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Proposta de Directiva Emissões Industriais Alterações face à Directiva 2008/1/CE relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição Paula Gama 30 de Janeiro de 2009, Lisboa

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Proposta de Directiva Emissões Industriais

Alterações face à Directiva 2008/1/CE relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição

Paula Gama30 de Janeiro de 2009, Lisboa

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Âmbito da proposta de Reformulação

• A proposta de directiva sobre emissões industriais reformula a seguinte legislação comunitária, num único acto :

• Directiva 2008/1/CE sobre prevenção e controlo integrados de poluição (IPPC) [anterior 96/61/EC]

• Directiva 1999/13/CE sobre emissões de solventes (SE)

• Directiva 2000/76/CE sobre incineração de resíduos (WI)

• Directiva 2001/80/CE relativa às grandes instalações de combustão (LCP)

• Directivas 78/179/CEE, 82/883/CEE e 92/112/CEE relativa à industria do dióxido de titânio (TiO2)

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Estrutura da proposta de reformulação

Cap. I: Disposições comuns

Cap. II: Disposições especiais para actividades listadas no Anexo I (IPPC)

Cap. III: Disposições especiais para instalações de combustão > 50 MWt (LCP)

Cap. IV: Disposições especiais para instalações de (co-) incineração de resíduos (WI)

Cap. V: Disposições especiais para instalações e actividades que usam solventes orgânicos (SE)

Cap. VI: Disposições especiais para instalações produtoras de TiO2

Cap. VII: Comitologia e disposições finais e transitórias

Anexos I - VIII

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Estrutura da proposta de reformulação

Anexo I: Actividades PCIP (IPPC)

Anexo II: Lista de substâncias poluentes (IPPC)

Anexo III: Critérios para determinar MTD (IPPC)

Anexo IV: Participação publica no processo de decisão (IPPC)

Anexo V: Disposições técnicas relativas a instalações de combustão (LCP)

Anexo VI: Disposições técnicas relativas a instalações de (co-) incineração de resíduos (WI)

Anexo VII: Solventes (SE)

Anexo VIII: Disposições técnicas relativas a instalações de produção de TiO2

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Capitulo I – Disposições comuns

Aplica-se a todas as instalações abrangidas (PCIP e não PCIP)

•Objecto (art. 1): prevenção e controlo integrados de poluição

•Âmbito (art. 2): instalações e actividades

•Definições (art. 3): directivas reformuladas + inspecção (rotina, extraordinária), técnicas emergentes, substâncias perigosas; relatório sobre situação de referência

•Obrigação de titularidade de uma licença (art. 4 e 6) com excepção SE (registo vinculativo)

•Relatório sobre o grau de cumprimento (Art 8(1)): apresentação anual de relatório (RAA) para todas as instalações/actividades

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Capitulo II - Instalações PCIP [1]

• Documentos de referência sobre MTD - BREF (art. 14)(novo)• adoptados pela COM• refere conteúdo dos BREF

• Condições de licenciamento (art. 15)• BREF são a referência (novo)• caso não exista BREF, AC determinar MTD de acordo com Anexo

III

• Valores Limite de Emissão – VLE (art. 16)• MTD são a referência• VLE não devem exceder VEA às MTD referidos nos BREF (novo)• “desvio” dos VEA justificado em análise custo benefício, tendo

em consideração condições locais e características da instalação (novo)

• VLE não podem exceder limites sectoriais definidos nos Anexos V-VII (LCP, WI, SE, TiO2) (novo)

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Capitulo II - Instalações PCIP [2]

• Monitorização (art. 17) (novo)• Licença deve conter plano de monitorização baseado nos BREF• Monitorização do solo e águas subterrâneas: pelo menos de 7

em 7 anos

• Regras vinculativas gerais (art. 18)• Baseadas nas MTD (novo)• Actualizadas após adopção de BREF novo/revisto (4 anos) (novo)

• Revisão e actualização das licenças (art. 22)• AC usa informação de monitorização e inspecções (novo)• AC revê/actualiza LA, quando necessário, até 4 anos após

publicação de BREF novo/actualizado (novo)

• Encerramento e reabilitação dos locais (art. 23) (novo)• Relatório sobre situação de referência: estado inicial do solo e

águas subterrâneas• Remediação após encerramento: operador repõe estado inicial

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Capitulo II - Instalações PCIP [3]

• Relatório de verificação de conformidade (novo)• RAA inclui comparação entre emissões e VEA ás MTD (BREF)

para as instalações PCIP (art. 24)

• Inspecção (definição no art. 3(16 e17), art. 25)• Segue a Recomendação sobre inspecções ambientais

[COM(2007)707]• Prevê planos e programas de inspecção para instalações PCIP• Obriga a uma inspecção anual excepto se programas forem

baseados em análise de riscos ambientais (critérios a definir em Comitologia)

• Prevê inspecções de rotina e extraordinárias• Relatório da inspecção deve ser notificado ao operador e

tornado público, 2 meses após a inspecção

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Capitulo II - Instalações PCIP [4]

• Acesso à informação: art. 26(3) (novo)

• Resultados da consulta do publico e como foram considerados na decisão de licenciamento

• Identificação dos BREF relevantes para a actividade da instalação

• A forma com os VLE foram definidos em função do disposto no BREF (VEA às MTD)

• Razões de não cumprimento dos VEA às MTD e condições impostas na licença

• Troca de informação - processo de Sevilha (art. 29)• Descreve a pratica actual (novo)

• Técnicas emergentes (art. 30) (novo)• EM devem estabelecer incentivos para desenvolvimento e

aplicação destas técnicas

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Anexo I - Instalações PCIPNovas actividades

• Novas actividades:• Fundição de metais não ferrosos para produção de produtos

moldados com capacidade de produção de moldes superior a 2,4 t/dia de Pb e Cd ou 12 t/dia de outros metais (nova categoria 2.5c)

• produtos químicos para utilização como combustível ou lubrificantes (nova categoria 4.7)

• painéis de madeira, com excepção de contraplacados com capacidade produção superior a 600 m3/d (nova categoria 6.1c)

• tratamento e transformação para fabrico de produtos alimentares a partir de mistura de matérias primas animais e vegetais (nova categoria 6.4b)iii)

• preservação da madeira e produtos de madeira com capacidade de produção superior a 75 m3/d (nova categoria 6.9)

• tratamento de águas residuais industriais, realizado fora das instalações, não abrangido pela Directiva 91/271/CEE relativa às águas residuais urbanas (nova categoria 6.10)

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Anexo I - Instalações PCIPalterações de âmbito [1]

• Clarificação/alargamento de âmbito:• instalações de combustão com potência térmica entre 20 e 50

MW (categoria 1.1)• fabrico de produtos cerâmicos por aquecimento nomeadamente

telhas, tijolos, refractários, produtos de grés ou porcelanas com capacidade de produção >75 t/d ou densidade de carga enformada > 300 kg/m3/forno (categoria 3.5)

• Clarificação do conceito de transformação química: inclui a biológica (categoria 4)

• produtos químicos orgânicos, inorgânicos, fitofarmacêuticos e farmacêuticos (categorias 4.1, 4.2, 4.4 E 4.5): retirada a referência a produtos de base

• operações de valorização de resíduos perigosos incluindo R1, R2, e R5 a R9 e alteração nas operações de eliminação (categoria 5.1)

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Anexo I - Instalações PCIPalterações de âmbito [2]

• Clarificação/alargamento de âmbito:• instalações de incineração de resíduos não perigosos (categoria

5.2)• eliminação ou valorização de resíduos não perigosos: pré-

tratamento de resíduos para co-incineração, tratamento de cinzas e escórias e tratamento de metais (categoria 5.3)

• Pecuária intensiva: calculo dos limiares através de factores de emissão de azoto quando instalações tiverem outras espécies avícolas, que não as definidas na categoria 6.6a ou quando a exploração contiver simultaneamente qualquer das espécies pecuárias (categoria 6.6)

• Avicultura: instalações com espaço para 40000 frangos; 30000 galinhas poedeiras; 24000 patos ou 11500 perus (categoria 6.6a)

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Síntese das principais alterações [1]

• Clarificação do papel dos BREF no licenciamento• todas as LA emitidas a instalações PCIP devem integrar a

implementação de MTD, devendo os BREF constituir a base para a definição das condições de licenciamento: os VLE definidos na LA não podem exceder o limite superior da gama de VEA às MTD

• Em casos específicos, com base em avaliação dos custos e benefícios ambientais, tendo em conta as características da instalação e condições locais, poderão ser definidos VLE superiores aos VEA às MTD

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Síntese das principais alterações [2]

• Conteúdo da licença ambiental:• VLE para poluentes referidos nos BREF sectoriais e outros

poluentes significativos• planos de monitorização das emissões (frequência e métodos de

medição)• regime de verificação da conformidade com os VLE (inclui

número de excedências e resolução de incertezas das medições)

• definição dos períodos de funcionamento anormal (arranques e paragens)

• monitorização, pelo menos de 7 em 7 anos, do solo e águas subterrâneas;

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Síntese das principais alterações [3]

• Introdução de provisões mínimas para verificação da conformidade e implementação, através de:• Reforço da inspecção: obrigatoriedade de produção de planos e

programas de inspecção para as instalações IPPC; sendo previsto pelo menos uma inspecção anual (excepto se os programas forem baseados numa avaliação sistemática dos riscos ambientais das instalações)

• obrigatoriedade de actualização das condições da LA, sempre que houver revisão de BREF, num prazo máximo de 4 anos;

• obrigatoriedade dos operadores PCIP reportarem anualmente, sobre a conformidade da instalação quer em termos de emissões quer em termos de MTD (pelo que deverão acompanhar as revisões dos BREF)

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Síntese das principais alterações [4]

• Protecção dos solos e águas subterrâneas:• elaboração de relatórios sobre a situação de referência, que

forneça informação quantitativa sobre o estado de contaminação por substâncias perigosas do solo e águas subterrâneas;

• após a cessação das actividades da instalação o operador deve remediar o local, de modo a devolvê-lo às condições determinadas na situação de referência

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Síntese das principais alterações [5]

• Novas actividades• Fundição de metais não ferrosos para produção de produtos

moldados• produtos químicos para utilização como combustível ou

lubrificantes• painéis de madeira, com excepção de contraplacados• preservação da madeira e produtos de madeira• tratamento de águas residuais industriais

• Alargamento do âmbito• Inst. combustão com potência térmica entre 20 e 50 MW• Cerâmica• Operações de gestão de resíduos• Pecuária intensiva: aves

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Calendário indicativo

Entrada em vigor Ano 0

(Janeiro 2011)

TransposiçãoAplicação a instalações novas

+ 1,5 anos (Julho 2012)

Aplicação a instalações existentes (actividades PCIP não alteradas) Revogação de 6 directivas (excepto GIC)

+ 3 anos(Janeiro 2014)

Aplicação a instalações existentes (actividades PCIP novas ou mais abrangentes)

+ 4,5 anos(Julho 2015)

Aplicação do disposto no Capitulo III (LCP)Revogação da Directiva GIC

Janeiro 2016 (+ 5 anos)

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Alterações no Conselho

• Alterações mais consensuais:• Introdução de definição de VEA às MTD• Definição de inspecção ambiental (não discriminando

rotina/extraordinária)• Explanação do Processo de Sevilha (troca de informação) e

conteúdo dos BREF

• Alterações menos consensuais:• Clarificação da obrigação legal de definição de VLE que não

excedam VEA às MTD (papel dos BREF);• Prazo de adaptação a (VEA às) MTD novas/revistas (BREF);• Frequência da prestação de informação sobre conformidade;• Frequência das inspecções ambientais• instalações de combustão com potência térmica entre 20 e 50 MW• Operações de gestão de resíduos perigosos• Pecuária intensiva: aves