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COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI – ENSINO FUNDAMNETAL ,
MÉDIO E NORMAL
FRANCSICO ALVES- PARANÁ
DENISE PADOVAN DA SILVA
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES
2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTES
Neste texto serão estudadas as concepções de alguns artistas e teóricos
que fizeram um estudo sobre a arte, melhorando assim o conteúdo para
atender os alunos do ensino fundamental. Conhecer esse trabalho será
aprofundar na compreensão sobre o ensino de arte em nossas escolas.
A arte é uma manifestação antiga, pois já existia a milhares de anos
através. Tem registro de arte nas paredes das cavernas, isto mostra que cultura
depende do tempo e momento que se encontra, depois do momento passado,
podemos entender o porquê de tal produção. No momento da criação não
percebemos, que o que fazemos reflete nossos sentimentos.
O ensino da Arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e
criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi
gradativamente incorpora para o ensino de outras faixas etárias. A valorização
da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre
expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade,
desfocando o conhecimento em arte e procurando romper a transposição
mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.
O ensino de música torna-se obrigatório nas escolas. Ao contemplar a teoria e
o canto, o ensino de música enfatizava uma política de homogeneização do
pensamento social, com o objetivo de criar uma identidade nacional.
O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram por meio
de movimentos sociais e artísticos. Todos os períodos históricos da arte foram
ensinados em diversos espaços sociais, de acordo com a classe social,
desenvolveram formas de ensino com a corporação de músicos e de artesãos.
Os artistas imigrantes trouxeram novas idéias e experiências culturais
diferentes, entre elas à aplicação da arte aos meios produtivos e o uso da arte
como expressão individual. Ao se adaptarem à nova realidade, os artistas
começaram a pensar sobre a importância da arte para o desenvolvimento de
uma nova sociedade, com características próprias e a valorização da realidade
local.
A arte compreende mais do que o fazer artístico ou manipulação de
materiais de arte, compreende uma articulação entre a produção, a crítica, a
história e a estética da arte, ao afirmar, que a Educação Artística deve abranger
alguma discussão e análise dos trabalhos artísticos e alguma apreciação dos
contextos culturais em que eles foram criados.
O ensino de Arte deixa de ser Coadjuvante no sistema educacional e
passa também a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o
do Universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, aprender e expandir suas potencialidades criativas por meio de
experimentação estética.
Educar os alunos em arte é possibilitar a eles um novo olhar, um ouvir
mais crítico, um interpretar da realidade, no imaginário, bem como a ampliação
das possibilidades de fruição e Expressão artística.
A disciplina de arte, enquanto disciplina escolar possibilita o estudo da
arte como campo de conhecimento, constituído de saberes específicos,
envolvendo as manifestações culturais, locais, nacionais e globais, o contexto
histórico social e o repertório de conhecimento do aluno.
O ensino da arte desempenha um papel social na medida em que
democratiza um conhecimento específico e interfere na formação do indivíduo
fruidor de cultura e conhecedor da construção de sua formação e a construção
do conhecimento em Arte acontece por meio da inter-relação de saberes,
entendem-se que ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento
estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das diferentes
manifestações artísticas.
A Arte sempre esteve ligada á história do homem, tornando possível o
registro estético de costumes e visões de mundo. Desvelar essa história e
cultura nos faz conhecedores de nós mesmos, visto que somos construídos
culturalmente. Envolvendo assim tudo o que é produzido pelo ser humano o
que, portanto produz sentimentos e significados para o Ensino da Arte.
Com o ensino de arte o aluno deverá ser capaz de experimentar e
explorar as possibilidades de cada linguagem artística, compreender a arte
como linguagem mantendo uma busca pessoal ou coletiva, articulando a
percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a
reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.
Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos
artísticos diversos em arte identificando-os e interpretando-os.
Identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico
contextualizado nas diversas culturas conhecendo, respeitando, observando as
produções presentes no entorno com as demais do patrimônio cultural e do
universo, identificando as diferenças nos padrões artísticos e estéticos de
diferentes grupos culturais, investigar e organizar informações sobre a arte,
reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e
concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias,
pesquisas, informações sobre a arte em contato com artistas, obra de arte,
fontes de comunicação e informação, frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Identificar a diversidade cultural dos povos africanos que participam do
povoamento do Brasil reconhecendo e valorizando sua manifestação artística
bem como, a dos indígenas.
A dimensão histórica apresenta nessa proposta pedagógica, destaca
alguns marcos do desenvolvimento da Arte âmbito escolar.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuítas, a congregação
católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem
portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos
registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de
catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios,
por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes
manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas
valorizavam-se, também as manifestações artísticas locais (BUDASZ, in NETO,
2004,p.15).
Esse contexto foi importante na construção da matriz cultural brasileira e
manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música
caipira em sua forma de cantar e tocar a viola(guitarra espanhola); no folclore,
com as Cavalhadas e Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo
planalto; a Congada da Lapa entre essa várias foram as reforma no Paraná, foi
fundado o Liceu de Curitiba(1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que
seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal(1876), atual instituto
de Educação, para a formação em magistério. Entretanto, o ensino de Arte nas
escolas e os cursos de Arte oferecidos nos mais diversos espaços sociais são
influenciados também por movimentos políticos e sociais. Nas primeiras
décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana da Arte Moderna de
1922, um importante marco para a arte brasileira, associada aos movimentos
nacionalistas da época.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que
desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e
renascentista européia e a arte africana, cada qual com suas especificidades,
constituíram a matriz da cultura popular brasileira.
O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,
espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa
concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas
etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre
expressão de formas, na individualidade, inspiração e sensibilidade, o que
rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola
tradicional.
Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha da Arte, criada em
1948, no Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues,
organizada em ateliês – livres de artes plásticas. A forma de organização dessa
Escolinha tornou-se referência para a criação de outras no território nacional,
no entanto, manteve o caráter extracurricular do ensino de arte.
O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo
com a classe social á qual se destinavam, como por exemplo, a corporação de
músicos e a corporação de artesãos em Vila Rica, no século XVIII; as aulas
particulares de piano das senhoritas burguesas do século LXX; nos circos com
atores, músicos e malabaristas e de diversos outros grupos sociais.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou
o ensino de Arte como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e,
entre eles artistas, que vieram com novas ideias e experiências culturais e
diversas, como a aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a
importância da Arte para o desenvolvimento da sociedade. As características
da nova sociedade em formação e a necessidade de valorização da realidade
local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.
Entre os artistas e professores que participaram desse momento
histórico destacaram-se Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro,
Emma Koch, Ricardo Koch, Bento Mussurunga e outros considerados
precursores do ensino da Arte no Paraná.
Além de todas as reformas em 2003, iniciou-se no Paraná um processo
de discussão com os professores da educação Básica do Estado. Núcleos
Regionais de Educação (NRE) e Instituições de ensino Superior (IES) pautado
na retomada de uma prática reflexiva para uma construção coletiva de
diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito
epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua
práxis.
As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas
dimensões artísticas, filosófica e científica e articula-se com políticas que
valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Nesse contexto de mudanças e avanços no ensino de arte,
ressaltamos ainda que fosse sancionada pelo Presidente da República a lei
que estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.” Para o ensino desta
disciplina significa uma possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura
européia, ainda presente em muitas escolas.
Objetivos gerais
As diferentes formas de pensar o ensino de Arte são conseqüências do
movimento histórico no qual desenvolveram, com suas relações sociais,
culturais, econômicas e políticas. Essa concepção defendia que a arte deveria
liberta-se das teorias e ao mesmo tempo fazer o artista compreende a arte. A
realização pessoal acontece a partir de atividades de expressão ampliando o
repertório do aluno.
A prática pedagógica contemplará as artes visuais, a dança, a música e
o teatro, cuja organização é semelhante entre os níveis e modalidades da
educação básica, sob a referencia das relações estabelecidas entre a arte e a
sociedade.
O enfoque cultural baliza as discussões em Artes, pois é na associação
entre a Arte e a Cultura que se dão as reflexões sobre a diversidade cultural e
as produções e manifestações culturais que dela decorrem. Devem se propiciar
aos alunos leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se
discutir de que forma a indústria cultural interfere e censura as produções e
manifestações culturais com as quais os sujeitos se identificam.
Cada cultura possui sua lógica e funciona como lente através do qual o
homem se vê, compreende, inclui, localiza, insere na diversidade, bem como
se relaciona, participa ressignifica e percebe o mundo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes, para o ensino
fundamental são:
Elementos Formais;
Composição;
Movimentos e períodos.
CONTEUDOS BÁSICOS
Área: Música
Elementos Formais:
Altura;
Duração;
Timbre;
Intensidade;
Densidade.
Composição:
Ritmo;
Melodia;
Harmonia;
Tonal;
Modal;
Contemporânea;
Escalas;
Sonoplastia;
Estrutura;
Gêneros: erudita, folclórica...;
Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
Movimentos e Períodos:
Arte Grego-Romana;
Arte Oriental;
Arte Africana;
Arte Medieval;
Renascimento;
Rap;
Tecno;
Barroco;
Neoclassicismo;
Romantismo;
Vanguardas Artísticas;
Arte Engajada;
Música Serial;
Música Eletrônica;
Música Minimalista;
Música Popular Brasileira;
Arte Paranaense;
Arte Indígena;
Arte Brasileira;
Arte Paraense;
Indústria Cultural;
World Music;
Arte Latino-Americana...
Área: Artes Visuais
Elementos Formais:
Ponto;
Linha;
Superfície;
Textura;
Volume;
Luz;
Cor
Composição
Figurativa;
Abstrata;
Figura-fundo;
Bidimensional;
Tridimensional;
Semelhanças;
Contrastes;
Ritmo visual;
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...
Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...
Movimentos e Períodos
Arte Pré-histórica;
Arte no Antigo Egito;
Arte Greco-Romana;
Arte Pré-Colombiana;
Arte Oriental;
Arte Africana;
Arte Medieval;
Arte Bizantina;
Arte Românica; Arte Gótica;
Renascimento;
Barroco;
Neoclassicismo;
Romantismo;
Realismo;
Impressionismo;
Expressionismo;
Fauvismo;
Cubismo
Abstracionismo;
Dadaísmo;
Construtivismo;
Surrealismo;
Op-art;
Pop-art;
Arte Naif;
Vanguardas artísticas;
Arte Popular;
Arte Indígena;
Arte Brasileira;
Arte Paranaense;
Indústria Cultural;
Arte Latino-Americana;
Muralismo...
Área: Teatro
Elementos Formais:
Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);
Ação;
Espaço.
Composição
Representação;
Texto Dramático;
Dramaturgia;
Roteiro;
Espaço Cênico;
Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara,
caracterização e maquiagem;
Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;
Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação,
bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção,
produção...
Movimentos e Períodos
Arte Greco-Romana;
Arte Oriental;
Arte Africana;
Arte Medieval;
Renascimento;
Barroco;
Neoclassicismo;
Romantismo;
Realismo;
Expressionismo;
Vanguardas Artísticas;
Teatro Dialético;
Teatro do Oprimido;
Teatro Pobre;
Teatro Essencial;
Teatro do Absurdo;
Arte Engajada;
Arte Popular;
Arte Indígena;
Arte Brasileira;
Arte Paranaense;
Indústria Cultural;
Arte Latino-Americana...
Área: Dança
Elementos Formais
Movimento Corporal;
Tempo;
Espaço;
Composição
Eixo;
Dinâmica;
Aceleração;
Ponto de apoio;
Salto e queda;
Rotação;
Formação;
Deslocamento;
Sonoplastia;
Coreografia;
Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...
Técnicas: improvisação, coreografia...
Movimentos e Períodos:
Arte Pré-Histórica;
Arte Greco-Romana;
Arte Oriental;
Arte Africana;
Arte Medieval;
Renascimento;
Barroco;
Neoclassicismo;
Romantismo;
Expressionismo;
Vanguardas Artísticas;
Arte Popular;
Arte Indígena;
Arte Brasileira;
Arte Paranaense;
Dança Circular;
Indústria Cultural;
Dança Clássica;
Dança Moderna;
Dança Contemporânea;
Hip Hop;
Arte Latino-Americana...
3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos devem ser abordados partindo do conhecimento prévio
dos alunos, incluindo as idéias pré- concebidas do ensino da arte.
A cada conteúdo será realizada discussões em sala de aula sobre a
importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão
realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas aos museus,
teatros, bibliotecas, visando atender a toda diversidade que se encontra
inserida na comunidade escolar. O ensino de Artes nesse estabelecimento de
ensino partirá da concepção adotada nas Diretrizes curriculares para a
disciplina, cabendo ao professor na sua pratica pedagógica considerar:
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na
região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda
manifestação artística como produção cultural;
As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar
como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte;
As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a
compreensão dos processos de criação e execução nas
linguagens artísticas.
A experimentação como meio fundamental para ressignificação
desse componente curricular, levando em conta que essa pratica
favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção
por meio dos sentidos.
O trabalho a ser realizado possibilitará ao aluno o acesso a produção e
manifestaçõesartísticas e o professor mediará essa apreciação e apropriação
com o conhecimento sobre a arte. Na escola o objeto de trabalho é o
conhecimento. Dessa forma, contemplaremos, na metodologia do ensino da
arte, três momentos da organização pedagógica: o sentir e o perceber, que são
formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa
e, o conhecimento, que possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trablaho
artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno á formação de
conceitos artísticos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino aprendizagem
em arte.
Esses três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em
sala de aula, pois apesar de serem interdependentes, as aulas serão
planejadas com recursos e metodologias específicaspara cada um desses
momentos.
É imprescindível considerar a origem cultural e o grupo social dos
alunos, tanto na produção como na fruição.
Arte é um campo do conhecimento humano, produto de criação e do
trabalho de indivíduos, histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo
tem sua origem e história que devem ser conhecidas para melhor compreensão
por parte do aluno.
Artes Visuais
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental e Médio nas
Artes Visuais o desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da
produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também
formas e imagens de diferentes aspectos, presentes nas sociedades
contemporâneas.
O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas,
constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência
fundamental, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do
seu entorno. Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da
região, bem como outras produções de caráter universal, dando ênfase ao
cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública.
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista
percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma
nova realidade, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve
ser o ponto de partida para que a releitura da obra componha a prática
pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos
elementos percebidos por ele na obra de arte.
Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas artísticas,
essa prática pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se
trabalhar com as manifestações populares e midiáticas, que são compostas por
áreas artísticas.
Dança
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é
fundamental buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos
próprios da dança com os elementos culturais que a compõem. É necessário
rever as abordagens presentes e modificar a idéia que a Dança aparece
somente como meio ou recurso “para relaxar', 'para soltar as emoções', 'para
expressar-se espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação motora' ou até
'para acalmar os alunos” (MARQUES, 2005, p.23).
A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos
cognitivos que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma
melhor compreensão estética da Arte.
Música
Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música é
necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo
que se possa identificar os seus elementos formadores, as variações e as
maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma
composição musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a
música se organiza.
Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma
grande oferta musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à
herança cultural quanto interfere na formação de comportamento e gostos
instigados pela cultura de massa. Por isso, ao trabalhar uma determinada
música, é importante contextualizá-la, apresentar suas características
específicas e mostrar que as influências de regiões e povos, misturam-se em
diversas composições musicais.
No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros
musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.
Cada povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua
história; surgem assim, diferentes gêneros musicais, cada qual com suas
funções correspondentes a épocas e regiões. Cada povo ou grupo cultural
produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem, assim, diferentes
gêneros musicais. Eles não são isolados; sofrem transformações com o tempo,
por influência de outros estilos e movimentos musicais que incorporam-se e
adaptam-se aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos músicos e aos
instrumentos de cada povo e de cada época.
Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos sons
presentes no cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical.
Teatro
Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na
educação, destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a
coordenação, sendo o encaminhamento metodológico, proposto pelo professor,
o momento para que o aluno os exercite. Com o teatro, o educando tem a
oportunidade de se colocar no lugar de outros, experimentando o mundo sem
correr risco.
A partir da linguagem teatral poderão ser explorados como conteúdo a
dança, as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com
as personagens
4. AVALIAÇÃO
De acordo com a LDBEN (n. 9394/96, art.24, inciso V) e com a
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8),a
avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno
entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no
processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir
desses saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências quanto conceituais.
É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem artística, bem
como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação
para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento das
práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a
produção do aluno.
A avaliação na disciplina de Arte proposta será diagnóstica e processual,
diagnóstica por ser a referência do professor para o planejamento das aulas e
da avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os mmentos da
prática pedagógica.
O planejamento será constantemente direcionado, utilizando a avaliação
do professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto –
avaliação dos alunos.
O conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os
colegas de sala e, ao mesmo tempo será a referência para o professor propor
abordagens diferenciadas.
Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, serão utilizados
vários instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o
percurso e final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas
teóricas e práticas entre outras.
Para tanto a avaliação individual e do grupo serão usadas vários
instrumentos de verificação tais como:
trabalhos artísticos individuais e em grupo;
pesquisas bibliográficas e de campo;
debates em forma de seminários e simpósios;
provas teóricas e práticas;
registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio – visual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico
necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem
durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua
relação com a sociedade contemporânea;
- A produção de trabalhos de arte visando á atuação do sujeito em sua
realidade singular e social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias, relacionadas á produção, divulgação e
consumo.
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