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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO CURSO DE ENFERMAGEM Camila Oliveira David Gonçalves João Donizete de Almeida Juliana Ferreira Patrícia Duarte L. de Sousa SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIAZADO/SAE UNIDADE VIRTUAL

Trabalho Ubs Virtual

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

CURSO DE ENFERMAGEM

Camila Oliveira

David Gonçalves

João Donizete de Almeida

Juliana Ferreira

Patrícia Duarte L. de Sousa

SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIAZADO/SAE

UNIDADE VIRTUAL

SÃO PAULO

2015

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Camila Oliveira

David Gonçalves

João Donizete de Almeida

Juliana Ferreira

Patrícia Duarte L. de Sousa

SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIAZADO/SAE

UNIDADE VIRTUAL

Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, orientado pela Profa. Heidi, como requisito para avaliação processual na disciplina Gestão de Enfermagem em Saúde Pública.

SÃO PAULO

2015

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................4

2. OBJETIVO...............................................................................................................7

3. METODOLOGIA......................................................................................................8

4. RESULTADO..........................................................................................................9

4.1 POPULAÇÃO ALVO................................................................................................................................94.2 LOCAL ESCOLHIDO:..............................................................................................................................94.3 ESTRUTURA............................................................................................................................................9

4.3.1 DUAS RECEPÇÕES......................................................................................................................104.3.2 SANITÁRIOS:..................................................................................................................................104.3.3 CONDIÇÕES DE LAVAGEM DAS MÃOS:.................................................................................104.3.4. CONSULTÓRIOS:.........................................................................................................................104.3.5. UMA FARMÁCIA...........................................................................................................................124.3.6. UM ALMOXARIFADO...................................................................................................................124.3.7. OUTRAS DEPENDÊNCIAS.........................................................................................................13

4.4 FLUXO DE ATENDIMENTO.................................................................................................................134.5 RECURSOS HUMANOS.......................................................................................................................14

4.5.1. AO ENFERMEIRO CABE: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SAE.............................144.5.2. AO PSICÓLOGO CABE:..............................................................................................................154.5.3. AO MÉDICO CABE:......................................................................................................................154.5.4. AO DENTISTA CABE:..................................................................................................................164.5.5. AO NUTRICIONISTA CABE:.......................................................................................................164.5.6. AO FARMACÊUTICO CABE:......................................................................................................164.5.7. A TODOS OS MEMBROS DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL CABE:..............................17

4.6. DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM................................................................174.7. NOTIFICAÇÃO......................................................................................................................................18

4.7.1. INSTRUMENTO DE NOTIFICAÇÃO..........................................................................................19

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................20

REFERENCIAS.........................................................................................................21

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1. INTRODUÇÃO

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) afetam um alto percentual da

população muitas vezes de forma silenciosa - o que contribui para sua

disseminação. Apesar de serem um importante problema de saúde, pública a sua

abordagem ainda enfrenta barreiras ligadas ao preconceito e aos valores morais da

sociedade. (ESPÍRITO SANTO, 2008)

Na América Latina, cerca de 1,3 milhões de pessoas estão contaminadas,

com DSTs, presume-se que no Brasil o número de portadores ultrapasse 500 mil.

De 1980 até maio de 2000, mais de 190.000 casos foram registrados. As DST

readquiriram importância não somente pela alta magnitude estimada e graves

conseqüências, mas também pela sua interação com o HIV. As DST são o principal

fator facilitador da transmissão sexual do HIV e algumas delas, se não

diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até o

óbito. (SILVEIRA et. al., 2002).

O impacto social reflete em despesas com complicações de saúde e

internações, causando além do prejuízo social, um grande impacto para a economia

do país. As DSTs podem ser controladas através ações de prevenção primária que

possibilitam o rompimento da cadeia de transmissão. É possível efetivar o controle

das DST com bons programas reventivos e uma rede de serviços básicos

resolutivos, profissionais preparados para a realização do diagnóstico, tratamento e

adequado acolhimento e aconselhamento dos portadores de DSTS e de seus

parceiros sexuais, e garantia de um fluxo contínuo de medicamentos e

preservativos. (VILLARINHO et al., 2013).

Com exceção das causadas por vírus, todas podem ser eficazmente

tratadas, contribuindo, inclusive, para a redução da infecção pelo HIV. (ESPÍRITO

SANTO, 2008)

O Programa Estadual de DST/aids foi formalmente implantado em 1988, mas

somente em 1996 passou a contar com recursos federais originários do empréstimo

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do Banco Mundial, e convênios para captação de recursos anuais de 1999 a 2003

(período em que foi formalizada a existência da Câmara Técnica Estadual Normativa

das Ações de DST/aids e da equipe da Coordenação Estadual do Programa através

das Portarias Estaduais Nº 163-N/99 e Nº 120-S de 04/11/2002, respectivamente). A

partir de 2003, recursos anuais para as ações em DST e aids passaram a ser

originários do Incentivo Federal, repassados fundo a fundo para o Estado e,

gradativamente, para 11 municípios qualificados com base em critérios definidos

pelo MS., entretanto, outras fontes de financiamento do SUS abrangem

procedimentos diversos de prevenção, diagnóstico e aquisições de insumo, uma vez

que as ações em DST e aids integram também o leque da assistência na atenção

primária. (Plano Estratégico Programa Nacional de DST e Aids, 2005). O Brasil é o

único país do mundo em que o tratamento para AIDS é oferecido gratuitamente a

todos, independentemente de etnia, religião e condição financeira, obedecendo

assim aos princípios do (SUS) Sistema Único de Saúde (SILVA, 2007).

A elaboração dessas políticas voltadas ao HIV/AIDS resultou na consolidação

de diversas leis, programas e coordenações de saúde, assim como teve um papel

fundamental na organização dos Serviços de Assistência Especializada às pessoas

com HIV/AIDS (VILLARINHO et al., 2013).

Os serviços ambulatoriais em HIV e aids são serviços de saúde que realizam

ações de assistência, prevenção e tratamento às pessoas vivendo com HIV ou aids.

Estes serviços possuem diferentes configurações institucionais: são ambulatórios

gerais ou de especialidades, ambulatórios de hospitais, unidades básicas de saúde,

postos de saúde, policlínicas e serviços de assistência especializados em DST,

HIV/aids (SAE). Também são administrados de diferentes formas: por municípios,

estados, governo federal, universidades, organizações filantrópicas e não

governamentais conveniadas ao SUS (BRASIL, 2015).

Os Serviços de Assistência Especializada (SAE) foram implantados em 1994,

de forma descentralizada, por meio de recursos repassados através do Plano

Operativo Anual, pelo Ministério da Saúde, às coordenações locais de DST e AIDS.

O SAE é uma unidade assistencial de caráter ambulatorial, que propícia o vínculo do

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paciente portador do vírus HIV/AIDS e outras DSTs com uma equipe

multiprofissional. Presta atendimento médico, com resolutividade diagnóstica, e

oferece tratamento com assistência farmacêutica e psicossocial aos pacientes e

familiares (Serviço de Assistência Especializada (SAE): Uma Experiência

Profissional). O objetivo destes serviços é prestar um atendimento integral e de

qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde

composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas,

assistentes sociais, educadores, entre outros. Algumas de suas atividades principais

são: cuidados de enfermagem; orientação e apoio psicológico; atendimentos em

infectologia, ginecológico, pediátrico e odontológico; controle e distribuição de

antirretrovirais; orientações farmacêuticas, realização de exames de monitoramento;

distribuição de insumos de prevenção; atividades educativas para adesão ao

tratamento e para prevenção e controle de DST e aids. (BRASIL, 2015).

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2. OBJETIVO

Criar uma unidade virtual de Serviço de Atendimento Especializado DST/AIDS

de acordo com as diretrizes do SUS que atenda a população de risco da região

central da cidade de São Paulo.

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3. METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa realizada por meio de um

levantamento da literatura considerando artigos e diretrizes O acesso foi realizado

na Biblioteca do Sistema Integrado “Padre Inocente Radriazzani”.

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4. RESULTADO

4.1 POPULAÇÃO ALVO

De acordo com nossa pesquisa, os grupos de maior vulnerabilidade são o

público homossexual e dependentes químicos

4.2 LOCAL ESCOLHIDO:

Decidimos escolher um local próximo a região central que não tenha uma

unidade SAE

4.3 ESTRUTURA

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4.3.1 DUAS RECEPÇÕES

Sala/área para registro e arquivo de fichas e prontuários

Balcão/guichê

Área de espera

Bancos/assentos destinados ao público

4.3.2 SANITÁRIOS:

Separados por sexo

4.3.3 CONDIÇÕES DE LAVAGEM DAS MÃOS:

Lavatório

Dispensador com sabão líquido

Suporte com papel toalha

Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal

4.3.4. CONSULTÓRIOS:

4.3.4.1 Sala para consulta de enfermagem, triagem e biometria

Uma para entrada/acolhimento, outra para consultas/ exames, cada uma com salas

para atendimento do serviço social e psicologia capacidade para 15 pessoas com

área total de 23 m² de acordo, pisos lisos sem frestas, com a PORTARIA Nº 340, DE

4 DE MARÇO DE 2013 do ministério da saúde.

Bancada com pia

Lavatório

Torneira acionada sem o comando das mãos

Dispensador com sabão líquido

Suporte com papel toalha

Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal

4.3.4.2 Salas para atendimento do serviço social e psicologia

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Mesa e cadeira (profissional)

Cadeira para usuário

Armário

4.3.4.3 Sala para pequenos procedimentos:

Mobiliário e outros elementos constituídos de material de fácil limpeza e

desinfecção:

Material de curativo, pacotes esterilizados e medicamentos

Bancada com pia

Mesa de aço inox com rodízio

Escada de dois degraus

Mesa auxiliar/bandeja de material para curativo

Balança antropométrica

Foco auxiliar fixo ou móvel

Esfigmomanômetro

Estetoscópio

Hamper

Lixeira com saco plástico branco leitoso e tampa de acionamento por pedal

Recipiente rígido para descarte de material perfuro - cortante

Na sala de acolhimento é realizada uma triagem, coleta de dados do paciente

e seu comportamento sexual de risco, nessa entrevista é avaliado a necessidade ou

não de uma amostra para sorologias. A partir desses dados também o profissional

que atende na sala de acolhimento montará um plano de orientação individual para

prevenção de um novo comportamento de risco desse paciente. É necessário

apenas um enfermeiro, com especialização em infectologia, por sala e que o

ambiente seja privado.

4.3.4.4 Três consultórios médicos

4.3.4.5 Dois consultórios de enfermagem

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4.3.5. UMA FARMÁCIA

Local onde são realizadas ações voltadas para a assistência farmacêutica,

com a dispensação de medicamentos antirretrovirais para o atendimento dos

usuários sob terapia com antirretrovirais sem prejuízo à dispensação de outros

medicamentos, como aqueles para infecções oportunistas e efeitos adversos aos

antirretrovirais, ou produtos estratégicos para as DST/Aids, tais como os insumos de

prevenção (preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante).

SICLOM –Sistema de Controle Logístico de Medicamentos da Aids: Possui

três módulos. Um é alimentado pelo farmacêutico das UDM (Unidades

Dispensadoras de Medicamentos situadas em municípios que possuem SAE); o

outro é gerenciado na farmácia central da SESA/ES, que organiza os dados e os

exporta para o Programa Nacional de DST/aids-MS, que, no terceiro módulo,

gerencial, acessa as informações estaduais. Os três possibilitam para os gestores:

cálculo de demanda; avaliação do processo de abastecimento; acompanhamento da

aquisição; controle de estoque; elaboração das guias de distribuição;

acompanhamento do processo de distribuição do nível nacional até as unidades

dispensadoras; e análise global dos dados de consumo, estoque, validade e

demanda reprimida.

4.3.6. UM ALMOXARIFADO

Geladeira/Refrigerador - o número de geladeiras/refrigeradores deve ser

proporcional ao volume de medicamentos que necessitam de armazenamento

refrigerado, com termômetro de temperatura de máxima e mínima. Manter

registros diários;

Prateleira - prateleiras de aço ou material resistente, liso e de fácil limpeza,

tantas

Quantas forem necessárias para alocar o quantitativo de medicamentos

existentes na área de armazenamento, isoladas dos demais medicamentos

que não fazem parte da Portaria nº 344/98;

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Ambiente climatizado entre 18ºC a 25ºC, com controle e registro diário de

temperatura e umidade relativa.

4.3.7. OUTRAS DEPENDÊNCIAS

Uma sala de coleta para exames laboratoriais de rotina e teste rápido

Uma copa para funcionários

Um vestiário para funcionários

Uma sala de reunião

Uma sala para guardar arquivos e prontuários

Três banheiros (masculino, feminino, deficiente)

Um espaço para oficinas cursos e atividades diversas

Uma Sala para guardar material de limpeza

Local para armazenamento de resíduos até o seu descarte

4.4 FLUXO DE ATENDIMENTO

Existem duas formas do usuário chegar a unidade do SAE/DST AIDS: A

primeira é por encaminhamento, após detecção em outro serviço de saúde, podendo

ser público ou privado, nela o usuário já chega com o diagnóstico e faz abertura de

prontuário para iniciar acompanhamento e ter acesso a medicação, que no Brasil é

distribuída exclusivamente pelo SUS. A segunda forma, é por demanda espontânea,

na qual o usuário procura o serviço para realizar o teste rápido. Se negativo ele

recebe orientações da equipe no aconselhamento para que o comportamento de

risco não ocorra novamente. Se positivo é feita imediatamente a notificação no

próprio SAE e iniciada a abertura de prontuário.

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Fig 1 Fonte SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO, Diretrizes para a atenção à saúde em HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis

4.5 RECURSOS HUMANOS

Médicos infectologistas para adultos e crianças e/ou clínicos treinados em

serviços de referência;

11 Enfermeiros, 6 técnicos de enfermagem;

3 Assistentes sociais;

1 Psicólogo;

2 Farmacêuticos e 4 dispensadores (auxiliares de farmácia);

1 Nutricionista.

1 profissional de nível superior administrativo,

8 técnicos administrativos,

4 atendentes de almoxarifado

1 dentista e um técnico em odontologia

5 auxiliares de serviços gerais

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4.5.1. AO ENFERMEIRO CABE: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SAE

Realizar consultas de enfermagem, intercaladas com as consultas médicas,

de monitoramento do estado geral do indivíduo e adesão aos medicamentos;

excepcionalmente, poderão prescrever e aplicar medicamentos e solicitar exames

de rotina e complementares, de acordo com protocolos estabelecidos (segundo a Lei

nº 7.498/86, regulamentada pelo Decreto nº 94.406, de 8 de Junho de 1987), e

encaminhar para outros profissionais da equipe, conforme demanda apresentada.

4.5.2. AO PSICÓLOGO CABE:

Realizar a consulta pré e pós-atendimento, com ênfase no suporte psicológico

e/ou psicoterapêutico, quando necessário, ao usuário e à família, para a convivência

com a situação HIV+, e contribuir para a adaptação ao serviço e o atendimento das

respectivas necessidades expressas através da consulta.

4.5.3. AO MÉDICO CABE:

Realizar consultas e tratamento das PVHA de acordo com orientações,

protocolos e normas técnicas e com fluxos de referência e contra

referência estabelecidos entre Estado e municípios, inclusive de

gestantes HIV+ e profissionais envolvidos em acidente com material

biológico encaminhados ou não pelas UBS de seu território de origem;

Atender urgências e/ou realizar encaminhamentos segundo fluxos

definidos entre municípios e Estado;

Viabilizar a troca de informações sobre o tratamento das PVHA

assistidas, quando procurado pelos profissionais da UBS do seu local

de origem ou por outro SAE;

Participar das discussões para atualização de consensos terapêuticos;

Definir os casos de aids, conforme critérios estabelecidos pelo MS e

promover a sua notificação.

Ao assistente social cabe: Realizar pré-consultas, integradas ou não

com outros profissionais, elaborando relato sobre as condições

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socioeconômicas e história familiar, visando a planejar o acesso do

usuário aos benefícios garantidos legalmente e aos disponibilizados no

próprio serviço.

4.5.4. AO DENTISTA CABE:

Realizar consultas, tratamento e manutenção da saúde bucal, orientando as

PVHA e seus familiares sobre cuidados de higiene e alertando sobre as situações de

maior gravidade.

4.5.5. AO NUTRICIONISTA CABE:

Traçar plano dietético, visando a melhorar o estado nutricional das PVHA.

Observando a sua avaliação socioeconômica e psicológica, orientá-las para uma

alimentação capaz de auxiliar na melhoria de sua qualidade de vida.

4.5.6. AO FARMACÊUTICO CABE:

Controlar estoques de medicamentos conforme a demanda;

Alimentar o módulo do SICLOM (Sistema de Controle da Logística de

Medicamentos) que cabe às UDM-Unidades Dispensadoras de

Medicamentos para PVHA;

Cumprir exigências burocráticas, tais como elaboração de boletins,

mapas e relatórios, para que seja garantido o acesso do usuário aos

medicamentos;

Solicitar medicamentos para as DST e I.O–Infecções Oportunistas, na

Farmácia Central do Estado;

Efetivar consulta farmacêutica com verificação das drogas prescritas,

esclarecimentos sobre dosagens e efeitos colaterais, além de estímulo

à adesão ao tratamento.

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4.5.7. A TODOS OS MEMBROS DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL CABE:

Efetivar as atividades relativas a:

Acolhimento humanizado do usuário e familiares;

Aconselhamento em todo momento que se fizer necessário,

abrangendo parceiros sexuais, gestantes e outras;

Estímulo à adesão aos medicamentos;

Acompanhamento da aceitação e efetivação das prescrições sobre

medicamentos, exames laboratoriais preconizados durante o

tratamento e alimentação;

Acesso aos insumos diversos (preservativos, medicamentos, exames,

fórmula láctea infantil, etc);

Busca de faltosos, quando consentida previamente pelo usuário;

Estímulo à integração entre usuários e entre usuários e seus familiares;

Uso de fluxos, protocolos e referências formalizadas como Hospital-Dia

(HD) e Hospitais Convencionais (leitos HIV/aids) para a internação das

PVHA, quando necessário;

Integralidade da atenção, através da discussão dos casos por toda a

equipe; e intercâmbio de informações sobre a saúde das PVHA com as

UBS de origem do usuário e a equipe de assistência domiciliar

terapêutica.

4.6. DIMENSIONAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Salas Manhã Tarde Total Total

Enf. Téc.

Enf

Enf. Téc.

Enf

Enf. Téc.

Enf

03. Aconselhamento 03 03 30

01. Consultório Enf. 01 01 10

01. Coord. Enf 01 01 10

02. Reunião 01 01 01 01 10 10

01. Coleta 02 02 20

11 06

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4.7. NOTIFICAÇÃO

Dos sistemas de informação; O SINAN NET - Sistema Nacional de Agravos

de Notificação é o sistema operacional de abrangência nacional utilizado como

instrumento de transferência dos dados de vigilância. As notificações do HIV e sífilis

em gestante e dos casos de aids são registradas através desse sistema.

Outros sistemas como o SIM – Sistema de Informação da Mortalidade e o

SINASC- Sistema Nacional de Informação sobre os Nascidos Vivos, além de

informações do próprio SINAN relativas a outras doenças como a tuberculose,

devem ser utilizados pelos gestores para interface e comparação de dados,

objetivando depurar as informações e realizar uma vigilância de maior qualidade.

Para a atenção em HIV/aids, entretanto, foram criados outros sistemas

específicos:

SISCEL- Sistema de Controle de Exames Laboratoriais: é um sistema

integrado com o SICLOM e a Rede Nacional de Genotipagem do HIV (RENAGENO)

para controle dos exames de quantificação da car Diretrizes HIV AIDS e outras

DST.indd 76 26/5/2008 10:22:40

DIRETRIZES | DST/AIDS 77

Carga viral do HIV e contagem de linfócitos T CD4+/CD8+, ofertados na

assistência às PVHA. Concebido para desburocratizar os procedimentos de

solicitação dos exames, emissão de laudos, e controle de cotas de exames por

paciente, conta com um banco de dados que possibilita análises estatísticas e

ferramentas de apoio gerencial ao Programa Nacional, Coordenações Estaduais e

Municipais.

SI-CTA – Sistema de Informação dos Centros de Testagem e

Aconselhamento:

O município, em sua UBS de referência para a testagem e aconselhamento

em HIV/aids, com orientação da Coordenação Estadual de DST e aids – CE

DST/Aids-SESA, deve utilizá-lo. Criado e disponibilizado pelo MS, possibilita o

acompanhamento da evolução local da prevalência da infecção pelo HIV e o

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conhecimento das tendências e vulnerabilidades de grupos populacionais locais,

auxiliando no planejamento de metas e ações mais eficazes.

4.7.1. INSTRUMENTO DE NOTIFICAÇÃO

O formulário a ser utilizado para o registro de casos de DST é a Ficha

Individual de Notificação do SINAN, já utilizada em todo o país para os agravos,

seguindo o mesmo fluxo das demais feitas no SINAN. Há fichas específicas para

gestantes HIV+ e seu RN, Sífilis Congênita, aids em Crianças e em Adultos.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É necessário avançar nas propostas do sistema de saúde que expressam

uma visão ampliada de saúde, de modo que o atendimento não se detenha apenas

aos aspectos de biológico da doença, mas que possa ir além, atingindo todo o

contexto do indivíduo e da comunidade no qual ele está inserido. A importância da

SAE ser visto como um espaço de empoderamento, com possibilidades de promover

a qualidade de vida do portador da DST, prevenção da sua transmissão/agravos e

politização da população.

A superação das dificuldades e dos limites de uma prática voltada à

promoção da saúde ao usuário em sua plenitude depende, sobretudo, da qualidade

da assistência multiprofissional prestada e da estrutura organizacional desta

modalidade de serviço.

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REFERENCIAS

ESPÍRITO SANTO. Joanna D’arc Victoria Barros de Jaegher. Secretaria de Estado da SaÚde do EspÍrito Santo.DIRETRIZES PARA A ATENÇÃO À SAÚDE EM HIV/AIDS E OUTRAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. 2008. Disponível em: <http://www.saude.es.gov.br/download/34697_DST_AIDS_MIOLO.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2015.

SILVA, C. G. S. Serviço de Assistência Especializada (SAE): Uma Experiência Profissional. Psicologia, ciência e profissão. Rio Grande do Norte. 2007, 27 (1), 156-163

SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS E ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE GERÊNCIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS, Diretrizes para a implantação de Serviço de assistência especializada SAE. Secretaria De Saúde do Estado de GOIÁS. Goiânia, 2011. 8p. Disponível em < http://www.saude.go.gov.br/> acesso Abril 2015.

VILARINHO, M. V. et all. Políticas públicas de saúde face à epidemia da AIDS e a assistência às pessoas com a doença. Rev Bras Enferm, Brasília 2013 mar-abr; 66(2): 271-7.

BRASIL. Fábio Mesquita. Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais:Portal sobre aids, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais. 2015. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/>. Acesso em: 20 abr. 2015.