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  • PRONNCIA DA LNGUA INGLESA: UM TRABALHO COM O GNERODISCURSIVO RECEITA CULINRIA

    Autora: Bruna Sousa de Melo; Orientadora: Marta Furtado da Costa

    Universidade Estadual da Paraba; [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba; [email protected]

    Resumo: A discusso apresentada neste artigo integra a pesquisa desenvolvida no projeto intitulado Fanaticsfor Phonetics: Sequncias Didticas no Ensino da Pronncia de Lngua Inglesa nas Escolas Pblicas, Cota2016-2017, inscrito no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC). O objetivo doreferido projeto trabalhar o uso de gneros discursivos, por meio de sequncias didticas (SD) no ensino depronncia de lngua inglesa. Nosso entendimento que o ensino de lngua inglesa precisa abandonar o usode palavras ou frases desconectadas para a abordagem de estruturas morfolgicas e sintticas. Odesenvolvimento de uma competncia lingustica est ligado utilizao da lngua em atividades reais deinterao social. Para o interacionismo sociodiscursivo (ISD), o processo de socializao indissocivel dodesenvolvimento humano e, consequentemente, do desenvolvimento lingustico. Ns compreendemos que otrabalho com os gneros discursivos no contexto de ensino de lngua estrangeira ainda no constitui umarotina na sala de aula de lngua inglesa, por isso, justificamos a importncia do nosso trabalho. Desta forma,apresentamos uma proposta de SD na qual trabalhamos o gnero discursivo receita culinria, aplicada numaturma de 7 ano do ensino fundamental de uma escola particular, localizada na cidade de Cruz do EspritoSanto-PB. Atravs do gnero discursivo receita culinria foi possvel abordar os sons voclicos do inglsnorte americano (North American English - NAE) atravs de jogos e atividades que promoveram a interaodos(as) alunos(as) com a mediao da professora. Foi possvel chamar a ateno para as diferenas entre asvogais ortogrficas, as vogais do NAE e do sistema sonoro do portugus brasileiro. Como orientao eembasamento terico deste trabalho ns utilizamos Bronckart (2006), Schneuwly & Dolz (2004) e Celce-Murcia, Brinton & Goodwin (2010), que iro nos dar respaldo sobre os gneros discursivos no ensino dalngua inglesa e a pronncia a dos sons voclicos do NAE.

    Palavras-chave: gneros discursivos, pronncia da lngua inglesa, sequncia didtica, receita culinria.

    INTRODUO

    O presente trabalho tem o intuito de discutir como o uso do gnero discursivo receita

    culinria, abordado atravs de uma sequncia didtica (SD), pode contribuir para o ensino-

    aprendizado da pronncia da lngua inglesa. Com esta finalidade, partiremos dos pressupostos do

    interacionismo sociodiscursivo (ISD). A motivao para este trabalho surgiu a partir das leituras e

    discusses que ocorreram durante as reunies feitas no projeto Fanatics for Phonetics: Sequncias

    Didticas no Ensino da Pronncia de Lngua Inglesa nas Escolas Pblicas, Cota 2016-2017, inscrito

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  • no Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC) da Universidade Estadual da

    Paraba.

    A referida sequncia foi aplicada em uma turma de 7 ano do ensino fundamental I, em uma

    escola da rede privada da cidade de Cruz do Esprito Santo-PB. Aps o estudo do aporte terico e

    da elaborao da (SD) e a sua referida aplicao, cujos resultados apresentaremos neste artigo.

    Para o embasamento terico deste artigo utilizamos os trabalhos de Bronckart (2006), que ir

    apresentar os estudos de Vygotsky, nos quais ele defende que o indivduo um ser social em sua

    origem; Schneuwly & Dolz (2004), sobre a elaborao de sequncias didticas e o trabalho com os

    gneros discursivos; Celce-Murcia, Brinton & Goodwin (2010), sobre os sons voclicos do ingls

    norte americano (North American English - NAE); Goularte (2017), sobre o interacionismo

    sociodiscusivo.

    APORTE TERICO

    Para Vygotsky o psiquismo social em sua origem (BRONCKART, 2006, p. 38),

    necessrio para o indivduo o contato com outros indivduos para que ocorra o desenvolvimento do

    mesmo como ser pensante e participante das relaes humanas e com o mundo. Por isso, a teoria de

    Vygotsky est para o subjetivismo, pois no necessariamente necessite de uma explicao lgica em

    seu entendimento. J Piaget em sua teoria no aceita o fato de que o social um fator fundador no

    desenvolvimento do indivduo, o que leva sua teoria para o lado do objetivismo, por ter a inteno

    de buscar uma explicao lgica na formao do indivduo para o mundo.

    A partir dos comportamentos especficos dos indivduos ocorre a construo de atividades

    sociais e essas atividades sociais so resultados de nossas necessidades, e alm disso os

    comportamentos relacionados ao social geram o nosso estado atual. O que est no psiquismo

    (interior) no pode se dissociar do que est na matria (exterior), pois a relao desses processos

    gera a interao que ocorre no meio social entre os indivduos e que a linguagem o produto do

    psiquismo que surge no meio desse processo para que continue o desenvolvimento do indivduo.

    Segundo Goularte (2017, p. 5), para o terico Vygotsky

    o sujeito age sobre a realidade e interage com ela, construindo seus conhecimentosa partir das relaes intra e interpessoais. Assim, de acordo com este autor, na

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  • troca com outros sujeitos e consigo prprio que ele internaliza conhecimentos,papis e funes sociais.

    Ento para que o indivduo construa os seus conhecimentos ele inicialmente precisa estar

    inserido no meio social e que na sua construo como ser social ele venha a se desenvolver como

    ser individual. Por isso o surgimento da linguagem se dar por meio da interao do indivduo com

    outros a partir do social, o que Goularte (2017, p. 5) descreve segundo Bakhtin (1988) a

    linguagem primordialmente como interao entre esses indivduos. importante salientar que

    interagir est relacionado a linguagem, por meio dela que nos diferenciamos dos demais seres

    vivos. No tocante a linguagem convm abordar que ela a primeira expresso fsica do psiquismo,

    o que demonstra que o fsico e o psiquismo mantm uma relao de significaes no processo de

    desenvolvimento e formao do indivduo, j que a linguagem instrumento fundador e

    organizador dos processos psicolgicos. E a partir dessa interao de um indivduo com outro por

    meio da linguagem que chegamos ao interacionismo sociodiscursivo (ISD).

    No que se diz respeito ao (ISD), Bronckart apud Goularte (2009, p. 13) entende as condutas

    humanas como aes situadas cujas propriedades estruturais e funcionais so, antes de mais nada,

    um produto da socializao o que nos leva a entender que a construo do desenvolvimento

    cognitivo dos indivduos o resultado do meio social em que esto inseridos. De acordo com

    Goularte (2017, p. 9) Bronckart considera os processos de socializao e individuao como

    vertentes indissociveis do desenvolvimento humano, por isso o processo social no qual o

    indivduo tem o seu contato com o mundo de fundamental relevncia para o seu desenvolvimento

    no processo individual como indivduo, assim um est em total contato com o outro.

    Alm do mais, o interacionismo sociodiscursivo possui trs nveis de anlise, o primeiro deles

    deca sobre a vida social dos indivduos, sua formao como ser social (fatos sociais; atividades

    coletivas e gerais; atividades de linguagem; mundos formais). O segundo nvel de anlise est

    relacionado ao processo de mediao formativa, a forma como os indivduos interagem, recebem

    os novos indivduos que esto chegando. J o terceiro nvel de anlise envolve os efeitos que essa

    mediao formativa traz para os indivduos nesse processo, sua formao como ser individual e

    coletivo, alm de verificar as transformaes que o psiquismo passa nesse processo.

    por isso que no processo de desenvolvimento do indivduo, sua participao em diferentes

    atividades sociais lhe possibilita a construo de conhecimentos sobre os gneros e sobre os

    esquemas para a sua utilizao, sendo os gneros considerados ferramentas (SCHNEUWLY apud

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  • MUNIZ-OLIVEIRA, 1994, p. 77). Com isso chegamos a abordagem dos gneros discursivos como

    fator mediador no processo de interao entre os indivduos, a partir deles que os indivduos iro

    trazer tona o que sabem para compartilhar com outros e formular os novos conhecimentos aps

    essa troca de saberes.

    Por isso acreditamos que o gnero pode ser considerado uma unidade de ensino, visando

    formar sujeitos agentes do mundo e no mundo, podendo transformar o mundo e sendo

    transformados por ele (ABREU-TARDELLI apud MUNIZ-OLIVEIRA, 2007, p. 77 e 78). Por isso

    trabalhar os diferentes tipos de gneros discursivos em sala de aula um recurso indispensvel no

    ensino-aprendizagem dos indivduos que esto no processo de desenvolvimento cognitivo, pois os

    prepararam para os diferentes contextos podendo assim molda-los e sendo moldados por eles.

    Desta forma, a elaborao de uma sequncia didtica (SD) voltada para o ensino de um

    determinado gnero textual pode ser compreendido como o levantamento das caractersticas de umdeterminado gnero em todas as suas dimenses, configurando em um processo fundamental para

    que se possa elaborar uma srie de atividades (MUNIZ-OLIVEIRA; BARRICELLI, 2009, p. 83),

    na qual so abordadas o tema geral que ir guiar to (SD), o gnero que ser trabalhado, alm de

    atividades extras para que ocorra um melhor entendimento do que foi abordado durante as aulas. O

    que nos leva a crer que utilizar uma (SD) baseada em um gnero textual um modelo importante na

    formao do indivduo como ser responsvel por seus conhecimentos prvios e novos durante o

    processo de interao com outros e com o mundo.

    RESULTADOS E ANLISE DOS DADOS

    Com o que foi abordado em discurses a partir de textos que embasam este trabalho, foi

    elaborada uma SD sob os pressupostos do ISD a partir do gnero textual receita culinria. A SD foi

    aplicada em uma turma de 7 ano do Ensino Fundamental II, no municpio de Cruz do Esprito

    Santo-PB, durante 6 aulas, abordando o tema Healthy Life. Durante a aplicao da SD tivemos a

    oportunidade de identificar o texto receita culinria no ambiente escolar, adquirindo um novo

    vocabulrio relacionado s frutas em ingls, alm de conhecer os sons voclicos do ingls norte

    americano (North American English - NAE).

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  • Para iniciarmos os relatos, segundo Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004, p. 81) as sequncias

    didticas servem para dar acesso aos alunos a prticas de linguagem novas ou dificilmente

    dominveis, por isso que se fez necessria a utilizao de uma sequncia didtica para que os

    alunos conhecessem um gnero textual no muito convencional em sala de aula. Na primeira aula

    da SD foi apresentado para os alunos duas imagens que estavam relacionadas ao contedo que foi

    abordado nas aulas (o que essas imagens sugerem/mostram? o que elas significam para vocs? quais

    so as consequncias das nossas escolhas?). Depois de apresentar as primeiras imagens outra

    imagem foi mostrada aos alunos e mais questes foram propostas (qual o sentido da imagem? no

    que a imagem se relacionada s outras imagens?). Os aprendizes participaram abertamente dos

    questionamentos alm de trazerem tona outras questes e experincias de suas prprias vidas.

    De acordo com Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004, p. 84), a apresentao da situao ,

    portanto, o momento em que a turma constri uma representao da situao de comunicao e da

    atividade de linguagem a ser executada. O que fizemos aps o contato inicial com o contedo que

    a ser trabalhado em sala de aula, foi apresentar o tema de da SD, Healthy Life. Outras questes

    foram citadas e os alunos foram respondendo medida que elas eram feitas (o que precisamos fazer

    para termos uma vida saudvel? vocs possuem uma vida saudvel? conhecem algum que tem uma

    vida saudvel?). Foram citadas pessoas que conhecem que levam uma saudvel e outras que no, os

    alunos relataram tambm que no consideram levar uma vida saudvel, comentaram alguns dos

    elementos necessrios para se ter uma vida saudvel, alm de falar que gostariam de ter uma vida

    saudvel, mas comer fast food, assistir TV e teclar no celular, componentes para uma vida

    sedentria, tambm muito bom. O que convm salientar que,

    a sequncia comea pela definio do que preciso trabalhar a fim de desenvolveras capacidades de linguagem dos alunos que, apropriando-se dos instrumentos delinguagem prprias ao gnero, estaro mais preparados para realizar a produofinal. (DOLZ, NOVERRAZ & SCHNEUWLY, 2004, p. 86 e 87).

    Ento, partimos para o texto do gnero discursivo receita culinria, no primeiro contato com o

    texto eles se sentiram confortveis com a estrutura dele, pois difere dos textos que geralmente so

    abordados em sala de aula como: contos, crnicas, entre outros. Porm, todos os alunos, a medida

    em que faziam uma leitura compartilhada, mostravam suas capacidades e dificuldades em ler e

    compreender um texto em uma segunda lngua, no caso, a lngua inglesa. Aps a leitura, partimos

    para a compreenso do texto com a identificao das palavras que os alunos j conheciam, at as

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  • que eles no conheciam. Assim, entendendo do que se tratava o texto, no caso uma recita culinria

    de salada de frutas, seguimos os passos contidos na receita. Alm disso, identificamos as frutas que

    eram necessrias para a elaborao da salada de frutas, o que nos levou a conhecer os nomes de

    frutas em lngua inglesa.

    Imagem 1: Vdeo e leitura do texto

    Fonte: Acervo pessoal

    J que foi utilizado o gnero textual receita culinria, optamos por mostrar um vdeo sobre

    como preparar uma salada de frutas, contento os passos relatados no texto lido e compreendido.

    Alm do primeiro vdeo, outro foi inserido na aula mostrando os nomes das frutas em lngua

    inglesa. Aps a exibio, foi mostrado um slide contendo os nomes de frutas para que ficasse mais

    clara a compreenso.

    Imagem 2 - Fazendo picols de frutas

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  • Fonte: Acervo pessoal

    Alm do contato com os vdeos e com os nomes das frutas em sua forma escrita, foi proposto

    o preparo de um picol de frutas, que os prprios alunos fizeram durante uma das aulas da SD. Isto

    os tornou mais envolvidos com a temtica das aulas e ainda mais participativos. Usando algumas

    das frutas abordadas nas aulas, foi introduzida a diferena entre os sons voclicos do portugus

    brasileiro e do ingls norte americano mostrando a quantidade e a escrita de cada um, depois dessa

    introduo sobre os sons voclicos do ingls norte americano foi mostrado um vdeo com esses sons

    e para cada som um exemplo.

    Como j foi mencionado acima, os sons voclicos foram mostrados aos alunos, mas antes de

    apresentar as vogais especficas que foram selecionadas para trabalhar dentro da SD em sala de

    aula, algumas caractersticas delas so importantes mencionar. Os sons voclicos do ingls norte

    americano (North American English - NAE) podem ser simples ou ditongos, e em alguns casos

    tritongos, porm vamos nos deter aos dois primeiros. Alm disto, as vogais podem ser identificadas

    pela forma dos lbios (rounded, spread, neutral), pela posio da lngua (close, mid, open) e pelas

    partes da lngua (front, central, back) que so utilizadas na articulao dessas vogais. Tanto as

    vogais simples como os ditongos (/I/, / /, //, //, /u:/, / /, //, /i:/, / / , /e/, /I /, / /, /e /, /e I/, /I/, /aI/, / /, /a /) foram mostrados aos alunos juntamente com exemplos que contmcada som determinado. Tambm apresentamos o diagrama das vogais, bem como sua concepo e

    utilizao para a compreenso dos sons voclicos.

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  • Imagem 3 As vogais de um ngulo lateral

    Celce-Murcia (2010, p.116)

    Cada vogal possu suas caractersticas especficas, a primeira a ser apresentada aqui o /i:/

    uma vogal simples, com o som longo, na qual articulada na regio da lngua conhecida como

    front, uma close vowel, cujo os lbios, no momento da articulao esto na posio spread,

    exemplos heat, be (CELCE-MURCIA, 2010, p. 115, itlico e grifo meu). O /I/ uma vogal

    simples, com o som curto, articulada na posio da lngua chamada de centre, uma mid vowel,

    cujo os lbios na hora da articulao esto spread. Exemplos fit, tin (CELCE-MURCIA, 2010, p.

    115, itlico e grifo meu). J o / / uma vogal simples e curta, articulada na posio da lnguachamada de back, uma back vowel, cujo os lbios na hora da articulao esto no formato

    rounded, exemplos look, wool (CELCE-MURCIA, 2010, p. 115, itlico e grifo meu). Outra vogal

    cujo os lbios ficam no formato rounded no momento da articulao /u:/, vogal simples e longa,

    tambm articulada na posio back da lngua, alm de ser uma close vowel, exemplos blue, room

    (CELCE-MURCIA, 2010, p. 115, itlico e grifo meu).

    Outro som o /e/, articulado na posio front da lngua, alm de ser uma mid vowel e os

    lbios ficarem no formato spread no momento da articulao. Trata-se de uma vogal simples e

    curta, exemplos bed, bet (CELCE-MURCIA, 2010, p. 126, itlico e grifo meu). O // uma

    vogal simples e curta, sua articulao feita com a posio da lngua chamada front, alm de ser

    uma open vowel e seus lbios ficarem no formato neutral, exemplos bang, bad (CELCE-

    MURCIA, 2010, p. 126, itlico e grifo meu).

    Como foi citado anteriormente, usamos algumas das frutas mencionadas nas aulas e a partir

    delas foram trabalhados especificamente trs sons voclicos do ingls norte americano dos quais j

    foram apresentados, /I/, /e/, // dos quais as palavras pineapple, apple, melon, lemon, cherrry e

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  • strawberry foram as escolhidas para que se identificassem esses smbolos fonticos. Depois deste

    contato com os smbolos do Alfabeto Fontico Internacional (IPA), sugerimos um exerccio para

    que fosse identificado se houve a compreenso do texto e dos sons voclicos no ingls norte

    americano, o que gerou algumas dificuldades, mas mesmo assim tiveram um bom desempenho na

    hora da resoluo das questes contidas no exerccio.

    Imagem 4 - Jogando com os sons voclicos

    Fonte: Acervo pessoal.

    Esta experincia comprovou que muito importante propor atividades as mais diversificadas

    possvel, dando, assim, a cada aluno a possibilidade de ter acesso, por diferentes vias, s noes e

    aos instrumentos, aumentando, desse modo, suas chances de sucesso (Dolz, Noverraz &

    Schneuwly, 2004, p. 89). Por isso, alm do preparo dos picols e da atividade escrita foi passada a

    elaborao de um texto do mesmo gnero trabalhado durante as aulas da SD e para uma melhor

    compreenso do que foi abordado. Houve a participao dos alunos em atividades ldicas, como

    jogos de domin, jogo da velha e da memria que foram adaptados com a temtica da SD, o que

    gerou um grande entusiasmo alm de notar que ocorreu um bom desempenho e aquisio do novo

    conhecimento trabalhado em sala de aula.

    CONSIDERAES FINAIS

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  • A partir das atividades propostas na sequncia didtica constatamos que importante

    trabalhar os gneros discursivos na sala de aula, pois estes funcionam como recursos para conectar a

    realidade dos alunos aos contedos trabalhados em sala de aula. Alm disso, identificamos o

    desenvolvimento social e individual dos aprendizes no decorrer da aplicao da sequncia didtica,

    levando em considerao os seus conhecimentos prvios e concebendo os novos conhecimentos

    atravs do gnero discursivo estudado.

    Alm do mais, foi possvel trabalhar em a sala de aula os sons voclicos do ingls norte

    americano (North American English - NAE), mostrando e identificando junto com os alunos as

    diferenas e semelhanas que eles possuem em relao aos sons voclicos do portugus brasileiro.

    importante frisar que no existe apenas essa variante do ingls, mas por questes didticas

    relacionados ao aporte terico escolhido para a introduo do estudo das vogais, ela foi a

    selecionada a ser trabalhada em sala de aula. No entanto, estamos sempre atentos a explicar a

    referida escolha aos alunos, deixando-os cientes da grande possibilidade de escolha de variantes da

    lngua inglesa a serem estudadas, alm do todos os componentes culturais, polticos e ideolgicos

    que uma determinada lngua carrega.

    REFERNCIAS

    BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano.Campinas, So Paulo: Mercado das Letras, 2006.

    CELCE-MURCIA, Marianne et al. Teaching Pronunciation: A Course Book and Reference Guide.Cambridge University Press. Cambridge, Reino Unido, 2010.

    GOULARTE, Raquel da Silva. Interao, Interacionismos: Situando o InteracionismoSociodiscursivo. Disponvel em Acessado em 20 demaro de 2017.

    MUNIZ-OLIVEIRA, Siderlene. O Interacionismo Sociodiscursivo: Elaborao de ModeloDidtico para o Ensino de Gneros Textuais. Disponvel em

    Acessado em 27 de maro de 2017.

    SCHNEUWLY, Bernard & DOLZ, Joaquim. Gneros orais e escritos na escola. Campinas, SoPaulo: Mercado das Letras, 2004.

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