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Proposta brasileira para dimensionamento de pavimentos com base mecanística –empírica Leni Leite PETROBRAS / CENPES

Proposta brasileira para dimensionamento de … · Dimensionamento de pavimentos Como se dimensiona um pavimento ? Através do cálculo de espessuras de um conjunto de camadas que

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Proposta brasileira para dimensionamento de pavimentos com

base mecanística –empírica

Leni Leite PETROBRAS / CENPES

Mecânica dos pavimentos

O que é um pavimento ? É uma estrutura de

camadas destinada a: • resistir e distribuir ao

subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego;

• melhorar condições de rolamento quanto a comodidade e segurança;

• resistir aos esforços horizontais que nela atuam tornando mais durável a superfície de rolamento

Medina & Motta (2005)

Dimensionamento de pavimentos

Como se dimensiona um pavimento ? Através do cálculo de espessuras de um conjunto de camadas que

trabalham juntas e compatibilizando os materiais

Escolha de materiais e espessuras em função de : • tráfego esperado (período de projeto) • clima • subleito,topografia, drenagem, técnicas construtivas, etc • critérios de ruptura (como definir vida útil)

Motta L. (2012)

Métodos de dimensionamento existentes

Bressi S. (2012) Soares J. (2009)

Emprego de métodos analíticos na Europa

• Durante as duas últimas décadas, houve a substituição dos métodos empíricos pelos mecanísticos.

• Consideram a resposta estrutural, que é calibrada por ensaios de laboratório / dados de campo (pistas existentes ou experimentais).

Soares J. (2010)

Uniformização européia

• Existe uma tendência a uniformização

• Projeto COST 333 - Development of New Bituminous Pavement Design Method - em 1999 indicou que 60% dos órgãos rodoviários europeus já usavam métodos analíticos.

• A maior parte dos países europeus utilizam catálogos com seções pré-definidas para o dimensionamento, evitando soluções não experimentadas e tornando mais homogênea a prática no país.

Soares J. (2010)

Catálogos europeus

Richtlinien für die Standardisierung des Oberbaues von Verkehrsflächen

RStO01 - DE Catalogue des structures types de chaussés neuves -

FR

Manual de concepção de pavimentos para a rede rodoviária nacional - PT

Entradas são geralmente o tráfego, tipo de pavimento e o subleito

Método brasileiro atual Procedimento empírico da década de 60

– Método do CBR – Não tira proveito da avaliação MCT de

solos – Principal defeito não é considerado

trincas por fadiga – Não leva em conta a temperatura do

pavimento – Camada asfáltica única (base de brita) – Não considera envelhecimento do ligante – Não inclui novas técnicas, nem novos

produtos – Critéria de ruptura – afundamento de

trilha de roda

• Houve atualização em 1981 relacionada ao cálculo do número N

Teoria da elasticidade aplicada a pavimentos

Motta L. (2012)

Cálculos de tensões e deformações

de estruturas de pavimentos

Motta L. (2012)

Método de dimensionamento mecanistico

empírico proposto no Brasil -1991

Propriedades de laboratório

método proposto por Laura Motta

Módulo de resiliência das camadas – solos, materiais granulares e misturas betuminosas Ensaio de fadiga a tensão controlada - Critério de ruptura

Fator campo - laboratório

Estimados em estudos para desenvolvimento MEPDG •Fatigue shift factors were calculated for four of the structural sections from the 2003 NCAT Test Track ranged from 4.2 to 75.8. •The fatigue shift factors determined with PerRoad ranged from 6.7 to 19.2.

Tese doutorado Salomão Pinto -1991 Outros fatores campo laboratório

Vários níveis de aplicação

Necessidade de ensaios laboratoriais para estimativa fator campo laboratório

Funções de transferência

Proposta Sispav de projeto de dimensionamento

tese doutorado Filipe Proença 2007

Base do método do Filipe

Laura Motta (2012) emprega F(C/L) desenvolvido por Salomão

Tese mestrado - Luiz Felipe da Silva da Fonseca 2013

A análise da vida útil de projeto da estrutura de pavimento proposta pelo catálogo de soluções de pavimentação do CREMA 2ª ETAPA por meio do programa SisPav permitiu concluir que as soluções contempladas no catálogo para os segmentos homogêneos selecionados não atendem a vida útil de projeto de 10 anos para as quais foram calculadas

Desenvolvimento de projeto de dimensionamento brasileiro

na rede Temática de asfaltos

• Construção de pistas experimentais em diferentes regiões, clima e temperatura • Atuação de Universidades e IPR (DNIT) • Geração de dados de campo e laboratório • Calibração dos modelos • Criar Fator campo laboratório

Tornar SISPAV uma verdadeira ferramenta de projeto

Concluidas: 16

Conc. em 2013: 3

Em andamento: 5

Só equipamentos: 3

UFAM

UFPA

UEMA

UFC

UFPB, UFCG

UFPE

UFS

UFRJ, IME, IPR

USP, EESC

UFSC

UFPR, UEM

UFG

UFMT

UFBA

UFMG, UFJF, UFOP, CEFET-MG, UFV

UFSM

UFAL

UFRGS

Resultados Infra

MA

NU

AL

PRÉ-

EXECUÇÃO

INF. PRELIMINARES

AMOSTRAS

MATERIAIS E ESTRUTURAS

EXECUÇÃO CONFIRMAÇÃO DOS MATERIAIS

CONTROLE DE EXECUÇÃO

PÓS-EXECUÇÃO

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DOS

TRECHOS MONITORADOS

Projeto da Rede temática

Laura Motta (2012)

Laura Motta (2012)

Pós-execução Execução

Laura Motta (2012)

Pós-execução

Levantamentos realizados

Data Deflexão máxima média, 0,01mm

IRI médio,

m/km BPN médio (ou grip number)

Macrotextura média,

mm % de área trincada

Afundamento médio de trilha de roda,

mm

Tempo 0

1 mês

6 meses

1 ano

2 anos

3 anos

Resultados P&D

Manual de Trechos Monitorados

Sistema da Rede Temática de Asfaltos

Versão beta do SispavBR

Critérios em discussão no SISPAV

A semelhança do MEPDG, serão usados 3 níveis em ordem inversa

Níveis

1) Emprego de MR, sem efeito da temperatura, nem envelhecimento do ligante; Uso da Lei de Miner; Critério de ruptura a partir de curvas de fadiga tradicionais ou obtidas nas calibrações;

2) Cálculo do módulo dinâmico, com efeito da temperatura e do envelhecimento do ligante. Uso da Lei de Miner; Critérios de ruptura a partir de calibrações – fator campo – laboratório a partir de calibrações

3) Emprego de módulo dinâmico a diferentes freqüências e temperaturas, construção de curva mestre. Correlações entre % área trincada com o dano como critério de ruptura calibrações – fator campo – laboratório

Resultados P&D

Total de pistas construídas e monitoradas: 25 + Projeto Fundão = 75

Metas para os próximos anos:

Número de pistas experimentais (total e efetivas):

2014: SispavBR com os modelos do Fundão

2016: SispavBR com os modelos do Brasil: Nível 1

2017: SispavBR completo + Livro

Número de pistas experimentais:

2015 51 pistas experimentais 2017 80 pistas experimentais

Parceiros obtidos até agora em

trechos experimentais