Upload
dinhdieu
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
COLÉGIO ESTADUAL SÃO MATEUS _ ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO,
PROFISSIONAL E NORMAL.
PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Propostas apresentadas por
docentes do Colégio Estadual São
Mateus_Ensino Fundamental,
Médio, Profissional e Normal.
SÃO MATEUS DO SUL, 2010.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte do Ensino Fundamental contempla as linguagens das artes
visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por
essa disciplina vem construir a base para a pratica pedagógica.
Na educação o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos
conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizadores, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Ao considerar a Arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e da
manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do
trabalho dos sujeitos, na medida em que a Arte é um material imediato, que ultrapassam
os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental no processo de
humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem continuamente e
estabelecem relações entre a arte e a sociedade.
Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que toda
produção artística e cultural é um modo pelo quais os sujeitos entendem e marcam a sua
existência no mundo. Dessa forma, concebem-se as varias instancias de produção
cultural como fonte geradora de significados em arte.
A apropriação dos conhecimentos específicos da Arte se dará, a principio, a partir
da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções artísticas abordadas
pelo professor. Assim ele irá ampliar sua visão de mundo e compreender as instruções de
outros sujeitos. O professor irá desenvolver um processo dialogo com os alunos por meio
da experimentação de materiais e técnicas vinculadas à produção artística que
possibilitará a familiarização com as variadas linguagens artísticas.
O professor contemplará as manifestações e produções artísticas através dos
elementos básicos, contidos em cada linguagem artística.
Artes visuais: explorará as visualidades nos vários formatos destacando as
expressividades na estrutura, na cor, na superfície, nas formas, etc.
Dança: abordar questões acerca das relações entre o movimento e conceitos a
respeito do corpo e da dança.
Linguagem Musical: priorizar a escuta dos sons percebidos identificando suas
propriedades, variações e das maneiras como são distribuídos numa estrutura musical.
Além disso torna-se necessário que os alunos identifiquem as propriedades do
som,timbre, intensidade,altura e duração.
Linguagem Teatral: trabalhar a improvisação e composição no trabalho com
personagens, com espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partirão
tanto de textos literários quanto de narrativas orais e cotidianas.
Desde o período colonial registra-se ensinamentos de arte. Com as reduções
Jesuítas. A cultura popular paranaense teve influencias desta época na musica e no
folclore.
A missão Francesa, assim conhecida por ser um grupo de artistas franceses
trazidos após a família real de Portugal ao Brasil, caracterizava a pedagogia da escola
tradicional, com exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas. Esse padrão
estético funde-se com a arte colonial de característica brasileira como o Barroco,
destacando-se obras de Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e na musica do padre
José Mauricio. Esses e outros artistas de origem humilde e mestiça, não recebiam
proteção e renumerada como os estrangeiros.
Esse período foi o fim dos colégios seminários e sua transformação em
estabelecimentos públicos.
No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba, hoje Colégio Estadual do Paraná, a
Escola Normal, atual Instituto de Educação, os quais oferecem, alem de desenho e
pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados, os quais faziam parte da
formação da mulher.
Surge em 1890 a primeira reforma educacional do Brasil Republica, a qual
procuraria atender o modo de produção capitalista, caracterizado pelo inicio da
industrialização do Brasil.
A Semana da Arte Moderna foi um marco importante para a arte brasileira,
influenciando os artistas brasileiros, rompendo com os modos de representação realistas
e direcionando os trabalhos para pesquisa e produção de obras a partir de raízes
nacionais. Em 1948, com o artista e educador Augusto Rodrigues foi criada a 1ª Escolinha
de arte do Brasil, incentivando a expressão individual. Já na década de 1980profissionais
da area se mobilizaram pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de Arte no texto
da LDB,promulgada em 1996.
O ensino da música foi incentivado e tornou-se obrigatório nas escolas publicas no
ensino de 1º e 2º grau desde 1991, tendo como objetivo servir de instrumento para a
formação social. Assim como o ensino de outras modalidades da arte sempre deve estar
voltada para a humanização e o sentido estético e artístico do aluno. A nova LDB
9394/96mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas Escolas de
Educação Básica.
Em 1997 foi publicado nos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) que tiveram
como principal fundamentação metodológica as propostas de Ana Mae Barbosa que
relaciona o fazer artístico, a apresentação artística e os conhecimentos históricos. Os
PCN’s então passaram a vigorar, deixando de lado o currículo básico de 1990.
A valorização do ensino da arte acontece de 2003 a 2006 por parte do governo
estadual do Paraná em diversas ações como: Aumento da carga horária de uma para
duas aulas semanais, por séries no ensino fundamental e de duas para quatro aulas no
ensino médio; a construção do quadro próprio do magistério através de concurso público;
aquisição de livros didáticos; elaboração de material através de seminários específicos
aos professores de arte.
Foi lançado o caderno temático da historia e cultura afro-brasileira e da escola no
campo promovendo uma reflexão sobre os mesmos.
Através do incentivos recebidos o ensino da arte que ainda exige reflexões que a
contemplem como área de conhecimento, deixa de ser coadjuvante ao sistema
educacional e passa a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito que faz parte de
uma sociedade. Neste contexto houve grandes avanços para que houvesse uma
transformação no ensino da arte e sua devida valorização.
OBJETIVOS
As diversas formas de manifestações árticas da humanidade revelam também
visões de mundo e valores. Desde o inicio da criação humana, a arte está presente no
cotidiano de varias manifestações culturais.
A manifestação artística tem em comum, com outras áreas do conhecimento, um
caráter de busca, sentido, criação e inovação.
Nessa perspectiva, a arte na escola tem uma função importante a cumprir. Ela situa
o fazer artístico do aluno como fato de humanizado, cultural e histórico, no qual as
características da arte podem ser percebidas nos pontos de interação entre o fazer
artístico dos alunos e o fazer dos artistas de todos os tempos.
Assim a disciplina de Arte terá como objetivos:
• Explorar e desenvolver conhecimentos e habilidades nas artes visuais, dança,
musica e teatro.
• Despertar a criatividade, o senso critico, expressões artísticas e o interesse pelas
artes.
• Estimular a percepção, concentração e a organização motora nos vários ramos
artísticos.
• Despertar o interesse e a curiosidade dos alunos nas diversas manifestações
artísticas.
BASES CONCEITUAIS – TEÓRICAS/PRATICAS DA DISCIPLINA
Quando buscamos definir um novo papel para a Arte na Escola, é importante ter
clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela. Não há
um dizer único universal sobre a Arte e portanto, estamos sempre na situação de ter de
fazer varias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e
metodológicas.
Arte e ideologia: A arte é um produto de conjunto de ideias, crenças e doutrinas próprias
de uma sociedade, de uma época ou classe. A arte não é só ideologia, porem, ela está
presente nas produções artísticas. Como criador, o homem produz novas maneiras de ver
e sentir.
Arte e o seu conhecimento: A arte é organizada e estruturada por um conhecimento
próprio, ao mesmo tempo possui conteúdo social, que tem como objeto o ser humano e
suas múltiplas dimensões. Ao mesmo tempo, ela tem um conteúdo social formado pelos
movimentos e períodos artísticos.
Arte e trabalho criador: A arte é uma forma de trabalho onde ao criar o ser humano se
recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O trabalho artístico
além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se em si
mesma, numa nova realidade,pois “quando o homem cria quando transforma uma
matéria dando-lhe forma ,atribui significados,emoções e a impregna com a presença do
seu próprio existir,captando e configurando-a”. (Ostrower,1987)
Sem a criação e o trabalho, a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O educando
precisa passar pelo fazer artístico.
CONTEÚDOS
5º série
Será dado enfoque nesta série para a estrutura e organização da Arte em suas
origens e outros períodos históricos, o ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena.
Já,em educação ambiental serão abordados temas sobre a preservação e a reciclagem
baseados nas obras de artistas como Frans Krajberg entre outros.
- 5º série – MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica,
pentatônica, cromática e
improvisação.
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
- 5º série – ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSPonto
Linha
Forma
Cor
Origami
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
Escultura, Arquitetura.
História em quadrinhos
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
Educação Ambiental
- 5º série – TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSPersonagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico, adereços.
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação,
manipulação, mascara,
etc.
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
Educação ambiental
- 5º série – ÁREA DA DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre interrompido).
Rápido e lento
Formação
Formação
Níveis (alto médio e
baixo).
Deslocamento (direito e
indireto)
Dimensões (pequeno e
grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Pré-História
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
- 6º série
Será dado enfoque nesta serie para a importância de relacionar o conhecimento
com as formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. O ensino da cultura afro-
brasileira, africano, indígena, educação ambiental, enfrentamento a violência e dos
direitos da criança e do adolescente nos conteúdos em que resgatam a temática, a
exemplo dos movimentos e períodos.
- 6º série – MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: Folclórico, indígena,
popular e étnico.
Técnicas: vocal, instrumental,
mista.
Improvisação
Música popular e étnica
(ocidental e oriental)
- 6º série – ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSPonto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz, contraste,
claro/escuro.
Proporção
Tridimensional
Figura e Fundo
Abstrata
Desenhos em perspectiva
Caricatura
Perspectiva
Técnicas: Pintura e escultura
Modelagem, gravura
Gêneros: Paisagem, retrato.
Natureza morta.
Arte indígena
Arte popular brasileira
Paranaense
Renascimento
Barroco
Educação Ambiental
- 6º série – TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSPersonagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Representação
Leitura dramática
Cenografia
Técnicas: jogos teatrais,
mímicas, improvisação.
Gêneros: Rua. arena
Caracterização
Cenário
Figurino
Expressividade
Comédia dell’arte
Teatro Popular Brasileiro
e Paranaense
Teatro Africano
Meio Ambiente
- 6º série – DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSMovimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Indígena
Africano
Peso (leve, pesado)
Fluxo (livre interrompido e
conduzido).
Lento, rápido e moderado.
Níveis ( alto, médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular,
étnica.
-7º série
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte. O ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena, educação ambiental,
enfrentamento a violência e os direitos da criança E do adolescente serão aplicados nos
conteúdos em que resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.
- 7º série – MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão
de ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e mista.
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno.
- 7º série – ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSLinha
Forma
Monocromia
Policromia
Contrastes
Isocromia
Textura
Semelhanças
Desenhos em
perspectiva
Caricatura
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Industrial Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
Meio Ambiente
Superfície
Volume
Cor
Luz
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, áudio-
visual, mista.
Circulo cromático
- 7º série – TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSPersonagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Representação no
Cinema e Mídias
Texto Dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica.
Industrial Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Educação Ambiental
- 7º série – DANÇA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MONIMENTOS E PERIODOSMovimento Corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente, lado,
atrás, direita e
esquerda).
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
Cultural e Espetáculo.
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
- 8º série
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte. O ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena, educação ambiental,
enfrentamento a violência e os direitos da criança E do adolescente serão aplicados nos
conteúdos em que resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.
- 8º série – MÚSICA
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental, mista.
Gêneros: popular,
folclórico, étnico.
Música Engajada
Música Popular brasileira.
Música Contemporânea
- 8º série – ARTES VISUAIS
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSLinha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Ponto
Massa
Espaço
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,
performance.
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano.
Passagens
Natureza morta
Ilusão Geométrica
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino-
americana
Hip Hop
Educação Ambiental
- 8º série – TEATRO
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS Personagem:
Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo,
jogos teatrais, direção,
ensaio, Teatro-Fórum.
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
Meio Ambiente
Iluminação
Figurino
- 8º série – DANÇA -
ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSMovimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance
moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
ENSINO MÉDIO
Será dado enfoque nas séries do ensino médio o caráter criativo da arte, a ênfase
é na arte como ideologia e fator de transformação social. O ensino da cultura afro-
brasileira, africano, educação ambiental, indígena, educação ambiental, enfrentamento a
violência e os direitos da criança e do adolescente serão aplicados nos conteúdos em que
resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.
1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos
Formais
Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Ritmo
Melodia
Música Ocidental
Música Oriental
Duração
Timbre
Densidade
Escalas: diatônica, pentatônica,
cromática...
Gêneros: popular, folclórico,
clássico...
Técnicas: vocal, instrumental,
mista
Música Popular
Música popular Brasileira
2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos
Formais
Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escrita Musical
Gêneros: clássico, popular,
étnico
Técnicas: vocal, instrumental,
mista
Música Ocidental e Oriental
Música Popular e Étnica
Indústria Cultural
Música Contemporânea
Hip Hop
3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA
Elementos
Formais
Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modos: tonal, modal, atonal
Técnicas: vocal, instrumental,
mista, improvisação
Música Engajada
Música Minimalista
Rap, Funk, Tecno
Música Experimental
1º ANO / ENSINO MÉDIO- ARTES VISUAIS
Elementos
formais
Composição Movimentos e
Períodos
Linha
forma
superfície
volume
Luz
Cor
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva...
Técnica: pintura, desenho, gravura,
escultura, história em quadrinhos...
Gênero: paisagem, cenas do cotidiano,
cenas históricas...
Arte Pré-Histórica
Arte Pré - Colombiana
Arte Pré - Cabralina
Arte Latino Americana
Renascimento
Muralismo
Hip Hop
2º ANO / ENSINO MÉDIO - ARTES VISUAIS
Elementos formais Composição Movimentos e
Períodos
Linha
forma
superfície
volume
Luz
Cor
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva...
Técnica: pintura, grafitti desenho,
gravura, escultura, modelagem,
colagem...
Gênero: paisagem, retrato cenas do
cotidiano, cenas históricas...
Arte Popular
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Indígena
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Indústria Cultural
3º ANO / ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS
Elementos
corporais
Composição Movimentos e
Períodos
Linha
forma
superfície
Bidimensional
Tridimensional
Figura – fundo
Arte Ocidental
Arte Oriental
Vanguardas
volume
Luz
Cor
Figurativo
Abstrato
Semelhanças
Contraste
Deformação
Estilização...
Técnica: escultura, pintura, fotografia,
arquitetura, vídeo, performance,
instalação, móbiles...
Gêneros: Paisagem, paisagem urbana,
cenas do cotidiano, religiosa, histórica...
Artísticas
Arte no Séc. XX
Arte
Contemporânea
Indústria Cultural
1º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA
Elementos
corporais
Composição Movimentos e Períodos
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
kinesfera
movimentos articulares
ponto de apoio
rolamento
lento, médio e rápido
níveis
deslocamento
direções
planos
coreografia
gêneros: étnica e popular
Pré – história
Greco – Romana
Medieval
Dança popular
Dança brasileira
Dança Africana
Dança Indígena
2º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA
Elementos
corporais
Composição Movimentos e Períodos
Movimento Corporal
Tempo
Peso
Salto e Queda
Lento, médio e rápido
Aceleração e desaceleração
Dança Brasileira
Dança Paranaense
Indústria Cultural
Hip Hop
Espaço Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gênero : espetáculo , folclórico e
salão
3º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA
Elementos
corporais
Composição Movimentos e Períodos
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Fluxo
Eixo
Giro
Lento, médio e rápido
Aceleração e desaceleração
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gênero: indústria cultural e salão
Dança Clássica
Dança Moderna
Dança Contemporânea
Indústria Cultural
Vanguardas
1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
Elementos
Formais
Composição Movimentos e
Períodos
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e
indireto, mímica e pantomima...
Gêneros: tragédia, comédia...
Sonoplastia
Teatro Greco-
Romano
Teatro Essencial
Teatro Popular
Commédia Dell'arte
2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
Elementos
Formais
Composição Movimentos e
Períodos
Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e
indireto, ensaio...
Gêneros: drama e épico, popular...
Sonoplastia
Cenografia e iluminação
Figurino
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro
Renascentista
Teatro Latino-
Americano
3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO
Elementos
Formais
Composição Movimentos e
Períodos
personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e
indireto, ensaio, Teatro-Fórum...
Gêneros: tragédia e comédia, drama, circo...
Roteiro
Enredo
Trilha sonora e sonoplastia
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Indústria Cultural
METODOLOGIA
A apropriação dos conhecimentos específicos da Arte se dará a principio, a partir
da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações
artísticas abordadas pelo professor. Assim ele se irá ampliar sua visão de mundo e
compreender as construções de outros sujeitos. O professor irá desenvolver um processo
de dialogo com os alunos por meio da experimentação de materiais e técnicas vinculadas
à produção artística que possibilitara a familiarização com as variadas linguagens
artísticas. O professor contemplara as manifestações e produções artísticas através de
elementos básicos, contidos em cada linguagem artística.
Artes visuais: explorará as visualidades nos vários formatos destacando as
especificidades na estrutura, na cor, na superfície, nas formas, etc.
Dança: abordar questões acerca das relações entre o movimento e conceitos a
respeito do corpo e da dança.
Musica: priorizar a escuta consciente dos sons percebidos identificando suas
prioridades, variações e as maneiras como são distribuídas numa estrutura musical.
Teatro: trabalhar a improvisação e composição no trabalho com personagens, com
personagens, com espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partirão
tanto de textos literários quanto as narrativas orais e cotidianas.
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as
hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no
processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação terá como caráter diagnóstico e possibilitara ao aluno avaliar o seu
desempenho a partir das informações de vivencia no seu cotidiano.
Devera revelar a aprendizagem através de realização de atividades, produção
artística, analise de obras e artistas, trabalhos de pesquisas, teatros, dramatização,
confecção de cartazes de murais e maquetes.
A forma e a profundidade dos conteúdos irão ser trabalhados a partir do
conhecimento que os alunos possuem, respeitando a individualidade de cada um. Para
possibilitar a avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários instrumentos como
o diagnóstico inicial, para que se analise o desenvolvimento do aluno, trabalhos artísticos,
apreciação estética, audição musical, representação dramática, trabalho de pesquisas,
murais, maquetes, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOZA, A. M. Inquietações e mudanças do ensino da arte. São Paulo: Cortez,
2002.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo; Cortez, 1993.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção de conteúdos de
história e cultura afro-brasileira e africanos currículos escolares. Curitiba: SEED – PR,
2005.
PILLAR, A. D. A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,
1999.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção de conteúdos de
história e cultura afro-brasileira e africanos currículos escolares. Curitiba: SEED – PR,
2005.
PILLAR, A. D. A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,
1999.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A escola deve ser um lugar de socialização do conhecimento. Ela tem a função de
oferecer aos alunos acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e do contato com a arte.
Na escola, o conhecimento produzido pela humanidade é veiculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares.
Espera-se que estes conhecimentos contribuam para a crítica, formação da
opinião política, compreensão da produção científica, a reflexão filosófica e a criação
artística.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da natureza.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência
do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar experiências técnicas,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente.
A historicidade da Ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,
mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de
que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhe atribui significados
como elemento central do processo de ensino-aprendizagem.
Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa
rede de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos
científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-
aprendizagem.
No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos
escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a
zona de desenvolvimento proximal do estudante, através de um processo de interação
social em que o professor de Ciências é o participante que já internalizou significados
socialmente compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com
que o aprendiz também venha a compartilhá-los.
OBJETIVO GERAL
Proporcionar através do ensino de Ciências a compreensão da interação existente
entre o mundo físico e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e
construir seus conhecimentos, permitindo assim aos alunos estabelecer relações entre o
mundo natural, o mundo construído pelo homem, e suas relações cotidianas.
Orientar uma tomada de consciência por parte dos alunos e consequentemente
influenciar em sua tomada de decisões, como sujeitos e agentes transformadores.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que identifi-
cam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados funda-
mentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.
A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências considera a relevância dos mes-
mos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da
identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a in-
tegração conceitual dos saberes científicos na escola.
Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das
diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre
outras.
A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos selecio-
nados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciên-
cias. Essas inter-relações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes.
CONTEÚDOS
5ª série / 6º ano
Conteúdo
Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia Universo Formação do UniversoSistema Solar Formação do Sistema Solar
Idade do Sistema Solar
Localização do Sistema Solar em nossa
GaláxiaMovimentos
Terrestres e Celestes
Rotação
Translação
Estações do ano
Dias e noites
*Astronomia indígena Astros Estrelas
Planetas
Planetas anões
Satélites naturais
Anéis
Meteoros
Meteoritos
Cometas
Matéria Constituição da
matéria
Conceito de matéria
Camadas atmosféricas
Crosta terrestre
Manto terrestre
Núcleo terrestre
Solos
Rochas
Minerais
Água
Composição (atômica) da água
Estrutura química da célula
Sistemas
Biológicos
Níveis de
Organização
Autótrofo
Heterótrofo
Célula Fotossíntese
Energia Formas de energia Energia eólicaConversão de
energia
Ciclos de matéria
A interferência da energia luminosa nos
seres vivos
Fontes de energia
Transmissão de
energia
Mudanças de estados físicos
Biodiversidade Organização dos
seres vivos
Comunidade
População
*Prevenção ao uso de drogas
Ecossistemas
Conceito de biodiversidade
Ecossistemas – Dinâmica e
características
*Desenvolvimento sustentável
* Educação AmbientalInterações
ecológicas
Interações ecológicas
Sucessões ecológicas
Cadeia alimentar
Seres autótrofos e heterótrofos
Origem da vida Conceito de biodiversidade
6ª série / 7º ano
Conteúdo Es-
truturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia
Sistema Solar Composição do Sistema Solar
Astros do Sistema SolarMovimentos Terres-
tres e Celestes
Fases da lua
Matéria Constituição da maté-
ria
Composição do Planeta Terra Primitivo
A Terra antes do surgimento da vida
Atmosfera terrestre primitiva
Sistemas Bioló-
gicos
Níveis de Organização
Unicelular
Pluricelular
Procarionte
Eucarionte
Autótrofo
Heterótrofo
Célula Teoria celular
Tipos celulares
Mecanismos celulares
Estrutura celular
Respiração celular
Morfologia e Fisiologia
dos seres vivos
Características gerais dos seres vivos
Órgãos e sistemas animais e vegetais
Sistema reprodutor
*Relações etnicorraciaisEnergia
Conversão de ener-
gia
A interferência da energia luminosa para os se-
res vivos
Biodiversidade Organização dos seres
vivos
Diversidade das espécies
Extinção das espécies
*Educação AmbientalSistemática Classificação dos seres vivos
Categorias taxonômicas
Filogenia
Ecossistemas Conceito de biodiversidade
*Desenvolvimento sustentável
Interações Ecológi-
cas
Cadeia alimentar
Origem da vida Teoria sobre o surgimento da vida
Geração espontânea
7ª série / 8º ano
Conteúdo
Estruturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia Universo Galáxias
Movimentos das galáxias
Nebulosas
Buracos Negros
Lei de Hubble
Idade do Universo
Escala do UniversoMatéria Constituição da
matéria
Compostos orgânicos ( constituição dos seres
vivos)
Estrutura química das célulasSistemas
Biológicos
Níveis de
organização
Níveis de organização dos seres vivos (células,
tecidos, órgãos, sistemas e organismo).
Célula Tipos celulares (unicelular e pluricelular)
Estrutura celularMorfologia e
Fisiologia dos seres
vivos
Estrutura e funcionamento dos tecidos
Tipos de tecidos
Órgãos e sistemas do corpo humano:
Sistema digestório
Alimentação
*Influência dos costumes alimentares africanos
e indígenas
Sistema cardiovascular
Sistema respiratório
Sistema sensorial
Sistema excretor
Sistema urinário
Sistema endócrino
Sistema nervoso
* Gênero e diversidade sexual
*Drogas: efeitos no organismo, prevenção e
violência na escola.Mecanismos da
herança genética
Divisão celular ( mitose e meiose)
Energia Formas de energia Energia Química
Energia Térmica
Energia Mecânica
Energia LuminosaBiodiversidade Evolução dos seres
vivos
Teorias evolutivas
8ª série / 9º ano
Conteúdo Es-
truturante
Conteúdo Básico Conteúdo Específico
Astronomia Astros Geocentrismo
HeliocentrismoMovimentos Terres-
tres e Celestes
Eclipse do Sol
Eclipse da Lua
Fases da lua
Constelações
*Astronomia indígenaGravitação universal Leis de Kepler
Leis de Newton
Marés
Matéria Constituição da matéria
Átomo
Modelo atômico
Elementos químicos
Íons
Ligações químicas
Substâncias
Reações químicas
Funções químicas inorgânicas
Ácidos
Sais
Bases
Óxidos
Lei da Conservação da Massa
Compostos orgânicos
Propriedades da maté-
ria
Massa
Volume
Densidade
Compressibilidade
Elasticidade
Divisibilidade
Indestrutibilidade
Impermeabilidade
Maleabilidade
Ductibilidade
Flexibilidade
Elasticidade
Permeabilidade
Condutibilidade
Dureza
Tenacidade
Cor, brilho, sabor, textura e odor
Sistemas Bioló-
gicos Morfologia e Fisiologia
dos seres vivos
Sistema reprodutor
Mecanismo de He-
rança Genética
Cromossomos
Gene
DNA
RNA
Mitose
Meiose
*Relações etnicorraciais e afrodescendênciaEnergia Formas de energia Energia Mecânica
Energia térmica
Energia luminosa
Energia nuclear
Energia elétrica
Energia química
Energia eólicaConversão de ener-
gia
Eletromagnetismo
Conservação de energia potencial em cinética
Movimentos
Velocidade
Aceleração Colisões
Trabalho
Potência
Fontes de energia renováveis e não- renová-
veisTransmissão de
energia
Irradiação
Convecção
Condução
Sistemas de transmissão de energia
Leis de Newton
Máquinas simples
Sistemas mecânicos
Equilíbrio de força
Mudanças de estado físicoBiodiversidade Interações ecológicas Ciclos Biogeoquímicos
METODOLOGIA
O Colégio Estadual São Mateus oportuniza três aulas semanais de Ciências para
as turmas de 5ª, 6ª e 8ª séries e quatro aulas semanais para as turmas de 7ª série.
O ensino de Ciências deve proporcionar condições para que o aluno seja capaz de
identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-los, planejar e executar ações para
investigá-los, analisar e interpretar os dados e propor soluções, construindo dessa forma,
o seu próprio conhecimento.
O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola, por
isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de
vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.
Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado esco-
lar. O primeiro não é sistematizado, o segundo é, além disso, este objetiva a aprendiza-
gem do conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo no desenvolvimen-
to do estudante.
A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar impli -
ca a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o conhecimento anterior
do estudante, construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana,
num primeiro momento, deve ser valorizado.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de
que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.
Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de
ensinoaprendizagem.
Por meio dessa mediação, quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna
de significados (internalização) e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo.
Os conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida
pelo professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer
relações e interdisciplinares contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras dis-
ciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.
Os temas serão abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, esta-
belecendo um diálogo com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades, o livro
didático será utilizado para enriquecer o conteúdo através da leitura e interpretação dos
textos. Sempre que necessário, são retomados assuntos que fazem parte do conhecimen-
to prévio do aluno, objetivando a integração entre o saber e o fazer.
A intenção é que o aluno consiga refletir sobre atitudes e valores relativos ao ambi-
ente em que vive para poder compreendê-lo e nele intervir e que a partir das atividades
trabalhadas em sala de aula ele estabeleça interesse sobre os temas tratados com novas
possibilidades de ampliar as discussões propostas.
No processo ensinoaprendizagem serão utilizados diferentes recursos que possibi-
litem melhor a articulação dos conteúdos, como:
• recursos pedagógicos/tecnológicos: livro didático, texto de jornal, revista científica, figu-
ras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológi-
cos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento
embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador;
• de recursos instrucionais: organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, gráfi -
cos, tabelas, infográficos, entre outros.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pe-
dagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problemati -
zadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a
atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o
lúdico, entre outros.
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo
conteúdo, utiliza-se a problematização para possibilitar a aproximação entre o conheci-
mento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende en-
sinar.
A relação contextual é uma forma de articular o conhecimento científico com o con-
texto histórico e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os inte-
resses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento dis-
ciplinar seja potencialmente significativo.
A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que mui-
tos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteú-
dos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por di-
ferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando con-
ceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do
conteúdo de outra.
Através da atividade de pesquisa o aluno irá evidenciando a compreensão crítica
do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
Também a leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre
os estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.
Serão realizados trabalhos em grupo, oferecendo ao aluno a oportunidade de tro-
car experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias,
desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa.
A observação é um elemento que estimula, no estudante, a capacidade de obser-
var fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mes-
mos. Por outro lado, permite que o professor perceba as dificuldades individuais de inter-
pretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais.
A inserção de atividades experimentais é importante que essas práticas proporcio-
nem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala.
Os recursos instrucionais são instrumentos potencialmente significativos em sala
de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor
em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos
extraídos da observação, das atividades experimentais, das relações contextuais e inter-
disciplinares, entre outros.
O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se
de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse,
permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta
interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo
estudante.
Ao elaborar o plano de trabalho docente, o professor deverá prever a abordagem
da cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas
(Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99) e estes temas serão abordados a me-
dida em que o conteúdo programático permitir e em alguns conteúdos específicos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é essencial no processo ensinoaprendizagem dos conteúdos científi-
cos escolares e, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudan-
te, deve prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Uma possibilidade de valorização do aspecto qualitativo é a avaliação como prática
pedagógica que compõe a mediação didática entendida como ação, movimento, provoca-
ção na qual professor e aluno coordenam seus pontos de vista, trocam e reorganizam
ideias.
A avaliação é importante no processo ensinoaprendizagem, propiciando uma inte-
ração e construção de significados no qual o estudante aprende.
A compreensão de um conceito científico escolar implica a aquisição de significa-
dos claros, precisos, diferenciados e transferíveis. Ao investigar se houve tal compreen-
são, o professor precisa utilizar instrumentos que possibilitem avaliar, como: prova escrita
individual ou em grupo, pesquisa, relatório; que exijam a máxima transformação do co-
nhecimento adquirido, em que o estudante possa expressar em diferentes contextos a
sua compreensão do conhecimento construído, além de indicar o quanto o nível de de-
senvolvimento potencial tornou-se um nível real.
Avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensinoaprendizagem do
estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escola-
res e do objeto de estudo de ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa
para sua vida.
A avaliação ocorrerá ao longo do processo da aprendizagem, propiciando ao aluno,
múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão dos conteúdos
trabalhados, utilizando critérios e instrumentos que garantam o diagnóstico e
acompanhamento dos avanços e dificuldades dos alunos.
Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto das
relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse modo, a
considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto nestas diretrizes, a avaliação deverá
valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas ativi-
dades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagó-
gicos e instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama
de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de di-
versos instrumentos de ensino e de avaliação.
O “erro” pode sugerir ao professor a maneira como o estudante está pensando e
construindo sua rede de conceitos e significados e, neste contexto, se apresenta como
importante elemento para o professor rever e articular o processo de ensino, em busca de
sua superação (BARROS FILHO e SILVA, 2000).
A recuperação de estudos acontecerá a partir da seleção dos conteúdos que im-
portantes para a formação dos alunos, investindo-se em todas as estratégias e recursos
possíveis para que ele aprenda. A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao con -
teúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade
de aprendizagem. Nesse sentido a recuperação da nota é simples decorrência da recupe-
ração dos conteúdos.
Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os
avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam,
refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto
de vista.
O professor estabelece critérios e seleciona instrumentos a fim de investigar a
aprendizagem significativa, como mostrado abaixo nas séries indicadas.
5ª série/ 6º ano:
• O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
• O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,
planetas anões, satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.
• A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do
sistema solar.
• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.
• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da
Lua, com base no referencial Terra.
• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movi -
mentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
• O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como
fenômenos da natureza.
• A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta,
solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
• O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta
Terra.
• O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo in-
tegrado.
• A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas for-
mas de manifestação.
• O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
• A interpretação do conceito de transmissão de energia.
• O entendimento das formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.
• A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
• O conhecimento a respeito da extinção de espécies.
• O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção con-
temporânea de energia não renovável.
• A importância de uma alimentação saudável.
• A compreensão dos problemas decorrentes do uso de drogas.
6ª série / 7º ano:
• O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de ener-
gia solar.
• O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.
• A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes es-
senciais ao surgimento da vida.
• O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.
• O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os ti -
pos celulares.
• A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia
na célula.
• As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos
mecanismos celulares.
• O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com sistemas
endotérmicos e ectotérmicos.
• O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os se-
res vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
• O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas,
filogenia.
• O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótro-
fos e heterótrofos.
• O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da vida,
geração espontânea e biogênese.
• O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
• A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo expli -
cativo da constituição dos organismos.
• O conhecimento dos níveis de organização celular.
• O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.
• A compreensão das mudanças que ocorrem na fase da adolescência.
7ª série / 8º ano:
• A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.
• As relações entre as teorias e sua evolução histórica.
• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados,
nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo).
• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição.
• Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de
como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.
• O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.
• O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, excretor e urinário.
•A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso, sensorial
e endócrino.
• O entendimento do conceito de energia luminosa.
• O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com
os seres vivos.
• A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infraverme-
lha.
• O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de trans-
missão e armazenamento.
• O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmis-
são e armazenamento.
• O entendimento das teorias evolutivas.
8ª série / 9º ano:
• O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
• O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.
• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movi -
mentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
• O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntri -
cas.
• A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos
atômicos.
• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, rea-
ções químicas.
• O conhecimento das Leis da Conservação da Massa.
• O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos or-
ganismos vivos.
• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibili -
dade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, duc-
tibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.
• O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os pro-
cessos de mitose e meiose.
• A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua rela-
ção com a Lei da conservação da energia.
• As relações entre sistemas conservativos.
• O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração,
trabalho e potência.
• O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo.
• O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos,
bem como, as relações interespecíficas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANTO, Eduardo Leite. Ciências Naturais - Aprendendo com o cotidiano. Ed. Moderna.
São Paulo, 2ª edição, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para
a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual São Mateus - Ensino Fundamental-
séries finais.
Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos de
história e cultura afro-brasileita e africana nos currículos escolares. Curitiba. SEED, 2005.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A trajetória da disciplina retratava os fatos ocorridos a partir do século XIX. Com a
proclamação da República veia à tona a discussão sobre as instituições escolares e as
políticas educacionais praticadas pelo antigo regime. Ainda que no final do século
passado, Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse das histórias dos negros,
preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundarias,
praticadas 04 vezes por semana durante 30 minutos. Ao estabelecer relações entre o
surgimento da Educação Física brasileira e a influência da ginástica se identificam o
marco para a constituição histórica da disciplina enquanto componente curricular nas
escolas. As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos XVIII e XIX,
para atender os objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por
meio de saúde e os sistemas ginásticos, nesse modelo de saúde, os estudos das ciências
biológicas sobre o corpo, embasadas por uma visão mecanicista e instrumental, visavam
com a Educação Física, um controle mais eficiente que resultasse no aumento de sua
eficácia mecânica, por não existir um plano nacional da disciplina, a prática nas escolas
se dava pelo Método Francês de ginástica adotada pelas Forças Armadas e tornado
obrigatório a partir de 1931, onde se consolidou, especificamente no contexto escolar a
partir da Constituição de 1937, utilizada com o objetivo de doutrinação e contenção dos
ímpetos da classe popular enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Alem
desses objetivos, seguiu princípios higienista para um corpo forte e saudável, masculino
robusto delineado para a defesa, as atividades dirigidas à mulher era desenvolver a
harmonia de suas formas e as exigências da maternidade futura.
No Brasil República começou a profissionalização da Educação Física, e até os
anos 60 ficou as políticas públicas limitadas ao desenvolvimento das estruturas
organizacionais e administrativas especificas tais como: Divisão de Educação Física e o
Conselho Nacional de Desportos. Nos anos 70 foram marcados pela ditadura militar, onde
era usada não para fins educativos mas sim para fazer propaganda do governo sendo
todos os ramos de ensino voltados para o esporte de rendimento, a Educação Física
continuou tendo caráter obrigatório na escola pela Lei 5692/71, se instituindo, assim a
integração da disciplina com a atividade escolar regular obrigatória no currículo de todos
os cursos e níveis do sistema de ensino. Na área pedagógica, os fundamentos da
psicomotricidade surgiram com a finalidade de valorizar a formação integral da criança,
centrada na educação pelo movimento fez com que o papel da Educação Física ficasse
subordinado a outras disciplinas escolares.
Em meados dos anos 80, discursos e publicações sob a dominação de
progressistas, dentre as correntes ou tendências progressistas destacam às abordagens.
Desenvolvimentista – defende a ideia de que o movimento é o principal meio e
fim da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras de acordo com uma
sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a psicologia do
desenvolvimento e aprendizagem.
Construtivista – defende a formação integral sob a perspectiva construtivista
interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Embora
preocupada com a cultura infantil, essa abordagem se fundamenta também na psicologia
do desenvolvimento. Vinculadas às discussões da pedagogia crítica brasileira e às
análises das ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão
às concepções críticas da Educação Física. O que as diferencia daquelas descritas
anteriormente, é o fato de que estas, descritas abaixo, operam a crítica a partir de sua
contextualização na sociedade capitalista.
Crítico-superadora – se baseia nos pressupostos da pedagogia histórico-critica e
estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como:
o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura Corporal tem
como suporte a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento
acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em
saber escolar. Esse conhecimento é sistematizado em ciclos e tratado de forma
historicizada e espiralada. Isto é, partindo do pressuposto de que os alunos possuem um
conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e neste caso também da
Educação Física, garantir o acesso às variadas formas de conhecimento produzidos pela
humanidade, levando os alunos a estabelecer nexos com a realidade, elevando-os a um
grau de conhecimento sintético. Nesse sentido, o tratamento espiralar representa o
retomar, integrar e dar continuidade ao conhecimento nos diferentes níveis de ensino,
ampliando sua compreensão conforme o grau de complexidade. Por exemplo: um mesmo
conteúdo específico, como a Ginástica Geral, pode ser abordado em diferentes níveis de
ensino, desde que se garanta sua relação com aquilo que já foi conhecido, elevando esse
conhecimento para um nível mais complexo.
A abordagem metodológica crítico-superadora foi criada no início da década de 90
por um grupo de pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivo de Autores.
São eles, Carmen Lúcia Soares, Celi Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho,
Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht.
Crítica-emancipatória – Na perspectiva o movimento humano em sua expressão é
considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente em
todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. Nesse
sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma forma de
linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, se tornado sujeito a partir
do reconhecimento de si no outro. Esse processo comunicativo, também descrito como
dialógico, é um ponto central na abordagem crítico-emancipatória. A principal corrente
teórica que sustenta essa abordagem metodológica é a Fenomenologia, desenvolvida por
Merleau Ponty. A concepção crítico-emancipatória foi criada também, na década de 90,
pelo pesquisador Elenor Kunz.
Nos anos 90 o movimento significativo para o estado do Paraná foi elaboração do
currículo básico, está embasado na pedagogia, histórico-crítica da educação, que propôs
um modelo de superação das condições e injustiças sociais. O currículo se caracterizou
de uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar á
formação humana do aluno em todas as suas dimensões.
Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de 1990
quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB nº. 9394/96), o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física, que passaram a
subsidiar propostas curriculares nos estados e municípios brasileiros. O que deveria ser
um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da ideia de
parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais.
No que se refere à disciplina de Educação Física, a introdução dos temas
transversais acarretou sobretudo um esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina.
Temas como ética, meio ambiente, saúde e educação sexual e fiscal tornaram-se
prioridade no currículo, em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas
corporais historicamente produzidos pela humanidade, entendidos aqui como objeto
principal da Educação Física.
Nesse sentido, as grandes novidades são a inclusão da cultura Afro no currículo.
Ele apresenta uma noção afirmativa da diversidade cultura, como riqueza humana a ser
explorada, fonte de conhecimento e denso material a ser usado, garantir a vivencia da
Educação Física, de forma segura e inclusiva, utilizando-a como instrumento de processo
de desenvolvimento integral e de formação da cidadania é objetivo da educação. Uma
educação que se orienta na perspectiva de provocar transformações pessoais e sociais,
contribuir para construção de uma sociedade mais justa e para uma melhor qualidade de
vida dos cidadãos brasileiros.
É uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação integral do
individuo, relacionando o movimento humano como expressão da identidade corporal,
apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos
desportos, aos jogos, as lutas e as atividades que correspondem ás características
regionais.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do estado do Paraná, entende-se a
escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu
objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto
ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou
práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir
com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, se
reconhecendo como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social
e cultural.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
Construir uma atitude crítica e transformadora diante das formas e valores das práticas
da cultura corporal, dentro dos conteúdos esporte, dança, jogos brincadeiras, ginástica e
lutas; promover a vivência de movimentos, através de atividades individuais e em grupo
com ou sem utilização de material; promover a socialização e interação entre professor e
alunos; estimular a atividade e interação entre os alunos; priorizar o conhecimento reela-
borando as ideias e a prática que intensificam a compreensão do aluno, desmistificando
formas já arranjadas sobre as diversas práticas e manifestações corporais para um bom
desempenho de grupos musculares e aprimoramento das funções orgânicas resultando
na melhoria do conhecimento; desenvolvimento psicomotor, observando o limite do corpo,
diferenças individuais e possibilidades de cada um contribuindo nas habilidades motoras e
nas evoluções das aptidões adquiridas; propõe por meio de práticas corporais seja de es-
portes, da dança, da ginástica dos jogos, das brincadeiras e dos brinquedos, além da di -
mensão motriz, levando em conta a multiplicidade de experiências manifestadas pelo cor-
po; proporcionar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inseri-
do; prática da forma natural e correta dos movimentos, gestos e deslocamentos indivi-
duais e em grupo, com ou sem material; oportunizar o desenvolvimento da autonomia
para a prática de atividades físicas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes são definidos como os conhecimentos de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de
uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de
estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os
conteúdos estruturantes para a Educação Básica devem ser abordados em complexidade
crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo
múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser
consideradas no processo de ensino-aprendizagem.
Elementos articuladores cultura corporal, Corpo; Ludicidade; Saúde; Mundo do
Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade e Mídia estarão
presentes em todos os conteúdos.
Contemplará a Legislação Vigente
Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. (Dança e Lutas)
Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. (Esportes, Jogos/brincadeiras e
Lutas)
Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental. (Esportes)
Lei 11525/2007 – acrescenta & 5º ao art. 32 da lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996,
para incluir o conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo
do ensino fundamental (esportes, jogos e brincadeiras)
Os desafios Educacionais Contemporâneos Cidadania e Educação Fiscal,
Educação em/para os Direitos humanos, Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção
ao uso indevido de Drogas.
CONTEÚDOS DA 5ª SÉRIE
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-Metodológica
Avaliação
Esportes Coletivos e
Individuais
Pesquisar e discutir
questões históricas dos
esportes, como: sua ori-
gem, sua evolução, seu
contexto atual.
Propor a vivência de
atividades pré
desportivas no intuito de
possibilitar o
aprendizado dos
fundamentos básicos
dos esportes e
possíveis adaptações
às regras.
Se espera que o aluno
conheça dos esportes:
• o surgimento de cada
esporte com suas primei-
ras regras;
• sua relação com jogos
populares.
• seus movimentos
básicos, ou seja, seus
fundamentos
Jogos e Jogos e brinca- Abordar e discutir a ori- Conhecer o contexto his-
Brincadeiras deiras populares
Brincadeiras e
cantigas de roda
Jogos de tabu-
leiro
Jogos
cooperativos
gem e histórico dos jo-
gos, brinquedos e brin-
cadeiras.
Possibilitar a vivência e
confecção de brinque-
dos, jogos e brincadei-
ras com e sem materiais
alternativos.
Ensinar a disposição e
movimentação básica
dos jogos de tabuleiro
tórico em que foram cria-
dos os diferentes jogos,
brinquedos e brincadei-
ras, bem como, apropriar-
se efetivamente das dife-
rentes formas de jogar;
Reconhecer as
possibilidades de
vivenciar o lúdico a partir
da construção de
brinquedos com materiais
alternativos
Dança
Danças folclóri-
cas
Danças de rua
Danças criativas
Pesquisar e discutir a
origem e histórico das
danças.
Contextualizar a dança.
Vivenciar movimentos
em que envolvam a ex-
pressão corporal e o rit-
mo.
Conhecimento sobre a
origem e alguns significa-
dos (místicos, religiosos,
entre outros) das dife-
rentes danças;
Criação e adaptação tan-
to das cantigas de rodas
quanto de diferentes se-
quencias de movimentos.Ginástica Ginástica rítmi-
ca
Ginástica cir-
cense
Ginástica geral
Estudar a origem e his-
tórico da ginástica e
suas diferentes manifes-
tações.
Aprender e vivenciar os
Movimentos Básicos da
ginástica (ex: saltos, ro-
lamento, parada de
mão, roda)
Construção e experi-
mentação de materiais
utilizados nas diferentes
modalidades ginásticas.
Pesquisar a Cultura do
Circo.
Conhecer os aspectos
históricos da ginástica e
das práticas corporais cir-
censes;
Aprendizado dos funda-
mentos básicos da ginás-
tica:
• Saltar;
• Equilibrar;
• Rolar/Girar;
• Trepar;
• Balançar/Embalar;
• Malabares.
Estimular a ampliação
da Consciência Corpo-
ral.
Lutas
Lutas de aproxi-
mação
Capoeira
Pesquisar a origem e
histórico das lutas.
Vivenciar atividades que
utilizem materiais alter-
nativos relacionados as
lutas.
Experimentar a vivência
de jogos de oposição.
Apresentação e experi-
mentação da música e
sua relação com a luta.
Vivenciar movimentos
característicos da luta
como: a ginga, esquiva
e golpes.
Conhecer os aspectos
históricos, filosóficos, as
características das dife-
rentes manifestações das
lutas, assim como alguns
de seus movimentos ca-
racterísticos.
Reconhecer as possibili-
dades de vivenciar o lúdi-
co a partir da utilização
de materiais alternativos
e dos jogos de oposição.
CONTEÚDOS DA 6ª SÉRIE
Conteúdos
Estruturante
s
Conteúdos
Básicos
Abordagem
Teórico-Metodológica
Avaliação
Esporte Coletivos
Individuais
Estudar a origem dos di-
ferentes esportes e mu-
danças ocorridas com os
mesmos, no decorrer da
história.
Aprender as regras e os
elementos básicos do
esporte.
Vivência dos fundamen-
tos das diversas modali-
dades esportivas.
Compreender, por meio
de discussões que pro-
Se espera que o aluno
possa conhecer a difusão
e diferença de cada espor-
te, relacionando-as com as
mudanças do contexto his-
tórico brasileiro.
Reconhecer e se apropriar
dos fundamentos básicos
dos diferentes esportes.
Conhecimento das noções
básicas das regras das di-
ferentes manifestações es-
portivas.
voquem a reflexão, o
sentido da competição
esportiva.
Jogos e
brincadei-
ras
Jogos e brinca-
deiras popula-
res
Brincadeiras e
cantigas de
roda
Jogos de tabu-
leiro
Jogos coopera-
tivos
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espaços
nos jogos, brinquedos e
brincadeiras.
Reflexão e discussão
acerca da diferença en-
tre brincadeira, jogo e
esporte.
Construção coletiva dos
jogos, brincadeiras e
brinquedos.
Estudar os Jogos, as
brincadeiras e suas dife-
renças regionais.
Conhecer difusão dos jo-
gos e brincadeiras popula-
res e tradicionais no con-
texto brasileiro.
Reconhecer as diferenças
e as possíveis relações
existentes entre os jogos,
brincadeiras e brinquedos.
Construir individualmente
ou coletivamente dife-
rentes jogos e brinquedos.
Dança
Danças folclóri-
cas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circula-
res
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espaços,
na dança.
Experimentação de mo-
vimentos corporais rítmi-
co/expressivos.
Criação e adaptação de
coreografias.
Construção de instru-
mentos musicais.
Conhecer a origem e o
contexto em que se desen-
volveram o Break, Frevo e
Maracatu;
Criação e adaptação de
coreografia rítmica e ex-
pressiva.
Reconhecer as possibilida-
des de vivenciar o lúdico a
partir da construção de ins-
trumentos musicais como,
por exemplo, o pandeiro e
o chocalho.Ginástica Ginástica rítmi-
ca
Ginástica cir-
cense
Ginástica geral
Estudar os aspectos his-
tóricos e culturais da gi-
nástica rítmica e geral.
Aprender sobre as postu-
ras e elementos ginásti-
cos.
Conhecer os aspectos his-
tóricos da ginástica rítmica
(GR);
• Aprendizado dos movi-
mentos e elementos da GR
como:
Pesquisar e aprofundar
os conhecimentos acer-
ca da Cultura Circense.
• saltos;
• piruetas;
• equilíbrios.
Lutas
Lutas de aproxi-
mação
Capoeira
Pesquisar e analisar a
origem das lutas de
aproximação e da ca-
poeira, assim como suas
mudanças no decorrer
da história.
Vivenciar jogos adapta-
dos no intuito de apren-
der alguns movimentos
característicos da luta,
como: ginga, esquiva,
golpes, rolamentos e
quedas.
Apropriação dos aspectos
históricos, filosóficos e as
características das dife-
rentes manifestações das
lutas de aproximação e da
capoeira.
Conhecer a história do
judô, karatê, taekwondo e
alguns de seus movimen-
tos básicos como: as que-
das, rolamentos e outros
movimentos.
Reconhecer as possibilida-
des de vivenciar o lúdico a
partir da utilização de ma-
teriais alternativos e dos jo-
gos de oposição.
CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODO-
LÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte Coletivos
Radicais
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espa-
ços, no esporte.
Estudar as diversas
possibilidades do espor-
te enquanto uma ativi-
dade corporal, como: la-
zer, esporte de rendi-
mento, condicionamento
Entender que as práticas
esportivas podem ser vi-
venciadas no tempo/ es-
paço de lazer, como es-
porte de rendimento ou
como meio para melhorar
a aptidão física e saúde.
Compreender a influência
da mídia no desenvolvi-
físico, assim como os
benefícios e os malefí-
cios do mesmo à saúde.
Analisar o contexto do
Esporte e a interferência
da mídia sobre o mes-
mo. Vivência prática dos
fundamentos das diver-
sas modalidades espor-
tivas.
Discutir e refletir sobre
noções de ética nas
competições esportivas.
mento dos diferentes es-
portes.
Reconhecer os aspectos
positivos e negativos das
práticas esportivas.
Jogos e brin-
cadeiras
Jogos e brinca-
deiras populares
Jogos de tabu-
leiro
Jogos dramáti-
cos
Jogos cooperati-
vos
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espa-
ços, nos jogos, brinca-
deiras e brinquedos.
Organização de Festi-
vais.
Elaboração de estraté-
gias de jogo.
Desenvolver atividades
coletivas a partir de dife-
rentes jogos, conhecidos,
adaptados ou criados, se-
jam eles cooperativos,
competitivos ou de tabu-
leiro.
Conhecer o contexto his-
tórico em que foram cria-
dos os diferentes jogos,
brincadeiras e brinque-
dos.
Dança
Danças criativas
Danças circula-
res
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espa-
ços, na dança.
Análise dos elementos e
técnicas de dança
Vivência e elaboração
de Esquetes (que são
pequenas sequencias
cômicas).
Conhecer os diferentes ri-
tmos, passos, posturas,
conduções, formas de
deslocamento, entre ou-
tros elementos que identi-
ficam as diferentes dan-
ças.
Montar pequenas
composições
coreográficas.Ginástica Ginástica rítmi- Recorte histórico delimi- Manusear os diferentes
ca
Ginástica cir-
cense
Ginástica geral
tando tempos e espa-
ços, na ginástica.
Vivência prática das
posturas e elementos
ginásticos.
Estudar a origem da Gi-
nástica com enfoque es-
pecífico nas diferentes
modalidades, pensando
suas mudanças ao lon-
go dos anos.
Manuseio dos elemen-
tos da Ginástica Rítmi-
ca.
Vivência de movimentos
acrobáticos.
elementos da GR como:
• corda;
• fita;
• bola;
• maças;
• arco.
Reconhecer as possibili-
dades de vivenciar o lúdi-
co a partir das atividades
circenses como acroba-
cias de solo e equilíbrios
em grupo.
Lutas
Lutas com ins-
trumento media-
dor
Capoeira
Organização de Roda
de capoeira
Vivenciar jogos de opo-
sição no intuito de
aprender movimentos
direcionados à projeção
e imobilização.
Conhecer os aspectos
históricos, filosóficos e as
características das dife-
rentes formas de lutas.
Aprofundar alguns ele-
mentos da capoeira pro-
curando compreender a
constituição, os ritos e os
significados da roda.
Conhecer as diferentes
projeções e imobilizações
das lutas.
CONTEÚDO 8ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODO-
LÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte Coletivos
Radicais
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espa-
Apropriação acerca das
regras de arbitragem,
ços.
Organização de festi-
vais esportivos.
Analise dos diferentes
esportes no contexto
social e econômico.
Pesquisar e estudar as
regras oficiais e siste-
mas táticos.
Vivência prática dos
fundamentos das diver-
sas modalidades espor-
tivas.
Elaboração de tabelas e
súmulas de competi-
ções esportivas.
preenchimento de súmu-
las e confecção de dife-
rentes tipos de tabelas.
Reconhecer o contexto
social e econômico em
que os diferentes espor-
tes se desenvolveram.
Jogos e Brin-
cadeiras
Jogos de tabu-
leiro
Jogos dramáti-
cos
Jogos cooperati-
vos
Organização e criação
de gincanas e RPG (Ro-
le-Playing Game, Jogo
de Interpretação de Per-
sonagem), compreen-
dendo que é um jogo de
estratégia e imaginação,
em que os alunos inter-
pretam diferentes perso-
nagens, vivendo aventu-
ras e superando desa-
fios.
Diferenciação dos jogos
cooperativos e competi-
tivos.
Reconhecer a importân-
cia da organização coleti-
va na elaboração de gin-
canas e R.P.G.
Diferenciar os jogos coo-
perativos e os jogos com-
petitivos a partir dos se-
guintes elementos:
• Visão do jogo;
• Objetivo;
• O outro;
• Relação;
• Resultado;
• Consequência;
• Motivação.Dança Danças
criativas
Danças circula-
res
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espaços
na dança.
Organização de festi-
vais de dança.
Reconhecer a importân-
cia das diferentes mani-
festações presentes nas
danças e seu contexto
histórico.
Elementos e técnicas
constituintes da dança.
Conhecer os diferentes ri-
tmos, passos, posturas,
conduções, formas de
deslocamento, entre ou-
tros elementos presentes
no forró, vanerão e nas
danças de origem africa-
na.
Criar e vivenciar ativida-
des de dança, nas quais
sejam apresentadas as
diferentes criações coreo-
gráficas realizadas pelos
alunos.
Ginástica
Ginástica
rítmica
Ginástica geral
Estudar a origem da Gi-
nástica: trajetória até o
surgimento da Educa-
ção Física.
Construção de coreo-
grafias.
Pesquisar sobre a Gi-
nástica e a cultura de
rua (circo, malabares e
acrobacias).
Análise sobre o modis-
mo relacionado a ginás-
tica.
Vivência das técnicas
específicas das ginásti-
cas desportivas.
Analisar a interferência
de recursos ergogêni-
cos (doping).
Conhecer e vivenciar as
técnicas da ginásticas
ocidentais e orientais.
Compreender a relação
existente entre a ginásti-
ca artística e os elemen-
tos presentes no circo,
assim como, a influência
da ginástica na busca
pelo corpo perfeito.
Lutas Lutas com
instrumento
Pesquisar a Origem e
os aspectos históricos
Conhecer os aspectos
históricos, filosóficos e as
mediador
Capoeiradas lutas.
características das dife-
rentes formas de lutas.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTU-
RANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODO-
LÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Recorte histórico delimi-
tando tempos e espa-
ços.
Analisar a possível rela-
ção entre o Esporte de
rendimento X qualidade
de vida. Análise dos di-
ferentes esportes no
contexto social e econô-
mico. Estudar as regras
oficiais e sistemas táti-
cos.
Organização de Campe-
onatos, torneios, elabo-
ração de Súmulas e
montagem de tabelas,
de acordo com os siste-
mas diferenciados de
disputa (eliminatória
simples, dupla, entre
outros). Análise de jo-
gos esportivos e confec-
ção de Scalt. Provocar
uma reflexão acerca do
conhecimento popular X
conhecimento científico
sobre o fenômeno Es-
Organizar e vivenciar ati-
vidades esportivas, traba-
lhando com construção
de tabelas, arbitragens,
súmulas e as diferentes
noções de preenchimen-
to.
Apropriação acerca das
diferenças entre esporte
da escola, o esporte de
rendimento e a relação
entre esporte e lazer.
Compreender a função
social do esporte.
Reconhecer a influência
da mídia, da ciência e da
indústria cultural no es-
porte. Compreender as
questões sobre o doping,
recursos ergogênicos uti-
lizados e questões rela-
cionadas a nutrição.
porte.
Discutir e analisar o Es-
porte nos seus dife-
renciados aspectos: •
enquanto meio de La-
zer. • sua função social.
• sua relação com a mí-
dia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos er-
gogênicos e esporte alto
rendimento. • nutrição,
saúde e prática esporti-
va.
Analisar a apropriação
do Esporte pela Indús-
tria Cultural.
Jogos e brin-
cadeiras
Jogos de
tabuleiro
Jogos
dramáticos
Jogos
cooperativos
Analisar a apropriação
dos Jogos pela Indústria
Cultural.
Organização de even-
tos.
Analisar os jogos e brin-
cadeiras e suas possibi-
lidades de fruição nos
espaços e tempos de la-
zer.
Recorte histórico delimi-
tando tempo e espaço.
Reconhecer a apropria-
ção dos jogos pela indús-
tria cultural, buscando al-
ternativas de superação.
Organizar atividades e di-
nâmicas de grupos que
possibilitem aproximação
e considerem individuali-
dades.
Dança Danças
folclóricas
Danças de
salão
Danças de rua
Possibilitar o estudo so-
bre a Dança relacionada
a expressão corporal e
a diversidade de cultu-
ras.
Analisar e vivenciar ati-
vidades que represen-
Conhecer os diferentes
passos, posturas, condu-
ções, formas de desloca-
mento, entre outros
Reconhecer e aprofundar
as diferentes formas de
ritmos e expressões cul-
tem a diversidade da
dança e seus diferencia-
dos ritmos.
Compreender a dança
como mais uma possibi-
lidade de dramatização
e expressão corporal.
Estimular a interpreta-
ção e criação coreográ-
fica. Provocar a reflexão
acerca da apropriação
da Dança pela Indústria
Cultural.
Organização de Festival
de Dança.
turais, por meio da dan-
ça.
Discutir e argumentar so-
bre apropriação das dan-
ças pela indústria cultu-
ral.
Criação e apresentação
de coreografias
Ginástica Ginástica artísti-
ca / olímpica
Ginástica de
Condicionamen-
to
Físico
Ginástica Geral
Analisar a função social
da ginástica.
Apresentar e vivenciar
os fundamentos da gi-
nástica.
Pesquisar a interferên-
cia da Ginástica no
mundo do trabalho (ex.
laboral).
Estudar a relação entre
a Ginástica X sedenta-
rismo e qualidade de
vida.
Por meio de pesquisas,
debates e vivências prá-
ticas, estudar a relação
da ginástica com: tecido
muscular, resistência
muscular, diferença en-
tre resistência e força;
Organizar eventos de gi-
nástica, na qual sejam
apresentadas as dife-
rentes criações coreográ-
ficas ou sequencia de
movimentos ginásticos
elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreen-
der as questões biológi-
cas, ergonômicas e fisio-
lógicas que envolvem a
ginástica. Compreender a
função social da ginásti-
ca.
Discutir sobre a influência
da mídia, da ciência e da
indústria cultural na gi-
nástica. Compreender e
aprofundar a relação en-
tre a ginástica e trabalho.
tipos de força; fontes
energéticas, frequência
cardíaca, fonte metabó-
lica, gasto energético,
composição corporal,
desvios posturais, LER,
DORT, compreensão
cultural acerca do cor-
po, apropriação da Gi-
nástica pela Indústria
Cultural entre outros.
Analisar os diferentes
métodos de avaliação e
estilos de testes físicos,
assim como a sistemati-
zação e planejamento
de treinos.
Organização de festival
de ginástica.Lutas Lutas com apro-
ximação
Lutas que man-
têm à distancia
Lutas com ins-
trumento media-
dor
Capoeira
Pesquisar, estudar e vi-
venciar o histórico, filo-
sofia, características
das diferentes artes
marciais, técnicas, táti-
cas/ estratégias, apro-
priação da Luta pela In-
dústria Cultural, entre
outros.
Analisar e discutir a di-
ferença entre Lutas x
Artes Marciais.
Estudar o histórico da
capoeira, a diferença de
classificação e estilos
da capoeira enquanto
Conhecer os aspectos
históricos, filosóficos e as
características das dife-
rentes manifestações das
lutas.
Compreender a diferença
entre lutas e artes mar-
ciais, assim como a apro-
priação das lutas pela in-
dústria cultural.
Apropriar-se dos conheci-
mentos acerca da ca-
poeira como: diferencia-
ção da mesma enquanto
jogo/dança/luta, seus ins-
trumentos musicais e mo-
jogo/luta/dança, musica-
lização e ritmo, ginga,
confecção de instru-
mentos, movimentação,
roda etc.
vimentos básicos.
Conhecer os diferentes
ritmos, golpes, posturas,
conduções, formas de
deslocamento, entre ou-
tros.
Organizar um festival de
demonstração, no qual
os alunos apresentem os
diferentes tipos de gol-
pes.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física, tratado nas
Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos –
esporte; dança; ginástica; lutas; jogos, brinquedos e brincadeiras – a Educação Física tem
a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir
criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e
sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação
e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação
e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de
conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas
reflexões. Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da
Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais.
As atividades de educação física se desenvolverão através de aulas teóricas e
práticas, procurando produzir uma cultura escolar que mobilize práticas que afirmem
valores e sentidos que ampliem as possibilidades, evitando formas de discriminação,
segregação e competição exacerbadas. Os conteúdos específicos serão desenvolvidos
de 5ª a 8ª série, tendo como referência os conteúdos estruturantes elevando para todas
as séries fundamentais e do ensino médio.
As aulas serão realizadas no Ginásio poliesportivo, canchas de areias e no pátio dentro
da área de domínio do Colégio.
Serão utilizados os seguintes recursos didáticos e tecnológicos : Paraná Digital
(Laboratório de informática), Tv Pendrive e Livro didático público (Educação Física).
AVALIAÇÃO
Diante das discussões desenvolvidas nas Diretrizes, é necessário entender que a
avaliação em Educação Física, a luz dos paradigmas tradicionais, como o da
esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, são
insuficientes para a compreensão do fenômeno educativo em uma perspectiva mais
abrangente. Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os
aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos,
destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à
classificação dos alunos.
Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação,
sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das
vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Mesmo havendo ocasiões
em que se deem oportunidades para os alunos se recuperarem, a preocupação recai em
rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota.
A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização, procurou
distinguir os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não apresentavam a
habilidade esperada, tudo isso considerando o entendimento do professor sobre o que
seria certo ou errado. Essa concepção chegou ao ápice quando alguns professores de
Educação Física se apropriaram de testes padronizados para selecionar estudantes das
escolas públicas para comporem um grupo de “atletas”. Nessa perspectiva, a avaliação
era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como verificação físico-motora do
rendimento dos alunos-atletas.
Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e
Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação
começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias
que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e
seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento,
buscando novas formas de compreensão dos seus significados no contexto escolar. É a
partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas nas
Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação
no contexto escolar. O objetivo é favorecer uma maior coerência entre a concepção
defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.
Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. É
preciso questionar em que medida o professor compreende e valoriza manifestações
diferentes dos alunos diante de tarefas de aprendizagem? Estará esse professor
buscando uniformidade nas respostas deles ou os provocando a diferenciadas formas de
expressão ou alternativas de solução às “charadas” propostas?
Ainda, a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, e
o Regimento Escolar de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo
docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando
o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
Comprometimento e Envolvimento – Se os alunos entregam as atividades propostas pelo
professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos
e regras; se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem
desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo
soluções para as divergências; se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja
através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.
Partindo destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº. 9394/96, em que o
professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas
corporais, como a ginástica; o esporte; os jogos, brinquedos e brincadeiras; a dança; e as
lutas.
A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão
revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo
pedagógico, com objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os
acertos e ainda superem as dificuldades constatadas. No primeiro momento da aula, ou
do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer as experiências individuais e
coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos, problematizando-as. É quando
surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as
experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo
que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias formas, como: diálogo em grupos,
dinâmicas, jogos, dentre outras. No segundo momento da aula, é quando o professor
propõe atividades correspondentes à apreensão do conhecimento. A avaliação deve se
valer de um apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e
técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de
criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade
de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados
pelo professor. Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus
alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de
diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal.
Neste momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos
expressarem sobre aquilo que apreenderem, ou mesmo o que mais lhes chamou a
atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se
autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes
do seu próprio processo de aprendizagem.
Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se
de outros instrumentos avaliativos, como dinâmicas em grupo, seminários, debates, juri
simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico
entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.
Outra sugestão é a organização e realização de festivais e jogos escolares, cuja
finalidade é demonstrar os conhecimentos e como estes se aplicam numa, situação real
de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos. A
realização de provas e trabalhos escritos pode ser utilizada para avaliação das aulas de
Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e
classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,
também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.
Por fim, os professores devem ter clareza de que a avaliação não deve ser
pensada a parte do processo de ensino aprendizado da escola. Deve, sim, avançar
dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas entendendo
esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo. Inventariar o processo
pedagógico consiste em registrar, diariamente ou semanalmente, o envolvimento, o
interesse, dos alunos e outras questões que o professor julgar importantes de serem
registradas, de acordo com os objetivos propostos. Esse registro pode ser feito em diário
de classe, em pastas separadas para cada aluno, caderno, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez Editora, 1993.
HILDEBRANDT, R. / LAGING, R. Concepções abertas no ensino da Educação Física.
Ao Livro Técnico, 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Avaliação
Institucional, Educação do Campo, História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Curitiba:
SEED, 2005.
SAAD, Michel/ COSTA, Claiton Frazon. Futsal Movimentações Defensivas e
Ofensivas. Florianópolis, SC: Visual Books, 2005, 2ª ed.
SOLER, Reinaldo. Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos. Rio de
Janeiro/RJ: Sprint, 2005.
SUVOROW Y. P./GRISHIN O. N. Tradução Helena de Araújo Ribeiro. Voleibol Iniciação
Vol II. 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ 2002, Sprint.
SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2008.
SEED, GÊNERO e DIVERSIDADE NA ESCOLA. Formação de Professoras/ES em
Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de
Conteúdo, versão 2009.
COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na Escola, da Iniciação ao Treinamento. Rio
de Janeiro, RJ, Sprint, 2001.
FROMETA, Edgard Romero/ TAKAHASHI, Kiyoshi. Guia Metodológico de exercícios
em Atletismo. Porto Alegre, RS, 2005.
CARVALHO, Flávio Jr. Iniciação ao Xadrez. São Paulo, SP 10º ed. Sumus editorial,
1982.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes
crenças religiosas. Assim sendo, o foco no sagrado e em diferentes manifestações
religiosas, possibilita a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto,
numa perspectiva de compreensão sobre sua religiosidade e a do outro, na diversidade
universal do conhecimento humano.
A importância da disciplina é contribuir para o conhecimento e respeito às
diferentes crenças religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como
possibilitar o acesso às diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno religioso, pois a
sociedade brasileira é composta por grupos muito diferentes e aí a importância de
valorizar a diversidade para colaborar com a formação da pessoa humana.
OBJETIVOS GERAIS
a) Esclarecer quanto a diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo;
desenvolvendo o respeito ao próximo para conviver em harmonia com pessoas
de diferentes religiões e culturas;
b) Conhecer a importância dos valores, bem como aplica-los no seu cotidiano;
reconhecendo-se como cidadão participativo e responsável por suas atitudes
na Comunidade, Estado e País.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
- As Organizações Religiosas;
- Lugares Sagrados;
- Textos Sagrados Orais ou Escritos;
- Símbolos Religiosos.
6ª SÉRIE
• Temporalidade Sagrada;
• Festas Religiosas;
• Ritos;
• Vida e Morte.
METODOLOGIA
As aulas serão desenvolvidas através de exposição oral, leituras, pesquisa,
apresentação de trabalhos, além de recursos pedagógicos, tais como livros, televisão,
vídeo-cassete, rádio, retroprojetor, cartazes, mapas, jornais, revistas, documentos,
objetos e fotografias.
AVALIAÇÃO
O caráter de avaliação do Ensino Religioso parte do princípio da inclusão e o
desenvolvimento humano e seus valores. Esse processo avaliativo deverá ser feito como
auto-avaliação e mudança de atitudes, visto que a disciplina é de caráter informativo,
construção de conhecimentos e formação pessoal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino
Religioso. Curitiba: SEED, 2008.
CADERNO TEMÁTICO: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Seed,
Paraná.
ARAÚJO, Socorro. Tradição e Cultura – Cozinha Quilombola do Paraná.
SEED/PR, 2008.
CHAUI, Marilena. Filosofia. Ed, Ática, 2003. São Paulo.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Ed. Ática, 2001, São
Paulo.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Desde os primórdios de sua organização, o homem estabelece relações com a
natureza e constrói o espaço geográfico de acordo com suas necessidades.
Explicar os primeiros momentos exigia menos esforços que na atualidade visto que
a evolução pautava-se basicamente na busca pela sobrevivência.
Com a evolução das técnicas de apropriação da natureza, da construção dos
conhecimentos e dos meios de comunicação, vemos as informações serem transmitidas
com muita rapidez, sendo impossível acompanhá-las e entendê-las sem conhecimentos
geográficos.
Foi a partir do século XVIII que a Geografia conquista caráter científico, ou seja,
passa a ser reconhecida como ciência e institucionalizada, graças aos trabalhos de
Alexandre Von Humboldt, Ratzel, Vidal de La Blache e outros estudiosos.
Desde então, deparamo-nos com inúmeras transformações na análise dos
conceitos relacionados a esta ciência pois, fatos como as guerras, novas relações de
trabalho, a conquista do espaço, a exploração desenfreada dos recursos naturais, a
globalização e outros tantos, tornam esta disciplina um instrumento para que o aluno
perceba-se parte integrante e elemento modificador do espaço geográfico, e lhe permite
perceber que, para construir um mundo onde as pessoas tenham mais qualidade de vida,
é necessário que se aproprie com consciência destes conhecimentos.
Tendo como base do trabalho a ser desenvolvido os conteúdos estruturantes A
dimensão econômica da produção do/no espaço, geopolítica, dimensão socioambiental,
dimensão cultural e demográfica a aprendizagem proposta ao aluno visa focar a
compreensão do objeto de estudo da geografia – o espaço geográfico – sua
(re)construção e as relações homem-natureza/homem-homem, que nele se estabelece.
Através de pesquisas, análises, debates, leitura e interpretação de textos de apoio e
outros recursos, serão direcionados a fim de atingir os objetivos propostos no processo de
construção do conhecimento geográfico.
Para acompanhar e entender as mudanças resultantes da evolução que se
apresenta na geração de novas técnicas de apropriação da natureza e (re)construção do
espaço geográfico, na construção de conhecimentos e nos meios de comunicação, são
imprescindíveis os conhecimentos geográficos.
A Geografia tem, no decorrer do seu processo de sistematização de
conhecimentos, importantes contribuições que advém já dos povos da Antigüidade, mas é
fundamentalmente com os estudos de Alexandre Von Humboldt, Ratzel (da escola Alemã)
e Vidal de La Blache (escola Francesa), que a Geografia foi inserida no currículo escolar
no Brasil. Somente em 1930 ela se consolidou, tendo como objetivo, servir aos interesses
políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico, assumindo por essa
razão, um caráter decorativo/enciclopedista, voltado à descrição do espaço e seus
elementos físicos. Esta ciência passa a apresentar evolução nos seus conceitos e na sua
percepção, pois no cenário onde se desenvolve sua trajetória, e que se apresenta como
objeto de estudo desta ciência – o espaço geográfico, as transformações acontecem em
proporção e ritmos cada vez mais intensos; exigindo por sua vez, mudanças na
concepção e metodologia de conhecimentos ora sistematizados.
Estas mudanças de concepção se fazem presentes no atual momento histórico
vivenciado na prática pedagógica, onde, uma nova proposta curricular passa a ser
elaborada, tendo como embasamento, as Diretrizes Curriculares. São os "conteúdos
estruturantes": a dimensão econômica da produção do/no espaço, geopolítica, dimensão
sócioambiental, dimensão cultural e demográfica – os responsáveis pela sistematização
do desenvolvimento dos conteúdos em cada uma das séries da Educação Básica no
Paraná, caracterizando-se como norteadores desta proposta, que visa focar a
compreensão do objeto de estudo da geografia – o espaço geográfico – sua
(re)construção e as relações homem-natureza/homem-homem, que nele se estabelece.
Sobre a teoria e o ensino da Geografia, destaca-se a relevância dessa discussão
para que a disciplina cumpra sua função na escola: desenvolver o raciocínio geográfico e
despertar uma consciência espacial.
Os objetivos propostos para a construção de conhecimento geográfico, podem ser
atingidos por meio de leitura, análise e interpretação de textos, mapas e imagens,
pesquisas, interatividade em debates, elaboração de textos, paródias, maquetes, poemas
e/ou poesias, e ua série de outras estratégias que motivem o aluno a buscar informações.
- Perceber-se como atores na construção de paisagens e lugares;
- Compreender que paisagens e lugares resultam de múltiplas interações entre
o trabalho social e a natureza;
- Compreender o espaço geográfico não somente como um produto das forças
econômicas ou de adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos
fatores culturais;
- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade,
- Reconhecer o espaço geográfico como produto das relações sociedade/natureza
humanizada;
- Perceber as relações entre economia, política e sociedade; e sua interação no
espaço geográfico;
- Avaliar criticamente o espaço onde vive e perceber-se como agente
transformador do mesmo;
- ter noções do uso da linguagem cartográfica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /Básicos:
ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6ºANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEUDOS BÁSICOS
-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego da tecnologias de exploração e
produção .
-A formação ,localização ,exploração e utilização dos recursos naturais.
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
-A transformação e distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
-A mobilidade populacional e as manifestações socioespacial de diversidade cultural.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.
-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.
-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental
ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/7ºANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEUDOS BÁSICOS
-A formação ,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção .
_As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
-A transformação demográfica , a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população .
-Movimentos migratórios e suas motivações .
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A formação e crescimento das cidades a dinâmica dos espaços urbano e a
urbanização .
-A distribuição espacial das atividades produtivas a (re)organização do espaço geográfico.
-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações .
-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.
-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.
-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental.
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8ºANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEUDOS BÁSICOS
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano.
-A nova ordem mundial , os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-A circulação da mão-de-obra, do capital , das mercadorias e das informações .
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A transformação demográfica , a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
-Os movimentos migratórios e suas motivações .
-As manifestações da diversidade cultural.
-Formação, localização , exploração e utilização dos recursos naturais.
-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.
-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.
-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental
ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9ºANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A nova ordem mundial, os território supranacionais e o papel do Estado.
-A revolução técnico-cintifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção .
-O comercio mundial e as implicações socioespaciais.
-A a formação , mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
-A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população .
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização dos espaço geográfico.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e
produção .
-O espaço em rede de produção , transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.
-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.
-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
-A formação e transformação das paisagens.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção .
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
_A formação , localização , exploração e utilização dos recursos naturais .
-A revolução técnico-cientifica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção .
-O espaço em rede produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
-A circulação de mão-de-obra, de capital das mercadorias e das informações .
-Formação, mobilidade das fronteiras e a (re0organizacao dos territórios.
-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
-A formação , o crescimento das cidades , a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
-A demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população .
-Os movimentos migratórios e suas motivações .
-As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
-O comercio e as implicações sócioespaciais.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-As implicações sócioespaciais os processos de mundialização.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.
-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.
-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A abordagem empregada será a da Geografia Crítica, em que se busque cumprir o
papel da Geografia: criar condições para o aluno estudar as relações homem-natureza e
as transformações no espaço geográfico, analisando a forma de atuação da sociedade,
criticando a forma e o método utilizados, indicando caminhos que levem ao bem-estar
sócio-ambiental. (Manuel Correia de Andrade).
O professor deve ter uma postura investigativa de pesquisa, renunciando à visão
receptiva-reprodutiva de mundo, tendo em vista sua função enquanto agente
transformador.
Deve construir com os alunos conhecimentos com os quais possam ler e interpretar
criticamente a (re)construção do espaço geográfico e empreender uma educação que
contemple a heterogeneidade, diversidade, desigualdade e complexidade do mundo atual.
De acordo com tal perspectiva, é que o trabalho pedagógico iniciar-se-á através da
análise e fornecimento de subsídios para pensar e agir criticamente.
O professor deve abordar a cultura e historia afro-brasileira e indígena (Leis nº
9795/03 e nº 11.645/08) e também a Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 que institui a
Política Nacional de Educação Ambiental).Tais temáticas serão trabalhadas de forma
contextualizadas e relacionadas aos conteúdos de Geografia.
O trabalho pedagógico da historia e da cultura afro-brasileira e indígena será feito,
por exemplo, por meio de textos, imagens , mapas, maquetes que tragam conhecimentos
sobre a questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira.
A educação ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, continua e
permanente no desenvolvimento dos conteúdos de ensino da Geografia.
Os conteúdos de geografia, serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica,
mantendo coerência com os fundamentos teóricos propostos pela disciplina.
Serão realizados:
- A utilização da cartografia como ferramenta essencial para transitar em diferentes
escalas espaciais:
- Inter relacionamento dos conteúdos para garantir total abordagem dos conhecimentos
específicos;
- Ampliação da noção espacial através de análise e observação de dados, fenômenos e
fatos da natureza e realidade;
- Utilização de mapas, maquetes, textos e fatos;
- Aulas de campo para melhor compreensão da realidade;
- Utilização de linguagem cartográfica;
- Construção de projetos juntamente com os alunos a fim de buscar a ampliação dos
conteúdos;
- Uso de filmes, documentários, jornais e revistas.
04.AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do
aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/aprendizagem.
A avaliação será contínua, priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem,
ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Será formativa, diagnóstica e
contínua, dando ênfase ao aprender.
Será articuladora dos processos de aprendizagem dos conteúdos estruturantes e
deve contemplar diferentes práticas pedagógicas, tais como:
• De acordo com os conteúdos em pauta, os objetivos estabelecidos e os recursos
disponíveis, serão realizadas as seguintes atividades avaliativas:
• Leituras de textos para interpretação, formulação de embasamento teórico,
comparação e análise crítica;
• Produção de textos;
• Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas.
• Construção de maquetes;
• Mini-aulas organizadas pelos alunos; seminários;
• Pesquisa bibliográfica para complementação do assunto;
• Seleção de recortes/reportagens de revistas e jornais para permitira ao aluno sua
atualização sobre os fatos recentes (ou não) em pauta na mídia;
• Relatórios sobre vídeos e/ou aulas de campo;
• Atividades escritas e orais;
• Testes escritos (provas);
• Observação pelo professor da compreensão e utilização pelos alunos dos
conceitos geográficos.
A avaliação permite a melhoria do processo pedagógico quando se constitui numa ação
reflexiva sobre o fazer pedagógico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M. C.de Geografia: Ciência da Sociedade. São Paulo, Atlas, 1987.
DIAMANTINO, D. Marcos –Geografia ciência do espaço, São Paulo: Atual, 1998.
SEED. Diretizes Curriculares da Educação Fundamental da rede de Educação
Básica do Estado do Paraná. Geografia, 2008.
História da Educação de Negro e outras Histórias. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005-
276p.
MENDONÇA, F e KOZEL, S. (orgs.) Elementos da Epistemologia da Geografia
Contemporânea. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2002.
MUNANGA, K. (Org.) Superando o racismo na escola, Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005-
204p.
SANTOS, M. Por uma globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Sítio da web: Portal dia-a-dia educação
VESENTINI, J. Willian. Sociedade e Espaço, Ática, São Paulo, 2000.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da História nos permite saber como viviam e pensavam os homens que
nos antecederam. A história nos ensina como a acumulação de conhecimentos e o
aperfeiçoamento dos instrumentos possibilitaram ao homem construir o espaço social
onde vivemos, bem como as conquistas e suas realizações.
Como disciplina escolar passa a ser obrigatória a partir da criação do Colégio
D.Pedro II em 1857 (séc. XIX). Neste mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB), que institui a História como disciplina acadêmica. Os
programas e manuais escolares passam a ser construídos pelos professores, a maioria
pertencente a essa instituição, sobre a influência da Escola Metódica e do Positivismo,
destacando o uso de documentos oficiais e a valorização dos heróis. Tal narrativa
histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira como extensão da História da
Europa Ocidental. Em nossa nacionalidade, expressa nas raças: branca, índia e negra,
passou a predominar a ideologia do branqueamento. Assim, foi proposto um modelo
conservador de sociedade legitimando valores aristocráticos e excluindo possibilidades
de participação de pessoas comuns.
Após a Proclamação da República, Colégio D. Pedro II,passa a ter o papel de
referência para a organização educacional brasileira. A partir de 1901 o Currículo é
alterado fazendo com que a História do Brasil fizesse parte da História Universal. Com
essa mudança o conteúdo de História do Brasil fica relegado a um espaço restrito no
currículo.
Durante a Era Vargas, devido ao projeto político nacionalista do Estado Novo, ela
retorna com o objetivo de preparar o povo, contribuindo para legitimar tal projeto e
reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
O Ensino de História, após a implantação do Regime Militar (1964) manteve seu
caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do
ponto de vista factual. O ensino não tinha espaço para análises críticas e interpretações
dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da
Pátria. O Estado figurava como principal sujeito histórico, responsável pelos grandes
feitos e controle da nação.
A partir da Lei n° 5692/71, o ensino centra-se na formação tecnicista voltado para a
preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho, excluindo a formação de um
cidadão crítico. O principal objetivo era ajustar o cidadão ao cumprimento de seus
deveres patrióticos.
A partir da década de 1980, com o início da redemocratização ocorre a
aproximação entre a educação básica e a superior, quando então o ensino de Estudos
Sociais é contestado e o retorno da Disciplina de História é proposto como condição para
que houvesse maior aproximação entre investigação histórica e o universo da sala de
aula.
No Paraná, o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990),
tentava aproximar a produção acadêmica de História com o ensino de História no
Primeiro Grau. Essa proposta era contrária ao ensino de História tradicional baseado no
eurocentrismo, na fixação de exercícios e no direcionamento do livro didático.
No final dos anos 90 o Paraná incorporou os Parâmetros Curriculares Nacionais
como referência para a organização curricular da rede pública estadual, retomando as
discussões e elaboração das Diretrizes Curriculares, lançando a versão preliminar em
julho de 2006.
Nessa perspectiva, a História é uma disciplina que tem como objeto de estudo os
processos históricos relativo às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem
como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas
ações.
Para compreender as mudanças nas formas de pensar historicamente trazidas pelas
novas correntes é necessário indicar algumas características das historiografias que elas
combatem, entre elas a metódica e a positivista.
A contribuição foi a introdução de um método historiográfico racional de crítica das
fontes e de sua sistematização em uma narrativa histórica objetiva.
As correntes historiográficas Nova História, Nova História Cultural e Nova Esquerda
Inglesa,se desenvolveram especialmente na segunda metade do século XX.
A Nova História, a partir dos anos de 1960, ganha novos contornos no contexto
conturbado dessa época, influenciada pelos acontecimentos de maio de 1968, em Paris,
da Primavera de Praga, dos movimentos feministas, pelas lutas contra as desigualdades
raciais nos Estados Unidos da América, entre outros.
A primeira contribuição trazida pela Nova História foi a abertura para novos problemas,
novas perspectivas teóricas e novos objetos desenvolvidos a partir das propostas
historiográficas das gerações anteriores dos Annales.
Esta corrente também se contrapõe a uma racionalidade histórica linear, com a
introdução de novas temporalidades e a valorização das estruturas que determinam a
ação humana e suas relações, bem como suas transformações.
A Nova História Cultural despontou na primeira metade da década de 1980, a partir
dos trabalhos reunidos pela historiadora Lynn Hunt num livro de ensaios.
Para Peter Burke (1992, p.9-16), tanto a Nova História Cultural como a Nova História
da década de 1970, recorrem à palavra “nova” para distinguir estas produções
historiográficas das formas anteriores. A palavra “cultura” é aplicada para diferenciá-la da
História intelectual.
As principais influências dessa corrente historiográfica são as contribuições do filósofo
da linguagem russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), do sociólogo alemão Norbert Elias
(1897-1990), do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) e do sociólogo francês
Pierre Bourdieu (1930-2002).
As contribuições desta historiografia foi a valorização das ações e concepções do
mundo dos sujeitos das classes populares em seu contexto espaço – temporal: a
introdução de novas temporalidades nas formas de constituição do pensamento histórico,
a partir do momento em que novos e múltiplos sujeitos com seus respectivos pontos de
vista foram introduzidos nas análises historiográficas.
A História, no Ensino Fundamental e Médio, pode se beneficiar dessa corrente
historiográfica, porque ela valoriza a diversificação de documentos, como imagens,
canções, objetos arqueológicos, entre outros, na construção do conhecimento histórico.
Tal diversidade permite relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.
A Nova Esquerda Inglesa surgiu em 1956, com historiadores britânicos vinculados ao
Partido Comunista Inglês que, descontentes com o regime stalinista romperam com o
partido e acabaram por influenciar fortemente a historiografia britânica.
A Nova Esquerda Inglesa elegeu os sujeitos da classe trabalhadora como personagens
centrais de seus estudos empíricos. Os conceitos de classe social e de luta de classes,
fundamentais no pensamento materialista histórico dialético, foram ampliados por essa
corrente, visto que seus estudos a explicação histórica para além do aspecto econômico.
A contribuição da Nova Esquerda Inglesa para a formação do pensamento histórico e
a constituição de uma nova racionalidade foi a superação da racionalidade histórica linear
ligada ao marxismo clássico pautada na sucessão dos modos de produção.
Novas formas de consciência passaram a ser incorporadas pelas pesquisas
historiográficas, tais como as ligadas aos costumes, às tradições populares e às contra-
hegemonias.
A produção historiográfica brasileira contemporânea está relacionada com as
referências teóricas e metodológicas presentes nas correntes aqui apresentadas. Os
historiadores brasileiros ligados aos estudos sobre a escravidão na América Portuguesa e
Brasil Imperial utilizam princípios teóricos e metodológicos correspondentes ao da Nova
Esquerda Inglesa, tendo como principal objeto de pesquisa a constituição do proletariado
europeu e suas manifestações culturais.
Os conteúdos estruturantes da Disciplina de História são organizados por: relações
de trabalho, de poder e culturais, com noções de temporalidade, integrando a micro
(História local) com a macro (História Mundial), ou seja, propondo o rompimento com o
eurocentrismo ao partir em todas as séries da História local, do Brasil, América para
depois estudar a História macro.
A relação de poder é o estudo das manifestações políticas, tanto em âmbito
estatal, como em micro poderes municipais e estaduais, como também nas
representações sociais ou coletivas associadas ao poder. Valorizar a inserção do sujeito
comum na História dentro dos estudos de espaços e relações sociais, pautadas pelas
relações de poder.
A relação de trabalho pretende registrar e analisar as relações sociais a partir da
economia e do social dos sujeitos, tanto da elite, como de sujeitos comuns que
anteriormente foram excluídos nos estudos históricos.
Por sua vez a relação cultural permite conhecer os conjuntos de significados que
os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo. Investiga desde a
construção dos símbolos e a apropriação deste pelos homens e mulheres das mais
diferentes sociedades ao longo do tempo.
Já no Ensino Médio a Disciplina de História se ocupa em trabalhar com recortes
específicos e mais aprofundados dos conteúdos estruturantes (relações de trabalho,
relações de poder e relações culturais), os quais estão interligados com o objetivo de uma
melhor compreensão das ações humanas. Tais ações e relações humanas constituem o
processo histórico, o qual é dinâmico. Sendo assim, as Diretrizes privilegiam as relações
culturais, de trabalho e de poder, cuja articulação é possível a partir das categorias de
análise espaço e tempo.
No entanto, o professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos
como sexualidade, prevenção à dependência química, educação fiscal, violência na
escola, meio ambiente, inclusão das temáticas História e Cultura afro-brasileira e Africana
e também História do Paraná.
Os objetivos gerais da Disciplina de História permeiam por estudos e
desenvolvimentos de conteúdos que desenvolvam uma visão crítica e participativa, para
que o educando posicione-se diante das diversas situações do dia-a-dia, identificando
como elas interferem na sua realidade e contribuem para o entendimento da formação da
nação, da identidade social, estabelecendo relações entre o individual, o social e o
coletivo.
Além de tudo, a Disciplina propõe a ampliação do conhecimento que o aluno tem
de si, da sociedade e como pode contribuir para a solução de problemas que enfrenta
(preconceito, discriminação social, racial, cultural, violência, desemprego, fome,
homossexualismo, corrupção, exclusão e outros).
Portanto, o professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos, a partir
da inclusão das temáticas História e Cultura Africana e Afro-brasileira (Lei 10639/03),
História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08), Política Nacional de Educação
Ambiental (Lei 9795/99) e também com os Desafios Educacionais Contemporâneos de
Educação para os Direitos Humanos e exercício da Cidadania, bem como no Direito das
Crianças e Adolescentes (Lei 11.525/2007). Conscientizar os alunos de sua participação
na avaliação do SAEB, procurando obter um bom desempenho não só individual mas no
coletivo da escola, do município, estado e do país com relação ao IDEB.
Outros objetivos permeiam hoje o ensino da História como o incentivo, aos alunos,
à participação em atividades do PROGRAMA VIVA ESCOLA, Festival de Folclore e de
Dança, Grêmio Estudantil, Palestras, Programas Ecológicos como complementação
curricular.
Nessa perspectiva, a História é uma disciplina que tem como objeto de estudo os
processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo e
espaço, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não
consciência dessas ações.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL
HISTÓRIA DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI - DIFERENTES
TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS
5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Relações de trabalho, cultura e poder
Conteúdos Básicos
1º Bimestre
- Introdução aos estudos históricos;
- O historiador e a produção do conhecimento;
- Tempo temporalidade;
- Fontes e documentos;
- Patrimônio material e imaterial;
- As origens do ser humano;
- Arqueologia, antropologia, geologia, sociologia, etc.
- A humanidade e a história;
- O povoamento da América;
- Teorias do surgimento do homem na América;
- Arqueologia no município, Paraná e Brasil.
2º Bimestre
- Povos indígenas no Brasil e no Paraná;
- Kaingang, Guarani Xeta e outros;
- Os imigrantes: europeus, asiáticos e povos africanos
- Civilizações fluviais;
- Mesopotamia, o berço da civilização;
- Grandes impérios;
- O Egito;
- Governo do faraó;
- Divisão Social.
3º Bimestre
- Fenícios, hebreus e persas;
- A civilização grega;
- Formação da civilização grega;
- Política;
- Educação;
- Religião e arte.
4º Bimestre
- A civilização romana;
- Formação, república, império e cultura;
- Crise do império romano;
- Ruralização;
– Divisão do império.
6ª SÉRIE
DAS CONTESTAÇÕES À ORDEM COLONIAL DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL – SÉCULOS XVII AO XIX
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho, cultura e poder
Conteúdos Básicos
1º Bimestre
-Origem do mundo feudal;
- O poder da igreja católica no mundo medieval;
- As Cruzadas;
- O fortalecimento do comércio e das cidades
- A centralização do poder nas monarquias européias.
2º Bimestre
- O Renascimento;
- A era dos descobrimentos;
- Europa e América – os primeiros contatos;
- A chegada dos portugueses ao continente americano;
- Povos indígenas do Brasil;
- Exploração do pau brasil. (a primeira forma de devastação do meio ambiente)
3º Bimestre
- A administração colonial;
- Reinos aficanos
- A escravidão;
- A sociedade açucareira
- Colonização do território paranaense;
- Economia – erva mate, tropeirismo, navegação à vapor ( inclusive no município);
- Organização social;
- Manifestações culturais;
- Organização político-administrativa.
4º Bimestre
- Expansão e consolidação do território;
- Rio São Francisco – sua importância no passado e hoje
- Missões;
- Bandeiras;
- Invasões estrangeiras;
- Movimentos de contestação, quilombos, manifestações religiosas, sincretismo, MST;
– Revoltas nativistas e nacionalistas (Inconf. Mineira, Conj. Baiana, Guerra dos
mascates);
7ª SÉRIE
PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO
IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho, cultura e poder
Conteúdos Básicos
1º Bimestre
- O trabalho nas sociedades indígenas no Brasil e no Paraná;
- Quilombos e remanescentes de quilombos no Brasil e no Paraná;
- Revolução industrial (a exploração do trabalho adulto e infantil);
- A vinda da família real para o Brasil (mudanças artísticas, urbanização, biblioteca
nacional).
2º Bimestre
- O primeiro reinado;
- O Período Regencial (principais revoltas: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,
Farroupilha);
- O segundo reinado;
- O Processo de Independência do Brasil (principais movimentos pró-independências).
3º Bimestre
- A Emancipação Política do Estado do Paraná;
- Organização Política do Estado (passado e presente);
- Principais Governos (lutas e conquistas sociais no Estado);
- Movimentos Sociais no Campo e Cidade no Estado.
4º Bimestre
- A Abolição da Escravidão no Brasil;
- A Vinda dos Imigrantes;
- A Expansão Cafeeira;
- O Movimento Republicano (contrastes sociais da época);
- A Guerra do Paraguai;
- A 1ª República (Revoltas da Vacina, Chibata);
- Movimentos Sociais (Canudos, Contestado e Cangaço).
8ª SÉRIE
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho, cultura e poder
Conteúdos Básicos
1º Bimestre
- A Primeira Guerra Mundial
- A Revolução Russa
- A república no Brasil – A Coluna Prestes
- A Semana de 22 – organização social, manifestações culturais
- A 1ª crise no capitalismo – 1929 (Quebra da Bolsa de Valores)
- Regimes totalitários
2º Bimestre
- A revolução de 30 (o período Vargas e as conquistas trabalhistas)
- Ascensão dos regimes totalitários na Europa
- A Segunda Guerra Mundial
- Populismo no Brasil e na América Latina (passado e presente)
3º Bimestre
- Independência das colônias afro-asiáticas
- Guerra Fria
- Regime popular no Paraná e no Brasil – Repressão e censura;
- Os regimes militares na América Latina
4º Bimestre
- Revoluções modernas;
- Movimentos de contestação no Brasil e no mundo
- Redemocratização no Brasil (Diretas Já, Constituição de 1988)
- A Inflação no Brasil e os Diversos Planos Econômicos.
- A Era Collor (do populismo ao impeachment);
- Brasil (do controle da Inflação de FHC às conquistas sociais do governo Lula);
- África e América no contexto atual.
- Desafios do novo milênio (o equilíbrio entre o ser humano e a natureza, a
desigualdade social e a fome, o intercâmbio global e suas conseqüências, a
preocupação ambiental, lixo – problema urbano, água, desenvolvimento sustentável).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO
RELAÇÕES DE TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER, RELAÇÕES CULTURAIS
1ª SÉRIE
• Introdução ao Estudo da História;
• Pré-História no Brasil;
• As civilizações da antiguidade Oriental;
• As Primeiras Cidades e os Problemas Ambientais;
• As civilizações da Antiguidade Clássica;
• História Medieval;
• O Lixo e as Cidades Medievais;
• Transição do Feudalismo para o Capitalismo;
• Formação do Estado Moderno;
• Absolutismo e Mercantilismo;
• Expansão Marítima e Européia;
• Renascimento Cultural;
• Reformas Religiosas;
• A Conquista e a Colonização da América;
• Primeira Riqueza – Pau-brasil e a Desvastação Ambiental;
• Formação da Sociedade Colonial Brasileira;
• As relações Sociais na Colônia;
• Os trabalhadores livres;
• O trabalho escravo;
• As formas de resistência (formação dos Quilombos).
2ª SÉRIE
• A expansão territorial e o ciclo minerador no Brasil;
• Rio São Francisco ontém e hoje;
• O século da razão – Iluminismo e Liberalismo, o fim do Sistema Colonial da
América Ibérica e Inglesa;
• Revolução Industrial, relações do trabalho e poluição ambiental;
• Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.
XVIII e XIX);
• Relações de poder e violência no Estado;
• Independência da América Ibérica;
• Primeiro Reinado;
• Regências;
• Segundo Reinado;
• Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional;
• A Transição do Império para República;
• Características da República Velha;
• A formação do Proletariado e o pensamento socialista;
• A influência da cultura Africana e Indígena na sociedade brasileira;
• Desmistificar o mito da inferioridade africana e Afro-descendentes;
• Organização social e política do Paraná
3ª SÉRIE
• O Estado Imperialista e sua crise;
• A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa;
• A crise de 1929
• Ascensão dos regimes Totalitários;
• A Era Vargas (Conquistas trabalhistas e populismo);
• A Segunda Guerra Mundial;
• O fim do estado Novo;
• A República Paulista;
• A Guerra Fria;
• O Golpe de 1964 e a Ditadura Militar no Brasil;
• Redemocratização no Brasil;
• Economia e Inflação no Brasil (principais planos econômicos);
• Brasil (de Fernando Henrique às conquistas sociais do governo Lula);
• A Nova Ordem Internacional.
• Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão capitalista;
• As manifestações populares (congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de
mamão, romaria de São Gonçalo, etc.).
METODOLOGIA DAS DISCIPLINAS
Na concepção de História, que será explicitada nestas Diretrizes, as verdades
prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialo-
gar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogma-
tismo e pela ortodoxia.
Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam não exis-
tir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas igualmente váli -
das. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes teó-
ricas não expressam meras opiniões, mas implicam fundamentos do conhecimento histó-
rico que se tornam referenciais nestas Diretrizes.
Os critérios de validade do conhecimento histórico na academia e nos currículos
escolares tem sido problematizados e organizados por alguns intelectuais, dentre os
quais, destaca-se o historiador alemão Jörn Rüsen, o qual propõe uma matriz disciplinar
da História para que se4 compreenda a organização do pensamento histórico dos sujei-
tos. O professor, ao entender como se dá esta organização do pensamento histórico, po-
derá encaminhar suas aulas de maneira que o aprendizado seja significativo para os estu-
dantes.
Diante disto, Rüsen, (2001,p.30-36) propõe alguns elementos intercambiantes que
devem ser observados na constituição do pensamento histórico, quais sejam;
• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana, em sua prá-
tica social estão ligas com a orientação do tempo. Essas necessidades fazem com que
os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto, fica
claro que os sujeitos fazem relações passado/presente o tempo todo em sua vida coti -
diana.
• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação pas-
sado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias
acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de
sentidos são chamados de idéias históricas.
• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações es-
pecíficas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as idéias históricas são conce-
bidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos do-
cumentos.
• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações
das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográfi-
cos apresentados.
• Essas finalidades se expressam e realizam sob a forma de narrativas históricas.
A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a
respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.
As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura
sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, ins-
tituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos su-
jeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas
sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para es-
colhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para a descoberta das rela-
ções humanas busca compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às
suas ações.
Os processos históricos, então, não podem ser entendidos como uma sucessão de
fatos na ordem de causa e consequência. Segundo o historiador Christopher Lloyd
(1995), os processos históricos estão articulados em determinadas relações causais. Os
acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos, em determinado local e
tempo, produz\em relações humanas, que ensejam um espaço de atividade relativo aos
acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não linear, em ações que produzem ou-
tras relações, as quais também constroem novas ações. Assim, os processos históricos
são marcados pela complexidade causal; isto é, fatos distintos produzem novas relações,
enquanto relações distintas convergem para novos acontecimentos históricos.
A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico, bas-
eado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos docu-
mentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa histórica
que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e polí-
tica dos sujeitos e suas relações.
Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser analisa-
dos a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar documentos
entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a produção do conhecimen-
to propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como re-
sultado, pode ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem
do objeto de estudo historiográfico.
A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas, funda-
mentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas. Essas
interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos
históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do Ensino de
História é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento.
Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.
Entretanto, provisoriedade não significa relativismo teórico, mas sim que existem
várias explicações e interpretações para um mesmo fato. Algumas são mais aceitas histo-
riograficamente, de modo que são constituídas pelo estado atual da ciência histórica em
relação ao seu objeto e ao seu método. Com isso,, outro aspecto fundamental da proviso-
riedade histórica é que as explicações e interpretações sobre determinado processo histó-
rico também se modificam temporalmente, ou seja, os diferentes contextos espaço-tem-
porais das diversas sociedades produzem suas próprias concepções de História. De fato,
o conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação,
a partir das experiências dos sujeitos e do contexto em que vivem.
É o caso das correntes historiográficas apresentadas nestas Diretrizes Curricula-
res, as quais dialogam entre si e trazem grandes contribuições para a formação de um
pensamento histórico pautado em uma nova racionalidade histórica: a Nova História,
Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem tanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora,, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma re-
flexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho como novo, numa
dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma se es-
tabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente,
orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apon-
tando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas
(LIMA, 2002/2003).
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por ob-
jetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do pro-
cesso educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se esta-
belece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e mais especifica-
mente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos
necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de socie-
dade com que se trabalha e indicam que sujeito se quer formar para a sociedade que se
quer construir.
Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos
que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social
e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma
inserção cidadã e transformadora na sociedade.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades
de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa apren-
dizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade
como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno
aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como senten-
ças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam
do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e confli-
tos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa
formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de
futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,
num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica,em movimentos na direção da apren-
dizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.
Na sala de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um
projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do
aluno como referência uma aprendizagem continuada.
No cotidiano das aulas, isso significa que:
• É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a in-
tenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas
tem a intenção de ensinar;
• No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados na-
quele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de
avaliação, para que o professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades,
tendo em vista a reorganização do trabalho docente;
• Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e
explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um
elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as
etapas da ação pedagógica;
• Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos.uma respos-
ta insatisfatória, em muitos casos, não se revela, em princípio, que o estudante não
aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi per-
guntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas
sim compreender o que se pede;
• Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as
possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabe-
lecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a
realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que
uma prova objetiva;
• A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação re-
duz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos tais
como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, formula-
ção de hipóteses, entre outros;
• Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não
todo o processo de ensino-aprendizagem;
• A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conte-
údos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,
é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele apren-
da. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo,
de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade
de aprendizagem. Alguns instrumentos de para se recuperar o aluno: análise de
documentos, mapas, interpretação de texto, pesquisa etc. Nesse sentido, a recupe-
ração da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão meto-
dológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar
para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza de
critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e
maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendiza-
gem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não
pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver
o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam
seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alu-
nos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos
de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:
SEED, 2005.
________.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino nos anos
finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
________.Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos: O sesquicentenário do
Paraná no contexto escolar. Curitiba: Cetepar, 2004. (caderno-síntese e lâminas de
projeção).
FIGUEIRA, Divalt Garcia. História Série Novo Ensino Médio. SP. Saraiva, 2002.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: O breve séc. XX. Tradução Marcos Santarrita.
SP. Cia das Letras, 1995.
Livro Didático Publico do Estado do Paraná - Ensino Médio - História SEED/2006.
SCHIMIDT, Mário Furlay. Nova História Crítica. Ensino Fundamental vol. 1,2,3,4. SP.
Nova Geração, 1999.
História. Projeto Araribá. Ensino Fundamental, vol. 1.2.3.4. Moderna, 2007.
CABRINI, Conceição. Catelli Júnior, Roberto. Montellato, Andréa. História Temática
(tempo e cultura). Ensino Fundamental, vol. 1,2,3,4. SP. Scipione, 2010.
PELLEGRINI, Marco. Machado, Adriane Dias. Grinberg, Keila. Vontade de Saber
História. Ensino Fundamental, 1,2,3,4. SP. FTD, 2009.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PORTUGUÊS E LITERATURA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO
A Língua Portuguesa, passou a ser parte integrante dos currículos escolares
brasileiros apenas no final do século XIX.
Após ser institucionalizada como disciplina, as suas primeiras práticas de ensino
moldavam-se ao ensino do Latim, com base numa educação totalmente reprodutivista
voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.
A partir do século XVIII o ensino da Língua Portuguesa tornou-se obrigatório e foi
incluído sob as formas das disciplinas Gramática; Retórica e Poética (Literatura).
Somente no século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português,
mantendo sua característica elitista até meados do século XX, quando teve início no
Brasil um processo de democratização do ensino. Nesse contexto o ensino da Língua
Portuguesa teve que se adaptar a registros e padrões culturais diferentes dos até
admitidos na escola.
Surgiram problemas, dentre os quais a exigência numérica de um quadro de
profissionais do magistério que atendesse à demanda da expansão do ensino. Também
o livro didático entrou em cena para orientar as atividades dos professores,
desconsiderando seu conhecimento, experiência e senso crítico. Isso trouxe altos índices
de repetência das classes populares, pois a qualidade do ensino ficou comprometida.
Em meados da década de 70, chegaram ao Brasil os estudos linguísticos
centrados nos textos e na interação das práticas discursivas e também as novas
concepções sobre aquisição da língua materna, dessa forma contribuindo para fazer
frente à pedagogia tecnicista. Mas é a partir dos anos 80 que no Brasil essas
contribuições teóricas dos pensadores tomaram corpo, mobilizaram os professores para a
discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para reflexão sobre o trabalho
realizado nas salas de aula.
Entre alguns teóricos estão Geraldi, Faraco, Sírio Possenti, Percival que
contribuíram e que contribuem até hoje nos estudos e pesquisas sobre Língua
Portuguesa, Linguística e ensino da língua materna.
Na década de 90, a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se na
teoria dialógica e social de Bakhtin para fazer frente ao ensino tradicional. Mas, na
análise de Barreto mesmo que a maioria dos currículos do Brasil apresentem uma
proposta nessa linha ao explicitar um conteúdo gramatical não consegue traduzi-lo em
termos de uma concepção enunciativa ou dos usos da língua, da competência textual, em
situações de comunicação, recaindo assim, no estigma da gramática tradicional, que
trabalha com a gramática da frase.
No currículo do Paraná, buscava-se uma prática pedagógica que enfrentasse o
normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais
aprofundada nos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos
ênfase na conotação moralista.
Porém, Barreto apontou algumas fragilidades que aparecem nessa proposta, tais
como: na relação dos conteúdos não se explica, por exemplo a relação entre os campos
de conhecimentos envolvidos na produção escrita de textos assim, como a estruturação
sintática a ortografia, os recursos gráficos-visuais, as circunstâncias de produção, a
presença do interlocutor. Também os aspectos da linguística textual, fundamentais na
estruturação do texto escrito, recursos coesivos, conectividade sequencial e estruturação
temática, aparecem como conteúdos da gramática tradicional.
No final da década de 90, surgiram os Parâmetros Curriculares Nacionais que
fundamentaram propostas interacionistas e discursivas propondo uma reflexão acerca da
linguagem oral e escrita. Porém, a abordagem dessa concepção introduz conceitos
pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências,
termos que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho.
Dentre todas as teorias apresentadas não foi obtido grande êxito quanto ao ensino
de Língua e Literatura. Por isso, existe a necessidade de novos posicionamentos em
relação às práticas de ensino, ou seja, fazendo uma análise crítica das mesmas. Pois
durante muito tempo o conteúdo gramatical, tem sido base para o ensino de Língua
Portuguesa. O conceito de conteúdo estruturante propõe uma nova perspectiva sobre
esse aspecto que devem estar constituídos dentro de um contexto histórico. Essa
contextualidade acaba com a sua fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus recortes.
Torna possível também o diálogo com conceitos diversos que juntos, conseguem
abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua, não sendo vista
apenas como uma abordagem estritamente gramatical.
Tendo esta concepção de língua como prática que se concretiza nas diversas
situações sociais, percebe-se que o objeto de estudo da disciplina é a língua e o conteúdo
estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido como prática
social, desdobrado em três praticas, leitura, escrita e oralidade. O termo discurso
significa movimento, percurso, assim a linguagem não pode ser vista como estática,
imutável, segundo Bakthin ela é um contínuo processo de vir a ser. Desse modo o
discurso não pode ser concebido como mera mensagem, ele é muito mais que isso, é o
efeito de sentidos entre interlocutores. Os discursos são sempre formados por outras
vozes, a linguagem, enquanto produto de uma consciência humana, não pode ser restrita
a estruturas desvinculadas a fatores externos, pois estes são essenciais na sua formação.
A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura é um campo, antes de tudo de ação
onde se concretizam práticas de uso real da língua materna. E é no contexto das práticas
discursivas que estarão presentes as abordagens vindas da Linguística, Sociolinguística,
Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do Discurso, Gramática Normativa e
Descritiva, de usos, entre outros, buscando assim ao aperfeiçoamento da competência
linguística dos estudantes.
• Tendo em vista uma concepção de língua como discurso que se concretiza nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o trabalho
docente:
c) Desenvolver o uso da língua escrita em diferentes situações discursivas realizadas
através de práticas sociais considerando-se aos interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
d) Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
e) Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com
as práticas da oralidade, leitura e escrita.
f) Criar condições para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa,
discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao
contexto, às diferentes situações e práticas sociais.
g) Ampliar e aperfeiçoar as possibilidades de comunicação do estudante, levando-a
ter domínio dos procedimentos adequados de expressão oral e escrita. Para isso,
torná-lo capaz de:
1. Fazer relações (construir conhecimentos);
2. Interpretar dados e fatos mais complexos e abstratos em relação ao ciclo anterior
(saber manipular, consultar e ler criticamente livros, revistas, jornais, arquivos, textos
instrucionais, identificando os pontos mais relevantes e as intenções de seus autores,
etc.);
- Distinguir e valorizar as variantes linguísticas, concebendo-as como formadoras da
identidade nacional, combatendo toda forma de preconceito em relação ao que é
diferente, contribuindo, assim, para a constituição ou reformulação dos seus próprios
valores;
- Distinguir diversos gêneros de texto e compreender as diferentes intencionalidades, os
diversos estilos, as características da linguagem empregada em cada um deles,
analisando, portanto, o conteúdo dessas produções e as múltiplas formas de
organização desses discursos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
O conteúdo estruturante da Língua Portuguesa e Literatura é o discurso concebido
como prática social, desdobrado em três práticas:
- Oralidade
- Leitura
- Escrita
a) A PRÁTICA DA ORALIDADE
Conforme as Diretrizes, as variantes linguísticas são formas autênticas de
expressão, principalmente as dos grupos sociais historicamente marginalizados, estas
serão tratadas em sua relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da
fala culta.
A prática da oralidade realiza-se através de operações linguísticas complexas,
ligadas a recursos expressivos.
Em se tratando da literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como
Arte, estes criam oportunidades de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e
suas forças políticas particulares.
A prática da oralidade no ensino precisa oportunizar ao aluno de falar com fluência
em situações formais, adequar a linguagem de acordo com as circunstâncias como
interlocutores, assunto intenções expressivos da língua.
Torna-se importante destacar que apesar da oralidade e da escrita da língua
tenham semelhanças e mútuas influências, possuem também diferenças a serem
analisadas.
A fala é natural, espontânea, acontece face a face e é complementada com
recursos extralinguísticos. Já a escrita, é planejada, produzida e predominam frases mais
complexas. Outro fato importante é saber ouvir com atenção e respeito os diferentes
interlocutores, pois se não existir ouvinte, a interação não acontece. É necessário
desenvolver a sensibilidade de saber ouvir, favorecendo assim a convivência social.
Os gêneros orais devem ser trabalhados de forma consistente, ou seja, as
atividades propostas não podem ter apenas o objetivo de ensinar o aluno a falar por meio
de opiniões ou conversas. Torna-se necessário avaliar, juntamente com o falante por
meio da reflexão, o conteúdo de sua participação social . Também é fundamental
esclarecer bem os objetivos dos trabalhos que serão propostos aos alunos, seja um
seminário e debate, por exemplo, é importante fazer reflexões sobre o tema, adequação
do discurso ao gênero trabalhado e ao interlocutor, turnos de fala, marcas linguísticas da
oralidade, recursos semânticos entre outros.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e as da escrita compõe
as tarefas de ensinar os alunos a se sentirem bem pra expressarem suas ideias com
segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais tem como objetivo o
aprimoramento linguístico e a argumentação.
As possibilidades de trabalho com a oralidade, seja, no Ensino Fundamental ou no
Ensino Médio são ricas e apontam diferentes caminhos:
- apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme,
um livro etc.
- depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do
seu convívio;
- debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
- transmissão de informações;
- troca de opiniões;
- contação de histórias;
- declamação de poemas;
- representação teatral;
- relatos de experiência;
- confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas similaridades
e diferenças.
Além disso, pode-se analisar a linguagem de uso:
- em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas;
- em programas radiofônicos;
- no discurso do poder em suas diferentes instâncias;
- no discurso público;
- no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.
Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (oralidade)
-Conteúdo estruturante: discurso como prática social
-Adequação ao gênero;
-Conteúdo temático;
-Elementos composicionais;
-Marcas linguísticas;
-Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,
pausas...);
-Variedades linguísticas;
-Intencionalidade do texto;
-Papel do interlocutor e do locutor;
-Participação e cooperação;
-Particularidades de Pronúncias de algumas palavras;
-Coerência global do discurso oral;
-Finalidade do texto oral;
-Turnos de fala;
-Particularidades dos textos orais;
• A PRÁTICA LEITURA
De acordo com a visão de linguagem assumida pelas Diretrizes, a leitura é
concebida como co-produtora de sentidos. Nesse contexto, o leitor ganha o mesmo
estatuto do autor e do texto.
A prática da leitura promove o contato do aluno com uma variedade de textos
produzidos nas diversas práticas sociais. Ela proporciona o desenvolvimento de uma
atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos, criando também
uma atitude responsiva diante deles.
Ler significa familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes práticas
sociais – notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens,
propagandas, informações, charges, romances, contos etc, percebendo em cada texto a
presença de um sujeito, de um interesse. Porém, tal interesse não é determinante da
leitura. A construção dos significados de um texto é de responsabilidade do leitor. Um
leitor pode, inclusive, ler e interpretar um texto para o qual ele não era o interlocutor
originário.
A leitura não pode ocorrer somente a partir de livros didáticos, o professor deve
proporcionar uma variedade de textos, procurando a subjetividade do aluno, levando em
conta também a preferência e a opinião dele ao selecioná-los.
Quanto ao trabalho com a literatura, é preciso escolher métodos que orientarão o
estudo. O conhecimento de teorias pelo professor deve ser realimentado com
frequência, para que seja mais bem definida a medida do alcance da abordagem com a
qual se dará o estudo.
Ao trabalhar com a leitura, a escola não pode deixar de lado as linguagens não-
verbais, como a leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais
e virtuais, figuras que fazem parte do nosso universo. Ela precisa contemplar o
multiletramento, citado na fundamentação teórica destas Diretrizes. Nessa perspectiva
que requer atenção maior do professor quanto aos textos midiáticos aos quais, pela TV,
pelo rádio e outros meios virtuais, os alunos possuem maior acesso que aos textos
oferecidos na escola.
O trabalho com a literatura, faz com que o aluno perceba seu papel na interação
com o texto, porque este carrega em si ideologias, mas somente a partir da visão de
mundo de quem o lê, é possível fazer relações que venham aceitar ou refutar os valores
ali presentes.
Essa perspectiva de ensino pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim
como diferentes meios de comunicação, televisão, cinema, teatro, uma vez que pretende
um leitor capaz de desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no
meio social e cultural que o cerca.
A produção de significados, que implica uma relação dinâmica entre autor/leitor e
entre aluno/professor, de forma compartilhada, é uma prática ativa, crítica e
transformadora que possibilita abarcar diferentes tipos de gêneros textuais: textos lúdicos,
jornalísticos, informativos, didáticos, científicos, literários, entre tantos que povoam o
cotidiano.
Ao se trabalhar com a leitura deve-se considerar a formação do leitor e isso
significa apenas considerar diferentes leituras de mundo, experiências de vida e,
consequentemente, diferentes leituras, como também o diálogo dos alunos com o texto e
não sobre o texto, dirigido pelo professor. Torna-se necessário que durante a prática da
leitura o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, também que
levem a analisar os recursos linguísticos e estilísticos apresentados na construção do
texto. Ao trabalhar com os gêneros crônica e conto, por exemplo, é necessário levar os
alunos a analisar sobre o tema, intertextualidade,vozes sociais presentes no texto,
temporalidade, contexto de produção da obra literária dentre outros.
A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas que
tecem a leitura, que Yunes (1995) aponta que sejam:
- Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita suas
memórias, que guardam seus sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler
convoca o leitor ao ato de pensar;
- Intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com o texto,
mas com as vozes presentes nos textos, marcas do uso que os falantes fazem da língua,
discursos que atravessam os textos e os leitores;
- Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividade e
memórias resulta na interpretação. As perguntas de interpretação de textos buscam
desvendar um possível mistério do texto e esquecem do mistério do leitor;
- Fruição: o ato de ler se esgota ao final da leitura e das sensações. A leitura
permanece. E nisso o prazer que ela proporciona difere do prazer que se esgota
rapidamente. Ela decorre de “uma percepção mista de necessidade e prazer”.
- Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em diferentes
linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma rede de
referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos,
vozes etc. No ato de ler, a memória recupera intertextualidades.
Além disso, o trabalho com a leitura implica reconhecer a incompletude dos
processos discursivos, os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,
subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.
Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (leitura)
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
-Identificação do tema;
-Interpretação textual observando:
-Conteúdo temático;
-Interlocutores;
-Fonte;
-Intertextualidade;
-Informatividade;
-Intencionalidade;
-Marcas linguísticas;
-Ideologia;
-Papéis sociais representados;
- As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal;
-Texto verbal e não-verbal;
-Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;
-Inferências;
-As diferentes vozes sociais representadas no texto;
-Adequação ao gênero:
-Conteúdo temático;
-Elementos composicionais;
-Marcas linguísticas;
-Variedades linguísticas;
-Informações implícitas em textos;
-Estética do texto literário;
-Intencionalidade do texto;
-Papel do interlocutor e do locutor;
-Participação e cooperação;
-Relações dialógicas entre textos;
-Particularidades de pronúncia de algumas palavras;
-Elementos extralinguísticos ( entonação, pausas, gestos...)
-Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos...
a) A PRÁTICA DA ESCRITA
O exercício da escrita, precisa levar em conta a relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e que
os gêneros discursivos são construções coletivas.
O reconhecimento das relações de poder no discurso potencializa, na escrita, a
possibilidade de resistência a determinados valores socioculturais. Esses valores afastam
a linguagem escrita do universo de vida dos usuários, como se fosse um processo à
parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não constroem a língua, mas
aprendem o que os outros criaram.
Portanto o aluno precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que é
diferente do texto oral. Depois de internalizar essas diferentes, pode amadurecer na
produção de textos, cuja intenção é provocar uma ação no mundo.
As maneiras de propor atividades com a escrita interferem de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem preenchidas
sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que Pécora chama de “estratégias
de preenchimento”.
A prática da escrita requer um planejamento, para depois escrever a primeira
versão sobre a proposta apresentada e, então, revisar, reestruturar e reescrever o texto.
Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas durante esse trabalho.
Por meio desse processo, em que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e
reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo
para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é
possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, suas fantasias e sua
criatividade, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do
acréscimo ou da exclusão de uma ideia etc.
O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a
intenção e as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno,
para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser,
portanto, atividade fundamentada na adequação do texto ás exigências circunstanciais de
sua produção.
Quando há uma proposta de produção escrita, é preciso saber quem será o leitor
do texto, e dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual e o ato de
compartilhá-la permitindo que os textos dos alunos sejam afixados no mural da escola,
por meio de rodízio, reunir os diversos textos em uma coletânea, publicá-los no jornal da
escola, por exemplo. Dessa forma, amplia-se a constituição dos autores dos diferentes
textos e de seus possíveis leitores em sujeitos do fazer linguístico.
Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser
trabalhados, dentre outros:
- relatos (histórias de vida);
- bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos);
- poemas, contos e crônicas (textos literários);
- notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa);
- relatórios, resumos de artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação
científica). É importante ressaltar que ao se trabalhar com esses gêneros, por exemplo,
resenhas, resumos, relatórios, que os alunos reflitam sobre o tema, finalidade,
informatividade, argumentatividades, elementos composicionais do gênero dentre outros.
Dessa forma, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos
como incentivará a prática da leitura.
A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do estudante
em situações específicas durante a produção de textos, o estudante aumenta seu
universo referencial e aprimora sua competência de escrita. Assim, o aluno adquire a
necessária autonomia para avaliá-lo ao universo de textos que o cercam, apreende as
exigências dessa manifestação linguística, o sistema de organização próprio da escrita,
diferente da oralidade, da organização da fala.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que
elas possam relacionar o dizer escrito ás circunstâncias de sua produção. Proporcionem
aos alunos ampliarem seu domínio de uso das linguagens verbais e não-verbais pelo
contato direto com textos de variados gêneros, orais ou escritos. É necessário que a
inclusão da diversidade textual possa relacionar os gêneros com as atividades sociais em
que eles se constituem.
Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (escrita)
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
-Produção de textos (diferentes gêneros);
-Adequação ao gênero:
-Conteúdo temático;
-Elementos composicionais;
-Marcas linguísticas;
-Argumentação;
-Paragrafação;
-Clareza e organização das ideias;
-Refacção textual;
-Linguagem formal/informal;
-Coerência e coesão textual;
-Finalidade do texto;
-Paráfrase de textos;
-Resumo de textos;
a) ANÁLISE LINGUÍSTICA
Conforme as diretrizes, é preciso formar usuários competentes da língua, de modo
que, pela fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,
adaptando-se a diferentes situações de uso. Porém, não é possível atender a esse
objetivo, se o ensino privilegiar uma única forma de análise dos fenômenos linguísticos.
Desse modo, torna-se necessário deter-se um pouco nas diferentes formas de entender
as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram
sistematizá-la.
Possenti apresenta três tipos básicos de gramáticas mais diretamente ligadas ás
questões pedagógicas.
- A gramática normativa concebe a língua como uma série de regras que devem
ser seguidas e obedecidas. O domínio delas pode dar a ilusão de que o falante
emprega a variedade padrão. Esse tipo de gramática dá muita importância á
forma escrita, atribuindo-lhe representação mais culta da língua. Por conta disso,
considera que a fala precisa basear-se nas estruturas que regem a escrita. A
gramática normativa está presente nos compêndios gramaticais e em muitos
livros didáticos.
- A gramática descritiva, como conjunto de regras que são seguidas, não se atém
unicamente na modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes
linguísticas a partir do seu uso. A gramática descritiva dá preferência à
manifestação oral da língua. Essa característica garante a essa gramática maior
mobilidade, ao contrário da normativa que, presa à escrita, é mais resistente às
inovações da língua.
- A gramática internalizada é o conjunto de regras dominado pelo falante tanto em
nível fonético como sintático e semântico, possibilitando entendimento entre os
falantes de uma mesma língua.
Quanto mais variado for o contato com diferentes tipos e gêneros textuais, mais
fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão. Assim, um
texto se faz a partir de elementos como organização, unidade, coerência, coesão, clareza,
dentre outros.
Portanto, é preciso que o aluno amplie sua capacidade discursiva em atividades
de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação da
linguagem como, por exemplo: argumentação, situacionalidade, intertextualidade,
informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade.
Tendo a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os
conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na
constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não
somente a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada
no processo de ensino de Língua Portuguesa.
Torna-se necessário desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a
reflexão sobre seu próprio texto – tais como atividades de revisão, de reestruturação ou
refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos, de
diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.
O contato com diferentes textos, propiciará que o aluno expresse sua análise por
meio dos diferentes gêneros, considerada sua criatividade. Antes dessa etapa, no nível
oral e escrito, está a interpretação que faz proliferar o pensamento, que abre a
possibilidade de o aluno jogar, criar, atualizar os gêneros.
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também
pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,
perceber que a escola é o espaço do erro, onde ele pode e deve errar para que, a partir
dessa consciência, sob uma dinâmica de tentativas, acertos, inferências, comparações,
deduções, construa o aprendizado do fato linguístico.
Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (análise linguística)
- Conteúdo estruturante: discurso como prática social
-Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;
-Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
-Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, e de outras categorias como elementos
do texto;
-A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
-Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;
-Acentuação gráfica;
-Processo de transformação de palavras;
-Gírias;
-Algumas figuras de pensamento ( prosopopeia, ironia, metonímia...);
-Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;
-Particularidades de grafia de algumas palavras;
-Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto;
-Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
-A representação do sujeito no texto
(determinado/indeterminado,ativo/passivo;expressivo/elíptico);
-Neologismo;
-Linguagem digital;
-Semântica;
-Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
-Conotação e denotação;
-A função das conjunções na conexão de sentido no texto;
-Progressão referencial ( locuções adjetivas,pronomes,substantivos,etc.)
-A elipse na sequência do texto;
-Estrangeirismos;
-As irregularidades e regularidades da conjunção verbal;
-A função do advérbio: modificador e circunstanciador;
-Complementação do verbo e de outras palavras;
-Vícios de linguagem;
-Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
-Expressões modalizadoras ( felizmente, comovedoramente, etc.)
-A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
-Coordenação e subordinação nas orações do texto;
LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Quanto às aulas de literatura, torna-se relevante que estas não sejam meramente
a escolha de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva como pretexto
para outras questões de ensino. Espera-se formar um leitor capaz de sentir e de
expressar o que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de literatura um
envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio
de uma interação que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre leitor
e a obra e nela a representação de mundo do autor que se confronta com representação
de mundo do leitor, no ato solitário da leitura. Com isso, pode-se dizer que a obra,
também, constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê amplia seu universo, mas
também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.
Assim concebida a leitura da obra literária, propõe-se que se pense o ensino da
literatura a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção, que buscam
resgatar o leitor de sua “passividade” e do papel marginal que lhe era conferido no bojo
dos estudos literários.
A ideia central da Estética da Recepção é a de que nenhuma obra, por mais
canônica que seja, possa ficar incólume ás determinações históricas, às condições de
recepção a que é exposta no passar do tempo. Toda obra, desse modo, está sujeita ao
horizonte de expectativas de um público. Portanto, a obra é valorizada tendo em vista o
modo como é recebida pelos leitores das diferentes épocas em que é fruída. Dessa
maneira, supera-se a ideia de que uma obra esteja vinculada apenas ao seu contexto
original.
Nessa visão, é preciso que se privilegie, num primeiro momento, a leitura-fruição
do texto literário como meio de desenvolver o gosto e o hábito pela leitura e, na medida
em que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras, e seja incentivando a
capacidade crítica sobre a leitura feita a partir da socialização destas em sala de aula.
Conteúdo estruturante: discurso como prática social
Os gêneros discursivos conforme as esferas de circulação social que podem ser
trabalhados na escola:
-Cotidiana: adivinhas, bilhetes, anedotas, cantigas de roda, diário, parlendas, piadas,,
convites, causos, curriculum vitae entre outros.
-Literária/Artística: contos, biografias, fábulas, letras de música, memórias, haicai,
poemas, romances, crônicas,etc.
-Escolar: Ata, cartazes, mapas, palestras, debate regrado,, seminário, pesquisas, texto
de opinião, resumo, resenha...
-Imprensa: Agenda cultural, charge, cartum, carta ao leitor notícia, anúncio de emprego,
reportagens, tiras,etc.
-Publicitária: músicas, e-mail, cartazes, anúncio, caricaturas, placas, paródias, texto
político, comercial para tv, fotos entre outros.
-Política: assembleia, carta de reclamação, manifesto, fórum, mesa redonda, panfleto,
debate, abaixo-assinado, carta de solicitação, etc.
-Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, declaração de direitos, leis, ofícios,
procuração, regimento, discurso de defesa, contrato, entre outros.
-Produção e consumo: bulas,manual técnico, regras de jogo, placas, rótulos de
embalagens...
-Midiática: blog, entrevista, filme, torpedos, telenovelas, home page, chat, desenho
animado,e-mail, telejornal entre outros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DO ENSINO MÉDIO
O discurso como prática social.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
LEITURA
- Interpretação textual, observando:
* conteúdo temático
* interlocutores
* fonte
* intencionalidade
* ideologia
* informatividade
* situacionalidade
* marcas linguísticas.
- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.
- Inferências.
- As particularidades ( lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e
informal.
- As vozes sociais presentes no texto.
- Relações dialógicas entre textos.
- Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.
- Estática do texto literário.
- Contexto de produção da obra literária.
- Diálogo da literatura com outras áreas.
ORALIDADE
- Adequação ao gênero:
* conteúdo temático
*elementos composicionais
*marcas linguísticas.
- Variedades linguísticas.
- Intencionalidade do texto.
- Papel do locutor e do interlocutor:
*participação e cooperação
* turnos de fala.
- Particularidades de pronúncia de algumas palavras.
- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação ( entonação, repetições,
pausas...).
- Finalidade do texto oral.
- Materialidade fônica dos textos poéticos.
ESCRITA
- Adequação ao gênero:
* conteúdo temático
* elementos composicionais
* marcas linguísticas
- Argumentação.
- Coesão e coerência textual.
- Finalidade do texto.
- Paragrafação.
- Paráfrase de textos.
- Resumos.
- Diálogos textuais.
- Relação textual.
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
- Conotação e denotação.
- Figuras de pensamento e de linguagem.
- Vícios de linguagem.
- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido.
- Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que diz,
como: felizmente, comovedoramente...).
- Semântica.
- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.
- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto.
- Progressão referencial no texto.
- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos
do texto.
- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.
- Coordenação e subordinação nas operações do texto.
- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.
- Acentuação gráfica.
- Gírias, neologismos, estrangeirismos.
- Procedimentos de concordância verbal e nominal.
- Particularidades de grafia de algumas palavras.
SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO MÉDIO:
textos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada
contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de
opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor,
carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório
científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de
trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas,
mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia,
propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas,
esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo,
provérbios, e outros...
- Arte literária e outras artes.
- História e Literatura.
- Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
- Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo brasileiro
(literatura de informação ), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo,
Parnasianismo, Simbolismo, Vanguarda européia, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-
Modernismo.
- Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.
Em se tratando de conteúdos, também serão contemplados:
• Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
• Desafios Educacionais contemporâneos:
• Sexualidade.
• Prevenção ao Uso Indevido das Drogas.
• Cidadania e Educação Fiscal.
• Enfrentamento à Violência na Escola;
• Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental
• Lei 1645/08 - História e Cultura dos Povos indígenas.
• Lei 11.525/2007 -acrescenta § 5°ao art.32 da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro
de1996, para incluir o conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes
no currículo do ensino fundamental.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Seguindo os princípios da interação, a linguagem, sendo produto de uma
consciência humana não pode ser vista como estrutura desvinculada a fatores externos,
como se fosse um esquema fechado, apenas para transmitir mensagens, pois os atos
humanos só possuem sentido se houver a interferência do outro.
O ensino de Língua Portuguesa em uma visão contemporânea precisa estar
interligado, tanto na oralidade, quanto na escrita, com o processo dialógico. Portanto, a
prática precisa relacionar-se a situações reais de comunicação. Nessa perspectiva a sala
de aula torna-se um espaço de interação de encontro entre sujeitos.
Por isso, faz-se necessário repensar conceitos e valores educacionais. Esse
espaço precisa ser um lugar de reflexão, pode ser prazeroso e instigante quando as
possibilidades de relacionamento e histórias presentes neles são infinitas e imagináveis.
Para que isso aconteça nele devem estar presentes os atores professores e alunos, pois,
sem a presença deles esse local transforma-se em um simples cenário sem ação onde
não se constrói nenhum conhecimento. É preciso ver o aluno, como um ser construído e
em construção por meio dessas vivências.
Portanto, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo histórico, social, possuidor de um repertório linguístico que precisa ser
considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.
A oralidade é vista como uma “prática social interativa” . Desse modo precisam
ser desenvolvidas na sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das
habilidades de falar e ouvir, como: relatos, depoimentos, opiniões, argumentações,
análises, seminários, entrevistas entre outras.
A leitura precisa ser vista na escola, como uma prática consistente do leitor
perante a realidade. A produção de significados, que implica uma relação dinâmica entre
autor/leitor e entre aluno/professor, de forma compartilhada, configura-se como uma
prática ativa, crítica e transformadora, possibilitando assim abranger vários tipos de textos
e gêneros textuais. Pode-se utilizar os textos de imprensa como: notícias, editoriais,
artigos, reportagens, cartas de leitores, assim como textos lúdicos: trava línguas, histórias
em quadrinhos, adivinhas, parlendas e piadas. Verbetes enciclopédicos, relatórios de
experiências, artigos, textos de divulgação científica, assim como os textos de publicidade
(propagandas, classificados), dentre outros tantos. De acordo com o Método Recepcional,
o leitor é visto como sujeito ativo no processo de leitura. Este método proporciona
momentos de debates sobre a obra lida, levando o aluno a ampliar seus horizontes de
expectativas. As leituras, portanto, serão compreensivas e críticas.
A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma visão discursiva que aborda o
texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual.
O aluno precisa antes de tudo compreender os mecanismos de funcionamento de
um texto, que são diversos da oralidade. E depois de internalizar essas diferenças, pode
amadurecer na produção de textos cujo objetivo é provocar uma ação no mundo.
Para iniciar a prática da escrita que tanto o professor quanto o aluno precisam
planejar o que será produzido, logo após escrever a primeira versão da proposta que será
apresentada, para depois revisar, reestruturar e reescrever este texto. Se houver
necessidade essas atividades devem ser retomadas, analisadas e retomadas durante
todo o processo de aprendizagem. Isso é muito importante pois o aluno cria o hábito de
planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos. Ainda é importante garantir a
socialização da produção textual, seja afixando no mural da escola, ou reunir os diversos
textos em uma coletânea.
Quanto aos gêneros que podem ser trabalhados dentre outros relatos, bilhetes,
cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos), poemas, contos e crônicas (textos
literários); notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa), relatórios,
resumos de artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Desse
modo, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como
incentivará a prática da leitura.
Outro fato importante é que um texto se faz a partir de elementos como
organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros. Os conteúdos
gramaticais devem ser estudados partindo de seus aspectos funcionais na constituição da
unidade de sentido dos enunciados. É necessário planejar e desenvolver atividades que
possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, dentre as quais atividades de
revisão, de reestruturação do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre
outros textos de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.
Lembrando sempre que ao fazer a análise linguística o objeto principal de estudo é o
texto.
Em se tratando dos conteúdos: A História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
Sexualidade; Prevenção ao uso indevido das drogas; Educação fiscal; Enfrentamento à
violência na escola; Educação ambiental; Cultura indígena; Educação no campo, estes
serão trabalhados através de várias atividades, entre elas: pesquisa, leitura e
interpretação oral e escrita de textos sobre os temas , produção de textos (prosa,
poesia , narrativos, paródias, frases, cartazes,dramatização,de música, palestras, etc.)
Alguns dos recursos didáticos que podem auxiliar o professor em seu trabalho
são: aula expositiva, mapas, revistas, jornais, livro didático, painéis, debates (mesa
redonda), mini palestras, cartazes, filmes, pesquisas, livros de literatura, dicionários,
laboratório de informática, pendrive.
AVALIAÇÃO
A avaliação não deve ser tratada como uma função meramente classificatória,
mas deve permitir ao professor sobre a prática pedagógica e a verificação dos avanços e
dificuldades dos alunos.
Quanto à leitura, esta será avaliada conforme o Método Recepcional, verificando
as estratégias que os estudantes usam para o entendimento do texto lido, o sentido
construído, as relações dialógicas entre textos, localização das informações explícitas e
implícitas, o argumento principal. Perceber se o aluno ativa os conhecimentos prévios, faz
inferências corretas, reconhecendo o gênero e o suporte textual. Também serão
propostas aos alunos questões abertas, discussões, debates, que lhe permitam avaliar as
estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o
seu posicionamento diante dele.
É importante considerar as diferenças de leitura de mundo e o repertório de
experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas.
Já na escrita, é necessário ver os textos dos alunos como uma fase do processo
de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de
produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem
definidos para o professor e o aluno, estando eles (o aluno) em contextos reais de
interação comunicativa.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que o aluno mostra ao expor suas ideias a fluência da sua
fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender o seu ponto de
vista, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e
situações.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas
produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,
que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Alguns dos critérios que podem auxiliar o professor na avaliação durante a prática
pedagógica:
A verificação das retomadas, orais ou escritas, de textos ouvidos sem alteração das
idéias principais;
A postura crítica diante de textos lidos;
A leitura independente de textos já lidos anteriormente;
A compreensão das informações contidas em diversos segmentos de um texto, bem
como a relação entre os mesmos.
A capacidade de ajustar a leitura a diferentes objetivos: estudo, entretenimento,
revisão, etc.;
A dedução de informações implícitas no texto;
A produção de textos orais, com o apoio da linguagem escrita ou de recursos gráficos,
levando-se em conta a variedade linguística ou o gênero pedido;
A produção de textos coesos e coerentes com o ciclo, respeitando a organização
correta em parágrafos, a pontuação adequada, o emprego correto dos tempos verbais,
as concordâncias verbais e nominais, a sintaxe e a ortografia;
A revisão e o aprimoramento dos próprios textos, utilizando-se dos conhecimentos
discutidos nas aulas;
A correta operação dos procedimentos metodológicos apresentados em aula:
elaboração textual, classificação, comparação, levantamento de hipóteses,
argumentação, organização de registros e compreensão das relações estabelecidas
entre funções discursivas.
Utilizando-se da língua oral e escrita em práticas sociais concretas, os alunos são
avaliados continuamente, realizam operações com a linguagem e refletem sobre seu uso,
tendo assim um aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara
Vieira. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.
BARRETO, Elba Siqueira de Sá. (Org.) Os currículos do ensino fundamental para as
escolas brasileira. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados. Fundação Carlos Chagas,
2000. (Coleção formação de professores).
BRITTO, Luiz Percival L. A sombra dos caos: ensino de língua X tradição gramatical.
Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1997, pp.97-127.
FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin.
Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4.ed. Campinas, SP: Mercado das
Letras, 1996.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2oo3.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto.Trabalhando com os gêneros do discurso: uma
perspectiva enunciativa para o ensino de Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em
Lingüística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, 2001.
BARRETO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos.
Educação e Sociedade.Campinas, 2001.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS. Secretaria de Estado da Educação do
Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais-
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
-Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA. Secretaria de Estado da Educação do
Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais-
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR, 2008.
EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Secretaria de Estado da
Educação do Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais- Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba,
SEED/PR, 2008.
EDUCAÇÃO FISCAL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência
da Educação-Educação Fiscal Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
-Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da Educação.
Diretrizes de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e
Médio. Curitiba, 2008.
Obs.: EM REVISÃO/REESTRUTURAÇÃO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A matemática, assim como em outras áreas do conhecimento faz-se necessário
conhecer , discutir e refletir sobre sua origem e de como a natureza do pensamento vem
se contextualizando e contribuindo ao longo da história da humanidade.
Sobreviver sempre foi o fator primordial que serviu de estímulo na busca de
desenvolvimento de métodos e instrumentos que tinham por finalidade a obtenção de
alimentos e outros artefatos necessários para satisfazer as necessidades básicas do ser
vivo. E, na luta pela sobrevivência, o homem buscando algo que lhe fosse útil criou
instrumentos de pedra lascada que talvez, (segundo pesquisadores) seja a primeira
manifestação matemática da espécie humana, seguida de outras que mostram a
capacidade que os povos na antiguidade, tinham em fazer análise, observar, classificar,
planejar (espaço e tempo), distribuir, medir, relacionar, comparar, levantar hipóteses e
principalmente se organizar, mais fortemente presente com o desenvolvimento da
agricultura, a mais importante transição da história da humanidade. Mais tarde, com o
desenvolvimento da indústria a prática da matemática foi fortemente marcada.
A matemática, como elemento da diversidade cultural dos diferentes povos, suas
épocas e modelos econômicos, passaram por grandes transformações ao longo dos
tempos, desde quando se usava pedra, os dedos, o ábaco, a calculadoras (primeiros
computadores), até os dias de hoje, no apogeu da ciência moderna com computadores
de alta potência que realizam milhões de cálculos em alguns segundos à recente busca
pelo qualitativo através da inteligência artificial. Ora apresentada com um aspecto
sintático preocupado com a técnica, ora com o semântico, que ressalta o significado e
compreensão bem como o sócio cultural considerado hoje o aspecto mais forte ,
revelando a preocupação da relação do conhecimento com os fatos da realidade e
buscando motivação que justifique seu aprendizado.
Segundo Fonseca (1995, p. 53), contextualizar o conhecimento matemático a ser
transmitido, buscar as suas origens, acompanhar a sua evolução, explicitar a sua
finalidade ou o seu papel na realidade do aluno, sem perder de vista a sua principal
função que é contribuir para a formação integral do individuo reconhecendo-o como ser
integrante, atuante e responsável pela sua própria transformação e do meio em que vive,
além de servir como instrumento para solucionar problemas que exige da sociedade o
domínio de conhecimentos básicos, característico dos modelos econômicos existentes em
cada momento da história. Além da economia a diversidade étnica as tendências da
época como: empírico-ativista, formalista clássica , formalista moderna, tecnicista,
socioetnocultural, histórico-crítica, influenciaram o ensino da matemática bem como a
separação dos conteúdos que passaram por varias divisões, fases ou ainda os
chamados períodos como :
- Sistematização das matemáticas estáticas (aritmética, geometria, álgebra e a
trigonometria);
- Quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia).Pensamento
euclidiano;
- Matemáticas de grandezas variáveis (geometria analítica, projetiva, cálculo
diferencial e integral);
- Elementar e superior;
- Matemática contemporânea;
- Matemática (aritmética,álgebra, geometria , trigonometria );
- Eixos Temáticos;
- Conteúdos Estruturantes (números, operações e álgebra, medidas,
geometrias, funções, tratamento da informação).
A história da Ciência matemática demarca a construção histórica do objeto
matemático que é composta pelas formas espaciais e as quantidades. Embora o
objeto de estudo da educação matemática ainda esteja em construção, ele está
centrado na prática pedagógica da matemática de forma a envolver-se com as
relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático .
Pela construção histórica do objeto matemático e possível identificar e organizar
alguns campos do conhecimento matemático denominados de conteúdos
estruturantes, selecionado a partir de uma análise histórica da ciência de referência e
da disciplina escolares considerados fundamentais para a compreensão do processo
do ensino e da aprendizagem.
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados de forma articulada ao longo de
cada série, tornando o aprendizado mais significativo. Os conteúdos devem ser tratados
com diferentes enfoques e em situações variadas, visando à formação do conceito. È
necessário permitir ao aluno um ensino que analise, discuta, construa conceitos e formule
ideias,
Os tratamentos dados aos conteúdos números, operações e álgebra devem ser
abordados de modo que a aquisição da linguagem matemática passa pela atitude de
permitir ao aluno que ”reconstrua” o sentido e o significado das notações numéricas . Nas
atividades em que as noções de medidas são exploradas, há a possibilidades de uma
melhor compreensão dos conceitos relativos ao espaço e às formas. Ao trabalhar a
geometria, estamos estimulando o desenvolvimento do pensamento que permite o aluno
visualizar, compreender e representar de forma organizada o mundo em que vive. No
Tratamento da informação é necessário que o aluno compreenda e interprete as
informações, realizando a análise e tirando conclusões, pois tem como objetivo principal o
estudo relativo às noções de estatísticas, probabilidade e análise combinatória. O estudo
das funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que dá
significado às variações das grandezas envolvidas, e possibilita análise para prever
resultados.
Como vimos a relação da humanidade com os números é uma história de muitos
anos e como toda ciência a matemática continuará com sua evolução e a serviço da
humanidade.
OBJETIVOS GERAIS
- Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, construir conceitos e
procedimentos, aumentar sua auto-estima;
- Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para compreender
o mundo e, poder atuar melhor nele;
- Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas;
- Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia: quantidade,
números, formas geométricas, simetrias, grandezas e medidas, tabelas e gráficos,
previsões, etc;
- Formular e resolver situações problemas. Para isso o aluno deverá ser capaz de
elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo várias
formas de raciocínio (estimativas, analogia, indução, busca de padrão ou regularidade,
pequenas inferências lógicas, etc.) executando esses panos e essas estratégias com
procedimentos adequados;
- Integrar os vários eixos temáticos (números e operações, Geometria, grandezas e
medidas, raciocínio combinatório, estatística, probabilidade) entre si e com outras
áreas do conhecimento;
- Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando de
várias maneiras as ideias matemáticas: com números, tabelas, gráficos, diagrama,etc.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções, Tratamento da
Informação.
CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
Números e álgebra –
•sistema de numeração decimal e não decimal,
• números naturais e suas representações,
• conjuntos dos números naturais
•as seis operações e suas inversas,
•adição,subtração, multiplicação e divisão de frações,
•transformações de números fracionários em números decimais.
Grandezas e Medidas
•organização do Sistema Métrico Decimal e do Sistema Monetário,
• transformação de unidades de Medidas de Massa, Capacidade, Comprimento e
Tempo,
•Perímetro e Área .
Geometrias – elementos da geometria;
• classificação e nomenclatura das figuras planas e dos sólidos geométricos;
•planificação de sólidos geométricos,
•nomenclatura de faces e arestas.
Tratamento da informação – coleta e informação de dados;
•leitura, interpretação e representação dos dados de tabelas, lista de diagramas,
quadros e gráficos (composição da população brasileira por cor renda e
escolaridade no país e no município e análise estatística da população rural e
urbana);
•gráfico de barras e colunas;
•Porcentagem.
6ª Série
Números e álgebra –
• números inteiros;
•transformação de números , proporção; frações e decimais;
•noções de proporcionalidade;
•as noções de variável, incógnita e a possibilidade de cálculo a partir de letras por
valores numéricos ;
• equação do 1º grau.
Grandezas e Medidas -
• perímetro , área, e volume;
•capacidade e volume e suas relações;
•ângulos.
Geometrias – planificação, construção e nomenclatura dos sólidos geométricos .
Tratamento da informação – Coleta, organização e descrição de dados;
•gráfico de barras, colunas e análise de gráfico de setores (análise de pesquisas
relacionados ao negro e mercado de trabalho no país e pesquisa de dados no
município com relação a população negra urbana e rural);
•Juros simples ;
•Média aritmética,moda e mediana.
7ª Série
Números e álgebra – conjuntos numéricos (naturais, racionais, inteiros e
irracionais);
• polinômios e casos notáveis;
•produtos notáveis;
• fatoração,
• expressões numéricas e algébricas;
• sistemas de equação do 1º grau.
Grandezas e Medidas -
•poliedros regulares e suas relações métricas;
• ângulos e arcos,unidade, fracionamento e cálculo.
Geometrias – interpretação geométrica de equações; sistemas de equação e
inequação ;representação geométrica dos produtos notáveis;
•representação cartesiana e construção de gráficos ( gráficos de setores).
Tratamento da informação – coleta ,organização e descrição de dados;
• gráficos de barras,colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histograma.
(analise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira)
8ª Série
Números e álgebra – conjuntos numéricos( números reais);
•potenciação e radiciação ;
•equações, inequações e sistemas do 1º e 2º grau ;
•cálculo do números de diagonais de um polígono;
Grandezas e Medidas – congruência e semelhança de figuras planas – Teoremas
de Talles;
•Triângulo retângulo - relações métricas e Teorema de Pitágoras;
• perímetro , área e volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
•trigonometria no triângulo retângulo.
Geometrias- construção de polígonos inscritos numa circunferência;
• Teorema de Tales e suas aplicações.
Tratamento da informação -
• coleta , organização e descrição de dados; gráficos de barras, colunas, linhas
poligonais, setores e curvas e histogramas( realização com os alunos de
pesquisas de dados sobre a população negra rural e urbana).
•noções de probabilidade;
•Juros compostos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: números e álgebras, grandezas e medidas, funções,
geometrias e tratamento da informação.
CONTEÚDOS
1ª Série
Números e álgebra – conjunto dos números reais;
Grandezas e medidas – Perímetro, área e volume;
Funções – função afim, quadrática, exponencial, logarítmica e funções
trigonométricas;
Geometrias – geometria plana;
Tratamento da informação – matemática financeira.
2ª Série
Números e álgebras - Sistemas lineares
Grandezas e medidas – Medidas de áreas e volumes;
Funções – Progressão aritmética e progressão geométrica;
Geometrias – Geometria Espacial;
Tratamento da informação _ Análise combinatória e Binômio de Newton e Estatística.
3ª Série
Números e álgebra – matrizes, determinantes, polinômios, números complexos.
Grandezas e medidas - Trigonometria
Funções– função modular e polinomial.
Geometrias –geometria analítica.
Tratamento da informação – Probabilidade
AVALIAÇÃO
É um instrumento sinalizador do progresso do aluno em todos os seus domínios.
Nesse sentido ela não pode ser encarada como resultado do aprendizado, mas sim como
processo de sua construção, incidindo tanto sobre o aluno, como sobre sua proposta de
ensino. A avaliação orienta o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática
educativa e, desse modo orienta sua intervenção pedagógica. Deve ser coerente com o
conteúdo aplicado, com os objetivos e com a metodologia utilizada em sala de aula. A
partir daí a sua aplicação exige o estabelecimento de prioridades. Longe de ser apenas
um momento final do processo de ensino, a avaliação se inicia quando os estudantes
apresentam seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante a vida
escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o
resultado tanto de um acompanhamento contínuo e sistematizado como das
demonstrações de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
É fundamental que se utilize diversos instrumentos e situações para poder avaliar
diferentes aprendizagens. Quanto a forma pode ser individual, coletiva, oral ou escrita.
Os instrumentos comportam: observação sistemática durante as aulas, perguntas e
respostas dadas, registros, confronto de idéias, pesquisas, análise e criticas de filmes,
desenhos geométricos, resolução de situações problemas, cálculo mental, participação,
relatórios, provas dissertativas e de múltipla escolha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADILSON dilson Logem – Coleção Nova Didática Matemática para o Ensino Médio
Ed. Positivo;
BENIGNO Barreto Filho; Cláudio Xavier da Silva – Matemática Volume Único Ed. FTD.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇAO. Diretrizes Curriculares de matemática
para o Ensino Fundamental e Médio – 2008.
LDB. (Lei de Diretrizes e Bases) _ 9394/96.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.
PROPOSTA PEDAGÓGICADA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –
INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO
No início da colonização os jesuítas ensinavam o latim como exemplo de língua
culta. Em 1759, foi implantado pelo Marquês de Pombal o sistema de ensino régio, que
ensinava o latim e o grego.
O ensino de línguas modernas ganhou real importância em 1853 com a fundação
da primeira escola pública de nível médio –o Colégio Pedro II. O modelo de ensino de
línguas instituído pelo Colégio Pedro I, se manteve até 1929.
Na Europa no período de 1930, ocorre a publicação de “Vour de Lingüístic
generele” ( Ferdinand Saussure, 1916 ), que inaugura os estudos de langue e parole.
Esses estudos deram os elementos para definir o objeto específico para a Linguística, a
língua, e para fundamentar o Estruturalismo.
No primeiro governo de Getúlio Vargas, intelectuais iniciaram estudos da Reforma
Francisco Campos, na qual pela primeira vez, o método de ensino de Língua Estrangeira
foi oficialmente estabelecido –método Direto -, no qual a língua materna perde o seu
papel de mediadora e se dava preferência ao professor nativo ou fluente da língua alvo.
Em 1942, com a Reforma Capanema, o curso secundário passou a ser dividido em
dois níveis: ginasial com quatro anos e colegial com três. Quem decidia a metodologia e o
programa de cada série era o Ministério da Educação.
Nos anos 50 e 60 surgem mudanças significativas quanto às abordagens e os
métodos de ensino. Os linguistas estruturalistas da época apoiavam-se na psicologia da
escola Behaviourista de Pavlov e Skinner para trabalhar a língua, a partir da forma para
chegar ao significado. A língua passa a ser vista como um conjunto de hábitos a serem
automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizados.
Em 1950 surge a Gramática Gerativa Tradicional de Chomsky que reestrutura a
visão de língua e de sua aquisição e que trouxe grandes influências .
O resgate da língua estrangeira se dá em 1976, quando passa ser obrigatório o seu
ensino no 2º Grau. Em 1986 foi criado o CELEM pela SEED que funciona até hoje como
contraturno sem custos aos alunos da rede pública do Paraná.
Em 1996, foi determinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
nº9394, obrigatório o ensino de LEM no Ensino Fundamental a partir da 5ª. Série, sendo
que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar, dentro das possibilidades da
instituição, apresenta-se como um espaço para ampliar o contato com outras forma de
conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade,
oferecendo aos sujeitos maneiras diferentes de produzir sentidos e de se perceber no
mundo.
Nesta perspectiva, com relação a valorização do ensino de LE, a SEED tem
promovido ações em favor das escolas do estado, pois abriu concurso público para
compor o quadro próprio do magistério com professores de espanhol, ampliou o número
de escolas que ofertam cursos nos CELEMs, estabeleceu parcerias para formação e
aprimoramento pedagógico dos professores, e está em processo a elaboração de material
didático de LEM para o ensino fundamental e médio, visto que este, já está disponível aos
professores e alunos, quanto ao outro fica a perspectiva de recebimento ainda este ano.
Segundo as DCE p.55, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender
percepções de mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades; ensina-
se a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar procedimentos
interpretativos e a construir sentidos do e no mundo.
Ao trabalhar com Língua Estrangeira em sala de aula deve-se abordar questões
relacionadas à cidadania, não apenas tematizando e promovendo debates sobre suas
implicações na sociedade, mas também e principalmente apresentando aos alunos
momentos em que possam de fato vivenciar o exercício da responsabilidade.
A educação em Língua Estrangeira no Ensino Fundamental deve instrumentalizar o
aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de comunicação, assim, o
objeto de estudo da disciplina é a Língua, concebida como discurso, para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural.
O sujeito que aprende uma LE aprende que sua identidade nacional não é a única
possível, nem a melhor, mas sim uma dentre várias construções produzidas por diferentes
comunidades.
A aprendizagem de LE serve como meio para progressão no trabalho e estudos
posteriores, mas não é só isso, deve ser vista como constituidora das identidades dos
educandos como agentes críticos e transformadores, o que implica em uma superação da
visão apenas como meio para se atingir fins comunicativos.
Aprender a língua inglesa não é um fim, mas um caminho que poderemos seguir
para refletir e crescer nas discussões sobre assuntos variados que envolvem nosso país e
outros. Pela manifestação da língua, oral ou por escrito, permite-nos interagir com textos
de vários gêneros, escritos ou pronunciados que formam o discurso, sempre com um
objetivo que vai além da superficialidade das palavras ou frases desconectadas. A língua
conduz toda a complexidade das ações humanas, enunciadas discursivamente. As ações
envolvem negociação de significados dentro de nossas próprias limitações em utilizá-la e
do nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Os enunciados sempre são carregados
de ideologias, nunca sendo neutros. Então, de acordo com as DCE, ensinar e aprender
línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo; e maneiras de construir
sentidos é interar o aluno com a sua realidade e também com a de outros, visando
desenvolver o senso crítico para ampliar a sua visão e participação do/no mundo, por
exemplo, a convivência diária com a LE em escritos de camisetas, propagandas, em
jogos eletrônicos, na música; ou seja, na mídia em geral, neste mundo globalizado, para
então oportunizar sua ascensão profissional e social.
Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno:
- seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
Embora saibamos que o aluno traz sua própria cultura e raízes, é necessário
confrontá-lo com situações para vivenciar criticamente a diversidade cultural, sem perder
sua própria identidade. Porém, naturalmente esta identidade será transformada
positivamente pelo próprio contato com a LE. Então partindo do pressuposto de que o
objetivo da Educação Básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir
criticamente com o mundo à sua volta, o ensino de LEM ofertado neste estabelecimento
deve contribuir para esse fim. Assim a linguagem precisa ser entendida como uma
produção construída nas interações sociais, como a orientada e desenvolvida pelas
contribuições dos teóricos russos do Círculo de Bakhtin onde toda enunciação se constitui
num diálogo que faz parte de um processo dinâmico e ininterrupto. “É, portanto, por meio
da interação com o outro que o sujeito se constitui socialmente”. (BAKHTIN,1998).
O ensino de LEM não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código
linguístico , é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Por isso é
preciso trabalhar a língua enquanto discurso e não como estrutura ou código a ser
dicifrado, constrói significados e não apenas os transmite como afirma Bakhtin.
“(...) o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma
linguística utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua
significação numa enunciação particular”. (BAKHTIN, 1992).
A pedagogia crítica retrata a necessidade de prover os alunos com os meios
necessários para que não apenas assimilem o saber como resultado, mas aprendam o
processo de sua produção, explicitando as relações de poder que as determinam.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ BÁSICO
Em relação ao conteúdo estruturante da LE entende-se que será aquele que
mostrará o Discurso enquanto prática social, envolvendo a leitura, oralidade e escrita. É
preciso que os níveis de organização linguística (fonética, fonologia, léxico, semântica e
sintaxe) sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal
e não-verbal.
Sendo os elementos integradores –conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos,
culturais e linguísticos –estarão sempre presentes em qualquer situação de interação do
aluno com a língua estrangeira.
As práticas –escrita, leitura e oralidade –realizam a abordagem do discurso em sua
totalidade enquanto interagem entre si e constituem uma prática sócio-cultural.
Assim, nas discussões que a língua nos permite, ampliaremos nosso
conhecimento, compartilharemos nossas experiências, além de valorizar nossa cultura e
respeitaremos a cultura do outro.
O conteúdo estruturante não deve ser entendido como isolado em si mesmo e
estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino da LEM, o Discurso, entendido como
prática social sob os seus vários gêneros.
Visto que o aluno de língua estrangeira já possui experiência no trabalho com a
linguagem é necessário que o professor leve em conta esse conhecimento de que o aluno
já dispõe e o subsídio com o conhecimento que lhes faltem.
Dessa forma, se estabelecem como elementos indispensáveis e integradores os:
conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais; os discursivos aos diferentes gêneros discursivos, os culturais,a tudo
aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade; e os sócio-pragmáticos,
aos valores ideológicos, sociais e verbais.
Também faz-se necessário as práticas de leitura, escrita e oralidade para que
interajam entre si e constituam uma prática sócio-cultural.
È possível inserir a cultura africana e afro-descendente quando o idioma a ser
aprendido é o inglês ou o espanhol. Um exemplo seria levar para as turmas letras de
músicas afro-descendentes jamaicano ( Ensino Médio) de outros cantores negros e textos
em inglês sobre a vida de lideranças como os americanos Malcom X e Martin Luther King.
Então a introdução da cultura negra no ensino de língua estrangeira deixa o aprendizado
mais amplo.
Considera-se preciso então, levar em conta as especificidades da LE ofertada, as
condições de trabalho, o PPP, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o
perfil dos alunos.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino da Língua Estrangeira Moderna o
discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura,
de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Esta prática
envolverá conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais, sócio-pragmáticos, práticas
de leitura, escrita e oralidade, que poderão ser a partir de diferentes gêneros discursivos,
sob a proposta de construção de significados discursivos, construídos mediante da
interação aluno/texto/realidade.
A seleção dos textos, deve contemplar os elementos linguísticos-discursivos, com
fins educativos de acordo com a faixa etária e interesse do alunado, valorizando sua
participação na escolha dos mesmos, evitando textos estereotipados.
Por intermédio dos textos, o discurso fará parte da prática social e as formas
linguísticas serão tratadas de modo contextualizado. Assim, o discurso se realiza nos e
pelos textos (ADAM, apud ROJO 1990, p.188-189). Nessa visão, o discurso envolve o
texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de produção, ou seja,
o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.
Trata-se do conjunto de representações de mundo mobilizadas no processo de
produção:
-o contexto físico: o lugar, o momento de produção, o locutor, o destinatário;
-o contexto sócio-subjetivo: o lugar social, a posição social do emissor, a posição social
do destinatário, o objetivo e o conteúdo temático;
-a superfície discursiva: o texto propriamente dito, as sequências linguísticas, os tipos de
textos.
Tais elementos se referem ao interdiscurso e ao intradiscurso, nos quais os
sentidos da enunciação se cruzam com outros dizeres que residem na memória dos
sujeitos e que, portanto, constroem sentidos.
As noções de interdiscurso e intradiscurso, são elementos facilitadores da
organização curricular, uma vez que é no interdiscurso que o sujeito enunciador identifica
os enunciados que incorpora no intradiscurso. Por isso, a organização de conteúdos
específicos baseadas apenas em itens gramaticais não é recomendável, já que contraria
a visão de língua em contexto. Isso não significa excluir a gramática da sala de aula. Ela
estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas
linguísticas serão tratadas de modo contextualizado.
Propostas de conteúdos básicos para o Ensino Médio:
- Leitura, Escrita e Oralidade;
-Gêneros textuais;
-Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais
representados, intencionalidade, valor estético e condições de produção;
-Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual,
encadeamento das ideias e coerência do texto;
-Variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade;
-Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades de língua
estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;
-Conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais.
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento quando necessário, de
procedimentos para construção de significados usados na língua estrangeira, as reflexões
linguísticas devem ser decorrentes das necessidades especificas dos alunos
Ressalta-se a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna
–Inglês e Espanhol -, que não esgota todas as necessidades nem abrange todos os
conteúdos de língua estrangeira, mas constitui suporte valoroso e ponto de partida para
um trabalho bem-sucedido em sala de aula.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNERO COTIDIANO E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS E EDUCAÇÃO
DO CAMPO.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;
* Intertextualidade;
* Intencionalidade;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Acentuação gráfica;
* Ortografia.
* Tema do texto;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade do texto;
* Intertextualidade;
* Condições de produção;
* Informatividade (informa-
ções necessárias para a co-
erência do texto);
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.
* Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos, etc...;
* Adequação do discurso ao
gênero;
* Turnos de fala;
* Variações linguísticas;
* Marcas linguísticas: coe-
são,coerência, gíria, repeti-
ção.
* Pronúncia.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNERO MIDIÁTICO E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS E EDUCAÇÃO
NO CAMPO
LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;
* Intertextualidade;
* Intencionalidade;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Acentuação gráfica;
* Ortografia.
* Tema do texto;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade do texto;
* Intertextualidade;
* Condições de produção;
* Informatividade (informa-
ções necessárias para a co-
erência do texto);
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.
* Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos, etc...;
* Adequação do discurso ao
gênero;
* Turnos de fala;
* Variações linguísticas;
* Marcas linguísticas: coe-
são,coerência, gíria, repeti-
ção.
* Pronúncia.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS CIENTÍFICO E DE IMPRENSA E RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS E
AFRODESCENDÊNCIA.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;
* Intertextualidade;
* Intencionalidade;
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Acentuação gráfica;
* Ortografia.
* Tema do texto;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade do texto;
* Intertextualidade;
* Condições de produção;
* Informatividade (informa-
ções necessárias para a co-
erência do texto);
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.
* Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos, etc...;
* Adequação do discurso ao
gênero;
* Turnos de fala;
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Variações linguísticas;
* Marcas linguísticas: coe-
são,coerência, gíria, repeti-
ção.
* Pronúncia;
* Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o es-
crito;
* Adequação da fala ao con-
texto.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS E DIVERSIDADE SEXUAL E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;
* Intertextualidade;
* Intencionalidade;
* vozes sociais presentes no
texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Discursos direto e indireto;
* Emprego do sentido deno-
tativo e conotativo no texto;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Acentuação gráfica;
* Ortografia.
* Tema do texto;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade do texto;
* Intertextualidade;
* Condições de produção;
* Informatividade (informa-
ções necessárias para a co-
erência do texto);
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Discurso direto e indireto;
* Emprego do sentido deno-
tativo e conotativo no texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
* Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos, etc...;
* Adequação do discurso ao
gênero;
* Turnos de fala;
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Variações linguísticas;
* Marcas linguísticas: coe-
são,coerência, gíria, repeti-
ção.
* Pronúncia;
* Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o es-
crito;
* Adequação da fala ao con-
texto.
* Pronúncia.
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
* Identificação do tema;
* Intertextualidade;
* Intencionalidade;
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Marcadores do discurso;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Discursos direto e indireto;
* Emprego do sentido deno-
tativo e conotativo no texto;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
grito);
* Variedade linguística;
* Acentuação gráfica;
* Ortografia.
* Tema do texto;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade do texto;
* Intertextualidade;
* Condições de produção;
* Informatividade (informa-
ções necessárias para a co-
erência do texto);
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Discurso direto e indireto;
* Emprego do sentido deno-
tativo e conotativo no texto;
* Léxico;
* Coesão e coerência;
* Funções das classes gra-
maticais no texto;
* Elementos semânticos;
* Recursos estilísticos (figu-
ras de linguagem);
* Marcas linguísticas: parti-
cularidades da língua, pon-
tuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, ne-
* Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos, etc...;
* Adequação do discurso ao
gênero;
* Turnos de fala;
* Vozes sociais presentes no
texto;
* Variações linguísticas;
* Marcas linguísticas: coe-
são,coerência, gíria, repeti-
ção.
* Pronúncia;
* Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o es-
crito;
* Adequação da fala ao con-
texto.
* Pronúncia.
grito);
* Variedade linguística;
* Ortografia;
* Acentuação gráfica.ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROSCOTIDIANA Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Música
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vi-
vidas
Trava-LínguasLITARÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas Contempo-
râneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científi-
ca
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Textos Dramáticos
CIENTÍFICA Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
Pesquisas
ESCOLAR Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão Argu-
mentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Ci-
entíficas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de EnciclopédiasIMPRENSA Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Cata ao Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
TirasPUBLICITÁRIA Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Música
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
POLÍTICA Abaixo assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate Regrado
Discurso Político “de Palan-
que”
Fórum
Manifesto
Debate Mesa Redonda
PanfletoJURÍDICA Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
RequerimentosPRODUÇÃO E CONSUMO Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências Ci-
entíficas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de EnciclopédiasMIDIÁTICA Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
METODOLOGIA
Partindo do conteúdo estruturante não deverão ser abordadas apenas questões
linguísticas, mas também as sócio-pragmáticas e culturais, através das práticas do uso da
língua –leitura, escrita e oralidade.
O texto que deverá trazer uma problematização em relação a um tema, será o
ponto de partida da aula de língua estrangeira. É fundamental auxiliar os alunos a
entender que ao interagir com uma língua, estão interagindo com outras culturas, levando
em conta que para entender qualquer enunciado precisamos ter em mente, quem disse o
quê, para quem, onde, quando e porque.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe uma
diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra,
mas sim diferente, pois nenhuma língua é neutra. Então é preciso lembrar que a escolha
dos conhecimentos linguísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo do
grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal. São erros
resultantes das atividades dos alunos que permitirão ao professor selecionar seus
conteúdos e orientar sua prática em sala de aula.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da
Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares
frente à experiência social. É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes
gêneros textuais, mas sem categorizá-los, pois são eles que organizam nossa fala da
mesma maneira que dispõe às formas gramaticais.
Tanto a leitura, quanto a oralidade e a escrita, são atividades sócio-interacionais,
ou seja, significativas.
Então, propõe-se para a leitura em Língua Estrangeira o uso de diferentes gêneros
textuais, para que o aluno entenda que por trás de cada texto há um sujeito; que as
formas linguísticas não são sempre idênticas e não assumem sempre o mesmo
significado, porém são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a
prática social de uso da língua ocorre. Não esquecer que a leitura se refere também aos
textos não-verbais. Assim, o maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo
que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver as realidades. Já as estratégias da
oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a
expressarem suas ideias em língua estrangeira dentro de suas limitações. E, finalmente
para a escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos necessários
para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentos
discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em conta
que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo
da aprendizagem. Na busca desta interação deve-se buscar uma metodologia que
trabalhe leitura, escrita, compreensão oral e compreensão auditiva.
Leva-se em conta também que a língua não é algo fechado ou abstrato. Portanto, a
elaboração de materiais pedagógicos a serem utilizados permitirá flexibilidade para
incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para contemplar a
diversidade regional.
Auxiliar a prática pedagógica através de vídeos e músicas, DVDs, cartazes,
flashcards, pictures,giz, quadro negro, dicionários, Internet, CD ROMs, de acordo com a
disponibilidade da escola.
Serão abordadas questões sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como
as práticas de uso da língua-leitura, escrita e oralidade.
O texto será o ponto de partida da aula de língua estrangeira. Além de exercícios
orais e escritos, dramatizações, músicas, atividades e jogos diversos utilizar-se-ão
recursos áudio-visuais, fornecendo, portanto, todo o material necessário para o
desenvolvimento do trabalho em sala de aula, e o mais importante, dar subsídio aos
alunos para que reproduzam e até mesmo criem esses materiais didáticos.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira é que ele
será, necessariamente articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando
relacionar os vários conhecimentos.
Serão utilizadas:
-Discussão oral sobre o texto a ser trabalhado;
-Apresentação de texto;
-Abordagem do vocabulário;
-Compreensão de textos;
-Oralidade;
-Exercícios orais e escritos;
-Produção textual;
-Elaboração de materiais.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser o instrumento que orientará as intervenções pedagógicas
para além do conteúdo trabalhado, de modo que os objetivos específicos apresentados
nessa proposta sejam alcançados.
A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira se configura como processual
e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos,
a partir de suas produções.
observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de
aula se faça pela interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os
alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas
conversas em língua materna e língua estrangeira; e no próprio uso da língua, que
funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias
( VYGOTSKY,1989).
Tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Médio, a avaliação será vista
como um resultado de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação, o erro deve
ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no
processo, que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para
diferentes pessoas.
È importante considerar também avaliações de outras naturezas: diagnóstica e
formativa, desde que se articulem com os objetivos específicos e conteúdos definidos, a
partir das concepções e metodologias presentes nessa proposta, de modo que sejam
respeitadas as diferenças individuais e escolares, visto que de acordo com o PPP do
Colégio, o alunado e bem heterogêneo. Então o professor deve ter o cuidado e também o
conhecimento sobre esses fatos para não correr o risco de “pecar” em sua
didática/avaliação. Visto que o processo avaliativo não se limita apenas a sala de aula. A
programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estarão envolvidos no
processo de avaliação e esta deverá ser articulada com os objetivos e conteúdos
definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos propostos neste
documento.
A avaliação será contínua, diagnóstica, processual e cumulativa, fazendo parte in-
tegral do processo de aprendizagem e contribuindo para a construção de saberes, onde
os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Ela também servirá para que o professor repense a sua metodologia promovendo a
construção do conhecimento, planejando as suas aulas de acordo com as bagagens pro-
dução do aluno. Assim, respeitando suas diferenças e individualidades, entendendo o
“erro” como parte integrante da aprendizagem.
Para auxiliar a avaliação, faz-se necessário o uso de vídeos e músicas, DVDs, car-
tazes, flashcards, pictures, giz, quadro negro, dicionários, internet, CD-ROOMs, rádio, te-
levisão, Xerox, avaliações escritas, orais, trabalhos, pesquisas, dramatizações, apresenta-
ções, murais, sobre os conteúdos trabalhados, através dos quais, o alunado demostrará,
de forma diferenciada, o conhecimento adquirido. Para que ela se realize a contento, o
professor fará uso de diversos mecanismos e ofertará ao aluno material bastante variado,
tais como livros, jornais, revistas, folders e recursos audiovisuais.
A avaliação deverá oferecer também:
- avaliação escrita (writing)
- avaliação oral (speaking)
- avaliação de textos escritos (reading)
- compreensão oral (listening)
Aos alunos que não atingirem a média mínima estipulada será feita uma recupera-
ção concomitante visando recuperar conteúdos que contemplem as práticas de leitura, es-
crita e oralidade da língua.
Conforme a nossa clientela, adaptamos os nossos conteúdos, metodologia e ava-
liação, dentro da realidade de cada turma, de cada escola e de cada aluno, como ser úni-
co, respeitando suas diferenças e individualidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna -Inglês.
Governo do Estado do Paraná –Secretaria do Estado da Educação do Paraná, 2008.
Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.
Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.
Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.
Projeto Político Pedagógico _ Colégio Estadual São Mateus_ Ensino Fundamental,
Médio, Profissional e Normal.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
Tomando como princípio que a escola deva contribuir para que o sujeito, ao passar
por ela, entenda seu papel enquanto cidadão integrante da realidade social do mundo
contemporâneo e suas transformações tecnológicas, é fundamental para que esse
alcance e que se promova, na escola, o desenvolvimento da autonomia intelectual do
aluno. Essa autonomia é entendida como a capacidade do estudante de guiar-se, tomar
decisões, desenvolver a autoconfiança, a reflexão, a valorização do próprio pensamento e
posicionamento frente ao pensamento e do professor, além da tomada de consciência
dos próprios erros. Os conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos são responsáveis
por tal estruturação ou constituição do sujeito.
Outro fator que se deve considerar é que assim como não se deve mistificar a
ciência, também não se pode banalizá-la. Ela requer uma outra racionalidade que
necessita ultrapassar as aparências, diferente da elaboração de conhecimentos do senso
comum que se prendem à realidade que se apresenta aos sentidos. Segundo Lopes
(1999), o domínio do conhecimento científico é necessário para nos defendermos da
retórica científica, frequentemente veiculada na propaganda que age em nosso cotidiano,
e para compreendermos os limites e possibilidades do alcance da Biologia.
É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados
e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no
seu meio. Um sistema vivo é sempre produto da interação entre seus elementos
constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu
meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no
tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do
ambiente.
Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida e sua diversidade de
manifestações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório
do conhecimento garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar
e uma mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico
e social.
O recente avanço tecnológico e a expansão das pesquisas científicas,
especialmente na área biológica, que se apresentam na mídia diariamente, como são os
casos dos transgênicos, do genoma, das células-tronco, despertam o interesse dos
alunos pela compreensão dos fatos que vêm se revelando à sociedade e são propulsores
de discussões no ambiente escolar.
Estabelecer os conteúdos estruturantes para o ensino de Biologia requer uma
análise do momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e
abrangência dos conhecimentos que se pretendem ser desenvolvidos, nessa modalidade
de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis
no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos.
No momento, desenvolvem-se os conteúdos de Biologia conforme os conteúdos
estruturantes que são:
• organização dos seres vivos;
• mecanismos biológicos;
• biodiversidade;
• manipulação genética.
Assim, em cada área é possível trabalharmos diversos conteúdos, o que aumenta
o campo de informação para o aluno, mas ao mesmo pode oferecer uma diferença
significativa de conhecimento em virtude de recursos e estruturas para pesquisa e
aprofundamento por parte dos alunos e professores.
Também se ressalta que os métodos e os conteúdos não são planejamentos
prontos e acabados, pois o pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo
mutável e revela uma concepção de ciência que não pode ser considerada verdadeira e
absoluta.
A partir do momento em que as questões da cultura, das heranças, da tradição de
todas as culturas forem contempladas para cada sala de aula, enquanto ciência, enquanto
conhecimento científico, a estima de nossa população se elevará. Com isso haverá um
interesse pelo estudo de sua própria história. Atualmente a Lei de Diretrizes e Bases
(LDB) está alterada afim de que seja estudada a história e a cultura afro-brasileira e
educação do campo de forma que possa valorizar as singularidades regionais e localizar
as características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas, quanto
em termos da valorização da cultura construída nos diferentes lugares do país.
A inclusão vem como uma temática e não como uma disciplina, que deve ser
trabalhada envolvendo a interdisciplinaridade, no caso da Biologia, o professor deve
envolver a temática em várias áreas da disciplina como, por exemplo, a função da
melanina no organismo e a dominância dos genes de pessoas afro-brasileiras em
genética.
Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos,
reflexivos e atuantes por meio de conteúdos, desde que ao mesmo proporcione o
entendimento do objetivo de estudo – o fenômeno VIDA.
A Biologia tem por objetivo a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando
a bioética e o desenvolvimento sustentável, também sensibilizar o educando das
consequências de agressões ambientais, bem como o impacto negativo do
desenvolvimento das tecnologias em um mundo capitalista. A Biologia desempenha papel
importante na compreensão do mundo, suas transformações e avanços tecnológicos do
homem como indivíduo participativo e inteligente do universo. Partindo do princípio da
Biologia, devemos desenvolver em nossos alunos o processo de construção do
conhecimento científico, intelectual e crítico, a compreensão das inter-relações entre
homem, natureza e cultura. A partir daí, desenvolver uma mentalidade de respeito à vida
e, consequentemente, para uma integração cada vez mais capacitada para usufruir do
ambiente sem destruí-lo ou degradá-lo e, ainda consolidar e aprofundar o aprendizado
iniciado no Ensino Fundamental.
1º ANO – ENSINO MÉDIO
• ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :
Conteúdos Básicos: teoria celular;
sistemas biológicos;
transmissão das características hereditárias.
• organização celular;
• citologia;
• considerações gerais sobre a célula;
• composição química celular;
• membrana celular;
• citoplasma e suas organelas;
• núcleo celular;
• divisão celular;
• gametogênese;
• histologia.
• BIODIVERSIDADE :
Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas.
ciclos biogeoquímicos.
MECANISMOS BIOLÓGICOS :
- Conteúdos Básicos: teorias evolutivas;
organismos geneticamente modificados.
• origem e evolução da vida;
• teorias do surgimento da vida;
• teorias evolucionistas;
• mutação.
manipulação genética :
Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;
organismos geneticamente modificados;
teoria celular.
a) método científico e suas etapas;
b) ciência e saúde:
- substâncias químicas e sua atuação na célula;
- qualidade de vida;
c) pesquisa científicas e biológicas:
- histórico das pesquisas;
d) bioética.
2º ANO – ENSINO MÉDIO
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :
Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;
sistemas biológicos;
dinâmica dos ecossistemas.
b) os seres vivos e o ambiente;
c) características gerais dos grupos de seres vivos;
d) fisiologia comparada.
II) BIODIVERSIDADE :
Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;
• biomas terrestres;
• biomas aquáticos.
III) MECANISMOS BIOLÓGICOS :
Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;
teorias evolutivas.
- origem das espécies.
manipulação genética :
Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;
sistemas biológicos;
teoria celular;
transmissão das características hereditárias;
organismos geneticamente modificados.
b) ciência e saúde:
- importância biológica e nocividade aos seres vivos;
b) pesquisas científicas:
- botânica;
- zoologia;
c) biotecnologia:
- organismos geneticamente modificados.
3º ANO – ENSINO MÉDIO
I) ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :
Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;
h) inter-relações dos seres vivos.
II) BIODIVERSIDADE :
Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;
teorias evolutivas.
• cadeias e teias alimentares;
• desequilíbrio ambiental.
III) MECANISMOS BIOLÓGICOS :
Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;
mecanismos de desenvolvimento embriológico;
teoria celular;
transmissão das características hereditárias;
organismos geneticamente modificados.
b) reprodução humana;
c) embriológica;
d) genética:
- Leis de Mendel;
- polialismo;
- grupos sanguíneos;
- Herança ligada ao sexo;
- alterações cromossomiais.
I
V) manipulação genética :
- Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;
transmissão das características hereditárias;
organismos geneticamente modificados.
a) ciência e saúde:
- DST’s;
- teratogenias;
b) pesquisas científicas:
- avanços da pesquisa científica na área biológica;
c) biotecnologia:
− evolução biotecnológica.
METODOLOGIA
Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida e sua complexidade
de relações significa pensar em uma ciência em transformação. Sendo assim, busca
instrumentalizar o educando para compreender as interações existentes entre os
conteúdos trabalhados e seu cotidiano para contribuir para a formação de sujeitos
investigativos que buscam conhecer e compreender a realidade. Para isso, são
necessárias estratégias metodológicas como:
• aulas expositivas;
• aulas de laboratório experimentais e demonstrativas;
• vídeos;
• mapas anatômicos;
• transparências;
• textos atuais (jornais, revistas e etc.);
• cartazes;
• murais;
• microscópios;
• música;
• jogos didáticos.
AVALIAÇÃO
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, é necessário um
acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor para que se verifique realmente
se as metas de formação de cada etapa foram alcançadas. Dessa forma, é fundamental
que se utilizem diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes
aprendizagens. Para isso serão utilizados diversos tipos de avaliações como:
• trabalhos escritos e expositivos;
• provas escritas;
• coleta de dados;
• participação;
• pontualidade;
• disciplina;
• debates;
• registro de filmes e experimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Biologia: Ensino Médio. Livro Didático Público. Secretaria de Estado da Educação, 2006.
CARVALHO, W. Biologia em Foco. Volume único. São Paulo: FDT, 2002.
FAVARETTO, J. A. Biologia. Volume único. 1. ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LAURENCE, J. Biologia. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005.
LOPES, S. Biologia Essencial. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
_____. Biologia. Completo e Atualizado. Volume único. São Paulo, Saraiva: 1994
Orientações Curriculares de Biologia. Secretaria de Educação de Ensino do Paraná,
2006.
PAULINO, W. R. Biologia. Volume único. São Paulo: Ática, 2002.
SANTOS, M. A. Biologia Educacional. 17. ed. São Paulo: Ática, 2002.
LEI 10639/03 – história e cultura afro brasileira- e africana.
LEI 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas.
LEI 9795/99 - política nacional e educação ambiental.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE FILOSOFIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
A Filosofia nasceu a cerca de 2600 anos atrás, na Grécia com Sócrates.
Inicialmente a Filosofia preocupava-se com a prática da retórica, com a ética, a moral e a
política que permeiam as relações humanas. Com a evolução da Filosofia outros
elementos passaram a fazer parte das atenções desta ciência como por exemplo a
estética e o conhecimento.
No Brasil a Filosofia, enquanto disciplina, esteve presente desde a chegada dos
jesuítas, no período colonial e era entendida como instrumento de formação moral e
intelectual mas sempre com orientação religiosa por parte da Igreja Católica. Sua
caminhada histórica no país é marcada por altos e baixos. Em determinados momentos
foi disciplina obrigatória em outros foi excluída dos currículos das escolas públicas do
Brasil.
Atualmente a disciplina passou a fazer parte do currículo básico das escolas
públicas do Paraná a fim de possibilitar aos alunos do Ensino Médio perceber e
compreender os valores éticos, políticos, e epistemológicos presentes no cenário mundial
e brasileiro.
Partindo dos conteúdos estruturantes: mito e filosofia, teoria do conhecimento,
ética, filosofia política, filosofia da ciência, estética os alunos têm a oportunidade de
compreender os conteúdos filosóficos e desenvolver estilo próprio de pensamento a fim
de pensar e argumentar criticamente, recriando para si os conceitos filosóficos.
A Diretriz Curricular de Filosofia para o Ensino Médio SEE/PR, foi construída tendo
como referencial a história da Filosofia seu ensino e a partir desse resgate estabelece
referencial teórico-metodológico no qual são indicados os encaminhamentos estruturantes
e seus conteúdos específicos.
Os estudos da filosofia mostra ao aluno que, o agir fundamentado propicia
consequências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou justificativas. Com a
filosofia Política, buscar-se-á discutir as relações de poder e compreender os mecanismos
que estruturam e legitimam diversos sistemas políticos, problematizando conceitos como
democracia, justiça, igualdade e liberdade, entre outros.
Coma filosofia da Ciência possibilitar-se-á ao aluno o contato com o modo
cientistas trabalham e pensam, percebendo que o conhecimento não é apenas o
resultado da atividade intelectual, mas também, imaginação, da intuição e da fruição que
contribuem para a constituição de sujeitos críticos e criativos.
Aprimorar- se de conhecimentos e modos específicos de filosofia, articulando as teorias
filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos tecnológicos, éticos - políticos,
sócio – culturais e vivenciais são elementos a serem trabalhados com os educandos.
Viabilizar a formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer
aos estudantes e possibilidades de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especialização.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
- Mito e Filosofia
- Mito e filosofia
- Os Mitos do Mundo Moderno,e a Mitologia Brasileira.
- O deserto do Real
- lronia e Maiêutica
-Teoria do Conhecimento
- O problema do conhecimento
- Filosofia e Método
- Perspectivas do Conhecimento
- Ética
- A virtude em Aristóteles e Sêneca
- Amizade
- Liberdade
- Liberdade em Sartre
- Ética contemporânea: crise dos valores; os idosos, portadores de necessidades
especiais, violência contra a mulher, pedofilia e violência contra as crianças, drogas e
juventude, sexualidade e prevenção.
- Filosofia Política
- Em busca da essência do político
- A política em Maquiavel
- Política e Violência ; Brasil: os movimentos sociais, a questão agrária, os indígenas
e afro- descendentes.
-A democracia em questão; Brasil, País democrático? A Xenofobia no mundo
contemporâneo.
- Filosofia da ciência
- O progresso da ciência e a questão ambiental
- Pensar a ciência
- Bioética
- Estética
- Pensar a Beleza
- A universidade do gosto
- Cinema contemporâneo no Brasil e no mundo
-A música e a arte brasileira
-Compreender através dos conteúdos estruturantes, a amplitude da Filosofia com as
ideologias antigas e modernas influem nas maneiras de pensar de ser e agir do individuo
e da coletividade diante dos fatos sociais do mundo contemporâneo e da Nação.
METODOLOGIA
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática
plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade
do mundo contemporâneo, com sua múltiplas particularidades e especializações.
As aulas de Filosofia terão que criar um espaço onde essa ciência explicite as
teorias que fundamentam o mundo do conhecimento e da produção, bem como os
conceitos de mundo, concepções de sociedade, de homem e suas diferentes linhas de
questionamentos, de pensamento na busca de articular a totalidade espaço-temporal e
sócio histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.
A metodologia utilizada pelo professor deverá proporcionar ao aluno, uma maior
compreensão do pensar filosófico. Para isso deverá encaminhá-lo à sensibilização, à
problematização, à investigação e a criação de conceitos através de textos, filmes,
imagens e reportagens a fim de motivar o aluno levando a levantar questões identificando
problemas que proporcionará ao educando entender os problemas da nossa sociedade
abrindo espaço para o debate e a busca de soluções, tornando-o consciente do papel
que desempenha na sociedade.
Os textos filosóficos fazem parte do referencial teórico pois estão embasados em
autores que contribuíram para o aprimoramento do ensino da filosofia
Através dos conteúdos estruturantes os educandos serão estimulados a construir
conceitos históricos a partir de sua própria realidade tendo como base os grandes
filósofos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua formação, diagnóstica, isto é ela não tem
finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso
de ação no processo ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que
professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente.
É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e
criar conceitos: Qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso
após o estudo da filosofia. É possível entender avaliação como um processo que se dá
no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo. Serão realizadas
atividades de avaliações escritas, debates, pesquisas, palestras,conforme o PPP e
Regimento Escolar, sempre com função diagnóstica. Quanto aos alunos que
necessitarem de recuperação em suas avaliações, estas serão realizadas em forma de
trabalho de pesquisa sobre os assuntos abordados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
. História da Filosofia: do Humanismo a Kant. 9 ed.. v . II. São Paulo:
Paulus, 2005
. História da Filosofia: do Romantismo até nossos dias. 9 ed.. v. III. São
Paulo: Paulus, 2005
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como
experiência. Filosófica. In:CADERNOS CEDES, n° 64. A filosofia e seu ensino. São
Paulo: Cortez; Campinas, CEDES,(2004).
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13 ed.. São Paulo: Ática, 2004.
CHAVI, M. O retorno do teológico – político. In: Sérgio Cardoso (org) Retorno ao
republicanismo.
CORBISIER,R. Introdução à Filosofia. Vol 1. 2 ed. Rio de Janeiro, civilização Brasileira,
1986.
DIRETRIZ CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO. Governo do Estado
Paraná, 2008.
FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia São Paulo: Loyola, 2001.
FILOSOFIA Livro Didático. Governo do Estado do Paraná. Curitiba: SEED- PR, 2006.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da Filosofia. São
Paulo:Companhia das Letras, 1995.
GALLINA, S. O ensino de filosofia e a criação de conceitos. In:CADERNOS
WOLFF. F. A invenção da política, In: A crise do estado nação. Novaes A (org.) Rio de
Janeiro: civilização Brasileira: 2003.
Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana.
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas.
Lei 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
O estudo da física está relacionado a várias situações da nossa vida. Desde a
Grécia Antiga o homem procura entender o funcionamento das coisas e buscou na
ciência estas explicações. Hoje em dia, física moderna atua em vários ramos da industria,
de tecnologia, de geração de energia entre outros.
Acreditando que ensino, maneira geral, é realizado mediante a busca do cotidiano
do aluno, que prioriza e valoriza esse conhecimento. Tenta-se articular e contextualizar
aos conceito, as leis e formulas para que ele a compreenda.
A física é a ciência básica da natureza, presente em todos os momentos da nossa
vida. A compreensão dessa ciência nos habilita a tentar explicar as diversas situações em
que nosso aluno vivência, esse conjunto de valores, contribui para uma busca de novos
conhecimentos e descobrindo novos conceitos, rumo ao desconhecido, assim, novas
perguntas vão surgir.
Acredita-se que o ensino de Física pode contribuir para a formação de uma cultura
nova e quem sabe ate uma cultura cientifica do exercício da cidadania e na percepção da
beleza que o conhecimento desvenda e levar à melhoria da relação entre os seres
humanos.
Os conteúdos estruturantes foram escolhidos através da história da
ciência/disciplina, tendo em vista o quadro conceitual de referencia da Física. Assim,
considerou-se o referencial teórico presente ao final do século XIX, quando a Física podia
ser estudada por meio de três grandes áreas: o estudo dos movimentos, a mecânica
nascida dos trabalhos de Galileu e Newton e posteriormente outros cientistas; a
Termodinâmica, que está ligada ao estudo dos fenômenos térmicos, a crença de que os
corpos macroscópios são formados por átomos interagindo entre si de forma complexa e
de acordo com as leis da Mecânica de Newton levou muitos a tentar derivar as leis da
Termodinâmica a partir de uma análise estática desses movimentos; e o
eletromagnetismo, englobando o estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos.
OBJETIVOS GERAIS
No ensino médio e na educação profissional, a Física contribui para a formação de
uma cultura cientifica efetiva permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos
e processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
O grande desafio na atualidade é que a atividade cientifica. Seja vista como uma
atividade humana, com seus acertos, virtudes falhas e limitações possibilitando ao aluno
condições para investigar, compreender, interpretar os diferentes fenômenos que
acontecem ao seu redor desenvolvendo metodologias que permitem criar novas fontes de
energia, criar novos materiais, produtos e tecnologia.
Estudar o Universo, sua evolução , suas transformações e as interações que nele
se apresentam, bem como, perceber e aprender em outras circunstâncias onde se
fizeram presentes situações semelhantes às trabalhadas pelo professor em sala de aula,
apropriando-se da nova informação e transformando-a em novo conhecimento.
Assim no ensino da Física devemos:
Compreendê-la como a ciência que estuda o universo e seus elementos;
Possibilitar ao aluno a leitura, interpretação e compreensão de textos científicos
e tecnológicos;
Aguçar no aluno a capacidade de classificar, seriar, relacionar, reunir,
representar, analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provocar e julgar;
Estimular a curiozidade e a criatividade do aluno para que possa reelaborar e
transferir os conhecimentos nadquiridos para novas situações propostas ou
criadas por ele mesmo.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
MOVIMENTO
Quantidade de movimento e impulso;
Conservação da quantidade de movimento;
Variação da quantidade do movimento;
Leis de Newton;
Força e interações;
Equilíbrio;
Trabalho e potência;
A energia e o princípio da conservação de energia;
Sistemas oscilatórios: Movimentos periódicos;
Oscilações num sistema massa mola;
Movimento retilíneo e curvilíneo;
Gravitação Universal;
TERMODINÂMICA
Propriedades físicas da matéria;
Estados de agregação;
Viscosidade dos fluidos;
A energia térmica e o princípio da conservação da energia;
Trabalho, potência e rendimento;
Força e interações;
Equilíbrio;
ELETROMAGNETISMO
Estrutura dos materiais propriedades elétricas e magnéticas;
A energia elétrica e o principio da conservação de energia;
Ondulatória;
Acústica – energia sonora;
Introdução a sistemas caóticos;
As interações mecânicas;
Trabalho, Potência;
Força e interações;
Equilíbrio
2ª SÉRIE
MOVIMENTO
Movimento intramolecular da matéria;
Matéria, temperatura e calor;
Efeitos e transferência de enregia;
Máquinas térmicas.
TERMODINÂMICA
Temperatura e sua medida;
Lei Zero da Termodinâmica;
Equilíbrio térmico;
Propriedades termodinâmicas;
1ª Lei da Termodinâmica;
Idéia de calor como energia;
Sistemas termodinâmicos que realizem trabalho;
A conservação de energia;
2a Lei da Termodinâmica; Máquinas térmicas;
Entropia;
Processos reversíveis e irreversíveis;
Comportamento da matéria.
ELETROMAGNETISMO
III) Agregação das moléculas;
IV) As idéias da termodinâmica no âmbito da Mecânica;
V) Quântica e da Mecânica Estatística;
VI) A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
VII) A tecnologia e as máquinas modernas.
3ª SÉRIE
MOVIMENTO
Movimento das cargas elétricas e magnéticas;
Campos elétricos e magnéticos;
Linhas de campo;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito;
Movimentos da luz – óptica geométrica;
Forças elétricas e magnéticas.
TERMODINÂMICA
IV) Fontes de energia num circuito;
V) Efeitos térmicos do movimento das cargas;
VI) Efeito térmico dos fenômenos luminosos;
VII) Forças elétricas e magnéticas.
ELETROMAGNETISMO
As leis de Maxwell;
Lei de Coulomb;
Lei de Gauss;
Lei de Faraday;
Lei de Lenz;
Força elétrica e magnética;
Força de Lorentz;
As ondas eletromagnéticas: a luz como uma onda eletromagnética;
Propriedades da luz como onda e como partícula: a dualidade onda partícula;
Óptica física e geométrica.
METODOLOGIA
O ensino de Física será desenvolvido a partir da compreensão da história da
ciência e que venha a incentivar ao aluno a ter interesse na busca do conhecimento, na
busca de solução, seja ela, cultural ou científica, desenvolver o raciocínio lógico, para que
o mesmo possa discernir as diversas situações de uma forma concisa, levando-o à
interpretar e debater sobre o assunto.
Dentro de uma perspectiva lógica e prática, possibilitar ao aluno a vivência do
conhecimento que ele for adquirindo, de modo a torná-lo apto a compreender os
fenômenos que ocorrem na natureza que o cerca e da qual é parte integrante.
O ponto de partida deve ser:
As concepções espontâneas: senso comum – teoria;
Textos, pesquisas, experiências em laboratório;
Trabalhar o conteúdo a partir de conhecimentos e materiais que os alunos possuem;
Pesquisa ligada a artefatos tecnológicos e abordados durante as aulas;
Aulas expositivas, mostrando o conteúdo e fórmulas para a resolução de exercícios;
Resolução de situações problemas que envolvam o cotidiano;
A necessidade de despertar o gosto pela ciência, com responsabilidade e que se
torne prazeroso o estudo de física em sala.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo abrangente de existência humana, que implica uma
reflexão crítica da prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas
dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os
obstáculos.
O desempenho do aluno terá maior importância nos aspectos que serão:
- Capacidade de gerar novas situações de aprendizagem.
- Formulação de atividades buscando a interatividade entre o assunto abordado e
suas atividades cotidianas;
- Aplicação de testes descritivos e objetivos;
- Análise das avaliações para retornar os assuntos onde o aproveitamento foi
insuficiente (Recuperação concomitante).
REFERÊNCIAS
ALVARENGA. Beatriz, MÁXIMO. Antônio. Física. Volume único. Ed. Saraiva. 1a edição,
1996.
BRASIL/MEC. Física. coleção explorando o ensino, vol 7. Brasília: MEC/ Secretaria de
Educação Básica, 2006.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção leitura)
GREF. Física, Vol 1, 2 e 3. 6a ed. São Paulo: Edusp, 2000.
NARDI. Roberto, Pesquisa no ensino de Física. 2a ed. São Paulo: Escrituras
Editora,2001.
OKUNO. Eurico, CALDAS. Iberê Luiz, CHOW. Cecil. Física para ciências biológicas e biométricas. São Paulo Harper & Row do Brasil, 1982.
PARANÁ. Djalma Nunes. Física. Série Novo Ensino Médio – Editora Ática –6a Ed.
PARANÁ. Djalma Nunes. Física. Vol 1,2 e 3 5a ed. São Paulo: àtica, 1996.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ/SEED. FÍSICA: Ensino Médio. Vários autores – Curitiba: SEED, 2006.
Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana.
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas.
Lei 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Essa disciplina passou a ser ministrada de forma regular no Brasil a partir de 1931
com a reforma Francisco Campos. Seu objetivo de estudo são os fenômenos e
substâncias que ocorrem ao nosso redor e também no interior de nossos corpos. Além
disso, a Química estuda as transformações que envolvem matéria e energia. Se ocupa
das substâncias e dos materiais.
Segundo o que é proposto pelas diretrizes curriculares para o ensino de Química
no ensino médio, a concepção defendida é a de que o estudante tenha uma visão mais
abrangente do Universo.
Deste modo torna-se essencial retomar alguns conceitos ou fatos marcantes da
historia, de inicio, o homem produziu o fogo o extraiu seus benefícios.
O domínio do fogo representa, sem duvida, uma
das mais antigas descobertas químicas a aquela
que mais profundamente revolucionou a vida do
homem. Já no paleolítico, há cerca de 400.000
anos, o homem conservava lareiras em alguns
dos seus habitáculos na Europa e na Ásia.
(VIDAL, 1986, p. 09)
O desenvolvimento do conhecimento e de ações associadas a modificação da
matéria foi estimulado por necessidades humanas, como por exemplo a comunicação, o
domínio do fogo e do processo de cozimento. Por isso é fácil entender porque a Química
de uma forma ou de outra acompanha a humanidade desde a pré-história até os nossos
dias.
Na Europa a alquimia chegou por realização de textos árabes, mas estes por sua
vez já tinham sido traduzidos e adaptados de textos helenísticos antigos ou ainda de
tradições caldaicas.
A busca de novos materiais para o fabrico de vestuário e para a construção de
habitações se assemelha ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação dos
líquidos ou com a recalcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade das
substancias. (CHASSOT, 2004, p. 119)
Apesar disso a Química como ciência não deve ser vista como algo acabado e
inquestionável e sim um processo de elaboração e transformação do conhecimento
seguindo a evolução humana a serviço da vida, do ambiente e da saúde, gerando
tecnologia, instrumentos e fomentando pesquisas e experimentos.
A verdade e que a química passou a ser reconhecida como ciência na Europa na
época do capitalismo, da classe dirigente e de seus interesses econômicos.
O estudo da história da Química e sua identidade como disciplina escolar através
dos conteúdos estruturantes para o ensino médio, onde deve ocorrer o resgate da
especificidade desta disciplina, quando se refere a abordagem dos conceitos nos âmbitos
e nos fenômenos químicos, que vem ainda fundamentar e instrumentalizar o professor e
sua prática pedagógica, garantindo a superação de metodologias tradicionais.
Esta é uma disciplina que tem por objetivo investigar e enquanto função
pedagógica promover ao aluno uma explicitação, problemática, discussão, entre outros
itens que direcionem no entendimento dos conceitos químicos.
Há muita dificuldade em relacionar os conceitos químicos com o cotidiano, ainda se
tem ideia de que há necessidade de memorização de formulas, nomes e varias tabelas.
Outro fato que está ligado diretamente a disciplina de química e o meio ambiente,
já que vem sendo atingido por vários problemas. E necessário que se saiba que podemos
ainda tratar na disciplina de química assuntos como economia, ética, sejam elas sociais e
culturais contemplando a legislação vigente n° 10639 / 03 que fala sobre a cultura afro e
sua historia, pode ainda ser trabalhado sobre as seguintes leis: n° 11645/08
contemplando os povos indígenas, a Lei n° 9795/99 tratando da política nacional de
educação ambiental e ainda a Lei n° 14037/03 que visa a proteção aos animais.
As questões ambientais e a sua crise se impõem perante a sociedade na atualida-
de. Um dos principais instrumentos meios para minimizar, mitigar esta problemática é a
Educação Ambiental.
Para isso torna-se necessario estimular um processo de reflexão e consciência
dos aspectos sociais que envolvem as questões ambientais mais discutidos atualmente,
para que se desenvolva uma maior compreensão crítica por parte do corpo docente e dis-
cente. Assim, tem por objetivo incentivar a comunidade escolar a adotar uma posição
mais consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais, contri-
buindo para a diminuição contínua das disparidades sociais e do exagerado consumismo.
No entanto, o desafio que se coloca é de tornar a Educação Ambiental – EA –
critica. Assim, é proposta uma discussão que abrange as questões ambientais regionais
e mundial.
Com todos estes critérios pode conduzir o aluno a construção e apresentação do
conhecimento partindo do senso comum ao desenvolvimento científico, a apropriação dos
conceitos de Química, seus valores para a vida das pessoas com sua sensibilização e
comprometimento com a saúde do ser humano, a vida do planeta e a paz mundial.
Para a disciplina de Química são propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
• MATÉRIA E SUA NATUREZA;
• BIOGEOQUÍMICA;
• QUÍMICA SINTÉTICA.
2 - CONTEÚDOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
Este, e o conteúdo que inicia o estudo da química, bem como dos conteúdos que
seguem. A ideia de átomo em especial os modelos atômicos, deve ser bem compreendida
afim de que se possa entender os processos macroscópicos que estão em contato diário
com o ser humano. Desde os conceitos de Demócrito e Leucipo, onde o átomo era dito
indivisível, formam sendo criados modelos de átomos diferenciados para tentar explicar o
modo como a matéria se comportava. Deste modo destacam-se os estudos sobre
eletricidade e radioatividade.
Um outro exemplo são as reações de oxido redução, considerado um exemplo
macroscópico da matéria. Porem, microscopicamente acontece a transição de elétrons
entre os elementos químicos, podendo assim ser estudado outros assuntos como
distribuição eletrônica e ligações químicas. Interligando os temas citados anteriormente
podemos citar o diagrama de Linnus Pauling, por intermédio da tabela periódica. Com a
tabela periódica podemos estudar os elementos, com suas particularidades mas, também
podemos estudar uma serie de elementos, com propriedades diferenciadas.
Logo, ao estudar acido-base a teoria mais comum, e a de Arrhenius , mas,
existem outras teorias que não são menos importantes que a citada anteriormente. São
as seguintes: bronsted-Lowry de Lewis. Sobre esse assunto pensa-se que e necessário
que o aluno conheça as três formas de acido-base para poder entender melhor este
conceito.
Em outro momento, o conceito relacionado a soluções ganha espaço, mesmo que
algumas vezes deixe de ser tratado em sala de aula. Juntamente com este conceito esta
as propriedades coligativas, estas explicam as mudanças sofridas nos solventes quando
são adicionados solutos. Com o estudo de todas estas teorias o aluno deve estar ciente
de que ele deve construir conceitos científicos.
- Constituição e transformação da matéria e da energia.
- fontes de energia
- recursos naturais como fontes de energia
- estados de agregação
- Os fenômenos: FÍSICOS E QUÍMICOS.
- A descoberta do átomo;
- Principais características do átomo;
- Os novos modelos atômicos;
- modelo atômico de Dalton
- modelo atômico de Bohr
- modelo atômico de Rutherford
- modelo atômico de Thomson
- Estrutura atômica
- Misturas.
- Métodos de separação.
- densidade
- A tabela periódica de Mendeleev;
- A tabela periódica atual.
- ligações químicas
- ligações de hidrogênio (pontes)
- metálica
- alotropia
- Funções químicas inorgânicas
- sais
- ácidos
- bases
- pH
- pOH
- calcificação e descalcificação nas áreas rurais
- calagem dos solos
- óxidos
- Radioatividade
- elementos radioativos
- medicina e radioatividade
- fusão e fissão nuclear
BIOGEOQUIMICA
Para definir, podemos dizer que é estudo sobre a influencia dos seres vivos e a
composição da Terra (geoquímica), observando as ligações existentes entre a matéria
viva e a não viva, litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Um exemplo bastante utilizado nessa área é o ciclo do nitrogênio. Pois na natureza são
encontrados muitos compostos do elemento nitrogênio por fazer ligações facilmente
possui nox -3 e +5.
Tais temas devem ser abordados principalmente em regiões agrícolas, para que o
aluno possa auxiliar na agricultura familiar ou ainda em seu local de trabalho.
Há outros elementos que formam ciclos e que indispensáveis ao estudo dentro da
biogeoquímica, são o ciclo do carbono, enxofre, oxigênio e o já citado nitrogênio e seus
compostos e derivados.
O ciclo do nitrogênio é um dos mais importantes na natureza, pois é ele que age
como intercambio entre a atmosfera e a matéria orgânica interagindo com os compostos
inorgânicos.
- gases
- estados físicos da matéria
- diferenciação entre gás e vapor
- gases presentes na atmosfera
- tipos de soluções
- solubilidade
- concentração das soluções
- titulometria
- porcentagem em massa
- densidade
- Termoquímica
- reações endo e exotérmicas
- aquecimento global
- fatores que interferem na velocidade das reações
- Equilíbrio químico
- efeito dos catalisadores
- Eletroquímica
- pilhas
- constante de equilíbrio em termos de concentração
- deslocamento de equilíbrio
QUIMICA SINTETICA
Este é o conteúdo que d origem a novos produtos e materiais, permitindo o estudo
sobre fármacos, na indústria alimentícia com os corantes, acidulantes, edulcorantes,
conservantes e, ainda trata da industria dos agrotóxicos.
Estas inovações possibilitaram o desenvolvimento em diversas áreas da química
como a agricultura, com os adubos e fertilizantes, garantindo maior produtividade, e na
indústria da comunicação, onde proporcionou uma rede com maior agilidade. Outro setor
de destaque é o alimentício, onde são utilizados conservantes para que os produtos não
pereçam.
Após a revolução industrial, a indústria química teve grande crescimento na área
petrolífera e seus derivados, os principais são os plásticos e vários polímeros.
Na área farmacológica estão a preparação de medicamentos eficazes, como o
acido acetil salicílico, vulgarmente chamado de AAS, sendo este o primeiro fármaco
produzido através de síntese. Seguido do AAS estão os anti-histamínicos e os
anestésicos.
Alguns elementos químicos são considerados vitais no corpo humano: ferro, cobre,
bismuto, zinco, magnésio, lítio são exemplos dessa propriedade. Algumas doenças
podem ser tratadas através de elementos químicos é o caso da leishmaniose e
esquistossomose que são tratadas a base de antimônio.
Ao se estudar os polímeros deve-se abordar assuntos como as proteínas, alem dos
produtos de limpeza e, aqueles produtos que alteram a cor e a textura dos cabelos.
Dentro da química sintética pode ser abordado o uso indevido de entorpecentes,
licitas e ilícitas, bem como sua produção clandestina.
A química sintética possui papel importantíssimo no aperfeiçoamento e criação de
novos materiais, pode ainda favorecer o aspecto econômico de um país.
Conteúdos serem abordados no terceiro ano do ensino médio
FUNÇÕES ORGÂNICAS:
- hidrocarbonetos e radicais
- Classificação das cadeias orgânicas;
- moléculas
- Nomenclatura
- Radicais;
- Ramificações;
- Funções oxigenadas
- Alcoóis;
- droga licita
- Fenóis;
- maconha
- cocaína
- mal causado pelas drogas
- drogas ilícitas
- violência após o uso das drogas
- como amenizar e combater tal atitude
- anilinas
- pigmentação da pele
- grau de melanina nos afro descendentes
- Aldeídos;
- Cetonas;
- Ácidos carboxílicos;
- Ésteres orgânicos;
- Éteres.
- utilização dos produtos sintéticos.
- medicamentos
- fontes de vitaminas
- Omega 3 ( óleo de peixe)
- Tipos de sementes – crioula e transgênica
- isomeria
- polímeros
METODOLOGIA
Esta etapa deve se iniciar no conhecimento prévio que o aluno traz consigo, em
que estão envolvidas em questão o que o aluno pensa sobre o conhecimento da disciplina
de química e seus conceitos, para a partir deste momento criar um conceito cientifico.
O processo ensino-aprendizagem se da dia a dia, com sua convivência. A escola é
o ambiente em que se trabalha com o conhecimento cientifico produzido através da
historia. Há varias formas de se ensinar química, pois precisamos descrever ações não
palpáveis e microscópicas. Os modelos podem servir para determinados assuntos e para
outros não.
Um exemplo são os modelos atômicos, pois, eles são propostas provisórias para
explicar determinados fenômenos. A química é uma ciência que foi construída através de
vários modelos para se investigar o campo macroscópico.
Os processos experimentais são grandes aliados ao entendimento desta ciência.
Mas, seguidos das atividades experimentais estão os relatórios. Segundo as diretrizes
(DCEs) esta forma de encaminhamento metodológico não traz beneficio ao aluno. Quanto
ao uso do laboratório, deve se ter um conhecimento teórico anterior para assim proceder
em sua aula.
Em uma aula experimental não deve ser considerado qual o tipo de material que
está sendo utilizado, e sim, o que se espera daquela atividade, quais são seus objetivos,
deve ser analisada a discussão sobre o tema abordado, trocando informações com os
grupos participantes da aula.
O que se espera é que haja uma interação entre os conteúdos químicos e os
saberes do cotidiano, facilitando o entendimento.
Pesquisadores indicam os textos científicos no aprendizado de química. Para isto,
é necessário tomar alguns cuidados como selecionar a linguagem deste texto, seu
conteúdo, qual o objetivo ao propor a leitura deste ou daquele texto cientifico, este método
pode auxiliar na formação e identificação cultural e ainda favorecer o habito a leitura.
RECURSOS DIDÁTICOS
- livros;
- artigos;
- DVD’s e filmes;
- quadro negro;
- Giz;
- materiais alternativos;
-TV/pendrive/laboratório de informática..
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser de forma processual e formativa. Tal processo ocorre no dia a
dia, durante as aulas com interações recíprocas, por esse motivo está sujeita a
modificações.
A partir da criação da LDB n. 9394/96 deve ser formativa e processual, e passa a
ter prioridade no processo educacional. Assim, esta forma de avaliação da ênfase ao
conhecimento que o aluno carrega consigo (prévio), facilita a aprendizagem, refaz
conceitos. Isso faz co que o professor garanta a qualidade no processo educacional em
um todo.
Nesta disciplina, o que se visa como forma de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Segundo Maldaner 2003, trata-se de um processo de ¨construção e
reconstrução de significados dos conceito científicos.¨
Torna-se necessário que o professor possa usar varias formas de o aluno se
expressar tais como: leitura e interpretação de textos científicos, produção de textos,
pesquisas, seminários, estes podem variar de acordo com o objeto de ensino.
Os critérios de avaliação devem ficar esclarecidos para os alunos, para que
possam se apropriar do conhecimento que lhes é proposto, e para que possam usufruir
do mundo em que vivem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS; PAULINO; Física e Química. Editora Afiliada. São Paulo - SP, 1999.
USBERCO; SALVADOR; Química. Editora Saraiva. São Paulo SP -, 1998.
MACEDO; CARVALHO; Química. Coleção Horizontes. São Paulo – SP.
DCE’s – Diretrizes Curriculares Para o Ensino de Química.
TITO & CANTO. Química no cotidiano. Editora moderna. São Paulo – SP, 1999.
VIDAL, B. historia da química . Lisboa. Edições 70, 1986
CHASSOT, A. a ciência através dos tempos. 2 ed. São Paulo. Moderna, 2004.
MALDANER, O.A. formação inicial e continuada de professores de química. Professor
pesquisador Ed Ijui editora Unijui, 2003. p 120.
RUSSEL, J.B. Química Geral. São Paulo. McGraw-hill, 1986.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
O estudo objetivo e sistemático da sociedade e do comportamento humano pode
ser considerado relativamente como recente, em fins do século XVIII. Passa-se a utilizar a
ciência na compreensão do mundo, ocasionando uma mudança na forma de
entendimento das questões naturais e humanas através da abordagem científica. As
explicações que antes eram tradicionais e pautadas pelo pensamento religioso foram
suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e críticas.
A necessidade de se pensar intrinsecamente tanto a sociedade quanto a ciência
resulta do processo histórico e social, no qual as grandes transformações sociais
ocorreram. Assim sendo, a Sociologia nasce com o papel de focalizar os problemas
existentes na sociedade, questionando e buscando respostas que apontem para a
construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. Ou seja, é o saber voltado
para a compreensão da vida social humana, das regras existentes entre os grupos e dos
fundamentos da sociedade. A Sociologia como disciplina pertencente ao conjunto dos
demais ramos da ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma
independente do trabalho pedagógico. São intercomunicantes os caminhos dos estudos e
pesquisas acadêmicas e atividades curriculares presentes no magistério.
Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na pesquisa científica, e
esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de um mesmo problema.
Pensando em ambas que se realiza a dimensão histórica da ciência, e assim, situamos a
Sociologia no Brasil. Tanto as idéias conformistas quanto as revolucionárias exerceram
forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. A promulgação da Lei
de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu novas perspectivas para a inclusão
da sociologia nas grades curriculares, uma vez que dita no Art. 36 e inciso 3, a
importância do domínio de Filosofia e Sociologia são necessários ao exercício da
cidadania. No estado do Paraná, especificamente a partir de 2004, uma série de políticas
públicas foram estruturadas e ações implementadas pela Secretaria de Educação, no
sentido de promover a conscientização da comunidade escolar a respeito da importância
do conhecimento sociológico para o aluno de Ensino Médio. A importância de trabalhar a
disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB: “Desenvolver no
educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e
fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” Quando a lei
trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da disciplina perante o
Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania que deve estar implícita em
todos os professores e alunos. Ainda de acordo com o que preconiza a LDB 9394/96, art.
36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos conhecimentos filosóficos e
sociológicos necessários ao exercício da cidadania.
Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do Ensino
Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano, busque
superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma concepção
científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo, crítico e
transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade
contemporânea.
Os conteúdos devem ser abordados de modo claro, dialógico, diferenciados do
senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma linguagem sociológica
permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal realidade. Permitindo
ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas sociais, fornecendo,
para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão consciente de um
mundo social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante
desse mundo.
Espera-se da disciplina de Sociologia que ela contribua para que os sujeitos -
nesse contexto, os envolvidos no processo pedagógico tenham recursos para
desconstruir e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, de
maneira que melhorem seu senso crítico e também possam transformar a realidade e
conquistar mais participação ativa na sociedade.
Nesse papel investigativo e questionador a Sociologia tem contribuído para ampliar
os conhecimentos dos homens sobre a própria condição de vida e, fundamentalmente,
para análise das sociedades ao compor, consolidar e alargar um saber especializado
pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.
Dessa forma os grandes problemas nos dias de hoje provenientes do acirramento
de forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre
outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social
e planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de
uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas
relações sociais.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Processo de Socialização e
as Instituições Sociais
· O Surgimento da Sociologia e as Teorias
Sociológicas;
· Processo de Socialização;
· Instituições sociais: Familiares (violência simbólica e
os Direitos das crianças e dos adolescentes ),
Escolares, Religiosas;
· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc).
- Trabalho, produção e classes sociais: conceito de
trabalho, desigualdades sociais, globalização e
Neoliberalismo;
-Trabalho no Brasil
2ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Poder, Política e Ideologia; - Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
- Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;
- Estado no Brasil;
- Conceitos de Poder;
- Conceitos de Ideologia;
- Conceitos de Dominação e Legitimidade: as
expressões da violência nas sociedades
contemporâneas, autoritarismo.
Direito, Cidadania e
Movimentos Sociais
- Direitos civis, políticos e sociais;
- Direitos Humanos: Direitos das crianças e dos
adolescentes;
- Conceitos de Cidadania;
- Movimentos Sociais;
- Movimentos Sociais no Brasil;
- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas
(Lei 9795/99- Política nacional ambiental);
- A questão das ONG's.
3ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico
Cultura e Indústria Cultural
- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
e sua contribuição na análise das diferentes
sociedades;
- Diversidade Cultural;
- Cultura Indígena;
- Identidade;
- Indústria Cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de Consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de Gênero;
- História e cultura afro-brasileira e africana (Lei
10639/03);
- Culturas Indígenas (Lei 11645/08).
Trabalho, Produção e Classes
Sociais
- O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes
sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas
e suas contradições.
- Globalização e neoliberalismo;
- Relações de trabalho;
- Interdependência campo cidade, questão agrária e
desenvolvimento sustentável;
- Trabalho no Brasil
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No ensino da Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia entre
outros.
Assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles
derivados, os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-
aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da
Sociologia crítica, caracterizada, portanto, por posições teóricas e práticas favorecedoras
do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante (DCE- pg. 35).
Dessa forma, as aulas serão expositivas e desenvolvidas numa sequência de
discussões onde serão utilizados, entre outros, fóruns, debates, seminários, trabalhos em
grupo, oficinas e pesquisas na escola (biblioteca) e em casa, trabalhos e avaliações
escritas.
Procurar-se-á desenvolver capacidades, possibilitando ao educando criar
condições para resolver exercícios, interpretar e analisar textos, registrar sínteses,
produzir textos, ilustrar, formular perguntas orais e escritas, ler imagens e gráficos,
realizar entrevistas, apresentar trabalhos oralmente, confeccionar cartazes, montar
painéis e murais, participar de exposições, analisar filmes e músicas, com o auxílio e a
utilização da TV Multimídia e do Laboratório de Informática do Paraná Digital.
A correção de textos propiciando reforço ao aluno na escrita da Língua Portuguesa
e suas expressões, estará presente, bem como a forma de interagir o ensino da
Sociologia com as demais disciplinas inseridas na Grade Curricular do Ensino Médio.
Para o desenvolvimento destas propostas serão utilizados recursos como:
• O espaço da sala de aula e o quadro.
• Livro de Sociologia (SEED-PR).
• Diretrizes Curriculares da Rede Pública (DCE´s) SEED-PR.
• O espaço físico externo à sala de aula.
• Pesquisa de campo (quando possível).
• Visita a prédios públicos e privados: Câmara Municipal, Prefeitura, Indústrias etc.
(quando possível)
• A Bibliografia pertinente ao curso, e o uso da biblioteca.
• Laboratório de Informática.
• Audiovisuais, Computação Gráfica etc.
• CDs, Vídeos (DVD), TV Multimídia, Retro-projetor etc.
• Revistas, Jornais e Cartazes.
AVALIAÇÃOA prática avaliativa que se pautará na “desnaturalização” dos conceitos tomados
historicamente como irrefutáveis, propiciando o melhoramento do senso crítico e a
conquista de uma maior participação na sociedade. Através dos diálogos realizados em
sala de aula, sempre com a base teórica fundamentada no pensamento sociológico, a
avaliação da disciplina será em um processo contínuo de crescimento da percepção da
realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.
De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram
dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Assim, a avaliação será
contínua, processual e presente em todas as etapas da prática pedagógica, possibilitando
uma constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da
disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, seminários, que
acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de
textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, atividades
compreensivas de textos, pesquisa bibliográfica, palestra/ apresentação oral, trabalho em
grupo, questões discursivas e questões objetivas.
Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-
las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita
da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como
instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos
adequados para uma efetiva aprendizagem.
Os critérios de avaliação serão debatidos no início do período letivo, podendo ser
debatidos, conforme o processo de aprendizagem se altere. Serão avaliadas as
apreensões de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a
capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na
exposição das ideias, sejam no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de
serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os
problemas sociais assim como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas
e criativas, que rompam com a acomodação e o senso comum.
A compreensão do aluno sobre o processo histórico de constituição da Sociologia
como ciência; como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
como o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da
sociedade e dos indivíduos; a forma com que os conceitos sociólogos contribuem para a
capacidade de análise da realidade social que os cerca; as múltiplas formas de ser
analisar a mesma questão ou fato social que refletem as diversidades interesses
existentes na sociedade.
A avaliação será um processo contínuo levando sempre em conta o conhecimento
assistemático do aluno, transformando-o em conhecimento sistematizado e deste para a
realidade. Será uma avaliação de caráter diagnóstico, isto é, verifica não só o
aproveitamento do aluno como a eficácia pedagógica desenvolvida. O aluno será avaliado
com diferentes instrumentos: participação e interesse, produção de textos, paródias,
pesquisa, debates, confecção de mapas, livros, gibis, cartazes e painéis, exposição de
trabalhos orais e seminários, testes e provas.
Será considerada na avaliação a participação discente nas atividades programadas
e desenvolvidas em sala de aula, bem como o desenvolvimento de trabalhos
pedagógicos, orais e escritas, entre eles provas dissertativas e objetivas, visando sempre
identificar se o aluno alcançou os objetivos específicos e gerais.
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa
concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina encontram-se em
conformidade com os critérios de avaliação propostos pelo Regimento Escolar. A
avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais.
Obrigatoriamente estudos de recuperação paralela ao período letivo, para casos de
baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pela instituição de ensino. A recuperação
será feita através de trabalhos orais e escritos, pesquisa de campo, debates sobre o
conteúdo abordado, análise de filmes que envolvam o conteúdo, sempre retomando o
conteúdo que o aluno não se apropriou.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL/MEC. Leis de Diretrizes Curriculares Nacionais.
COSTA, C. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna,
1997.
DURKHEIM, E. SOCIOLOGIA. São Paulo: Ática,1902.
JHONSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Zahar Editora. Rio de Janeiro, 1995.
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – SOCIOLOGIA.
GIDDENS, A. Sociologia. 6ª Ed. Porto Alegre: Armed, 2005.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martins Fonte, 1990.
MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. URSS: Edições Progresso, 1987.
MUNDO JOVEM - Um Jornal de Idéias.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Diretriz Curricular da
Educação Básica: Sociologia. Curitiba, PR, 2008
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
WEFFORT, F. (Org.). Os Clássicos da Política: 13 ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. V.2.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL -
CELEM
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO
A língua espanhola é resultado de mais de 1000 anos de evolução, aos que as
diversas línguas dos habitantes da península receberam a influência dos romanos e os
árabes. Ao final do século XV, com a união das monarquías de Castilha e Aragão, que
extendendo seu dominio por grande parte da península, o castelhano se impusionou
sobre os demais idiomas e dialétos; além disso cruzou o Atlântico nos barcos dos
conquistadores e misioneiros. A colonização espanhola do s.XVI levou a língua as
Américas, aos Estados Federais .
O latim vulgar que falavam os exércitos romanos e os colonos na antigua Espanha
foi a base de muitos dos dialétos que se desenvolveram depois em várias regiões do país
durante a Idade Média. O dialéto de castilha ou espanhol de castilha, foi pouco a pouco
convertindo-se na língua standard, pelo dominio político de Castilha no século XIII.
No Brasil foi implantado o Projeto de Lei nº 3.987, de 2000, de autoria do deputado
Átila Lira (PSDB/PI), foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 7 de julho de 2005. A
lei prevê a implantação gradativa do ensino do espanhol, no prazo de cinco anos, O artigo
1º do projeto diz que a escola é obrigada a oferecer a disciplina, mas ao aluno é facultada
a matrícula. Os sistemas públicos devem oferecer a língua espanhola em centros de
ensino de língua estrangeira, em horário regular de aula.
O Espanhol está sendo implantado como uma opção ao ensino de língua
estrangeira no Brasil porque vivemos, na promoção de relações políticas e comerciais, e,
no desenvolvimento de recursos humanos, para atender o processo de comunicação
entre os povos latinos. No Brasil, é notável a presença, cada vez maior, do interesse pela
língua espanhola. Sua crescente importância, devido ao MERCOSUL, tem determinado
sua inclusão nos currículos escolares, no Brasil; e do Português, nos países de língua
espanhola na América, tem contribuído para o fortalecimento das relações de seus
habitantes, pois há uma mudança expressiva de ordem cultural, social, econômica e
política.
Determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, em
1996, a obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira Moderna no Ensino
Fundamental a partir da 5ª série, podendo ser escolhido o idioma pela comunidade
escolar, obedecendo as possibilidades da instituição, apresentando se como um espaço
de interação entre indivíduos e culturas diferentes, aguçando suas percepções e abrindo
portas para o mundo. Conforme as DCE por volta de 1980, a redemocratização do país
era propício para que professores, liderassem um amplo movimento pelo retorno da
pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais
mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de
Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, com o intuito de
valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense, tal
oferta tem sido preservada pela SEED há mais de vinte anos.
Em 2004, a fim de valorizar o ensino de Língua Estrangeira Moderna, e para maior
valorizar a expansão do ensino de LE, a SEED tem promovido ações em favor das
escolas do estado, abriu o concurso público para atender a demanda nas escolas,
ampliou o número de escolas que ofertam os cursos, elaborou material didático de língua
Espanhola e língua Inglesa para o Ensino Fundamental e Médio. Conforme a lei 11.161
que sancionou que o ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de
matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos
do ensino médio.
Em sala de aula precisamos abordar questões relacionadas a cidadania, promover
debates sobre suas implicações na sociedade, oferecendo momentos em que vivenciem
estas responsabilidades.
A aprendizagem de uma língua estrangeira deve garantir ao aluno seu
engajamento discursivo, ou seja, a capacidade de se envolver e envolver outros no
discurso. Isso pode ser viabilizado em sala de aula por meio de diversas atividades
centradas na constituição do aluno como ser discursivo. Essa construção, passa pelo
envolvimento do aluno com os processos sociais de criar significados por intermédio da
utilização, de uma língua estrangeira.
A educação em Língua estrangeira no Curso de Espanhol- CELEM deve, além de,
instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de
comunicação, para que o aluno conheça e compreenda a diversidade linguística cultural,
lava-lo a compreender que língua é discurso e que discurso é uma prática social, os
gêneros do discurso também se configuram como práticas sociais, já que são formas
tipificadas de discurso socialmente construídas e utilizadas para a realização de tarefas
cotidianas mediadas pela linguagem.
Analisar um gênero como prática social discursiva e situada historicamente é
investigar de que maneira as pessoas utilizam e o que fazem com os textos ao se
engajarem em tarefas cotidianas mediadas pela linguagem. Para que isso ocorra, é
necessário observar as regularidades e consistências que moldam as práticas sociais e
seus gêneros dentro das comunidades discursivas, analisando seus propósitos
comunicativos, as diversas relações interpessoais de poder e de interesses estabelecidas,
seus conjuntos e sistemas de gêneros e seus sistemas de atividades. Essa abordagem
permite-nos compreender, ainda, que cada produção de um texto está relacionada
intertextualmente e polifonicamente a outros textos com os quais dialoga
permanentemente.
O objeto de estudo da disciplina é a Língua concebida como discurso.
OBJETIVOS GERAIS
A educação em Língua estrangeira no Curso de Espanhol- CELEM deve, além de,
instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de
comunicação, para que o aluno conheça e compreenda a diversidade linguística cultural,
lava-lo a compreender que língua é discurso e que discurso é uma prática social, os
gêneros do discurso também se configuram como práticas sociais, já que são formas
tipificadas de discurso socialmente construídas e utilizadas para a realização de tarefas
cotidianas mediadas pela linguagem.
E que aprender uma língua estrangeira é compreender percepções de mundo, e
maneiras de construir sentidos é interando aluno à sua realidade e a do outro,
desenvolvendo o senso critico ampliando sua visão de mundo globalizado. Espera se que
o aluno ao final do curso de Espanhol- CELEM
• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Tenha maior conhecimento e consciência do papel das Línguas na sociedade;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de LEM o Discurso como Pratica
Social que são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais, sócio-programáticos;
praticas de leitura; escrita e oralidade que poderão ser a partir de diferentes gêneros
discursivos sob a proposta de construção de significados, mediante a interação
aluno/texto/realidade.
A seleção dos textos precisa contemplar elementos lingüísticos/discursivos com
fins educativos, de acordo com a faixa etária e interesse do aluno, valorizando sua
participação na escolha dos mesmos, evitando esterereotipados.
Por intermédio de textos o Discurso fará parte da pratica social e as formas
lingüísticas serão tratadas de modo contextualizado.
CURSO BÁSICO DO CELEM ( 02 ANOS DE DUARÇÃO) .
CONTEÚDOS BÁSICOS P-1
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais
Esfera cotidiana de Circulação
Bilhete
Carta pessoal
Cartão de felicitação
Cartão postal
Convite
Letra de musica
Receita culinária
Esfera artística de circulação
Autobiografia
Biografia
Esfera publicitária de Circulação:
Anuncio**
Comercial para radio*
Folder
Parodia
Placa
Publicidade comercial
Slogan
Esfera escolar de circulação:
Cartaz
Dialogo**
Exposição oral*
Mapa
Resumo
Esfera produção de Circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera literária de Circulação
conto
crônica
fabula
Historia em quadrinhos
Poema
Esfera jornalística de Circulação
Anuncio classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de filme
Esfera jornalística de Circulação
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*
Telenovela*
Videoclipe*
CONTEÚDOS BÁSICOS P-2
Esfera social de circulação e seus gêneros textuais:
Esfera cotidiana de circulação:
Comunicado
Curriculum vitae
Exposição oral*
Ficha de inscrição
Lista de compras
Piada***
Telefonema*
Esfera jurídica de circulação:
Boletim de ocorrência
Contrato
Lei
Oficio
Procuração
requerimento
Anuncio***
Comercial para televisão
Esfera publicitária de circulação:
Anuncio***
Comercial para televisão*
Folder
Inscrições em muro
Propaganda**
Publicidade Institucional
slogan
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de opinião*
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instruções de uso
Manual técnico
Regulamento
Esfera literária de circulação:
Contacão de historia*
Conto
Peça de teatro
Romance
Sarau de poema*
Esfera jornalística de circulação:
Artigo de opinião
Boletim do temo**
Carta ao leitor
Entrevista** noticia**
Obituário
Reportagem***
Esfera midiática de circulação:
Aula virtual
Conversação Chat
Correio eletrônico(e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
**Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
Oralidade
• Tema do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Conteúdo temático;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Fatores de textualidade centradas no texto
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetirão, recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto
Diferenças e semelhanças entre discurso coral e escrito.
PRATICA DISCURSIVA:
LEITURA
Fatores de textualidade centradas no leitor:
• Conteúdo temático;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
Operadores argumentativos;ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras
nas expressões que denotam ironia e humor no texto.
-léxico
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguisticas: coesão coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos.
Partículas conectivas do texto.
PRATICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Concordância verbal/nominal;
Ortografia.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das
palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e / ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
Marcas linguisticas, coesão e coerência;
Ortografia concordância verbal e não verbal.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto; situcionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo
Elementos extralinguísticos;
Adequação do discurso ao gênero; turnos de fala;
Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA:
Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no
Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),figuras de linguagem;
Fatores de textualidade centradas no texto:
• Intertextualidade
• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos;
• Partículas conectivas básicas do texto; elementos textuais;
• Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais.
•
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade do texto;
• Situacionalidade do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Acentuação gráfica;
• Concordância verbal/nominal.
• ortografia
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas ou explicitas;
Marcas lingüística
Acentuação gráfica
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
Serão referenciadas também a historia e cultura Afro-brasileira e Africana, bem como a
indígena conforme explicita a Lei 11645/98. e os temas sociais contemporâneos,
conforme os cadernos da SEED.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Estrangeira Moderna (Inglês ou Espanhol) esta pautado nas
Diretrizes Curriculares Estaduais as quais definem o processo para o desenvolvimento
das atividades. O ensino de LEM em uma visão contemporânea que concebe a língua
como discurso e não apenas estrutura, precisa ser realizado de forma que proporcione
aos alunos e alunas a maior compreensão sobre as praticas de leitura, oralidade e escrita.
A sala de aula será um espaço de construção de significados, de exercer a leitura,
reflexão e produção oral e escrita dos gêneros trabalhados.
Em relação ás temática referentes aos desafios Educacionais Contemporâneos o
ponto de partida das aulas em LEM será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de
linguagem em uso. Abordando os vários gêneros textuais, a partir de atividades
diversificadas, analisando sua função, sua composição, como é feita a distribuição de
informações, e o grau destas informações, etc. Partindo deste ponto, o ensino deixa de
priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Porém
trazendo sempre uma problematização que desperte o interesse do aluno em busca de
conhecimentos linguísticos e culturais percebendo as práticas sociais em que estão
inseridas, desenvolvendo uma visão analítica e critica.
O trabalho com a leitura texto deverá apresentar várias possibilidades de leitura,
não trazendo em si um sentido pré-estabelecido pelo seu autor. Um trabalho que vá além
da leitura superficial, linear, onde se encontra com facilidade no próprio texto a resposta
que procura, mas sim uma leitura construtiva, que utilize os conhecimentos prévios dos
alunos, não apresentando respostas apenas no texto, construindo assim leitores mais
críticos.
Utilizando textos de literatura, devemos propor atividades que colaborem que os
alunos os percebam como praticas sociais, as reflexões sobre a ideologia e a construção
da realidade fazem parte da produção do conhecimento, dependente do contexto e das
relações de poder.
O estudo gramatical terá seu papel relacionando-se com o entendimento de
procedimentos para construir significados usados no estudo da Língua Estrangeira
tornando-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados
possíveis das estruturas apresentadas. Devendo estar aliada ao conhecimento discursivo,
ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas
dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Muitas vezes apresenta se aos alunos uma cultura estereotipada da língua
estudada, deve se perder estes estereótipos culturais trabalhando textos diversificados
que possibilitem uma discussão e construção de uma visão mais ampla sobre a cultura de
cada região. Construindo assim leitores com uma visão mais critica de textos
apresentados.
Expor os alunos a praticas de oralidade, com textos de diferentes discursos levar o
aluno a aprender a expressar suas ideias na Língua Estrangeira, apresentando se
adequadamente em diversas situações.
Tratando da pratica escrita o aluno deve ter conhecimento de que sua produção é
significativa, tem um objetivo a ser alcançado, ele esta escrevendo para alguém, por isso
deve se ter um objetivo claro, pois quando se escreve, escreve se para alguém e este
alguém terá que compreender nossa ideia, para isso o aluno deve expor suas ideias
claramente.
O ensino da Língua Espanhola será articulado com as demais disciplinas do
currículo para relacionar os vários conhecimentos, possibilitando uma maior compreensão
dos temas estudados. Estas atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao
aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos
discursos apresentados. Relacionando assim o gênero estudado com o meio em que
circula, influencia cultural, variedade linguística, etc.
Para atender as leis nº. 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino dos
conteúdos relacionados a Historia e Cultura Afro-Brasileira e Cultura dos povos Indígenas,
a Educação do Campo, as Questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios
Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental lei nº. 9795/99, prevenção ao Uso
indevido de drogas, Enfrentamento á Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos
e Educação fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA lei
nº. 11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o PEP -
Prontidão Escolar Preventiva, serão trabalhados nas duas series quando professor(a)
abordar as temáticas dos textos.
Estes temas devem estar articulados aos conteúdos da disciplina. Como em Língua
Materna e Língua Estrangeira trabalhamos com os textos não apenas seus elementos
composicionais e marcas linguísticas, mas, principalmente, a temática então, dentro de
cada tema, a (o) professora (o) deve observar o que se encaixa em sua disciplina.
O ensino de uma língua estrangeira vai muito além da aquisição de um conjunto de
habilidades linguísticas, pois promove uma apreciação dos costumes e valores de outras
culturas e contribui para o desenvolvimento da própria cultura por meio da compreensão
da cultura estrangeira, leva a uma melhor compreensão cultura do aluno e à aceitação de
diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento.
Os conhecimentos linguísticos trabalhadas serão utilizados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos voltada sempre para a interação verbal. Selecionando assim
conteúdos a partir das dificuldades dos alunos, aumentando e orientando a pratica em
sala de aula.
Procurando envolver os alunos em situações concretas de uso da língua, de modo
que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se
deseja alcançar, pois, a escola é sim um lugar original de comunicação.
Ao inserir a diversidade de gêneros nas práticas didáticas da escola, coloca-se o
aluno em contato com gêneros textuais que são produzidos fora da escola, em diferentes
áreas de conhecimento, para que ele reconheça as particularidades do maior número
possível deles, e possa preparar-se para usá-los de modo competente quando estiver em
espaços sociais não escolares.
Explorar a diversidade textual, aproximar o aluno das situações originais de
produção dos textos não escolares, como situações de produção de textos jornalísticos,
científicos, literários, médicos, jurídicos, etc. Essa aproximação proporcionará condições
para que o aluno compreenda como nascem os diferentes gêneros textuais, apropriando-
se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que facilitará o domínio que deverá ter sobre
eles na língua estudada.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Avaliar é determinar a valia ou o valor de; apreciar ou estimar o merecimento de;
fazer a apreciação; ajuizar. Por tanto, a avaliação escolar está inserida em um amplo
processo, o processo de ensino/aprendizagem.
Conforme as Dce, ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se
favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do
professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se
encontra no percurso pedagógico.
A avaliação do aluno será diária, considerando a participação do mesmo nas
atividades tanto oral, escrita, compreensão de textos escritos e orais e vai subsidiar
discussões.
A avaliação será realizada de maneiras diversificadas para desenvolver seu
conhecimento nas diversas áreas, ora na produção de textos relacionados ao gênero
estudado, ou apresentação de conteúdos relacionados ao gênero, interpretação oral ou
escrita.
Critérios de avaliação
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
• Realize de leitura compreensiva do texto;
• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Tenha percepção do ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique da ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
Respeite os turnos de fala. Utilize o discurso de acordo com a situação de
produção (formal/ informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
Organize a sequência de sua fala;
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em
língua materna. do discurso de acordo com a situação de produção (formal/
informal);
Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, filmes, etc.
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas no texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. de leitura
compreensiva do texto;
Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Conforme estabelece o PPP do colégio, ao termino do ano letivo será considerado
promovido o aluno que obtiver média anual maior ou igual a seis (6,0) e frequência anual,
igual ou superior a 75% ( SETENTA E CINCO POR CENTO)
Conforme o regimento escolar do CELEM será oferecido recuperação
concomitante para alunos que não alcance a média 6,0 durante o bimestre, esta será
desenvolvida através de atividades referentes ao gênero estudado abordando outros
métodos de escrita, leitura possibilitando outros meios para o aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMORIM, Vanessa e Magalhães, Vivian. Cem Aulas sem Tédio. Ed. Padre
Reus, 1998.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 9 ed. – São Paulo: Cortez, 1999.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.
LEFFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nocional.
Disponível em: <www.leffa.pro.br/oensle> Acesso em 25 setembro 2010.
CRISTÓVÂO, V.L.L.; NASCIMENTO, E.L. Gêneros Textuais e ensino:
contribuições do interacionismo sócio-discursivo. In KARWOSKI, A. M.;
GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Orgs.). Gêneros Textuais: reflexões e ensino. 2ª
ed. Lucerna: Rio de Janeiro, 2006.
SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim. Os gêneros escolares: Das práticas
de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação, nº11.
1999.
SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola/
tradução e organização. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP:
Mercado de Letras, 2004.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA POLONESA - CELEM
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
O município de São Mateus do Sul foi colonizado por imigrantes poloneses que
aqui chegaram em 1890. Atualmente mais da metade da população do município é
constituída de descendentes dos imigrantes poloneses. Até os dias de hoje os costumes e
as tradições polonesas são bastante fortes entre os descendentes de poloneses.
Diante destes dados referentes à descendência e, segundo as Diretrizes
Curriculares de Língua Estrangeira Moderna (2008), o ensino da língua polonesa no
município justifica-se, pois:
“O ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que podem
ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o
reconhecimento da diversidade cultural”.
Um dos principais objetivos de se ensinar uma Língua Estrangeira Moderna nas
escolas, segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna (2008) é que:
“Os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão
aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se
limitem ao exercício de uma mera prática de formas lingüísticas
descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo”.
Segundo as DCEs, o ensino de língua estrangeira na Educação Básica é
importante pois:
“Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir
que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido”.
Os conhecimentos adquiridos pelos alunos no ensino da língua estrangeira são
importantes pois, segundo as DCEs, além de ajudar no crescimento profissional e em
estudos futuros, também irão contribuir na formação de alunos críticos e transformadores
dentro da sociedade.
FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA
Segundo as DCEs, o ensino de Língua Estrangeira nas escolas públicas do Paraná
deve ser visto não como mero instrumento de acesso à informação, mas como
possibilidade “de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de
construir significados”. (PARANÁ, 2008).
Um importante instrumento utilizado no ensino da Língua Estrangeira é o texto, o
verbal e o não-verbal. O professor deve abordar os vários gêneros textuais, diversificando
as atividades, analisando a função do gênero, sua composição, distribuição de
informações, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, para depois então
trabalhar a gramática. (PARANÁ, 2008).
Um aspecto importante em relação ao ensino de Língua Estrangeira, segundo as
DCEs (2008), é que ele deverá estar articulado com as outras disciplinas do currículo,
fazendo uma relação com as outras áreas do conhecimento. É importante que o aluno
perceba que conteúdos de áreas distintas podem estar relacionados entre si.
A metodologia a ser utilizada nas aulas de polonês será:
- Pratica de leitura de textos de diferentes gêneros;
- Utilização de materiais diversos (fotos, quadrinhos, gravuras, músicas, etc.)
- Análise dos textos, interpretação e compreensão de textos e apresentação de
pequenos textos;
- Entrevistas, cenas de desenhos, reportagem;
- Dramatização de pequenos diálogos;
- Produção textual, revisão textual, reestruturação e reescrita de textos;
- Leitura de textos diversos que permitam ao aluno ampliar o domínio da língua.
CONTEÚDOS BÁSICOS – 1ª e 2ª Séries
1. Leitura
1.1 Identificação do tema e do argumento principal
1.2 Interpretação – observando conteúdo, fonte, intencionalidade e
intertextualidade;
1.3 Linguagem não verbal
2. Oralidade
2.1 Variedades linguísticas
2.2 Intencionalidade do texto
2.3 Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da línguas estudada em
diversos países
3. Escrita
3.1 Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas
3.2 Clareza de ideias
4. Análise Linguística
4.1 Coesão e coerência
4.2 Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, substantivos, preposições,
verbos e outras categorias como elementos do texto.
5. Pontuação
6. Acentuação
7. Vocabulário
AVALIAÇÃO
No processo de avaliação, segundo as DCEs (2008), o erro deve ser visto não
como um entrave no processo de aprendizagem, mas sim como um passo para que a
aprendizagem se concretize. Assim o aluno deverá entender que o erro faz parte do seu
aprendizado.
Além da avaliação processual, evidenciada acima, deverá ser utilizada também a
avaliação diagnóstica e a formativa, respeitando as diferenças individuais e escolares.
Para a avaliação dos alunos nas aulas de polonês serão levados em consideração
os seguintes aspectos:
- Leitura compreensiva de textos;
- Localização de informações explícitas no texto;
- Emissão de opiniões sobre o que foi lido no texto;
- Produção de textos;
- Diferenciação da linguagem formal e informal;
- Utilização adequada dos recursos linguísticos, como pontuação, artigos,
pronomes, etc.
- Conhecimento e ampliação do vocabulário.
Os instrumentos utilizados na avaliação nas aulas de polonês serão a prova oral e
escrita, realização de atividades e a participação nas aulas.
A nota que servirá de parâmetro para a aprovação e reprovação será a média 6,0
(seis).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino
Médio. Curitiba: 2008.
MIODUNKA, Wladyslaw T. Czesc, Jak Sie Masz? Polonês para iniciantes. Brasília:
editora UNB, 2001.
KUCHARCZYK, Janusz. Zaczynam Mówic po Polsku. Lodz: Wydawnictwo. WING,
1999.
SZELC-MAYS, Magdalena. Zielona Muzyka. Krakow: Wydawnictwo Zakonu Pijarow,
2001.