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COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI – ENSINO FUNDAMNETAL , MÉDIO E NORMAL FRANCSICO ALVES- PARANÁ DENISE PADOVAN DA SILVA PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES filePensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorpora para o ensino de outras faixas etárias. A valorização

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COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI – ENSINO FUNDAMNETAL ,

MÉDIO E NORMAL

FRANCSICO ALVES- PARANÁ

DENISE PADOVAN DA SILVA

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES

2010

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTES

Neste texto serão estudadas as concepções de alguns artistas e teóricos

que fizeram um estudo sobre a arte, melhorando assim o conteúdo para

atender os alunos do ensino fundamental. Conhecer esse trabalho será

aprofundar na compreensão sobre o ensino de arte em nossas escolas.

A arte é uma manifestação antiga, pois já existia a milhares de anos

através. Tem registro de arte nas paredes das cavernas, isto mostra que cultura

depende do tempo e momento que se encontra, depois do momento passado,

podemos entender o porquê de tal produção. No momento da criação não

percebemos, que o que fazemos reflete nossos sentimentos.

O ensino da Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e

criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi

gradativamente incorpora para o ensino de outras faixas etárias. A valorização

da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre

expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade,

desfocando o conhecimento em arte e procurando romper a transposição

mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.

O ensino de música torna-se obrigatório nas escolas. Ao contemplar a teoria e

o canto, o ensino de música enfatizava uma política de homogeneização do

pensamento social, com o objetivo de criar uma identidade nacional.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram por meio

de movimentos sociais e artísticos. Todos os períodos históricos da arte foram

ensinados em diversos espaços sociais, de acordo com a classe social,

desenvolveram formas de ensino com a corporação de músicos e de artesãos.

Os artistas imigrantes trouxeram novas idéias e experiências culturais

diferentes, entre elas à aplicação da arte aos meios produtivos e o uso da arte

como expressão individual. Ao se adaptarem à nova realidade, os artistas

começaram a pensar sobre a importância da arte para o desenvolvimento de

uma nova sociedade, com características próprias e a valorização da realidade

local.

A arte compreende mais do que o fazer artístico ou manipulação de

materiais de arte, compreende uma articulação entre a produção, a crítica, a

história e a estética da arte, ao afirmar, que a Educação Artística deve abranger

alguma discussão e análise dos trabalhos artísticos e alguma apreciação dos

contextos culturais em que eles foram criados.

O ensino de Arte deixa de ser Coadjuvante no sistema educacional e

passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma

sociedade construída historicamente e em constante transformação.

Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o

do Universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamento, aprender e expandir suas potencialidades criativas por meio de

experimentação estética.

Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir

mais crítico, um interpretar da realidade, no imaginário, bem como a ampliação

das possibilidades de fruição e Expressão artística.

A disciplina de arte, enquanto disciplina escolar possibilita o estudo da

arte como campo de conhecimento, constituído de saberes específicos,

envolvendo as manifestações culturais, locais, nacionais e globais, o contexto

histórico social e o repertório de conhecimento do aluno.

O ensino da arte desempenha um papel social na medida em que

democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo

fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua formação e a construção

do conhecimento em Arte acontece por meio da inter-relação de saberes,

entendem-se que ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento

estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das diferentes

manifestações artísticas.

A Arte sempre esteve ligada á história do homem, tornando possível o

registro estético de costumes e visões de mundo. Desvelar essa história e

cultura nos faz conhecedores de nós mesmos, visto que somos construídos

culturalmente. Envolvendo assim tudo o que é produzido pelo ser humano o

que, portanto produz sentimentos e significados para o Ensino da Arte.

Com o ensino de arte o aluno deverá ser capaz de experimentar e

explorar as possibilidades de cada linguagem artística, compreender a arte

como linguagem mantendo uma busca pessoal ou coletiva, articulando a

percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a

reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.

Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos

artísticos diversos em arte identificando-os e interpretando-os.

Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas conhecendo, respeitando, observando as

produções presentes no entorno com as demais do patrimônio cultural e do

universo, identificando as diferenças nos padrões artísticos e estéticos de

diferentes grupos culturais, investigar e organizar informações sobre a arte,

reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e

concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias,

pesquisas, informações sobre a arte em contato com artistas, obra de arte,

fontes de comunicação e informação, frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

Identificar a diversidade cultural dos povos africanos que participam do

povoamento do Brasil reconhecendo e valorizando sua manifestação artística

bem como, a dos indígenas.

A dimensão histórica apresenta nessa proposta pedagógica, destaca

alguns marcos do desenvolvimento da Arte âmbito escolar.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuítas, a congregação

católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem

portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos

registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de

catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios,

por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes

manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas

valorizavam-se, também as manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO,

2004,p.15).

Esse contexto foi importante na construção da matriz cultural brasileira e

manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música

caipira em sua forma de cantar e tocar a viola(guitarra espanhola); no folclore,

com as Cavalhadas e Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo

planalto; a Congada da Lapa entre essa várias foram as reforma no Paraná, foi

fundado o Liceu de Curitiba(1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que

seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal(1876), atual instituto

de Educação, para a formação em magistério. Entretanto, o ensino de Arte nas

escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais diversos espaços sociais são

influenciados também por movimentos políticos e sociais. Nas primeiras

décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana da Arte Moderna de

1922, um importante marco para a arte brasileira, associada aos movimentos

nacionalistas da época.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que

desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e

renascentista européia e a arte africana, cada qual com suas especificidades,

constituíram a matriz da cultura popular brasileira.

O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,

espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa

concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas

etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre

expressão de formas, na individualidade, inspiração e sensibilidade, o que

rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola

tradicional.

Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha da Arte, criada em

1948, no Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues,

organizada em ateliês – livres de artes plásticas. A forma de organização dessa

Escolinha tornou-se referência para a criação de outras no território nacional,

no entanto, manteve o caráter extracurricular do ensino de arte.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo

com a classe social á qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de

músicos e a corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas

particulares de piano das senhoritas burguesas do século LXX; nos circos com

atores, músicos e malabaristas e de diversos outros grupos sociais.

No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou

o ensino de Arte como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e,

entre eles artistas, que vieram com novas ideias e experiências culturais e

diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a

importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As características

da nova sociedade em formação e a necessidade de valorização da realidade

local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.

Entre os artistas e professores que participaram desse momento

histórico destacaram-se Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro,

Emma Koch, Ricardo Koch, Bento Mussurunga e outros considerados

precursores do ensino da Arte no Paraná.

Além de todas as reformas em 2003, iniciou-se no Paraná um processo

de discussão com os professores da educação Básica do Estado. Núcleos

Regionais de Educação (NRE) e Instituições de ensino Superior (IES) pautado

na retomada de uma prática reflexiva para uma construção coletiva de

diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito

epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua

práxis.

As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas

dimensões artísticas, filosófica e científica e articula-se com políticas que

valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Nesse contexto de mudanças e avanços no ensino de arte,

ressaltamos ainda que fosse sancionada pelo Presidente da República a lei

que estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.” Para o ensino desta

disciplina significa uma possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura

européia, ainda presente em muitas escolas.

Objetivos gerais

As diferentes formas de pensar o ensino de Arte são conseqüências do

movimento histórico no qual desenvolveram, com suas relações sociais,

culturais, econômicas e políticas. Essa concepção defendia que a arte deveria

liberta-se das teorias e ao mesmo tempo fazer o artista compreende a arte. A

realização pessoal acontece a partir de atividades de expressão ampliando o

repertório do aluno.

A prática pedagógica contemplará as artes visuais, a dança, a música e

o teatro, cuja organização é semelhante entre os níveis e modalidades da

educação básica, sob a referencia das relações estabelecidas entre a arte e a

sociedade.

O enfoque cultural baliza as discussões em Artes, pois é na associação

entre a Arte e a Cultura que se dão as reflexões sobre a diversidade cultural e

as produções e manifestações culturais que dela decorrem. Devem se propiciar

aos alunos leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se

discutir de que forma a indústria cultural interfere e censura as produções e

manifestações culturais com as quais os sujeitos se identificam.

Cada cultura possui sua lógica e funciona como lente através do qual o

homem se vê, compreende, inclui, localiza, insere na diversidade, bem como

se relaciona, participa ressignifica e percebe o mundo.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o ensino

fundamental são:

Elementos Formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

CONTEUDOS BÁSICOS

Área: Música

Elementos Formais:

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade.

Composição:

Ritmo;

Melodia;

Harmonia;

Tonal;

Modal;

Contemporânea;

Escalas;

Sonoplastia;

Estrutura;

Gêneros: erudita, folclórica...;

Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Movimentos e Períodos:

Arte Grego-Romana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Rap;

Tecno;

Barroco;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Vanguardas Artísticas;

Arte Engajada;

Música Serial;

Música Eletrônica;

Música Minimalista;

Música Popular Brasileira;

Arte Paranaense;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paraense;

Indústria Cultural;

World Music;

Arte Latino-Americana...

Área: Artes Visuais

Elementos Formais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor

Composição

Figurativa;

Abstrata;

Figura-fundo;

Bidimensional;

Tridimensional;

Semelhanças;

Contrastes;

Ritmo visual;

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...

Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Movimentos e Períodos

Arte Pré-histórica;

Arte no Antigo Egito;

Arte Greco-Romana;

Arte Pré-Colombiana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Arte Bizantina;

Arte Românica; Arte Gótica;

Renascimento;

Barroco;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Expressionismo;

Fauvismo;

Cubismo

Abstracionismo;

Dadaísmo;

Construtivismo;

Surrealismo;

Op-art;

Pop-art;

Arte Naif;

Vanguardas artísticas;

Arte Popular;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paranaense;

Indústria Cultural;

Arte Latino-Americana;

Muralismo...

Área: Teatro

Elementos Formais:

Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);

Ação;

Espaço.

Composição

Representação;

Texto Dramático;

Dramaturgia;

Roteiro;

Espaço Cênico;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara,

caracterização e maquiagem;

Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;

Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação,

bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção,

produção...

Movimentos e Períodos

Arte Greco-Romana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Barroco;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Realismo;

Expressionismo;

Vanguardas Artísticas;

Teatro Dialético;

Teatro do Oprimido;

Teatro Pobre;

Teatro Essencial;

Teatro do Absurdo;

Arte Engajada;

Arte Popular;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paranaense;

Indústria Cultural;

Arte Latino-Americana...

Área: Dança

Elementos Formais

Movimento Corporal;

Tempo;

Espaço;

Composição

Eixo;

Dinâmica;

Aceleração;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...

Técnicas: improvisação, coreografia...

Movimentos e Períodos:

Arte Pré-Histórica;

Arte Greco-Romana;

Arte Oriental;

Arte Africana;

Arte Medieval;

Renascimento;

Barroco;

Neoclassicismo;

Romantismo;

Expressionismo;

Vanguardas Artísticas;

Arte Popular;

Arte Indígena;

Arte Brasileira;

Arte Paranaense;

Dança Circular;

Indústria Cultural;

Dança Clássica;

Dança Moderna;

Dança Contemporânea;

Hip Hop;

Arte Latino-Americana...

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos devem ser abordados partindo do conhecimento prévio

dos alunos, incluindo as idéias pré- concebidas do ensino da arte.

A cada conteúdo será realizada discussões em sala de aula sobre a

importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão

realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas aos museus,

teatros, bibliotecas, visando atender a toda diversidade que se encontra

inserida na comunidade escolar. O ensino de Artes nesse estabelecimento de

ensino partirá da concepção adotada nas Diretrizes curriculares para a

disciplina, cabendo ao professor na sua pratica pedagógica considerar:

As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na

região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda

manifestação artística como produção cultural;

As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar

como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte;

As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a

compreensão dos processos de criação e execução nas

linguagens artísticas.

A experimentação como meio fundamental para ressignificação

desse componente curricular, levando em conta que essa pratica

favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção

por meio dos sentidos.

O trabalho a ser realizado possibilitará ao aluno o acesso a produção e

manifestaçõesartísticas e o professor mediará essa apreciação e apropriação

com o conhecimento sobre a arte. Na escola o objeto de trabalho é o

conhecimento. Dessa forma, contemplaremos, na metodologia do ensino da

arte, três momentos da organização pedagógica: o sentir e o perceber, que são

formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa

e, o conhecimento, que possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trablaho

artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno á formação de

conceitos artísticos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino aprendizagem

em arte.

Esses três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em

sala de aula, pois apesar de serem interdependentes, as aulas serão

planejadas com recursos e metodologias específicaspara cada um desses

momentos.

É imprescindível considerar a origem cultural e o grupo social dos

alunos, tanto na produção como na fruição.

Arte é um campo do conhecimento humano, produto de criação e do

trabalho de indivíduos, histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo

tem sua origem e história que devem ser conhecidas para melhor compreensão

por parte do aluno.

Artes Visuais

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental e Médio nas

Artes Visuais o desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da

produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também

formas e imagens de diferentes aspectos, presentes nas sociedades

contemporâneas.

O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas,

constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência

fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do

seu entorno. Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da

região, bem como outras produções de caráter universal, dando ênfase ao

cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista

percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma

nova realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve

ser o ponto de partida para que a releitura da obra componha a prática

pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos

elementos percebidos por ele na obra de arte.

Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas artísticas,

essa prática pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se

trabalhar com as manifestações populares e midiáticas, que são compostas por

áreas artísticas.

Dança

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é

fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos

próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. É necessário

rever as abordagens presentes e modificar a idéia que a Dança aparece

somente como meio ou recurso “para relaxar', 'para soltar as emoções', 'para

expressar-se espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação motora' ou até

'para acalmar os alunos” (MARQUES, 2005, p.23).

A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos

cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma

melhor compreensão estética da Arte.

Música

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música é

necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo

que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as

maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma

composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a

música se organiza.

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma

grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à

herança cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos

instigados pela cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada

música, é importante contextualizá-la, apresentar suas características

específicas e mostrar que as influências de regiões e povos, misturam-se em

diversas composições musicais.

No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros

musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.

Cada povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua

história; surgem assim, diferentes gêneros musicais, cada qual com suas

funções correspondentes a épocas e regiões. Cada povo ou grupo cultural

produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem, assim, diferentes

gêneros musicais. Eles não são isolados; sofrem transformações com o tempo,

por influência de outros estilos e movimentos musicais que incorporam-se e

adaptam-se aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos músicos e aos

instrumentos de cada povo e de cada época.

Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos sons

presentes no cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical.

Teatro

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na

educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a

coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor,

o momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a

oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem

correr risco.

A partir da linguagem teatral poderão ser explorados como conteúdo a

dança, as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com

as personagens

4. AVALIAÇÃO

De acordo com a LDBEN (n. 9394/96, art.24, inciso V) e com a

Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8),a

avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno

entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no

processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir

desses saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico das

linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências quanto conceituais.

É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem artística, bem

como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação

para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento das

práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno.

A avaliação na disciplina de Arte proposta será diagnóstica e processual,

diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e

da avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os mmentos da

prática pedagógica.

O planejamento será constantemente direcionado, utilizando a avaliação

do professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto –

avaliação dos alunos.

O conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os

colegas de sala e, ao mesmo tempo será a referência para o professor propor

abordagens diferenciadas.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, serão utilizados

vários instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o

percurso e final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas

teóricas e práticas entre outras.

Para tanto a avaliação individual e do grupo serão usadas vários

instrumentos de verificação tais como:

trabalhos artísticos individuais e em grupo;

pesquisas bibliográficas e de campo;

debates em forma de seminários e simpósios;

provas teóricas e práticas;

registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio – visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico

necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem

durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de arte visando á atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias, relacionadas á produção, divulgação e

consumo.

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