICH, E.N. Carbonatites: Nil-SilicateIgneous Rocks. Earth Science ReView, 3(4):203-210,1967.
5.4. Situaçao Legal dos Trabalhos de Lavra e Pesquisa Mineral na Area
Segundo informaçoes obtidas junto ao DNPM - 59 Distrito (Belém) a situaçâo legal dos trabalhos delavra na ârea, até outubro de 1973 é a seguinte:
5.4.1. DECRETOS DE LAVRA
I TUPI RANG A
D N P M
7.776/567.840/577.989/577.990/577.991/57
Interessado
Vicente Gomes de Carvalho Jr.David Paulo DanaDavid Paulo DanaDavid Paulo DanaDavid Paulo Dana
Dec. Lavra
44.818/5857.949/6653.020/6352.967/6354.730/64
Substflncia
Diamante e AssociadosDiamante e OuroDiamante e OuroDiamante e OuroDiamante e Ouro
Local
Canal do JauCanal PraquequarinhaCanal CajazeirasCanal do JaûCanals S. Pedro e Cajazeiras
MARABA
D.N.P.M. Dec. Lavra Substancia Local
348/55 JoSo Gomes de Carvalho 41.308/57 Diamante Rio Tocantins (Canal do Jau)
1/127
5.4.2. ALVARAS DE PESQUISA
SAO FÉLIX 0 0 XINGU
D N P M Interessado Atv. Pesq. Substância Local
813.697/69 MineraçSb Tocantins Ltda.813.698/69 MineraçSo Tocantins Ltda.813.699/69 MineraçSo Tocantins Ltda.813.700/69 MineracSo Tocantins Ltda.818.767/70 JoSo do Amaral Guerra811.539/71 Guilherme Moraes Moreira811.540/71 Guilherme Moraes Moreira811.541/71 Guilherme Moraes Moreira811.842/71 Guilherme Moraes Moreira811.543/71 Guilherme Moraes Moreira811.644/71 Alberto Moraes Moreira811.545/71 Alberto Moraes Moreira811.546/71 Alberto Moraes Moreira811.547/71 Alberto Moraes Moreira811.548/71 Alberto Moraes Moreira811.549/71 José Roberto Moraes Moreira811.650/71 José Roberto Moraes Moreira811.551 /71 José Roberto Moraes Moreira811.552/71 José Roberto Moraes Moreira811.553/71 José Roberto Moraes Moreira808.780/72 Prod, de Minörios Xingu S.A.808.781/72 Prod, de Minérios Xingu S.A.
846/72847/72848/72850/72461/72907/72908/72909/72910/72911/72777/72778/72735/72736/72737/72912/72913/72914/72
1.528/73916/72
PROMIX 1.628/73PROMIX 1.523/73
(rnv)(rnv)(rnv)(rnv)
FerroFerroFerroFerroGalenaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiteritaCassiterita
Serra dos CarajâsSerra dos CarajâsSerra dos CarajâsSerra dos CarajâsIg. Santa RosaAlto Rio ÔrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio 8rancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoAlto Rio BrancoSâo FranciscoSSo Francisco
CONCEIÇAO DO ARAGUAIA
O N P M Interessado Alv. Pesq. Substância Local
807.544/71 Companhia Meridional de MineraçSo807.645/71 Companhia Meridional de Mireraçâo817.952/71 Conminerium MineraçSo S.A.817.953/71 Conminerium MineraçSo S.A.819.120/71 Conminerium MineraçSo S.A.819.121/71 Conminerium MineraçSo S.A.819.122/71 Conminerium MineraçSo S.A.
699/72863/72
1.253/721.214/721.299/721.300/721.301/72
Nfquel e CromoNfquel e CromoNfquelNfquelNfquelNfquelNfquel
Serra do TapaSerra do TapaBac. do Rio Vermelho8ac. do Rio VermelhoBac. do Rio AraguaiaBac. do Rio AraguaiaBac. do Rio Araguaia
SAO JOAO DO ARAQUAIA
O N P M Interessado Alv. Pesq. Substância Local
813.728/71 Cèrâmica Guarulhos S.A.813.729/71 Cèrâmica Guarulhos S.A.813.730/71 Cerâmica Guarulhos S.A.813.731/71 Cèrâmica Guarulhos S.A.813.732/71 Cèrâmica Guarulhos S.A.813.733/71 MineraçSo Sulbrasileira S.A.813.734/71 MineraçSo Sulbrasileira S.A.813.735/71 MineraçSo Sulbrasileira S.A.
1.507/721.508/721.509/721.610/721.611/721.433/721.434/721.435/72
BauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxita
Adj. à Rodovia PA - 70Adj. à Rodovia Pa - 70Adj. à Rodovia Pa - 70Adj. à Rodovia Pa - 70Adj. à Rodovia Pa - 70Adj. â Rodovia Pa - 70Adj. à Rodovia Pa - 70Adj. à Rodovia Pa - 70
1/128
MARABÂ
DN PM
811.293/68811.294/68811.295/68811.296/68811.297/68811.298/68811.299/68811.300/68811.301/68811.302/68811.304/68811.305/68811.306/68811.307/68811.308/68811.309/68811.310/68811.311/68811.312/68811.313/68815.391/688ia682/69813.683/698ia684/69813.685/69813.686/69813.687/698ia688/698ia689/698ia690/698ia692/698ia693/698ia694/698ia695/698ia696/69815.244/69815.245/69815.246/69815.247/69815.248/69803.965/71804.834/718iai53/7181 a i 54/71824.330/71.824.331/71824.332/71805.697/72811.417/7
Interessado
Ligia Cordovil 1Ugia Cordovil 1Ugia CordovilUgia CordovilUgia Cordovil 1Hilda L. KnaussHilda L KnaussHilda L. Knauss 1Hilda L. KnaussHilda L. KnaussHelmut Pernould 1Helmut PernouldHelmut PernouldHelmut PernouldHelmut PernouldLeonardo Uns 1Leonardo LinsLeonardo Uns 1Leonardo Lins 1Leonardo LinsMineraçâb Xingu Ltda.Companhia Meridional de MineraçàbCompanhia Meridional de MineraçaoCompanhia Meridional de MinereçSoCompanhia Meridional de MineraçaoCia. Meridional de MineraçaoMineraçSo Xingu Ltda.MineraçSo Xingu Ltda.MineraçSo Xingu Ltda.MineraçSo Xingu Ltda.Cia. Vale do Rio DoœCia. Vale do Rio DoceCia. Vale do Rio DoceCia. Vale do Rio DoceCia. Vale do Rio DocePaulo William BarbosaPaulo William BarbosaPaulo William BarbosaPaulo William BarbosaPaulo William BarbosaMineraçSo CarajasAmazônia Mineraçao S.A.Amazônia MineracSo S.A.Amazônia Mineraçao S.A.Amazônia MineraçSo S.A.Amazônia MineraçSo S.A.Cia. Meridional de MineraçSoCia. Vale do Rio DoceCia. Meridional de MineraçSo
Alv. Pesq.
.225/72 (rvn)
.226/72 (rvn)
.227/72 (rvn)
.228/72 (rnv)
.229/72 (rnv)
.255/72 (rnv)
.256/72 (rnv)
.376/72 (rnv)
.326/72 (rnv)
.257/72 (rnv)
.327/72 (rnv)
.328/72 (rnv)
.258/72 (rnv)
.329/72 (rnv)1.330/72 (rnv).331/72 (rnv).332/72 (rnv).333/72 (rnv).259/72 (rnv).281/72 (rnv).230/72 (rnv)833/72 (rnv)834/72 (rnv)849/72 (rnv)835/72 (rnv)836/72 (rnv)837/72 (rnv)838/72 (rnv)839/72 (rnv)840/72 (rnv)841/72 (rnv)842/72 (rnv)843/72 (rnv)844/72 (rnv)845/72 (rnv)
1.341/72 (rnv)1.261/72 (rnv)1.400/72 (rnv)1.262/72 (rnv)1.377/72 (rnv)
552/72204/73
1.257/731.258/731.259/731.260/73
337/731.663/721.581/73
Substfincia
ManganesManganösManganesManganesManganesManganesManganGsManganesManganesManganesManganesManganesManganösManganesManganösManganösManganösManganösManganösManganösManganösFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroManganösManganösManganösManganösManganösManganös/ManganösManganösMangan äsManganösManganösManganösManganösNfquel e Cromo
Local
Ser. do BuritiramaSer. do BuritiramaSer. do BuritiramaSer. do BuritiramaSer. do BuritiramaSer. dos CarajasSer. dos CarajésSer. dos CarajasSer. dos CarajasSer. dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajésSerre dos CarajasSerra dos CarajésSerra dos CarajasRio ItacaiunasSerra dos CarajésSerra dos CarajésSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerra dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajasSerra de BuritiramaSerra de BuritiramaSerra de BuritiramaSerra de BuritiramaSerra de BuritiramaSerre dos CarajésSerra do SerenoSerre dos CarajasSerre dos CarajasSerra dos CarajésSerre dos CarajasSerra dos CarajésSerra do SerenoIgarapó do Rato
1/129
ITUPIRANGA
O N PM In Atv. Pesq. Substância Local
810.368/72 Cia. Minas da Jangada810.369/72 Cia. Minas da Jangada8ia370/72 Cia. Miras da Jangada8ia371/72 d a Miras da Jangada810.372/72 Cia. Miras da Jangada810.373/72 MineraçSo Aguas Claras Ltda.810.374/72 MineraçSo Aguas Claras Ltda.810.376/72 Mineraçao Aguas Claras Ltda.810.377/72 Mineraçao Aguas Claras Ltda.810.381/72 Mineraçao Aguas Claras Ltda.810.383/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul •810.384/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul810.385/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul •810.386/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul •810.387/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul •810.388/72 Cia. Siderürgica Cruzeiro do Sul •810.406/72 Mineraçao Curral Del Rey Ltda.810.407/72 Mineraçao Curral Del Rey Ltda.810.408/72 Mineraçao Curral Del Rey Ltda.810.409/72 Mineraçao Curral Del Rey Ltda.
CRUZULCRUZULCRUZULCRUZULCRUZULCRUZUL
1.261/731.262/731.263/731.264/731.265/731.276/731.277/731.278/731.279/731.280/731.356/731.358/731.360/731.378/731.365/73
927/731.437/731.438/731.392/731.393/73
FerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerroFerro
ManganêsManganêsFerroFerro
5.4.3. PEDIDOS DE PESQUISA
No que se réfère aos trabalhos de pesquisa, até outubro de 1973, a situaçâo era a seguinte:
D N P.M. Interessado Substância Municfpio
81Z060/70 Oceano Mineraçao Ltda. Diamante81Z061/70 Oceano Mineraçao Ltda. Diamante812.062/70 Oceano MineraçSo Ltda. Diamante812.063/70 Oceano Mineraçao Ltda. Diamante812.064/70 Oceano MineraçSo Ltda. Diamante81Z890/70 Cleveland Abreu Perrone . Ouro e Diamante812.891/70 Cleveland Abreu Perrone Ouro e Diamante812.892/70 Cleveland Abreu Perrone Ouro e Diamante812.893/70 . Cleveland Abreu Perrone Ouro e Diamante817.948/70 Cleveland Abreu Perrone Diamante818.229/70 Cleveland Abreu Perrone Diamante818.230/70 Cleveland Abreu Perrone Diamante e Ouro818.231/70 Cleveland Abreu Perrone Diamante802.204/72 Caraça - Ferro e Aço S.A. Manganês802.206/72 Caraça - Ferro e Aço S.A. Manganês810.363/72 Cia. Minas da Jangada Manganês810.364/72 Cia Minas da Jangada Manganês810.365/72 Cia. Minas da Jangada Manganês810.366/72 Cia. Minas da Jangada Manganês810.367/72 Cia. Minas da Jangada Manganês810.383/72 Cia. Siderurgica Cruzeiro do Sul - C R U Z U L Ferro810.384/72 Cia. Siderurgica Cruzeiro do Su l -CRUZUL Ferro810.385/72 Cia. Siderurgica Cruzeiro do Sul - CRUZUL Ferro810.386/72 Cia. Siderurgica Cruzeiro do Su l -CRUZUL Ferro
llha Joao RosasUna Jofib Rosasllha Joäo Rosasllha Valentimllha de Capelallha Vicente Pintollha Joâo RosasCanal da Papequarallha de S. Antonio
llha Vicente Pintollha Vicente Pintollha Vicente PintoSerra NovaSerra Nova
ItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItup. e JacundaImp. e JacundéItup. e JacundaItup. e JacundâItup. e JacundaItupirangaItupirangaItupirangaItupiranga
(continua)
1/130
(continuaçâb)
DN PM
8ia387/72810.406/72810.407/72810.408/728ia409/72807.054/73807.055/73807.056/7380Z199/7280Z202/72802.207/72806.156/72806.157/72806.158/72808.653/72811.416/72817.516/72
817.798/7281Z480/69815.769/70808.780/7280a 781/72809.472/72809.473/72825.886/72825.887/72825.888/72825.890/72825.891/72825.892/72825.893/72825.894/72825.895/72825.896/72825.897/72825.898/72825.899/72825.900/72825.901/72825.902/72825.903/72825.904/72825.905/72826.140/72826.141/7282a 142/72
826.143/72826.144/72826.145/72826.146/72826.148/72826.149/72826.150/7282a 151/7282a 152/72
Interessado
Cia. Siderûrgica Cruzeiro do Sul - CRUZULMineraçao Curral Del Rey Ltda.Mineraçao Curral Del Rey Ltda.Mineraçao Curral Del Rey Ltda.Mineraçâb Curral Del Rey Ltda.Mineraçâb Ananaguarê S.A.Mineraçâb Ananaquara S.A.Mineraçâb Ananaquara S.A.Engescavo — Engenharia de Escavaçâb S/AEngescavo - Engenharia de Escavaçâb S/ACaraça — Ferro e Aço S.A.Geominex Mineraçao Ltda.Geominex Mineraçao Ltda.Geominex Mineraçâb Ltda.Cia. Vale do Rio DoceCia. Meridional de MineraçaoSoc. Brasileira de Mineraçâb Fama Ltda.
Cia. Meridional de MineraçâbBeatriz Lopes MichilesJoâb do Amaral GuerraProdutora de Minérios Xingu S.A. - PROMIXProdutora de Minérios Xingu S.A. - PROMIXCia. de Pesquisa de Ree Minerais — CPRMCia. de Pesquisa de Ree. Minerais — CPRMArgentum Mineraçâb S.A.Argentum Mineraçao S.A.Argentum Mineraçâb S.A.Argentum Mineraçâb S.A.Chromium Mineraçâb S.A.Chromium Mineraçâb S.A.Chromium Mineraçâb S.A.Chromium Mineraçâb S.A.Chromium Mineraçâb S.A.Cuprum Mineraçâb S.A.Cuprum Mineraçao S.A.Cuprum Mineraçâb S.A.Cuprum Mineraçâb S.A.Cuprum Mineraçâb S.A.Au ru m Mineraçâb S.A.Aurum Mineraçâb S.A.Au ru m Mineraçâb S.A.Aurum Mineraçâb S.A.Aurum Mineraçâb S.A.Mineraçâb Araguaia Ltda.Mineraçao Araguaia Ltda.Mineraçao Araguaia Ltda.
Mineraçao Araguaia Ltda.Mineraçao Caetetu Ltda.Mineraçao Caetetu Ltda.Mineraçâb Caetetu Ltda.Mineraçao Caetetu Ltda.Rio Doce Geologia e Mineraçâb S.A.Rio Doce Geologia e Mineraçâb S.A.Rio Doce Geologia e Mineraçâb S.A.Rio Doce Geologia e Mineraçao S.A.
Substância
FerroManganêsManganêsManganêsFerroOuro e DiamanteOuro e DiamanteOuro e DiamanteManganêsManganêsManganêsCobreCobreCobreManganêsN f quel e CromoN f quel eamianto
Nfquel e CromoCassiteritaGalenaCassiteritaCassiteritaChumboChumboCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreCobreChumboChumboChumbo
ChumboChumboChumboChumboChumboChumboChumboChumboChumbo
Local
_————Unas da Capelinhallhas da CapelinhaUnas da CapelinhaSerra NovaSerra NovaSerra NovaBacuri — TucuruiBacuri — TucuruiBacuri — TucuruiSer. do ParedâbIg. do RatoB. Rio Araguaia eParanapebasBac. do Rio VermelhoRio Xingu e IririIg. Santa RosaSäo FranciscoSäo FranciscoReg. do Curso m. do XinguReg. do Curso M. do XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâo do Rio XinguRegiâo do Rio XinguRegiâp do Rio XinguRegiâo do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâo do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâo do Rio XinguRegiâb do Rio XinguRegiâo do Rio Xingu .Regiâo do Rio XinguRegiâo do Rio Xingulg. dos VéadosCab. do AtravessadoSerrotes do Baixo Igarapé eFlorestaIg. dó IndioTresilhotasMorro do CocalSerra AtravessadaCorredeira do XadaBacabalAnjicoSer. Castanhal e BacabalCabeceiras do Lesbâb
Municfpio
ItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaItupirangaJacundâJacundéJacundâJacundâJacundâJacundâMarabéMarabéMarabé
MarabéS. Felix do XinguS. Felix do Xingu 'S. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do Xingu .S. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Félix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do Xingu
S. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do Xingu
(continua)
1/131
(conti nuaçSo)
D N PM. Interessado Substöncia Local Municfpio
826.153/72 Rio Doce Geologia e MinerecSb SA.801.151/73 MineracSo Serras do Sul Ltda.801.162/73 MineracSo Serres do Sul Ltda.801.153/73 MineracSo Serras do Sul Ltda.801.319/73 José Roberto Morset Moreira805.883/73 Prod. dB Minérios Xingu SA. - PROMIX805.884/73 Prod, de Minörios Xingu S.A. - PROMIX805.885/73 Prod. dB Minérios Xingu S.A. - PROMIX813.740/71 MineracSo e Usina WiggS. A.817.909/71 MotabdBViçosaCom.elndûrtriaS.A.817.910/71 MetaiscfcVicosaCom.elnd.SA.817.911/71 Meteis de Vicosa Com. e Ind. SA.817.912/71 MetaUdeVicosaCom.elnd.SwA.817.913/71 Metais de Vicosa Com. e Ind. SA.825.780/72 Aunim MineraçSo S.A.825.781/72 Aurum MineracSo SA.825.782/72 Aurum MineraçSo SA.825.783/72 Aurum MineraçSo SA.826.784/72 Aurum MineraçSo SA.822.813/71 MineraçSo Santa Cruz Ltda.822.814/71 MineraçSo Santa Cruz Ltda.822.816/71 MineraçSo Santa Cruz Ltda.82Z816/71 MineracSo Santa Cruz Ltda.822.817/71 MineraçSo Santa Cruz Ltda.817.515/72 Soc Brasileira de MineraçSo Fama Ltda.
823.644/72 Aurum MineraçSo SA.823.549/72 Conminerium MineraçSo S.A.823.550/72 Conminerium MineracSo S.A.823.561/72 Conminerium MineracSo SA.82a 652/72 Conminerium MineraçSo SwA.823.653/72 Conminerium MineraçSo S A823.926/72 Aurum MineraçSo S.A.823.926/72 Aurum MineraçSo SA.823.927/72 Aurum MineraçSo SwA.823.928/72 Aurum MineraçSo &A.823.929/72 Aurum MineracSo SA.824.027/72 Argentum MineraçSo SA.824.028/72 ArgBntum MineraçSo SA.824.029/72 Argentum MineraçSo SA.824.030/72 Argentum MineraçSo S.A.824.031/72 Argantum MineraçSo SA.824.032/72 Cuprum MineraçSo S.A.824.033/72 Cuprum MineraçSo S. A.825.185/72 MineraçSo Serras do Sul Ltda.825.186772 MineracSo Serras do Sul Ltda.825.187/72 MineraçSo Serras do Sul Ltda.825.422/72 MineraçSo Marabé Ltda.826.423/72 MineraçSo Marabé Ltda.825.424/72 MineraçSo Marabé Ltda.
ChumboCobreCobreCobreTantalitaTantalitaTantalitaTantalitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaZincoZincoZincoZincoZincoBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaBauxitaN f quel e Amianto
CromoCromoCromoCromoCromoCromoNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquelNfquel e CromoNfquel e CromoNfquel e Cromo
Santa RosaB. Rib. CarapanS e CateteB. Rib. CarapanS e CateteB. Rib. CarapanS e CateteSerra do MocamboPorto SeguroPorto SeguroPorto SeguroAdjacente à Rod. PA/70Adjacente à Rod. PA/70Adjacente à Rod. PA/70Adjacente à Rod. PA/70Adjacente à Rod. PA/70Adjacente à Rod. PA/70RegiSo do Rio AraguaiaRegiSo do Rio AraguaiaRegiSo do Rio AregussaRegiSo do Rio AraguaiaRegiSo do Rio AraguaiaRio AraguaiaRio AraguaiaRio AraguaiaRio AraguaiaRio AraguaiaBac. do Rio Araguaia
Bac do Rio AraguaiaBac. do Rio AraguaiaBac do Rio AraguaiaBac do Rio AraguaiaBac do Rio AraguaiaBac. do Rio AraguaiaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaReg. do RibeirSo S. MariaR. da Bac. do R. UmburamaR. da Bac do R. UmburamaBac do Rio S. MariaBac do Rio S. MariaBac do Rio S. MariaSer. do TapaSer. do TapaSer. do Tapa
S. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. Felix do XinguS. JoSo AraguaiaS. JoSo AraguaiaS. JoSo AraguaiaS. JoSo AraguaiaS. JoSo AraguaiaS. JoSo AraguaiaS. J. Araguaia/MarabâS. J. Araguaia/MarabâS. J. Araguaia/MarabâS. J. Araguaia/MarabéS. J. Araguaia/MarabâCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaeMarebâCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do AraguaiaCone, do Araguaia
(continua)
1/132
(oondusSo)
D N P M Interessado
825.785/72 Cuprum MineraçSo S.A.825.786/72 Cuprum MineraçSo S.A.825.787/72 Cuprum MineraçSo S.A.825.788/72 Cuprum MineraçSo S.A.825.790/72 Argentum MineraçSo S.A.825.791/72 Argentum MineraçSo S.A.825.792/72 Argentum MineraçSo S.A.825.793/72 Argentum MineraçSo S ^ .825.794/72 Argentum MineraçSo S.A.825.795/72 Chromium MineraçSo S.A.825.796/72 Chromium MineraçSo SA.825.797/72 Chromium MineraçSo &A.825.798/72 Chromium MineraçSo S.A.825.799/72 Chromium MineraçSo S.A.
Substância
ZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZincoZinco
Local
Reg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AreguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio AraguaiaReg. do Rio Araguaia
Municfpio
Conc. do A. e MarabéConcrdoA.eMarabaConc. do A. e MarabéConc. do A. e MarabéConc. do AraguaiaConc. do AraguaiaConc do AraguaiaConc do AraguaiaConc do AraguaiaConc. do AraguaiaConc. do AraguaiaConc do AraguaiaConc do AraguaiaConc. do Araguaia
1/133
6. CONCLUSÛES
6.1. Os trabalhos ora conclu fdos revelaram an-tes de mais nada a al ta valia dos sensoresutilizados (SLAR, Infravermelho e Multiespec-tral) que permitem nâo sornente um acuradoestudo das estruturas como também uma satisfa-tória divisâo estratigréfica. Acresça-se a isto afidelidade de escala dos mosaicos de radar. Avisâo de conjunto oferecida pelas imagens deradar (1:250.000 e 1:1.000.000) permite estabe-lecer criteriosamente a correlaçao estratigrâfica,seja pela semelhança de padroes seja pela conti-nu idade f i'sica.
6.2. O Complexo Xingu é um dos conjuntosmetamorficos aflorantes mais antigos do territó-rio brasileiro estando freqüentemente expostoem fâcies granulftico. Suas possibilidades meta-logenéticas sâo rest ri tas.
6.3. Os grupos Araxâ e Tocantins mostram-sepromissores para mineraiizaçoes associadas acorpos bâsico-ultrabâsicos bem como para cristalde rocha, ouro, calcârio, grafita e minerais depegmatitos.
6.4. O mapeamento mostrou uma larga distri-bu îçâo espacial do Grupo Grâo-Paré estendendoassim as éreas com mineral izaçâo ferrffera. Aqualidade de minério parece baixar de leste paraoeste e de norte para sul. Entretanto as possibi-lidades de manganês aumentam naquele sentidoe à medida que se afasta na direçâo norte-sul daSerra Arqueada.
6.5. A constataçao de ocorrência de manganêsno Igarapé Azul em sedimentos do membro Azulda Formacäo Rio Fresco e a larga distribuiçaodesta unidade junto a Serra dos Carajâs, revigoraa importância deste distrito metalogenético.
6.6. Hâ uma nftida associaçâo dos "granitosjovens" (Granito Velho Guilherme) corn osvulcanitos âcïdos em zonas de falhamento. Estaassociaçâo fornece um importante parâmetropara prospecçao principalmente por estes corpos
estarem, via de regra, arrasados e freqüen-temente cobertos por elûvios.
6.7. Dados geocronológicos, de interpretaçâodas imagens de radar e de campo situam a âreacompreendida entre as cabeceiras do Tuerê ea Serra Misteriosa como o posslvei nûcleomais antigo do Complexo Xingu na ârea mapeada.
6.8. Os mais importantes indfcios de minera-Iizaçâo sulfetada têm sido encontrados nas falhassecundârias (N 709 - 809 W) da Falha Floresta(N 10 209 E). Esta conclusâo fornece, por seuturno, um importante alerta na prospecçaodaquelas substâncias principalmente quando es-tes falhamentos atravessam os dommios doGrupo Uatuma.
6.9. A evoluçâo geológica, bem como dados depaleogeografia sugerem a possibilidade de con-centraçao de minerais urani'feros bem comodiamante nas formaçoes Gorotire e Triunfo.
A Formaçâo Triunfo, por sua vez poderâ nâosomente possuir as mesmas mineralizaçoesdesti-nadas à Formàçâo Gorotire, como também de-pósitos enriquecidos em cassiterita, columbita,tantalita etc . . . pelo maior hiato entre elä e asintrusöes granfticas ci rcu lares.
6.10. A ocorrência de diamante nas aluviôes eleito do Rio Tocantins de Marabâ para nortepermite concluir por uma das alternativasabaixo:
— O diamante acha-se nos sedimentos grosseirosbasais do Grupo Tocantins. Esta hipótese é,alias, defendida por Barbosa et alii (16) (1966).
— O diamante é trazido pelos rios Cajazeira,Grande Valentim, Bacuri, Pucuruï e Itacaiünas.(Estes afluentes drenam uma ârea de cerca de120 km de raio, tendo Itaboca como centro éestao confinados à margem esquerda do Tocan-tins, em ârea do Complexo Xingu). Esta alterna-tiva deixa antever a possibilidade de matriz
1/134
primâria naquela regiäo. Esclareça-se de pas-sagem que esta possibilidade é grandementeauméhtada pela posiçâo tectógeológica (borda
de sinéclise) e pelo euedrismo apresentado pelasgemas.
1/135
7. RECOMENDAÇÛES
7.1. Ante a imihência da construçâo de hidrelé-trica na altura de Tucuruf, recomendamos sejaexecutado um projeto' em ëscata de semidetalhevisando:
a) a delimitaçâo das aluviôes diamantfferas exis-tentes na area possivelmente inundada;
b) fornecer subsfdios de ordern geotécnica maisgérai para o assentamento da barragem;
c) a delimitaçâo de areas para materiais deempréstimo e os destinados à construçâo civil.
7.Z Anâlises qui'micas revelaram altos teores emNfquel (cf. Santa Fé) — Platina e presença deocorrências promissoras de cromita nos corposultrabàsicos ocorrentes na Faixa Orgênica Ara-guaia—Tocantins. Recomendamos seja executadoum projeto especffîco de semidetalhe nesta Fai-xa. Tal projeto, óbjetivaria, de inïcio:
a) a delimitaçâo de corpos mineralizados;
b) o real conhecimento das relaçoes entre osG ru pos Araxâ e Tocantins e entre estes e oscorpos bàsicos — ultrabâsicos;
c) a consecuçâo de dados para o levantamentogeoffsico e geoqufmico do Convênio Brasil-Cana-dâ.
7.3. Desenvolver um "Programa Ouro", seja nasaluviôes do altp curso do Rio Naja, seja nosminérios de ferro do Grâo-Paré tentando estabe-lecer uma possfvel analogia com as jacutingas deMinas Gérais, onde o teor em Au sói ser superiora 2g/t o que, como subproduto pode ultrapassarem valor o próprio minério de ferro nas jazidâs.
7.4. Executar projeto especffico na regiâo deSao Félix do Xingu (cf. Très llhotas) visandoestabelecer o controle dos filöes de BPGC edéfinir parâmetros para uma pesquisa regional.
7.5. Eleger alguns maciços circulares onde fossedesenvolvido estudo visando a possibilidade deocorrência de columbita, tantalita e pirocloro,bem como maior conhecimento da distribuiçâoda mineralizaçâo primârias de cassiterita. (cf. JosBukuru e Jos Plateau na Nigeria, Tuva eKasakstâo na Siberia).
7.6. Desenvolver estudo especffico em nfveisconglomerâticos das Formaçôes Gorotire e Tri-unfo visando-se particularmente Au, U e dia-mante.
7.7. Desenvolver um "Progrâma Calcériö" tantonos sedimentos da Sinéclise do Maranhäo—Piaufcomo nos metamorfitos dos Grupos Araxé eTocantins com vista a produçâo de corretivospara agriculture e outras empregos industrials,considerando a alta potencialidade dos vales doTocantins e Araguaia.
7.8. Desenvolver estudos sobre a Formaçâo Pe-dra de Fogo explorando a possibilidade deestender os depósitos de gipsita jâ delimitados naregiâo de Babaçulândia e Filadélfia (GO).
7.9. Desenvolver estudos de semidetalhes nosdomfnios do Membro Azul da Formaçao RioFresco visando possfveis depósitos de manganês.
1/136
8. RESUMO
O Projeto RADAM apresenta neste relatório osresultados geológicos do trabalho de reconheci-mento baseado principalmente na interpretacäode imagern de radar e em dados de campo.
A area da Folha SB.22 Araguaia e parte daSC.22 Tocantins inclui a regiao entre os para-lelos de 49 e 99 S e os meridianos de 489 e549 WGr, dentro dos limites dos estados doPara, Goiés e Maranhäo.
Sao fornecidas a localizacäo e caracteri'sticas decinco provfncias geológicas bem como descritasas unidades desde o Pré-Cambriano inferior aoRecente e é apresentada uma coluna estrati-gréfica que pode ser aplicada ao bordo orientaldo Craton do Guaporé.
As investigates geológicas na area mapeadamostram que uma faixa de rochas metamórficascom uma seqüência ofioli'tica indica o contatoaproximado entre o Craton e a Faixa OrogênicaAraguaia—Tocantins, na margem leste. O embasa-mento siâlico (Complexo Xingu) e o Grupo Grao-Para (formacäo ferrffera associada com vul-cânicas espili'ticas) säo capeados por uma se-qüência de formacöes sedimentäres e vulcânicas(Grupo Uatuma). Dois diferentes tipos de gra-nrtos sao intrusivos e o mais jovem pertence avasta provi'cia estanffera relacionada a episódioâcido e intermediério.
O registro do Pré-Cambriano é completado poruma cobertura muito espessa de sedimentos deplataforma (Formacäo GorotireeTriunfo).
Movimentos oscilatórios de caracteri'sticas épiro-gênicas nas margens NW e E do Craton foramresponséveis pelo estabelecimento de duas siné-clises paleozóicas — a Sinéclise do Amazonas naborda norte e a Sinéclise do Maranhäo-Piauf naborda oriental do Craton, com sedimentaçacdesde o Siluriano até o Cretéceo.
Cobertura sedimentäres cenozóicas sâo expres-sivas no extremo nordeste da area enquanto ossedimentos aluvionares säo vastamente distribuf-dos ao longo dos maiores rios (ex: Tocantins,Araguaia, Xingu, Iriri, Fresco e Itacaiünas).
Sob o ponto de vista econômico os maisimportantes depositos de minério sao os de ferrono Distrito Carajâ-Xingu, manganês do Sereno —Lajeiro, Buritirama e Azul, diamantes nos RiosTocantins e Araguaia e a agora incipiente explo-raçâo de cassiterita em depositos aluvionares nasproximidades de maciços grani'ticos cratogê-nicos, subvulcânicos, circulares. Cobre, chumbo,zinco, cromo, ni'quel, carväo e calcârio tambémocorrem na ërea e suas importâncias em breve se-räo definidas pelos trabalhos de prospecçâo ago-ra em desenvolvimento por companhias particu-lares de mineraçao.
1/137
9. BIBLIOGRAFIA
1. AGUIAR, G. de Bacia do Maranhâo, geo-logia e possibilidades de petrôleo. Belém,Petrobrâs - Renor, 1969. 55 p. (Relatóriotécnico interno, 371-A).
2. ALBUQUERQUE, O.R. de - Reconheci-mentos geológicos no Vale do Amazonas.B. Serv. Geol. Mineralôgico, Rio de Janeiro,3,1922.84 p.
3. ALBUQUERQUE, O.R. & DEQUECH. V.Contribuiçao para a geologia do meio--norte, especialmente Piauf e Maranhâo,Brasil. In: CONGRESSO PAN-AMERI-CANO DE ENGENHARIA DE MINAS EGEOLOGIA, 29, Petropolis. 1946.Anais . . v.3 p. 69-109.
4. ALLUM, J.A.E. Photogeological interpre-tation of areas of regional metamorph ism.Trans. Inst. Mining Metallurgy, London, 70(9): 521-543, 1961.
5. ALLUM, J.A.E. Consideration of the rela-tive values of true and infrared colour aerialphotography for geological purpose. Trans.Inst. Mining Metallurgy, London, 79:76-87, 1970.
6. ALMARAZ, J.S.V. Determinates K-Ar naregiäo do curso médio do Tocantins. B.Soc. Bras. Geol., Sao Paulo, 16 (1):121-126, nov. 1967.
7. ALMEIDA, F.F.M. de. Geossinclfneo para-guaio. Sedegeo, Porto Alegre, 1:87-101,1965.
8. ALMEIDA, F.F.M. de Observacöes sobre oPré-Cambriano da regiäo central de Goiés.B. Paranaense Geociê., Curitiba, 26:19-22,1967.
9. ALMEIDA, F.F.M. Origem e evolucäo da
plataforma Brasileira. B. Div. Geol. Minera-logia. Rio de Janeiro, 241, 1967. 36 p.
10. ALMEIDA, F.F.M, de Geochronologicaldivisions of the Precambrian of SouthAmerica. R. Bras. Geociê., Sâo Paulo, 1 (1):13-21, 1971.
11. AM ARAL, G. Nota prévia sóbre o reconhe-cimento geocronológico do Pré-Cambrianoda regiâo amazônica. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 239, Sal-vador, 1969. Resumo das connunicacöes.Salvador, Sociedade Brasileira de Geologia,1969. (Boletim Especial, 1) p. 81-82.
12. AMARAL, G. Consideraçoes sobre a evolu-cäo tectônica da Amazonia no Pré-Cam-briano. In: CONGRESSO BRASILEIRODE GEOLOGIA, 259, Sao Paulo, 1971.Resumo das comunicaçoes. Säo Paulo, So-ciedade Brasileira de Geologia, 1971 (Bole-tim Especial, 1) p. 161-162.
13. BAENA, A.L.M. Ensaio corogrâfico sobre aProvincia do Para. Belém, Santos & Menor,1839. 589 p.
14. BARBOSA, O. Geologia estratigréfica, es-trutural e econômica da area do ProjetoAraguaia. Monogr. Div. Geol. Mineralogia,Rio de Janeiro, 19, 1966. 95 p.
15. BARBOSA, 0. et alii - Geologia da regiäodo Triângulo Mineiro. B. Div. Fom. Prod.Min., Rio de Janeiro, 136, 1970. 140 p. il.
16. BAR R EIRO, D.S. - Relatório referente aopiano ünico de pesquisa para minério demanganês nos locais denominados Vale doSereno e Lajeiro no muniçipio e comarcade Marabà, estado do Para. Belém, DNPM,1966. 35 p./datilografado/.
1/138
17. BARRINGER, A. R. - Remote - sensingtechniques for mineral discovery, In: COM-MONWEALTH MINING & METALLUR-GY CONGRESS, 99, Ontario, 1969. 42 p.(Paper, 20).
18. BASE I, M.A.S. - Geocronologia:SB.22/SC.22. Belém, Projeto Radam,1973. 3 p./datilografado/.
19. BELEOUSSOV, V.V. - Problemas bâsicosde geotectônica. Barcelona, Ed. Omega,1971.854 p.
20. BLANKENNAGEL, R.K. - Geological re-port on the MaranhSo basin. Rio de Janei-ro, Petrobrés, 1952. 27 p. (Relatório DEX-PRO, 291).
21. BRASIL. Superintendência de Desenvolvi-mento da Amazônia. Departamento deRecursos Naturais. Pesquisa mineral doIriri/Curuâ; relatório preliminar. Belém,A.P.C., Divisao de Documentaçâo, 1972.62 p. /Anexo: mapas .
22. BRASIL. Superintendência dé Desenvolvi-mento da Amazônia. Departamento deRecursos Naturais. Pesquisa mineral doTapajós/Jamanxin; relatório preliminar. Be-lém, A.P.C., Divisäo de Documentacäo,1972.
23. CAMERON, N.R. - Projeto Bacia Ara-guaia, Para. Belém, IDESP, 1971. 11 p./da-tilografado/.
24. CAMPBELL, D.F. Revised report on thereconnaissance geology of the MaranhSobasin. Rio de Janeiro, Petrobrés, 1949.117 p. (Relatório DEXPRO, 93).
25. CAMPBELL, D.F.; PLUMMER F.B.; BRA-ZIL, J.J. Bacia do Maranhao—Piaui'. Relat.Cons. Nac. Petróleo, Rio de Janeiro, 1947:71-73, 1948.
26. CAPUTO, M.V.; PODRIGUES, R; VAS-CONCELOS, D.N.N. de - Litoestratigrafiada Bacia do Amazonas. Belém, Petrobrés/Renor, 1971. (Relatório técnico interno641-A).
27. COMPANHIA DE PESQUISA DE RECUR-SOS MINERAIS (CPRM). Projeto Goiané-sia—Barro Alto; relatório final. Goiânia,DNPM, 1972. 3 v.
28. COMPANHIA DE PESQUISA E RECUR-SOS MINERAIS (CPRM). Projeto Marabâ;relatório integrado. Belém, DNPM, 1972.v.1 fot. mapas/datilografado/.
29. COMPANHIA VALE DO RIO DOCE &COMPANHIA MERIDIONAL DE MINE-RACÄO. Distrito ferrffero da Serra dosCarajâs. In: CONGRESSO BRASILEIRODE GEOLOGIA, 269, Belém, 1972. Resu-mo das comunicacöes. Simpósios. Belém,Sociedade Brasileira de Geologia, 1972.100 p. (Boletim, 2). p. 78-80.
30. CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLO-GIA, 99, Araxé, 1955. Guia das excursöes.Belo Horizonte, Sociedade Brasileira deGeologia, 1955. (Noticiério, 3).
31. CORREA, S.F. & CUNHA, R. - Estudogeológico, petrológico e petroqufmico dosderrames de Porto e Paraidji, Maranhao.Recife, Escola de Geologia da U.F.P., 1969.55 p.
32. DERBY, O.A. - O Rio Trombetas. B. Mus.Paraense Hist. Natural Ethnographia, Be-lém, 2 (3): 366-382, 1898.
33. DYER, R.C. - Relatório preliminar dostrabalhos de pesquisa de manganês na Serrade Buritirana, municfpios de Marabâ eItupiranga, estado do Para. Belém, DNPM,1972. v. 1/datilografado/.
34. ESKOLA, P ; BARTH, T.F.W.; CORRENS,
1/139
C.W. — Die metamorphen gesteine; dieEntslelung der Gesteine. Berlin, Springer--Verlag, 1939. 407 p.
35. EVANS, J.W. - Geology of Mato Grosso,particulary the region drained by the UpperParaguay. Quart. J. Geol. Soc. London, 50(2): 85-104, 1894.
36. FER REI RA, E.O. - Contribuiçao à litolo-gia da série Uatuma. B. Div. Geol. Minera-logia, Rio de Janeiro, 185, 1959. 31 p.
37. FERREIRA, E.O. - Consideraçoes sobre omapa tectônico do Brasil e sobre a tectô-nica da plataforma brasileira. In: CON-GRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA,239, Salvador, 1969. Resumo das confe-rências e comunicacöes. Salvador, Socie-dade Brasileira de Geologia, 1969. p. 73-75.
38. FERREIRA, E.O. - The tectonic map ofBrazil. B. Comm. Carte Geol. Monde, Paris,10, 1970.
39. FERREIRA, E.O. - Carta tectônica doBrasil; noti'cia explicativa. Rio de Janeiro,DNPM, 1971. 19 p. (Boletim, 1).
40. FRANCISCO, B.H.R.; SILVA, G.G.; A-RAUJO, G.G. - Estudos geológicos eobservacöes geogrâficas no Baixo Tocan-tins, Municfpio de Tucuruf e Baiäo, estadodo Para. In: ATAS DO SIMPÔSIO SOBREA BIOTA AMAZONICA. Rio de Janeiro,Conselho- Nacional de Pesquisa, 1967. v. 1 :Geociências. p. 35-67.
41. FRANCISCO, B.H.R. et alii - Contri-buiçao à geologia da folha de Säo Lui's(SA.23), no estado do Para. B. Mus. Paraen-se Emi'lio Goeldi. Geol. Belém, 17, 1971.40 p.
42. GODOY, R. C. & ROESSEL, J.W. van. -Semi-controlled slar mosaics Project Ra-
dam. Proc. Amer. Soc. Photogrammetry,Washington, D.C., 39:448-470, 1973.
43. GOMES, C.B. et alii - Geocronologia daarea dos Carajâs, Paré. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 25P, SäoPaulo, 1971. Resumo das comunicacöes.Säo Paulo, Sociedade Brasileira de Geo-logia, 1971. (Boletim Especial, 1) p.162-163.
44. GOOD, J.E.; ABREU, A.P.; FRASER, T.The coal industry of Brazil. I . Generaleconomy, production and marketing.Techn. Pap. U.S. Bur. Mines, Washington,713, 1948.38 p. il.
45. GOTMAN, Y.D. & RUB, M.G. - Compara-tive characteristics of tin bearing granitoidsof diferent ages of the South Prymoruyeand certain other tin bearing areas. Intern.Geol. /?., Washington, 3 (10): 878-884,1961.
46. GUIMARÄES, G. & ALMEIDA, L.F.G. de— Projeto Cuiabâ; relatório final. Goiânia,DNPM, 1972. 45 p. fot. mapa/dati-lografado/.
47. HASUI, Y. & ALMEIDA, F.F.M. - Geo-cronologia do Centro-Oeste Brasileiro. B.Soc. Bras. Geol., Sao Paulo, 19 (1): 5-17,1970.
48. HAUSUI, Y.; HENNIES, W.T.; WANUCH,W. — Idade dos basaltos da borda oeste daBacia do Parnai'ba. in: CONGRESSO BRA-SILEIRO DE GEOLOGIA, 269, Belém,1972. Resumo das comunicacöes. Sessöestécnicas. Belém, Sociedade Brasileira deGeologia, 1972. 296 p. (Boletim, 1) p. 21.
49. HASUI, Y.; HENNIES, W.T.; IWANUCH,W. — Idades potâssio-argônio do norte deGoiâs. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 269, Belém, 1972. . Resumo
1/140
das comunicaçdes. Sessöes Técnicas. Be lern,Sociedade Brasileira de Geofogia, 1972.296 p. (Boletim, 1) p. 22.
50. HASUI, Y.; KAWASHITA, K.; IWANUCH,W. — Geocronologia do maciço bâsico-ul-trabâsico de Säo José do Tocantins, Goiés,pelo método K-Ar. ln:CONGRESSO BRA-SILEIRO DE GEOLOGIA, 26?, Belém.1972. Resumo das comunicaçoes. Simpó-sios. Belém, Sociedade Brasileira de Geo-logia, 1972, 100 p. (Boletim, 2) p. 76.
51. HIDROSERVICE. Engenharia de ProjetosLtda. Piano de desenvolvimento integradoda area da Bacia do Rio Tocantins. Belém,SUDAM, 1973. 3 v. in 6 t. il. mapas(Relatório HE-156-Rio-0872).
52. ISSLER, R.S. - Observaçoes sobre a geo-logia do mosaico Araguaia SB.22. Belém,Projeto Radam, 1973. 15 p. mapa/datilo-grafado.
53. JUNG, J. — Un nouveau type de dia-gramme pour la representation des carac-tères chimiques des associations de lave.C.R.Acad. Sei., Paris, 240 (7): 799-800,1955.
54. JUNG, J. & ROQUES, M. Introduction àl'étude zonéographique des formations cris-tallophyliennes. B. Serv. Cartegeôl. France,50(235): 1-62, 1952.
55. KAZANSHII, V.l. - The distribuition ofbasements and the metal logeny of activatedregions of the eastern part of the U.S.S.R.Geol. J., Liverpool, 6 (1): 63-78, 1968.
56. KEGEL, W. — Contribuiçao para o estudodo devoniano na Bacia do Parnai'ba. B. Div.Geol. Mineralogia, Rio de Janeiro, 141,1953. 48 p.
57. KEGEL, W. — A estrutura geológica donordeste do Brasil. B. Div. Geol. Minera-logia. Rio de Janeiro, 227, 1965. 47 p.
58. KIRWAM, J.L. - Bacajâ areas, geologicaland economic impressions and compa-risons. Belém, Projeto Radam, 1972. 47 p./datilografado/.
59. KNUP, P.E. — Reconhecimento geológicona regiäo dos Rios Itacaiünas e Tocantins,estado do Paré. In: CÖNGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 25?, Säo Paulo,1971. Resumo das comunicaçoes. Sao'Pau-lo, Sociedade Brasileira de Geologia, 1971.261 p. (Boletim especial, 1) p. 61-62.
60. LISBOA, M.A.R. - The permian geologyof northern Brazil. Am. J. Sei., New Haven,37 (221): 423-443, 1914.
61. LUZ, A.A. da. — Estudo especial da Baciado Maranhao. Rio de Janeiro, Petrobrés —Renor, 1959. (Relatório téenico interno,141-A).
62. LYON, J.P. — Xingu — Araguaia, mapaestrutura/. Belém, Projeto Radam, 1972.Esc. 1:1.000.000/inédito/.
63. MARMO, V. - Granite petrology and thegranite problem. Amsterdam, ElsevierPubl., 1971.244 p.
64. MESNER, J.C. & WOOLDRIDGE, P.L.C. -Maranhäo paleozoic basin and cretaceouscoastal basins, north Brazil. B. Amer. Asso.Petr. Geol., Tulsa, 48 (9): 1475-1512,1964. il.
65. MORAES REGO, L.F. de - Notas geogra-phicas e geologicas sobre o Rio Tocantins.B. Mus. Paraense Emilio Goe/di, Belém,9:271-288, 1933.
66. MOU RA, J.M. de. - Radar descobre aAmazonia. Miner. Metal., Rio de Janeiro,54(322): 143-151, out. 1971. il.
67. NUNES, A.B.; BARROS FILHO, C.N.;LIMA, R.F. Geologia de parte das folhasSC.23 Säo Francisco e SC.24 Aracaju. In:
1/141
BRASIL. Departamento Nacional da Pro-duçâo Mineral. Projeto Radam. Parte dasfolhas SC.23 SSo Francisco e SC.24 Ara-caju. Rio de Janeiro, 1973. (Levantamentode Recursos Naturais, 1).
68. OLIVEIRA, A.l. - Reconhecimento geoló-gico no Rio Xingu, Estado do Paré. B. Serv.Geol. Mineralógico, Rio de Janeiro,29:3-22, 1928.
69. OLIVEIRA, A.l. de & LEONARDOS, O.H.— Geologia do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro,Serviço de Informaçâo Agri'cola, 1943.813 p. (Série didâtica, 2).
70. OLIVEI RA, M.A.M, de - A pesquisa geoló-gica no Projeto Radam, sistematizaçSo eopçoes. Rio de Janeiro, Petrobräs, 1972.37 p. (Relatório CENPES, 43).
71. PAIVA, G. de - Valle do Rio Negro;physiographia e geologia. B. Serv. Geol.Mineralógico, Rio de Janeiro, 40, 1929.62 p. mapas.
72. PAIVA. G. de — Estratigrafia da sondagemn. 125, anexo 6. B. Serv. Fom. Prod.Mineral, Rio de Janeiro, 18, 1937. 107 p.
73. PARA. Instituto de Desenvolvimento SÓ-cio-Econômico. Para: recursos minerais.Belém, 1966. 30 p. (Estudos paraenses, 1).
74. PARA. Instituto de Desenvolvimento Só-cio-Econômico. Setor de Recursos Na-tura is. Programa de pesquisa de carväomineral na bacia do Rio Fresco, afluente doXingu, estado do Para. Belém, CPCAN/IDESP, 1969. 30 p. il. mapa. (Relatóriotécnico de pesquisa, 1 ).
75. PARA. Instituto de Desenvolvimento Só-cio-Econômico. Setor de Recursos Na-tu rais. Programa de pesquisa de carvaominerai na bacia do Rio Fresco, afluente doXingu, estado do Para. Belém, CPCAN/
IDESP, 1969/70. 19 p. fot. (Relatório té-cnico de pesquisa, 2).
76. PARA. Instituto de Desenvolvimento S6-cio-Econômico. Setor de Recursos Natu-rais. Programa de pesquisa de carvao mine-rai na bacia do Rio Fresco, afluente doXingu, estado do Para. 3a fase: sondagem.Belém, CPCAN/IDESP, 1971. 24 p. fot.mapas. (Relatório técnico de pesquisa, 3).
77. PARA. Instituto de Desenvolvimento Só-cio-Econômico. Projeto Rio Fresco; contri-buiçao à geologia do pré-cambriano daAmazônia. In: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 269, Belém,1972. Resumo das comunicaçoes. Simpó-sios. Belém, Sociedade Brasileira de Geo-logia, 1972. 100 p. (Boletim, 2) p. 73-75.
78. PARADA, J.M. et alii — Pesquisas mineraisno estado do Para. B. Div. Geol. Minera-logia, Rio de Janeiro, 235, 1966. 44 p.
79. PFLUG, R. - 0 lineamento do Rio dasVel has. Eng. Miner. Metal., Rio de Janeiro,35(210):301-302,1962.
80. PINTO, M. da S. — Aspectos de problemasenergéticos do Brasil. R. Bras. Geogr. Riode Janeiro, 17 (4): 507-556, 1955.
81. PLUMMER, F.B. et alii. Estados do Mara-nhäo e Piauf. Relat. Cons. Nac. Petróleo,Rio de Janeiro, 1946: 87-134, 1948.
82. PROSPEC. Geologia, Prospeccöes e Aerofo-togrametria S.A. Projeto Brasilia. Rio deJaneiro, DNPM, 1969. 225 p. il. mapas./datilografado/.
83. PROSPEC. Geologia, Prospeccöes e Ae.rofo-togrametria S.A. Projeto do Cobre do Para;ia etapa. Relatório final. Belém, DNPM,1969. 98 p. il. màpa.
84. PROSPEC. Geologia, Prospeccöes e Aerofo-
1/142
togrametria- S.A. Projeto do Cobre do Para,2?etapa. Belém, DNPM. 1970.
85. PROSPEC. Geologia, Prospecçoes, Aerofo-togrametria S.A. Relatório preliminar sobreo Projeto Goiânia. Rio de Janeiro, DNPM,1970. 75 p. il. mapas./datilografado/.
86. RAMOS, J.R. de A. - Reconhecimentogeológico no alto Rio Fresco, Estado doParé. Relàt An. Div. Geol. Mineralogia, Riode Janeiro, 1954:32-48, 1955. mapa.
87. RAMOS, J.R. de A. - Estratigrafia daregiao Xingu—Tocantins. In: AT AS DOSIMPOSIO SOBRE A BIOTA A M Z O N I C A .
Rio de Janeiro, Conselho Nacional dePesquisa, 1967. v . 1 : Geociências.p. 373-386.
88. REZENDE, N.P. & BARBOSA, A.L.M. -Ferro da Serra dos Carajâs, relatório finalde pesquisa. Rio de Janeiro, Cia. Vale doRioDoce, 1972. 5v.
89. SALOP, L.L. & SCHEIMANN, Y.M. -Tectonic history and structures of pla-tiformes and shields. Tectonophysics, Ams-terdam, 7 (5/6): 565-597, 1969.
90. SIAL, A.N. & MENOR, E.A. - Estudo dosderrames de Porto Franco e Grajau-Mara-nhao', destacando a presença de cpbre e apossibilidade de corpos alcalinos em suas vi-zinhanças. Sao Luiz, SUDEMA, 1971.42 p./SEPLAM.
91. SMALL, H,L. — Geologia e suprimentod'âgua subterrânea no Piauf e parte doCearâ. Rio de Janeiro, 1914. 146 p. (BrasilInsp. Obra Contra-Secas, Ser.l.D., Publ.33).
92. STÊINER, A. - Origin of ignimbrites ofthe North Island, New Zealand; a newpytrogenetic concept. Geol. Surv. B., NewZealand, 68, 1960.42 p.
93. SUSZCZYNSKI, E.F. - Certas conside-raçoes sobre a tectônica da ' plataformaAmazônica. In: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 239, Salvador,1969. Resumo das conferências e com uni-caçoes. Salvador, Sociedade Brasileira deGeologia, 1969. p. 75-76.
94. SUSZCZYNSI, E. - Origem vulcânica pri-mâria do minério de ferro da Serra dosCarajâs, Para. In: CONGRESSO BRASI-LEIRO DE GEOLOGIA, 269, Belém,1972. Resumo das comunicaçoes. Simpó-sios. Belém, Sociedade Brasiieira de Geolo-gia, 1972. 100 p. (Boletim, 2) p. 80-81.
95. TOLBERT, G.E. et alii - Geology and ironore deposits of Serra dos Carajâs, Para,Brasil. Belém, Cia. Meridional de Minera-çao, 1970.
96. TURNER, F.J. - Metamorphic petrology:mineralogical and field aspects. New York,McGraw-Hi l l , 1968.403p.
97. VASCONCELOS, F.C.C. - O caulim naAmazônia. Belém, DNPM, 1973. 31 p.
98. WILLWOCK, J.A. & ISSLER, R.S. - Con-sideraçoes sobre a metalogenia do estanho:granitos estan i'feros. 1? parte. Miner. Me-tal., Rio de Janeiro, 53 (318): 221-226,1971.
99. WILLWOCK, J.A. & ISSLER, R.S. - Con-sideraçôes sobre a metalogenia do estanho:granitos estanfferos. 2? parte: Conclusap.Miner. Metal., Rio de Janeiro, 54 (319):35-40, 1971.
100. WINKLER, H.G.F. - Petrogenesis of meta-morphic rocks. Transi, by N.D. Chaterjeeand E. Froese. 2. ed. New York, Springer-Verlag, 1967.237 p.
101. WOLF, F.A.M. SILVA, J.M.R.-Provi'n-das baux it/'feras da Amazônia. Belém,DNPM, 1973.35 p.
1/143
F-C*
ESTAMPA 1Braquianticlinaldo Lontra — Area de Xambioa, Rio Araguaia (Folha SB.22-Z-B).Parte central de paragnaisses e leptitos do Comptexo Xingu e quartzitos Araxé na parte externa. Apresenta eîxos de caimentos dupios, ondeo BÎXO maior NNW-SSE é concordante com o sistema regional. Tanto no f lanco norte como no sul os mergulhos mantêm-se na f aixa de 20° a 40°.Imagem SLAR, agosto de 1971, RADAM; escala aproximada 1:250.000.
ESTAMPA 2E st ru tu ra da Serra de Taina-Recan — Area de Conceiçâo do Araguaia. Rio Araguaia. (FolhaSC.22-X-A).Cri sta retilinea de direçao Norte-Sul, de 40 km de extensâo e 3 km de largura maxima. A alturamaxima observada foi de 100 m em relaçâo à base. Formada por rochas orientadas segundo a direçâoNS, N20E e m er gul h os de 50° a 70° E. Transversal mente observa-se a gradaçâo de quartzitos (flancoleste) até xistos e filitos (flanco oeste). Rochas ultrabâsicas em forma lenticulares concentram-se naseqiiência xistos-filitos, aparentemente encaixadas segundo suas foliaçoes. Est ru tu ra interpretada comoum anticlinal isoclinal.Imagem SLAR, agosto de 1971, RADAM; escala aproximada 1250.000.
iHij^ifK?&&&•'*ÏSP^;-; ; '
' * l ' , V .
• \ S - ^ wv Ï V ^ ' ' *'•' '
i.»t »>/«»
•sß
Âf v'»f, ry
M
»/:ƒ•
r-.tCCA.••eV-S'A1m
"**r * iJT
ESTAMPA 3Falha da Serra da Seringa — Area de Sâo Félix do Xingu, Rio Trairlo, aftuente do Rio FrescoIFolha SB.22-Z-C).Localtzada no ftanco noroeste da Folha SB.22 Z C, de rejeito horizontal sinistral, de direçaoNW-SE, observada na imagem de radar por mais de 50 km. Afetou rochas do Complexo Xingu,Gräo Para e o Granito da Serra dos Carajas (Maciço da Àgua Branca).Imagem SLAR, agosto de 1971, R ADAM; escala aproximada 1:500.000.
ESTAMPA 4Falha da Serra dos Carajâs — Area de Marabâ — Rio Parauapebas afluente do Rio Itacaiûnas (Folha SB.22-Z-A).Com deslocamento horizontal smistral e rcjeito de dezenas de quilômetros. Responsàvel pelos dobramentos superimpostos das Serras doRabo e Estrela, como também pela atual separaçâo da Serra do Cinzento da Serra Norte. É posterior ao sînclinôrio e anterior à întrusâobatol ftica do Granito da Serra dos Carajas. Ë talvez o principal evento que afetou a area.Imagem SLAR, agosto de 1971, R ADAM; escala aproximada 1 £00.000.
m
lgp»ËÈàà;
\SX
t^
• JC* . />r.
< /
,*.
?iW ^ ,
V
ESTAMPA 5Granito circular da Serre do Velho Guilherme — Area de Sao Félix do Xingu Rio Brant» afluente do Rio Fresco (FolhaSB.22 YB).Maciço intrusivo em epimetamorfitos do Grupo Grao Para. Seu flanco SW acha-se truncado por falhamento paralelo aFalhadaSeringa.Imagem SLAR, agosto de 1971, RADAM; escala aproximada 1200.000.
FOTO 1Fol ha SC.22-X-A Araguacema, Complexo Xingu. Maciço monta nhoso de biotita granito, a SW davila de Redencäo, em zona arrasada de granitos e gnaisses.
FOTO 2Folha SB.22-V-B Rio Bacajâ, Complexo Xingu. Migmatitotita-hornblenda gnaisse; margem direita do Rio Bacajâ.
epibolitico, paleosoma de bio
FOTO 3Folha SB.22-X-A Remansäo,Complexo Xingu. G ran i to alas-krtico; Igarapê pucurui: E.F.Tocantins, Km 67.
FOTO 4Folha SB.22 Y B Säo Félix do Xingu, Comptexo Xingu. Dique de diabâsio em granodiorito abiotita e muscovita; Maguari, baixo Rio Fresco.
FOTO 5Fol ha SC.22-V-A Rio Chiché, Complexo Xingu — fotomicrografia da amostra AA 115 - Granulitobésico - LP-35.Hiperstênio e clinopiroxênio uralitizados, plagioclâsio riptforme (andesina-labradorita) sericitizadoe biotita, as vezes formadas as expensas dos piroxenios. Ocorrem ainda apatita e opacos.
FOTO 6Folha SC.22-X-A Araguacema, Complexo Xingu — foto micrograf ta da amostra AG-7 — Granulito —LP-35.Hiperstênio bastante alterado. Clinopiroxênio, menos alterado, hornblenda, biotita plagioclâsiosodico, aigu m ortoclâsio, opacos e apatita. Forte exttnçao ondulante apresentada pelo quartzo.
FOTO 7Folha SC.22-V-B Cubencranquém, Complexo Xingu — fotomicrografta da amostra AA 105 —Ouartzo diorito LP-35.Grandes cristais de plagioclâsio (sódico a intermediârio). Note-se a biotita com prim îda entre estes ecristais menores de quartzo, hornblenda (maclada) opacos e apatita.
FOTO 8Folha SB.22-X-A Araguacema, Complexo Xingu — fotomicrografia da amostra — CN 521 — Biotitaanfibolito - LN-35.Cristais subédricos de hornblenda associados a biotita, plagioclâsio sericitizado e titanita.
FOTO 9Folha SB.22-V-C Cocraimoro, Complexe Xingu — fotomicrograf ia da amostra CC-3 — Mi-crossienito — LN-140.Riebeckita (? ) radiada com pleocroismo de azul escuro a marrom ctaro, cercada por feldspatosalcalinos bastante impregnados por óxido de ferro.
FOTO 10Folha SB.22-V-A Rio Iriri, Complexo Xingu — foto micrograf ia da amostra AP 243 — Biotita-gnais-se - LP-35.Aspecto da textura granolepidoblâstica onde se observa a orientaeäo perfeita da biotita comfrequente inclusao de zircäo, responsavel pela formaçao de halos pleocróicos. A parte félsica mostraquartzo, plagioclâsio e mîcroclfnîo.
FOTO 11Fol ha SB.22-Z-B Xambioâ, G ru po Araxà. Quartzito ortoquartzftico întercalado com muscovitaquartzito; Serra das Artdorinhas-Martïrlos, Xambioâ, Araguaia.
FOTO 12SC.22-X-B Conceiçâo do Araguaia, Grupo Araxâ. Micaxisto do Grupo Araxa, subvertical; estradaPresidente Kennedy—Itaporä de Goiâs.
FOTO 13Folha SB22-Z-B Xambioé, Grupo Araxâ — fotomicrografia da amostra XB-02 — Granada-estau-rolita-clorita-muscovita-xisto - LN-35.Desenvolvimento de grande porfiroblasto de estaurolita cortando a xistosidade da rocha. IMote-se aorientacäo das inclusöes. Observa-se ainda granada com inclusôes no canto superior direito.
FOTO 14Folha SB.22-Z-D Araguafna, Grupo Araxâ - fotomicrografia da amostra RF-65—Granada-biotita-feldspato-quartzo-xisto — LP-35.Cristais de granada com inclusöes em arranjo semi-helicitico. As inclusöes sào representadas porquartzo, plagioclâsio sódico, biotita e muscovita, Visfvel a orientaçâo das inclusöes micâceas. Apósa cristalizaçào da granada, a recristalizaçlo continuou em baixa pressào, evidenciada pelo ânguloproximo a 120° nas junçoes dos cristais de quartzo.
FOTO 15Folha SC.22-X-B Conceiçao do Araguaia, Grupo Araxa - fotomicrografia da amostra Conceicao doAraguaia - Muscovita, plagioclasio-quartzo-gnaisse — LP-35.Textura lepidogranoblâstica bem evidenciada. Quartzo, muscovita, plagioclasio sódico, localmentealterado a argilosos e sericita. Presença de ortoclâsio.
FOTO 16Folha SC.22-X-B Conceicao do Araguaia, Grupo Araxé - fotomicrografia da amostra AA 224 —Biotita-muscovita-xisto — LP-35.Porfirobiastos de plagioclasio sódico englobando inuméros minerais. Ressalta o intercrescimentomicrogréfico. Muscovita e biotita separam os porfirobiastos de plagioclasio.
FOTO 17Folha SC.22-X-A Araguacema, Grupo Araxà - fotomicrografta da amostra RF 57-SerpentinitoLP-35.Antigorita com "mesh structure" formada a partir da olivina.
FOTO 18Folha SC.22-X-B Conceiçao do Araguaia, Grupo Araxâ — fotomicrografia da amostra CN 73.Piroxenito serpentinizado — LP-35.Hornblenda marrom, piroxênio e bastita. O con junto acha-se atravessado por veio de crisotila.
FOTO 19Folha SB.22-Z-B Xambioa, Grupo Tocantins. Filitos com atitudes para ENE; Rodovia PA-70, norteda fazenda Macachetra.
FOTO 20Folha SC.22-X-A Araguacema. Serpentmito no flanco leste da Serra Taina-Recan.
SB.22-X-A Araguacema, Grupoclorita-xisto - LP-140.Lamelas de sericita e clorita bempregnaçào por óxido de ferro.
FOTO 21Tocantins — fotomicrografia da amostra M1-1 — Sericita-
orientadas. Concentracöes I oca is de quartzo; forte im-
22fotomicrografia da amostra AG-02 - Clo-
FOTOFolha SB.22-X-D Marabé, Grupo Tocantins -rita-muscovita-quartzo-xisto — LP-35.Microdobra em clorita-muscovita-quartzo-xisto. Os flancos sào salientados pelos minerais fi-litosos. Estas dobras sao perpendiculares à xtstosidade principal indîcando esforço poste-rior à xistificaçao. (Carajafdes? ).
FOTO 23Folha SB.22-Z-A Rio Parauapebas, Grupo Grao-Paré. Vertente escarpeada de itabiritos equartzitos da Serra Arqueada, Carajés.
FOTO 24Folha SB.22-Y-D Gorotire, Grupo Grao-Paré. Canon do Rio Naja em quartzitos e itabiri-tos do facies Tocandera, Formaçao Carajâs.
FOTO 25Folha SB.22-Y-B Sao Félix do Xingu, Grupo Grao-Paré. Elevaçoes de filitosSanto Antonhao, facies da Formaçâo Carajés, margem esquerda do Rio Fresco.
na Serra
FOTO 26Folha SB.22-Y-A Rio Parauapebas. Arenito conglomerético basal do inembro Azul (For-maçào Rio Fresco) apresentando metamorfismo de contato e apófises do Grarnto da Ser-ra dos Carajâs; estrada N-1/S-11, Serra dos Carajés.
FOTO 27Fol ha SB.22-Y-D Gorotire. Povoado do P.I. Gorotife em arenitos Gorotire e folhelhosardosianos e arcósios do mennbro Naja (Formaçao Rio Fresco); a leste "cuestas" da To-candera (Grupo Grào-Paré) e à direita elevacöes de granitos {Complexo Xingu).
FOTO 28Folha SB.22-Z A Rio Pa-rauapebas, Grupo Uatumä,Formaçào Rio Fresco.Arenito conglomeratico nabase do membro Azu(; Ser-ra dos Carajâs.
FOTO 29Folha SB.22-Y-D Gorotire, Grupo Uatumä, Formaçào Rio Fresco, Folhelhos ardosianos dodo membro Naja, aflorando com atitude N70E — 15NE; Rio Naja, e 3 km da Foz.
FOTO 30Folha SB-22-Y-D Gorotire, Grupo Uatuma. Folhelhos ardosianos e arcósios micéceos do-brados (membra Naja) por intrusâo de riolito (Formaçao Iriril; Cipó, Rio Fresco.
FOTO 31Folha SB.22-Y-B Säo Félix do Xingu, Grupo Uatuma. Formacäo Sobreiro.Andesito porfirftico; Jatobâ, Rio Fresco.
FOTO 32Folha SB.22-YB Sào Félix doXingu, Grupo Uatuma, Forma-cäo Iriri.Conglomerado goisenizadocom seixos e blocos de granitoe andesito em matriz quartzo-feldspatica; Pedra Partida, RioFresco.
FOTO 33Folha SB.22-Y-B Sâo Félix do Xingu, Grupo Uatuma — Formacäo Sobreiro — fotomicrografia daamostra Xingu—Via na — Andesito LP-35.Fenocristais de augita sm matriz pilotaxitica.
FOTO 34Folha SB.22-V-B Sâo Félix do Xingu, Grupo Uatumà — Formaçâo Irin — fotomicrografia daamostra 115/263 - Brecha vulclnica - LP-35.Fragmentos de rocha e cristais (quartzo e feldspato); impregnaçao por óxido de ferro.
FOTO 35Folha SB.22-V-A Rio Iriri, G ru po Uatumä — Formaçâo Iriri — fotomicrografia da amostra AP 246(PT 4CJ - Dacito - LP-35.Cristais de plagioclâsio zonado imersos em uma matriz microcristalina composta de quartzo,feldspato, biotita, clorita, hornblenda e opacos.
FOTO 36Folha S8.22-V-B Cubencranquém, Grupo Uatumä — Formaçâo Iriri — fotomjcrografia da amostraMI-7 - Ingnibrito - LP-35.Cristal de plagioclâsio envolvido por "shards" fortemente soldadas, revelando estrutura de fluxo.Note-se o avançado estâgio de devitrif icaçâo da matriz.
FOTO 37Folha SB.22-V-D Alto Bacaja, Grupo UatumI — Formaçâo Irirï — fotomicrografia da amostraMI-32.1 - LP-35.A estratificaçao é be m evidenciada pela orientaçâo dos frayrnentos dos cristais — O vidropré-existente (hialotriquitos) acha-se intensamente recristalizado.
FOTO 38Folha SB.22-Y-D Gorotire, Grupo Uatumà — Formaçâo Iriri — fotomicrografia da amostra AV-Ob- Riolito -LP-35.Fenocristais de quartzo em matriz microcristalina felsitica. Note-se a întegraçao cristal-matrîz,resuttando no anedrismo dos primeiros.
FOTO 39Fol ha SB.22-Y-B Sao Félix do Xingu. Maciço Granito Vetho Guilherme; onde se inicia a exploracäode cassiterita no Rio Branco (Xingu).
FOTO 40Folha SC.22-X-A Araguacema. Granito Velho Guilherme — fotomicrografia da amostra MI-JB/2 —Hornfelse - LP-35.Quartzo e feldspato quase total mente substituidos por biotita-muscovita. Óxido de ferraabundante.
FOTO 41Folha SB.22-Y-D Gorotire, Formaçao Gorotire. Arenitos du ros, grosseiros a conglomerâticos,caulfnicos na escarpa sul da serra junto ao P.I. Gorotire.
FOTO 42Folha SB.22-X-C Rio Itacaiûnas, Formaçao Orozimbo — fotomicrografia na amostra AA 122 —Diabasio - LP-35.Labradorita ripiforme, augita intergranuiar, opacos e rara uralita; i ntercresc i me nto microgräficoquartzo-feidspât ico.
FOTO 43Foiha SB.22-Y-D Gorotire. Afuviöes aren osas em praia na ponta norte da II ha do Barreiro, RioFresco.
FOTO 44Folha SB.22-X-B Jacundâ.Bombas montadas em flutuan-te; trabalho em garimpo dediamante. Canal da Fumaci-nha, Cachoeira de Itaboca, RioTocantins.
FOTO 45Fol ha SB.22-Y-B Sào Félix do Xingu. Bloco de galena argentifera com esfalerita, cafcopirita e piritano veio de Très llhotas, Rio Xingu.
FOTO 46Fol ha SB.22-X-D Marabâ. Calcârio da Formaçào Pedra de Fogo; Rio Araguaia 10 km a montantede Araguatins.
FOTO 47Cristais de topâzio de até 3 cm, das aluviöes circunvizinhas ao Granito Velho Guilherme.
FOTO 48Folha SB.22-Y-D Gorotire. Afloramento de car vlo ao sul da II ha do Barrerro, Rio Fresco, emsediment os do membro Naja, Formaçào Rio Fresco, Grupo Uatumä.
GEOMORFOLOGU
GEOMORFOLOGIA DA FOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DA FOLHA SC.22 TOCANTINS
AUTOR:RICARDO S. BOAVENTURA
PARTICIPANTES:CERES VIRGI'NIA RENNÖCHIMI MARITAELIANA MARIA SALDANHA FRANCOFLORA MARIONE CESAR BOAVENTURALENI MACHADO D'AVILALINDINALVA MAMEDE VENTURA
SUMÂRIO
ABSTRACT 11/5
1.
2.
2.1.2.2.2.3.2.4.
3.
3.1.3.2.3.3.3.4.
4.
4.1.4.1.1.4.1.2.4.2.4.2.1.4.2.2.4.2.3.
4.2.4.
5.
6.
INTRODUCÄO II/7
METODOLOGIA M/10
Material e métodos M/10Classificacäo do mapa 11/10Problemas da Cartografia GeomorfológicaChave da Legenda M/12
M/11
UNIDADES MORFOESTRUTURAIS E MO R FOC LI MÂT I CAS M/14
Planalto Dissecado do Sul do Para 11/14Planalto Setentrional Para—Maranhâo M/15Depressâo Ortoclinal do Médio Tocantins 11/15Depressâo Periférica do Sul do Para 11/17
EVOLUÇÂO DO RELEVO M/19
Desnudaçao pos-cretâcica e reelaboraçao do Pediplano Pré-Cretâceo , 11/19Pediplano Pliocênico M/19Depositos Correlativos de superf fcies pediplanadas 11/20Desnudaçao Pós-Pliocênica II/21Elaboracäo da Depressâo Periférica do Sul do Paré 11/21Pediplano Pleistocênico M/23Dissecaçâo do Pediplano Pleistocênico 11/24
Ocorrências minerais relacionadas corn superficies de aplainamento 11/24
RESUMO M/29
BIBLIOGRAFIA M/30
II/3
TÄBUA DE ILUSTRAÇÔES
MAPAGeomorfológico (em envelope anexo)
QUADROQuadro-resumo da geômorfogênese da folha SB.22 e parte de SC.22
FIGURAS1. Posiçao das folhas na escala 1:250.0002. Limites pol fticos, rios e cidades principais3. Bloco — diagrama esquemâtico da érea4. Perfil B-B'5. Perfil C-C'6. Perfil D-D '7. Perfil E-E'
ESTAMPASEstampa 1 — Gargantas de superi m posiçao do Rio Itacaiûnas.Estampa 2 — "Water gap" do Rio Araguaia.Estampa 3 — Anticlinal escavado do Rio Lontra.Estampa 4 — Pediplano Pleistocênico no Médio Xingu.Estampa 5 — Pediplano conservado, em faixa de transiçâo.Estampa 6 — Pediplano dissecado.
FOTOS1. Testemunhos do Pediplano Pré-Cretâceo reelaborados pela pediplanaçao pliocênica2. Lagoas na Serra dos Carajés3. Evoluçâo de lagoas na Serra dos Carajâs4. Pediplano Pleistocênico5. Testemunho da Pediplanaçao Pliocênica6. "Inselberg" remodelado por morfogênese ûmida7. Èmbutimerïto do Pediplano Pleistocênico8. Terraço do Itacaiûnas em Marabé9. Leito rochoso do Rio Araguaia
10. Rio Araguaia e o Pediplano Pleistocênico11. Terraço do Araguaia nas proximidades de Araguacema
II/4
ABSTRACT
777e morphological mapping of Sheet SB.22 Araguaia and part of SC.22Tocantins using radar imagery is presented, as well as the description ofmaterials and methodology used. Main geomorphological cartographicproblems faced in the mapping scale, and the solutions encountered, are alsodescribed.
It is explained the system used in the map, and the function of thecombination of letters with symbols and colours to make up an assemblagein which the geomorphological forms are distinguishable from their genesis.
Major geomorphological characteristics of the mapped region are summariz-ed, and emphasis is given to the processes of circundenudation as well as tothe lithological, structural and morphological influences. The location andcharacteristics of four units of relief are described.
The Pleistocene tectonic activity that partially affected the southern marginof the Amazonas Sedimentary Basin, and the western flank of the Maranhäo-Piaui Sedimentary Basin, is discussed relating this tectonism to a stage ofcircundenudation post-Barreiras.
Possible tectonic movements that might have taken place in the Tocantins-—Araguaia lineament at the beginning of the Quaternary are discussed.Attention is called to the existence of a peripherical depression in SouthPara.
Particular consideration is given to the correlation of numerous mineraloccurrences to surfaces of peneplation.
11/5
1. INTRODUÇÂO
Este relatório refere-se ao mapeamento da folhaSB.22 Araguaia e parte da folha SC.22 Tocan-tins, num total de 20 folhas na escala 1:250.000(1900' x 1930', perfazendo 366.830 km2.
A denominaçâo e disposiçâo das folhas a1:250.000 bem como os limites poh'ticos, princi-pais rios e cidades constam das figuras 1 e 2.
O relevo regional foi dividido em quatro unida-des ou conjuntos de formas: Planalto Dissecadodo Sul do Paré, Planalto Setentrional Paré—Ma-ranhâo, Depressao Ortoclinal do Médio Tocan-tins e Depressao Periférica do Sul do Paré; todasse prolongam nas regiöes vizinhas.
O cerrado, a floresta densa e a floresta aberta sâoas formaçôes végétais que ocupam maiores ex-tensoes na regiâo. Sua correlaçao com as unida-des de relevo, resultou na caracterizaçâo de doisdomînios morfocliméticos e uma faixa de transi-çlo: domi'nio morfoclimético dos chapadöes edepressöes perifëricas recobertas por cerrado;domînio morfoclimético dos planaltos amazô-nicos rebaixados e dissecados e das éreas coli-nosas, revestidos por floresta densa; faixa de
transiçâo de dommios morfocliméticos em pla-naltos e depressöes — aplainamentos e colinasrevestidos por floresta aberta mista e florestaaberta latifoliada, com éreas montanhosas muitodissecadas recobertas por floresta densa e "ilhas"de cerrado nos topos aplainados.
Pode-se descrever a regiâo como uma larga faixade transiçâo de domfnios morfocliméticos. Noconjunto, observam-se contatos de diferentestipos de formaçâo vegetal, planaltos, depressöese éreas colinosas, numa interpenetraçâo de mor-fogênese de floresta densa, de floresta aberta ede cerrado. Apesar do predom mio atual deprocessus erosivos ümidos, sâo comuns as paleo-formas dévidas a uma morfogênese mais seca.
Os processos paleoclimâticos que atuaram naelaboraçao das superf fcies de aplainamento cons-tatadas, nâo chegaram a disfarçar totalmente osindi'cios de interferência tectônica na escultu-raçâo do relevo atual. Numerosas gargantas desuperimposiçâo, a existência de uma zona decircundesnudaçâo pós-Barreiras e o expressivoembutimento de um pediplano datado doPleistoceno, sâo sugestöes de reativaçâo noini'cio do Quatemério.
M/7
woof
SB-22-VA
RIO IRIRI
SB-22-VB
RIO BACAJÀ
SB-22-XA
REHANSAO
SB-22-XB
JACUNDA
SB-22-VC
RIO PAR DO
SB-22-VD
ALTO BACAJÄ
SB-22-XC
RIO ITACAIUNAS
SB-22-XD
SB-22-YA
IG. TRIUNFO
SB-22-YB, SÂO
FELIX 00 XINQU
SB-22-ZA
RIO PARAUAPEBAS
SB-22-ZB
XAMBIOA
SB-22-YC
COCRAIMORO
SB-22-YB
COROTIRE
SB-22-ZCRIO PAU D'ARCO
SB-22-ZD
ARAGUAINA
SC-22-VA
RIO CHICHE
SC-22-VB
CU8ENCRANQUEM
SC-22-XA
ARAGUACEMA
SC-22-XBCONCEIÇÂO
00 ARAGUAIA
Fig. 1 - Posiçâo das Folhas na Escala 1:250.000
woo1
Fig. 2 — Limites Polfticos, Rios e Cidades Principais
11/8
Fig. 3 Bloco Diagrama Esquemâtico da Area
11/9
2. METODOLOGIA
2.1. Material e Métodos
A interpretaçao e o mapeamento geomorfoló-gico a 1:1.000.000 da area referente a esterelatório segue a metodologia bâsica estabelecidapara o Projeto RADAM. Depois da fase conven-cional de pesquisas cartogrâficas e bibliogrâficas,segue-se a de fotointerpretaçao preliminar. Uti-liza-se o material fornecido pelo radar em ordernde precedência técnica: fotofndice na escala de1:1.000.000, mosaicos semicontrolados a1:250.000,faixas estereoscópicas na mesma es-cala dos mosaicos e perfis altimétricos. Alémdestes recursos, säo utilizados também fotogra-fias infravermelho em copias coloridas e preto-e--branco na escala de 1:130.000, e fotos multies-pectrais na escala de 1:73.000. A utilizaçaomültipla de todos esses elementos permite boacapacidade de soluçao de problemas geomorfoló-gicos, ao nfvel da fotointerpretaçao, tornando ométodo muito adequado para o mapeamento daarea.
A fotointerpretaçao preliminar consta do tra-çado, em acetatos, da drenagem, até o ni'vel devisibilidade dado pela escala. Em operaçao simul-tânea, segue-se a delimitaçao dos tipos de formasde relevo e sua definiçao. Isto é feito com umatabela de convencöes, representada, essencial-mente, por uma legenda em combinaçao deletras e sua genese aproximada. O traçado dedrenagem, as delimitacöes dos tipos e a genesede formas de relevo, quando näo claramentedefini'veis, sâo isoladas como âreas de düvidas enäo màpeadas nesta fase. As düvidas sao resol-vidas por sobrevôo e por consulta a outrossetores do RADAM.
Os sobrevôos representam a segunda fase dametodologia, planejados e realizados em quanti-dade e duraçao suficientes para a soluçao dosproblemas existentes. Dentro da metodologia doRADAM, representam etapa importante porqueas fotos tiradas no ângulo desejével possibilitamuma correlacäo com as imagens fornecidas peloradar. O sobrevôo, aliado aos demais recursos à
disposiçâo, permite näo só a eliminaçao dasdüvidas, quanto à definiçao de padroes deformas de relevo que homogeneizam a fotointer-pretaçao preliminar. Na medida em que seamplia a coleçâo de padroes, a produtividadecresce e o nfvel de qualidade melhora, a pontode se poder considerar a fotointerpretaçao comohomogênea. O sobrevôo e a imagem de radar,quer ao nfvel de mosaico a 1:250.000 quer aonfvel de fotofndice a 1:1.000.000 permitem, nomapeamento a distribuiçâo de um tipo de formade relevo, de modo contfnuo. Em trabalhos decampo, a integraçao de formas extensamentedistribufdas, como uma superffcie de aplaina-mento, por exemplo, exigiria seçôes em variasdireçoes diferentes nem sempre acessfveis nasrégi Ses màpeadas.
Dirimidas as düvidas pelo sobrevôo inicia-se aetapa de integraçao dos acetatos. Os problemasde fechamento de um acetato para o contfguosäo muito diminufdos pela fixaçâo da legendaprévia e pela definiçao dos modelos. A inte-graçao é operada sucessivamente, a 1:500.000 e1:1.000.000, esta a escala final do mapeamento.Estas reduçôes progressivas, feitas em redutoresautomâticos, fixam o nfvel do fato mapeàvel edeterminam ou näo a necessidade de agrupâ-los.Isto évita as discriminaçôes e as possibilidades dedeformaçoes subjetivas na interpretaçao, aumen-tando a fidedignidade do mapeamento final.
2.2. Classificaçâo do Mapa
O mapeamento conseguido com essa metodolo-gia résulta em um mapa que contém, pfati-camente todas as formas de relevo determinadasaté o nfvel atual de aproveitamento da imagem.As limitaçoes referem-se à ausência de represen-taçao das formaçôes superficiais, nem sempreacessfveis e nem sempre mapeâveis e que só secompletariam corn trabalhos de campo poste-riores. Outra deficiência do mapa é dada peladupla necessidade de representaçâo de tipos de
11/10
formas, simultaneamente com os processus mor-fogenéticos. Por isto nao é um mapa geomorfo-lógico na plenitude de seu conceito mas contémtodas as outras informaçoes obtidas apenas pelaimagem e sobrevôo.
Dentro das caracterfsticas de metodologia, danatureza sistemâtica do mapeamento e da opor-tunidade de publicaçâo em cores, o mapa geo-morfológico resultante nao podia perder a infor-maçâo dada pelas imagens de radar para aumen-tar o conhecimento geomorfológico da areamapeada.
2.3. Problemas da Cartografia Geomorfologica nese.
Segundo os preceitos normativos fixados porMoreira (1966) e Ab'Sâber (1969) deviam sersolucionados os seguintës problemas:
a) A necessidade de figurar a base geologicacomo elemento essencial do mapa geomorfo-lógico.
b) A fixaçao, delimitaçao e descriçâo précisasdas formas de relevo em si mesmas, comoregistro de evento, amarrado em ni'vel de coorde-nadas e posicionamento planimétrico, desde quea interpretaçao destas formas é por natureza,discutfvel e superävel.
c) A fixaçâo de altimetria e relacionamentoentre as diferentes massas de relevo, jâ que omapeamento abränge ârea onde o levantamentoplanimétrico e altimétrico preciso, ainda esta seprocessando.
d) A representaçao dos dommios morfoclimé-ticos e morfoestruturais
e) A necessidade de grupar e de compartimentaras formas de relevo, para atender as solicitaçoesoperacionais do próprio Projeto RADAM e àutilizaçao do mapeamento pelo pûblico.
f) A fixaçâo de legenda aberta, devido à natu-reza sistemâtica do mapeamento e à possibilida-de de se encontrar fatos insuspeitados ou dedif feil previsäo. Isto porque a érea a ser mapeadase estende desde os domfnios morfocliméticosmais secos até os mais ûmidos do Brasil florestal,abrangendo problemas de geomorfologia litorâ-nea e formas fluviais intrincadas da Bacia Ama-zon ica.
g) A representaçao da dinâmica de evoluçaogeomorfologica atual.
h) A representaçao das formaçôes superficiais,que sâo dados comprovadores da geomorfogê-
Esses problemas de cartografia geomorfologicaexigiram uma série de pesquisas para se encon-trar soluçao mais adequada que, configurada nomapa anexo, séria irreversfvel, e nao de amos-tragem regional.
Os problemas da representaçao da base geologicasuperam-se parcialmente, porque o ProjetoRADAM publica carta geologica incluindo tam-bém representaçao dos principais dados que omapeamento geomorfológico requer. Resta pe-quena dificuldade. a superposiçâo das duascartas, ainda que de mesma escala. O registro dasformas de relevo em si mesmas foi solucionadopela metodologia e pela interpretaçao da imagemdo radar cujos mosaicos ressaltam estas formas.A legenda completou a soluçao. A fixaçâo dealtimetria relativa das diversas massas de relevofoi resolvida pelo emprego de cores diferentes,com os tons mais fortes hierarquizados daspartes altas para as mais baixas. A soluçao dadaao problema de representaçao da idéia de alti-metria pelo emprego de cores poderia ser enten-dida como subaproveitamento de elemento grâ-fico de grande valor, se as cores nao solucio-nassem simultaneamente o problema da compar-timentaçao e do grupamento de tipos de relevo.O emprego de cores dé, à média aproximaçao
11/11
visual, a idéia de altimetria relativa e a decompartimentaçâo do relevo mapeado e, à pe-quena distância, podem-se identificar as formasde relevo. O problema da representaçâo dasprovi'ncias estruturais e dommios morfoclimâ-ticos foi solucionado em ni'veis diferentes. Asunidades morfoestruturais sâo marcadas no ma-pa pela diferenciaçâo de cores e tons e imediata-mente visualizadas. Graficamente näo era possf-vel ou recomendével a superposiçao, seja emcores seja em preto. A soluçao encontrada foirealizada em ni'vel de legenda, onde as linhasdelimites dos dois tipos de unidades foram super-postas, em esquema à parte, integradas e defini-das. Na medida em que se publicarem osmapeamentos do Projeto RADAM esta super-posiçao continuarâ. O objetivo final é a divisâode extensa ârea do Brasil onde serao marcadas asprovi'ncias e os domfnios morfoclimâticos.
O ponto de partida para estas divisoes foram asproposiçoes feitas por Ab'Séber (1967) queserao mantidas como parâmetro até que sejampossi'veis modificaçoes plenamente justificâveis.Aquele autor conceituou as provîncias morfoes-truturais como grandes unidades onde o controleda erosäo é exercido primordialmente pelascondiçôes geológicas e como domi'nios morfocli-mâticos, regioes onde as variaçôes da erosäoestavam na dependência de um sistema morfo-climâtico, no quai a fisiologia da paisagem estavamais relacionada as condiçôes de clima, vege-taçâo e solos. Em trabal hos posteriores Ab'Sâber(1971) esquematizou de modo muito genérico adistribuiçâo do que chamou de "areas nucleares"dos domi'nios morfoclimâticos, estabelecendoque entre estas "âreas nucleares" de cada do-rn i'nio existiam processus geomörfológicos detransiçao, atribui'dos quer a influências geoló-gicas quer a influências bioclimâticas. O difi'cilproblema de determinar os limites da preponde-rância de um ou outro processo foi assimcolocado as pesquisas que seriam feitas posteri-ormente. Ao admitir äreas de transiçao entre"âreas nucleares", Ab'Sâber implicitamente nâoatribuiu as palavras provfncias e dommios ossentidos especfficos que têm em geologia e
botânica, a definiçao era de natureza morfocli-mâtica. Os mapeamentos realizados pelo ProjetoRADAM ensejam a oportunidade de delimitaçâodas âreas de transiçao geomorfológica entre as"âreas nucleares" porque sâo mapeados tambémsolos e vegetaçao. A sensibilidade do mapafitoecológico contribui para maior aproximaçâona divisao dos domfnios morfoclimâticos. Aoserem iniciados os mapeamentos constatou-se autilidade do >método de superposiçao empre-gado, porque esses mapeamentos foram iniciadosem âreas bem individualizadas do ponto de vistageológico, geomorfológico e fitoecológico. Ospequenos ajustes realizados eram previsi'veisporque näo hâ termos de comparaçao entre aproposiçao de esquemas e mapeamentos siste-mâticos. Na medida em que o mapeamentoatinge âreas amazônicas os desajustes sâo acen-tuados, principalmente porque ocorre sob flores-tas feiçoes geomorfológicas antigas, herdadas demorfogêneses diferentes, justapostas ou atémesmo superpostas a feiçoes geomorfológicascorrelacionadas à morfogênese atual. Por outrolado, no que se réfère as provi'ncias morfoestru-turais os extensos depósitos de cobertura e amorfogênese ümida obliteraram as influênciaslitológicas e estruturais. A definiçao das regiöesde transiçao geomorfológicas começaram a seresboçadas na medida em que o mapeamentoprogredia. Em decorrência foram mantidas asproposiçoes iniciais de Ab'Sâber como parâ-metro para as modificaçoes que estavam sendoencontradas. Sem perder de vista as proposiçoesiniciais, a denominaçâo de provmcias morfoes-truturais passou a ser empregada em sentidomais adaptado à realidade amazônica, adqui-rindo uma conotaçâo de unidades de reievo. Osdomfnios morfoclimâticos estâo sendo mantidosna acepçâo original, descritos sob forma de tiposde relevo e contendo referências as variaçôesfitoecológicas mapeadas pelo Projeto RADAM.
2.4. Chave da Legenda
A fixaçâo de legenda aberta, depois de superadasmuitas experiências, foi resolvida por associaçâo
11/12
de letras que detalham as categorias de formastomadas lato sensu: S — estruturais, E — erosivase A — acumulaçâo, que iniciam grupamento deletras, sempre notadas em maiüsculas. Estadivisâo dâ a gênese e a forma; as letras podem sercombinadas entre si em muitos casos (SE, EA,ou ES). As letras maiûsculas seguem-se asso-ciaçoes minüsculas correspondentes ao registrode forma em si mesma. A associaçao dasminüsculas pode conter também referências àsua gênese. Adotou-se preferencialmente a letracom que se inicia o nome da forma, mas hâtambém combinaçoes de mais de uma letraquando a primeira estiver esgotada. A qualifi-caçâo da gênese da forma é colocada no final daassociaçao. O registro de tipo de forma de relevoé colocado no meio, e a categoria, lato sensu, emletra maiûscula abrindo a associaçao. Isto per-mite uma separaçâo clara do que é registrodireto, portanto imutâvel, do que é interpre-tativo, portanto transitório. Um destaque pelovalor pragmâtico, operacional e cienti'fico foidado aos tipos de dissecaçâo precedido de d.seguindo-se uma letra ou associaçao de letras quequalifica seu tipo. Esta qualificaçâo supera desig-naçôes inapreciâveis como forte, fraca ou mode-radamente dissecados. Os sfmbolos geomorfoló-gicos e geológicos necessârios sâo impressos em
preto, bem como as compartimentaçôes dorelevo. A legenda se esclarece mais corn umacomplementaçao sintética do que cada asso-ciaçao représenta na ârea mapeada. Aberta destemodo, a associaçao de letras pode modificar-sede mapa para mapa sem perder homogeneidadeem relaçao à carta précédente e sem perder aqualificaçâo de fatos que poderao aparecer emoutras folhas a serem mapeadas.
Deste modo, o mapa atingiu, quanto à represen-taçao grâfica, a quase totalidade dos objetivosque deve ter, ficando ainda sem soluçâo grâfica,na ârea mapeada, a representaçao das formacöessuperficiais e a dinâmica da geomorfogênese. Asdificuldades de indicaçâo destes dois tipos defenômenos têm sido sentidas até em mapea-mentos feitos sobre fotos em escalas em tornode 1:50.000. No caso do mapeamento do Pro-jeto RADAM, o problema cresce pelo nfvel daescala e pela nâo realizaçâo de trabalhos decampo que permitissem acompanhamentos siste-mâtico dos fatos referidos. Alguns dados destesdois fenômenos podem ser deduzidos correta-mente, porém de modo indireto, da legenda eoutros serao referidos em ni'vel de relatório, combase em bibliografia.
11/13
3. UNIDADES MORFOESTRUTURAISMORFOCLIMÂTICAS
3.1. Planalto Dissecado do Sul do Paré
Sao maciços residua is de topo aplainado econjuntos de cristas e picos interpenetrados porfaixas de terrenos rebaixados que se observam naparte central e meridional da folha SB.22 Ara-guaia, prolongando-se pela folha SC.22 Tocan-tins. As altitudes variam geralmente entre 500 e600 m, com trechos mais elevados nas folhas a1:250.000 de Rio Parauapebas e Rio Itacaiûnas,onde a Serra dos Carajâs atinge 700 m em média.
Essa unidade de relevo esta intensamente disse-cada por vales encaixados, geralmente adaptadosa redes de f ratura que seccionam rochas pré-cam-brianas. Grupamentos de "inselbergs" que secorrelacionam altimetricamente com o planaltoem questäo, ocorrem sobretudo nas folhas a1:250.000 de Gorotire, Cocraimoro e Cuben-cranquém.
Os topos aplainados ocupam maior extensâo nasfolhas a 1:250.000 de Cubencranquém, Gorotiree Rio Itacaiûnas, principalmente: sâo testemu-nhos de um pediplano Pré-Cretâceo retrabalhadopor pediplanaçao durante o Terciârio. Nas folhasa 1:250.000 de Rio Itacaiûnas e Rio Paraua-pebas, o conjunto de formas tabulares denomi-nado Serra dos Carajâs, esta parcial mente capea-do por carapaça ferruginosa que neste relatório éinterpretada como deposito de cobertura de umpediplano de idade pliocênica, aparentementesuperposto ao Pediplano Pré-Cretâceo. A Serrados Carajâs constitui-se de um conjunto derochas pré-cambrianas fortemente dobradas efalhadas. Seus setores norte e sul, respectiva-mente Serra Norte e Serra Sul, constituemsinclinais suspensos em alguns trechos. Estasfeiçoes estâo geralmente deformadas por umaelevada densidade de vales encaixados. Extensasescarpas adaptadas a falhas estao bem conser-vadas na parte central e setentrional da Serra.Notam-se também "water gaps" destacando-seos dos Rios Itacaiûnas e Parauapebas.
"Water gaps" podem ser vistos também na Serrado Cubencranquém, no médio e baixo curso doRio Fresco e em grandes extensöes ao longo dosRios Xingu e Iriri.
Na parte oriental da folha de Gorotire e na parteocidental da folha de Rio Pau d'Arco, ocorremextensos "hog back" que delmeiam dobra-mentos pré-cambrianos. Em alguns desses "hogback" observa-se um ni'tido controle dos escar-pamentos por fraturas. Na parte oeste da folha a1:250.000 de Rio Pau d'Arco, algumas cristasem "hog back" evidenciam um sinclinal topogra-ficamente invertido; seu interior situa-se nomesmo m'vel topogrâfico que a regiâo rebaixadavizinha. O Rio Santa Maria, afluente do Araguaiapela margem esquerda, nasce no rëferido sincli-nal "perché" e um de seus afluentes delineia umanticlinal escavado um pouco mais ao norte.
Freqüentemente se observam vales interplanâlti-cos alargados por processus de pedimentaçao,como por exemplo, na folha de Gorotire.
Apesar de desfigurado por uma variedade muitogrande de processus de dissecaçâo que ocorrenos testemunhos do Pediplano Pliocênico e/oudo Pediplano Pré-Cretâceo, o Planalto Dissecadodo Sul do Paré, pode ser considerado como umrelevo com feiçoes apalachianas local izadas,como por exemplo, na Serra dos Carajâs.
A unidade de relevo descrita, abränge uma partedo"Dommio rnorfociimâtico dos chapadöes edepressöes periféricas recobertas por cerrado".Na sua maior extensâo, situa-se na "Faixa detransiçao de domfnios morfoclimâticos em pla-naltos e depressöes-aplainamentos e colinas re-vestidos por floresta aberta mista e florestaaberta latifoliada, com areas montanhosas muitodissecadas recobertas por floresta densa e "ilhas"de cerrado nos topos aplainados".
M/14
3.2. Planalto Setentrional Paré—Maranhäo
Apresentando altitudes entre 200 e 300 m,gérai mente, o Planalto Setentrional Para—Ma-ranhäo esté bem caracterizado por uma dre-nagem de f undo chato e margens bem cortadas,cujos afluentes secundérios formam um padraoretangular. Esse conjunto reflète a existência decamadas sedimentäres. Estas camadas sâo consti-tui'das sobretudo por sedimentos terciérios ecretécicos. A presença de ramificaçoes de canaisde cabeceiras, formando arborescências, é refle-xo da litologia, mas evidencia também uma reto-mada de erosâo atual.
A despeito da existência de amplas areas disse-cadas por ravinas e vales encaixados, essa unida-de de relevo possui espaços pianos mais oumenos extensos, representados por testemunhosde superf îcie pediplanada e por formas tabularesresultantes da dissecaçao da Formacäo Barreiras.
Pelo que se pode constatar através da imagem deradar e sobrevôo, os vales de fundo chato doplanalto nao sao totalmente ocupados pela égua,pelo menos uma boa parte do ano. E possi'velmesmo que alguns desses canais sejam secos efuncionem apenas como linhas de concentraçaode umidade. A utilizaçao agn'cola observada emalguns deles sugere possibilidade de intensifi-caçao e generalizaçao desse tipo de atividade.
A folha a 1:250.000 de Jacundâ engloba a maiorparte do Planalto Setentrional Paré—Maranhäo,na érea mapeada. Nos limites com a folha a1:250.000 de Marabé, ocorrem escarpamentosna Formacäo Barreiras e logo ao sul, observam-sepedimentos retrabalhados por morfogênese defloresta densa. Na parte central da folha a1:250.000 de Jacundé, ocorre um grupamentode mesas talhadas nos sedimentos terciârios, quefunciona como um centro dispersor de drena-gem. O escoamento desses cursos d'égua se fazpara a margem direita do Tocantins e para o RioCapim, a nordeste da érea. Na periferia doreferido grupamento de mesas, nota-se intensadissecaçao em colinas, ravinas e vales encaixados.
O Planalto Setentrional Paré—Maranhäo, per-tence ao "Domi'nio morfoclimético dos planal-tos amazônicos rebaixados e dissecados e daséreas colinosas, revestidos por floresta densa".
3.3. Depressâo Ortoclinal do Médio Tocantins
Essa unidade de relevo constitui-se essencial-mente de amplos patamares estruturais dasformaçôes paleozóicas da Bacia Sedimentär doPiau f—Maranhäo. Esses patamares foram traba-Ihados por pediplanacäo e apresentam um cai-mento suave em direçao à calha do Rio Tocan-tins. Esse caimento é controlado pelos mergu-Ihos das camadas sedimentäres na mesma dire-çao. A érea apresenta sinais de uma retomada deerosâo atual e é atravessada pelo Tocantins,cujos afluentes da margem esquerda sâo catacli-nais e os subafluentes geralmente ortoclinais. Amaior parte da Depressâo Ortoclinal do MédioTocantins continua submetida a processus depedimentaçao em morfogênese de cerrado.
A nordeste da folha a 1:250.000 de Xambioé,observam-se rebordos estruturais que exempli-ficam o caréter escalonado da Depressâo Orto-clinal.
Na folha a 1:250.000 de Conceiçao do Araguaia,os pedimentos conséquentes da vertente esquer-da do Tocantins estäo bem conservados e podemapresentar-se na forma de extensas colinas detopo aplainado.
Amplos terraços elaborados pelo Rio Tocantinsgeralmente pedimentados, ocorrem ainda nafolha a 1:250.000 de Conceiçao do Araguaia.Nesses terraços observam-se numerosas lagoasque devem estar relacionadas com fenômenoslocalizados de endorreismo e com a naturezasi'ltico-argilosa das aluviöes. A leste da conflu-ência Tocantins—Araguaia, na folha a 1:250.000de Marabé, o interflüvio entre esses rios foiacentuadamente rebaixado por pediplanacäo.Notam-se ali algumas cristas residuais de direçoesNE e NNE. Na confluência Tocantins—Araguaia,
11/15
formou-se amplo terraço que aparentemente foipedimentado.
Serra do Estrondo, Serra das Cordilheiras e Serradas Andorinhas, sâo denominacöes locais de umconjunto de cristas e topos aplainados quecontituem o divisor de âguas Tocantins—Ara-guaia.Esse conjunto elevado délimita, a oeste, aDepressâo Ortoclinal do Médio Tocantins.
Na folha a 1:250.000 de Xambioâ, o RioAraguaia elaborou uma garganta de superim-posiçâo tfpica. Um pouco mais ao norte, o rioexecutou outro "water gap" jâ nas camadaspaleozóicas da borda da Bacïa do Piauf—Ma-ranhâo. O aprofundamento da drenagem deli-neou um " f ront" de "cuesta", a partir dadissecaçâo de uma superficie de erosao datadado Plioceno. Essa "cuesta" se configurou melhordepois do embutimento de um pediplano deidade pliocênica. Esses pediplanos säo focaliza-dos no capi'tulo que trata da evoluçâo do relevo.Ainda na folha a 1:250.000 de Xambioâ, notam--se estruturas dobradas e topograficamente inver-tidas pela erosâo. Ao norte de Xambioâ, estasestruturas säo bastante complexas e formam um"braquissinclinal recumbente" (Barbosa et alii,1966). Seus topos estâo parciàlmente cortadospor superffcie de aplainamento. Ao sul deXambioé, os dobramentos pré-cambrianos saomais simples e apresentam conformaçoes dômi-cas. Geomorfologicamente sao dois anticlinaisescavados, cujo interior foi trabalhado por pedi-mentaçao. O Rio Corda, afluente do Araguaiapela margem direita, elaborou uma "percée"anaclinal na "cuesta" da borda da Bacia Sedi-mentär do Piau f— Marânhâo, a nordeste de Xam-bioâ.
Nas bordas dos anticlinais "evidés" acima men-cionados, a erosâo esculpiu cristäs em "hogback", sendo que naquele situado imediata-mente ao sul de Xambioâ, a dissecaçao porravings e vales encaixados originou uma evoluçaodos "hog back" para "chevrons".
Na Serra do Estrondo, ocorre uma dissecaçao em
cristas e patamares, por uma drenagem cataclinale anaclinal, que forma numerosas "chevrons"nas camadas paleozóicas da borda da BaciaSedimentär do Piau(—Maranhâo. Nessa serra odivisor Tocantins—Araguaia esta muito desfi-gurado pela erosâo e apresenta indfcios decapturas fluviais, provavelmente holocênicas,ocorridas nas cabeceiras dos afluentes do To-cantins pela margem esquerda e do Araguaia pelamargem direita. Existem algumas sugestöes deque a maioria dessas capturas se fez em funçâodo Tocantins, sobretudo na folha a 1:250.000 deConceiçâo do Araguaia, como pode ser deduzidode algumas "percées" cataclinais. A dissecaçaofluvial foi muito intensa e generalizada na Serrado Estrondo, de forma que os rebordos dascamadas sedimentäres, recuados na direçâo leste,nâo chegam a définir uma "cuesta" ti'pica. Épossfvel que tenha existido um extenso "front"de "cuesta" antes de serem exumadas as cristaspré-cambrianas que ali se observam. Isto podeser deduzido da presença de uma faixa defenômenos de circundesnudaçâo na zona re-baixada situada a oeste da serra. Na folha a1:250.000 de Conceiçâo do Araguaia, ocorremalguns topos aplainados, ainda na Serra doEstrondo, que sâo possi'veis téstemunhos doPediplano Pré-Cretâceo. Eles apresentam, geral-mente, resfduos de cobertura sedimentär paleo-zóica.
Na folha a 1:250.000 de Araguai'na, a oeste daSerra do Estrondo, notam-se cristas semicircula-res rebaixadas que delineiam estruturas dobradasarrasadas por processos de pediplanaçâo.
Uma zona de falhamentos rebaixada pela erosâosecciona o divisor Tocantins—Araguaia na folhaa 1:250.000 de Araguai'na. A partir deste trecho,até as proximidades de Xambioâ, o divisorrecebe a denominaçâo de Serra das Cordilheiras.O topo da Serra das Cordilheiras marca um ni'velde pediplanaçâo de idade pliocênica. Esse ni'velde pediplanaçâo pliocênica esta parciàlmenteretrabalhado por processos de pedimentaçâoposteriores e foi dissecado por retomada deerosâo holocênica. Na borda ocidental da Serra
11/16
das Cordilheiras, ocorre um extenso e pronun-ciado escarpamento erosivo que em vâriost rech os esta adaptado a f al hamentos. 0 topo daSerra das Cordilheiras apresenta um caimentogeral na direçâo norte e um caimento local paraleste, na direcao do Rio Tocantins.
A Depressâo Ortoclinal do Médio Tocantins, nasua maior parte, situa-se no "domfnio morfo-climéticos dos chapadôes e depressöes perif éricasrecobertas por cerrado".
3.4. Depressâo Periférica do Sul do Paré
Essa extensa unidade de relevo é o resultado daatuaçâo de processus erosivos pós-pliocênicosque orientados pela conformaçâo estrutural ediferenças litológicas de grandes massas de rele-vo, elaboraram uma ampla faixa de circundes-nudaçâo na periferia das bacias paleozóicas doPiauf—Maranhäo e do Amazonas.
A dissecaçâo fluvial do ni'vel de pediplano quecaracterizou a Depressâo Periférica do Sul doPara, originou colinas de topo aplainado quecontém ainda, em algumas areas, traços dacobertura superficial inconsolidada dessa pedi-planaçâo pleistocênica. A œste da folha a1:250.000 de Alto Bacajâ e a leste da folha a1:250.000 de Cubencranquém, notam-se osexemplos mais m'tidos de dissecaçâo em colinasde topo aplainado. De modo geral o pediplanoembutido da Depressâo Periférica esta maisconservado na ârea situada ao sul do paralelo de7°00'S, que faz o limite inferior da folha a1:250.000 de Rio Parauapebas. Nas folhas a1:250.000 de Rio Chiche, Cubencranquém,Araguacema, e Gorotire, observam-se depósitoscorrelativos da pediplanaçâo pleistocênica, queocupam sobretudo amplos nichos erosivos si-tuados entre maciços residuais ou na periferiadestes. Esses materials coalescem com aluviöesmodernas em alguns terraços pedimentados quesâo visfveis sobretudo nas folhas a 1:250.000 deConceiçâo do Araguaia e Rio Chiche. Na folha a1:250.000 de Rio Itacaiûnas, o rio do mesmo
nome parece formar terraços pedimentados,donde uma certa dificuldade em delimitâ-losdentro do Pediplano Pleistooênico. Em grandesextensoes ao longo do Rio Xingu, observam-seindfcios de pedimentaçâo pleistocênica em seusterraços baixos. Esses indfcios sâo maiores nasfolhas a 1250.000 de Cocraimoro e Rio Pardo.A maioria desses terraços pedimentados foireelaborada por morfogênese ûmida atual.
A SW da folha a 1250.000 de Araguacema, oRio Araguaia formou terraços muito amplos quetambém foram pedimentados. Notam-se ali,numerosas iagoas temporârias, semeIhantes asque ocorrem no terraço baixo do Tocantins, nafolha a 1250.000 de Conceiçâo do Araguaia.
As areas em que o Pediplano Pleistooênicoatingiu maior continuidade espacial, estâosituadas nas folhas a 1250.000 de Rio Paud'Arco e Araguacena. A oeste do Rio Xingu,o Pediplano Pleistocênico apresenta numerosos"inselbergs" geralmente retrabalhados por mor-fogênese ûmida.
Em funçâo de diferenças litológicas ou daelabo-raçâo de zonas de eversâo, ocorrem "inselbergs"remodelados em pâes de açûcar e "mornes", as-sociados a formas de dissecaçâo em colinas ouem colinas de topo aplainado. Isto é visfvel nota-damente nas folhas a 1250.000 de Gorotire, RioBacajâ e Remansâo.
Na folha a 1250.000 de Rio Bacajâ, ocorremcristas apalachianas de direçâo NW-SE secciona-das por gargantas de superimposiçâo. Desta-cam-se os "water gaps" do Rio Bacajâ.
No SW da folha a 1250.000 de Gorotire, o valedo Rio Fresco e adjacências mostra algumas su-gestöes de pedimentaçâo atual.
Acompanhando os.terrenos pré-cambrianos ele-vados que delimitam, a oeste, a, Bacia Sedimen-tär do Piau i—Maranhäo, ocorrë uma zona re-baixada onde se notam pedimentos localmente
11/17
conservados, sobretudo na folha a 1:250.000 deConceiçâo do Araguaia.
Na area das formas dômicas da folha a1:250.000 de Xambioâ, a pediplanaçao pleisto-cênica delineou uma depressâo ortoclinal local i-zada, a oeste do "front" de "cuesta" da Bacia doPiau f—Maranhâo. Nas folhas a 1250.000 deConceiçâo do Araguaia e Araguai'na, ocorre umni'vel mais elevado de colinas, entre o RioAraguaia e as Serras do Estrondo e das Cor-dilheiras.
Na folha a 1250.000 de Araguafna, ao norte eao sul da confluência do Rio Arraias do Araguaiacom o Araguaia, observam-se resfduos de cober-tura sedimentär, provavelmente do PediplanoPliocênico. Estes depósitos estâo desgastados porpedimentaçâo posterior e podem estar lateriti-zados.
Na folha a 1:250.000 de Remansâo, prédominaum conjunto de formas col inosas e ravinadas,gérai mente apresentando uma drenagem encai-xada predominantemente dendrftica e algunsvales de fundo chato nos rios principais. Estesvales sâo afluentes do Tocantins pela margemesquerda e sugerem um aprofundamento emcobertura sedimentär que deve ter sido removidapela erosâo no Pleistoceno e no Holoceno. As
colinas em questâo, estâo elaboradas essencial-mente em rochas pré-cambrianas e seus toposmarcam um compartimento intermediério dorelevo regional. Elas têm uma feiçâo de divisoresalongados e por vezes, a forma de cristasdescontmuas.
Na vertente da margem direita do Rio Tocantins,na folha a 1250.000 de Marabà, ocorrempedimentos reelaborados pela morfogênese defloresta densa atual. Ao norte da cidade deMarabâ, observa-se uma faixa de terrenos pré-cambrianos rebaixados pela pediplanaçao pleis-tocênica e dissecados em colinas de topo aplai-nado por retomada de erosao no Holoceno.
A Depressâo Periférica do Sul do Para, emsi'ntese, configura-se como uma importante zonade circundesnudaçao pós-Barreiras. Em suamaior extensâo pertence à "Faixa de transiçaode domfnios morfocliméticos em planaltos edepressöes — aplainamentos e colinas revestidospor floresta aberta mista e floresta aberta latifo-liada, com areas montanhosas muito dissecadas,recobertas por floresta densa e "ilhas" de cer-rado nos topos aplainados". Mas abränge parcial-mente o "domfnio morfoclimàtico dos planaltosamazônicos rebaixados e dissecados e das areascolinosas, revestidos por floresta densa".
11/18
4. EVOLUÇÂO DO RELEVO
4.1. Desnudaçâo Pós-Cretécica e Reelaboraçâodo Pediplano Pré-Cretéceo
4.1.1. PEDIPLANO PLIOCÊNICO
Na folha SB.22 Araguaia e parte da folha SC.22Tocantins, observa-se urn conjunto de elevacöesconstitufdo por rochas Pré-Cambrianas, geral-mente dobradas e falhadas, localmente recober-tas por camadas sedimentäres pouco metamorfi-zadas, horizontal izadas ou com dobramentossuaves. Nesse conjunto, denominado PlanaltoDissecado do Sul do Para, nótam-se numerosostopos aplainados, que sao testemunhos de umasuperfi'cie de aplainamento. Esta superfi'cieapresenta um caimento regional na direçâo NWe, além do limite ocidental da folha SB.22Araguaia, projeta-se sob os sedimentos terciäriosda Formaçâo Barreiras. A projeçâo do aplaina-mento do Planalto Dissecado do Sul do Paré nadireçao leste, coincide com alguns topos aplai-nados no divisor de âguas Tocantins—Araguaia;ultrapassando os limites orientais da DepressâoOrtoclinal do Médio Tocantins, prolonga-se peloPlanâlto da Bacia Sedimentär do Piauf—Mara-nhäo e penetra sob camadas cretâcicas da For-maçao Itapecuru, na Chapada das Mangabei ras.
As condicöes geomorfológicas acima descritas,permitem a interpretaçao de que os topos aplai-nados das Serras: dos Carajâs, dos Gradâus, doCubencranquém e outras denominaçoes locaisdo Planalto Dissecado do Sul do Para, bem comoalguns trechos mais elevados das Serras doEstrondo, das Cord il hei ras e das Andorinhas, saotestemunhos de uma pediplanaçao terciâria, quereelaborou um pediplano cretâcico ou pré-cre-tâcico. Nao foi possîvel uma determinaçâo exatadas areas mais conservadas do Pediplano Pré-Cretâcico; é provâvel que elas se relacionemparcialmente com seqüências areni'ticas poucometamorfizadas do Pré-Cambriano Médio e Su-perior. Neste caso, os trechos aplainados doPlanalto Dissecado onde as formaçoes Pré-
Cambrianas horizontal izadas ou fracamente do-bradas foram retiradas pela erosâfo, seriamtestemunhos da fase de pediplanaçao seguinte.Mas o que se observa geralmente é uma aparentecoincidência dos nfveis Pré-Cretécico e Terciârio.
A pediplanaçao terciâria teve ini'cio noCenozóico inferior e terminou no final doPlioceno conforme atestam seus depósitoscorrelativos, Formaçâo Barreiras. Desse modoo aplainamento parcialmente coïncidente com oPediplano Pré-Cretâceo pode ser referido comoPediplano Pliocênico.
A opçao pela denominaçâo PediplanoPré-Cretâceo, ao invés de Pediplano Cretécico,resultou da hipótese de que alguns testemunhosdesse ni'vel de aplainamento podem ter sidorecobertos por formaçoes cretécicasposteriormente erodidas. Ab'Sâber (1949), te-cendo consideraçoes a respeito dos fenômenosde desnudaçâo Pos-Cretâcica no sul da Ama-zonia, discute a hipótese de que a sedimentaçaocretâcica tenha recoberto as areas Pré-Cam-brianas atualmente desnudadas. Se uma partedos testemunhos do aplainamento regional maiselevado je foi recoberta por formaçoes cretâci-cas, estas formaçoes foram retiradas quando daelaboraçâo do Pediplano Pliocênico. Mas o Pla-nalto Dissecado do Sul do Para, pode terconstitui'do apenas a fonte de uma parcela dosdepósitos cretâcicos continentais; desse modo oPediplano Pliocênico teria encontrado somentedepósitos superficiais nos testemunhos do Pe-diplano Pré-Cretâceo. Continua portanto, emni'vel de hipótese, a idéia discutida por Ab'Sâber(1949), acima referida.
É provâvel que a regiao abrangida pela folhaSB.22 Araguaia e parte da folha SC.22 Tocantinstenha sofrido reflexos da reativaçâo Wealde-niana, reconhecida por Barbosa, Boaventura ePinto (1973—V.1) como responsâvel pelo des-monte tectônico do Pediplano Pré-Cretâceo naBacia Sedimentär do Piauf—Maranhâo.
11/19
Os testemunhos do Pediplano Pré-Cretéceo, par-cialmente conservados no Planalto Dissecado doSul do Para e no divisor de éguas Tocantins—Araguaia, evidênciam que uma parte da regiäocompreendida pelas folhas SB.22 Araguaia eSC.22 Tocantins esteve submetida a um climaârido no Cretàceo. Uma oscilaçâo climâtica quetivesse atenuado essa aridez, poderia resultar noinfcio de uma fase de desnudaçâo.
A presença de uma couraça ferruginosa na Serrados Carajâs, sugere a existência de um clima deduas estaçôes bem definidas durante a fase dereelaboraçâo do Pediplano Pré-Cretéceo. Essacouraça ferruginosa funcionou como elementopreservador de alguns testemunhos da pediplana-çâo pliocênica, nos pen'odos erosivos posterioresque levaram a um rebaixamento da maior partedo relevo regional. Considerando-se o retraba-I hamen to do Pediplano Pré-Cretéceo pelo Pedi-plano Pliocênico, é possi'vel que uma parte doconcrecionamento ferruginoso observado notopo da Serra dos Carajâs represente resi'duós dedepósitos superf iciais do Pediplano Pré-Cretéceo.Mas de um modo gérai, eles podem ser interpre-tados como depósitos de cobertura do PediplanoPliocênico. Apesar de que a laterizaçâo dessesdepósitos de cobertura poderia ter ocorrido emépoca posterior, as cornijas formadas por estesmateriais na borda de alguns escarpamentossugerem mais que sua formaçâo foi anterior aorebaixamento da regiäo vizinha. Pode-se, portan-to, admitir que a reelaboraçâo do PediplanoPré-Cretéceo começou em um clima de savana.
Na Serra dos Carajâs, observam-se lagoas onde oconcrecionamento ferruginoso revestiu éreas lo-cal men te rebaixadas ou irregularidades da super-freie de aplainamento. Algumas dessas lagoassurgiram, possivelmente, num tipo de climamenos ümido do que o atual. Outras podem tersurgido exatamente em funçâo de uma umidifi-caçâo do clima regional. Algumas parecem estarmais sujeitas a variaçôes sazonais de pluvio-sidade. Poucas permanecem isoladas. Geralmenteevoluem interligando-se umas as outras e apre-sentam formas lobuladas. Em certos casos nota-
se uma coincidência no interligamento dessaslagoas corn a direçâo dos estratos subjacentes aocapeamento ferruginoso. Isto sugere umaorientaçâo pela estrutura cortada por pedipla-naçâo. Pelo menos em dois locais observados,esté ocorrendo uma captura das lagoas por recuode cabeceiras. De um modo gérai, pode-se dizerque diversos tipos de lagoas encontrados no topoda Serra dos Carajés, constituem estégios dife-rentes da evoluçâo de éreas endorréicas paraexorréicas.
A despeito de possi'veis influências tectônicasPós-Cretécicas que permanecem no campo dassuposiçôes o in fcio da elaboraçao do PediplanoPliocênico parece estar mais relacionado comuma oscilaçâo climâtica do começo do terciério,na regiäo abrangida pela folha SB.22 Araguaia eparte da folha SC.22 Tocantins.
4.1.2. DEPÓSITOS CORRELATIVOS DESUPERFICIES PEDIPLANADAS
Na folha a 1:250.000 de Jacundé, ocorremsedimentos predominantemente arenosos, comespessura média de 100 m denominados Forma-çâo Itapecuru e datados como Cretàceo Supe-rior. Um extenso väo erosivo elaborado emépoca Pós-Pliocênica, dificultam uma correlaçâodesses depósitos com os testemunhos do Pedi-plano Pré-Cretâceo no Planalto Dissecado do Suldo Para. Provavelmente, uma correlaçâo seme-Ihante poderé ser feita a partir de alguns toposaplainados observados no divisor de âguas To-cantins—Araguaia, pois o conjunto de elevaçoesque constitue este divisor apresenta umdesnivelamento gérai para o norte, a partir daSerra das Cordilheiras. Sobre os sedimentoscretécicos, ocorrem camadas terciérias perten-centes à Formaçâo Barreiras. A presença de umnfvel de silicificaçâo frequente no topo daseqüência cretécica, facilita a sua separaçâo dossedimentos cenozóicos e permite a conclusâo deque no pen'odo imediatamente anterior à deposi-çâo da Formaçâo Barreiras, imperava um climade rigorosa aridez na érea. A interpretaçâo da
II/20
seqüência de sedimentos cenozóicos leva a dedu-çâo de que os processus erosivos se modif icaramno ini'cio do Terciârio. Essas observaçôes refor-çam as conclusôes obtidas no Planalto Dissecadodo Sul do Para a respeito de oscilaçôes paleocli-mâticas de grande amplitude espacial.
Admitindo-se a hipótese de que alguns testemu-nhos do Pediplano Pré-Cretéceo jâ estiveramrecobertos por formaçoes cretâcicas que foramposteriormente removidas pela pediplanaçaopliocênica, pode-se admitir também que ascamadas inferiores da Formaçao Barreiras seconstituam parcialmente de sedimentos cretâ-cicos retrabalhados, removidos das regiöes ele-vadas vizinhas. Dentro dessa linha de raciocmio,a deposiçâo da Formaçao Barreiras coincidiriaem parte com a remoçao de camadas cretâcicasno interior do continente. Depois de removerparcialmente as formaçoes cretâcicas, a pedipla-naçao pliocênica encontraria uma grande varie-dade de litologias, o que poderia explicar algu-mas variaçoes de fécies na Formaçao Barreiras.Mesmo levando em consideraçâo a naturezahipotética dessas consideraçôes deve-se ter emconta que uma parcela muito significativa dasvariaçoes de fâcies nos sedimentos Barreiras éatribufda a modificaçoes nos processus erosivose nos ambientes de deposiçâo.
No final do Terciârio, o Pediplano Pliocênicoabrangia, possivelmente, a maior parte da regiâocompreendida na folha SB.22 Araguaia e parteda folha SC.22 Tocantins. Mantinha continui-dade topogrâfica com os depositos do PlanaltoSetentrional Para—Maranhâo, através de pedi-mentos.
No ini'cio do Pleistoceno, movimentos tectôni-cos ocorridos nas bacias sedimentäres do Piauf—Maranhäo e do Amazonas, esboçaram as linhasgérais de uma ampla faixa de fenômenos decircundesnudaçâo que interceptou a continui-dade espacial entre o Pediplano Pliocênico e seusdepositos correlativos (Formaçao Barreiras).
4.2. Desnudaçâo Pós-Pliocênica
4.2.1. ELABORAÇAO DA DEPRESSÄO PE-RIFÉRICA DO SUL DO PARA
A faixa de terrenos rebaixados situada na peri-feria das bacias sedimentäres do Piauf—Maranhao e do Amazonas, envolvendoparcialmente o Planalto Dissecado do Sul doPara, caracteriza-se como uma depressâo peri-férica. Ela résulta do rebaixamento do PediplanoPliocênico por uma fase de pediplanaçaoposterior. Esse rebaixamento atingiu algumasdezenas de métros abaixo da base dos depositoscorrelativos do Pediplano Pliocênico, originandoextensas âreas de eversâo. Essas areas constituemuma zona de circundesnudaçâo Pós-Barreiras,denominada Depressâo Periférica do Sul do Para.Nas direçôes sul e leste, a Depressâo prolonga-sepor terrenos que resuItaram da reelaboraçâo eaprofundamento de "zonas de circundesnudaçâopos-cretâcicas" referidas por Ab'Sâber (1949).
O topo do Planalto Setentrional Para—Mara-nhäo, na folha a 1:250.000 de Jacundâ, apresen-ta urn leve caimento para o norte; esse caimentocoincide com um ligeiro basculamento naqueladireçâo, cujo limite sul parece ter sido o RioTocantins, na folha a 1250.000 de Marabé.Neste trecho o Tocantins esta adaptado a f ratu-ras de direçôes NW e W. Estas adaptaçoescontinuant a leste, na folha a 1250.000 deSB.23-V-C- lmperatr iz . Pimienta (1961),observou a existência de terraços subsidentes aolongo do Tocantins, em Imperatriz. Atribuiuessa subsidência a um falhamento noQuatemârio. Barbosa et alii (1966) observaramfalhamentos antigos reativados no Quatemârio,na confluencia do Tocantinscom o Araguaia, naextermidade setentrional da ilha da Praia daRainha (folha a 1:250.000 de Marabâ). Kegel(1965), identificou e definiu o lineamento To-cantins—Araguaia como uma zona complexaonde se observam lacunas de sedimentaçâo efalhas. Chamou atençâo para uma importante
M/21
mudança de direçâo do embasamento naquelazona de f raturas, e para a ocorrência do maisforte rebaixamento da base da Bacia do Piauf—Maranhâo. Referiu-se também ao prolongamentodo lineamento até a foz do Amazonas.
Os sedimentos cenozóicos da Formaçao Bar-reiras e as camadas cretécicas da FormaçâoItapecuru, que constituent o Planalto Setentrio-nal Parâ-Maranhao na folha a 1:250.000 deJacundâ, estâo cortados por cal has fluviais bemmarcadas. Estas calhas, semelhantes a "canons"rasos, evolufram a partir de uma superimposiçâoocorrida no alto curso do Rio Capim. A con-fluência do Tocantins corn o Araguaia, na folhaa 1:250.000 de Marabé, sugere um deslocamentodo curso do Tocantins de leste para oeste. Seocorreu uma captura fluvial neste sentido, eladeve ter sido contemporânea de soerguimentosque se verificaram no Planalto SetentrionalParé—Maranhâo, no princfpio do Quaternârio,que tiveram como conseqüencia o inCcio de umafase de circundesnudaçâo Pós-Barreiras. A ela-boraçâo da Depressäo Periférica do Sul do Paré,esté portanto, relacionada com eventos tec-tônicos do infcio do Pleistoceno.
Nas folhas a 1:250.000 de Rio Parauapebas eRio Itacaiünas, na Serra dos Carajés, observam-seextensos escarpamentos adaptados a fraturas:sâ*o escarpas de linha de falha e relacionam-secom o rebaixamento erosivo que resultou naelaboraçâo da zona de eversâo vizinha. Comoescarpas de linha de falha deve ser entendida amaior parte dos escarpamentos orientados porfratura que ocorrem nas folhas SB.22 Araguaia eparte da folha SC.22 Tocantins.
Na folha a 1:250.000 de Rio Bacajé, notam-secristas Pré-Cambrianas orientadas na direçâogérai NW—SE. Algumas dessas cristas sâo atraves-sadas pelo Rio Bacajé e seus afluentes, queelaboraram gargantas de superimposiçâo tîpicas.Uma parte desse conjunto de estruturas salienta-das pela erosâo apresenta vesti'gios de aplaina-mento em seus topos. A superimposiçâo deve ter
ocorrido sobre uma cobertura sedimentär Tercié-r ia p o s t e r i o r m e n t e removida. Esseaprofundamento da drenagem deve estar ligado amovimentos de subsidência ocorridos na foz doRio Xingu, possivelmente contemporâneos dossoerguimentos do Planalto Setentrional Paré—Maranhâo. De um modo gérai, as estruturasPré-Cambrianas superimpostas pelo Rio Bacajéconstituem cristas apalachianas.
Os "water gaps" dos rios Itacaiünas e Parauape-bas na Serra dos Carajâs, parecem ser o resul tad ode um aprofundamento progressivo da drena-gem, em virtude do rebaixamento erosivo queoriginou a Depressäo Periférica do Sul do Paré.Essa superimposiçâo pode ter sido acentuada porprovével subsidência no lineamento Tocantins—Araguaia. Admitindo-se esta hipótese, poder-se-ia concluir que a superimposiçâo do RioAraguaia sobre estruturas Pré-Cambrianas epaleozóicas na folha a 1:250.000 de Xambioéobedeceu a urn controle tectônico.
Na folha a 1:250.000 de Sâo Félix do Xingu, oRio Xingu e seu afluente Rio Fresco, formaram"water gaps" ao se aprofundarem no PediplanoPliocênico. Nessa érea ocorrem com freqüênciaescarpas de linha de falha, sobretudo ao longodo Xingu. Este rio esté parcialmente controla-do pela Falha Floresta e se adapta de um modogérai, a fraturas de direçoes NW-SE, SW-NE eE-W.
A superimposiçâo de drenagem ao PediplanoPliocênico (parcialmente coincidente com o Pe-diplano Pré-Cretéceo), permite a suposiçâo deque os principals cursos d'âgua que atravessam afolha SB.22 Araguaia e parte da folha SC.22Tocantins, sejam pré-pliocênicos.
Na folha a 1:250.000 de Rio Iriri, a elaboraçâoda Depressäo Periférica do Sul do Paré estérelacionada corn soerguimentos ocorridos naborda da Bacia Sedimentär do Amazonas, entreo Baixo Tapajos e o Baixo Xingu; essesmovimentos tectônicos devem ser contempo-
II/22
râneos daqueles que afetaram o Planalto Seten-trional Paré—Maranhao; sâo objeto de estudomais detalhado no relatório da folha SA.22Belém.
Na folha a 1:250.000 de Remansâo a DepressâoPeriférica do Sul do Paré nâo mostra aplaina-mento conservado. Apresenta uma dissecaçâoem colinas mais elevadas do que as que seobservam nas areas de eversâo. Seus topospodem ter constitufdo localmente, a superffciebasai de depósitos da Formaçâo Barreiras. Estesdepósitos teriam sido removidos por pediplana-çâo durante o Pleistoceno. Na direçâo norte,além dos limites setentrionais da folhaSB.22—Araguaia, esse processo de remoçâo desedimentos terciârios continua, em morfogêneseûmida. Atravessando a ârea de colinas da folha a1:250.000 de Remansâo notam-se alguns valesdo fundo chato, afluentes do Tocantins pelamargem esquerda que sugerem um aprofunda-mento em cobertura sedimentär posteriormenteremovida. Neste caso, os vales em questâoconstituiriam uma fase avancada da evoluçâodaqueles que se observam na folha a 1:250.000de Jacundâ, sobre sedimentos cenozóicos ecretâcicos. Na parte oeste da folha a 1:250.000de Remansâo, o Pacajazinho formou algumasgargantas de superimposiçâo no prolongamentodas cristas apalachianas seccionadas pelo RioBacajâ, num trabalho semelhante ao deste rio.
Os fenômenos de desnudaçâo periférica doPleistoceno nâo foram.tâo marcantes nas folhasa 1:250.000 de Rio Bacajâ e Remansâo, comono restante da Depressâo Periférica do Sul doPara. Este fato esta relacionado com a confor-maçâo estrutural da Bacia Sedimentär do Ama-zonas entre o Baixo Tocantins" e o Baixo Xingu,que nâo foi favorâvel à elaboraçâo de escarpas decircundesnudaçâo.
4.2.2. PEDIPLANO PLEISTOCÉNICO
Barbosa et alii (1966), mapearam camadas plio-cênicas, a que denominaram Formaçâo Araguaia,
ao longo do Tocantins e Araguaia e nointerflûvio destes rios. Referiram-se a umasemelhança de "fâcies" desses depósitos com aFormaçâo Barreiras "de Sergipe à Parafba".Constataram uma espessura média em torno de30 métros para a Formaçâo Araguaia. Ë possfvelque durante os levantamentos do "ProjetoAraguaia", ocorrências esparsas de sedimentoscenozóicos tenham sido generalizadas e englo-badas a depósitos de pediplanaçâo e terraçospleistocênicos. Barbosa, Boaventura e Pinto(1973 v.2), tecem algumas consideracöes mor-foclimâticas e morfogenéticas a respeito dosdiversos horizontes e materiais constituintes daFormaçâo Araguaia; interpretaram suas camadasbasais como sendo depósitos correlativos de umafase de pediplanaçâo pleistocênica.
0 pediplano que caracterizou a Depressâo Peri-férica do Sul do Para, tem continuidade espacialcorn o Pediplano Central do Maranhäo, atravésda Depressâo Ortoclinal do Médio Tocantins.Essa continuidade espacial se verifies tambémcorn o aplainamento mais rebaixado da ZonaBragantina, através dos vales do Planalto Seten-trional Para—Maranhao; na Zona Bragantina opediplano esta recoberto de modo generalizadopor depósitos pleistocênicos mapeados por Fran-cisco et alii (1971).
O pediplano que caracterizou a Depressâo Peri-férica do Sul do Para identifica-se, portantecomo Pediplano Pleistocênico. Este pediplanodeve ter removido, sedimentos terciârios nasfolhas a 1:250.000 de Rio Bacajâ e Remansâo epossivelmente em outras âreas constituintes dazona de circundesnudaçâo Pós-Barreiras.
Alargando vales adaptados a rede de f raturas etrabalhando por processus de pedimentaçâo osterrenos Pré-Cambrianos, o Pediplano Pleisto-cênico elaborou "inselbergs" tfpicos ao mesmotempo em que criava âreas de eversao. A maiorparte desses "inselbergs" foi reelaborada porprocessus ûmidos posteriormente instalados naDepressâo; apresentam feiçôes de pâes-de-açûcare de "mornes" e ocorrem também como "hog
II/23
back" e cristas rebaixadas. Apesar de parcial-mente remodeladas por morfogênese de floresta,numerosas elevaçôes isoladas pelo PediplanoPleistocênico, foram mapeadas como "insel-bergs" apenas por constituirem relevos residuaisde superficies pediplanadas.
Foi portanto, o Pediplano Pleistocênico quecaracterizou a Depressâo Periférica do Sul doPara. As extensas areas colinosas atualmenteobservadas na maior parte da Depressâo Peri-férica, resultam da dissecaçâo do PediplanoPleistocênico. Esta dissecaçâo nâo foi generali-zada e restaram amplos trechos de aplainamentoconservado, como por exemplo, nas folhas a1:250.000 de Rio Pau d'Arco e Rio Parauapebas.
4.2.3. DISSECAÇAO DO PEDIPLANO PLEIS-TOCÊNICO
Na Depressâo Periférica do Sul do Para, no-tam-se extensos trechos bem conservados doPediplano Pleistocênico, com cobertura predo-minantemente florestal. Isto leva à conclusâo deque ocorreram transformaçoes marcantes namorfogênese regional, depois do Pleistoceno.
A dissecaçâo do Pediplano Pleistocênico esta,portanto, relacionada corn uma modificaçâo nosprocessus morfogenéticos que predominaram noperfodo anterior, É possfvel também que estaretomada de erosâo do Holoceno esteja ligada amovimentos tectonicos na foz dos grandes riosregionais. O ni'vel de terraços mais baixo destesrios é contemporâneo da dissecaçâo do Pedi-plano Pleistocênico.
A tendência atual da erosäo na folha SB.22Araguaia e parte da folha SC.22 Tocantins, é adissecaçâo generalizada do Pediplano Pleisto-cênico, sobretudo em colinas e ravinas. Nostestemunhos do Pediplano Pliocênico e/ou doPediplano Pré-Cretàceo, a tendência é para adissecaçâo em cristas, corn vales encaixados. Nosescarpamentos, verifica-se gérai mente um recuode cabeceiras, sobretudo nos trechos mais ele-
vados, localmente desfigurandoescarpasde linhade falha. Ao longo de alguns cursos d'âgua,formam-se baixadas de inundaçâo. Os matëriaisconstituintes destas planfcies fluviais,originam-se, em grande parte, da remobilizaçâode depósitos pleistocênicos; isto pode ser consta-tado, por exemplo, nas folhas a 1 250.000 deAraguacema e de Marabé, ao longo dos RiosAraguaia e Tocantins, respectivamente.
4.2.4. OCORRÊNCIAS MINERAIS RELACIO-NADAS COM SUPERFICIES DE APLAI-NAMENTO
Wolf e Sudgen (1972), em estudos realizados naregiâo de Säo Miguel do Guamé—Paragominas, anordeste do Planalto Setentrional Para-Ma ran häo, classificaram alguns jazimentosbauxi'ticos como pertencentes ao tipo Depósitosem couraças, da classificaçâo de S. H. Petterson.Atribuiram uma idade possivelmente plio-pleistocênica aos jazimentos que ocorrem sobre-tudo nas superffcies tabulares da FormaçâoBarreiras, podendo, todavia, ser encontrados emblocos nas partes mais rebaixadas vizinhas (ero-sâo dos depósitos originais).
Na folha a 1:250.000 de Jacundé, ocorremformas de relevo semelhantes àquelas dos jazi-mentos bauxi'ticos acima referidos e sobre asmesmas formaçoes geológicas. Mesmo levandoem consideraçâo a gênese complexe dos jazimen-tos bauxi'ticos, as formas tabulares do PlanaltoSetentrional Para—Maranhâo na folha de Jacun-dâ, podem ser entendidas como areas compotencial de ocorrência de bauxita. Ainda que,para a area indicada, tal fato nâo venha a serconfirmado no terreno, näo quer dizer que acomparaçao näo seja valida: ela serve no mi'nimopara demonstrar uma das possi'veis utilizaçôes donrïapa geomorfológico, na folha SB.22 Araguaia eparte da folha SC.22 Tocantins.
A presença de numerosas estruturas circularesarrasadas por pediplanaçâo, nas folhas a1:1.000.000 acima mencionadas, realça a
II/24
importância das formacöes superficiais que re-cobrem os aplainamentos, bem como dosterraços f luviais contemporâneos destespediplanos. Essa importância torna-se maior seatentarmos para as ocorrências de cassiterita,topâzio e tantalita e possivelmente outros jazi-mentos importantes, ligados a rochas intrusivasna ârea do mapeamento.
Considerando as numerosas ocorrências de mi-nerais econômicos ligados ao "manto de altera-çâo" na Amazônia e relembrando a idade relati-vamente recente desses depósitos, é importantesalientar o papel das superficies de aplainamentoe a significaçâo que pode ter o seu mapeamentosistemético. Citam-se entre outras ocorrências,grande parte dos jazimentos atualmente conhe-
cidos de ouro, cassiterita, diamante, bauxita,caolim, manganês e cangas ricas em fragmentosde hematita de elevado teor; tais ocorrênciasestao intimamente relacionadas corn as super-f l'cies de aplainamento: quando nâo se derivaramdiretamente da pediplanaçâo, encontraram nospedimentos e nas suas âreas de deposiçâo con-diçôes topogrâficas ou pedogenéticas para a suaconcentraçao. Noutros casos derivam-se das con-diçoes paleoclimâticas que influi'ram naelaboraçâo, na preservaçâo ou no desmonte decada nfvel de superf fcie erosiva.
Um tipo de mapeamento em escala maior que1:100.000, que permitisse uma identificaçâoexata das diversas fases de aplainamento e seusdepósitos correlativos, séria um valiosoinstrumente para orientaçâo dos trabalhos deprospecçâo dos jazimentos acima discutidos.
M/25
QUADRO - RESUMO DA GEOMORFOOËNESE DA FOLHASB.22 E PARTE DE SC.22
FasesGeomorfologicas
Formas de Retevo Resultantes ouPossibilidades de Event« Geomorfologicos
DepositosdeCobarttira
Deposito»Correlativos
AmbientesMorfoclimaticot
MovimentacSoTectftnica
ColunaGeologica
DissecaçSo
do
Pedi piano
Pleistocénico
NOO)
DesnudaçSo
pôs-pliocênica
a formaçâo do
Pediplano
Pleistocénico
Planfcies fluviats (Vérzeas)Drenagem dendrftica da folha de JacundéInterrupcSo dos processen da pedimentacSogeneralizada na DepressSo Periférica do Sul doParéRemodelecSo dos terraços pedimentados e dospedimentos da folha de Marabé, em morfoge-nese da florestaDesfiguracSo parcial das escarpas de linha defalha da Siirra dos CarajésDissecaçSo de Pediplano Pleiitocénico na De-pressSo Periférica do Sul do Paré em colinas,ravinas e vales encaixadosRemodelacSo parcial dos terracos pleistootnicospedimentados
Aprofundamento da drenagem formando ter-raços nos deposito» Pleistocénicos, nas folhas deAraguacema, Araguaina, Cubencranquém, Mara-bé, entre outras
- Deposito das Vérzeas Holoceno
- Climaûmido
Terraços pedimentados nas folhas de Gorotire eConceiçSo do Araguaia, entre outrasCaracteriziida a DepressSo Periférica do Sul doParé; consumacSo do Pediplano PleistocénicoAparecimento de éreas de eversSo resultantes dapediplanacSb pleistocénica, na DepressSo Perifé-rica do Sul do Paré
Pedimentos conséquentes da DepressSo O r t »cllnal do Medio TocantinsPediplanacSo Pleistocénica: esbocada a Depres-sSo Periférica do Sul do ParéPossfvel controle tectônico do Tocantins e doAraguaia na folha de MarabéPossfvel movimentaçSo no lineamento Tocan-tins-Araguaia, na folha de MarabéCalhas bem marcadas da folha de JacundéGargantas de superimposiçSo dos Rios Itacaiünase Parauapabas, na Serra dos Carajas; "watergap" do Rio Araguaia na folha de Xambioé;superimpoiicSo do Rio Bacajé nas cristas apala*chianas da folha da nome identicoSoerguimentos no Planalto Setentrional Paré--Maranhao (folha de Jacundé). Soerguimentosna borda sul da Bacia Amazônica e subsidénciana foz do Rio Xingu (fora da area)
Stone-lines e alguns ho-rizontes concreciona-rios, em solos da De-pressSo Ortoclinal doMedio Tocantins e daDepressSo Periférica doSul do Paré
Depositos superficielsinconsolidados na De-pressSo Periférica doSul do Paré
- Depositos dos terraçosmais baixot dos RiosTocantins, Araguaia eXingu, entre outros
- Depositos das folhas daCubencranquém, Goro-tire, Araguacema e Ara-
<guafna
- A ragiSo é atingtda porexpansab de «ridez doNordeste?
Pleistoceno
— Clima de Savana ReativaçàoWealdeniana
DesnudaçSoPós-Cretacica ereelaboraçSodo PediplanoPré-Cretéceo
Pediplano Pré-Cretéceo parcialmente coïnci-dente com o Pediplano Pliocenico nas serras:Carajés, Cubencranquern, Gradaus, Estrondo.PediplanacSo Pliocénica no Planalto Dissecadodo Sul do Paré. ReelaboraçSo do PediplanoPre-Cretacira.
Lateritizaçao dos de-posi t« da Serra dos Ca-rajés—concrecionamen-tos ferruginososDepositos superficiaisno topo da Serra dosCarajés
— Clima de Savana
— Formaçâo Barreiras nafolha de Jacundé
Ptiocano
ReativaçSo — Terclérioinferior
Rio TapirapéAreas de EversSo do Padiplano Plepstocenico
BPlanalto
Dissecadodo Sul
do Para
<t _ — — —-s*- — reaipiano mocenico,
Depressäo Periférica do Sul do Paré0 10 20 30 40 50 60 km
Fig. 4
Pediplano Pliocênico
igarapé PombalRio Xingû
Ped. PleiitocÔnico
cPlanalto
Ditsecadodo Suldo Paré
c'
Depressäo Periférica do Sul do Paré0 10 20 30 40 50 60 Km
Padiplano Pre-CretaceoPediplano Pleittocönico
Pediplano Pliocenico
Pediplano Pleistocênico Pediplano Pleistocênico
RioAraguaia / Pediplano Projetée«, \ R i o T o c a n t i n 5
1D IPlanalto |
Dissecadodo Sul
do Para
Depressäo Per if erica do Sul do ParaDepressSo Ortoclinal doMedio Tocantins
0 10 20 30 40 90 60 km
D'
Fig. 6
Rio Vermelho Pediplano Pleistocönico
EPlanaltoDissecado doSul do Para
DepressSo Perif erica do Sul do Para
Rio Sâo Martinho
Depressäo Ortoclinaldo Medio Tocantins
10 120 30 40 50 60 km
Fig. 7
5. RESUMO
O objetivo é o mapeamento geomorfológico dafolha SB.22 e parte da folha SC.22, baseado emimagem de radar. Descreve os materiais e méto-dos de trabalho. Apresenta os principais proble-mas da cartografia geomorfologica para a escalado mapeamento e as solucöes encontradas.Explica o sistema utilizado no mapa e a funçâoda combinacäo de letras com sfmbolos e cores,formando um conjunto no quai se distingue asformas, de sua gênese. Sintetiza as principaiscaracten'sticas geomorfológicas da area mapeada,dando destaque aos processus de circundesnuda-çao, influências litológicas, estruturais e morfo-climéticas. Descreve, localiza e caracteriza quatrounidades de relevo.
Focaliza o tectonismo pleistocênico que afetouparcialmente a borda sul da Bacia Sedimentär do
Amazonas e a borda a oeste da Bacia Sedimentärdo Piau \—Maranhäo. Relaciona este tectonismocom uma fase de circundesnudaçlo Pós--Barreiras.
Discute a possibilidade de terem ocorrido movi-mentacöes no lineamento Tocantins-Araguaia noim'cio do Quaternärio.
Chama atençao para a existência de uma depres-säo periférica no Sul do Pare.
Aborda de modo especial a correlaçao de hume-rosas ocorrências minerais com as superf fcies deaplainamento.
11/29
6. BIBLIOGRAFIA
1. AB'SÂBER, A. N. Dommios morfoclimâti-cos ho Brasil. Orientaçao, Säo Paulo, 3:45-48,1967.
2. AB'SÂBER, A. N. Regiöes de circundesnu-daçâo Pós-Cretécea no planalto brasileiro.B. Paulista Geogr., Säo Paulo, 1, 1949.21p.
3. BARBOSA, G.; BOAVENTURA, R.; PIN-TO, M. Geomorfologia de parte das folhasSC.23Rio Säo Francisco e SC.24 Aracaju.In: BRASIL. Departamento Nacional daProduçao Minerai. Projeto RADAM. Partedas folhas SC.23 Rio Sao Francisco eSC.24 Aracaju. Rio de Janeiro, 1973. v. 1.
4. BARBOSA, G.; BOAVENTURA, R.; PIN-TO, M. Geomorfologia da folha SB.23Teresina e parte da folha SB.24 Jaguari-be. In: BRASIL Departamento Nacional daProduçao Minerai. Projeto RADAM. FolhaSB.23 Teresina e parte da folha SB.23 Ja-guaribe. Rio de Janeiro, 1973. v. 2.
5. BARBOSA, 0. et alii Geologia estratigré-fica, estrutural e economics da area do
Projeto Araguaia. Monogr. Div. Geol. Mine-ralogia, Rio de Janeiro, 19, 1966. 90 p.
6. KEGEL, W. Estrutura geológica do nordes-te do Brasil. B. Div. Geol. Mineralogia, Riode Janeiro, 227, 1965. 47 p.
7. MOREIRA, A. A. N. Cartas geomorfoló-gicas. Geomorfologia, Säo Paulo, 5, 1969.11p.
8. PIMIENTA, J. As modificaçoesclimâticasea subsidência recente que afetam o glacissuldaBacia do Amazonas. (RioTocantins),Not. Geomorfológica, Campinas, 4(7/8) :9- 1 1 , 1961.
9. RODRIGUES FRANCISCO, B. H. et aliiContribuiçao à geologia da folha de SäoLu i's (SA.23), ao Est. do Para. III. Estrati-grafia; IV — Recursos Minerais. B. Mus. Par.Emi'lio Goeldi. geol. Befém, 17, 1971. 40 p.mapas.
M/30
ESTAMPA 1Folha SB.22-X-C — (imagern de radar, escala 1 250.000) — Gargantas de supenmposiçâo do RioItacaiünas. Folha de Rio Itacaiünas. Observam-se "water gaps" elaborados pelo Rio Itacaiùnasna Serra dos Ca raj as. Os ter ren o s rebaixados pertencem à Depressao Periférica do Sul do Para.Os topos sao testemunhos do Pediplano Pré-Cretaceo parcialmente reelaborado pelo PediplanoPliocênico. Na parte superior, nota-se uma escarpa de linha de falha parcialmente conservada.
ESTAMPA 2Folha SB.22-Z-B - (tmagem de radar, escala 1 250.000) - "Watergap"do Rio Araguaia. Folhade Xambioa. Na borda da Bacia Sedimentär do Piaui-Maranhäo, o Rio Araguaia elaborou umaescarpa de superimposiçao sobre estruturas dobradas cortadas por pediplanacäo. Observa-se àesquerda, uma depressao ortoclinal e urn anticlinal escavado, com bordas em "chevron".
ESTAMPA 3Folha SB.22-Z-B - (imagem de radar, escala 1:250.000) - Anticlinal escavado do Rio Lontra.Fol ha de Xambioâ. Observa-se ao centro, um braquianticlinal arrasado por pediplanaçâo. Asestruturas salientadas pela erosâo for mam "hog back". À direita, a borda da Bacia Sedimentärdo Paiui—Maranhào. À esquerda, margem do Rio Araguaia. Os terrenos rebaixados pertencemao Pediplano Pleistocënico. O Rio Lontra esta superimposto aos "hog back".
•v
ESTAMPA 4Folha SB.22-VB - (imagem de radar, escala 1:250.000) - Pediplano Pleistocënico no MédioXingu. Folha de Rio Chiche. Notam-se "inselbergs" nu ma superficie de aplainamento bemconservada, datada do Pieistoceno. Deposiçôes holocênicas formam algumas ilhas, diquesmarginais e bancos de areia, constituindo uma planîcte fluvial inundâvel. Os topos aplainados àdireita, säo testemunhos Pliocênico.
• - I »
Le, i r+,\WA j
Folha SB.22Z-C — (i magern de radar, escala 1:250.000) — Pediplano conservado, em faixa detransiçào. Folha de Rio Pau d'Arco. Observa-se uma superficie de aplainamento muito bemconservada, nu ma ärea de interpenetraçào de efeitos de morfogênese de cerrado e de f lorestaaberta. A tonalidade escura na parte inferior, corresponde ao cerrado. À esquerda, acima,ocorrem cri sta s em "hog back", com caimento para o norte. Notam-se também alguns"insel bergs".
ESTAMPA 6Folha SB.22-X B — (imagem de radar, escala 1:250.000) — Pediplano dissecado. Folha deJacundä. Observam-se duas geracöes de drenagem: as cal has bem marcadas evoluiram a partir deuma superimposiçâo em sedimentos terciârios e cretacicos, no pleistoceno; a dissecacäo emcolinas, ravinas e vales encaixados, é conseqüéncia da retomada de erosäo no Holoceno.Notam-se residuos de aplainamento junto aos principals cursos d'àgua.
FOTO 1Testemunhos do Pediplano Pré-Cretâceo reelaborados pela pediplanacao pliocênica. Folha de RioParauapebas, Serra dos Carajâs. Notam-se vales encaixados dissecando o aplainamento. Os toposestäo capeados por concrecionamento ferruginoso que é deposito de cobertura do PediplanoPiiocênico. O contacto das formaçoes végétais délimita a cobertura concrecionària.
FOTO 2Lagoas na Serra dos Carajâs. Folha de Rio Parauapebas. Notam-se lagoas sobre a couraçaferruginosa que reveste irregularidades do aplainamento. As lagoas estao em processo deinterligamento, com tendencia atual para o exorreismo.
FOTO 3EvoiuçSo de lagoas na Serra dos Carajâs. Folha de Rio Parauapebas. Observam-se lagoas emdepressoes rasas revestidas pela couraça ferruginosa do Pediplano Pliocênico. As lagoas estloorientadas pelos estratos subjacentes à cobertura concrecionâria que forma cornijas nosescarpamentos. Nota-se que retomada de erosâo atual esta promovendo o exorreismo das lagoas porreçu o de cabeceiras.
FOTO 4Pediplano Pleistocênico. Folha de Araguacema. Observa-se o Pediplano Pleistocênico recoberto pelafloresta, sugerindo modificacöes morfogenéticas posteriores. Ao fundo, testemunhos do PediplanoPré-Cretaceo de reelaboraçao pliocênica.
FOTO 5Testemunho da Pediplanaçâo Pliocênica. Folha de Rio Pau d'Arco. Notam-se dois nfveis depedimento. O mais elevado exemplifica a remodelaçao pliocênica do Pediplano Pré-Cretaceo.Abaixo do escarpamento em quartzitos, a floresta reveste os materials de encosta. No pianoinferior, pedimento s bem conservados, sob cobertura de cerrado.
FOTO 6"Inselberg" remodelado por morfogenese ümida. Folha de Rio Pau d'Arco. A vertente esquerda, épaleoforma. Observa-se, à direita, elaboraçao atual de um päo-de-açûcar. Abaixo do escarpamento,floresta mista recobrindo depósitos de encosta.
Foto n? 7Embutimento do Pediptano Pleistocenico. Folha de Gorotire, proximidades da Aldeia Gorotire.Nota-se o embutimento do Pediplano Pleistocenico no Vale do Rio Fresco, balizado, ao fundo,por uma escarpa adaptada à falha.
Foto n9 8Terraço do Itacaiûnas em Marabà. Folha de Marabà à esquerda, depósitos fluviais, sftticoargilosos expostos nos cortes da Transamazon ica. À direita, a cidade de Marabà sobre o terraço,na confluência Tocantins-ltacaiûnas.
FOTO 9Leito rochoso do Rio Araguaia. Folha de Xambioé. Observa-se o leito principal do Araguaiadurante a estaçâo seca, num trecho onde a àgua se espalha na planicie fluvial, em numerosos canais.
FOTO 10Rio Araguaia e o Pediplano Pleistocênico. Folha de Conceiçao do Araguaia. Em primeiro piano,bancos de areia formados pelo rio. Ao fundo, o Pediplano Pleistocênico estendendo-se para oeste.
FOTO 11Terraço do Araguaia nas proximidades de Araguacema- Foiha de Araguacema. Observa-se o terraçobaixo do Araguaia, integrandose com o Pediplano Pleistocênico.
SOLOS
LEVANTAMENTO EXPLORATÛRIO DE SOLOS DA FOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DAFOLHA SC.22 TOCANTINS
AUTO RES:JOSÉ SILVA ROSATELLILUCIO SALGADO VIEIRAJOÄO VIANA ARAUJOMARIO PESTANA DE ARAUJOSERGIO SOMMER
PARTICIPANTES:CARLOS DURVAL BARCELAR VIANAJAIME PIRES NEVES FILHOJOÄO DE SOUZA MARTINSJOSÉ ADOLFO BARRETO DE CASTROPAULO ROBERTO SOARES CORREARAIMUNDO CARVALHO FILHOROBERTO NANDES PERES
AGRADECIMENTOS
0 Setor de Solos do Projeto RADAM, expressaseüs agradecimentos aos técnicos MARCELONUNES CAMARGO e JORGE OLMOS ITURRILARACH, pesquisadores em Agriculture daDIVISÄO DE PESQUISA PEDOLÖGICA doMINISTÉRIO DA AGRICULTURA, pela cola-boracäo prestada.
SUMÂRIO
ABSTRACT 111/7
1. INTRODUÇAO 111/9
2. DESCRIÇÂOGERALDAÂREA 111/10
2.1. Situaçâo Geogrâfica 111/102.2. Relevo 111/102.3. Clima 111/102.4. Geologia e Material Originärio 111/15
2.5. Vegetaçao ill/16
3. METODOLOGIAEDEFINIÇOESDO LEVANTAMENTO HI/17
4. D E S C R I Ç A O D A S U N I D A D E S T A X O N O M I C A S Hl/19
4.1. Latossolo Amarelo 111/194.2. Latossolo Vermelho-Amarelo III/254.3. Latossolo Roxo HI/3044. Podzólico Vermelho-Amarelo HI/304.5. Terra Roxa Estruturada HI/524.6. Solos Concrecionàrios Lateri'ticos Indiscriminados IH/594.7. Brunizém Avermelhado HI/594.8. Areias Quartzosas HI/624.9. Cambissolo III/654.10 Gley Pouco Hûmico III/704.11 Laterita Hidromórfica III/734.12. SolosAluviais IH/734.13. Solos Hidromórficos Gleyzados Indiscriminados III/734.14. Solos Litólicos III/74
5. LEGENDA tll/77
6. DESCRICAODASUNIDADESDEMAPEAMENTO 111/81
7. USOATUAL HI/887.1. Agricultura HI/887.2. Pecuäria Hl/89
8. APTIDÄOAGRI'COLA III/91
8.1. Condiçoes Agri'colas dos Solos e Seus Graus de Limitaçoes 111/918.2. Sistemas de Manejo Adotados 111/978.2.1. Sistema de Manejo Primitivo e Classes de Aptidao Agrfcola 111/988.2.2. Sistema de Manejo Desenvolvido e Classes de Aptidao Agrfcola 111/99
III/3
9. CONCLUSÖES E RECOMENDAÇOES 111/108
10. RESUMO 111/109
11. BIBLIOGRAFIA 111/110
12. APÊNDICE 111/112
12.1. Descriçao de perfis de solos e anälises 111/11212.2. Anälises para avaliaçâo da fertilidade dos solos 111/118
III/4
TÂBUA DE ILUSTRAÇÛES
MAPAS
Exploratório de Solos (em envelope anexo)Aptidâo Agri'cola dos Solos (em envelope anexo)
FIGURAS
1. Amplitude térmica anua! absoluta2. Precipitaçio total anual 111/12
111/12
QUADRO
Quadro dos Balanços Hi'dricos 111/13
FOTOS
1. Perfil de Terra Roxa Estruturada Eutrófica2. Perfil de Solo Litólico3. Perfil de Areias Quartzosasamica do relevo e vegetaçio da unidade de mapeamento PB45. Perfil de Podzólico Vermelho Amarelo cascalhento5. Perfil de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento6. Panoramica de relevo da unidade Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento7. Perfil de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento8. Panoramica de relevo da unidade de mapeamento PB3
Hl/5
ABSTRACT
Present work concerns with the Exploratory Survey of Soils and Classifica-tion of Agricultural Suitability of Soils performed over an area of about366.830 square kilometers in Northern Brazil, within latitudes 04900' and09900' south and longitudes 48900'and 54900' WGr.
The purpose of the work was to study the different types of soils, theiridentification, geographic distribution, and investigation of their morpho-logical, physical and chemical characteristics.
Further to the description of the taxonomie and of the mapping units, arecharacterized the relief, morphology, climate, geology and vegetation of theregion under study.
Soil identification was made through field investigations, and an extra-polation process was used for the inaccessible areas, using information fromadjacent similar physiographic patterns. Soil analysis were performed fortheir characterization and evaluation of their fertility.
Semicontrolled mosaics of radar imagery of 1:250.000 scale, followingreduction to the final scale of the map, were the basic materials used for thesoil mapping.
The conclusive part includes a classification of soils in categories ofsuitability for agricultural usage in the systems of primitive and of advancedmanagement, taking in account cultivations of short and long cycles.
Enclosed are presented the Exploratory Map of Soils and the Map ofAgricultural Suitability of Soils in 1:1.000.000 scale.
III/7
1. INTRODUÇÂO
Como parte do inventârio dos recursos naturaisda area correspondente ao Projeto Radam, opresente Levantamervto Exploratório de Solosvisa a somar dados que sejam capazes de trazersubsi'dios ao desenvolvimento regional. Dentrode uma programaçao tanto para os trabalhos deescritório e campo, como para a apresentaçâo deresultados, o ponto de partida na ârea amazônicateve como base a ârea correspondente as folhasao milionésimo SB.22 e parte da SC.22, esta até9900' de latitude sul.
O levantamento é de carâter bastante general i-zado e basicamente, na regiäo amazônica, estaapoiado na interpretaçao de imagem de radar*principalmente devido à grande dificuldade deacesso as âreas cobertas por densas florestas epraticamente desabitadas. Isto condicionou umgrau elevado de extrapolaçao dos dados obtidosnos pontos de verificaçâo de campo e algunstransectos nas poucas estradas existentes. Temcomo objetivo a identificaçao das diferentesclasses de solos, sua distribuiçao geogrâfica, suacartografia e o estudo das caracteri'sticas morfo-
lógicas, qui'micas e fi'sicas, bem como a suavocaçâo agn'cola nos sistemas de manejo primi-tivo e desenvolvido. Proporciona, além do mais,importantes e bâsicos elementos para um plane-jamento, particularmente no que se réfère afuturos levantamentos de solos em ni'veis menosgeneralizados, e que possam atender a objetivosespecfficos como o de colonizaçao de grandesâreas despovoadas.
É conveniente, mais uma vez, alertar os usuâriosdas informaçôes contidas neste trabalho que ocarâter general izado do levantamento, devido emparte à grande amplitude de variaçâo das uni-dades de solos e à pequena escala do mapa-bâ-sico, que limita a precisâo dos detalhes cartogrâ-ficos, nâo objetiva fornecer soluçoes para utiliza-çâo agn'cola especi'fica dos solos muito emborapossam ser inclufdos em seus objetivos a soluçaode certos problemas de uso agn'cola, como sériao caso de seleçao de âreas para programasfuturos de ocupaçao da terra.
Sistema Good Year — abertura sintética de visada lateral.
Il 1/9
2. DESCRIÇÂO GERAL DA AREA
2.1. Situaçâo Geogrâfica
Localiza-se na porçâo sudeste da Regiäo Nortedo Brasil, e compreende grande parte do sudestedo Estado do Para, parte do extremo norte doEstado de Goiâs entre os Rios Araguaia eTocantins e pequeno encrave do Estado doMaranhâo, junto à confluência dos Rios Tocan-tins e Araguaia. Situa-se entre os paralelos 4900'e 9900' de latitude sul e os meridianos 48900' e54900' de longitude oeste de Greenwich. Possuiuma ârea aproximadamente de 366.830 km2, daquai 80% encontra-se coberta por floresta ama-zônica e o restante, proximo e a leste do rioAraguaia, coberto por campo cerrado; ârea estacortada de norte a sul pela rodovia Belém—Brasi'-lia, de onde a partir de Estreito, na direçaoWNW, parte a Rodovia Transamazônica. Estésituada nos médios cursos dos Rios Xingu, comseus afluentes Fresco e I ri ri, e dos Rios Tocan-tins e Araguaia.
2.2. Relevo
Em sua maior parte o relevo da area em estudoesta modelado sobre rochas grani'ticas e metasse-dimentos do Pré-Cambriano. Na parte sul-sudes-te, proximo e a oeste do Rio Araguaia, o relevoapresenta-se pouco movimentado e esté desen-volvido sobre uma superfi'cie arrasada de grani-tos, metassedimentos finos e rochas intrusivasbésicas. Alguns maciços montanhosos consti-tui'dos por metassedimentos grosseiros (quartzi-tos) em relevo escarpado, destacarn-se da pla-ni'cie gérai.
A sudeste, à margem direita do Rio Araguaia,marcando o contato entre a bacia sedimentär doMaranhâo e as rochas do Pré-Cambriano, encon-tra-se, em alinhamento norte-sul, a Serra doEstrondo, com relevo montanhoso. A leste, obordo da bacia sedimentär maranhense, comrochas paleozóicas, se apresenta como baixo
platô, pouco dissecado, formando escarpa nocontato com o embasamento cristalino.
No extremo nordeste, sedimentos mesozóicosacham-se bastante dissecados, aparecendo super-fi'cies remanescentes dos tabuleiros terciârios(Barreiras) com relevo praticamente piano.
Na parte central da ârea erguem-se fréquentesmaciços montanhosos de granitos e riolitoscapeados por sedimentos grosseiros (arenitos),bastante metamorfizados, do Eo-Cambriano, for-mando platôs em m'vel regional relativamenteelevado. Estes arenitos aparecem também comotestemunhos, alongados ou isolados, em relevoacidentado, emergindo da plan feie gérai. Nestaregiao, em relevo de platô fortemente dissecadoencontra-se a Serra Norte que divide a area doembasamento cristalino em duas partes bastantedistintas: 1) a parte norte, na quai a oeorrêneiade relevos acidentados é praticamente restrita aocentro, onde numa superf i'cie gérai modelada emgranitos profundamente alterados e com relevoondulado, erguem-se, em nucleos espaçados,formaçoes alinhadas de gnaisses e cristas dequartzitos; 2) a parte sul, na quai hâ grandefreqüência de relevos acidentados.
A oeste, na parte central e a sudoeste, correspon-dendo à margem esquerda do Rio Xingu, hâgrande densidade de maciços grani'ticose menoroeorrêneia de formaçoes alongadas de metassedi-mentos grosseiros. Ai ' ocorrem também eleva-çoes isoladas de granitos, concentradas em areasexpressivas e caracterizadas por um reievo forteondulado com vales intermontanos relati-vamente amplos.
2.3. Clima
Tendo em vista as curvas térmicas semprepositivas, fornecidas pelas estaçôes meteorológi-cas dispostas na regiäo, identificou-se para a ârea
111/10
a Régi So Climâtica Quente, (Fig. 1 e 2), a quaiesta caracterizada por possuir um clima térmiconas partes baixas e mesotérmico nas âreaselevadas, onde as temperaturas sao suavizadaspela altitude. Assim é que, de acordo com ascurvas ombrotérmicas de GAUSSEN foi possi'veldividi-la em duas sub-regiöes climâticas: a Xero-quimênica e a sua transiçâo para Xerotérica.
0 clima xeroquimênico è um clima tropical demonçao, com um peri'odo seco no inverno, ondeos dias sao relativamente curtos, e um peri'odoûmido, bastante acentuado, com chuvas torren-ciais no verao. Neste caso, os dias sao maislongos.
Nesta sub-regiao climâtica estao inclui'das asestaçoes meteorologicas de Conceiçao do Ara-guaia, Carolina e Imperatriz e Marabé na direçaoleste-oeste, âreas estas onde a temperatura médiado mes mais frio se encontra inferior a 209C, oque condiciona uma variaçâo termoxeroquimê-nica atenuada.
O clima xeroquimênico em transiçâo para xero-térico, tem como. çaractenstica principal umperi'odo seco, na primavera, quando os dias saoligeiramente mais longos que os de inverno; euma época de chuvas torrenciais no fim do veräo.Esta sub-regiâo climâtica aqui esta representadapela estaçao meteorológica de Altamira, ondeaparece a média do mes mais frio superior a259C, um peri'odo seco de 3,5 meses e a precipi-taçâo pluviométrica, em relaçâo a Marabâ, é maiselevada.
2.3.1. REGIMES DE UMIDADE E TEMPERA-TURA DOS SOLOS
Os regimes de umidade e temperatura dos solossao importantes propriedades dos mesmos. De-terminam os processos que podem atuar no seudesenvolvimento — gênese do solo — sendo queo regime de temperatura, dentro de certoslimites, contrôla o crescimento e o desenvol-vimento das plantas.
A classificaçâo pedoclimética que aqui apresen-tamos é baseada na estimaçâo de dados detemperatura, precipitaçâo e evapotranspiraçâopotencial de estaçoes meteorologicas próximas ena area estudada. Pela falta de dados concretos,principalmente de temperatura de solo, ela étentativa.
Com exceçâo de extremo leste, os solos apresen-tam regime de umidade üdico — näo seca maisde 60 dias nos 90 dias que se seguem aosolisti'cio de verao, quando a temperatura médiaanual é superior a 229C e a diferença entre astemperaturas médias de verao e de inverno a50 cm de profundidade no solo é superior a 59C— e regime de temperatura isohipertérmico —temperatura média superior a 229C e diferença a50 cm, ou a contato Iftico ou para li'tico,inferior a 59C.
Portanto, o regime pedoclimâtico dominante naarea é de caracten'stica ûdico isohipertérmico.
2.3.2. DISPONIBILIDADE DE ÂGUA E POS-SI BI LIDADE DE EXPLORAÇÂO AGRI-COLA
Do estabelecimento das condicöes climâticaspara a utilizaçao do solo nos diversos ramos deexploraçâo humana, o conhecimento das condi-cöes hi'dricas do solo constitui um dos maisimportantes elementos do clima a considerar.Entretanto para a sua estimativa näo bastasomente conhecer a quantidade de âgua que osolo recebe da atmosfera. É necessârio conside-rar também as perdas de âgua do solo porevaporaçâo e aquelas dévidas à transpiraçâovegetal, que constituem a evapotranspiraçâo. Osistema de balanço hi'drico de THORNTH-WAITE e MATHER, que é o cotejo de evepo-transpiraçao e da precipitaçâo, permite estimarcorn aceitâvel exatidâfo esta disponibilidadehi'drica necessâria aos trabalhos hidrológicos eoutros ligados à economia da âgua na natureza.
111/11
Temperatura Média Anual em °C
( A t l a s Climatolo'gico do B r a s i l )
F ig . 1 - A m p l i t u d e t e r mica anual absoluta paro a o'rea em estudo.
P r e c i p i t a ç a o T o t a l Anual em mm
( A t l a s P lu v iome ' t r ico do B r a s i l )
_ / 2 0 0 0
F i g . 2 - P r e c i p i t a ç a o t o t a l a n u a l p a r a a a r e a em estudo
IM/12
Na estimativa do balanço hi'drico da area (Qua-dro abaixo) foram levadas em consideraçâo asestacöes meteorológicas de Conceiçao do Ara-guaia, Altamira, Cachimbo e Marabé no Estadodo Para e Imperatriz e Carolina do Estado doMaranhâo. Estes balanços permitiram verificar aexistência de pouca variaçào nas condicöes deumidade do solo dentro das localidades cobertaspelas estacöes meteorológicas citadas. Os exce-dentes de âgua sujeitos à percolaçâo variam383 mm em Marabé, onde o perfodo mais seco
vai de maio a novembro, a 1.035 mm emCachimbo, onde a época mais seca, bastantecurta, vai de junho a setembro. As deficiênciasvariam para a ârea, de 251 mm em Cachimbo a594 mm em Marabâ. Como é possi'vel verificar, aâgua armazenada anual é bastante alta em relaçaoà precipitacäo (Quadro abaixo), o que poderâpossibilitar o desenvolvimento de culturas tropi-cais, desde que sejam observadas conveniente-mente as épocas adequadas para a semeadura,para as colheitas e as caracteri'sticas dos solos.
QUADROBALANÇOS HIDRICOS SEGUNDO THORNTHWAITE E MATHER,
BASEADOS EM DADOS TERMOPLUVIOMÉTRICOS
Estaçâo: Conceiçao do Araguaia LAT.
Mes
PEPERA R MEXCDE F
Jan
253,3117,7117.7100.0135,6
0
Fev
251.9102.6102.6100.0149,3
0
Mar
263.4116,5116,5100.0146.9
0
Estaçâo: Altamira LAT. 3? 12' LONG
Mes
PEPERA R MEXCDE F
Jan
221,5127,2127,294,3
00
Fev.
271,8114,0114.0100,0152,1
0
Estaçâo: Cachimbo LAT. '
Mes
PEPERA R MEXCDE F
Jan
290113113125177
0
Fev.
3309696
125234
0
Mar.
350.1124.8124.8100.0225,3
0
8? 15' LONG. 490
Abr
162,9118.0118.0100,044.9
0
. 52? 45'
Abr.
289,9121,0121,0100,0168.9
0
99 22' LONG. 54? 54
Mar.
345120120125225
0
Abr.
222113113125109
0
Mai
60,1120.4120,439,7
00
Mai.
159.4132.6132.6100,026,8
0
Mai.
6411510782
08
12'
Jun
7.4110,047.1
00
62.9
Jun.
98.2128,7128,769,5
00
Jun.
6964840
048
Jul
7,1110,2
7,100
103,1
Jul.
41,4123,4110,9
00
12.5
Jul.
1
9923180
76
Ago
15,2129,615,200
114,6
Ago.
27,1138,027,1
00
110.9
Ago.
61221860
104
Set
63,7137,063,7
00
73.3
Set.
30,2136,030,2
00
105,8
Set.
113
129114
50
15
Out
163,0127,0127,036.0
00
Out.
44.0144.944.0
00
100,9
Out.
242121121125
10
Nov
195,5121,5121,5100,0
10,00
Nov.
65.5144,165,5
00
75,6
Nov.
262109109125153
0
Dez
226,9118,7118,7100,0108.0
0
Dez.
106.0142,0106,0
00
36.0
Dez.
260124124125136
0
Ano
1670.41429.41075,5675,7594,9353.9
A n o
1705.11573,71132,0563.8573,1441,7
A n o
214113571106901
1035251
111/13
Estaçào
Mes
PEPERA R MEXCDE F
: Maraba
Jan.
27613713712566
0
LAT. 5?
Fev.
19911411412585
0
21' LONG.
Mar.
315134134125181
0
49? 09'
Abr.
18613513512551
0
Mai.
6414112267
019
Jun.
51134
8434
050
Jul.
3141
2611
0115
Ago.
2139
1120
128
Set.
19138
2100
117
Out.
78145
7800
67
Nov.
44142
4400
98
Oez.
18913713752
00
Ano
142616371043666383594
Estaçâo: Imperatriz LAT.
Mes
PEPERARMEXCDEF
Jan.
253,5116,6116,6100,0106,2
0
Fev.
287,8115,5115,5100,0172,3
0
5?32' LONG. 47? 30
Mar.
324,8117,5117,5100,0207,3
0
Abr.
194,0116,0116,0100.0
78,00
Mai.
105,5114,2114,291,3
00
Jun.
21,297,097,015,500
Jul.
10,396,925,800
71,1
Ago.
15,7108,1
15,700
92,4
Set.
39,0120,039,0
00
81,0
Out.
91,6130,291,6
00
38.6
Nov.
122,7126,7122,7
004,0
Dez.
191.2121,9121.969.3
00
Ano
1657,31380,61093,5576,1563.8287,1
Estaçâo: Carolina
Mes
PEPERARMEXCDEF
Jan.
241,9123,0123,0100,0118.9
0
LAT. 7?
Fev.
261,6108,3108,3100,0153,3
0
20' LONG 47? 28'
Mar.
279,0120,6120,6100,0158,4
0
Abr.
168,0130.0130,0100.038.0
0
Mai.
49,2136,7136,7
12,500
Jun.
9,5128,722,000
106,7
Jul.
12,7132,6
12,700
119,9
Ago.
15,7144,2
15,700
128,5
Set.
42,3141,042,3
00
98,7
Out.
126.3141,8126,3
00
15,5
Nov.
182,1132,9132,949.2
00
Dez.
202,7123,0123,0100,026,9
0
Ano
1591,01562.81093.5561,7497,5469.3
P — Precipitaçâo pluviométricaEP — Evapotranspiraçao potencia!ER — Evapotranspiraçao realARM — Agua armazenadaEXC — Excesso d'aguaDEF — Deficiência d'âgua
111/14
2.4. Geologia e Material Originârio
A Geologia da ârea amazônica teve os seusprimeiros estudos devidos a DERBY e KATZERno fim do século passado, estudos estes queserviram de base para muitos trabalhos poste-riores de grande importância para a regiäo.
Na época presente muito se tem feito pelomelhor conhecimento geológico amazônico,preocupaçao esta que tem despertado interesse,inclusive em companhias estatais, como é o casoda Petrobrâs. As melhores informaçoes disponi'-veis sobre a regiäo säo aquelas constantes prin-cipalmente do Mapa Geológico do Brasil e para ocaso presente, o Mapa Geológico do ProjetoRADAM, a partir do quai foi possi'vel apresentarpara a area a seguinte ordern estratigréfica:
QUARTENÄRIO - Aluviäo: cascalho, areias,argilas. Colüvio: areias, secundariamente argilas.
TERCIÄRIO — Formacäo Barreiras: arenitosfinos, siltitos e argilitos cauh'nicos com lentes deconglomeradoe arenito grosseiro, pouco consoli-dados até friâveis, em gérai maciços ou horizon-talmente estratificados, ocasionalmente cornestratificaçao cruzada, vermelhos, amarelos,brancos.
CRETÂCEO — Formacäo Itapicuru: arenitosfinos, cauh'nicos e argilitos finamente laminados,vermelhos.Formacäo Orozimbo: basaltos cinza e verde-es-curo, preto; cores variadas e descamaçao esfe-roidal quando alterados.textura hemivi'trea atéholocristalina grosseira, amigdaloidal.
TRIÂSSICO — Formacäo Sambai'ba: arenitofino a médio, bem selecionado e gräos bemarredondados, estratificaçoes cruzadas, bran-co-avermelhado.
PERMIANO — Formacäo Pedra de Fogo: are-nitos, siltitos e folhelhos vermelhos, amarelos eróseos com leitos de si'lex, calcârio fossili'fero egipsita.
CARBONI'FERÖ — Formacäo Piauf: arenitosfinos, cinza-esbranquiçados com intercalaçoes defolhelhos carbonosos e resto de végétais carboni-zados.
DEVONIANO — Formacäo Longé folhelhos esiltitos cinza-escuro a preto, laminados com finasintercalaçoes de arenitos cinza. Formacäo Pi-menteiras: folhelhos e siltitos escuro e preto,micâceos com ni'veis de oolitos piritosos, interca-laçoes de arenitos principalmente no topo.
SILURIANO — Formacäo Trombetas: arenitosgrosseiros mal selecionados, com estratificaçaohorizontal; camadas de folhelhos e conglome-rados intercalados, branco a amarelo.
PRÉ-CAMBRIANO SUPERIOR B - FormacäoTriunfo: arenito ortoquartzi'tico, muito poucocauh'nico, médio, subarredondado as vezes comhorizontes conglomeraticos com seixos de itabi-ritos de vulcânicas. Formacäo Gorotire: arenitosconglomeraticos a finos, geralmente quartzosos,em parte duros e ortoquartzi'ticos, mais feldspé-ticos quanto mais próximos à base; intercalaçoesde arenito micâceo; conglomeraticos na base eno topo com seixos de até 10 cm; seçoescorn aleitamento diagonal; cortada por veiosdequartzo e dique de diabâsio.
PRÉ-CAMBRIANO SUPERIOR C - GranitoVelho Guilherme: granitos e granodioritos comtendência alaski'tica; subvulcânicos, circulares,cratogênicos, localmente biotfticos, minerali-zados a estanho, tântalo e topâzio.
Grupo Uatumä; Formacäo Irir i : riolitos, ignim-britos, piroclasitos e granófiros; vulcanismoâcido, fissurai, explosivo; tufos.
Grupo Uatumä; Formacäo Sobreiro: andesitospórfiros e porfiri'ticos, augita-hornblenda andesf-ticos; vulcanismo intermediârio continental.
Granito da Serra dos Carajâs: granito porfin'ticocom tendência alaski'tica, muscovi'tico, róseo,apófise quartzo-feldspâtica, pegmatóide, veios
111/15
com turmalina acicular; tarditectônicos; grano-dioritos.
Grupo Uatumâ; Formaçao Rio Fresco: sed im en -tacäo intermontana. Membro Naja: argilitoscinza azulados, folhelhoscarbonosos, hulha paraantraci'tica, arcózios, diques de andesito. Mem-bro Azul: sotoposto seqüência de folhelhos,manganesi'feros, carbonosos, siltitos e argilitos,arenitos ortoquartizi'ticos e arenitos cinza im-puros, feldspâticos; grauvacas e arenitos conglo-merâticos com fragmento de quartzitos; nocontato com o Granito da Serra dos Carajésarenito localmente serici'tico a muscovi'tico,hernefelse facies anfiboli'tico.
PRÉ-CAMBRIANO SUPERIOR A MÉDIO - OGrupo Grâo-Parâ: jaspilitos-hemati'ticos, metaba-sitos espili'ticos, quartzitos finos a conglomerâ-ticos, ferruginosos, brancos a avermelhados, comintercalates de itabiritos; filitos enriquecidosem ferro, facies xisto-verde a anfibolito; filitos.
Grupo Tocantins: filitos, clorita-xistos, clori-ta-sericita xistos, calco-muscovita-clorita xistos,metagrauvacas conglomerates; quartzitos e ita-biritos; presenca de corpos ultrabâsicos; fâciesxisto-verde, subfâcies quartzo-albita-muscovi-ta-clorita.
Grupo Araxâ: muscovita biotita, xisto, calco--muscovita, biotita xisto, localmente marmores,metagrauvacas, xisto com estaurolita, cianita esilimanita, intercalates de anfibolitos; quart-zitos puros, muscovita quartzitos, sericitaquartzitos, cianita quartzitos e magnetita, ultra-mâficas e ultrabésicas, quartzitos, pegmatitos e
veios de quartzos; fâcies xisto-verde, subfâciesquartzo-albita-epi'doto-almandina e anfibolito.
PRÉ-CAMBRIANO MÉDIO A INFERIOR -Complexo Xingu: granitos, granodioritos, mig-matitos, dioritos, quartzodioritos, granulitosâcidos e bâsicos, anfibolitos, quartzitos, xistos egnaisses; trends WNW-ESE; pegmatitos e veios dequartzo aun'fero; fâcies até almandina-anfibolitoe granulito; Très Palmeiras: quartzitos, xistos egnaisses.
2.5. Vegetaçao
De conformidade com o Setor de Vegetaçao doProjeto, a cobertura vegetal da area, compreendeas seguintes formacöes:
1 ) Cerrado
2) Florestas; que podem estar divididas emfloresta sempre-verde densa, e floresta aberta depalmeiras e de cipoal.
Os campos cerrados, que vivem lado a lado coma floresta em condiçâo climâtica, aparecem nasdepressöes da bacia do Tocantins, nas areasmetamorfica-xistosas e em testemunhos arenf-ticos do sul da Amazonia, constituindo ecossis-temas distintos onde determinadas espécies oscaracterizam.
As florestas sempre-verde densas e abertas commogno, angelim-da-mata, cocais, etc., e a decipoal, encontram-se preenchendo o restante daarea estudada.
111/16
3. METODOLOGIA E DEFINIÇÔES DO LEVANTAMENTO
Como trabalho inicial visando ao levantamentopedológico em ni'vel regional, a primeira etapaexecutada foi a da pesquisa bibliogréfica do quese refere ao existente publicado sobre o assunto,e a interpretaçao preliminar dos mosaicos deimagem de radar, obtidos pelo Sistema GoodYear de abertura sintética e visada lateral.
Após os trabal hos de cam po, os mosaicos (semi--controlados), foram reinterpretados utilizan-do-se os respectivos pares estereoscópicos deimagem de radar, bem como fotografias infraver-melhas (negativo na escala 1:130.000) e multies-pectrais (escala 1:70.000) de éreas nao cobertaspor nuvens. Utilizou-se também informacöes degeologia e vegetacao fornecidas pelos respectivosSetores do Projeto.
O delineamento final foi lançado sobre uma basecartogréfica planimétrica fomecida pelo Setor deGeocartografia do Projeto, o que possibilitou aconfecçâo do Mapa Exploratório de Solos, naescala 1:1.000.000. O mapa de Aptidao Agn'colados Solos, foi também confeccionado nà escala1:1.000.000 e consiste da interpretaçao para usoagn'cola dos solos, adotando-se um sistema demanejo primitivo ou tradicional e outro sistemamelhorado ou desenvolvido, preparado para serapresentado em uma unica folha, colorido deacordo com a padronizaçâo para cada classe deaptidao agn'cola, nos dois sistemas.
Algumas general izaçôes cartogrâficas tiveram deser feitas no delineamento final, tendo-se ocuïdado, entretanto, de seguir o mais fielmentepossi'vel os limites previamente traçados. Algunssolos, devido à sua pequena expressâo de ocor-rência e escala do mapeamento, nâo figuram nomapa final, porém sâo citados no texto comoinclusöes.
As unidades de solos, na sua maioria, sâorepresentadas como associaçoes, isto devido àpequena escala utilizada, à dificuldade de acesso
à ârea e à distribuiçâo de alguns solos em relaçaoà unidade de mapeamento.
O cälculo das areas das diversas classes deaptidao agrfcola, foi efetuado utilizando-se urnplani'metro sobre o mapa na escala 1:1.000.000,o que proporcionou a obtençâo das areas total epercentual das mesmas.
A fase final do trabalho de escritório consistiuda interpretaçao dos dados anah'ticos, elabora-cäo do relatório final e preparacäo dos mapaspara reproduçâo.
A parte de campo foi executada dentro de umplanejamento, no quai a primeira fase consistiude viagens exploratórias para a confecçâo dalegenda preliminar dos solos com suas respecti-vas fases. Os perçursos, nas poucas estradas quecortam a érea, permitiram também uma razoévelcorrelaçao entre imagens de radar e solo, relevo,litologia, material originärio e vegetaçâo, estudoeste que visou à identificaçao das unidades desolos e ao estabelecimento das unidades demapeamento.
Em areas nao desenvolvidas, posteriormente àinterpretaçao preliminar dos mosaicos de ima-gens de radar, foram selecionados pontos repre-sentativos dos ambientes, com uma densidadesuficiente ao ni'vel do levantamento ecomplexi-dade dos ambientes para verificaçâo das classesde solos componentes de uma associaçâo geogré-fica.
Para o acesso à maioria dos pontos selecionadosde verificaçâo pedológica utilizaram-se helicópte-ros, aviöes e barcos. Foram alcançados, via deregra, por caminhamentos ao longo de picadasabertas na mata. De uma maneira gérai, o examedo perfil do solo e a coleta de amostras foramfeitos com o auxi'lio do trado de caneco tipo"ORCHARD". Trincheiras também foram aber-tas em sedes de fazendas, nas äreas de maior
111/17
desenvolvimento e nos locais das sub-fases deoperaçâo.
Durante os trabalhos de campo, quando foramprocedidas as caracterizacöes morfológicas dosperfis de solos, foram anotadas também caracte-rfsticas de relevo, material originério e vege-taçao, por serem de primordial importância nodelineamento das unidades de mapeamento.
Foram descritos e coletados 25 perfis representa-tivos das diversas unidades de solos para caracte-rizacao analftica e 226 amostras para a determi-nacäo da fertilidade.
Como material bâsico de campo utilizaram-secopias "offset" de mosaicos semicontrolados deradar, na escala 1:250.000.
Na descricäo detalhada dos perfis adotaram-se,de uma maneira geral, as normas e definicöesconstantes do Soil Survey Manual e do Manualde Métodos de Trabalho de Campo da SociedadeBrasileira de Ciência do Solo.
As determinaçoes anah'ticas foram assim proces-sadas:
Para a anélise mecânica foi empregado o métododa pipeta usando-se NaOH N como agentedispensor.
O carbono orgânico foi determinado por oxida-çao como diocromato de K em meio écido e onitrogênio pelo método de Kjeldahl, semimicro,utilizando-se o âcido bórico a 4% e titulando-seo hidróxido de amônio por alcalimetria,
O hidrogenio e o alumi'nio permutâveis tiveram asua determinaçâo utilizando-se uma soluçâo ex-tratora de acetato de célcio a pH 2,0. Posterior-mente com cloreto de potéssio N a pH 7,0 foi
extrai'do o alumi'nio. O hidrogenio foi obtidopor diferença.
Ö sódio e o potâssio trocâveis foram obtidos porfotometria de chama.
O célcio e o magnésio permutâveis foram deter-minados pela extraçao com cloreto de potâssioN a pH 7,0, e dosados por complexometriaconjuntamente. A seguir o célcio foi dosadoisoladamente e o magnésio obtido por diferença.
O pH foi determinado em âgua e em KCI naproporçâo 1:1.
O fósforo assimilével foi obtido por espectrome-tria de absorçao, medindo a coloraçâo azuldesenvolvida pela reaçâo dos fosfatos do solocom molibidato de amônio em presença de umsal de bismuto catalisador.
Do complexo de laterizaçâo, a sflica foi determi-nada pela mediçao da absorbância da soluçâoazul, obtida pela reduçao do écido ascórbicocom o complexo si'lico—moli'bdico formado pelaaçâo do molibidato de amônio sobre o SiO2 dosolo.
O Al 202 e Fe203 sâo extrai'dos corn H2SO4 d=14%. O Fe203 é dosado por dicromatometriaempregando-se o cloreto estanhoso como redu-tor. O Al2 03 é determinado por complexo-metria através de titulaçâo indireta com oemprego de soluçâo de sulfato de zinco parareagir com o excesso de Na2 — EDTA edetizona.
As anélises para avaliaçao da fertilidade dossolos, foram feitas pelos métodos do "Interna-tional Soil Testing". Boletim Técnico n9 3.Estaçao Experimental Agri'cola da UniversidadeEstadual de Carolina do Norte.
111/18
4. DESCRIÇÂO DAS UNIDADES TAXO-NÔMICAS
Dentro da sistemätica do estudo ora realizado, oquai visa ao fornecimento de informaçoes oudados bâsicos para planejamento do uso da terraem âmbito regional e atendo-se as especificaçoesdo levantamento de solos em nfvel exploratório,foram adotadas em gérai unidades taxonômicasem ni'vel elevado de classificaçao.
Na representaçao cartogrâfica das unidades demapeamento pode parecer que houve uma exces-siva riqueza de detalhes tanto quanto ao traçadodos limites como no delineamento de éreaspequenas. Isto se deve à natureza do materialbäsico (imagens de radar) que possibilita alocalizaçao de areas diminutas e que foramconsideradas por serem feiçoes bem caracten's-ticas e particularizadas do relevo.
Na ârea em estudo foram identificados as seguin-tes classes de solos:
4.1. Latossolo Amarelo
Esta unidade esté caracterizada por possuirhorizontes A ócrico e B óxico, em perfilprofundo, de baixa fertilidade natural e, conse-qüentemente, de baixa saturaçâo de bases. Tra-tam-se de solos écidos e muito fortementeâcidos, de boa drenagem, permeâveis, emborapor vezes possam aparecer com textura bastanteargilosa.
O teor de argila no perfil pode variar muito, oque possibilita a diferenciaçâo de solos comtextura argilosa e muito argilosa (pesada e muitopesada), nos quais o conteûdo de argila nohorizonte B esta acima de 35% e 60%, respecti-vamente.
Possuem cor nos matizes 10YR e 7.5YR comcromas e valores bastante altos no horizonte B,onde domina o amarelo, como é o caso dos solos
citados por VIEIRA et alii, ou mesmo SOM-BROEK para a ârea da rodovia Belém—Brasi'lia.
Os latossolos âmarelos amazônico apresentamperfis friàveis, bastante porosos, com estruturamuito pouco desenvolvida.
Os solos desta unidade sâo encontrados tantonos remanescentes de platôs como nos terraçosde menores cotas, havendo variaçâo de texturade acordo corn a sua situaçao topogràfica e como material de origem, sedimentos do Terciärio(Barreiras) e do Cretéceo (Itapicuru).
Estao dispostos, de uma maneira geral, em relevopiano os de textura muito argilosa e em relevosuave ondulado a ondulado os de texturaargilosa.
A vegetacäo dominante é a de floresta sempre--verde pluvial tropical, encontrando-se tambémareas cobertas por vegetaçao secundâria.
Apresentam perfil tendo seqüência de horizontesA, B, e C, com uma profundidade que podealcançar mais de 200 cm.
O horizonte A possui espessura variando de 20 a30 cm, coloracäo mos matizes 10YR e 7.5YR,com cromas que väo de 1 a 8 e valores de 3 a 5,para o solo ümido. A textura varia bastante epode aparecer deste franco-argilo-arenosa e ar-gila, condicionando assim uma variaçâo de con-sistência que pode aparecer friével, näo plâsticoa pléstico e nâo pegajoso a pegajoso. A estruturamais frequente é a maciça, muito embora possaocorrer fraca, pequena granular e subangular.
O horizonte B, geralmente dividido em B,, B2 eB3, possui espessura média superior a 150 cm ecoloraçao nos mesmos matizes do A, comcromas variando de 4 a 8 e valores de 5 a 6. Atextura pode variar desde argila, a argila pesada e
111/19
a consistência de friâvel a firme, plästico epegajoso. A estrutura mais comum é a macica,podendo aparecer também a subangular fraca-mente desenvolvida.
O horizonte C de profundidade nâo determinadaapresenta-se geralmente mais leve que o anteriore com coloraçao aproximadamente nos mesmoscromas e valores jâ descritos.
CARACTERIZAÇÂO MORFOLÖGICA E ANALITICA DA UNIDADE
PERFILN?1
Classificaçao — Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.
FOLHASA.23-Y-A
Localizaçâo — Km 55 da Estrada Paragominas—Tome Açu, a 500 m da margem esquerda do RioCapim.
Situaçâo e declividade — Perfil em corte de estrada, terço médio corn aproximadamente 8% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Terciério. Formaçâo Barreiras.
Material originârio — Sedimentos argilosos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosao — Ligeira.
Vegetaçâo — Floresta sempre-verde.
Uso atual — Pastagens e culturas de milh e mandioca.
Ap 0-100 cm; bruno amarelado claro (10YR 6/4, ümido); argila; fraca pequena blocossubangulares; friâvel, plästico e pegajoso; transiçào plana e difusa.
A3 10-25 cm; amarelo (10YR 7/6, ûmido); argua; fraca pequena blocos subangulares; friâvel,plästico e pegajoso; transiçào plana e gradual.
Bi 25-50 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ümido); argila; fraca pequena blocos subangu-lares; friâvel a firme, plästico e pegajoso; transiçào plana e difusa.
B21 50-90 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ümido); argila; fraca pequena blocos subangu-lares; firme, plästico e pegajoso; transiçào plana e difusa.
Hl/20
90-130 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ümido); argila; fraca pequena blocossubangulares; firme, pléstico e pegajoso.
Observaçâo: Cerosidade fraca e pouca no B.
111/21
PERFIL N? 1 FOLHA SA.23-Y-A
LOCAL: Km 55 da Estrada Paragominas-Tomé Açu, a 500 m do Rio Capim.
CLASSIFICAÇÂO: Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.
Protocol oProf,
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
A l + S
14193 0 - 1 0 Ap
14194 10- 25 A3
14195 25- 50 B,
14196 50- 90 B M
14197 90 - 130 B«
0,59
0,41
0,32
0,22
0,19
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
10
8
8
7
10
77
81
81
88
87
Ca+
CÖMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na+
V%
0,350,150,050,030,03
0.07
0,12
0,22
0.06
0,06
0,04
0,04
0,03
0,03
0,03
0,02
0,02
0,02
0,02
0,03
0,48
0,33
0,32
0,14
0,15
3,022,391,901,641,64
1,60
1,40
1,40
1,00
1,00
5,10
4,12
3,62
2,78
2,79
98955
0,13
0,11
< 0,11
< 0,11
< 0,11
pH
H2O KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
4,2
4,1
4,1
4,5
4,5
3,9
3,9
3,9
4,1
4,2
0
0
0
0
0
13
11
6
15
10
20
17
16
14
14
12
12
14
11
11
21
19
11
10
13
4752596562
3
27
X
X
X
94
48
100100
100
ANÂLISE: IPEAM
III/22
PER FIL N? 2 FOLHASA.23-Y-A
Classificaçao — Latossolo Amarelo Distrófico textura muito argilosa.
Localizacao — Km 44 da Estrada Paragominas—Tome Açu, lado esquerdo.
Situaçao e declividade — Terço superior de pequena a suave ondulaçâo. Déclive de aproximadamente5%.
Formaçâo geológica e litologia — Terciârio. Formaçao Barreiras.
Material originârio — Sedimentos argilosos.
Relevo local — Piano a suave ondulado.
Relevo regional — Piano a suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosäo — Praticamente nula.
Vegetaçâo — Floresta tropical sempre-verde.
Uso atual — Pastagem e exploraçâo de madeira.
A^ 0-5 cm; bruno amarelado claro (10YR 6/4, ûmido); argila; fraca pequena granular e blocossubangulares; friével, pléstico e pegajoso; transiçâo plana e gradual.
A3 5-20 cm; amarelo (10YR 7/6, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangulares; friével,plâstico e pegajoso; transiçâo plana e gradual.
B-| 20-50 cm; amarelo (10YR 7/6, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangulares; friâvel,plâstico e pegajoso; transiçâo plana e difusa.
B21
B22
50-90 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangu-lares; friâvel, plâstico e pegajoso; transiçâo plana e difusa.
90-135 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ûmido); argila; fraca pequena blocossubangulares; friâvel, plâstico e pegajoso.
Observacöes: 1 ) Cerosidade fraca e pouca no B.
2) O horizonten foi coletado na mata eoßem corte de estrada.
Hl/23
PERFIL N? 2
LOCAL: Km 44 da Estrada Paragominas-Tomé Açu, tado esquerdo.
CLASSIFICAÇAO: Latossolo Amarelo Distrófico textura muito argilosa.
FOLHA SA.23-Y-A
ProtocoloProf,
cmHoriz.
SiO, AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
14188 0 - 5
14189 5 - 2 0
14190 2 0 - 50
14191 50-90
14192 90-135
A.
A3
B,
B«
2.77
1,64
0.52
0,41
9,34
0,260,170,060,040,03
11
10
9
10
11
76
87
75
64
61
Ca+ Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na*
V
%mg
100g
0.40
0,10
0,06
0,06
0,05
0,29
0,15
0,22
0,22
0,15
0,12
0,07
0,04
0,03
0,03
0,08
0,05
0,02
0,02
0,02
0,89
0,37
0,34
0,33
0,25
9,74
6.18
2,63
2,37
2,22
2,80
2,40
1,00
0,60
0,40
13,43
8,95
3,97
3,30
2,87
7
4
9
10
9
0,43
0,27
< 0.11
< 0,11
< 0,11
pH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
3,9
4,0
4,5
4,6
5,0
3,6
3,8
4.2
4.4
3.8
0
0
0
0
0
18
23
15
16
8
X
X
X
X
X
X
X
1
1
1
32
33
15
16
16
68
67
84
83
83
18
3
X
X
X
74
96
100
100
100
ANÂLISE: IPEAN
III/24
4.2. Latossolo Vermelho-Amarelo
Com A ócrico e B óxico (latossólico) os Latosso-los Vermeiho-Amarelos säo solos profundos,com relaçao textural em torno de 1,0, fertilidadenatural baixa e saturacäo de bases tambémbaixa, à semelhança do que cita LEMOS et aliipara o Estado de Säo Paulo, VIEIRA et alii paraa Zona Bragantina e SANTOS et alii para a âreado Nücleo Colonial de Gurguéia. Tratam-se desolos com coloracäo variando de bruno a brunoamarelado, nos matizes 10YR e 7.5YR nohorizonte A e bruno forte a vermelho-amare-lado, principalmente no matiz 7.5YR, no hori-zonte B.
Possuem perfil do tipo A, B e C, friâvel, bastanteporoso, permeâvel, com estrutura pouco desen-volvida, sendo esta uma das caracteri'sticas mor-fológicas de classificaçao desta unidade.
Sao fasados em textura média e argilosa, osprimeiros com teor de argila de 15 a 35% e osUltimos com teor de argila superior a 35%.
Säo encontrados em relevo piano ou suave
ondulado, sob vegetaçâo de floresta e de cer-rado.
O horizonte A apresenta espessura média deaproximadamente 40 cm, coloracäo em 10YRprincipalmente, com cromas variando de 2 a 3 evalores de 3 a 5. A textura pode variar de areiafranca a argila, da consistência é friàvel, nâ*oplâstico a plâstico e näo pegajoso a pegajoso. Aestrutura apresenta-se quase sempre maciça, maspode ocorrer também, fraca, pequena subangulare granular.
O horizonte B cuja espessura média é superior a150 cm, possui coloraçâo nos matizes 10YR e2.5YR com cromas e valores bastante altos. Atextura pode variar de franco-arenoso a argila, aconsistência de friâvel a firme, de ligeiramenteplâstico a plâstico e de ligeiramente pegajoso apegajoso. A estrutura dominante é a maciça.
O horizonte C de profundidade näo determinadaapresenta-se mais friâvel e de textura mais levedo que o horizonte superior.
CARACTERIZAÇAO MORFOLÔGICA E ANALlTlCA DA UNIDADE
PERFILN?3
Classificaçao — Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico.
Localizaçao — Fazenda Formiga. Margem direita do Rio Araguaia—Goiâs. Ponto 3.
Situaçâo e declividade — Encosta corn 2-3% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Filito e xistos.
Material originârio — Sedimentos provenientes da decomposiçao de metassedimentos finos.
Relevo — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
FOLHA SB.22-Z-B
III/25
Erosâo — Laminar Ligeira.
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Pastagem de coloniâo.
A p 0-10 cm; bruno amarelado (10 YR 5/3, ûmido); franco argilo-arenoso; fraca média a grandegranular; friâvel, plâstico è pegajoso; transiçao plana e clara.
A3 10-30 cm; bruno amarelado (10YR 5/3, ûmido); franco-argilo-arenoso; fraca média a grandegranular; friâvel, plâstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
B21
B22
30-50 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; maciça; friâvel, plâstico epegajoso; transiçao plana e difusa.
50-80 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; maciça; friâvel, plâstico epegajoso; transiçao plana e clara.
80-110cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/6, ûmido); franco-argiloso; maciça; friâvel,plâstico e pegajoso.
Observaçao: Camada contfnua de concreçoes constituindo horizonte
Ml/26
PERFIL N? 3
LOCAL: Fazenda Formiga, Rio Araguaia — Goiés. Ponto 3.
CLASSIFICAÇAO: Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico.
FOLHASB.22-Z-D
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe,O3
Ki KrN N
100 Al
A l+S
11644 O - 10 Ap
11645 10-30 A3 -
11646 3 0 - 50 B2i
11647 5 0 - 80 B22
11648 80-110 II B3cn -
0,99
0.64
0,51
0,30
0,08
0,05
0,05
0,03
0,03
12
13
10
10
28
64
75
58
26
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg+ Na+ A l "
V
%
0,60
0,20
0,15
0,15
0,20
0,30
0,20
0,05
0,05
0.82
0,19
0,07
0,05
0,05
0,04
0,03
0,03
0,04
0,04
1.76
0,62
0.30
0,29
0,29
4,08
3.02
2,73
1,74
1,22
0,70
1.10
0,900,400,10
6,54
4,74
3,93
2,43
1,51
27
13
8
12
19
0,460,460,460,460,46
pH
H2O KCI
COMPOSICÄO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5,1
4,4
4,7
5,1
4,0
3,8
3,9
4,1
22
19
17
16
14
28
27
31
31
29
26
31
21
22
18
2423313139
9X
14
X
63
100
55
100
ANÂLISE: IPEAN
Ml/27
PERFILN9 4
Classificaçâo — Latossolo Vermeiho-Amarelo Distrófico.
FOLHA SB.22-Y-D
Localizacäo — Capoeira (margem direita do Rio Fresco, ± 4 km de afastamento deste e ± 90 km de S.Félix do Xingu).
Situaçao e declividade — Encosta com 0-2% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos e riolitos.
Material originério — Proveniente da decomposiçâo de riolitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Nula.
Vegetaçào — F lores ta.
Uso atual — Extrativismo de castanha e lâtex.
A-j 0-15 cm; bruno avermelhado (5YR 4/4, ûmido); argila; fraca pequena granular; friâvel,muito pléstico e muito pegajoso; transiçao plana e gradual.
A3 15-50 cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6, ümido); argila; maciça porosa; friâvel, muitopléstico e muito pegajoso; transiçao plana e gradual.
B21
B22
50-100 cm; bruno avermelhado (5YR, 4/4 ümido); argila; maciça porosa; friâvel;plâstico amuito plâstico e pegajoso a muito pegajoso; transiçao plana e difusa.
100-120 cm±; bruno avermelhado (5YR 4/4, ümido); argila; maciça porosa; friâvel; plâsticoa muito plâstico e pegajoso a muito pegajoso.
UI/28
PERFIL N? 4 FOLHA SB.22Y-D
LOCAL: Capoeira (margem direita do Rio Fresco, a 4 km de afastamento deste e 90 km deSäo Félix do Xingu).
CLASSIFICAÇÂO: Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico.
Protocol oProf.
cmHoriz.
Si O-, AI2O3 Fe2O3
Ki KrN
C
N
100 Al
Al + S
496 0 - 15 A
497 1 5 - 50 A3
498 50-100 B2,
499 100-120 B M
26,95 23,71 8,15 1,93 1,58 2,20 0,05 44 20,69
31,97 23,59 8,73 2,30 1,86 1,03 0,04 26 51,72
33,58 24,99 8,54 2,29 1,87 0,86 0,03 27 42,66
34,87 24,73 6,30 2,40 7,06 0,75 0,03 25 43,95
Ca+ Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na'
V
%
1.07
0,16
0,24
0,36
0,64
0,36
0,16
0,12
0,14
0,03
0,02
0,02
0,02
0,01
0,01
0,01
1,84
0,56
0,43
0,51
4,45
3,67
4,93
5,18
0,48
0,60
0,32
0,40
4,93
4,17
5,25
5,48
37
13
8
9
0,39
0,12
0,12
0,02
PH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgila
nat.
Grau defloculacäo
3,6
3,9
4,0
4,1
3,1
3,0
3,1
3,0
19
10
11
11
7
5
5
6
22
16
15
14
52
69
69
69
2
3
2
1
ANÂLISE: IDESP
Hl/29
4.3. Latossolo Roxo
Estes solos estao caracterizados principalmentepor possuir, na érea, perfis com cores dominan-tes bruno avermelhado escuro no horizonte A evermei ho-acinzentado escuro no horizonte B,matiz 1OR,estrùtura maciça muito porosa, con-sistência muito friâvel e pequena diferenciaçâomorfológica entre seus horizontes. Morfologica-rhente o Latossolo Roxo se assemelha 30 Latos-solo Verrnelho Escuro, entretanto, difere nacoloraçâo. A diferença de coloraçâo se deve aque o Latossolo Roxo geralmente é de formaçao"in situ", pela intemperizaçao de rocha bâsicaque possui minerai rico em ferro, e por oLatossolo Vermelho Escuro ter a sua origem apartir de outros materials onde o conteûdo deferro é menor.
Como principals caracteri'sticas de diferenciaçâodesta unidade temos pequena variaçao de corentre horizontes, distribuiçâo mais ou menosuniforme de textura no perfil, grande dificul-dade de diferenciaçâo dos horizontes, presençaabundante de poros e de minerais pesados,muitos dos quais sâo atrai'dos pelo fmä, àsemelhança dos solos descritos por CLINE noHavaf, por BACH ALI ER no Cameroun (Africa)ou mesroo os Nipe Clay descritos em Cuba.
Estes solos sâo encontrados na porçâo sudeste daareas e desenvolvidos sobre rochas bésicas eultrabésicas associadas a filitos e xistos.
Estes solos näo foram caracterizados morfoló-gica e analiticamente, por näo constitu frem âreaexpressiva.
4.4. Podzólico Vermelho-Amarelo
Os Podzol icos Vermei ho-Amarel os sao solosäcidos, bem desenvolvidos, que possuem umhorizonte A fraco (ócrico) e um horizonte Bargflico. O horizonte Ai esté assentado sobreum horizonte A2 ligeiramente descolorido e
muito pouco desenvolvido ou sobre um hori-zonte A3 / o quai por sua vez assenta sobre ohorizonte B vermelho-amarelado, nos matizes7.5YR ou 5YR, de textura relativamente argi-losa, havendo boa diferença textural entre o A eoB.
Sao solos em sua maioria, de fertilidade baixa ede textura argilosa, que apresentam seqüência dehorizontes do tipo A, B e C, cuja espessura näoexcède a 200 cm, e com pronunciada diferen-ciaçâo entre o A e o B, à semelhança do queocorre no Estado de Mato Grosso, dos quedescreveu BARROS et alii no Estado do Rio deJaneiro, dos que cita LEMOS et alii no Estadode Säo Paulo, dos citados por DAMES em Java edos descritos por SIMONSON para o sul dosEstados Unidos. Relativamente, em menor pro-porçâo, sâo encontrados solos de fertilidademédia e alta e solos de textura média (percenta-gem de argila entre 15 e 35%).
Entre as caracteri'sticas utilizadas para a suaclassificaçâo podem ser citadas:
1 ) diferença textural marcante entre o A e o B.2) presença de A2 pouco evolui'do ou nao.3) transiçâo clara e gradual entre os horizontes
A e B .4) horizonte B estruturado.5) presença de cerosidade no horizonte B.6) argila de baixa capacidade de troca.
Na érea, como variaçao da unidade modal,podem ocorrer éreas de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento, Podzólico Vermelho-Amareio concrecionério plîntico, PodzólicoVermelho-Amarelo ph'ntico e Podzólico Ver-melho-Amarelo Equivalente Eutrófico.
Os solos que constituem esta unidade apresen-tam-se bem drenados, äcidos e com erosäovariando de laminar ligeira a moderada.
Quanto à vegetaçâo, a comumente encontradanestes solos é a de floresta mista de babaçu e defloresta sempre-verde pluvial tropical.
Hl/30
Os relevos dominantes sâo o suave ondulado eondulado, com morros em meia laranja depedentescurtas.
O horizonte A apresenta espessura variével entre20 e 30 cm; cores de bruno-acinzentado muitoescuro a bruno avermelhado, matizes 10YR e5YR, valores de 3 a 5 e cromas de 2 a 4; texturaentre areia franca e franco-argilo-arenosa; estru-tura variando de gräos simples a fraca pequenagranular e subanguiar; consistência ümida entresolto a firme e n§o pléstico e nâo pegajoso apegajoso para o solo molhado; com transiçaoplana ou ondulada e gradual ou clara para ohorizonte B.
O horizonte B possui espessura variando de80 cm a 150 cm; colaboraçâo entre bruno escuroa vermelho, nos matrizes 10YR e 2.5YR, comvalores entre 4 e 5 e cromas entre 3 e 6; texturavariando de franco«argilo-arenosa a argila; estru-tura cornu mente fraca e moderada, pequena emédia em blocos subangulares; consistência ûmi-da variando de friâvel a firme, sendo que aconsistência molhada varia de ligeiramenteplàstico a pléstico e de ligeiramente pegajoso apegajoso. Aparecem também neste horizontecerosidade de fraca a moderada, recobrindo oselementos estruturais.
FOLHA SB.22-Y-A
CARACTERIZAÇAO MORFOLÔGICA E ANALfiTICA DA UNI.DADE
PERFIL N95
Classificaçâo — Podzól ico Vermeiho-AmarélO.
Localizaçâo — Sâo Félix do Xingu. Ponto 1.
Situaçâo e declividade — Perfil coletado em terço superior de elevaçao com 8% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos.
Material originârio — Proveniente da decomposicäo de granitos.
Relevo local — Suave ondulado a ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado a ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosao — Laminar ligeira.
Vegetaçao — Floresta.
Uso atual — Cobertura vegetal natural.
A-j 0-10 cm; bruno amarelado escuro (10YR 4/4, ümido); franco-argiloso; fraca muito pequenagranular; ligeiramente duro, friâvel, pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
A3 10-30 cm; bruno (8YR 5/4, ûmido); franco-argiloso; fraca muito pequena blocos suban-gulares; ligeiramente duro, friâvel, pléstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
O IM/31
B-j 30-50cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ümido); franco-argiloso; fraca muito pequena blocossubangulares; ligeiramente duro, friâvel, pléstico e pegajoso; transiçào plana e clara.
B21 50-80 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/8, ûmido); argila siltosa; moderada muito pequena apequena blocos subangulares; cerosidade fraca e comum; duro, firme, plâstico e pegajoso;transiçào plana e gradual.
B22 80-100 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/8,ûmido); argila siltosa; moderada muito pequena apequena blocos subangulares; duro, firme, plâstico e pegajoso; transiçào plana e difusa.
B3 100-120 cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/8, ümido); franco-argilo-siltoso; moderada muitopequena blocos subangulares; ligeiramente duro, firme, pléstico e pegajoso.
Observacöes: Presença de concentraçoes ferruginosas no B2 e B3. Mosqueamentode material de origemno B3.
111/32
PERFIL N? 5
LOCAL: Sâo Felix do Xingu - PA. Ponto 1
CLASSIFICAÇÂO: Podzólico Vermelho Amarelo
FOLHA SB.22-Y-A
ProtocoloProf,
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN
C
N
100 AIAl+S
12100
12101
12102
12103
12104
12105
0- 10
10- 30
30- 50
50- 80
80-100
100-120
A,
A3
BiB2,
B«B3
0,93
0.60
0,46
0,25
0,33
0,33
0,12
0,07
0,06
0,04
0,04
0,04
8
9
8
6
8
8
76
76
79
81
79
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/i00g
Na*
V
%
P2O5
m 9100g
0,20
0,20
0.30
0,30
0.30
0,20
0.50
0.20
0.10
0.10
0.10
0,20
0,12
0,10
0.08
0.09
0,10
0,12
0,02
0,02
0.02
0.02
0.02
0.02
0.84
0.52
0.50
0,51
0,52
0,54
3,05
2,92
2,85
2,55
2,25
2,02
1.90
1.70
1.60
1.90
2,20
2,10
5,79
5,14
4,95
4,96
4.97
4.66
15
10
10
10
10
12
0,69
0,46
0,69
0.92
0.92
0,69
PH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
4.2
4,4
4,5
4.9
4.8
4,6
3.6
3.7
3,8
3.8
3,7
3.8
10
9
147
8
10
15
14
13
10
10
10
484944434144
27
28
29
40
41
36
16
21
2
X
X
X
412593
100100100
ANÄLISE: IPEAN
I U/33
PERFILN9 6
Classificaçâo — Podzólico Vermelho-Amarelo plintico.
Localizaçâo — Defronte da Vila Repartimento, Estrada Transamazônica. Ponto 2.
Situaçâo e declividade — Perfil coletado em topo de elevaçâo corn 5% de déclive.
Formaçâo geológica e iitologia — Pré-Cambriano. Granito.
Material originârio — Granito. Proveniente da decomposiçâo de granitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Ondulado.
Drenagem — Moderadamente drenado.
Erosâo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Cobertura vegetal natural.
Ai
FOLHA SB.22-X-A
A 3
Bi
B21
B22
0-12 cm; bruno amarelado escuro (10YR 4/4, ûmido); franco-arenoso; moderada muitopequena a média granular; friâvel, ligeiramente plâstico e näo pegajoso; transiçâo plana eclara.
12-29 cm; bruno amarelado (10YR 5/4, ûmido); franco-argilo-arenoso; moderada muitopequena a pequena blocos subangulares; duro, friâvel, plâstico e pegajoso; transiçâo plana egradual.
29-50cm; bruno amarelado (10YR 5/4, ûmido); franco-argilo-arenoso; moderada muitopequena a pequena blocos subangulares; cerosidade fraca e comum; duro, friâvel, plâstico epegajoso, transiçâo plana e clara.
50-71 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); franco-argiloso; forte muito pequena blocossubangulares; cerosidade fraca e abundante; muito duro, firme, plâstico e pegajoso; transiçâoplana e gradual.
71-92cm; vermeiho-amarelado (5YR 5/8, ûmido); argila; forte muito pequena blocossubangulares; cerosidade moderada e abundante; muito duro, firme, plâstico e pegajoso;transiçâo plana e gradual.
92-117 cm; vermei ho-amarelado (5YR 5/8. ûmido); mosqueado pouco, pequeno e proemi-nente vermelho (2.5YR 4/6); argila; forte muito pequena blocos subangulares; cerosidademoderada e comum; muito duro, firme, plâstico e pegajoso; transiçâo plana e clara.
III/34
C 117-140 cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/8, ümido), mosqueado abundante, pequeno eproeminente vermelho (2.5YR 4/6) e pouco, pequeno e proeminente amarelo (2.5YR 7/6);franco-argiloso; moderada muito pequena a pequena blocos subangulares; cerosidademoderada e comum; muito duro, friâvel, plâstico e pegajoso.
Rai'zes — Abundantes no A-j e A3 com diâmetro de 1 a 3 mm; comuns no B j com mesmo diâmetro;poucas no B21 e raras nos demais horizontes.
Observacöes: 1 ) Atividade biológica no A^ e A3 e B-j proveniente de formigas e cupins; poros comdiâmetro de 1-7 mm.
2) Ocorrência de concrecöes lateri'ticas.
Ml/35
PERFIL N? 6
LOCAL: Ponto Base Repartimentc
FOLHA SB.22-X-A
— Marabâ — PA — Estrada Transamazônica. Ponto 2
CLASSIFICACÄO: Podzólico Vermelho Amarelo pli'ntico
ProtocoloProf.
cm
12126 0- 12
12127 12- 29
12128 29- 50
12129 50- 71
12130 71- 92
12131 92-117
12132 117-140+
Ca** Mg**
0.20 0,40
0,10 0,10
0,10 0,10
0,15 0,05
0.15 0.05
0.10 0,10
0,15 0.05
pH
H2O \e PI
Horiz.
A,
A3
B,
B21
B22
B3
C
%
SiO2
_
-
-
-
-
-
-
AI2O3 Fe2
— —
- -
- -
- -
- -
- -
- -
COMPLEXO SORTIVO i
K*
0,13
0,09
0,10
0.07
0.07
0.09
0,08
Na*
0,02
0,02
0,01
0,01
0,02
0,02
0,01
S
0,75
0.41
0,41
0,28
0,29
0,31
0,29
o3
Ki Kr
— _- -- -- -— —— —- -
•nE/100g
H* AI***
3,22 0,90
2,72 1,40
2,23 1,40
1,80 1,50
1.57 1,40
1.60 1,20
1,37 1,10
%
C N
C
N
0,91 0,07 13
0,63 0,07 9
0,41 0,05 8
0,28 0,03 9
0,25 0,03 8
0,20 0,03 7
0,13 0,02 7
T
V
%
4,87 . 15
4,53 9
4,04 10
3,58 8
3.26 9
3,11 10
2,76 11
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
4.4 3.7
4.3 3.8
4,4 3.9
4,6 3.9
4.9 3.9
5,3 4.0
4,3 4.0
Cascalho20-2mm
—
-
-
-
-
-
-
Areiagrossa
40
29
21
17
17
18
20
Areiafina
Cil to
27 23
34 14
26 21
21 24
21 16
20 24
17 22
Argilatotal
Argilanat.
10 1
23 14
32 3
38 X
46 X
38 X
41 X
100 Al
Al + S
54
77
77
84
83
79
79
P2OS
m 9100g
0,69
0,69
<0,46
< 0.46
< 0.46
< 0.46
< 0.46
Grau de
Tiocuiaçao
%
90
39
91
100
100
100
100
ANÂLISE: IPEAN
111/36
PERFILN9 7
Classificacäo — Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento.
FOLHASB.22-Z-B
Localizacäo — Fazenda Macacheira.noroeste de Xambioé, Munici'pio de Marabé, Estado do Paré. Ponto2.
Situacäo e declividade — Perfil de trincheira, coletada no terço superior de elevacäo, com 4-7% dedéclive.
Forrnacäo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Filitos.
Material originério — Proveniente de decomposicäo de filitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosäo — Laminar ligeira.
Vegetacäo — Floresta.
Vegetacäo — Floresta.
Uso atual — Extrativismo (castanha).
A-j 0-12 cm; bruno (7.5YR 4/4, ümido); franco-arenoso; fraca pequena a média granular eblocos subangulares; friével, ligeiramente pléstico e näo pegajoso; transiçao plana e gradual.
Ag 12-27 cm; bruno avermelhado claro (5YR 6/4, ümido); franco-argilo-arenoso; moderadamédia blocos subangulares; friével a firme, pléstico e ligeiramente pegajoso; transiçao plana edifusa.
B-j 27-45cm; bruno avermelhado claro (5YR 6/4, ümido); argilo-arenoso; moderada médiablocos subangulares; firme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e difusa.
B21
B22
B23
45-64 cm;' bruno avermelhado (5YR 5/4, ümido); argila; moderada média blocos suban-gulares; firme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e gradual a difusa.
64-118; bruno avermelhado (5YR 5/4, ümido); argila; moderada média blocos subangulares;cerosidade fraca e pouca; firme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e difusa.
118-170 cm; vermeiho-amarelado (5YR 5/6, ümido); argila; cerosidade fraca e pouca;moderada média blocos subangulares; firme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
Ml/37
B3 170-200 cm; vermelho (2.5YR 5/8, ûmido); franco-argilo-arenoso; fraca média blocossubangulares, friavel, plästico e ligeiramente pegajoso.
Observacöes: 1) Raizes finas médias e abundantes no A-p finas e abundantes no A21; finas e co-muns no A22^ finas e poucas no B-j, B21 e B22-
2) Presença de cascalhos no Bi ; abundantes no B21 e poucos no B22-
Ml/38
PERFIL N? 7 FOLHA SB.22-Z-B
LOCAL: Fazenda Macacheira. noroeste de Xambioä, Municfpio Marabâ, Estado do Para. Ponto 2
CLASSIFICAÇÂO: Podzólico Vermelho Amarelo cascalhento
ProtocoloProf.
cmHoriz.
Si O, AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
A U S
11419
11420
11421
11422
11423
11424
11425
0- 12
12- 27
27- 45
45- 64
64-118
118-170
170-200
A,
' 21
'22
B-,
B,
1.02
0.48
0,49
0.26
0,19
0,18
0.14
0,12
0,05
0,06
0.04
0.03
0.03
0.02
10
8
7
6
6
7
6ó
69
81
83
79
83
77
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* K* Na* H* Al**
V
%
2.900,400.200.200.200,150.15
1.100.300.300.100.100.050.05
0.310.080.040.040.030.030.03
0.010.010.010.010,010.010.01
4.320.790.550.340.340.240.24
4,322,321.991.301.671.771,67
0,301.802,301.701,301,200,80
8,944.914.843.353,313,212.71
481611
10
107
9
0,92< 0.46< 0.46< 0.46< 0,46< 0.46< 0.46
pH
H,0 KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgila
nat.
Grau defloculacäo
4.5
4.1
4.5
4.9
5.1
5,0
5,2
4.0
3.5
3.6
3.8
3.9
3.9
4,0
33
34
25
18
21
17
28
24
21
13
14
14
15
16
26
19
19
22
24
20
23
17
26
43
46
47
48
33
1
15
3
X
X
X
X
944293
100
100
100
100
ANÂLISE: IPEAN
111/39
PERFIL N? 8
Classificaçâo — Podzólico Vermeiho-Amarelo cascalhento.
FOLHA SB.22-X-D
Local izaçao — Km 48 da Transamazônica, entre Marabâ e Itupiranga, Munici'pio de Marabâ, Estadodo Para. Ponto 13.
Situaçâo e declividade — Perfil de trincheira, coletado no terço superior de elevaçao com 5-8% dedéclive.
Formaçao geologica e litologia — Pré-Cambriano. Granito e gnaisse.
Material originério — Provenientes da decomposiçao de granitos e gnaisses.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo local — Floresta.
Uso atual — Vegetaçâo natural.
A-j 0-8 cm; bruno amarelado escuro (10YR 3/4, ûmido); franco-siItoso; fraca pequena granulare blocos subangulares; friävel, pléstico e ligeiramente pegajoso; transiçâo plana e clara.
A2 8-22 cm; bruno amarelado (10YR 5/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; fraca média a pequenablocos subangulares; friâvel a firme, ligeiramente plàstico e ligeiramente pegajoso; transiçâoplana e gradual a difusa.
B 22-46 cm; bruno amarelado (10YR 5/8, ûmido); argila; fraca a moderada média blocossubangulares; firme, plàstico e pegajoso; transiçâo plana e gradual.
B21
B22
46-71 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ûmido); argila; moderada média blocossubangulares; cerosidade moderada a fraca e pouca; firme plàstico e pegajoso; transiçâoplana e difusa.
71-110 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); argila; moderada média blocos subangulares;cerosidade moderada e comum; firme, plàstico e pegajoso.
Observaçôes: 1) Rai'zes finas e médias, muitas no A-j; finas e médias, comuns no fK^ e B^; finas epoucas no B21 e B22
2) Muita atividade de organismos no horizonte A-j e A2 e poucas no B-j.
3) Presença de cascalhos pequenos e comuns ao longo de todo o perfil.
111/40
PERFIL N? 8 FOLHASB.22-X-D
LOCAL: Km 48 da Transamazon ica, entre Marabâ e Itupiranga, Municfpio de Marabâ - Para. Ponto 13
CLASSIFICAÇÂO: Podzol ico Vermelho Amarelo cascalhento.
ProtocoloProf,
cmHoriz.
SiOj AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 AlAl+S
11484
11485
11486
11487
11488
0- 8
8- 22
22- 46
46- 71
71-110
A,
A,
Bi
B«
1,31
0,54
0,50
0,36
0,14
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
13
7
8
9
7
4925684646
COMPLEXO SORTIVO mE/IOOg
Ca* Mg* Na+ AI*
V
%mg
100g
2.70 1,00
0.70 0,700,20 0,20
0,20 0,40
0,40 0,20
0,130,070,090,190,09
0,010,010,010,010,01
3,84
1.48
0,50
0,80
0,70
3,262.301,701.771.71
0,200,501.100,700,60
7.304.283,303.273,01
53 0,6935 0,6915 0,4624 < 0,4623 < 0,46
pH
H,O KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculacâo
4.94,75.05,55.9
4.5
4,2
4.0
4.1
4.2
8
49
26
21
20
10
10855
68
16
21
16
24
14
25
45
58
51
7
2
X
X
X
15
92100
100
100
ANÂLISE: IPEAN
111/41
PERFIL N? 9 FOLHA SC.22-V-B
Classificaçâo — Podzólico Vermelho-Amarelo Equivalente Eutrófico.
Local izaçâo — Conceiçâo do Araguaia. Estado do Para. Ponto 4.
Situacao e declividade — Perfil coletado em topo de elevacäo com 35% de déclive.
Formacäo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos e gnaisses.
Material originârio — Gnàisse intermediârio.
Relevo local — Forte ondulado a montanhoso de topo esbatido.
Relevo regional — Forte ondulado a montanhoso.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Laminar moderada.
Vegetaçao — Floresta aberta.
Uso atual — Cobertura vegetal natural.
A-j 0-15cm; bruno escuro (7.5YR 4/2, ümido); franco-argiloso; moderada pequena a médiagranular; friâvel, plâstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
A3 15-30 cm; vermeiho-amarelado (5YR 4/6, ümido); argila; fraca muito pequena a pequenablocos subangulares; friâvel a firme, plâstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
B ^ 30-50 cm; vermelho (3YR 4/6, ûmido); argila; moderada muito pequena a pequena blocossubangulares; cerosidade fraca e pouca; firme, plâstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
50-70 cm; vermelho (2.5YR 4/8, ûmido); argila; moderada muito pequena a pequena blocossubangulares; cerosidade fraca e pouca; firme, plâstico e pegajoso; transiçao plana e difusa.
70-90 cm; vermelho {2.5YR 5/8, ümido); argua siitosa; moderada muito pequena a pequenablocos subangulares; cerosidade fraca e comum; firme, plâstico e pegajoso; transiçao plana edifusa.
B22 90-120 cm+; vermelho (2.5YR 5/8, ümido); argila; moderada muito pequena a pequenablocos subangulares; cerosidade fraca e comum; firme, plâstico e pegajoso.
B12
B21
Observaçao: Na ârea onde ocorre este solo existem partes mais dissecadas com relevo mais escarpadoonde dominam solos mais rasos que podem ser classificados como solos litólicos, e ondese formam os vales intermontanos um pouco mais abertos, encontram-se manchas pequenasde solos coluviais.
111/42
PERFIL N? 9
LOCAL: Conceiçâo do Araguaia —PA. Ponto 4.
CLASSIFICACÄO: Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente
ProtocoloProf,
cm
11632 0- 15
11633 15- 30
11634 30- 50
11635 50- 70
11636 70- 90
11637 90-120+
Ca~ Mg"
Horiz.
A i
A3
Bn
B12
B2,
B22
%
SiO2
—
-
-
-
-
—
AI2O3 Fe2O3
—
-
-
-
-
— —
COMPLEXO SORTIVO i
K+
9,90 1,10
7,00 0,60
4,80 0,30
3,90 0,90
2,80 0,70
2,70 0,60
pH
H2O KCI
0,23
0.17
0.09
0.11
0,23
0,30
Na+
0,05
0,04
0,04
0.03
0,03
0,08
S
11,28
7,81
5,23
4,94
3,76
3,68
Ki
—
-
-
-
-
—
nE/100g
H'
Eutróficc
Kr
—
-
-
—
-
—
A r -
3.13
2.47
2,47
2.14
2,15
0,82
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
FOL HA SC
>
%
C N
2,11 0,24
1,23 0,12
0,75 0,08
0,67 0,05
0,38 0,03
0,35 0,03
T
.22-V-B
cN
100 AlAl+S
9 0
10 0
9 0
13 0
13 0
12 0
V
14,41
10,28
7.70
7.08
4,91
4,50
P2OS
100g
78 0,46
76 0,46
68 0.46
70 0,46
77 0,46
B2 0,69
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
6.1 5,5
5,9 5,2
5,9 5,1
6,1 5,3
6,3 5.8
6.3 5,9
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
—
-
-
-
-
—
Areiafina
10
10
6
4
2
4
Silte
12
11
8
6
4
6
39
35
29
29
44
39
Argilatotal
Argilanat.
39
44
57
6150
51
Grau de
îiocuiaçao
31 21
30 32
46 19
39 36
X 100
X 100
ANÂLISE: IPEAN
11/43
PERFIL N? 10 FOLHASB.22-X-A
Classificaçâo — Podzólico Vermelho-Amarelo Equivalente Eutrófico.
Local izaçao — Marabé. Estado do Para. Ponto 1.
Situaçâo e declividade — Perfil coleudo no terço superior de elevaçâo com 8% de déclive sob coberturaflorestal.
Formaçao geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos.
Material originârio — Proveniente da decomposiçâo de granitos.
Relevo local — Suave ondulado a ondulado.
Relevo regional — Ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo — Floresta com babaçu.
Uso atual — Pastagem.
A^ 0-15cm; bruno escuro <10YR 3/3, ûmido); franco-arenoso; moderada muito pequena amédia granular; friävel, ligeiramente plàstico e ligeiramente pegajoso; transiçao plana egradual.
A3 15-30 cm; bruno (10YR 5/3, ûmido); franco; fraca muito pequena a pequena blocossubangu lares e grâos simples; firme, ligeiramente plàstico e ligeiramente pegajoso; transiçaoplana e gradual.
B 30-45 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); franco-argiloso; moderada muito pequenablocos subangu lares; cerosidade fraca e comum; firme, plàstico e pegajoso; transiçao plana egradual.
&2 45-80 cm+; vermelho amarelado (6YR 5/8, ûmido); franco-argiloso; moderada muitopequena blocos subangulares; cerosidade moderada e comum; firme, plàstico e pegajoso.
Ml/44
PERFIL N? 10
LOCAL: Marabâ - Pa. Ponto 1
CLASSIFICAÇÂO: Podzol ico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico.
FOLHA SB.22-X-A
ProtocoloProf.
cmHoriz.
Si O, AI,O3 Fe,O3
Ki KrN N
100 AlAl + S
12117
12118
12119
12120
0-15
15-30
3045
45-80+
A,
A3
Bi
B2
0.910,590,390.32
0.09
0,07
0,05
0.04
10
8
8
8
65
80
93
43
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
K* Na* H* Al'
V
%100g
2,00
1,60
1,60
1,80
0.70
0,50
0.20
0,30
0.16
0.17
0.12
0.08
0.03
0,03
0,02
0,02
2.892,301,942.20
3.10
2,27
1.78
1.55
0.20
0.20
0.20
0.10
6,194.773.923,85
47
48
49
57
0.46< 0,46< 0.46
0,46
pH
H,0 KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5.05.15.15.3
4.5
4,4
4.5
4,8
363125266
20
18
11
10
30
30
32
23
14
21
32
41
x
10
1
15
100
52
97
63
ANÂLISE: IPEAN
Hl/45
PERFILN911 FOLHASC.22-X-A
Classificaçâo — Podzôlico Vermei ho-Amarel o Equivalente Eutrófico textura média.
Localizaçâo — Estado do Para, Municfpio de Conceiçâo do Araguaia, Fazenda Parai'so, ponto 3.
Situaçao e declividade — Perfil coletado corn trado de caneco, parte praticamente plana, corn 0-3% dedéclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granito e gnaisse.
Material originârio — Material alóctone de granitos e gnaisses.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Praticamente nula.
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Pastagem artificial.
A_ 0-20 cm; bruno escuro (10YR 3/3, ûmido); areia; graos simples e fraca muito pequenagranular; solto a muito friâvel, nâo plâstico e nâo pegajoso; transiçâo plana e gradual.
A3 20-35 cm; bruno escuro (10YR 4/3, ûmido); areia franca; maciça pouco coerente; friâvel,nao plâstico e nao pegajoso; transiçâo plana e gradual.
B-| 35-50 cm; bruno (7.5YR 5/4, ûmido); franco-arenoso; fraca muito pequena a pequenablocos subangulares; firme, ligeiramente pléstico e näo pegajoso; transiçâo plana e gradual.
B2 50-80 cm; bruno forte (7.5YR 5/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; moderada pequena amédia blocos subangulares; cerosidade comum e fraca; firme, ligeiramente plâstico eligeiramente pegajoso; transiçâo plana e graduai.
B3 80-110 cm+; bruno forte (7.5YR 5/8, ûmido); franco-argilo-arenoso; fraca pequena a médiablocos subangulares; firme, ligeiramente plâstico e ligeiramente pegajoso.
Observaçôes: Concreçoes latenticas e cascalhos quartzosos a partir do topo do horizonte B2.
III/46
PERFIL N? 11 FOLHA SC.22-X-A
LOCAL: Fazenda Para (so, proximo a Redençâo. ConceiçSo do Araguaia - PA - Ponto 3.
CLASSI FI CACAO: Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico textura média.
ProtocoloProf,
cmHoriz.
SiO 2 AI ,O 3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11671
11672
11673
11674
11675
0 - 20 Ap
2 0 - 35 A3
5 5 - 50 B,50-80 B2
80-110+ B3
0,660,350,390,300,15
0,050,040,040,040,02
139
1088
00000
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* Na+ AI**
V
%
3,00 0,80 0,41 0,04 4,25 0,82 0,00 5.07 84 13.50
1,40 0,40 0,20 0.02 2,02 0,82 0,00 2.84 71 0.69
1,50 0.29 0.03 2.32 0.82 0.00 3,14 74 0,69
1.10 0,40 0,50 0,02 2,02 0,82 0,00 2.84 71 0,46
1.20 0.30 0,39 0.03 1,92 0,49 0,00 2.41 80 0,46
pH
H,0 KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgila
nat.
Grau defloculaçâo
7.0
7.0
6.9
6.7
6.6
6.0
5.9
5.7
5.6
6.0
49
46
45
35
25
23
18
22
20
24
24
23
6
7
13
20
3
5
5
16
50296220
ANÂLISE: IPEAN
Ml/47
PERFIL N9 12 FOLHA SB.22-X-D
Classificaçâo — Podzólico Vermeiho-Amarelo textura média.
Localizaçâo — A 39 km do Rio Tocantins, na PA-70 em direçâo a Belém—Brasflia. Ponto 15.
Situaçâo e declividade — 1-3%.
Formaçao geológica e litologia — Cretéceo. Arenitos e argilitos.
Material originârio — Arenitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Nula a ligeira.
Vegetaçao — Floresta densa.
Uso atual — Pastagem e cultura de mandioca.
A-| 0-16 cm; bruno (10YR 5/3, ûmido); areia franca; fraca pequena granular e grâos simples;macio, muito friével, nao plâstico e nâo pegajoso; rafzes finas comuns; transiçio plana eclara.
Ag 16-26 cm; bruno amarelado claro (10YR 6/4, ûmido); franco-argilo-arenoso; fraca amoderada; média em blocos subangulares; ligeiramente duro, friâvel, ligeiramente plâstico eligeiramente pegajoso; rafzes finas e comuns; transicâo plana e gradual.
B-j 26-59cm; bruno amarelado (10YR 5/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; maciça comtendência a blocos subangulares; macio, friével, ligeiramente pléstico e ligeiramentepegajoso; rafzes finas poucas; transicâo plana e difusa.
B21 59-98 cm; bruno amareîado (10YR 5/4, ûmido); franco-argilo-arenoso; maciça corntendência a blocos subangulares, macio, friével, ligeiramente pléstico e ligeiramentepegajoso; transicâo plana e gradual.
B22 98-125 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ûmido); franco-argilo-arenoso; maciça comtendência a blocos subangulares; macio, friével, pléstico e ligeiramente pegajoso; rafzes finasraras.
Ml/48
PERFIL N? 12 FOLHA SB.22-X-D
LOCAL: A 39 Km do Rio Tocantins PA-70, em direcäo à Belém-Brasflia. Ponto 15
CLASSIFICAÇÀO: Podzólico Vermelho Amarelo textura média
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11475
11476
11477
11478
11479
0 - 16
16- 26
2 6 - 59
5 9 - 98
98-125
A,
A3
Bi
B«
0,68 0.07
0.58 0.06
0,37 0,04
0,29 0,03
0,22 0,02
10
10
9
10
11
0
64
80
74
76
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* K* Na* H* Al*"
V
%
2,70
0,30
0,15
0,10
0,15
0,50
0,20
0,05
0,10
0,05
0,20
0,04
0,04
0,04
0,04
0,02
0,02
0,01
0,01
0,01
3,42
0.56
0,25
0,35
0,25
1.15
2,30
1,80
1,47
1.18
0,00
1,00
1,00
1,00
0,80
4,57
3,86
3,05
2,82
2,23
75
14
8
12
11
1,38
0,46
0,46
0,46
0,46
PH
H2O KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila'
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5.5
4,3
4,4
4,6
4,9
5,1
3,8
3,9
3,9
4,0
50
41
28
30
39
24
20
17
15
22
15
16
26
24
11
11
23
29
31
28
X
14
2
14
X
100399355
100
ANÂLISE: IPEAN
111/49
PERFILN9 13 FOLHASC.22-X-A
Classificaçâo — Podzólico Vermelho-Amarelo concrecionârio plmtico.
Local izaçâo — A norte-noroeste de Santana do Araguaia — PA. Ponto 5.
Situaçâo e declividade — Encosta corn 2-3% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Filitos e xistos.
Material originârio — Filito-xistos.
Relevo — Suave ondulado.
Drenagem — Imperfeitamente drenado.
Erosäo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo — Cerrado.
Uso atual — Pastagem natural de grami'neas duras.
A i 0-20cm; bruno (10YR 5/3, ümido); franco; fraca muito pequena granular; friével,ligeiramente plâstico e ligeiramente pegajoso; transiçâo plana e clara.
A2 20-40 cm; bruno amarelado (10YR 5/4, ümido); franco; fraca muito pequena granular;friâvel, ligeiramente plâstico e ligeiramente pegajoso; transiçâo plana e clara.
B 40-60 cm; amarelo-avermelhado (7.5YR 6/6, ümido), mosqueado abundante pequeno eproeminente vermei ho-amarelado (5YR 5/6, ûmido); franco-argiloso; fraca muito pequenagranular; friâvel, plâstico e pegajoso; transiçâo ondulada e clara.
B2 60-90 cm; coloraçao variegada composta de amarelo brunado (10YR 6/6, ümido) evermei ho-amarelado (5YR 5/8, ûmido); franco-argiloso; moderada pequena a média blocossubangulares; friâvel, plâstico e pegajoso; transiçâo plana e clara.
Bg 90-120 cm+; coloraçao variegada composta de amarelo- avermelhado (7.5YR 6/6, ümido) evermelho-acinzentado (10R 3/3, ûmido); franco-argiloso; moderada pequena a média blocossubangulares; friâvel, pléstico e pegajoso.
Observaçôes: Concreçoes abundantes nos horizontes A-j e A2 e comuns no B1 e B2. Ph'ntitasemîbranda nos horizontes B2 e B3
IN/50
PERFIL N? 13
LOCAL: A norte-noroeste de Santana do Araguaia — Para. Ponto 5
CLASSIFICAÇÂO: Podzólico Vermelho Amarelo concrecionario plftico.
FOLHA SC.22-X-A
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiOj AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11649
11650
11651
11652
11653
0 - 20
2 0 - 40
4 0 - 60
6 0 - 90
90-120+
A,
A2
B,
Bj
0,06
0,04
0,03
0,03
0,03
85
85
86
84
87
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* K* Na* H* Al*
V
%
0,20
0,20
0.20
0,30
0.30
0,10
0,11
0.07
0.04
0,04
0,05
0,05
0.04
0,04
0,03
0,350,360,310,380,37
2,45
1,96
1,40
1.20
1.03
2,00
2,00
1,90
2,10
2,60
4,80
4.32
3,61
3,68
4,00
789
109
pH
H,0 KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau deftoculaçâo
5,4
5,3
5,4
5,2
5,3
13
14
10
3
4
38
31
29
29
28
31
40
33
35
34
18
15
28
33
34
ANÄLISE: IPEAN (Soil Testing)
111/51
4.5. Terra Roxa Estruturada
Nesta unidade taxonômica foram englobadossolos desenvolvidos sobre materiais ricos emminerais ferro-magnesianos, que däo origem àTerra Roxa Estruturada (Legftima) e solos desen-volvidos sobre materiais menos ricos em tais mi-nerais e que, portanto, diferem na coloraçao enos teores de óxido de ferro — Terra Roxa Estru-turada Similar.
A palavra estruturada, que vem de sua caracteri-zaçâo popular — Terra Roxa Estruturada — sedeve a estruturas subangulares bem desenvol-vidas, quando o solo apresenta-se seco, encon-trada principalmente no horizonte B, sendo estauma das mais comuns caracten'sticas desta uni-dade.
As principais caracten'sticas destes solos säo:possuir horizonte B textural, cerosidade mode-rada e fortemente desenvolvida no horizonte Brevestîndo as unidades estruturais, relativa difi-culdade de diferenciaçao dos horizontes, grandeestabilidade dos microagregados, efervescênciacom H2 O2 dévida a concreçôes de manganês eabundância de minerais magnéticos. Tratam-sede solos semelhantes aos descritos por LEMOSet alii para o Estado de Säo Paulo, aos citadospor CLINE para o Havai', aos Red Loam daAustralia, as Laterita Pardo Rojizas do Chile eaos Reddish Brown Lateritic Soils encontradosno sul dos Estados Unidos.
Säo solos de textura geralmente arg il osa, deperfil do tipo A, B e C. com profundidade médiaem torno de 150 cm, onde domina a cor no
matiz 2.5YR no horizonte A e 10R no B, comvalores e cromas baixos. Possuem boa fertilidadenatural e saturaçao de bases bastante elevada.
O horizonte A, subdividido em A p ou A-j e A3,possui espessura de aproximadamente 30 cm; acoloraçao varia de bruno avermelhado escuro avermelho escuro acinzentado, com matizes 5YRe 2.5YR, tendo valores e cromas baixos, entre 3e 4, a textura pertence à classe franco-argilo-arenosa ou argila; estrutura moderada médiagranular, sendo que o A3, pode apresentarestrutura em blocos subangulares; a consistênciaquando seco varia de ligeiramer.te duro a duro,de friével a firme quando ümido e pegajosoquando molhado; a transiçao para o horizonte Bgeralmente é plana e gradual, ou em alguns casosclara.
O horizonte B, com espessura variando de 90 cma 130 cm, normalmente subdividido em B-j, B2,e B3; a cor esté entre vermelho escuro acinzen-tado e vermelho escuro corn matiz variando de2.5YR a 10R, predominando mais vermelho que2.5YR, com valores de 3 a 5 e cromas entre 5 e6; possui textura da classe argila; a estrutura émoderada pequena e média em blocos subangu-lares, apresentando sempre cerosidade comumentre as superfi'cies estruturais; a consistênciavaria de duro a muito duro, quando seco, friévela firme quando o solo esté ümido e pléstico epegajoso quando molhado, com transiçâo para ohorizonte C graduai ou d if usa.
O horizonte C é geralmente pouco espesso,variando de 30 a 50 cm e com coloraçaosemelhante ao horizonte B, porém apresentandomosqueados provenientes do material originério.
CARACTERIZAÇAO MORFOLÛGICA E ANALITICA DA UNIDADE
PERFIL N? 14
Classificaçâo — Terra Roxa Estruturada Eutrófica.
Localizaçao — Km 9,4 da estrada Conceiçao do Araguaia—Nova Redençâo.
FOLHASC.22-X-B
111/52
Situacäo — Perfil em corte de estrada no terço medio da encosta.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano (xistos, quartzitos e serpentinitos).
Material originârio — Rocha ultrabâsica.
Relevo local — Ondulado.
Relevo regional — Ondulado a forte ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosao — Laminar ligeira.
Vegetacao — Floresta.
Uso atual — Vegetacao natural.
Ap 0-17 cm; bruno avermelhado escuro (2.5YR 3/4, ûmido); argila; moderada a forte, média agrande em blocos siibangulares e granular; muito friével, muito plâstico e pegajoso; transicäodifusa e plana.
A3 17-35 cm; bruno avermelhado escuro (2.5YR 3/4, ümido); argila; moderada média blocossubangulares; friâvel, muito plästico e pegajoso; cerosidade forte e abundante; transicäogradual e ondulada.
Bi 35-78 cm; vermelho acinzentado (10YR4/3, ûmido); argila; moderada a forte, média agrande em blocos subangulares; friâvel, muito pléstico e pegajoso; cerosidade forte eabundante;transicäo difusa e plana.
B2 78-140 cm; vermelho acinzentado (10R4/3, ûmido); argila; moderada a forte, média agrande em blooos subangulares; friâvel, muito plästico e pegajoso; cerosidade forte eabundante.
Observaçao: Atividade biologica muita no A e comum no B.
III/53
PERFIL N? 14 FOLHA SC.22-X-B
LOCAL: Km 9,4 da Estrada Conceiçao do Araguaia — Nova Redençâo (oeste de Conceiçao do
Araguaia) Ponto 1CLASSIFICACÄO: Terra Roxa Estruturada Eutrófica
ProtocoloProf.
cmHoriz.
Si O, AI2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11550
11551
11552
0-1717-3535-78
A3
Bi
0,900,390,30
0,160,080,06
65
5
00
0
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* K* Na* H* Al*
V
%
5.30 3,30 0.31 0.02 8,93 3,63 0,00 12,56 71 0,46
4.60 4.20 0,28 0,01 9,09 2,97 0,00 12,06 75 0,46
4.60 6,30 0.25 0,02 11,17 2,64 0.00 13,81 81 0,46
PH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5,4
5,8
5,8
4,8
4,9
5,0
11
7
X
14
7
X
40
33
48
35
53
52
28
42
32
20
21
38
ANÂLISE: IPEAN
111/54
PERFIL N? 15
Classificacäo — Terra Roxa Estruturada Eutrófica.
Localizacäo — Margern direita do Rio Fresco ± 53 km de S. Félix.
Situacäo e declividade — Perfil observado com trado em encosta com 0-2% de déclive.
Formacäo geológica e litológica — Pré-Cambriano. Andesito e riolitos.
Material originârio — Proveniente da decomposiçâo de rochas bâsicas (dique de diabâsio).
Relevo local — Piano e suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Praticamente nu la.
Vegetaçao — Floresta.
Uso atual — Extrativismo de castanha e létex.
Al
FOLHA SB.22-Y-B
Bi
B21
B22
0-15 cm; vermelho acinzentado escuro (10R 3/4, ümido); franco-argiloso; fraca a moderadapequena granular; friävel, plâstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
15-50 cm; vermelho acinzentado escuro (10R 3/3, ümido); argila; fraca e moderada pequenablocos subangulares; firme, muito plâstico e muito pegajoso; transiçao plana e difusa.
50-100 cm; vermelho acinzentado escuro (10R 3/3, ümido); argila; moderada pequenablocos subangulares; firme; muito plâstico e muito pegajoso; transiçao plana e difusa.
100-150 cm; vermelho acinzentado escuro (10R3/3, ümido); argila; moderada pequenasubangular; firme, muito plâstico e muito pegajoso.
Observacöes: Concrecöes tipo "chumbo de caca" no horizonte B?.
III/55
PERFIL N? 15
LOCAL: Margem direita do Rio Fresco ± 53 km de Sâo Félix.
CLASSIFICAÇÂO: Terra Roxa Estruturada Eutrófica.
FOLHASB.22-Y-B
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiOj AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
500 0 - 15 A,
501 1 5 - 50 B,
502 50 - 100 B2i
503 100-150 B M
19,15 11,98 20,18 2,72 1,31 1,85 0,08 23 6,11
11,77 16,32 22,12 1,23 0,66 0,67 0.03 22 11,26
23,32 18,61 26,97 2,13 1,11 0,45 0,03 15 11,84
22,46 18,10 23,09 2,10 1.16 0,34 0,02 17 10,81
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na* H* Al***
V
%
5,10
3,03
2,39
1.71
2,07
1,31
1,43
1,55
0,15
0,04
0,03
0,02
0,06
0,03
0,02
0,02
7,38
4,41
3,87
3,30
5,76
5,35
4,06
4,53
0,48
0,56
0,52
0,40
13,62
10,32
8,85
8,23
54
43
44
40
0,30
0,12
0,12
0,20
pH
HaO KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculacäo
5,0
5,4
5,4
5,6
4,6
4,5
4,5
4,8
20
16
13
12
11
8
7
7
47
44
31
39
22
32
49
42
1
2
1
1
ANÂLISE: IDESP
m/56
PERFILN9 16. FOLHASB.22-Y-B
Classificaçâo — Terra Roxa Estruturada Similar Distrófica.
Localizaçâo — Margem esquerda do Rio Fresco. Distante de Sao Félix 45 km.
Situaçao e declividade — Terço inferior de pequena elevaçâo corn 3% de déclive.
Formaçao geológica e litológica — Pré-Cambriano. Filitos.
Material originério — Proveniente da decomposiçao de filitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Nu la a ligeira.
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Extrativismo de castanha e lâtex.
A-j 0-10 cm; bruno avermelhado escuro (2.5YR 3/4, ûmido); franco-argiloso; fraca pequenagranular; friâvel, muito pléstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
B-j 10-40 cm; vermelho escuro (2.5YR 3/6, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangulares;friâvel, plâstico e pegajoso; transiçao plana e difusa.
^21 40-80 cm; vermelho escuro (2.5YR 3/6, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangularesfriâvel a firme, plâstico e pegajoso.
B22 80-160 cm+; vermelho escuro (2.5YR 3/6, ûmido); argila; fraca a moderada pequena blocossubangulares; friâvel a firme, muito plâstico e muito pegajoso.
Ml/57
PERFIL N? 16 FOLHASB.22-Y-B
LOCAL: Margem esquerda do Rio Fresco. Distante de Säo Félix 45km.
CLASSIFICAÇÀO: Terra Roxa Estruturada Similar Distrófica.
ProtocoloProf.
cmHoriz.
AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al+S
504 0 - 10 A,
505 1 0 - 40 B,
506 4 0 - 80 B21
507 80-160+ B22
21,39 15,55
26,63 18,23
24,07 20,78
18,18 19,89
9,12
9,12
9,89
9,89
2,33
2,48
1,97
1,55
1,70 1,76
1,88 0,64
1,51 0,23
1,18 0,17
0,05
0,03
0,03
0,02
35
9
8
9
7,26
15,76
18,93
27,27
Ca*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
K* Na* Al*
V%
2,79
0,36
0,56
0,56
1,59
1,24
0,76
0,36
0,19
0,09
0,03
0,03
0,03
0,02
0,02
0,01
4,60
1,71
1.37
0,96
3,25
2,11
3,95
4,57
0,36
0,32
0,32
0,36
8,21
4,34
5,64
5,89
56
39
24
16
0,26
0,12
0,12
0,12
pH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçào
4,05
4,10
4,40
4,30
3,50
3,00
3,10
3,05
13
9
9
11
8
6
5
5
44
40
36
46
35
45
50
48
2
1
1
1
ANÂLISE: IDESP
Hl/58
4.6. Solos Concrecionârios Lateri'ticos Indis-criminados
É uma unidade bastante ampla e que por näooferecer interesse agri'cola engloba tanto soloscom B textural, com B latossólico e mesmolitólicos. Ocupa relevo suave ondulado a forteondulado sob vegetacäo de cerrado ou floresta.
Esta unidade esté constitui'da por solos mediana-mente profundos, formados por uma mistura departi'culas mineralógicas finas e concrecöes devérios diâmetros, que na maioria dos casosrepresentam o maior volume da massa do solo.
O horizonte A, cuja espessura média esté emtorno de 20 cm, encontra-se escurecido pelamatéria orgânica, possui cor variando de bruno,no matiz 10YR, a vermelho escuro, no matiz2.5YR. O horizonte B de cor variando de brunoamarelado (10YR) a vermelho escuro (2.5YR).
Os perfis podem apresentar-se completamenteargiloso ou argilo arenoso no A e argiloso no B.Possuem boa distribuiçâo de poros e uma estru-tura em blocos subangulares mascarada pelasconcrecöes lateri'ticas.
Tratam-se de solos com perfil geralmente do tipoAcn, Ben e C, onde um horizonte A poucoprofundo assenta sobre um horizonte B deaproximadamente 50 cm ou mais. Apresen-tam-se portanto argilosos, muito fortementeécidos a écidos com baixa saturaçao de bases.
Sao similares aos descritos nos relatórios dasfolhas SB.23/24 e SA.23/24, e por näo ofere-cerem interesse agri'cola näo foram caracteriza-dos morfológica e analiticamente.
4.7. Brunizém Avermelhado
Os Brunizéns Avermelhadosencontrados na éreasäo medianaménte profundos, tendo seqüênciade horizontes A, B e C. Säo écidos e neutros,porosos e apresentam horizontes A mólico e Bargflico, havendo ni'tido contraste entre eles.
Possuem estrutura superficial granular e colora-cäo bastante escura no horizonte A, isto devidoà acumulacäo de matéria orgânica, com domi-nâneia provével de material fornecido pelasrai'zes, sendo geralmente de consistência näomais que ligeiramente dura quando seco.
O horizonte B, de estrutura em blocos angularese subangulares, possui coloracäo vermelho evermelho escuro, nos matizes 2.5YR e 10R,proporcionando um contraste com o A, de corbruno avermelhado escuro dominante.
O solo apresenta-se livre de carbonatos à seme-Ihança do que cita a literatura para solossimilares, com Ki em torno de 2,0 mais oumenos uniforme no perfil, o que représenta näohaver uma lixiviacäo diferencial marcante desi'lica e sesquióxidos. Säo argilosos e com cerosi-dade desenvolvida no B, onde a consistência édura quando seco.
Estes solos ocorrem em érea de relevo suaveondu lado a ondu lado , sob vegetacäonormal mente de floresta.
Na érea, säo desenvolvidos em diques e pequenosderrames ou corpos intrusivos associados asrochas sedimentäres paleozóicas, principalmentearenitos, encontrados na porçao leste.
CARACTERIZAÇAO MORFOLÓGICA E ANALITICA DA UNIDADE
PERFIL N? 17 (IPEAN 9.114/18)
Classificaçao — Brunizém Avermelhado.
Localizaçao — Rodovia Transamazônica, trecho Estreito — Rio Araguaia, km 93.
FOLHA SA.23-Z-D
Ml/59
Situacâo — Perfil coletado em corte de estrada.
Formaçao geológica — Suno-Cretâceo.
Material originério — Proven iente da decomposiçao de rochas bésicas.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Nu la e ligeira.
Vegetaçâo — Floresta de transiçao com babaçu.
Uso atual — Cobertura vegetal natural.
A-j 0-3 cm; bruno avermelhado escuro (2.5YR 3/4, ûmido); argilo-siltosa; moderada pequenaqranular; firme, plâstico e ligeiramente pegajoso; concreçoes laten'ticas comuns.
B2 12-50 cm; vermelho escuro (2.5YR 3/6, ûmido); argila; forte média prismâtica, que serompe em blocos subangulares; cerosidade moderada comum; concreçoes pequenàs demanganês.
111/60
PERFIL N? 17 (IPEAN 9114/18)
LOCAL: Rodovia Transamazônica, trecho Estreito-Rio Araguaia, km 93
CLASSIFICAÇAO: Brunizém Avermelhado
FOLHA SA.23-Z-D
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
9114 0 - 3 A, 20,45 13,72 29,55 2.54 1,07 4,48 0,42 11 0
9115 3 - 12 A3 19.71 15.22 30,82 2,19 0,96 2,26 0,25 9 0
9116 12 - 50 B2 29,35 21,29 22,44 2,33 1,40 1,06 0,12 9 12
9117 50- 90 B3 32,04 24,58 20,86 2,21 1,44 0,53 0.05 11 0
9118 90-130 C 29.04 22,65 20,67 2,20 1,40 0,36 0,03 12 12
COMPLEXO SORTIVO mE/100q
Ca+ Mg* Na+ A l "
V
%
18.67
11,22
6,52
6,092,30
7.256.679,39
10.84
11,81
0,64
0.79
0.37
1.30
1,07
0.05
0,06
0,06
0.06
0,08
26,61
18,84
16,34
18,29
15,35
5,854,734,021.842,99
0,00
0,00
0,20
0,00
2,03
32,46
23,57
20,56
20,13
20,37
82
80
79
91
75
0,36
0,14
0.14
0,14
0,14
pH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina
Silte Argil atotal
Argilanat.
Grau defloculaçâo
5,8
5.7
5,0
5,8
5,0
5.2
5.1
4,3
5,3
4,0
3
4
1
X
1
6
7
2
2
4
41
38
33
31
40
50
51
64
67
55
33
43
64
56
17
34
15
0
16
69
FONTE: SOLOS DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA - IPEAN
111/61
4.8. Areias Quartzosas
Areias Quartzosas sâo solos que apresentam umperfil pouco evolufdo, com baixa atividade deargila, saturacäo de bases baixa e soma de basesfreqüentemente bastante baixa. Sao permeaveis,de textura grosseira, cujo conteudo de argila naoultrapassa a 15% no horizonte B. Possuemcoloracäo nos matizes 10 YR e 5 YR e apresen-tam fraca diferenciacäo morfológica entre oshorizontes.
Podem apresentar perfil com o A muito fra-
camente diferenciado em A-j e A3 ou A-| e A2,com uma espessura bastante variavel, sobrejacen-te ao horizonte C.
Géralmente tratam-se de solos profundos, comperfil em média acima de 200 cm, que aparecemfortemente drenados, porosos e com consistên-cia muito friâvel ou mesmo solto em todo operfil.
Ocorrem em relevo piano e suave-ondulado sobvegetacäo de campo cerrado e floresta e tendocomo material originério arenitos.
CARACTERIZACÄO MORFOLÖGICA E ANALI'TICA DA UNIDADE
PERFIL N? 18
Classificacäo — Areias Quartzosas Distróficas.
FOLHASB.22-X-D
Localizacäo — Km 66 da Transamazônica, entre Marabâ e Araguatins. Munici'pio de Marabâ, Estado doParé. Ponto 7.
Situacäo e declividade — Area aplainada com o — 2% de déclive.
Formacäo geológica e litologia — Carboni'fero. Arenitos.
Material originârio — Sedimentos arenosos.
Relevo local — Piano.
Relevo regional — Piano.
Drenagem — Excessivamente drenado.
Erosao — Praticamente nu la.
Vegetacäo — Floresta.
Uso atual — Vegetacäo natural.
A i 0-17 cm; cinzento brunado-claro (10 YR 6/2, ûmido); areia franca muito fina; fraca muitopequena granular e gräos simples; solto, näo plästico e näo pegajoso; transicäo plana egradual a clara.
A2 17-75 cm; bruno claro-acinzentado (10 YR 6/3, ümido); areia franca; maciça porosa que sedesfaz em gräos simples; solto, näo pléstico e näo pegajoso; transicäo plana e clara.
Hl/62
C 75-145 cm+; vermelho (2.5 YR 5/8, ûmido); franco-arenoso; maciça porosa pouco coerehteque se desfaz em fraca pequena blocos subangulares e gräos simples; muito friâvel, näoplàstico e näo pegajoso.
Observacöes: 1 ) Rafzes finas e abundantes no A-] ; finas e comuns no A2.
2) Muita atividade de organismos no A^.
Ml/63
PERFIL N? 18 FOLHA SB.22-X-D
LOCAL: km 66 da Transamazônica entre Marabé e Araguatins, Municfpio de Marabé, Estado do
Para. Ponto 7CLASSIFICAÇÂO: Areias Quartzosas Distróficas
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN
C
N
100 Al
Al + S
11434 0 - 1711435 17- 75
11436 75-145 +
1.37
0.82
0.28
0,090,070,02
15
12
14
35
73
77
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
K+ Na* H*
V
%
0.800.200,15
0,400,300,05
0,080,050,03
0,010,010,01
1.290.560,24
5,24
3,45
1,51
0,701,500,80
7,235,512.55
18109
0,92
0,46
0,46
pH
H,0 KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argil a
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
4.3
3.8
4.7
3.63,64.1
52
49
50
24
25
24
19
19
13
5
7
13
1
X
5
80
100
62
ANÂLISE: IPEAN
IM/64
Morfologicamente, as vezes, podem apresentar-secom caracterfsticas de solos Podzólicos, diferen-ciando-se, porém, principalmente pelo grau dedesenvolvimento, que pode ser observado atravésdo perfil pela presence acentuada de mineraisprimérios.
Säo solos que possuem seqüência de horizonteA, (B) e C, tendo o A geralmente pequenaespessura, podendo estar ausente em areas dedéclives acentuados, devido à açâo erosiva.
O horizonte câmbico pode aparecer à superf i'cie,se o solo for truncado, ou estar imediatamenteabaixo de urn dos epipedons diagnósticos. Éconsiderado como parte intégrante do "solum",e esta dentro da zona geralmente atingida pelasrai'zes das plantas nativas.
4.9. Cambissolo
Esta unidade esta constitui'da por solos comhorizonte B incipiente (horizonte câmbico), naohidromórfico, apresentando certo grau dedesenvolvimento, porém nao suficiente paradecompor totalmente os minerais primârios defécil intemperizacäo.
Os processus de formaçâo destes solos jâ modi-ficaram ou alteraram bastante o material origi-nârio, desenvolvendo estrutura, se a textura foradequada para isto. Entretanto, os referidossolos nâo possuem acumuiaçao em quantidadessignificativas de óxidos de ferro, argila e humus,para que sejam considerados como B podzol ouhorizonte B textural.
Em materiais de textura pertencentes as classesargilosa ou média, o fator tempo contribui demaneira decisiva para desenvolver estrutura gra-nular ou em blocos.
CARACTERIZAÇAO MORFOLÔGICA E ANALfTICA DA UNIDADE
PERFIL N? 19
Classificaçâo — Cambissolo Distrófico.
Localizaçao — A 20 km de Marabé, indo para o Rio Araguaia, na Transamazônica. Ponto 16.
Situaçâo e declividade — 3 a 5%.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Filitos.
Material originârio — Filitos.
Relevo local — Suave-ondulado.
Relevo regional — Suave-ondulado e ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Nula e ligeira.
Vegetaçâo — Floresta densa.
FOLHASB.22-X-D
NI/65
Uso atual — Nenhum.
Camada de folhas em decomposiçao e frescas.
A-| 0-13 cm; bruno-amarelado (10 YR 5/4, ûmido); franco-siltoso; moderada pequena a médiaem blocos subangulares; friével, muito pléstico e ligeiramente pegajoso; rai'zes abundantes;transiçao plana e gradual.
A3 13-26 cm; bruno forte (7.5 YR 5/8, ûmido); franco a franco-siltoso; moderada pequena amédia em blocos subangulares; friével, muito plâstico e pegajoso; rai'zes finas e médiasabundantes, transiçao plana e clara.
(B-|) 26-38 cm; bruno forte (7.5 YR 5/6, ûmido); franco a franco-siltoso; fraca a moderada,pequena a média, blocos subangulares; friével, pléstico e pegajoso; rai'zes comuns, finas emédias; cascalhento (cascalho e alguns calhaus); transiçao plana e gradual.
(B2) 38-70 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/6, ûmido); franco-siltoso; moderada a média, blocossubangulares; friével, muito pléstico e pegajoso; rai'zes comuns médias finas; corn cascalho;transiçao plana e gradual.
C 70-83 cm; vermelho amarelado (5 YR 5/6, ûmido); franco; fraca, média, blocos subangula-res; friével, muito pléstico e pegajoso; rafzes poucas e finas; alguns filitos decompostos ecascalho; transiçao graduai.
III/66
PERFIL N? 19 FOLHA SB.22-X-D
LOCAL: A 20 km de Marabé, indo para o Rio Araguaia, na Transamazônica. Ponto 16
CLASSIFICAÇAO: Cambissolo Distrófico
Protocol oProf,
cmHoriz.
SiO, AUOa Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al+S
11470
11471
11472
11473
11474
0-13
13-26
26-38
38-70
70-83
A,
A3
(B,)
(B2)
C
0,87
0,65
0,46
0,32
0,27
0,11
0,090,06
0,04
0,04
8
7
8
8
7
6987939390
Ca+
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na* A f
V
%
0,30
0,15
0,15
0,15
0,15
0,40
0,05
0,05
0,05
0,05
0,42
0,21
0,11
0,06
0,05
0,020,010,010,010,01
1.14
0,42
0,22
0,17
0,26
3,93
3,20
2,31
1,39
1,00
2,50
2,90
2,80
2.40
2,30
7,576,525,333,963,56
15
6
4
4
7
0,92
0,46
0,46
0,46
0,46
PH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
3,9
4,0
4,3
4,6
4,6
3,5
3,6
3.6
3,7
3,7
13
12
10
11
10
1716181631
53
51
51
55
47
17
21
21
18
12
12
13
14
4
11
29
38
33
78
83
ANÂLISE: IPEAN
III/67
PERFIL N? 20 FOLHA SB.22-X-D
Classificaçâo — Cambissolo Distrófico.
Localizacäo — Fazenda Pau Preto, Municfpio de Marabé. Estado do Para. Ponto 10.
Situaçâo e Declividade — Perfil de trincheira, coletado no terço superior de elevaçao com 8-12% dedéclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Filitos.
Material originârio — Proveniente da decomposiçao de filitos.
Relevo local — Suave-ondulado.
Relevo regional — Ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosäo — Laminar ligeira.
Vegetaçao — Floresta.
Uso atual — Vegetaçâo natural e pastagem.
A-j 0-12 cm; bruno (10 YR 5/3, ûmido); franco; fraca pequena e média blocos subangulares;ligeiramente duro, friàvel, ligeiramente plâstico e ligeiramente pegajoso; transiçao plana egradual.
A3 12-23 cm; bruno (10 YR 5/3, ûmido); franco; fraca a moderada pequena blocossubangulares; ligeiramente duro, friâvel, pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
(Bi> 23-40 cm; bruno-amarelado (10 YR 5/4, ûmido); franco; pléstico e pegajoso; transiçaoondulada e gradual.
(B2) 40-57 cm; bruno-amarelado (10 YR 5/4, ûmido); franco; plâstico e pegajoso; transiçaoirregular e abrupta.
C 57-130 cm; material originârio em decomposiçao.
Observaçoes: 1 ) Concreçoes pequenas e comuns no A3 e muitas no B-j e B2.
2) Estrutura de dif feil diferenciaçâo devido as concreçoes que preenchem os horizon-tes B-j e B2.
III/68
PERFIL N? 20 FOLHA SB.22-X-D
LOCAL: Fazenda Pau Preto, Municfpio de Marabâ; Estado do Para, Ponto 10.
CLASSIFICAÇÂO: Cambissolo - Distrófico.
ProtocoloProf.
cmHoriz.
Si O, AI2O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11456 0 - 1 2 Aj
11457 1 2 - 23 A3
11458 23-40 (B,)
11459 4 0 - 57 (B,)
11460 57 -130 C
1,01
0,76
0,69
0,32
0,15
0,14
0.10
0,08
0,06
0,04
7
8
9
5
4
42
63
58
74
66
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Na+
V
%
0,80
0,50
0,50
0,20
0,15
0,70
0,60
0,40
0,10
0,05
0,21
0,08
0,32
0,21
0,15
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
1.52
1.19
1,23
0,52
0,36
5,00
3,28
2,75
1.63
0,78
1,10
2,00
1.70
1,50
0,70
7,626,475,683,651.84
20
18
22
14
20
1,84
0.46
0,46
0.46
0.46
pH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
4.3
4,0
4,4
4,8
5,2
3,8
3,6
3,7
3.8
4,1
11
8
9
11
2
3031252526
40
37
40
41
65
19
24
26
23
7
3
11
16
19
4
84
54
38
17
43
ANÂLISE: IPEAN
m/69
4.10. Gley Pouco Hümico
Esta unidade esta constituCda por solos desenvol-vidos sobre material de deposiçao relativamenterecente, mal drenados, fortemente âcidos, poucoprofundos e de textura pesada dominante.
Caracteriza-se por apresehtar condiçôes hidro-mórficas, o que proporciona condiçao de oxida-çâo e reduçâo no perfil conforme a oscilaçao dolençol freâtico. Os compostos férricos se redu-zem a ferrosos ou estes se oxidam, provocando oaparecimento de mosqueados amarelo-averme-Ihados, ou mesmo vermei hos, dentro do perfil.Sâ*o solos com baixo conteûdo de matériaorgânica, em média menor que 2,5% no horizon-te superficial e com estrutura em blocos suban-gulares ou mesmo prismética e granular.
Apresentam o horizonte A com espessura varian-do em torno de 46 cm, geralmente dividido emA-j e A3, em cores que väo do neutro aobruno-amarelado escuro, no matiz 10 YR e
freqüentemente com mosqueados pequenos,médios e/ou grandes amarelos (10 YR 7/8),bruno-amarelado (10 YR 5/6) ou mesmo cinza-claro (10 YR 7/2). Possuem textura geralmentefranco-argilo-siltosa; consistência firme, plästicae pegajosa.
O horizonte B, quando existente, e o horizonteC, apresentam uma espessura bastante variâvel ecaractensticas marcantes de gleyzacao com coresneutras (N 8/0) ou cinzento (10 YR 5/1), ondepodem ocorrer mosqueados médios e/ou gran-des, distintos ou proéminentes nas coresbruno-amarelado (10 YR 5/6), vermelho (5 YR5/8), vermeiho-escuro (2.5 YR 3/6) e cinzento-rosado (7.5 YR 7/2). A textura é argilo-siltosa, aestrutura em blocos subangulares, prismâtica oumacica.
Os Gley Pouco Hümicos sâo, portanto, soloscom perfis gleyzados, fendilhados super-ficialmente quando secos e nos quais a saturaçâoe os conteûdos de bases apresentam-sefreqüentemente baixos.
CAR ACTE RIZAÇÂO MORFOLOGICA E ANALITICA DA UNIDADE
PERFIL N? 21 FOLHASC.22-V-B
Classificaçao — Gley Pouco Hümico Distrófico.
Localizaçao — Sao Félix do Xingu, Estado do Para. Ponto 7.
Situaçâo e declividade — Perfil coletado com trado, parte plana com 0-1% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Quaternârio, Holoceno.
Material originârio — Sedimentosargilo-siltosos.
Relevo local — Piano .
Relevo regional — Piano.
Drenagem — Mal drenado.
Erosao — Praticamente nula.
III/70
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Floresta natural.
'1g
c2g
0-30 cm; bruno-acinzentado (10 YR 5/2, ümido), corn mosqueados comuns pequenos eproeminentes, amarelo-avermelhado (7.5 YR 6/6); franco-argilo-siltoso; fraca a moderadamédia, blocos subangulares; firme, pléstico e ligeiramente pegajoso; transiçao plana egradual.
30-50 cm; bruno-acinzentado (2.5 Y 5/2, ümido), com mosqueados comuns pequenos eproeminentes, amarelo-avermelhado (7.5 YR 6/6); argilo-siltosa; fraca média blocos suban-gulares; firme, plâstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
50-90 cm; (10 YR 6 / 1 , ümido), com mosqueados abundantes, médios e proeminentes,amarelo-avermelhado (7.5 YR 6/6) e poucos, pequenos e proeminentes, vermelho (10 R4/8); argilo-siltosa; maciça; plâstico e pegajoso; transiçao plana e gradual.
90-120 cm; coloraçâo variegada, composta de cinzento (10 YR 6 / 1 , ûmido) e amarelo-avermelhado (7.5 YR 6/6, ûmido); argilo-siltosa; maciça; plâstico e pegajoso.
111/71
PERFIL N? 21
LOCAL: Säo Félix do Xingu - PA - Ponto 7.
CLASSIFICAÇÂO: Gley Pouco Hùmico Distrófico.
FOLHASC.22-V.B.
ProtocoloProf.
cmHoriz.
Si O, AI2O3 Fe2O3
Ki KrN
C
N
100 Al
Al+S
11676
11677
11678
11679
0 - 3 0 A,
3 0 - 70 A3
7 0 - 9 0 C
90-120• g
0,51
0,35
0,19
0,08
0,06
0,06
0,04
6
6
3
88
88
88
81
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
Ca* Mg* K* Na* H* Al*
V
%
0,30 0,20
0,30 0.30
0,40 0,30
1,10
0.06
0,06
0.04
0,03
0 03
0.01
0,01
0,01
0,59
0,87
0,75
1.14
3,39
2,01
2,61
2.13
4,20
6,40
5,80
4,80
8,18
9,28
9,16
8,07
7
9
8
14
0,920.690.460.69
pH
H j O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
4,3 3,6
4,5 3,5
4,9 3,6
X
X
X
X
2249
12
46
48
39
49
32
48
52
39
19
7
5
6
41
41
90
85
ANÂLISE: IPEAN
Hl/72
4.11. Laterita H idromórfica
Compreendem solos bastante intemperizados,fortemente ëcidos, que apresentam drenagemmoderada ou imperfeita devido à natureza domaterial originârio, da presença de substratolentamente permeével e/ou da posiçao no relevo.A profundidade do horizonte plmtico évariévele condicionada pela altura m (nima do m'velfreâtico. As principals caracterïsticas desta uni-dade sâo: presença do horizonte A2 em forma-çâo e ligeiramente descolorido; presença demosqueados a partir da parte superior do B eaparecimento no B2 de urn material argiloso,altamente intemperizado, rico em sesquióxidos epobre em humus, sob forma de mosqueadovermeiho-acinzentado ou vermelho, em arranjopoligonal ou reticular, passando irreversivelmen-te a concreçoes, sob condiçoes especiais deumedecimento e ressecamento, denominado deph'ntita ou laterita. O horizonte B ph'ntitoaparece com a cor bésica da matriz bruno-amarelada e com espessura bastante variâvel.
Na area, somente foi constatada a LateritaHidromórfica de vârzea ou de drenagem mé. Pornäo constituir ârea extensa e näo oferecerinteresse agrfcola, esta unidade näo foi caracte-rizada morfológica e analiticamente.
4.12. Solos Aluviais
Sao solos predominantemente minerais, de for-macäo recente a partir da deposiçao desedimentos arrastados pelas âguas. Possuem umhorizonte A fracamente desenvolvido seguidopor camadas usual mente estratificadas. A com-posiçâo e a granulometria apresentam-se deforma bastante heterogênea, estando a naturezadas camadas estreitamente relacionada com 0tipo dos sedimentos depositados.
Näo hâ seqüência preferencial das camadas.Possuem textura que pode variar de areia francaà argila, estrutura fracamente desenvolvida na
primeira camada, deixando parecer o desenvolvi-mento de um horizonte A, ao quai se seguemcamadas estratificadas que geralmente näoapresentam entre si relaçao pedogenética.
Estes solos podem apresentar fertilidade naturalde média a alta; sâo pouco profundos ouprofundos, corn drenagem moderada ou imper-feita e sem problema de erosäo devido à suasituaçâo topogréfica.
No perfil o horizonte A apresenta-se com espes-sura variando de 10 a 30 cm, com coloracäoentre bruno-acihzentado muito escuro e bruno,nos matizes 10 YR a 7.5 YR, com valores de 2 a5 e cromas de 2 a 3 para solo ûmido. A texturavaria de areia a argila; a estrutura é granular oufraca pequena e média subangular; a consistênciavaria de solta a firme, näo plâstica a plâstica, näopegajosa a pegajosa.
As camadas subjaœntes apresentam composiçaogranulométrica distinta, sendó que a morfologiavaria principalmente em funcäo da textura.
Na ârea ocorrem Solos Aluviais Eutróficos eSolos Aluviais Distróf icos.
Os dados anah'ticos referentes a esta unidadeencontram-se nas tabelas de anëlises de amostraspara avaliaçao da fertilidade dos solos.
4.13. Solos Hidromórficos Gleyzados Indis-criminados
Solos que apresentam perfis com horizontesuperficial orgânico e orgânico-mineral, comgrande variaçâo em espessura, nos quais a maté-ria orgânica esta total ou parcialmente decom-posta ou em ambas as formas. Possuem seqüên-cia de camadas indiferenciadas ou de horizontesgleyzados do tipo Bg ou Cg. Este grupamento éconstitufdo de solos pouco evolufdos, mediana-mente profundos, muito mal a mal drenados,muito pouco porosos, muito âcidos e de baixa
111/73
capacidade de troca de cati'ons e saturaçâo debases.
O estudo das caracterfsticas morfológicas destessolos indica que säo desenvolvidos sob grandeinfluência do lençol freético, proximo à super-ffcie, ou mesmo nesta, pelo menos em certasépocas do ano. Apresentam cores acinzentadas eneutras (gleyzacäo) e, freqüentemente, algumaacumulaçâo de matéria organica na parte super-ficial.
Sao desenvolvidos a partir de sedimentos alu-viais, depósitos de baixadas e acumulacöes or-gan icas residuais que constituem formacöes re-feridas ao Holoceno. Variam grandemente emdecorrência da natureza do material de que saoprovenientes, podendo ser de textura das classesargilosa, média ou arenosa.
Sâo correlacionados aos solos Hidromórficosdescritos nos Levantamentos de Solos de outrasareas do Brasil.
Solos Hidromórficos constituem uma Subordemde Solos Intrazonais, estando grupados sob estadenominaçao solos pertencentes a diferentesGrandes Grupos. Os solos da area mapeada,inclufdos nesta Subordem, enquadram-se emGley Pouco Humico e Gley Hümico. Englobamapenas solos hidromórficos gleyzados, estandoportanto exclui'dos solos com plmtita.
Os solos componentes deste grupamento indis-criminado apresentam relevo praticamente pia-no, correspondente as areas de vârzeas. A vege-taçao dominante é de fisionomia herbâcea ondeas espécies mais importantes sao junco-do-brejo,gramfneas e ciperäceas que podem atingir até ummetro de altura, ocorrendo subarbustos emalguns locais.
CARACTERIZACÄO MORFOLÖGICA E ANALITICA DA UNIDADE
PERFILN9 22
Classificacâo — Solo Litólico Distrófico.
Por nao oferecer interesse agrfcola e dificuldadede acesso, alguns componentes desta unidadenao foram caracterizados morfológica eanaliticamente.
4.14. Solos Litólicos
A presente unidade esta constitui'da por solosonde o horizonte A repousa diretamente ou naosobre a rocha R, com perfil pouco evolui'do,bastante raso, de textura e fertilidade variâveldependendo do material originério.
Sao encontrados em âreas de relevo ondulado amontanhoso, geralmente sob vegetaçao arbórea,podendo também ocorrer em âreas de campocerrado.
Na érea podem ser encontrados Litólicos dearenitos, quartzitos, granitos, rochas eruptivasbésicas, f ilitos e xistos.
Estes solos apresentam horizonte A com espes-sura de 15 a 20 cm, fracamentedesenvolvido,constituindo em alguns casos perfis do tipo AC emais freqüentemente do tipo AR, podendotambém aparecer A11 e A12 sobre R.
Apresentam cores nos matizes 10YR e 5YR comvalores de 3 a 4 e cromas de 2 a 4, texturafranco-argilosa a argilosa, freqüentemente comcascalho, estrutura fracamente desenvolvida,geralmente subangular, consistência ligeiramentepegajoso a pegajoso. Este horizonte transicionapara a rocha de maneira abrupta ou clara e planaou ondulada.
FOLHA SB.22-Z-D
Ml/74
Localizaçâo — Êstado de Goiâs, km 65,9 da BR-010, saindo de Araguama rumo ao sul. Ponto 2.
Situaçâo e Declividade — Terço superior de corte de estrada, com 3-5% de déclive.
Formaçâo Geológica e Litologia — Carbon i'fero, Formacâo PiauC Folhelhos.
Material Originârio — Proveniente da decomposiçâo de folhelhos.
Relevo Local — Suave-ondulado.
Relevo Regional — Suave-ondulado.
Drenagem — Moderadamente drenado.
Erosâo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo — Cerradao.
Uso Atual — Pastagem natural.
Ap 0-16 cm; bruno-avermelhado escuro (2.5 YR 3/4, ûmido); argila; moderada pequena a médiablocos subangulares; friâvel, plàstico e pegajoso; poros pequenos e comuns; rafzes finas emédias muitas; transiçao plana e gradual.
B/C 16 — 36 cm; vermelho escuro (2.5 YR 3/6, ûmido); argila; moderada pequena média blocossubangulares; friâvel, plàstico e pegajoso; poros pequenos e comuns; rafzes finas e médiasmuitas; transiçao plana e clara.
R. 36—55 cm+; constitui'do de folhelhos intemperizados.
m/75
PERFIL N? 22 FOLHA SB.22-Z-D - P3
LOCAL: km 65,9 da BR - 0 1 0 , ao sul de Araguafna Estado de Goiäs. Ponto 2.
CLASSIFICACÄO: Solo Litólico Distrófico.
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
Al + S
11507 0 - 1 6 Ap
11508 1 6 - 3 6 B/C
0,64 0,06 11 82
0.69 0.07 10 91
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
K* Na* H* Al*
V
%
P2O5mg100g
0.40 0.40 0.13 0,01 0,94 2,76 4,50 8,20 11 0.69
0,30 0.30 0,15 0,02 0,77 3,42 7,80 11,99 6 0,46
pH
H , 0 KCI
COMPOSICÄO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculacäo
4.6 3.4
4,8 3.8
20
18
33
17
22
28
25
37
16
29
77
22
ANÂLISE: IPEAN
Ml/76
5. LEGENDA
A legenda de identificaçâo das unidades demapeamento esté formada, em sua maioria, porassociaçoes de solos devido ao carâter generali-zado do mapeamento. O padrao intrincado dealguns solos levou a serem estabelecidas, predo-minantemente, associaçoes constantes no mâxi-mo de très componentes.
Em primeiro lugar figura o componente demaior importância sob o ponto de vista deextensao ou de melhores qualidades para aagriculture, isto no caso de solos com areaséquivalentes. A seguir, em ordern decrescente,aparecem os demais componentes, sempre condi-cionados ao critério extensao e qualidade.
A determinaçâo das percentagens dos compo-nentes das associaçoes foi feita estimativamente
e baseada em inferências do padrâo interpre-tativo da imagern de radar, estabelecida duranteos trabalhos de campo.
Sao considerados como inclusôes, os solos queocupam extensao inferior a 15% da area total dedeterminada unidade de mapeamento, nâo sendopor essa razâo representados no mapa, emborasejam citados no relatório.
O si'mbolo de cada unidade de mapeamento estaem funçao do primeiro componente das associa-çoes. Assim a unidade que contiver o LATOS-SOLO VERMELHO-AMARELO como primeirocomponente receberé o sfmbolo LV.
A seguir a legenda de identificaçâo das unidadesde mapeamento encontradas na érea.
5.1. Legenda de Identificaçâb das Unidades de Mapeamento
Unidade de MapeamentoRelevo
Caract. Sfmbolo Associaçâb/Solo
MaterialOriginario
1 — Solos comB latossolo
LA1
LA2
LA3
LA4
LV1
LV2
LV3
+++ LA m a
+++LAa
+++LAa+CL
+++ LAm+ GPHd
+++LVA+ LR+ CL
+++LVAm+ LVA
Piano e suave ondulado
Suave ondulado a ondulado
Ondulado a forte ondulado(Fort dissscado)
Piano
Suave ondulado
Suave ondulado
Sedimentos argilosos(F. Barrelras)
Sedimentos argilosos(F. Barreiras e Itapicuru)
Sedimentos argilosos (F.Barreiras e Itapicuru)-Siltitose argilitos
Sedimentos do Holoceno
Filito—xistos e intrusivasbasicas e ultrabàsicas
Arenitos, siltitos e argilitos(F. Itapicuru)
++LVA+ LVA m
Suave ondulado Granitos, arenitos e argilitos
(continua)
111/77
(conti nuaçâo)
Caract
Unidade de Mapeamento
Sfmbolo Associacao/SoloRelevo
MaterialOriginârio
2 — Solos comB textural
LV4
LV5
LV6
LV7
LV8
LV9
LV10
BA
TR
PB1
PB2
PB3
PB4
PB5
PB6
++LVAm++HG++AQ
+++PVA+ PVA e
(PVA es)(LVA m)
+++ PVA en pi+ Lid
+++ PVA es.+ Lid+ Cd
++PVA++ PVA pi++LVA
++PVA++Lid
(AR)
++PVA+ TREe+ CL
Suave onduladoSedimentos arenosos doHoloceno
+++ LVA m+ CL+ PVAm
+++LVA+ CL
+++ LVA m pi+ GPHd
+++LVAm+ Lid
+++ LVA+ CL+ Lid
+++LVAm+ PVAm
+++BA+ TREe+ AQ
+++TREe+ PVA+ LVA
Suave ondulado
Suave Onduladoe ondulado
Piano
Suave ondulado
Suave ondulado e forteondulado
Suave ondulado
Suave ondulado e ondulado
Suave ondulado a ondulado
Arenitos, siltitos e folhelhos
Siltitos e folhelhos
Sedimentos do Holoceno
Arenitos, granitos e riolitos
Arenitos e itabiritos
Arenitos e argilitos
Rochas bésicas e arenitos
Vulcânicas (andesitos eriolitos).
Suave ondulado elocal mente ondulado
Granitos principalmente.Também sedimentos inconso-lidados retrabalhados
Suave ondulado aondulado
Filitos-xistos
Ondulado, moderadamentedissecado e suave ondulado
Filito-xistos
Ondulado, moderadamentedissecado
Granitos profundamentealterados
Forte ondulado Granitos e riolitosprincipalmente
Ondulado, moderadamentedissecado
Filito-xistos e intrusivasbésicas e ultrabésicas
(continua)
UI/78
(conti nuaçâo)
Caract.
Unidade de Mapeamento
Sfmbolo Associaçâo/SoloRelevo
MaterialOriginârio
3-Solosconcredónanos
4-Solosareno-quartzosos
PB7
PB8
CL1
CL2
AQ1
AQ2
AQ3
5 - Solos HGhidromórficos.
HL
6— Solos poucodesenvolvidos
R1
R2
R3
R4
R5
R6
+++PVA+ LVA
Ondulado, moderadamentedissecado
Folhelhos a arenitos
++PVA+ + L V A m
+ Lid
+++CL+ AQ
+++CL+ LVA
+++AQ
+++AQ+ CL
+++AQ+ LVAm+ CL
+++HG+ Ae+ Ad
+++HL+ HG+ Ae
XX AeXX AdXX HG
+++Lid+ PVA+ AR
++Lid++AR
++ Lid++ Lie++AR
+++Lid+ CL
+++ Lid+ TREd
Suave ondulado e ondulado
Suave ondulado aondulado
Suave ondulado e ondulado
Suave ondulado
Suave ondulado
Suave ondulado
Praticamente piano commicrorei evo
Praticamente piano commicrorelevo
Pracitamente piano commicrorelevo
Montanhoso e forte ondulado
Montanhoso e escarpado comareas aplainadas(S. ondulado).
Escarpado
Ondulado
Forte ondulado
Riolitos e arenitos
Siltitos e arenitos
Siltitos
Arenitos
Arenitos e siltitos
Arenitos e siltitos
Sedimentos de Holoceno
Sedimentes do Holoceno
Sedimentos do Holoceno
Granitos e riolitos
Arenitos do Eo-Cambriano(F. Gorotire)
Intrusivas ultrabésicas emetassedimentos
Siltitos
Filitos
*•+ Lid Forte ondulado com+ LVA éreas aplainadas
Arenitos do Eo-Cambriano
Ml/79
5.2. Simbologia usada na Legenda de Identificaçâo das Unidades de Mapeamento e nos quadras deAnâlises para Avaliaçâo da Fertilidade dos Solos
LA = Latossolo AmareloLVA = Latossolo Vermelho-AmareloLR = Latossolo RoxoCL = Solos Concrecionärios Laterfticos IndiscriminadosPVA = Podzólico Vermelho-AmareloPVA e = Podzólico Vermelho-Amarelo Equivalente EutróficoBA = Brunizém AvermelhadoTRE = Terra Roxa EstruturadaC = CambissoloAQ = Areias QuartzosasGPH = Gley Pouco HûmicoHG = Solos Hidromórficos Gleyzados IndiscriminadosHL = Laterita HidromórficaA = Solos AluviaisLi = Solos LitólicosAR = Afloramentos de Rochas+++ = Dominância: que ocupa mais de 50%++ = Codominância: que ocupa menos de 50% e mais de 20%+ = Subdominância: que ocupa menos de 50% e mais de 20%, na quai existe outro compo-
nente com mais de 50%.XX = Dominância, condominância e subdominância ignoradas( ) = Inclusaoe = Eutróficod = Distróficom = Textura médiaa = Textura argilosama = Textura muito argilosaen = Concrecionérioes = Cascalhentopi = Plfnticogr = Granito
Nota — É usada a especif icaçâo e — eutrófico (saturaçao de bases média e alta) — para distinguir de d —distrófico (saturaçao de bases baixa) — para a mesma classe de solos. Quando por definicao aclasse de solo compreender somente o carâter distrófico ou eutrófico, o mesmo é omitido nalegenda.
111/80
6. DESCRICÄO DAS UNIDADES DE MAPEA-MENTO
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA 1Latossolo Amarelo textura muito argilosaOcorre em relevo piano e suave ondulado nonordeste da ârea, na regiao dos platôs terciériosda Formaçâo Barreiras. Sao solos de texturamuito argilosa (argila > 60%), profundos amuito profundos, bem drenados, estrutura maci-ça e fertilidade natural baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA2
Latossolo Amarelo textura argilosaA principal ocorrência desta unidade de mapea-mento se verifica nas areas dissecadas de relevosuave ondulado a ondulado. O material origi-närio sao geralmente sedimentos argilosos doTerciério e do Cretéceo, Formaçôes Barreiras eItapicuru, respectivamente. Säo solos de texturaargilosa (percentagem de argila entre 35 e 60),profundos a muito profundos, bem drenados,estrutura maciça e fertilidade natural baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA3
Latossolo Amarelo textura argilosaSolos Concrecionârios Later fticos-lndiscri-minados0 relevo dominante desta unidade de mapea-mento é o forte ondulado com variacöes para oondulado. Nas partes mais fortemente dissecadasocorrem os solos concrecionârios que se apre-sentam corn textura argilosa, corn grande quanti-dade de concreçoes, sao medianamente profun-dos e de fertilidade baixa, a estrutura é geral-mente mascarada pelas concreçoes. Nas âreasmenos dissecadas aparece o Latossolo Amareloque figura como componente principal da asso-ciaçao. Sao solos profundos, de textura argilosa,com estrutura maciça e de fertilidade naturalbaixa. O material originärio desta unidade demapeamento é proveniente de sedimentos argi-losos das Formaçôes Barreiras e Itapicuru. Estalocalizada na regiao noroeste da area.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA4
Latossolo Amarelo textura médiaGley Pouco Hûmico DistróficoSao solos de textura média e argilosa, profundose medianamente profundos, imperfeitamente emal drenados, estrutura maciça e prismâticagrande composta de blocos subangulares, efertilidade natural variando de baixa a média.Ocorre unicamente nas cabeceiras do Rio Suru-bim ao norte da ârea. Sao formados a partir desedimentos do Holoceno, que estao em relevopraticamente piano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVjLatossolo Vermelho-AmareloLatossolo RoxoSolos Concrecionârios Lateriticos Indiscrimi-nadosA referida unidade ocorre em relevo suaveondulado ao sudeste da area, proximo ao RioAraguaia. O material originärio do componentemais importante da associaçao (Latossolo Ver-melho-Amarelo) é o filito-xisto, aparecendo asrochas intrusivas bâsicas e ultrabâsicas comomaterial originärio do Latossolo Roxo. Sao solosem gerat argilosos, bem drenados, as vezes comconcreçoes ao longo do perfil, com estruturamaciça e fertilidade natural variando de baixa amédia.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV2
Latossolo Vermelho-Amarelo textura médiaLatossolo Vermelho-AmareloA principal ocorrência desta unidade é nonordeste da area, proximo ao Rio Tocantins. orelevo dominante é o suave ondulado. Ocorreainda na confluência dos Rios Tocantins eAraguaia no leste da ârea, também em relevosuave ondulado. O material originärio dos soloscomponentes desta associaçao é constitui'do dearenitos, argilitos e folhelhos (Formaçâo Itapi-
111/81
curu. Sao solos de textura média e argilosa,profundos a muitos profundos, com estruturamaciça, bem drenados e fertilidade naturalbaixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - L V3
Latossolo Vermeiho-AmareloLatossolo Vermelho-Amarelo textura médiaEsta unidade de mapeamento ocorre em grandesextensöes ao leste e nordeste da ârea. Os solosdesta associaçâo sao profundos, têm estruturamaciça e'a fertilidade natural varia de baixa amédia. O material originârio dos referidos solos éconstitui'do por arenitos, argilitos e folhelhos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV4
Latossolo Vermelho-Amarelo textura médiaSolos Hidromórficos Gleyzados IndiscriminadosAreias QuartzosasA ûnica ocorrência da presente unidade demapeamento é ao norte de Marabâ proximo àmargem direita do Rio Tocantins. Sao solos detextura que varia desde arenosa até argilosa, comestrutura maciça e em graos simples, bem dre-nados, alguns imperfeitamente drenados, media-namente profundos e profundos e a fertilidadenatural é gérai mente baixa. Estes solos ocorremgeralmente em relevo piano e suave ondulado esäo formados a partir de sedimentos arenosos eargilosos do Holoceno.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - L V5
Latossolo Vermelho-Amarelo textura médiaSolos Concrecionârios Lateri'ticos IndiscriminadosPodzolico Vermelho-Amarelo textura médiaEsta unidade ocorre em relevo suave onduladonuma faixa que vai desde o su! de Araguatins ese estende até o sudeste da area. O materialoriginârio é formado de arenitos, siltitos efolhelhos.
Os solos componentes desta associaçâo possuemtextura que varia desde média a argilosa, saoprofundos e medianamente profundos, apresen-tam-se bem drenados, têm estrutura maciça e emblocos subangulares e a fertilidade natural geral-mente é baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV6Latossolo Vermelho-AmareloSolos Concrecionârios Later fticos IndiscriminadosA presente unidade de mapeamento é represen-tada por solos de textura argilosa, algumas vezescorn concreçoes, profundos e medianamenteprofundos, bem drenados, estrutura maciça, efertilidade natural baixa. Ocorre esparsamenteno leste e sudeste da area, em relevo suaveondulado e ondulado. O material originârio écomposto de siltitos e folhelhos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV7
Latossolo Vermelho-Amarelo texturamédia plfnticoG/ey Pouco Hûmico DistróficosSäo solos de textura média e argilosa, profundose medianamente profundos, imperfeitamente emal drenados, estrutura maciça e prismâticagrande composta de blocos subangulares e ferti-lidade natural variando de baixa a média. Ocorreprincipalmente as margens do Rio Itacaiûna nabaixada aluvial do Rio Bacajâ, ao norte da area.Sao formados a partir de sedimentos do Ho-loceno, que estâo em relevo praticamente piano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - L VgLatossolo Vermelho-Amarelo textura médiaSolos Litó/icos DistróficosOcorrem em relevo suave ondulado e sobrematerial originârio derivado de arenitos, granitose riolitos. Os solos componentes desta unidadede mapeamento possuem textura média, saoprofundos e as vezes rasos, bem drenados,estrutura maciça e fertilidade natural baixa. Apresente unidade localiza-se esparsamente nocentro e sui da ârea onde ocorre em pequenasextensöes.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LVgLatossolo Vermelho-AmareloSolos Concrecionârios Later fticos IndiscriminadosSolos Litólicos DistróficosEsta unidade de mapeamento ocorre somente nocentro da ârea, em relevo que varia desde o suaveondulado até o forte ondulado. O materialoriginârio é proveniente de arenitos, itabiritos e
111/82
canga da Serra dos Carajâs. Säo solos de texturaargilosa, as vezes com concrecöes, profundos,medianamente profundos e rasos, estrutura ma-ciça e indiscriminada, bem drenadose fertilidadenatural baixa.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - L VJQLatossolo Vermeiho-Amarelo textura médiaPodzólico Vermei ho-Amarelo textura médiaSäo solos de textura média, profundos, bemdrenados, estrutura maciça em blocos subangu-lares, e fertilidade natural baixa. Ocorre emrelevo suave ondulado. Têm como materialoriginârio arenitos e argilitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - BABrunizém AvermelhadoTerra Boxa Estruturada EutrôficaAreias QuartzosasEsta unidade de mapeamento é constitui'da desolos minerais, medianamente profundos a pro-fundos, desde argilosos até arenosos, bem aexcessivamente drenados, corn horizonte B tex-tural, a maioria, e com fertilidade natural vari-ando de alta a baixa. Sao solos encontrados emterrenos corn relevo suave ondulado e originadosda decomposiçao de rochas bâsicas e também dearenitos. A referida unidade ocorre unicamente aleste da area proximo à cidade de Araguatins.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - TRTerra Roxa Estruturada EutrôficaPodzólico Vermelho-AmareloLatossolo Vermelho-AmareloDesta unidade de mapeamento constam solosminerais, medianamente profundos a profundos,de textura argilosa, bem drenados, com horizon-te B textural e B latossólico e de fertilidadenatural variando de alta a baixa.
Esta unidade ocorre em grandes extensöes nocentro da area proximo aos Rios Xingu e Frescoem relevo suave ondulado a ondulado. Os solossäo provenientes da decomposiçao de andesitos eriolitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB1
Podzólico Vermelho-AmareloPodzólico Vermelho-Amarelo EquivalenteEutróficoEsta unidade é constitui'da de solos mineraiscom horizonte B textural, nao hidromórficos,argilosos, bem drenados, profundos, apresentan-do-se com saturaçâo de bases geralmente baixa,podendo porém ser alta, em alguns casos.
Outras classes de solos säo também encontradasnesta unidade de mapeamento, como inclusôes,como o Podzólico Vermelho-Amarelo casca-Ihento e Latossolo Vermelho-Amarelo texturamédia.
É encontrada no sul, no centro e no oeste daârea em relevo suave ondulado e localmenteondulado, sob vegetaçao de floresta de desenvol-vem-se sobre material proveniente da decompo-siçao de granitos, filito-xistos, riolitos ou sedi-mentos inconsolidados retrabalhados.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB2
Podzólico Vermelho Amarelo concrecionârioplfnticoSolos Litólicos DistróficosCompreende solos minerais, medianamente pro-fundos e rasos, bem drenados, sendo que noPodzólico Vermelho-Amarelo hâ ocorrências deconcrecöes laterfticas e plfntita.
S§o encontrados no sudeste da area, proximo aoRio Araguaia em relevo ondulado a suave ondu-lado e säo derivados de filitos e xistos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB3
Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhentoSolos Litólicos DistróficosCambissolo DistróficosEsta unidade de mapeamento é constitui'da desolos minerais, medianamente profundos e rasos,apresentando cascalhos ao longo de perfil, bemdrenados e bem diferenciados.
III/83
Säo encontrados em areas de relevo ondulado,moderadamente dissecado e tendo origem apartir da decomposiçao de filito-xistos. Ocorreem grandes extensoes no leste da area e seestende em largas faixas até o sudeste.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB4
Podzólico Vermeiho-AmareloPodzólico Vermei ho-Amarelo plfnticoLatossolo Vermei ho-AmareloA unidade de mapeamento em questäo compre-ende solos minerais de B textural e B latossólico,medianamente profundos a profundos, bem dre-nados, âcidos, apresentando textura argilosa eestrutura em blocos ou maciça com aspecto defraca pequena granular, no horizonte B.
Estes solos säo encontrados em grandes exten-soes no norte da érea e se estendem até onoroeste. O relevo dominante é o onduladomoderadamente dissecado e säo originados dadecomposiçâo de granitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB5
Podzólico Vermelho-AmareloSolos Litólicos DistróficosEsta unidade de mapeamento compreende solosminerais, profundos a rasos, bem drenados,âcidos, gérai mente de textura argilosa, e sujeitosà açao erosiva. Säo encontrados em relevo forteondulado, e sâo provenientes da decomposiçâode granitos e riolitos. A referida unidade ocorreprincipalmente no centro-oeste e no norte daârea, e esparsamente em pequenas extensoes nocentro da area.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB gPodzólico Vermelho-AmareloTerra Roxa Estruturada EutróficaSolos Concrecionârios Laterfticos IndiscriminadosEsta unidade de mapeamento é constitufda desolos minerais, medianamente profundos, bemdrenados, de textura argilosa e apresentam hori-zonte B textural, sendo que alguns possuemconcreçoes lateri'ticas em todo o perfil.
Säo encontrados em relevo ondulado modera-damente dissecado e originârios da decompo-siçâo de filito-xistos, intrusivas bâsicas e ultrabâ-sicas, advindo destas ultimas a formaçâo de solosde fertilidade natural elevada. As ûnicas ocorrên-cias desta unidade se verificam a leste da area, namargem esquerda do Rio Araguaia, proximo àrodovia Transamazônica e proximo a Conceiçâodo Araguaia.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB?
Podzólico Vermelho-AmareloLatossolo Vermelho-AmareloEsta unidade de mapeamento compreende solosminerais, argilosos, profundos, bem drenados,com horizontes diferenciados ou näo e consis-tência firme a friâvel, quando o solo esta ümido.Os solos desta unidade possuem seqüência dehorizontes A, B e C, ocorrem no extremonoroeste da area em relevo ondulado moderada-mente dissecado e säo provenientes da decom-posiçâo de folhelhos e granitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PBgPodzólico Vermelho-AmareloLatossolo Vermelho-Amarelo textura médiaSolos Litólicos DistróficosEsta unidade de mapeamento é constitufda desolos minerais, de textura argilosa e média,profundos ou rasos, bem drenados e com hori-zontes diferenciados em A, B e C ou A e R.
Säo encontrados em pequenas extensoes ao sulda ârea em relevo ondulado e suave ondulado eprovenientes da decomposiçâo de riolitos ea re ni tos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - CL jSolos Concrecionârios Laten ticos IndiscriminadosAreias QuartzosasConstam desta unidade de mapeamento solosminerais, rasos a profundos, com textura quevaria de argila a areia, estrutura de diffcilcaracterizaçao, em muitos casos, devido à grandequantidade de concreçoes laterfticas, em outros
111/84
apresentando-se em gräos simples ou ainda ma-ciça com aspecto de fraca muito pequena granu-lar. Compreendem solos bem a excessivamentedrenados, encontrados em relevo suave onduladoe ondulado e provenientes da decomposicäo desiltitos e arenitos. A ocorrência desta unidade serestringe ao sudeste da area.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - CL2
Solos Concrecionârios Laterfticos IndiscriminadosLatossolo Vermelho-AmareloEsta unidade de mapeamento é constitui'da desolos minerais, argilosos, rasose profundos, bemdrenados, sendo que na maioria dos casosapresentam concrecöes ferruginosas de diversasformas e tamanhos.
Os solos em questäo sâo encontrados no sudesteda ârea, em relevo suave ondulado e ondulado,provenientes da decomposicäo de siltitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO -AQjAreias QuartzosasEsta unidade de mapeamento compreende solosminerais, arenosos, profundos, excessivamentedrenados, muito âcidos e de fertilidade naturalmuito baixa. Sao solos que ocorrem em grandesextensoes a leste da area normal mente em relevosuave ondulado e originârios de materiais prove-nientes da decomposicäo de arenitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - AQ2
Areias QuartzosasSolos Concrecionârios Laterfticos IndiscriminadosConstam desta unidade de mapeamento solosminerais, arenosos e argilosos profundos e rasos,excessivamente drenados, sendo que em algunscasos apresentam concrecöes lateri'ticas, preen-chendo total ou parcialmente o perfil do solo.Estes solos apresentam-se em terrenos comrelevo suave ondulado e säo originados a partirde materiais provenientes da decomposicäo dearenitos e siltitos. A ûnica ocorrência destaunidade se observa a leste da area mapeada.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - AQ3
Areias QuartzosasLatossolo Vermelho-Amarelo textura médiaSo/os Concrecionârios Laterfticos IndiscriminadosEsta unidade de mapeamento compreende solosminerais, profundos e rasos, desde determinadoscasos aparecem concrecöes lateri'ticas, de formase tamanhos variados, ocupando grande parte damassa do solo. Säo geralmente de baixa fertili-dade natural.
A referida unidade ocorre a leste da area emrelevo suave ondulado e os solos componentessäo formados de materiais provenientes da de-composicäo de arenitos e siltitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - HGSolos Hidromórficos G/eyzados IndiscriminadosSolos Aluviais EutróficosSolos Aluviais DistróficosEsta unidade de mapeamento é constitui'da desolos na maioria récentes, de natureza minerai,medianamente profundos, de textura geralmenteargilosa, com caracteri'sticas comuns relativas àinfluência de umidade, permanente ou tempo-râria, condicionada quase sempre pela topo-grafia.
Ocorre nas plani'cies aluviais dos grandes rioscomo o Tocantins, o Araguaia e o Xingu, commicro relevo e provenientes de sedimentos doQuaternârio, pen'odo Holoceno.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - HLLaterita HidromórficaSolos Hidromórficos G/eyzados IndiscriminadosSolos Aluviais EutróficosEsta unidade de mapeamento compreende solosminerais, moderadamente profundos, geralmenteargilosos, pouco desenvolvidos e sempre condi-cionados à influência de hidromorfismo. Säosolos âcidos a muito âcidos com alta percen-tagem de alumfnio trocävel, encontrados emterrenos praticamente pianos, apresentando
111/85
micro relevo e sâo formados sobre sedimentosdo Quaternârio, perfodo Holoceno.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - ASolos Aluviais EutróficosSo/os Aluviais DistróficosSolos Hidromórficos Gleyzados IndiscriminadosEsta associaçâo de solos ocorre em ilhas ebaixadas aluviais ao longo dos grandes rios,formando complexo de estrias meândricas (di-ques marginais) e "back-swamps". Resultam desedimentaçâo de materiais récentes (Holoceno),de natureza silte-argilosa, carreadas pelas corren-tes e deposicöes organicas.
O relevo é praticamente piano com micro relevode estrias e depressöes locais alongadas.
Os solos componentes desta unidade apresen-tam-se pouco a moderadamente desenvolvidos ebastante influenciados pelo hidromorfismo de-vido ao lençol freético elevado e as periódicasinundacöes. Sao de textura média a argilosa,medianamente profundos em relaçâo ao lençolfreético, mal drenados e de fertilidade alta amédia.
Os solos aluviais ocupam as posiçoes maiselevadas e mais próximas as margens dos rios,notadamente os diques marginais, sendo que oshidromórficos, as posiçoes mais baixas do relevo(plani'cie de inundaçao).
1UNIDADE DE MAPEAMENTO - /?,Solos Litólicos DistróficosPodzólico Vermelho AmareloAfloramentos RochososEsta unidade de mapeamento ocorre esparsa-mente, em extensöes relativamente grandes, nocentro e no sul da area estudada. É constitui'dapor solos de textura argilosa, rasos e mediana-mente profundos, bem drenados, estrutura indis-criminada e em blocos subangulares, e fertilidadenatural baixa. O relevo da referida unidade variade forte ondulado a montanhoso e o materialoriginério é composto de granitos e riolitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - R2
Solos Litólicos DistróficosAfloramentos RochososA referida unidade de mapeamento ocorre emrelevo montanhoso a escarpado, as vezes cons-tata-se a presença dos Solos Litólicos em areasaplainadas de relevo suave ondulado. Sao solosrasos a muito rasos, de textura e estruturaindiscriminada, bem drenados e fertilidade natu-ral baixa. Estäo em terrenos pertencentes aoEo-Cambriano.cranquém.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - R3
Solos Litólicos DistróficosSolos Litólicos EutróficosAfloramentos RochososA presente unidade de mapeamento ocorre empequenas extensöes, ao leste e sudeste da area,proximo à margem esquerda do Rio Araguaia. Orelevo dominante é o escarpado, e o solo quefigura como segundo componente da associaçâotem sua origem a partir de rochas ultrabésicas, oque Ihe confère uma fertilidade alta. Os demaiscomponentes da associaçâo säo originârios demetassedimentos. Säo solos rasos a muito rasos,de textura e estrutura indiscriminada, bem dre-nados e que, mesmo os de fertilidade alta, säoinaptos ao uso agn'cola devido ao relevo e àprofundidade.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - R4
Solos Litólicos DistróficosSolos Concrecionârios Laten ticos IndiscriminadosOs solos componentes desta associaçâo sêfooriginados da decomposiçâo de siltitos. A prin-cipal ocorrência da referida unidade se verifica aleste da area numa faixa que vai desde proximo àcidade de Xambioâ e se estende até o sudeste.Sao solos rasos, pedregosos.e medianamenteprofundos, de textura geralmente argilosa, aestrutura é geralmente mascarada pela grandequantidade de concreçôes, säo bem drenados ede fertilidade natural baixa.
III/86
UNIDADE DE MAPEAMENTO - R5
Solos Litólicos DistróficosTerra Roxa Estruturada DistróficaA presente unidade de mapeamento é compostade solos rasos e profundos, bem drenados, comtextura argilosa, e de fertilidade variando debaixa a média. É encontrada somente no centroda ârea à margem direita do Rio Xingu, emrelevo forte ondulado e os solos componentessao desenvolvidos sobre filitos.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - R6
Solos Litólicos DistróficosLatossolo Vermelho AmareloA referida unidade de mapeamento é encontradaas proximidades da Serra Norte no centro-lesteda ârea. Os solos componentes da associaçao säorasos e profundos, bem drenados, com texturaargilosa e de fertilidade natural baixa. Ocorremem relevo montanhoso a escarpado, notando-se apresença do Latossolo Vermelho Amarelo, geral-mente, em äreas aplainadas. O material originâ-rio destes solos é proveniente da decomposiçâode arenitos do Eo-Cambriano.
111/87
7. USO ATUAL
7.1. Agricultura
A atividade agrfcola na regiao do presenteestudo, excetuando pequenas âreas, apresenta-seainda pouco desenvolvida, como decorrênciaprincipalmente da falta de conhecimentos téc-nicos, deficiência de recursos financeiros, dificul-dades de transportes, escassez e preços elevadosde insumos, aliado a um sistema de comerciali-zaçao inadequado.
É, portanto, uma agricultura de técnicas rudi-mentäres, que apresenta produtividade muitobaixa, refletindo um rendimento mi'nimo, alémde exigir constante destruiçâo das matas.
O agricultor, de um modo gérai, permanece nummesmo local tempo nunca superior a 3 anos,devido ao empobrecimento do solo provocadon§o só pela retirada dos nutrientes pelas co-Iheitas, mas também pelo processo de lixiviaçào,como conseqüência da grande pluviosidade.
Para efeito de uma melhor visual izaçao damatéria, foi tornado em consideraçao o estudorealizado pelo IBGE, no sentido de evitar muitasgeneralizaçoes. Assim sendo, a ârea foi divididanas seguintes zonas fisiogrâficas:
1. Zona do Xingu2. Zona do Itacaiûnas3. Zona do Jacundé—Pacajâ4. Zona do Planalto5. Zona do Tocantins6. Zona do Araguaia—Tocantins7. Zona do norte goiano
Zona do Xingu Esta zona, particularmente oMunicfpio, de Altamira, com a construçâo darodovia Transamazônica, vem sofrendo um pro-cesso de ocupaçao acentuado como decorrênciada implantaçao de Agrovilas pelo Instituto Na-cional de Colonizaçao e Reforma Agrâria, doMinistério da Agricultura. A regiao além depossuir extensas âreas inexploradas e contar com
o planejamento do governo central tem manchasde solos considerados de fertilidade naturalmédia a alta, condiçao que permite ao agricultorretirar boas colheitas por unidade de érea.
Dentre as culturas que se destacam, podem sermencionadas as seguintes: milho, feijao, man-dioca, sendo que a pimenta-do-reino e a cana-de--açûcar começam a ser introduzidas.
Zona do Itacaiûnas Embora em menores propor-çoes que a zona do Xingu, nesta regiao também,corn a construçâo de rodovia de integraçaonacional, estao sendo instaladas Agrovilas, com oobjetivo de ocupar e explorar de forma racionalos seus recursos naturais.
Na verdade, esta ârea nao tradicionalmenteagrfcola, pois é na pecuéria e na exploraçâoextrativa, principalmente a castanha, que re-pousa a sua economia. Entretanto, as culturastradicionais da regiao, como milho, mandioca efeijäo, merecem destaque, por serem de subsis-tência e proporcionarem alguma fonte de rendapara o agricultor.
Zona do Jacundâ—Pacajâ — É uma das zonasfisiogrâficas de menor produçâo, devido princi-palmente à pequena densidade demogrâfica,além de outros fatores anteriormente mencio-nados.
Os agricultures desta ârea sâo formados pelaquase totalidade da populaçao local, que cultivaa terra sem técnica e dentro de urn empirismotradicionalista que limita a sua produçâo.
Aqui, culturas que merecem destaque, sao ascorrelacionadas corn a subsistência, isto é, amandioca, o milho e o feijao.
Zona do Planalto — Esta regiao tem a vantagemde possuir algumas manchas de solo corn fertili-dade natural de média a alta, permitindo assim aretirada de melhores colheitas.
III/88
É uma ârea que apresenta boas perspectivas,principalmente por ficar as proximidades darodovia Belém—Brasilia, além de, dentro embreve, ficar ligada a Belém, através da rodoviaPA-70.
As cultures principais sâo: mandioca, feijâo,arroz e milho.
Zona do Tocantins — Como na Amazoniaprédomina a agricultura tradicional, caracte-rizada pelas queimadas constantes e baixosrendimentos.
Esta zona fisiogrâfica tem o munici'pio deCametâ como o maior centro produtor. Asculturas que merecem destaque sao aquelasconsideradas de subsistência, sendo que a man-dioca, o arroz e o milho sâo as mais importantes.
Além destas, o cacau, de natureza nativa, cons-titui grande fonte de renda para a regiâo, onde éencontrado em solos de vârzea, vegetando princi-palmente sob as seringueiras (Hevea brasiliensis)e andirobeiras. Vale ressaltar porém, que suaprodutividade é muito baixa, atingindo umamédia de 200 g por pé.
Atualmente, a CEPLAC, possui urn escritório,em Cametâ.com o objetivo de apoiar a lavouracacaueira, restaurando os cacauais existentes eincrementando a implantaçâo de novas culturas,jâ corn o emprego de sementes selecionadas.
Zona do Araguaia—Tocantins — Apresenta-se, nogérai, como as demais zonas fisiogrâficas, pos-suindo como principais centras produtores osseguintes munici'pios: Araguafna e Xambioé.
O sistema tradicional do uso da terra, como asqueimadas constantes, a deficiência ou escassezde insumos generalizados, sao marcantes nestaârea.
Tem no arroz, feijao e milho seus principaisprodutos agncolas.
Zona do Norte Goiano — É uma das zonasfisiogrâficas que apresenta produçâo relativa-mente elevada.
Pelo aproveitamento de determinadas âreas, defertilidade natural média a alta, vem se desenvol-vendo uma agricultura capaz de produzir osuficiente para abastecer o mercado local, sendoque os excedentes sao exportados para outrascentros consumidores.
Seus principais produtos agrfcolas sâo: arroz,milho e feijao.
7.2. Pecuària
Este ramo da atividade humana apresenta-se comperspectivas bem promissoras em zonas fisiogrâ-ficas ecologicamente favorâveis e onde se fazsentir a açâo do governo central, através dosincentivos fiscais.
Outrora, devido à falta ou escassez de recursosfinanceiros, aliada ainda à inexistência de umamaior motivaçâo, a pecuâria se desenvolvia emcarâter extensivo, excfusivamente em regiöesdotadas de pastagens naturais. Entretanto, com aabertura e melhoramento de estradas, a facili-dade de aquisiçâo de terras e com a pol i'tica deocupaçâo e ampltaçâo das fronteiras geoeconô-micas, algumas âreas florestadas, anteriormentede dif feil acesso, estâo sendo transformadas empastagens artificiais, destinadas à criaçâo bovina.
Na ârea do presente estudo, vale ressaltar aszonas fisiogrâficas de Itacaiünas e norte goiano,tendo como principais centros criatórios osmunici'pios de Marabâ e Couto Magalhâes.
A pecuâria é conduzida dentro de um sistemaextensivo controlado, diferindo do extensivotradicional por apresentar determinadas caracte-rfsticas como: pastagem natural, introduçâo dereprodutores e matrizes melhoradas, cercas sub-divididas, para permitir o rodi'zio nas pastagens eimpedir o cruzamento inconveniente.
111/89
Nestas areas as forrageiras mais difundidas estäorepresentadas pelo capim coloniäo (Panicum
maximum) e capim jaraguâ (Andropogon rufus).
111/90
8. APTIDÄO AGRfCOLA
Com respeito ao aproveitamento racional de umlevantamento pedológico, dentre as suas mülti-plas finalidades esta a de déterminai-, com basenas caracterfsticas do solo e do meio ambiente,quäl o fator ou fatores limitantes da producäodos cultivos e quais as possibilidades existentespara uma exploracäo agropecuéria melhorada. Afinalidade de qualquer levantamento de solo éproporcionar dados concretos para a sua uti l i-zaçâo e meios para a sua correlaçao com areassimilares em outras regiöes.
No presente trabal ho como metodologia deinterpretaçâo, foi utilizado o sistema de classi-ficaçao de uso da terra proposto por BEN-NEMA, BEEK e CAMARGO, por se tratar deurn sistema maleével, com alta possibilidade deadaptacao local e também por levar em contafatores ambientais como responsâveis pela utili-zaçao agrfcola do solo.
8.1. Condiçôes Agri'colas dos Solos e Seus Grausde Limitaçoes
No estudo das condiçôes agrfcolas dos solostorna-se necessârio o estabelecimento do con-ceito de urn solo ideal para agricultura, para sertornado como referenda, na descricao das con-diçôes dos demais solos existentes.
Este solo ideal, é aquele com maior potenciali-dade para o crescimento das mais altas formasorganizadas de associaçoes végétais. Possui umaalta fertilidade natural, näo apresenta deficiên-cias de égua ou de oxigênio, näo é susceptfvel àerosao e näo apresenta impedimentos ao uso deimplementos agri'colas.
As condiçôes agri'colas atuais dos solos estu-dados neste trabalho, serao entäo consideradascomo desvios em relaçao ao solo de referenda.
Podem ocorrer entretanto, solos que, emboradiferindo do solo ideal em um ou mais aspectos,apresentam condiçôes iguais ou melhores para o
desenvolvimento de determinadas culturas,como arroz (adaptado ao excesso de égua).
Os desvios dos diversos solos em relaçao ao solode referenda (ideal), serao considerados comolimitaçoes ao uso agrfcola e pödem se apresentarem diversos graus, determinados por cincoclasses: nula, ligeira, moderada, forte e muitoforte.
Seräo considerados os seguintes aspectos dascondiçôes agri'colas dos solos:
Deficiência de fertilidade naturalDeficiência de âguaExcesso de égua (deficiência de oxigênio)Susceptibilidade à erosâoImpedimentos ao uso de implementos agri'colas
Estes fatores näo representam, entretanto, emsua totalidade, as condiçôes agrfcolas dos solos,necessérias para uma avaliaçao detalhada. In-dicam, porém, a aptidäo gérai dos solos para usoagn'cola. Além das propriedades dos solos,outros fatores como temperatura, luz, ambientebiológico, aspectos econômicos e sociais, säoimportantes na avaliaçao do potencial do solopara agricultura.
Observe-se que um determinado aspecto dascondiçôes agrfcolas dos solos esté na depen-dência de uma ou mais propriedades do solo edas condiçôes mesológicas. A susceptibilidade àerosao esté, por exemplo, na dependência dasseguintes propriedades: declividade, textura, per-meabilidade, t ipo de argila, profundidade, alémda intensidade e distribuiçao das chuvas.
Corn uma répida descriçao da influência dasdiversas propriedades do solo e do ambiente emcada um dos aspectos das condiçôes agrfcolasdos solos, tornar-se-äo mais compreensfveis asrelaçoes entre estas propriedades e as referidascondiçoes agrfcolas.
111/91
Deficiência de fertilidade natural
Refere-se à disponibilidade de macro e micronu-trientes no solo, seu aproveitamento pelas plan-tas e presença ou ausência de substâncias tóxicas(alumfnio, manganês e sais solûveis — especial-mente sódio).
Em virtude da carência de dados para interpre-taçâo baseada na presença de macro e micronu-trientes no solo, säo utilizados em substituicäooutros dados qui'micos, direta ou indiretamenteimportantes, com relaçâo à fertilidade. Os valo-res que melhor se relacionam corn a fertilidadesao: saturaçao de bases (V%) e saturaçao comalumfnio, soma de bases trocâveis (S) e atividadedo ciclo orgânico (floresta em relaçâo ao cer-rado). Outros dados importantes como nitro-gênio total, relaçâo C/N, P2O5 total, alumi'niotrocével, cations trocâveis e capacidade de trocade cations (T), sâo pouco utilizados em virtudeda sua mais diffcil interpretaçao, pois suasrelaçôes com a fertilidade natural nao se achamperfeitamente esclarecidas nos solos tropicais.
Corn base apenas nos dados qufmicos dispo-ni'veis, nem sempre é possfvel obter-se umaconclusao correta a respeito da fertilidade de umsolo tropical. Sao indispenséveis, portanto, asobservaçoes de campo, principalmente acerca douso da terra, produtividade, qualidade das pas-tagens, assim como, relaçôes entre a vegetaçaonatural e a fertilidade.
As definiçoes dos graus de limitaçoes para cadaum dos cinco aspectos das condiçoes agrfcolasdos solos, geralmente compreendem informaçoesreferentes a relaçôes entre graus de limitaçoes edados facilmente observéveis e mensurâveis.Essas relaçôes, entretanto, nem sempre saoprécisas, e devem ser usadas como urn guia deorientaçao gérai.
As limitaçoes sao definidas com base nas condi-çoes naturais dos solos, sendo validas, sob algunsaspectos, apenas para sistemas de manejo primi-tivos. Nestes casos, nos sistemas agrfcolas desen-
volvidos, os graus sao estabelecidos em funçaoda possibilidade de remoçao ou melhoramentoda referida limitaçao.
Graus de Limitaçoes por Deficiência de Fertili-dade Natural
Nu/a a Ligeira — Solos com boas réservas denutrientes disponfveis as plantas e sem contersais toxicos, permitindo boas colheitas durantevérios anos. Apresentam saturaçao de bases (V%)maior que 50% e menos de 50% de saturaçaocorn alumfnio. A soma de bases trocéveis (S) ésempre maior que 3mE por 100 g de terra finaseca ao ar (tfsa). A condutibilidade elétrica doextrato de saturaçao é menor que 4 mmhos/cm.
Quando os outros fatores sao favoréveis, asréservas de nutrientes permitem boas colheitas,durante muitos anos. Nas regiöes tropicais ûmi-das e sub-ûmidas estes solos normalmente apre-sentam vegetaçao florestal.
Moderada — Solos nos quais a réserva de um oumais nutrientes disponfveis as plantas é limitada.
Quando outros tatores sao favorâveis, o con-teûdo de nutrientes permite bons rendimentosdas culturas anuais somente durante os primeirosanos, após os quais os rendimentos decrescemrapidamente, com o continuar da utilizaçaoagrfcola.
Necessitam de fertilizaçao depois de poucosanos, a fim de manter a produtividade, poiscorrem o risco de se empobrecerem e se degra-darem de urna, classe mais baixa de produtivi-dade, devido ao uso exaustivo. Nas regiöestropicais ümidas e sub-ûmidas estes solos estaocobertos por vegetaçao florestal.
Também sao considerados nesta classe, soloscom sais tóxicos devido a sais solûveis ou sódiotrocével, que impedem o desenvolvimento dasculturas mais sensiveis (condutibilidade elétricado extrato de saturaçao entre 4 e 8 mmhos/cm).
Ml/92
Na zona semi-érida, coberta por vegetaçâo decaatinga, se enquadram nesta classe solos muitoarenosos ou com bastantes sais.
Forte — Solos nos quais, um ou mais nutrientesdispon fveis, aparecem apenas em pequenas quan-tidades. Apresentam normalmente baixa somade bases trocéveis (S).
Quando outros fatores sâo favorâveis, o con-teüdo de nutrientes permite bons rendimentos,somente para certas culturas adaptadas, sendobaixos os rendimentos das outras culturas emesmo de pastagens. A sua utilizaçâo racionalreauer fertilizaçâo desde o começo da explpra-çâo agn'cola. Nas regiöes tropicais ümidas esubûmidas estes solos apresentam-se cobertospor vegetaçâo de cerrado ou transiçao flo-resta/cerrado ("carrasco").
Também sao considerados nesta classe os soloscom sais tóxicos devido a sais solûveis ou sódiotrocével, que permitem o cultivo somente deplantas tolerantes (condutibilidade elétrica doextrato de saturaçâo entre 8 e 15 mmhos/cm).
Em zona semi-érida, coberta por vegetaçâo decaatinga, enquadram-se neste grupo os solos cornproblemas de sais.
Muito Forte — Solos com conteûdo de nutrien-tes muito restrito, praticamente sem nenhumapossibilidade de agricultura, pastagens ereflorestamento. Apresentam soma de basestrocâveis (S) muito baixa e estao normalmentecobertos por vegetaçâo de cerrado, nas regiöestropicais ümidas e subümidas.
Também sao considerados nesta classe os soloscom sais tóxicos devido a sais solûveis ou sódiotrocével, que permitem o cultivo somente deplantas muito tolerantes (condutibilidade elétri-ca do extrato de saturaçâo maior que15 mmhos/cm). Podem ocorrer éreas despro-vidas de cobertura vegetal e crostas salinas.
Deficiência de Âgua
A deficiência de égua é uma funçâo da quantida-de de égua disponfvel as plantas e das condiçoesclimatológicas, especialmente precipitaçâo eevapotranspiraçao. Nos desertos, em algumaséreas superümidas, e mesmo nas éreas secas doNordeste, os fatores climatológicos sao os demaior importância.
Em alguns casos, propriedades individuais dossolos têm grande influência na égua disponfvelque podem ser armazenada. Entre estas proprJe-dades destacam-se: textura, tipo de argila, teorde matéria orgânica e profundidade efetiva.
Nos casos dos solos de baixada, ao lado da éguadisponfvel que pode ser armazenada, sâo utiliza-das outras propriedades, como altura do lençolfreético e condutibilidade hidréulica.
Todavia, dados sobre a disponibilidade de éguanos solos, precipitaçâo e evapotranspiraçao, sao
• muito escassos para serem usados como base nadeterminaçao do grau de limitaçôes por deficiên-cia de égua. As observaçoes de campo, mais umavez sao utilizadas. Observaçoes sobre compor-tamento das pastagens, tipo de culturas e vegeta-çâo natural, säo necessérias para suplementaçâodos dados disponl'veis. A vegetaçâo natural evi-dentemente só poderé ser considerada nos casosem que é adaptada as condiçoes da égua nossolos.
Até que melhores métodos sejam encontrados, arelaçâo de umidade com os tipos de vegetaçâo,que por sua vez estao relacionados corn asregiöes biocliméticas de Gaussen.'foi a prin-cipal base para o estabelecimento desta limita-çâ"o. A vegetaçâo natural reflète as condiçoes devariaçao da deficiência de égua na érea.
Graus de Limitaçôes por Deficiência de Agua
Nas definiçoes seguintes, nao foi dispensadabastante atençao à regularidade ou irregularidadede escassez de égua e os riscos decorrentes defracassos de culturas.
Ml/93
Nula — Solos nos quais a deficiência de âguadisponfvel nâo constitui limitaçao para o cres-cimento das plantas. A vegetaçao é de florestaperenifólia.
Solos com lençol freàtico (solos de baixada),pertencendo a esta classe, podem ocorrer emclima corn estaçâo seca.
Ligeira — Solos em que ocorre uma pequenadeficiência de âgua disponfvel durante um curtoperîodo, que constitui parte da estaçâo decrescimento. Sao encontrados em climas comcurta estaçâo seca (0—3 meses), a vegetaçaonormalmente é de floresta subperenifólia.Solos com lençol freético, pertencendo a estaclasse, podem ocorrer em climas com maiorperfodo seco.
Moderada — Solos nos quais ocorre uma consi-derâvel deficiência de âgua disponi'vel, duranteum perfodo um tanto longo. Sâo encontradosem climas corn uma estaçâo seca.um tanto longa(3 a 7 meses) ou em climas com uma curtaestaçâo seca quando sâo arenosos ou muitorasos. A vegetaçao é normalmente floresta sub-caduci fólia.
Solos com lençol freético ou corn âgua estagnada(temporâria), pertencendo a esta classe, podemocorrer em climas com um longo perfodo seco.
Forte — Solos nos quais ocorre uma grandedeficiência de âgua disponfvel durante um longoperfodo que coincide com a estaçâo de cres-cimento da maioria das culturas.
Solos pertencentes a esta classe sâo somenteencontrados ém climas com um longo perfodoseco (maior que 7 meses) ou em climas com umaestaçâo seca menor (3 a 7 meses), quando sâoarenosos ou muito rasos. A vegetaçao nestaclasse é caatinga hipoxerófila ou floresta ca-ducifólia.
grande deficiência de âgua disponfvel duranteum longo perfodo, corn uma estaçâo decrescimento muito curta. A vegetaçao é acaatinga hiperxerófila que apresenta o grau maisacentuado de xerofitismo no Brasil.
Excesso de Âgua (Deficiência de Oxigênio)
O excesso de âgua esté geralmente relacionadocom a classe de drenagem natural do solo, quepor sua vez, é resultado de condiçoes climatoló-gicas (precipitaçâo e evapotranspiraçâo), relevolocal, propriedades do solo e altura do lençolfreàtico.
Na maioria dos casos existe uma relaçâo diretaentre classe de drenagem natural e deficiência deoxigênio.
As caracterfsticas do perfil de solo sâo usadaspara determinar a classe de drenagem sob con-diçoes naturais. No solo drenado artificialmente,a relaçâo entre classe de drenagem e deficiênciade oxigênio nâo é mais direta, enquanto osistema funcionar adequadamente para removero excesso de âgua.
Em solos que apresentam lençol freàtico, o fatormais importante é a altura do lençol, ao passoque nos solos sem lençol freàtico sâo conside-radas as seguintes propriedades: estrutura, per-meabilidade, presença ou ausência de camadamenos permeâvel (restringindo o enraizamento)e profundidade da mesma.
Deve-se notar que deficiência e excesso deâguasäo aqui considerados como aspectos distintosdas condiçoes agrfcolas dos solos. Um mesmosolo pode apresentar limitaçoes por deficiência,de âgua na estaçâo seca, e por excesso na estaçâochuvosa. Nem todas as combinaçoes sâo noentanto possfveis, pois um solo com uma fortedeficiência de âgua, em gérai nâo terâ mais queuma ligeira limitaçao por excesso.
Muito Forte — Solos nos quais ocorre uma Neste aspecto das condiçoes agrfcolas dos solos
111/94
sâo também considerados os riscos de inunda-çâo, pois causam uma deficiência temporéria deoxigênio e danos as plantas nâo adaptadas.
Graus de Limitaçoes por Excesso de Âgua(Deficiência de Oxigênio)
Nu/a — Solos nos quais a aeraçâo nâo estaafetada pela âgua, durante qualquer parte doano.
Sao solos que variam normalmente, de bem atéexcessivamente drenados.
Ligeira — Solos nos quais as plantas que têmrai'zes sensi'veis a uma certa deficiência de ar, sâoprejudicadas durante a estaçao chuvosa.
Sao solos moderadamente drenados ou cornrisco de inundaçao ocasional.
Moderada — Solos nos quais as plantas de rafzessensi'veis a uma certa deficiência de ar, sâoprejudicadas pelo excesso de égua, durante aestaçao chuvosa.
Sao solos imperfeitamente drenados ou comrisco de inundaçoes fréquentes.
Forte — Solos nos quais as plantas de rafzessensfveis ao excesso de égua, somente se desen-volvem de modo satisfatório mediante trabalhosde drenagem artificial. Em gérai sâo solos maldrenados ou com risco permanente de inunda-çoes.
Muito Forte — Solos nos quais sâo necessâriostrabalhos intensivos de drenagem para que asplantas de rafzes sensfveis ao excesso de éguapossam se desenvolver satisfatoriamente. Ossolos desta classe sao muito mal drenados ouestâo sujeitos a risco permanente de inundaçaoou permanecem inundados durante todo o ano.
Suscetibilidade à Erosâo
É considerada neste item, basicamente, a erosâo
pela açâo das éguas de chuva. A erosâo eólicanâo tem muita importância.
A referência para a suscetibilidade à erosâo, é aque ocorreria se os solos fossem usados paraculturas, em toda a extensâo do déclive e sem aàdoçâo de medidas de controle à erosâo.
A suscetibilidade à erosâo esta na dependênciade fatores climatológicos (principalmente inten-sidade e distribuiçâo das chuvas), da topografia ecomprimento dos déclives, do microrelevo e dosseguintes fatores do solo: permeabilidade, capa-cidade de retençâo de umidade, presença ouausência de camada compactada no perfil,coerência do material do solo, superffcies dedeslizamento e presença de pedras na superf feie,que possam agir como protetoras. Muitos dosfatores citados sâo resultantes da interpretaçâode propriedades do solo, tais como: textura,estrutura, tipo de argila e profundidade.
Os Latossolos säo um exemplo no quai, aspropriedades do solo sâo favoréveis, sendo asuscetibilidade à erosâo menor do que a sugeridapelo déclive. Brunos Nâo-Célcicos sâo, emcontrapartida, exemplo de solos que apresentamcaracterfsticas desfavoréveis, sendo grande asuscetibilidade à erosâo.
No decorrer do processo erosivo, pode umdeterminado solo aumentar gradativamente a suasuscetibilidade à erosâo. Isto acontece em solosnos quais houve uma erosâo prévia, pela quai, ohorizonte superficial mais poroso e coerente foierodido e onde jâ se formou um sistema desulcos e voçorocas.
O grau de suscetibilidade à erosâo, para umadeterminada classe de solo é mais facilmentedeterminado nos locais onde o solo é utilizadopara agricultura, sem medidas preventivas contraa erosâo.
Em outros casos podem-se estabelecer relaçoesentre declividade e suscetibilidade à erosâo,tendo como base o conhecimento das relaçoesentre erosâo e caracterfsticas do perfil de solo.
111/95
Graus de Limitaçoes por Suscetibilidade àErosäo
Nu/a — Solos näo suscetfveis à erosäo. Normal-mente säo solos de relevo piano ou quase piano eque apresentam boa permeabilidade. Tais soloscom uso agrfcola prolongado (durante 10-20anos) nao apresentam ou quase nao apresentamerosâo.
Ligeira — Solos que apresentam alguma susceti-bilidade à erosâo. Säo solos que normalmenteapresentam declividades suaves (2 a 6%) e boascondicöes ffsicas. Podem ser mais declivososquando as condicöes ffsicas sâo mui to favo-réveis.
Se usados para agricultura, a erosâo é reconhe-cida por fenômenos ligeiros. O horizonte Aainda esta presente, podendo parte ter sidoremovido (25-75%) após prolongado uso. Prote-çâo e controle sao, em gérai, de fâcil execuçâo.
Moderada — Solos moderadamente suscetfveis àerosâo. Säo declivosos ou fortemente declivososquando as condicöes ffsicas sao boas. Podem sermoderadamente fngremes quando as condicöesffsicas dos solos sâo muito favoréveis e suave-mente declivosos quando sao muito desfavo-réveis.
Se usados para agricultura a erosâo é reco-nhecida por fenômenos moderados. Inicialmentedâ-se a remoçao do todo o horizonte A, quefacilmente pode-se continuar pela formaçâo desulcos. Proteçâo e controle podem ser de fécilviabilidade, demandando, entretanto, maioresinvestimentos e conhecimentos.
Forte — Solos fortemente suscetfveis à erosâo.Sâo em geral solos com declividades moderada-mente fngremes quando as condicöes ffsicas, säoboas. Podem ser muito fngremes quando ascondicöes ffsicas dos solos säo muito favoréveisou fortemente declivosos quando säo desfavo-râveis.
Se usados para agricultura a erosâo éreconhecida por fenômenos fortes. Os danos aossolos seräo râpidos. Proteçâo e controle säo namaioria dos casos muito dif fceis e dispendiosos,ou nao viâveis.
Muito Forte — Solos muito fortemente sus-cetfveis à erosäo. Compreende todos os soloscom declividades muito fngremes, que näo te-nham condicöes ffsicas boas, assim como com-preende solos com declividades fngremes no casode terem condicöes ffsicas desfavoréveis.
Se usados para agricultura, seräo destrufdos empoucos anos. Se usados para pastoreio, o risco dedanos ainda é grande. Proteçâo e controle, nestaclasse, näo säo «iéveis técnica e economica-mente.
Impedimentos ao Uso de Implementos Agricolas(Mecanizaçao)
Este fator dépende principalmente, do grau eforma do déclive, presença ou ausência depedregosidade e rochosidade, profundidade dosolo e condicöes de mé drenagem natural, alémda constituicäo do material do solo, comotextura argilosa com arguas do tipo 2:1, texturaarenosa e solos orgânicos, e de microrelevoresultante da grande quantidade de cupinzeiros(termiteiros) e/ou"gilgai"ou solos com muitossulcos e voçorocas, devidos à erosäo.
A pequena profundidade do solo tem influêncianos casos em que o material subjacente éconsolidado ou näo indicado para ser trazido àsuperf feie por aracao.
Com relaçâo à mecanizaçao, uma area semimpedimentos somente é levada em conta, seapresentar um tamanho mfnimo que compense ouso de méquinas agrfcolas. Areas pequenas, semimpedimentos à mecanizaçao, säo desprezädasquando estäo disseminadas no meio de outrasareas, nas quais näo é possfvel uso deimplementos tracionados.
111/96
Graus de Limitaçoes por Impedimentos ao Usode Implementos Agrfcolas
Nula — Solos nos quais podem ser usados, namaior parte da ârea, durante todo o ano, todosos tipos de implementos agrfcolas. 0 rendimentodo trator é maior que 90%.
Apresentam topografia plana, com declividadesmenores que 8%, sem outros impedimentosrelevantes à mecanizacäo.
Ligeira — Solos nos quais, na maior parte daarea, podem ser usados quase todos os tipos deimplementos agrfcolas. O rendimento do trator éde 60% a 90%.
Esses solos apresentam:
a) Declividades de 8 a 20%, com topografiasuavemente ondulada ou ondulada, quando näose apresentam outros impedimentos de naturezamais séria.
b) Topografia plana, mas com ligeiros impe-dimentos devidos à pedregosidade (0,5 a 1,0%),rochosidade (2-10%), profundidade exi'gua dossolos, textura arenosa ou argilosa, com presençade arguas do tipo 2:1 ou lençol freâtico alto.
Moderada — Solos nos quais, na maior parte daarea, somente os tipos mais levés de implemen-tos agn'colas podem ser usados, algumas vezessomente durante parte do ano. Sao usados,comumente, equipamentos tracionados poranimais. Se usados tratores o rendimento émenor que 60%.
Esses solos apresentam:
a) Declividades de 20 a 40%, com uma topo-grafia que é usualmente forte ondulada, quandonao existem outros impedimentos de naturezamais séria. Se usados para agricultura, fréquentese profundos sulcos de erosâo podem estarprésentes.
b) Declividades menores que 20% mas cornmoderados impedimentos devidos à pedregosi-dade (1-15%), rochosidade (10-25%), ou profun-didade exi'gua dos solos.
c) Topografia plana, com moderados impedi-mentos devidos à textura arenosa ou argilosa,com presença de arguas do tipo 2:1 ou lençolfreâtico alto.
Forte — Solos que na maior parte da area podemser cultivados somente com uso de implementosmanuais.
Esses solos apresentam:
a) Declividades de 40% a 80%, corn uma topo-grafia montanhosa, que pode ser parcialmenteforte ondulada. Sulcos e voçorocas podem cons-tituir forte impedimento ao uso de implementos.
b) Declividades menores que 40%, corn fortesimpedimentos devidos à pedregosidade(15-40%), rochosidade (25-70%), ou a solosrasos.
Muito Forte — Solos que nao podem, ousomente com grande dificuldade podem serusados para agricultura. Nao possibilitam o usode implementos tracionados e mesmo a utili-zaçao de implementos manuais é dif feil.
Esses solos apresentam:
a) Declividades de mais de 70%, em topografiamontanhosa e, as vezes, escarpada.
b) Declividades menores que 70% com impe-dimentos muito fortes, devidos à pedregosidade(maior que 40%), rochosidade (maior que 70%),ou a solos muito rasos.
8.2. Sistemas de Manejo Adotados
A interpretaçao dos solos para uso agrfcola,neste trabalho, foi desenvolvida com base em
III/97
dois sistemas principais de manejo: sistema demanejo primitivo e sistema de manejo desenvol-vfdo e se m irrigaçao.
A escolha de apenas dois sistemas agn'colas visaproporcionar uma visäo das possibilidades deutilizaçao dos solos sob dois ângulos opostos.
Os sistemas de manejo foram definidos com basenos seguintes fatores considerados como maisimportantes: ni'vel de investimento de capital,grau de conhecimentos técnicos operacionais,tipo de traçâo e implementos agri'colas. O ni'velde investimento de capital compreende inversôesna aplicaçao de fertiJizantes, cultivo de varie-dades selecionadas e hi'bridos, conservaçao daumidade, drenagem, controle de erosao, etc., eesté na dependência do conhecimento técnicodos proprietârios e agricultures.
Foram estabelecidas para cada sistema de ma-nejo, quatro classes de aptidao: boa, regular,restrita e inapta. O enquadramento de umadeterminada unidade de solo em uma destasclasses é feito com base nos grausde limitaçoes,que por sua vez, sao determinados pelas possibi-lidades ou nao de remoçao ou melhoramento daslimitaçoes que afetam este solo.
No sistema de manejo primitivo, nao sendoviâvel o melhoramento destas condiçoes, asclasses de aptidao em funçao de cada fatorlimitante, expressam os graus atribui'dos emcondiçoes naturais, a cada uma das limitaçoes,salvo impedimentos à mecanizaçao, cujos grausnao têm estreita relaçâo com as classes deaptidao, neste nfvel de agricuitura primitiva.
Deve-se ainda ressaltar que as classes de aptidaosao atribui'das separadamente para culturas decicio curto e ciclo longo, em virtude destasculturas apresentarem grandes diferenças, quan-to a exigências de solo e tratos culturais.
Para fins de esclarecimento estäo enumeradasabaixo, as culturas ccnsideradas neste trabalhocomo de ciclo curto e de ciclo longo.
Culturas de Ciclo Curto (que nao ultrapassa doisanos): algodâo, soja, amendoim, abacaxi, arroz,abóbora, araruta, batatinha (batata-ing lésa),batata-doce, cana-de-açûcar, caré (inhame), fava,feijâo, fumo, girassol, hortaliças, milho, man-dioca, mamona, melao, melancia e sorgo.
Culturas de Ciclo Longo (superior a dois anos):abacate, banana, coco, caju, citros, carambola,figo, fruta-pâo, goiaba, jaca, jambo, mamâo,manga, maracujâ, pinha (fruta-de-conde), pi-menta-do-reino, pastagem plantada, sapoti, uva eurucu.
8.2.1. SISTEMA DE MANEJO PRIMITIVO ECLASSES DE APTIDAO AGRICOLA
Neste sistema de manejo as préticas agn'colasdependem de métodos tradicionais, que refletemurn baixo nfvel de conhecimentos técnicos. Naohâ emprego de capital para manutençâo emelhoramento das condiçoes agn'colas dos solose das lavouras. Os cultivos dependem principal-mente do trabalho braçal. Alguma traçao animalé usada, com pequenos implementos.
Este é o sistema agn'cola que prédomina na area.A limpeza da vegetaçao é feita por queimadase,no caso de culturas de ciclo curto, o uso da terranunca é permanente, sendo a terra abandonadapara recuperaçao quando os rendimentos de-clinam fortemente. É muito comum a consor-ciaçao de duas ou très culturas e as lavouras decarâter mais permanente só sao possi'veis emâreas onde a fertilidade dos solos é alta.
As classes de aptidao, neste sistema, estaodefinidas em termos de graus de limitaçoes nascondiçoes naturais, para uso na agricuitura. Esteuso inclui culturas de ciclos curto e longo.
Classe I — Aptidao boa — As condiçoes agri'colasdos solos apresentam limitaçoes nula a ligeira,para um grande numero de culturas climatica-mente adaptadas. Os rendimentos das culturassâo bons e näo existem restriçôes importantespara as préticas de manejo.
III/98
Classe II — Aptidäo regular — Ascondiçôesagrfcolas dos solos apresentam limitaçoes mode-radas para um grande numero de cultures cli-maticamente adaptadas. Pode-se prever boasproduçoes durante os primeiros 10 anos, quedecrescem rapidamente para um ni'vel medianonos 10 anos seguintes.
Enquadram-se nesta classe solos de âreas queapresentam riscos ligeiros de danos ou fracassode culturas, por irregularidade na distribuiçâodas precipitacöes pluviométricas, com probabi-lidade de ocorrência de uma vez num perfodo demais de 5 anos.
Classe III — Aptidäo restrita — As condiçôesagn'colas dos solos apresentam limitaçoes fortespara um grande numéro de culturas climatica-mente adaptadas. Pode-se prever produçoes me-dianas durante os primeiros anos, mas estasdecrescem rapidamente para rendimentos bai-xos, dentro de um pen'odo de 10 anos.
Enquadram-se nesta classe solos de areas queapresentam riscos moderados de danos oufracasso de culturas, por irregularidade na distri-buiçâo das precipitacöes pluviométricas, comprobabilidade de ocorrência de uma vez numpen'odo de 1-5 anos.
Classe IV — Inapta — As condiçôes agrfcolas dossolos apresentam limitaçoes muito fortes paraum grande numéro de culturas climaticamenteadaptadas. Pode-se prever produçoes baixas emuito baixas jâ no primeiro ano de uso. Asculturas nao se desenvolvem ou nâo é viâvel oseu cultivo. É possi'vel que umas poucas culturasadaptadas possam ser cultivadas.
Enquadram-se nesta classe solos de éreas queapresentam fortes riscos de danos ou fracasso deculturas, por irregularidade na distribuiçâo dasprecipitacöes pluviométricas, com probabilidadede ocorrência de uma vez ou mais cada ano.
Neste sistema de manejo obteve-se os seguintesresul tad os:
Classe de aptidäo
lia. Regular para culturas de cicloscurt o e longo.
Ile. Regular para culturas de ciclolongo e restrita para culturas deciclo curto.
Ilia. Restrita para culturas de cicloscurto e longo.
I lib. Restrita para culturas de ciclocurto e inapta para culturas deciclo longo.
I lie. Restrita para culturas de ciclolongo e inapta para culturas deciclo curto.
IVa. Inapta para culturas de ciclos cur-to e longo; adequada para pasto-reio extensivo.
IVb. Inapta para o uso agrfcola e pas-toreio extensivo.
Area km2 % na Area
10.100 2,8
125.160 34,8
118.400 32,9
3.090 0,9
31.910 8,9
25.050 6,9
46.290 12,8
8.2.2. SISTEMA DE MANEJO DESENVOLVI-DO E CLASSES DE APTIDÄO AG RICO-LA
No sistema de manejo desenvolvido e semirrigaçao o uso de capital é intensivo ehâ um altoni'vel téenico especializado. As préticas de ma-nejo säo conduzidas com o auxi'lio de maquina-ria de traçao motorizada, incluindo a utilizaçaode resultados de pesquisas agn'colas.
Estas prâticas incluem trabalhos intensivos dedrenagem, medidas de controle da erosäo, ca-lagem e fertilizaçao.
Neste sistema de manejo, as classes de aptidäosäo definidas em termos de graus de limitaçoes,que säo determinados de acordo com a pos-sibilidade ou nâo de remoçao ou melhoramentodas condiçôes naturais. Aqui também säo consi-deradas culturas de ciclos curto e longo.
Classe I — Aptidäo boa — As condiçôes agrfcolasdos solos apresentam limitaçoes nula a ligeirapara uma produçao uniforme de culturas climati-camente adaptadas. Os rendimentos das culturassäo bons e näo existem restricöes importantespara as préticas de manejo.
Classe II — Aptidäo regular — As condiçôesagrfcolas dos solos apresentam limitaçoes mode-
111/99
radas para uma produçao uniforme de culturasclimaticamente adaptadas. Pode-se obter boasproduçoes mas, a manutençâo destas e a escolhadas culturas e das préticas de manejo sâorestringidas por uma ou mais limitaçoes que näopodem ser total ou parcial mente removidas.
A reduçâo do rendimento médio, pode tambémser dévida a rendimentos anuais mais baixos oufracasso de culturas, causados por irregularidadena distribuiçao de precipitaçoes pluviométricascorn probabilidade de ocorrência de uma veznum perfodo de mais de 5 anos.
Classe III — Aptidäo restrita — As condiçoesagri'colas dos solos apresentam limitaçoes fortespara uma produçao uniforme de culturas clima-ticamente adaptadas. A produçao é seriamentereduzida e a escolha de culturas é afetada, poruma ou mais limitaçoes que näo podem serremovidas.
O baixo rendimento médio pode também serdevido a rendimentos anuais mais baixos ou afracasso de culturas, causados por irregularidadena distribuiçâo das precipitaçoes pluviométricas,corn probabilidade de ocorrência de uma veznum perfodo de 1 a 5 anos.
te adaptadas. A produçao, economicamente näoé viävel, devido a uma ou mais limitaçoes quenâ*o podem ser removidas.
É possi'vel que umas poucas culturas especiaispossam ser adaptadas a estes solos, sob prëticasde manejo incomuns.
Neste sistema de manejo obteve-se os seguintesresu Itados:
Classe de Aptidäo
Ib. Boa para culturas de ciclo longo eregular para culturas de ciclocurto.
lia. Regular para culturas de ciclos cur-to e longo.
lib. Regular para culturas de ciclocurto e restrita para culturas deciclo longo.
Ile. Regular para culturas de ciclolongo e restrita para culturas deciclo curto.
I Id. Regular para culturas de ciclocurto e inapta para culturas deciclo longo.
Illa. Restrita para culturas de ciclosCurto e longo.
II le. Restrita para culturas de ciclolongo e inapta para culturas deciclo curto.
IVa. Inapta para culturas de cicloscurto e longo; adequada parapastoreio extensivo.
IVb. Inapta para o uso agrfcola epastoreio extensivo.
Area km
8.380
134.450
1.660
81.920
3.060
12.800
% na Area
2,3
37,3
0,5
22,8
0,8
3,6
51.310
19.790
46.630
14,3
5,5
12,9
Classe IV — Inapta — As condiçoes agri'colas dossolos apresentam limitaçoes muito fortes parauma grande variedade de culturas climaticamen-
111/100
TABELA DE CONVERSÂO PARA AVALIAÇAO DE APTIDÂO AGRICOLA DOS SOLOS
SISTEMA DE MANEJO PRIMITIVO
Classes de
AptidSo
1
Boa
II
Regular
III
Restrita
IV
Inapta
Culturas de
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Deficiência de
Fertilidade Natural
Nula
Nula a Ligeira
Ligeira
Ligeira a Moderada
Moderada
Moderada a Forte
Forte
Forte
Deficiência de
Agua
Nula a ligeira
Nula a Ligeira
Moderada
Ligeira
Forte
Moderada
Muito Forte
Forte
Limitaçoes por:
Excesso de
Âgua
Ligeira
Ligeira
Moderada
Ligeira a Moderada
Forte
Moderada
Muito Forte
Forte
Suscetibilidade
àErosâo
Nula a Ligeira
Ligeira a Moderada
Ligeira a Moderada
Moderada
Forte
Forte
Muito Forte
Muito Forte
Impedimentos ao uso de
Implementos Agrfcolas
Ligeira
Moderada
Moderada
Moderada a Forte
Forte
Forte
Muito Forte
Muito Forte
TABELA DE CONVERSÂO PARA AVALIAÇAO DA APTIDÂO AGRICOLA DOS SOLOS
SISTEMA DE MANEJO DESENVOLVIDO
Classes de
Aptidao
1
Boa
II
Regular
III
Rest ri ta
IV
Inapta
Culturas de
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Ciclo Curto
Ciclo Longo
Deficiência de
Fertilidade Natural
Nula
Nula
Ligeira a moderada
Ligeira a Moderada
Moderada a Forte
Moderada
Forte
Forte
Deficiência de Âgua
Ligeira
Ligeira
Moderada
Ligeira a Moderada
Forte
Moderada
. Muito Forte
Forte
Limitaçoes por:
Excesso de Âgua
Ligeira
Nula
Ligeira a Moderada
Ligeira a Moderada
Moderada
Moderada
Forte
Forte
Suscetibilidade
à Erosâo
Nula
Ligeira
Nula a Ligeira
Ligeira a Moderada
Ligeira a Moderada
Moderada a Forte
Moderada
Muito Forte
Impedimentos ao uso de
Implementos Agrfcolas
Nula
Ligeira
Ligeira
Moderada a Forte
Moderada
Forte
Forte
Muito Forte
AVALIAÇÂO DA APTIDÄO AGRl'COLA DOS SOLOS
FaseEstimativas dos Graus de Limitaçôes das Principais Condicöes Agrfcolas dos Solos para os dois Sisternas
de Manejo Classes de Aptidäo Agrfcola
Unidade
de
Mapeam.
Relevo e Vegetaçâo
Def iciência de
Fertilidade
Natural
Deficiência
de
Agua
Excesso
de
Agua
Suscetibilidade Impedimento ao uso
à de
Erosäo Impl. Agrfcolas
Sistema de
manejo
primitivo
Sistema de
manejo
Desenvolvido
Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloPrimitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Simbolo Simbolo
volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Curto Longo
LA1 Relevo Piano a Sua-
ve Ond.-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Nula Ligeira III
LA2 Relevo Suave Ondu-
ladoa Ond.-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Moderada Ligeira Nula Ligeira III
LA3 Relevo Ondulado a
Forte Ond.
Fort. Disseca-
do—Floresta Forte Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula Forte Moderada Moderada Moderada IV
LA4 Relevo Piano —
Floresta de Varzea Moderada Ligeira Ligeira Nula Moderada Ligeira Moderada Ligeira Nula Nula III
LV1 Relevo Suave Ondu-
lado - Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Nula Ligeira Nula Ligeira III
LV2 Relevo Suave Ondu-
lado-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Nula IM
LV3 Relevo Suave Ondu-
lado—Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Nula III
LV4 Relevo Suave Ond.
—Floresta de Forte Moderada Nula Nula Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Ligeira IV
Vârzea
III lila II II lia
II lic Ib
III Illc III II Ile
III lila II II lia
III lila II II lia
Illa II II lia
III lila II II lia
IV IVa II III lib
(continua)
AVALIAÇAO DA APTIDAO AGRI'COLA DOS SOLOS
Fase
Estimativas dos Graus de Limitaçôes das Principais Condiçôes
Agrfcoias dos Solos para os Dois Sistemas de Manejo Classes de Aptidâo Agrfcola
Impedimentos ao Uso
Deficiência de Deficiência de Agua Excesso de Âgua Suscetibilidade de Implementos Sistema de Manejo Sistema de Manejo
Fertilidade Natural à Erosâo Agrfcoias Primitivo Desenvolvido
Unid. de Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloRelevo e Vegetaçâo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo
Mapeam. volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Sfmbolo Curt o Longo Sfmbolo
III Ilia II lia
LV5 Relevo Suave
Ondulado— Floresta Moderada Ligeira Moderada Moderada Nula Nulö Ligeira Ligeira Nula Ligeira III
LV6 Relevo Suave Ond.
Ondulado-Cerrado Forte Moderada Moderada Moderada Nula Nula Ligeira Nula Nula Ligeira IV
LV7 Relevo Suave Ond.
-Floresta de
Vérzea Forte Moderada Nula Nula Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Ligeira Moderada IV
LV8 Relevó Suave Ondu-
lado-Cerrado Forte Forte Moderada Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Ligeira IV
LV9 Relevo Suave Ond.
e Forte On-
dulado-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Moderada Ligeira Ligeira Moderada III
LV10 Relevo Suave Ondu-
lado-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula Nula Ligeira Ligeira Nula Nula III
IV IVa III III Ilia
III Illc II III lib
IV IVa IV IV IVa
III Ilia II II Illc
III Ilia II II lia
(continua)
AVALIAÇÂO OA APTIDÄO AGl'COLA DOS SOLOS
Estimativas dos Graus de Limitaçdes das Principais Condiçôes
Agrfcolas dos Solos para os Dois Sistemas de Manejo Classes de AptidSo Agrfcola
Impedimènto ao Uso
Deficiência de Oeficiência de Âgua Excesso de Agua Suscetibilidade de Implementos
Fertilidade Natural à Erosâo Agrfcolas
Sistema de Manejo
Primitivo
Sistema de Manejo
Desenvolvido
Unid. de Desen- Desen- Desen- Desen- Oesen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloRelevo e Vegetaçâo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo
Mapeam. volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Sfmbolo Curt o Longo Sfmbolo
BA Relevo Suave
Ond. a Ondulado
— Floresta Ligeira Nula Ligeira Nula Nula
TR Relevo Suave
Ond. a Ondulado
— Floresta Ligeira Nula Ligeira Nula Nula
PB1 Relevo Suave
Ond. (Local
Ondulado) —
Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula
PB2 Relevo Suave
Ond. a Ondulado
— Cerrado Forte Fonte Ligeira Ligeira Nula
PB3 Relevo Ondulado
Mod.
Dissecado —
Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula
PB4 Relevo Ondulado
Mod.
Dissecado-Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula
PB5 Relevo Forte
Ond. e Ondulado
— Floresta Forte Moderada Moderada Ligeira Nula
Nula Moderada Ligeira Nula Moderada II II lia II II lia
Nula Moderada Ligeira Nula Ligeira II II lia
Nula Ligeira Nula Nula Ligeira
Nula Forte Moderada Ligeira Moderada III Ilia
I Ib
II Ile II II Ma
Nula Moderada Ligeira Moderada Forte IV IV IVa IV IV IVa
Nula Forte Moderada Moderada Forte III III lila IV III Ilic
II lic
Nula Forte Moderada Moderada Forte IV III II le IV III Illc
AVALIAÇAO DA APTIDAO AGRfcOLA DOS SOLOS
Fase
Estimativas dos Graus de Limitacöes das Principals Condiçoes
Agricoles dos Solos para os Dois Sittemas de Manejo Classes de Aptldio Agrfcola
Impedimentos ao Uso
Deficiência de Deficiência de Agua Excesso de Ague Suscetibllidade de Implementos Sistema de Manejo
Fertilidade Natural èErosâo Agricoles Primitivo
Sistema de Manejo
Désenvolvido
Unid. de Desen- Dosen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloRelevo e Vegetaçao Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo
Mapeam. volvido volvido volvido volvido volvido Curto Longo Sfmbolo Curto Longo Sfmbolo
PB6 Relevo Ondulado
Mod.
Dissecado-
Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula
PB7 Relevo Ondulado
Mod.
Dissecado —
Floresta Moderada Ligeira Ligeira Ligeira Nula
PB8 Relevo Ondulado
— Floresta e
Cerrado Forte Moderada Ligeira Ligeira Nula
CL1 Relevo Suave
Ond. a Ondulado
-Cerrado M. Forte M. Forte Moderada Moderada Nula
CL2 Relevo Suave
Ond. e Ondulado
-Cerrado M. Forte M. Forte Moderada Moderada Nula
Nula Forte Moderada Ligeira Moderada II I II lic III MI lila
Nula Forte Moderada Ligeira Moderada I I I III Ilia III III Ilia
Nula Moderada Ligeira Ligeira Moderada IV III Illc III III Ilia
Nula Ligeira Ligeira Moderada Forte IV IV IVa IV IV IVa
Nula Ligeira Ligeira Moderada Forte IV IV IVa IV IV IVa
(continua)
AVALIAÇAO DA APTIDÄO AQlCOLA DOS SOLOS
Fase
Estimativas dot Graut de Limitacöes dat Principals Condiçfiet
Agricoles dos Solos para os Doit Sittemet de Manejo Classes de Aptldffo Agricole
Impedimentot ao Uto
Deficiência de Deficidncie de Ague Excesso de Ague Sutcetibilidade de Implementos Sistema de Manejo
Fertilidade Natural à ErotSo Agrfcolas Primitivo
Sitteria de Manejo
Detenvolvido
Unid. de Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloRelevo e VegetaçSo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo
Mapeam. volvido volvido volvido volvido vohvido Curto Longo Sfmbolo Curto Longo Sfmbolo
AQ1 Relevo Suave
Ondulado-Cerredo
e Floresta M. Forte Forte Moderada Moderada Nula Nula Ligeira Nula
AQ2 Relevo Suave
Ondulado -
Cerrado M. Forte Forte Modereda Moderada Nula Nula Ligeira Nula
AQ3 Relevo Suave
Ondulado -
Cerrado M.Forte Forte Moderada Modereda Nula Nula Ligeire Nula
HG Relevo Pret.
Piano com Micro-
Relevo — Campo Forte Moderada Nula Nula Forte Ligeira Nula Nula
HL Relevo Pret.
Piano com Micro-
Relevo - Cerrado Forte Forte Moderada Moderada Ligeira Ligeira Nula Nula
A Relevo Pret.
Piano corn Micro
Relevo - Floresta
deVarzea Ligeira Nula Ligeira Nula Moderada Ligeira Nule Nula
Nula Moderada IV IV IVa IV IV IVb
Nula Moderada IV IV IVa IV IV IVa
Nula Moderada IV IV IVa IV IV IVa
Nula Ligeira III IV 1Mb II IV lld
Forte M. Forte IV IV IVa IV IV IVa
Nula Ligeire II II lia II II lia
(continua)
AVALIAÇÂO DA APTIDÄO AGRl'COLA DOS SOLOS
Fase
Estimativas dos Graus de Limitaçôes das Principais Condiçoes
Agr (colas dos Solos para os Dois Sistemas de Manejo Classes de AptidSo Agrfcola
Impedimentos ao Uso
Deficiência de Deficiência de Agua Excesso de Agua Suscetibilidade de Implementos Sistema de Manejo
Fertilidade Naturel à Erosfo Agr (colas Primitivo
Sistema de Manejo
Desenvolvido
Unid. de Desen- Desen- Desen- Desen- Desen- Ciclo Ciclo Ciclo CicloRelevo e Vegetaçâo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo Primitivo
Mapeam. volvido volvido volvido volvido volvido Curt o Longo Sfmbolo Curt o Longo Sfmbolo
R1 Relevo Montanhoso
e Forte Ondulado —
Floresta Forte Moderada Ligeire Ligeira Nula
R2 Relevo Montanhoso
e Escarpado com
Areas Aplainadas —
Cerrado M.Forte M. Forte Forte Forte Nula
R3 Relevo Escarpado -
Floresta e
Cerrado Nula Nula Ligeira Ligeira Nula
R4 Relevo Ondulado
Cerrado e
Floresta M. Forte Forte Moderada Moderada Nula
R5 Relevo Forte
Ondulado e
Montanhoso —
Floresta
R6 Relevo Montanhoso
e Escarpado com
Areas Aplainadas —
Floresta Forte Forte Ligeira Ligeira Nula
Nula M.Forte M.Forte M.Forte M.Forte IV IV IVb IV IV IVb
Nula M.Forte M.Forte M.Forte M.Forte IV IV IVb IV IV IVb
Nula M.Forte M.Forte M.Forte M.Forte IV IV IVb IV IV IVb
Nula Forte Moderada M.Forte M.Forte IV IV IVb IV IV IVb
Forte Modereda Ligeira Ligeira Nula Nula M.Forte Forte M.Forte M.Forte IV IV IVb IV IV IVb
Nula M.Forte M.Forte M.Forte M.Fort« IV IV IVb IV IV IVb
9. CONCLUSÖES E RECOMENDACÖES
Após a execuçao do levantamento e classif icaçâoda aptidäo agrfcola dos solos chegou-se asseguintes conclusöes e recomendacöes:
1) A ârea praticamente nâo apresenta limitaçâoclimâtica para a utilizaçâo agrfcola dos solos,tanto para cultivos de ciclo curto como longo,sendo o fator limitante mais importante, nosistema de manejo primitivo, a fertilidadenatural dos solos.
2) Para as unidades de mapeamento queapresentam maior proporçâo de solos bemdesenvolvidos, as condiçôes de relevo sâo maisfavorâveis na porçâo sul e oeste da area.
3) De uma maneira gérai recomenda-se a
utilizaçâo dos solos para pastagem, se elaboradoum programa amplo de desenvolvimento no quaia unidade da propriedade, ou módulo da terra,chegar à ordern de 50.000 hectares, ou mais.
4) Programas de experimentaçâo de culturas,calagem e adubaçâo sâo recomendados para ossolos das unidades de mapeamento PB, e TR,em vista das condiçôes favorâveis de clima, soloe relevo.
5) É recomendado o estudo em nfvel menosgeneralizado da area representada pela unidadede mapeamento TR, que corresponde a solosdesenvolvidos sobre rochas vulcânicas — andesi-tose riolitos, principalmente.
111/108
10. RESUMO
O presente trabal ho refere-se ao LevantamentoExploratório de Solos e à Classificacäo daAptidäo Agrfcola dos Solos de uma area situadana Regiäo Norte do Brasil, entre as latitudes 4° e9° ao sul do equador e longitude 48° e 54° aoeste de Greenwich, abrangendo uma superf i'cieaproximada de 366.830 km2.
O objetivo do levantamento foi o estudo dosdiferentes solos da regiäo, através de suaident i f icaçao, distr ibuiçâo geogrâficainvestigaçâo das caracteri'sticas morfológicas,fîsicas e qui'micas, para a elaboracâo do mapa desolos e de aptidäo agrfcola, am bos na escala1:1.000.000.
Além da descricäo das unidades taxonômicas edas unidades de mapeamento foram caracteri-zados o relevo e a morfologia da area, clima,geologia e vegetaçâo.
A identificaçâo dos solos foi feita através de
observaçoes de campo e nas areas inacassfveis omapeamento desenvolveu-se por processo deextrapolacäo, tomando-se por base informacöesde areas contfguas que apresentavam padroesfisiogréficos anâlogos. Anâlises de solos foramprocessadas para sua caracterizaçâo e para avali-açao de sua fertilidade.
Como material bâsico para o mapeamento dossolos usaram-se mosaicos semicontrolados deimagens de radar na escala 1:250.000, posterior-mente reduzidas para a escala do mapa final.
Como parte conclusiva foi feita uma clas-sificacäo das terras em classes de aptidäo parauso agrfcola nos sistemas de manejo primitivo edesenvolvido, considerando-se culturas de ciclocurto e ciclo longo.
Em anexo ao relatório säo apresentados o mapaExploratório de Solos e o mapa de AptidäoAgrfcola dos Solos.
111/109
11. BIBLIOGRAFIA
1. BACH ALI ER, G. Étude pédologique de lazone du vu lean isme recent au sudest deNgaounderé (Cameroun). Agronomie. Trop.,12 (5): 551-575, 1957.
2. BAGNOULS, F. & GAUSSEN, H. Osclimasbiológicos e sua classificaçâo. B. Geogr., Riode Janeiro, 22 (176): 545-566, 1963.
3. BENNEMA, J.; BEEK, J.; CAMARGO, M.N. InterpretaçSo de levantamentos de solosno Brasil; primeiro esboço. Um sistema declassificaçâo de aptidâo de uso de terra paralevantamento de reconhecimento de solos.Trad. Rio de Janeiro, Divisao de Pedologia eFertilidade do Solo, 1965. 51 p.
4. BENNET, H. H. & ALISON, R. V. The soilof Cuba. Washington, Tropical Plant Re-search Foundation, 1928.
5. BRASIL. Departamento Nacional de Meteo-rologia. Balanço hfdrico do Brasil. Rio deJaneiro, 1972. 94 p.
6. BRASIL. Departamento de Pesquisas e Ex-perimentaçâo Agropecuàrias. Divisâo de Pe-dologia e Fertilidade do Solo. Mapa esque-mâtico de solos das Regiöes Norte, Meio--Norte e Centro-Oeste do Brasil. Rio deJaneiro, Geocarta, 1966. Esc. 1:5.000.000.
7. BRASIL.. Departamento Nacional da Pro-duçâo Minerai. Divisao de Geologia e Minera-logia. Mapa geológico do Brasil. Rio deJaneiro, 1971. Esc. 1:5.000.000.
8. BRASIL. Institute Brasileiro de Geografia.Carta Internacional do mundo ao milioné-simo, Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 1972.
9. BRASIL. Ministério da Agricultura. Equipede Pedologia e Fertilidade de Solo. Levan-tamento exploratôrio-reconhecimento de so-
los do Estado do Parafba. Interpretaçao parauso agn'cola dos solos do Estado da Parai'ba.Rio de Janeiro, 1972. 683 p. il. mapas(Boletim Técnico, 15).
10. BRASIL. Ministério da Agricultura. Equipede Pedologia e Fertilidade do Solo. Levan-tamento de reconhecimento dos solos donûcleo colonial de Gurguéia. Rio de Janeiro,1969. 79 p. il., mapa (Boletim Técnico, 6).
11. BRASIL. Ministério da Agricultura. Equipede Pedologia e Fertilidade do Solo. Levanta-mento de reconhecimento dos solos da zonade Iguatemi, Nlato Grosso. Interpretaçaopara uso agrfcola dos solos da zona Iguatemi,Mato Grosso. Rio de Janeiro, 1970. 99 p. il.(Boletim Técnico, 10).
12. CLINE, M. G. et alii. Soil survey of territoryof Hawai, islands of Hawai, Kawai, Lanai,Mani, Molokay and Oahu. Soil Survey Series,25:3-635, 1939/1955.
13. DAMES, T.W.G. The soil of east centralJava. Penjel, Balai Besar, 141:1-155, 1955.
14. DAY, T. H. Guia preliminar para classifi-caçâo dos solos do Vale do Baixo Amazonas.Belém, SPVEA, Comissao de Planejamento,1959. 38 p. (Recursos Naturais. 3).
15. DAY, T. H. Guide to the classification of thetertiary and quaternary soils of the lowerAmazon Valley. Rome, FAO, 1959. 55 p.
16. DAY, T. H. Relat6rio.de levantamentoexpedito dos solos da area Caeté—Maracas-sumé. Belém, FAO/SPVEA 1959.29 p.
17. E.U.A. Department of Agriculture. Soil Con-servation Service. So/7 classification: a com-preensive system. Washington, D. C, 1967.Supplement, 1968. 22 p.
111/110
18. E.U.A. Department of Agriculture. Soilsurvey manual. Washington, D.C., 1951.(U.S. Dept. Agriculture, Handbook 18).
19. E.U.A. Department of Agriculture. Soil Con-servation Service. Soil taxonomy of thenational cooperative soil survey. Washington,D.C., 1970.510 p.
20. E.U.A. Department of Agriculture. Supple-ment to soil classification system; 7 thapproximation. Washington, D.C., 1967.
21. FALESI, I. C. Solos da rodovia Transamazô-nica. B. Téc. IPEAN, Belém, 55, 1972.196 p.
22. FALESI, I. C; SANTOS W.H. dos; VIEIRA,L. S. Os solos da colônia agrfcola de Tomé--Açu. B. Téc. IPEAN, Belém, 44, 1964. 93 p.
23. LE MOS, R. C. et alii. Levantamento dereconhecimento de solos do Estado de S.Paulo. B. Comissao de Solo. Serv. Nac. Pesq.Agronômicas, 12:1-634, 1960.
24. NYON, M. A. & MAC CALEB, S. B. Thereddish brown lateritic soils of the NorthCaroline Peedmont region. Soil Science, 80(1):27-41,1957.
25. SIMONSON, R. W. Genesis and classificationof red yellow podzolic soils. Proc. Soil Sei.Soc. America 23:152-156, 1949.
26. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIADO SOLO. Comissao permanente de méto-dos de trabalho de campo. Manual de méto-dos de trabalho de campo; 2? aproxima-çâo./Rio de Janeiro/ Divisao de'Pedologia eFertilidade do Solo, 1967. 33 p. il.
27. SOMBROEK, W. G. Amazon soils; a recon-naissance of the brazilian Amazon region.Vageningen, Center for Agricultural Publi-cations and Documentations, 1966. 292 p.
28. SOMBROEK, W. G. Reconnaissance soilSurvey of the area Guama-lmperatriz (areaalong the upper — part of the Brazilianhighway BR-14) Belém. FAO/SUDAM, 1962.146 p.
29. SOMBROEK, W. G. & SAMPAIO, J. B.Reconnaissance soil survey of the Araguaiamahogany area. Belém, FAO/SPVEA 1962.54 p.
30. THORP, J. & SMITH, G. D. Higher cate-gories of soil classification: order, suborderand great soil groups. Soil science,67:117-126, 1949.
31. Vieira, L. S. et alii. Levantamento de reco-nhecimento dos solos da Regiao Bragantina,Estado do Paré. B. Téc. IPEAN, Belém, 47,1967. 63 p. Separata da Pesquisa Agropecuâ-ria Brasileira, 2:1-63, 1967.
111/111
12. APÊNDICE
12.1. Descriçâo de Perfis de Solos e Anâlises
PERFIL N? 23
Classificaçâo — Podzólico Vermei ho-Amarel o textura média.
FOLHASB.22-Z-B
Localizaçâo — Km 32 da estrada Wanderlândia—Xambioä. Munici'pio de Xambioâ, Estado de Goiâs.Ponto 1.
Situaçâo e declividade — Perfil coletado em encosta com 5-8% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Triâssico. Arenitos.
Material originârio — Proveniente dâ decomposiçâo de arenitos.
Relêvo local — Suave ondulado..
Relevo regional — Suave ondulado.
Orenagem — Acentuadamente drenado.
Erosâo — Laminar ligeira.
Vegetaçâo — Floresta mista.
Uso atual — Pastagem com capim-coloniäo.
Ap 0-12 cm; bruno (10YR 5/3, ûmido); franco-arenoso; fraca pequena granular; friâvel, nâ"o plâ-tico e nao pegajoso; transicâo plana e gradual.
A3 12-22 cm; bruno amarelado (10 YR 5/6, ûmido); franco-arenoso; fraca pequena granular eblocos subangulares; friâvel, näo plâstico e nao pegajoso; transicâo plana e gradual.
B^ 22-60 cm; bruno amarelado (10 YR 5/6, ûmido); franco; fraca pequena granular e blocossubangulares; firme, plâstico e pegajoso; transicâo plana e difusa.
B2 60-120 cm; amarelo (10 YR 8/8, ûmido); franco-argiloso; fraca pequena granular e blocossubangulares; firme, plâstico e pegajoso.
111/112
PERFIL N? 23 FOLHA SB.22-Z-B
LOCAL: km 32 da Estrada Wahderlândia-Xambioâ; Municfpio de Xambioâ, Estado de Goiés. Ponto 1.
CLASSIFICAÇÂO: Podzol ico Vermelho Amarelo textura média.
ProtocoloProf,
cmHoriz.
SiO2 AI,O3 Fe2O3
Ki KrN N
100 Al
A l+S
11415 0 - 1 2 Ap
11416 1 2 - 22 A3
11417 2 2 - 60 B,
11418 60-120 B2
0,69
0,48
0,48
0,29
0,07
0,06
0,04
0,03
10
8
12
10
57
55
81
81
Ca* Mg*
COMPLEXO SORTIVO mE/IOOg
K+ Na+ H+
V
%
2,20
0,90
0,20
0,30
0,50
0,10
0,30
0.20
0,60
0,11
0,10
0,04
0,02
0,01
0,01
0,01
3,32
1.12
0,61
0,55
2,27
2,56
3,17
1,65
0,20
1.40
2,60
2,30
5,79
5,08
6.38
4.51
57
22
9
12
0,69
0.69
<0,46
<0.46
pH
H2O KCI
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5.3
4,2
4.6
4,9
4.3
3.7
3,7
3,8
20
21
10
8
44
31
31
31
29
33
35
31
7
15
24
30
1
4
1
13
86
73
96
57
ANÂLISE: IPEAN
111/113
PERFILN?24 FOLHA SB.22-Y-B
Classificaçao — Podzólico Vermelho-Amarelo.
Localizaçao — Sao Félix do Xingu, Estado do Para. Ponto 2.
Situacäo e declividade — Amostra coletada em terço inferior de encosta em clareira recentementeaberta com 6% de déclive.
Formacäo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos.
Material originârio — Proveniente da decomposiçao de granitos.
Relevo local — Suave ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado a ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosäo — Laminar ligeira.
Vegetaçao — Floresta.
Uso atual — Culturas de milho, feijâo e mandioca.
A
B
0-20 cm; bruno escuro (7.5 YR 3/2, ümido); franco-arenoso; fraca muito pequena a pequenagranular; ligeiramente plâstico e ligeiramente pegajoso.
60-80 cm; vermeiho-amarelado (5 YR 4/8, ümido); argila; moderada pequena a média blocossubangulares; cerosidade fraca e comum; friével, plâstico e pegajoso.
Observaçoes: 1 ) As pedras sao do tamanho de calhaus.2) Aparece cascalho em todo o perfil.3) De 30 a 60 cm ocorre grande quantidade de pedras corn 3 a 4 cm de diâmetro
constitufdas de fragmentos de quartzo.
111/114
PERFIL N? 24
LOCAL: Säo Félix do Xingu - PA — Ponto 2.
CLASSIFICAÇÀO: Podzólico Vermelho Amarelo.
FQLHA SB.22-Y-B
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AI2O3 Fe2O3
Ki KrN
C
N
100 Al
Al + S
11961 0-20 A
11962 60-80 B
1,15 0,11 10 27
0,32 0,03 11 50
Ca+ Mg+
COMPLEXO SORTIVO mE/100g
K+ Na*
V
%
P2O5mg
100g
2,20 1,00 0,37 0,03 3,60 3,20 0,10 6,90 52 < 0,46
0,40 0,30 0,08 0,03 0,81 2,17 0,80 3,78 21 < 0,46
pH
H2O KCI
COMPOSIÇAO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau defloculaçâo
5,3 4,7
5,2 4,0
39
22
19
14
29
19
13
45
13
X
X
100
ANÂLISE: IPEAN
111/115
PERFIL N? 25 FOLHA SB.22-Y-D
Classificaçâo — Podzólico Vermelho-Amarelo.
Localizaçâo — Rio Preto (afluente do Rio Fresco, 170 km de Sâo Félix).
Situaçao e declividade — Encosta com 3-5% de déclive.
Formaçâo geológica e litologia — Pré-Cambriano. Granitos e riolitos.
Material originério — Proveniente da decomposiçâo de granitos e riolitos.
Relevo local — Ondulado.
Relevo regional — Suave ondulado.
Drenagem — Bern drenado.
Erosâo — Praticamente nula.
Vegetaçâo — Floresta.
Uso atual — Extrativismo de castanha de létex.
A^ 0-10 cm, vermeiho-amarelado (5YR 4/6, ûmido); franco-argiloso; fraca pequena granular; frié-vel, muito pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
B-j 10-60cm; vermelho (2.5 YR 4.5/8, ümido); argila; fraca pequena blocos subangulares;f irme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
B 2 60-100 cm; vermelho (2.5 YR 4.5/8, ûmido); argila; fraca pequena blocos subangulares;firme, pléstico e pegajoso; transiçao plana e clara.
B3 100-130 cmH-; vermelho (2.5 YR 4/8, ûmido); mosqueado comum grande bru no forte(7.5 YR 5/8); argila; moderada pequena blocos subangulares; friével; pléstico e pegajoso.
Observaçôes: Rafzes finas comuns no A l .Amostras coletadas com auxi'lio do trado de caneco.
111/116
PERFIL N? 25
LOCAL: Rio Preto (aftuente do Rio Fresco, a 170 km de Sâo Félix).
CLASSIFICAÇÀO: Podzólico Vermelho Amarelo.
FOLHA SB.22-Y-D
ProtocoloProf.
cmHoriz.
SiO2 AUO, Fe 2O 3
Ki KrN
C
N
100 Al
Al+S
492
493
494
495
0 - 1 0 A
1 0 - 6 0 B
60 - 100 B2
100-130+ B3
10,59 17.08
16,47 23,46
10,05 21,93
11,34 24,99
4.07
5,43
5,63
6,50
1,05
1,19
0,78
0.77
0.91
1.04
0,67
0,66
1,12
0.49
0,39
0.29
0,05
0,03
0,04
0,02
22
16
10
15
13.33
20,64
38,94
32.11
COMPLEXO SORTIVO mE/IOOg
Ca* Mg* K* Na* H* Al*
V
%
0,92
0,80
0.32
0,40
0.76
0,16
0,32
0,48
0.14
0,06
0.05
0.05
0,03
0,02
0,01
0,01
1,82
1.03
0,69
0,93
6,94
4,93
3,50
4.16
0.28
0,32
0,44
0.44
7.22
5.25
3.94
4,60
25
20
18
20
0.12
0,06
0,02
0,06
pH
H,0
COMPOSIÇÂO GRANULOMÉTRICA %
Calhau>20mm
Cascalho20-2mm
Areiagrossa
Areiafina Silte Argila
totalArgilanat.
Grau deftoculacâo
4.0
4,8
5.3
5.2
3,1
3.3
3.3
3.2
14
9
7
6
20
11
12
9
48
54
58
59
18
26
23
26
2
1
1
1
ANÂLISE: IDESP
UI/117
12.2 — Anâlises para Avaliaçlo da Fertilidade dos Solos
AMOSTRAS PARA AVALIÂÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-X-C
SB.22-X-D
SB.22-Z.A
SB.22-Y-D
SB.22-Z-C
SB.22-X-B
SB.22-V-A
SC.22-V-B
Solo
PVAcn
Li
AQ
TREe
BA
AQ
PVAcs
PVAcn
GPH
LVApI
GPH
PVAm
GPH
Li
Profund,cm
0 - 20
0 - 20
0 - 15
0 - 20
0 - 20
30- 50
0 - 50
50-120
0 - 40
40- 80
0 - 20
0 - 20
0 - 20
20- 40
40- 60
0 - 20
20- 50
50- 80
0 - 40
40-120
0-30
60- 80
0 - 15
15- 35
pHH3O
6,0
4,3
4,4
4,9
6.3
6,9
5.1
5,2
4,5
4,8
4,7
5,0
5,0
5,0
5.1
6.6
7.0
7,8
4,5
4,8
4,7
5,4
4,7
4,9
Pppm
2
2
2
27
<2
< 2
2
2
< 2
2
2
14
3
2
3
3
< 2
< 2
2
3
3
2
< 2
2
Cat f ons Permutâveis
AI***mE
0.0
3.9
1,3
0,3
0,0
0,0
0,1
0.6
1,0
0,7
0.7
0,9
1,2
1.7
1.8
0,0
0,0
0,0
0,4
1,1
1,2
0,5
1,6
2.0
Ca"*Mg"mE
7,1
0,2
0.3
9.1
21.4
11.5
1.1
0.2
0,3
0,2
2,6
3,2
1.5
0,4
0,4
5,8
6.0
8.5
0.7
0.5
0.4
0.2
0.2
0.2
K+
ppm
129
39
18
144
222
234
25
20
16
12
78
117
94
74
35
27
23
31
62
33
20
16
16
16
N%
0,25
0,11
0,09
0,14
0,24
0,03
0,05
0,01
0,03
0,16
0,13
0,17
0,09
0,07
0,06
0,04
0,19
0,11
0,06
0,04
0,11
0,03
0,04
0,05
Localizaçâo
Ponto 2
Ponto 4
km 62, da Estrada Marabâ-Estreitokm 110, da EstradaMarabâ— EstreitoEstrada Transamazônica,a 19 km do Rio Araguaiaem direçâo a Estreito
Ponto 17
A 5 km de Marabâ para
Araguatins
Ponto 2
Ponto 3
Ponto 4
Ponto 2
Ponto 1
Ponto 3
Ponto 8
111/118
AMOSTRAS PARA AVALIACÄO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SC.22-X-A
SC.22-X-B
SB.22-V-B
SB.22-Y.B
Solo
PVAe
LVA
PVApI
PVA
LVE
LR
CL
TREd
TREe
TREd
Profund,cm
0 - 20
80-120
0 - 30
50- 80
0 - 20
50- 70
0 - 20
20- 40
4 0 - 60
0 - 20
80-120
0 - 20
80-120
0 - 15
0-20
60-80
0-20
60-80
0-20
pHH2O
7.7
6,0
4,4
4,8
5,0
5,3
5,5
5,5
5,6
5,3
5,8
4,8
5,5
4,6
5.3
5,1
6,2
5,6
3,9
Pppm
72
3
3
< 2
< 2
< 2
3
< 2
< 2
2
< 2
< 2
< 2
1
3
1
1
1
1
Catfons Permutaveis
AI***
0,0
0.0
1.1
1,3
0,8
0,8
0,1
0.5
0,6
0,2
0,1
0,7
0,1
1,6
0,1
0,1
0,0
0,1
3,5
Ca***Mg**mE
14,6
6,7
1,2
0,3
0,5
0.3
7.5
2.1
2,0
4,2
2,2
0,5
0,3
2,1
1,1
3,2
16,9
4,3
0,6
K*ppm
113
140
70
55
43
82
94
23
16
55
90
62
16
84
12
37
95
39
5,7
N%
0,27
0,03
0,05
0,05
0,05
0,03
0,23
0,04
0,03
0,15
0,05
0,11
0,04
0,16
0,04
0,12
0,41
0,06
0,14
Local izaçâo
Ponto 1
Ponto 2
Ponto 7
Ponto 6
Ponto 4
Ponto 2
A 105 km de Säo Félix, noRio Fresco
Rio Fresco, proximo à barra doRio Riozinho
Rio Fresco, a 40 km deSäo Félix
A 3 km de Säo Félix, estrada deSäo Félix-Redençao.
111/119
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIOADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-V-A
SB.22-V-B
SB.22-X-A
Solo
PVAe
Ligr
Ligr
LVAm
LVAm
LVAm
LVA
N?da
Amostra
2
1
4
1
2
3
4
Hori-
zontte
A1
A3
B1
B21
B22
A
A
A1
A3
B1
B21
B22
B3
A
B
A
B
A1
A3
Profund,
cm
0 - 10
10- 35
35- 60
60- 90
90-130
0 - 20
0 - 20
0- 10
10- 30
30- 50
50- 70
70-100
100-130
0 - 10
30- 60
0 - 20
70- 90
0- 15
15- 35
pH
H 2 O
4,8
4,5
4.9
5,2
5,0
5.1
4,6
4.6
P
ppm
5
<2
< 2
< 2
3
2
3
3
Granulometria (%)
AreiaGrossa
31
27
19
13
14
50
28
54
45
38
34
23
20
26
22
31
32
36
25
AreiaFina
24
23
14
9
11
13
22
12
12
13
12
10
8
27
23
37
25
22
25
Limo
26
24
19
18
16
21
27
21
25
25
25
23
24
22
23
23
18
24
30
ArgilaTotal
19
26
48
60
59
16
23
13
18
24
29
44
48
25
32
9
25
18
20
Bases Trocâveis mE/100gT.F.S.A.
&\
8,0
4.2
4,4
4,2
3.6
0.5
0.4
2,2
1.1
0.8
0,2
0,3
0,3
0,3
0,2
0.9
0,3
1.0
0.4
Na+
0.03
0,03
0,02
0,02
0,02
0,03
0,03
0,03
0,03
0,02
0,03
0,02
0,02
0,02
0,03
0,03
0,03
0,18
0,08
0,06
0,05
0,05
0,13
0,12
0.14
0,12
0,16
0,34
0,29
0,13
0,11
0,07
0,23
0,10
0,21
0,12
S H+ A l * * *
AlT
mE/lOOg T.F.S.A.
8,21
4,31
4,48
4,27
3,67
0,66
0,55
2,37
1,25
0,98
0,57
0,61
0,45
0,43
0,30
1,24
0,55
4,95
4,02
4,12
4,52
5,47
8,20
10.47
5.17
3,82
3,62
2,86
2,99
2,79
3,86
1,92
3,36
2,63
0,0
0,1
0,0
0,1
0,3
1.2
1.7
0,60
0,80
1,00
1.10
1,30
1,00
1.2
1,0
0,4
0,9
0.6
1.0
13,16
8,43
8,60
8,89
9,44
10,06
12,72
8,14
5,87
5,60
4,53
4,90
4.25
5,49
3,22
5,20
4,18
V
(%)
62
51
52
48
39
7
4
29
21
18
13
12
11
8
9
24
13
N
(%)
0,15
0,18
0,10
0,05
0,07
0,04
0,09
0,06
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-X-C
Solo
PVA
LVA
PVAcn
N?da
Amostra
3
5
1
Hori-
zonte
B1
B21
B22
A1
A3
B1
B21
B22
A1
A21
A22
B1
B2
B3
A1
A3
B1
B2
B3
Profund,
cm
35- 50
50- 80
80-110
0 - 15
15- 40
40- 70
70-120
120-170
0- 15
15- 30
30- 50
50- 80
80-140
140-160
0- 20
20- 40
40- 55
55- 80
80-100
pH
H 2 O
4,6
4,8
5,1
5,4
5,4
5,7
6,1
6,0
7,0
6,7
5,7
5,7
5,4
5,3
5,5
4,8
4,9
4,7
4,8
p
ppm
3
2
4
2
2
< 2
< 2
< 2
7
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
6
3
3
2
< 2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
24
21
20
27
27
29
26
21
27
21
19
19
16
15
36
27
25
13
14
AreiaFina
29
21
24
31
30
24
23
20
29
32
29
31
30
30
27
30
22
10
5
Li mo
23
31
24
27
31
25
25
27
31
26
30
21
27
27
23
27
28
19
22
ArgilaTotal
24
27
32
15
12
22
26
32
13
21
22
29
27
29
14
16
25
58
59
Bases Trocéveis mE/100g
T.F.S.A.
C a + %M g "
0,5
0,3
0,5
3,0
2,0
1.8
1,3
1.6
4,5
2,2
1.2
1,0
0,7
0,5
4,2
2,0
1,8
1,1
1.1
Na*
0,03
0,03
0,03
0,03
0,02
0,01
0,02
0,02
0,03
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,03
0,03
0,03
0,02
0,02
0,13
0,09
0,08
0,19
0,13
0,12
0,09
0,09
0,52
0,34
0,33
0,21
0,07
0,06
0,24
0,11
0,13
0,23
0,14
S H* A I W T
mE/100g T.F.S.A.
0,66
0,42
0,61
3,22
2,15
1,93
1,41
1,71
5,05
2,56
1,55
1,23
0,79
0,58
4,47
2,14
1,96
1,85
1,46
2,63
2,03
2,33
2,64
1,98
1,48
0,99
0,82
0,89
1,02
1,15
0,75
0,98
0,88
3,43
3,62
3,62
4,18
4,18
1,0
1.1
0,8
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,5
0,9
1.0
1.1
0,2
0,5
0,5
1.1
1,1
4,29
3,55
3,74
5,86
4,13
3,41
2,40
2,53
6,04
3,88
3,20
2,88
2,77
2,56
8,10
6,26
6,08
7,13
6.74
V
(%)
15
12
16
55
52
57
59
68
84
66
48
43
29
23
55
34
32
26
22
IM
(%)
0,07
0,03
0,04
0,10
0,07
0,05
0,03
0,02
0,10
0,05
0,04
0,03
0,02
0,02
0,13
0,07
0,06
0,06
0,05
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-X-D
Solo
LVA
Li
AQ
Lie
AQ
PVAe
N?da
Amostra
2
12
2
9
11
8
Hori-
zonte
A1
A3
BI
B2
B3
Al
A3
B/C
A1
C1
C2
A
C
Ap
A3
C1
C2
A1
A3
Profund,
cm
0 - 15
15- 40
4 0 - 70
70-120
120-160
0 - 24
24 - 43
4 3 - 60
0- 12
12- 45
45-180
0 - 8
8 - 20
0 - 15
15- 31
3 1 - 77
77-116
0 - 8
8 - 35
pH
HjO
6,0
5,6
5,5
5,3
5,4
4,6
4,6
4,6
4,7
4,8
5,1
5,1
4,7
5,2
5,0
4,9
4,7
6,7
6,5
p
ppm
< 2
< 2
2
2
< 2
12
12
2
4
< 2
< 2
13
4
6
5
4
4
12
3
Granulometria (%)
Are iaGrossa
50
34
31
29
25
AreiaFina
19
20
19
20
18
Limo
21
22
26
21
28
ArgilaTotal
10
24
24
30
29
Bases Trocâveis mE/100gT.F.S.A.
M a : : +Mg
2,6
1,1
0,6
0,4
0,4
6,1
1,4
0,4
1,0
0,2
0,2
9,3
4,1
2,9
1,2
0,4
0,3
9,8
4,2
Na+
0,01
0,02
0,01
0,02
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,03
0,01
0,01
0,01
0,01
0,03
0,01
0,01
0,14
0,15
0,10
0,11
0,09
0,34
0,16
0,08
0,06
0,03
0,02
0,50
0,24
0,30
0,08
0,04
0,04
0,24
0,16
S A l * * *
AlT
mE/100g T.F.S.A.
2,75
1,27
0,71
0,53
0,50
6,45
1,57
0,49
1,07
0,24
0,23
9,83
4,35
3,21
1,29
0,45
0,37
10,05
437
1,65
2,04
1,74
1,84
1,51
11,05
8,11
6,01
2,50
0,36
0,46
5,67
5,27
2,77
2,27
0,71
0,71
0,99
0,89
0,0
0,6
0,9
0,8
0,8
0,5
2,3
2,9
0,3
0,3
0,2
0,1
0,5
0,2
0,7
1,1
1,1
0,0
0,1
4,40
3,91
3,35
3,17
2,81
18,00
9,98
9,40
3,87
0,90
0,89
15,60
10,12
6,18.
4,26
2,26
2,18
10,24
5,36
V
l%)
63
32
21
17
18
36
17
5
28
38
26
63
43
52
30
20
17
98
81
N
(%)
0,04
0,05
0,04
0,02
0,03
0,23
0,12
0,07
0,05
0,14
0,08
0,24
0,11
0,08
0,24
0,16
0,11
0,17
0,10
CO
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-X-D
Solo
PVAcs
PVAcs
PVAcs
PVAcs
N?da
Amostra
4
5
13
1
Hori-
zonte
B1
B2
AI
A2
B1
B2
C1
C2
Ap
B2
B3
A1
B11
B12
B2
A1
A2
B1
B2
Profund,
cm
3 5 - 85
85-140
0 - 12
12 - 17
17- 34
3 4 - 46
4 6 - 56
56-110
0 - 22
2 2 - 35
3 5 - 48
0 - 9
9 - 26
2 6 - 48
4 8 - 74
0 - 15
15- 35
3 5 - 50
5 0 - 68
pH
H2O
5,6
5,4
4,1
4,1
4,8
4,4
4,8
4,9
4,1
4,8
4,
3,8
3,8
4,4
4,7
4,4
4,6
4,2
4,6
p
ppm
<2
<2
5
3
< 2
< 2
< 2
< 2
3
< 2
< 2
6
3
2
< 2
14
2
6
2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
AreiaFina
Limo ArgilaTotal
Bases Trocâveis mE/100gT.F.S.A.
C a ; >Mg
1,0
1,1
3,1
1,6
0,7
0,4
0,4
0,4
1,4
2,5
2,8
0,8
0,4
0,4
0,3
8,3
0,6
2,6
0,6
Na*
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,02
0,02
0,01
0,01
0,01
0,01
0,02
0,01
0,01
0,01
K+
0,16
0,04
0,14
0,09
0,06
0,04
0,04
0,03
0,11
0,04
0,04
0,09
0,10
0,09
0,04
0,27
0,06
0,15
0,04
S H+ AI T
mE/100g T.F.S.A.
1,17
1,15
3,25
1,70
0,77
0,45
0,45
0,44
1,52
2,56
2,86
0,90
0,51
0,50
0,35
8,59
0,67
2,76
0,65
0,79
0,46
5,58
3,74
1,89
1,43
1,52
1,32
5,53
1,63
1,57
4,20
2,38
2,35
2,55
8,71
2,61
5,10
2,61
0,2
0,2
1,5
2,2
2,4
2,2
2,6
2,8
1,4
8,1
7,5
1,9
2,4
2,1
1,9
0,2
2,5
1,5
3.0
2,16
1,81
10,23
8,30
5,06
4,08
4,57
4,56
8,45
12,29
11,93
7,00
5,29
4,95
4,80
17,50
5,78
9,36
6,26
V
(%)
54
63
32
20
15
11
10
10
18
21
24
13
10
10
7
49
12
29
10
N
(%)
0,04
0,03
0,16
0,12
0,03
0,04
0,04
0,12
0,06
0,06
0,13
0,08
0,06
0,04
0,29
0,06
0,16
0,05
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-V-D
SB.22-Y-B
SB.22-Z-A
Solo
PVAcs
PVAcs
Lie
PVA
PVA
TREe
N?da
Amostra
3
6
1
3
1
3
Hori-
zonte
A11
A12
A3
B2
B3
C
Al
B1
B21
B22
A
A
B
A1
A3
B1
B21
B22
A1
Profund,
cm
0- 22
22- 36
36- 55
55- 85
85-120
120-130
0- 15
25- 49
49- 79
79-120
0 - 30
0 - 20
60- 80
0 - 10
10- 25
25- 40
40- 70
70-110
0- 10
pH
H 2 O
3,9
4,4
4,7
4,8
4,9
5,0
4,1
4,4
4,3
4,8
5,0
4,9
5,2
5,4
5,2
5,1
5,2
5,2
5,1
P
ppm
4
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
4
2
< 2
< 2
2
2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
4
Granulometria (%)
AreiaGrossa
33
34
35
42
32
34
32
39
7
AreiaFina
32
30
31
12
11
10
15
13
1
Limo
25
22
13
25
29
26
33
23
43
ArgilaTotal
10
14
21
21
28
30
20
25
49
Bases Trocàveis mE/100gT.F.S.A.
Mg
1,6
0,6
0,4
0,6
0,7
1,7
1,4
0,2
0,3
0,1
1,6
0,7
0,8
3,9
2,2
1,2
0,6
1,0
4,1
Na+
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,02
0,01
0,01
0,01
0,03
0,02
0,02
0,02
0,01
0,01
0,04
K+
0,14
0,05
0,03
0,03
0,02
0,02
0,11
0,04
0,03
0,03
0,18
0,16
0,78
0,19
0,09
0,07
0,06
0,06
0,20
S H+ AI***
AIT
mE/IOOg T.F.S.A.
1,75
0,66
0,44
0,64
0,73
1,73
1,53
0,25
0,34
0,14
7,91
4,11
2,31
1,29
0,67
1,07
4,34
6,12
2,88
1,52
1,32
1,20
1,42
5,56
2,36
1,70
1,34
2,47
3,76
3,66
2,37
2,34
2,11
7,16
1,8
2,4
2,6
2,8
2,1
2,7
1,2
1,6
1,6
1,3
0,3
0,9
1,7
0,2
0,3
0,6
0,3
0,2
0,1
9,67
5,94
4,56
4,76
4,03
5,85
8,19
4,21
3,64
2,68
10,68
8,07
6,27
4,26
3,31
3,38
11,60
V
(%)
18
11
10
13
18
29
19
6
9
5
74
51
37
30
20
32
37
N
1%)
0,17
0,08
0,04
0,03
0,11
0,14
0,12
0,09
0,03
0,03
0,07
0,12
0,03
0,16
0,09
0,07
0,03
0,03
0,32
N)
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-Y-C
Solo
Ae
GPH
PVAe
PVA
N?da
Amostra
2
3
2
1
Hori-
zonte
A3
B21
B22
AI
A3
CI
C2
C3
A1
C1g
C2g
A1
A
B
A1
A3
B1
B21
B22
Profund,
cm
10- 25
25- 55
55- 90
0 - 15
15- 30
30- 60
60- 80
80-100
0- 20
20- 50
50- 90
0 - 30
0- 40
40- 80
0- 20
20- 40
50- 80
120-140
< 150
pH
H 2 O
5,2
5,4
5,5
5,8
5,7
5,6
5,7
5,7
4,5
4,7
4,9
6,8
6,5
6,9
4,0
4,4
4,9
5,1
5,2
p
ppm
< 2
< 2
< 2
3
3
3
< 2
< 2
3
3
2
108
76
< 2
4
< 2
< 2
< 2
< 2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
11
7
7
25
26
26
23
22
16
16
13
13
10
10
21
19
19
19
19
AreiaFina
1
1
1
43
42
40
40
34
20
18
16
15
12
14
24
25
27
26
33
Limo
58
32
47
27
22
26
26
20
28
25
22
56
60
50
27
24
16
15
7
ArgilaTotal
30
60
45
5
10
8
11
24
36
41
49
16
18
26
28
32
38
40
41
Bases Trocàveis mE/100g
T.F.S.A.
M C +Mg
4,3
2,6
1,5
4,8
2,2
1,4
1,1
1,6
0,5
0,5
0,5
9,4
8,6
4,5
0,4
0,2
0,2
0,2
0,2
Na+
0,03
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,02
0,03
0,01
0,01
0,01
0,03
0,03
0,03
0,14
0,10
0,07
0,28
0,14
0,12
0,11
0,19
0,08
0,04
0,04
0,66
0,20
0,17
0,12
0,58
0,50
0,40
0,40
S H*+++
Al T
mE/100g T.F.S.A.
4,47
2,72
1,59
5,10
2,36
1,54
1,23
1,82
0,59
0,55
0,55
10,09
8,83
4,70
6,00
3,96
2,97
1,88
1,55
1,55
1,35
1,68
4,83
2,52
2,39
1,61
1,78
0,46
0,1
0,0
0,0
0,1
0,1
0,1
0,3
0,3
2,1
2,1
1,9
0,0
0,0
0,0
2,9
2,3
1,8
1,7
1,4
10,57
6,68
4,56
7,08
4,01
3,19
2,88
3,80
7,52
5,17
4,84
11,70
10,61
5,16
V
(%)
42
41
35
72
59
49
43
48
8
11
11
86
83
91
N
(%)
0,28
0,17
0,07
0,12
0,06
0,03
0,02
0,03
0,12
0,04
0,05
0,17
0,18
0,04
0,19
0,09
0,03
0,03
0,02
N)O)
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-Y-D
SB.22-Z-C
Solo
GPH
PVA
Ae
PVA
PVAcn
PVA
N?da
Amostra
4
4
2
1
1
3
Hori-
zonte
A
AI
B1
B2
A1
C1
C2
A
B
A1
B21
B22
B31
B32
C1
C2
A1
A2
B1
Profund,
cm
0 - 20
0 - 20
2 0 - 40
4 0 - 80
0 - 20
2 0 - 40
4 0 - 80
0 - 40
4 0 - 80
0 - 15
15- 35
3 5 - 60
60-110
110-130
130-170
170+
0 - 10
10 - 25
2 5 - 40
PH
H 2 O
5,7
4,7
5,2
5,2
4,9
5,2
6,0
5,3
4,9
4,0
4,3
4,7
5,1
5,2
5,3
5,3
5,1
5,2
5,2
p
ppm
2
< 2
< 2
< 2
3
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
2
2
2
< 2
< 2
2
< 2
< 2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
8
46
42
31
3
1
41
31
29
20
19
26
24
26
36
40
40
38
AreiaFina
32
18
15
18
9
6
18
10
16
17
15
15
14
12
7
13
15
10
Limo
39
20
25
30
40
42
46
28
36
19
17
16
14
20
28
39
30
31
31
ArgilaTotal
21
16
18
21
60
46
47
13
23
36
46
50
45
42
34
18
17
14
21
Bases Trocâveis mE/100g
T.F.S.A.
Mg
3,2
0,5
0,3
0,2
6,4
5,8
16,6
2,5
0,6
0,6
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
4,0
2,2
1.5
Na*
0,10
0,03
0,03
0,03
0,08
0,10
0,25
0,02
0,02
0,03
0,03
0,04
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
0,03
K+
0,13
0,20
0,13
0,09
0,11
0,07
0,08
0,06
0,14
0,12
0,05
0,04.
0,04
0,03
0,03
0,03
0,24
0,15
0,09
S H + A l ~ T
mE/100g T.F.S..A.
3,43
0,73
0,46
0,31
6,59
5,97
16,93
2,78
0,76
0,75
0,28
0,28
0,27
0,26
0,26
0,26
4,27
2,38
1,62
2,01
0,77
0,77
3,09
0,61
5,03
7,72
2,73
1,89
5,95
4,01
3,25
2,20
1.91
1,64
0,62
4,09
3,16
2,96
0,1
2,0
1.3
1,0
1,5
4,5
0,0
0,2
1,7
1.8
1,6
1,2
0,6
0,4
0,5
0,7
0,2
0,3
0,5
5,54
3,60
0,55
4,31
8,70
15,50
24,65
5,71
3,35
8,50
5,89
4,73
3,07
2,57
2,40
1,58
8,56
5,84
5,08
V
(%)
62
20
7
7
76
39
68
49
23
9
5
6
9
10
11
16
50
41
32
N
<%)
0,06
0,17
0,12
0,07
0,25
0,05
0,17
0,09
0,03
0,14
0,09
0,08
0,04
0,03
0,19
0,11
0,14
0,08
0,03
NO
AMOSTRAS PARA AVALIAÇÂO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SB.22-Z-D
SC.22-V-A
Solo
PVAe
AQ
PVA
PVA
N?da
Amostra
4
2
3
•
2
Hori-
zonte
B21
B22
B3
Ap
A3
B21
B22
Ap
A3
C1
C2
C3
A11
A12
B21
B22
B3
A1
A3
Profund,
cm
4 0 - 55
55- 80
80-120
0 - 16
16- 25
25- 47
47-104
0 - 23
23- 44
44- 60
6 0 - 94
94-165
0 - 15
15- 40
40 - 60
60-100
< 100
0 - 8
8 - 30
PH
H 2 O
5,0
5,2
5,4
6,2
6,5
6,4
6,0
4,5
4,6
4,6
4,3
5,0
5,1
5,6
5,3
5,3
5,4
5,3
5,5
P
ppm
< 2
< 2
< 2
3
< 2
< 2
< 2
3
2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
32
25
16
64
41
37
33
31
23
16
AreiaFina
10
8
7
9
9
8
7
6
35
29
Li mo
32
35
43
11
18
13
11
13
26
25
ArgilaTotal
26
32
34
16
32
42
49
50
16
30
Bases Trocäveis mE/100gT.F.S.A.
Mg
1.2
1,0
1.2
7,7
5,0
3,5
2,4
1.2
0,5
0,3
0,3
0,2
1,7
1,3
0,3
0,2
0,2
6,9
2,0
Na*
0,03
0,03
0,03
0,01
0,01
0,03
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,02
0,02
K*
0,09
0,08
0,04
2,41
0,99
0,60
0,35
0,06
0,04
0,04
0,04
0,03
0,24
0,27
0,22
0,18
0,16
0,24
0,15
S H+AI*** T
mE/100g T.F.S.A.
1,32
1,11
1.27
10,12
6,00
4,13
2,76
1.27
0,55
0,35
0,35
0,24
7,16
2,17
2,70
2,30
1,84
1,81
1,65
1,65
1,32
3,18
2,47
1,87
0,92
0,82
7,27
6,38
0,6
0,5
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,7
0,5
0,6
0,4
0,0
0,2
0,3
0,3
0,1
0,0
0,1
0,5
4,62
3,91
3,41
11,93
7,65
5,78
3,08
5,72
3,52
2,82
1,27
1,06
14,53
9,05
V
(%)
29
28
37
85
78
71
90
22
16
13
28
23
49
24
N
(%)
0,06
0,04
0,03
0,11
0,05
0,04
0,03
0,05
0,03
0.02
0,16
0,11
0,09
0,08
0,05
0,03
0,03
0,03
0,11
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Folha
SC.22-V-B
5C.22-X-A
Solo
Ligr
Li
PVA
PVA
LVA
GPH
PVAm
N?da
Amostra
1
8
5
6
2
3
2
Hori-
zonte
B1
B2
B3
A
A
A1
B1
B21
B22
A1
B1
B21
B22
A
B
A1
Bigt
B2g
A1
Profund,
cm
30-50
50- 80
80-120
0- 20
0- 12
0- 20
20- 40
40- 58
58- 80
0 - 2 0
20- 50
50- 70
70-110
0- 10
30- 60
0- 25
40- 60
80-110
0- 10
pH
H 2 O
5,5
5,2
5,5
4,5
5,2
5,2
5,1
5,4
5,6
4,3
4,6
4,8
5,0
4,9
5,2
5,4
5,2
5,3
5,8
p
ppm
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
2
< 2
< 2
< 2
3
2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
< 2
2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
14
17
14
28
11
48
18
6
3
1
3
5
26
22
4
8
8
40
AreiaFina
32
24
23
22
65
14
16
14
14
15
17
21
8
27
23
25
17
17
24
Limo
10
15
12
27
11
17
31
29
26
52
37
26
37
22
23
40
32
31
21
ArgilaTotal
44
44
51
23
13
21
35
51
57
32
43
48
55
25
32
31
43
44
15
Bases Trocâveis mE/IOOgT.F.S.A.
M a : : +
Mg
0,6
0,4
0,5
0,4
0,2
1,3
0,6
0,4
0,4
0,5
0,5
0,5
0,5
0,3
0,2
2,1
Na+
0,02
0,03
0,03
0,03
0,03
0,01
0,02
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,02
0,03
0,03
0,04
0,03
0,03
K*
0,09
0,08
0,11
0,12
0,08
0,11
0,06
0,04
0,04
0,10
0,10
0,08
0,06
0,11
0,07
0,12
0,08
0,08
0,41
S H+ AI*** T
mE/100g T.F.S.A.
0,71
0,51
0,64
0,55
0,31
1,42
0,68
0,45
0,45
0,61
0,61
0,59
0,57
0,43
0,30
6,45
2,52
2,51
2,54
4,73
3,31
1,43
10,47
1,43
5,20
3,64
2,64
3,29
6,00
4,94
2,90
2,43
3,86
1,92
5,62
3,38
2,49
1,81
0,5
0,1
0,5
1.7
1,0
1,4
2,3
2,8
3,8
3.9
4,3
3,7
4,5
1,2
1,0
0.0
5,94
3,92
3,07
12,72
2,72
8,02
6,62
5,89
7,54
10,51
9,85
7,19
7,50
5,49
3,22
12.17
7,10
6,10
4.35
V
(%)
12
13
31
4
11
18
10
8
6
6
6
8
8
8
9
53
35
41
58
N
(%)
0,07
0,05
0,03
0,18
0,06
0,10
0,07
0,05
0,03
—
0,09
0,06
0,04
0,10
0,05
0.06
AMOSTRAS PARA AVALIAÇAO DA FERTILIDADE DOS SOLOS
Fol ha Solo
PVAm
N?da
Amostra
1
Hori-
zonte
A3
BI
B2
A1
A3
B1
B21
B22
B3
Profund,
cm
10- 30
30- 50
50- 80
0 - 10
10- 25
25- 40
40- 55
55- 80
80-120
pH
H2O
5,3
5,3
5,3
5,1
5,0
5,1
5,3
5,7
5,7
P
ppm
2
< 2
< 2
3
3
< 2
< 2
2
< 2
Granulometria (%)
AreiaGrossa
33
28
34
64
50
42
41
33
30
AreiaFina
27
26
26
9
10
8
9
6
7
Limo
23
20
15
16
23
33
23
30
32
ArgilaTotal
17
26
25
11
17
17
27
31
31
Bases Trocâveis mE/IOOgT.F.S.A.
0,5
0,5
0,4
1,7
0,8
0,4
0,4
0,4
0,2
Na+
0,03
0,04
0,03
0,03
0,03
0,03
0,04
0,03
0,03
0,21
0,20
0,13
0,23
0,14
0,10
0,13
0,11
0,06
S H+ Al T
mE/IOOg T.F.S.A.
0,74
0,74
0,56
1,96
0,97
0,53
0,57
0,44
0.29
2,50
2,17
1,90
4,42
4,45
2,80
2,40
1,48
1,15
0,8
0.8
0,9
0,2
0.5
0,5
0,4
0,0
0,0
4.04
3,71
3,36
6,58
5,92
3,83
3,37
1,92
1,44
V
(%)
18
20
17
30
16
14
17
23
20
N
(%)
0,05
0,06
0,03
0,12
0,09
0,07
0,05
0,02
0,17
FOTO N9 1Perfil de Terra Roxa Estrutu-rada Eutrófica, sob vegetaçaode floresta e em relevo ondu-lado. A 9,4 km de Conceicaodo Araguaia na estrada paraRedencao.
FOTO N? 2Perfil de Solo Litólico subs-trato folhelho da FormacäoPiauf. Relevo suave onduladoe vegetaçao de cerrado. A65,9 km ao sul de AraguainaIBR-010).
FOTO N9 3Perf il de Areias Quartzosas emrelevo suave ondulado sobvegetaçâo de capoeira. A7,5 km ao sul de Araguaina(BR-010).
FOTO N9 4Vegetaçâo e relevo da érea próxima ao Rio Tueré no nordeste da area. Unidade de mapeamentoPB 4.
FOTO N9 5Perfil de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento, apresen-tado descontinu idade litoló-gica. Relevo suave ondulado evegetaçâo local de pastagem.Fazenda Fortaleza do Sororó-zinho (sul de Marabâ).
FOTON? 6Trecho da rodovia Transamazon ica entre Marabâ e Itupiranga. Ârea de Podzólico Ver mei ho-Amarelo cascalhento em relevo ondulado.
FOTO N?7Perfil de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento. FazendaAlto Bonito.
FOTO N9 8Ârea de Podzólico Vermelho-Amarelo cascalhento em relevo suave ondulado. Fazenda Macaxeira.
VEGETncno
AS REGIÖES FITOECOLÓGICAS, SUA NATUREZA E SEUS RECURSOS ECO NÖ Ml COS
ESTUDO FITOGEOGRAFICO DA AREA ABRANGIDA PELAS FOLHAS DE SB.22 ARAGUAIA ESC.22 TOCANTINS
AUTO RES:HENRIQUE P. VELOSOADÉLIAM. S. JAPIASSULUIZGÓES FILHOPEDRO F. LEITE
PARTICIPANTES:EDUARDO PINTO DA COSTAEVARISTO FRANCISCO DE MOURA TEREZOFLORALIM DE JESUS FONSECA COELHORENATO DE CAMPOS RONCHISHIGEODOIWALMOR NOGUEIRA DA FONSECA
S U M A R I O
1.
2.
2.1.2.2.
3.
3.1.3.2.
4.
4.1.4.2.4.3.4.4.
5.
6.
6.1.6.2.
7.
7.1.7.2.7.3.7.4.7.5.
8.
9.
10.
10.1.10.2.10.3.
ABSTRACT IV/7
INTRODUCÄO IV/9
METODOLOGIA IV/11
Interpretacao das Folhas IV/11Inventérios Florestais IV/11
LEGENDA DAS FOLHAS SC.22 TOCANTINS E SB.22 ARAGUAIA
Chave de Classificaçâo Fisionômico-Ecologica das Formacöes IV/15Descriçao das Fisionomias Ecológicas IV/16
REGIOESFITOECOLÔGICAS IV/20
Regiao Ecológica do Cerrado IV/20Area de Contato IV/23Regiao Ecológica da Floresta Densa IV/23Regiao Ecológica da Floresta Aberta IV/40
FLORfSTICA IV/48
IV/15
BIOCLIMAS IV/51
Clima Xeroquimênico IV/51Clima Xeroquimênico em Transiçâo para Xerotérico
CONCLUSÖES IV/57
Recursos Extrativistas IV/57Reçu rsos Madei rei ros IV/57Recursos Energéticos e Outros IV/57Destinaçâo da Area IV/57Recuperaçâo do Cerrado IV/58
IV/52
RESUMO IV/59
BIBLIOGRAFIA IV/60
ANEXO I IV/62
Influçncias Florestais (Conseqüências do Desflorestamento)Recomendaçoese dados econômicos IV/65Bibliografia IV/70
IV/62
IV/3
11.
11.1.11.1.1.11.1.2.11.1.3.11.1.4.11.1.5.11.1.6.11.1.7.11.1.8.11.1.9.11.1.10.11.1.11.11.1.12.11.1.13.11.1.14.11.1.15.11.1.16.11.1.17.11.1.18.11.1.19.11.1.20.
ANEXO II I V/71
Sfntese TemâticaFolha SB.22-Y-CFolha SB.22-YOFolha SB.22-Z-CFolha SB.22-Z-DFolha SB.22-Z-BFolha SB.22-Z-AFolha SB.22-Y-BFolha SB.22-Y-AFolha SB.22-V-CFolha SB.22-V-DFolha SB.22-X-CFolha SB.22-X-DFolha SB.22-X-BFolha SB.22-X-AFolha SB.22-V-BFolha SB.22-V-AFolha SC.22-X-BFolha SC.22-X-AFolha SC.22-V-BFolha SC.22-V-A
das Folhas a 1:250.000 IV/71Cocraimoro IV/74Gorotire IV/76Rio Pau D'Arco IV/78Araguafna IV/81Xambioé IV/84Rio Parauapebas IV/87Sao Félix do Xingu IV/89Igarapé Triunfo IV/91RioPardo IV/93Alto Bacajâ IV/95Rio Itacaiünas IV/97Marabâ IV/99Jacundâ IV/102Remansäo IV/104
IV/105IV/108
Rio BacajâRio IririConceiçao do AraguaiaAraguacema IV/113Cubencranguém IV/116Rio Chiche IV/119
IV/110
IV/4
TABU A DE ILUSTRAÇÛES
MAP ASMapa Fitoecoloecologico (em envelope anexo).
QUADROSI — Zonaçao Regional (Sub-Regiöes)I1 — Curvas Ombrotérmicas de GaussenI11 — Curvas Ombrotérmicas de GaussenIV — Curvas Ombrotérmicas de GaussenV — Inventärios FlorestaisVI — Zonaçao Regional (Ambientes)
FOTOS1. Cerradäo2. Campo Cerrado3. Parque do Cerrado (Natural)4. Parque do Cerrado (Artificial)5. Floresta de Galeria6. Floresta Aberta Mista (Cocal)7. Floresta Aberta Latifoliada (Cipoal)8. Floresta Aberta Latifoliada (Cipoal)9. Floresta Aberta Latifoliada (Cipoal)
10. Floresta Densa Aluvial11. Floœsta Densa dos Platôs12. Vegetaçao Esclerófila Arbustiva13. Floresta Densa Montana14. Floresta Densa Submontana15. Contato — Floresta/Cerrado16. Floresta Semidecidual17. Contato — Floresta/Cerrado18. Floresta Densa Submontana — Castanheira
FIGURAS1. Mapa2. Mapa3. Mapa4. Mapa5. Mapa6. Mapa7. Mapa8. Mapa9. Mapa
10. Mapa11. Mapa
Fisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Y-CFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Y-DFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Z-CFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Z-DFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Z-BFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Z-AFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Y-BFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-Y-AFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-V-CFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-V-DFisionômico-Ecologico da Folha SB.22-X-C
iV/5
12. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SB.22-X-D13. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SB.22-X-B14. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SB.22-X-A15. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SB.22-V-B16. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SB.22-V-A17. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SC.22-X-B18. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SC.22-X-A19. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SC.22-V-B20. Mapa Fisionomico-Ecológico da Folha SC.22-V-A
TABELA DE INVENTÂRIOS FLORESTAISI — Area de ContatoI1 - Sub-Regiao dos Altos PlatosIII — Sub-Regiao da Serra NorteIV — Sub-Regiao da Superffcie Dissecada do AraguaiaV — Sub-Regiao da Superffcie Arrasada da Serra dos CarajâsVla e Vlb — Sub-Regiao da Superffcie Aplainada do Alto Xingu/lririVII — Sub-Regiao da Superffcie Arrasada do Medio Xingu/lriri
IV/6
ABSTRACT
The nature of the vegetation, with emphasis to its economic resources, andaccording to an established regional phytoecological division, is hereinpresented for Sheet SB.22 Araguaia and part of Sheet SC.22 Tocantins,which are comprised within parallels 049 00' and 09Q 00' South andlongitudes 499 00' and 549 00' W Gr., encompassing a region of about366.830 square kilometers.
A methodology for mapping adapted to the use of radar imagery makes thephysiognomic classification of the vegetation anf the forest inventories tofollow an ecological positioning.
Bioclimates were studied at a regional level, thus making the conclusionspresented to be of a preliminary broad nature.
The report contains two exclosures: (a) forest influences and the conse-quences resulting from deforestation, with recommendations to land usage;(b) thematic summary of the sheets 019 00' x 019 30' where vegetationformations are subjected to a dynamic study.
IV/7
1. INTRODUÇAO
A ârea compreendida dentro dos paralelos 49 e99 de latitude sul e 499 e 549WGrw., comœrca de 366.830 km2 inteiramente cobertospelo Radar, intégra parcelas flon'sticas de trèsRegiöes ecológicas — as das Florestas densa eaberta e a do Cerrado — que puderam serseparadas pelos gradientes ecológicos fundamen-tais (litológicos, morfológicos e climâticos, orde-nados aqui pelo grau de importância), de direçâonorte-sul. Como linha bâsica estabelecida acom-panha a vegetaçâo, facilmente poden'amos ana-lisar e devidamente separar em associacöes asvariaçôes fisionômicas da area, se dispuséssemosde mais tempo.
Mas o tempo disponfvel para o mapeamento —prazo de 3 anos para levantamento dos recursosnaturais de 4.600.000 km2 — e as dificuldadesregionais representadas pela falta de vias deacesso à floresta, quase contînua, nao permi-tiram o detalhe desejado de levantamento noterreno. Por isso o nfvel de nossa abstraçâo tevepor fundamento a fotointerpretaçâo, na escalade 1:1.000.000.
Nesta interpretaçao, limitou-se no mi'nimo indis-pensâvel a verificaçâo terrestre, aliada à obser-vaçâo aérea detalhada em vôos a baixa altura,para as necessârias extrapolaçoes. As linhas devôos, cujo traçado obedeceu sempre a umainterpretaçao morfológica preliminar, visaram a,pela observaçâo direta do alvo, associar a nma-gem corn a vegetaçâo refletida, ponto de partidapara o levantamento fisionômico ecológico naimagern de Radar, na escala de 1:250.000.
Je nas éreas de verificaçâo terrestre, aonde aspoucas estradas existentes foram percorridas eatingidos por helicóptero os pontos de outromodo, inacessfveis, o objetivo consistiu em fazerum inventârio florestal, adaptando-se o model oconvencional as condiçoes impostas pela escassezde tempo e pelas restriçoes que a florestaacarreta ao uso de helicóptero.
O presente estudo procura, pois, exprimir osresultados de urn inventério florestal de ni'velregional e, pela observaçâo direta, définir paraextrapolaçâo aerofotogramétrica o seguinte es-pectro de organizaçao ecológica (VELOSO etalii, 1973):
a) Régi So ecológica (Bioma) — Determinadaflora, de forma de vida caracten'stica, que serépète dentro de um mesmo clima, muitas vezesem areas geolôgicas diferentes. Assim, as regiöesfitoecológicas terao nomes que, je consagradosno Pai's, sempre correspondem a um conjunto deformas biológicas1 reunidas numa classe ousubclasse de formaçâo, de ELLENBERG (EL-LENBERG et MUELLER - DOMBOIS,1965/66).
b) Sub-regiSo ecológica — Regiao de unidadesbiológicas identificadas pela mesma florfstica,que coincidem sugestivamente com as éreas dehistória geológica uniforme. As sub-regiöes eco-lógicas, entao, nao se referem a tipos de for-maçoes, mas, sim, a âreas regionais que, por suascaracterfeticas especi'ficas, podem ser separadas.Neste caso, a denominaçao da sub-regiâo ecoló-gica seré regional, mas precedida sempre dafeiçâo morfológica dominante.
c) Unidade de vegetaçâo (Ecossistema) — Éformada por um mosaico de espécies, as quaisestâio combinadas num emaranhado de formas etamanhos que se repetem invariavelmente com amesma fisionomia, dentro dos limites de cadafeiçâo morfológica.
d) Unidade fisionômica (Ambiente) — Podecoincidir corn uma comunidade e até, mesmo,com um grupo de espécies (no caso dos gruposgregérios), ou, ainda, ser uma mistura desse
1. Divisao biológica estrutural das plantas, pelos caractères re-tacionadas com a adaptaçâo ôo ambiente ecologico (RAUN-KJAER.
IV/9
grupamentos, que coexistem em determinadascondicöes ecológicas. Mas, como a unidadefisionômica é dada pela formaçao dominante,sua denominacäo näo implica a necessariamenteidentificaçâo flori'stica, mas, sim, a classficaçâofisionômico-ecologica regional, que coincidesempre com os grupos de formaçao, deELLENBERG.
e) Grupos fisionômicos (Fisionomia) — É umacombinacäo indefinida de espécies que se entre-laçam, onde se distinguem as dominantes, quegeralmente refletem as caracten'sticas funda-mentais do ambiente.
f) Grupos de espécies (Associaçao) — Em sfn-tese, é a identificaçâo de uma determinadapopulaçao vegetal, de ârea bem definida para umfator ou conjunto de fatores ecológicos. Mas,corn esta noçao obriga ao estudo detalhado daspopulaçoes no terreno, a f im de pôr em evi-dência correlaçôes entre gradientes ecológicos eas espécies, somente nos grupamentos gregâriosfoi possfvel chegar a este detalhe.
g) Âreas de contato (Eçotone) — Nas âreas detransiçao climâtica, muitas vezes coïncidentecom o contato de duas formaçoes litológicasdiferentes, existe, justamente na faixa de con-tato de duas regiöes ecológicas, uma mistura deespécies, e, näo raras vezes, endemismos quemuito caracterizam estas areas.
h) Area de encrave — É a interpretaçao dosgrupos de formaçao das regiöes ecológicas que seacham em contato.
i) Refûgio — É um encrave de determinadogrupo de formaçao, bem distante de sua regiâoecológica, situado em ambientes condtcionadospor fatores especiais existentes em meio que égeralmente hostil ao encrave.
As regiöes ecológicas, facilmente identificadaspelas formas biológicas (de acordo corn assubdivisöes de ELLENBERG et MUELLER -DOMBOIS, 1965/66) correspondentes aos fato-res ecológicos que Ihes sâo favorâveis, pelaanàlise da vegetaçâo sépara imediatamente asvariâveis florfsticas que caracterizam as sub-re-giöes.
Cada sub-regiâo envolve ambientes de ummesmo ecossistema, os quais por sua vez, sâocaracterizados pelas espécies dominantes. Estasespécies constituem os provâveis indicadores dosfatores ecológicos fundamentais que iräo constarno presente estudo.
Sem düvida, a anälise da correlaçao existenteentre a vegetaçâo e os fatores climâticos, lito-lógicos e morfológicos näo é suficiente para odetalhe ecológico. Mas para um ni'vel regional,permitido pela nossa escala da trabalho, acre-ditamosser o ideal.
IV/10
2. METODOLOGIA
2.1. Interpretaçâo das Fol has
Na interpretaçâo das folhas de Araguaia eTocantins, foram usados mosaicos nao contro-lados das imagens de Radar1, com as faixas paraestereoscopia (imagens e faixas na escala1:250.000); fotografias de infravermelho emco'pias preto-e-branco e falsa cor, na escala1:130.000; vôos de reconhecimento a baixaaltura; e observaçoes terrestres acompanhadas deinventério florestal.
A metodologia estabelecida para a execuçâo dostrabalhos compreendeu :
a) interpretaçâo do mosaico de imagem deRadar, com auxtïio dos demais sensores;
b) marcaçâo dos pontos para observaçao emsobrevôo a baixa altura;
c) verificaçao terrestre, com inventério florestal;
d) reinterpretaçao, corn si'ntese temética.
A,, interpretaçâo e desenvolvida com base empadroes de drenagem, morfologia, torn e textura,onde a delineaçao segue, de im'cio, ambientesmorfológicos de acordo com os padroes citados.Após o traçado preliminar, procede-se à inte-graçâo para o estudo das areas a sobrevoar.
No sobrevôo, sao tiradas fotografias coloridasdos ambientes morfológicos delimitados, eobservadas as correlaçôes entre os padroes daimagem de Radar e a vegetaçâo. No percursoterrestre, sâo analisadas as fisionomias végétaisligadas aos ambientes morfológicos; e, final-mente, descritas as comunidades, com identifi-caçao das espécies mais caracten'stlcas de cadaambiente.
A reinterpretaçao de cada mosaico consiste noreexame das delineaçoes traçadas preliminar-
mente, tomando-se por base todas as obser-vaçoes feitas nas operaçoes de sobrevôo e terres-tre. Je se faz sobre o mosaico semicontrolado daimagem de Radar esta interpretaçâo.
2.2. Inventârios Florestais
Os inventârios florestais foram executados poruma équipe de Engenheiros Florestais e Auxi-liares de Botânica (homens especializados noreconhecimento das essências florestais, commuitos anos de experiência na atividade demateiros e cortadores de madeira para as indûs-trias locais.
Realizou-se o trabalho por aplicaçâo da seguintemetodologia:
2.2.1. MAPABÂSICO
Marcar pontos sobre a base da imagem Radar,onde foram delimitados os ambientes morfoló-gicos e identificados os tipos fitofisionômicosdas formaçoes, para o trabalho de inventérioflorestal.
2.2.2. AMOSTRAGEM
a) Area e formas das amostras — Começou-sepor amostras em parcelas mfnimas, de 0,1 ha,compreendendo uma picada de 100 métros decomprimento, ao longo da quai se executavamos levantamentos, numa faixa de 10 métros delargura. Posteriormente, a érea da amostra f i-xou-se em 1 ha, reduzindo-se com isso o custooperacional e o numéro de amostragens nosambientes preestabelecidos.
Para fornecer uma representaçâo real de cadaambiente, a érea amostrada deveria ser suficien-temente comprida para atingir todas as suas
IV/11
feiçoes topogréficas. Contudo, a extensäo daârea de operaçâo e a exigüidade do tempodisponi'vel para cada amostragem levaram adéfinir a amostra padräo como um retângulo(1 ha) de 500 m de comprimento por 20 m delargura, que consideramos suficiente para aavaliaçâo regional permitida pela escala. Conven-cionou-se incluir na amostra todas as ârvoressituadas no limite esquerdo da faixa e excluirtodas aquelas do limite direito. As amostragensde 0,1 ha foram locadas ao longo de estradas,nas seguintes folhas na escala 1:250.000:
SB.22-X-D MARABÂSB.22-Z-B XAMBI0ÂSB.22-Z-D ARAGUAI'NASC.22-X-B CONCEIÇAO DO ARAGUAI'NASB.22-X-AREMANSAO
b) Erros Cometidos — erros constantes nas medi-das das amostras, tais como:
b.1) as medidas nâo partiram de ângulos retosrigorosos e as trenas de 20 métros contribui'rampara o somatório de erros; e
b.2) as medidas foram feitas seguindo os déclivesdo terreno, e n§o o nfvel, de modo que as amos-tras, em realidade, näo foram uniformes, apresen-tando sensi'veis variacöes para as respectivasareas. Assim, quanto maior o déclive, menor foia ârea da amostra, e vice-versa.
No entanto, acreditamos que os volumes demadeira obtidos em cada unidade de érea (±1 ha) satisfazem plenamente a nossa avaliaçâoregional, corn margem de erro aie 20%.
c) Distribuiçao das amostras — Sabe-se muitobem que a distribuiçao das amostras, paragarantir idênticas probabilidades de escolha atodas as areas, deveria correr ao acaso. Entre-tanto, a inacessibilidade da grande maioria dasareas, tornou impraticâvel este procedimento,pois o critério do acaso poderia acarretar con-centracöes de amostras em locais de difi'cil
acesso, que seriam amostrados com facilidadeem outros pontos.
Diante disso, na distribuiçao das amostras prefe-riu-se o método de inventariar em cada ambienteurn numero de amostras mais ou menos propor-cional ao seu tamanho e as possibilidades deacesso, mesmo que essa proporcionalidade sófosse alcançada em folhas diferentes.
Aqueles ambientes acessi'veis através de rodoviasreceberam normalmente maior numero de amos-tragens, em virtude do baixo custo operacional.É natural que essas florestas mais acessi'veisestejam alteradas em sua constituicäo, por inter-ferência do hörnern (extrativismo).
Considerado este aspecto, decidiu-se locar asamostras o mais possi'vel distantes das margensde rodovias e caminhos.
Só por helicóptero se conseguiu atingir a grandemaioria dos ambientes. Na operaçâo foi usado oapoio logi'stico para a abertura de clareiras, ouaproveitadas as clareiras naturais existentes nosaf loramentos rochosos.
A distribuiçao de amostras através de clareirassofre de urn inconveniente: torna-se difi'cil, asvezes impossi'vel, abrir clareiras nos ambientes defloresta alta e densa, razäo por que ela só foiamostrada quando ocorre proximo a clareirasnaturais.
d) Relaçao aplicada para câlculo de volume — Acarência de tabelas de volumes regionais, capazesdé atender as peculiaridades das formaçôesflorestais da regiao, bem como a grande extensäoda érea e o pen'odo de tempo disponi'vel, muitocurto para o inventério florestal que figura entreos objetivos do Projeto RADAM, condicionarama escolha de formulas simples e prâticas para ocâlculo dos volumes comerciais das florestas.
Formula bâsica utilizada:
V = jHC2)0,7A TT*
*Por erro gréfico, o valor TT foi omitido da formula nos volumes2 e 3, tendo sido porém, considerado para efeito da câlculo.
IV/12
onde:
V = volume
H = altura comercial (até o primeiro galho)
C = circunferência à altura do peito ou acimadas sapopemas
0,7 = fator de forma — conicidade (HEINS-DIJK, 1963).
2.2.3. PROCESSO DE MEDIÇAO
a) Organ izaçao das équipes de campo e suasatividades — As équipes de campo foram orga-nizadas de acordo com as conveniências delogîstica e meios de acesso.
A équipe compöe-se normalmente de um ou doisEngenheiros florestais, urn Auxiliar e dois ma-tei ros contratados na ârea de trabal ho.
Os dois Engenheiros revezam-se nos trabalhos demediçao de altura, diâmetro de copas, anotaçôese mediçao do comprimento da picada.
O Auxiliar identifica o nome vulgar das espécies,mede as circunferências e ajuda a esticar a,trenapara medir as copas.
Urn mateiro vai na trente, abrindo passagem pelafloresta, e o outro de vez em quando o ajuda aesticar a trena para mediçao do comprimento daamostra.
b) Processus de campo
b.1) Local izaçao das amostras — Na imagem deRadar, previamente interpretada, procede-se àseleçao dos ambientes e neles à escolha das areasmais acessfveis (cortados por estradas, rios nave-gâveis, ou próximas a campos de pouso quepossam servir de sub-base para helicóptero). Paraatender os objetivos das outras équipes (geologia
e pedologia), muitas amostras foram, por facili-dade de logfstica, inventariadas junto as clareirasabertas para tais équipes.
Nas copias heliogrâficas das folhas interpretadasou nos offsets das imagens de Radar, marcam-seâreas a serem inventariadas. No campo, taispontos sao identificados por observaçâo dosacidentes geogrâficos, clareiras naturais e roça-dos, paralelamente ao controle da velocidade dotransporte, tempo de viagem e distância percor-rida.
A équipe, depois de chegar ao ambiente dese-jado, através de rodovias, prossegue em direçâo àârea da amostra, por caminhos je existentes oupicadas abertas na ocasiao. Sempre se procuraultrapassar a floresta je tocada pelo hörnern econduzir o inventério onde ele näo exerceuainda nenhuma influência.
Näo hâ preocupaçao de définir um ponto exatopara a amostra. Muito mais importa a certeza deestar amostrando dentro do ambiente desejado.
b.2) Estabelecimento das amostras — Uma vezescolhido o local inicia-se, a partir de qualquerposiçao dentro da floresta, a abertura da picadae mediçao dos 500 métros (comprimento daamostra). A picada é reta e ao longo delà, seefetuam as mediçoes das arvores, até 10 métrospara cada lado.
b.3) Mediçao nas amostras, e instrumento utili-zados — Säo medidas as circunferências à alturado peito (CAP) ou logo acima das sapopemas, eas alturas comerciais (até o primeiro galho) detodas as érvores de CAP maior ou igual a 1metro, dentro da faixa.
A identificaçao das érvores fica aos cuidados deum Auxiliar de Botânica que tenha noçâo desistemâtica. Essa identificaçâo vulgar, bastantefalha sob o aspecto especi'fico, dé ensejo muitasvezes a uma classificaçâo generica bem vélida. O
IV/13
reconhecimento das érvores baseia-se em obser-vacöes das folhas, caractères da casca (estrutura,cheiro, sabor e coloraçâo), da madeira e doexsudato.
Das érvores émergentes do estrato arbóreo uni-forme mede-se também o diâmetro da copa,objetivando estabelecer uma correlacao copa
versus volume de tronco comercial, com vistas aum possi'vel levantamento volumétrico atravésde fotografias aéreas.
Osequipamentos utilizados sao:
— fita métrica, graduada em centi'metros
— hipsômetro de Haga.
IV/14
3. LEGENDA DAS FOLHAS SC.22 TOCAN-TINS E SB.22 ARAGUAIA
A experiência adquirida pela équipe do RA-DAM, no decorrer do trabalho, permit iu orga-nizar uma chave morfocl imética1 ligada aogrupo fisionômico da vegetaçâo que deu origemà legenda para a escala de trabalho de 1:250.000,e ao consequente mapeamento fitogeogrâficode^se bloco de area na escala de 1:1.000.000.
3.1 . Chave de Classificaçâo Fisionômico—Ecoló-gica das Formaçôes
3.1.1. CERRADO (SAVANNA)
I )
II)
Cerradäo(Woodland Savanna)a) relevo tabular Scrpb) relevo dissecado
b.1) com testemunhosmenores Sea
b.2) ondulado Sco
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)a) relevo tabular Srrpb) relevo dissecado
b.1) com testemunhosmenores Srrc
b.2) ondulado— com f loresta-de-galeria Srf— sem floresta-de-galeria Sro
II I) Parque(Parkland Savanna)a) sem floresta-de-galeriab) com floresta-de-galeria
— distribu i'da por densadrenagem
— distribui'da por esparsadrenagem
Sps
Spfd
Spfe
1. Termo que dénota a distribu içâo das formaçôes végétais dedeterminada regiäo ecológica, pelas principais feiçôes morfo-lógica.
3.1.2. CONTATO (Transition - Savanna/Forest)I) Encrave Fsm
grupos3.1.3. VEGETAÇÂO ARBUSTIVA (Fourré)
I) Vegetaçâo esclerófila (Macchia)a) pacotes de itabir i to (Refügio) Vae
3.1.4. FLORESTA ABERTA (Woodland Forest)I) Floresta Mista — Cocal
Mixed Forest — Palm Tree Forest)a) relevo forte/ondulado
(acidentado) Fameb) relevo suave/ondulado Fama
II) Floresta latifoliada — Cipoal(Broadleaved Forest — Mainly Liana Forest)a) relevo forte/ondulado
(acidentado) Falcb) relevo suave/ondulado Fala
3.1.5. FLORESTA DENSA - FLORESTAOMBRÔFILA 1 A L U V I A L
(ombrophilous Alluvial Forest)
I ) Areas de terraçosa) floresta ciliar com émergentes Fdseb) floresta ciliar com cobertura
uniforme Fdsu
3.1.6. FLORESTA OMBRÔFILA DOS PLATOS(Ombrophilous Lowland Forest)
I) Altos Platôsa) cobertura arbórea com
emergência Fdpeb) cobertura arbórea uniforme Fdpu
II) Platos dissecados, com testemunhosa) cobertura arbórea com
emergência Fdteb) cobertura arbórea uniforme Fdtu
1 . Ombrófila: do grupo ombro = chuva = amiga
IV/15
3.1.7. FLORESTA OMBRÔFILA MONTANA(Ombrophilous montana Forest)
I) Das altas montanhas(mais de 500 m de altura)a) cobertura arbórea corn
émergentes Fdme
3.1.8. FLORESTA OMBROFILA SUBMONTA-NA (Ombrophilous montana Forest)
I) Das baixas cadeias de montanhas(menos de 500 m de altura)a) cobertura arbórea com
emegentes Fddeb) cobertura arbórea uniforme Fddu
II) Dos outeiros e colinasa) cobertura arbórea uniforme Fdlu
III) Dos relevos dissecadosa) forte/ondulado (acidentados)
a. 1 ) cobertura arbórea comémergentes Fdoe
a.2) cobertura arbóreauniforme Fdou
b) suave/onduladob.1 ) cobertura arbórea com
émergentes Fdaeb.2) cobertura arbórea
uniforme Fdau
3.1.9. AGROPECUÄRIA Ap
3.2. Descriçâo das Fisionomias Ecológicas
3.2.1. CERRADO
É uma classe de formaçao predominantementedos climas quentes ümidos, com chuvas torren-ciais bem demarcadas pel o peri'odo seco, ecaracterizada sobretudo por ärvores tortuosas,de grandes folhas raramente deciduais, bémcomo por formas biológicas adaptadas aos solosdéficientes, profundos é aluminizados (ALVIM
& ARAÛJO, 1952; ARENS, 1963; e GOOD-LAND, 1971).
As subdivisöes fisionômicas do Cerrado forambaseadas exclusivamente no modo como asârvores se distribuem no terreno (VELOSO etalii, 1973), possibilitando assim identificâ-las emqualquer época do ano.
a) Cerradäo — É a formaçao climax1 do tipoSavana arbórea geralmente corn pouco mais de 5métros de altura, ârvores densamente dispostas,mas cujas copas n§o se tocam, sem um m'tidoestrato arbustivo e com um tapete graminosoraio, em tuf os, onde freqüentemente se inter-calam palmeiras anäs e plantas lenhosas rasteiras(foto 1 ).
b) Campo Cerrado — É uma formaçao subch'-mäx2 do grupo das Savanas arbóreas, compequenas ärvores esparsas (entre 2 e 5 métros dealtura), esgalhadas e bastante tortuosas, dispersassobre um tapete conti'nuo de hemicriptófitas,3
intercaladas de plantas arbustivas baixas e outraslenhosas rasteiras, geralmente providas de xilo-pódios4 (RACHID, 1947). (Foto 2).
c) Parque — É também uma formaçao subcli'-max do grupo das Savanas arbóreas, caracteri-zada por grandes extensöes campestres de formagraminóide cespitosas,s interrompidas, vez poroutra, por fanerófitas6 altas ou baixas, geral-mente de uma só espécie, e que compöe afisionomia natural das âreas onde normalmenteexistem inundacöes periódicas, ou das areasencharcadas permanentemente (foto 3).
1. Climax: maximo biológico de uma vegetaçào de determina-da regiäo ecologies.
2 Subclfmax: etapa próxima ao cl f max, cuja sucessâo estacionoupor fatores naturais ou artificials.
3 Hemicriptófitas: conjunto de formas végétais cuja parte aéreamorre anualmente, ficando protegidas pelas folhas mortas, nocaso das gramfneas, suas gemas de crescimento, situadas aonfvel do solo.
4 Xilopódios: tuberosidade radicular corn réserva d'égua.5 Cespitoso: campo graminoso denso, baixo e perene.6 Fanerófita: conjunto de formas végétais corn brotos terminais
situados acima do solo, sem nenhuma proteçào.
IV/16
Contudo, a atividade agropastoril, normalmenteassociada ao fogo anual, vem transformandoextensas éreas de Cerradöes e Campos Cerradosem uma formaçâo discifmax1. Este ch'max-de-fogo, formado por espécies lenhosas que sobre-vivem ao fogo em razâo de sua estrutura (cascacortiçosa, xilopódios e outras adaptacöes xero-mórficas2, forma uma fisionomia campestre(WARMING, 1908) onde as gramfneas, emtufos, e grande quantidade de lenhosas rasteiras,entrelaçadas por palemiras anas e érvores isola-das ou pequenos grupos, constituem o quedenominamos "Parque-do-Cerrado" (foto 4).
Dentro da classe de formaçâo Cerrado, fazendoparte da paisagem regional, encontram-se naoraras vezes, sepenteando pelos talvegues dosvales por onde correm perenes cursos d'égua,refügios florestais autóctones, cujas espéciesarbóreas mesofoliadas3, erectas, relativamentealtas e finas, entremeadas por linhas de pal-meiras, formam as denominadas "florestas-de-ga-leria" (foto 5).
3.2.2. FLORESTA ABERTA
É uma classe de formaçâo predominantementedos climas quentes-unidos, com chuvas torren-ciais bem marcadas por curto perfodo seco. Tipode floresta caracterizada, sobretudo, por grandesérvores bastante espaçadas, de fréquentes grupa-mentos de palmeiras e enorme quantidade defanerófitas sarmentosas4 que envolvem as érvo-res e cobrem inteiramente o estrato inferior.Ocorrem duas fisionomias ecológicas:
x: vegetaçâo que se mantém graças ao uso constantedo fogo, ou que surge nas âreas destrufdas. Neste caso, o fogoperiódico ê o fator resportsavel (clfmax-de-fogo).
2 Xeromórficas: plantas que apresentam adaptaçôes a deficiên-cias do balanço hfdrico. No caso do Cerrado, a intensa econstante transpiraçâo da maioria de suas espécies révéla queas adaptaçdes xeromórficas nâo estâo ligadas ao deficit dobalanço hfdrico, e, sim, à f al ta do câlcio (ARENS et alii,1958).
3 Mesofoliadas: folhas de tamanho médio.4 Fanerôfita sarmentosa: planta lenhosa flexfvel, com mui tos nó-
dulos, que se apoia em outras para atingir a luznodosseldaflo-resta.
a) Floresta Mista (Cocal) — É uma formaçâomista de palmeiras e érvores latifoliadassempre-verdes, bem espaçadas, de altura bastante irregu-lar (entre 10 e 25 métros), corn grupamentos debabaçu, nos vales rasos, e concentracöes denanofoliadas5 deciduais, nos testemunhos quar-tzfticos das superffcies aplainadas (foto 6). Estetipo de floresta dé uma variaçao entre 50 e100 m3 de madeira por hectare.
b) Floresta Latifoliada (Cipoal) — É uma for-maçâo arbórea total ou parcialmente envolvidapor lianas, cujas feiçoes, ditadas pela topografia,constituem nas éreas aplainadas uma fisionomiaflorestal bastante aberta, de baixa altura (exce-pcionalmente ultrapassa os 20 métros) e comple-tamente coberta por lianas lenhosas. Je nas éreasmais acidentadas, com estreitos vales ocupadospor linhas de babaçu, e largas encostas cobertaspelo Cipoal, as érvores sao mais altas (corn maisde 25 métros) e mais densamente distribu Tdas.Nessa feiçâo, as poucas érvores realmente deporte estâo bastante afastadas uma das outras, eos cipós que as envolvem se misturam com osgalhos da copa, ficando pendentes num emara-nhado de grossos sarmentos; dai' advém o nomecipoal ou mata-de-cipó, por nos general izadopara todas as fisionomias da Floresta aberta comprofusâo de lianas (Richards, 1957). Encontra-seneste tipo de floresta uma variaçao entre 25 e55 m3 de madeira por hectare.
b. 1) Torna-se necesséria uma explicaçâo a respei-to da mata-de-cipó. A floresta em questâomostra uma série compléta de fases sinecológi-cas,6 que nos leva a classificé-la como anti-clfmax.s
Isto porque a floresta cli'max, que séria, no caso,a do tipo Floresta aberta mista, esté sendo
5 Nanofoliada: planta de folhas pequenas — no caso, asleguminosas do grupo das faveiras.
6 Sinecologia: parte da ecologia que estuda as relaçôes entre aspopulaçôes végétais e o meio-amniente.
7 Anticlimax: termo aqui empregado no sentido de floresta quese afasta do cl fmax florestal regional, por causas naturais.
IV/17
degradada por formas de vida intégrantes docl (max anterior — os cipós.
No atual ciclo climâtico, as fortes chuvas lixi-viam os solos que, em determinadas condiçoesde drenagem, elevando o teor de alummio,contribuem decisivamente para que outras for-mas de vida vençam a concorrência corn asârvores no ecossistema.
A explicaçâo do fato prende-se à dependênciadas lianas ou cipós dentro da floresta, que,competindo com a vegetaçâo arbórea atingem aluz, crescendo rapidamente, colocando-se sobreas copas das arvores, onde se expandem e passama prejudicâ-las, porque o sombreamento provo-cado pela copa dos cipós sobre a copa das arvoresdiminui a atividade clorofiliana.
Essa competiçâo - érvores versus cipó — temsempre um vencedor: o cipó. A velocidade deseu crescimento é dévida aos hormônios e aestruturas especiais do lenho, que só se ram if i-cam quando atingem condiçoes mais favoréveisde iluminaçâo; leva assim o cipó vantagem sobreas ârvores pela economia de materiais que fazdurante o crescimento, ao contrario das plantasarbóreas e arbustivas, que em vista de hormôniosdiferentes emitem galhos que sâo eliminados,desperdiçando materiais durante o crescimento.
Além disso, em comparaçao com as ârvores earbustos, desf rutam, os cipós, relativa riqueza deformas e adaptacöes ao tipo de vida na floresta(Schnell, 1970).
Outro fator ecológico, que influi no aumentodesordenado dos cipós e diminuiçao da maioriadas ârvores, reside na condiçâo morfológica quepossuem as plantas esciófitas.1 A maioria doscipós tem frutos e sementes aladas, que osventos transportam a grandes distâncias; e assementes encontram sempre na floresta amazô-nica novos espaços sombreados para germi-narem, ao passo que as ârvores, quando fotó-
1 Esciófita: qualificative) ecológico para designer as plantas quegerminam ne sombre e crescem â procura da luz.
2 Fotôfita.: qualificative) ecológico para designar as plantes quegerminam e crescem na luz.
fitas,2 precisam de espaços vazios para germina-rem e crescerem, o que é diffeil na Amazônia.Nessas condiçoes, os cipós conseguem, pel oenvelhecimento e consequente morte das gran-des ârvores. tornar os espaços vazios abertos pelaqueda das ârvores e envolvem rapidamente osarbustos e ârvores menores, sombreando e difi-cultando a regeneraçlo natural da floresta.
Com o passar dos anos, este fenômeno, oriundode causas bioclimâticas e antes restrito aoextremo sul da area em questao, generalizou-se,e atualmente jâ atinge a Floresta densa, atravésdos vales e encostas, chegando mesmo, emalguns casos, a afetar a maior parte delà nosplatos arenfticos do "Graben Amazônico" (fotos7, 8 e 9).
b.2) O fenômeno af descrito nao deve serconfundido com uma fase pioneira que se passanos disci f maces das areas amazônicas, principal-mente nas superûmidas.
Naquelas âreas, quando se desmata, total ouparcialmente, o solo é ocupado por lianasherbâceas, que vao sendo eliminadas à proporçâoque surge a vegetaçâo arbórea pioneira, como,por exemplo, o morototó (Didymopanax mo-rototoni (Aubl.) D. & Pax.), sombreando oespaço ensolarado invadido pelas lianas.
Nas proximidades de Marabâ existem areas,recentemente devastadas, com algumas ârvoresainda vivas ao lado de outras mortas pelaqueimada; e areas que, tendo sido desf lorestadas,cultivadas e em seguida abandonadas, estaoagora inteiramente ocupadas por lianas envol-vendo também as ârvores mortas pelas sucessivasqueimadas, e transmitem ao observador aéreo,quando vistas de grandes aituras, a irnpressao deuma plantaçao de pimenta-do-reino.
O Eng9 Florestal Heliomar Magnago informouverbalmente que em Curuaûna.S.T.P.F — SU-DAM» nos expérimentes de reflorestamentoali desenvolvidos, as lianas ocuparam o solodesmatado, ocasionando problemas de limpeza,mas, assim que as ârvores plantadas sombrearamo solo, o problema desapareceu.
IV/18
3.2.3. FLORESTA DENSA
É uma classe de formaçao que, na HiléiaAmazônica, pode ser considerada como sinô-nimo de Floresta ombrófila tropical (conhecidatambém como pluvissilva, floresta tropical chu-vosa, etc).
Assim, a Floresta densa dos climas quentes-ümidos e superümidos, com acentuada diminui-cäo das chuvas em determinadas épocas do ano,é caracterizada sobretudo por suas grandes ârvo-res, amiûde com mais de 50 métros de altura,que sobressaem entre 25 e 35 métros de alturaao estrato arbóreo uniforme.
A Floresta densa, conforme a distribuiçâo espa-cial, reflète nas variaçoes fisionômicas as suasdiferenças estruturais.
a) Floresta Ombrófila Aluvial — É o grupo deformaçao das areas aluviais, influenciadas ou naopelas cheias dos rios. Floresta de estruturacomplexa, rica em pal mei ras (como o açai' —Euterpe sp. — e a buritirana — Mauritia armataMart.) e outras plantas rosuladas (como Helico-nia), apresenta raras ârvores émergentes, provi-das de sapopemas e com tronco afunilado ou emforma de botija, como, por exemplo, a samaûma(Ceiba pentadra Gaerthn). É neste ambiente queocorre uma das mais procuradas madeiras daAmazônia, a ucuuba (Virola spp.) (foto 10).
b) Floresta Ombrófila dos Platôs — É o grupo deformaçao das areas sedimentäres baixas ou eleva-das. Tem estrutura bastante uniforme, compostade ârvores grossas e bastante al tas, sem pal mei rase com raras lianas. Floresta de altura muitasvezes superior aos 50 métros, conta grandenuméro de ârvores émergentes, caracterizadassempre por uma ouduas espécies. Nao hâ estratoarbustivo, e a maioria das plantas de baixo porteai' encontradas sao ârvores jovens, em cresci-mento, resultantes de matrizes próximas (foto11). O potencial de madeira varia entre 90 e160 m3 por hectare.
c) Floresta Ombrófila Montana — É o grupo deformaçao das altas montanhas. Esta representadaneste bloco de ârea pelo pacote areni'tico pré-cambriano em forma de platô, corn cerca de700 m de altitude. Estrutura florestal bem va-riada, composta de ârvores émergentes, bemdistribui'das e grossas. Floresta com ârvores demais de 30 m de altura e distribuiçâo diversifi-cada; nos diques de diabâsio, as ârvores maisaltas, enquanto as mais baixas cobrem oitacolomito (foto 13). O potencial de madeiravaria entre 60 e 130 m3 por hectare.
d) Floresta Ombrófila Submontana — É o grupode formaçao das areas dissecadas, com relevotestemunho desse aplainamento. O relevo tes-temunho, em gérai de baixa altura, assume aforma de cadeias montanhosas, ou de outeiros ecolinas, ou aspecto ainda mais dissecado.
A cobertura florestal destas areas tern estruturabem variada: é baixa (de 10 a 15 métros) nascadeias de montanhas, corn uma variaçâo demadeira entre 65 e 100 m3/ha; pouco mais altanos outeiros (nao mais de 20 métros), com umavariaçâo de madeira entre 110 e 125 m3/ha; ebem pujante (25 ou mais métros) nosinterflûvios, corn variaçâo madeireira entre 110 e175 m3/ha (foto 13).
3.2.4. VEGETAÇÂO ESCLEROFILA ARBUS-TIVA
É uma classe de formaçao existente nas âreaslitólicas de altitude, da Zona intertropical, cara-cterizada aqui por pequenos arbustos sobre oitabirito — vegetaçâo baixa, bulbosa nas partesalagadas periodicamente, e altos arbustos nossolos ferruginosos.
Assim, essa vegetaçâo arbustiva é um refügio dehabitat especffico, onde algumas espécies cos-mopolitas vivem ao lado de inumeras outrasautóctones, com a mesma forma ericóide medi-terrânea adaptada ao ecossistema das âreas fer-rfferasdo Brasil (foto 12).
IV/19
4.REGIÖES FITOECOLÓGICAS
A interpretaçao preliminar da imagem de Radarnas folhas de SC.22-Tocantins e SB.22-Araguaiasépara prontamente, pela textura, âreas de gra-nulaçao grossa e fina, com uma faixa intermedi-âria onde a granulaçao mas fina nâo chega a sertâo lisa. Por sua vez, o torn, jâ af analisadoseparadamente em cada tipo de textura, con-duziu a novas subdivisöes; nas partes de texturafina aparecem' manchas de torn mais escuro,cortadas por linhas mais claras e marcadas depontuaçoes esbranquiçadas, que puderam serdelimitadas; na parte de textura grossa, além deseparaçoes determinadas pela maior ou menordensidade das granulacöes, o torn mais claro emais escuro deu lugar a outras delimitaçôes.
Assi m, foi imediatamente obtida a separaçâoFloresta/Cerrado; e separadas, dentro de cadaum desses tipos de vegetaçâo, formaçôes queacusaram distribuiçao espacial bem distinta,como é o caso do Parque no Cerrado e daFloresta aberta dentro do tipo florestal.
Além disso, analisadas separadamente as faixasdas imagens de Radar onde varia a resoluçaoentre o impulso proximo (near range) e oremoto (far range), os resultados permitiramdelimitar vérios outros tipos de formaçôes végé-tais, apenas com base na textura e no torn.
Verificou-se também, que haveria relativa facili-dade em delimitar os grupos de formaçôesquando associados à drenagem e as grandeslinhas morfológicas regionais.
A partir deste conhecimento bâsico, foi entâopossfvel caracterizar os ambientes fitofi-sionômicos e, em conseqüência, reuni-los emsub-regiöes ecológicas, para avaliaçâo dos seusrecursos naturais renovéveis (quadro I).
4.1 . Regiâo Ecológica do Cerrado
Regiâo desprovida de economia florestal e com
escasso valor agropecuàrio conhecido. Na âreaem questâo, é representada por 2 sub-regiöes.
4.1.1. SUB-REGIÄO DA DEPRESSAO DABACIA DO TOCANTINS (VELOSO etalii, 1973)
Aparece na parte leste do bloco de folhas aquiestudadas, limitada sugestivamente pela bordaoeste da Bacia sedimentär do Maranhao/Piauf.
Esta faixa de Cerrado, situada no platô dis-simétrico que limita a Sub-Regiäo, recobre umrelevo dissecado na direçao oposta à inclinaçâodos arenitos, e cortado transversalmente emmuitos pontos, pelo Rio Tocantins. A enormerede de drenagem assim originada é toda mar-geada por larga floresta-de-galeria, envolvida peloCampo Cerrado nas âreas onduladas. So as âreasmais acidentadas, situadas na borda mais i'n-greme do platô, justamente sobre a linha dacuesta1, se acham cobertas pelo Cerradao.
Este tipo de Cerrado é caracterizado pelo capimbarba-de-bode (Aristida sp.) e outras gram fneasque, ao lado das compostas, leguminosas emirtâceas arbustivas baixas e escandentes,compôem a sinûsia2 rasteira. A sinûsia arbórea,esparsa no Parque e relativamente mais densa noCampo Cerrado, apresenta-se mais complexa,com espécies comuns que se repetem invariavel-mente em todas as feiçôes da Sub-Regiao, porexemplo: paus-terra (Qualea spp. e Callisthenespp.), sambafba (Curatelle americana L ) , murici(Byrsonima verbacifolia (L) Rich), faveiro(Dimorphandra mollis Benth.) e muitas outrasmenos fréquentes.
Nesses Campos Cerrados que se estendem entreos Rios Tocantins e Araguaia, aparecem pe-
1 Cuesta: Termo de origem mexicana, que significa encostaabrupts ou corte (ngreme.
2 Sinûsia: conjunto de plantas de exigências ecológicas mais oumenos uniformes.
IV/20
F0T0 1Cerradio ao pé de um dos numerosos testemunhos arenfticos da borda oeste da Bacia sedimentärdo Maranhào/Piaui (SC.22X-B)
FOTO 2Em primeiro piano, o Campo Cerrado sobre o arenito Gorotire, e ao fundo, no relevo dissecado, oCampo Cerrado — nos testemunhos arenitïcos — e a Floresta — nas areas rejuvenescidas dasencostas e vales (SB.22-Y-D)
FOTO 3Rochas metassedimentares (filitos) revested as de Floresta mista, caracterizada pelo babaçu{Orbignya oleifera Burret.) nos vales rasos, e Parques-do-Cerrado no alto das ondulaçôes(SB.22-Z-C)
FOTO 4Parque-do-Cerrado: provâvel transformaçâo do Campo Cerrado em Parque, pelo fogo anual, atravésdo tempo (SB.22-X-B)
FOTO 5Floresta-de-galeria dominada pelo pau-de-tucano (Vochysia sp.), encontrada na margem esquerdado Rio Tocantins (SB.22-Z-D)
FOTO 6Floresta aberta mista, caracterizada peto babacu (Orbignya oleifera Burret) e faveiras (LEGUMI-NOSAE), revestindo sediment os arenosos localizados entre cristas quartz fticas (SB.22-Y-B)
FOTO 7Monadnock gnéissico revestido por Floresta aberta (mata-de-cipó) com grupos de Floresta densa.Em primeiro piano aparecem ârvores envolvidas pelas lianas, e claros sem arvores, completamentetornados pelo Cipoal (SB.22-V-C)
FOTO 8Cadeia montanhosa gnâissica revestida de Floresta densa uniforme, com claros de ârvores esparsaslivres de lianas (faveiras) ou completamente envolvidas de cipós, constituindo o inîcio da paisagetncolunar tîpica da "mata-de-cipó" (SB.22-Y-A).
FOTO 9Vista pa nor â mica da "mata-de-cipó", com raras ârvores nào envolvidas de lianas, destacando-se acanaffstula (Schizolobiutn amazonica? ), e colunas de cipós, formadas pelas ârvores ainda em pé ecompletamente tomadas pelas lianas, constituindo a paisagem tfpica do Cipoal.
FOTO 10A samaûma {Ceiba pentandraGaerthn) sobressaindo a pe-quena Floresta aluvial, carac-terizada pelo açaf (Euterpesp.).
FOTO 11Floresta densa que reveste os testemunhos do platô terciàrio, caracterizado pelo angelim-pedra{Hymenolobium exceisa Ducke.) (SB.22-X-B).
FOTO 12Panorâmica da Serra Norte: em primeiro piano, a vegetaçâo esclerófila que reveste as areasf err if eras.
FOTO 13Panorâmica da Serra Norte: Floresta densa de àrvores émergentes, do tipo montana, nas areas maisdissecadas da serra.
FOTO 14Floresta densa submontana, revestindo solo vermei ho-amarelo (Podzölico) originado de roch asgraniticas fundamente intern per izada s.
FOTO 15Area do contato Floresta/Cerrado: mistura do babaçu [Orbignya oleifera Burr et) com plantasarbóreas do Cerrado Icomo, por exemplo, a sucupira-preta — Bowdichia virgihoides H.B.K.) eârvores deciduais da Floresta (axixâ — Srerculia sp. (SC.22-X-B).
FOTO 16Floresta densa das cadeias de montanhas, vendo-se em flor una concentraçào de faveira oucanaf istula {Schizolobium amazonicum).
FOTO 17Mi st u ra Floresta/Cerrado em érea metavutcânica, caracterizada peto umirj (Humirîa floribundaMart.). No canto esquerdo da foto, o mogno [Swietenia macrophylla King.).
FOTO 18Interflûvio gnéissîco fundamente intemperizado, revestido de Fforesta den sa, caracterizada pelacastanheira (Bertho/etia exceisa H.B.K.), e circundado de Floresta baixa, caracterizada pelo babaçu(Orbignya martiana B. Rodr.) (SB.22-X Dï.
MINISTERIO OAS MINAS E ENERQIADEPARTAMENTO NACIONAL OA PRODUÇAO MINERAL
PROÜETO RAOAM
OUflORO-l
ZONAÇAO REGIONAL
(SUBRE6IÔES)
REGIAO OA FLORESTAOENSA RE6IÄO0OCERRADO
SUB-REGIÖES 00 SUL DA AMAZONIA
I
"II
i
SUB-RE6A0 DA SERRA NORTE-ABIORANASl POUTERIAtpp.) I
. J
SUB-RE6IÔES0O CENTRO-OESTE
r._L.SUB-RE61Ä000STESTEMUNHOS00RE- I
LEVO RESIDUAL 00 SUL OA AMAZONIA I- PAUS - TERRA ( OU ALEA »pp.) I
ISUB-RE6IÄ0 DOS ALTOS PLATOS
OOPARA'-MARANHÄO-AN6EUNS (HYMENOLOBIUMi»)
1SUB-RE6IÄ0 OA SUPERFICIE ARRAZADA j
DA SERRA DOS CARAJAS-CASTAHHEIRACBERTHOLETIAEXCSLSA) ACA- *
RIQUARA(MIWOUARTIA GUIANEWSIS) I
SUB-RE6IA00A OEPRESSAO DABACIA DOTOCANTINS
-BABAÇU- 00-CERRAOO(OR8I6NYAOLEI'FERA)
SUB-RE6IÂ0 OA SUPERFICIE DIS-SECADAD0ARA6UAIA
- CA8TAMHEIRA (BERTHOLETIA
EXCEL8A)-BREU PRETO
AREAOECONTATO•UMRKHUMIRIA FLORiquNDA)-MISTURA BA-
B AÇUS ( 0RBI6WYA0LEIFERA- 0. MARTIAN A)
(PROTIUMtpR)
SUB-RE6IA0 ARRAZADA DO MEDIO XJN6U/IRIRI- QUARUBAS (VOCHTSIACEAE) -JUTAl' POROROCA
(0IALIUM6UIAWEMSIS)
SUB-RE6IA0 OA SUPERFICIE APLAINADA «-
DO ALTO XIN6Û/IRIRI-BABAÇU-OA-MATA 1ORBHNYA MARTIAWA)
MOSNO(SWIETENIA MACROPHILLA)
- SUB-RE6IÖES DO SUL DA AMAZONIA
TREGIAO OA FLORESTA ABERTA
quenos grupos de umiri (Humiria floribundaMart.), em sua forma ana.
A area coberta pelo Cerradäo, relativamentepequena em relaçâo as outras, ocupadas peloParque e Campo Cerrado, é caracterizada porduas feicöes: o Cerradäo da encosta quartzftica,com chusque (Chusquea pinifolia Nees), e o quereveste os arenitos, paralelo ao Rio Tocantins eligeiramente inclinado em direcäo ao seu leito,sem chusque, com a palmeira ana guriri(Allagoptera campestre (Mart.) O. Knintz) eindaié-de-campo (Attalea exigua Drude).
A sinüsia arbórea das duas feicöes é muitosemelhante. Dentre suas espécies caracterfsticas,sobressaem a folha-larga (Salvertia Convallario-dora St. Hil.) e a sucupira (Bowdichia virgilioidesH.B.K.).
Nas éreas por onde o Rio Tocantins corre maisencaixado, justamente quando ele se torna maissinuoso, tem uma das margens aplainada ecortada por inümeros cursos d'égua, margeadospor fi lei ras de buriti (Mauritia vinifera Mart.) epor uma larga e densa floresta-de-galeria depau-de-tucano (Vochysia sp.), entremeada deérvores mais copadas de jatobé (Hymenaea sp.) eóleo-vermelho (Copaifera sp.). Ai' aparece comfreqüência o babaçu (Orbignya o/eifera Burret.),observado, entretanto, mais comumente nosvales encaixados da margem mais acidentada.
4.1.2. SUB-REGIÄO DOS TESTEMUNHOS DORELEVO RESIDUAL DO SUL DAAMAZON IA
Sub-Regiao floristicamente ligada ao Cerradogoiano, tem urn porte mais baixö, raramenteultrapassando os dois métros de al tu ra. EsseCerrado aparece revestindo platos areni'ticos,testemunhos quartzi'ticos alongados e ondu-lacöes argilosas (filitos descapeados), com duasfisionomias prédominantes: Parque e CampoCerrado (foto 2).
As espécies caracterfsticas das pseudocristas(testemunhos areni'ticos alongados) de solo comconcrecöes ferruginosas säo a folha-larga deporte anäo (Salvertia cohvallariodora St. Hil.) eo cajuf-anao, entremeadas por érvores mais altas,por exemplo: pau-terra (Qualea par vifloraMart.), pau-santo (Kielmeyera af. coreaceaMart.).
Nos testemunhos maiores (como, por exemplo,o de SC.22-V-B Cubencranquém domina umafisionomia mista de Parque e Campo Cerrado,tornando-se difi'cil, muitas vezes, determinarperfeitamente o começo e o fim de cada umadelas. Ai', os Parques säo caracterizados pelomurici, e o seu tapete graminoso dominado pelobarba-de-bode (Aristida sp.). O Campo Cerradomostra-se mais complexo e denso, mais alto,embora baixo em relaçao ao Cerrado da depres-säo do Rio Tocantins. A espécie dominante é opau-terra, que sempre se faz acompanhar devérias outras, como: piqui (Caryocar brasiliensisCamb.), carai'ba (Tabebuia caraiba Mart.),pau-terra de folhas grandes (Qualea grandifloraMart.) e angico (Piptadenia sp.).
Nos testemunhos quartz fticos, o Cerrado man-tém caracterfsticas bastante parecidas com asfeicöes jé descritas. Suas espécies säo as mesmas,variando apenas quanto à dominância. Afdomi-nam, pela ordern, as érvores: folha-larga, sucupi-ra, caimbé, periquiteira (Cochlospermum insigneSt. Hil.) e pau-terra (Qualea grandiflora Mart.),que, bem espacadas, säo entremeadas por arbus-tos, onde dominam o murici (Byrsonima eras-sifolia (L.) Kunth.) e o cajuf-anäo (Anacardiummicrocarpa Hub.), compondo a fisionomia ti'picado Campo Cerrado.
A floresta-de-galeria encontrada nessas éreas éestreita, reduzindo-se, as vezes, a uma simpleslinha de vegetaçao mais alta e densa, bastanteemaranhada pelas lianas que cobreminteiramente suas érvores. É dominada pelapindafba (Xilopia af. grandiflora St. Hill.), pau-pombo (Tapiria guianensis Aubl.), almécega
IV/22
{Protium heptaphyllum (Aubl.) Mardi.) e raraspal mei ras, como o inajâ (Maximiliana regiaMart.).
4.2. Area de Contato
Com exceçâo da 2a. Sub-Regiäo do Cerrado,onde espécies florestais de porte anäo se mistu-ram corn elementos do Cerrado, delimitou-se orestante da érea de eontato englobando osencraves, isto é, pequenos grupos de Cerrado,mais bem numerosos, envolvidos pela floresta.Esses grupos sempre ocupam os pequenos tes-temunhos da superffcie aplainada do sul daAmazônia.
Na érea de contato ocorre uma concentraçào deespécies deciduais, principal men te sobre as cris-tas quartz fticas capeadas por areias, imprimindoà paisagem uma nova feiçao.
Assim, o Cerrado reveste os pequenos teste-munhos arenfticos ou quartz fticos; a Floresta,com grupamentos abertos, cobre os morrotes e aârea de mistura caracterizada pelo umiri em suaforma arbórea (Humiria floribunda Mart.) e pelaaroeira (Astronium sp.); e o babaçu-do-cerrado(Orbfgnya oleifera) situa-se nos vales (foto 15).
No entanto, a espécie que caracteriza os grupa-mentos florestais semideciduais é uma faveira(Schizolobium amazonicum (Hub.) Ducke) deflores amarelas, que, rara na Floresta sempre-verde, ai' se destaca pelo numero de indivi'duos epela forma e altura de suas àrvores (foto 16).
Nas folhas de SB.22-Z-C Gameleira e SB.22-Z-ARio Parauapebas foram constatadas éreas ondeérvores anas da Floresta aparecem misturadas aelementos arbóreos do Cerrado, formando umestrato denso (DUCKE et alii, 1954), porexemplo: umiri, ipê-verdadeiro [Macrolobiumbifolium Aubl.) e maçaranduba {Manilkaraamazonica Hub.).
vezes, grupos gregérios que ocupam as depres-soes arenosas associadas a espécies florestais e doCerrado (foto 17).
Na érea de mistura Cerrado/Floresta foramlocadas 4 amostras (A.1, A.2, A.3 e A.4), queforneceram uma idéia da densidade de madeirapor unidade de érea (± 45 m3/ha). (Tabela I).
Nas ondulaçoes argilosas (filitos descapeados)prédomina o Cerrado corn fisionomia de Parque.
Essas extensöes graminosas, com raras arvoretasno alto das ondulaçoes, apresentam nas encostasgrupamentos mais ou menos ordenados de sam-bafba (C. americana) e Tabebuia sp., densamenteatapetadas pela palmeira-anâ {AHagoptera cam-pestre), e nos largos vales uma mistura de babaçu(Orbignya oleifera) corn espécies florestais elinhas de buritis {Mauritia vinifera).
4.3. Regiâo Ecologies da Floresta Densa
Corn base na bibliografia disponfvel (DUCKE etBLACK, 1954; HEINSDJK et alii, 1963, eGLERUM et alii, 1965) ènosnossos inventériosflorestais, calcados sobre o levantamentofisionômico-ecologico realizado, ficaram ime-diatamente separadas 4 sub-regioes fitoeco-lógicas com economias florestais diferentes.
4.3.1. SUB-REGIÄO DOS ALTOS PLATOS DOPARA/MARANHÄO
A Sub-Regiâo, neste bloco de folha, só foiobservada na parte nordeste da folha de Ara-guafna, limitada ao sul pela linha de escarpasbem demarcada pela mudança do curso do RioTocantins (Imperatriz, no Maranhâo, e Marabéno Paré), a oeste pelo platô fortementedissecado; e a norte e leste os seus limitesconfundem-se com os do Bloco de érea emestudo.
O umiri de forma arbórea constitui, nao raras A Sub-Regiäo dos Altos Platôs, cujo grau atual
IV/23
TABELA I4.2. ÂREA DE CONTATO
Amostras
Dados
Nomenclatura
Abiorana-BrancaAcariquaraAçoita-CavaloAnaniAngelim-RajadoAngicoAroeiraAta-BravaAxixâAxuàBreu-MangaBreu-SucurubaBuiuçuCaripéCedroCopafbaCuiaranaCumaruCumaruranaEnvira-AmarelaEnvi ra-PrêtaEnvira-PindafbaEscorrega-MacacoFaieiraFava-TimbaûbaFava-WingFreijô-BrancoGoiabinhaImbaubaranaIngâIngaranaJanitâJoâo-MoleJutai-AçuJutaf-MirimJutaf-PororocaLacreLouro-AmareloLouro-PretoMacucuMarupäMatamatâ-BrancoMognoMuiratauâ
Indivf-duos.no/ha
11
-1
-18
——111111
-21
—1
-11
—--1
-4
--111
—--221
--—1
A.1
Volume,
m3/ha
0,871,27-0,64-3,77
18,91——1,041,001,434,710,492,53-4,672,35—
0,61-1,630,84—--1,09-4,57--0,841,135,78---1.183,430,94---5,69
Indivf-duos.n°/ha
-11111
—16
---7
----2
----—13
--—-1
--1151
--1
-1
-1
A.2
Volume,
m3/ha
-0,610,720,740,881,60—1,413,90---
4,22-- •
-
-
1,96-----
0.672.72----
0,72--
0,590,963,430,61--
0,67-
4,42-
2,90
Indivf-duos.n°/ha
-----12
-1
-----11
---1
--1
---1
----11
---2
-—--11
A.3
Volume,
m3/ha
_
-----
0,981,44-
1,03-----
1.642,01---
0,28--
1,93---
1,59----
0,451,41---
1.84----1,111,60
A.4
Indivt- Volume,duosn°/ha m3/ha
_ —
- -- -- -- -- -— —- --- --- -- -- -— —- -- -- -- -- -- -— —- -- -- -— • —
— —
- -
- -
1 0,61- -- -- -- -— — /- -- -— —- -— —1 1,40- -— —— —
(Continua)
IV/24
(Continuaçâo)TABELAI
4.2. ÂREA DE CONTATO
Amostras
Dados
Nomenclatura
Muni réParaparâPau-ite-RemoPau-MarfimPente-de-MacacoPiquié-MarfimPiquiaranaPindafbaQuaruba-RosaQuarubaranaQuinaranaSapucaiaSeringueiraSucupiraSucupira-AmarelaSucupira-PretaTamanqueiraTamborilUmiriUxirana
Total
Indivf-duos.n°/ha
11111
--—1111
-21
-—11
52
A.1
Volume,
m3/ha
0,746,271,041,220,96-—
5,451.861,231,04-2,802,13-—
0,863.25
100,26
Indivf-
duos.n°/ha
1-1
---2
-1
——--2---—1
—
45
A.2
Volume,
m3/ha
1.50-
2,25-—-
2,81—
0.88——--1,33---—
0,66—
43,16
Indivf-duos.n°/ha
21111
--1
———------—
2—
24
A.3
Volume,
m3 /ha
1,230,731.281,200.50--
0,67————-
---—
1,08—
24,00
Indivf-duosn°/ha
-———--—————-1--11-—
5
A.4
Volume,
m3/ha
-———--—————
1,04--
1,6410,46
-—
15,15
IV/25
de dissecamento expöe muitas vezes arenitoslitologicamente diferentes, esté uniformizadaaqui pela Floresta densa e alta (± 30 m), comàrvores émergentes gjgantescas (± 50 m), queultrapassam visivelmente o dossei da floresta,caracterizando-a.
Dentro da Sub-Regiao, dois ecossistemas s§o depronto separados: o dos altos platôs terciérios,cobertos por floresta caracterizada pelo an-gelim-pedra de folha pequena, mais conhecidopor angelim-pedra (Hymenolobium excelsumDucke.), pela açaranduba [Manilkara hüben'Ducke.) e pelas faveiras do tipo visgueiro(Parkias spp.), pertencendo as duas primeirasespécies ao grupo das érvores émergentes, eintegrando as ultimas o estrato arbóreo normalda floresta; o outro ecossistema que revëste oplatô mais baixo e bem dissecado, é cara-cterizado pelo angelim-pedra de folha grande oua n ge I i m -da-mata (Hymenolobium petraeumDucke.), o quai sobressai ao estrato arbóreonormalmente baixo e uniforme, com a mesmacomposiçao florfstica anterior, embora seja ai'mais rara a maçaranduba.
Nas partes mais dissecadas desse platô cretéceo,justamente nos vales em forma de V, muitasvezes profundos, hé uma cobertura florestalmista, onde o babaçu (Orbignya martiana B.Rodr.) aparece agrupado ao lado do Cipoal,isoJando a 'Floresta densa que reveste a parteaplainada.
Para a avaliaçâo de madeira de Floresta, em nfvelregional, forarrv locadas apenas 3 amostras A.5,A.6 e A.7), porque nesta Sub-Regiao se consta-taram très nfveis topogréficos; alto plaino, baixoplaino e vale. Resultaram, assim, amostragénstestante expressivas, como evidencia a tabela II ,pois indicaram uma variaçâo volumétrica exis-tente nos dois ecossistemas que integram aSub-Regiäo: érea aplainada e érea dissecada, coma média de ± 120 m3/ha de madeira paraserraria.
Nas éreas aplainadas do platô mais alto, em
virtude de topografia uniforme, a variaçâo vo-lumétrica é menor, enquanto na érea do platômais baixo o volume por unidade de érea variade acordo com o ponto amostrado do relevomais movimentado. As amostragéns foram, poissignificativas, je que, quando comparadas aoexaustivo trabalho da FAO realizado ao longo daestrada Belém-Brasflia (GLERUM, 1965), ve-rificou-se, em termos, uma identificaçao relativacom os objetivos em mira.
É entao vélido, para uma visâo regional, afirmarque:
a) a floresta que reveste as éreas aplainadas doplatô mais alto tem cerca de 110 m3/ha demadeira (A.6), enquadrando-se perfeitamente noesquema da FAO, que encontrou 120 m3/ha em26 hectares inventariados na érea do Guamésuperior, onde predominam esses testemunhosaplainados (GLERUM 1965, pég. 38);
b) a floresta que reveste o platô mais dissecadopossui na parte aplainada, com solos maispesados, cerca de 160 m3/ha (A.5), e nos vales,onde se acha misturada ao Cipoal e ao Babaçual,cerca de 85 m3/ha de madeira (A.7),. Je a FAO,em 62 hectares inventariados, contou 138 m3/hapara a érea de ligaçâo, onde predominam ter-renos aplainados, e 60 m3/ha em 51 hectaresinventariados na érea da Açailândia, onde pre-dominam trechosdissecadoscom dominância doCipoal, do Babaçual e de partes devastadas deTaquara (GLERUM, 1965, pégs. 43 a 50).
4.3.2. SUB-REGiÄO DA SERRA NORTE
Esta Sub-Regiao, caracterizada por sedimentospré-cambrianos, com intrusäö de diabésio epacotes de itabiritos, faz parte da Serra dosCarajés, que na Serra Norte atinge os 700 métrosde altitude (foto 12).
Compreende dois ecossistemas bem distintos:urn arbustivo e outro florestal.
IV/26
TABELA II4.3.1. SUB-REGIÄO DOS ALTOS PLATÔS
Arnos tras
DadosNomenclatura
Indivf-duos,n°/ha
A.5
Volume,
m /ha
Indivf-duos,n°/ha
A.6
Volume,
m3/ha
Indivf-duos,n°/ha
A."/
Volume
m3/ha
Abiorana-BrancaAbiorana-Casca GrossaAbiorana-CutitiAbiorana-SecaAcariquaraAnani-da-Terra FirmeAndirobaAngelim-PedraAroeiraAta-BravaAxixâAxuâBreu-BrancoBreu-PretoBreu-SucurubaCajuaçuCedroCedroranaCoataquiçauaCopafbaCuiaranaCumaruEnvira-AmarelaEnvira-PretaFava-AraratucupiFava-Folha FinaFava-TimbaûbaFava-WingGoiabinhaImbaubaranaIngâIperana-da-VârzeaJanitâJaranaJoéo-MoleJutaf-AçuJutaf-MirimJutaf-PororocaLouro-AmareloLouro-PretoMamoranaMatamaté-BrancoMatamatâ-Preto
3
8
0,522,28
10,24
26,520,96
3,56
10,20
2,0711,14
1.280,81
2,84
4,90
2,581,221,57
2,67
5,731,361.20
0,942,700,964,33
10,9211
1
111
1
12122
1
54
0,942,41---1,04-1,992,516,61--2,90-3,79
10,571,38
25,583,56-1,62--9,795,37
—-121
-131
----1
-1
—11
--11
—2
—-2,131,840,74-7.31
24,612,13-—--1.20-3,54—
5,011,11--
0,783,25—
1,53
----1
--1
—
211
-—1
——
2211
---
2
———-
0,67--
9,66_
9,171.231,06-—
1.05——
9,302,641.202,98---
3,02
(Continua)
IV/27
(Continuaçâo)
TABELA II4.3.1. SUB-REGIÄO DOS ALTOS PLATÔS
Amostras
DadosNomenclatura
MarupâMolongôMorototôMuiracatiaraMu ru réPau-JacaréPau-SantoParinariParuruPente-de-MacacoRosadinhoSucupiraTaxi-Preto-Folha GrandeTaxi-Preto-Folha MiûdaUrucuranaUxirana
Total
Indivf-duos.n°/ha
—-21
--1
———
2-—11
-
51
A.5
Volume,
m3/ha
_
-3,831,75-—
4,38———
5,17-—
9,751,28-
160,50
Indivf-duos.n°/ha
3-——-3
—111
—13
——1
39
A.6
Volume,
m3/ha
4,45-——-8,12—2,171,081,41—2,078,93——
0,81
107,26
Indivf-duos.n°Vha
_1
——
121
—————1
——
-
35
A.7
Volume
m /ha
_
2,17——
2,261,621,60—_———
1,53——
-
87,34
IV/28
a) 0 ecossistema esclerófilo arbustivo que re-veste os pacotes de itabirito, envolvidos pelaFloresta densa, foi aqui inclufdo corn Refûgio,näo so por ocupar as areas mais altas da Serrados Carajés, como também por conter umapequena flora autóctone, herbâcea, em face donuméro de espécies de porte arbustivo, comgrande dispersäo na Amazônia. Essa vegetaçaolembra muito, quanto à fisionomia, a vegetaçaoarbustiva do Brasil Central, mais precisamente,do chamado Quadrilétero Fern'fero de MinasGérais: vegetaçao com formas ericôides1 ada-ptadas ao aproveitamento do orvalho, vicariantesecologicäs da Flora mediterrânea (Macchia), eenvolvida significativamente por fatores ecoló-gicos comuns: hematita entremeada por soloareno-ferruginoso, revestido por grupos de pe-quenos arbustos de diminutas folhas coriâceaspresas ao caule num ângulo de ± 45°, ondedominam Callisthene mycrophylla (do Cerradodo Maranhäo/PiauO, Mimosa sp. (vicariante daCaatinga do Piauf), Norantea goianensis (espécieparasita das ârvores da Floresta) e muitas espé-cies autóctones, como: Euphorbiaceae [Crotonsp.), Melastomataceae [Microlicia sp.), Ericaceae[Gautheria sp.), Velloziaceae (Vellozia sp.) eLythraceae {Cuphea sp.). Nas depressöes rasas,alagâveis na época chuvosa, cobertas por camposherbâceos, as Cyperaceaes, Orchidaceae, dimi-nutas Euriocaulaceae (Paepalanthus sp.) e outrasplantas, rosuladas ou näo, associam-se comaquelas plantas lenhosas de pequeno porte e comraros grupamentos dominados pela Parkiaplatycephala Benth. (a faveira-de-bolota dosCerradöesdo Piauf).
b) O ecossistema florestal, aqui classificadocomo parte do grande sistema da Florestamontana tropical, ocupa toda a parte maiselevada da Serra dos Carajés, executando-se ospacotes de itabirito, que säo revestidos porvegetaçao arbustiva.
1 Ericóide: termo que se aplica a todas as plantas com peque-nas folhas presas ao caule (Erica, gênero de Ericaceae dos paf-ses mediterrâneos, com o sufixo óide = parecido.
Neste ecossistema se observa acentuadadominância de Floresta densa, comârvoresémergentes (± 40 m de altura) sobre âreasrestritas de Cipoal, e vez por outr.a intercaladapor grupos de Floresta com cobertura, uniforme(± 25 m de altura).
As espécies caracterfsticas de tal Floresta saoabioranas (Pouteria spp.), acompanhadas pelocumaru (Coumafouna odorata Aubl.), casca-doce (Pradosiapraelta Ducke.), sucupira-amarela(Bowdichia nitida Spr. ex Benth.) e pau-preto(Cenostigma Tocantins Ducke.), cujas copas senivelam com o dossei normal da floresta.
O inventârio florestal (A.53, A.54 e A.55)abrangeu as très feicöes existentes naSub-Regiäo, indicando très valores diferentes, oque significa que o volume de madeira achadopor unidade de ârea ± 105 m3/ha — é a médiaextrapolada para a Sub-Regiäo (tabela III).
4.3.3. SUB-REGIÄO DA SUPERFICIE DIS-SECADA DO ARAGUAIA
Sub-Regiäo limitada a leste pelas cristas Pré-cambrianas do bordo oeste da Bacia sedimentärdo Maranhäo/Piaui', ao norte pela linha deescarpa dos platôs da margem direita do RioTocantins, e ao sul e oeste pelas superfi'ciesaplainadas Pré-cambrianas, é uniformizada pelasrochas metassedimentares revestidas de Florestadensa e alta (± 30 métros de altura), corn ârvoresémergentes que ultrapassam o dossei normal daFloresta (± 40 m de altura).
Esta Sub-Regiäo permite separar dois ecos-sistemas:
a) o ecossistema situado ao norte, na margemesquerda do Rio Araguaia, caracterizado sobre-tudo por morrotes onde se concentram ascastanheiras (Bertholetia excelsa H.B.K.), nascercanias de Marabé e nos largos aplainados dasproximidades de Xambioé, e por vales onde
I V/29
TABELA III4.3.2. SUB-REGIÂO DA SERRA NORTE
Amostras
DadosNomenclatura
Abiorana-Casca GrossaAbiorana-CutitiAbiorana-SecaAçoita-CavaloAmaparanaAnaniAxixâBarri gudaBreu-MangaBreu-MesclaBreu-PimentaBreu-VermelhoCapa-BodeCaripéCariperanaCasca-DoceCauchoCedro-Vermei hoCuiaranaCumaruEnvira-ArituEnvira-lmbiribaEnvira-PretaFava-Atanäfava-CoréFava-Folha FinaFreijó-BrancoGoiabinhaGuariûbaIngâ-CipoIngà-XixiJatoâJoâo-MoleJutaf-MirimJutaf-PororocaLouro-AbacateLouro-AmareloLouro-PretoLouro-RosaMacacuMamofMapatiMapatirangaMari a-Prêta
Indivi-du os.no/ha
313
—----12
-21
--11
—2
-1
—
2—
• —
-
7-112
-31
-3
—
2211
-—
2
A.53
Volume
m3/ha
7,430,886,55—---—
0,563,78-
1,280,54——
2,741,04—
4,00-1,12—
1,83———
8,61-
3,120,981,43-6,150,61-2,21—
1,411,451,250,88-—
2.48
Indivf-duos,n°/ha
1——
1---1
—
51
——
1—
' —
1——1
_
1_
1_
11
——
51
-1
_———————
11
_
A.54
Volume,
m3/ha
0,33—_
0,75—--
1,04—
2,420,80——
0,61——
0,55——
4,42_
0,44—
2,82_.
0,940,61——
2,411,31-
0,31————---—
0,470,50
Indivf-duos.no/ha
24
—
311
___—
2_
121
_
211
_
3_
1—
22
_
3211
_
3_
13
—————_
A.55
Volume,
m3/ha
3,663,11
_
2,020,401,31___—
1,49
0,831,551,88
3,292,146,27
2,36_
3,24— '
2,422,16_
1,802,420,961,22_
5,93_
1,132,02——_——
(Continua)
IV/30
(Continuaçâo)
TABELA III4.3.2. SUB-REGIÂO O A SERRA NORTE
Amostras A.53 A.54 A.55
DadosNomenclature
Indivf-duos,no/ha
Volume
m3/ha
Irtdivf-duos,n°/ha
Volume,
m3/ha
Indivf-duos,n°/ha
Volume,
m3/ha
MarupéMatamaté-BrancoMatamata-PretoMata mata-Vermei hoMuiracatiaraMuiraûbaPara paraPari riParuruPau-D'Arco-AmareloPau-de- CobraPau-PretoPau-RoxoPiquiâPiquiaranaPitombaranaPreciosaQuarubaranaRosadinhoSaboeiroSapucaiaSimarubaSucupira-AmarelaTamanqueiraTatapiriricaTauariTentoTimboranaTriqulliaUcuuba-da-MataUnha-de-GatoUxi
Total
11
13
1
0,610,48
13,29
5,57
4,90
0,36
124
1
12
3,51
1,66
0,315,32
0,5014,52
1,08
0,740,94
9,85
111
5
113
1,210,641,04-
24,57-0,802,016,83
—-—1
—1
--—
—-—
1,32—
1,13--—
35112
1452
77 124,64 66 61,61 85
1,97
3,0220,010,570,751,69
0,80
1,325,70
14,313,37
1,012,58
12,00
8,57
131,28
IV/31
pequenos grupos de babaçu (Orbignya martianaB. Rodr.) säo envolvidos pelo Cipoal, que revesteas encostas das pequenas elevacöes das partesmais aplainadas (foto 18).
A avaliacäo do volume de madeira da floresta foifeita através de amostras de 1 ha (tabela IV) edel ha, estas ultimas para fins de pesquisametod o logica.
Confrontando os resultados imediatamente veri-ficamos que o método das parcelas de 0,1 ha näoé comparével ao das parcelas de 1 ha. Para issoinflufram varias causas, figurando entre elas duasprincipais: parcelas pequenas e escolha da ämos-tragem. As parcelas de 0,1 ha, que estäo emtorno da ârea m mima para o total das espéciesque ocorrem has sinüsias das florestas tropicaisdo sul do Pais (VELOSO et alii, 1957) foraminsuficientes, no inventârio florestal, para levan-tamento da volumetria comercial, que gira emvolta de 1 ha (HEINSDJIK, 1954). No segundocaso, deixou de haver escolha causal da amostrade 0,1 ha, pois o inventârio nao cobriu as âreasabertas. . .
Assim, o volume médio de madeira por unidadede ârea oscila em torno de 115 m3/ha (tabela IV- A . 8 , A.9eA.1O).
b) O ecossistema situado ao sul, entre os RiosTocantins e Araguaia, caracterizado pelo relevoondulado de largos vales inteiramente revestidospela Floresta densa, onde o mogno (Swieteniamacrophylla King.), disperso (sem concentra-çoes, représenta a espécie de maior valor ma-deirsird da ârea.
O breu^sucuruba (Trattinickia rhoifolia Wil ld.) eas quinas (Geissospermum spp.) constituem asespécies dominantes, com mais de metade dovolume de madeira por unidade de ârea.
Locadas somente amostras de 1.000 m2 para aavaliacäo da madeira desta floresta. O processo,embora substitui'do por outro mais eficiente,esta citado aqui por ter sido o ûnico aplicado naârea.
Na anâlise da tabela, desde que näo consideradoo exagero dos volumes de madeira, motivadopela escolha dos pontos mais densos da floresta,sao bastante significativos os valores por espéciee a presença, pois assinalam as diferenças queexistem entre dois ecossistemas.
4.3.4. SUB-REGIÄO DA SUPERFICIE AR-RASADA DA SERRA DOS CARAJÄS
Sub-Regiäo limitada ao sul pela Serra Norte, aleste pela margem esquerda do Rio Tocantins eao norte pelo limite da folha em estudo,inflete-se para oeste, até as nascentes dosafluentes do médio Xingu.
De relevo bastante movimentado, ela é caracteri-zada pelo intenso intemperisma das rochas epelo relevo testemunho, cobertos por densafloresta.
Distinguem-se dois ecossistemas:
a) O ecossistema dos morrotes de granito eganisse intemperizados, revestidos por ârvoresémergentes (± 35 m de altura), e com valesestreitos ocupados por grupamentos de babaçu,que muitas vezes se misturam com as ârvores, écaracterizado pela castanheira, sempre acom-panhada do breu-preto (Protium spp.), emboraai' apareça em menor numéro que na Sub-Regiäoanterior. Floresta corn 150 m3/ha, em média.
b) O ecossistema das cristas quartz Tticascobertas por floresta uniforme, relativamentemais baixa (± 20 m de altura), consta de outeirosde gnaisse com vârros grupos de rochas intempe-rizadas, floresta mais alta (± 25 m de altura),onde sobressaem a acariquara (Minquartiaguianensis Aubl.) e a castanheira, em pequenosgrupos; e de largos vales com floresta de Cipoal,vez por outra intemrrompida por grandes grupa-mentos de babaçu. Em média, a floresta possui170 m3/ha.
O inventârio realizado, de acordo com os ni'veistopogrâficos encontrados na Sub-Regiäo, dé o
IV/32
TABELA IV4.3.3. SUB-REGIÂO DA SUPERFICIE
DISSECADA DO ARAGUAIA
Amostras
DadosNomenclatura
Abiorana-BrancaAbiorana-Casca GrossaAbiorana-CutitiAcariquaraAmapà-AmargosoAnani-da-Terra FirmeArapariAroeiraAxuâBreu-BrancoBreu.-MangaBreu-PretoBreu-SucurubaBreu- Vermei hoCajuaçuCarapanaûbaCaripéCariperanaCasca-DoceCastanheiraCedrorana *Envira-BrancaEnvira-PretaFava-AmarelaFava-Folha FinaFava-MarimariFava-OrelhaFava-WingImbaubaranaIngéIngaranaJanitâJoào-MoleJutaf-MirimJutaf-PororocaLacreLacreLouroLouro-AmareloLouro- Preto
Mandioqueira-EscamosaMarupâ
Matamatà-Branco
Indivi-du os.n°/ha
_------
' —12
-6182
-3
- '1
-• . -
-
11
—
1--1
--————-— •
111
-1
A.8
Volume,
m3/ha
_
--- .---
• —
0,512,37
. -6,921,568,533,29-
5,01' -0,71-——
0,965,22—
"'' —
1,99-—
0,88
————_—
2,212,060,64-
3,62
Indivf-duos.n°/ha
1243
-1
-1
-—'
23
— • • •
6—1
—
2— •
211
—— •
1——
1—
11
-
122
——•—————
3
A.9
Volume,
m3/ha
1,644,553,334,35-2,48-
1,09—— . • .
3,692,56—
5,66—
0,67
• • — •
3,65—
76,782,090,85—
. — .
3,12— ' ' •
• • —
4,85—1.571,28—
0,251,601,97—————--3.10
Indivf-duos.n°/ha
—11
—
1—
———
72
—. —
—— ' •
—
— •
1—
3— -
. —— '
2—- "1
—
21
— '——
11
—1
—
1-
A.10
Volume,
m3/ha
—
'• • -1,620,9$
• —
9,53' . . • —
—
— • -
—
6,923,39—— •
—
• —
—
• — '
35,99— •
8,08—
• —
• — ' •
1,60• —
-
0,47-
2,700,88———
1,281,28-
0,61—
2,01- '
(Continua)
IV/33
TABE LA IV4.3.3. SUB-REGIÄO DA SUPERFICIE
DISSECADA DO ARAGUAIA
Amostras
DadosNomenclature
Matamata-ClMelancieiraMorototóMuirapirangaMuiratingaMurtaMururéMututiranaParaparâPau-d'Arco-AmareloPau-de- RemoPau-JacaréPente-de-MacacoPitaicaQuinaranaRim-de-PacaRosadinhoSapucaiaSucupira-AmarelaSucuubaTatapiriricaTauariTaxi-PitombaTaxi-Preto-Folha GrandeTaxi-Preto-Folha MiüdaTentoUcuubaUcuuba- Vermei haUxirana
Total
Indivf-duos.n°/ha
—
11
---2
—
3—
2-—1
—1
—-111
-—111
—1
-
50
A.8
Volume,
m3/ha
_
2,951,04---
7,03—
4,02—
2,12-—
1,13—
0,74—-
1,101,401,20-—
1,711,140,72-
0,91-
72,69
Indivf-duos.n°/ha
14
—-——
23
—
2—
1—————
1——--1
——
5121
66
A.9
Volume,
m3/ha
0,5716,38
—---
3,673,92—
3,12—
0,93— -————
0,56——--
1,90——
8,040,944,860,72
176,74
Indivf-duos.n°/ha
_
-—
1112
————11
—
1—1
-1
—11
—
1—-——
-
38
A.10
Volume,
m3/ha
_
--
2,251,940,872,82————
2,012,10—
1,51—
1,18-
4,49—
0,981,51—
1,69—-——
-
99,39
IV/34
TABELAV
4.3.4. SUB-REGIÄO DA SUPERFfCIE ARRASADA DA SERRA DOS CARAJAS
Amostras A.11 A.12 A.13 A.14 A.15 A.16 A.17 A.18 A.19
Dados
Nomenclature
Indivf-Volume
duos 3,.nP/ha m / h a
Indivf-,.Volume
duos 3,.n?/ha m / h a
Indivf-,, Indivf-,. . Indivf-., , Indivf-,, . Indivf-,, , Indivf-,, , Indivf-,, ,Volume Volume Volume Volume Volume Volume Volume
duos 3,. duos 3,. duos 3.. duos 3,. duos 3., duos 3,. duos 3 / k„ , . m /ha _,. m /ha ni. m /ha „ , . m /ha _.. m /ha _,. m /ha „ . . m /han°/ha n?/ha n?/ha n9/ha n?/ha n?/ha n°/ha
Abiorana-BrancaAbiorana-Casca GrossaAbiorana-CutitiAbiorana-SecaAcariquaraAçoita-CavaloAmareläoAnaniAndirobaAndirobaranaAngelim-da-MataAngelim-PedraAngelim-RajadoArapariAroeiraAxixâAxuâBreu-MangaBreu-MesclaBreu-PretoB reu-Su eu ru baBreu-Vermei hoCajuaçoCapitiûCarapanaûbaCariperanaCastanheiraCauchoCedroCedroranaCopafbaCuiaranaCupiûbaEnvira-BiribaEnvira-BrancaEnvira-PrêtaFaieiraFava-AraratucupiFava-AtanâFava-BolotaFava-Folha-Fina
3 19,92
1 0,64
4 27,27
2 9,16
2 2,54
2 1,62
1 1,28
3 18,58
1 1,37
3 7,73
2 16,391 3,322 2,27
1 1,00
1 3,86
1 4,87
4 3,10
3
11
—
29
2,57
11,02
. -
22,3413,81
-
18
4
2
-
21,77
23,38
1,69
11
4
11
171
0,420,50
2,15
0,401,71
30,4328,62
3 7,52
1 0,62
13,52
1 0,41
1 1,19
1 40,18
1 0,47
1 10,111 1,29
0,610,60
0,98
1 4,17
1 0,884 179,04
1 0,46
0,99
1 5,051 1,52
2 3,15
1 15,352 2,17
1 1,64
1 1,94
0,72
1 41,05
1 0,71
21
14
3,990,82
0,615,63
5 12,48 1 0,79- - 1 0,96 2 2,873 10,36 - - - -
- - - • 2 3,83
9 10,59 8 8,63
- - 5 3,351 0,574 2,95
2 47,151 2,122 2,95
1 0,95
1,88
1,51
1,63
1 2,90
8,86
2 2,01
2 30,23
1 1,32
3 13,251 1,44
1 1,25
(continua)
(Continuaçào)
Amostras
Nomenclatura
Dados
A.11
Indivf-,, ,. Volume
duos 3.n?/ha m / h a
A.12
Indivf- w ,Volume
duos 3,._.. m /ha
n?/ha
A.13
Indivf-., ,. Volume
n?/ha m / h a
A.
Indivf-
14
Volume
A.15
Indivf-w ,Volume
duos 3..0 / m /ha
A.16
Indivf-., ,Volume
n9/ha
A.17
Indivf-.. .. Volume
duos 3,.„ . m /ha
n?/ha
A.18
Indivf-., ,Volume
duos 3.._,. m /ha
n9/ha
A.19
Indivf-., ,Volume
nn. m3/han9/ha
Fava-Marimari
Fava-OrelhaFava-WingFreijo-BrancoGoiabinhaGuariûbaHirtelaImbaûbaImbaubaranaIngâInga-CipóIngaranaIngâ-XixiIperana-PretaitaûbaJanitâJarana
JarandeuaJatoâJoäo-Mole
Jutaf-AçuJutaf-MirimJutaf-PororocaLouro-AmareloLouro-BrancoLouro-Canela
Louro-PretoLouroRosaLouro-Vermei hoMaçaranduba
MacucuMamofMaria-Preta
MarupâMatamatâ-BrancoMatamatâ-CiMelancieiraMorâceaMorototóMucuracaâ
1 3,09
1 1,042 1,63
1 0,56
2 2,104 8,68
7 9,67
1 0,94
1 1,36
1 0,705 13,44
1 2,07
1
3,70
2 3,021 1,20
0,99
1 3,791 5,511 1,11
9,40
1 1,8
1 1,42
1 0,40
1 1,141 0,47
2,58
1 2,571 0,81
1 1,12
1 0,47
1 1,09
0,82
4 13,32
1 0,55
1 0,52
2 1,31
1 10,84
0,66
1 2,30 2 7,061 0,48
8 17,311 0,31
1 2,31
11
21
—1,040,47—
1,481,22
—1
—
2——
—0,76—
1,87——
1—1
——
1
0,75—
0,99——
2,43
1 0,74
1 0,45
- - - - 1 1,781 1,18 1 5,92 1 2,03
1 0,77
3 16,89
1 2.29
5 5,70
1 0,392 3,76
1 0,64
1 4,21
1,250,83
2,69
1 0,98 1 1,64 1 0,75
1 1,30 - - - -
2 10,79 - - - -
1 1,572,58
1,893,42
1 1,68
(continua)
(ContinuacSo)
Amostras A.11 A.12
Indivf- . , , Indivf- , , ,volume . Volume
duos 3,. duos 3,,„,. m /ha „,. m /ha
n9/ha n?/ha
A.13 A.14 A.15 A.16
Indivf- , . . Indivf- , , . Indivf-Volume , Volume
duos 3,. duos 3.. duosm /ha
A.17 A.18 A.19
Dados
Nomenclatura
Indivf-
oTn?/ha
,, ,Volumem3*»
Indivf-duosn9/ha
Volumem3/ha
n9/ha
Indivf-,, , Indivf-., . Indivf-,, ., Volume Volume Volume
o T >"3/"a o T m'/ha * " m3/ha ""f8 m3/han?/ha n9/ha n9/ha n9/ha
§
MuirapirangaMuiratauâMuiratingaMuiraximbéMututiMututi-BrancoMututiranaMurtaMurupitaMuruciMuni réPajuréParaparéParinariPau-BrancoPau-O'Arco-AmareloPau-de-RemoPau-JacaréPau-PretoPau-RoxoPau-SantoPente-de-MacacoPiquiaranaPitafcaPitombaranaPracuubaRosadinhoSapucaiaSucupira-AmarelaSumaCimaTamanqueiraTapufTatapiriricaTauariTaxi-BrancoTaxi-PitombaTaxi-PretoTentoTimboranaTriqufliaUcuuba-BrancaUcuuba-da-MataUnha-de-Gato
1 1,431 0,89
1 0,51
1 1,57
2 9,60
1 1,25
8 5,03
0,74
2,52
0,53
3 6,21
2
5
1
—
-
2,46
6,74
2,58
—
-
2313
I I
I I
I
—
-
5,737,032,673,98
I I
I I
I
—
-
1
1
1
—
-
2,82
0,33
2,17
1
1
-
221
4,14
2,01
II
1 1
1 1
1,094,940,81
0,40
1
1
1
—-
10,05-—
2,02-1,82
—---—
_-1
2
—----
_—1,00
1,37
11
--1
3——
4,451,93--1,42
3,51--
—--11
_
16-
—--0,443,41
_
10,45—
—1
--—
_
13-
—0,64---
_11,01-
_
1 6,891 0,511 0,38
2 15,81
2 2,91
3,68
19,51
211
1
1
14,310,692,35
4,70
6,29
1 0,82
1 1,65
1 2,30
11
—1,692,17
122
1,6417,143,97
3,35 3 7,98
1 1,48
2 2,24
1 0,33 2 2,02
- - 1 2,86 1 0,57
2,71
2,44
2
1
5,43-0,93
11
—
5,042.86—
4,03
6,73
4 11,02
1 1,31
1 0,67
1,60
6,16
1,000,50
1,26
1,41
Uxirana
Total
-
70
—
165,58
—
73
—
162,77
1
70
0,50
141,96
—
51
—
122,01
—
54
—
270,09
—
40
—
123,49
—
42
—
116.86
—
63
—
153,33
1
47
0,88
107,03
I
Amostras
Dados
A.20
Indivf- „ ,. Volum
A.21
Indivl- „ ,a Volur
A.22
Indivl- . , .na Volume
A.23
Indivr-., ,Volume
A.24
Indivl-.. , IIVolume
A.25
I d i v ' ' Volun
A.26
" 'du«'v°;u m 6
A.27
n9/ha m
A.28
Indivl- „ ,9 . Volume
A.29
Indivl-,, .. Volume
A30
Indivl- w , liVolume
A-31
] ^ ' " VoUime
TABELAVI-A
4.4.1. SUB-REQlAO DA SUPERFICIE APLAINAOA 0 0 ALTO XINGU/IRIRI
3
V o l u m
Abiorana-Cutiti - - - - - - 1 1,59 3 2,61 - - - - - - - - - - 1 0,64Acariquara - - _ _ . _ _ _ _ _ _ _ _ 2 2,12 - - - - 8 6,12 - - - -Acariquarana 2 2,42 - - - 1 0,76 - - - - - - - - - - - - - - - -Açolta-Cavalo - - - — - — — — - - - — - — - - — — — — 1 0,72 — —Amorelra - - - - - - - - - - - - - - - - 1 2,17 - - - - - -Ananl-da-Terra-Firme — — — — — — — — . — — — — — — — — — — — — 1 1,48 — —Anauara - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 035Angelim-da-Mata - - - - - 1 0,84 - - 1 0,74 - - 1 0,64 2 3,40 - - - - - -Angelim-Pedra - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 10,92Anglco 2 6,21 - - - - - - 1 1,67 - - - - - - - - - - - - -Aroelra - - - - - - - - - - - - - - 2 3,83 1 3,24 - - - 1 2,81Ata-Brava - - 1 0,89 - - - - 2 1 , 6 9 - - - - - - 2 1 , 2 2 - - - - - -Axixa - - - - - - - - - - 1 7,14 2 2,71 2 0,68 - - - - - - 1 1,20Axuô - - - - - 1 0,62 - - - - - - - - - - - - 1 0.96 2 11,14Breu-Branco 5 3,99 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0,72 1 2,09Breu-Manga - - - - - - - - - - 1 4,04 - - - - - - - - 1 0,61 - -Breu-Prato - - 1 1,61 - - 1 0,66 - - 2 1,88 - - - - - - S 3,99 11 11,76 6 6,46Bmi-Sucuniba 1 1,28 2 6,48 11 34,96 - - - - - 2 2,26 2 2.16 2 7,42 1 2,98 1 6,57 3 40,36Breu-Vermelho - - - - - - - - - - - - - - . - - - - - - - - 1 1,59Caripé - - 1 0,66 2 1,86 3 1,96 - - - - 6 5,53 - - - - - - 1 1,64 4 8,94Caucho 1 6,89 - - - 6 10,71 - - - - 1 3,14 1 1,04 - - - - - - 1 3,28Cedro - - - - - 1 1,42 - - - - - - - - - - - - - - - -Cadrorana - - - - - - - - - - _ . _ 1 0,86 - - - - - 1 8,78 1 12,28Copafba - - - - 1 2 , 0 1 - - - - - - 1 2 , 4 6 - - - - - - - - - -Cularana - - 1 2,09 - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0,86 1 1,13Gumaru — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 0,71 — —Cumarurana — — — — — — — — — — — — — — 1 2,17 — — — — — — — —Envira-Amarela - - - - - - - - - - - - - - - - 3 234 - - - - 1 1,50Envira-Pindalba - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 1,64 - -Envira-Preta - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0 3 7 - - - - -Fava-Arara-Tucupi - - 1 0,84 - - - - - - 1 17,38 - - 2 233 3 1330 - - 1 12,63Fava-Mari-Mari - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 0,64 - -Fava-Oralha - - 2 3,68 3 6,91 - - - - - . - - - 1 2,12 - - - - 2 5,04 1 134Fava-Tlmbeûba - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 2.79 1 8,02Fava-Win9 - - - 1 6,68 - - - - 1 6,68 1 2,97 1 1,13 - - - - 3 14,94Faielra - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 1,00 - -FrelJ6-Brenco 1 1,24 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -Gameleira - - - - - - - - _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2 2,18 - - -Goiablnha 1 0 , 9 1 - - - - - - - - - - 1 1 , 0 9 - - - - - - - - - -Guariübe - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2 8,44Imbaubarana - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 1,27 - - 6 7.72Ingé _ _ _ _ _ _ 1 0,97 _ _ _ _ _ _ _ _ 1 034 2 1,75 2 3,13 3 1 0 8Ingarana — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 1,20Jacareûba - - - - . - - 1 037 - - - - 1 1 , 2 9 - - - - - - - - - -Janité - - 1 1 , 0 8 - - - - - - 2 4 3 8 - - - - - - - - 1 0,74 6 11.25Jatoa - - 1 1,20 - - 7 6,61 - - - - - - - - - _ 1 1 , 2 6 1 1 3 4 5 4,79Jofo-Mole 1 0,61 - - - - - - - - 2 1,97 - - 1 0,66 - - - - - - - -Jutaf-Açu - - 2 8,81 - - 2 13,69 1 4,30 1 1239 2 4,90 3 4,99 - - - - - - - -Jutaf-Mlrim - - - - - - - - - - - - - - 2 1,69 - - 1 1,04 - - - -Jutaf-Pororoca - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1 034 1 130 3 239
(continua)
TABEL A V I A4.4.1. SUB-REGlAO DA SUPERFICIE APLAINAOA DO ALTO XINGU/IRIRI
(Continuaçao)
Amostras
Dados
Nomenclatura
A. 20
Indivl-Volume
A.21
Indivf- wVolumeduos 3..
n°/ha m '
A.22
Indivf- , ,, Vo urne
HZ <**
A.23
'f"'- Volumeduos 3
A.24
du«" V °3 U m 8
A.25
' £ * ' • Vohjme
A.26
' ^ Volume
A.27
' ^ ' - V o j u m e
A.28
'dU« ' V 0 3 U n W
A.29
' ^ M ' V O , U ™
A.30
'£oV'VO3U™ '!
A.31
JutairanaLimoranaLouro-AmareloLouro-BrancoLouro-PretoLou ro- Vermei hoMacucuMamoranaMandioquei ra-LisaMaparajubeMari nhei roMampaMatamata-PretoMelancieiraMognoMorototóMulrapirangaMuiratauâMungubaMuruciMurupltaParaparéParinariPau-D'ArcoPau-JacaréPau-MarfimPau-Para-TudoPau-SantoPenteKle-MacacoPiquie-MarfimPiquiaranaPitombaranaQuarubaQuinaranaRosadinhoSapucaiaSucupiraSucupira-AmarelaSumaûmaTaxi-PitombaTamanqueiraTaperebiTatapiriricaTauariUmiriUrucurana
1 0,972 2,95
t 0,74
1 1,531 1,20
2 6,02
1 1,631 0,561 1,041 1,53
2 1,521 0.86
2 2,891 1,34
1 1,934 9,80
1 1,381 0.67
2 2.97
2,81
0,720,88
3 2,38 1 0.67
1,69
3.71
0.71
6,27 4 19,741 1,32
1 1,64
1 1,13
2 4,28
1 2,46
1 0,81
1 0,550,87
1 2,506 19,231 1,20 1 1,32
2 1,68
3 4,83
2 2,25
1 0,451 2,70
3 14.11
1 0,442 2,66
3 2,153 4,78
1 0,47 1 11,28
1 0,881 1,221 0,98
0.87 1 1,781 1,53
2 2.60
1 2,14 1 1,48
1 1,13
4,694,18
1 1,12
1 0,671.162,76
2 2,75 13
1
1,874,88-
1,61_
——1
-1
——
1032
_2,97
1 0,561 0.821 3.48
1 0,741 1,32
1 4,87
3 1.67
1 0,991 0,331 1,38
1,04
2,09
1 0,63 2 1,513.791,22
1 0.61
1 6,67
1 0,663 4,061 1,091 4,04
1 1,76
7 16.56
1 1,63
2 3,27
6,27
Uxirana
Total 37 58,05 29 49,06 28 68,71 41 75,M 10 24.33 23 76,32
1
44
1,61
84,49
—
26
—
31,88
-
19
—
27.29
-
32
—
62,42
-
50
—
83,71
1
73
4.81
218,66
valor médio regional de 150 m3/ha (tabela V —A.11 aA.19).
4.4. Regiâo Ecologies da Floresta Aberta
Com base no levantamento fitofisionômico-ecológico e à luz da bibliografia disponfvel(GLERUM, 1962), foram separadas duas sub-regiöes, com economias f lorestais diferentes.
4.4.1. SUB-REGTÄO DA SUPERFICIE APLAI-NADA DO ALTO XINGU/IRIRI
Sub-Regiao marcada pelo relevo residual. Sepa-rada em 3 ecossistemas:
a) o ecossistema do bordo oeste da BaciaSedimentär do Maranhäo/Piaui', localizado emrelevo aplainado, com cristas Pré-cambrianas erochas sedimentäres, é revestido pela Florestaaberta caracterizada pelos babaçus {Orbignyaoleifera Burret. misturada a O. martiana B.Rodr.) e por seu baixo volume madeireiro,contendo poucos indivîduos de mogno.
b) O ecossistema florestal dos metassedimentosesté limitado a leste pelos filitos revestidos pelaârea de contato Cerrado/Floresta, e a oeste porcristas rochosas e arenitos, capeados ou nâo porareias, revestidos pelo Cerrado do tipo mato-grossense/goiano).
Esta ârea é revestida pela Floresta aberta mista ecaracterizada pelo mogno (Swietenia macro-phylla King.), que af se concentra (+ de6 m3/ha), embora esteja disperso por toda aregiao da Floresta aberta.
No ecossistema, a bacaba (Oenocarpus bacabaMart.) e o inajâ (Maximilians regia Mart.) domi-nam sobre o babàçu, que ai' aparece , empequenos grupos, nos talvegues dos vales rasosda area do Cerrado.
Floresta de baixo volume (± 50ms/ha), édominada pelo breu-sucuruba (Trattinickia sp.),jutaf-açu (Hymenaea sp.) e paraparâ (Jacarandacopaia D. Don.).
c) O ecossistema da area aplainada do RioXingu, engravado por morrotes pré-cambrianos,caracteriza-se pela Floresta mista dominada peloinajâ, corn oeorrêneias esparsas de bacaba. Âreacorn oeorrêneia esparsa de mogno, dominadapelo jutaf-pororoca (Dialium guianense Aubl.Sandw.). A( nao se observou a presença dobabaçu.
Inventariadas 20 amostras de 1 ha, para avalia-çao de madeira desses ecossistemas f lorestais, oque possibilitou registrar em ni'vel regional umnuméro médio de 80 m3/ha (tabela VIA e VIB-A .20a42) .
4.4.2. SUB-REGIÄO DA SUPERFICIE AR-RASADA DO MÉDIO XINGU/IRIRI
Sub-Regiao delimitada ao norte pelo paralelo de4° S, a oeste pelo meridiano de 54°, a leste pelaSerra dos Carajâs e ao sul pela grande linhaindicada pelas curvas subséquentes dos RiosAraguaia e Xingu, sugerindo a existência de doisgrandes pianos estratigréficos.
Esses dois pianos estratigrâficos — o mais altocorn relevo residual arenftico, e o arrasado commonadnocks — separam a ârea do babaçu de altaprodutividade {Orbignya martiana B. Rodr.), aonorte, do babaçu de baixa produtividade(Orbignya oleifera Burret.), em mistura comoutras palmeiras, ao sul.
Além disso, é nesta Sub-Regiao que ocorrem osgrandes interflûvios cobertos pela floresta deCipoal, corn grupos de Orbignya martiana nostalvegues dos largos vales, pela floresta baixa dascristas e monadnocks, e pela floresta mista quereveste o relevo dissecado dos vales estreitos.Sub-Regiao dominada pelo jutaf-pororoca eaxixâ (Sterculia sp.), apresenta baixo volume (±75 m3/ha) e pouco valor madeireiro (tabela VII-A .43a52) .
IV/40
TABELAVI-B
4.4.1. SUB-REGIÄO DA SUPERFI'CIE APLAINADA DO ALTO XINGU/IRIRI
Amostras A.34A.32 A.33
Dad« IndiW-... , Indivf- , , , Indivl- , , Indivf-. Volume . Volume Volume .
duos 3 ,L duos 3,. duos 3 ,L duos„„ m /ha „,._ m /ha - m°/ha
n9/ha n9/ha
A.35 A.36 A.37 A.38
Indivf- . , , Indivf- . , , Indivf- Indivf-.. , Indivf-vuiuiii« . Volume . Volume . Volume . Volume .
3 ,L duos 3 ,L duos 3,. duos 3,. duos 3,. duosm /ha „,. m /ha „,. m /ha „ . m /ha „,. m /ha _,.
n?/ha n?/ha n?/ha n?/ha n9/ha
A.39 A.40 A.41 A.42
Nomenclature n?/ham3/ha
duosn9/he
,, , Indivf- . , , Indivf- , , , Indivf- , , ,Volume , Volume , Volume . Volume
3.. duos 3,. duos 3,. duos 3,.m /ha m /h» m /h» m Inn
Abiorana-Branca —Abiorana-Casca-Grossa —
0,67 1 1,04 6 12,88
Abiorana-CutitiAbiorana-SecaAcapuAcariquaranaAmapâ*AmargosoAmapé-DoceAmarela*oAmoreiraAndirobaranaAngelim-da-MataAngicoAroeiraAxixéAxuâBreu-MangaBrsu-PretoBreu-SucurubaBurra-LeiteiraCarapanaùbaCaripéCariperanaCauchoCaxingubaCedroranaCoataquiçauaCopaTbaCopaibaranaCuiaranaCumarûCumaruranaCumatéEnvira-BrancaEnvira-PindafbaEnvira-PretaFava-Arara-TucupiFava-AtanSFava-Folha-FinaFava- Mari-MariFava-Orelha
7—1
—
——__-—_—_-
9—_-——6
-—-———-—_1
—__—_—_
5,90—
3,79—
——__-—___—
10,76___——
17,01-—————-—_
0,56—_-—___
1,750,49
1 0,940,74
0.666,29
1 0,612,09
1 5,891 0,40
1,61
1 2,09 - -1 0,761 0,87 11 5.904 3,56
2
2
2
1
—3,09
—
3.04
1,58-
1,25
1—7
-
32
_
2,23—
9,20-
4,213,00_
3,78
2,28
27 23,491 1,411 1,20
5,16
6 4,63
1 0,66
1 0,90
2,741,04 1 2,53
6 4,53
9 3,794 8,53
1 0,67
271
1
22,402,41
0,67
_
20
1
1
15,63
0,75
2,57
174
-
17,776,16
-
215
12
1,4511,99
1,410,77
6 19,89 12 8,871 1,61
2 3,71 2 3,57
1 1,41
1 1,25
1 0.92
2,673,261,09
1,760,961,93
2,700,51
1 0,67 2 1,60- - 2 3.86
1 1,00
1 1,28
2 3,131 0,981 1,08
(continua)
(continuaçao)
Amostras
Dados
Nomemclatura
A.32
' ££ ' • Volume
A.33
' ^ Volume
A.34
' ^ ' " Volume
A.35
' dn d ^- Volume
«. ni /hsn9/ha
A.36
'dn d^- Volume
n9U"a m 3 / h a
A.37
'££ ' • Volumen9"a m / h a
A.38
lndivf- V o | u m 8
n9/ha m *
A.39
l n d i v ( - Volumeduos 3 ,L
"z° m /han9/ha
A.40
' ^ ' - Volume
A.41
l n d i v ( - Volume_?* m3/ha
A.42
Votums""?» m3/hanO/ha
MututiMututi-da-VérzeaMututi ranaParaparéPari ciParinariParu ruPau-BrancoPau-D'arcoPau-D'arco-AmareloPau-de-RomoPau-Para-TudoPaxiubaranaPente-de-MacacoPiquié-MarfimPiquiaranaPitombaPitomuaianaQuaruba-RosaQuarubaranaQuaruba-TingaQuinaranaRosadinhoSapucaiaSeringara naSeringueiraSucupiraSucupira-AmarelaSucuubaSumaûmaTaxi-PitombaTamanqueiraTaperebaTatajubaTatapiriricaTauariTentoTinteiroTrichiliaUcuubaUnha-de-GatoUxirana
1 0,92
1 0,41
6 12,95
2 2,66
1 1,22
5 6,09
2 13,59
5 5,23
2 1,79
1 0,61
2 6,06
1 0.88
1 0,882 1,33
2 2,83
1 2,01
1 0,40
2 9,49
2 1,484 4,50
1 1,291
1 1,414 8,59
3 1,64
2 2,14
2 6,32
1 2,17
3 4,698 8,53
2 3.841 0,96
6,78
3 4,90
1 0,75
1 1,133 2,54
1 1,13
1 6,13
1 2,41
3 5,586,09
1 0,68
1 0,61
1 2/43
3 8,22
1 1,43
1 2,531 0,67
6 11,60
1 1,121 2,12
1 1,50
1 0,43
10 32,63 -
1 1,75 - -
2 3,66 1 0,72
1 1,04
1 0,401 1.20
3 10,37
1 0,331 1,71
1 0,67 1 0,64
- - 2 1,77
1 2,53
1 2,14
1 2,71
2 2,60
1 1,04
2 6,701 1,20
1 2,07
8 9.83
4 5,49
1 0,88
1 0,49
1 0,86
3 1,74
1 1,04
1 1,18
2 1,59
Total 44 88,73 46 68,72 66 86,58 72 101,15 49 69,46 44 68,49 77 114,00 80 113.32 57 63.60 61 66.17 41 40,28
(continuaçSo)
Amostras A.32 A.33 A.34 A.35 A.36 A.37 A.38 A.40A.39
Indivf- , Indivf- „ Indivf- . , , Indivf- „ Indivf- , , Indivf- . , , Indivf- . , ,. Volume . Volume . Volume . Volume . Volume . Volume Volume
duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 .n9/ha m / n a n9/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m ' h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a
A.41 A.42
Dados Indivf-Volume
Indivf-duosn9/ha
Volumem3/ha
Indlvf-duosn?/ha
Volumem3/ha
Indfvf-duosn9/ha
Volume
m / h B
1
Fava-WingFaieiraGamelei raGoiabinhaGom bei raGuariûbaImbaubaranaIngàIperanaItaûbaJacareubaJanitaJatoéJoSo-MoleJutaf-AçuJutaf-MirimJutaf-PororocaLacreLouro-AmareloLouro-BrancoLouro-PretoLouro-Vermei hoMacecaûbaMacucuMamoiMamoranaMandioqueiraMaria PrêtaMarupéMatamaté-PretoMatamatâ- R ipei roMolongoMorototoMuirapirangaMuiratauâMuiratingaMungubaMurtaMuruciMurureMurupita
1 2,412 5,561 19,50
6,51 1 2,51 1 1,61 3 6,09
1 0,66
3
21
6.21
-
1.191.12
4
1
—
_
3,58
1,26
_
—
2 2,92
1 0,81
1 0,611 0,61
1 4,49
12
0.962,86————-_
——1111
-_
——
0,541,570,840,67__
———-.32
-_
————
5,131,39-_
—5
——11
-_
—6,92——2,281,31-_
————3113
————
3,750.660,662,76
1 0,48
2 2,69 1 0,43
1 2,57
17 27,45
1 2,21
1,041,75
1 1,001 1,891 1,41
3,85
3,643,93
4,85
2,571,63
1,22
0,66
1 0,80
1 0,961 1,321 0,57
3 1,43
1 0,96
1 0,49
5 3,971 0,61
12 9,87
1 1,13
1 1,42
1,78
1 1,221 0,441 2,01
1 0,61
16 33,501 0,541 1,13
1 1,28
1 2,57
1,360,74
1.37 1 0,47
1 1,42
2 2,941 1,131 0,961 0.63
4,71
1 1,04
1 1,17
1 0,66
1 0/45
2 1,751 1,61
1 3,90
1,011,88
(continua)
TABELA VII
4.4.2. SUB-REGIÄO DA SUPERFICIE ARRASADA DO MEDIO XINGU/IRIRI
Amostras A.43 A.44 A.45 A.46 A.47 A.48 A.49 A.50 A.S1 A.52
Dados
Nomenclature
Indivf-. Volume
duos 3n9/ha m / h a
Indivf- Indivf- . . . Indivf- Indivf- Indivf- „ , Indivf- , , , Indivf- . , .Volume Volume . Volume Volume Volume . Volume Volume
duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3 duos 3n°/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a n9/ha m / h a nO/ha m / h a
Indivf-duosn9/ha
Volumem3/ha
Indivf-duosn9/ha
Volumem3/ha
Abiorana-BrancaAbiorana-CutitiAbiorana-SecaAçacuranaAcapuranaAcariquaraAcariquaranaAcoita-CavaloAmoreiraAndirobaranaAngicoAroeiraAxixéAxuéBreu- MangaBreu-MesclaBreu-PretoBreu-SucurubaBreu- Vermei hoCajaranaCarapanaubaCaripéCariperanaCasca-DoceCastanheiraCauchoCedroCedro-VermelhoCopaibaCuiaranaCumaruCupiubaEnvira-lmbiribaEnvira-PretaFava-Atana*Fava-Folha FinaFava-Marimari
—-—---1
-—-S11
--—--—-——--1
-6
-1
-1
-—--—_
—-----
2,01---
4,190,450,38--—-——-—---
6,09-
9,46-1,90-
0,81-—---_
——-1
--—-—3
-—7
--—-----——-_—-—-1
----1
—_
—_-
1,09--—--
2,43-_
34,77--—-—_---—__----
0,61_-_-
1,62-_
2
1
1,44
0,87
-
I I
I I
I
—
1
-
2
1
6
0,98
-
0,69
0,67
5,14
1
2
1
3
7
1,42
2,87
0,67
1,95
4,83
—
-
31
I
——
-
3,440,61
1 0,61
3 1,93
111
1,630,741,85-—
—--37
——_
63,594,36
1 1,08
1 0,56
3 4,14
1 2,01
1 1,31
1 0,73
2,82
2 4,29
1,640,64
1
1
1,99
0,50
_
—
3
1
—
2,11
0,93
1,37
1 0,87
1 1,532 1,631 0,54
21
11
—-
2,172,05
-
0,281,44
312
—
1
-—
5,661,042,23—
0,66
——
1 1,53
3 5,13
1 0,671 1,62
1 1,67
2 3,61
4 3,701 2,23
2 2,86
1 2,35
1 0.83
1 1,17
1 4,011 2,79
4
11
-
-
3,11
1,091,93
1
1
1
1
1,78
2,41
0,66
0,96
12
-
-
-
4,866,89
-
-
-
(continua)
(continuacäo)
Amostras A.43 A.44 A.45 A.46 A.47 A.48 A.49 A.50 A.51 A.52
Dados Indivf- . , , Indivf- , , , Indivf- , , , Indivf-. Volume . Volume . Volume .
duos 3,. duos 3. duos 3.. duosn9/ha m / h a n?/ha m / h a n?/ha m / h a n9/ha
Indivf- , , Indivf- , , Indivf- , , . Indivf-. Volume . Volume . Volume .
duos 3,. duos 3,. duos 3,. duos_.. mJ/ha o / . m/ha „,. mJ/ha „,.
n9/ha n9/ha n9/ha n9/ha
Volume3,.
Indivf-Volume
Indivf-
oTn°/ha
n°/ha
... .Volumem3/ha
Indivf- . , ,. Volume
duos 3,.nç/ha m / h a
Indivf-
oTn?/ha
Volume
Fava-OrelhaFreijo-BrancoGameleiraGoiabinhaImbaûba-BrancaImbaubarana
IngâInga-CipóIngaranaIngé-Xixi
IperanaItaûba
JacareûbaJanitâJatoâJoäo-MoleJutaf-AçuJutaf-MirimJutaf-PororocaLimâo-Bravo
Louro-AmareloLouro-BrancoLouro-PretoLouro-RosaMamofMamoranaMangabaranaMapatiMandioqueiraMaria-PretaMatamatâ-BrancoMatamatâ-PretoMatamatâ-RipeiroMarupâMaruvuvuiaMognoMolongôMorototóMuirapiranga
6 4,73
3 3,94
4 4,27
0,560,22
2 0,611 0,61
2 9,501 5,78
1 0,33
1 0,39
2 2,36
2 2,66
1 0,72
9 10,31
2 2,55
1 1,25
2 1,08
4 2,334 2,92
1 0,36
1 0,332 8,28
2 1,35
1 0,28
1 0,72
13
—0,614,10
11
—
0,280,88—
0,91
0,44
1 0,40
1,81
1 0,69
3 2,53
1 2,21
1 1,43
1 0,56
3 2,35
3 3,58
1 0,56
0,81
1 0,74
1 0,56
1 1,57
3 4,30
2
1
—0,90-
0,81———
—41
——11
—2,600,67——
0,802,35
16
-————
1.125,67-————
——-611
—
——-
4.620,800,57' —
—
112__
—
_
0,7413,97
—_
—1
—1
—
—0,88—
1.20
1
2-—2
—
0,94
2,59-—
3,73—
2 1,98
1 1,76
1 1,93
2 2,29
(continua)
(conti nuacSo)
Amos tras A.43 A.44 A.45 A.46 A.47 A.48 A.49 A.50 A.51 A.52
Dados
Nomenclature
Indivf- , . . Indivf- w .. Volume . Volume
n?/ha n°/ha n9/ha
Vo.umem3/ha
Indivf-duosn?/ha
Volume3,.
m / h a
Indivf-duosn?/ha
Volume3,.
m / h a
Indivf-duo»n?/ha
Indivf- , . . Indivf- , . . Indivf- , , . Indivf- , ,. Volume Volume . Volume . Volume
duos 3,. duos 3.. duos 3,. duos 3,._ . m/ha n / u m/ha _» m/ha „,. m/ha.
n9/ha n?/ha n?/ha n?/ha
MuiratauâMuiratingaMuiraCibaMungubaMurtaMuraphaMururéMututi
Pari nar iPa ru ruPau-D'Arco AmareloPau-JacaréPau-PretoPau-RoxoPau-SantoPiquiéPiquia-MarfimPiquiaranaPi tombaPitombaranaPente-de-MacacoPreciosaPu rufQuart ba-RosaQuinaranaRim-de-PacaRosadinhoSa boei roSapucaiaSeringueiraSucupiraSucuubaSumaOmaTamaquaréTamanqueiraTanimbucaTaperebéTatapiriricaTauari
1 1,77
3 0,89
2 1,52
1 1,13
1 0,54
2 15,29
1 2,41
1 0,31
1 3,50
1 1,14
2 15,96
4 1,42
1 1,855 12,571 0,98
0,87
1,80
11,59
10,00
8,94
1,63
3,96
2 20,05
2,90
0,85
7,16
1 1,80
9 9,88
0,88 - -- 2 1,32
3 10,77
10 7,12
1 0,96
1 0,751 0,34
1 0,94
1 0,67
3 3,90
1 0,80
4 9,48
1 2,21
1,22
1 1,46
2 3,57
2 1,88
1 0,96
1
1
2
2
3,83
0,29
2,14
0,83
3 1,81
2 2,95
11127
1,090/450,677,836,83
1 0,45
1 1,85
1 2,71
2 1,75
1 13,56
1 1,372 3,72
1 2,71
1 1,22
2 2,821 6,21
1 3,70
1 4,25
1 1,53
3 6.74
(continua)
(conclusSo)
Amostras A.43 A.44
Indivf- . . , Indivf- w , Indivf-. Volume . Volume .
duos 3. duos 3 duosn?/ha m " i a n?/ha m ' n?/ha
A.45 A.46 A.47 A.48 A.49 A.5G A.51 A.52
Indivf- Indivf-. Volume . Volume
duos 3j. duos 3..,»,. m /na AA^ m /ha
n?/ha n°/ha
Dados
Nomenclatura
•iivii.i- . , Indivf-. Volume .
duos s,. duosn?/ha m / h a n9/ha
Indivf- , , Indivf- Indivf-olume . Volume . Volume . Volume3,. duos 3,. duos 3,. duos 3,.
> /ha „ - m /ha OA. m /ha __ m /han?^a n?^a n^a
Indivf-duosno/ha
Taxi-Pi torn baTentoTinteiroTriqufliaUcuubaUcuuba-BrancaUcuuba-da-MataUmiriranaUnha-de-GatoUxirana
1 0,813 2,24
3 0,28
1 1,571 1,10
2 1,61 2 2,70
1 3,54
1 1,44
11 9,10 3 2,10
1 1,411 4,181 0,92
1 1,09
1 1,22 1 1,44Uxi
Total
—
43
—
65,59
7
42
10,30
95,16
—
61
—
88,73
—
42
—
111,80
—
47
—
69,40
—
43
—
42,99
—
53
—
54,45
—
66
—
74,30
—
56
—
93,42
—
21
— '
49,40
5. FLORI'STICA
Lista das espécies florestais constatadas nosinventérios
Nome Vulgar
AbioranasAçacuAçacuranaAcapuAcapuranaAcariquaraAcariquaranaAcariquaranaAçoita-cavaloAmapé
Amapâ-amargosoAmapâ-doceAmaparanaAmarelâoAmarelinho (Acapori)
AmoreiraAnaniAnani-daterra firmeAnauerâAndiréAndirobaAndirobaranaAngel im-da-mataAngelim-pedraAngel im-pedraAngel im-rajado
AngicoApufArapariAraracangaAroeiraAroeira-branca ouCedro-brancoAta-bravaAxixéAxuâBacuripariBalatinhaBarrigudaBreusBuiuçuBurra-leiteiraCabaceiraCacipâCajaranaCajazeiro
Nome cientffico
Pou ter i a spp.Hura creptans L.Erytrina glauca Willd.Voucapoua americana Aubl.Cassia adiantifolia Benth?Minquartia spp.Rinorea sp.Lindackeria spp.Luchea spp.Parahancornia amapa (Hub.)Ducke.Brosimum amplicoma Ducke.Brosimum spp.Brosimum parinarioides Ducke.?Pogonophora schomburgkianaMiers, ex Benth.?Symphonia globulifera L.Tovomita sp.Licania macrophylla Benth.Andira sp.Carapa guianensis Aubl.MeliaceaeHymenolobium petraeum Ducke.Hymenolobium excelsum Ducke.Dinizia excelsa Ducke.Pithecolombium racemosumDucke.Piptadenia sp.?Elizabetha paraensis Ducke.Aspidosperma spp.Astronium spp.
Poupartia amazonica Ducke.Roliinla annonoidés R. E. Fries.Sterculia spp.Sacoglottis spp.Rheedia spp.Ecclinusa abreviata Ducke.Bombax sp.Protium spp.Ormosia coutinhoi Ducke.Sapium marmieri Hub.??Spondias sp.Spondias sp.
Nome Vulgar
Cajuaçu
CajuranaCanaffstula
CapitiûCaquiCarapanaubaCaripéCariperanaCasca-doceCastanheiraCauchoCaxingubaranaCaxingubaranaCedroCedroranaCoataquiçauaConduruCopafbaCopaibaranaCuiranaCuirana
CumaruCumaruranaCumatéCumatéCumatéCupiûbaCupuaçuCurupitaEnvira-amarelaEnvira-arituEnvira-biribâEnvira-brancaEnvira-brancaEnvira-imbiribaEnvira-pindafbaEnvira-pretaEnvira-sururucuEscorrega-macacoFaieiraFavasFava-folha finaFava-mapuxiquiFava-marimariFava-orelhaFava-timbaûba (Tamboril)Fava-wingFaveiraFaveira-amarela
Nome Cientffico
Anacardium giganteum (Hanc.)Engl.
Anacardium sp.Schyzolobium amaxonicum (Hu-ber.) Ducke.Siparuna spp.Diospyros spp.Aspidosperma spp.Licania spp.Couepia hoffmaniana Kl.?Bertholletia excelsa H. B. K.Castilloa ulei. Warb.Brosimum velutinumPerebea guianensis Aubl.Cedrela odorata L.Cedrelinga catenaeformis Ducke.Peltogyne spp.?Copaifera spp.Eperua schomburgkiana Benth.Buchenavia huberi Ducke.Terminalia amazonica (Gmel.) Ex-cell.Dipteryx odorata Willd.Taralea oppositifolia Aubl.Vantaneaguianensis Aubl.Sacoglottis racemosaMacairea viscosa Ducke.Goupia glabra Aubl.Theobroma grandiflorum Spreng.Courupitaguianensis Aubl.Xylopia bentham i R. E. Fries.Annona sp.Annona sp.Guatteria amazonica R. E. Fries.Xylopia grandi flora St. Hil.AnnonaceaeXylopia sp.Guatteria spp.Duguetia spp.Capirona spp.Roupala sp.Parkia spp.Piptadenia suaveolens Miq.Pithecolobium sp.Cassia sp.Enterolobium sp.Enterolobium sp.Pithecolombium sp.Vataireopsis speciosa Ducke.Vataireopsis iglesiassi Ducke.
- IV/48(continua)
(Continuacâo)
Nome Vulgar
FreijóFreijó-brancoGamelei raGarapiâGoiabeira-pretaGoiabinhaGoiabinhaGoiabinhaGoiabinha-casca grossaGombeiraGombeiraGuariübaHirtelaImbaübaImbaüba-brancaImbaubaranaIngaInga-cipóInga-da-mataIngé-xixiIngaranaIperanaIperana-preta1 perana-da-vârzeaItaübaJacareübaJanitâJaranaJarandeuaJatoâJenipapoJoäo-moleJoâo-moleJutaf-acuJutaf-mirimJutaf-pororoca
JutairanaJutairanaLacreLimorana
LiteiraLouro-abacateLouro-amareloLouro-bostaLouro-brancoLouro-canelaLouro-cumaruLouro-faiaLouro-pretoLouro-rosaLouro-vermelhoMacacaübaMaçaranduba
Nome Cientffico
Cordia goeldiana Hub.Cordia-exaltata Lam.Moraceae?MyrtaceaePsidium sp.Calycolpus sp.Eugenia sp.MyrtaceaeSwartzia sp.Andira sp.Clarisia racemosa Ruiz & Pav.Hirtela sp.Cecropia spp.Cecropia sp.Pourouma spp.Inga spp.LeguminosaeLeguminosaeInga sp.Pithecolobium spp.Crudia sp.BignoniaceaeTabebuia sp.Mezilaurus spp.Calophyllum brasiliense Camb.Anona sp.Eschweiler a jarana Ducke.7Guarea sp.Genipa americana L.Neea spp.Clavapetalum elatum DuckeHymenaea courbaril L.Hymenaea parvifolia Hub.Dia Hum guianensis (Aubl.) San-drv.Cynometra hostmanniana Tul.Crudia pubescens Benth.Vismia spp.Chlorophora tinctoria (L) Gau-dich.?Pleurothryum macranthum Nees.Aniba spp.Nectandra pichurim Mez.Ocotea guianensis Aubl.Ocotea fragrantissima Ducke.Ocotea sp.Adenostephanus guianensis Meiss.Nectandra sp. Ocotea sp.LauraceaeOctea rubra Mez.Platymiscium trinitatis Benth.Manilkara huberi (Ducke.) A.Chev.
Nome Vulgar
MacucuMacucuMacucuMamof (Jarataia)MamoranaMandioqueiraMandioqueira-escamosaMandioqueira-lisaMangabaranaMaparajubaMapatiMapatiranaMaravuvuiaMaria-pretaMarinheiroMarmeladaMarupéMatamatésMelancieiraMogno (Aguano)MolongóMoréceaMorototó
MucuracaâMuiracatiaraMuirapirangaMuiratauâMuiratinga
MuiraübaMuiraximbéMungubaMuriciMurtaMurtaMurupita (Burra-leiteira)MururéMururé
MutambaMututiMututiranaMututi-brancoOlacaceaOlhc-de-boiOsso-de-burroPajurâParaparâParinariParinariParuru (Axuâ)Pau-d'arcoPau-d'arco-amareloPau-de-cobraPau-de-remo
Nome Cientffico
Licania spp.Hirtela praealtaAldina spp.Jaracatia spinosa A.D.C.Bombax sp.Qualea spp.Qualea sp.Qualea albiflora Warm.Byrsonima sp.Manilkara spp.7??Zizyphus sp.?7Simaruba amara Aubl.Eschweilera spp.Alexa grandiflora Ducke.Swietenia macrophylla King.Lacmellea aculeate (Ducke.)Brosimum sp.Didymopanax morototoni (Aubl.)D. &P .?Astronium lecointei Ducke.Brosimum paraense Hub.Apuleia moralis Spr. et Benth.Olmedioperebea sclerophillaDucke.Mouriria spp.Emmotum fagifolium Desv.Bombax sp.Byrsonima sp.Eugenia patrisiiMouriria guianensis Aubl.Sapium marmieri Hub.Nucleopsis sp.Trymatococcus amazonicus P. &E.Guazuma u lm ifol ia Lam.Pterocarpus rohrii Vahl.?7OlacaceaeLeguminosae?Parinarium spp.Jacaranda copaia 0. Don.Parinarium spp.7Sacoglottis guianensis Benth.Tabebuia spp.Tabebuia sp.Podocarpus sp.Chimarrhis turbinata?
IV/49(continua)
(Conti nuaçâo)
Nome Vulgar Nome Cientffico Nome Vulgar Nome Cientffico
Pau-de-ferro (Pau-santo)Pau-jacaréPau-marfimPau-para-tudoPau-pretoPau-roxoPaxiubaranaPente-de-macacoPeriquiteira
Pinda ft»PiquiéPiquiaranaPiquia-marfimPitaicaPitombaPitorriba-de-leitePitombaranaPracuubaPreciosaPu rufQuarubaQuarubaranaQuaruba-rosaQuaruba-tingaQuinaQuinaranaRape-de-mdioRim-de-pacaRosadinhaRosadinhaSapucaiaSeringueira
Zoller nia paraensis HubLàetia procera (Poepp) Eichl.?Simaba cedron Planch.Cenostigma tocantins Ducke.Peltogyne lecointei Ducke.To vomi ta spp.Apeiba spp.Cochlospermum orinocense(H.B.K.) Steud.Xylopia sp.Caryocar villosum (Aubl.) Pers.Caryocar spp.?Swartzia sp.Talisia spp.?Talisia sp.Trichillia lecointei Ducke.Aniba canelilla Mez.Thelaodox sp.Vochysia spp.Erisma uncinatum Warm.Qualea spp.Vochysia sp.Couratea exandra Schum.Geissospermum sp.
Micropholis guianensis (DC) PierrePouteria spp.Lecythis usitata Miers.Hevea spp.
Sucupira
Sucupira-amarelaSucupira-pretaSumaûmaTamancäoTamanqueiraTamaquaréTamborilTanimbuca (Cuiarana)TaperebäTapufTatajubaTatapiriricaTauariTaxi-brancoTaxi-pi tombaTaxi-pretoTaxi-preto-folha grandeTaxi-pretofolha miûdaTentoTimboranaTinteiroTriqufliaUcuubaUmiriUmiranaUnha-de-gatoUrucuranaUxiUxiranaUxi-vermelho
Himetanthus sucuuba (Spruce) exWoodsonVatairea sericea Ducke.Bowdichia virgilioides H.B.K.Ceiba pentandra Gaertn.?Fagarasp.?Enterolobium maximum Ducke.Buchenavia huberi Ducke.Spondias sp.?Bagassaguianensis Aubl.Tapi rira guianensis Aubl.Couratari spp.Tachigalia alba Ducke.Sclerolobium paraensis Ducke.Tachigalia mymercophyla Ducke.Tachigalia sp.Sclerolobium micropetalumOrmosia micrantha Ducke.?Miconia spp.Trichilia sp.Virola spp.Humiria floribunda Mart.Qualea retusa Warm.LeguminosaeSloanea nitida G. Ben.Sacoglottis uchi Hub.Sacoglottis amazonica Benth.Sacoglottis sp.
IV/50
6. BIOCLIMAS
As Normais Climatológicas disponfveis — Esta-cöes de Carolina, Imperatriz e Cachimbo —(M.A., Escritório de Meteorologia, 1970) e osdados meteorológicos das Estacöes de Conceiçâodo Araguaia (perfodo de 1966-1972), Marabâ(com 3 anos de observacöes incompletas: 1952,1953 e 1957) e Altamira (perfodo de1966-1972) permitiram enquadrar dentro doclima tropical de monçao (temperaturas médiasmensais acima dos 22° C), com chuvas perió-dicas (estaçao seca bem marcada), o bloco deârea abrangido pelas folhas de Araguaia e Tocan-tins.
Constatou-se a existência de très regiöes fitoeco-lógicas na ârea: a do Cerrado e as da Florestaaberta e densa, o que sugere de pronto umaanalogia climâtica entre vegetacöes tâo dife-rentes.
Como explicar essa aparente disparidade ecoló-gica — tres tipos de vegetaçao num mesmoclima? De imediato, verificou-se que o Cerradoem geral reveste os testemunhos arenfticos e ascristas quartzfticas, e as Florestas, as areaspediplainadas (arrasadas) e metassedimentares,sugerindo que as variacöes litológicas, além dasdiferenças qufmicas que revelam, influem nobalanço hfdrico das plantas quanto ao maior oumenor poder de retençao do lençol d'âguasuperficial.
Assim, o Cerrado e Floresta vivem urn ao lado deoutro no mesmo clima geral, refletindo gra-dientes litológicos fundamentals.
Fica entäo, comprovado que na ârea a transpi-raçao da vegetaçao florestal modéra a tempe-ratura e éleva a umidade relativa, mas nâ*oinfluencia o aumento das chuvas, porque aprecipitaçao dépende dos quatro sistemas decirculaçâo atmosférica da Amazônia, que consti-tuindo très correntes perturbadas e umaestâvel,sâo os sistemas responsâveis pel os perfodos.chuvoso e seco da ârea (NIMER, 1972).
Contudo, isso apenas explica as diferenças florfs-ticas e fitofisionômicas das très Regiöes Ecoló-gicas. Daf lançarmos mäo da clàssificaçâo climâ-tica de Gaussen (BAGNOULS et GAUSSEN,1957), a quai, pondo em evidência os climaspelas curvas ombrotérmicas, enquadra significati-vamente os ecossistemas em bioclimas e, assim,.proporciona informaçôes quanto ao aproyeita-mento da ârea mediante a introduçâo de plantasde valor econômico oriundas dos bioclimasanâlogos do mundo.
Os nossos bioclimas serao baseados, entäo emdois princi'pios apenas:
a) Clàssificaçâo dös climas pelo método dascurvas ombrotérmicas de Gaussen (GAUSSEN,1955);
b) levantamento fisionômico-ecolôgico da vege-taçao.
Em conformidade corn os princfpios estabele-cidos, identif icou-se para esse bloco de ârea pelacurva térmica sempre positiva, a Regiao climâ-tica quente: térmico nas âreas baixas e mesotér-mico nas areas elevadas (corn temperaturassuavizadas pela altitude).
Dentro da ârea em questâo, de acordo corn ascurvas ombrotérmicas, foram determinadas duassub-regioes climâticas: a Xeroquimênica1 e suatransiçao para Xerotérica.2
6.1. Clima Xeroquimênico
É urn clima tropical de monçao, caracterizadosobretudo por um perfodo seco, no inverno (diasrelativamente mais curtos), e um perfodo ümidó
1 Quimênico: de origem grega, significa perfodo seco nos mesesde dias relativamente mais curtos.
2 Térico: de origem grega, significa perfodo seco nos meses dedias relativamente mais longos.
IV/51
bem acentuado e nitidamente marcado porchuvas torrenciais, no verâo (dias longos). Naérea esse clima xeroquimênico, representadopelas Estaçoes Meteorológicas de Conceiçâo doAraguaia — Carolina — Imperatriz (de direçâosul-norte), Conceiçâo do Araguaia — Cachimbo eImperatriz — Marabâ (de direçao leste-oeste),com 3 ou 4 meses secos e a temperatura médiado mes mais frio atingindo 20° C, encontra-se nasua variaçâo termoxeroquimênica atenuada, masa comparaçâo das curvas ombrotérmicas com avegetaçao que ocorre entre essas Estaçoes mostraque:
a) na linha sul-norte (Conceiçâo do Araguaia,Carolina e Imperatriz), as diferenças meteoro-lógicas sao insignificantes. O platô areni'tico,com os mais variados graus de dissecamento, estainteiramente coberto pelo Cerrado (quadro II);
b) na linha leste-oeste (Conceiçâo do Araguaia eCachimbo), as diferenças meteorológicas variam,com um significativo aumento de precipitaçaona direçao oeste, o que talvez seja suficiente paraexplicar a ampliaçâo da area ocupada pelasFlorestas, restringindo-se o Cerrado aos teste-munhos areni'ticos e cristas quartzfticas (quadro
c) também na linha leste-oeste (Imperatriz eMarabé), a diminuiçâo da quantidade de chuvana direçao oeste ocasiona diferenças florestaisrefletidas nos ecossistemas:
Floresta densa de castanheira nas ondulaçoesargilosas, e Floresta aberta de Cocal e de Cipoalnos iargos vaies rasos capeados por sedimentosarenosos récentes (quadro IV).
O Cerrado ai' ocorrente continua a ocupar ostestemunhos areni'ticos.
6.2. Clima Xeroquimênico em Transicâo paraXerotérico
É, ainda, um clima tropical de monçao, càrac-
terizado pelo perfodo seco nos meses da prima-vera (dias ligeiramente mais longos que os doinverno) e por chuvas torrenciais no fim doverâo.
Esse clima submediterrâneo (termoxeroquimê-nico para mesoxerotérico), aqui representadopela Estaçao Meteorológica de Altamira, corncurva térmica positiva (média no mes maisfrio>25° C) e perfodo seco de. 3,5 meses assi-nala, em relaçâo a Marabâ, uma precipitaçaomais intensa.
Na linha leste-oeste (Marabâ para Altamira), aFloresta densa que cobre a ârea — inclui muitosgrupamentos abertos de Floresta mista, onde acastanheira é ainda numerosa, diminuindo até setornar insignificante (quadro IV).
Entäo, esse bloco de ârea contém os seguintesbioclimas:
a) Termoxeroquimênico atenuado
a. 1) Areas areni'ticas cobertas pelo Cerrado,corn 3 ecossistemas:
— ecossistema da depressao da Bacia do Tocan-tins — Cerrado caracterizado pela sucupira, piquie paus-terra;
— ecossistema das arguas plâsticas do Araguaia(filitos descapeados) — Cerrado caracterizadopelo parque, com grupamentos gregârios desambafba e de ipê-do-cerrado;
— ecossistema dos arenitos e quartzitos do sul daAmazônia — Cerrado caracterizado pela folha-larga, pau-santo e paus-terra.
a.2) Areas de contato Floresta-Cerrado: ecossis-tema de mistura, onde os sedimentos arenosostransportados possibilitam a interpenetraçâo deespécies do Cerrado e da Floresta — misturacaracterizada pelo umiri nosencraves florestaisepelo murici no Cerrado.
IV/52
MINISTÉRIO DA« MINA« K ENERSIA
OEPARTAMEMTO NACIONAL DA PRODUÇAO MINERALPROJETO RAOAM
CURVAS OMBROTERMICAS DE GAUSSEN
CQNGEIÇÂO DO ARA8ÜAIA-PA { ^ J » ^ * , . , . .PERI0D0:IS**-lt7t
TERMOXEROOUIMÊNICO ATENUAOO
(4MÊSES SÊCOS) A
PRECIPITAÇÂOANUALattOai* / * V / \
TEMP. MÉDIA DOMES MAIS / \FRIO >tO»C / \
/ \f X/ \/ \/ \/ \40« ƒ \
»O».
10».
10».
0«
-h \//////À X///
J A S Ó N Ö J F M A M J
IMPFDiTfil7-Hi r T' M
IHlLI Inl I I IL RIH |LONS.(WSrw.)47*S0PERIODO : I M I - ItSO
TERMOXEROQUIMf NICO ATENUAOO
<S-4 MÊSES SECOS) A
PRECIPITAÇAOANUAL: I.SOOmia / 1
TEMP. MÉDIA DO MES MAIS FRIO » O * C / \
/
/ \J \4O»1 f \•0»
to*
10»
0»
/ \JJ/ L
iüf \J À S O N O J F M À M J
ltOmm
.800
ISO
ItO
SO
40
h t 0
0
rSSOmni
too
ISO
ItO
so
A A
to
0
JLAT.(S) 7*tO'CAROLINA " I A |LON«.(W.Srw.) 4T»tS'
PERl'ODO: 1*17-1*41
TERMOXEROQUIMÊNICO ATCNUAOO
(«4M£SESSICOSI y>
PRECIPITAÇAOANUAL: I.SSOmm / \
TEMP. MÉDIA DO MES MAIS /FRIO>tO*C /
/
/
f
\40» /
»0»
to»
10«
0»w
j À S Ö N 6 4 t M
OOAIRI-H
\\\\\
\\\\Xflp.
TM
k M 4
»IOMM
too
ISO
ItO
so
. 40
to
•
MINtSTKPtlO OA« MINAS K INIR9IA
OEPARTAIENTI NACIONAL BA PRQDUÇÂO IINERALOUADRO-I
PROOITO RAOAM
CURVAS OMBROTERMICAS DE GAUSSEN
i ARAGÜAIA-PAPIRIOOO:lt««-l«rt
TUtMOXIROOUIMtMlCO ATINUAOO
(4MISIS tlco«)•RICIPITAÇiOANUAl: I . M O M
TIMIt MIOIA00 Mit MAIS FftlO>tO*C
320mm
J A Ï Ó N O 4 P
fLAT.(8)0»tt'
M A M J
PlPUIUin MÜAVKIMBD - M {L0N«.(W.«rw.)54»»l'
PMI000: I M t - • • • •
TIRMOXtROOUIMf NICO ATINUAOO
(BMÎSIS tICOS)
PRICIPITACAO ANUAL: t.igOmm
TIMP. MIOIA DO M I MAI«MIO>tO»C
9«0mm
MIIMISTCRIO DAS MINAS E ENEKOIA
DEPARTAMENTO NACIONAL DA PRODILÇÂOPKOJETO RAOAM
MINERAL
CURVAS OMBROTÉRMICAS DEGAUSSEN
IMPERATRIZ * MA |UONO. iw.«rw.> • T « » O I
PKRIODO: IS8I - ISSO
TKRMOXKROOUIMKNICO ATKNUADO
<S-4 MKSKS SKCOS)
PRKCIPITACÂO ANUAL,:l.SOOfnm ^ A
TfeMP. MKDIA DO MKS f\MAIS FRIO >CO*C / 1
/ \
/ \
/ \
/ \
/ \
/ \
/ \
S O *
CO*.
lO».
o*
/ \
A W
J À S O N D J F M À M . )
IIID1R1' PI JI-AT. (S) • • • « •MRKHDH m < LONS.(w.arw.) 4»«it '
PKRl'ODO: ISSC- I»8S-I»8T
TKRMOXKROQUIMÊNICO ATKNUADO
(•^ MKSKS SKCOS)a
PRKCIPITACAO ANUAL.: AI.CBOmm I I
TKMR MKDIA DO MKS MAIS A ƒ \FRIO>CO*C / \ I I
W \/M/ \
*°"i A ƒ \so*.CO*.
IO*,
o*.d À S Ó N D j F M À M J
.SS'Omm
ALTAMIRA'PA | UON«.<w.orw>•••«••
tPKRIODO: ISSS-ISTCTERMOXKROQUIMKNICO ATKNUADO PARA
.too
.ICO
• SO
. CO
o
SCO m m
.COO
.ISO
.ICO
. so
. 4O
. SO
O
MKSOXKROTKRICO< » - • MKSKS SKCOS)PRKCIPITACÂO ANUAL. : l.SSOmm
TEMP. MKDIA DO MKS MAIS / \FRIO>CO*C I \
J\\ \\ \ƒ//1I
//SO*.
CO*.
I O *
o*
N /
J À S Ô N D J F M À M
OUADRO-IV
4OOmm
II\1\IV
•
.coo
.ISO
.ICO/
. so
. 4O
. CO
O
a.3) Areas das superffcies dissecadas cobertaspela Floresta, com 3 ecossistemas:
— ecossistema das areas metassedi men ta res, comxistos e filitos — Floresta densa caracterizadapela castanheira;
— ecossistema das areas dos metassedimentos,com intrusivas ultrabäsicas — Floresta abertacaracterizada pelo nrïogno;
— ecossistema das areas aplainadas, com migma-titos, gnaisses e metassedimentos — Florestaaberta caracterizada pelo breu-preto.
a.4) Areas dos platôs cobertos pela Floresta,com 2 ecossistemas:
— ecossistema do platô terciério residual —Floresta densa caracterizada pelo angelim-pedra,maçaranduba e breu-preto;
— ecossistema do platô cretàceo dissecado —Floresta densa caracterizada pelo angel im-da-mata, visgueiro e breu-preto;
b) Xeroquimênico em Transiçao para Xeroté-rico (submediterrâneo)
— Com um só ecossistema, o das superffciesaplainadas, com numeroso testemunhos pré-cam-brianos intemperizados — Floresta aberta naparte aplainada, e densa nos testemunhos, carac-terizada pela acariquara e babaçu.
c) Possfvel Clima Mesoxerotérico (mesomediter-râneo), clima com temperaturas atenuadas pelaaltitude e por noites com neblina. Dois ecossis-temas:
c.1 ) ecossistema das areas arenfticas intercaladaspor largos diques de basalto da Serra Norte —Floresta densa caracterizada pelas abioranas;
c.2) ecossistema das areas do itabirito da Serrados Carajäs, onde se intercalam vegetacöes arbus-tiva criptófita e herbâcea hemicriptófita e geó-fita, em solos litólicos e pequenos trechosencharcados na época chuvosa. Vegetaçio escle-rófila das areas fèrrfferas caracterizada pelaVellozia, Mimosa, Gramfneas, Orquidâceas emuitas outras plantas.
IV/56
7. CONCLUSÖES
A érea abrangida pelas fol has de SC.22 Tocan-tins, (parcialmente) e de SB.22 Araguaia (total),encerra grande potencial econômico em recursosnaturais renovâveis.
7.1. Recursos Extrativistas
O extrativismo é praticado na coleta dos frutosda castanheira; em menor escala, do lâtex daseringueira; e, em condiçoes précédas, dobabaçu, em razao de sua baixa produtividade.No entanto, somente a castanheira, tem viabi-IkJade econômica como atividade extrativista,pois a érea apresenta grandes concentraçoesdestas érvores (± 3/ha) passi'veis de fécil explo-raçâo.
7.2. Recursos Madeireiros
A érea diferencia-se em très zonas econômicaspara exploraçâo de madeira:
a) a superfi'cie aplainada do sul e oeste, bemmarcada pelo relevo residual arem'tico, rochasvulcânicas e metassedimentares, corn baixos vo-lumes por unidade de érea (entre 40 e70 m3/ha), valorizados pela presença do mogno,cedro e madeiras duras como a aroeira, sucupirae outras comercial mente cotadas, que perfazemcerca de 25% da madeira existente na érea;
b) a superfi'cie dissecada, bem movimentada, donorte e leste, marcada pel os granitos e gnaissesintemperizados e pelo platos arem'ticos, comaltos volumes de madeiras menos valiosas (entre± 120 e 160 m3/ha), mas que encontrammercado aberto, como maçarandubas, quarubas,paraparé,.ucuuba, acapu e outras, somando cercade 20% do total de madeira na érea; e
c) o relevo montanhoso a oeste da érea, mar-cado pelos macicos pré-cambrianos, com regu-
läres volumes de madeiras (±80 m3/ha), masdiffceisdeexplorar.
7.3. Recursos Energéticos e Outros
De acordo com o que se viu na érea florestada, ovolume de madeiras de menor valor é muitosignificativo; da f a necessidade de converter essamadeira em subprodutos como energia, carvaosiderûrgico, destilaçao, äglomerados, e parte empape! de baixa qualidade. Isso porque todo essepatrimônio seré transformado em cinzas pelaagropecuéria, sem qualquer outro aproveita-mento econômico mais nobre que o de fertili-zantes, para uma produçao de baixo rendimento.
7.4. Destinaçâo da Area
Após o aproveitamento integral da floresta —unica maneira, a nosso ver, de utilizaçao técnicados seus recursos naturais renovéveis, sem consi-derarmos, evidentemente, as zonas destinadas àprotecäo do ecossistema —, deve-se aplicar a umaérea tao vasta uma orientaçao econômica ditadapela ecologia regional. Entao, sob o ponto devista regional, sem levarmosem conta, é claro, osmicrossistemas näo atingidos pela nossa escala detrabalho, a érea pode ser dividida em duas zonasecológicas:
a) a do norte e leste, com Floresta densa, cujadestinaçâo florestal é indicada pelo latossolos epodzólicos vermeiho-amarelo das partes disse-cadas e solos litólicos, nos relevos acidentados; e
b) a do sul e oeste, com Floresta aberta sobresolos podzólicos vermelho-amarelo (equivalenteEutrófico), nas superficies arrasadas, de desti-naçâo pastoril e agréria, e uma Floresta densabaixa sobre solos litólicos, nos relevos residuaisde uma preservaçao do ecossistema.
IV/57
7.5. Recuperaçâo do Cerrado
A faixa do Cerrado, em gérai sobre areiasqüartzosas, utilizada como érea pastoril, emfunçao dos campos naturais,k foi inteiramentedegradada pelo mau uso de seus recursos: o fogo,
empregado como prética rotineira, destruiu aquase totalidade das plantas de valor agrostoló-gico. A nosso ver, é valida qualquer tentativa derecuperaçâo do Cerrado, visando à melhoria deseus campos, desde que tenha viabilidade econô-mica e seja orientada no sentido da produti-vidade e do conservacionismo.
IV/58
8. RESUMO.
Após uma divisäo fitoecologica regional, a folhade SB.22 Araguaia e parte da folha de SC.22Tocantins, compreendidas dentro dos paralelos4° e 9° de latitude sul e 49° e 54° W Grw., comcerca de 360.000 km2, estao aqui sumariamenteestudadas quanto à natureza da vegetaçao, desta-cando-se os seus recursos econômicos.
Uma metodologia de mapeamento, adaptada aoRadar, faz a classificaçao fisionômica da vege-taçao e os inventârios florestais obedeceram aum posicionamento ecológico.
Em ni'vel regional foram estudadosos bioclimas.
e, como resültados preliminares, chega-se aconclusoesamplas.
O trabalho tem dois anexos:
a) as influências florestais e as conseqüênciasadvindas do desmatamento, corn recomendaçoesa respeito do uso da terra;
b) si'ntese temética das folhas de 1°x1°30 ' ,onde as formaçôes végétais säo objeto de umestudo dinâmico.
IV/59
9. BIBLIOGRAFIA
1. ALVIM, P. de T. & ARAÛJO, W. A. O solocomo fator ecológico no desenvolvimento davegetaçao no Centro-Oeste do Brasil. B.Geogr. Rio de Janeiro. 11 (.117): 5-52, 1952.
2. AR ENS, K. As plantas dos campos cerradoscomo flora adaptada as deficiências mineraisdo solo. In: SIMPÔSIO SOBRE O CER-RADO, Sao Paulo, 1962. Univ. Sao Paulo,1963.423 p. il. p. 285-303.
3. ARENS, K.; FERRI, M.G.; COUTINHO,L.M. Papel do fator nutricional na economiad'âgua de plantas do Cerrado. R. Biol.,Lisboa, 1:313-324, 1958.
4. BAGNOULS, F. & GAUSSEN, F. Les cli-mats biologiques et leur classification. Annu.Geogr. 66 (355): 193-320, 1957.
5. DUCKE, A. & BLACK, G. A. Notas sobre afitogeografia da Amazônia brasileira. B. Téc.Inst. Agron. None, Belém, 29:1-62, 1954.
6. ELLENBERG. H. & MUELLER-DOMBOIS,D. Tentative physionomie ecological classifi-cation of plant formation of the earth.Separata de Ber. Geobot. Inst. ETH, Stiftg.Rubel. Zurich, 37: 21-55, 1965/1966.
.7 ELLENBERG, H. & MUELLER-DOMBOIS,D. A key to Raunkiaer plant life form withrevised subdivisions. Separata Ber. Geobot.Inst. ETH, Stiftg. Rubel, Zurich, 37: 56-73,1965/1966.
8. GAUSSEN, H. Determination des climatspar la méthode des courbes pmbrotermiques.C.R. Acad. Sei., Paris, 236:1075, 1955.
9. GLERUM B.B. & SMIT\ G. Pesquisa combi-nada floresta-solo no Parâ—Maranhao. Trad,de Geraldo Brocchi. Rio de Janeiro, SPVEA,1965. 115 p.
10. GOODLAND, R.J.A. Oligotrofismo e alu-mfnio no Cerrado. In: SIMPÔSIO SOBRE OCERRADO, 3., Säo Paulo, 1971, Univ. SäoPaulo, 1971. 239 p. il. p. 44-60.
11. HEINSDJIK, D. Inventérios florestais nasregioes tropicais. Anu. bras. Econ. Florestal,Rio de Janeiro, 7: 370-377, 1954.
12. HEINSDJIK, D. & MIRANDA BASTOS, A.DE — Inventârios florestais na Amazônia. B.Setor Inventârios Florestais, Rio de Janeiro,6, 1963.
13. NIMER, E. Climatologia da Regiäo Norte.Introduçao à climatologia dinâmica. R. Bras.Geogr., Rio de Janeiro, 34 (3): 124-153,1972.
14. R ACH ID, M. Transpiraçâo e sistema subter-râneo da vegetaçao de verâo dos camposcerrados de Emas. B. Fac. Ciê. Letr., SäoPaulo, Bot., 80 (5): 5-140, 1947.
15. RAUNKJAER, C. The life forms of plantsstatistical plants geography. Oxford, Clare-don Press, 1934.632 p.
16. RICHARDS, P. W. The Tropical Rain-forest.Cambridge, 1957. 450 p.
17. SCHNELL, R. Introduction a la phytogeo-graphie de pays tropicaux, vol I : Les flores.Les strutures, XVI + 500 p. 1970.
18. VELOSO, H. P. & KLEIN, R.M. Ascomuni-dades e associaçoes végétais da mata pluvialdo sul do Brasil. Sellowia, Itajaf, 8: 81-235,1957.
19. VELOSO, H.P. étal ii. As regioes fitoecológi-cas, sua natureza e seus recursos econômicos.
Estudo fitogeogrâfico de parte das folhasSC.23 Rio Säo Francisco e SC.24 Aracaju.
IV/60
In: BRASIL. Departamento Nacionah daProduçâo Mineral. Projeto RADAM. Partedas folhas SC.23 Rio Sao Francisco eSC.2Aracaju. Rio de Janeiro, 1973, v .1.
20. WARMING, E. Lagoa Santa: contribuiçaopara a geografia Phytobiológica. Trad. de A.Loefgren. Minas Gérais, Impr. Oficial, 1908.282 p.
IV/61
10. ANEXOI
10.1. Influências Florestais (Conseqüências doDesflorestamento}
Como influências florestais irïclufmos todos osefeitos que a presença da floresta exerce sobre oclima, lençol d'égua, rios, erosâo, produtividadedo solo, conservacionismo e renovaçao do oxigê-nio do ar. Urn breve histórico torna-se necessërioà compreensao do problema.
É do conhecimento gérai que o problema flores-tal preocupa o hörnern desde que ele começou adesenvolver sua inteligência. No entanto, só apartir do século XIII tem infcio o conservacio-nismo, corn o decreto do rei Lu i's VI da França,em 1.215, mandando protéger as âguas e flores-tas de sua propriedade, em benef i'cio da caca.
A esse decreto seguiram-se outros, na Europa eAsia. 0 mais importante deles determinava, em1.342, -a proteçao das florestas das encostasmontanhosas da Su fça, para contençao dasavalanchas; e outro no Japäo, em 1.683, ordena-va o reflorestamento das montanhas, a fim decontrolar as enchentes.
10.1.1. INFLUÊNCIA DA FLORESTA SOBREO CLIMA
No século XIX surgiram as primeiras polêmicassobre a influência da floresta no clima, com oestudo de Becquerel, em 1853, na França. Dai'até o fim do século, duas escolas filosóficas sedigladiaram e, sem base cientffica, tentararnimpor suas idéias com general izaçoes violentas:uma afirmando que as florestas aumentavam aschuvas, e a outra contestando o efeito dafloresta sobre as chuvas, pois a floresta, susten-tava o grupo, näo tem efeito apreciével noconteùdo de âgua das massas de ar cuja circula-çâo résulta em precipitaçao, e a chuva, quandoabundante e frequente, é que permite o desen-volvimento da floresta.
Corn o advento da filosofia cientffica, queabandonou a metodologia indutiva pela dedu-tiva, é que o problema "floresta versus clima"deixou de ser polêmico. Assim, na Europa, apartir de 1870, e nos Estados Unidos, a partir de1908, os estudiosos do assunto realizaram pes-quisas, analisaram dados, publicaram resultados.HUMPHREY (//? PENMAN, 1963) dizia em1937: "Uma regiao ûmida évapora abundante-mentë para produçao de mais chuvas, enquantouma regiao mais seca, certamente, pouco éva-pora; assim sendo, tende a permanecer seca.Resumindo, as estiagens tendem a continuar e astempestades a persistir". . . BERNARD (1945),quando estudou o "balâhço da âgua na Bacia doCongo", concluiu que a presença da FlorestaTropical é conseqüência das grandes chuvas quecaem na ârea.
Essas pesquisas continuam até hoje, principal-mente nos Estados Unidos, França, Russia eJapao, näo mais enfatizando uma possi'vel in-fluência significativa da floresta sobre o clima,mas, sim, estudando como atenuar os efeitos doclima sobre as âreas desf lorestadas.
Os resultados mais récentes a respeito da influ-ência das florestas sobre a precipitaçâo, segundoKittredge (1948), resumem-se em que:
a) a cobertura florestal nao tem efeito apre-ciâvel nas precipitaçoes das massas de ar;
b) o efeito orogräfico da floresta pode incre-mentar a precipitaçâo local em cerca de 3%, nosclimas temperados, uma vez que o m'vel efetivodo terreno é aurnentado pela altura das ârvores;
c) nas clareiras da floresta a coleta de chuva écomumente maior que nos locais desflorestadosda circunvizinhança, em quantidades bastantevariâveis, que chegam até 10%, devendo-se talexcesso de chuva, constatado no interior dafloresta, apenas à proteçao que a floresta ofereceao pluviômetro;
IV/62
d) quando se faz esta coleta de égua nospluviômetros instalados em areas desflorestadas,o efeito na precipitaçâo aumenta apenas 1%, issoem termos de comparaçâo com situacöes simi-lares nas grandes areas descampadas (pastagens).
PENMAN (1963), em seu trabalho "Vegetationand Hydrology", analisa e comenta västa biblio-grafia, formulando conclusöes semelhantes.
No Brasil, hé poucos estudos versando a matéria.Conhecemos o trabalho de DAVIS, efetuado nasflorestas de Teresópolis, Estado do Rio deJaneiro, em 1942, e as pesquisas meteorológicasconduzidas por ARAGÄO nas florestas de Brus-que, Estado de Santa Catarina, no perfodo de1949 a 1953.
I) Os estudos feitos em Teresópolis (DAVIS,1945) só permitem deduzir o seguinte:
a) a coleta de chuva na floresta densa revelouurn aumento significativo, comparada com acoleta feita pelo pluviômetro da Estaçâo Meteo-rológica de Teresópolis, aumento esse ocasio-nado principalmente pela égua de chuva que as"folhas pingadeiras" canalizaram para o pluviô-metro;
b) a coleta de chuva no capoeiräo näo foisignificativa, comparada com a égua recolhidapelo pluviômetro instalado em Teresópolis. Osdois pluviômetros recolheram quantidades deégua équivalentes, por ser pequena a proteçâocontra os ventos, das érvores do capoeiräo, ediminuto o numero de érvores com "folhaspingadeiras", em relaçao as existentes na flo-resta.
II) Je as pesquisas nas florestas de Brusque(ARAGÄO, 1958 e 1959) foram detalhadas emuito bem dirigidas, podendo-se 'assegurar queestes estudos confirmam trabalhos anteriores,desenvolvidos em outros pafses, com uma ri-queza de detalhes inédita nos trópicos. O sucessodecorreu de que Aragao instalou os seus expe-
rimentos numa floresta próxima à cidade, locali-zando os abrigos de instrumentos meteoro-lógicos, em vérias situaçoes topogréficas (vale,encosta e alto) e em-três nfveis, e chegou aosseguintes resultados:
a) quanto à temperatura do ar, as médias sâomais baixas na floresta do que ao ar livre, mas noinverno pode acontecer o contrério, principal-mente quando o céu esté limpo;
b) quanto à umidade relativa, as médias varia-ram em relaçao ao ar livre, de acordo com aposiçâo topogréfica dos abrigos situados nafloresta — assim, no vale sempre se verificarammédias mais altas, na encosta se equivaleram eno alto se mostraram sempre mais baixa;
c) quanto à evaporaçao, ao ar livre é maiordurante o dia do que na floresta, mas à noitenem sempre hé evaporaçao 'mais alta ao ar livre;
d) a evoluçâo da curva da temperatura do soloesté sujeita à inf luência da situaçâo topogréfica eda proteçâo oferecida pela vegetaçao.
10.1.2. INFLUËNCIA DA FLORESTA NOLENÇOL FREATICO, RIOS, ERO-SÄO, PRODUTIVIDADE DOS SOLOSE CONSERVACIONISMO
Séria longo e fastidioso traçar urn histórico dodesenvolvimento destes estudos. Para compre-ensao do assunto, basta dizer que os maisrécentes trabalhos enfatizam a erosâo, conser-vaçâo e estabilizaçâo do solo e controle dasinundaçoes, justamente os pontos mais sensfveisà açâo do desmatamento.
a) Com a der ru bad a da floresta, o lençol d'éguasubterrâneo aproxima-se mais da superf feie, au-mentando a evaporaçao.
b) o desmatamento acelera significativamente aerosâo, cujo grau de intensidade varia com a
IV/63
inclinaçâo do terreno, o tipo de solo e tipo decobertura vegetal que surge naturalmente ou quese planta. A erosâo também afeta os rios peloassoreamento, dificultando a navegaçao eempo-brecendo o solo.
Assim, quando se trata de derrubar floresta,cumpre atentar para os seguintes pontos:
a) a necessidade de preservaçao das florestassobre as montanhas, como medida de contençâodas avalanchas e consequente assoreamento dosrios. Maiores cuidados merecem as areas arenf-ticas;
b) a proteçlo das florestas nas nascentes doscursos d'âgua, para evitar a poluiçao das âguas epreservar o solo nas encostas dos outeiros ecolinas de forte inclinaçâo.
c) As âreas mais favoréveis para a agropecuâriareclamam cuidados culturais apropriados, nosentido de se manter através de corretivos eadubaçoes, a fertilidade do solo, alterada pelaagricultura intensiva nas âreas desflorestadas.
Além disso, só' na primeira limpeza da areadesmatada se deve usar o fogo, o quai, secontinuado, afeta a produtividade do solo e, pelalonga exposiçâo do solo à inclemência daschuvas, acelera a erosäo e a lixiviaçao (malcrônico da regiäo tropical).
10.1.3. INFLUÊNCIA DA FLORESTA SOBREO OXIGÊNIO DO AR
Uma das fontes de renovaçao do oxigênio do arsäo as plantas. Näo se trata de afirmaçao gratuitaou fato discuti'vel, nem sequer polêmico. Noentanto, polêmico é o ato de desmatar, tantomais que o hörnern sente a poluiçao do ar nasgrandes cidades e reage bem quando no interior,principalmente nas âreas campestres e flores-tadas.
Provar o óbvio da necessidade de desflorestarpara a conquista da Amazônia näo cabe nesterelatório. Como técnicos, nossa obrigaçâo selimita a explicar que se pode colonizar aAmazônia sem tirar à floresta o seu papelessencial à vida humana. Assim, quando des-mata, o hörnern nlo o faz por prazer: é umainjunçao de conquista para a produçâo dealimentos, pois no Brasil, com exceçâo do RioGrande do Sul, as melhores areas agrfcolas e decondiçoes climâticas e pedológicas ideais esti-veram ou ainda estäo cobertas de florestas.
As areas do Cerrado (Regiäo Centro-Oeste) e daCaatinga (Regiäo Nordeste) näo säo necessaria-mente das piores, maè ressentem-se de limitaçôesclimâticas ou pedológicas que, em gérai, tornaminviâveis os empreendimentos agropecuârios devulto, na atual conjuntura socio-econômica bra-sileira.
Entäo, o problema é simples, reduzindo-seapenas à questäo de como usar as âreas flo-restais, preservando ou, pelo menos, equili-brando a oxigenaçao do ar.
No caso dos climas pluviais tropicais, a distri-bu içao natural das ârvores e a sua heterogenei-dade flon'stica formam uma massa vegetal comas mais variadas adaptaçoes à vida. A florestaengloba varias sinûsias, mantendo cada umadelas condiçoes estanques de adaptaçao, depen-dentes de uma integraçâo de fatores ecológicosque se criaram no tempo e no espaço tropical.Assim, qualquer mudança natural violenta desseequilfbrio altera e modifica o meio ambiente.Destarte, as floras se sucederam através dotempo. O avanço e o recuo de floras podem serreconstitu l'dos através da Paleobotânica, emborapolêmicas as causas naturais responsâveis pelosdois fenômenos.
No entanto, sabe-se que o hörnern tem modi-ficado e continua modificando a "face da terra",com isso provocando o desequilfbrio ecologico!
IV/64
Mas, antes- de analisarmos a quantidade deoxigênio que o homem e a combustâo dasmâquinas e fébricas consomem, é ilógico atribuirsó aos efeitos da intervençao humana a dimi-nuiçao da quantidade de oxigênio do ar. Aproduçâo de gâs carbôn ico é que esta desequili-brada para o tipo de vida, hoje reinante na Terra.Senâo vejamos:
a) a quantidade de oxigênio eliminado pelasplantas dépende da açao clorofiliana, que, porsua vez, dépende da energia solar. Entenda-se,entao, que as folhas das plantas fitófitas só seacham no estâgio de desenvolvimento ótimopara a atividade fotossintética quando tambémse encontram em otirnas condiçoes de exposiçaoà luz.
No entanto, no caso das plantas esciófitas,sabemos que a menor insolaçao é compensadapelo aumento da clorofila que baixa a fotossm-tese e conseqüentemente a taxa de assimilaçaodessas plantas.
Daf fica bem claro que a quantidade de oxigênioexpelido pelas plantas superiores esta em relaçaoi'ntima com a clorofila e a energia solar.
b) No desmatar, elimina-se, evidentemente, umafonte de oxigênio. Contudo, na àrea desmatadaalguma coisa se faz — planta-se ou abandona-se aérea, que é imediatamente ocupada por plantaspioneiras. Ora, o que se plantou expele oxigênio,e a vegetaçao que surge nas areas abandonadasexpele também oxigênio. Em princfpio, pareceque o desmatamento ocasiona urn deficit deoxigênio, mas pode-se evitar o inconveniente oupelo menos atenuar, desde que tomadas asdévidas precauçoes.
Na Amazônia, por exemplo, a massa foliarexposta à luz na floresta natural pode sersubstitui'da por outra, muito maior, em espaçomuito menor. Isto porque, enquanto num hecta-re de floresta natural existem, em média, 100ârvores de copas émergentes, sombreando um
numero bem superior de érvores menores — eestas, por sua vez, sombreando numero aindamaior de ârvores jovens, de copas reduzidas —, oref lorestamento implanta, nas mesmas condiçoesde insolaçao, 2.500 ârvores por hectare, quecrescem harmoniosamente e sem concorrência, anao ser aquela que os ecotipos mais adaptadosfazem aos ecofenos na formaçao do novo ecos-sistema.
Segundo VELOSO e KLEIN (1957), em seuestudo sobre a Floresta tropical de Santa Cata-rina, a proporçao existente entre as grandesârvores (12%), ârvores de porte médio (23%) epequenas ârvores (65%) foi uniforme para aregiao. O mesmo nao aconteceu com as formasbiológicas menores, que variaram de numero, deacordo corn a posiçao topogrâfica ocupada pelafloresta. Explica-se facilmente o caso pela maiorsensibilidade à variaçao ambiental por parte dasplantas dependentes do m'icroclima criado pelafloresta.
Assim, o ref lorestamento repoe em pequena âreauma massa foliar arbórea, exposta à luz, seme-Ihante à existente em grande ârea da florestanativa. Da mesma forma, a agricultura, sejampastagens ou culturas, repöe a massa foliar dasplantas dominadas da mesma floresta, pois suasfolhas necessitam mais luz. Isso équivale a dizerque em 100 hectares de floresta devastada, ondevivem 10.000 ârvores, podemos repor, emapenas 4 hectares, as 10.000 ârvores, e nosrestantes 96 ha implantar culturas permanentes epastagens,.sem diminuir a produçâo de oxigênio,ainda mais quando se sabe que a planta emcrescimento despende muito mais energia que aadulta, na intensa açao clorofiliana paracrescer.O fato, é lógico, indica folhas jovens e, porconseguinte, açao clorofiliana mais poderosa; oque significa maior quantidade de oxigênioliberado em relaçao à cobertura florestal ante-rior.
Destas consideraçoes nao é Ifcito deduzir que sedeixe de alterar fundamentalmente a ecologia
IV/65
com o desflorestamento; aqui se tentou apenasressaltar que podemos utilizar a natureza demodo racional, resguardando algumas de suasfunçoes bâsicas, entre as quais se inclui arenovaçâo do oxigênio do ar.
10.2. Recomendaçôes e Dados Econômicos
Os ecólogos e fisiologistas estäo de acordo emconsiderar a quantidade de radiaçâo solar queincide sobre uma regiao, como o fator ecológicoque détermina o pptencial de produçâo primâriados végétais. Com efeito, pois a anâlise qufmicamostra que a biomassa da matéria seca dovegetal contém, em termos médios, mais oumenos 44% de e 45% de oxigênio retirados doanidrido carbônico do ar, 6% de hidrogênioretirados da égua e somente 5% dos demaiselementos essenciais à vida das plantas, retiradosdo solo.
Assim torna-se fécil a compreensâo do "UniversoAmazônïco", onde a mais extensa floresta tro-pical da Terra se distribui nos mais variados tiposde solos, desde latossolos pobres até podzolicoseutróficos, com igual pujança.
Entretanto no atual estado de conhecimento daârea abrangida pelas folhas de Araguaia e Tocan-tins, o técnico tem obrigaçao de lembrar aoinvestidor que duas condicöes limitam o aprovei-tamento dos recursos naturais respectivos: condi-cöes bioclimâticas, pedológicas e condicöes im-postas por lei.
10.2.1. CONDICÖES BIOCLIMÂTICAS
Na ârea prevalece ö clima tropical ümido, decurto perfodo seco (xeröquimênico atenuado),com variacöes na época do perfodo seco, aonorte, e mais ümido ao norte e oeste (xerotéricopara termaxérico), com solos pobres à norte emais férteis a sul.
a) Isto implica respostas biológicas tropicais:vivem na ârea plantas nativas de valor econômico(como cacau, seringueira, castanha e outras) quepodem e devem ser cultivadas, além de haverambiente favorâvel para a introducäo de inüme-ras outras plantas de bioclimas semelhantes(como dendê, clones de seringueiras selecio-nados, café do grupo robusta, e muitas outras).
b) Outra recomendaçao refere-se ao uso da terraapós o desmatamento. Sabemos o que cumpreevitar, mas falta experimentaçao adequada paraaconselhar o que fazer. No entanto, um prin-cfpio se sobrepôe a tudo o mais: é imprescin-dfvel manter protegido o solo a maior parte doano, o que restringe as possibilidades de agricul-tura de ciclo curto a condicöes técnicas de altonfvel. A agricultura permanente, quer do tiporeflorestamento para papel ou madeira, quervoltada para atividades agr(colas ou pecuârias,deve prevalecer no sul da ârea em questao, desdeque se adicione calcârio para correçao do solo.
10.2.2. CONDIÇOES LEGAIS
A ârea é quase toda coberta de floresta. Mas afloresta nao pode ser explorada senio até 50% eas âreas de proteçao ao ecossistema absorvemcerca de 10%, conforme détermina ó CódigoFlorestal (Lei n9 4.771, de 15 de setembro de1965). O que resta para exploraçâo madeireira edas terras para implantaçâo da agropecuâriaoscila em torno de 40%.
Assim mesmo, é necessârio enfatizar dois prin-cfpios important fssimos para a conservaçao daprodutividade do solo, após a exploraçâo damadeira: o uso do fpgo e o emprego demâquinas. Só se deve recorrer ao fogo paralimpar os restolhos do desmatamento, e sóempregar mâquinas para a formaçâo de pasta-gens e acûmulo dos restolhos em linha, caso sedeseje implantar uma agricultura permanente embases conservacionistas.
IV/66
a) Recomenda-se, também reservar para explo-raçâo florestal adequada, ou, entäo, reflorestarprontamente após o desmate, as areas situadas
sobre o platô arenftico e em relevo acidentado,principalmente, aquelas de norte e leste cobertasde floresta densa.
10.2.3. CLASSES DE VEGETAÇAO
Segundo as areas ocupadas e o tipo de utilizaçao, a vegetaçao assim esté distribu (da:
TiposArea
km2 haDestinaçâo
Floresta Densa 150.000 15.000.000 ExtrativismoSubprodutosMadeiraReflorestamento
floresta Aberta
Contato(Floresta/Cerrado)
140.000 14.000.000
33.000 3.300.000
Exploraçao de madeiraReflorestamentoAgropecuâria(Esta area deve ser mantida intac-ta em 50% de sua extensâo, por forçada lei que rege a octipaçâo da Amazo-nia).
Area de Proteçâodo Ecossistema
(Floresta das Cadeiasde Montanhas)
12.000 1.200.000
Preservaçâo Florestal(Codigo Florestal - Lei 4.771, de 15de setembro de 1965).
Cerrado 20.000 2.000.000 Sem Valor Madeireiro
Desmatamento 5.000 500.000 Implantaçâo da agropecuâria
Totais 500.000 36.000.000
10.2.4. DADOS ECONOMICOS
A avaliaçao, em ni'vel regional, da madeiraexistente dentro das âreas que a lei permiteexplorar (Lei n9 4.771, de 15 de setembro de1965 — Código Florestal) indicou na florestadensa a média de 118m3/ha. Desta cubagem,
±35m3 /ha constitufram-se de madeiras paraconsumo interno, e ± 8m3/ha de madeiras deexportaçao. Tanto na Floresta aberta como naérea de Contato, as médias de madeiras paraconsumo interno (±20m3/ha) e para expor-taçao (± 6 m3 /ha) foram semelhantes:± 56m3/ha.
IV/67
. Tipos
Florestais
Roresta DensaFloresta AbertaContato(FloresWCerrado
Totals
Area(60% da Area Total)
km2
75.00070.000
16.500
161.500
Hectares
7.500.0007.000.000
1.650.000
10.150.000
Madeiras para Serraria
Totais
Madeiras para Consumo Interno
m3
26Z5OO.0O0140.000.000
33.000.000
435.500.000
US$ 1,000.00
2.625.0001.400.000
330.000
4.355.000
Madeiras Exportpreis
m3
60.000.00040.000.000
9.900.000
111.900.000
US$ 1,000.00
2.400.0001.680.000
396.000
4.476.000
a) Lista das madeiras comerciâveis encon-tradas na area
a.1. Madeiras de exportaçâo
AndïrobaCedroCupiûbaFaeiraFreijóLouro-vermelhoMaçarandubaMadioqueira-lisaMognoPau-amareloPau-d'arcoPiquiâQuarubasSucupirasTatajuba
a.Z Madeiras para- consumo interno
AcapuaranaAcariquaraAnan i-da-terra-f i rmeAngelim-da-mataAngicoAroeiraCaripéCastanheiraCedrorana
CopafbaCuiaranaGuariübaJaranaJutaf-açuJutaf-pororocaLourosMaparajubaMorototóMuiracatiaraParaparâPau-jacaréPau-roxoPiquiaranaPracuubaQuarubaranaSapucaiaTatapiriricaTauariTamanqueiraUcuubaUcuubaranaUmiri
a.3. Madeiras näo comerciâveis atualmente
AbioranasBreusEnvi rasFaveirasMatamatàsTaxis e outras
IV/68
Estas madeiras sao as mais abundaates, com-pondo cerca de 40% da Floresta estudada.Torna-se necessària sua comercializaçao, paranäo se perder, se reduzidas a cinzas, um patrimô-nio fabuloso.
b) Madeiras näo Comerciâveis — Na Florestadensa foram encontrado 43 m3/ha de madeirascomerciâveis e ± 75 m3/ha de madeiras sem usoconhecido nas serrarias. Na floresta aberta e noContato as médias se aproximaram, isto é, de± 56 m3/ha, sendo que ± 30 m3/ha de madeirasaté entao nao usadas nas serrarias.
Tipos
Florestais
Floresta DensaFloresta AbertaContato (Floresta/Cerrado)
Totais
Madeiras näo Comerciâveis
Areas(50% da Area Total)
7.500.000 ha 562.500.000 m3
7.000.000 ha 210.0O0.OOOm3
1.650.000 ha 49.500.000 m3
16.150.000 ha 822.000.000 m3
Esses 822.000.000 m3 de madeiras chamadas"nao comerciâveis" devem ser utilizados comosubprodutos: carväo siderürgico, pasta para pa-pel de segunda categoria, aglomerados, etc. Alémdisso, os compétentes estudos tecnológicos arealizar deverao levar a conhecer as reais possibi-lidades que tenham essas madeiras para uso emserraria.
10.2.5. COMO ENFRENTAR O DESAFIO
A falta de vias de acesso as areas interioranas daregiao amazônioa Ihes entravou muito as ativi-dades econômicas. O extrativismo da castanha eborracha, unica atividade praticâvel, limitouainda mais a economia da area, estrangulando asiniciativas pioneiras e atrasando os investimentospropulsores do desenvolvimento.
A par disso, as descriçoes dos naturalistas euro-peus do século passado sobre o "inferno verde",muitas vezes fantasiosas, e os ufanistas do"celeiro do mundo" contribufram para falsear osfatos e ocultar os aspectos negativos e asverdadeiras potencialidades da regiao.
Assim, em face das limitacöes impostas pelascondiçoes tropicais, cabe aos brasileiros enfren-tar o desafio e a responsabilidade do desenvolyi-mento da area, adotar medidas condizentes,aplicar técnicas e desenvolver estudos para oaproveitamento racional dos recursos naturaisexistentes naquela fraçao do território nacional.
Em ni'vel regional, como decorrência de umavisäo global da ârea, podemos afirmar que nao sedeve dividir a terra em pequenas parcelas. Para aregiao, o recomendâvel sâo as médias e g'randespropriedades, onde os investimentos de média ealta grandeza possam utilizar as técnicas necessâ-rias à fruiçao integral dos recursos naturais, semviolentar a natureza e sem desrespeitar as leis dapreservaçao da ecologia tropical.
TlPO DE PROPRIEDADE DE EXPLORAÇÂO FLORESTAL E ESTABELECIMENTO DE AGROPECUÀRIA(DE GRUPOS JURIDICOS OU COOPER ATI VAS)
Area da
Propriedade
ha
1.000.000100.00050.00010.000
1.000
AreaExplorâvel
por Lei
ha
500.00050.00025.000
5.000500
Floresta
Madeiras paraCons. Interno.
m3
17.500.0001.750.000
875.000175.000
17.500
US$
175.000.000 '17.500.0008.750.000
750.000175.000
Densa1
Madeiras para Serraria
Madeiras deExportaçâo.
m3
(.000.000400.000200.00040.000
4.000
US$
Floresta Aberta
Madeiras paraCons. Interno.
m3
160.000.000 10.000.00016.000.000 1.000.0008.000.000 500.0001.600.000 100.000
160.000 10.000
US$
Madeiras deExportaçâo.
m3
100.000.000 3.000.00010.000.000 300.0005.000.000 150.0001.000.000 30.000
100.000 3.000
US$
120.000.00012.000.0006.000.0001.200.000
150.000
1 Baixas condiçoes para o estabelecimento de agropecuâria.2 AI tas condiçoes para o estabelecimento de agropecuâria. | \ / / 6 9
10.3. Bibliografia
1. ARAGÄ0, M.B. Algumas medidas microcli-mâticas, em mata da regiäo "bromélia-malâria", em Santa Catarina, Brasil. Mem.Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 56(2):415-451, 1958; 57(1): 45-72, 1959.
2. BERNARD, E.A. Le climat écologique de laCuvette Centrale Congolaise. Brussels,I.N.E.A.C., 1945,240 p.
3. DAVIS, D.E. The annual cycle of plants,mosquitoes, birds, and mammals in two
Brazilian forests. Ecol. Monogr., North Ca-rolina, 15(3): 243-296, 1945.
4. KITTREDGE, J. F/orest influences. NewYork [etc] McGraw-Hill Book Co. Inc.,1948.394 p.
5. PENMAN, H.L. Vegetation and hydrology.England, Lamport Gilbert, 1963. 124 p.
6. VELOSO, H.P. & KLEIN, R.M. As comuni-dades e associacöes végétais da mata pluvialdo sul do Brasil. Sellowia, Itajai', 8: 81-235,1957.
IV/70
1
11. ANEXOII
11.1. Si'ntese Temâtica das Folhas de 1° por 1°30' na Escala de 1250.000
A ordern da si'ntese vem disposta no esquema do quadro V. Sao descritas as fisionomias ecológicas dosambientes morfológicos das folhas na escala de 1:250.000, aqui reduzidas para 1:1.000.000, comconclusöes, sugestôes e äreas dos ambientes. (Quadro VI).
INVENTARIOS FLORESTAIS QUADROV
S8.22-V-A Rio Irin SB.22-V-B Rio Bacaja SB.22-X-A Rmtff i fcAmos trasA.11 (Fdoa+Famc+Falc)A.12 (Fdoa+Famc+Falc)A.13 (Fdoa+Fala) - ± 140 m3/haA.14 (Fdlu+Fala+Fama) - ± 120 m3/haA.15 (Fdlu+Fala+Fama) - ± 270 m'/hoA.16 (Fdlu+Fala+Fama) - ± 125 m'/ha
SB.22-X-B JacundéArnos tras
± 165 m3/ha A.5 (Fdta+Falc) = ± 160 m3/ha±160m3ha A.6 (Fdpa) - ± 110m3/ha
A.7 (Fd«.+Falc) - ± 90 m3/ha
SB.22-V-C Rio PardoAmostrasA.49 (Fddu+Falc) » ± 55 m3/haA.50 (F.mc+Fddul - ±75 m3/ha
S8.22V-D Alto BacaiéAmostraiA.43 (Fame+Fddu) - ± 65 m3/haA.44 (Famc+Falc+Fddu) - ±95 m3/haA.45 (Fddu+Falc) - ± 90 m3/ha
SB.22-X-C Rio Itacaiunas SB.22-X-O ManbéAmostras AmostrasA.17 (Fdoa+ Falc+Famc) » ± 1 1 5 m3/ha A 3 (Fdoe+Famc+Falc) - ± 75 m3/haA.18 (Fdoa+Famc+Falc) »±150m 3 /ha A.9 (Fdoa) - ± 175 m3/haA.19 (Fdoa+Famc+Falc) - ± 110 m3/ha A.10 (Fdoe+Fame+Falc) - ± 100 m3/ha
S8.22-V-A laarap« TriunfoAmostrasA.51 (Fdde+Falc+Fddu) - ±90m 3 /haA.52 (Fala+Fama+Fdlu) - ± 55 m3/ha
SB.22Y-B S*o Félix do XinguAmostrasA.46 (Famc+Fdla+Falc) -±110 m3/haA.47 (Fame+ Fdlu+Falc) » ± 70 m3/haA.48 (Fddu+Fdde+Fale) = ± 45 m3/ha
SB.22-Z-A Rio ParauapabasAmostrasA.53 (Fdma) - ± 125 m3/haA.S4 (Fdma) = ± 60 m3/haA.5S (Fdma) - ± 130 m3/ha
SB -22-Z-a Xambra«AmostrasA.56 (Fdda+ Falc) - ± 10 a 35 m3/0.1 haA.57 (Fdaa+Fama+Fala) =±10 a 45 m 3 /
/0.1 haA.58 (Fdo«+Famc+Falcl = ± 15 a 35 m 3 /
/0.1 ha
S8.22Y-C CocraimoroAmostrasA.33 (Fama+Fala+Fdlu) - ± 70 m3/haA.34 (Fddu+Falc) = ± 85 m3/haA.35 (FddutFamcl = ± 100 m3/haA.36 (Fala+Fama+Fdou) - ± 70 m3/haA.37 (Fala+F«m»+Fdoul - ± 70m3/ha
S8 J 2 Y - D GorotiraAmostrasA.29 (Fame+Fdlu+Fale) = ± 50 m3/haA.30 (FddutFalcl = ± 85 m3/haA.31 (Fama+Fala+Fdhj) = ± 120 m3/ha
S8.22-Z-C Rio Pau O'ArcoAmostrasA.20 (Fama+Fala+AP) - ±60 m3/haA.21 (Fama+Fala+AP) - ± 50 m3/haA.22 (Fama+Fala+AP) - ± 60 m3/haA.23 (Fema+Fala+API - ± 75 m3/ha
SB^2-Z-O AragualnaAmostrasA.59 (Fdaa) - ± 35 m3/haA.60 (Fda»+Fama) = ± 4 0 m3/0.1haA.61 IFdaa+Fama) - ±35 m3/0.1ha
SC.22-V-A Rio ChichaAmostrasA.38 (FamatFala+Fdlu) = ± 115 m3/haA.39 (FamatFala+Fdlul =• ± 115 m3/haA.40 (Fama-f Fala+Fdlu) = ± 70 m3/haA.41 (Fddu) - ±65 m3/haA.42 (Fama+FaU+Fdlu) = ±40 m3/ha
SC.22-V-B Cubancranquém
±100m3/ha
± 45 m3/ha
± 25 m3/ha
•s«+Fddu+Srrc'- t15m3/ t"A.32 (Fama+Fala+Fdlu) - ±90 m3/ha
SC22-X-A AraguacamaAmostrasA.24 (Fama+Fab+AP) - ± 25 m3/haA.25 (Fama+Fala+AP) - ± 75 m3/haA.26 (Fama+Fala+AP) - ± 85 m3/haA.27 (Fama+Fala+AP) - ± 30 m3/haA.28 (Fama+Fala+AP) •> ± 25 m3/ha
SC J 2 X - B Concaiçfo do AraguauAmostrasA.62 (Fama+AP) = ± 15 m3/0.1 ha
IV/71
MINISTBRIO OA* MINA« B INKN4IA
DIFARTAMENTO HACiONAL DA PRQDUÇÂO MINERAIMOJITO RAOAM
QUADRO - V I
Z O N A Ç Â O R E G I O N A L
(AMBIENTES)
REFÛGIO(AREA OE I T A B I R I T O )
<VB8ETAÇAOE$CLERÔriLA)
FLORESTA DENSA( AREAS OOPRÉ-CAMBftlANO-TESTENUNHOS)
III
Fdde-~Fddu
CERRADAO(A'REAS SEDIMENTÄRES ESPESSAS)"
i . (RELEVO MONTANHOSOFLORESTA DENSA M ' X 0 ï 3 0 0 " '(RELEVO MONTANHOSO) I
I Fdle—»FdluFdllff (RELEVO APLAINAOO
(500/700 «.•It) COMOUTEIROS)
• FLORESTA DENSA(AREA DOS FILITOSC/INTRU-SOES ULTRABASICAS)
! Fdflt-^Fdou•(RELEVO ONDULAOO)
""*" FoloiTFomo(RELEVO ACIOENTAOO) (RELEVO SUAVE)
FLORESTA ABERTA__» f — _CONTATö^
1Scrp — • Sr rp (OEVASTAÇAO C/FOW)
(RELEVO OE CHAPAOA)
(SUPERFICIE APLAIMAOA) (ENCRAVE)
Folc z? Fomc( RELEVO ACIOENTAOO)
S CO — • SrrCtOEVASTAÇÀOC/FOM) 5(RELEVO ACIOEMTAOO COM
TESTEMUNHOS)
SCO — SfO(0EVASTAÇÀ0C/FO«O) 2 i(RELEVO ONOULADO) ?!
FLORESTA OENSA(A'REAS ALUVIAIS)
Fdpa - Fdta(TERRAÇOS)
S f f — • SpslOeVASTAÇÂOC/FOOO)(RELEVO APLAINAOO)
SCO — » SpftlDEVASTAÇÂO C/FOGO)(RELEVO ONDULAOO)
Fdte - * Fdtu( RELEVO OISSECADO)
Fdpt - L Fdpu( TABULEIROS)
• FLORESTA OENSA(AREA DOS ALTOS PLATOS)
n
IB
REFÜGIOI FLORESTA OEGALERIA)
Srrc —•> Spfd (OEVASTAÇAO C/F060)( RELEVO ACIOENTAOO COM
TESTEMUNHOS)
I
S i T p — • SpstOEVASTAÇAO C/F060)(RELEVO OE CHAPAOA)
CAMPOCERRADO(A'REASAROILOSASOUARENOSASRASAS) — J
SB.22-Y-C COCRAIMORO
54°OO"T°«t
S4O001 E s c o l o g r o f i c a
10 20 SO 40 SO
62030"
60 K».
SOM-
CE RR ADO(Savanna)
Cerradào(Woodland Savanna)
Sea (relevo acidentado — testemunhos)
Contato[Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Fate (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
Pianfcies Aluviais(Swamp Forest)
Fdptn (mista, periodicamente inundada)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relèvo Montanhoso(Submontane Forest)
Fdou (relevo lortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de émergentes)
11.1.1. FOLHA SB.22-Y-C COCRAIMORO
A Floresta cobre inteiramente a area da folha (±17.700 km2), com excecäo de très manchas demistura Floresta/Cerrado (± 500 km2 ), e dasâguas dos Rios Xingu e Iriri Ji± 200 km2 ).
I) A Floresta Densa ocorre na érea montanhosa,com vales ocupados pela Floresta de Cipó (cercade 7.300 km2 ).
Na maioria das vezes, apresenta-se com fisiono-mia de pequenas ârvores no alto do relevomontanhoso (Fddu), onde domina o louro-amarelo, e ârvores maiores nas encostas e vales.Contudo, nos vales a Floresta é aberta (Falc),aparecendo, as vezes, pequenas concentraçôes decastanheiras e raros mognos, que se destacam dorestante da Floresta, bastante uniforme quanto àaltura. A seringueira tem neste tipo de florestaalguma expressâo econômica.
II) A Floresta Aberta ocorre nas areas aplaina-das, com isolados monadnocks granfticos reves-tidos por Floresta densa (Fama+Fala+Fdlu, corn± 9.600 km2 ), e mais raramente, nas âreasdissecadas metassedimentares, com ondulaçoesbaixas cobertas de Floresta densa e largos valesocupados de Floresta aberta (Fala+Fama+Fdou,com ± 600 km2 ).
Na Floresta aberta tipo Cocal, as palmeiras inajée bacaba caracterizam o ambiente, ao lado da
quaruba, e na Floresta aberta do tipo Cipódominam a mandioqueira e o breu-preto.
Neste tipo de floresta forarn inventariadas cincoamostras de um hectare: duas no ambiente Fddu(A. 34 e A. 35), corn ± 90 m3 ; duas outras noambiente (Fala+Fama+Fdou (A. 36 e A. 37),corn ± 70 m3 ; e uma no ambiente Fama+Fa-la+Fdlu (A. 33), com ± 70 m3 de madeira porhectare (quadro V).
Uli Âreas de Contato Este contato Flores-ta/Cerrado, corn cerca de 500 km2 ocupa âreasarenosas, onde grupos de Cerradöes estào en-tremeados de Floresta aberta mista.
Resumindo: A ârea da folha tem razoâveisrecursos naturais renovâveis, uma vez que:
a) nâo é baixo o volume de madeira (±80 m3 /ha) em relaçao à média de outras âreas daAmazônia;
b) a ârea é muito acidentada, com baixas decadeias de montanhas, o que dificulta qualquerempreendimento madeireiro ou agropecuàrio devulto; e
c) a ârea aplainada, corn isolados testemunhos,comporta exploraçao madeireira, seguida deimplantaçâo agropecuâria.
IV/74
SB. 22-Y-D GOROTIRE
7°or7<W
62OW
10
Etcolo g r o f i c o
10 to SO «O 90 •OKa
CERRAOO(Savanna)
Cerradao{Woodland Savanna)
Scrp(p)atô)Sco (relevo ondulado)Sea (relevo acidentado — testemunhos)
CampoCerrado{Isolated Tree Savanna)
Srrc (relevo acidentado — testemunhos)
Parque[Parkland Savanna)
Spfd (floresta-de-galeira em drenagem densa)Sps (tem cursos d'égua perenes)
Contato{Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA{Woodland Forest)
Latifoliada{Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Fate (relevo acidentado)
Mista{Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL[Tropical Forest)
Relevo Montanhoso[Submontane Forest)
Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de émergentes)
11.1.2. FOLHASB.22-Y-DGOROTIRE
A Floresta aberté que ocupa a superffcie dis-secada, com monadnocks revestidos pela florestadensa, domina na 'folha com cerca de13.500 km2 de area.
O Cerrado, que reveste o platô residual e aspseudocristas arenfticas (cerca de 2.200 km2 deârea) é envoivido pela faixa de mistura Flores-ta/Cerrado, com encrave de Gerrado nos teste-munhos menores (cerca de 2.500 km2 de ârea).
I) A Floresta Densa ocorre sempre ilhada nosmonadnocks (Fdde-Fddu — Fdlu e é caracteri-zada por raras castanheiras que emergem de umdossei florestal relativamente baixo e uniforme,dom in ado pel os breus.
II) Floresta Aberta quando reveste os relevosdissecados, desde suavemente ondulados {Fama— Fala) até os acidentados (Fame — Falc),aparece em grandes manchas; e, quando ocuparelevo mais movimentado, com baixas cadeias demontanhas, ou entao relevo arrasado, com ou-teiros (Fdlu), apenas ocupa os vales e as largasextensoes aplainadas.
Floresta com duas fisionomias: a mista e alatifoliada.
A Floresta aberta mista existente na area édominada pelas pal mei ras inajâ e bacaba, comgrupamentos do babaçu-do-cerrado nos valesmais estreitos.
A Fioresta aberta iatifoiiada, ou Cipoai, propriadas éreas mais planas, é caracterizada pelas lianaslenhosas e pela acariquara.
III) Floresta ae Contato situa-se entre os grupa-mentos de Cerrado e florestais, com misturas deespécies dos dois tipos e espécies autóetones,como é o caso do umiri.
IV) Cerrado com très fisionomias que respon-
dem sempre a diferenças litológicas: os Cer-radöes do platô residual, com espesso soloarenoso (Scrp), e doplatô dissecado, ainda comsolo arenoso (Sca); o Campo Cerrado daspseudocristas arenfticas (Srrc); e o parque doplatô dissecado, em cujas encostas suaves aflo-ram concreçoes ferruginosas (Sps).
Este Cerrado, dominado pela folha-larga e pelospaus-terra, tem composiçao florfstica semelhanteà dos outros Cerrados da regiao amazônica.
Na folha, foram inventariados très ambientesflorestais: ambiente Fddu+Falc (A. 30), corn85 m3 de madeira por hectare: ambienteFamc+Fdlu+Falc (A. 29), corn 50 m3 de ma-deira por hectare; e ambiente ciliar (A. 31 ), com120 m3 de madeira por hectare (quadro V).
Resumindo — A ârea da folha é pobre emrecursos natu rais renovâveis, considerando-seque:
a) na faixa do Cerrado, com. cerca de2.250 km2, hé reduzidas possibilidades parapastagens natu rais;
b) a faixa de mistura Floresta/Cerrado, corncerca de 2.500 km2, nao tem potencial madei-reiro;
c) na faixa da Floresta aberta, com cerca de12.540km2, é baixo o potencial madeireiro(entre 50 e 85 m3/ha); e
d) na faixa da Fioresta densa, com cerca de1.050 km2, a posiçao topogrâfica (relevo mon-tanhoso) reduz as possibilidades extrativistas,embora ai" se encontre a castanheira.
Com pouca expressao na folha, a Floresta densacil iar contém alto potencial madeireiro(120 m3/ha), mas excetuada a sucupira, a ce-drorana e louros (23 m3/ha), madeiras de quali-dade conhecida, as outras espécies possuembaixo valor comercial.
IV/76
SB.22-Z-C RIOPÂUD'ARCO49030*
10 20 SO 40 SO 60 Km.
8°o<y
7O00-
8°00"51W
CERRADO(Savanna)
Cerradâo[Woodland Savanna)
Scrp (platô)Sco (relevo ondulado)Sca (relevo acidentado — testemunhos)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria c/cursos d'âgua perenes)Srrc (relevo acidentado — testemunhos)
Parque{Parkland Savanna)
Spfd (floresta-de-galeria em drenagem densa)Spfe (floresta-de-galeria em drenagem esparsa)Sps (sem cursos d'âgua perenes)
FLORESTAABERTA{Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
Mista{Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL{Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)
11.1.3. FOLHA SB.22-Z-C RIO PAU D'ARCO
A Floresta aberta que reveste a superffcieaplainada, com monadnocks cobertos por Flo-resta densa (± 2.500 km2 de érea), domina nafolha, corn cerca de 10.500 km2 de érea.
O restante da area é ocupado pelo Cerrado (±2.800 km2 ), que reveste os filitos descapeados eo relevo residual areni'tico e quartz ftico, muitasvezes envolvido pela faixa de mistura Flores-ta/Cerrado, caracterizada por encraves (±2.200 km2 ).
A agropecuéria, cum cerca de 150 km2 de éreaflorestada, amplia-se rapidamente.
I) A Floresta Densa ocorre sempre ilhada nosrelevos residuais, corn fisionomia de pequenasérvores (± 15 m de altura) sempre-verdes, inter-caladas de érvores maiores (± 20 m de altura)deciduais, imprimindo à paisagem, no caso dosquartzitos, um aspecto de mosaico, onde man-chas de floresta semidecidual no relevo de cristas(Fddu) sao envolvidas pela floresta sempre-verdedas éreas aplainadas.
Floresta caracterizada pelas leguminosas do tipofaveiras, é, no entanto, dominada pelos breus(Protium spp.).
II) A Floresta Aberta de palmeiras domina naérea, intercalada, vez por outra, de Florestaaberta do Cipoal (Fama+Fala e Famc+Falc).
Neste tipo de floresta foram inventariadasquatro amostras très na parte sul da foiha e umana parte norte.
A anélise das amostragens revelou:
a) a Floresta aberta mista, com duas caracten's-ticas bem distintas: a floresta mista caracterizadapelo babaçu-do-cerrado (Orbignya oleifera) —amostras 20 e 21; e a caracterizada pelo inajé(Maximiliana regia), sem ocorrência do babaçu —amostras 22 e 23;
b) a Floresta mista, com très éreas flon'sticasdiferentes:
b. 1) érea dominada pelo angico (Piptadenia sp.),caucho (Castiloa ulei) e marupé (Simarubaamara), com ± 60 m3/ha de madeira (A. 20),situada na superffcie arrasada:
b.2) érea dominada pelo mogno (Swieteniamacrophylla) e jutaf-açu (Hymenaea sp.), com ±60 m3/ha de madeira (A. 21 a 23), situada nasuperficie aplainada capeada por rochas metas-sedimentares; e
b.3) érea dominada pelo breu-sucuruba(Trattinickia rhot'folia), com ± 60 m3/ha demadeira (A. 22), situada sobre um baixo relevoresidual.
III) Floresta do contato é caracterizada peloumiri (Humiria floribunda).
Na folha, uma amostragem foi localizada nasproximidades do Cerrado (A. 21) e outra dentroda fixa do contato, ou pelo menos proximo a ela(A. 22).
IV) Cerrado, corn très fisionomias: a do Cer-radao dos filitos descapeados (Sca) e dos teste-munhos quartzi'ticos {Scrp); a do Campo Cer-rado dos relevos residuais {Srrc e Srf); e a doParque nos relevos residuais arenosos (Spfe eSpfd).
Estas fisionomiäs säo caracterizadas pelasambafba (Curate/la americana) nos Parques,peio murici (Byrsonima sp.) nos Campos Cer-rados e pelos paus-terra (Qualea spp.) nosCerradoes.
Resumindo: A érea da folha é bastante rica derecursos naturais renovéveis, nas parcelasflorestadas, e bem pobre nas do Cerrado, consi-derando-se que:
a) nas éreas florestais, principalmente na ocupa-da pela Floresta, o mogno apresenta alto volume
IV/78
madeireiro por unidade de area f± 6,5 m3/ha),além de haver outras madeiras reputadas de boaqualidade;e
b) na érea do Cerrado, a näo ser a utilizacäocomo campo de criaçâo extensiva, de baixorendimento, existem parcos recursos naturaisrenovâveis, eonhecidos.
IV/79
SB.22-Z-D ARAGUAI'NA«poor
7O00-
tpoa49030-
CERRADO(Savanna)
Cerradao(Woodland Savanna)
Scrp (platô)Seo (relevo ondulado)Sea (relevo ondulado)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)SrfSrf (floresta-de-galeria c/cursos d'âgua perenes)
Srrc (relevo scidsntadc — tsstemunricsiSpfd (floresta-de-galeria em drenagem densa)Spfe (floresta-de-galeria em drenagem esparsa)
Parque(Parkland Savanna)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
E s c a l o g r o f i c a
10 20 SO 40
7O00-
48°00'
SO Km.
8°00-
Mista .(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdau (relevo ondulado c/cobertura uniforme)Fdae (relevo ondulado c/cobertura de émergentes)Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdoe (relevo fortemente ondulado c/cobertura de
émergentes)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de émergentes)
AgropecuâriaAp
11.1.4. FOLHA SB.22-Z-D ARAGUAl'NA
A Floresta reveste a parte oeste da folha, comcerca de 11.000 km2 de érea, enquanto oCerrado (cerca de 4.500 km2 ) e a sua ârea decontato com a Floresta (cerca de 2.000 km2 )cobrem a parte leste.
A agropecuéria é bastante expressiva na folha,pois somente os grandes empreendimentos agré-rios desmataram cerca de 300 km2, que somadosas pequenas propriedades, je ultrapassam os600 km2 de ârea ocupada.
I) A Floresta Densa, corn cerca de 8.000 km2
de érea, ocupa a superf feie dissecada da Serra doEstrondo, com duas areas distintas:
a) ârea mais acidentada, caracterizada pelo joâo--mole (Neea sp.) e pela samaûma (Ceiba pentan-dra), corn grupos de babaçu (Orbignya martiana)nos vales (ambiente FdoetFamc); e
b) érea aplainada, dominada pela quina (Geis-sospermum spp.) e breu-sucuruba (TraW'nickiarhoifolia), com grupos de Floresta aberta mista,de onde se destaca o inajé {Maximiliana regia).Ambiente Fdae+Fama.
Nessas éreas foram inventariadas 24 parcelas de0,1 ha; 7 (A. 60) no ambiente Fdoe+Famc, comcerca de 42,50 m3/0,1ha, e 17 (A. 61 e 59) noambiente Fdae+Famc, com cerca de34m3/0,1ha, o que révéla altos volumes demadeira por unidade de érea. No entanto, essaalta volumetria pouco vale comercialmente, pois,corn exceçao do mogno (Swietenia macrophyl-la), que aparece esparso (0,24 m3/0,1 ha) e temvalor, a volumetria do restante das espéciescomerciéveis ai' encontradas — como louros,sucupira, ucuuba, aroeira, copafba, morototó eparaparé — é baixa (2,50 m3/0,'i ha) em relaçâoao volume médio da Floresta (38,25 m3/ha).
II) A Floresta aberta, com cerca de 3.000 km2
de ârea, cobre a superffcie mais aplainada,justamente na margem esquerda do Rio Ara-
guaia, com fisionomia mista, onde o inajâ(Maximiliana regia) e a bacaba {Oenocarpusbacaba), misturados a outras palmeiras e aârvores bem espaçadas, imprimem à paisagem acaracten'stica do "Cocal" {Fama).
Esse "Cocal", quando o relevo é mais movi-mentado, apärece dominando as suaves ondu-laçoes, e o "Cipoal", os largos vales (Famat+Fala).
Entre a borda da Bacia Sedimentär e a Serra doEstrondo, o babaçu {Orbignya martiana) ocupa,em mistura corn espécies fîorestais, larga faixaque se estende de norte a sul {Fama).
III) A ârea de contato, sempre ligada ao Cer-rado, cobre 1.600 km2 caracterizados pelo umiri(Humiria floribunda). Esta érea contém gruposde Cerrado cobrindo o relevo residual arenftico eas cristas quartz fticas, envolvidos por largasflorestas-de-galeria caracterizadas pelo babaçu(Orbignya oleifera).
IV) O Cerrado da borda oeste da Bacia sedi-mentär do Maranhao/Piauf, situado em relevobem dissecado e cortado por esparsa rede dedrenagem, com cerca de 4.500 km2 de érea,apresenta uma paisagem de Campo Cerradoentremeado por grandes grupos de Parque(Srf+Spfe). Esta ârea é caracterizada pelo faveiro(Dimorphandra mollis) nas baixas colinas, epelas linhas de buritis (Mauritia vinifera), envol-vidas por grupos arbóreos dominados pela quaru-ba-do-cerrado (Vochysia sp.),- ao lado doscôrregos.
Resumindo: A folha, com dois terços da areacoberta por Floresta, é provida de alguns re-cursos naturais renovâveis:
a) o babaçu, objeto de âtividade extrativista debaixo rendimento:
b) a madeira, objeto de âtividade relacionadacom a agropecuéria, visto ser baixo o volume dasespécies de valor comercial ; e
IV/81
c) a possi'vel transformacäo da madeira emsubprodutos.energéticos, em face do alto volumepor unidade de érea.
A area do Cerrado oferece pastagens naturais debaixo rendimento, e alguns produtos para con-sumo local.
IV/82
SB.22-Z-B XAMBIOA6<W
700a49°30-
CERRADO(Savanna)
Cerradäo(Woodland Savanna)
Scrp(platô)Sco (relevo ondulado)Sea (relevo acidentado — testemunhos)
Campo Serrado(Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria)Srrc (relevo acidentado — testemunhos)Srrp (platô)Sro (relevo ondulado)
Parque(Parkland Savanna)
Spfe (floresta-de-galeria em drenagem esparsa)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoiiada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Fate (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdau (relevo ondulado c/cobertura uniforme)Fdae (relevo ondulado c/cobertura de émergentes)Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdoe (relevo fortemente ondulado c/cobertura de
émergentes)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)
AgropecuériaAp
11.1.5. FOLHA SB.22-Z-B XAMBIOA
A area ocupada pefa Floresta é bem expressiva(cerca de 14.00Q km2 em relaçâo as areas doCerrado (cerca de 900 km2) e à da misturaFloresta/Cerrado, (cerca de 2.500 km2 ).
I) O Cerrado aparece na fol ha com duas fisio-nomias; a da borda oeste da bacia sedimentär doMaranhao/Piau f, em suas formas degradadas deCampo Cerrado (Sro e Srf), caracterizado pelomurici, e de Parque, cortado por densa rede dedrenagem marcada por linhas de buritis (Spfe); ea fisionomia das cristas quartz i'ticas, revestidaspelo Cerradao (Scrp) è Campo Cerrado (Srrp)dominados pelos paus-terra, caracterizados pelataquarina do tipo chusque.
II) A area do contato Floresta/Cerrado diferen-cia-se em duas formas:
a) érea dos sedimentos arenosos oriundos dosarenitos, com predominância de espécies doCerrado, como babaçu-do-œrrado, sucupira epiquije
b) area dos sedimentos arenosos e argilososoriundos de arenitos e Rochas Pré-Cambrianas,corn predominância de espécies da Floresta,como babaçu-da-mata, mogno e umiri.
III) A, Floresta Densa ocorre predominante-mente na superffcie dissecada em rochas metas-sedimentares e fgneas, com dois nfveis de aplai-namento:
a) érea mais movimentada e fortemente intem-perizada da margem esquerda do Rio Araguaia,caracterizada pela castanheira e breu-preto(Fdoe e Fddu);e
b) érea ondulada, corn afloramentos rochosos,da margem direita do Rio Araguaia, caracteri-zada pela quina, b reu-su eu ru ba e muirapiranga(Fdae).
IV) A Floresta Aberta, como duas âreas deoeorrêneia: a do leste, entre os RiosTocantinseAraguaia, ainda corn influência dos arenitos daBacia sedimentär do Maranhäo/Piau f, e a dooeste, à margem esquerda do Araguaia, je nodomfnio da superffcie arrasada.
A primeira, com fisionomia mista, onde gruposde babacus (ora de Orbignya oleifera ora de O.martiana) ocupam os vales, e o inajâ as ondu-laçôes (Fame).
A segunda, corn grandes extensôes aplainadas, érevestida pela Floresta aberta mista de inajâ ebacaba. (Fama), vez por outra interrompida peloCipoal (Fala).
Très éreas foram inventariadas corn amostras de0,1 ha, revelando dois ambientes corn economiasdiferentes: ambientes Fdoe+Falc (A. 56), com36,52 m3/0,1 ha em Fdoes e com 9,87 m3/0,1ha em Falc; Fdae + Fama + Fala (A. 57), com44,26 m3/0,1 ha em Fdae e com 9,8T m3/0,1 haem Fama + Fala; e Fdoe + Fame + Falc (A. 58),com 33,03 m3/0,1 ha em Fdoe e com 13,84 m3/0,1 ha em Famc+Falc.
Resumindo: A érea da folha é. bem promissoraem recursos naturais renovéveis, visto que:
a) na Floresta densa, ao norte do Rio Araguaia,existem possibilidades estrativistas para a casta-nheira, pois é baixo o volume de madeiras de lei(16 m3/ha);
b) na Floresta aberta e no contato Floresta/Cerrado, os raros mognos valorizam muito obaixfssimo volume de madeira por unidade deérea, mas a grande quantidade de babaçu oferecealguma viabilidade extrativista; é uma érea bas-tante promissora para abertura de pastagensartificiais, embora o clima seja um forte fatorlimitante;
IV/84
c) o Cerrado, principalmente o Parque, temcondiçôes para formaçao de pastagens naturais,
embora limitadas pelo pouco valor agrostológicodo seu cam po.
IV/85
SB.22-Z-A RIO PARAUAPEBAS
6°00'6°00'
51°00"
CERRADO(Savanna)
Cerradào(Woodland Savanna)
Sco (relevo ondulado)
Campo Cerrado{Isolated Tree Savanna)
Srrc (relevo acidentado — testemunhos)
Parque(Parkland Savanna)
Sps (sem cursos d'âgua perenes)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTAABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
E s c o l o g r o f i c o
10 20 SO 40
49°30'
60 Km.
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (Relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (csdsias As rnontanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de
émergentes)Fdme (dos altos "horsts" c/cobertura de émergentes)
VEGETAÇÂO ARBUSTI VA(Fourré)
Esclerófila(Macchia)
Vae (itabirito)
11.1.6. FOLHAPEBAS
SB.22-Z-A RIO PARAUA-
A vegetaçâo que reveste a ärea da fol ha ébastante complexa: a Floresta aberta domina,com encraves de mistura Floresta/Cerrado, e aFloresta densa se distribui pelos pontos elevados.
I) A Floresta Densa Montana (Fdme) estende-sepor cerca de 3.500 km2 da area da Serra dosCarajés (entre 500 e 700 m ait.), caracte-rizando-se por faixas de grandes érvores, sobrediques de terra roxa estruturada, intercalados defaixas com ârvores mais finas.
Neste tipo de floresta, dominada pelo pau-preto(Cenostigma Tocantins), foram inventariadastrès amostras de 1 hectare com média de ±100 m3/hé de madeira.
Na anâlise dos inveritârios, porém, verificou-se oseguinte: as amostras 53 e 55, locadas em areasde solos misturados, indicaram, respectivamente,+ 125 e + 130 m3/ha; enquanto a amostra 54,situada em area arenosa, apresentou + 60 m3/ha.
II) A Floresta Densa Submontana cobre de4.500 km2 da area compreendida pelos contra-fortes mais baixos da Serra dos Carajâs (entre100 e 500 m alt.) e pelos outeiros (baixostestemunhos grani'ticos da grande superfi'ciearrasada que circunda a Serra dos Carajâs).
É Floresta baixa e uniforme, em gérai dominadapelas quarubas (Vochysias sp. e Erisma sp.). Nosvales, a castanheira (Bertholetia excelsa) sobres-sai ao conjunto florestal, caracterizando-o.
III) A " Floresta Aberta reveste cerca de9.500 km2 da superf feie arrasada do relevosuavemente ondulado. Nesta area, o Cocal e oCipoal se intercalam, com grupos de babaçu{Orbignya martiana) nas largas depressoes rasas.
As grandes ârvores sâ"o esparsas, sobressaindo nomeio dos grandes claros ocupados pelas palmei-
ras Inajâ Maximiliana regia) e bacaba (Oeno-carpus bacaba), ou entâo, no caso do Cipoal, porbaixas ârvores inteiramente cobertas pelas lianas.Esta paisagem é, as vezes, interrompida porgrupos arbóreos densos, de onde se destacam ascastanheiras.
IV) Area de Mistura Na superf fcie arrasada,principalmente ao sul da Serra dos Carajâs,aparecem muitas cristas quartz fticas, revestidaspor vegetaçâo baixa e densa, cuja fisionomialembra muito o Cerrado.
Ao redor destas cristas, em terreno arenoso ecom visi'vel problema de hidromorfismo, ocorreuma vegetaçâo densa de porte arbustivo, caracte-rizada pelo umiri-anäo (Humiria floribunda).Esta vegetaçâo abränge cerca de 500 km2 daârea da folha.
V) Vegetaçâo Esclerófi/a Nos pontos mais e-leva-dos da Serra dos Carajâs, sobre solo litólico(itabirito), aparece uma vegetaçâo arbustiva es-parsa, atapetada por ervas tenras e ciperâceasdelicadas, muito semelhante à que se vê na âreafern'fera de Minas Gérais.
Vegetaçâo circunscrita a este tipo de solo e aslimitaçoes impostas pela altitude, ocupa somentecerca de 50 km2 de ârea.
Resumindo: Na area da folha, isolada dos cen-tros de consumo por faltarem vias de acesso, osrecursos natu rais renovâveis sao parcos, vistoque:
a) a Floresta densa, com volumetria madeireirarazoâvel, situa-se em relevo montanhoso, dedifi'cil acesso;
b) a Floresta aberta, com baixa volumetriamadeireira, esta situada sobre superficie arra-sada, capeada por sedimentos récentes e teste-munhos Pré-Cambrianos, o que dificulta, masnâo impede, o estabelecimento de empreendi-mentos agropecuârios; e
c) a castanheira e o babaçu comportam apenaspotencialidades extrativistas.
IV/87
SB.22-Y-B SÄO FÉLIX DO XINGU
52°30'6°0O"
7O0O- 7°WSJO3C
CERRADO(Savanna)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)
Srre (relevo acidentado — testemunhos)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Fale (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
Escolo j r o f ico
10 to SO 40
SI"»
SO « O K * .
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Planfcies Aluviais(Swamp Forest)
Fdpm (mista c/cobertura uniforme)
Area dos Terraços(Alluvial Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)Fdou (relevo fortemente ondulado
c/cobertura uniforme)Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)
Relevo Montanhoso(Suomontana Forest)
Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de
de émergentes)
VEGETAÇÂO ARBUSTIVA(Fourré)
Esclerófila(Macchia)
Vee (itabirito)
11.1.7. FOLHA SB.22-Y-B SAO FÉLl5c DOXINGU
A nâo ser a parte tomada pelos rios (± 300 km2 )e uma mancha de mistura Cerrado/Floresta(± 150 km2 ), a Floresta cobre o restante da areadafolha (± 17.700 km2).
I) A Floresta Densa ocorre na zona montanhosa(±2.500 km2), corn cobertura arbórea uni-forme, de pequenas érvores (Fddu e Fdlu), egrupos gregérios de castanheiras que emergem dodossel normal da Floresta (Fdde e Fdle). Nosvales se encontra o Cipoal (Falc), que as vezes,principalmente quando o vale é largo, se estendeaté as meias-encostas.
Foi inventariada uma amostra dentro deste tipode floresta, em urn desses vales largos (A. 48),caracterizados pela Floresta de cipó dominadapela munguba e de baixo volume por unidade deérea (± 45 m3/ha).
II) A Floresta Aberta das areas aplainadas, commuitos outeiros densamente povoados por pe-quenas ârvores, • ocupa uma ärea de cerca de15.000 km2.
Neste grande ambiente foram inventariadas duasamostras:
a) a amostra 46 (Famc+Fdle+Falc), locada so-bre um desses outeiros com um grupo decastanheiras, indicou ±110 m3/ha; e
b) a amostra 47 (Famc+Fdlu+Falc), locada tam-bém num morrote, mas sem a presença decastanheiras, apresentou ± 70 m3/ha.
Nem a ârea de mistura Cerrado/Floresta(± 150 km2 ) nem a ârea da Floresta aluvial, quese distribui ao longo do Rio Xingu (± 150 km2 ),têm expressio nesta modalidade de anâlise regio-nal.
Aparece também na folha, uma pequena manchade vegetaçao esclerófila (Vae), semelhante as queexistem na Serra Norte, sobre o Itabirito.
Resumindo — Na ârea da folha se deparamrecursos naturais renovâveis bem interessantes, asaber:
a) a castanheira, em grupos gregârios, propor-ciona boas perspectivas ao extrativismo;
b) o volume de madeira por unidade de ârea(± 75 m3/ha) nâ"o é baixo em relaçao as âreasf lorestais da Amazônia; e
c) a agropecuéria tem boas possibilidadès dedesenvolvimento nas areas aplainadas.
IV/89
SB.22-Y-A IGARAPÉ TRIUNFO52°3(r
6<W
7°00'64 O00'
CERRADO(Savanna)
Cerradâo{Wood/and Savanna)
Sea (relevo acidentado — testemunhos)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)
Srrp (relevo acidentado — testemunhos)Srrp (platô)
Parque(Parkland Savanna)
Sps (sem cursos d'âgua perenes)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
7°00'
M is ta(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Area dos Terraços(Alluvial Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdou (relevo fortemente onduladoc/cobertura uniforme)
Fdlu (outeiros e colinasc/cobertura uniforme)
Fddu (cadeia de montanhasc/cobertura uniforme)
Fdde (cadeia de montanhasc/cobertura de émergentes)
11.1.8. FOLHASB.22-Y-A IGARAPÉ TRIUNFO
A area da Floresta é bem expressiva(± 16.600 km2) em relaçao as areas do Cerrado(±500 km2) e da mistura Floresta/Cerrado(± 1.100 km2).
I) O Cerrado aparece na folha com duas fisio-nomias: a de Campo Cerrado (Scrp e Scrc) nosaltos do relevo residual arenoso, onde umavegetaçao lenhosa baixa e muito densa se tornaas vezes mais aberta, deixando espaços quasesempre invadidos por gramfneas (Sps).
II) As âreas de Mistura Floresta/Cerrado surgemisoladas, ora em misturas de espécies do Cerradocom as da Floresta, onde o umiri se destaca, oraem encraves de grupos de Floresta.
III) A Floresta Densa cobre as Montanhas\Fdde e Fddu) e, com menos freqüência, tambémreveste interflüvios (Fdou).
Este tipo de floresta ocupa cerca de 8.500 km2,
e numa dessas areas montanhosas (Fdde+Fa/c+Fddu) foi inventariada uma amostra (A. 51) com± 90 mVha, onde ocorrem 36 espécies de érvo-res, sem dominância.
IV) A Floresta Aberta do tipo Cipoal cobre orelevo aplainado, com outeiros revestidos deFloresta densa (Fala+Fdlu).
Neste ambiente inventariou-se uma amostra(A. 52) com ± 55 m3/ha resultando 16 espéciesarbóreas, sem dominância visi'vel.
Resumindo — A érea da folha possui recursosnaturais renovéveis de valor, assim distribui'dos:
a) na Floresta Densa, 30m3/ha de madeira delei em 90 m3/ha;
b) na Floresta Aberta, 15 m3 de madeira de leiem 55 m3/ha.
A area aplainada encerra boas perspectivas para aagropecuâria.
I V/91
SB.22-V-C RIO PARDO54°0<r 52O301
5 O «5<W
6000"S4<W
CERRADO{Savanna)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)
Srrc (relevo acidentado — testemunhos)
Parque(Parkland Savanna)
Spt (sejn cursos d'âgua perenes)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Utifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Area dos Terracos(Alluvial Forest)
Fdsu (c/cobertura uniforme)Fdsa (c/cobertura de émergentes)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdou (relevo fortemente onduladoc/cobertura uniforme)
Fdlu (outeiros e colinasc/cobertura uniforme)
Fddu (cadeias de montanhasc/cobertura uniforme)
Fdde (cadeias de montanhasc/cobertura de émergentes)
11.1.9. FOLHA SB.22-V-C RIO PARDQ
A Floresta se espraia pela maior parte da folha(± 16.450 km2 ), sendo o restante da area cober-to de Cerrado (± 450 km2 ) e de grupos demistura Floresta/Cerrado (±700 km2). O RioXingu a f se apresenta bem largo, corn muitasilhas revestidas de vegetaçâo baixa e poucasârvores (± 750 km2).
I) O Cerrado local iza-se em areas do relevoresidual arenoso, envolvidas ou nâo de espéciesflorestais misturadas e elementos arbóreos doCerrado (Srrp+Sps).
II) As âreas de Mistura Floresta/Cerrado saorevestidas de grupos de Cerrado, que se inter-calam na Floresta pelas encostas do relevoresidual {Srrc+Fala), ou, entao, pelas ondulaçoesarenosas mais baixas.
III) A Floresta Densa (± 2.600 km2 ) cobre orelevo montanhoso (Fddu), os interflûvios das
areas onduladas (Fdou) e os outeiros da super-fi'cie aplainada (Fdlu).
No ambiente Fddu+Falc foi inventariada a amos-tra 49, francamente dominada pelo matamaté--ripeiro e umirirana (± 55 m3/ha).
IV) A Floresta Aberta reveste a superficie aplai-nada (± 13.800 km2), dominando ora o Cipoal(Fala), ora o Cocal (Fama).
Na Floresta aberta, mais precisamente, no am-biente Famc+Fdlu. proximidades do Rio Xingu,realizou-se um inventârio (A. 50), com±75 m3/ha de madeira, caracterizado pelobabaçu.
Resumindo — Na area da folha é baixo o volumede madeira por hectare. No entanto, dois terçosda area têm condiçoes razoâveis para a instalaçâode agropecuâria.
IV/93
SB.22-V-D ALTO BACAJÂ
6P00"
efwr
CERRADO(Savanna)
Campo Cerrado(Isolated Tree Savanna)
Srrc (relevo acidentado — testemunhos)
Contato(Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTAABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Fate (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fanw (relevo acidentado)
FLO RESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontane Forest)
Fdau (Relevo ondulado c/cobertura uniformeFdou (relevo fcrtementc or.dulscJo c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de émergentes)
11.1.10. FOLHA SB.22-V-D ALTO BACAJA
A Floresta ocupa toda a area da folha(± 17.900 km2), feita exceçao aos pequenosencraves do Cerrado, intercalados de gruposflorestais (± 300 km2 ).
I) A Floresta Densa ocorre em dois ambientes:
a) o ambiente montanhoso (± 600 km2), comârvores copadas, de tamanho uniforme, no altodos montes (Fddu), e com grandes érvores maisespaçadas e cobertas de lianas, nas encostas evales largos (Falc).
Neste ambiente foi inventariada uma amostra(A. 45), com ± 90 m3/ha de madeira.
b) O ambiente dissecado ondulado (±9.300 km2 ), caracterizado por grupos de ârvoresbaixas, no alto das ondulaçôes (Fdou), e porgrupos de babaçu em mistura com ârvoresespaçadas, cobertas de cipós, que se distribuempor todo o vale (Famc+Falc).
II) A Floresta Aberta cobre ± 8.000 km2 deuma superffcie aplainada, onde ârvores espa-çadas e grupos de pal mei ras se distribuem nosinterflûvios e vales (Famc+Falc).
Foram inventariadas duas amostras na Floresta a-berta:
a) amostra 43, locada num interflûvio arenoso,com ± 65 m3/ha de madeira; e
b) amostra 44, locada num vale onde ocorre obabaçu, com ± 95 m3 /ha de madeira.
Assim, ao nosso ni'vel de trabalho, podemosestimar para a Floresta aberta ± 75 m3/ha demadeira.
Ill) Os Encraves de Cerrado, envolvidos pelaFloresta, com cerca de 300 km2 de ârea, acham-se refugiados nos topos do relevo residual.
Resumindo:
a) a ârea da folha é totalmente coberta deflorestas;
b) a Floresta aberta tem baixo rendimento demadeiras de qualidade, por unidade de ârea;
c) a Floresta densa, corn maior rendimento demadeira por hectare, levanta dificuldades àexploraçâo, por causa da topografia;
d) a ârea oferece restritas possibilidadesagropastoris.
IV/95
SB.22-X-C-RIO ITACAIÜNAS
6i°o(r vmr
«°oo 600CT
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Bmadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidBntado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acktentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdaa (relevo ondulado c/cobertura de émergentes)Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobert. unif.)Fdoa (relevo fortemente ondulado c/cobert. de emerg.)Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)FddMcadaias de montanhas c/cobertura de émergentes)Fdme (dos altos "Horstt" c/cobertura de émergentes)
11.1.11. FOLHA SB.22-X-CNAS
RIO ITACAIÛ-
A Floresta reveste toda a ârea da folha, masvariam as situaçoes quanto à ocupaçao morfolô-gica e à densidade.
I) Floresta Densa Montana — Este tipo defloresta, dominada pelo pau-preto (Cenostigmatocantins), cobre cerca de 350 km2 da partemais alta da serra dos Carajés (em torno de700 m ait.).
II) A Floresta Densa Submontana estende-sepor cerca de 13.500 km3 de ârea arrasada e doscontrafortes mais baixos da serra dos Carajâs.
Af foram inventariadas très amostras de1 hectare: A. 17, corn ± 115 m3/ha; A. 18, corn± 150m3/ha;eA. 19, com ± 110 m'3/ha.
Assim, nu ma visio regional, a Floresta. car-acterizada pela castanheira (Bertholetia excelsa)
e dominada pelo breu-preto (Protium spj,apresenta uma. média de ± 125*n3 de madeirapor hectare.
Ill) A Floresta Aberta, corn cerca de 4.500 km3
de ârea, reveste a superffcie aplainada capeadapor sedimentos arenosos, circunscritos as proxi-midades da Serra dos Carajâs.
Constituindo um mosaico de grupos de Babaçuale Cipoal, em gerat com dominância da fisiono-mia mista, onde palmeiras se misturam comârvores esparsas, a Floresta aberta é caracte-rizada sobretudo pelo babaçu (Orbignya mar-tiana) e pelas grandes ârvores de castanheira.
Resumindo — A ârea tem recursos madeireirosabundantes e largas perspectivas extrativistaspara o babaçu e a castanha-do-parâ, excluindo-se, evidentemente, a parte montanhosa, que deveser conservada como ârea de proteçao ao ecos-sistema.
IV/97
SB.22-X-D MARABÂ48<W
SPOT
49030-
CERRAOO(Savanal
Cerradao{Woodland Savanna)
Sea (relevo acidentado — testemunhos)
Campo Cerrado{Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria c/cursos d'âgua parenes)Srrc (relevo acidentado)
Parque(Parkland Savanna)
Spf» («oresta-ds-gaioria cm drenagem densaiSps (sem cursos d'âgua perenes)
FLORESTA ABERTAWoodland Forest)
Contato{Transition Savana/Forest)
FSmgrupos
Latifoliada{Broadleaved Forest)
Fata (relevo onduladoFalc (relevo acidentado
Mista{Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Planfcies Aluviais(Swamp Forest)
Fdpm (mista, periodicamente inundada)
Areas dos Terraços(Alluvial Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)
Areas Sedimentares{Lowland Forest)
Fdtu (platôs dissecados c/cobertura uniforme)Fdts (platos dissecados c/cobertura de émergentes)Fdpe (altos platôs c/cobertura de émergentes)
Relevo Montanhoso{Submontana Forest)
Fdae (relevo ondulado c/cobertura de émergentes)Fdou Irelevo fortemente ondul. c/cobert uniforme)Fdoe (relevo fortemente ondulado c/cobert. uniforme)
AgropecuâriaAp
11.1.12. FOLHA SB.22-X-D MARABA
A area da Floresta é bem expressiva (±15.300 km2 ) em relaçâo à do Cerrado (±650 km2 ) e à faixa de mistura Floresta/Cerrado,situada entre aqueles tipos de vegetaçao (±2.300 km2 ).
A agropecuéria amplia-se constantemente, e osgrandes empreendimentos jâ abriram na florestacerca de 700 km2 de ârea para pastagens.
I) O Cerrado aparece na fol ha com as fisiono-mias de Campo Cerrado (Srf), as vezes alteradopara a sua forma degradada de Parque (Spfe), ede Cerradâo nos testemunhos quartzfticos (Sca).
0 Campo Cerrado é aqui dominado por esparsasârvores baixas e esgalhadas.
Quando este Campo Cerrado é alterado pelofogo anual, fica reduzido a uns poucos indivf-duos arbóreos distribu fdos sobre extenso campograminoso, intercalado de inûmeras plantaslenhosas rasteiras (Srf+Spfe).
II) A ârea de contato Floresta/Cerrado diversi-fica-se em très fisionomias, correspondentes alitologias diferentes:
a) area arenosa com predominância da Florestaaberta de babaçu (Orbignya oleifera) e encravesde Campo Cerrado sobre testemunhos aren fticos
FSmFamc+Scrc)b) àrea de encraves de Floresta densa nosmorrotes, Floresta aberta mista de babaçu(Orbignya martiana) nos vales, e Campo Cerradonascristas FSm ,e
(Fdoe +Famc+Scrc)
c) ârea arenosa corn encrave de Cerradâo, nascristas quartz i'ticas, e Floresta aberta mista debabaçu, misturada corn espécie do Cerrado, naspartes baixas aplainadas.
Na ârea de contato forarh realizados inventârios
seletivos, em parcelas de 1.000 m2
(10 x 100 m), com o ûnico objetivo de demons-trar as diferenças florfsticas e volumétricas quese verificaram entre a ârea dos encraves e a demistura.
Assim, os altfssimos volumes constatados reve-lam que a amostra foi plotada nos encraves daFloresta densa, onde o numero de indivfduosdebreu-preto {Protium spp.) e taxi-preto(Tachigalia myrmecophyla) e das grandes érvoresémergentes de cedrorana (cedre/inga catanae-formis) e faveiras (Parkia spp.) e Enterolobiumspp.) contribuiu com 60% da volumetria porunidade de ârea.
Jâ na ârea de mistura, apenas o mogno(Swietenia macrophylla), localizado nos vales, eo pau-preto (Cenostigma tocantins), que se dis-tribui indiferentemente pelosvalese interflüvios,contribuem para o aumento do volume porunidade de ârea.
III) A Floresta aberta, situada entre os riosItacaiûnas e Tocantins, recobre uma ârea sedi-mentär (± 3.500 km2 ) onde o Cipoal (Fala eF ale) e o babaçual (Fama e Fame) se intercalamem configuraçôes ditadas pelo relevo: o Cipoalnas âreas aplainadas e o Babaçual nos vales.
IV) A Floresta densa, aqui caracterizada pelacastanheira (Bertholetia excelsa), domina nafolha, com cerca de 9.000 km2 de ârea ocupada.
Este tipo de floresta (Fdoe e Fdae), raramenteformando grandes manchas, aparece intecaladocom a Floresta aberta, em grupamentos mistosde babaçu (Orbignya martiana) nos vales estrei-tos (Fame), ou de inajâ (Maximiliana regia) nosvales abertos (Fama), e de Cipoal nas largasdepressöes aplainadas (Fala) ou nas encostas dasbaixas colinas (Falc).
Na ârea foram efetuados inventârios florestais,destinado a:
IV/99
a) estabelecer o volume medio por hectare, numsehtido global; e
b) estabelecer, por meio das parcelas mfnimas(0,1 ha), os pontos de' maior ocorrência, osvofurnes e habitats preferçnciais das espécies.
No primeiro caso, constatou-se que os ambientesda folha (A. 8, 9 e 10) contêm, em média,120 m3 de madeira por hectare, onde os breus(Protium spp.) dominam na floresta em questâo,caracterizada pela castanheira.
No segundo caso, foram observadas na Florestadensa variaçôes correspondentes à forma dorelevo, e logicamente, a litologias diferentes, porexemplo:
b.1) o relevo suave/ondulado, coberto por Flo-resta densa, caracterizada pelas ârvoresémergentes castanheira, pau-d'arco (tabebuiasp.) e caripé (Licania sp.), que, com seus altosvolumes por unidade de ârea, compöem 50% davolumetria total (Fdae+Fama))
b.2) o relevo forte/ondulado, totalmente reves-tido pela Floresta densa, onde a castanheira seconcentra nos morrotes, com 50% do volumetotal das amostras (Fdoe);
b.3) o relevo forte/ondulado, ocupado pelaFloresta densa de castanheira (Fdoe), corn largosvales cobertos pela Floresta aberta (Fame ou
Fa/c), caracterizados pelos grupamentos debabaçu. O volume da castanheira ai' je nâo é tâogrande, mas, assim mesmo, perfaz cerca de 40%da madeira existente nas amostras.
É uma floresta dominada pelo breu-preto, quecontribui com cerca de 30% do total dosindivi'duos inventariados, percentagem essa al-tamente significative, pois se trata de uma ârvoreconsiderada sem valor comercial.
O mogno, cedro e cedrorana aparecem asparsos,juntamente corn algumas outras espécies ma-deireiras de menor valor.
Resumindo — Hâ na érea da folha recursosnaturais renovéveis e de valor econômico co-nhecido:
a) na âreâ da Floresta densa, grande quantidadede castanheiras;
b) nas âreas da Floresta aberta e do contatoFloresta/Cerrado, possibilidades agropecuâriasbastante promissoras;
c) na ârea é desaconselhâvel a exploraçâo demadeira, a menos que se aproveite integralmentea floresta.
IV/100
SB.22.X-BJACUNDA
tooor
sow49°W
FLORESTA ABERTA(Woodland Fonsti
Latifoliada(Bmdhaved Fonst)
Fata (relevo ondulado)Falé (relevo acidentado)
Mtota(Mixed Fontti
Fama (relevo aplainado)fame (relevo acidentado)
Area de Terraços(AlhâvU Fonst)
Fdw (cobertura uniforme)Fdw (cofaartura da emergent»)
Area Sedimentär(Lowtand Foœt)
Fdtu (platte diawcadoa c/cobertura uniforme)Fdta (platte dteascados c/cobertura da amefQantas)Fdpu (altos platte c/cobertura uniforme)Fdpa (altos platte c/cobertura da émergentes)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Fontti
Relevo Montanhoso(Submontane Fontti
Fdaa (relevo ondulado c/cobertura de émergente»)Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura unlfonna)Fdoe (relevo fortemente ondulado c/cobertura de émergente«)
AgropacuariaAp
11.1.13. FOLHA SB.22-X-B JACUNDÄ
A Flöresta revesste toda a érea da folha, excetu-ando-se as parcelas desmatadas para a agropecué-ria.
I) A Floresta densa do Platô, caracterizada pelosangelins (Hymenolobium spp.), ocupa cerca de12.000 km3 de area. Destes, ± 2.300 km2 co-brem o relevo residual arenftico aplainado (Fdpee Fdpu) ± 9.700 km2 o relevo dissecado,recentemente retrabalhado {Fdtee Fdtu).
Neste tipo de floresta foram inventariadas trèsamostras de 1 hectare, com a média global de ±120 m3/ha de madeira.
Porém, numa anélise por estratificaçâo, verifi-cou-se que:
a) a amostra 6, localizada no relevo residual(altos tabuleiros), acusou ± 110 m3/ha;
b) a amostra 5, situada na parte dissecada noplatô terciârio — ± 160 m3 ha; e
c) a amostra 7, plotada também no relevodissecado, mas em nfvel mais baixo (cretéceo) —90m3/ha.
II) A Floresta densa submontane, caracterizadapela castanheira (Bertholetia excelsa), abrängetoda a superf feie aplainada da calha do Tocan-tins.
O relevo, de forte a suave/ondulado, com a
castanheira nos interflüvios e o babaçu(Orbignya martiana) nos vales (Fdoe+Famc),apresenta, em suas partes suavizadas pelas baixasondulacöes e largos vales, uma paisagem deextensos castanhais, com manchas de Cipoal egrupos de babaçu, que se ampliam com aintervençao do hörnern através da exploracäomadeireira, seguida do fogo, agricultura e aban-dono (Fdae+Fala+Fama+AP).
Resumindo — Alguns recursos naturais reno-véveis, encontrados na area da folha, devem serobjeto de exploracäo bem dirigida, a saber:
a) à ârea dos altos platôs aplainados (tabuleiros)e fortemente dissecados dar destinaçao pura-mente florestal — réserva ou exploracäo seguidapelo reflorestamento;
b) na ärea da superf feie pré-cambriana aplainadaadotar urn critério de destinaçao mûltipla:
b.1) conservar a ârea forte/ondulada de valesestreitos e dif feil acesso para o escoamento;
b.2) no uso da parte suave/ondulada, ter ocuidado de só empregar o fogo para a limpezainicial dos cam pos de cultura; e
b.3) manter como areas para o extrativismo aspartes com grandes concentraçoes de casta-nheiras.
IV/102
SB.22-X-A REMANSÄO5i°ur
«ooor
SPOO"5i°otr
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadteaved Fönest)
Fala (relevo ondulado)Frie (relevo acidentado)
MlSt8(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Farne ( relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Fonst)
Area dos Terracos(Allumai Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)Fdsa (cobertura dB émergentes)
Are» Sedimentäres(Lowland Fonst)
Fdpu (altos platos c/cobertura uniforme)
Relevo Montanhoso(Submontana Fonst)
Fdau (relevo ondulado c/cobertura uniforme)Fdae (relevo ondulado c/cobertura de émergentes)Fdou (relevo fortementB ondulado c/cobertura uniforme)
E t c a l o g r o f i c o
10 M 30 40 SO
48°30r
CO K B .
Js°ar
Fdoe (relevo fortementB c/cobertura de émergentes)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)
AgropecuâriaAp
11.1.14. FOLHASB.22-X-AREMANSÄO
A area da folha-estâ ocupada pela Floresta densasubmontana (± 18.000 kma), com exceçâo daFloresta ciliär dos terraços do Rio Tocantins(±200 km3 ) e Floresta dença do platô cretéceo(±100 km2).
Assim, os inventârios florestais levados a efeitona area, em numéro de seis, apenas indicam asvariaçôes volumétricas da floresta estudada. Suaespécie mas caracterfstica é, sem dûvida, acastanheira (Bertholetia excelsa), variando asdominantes de acordo com a posiçao topogràficaocupada pelo ambiente inventariado.
Nas amostras 11 e 12, com ± 165 m3 e ±160 m3 de madeira por hectare, respectiva-mente, o breu-preto (Prötium sp.) domina,seguido da cariperana (Conepia hoffmaniana) ; aopasso que na amostra 13, com ± 140 m3/ha, acariperana é a espécie dominante e o breu-pretomal a f ocorre. Estas amostras foram locadas asmargens de rios, variando apenas na situaçâo emrelaçâo à distância dos cursos d'âgua.
Nas amostras 14 e 15, com ± 120 m3/ha e270 m3/ha (diferença de cubagem provocadapela grande ocorrência de castanheiras na A. 15),o pau-preto (Cenostigma tocantins) domina,seguido da melancieira (Alexa grandiflora).Amostras locadas nos interflûvios, onde gruposdensos de castanheiras estâo envolvidos pelaFloresta aberta, os inventârios atingiram os valescaracterizados pelo babaçu (Orbignya martiana).
Na amostra 16, locada numa das muitas cristasdo retevo residual pré-cambriano (em géraiquartzitos), com ± 125 m3 de madeira porhectare, oarapari (Elizabethsparaensis) domina,seguido do axixâ (Sterculia megalocarpa).
Assim, tem-se a média de ± 164 m3/ha demadeira para a Floresta densa da superficiearrasada, marcada pelas cristas residuais quar-tz (ticas e interflûvios gnafssicos ou granfticos,caracterizada pela castanheira e pelo babaçu corna média de 30 indivfduos por hectare, nos vales.
Resumindo — Na ârea Floresta densa, com largasmanchas de Floresta aberta, sâo boas as perspe-ctivas para a exploraçâo dos recursos naturaisrenovâveis:
a) cerca de 160 m3 de madeira por hectare;
b) quantidades razoâveis de castanheiras, con-centradas em grupos gregârios, facilitando oextrativismo;
c) concentraçoes de babaçu nos vales estreitos, egrandes grupos nas depressôes fechadas, compossibilidades extrativistas.
A ressalva é que na utilizaçâo da ârea deveprevalacer uma diretriz florestal, sugerida pelosfatores topogrâfico e climâtico. Èxcetuam-se osvales dos rios, ûnicas areas onde se faz tecni-camente viâvel a implantaçâo de uma agro-pecuâria econômica.
IV/104
SB.22-V-B RIO BACAJÂ
«w61°W
5 W
81«00r
E t c a l o g r o f i c o
10 1 0 SO 40
si<w•OK«.
5P00-
FLORESTAABERTA(Woodland Forest)
Lfltifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
MistaWf/xetf Fontt)
Fama (relevo aplänado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoto{Submontane Forest)
Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdôa (relevo fortBmente ondulado c/cobertura da émergentes)Fdhi (outeirot e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanha» c/cobertura uniforme)
11.1.15. FOLHA SB.22-V-B RIO BACAJA
A vegetaçâo do tipo florestal cobre toda a âreada fol ha.
A Floresta densa do tipo uniforme (Fdou)reveste os interflûvios, corn grupos de babaçunos vales (Fame) e o Cipoal nas meias encostas(Fa/c). Nas areas onduladas, corn grandes ex ten-soes planas, a Floresta densa uniforme, caracte-rizada pela castanheira, é completamente cir-cundada pela Floresta aberta do Cipoal, naspartes baixas, e Floresta mista de babaçu, nostalvegues.
Estes ambientès ocupam cerca de 9.500 km2 deârea.
A Florpsta aberta dominante na folha é a mista
de babaçu (Fame), que ora aparece nas encostasdos morrotes (Fddu), ora nos Vales, entre baixasondulaçôes cobertas por conœntraçoes de cas-tanheiras (Fdoe).
Ambientes com cerca de 8.600 km2 de ârea.
Resumindo — A ârea da folha conta estimâveisrecursos naturais renovâveis:
a) os inventârios florestais realizados na folhaSB.22-X-A Remansao podem ser extrapolados,pois se repetem os ambientès ali constatados;
b) a castanheira représenta a maior riquezaextrativista da ârea, e 'o babaçu, af muitonumeroso, poderâ tornar-se uma boa fonte derenda.
IV/106
SB.22-V-A RIO I RI RI
64°W S2Û3QT
54000- E s c o l o g r ó f i c o
10 CO SO 40 90
62°»
«Ka.
FLORESTAABERTA(Woodland Forest)
LatifoJJadaIBroadleaved Forest)
Fala {relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Area dos Terracos{Alluvial Forest)
Fdsu (cobertura uniforme)
Relevo Montanhoso(Submontane Forest)
Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)Fdde (cadeias de montanhas c/cobertura de émergentes)
11.1.16. FOLHASB.22-V-ARIOIRIRI
TFês tipos de floresta ocupam a area:
a) a Floresta aberta mista (Fame) de babaçu, nasuperffcie aplainada, com cristas e morrotesrevestidos de Floresta densa uniforme (Fdlu),domina na area (± 15.000 km3 );
b) a Floresta Densa, nas cadeias de montanhas,com cerca de 2.300 km2 de area coberta, apre-senta-se em duas fisionomias — a de pequenasârvores no alto dos morros (Fddu) e a de grandesârvores émergentes nas encostas das serras(Fdde);
c) a Floresta aluvial envolve toda a extensâo desedimentos récentes ao longo dos Rios Xingu eIriri (t 500 km3 ). Esta vegetaçâo arbustiva, cornraras ârvores, é caracterizada pelo açaf e pelaburitirana.
Resumindo — Encontram-se na ârea os mesmosrecursos natu rais renovâveis que nas folhasvizinhas.
A castanheira é pouco abundante, mas o babaçu,numeroso.
IV/108
SC.22-X-B CONCEIÇAO DO ARAGUAIA4SPQBT
SPOOT
9°00-
8°00-
49°30" Escola g r o f i ca
10 20 50 4O
CERRADO{Savanna)
CerradSo{Woodland Savanna)
Scrp (platô)Sea (relevo ondulado)
Campo Cerrado{Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria — c/cursos d'àgua perenes)Srrc (relevo acidentado — testemunhos)Srrp (platô)Sro (relevo ondulado)
Parque{Parkland Savanna)
Spfd (floresta-de-galeria c/drenagem densa)Spfe (floresta-de-galeria c/drenagem esparsa)
FLORESTA ABERTAWoodland Forest)
Contato{Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
Mista{Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
Planfciei Aluviais{Swamp Forest)
Fdpm (mista, periodicamente inundada)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Area dos Terracos{Alluvial Forest)
Fdiu (cobertura uniforme)
Relevo Montanhoso{Submontane Forest)
Fdou (relevo fortemente ondulado c/cobertura uniforme)Fdoe (relevo fortemente ondulado c/coberture de émergentes)
AgropecuâriaAp
11.1.17. FOLHA SC.22-X-B CONCEIÇAO DOARAGUAIA
Na fol ha nâo hâ predom inância de tipos devegetaçâo, no que respeita à extensâo das areasocupadas.
O Cerrado cobre cerca de 6.900 km3 de âreasituada as margens do Rio Tocantins, limitadapelo bordo oeste da Bacia Sedimentär do Ma-ranhào/Piauf.
A ârea do contato Cerrado/F loresta é consti-tufda por encraves (±6.600 km3), predomi-nando os encraves florestais entre a Serra doEstrondo e a F loresta, e dominando ao sul,justamente na zona mais aplainada, as feiçôes doCerrado.
A Floresta reveste a parte norte da folha, corncerca de 4.700 km3 de ârea, em relevo dissecadocompreendido entre a Serra do Estrondo e o RioAraguaia, e, quando ultrapassa o ri o, cobre orelevo mais aplainado.
I) O Cerrado, na ârea, diferencia-se em duasfisionomias:
a) o Cerradâo da Serra do Estrondo, em parteainda capeada por arenitos, apresenta na faceleste, sobre arenitos, o ambiente Scrp dominadopelos paus-terra (Qua/ea spp.), e na face oeste,sobre quartzitos, o ambiente Sca caracterizadopela taquarinha do tipo chusque (Chusquea sp.);
b) o Campo Cerrado domina na depressâo doRio Tocantins {Sri), associado ao Parque sedun-dârio (Spfe) que résulta do fogo anual, quandoos criadores queimam a palha seca do capim-barba-de-bode (Aristide sp.), a f im de provocarnova brotaçâo para consumo do gado.
Na margem direita do Rio Tocantins, sobre orelevo residual, o Campo Cerrado aparece emambientes variados, desde pequenos teste-munhos tabu I if ormes iSrrp) até o relevo for-
temente ondulado (Sro), passando antes pelafase de relevo bastante acidentado (Srrc).
As espécies caracten'sticas desses Campos Cer-rados sâo as mesmas, variando apenas em densi-dade. Assim, em combinaçôes variadas ocorremos paus-terra (Qualea spp. e Callisthene spp.), asambafba (Curatella americana), os muricis(Byrsonima spp.) e outras, dominando ora estas,ora aquelas.
II) Na Area de Contato Cerrado/Floresta sedistinguem duas fisionomias:
a) a feiçâo de encraves florestais sobre morrotestestemunhos (Fame), e encraves de Cerrado (Scae Srrc) nas partes arrasadas, muitas vezes commisturas de espécies caracterizadas pelo umiriarbóreo (Humiria floribunda); e
b) a feiçâo de encraves do Cerrado nas ondu-laçôes (Spfe) e encraves florestais nos largosvales (Fdpm), caracterizados pelo babaçu-do-cerrado (Orbignya oleifera).
III) A Floresta Densa exibe na ârea duas fisiono-mias:
a) uma baixa, cobrindo o relevo acidentado(Fdou+Famc), caracterizada pelo inajâ(Maximilianaregia) e angico (Piptadenia sp.);
b) outra com espécies émergentes sobre relevoaplainado (Fdœ+Fama), caracterizada pelaquina (Geissospermum sp.) e breu-sucuruba(Trattinickia rhoifolia).
IV) A Floresta Aberta, situada à margem es-querda do Rio Araguaia, ocupa um relevoaplainado com ondulacöes de filitos, caracte-rizada pelo inajé (Maximiliana regia) e bacaba(Oenocarpus bacaba).
Na ârea foram inventariadas 10 amostras de0,1 ha (A.62), obtendo-se a média de15,10 m3/0,1 ha, o que dénota baixo volume
IV/110
para este tipo de amostragem (parcelas mfnimasescolhidas ao acaso).
Amostra dominada pelo jutaf-açu (Hymenaeacourbant) e louro-branco (Ocotea guianensis),com alto volume de madeiras duras, comoangico, aroeira, louros, pau-d'arco e outros.
Resumindo — Sao mfnimos os recursos naturaisrenovéveis da fol ha:
a) a ârea florestal é pequena em relaçâo à doCerrado;
b) corn exceçâo do mogno (Swietenia ma-crophylla), que ocorre esparsamente, hâ poucasespécies produtoras de madeiras de qualidade;
c) a ärea da Floresta aberta possui boas condi-çoes para formaçâo de pastagens, desde quesejam tomadas medidas técnicas de proteçâo aoecossistema;
d) o Cerrado em conjunto com a area docontato Floresta/Cerrado nâo oferecem nenhumrecurso natural renovével de expressâo eco-nômica, a nâo ser os campos naturais, parcial-mente degradados pelo fogo anual.
IV/111
SC.22-X-A ARAGUACEMAsi°oo-
si°oir
CERRADO(Savanna)
CenadSo{Woodland Savanna)
Sco (relevo onduladcSee (relevo acidentado — testemunhos)
Campo Oerrado{Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria c/cuntos d'égua perenes)Snc (relaye sdderttade — tsstsffiunrtosf
Parque(Parkland Savanna)
Spfd (floresta-dB-çaleria em drenagem dense)
Contato{Transition Savanna/Forest)
ramgrupo*
FLORESTA ABERTA(Woodland Forest)
Latlfoliado
Mista{Mixed Forest)
• Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL{Tropical Forest)
Planfcies Aluviais{Swamp Forest)
Fdpm (mista. periodicamente
Area dos Terrace*{Alluvial Forest)
Fdsu (coberture uniforme)
Relevo Montanhoso{Submontane Forest)
Fddu (cadeias dB montanhas c/cobertura uniforme)
AgropecuériaAp
Fela (relevo onduledo)Fi le (relevo acidentado)
11.1.18. FOLHA SC.22-X-A ARAGUACEMA
A area da Floresta, com cerca de 11.400 km2,domina na folha, envolvida por larga faixa decontato (±6.100 km2) e encraves de Cerradonas cristas residuais (± 200 km2 ).
A agropecuâria tem expressâo na area, com cercade 500 km2 desmatados para pastagens.
I) Floresta Densa, com duas fisionomias na area:
a) ciliar (Fdsu), nos terraços aluviais do RioAraguaia, cobrindo cerca de 550 km2 ; e
b) submontana, no relevo montanhoso (Fddu),com grupos de Cipoal nos vales (Fa/c), cobrindocerca de 1.600 km2.
II) A Floresta Aberta, com predominância dafisionomia mista (Fama) sobre a do Cipoal{Fa/a), ocupa uma area de metassedimentosaplainada (±9.2CK>km2), onde cristas residuaisfgneas, cobertas ora por floresta, ora por cer-rados, denunciam o intenso processo erosivo porque passou a area antes do atual revestimentovegetal, caracterizado pelo inajâ (Maximilianaregia).
Na area foram realizados cinco inventârios'de1 hectare cada (A.24 e A.28), separando aFloresta aberta (Fama—Fala) em dois grupos:urn denso, com 80m3/ha (A.25 e A.26), naspartes mais baixas; e outro esparso, com25 m3/ha (A.24 A.27 e A.28), nas partes maisaltas. Estas ultimas amostras, inventariadas numagradacâo altimétrica m mima em relaçao as amos-tras locadas nos pontos mais baixos, indicam queos grupamentos florestais — mais densos evolumosos — das depressôes rasas e ûmidas vâ"oficando cada vez mais abertos e fi nos, à propor-çâo que se avança em direçâo à pane mais seca ealta dascolinas.
Nos locais mais ûmidos, justamente nos tal-vegues corn cursos d'âgua, o mogno (Swietenia
macrophylla) atinge seus maiores volumes,dominando o ambiente.
Nas partes mais secas, encostas e.alto das colinasdominam a aroeira (Astronium sp.), pau-d'arco(Tabebuia sp.) e angico (Piptadenia sp.)
III) Area de Contato — A ârea do contatoFloresta/Cerrado, prôxima ao Rio Araguaia,constitui uma paisagem de encraves de Parquesno alto das colinas, envolvidos pela Florestaaberta dos largos vales.
O Parque que a f se encontra é caracterizado pelogregarismo da samba f ba (Curatella americana) eda cara f ba (Tabebuia sp.), com aglomeraçôes depalmeira-anä guriri {Allagoptera campestre), queatapetam o solo juntamente com asgramfneas.
A Floresta dos vales é caracferizada pelo babaçu(Orbignya oleifera). Sua feiçâo se alterna: ésemelhante ora à floresta-de-galeria, quando nosvales estreitos, ora à.Floresta ciliar, quando estaao lado dos maiores cursos d'àgua, ora à Florestaaberta mista, quando cobre os largos vales.
IV) O Cerrado restringe-se as cristas residuaisfgneas, corn fisionomia de Campo Cerrado debaixas ârvores densamente distribu (das.
Resumindo — Os recursos naturais renovàveis dafolha säo promissores:
a) o mogno, a madeira de maior valor comercialda area, com ±11,75 m3/ha näs âreas maisûmidas dos vales e nas proximidades dos rios,raramente aparece, entretanto, nas âreas maissecas dos interflüvios, o que reduz para menosda metade a sua ocorrência por unidade de ârea(±4,66 m3/ha);
b) além do mogno, existem cerca de 12 m3/hade outras madeiras consideradas de qualidade;
c) os Parques da ârea de contato Flores-ta/Cerrado têm pastagens naturais de baixorend i men to.
IV/113
Contudo, deve-se acentuar que a area pode serfacilmente degradada pelo mau uso desses recur-sos, como prova a atual faixa próxima do RioAraguaia, a quai, também capeada por metas-
sedimentos, esta envolvida nos interflüvios peloCerrado e nos vales, pela Floresta. Assim, a areacomporta boas perspectivas para pastagens, des-de que näo se abuse do fogo como rotina anual.
IV/114
SC.22-V-B CUBENCRANQUÉM
swc 61<W
trwCieolo g r o f i e o
W 10 90 40 •OK«.
CERRADO(Savanna)
CerradSo(Woodlands» m)
(platô)Sco (relevo ondulado)Sea (relevo acidentado — testemunhos)
CampoCerrado{Isolated Tree Savanna)
Srf (floresta-de-galeria c/cursos d'agua perenes)Srte (relevo acidentado — tettemunhos)Srrp (platô)Sro (relevo ondulado)
Parque{Parkland Savanna)
SpM (floretta-de-galeria c/drenagem dansa)Spfa (floresta-de-galeria c/drenagem esparsa)Sps (sem cursos d'agua)
Contato{Transition Savanna/Forest)
FSmgrupos
FLORESTA ABERTAWoodland Foratt)
Latifoliada{Broadleavod Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (refeo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdhi (outéiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)
AgropecuariaAp
11.1.19. FOLHA.SC.22-V-BCUBENCRANQUÉM
A mistura de espécies da Floresta aberta comelementos arbóreos do Cerrado, constituindo afaixa de contato das düas formaçôes, domina naarea, com 11.050 km2
O Cerrado, com 3.750 km2, a Floresta aberta,com 2.400 km2, a Floresta densa, com800 km2, e a Floresta ciliar, com 50 km2,cobrerrj o restante.
A agropecuâria é inexpressiva na folha.
I) A Floresta Densa ocorre nos relevos mon-tanhosos (Fddu), em maciços residuais de r i»litos e gnaisse, com ârvores relativamente baixase uniformes, caracterizada pela canafi'stula{Schizolobium amazonicum Ducke).
Este tipo de floresta, na folha, esta sempreassociado com o cipoal (Falc) que ocupa osvales, onde dominam os breus envolvidos pelaslianas lenhosas.
II) A Floresta Aberta aparece em duas formasde relevo:
a) no aplainado, com duas fisionomias que näose misturam: floresta com ârvores esparsas,envolvidas por cipós nas partes mais baixas(Fala), e floresta mista nas suaves ondulacöes(Fama), caracterizada pelo inajâ (Maximilianaregia) e bacaba (Oenocarpus bacaba);
b) no aplainado com outeiros, onde a paisagemdescrita acima é acrescida dos morrotes cobertospor floresta densa uniforme (Fdlu) foi inven-tariada uma amostra (A. 32) dominada pelobreu-preto (Protium spp.) e caucho (Castiloaulei), com 88 m3/ha de madeira.
III) A Area de Contato, compreendendo mistu-ras diferentes, com predom inância ora de es-pécies do Cerrado, ora de espécies florestais,apresenta uma paisagem morfológica bastante
variada, com fitofisionomia uniformizada pelaocorrência do umiri (Humiria floribunda),sucupira (Bowdichia sp. e Vatairea sp.), a roe ira(Astronium sp.) e angico (Piptadenia sp.).
Na area foram inventariadas quatro amostras, empontos diferentes — dois (A. 1 e A. 2) noambiente _ ^ , com 70 m3/ha, urn terceiro
FSm(A.3)Famc+Sca
no ambiente com
25 m3/ha,FSm
Sca+Fddu+Srrc'e o ponto (A.4) no ambiente
-, com 15 m3 /ha.Sca+Srrc+Famc
A variacao volumétrica assinalada révéla solosdiferentes, devidos, quer à influência do maiorou menor intemperismo dos riolitos (A. 1, A. 2 eA. 3), quer a areias provenientes da desagregacaodos arenitos (A. 4).
IV) O Cerrado reveste os arenitos eocambrianoscom fisionomias que indicam diferenças morfo-lógicas e pedológicas:
a) Cerradäo das areas onduladas {Sco) e maisacidentadas (Sea), com areias;
b) Campo Cerrado das areas concrecionadas:Srrc nas pseudocristas arenfticas e Scf nasencostas litólicas Cngremes;
c) Parque nas areas aplainadas, cortadas porcursos d'égua margeados pela floresta-de-galeria(Spfe e Spfd), e extensöes gram inosas comespaçadas arvoretas de sambai'ba (Curatellaamericana) nas äreas mais ümidas, e murici(Syrsonima sp.) nas areas mais secas.
Resumindo — Poucos recursos naturais reno-vâveis contêm a area da folha, onde:
a) a érea florestada, embora extensa(14.300 km2), possui baixo volume de madeirapor unidade de érea (entre 15 e 100 m3/ha),predominando madeiras duras de pouco valorcomercial ;
IV/116
b) a area do Cerrado cujos extensos camposnaturais Ihe apontam destinaçâo agropastoril, élimitada em recursos agrostologicos; e
c) só a area ao longo do Rio Xingu, coberta pelaFloresta aberta, melhores possibilidades reünepara o aproveitamento dos seus recursos naturaisrenovàveis.
IV/117
SC.22-V-A RIO CHICHE
54000- 52O301
e°ocr8°001
•0
'Su
F«iw * Fila * F<9u
10 20 SO 40 SO 60 Km.
64°00'
FLORESTAABERTA(Woodland Forest)
Latifoliada(Broadleaved Forest)
Fala (relevo ondulado)Falc (relevo acidentado)
Mista(Mixed Forest)
Fama (relevo aplainado)Fame (relevo acidentado)
FLORESTA TROPICAL(Tropical Forest)
Area dos Terraços(Alluvial Forest)
Fdse (cobertura de émergentes)
Relevo Montanhoso(Submontana Forest)
Fdlu (outeiros e colinas c/cobertura uniforme)Fddu (cadeias de montanhas c/cobertura uniforme)
11.1.20. FOLHASC.22-V-A RIO CHICHÉ
A Floresta ocupa total mente a âreâ da falha,corn exceçâb de menos de 100 kma tornadospelos rios.
I) A Floresta Densa, de ârvores relativamentebaixas (t 20 m de altura), é constitufda deestrato bastante uniforme, dominado pelos breuse raras érvores émergentes, como o caucho.
Este tipo de floresta, ocupando cerca de3.000 km3 de ârea, cobre os altos das cadeias demontanhas granfticas (Fddu) e os seus teste-munhos menores (Fdlu) da enorme superficieaplainadado Rio Iriri.
Urn inventério florestal (A. 41) processado noambiente Fddu deu a média de ± 65 m3 demadeira por hectare, com ocorrência de mogno eseringueira na ârea. :
II) A Floresta Aberta da superficie aplainada(Fama+Fala+Fdlu) estende-se por cerca de15.000 km* da ârea da folha, corn grupos deârvores densamente distribu fdas, caracterizadapelo louro-amarelo no relevo testemunho (Fdlu)
e por ârvores mais espaçadas e altas (± 30 m) naârea levemente ondulada, onde a Floresta mistade palmeiras (Fama) e a de Cipoal (Fa/a) seintercalam, caracterizadas pelo inajâ e pela ba-caba.
Nesta ârea foram inventariadas quatro amostrasflorestais (A. 38, A. 39, A. 40 e A. 42), com amédia de ± 85 m3/ha de madeira.
Nas tabelas anexas podemos claramente verif icarque a A. 42 se localizou na Floresta de Cipó(Fala); as A. 38 e A. 39, em testemunhosgranfticos (Fdlu); e a A. 40, na Floresta mistade inajâ (Fama).
Resumindo — A érea dâ folha conta com apre-ciâveis recursos naturais renovâveis, queconsistem no seguinte:
a) o volume de madeira por unidade deârea - ±80 m ^ a - pode ser facilmente explo-rado, o que só dépende da infra-estrutura deescoamento; e
b) a superficie aplainada oferece, no que dizrespeito ao bioclima, boas condiçoes para aimplantacäo da agropecuâria.
IV/119
USO POTENCULDU TERRI
USO POTENCIAL DA TERRA DA FOLHA SB.22 - ARAGUAIA E PARTE DA FOLHA SC.22TOCANTINS
(Avaliaçâo Média da Capacidade Natural do Uso da Terra)
AUTORES:LUIZ GUIMARÂES DE AZEVEDOMARIA DAS GRAÇAS GARCIAELOISA DOMINGUES PAIVAJOÄO DA C. JARDIM DA CUNHA
PARTICIPANTES:VICTORIA TUYAMASERGIO PEREIRA DOS SANTOS
SUMARIO
1.
2.
3.
3.1.3.2.3.3.
4.
4.1.4.2.4.2.1.4.2.2.4.2.3.
4.2.4.
5.
6.
ABSTRACT V/5
INTRODUCÄO V/7
OBJETIVOS V/8
METODOLOGIA V/9
Conceituaçâo das Atividades V/9Elementos Disponfveis V/9Avaliaçâoe Classificaçâo V/9
ANÂLISE DO MAPA DE USO POTENCIAL DA TERRA
Consideracöes Gerais V/11V/11
Média Capacidade Natural do Uso da TerraExploraçâo de Madeira V/11Lavoura e Criaçao de Gado em Pasto PlantadoExtrativismo Vegetal V/14
Criaçao de Gado em Pastos Naturais V/14
CONCLUSÖES V/19
RESUMO V/22
V/11
V/11
7. BIBLIOGRAFIA V/23
8. ANEXO I V/25
9. ANEXO II V/31
V/3
TÄBUA DE ILUSTRAÇÔES
MAPAUso Potencial da Terra (Em Envelope Anexo)
FIGURAS1. Exploraçâo de Madeira: Distribuiçâo das Classes de Capacidade Natural V/122. Lavoura e Criaçao de Gado em Pasto Plantado: Distribuiçâo das Classes de
Capacidade Natural V/133. Extrativismo Vegetal: Distribuiçâo das Classes de Capacidade Natural V/154. Distribuiçâo das Atividades Extrativas Végétais por Produto V/165. Criaçao de Gado em Pastos Naturais: Distribuiçâo das Classes de Capacidade
Natural V/186. Réserva Biológica do Tocantins—Araguaia (Limites Propostos) V/267. Réserva Biológica do Rio Tocantins (Limites Propostos) V/278. Réserva Biológica do Igarapé Araraquara (Limites Propostos) V/289. Réserva Biológica do Rio Sororó (Limites Propostos) V/29
10. Réserva Biológica do Rio Cajazeiro (Limites Propostos) V/3011. Floresta Nacional do Bacajâ—Itacaiûnas (Limites Propostos) V/32
TABELAS1. Classes da Média da Capacidade V/102. Distribuiçâo das Areas de Proteçao ao Ecossistema e das Atividades de Produçao V/20
FOTOS1.2.3.4.
Area de Proteçao ao Ecossistema por Imposiçao Legal na Serra de GradaüsPecuâria nos tèrraços do Rio AraguaiaCriaçao de Gado em Pastos Naturais em,areas de Campos e Parques de CerradoLavoura e Criaçao de Gado em Pasto Plantado à margem direita do Rio Araguaia
5 e 6. Cultivos de subsistência e implantaçâo de pastos plantados ao sul de Marabâ7. Derrubada de Floresta à Margem da Transamazônica8. Uso do fogo em Areas de Pasto Plantado9. Serraria implantada na Transamazônica
10. Intensa ocupaçao da regiäo atravessada pelo Rio Lontra11. Campo de cultivo de hostaliças na Serra Norte.
V/4
ABSTRACT
The Map of Potential Land Usage provides an evaluation of the naturalaverage capacity for land utilization by using the thematic synthesis from theother maps prepared by RADAM Project. It also indicates prospective areasof occurrences of minerals and rocks of economic interest, including thosethat have already been proven. This evaluation aims at the establishment ofagricultural, livestock, timber and plant exctractive activities, which isexpressed by the possibility of economic utilization of the area covered bythe Project, according to the principles of preservation, and avoiding effectsof regional unbalances by organization or reorganization of the economicspace.
Methodology is based on the combined use of the geologic, géomorphologie,soil and phytogeographic maps, study of radar imagery and field checking, inaccordance with the following main stages:
1 — establishmentof the large homogeneous units;
2 — attribution of weights, ranging from zero to one, to the factor obtainedfrom the thematic maps and in accordance with the productive activitiesconsidered;
3 — computation of the indices of natural capacity by using a combinatoryprobabilistic criterion of the weights;
4 — establishment of the five classes of natural capacity — high, medium, low,very low and not significant — starting from the indices obtained. Anindex of one would represent optimum conditions for all factoresconsidered.
Forty-four possible combinations of activities have been determined in thearea. Except cattle raising in natural pasture, all of them show greatpotential, particularly timber exploitation and plant extrativism.
Timber exploration is distributed over almost all of the mapped area, but itis primarily concentrated in the north-central portion of the Sheet. Thisactivity dominates in the region of thick forest, where the highest indices ofclassification occur. Farming and catlle raising in artificial pasture also havepossibilities over much of the area. Their evaluation defined three classes ofcapacity, among which the medium capacity stands out, with a well defineddistribution related to Brunizem and Podzolic types of soils. Para-nut has animportant role in the plant extractivism, followed by natural rubber andbabaçu. The classification of this activity varies greatly, ranging from high tonot significant.
V/5
777e great timber potential of the mapped area, with respect to its relief,deserved particular attention because of the necessity for preservation,resulting in the large number of areas recommended for protection of theecosystem. Among them, it is emphasized the areas for permanentpreservation (Lawn0 4771/65), which are aimed at giving special protectionto Dense Forest areas in dissected relief, and those areas for preserving theflora and fauna (Biological Reserves). It is also proposed to create theBacaja—ltacaiunas National Forest as a way of using the high lumberpotential of dense forest occuring is areas of sheets SB.22 (Araguaia) andSA.22 (Belem). Recommendations as to its organization and objetives areenclosed.
V/6
1. INTRODUÇAO
No estabelecimento da estratégia do desenvolvi-mento de uma regiao é necessâria uma anâliseprévia de seu potencial, de modo a garantir abase econômica indispensâvel à realizaçâo dosobjetivos visados. Por outro lado, o aproveita-mento desse potencial deveré se enquadrar numesquema que considère a multiplicidade dos seusrecursos naturais; conseqüentemente, a definiçâode éreas de igual capacidade, para exploraçao demadeira, para atividades agropecuérias e extrati-vismo vegetal expressa sob a forma de um mapa,pode atender, nao só aos órgaos de planejamen-to, bem como as empresas privadas.
A partir desse conhecimento, também o governoterâ elementos para o estabelecimento de priori-dades numa programaçao a médio e longo prazoque proporcione a melhoria das condiçoessocio-econômicas da area considerada — a apli-caçao das riquezas geradas do aproveitamentodos recursos — isto é, terâ condiçoes para définirsua atuaçao no campo da implantaçâo da infra-estrutura que faculté o aparecimento de condi-çoes para o deslanche dos processus naturais dedesenvolvimento.
Numa programaçao de desenvolvimento regionalque considère a érea do centro-sul do Para eparte dos vales do Tocantins e do Araguaia, ocomplexo mineiro da Serra dos Carajés é onûcleo em torno do quai o Governo, certamente,estruturaré todo um sistema socio-econômico.Esse potencial, aliado àquele constitufdo pelasâreas florestais definidas pelo mapeamento einventérios realizados pelo ProjetoRADAM(Velloso et alii, 1974) abre perspectivas bastan-te amplas quanto as possibilidades para a éreaabrangida pelas folhas SB.22 Araguaia e parte daFolha SC.22 Tocantins a quai tem, em Marabé,um polo de desenvolvimento regional importan-te. O programa governamental de implantaçaode rodovias e o Projeto Carajés, que inclui aconstruçao de uma ferrovia até o porto deembarque do minério.. fazem prever para a regiâo
de Marabé um desenvolvimento acentuado,sobretudo, como centro de recrutamento demâo-de-obra. Como conseqüência, o desenvolvi-mento das atividades agropecuérias, de acordocorn a poh'tica de ocupaçao da Transamazônicadeveré também tomar grande impulso, servindo,inicialmente como fonte abastecedora local, paraatingir, posteriormente, nfveis de produçao decaréter comercial de grande vulto.
Dentre as atividades extrativas végétais, alocalizaçao e avaliaçao de novas éreas compotencialidade para a castanha-do-Paré e a serin-ga, principalmente, poderao proporcionar umaumento de produtividade, corn resultados si-gnificativos para a economia regional.
O mapa, retratando a média da capacidadenatural do uso da terra*— segundo urn enfoqueinterdisciplinar — é uma avaliaçao sintética dainteraçâo dos fatores clima, relevo, solo e vege-taçâo, para as atividades agropecuérias,madeireiras e extrativas. Essa avaliaçao foi levadaa efeito utilizando-se os mapas teméticos inter-pretativos elaborados pelos demais Setores doProjeto RADAM e sua apresentaçao na escala1:1.000.000; é assim uma avaliaçao interativa deparâmetros, pois o Mapa de Solos, por exemplo,ao définir suas unidades esté na realidade,considerando, também, a granulometria, a dre-nagem, etc. Do mesmo modo, ao delimitar asformaçoes végétais, o Mapa Fitoecológico estéintegrando, sob as mesmas unidades, parâmetrostais como precipitaçao, temperatura e mesmo aaçâo antrópica. Por outro lado ao indicar osfatores restritivos as atividades agropecuérias, omapa fornece elementos para a adoçao detecnologia adequada na utilizaçâo dos solos, demodo a ser obtida maior produtividade.
CAPACIDADE NATURAL - result ado da interaçâo de fatoresf fsicos e bióticos, expressa pela possibilidade de aproveitamentoeconômico.
V/7
2. OBJETIVOS
Elaborando o mapa de Uso Potencial da Terra, oProjeto RADAM visa através da avaliaçâo dacapacidade média natural:
2.1. — définir areas favorâveis à implantacäoe/ou intensificaçao de atividades agropecuârias,madeireiras e extrativas, como um instrumentode contribuiçao à poh'tica de desenvolvimentogovernamental e/ou, à iniciativa privada;
2.2. — contribuir para a seleçâo de âreas-progra-mas, onde estudos mais detalhados em ni'velquantitative poderao ser feitos corn a utilizaçâodos mapas teméticos na escala 1:250.000 aserem publicados pelo Projeto RADAM;
2.3. — définir areas em que as condiçoes de solo,relevo ou mesmo clima, isoladas ou em con-
junto, conduzam à estruturaçao de um quadronatural passi'vel de desequili'brio quando utiliza-das sem a téenica adequada;
2.4. — indicar âreas que pelo seu elevadopotencial madeireiro e/ou de extrativismo vege-tal devam ter o seu aproveitamento econômicoconduzido de acordo com tecnologia e regula-mentaçâo especi'fica, sob a orientaçao e controlegovernamental;
2.5. — localizar âreas que por sua vegetaçao oupela presença de espécies em via de desapareci-mento devam ser preservadas;
2.6. — indicar, pelas informaçoes de naturezageológica, âreas com probabilidades para a ex-ploraçâo dos recursos minerais, visando àmineraçâo propriamente dita, à correçâo desolos, construçoes civis, etc.
V/8
3. METODOLOGIA
Utilizando metodologia de trabalhos précédentes(Azevedo et alii, 1973 A e 1973 B e Cunha etalii, 1973) foi feita a avaliacäo da capacidadenatural do uso do solo para as seguintesativida-des de produçao: Exploraçâo de madeira, lavou-ra e criacäo de gado em pasto plantado, extra-tivismo vegetal e criacäo de gado em pastos natu-rais, sem que fossem consideradas as condicöessocio-econômicas.
3.1. Conceituaçao das Atividades
EXPLORAÇAO DE-MADEIRA (EXM)
— Aproveitamento de recursos florestais emtermos de produçao de madeira.
LA VOURA E CRIACÄO DE GADO EM PAS-TO PLANTADO (LA V)
— Atividades agn'colas tendo em vista a implan-tacäo de culturas de subsistência e/ou comerciaise pastos plantados.
EXTRAT/V/SMO VEGETAL (EXV)
— Aproveitamento de recursos végétais, exclui'daa madeira.
CRIACÄO DE GADO EM PASTOS NA TURAIS(GPN)
— Atividade pecuâria que utilize vegetaçao es-pontânea de tipo "campo", que inclui formacöesherbéceas, arbustivas e mistas.
3.2. Elementos Disponfveis
Na avaliacäo da média capacidade natural do usoda terra foram utilizados os seguintes elementos:mosaicos semicontrolados de radar, na escala1:250.000, mapas temâticos, nas escalas1:1.000.000 e 1:250.000 e consulta à biblio-grafie disporsiVe!.
3.3. Avaliacäo e Classificaçâfo
A metodologia adotada baseou-se na utilizaçâoconjunta dos elementos fornecidos pelos mapastemâticos, atendendo as seguintes etapas:
3.3.1. — estabelecimento das grandes unidadeshomogênas a partir de elementos obtidos dosmapas geomorfológico e geológico, complemen-tados pelo exame das imagens de radar;
3.3.2. — em cada uma das atividades foramatribui'dos pesos que variam de 0 (zero) a 1 (um)para os dados obtidos nos mapas de solos*,geomorfológico, fitoecológico, avaliando-se as-sim as condicöes de solo, relevo, clima e vegeta-çao para as grandes unidades homogêneas. Nocaso das atividades de EXPLORAÇAO DE MA-DEIRA e EXTRATIVISMO VEGETAL, com-plementados com dados sobre a volumetria dasareas florestais, distribuiçao e freqüência debabaçu (Orbignya martiana B. Rodrigues eOrbignya oleifera Burret), castanha-do-Paré(Bertholletia excelsa H. B. K.) e a seringa (Heveabrasiliensis (Wild. e A. Juss.) e Hevea ben-thamiana Muell.-Arg.), fornecidos pelo Setor deVegetaçao e dados estâti'sticos de produçao;
3.3.3. — adoçao de critério combinatório pro-babili'stico, sob a forma de multiplicaçao suces-siva dos respectivôs pesos, obtendo-se assim osmdices de capacidade natural. O t'ndice unitâriorepresentaria condicöes ótimas para todos osfatores. A quantificaçao resultante conduziu àdefiniçâo de cinco (5) classes da média dacapacidade: ALTA, MÉDIA, BAIXA, MUITOBAIXA e NÄ0 SIGNIFICANTE (Tabela I)permitindo, também, a identificaçao dos fatoresrestritivos as atividades agropecuârias;
V/9
TABELAI
Classes daCapacidade
Al ta (A)Média (M)Baixa (B)Muito Baixa (MB)Nâo Significante (NS)
Intervalo
>0,600,41 a 0,600,21 a 0,400,11 a 0,20
<0,10
DfgitoIndicadorno Mapa
43210
Pesos fornecidos peloSetor.de Solos.
Condiçoes de relevo, solo e/ou açao antrópica,etc., definem areas em que o ecossistema vemsendo submetido a uma conti'nua reduçao de suacapacidade natural, com graves conseqüências,em particular, para os solos. Por outro lado,existem éreas que muito embora tenhamcapacidade natural elevada, sua utilizaçao deveser limitada ou impedida, tendo em vista amanutençao do equilfbrio do ecossistema. Emambos os casos, tais areas säo classificadas comode UTILIZAÇAO C0NDICI0NADA A ES-TUDOS ESPECI'FICOS.
3.3.4. — trabalhos de campo, incluindo sobre-voos e percursos terrestres, visando oconhecimento da realidade regional em termosde distribuiçao das atividades de produçâo, bemcomo a aferiçâo dos pesos adotados para aaval iaçao dos fatores.
A classe considerada ALTA compreende fndicessuperiores a 0,60; entretanto, uma aval iaçaopreliminar indicou possibilidade remota da ocor-rência de areas com mdices acima de 0,85.
A classe NÄ0 SIGNIFICANTE, révéla inexistên-cia ou capacidade inexpressiva para a atividadeconsiderada, sendo por isso representada pelodfgito zero (0).
Foram também definidas âreas que por suascondiçoes particulares, säo enquadradas nacategoria de âreas de PROTEÇÂO AO ECOS-SISTEMA. Estäo nesse caso
— areas que säo consideradas de preservacäopermanente ou que, por condiçoes excepcionaisdevam — em consonância com os Artigos 29, 39e 59 da Lei n9 4.771/65 — ser submetidas aregime especial de proteçao. Essas âreas säoclassificadas em dois tipos: AREAS DE PRO-TEÇÂO AO ECOSSITEMA POR IMPOSIÇAOLEGAL e ÂREAS DE PROTEÇÂO AO ECOS-SISTEMA POR CONDIÇOES ECOLÔGICASPARTICULARES
V/10
4. ANÄLISE DO MAPA DE USO POTENCIALDA TERRA
4.1. Consideracöes Gerais
A area mapeada, situada entre os paralel os de 9°e 49S. e os meridianos de 489 e 549 W. Gr.,compreende 366.830 km2 e abränge terras dosEstados do Para, Maranhao e Goiés, correspon-dendo respectivamente a 321.030 km2,1.620 km2 e 44.180 km2.
Fatores como clima, solos — predominante-mente podzólicos — numa ârea em que dominamas Formaçoes Pré-Cambrianas, condicionaramuma distribuiçâo das areas das atividades deproduçao bastante variada. Essa diversificaçâo étanto qualitativa quanto quantitativa, pois asclasses da capacidade média natural se apresen-tam em todos os nfveis de avaliaçao, ou seja,desde a classe NÄ0 SIGNIFICANTE até a classeALT A (Tabela II).
Tratando-se de uma érea onde as informaçoessio ainda escassas e a implantaçào de grandescomplexos agropecuérios vem se fazendo comapoio dos incentivos fiscais, uma visio — aindaque na escala 1:1.000.000 — da distribuiçâo desua capacidade natural para as atividades dosetor primério de produçao représenta um va-lioso instrumento no estabelecimento de pro-gramas e pianos de desenvolvimento com baseno aproveitamento de recursos natu rais, emparticular o da madeira e do minério.
Também a indicaçao de fatores restritivos asatividades agropecuârias, constitui um dadocomplementar quando da tomada de decisöes naescolha de âreas para a implantaçào dessasatividades, seja para o investidor particular, sejapara órgaos governamentais.
4.2. Média Capacidade Natural do Uso da Terra
4.2.1. EXPLORAÇAO DE MADEIRA
A distribuiçâo das areas com possibiiidades paraEXPLORAÇAO DE MADEIRA (Fig. 1) reflète,
com maior evidência a dos bioclimas, que säoessencialmente florestais nas porçoes centro enorte da érea do mapa e tem maior tendência abioclimas de savanas nos setores sul, leste esudeste (Velloso et alii, 1974). Paralelamente,constata-se que essa distribuiçâo — a grossomodo — obedece a duas unidades morfológicas.Assim, a floresta domina na ârea dos PlanaltosAmazônicos Rebaixados e nas Âreas Colinosas(Boaventura, 1974).
Um exame mais atento do mapa anexo e da Fig.1 révéla de imediato a concentraçao das areascom maior capacidade para EXPLORAÇAO DEMADEIRA na parte centro-norte da ârea ma-peada e numa cunha de direçao norte-sul queacompanha a calha do Rio Tocantins, sem, noentanto, alcançar os limites meridionais domapa, ârea jâ sob influência mais acentuada dobioclima do Cerrado. Essa ârea corresponde àpresença da classe ALTA que, ao lado da classeconsiderada MÉDIA, domina a maior parte domapa, porém sua distribuiçâo é localizada, en-quanto essa ultima é encontrada por toda a ârea.A classe BAIXA, de ocorrência inexpressiva, érepresentada por algumas éreas dispersas naporçao centro-sul do mapa.
4.2.2. LAVOURA E CRIAÇÂO DE GADO EMPASTO PLANTADO
A atividade LAVOURA E CRIAÇÂO DE GADOEM PASTO PLANTADO apresenta uma distri-buiçâo singular (Fig. 2), tendo em vista que agrande concentraçao de suas âreas mais favorâ-veis, isto é, aquelas classificadas como decapacidade MÉDIA ocorrem, predominante-mente, nos setores centro-sul, sudoeste, oeste enoroeste do mapa, preferentemente em terras doVale do Xingu. Nesse contexto faz exceçao umaârea de forma alongada que tem ini'cio no limitecentro-sul do mapa e inflete para nordeste atéatingir, à altura dos para!e!os de 79 e 89S., o RioAraguaia.
V/11
9°0rf94°00'
100Escolo grafica
100 200 300Km
9°00'
Fig.l-Exploraçao de Madeira : distribuiçoo-das Classes de Capacidade Natural
ALTA II MEDIA | =| BAIXA
48°00'4°00'
9°00'S4°00'
100Escala grafIca
100
9°00'48°00'
200 300km
Fig. 2 - Lav ou ra a Criaçôo de Gado am Pasto PI an ta do : d i s t r i b u i ç a o das Classas da Capaeidada No tu rol
MEDIA I I BAIXA Y//////////À MUITOBAIXA
A classe BAIXA domina em toda porçao centraldo mapa e ocorre também, nos setores leste enordeste. Igualmente nas aluviöes dos RiosTocantins e Araguaia vamos encontrar amplasareas classificadas como de capacidade MEDIA.Sob a forma de manchas esporédicas, ericon-tramos areas de capacidade natural MUITOBAIXA näo so no Vale do Xingu mas principal-mente nos Vales do Araguaia e do Tocantins.
Cumpre lembrar que no estabelecimento dessasclasses, além do solo, outros fatores sao tambémconsiderados, muito embora, no caso dessaatividade, os "pesos" dados aos solos tenhammaior ponderabilidade.
4.2.3. EXTRATIVISMO VEGETAL
Dentre as atividades extrativas foram conside-radas täo somente aquelas relativas ao aprovei-tamento da castanha-do-Paré (Bertholletiaexcelsa H. B. K.), da seringa (Hevea brasiliensis(wild, ex A. Juss.) Muell. — Arg. e Hevea bentha-miana Muell. — Arg.) e do Babaçu (Orbignyamart/ana B. Rodrigues e Orbignya oleifera Bur-ret); as demais, por näo a présenta rem significân-cia e/ou social, näo foram avaliadas.
Destaca-se na érea, o extrativismo da castanha-do-Parâ. Seu valor econômico — em termoslocais e mesmo regionais — bem como asimplicaçoes sociais do seu aproveitamento (Dias,1958 e 1960; Hidroservice, 1973) colocam-naem posiçao particular com relaçao à seringa, porexemplo, cuja dispersäo das ârvores, aliada àpràtica, muitas vezes predatória, empregada nasua extraçao conduz a uma inexpressiva produti-vidade em relaçao à ârea mapeada. O mesmoocorre com relaçao ao babaçu que só temexpressao como atividade extrativa — de poucamonta aliâs — nos municfpios de Marabâe SaoJoäo do Araguaia (Hidroservice, 1973).
Na distribuiçao das classes de capacidade, oexame das Figuras 3 e 4 mostra que a maior
incidência das areas de capacidade ALTA eMÉDIA para o extrativismo da castanha-do-Parâse concentra na ârea de distribuiçao da "FlorestaDensa dos Relevos Dissecados" (Velloso et alii,1974), particularmente no Vale dos Rios Ver-melho e Sororó, diminuindo de importância, istoé, passando a situar-se nas classes BAIXA eMUITO BAIXA à medida que a Floresta Densapassa a Floresta Aberta, ao sul da Serra dosCarajâs e no Vale do Xingu.
Quanto ao aproveitamento da seringa, inexpres-siva ou mesmo inexistente nos Vales do Tocan-tins e do Araguaia, se concentra particularmentenas vârzeas e terras baixas do Xingu e seusprincipais afluentes.
Na regiao de Säo Félix do Xingu, centro regionalde significativa importância na sua comercializa-çao, se concentra a ârea de maior expressao e seapresenta a classe de maior capacidade natural,isto é, ALTA. É também nas aluvioes e vârzeasdo Bacajâ e do baixo Iriri onde vamos encontrara classe ALTA, enquanto nos Rios Fresco eMédio Iriri e seus afluentes mais importantes, acapacidade natural passa a ser MÊDIA e BAIXA.
4.2.4. CRIAÇÂO DE GADO EM PASTOSNATURAIS
A distribuiçao da atividade esta bastante ligada avegetaçao do Cerrado e ao solo e é a ûnica quealgumas vezes aparece isolada de outras. Essasituaçao que tudo indica decorre da presença desolos de baixa fertilidade, tais como os Litólicose as Areias Quartzosas, reflète também o fato deque, por tratar-se de ârea de ocupaçao bastanteantiga (Albuquerque, 1960) o empobrecimentodesses solos séria conseqüência de uma mautilizaçao dessas âreas pela queima anual de seuspastos naturais (campos cerrados e parques).Assim, a capacidade natural dessas âreas, queestaria em nfveis possivelmente razoâveis, foireduzida em virtude do seu mau uso, conduzin-do a uma situaçao em que prédomina, particular-
V/14
S4,«00'4°00
9°00'54°00'
100Escalo gra'fico
100 zoo
9°00'48°00'
300kffl
Fig.3- Extrativismo Vegetol : distribuiçao das Classes de Capacidade Natural
ALTA MEDIA BAIXA
MUITO BAIXA
48°00'4°00'
9°00iS4°00'
100Etcolci grofico
100 200 300km
9«00'48°00'
Fig. 4 - DISTRIBUIÇAO DAS ATIVIDADES EXTRATIVAS VEGETAIS POR PRODUTO
SERINGA BABAÇU CASTANHA
mente no setor sudeste do mapa, a classeBAIXA. A ocorrência de areas com capacidadeMUITO BAIXA séria — no caso — resultante deum empobrecimento ainda mais acentuado dossolos seja pelo uso do fogo, por exemplo, e/oupela presença de Solos Litólicos. Jâ a presença,bastante limitada, de éreas com capacidadeMÉDIA, acompanha a margem direita do RioTocantins e corresponde à ocorrência de
Latossolos e deLaterfticos (Fig. 5).
Solos Concrecionârios
Constata-se, assim, que do ponto. de vista daatividade CRIACÄO DE GADO EM PASTOSNA TURAIS a ârea nao oferece, tanto espacialquanto qualitativamente, condiçôes satisfatórias.
V/17
54°00'4°0d
9°00'54°00'
100
Escola grafico100 zoo 300km
48°0C'4°00'
489°00'
Fig. 5 - Crioçôo de Go do em Pa stos Natureis : distr ibuiçâo das Classes ds Capacidade Nature!
MEDIA BAIXA MUITO BAIXA
5. CONCLUSÖES
Analisando a situaçao da distribuiçâo da capaci-dade natural da Folha SB.22 Araguaia e parte daFolha SC.22 Tocantins, constata-se que, aocontrario das âreas précédentes (Azevedo et alii,1973 A, 1973 B e Cunha et alii, 1973), essadistribuiçâo résulta de diferenciaçoes dentro doDomfnio Ecológico Amazônico. Essas diferen-ciaçoes decorrem da grande diversidade pedoló-gica, geomorfológica e de variaçoes do climaregional, particularmente da distribuiçâo e du-raçio do periodo seco. Cabe, no entanto, assi-nalar a dificuidade em définir quai o fatorprimordial responsével por essas variaçoes tendoem vista a interaçao e interdependência dosfatores atuantes.
Assim, a estruturaçao de um quadro da potencia-lidade da ârea considerada, se inclina no sentidodo aproveitamento da madeira, das atividadesagropecuérias e do extrativismo vegetal. Essasituaçao reflète suas condiçoes ecológicas, quetem como resultante a presença generalizada deFormaçoes Florestais. Faz exceçao uma porçaomfnima do setor sul-sudeste do mapa, ondeatuam condiçoes que caracterizam o DomfnioEcológico do Planalto Central (Domingues etalii, 1968), onde o Cerrado é a vegetaçâocaracteri'stica.
Nesse quadro gérai, variaçoes decorrentes dainteraçao dos fatores clima, relevo, solo e vege-taçao, variaçoes essas de que resultam diferençasfisionômico-ecologicas, principalmente nas For-maçoes Florestais, sio as responsâveis pelo apa-recimento de diferentes combinaçoes de classesde atividade, ou seja, de quarenta e quatro (44)tipos de âreas de aproveitamento (Tabela II).
A constataçâo e o exame do mapa anexopermite afirmar que:
5.1. — a érea apresenta maior capacidade naturalpara o aproveitamento de recursos florestais(madeira e extrativismo) e para o desenvolvi-
mento de atividades de Lavoura e Criaçao deGado em Pasto Plantado. Dentre essas, o Extra-tivismo Vegetal, sobretudo através do aproveita-mento da castanha-do-Paré tem sido o principalsustentâculo econômico da area, principalmentedaquela que tern em Marabâ o seu centroprincipal, além do aproveitamento da seringa,principalmente no Vale do Xingu, essa porémem escala muito menor. Quanto à madeira, àexceçao da extraçao do mogno hâ alguns anosatrés, nao tem representado o papel que Ihecompete, à vista do elevado potencial constata-do.
Situaçao diversa vem ocorrendo com a pecuâriaem pasto plantado que, beneficiando-se da legis-laçao dos incentivos fiscais vem, nos Ultimosanos, assumindo papel relevante naeconomiadosul do Para.
5.2. — é urgente a definiçao de uma poh'tica deocupaçao da area que considère seu alto poten-cial madeireiro, à vista dos levantamentos edados fornecidos pelo Setor de Vegetaçao (Vel-loso et alii, 1974), cabendo alertar aos orgioscompétentes para o perigo que as condiçoesreinantes no sul do Paré representam para apreservaçao desse potencial, em particular para amanutençao de seu equil fbrio ecológico.
Essa situaçao levou os autores à indicaçao de umgrande numero de âreas que, por diferentescondiçoes — particularmente o relevo e o solo —devam ser mantidas söb forma de âreas depreservaçao permanente (Código Florestal,1965). Essas razöes levaram também a que fosseproposta a implantaçao da Floresta Nacional doBacajâ— Itacaiunas, abrangendo areas das FolhasSB.22 Araguaia, e da Folha SA.22 Belém (Fig.11).
As justificativas para sua criaçao sao apresen-tadas em Anexo.
V/19
TABELAIIDISTRIBUIÇÂO DAS AREAS DE PROTEÇAO AO ECOSSISTEMA E DAS
ATIVIDADES DE PRODUÇAO
ÂREADEUTILIZAÇÂOCONDICIONADA À
ESTUDOS ESPEClVlCOS
AREAS
DE
PROTEÇAO
AO
ECOSSISTEMA
ATIVIDADES
I50L ADAS
P O R
CONDIÇOES
ECOLO'GICAS
PARTICULARE8
PARA PRESERVAÇAO
POR IMPOSIÇÂO LEGAL
EXPLORAÇÂO DE MADEIRA
LAVOURAECRIAÇAO DE GADO
CRIAÇAO DE GADO EMPASTOS NATURAIS
A
T1
V•
DA
D
ES
E
M
CoE
1
ST*
NC1
A
EXM
444
3
333044444
44
3
33
333
3
33
33
444
0
43
0
00
4
444
444444433
333333
333
33333332222
2
00000
000
A'REA TOTAL
ATIVIDADES
LAV
000
0
000032221
10
0
0
1122
22
23
321
3
00
2
00
3
33222
111
0
00
0
01
1111222
22
3333
33322
l33
222
2I1
EXV
320
0
123044303
4
32
34
32
012
344
044
2
00
0
00
0
244
30034
3212
34
3210012
344321
0022
00
02
210
000
6PN
0000
000100000
0
00
00
00
0
00000
000
0
00
0
21
0
0000
00000
000
0000
00
000
000000
000
00
020022
123
A'REA(km2)
1.6101.770 "2.310 '2.966 "
6.0701.270"2.3401.160 "
557 «13.331 "19.175
95.365
3.1161.810 "
2 4
1.065 "1.931
4 3 62 6 6
5 9
1 9 9
2.5468 2 1
1.6629 9
1 0 929B1 6 9
139 •*•1 7 9 »
32.400
2.3103.660
1.790
9.9901.160
1.620
4 0 01 120
15.37029.810
16.7207.6006.2404.4 80
1.8101.7708.0701.270
2.3402.0302.2701.6804.9708.760
16-54019.87019.990
1.3601.950
14.9702.4207.410
22.2B0
54.6308.550
5 6 0
4 1 05.210
4 8 0
5 2 01.510
1.0902 6 0
6 600
3.3004.6303.450
366.830
% A'REA
8.83
0.621 05
2.720.31
0.44
0.100.304.198.124.552.071.701.220.49
0.482.190.84
0.630.350.610.45
1.352.384.505.415.440.370.53
4.080.652.016.07
14.372 330.150.111.41
0.13
0.140.41
0.290.071.52
O.901.260.94
( * ) Valores que nâo sSo computados no totalizaçâo da a'rea,atividades correspondentes.
pois estâo incluidos nos classes de
V/20
5.3. — a regiio apresenta um elevado potencialde recursos ainda pouco aproveitado nao só facea sua baixa densidade demogréfica, como àinsuficiência de sua rede viéria. Seu desenvolvi-mento se apoia e deveré, ainda por algum tempo,se apoiar numa economia voltada para outroscentros nacionais, principal mente para o sul doPai's e para o mercado externo, num processo decapitalizaçao, visando a infra-estrutura para ototal aproveitamento daquele potencial.
5.4. — sao propostas cinco (5) areas de preser-vaçao da flora e da fauna, sob a forma deRéservas Biológicas (Anexo I). Dessas, as doTocantins-Araguaia e do Tocantins (Figs. 6 e 7),localizadas respectivamente na confluência des-ses rios e à jusante de Marabâ, na margem direitado Tocantins, visam sobretudo, a proteçâo daflora e da fauna ribeirinha. Nessas àreas tambéma existência de zonas inundéveis e mesmo lagoas,oferecem condicöes para a criaçao natural delarvas e alevinos.
Condicöes naturais representadas pelo ambienteoferecido pelas Florestas e Campos de Vérzea,abrigam espécies como a capivara, a ariranha, alontra, o jacaré-açu, a paca e mesmo a anta.Algumas dessas espécies, como a ariranha, alontra e o jacaré-açu, segundo dados obtidos naregiao (Hidroservice, 1973) estäo em vias deextinçao.
A Réserva Biológica do Igarapé Araraquara (Fig.8), localizada, na bacia do Rio Fresco, afluenteda margem direita do Xingu, visa a preservaçâopara fins de estudo, da vegetaçâo e da floraesclerófila das areas elevadas onde aflora oItabirito. Por sua composiçao flori'stica e fisio-
nomia, semelhante àquela que ocorre na SerraNorte (Velloso et alii, 1974) a implantaçao deuma Réserva Biológica nessa érea tem porobjetivo resguardar um tipo de vegetaçlo que,considerando a alteraçâo da paisagem pela ex-traçâo de minério na Serra dos Carajés, devemerecer proteçâo adequada. Trabalhos récentesna Serra Norte, efetuados no campo da Botânica(Cavalcante, 1970; Pires, 1972 e Hidroservice,1973) e de Zoologia (Cunha, 1970) têm mos-trado a sua importância biogeogréfica. Tratando--se de érea je requerida pela Empresa que iraexplorar o minério da Serra dos Carajâs e tendoem vista que, em comparaçao corn essa, a éreaproposta para a implantaçao dessa Réserva éinexpressiva, näo seriam dif fceis os entendimen-tos entre o órgao competente e aquela Empresa,com tal objetivo.
As Réservas Biológicas dos Rios Sororó e Caja-zeiro (Figs. 9 e 10), inclui'das na érea propostapara a implantaçao da Floresta Nacional doBacajé—Itacaiünas, situam-se em regiöes de altacapacidade natural para o extrativismo da casta-nha-do-Paré. A importância econômica dessaatividade, a necessidade de estudos sobre o seucultivo — visando näo só a produçao da casta-nha, como da madeira (IBDF, 1973; Pitt, 1969)— e mesmo sua importância médica (PennaFranca et alii, 1967), justificam a sua proteçâo.Essa é sobretudo urgente à vista da intensifi-caçao das atividades agropecuérias na regiâo deMarabé, em particular ao longo das RodoviasTransamazônica e PA—70, onde a implantaçaode pastos cultivados vem sendo feita corn sacri-fi'cio de éreas florestais em que a castanha-do--Paré é abundante. A pouca resistência dessaespécie ao fogo, em particular quando incidesobre as rai'zes, que näo säo profundas, temlevado a grandes perdas nessas éreas.
V/21
6. RESUMO
0 mapa de USO POTENCIAL DA TERRA,aval ia, usando a smtese dos demais mapaselaborados pelo PROJETO, a média capacidadenatural para o uso da terra. Fornece tambémindicaçoes de âreas promissoras à ocorrências deminerais e rochas de utilizaçao econômica incluî-das as ocorrências comprovadas (dados forne-cidos pelo Setor de Geologia). Essa avaliaçao visaa implantaçâo de atividades agropecuérias, ma-dei rei ras e de extrativismo vegetal, e é expressapela possibilidade de aproveitamento econômicoda érea coberta pelo PROJETO, de acordo comos princi'pios conservacionistas e evitando osefeitos dos desequil(brios regionais pelaorgani-zaçâo ou reorganizaçâo do espaço econômico.
A metodologia adotada tern base na utilizaçaoconjunta dos mapas geológico, geomorfológico,de solos, fitogeogréfico, exame das imagens deradar e controle de campo. Segue as seguintesetapas:
1 ) estabelecimento das grandes unidadeshomogêneas;
2) atribuiçâo de pesos, que variam de zero (O) aum (1), para os fatores obtidos através dosmapas temâticos segundo as atividades de pro-duçâo consideradas;
3) câlculo dos fndices de capacidade naturalpela adoçao de critério combinatório probabili's-tico dos pesos;
4) estabeiecimento das cinco (5) classes decapacidade natural: ALTA, MÉDIA, BAIXA,MUITO BAIXA e NÂO SIGNIFICANTE, apartir dos fndices obtidos. O i'ndice unitâriorepresentaria condicöes ótimas para todos osfatores considerados.
Foi constatado que na ârea existe a possibilidadede quarenta e quatro (44) tipos de combinaçôesde atividades e que à exceçâo da atividadeCRIAÇÀO DE GADO EM PASTOS NATURAIS,as demais apresentam um grande potencial,principalmente a EXPLORAÇÂO DE MADEI-RA e o EXTRATIVISMO VEGETAL.
A atividade EXPLORAÇÂO DE MADEIRA sedistribui por quase toda a ârea mapeada mas seconcentra na parte centro-norte da Folha. Apa-rece dominando na regiäo da Floresta Densa,onde apresenta os maiores fndices de classifi-caçao. A LAVOURA E CRIAÇÀO DE GADOEM PASTO PLANTADO também tem possibili-dade em toda a ârea e sua avaliaçâo definiu trèsclasses de capacidade, destacando-se a classeMÉDIA, com localizaçao bem distinta e correla-cionada com os Brunizém e Podzól icos. Tempapel importante no extrativismo vegetal o dacastanha-do-Parâ, seguido do da seringa e dobabaçu. Esta atividade apresenta grande variaçàona classificaçio do seu potencial, ocorrendodesde a classe ALTA até a NÄ0 SIGNI-FICANTE.
O grande potencial madeireiro da ârea mapeada,face as suas condicöes de relevo, mereceu parti-cular atençâo, tendo em vista a necessidade desua preservaçâo. Dai' o grande numero deÂREAS DE PROTEÇÂO AO ECOSSISTEMAsugeridas. Destacam-se entre essas as de preser-vaçâo permanente (Lei n9 4.771/65) que visamprincipalmente a proteçao das areas de FlorestaDensa em relevo dissecado e as de preservaçâo daflora e da fauna (Réservas Biológicas). É pro-posta a implantaçâo da Floresta Nacional doBacajâ—Itacaiünas, como forma de aproveita-mento do elevado potencial madeireiro e deextrativismo nas âreas de Floresta Densa queocorrem nas Folhas SB.22 Araguaia e SA.22Belém. Em anexo sâ"o apresentadas sugestöesquanto a sua estrutura e objetivos.
V/22
7. BIBLIOGRAFIA
1. ALBUQUERQUE, M.M. de. - O povoa-mento, populaçâo, grupos étnicos e colo-nizaçao. In: BRASIL. Conselho Nacional deGeografia. Grande regiSo Centro-Oeste. Riode Janeiro, 1960. p. 145-181.
2. AZEVEDO, L.G. de et alii - Uso Potencialda Terra de parte das folhas SC.23 Rio SäoFrancisco e SC.24 Aracaju. Avaliaçâo Mé-dia da Capacidade Natural do Uso da Terra.In: BRASIL. Departamento Nacional daProduçao Mineral. Projeto Radam. Partedas Folhas SC.23 Rio Säo Francisco eSC.24 Aracaju. Rio de Janeiro, 1973. (Le-vantamento de Recursos Naturais, 1).
3. AZEVEDO, L.G. de et alii - Uso Potenciäda Terra da folha SB.23 Teresina e parte dafolha SB.24 Jaguaribe. Avaliaçâo média dacapacidade natural do Uso da Terra. In:BRASIL. Departamento Nacional da Pro-ducäo Mineral. Projeto Radam. FolhaSB.23 Teresina e parte da folha SB.24Jaguaribe. Rio de Janeiro, 1973. (Levanta-mento de Recursos Naturais, 2).
4. BANCO DO BRASIL S.A., Rio de Janeiro.Carteira de comércio exterior, exportaçao.Rio de Janeiro, 1972. 742 p.
5. BOAVENTURA, R.S. - Geomorfologia dafolha SB.22 Araguaia e parte da folhaSC.22 Tocantins. In: BRASIL. Departa-mento Nacional da Produçao Minerai. Pro-jeto Radam. Folha SB.22 Araguaia e parteda folha SC.22 Tocantins. Rio de Janeiro,1974. (Levantamento de Recursos Natu-ra is, 4).
6. BRASIL. Instituto Brasileiro de Desenvolvi-mento Florestal. Portaria normativa D.C. n.3 de 25.9.73. Diârio Oficial, Rio de Janei-ro, 11.10.73 - Seçao I - Parte 2 -p 3420-24.
7. BRASIL. Instituto Brasileiro de ReformaAgrâria. Parques nacionais e réservas équi-valentes no Brasil] relatório com vistas auma revisao da poli'tica nacional nessecampo. Rio de Janeiro, IBRA/IBDF, 1969.100 p.
8. BRASIL. Instituto de Pesquisas e Experi-mentaçâo Agropecuâria do Norte. Zonea-mento agn'cola da Amazonia; 1 a aproxi-maçao. Belém, 1972.
9. BRASIL. Institutode Planejamento Econô-mico e Social. Regiao de Marabâ. Brasilia,IPLAN/SUDAM/INCRA, 1973. 58 p. (Visi-ta de Empresärios à Amazônia, 3).
10. BRASIL. Leis, decretos, etc. Código flores-tal brasileiro. Diârio Oficial, Rio de Janeiro,16.9.1965.
11. CAVALCANTE, P.B. - Centrosema Caraja-sence; uma nova espécie de LeguminosaPapilionoide da Serra dos Carajés. B. Mus.Paraense Emflio Goeldi, Bot, Belém, 37,1970.
12. CUNHA, J. da C.J. da et alii - UsoPotencial da Terra da folha SA.23 Sao Luise parte da folha SA.24 Fortaleza. Avaliaçâomédia da capacidade natural do Uso daTerra. In: BRASIL. Departamento Nacionalda Produçao Mineral. Projeto Radam. Fo-lha SA.23 Sao Lutz e parte da folha SA.24Fortaleza. Rio de Janeiro, 1973. (Levanta-mento de Recursos Naturais, 3).
13. CUNHA, O. - Uma nova subespécie deQuelonio —Kinosternon scorpioides caraja-sensis da Serra dos Carajâs. B. Mus. Paraen-se Emflio Goeldi, Zoologia, Belém, 73,1970.
14. DIAS, C.V. Marabâ: centro comercial da
V/23
castanha R. Bras. Geogr., Rio de Janeiro,20(4) : 383-427, 1958.
15. DIAS, C.V. Indûstria extrativa vegetal. In:BRASIL. Conselho Nacional de Geografia.Grande Regiao Norte. Rio de Janeiro,1959. p. 238-258.
16. DOMINGUES, A.J.P. et alii - Dommiosecológicos. In: BRASIL. Instituto Brasileirode Geografia. Subsidios à RegionalizaçSo.Rio de Janeiro, 1968. p. 11-35.
17. DUBOIS, A. A floresta Amazônica e suautilizaçao face aos princfpios modernos deconservaçâo da natureza. In: AT AS DOSIMPOSIO SOBRE A BIOTA AMAZO-NICA. Rio de Janeiro, Conselho Nacionalde Pesquisas, 1967. v. 7: Conservaçâo daNatureza e Recursos Naturais, p. 115-146.
18. HIDROSERVICE. Engenharia de ProjetosLtda. Piano de desenvolvimento integradoda area da bacia do Rio Tocantins. Belém,SUDAM, 1973. 3 v. in 6 t. il. mapas(Relatório HE-156-Rio 0872).
19. HUBER, J. Sur les camps de l'Amazone etleur origine. In: CONGRÈS INTERNA-TIONAL DE BOTANIQUE À L'EXPO-SITION UNIVERSELLE DE 1900, Paris,oct. 1900. Extrait du compte rendu... Pa-ris, M. Emile Perrot, 1900, p. 387-400.
20. MASSART, J. et alii - Mission biologiqueBelge au Brésil (Août 1922 - Mai 1923).Bruxelles, Imprimerie Médicale et Scienti-fique, 1929/1930. 2 v.
21. NIMER, E. Climatologia da regiao Centro--Oeste do Brasil. R. Bras. Geogr., Rio deJaneiro, 34 (4):3-28, 1972.
22. NIMER, E. Climatologia da regiao Norte doBrasil. R. Bras. Geogr., Rio de Janeiro, 34(3) : 124-151, jul./set. 1972.
23. PENNA FRANCA, E. et alii. Radioativi-dade das castanhas do Para. In: AT AS DOSIMPOSIO SOBRE A BIOTA AMAZONI-CA. Rio de Janeiro, Conselho Nacional dePesquisa, 1967. v. 4 : Bot. p. 187-208.
24. PIRES, J.M. - Vegetaçao. B.Téc.lPEAN,Belém, 55 : 20-27, 1972.
25. PITT, John. Relatório ao governo do Brasilsobre aplicaçao de métodos silviculturais ealgumas florestas da Amazonia. Belém,FAO/SUDAM, 1969. 245 p. (Brasil. Supe-rintendência do Desenvolvimento da Ama-zon ia. Programa de Assistência Técnica.Relatório n9 1337-1961).
26. ROSATELLI, J.S. et alii - Levantamentoexploratório de solos da folha SB.22 Ara-guaia e parte da folha SC.22 Tocantins. In:BRASIL. Departamento Nacional da Pro-duçâo Minerai. Projeto Radam. FolhaSB.22 Araguaia e parte da folha SC.22Tocantins. Rio de Janeiro, 1974. (Levanta-mento de Recursos Naturais, 4).
27. SILVA, G. Galeao da et alii. Geologia dasfolhas SB.22 Araguaia e parte da folhaSC.22 Tocantins. In: BRASIL. Departa-mento Nacional da Produçâo Minerai. Pro-jeto Radam. Folha SB.22 Araguaia e parteda folha SC.22 Tocantins. Rio de Janeiro,1974. (Levantamento de Recursos Natu-rais, 4).
28. VELLOSO, H.P. et alii - As regiöes fito-ecológicas, sua natureza e seus recursoseconômicos. Estudo fitogeogrâfïco da folhaSB.22 Araguaia e parte da folha SC.22Tocantins. In: BRASIL. Departamento Na-cional da Produçâo Minerai. Projeto Ra-dam. Folha SB.22 Araguaia e parte da folhaSC.22 Tocantins. Rio de Janeiro, 1974.(Levantamento de recursos naturais, 4).
V/24
8. ANEXO I
Areas de Proteçâo ao Ecossistema para Preser-vaçâo da Flora e da Fauna
a) Réserva Biológica do Tocantins—Araguaia —Localizada na Folha SB.22-X-D Marabé, escala1:250.000, tem area aproximada de 140 quilo-metros quadrados e constitui urn poh'gono quetem im'cio na Rodovia Transamazônica, acom-panha a margem esquerda do Igarapé Apinagéaté a confluência do Rio Araguaia com oTocantins. Cruzando o Araguaia, acompanha oRio Tocantins por sua margem esquerda até allha Samaüma, de onde parte numa linha dedireçao sudoeste que novamente atravessa o RioAraguaia entre as ilhas dos Veados e Senhor doPovo, para daf atingir novamente a RodoviaTransamazônica (Fig. 6).
b) Réserva Biológica do Rio Tocantins — Loca-lizada na Folha SB.22-X-D Marabé, escala1:250.000, tern area aproximada de 110 quilô-metros quadrados e constitui urn poh'gono queacompanha a margem direita do Rio Tocantins,a jusante de Marabâ, conforme esquema anexo(Fig. 7).
c) Réserva Biológica do Igarapé — Araraquara —Local izada na Folha SB.22-Y-B Sio Félix doXingu, entre os paralelos 6915'S. e 6930'S. e osmeridianos 51945'W e 52900'W, com area apro-ximada de 180 quilometros quadrados, confor-me esquema anexo, deveré ter seus limitesdefinitivos fixados por órgao competente (Fig.8).
d) Réserva Biológica do Rio Sororó — Local iza-da na Folha SB.22-X-D Marabâ, escala1:250.000 nas proximidades das coordenadas de5945'S. e 49900'W., com area aproximada de 170quilometros quadrados, conforme esquema ane-xo, também deverâ ter seus limites definitivosestabelecidos por órgao competente (Fig. 9).
e) Réserva Biológica do Rio Cajazeiro — Loca-lizada nas Folhas SB.22-X-A Remansao eSB.22-X-C Rio Itacaiünas, escala 1:250.000, temarea aproximada de 300 quilometros quadradose se constitui num poh'gono irregular, compreen-dido entre os Rios da Direita e do Meio na Baciado Rio Cajazeiro, conforme esquema anexo (Fig.10).
V/25
48°40' 48030'
8°IOr
SAO JOADOARAGUAIA
8°20'
5°IO'
ö°20'
8°5O'
I48°40'
Escola graficaip 1.8
48°S0'
28 km
Fig.6-Réserva Biolo'gica do Tocantins-Araguaia(Limitespropostos)
48°20' 49°IO'
llha db Praio da Rainha
9
B»20'
5°IO'
8° 20'
49°20'Escala grafica
10 16 20 29 km
Fig.7-Réserva Biologico do Rio Tocantins ( Limite« propostot )
S2°00' 5I°45' 5I°3O'
6OI51
6°30'
52°00'
10
5I°45'#Escala grafica
10
6°I5'
6° 30'
5I°3O'
20 SOkni
Fig.8- Réserva Biolo'gica do Igorope' Araraquara ( Limites propostos)
1
Fig.9 - Réserva Biolôgica do Rio Sororo' ( Limites propostos )
B0°00'4°48'
49°46*
10
49°48'
Escala gra'fico10
5°00'
8°I8'43°S0'
30km
Fig.10- Réserva Biolo'gica do Rio Cajazeiro (Limites propostos)
9. ANEXO II
Ârea de Proteçao ao Ecossistema por CondiçôesEcológicas Particulars
FLORESTA NACIONAL DO BACAJÂ-ITA-CAIÛNAS*
FLORESTA NACIONAL BACAJÂ-ITACAIUNAS
(Limites Propostos)
A leste — partindo da confluência dos RiosVermeîho e Itacaiûnas, segue em linha reta nadireçâo leste até a confluência do Igarapé Patauécom o Rio Tauarizinho, dai' prossegue até acabeceira principal do Rio Sororozinho, quandoinclina-se para o sul até alcançar a cabeceirameridional do Rio Sororó.
Sudeste — Su! — Sudoeste — da cabeceira maismeridional do Rio Sororó prossegue numa linhaque, infletindo para sudoeste, atinge a cabeceiramais ao sul do Rio Vermelho e prossegue até omeridiano 49?30'W.,dai'acompanha esse meri-diano até o paralelo 6900'S. de onde toma adireçâo noroeste, cruzando o Rio Parauapebasaté alcançar a cabeceira do Igarapé do Engano,de onde atinge a confluência do Rio Tapirapécom o Itacaiûnas; sobe pela margem esquerdadesse ultimo até sua confluência com o RioAquiri, acompanhando sua margem esquerda atésua cabeceira e dai prossegue em linha reta até acabeceira mais oriental do Rio Bacajé, descendupela margem direita desse até encontrar seuformador mais ocidental.
A Oeste — da confluência do Rio Bacajä com seuformador mais ocidental, segue por esse até suacabeceira principal e dai' até a cabeceira maisoriental do Igarapé Jatobà, de onde prossegueem linha reta até atingir a cabeceira maismeridional do Igarapé Piranhanquara, de onde sevolta para leste até a cabeceira mais ocidental doRio Lontra, descendu por esse até seu encontrocom o Rio Bacajé, por onde prossegue, ao longo
* — Elaborado por Sergio Pereira dos Santos
de sua margem direita, até sua confluência como Rio Xingu, descendu por esse até atingir arodovia Transamazônica.*
Norte — Nordeste — acompanha a rodoviaTransamazônica, pelo seu lado esquerdo, emdireçâo sudeste até o Igarapé do Burgo e dai'prossegue até a confluência dos Rios Vermelho eItacaiûnas (Fig. 11).
(Justificativa da Proposiçâo)
De acordo com os dados fornecidos pela CACEX(Banco do Brasil S.A., 1972), as exportaçoes demadeiras pelos portos da Amazonia atingiram,no ano de 1972, US$ 14.755.105,07 e as decastanha-do-Paré US$ 13.408.179,07, respecti-vamente 29% e 26% das exportaçoes regionais.Esse quadro mostra a importância desses pro-dutos, revelando, porém, que a madeira desem-penha na economia regional, um papel aquémdas suas reais possibilidades, face ao seu po-tencial.
Os trabalhos de avaliaçao da capacidade naturaldo uso da terra da ârea compreendida nas FolhasSB.22 Araguaia e SA.22 Belém, conduziram osautores a propor a criaçao, nas Bacias do Xingu edo Tocantins, de uma Floresta Nacional deacordo com os preceitos do Código FlorestalBrasileiro. Para essa proposiçâo, de enfoqueconservacionista, que se enquadra nos objetivosgérais do PROJETO e especi'ficos do Setor deUso Potencial da Terra, foram utilizados osdados volumétricos dos inventârios florestaisrealizados pelo Setor de Vegetaçao (Velloso etalii, 1974) e para efeito de câlculo de cubagemtotal de madeiras comerciéveis a PORTARIANORMA TIVA DC n9 3 (IBDF, 1973) e tambéminformaçoes complementares, a esse respeito,obtidas em serrarias.
A avaliaçao feita e esses dados, aliados a conside-raçoes de ordern geogrâfica, forn ecerarn os ele-
V/31
3°00'52"OO'
3°00''
6°00'
52°0O'
Sökm
49°30' 49°00'7°00'
50
Escolagrofico100 200
i300km
F i g . l l - F l o r e s t a N a c i o n a l do B o c o j o - I t o c a i u n o s ( L i m i t e s p r o p o s t o s )
men tos para que fossem definidos os seuslimites, que englobam uma ârea de seis milhoes,setenta mil e quinhentos hectares com potencialm a d e i r e i r o est imado em cerca de698.835.960 m3 de madeiras comerciéveis.
Cumpre destacar que ocorrem na regiao asseguintes espécies de grande valor comercial, nomomento: "Acapu" (Vouacapoua americana,Aubl.), "Andiroba" [Carapa guianensis, Aubl.),"Cedro" (Cedre/a odorata, L ) , "Freijô" (Cordiagoeldiana. Hub.) e "Ucuubas" (Viro/a spp). Saonecessärios porém, estudos tecnológicos e eco-nômicos visando a identificaçao e aproveita-mento de espécies ainda nao comerciéveis e queampliariam bastante o valor econômico da area.
O exame do mapa do Uso Potencial da Terra edaTabela III, permite uma apreciaçao quanto àutilizaçao mais rentével da ârea proposta para aimplantaçào da Floresta Nacional.
Esse exame leva à constataçâo de que, para aatividade LAVOURA E CRIAÇAO DE G ADOEM PASTO PLANTADO a capacidade natural sesitua em ni'veis bastante baixos, necessitando
portanto de grande quantidade de insumps etecnologia avançada. A produçao nao teria assimcondiçoes competitivas no mercado atual tendoem vista que 98,9% da area esté compreendidanas classes BAIXA, MUITO BAIXA e NÄ0SIGNIFICANTE e que somente 1,1% apresentacapacidade MEDIA. Em contraposiçao 92,2% daârea tem capacidade de ALTA a MÉDIA para aEXPLORAÇAO DE MADEIRA, concentran-do-se 82,1% na classe ALTA. Situaçao semelhan-te é registrada quanto ao EXTRATIVISMOVEGETAL, que tem maior expressao espacialnas classes ALTA e MÉDIA (92,1%). Caracte-riza-se assim uma ârea com grandes perspectivaspara essas atividades, ficando os fatores relevo eprecipitaçao como responsâveis por perdas bio-geoqui'micas em solos, em gérai, de baixa ferti-lidade acarretando assim, como foi visto noini'cio desse exame, grande limitaçao à atividadeLAVOURA E CRIAÇAO DE GADO EM PAS-TO PLANTADO.
Da mesma forma os fatores relevo e solo naopodem ser desprezados na exploraçao dos recur-sos madeireiros, quando se deseja que ela se
TABELA III
Classe
Alta
Média
Baixa
MuitoBaixa
NâoSignificante
Dfgito noMapa
4
3
2
1
0
Exploraçâo deMadeira(Ârea-ha)
(%)
4.983.500(82,1%)
918.000(15,1%)
-
-
169.000( 2,8%)
Lavoura e Criaçâo de Gadoem Pasto Plantado
(Area-ha)(%)
-
64.000( 1,1%)
4.245.500(69.9%)
1.244.000(20,5%)
517.000( 8,5%)
ExtrativismoVegetal(Ârea-ha)
(%)
2.116.000(34,9%)
3.473.000(57,2%)
285.000( 4,7%)
20.000( 0,3%)
176.000( 2,9%)
V/33
efetue de acordo com a concepçâo conserva-cionista do aproveitamento dos recursos natu-rais. O desenvolvimento de pesquisas ecológicasbésicas e tecnológicas em paralelo, permitiria acriaçao de técnicas adequadas ao aproveitamentodesse patrimônio em area de fragil equil fbrioecológico, como sao os diversos ecossistemas daârea em estudo. Para isso, toma-se necessârioque, através de urn planejamento global levado acabo pelos órgaos govemamentais relacionadosao problema, como IBDF,INCRA,SUDAM, etc,al idados à iniciativa privada, se encontre a figurajun'dica em que se fundamente umà nova con-cepçâo de aproveitamento de éreas florestais.Assim, o Governo e empresariado buscariam atecnologia e o modelo admin istrat ivo compa-ti'veis com a amplitude e o potencial da area.Séria uma forma de associar, sincronicamente, apesquisa florestal ao aproveitamento da madeirae de outros recursos de origem vegetal.
Caberia ainda lebrar o papel que num planeja-mento global, a rede hidrogréfica tem a desem-penhar para o aproveitamento desse potencial.
Ou se ja, ampliaria as possibilidades de acesso aospontos de maior concentraçâo das espéciescomerciâveis, facilitando, desse modo, omanejoflorestal. Serviria ainda a um escalonamento detransporte, através da rede hidrogrâfica secun-dâria, para o escoamento local da produçao e, naetapa seguinte, pela rede principal, para otranslado aos portos de. embarque ou dire-tamente para o exterior, diminuindo, dessemodo, os custos de sua comercializaçâo.
Dessa forma séria realizével um empreendimentoem que a exploraçâo econômica sustentaria apesquisa e tecnologia e essa daria os elementosnecessérios à racionalizaçao da própria explo-raçâo.À vista da filosofia desenvolvimentista do gover-no, a facilidade de escoamento através da Rodo-via Transamazônica e o fato de que grande parteda area proposta para a Floresta Nacional doBacajà — Itacaiûnas esta sob a jurisdiçao doINCRA, é oportuna essa proposiçâo, comomedida maisaconselhävel para o aproveitamentodos recursos de origem vegetal dessa ârea.
V/34
FOTO 1Area de PROTEÇAO AO ECOSSISTEMA POR IMPOSIÇÂO LEGAL, na Serra de Gradaùs, aoS-SW de Carajâs, visando a preservaçao da f loresta densa em relevo intensamente dissecado.
FOTO 2A pecuâria nos terraços do Rio Araguaia utiliza areas de BAIXA capacîdade natural para aLAVOURA E CRIAÇAO DE GADO EM PASTO PLANTADO.
FOTO 3Como atividade isolada a CRIACÄO DE GADO EM PASTOS NATURAIS ê encontrada em areasde Campos e Parques de Cerrado proximo a Araguafna e Colinas de Goiés (GO).
FOTO 4Arredores de Couto Magalhies (GO), à margem direita do Rio Araguaia, onde a BAIXA capacidadepara CRIACÄO DE GADO EM PASTOS NATURAIS esta associada à LAVOURA E CRIACÄODE GADO EM PASTO PLANTADO.
FOTOS 5 e 6Nas areas florestais ao longo da PA-70, ao sul de Marabé, cuitivos de subststência e a implantaçaode pastos plantados obedece ainda ao sistema rotineiro.
FOTO 7Derrubada em area florestal à margem da Rodovia Transamazônica, ao norte de Marabâ.
FOTO 8O uso do fogo nas areas de pastos plantados na regiào de Marabâ acarreta, muitas vezes, a perda decastanheiras.
FOTO 9Serraria implantada à esquerda da Rodovia Transamazônka, proximidades do Rio Cajazeiro.
FOTO 10A intensa ocupaçâo da regiao atravessada pelo Rio Lontra, na regiâo de Araguafna (GO) reflète oelevado potencial dessa ârea para a EXPLORAÇAO DE MADEIRA e a LAVOURA E CR1AÇA0DE GADO EM PASTO PLANTADO.
FOTO 11Campo de cultîvo de hortaliças e legumes em area floresta! na Serra Norte. Embora em pequenaescala, représenta um expérimente) vâlido para o conhecimento da tecnologia agricola em areas dealtrtude média da Amazonia.
OUTROS PRODUTOS DO PROJETO RADAM
Além dos mapas temâticos na escala 1:1.000.000 e retatórios relativos a este bloco, encontram-se àdisposiçâo do püblico, os seguintes produtos finais:
1. Mosaicos Semicontrolados de Radar*
a) Folha de 1°00' x 1030' - na escala 1:250.000 - abrangendo cerca de 18.000 km 2 , podendo seracompanhada por faixas dê radar na mesma escala, permitindo visao estereoscópica em aproximada-mente 50% da area.
b) Folha de 4O00'x 6O00' - na escala 1:1.000.000 - abrangendo cerca de 288.000 km 2 ,compreendendo 16 fölhas na escala 1:250.000.
2. Fotografias*
a) Infravermelhas — na escala 1:130.000 — cobrem a area do aerolevantamento em sua totalidade,tendo a sua utilizaçao limitada quando da presença de nuvens ou nevoeiro.
Quando nftidas, no entanto, sâo de grande utilidade para mapeamento.
Para sua escolha, dispöe-se de fotoi'ndices na escala 1:500.000.
b) Multiespectrais — na escala 1:70.000 — em quatro diferentes canais (azul, verde, vermelho einfravermelho) — cobrem a érea parcialmente. Foram obtidassimultaneamentecom as infravermelhas,e apresentam as mesmas limitaçoes.
3. Vfdeo-Tape*
Na escala 1:23.000 — para sua utilizaçao se faz necesséria aparelhagem especial de TV. Apresenta asmesmas restriçôes das fotografias.
4. Perfis Altimétricos
Ao longo de cada linha de vôo (27 em 27 km), foram registrados perfis que fornecem a altitude doterreno. A aproximaçao absoluta é da ordern de 30 a 50 m. Por sua consistência a precisao relativa aolongo de uma mesma linha de vôo, pode ser considerada boa.
5. Mapas Planimétricos
Na escala 1:250.000 - em folhas de 1o00' x I03O'.
6. Mapas Temâticos
Na escala 1:250.000 - em folhas de 1o00' x 1030' - de Geologia, Geömorfologia, Solos e Vegetaçao,em transparência, para reproduçao em copia heliogréfica ou similar.
* Jâ em disponibilidade para toda a area do Projeto.
r
Composto e ImpressoGRAPHOS INDUSTRIAL LTDA.
Rua Riachuelo, 161 — Rio
CORPO TÉCNICO DOPROJETO RADAM
ÏEOLOGIA|DOR:Geol GuilhermeGaleä"o da Silva(Geol. Roberto Silva Isslerblardo da Silva Oliveira(izio Roberto Ferreira de And radejerson Caio Rodrigues Soaresrimar de Barros Nu nestar Negreiros Barros FilhoLyr Botelho dos Santosancisco Mota Bezerra da Cunha
Irrone Hugo SilvaIrobal Guimaräesäo Batista Guimaräes Teixeira
Waterloo Lopes Lealarcos de Barros Munisärio Ivan Cardoso de Limafguel Angelo Stipp Baseiîar Antonio Lima Salum
sulo Edson Caldeira Femandeslaimundo Montenegro Garcia de MontalväOloberto Dali' Agnol[uy Femandes da Fonseca Lima
GEOMORFOLOGIAJADOR:Geogr. Getûlio Vargas Barbosa
I Ceres Virginia RennóIChimi NaritaE liana Maria Saldanha FrancoFlora Marione Cesar BoaventuraLindinalva Mamede VenturaLeni Machado D'AvilaMaria das Graças Lobato Garcia
I. Maria Novaes Pinto|. Ricardo Soares Boaventuraitérprete Paulo Sergio Rizzi Lippi
>E SOLOSENADOR: Eng? Agron. José Silva Rosatelli
1 Agron. Airton Luiz de CarvalhoAgron. Carlos Duval Bacelar VianaAgron. Hugo Moller RoessingAgron. Joao Souza MartinsAgron. Joao Viana AraüjoAgron. Lucio Salgado VieiraAgron. Manoel Faustino NetoAgron. Mario Pestana de AraûjoAgron. Nelson MatosSerruyaAgron. Paulo Roberto Soares CorréaAgron. Roberto Nandes PeresAgron. Sergio Sommer
VEGETACÄO)ENADORA: Naturalista Adélia Maria Satviano Japiassu>OR : Eng9 Agron. Henrique Pimenta Veloso
jj? Florestal Eduardo Pinto da Costaj9 Florestal Evaristo Francisco de Moura Terezoj9 Florestal Floralim de Jesus Fonseca Coelho3? Florestal Heliomar Magnago
logr. Lücia Maria Cardoso Gonçalveslg? Florestal Luiz Goes Filho[g? Agron. Oswaldo Koury Juniorhg9 Florestal Pedro Furtado LeiteLg9 Florestal Petronio Pires Furtadoig? Florestal Shigeo Doiig9 Florestal Walmor Nogueira da Fonseca
SETOR DE USO POTENCIAL DA TERRACOORDENADOR:Geogr. Luiz Guimaräes de Azevedo
Geogr. Joäo da Cruz Jardim da CunhaGeogr. Victoria TuyamaGeogr. Eloisa Domingues PaivaGeogr. Maria das Graças Garcia
SETOR DE GEOCARTOGRAFIACOORDENADOR: Eng9 Cart. Nielsen Barroso Seixas
Eng? Cart. Sflvio Trezena ChristinoEng? Cart. Jayme Augusto Nunes de PaivaEng? Cart. Jaime Pitaluga NetoEng9 Cart. Sergio Paulo dos Santos PimentelGeogr. Zilca Navarro do AmaralGeogr. Angela Mendes de Carvalho
SETORDE LOGISTICACOORDENADOR: Cel. Av. R/R Paulo Moacyr Seabra Miranda
SETOR DE APOIO TÉCNICOCOORDENADOR:Geoi. Helion França Moreira
Geol, Armando SimOes de AlmeidaEng9 Berilo LangerGeol. Carlos Nicolau ConteGeol. Hubertus Colpaert FilhoFfsico Rogerio Carvalho de GodoyJornalista José Mério Pontes Lima
PLANEJAMENTO CARTOGRÀFICO E CONTROLEDE EXECUÇÂOCOORDENADOR: Geol. Célio Lima de Mscedo
Eng9Cart. Francisco Nunes FerreiraEng? Cart. Mauro Jorge Lomba MirândolaGeogr. Vilma Sirimarco Monteiro da Silva
BANCO DE DADOSCOORDENADORA: Bibliotecéria Sonia Regina Allevato
Bibliotecéria Helena Andrade da SilveiraBibliotecâria Helofsa Maria Martins MeiraBibliotecâria Maria de Nazaré Ferreira Pingarilho
ESCRITÔRIO DO RIO DE JANEIROCHEFE: Écon. Alulsio Ambrósio
ESCRITÔRIO DE BÊLÉMCHEFE: Joel Paiva Ribeiro
SUB-BASE DE MANAUSCHEFE: Juracy Trindade Belesa