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COLÉGIO ESTADUAL SÃO MATEUS _ ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, PROFISSIONAL E NORMAL. PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Propostas apresentadas por docentes do Colégio Estadual São Mateus_Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal. SÃO MATEUS DO SUL, 2010.

PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · expressividades na estrutura, na cor, na superfície, nas formas, etc. ... Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas:

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO MATEUS _ ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO,

PROFISSIONAL E NORMAL.

PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Propostas apresentadas por

docentes do Colégio Estadual São

Mateus_Ensino Fundamental,

Médio, Profissional e Normal.

SÃO MATEUS DO SUL, 2010.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte do Ensino Fundamental contempla as linguagens das artes

visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por

essa disciplina vem construir a base para a pratica pedagógica.

Na educação o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizadores, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Ao considerar a Arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e da

manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do

trabalho dos sujeitos, na medida em que a Arte é um material imediato, que ultrapassam

os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental no processo de

humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem continuamente e

estabelecem relações entre a arte e a sociedade.

Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que toda

produção artística e cultural é um modo pelo quais os sujeitos entendem e marcam a sua

existência no mundo. Dessa forma, concebem-se as varias instancias de produção

cultural como fonte geradora de significados em arte.

A apropriação dos conhecimentos específicos da Arte se dará, a principio, a partir

da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções artísticas abordadas

pelo professor. Assim ele irá ampliar sua visão de mundo e compreender as instruções de

outros sujeitos. O professor irá desenvolver um processo dialogo com os alunos por meio

da experimentação de materiais e técnicas vinculadas à produção artística que

possibilitará a familiarização com as variadas linguagens artísticas.

O professor contemplará as manifestações e produções artísticas através dos

elementos básicos, contidos em cada linguagem artística.

Artes visuais: explorará as visualidades nos vários formatos destacando as

expressividades na estrutura, na cor, na superfície, nas formas, etc.

Dança: abordar questões acerca das relações entre o movimento e conceitos a

respeito do corpo e da dança.

Linguagem Musical: priorizar a escuta dos sons percebidos identificando suas

propriedades, variações e das maneiras como são distribuídos numa estrutura musical.

Além disso torna-se necessário que os alunos identifiquem as propriedades do

som,timbre, intensidade,altura e duração.

Linguagem Teatral: trabalhar a improvisação e composição no trabalho com

personagens, com espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partirão

tanto de textos literários quanto de narrativas orais e cotidianas.

Desde o período colonial registra-se ensinamentos de arte. Com as reduções

Jesuítas. A cultura popular paranaense teve influencias desta época na musica e no

folclore.

A missão Francesa, assim conhecida por ser um grupo de artistas franceses

trazidos após a família real de Portugal ao Brasil, caracterizava a pedagogia da escola

tradicional, com exercícios de cópia e reprodução de obras consagradas. Esse padrão

estético funde-se com a arte colonial de característica brasileira como o Barroco,

destacando-se obras de Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e na musica do padre

José Mauricio. Esses e outros artistas de origem humilde e mestiça, não recebiam

proteção e renumerada como os estrangeiros.

Esse período foi o fim dos colégios seminários e sua transformação em

estabelecimentos públicos.

No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba, hoje Colégio Estadual do Paraná, a

Escola Normal, atual Instituto de Educação, os quais oferecem, alem de desenho e

pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados, os quais faziam parte da

formação da mulher.

Surge em 1890 a primeira reforma educacional do Brasil Republica, a qual

procuraria atender o modo de produção capitalista, caracterizado pelo inicio da

industrialização do Brasil.

A Semana da Arte Moderna foi um marco importante para a arte brasileira,

influenciando os artistas brasileiros, rompendo com os modos de representação realistas

e direcionando os trabalhos para pesquisa e produção de obras a partir de raízes

nacionais. Em 1948, com o artista e educador Augusto Rodrigues foi criada a 1ª Escolinha

de arte do Brasil, incentivando a expressão individual. Já na década de 1980profissionais

da area se mobilizaram pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de Arte no texto

da LDB,promulgada em 1996.

O ensino da música foi incentivado e tornou-se obrigatório nas escolas publicas no

ensino de 1º e 2º grau desde 1991, tendo como objetivo servir de instrumento para a

formação social. Assim como o ensino de outras modalidades da arte sempre deve estar

voltada para a humanização e o sentido estético e artístico do aluno. A nova LDB

9394/96mantém e assegura a obrigatoriedade do ensino de Arte nas Escolas de

Educação Básica.

Em 1997 foi publicado nos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) que tiveram

como principal fundamentação metodológica as propostas de Ana Mae Barbosa que

relaciona o fazer artístico, a apresentação artística e os conhecimentos históricos. Os

PCN’s então passaram a vigorar, deixando de lado o currículo básico de 1990.

A valorização do ensino da arte acontece de 2003 a 2006 por parte do governo

estadual do Paraná em diversas ações como: Aumento da carga horária de uma para

duas aulas semanais, por séries no ensino fundamental e de duas para quatro aulas no

ensino médio; a construção do quadro próprio do magistério através de concurso público;

aquisição de livros didáticos; elaboração de material através de seminários específicos

aos professores de arte.

Foi lançado o caderno temático da historia e cultura afro-brasileira e da escola no

campo promovendo uma reflexão sobre os mesmos.

Através do incentivos recebidos o ensino da arte que ainda exige reflexões que a

contemplem como área de conhecimento, deixa de ser coadjuvante ao sistema

educacional e passa a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito que faz parte de

uma sociedade. Neste contexto houve grandes avanços para que houvesse uma

transformação no ensino da arte e sua devida valorização.

OBJETIVOS

As diversas formas de manifestações árticas da humanidade revelam também

visões de mundo e valores. Desde o inicio da criação humana, a arte está presente no

cotidiano de varias manifestações culturais.

A manifestação artística tem em comum, com outras áreas do conhecimento, um

caráter de busca, sentido, criação e inovação.

Nessa perspectiva, a arte na escola tem uma função importante a cumprir. Ela situa

o fazer artístico do aluno como fato de humanizado, cultural e histórico, no qual as

características da arte podem ser percebidas nos pontos de interação entre o fazer

artístico dos alunos e o fazer dos artistas de todos os tempos.

Assim a disciplina de Arte terá como objetivos:

• Explorar e desenvolver conhecimentos e habilidades nas artes visuais, dança,

musica e teatro.

• Despertar a criatividade, o senso critico, expressões artísticas e o interesse pelas

artes.

• Estimular a percepção, concentração e a organização motora nos vários ramos

artísticos.

• Despertar o interesse e a curiosidade dos alunos nas diversas manifestações

artísticas.

BASES CONCEITUAIS – TEÓRICAS/PRATICAS DA DISCIPLINA

Quando buscamos definir um novo papel para a Arte na Escola, é importante ter

clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela. Não há

um dizer único universal sobre a Arte e portanto, estamos sempre na situação de ter de

fazer varias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e

metodológicas.

Arte e ideologia: A arte é um produto de conjunto de ideias, crenças e doutrinas próprias

de uma sociedade, de uma época ou classe. A arte não é só ideologia, porem, ela está

presente nas produções artísticas. Como criador, o homem produz novas maneiras de ver

e sentir.

Arte e o seu conhecimento: A arte é organizada e estruturada por um conhecimento

próprio, ao mesmo tempo possui conteúdo social, que tem como objeto o ser humano e

suas múltiplas dimensões. Ao mesmo tempo, ela tem um conteúdo social formado pelos

movimentos e períodos artísticos.

Arte e trabalho criador: A arte é uma forma de trabalho onde ao criar o ser humano se

recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O trabalho artístico

além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se em si

mesma, numa nova realidade,pois “quando o homem cria quando transforma uma

matéria dando-lhe forma ,atribui significados,emoções e a impregna com a presença do

seu próprio existir,captando e configurando-a”. (Ostrower,1987)

Sem a criação e o trabalho, a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O educando

precisa passar pelo fazer artístico.

CONTEÚDOS

5º série

Será dado enfoque nesta série para a estrutura e organização da Arte em suas

origens e outros períodos históricos, o ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena.

Já,em educação ambiental serão abordados temas sobre a preservação e a reciclagem

baseados nas obras de artistas como Frans Krajberg entre outros.

- 5º série – MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

pentatônica, cromática e

improvisação.

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

- 5º série – ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSPonto

Linha

Forma

Cor

Origami

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura,

Escultura, Arquitetura.

História em quadrinhos

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Educação Ambiental

- 5º série – TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSPersonagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços.

Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto,

improvisação,

manipulação, mascara,

etc.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

Educação ambiental

- 5º série – ÁREA DA DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre interrompido).

Rápido e lento

Formação

Formação

Níveis (alto médio e

baixo).

Deslocamento (direito e

indireto)

Dimensões (pequeno e

grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

Pré-História

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

- 6º série

Será dado enfoque nesta serie para a importância de relacionar o conhecimento

com as formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. O ensino da cultura afro-

brasileira, africano, indígena, educação ambiental, enfrentamento a violência e dos

direitos da criança e do adolescente nos conteúdos em que resgatam a temática, a

exemplo dos movimentos e períodos.

- 6º série – MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: Folclórico, indígena,

popular e étnico.

Técnicas: vocal, instrumental,

mista.

Improvisação

Música popular e étnica

(ocidental e oriental)

- 6º série – ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSPonto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz, contraste,

claro/escuro.

Proporção

Tridimensional

Figura e Fundo

Abstrata

Desenhos em perspectiva

Caricatura

Perspectiva

Técnicas: Pintura e escultura

Modelagem, gravura

Gêneros: Paisagem, retrato.

Natureza morta.

Arte indígena

Arte popular brasileira

Paranaense

Renascimento

Barroco

Educação Ambiental

- 6º série – TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSPersonagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação

Leitura dramática

Cenografia

Técnicas: jogos teatrais,

mímicas, improvisação.

Gêneros: Rua. arena

Caracterização

Cenário

Figurino

Expressividade

Comédia dell’arte

Teatro Popular Brasileiro

e Paranaense

Teatro Africano

Meio Ambiente

- 6º série – DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIODOSMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Indígena

Africano

Peso (leve, pesado)

Fluxo (livre interrompido e

conduzido).

Lento, rápido e moderado.

Níveis ( alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular,

étnica.

-7º série

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na

arte. O ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena, educação ambiental,

enfrentamento a violência e os direitos da criança E do adolescente serão aplicados nos

conteúdos em que resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.

- 7º série – MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão

de ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental e mista.

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno.

- 7º série – ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSLinha

Forma

Monocromia

Policromia

Contrastes

Isocromia

Textura

Semelhanças

Desenhos em

perspectiva

Caricatura

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Industrial Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

Meio Ambiente

Superfície

Volume

Cor

Luz

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, áudio-

visual, mista.

Circulo cromático

- 7º série – TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSPersonagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação no

Cinema e Mídias

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação cênica.

Industrial Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Educação Ambiental

- 7º série – DANÇA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MONIMENTOS E PERIODOSMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Direções (frente, lado,

atrás, direita e

esquerda).

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e Espetáculo.

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

- 8º série

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na

arte. O ensino da cultura afro-brasileira, africano, indígena, educação ambiental,

enfrentamento a violência e os direitos da criança E do adolescente serão aplicados nos

conteúdos em que resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.

- 8º série – MÚSICA

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental, mista.

Gêneros: popular,

folclórico, étnico.

Música Engajada

Música Popular brasileira.

Música Contemporânea

- 8º série – ARTES VISUAIS

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSLinha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Ponto

Massa

Espaço

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte,

performance.

Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do

cotidiano.

Passagens

Natureza morta

Ilusão Geométrica

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-

americana

Hip Hop

Educação Ambiental

- 8º série – TEATRO

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS Personagem:

Expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo,

jogos teatrais, direção,

ensaio, Teatro-Fórum.

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas

Meio Ambiente

Iluminação

Figurino

- 8º série – DANÇA -

ELEMENTO FORMAL COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOSMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e

longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance

moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ENSINO MÉDIO

Será dado enfoque nas séries do ensino médio o caráter criativo da arte, a ênfase

é na arte como ideologia e fator de transformação social. O ensino da cultura afro-

brasileira, africano, educação ambiental, indígena, educação ambiental, enfrentamento a

violência e os direitos da criança e do adolescente serão aplicados nos conteúdos em que

resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos.

1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Intensidade

Altura

Ritmo

Melodia

Música Ocidental

Música Oriental

Duração

Timbre

Densidade

Escalas: diatônica, pentatônica,

cromática...

Gêneros: popular, folclórico,

clássico...

Técnicas: vocal, instrumental,

mista

Música Popular

Música popular Brasileira

2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escrita Musical

Gêneros: clássico, popular,

étnico

Técnicas: vocal, instrumental,

mista

Música Ocidental e Oriental

Música Popular e Étnica

Indústria Cultural

Música Contemporânea

Hip Hop

3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA MÚSICA

Elementos

Formais

Composição Movimentos e Períodos

Intensidade

Altura

Duração

Timbre

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Modos: tonal, modal, atonal

Técnicas: vocal, instrumental,

mista, improvisação

Música Engajada

Música Minimalista

Rap, Funk, Tecno

Música Experimental

1º ANO / ENSINO MÉDIO- ARTES VISUAIS

Elementos

formais

Composição Movimentos e

Períodos

Linha

forma

superfície

volume

Luz

Cor

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva...

Técnica: pintura, desenho, gravura,

escultura, história em quadrinhos...

Gênero: paisagem, cenas do cotidiano,

cenas históricas...

Arte Pré-Histórica

Arte Pré - Colombiana

Arte Pré - Cabralina

Arte Latino Americana

Renascimento

Muralismo

Hip Hop

2º ANO / ENSINO MÉDIO - ARTES VISUAIS

Elementos formais Composição Movimentos e

Períodos

Linha

forma

superfície

volume

Luz

Cor

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva...

Técnica: pintura, grafitti desenho,

gravura, escultura, modelagem,

colagem...

Gênero: paisagem, retrato cenas do

cotidiano, cenas históricas...

Arte Popular

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Indígena

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Indústria Cultural

3º ANO / ENSINO MÉDIO – ARTES VISUAIS

Elementos

corporais

Composição Movimentos e

Períodos

Linha

forma

superfície

Bidimensional

Tridimensional

Figura – fundo

Arte Ocidental

Arte Oriental

Vanguardas

volume

Luz

Cor

Figurativo

Abstrato

Semelhanças

Contraste

Deformação

Estilização...

Técnica: escultura, pintura, fotografia,

arquitetura, vídeo, performance,

instalação, móbiles...

Gêneros: Paisagem, paisagem urbana,

cenas do cotidiano, religiosa, histórica...

Artísticas

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

Indústria Cultural

1º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA

Elementos

corporais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

kinesfera

movimentos articulares

ponto de apoio

rolamento

lento, médio e rápido

níveis

deslocamento

direções

planos

coreografia

gêneros: étnica e popular

Pré – história

Greco – Romana

Medieval

Dança popular

Dança brasileira

Dança Africana

Dança Indígena

2º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA

Elementos

corporais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal

Tempo

Peso

Salto e Queda

Lento, médio e rápido

Aceleração e desaceleração

Dança Brasileira

Dança Paranaense

Indústria Cultural

Hip Hop

Espaço Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gênero : espetáculo , folclórico e

salão

3º ANO / ENSINO MÉDIO - DANÇA

Elementos

corporais

Composição Movimentos e Períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Fluxo

Eixo

Giro

Lento, médio e rápido

Aceleração e desaceleração

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gênero: indústria cultural e salão

Dança Clássica

Dança Moderna

Dança Contemporânea

Indústria Cultural

Vanguardas

1º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e

indireto, mímica e pantomima...

Gêneros: tragédia, comédia...

Sonoplastia

Teatro Greco-

Romano

Teatro Essencial

Teatro Popular

Commédia Dell'arte

2º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e

indireto, ensaio...

Gêneros: drama e épico, popular...

Sonoplastia

Cenografia e iluminação

Figurino

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro

Renascentista

Teatro Latino-

Americano

3º ANO ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

Períodos

personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e

indireto, ensaio, Teatro-Fórum...

Gêneros: tragédia e comédia, drama, circo...

Roteiro

Enredo

Trilha sonora e sonoplastia

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Indústria Cultural

METODOLOGIA

A apropriação dos conhecimentos específicos da Arte se dará a principio, a partir

da sua realidade cultural, na interação do aluno com as produções/manifestações

artísticas abordadas pelo professor. Assim ele se irá ampliar sua visão de mundo e

compreender as construções de outros sujeitos. O professor irá desenvolver um processo

de dialogo com os alunos por meio da experimentação de materiais e técnicas vinculadas

à produção artística que possibilitara a familiarização com as variadas linguagens

artísticas. O professor contemplara as manifestações e produções artísticas através de

elementos básicos, contidos em cada linguagem artística.

Artes visuais: explorará as visualidades nos vários formatos destacando as

especificidades na estrutura, na cor, na superfície, nas formas, etc.

Dança: abordar questões acerca das relações entre o movimento e conceitos a

respeito do corpo e da dança.

Musica: priorizar a escuta consciente dos sons percebidos identificando suas

prioridades, variações e as maneiras como são distribuídas numa estrutura musical.

Teatro: trabalhar a improvisação e composição no trabalho com personagens, com

personagens, com espaço da cena e com o desenvolvimento de temáticas que partirão

tanto de textos literários quanto as narrativas orais e cotidianas.

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no

processo de ensino-aprendizagem.

A avaliação terá como caráter diagnóstico e possibilitara ao aluno avaliar o seu

desempenho a partir das informações de vivencia no seu cotidiano.

Devera revelar a aprendizagem através de realização de atividades, produção

artística, analise de obras e artistas, trabalhos de pesquisas, teatros, dramatização,

confecção de cartazes de murais e maquetes.

A forma e a profundidade dos conteúdos irão ser trabalhados a partir do

conhecimento que os alunos possuem, respeitando a individualidade de cada um. Para

possibilitar a avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários instrumentos como

o diagnóstico inicial, para que se analise o desenvolvimento do aluno, trabalhos artísticos,

apreciação estética, audição musical, representação dramática, trabalho de pesquisas,

murais, maquetes, etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOZA, A. M. Inquietações e mudanças do ensino da arte. São Paulo: Cortez,

2002.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. São Paulo; Cortez, 1993.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção de conteúdos de

história e cultura afro-brasileira e africanos currículos escolares. Curitiba: SEED – PR,

2005.

PILLAR, A. D. A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,

1999.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.

PARANÁ, Secretaria do Estado e Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção de conteúdos de

história e cultura afro-brasileira e africanos currículos escolares. Curitiba: SEED – PR,

2005.

PILLAR, A. D. A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,

1999.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A escola deve ser um lugar de socialização do conhecimento. Ela tem a função de

oferecer aos alunos acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão

filosófica e do contato com a arte.

Na escola, o conhecimento produzido pela humanidade é veiculado pelos

conteúdos das disciplinas escolares.

Espera-se que estes conhecimentos contribuam para a crítica, formação da

opinião política, compreensão da produção científica, a reflexão filosófica e a criação

artística.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da natureza.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência

do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar experiências técnicas,

conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente.

A historicidade da Ciência está ligada não somente ao conhecimento científico,

mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhe atribui significados

como elemento central do processo de ensino-aprendizagem.

Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa

rede de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante, os conteúdos

científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-

aprendizagem.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos

escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a

zona de desenvolvimento proximal do estudante, através de um processo de interação

social em que o professor de Ciências é o participante que já internalizou significados

socialmente compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com

que o aprendiz também venha a compartilhá-los.

OBJETIVO GERAL

Proporcionar através do ensino de Ciências a compreensão da interação existente

entre o mundo físico e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e

construir seus conhecimentos, permitindo assim aos alunos estabelecer relações entre o

mundo natural, o mundo construído pelo homem, e suas relações cotidianas.

Orientar uma tomada de consciência por parte dos alunos e consequentemente

influenciar em sua tomada de decisões, como sujeitos e agentes transformadores.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que identifi-

cam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados funda-

mentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências considera a relevância dos mes-

mos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da

identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a in-

tegração conceitual dos saberes científicos na escola.

Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das

diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre

outras.

A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos selecio-

nados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciên-

cias. Essas inter-relações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes.

CONTEÚDOS

5ª série / 6º ano

Conteúdo

Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia Universo Formação do UniversoSistema Solar Formação do Sistema Solar

Idade do Sistema Solar

Localização do Sistema Solar em nossa

GaláxiaMovimentos

Terrestres e Celestes

Rotação

Translação

Estações do ano

Dias e noites

*Astronomia indígena Astros Estrelas

Planetas

Planetas anões

Satélites naturais

Anéis

Meteoros

Meteoritos

Cometas

Matéria Constituição da

matéria

Conceito de matéria

Camadas atmosféricas

Crosta terrestre

Manto terrestre

Núcleo terrestre

Solos

Rochas

Minerais

Água

Composição (atômica) da água

Estrutura química da célula

Sistemas

Biológicos

Níveis de

Organização

Autótrofo

Heterótrofo

Célula Fotossíntese

Energia Formas de energia Energia eólicaConversão de

energia

Ciclos de matéria

A interferência da energia luminosa nos

seres vivos

Fontes de energia

Transmissão de

energia

Mudanças de estados físicos

Biodiversidade Organização dos

seres vivos

Comunidade

População

*Prevenção ao uso de drogas

Ecossistemas

Conceito de biodiversidade

Ecossistemas – Dinâmica e

características

*Desenvolvimento sustentável

* Educação AmbientalInterações

ecológicas

Interações ecológicas

Sucessões ecológicas

Cadeia alimentar

Seres autótrofos e heterótrofos

Origem da vida Conceito de biodiversidade

6ª série / 7º ano

Conteúdo Es-

truturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia

Sistema Solar Composição do Sistema Solar

Astros do Sistema SolarMovimentos Terres-

tres e Celestes

Fases da lua

Matéria Constituição da maté-

ria

Composição do Planeta Terra Primitivo

A Terra antes do surgimento da vida

Atmosfera terrestre primitiva

Sistemas Bioló-

gicos

Níveis de Organização

Unicelular

Pluricelular

Procarionte

Eucarionte

Autótrofo

Heterótrofo

Célula Teoria celular

Tipos celulares

Mecanismos celulares

Estrutura celular

Respiração celular

Morfologia e Fisiologia

dos seres vivos

Características gerais dos seres vivos

Órgãos e sistemas animais e vegetais

Sistema reprodutor

*Relações etnicorraciaisEnergia

Conversão de ener-

gia

A interferência da energia luminosa para os se-

res vivos

Biodiversidade Organização dos seres

vivos

Diversidade das espécies

Extinção das espécies

*Educação AmbientalSistemática Classificação dos seres vivos

Categorias taxonômicas

Filogenia

Ecossistemas Conceito de biodiversidade

*Desenvolvimento sustentável

Interações Ecológi-

cas

Cadeia alimentar

Origem da vida Teoria sobre o surgimento da vida

Geração espontânea

7ª série / 8º ano

Conteúdo

Estruturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia Universo Galáxias

Movimentos das galáxias

Nebulosas

Buracos Negros

Lei de Hubble

Idade do Universo

Escala do UniversoMatéria Constituição da

matéria

Compostos orgânicos ( constituição dos seres

vivos)

Estrutura química das célulasSistemas

Biológicos

Níveis de

organização

Níveis de organização dos seres vivos (células,

tecidos, órgãos, sistemas e organismo).

Célula Tipos celulares (unicelular e pluricelular)

Estrutura celularMorfologia e

Fisiologia dos seres

vivos

Estrutura e funcionamento dos tecidos

Tipos de tecidos

Órgãos e sistemas do corpo humano:

Sistema digestório

Alimentação

*Influência dos costumes alimentares africanos

e indígenas

Sistema cardiovascular

Sistema respiratório

Sistema sensorial

Sistema excretor

Sistema urinário

Sistema endócrino

Sistema nervoso

* Gênero e diversidade sexual

*Drogas: efeitos no organismo, prevenção e

violência na escola.Mecanismos da

herança genética

Divisão celular ( mitose e meiose)

Energia Formas de energia Energia Química

Energia Térmica

Energia Mecânica

Energia LuminosaBiodiversidade Evolução dos seres

vivos

Teorias evolutivas

8ª série / 9º ano

Conteúdo Es-

truturante

Conteúdo Básico Conteúdo Específico

Astronomia Astros Geocentrismo

HeliocentrismoMovimentos Terres-

tres e Celestes

Eclipse do Sol

Eclipse da Lua

Fases da lua

Constelações

*Astronomia indígenaGravitação universal Leis de Kepler

Leis de Newton

Marés

Matéria Constituição da matéria

Átomo

Modelo atômico

Elementos químicos

Íons

Ligações químicas

Substâncias

Reações químicas

Funções químicas inorgânicas

Ácidos

Sais

Bases

Óxidos

Lei da Conservação da Massa

Compostos orgânicos

Propriedades da maté-

ria

Massa

Volume

Densidade

Compressibilidade

Elasticidade

Divisibilidade

Indestrutibilidade

Impermeabilidade

Maleabilidade

Ductibilidade

Flexibilidade

Elasticidade

Permeabilidade

Condutibilidade

Dureza

Tenacidade

Cor, brilho, sabor, textura e odor

Sistemas Bioló-

gicos Morfologia e Fisiologia

dos seres vivos

Sistema reprodutor

Mecanismo de He-

rança Genética

Cromossomos

Gene

DNA

RNA

Mitose

Meiose

*Relações etnicorraciais e afrodescendênciaEnergia Formas de energia Energia Mecânica

Energia térmica

Energia luminosa

Energia nuclear

Energia elétrica

Energia química

Energia eólicaConversão de ener-

gia

Eletromagnetismo

Conservação de energia potencial em cinética

Movimentos

Velocidade

Aceleração Colisões

Trabalho

Potência

Fontes de energia renováveis e não- renová-

veisTransmissão de

energia

Irradiação

Convecção

Condução

Sistemas de transmissão de energia

Leis de Newton

Máquinas simples

Sistemas mecânicos

Equilíbrio de força

Mudanças de estado físicoBiodiversidade Interações ecológicas Ciclos Biogeoquímicos

METODOLOGIA

O Colégio Estadual São Mateus oportuniza três aulas semanais de Ciências para

as turmas de 5ª, 6ª e 8ª séries e quatro aulas semanais para as turmas de 7ª série.

O ensino de Ciências deve proporcionar condições para que o aluno seja capaz de

identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-los, planejar e executar ações para

investigá-los, analisar e interpretar os dados e propor soluções, construindo dessa forma,

o seu próprio conhecimento.

O aprendizado dos estudantes começa muito antes do contato com a escola, por

isso, aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de

vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre uma história anterior.

Há, no entanto, uma diferença entre o aprendizado anterior e o aprendizado esco-

lar. O primeiro não é sistematizado, o segundo é, além disso, este objetiva a aprendiza-

gem do conhecimento científico e produz algo fundamentalmente novo no desenvolvimen-

to do estudante.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar impli -

ca a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o conhecimento anterior

do estudante, construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana,

num primeiro momento, deve ser valorizado.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados.

Isso põe o processo de construção de significados como elemento central do processo de

ensinoaprendizagem.

Por meio dessa mediação, quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e

contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna

de significados (internalização) e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo.

Os conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida

pelo professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem estabelecer

relações e interdisciplinares contextuais, envolvendo desta forma, conceitos de outras dis-

ciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.

Os temas serão abordados por meio de uma linguagem simples, mas precisa, esta-

belecendo um diálogo com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades, o livro

didático será utilizado para enriquecer o conteúdo através da leitura e interpretação dos

textos. Sempre que necessário, são retomados assuntos que fazem parte do conhecimen-

to prévio do aluno, objetivando a integração entre o saber e o fazer.

A intenção é que o aluno consiga refletir sobre atitudes e valores relativos ao ambi-

ente em que vive para poder compreendê-lo e nele intervir e que a partir das atividades

trabalhadas em sala de aula ele estabeleça interesse sobre os temas tratados com novas

possibilidades de ampliar as discussões propostas.

No processo ensinoaprendizagem serão utilizados diferentes recursos que possibi-

litem melhor a articulação dos conteúdos, como:

• recursos pedagógicos/tecnológicos: livro didático, texto de jornal, revista científica, figu-

ras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológi-

cos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento

embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador;

• de recursos instrucionais: organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, gráfi -

cos, tabelas, infográficos, entre outros.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pe-

dagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problemati -

zadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a

atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o

lúdico, entre outros.

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo

conteúdo, utiliza-se a problematização para possibilitar a aproximação entre o conheci-

mento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende en-

sinar.

A relação contextual é uma forma de articular o conhecimento científico com o con-

texto histórico e geográfico do estudante, com outros momentos históricos, com os inte-

resses políticos e econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento dis-

ciplinar seja potencialmente significativo.

A relação interdisciplinar como elemento da prática pedagógica considera que mui-

tos conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteú-

dos e isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por di-

ferentes disciplinas escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando con-

ceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do

conteúdo de outra.

Através da atividade de pesquisa o aluno irá evidenciando a compreensão crítica

do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.

Também a leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre

os estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.

Serão realizados trabalhos em grupo, oferecendo ao aluno a oportunidade de tro-

car experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias,

desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa.

A observação é um elemento que estimula, no estudante, a capacidade de obser-

var fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre os mes-

mos. Por outro lado, permite que o professor perceba as dificuldades individuais de inter-

pretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais.

A inserção de atividades experimentais é importante que essas práticas proporcio-

nem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala.

Os recursos instrucionais são instrumentos potencialmente significativos em sala

de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor

em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos

extraídos da observação, das atividades experimentais, das relações contextuais e inter-

disciplinares, entre outros.

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo utilizar-se

de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse,

permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta

interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo

estudante.

Ao elaborar o plano de trabalho docente, o professor deverá prever a abordagem

da cultura e história afro-brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas

(Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei 9795/99) e estes temas serão abordados a me-

dida em que o conteúdo programático permitir e em alguns conteúdos específicos.

AVALIAÇÃO

A avaliação é essencial no processo ensinoaprendizagem dos conteúdos científi-

cos escolares e, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudan-

te, deve prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Uma possibilidade de valorização do aspecto qualitativo é a avaliação como prática

pedagógica que compõe a mediação didática entendida como ação, movimento, provoca-

ção na qual professor e aluno coordenam seus pontos de vista, trocam e reorganizam

ideias.

A avaliação é importante no processo ensinoaprendizagem, propiciando uma inte-

ração e construção de significados no qual o estudante aprende.

A compreensão de um conceito científico escolar implica a aquisição de significa-

dos claros, precisos, diferenciados e transferíveis. Ao investigar se houve tal compreen-

são, o professor precisa utilizar instrumentos que possibilitem avaliar, como: prova escrita

individual ou em grupo, pesquisa, relatório; que exijam a máxima transformação do co-

nhecimento adquirido, em que o estudante possa expressar em diferentes contextos a

sua compreensão do conhecimento construído, além de indicar o quanto o nível de de-

senvolvimento potencial tornou-se um nível real.

Avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensinoaprendizagem do

estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escola-

res e do objeto de estudo de ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa

para sua vida.

A avaliação ocorrerá ao longo do processo da aprendizagem, propiciando ao aluno,

múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão dos conteúdos

trabalhados, utilizando critérios e instrumentos que garantam o diagnóstico e

acompanhamento dos avanços e dificuldades dos alunos.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto das

relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse modo, a

considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto nestas diretrizes, a avaliação deverá

valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas ativi-

dades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagó-

gicos e instrucionais diversos. É fundamental que se valorize, também, o que se chama

de “erro”, de modo a retomar a compreensão (equivocada) do estudante por meio de di-

versos instrumentos de ensino e de avaliação.

O “erro” pode sugerir ao professor a maneira como o estudante está pensando e

construindo sua rede de conceitos e significados e, neste contexto, se apresenta como

importante elemento para o professor rever e articular o processo de ensino, em busca de

sua superação (BARROS FILHO e SILVA, 2000).

A recuperação de estudos acontecerá a partir da seleção dos conteúdos que im-

portantes para a formação dos alunos, investindo-se em todas as estratégias e recursos

possíveis para que ele aprenda. A recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao con -

teúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade

de aprendizagem. Nesse sentido a recuperação da nota é simples decorrência da recupe-

ração dos conteúdos.

Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os

avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam,

refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto

de vista.

O professor estabelece critérios e seleciona instrumentos a fim de investigar a

aprendizagem significativa, como mostrado abaixo nas séries indicadas.

5ª série/ 6º ano:

• O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

• O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,

planetas anões, satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.

• A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do

sistema solar.

• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra.

• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da

Lua, com base no referencial Terra.

• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movi -

mentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

• O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como

fenômenos da natureza.

• A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta,

solos, rochas, minerais, manto e núcleo.

• O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta

Terra.

• O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo in-

tegrado.

• A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas for-

mas de manifestação.

• O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.

• A interpretação do conceito de transmissão de energia.

• O entendimento das formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.

• A distinção entre ecossistema, comunidade e população.

• O conhecimento a respeito da extinção de espécies.

• O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção con-

temporânea de energia não renovável.

• A importância de uma alimentação saudável.

• A compreensão dos problemas decorrentes do uso de drogas.

6ª série / 7º ano:

• O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de ener-

gia solar.

• O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida.

• A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes es-

senciais ao surgimento da vida.

• O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.

• O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os ti -

pos celulares.

• A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia

na célula.

• As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos

mecanismos celulares.

• O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com sistemas

endotérmicos e ectotérmicos.

• O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os se-

res vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.

• O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas,

filogenia.

• O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótro-

fos e heterótrofos.

• O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da vida,

geração espontânea e biogênese.

• O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.

• A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo expli -

cativo da constituição dos organismos.

• O conhecimento dos níveis de organização celular.

• O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.

• A compreensão das mudanças que ocorrem na fase da adolescência.

7ª série / 8º ano:

• A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.

• As relações entre as teorias e sua evolução histórica.

• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados,

nebulosas, buracos negros, Lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo).

• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição.

• Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de

como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares.

• O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.

• O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,

respiratório, excretor e urinário.

•A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso, sensorial

e endócrino.

• O entendimento do conceito de energia luminosa.

• O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com

os seres vivos.

• A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infraverme-

lha.

• O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de trans-

missão e armazenamento.

• O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmis-

são e armazenamento.

• O entendimento das teorias evolutivas.

8ª série / 9º ano:

• O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.

• O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.

• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movi -

mentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.

• O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntri -

cas.

• A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos

atômicos.

• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, rea-

ções químicas.

• O conhecimento das Leis da Conservação da Massa.

• O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos or-

ganismos vivos.

• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibili -

dade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, duc-

tibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.

• O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os pro-

cessos de mitose e meiose.

• A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua rela-

ção com a Lei da conservação da energia.

• As relações entre sistemas conservativos.

• O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração,

trabalho e potência.

• O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo.

• O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos,

bem como, as relações interespecíficas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANTO, Eduardo Leite. Ciências Naturais - Aprendendo com o cotidiano. Ed. Moderna.

São Paulo, 2ª edição, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para

a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual São Mateus - Ensino Fundamental-

séries finais.

Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos de

história e cultura afro-brasileita e africana nos currículos escolares. Curitiba. SEED, 2005.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A trajetória da disciplina retratava os fatos ocorridos a partir do século XIX. Com a

proclamação da República veia à tona a discussão sobre as instituições escolares e as

políticas educacionais praticadas pelo antigo regime. Ainda que no final do século

passado, Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse das histórias dos negros,

preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundarias,

praticadas 04 vezes por semana durante 30 minutos. Ao estabelecer relações entre o

surgimento da Educação Física brasileira e a influência da ginástica se identificam o

marco para a constituição histórica da disciplina enquanto componente curricular nas

escolas. As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente

influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos XVIII e XIX,

para atender os objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por

meio de saúde e os sistemas ginásticos, nesse modelo de saúde, os estudos das ciências

biológicas sobre o corpo, embasadas por uma visão mecanicista e instrumental, visavam

com a Educação Física, um controle mais eficiente que resultasse no aumento de sua

eficácia mecânica, por não existir um plano nacional da disciplina, a prática nas escolas

se dava pelo Método Francês de ginástica adotada pelas Forças Armadas e tornado

obrigatório a partir de 1931, onde se consolidou, especificamente no contexto escolar a

partir da Constituição de 1937, utilizada com o objetivo de doutrinação e contenção dos

ímpetos da classe popular enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Alem

desses objetivos, seguiu princípios higienista para um corpo forte e saudável, masculino

robusto delineado para a defesa, as atividades dirigidas à mulher era desenvolver a

harmonia de suas formas e as exigências da maternidade futura.

No Brasil República começou a profissionalização da Educação Física, e até os

anos 60 ficou as políticas públicas limitadas ao desenvolvimento das estruturas

organizacionais e administrativas especificas tais como: Divisão de Educação Física e o

Conselho Nacional de Desportos. Nos anos 70 foram marcados pela ditadura militar, onde

era usada não para fins educativos mas sim para fazer propaganda do governo sendo

todos os ramos de ensino voltados para o esporte de rendimento, a Educação Física

continuou tendo caráter obrigatório na escola pela Lei 5692/71, se instituindo, assim a

integração da disciplina com a atividade escolar regular obrigatória no currículo de todos

os cursos e níveis do sistema de ensino. Na área pedagógica, os fundamentos da

psicomotricidade surgiram com a finalidade de valorizar a formação integral da criança,

centrada na educação pelo movimento fez com que o papel da Educação Física ficasse

subordinado a outras disciplinas escolares.

Em meados dos anos 80, discursos e publicações sob a dominação de

progressistas, dentre as correntes ou tendências progressistas destacam às abordagens.

Desenvolvimentista – defende a ideia de que o movimento é o principal meio e

fim da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras de acordo com uma

sequência de desenvolvimento. Sua base teórica é, essencialmente, a psicologia do

desenvolvimento e aprendizagem.

Construtivista – defende a formação integral sob a perspectiva construtivista

interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Embora

preocupada com a cultura infantil, essa abordagem se fundamenta também na psicologia

do desenvolvimento. Vinculadas às discussões da pedagogia crítica brasileira e às

análises das ciências humanas, sobretudo da Filosofia da Educação e Sociologia, estão

às concepções críticas da Educação Física. O que as diferencia daquelas descritas

anteriormente, é o fato de que estas, descritas abaixo, operam a crítica a partir de sua

contextualização na sociedade capitalista.

Crítico-superadora – se baseia nos pressupostos da pedagogia histórico-critica e

estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como:

o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura Corporal tem

como suporte a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento

acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em

saber escolar. Esse conhecimento é sistematizado em ciclos e tratado de forma

historicizada e espiralada. Isto é, partindo do pressuposto de que os alunos possuem um

conhecimento sincrético sobre a realidade, é função da escola, e neste caso também da

Educação Física, garantir o acesso às variadas formas de conhecimento produzidos pela

humanidade, levando os alunos a estabelecer nexos com a realidade, elevando-os a um

grau de conhecimento sintético. Nesse sentido, o tratamento espiralar representa o

retomar, integrar e dar continuidade ao conhecimento nos diferentes níveis de ensino,

ampliando sua compreensão conforme o grau de complexidade. Por exemplo: um mesmo

conteúdo específico, como a Ginástica Geral, pode ser abordado em diferentes níveis de

ensino, desde que se garanta sua relação com aquilo que já foi conhecido, elevando esse

conhecimento para um nível mais complexo.

A abordagem metodológica crítico-superadora foi criada no início da década de 90

por um grupo de pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivo de Autores.

São eles, Carmen Lúcia Soares, Celi Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho,

Micheli Ortega Escobar e Valter Bracht.

Crítica-emancipatória – Na perspectiva o movimento humano em sua expressão é

considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente em

todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. Nesse

sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma forma de

linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, se tornado sujeito a partir

do reconhecimento de si no outro. Esse processo comunicativo, também descrito como

dialógico, é um ponto central na abordagem crítico-emancipatória. A principal corrente

teórica que sustenta essa abordagem metodológica é a Fenomenologia, desenvolvida por

Merleau Ponty. A concepção crítico-emancipatória foi criada também, na década de 90,

pelo pesquisador Elenor Kunz.

Nos anos 90 o movimento significativo para o estado do Paraná foi elaboração do

currículo básico, está embasado na pedagogia, histórico-crítica da educação, que propôs

um modelo de superação das condições e injustiças sociais. O currículo se caracterizou

de uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar á

formação humana do aluno em todas as suas dimensões.

Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de 1990

quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB nº. 9394/96), o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física, que passaram a

subsidiar propostas curriculares nos estados e municípios brasileiros. O que deveria ser

um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da ideia de

parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas transversais.

No que se refere à disciplina de Educação Física, a introdução dos temas

transversais acarretou sobretudo um esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina.

Temas como ética, meio ambiente, saúde e educação sexual e fiscal tornaram-se

prioridade no currículo, em detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas

corporais historicamente produzidos pela humanidade, entendidos aqui como objeto

principal da Educação Física.

Nesse sentido, as grandes novidades são a inclusão da cultura Afro no currículo.

Ele apresenta uma noção afirmativa da diversidade cultura, como riqueza humana a ser

explorada, fonte de conhecimento e denso material a ser usado, garantir a vivencia da

Educação Física, de forma segura e inclusiva, utilizando-a como instrumento de processo

de desenvolvimento integral e de formação da cidadania é objetivo da educação. Uma

educação que se orienta na perspectiva de provocar transformações pessoais e sociais,

contribuir para construção de uma sociedade mais justa e para uma melhor qualidade de

vida dos cidadãos brasileiros.

É uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação integral do

individuo, relacionando o movimento humano como expressão da identidade corporal,

apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos

desportos, aos jogos, as lutas e as atividades que correspondem ás características

regionais.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do estado do Paraná, entende-se a

escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao

conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu

objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto

ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou

práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir

com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, se

reconhecendo como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social

e cultural.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:

Construir uma atitude crítica e transformadora diante das formas e valores das práticas

da cultura corporal, dentro dos conteúdos esporte, dança, jogos brincadeiras, ginástica e

lutas; promover a vivência de movimentos, através de atividades individuais e em grupo

com ou sem utilização de material; promover a socialização e interação entre professor e

alunos; estimular a atividade e interação entre os alunos; priorizar o conhecimento reela-

borando as ideias e a prática que intensificam a compreensão do aluno, desmistificando

formas já arranjadas sobre as diversas práticas e manifestações corporais para um bom

desempenho de grupos musculares e aprimoramento das funções orgânicas resultando

na melhoria do conhecimento; desenvolvimento psicomotor, observando o limite do corpo,

diferenças individuais e possibilidades de cada um contribuindo nas habilidades motoras e

nas evoluções das aptidões adquiridas; propõe por meio de práticas corporais seja de es-

portes, da dança, da ginástica dos jogos, das brincadeiras e dos brinquedos, além da di -

mensão motriz, levando em conta a multiplicidade de experiências manifestadas pelo cor-

po; proporcionar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inseri-

do; prática da forma natural e correta dos movimentos, gestos e deslocamentos indivi-

duais e em grupo, com ou sem material; oportunizar o desenvolvimento da autonomia

para a prática de atividades físicas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes são definidos como os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de

uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de

estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os

conteúdos estruturantes para a Educação Básica devem ser abordados em complexidade

crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo

múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser

consideradas no processo de ensino-aprendizagem.

Elementos articuladores cultura corporal, Corpo; Ludicidade; Saúde; Mundo do

Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade e Mídia estarão

presentes em todos os conteúdos.

Contemplará a Legislação Vigente

Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana. (Dança e Lutas)

Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas. (Esportes, Jogos/brincadeiras e

Lutas)

Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental. (Esportes)

Lei 11525/2007 – acrescenta & 5º ao art. 32 da lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996,

para incluir o conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo

do ensino fundamental (esportes, jogos e brincadeiras)

Os desafios Educacionais Contemporâneos Cidadania e Educação Fiscal,

Educação em/para os Direitos humanos, Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção

ao uso indevido de Drogas.

CONTEÚDOS DA 5ª SÉRIE

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-Metodológica

Avaliação

Esportes Coletivos e

Individuais

Pesquisar e discutir

questões históricas dos

esportes, como: sua ori-

gem, sua evolução, seu

contexto atual.

Propor a vivência de

atividades pré

desportivas no intuito de

possibilitar o

aprendizado dos

fundamentos básicos

dos esportes e

possíveis adaptações

às regras.

Se espera que o aluno

conheça dos esportes:

• o surgimento de cada

esporte com suas primei-

ras regras;

• sua relação com jogos

populares.

• seus movimentos

básicos, ou seja, seus

fundamentos

Jogos e Jogos e brinca- Abordar e discutir a ori- Conhecer o contexto his-

Brincadeiras deiras populares

Brincadeiras e

cantigas de roda

Jogos de tabu-

leiro

Jogos

cooperativos

gem e histórico dos jo-

gos, brinquedos e brin-

cadeiras.

Possibilitar a vivência e

confecção de brinque-

dos, jogos e brincadei-

ras com e sem materiais

alternativos.

Ensinar a disposição e

movimentação básica

dos jogos de tabuleiro

tórico em que foram cria-

dos os diferentes jogos,

brinquedos e brincadei-

ras, bem como, apropriar-

se efetivamente das dife-

rentes formas de jogar;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico a partir

da construção de

brinquedos com materiais

alternativos

Dança

Danças folclóri-

cas

Danças de rua

Danças criativas

Pesquisar e discutir a

origem e histórico das

danças.

Contextualizar a dança.

Vivenciar movimentos

em que envolvam a ex-

pressão corporal e o rit-

mo.

Conhecimento sobre a

origem e alguns significa-

dos (místicos, religiosos,

entre outros) das dife-

rentes danças;

Criação e adaptação tan-

to das cantigas de rodas

quanto de diferentes se-

quencias de movimentos.Ginástica Ginástica rítmi-

ca

Ginástica cir-

cense

Ginástica geral

Estudar a origem e his-

tórico da ginástica e

suas diferentes manifes-

tações.

Aprender e vivenciar os

Movimentos Básicos da

ginástica (ex: saltos, ro-

lamento, parada de

mão, roda)

Construção e experi-

mentação de materiais

utilizados nas diferentes

modalidades ginásticas.

Pesquisar a Cultura do

Circo.

Conhecer os aspectos

históricos da ginástica e

das práticas corporais cir-

censes;

Aprendizado dos funda-

mentos básicos da ginás-

tica:

• Saltar;

• Equilibrar;

• Rolar/Girar;

• Trepar;

• Balançar/Embalar;

• Malabares.

Estimular a ampliação

da Consciência Corpo-

ral.

Lutas

Lutas de aproxi-

mação

Capoeira

Pesquisar a origem e

histórico das lutas.

Vivenciar atividades que

utilizem materiais alter-

nativos relacionados as

lutas.

Experimentar a vivência

de jogos de oposição.

Apresentação e experi-

mentação da música e

sua relação com a luta.

Vivenciar movimentos

característicos da luta

como: a ginga, esquiva

e golpes.

Conhecer os aspectos

históricos, filosóficos, as

características das dife-

rentes manifestações das

lutas, assim como alguns

de seus movimentos ca-

racterísticos.

Reconhecer as possibili-

dades de vivenciar o lúdi-

co a partir da utilização

de materiais alternativos

e dos jogos de oposição.

CONTEÚDOS DA 6ª SÉRIE

Conteúdos

Estruturante

s

Conteúdos

Básicos

Abordagem

Teórico-Metodológica

Avaliação

Esporte Coletivos

Individuais

Estudar a origem dos di-

ferentes esportes e mu-

danças ocorridas com os

mesmos, no decorrer da

história.

Aprender as regras e os

elementos básicos do

esporte.

Vivência dos fundamen-

tos das diversas modali-

dades esportivas.

Compreender, por meio

de discussões que pro-

Se espera que o aluno

possa conhecer a difusão

e diferença de cada espor-

te, relacionando-as com as

mudanças do contexto his-

tórico brasileiro.

Reconhecer e se apropriar

dos fundamentos básicos

dos diferentes esportes.

Conhecimento das noções

básicas das regras das di-

ferentes manifestações es-

portivas.

voquem a reflexão, o

sentido da competição

esportiva.

Jogos e

brincadei-

ras

Jogos e brinca-

deiras popula-

res

Brincadeiras e

cantigas de

roda

Jogos de tabu-

leiro

Jogos coopera-

tivos

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espaços

nos jogos, brinquedos e

brincadeiras.

Reflexão e discussão

acerca da diferença en-

tre brincadeira, jogo e

esporte.

Construção coletiva dos

jogos, brincadeiras e

brinquedos.

Estudar os Jogos, as

brincadeiras e suas dife-

renças regionais.

Conhecer difusão dos jo-

gos e brincadeiras popula-

res e tradicionais no con-

texto brasileiro.

Reconhecer as diferenças

e as possíveis relações

existentes entre os jogos,

brincadeiras e brinquedos.

Construir individualmente

ou coletivamente dife-

rentes jogos e brinquedos.

Dança

Danças folclóri-

cas

Danças de rua

Danças criativas

Danças circula-

res

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espaços,

na dança.

Experimentação de mo-

vimentos corporais rítmi-

co/expressivos.

Criação e adaptação de

coreografias.

Construção de instru-

mentos musicais.

Conhecer a origem e o

contexto em que se desen-

volveram o Break, Frevo e

Maracatu;

Criação e adaptação de

coreografia rítmica e ex-

pressiva.

Reconhecer as possibilida-

des de vivenciar o lúdico a

partir da construção de ins-

trumentos musicais como,

por exemplo, o pandeiro e

o chocalho.Ginástica Ginástica rítmi-

ca

Ginástica cir-

cense

Ginástica geral

Estudar os aspectos his-

tóricos e culturais da gi-

nástica rítmica e geral.

Aprender sobre as postu-

ras e elementos ginásti-

cos.

Conhecer os aspectos his-

tóricos da ginástica rítmica

(GR);

• Aprendizado dos movi-

mentos e elementos da GR

como:

Pesquisar e aprofundar

os conhecimentos acer-

ca da Cultura Circense.

• saltos;

• piruetas;

• equilíbrios.

Lutas

Lutas de aproxi-

mação

Capoeira

Pesquisar e analisar a

origem das lutas de

aproximação e da ca-

poeira, assim como suas

mudanças no decorrer

da história.

Vivenciar jogos adapta-

dos no intuito de apren-

der alguns movimentos

característicos da luta,

como: ginga, esquiva,

golpes, rolamentos e

quedas.

Apropriação dos aspectos

históricos, filosóficos e as

características das dife-

rentes manifestações das

lutas de aproximação e da

capoeira.

Conhecer a história do

judô, karatê, taekwondo e

alguns de seus movimen-

tos básicos como: as que-

das, rolamentos e outros

movimentos.

Reconhecer as possibilida-

des de vivenciar o lúdico a

partir da utilização de ma-

teriais alternativos e dos jo-

gos de oposição.

CONTEÚDOS DA 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODO-

LÓGICA

AVALIAÇÃO

Esporte Coletivos

Radicais

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espa-

ços, no esporte.

Estudar as diversas

possibilidades do espor-

te enquanto uma ativi-

dade corporal, como: la-

zer, esporte de rendi-

mento, condicionamento

Entender que as práticas

esportivas podem ser vi-

venciadas no tempo/ es-

paço de lazer, como es-

porte de rendimento ou

como meio para melhorar

a aptidão física e saúde.

Compreender a influência

da mídia no desenvolvi-

físico, assim como os

benefícios e os malefí-

cios do mesmo à saúde.

Analisar o contexto do

Esporte e a interferência

da mídia sobre o mes-

mo. Vivência prática dos

fundamentos das diver-

sas modalidades espor-

tivas.

Discutir e refletir sobre

noções de ética nas

competições esportivas.

mento dos diferentes es-

portes.

Reconhecer os aspectos

positivos e negativos das

práticas esportivas.

Jogos e brin-

cadeiras

Jogos e brinca-

deiras populares

Jogos de tabu-

leiro

Jogos dramáti-

cos

Jogos cooperati-

vos

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espa-

ços, nos jogos, brinca-

deiras e brinquedos.

Organização de Festi-

vais.

Elaboração de estraté-

gias de jogo.

Desenvolver atividades

coletivas a partir de dife-

rentes jogos, conhecidos,

adaptados ou criados, se-

jam eles cooperativos,

competitivos ou de tabu-

leiro.

Conhecer o contexto his-

tórico em que foram cria-

dos os diferentes jogos,

brincadeiras e brinque-

dos.

Dança

Danças criativas

Danças circula-

res

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espa-

ços, na dança.

Análise dos elementos e

técnicas de dança

Vivência e elaboração

de Esquetes (que são

pequenas sequencias

cômicas).

Conhecer os diferentes ri-

tmos, passos, posturas,

conduções, formas de

deslocamento, entre ou-

tros elementos que identi-

ficam as diferentes dan-

ças.

Montar pequenas

composições

coreográficas.Ginástica Ginástica rítmi- Recorte histórico delimi- Manusear os diferentes

ca

Ginástica cir-

cense

Ginástica geral

tando tempos e espa-

ços, na ginástica.

Vivência prática das

posturas e elementos

ginásticos.

Estudar a origem da Gi-

nástica com enfoque es-

pecífico nas diferentes

modalidades, pensando

suas mudanças ao lon-

go dos anos.

Manuseio dos elemen-

tos da Ginástica Rítmi-

ca.

Vivência de movimentos

acrobáticos.

elementos da GR como:

• corda;

• fita;

• bola;

• maças;

• arco.

Reconhecer as possibili-

dades de vivenciar o lúdi-

co a partir das atividades

circenses como acroba-

cias de solo e equilíbrios

em grupo.

Lutas

Lutas com ins-

trumento media-

dor

Capoeira

Organização de Roda

de capoeira

Vivenciar jogos de opo-

sição no intuito de

aprender movimentos

direcionados à projeção

e imobilização.

Conhecer os aspectos

históricos, filosóficos e as

características das dife-

rentes formas de lutas.

Aprofundar alguns ele-

mentos da capoeira pro-

curando compreender a

constituição, os ritos e os

significados da roda.

Conhecer as diferentes

projeções e imobilizações

das lutas.

CONTEÚDO 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODO-

LÓGICA

AVALIAÇÃO

Esporte Coletivos

Radicais

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espa-

Apropriação acerca das

regras de arbitragem,

ços.

Organização de festi-

vais esportivos.

Analise dos diferentes

esportes no contexto

social e econômico.

Pesquisar e estudar as

regras oficiais e siste-

mas táticos.

Vivência prática dos

fundamentos das diver-

sas modalidades espor-

tivas.

Elaboração de tabelas e

súmulas de competi-

ções esportivas.

preenchimento de súmu-

las e confecção de dife-

rentes tipos de tabelas.

Reconhecer o contexto

social e econômico em

que os diferentes espor-

tes se desenvolveram.

Jogos e Brin-

cadeiras

Jogos de tabu-

leiro

Jogos dramáti-

cos

Jogos cooperati-

vos

Organização e criação

de gincanas e RPG (Ro-

le-Playing Game, Jogo

de Interpretação de Per-

sonagem), compreen-

dendo que é um jogo de

estratégia e imaginação,

em que os alunos inter-

pretam diferentes perso-

nagens, vivendo aventu-

ras e superando desa-

fios.

Diferenciação dos jogos

cooperativos e competi-

tivos.

Reconhecer a importân-

cia da organização coleti-

va na elaboração de gin-

canas e R.P.G.

Diferenciar os jogos coo-

perativos e os jogos com-

petitivos a partir dos se-

guintes elementos:

• Visão do jogo;

• Objetivo;

• O outro;

• Relação;

• Resultado;

• Consequência;

• Motivação.Dança Danças

criativas

Danças circula-

res

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espaços

na dança.

Organização de festi-

vais de dança.

Reconhecer a importân-

cia das diferentes mani-

festações presentes nas

danças e seu contexto

histórico.

Elementos e técnicas

constituintes da dança.

Conhecer os diferentes ri-

tmos, passos, posturas,

conduções, formas de

deslocamento, entre ou-

tros elementos presentes

no forró, vanerão e nas

danças de origem africa-

na.

Criar e vivenciar ativida-

des de dança, nas quais

sejam apresentadas as

diferentes criações coreo-

gráficas realizadas pelos

alunos.

Ginástica

Ginástica

rítmica

Ginástica geral

Estudar a origem da Gi-

nástica: trajetória até o

surgimento da Educa-

ção Física.

Construção de coreo-

grafias.

Pesquisar sobre a Gi-

nástica e a cultura de

rua (circo, malabares e

acrobacias).

Análise sobre o modis-

mo relacionado a ginás-

tica.

Vivência das técnicas

específicas das ginásti-

cas desportivas.

Analisar a interferência

de recursos ergogêni-

cos (doping).

Conhecer e vivenciar as

técnicas da ginásticas

ocidentais e orientais.

Compreender a relação

existente entre a ginásti-

ca artística e os elemen-

tos presentes no circo,

assim como, a influência

da ginástica na busca

pelo corpo perfeito.

Lutas Lutas com

instrumento

Pesquisar a Origem e

os aspectos históricos

Conhecer os aspectos

históricos, filosóficos e as

mediador

Capoeiradas lutas.

características das dife-

rentes formas de lutas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODO-

LÓGICA

AVALIAÇÃO

Esporte Coletivos

Individuais

Radicais

Recorte histórico delimi-

tando tempos e espa-

ços.

Analisar a possível rela-

ção entre o Esporte de

rendimento X qualidade

de vida. Análise dos di-

ferentes esportes no

contexto social e econô-

mico. Estudar as regras

oficiais e sistemas táti-

cos.

Organização de Campe-

onatos, torneios, elabo-

ração de Súmulas e

montagem de tabelas,

de acordo com os siste-

mas diferenciados de

disputa (eliminatória

simples, dupla, entre

outros). Análise de jo-

gos esportivos e confec-

ção de Scalt. Provocar

uma reflexão acerca do

conhecimento popular X

conhecimento científico

sobre o fenômeno Es-

Organizar e vivenciar ati-

vidades esportivas, traba-

lhando com construção

de tabelas, arbitragens,

súmulas e as diferentes

noções de preenchimen-

to.

Apropriação acerca das

diferenças entre esporte

da escola, o esporte de

rendimento e a relação

entre esporte e lazer.

Compreender a função

social do esporte.

Reconhecer a influência

da mídia, da ciência e da

indústria cultural no es-

porte. Compreender as

questões sobre o doping,

recursos ergogênicos uti-

lizados e questões rela-

cionadas a nutrição.

porte.

Discutir e analisar o Es-

porte nos seus dife-

renciados aspectos: •

enquanto meio de La-

zer. • sua função social.

• sua relação com a mí-

dia.

• relação com a ciência.

• doping e recursos er-

gogênicos e esporte alto

rendimento. • nutrição,

saúde e prática esporti-

va.

Analisar a apropriação

do Esporte pela Indús-

tria Cultural.

Jogos e brin-

cadeiras

Jogos de

tabuleiro

Jogos

dramáticos

Jogos

cooperativos

Analisar a apropriação

dos Jogos pela Indústria

Cultural.

Organização de even-

tos.

Analisar os jogos e brin-

cadeiras e suas possibi-

lidades de fruição nos

espaços e tempos de la-

zer.

Recorte histórico delimi-

tando tempo e espaço.

Reconhecer a apropria-

ção dos jogos pela indús-

tria cultural, buscando al-

ternativas de superação.

Organizar atividades e di-

nâmicas de grupos que

possibilitem aproximação

e considerem individuali-

dades.

Dança Danças

folclóricas

Danças de

salão

Danças de rua

Possibilitar o estudo so-

bre a Dança relacionada

a expressão corporal e

a diversidade de cultu-

ras.

Analisar e vivenciar ati-

vidades que represen-

Conhecer os diferentes

passos, posturas, condu-

ções, formas de desloca-

mento, entre outros

Reconhecer e aprofundar

as diferentes formas de

ritmos e expressões cul-

tem a diversidade da

dança e seus diferencia-

dos ritmos.

Compreender a dança

como mais uma possibi-

lidade de dramatização

e expressão corporal.

Estimular a interpreta-

ção e criação coreográ-

fica. Provocar a reflexão

acerca da apropriação

da Dança pela Indústria

Cultural.

Organização de Festival

de Dança.

turais, por meio da dan-

ça.

Discutir e argumentar so-

bre apropriação das dan-

ças pela indústria cultu-

ral.

Criação e apresentação

de coreografias

Ginástica Ginástica artísti-

ca / olímpica

Ginástica de

Condicionamen-

to

Físico

Ginástica Geral

Analisar a função social

da ginástica.

Apresentar e vivenciar

os fundamentos da gi-

nástica.

Pesquisar a interferên-

cia da Ginástica no

mundo do trabalho (ex.

laboral).

Estudar a relação entre

a Ginástica X sedenta-

rismo e qualidade de

vida.

Por meio de pesquisas,

debates e vivências prá-

ticas, estudar a relação

da ginástica com: tecido

muscular, resistência

muscular, diferença en-

tre resistência e força;

Organizar eventos de gi-

nástica, na qual sejam

apresentadas as dife-

rentes criações coreográ-

ficas ou sequencia de

movimentos ginásticos

elaborados pelos alunos.

Aprofundar e compreen-

der as questões biológi-

cas, ergonômicas e fisio-

lógicas que envolvem a

ginástica. Compreender a

função social da ginásti-

ca.

Discutir sobre a influência

da mídia, da ciência e da

indústria cultural na gi-

nástica. Compreender e

aprofundar a relação en-

tre a ginástica e trabalho.

tipos de força; fontes

energéticas, frequência

cardíaca, fonte metabó-

lica, gasto energético,

composição corporal,

desvios posturais, LER,

DORT, compreensão

cultural acerca do cor-

po, apropriação da Gi-

nástica pela Indústria

Cultural entre outros.

Analisar os diferentes

métodos de avaliação e

estilos de testes físicos,

assim como a sistemati-

zação e planejamento

de treinos.

Organização de festival

de ginástica.Lutas Lutas com apro-

ximação

Lutas que man-

têm à distancia

Lutas com ins-

trumento media-

dor

Capoeira

Pesquisar, estudar e vi-

venciar o histórico, filo-

sofia, características

das diferentes artes

marciais, técnicas, táti-

cas/ estratégias, apro-

priação da Luta pela In-

dústria Cultural, entre

outros.

Analisar e discutir a di-

ferença entre Lutas x

Artes Marciais.

Estudar o histórico da

capoeira, a diferença de

classificação e estilos

da capoeira enquanto

Conhecer os aspectos

históricos, filosóficos e as

características das dife-

rentes manifestações das

lutas.

Compreender a diferença

entre lutas e artes mar-

ciais, assim como a apro-

priação das lutas pela in-

dústria cultural.

Apropriar-se dos conheci-

mentos acerca da ca-

poeira como: diferencia-

ção da mesma enquanto

jogo/dança/luta, seus ins-

trumentos musicais e mo-

jogo/luta/dança, musica-

lização e ritmo, ginga,

confecção de instru-

mentos, movimentação,

roda etc.

vimentos básicos.

Conhecer os diferentes

ritmos, golpes, posturas,

conduções, formas de

deslocamento, entre ou-

tros.

Organizar um festival de

demonstração, no qual

os alunos apresentem os

diferentes tipos de gol-

pes.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física, tratado nas

Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos –

esporte; dança; ginástica; lutas; jogos, brinquedos e brincadeiras – a Educação Física tem

a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir

criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação

e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação

e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de

conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas

reflexões. Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da

Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na

desportivização das práticas corporais.

As atividades de educação física se desenvolverão através de aulas teóricas e

práticas, procurando produzir uma cultura escolar que mobilize práticas que afirmem

valores e sentidos que ampliem as possibilidades, evitando formas de discriminação,

segregação e competição exacerbadas. Os conteúdos específicos serão desenvolvidos

de 5ª a 8ª série, tendo como referência os conteúdos estruturantes elevando para todas

as séries fundamentais e do ensino médio.

As aulas serão realizadas no Ginásio poliesportivo, canchas de areias e no pátio dentro

da área de domínio do Colégio.

Serão utilizados os seguintes recursos didáticos e tecnológicos : Paraná Digital

(Laboratório de informática), Tv Pendrive e Livro didático público (Educação Física).

AVALIAÇÃO

Diante das discussões desenvolvidas nas Diretrizes, é necessário entender que a

avaliação em Educação Física, a luz dos paradigmas tradicionais, como o da

esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, são

insuficientes para a compreensão do fenômeno educativo em uma perspectiva mais

abrangente. Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os

aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos,

destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à

classificação dos alunos.

Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação,

sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das

vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Mesmo havendo ocasiões

em que se deem oportunidades para os alunos se recuperarem, a preocupação recai em

rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota.

A Educação Física, a partir da referência positivista e da esportivização, procurou

distinguir os melhores, mais habilidosos, daqueles piores, que não apresentavam a

habilidade esperada, tudo isso considerando o entendimento do professor sobre o que

seria certo ou errado. Essa concepção chegou ao ápice quando alguns professores de

Educação Física se apropriaram de testes padronizados para selecionar estudantes das

escolas públicas para comporem um grupo de “atletas”. Nessa perspectiva, a avaliação

era, e por muitas vezes continua a ser, aplicada como verificação físico-motora do

rendimento dos alunos-atletas.

Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e

Educação Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação

começou a ganhar novos contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias

que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e

seletivos. Esses estudos têm conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento,

buscando novas formas de compreensão dos seus significados no contexto escolar. É a

partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas nas

Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação

no contexto escolar. O objetivo é favorecer uma maior coerência entre a concepção

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação

deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o

conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. É

preciso questionar em que medida o professor compreende e valoriza manifestações

diferentes dos alunos diante de tarefas de aprendizagem? Estará esse professor

buscando uniformidade nas respostas deles ou os provocando a diferenciadas formas de

expressão ou alternativas de solução às “charadas” propostas?

Ainda, a avaliação deve estar vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, e

o Regimento Escolar de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo

docente. Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando

o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:

Comprometimento e Envolvimento – Se os alunos entregam as atividades propostas pelo

professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos

e regras; se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem

desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo

soluções para as divergências; se os alunos se mostram envolvidos nas atividades, seja

através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo destes critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo

contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº. 9394/96, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas

corporais, como a ginástica; o esporte; os jogos, brinquedos e brincadeiras; a dança; e as

lutas.

A avaliação deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos,

constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas

durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo

pedagógico, com objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os

acertos e ainda superem as dificuldades constatadas. No primeiro momento da aula, ou

do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer as experiências individuais e

coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos, problematizando-as. É quando

surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as

experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo

que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias formas, como: diálogo em grupos,

dinâmicas, jogos, dentre outras. No segundo momento da aula, é quando o professor

propõe atividades correspondentes à apreensão do conhecimento. A avaliação deve se

valer de um apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e

técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de

criação, de socialização, os (pré) conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade

de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados

pelo professor. Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus

alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de

diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal.

Neste momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos

expressarem sobre aquilo que apreenderem, ou mesmo o que mais lhes chamou a

atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se

autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes

do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se

de outros instrumentos avaliativos, como dinâmicas em grupo, seminários, debates, juri

simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico

entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.

Outra sugestão é a organização e realização de festivais e jogos escolares, cuja

finalidade é demonstrar os conhecimentos e como estes se aplicam numa, situação real

de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos. A

realização de provas e trabalhos escritos pode ser utilizada para avaliação das aulas de

Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e

classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,

também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.

Por fim, os professores devem ter clareza de que a avaliação não deve ser

pensada a parte do processo de ensino aprendizado da escola. Deve, sim, avançar

dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas entendendo

esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo. Inventariar o processo

pedagógico consiste em registrar, diariamente ou semanalmente, o envolvimento, o

interesse, dos alunos e outras questões que o professor julgar importantes de serem

registradas, de acordo com os objetivos propostos. Esse registro pode ser feito em diário

de classe, em pastas separadas para cada aluno, caderno, etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez Editora, 1993.

HILDEBRANDT, R. / LAGING, R. Concepções abertas no ensino da Educação Física.

Ao Livro Técnico, 1996.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Avaliação

Institucional, Educação do Campo, História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Curitiba:

SEED, 2005.

SAAD, Michel/ COSTA, Claiton Frazon. Futsal Movimentações Defensivas e

Ofensivas. Florianópolis, SC: Visual Books, 2005, 2ª ed.

SOLER, Reinaldo. Brincando e Aprendendo com os Jogos Cooperativos. Rio de

Janeiro/RJ: Sprint, 2005.

SUVOROW Y. P./GRISHIN O. N. Tradução Helena de Araújo Ribeiro. Voleibol Iniciação

Vol II. 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ 2002, Sprint.

SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2008.

SEED, GÊNERO e DIVERSIDADE NA ESCOLA. Formação de Professoras/ES em

Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de

Conteúdo, versão 2009.

COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na Escola, da Iniciação ao Treinamento. Rio

de Janeiro, RJ, Sprint, 2001.

FROMETA, Edgard Romero/ TAKAHASHI, Kiyoshi. Guia Metodológico de exercícios

em Atletismo. Porto Alegre, RS, 2005.

CARVALHO, Flávio Jr. Iniciação ao Xadrez. São Paulo, SP 10º ed. Sumus editorial,

1982.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes

crenças religiosas. Assim sendo, o foco no sagrado e em diferentes manifestações

religiosas, possibilita a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto,

numa perspectiva de compreensão sobre sua religiosidade e a do outro, na diversidade

universal do conhecimento humano.

A importância da disciplina é contribuir para o conhecimento e respeito às

diferentes crenças religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como

possibilitar o acesso às diferentes fontes de cultura sobre o fenômeno religioso, pois a

sociedade brasileira é composta por grupos muito diferentes e aí a importância de

valorizar a diversidade para colaborar com a formação da pessoa humana.

OBJETIVOS GERAIS

a) Esclarecer quanto a diversidade religiosa presente no Brasil e no mundo;

desenvolvendo o respeito ao próximo para conviver em harmonia com pessoas

de diferentes religiões e culturas;

b) Conhecer a importância dos valores, bem como aplica-los no seu cotidiano;

reconhecendo-se como cidadão participativo e responsável por suas atitudes

na Comunidade, Estado e País.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

- As Organizações Religiosas;

- Lugares Sagrados;

- Textos Sagrados Orais ou Escritos;

- Símbolos Religiosos.

6ª SÉRIE

• Temporalidade Sagrada;

• Festas Religiosas;

• Ritos;

• Vida e Morte.

METODOLOGIA

As aulas serão desenvolvidas através de exposição oral, leituras, pesquisa,

apresentação de trabalhos, além de recursos pedagógicos, tais como livros, televisão,

vídeo-cassete, rádio, retroprojetor, cartazes, mapas, jornais, revistas, documentos,

objetos e fotografias.

AVALIAÇÃO

O caráter de avaliação do Ensino Religioso parte do princípio da inclusão e o

desenvolvimento humano e seus valores. Esse processo avaliativo deverá ser feito como

auto-avaliação e mudança de atitudes, visto que a disciplina é de caráter informativo,

construção de conhecimentos e formação pessoal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

________.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino

Religioso. Curitiba: SEED, 2008.

CADERNO TEMÁTICO: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Seed,

Paraná.

ARAÚJO, Socorro. Tradição e Cultura – Cozinha Quilombola do Paraná.

SEED/PR, 2008.

CHAUI, Marilena. Filosofia. Ed, Ática, 2003. São Paulo.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Ed. Ática, 2001, São

Paulo.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde os primórdios de sua organização, o homem estabelece relações com a

natureza e constrói o espaço geográfico de acordo com suas necessidades.

Explicar os primeiros momentos exigia menos esforços que na atualidade visto que

a evolução pautava-se basicamente na busca pela sobrevivência.

Com a evolução das técnicas de apropriação da natureza, da construção dos

conhecimentos e dos meios de comunicação, vemos as informações serem transmitidas

com muita rapidez, sendo impossível acompanhá-las e entendê-las sem conhecimentos

geográficos.

Foi a partir do século XVIII que a Geografia conquista caráter científico, ou seja,

passa a ser reconhecida como ciência e institucionalizada, graças aos trabalhos de

Alexandre Von Humboldt, Ratzel, Vidal de La Blache e outros estudiosos.

Desde então, deparamo-nos com inúmeras transformações na análise dos

conceitos relacionados a esta ciência pois, fatos como as guerras, novas relações de

trabalho, a conquista do espaço, a exploração desenfreada dos recursos naturais, a

globalização e outros tantos, tornam esta disciplina um instrumento para que o aluno

perceba-se parte integrante e elemento modificador do espaço geográfico, e lhe permite

perceber que, para construir um mundo onde as pessoas tenham mais qualidade de vida,

é necessário que se aproprie com consciência destes conhecimentos.

Tendo como base do trabalho a ser desenvolvido os conteúdos estruturantes A

dimensão econômica da produção do/no espaço, geopolítica, dimensão socioambiental,

dimensão cultural e demográfica a aprendizagem proposta ao aluno visa focar a

compreensão do objeto de estudo da geografia – o espaço geográfico – sua

(re)construção e as relações homem-natureza/homem-homem, que nele se estabelece.

Através de pesquisas, análises, debates, leitura e interpretação de textos de apoio e

outros recursos, serão direcionados a fim de atingir os objetivos propostos no processo de

construção do conhecimento geográfico.

Para acompanhar e entender as mudanças resultantes da evolução que se

apresenta na geração de novas técnicas de apropriação da natureza e (re)construção do

espaço geográfico, na construção de conhecimentos e nos meios de comunicação, são

imprescindíveis os conhecimentos geográficos.

A Geografia tem, no decorrer do seu processo de sistematização de

conhecimentos, importantes contribuições que advém já dos povos da Antigüidade, mas é

fundamentalmente com os estudos de Alexandre Von Humboldt, Ratzel (da escola Alemã)

e Vidal de La Blache (escola Francesa), que a Geografia foi inserida no currículo escolar

no Brasil. Somente em 1930 ela se consolidou, tendo como objetivo, servir aos interesses

políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico, assumindo por essa

razão, um caráter decorativo/enciclopedista, voltado à descrição do espaço e seus

elementos físicos. Esta ciência passa a apresentar evolução nos seus conceitos e na sua

percepção, pois no cenário onde se desenvolve sua trajetória, e que se apresenta como

objeto de estudo desta ciência – o espaço geográfico, as transformações acontecem em

proporção e ritmos cada vez mais intensos; exigindo por sua vez, mudanças na

concepção e metodologia de conhecimentos ora sistematizados.

Estas mudanças de concepção se fazem presentes no atual momento histórico

vivenciado na prática pedagógica, onde, uma nova proposta curricular passa a ser

elaborada, tendo como embasamento, as Diretrizes Curriculares. São os "conteúdos

estruturantes": a dimensão econômica da produção do/no espaço, geopolítica, dimensão

sócioambiental, dimensão cultural e demográfica – os responsáveis pela sistematização

do desenvolvimento dos conteúdos em cada uma das séries da Educação Básica no

Paraná, caracterizando-se como norteadores desta proposta, que visa focar a

compreensão do objeto de estudo da geografia – o espaço geográfico – sua

(re)construção e as relações homem-natureza/homem-homem, que nele se estabelece.

Sobre a teoria e o ensino da Geografia, destaca-se a relevância dessa discussão

para que a disciplina cumpra sua função na escola: desenvolver o raciocínio geográfico e

despertar uma consciência espacial.

Os objetivos propostos para a construção de conhecimento geográfico, podem ser

atingidos por meio de leitura, análise e interpretação de textos, mapas e imagens,

pesquisas, interatividade em debates, elaboração de textos, paródias, maquetes, poemas

e/ou poesias, e ua série de outras estratégias que motivem o aluno a buscar informações.

- Perceber-se como atores na construção de paisagens e lugares;

- Compreender que paisagens e lugares resultam de múltiplas interações entre

o trabalho social e a natureza;

- Compreender o espaço geográfico não somente como um produto das forças

econômicas ou de adaptações entre o homem e a natureza, mas também dos

fatores culturais;

- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade,

- Reconhecer o espaço geográfico como produto das relações sociedade/natureza

humanizada;

- Perceber as relações entre economia, política e sociedade; e sua interação no

espaço geográfico;

- Avaliar criticamente o espaço onde vive e perceber-se como agente

transformador do mesmo;

- ter noções do uso da linguagem cartográfica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /Básicos:

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6ºANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEUDOS BÁSICOS

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego da tecnologias de exploração e

produção .

-A formação ,localização ,exploração e utilização dos recursos naturais.

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

-A transformação e distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

-A mobilidade populacional e as manifestações socioespacial de diversidade cultural.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.

-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.

-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/7ºANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEUDOS BÁSICOS

-A formação ,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção .

_As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

-A transformação demográfica , a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população .

-Movimentos migratórios e suas motivações .

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A formação e crescimento das cidades a dinâmica dos espaços urbano e a

urbanização .

-A distribuição espacial das atividades produtivas a (re)organização do espaço geográfico.

-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações .

-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.

-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.

-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8ºANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEUDOS BÁSICOS

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano.

-A nova ordem mundial , os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-A circulação da mão-de-obra, do capital , das mercadorias e das informações .

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

-O espaço rural e a modernização da agricultura.

-A transformação demográfica , a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

-Os movimentos migratórios e suas motivações .

-As manifestações da diversidade cultural.

-Formação, localização , exploração e utilização dos recursos naturais.

-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.

-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.

-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9ºANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-A nova ordem mundial, os território supranacionais e o papel do Estado.

-A revolução técnico-cintifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção .

-O comercio mundial e as implicações socioespaciais.

-A a formação , mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

-A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população .

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização dos espaço geográfico.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e

produção .

-O espaço em rede de produção , transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.

-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.

-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

-A formação e transformação das paisagens.

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção .

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

_A formação , localização , exploração e utilização dos recursos naturais .

-A revolução técnico-cientifica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção .

-O espaço em rede produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

-A circulação de mão-de-obra, de capital das mercadorias e das informações .

-Formação, mobilidade das fronteiras e a (re0organizacao dos territórios.

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

-A formação , o crescimento das cidades , a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

-A demográfica a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população .

-Os movimentos migratórios e suas motivações .

-As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.

-O comercio e as implicações sócioespaciais.

-As diversas regionalizações do espaço geográfico.

-As implicações sócioespaciais os processos de mundialização.

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

-Lei 10639/03 historia e cultura afro-brasileira e africana.

-Lei 11645/08- historia e cultura dos povos indígenas.

-Lei 9795/99- política nacional de educação ambiental

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A abordagem empregada será a da Geografia Crítica, em que se busque cumprir o

papel da Geografia: criar condições para o aluno estudar as relações homem-natureza e

as transformações no espaço geográfico, analisando a forma de atuação da sociedade,

criticando a forma e o método utilizados, indicando caminhos que levem ao bem-estar

sócio-ambiental. (Manuel Correia de Andrade).

O professor deve ter uma postura investigativa de pesquisa, renunciando à visão

receptiva-reprodutiva de mundo, tendo em vista sua função enquanto agente

transformador.

Deve construir com os alunos conhecimentos com os quais possam ler e interpretar

criticamente a (re)construção do espaço geográfico e empreender uma educação que

contemple a heterogeneidade, diversidade, desigualdade e complexidade do mundo atual.

De acordo com tal perspectiva, é que o trabalho pedagógico iniciar-se-á através da

análise e fornecimento de subsídios para pensar e agir criticamente.

O professor deve abordar a cultura e historia afro-brasileira e indígena (Leis nº

9795/03 e nº 11.645/08) e também a Educação Ambiental ( Lei nº 9795/99 que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental).Tais temáticas serão trabalhadas de forma

contextualizadas e relacionadas aos conteúdos de Geografia.

O trabalho pedagógico da historia e da cultura afro-brasileira e indígena será feito,

por exemplo, por meio de textos, imagens , mapas, maquetes que tragam conhecimentos

sobre a questão histórica da composição étnica e miscigenação da população brasileira.

A educação ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, continua e

permanente no desenvolvimento dos conteúdos de ensino da Geografia.

Os conteúdos de geografia, serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica,

mantendo coerência com os fundamentos teóricos propostos pela disciplina.

Serão realizados:

- A utilização da cartografia como ferramenta essencial para transitar em diferentes

escalas espaciais:

- Inter relacionamento dos conteúdos para garantir total abordagem dos conhecimentos

específicos;

- Ampliação da noção espacial através de análise e observação de dados, fenômenos e

fatos da natureza e realidade;

- Utilização de mapas, maquetes, textos e fatos;

- Aulas de campo para melhor compreensão da realidade;

- Utilização de linguagem cartográfica;

- Construção de projetos juntamente com os alunos a fim de buscar a ampliação dos

conteúdos;

- Uso de filmes, documentários, jornais e revistas.

04.AVALIAÇÃO

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude do

aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de ensino/aprendizagem.

A avaliação será contínua, priorizando a qualidade e o processo de aprendizagem,

ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Será formativa, diagnóstica e

contínua, dando ênfase ao aprender.

Será articuladora dos processos de aprendizagem dos conteúdos estruturantes e

deve contemplar diferentes práticas pedagógicas, tais como:

• De acordo com os conteúdos em pauta, os objetivos estabelecidos e os recursos

disponíveis, serão realizadas as seguintes atividades avaliativas:

• Leituras de textos para interpretação, formulação de embasamento teórico,

comparação e análise crítica;

• Produção de textos;

• Leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas.

• Construção de maquetes;

• Mini-aulas organizadas pelos alunos; seminários;

• Pesquisa bibliográfica para complementação do assunto;

• Seleção de recortes/reportagens de revistas e jornais para permitira ao aluno sua

atualização sobre os fatos recentes (ou não) em pauta na mídia;

• Relatórios sobre vídeos e/ou aulas de campo;

• Atividades escritas e orais;

• Testes escritos (provas);

• Observação pelo professor da compreensão e utilização pelos alunos dos

conceitos geográficos.

A avaliação permite a melhoria do processo pedagógico quando se constitui numa ação

reflexiva sobre o fazer pedagógico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. C.de Geografia: Ciência da Sociedade. São Paulo, Atlas, 1987.

DIAMANTINO, D. Marcos –Geografia ciência do espaço, São Paulo: Atual, 1998.

SEED. Diretizes Curriculares da Educação Fundamental da rede de Educação

Básica do Estado do Paraná. Geografia, 2008.

História da Educação de Negro e outras Histórias. Brasília: Ministério da

Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005-

276p.

MENDONÇA, F e KOZEL, S. (orgs.) Elementos da Epistemologia da Geografia

Contemporânea. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2002.

MUNANGA, K. (Org.) Superando o racismo na escola, Brasília: Ministério da

Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005-

204p.

SANTOS, M. Por uma globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Sítio da web: Portal dia-a-dia educação

VESENTINI, J. Willian. Sociedade e Espaço, Ática, São Paulo, 2000.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da História nos permite saber como viviam e pensavam os homens que

nos antecederam. A história nos ensina como a acumulação de conhecimentos e o

aperfeiçoamento dos instrumentos possibilitaram ao homem construir o espaço social

onde vivemos, bem como as conquistas e suas realizações.

Como disciplina escolar passa a ser obrigatória a partir da criação do Colégio

D.Pedro II em 1857 (séc. XIX). Neste mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que institui a História como disciplina acadêmica. Os

programas e manuais escolares passam a ser construídos pelos professores, a maioria

pertencente a essa instituição, sobre a influência da Escola Metódica e do Positivismo,

destacando o uso de documentos oficiais e a valorização dos heróis. Tal narrativa

histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira como extensão da História da

Europa Ocidental. Em nossa nacionalidade, expressa nas raças: branca, índia e negra,

passou a predominar a ideologia do branqueamento. Assim, foi proposto um modelo

conservador de sociedade legitimando valores aristocráticos e excluindo possibilidades

de participação de pessoas comuns.

Após a Proclamação da República, Colégio D. Pedro II,passa a ter o papel de

referência para a organização educacional brasileira. A partir de 1901 o Currículo é

alterado fazendo com que a História do Brasil fizesse parte da História Universal. Com

essa mudança o conteúdo de História do Brasil fica relegado a um espaço restrito no

currículo.

Durante a Era Vargas, devido ao projeto político nacionalista do Estado Novo, ela

retorna com o objetivo de preparar o povo, contribuindo para legitimar tal projeto e

reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

O Ensino de História, após a implantação do Regime Militar (1964) manteve seu

caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do

ponto de vista factual. O ensino não tinha espaço para análises críticas e interpretações

dos fatos, objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da

Pátria. O Estado figurava como principal sujeito histórico, responsável pelos grandes

feitos e controle da nação.

A partir da Lei n° 5692/71, o ensino centra-se na formação tecnicista voltado para a

preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho, excluindo a formação de um

cidadão crítico. O principal objetivo era ajustar o cidadão ao cumprimento de seus

deveres patrióticos.

A partir da década de 1980, com o início da redemocratização ocorre a

aproximação entre a educação básica e a superior, quando então o ensino de Estudos

Sociais é contestado e o retorno da Disciplina de História é proposto como condição para

que houvesse maior aproximação entre investigação histórica e o universo da sala de

aula.

No Paraná, o Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990),

tentava aproximar a produção acadêmica de História com o ensino de História no

Primeiro Grau. Essa proposta era contrária ao ensino de História tradicional baseado no

eurocentrismo, na fixação de exercícios e no direcionamento do livro didático.

No final dos anos 90 o Paraná incorporou os Parâmetros Curriculares Nacionais

como referência para a organização curricular da rede pública estadual, retomando as

discussões e elaboração das Diretrizes Curriculares, lançando a versão preliminar em

julho de 2006.

Nessa perspectiva, a História é uma disciplina que tem como objeto de estudo os

processos históricos relativo às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem

como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas

ações.

Para compreender as mudanças nas formas de pensar historicamente trazidas pelas

novas correntes é necessário indicar algumas características das historiografias que elas

combatem, entre elas a metódica e a positivista.

A contribuição foi a introdução de um método historiográfico racional de crítica das

fontes e de sua sistematização em uma narrativa histórica objetiva.

As correntes historiográficas Nova História, Nova História Cultural e Nova Esquerda

Inglesa,se desenvolveram especialmente na segunda metade do século XX.

A Nova História, a partir dos anos de 1960, ganha novos contornos no contexto

conturbado dessa época, influenciada pelos acontecimentos de maio de 1968, em Paris,

da Primavera de Praga, dos movimentos feministas, pelas lutas contra as desigualdades

raciais nos Estados Unidos da América, entre outros.

A primeira contribuição trazida pela Nova História foi a abertura para novos problemas,

novas perspectivas teóricas e novos objetos desenvolvidos a partir das propostas

historiográficas das gerações anteriores dos Annales.

Esta corrente também se contrapõe a uma racionalidade histórica linear, com a

introdução de novas temporalidades e a valorização das estruturas que determinam a

ação humana e suas relações, bem como suas transformações.

A Nova História Cultural despontou na primeira metade da década de 1980, a partir

dos trabalhos reunidos pela historiadora Lynn Hunt num livro de ensaios.

Para Peter Burke (1992, p.9-16), tanto a Nova História Cultural como a Nova História

da década de 1970, recorrem à palavra “nova” para distinguir estas produções

historiográficas das formas anteriores. A palavra “cultura” é aplicada para diferenciá-la da

História intelectual.

As principais influências dessa corrente historiográfica são as contribuições do filósofo

da linguagem russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), do sociólogo alemão Norbert Elias

(1897-1990), do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) e do sociólogo francês

Pierre Bourdieu (1930-2002).

As contribuições desta historiografia foi a valorização das ações e concepções do

mundo dos sujeitos das classes populares em seu contexto espaço – temporal: a

introdução de novas temporalidades nas formas de constituição do pensamento histórico,

a partir do momento em que novos e múltiplos sujeitos com seus respectivos pontos de

vista foram introduzidos nas análises historiográficas.

A História, no Ensino Fundamental e Médio, pode se beneficiar dessa corrente

historiográfica, porque ela valoriza a diversificação de documentos, como imagens,

canções, objetos arqueológicos, entre outros, na construção do conhecimento histórico.

Tal diversidade permite relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.

A Nova Esquerda Inglesa surgiu em 1956, com historiadores britânicos vinculados ao

Partido Comunista Inglês que, descontentes com o regime stalinista romperam com o

partido e acabaram por influenciar fortemente a historiografia britânica.

A Nova Esquerda Inglesa elegeu os sujeitos da classe trabalhadora como personagens

centrais de seus estudos empíricos. Os conceitos de classe social e de luta de classes,

fundamentais no pensamento materialista histórico dialético, foram ampliados por essa

corrente, visto que seus estudos a explicação histórica para além do aspecto econômico.

A contribuição da Nova Esquerda Inglesa para a formação do pensamento histórico e

a constituição de uma nova racionalidade foi a superação da racionalidade histórica linear

ligada ao marxismo clássico pautada na sucessão dos modos de produção.

Novas formas de consciência passaram a ser incorporadas pelas pesquisas

historiográficas, tais como as ligadas aos costumes, às tradições populares e às contra-

hegemonias.

A produção historiográfica brasileira contemporânea está relacionada com as

referências teóricas e metodológicas presentes nas correntes aqui apresentadas. Os

historiadores brasileiros ligados aos estudos sobre a escravidão na América Portuguesa e

Brasil Imperial utilizam princípios teóricos e metodológicos correspondentes ao da Nova

Esquerda Inglesa, tendo como principal objeto de pesquisa a constituição do proletariado

europeu e suas manifestações culturais.

Os conteúdos estruturantes da Disciplina de História são organizados por: relações

de trabalho, de poder e culturais, com noções de temporalidade, integrando a micro

(História local) com a macro (História Mundial), ou seja, propondo o rompimento com o

eurocentrismo ao partir em todas as séries da História local, do Brasil, América para

depois estudar a História macro.

A relação de poder é o estudo das manifestações políticas, tanto em âmbito

estatal, como em micro poderes municipais e estaduais, como também nas

representações sociais ou coletivas associadas ao poder. Valorizar a inserção do sujeito

comum na História dentro dos estudos de espaços e relações sociais, pautadas pelas

relações de poder.

A relação de trabalho pretende registrar e analisar as relações sociais a partir da

economia e do social dos sujeitos, tanto da elite, como de sujeitos comuns que

anteriormente foram excluídos nos estudos históricos.

Por sua vez a relação cultural permite conhecer os conjuntos de significados que

os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo. Investiga desde a

construção dos símbolos e a apropriação deste pelos homens e mulheres das mais

diferentes sociedades ao longo do tempo.

Já no Ensino Médio a Disciplina de História se ocupa em trabalhar com recortes

específicos e mais aprofundados dos conteúdos estruturantes (relações de trabalho,

relações de poder e relações culturais), os quais estão interligados com o objetivo de uma

melhor compreensão das ações humanas. Tais ações e relações humanas constituem o

processo histórico, o qual é dinâmico. Sendo assim, as Diretrizes privilegiam as relações

culturais, de trabalho e de poder, cuja articulação é possível a partir das categorias de

análise espaço e tempo.

No entanto, o professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos

como sexualidade, prevenção à dependência química, educação fiscal, violência na

escola, meio ambiente, inclusão das temáticas História e Cultura afro-brasileira e Africana

e também História do Paraná.

Os objetivos gerais da Disciplina de História permeiam por estudos e

desenvolvimentos de conteúdos que desenvolvam uma visão crítica e participativa, para

que o educando posicione-se diante das diversas situações do dia-a-dia, identificando

como elas interferem na sua realidade e contribuem para o entendimento da formação da

nação, da identidade social, estabelecendo relações entre o individual, o social e o

coletivo.

Além de tudo, a Disciplina propõe a ampliação do conhecimento que o aluno tem

de si, da sociedade e como pode contribuir para a solução de problemas que enfrenta

(preconceito, discriminação social, racial, cultural, violência, desemprego, fome,

homossexualismo, corrupção, exclusão e outros).

Portanto, o professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos, a partir

da inclusão das temáticas História e Cultura Africana e Afro-brasileira (Lei 10639/03),

História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08), Política Nacional de Educação

Ambiental (Lei 9795/99) e também com os Desafios Educacionais Contemporâneos de

Educação para os Direitos Humanos e exercício da Cidadania, bem como no Direito das

Crianças e Adolescentes (Lei 11.525/2007). Conscientizar os alunos de sua participação

na avaliação do SAEB, procurando obter um bom desempenho não só individual mas no

coletivo da escola, do município, estado e do país com relação ao IDEB.

Outros objetivos permeiam hoje o ensino da História como o incentivo, aos alunos,

à participação em atividades do PROGRAMA VIVA ESCOLA, Festival de Folclore e de

Dança, Grêmio Estudantil, Palestras, Programas Ecológicos como complementação

curricular.

Nessa perspectiva, a História é uma disciplina que tem como objeto de estudo os

processos históricos relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo e

espaço, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não

consciência dessas ações.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

HISTÓRIA DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI - DIFERENTES

TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Relações de trabalho, cultura e poder

Conteúdos Básicos

1º Bimestre

- Introdução aos estudos históricos;

- O historiador e a produção do conhecimento;

- Tempo temporalidade;

- Fontes e documentos;

- Patrimônio material e imaterial;

- As origens do ser humano;

- Arqueologia, antropologia, geologia, sociologia, etc.

- A humanidade e a história;

- O povoamento da América;

- Teorias do surgimento do homem na América;

- Arqueologia no município, Paraná e Brasil.

2º Bimestre

- Povos indígenas no Brasil e no Paraná;

- Kaingang, Guarani Xeta e outros;

- Os imigrantes: europeus, asiáticos e povos africanos

- Civilizações fluviais;

- Mesopotamia, o berço da civilização;

- Grandes impérios;

- O Egito;

- Governo do faraó;

- Divisão Social.

3º Bimestre

- Fenícios, hebreus e persas;

- A civilização grega;

- Formação da civilização grega;

- Política;

- Educação;

- Religião e arte.

4º Bimestre

- A civilização romana;

- Formação, república, império e cultura;

- Crise do império romano;

- Ruralização;

– Divisão do império.

6ª SÉRIE

DAS CONTESTAÇÕES À ORDEM COLONIAL DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

DO BRASIL – SÉCULOS XVII AO XIX

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho, cultura e poder

Conteúdos Básicos

1º Bimestre

-Origem do mundo feudal;

- O poder da igreja católica no mundo medieval;

- As Cruzadas;

- O fortalecimento do comércio e das cidades

- A centralização do poder nas monarquias européias.

2º Bimestre

- O Renascimento;

- A era dos descobrimentos;

- Europa e América – os primeiros contatos;

- A chegada dos portugueses ao continente americano;

- Povos indígenas do Brasil;

- Exploração do pau brasil. (a primeira forma de devastação do meio ambiente)

3º Bimestre

- A administração colonial;

- Reinos aficanos

- A escravidão;

- A sociedade açucareira

- Colonização do território paranaense;

- Economia – erva mate, tropeirismo, navegação à vapor ( inclusive no município);

- Organização social;

- Manifestações culturais;

- Organização político-administrativa.

4º Bimestre

- Expansão e consolidação do território;

- Rio São Francisco – sua importância no passado e hoje

- Missões;

- Bandeiras;

- Invasões estrangeiras;

- Movimentos de contestação, quilombos, manifestações religiosas, sincretismo, MST;

– Revoltas nativistas e nacionalistas (Inconf. Mineira, Conj. Baiana, Guerra dos

mascates);

7ª SÉRIE

PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO

IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho, cultura e poder

Conteúdos Básicos

1º Bimestre

- O trabalho nas sociedades indígenas no Brasil e no Paraná;

- Quilombos e remanescentes de quilombos no Brasil e no Paraná;

- Revolução industrial (a exploração do trabalho adulto e infantil);

- A vinda da família real para o Brasil (mudanças artísticas, urbanização, biblioteca

nacional).

2º Bimestre

- O primeiro reinado;

- O Período Regencial (principais revoltas: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,

Farroupilha);

- O segundo reinado;

- O Processo de Independência do Brasil (principais movimentos pró-independências).

3º Bimestre

- A Emancipação Política do Estado do Paraná;

- Organização Política do Estado (passado e presente);

- Principais Governos (lutas e conquistas sociais no Estado);

- Movimentos Sociais no Campo e Cidade no Estado.

4º Bimestre

- A Abolição da Escravidão no Brasil;

- A Vinda dos Imigrantes;

- A Expansão Cafeeira;

- O Movimento Republicano (contrastes sociais da época);

- A Guerra do Paraguai;

- A 1ª República (Revoltas da Vacina, Chibata);

- Movimentos Sociais (Canudos, Contestado e Cangaço).

8ª SÉRIE

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho, cultura e poder

Conteúdos Básicos

1º Bimestre

- A Primeira Guerra Mundial

- A Revolução Russa

- A república no Brasil – A Coluna Prestes

- A Semana de 22 – organização social, manifestações culturais

- A 1ª crise no capitalismo – 1929 (Quebra da Bolsa de Valores)

- Regimes totalitários

2º Bimestre

- A revolução de 30 (o período Vargas e as conquistas trabalhistas)

- Ascensão dos regimes totalitários na Europa

- A Segunda Guerra Mundial

- Populismo no Brasil e na América Latina (passado e presente)

3º Bimestre

- Independência das colônias afro-asiáticas

- Guerra Fria

- Regime popular no Paraná e no Brasil – Repressão e censura;

- Os regimes militares na América Latina

4º Bimestre

- Revoluções modernas;

- Movimentos de contestação no Brasil e no mundo

- Redemocratização no Brasil (Diretas Já, Constituição de 1988)

- A Inflação no Brasil e os Diversos Planos Econômicos.

- A Era Collor (do populismo ao impeachment);

- Brasil (do controle da Inflação de FHC às conquistas sociais do governo Lula);

- África e América no contexto atual.

- Desafios do novo milênio (o equilíbrio entre o ser humano e a natureza, a

desigualdade social e a fome, o intercâmbio global e suas conseqüências, a

preocupação ambiental, lixo – problema urbano, água, desenvolvimento sustentável).

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO MÉDIO

RELAÇÕES DE TRABALHO, RELAÇÕES DE PODER, RELAÇÕES CULTURAIS

1ª SÉRIE

• Introdução ao Estudo da História;

• Pré-História no Brasil;

• As civilizações da antiguidade Oriental;

• As Primeiras Cidades e os Problemas Ambientais;

• As civilizações da Antiguidade Clássica;

• História Medieval;

• O Lixo e as Cidades Medievais;

• Transição do Feudalismo para o Capitalismo;

• Formação do Estado Moderno;

• Absolutismo e Mercantilismo;

• Expansão Marítima e Européia;

• Renascimento Cultural;

• Reformas Religiosas;

• A Conquista e a Colonização da América;

• Primeira Riqueza – Pau-brasil e a Desvastação Ambiental;

• Formação da Sociedade Colonial Brasileira;

• As relações Sociais na Colônia;

• Os trabalhadores livres;

• O trabalho escravo;

• As formas de resistência (formação dos Quilombos).

2ª SÉRIE

• A expansão territorial e o ciclo minerador no Brasil;

• Rio São Francisco ontém e hoje;

• O século da razão – Iluminismo e Liberalismo, o fim do Sistema Colonial da

América Ibérica e Inglesa;

• Revolução Industrial, relações do trabalho e poluição ambiental;

• Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.

XVIII e XIX);

• Relações de poder e violência no Estado;

• Independência da América Ibérica;

• Primeiro Reinado;

• Regências;

• Segundo Reinado;

• Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional;

• A Transição do Império para República;

• Características da República Velha;

• A formação do Proletariado e o pensamento socialista;

• A influência da cultura Africana e Indígena na sociedade brasileira;

• Desmistificar o mito da inferioridade africana e Afro-descendentes;

• Organização social e política do Paraná

3ª SÉRIE

• O Estado Imperialista e sua crise;

• A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa;

• A crise de 1929

• Ascensão dos regimes Totalitários;

• A Era Vargas (Conquistas trabalhistas e populismo);

• A Segunda Guerra Mundial;

• O fim do estado Novo;

• A República Paulista;

• A Guerra Fria;

• O Golpe de 1964 e a Ditadura Militar no Brasil;

• Redemocratização no Brasil;

• Economia e Inflação no Brasil (principais planos econômicos);

• Brasil (de Fernando Henrique às conquistas sociais do governo Lula);

• A Nova Ordem Internacional.

• Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão capitalista;

• As manifestações populares (congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de

mamão, romaria de São Gonçalo, etc.).

METODOLOGIA DAS DISCIPLINAS

Na concepção de História, que será explicitada nestas Diretrizes, as verdades

prontas e definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialo-

gar com várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogma-

tismo e pela ortodoxia.

Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam não exis-

tir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas igualmente váli -

das. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes teó-

ricas não expressam meras opiniões, mas implicam fundamentos do conhecimento histó-

rico que se tornam referenciais nestas Diretrizes.

Os critérios de validade do conhecimento histórico na academia e nos currículos

escolares tem sido problematizados e organizados por alguns intelectuais, dentre os

quais, destaca-se o historiador alemão Jörn Rüsen, o qual propõe uma matriz disciplinar

da História para que se4 compreenda a organização do pensamento histórico dos sujei-

tos. O professor, ao entender como se dá esta organização do pensamento histórico, po-

derá encaminhar suas aulas de maneira que o aprendizado seja significativo para os estu-

dantes.

Diante disto, Rüsen, (2001,p.30-36) propõe alguns elementos intercambiantes que

devem ser observados na constituição do pensamento histórico, quais sejam;

• A observação de que as necessidades dos sujeitos na sua vida cotidiana, em sua prá-

tica social estão ligas com a orientação do tempo. Essas necessidades fazem com que

os sujeitos busquem no passado respostas para questões do presente. Portanto, fica

claro que os sujeitos fazem relações passado/presente o tempo todo em sua vida coti -

diana.

• As teorias utilizadas pelo historiador instituem uma racionalidade para a relação pas-

sado/presente que os sujeitos já trazem na sua vida prática cotidiana. Essas teorias

acabam estabelecendo critérios de sentido para essa prática social. Esses critérios de

sentidos são chamados de idéias históricas.

• Os métodos e técnicas de investigação do historiador produzem fundamentações es-

pecíficas relativas às pesquisas ligadas ao modo como as idéias históricas são conce-

bidas a partir de critérios de verificação, classificação e confrontação científica dos do-

cumentos.

• As finalidades de orientação da prática social dos sujeitos retomam as interpretações

das necessidades de orientação no tempo, a partir de teorias e métodos historiográfi-

cos apresentados.

• Essas finalidades se expressam e realizam sob a forma de narrativas históricas.

A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos

históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura

sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, ins-

tituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos su-

jeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas

sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para es-

colhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para a descoberta das rela-

ções humanas busca compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às

suas ações.

Os processos históricos, então, não podem ser entendidos como uma sucessão de

fatos na ordem de causa e consequência. Segundo o historiador Christopher Lloyd

(1995), os processos históricos estão articulados em determinadas relações causais. Os

acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos, em determinado local e

tempo, produz\em relações humanas, que ensejam um espaço de atividade relativo aos

acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não linear, em ações que produzem ou-

tras relações, as quais também constroem novas ações. Assim, os processos históricos

são marcados pela complexidade causal; isto é, fatos distintos produzem novas relações,

enquanto relações distintas convergem para novos acontecimentos históricos.

A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico, bas-

eado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos docu-

mentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa histórica

que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e polí-

tica dos sujeitos e suas relações.

Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser analisa-

dos a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar documentos

entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a produção do conhecimen-

to propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente. Como re-

sultado, pode ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem

do objeto de estudo historiográfico.

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas, funda-

mentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas. Essas

interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos sujeitos

históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do Ensino de

História é a formação de um pensamento histórico a partir da produção do conhecimento.

Esse conhecimento é provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.

Entretanto, provisoriedade não significa relativismo teórico, mas sim que existem

várias explicações e interpretações para um mesmo fato. Algumas são mais aceitas histo-

riograficamente, de modo que são constituídas pelo estado atual da ciência histórica em

relação ao seu objeto e ao seu método. Com isso,, outro aspecto fundamental da proviso-

riedade histórica é que as explicações e interpretações sobre determinado processo histó-

rico também se modificam temporalmente, ou seja, os diferentes contextos espaço-tem-

porais das diversas sociedades produzem suas próprias concepções de História. De fato,

o conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação,

a partir das experiências dos sujeitos e do contexto em que vivem.

É o caso das correntes historiográficas apresentadas nestas Diretrizes Curricula-

res, as quais dialogam entre si e trazem grandes contribuições para a formação de um

pensamento histórico pautado em uma nova racionalidade histórica: a Nova História,

Nova História Cultural e a Nova Esquerda Inglesa.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem tanto como instrumento de investigação da

prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora,, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma re-

flexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho como novo, numa

dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma se es-

tabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente,

orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apon-

tando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas

(LIMA, 2002/2003).

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por ob-

jetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do pro-

cesso educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.

É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se esta-

belece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e mais especifica-

mente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos

necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.

Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de socie-

dade com que se trabalha e indicam que sujeito se quer formar para a sociedade que se

quer construir.

Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos

que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social

e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma

inserção cidadã e transformadora na sociedade.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades

de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa apren-

dizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade

como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno

aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como senten-

ças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam

do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e confli-

tos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa

formação.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de

futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,

num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica,em movimentos na direção da apren-

dizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.

Na sala de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um

projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do

aluno como referência uma aprendizagem continuada.

No cotidiano das aulas, isso significa que:

• É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a in-

tenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas

tem a intenção de ensinar;

• No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados na-

quele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de

avaliação, para que o professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades,

tendo em vista a reorganização do trabalho docente;

• Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e

explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um

elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as

etapas da ação pedagógica;

• Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos.uma respos-

ta insatisfatória, em muitos casos, não se revela, em princípio, que o estudante não

aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi per-

guntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas

sim compreender o que se pede;

• Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as

possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabe-

lecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a

realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que

uma prova objetiva;

• A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação re-

duz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos tais

como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, formula-

ção de hipóteses, entre outros;

• Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não

todo o processo de ensino-aprendizagem;

• A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conte-

údos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,

é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele apren-

da. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo,

de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade

de aprendizagem. Alguns instrumentos de para se recuperar o aluno: análise de

documentos, mapas, interpretação de texto, pesquisa etc. Nesse sentido, a recupe-

ração da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão meto-

dológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar

para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza de

critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e

maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendiza-

gem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não

pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver

o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam

seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alu-

nos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: Inserção dos conteúdos

de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:

SEED, 2005.

________.Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para o Ensino nos anos

finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.

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Livro Didático Publico do Estado do Paraná - Ensino Médio - História SEED/2006.

SCHIMIDT, Mário Furlay. Nova História Crítica. Ensino Fundamental vol. 1,2,3,4. SP.

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História. Projeto Araribá. Ensino Fundamental, vol. 1.2.3.4. Moderna, 2007.

CABRINI, Conceição. Catelli Júnior, Roberto. Montellato, Andréa. História Temática

(tempo e cultura). Ensino Fundamental, vol. 1,2,3,4. SP. Scipione, 2010.

PELLEGRINI, Marco. Machado, Adriane Dias. Grinberg, Keila. Vontade de Saber

História. Ensino Fundamental, 1,2,3,4. SP. FTD, 2009.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PORTUGUÊS E LITERATURA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A Língua Portuguesa, passou a ser parte integrante dos currículos escolares

brasileiros apenas no final do século XIX.

Após ser institucionalizada como disciplina, as suas primeiras práticas de ensino

moldavam-se ao ensino do Latim, com base numa educação totalmente reprodutivista

voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.

A partir do século XVIII o ensino da Língua Portuguesa tornou-se obrigatório e foi

incluído sob as formas das disciplinas Gramática; Retórica e Poética (Literatura).

Somente no século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português,

mantendo sua característica elitista até meados do século XX, quando teve início no

Brasil um processo de democratização do ensino. Nesse contexto o ensino da Língua

Portuguesa teve que se adaptar a registros e padrões culturais diferentes dos até

admitidos na escola.

Surgiram problemas, dentre os quais a exigência numérica de um quadro de

profissionais do magistério que atendesse à demanda da expansão do ensino. Também

o livro didático entrou em cena para orientar as atividades dos professores,

desconsiderando seu conhecimento, experiência e senso crítico. Isso trouxe altos índices

de repetência das classes populares, pois a qualidade do ensino ficou comprometida.

Em meados da década de 70, chegaram ao Brasil os estudos linguísticos

centrados nos textos e na interação das práticas discursivas e também as novas

concepções sobre aquisição da língua materna, dessa forma contribuindo para fazer

frente à pedagogia tecnicista. Mas é a partir dos anos 80 que no Brasil essas

contribuições teóricas dos pensadores tomaram corpo, mobilizaram os professores para a

discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para reflexão sobre o trabalho

realizado nas salas de aula.

Entre alguns teóricos estão Geraldi, Faraco, Sírio Possenti, Percival que

contribuíram e que contribuem até hoje nos estudos e pesquisas sobre Língua

Portuguesa, Linguística e ensino da língua materna.

Na década de 90, a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se na

teoria dialógica e social de Bakhtin para fazer frente ao ensino tradicional. Mas, na

análise de Barreto mesmo que a maioria dos currículos do Brasil apresentem uma

proposta nessa linha ao explicitar um conteúdo gramatical não consegue traduzi-lo em

termos de uma concepção enunciativa ou dos usos da língua, da competência textual, em

situações de comunicação, recaindo assim, no estigma da gramática tradicional, que

trabalha com a gramática da frase.

No currículo do Paraná, buscava-se uma prática pedagógica que enfrentasse o

normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais

aprofundada nos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos

ênfase na conotação moralista.

Porém, Barreto apontou algumas fragilidades que aparecem nessa proposta, tais

como: na relação dos conteúdos não se explica, por exemplo a relação entre os campos

de conhecimentos envolvidos na produção escrita de textos assim, como a estruturação

sintática a ortografia, os recursos gráficos-visuais, as circunstâncias de produção, a

presença do interlocutor. Também os aspectos da linguística textual, fundamentais na

estruturação do texto escrito, recursos coesivos, conectividade sequencial e estruturação

temática, aparecem como conteúdos da gramática tradicional.

No final da década de 90, surgiram os Parâmetros Curriculares Nacionais que

fundamentaram propostas interacionistas e discursivas propondo uma reflexão acerca da

linguagem oral e escrita. Porém, a abordagem dessa concepção introduz conceitos

pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e competências,

termos que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho.

Dentre todas as teorias apresentadas não foi obtido grande êxito quanto ao ensino

de Língua e Literatura. Por isso, existe a necessidade de novos posicionamentos em

relação às práticas de ensino, ou seja, fazendo uma análise crítica das mesmas. Pois

durante muito tempo o conteúdo gramatical, tem sido base para o ensino de Língua

Portuguesa. O conceito de conteúdo estruturante propõe uma nova perspectiva sobre

esse aspecto que devem estar constituídos dentro de um contexto histórico. Essa

contextualidade acaba com a sua fixidez, inviabilizando a arbitrariedade de seus recortes.

Torna possível também o diálogo com conceitos diversos que juntos, conseguem

abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua, não sendo vista

apenas como uma abordagem estritamente gramatical.

Tendo esta concepção de língua como prática que se concretiza nas diversas

situações sociais, percebe-se que o objeto de estudo da disciplina é a língua e o conteúdo

estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso, concebido como prática

social, desdobrado em três praticas, leitura, escrita e oralidade. O termo discurso

significa movimento, percurso, assim a linguagem não pode ser vista como estática,

imutável, segundo Bakthin ela é um contínuo processo de vir a ser. Desse modo o

discurso não pode ser concebido como mera mensagem, ele é muito mais que isso, é o

efeito de sentidos entre interlocutores. Os discursos são sempre formados por outras

vozes, a linguagem, enquanto produto de uma consciência humana, não pode ser restrita

a estruturas desvinculadas a fatores externos, pois estes são essenciais na sua formação.

A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura é um campo, antes de tudo de ação

onde se concretizam práticas de uso real da língua materna. E é no contexto das práticas

discursivas que estarão presentes as abordagens vindas da Linguística, Sociolinguística,

Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do Discurso, Gramática Normativa e

Descritiva, de usos, entre outros, buscando assim ao aperfeiçoamento da competência

linguística dos estudantes.

• Tendo em vista uma concepção de língua como discurso que se concretiza nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o trabalho

docente:

c) Desenvolver o uso da língua escrita em diferentes situações discursivas realizadas

através de práticas sociais considerando-se aos interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

d) Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de

texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

e) Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas da oralidade, leitura e escrita.

f) Criar condições para que o aluno desenvolva sua competência comunicativa,

discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de modo variado e adequado ao

contexto, às diferentes situações e práticas sociais.

g) Ampliar e aperfeiçoar as possibilidades de comunicação do estudante, levando-a

ter domínio dos procedimentos adequados de expressão oral e escrita. Para isso,

torná-lo capaz de:

1. Fazer relações (construir conhecimentos);

2. Interpretar dados e fatos mais complexos e abstratos em relação ao ciclo anterior

(saber manipular, consultar e ler criticamente livros, revistas, jornais, arquivos, textos

instrucionais, identificando os pontos mais relevantes e as intenções de seus autores,

etc.);

- Distinguir e valorizar as variantes linguísticas, concebendo-as como formadoras da

identidade nacional, combatendo toda forma de preconceito em relação ao que é

diferente, contribuindo, assim, para a constituição ou reformulação dos seus próprios

valores;

- Distinguir diversos gêneros de texto e compreender as diferentes intencionalidades, os

diversos estilos, as características da linguagem empregada em cada um deles,

analisando, portanto, o conteúdo dessas produções e as múltiplas formas de

organização desses discursos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

O conteúdo estruturante da Língua Portuguesa e Literatura é o discurso concebido

como prática social, desdobrado em três práticas:

- Oralidade

- Leitura

- Escrita

a) A PRÁTICA DA ORALIDADE

Conforme as Diretrizes, as variantes linguísticas são formas autênticas de

expressão, principalmente as dos grupos sociais historicamente marginalizados, estas

serão tratadas em sua relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da

fala culta.

A prática da oralidade realiza-se através de operações linguísticas complexas,

ligadas a recursos expressivos.

Em se tratando da literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como

Arte, estes criam oportunidades de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e

suas forças políticas particulares.

A prática da oralidade no ensino precisa oportunizar ao aluno de falar com fluência

em situações formais, adequar a linguagem de acordo com as circunstâncias como

interlocutores, assunto intenções expressivos da língua.

Torna-se importante destacar que apesar da oralidade e da escrita da língua

tenham semelhanças e mútuas influências, possuem também diferenças a serem

analisadas.

A fala é natural, espontânea, acontece face a face e é complementada com

recursos extralinguísticos. Já a escrita, é planejada, produzida e predominam frases mais

complexas. Outro fato importante é saber ouvir com atenção e respeito os diferentes

interlocutores, pois se não existir ouvinte, a interação não acontece. É necessário

desenvolver a sensibilidade de saber ouvir, favorecendo assim a convivência social.

Os gêneros orais devem ser trabalhados de forma consistente, ou seja, as

atividades propostas não podem ter apenas o objetivo de ensinar o aluno a falar por meio

de opiniões ou conversas. Torna-se necessário avaliar, juntamente com o falante por

meio da reflexão, o conteúdo de sua participação social . Também é fundamental

esclarecer bem os objetivos dos trabalhos que serão propostos aos alunos, seja um

seminário e debate, por exemplo, é importante fazer reflexões sobre o tema, adequação

do discurso ao gênero trabalhado e ao interlocutor, turnos de fala, marcas linguísticas da

oralidade, recursos semânticos entre outros.

A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e as da escrita compõe

as tarefas de ensinar os alunos a se sentirem bem pra expressarem suas ideias com

segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais tem como objetivo o

aprimoramento linguístico e a argumentação.

As possibilidades de trabalho com a oralidade, seja, no Ensino Fundamental ou no

Ensino Médio são ricas e apontam diferentes caminhos:

- apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um filme,

um livro etc.

- depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do

seu convívio;

- debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

- transmissão de informações;

- troca de opiniões;

- contação de histórias;

- declamação de poemas;

- representação teatral;

- relatos de experiência;

- confronto e comparação entre a fala e a escrita, de modo a constatar suas similaridades

e diferenças.

Além disso, pode-se analisar a linguagem de uso:

- em programas televisivos, como jornais, novelas, propagandas;

- em programas radiofônicos;

- no discurso do poder em suas diferentes instâncias;

- no discurso público;

- no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.

Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (oralidade)

-Conteúdo estruturante: discurso como prática social

-Adequação ao gênero;

-Conteúdo temático;

-Elementos composicionais;

-Marcas linguísticas;

-Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições,

pausas...);

-Variedades linguísticas;

-Intencionalidade do texto;

-Papel do interlocutor e do locutor;

-Participação e cooperação;

-Particularidades de Pronúncias de algumas palavras;

-Coerência global do discurso oral;

-Finalidade do texto oral;

-Turnos de fala;

-Particularidades dos textos orais;

• A PRÁTICA LEITURA

De acordo com a visão de linguagem assumida pelas Diretrizes, a leitura é

concebida como co-produtora de sentidos. Nesse contexto, o leitor ganha o mesmo

estatuto do autor e do texto.

A prática da leitura promove o contato do aluno com uma variedade de textos

produzidos nas diversas práticas sociais. Ela proporciona o desenvolvimento de uma

atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos, criando também

uma atitude responsiva diante deles.

Ler significa familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes práticas

sociais – notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens,

propagandas, informações, charges, romances, contos etc, percebendo em cada texto a

presença de um sujeito, de um interesse. Porém, tal interesse não é determinante da

leitura. A construção dos significados de um texto é de responsabilidade do leitor. Um

leitor pode, inclusive, ler e interpretar um texto para o qual ele não era o interlocutor

originário.

A leitura não pode ocorrer somente a partir de livros didáticos, o professor deve

proporcionar uma variedade de textos, procurando a subjetividade do aluno, levando em

conta também a preferência e a opinião dele ao selecioná-los.

Quanto ao trabalho com a literatura, é preciso escolher métodos que orientarão o

estudo. O conhecimento de teorias pelo professor deve ser realimentado com

frequência, para que seja mais bem definida a medida do alcance da abordagem com a

qual se dará o estudo.

Ao trabalhar com a leitura, a escola não pode deixar de lado as linguagens não-

verbais, como a leitura de imagens, como fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais

e virtuais, figuras que fazem parte do nosso universo. Ela precisa contemplar o

multiletramento, citado na fundamentação teórica destas Diretrizes. Nessa perspectiva

que requer atenção maior do professor quanto aos textos midiáticos aos quais, pela TV,

pelo rádio e outros meios virtuais, os alunos possuem maior acesso que aos textos

oferecidos na escola.

O trabalho com a literatura, faz com que o aluno perceba seu papel na interação

com o texto, porque este carrega em si ideologias, mas somente a partir da visão de

mundo de quem o lê, é possível fazer relações que venham aceitar ou refutar os valores

ali presentes.

Essa perspectiva de ensino pode contemplar diferentes gêneros textuais, assim

como diferentes meios de comunicação, televisão, cinema, teatro, uma vez que pretende

um leitor capaz de desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no

meio social e cultural que o cerca.

A produção de significados, que implica uma relação dinâmica entre autor/leitor e

entre aluno/professor, de forma compartilhada, é uma prática ativa, crítica e

transformadora que possibilita abarcar diferentes tipos de gêneros textuais: textos lúdicos,

jornalísticos, informativos, didáticos, científicos, literários, entre tantos que povoam o

cotidiano.

Ao se trabalhar com a leitura deve-se considerar a formação do leitor e isso

significa apenas considerar diferentes leituras de mundo, experiências de vida e,

consequentemente, diferentes leituras, como também o diálogo dos alunos com o texto e

não sobre o texto, dirigido pelo professor. Torna-se necessário que durante a prática da

leitura o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, também que

levem a analisar os recursos linguísticos e estilísticos apresentados na construção do

texto. Ao trabalhar com os gêneros crônica e conto, por exemplo, é necessário levar os

alunos a analisar sobre o tema, intertextualidade,vozes sociais presentes no texto,

temporalidade, contexto de produção da obra literária dentre outros.

A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas que

tecem a leitura, que Yunes (1995) aponta que sejam:

- Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita suas

memórias, que guardam seus sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler

convoca o leitor ao ato de pensar;

- Intersubjetividade: o ato de leitura é interação não apenas do leitor com o texto,

mas com as vozes presentes nos textos, marcas do uso que os falantes fazem da língua,

discursos que atravessam os textos e os leitores;

- Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividade e

memórias resulta na interpretação. As perguntas de interpretação de textos buscam

desvendar um possível mistério do texto e esquecem do mistério do leitor;

- Fruição: o ato de ler se esgota ao final da leitura e das sensações. A leitura

permanece. E nisso o prazer que ela proporciona difere do prazer que se esgota

rapidamente. Ela decorre de “uma percepção mista de necessidade e prazer”.

- Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em diferentes

linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam uma rede de

referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos, ritmos, títulos, gestos,

vozes etc. No ato de ler, a memória recupera intertextualidades.

Além disso, o trabalho com a leitura implica reconhecer a incompletude dos

processos discursivos, os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,

subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.

Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (leitura)

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

-Identificação do tema;

-Interpretação textual observando:

-Conteúdo temático;

-Interlocutores;

-Fonte;

-Intertextualidade;

-Informatividade;

-Intencionalidade;

-Marcas linguísticas;

-Ideologia;

-Papéis sociais representados;

- As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal;

-Texto verbal e não-verbal;

-Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

-Inferências;

-As diferentes vozes sociais representadas no texto;

-Adequação ao gênero:

-Conteúdo temático;

-Elementos composicionais;

-Marcas linguísticas;

-Variedades linguísticas;

-Informações implícitas em textos;

-Estética do texto literário;

-Intencionalidade do texto;

-Papel do interlocutor e do locutor;

-Participação e cooperação;

-Relações dialógicas entre textos;

-Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

-Elementos extralinguísticos ( entonação, pausas, gestos...)

-Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos...

a) A PRÁTICA DA ESCRITA

O exercício da escrita, precisa levar em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e que

os gêneros discursivos são construções coletivas.

O reconhecimento das relações de poder no discurso potencializa, na escrita, a

possibilidade de resistência a determinados valores socioculturais. Esses valores afastam

a linguagem escrita do universo de vida dos usuários, como se fosse um processo à

parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não constroem a língua, mas

aprendem o que os outros criaram.

Portanto o aluno precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que é

diferente do texto oral. Depois de internalizar essas diferentes, pode amadurecer na

produção de textos, cuja intenção é provocar uma ação no mundo.

As maneiras de propor atividades com a escrita interferem de modo significativo

nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem preenchidas

sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que Pécora chama de “estratégias

de preenchimento”.

A prática da escrita requer um planejamento, para depois escrever a primeira

versão sobre a proposta apresentada e, então, revisar, reestruturar e reescrever o texto.

Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas durante esse trabalho.

Por meio desse processo, em que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e

reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo

para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é

possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, suas fantasias e sua

criatividade, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do

acréscimo ou da exclusão de uma ideia etc.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a

intenção e as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno,

para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser,

portanto, atividade fundamentada na adequação do texto ás exigências circunstanciais de

sua produção.

Quando há uma proposta de produção escrita, é preciso saber quem será o leitor

do texto, e dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual e o ato de

compartilhá-la permitindo que os textos dos alunos sejam afixados no mural da escola,

por meio de rodízio, reunir os diversos textos em uma coletânea, publicá-los no jornal da

escola, por exemplo. Dessa forma, amplia-se a constituição dos autores dos diferentes

textos e de seus possíveis leitores em sujeitos do fazer linguístico.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem ser

trabalhados, dentre outros:

- relatos (histórias de vida);

- bilhetes, cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos);

- poemas, contos e crônicas (textos literários);

- notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa);

- relatórios, resumos de artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação

científica). É importante ressaltar que ao se trabalhar com esses gêneros, por exemplo,

resenhas, resumos, relatórios, que os alunos reflitam sobre o tema, finalidade,

informatividade, argumentatividades, elementos composicionais do gênero dentre outros.

Dessa forma, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos

como incentivará a prática da leitura.

A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência linguística do estudante

em situações específicas durante a produção de textos, o estudante aumenta seu

universo referencial e aprimora sua competência de escrita. Assim, o aluno adquire a

necessária autonomia para avaliá-lo ao universo de textos que o cercam, apreende as

exigências dessa manifestação linguística, o sistema de organização próprio da escrita,

diferente da oralidade, da organização da fala.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que

elas possam relacionar o dizer escrito ás circunstâncias de sua produção. Proporcionem

aos alunos ampliarem seu domínio de uso das linguagens verbais e não-verbais pelo

contato direto com textos de variados gêneros, orais ou escritos. É necessário que a

inclusão da diversidade textual possa relacionar os gêneros com as atividades sociais em

que eles se constituem.

Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (escrita)

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

-Produção de textos (diferentes gêneros);

-Adequação ao gênero:

-Conteúdo temático;

-Elementos composicionais;

-Marcas linguísticas;

-Argumentação;

-Paragrafação;

-Clareza e organização das ideias;

-Refacção textual;

-Linguagem formal/informal;

-Coerência e coesão textual;

-Finalidade do texto;

-Paráfrase de textos;

-Resumo de textos;

a) ANÁLISE LINGUÍSTICA

Conforme as diretrizes, é preciso formar usuários competentes da língua, de modo

que, pela fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente e flexível,

adaptando-se a diferentes situações de uso. Porém, não é possível atender a esse

objetivo, se o ensino privilegiar uma única forma de análise dos fenômenos linguísticos.

Desse modo, torna-se necessário deter-se um pouco nas diferentes formas de entender

as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram

sistematizá-la.

Possenti apresenta três tipos básicos de gramáticas mais diretamente ligadas ás

questões pedagógicas.

- A gramática normativa concebe a língua como uma série de regras que devem

ser seguidas e obedecidas. O domínio delas pode dar a ilusão de que o falante

emprega a variedade padrão. Esse tipo de gramática dá muita importância á

forma escrita, atribuindo-lhe representação mais culta da língua. Por conta disso,

considera que a fala precisa basear-se nas estruturas que regem a escrita. A

gramática normativa está presente nos compêndios gramaticais e em muitos

livros didáticos.

- A gramática descritiva, como conjunto de regras que são seguidas, não se atém

unicamente na modalidade escrita ou padrão, mas à descrição das variantes

linguísticas a partir do seu uso. A gramática descritiva dá preferência à

manifestação oral da língua. Essa característica garante a essa gramática maior

mobilidade, ao contrário da normativa que, presa à escrita, é mais resistente às

inovações da língua.

- A gramática internalizada é o conjunto de regras dominado pelo falante tanto em

nível fonético como sintático e semântico, possibilitando entendimento entre os

falantes de uma mesma língua.

Quanto mais variado for o contato com diferentes tipos e gêneros textuais, mais

fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da norma padrão. Assim, um

texto se faz a partir de elementos como organização, unidade, coerência, coesão, clareza,

dentre outros.

Portanto, é preciso que o aluno amplie sua capacidade discursiva em atividades

de uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação da

linguagem como, por exemplo: argumentação, situacionalidade, intertextualidade,

informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade.

Tendo a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os

conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na

constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não

somente a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada

no processo de ensino de Língua Portuguesa.

Torna-se necessário desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre seu próprio texto – tais como atividades de revisão, de reestruturação ou

refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos, de

diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.

O contato com diferentes textos, propiciará que o aluno expresse sua análise por

meio dos diferentes gêneros, considerada sua criatividade. Antes dessa etapa, no nível

oral e escrito, está a interpretação que faz proliferar o pensamento, que abre a

possibilidade de o aluno jogar, criar, atualizar os gêneros.

Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também

pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,

perceber que a escola é o espaço do erro, onde ele pode e deve errar para que, a partir

dessa consciência, sob uma dinâmica de tentativas, acertos, inferências, comparações,

deduções, construa o aprendizado do fato linguístico.

Conteúdos básicos do Ensino Fundamental (análise linguística)

- Conteúdo estruturante: discurso como prática social

-Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;

-Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

-Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, e de outras categorias como elementos

do texto;

-A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

-Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

-Acentuação gráfica;

-Processo de transformação de palavras;

-Gírias;

-Algumas figuras de pensamento ( prosopopeia, ironia, metonímia...);

-Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal;

-Particularidades de grafia de algumas palavras;

-Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto;

-Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

-A representação do sujeito no texto

(determinado/indeterminado,ativo/passivo;expressivo/elíptico);

-Neologismo;

-Linguagem digital;

-Semântica;

-Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

-Conotação e denotação;

-A função das conjunções na conexão de sentido no texto;

-Progressão referencial ( locuções adjetivas,pronomes,substantivos,etc.)

-A elipse na sequência do texto;

-Estrangeirismos;

-As irregularidades e regularidades da conjunção verbal;

-A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

-Complementação do verbo e de outras palavras;

-Vícios de linguagem;

-Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

-Expressões modalizadoras ( felizmente, comovedoramente, etc.)

-A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

-Coordenação e subordinação nas orações do texto;

LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Quanto às aulas de literatura, torna-se relevante que estas não sejam meramente

a escolha de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva como pretexto

para outras questões de ensino. Espera-se formar um leitor capaz de sentir e de

expressar o que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de literatura um

envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio

de uma interação que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre leitor

e a obra e nela a representação de mundo do autor que se confronta com representação

de mundo do leitor, no ato solitário da leitura. Com isso, pode-se dizer que a obra,

também, constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê amplia seu universo, mas

também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.

Assim concebida a leitura da obra literária, propõe-se que se pense o ensino da

literatura a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção, que buscam

resgatar o leitor de sua “passividade” e do papel marginal que lhe era conferido no bojo

dos estudos literários.

A ideia central da Estética da Recepção é a de que nenhuma obra, por mais

canônica que seja, possa ficar incólume ás determinações históricas, às condições de

recepção a que é exposta no passar do tempo. Toda obra, desse modo, está sujeita ao

horizonte de expectativas de um público. Portanto, a obra é valorizada tendo em vista o

modo como é recebida pelos leitores das diferentes épocas em que é fruída. Dessa

maneira, supera-se a ideia de que uma obra esteja vinculada apenas ao seu contexto

original.

Nessa visão, é preciso que se privilegie, num primeiro momento, a leitura-fruição

do texto literário como meio de desenvolver o gosto e o hábito pela leitura e, na medida

em que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras, e seja incentivando a

capacidade crítica sobre a leitura feita a partir da socialização destas em sala de aula.

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

Os gêneros discursivos conforme as esferas de circulação social que podem ser

trabalhados na escola:

-Cotidiana: adivinhas, bilhetes, anedotas, cantigas de roda, diário, parlendas, piadas,,

convites, causos, curriculum vitae entre outros.

-Literária/Artística: contos, biografias, fábulas, letras de música, memórias, haicai,

poemas, romances, crônicas,etc.

-Escolar: Ata, cartazes, mapas, palestras, debate regrado,, seminário, pesquisas, texto

de opinião, resumo, resenha...

-Imprensa: Agenda cultural, charge, cartum, carta ao leitor notícia, anúncio de emprego,

reportagens, tiras,etc.

-Publicitária: músicas, e-mail, cartazes, anúncio, caricaturas, placas, paródias, texto

político, comercial para tv, fotos entre outros.

-Política: assembleia, carta de reclamação, manifesto, fórum, mesa redonda, panfleto,

debate, abaixo-assinado, carta de solicitação, etc.

-Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, declaração de direitos, leis, ofícios,

procuração, regimento, discurso de defesa, contrato, entre outros.

-Produção e consumo: bulas,manual técnico, regras de jogo, placas, rótulos de

embalagens...

-Midiática: blog, entrevista, filme, torpedos, telenovelas, home page, chat, desenho

animado,e-mail, telejornal entre outros.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DO ENSINO MÉDIO

O discurso como prática social.

CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO

LEITURA

- Interpretação textual, observando:

* conteúdo temático

* interlocutores

* fonte

* intencionalidade

* ideologia

* informatividade

* situacionalidade

* marcas linguísticas.

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

- Inferências.

- As particularidades ( lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e

informal.

- As vozes sociais presentes no texto.

- Relações dialógicas entre textos.

- Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.

- Estática do texto literário.

- Contexto de produção da obra literária.

- Diálogo da literatura com outras áreas.

ORALIDADE

- Adequação ao gênero:

* conteúdo temático

*elementos composicionais

*marcas linguísticas.

- Variedades linguísticas.

- Intencionalidade do texto.

- Papel do locutor e do interlocutor:

*participação e cooperação

* turnos de fala.

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras.

- Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação ( entonação, repetições,

pausas...).

- Finalidade do texto oral.

- Materialidade fônica dos textos poéticos.

ESCRITA

- Adequação ao gênero:

* conteúdo temático

* elementos composicionais

* marcas linguísticas

- Argumentação.

- Coesão e coerência textual.

- Finalidade do texto.

- Paragrafação.

- Paráfrase de textos.

- Resumos.

- Diálogos textuais.

- Relação textual.

ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Conotação e denotação.

- Figuras de pensamento e de linguagem.

- Vícios de linguagem.

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido.

- Expressões modalizadoras ( que revelam a posição do falante em relação ao que diz,

como: felizmente, comovedoramente...).

- Semântica.

- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.

- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto.

- Progressão referencial no texto.

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos

do texto.

- Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto.

- Coordenação e subordinação nas operações do texto.

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

- Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.

- Acentuação gráfica.

- Gírias, neologismos, estrangeirismos.

- Procedimentos de concordância verbal e nominal.

- Particularidades de grafia de algumas palavras.

SUGESTÕES DE GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O ENSINO MÉDIO:

textos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada

contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de

opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor,

carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório

científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de

trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas,

mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia,

propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas,

esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo,

provérbios, e outros...

- Arte literária e outras artes.

- História e Literatura.

- Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.

- Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo brasileiro

(literatura de informação ), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo,

Parnasianismo, Simbolismo, Vanguarda européia, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-

Modernismo.

- Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.

Em se tratando de conteúdos, também serão contemplados:

• Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

• Desafios Educacionais contemporâneos:

• Sexualidade.

• Prevenção ao Uso Indevido das Drogas.

• Cidadania e Educação Fiscal.

• Enfrentamento à Violência na Escola;

• Lei 9795/99 - Política Nacional de Educação Ambiental

• Lei 1645/08 - História e Cultura dos Povos indígenas.

• Lei 11.525/2007 -acrescenta § 5°ao art.32 da Lei n° 9.394 de 20 de dezembro

de1996, para incluir o conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes

no currículo do ensino fundamental.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Seguindo os princípios da interação, a linguagem, sendo produto de uma

consciência humana não pode ser vista como estrutura desvinculada a fatores externos,

como se fosse um esquema fechado, apenas para transmitir mensagens, pois os atos

humanos só possuem sentido se houver a interferência do outro.

O ensino de Língua Portuguesa em uma visão contemporânea precisa estar

interligado, tanto na oralidade, quanto na escrita, com o processo dialógico. Portanto, a

prática precisa relacionar-se a situações reais de comunicação. Nessa perspectiva a sala

de aula torna-se um espaço de interação de encontro entre sujeitos.

Por isso, faz-se necessário repensar conceitos e valores educacionais. Esse

espaço precisa ser um lugar de reflexão, pode ser prazeroso e instigante quando as

possibilidades de relacionamento e histórias presentes neles são infinitas e imagináveis.

Para que isso aconteça nele devem estar presentes os atores professores e alunos, pois,

sem a presença deles esse local transforma-se em um simples cenário sem ação onde

não se constrói nenhum conhecimento. É preciso ver o aluno, como um ser construído e

em construção por meio dessas vivências.

Portanto, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, possuidor de um repertório linguístico que precisa ser

considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.

A oralidade é vista como uma “prática social interativa” . Desse modo precisam

ser desenvolvidas na sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das

habilidades de falar e ouvir, como: relatos, depoimentos, opiniões, argumentações,

análises, seminários, entrevistas entre outras.

A leitura precisa ser vista na escola, como uma prática consistente do leitor

perante a realidade. A produção de significados, que implica uma relação dinâmica entre

autor/leitor e entre aluno/professor, de forma compartilhada, configura-se como uma

prática ativa, crítica e transformadora, possibilitando assim abranger vários tipos de textos

e gêneros textuais. Pode-se utilizar os textos de imprensa como: notícias, editoriais,

artigos, reportagens, cartas de leitores, assim como textos lúdicos: trava línguas, histórias

em quadrinhos, adivinhas, parlendas e piadas. Verbetes enciclopédicos, relatórios de

experiências, artigos, textos de divulgação científica, assim como os textos de publicidade

(propagandas, classificados), dentre outros tantos. De acordo com o Método Recepcional,

o leitor é visto como sujeito ativo no processo de leitura. Este método proporciona

momentos de debates sobre a obra lida, levando o aluno a ampliar seus horizontes de

expectativas. As leituras, portanto, serão compreensivas e críticas.

A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma visão discursiva que aborda o

texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual.

O aluno precisa antes de tudo compreender os mecanismos de funcionamento de

um texto, que são diversos da oralidade. E depois de internalizar essas diferenças, pode

amadurecer na produção de textos cujo objetivo é provocar uma ação no mundo.

Para iniciar a prática da escrita que tanto o professor quanto o aluno precisam

planejar o que será produzido, logo após escrever a primeira versão da proposta que será

apresentada, para depois revisar, reestruturar e reescrever este texto. Se houver

necessidade essas atividades devem ser retomadas, analisadas e retomadas durante

todo o processo de aprendizagem. Isso é muito importante pois o aluno cria o hábito de

planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos. Ainda é importante garantir a

socialização da produção textual, seja afixando no mural da escola, ou reunir os diversos

textos em uma coletânea.

Quanto aos gêneros que podem ser trabalhados dentre outros relatos, bilhetes,

cartas, cartazes, avisos (textos pragmáticos), poemas, contos e crônicas (textos

literários); notícias, editoriais, cartas de leitor e entrevistas (textos de imprensa), relatórios,

resumos de artigo e verbetes de enciclopédia (textos de divulgação científica). Desse

modo, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como

incentivará a prática da leitura.

Outro fato importante é que um texto se faz a partir de elementos como

organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros. Os conteúdos

gramaticais devem ser estudados partindo de seus aspectos funcionais na constituição da

unidade de sentido dos enunciados. É necessário planejar e desenvolver atividades que

possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, dentre as quais atividades de

revisão, de reestruturação do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre

outros textos de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.

Lembrando sempre que ao fazer a análise linguística o objeto principal de estudo é o

texto.

Em se tratando dos conteúdos: A História e Cultura Afro-brasileira e Africana;

Sexualidade; Prevenção ao uso indevido das drogas; Educação fiscal; Enfrentamento à

violência na escola; Educação ambiental; Cultura indígena; Educação no campo, estes

serão trabalhados através de várias atividades, entre elas: pesquisa, leitura e

interpretação oral e escrita de textos sobre os temas , produção de textos (prosa,

poesia , narrativos, paródias, frases, cartazes,dramatização,de música, palestras, etc.)

Alguns dos recursos didáticos que podem auxiliar o professor em seu trabalho

são: aula expositiva, mapas, revistas, jornais, livro didático, painéis, debates (mesa

redonda), mini palestras, cartazes, filmes, pesquisas, livros de literatura, dicionários,

laboratório de informática, pendrive.

AVALIAÇÃO

A avaliação não deve ser tratada como uma função meramente classificatória,

mas deve permitir ao professor sobre a prática pedagógica e a verificação dos avanços e

dificuldades dos alunos.

Quanto à leitura, esta será avaliada conforme o Método Recepcional, verificando

as estratégias que os estudantes usam para o entendimento do texto lido, o sentido

construído, as relações dialógicas entre textos, localização das informações explícitas e

implícitas, o argumento principal. Perceber se o aluno ativa os conhecimentos prévios, faz

inferências corretas, reconhecendo o gênero e o suporte textual. Também serão

propostas aos alunos questões abertas, discussões, debates, que lhe permitam avaliar as

estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o

seu posicionamento diante dele.

É importante considerar as diferenças de leitura de mundo e o repertório de

experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas.

Já na escrita, é necessário ver os textos dos alunos como uma fase do processo

de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na proposta de

produção textual; os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem

definidos para o professor e o aluno, estando eles (o aluno) em contextos reais de

interação comunicativa.

A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que o aluno mostra ao expor suas ideias a fluência da sua

fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender o seu ponto de

vista, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e

situações.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos utilizados nas

produções dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada,

que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto.

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Alguns dos critérios que podem auxiliar o professor na avaliação durante a prática

pedagógica:

A verificação das retomadas, orais ou escritas, de textos ouvidos sem alteração das

idéias principais;

A postura crítica diante de textos lidos;

A leitura independente de textos já lidos anteriormente;

A compreensão das informações contidas em diversos segmentos de um texto, bem

como a relação entre os mesmos.

A capacidade de ajustar a leitura a diferentes objetivos: estudo, entretenimento,

revisão, etc.;

A dedução de informações implícitas no texto;

A produção de textos orais, com o apoio da linguagem escrita ou de recursos gráficos,

levando-se em conta a variedade linguística ou o gênero pedido;

A produção de textos coesos e coerentes com o ciclo, respeitando a organização

correta em parágrafos, a pontuação adequada, o emprego correto dos tempos verbais,

as concordâncias verbais e nominais, a sintaxe e a ortografia;

A revisão e o aprimoramento dos próprios textos, utilizando-se dos conhecimentos

discutidos nas aulas;

A correta operação dos procedimentos metodológicos apresentados em aula:

elaboração textual, classificação, comparação, levantamento de hipóteses,

argumentação, organização de registros e compreensão das relações estabelecidas

entre funções discursivas.

Utilizando-se da língua oral e escrita em práticas sociais concretas, os alunos são

avaliados continuamente, realizam operações com a linguagem e refletem sobre seu uso,

tendo assim um aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e Yara

Vieira. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. (Org.) Os currículos do ensino fundamental para as

escolas brasileira. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados. Fundação Carlos Chagas,

2000. (Coleção formação de professores).

BRITTO, Luiz Percival L. A sombra dos caos: ensino de língua X tradição gramatical.

Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1997, pp.97-127.

FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin.

Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4.ed. Campinas, SP: Mercado das

Letras, 1996.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2oo3.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto.Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino de Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em

Lingüística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. A avaliação na educação básica entre dois modelos.

Educação e Sociedade.Campinas, 2001.

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS. Secretaria de Estado da Educação do

Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais-

Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

-Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008

ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA. Secretaria de Estado da Educação do

Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas Educacionais-

Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR, 2008.

EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná. Superintendência da Educação- Diretoria de Políticas e Programas

Educacionais- Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba,

SEED/PR, 2008.

EDUCAÇÃO FISCAL. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência

da Educação-Educação Fiscal Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

-Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos- Curitiba, SEED/PR,2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência da Educação.

Diretrizes de Língua Portuguesa para os Anos Finais do Ensino Fundamental e

Médio. Curitiba, 2008.

Obs.: EM REVISÃO/REESTRUTURAÇÃO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

A matemática, assim como em outras áreas do conhecimento faz-se necessário

conhecer , discutir e refletir sobre sua origem e de como a natureza do pensamento vem

se contextualizando e contribuindo ao longo da história da humanidade.

Sobreviver sempre foi o fator primordial que serviu de estímulo na busca de

desenvolvimento de métodos e instrumentos que tinham por finalidade a obtenção de

alimentos e outros artefatos necessários para satisfazer as necessidades básicas do ser

vivo. E, na luta pela sobrevivência, o homem buscando algo que lhe fosse útil criou

instrumentos de pedra lascada que talvez, (segundo pesquisadores) seja a primeira

manifestação matemática da espécie humana, seguida de outras que mostram a

capacidade que os povos na antiguidade, tinham em fazer análise, observar, classificar,

planejar (espaço e tempo), distribuir, medir, relacionar, comparar, levantar hipóteses e

principalmente se organizar, mais fortemente presente com o desenvolvimento da

agricultura, a mais importante transição da história da humanidade. Mais tarde, com o

desenvolvimento da indústria a prática da matemática foi fortemente marcada.

A matemática, como elemento da diversidade cultural dos diferentes povos, suas

épocas e modelos econômicos, passaram por grandes transformações ao longo dos

tempos, desde quando se usava pedra, os dedos, o ábaco, a calculadoras (primeiros

computadores), até os dias de hoje, no apogeu da ciência moderna com computadores

de alta potência que realizam milhões de cálculos em alguns segundos à recente busca

pelo qualitativo através da inteligência artificial. Ora apresentada com um aspecto

sintático preocupado com a técnica, ora com o semântico, que ressalta o significado e

compreensão bem como o sócio cultural considerado hoje o aspecto mais forte ,

revelando a preocupação da relação do conhecimento com os fatos da realidade e

buscando motivação que justifique seu aprendizado.

Segundo Fonseca (1995, p. 53), contextualizar o conhecimento matemático a ser

transmitido, buscar as suas origens, acompanhar a sua evolução, explicitar a sua

finalidade ou o seu papel na realidade do aluno, sem perder de vista a sua principal

função que é contribuir para a formação integral do individuo reconhecendo-o como ser

integrante, atuante e responsável pela sua própria transformação e do meio em que vive,

além de servir como instrumento para solucionar problemas que exige da sociedade o

domínio de conhecimentos básicos, característico dos modelos econômicos existentes em

cada momento da história. Além da economia a diversidade étnica as tendências da

época como: empírico-ativista, formalista clássica , formalista moderna, tecnicista,

socioetnocultural, histórico-crítica, influenciaram o ensino da matemática bem como a

separação dos conteúdos que passaram por varias divisões, fases ou ainda os

chamados períodos como :

- Sistematização das matemáticas estáticas (aritmética, geometria, álgebra e a

trigonometria);

- Quadrivium (aritmética, geometria, música e astronomia).Pensamento

euclidiano;

- Matemáticas de grandezas variáveis (geometria analítica, projetiva, cálculo

diferencial e integral);

- Elementar e superior;

- Matemática contemporânea;

- Matemática (aritmética,álgebra, geometria , trigonometria );

- Eixos Temáticos;

- Conteúdos Estruturantes (números, operações e álgebra, medidas,

geometrias, funções, tratamento da informação).

A história da Ciência matemática demarca a construção histórica do objeto

matemático que é composta pelas formas espaciais e as quantidades. Embora o

objeto de estudo da educação matemática ainda esteja em construção, ele está

centrado na prática pedagógica da matemática de forma a envolver-se com as

relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático .

Pela construção histórica do objeto matemático e possível identificar e organizar

alguns campos do conhecimento matemático denominados de conteúdos

estruturantes, selecionado a partir de uma análise histórica da ciência de referência e

da disciplina escolares considerados fundamentais para a compreensão do processo

do ensino e da aprendizagem.

Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados de forma articulada ao longo de

cada série, tornando o aprendizado mais significativo. Os conteúdos devem ser tratados

com diferentes enfoques e em situações variadas, visando à formação do conceito. È

necessário permitir ao aluno um ensino que analise, discuta, construa conceitos e formule

ideias,

Os tratamentos dados aos conteúdos números, operações e álgebra devem ser

abordados de modo que a aquisição da linguagem matemática passa pela atitude de

permitir ao aluno que ”reconstrua” o sentido e o significado das notações numéricas . Nas

atividades em que as noções de medidas são exploradas, há a possibilidades de uma

melhor compreensão dos conceitos relativos ao espaço e às formas. Ao trabalhar a

geometria, estamos estimulando o desenvolvimento do pensamento que permite o aluno

visualizar, compreender e representar de forma organizada o mundo em que vive. No

Tratamento da informação é necessário que o aluno compreenda e interprete as

informações, realizando a análise e tirando conclusões, pois tem como objetivo principal o

estudo relativo às noções de estatísticas, probabilidade e análise combinatória. O estudo

das funções ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que dá

significado às variações das grandezas envolvidas, e possibilita análise para prever

resultados.

Como vimos a relação da humanidade com os números é uma história de muitos

anos e como toda ciência a matemática continuará com sua evolução e a serviço da

humanidade.

OBJETIVOS GERAIS

- Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, construir conceitos e

procedimentos, aumentar sua auto-estima;

- Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para compreender

o mundo e, poder atuar melhor nele;

- Pensar logicamente, relacionando idéias, descobrindo regularidade e padrões,

estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na

solução de problemas;

- Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia: quantidade,

números, formas geométricas, simetrias, grandezas e medidas, tabelas e gráficos,

previsões, etc;

- Formular e resolver situações problemas. Para isso o aluno deverá ser capaz de

elaborar planos e estratégias para a solução do problema, desenvolvendo várias

formas de raciocínio (estimativas, analogia, indução, busca de padrão ou regularidade,

pequenas inferências lógicas, etc.) executando esses panos e essas estratégias com

procedimentos adequados;

- Integrar os vários eixos temáticos (números e operações, Geometria, grandezas e

medidas, raciocínio combinatório, estatística, probabilidade) entre si e com outras

áreas do conhecimento;

- Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando de

várias maneiras as ideias matemáticas: com números, tabelas, gráficos, diagrama,etc.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções, Tratamento da

Informação.

CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

Números e álgebra –

•sistema de numeração decimal e não decimal,

• números naturais e suas representações,

• conjuntos dos números naturais

•as seis operações e suas inversas,

•adição,subtração, multiplicação e divisão de frações,

•transformações de números fracionários em números decimais.

Grandezas e Medidas

•organização do Sistema Métrico Decimal e do Sistema Monetário,

• transformação de unidades de Medidas de Massa, Capacidade, Comprimento e

Tempo,

•Perímetro e Área .

Geometrias – elementos da geometria;

• classificação e nomenclatura das figuras planas e dos sólidos geométricos;

•planificação de sólidos geométricos,

•nomenclatura de faces e arestas.

Tratamento da informação – coleta e informação de dados;

•leitura, interpretação e representação dos dados de tabelas, lista de diagramas,

quadros e gráficos (composição da população brasileira por cor renda e

escolaridade no país e no município e análise estatística da população rural e

urbana);

•gráfico de barras e colunas;

•Porcentagem.

6ª Série

Números e álgebra –

• números inteiros;

•transformação de números , proporção; frações e decimais;

•noções de proporcionalidade;

•as noções de variável, incógnita e a possibilidade de cálculo a partir de letras por

valores numéricos ;

• equação do 1º grau.

Grandezas e Medidas -

• perímetro , área, e volume;

•capacidade e volume e suas relações;

•ângulos.

Geometrias – planificação, construção e nomenclatura dos sólidos geométricos .

Tratamento da informação – Coleta, organização e descrição de dados;

•gráfico de barras, colunas e análise de gráfico de setores (análise de pesquisas

relacionados ao negro e mercado de trabalho no país e pesquisa de dados no

município com relação a população negra urbana e rural);

•Juros simples ;

•Média aritmética,moda e mediana.

7ª Série

Números e álgebra – conjuntos numéricos (naturais, racionais, inteiros e

irracionais);

• polinômios e casos notáveis;

•produtos notáveis;

• fatoração,

• expressões numéricas e algébricas;

• sistemas de equação do 1º grau.

Grandezas e Medidas -

•poliedros regulares e suas relações métricas;

• ângulos e arcos,unidade, fracionamento e cálculo.

Geometrias – interpretação geométrica de equações; sistemas de equação e

inequação ;representação geométrica dos produtos notáveis;

•representação cartesiana e construção de gráficos ( gráficos de setores).

Tratamento da informação – coleta ,organização e descrição de dados;

• gráficos de barras,colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histograma.

(analise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira)

8ª Série

Números e álgebra – conjuntos numéricos( números reais);

•potenciação e radiciação ;

•equações, inequações e sistemas do 1º e 2º grau ;

•cálculo do números de diagonais de um polígono;

Grandezas e Medidas – congruência e semelhança de figuras planas – Teoremas

de Talles;

•Triângulo retângulo - relações métricas e Teorema de Pitágoras;

• perímetro , área e volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de

problemas algébricos.

•trigonometria no triângulo retângulo.

Geometrias- construção de polígonos inscritos numa circunferência;

• Teorema de Tales e suas aplicações.

Tratamento da informação -

• coleta , organização e descrição de dados; gráficos de barras, colunas, linhas

poligonais, setores e curvas e histogramas( realização com os alunos de

pesquisas de dados sobre a população negra rural e urbana).

•noções de probabilidade;

•Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: números e álgebras, grandezas e medidas, funções,

geometrias e tratamento da informação.

CONTEÚDOS

1ª Série

Números e álgebra – conjunto dos números reais;

Grandezas e medidas – Perímetro, área e volume;

Funções – função afim, quadrática, exponencial, logarítmica e funções

trigonométricas;

Geometrias – geometria plana;

Tratamento da informação – matemática financeira.

2ª Série

Números e álgebras - Sistemas lineares

Grandezas e medidas – Medidas de áreas e volumes;

Funções – Progressão aritmética e progressão geométrica;

Geometrias – Geometria Espacial;

Tratamento da informação _ Análise combinatória e Binômio de Newton e Estatística.

3ª Série

Números e álgebra – matrizes, determinantes, polinômios, números complexos.

Grandezas e medidas - Trigonometria

Funções– função modular e polinomial.

Geometrias –geometria analítica.

Tratamento da informação – Probabilidade

AVALIAÇÃO

É um instrumento sinalizador do progresso do aluno em todos os seus domínios.

Nesse sentido ela não pode ser encarada como resultado do aprendizado, mas sim como

processo de sua construção, incidindo tanto sobre o aluno, como sobre sua proposta de

ensino. A avaliação orienta o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática

educativa e, desse modo orienta sua intervenção pedagógica. Deve ser coerente com o

conteúdo aplicado, com os objetivos e com a metodologia utilizada em sala de aula. A

partir daí a sua aplicação exige o estabelecimento de prioridades. Longe de ser apenas

um momento final do processo de ensino, a avaliação se inicia quando os estudantes

apresentam seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante a vida

escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o

resultado tanto de um acompanhamento contínuo e sistematizado como das

demonstrações de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

É fundamental que se utilize diversos instrumentos e situações para poder avaliar

diferentes aprendizagens. Quanto a forma pode ser individual, coletiva, oral ou escrita.

Os instrumentos comportam: observação sistemática durante as aulas, perguntas e

respostas dadas, registros, confronto de idéias, pesquisas, análise e criticas de filmes,

desenhos geométricos, resolução de situações problemas, cálculo mental, participação,

relatórios, provas dissertativas e de múltipla escolha.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADILSON dilson Logem – Coleção Nova Didática Matemática para o Ensino Médio

Ed. Positivo;

BENIGNO Barreto Filho; Cláudio Xavier da Silva – Matemática Volume Único Ed. FTD.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇAO. Diretrizes Curriculares de matemática

para o Ensino Fundamental e Médio – 2008.

LDB. (Lei de Diretrizes e Bases) _ 9394/96.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.

PROPOSTA PEDAGÓGICADA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA –

INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO

No início da colonização os jesuítas ensinavam o latim como exemplo de língua

culta. Em 1759, foi implantado pelo Marquês de Pombal o sistema de ensino régio, que

ensinava o latim e o grego.

O ensino de línguas modernas ganhou real importância em 1853 com a fundação

da primeira escola pública de nível médio –o Colégio Pedro II. O modelo de ensino de

línguas instituído pelo Colégio Pedro I, se manteve até 1929.

Na Europa no período de 1930, ocorre a publicação de “Vour de Lingüístic

generele” ( Ferdinand Saussure, 1916 ), que inaugura os estudos de langue e parole.

Esses estudos deram os elementos para definir o objeto específico para a Linguística, a

língua, e para fundamentar o Estruturalismo.

No primeiro governo de Getúlio Vargas, intelectuais iniciaram estudos da Reforma

Francisco Campos, na qual pela primeira vez, o método de ensino de Língua Estrangeira

foi oficialmente estabelecido –método Direto -, no qual a língua materna perde o seu

papel de mediadora e se dava preferência ao professor nativo ou fluente da língua alvo.

Em 1942, com a Reforma Capanema, o curso secundário passou a ser dividido em

dois níveis: ginasial com quatro anos e colegial com três. Quem decidia a metodologia e o

programa de cada série era o Ministério da Educação.

Nos anos 50 e 60 surgem mudanças significativas quanto às abordagens e os

métodos de ensino. Os linguistas estruturalistas da época apoiavam-se na psicologia da

escola Behaviourista de Pavlov e Skinner para trabalhar a língua, a partir da forma para

chegar ao significado. A língua passa a ser vista como um conjunto de hábitos a serem

automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizados.

Em 1950 surge a Gramática Gerativa Tradicional de Chomsky que reestrutura a

visão de língua e de sua aquisição e que trouxe grandes influências .

O resgate da língua estrangeira se dá em 1976, quando passa ser obrigatório o seu

ensino no 2º Grau. Em 1986 foi criado o CELEM pela SEED que funciona até hoje como

contraturno sem custos aos alunos da rede pública do Paraná.

Em 1996, foi determinada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

nº9394, obrigatório o ensino de LEM no Ensino Fundamental a partir da 5ª. Série, sendo

que a escolha do idioma foi atribuída a comunidade escolar, dentro das possibilidades da

instituição, apresenta-se como um espaço para ampliar o contato com outras forma de

conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade,

oferecendo aos sujeitos maneiras diferentes de produzir sentidos e de se perceber no

mundo.

Nesta perspectiva, com relação a valorização do ensino de LE, a SEED tem

promovido ações em favor das escolas do estado, pois abriu concurso público para

compor o quadro próprio do magistério com professores de espanhol, ampliou o número

de escolas que ofertam cursos nos CELEMs, estabeleceu parcerias para formação e

aprimoramento pedagógico dos professores, e está em processo a elaboração de material

didático de LEM para o ensino fundamental e médio, visto que este, já está disponível aos

professores e alunos, quanto ao outro fica a perspectiva de recebimento ainda este ano.

Segundo as DCE p.55, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender

percepções de mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades; ensina-

se a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar procedimentos

interpretativos e a construir sentidos do e no mundo.

Ao trabalhar com Língua Estrangeira em sala de aula deve-se abordar questões

relacionadas à cidadania, não apenas tematizando e promovendo debates sobre suas

implicações na sociedade, mas também e principalmente apresentando aos alunos

momentos em que possam de fato vivenciar o exercício da responsabilidade.

A educação em Língua Estrangeira no Ensino Fundamental deve instrumentalizar o

aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de comunicação, assim, o

objeto de estudo da disciplina é a Língua, concebida como discurso, para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural.

O sujeito que aprende uma LE aprende que sua identidade nacional não é a única

possível, nem a melhor, mas sim uma dentre várias construções produzidas por diferentes

comunidades.

A aprendizagem de LE serve como meio para progressão no trabalho e estudos

posteriores, mas não é só isso, deve ser vista como constituidora das identidades dos

educandos como agentes críticos e transformadores, o que implica em uma superação da

visão apenas como meio para se atingir fins comunicativos.

Aprender a língua inglesa não é um fim, mas um caminho que poderemos seguir

para refletir e crescer nas discussões sobre assuntos variados que envolvem nosso país e

outros. Pela manifestação da língua, oral ou por escrito, permite-nos interagir com textos

de vários gêneros, escritos ou pronunciados que formam o discurso, sempre com um

objetivo que vai além da superficialidade das palavras ou frases desconectadas. A língua

conduz toda a complexidade das ações humanas, enunciadas discursivamente. As ações

envolvem negociação de significados dentro de nossas próprias limitações em utilizá-la e

do nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Os enunciados sempre são carregados

de ideologias, nunca sendo neutros. Então, de acordo com as DCE, ensinar e aprender

línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo; e maneiras de construir

sentidos é interar o aluno com a sua realidade e também com a de outros, visando

desenvolver o senso crítico para ampliar a sua visão e participação do/no mundo, por

exemplo, a convivência diária com a LE em escritos de camisetas, propagandas, em

jogos eletrônicos, na música; ou seja, na mídia em geral, neste mundo globalizado, para

então oportunizar sua ascensão profissional e social.

Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno:

- seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social;

- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país.

Embora saibamos que o aluno traz sua própria cultura e raízes, é necessário

confrontá-lo com situações para vivenciar criticamente a diversidade cultural, sem perder

sua própria identidade. Porém, naturalmente esta identidade será transformada

positivamente pelo próprio contato com a LE. Então partindo do pressuposto de que o

objetivo da Educação Básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de interagir

criticamente com o mundo à sua volta, o ensino de LEM ofertado neste estabelecimento

deve contribuir para esse fim. Assim a linguagem precisa ser entendida como uma

produção construída nas interações sociais, como a orientada e desenvolvida pelas

contribuições dos teóricos russos do Círculo de Bakhtin onde toda enunciação se constitui

num diálogo que faz parte de um processo dinâmico e ininterrupto. “É, portanto, por meio

da interação com o outro que o sujeito se constitui socialmente”. (BAKHTIN,1998).

O ensino de LEM não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código

linguístico , é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Por isso é

preciso trabalhar a língua enquanto discurso e não como estrutura ou código a ser

dicifrado, constrói significados e não apenas os transmite como afirma Bakhtin.

“(...) o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma

linguística utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua

significação numa enunciação particular”. (BAKHTIN, 1992).

A pedagogia crítica retrata a necessidade de prover os alunos com os meios

necessários para que não apenas assimilem o saber como resultado, mas aprendam o

processo de sua produção, explicitando as relações de poder que as determinam.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE/ BÁSICO

Em relação ao conteúdo estruturante da LE entende-se que será aquele que

mostrará o Discurso enquanto prática social, envolvendo a leitura, oralidade e escrita. É

preciso que os níveis de organização linguística (fonética, fonologia, léxico, semântica e

sintaxe) sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal

e não-verbal.

Sendo os elementos integradores –conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos,

culturais e linguísticos –estarão sempre presentes em qualquer situação de interação do

aluno com a língua estrangeira.

As práticas –escrita, leitura e oralidade –realizam a abordagem do discurso em sua

totalidade enquanto interagem entre si e constituem uma prática sócio-cultural.

Assim, nas discussões que a língua nos permite, ampliaremos nosso

conhecimento, compartilharemos nossas experiências, além de valorizar nossa cultura e

respeitaremos a cultura do outro.

O conteúdo estruturante não deve ser entendido como isolado em si mesmo e

estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade.

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino da LEM, o Discurso, entendido como

prática social sob os seus vários gêneros.

Visto que o aluno de língua estrangeira já possui experiência no trabalho com a

linguagem é necessário que o professor leve em conta esse conhecimento de que o aluno

já dispõe e o subsídio com o conhecimento que lhes faltem.

Dessa forma, se estabelecem como elementos indispensáveis e integradores os:

conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às

regras gramaticais; os discursivos aos diferentes gêneros discursivos, os culturais,a tudo

aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade; e os sócio-pragmáticos,

aos valores ideológicos, sociais e verbais.

Também faz-se necessário as práticas de leitura, escrita e oralidade para que

interajam entre si e constituam uma prática sócio-cultural.

È possível inserir a cultura africana e afro-descendente quando o idioma a ser

aprendido é o inglês ou o espanhol. Um exemplo seria levar para as turmas letras de

músicas afro-descendentes jamaicano ( Ensino Médio) de outros cantores negros e textos

em inglês sobre a vida de lideranças como os americanos Malcom X e Martin Luther King.

Então a introdução da cultura negra no ensino de língua estrangeira deixa o aprendizado

mais amplo.

Considera-se preciso então, levar em conta as especificidades da LE ofertada, as

condições de trabalho, o PPP, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o

perfil dos alunos.

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino da Língua Estrangeira Moderna o

discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura,

de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso. Esta prática

envolverá conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais, sócio-pragmáticos, práticas

de leitura, escrita e oralidade, que poderão ser a partir de diferentes gêneros discursivos,

sob a proposta de construção de significados discursivos, construídos mediante da

interação aluno/texto/realidade.

A seleção dos textos, deve contemplar os elementos linguísticos-discursivos, com

fins educativos de acordo com a faixa etária e interesse do alunado, valorizando sua

participação na escolha dos mesmos, evitando textos estereotipados.

Por intermédio dos textos, o discurso fará parte da prática social e as formas

linguísticas serão tratadas de modo contextualizado. Assim, o discurso se realiza nos e

pelos textos (ADAM, apud ROJO 1990, p.188-189). Nessa visão, o discurso envolve o

texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de produção, ou seja,

o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Trata-se do conjunto de representações de mundo mobilizadas no processo de

produção:

-o contexto físico: o lugar, o momento de produção, o locutor, o destinatário;

-o contexto sócio-subjetivo: o lugar social, a posição social do emissor, a posição social

do destinatário, o objetivo e o conteúdo temático;

-a superfície discursiva: o texto propriamente dito, as sequências linguísticas, os tipos de

textos.

Tais elementos se referem ao interdiscurso e ao intradiscurso, nos quais os

sentidos da enunciação se cruzam com outros dizeres que residem na memória dos

sujeitos e que, portanto, constroem sentidos.

As noções de interdiscurso e intradiscurso, são elementos facilitadores da

organização curricular, uma vez que é no interdiscurso que o sujeito enunciador identifica

os enunciados que incorpora no intradiscurso. Por isso, a organização de conteúdos

específicos baseadas apenas em itens gramaticais não é recomendável, já que contraria

a visão de língua em contexto. Isso não significa excluir a gramática da sala de aula. Ela

estará subordinada aos usos que se faz da língua estrangeira, ou seja, as formas

linguísticas serão tratadas de modo contextualizado.

Propostas de conteúdos básicos para o Ensino Médio:

- Leitura, Escrita e Oralidade;

-Gêneros textuais;

-Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais

representados, intencionalidade, valor estético e condições de produção;

-Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual,

encadeamento das ideias e coerência do texto;

-Variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade;

-Diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades de língua

estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;

-Conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos gramaticais.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento quando necessário, de

procedimentos para construção de significados usados na língua estrangeira, as reflexões

linguísticas devem ser decorrentes das necessidades especificas dos alunos

Ressalta-se a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna

–Inglês e Espanhol -, que não esgota todas as necessidades nem abrange todos os

conteúdos de língua estrangeira, mas constitui suporte valoroso e ponto de partida para

um trabalho bem-sucedido em sala de aula.

LÍNGUA ESTRANGEIRA - ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNERO COTIDIANO E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS E EDUCAÇÃO

DO CAMPO.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia.

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Condições de produção;

* Informatividade (informa-

ções necessárias para a co-

erência do texto);

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.

* Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos, etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos de fala;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coe-

são,coerência, gíria, repeti-

ção.

* Pronúncia.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNERO MIDIÁTICO E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS E EDUCAÇÃO

NO CAMPO

LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia.

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Condições de produção;

* Informatividade (informa-

ções necessárias para a co-

erência do texto);

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.

* Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos, etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos de fala;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coe-

são,coerência, gíria, repeti-

ção.

* Pronúncia.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS CIENTÍFICO E DE IMPRENSA E RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS E

AFRODESCENDÊNCIA.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia.

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Condições de produção;

* Informatividade (informa-

ções necessárias para a co-

erência do texto);

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.

* Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos, etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos de fala;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coe-

são,coerência, gíria, repeti-

ção.

* Pronúncia;

* Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o es-

crito;

* Adequação da fala ao con-

texto.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS E DIVERSIDADE SEXUAL E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* vozes sociais presentes no

texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Discursos direto e indireto;

* Emprego do sentido deno-

tativo e conotativo no texto;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia.

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Condições de produção;

* Informatividade (informa-

ções necessárias para a co-

erência do texto);

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Discurso direto e indireto;

* Emprego do sentido deno-

tativo e conotativo no texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

* Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos, etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos de fala;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coe-

são,coerência, gíria, repeti-

ção.

* Pronúncia;

* Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o es-

crito;

* Adequação da fala ao con-

texto.

* Pronúncia.

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Marcadores do discurso;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Discursos direto e indireto;

* Emprego do sentido deno-

tativo e conotativo no texto;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

grito);

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia.

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Condições de produção;

* Informatividade (informa-

ções necessárias para a co-

erência do texto);

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Discurso direto e indireto;

* Emprego do sentido deno-

tativo e conotativo no texto;

* Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes gra-

maticais no texto;

* Elementos semânticos;

* Recursos estilísticos (figu-

ras de linguagem);

* Marcas linguísticas: parti-

cularidades da língua, pon-

tuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, ne-

* Elementos extralinguísti-

cos: entonação, pausas,

gestos, etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos de fala;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coe-

são,coerência, gíria, repeti-

ção.

* Pronúncia;

* Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o es-

crito;

* Adequação da fala ao con-

texto.

* Pronúncia.

grito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROSCOTIDIANA Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicado

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Música

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências Vi-

vidas

Trava-LínguasLITARÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fadas Contempo-

râneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fábulas

Fábulas Contemporâneas

Haicai

Histórias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Letras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Científi-

ca

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródias

Pinturas

Poemas

Romances

Textos Dramáticos

CIENTÍFICA Artigos

Conferência

Debate

Palestra

Relato Histórico

Relatório

Resumo

Verbetes

Pesquisas

ESCOLAR Ata

Cartazes

Debate Regrado

Diálogo/Discussão Argu-

mentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Ci-

entíficas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de EnciclopédiasIMPRENSA Agenda Cultural

Anúncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Cata ao Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopo

Infográfico

Manchete

Mapas

Mesa Redonda

Notícia

Reportagens

Resenha Crítica

Sinopses de Filmes

TirasPUBLICITÁRIA Anúncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Música

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Institucional

Publicidade Oficial

Texto Político

POLÍTICA Abaixo assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate Regrado

Discurso Político “de Palan-

que”

Fórum

Manifesto

Debate Mesa Redonda

PanfletoJURÍDICA Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos

Leis

Ofício

Procuração

Regimentos

Regulamentos

RequerimentosPRODUÇÃO E CONSUMO Bulas

Manual Técnico

Placas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências Ci-

entíficas

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de EnciclopédiasMIDIÁTICA Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

METODOLOGIA

Partindo do conteúdo estruturante não deverão ser abordadas apenas questões

linguísticas, mas também as sócio-pragmáticas e culturais, através das práticas do uso da

língua –leitura, escrita e oralidade.

O texto que deverá trazer uma problematização em relação a um tema, será o

ponto de partida da aula de língua estrangeira. É fundamental auxiliar os alunos a

entender que ao interagir com uma língua, estão interagindo com outras culturas, levando

em conta que para entender qualquer enunciado precisamos ter em mente, quem disse o

quê, para quem, onde, quando e porque.

Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe uma

diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra,

mas sim diferente, pois nenhuma língua é neutra. Então é preciso lembrar que a escolha

dos conhecimentos linguísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo do

grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal. São erros

resultantes das atividades dos alunos que permitirão ao professor selecionar seus

conteúdos e orientar sua prática em sala de aula.

Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da

Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares

frente à experiência social. É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes

gêneros textuais, mas sem categorizá-los, pois são eles que organizam nossa fala da

mesma maneira que dispõe às formas gramaticais.

Tanto a leitura, quanto a oralidade e a escrita, são atividades sócio-interacionais,

ou seja, significativas.

Então, propõe-se para a leitura em Língua Estrangeira o uso de diferentes gêneros

textuais, para que o aluno entenda que por trás de cada texto há um sujeito; que as

formas linguísticas não são sempre idênticas e não assumem sempre o mesmo

significado, porém são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a

prática social de uso da língua ocorre. Não esquecer que a leitura se refere também aos

textos não-verbais. Assim, o maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo

que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver as realidades. Já as estratégias da

oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes

discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a

expressarem suas ideias em língua estrangeira dentro de suas limitações. E, finalmente

para a escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos necessários

para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentos

discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em conta

que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo

da aprendizagem. Na busca desta interação deve-se buscar uma metodologia que

trabalhe leitura, escrita, compreensão oral e compreensão auditiva.

Leva-se em conta também que a língua não é algo fechado ou abstrato. Portanto, a

elaboração de materiais pedagógicos a serem utilizados permitirá flexibilidade para

incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para contemplar a

diversidade regional.

Auxiliar a prática pedagógica através de vídeos e músicas, DVDs, cartazes,

flashcards, pictures,giz, quadro negro, dicionários, Internet, CD ROMs, de acordo com a

disponibilidade da escola.

Serão abordadas questões sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como

as práticas de uso da língua-leitura, escrita e oralidade.

O texto será o ponto de partida da aula de língua estrangeira. Além de exercícios

orais e escritos, dramatizações, músicas, atividades e jogos diversos utilizar-se-ão

recursos áudio-visuais, fornecendo, portanto, todo o material necessário para o

desenvolvimento do trabalho em sala de aula, e o mais importante, dar subsídio aos

alunos para que reproduzam e até mesmo criem esses materiais didáticos.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira é que ele

será, necessariamente articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando

relacionar os vários conhecimentos.

Serão utilizadas:

-Discussão oral sobre o texto a ser trabalhado;

-Apresentação de texto;

-Abordagem do vocabulário;

-Compreensão de textos;

-Oralidade;

-Exercícios orais e escritos;

-Produção textual;

-Elaboração de materiais.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser o instrumento que orientará as intervenções pedagógicas

para além do conteúdo trabalhado, de modo que os objetivos específicos apresentados

nessa proposta sejam alcançados.

A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira se configura como processual

e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos,

a partir de suas produções.

observar a participação dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de

aula se faça pela interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os

alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas

conversas em língua materna e língua estrangeira; e no próprio uso da língua, que

funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias

( VYGOTSKY,1989).

Tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Médio, a avaliação será vista

como um resultado de aquisição de uma nova língua. Portanto, na avaliação, o erro deve

ser visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no

processo, que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para

diferentes pessoas.

È importante considerar também avaliações de outras naturezas: diagnóstica e

formativa, desde que se articulem com os objetivos específicos e conteúdos definidos, a

partir das concepções e metodologias presentes nessa proposta, de modo que sejam

respeitadas as diferenças individuais e escolares, visto que de acordo com o PPP do

Colégio, o alunado e bem heterogêneo. Então o professor deve ter o cuidado e também o

conhecimento sobre esses fatos para não correr o risco de “pecar” em sua

didática/avaliação. Visto que o processo avaliativo não se limita apenas a sala de aula. A

programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estarão envolvidos no

processo de avaliação e esta deverá ser articulada com os objetivos e conteúdos

definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos propostos neste

documento.

A avaliação será contínua, diagnóstica, processual e cumulativa, fazendo parte in-

tegral do processo de aprendizagem e contribuindo para a construção de saberes, onde

os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Ela também servirá para que o professor repense a sua metodologia promovendo a

construção do conhecimento, planejando as suas aulas de acordo com as bagagens pro-

dução do aluno. Assim, respeitando suas diferenças e individualidades, entendendo o

“erro” como parte integrante da aprendizagem.

Para auxiliar a avaliação, faz-se necessário o uso de vídeos e músicas, DVDs, car-

tazes, flashcards, pictures, giz, quadro negro, dicionários, internet, CD-ROOMs, rádio, te-

levisão, Xerox, avaliações escritas, orais, trabalhos, pesquisas, dramatizações, apresenta-

ções, murais, sobre os conteúdos trabalhados, através dos quais, o alunado demostrará,

de forma diferenciada, o conhecimento adquirido. Para que ela se realize a contento, o

professor fará uso de diversos mecanismos e ofertará ao aluno material bastante variado,

tais como livros, jornais, revistas, folders e recursos audiovisuais.

A avaliação deverá oferecer também:

- avaliação escrita (writing)

- avaliação oral (speaking)

- avaliação de textos escritos (reading)

- compreensão oral (listening)

Aos alunos que não atingirem a média mínima estipulada será feita uma recupera-

ção concomitante visando recuperar conteúdos que contemplem as práticas de leitura, es-

crita e oralidade da língua.

Conforme a nossa clientela, adaptamos os nossos conteúdos, metodologia e ava-

liação, dentro da realidade de cada turma, de cada escola e de cada aluno, como ser úni-

co, respeitando suas diferenças e individualidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna -Inglês.

Governo do Estado do Paraná –Secretaria do Estado da Educação do Paraná, 2008.

Lei 10639/03 – História e cultura afro-brasileira e africana.

Lei 11645/08 – História e cultura dos povos indígenas.

Lei 9795/99 – Política nacional de educação ambiental.

Projeto Político Pedagógico _ Colégio Estadual São Mateus_ Ensino Fundamental,

Médio, Profissional e Normal.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Tomando como princípio que a escola deva contribuir para que o sujeito, ao passar

por ela, entenda seu papel enquanto cidadão integrante da realidade social do mundo

contemporâneo e suas transformações tecnológicas, é fundamental para que esse

alcance e que se promova, na escola, o desenvolvimento da autonomia intelectual do

aluno. Essa autonomia é entendida como a capacidade do estudante de guiar-se, tomar

decisões, desenvolver a autoconfiança, a reflexão, a valorização do próprio pensamento e

posicionamento frente ao pensamento e do professor, além da tomada de consciência

dos próprios erros. Os conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos são responsáveis

por tal estruturação ou constituição do sujeito.

Outro fator que se deve considerar é que assim como não se deve mistificar a

ciência, também não se pode banalizá-la. Ela requer uma outra racionalidade que

necessita ultrapassar as aparências, diferente da elaboração de conhecimentos do senso

comum que se prendem à realidade que se apresenta aos sentidos. Segundo Lopes

(1999), o domínio do conhecimento científico é necessário para nos defendermos da

retórica científica, frequentemente veiculada na propaganda que age em nosso cotidiano,

e para compreendermos os limites e possibilidades do alcance da Biologia.

É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de

manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados

e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no

seu meio. Um sistema vivo é sempre produto da interação entre seus elementos

constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu

meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas às transformações que ocorrem no

tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do

ambiente.

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida e sua diversidade de

manifestações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório

do conhecimento garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar

e uma mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico

e social.

O recente avanço tecnológico e a expansão das pesquisas científicas,

especialmente na área biológica, que se apresentam na mídia diariamente, como são os

casos dos transgênicos, do genoma, das células-tronco, despertam o interesse dos

alunos pela compreensão dos fatos que vêm se revelando à sociedade e são propulsores

de discussões no ambiente escolar.

Estabelecer os conteúdos estruturantes para o ensino de Biologia requer uma

análise do momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e

abrangência dos conhecimentos que se pretendem ser desenvolvidos, nessa modalidade

de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis

no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos.

No momento, desenvolvem-se os conteúdos de Biologia conforme os conteúdos

estruturantes que são:

• organização dos seres vivos;

• mecanismos biológicos;

• biodiversidade;

• manipulação genética.

Assim, em cada área é possível trabalharmos diversos conteúdos, o que aumenta

o campo de informação para o aluno, mas ao mesmo pode oferecer uma diferença

significativa de conhecimento em virtude de recursos e estruturas para pesquisa e

aprofundamento por parte dos alunos e professores.

Também se ressalta que os métodos e os conteúdos não são planejamentos

prontos e acabados, pois o pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo

mutável e revela uma concepção de ciência que não pode ser considerada verdadeira e

absoluta.

A partir do momento em que as questões da cultura, das heranças, da tradição de

todas as culturas forem contempladas para cada sala de aula, enquanto ciência, enquanto

conhecimento científico, a estima de nossa população se elevará. Com isso haverá um

interesse pelo estudo de sua própria história. Atualmente a Lei de Diretrizes e Bases

(LDB) está alterada afim de que seja estudada a história e a cultura afro-brasileira e

educação do campo de forma que possa valorizar as singularidades regionais e localizar

as características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas, quanto

em termos da valorização da cultura construída nos diferentes lugares do país.

A inclusão vem como uma temática e não como uma disciplina, que deve ser

trabalhada envolvendo a interdisciplinaridade, no caso da Biologia, o professor deve

envolver a temática em várias áreas da disciplina como, por exemplo, a função da

melanina no organismo e a dominância dos genes de pessoas afro-brasileiras em

genética.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos,

reflexivos e atuantes por meio de conteúdos, desde que ao mesmo proporcione o

entendimento do objetivo de estudo – o fenômeno VIDA.

A Biologia tem por objetivo a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando

a bioética e o desenvolvimento sustentável, também sensibilizar o educando das

consequências de agressões ambientais, bem como o impacto negativo do

desenvolvimento das tecnologias em um mundo capitalista. A Biologia desempenha papel

importante na compreensão do mundo, suas transformações e avanços tecnológicos do

homem como indivíduo participativo e inteligente do universo. Partindo do princípio da

Biologia, devemos desenvolver em nossos alunos o processo de construção do

conhecimento científico, intelectual e crítico, a compreensão das inter-relações entre

homem, natureza e cultura. A partir daí, desenvolver uma mentalidade de respeito à vida

e, consequentemente, para uma integração cada vez mais capacitada para usufruir do

ambiente sem destruí-lo ou degradá-lo e, ainda consolidar e aprofundar o aprendizado

iniciado no Ensino Fundamental.

1º ANO – ENSINO MÉDIO

• ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :

Conteúdos Básicos: teoria celular;

sistemas biológicos;

transmissão das características hereditárias.

• organização celular;

• citologia;

• considerações gerais sobre a célula;

• composição química celular;

• membrana celular;

• citoplasma e suas organelas;

• núcleo celular;

• divisão celular;

• gametogênese;

• histologia.

• BIODIVERSIDADE :

Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas.

ciclos biogeoquímicos.

MECANISMOS BIOLÓGICOS :

- Conteúdos Básicos: teorias evolutivas;

organismos geneticamente modificados.

• origem e evolução da vida;

• teorias do surgimento da vida;

• teorias evolucionistas;

• mutação.

manipulação genética :

Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;

organismos geneticamente modificados;

teoria celular.

a) método científico e suas etapas;

b) ciência e saúde:

- substâncias químicas e sua atuação na célula;

- qualidade de vida;

c) pesquisa científicas e biológicas:

- histórico das pesquisas;

d) bioética.

2º ANO – ENSINO MÉDIO

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :

Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;

sistemas biológicos;

dinâmica dos ecossistemas.

b) os seres vivos e o ambiente;

c) características gerais dos grupos de seres vivos;

d) fisiologia comparada.

II) BIODIVERSIDADE :

Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;

• biomas terrestres;

• biomas aquáticos.

III) MECANISMOS BIOLÓGICOS :

Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;

teorias evolutivas.

- origem das espécies.

manipulação genética :

Conteúdos Básicos: classificação dos seres vivos;

sistemas biológicos;

teoria celular;

transmissão das características hereditárias;

organismos geneticamente modificados.

b) ciência e saúde:

- importância biológica e nocividade aos seres vivos;

b) pesquisas científicas:

- botânica;

- zoologia;

c) biotecnologia:

- organismos geneticamente modificados.

3º ANO – ENSINO MÉDIO

I) ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS :

Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;

h) inter-relações dos seres vivos.

II) BIODIVERSIDADE :

Conteúdos Básicos: dinâmica dos ecossistemas;

teorias evolutivas.

• cadeias e teias alimentares;

• desequilíbrio ambiental.

III) MECANISMOS BIOLÓGICOS :

Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;

mecanismos de desenvolvimento embriológico;

teoria celular;

transmissão das características hereditárias;

organismos geneticamente modificados.

b) reprodução humana;

c) embriológica;

d) genética:

- Leis de Mendel;

- polialismo;

- grupos sanguíneos;

- Herança ligada ao sexo;

- alterações cromossomiais.

I

V) manipulação genética :

- Conteúdos Básicos: sistemas biológicos;

transmissão das características hereditárias;

organismos geneticamente modificados.

a) ciência e saúde:

- DST’s;

- teratogenias;

b) pesquisas científicas:

- avanços da pesquisa científica na área biológica;

c) biotecnologia:

− evolução biotecnológica.

METODOLOGIA

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida e sua complexidade

de relações significa pensar em uma ciência em transformação. Sendo assim, busca

instrumentalizar o educando para compreender as interações existentes entre os

conteúdos trabalhados e seu cotidiano para contribuir para a formação de sujeitos

investigativos que buscam conhecer e compreender a realidade. Para isso, são

necessárias estratégias metodológicas como:

• aulas expositivas;

• aulas de laboratório experimentais e demonstrativas;

• vídeos;

• mapas anatômicos;

• transparências;

• textos atuais (jornais, revistas e etc.);

• cartazes;

• murais;

• microscópios;

• música;

• jogos didáticos.

AVALIAÇÃO

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, é necessário um

acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor para que se verifique realmente

se as metas de formação de cada etapa foram alcançadas. Dessa forma, é fundamental

que se utilizem diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes

aprendizagens. Para isso serão utilizados diversos tipos de avaliações como:

• trabalhos escritos e expositivos;

• provas escritas;

• coleta de dados;

• participação;

• pontualidade;

• disciplina;

• debates;

• registro de filmes e experimentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Biologia: Ensino Médio. Livro Didático Público. Secretaria de Estado da Educação, 2006.

CARVALHO, W. Biologia em Foco. Volume único. São Paulo: FDT, 2002.

FAVARETTO, J. A. Biologia. Volume único. 1. ed. São Paulo: Moderna, 1999.

LAURENCE, J. Biologia. Volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005.

LOPES, S. Biologia Essencial. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

_____. Biologia. Completo e Atualizado. Volume único. São Paulo, Saraiva: 1994

Orientações Curriculares de Biologia. Secretaria de Educação de Ensino do Paraná,

2006.

PAULINO, W. R. Biologia. Volume único. São Paulo: Ática, 2002.

SANTOS, M. A. Biologia Educacional. 17. ed. São Paulo: Ática, 2002.

LEI 10639/03 – história e cultura afro brasileira- e africana.

LEI 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas.

LEI 9795/99 - política nacional e educação ambiental.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE FILOSOFIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A Filosofia nasceu a cerca de 2600 anos atrás, na Grécia com Sócrates.

Inicialmente a Filosofia preocupava-se com a prática da retórica, com a ética, a moral e a

política que permeiam as relações humanas. Com a evolução da Filosofia outros

elementos passaram a fazer parte das atenções desta ciência como por exemplo a

estética e o conhecimento.

No Brasil a Filosofia, enquanto disciplina, esteve presente desde a chegada dos

jesuítas, no período colonial e era entendida como instrumento de formação moral e

intelectual mas sempre com orientação religiosa por parte da Igreja Católica. Sua

caminhada histórica no país é marcada por altos e baixos. Em determinados momentos

foi disciplina obrigatória em outros foi excluída dos currículos das escolas públicas do

Brasil.

Atualmente a disciplina passou a fazer parte do currículo básico das escolas

públicas do Paraná a fim de possibilitar aos alunos do Ensino Médio perceber e

compreender os valores éticos, políticos, e epistemológicos presentes no cenário mundial

e brasileiro.

Partindo dos conteúdos estruturantes: mito e filosofia, teoria do conhecimento,

ética, filosofia política, filosofia da ciência, estética os alunos têm a oportunidade de

compreender os conteúdos filosóficos e desenvolver estilo próprio de pensamento a fim

de pensar e argumentar criticamente, recriando para si os conceitos filosóficos.

A Diretriz Curricular de Filosofia para o Ensino Médio SEE/PR, foi construída tendo

como referencial a história da Filosofia seu ensino e a partir desse resgate estabelece

referencial teórico-metodológico no qual são indicados os encaminhamentos estruturantes

e seus conteúdos específicos.

Os estudos da filosofia mostra ao aluno que, o agir fundamentado propicia

consequências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou justificativas. Com a

filosofia Política, buscar-se-á discutir as relações de poder e compreender os mecanismos

que estruturam e legitimam diversos sistemas políticos, problematizando conceitos como

democracia, justiça, igualdade e liberdade, entre outros.

Coma filosofia da Ciência possibilitar-se-á ao aluno o contato com o modo

cientistas trabalham e pensam, percebendo que o conhecimento não é apenas o

resultado da atividade intelectual, mas também, imaginação, da intuição e da fruição que

contribuem para a constituição de sujeitos críticos e criativos.

Aprimorar- se de conhecimentos e modos específicos de filosofia, articulando as teorias

filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos tecnológicos, éticos - políticos,

sócio – culturais e vivenciais são elementos a serem trabalhados com os educandos.

Viabilizar a formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer

aos estudantes e possibilidades de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especialização.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

- Mito e Filosofia

- Mito e filosofia

- Os Mitos do Mundo Moderno,e a Mitologia Brasileira.

- O deserto do Real

- lronia e Maiêutica

-Teoria do Conhecimento

- O problema do conhecimento

- Filosofia e Método

- Perspectivas do Conhecimento

- Ética

- A virtude em Aristóteles e Sêneca

- Amizade

- Liberdade

- Liberdade em Sartre

- Ética contemporânea: crise dos valores; os idosos, portadores de necessidades

especiais, violência contra a mulher, pedofilia e violência contra as crianças, drogas e

juventude, sexualidade e prevenção.

- Filosofia Política

- Em busca da essência do político

- A política em Maquiavel

- Política e Violência ; Brasil: os movimentos sociais, a questão agrária, os indígenas

e afro- descendentes.

-A democracia em questão; Brasil, País democrático? A Xenofobia no mundo

contemporâneo.

- Filosofia da ciência

- O progresso da ciência e a questão ambiental

- Pensar a ciência

- Bioética

- Estética

- Pensar a Beleza

- A universidade do gosto

- Cinema contemporâneo no Brasil e no mundo

-A música e a arte brasileira

-Compreender através dos conteúdos estruturantes, a amplitude da Filosofia com as

ideologias antigas e modernas influem nas maneiras de pensar de ser e agir do individuo

e da coletividade diante dos fatos sociais do mundo contemporâneo e da Nação.

METODOLOGIA

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e democrática

plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade

do mundo contemporâneo, com sua múltiplas particularidades e especializações.

As aulas de Filosofia terão que criar um espaço onde essa ciência explicite as

teorias que fundamentam o mundo do conhecimento e da produção, bem como os

conceitos de mundo, concepções de sociedade, de homem e suas diferentes linhas de

questionamentos, de pensamento na busca de articular a totalidade espaço-temporal e

sócio histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

A metodologia utilizada pelo professor deverá proporcionar ao aluno, uma maior

compreensão do pensar filosófico. Para isso deverá encaminhá-lo à sensibilização, à

problematização, à investigação e a criação de conceitos através de textos, filmes,

imagens e reportagens a fim de motivar o aluno levando a levantar questões identificando

problemas que proporcionará ao educando entender os problemas da nossa sociedade

abrindo espaço para o debate e a busca de soluções, tornando-o consciente do papel

que desempenha na sociedade.

Os textos filosóficos fazem parte do referencial teórico pois estão embasados em

autores que contribuíram para o aprimoramento do ensino da filosofia

Através dos conteúdos estruturantes os educandos serão estimulados a construir

conceitos históricos a partir de sua própria realidade tendo como base os grandes

filósofos.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua formação, diagnóstica, isto é ela não tem

finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso

de ação no processo ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que

professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente.

É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e

criar conceitos: Qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso

após o estudo da filosofia. É possível entender avaliação como um processo que se dá

no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo. Serão realizadas

atividades de avaliações escritas, debates, pesquisas, palestras,conforme o PPP e

Regimento Escolar, sempre com função diagnóstica. Quanto aos alunos que

necessitarem de recuperação em suas avaliações, estas serão realizadas em forma de

trabalho de pesquisa sobre os assuntos abordados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

. História da Filosofia: do Humanismo a Kant. 9 ed.. v . II. São Paulo:

Paulus, 2005

. História da Filosofia: do Romantismo até nossos dias. 9 ed.. v. III. São

Paulo: Paulus, 2005

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio como

experiência. Filosófica. In:CADERNOS CEDES, n° 64. A filosofia e seu ensino. São

Paulo: Cortez; Campinas, CEDES,(2004).

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13 ed.. São Paulo: Ática, 2004.

CHAVI, M. O retorno do teológico – político. In: Sérgio Cardoso (org) Retorno ao

republicanismo.

CORBISIER,R. Introdução à Filosofia. Vol 1. 2 ed. Rio de Janeiro, civilização Brasileira,

1986.

DIRETRIZ CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO. Governo do Estado

Paraná, 2008.

FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia São Paulo: Loyola, 2001.

FILOSOFIA Livro Didático. Governo do Estado do Paraná. Curitiba: SEED- PR, 2006.

GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da Filosofia. São

Paulo:Companhia das Letras, 1995.

GALLINA, S. O ensino de filosofia e a criação de conceitos. In:CADERNOS

WOLFF. F. A invenção da política, In: A crise do estado nação. Novaes A (org.) Rio de

Janeiro: civilização Brasileira: 2003.

Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana.

Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas.

Lei 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

O estudo da física está relacionado a várias situações da nossa vida. Desde a

Grécia Antiga o homem procura entender o funcionamento das coisas e buscou na

ciência estas explicações. Hoje em dia, física moderna atua em vários ramos da industria,

de tecnologia, de geração de energia entre outros.

Acreditando que ensino, maneira geral, é realizado mediante a busca do cotidiano

do aluno, que prioriza e valoriza esse conhecimento. Tenta-se articular e contextualizar

aos conceito, as leis e formulas para que ele a compreenda.

A física é a ciência básica da natureza, presente em todos os momentos da nossa

vida. A compreensão dessa ciência nos habilita a tentar explicar as diversas situações em

que nosso aluno vivência, esse conjunto de valores, contribui para uma busca de novos

conhecimentos e descobrindo novos conceitos, rumo ao desconhecido, assim, novas

perguntas vão surgir.

Acredita-se que o ensino de Física pode contribuir para a formação de uma cultura

nova e quem sabe ate uma cultura cientifica do exercício da cidadania e na percepção da

beleza que o conhecimento desvenda e levar à melhoria da relação entre os seres

humanos.

Os conteúdos estruturantes foram escolhidos através da história da

ciência/disciplina, tendo em vista o quadro conceitual de referencia da Física. Assim,

considerou-se o referencial teórico presente ao final do século XIX, quando a Física podia

ser estudada por meio de três grandes áreas: o estudo dos movimentos, a mecânica

nascida dos trabalhos de Galileu e Newton e posteriormente outros cientistas; a

Termodinâmica, que está ligada ao estudo dos fenômenos térmicos, a crença de que os

corpos macroscópios são formados por átomos interagindo entre si de forma complexa e

de acordo com as leis da Mecânica de Newton levou muitos a tentar derivar as leis da

Termodinâmica a partir de uma análise estática desses movimentos; e o

eletromagnetismo, englobando o estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos.

OBJETIVOS GERAIS

No ensino médio e na educação profissional, a Física contribui para a formação de

uma cultura cientifica efetiva permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos

e processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza em transformação.

O grande desafio na atualidade é que a atividade cientifica. Seja vista como uma

atividade humana, com seus acertos, virtudes falhas e limitações possibilitando ao aluno

condições para investigar, compreender, interpretar os diferentes fenômenos que

acontecem ao seu redor desenvolvendo metodologias que permitem criar novas fontes de

energia, criar novos materiais, produtos e tecnologia.

Estudar o Universo, sua evolução , suas transformações e as interações que nele

se apresentam, bem como, perceber e aprender em outras circunstâncias onde se

fizeram presentes situações semelhantes às trabalhadas pelo professor em sala de aula,

apropriando-se da nova informação e transformando-a em novo conhecimento.

Assim no ensino da Física devemos:

Compreendê-la como a ciência que estuda o universo e seus elementos;

Possibilitar ao aluno a leitura, interpretação e compreensão de textos científicos

e tecnológicos;

Aguçar no aluno a capacidade de classificar, seriar, relacionar, reunir,

representar, analisar, sintetizar, conceituar, deduzir, provocar e julgar;

Estimular a curiozidade e a criatividade do aluno para que possa reelaborar e

transferir os conhecimentos nadquiridos para novas situações propostas ou

criadas por ele mesmo.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

MOVIMENTO

Quantidade de movimento e impulso;

Conservação da quantidade de movimento;

Variação da quantidade do movimento;

Leis de Newton;

Força e interações;

Equilíbrio;

Trabalho e potência;

A energia e o princípio da conservação de energia;

Sistemas oscilatórios: Movimentos periódicos;

Oscilações num sistema massa mola;

Movimento retilíneo e curvilíneo;

Gravitação Universal;

TERMODINÂMICA

Propriedades físicas da matéria;

Estados de agregação;

Viscosidade dos fluidos;

A energia térmica e o princípio da conservação da energia;

Trabalho, potência e rendimento;

Força e interações;

Equilíbrio;

ELETROMAGNETISMO

Estrutura dos materiais propriedades elétricas e magnéticas;

A energia elétrica e o principio da conservação de energia;

Ondulatória;

Acústica – energia sonora;

Introdução a sistemas caóticos;

As interações mecânicas;

Trabalho, Potência;

Força e interações;

Equilíbrio

2ª SÉRIE

MOVIMENTO

Movimento intramolecular da matéria;

Matéria, temperatura e calor;

Efeitos e transferência de enregia;

Máquinas térmicas.

TERMODINÂMICA

Temperatura e sua medida;

Lei Zero da Termodinâmica;

Equilíbrio térmico;

Propriedades termodinâmicas;

1ª Lei da Termodinâmica;

Idéia de calor como energia;

Sistemas termodinâmicos que realizem trabalho;

A conservação de energia;

2a Lei da Termodinâmica; Máquinas térmicas;

Entropia;

Processos reversíveis e irreversíveis;

Comportamento da matéria.

ELETROMAGNETISMO

III) Agregação das moléculas;

IV) As idéias da termodinâmica no âmbito da Mecânica;

V) Quântica e da Mecânica Estatística;

VI) A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

VII) A tecnologia e as máquinas modernas.

3ª SÉRIE

MOVIMENTO

Movimento das cargas elétricas e magnéticas;

Campos elétricos e magnéticos;

Linhas de campo;

Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito;

Movimentos da luz – óptica geométrica;

Forças elétricas e magnéticas.

TERMODINÂMICA

IV) Fontes de energia num circuito;

V) Efeitos térmicos do movimento das cargas;

VI) Efeito térmico dos fenômenos luminosos;

VII) Forças elétricas e magnéticas.

ELETROMAGNETISMO

As leis de Maxwell;

Lei de Coulomb;

Lei de Gauss;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força elétrica e magnética;

Força de Lorentz;

As ondas eletromagnéticas: a luz como uma onda eletromagnética;

Propriedades da luz como onda e como partícula: a dualidade onda partícula;

Óptica física e geométrica.

METODOLOGIA

O ensino de Física será desenvolvido a partir da compreensão da história da

ciência e que venha a incentivar ao aluno a ter interesse na busca do conhecimento, na

busca de solução, seja ela, cultural ou científica, desenvolver o raciocínio lógico, para que

o mesmo possa discernir as diversas situações de uma forma concisa, levando-o à

interpretar e debater sobre o assunto.

Dentro de uma perspectiva lógica e prática, possibilitar ao aluno a vivência do

conhecimento que ele for adquirindo, de modo a torná-lo apto a compreender os

fenômenos que ocorrem na natureza que o cerca e da qual é parte integrante.

O ponto de partida deve ser:

As concepções espontâneas: senso comum – teoria;

Textos, pesquisas, experiências em laboratório;

Trabalhar o conteúdo a partir de conhecimentos e materiais que os alunos possuem;

Pesquisa ligada a artefatos tecnológicos e abordados durante as aulas;

Aulas expositivas, mostrando o conteúdo e fórmulas para a resolução de exercícios;

Resolução de situações problemas que envolvam o cotidiano;

A necessidade de despertar o gosto pela ciência, com responsabilidade e que se

torne prazeroso o estudo de física em sala.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo abrangente de existência humana, que implica uma

reflexão crítica da prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas

dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os

obstáculos.

O desempenho do aluno terá maior importância nos aspectos que serão:

- Capacidade de gerar novas situações de aprendizagem.

- Formulação de atividades buscando a interatividade entre o assunto abordado e

suas atividades cotidianas;

- Aplicação de testes descritivos e objetivos;

- Análise das avaliações para retornar os assuntos onde o aproveitamento foi

insuficiente (Recuperação concomitante).

REFERÊNCIAS

ALVARENGA. Beatriz, MÁXIMO. Antônio. Física. Volume único. Ed. Saraiva. 1a edição,

1996.

BRASIL/MEC. Física. coleção explorando o ensino, vol 7. Brasília: MEC/ Secretaria de

Educação Básica, 2006.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/96.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção leitura)

GREF. Física, Vol 1, 2 e 3. 6a ed. São Paulo: Edusp, 2000.

NARDI. Roberto, Pesquisa no ensino de Física. 2a ed. São Paulo: Escrituras

Editora,2001.

OKUNO. Eurico, CALDAS. Iberê Luiz, CHOW. Cecil. Física para ciências biológicas e biométricas. São Paulo Harper & Row do Brasil, 1982.

PARANÁ. Djalma Nunes. Física. Série Novo Ensino Médio – Editora Ática –6a Ed.

PARANÁ. Djalma Nunes. Física. Vol 1,2 e 3 5a ed. São Paulo: àtica, 1996.

PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba:

SEED, 2008.

PARANÁ/SEED. FÍSICA: Ensino Médio. Vários autores – Curitiba: SEED, 2006.

Lei 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e africana.

Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas.

Lei 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Essa disciplina passou a ser ministrada de forma regular no Brasil a partir de 1931

com a reforma Francisco Campos. Seu objetivo de estudo são os fenômenos e

substâncias que ocorrem ao nosso redor e também no interior de nossos corpos. Além

disso, a Química estuda as transformações que envolvem matéria e energia. Se ocupa

das substâncias e dos materiais.

Segundo o que é proposto pelas diretrizes curriculares para o ensino de Química

no ensino médio, a concepção defendida é a de que o estudante tenha uma visão mais

abrangente do Universo.

Deste modo torna-se essencial retomar alguns conceitos ou fatos marcantes da

historia, de inicio, o homem produziu o fogo o extraiu seus benefícios.

O domínio do fogo representa, sem duvida, uma

das mais antigas descobertas químicas a aquela

que mais profundamente revolucionou a vida do

homem. Já no paleolítico, há cerca de 400.000

anos, o homem conservava lareiras em alguns

dos seus habitáculos na Europa e na Ásia.

(VIDAL, 1986, p. 09)

O desenvolvimento do conhecimento e de ações associadas a modificação da

matéria foi estimulado por necessidades humanas, como por exemplo a comunicação, o

domínio do fogo e do processo de cozimento. Por isso é fácil entender porque a Química

de uma forma ou de outra acompanha a humanidade desde a pré-história até os nossos

dias.

Na Europa a alquimia chegou por realização de textos árabes, mas estes por sua

vez já tinham sido traduzidos e adaptados de textos helenísticos antigos ou ainda de

tradições caldaicas.

A busca de novos materiais para o fabrico de vestuário e para a construção de

habitações se assemelha ao que faziam os alquimistas, que com a evaporação dos

líquidos ou com a recalcinação de sólidos procuravam melhorar a qualidade das

substancias. (CHASSOT, 2004, p. 119)

Apesar disso a Química como ciência não deve ser vista como algo acabado e

inquestionável e sim um processo de elaboração e transformação do conhecimento

seguindo a evolução humana a serviço da vida, do ambiente e da saúde, gerando

tecnologia, instrumentos e fomentando pesquisas e experimentos.

A verdade e que a química passou a ser reconhecida como ciência na Europa na

época do capitalismo, da classe dirigente e de seus interesses econômicos.

O estudo da história da Química e sua identidade como disciplina escolar através

dos conteúdos estruturantes para o ensino médio, onde deve ocorrer o resgate da

especificidade desta disciplina, quando se refere a abordagem dos conceitos nos âmbitos

e nos fenômenos químicos, que vem ainda fundamentar e instrumentalizar o professor e

sua prática pedagógica, garantindo a superação de metodologias tradicionais.

Esta é uma disciplina que tem por objetivo investigar e enquanto função

pedagógica promover ao aluno uma explicitação, problemática, discussão, entre outros

itens que direcionem no entendimento dos conceitos químicos.

Há muita dificuldade em relacionar os conceitos químicos com o cotidiano, ainda se

tem ideia de que há necessidade de memorização de formulas, nomes e varias tabelas.

Outro fato que está ligado diretamente a disciplina de química e o meio ambiente,

já que vem sendo atingido por vários problemas. E necessário que se saiba que podemos

ainda tratar na disciplina de química assuntos como economia, ética, sejam elas sociais e

culturais contemplando a legislação vigente n° 10639 / 03 que fala sobre a cultura afro e

sua historia, pode ainda ser trabalhado sobre as seguintes leis: n° 11645/08

contemplando os povos indígenas, a Lei n° 9795/99 tratando da política nacional de

educação ambiental e ainda a Lei n° 14037/03 que visa a proteção aos animais.

As questões ambientais e a sua crise se impõem perante a sociedade na atualida-

de. Um dos principais instrumentos meios para minimizar, mitigar esta problemática é a

Educação Ambiental.

Para isso torna-se necessario estimular um processo de reflexão e consciência

dos aspectos sociais que envolvem as questões ambientais mais discutidos atualmente,

para que se desenvolva uma maior compreensão crítica por parte do corpo docente e dis-

cente. Assim, tem por objetivo incentivar a comunidade escolar a adotar uma posição

mais consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos naturais, contri-

buindo para a diminuição contínua das disparidades sociais e do exagerado consumismo.

No entanto, o desafio que se coloca é de tornar a Educação Ambiental – EA –

critica. Assim, é proposta uma discussão que abrange as questões ambientais regionais

e mundial.

Com todos estes critérios pode conduzir o aluno a construção e apresentação do

conhecimento partindo do senso comum ao desenvolvimento científico, a apropriação dos

conceitos de Química, seus valores para a vida das pessoas com sua sensibilização e

comprometimento com a saúde do ser humano, a vida do planeta e a paz mundial.

Para a disciplina de Química são propostos os seguintes conteúdos estruturantes:

• MATÉRIA E SUA NATUREZA;

• BIOGEOQUÍMICA;

• QUÍMICA SINTÉTICA.

2 - CONTEÚDOS

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Este, e o conteúdo que inicia o estudo da química, bem como dos conteúdos que

seguem. A ideia de átomo em especial os modelos atômicos, deve ser bem compreendida

afim de que se possa entender os processos macroscópicos que estão em contato diário

com o ser humano. Desde os conceitos de Demócrito e Leucipo, onde o átomo era dito

indivisível, formam sendo criados modelos de átomos diferenciados para tentar explicar o

modo como a matéria se comportava. Deste modo destacam-se os estudos sobre

eletricidade e radioatividade.

Um outro exemplo são as reações de oxido redução, considerado um exemplo

macroscópico da matéria. Porem, microscopicamente acontece a transição de elétrons

entre os elementos químicos, podendo assim ser estudado outros assuntos como

distribuição eletrônica e ligações químicas. Interligando os temas citados anteriormente

podemos citar o diagrama de Linnus Pauling, por intermédio da tabela periódica. Com a

tabela periódica podemos estudar os elementos, com suas particularidades mas, também

podemos estudar uma serie de elementos, com propriedades diferenciadas.

Logo, ao estudar acido-base a teoria mais comum, e a de Arrhenius , mas,

existem outras teorias que não são menos importantes que a citada anteriormente. São

as seguintes: bronsted-Lowry de Lewis. Sobre esse assunto pensa-se que e necessário

que o aluno conheça as três formas de acido-base para poder entender melhor este

conceito.

Em outro momento, o conceito relacionado a soluções ganha espaço, mesmo que

algumas vezes deixe de ser tratado em sala de aula. Juntamente com este conceito esta

as propriedades coligativas, estas explicam as mudanças sofridas nos solventes quando

são adicionados solutos. Com o estudo de todas estas teorias o aluno deve estar ciente

de que ele deve construir conceitos científicos.

- Constituição e transformação da matéria e da energia.

- fontes de energia

- recursos naturais como fontes de energia

- estados de agregação

- Os fenômenos: FÍSICOS E QUÍMICOS.

- A descoberta do átomo;

- Principais características do átomo;

- Os novos modelos atômicos;

- modelo atômico de Dalton

- modelo atômico de Bohr

- modelo atômico de Rutherford

- modelo atômico de Thomson

- Estrutura atômica

- Misturas.

- Métodos de separação.

- densidade

- A tabela periódica de Mendeleev;

- A tabela periódica atual.

- ligações químicas

- ligações de hidrogênio (pontes)

- metálica

- alotropia

- Funções químicas inorgânicas

- sais

- ácidos

- bases

- pH

- pOH

- calcificação e descalcificação nas áreas rurais

- calagem dos solos

- óxidos

- Radioatividade

- elementos radioativos

- medicina e radioatividade

- fusão e fissão nuclear

BIOGEOQUIMICA

Para definir, podemos dizer que é estudo sobre a influencia dos seres vivos e a

composição da Terra (geoquímica), observando as ligações existentes entre a matéria

viva e a não viva, litosfera, hidrosfera e atmosfera.

Um exemplo bastante utilizado nessa área é o ciclo do nitrogênio. Pois na natureza são

encontrados muitos compostos do elemento nitrogênio por fazer ligações facilmente

possui nox -3 e +5.

Tais temas devem ser abordados principalmente em regiões agrícolas, para que o

aluno possa auxiliar na agricultura familiar ou ainda em seu local de trabalho.

Há outros elementos que formam ciclos e que indispensáveis ao estudo dentro da

biogeoquímica, são o ciclo do carbono, enxofre, oxigênio e o já citado nitrogênio e seus

compostos e derivados.

O ciclo do nitrogênio é um dos mais importantes na natureza, pois é ele que age

como intercambio entre a atmosfera e a matéria orgânica interagindo com os compostos

inorgânicos.

- gases

- estados físicos da matéria

- diferenciação entre gás e vapor

- gases presentes na atmosfera

- tipos de soluções

- solubilidade

- concentração das soluções

- titulometria

- porcentagem em massa

- densidade

- Termoquímica

- reações endo e exotérmicas

- aquecimento global

- fatores que interferem na velocidade das reações

- Equilíbrio químico

- efeito dos catalisadores

- Eletroquímica

- pilhas

- constante de equilíbrio em termos de concentração

- deslocamento de equilíbrio

QUIMICA SINTETICA

Este é o conteúdo que d origem a novos produtos e materiais, permitindo o estudo

sobre fármacos, na indústria alimentícia com os corantes, acidulantes, edulcorantes,

conservantes e, ainda trata da industria dos agrotóxicos.

Estas inovações possibilitaram o desenvolvimento em diversas áreas da química

como a agricultura, com os adubos e fertilizantes, garantindo maior produtividade, e na

indústria da comunicação, onde proporcionou uma rede com maior agilidade. Outro setor

de destaque é o alimentício, onde são utilizados conservantes para que os produtos não

pereçam.

Após a revolução industrial, a indústria química teve grande crescimento na área

petrolífera e seus derivados, os principais são os plásticos e vários polímeros.

Na área farmacológica estão a preparação de medicamentos eficazes, como o

acido acetil salicílico, vulgarmente chamado de AAS, sendo este o primeiro fármaco

produzido através de síntese. Seguido do AAS estão os anti-histamínicos e os

anestésicos.

Alguns elementos químicos são considerados vitais no corpo humano: ferro, cobre,

bismuto, zinco, magnésio, lítio são exemplos dessa propriedade. Algumas doenças

podem ser tratadas através de elementos químicos é o caso da leishmaniose e

esquistossomose que são tratadas a base de antimônio.

Ao se estudar os polímeros deve-se abordar assuntos como as proteínas, alem dos

produtos de limpeza e, aqueles produtos que alteram a cor e a textura dos cabelos.

Dentro da química sintética pode ser abordado o uso indevido de entorpecentes,

licitas e ilícitas, bem como sua produção clandestina.

A química sintética possui papel importantíssimo no aperfeiçoamento e criação de

novos materiais, pode ainda favorecer o aspecto econômico de um país.

Conteúdos serem abordados no terceiro ano do ensino médio

FUNÇÕES ORGÂNICAS:

- hidrocarbonetos e radicais

- Classificação das cadeias orgânicas;

- moléculas

- Nomenclatura

- Radicais;

- Ramificações;

- Funções oxigenadas

- Alcoóis;

- droga licita

- Fenóis;

- maconha

- cocaína

- mal causado pelas drogas

- drogas ilícitas

- violência após o uso das drogas

- como amenizar e combater tal atitude

- anilinas

- pigmentação da pele

- grau de melanina nos afro descendentes

- Aldeídos;

- Cetonas;

- Ácidos carboxílicos;

- Ésteres orgânicos;

- Éteres.

- utilização dos produtos sintéticos.

- medicamentos

- fontes de vitaminas

- Omega 3 ( óleo de peixe)

- Tipos de sementes – crioula e transgênica

- isomeria

- polímeros

METODOLOGIA

Esta etapa deve se iniciar no conhecimento prévio que o aluno traz consigo, em

que estão envolvidas em questão o que o aluno pensa sobre o conhecimento da disciplina

de química e seus conceitos, para a partir deste momento criar um conceito cientifico.

O processo ensino-aprendizagem se da dia a dia, com sua convivência. A escola é

o ambiente em que se trabalha com o conhecimento cientifico produzido através da

historia. Há varias formas de se ensinar química, pois precisamos descrever ações não

palpáveis e microscópicas. Os modelos podem servir para determinados assuntos e para

outros não.

Um exemplo são os modelos atômicos, pois, eles são propostas provisórias para

explicar determinados fenômenos. A química é uma ciência que foi construída através de

vários modelos para se investigar o campo macroscópico.

Os processos experimentais são grandes aliados ao entendimento desta ciência.

Mas, seguidos das atividades experimentais estão os relatórios. Segundo as diretrizes

(DCEs) esta forma de encaminhamento metodológico não traz beneficio ao aluno. Quanto

ao uso do laboratório, deve se ter um conhecimento teórico anterior para assim proceder

em sua aula.

Em uma aula experimental não deve ser considerado qual o tipo de material que

está sendo utilizado, e sim, o que se espera daquela atividade, quais são seus objetivos,

deve ser analisada a discussão sobre o tema abordado, trocando informações com os

grupos participantes da aula.

O que se espera é que haja uma interação entre os conteúdos químicos e os

saberes do cotidiano, facilitando o entendimento.

Pesquisadores indicam os textos científicos no aprendizado de química. Para isto,

é necessário tomar alguns cuidados como selecionar a linguagem deste texto, seu

conteúdo, qual o objetivo ao propor a leitura deste ou daquele texto cientifico, este método

pode auxiliar na formação e identificação cultural e ainda favorecer o habito a leitura.

RECURSOS DIDÁTICOS

- livros;

- artigos;

- DVD’s e filmes;

- quadro negro;

- Giz;

- materiais alternativos;

-TV/pendrive/laboratório de informática..

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser de forma processual e formativa. Tal processo ocorre no dia a

dia, durante as aulas com interações recíprocas, por esse motivo está sujeita a

modificações.

A partir da criação da LDB n. 9394/96 deve ser formativa e processual, e passa a

ter prioridade no processo educacional. Assim, esta forma de avaliação da ênfase ao

conhecimento que o aluno carrega consigo (prévio), facilita a aprendizagem, refaz

conceitos. Isso faz co que o professor garanta a qualidade no processo educacional em

um todo.

Nesta disciplina, o que se visa como forma de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Segundo Maldaner 2003, trata-se de um processo de ¨construção e

reconstrução de significados dos conceito científicos.¨

Torna-se necessário que o professor possa usar varias formas de o aluno se

expressar tais como: leitura e interpretação de textos científicos, produção de textos,

pesquisas, seminários, estes podem variar de acordo com o objeto de ensino.

Os critérios de avaliação devem ficar esclarecidos para os alunos, para que

possam se apropriar do conhecimento que lhes é proposto, e para que possam usufruir

do mundo em que vivem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS; PAULINO; Física e Química. Editora Afiliada. São Paulo - SP, 1999.

USBERCO; SALVADOR; Química. Editora Saraiva. São Paulo SP -, 1998.

MACEDO; CARVALHO; Química. Coleção Horizontes. São Paulo – SP.

DCE’s – Diretrizes Curriculares Para o Ensino de Química.

TITO & CANTO. Química no cotidiano. Editora moderna. São Paulo – SP, 1999.

VIDAL, B. historia da química . Lisboa. Edições 70, 1986

CHASSOT, A. a ciência através dos tempos. 2 ed. São Paulo. Moderna, 2004.

MALDANER, O.A. formação inicial e continuada de professores de química. Professor

pesquisador Ed Ijui editora Unijui, 2003. p 120.

RUSSEL, J.B. Química Geral. São Paulo. McGraw-hill, 1986.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

O estudo objetivo e sistemático da sociedade e do comportamento humano pode

ser considerado relativamente como recente, em fins do século XVIII. Passa-se a utilizar a

ciência na compreensão do mundo, ocasionando uma mudança na forma de

entendimento das questões naturais e humanas através da abordagem científica. As

explicações que antes eram tradicionais e pautadas pelo pensamento religioso foram

suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e críticas.

A necessidade de se pensar intrinsecamente tanto a sociedade quanto a ciência

resulta do processo histórico e social, no qual as grandes transformações sociais

ocorreram. Assim sendo, a Sociologia nasce com o papel de focalizar os problemas

existentes na sociedade, questionando e buscando respostas que apontem para a

construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva. Ou seja, é o saber voltado

para a compreensão da vida social humana, das regras existentes entre os grupos e dos

fundamentos da sociedade. A Sociologia como disciplina pertencente ao conjunto dos

demais ramos da ciência, especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma

independente do trabalho pedagógico. São intercomunicantes os caminhos dos estudos e

pesquisas acadêmicas e atividades curriculares presentes no magistério.

Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na pesquisa científica, e

esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de um mesmo problema.

Pensando em ambas que se realiza a dimensão histórica da ciência, e assim, situamos a

Sociologia no Brasil. Tanto as idéias conformistas quanto as revolucionárias exerceram

forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. A promulgação da Lei

de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu novas perspectivas para a inclusão

da sociologia nas grades curriculares, uma vez que dita no Art. 36 e inciso 3, a

importância do domínio de Filosofia e Sociologia são necessários ao exercício da

cidadania. No estado do Paraná, especificamente a partir de 2004, uma série de políticas

públicas foram estruturadas e ações implementadas pela Secretaria de Educação, no

sentido de promover a conscientização da comunidade escolar a respeito da importância

do conhecimento sociológico para o aluno de Ensino Médio. A importância de trabalhar a

disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB: “Desenvolver no

educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e

fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” Quando a lei

trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da disciplina perante o

Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania que deve estar implícita em

todos os professores e alunos. Ainda de acordo com o que preconiza a LDB 9394/96, art.

36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos conhecimentos filosóficos e

sociológicos necessários ao exercício da cidadania.

Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do Ensino

Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano, busque

superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma concepção

científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo, crítico e

transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade

contemporânea.

Os conteúdos devem ser abordados de modo claro, dialógico, diferenciados do

senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma linguagem sociológica

permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal realidade. Permitindo

ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas sociais, fornecendo,

para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão consciente de um

mundo social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante

desse mundo.

Espera-se da disciplina de Sociologia que ela contribua para que os sujeitos -

nesse contexto, os envolvidos no processo pedagógico tenham recursos para

desconstruir e desnaturalizar conceitos tomados historicamente como irrefutáveis, de

maneira que melhorem seu senso crítico e também possam transformar a realidade e

conquistar mais participação ativa na sociedade.

Nesse papel investigativo e questionador a Sociologia tem contribuído para ampliar

os conhecimentos dos homens sobre a própria condição de vida e, fundamentalmente,

para análise das sociedades ao compor, consolidar e alargar um saber especializado

pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.

Dessa forma os grandes problemas nos dias de hoje provenientes do acirramento

de forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre

outras causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social

e planetária. É tarefa inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de

uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas

relações sociais.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Processo de Socialização e

as Instituições Sociais

· O Surgimento da Sociologia e as Teorias

Sociológicas;

· Processo de Socialização;

· Instituições sociais: Familiares (violência simbólica e

os Direitos das crianças e dos adolescentes ),

Escolares, Religiosas;

· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,

educandários, asilos, etc).

- Trabalho, produção e classes sociais: conceito de

trabalho, desigualdades sociais, globalização e

Neoliberalismo;

-Trabalho no Brasil

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Poder, Política e Ideologia; - Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

- Democracia, Autoritarismo e Totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

- Conceitos de Dominação e Legitimidade: as

expressões da violência nas sociedades

contemporâneas, autoritarismo.

Direito, Cidadania e

Movimentos Sociais

- Direitos civis, políticos e sociais;

- Direitos Humanos: Direitos das crianças e dos

adolescentes;

- Conceitos de Cidadania;

- Movimentos Sociais;

- Movimentos Sociais no Brasil;

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

(Lei 9795/99- Política nacional ambiental);

- A questão das ONG's.

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico

Cultura e Indústria Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura

e sua contribuição na análise das diferentes

sociedades;

- Diversidade Cultural;

- Cultura Indígena;

- Identidade;

- Indústria Cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de Consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de Gênero;

- História e cultura afro-brasileira e africana (Lei

10639/03);

- Culturas Indígenas (Lei 11645/08).

Trabalho, Produção e Classes

Sociais

- O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes

sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas

e suas contradições.

- Globalização e neoliberalismo;

- Relações de trabalho;

- Interdependência campo cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável;

- Trabalho no Brasil

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino da Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a

leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,

temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia entre

outros.

Assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles

derivados, os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-

aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da

Sociologia crítica, caracterizada, portanto, por posições teóricas e práticas favorecedoras

do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante (DCE- pg. 35).

Dessa forma, as aulas serão expositivas e desenvolvidas numa sequência de

discussões onde serão utilizados, entre outros, fóruns, debates, seminários, trabalhos em

grupo, oficinas e pesquisas na escola (biblioteca) e em casa, trabalhos e avaliações

escritas.

Procurar-se-á desenvolver capacidades, possibilitando ao educando criar

condições para resolver exercícios, interpretar e analisar textos, registrar sínteses,

produzir textos, ilustrar, formular perguntas orais e escritas, ler imagens e gráficos,

realizar entrevistas, apresentar trabalhos oralmente, confeccionar cartazes, montar

painéis e murais, participar de exposições, analisar filmes e músicas, com o auxílio e a

utilização da TV Multimídia e do Laboratório de Informática do Paraná Digital.

A correção de textos propiciando reforço ao aluno na escrita da Língua Portuguesa

e suas expressões, estará presente, bem como a forma de interagir o ensino da

Sociologia com as demais disciplinas inseridas na Grade Curricular do Ensino Médio.

Para o desenvolvimento destas propostas serão utilizados recursos como:

• O espaço da sala de aula e o quadro.

• Livro de Sociologia (SEED-PR).

• Diretrizes Curriculares da Rede Pública (DCE´s) SEED-PR.

• O espaço físico externo à sala de aula.

• Pesquisa de campo (quando possível).

• Visita a prédios públicos e privados: Câmara Municipal, Prefeitura, Indústrias etc.

(quando possível)

• A Bibliografia pertinente ao curso, e o uso da biblioteca.

• Laboratório de Informática.

• Audiovisuais, Computação Gráfica etc.

• CDs, Vídeos (DVD), TV Multimídia, Retro-projetor etc.

• Revistas, Jornais e Cartazes.

AVALIAÇÃOA prática avaliativa que se pautará na “desnaturalização” dos conceitos tomados

historicamente como irrefutáveis, propiciando o melhoramento do senso crítico e a

conquista de uma maior participação na sociedade. Através dos diálogos realizados em

sala de aula, sempre com a base teórica fundamentada no pensamento sociológico, a

avaliação da disciplina será em um processo contínuo de crescimento da percepção da

realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Assim, a avaliação será

contínua, processual e presente em todas as etapas da prática pedagógica, possibilitando

uma constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, seminários, que

acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de

textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, atividades

compreensivas de textos, pesquisa bibliográfica, palestra/ apresentação oral, trabalho em

grupo, questões discursivas e questões objetivas.

Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-

las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita

da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como

instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos

adequados para uma efetiva aprendizagem.

Os critérios de avaliação serão debatidos no início do período letivo, podendo ser

debatidos, conforme o processo de aprendizagem se altere. Serão avaliadas as

apreensões de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na

exposição das ideias, sejam no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de

serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os

problemas sociais assim como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas

e criativas, que rompam com a acomodação e o senso comum.

A compreensão do aluno sobre o processo histórico de constituição da Sociologia

como ciência; como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;

como o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da

sociedade e dos indivíduos; a forma com que os conceitos sociólogos contribuem para a

capacidade de análise da realidade social que os cerca; as múltiplas formas de ser

analisar a mesma questão ou fato social que refletem as diversidades interesses

existentes na sociedade.

A avaliação será um processo contínuo levando sempre em conta o conhecimento

assistemático do aluno, transformando-o em conhecimento sistematizado e deste para a

realidade. Será uma avaliação de caráter diagnóstico, isto é, verifica não só o

aproveitamento do aluno como a eficácia pedagógica desenvolvida. O aluno será avaliado

com diferentes instrumentos: participação e interesse, produção de textos, paródias,

pesquisa, debates, confecção de mapas, livros, gibis, cartazes e painéis, exposição de

trabalhos orais e seminários, testes e provas.

Será considerada na avaliação a participação discente nas atividades programadas

e desenvolvidas em sala de aula, bem como o desenvolvimento de trabalhos

pedagógicos, orais e escritas, entre eles provas dissertativas e objetivas, visando sempre

identificar se o aluno alcançou os objetivos específicos e gerais.

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa

concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina encontram-se em

conformidade com os critérios de avaliação propostos pelo Regimento Escolar. A

avaliação contínua cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais.

Obrigatoriamente estudos de recuperação paralela ao período letivo, para casos de

baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pela instituição de ensino. A recuperação

será feita através de trabalhos orais e escritos, pesquisa de campo, debates sobre o

conteúdo abordado, análise de filmes que envolvam o conteúdo, sempre retomando o

conteúdo que o aluno não se apropriou.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL/MEC. Leis de Diretrizes Curriculares Nacionais.

COSTA, C. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Ed. Moderna,

1997.

DURKHEIM, E. SOCIOLOGIA. São Paulo: Ática,1902.

JHONSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Zahar Editora. Rio de Janeiro, 1995.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – SOCIOLOGIA.

GIDDENS, A. Sociologia. 6ª Ed. Porto Alegre: Armed, 2005.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martins Fonte, 1990.

MARX, K. Manifesto do Partido Comunista. URSS: Edições Progresso, 1987.

MUNDO JOVEM - Um Jornal de Idéias.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Diretriz Curricular da

Educação Básica: Sociologia. Curitiba, PR, 2008

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

WEFFORT, F. (Org.). Os Clássicos da Política: 13 ª Ed. São Paulo: Ática, 2003. V.2.

PROPOSTA PEDAGÓGICA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL -

CELEM

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A língua espanhola é resultado de mais de 1000 anos de evolução, aos que as

diversas línguas dos habitantes da península receberam a influência dos romanos e os

árabes. Ao final do século XV, com a união das monarquías de Castilha e Aragão, que

extendendo seu dominio por grande parte da península, o castelhano se impusionou

sobre os demais idiomas e dialétos; além disso cruzou o Atlântico nos barcos dos

conquistadores e misioneiros. A colonização espanhola do s.XVI levou a língua as

Américas, aos Estados Federais .

O latim vulgar que falavam os exércitos romanos e os colonos na antigua Espanha

foi a base de muitos dos dialétos que se desenvolveram depois em várias regiões do país

durante a Idade Média. O dialéto de castilha ou espanhol de castilha, foi pouco a pouco

convertindo-se na língua standard, pelo dominio político de Castilha no século XIII.

No Brasil foi implantado o Projeto de Lei nº 3.987, de 2000, de autoria do deputado

Átila Lira (PSDB/PI), foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 7 de julho de 2005. A

lei prevê a implantação gradativa do ensino do espanhol, no prazo de cinco anos, O artigo

1º do projeto diz que a escola é obrigada a oferecer a disciplina, mas ao aluno é facultada

a matrícula. Os sistemas públicos devem oferecer a língua espanhola em centros de

ensino de língua estrangeira, em horário regular de aula.

O Espanhol está sendo implantado como uma opção ao ensino de língua

estrangeira no Brasil porque vivemos, na promoção de relações políticas e comerciais, e,

no desenvolvimento de recursos humanos, para atender o processo de comunicação

entre os povos latinos. No Brasil, é notável a presença, cada vez maior, do interesse pela

língua espanhola. Sua crescente importância, devido ao MERCOSUL, tem determinado

sua inclusão nos currículos escolares, no Brasil; e do Português, nos países de língua

espanhola na América, tem contribuído para o fortalecimento das relações de seus

habitantes, pois há uma mudança expressiva de ordem cultural, social, econômica e

política.

Determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, em

1996, a obrigatoriedade do ensino de Língua Estrangeira Moderna no Ensino

Fundamental a partir da 5ª série, podendo ser escolhido o idioma pela comunidade

escolar, obedecendo as possibilidades da instituição, apresentando se como um espaço

de interação entre indivíduos e culturas diferentes, aguçando suas percepções e abrindo

portas para o mundo. Conforme as DCE por volta de 1980, a redemocratização do país

era propício para que professores, liderassem um amplo movimento pelo retorno da

pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais

mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centros de

Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, com o intuito de

valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense, tal

oferta tem sido preservada pela SEED há mais de vinte anos.

Em 2004, a fim de valorizar o ensino de Língua Estrangeira Moderna, e para maior

valorizar a expansão do ensino de LE, a SEED tem promovido ações em favor das

escolas do estado, abriu o concurso público para atender a demanda nas escolas,

ampliou o número de escolas que ofertam os cursos, elaborou material didático de língua

Espanhola e língua Inglesa para o Ensino Fundamental e Médio. Conforme a lei 11.161

que sancionou que o ensino da língua espanhola, de oferta obrigatória pela escola e de

matrícula facultativa para o aluno, será implantado, gradativamente, nos currículos plenos

do ensino médio.

Em sala de aula precisamos abordar questões relacionadas a cidadania, promover

debates sobre suas implicações na sociedade, oferecendo momentos em que vivenciem

estas responsabilidades.

A aprendizagem de uma língua estrangeira deve garantir ao aluno seu

engajamento discursivo, ou seja, a capacidade de se envolver e envolver outros no

discurso. Isso pode ser viabilizado em sala de aula por meio de diversas atividades

centradas na constituição do aluno como ser discursivo. Essa construção, passa pelo

envolvimento do aluno com os processos sociais de criar significados por intermédio da

utilização, de uma língua estrangeira.

A educação em Língua estrangeira no Curso de Espanhol- CELEM deve, além de,

instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de

comunicação, para que o aluno conheça e compreenda a diversidade linguística cultural,

lava-lo a compreender que língua é discurso e que discurso é uma prática social, os

gêneros do discurso também se configuram como práticas sociais, já que são formas

tipificadas de discurso socialmente construídas e utilizadas para a realização de tarefas

cotidianas mediadas pela linguagem.

Analisar um gênero como prática social discursiva e situada historicamente é

investigar de que maneira as pessoas utilizam e o que fazem com os textos ao se

engajarem em tarefas cotidianas mediadas pela linguagem. Para que isso ocorra, é

necessário observar as regularidades e consistências que moldam as práticas sociais e

seus gêneros dentro das comunidades discursivas, analisando seus propósitos

comunicativos, as diversas relações interpessoais de poder e de interesses estabelecidas,

seus conjuntos e sistemas de gêneros e seus sistemas de atividades. Essa abordagem

permite-nos compreender, ainda, que cada produção de um texto está relacionada

intertextualmente e polifonicamente a outros textos com os quais dialoga

permanentemente.

O objeto de estudo da disciplina é a Língua concebida como discurso.

OBJETIVOS GERAIS

A educação em Língua estrangeira no Curso de Espanhol- CELEM deve, além de,

instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a mesma em situações de

comunicação, para que o aluno conheça e compreenda a diversidade linguística cultural,

lava-lo a compreender que língua é discurso e que discurso é uma prática social, os

gêneros do discurso também se configuram como práticas sociais, já que são formas

tipificadas de discurso socialmente construídas e utilizadas para a realização de tarefas

cotidianas mediadas pela linguagem.

E que aprender uma língua estrangeira é compreender percepções de mundo, e

maneiras de construir sentidos é interando aluno à sua realidade e a do outro,

desenvolvendo o senso critico ampliando sua visão de mundo globalizado. Espera se que

o aluno ao final do curso de Espanhol- CELEM

• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Tenha maior conhecimento e consciência do papel das Línguas na sociedade;

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de LEM o Discurso como Pratica

Social que são os conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais, sócio-programáticos;

praticas de leitura; escrita e oralidade que poderão ser a partir de diferentes gêneros

discursivos sob a proposta de construção de significados, mediante a interação

aluno/texto/realidade.

A seleção dos textos precisa contemplar elementos lingüísticos/discursivos com

fins educativos, de acordo com a faixa etária e interesse do aluno, valorizando sua

participação na escolha dos mesmos, evitando esterereotipados.

Por intermédio de textos o Discurso fará parte da pratica social e as formas

lingüísticas serão tratadas de modo contextualizado.

CURSO BÁSICO DO CELEM ( 02 ANOS DE DUARÇÃO) .

CONTEÚDOS BÁSICOS P-1

Esfera social de circulação e seus gêneros textuais

Esfera cotidiana de Circulação

Bilhete

Carta pessoal

Cartão de felicitação

Cartão postal

Convite

Letra de musica

Receita culinária

Esfera artística de circulação

Autobiografia

Biografia

Esfera publicitária de Circulação:

Anuncio**

Comercial para radio*

Folder

Parodia

Placa

Publicidade comercial

Slogan

Esfera escolar de circulação:

Cartaz

Dialogo**

Exposição oral*

Mapa

Resumo

Esfera produção de Circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera literária de Circulação

conto

crônica

fabula

Historia em quadrinhos

Poema

Esfera jornalística de Circulação

Anuncio classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportagem**

Sinopse de filme

Esfera jornalística de Circulação

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Telejornal*

Telenovela*

Videoclipe*

CONTEÚDOS BÁSICOS P-2

Esfera social de circulação e seus gêneros textuais:

Esfera cotidiana de circulação:

Comunicado

Curriculum vitae

Exposição oral*

Ficha de inscrição

Lista de compras

Piada***

Telefonema*

Esfera jurídica de circulação:

Boletim de ocorrência

Contrato

Lei

Oficio

Procuração

requerimento

Anuncio***

Comercial para televisão

Esfera publicitária de circulação:

Anuncio***

Comercial para televisão*

Folder

Inscrições em muro

Propaganda**

Publicidade Institucional

slogan

Esfera escolar de circulação:

Aula em vídeo*

Ata de reunião

Exposição oral

Palestra*

Resenha

Texto de opinião*

Esfera produção de circulação:

Instrução de montagem

Instruções de uso

Manual técnico

Regulamento

Esfera literária de circulação:

Contacão de historia*

Conto

Peça de teatro

Romance

Sarau de poema*

Esfera jornalística de circulação:

Artigo de opinião

Boletim do temo**

Carta ao leitor

Entrevista** noticia**

Obituário

Reportagem***

Esfera midiática de circulação:

Aula virtual

Conversação Chat

Correio eletrônico(e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

**Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

Oralidade

• Tema do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

• Conteúdo temático;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Fatores de textualidade centradas no texto

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetirão, recursos semânticos;

Adequação da fala ao contexto

Diferenças e semelhanças entre discurso coral e escrito.

PRATICA DISCURSIVA:

LEITURA

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Conteúdo temático;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

Operadores argumentativos;ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras

nas expressões que denotam ironia e humor no texto.

-léxico

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguisticas: coesão coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos.

Partículas conectivas do texto.

PRATICA DISCURSIVA:

Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Concordância verbal/nominal;

Ortografia.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e / ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

Marcas linguisticas, coesão e coerência;

Ortografia concordância verbal e não verbal.

PRÁTICA DISCURSIVA:

Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto; situcionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo

Elementos extralinguísticos;

Adequação do discurso ao gênero; turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA:

Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),figuras de linguagem;

Fatores de textualidade centradas no texto:

• Intertextualidade

• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos;

• Partículas conectivas básicas do texto; elementos textuais;

• Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais.

PRÁTICA DISCURSIVA:

Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Acentuação gráfica;

• Concordância verbal/nominal.

• ortografia

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

Léxico

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas ou explicitas;

Marcas lingüística

Acentuação gráfica

Ortografia;

Concordância verbal e nominal.

Serão referenciadas também a historia e cultura Afro-brasileira e Africana, bem como a

indígena conforme explicita a Lei 11645/98. e os temas sociais contemporâneos,

conforme os cadernos da SEED.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Estrangeira Moderna (Inglês ou Espanhol) esta pautado nas

Diretrizes Curriculares Estaduais as quais definem o processo para o desenvolvimento

das atividades. O ensino de LEM em uma visão contemporânea que concebe a língua

como discurso e não apenas estrutura, precisa ser realizado de forma que proporcione

aos alunos e alunas a maior compreensão sobre as praticas de leitura, oralidade e escrita.

A sala de aula será um espaço de construção de significados, de exercer a leitura,

reflexão e produção oral e escrita dos gêneros trabalhados.

Em relação ás temática referentes aos desafios Educacionais Contemporâneos o

ponto de partida das aulas em LEM será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de

linguagem em uso. Abordando os vários gêneros textuais, a partir de atividades

diversificadas, analisando sua função, sua composição, como é feita a distribuição de

informações, e o grau destas informações, etc. Partindo deste ponto, o ensino deixa de

priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. Porém

trazendo sempre uma problematização que desperte o interesse do aluno em busca de

conhecimentos linguísticos e culturais percebendo as práticas sociais em que estão

inseridas, desenvolvendo uma visão analítica e critica.

O trabalho com a leitura texto deverá apresentar várias possibilidades de leitura,

não trazendo em si um sentido pré-estabelecido pelo seu autor. Um trabalho que vá além

da leitura superficial, linear, onde se encontra com facilidade no próprio texto a resposta

que procura, mas sim uma leitura construtiva, que utilize os conhecimentos prévios dos

alunos, não apresentando respostas apenas no texto, construindo assim leitores mais

críticos.

Utilizando textos de literatura, devemos propor atividades que colaborem que os

alunos os percebam como praticas sociais, as reflexões sobre a ideologia e a construção

da realidade fazem parte da produção do conhecimento, dependente do contexto e das

relações de poder.

O estudo gramatical terá seu papel relacionando-se com o entendimento de

procedimentos para construir significados usados no estudo da Língua Estrangeira

tornando-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados

possíveis das estruturas apresentadas. Devendo estar aliada ao conhecimento discursivo,

ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas

dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Muitas vezes apresenta se aos alunos uma cultura estereotipada da língua

estudada, deve se perder estes estereótipos culturais trabalhando textos diversificados

que possibilitem uma discussão e construção de uma visão mais ampla sobre a cultura de

cada região. Construindo assim leitores com uma visão mais critica de textos

apresentados.

Expor os alunos a praticas de oralidade, com textos de diferentes discursos levar o

aluno a aprender a expressar suas ideias na Língua Estrangeira, apresentando se

adequadamente em diversas situações.

Tratando da pratica escrita o aluno deve ter conhecimento de que sua produção é

significativa, tem um objetivo a ser alcançado, ele esta escrevendo para alguém, por isso

deve se ter um objetivo claro, pois quando se escreve, escreve se para alguém e este

alguém terá que compreender nossa ideia, para isso o aluno deve expor suas ideias

claramente.

O ensino da Língua Espanhola será articulado com as demais disciplinas do

currículo para relacionar os vários conhecimentos, possibilitando uma maior compreensão

dos temas estudados. Estas atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,

simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao

aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos

discursos apresentados. Relacionando assim o gênero estudado com o meio em que

circula, influencia cultural, variedade linguística, etc.

Para atender as leis nº. 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino dos

conteúdos relacionados a Historia e Cultura Afro-Brasileira e Cultura dos povos Indígenas,

a Educação do Campo, as Questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios

Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental lei nº. 9795/99, prevenção ao Uso

indevido de drogas, Enfrentamento á Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos

e Educação fiscal), Direitos das Crianças e dos Adolescentes conforme prevê o ECA lei

nº. 11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o PEP -

Prontidão Escolar Preventiva, serão trabalhados nas duas series quando professor(a)

abordar as temáticas dos textos.

Estes temas devem estar articulados aos conteúdos da disciplina. Como em Língua

Materna e Língua Estrangeira trabalhamos com os textos não apenas seus elementos

composicionais e marcas linguísticas, mas, principalmente, a temática então, dentro de

cada tema, a (o) professora (o) deve observar o que se encaixa em sua disciplina.

O ensino de uma língua estrangeira vai muito além da aquisição de um conjunto de

habilidades linguísticas, pois promove uma apreciação dos costumes e valores de outras

culturas e contribui para o desenvolvimento da própria cultura por meio da compreensão

da cultura estrangeira, leva a uma melhor compreensão cultura do aluno e à aceitação de

diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento.

Os conhecimentos linguísticos trabalhadas serão utilizados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos voltada sempre para a interação verbal. Selecionando assim

conteúdos a partir das dificuldades dos alunos, aumentando e orientando a pratica em

sala de aula.

Procurando envolver os alunos em situações concretas de uso da língua, de modo

que consigam, de forma criativa e consciente, escolher meios adequados aos fins que se

deseja alcançar, pois, a escola é sim um lugar original de comunicação.

Ao inserir a diversidade de gêneros nas práticas didáticas da escola, coloca-se o

aluno em contato com gêneros textuais que são produzidos fora da escola, em diferentes

áreas de conhecimento, para que ele reconheça as particularidades do maior número

possível deles, e possa preparar-se para usá-los de modo competente quando estiver em

espaços sociais não escolares.

Explorar a diversidade textual, aproximar o aluno das situações originais de

produção dos textos não escolares, como situações de produção de textos jornalísticos,

científicos, literários, médicos, jurídicos, etc. Essa aproximação proporcionará condições

para que o aluno compreenda como nascem os diferentes gêneros textuais, apropriando-

se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que facilitará o domínio que deverá ter sobre

eles na língua estudada.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Avaliar é determinar a valia ou o valor de; apreciar ou estimar o merecimento de;

fazer a apreciação; ajuizar. Por tanto, a avaliação escolar está inserida em um amplo

processo, o processo de ensino/aprendizagem.

Conforme as Dce, ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se

favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do

professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se

encontra no percurso pedagógico.

A avaliação do aluno será diária, considerando a participação do mesmo nas

atividades tanto oral, escrita, compreensão de textos escritos e orais e vai subsidiar

discussões.

A avaliação será realizada de maneiras diversificadas para desenvolver seu

conhecimento nas diversas áreas, ora na produção de textos relacionados ao gênero

estudado, ou apresentação de conteúdos relacionados ao gênero, interpretação oral ou

escrita.

Critérios de avaliação

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias com clareza;

• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

• Realize de leitura compreensiva do texto;

• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;

• Amplie seu horizonte de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Tenha percepção do ambiente no qual circula o gênero;

• Identifique da ideia principal do texto;

• Analise as intenções do autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

Respeite os turnos de fala. Utilize o discurso de acordo com a situação de

produção (formal/ informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Organize a sequência de sua fala;

Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em

língua materna. do discurso de acordo com a situação de produção (formal/

informal);

Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, filmes, etc.

Realize leitura compreensiva do texto;

Localize informações explícitas no texto;

Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. de leitura

compreensiva do texto;

Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência

textual;

Conforme estabelece o PPP do colégio, ao termino do ano letivo será considerado

promovido o aluno que obtiver média anual maior ou igual a seis (6,0) e frequência anual,

igual ou superior a 75% ( SETENTA E CINCO POR CENTO)

Conforme o regimento escolar do CELEM será oferecido recuperação

concomitante para alunos que não alcance a média 6,0 durante o bimestre, esta será

desenvolvida através de atividades referentes ao gênero estudado abordando outros

métodos de escrita, leitura possibilitando outros meios para o aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AMORIM, Vanessa e Magalhães, Vivian. Cem Aulas sem Tédio. Ed. Padre

Reus, 1998.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições. 9 ed. – São Paulo: Cortez, 1999.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

LEFFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nocional.

Disponível em: <www.leffa.pro.br/oensle> Acesso em 25 setembro 2010.

CRISTÓVÂO, V.L.L.; NASCIMENTO, E.L. Gêneros Textuais e ensino:

contribuições do interacionismo sócio-discursivo. In KARWOSKI, A. M.;

GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Orgs.). Gêneros Textuais: reflexões e ensino. 2ª

ed. Lucerna: Rio de Janeiro, 2006.

SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim. Os gêneros escolares: Das práticas

de linguagem aos objetos de ensino. Revista Brasileira de Educação, nº11.

1999.

SCHNEUWLY, Bernard e DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola/

tradução e organização. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP:

Mercado de Letras, 2004.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA POLONESA - CELEM

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

O município de São Mateus do Sul foi colonizado por imigrantes poloneses que

aqui chegaram em 1890. Atualmente mais da metade da população do município é

constituída de descendentes dos imigrantes poloneses. Até os dias de hoje os costumes e

as tradições polonesas são bastante fortes entre os descendentes de poloneses.

Diante destes dados referentes à descendência e, segundo as Diretrizes

Curriculares de Língua Estrangeira Moderna (2008), o ensino da língua polonesa no

município justifica-se, pois:

“O ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que podem

ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural”.

Um dos principais objetivos de se ensinar uma Língua Estrangeira Moderna nas

escolas, segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna (2008) é que:

“Os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão

aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se

limitem ao exercício de uma mera prática de formas lingüísticas

descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade

reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo”.

Segundo as DCEs, o ensino de língua estrangeira na Educação Básica é

importante pois:

“Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir

que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido”.

Os conhecimentos adquiridos pelos alunos no ensino da língua estrangeira são

importantes pois, segundo as DCEs, além de ajudar no crescimento profissional e em

estudos futuros, também irão contribuir na formação de alunos críticos e transformadores

dentro da sociedade.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

Segundo as DCEs, o ensino de Língua Estrangeira nas escolas públicas do Paraná

deve ser visto não como mero instrumento de acesso à informação, mas como

possibilidade “de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de

construir significados”. (PARANÁ, 2008).

Um importante instrumento utilizado no ensino da Língua Estrangeira é o texto, o

verbal e o não-verbal. O professor deve abordar os vários gêneros textuais, diversificando

as atividades, analisando a função do gênero, sua composição, distribuição de

informações, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, para depois então

trabalhar a gramática. (PARANÁ, 2008).

Um aspecto importante em relação ao ensino de Língua Estrangeira, segundo as

DCEs (2008), é que ele deverá estar articulado com as outras disciplinas do currículo,

fazendo uma relação com as outras áreas do conhecimento. É importante que o aluno

perceba que conteúdos de áreas distintas podem estar relacionados entre si.

A metodologia a ser utilizada nas aulas de polonês será:

- Pratica de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Utilização de materiais diversos (fotos, quadrinhos, gravuras, músicas, etc.)

- Análise dos textos, interpretação e compreensão de textos e apresentação de

pequenos textos;

- Entrevistas, cenas de desenhos, reportagem;

- Dramatização de pequenos diálogos;

- Produção textual, revisão textual, reestruturação e reescrita de textos;

- Leitura de textos diversos que permitam ao aluno ampliar o domínio da língua.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 1ª e 2ª Séries

1. Leitura

1.1 Identificação do tema e do argumento principal

1.2 Interpretação – observando conteúdo, fonte, intencionalidade e

intertextualidade;

1.3 Linguagem não verbal

2. Oralidade

2.1 Variedades linguísticas

2.2 Intencionalidade do texto

2.3 Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da línguas estudada em

diversos países

3. Escrita

3.1 Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas

3.2 Clareza de ideias

4. Análise Linguística

4.1 Coesão e coerência

4.2 Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, substantivos, preposições,

verbos e outras categorias como elementos do texto.

5. Pontuação

6. Acentuação

7. Vocabulário

AVALIAÇÃO

No processo de avaliação, segundo as DCEs (2008), o erro deve ser visto não

como um entrave no processo de aprendizagem, mas sim como um passo para que a

aprendizagem se concretize. Assim o aluno deverá entender que o erro faz parte do seu

aprendizado.

Além da avaliação processual, evidenciada acima, deverá ser utilizada também a

avaliação diagnóstica e a formativa, respeitando as diferenças individuais e escolares.

Para a avaliação dos alunos nas aulas de polonês serão levados em consideração

os seguintes aspectos:

- Leitura compreensiva de textos;

- Localização de informações explícitas no texto;

- Emissão de opiniões sobre o que foi lido no texto;

- Produção de textos;

- Diferenciação da linguagem formal e informal;

- Utilização adequada dos recursos linguísticos, como pontuação, artigos,

pronomes, etc.

- Conhecimento e ampliação do vocabulário.

Os instrumentos utilizados na avaliação nas aulas de polonês serão a prova oral e

escrita, realização de atividades e a participação nas aulas.

A nota que servirá de parâmetro para a aprovação e reprovação será a média 6,0

(seis).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino

Médio. Curitiba: 2008.

MIODUNKA, Wladyslaw T. Czesc, Jak Sie Masz? Polonês para iniciantes. Brasília:

editora UNB, 2001.

KUCHARCZYK, Janusz. Zaczynam Mówic po Polsku. Lodz: Wydawnictwo. WING,

1999.

SZELC-MAYS, Magdalena. Zielona Muzyka. Krakow: Wydawnictwo Zakonu Pijarow,

2001.