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Pronapa 2007 Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Agropecuária o Brasil e a Agricultura Tropical: liderança mundial movida a conhecimento

Pronapa 2007 2ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/171315/1/... · 2018. 1. 19. · Parque Est ação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (Final) 70770-901 Brasília, DF

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  • Pronapa 2007Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Agropecuária

    o Brasil e a Agricultura Tropical:liderança mundial movida a conhecimento

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    lISSN 01029312

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

    Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento – DPD

    Pronapa 2007Programa Nacional de Pesquisa eDesenvolvimento da Agropecuária

    O Brasil e a Agricultura Tropical:

    liderança mundial movida a conhecimento

    Pronapa, Brasília, v 33, p. 1 – 161

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    Exemplares desta publicação podem ser recuperados ou solicitados nos endereços:http://www21.sede.embrapa.br/a_embrapa/unidades_centrais/spd/publicacoes/institucional/

    PronapaEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EmbrapaDepartamento de Pesquisa e Desenvolvimento - DPDParque Estação Biológica - PqEB - Av. W3 Norte (Final)70770-901 Brasília, DFCaixa Postal 040315Fone: (061) 448-4337 – 448-4451 Fax: (061) 347-2061

    Pronapa 2007

    Responsáveis pela elaboraçãoVeslei da Rosa CaetanoCarlos Eduardo Lazarini da FonsecaEduardo Paulo de Moraes SarmentoAntônio Maria Gomes de CastroSuzana Maria Valle LimaDenise do Nascimento MachadoAndré Luiz Lemes Alarcão

    Tema da cap aO Brasil e a Agricultura Tropical: liderança mundial movida a conhecimento

    Revisão de textoVeslei da Rosa Caetano

    Diagramação e editoração eletrônicaVeslei da Rosa Caetano

    Embrap a Informação T ecnológica

    CapaCarlos Eduardo Felice Barbeiro

    Impressão e acabamentoEmbrapa Informação Tecnológica

    Tiragem : 300 exemplares

    Pronapa. Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento da Agropecuária. – 1995 -Brasília: Embrapa, 1995 –

    AnualContinuação de: Pronapa. Programa Nacional de Pesquisa Agropecuária (1975 – 1994).ISSN 0102-9312

    1. Agropecuária – Sistema Embrapa de Gestão – Pesquisa – Macroprograma – Brasil. 2. Agricultura -Pesquisa - Macroprograma – Brasil. I. Embrapa Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento

    CDD 630.72081

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    S U M Á R I O

    Apresentação ................................................................................................................ 7

    Capítulo 1 – Plano Diretor da Embrapa: Realinhamento Estratégico 2004 - 2007 e Ações Gerenciais da Diretoria-Executiva ................................................ 9Discurso do Diretor-Presidente da Embrapa, Silvio Crestana ............................................ 11Estrutura Organizacional Básica da Embrapa .......................................................................13IV Plano Diretor da Embrapa 2004 – 2007 ...............................................................................14Desempenho do Sistema Embrapa de Gestão – SEG ..........................................................29Destaques da Programação de Pesquisa ..............................................................................35Prêmio Frederico de Menezes V eiga .....................................................................................36

    Capítulo 2 - Programação de P&D, de Desenvolvimento e de Administração ....... 37Macroprograma 1 - Grandes Desafios Nacionais ..................................................................39Macroprograma 2 - Competitividade e Sustentabilidade Setorial ......................................48Macroprograma 3 - Desenvolvimento T ecnológico Increment al do Agronegócio ............70Macroprograma 4 - T ransferência de T ecnologia e Comunicação Empresarial .............. 112

    Macroprograma 5 - Desenvolvimento Institucional ............................................................132Macroprograma 6 - Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar e à Sustentabilidade do Meio Rural ..........................................................136Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café - CBP&D Café ....................139

    Capítulo 3 – Anexos .................................................................................................. 149Anexo 1 - Distribuição dos Recursos Humanos da Embrapa por Unidade ...................... 151Anexo 2 - Acordos, Relações e Programas de Cooperação Técnica e Financeira mantidos pela Embrapa ................................................................ 155

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    Apresent ação

    O documento “Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento daAgropecuária – Pronapa –“ apresenta a programação anual de pesquisa executadapelas instituições integrantes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).

    A Embrapa implantou, em 2002, o Sistema Embrapa de Gestão (SEG) com oobjetivo de acompanhar as atividades da programação de pesquisa, integrando-as adiferentes níveis de gestão. O SEG estabelece figuras programáticas, instâncias einstrumentos de gestão, def ine processos de planejamento, execução,acompanhamento e avaliação da programação de pesquisa e desenvolvimento,transferência tecnológica, comunicação e desenvolvimento institucional, ademais desistematizar os mecanismos de indução. O Sistema relata também as atividades científicase tecnológicas desenvolvidas pelo SNPA.

    Dentre as inovações introduzidas pelo SEG está à implementação doMacroprograma, figura programática de nível tático, orientada à gestão de projetos.

    Os Macroprogramas de 1 a 6 possuem características específicas, quanto àestrutura de equipes e arranjos institucionais, facilitando a Empresa e seus parceiros aresponderem aos desafios e oportunidades do mercado de inovações da agropecuária.Portanto, são instrumentos gerenciais da programação de pesquisa, dirigindo-a paraobtenção de resultados de impacto e ao cumprimento das metas técnicas da Embrapa.

    O documento Pronapa 2007 é dividido em três capítulos. O primeiro descreve osnorteadores institucionais da Diretoria-Executiva, o IV Plano Diretor da Embrapa 2004 –2007, o desempenho do Sistema Embrapa de Gestão - SEG, o mérito estratégico daprogramação de P & D da Embrapa e apresenta os agraciados com o Prêmio Fredericode Menezes da Veiga. O segundo capítulo apresenta a programação da Empresa,incluindo os projetos de cada Macroprograma e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café - CBP&D Café. O terceiro corresponde aos anexos e mostram adistribuição dos recursos humanos e os acordos de cooperação técnica e financeira.

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    Capítulo 1

    Plano Diretor da Embrapa:Realinhamento Estratégico

    2004 – 2007 e Ações Gerencias da Diretoria Executiva

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    Discurso do Diretor-Presidente da Embrap a, Silvio Crest ana33º aniversário da Empresa, dia 26 de abril de 2006

    Há lições cruciais a serem aprendidas. A primeira e mais importante delas é a de que é precisorespeitar e se valer da nossa cultura de empreendedorismo e soberania. Todos os que realizaram grandesobras na construção desse Brasil moderno assim o fizeram, independente de suas orientações ideológicas.

    A segunda lição, talvez mais óbvia, mas não menos importante, é que a colheita deste outono nãofoi plantada no último verão. Ela é possível hoje porque foi prevista e semeada há 30, 50, 200 anos. Não temoso direito de falhar a semeadura que vai nos dar um futuro melhor.

    A terceira lição é a de que é um erro apostar no divisionismo das falsas dicotomias. Sempre que ofizemos, não crescemos. Ficamos menores. Não temos que escolher um em prejuízo do outro, o públicocontra o privado, o campo ou a cidade, o familiar ou o empresarial.

    Devemos escolher todos. O Brasil grande, forte e generoso, que estamos construindo, precisa depaz e prosperidade em todas as suas regiões, em todos os seus empreendimentos. Precisa que todas asnações, sobretudo as do Mundo Tropical, cresçam e sejam felizes.

    E, para tanto, esse Brasil precisa que o Estado e o Setor Privado sejam ambos fortes e parceiros.Pois, entre um e outro, está o cidadão, estão os excluídos, e todos dependem desse equilíbrio de forças paraque seus direitos sejam respeitados e garantidos.

    A Pesquisa Agropecuária do Brasil sente-se confortável com o seu papel porque sempre acreditounesse ideário. Nunca excluímos ninguém, pois nos pautamos pelos problemas que a sociedade prioriza ebuscamos suas soluções. Por isso, temos o maior patrimônio do mundo em conhecimentos e tecnologiaspara a agricultura tropical. É o que serve ao Brasil.

    Para a agricultura familiar, a qual já entregamos mais de mil tecnologias em cinco anos, nestemomento temos mais de 240 projetos. Num deles, com a Conab e os ministérios do Desenvolvimento Sociale do Desenvolvimento Agrário, vamos ajudar 70 mil famílias a produzir as sementes certificadas que precisam,e vamos chegar a 200 mil famílias. Na Amazônia, trabalhamos firme no ordenamento, monitoramento egestão de territórios como as margens das BR-163 e BR-319; no manejo, valoração e valorização da floresta,e buscando opções sustentáveis para o uso de áreas já desmatadas.

    Como diz o ministro Roberto Rodrigues, a agricultura, por tudo que enfrenta da semeadura à colheita,é um milagre que acontece porque é uma parceria entre Deus, todos os homens e a natureza. Se Deus elegeua todos, porque iríamos nós, da ciência, excluir alguém?

    Essa clareza de visão colhemos na sintonia fina que existe entre a Embrapa, o Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento e todo o Governo. Devemos isso à liderança segura e esperançosa doministro Roberto Rodrigues a quem rendo minhas homenagens e para quem peço o aplauso de todos.

    Tudo o que apresentamos aqui nesta noite e nesta edição do Ciência para a Vida - as tecnologias,os acordos e convênios, as premiações, bem como as parcerias de longa data com o setor privado, com osministérios da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social, da IntegraçãoNacional, do Meio Ambiente, do Planejamento, das Minas e Energia, com o Congresso Nacional, com osmovimentos sociais e com nações de todos os continentes, atesta a nossa obediência a esse credo.

    O Presidente Lula conhece bem essas lições e revela sabedoria e sensibilidade dignas de todos osgrandes líderes do passado. O seu governo também será lembrado por nos dar os marcos legais para essaempreitada. Aí estão a Lei das Parcerias Público Privadas, a Lei de Inovação e a Lei de Biossegurança, cujaimplementação encontrou nos ministros Paulo Bernardo, Eduardo Campos e Sérgio Rezende timoneiroscriativos e incansáveis.

    Atento ao presente e arquitetando o futuro, o presidente Lula pediu ao ministro Roberto Rodriguese a nós da Embrapa que cuidássemos da questão da agroenergia. Pediu também que levássemos nossastecnologias para a África, pois sente que é simplesmente justo e humano que lhe devolvamos um pouco detudo aquilo o que um dia recebemos em sangue, suor, cultura e alma para a formação da nação brasileira.

    Senhor Vice-Presidente, senhor Ministro. Fizemos o nosso dever de casa. Estamos prontos parainstalar, com o apoio e orientação dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, a Embrapa África. É hora de refazer o histórico Caminho das Índias, em sentido contrário,gerando negócios e desembarcando a gratidão do povo brasileiro no coração do grande continente africano.

    Estamos prontos também para apoiar o Governo, os movimentos sociais e o setor privado nogrande programa de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, para a produção de alimentos, de fibras, deenergia, de créditos de carbono.

    Estamos prontos para criar a Embrapa Agroenergia e integrar o Consórcio Brasileiro de Agroenergia.E também para constituir a primeira sociedade de propósito específico em agroenergia, em conformidade coma Lei de Inovação. Creio que não vão se surpreender quando lhes disser que os potenciais sócios da Embrapanessa empreitada são nada menos que o Banco do Brasil, o BNDES, a Companhia Vale do Rio Doce, a ItaipuBinacional e a Petrobrás, todos extremamente empenhados em fazer desse sonho uma realidade.

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    Temos pois muito a agradecer. Primeiro aos empregados da Embrapa, de hoje e de ontem, por nosdarem sempre a confiança de que a tarefa será cumprida. Depois aos nossos parceiros, no Governo, no setorprodutivo e na sociedade brasileira e nos países amigos, por serem o nosso apoio e a nossa inspiração. Tudoo que conseguimos fazer vem dessa comunhão de propósitos.

    Creio que todos compreendem agora porque temos lutado tanto pela revitalização e fortalecimentoda Embrapa e do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, nos planos federal e estadual. Temos pleiteadoum novo plano de carreiras e de seguridade complementar para termos condições de atrair e manter osmelhores talentos científicos. Não o fazemos somente pelos que estão aqui hoje, mas sobretudo pelos jovensque virão para garantir o nosso futuro.

    Precisamos também de maior flexibilidade para honrar as grandes parcerias a serem feitas com osmovimentos sociais e o setor privado. Sabemos que há dificuldades. Mas sabemos também do empenho deVossa Excelência e dos ministros Paulo Bernardo, Dilma Roussef, Guido Mantega, Sérgio Rezende e RobertoRodrigues e de suas assessorias para superá-las, e queremos agradecer-lhes por isso.

    Temos que agradecer em especial ao Congresso Nacional por sua compreensão desse ideário etodo o seu empenho em nos ajudar nesse trabalho de revitalização.

    E, para tranqüilizar a todos quanto ao acerto dessas decisões, quero lembrar que cada realinvestido em inovação agrícola rende ao Brasil outros 14 reais.

    Por isso aguardamos esperançosamente a decisão e o comando do senhor Presidente paraencararmos todos esses desafios e estarmos assim à altura da grandeza dos destinos do Brasil.

    Muito obrigado a todos

    Discurso do Diretor-Presidente da Embrap a, Silvio Crest ana34º aniversário da Empresa, abril de 2007

    Balanço positivo da gestão 2005/2006

    Gestão de pessoas, de recursos financeiros e relacionamentos institucionais foram algumas dasáreas em que a Embrapa apresentou avanços significativos nos últimos dois anos, segundo balanço feito pelodiretor-presidente Silvio Crestana, nesta quarta-feira, dia 29 de novembro, durante a III Reunião de Chefes.

    A renovação e a capacitação do quadro de empregados foram apontadas como as principaisresponsáveis pelo balanço positivo na área de gestão de pessoas. O diretor- presidente adiantou que até iníciodo próximo ano a empresa terá contratado os 470 novos empregados previstos.

    “Houve uma evolução significativa dos investimentos em treinamento, o que demonstra que estamosapostando na sociedade do conhecimento”, lembrou. A capacitação de gerentes, ao todo 135 chefes-gerais eadjuntos, foi tida como um marco. “Até final do segundo semestre todos os chefes terão passado por trêsmódulos de capacitação”.

    Crestana destacou ainda a implantação do Plano de Carreiras da Embrapa (PCE), em agosto desteano, e os dois Acordos Coletivos de Trabalho, de 2005 e 2006, celebrados sem que fosse necessário recorrerao Poder Judiciário, e que resultaram na recuperação de perdas salariais registradas em períodos anteriorese num ganho real de salário, afirmou.

    O diretor argumentou que a política de valorização do empregado se deu também a partir demedidas simples, como a criação do crachá Prata da Casa, para facilitar o ingresso dos aposentados àsdependências da Empresa e o envio do jornal Folha da Embrapa também para a residência dos empregadosjá desligados.

    Ações estruturantes – Durante o balanço de realizações 2005/2006, o diretor-presidente fez umaretrospectiva das principais ações estruturantes adotadas em sua gestão, entre elas, a construção de umarede de relacionamentos, tanto no parlamento como no Governo Federal, com reflexos positivos no orçamentoda Embrapa. “Com as iniciativas adotadas na gestão do orçamento e de recursos financeiros conseguimosampliar o orçamento da Embrapa na sua execução da ordem de 30 por cento”, declarou Crestana.

    O diretor-presidente apontou como importante contribuição para a manutenção das atividades depesquisa e transferência de tecnologia o aumento da receita própria, que cresceu 35 por cento. “É um aumentoreal do orçamento da Embrapa”, comemorou. Outra ação estruturante fundamental, segundo avaliou Crestana,foi a criação da Embrapa Agroenergia – a última unidade havia sido criada há 17 anos (Monitoramento porSatélite), lembrou Crestana. Segundo informou, a seleção dos cinco candidatos à vaga de chefia da novaunidade encontra-se em fase final.

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    Já a criação da Empresa de Propósito Específico (EPE) precisará da intervenção do Presidente daRepública, pois será necessária a modificação do estatuto da Embrapa. No momento está sendo feitolevantamento das condicionantes jurídicas e a análise da contratação de uma consultoria. Entre as ações dePesquisa e Desenvolvimento com balanço positivo está o encaminhamento de projetos de plataforma deagroenergia, sendo que o de biodiesel está em execução, o de cana-de-açúcar sendo iniciada e a de florestasenergéticas na matriz da agroenergia brasileira, em fase final de avaliação, informou.

    Internacional – O fortalecimento dos relacionamentos com a iniciativa privada, com organizaçõesnão governamentais e com instituições internacionais também tiveram destaque no balanço de realizações. Acriação da Assessoria de Cooperação Internacional (ACI), da Embrapa África e da Embrapa Labex Holandaforam as principais ações estruturantes em âmbito internacional. Conforme anunciou o diretor-presidente, asiniciativas desenvolvidas ao longo da última gestão constarão do Relatório de Atividades da Embrapa, cujaelaboração foi retomada este ano – o anterior é de 2001.

    Texto: Valéria Costa

    Conselho Administrativo

    Diretoria Executiva

    Diretor-Presidente

    AUD

    GPR

    SGE

    DAF

    ASP

    AJU

    ACS

    DGP

    DRM

    DTI

    Embrapa Informática Agropecuária

    Embrapa Agroindústria Tropical

    Embrapa Cerrados

    Embrapa Transferência de Tecnologia

    Embrapa Tabuleiros Costeiros

    Embrapa Meio NorteEmbrapa Pantanal

    Embrapa Instrumentação Agropecuária

    Embrapa Semi-Árido

    Embrapa Agroindústria de Alimentos

    Embrapa Clima Temperado

    Embrapa Agropecuária Oeste

    Embrapa Informação Tecnológica

    Embrapa Mandioca e Fruticultura

    Embrapa Algodão

    Embrapa Caprinos

    Embrapa TrigoEmbrapa Uva e Vinho

    Embrapa Suínos e Aves

    Embrapa Pecuária SulEmbrapa Soja

    Embrapa Milho e Sorgo

    Embrapa Gado de Leite

    Embrapa Sudeste

    Embrapa Arroz e Feijão

    Embrapa Gado de Corte

    Embrapa Café

    Embrapa HortaliçasEmbrapa Monitoramento por Satélite

    Embrapa Acre

    Embrapa Amazônia Ocidental

    Embrapa Solos

    Embrapa RondôniaEmbrapa Rec. Gen. e Biotecnologia

    Embrapa Florestas

    Embrapa Roraima

    Embrapa Agrobiologia

    Embrapa Amazônial Oriental

    Embrapa Amapá

    Embrapa Meio Ambiente

    CF

    CAN

    SPD

    1 2 3

    3

    1

    2

    Organograma EMBRAPA

    Conselhos

    Superintendência

    Unidades de Assessoria

    Departamentos e Unidades Descentralizadas

    Área Diretiva

    Estrutura Organizacional Básica da Embrap a

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    IV Plano Diretor da Embrap a 2004 – 2007

    Apresentação

    Este IV Plano Diretor estabelece as grandes linhas de orientação para as atividades a seremdesenvolvidas pela Embrapa no período de 2004 a 2007. O documento condensa e aprimora as propostasapresentadas por pesquisadores e especialistas, internos e externos, que foram discutidas nos mais diferentesníveis gerenciais da empresa, levando em consideração os desafios do futuro para o desenvolvimentosustentável do espaço rural e a competitividade do agronegócio.

    A trajetória da Embrapa, desde sua criação em 1973, tem se caracterizado por assumir pactos coma sociedade, contribuindo para que o Brasil bata recordes de produção e produtividade na agropecuária;garanta a segurança alimentar da população conservando ambiente; crie condições de progresso edesenvolvimento para todos os brasileiros, sem distinção; e incorpore avanços científicos e tecnológicoscapazes de mover a economia do País e de projetá-lo, de forma competitiva, no cenário internacional.

    Além de manter e ampliar os resultados de sucesso obtidos pela pesquisa agropecuária ao longodos anos, o IV PDE tem por finalidade contribuir para tornar realidade as diretrizes definidas pelo governobrasileiro com vistas a criar empregos, desconcentrar a renda e reduzir as desigualdades regionais,promovendo o crescimento sustentável e servindo ao compromisso de inclusão social.

    Nesse sentido, é instrumento fundamental de gestão empresarial uma vez que fornece os marcosestratégicos para o realinhamento das ações de pesquisa e desenvolvimento e de transferência de tecnologia,colocando o conhecimento científico e tecnológico a serviço da sociedade, de maneira a satisfazer e darsustentabilidade às aspirações das gerações atuais e futuras.

    Para fazer face a estes desafios, a Embrapa conta com pessoas de reconhecida competênciatécnico-científica e capacidade gerencial, uma infra-estrutura de campos experimentais e redes laboratoriais,distribuída em 37 Centros de Pesquisa, 3 Centros de Serviço e 15 escritórios de negócios tecnológicos, emquase todos os Estados da Federação. Hoje a Empresa possui 1.395 pesquisadores com doutorado, 697com mestrado e 35 com graduação. Isso significa que a quase totalidade de seus pesquisadores possuemalta qualificação profissional.

    O IV PDE expressa o compromisso da Embrapa com o presente governo e sua responsabilidadecom o futuro do País.

    Nesse documento, a empresa se compromete, na esfera de sua competência, a ajudar o Ministérioda Agricultura, Pecuária e Abastecimento a continuar levando a todos aqueles que vivem da produção e datransformação de alimentos e fibras o que existe de mais atual em termos técnico-científicos, de modo apoder contribuir adequadamente para a sustentabilidade do espaço rural e do agronegócio brasileiros.

    Clayton Campanhola Diretor-Presidente da Embrapa

    Introdução

    Mudanças de natureza social, econômica, política, cultural, tecnológica e institucional colocamante a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – novos desafios e a necessidade de revisare ajustar seu referencial em termos de planejamento estratégico.

    O Plano Diretor da Embrapa – PDE é o instrumento fundamental de gestão estratégica da Empresa,que estabelece as grandes linhas de orientação para suas ações nos próximos anos, considerando os desafiosdo futuro para o desenvolvimento sustentável do espaço rural e a competitividade do agronegócio.

    A partir da visão de possíveis cenários futuros, baseados em tendências e eventos potenciais, e dedeterminantes e condicionantes externos, a Embrapa busca manter sua sustentabilidade como organização,revendo sua Missão, Visão, Objetivos e Diretrizes Estratégicas para a ação no período 2004-2007, emconsonância com as prioridades de governo expressas pelo Plano Plurianual 2004-2007 – PPA.

    A Embrapa tem como foco fundamental atender às necessidades da sociedade brasileira,conquistando e mantendo uma posição de destaque ou mesmo de vanguarda no âmbito internacional,liderança mundial em tecnologia para clima tropical, crescente agregação de competitividade ao agronegóciobrasileiro, com contribuição relevante para a sustentabilidade ambiental, a segurança alimentar e a inclusãosocial.

    O IV PDE é oriundo das diretrizes da Diretoria-Executiva da Embrapa e de análises e consultasfeitas a pesquisadores e especialistas internos e externos. Sua versão original é o resultado doaperfeiçoamento de proposta anterior gerada por um grupo de trabalho de pesquisadores da Empresa eaprimorada por sugestões advindas dos diferentes níveis gerenciais da Embrapa e do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento – MAPA, do Conselho Assessor Nacional – CAN, do Conselho de Administração –

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    CONSAD e dos empregados da Empresa. Visa preservar e expandir os resultados de sucesso quehistoricamente vêm sendo obtidos pela Embrapa, salientar e dar cunho prático às diretrizes e políticas dogoverno brasileiro, servindo ao compromisso de inclusão social, com o atendimento às necessidades deciência e tecnologia aplicadas ao desenvolvimento sustentável do espaço rural brasileiro e do agronegócio.

    Para realizar sua missão, a Embrapa conta com a competência de seu corpo técnico e gerencial ecom a credibilidade decorrente de sua transparência administrativa, sintonia com o ambiente externo emecanismos de participação de seus empregados, usuários e clientes.

    Uma visão de futuro para a pesquisa e o desenvolvimento do espaço rural e doagronegócio brasileiros

    Importância estratégica do agronegócio

    As alterações que se têm processado na sociedade mundial, a partir da década de 70, se aceleraramnas décadas de 80 e 90 e causaram profundas mudanças nos cenários nacional e internacional no iníciodeste século. Transformações de caráter social, econômico, político, ambiental, cultural, tecnológico einstitucional levaram as organizações em geral, entre elas aquelas do campo da agricultura e alimentação, aprocederem a mudanças para se ajustarem ao novo contexto.

    A unificação do mundo como espaço político, econômico e social, resultante das novas tecnologiasde comunicação, estão remodelando a base material da sociedade e suscitando interações globais, inclusiveno campo da economia e da informação.

    A emergência de uma sociedade global tornou-se a característica mais importante da atualmudança de época. O contato e a integração crescentes entre países, culturas, mercados, organizações epessoas atingiram níveis insuperados e vêm incrementando a formação de blocos de países, o fortalecimento deorganizações internacionais de arbítrio no comércio, na justiça e na ética. A globalização tem fortificado ainfluência do capital, pela expansão da economia de mercado e das corporações transnacionais, e temincentivado a participação da sociedade civil, pela adoção da democracia representativa como sistema degoverno e pela influência de determinadas organizações não-governamentais – ONGs – como representantes deinteresses de grupos sociais mobilizados.

    A partir da década de 70, o agronegócio passou a ocupar posição de destaque no processo dedesenvolvimento brasileiro, possibilitando o provimento de alimentos para a crescente população urbana acustos reais decrescentes, oferecendo matéria-prima para a agroindústria, constituindo-se em fatorrelevante na geração de divisas, movimentando a indústria de insumos e o setor de prestação de serviços.

    Pela incorporação de novas áreas ao processo produtivo, aumento da produtividade e adoção detecnologias modernas, a expansão da agricultura no Cerrado foi determinante para o crescimento do agronegóciobrasileiro.

    Enquanto os anos 70 foram marcados pela expansão e consolidação da agricultura empresarial noBrasil, registrando aumento da área plantada de 43%, de 1980 a 1990, os ganhos expressivos deprodutividade foram o fator preponderante para o aumento da produção nacional. Nesse período, aprodutividade de grãos praticamente dobrou, a despeito da desestruturação da economia produtiva,ocorrida nos anos 80, e do crescimento da dívida da agricultura.

    A partir de 1994, destaca-se o papel fundamental do setor agropecuário no plano de estabilizaçãoadotado pelo governo federal. Enquanto os preços dos insumos subiram de forma generalizada, inclusive astarifas públicas, os preços dos alimentos permaneceram relativamente estáveis no período, mesmo com oaumento da demanda interna, o que permite classificar a agricultura como a “âncora verde” do Plano Real.

    O agronegócio vem ocupando cada vez mais posição de destaque no cenário tecnológico brasileiroe internacional. O progresso tecnológico tem possibilitado ao agronegócio contribuir com cerca de 30% doPIB nacional, respondendo por quase metade das exportações e empregando em torno de 37% da populaçãoeconomicamente ativa do País.

    Em 1975, a safra nacional de grãos foi de 38 milhões de toneladas, e vem superando seusrecordes a cada ano, registrando em 2003, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, 123milhões de toneladas. As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 24,8 bilhões em 2002 e US$30,6 bilhões em 2003, gerando superávits de US$ 20,3 bilhões e US$ 25,8 bilhões, respectivamente.

    A integração mundial leva ao reconhecimento do caráter global dos problemas ambientais e de suaseventuais soluções.

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    No Brasil, apesar dos significativos avanços e conquistas das últimas décadas, a exemplo dogrande impulso na produtividade agrícola e alguma contenção da expansão das fronteiras agrícolas, viaaumento de produtividade, ainda resta muito a fazer. A poluição industrial, as diversas formas de degradaçãoambiental, causadas por práticas agropecuárias inadequadas e pelo uso indevido de defensivos agrícolas,entre outros, preocupam o meio científico, os tomadores de decisão e a sociedade em geral. A inclusãosocial, com maior acesso à terra, a criação de emprego e a geração e distribuição de renda no espaço ruralsão desafios importantes para o desenvolvimento do País.

    As principais tendências, abordadas no estudo Cenários 2002-2012 são apresentadas a seguir,enfatizando aspectos relativos ao sistema de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação para oagronegócio, adequados à nova visão e prioridades do Governo Federal.

    EMBRAPA, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para o agronegócio brasileiro – CENÁRIOS 2002-2012.Embrapa, Secretaria de Gestão e Estratégia, Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2003.

    Tendências mundiais e suas implicações p ara o desenvolvimento do esp aço rural e do agronegócio

    A demanda mundial de alimentos, especialmente proteína de origem animal, crescerásignificativamente na próxima década, em especial nos países em desenvolvimento (China, Brasil e Índia,entre outros). A tendência é de melhoramento da renda e do padrão de consumo, com aumento da demandae desenvolvimento de novos mercados de consumo de massa, principalmente com referência a alimentos.São previstas mudanças nos hábitos e preferências alimentares dos consumidores, tanto no Brasil comointernacionalmente, decorrentes de fatores como o envelhecimento da população, a busca por uma vidamelhor e mais saudável, o aumento da participação das mulheres na força de trabalho, a redução dotamanho das famílias, a homogeneização dos padrões de consumo decorrentes da globalização e da difusãode produtos regionais.

    Os países desenvolvidos atingiram um nível de saturação de consumo de alimentos e buscam novosprodutos, como alimentos funcionais, produtos diferenciados, naturais e orgânicos, frutas e hortaliças, carnebranca e magra, assim como alimentos minimamente processados e semi-prontos. Há maior disposiçãoem pagar um preço mais elevado pela diferenciação do produto e pela qualidade associada a um processoprodutivo sustentável, fazendo com que a rastreabilidade, segurança e certificação dos alimentos criemoportunidades para agregação de valor via incorporação de novas tecnologias na produção.

    Prevê-se a manutenção, pelos países desenvolvidos, de instrumentos de proteção aos seus setoresagropecuários com utilização, inclusive, de exigências ambientais, prevenção ao bioterrorismo ou deinstrumentos para estabelecer novas barreiras não tarifárias. Por sua vez, surge a oportunidade dodesenvolvimento de métodos e técnicas de avaliação de matérias-primas e produtos por mecanismos nãoinvasivos ou destrutivos, facilitando os processos de rastreabilidade e de certificação.

    A globalização da produção e do fluxo de capitais altera a natureza da concorrência, eliminandosetores do agronegócio com menor vantagem competitiva. A tendência de longo prazo de queda dos preçosinternacionais de commodities deverá continuar.

    A busca pela segmentação e especialização se acentuará com incorporação, aos produtos, deatributos de qualidade. A concorrência mais intensa demandará melhor capacidade gerencial, articulação deredes de interesses econômicos, agilidade de lançamento de produtos diferenciados e intensificação tecnológicado agronegócio.

    Haverá uma tendência de concentração das agroindústrias, das redes de supermercados, com averticalização da produção e formação de grandes conglomerados, com novas formas de organização e maiorintegração nacional e internacional. As exigências em relação à segurança alimentar serão mais rigorosas,envolvendo certificação, rastreabilidade e padrões sanitários dos produtos e processos de origem agropecuária.

    Os movimentos sociais levarão ao surgimento de uma sociedade mais organizada, que exercerámaior pressão por justiça e responsabilidade social, permitindo maior visibilidade aos vários grupos deinteresse. Crescerá a preocupação com os impactos ambientais das atividades agropecuárias, com oesgotamento de recursos naturais e degradação do meio ambiente, com forte pressão para a conservação emanejo racional dos recursos ambientais e para a adoção de normas ambientais mais rígidas. Essa tendênciacontribuirá para o incremento e a valorização do mercado de produtos certificados, assim como para anecessidade de desenvolver tecnologias e processos para essa função.

    O Brasil possui 64% de sua área total coberta de florestas (540 milhões de hectares), dos quais apenas0,9% é de floresta plantada. Os dois segmentos de produtos de base florestal (papel e celulose; e madeira eseus subprodutos) já respondem pela segunda posição na balança comercial do agronegócio (US$ 5,1bilhões em 2002).

  • 17

    Haverá aumento da demanda por celulose no mercado internacional e do valor comercial da madeiracertificada. As florestas e outras vegetações nativas assumirão novas funções complementares à funçãoprodutiva, com crescimento do reconhecimento socioeconômico de seus serviços ambientais (biodiversidade,seqüestro de CO

    2, purificação da água e do ar, controle climático, reserva de fármacos naturais, etc.). O

    turismo ecológico e a conservação estarão entre as novas funções socioeconômicas dos recursos naturais noespaço rural.

    Aumentará a demanda por produção e manejo sustentados das florestas, por formalização depolíticas públicas adequadas e por certificação de origem.

    Deverá ser observada uma progressiva aplicação da biotecnologia moderna, representada pelaengenharia genética e metabólica, pela genômica, pelas tecnologias reprodutivas baseadas em clonagem,entre outras, visando a aumentos na eficiência econômica da produção e atendimento das necessidadese aspirações humanas. Novas cultivares permitirão a progressiva diminuição do uso de agrotóxicos, queserão parcialmente substituídos por cultivares resistentes a pragas. A biotecnologia, tanto animal comovegetal, irá introduzir novas tecnologias e melhorias com forte impacto nos próximos anos, e os transgênicose a biossegurança continuarão merecendo atenção especial da pesquisa. Crescerá a pesquisa em biofármacos,com a produção de princípios ativos, apoiada na biotecnologia e na biodiversidade, ressaltando-se a atuaçãode grandes empresas globais no setor.

    A conservação do meio ambiente e o paradigma da sustentabilidade irão direcionar a geração detecnologias ambientalmente corretas, em aspectos como a geração de energia renovável, a reutilização dosresíduos rurais e urbanos, a reciclagem de nutrientes, o aproveitamento de produtos florestais não-madeireiros ea disposição dos dejetos animais, entre outros. A manutenção da disponibilidade e qualidade da água exigiráavanços na sua gestão, especialmente na irrigação, e na sua reutilização.

    O uso sustentado da água preocupará cada vez mais pesquisadores e autoridades em todo omundo, e será crítico para o sucesso na inserção internacional do agronegócio.

    Tendências de longo prazo no desenvolvimento do esp aço rural e do agronegócio brasileiros

    O estudo dos cenários assinala que, nos próximos 10 anos, o agronegócio brasileiro tem potenciale oportunidade para aumentar sua participação no mercado internacional, desde que determinadas questõescruciais sejam criteriosamente tratadas como: custo Brasil, protecionismo nos países concorrentes,alavancagem da PD&I, entre outras. A política brasileira de apoio às exportações tende a ser fortalecida e oPaís deve buscar conquistar e manter novos mercados, tanto na produção de matérias-primas quanto na suatransformação competitiva.

    A globalização da economia e a busca da inovação e da produtividade dos fatores implicarãomudanças técnicas e gerenciais nos sistemas de produção, com a reconfiguração do agronegócio nacional,envolvendo melhoria da qualidade de produtos e processos, crescente reestruturação patrimonial, ingresso denovos atores e produção sob relações contratuais formais.

    O agricultor tornar-se-á cada vez mais especializado; crescerá a informatização da produção e obeneficiamento de produtos agropecuários antes da distribuição ao consumidor nacional.

    Isso significa dizer que as unidades produtivas do campo tendem a se especializar dentro da cadeiaprodutiva utilizando-se mais e mais de serviços especializados de terceiros. O produtor tende a não buscar aauto-suficiência no fornecimento de insumos (produzir o próprio suporte para alimentação animal, manter frotade tratores e equipamentos de agricultura de precisão), nem tampouco estruturar a sua embaladora(packing-house) ou montar a sua própria unidade de processamento agroindustrial. Essas estruturas ouserviços passariam a ser estabelecidos no ambiente rural, como negócios independentes desta ou daquelafazenda, como patrimônio de terceiros, e que se incluem no processo produtivo, via prestação de serviços,mediante contratos formais ou informais.

    As orientações estratégicas de governo continuarão a priorizar a democratização do acesso aosfatores produtivos (por exemplo: crédito, assistência técnica, insumos e terras), a diminuição dasdesigualdades sociais e regionais e o aumento do bem-estar social, pela implantação de um efetivo processode reforma agrária, consolidação dos assentamentos de pequenos produtores e fortalecimento da agriculturafamiliar.

    Atividades não-agrícolas serão crescentemente incorporadas no espaço rural, onde crescerá aintegração de atividades urbano-rurais (por exemplo: pesque-pague, hotéis-fazenda, turismo ecológico).Observar-se-á também a evolução de atividades agropecuárias emergentes, como floricultura, criação deanimais silvestres, cultivo de ervas medicinais e aromatizantes, e horticultura diversificada, que se destinam asegmentos específicos de mercado e vão criar oportunidades para inclusão social, geração de empregos e derenda.

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    A consolidação do deslocamento da produção de grãos e carnes para o Cerrado e para as áreas detransição pré-amazônicas gerará impactos diferenciados, e exigirá a valorização da pesquisa, da cultura e dosprodutos regionais. O Brasil deverá desenvolver suas vantagens competitivas na produção florestal, esilvicultura, particularmente em biotecnologia orientada para maior conhecimento da base genética, dandosuporte à elaboração de estratégias de desenvolvimento sustentável, em especial da Região Amazônica.

    O País possui vantagens comparativas em produtos tradicionais tais como: cana-de-açúcar, soja,café e suco de laranja.

    Nestes, a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação têm papel fundamental para aumentar acompetitividade e a sustentabilidade.

    A produção de bioenergia renovável deve continuar a expandir-se na próxima década, e existemainda oportunidades na produção de proteína animal de boa qualidade, na produção de proteína vegetal embases competitivas e uma grande oportunidade, muito pouco explorada, de produção de óleo vegetal fora docomplexo da soja-milho (como dendê, coco e outros).

    Também na fruticultura, os mercados internacionais não estarão plenamente atendidos, devendoexpandir-se o consumo de frutas tropicais como manga, goiaba, açaí, cupuaçu, entre outras, além de frutoscomo o guaraná.

    Deve ocorrer forte aumento da demanda por produtos agroecológicos (orgânicos, ecológicos,verdes, naturais, biológicos, etc.), in natura e processados, os quais deverão contar com o necessáriosuporte da pesquisa para estabelecer as suas reais potencialidades e limitações. Existirão maiores chancesde ganhos para os produtos diferenciados, assim como maior estabilidade nos preços internacionais paraprodutos mais elaborados.

    No horizonte de 10 anos, as atividades do espaço rural e do agronegócio serão ainda substancialmenteampliadas com novos produtos de alto valor tais como: plantas ornamentais, produtos da aqüicultura,alimentos funcionais (nutracêuticos), biofármacos e novos derivados dos produtos agrícolas, para substituiçãodaqueles oriundos de fontes não-renováveis e poluentes.

    O Brasil continuará a se destacar no cenário internacional pelo uso de biomassa para uso energético,com oportunidades para expansão do mercado e exportação.

    O aproveitamento da grande diversidade natural do Brasil representará uma oportunidade paradiversificar a pauta de exportação, inclusive no mercado de serviços ambientais, como, por exemplo, omercado de seqüestro de carbono. Por possuir cerca de 12% das reservas mundiais de água potável, o Brasiltem um papel estratégico na gestão e uso desse recurso.

    Implicações p ara a Ciência, T ecnologia e Inovação – CT&I

    Apesar do quadro de acentuada evolução observado nas últimas décadas no Brasil, o agronegócioe a PD&I para o agronegócio ainda podem ser caracterizados em termos de contrastes dramáticos observadosnos mais diferentes aspectos. Nesse contexto, destaca-se a heterogeneidade quanto ao tamanho daspropriedades rurais e quanto à propriedade da terra, tais como propriedade familiar ou empresarial. Mesmodiante dessa heterogeneidade, observam-se, no País, diferentes níveis de produtividade, associados àspropriedades rurais, existindo grandes propriedades pouco produtivas, assim como empresas familiaresaltamente eficientes.

    No Brasil, no que diz respeito ao padrão econômico e produtivo, existem proprietários que mantêmuma agricultura competitiva, concentrada fortemente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquantocerca de 4 milhões de famílias de todo o País, das quais 50% na Região Nordeste, constituem-se depequenas propriedades, a maioria com recursos limitados e baixa produtividade.

    Os principais resultados da PD&I estão centrados em pesquisas de alta qualidade, predominantementepara produtos como as commodities. Por causa das desigualdades regionais, grande parte dos produtoresagropecuários do Norte e do Nordeste encontram-se em desvantagem quanto à instrução e à inserção nomercado.

    As fronteiras do conhecimento estarão sendo continuamente deslocadas para diante nos próximos10 anos. Para o Brasil, é crucial enfrentar o múltiplo desafio de acompanhar e contribuir para o avanço doconhecimento científico e tecnológico, orientando os esforços de PD&I para resultados de interesse dasociedade e, ao mesmo tempo, contribuir para a inclusão social, criando melhores possibilidades para que apopulação tenha acesso aos frutos do progresso. A pesquisa pública tem, portanto, um papel essencial parao futuro, na geração de tecnologia mais apropriada para os diferentes segmentos do agronegócio e do espaçorural.

    A globalização implica atuação mais abrangente das empresas transnacionais nos próximos 10anos, e traz um desafio crescente para a aplicação do conhecimento na inovação e geração de valor peloagronegócio brasileiro, de modo a sustentar e renovar as vantagens competitivas conquistadas e continuar aexercer um papel estratégico no equilíbrio das contas externas do País. Em adição, será essencial aplicar oconhecimento de ponta na definição de políticas públicas para o desenvolvimento e para a atuação brasileiranos acordos internacionais relativos ao meio ambiente e à sustentabilidade.

  • 19

    Em razão de sua competência na geração de informações de CT&I para regiões tropicais, o Brasildeverá intensificar a prospecção de oportunidades para a transferência de tecnologia, incluindo contratos paralicenciamento, treinamentos e outras formas de disponibilização de produtos e serviços voltadas para o exterior.

    As tendências e forças, resumidamente destacadas nesta seção, não objetivam predizer o futuro,mas, de forma sucinta, organizar, sistematizar e delimitar incertezas. Nesse sentido, as organizações depesquisa voltadas para o agronegócio devem buscar alternativas para reorientar ou facilitar seu processo detomada de decisão.

    Missão, V isão, Valores e Foco de Atuação

    Missão

    Viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do espaço rural, com foco no agronegócio,por meio da geração, adaptação e transferência de conhecimentos e tecnologias, em benefício dos diversossegmentos da sociedade brasileira.

    A Missão será cumprida em consonância com as políticas governamentais, enfatizando a inclusãosocial, a segurança alimentar, as expectativas de mercado e a qualidade do meio ambiente.

    Desenvolvimento sustentável – Entende-se por desenvolvimento sustentável o arranjo político,socioeconômico, cultural, ambiental e tecnológico que permite satisfazer as aspirações e necessidades dasgerações atuais e futuras.

    Espaço rural – O espaço rural caracteriza-se por baixa densidade populacional, relação intensacom os recursos naturais e a biodiversidade, e dinâmica socioeconômica subsidiária à dos espaços urbanos.O conceito de ruralidade refere-se a uma abordagem de caráter territorial, não se limitando à produçãoagropecuária, nem ao local de habitação dos produtores. Inclui o desenvolvimento de atividades tipicamenteurbanas no espaço rural e a prática de atividades não típicas e não agrícolas, destacando-se as relacionadascom as agroindústrias, com o turismo e com o lazer.

    Agronegócio – O conceito de agronegócio engloba os fornecedores de bens e serviços ao setoragrícola, os produtores agrícolas, os processadores, os transformadores e os distribuidores envolvidos nageração e no fluxo dos produtos da agricultura, pecuária e floresta até o consumidor final.

    Entre os produtores agrícolas incluem-se a agricultura familiar em suas diferentes modalidades, osassentados da reforma agrária e as comunidades tradicionais. Participam também do agronegócio osagentes que coordenam o uso dos produtos e serviços, tais como o governo, os mercados, as entidadescomerciais, financeiras e de serviços.

    Visão

    Ser uma Empresa de referência no Brasil e no exterior, reconhecida pela(o):Excelência, adequação e oportunidade de sua contribuição técnico-científica para a sociedade.Apoio à formulação de políticas públicas e capacidade de articulação nacional e internacional

    para a sustentabilidade do espaço rural e do agronegócio.Contribuição para a redução dos desequilíbrios regionais e desigualdades sociais e para a

    gestão sustentável do meio ambiente e dos recursos naturais.Obtenção de resultados e soluções eficazes com custos competitivos.

    Valores

    Aprendizagem organizacional – Desenvolvemos métodos de trabalho que estimulem a criatividade, ainovação e o compartilhamento de conhecimentos, aumentando a capacidade de aprimoramento institucional.Ética e transparência – Estamos comprometidos com a conduta ética e transparente, valorizando o serhumano e todos os grupos da sociedade.Perspectiva global e interdisciplinaridade – Encorajamos e promovemos uma perspectiva interdisciplinarem relação aos desafios do espaço rural e do agronegócio e na busca por soluções de caráter global.Pluralidade e respeito à diversidade intelectual – Buscamos atuar dentro dos princípios do respeito àdiversidade de idéias e de métodos de trabalho.Responsabilidade social – Interagimos permanentemente com a sociedade, na antecipação e avaliaçãodas conseqüências sociais, econômicas, culturais e ambientais da ciência e da tecnologia, e contribuímoscom conhecimentos e tecnologias para a redução da pobreza e das desigualdades regionais e promoção daeqüidade.

  • 20

    Rigor científico – Pautamos as ações de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pelo método científico, pelaqualidade e imparcialidade de procedimentos em todas as etapas do processo.Valorização do conhecimento e autodesenvolvimento – Investimos na capacitação de nossos profissionais eincentivamos a iniciativa para o auto-crescimento e valorização de competências e talentos.

    Foco de Atuação

    O foco de atuação da Embrapa é Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) para o desenvolvimentosustentável do espaço rural brasileiro, visando à eficiência e à competitividade dos segmentos agropecuário,agroindustrial e florestal.

    A Embrapa atuará em parcerias na geração de tecnologias para os diferentes segmentos sociaispara os quais trabalha, visando garantir avanços em novas fronteiras do conhecimento e oferecer produtos eserviços de qualidade, preservando e valorizando a biodiversidade e os recursos naturais.Mercado – A Embrapa atuará no mercado de conhecimento e tecnologia que promovam a sustentabilidade ea competitividade do agronegócio, a inclusão social e o bem-estar da sociedade brasileira.Produtos – A Embrapa desenvolverá conhecimentos e tecnologias capazes de viabilizar soluções para odesenvolvimento do espaço rural brasileiro e sua sustentabilidade.Público-alvo – A Embrapa considera como seu público-alvo o indivíduo, grupo ou entidade, pública ouprivada, cujas atividades dependam dos produtos e serviços de natureza econômica, social ou ambientaloferecidos pela Empresa.Parceiros – A Embrapa considera como parceiro o indivíduo ou instituição, pública ou privada, que assumir emantiver, de forma temporária ou permanente, uma relação de cooperação com a Empresa, compartilhandoriscos, custos e benefícios, para (P&D) ou transferência de tecnologia.

    Objetivos Estratégicos

    Para cumprir sua missão de viabilizar soluções para o desenvolvimento sustentável do espaço rurale do agronegócio brasileiros, a Embrapa priorizará ações em consonância com cinco Objetivos Estratégicos.

    Objetivo Estratégico 1

    Consolidar as bases científicas e tecnológicas, promover a inovação e os arranjos institucionaisadequados para desenvolver a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio, em benefício dasociedade brasileira.

    Especificamente, serão canalizados esforços para ações que permitam:Contribuir para a modernização das cadeias produtivas e setores do agronegócio, promovendo

    avanços científicos e tecnológicos, sanitários e ambientais que viabilizem a agregação de valor aprodutos nacionais.

    Desenvolver CT&I para gerar oportunidades para o agronegócio brasileiro, criando novos produtos,processos e técnicas de conservação de alimentos.

    Promover avanços na base técnica dos sistemas de gestão da qualidade, de segurança doconsumidor e de gestão ambiental.

    Desenvolver conhecimentos, tecnologias e processos que contribuam para a superação dedesequilíbrios regionais e o uso eficiente de recursos.

    Objetivo Estratégico 2

    Ampliar e fortalecer as bases científicas, promover a inovação tecnológica e os arranjos institucionaisadequados para desenvolver as capacidades produtivas dos pequenos produtores e empreendedores,com sustentabilidade e competitividade.

    Esforços serão direcionados para as seguintes ações:Viabilizar soluções científicas, tecnológicas e institucionais, numa perspectiva territorial, que

    contribuam para a inclusão social e a redução dos processos de exclusão da agricultura familiar,assentados e comunidades tradicionais em situação de risco social.

    Desenvolver e adaptar métodos de pesquisa participativa, adequando as ações de pesquisa àrealidade dos pequenos produtores, contribuindo para a solução de problemas sociais eeconômicos nacionais, minimizando desequilíbrios regionais.

    Viabilizar soluções tecnológicas para melhorar o desempenho dos sistemas de produção, visandoà sustentabilidade econômica e ecológica da agricultura familiar e sua melhor inserção nosmercados.

  • 21

    Oferecer suporte técnico para o desenvolvimento de sistemas associativos e cooperativos de produção,inovação tecnológica e inserção competitiva dos assentados da reforma agrária no mercado.

    Populações que se encontram em situação na qual insucessos, em sua atividade de produção,podem ameaçar até mesmo sua subsistência e a de seus familiares.

    Objetivo Estratégico 3

    Fortalecer as bases científicas, promover a inovação tecnológica e os arranjos institucionaisadequados que propiciem a segurança alimentar, a nutrição e a saúde da população.

    Especificamente, serão desenvolvidos esforços para:Gerar conhecimentos e tecnologias que viabilizem a produção de alimentos em quantidade e

    qualidade, visando à segurança alimentar, melhoria do estado nutricional e à saúde da população.Gerar conhecimentos, processos e tecnologias de suporte à defesa sanitária, garantia de qualidade,

    normatização, certificação e rastreabilidade.Desenvolver estratégias de melhoramento genético, produção e preservação de atributos de

    conveniência, propriedades funcionais e nutricionais de matérias-primas e alimentos.

    Objetivo Estratégico 4

    Expandir e fortalecer as bases científicas e promover a inovação tecnológica e os arranjos institucionaisadequados que propiciem o uso sustentável dos biomas.

    Especificamente, serão canalizados esforços para desenvolver conhecimentos e tecnologias quecontribuam para:

    O acesso, a caracterização e a prospecção de usos inovadores, sustentáveis e competitivos paraa base de materiais genéticos vegetais, animais e microbiológicos.

    O ordenamento do acesso e fluxos de recursos biológicos, a apropriação de tecnologias estratégicase a qualidade do meio ambiente e que forneçam subsídios para o posicionamento do País nasnegociações de tratados, acordos e protocolos internacionais.

    A implementação de ações de caracterização, zoneamento, monitoramento e ordenamento do usoda base de recursos naturais.

    A definição de políticas públicas de proteção ambiental que subsidiem iniciativas para a definiçãode critérios, políticas e procedimentos relacionados aos efeitos das mudanças globais.

    A eficiência dos sistemas produtivos, recuperação e o uso sustentável de áreas degradadas ealteradas, visando disciplinar a abertura de novas fronteiras agrícolas e reduzir as pressõesantrópicas sobre a Floresta Amazônica, o Cerrado, a Caatinga, áreas remanescentes da MataAtlântica e outras reservas de biodiversidade.

    Objetivo Estratégico 5

    Promover o avanço da fronteira do conhecimento científico e tecnológico em temas estratégicospara a Embrapa.

    Serão canalizados esforços para desenvolver pesquisas:Em temas como biologia avançada, em especial a biotecnologia, bioinformática, bioenergia e

    nanotecnologia.De novos conceitos e dispositivos de medição, eletrônica embarcada, inteligência artificial,

    simulação, modelagem e previsão de desempenho de sistemas.Em temas de impacto regional e global, como mudanças climáticas, dinâmica de carbono,

    monitoramento do ciclo hidrológico e balanço energético.Que contribuam para o avanço do conhecimento e posição de liderança mundial do Brasil, em

    (P&D), para o agronegócio tropical.

    Diretrizes Estratégicas

    Para a construção de soluções para o agronegócio e o espaço rural, a Embrapa estabelecerádiretrizes estratégicas para pesquisa, desenvolvimento e inovação; transferência de tecnologia e socialização doconhecimento; comunicação empresarial; gestão de pessoas; modelo organizacional; gestão organizacional;e atividades relativas aos recursos financeiros e à infra-estrutura conforme relacionado a seguir.

  • 22

    Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PD&I

    Fomentar novos arranjos institucionais interdisciplinares estratégicos, visando ao desenvolvimento deconhecimentos, tecnologias e promoção da inovação.

    Estruturar mecanismos para o estabelecimento de parcerias que viabilizem a prospecção dedemandas, a geração de conhecimento e de tecnologia para o desenvolvimento sustentável do agronegócio,inclusive para as diversas modalidades de agricultura familiar.

    Cooperar com os setores público, privado e o terceiro setor, visando à efetividade de sua participaçãonos programas de desenvolvimento rural.

    Organizar o processo de gestão do conhecimento, observando novos cenários e focos estratégicos.Valorizar, organizar, sistematizar e validar o conhecimento tradicional relacionado ao agronegócio.Contribuir para a solução de problemas socioeconômicos nacionais e regionais por meio de tecnologia,

    serviços e informações.

    Transferência de Conhecimento e T ecnologia

    Adotar estratégias inovadoras para transferência de conhecimentos e tecnologias.Dinamizar a transferência de conhecimento e tecnologia, utilizando os processos de incubação de

    empresas, pólos e centros tecnológicos.Proteger a propriedade intelectual e promover a comercialização dos produtos tecnológicos da

    Embrapa.Participar da construção de redes de transferência de conhecimento e tecnologia, envolvendo

    Unidades da Embrapa, Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária – OEPAS –, Universidades,Cooperativas, ONGs e outras organizações governamentais e privadas de P&D.

    Incentivar a estruturação de equipes multidisciplinares, núcleos temáticos, redes sociais e outrosarranjos institucionais focados na diversidade das demandas da agricultura familiar.

    Contribuir para a formação e a reciclagem de profissionais relacionados à pesquisa agropecuária eao agronegócio.

    Comunicação Empresarial

    Criar, manter e ampliar fluxos, canais e espaços formais e informais de diálogo e influênciarecíproca entre a Empresa, seus públicos estratégicos e os atores sociais organizados.

    Monitorar os ambientes interno e externo, de forma a contribuir para o processo de definição deestratégias para as demandas político-institucionais, de Pesquisa & Desenvolvimento e de Transferência deTecnologia.

    Participar da construção de redes, intra e interinstitucionais, nacionais e internacionais, envolvendo osprincipais atores do processo da comunicação, em especial, os formadores de opinião, contribuindo para ofortalecimento da imagem da Embrapa e a identificação de demandas sociais.

    Aprimorar o processo de gestão da identidade visual da Embrapa, garantindo a integridade daimagem e da marca Embrapa.

    Aprimorar a sintonia entre os focos institucional e mercadológico da Comunicação Empresarial,promovendo o fortalecimento da imagem da Empresa.

    Gestão de Pessoas

    Aprimorar a política de gestão de pessoas, refletindo os novos desafios da Embrapa, contemplando arenovação do quadro de pessoal, a redefinição de papéis e a requalificação profissional.

    Valorizar e oferecer oportunidades de desenvolvimento educacional para que as pessoas estejamaptas a desempenhar, com iniciativa e inovação, seus papéis ocupacionais na Embrapa.

    Orientar o processo de desenvolvimento profissional numa perspectiva multidimensional, de modoque as pessoas estejam aptas a desempenhar suas atividades em condições cada vez mais complexas.

    Promover a capacitação de jovens talentos mediante estágios para formação de pessoal.Implementar ações que criem um ambiente de inovação, criatividade e harmonia do clima

    organizacional, por meio de promoção humana, qualidade de vida, valorização e motivação para o trabalho.

  • 23

    Modelo Organizacional

    Fortalecer a inteligência estratégica organizacional para assegurar a qualidade, a relevância e aefetividade das ações de Pesquisa & Desenvolvimento, de Transferência de Tecnologia e de Comunicação.

    Desenvolver estudos prospectivos sistemáticos para detectar oportunidades de inovação quesubsidiem a tomada de decisões estratégicas.

    Desenvolver estratégias que viabilizem, para a Empresa, estabilidade político-institucional comagilidade, flexibilidade e transparência administrativas.

    Buscar novas formas de organização relacionadas, principalmente, às questões administrativas, àexecução da pesquisa, ao uso de laboratórios compartilhados, às campanhas de campo integradas, entreoutras.

    Buscar arranjos organizacionais que fortaleçam a atuação da Embrapa no novo cenário do agronegócioe do espaço rural.

    Gestão Organizacional

    Estabelecer uma política de gestão participativa, promovendo a interação entre as Unidades daEmbrapa e destas com as OEPAS e outras organizações governamentais, não-governamentais e privadas deP&D.

    Adequar e consolidar o Sistema Embrapa de Gestão, aprimorando-o, integrando seus subsistemase simplificando sua operacionalização.

    Desenvolver ações de relacionamento sistemático e intenso em tópicos de interesse da Missão daEmbrapa, buscando influenciar a agenda e estreitar parcerias com instituições de desenvolvimento e fomento,que viabilizem a participação da Empresa em conselhos e comitês desses órgãos ou instituições.

    Contribuir para a consolidação da posição de destaque mundial do agronegócio brasileiro e apoiar ogoverno federal nas negociações internacionais relacionadas ao comércio agrícola e aos tratados e convenções.

    Recursos Financeiros

    Aprimorar a gestão orçamentária e financeira das atividades técnicas, de modo a assegurar a suaexecução como planejada.

    Adotar atitude proativa e indutora na captação dos recursos financeiros, mediante a articulação ecoordenação entre as Unidades Descentralizadas da Empresa, organizações do terceiro setor, o TesouroNacional e outras instituições públicas.

    Criar e aprimorar mecanismos de captação de recursos junto à iniciativa privada, por meio do usoinovador de todos os instrumentos financeiros disponíveis tais como, fundos de participação, de investimento derisco, fundos setoriais, entre outros.

    Estabelecer novos arranjos cooperativos envolvendo instituições nacionais e internacionais defomento, assistência técnica, pesquisa, apoio creditício, ensino e outras.

    Incrementar a captação de recursos por meio da cobrança de royalties decorrentes do licenciamentode tecnologias protegidas.

    Aprimorar formas e mecanismos de gestão de royalties.

    Infra-estrutura

    Modernizar os meios de informática, comunicação e acesso à Internet pela estruturação desistemas compatíveis com a magnitude e complexidade das informações associadas à Embrapa e àsdemandas atuais e futuras.

    Implantar uma política de investimento, dando prioridade à modernização, racionalização e ao usocompartilhado da infra-estrutura de pesquisa.

    Promover a atualização patrimonial, desmobilizando recursos materiais não essenciais às atividadesda Empresa.

  • 24

    Projetos Estruturantes e Integrativos

    Para estruturar as ações, organizar os recursos necessários para viabilizar a implementação dosobjetivos e diretrizes estratégicos definidos neste Plano e garantir sinergia entre as atividades, a Embrapaaperfeiçoará projetos em andamento e implementará novos projetos estruturantes e integrativos.

    Projeto 1: Gestão de PD&I

    A gestão da pesquisa tem sido feita por meio do Sistema Embrapa de Gestão – SEG – que deve, aolongo dos próximos anos, ser aperfeiçoado e redirecionado. As ações prioritárias desse esforço serão para:

    Aprimorar a figura programática de Macroprograma, garantindo-lhe flexibilidade e efetividade,estabelecendo indicadores de desempenho de forma a propiciar o alinhamento com os objetivosestratégicos e o atendimento às prioridades regionais.

    Tornar o – SEG – unificado e consistente, com maior integração de seus subsistemas estratégicos,programáticos e de acompanhamento e avaliação.

    Aperfeiçoar e simplificar a operacionalização do Sistema, de modo a permitir o acompanhamento doalcance dos objetivos estratégicos estabelecidos nos PDE e PDUs, por meio da avaliação dodesempenho da Embrapa.

    Implementar instrumentos de integração com o ambiente externo, visando ao levantamento e àpriorização de demandas, bem como a avaliação do impacto socioeconômico e ambientaldecorrente da adoção de conhecimentos e tecnologias disponibilizados.

    Avaliar o desempenho dos Núcleos Temáticos Descentralizados (NTDs) e a viabilidade de suaampliação na Empresa, sem que se constituam em unidades administrativas.

    Implementar o Macroprograma voltado para o desenvolvimento da agricultura familiar e deterritórios, implementando projetos multiinstitucionais de caráter interdisciplinar.

    Projeto 2: T ransferência de T ecnologia e Comunicação

    A sistemática de adoção e Transferência de Tecnologia e Comunicação no sistema Embrapa temsido aprimorada nos últimos anos. O enunciado atual de sua Missão exige que os procedimentos sejamrevistos para abranger novas ênfases e oportunidades, adaptar-se a tecnologias de comunicação emergentes,atender demandas da sociedade e veicular resultados, apropriadamente e com rapidez, aos vários segmentosda clientela.

    As ações prioritárias serão para:Articular as políticas e estratégias de transferência de tecnologia e comunicação. Delinear modelos efetivos

    para atuação que possibilitem à Empresa cumprir seu objetivo de inovação, ao transformarconhecimento em produto disponível, contribuindo para a geração de emprego e renda.

    Capacitar agentes internos e externos em Transferência de Tecnologia.Apoiar empresas de base tecnológica, por meio de incubadoras de empresas ligadas ao setor de

    C&T, viabilizando novos negócios relacionados à Embrapa.Revisar a política de propriedade intelectual da Empresa, tornando-a mais flexível e adequada às

    estratégias de captação de recursos e de formação de parcerias.Aprimorar o funcionamento dos comitês locais de propriedade intelectual, promovendo a

    formação de massa crítica e uma maior integração de suas ações.Especificamente, na transferência de tecnologia para a Agricultura Familiar, a Embrapa deverá:Reavaliar a política de Transferência de Tecnologia da Empresa, identificar e adotar métodos,

    veículos de comunicação e prioridades que respondam aos interesses da agricultura familiar eàs condições do agricultor (criação de portal para acesso à informação pelo cidadão, uso detelevisão, rádio, educação a distância, etc.).

    Transferir tecnologias a parceiros institucionais para que a biodiversidade seja utilizada de modosustentável como fonte de renda para as populações que vivem em situação de risco social.

    Promover estudos, disponibilizar informações e estimular parcerias para implementação deprogramas relativos ao desenvolvimento das capacidades produtivas dos agricultores familiaresem situação de risco social.

    Projeto 3: Desenvolvimento Organizacional

    A solução dos diversos e complexos problemas de pesquisa requerem a cooperação de instituiçõesem vários níveis, o que exige sinergia de competências e capacidade instalada, além de otimização daalocação de recursos. As ações prioritárias serão para:

  • 25

    Aprimorar o modelo de organização da pesquisa e desenvolvimento, estabelecendo uma política deparcerias que contemple arranjos produtivos locais, territoriais, regionais e arranjos institucionais coletivosem PD&I, inspirados, por exemplo, em modelos existentes em países europeus e na Austrália.

    Resgatar a memória técnica e institucional da Empresa, disponibilizando, de maneira organizada,as informações que atualmente encontram-se dispersas em arquivos (físicos e eletrônicos), em diferenteslocais e de diferentes formas, permitindo o fácil acesso ao conjunto das informações geradas pela Embrapaao longo dos anos.

    Melhorar o desenho organizacional pela racionalização ou fusão de estruturas e de atividades, tendoem vista a utilização mais efetiva dos recursos disponíveis.

    Projeto 4: Gestão de Pessoas

    A incorporação, a formação e o aperfeiçoamento de novas competências, o fortalecimento dasexistentes e o desenvolvimento de novos valores constituem os desafios desse projeto.

    Será implementada uma política de gestão que promova a renovação, a atualização e a integração,intra e interinstitucional, das pessoas. As ações estratégicas a serem implementadas são:

    Aprimorar a política de gestão de pessoas que contemple sua valorização e desenvolvimento, emface de novos desafios em uma época de mudanças constantes.

    Promover o mapeamento e o provimento das competências estratégicas necessárias e implementarprocessos de incorporação, reposição e capacitação.

    Fortalecer uma visão corporativa dinâmica, criativa e inovadora, por parte dos gestores, por meio deações para identificação, qualificação e avaliação de suas competências.

    Realinhar o processo de capacitação para áreas onde a oferta de competências é escassa e buscarparcerias em programas governamentais de qualificação profissional para ações de elevação deescolaridade, nos níveis fundamental e médio.

    Desenvolver mecanismos para viabilizar o compartilhamento de competências entre Unidades daEmbrapa e parceiros.

    Criar mecanismos de valorização das competências técnico-científicas e aderência aos valoresorganizacionais.

    Adequar o sistema de avaliação de desempenho das pessoas para valorizar a inovação organizacional,o trabalho em rede e outros arranjos coletivos.

    Implementar ações de avaliação da eficiência e eficácia da atuação das equipes gerenciais dasUnidades.

    Projeto 5: Orçamento e Finanças

    No que diz respeito a Orçamento e Finanças, as ações estratégicas serão para:Definir política e desenvolver processos para ampliar a capacidade de captação de recursos de

    parceiros públicos e privados.Avaliar os instrumentos reguladores e as normas relacionadas com captação, gestão e uso de

    recursos e implementar processos e ações para minimizar os óbices existentes.Prever, nos projetos, recursos destinados a despesas administrativas e de apoio, gerenciados pela

    administração de Unidades Descentralizadas – UDs –, complementarmente aos recursosrepassados pela Sede.

    Projeto 6: Infra-estrutura

    Quanto à infra-estrutura, as ações estratégicas serão para:

    Preservar o acervo de informações sobre infra-estrutura, disponibilizando-o para a própria Empresa epara seus diversos públicos.

    Implantar sistemas de qualidade e credenciamento de laboratórios, ensaios e projetos de pesquisa.

  • 26

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –Embrapa

    Parque Estação Biológica – PqEB,Av. W3 Norte (Final), Ed. Sede70770-901 Brasília, DFCaixa Postal 40315Fone: (61) 3448-4433 – Fax: (61) [email protected]

    REGIÃO CENTRO-OESTE

    Embrapa AgroenergiaParque Estação Biológica (PqEB)Av. W3 Norte (final), Edifício Sede – Sala GPR4Caixa Postal 40.31570770-901 – Brasília - DFFone: (61) 3447-4022 – Fax: (61) 3347-9668e-mail: [email protected]

    Embrapa Agropecuária OesteRodovia BR 163, Km 253,6Caixa Postal 66179804-970 - Dourados, MSFone: (67) 3425-5122 – Fax: (67) [email protected]

    Embrapa Arroz e FeijãoRodovia GO-462, Km 12Fazenda Capivara, Zona RuralCaixa Postal 17975375-000 – Santo Antônio de Goiás, GOFone: (62) 3533-2110 – Fax: (62) [email protected]

    Embrapa CaféParque Estação Biológica – PqEB,Av. W3 Norte (final),Edifício Sede 3º Andar70770-901 – Brasília, DFFone: (61) 3448-4378 – Fax: (61) [email protected]

    Embrapa CerradosRodovia BR 020, Km 18 (Brasília–Fortaleza)Caixa Postal 822373310-970 – Planaltina, DFFone: (61) 3388-9898 – Fax: (61) [email protected]

    Embrapa Gado de CorteRodovia BR 262, Km 4, Caixa Postal 15479002-970 – Campo Grande, MSFone: (67) 3368-2120 – Fax: (67) [email protected]

    Embrapa HortaliçasRodovia BR 060, Km 9 (Brasília – Anápolis)Caixa Postal 218 – Fazenda Tamanduá70359-970 – Brasília, DFFone: (61) 3385-9000 – Fax: (61) [email protected]

    Embrapa Informação TecnológicaParque Estação Biológica – PqEB,Av. W3 Norte (final)70770-901 – Brasília, DFFone: (61) 3448-4162 – Fax: (61) [email protected]

    Embrapa PantanalRua 21 de Setembro, 1880,Bairro Nossa Senhora de FátimaCaixa Postal 10979320-900 – Corumbá, MSFone: (67) 3233-2430 – Fax: (67) [email protected]

    Embrapa Recursos Genéticos e BiotecnologiaParque Estação Biológica – PqEB s/nº,Av. W5 Norte (Final)Caixa Postal 237270770-900 – Brasília, DFFone: (61) 3448-4700 – Fax: (61) [email protected]

    Embrapa Transferência de TecnologiaParque Estação Biológica – PqEB,Av. W3 Norte (final)Edifício Sede – Térreo70770-901 – Brasília, DFFone: (61) 3448-4522 – Fax: (61) [email protected]

    REGIÃO NORDESTE

    Embrapa Agroindústria TropicalRua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Bairro do PiciCaixa Postal 376160511-110 – Fortaleza, CEFone: (85) 3299-1839 – Fax: (85) [email protected]

    Embrapa AlgodãoRua Oswaldo Cruz, 1143 – Bairro CentenárioCaixa Postal 17458107-720 – Campina Grande, PBFone: (83) 3315-4300 – Fax: (83) [email protected]

    Embrapa CaprinosFazenda Três LagoasEstrada Sobral - Groaíras, Km 4Caixa Postal 14562011-970 – Sobral, CEFone: (88) 3677-7000 – Fax: (88) [email protected]

    Embrapa Mandioca e FruticulturaRua Embrapa, s/nº, Caixa Postal 00744380-000 – Cruz das Almas, BAFone: (75) 6621-8000 – Fax: (75) [email protected]

  • 27

    Embrapa Meio-NorteAv. Duque de Caxias, n° 5.650 – Bairro Buenos AiresCaixa Postal 00164006-220 – Teresina, PIFone: (86) 3225-1141 – Fax: (86) [email protected]

    Embrapa Semi-ÁridoRodovia BR 428, Km 152 – Zona RuralCaixa Postal 2356302-970 - Petrolina, PEFone: (87) 3862-1711 – Fax: (87) [email protected]

    Embrapa Tabuleiros CosteirosAv. Beira Mar, 3250, Praia 13 de JulhoCaixa Postal 4449025-040 – Aracaju, SEFone: (79) 4009-1300 – Fax: (79) [email protected]

    REGIÃO NORTE

    Embrapa AcreRodovia BR 364, Km 14 (Rio Branco – Porto Velho)Caixa Postal 32169900970 – Rio Branco, ACFone: (68) 3212-3200 – Fax: (68) [email protected]

    Embrapa AmapáRodovia Juscelino Kubitschek,Km 5 Macapá FazendinhaCaixa Postal 1068903-000 - Macapá, APFone: (96) 3241-1551 – Fax: (96) [email protected]

    Embrapa Amazônia OcidentalRodovia AM 010, Km 29Estrada Manaus / ItacoatiaraCaixa Postal 31969011-970 - Manaus, AMFone: (92) 3621-0300 – Fax: (92) [email protected]

    Embrapa Amazônia OrientalTrav. Dr. Enéas Pinheiro s/nº – B. MarcosCaixa Postal 4866095-100 – Belém, PAFone: (91) 2204-1000 – Fax: (91) [email protected]

    Embrapa RondôniaRodovia BR 364, km 5,5Caixa Postal 40678900-970 - Porto Velho, ROFone: (69) 3901-2510 – Fax: (69) [email protected]

    Embrapa RoraimaRodovia BR 174, Km 8 – Distrito IndustrialCaixa Postal 13369301-970 - Boa Vista, RRFone: (95) 3626-7125 – Fax: (95) [email protected]

    REGIÃO SUDESTE

    Embrapa AgrobiologiaRodovia BR 465, Antiga Rod. RJ / SP Km 47Caixa Postal 74.50523890-000 - Seropédica, RJFone: (21) 2682-1500 – Fax: (21) [email protected]

    Embrapa Agroindústria de AlimentosAv. das Américas, 29.501 – Guaratiba23020-470 - Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2410-9500 – Fax: (21) [email protected]

    Embrapa Gado de LeiteRua Eugênio do Nascimento, 610 – Dom Bosco36038-330 – Juiz de Fora, MGFone: (32) 3249-4700 – Fax: (32) [email protected]

    Embrapa Informática AgropecuáriaAv. Dr. André Tosello, nº 209 – Barão GeraldoCaixa Postal 604113083-886 – Campinas, SPFone: (19) 3789-5700 – Fax: (19) [email protected]

    Embrapa Instrumentação AgropecuáriaRua XV de Novembro, 1452 – CentroCaixa Postal 74113560-970 - São Carlos, SPFone: (16) 3374-2477 – Fax: (16) [email protected]

    Embrapa Meio AmbienteRodovia SP 340, Km 127,5 – Tanquinho VelhoCaixa Postal 6913820-000 – Jaguariúna, SPFone: (19) 3867-8700 – Fax: (19) [email protected]

    Embrapa Milho e SorgoRodovia MG 424, km 45, Caixa Postal 28535701-970 - Sete Lagoas, MGFone: (31) 3779-1000 – Fax: (31) [email protected]

    Embrapa Monitoramento por SatéliteAv. Dr. Júlio Soares de Arruda, 803Parque São Quirino13088-300 – Campinas, SPFone: (19) 3256-6030 – Fax: (19) [email protected]

  • 28

    Embrapa Pecuária SudesteRodovia Washington Luiz, Km 234, F. CanchimCaixa Postal 33913560-970 – São Carlos, SPFone: (16) 3361-5611 – Fax: (16) [email protected]

    Embrapa SolosRua Jardim Botânico, 102422460-000 – Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2179-4500 – Fax: (21) [email protected]

    REGIÃO SUL

    Embrapa Clima TemperadoRodovia BR 392, Km 78, 9º Distrito, Monte BonitoCaixa Postal 40396001-970 – Pelotas, RSFone: (53) 3275-8100 – Fax: (53) [email protected]

    Embrapa FlorestasEstrada da Ribeira, Km 111Caixa Postal 31983411- 000 – Colombo, PRFone: (41) 3675-5600 – Fax: (41) [email protected]

    Embrapa Pecuária SulRodovia BR 153, Km 595, Vila Industrial, Zona RuralCaixa Postal 24296400-970 – Bagé, RSFone: (53) 3242-8499 – Fax: (53) [email protected]

    Embrapa SojaRodovia Carlos João Strass (Londrina – Warta)Acesso Orlando Amaral, s/nºCaixa Postal 23186001-970 – Londrina, PRFone: (43) 3371 6000 – Fax: (43) 3371 [email protected]

    Embrapa Suínos e AvesRodovia BR 153, Km 110 – Distrito de TamanduáCaixa Postal 2189700-000 - Concórdia, SCFone: (49) 3441-0400 – Fax: (49) [email protected]

    Embrapa TrigoRodovia BR 285, Km 294Caixa Postal 45199001-970 - Passo Fundo, RSFone: (54) 3316-5800Fax: (54) 3316-5801 e [email protected]

    Embrapa Uva e VinhoRua Livramento, n° 515Caixa Postal 13095700-000 – Bento Gonçalves, RSFone: (54) 3455-8000 – Fax: (54) [email protected]

    EXTERIOR

    Embrapa Labex - USAUSDA / ARS / OIRP5601 – Sunnyside Avenue Bldg 4-1193Beltsville, MD 20705-5141 – USAPhone +1-(301) 504-4556 – Fax +1-(301) 504-4528

    Embrapa Labex – Recursos Genéticos - USAUSDA/ARS/NCGPR1111 S. Mason ST – Fort Collins, CO – 80521 USAFone: (970) 495-3204 Fax: (970) 221-1427

    Embrapa Labex-FranceAvenue Agropolis 34394Montpellier – Cedex 05 – FrancePhone +33 (0)4 67 04 37 43Fran-Télécopieur +33.(0)4 67 04 75 90

    Embrapa Sécurité et Qualité des Produits d’OrigineVégétale”INRA Domaine Saint Paul, Site Agroparc 84914 Avignon cedex 9 - FranceTél: (0)4 32 72 25 06 Fax: (0)4 32 72 24 92

    Embrapa LABEX EuropeWageningen University Research Centre (WUR)Room 0.127 - P.O.Box 16, 6700 AAWageningen, The NetherlandsTél: 00 21 31 7476252

    Embrapa AfricaCSRI - Airport Residential AreaP.O. Box M 32Accra, GhanaFone: 00 21 233 21 780 714E.mail: [email protected]

  • 29

    Desempenho do Sistema Embrapa de Gestão - SEG

    O Sistema Embrapa de Gestão - SEG, adotado a partir de 2002 em substituição ao Sistema Embrapade Planejamento - SEP, introduziu alterações no sistema de planejamento da pesquisa com o propósito deexecutar o ciclo completo da gestão dos projetos - planejamento, execução, acompanhamento, avaliação erealimentação - e o cronograma de liberação de recursos financeiros visando dotar a Empresa de maiorflexibilidade organizacional.

    O SEG promove uma visão sistêmica e integrada de gestão da Empresa, procurando ajustar aprogramação de pesquisa aos seus objetivos estratégicos.

    Com base nas diretrizes estratégicas definidas pela Agenda Institucional e PDE são estabelecidasas metas institucionais da Embrapa, a partir das quais se planeja a alocação de recursos financeirosnecessários para a execução da programação e os procedimentos de indução por meio dos macroprogramas.

    O SEG estabelece procedimentos de indução e a alocação de recursos por intermédio dosMacroprogramas, a seguir relacionados, com o propósito de compor e gerir uma carteira de projetos e proces-sos da Embrapa, visando cumprir as metas institucionais fixadas pela Diretoria Executiva - DE e garantir aqualidade técnica, científica e o mérito estratégico da programação.

    · Macroprograma 1, objetiva apoiar e gerenciar projetos de base científica elevada voltado para osgrandes desafios nacionais;

    · Macroprograma 2, objetiva apoiar projetos de pesquisa de natureza temática ou interdisciplinar decaráter aplicado ou estratégico-inovadora orientados para a competitividade e sustentabilidadedo daagricultura nacional;

    · Macroprograma 3, objetiva apoiar o desenvolvimento, a transferência, a validação de tecnologias,protótipos e unidades demonstrativas orientados para o desenvolvimento tecnológico incremental;

    · Macroprograma 4, objetiva apoiar transferência de tecnologia e comunicação empresarial ao setorprodutivo nacional;

    · Macroprograma 5, objetiva apoiar a melhoria dos processos para gestão da informação ou doconhecimento focados no desenvolvimento institucional;

    · Macroprograma 6, objetiva apoiar projetos voltados para o desenvolvimento da agricultura familiar, dosassentamentos de reforma agrária e à sustentabilidade do meio rural.

    A qualidade técnica dos projetos passa pela avaliação e julgamento de consultores “ad hocs” e daComissão Técnica de Macroprogramas – CTMP, posteriormente esses projetos, técnicamente recomendados,são submetidos a avaliação de mérito estratégico no Comitê Gestor da Programação - CGP no âmbito doSistema Embrapa de Gestão - SEG. Essas instâncias representam as lideranças técnicas, que asseguram acoerência e aderência dos projetos à missão da Empresa.

    Nos últimos 2 anos, um dos dois focos principais da SPD, foi a consolidação do Sistema Embrapade Gestão, o SEG. As Figuras 1 e 2 a seguir ilustram que, a partir da criação do SEG, em 2002, a programaçãode P&D em execução migrou obedecendo a uma reorientação com enfoque em sistemas, trabalho em equipee projetos transdisciplinares. Esse processo trouxe, em consequência, uma otimização de recursos financieros,humanos e de infra-estrutura, além de focar em questões estratégicas para soluções voltadas ao agronegócioe a sociedade como um todo. O SEG iniciou com 53 projetos, consolidando-se com 463 projetos em carteiraem 2005 e hoje conta 482 projetos financiados pelo tesouro, correspondendo a um volume de recursosfinanceiros para o ano de 2006 da ordem R$40.191.000,00. Esse é o patamar possível de se manter comos recursos do tesouro atualmente disponíveis para a programação da empresa. Em termos anuais, houveum aumento médio de 23% nos recursos destinados aocusteio direto da programação, no período entre2002 e 2006.

  • 30

    53

    682

    103

    302 312

    181

    463

    0

    482

    0

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    2002 2003 2004 2005 2006Macroprograma

    Número de Projetos nas Programações Seg e SEP - 20 02 a 200630-10-2006

    SEG SEP

    Figura 1: Transição da Programação de Pesquisa do SEP para o SEG

    Figura 2: Evolução dos recursos para custeio direto no SEG e SEP, em R$1.000,00

  • 31

    Nesses últimos anos, a Embrapa investiu fortemente em projetos estratégicos para o país, com opropósito de avançar o conhecimento em diferentes áreas, sem contudo relegar as áreas de sustentação dacompetitividade do negócio agrícola brasileiro e, principalmente, investindo em prioridades estabelecidas peloatual governo, como é o caso do apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar e à sustentabilidade do meiorural, agroenergia, defesa sanitária, agroecologia, biotecnologia, impacto ambiental, entre outros.

    Considerando também os recursos financeiros de outras fontes, a programação do SEG, atualmente,contempla um total 881 projetos em execução, sendo que 339 projetos são totalmente financiados por fontescomo CNPq, FINEP, FAPESP, FAPEMIG, Fundação Banco do Brasil, Petrobras, BNB, BASA, entre muitasoutras. Essa programação em execução, envolvem recursos da ordem de R$ 336.846.000,00, para um períodoque varia de 18 a 48 meses, dependendo do projeto (Figuras 3 e 4).

    214

    38

    168

    264

    176

    89

    75

    135

    514

    399

    482

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    MP 1 MP 2 MP 3 MP 4 MP 5 MP 6 TOTALMacroprograma

    Número de Projetos em Execução por Macroprograma 20 0630-10-2006

    Figura 3: Número de projetos em execução por macroprograma.

  • 32

    7.31

    6

    42.7

    20

    39.8

    48

    114.

    583

    25.0

    7734

    .410

    23.4

    43

    34.4

    98

    540 1

    0.80

    8

    410

    3.19

    3

    96.634

    240.212

    0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    MP 1 MP 2 MP 3 MP 4 MP 5 MP 6 TOTALMacroprograma

    Recursos dos Projetos em Execução por Macroprograma , em R$ 1.000,0030-10-2006

    Apropriados Tesouro

    Figura 4: Recursos envolvidos nas diferentes carteiras de projetos e fontes de financiamento.

    Parcerias promovidas pelo SEG

    A ação do SEG não ficou restrita à Embrapa, ao contrário, estimulou a parceria, envolvendo um grandenúmero de instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais, com participação direta na execuçãode atividades definidas nos projetos de pesquisa. Embora a grande maioria das atividades dos projetos depesquisa sejam realizadas nas Unidades líderes de projeto, aproximadamente 28% são executas entre comoutras Unidades da Embrapa e 10% por Instituições que participam ativamente da programação de pesquisa daEmbrapa, tendo as Universidades (6,3