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Secretaria Municipal de Saúde – SMS Sistema Único de Saúde/ Belo Horizonte – SUS/BHProposta de atuação de assistentes sociais nas unidades básicas de saúde
Projeto de trabalho do Serviço Social para as Unidades Básicas de Saúde da SMSA de Belo Horizonte
Belo Horizonte,
Setembro 2005
Secretaria Municipal de Saúde – SMS Sistema Único de Saúde/ Belo Horizonte – SUS/BHProposta de atuação de assistentes sociais nas unidades básicas de saúde
Secretaria Municipal de Saúde – SMS Sistema Único de Saúde/ Belo Horizonte – SUS/BHProposta de atuação de assistentes sociais nas unidades básicas de saúde
APRESENTAÇÃO
Este Projeto é resultado do trabalho de conclusão do curso de atualização para
Assistentes Sociais, realizado em parceria com a Escola de Serviço Social da PUC
Minas no período de abril a outubro de 2004. O curso foi demandado pelas
Assistentes Sociais da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) que viram a
necessidade de se capacitarem, tendo em vista a nova proposta de modelo
assistencial da SMSA - BH Vida - Saúde Integral.
Além dessa demanda, a Proposta de Trabalho do Serviço Social para a Secretaria
Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte atende, também, à orientação
do documento “Recomendações para a organização da Atenção Básica de Saúde
na Rede Municipal”, elaborado pela Gerência de Assistência onde se diz que a
SMSA deverá “promover a discussão das demais propostas para a atenção
básica que não estão contempladas neste documento, como os projetos para
o serviço social, práticas não alopáticas, nutrição, reabilitação,etc, definindo
seu papel e inserção neste nível da atenção, inseridos no modelo proposto”.
Participaram deste curso quase 100 % das Assistentes Sociais da SMSA das
Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Referência Secundária, Centros
de Referência em Saúde Mental (CERSAMs), Centro de Atenção à Saúde do
Trabalhador (CERSAT), Centro de Testagem e Aconselhamento, (CTA), Centro de
Reabilitação (CREAB), Centro de Treinamento e Referência Orestes Diniz, (CTR),
assim como algumas Assistentes Sociais gerentes de Unidades Básicas de Saúde.
O curso contemplou num primeiro momento o reconhecimento das necessidades
específicas do grupo, realizando nos primeiros encontros oficinas voltadas para a
caracterização do trabalho realizado sempre referenciado às novas propostas do
Projeto BH Vida - Saúde Integral.
A metodologia utilizada no curso foi à metodologia participativa problematizadora
onde, a partir dos relatos de experiências dos participantes, desencadeou-se a
discussão, compartilhando conhecimentos e vivências. Neste momento, os
facilitadores (professores) trabalharam no sentido de superar o “senso comum”,
buscando uma compreensão da realidade, estabelecendo articulação entre teoria e
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prática, entre as dimensões singular, particular e estrutural da realidade. Discutiu-se
o conhecimento científico, resgatou-se o conhecimento empírico, ampliando assim,
as possibilidades de interpretação dos problemas e de seu enfrentamento.
Dentro desta proposta metodológica, o Projeto ora apresentado é fruto de um
trabalho coletivo de todos os assistentes sociais que participaram do curso. Após o
término do mesmo, os profissionais se organizaram num primeiro momento por
nível de atenção e por Distrito Sanitário, oportunidade em que foram elaborados
seis projetos para a atenção básica de saúde, um para o nível secundário, um para
unidade de urgência e um para a saúde mental. Num segundo momento, estes
projetos foram socializados em reunião ampliada. Verificou-se que os projetos para
a unidade básica continham muitos pontos em comum. Nesta reunião, foi tirada uma
representante de cada grupo para elaborar o consolidado das propostas
apresentadas, que resultou no Projeto que ora apresentamos
Nestes momentos, vários problemas e desafios postos pelo novo modelo
assistencial para as equipes de saúde e em particular para os Assistentes Sociais
foram discutidos e construídas alternativas, como podemos observar nos objetivos
e atividades propostos.
Um dos projetos elaborados pelas assistentes sociais do Distrito Sanitário Nordeste
intitulado: A inserção do Assistente Social na Equipe Básica do Programa de Saúde
da Família, por apresentar objetivos específicos, referentes à inserção do
assistente social nas Equipes de Saúde da Família, não foi inserido neste Projeto.
JUSTIFICATIVA
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A Secretaria Municipal de Saúde adotou o Programa BH VIDA – Saúde Integral,
entendido como uma estratégia para o avanço necessário à construção de um
sistema de saúde. Este modelo assistencial, baseado nos princípios do SUS, é
uma das alavancas para fortalecer os serviços, nos quais a universalidade,
equidade, integralidade, o vínculo e a responsabilização serão efetivados, assim
como suas diretrizes organizativas como : território, cuidado integral e a participação
popular.
A Atenção Básica é entendida como o conjunto de ações de caráter
individual ou coletivo, voltados para a promoção da saúde e a
prevenção dos agravos, bem como ações clínicas de tratamento e
reabilitação dos problemas de saúde, fundamentais para a
resolutividade deste nível de atenção, visando, um atendimento de
forma mais abrangente, para além da assistência a saúde. 1
O Assistente Social participa da proposta, com o intuito de fazer parte desta
construção, numa perspectiva em que a saúde pensa a singularidade do sujeito e a
singularidade de cada situação. Assim consideramos que existem diversas formas
de organização das unidades básicas de saúde para consolidação do modelo
assistencial, que levam em conta as situações de vulnerabilidade da população,
para que possam gerar um impacto na qualidade de vida e saúde. Desta forma o
assistente social, fazendo parte da equipe multi-profissional que planeja e coordena
os trabalhos, na busca de uma ação integrada com os diversos saberes existentes,
trabalha na perspectiva de garantir o acesso aos direitos dos usuários enquanto
sujeito autônomo e cidadão.
A organização do modelo assistencial tem como estratégia o Programa de Saúde da
Família - PSF, e o assistente social como profissional de apoio às equipes de
saúde prioriza a família como objeto de intervenção. A focalização na família traz
um conhecimento das relações entre seus membros, a comunidade e o meio em
que vivem, ampliando a percepção dos diferentes agravos à saúde, o que é
fundamental para a execução de intervenções mais efetivas sobre a realidade.
1Belo Horizonte, PBH.Recomendações para a organização da Atenção Básica na Rede Municipal
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Fenômenos até então não relevantes nos serviços de saúde, como violência
doméstica, alcoolismo, drogas e o processo de perda da condição das famílias
cuidarem de seus membros mais fragilizados - idosos, crianças, deficientes e outros
- passam a integrar a agenda das equipes do BH - VIDA. Problemas de várias
ordens principalmente nas camadas populares, exigem um posicionamento efetivo
da sociedade e, especificamente, dos serviços de saúde.
Dentro deste contexto, a relação interativa do Serviço Social com a comunidade de
sua área de abrangência, proporciona a sua mobilização e a participação sócio-
política-cultural, viabilizando projetos que proporcionam a participação dos usuários,
valorizando a informação, a promoção de saúde na perspectiva da formação para a
cidadania, a participação e o exercício do controle social.
Com este projeto esperamos alcançar melhor atuação do profissional no
desenvolvimento do modelo assistencial.
OBJETIVO GERAL
Contribuir na promoção e consolidação de ações para o enfrentamento das diversas
manifestações da questão social, que interferem nas condições de vida e saúde das
famílias usuárias dos serviços de saúde.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Qualificar as intervenções do Serviço Social nas Unidades Básicas de Saúde.
2. Fortalecer a participação da comunidade no controle social do SUS.
3. Desenvolver ações, com a equipe interdisciplinar das UBS/PSF, enfatizando
os fatores sociais que interferem na saúde da população assistida.
4. Prestar atendimentos sócio-assistenciais aos usuários e suas famílias em
situação de vulnerabilidade social, segundo o princípio da integralidade.
5. Articular a rede de proteção social ao usuário por meio da interface com
recursos institucionais, comunitários, ONG/s e rede privada.
6. Desenvolver atividades em grupos temáticos com os usuários.
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METODOLOGIA
O Serviço Social se propõe a trabalhar junto à equipe do Programa de Saúde da
Família- PSF, baseando-se nos princípios doutrinários do SUS de: universalização,
equidade,integralidade bem como o vínculo e a responsabilização. Desta forma,
nos propomos a trabalhar com o público alvo do Centro de Saúde na sua
integralidade, com sua cultura, sua realidade, inserido no espaço em que vive.
Numa primeira etapa deste projeto pretende-se juntamente com as Equipes de
Saúde da Família - ESF e demais serviços da Unidade, formular um diagnóstico
situacional, identificando os principais problemas sociais relacionados à saúde-
doença da população da área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde -
UBS. Entendemos que este trabalho deva acontecer de forma participativa, ou seja,
pretende-se envolver as equipes da unidade, conselheiros da comissão local de
saúde e usuários, através de reuniões, oficinas e entrevistas, permitindo que
participem da análise e sistematização dos dados obtidos. Serão realizados,
também, estudos que possibilitem estabelecer aspectos de vulnerabilidade social
que interferem na saúde da população. O resultado do diagnóstico subsidiará o
planejamento de atividades a serem implantadas nas UBS, incluindo ações
educativas e preventivas.
Partindo do princípio de que o trabalho em grupo é uma forma eficaz de
intervenção, dinamiza o atendimento, permite troca de experiências entre as
pessoas, levando ao aprendizado coletivo e ao reconhecimento de atitudes
diferentes frente a problemas comuns, propomos a implantação junto à equipe de
atividades em grupos temáticos. Pretende-se abordar temas relacionados à
promoção da saúde da criança e do adolescente, da mulher, do idoso, programas
de geração de renda, enfatizando também, os direitos sociais , previdenciários,
trabalhistas e assistenciais.
Para os casos que demandam um acompanhamento sistemático, pretende-se
elaborar um Projeto Terapêutico, considerando a especificidade de cada situação,
estabelecendo condutas, procedimentos, discussão de casos e fluxo de
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encaminhamentos. É importante lembrar, que todos os aspectos devem ser
considerados como influenciáveis no processo de adoecimento do sujeito, sejam
estes sociais, econômicos, culturais ou psíquicos. No que diz respeito ao
atendimento e acompanhamento ao usuário e aos familiares, a nossa atuação
deverá se dar numa linha de reflexão, esclarecimentos e orientações.
Outra ação decorrente do atendimento sócio assistencial aos usuários e suas
famílias será a elaboração de pareceres sociais, relatórios e outros documentos, de
acordo com a demanda dos usuários e de outras instituições.
O acompanhamento sistemático ao usuário e/ou à sua família prevê, também, a
articulação em rede externa com a finalidade de extrapolar os limites do campo de
atuação da saúde, para estabelecer parcerias com outros órgãos públicos,
instituições, ONG’S, projetos comunitários e serviços sociais. Pretende-se com esta
estratégia obter informações complementares, potencializar reflexões acerca dos
problemas identificados, como também possibilitar a construção coletiva de
alternativas para os problemas apresentados pelo usuário. Serão, também,
realizadas ações nos diversos segmentos sociais visando a intersetorialidade dos
serviços, utilizando a referência e a contra-referência social na efetivação das
políticas sociais, no apoio à autonomia do usuário e construção da sua saúde e de
sua família.
É importante, no processo de acompanhamento, proporcionar ao usuário a
oportunidade de pensar, de decidir, apontando alternativas, para possíveis
soluções na tomada de decisões. Visa-se, com esta intervenção, a aquisição de
novas habilidades pelos usuários; o melhor uso dos recursos da comunidade, o
planejamento e as iniciativas para superar as dificuldades e tomar providências, se
afirmar e assumir responsabilidades, enfim, contribuir na construção de sua
autonomia e emancipação enquanto sujeitos.
Com o objetivo de qualificar as intervenções do Serviço Social nas Unidades
Básicas de Saúde, intensificar-se-á a participação dos assistentes sociais em
eventos de interesse profissional e da instituição, bem como a realização de
encontros e reuniões, visando o aperfeiçoamento e a qualificação profissional.
Também deverão ser divulgados os estudos inerentes à prática do Serviço Social
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por meio de relatórios, artigos, mostra de trabalhos, seminários distritais e outros
recursos de divulgação.
As reuniões técnicas dos assistentes sociais terão a finalidade de discutir temas
relacionados à especificidade profissional, contribuindo para uma melhor atuação do
Serviço Social junto às equipes de Saúde nas unidades básicas. Terão
periodicidade regular, variando conforme o acordado pelos profissionais de cada
Distrito. Nesta oportunidade, deverá ser checada a realização de cada atividade
proposta, assim como as dificuldades encontradas. Num prazo a ser estabelecido,
serão apresentados os resultados consolidados, por Distrito Sanitário.
Para a construção de indicadores na análise qualitativa da intervenção do Serviço
Social, será feita a revisão dos instrumentos de registro junto ao Sistema de
Informação, por meio de um estudo das atividades diárias realizadas pelos
Assistentes Sociais. Estes indicadores são importantes para monitorar as
atividades específicas do Serviço Social nas Unidades Básicas de Saúde e, com
isso, proceder a estudos que possam aperfeiçoá-las.
Na busca do fortalecimento e participação da comunidade no Controle Social do
SUS, os assistentes sociais deverão atuar nas reuniões da Comissão Local de
Saúde, Conselho Distrital e Municipal, Deverá, também, orientar a criação de
material informativo sobre os princípios e diretrizes do Sus, direitos sociais,
trabalhistas e previdenciários para a população usuária. Em todas estas ações o
Serviço Social estará estimulando novas lideranças a participarem do Controle
Social sobre o poder público.
Outra importante estratégia para garantir que os encaminhamentos sejam feitos de
forma responsável, que tenham resolutividade e agilidade, é a organização de um
catálogo, onde constarão os recursos, os serviços de saúde e assistenciais, do setor
governamental e da comunidade local, incluindo as ONG’s. Será necessária para
isso, articulação junto ao setor de informatização e sistematização para que os
dados levantados estejam organizados eletronicamente.
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A participação em reuniões ampliadas, palestras, seminários, congressos, fóruns,
campanhas educativas e preventivas, continuarão constando do cotidiano do
assistente social, de modo que sua atuação seja permanentemente qualificada.
As reuniões mensais dos assistentes sociais por Distrito Sanitário têm importância
fundamental na metodologia proposta, já que será neste espaço de discussão,
troca de experiência e avaliação que os projetos específicos para cada ação
proposta serão construídos coletivamente.
PÚBLICO ALVO
Prioritariamente pessoas e famílias residentes nas áreas de abrangência dos
Centros de Saúde, e, secundariamente, Assistentes Sociais e demais componentes
das equipes das Unidades Básicas de Saúde.
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ATIVIDADES E MONITORAMENTO
Qualificar as intervenções do Serviço Social nas Unidades Básicas de Saúde
ATIVIDADES Indicadores de monitoramentoa. Realizar reuniões técnicas dos Assistentes Sociais por Distrito com periodicidade regular
- nº de participantes nas reuniões técnicas mensais- nº de Distritos Sanitários com reuniões técnicas realizadas
b. Participar de atividades de aperfeiçoamento e qualificação profissional, bem como de eventos de interesse profissional e da instituição
- nº de profissionais que participaram de reuniões e eventos no ano- Relação de participantes em cursos e eventos fornecida pelo RH do Distrito Sanitário
c. Elaborar em conjunto com o Centro de Educação e Saúde a abertura de campo de estágio para estudantes de Serviço Social, tendo como contrapartida da PUC a realização de curso para supervisores
- nº de campos de estágio abertos em 2006- nº de estagiários / ano- nº de cursos para supervisores /ano ou - nº de supervisores capacitados / ano
d. Sistematizar as ações do Serviço Social nos instrumentos de registros específicos de cada ação
- nº de atividades registradas em cada instrumento
e. Rever e/ou elaborar com os Assistentes Sociais o instrumento de registro diário, junto ao Sistema de Informação
- Instrumento do movimento diário revisto/elaborado
f. Divulgar por meio de relatórios e artigos, os estudos inerentes à prática do Serviço Social
- nº de trabalhos apresentados em eventos e reuniões
g. Participar de eventos com apresentação de experiências do Serviço Social
- nº de trabalhos apresentados
h. Fazer um diagnóstico da inserção dos Assistentes Sociais vinculados às equipes de Saúde Mental da Atenção Básica, na sua interlocução com PSF
- Relatório do diagnóstico realizado- Elaboração de indicadores de avaliação
i. Construir uma proposta de atenção do Serviço Social na Saúde Mental da Atenção Básica, na sua interlocução com o PSF.
- Definição das diretrizes de atuação do Serviço Social na Saúde Mental- Diretrizes construídas - Construção de parâmetros de lotação dos Assistentes Sociais- Parâmetros construídos
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Fortalecer a participação da comunidade no controle social do SUS
Atividades Indicadores de monitoramentoa. Participar efetivamente das reuniões da Comissão Local, bem como dos Conselhos Distrital e Municipal de Saúde
- nº de participação em reuniões da CLS, Cons. Distrital e Municipal
b. Assessorar a Comissão Local (Gestor, usuários e trabalhadores) e comunidade para uma participação mais qualificada no controle social
- nº de participação em reuniões da CLS, Cons. Distrital e Municipal- nº de assessoramentos a Com Local
c. Divulgar informações sobre direitos sociais, trabalhistas, previdenciários, assistenciais e outros para a população usuária das Unidades Básicas de Saúde e equipe
- nº de reuniões e eventos realizados com o objetivo de fazer a divulgação- nº de cartilhas publicadas e distribuídas
d. Divulgar os canais de participação do controle social
- nº de reuniões e eventos realizados com o objetivo de fazer a divulgação
e. Divulgar os princípios e diretrizes do SUS, bem como sua operacionalização no município de BH, junto a outras instituições da comunidade
- nº de reuniões e eventos realizados com o objetivo de fazer a divulgação
Desenvolver ações, com a equipe interdisciplinar das UBS/PSF, enfatizando os fatores sociais que interferem na saúde da população assistida
Atividades Indicadores de monitoramento
a. Participar da elaboração do projeto terapêutico para o usuário, bem como acompanhá-lo nos aspectos que dizem respeito ao Serviço Social
- nº de projetos terapêuticos elaborados- nº de acompanhamentos
b. Colaborar e participar junto às equipes das Unidades Básicas de Saúde de campanhas educativas e preventivas
- nº de campanhas com a participação do Serviço Social
c. Realizar estudos a partir dos critérios de vulnerabilidade social que interferem na saúde da população, para subsidiar as ações das equipes de saúde
- Documento definindo os critérios, elaborado
d. Realizar com a equipe um diagnóstico situacional, identificando os principais problemas sociais relacionados à saúde da população da área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde
- Relatório do diagnóstico realizado
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Prestar atendimentos sócio-assistenciais aos usuários e suas famílias em situação de vulnerabilidade social, segundo o princípio da integralidade
Atividades Indicadores de monitoramentoa. Realizar atendimento sócio-assistencial individual/familiar e acompanhamento de caso
- nº de casos atendidos- nº de casos acompanhados- nº de casos resolvidos
b. Elaborar pareceres sociais, relatórios e outros documentos, de acordo com a demanda dos usuários e de outras instituições
- nº de pareceres elaborados- nº de relatórios elaborados
Articular a rede de proteção social ao usuário por meio da interface com recursos institucionais, comunitários, ONG’s e rede privada
Atividades Indicadores de monitoramentoa. Discutir, com outros serviços, fluxo e critérios para encaminhamentos
- nº de contatos com serviços e instituições
b. Garantir referenciamento sempre através de impresso próprio e contatos telefônicos, quando se fizer necessário
- nº de casos encaminhados através de impresso próprio- nº de contatos telefônicos realizados objetivando encaminhamentos
c. Organizar e manter atualizados catálogos de serviços e recursos de saúde, assistenciais, culturais e outros do setor público, privado, ONG’s
- Catálogo organizado
d. Estabelecer parcerias para discutir questões intersetoriais
- nº de parcerias intersetoriais realizadas- Consolidado das reuniões técnicas realizadas
Desenvolver atividades em grupos temáticos com os usuários
Atividade Indicadores de monitoramentoa. Elaborar projetos de atividades em grupos temáticos
-nº de grupos coordenados pelo Serviço Social-nº de grupos com a participação do Serviço Social
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METAS
1 -100% dos Assistentes Sociais melhor qualificados no desempenho de suas
atividades.
-100% das Regionais com reuniões técnicas dos Assistentes Sociais com
periodicidade regular.
2 -50% dos grupos e instituições da comunidade, envolvidos no controle social.
3 -100% das ações articuladas com a equipe interdisciplinar.
4 -100% dos usuários que procuram o Serviço Social, atendidos.
5 -70% da rede de proteção ao usuário articulada pelo Serviço Social.
6 -70% das atividades em grupo com a participação do Serviço Social
AVALIAÇÃO
Pretende-se realizar um monitoramento contínuo e sistemático do Projeto, através
de reuniões periódicas com o grupo de assistentes sociais e equipe multi-
profissional, como também, levantamento junto aos usuários sobre a resolutividade
das ações do Serviço Social.
Bibliografia
BH-Vida - Saúde Integral, Secretária de Coordenação das Políticas Sociais da Secretária Municipal de Saúde de Belo Horizonte- Março de2003 (mimiog.)
Recomendações para a Organização da Atenção Básica na Rede Municipal- Secretaria Municipal de Saúde , PBH (mimiog.)
Cunha, E.S., Projetos Sociais, Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento da Política de Assistência Social, UFMG, 2000 (mimiog.)
Vasconcelos, A.M., A prática do serviço social: cotidiano, formação e alternativas na área de saúde. São Paulo, Cortez, 2002
Costa, M.D.Horário, O trabalho nos serviços de saúde e a inserção dos assistentes
sociais, Serviço Social e Sociedade, nº 62, março 2000, SP, Cortez.