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LEILA SOBRAL DOS SANTOS PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAÇÃO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFÍCIOS COMERCIAIS São Paulo 2007

PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAÇÃO DA ...poli-integra.poli.usp.br/library/pdfs/f3f88ac8b559ad2b6b6adf5de883... · build a checklist. In order to validate its practice, the

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  • LEILA SOBRAL DOS SANTOS

    PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS

    So Paulo 2007

  • LEILA SOBRAL DOS SANTOS

    PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA

    MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS

    So Paulo 2007

  • LEILA SOBRAL DOS SANTOS

    PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA

    MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS

    Monografia apresentada Escola Politcnica da Universidade de So Paulo para obteno do ttulo de Especialista em Gerenciamento de Facilidades MBA/USP

    rea de Concentrao: Engenharia Civil

    Orientador: Prof. M.Eng. Rogerio Fonseca Santovito

    So Paulo 2007

  • FICHA CATALOGRFICA

    Santos, Leila Sobral dos

    Proposta de ferramenta para verificao da manutenibilidade de edifcios comerciais / L.S. dos Santos. -- So Paulo, 2007.

    98 p.

    Monografia (MBA em Gerenciamento de Facilidades) Esco- la Politcnica da Universidade de So Paulo. Programa de Edu-cao Continuada em Engenharia.

    1.Edifcios comerciais (Manutenibilidade) I.Universidade de So Paulo. Escola Politcnica. Programa de Educao Conti-nuada em Engenharia II.t.

  • DEDICATRIA

    Aos meus pais, que me encaminharam at aqui

    e ao Webert principal incentivador para a

    realizao deste trabalho.

  • AGRADECIMENTOS

    Ao orientador Prof. M. Eng. Rogrio Fonseca Santovito por todo o suporte ao

    desenvolvimento deste trabalho.

    A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para esta pesquisa.

  • RESUMO

    Os edifcios esto se tornando cada vez mais complexos, seja do ponto de vista da tecnologia

    incorporada ou da prpria concepo arquitetnica. Por outro lado, busca-se cada vez mais a

    maximizao, ou pelo menos a previsibilidade, do retorno sobre o investimento nos edifcios

    comerciais. Se no considerarmos, j na fase de concepo do projeto, os requisitos

    necessrios para garantir a manuteno dos componentes do edifcio, esta pode ser tornar

    inexeqvel ou com custos incompatveis com as premissas consideradas na viabilidade do

    negcio. Este trabalho tem como objetivo propor uma ferramenta que auxilie

    empreendedores, equipe de projeto e equipe de construo a analisar aspectos de

    manutenibilidade de edifcios comerciais desde as primeiras etapas do projeto at a entrega

    para a equipe de operao. No se pretende com este trabalho limitar a criatividade dos

    projetos buscando solues simplificadas na concepo dos mesmos, mas, aproveitar o

    conhecimento da equipe de projeto mobilizada para introduzir solues de manutenibilidade

    na fase de projeto e com isso reduzir custos com ajustes aps a construo. Com base na

    experincia de profissionais que atuam frente operao de edifcios, consolidada mediante

    um levantamento (survey), foram identificadas as principais dificuldades encontradas para se

    realizar servios de manuteno. Os aspectos levantados durante a pesquisa foram

    estruturados em um check-list. Para validar o uso prtico do mesmo, foi feita uma aplicao

    em um empreendimento em fase de construo na cidade de So Paulo. O trabalho conclui

    pela necessidade da incorporao de procedimentos estruturados sobre manutenibilidade no

    desenvolvimento de projetos de edifcios.

    PALAVRAS-CHAVE: Manutenibilidade, projeto, escritrios, manuteno, survey, check-

    list

  • ABSTRACT

    Buildings are becoming even more complex when either embedded technology is considered

    or even when architecture concepts are taken into account. Besides, the forecast of investment

    return, or at least its prediction, is being maximized. If the requests needed to enable building

    components maintenance are not considered during project design, maintenance can become

    impossible or its costs will go against with the viability premises considered. This work aims

    to present a tool that supports investors, design team and contractors in the analysis of

    commercial building maintenance aspects from the earliest design steps.to the operation team

    startup This work has not the intention to limit design creativity by showing simplified

    solutions for it. The intention is to introduce maintenance solutions while the design staff is

    gathered in order to reduce retrofit costs after the construction. Based on the experience of

    professionals responsible for building management obtained by a survey, the major problems

    to execute maintenance where highlighted. The aspects raised during the survey where used to

    build a checklist. In order to validate its practice, the checklist was applied to a building being

    presently built in So Paulo city. As a conclusion this work shows the need of considering

    structured procedures on maintenance while developing building design.

    KEYWORDS: Maintainability, design, offices, maintenance, survey, checklists

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1: Ciclo de vida de um edifcio.................................................................................. 19

    Figura 2: Influncia das partes interessadas ao longo do tempo (PMI, 2004) ........................ 20

    Figura 3: Os arranjos das equipes de projeto segundo a forma tradicional e com o conceito de

    equipe multidisciplinar (MELHADO, 1995) ........................................................................ 22

    Figura 4: Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifcio ao longo

    de suas fases (CII, 1987) ...................................................................................................... 23

    Figura 5: O avano do empreendimento em relao chance de reduzir o custo de falhas do

    edifcio (HAMMARLUND & JOSEPHSON, 1992)............................................................. 23

    Figura 6: Nveis de Manutenibilidade................................................................................... 28

    Figura 7: Custos da vida til do edifcio (ALEXANDER, 1997) .......................................... 31

    Figura 8: Desempenho do edifcio ao longo da vida til (ALEXANDER, 1996) .................. 31

    Figura 9: Aplicao Prtica da Ferramenta - FUNDAES................................................. 41

    Figura 10: Aplicao Prtica da Ferramenta - SUBSOLOS .................................................. 42

    Figura 11: Aplicao Prtica da Ferramenta - SUPERESTRUTURA ................................... 43

    Figura 12: Aplicao Prtica da Ferramenta VEDAO EXTERNA................................ 44

    Figura 13: Aplicao Prtica da Ferramenta - COBERTURA............................................... 45

    Figura 14: Aplicao Prtica da Ferramenta CONSTRUES INTERNAS ..................... 46

    Figura 15: Aplicao Prtica da Ferramenta - ESCADAS .................................................... 47

    Figura 16: Aplicao Prtica da Ferramenta - REVESTIMENTOS ...................................... 48

    Figura 17: Aplicao Prtica da Ferramenta - TRANSPORTE ............................................. 49

    Figura 18 Aplicao Prtica da Ferramenta - HIDRULICA ............................................ 50

    Figura 19: Aplicao Prtica da Ferramenta CONDICIONAMENTO DE AR................... 51

    Figura 20: Aplicao Prtica da Ferramenta PROTEO CONTRA INCNDIO............. 52

    Figura 21: Aplicao Prtica da Ferramenta INSTALAES ELTRICAS ..................... 53

    Figura 22: Aplicao Prtica da Ferramenta EQUIPAMENTOS E MOBILIRIO............ 54

    Figura 23: Aplicao Prtica da Ferramenta CONSTRUES ESPECIAIS ..................... 55

    Figura 24: Aplicao Prtica da Ferramenta - TERRENO .................................................... 55

    Figura 25: Aplicao Prtica da Ferramenta - MELHORIAS ............................................... 56

    Figura 26: Aplicao Prtica da Ferramenta UTILIDADES MECNICAS....................... 57

    Figura 27: Aplicao Prtica da Ferramenta UTILIDADES ELTRICAS......................... 58

    Figura 28: Aplicao Prtica da Ferramenta OUTRAS CONSTRUES ......................... 59

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Nveis de estruturao dos elementos do edifcio (traduo nossa)........................ 33

    Tabela 2: Nmero de respostas por sistema do edifcio......................................................... 35

    Tabela 3: Nmero de respostas por classificao.................................................................. 36

    Tabela 4: Tipos de ocorrncia de baixa manutenibilidade citados na pesquisa ...................... 36

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ASTM American Society for Testing Materials

    BMS Building Management System

    CII Construction Industry Institute

    FRA Fundo para Reposio de Ativo

    IBAPE Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia

    NA No se aplica

    NBR Norma Brasileira

    PMI Project Management Institute

  • SUMRIO

    1 INTRODUO............................................................................................................................................ 12 1.1 JUSTIFICATIVAS ........................................................................................................................................... 12 1.2 OBJETIVO..................................................................................................................................................... 14 1.3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................................. 14 2 REVISO DA LITERATURA................................................................................................................... 16 2.1 EDIFCIO E SEUS SISTEMAS .......................................................................................................................... 16 2.2 CICLO DE VIDA DE UM EDIFCIO .................................................................................................................. 18 2.3 A IMPORTNCIA DA FASE DE CONCEPO DE PROJETO NO DESEMPENHO DO EDIFCIO................................. 20 2.4 MANUTENIBILIDADE.................................................................................................................................... 25 2.5 IMPACTO DA MANUTENIBILIDADE PARA A QUALIDADE DO INVESTIMENTO NO EMPREENDIMENTO

    IMOBILIRIO ...................................................................................................................................................... 29 3 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA.......................................................................................... 33 3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS............................................................................................................... 33 3.2 CONSOLIDAO DAS RESPOSTAS ................................................................................................................. 35 3.4 ELABORAO DO CHECK-LIST ..................................................................................................................... 38 3.5 VALIDAO DA APLICAO PRTICA .......................................................................................................... 39 3.5.1 Dados do Empreendimento..................................................................................................................... 39 3.5.2 Avaliao da aplicao prtica............................................................................................................... 40 3.5.3 Principais alteraes decorrentes da aplicao ..................................................................................... 59 4. CONCLUSO............................................................................................................................................. 61 4.1 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................................... 61 4.2 PESQUISAS FUTURAS ............................................................................................................................ 63 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.......................................................................................................... 64 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA................................................................................................................ 66 ANEXOS.......................................................................................................................................................... 67 ANEXO 1 NVEIS DE CLASSIFICAO ORIGINAIS ASTM 1557 ..................................................................... 67 ANEXO 2 FORMULRIO DE PESQUISA ........................................................................................................... 68 ANEXO 3 E-MAIL ENVIADO NA PESQUISA .................................................................................................... 70 ANEXO 4 CHECK-LIST MANUTENIBILIDADE ................................................................................................. 71

  • 12

    1 INTRODUO

    1.1 JUSTIFICATIVAS

    Nos ltimos anos a economia demonstra uma concentrao da atividade de prestao de

    servios nos centros urbanos, gerando uma demanda por empreendimentos de escritrios.

    At no muito tempo atrs era comum que as empresas investissem tanto na construo

    quanto na operao de seus edifcios.

    Construir edifcios com a finalidade especfica de gerar receita com o aluguel passou a ser

    interessante tanto do ponto de vista de investidores quanto para as empresas.

    As empresas deixam de mobilizar seu patrimnio em ativo fixo e tambm de se preocupar

    com a operao dos edifcios, focando seus esforos na sua atividade fim.

    Conforme relatrio divulgado pela Cushman Wakefield1, com a perspectiva de acomodao

    do ritmo econmico dos pases ricos, os investidores globais buscam oportunidades. Na

    Amrica Latina, no so beneficiados apenas os mercados acionrios. Imveis localizados na

    regio atraem investidores, dados os altos preos do mundo desenvolvido. [...] Com mais

    emprego e renda, redistribuio de riqueza, fortalecimento dos mercados de massa e de

    segmentos de elite, apesar do aperto da classe mdia, o Brasil o maior plo de atrao. O

    motor da atividade o aumento do crdito, inclusive imobilirio.

    Considerando somente edifcios Classe2 AA e A, o estoque total na cidade de So Paulo

    chega a 2,13 milhes de metros quadrados de rea disponvel, conforme dados do relatrio

    Perfil Imobilirio So Paulo 1 trimestre de 2007, divulgado pela Jones Lang LaSalle3.

    1 Empresa atuante no mercado imobilirio na Amrica do Sul. 2 Os edifcios comerciais so classificados de acordo com os atributos que so incorporados ao projeto. Cada

    empresa atuante neste mercado prope metodologias diferenciadas de classificao. Ana Beatriz Poli Veronezi, em sua dissertao de mestrado Sistema de certificao da qualidade de edifcios de escritrios no Brasil prope uma classificao uniforme para ser adotada em todo o mercado imobilirio.

    3 Empresa de consultoria e gerenciamento imobilirio presente em mais de 50 pases.

  • 13

    Ainda segundo o relatrio da Jones Lang LaSalle, a mdia geral de preo pedido para locao

    de espaos AA foi de R$ 63/m2 e R$ 41/m2 para classe A.

    Se considerarmos o valor de aluguel praticado para classe A sobre todo o estoque da cidade

    de So Paulo, podemos dizer que o mercado imobilirio movimenta mensalmente mais de R$

    87 milhes.

    Para os edifcios em fase de projeto e construo o assunto manutenibilidade, se corretamente

    considerado, pode diminuir o grau de incerteza a respeito das despesas futuras com

    manuteno, possibilitando a ampliao das receitas operacionais.

    Se as despesas com manuteno ficam dentro das metas estabelecidas para o

    empreendimento, dificilmente deixaro de ser realizadas, gerando benefcios para os usurios

    do edifcio, que contam com instalaes conservadas, e tambm para os investidores que

    podem contar com uma maior vida til para o empreendimento, e menor taxa de vacncia. A

    regra se aplica tambm aos edifcios j construdos. Em algum momento, eles devero passar

    por um processo de reforma. Neste momento, o assunto manutenibilidade tambm deve ser

    considerado, pelos mesmos motivos j citados acima.

    Para edifcios com as mesmas caractersticas, ter uma taxa de ocupao maior aquele que

    possuir o menor valor aps a soma do valor do aluguel e do condomnio.

    Quanto mais cedo incorporarmos ao projeto solues que garantam a realizao da

    manuteno do edifcio sob condies previsveis, menores sero os custos. Solues

    incorporadas na fase de projeto preservam tambm as caractersticas estticas do edifcio.

    Solues executadas na fase de operao, alm de mais caras, nem sempre contam com

    equipes multidisciplinares de projeto e podem, ao optarem por solues mais econmicas,

    prejudicar aspectos estticos do edifcio.

  • 14

    1.2 OBJETIVO

    O objetivo deste trabalho propor uma ferramenta que auxilie empreendedores, equipe de

    projeto e equipe de construo a analisar aspectos de manutenibilidade do edifcio desde as

    primeiras etapas do projeto at o incio da operao.

    Espera-se com este trabalho que as despesas com manuteno do edifcio fiquem dentro dos

    patamares considerados na viabilidade do negcio e que os estes valores sejam realmente

    destinados a aes que possam aumentar a vida til do edifcio e no serem desviados para

    adequaes aps incio da operao do mesmo.

    1.3 DESENVOLVIMENTO

    A elaborao desta monografia passou por quatro etapas descritas a seguir.

    Na etapa inicial do trabalho foi realizada a busca e estudo de material bibliogrfico que

    possibilitou a compreenso dos temas investimento em empreendimentos imobilirios, projeto

    e manutenibilidade de forma a perceber o impacto destes temas no desempenho dos edifcios

    comerciais. Para tanto foi realizada uma reviso em material bibliogrfico nacional e

    estrangeiro relativo aos temas. Cabe ressaltar que muito pouco foi encontrado na bibliografia

    nacional sobre o assunto manutenibilidade. J sobre os temas projeto e empreendimentos

    imobilirios o material farto, incluindo grande nmero de trabalhos publicados pela prpria

    Escola Politcnica da Universidade de So Paulo.

    Com base na fundamentao terica obtida, pde ser desenvolvido um instrumento para

    coleta de dados em campo. Nesta fase tambm se definiu o pblico alvo e forma de acesso a

    eles.

    As informaes obtidas foram consolidadas e, considerando os aspectos mais citados,

    elaborou-se um roteiro de verificao de projetos.

    A ferramenta criada teve sua aplicao prtica validada em um empreendimento em fase de

    construo na cidade de So Paulo, com o objetivo de avaliar se os itens considerados na

  • 15

    pesquisa haviam sido incorporados ao projeto (avaliao de projeto) e seu aplicabilidade

    (avaliao da ferramenta).

    Na etapa final do trabalho, foi avaliada a importncia do tema manutenibilidade e, no

    somente no uso da ferramenta proposta, mas tambm a importncia da implantao de

    programas estruturados de manutenibilidade.

  • 16

    2 REVISO DA LITERATURA

    2.1 EDIFCIO E SEUS SISTEMAS

    A definio de edifcio envolve o entendimento de que ele existe para uma finalidade

    especfica.

    Segundo a ABNT NBR 5674 (1999, p. 1), as edificaes so o suporte fsico para a

    realizao direta ou indireta de todas as atividades produtivas [...]. So construdos para

    atender seus usurios durante muitos anos e, ao longo deste tempo de servios devem

    apresentar condies adequadas ao uso a que se destinam [...].

    No significa que, ao longo do tempo, no seja possvel a utilizao do edifcio para outros

    fins. Caso ocorra mudana de uso, importante a reavaliao de seus sistemas e sua

    adequao, caso necessrio.

    Um edifcio composto por vrios sistemas com finalidades especficas e que interagem entre

    si.

    Conforme a ABNT NBR 13531 (1995) a edificao produto constitudo por conjunto de

    componentes construtivos definidos e articulados em conformidade com princpios e tcnicas

    especficas da arquitetura e da engenharia para, ao integrar a edificao, desempenhar

    determinadas funes em nveis adequados.

    Para que fosse possvel estruturar o levantamento dos exemplos de baixa manutenibilidade

    junto aos profissionais da rea e futura associao com outras pesquisas, buscou-se

    referncias nacionais e internacionais sobre a classificao de sistemas de edifcios.

  • 17

    Este tema foi bastante explorado por SOCCI e SANTOVITO (2007)1. Aps analisarem as

    referncias nacionais e internacionais concluram:

    [...] Ao serem analisadas as normas, pde-se concluir que, com relao hierarquizao dos elementos que compem a edificao, nenhuma delas apresenta uma estrutura validada dos sistemas prediais, consistente com as demais referncias normativas nacionais e internacionais, que possa ser utilizada para o desenvolvimento de um sistema de informaes das atividades relacionadas com a operao de edifcios comerciais. [...] Aps a anlise das referncias nacionais e internacionais, concluiu-se que a utilizao da norma ASTM 1557/05 (UNIFORMAT II), para definio da estrutura de hierarquizao das instalaes e sistemas prediais, se mostra a mais apropriada, possibilitando customizaes, ajustes e adequaes que se acharem necessrios, de modo a possibilitar a utilizao desta estrutura em procedimentos operacionais de manuteno predial [...].

    As referncias avaliadas por SOCCI e SANTOVITO (2007) foram:

    REFERNCIAS NACIONAIS

    a) Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ABNT NBR 5674/99 Manuteno de edificaes: Procedimento

    ABNT NBR 14037/98 Manual de operao, uso e manuteno das edificaes:

    contedo e recomendaes para elaborao e apresentao

    ABNT NBR 12721/99 Avaliao de custos unitrios e preparo de oramentos de

    construo para incorporao de edifcio em condomnio: procedimento

    ABNT NBR 12722/92 Avaliao de servios para construo de edifcios

    ABNT NBR 5671/90 Participao dos intervenientes em servios e obras de

    engenharia e arquitetura

    ABNT 13531/95 Elaborao de projetos de edificaes: atividades tcnicas

    ABNT 13532/95 Elaborao de projetos de edificaes: arquitetura

    b) Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias

    c) Editora PINI Tabela de Composies de Preos para Oramentos

    d) Projeto CDCON Terminologia e Codificao para Construo

    e) Projetos de Normas ABNT

    1 SOCCI, Fbio e SANTOVITO, Rogrio Fonseca. Entrevista realizada pelo autor.

  • 18

    REFERNCIAS INTERNACIONAIS

    a) Normas ASTM Servibilidade

    b) Construction Specifications Institute CSI

    c) Masterformat

    d) ASTM 1557/05 - Uniformat

    A ASTM 1557 (2005) estabelece uma classificao de elementos construtivos e ambiente

    relacionado. Os elementos normalmente apresentam uma funo, no importando a

    especificao de projeto, mtodo de construo, ou materiais usados.

    A classificao serve como uma referncia consistente para anlise, avaliao, e

    monitoramento durante a viabilidade, planejamento, e projeto dos edifcios. Tambm

    contempla as fases de construo, manuteno, reabilitao e disposio.

    A classificao proposta pela ASTM 1557 (2005) incorpora trs nveis hierrquicos descritos

    como: Nvel 1, 2, e 3. Tambm apresenta uma sugesto de Nvel 4 para classificao de sub-

    elementos.

    Para melhor entendimento da proposta da ASTM 1557 (2005, p. 3 e 4) foi anexado este

    trabalho os trs nveis originais de classificao para elementos do edifcio (Anexo 1).

    2.2 CICLO DE VIDA DE UM EDIFCIO

    Para entender a importncia do assunto proposto neste trabalho, precisamos entender tambm

    o conceito ciclo de vida de um edifcio.

    Baseado na definio do PMI Project Management Institute no documento Um Guia do

    Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (2004, p. 5), o ciclo de vida

    define as fases que conectam o incio do projeto ao seu final, sendo projeto, um esforo

    temporrio empreendido para criar um produto, servio ou resultado exclusivo. Temporrio

    no significa necessariamente curta durao, [...] significa que todos os projetos possuem um

    incio e um final definidos. Percebe-se, portanto que o PMI utiliza o conceito de projeto de

    uma forma ampla, no estrito ao desenho arquitetnico e de engenharia.

  • 19

    Associando a definio do PMI para este caso, o edifcio o produto criado e possui um

    incio e um final definido. O esforo no se encerra na fase de concluso da obra, ele se

    estende por toda a vida til do mesmo. Inclui fases de renovao e adequao parcial ou total

    de seus sistemas at sua disposio final.

    Figura 1: Ciclo de vida de um edifcio

    Considerando a vida til aproximada de um edifcio em torno de 40 anos, as fases iniciais:

    Concepo, Projeto e Construo representam menos de 20% deste tempo, porm, as decises

    tomadas nesta fase tero impacto significativo at a disposio do mesmo.

    Conforme a ABNT NBR 14037 (1998, p. 1) a edificao construda no pode ser entendida,

    ela prpria, como a realizao do objetivo do processo, pois somente aps a concluso do

    projeto e da execuo da edificao que ela pode ser colocada a servio de seus usurios e,

    servindo-os adequadamente em relao ao previsto, realizar o motivo pelo qual a edificao

    foi produzida. Da a importncia de levar em considerao as necessidades da etapa de uso

    do edifcio na fase de concepo do projeto.

    Tambm se forem considerados os quesitos sobre sustentabilidade, pode-se perceber a

    relevncia do tema manutenibilidade. Hoje os conceitos de Edifcio Verde j apontam para a

    preocupao de melhoria de desempenho ambiental e econmico de edificaes comerciais.

    Um exemplo de ferramenta para avaliao dos edifcios o Sistema LEED 2.0 de

    Avaliao de Edifcio Verde, desenvolvido pelo U.S. Green Building Council1 (2001).

    Neste modelo, so avaliados aspectos que vo desde a Seleo do Terreno, visando

    minimizao do impacto ambiental decorrente da implantao do edifcio, passando por

    eficincia na utilizao dos recursos, qualidade ambiental, ampliao de seu ciclo de vida,

    entre outros.

    Entre os vrios pontos analisados pelo LEED 2.0 (2001, p. 23 e 25), destacamos a seguir os

    que se referem diretamente ao tema ampliao do ciclo de vida do edifcio:

    1 Conselho dos Estados Unidos de Edifcio Verde

  • 20

    Reutilizao do edifcio: com a inteno de Ampliar o ciclo de vida do ncleo do

    edifcio existente, economizar recursos, preservar recursos naturais, reduzir o

    desperdcio e reduzir o impacto ambiental de novos edifcios no que tange

    manufatura e transporte de materiais.

    Reutilizao de recursos: com a inteno de Prolongar o ciclo de vida dos materiais

    de construo selecionados atravs da reduo dos impactos ambientais oriundos da

    fabricao e do transporte dos materiais.

    Busca-se, portanto a maximizao da vida til do edifcio. Isto pode ser obtido de maneira

    preventiva desde a concepo dos projetos.

    2.3 A IMPORTNCIA DA FASE DE CONCEPO DE PROJETO NO DESEMPENHO

    DO EDIFCIO

    Conforme PMI (2004, p. 21), A capacidade das partes interessadas de influenciarem as

    caractersticas finais do produto do projeto e o custo final do projeto mais alta no incio e

    torna-se cada vez menor conforme o projeto continua. A Figura 2 ilustra isso. Contribui

    muito para esse fenmeno o fato de que o custo das mudanas e da correo de erros

    geralmente aumenta conforme o projeto continua.

    Figura 2: Influncia das partes interessadas ao longo do tempo (PMI, 2004)

  • 21

    Conforme MELHADO (1995, p.18) O desenvolvimento do projeto deve ser baseado no

    trabalho gerado por uma equipe multidisciplinar e coordenada de forma iterativa por um

    profissional com adequada experincia em projeto e execuo.

    Desta forma, incorpora-se conhecimento de vrias especialidades, antecipando impactos

    negativos nas fases seguintes: construo e uso.

    Claro que o projeto deve levar em considerao as necessidades da etapa de construo do

    edifcio, preciso expandir este conceito, contemplando tambm as necessidades da etapa de

    operao.

    Aproveitando o conceito apresentado por MELHADO (1995, p. 17) na Figura 3, no Arranjo

    Tradicional o check-list proposto na presente pesquisa pode ser uma ferramenta utilizada pelo

    arquiteto, que acumula a funo de coordenao ou pelo prprio empreendedor.

    No Arranjo Multidisciplinar, pode ser um instrumento para o coordenador do projeto,

    representante do empreendedor ou, dependendo do tamanho do empreendimento, ser utilizado

    por um consultor de Uso e Operao do edifcio ou, na situao ideal, ser instrumento do

    responsvel pela operao do edifcio que inicia sua participao deste as primeiras fases do

    projeto.

  • 22

    Figura 3: Os arranjos das equipes de projeto segundo a forma tradicional e com o conceito de equipe multidisciplinar (MELHADO, 1995)

    O modelo proposto no tem o objetivo de solucionar todos os problemas relativos

    manutenibilidade dos edifcios, apenas evitar a recorrncia dos problemas identificados pelos

    profissionais durante a pesquisa. Tambm abre espao para que novas percepes da equipe

    de projeto sejam incorporadas ferramenta.

    O CII Construction Industry Institute1 em seu relatrio de pesquisa Design for

    Maintainability: Improving Project Return on Investiment (1999, p. 19) defende a adoo de

    um programa de Manutenibilidade, sendo a verificao de projetos, conforme proposto neste

    1 The Universidade of Texas at Austin

  • 23

    trabalho, apenas uma 16 das ferramentas sugeridas no processo de desenvolvimento de

    projetos.

    Conforme tambm citado pelo CII (1987), nas fases iniciais do ciclo de vida do projeto que

    as decises tomadas podem influenciar o custo final do empreendimento. Esta influncia

    ilustrada na Figura 4.

    Figura 4: Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifcio ao longo de suas fases

    (CII, 1987)

    HAMMARLUND & JOSEPHSON (1992, p. 32 a 34) tambm defendem a idia de que as

    decises tomadas nas fases iniciais do empreendimento, estudo de viabilidade de projeto, so

    importantes para reduo da incidncia de falhas e dos respectivos custos, apesar do baixo

    dispndio de recursos (ver Figura 5).

    Figura 5: O avano do empreendimento em relao chance de reduzir o custo de falhas do edifcio (HAMMARLUND & JOSEPHSON, 1992)

  • 24

    Deve-se portanto buscar solues no momento onde a possibilidade de reduo de custo

    sejam maiores, ou seja, na fase de concepo do projeto.

    Historicamente o Plano de Manuteno desenvolvido aps a execuo da obra, e tambm

    aps o incio da operao do edifcio. O Plano de Manuteno elaborado por profissionais

    que no participaram das fases de concepo, projeto e execuo e muitas vezes so aplicadas

    solues padronizadas que no levam em considerao as caractersticas de uso do edifcio.

    Por falta de participao de profissionais especializados em manuteno e operao na fase de

    projeto, as decises tomadas, e que afetam todo o ciclo de vida do projeto, tendem a priorizar

    os resultados de curto prazo e a esttica.

    raro tambm que o histrico sobre as decises tomadas nas etapas de concepo, projeto e

    construo, e tambm documentos tcnicos dos equipamentos e sistemas incorporados, sejam

    disponibilizados para a equipe responsvel pela operao do edifcio.

    Como garantir ento que o valor previsto para as despesas com manuteno, arbitrado na fase

    de tomada de deciso do investimento, ser suficiente?

    O objetivo deste trabalho no esgotar o tema, apenas fornecer ao empreendedor e equipe

    de projeto uma lista de verificao de pontos recorrentes identificados durante a pesquisa

    junto aos profissionais ligados operao dos edifcios.

    Muito ainda precisa ser feito para que se formalize a participao de pessoas ligadas

    operao nas fases que antecedem a operao. Essa prtica hoje no Brasil ainda muito

    pequena. Pode ser observada em projetos de empreendimentos cujo investidor controla

    diretamente a operao do edifcio.

  • 25

    2.4 MANUTENIBILIDADE1

    Consideramos que um fator importante para a ampliao do ciclo de vida de um edifcio e

    tambm para a reduo de despesas o seu grau de manutenibilidade.

    No Brasil este um termo pouco utilizado. As normas brasileiras relacionadas manuteno2

    no citam explicitamente a palavra manutenibilidade.

    J existem discusses em andamento sobre o tema na Comisso de Estudos de Desempenho

    de Edificaes da ABNT. Em ata de reunio realizada por este comit em 18/05/07 sobre o

    projeto Edifcios habitacionais de at cinco pavimentos Desempenho, foi aceita a sugesto

    feita pelo IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia.

    Manutenabilidade: grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente em ser

    mantido ou recolocado no estado no qual pode executar suas funes requeridas, sob

    condies de uso especificadas, quando a manuteno executada sobre condies

    determinadas, procedimentos e meios prescritos.

    Nesta mesma ata de reunio, foram definidos tambm requisitos relativos

    manutenabilidade3.

    14.3 Manutenabilidade 14.3.1 Requisito Manutenabilidade do edifcio e de seus sistemas Manter a capacidade do edifcio e de seus sistemas em permitir ou favorecer as inspees prediais bem como as intervenes de manuteno prevista no manual de operao uso e manuteno, com os menores custos. 14.3.2. Critrio Facilitar os meios de acesso pra manuteno Convm que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edifcio e os sistemas projetados tenham condies de acesso para inspeo predial atravs da instalao de suportes para fixao de andaimes, balancins ou outros meios que possibilite a realizao da manuteno.

    1 Durante a pesquisa bibliogrfica identificamos a utilizao da palavra manutenabilidade e mantenabilidade.

    Conforme consulta ortogrfica a palavra correta manutenibilidade que deriva de manutenvel: passvel de ser manutenido ou mantido (Houaiss); que se pode manter (Michaelis). Consulta internet http://dic.busca.uol.com.br/result.html?q=manuten%EDvel&group=0&t=10 acesso no dia 29/11/2007.

    2 Normas consultadas: ABNT NBR 5674 Manuteno de edificaes Procedimento e NBR 14037 Manual

    de operao, uso e manuteno das edificaes Contedo e recomendao para elaborao e apresentao. 3 Conservada a palavra utilizada na redao da ata.

  • 26

    14.3.3. Mtodo de avaliao Anlise de projeto. O projeto do edifcio e de seus sistemas deve ser adequadamente concebido de modo a possibilitar os meios que favoream as inspees prediais e as condies de manuteno.

    A proposta desta pesquisa est totalmente alinhada com as definio, requisito e mtodo de

    avaliao da Comisso.

    A ABNT NBR 14037(1998) Manual de operao, uso e manuteno das edificaes

    Contedo e recomendao para elaborao e apresentao apesar de no citar a palavra

    manutenibilidade, descreve detalhadamente todos os documentos e informaes que devem

    ser repassadas ao proprietrio da edificao. Se pelo menos esta norma fosse fielmente

    atendida, parte dos problemas da operao seriam minimizados.

    Cabe lembrar que grande parte das informaes que integram o Manual citado acima gerada

    na fase de projeto. A equipe de projeto deve produzir informaes completas a respeito dos

    sistemas projetados. O executor da obra deve analisar o contedo apresentado pela equipe de

    projeto, preservar, atualizar e complementar com informaes obtidas durante a execuo.

    Contedo mnimo descrito na norma:

    Informaes sobre aspectos importantes para o usurio, como propriedades especiais previstas em projeto, sistemas construtivos empregados;

    Definio dos limites de uso seguro da edificao, descrevendo caractersticas como carregamentos mximos admissveis sobre os componentes estruturais, cargas mximas admissveis nos circuitos eltricos, etc;

    Descrio de dispositivos previstos para facilitar a modificao, expanso e modernizao da edificao e de seus componentes, instalaes e equipamentos;

    Desenhos esquemticos atualizados em relao ao realmente construdo, com dimenses cotadas, que representem a posio das instalaes embutidas e componentes no aparentes;

    Conjunto completo de projetos e discriminaes tcnicas atualizadas em relao ao realmente construdo;

    Datas de concluso da estrutura, do habite-se e da elaborao do Manual; Descrio clara das garantias dadas pelo responsvel pela produo da edificao,

    identificando-se prazos de validade e responsabilidade dos usurios da edificao para a validade destas garantias;

    A descrio das garantias adicionais dadas pelos fornecedores de componentes, instalaes e equipamentos da edificao, identificando-se prazos de validade e responsabilidades dos usurios da edificao para a validade destas garantias.

    Se a elaborao do Manual de operao, uso e manuteno das edificaes for iniciada apenas

    ao final da execuo dos servios, grande parte das informaes estar perdida, o Manual

    estar incompleto e no cumprir o seu propsito.

  • 27

    DUFOUR (1996, captulo VI) em sua dissertao de mestrado descreveu:

    Para definir a mantenabilidade, esta tem que ser diferenciada primeiramente da manuteno. A primeira uma caracterstica inerente ao projeto de produtos, que pode ser definida como a habilidade de preservar um item qualquer. A segunda definida como uma srie de aes a serem tomadas para restaurar ou manter um item num estado operacional efetivo. Mantenabilidade um parmetro de projeto e da instalao. Manuteno o resultado do projeto. A mantenabilidade a caracterstica do projeto de produtos que tenta minimizar os requisitos de manuteno corretiva e preventiva do produto, quando este passa a ser utilizado pelo consumidor com o menor custo possvel. Um dos objetivos obter o melhor balano entre o tempo decorrido, tempo de trabalho e nmero de pessoas requeridas, com o mnimo custo de manuteno.

    Conforme PRAZERES (1995)1, mantenabilidade a aptido de um componente, produto,

    equipamento ou sistema receber manuteno, dentro de um perodo de tempo determinado e a

    um custo preestabelecido.

    Maintainability, segundo a ASTM 1480 (92-2004, p. 3) a capacidade de um sistema ou

    facility2 para ser mantido a um nvel especificado de confiana, a uma medida especificada de

    custo ou economia.

    Numa busca livre na internet, localizamos num site de empresa especializada em manuteno3

    as seguintes definies:

    Manutenabilidade: Facilidade de um item em ser mantido ou recolocado em condies de executar suas funes requeridas. Mantenabilidade: a possibilidade de poder executar uma determinada operao de manuteno num tempo de reparao pr-fixado e sob condies planejadas

    1 Definio extrada de trabalho desenvolvido pela Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas

    FFLCH da Universidade de So Paulo com o objetivo de traduzir termos tcnicos ligados rea: Engenharia de Produo; Domnio: Engenharia de Qualidade; Subdomnio: Qualidade em Servios. A ntegra do trabalho pode ser consultada no site http://www.fflch.usp.br/citrat/glossario/gloss/arquivo_glossario_6.htm

    2 Facility: um objeto fsico a servio de um determinado propsito. Uma facilidade pode estar dentro de um

    edifcio ou um edifcio inteiro ou um edifcio mais seu local e ambiente circunvizinho ou pode ser uma construo que no um edifcio. O termo abrange o objeto fsico e seu uso.

    3 Hrmann do Brasil pertence a um grande grupo empresarial alemo com atividades internacionais. Suas

    empresas e filiais esto distribudas na Europa, nas Amricas e na sia, atuando, entre outras, na rea de servios especializados de Engenharia e Manuteno h 50 anos.

  • 28

    O CII no trabalho Design por Maintainability: Improving Project Return on Investiment

    (1999, p. 2), distingui os conceitos importantes de operao para obter um retrato claro do que

    manutenibilidade.

    [...] Mantenibilidade considerado como inerente ao projeto de sistema, relativo facilidade, preciso, segurana, e economia de tarefas de manuteno. Esta noo enfatiza a habilidade de manter uma instalao, elevando sua importncia como uma caracterstica de projeto. O propsito de Mantenibilidade melhorar a efetividade e eficincia de manuteno. Alm disso, o contexto de Mantenibilidade do CII recorre a um processo formal para incluir a preocupao com a manuteno durante todas as fases do processo de entrega da instalao. Para algumas indstrias, Mantenibilidade uma medida quantitativa, correspondendo probabilidade de executar uma ao de manuteno ou conserto em um perodo especificado de tempo usando procedimentos prescritos e em um ambiente prescrito. Para outros, Mantenibilidade simplesmente a facilidade em que aes de manuteno podem ser executadas. [...]

    O CII defende a tese de que se deve investir num Projeto de Manutenibilidade para assegurar

    melhoria no processo de investimento de capital. Quando eficazmente incorporado, pode

    gerar menos retrabalho, partidas mais tranqilas e menores despesas com manuteno.

    Conforme trabalho divulgado pelo CII (1999, p. 8 a 10), o grau de maturidade na

    implementao de conceitos de manutenibilidade em um projeto pode ser classificado em 5

    Nveis, conforme Figura 6.

    Figura 6: Nveis de Manutenibilidade

  • 29

    Comeando com o Nvel 1, a cada nvel aumenta-se a oportunidade de se obter benefcios

    adicionais por meio de uma abordagem mais formal e sistemtica sobre o assunto

    manutenibilidade.

    O Nvel 5 definido como um processo completo, ideal ou Processo Modelo.

    No Nvel 1 os projetos so desenvolvidos com base na experincia da equipe de projeto. No

    Nvel 2 podemos observar a existncia de procedimentos da empresa para a conduo dos

    projetos. Podemos considerar que o Check-list de Manutenibilidade proposto neste trabalho

    seja um destes procedimentos. No Nvel 3 nota-se um reconhecimento corporativo dos

    benefcios e barreiras para implementao do Projeto de Manutenibilidade. So definidos

    procedimentos corporativos e nomeado um Patrocinador da empresa para o assunto. No

    Nvel 4 so definidas polticas formais e registro de lies aprendidas. No Nvel 5 as lies

    aprendidas so introduzidas em outros projetos.

    No presente trabalho, manutenibilidade a capacidade de poder executar uma determinada

    operao de manuteno sob condies planejadas obtendo resultados efetivos com o mnimo

    de perdas, erros, dispndios, tempo, etc.

    2.5 IMPACTO DA MANUTENIBILIDADE PARA A QUALIDADE DO INVESTIMENTO

    NO EMPREENDIMENTO IMOBILIRIO

    Quem toma a deciso de investir num determinado edifcio o empreendedor que aloca certa

    quantidade de recursos financeiros mediante uma expectativa relacionada com o

    comportamento futuro do empreendimento.

    As decises de investimento, conforme descreveu ROCHA-LIMA JR. (1995, p. 8), estaro

    contidas dentro de fronteira, que se estabelecem pela conformao dos limites de risco que o

    empreendedor est disposto a aceitar.

    As receitas operacionais lquidas de um empreendimento imobilirio dependem,

    principalmente, do comportamento dos seguintes elementos:

  • 30

    Valor do aluguel: varia de acordo com as caractersticas do edifcio, infra-estrura,

    localizao, disponibilidade de servios, estado de conservao.

    Percentual de ocupao: que vai variar de acordo com a associao dos itens acima e o

    respectivo valor do aluguel. Para edifcios com caractersticas semelhantes o

    percentual de ocupao ser maior para os edifcios com menor valor de aluguel.

    Despesas: inclui seguros, despesas administrativas, impostos e despesas com

    manuteno, conservao, segurana, consumo de gua e energia, etc.

    Apesar do baixo o grau de dependncia das contas operacionais no resultado do

    empreendimento para o investidor, verifica-se que a manutenibilidade afeta o estado de

    conservao do imvel e consequentemente o valor do aluguel e o percentual de ocupao. A

    manutenibilidade afeta diretamente tambm um dos principais componentes das despesas, as

    despesas com manuteno, somando-se neste item recursos humanos, equipamentos,

    reposies, etc. Para o locador, a avaliao das despesas feita sempre com base na soma do

    valor do aluguel e despesas. Num cenrio com grande oferta de empreendimentos similares, o

    investidor poder ter que reduzir o valor do aluguel de forma de a soma aluguel + despesas

    continue atrativa para o locador.

    Conforme ALEXANDER (1997), ao longo da vida til do edifcio, os custos relativos

    operao e manuteno do edifcio representam aproximadamente trs vezes o custo inicial da

    construo e as despesas relativas s pessoas que desenvolvem atividades produtivas no

    espao construdo, representam noventa por cento de todos os custos, conforme Figura 7.

  • 31

    Recursos Humanos;

    92%

    Construo; 2%

    Operao e Manuteno;

    6%

    Figura 7: Custos da vida til do edifcio (ALEXANDER, 1997)

    Ao longo da vida til do edifcio h uma queda no desempenho dos sistemas incorporados.

    Para que eles voltem ao estado original a que foi projetado necessrio investir na renovao

    dos mesmos (no grfico da Figura 7, representado pela faixa Manuteno). Ao mesmo

    tempo, desde que foi concebido e antes mesmo de entrar em operao os sistemas j sofrem

    uma defasagem tecnologia e funcional. Para que o edifcio mantenha sua atratividade h

    necessidade de investimentos em Melhorias, conforme Figura 8 a seguir.

    Figura 8: Desempenho do edifcio ao longo da vida til (ALEXANDER, 1996)

    Os recursos necessrios s Melhorias, garantindo a atratividade do edifcio ao longo de sua

    vida til, so arbitrados para cada empreendimento imobilirio, e denominados FRA1.

    1 Fundo de Reposio de Ativo

  • 32

    Um edifcio com grau de manutenibilidade adequado pode ter seu custo de manuteno

    reduzido, sendo uma vantagem para o locador, quanto exigir menos recursos para sua

    atualizao, contrapartida do investidor.

  • 33

    3 DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA

    3.1 LEVANTAMENTO DE DADOS

    Utilizou-se a ASTM 1557 como referncia para a estruturao dos componentes do edifcio e

    com isso organizar a pesquisa. Para que o formulrio de pesquisa no ficasse muito extenso,

    desencorajando a participao dos profissionais, limitou-se na utilizao da classificao at o

    Nvel 2. Na Tabela 1 a seguir, traduo livre dos nveis de classificao utilizados na

    pesquisa.

    Tabela 1: Nveis de estruturao dos elementos do edifcio

  • 34

    Para melhor entendimento sobre a abrangncia de cada item, manteve-se a explicao citada

    na Norma. Foi includa uma coluna para as contribuies dos participantes e, para ajudar o

    entendimento, foi includa uma coluna com exemplos de ocorrncias de baixa

    manutenibilidade. O Formulrio de Pesquisa na sua forma integral est disponvel para

    consulta no Anexo 2.

    A forma de envio da pesquisa foi o e-mail, englobando alunos de todas as turmas do curso

    MBA-USP Gerenciamento de Facilidades, profissionais ligados operao e manuteno de

    edifcios. Tambm se incentivou que as pessoas a encaminhassem a pesquisa a outros

    profissionais que pudessem contribuir com o tema. A lista original de destinatrios continha

    cerca de 350 e-mailss.

    Solicitou-se respostas livres dos profissionais sobre cada um dos sistemas, dando liberdade

    para que dessem respostas somente para os temas que se sentissem familiarizados. A ntegra

    do e-mail encaminhado na pesquisa pode ser encontrada no Anexo 3.

    Apesar de j apresentarem certa convergncia, o nmero de respostas espontneas foi muito

    baixo. O levantamento de dados foi complementado com uma abordagem direta por meio de

    entrevistas. Desta vez, foram selecionados os responsveis pela operao de edifcios

    comerciais representativos do mercado imobilirio da cidade de So Paulo.

  • 35

    3.2 CONSOLIDAO DAS RESPOSTAS

    Como resultado da pesquisa e entrevistas, obteve-se 471 contribuies para os 13 subsistemas

    do edifcio, conforme Tabela 2 abaixo.

    Tabela 2: Nmero de respostas por sistema do edifcio

    Como primeiro passo na consolidao, aps a anlise das respostas, as mesmas foram

    classificadas conforme definio abaixo:

    Execuo: refere-se falhas decorrente exclusivamente da etapa de execuo, o que

    no objeto deste trabalho;

    Manuteno: refere-se s questes de ausncia de rotinas de manuteno preventiva,

    desqualificao da equipe de manuteno, falta de equipamentos adequados para a

    realizao das tarefas. Apesar de impactarem significativamente na manutenibilidade,

    no foi objeto deste trabalho;

    Projeto: itens que poderiam ter sido contemplados no projeto e que minimizariam o

    impacto na operao do edifcio, incluindo questes referentes indisponibilidade de

  • 36

    informaes tcnicas a respeito dos sistemas, projetos, memoriais, recomendaes de

    fabricantes, etc;

    NA (no se aplica): resposta fora do contexto, descartada da anlise.

    O resultado aps est classificao est na Tabela 3 a seguir.

    Tabela 3: Nmero de respostas por classificao

    Com a eliminao das respostas classificadas como Execuo, Manuteno e NA, 330 foi o

    nmero final de contribuies vlidas obtidas na pesquisa.

    Das respostas que foram incorporadas ao Check-list, os temas mais recorrentes foram:

    Tabela 4: Tipos de ocorrncia de baixa manutenibilidade citados na pesquisa

    Sendo:

    Acesso: dificuldade de acessar sistemas ou elementos fsicos para realizao de

    limpeza ou servios de reparos. Neste item os pontos mais citados foram os problemas

    relativos ao acesso s fachadas (citado em 100% dos formulrios)1 e coberturas (81%).

    Os edifcios no possuem sistemas seguros que permitam acesso fachada para

    limpeza, troca de vidros, manuteno das juntas de vedao, etc. Quanto s coberturas,

    1 A partir deste ponto, para evitar repetio, o percentual de citaes est representado entre parentes.

  • 37

    alm da falta de segurana para acess-la, foi citado tambm a inexistncia de reas

    adequadas para circulao. Outros itens com menor nmero de citaes, porm no

    menos importantes foram: acesso s caixas de inspeo (29%); equipamentos (29%);

    dutos do sistema de ar condicionado (19%) para realizao de limpeza peridica.

    Especificao: especificao de revestimentos ou equipamentos inadequados s

    condies de uso. Exemplos mais citados: revestimentos e seu impacto nos

    procedimentos de limpeza e proteo contra danos mecnicos (71%); aspectos de

    segurana e condies ambientais a que os equipamentos esto submetidos (43%);

    tratamento esttico das escadas (29%) que no levam em considerao seu uso como

    alternativa aos elevadores, principalmente em edifcios monousurios ou com

    ocupao de mais de um pavimento pela mesma empresa; sistemas eltricos que no

    atendem as Normas Brasileiras (29%).

    Subdimensionamento: sistemas de drenagem de guas pluviais (33%); problemas

    relativos incidncia de recalque diferencial das fundaes (33%); dimenso

    inadequada de casa de mquinas de sistemas de ar condicionado (33%).

    Infra-estrutura: falta de pontos de gua para limpeza e manuteno (52%),

    principalmente em casas de mquinas de ar condicionado para possibilitar a limpeza

    de serpentinas; ausncia de monitoramento das condies dos sistemas (43%),

    principalmente em pontos de difcil acesso; deficincia das reas de apoio para a

    equipe de operao do edifcio (19%); falta de caixas de inspeo ao longo das

    instalaes (19%); ausncia de sistemas de irrigao (19%); falta de tomadas e

    circuitos adequados para ligao de equipamentos utilizados na manuteno (19%).

    Informao: sistemas e equipamentos sem identificao fsica (62%) dificultando a

    realizao das tarefas; indisponibilidade de projetos para consulta e diagnstico dos

    problemas (54%); insuficincia de informaes sobre especificaes e procedimentos

    de manuteno dos sistemas incorporados ao edifcio (38%).

    Reposio: indisponibilidade de peas de reposio (90%) seja pela descontinuidade

    de produtos ou especificao de produtos importados no comercializados em

  • 38

    territrio nacional; falta de padronizao em equipamentos e revestimentos

    possibilitando reduo de estoque de reposio (38%).

    Flexibilidade: falta de espao fsico para expanso e melhoria dos sistemas (71%);

    nmero pequeno de registros nos sistemas hidrulicos (24%) gerando grande impacto

    aos usurios e desperdcio de gua em caso de manuteno.

    Estanqueidade: Problemas com deficincia na vedao de elementos de fachada

    (38%) e subsolos (33%).

    Evitamos neste trabalho desconsiderar as respostas menos citadas. Somente com o uso prtico

    da ferramenta que poderemos avaliar a pertinncia das questes.

    3.4 ELABORAO DO CHECK-LIST

    Para elaborao do Check-list, as contribuies vlidas da pesquisa foram consolidadas e

    organizadas em forma de perguntas, criando uma ferramenta prtica para a verificao dos

    projetos nas vrias etapas do ciclo de vida do edifcio: Estudo Preliminar, Projeto Executivo,

    Execuo e Operao.

    As perguntas foram formuladas de tal forma que objetiva-se o maior nmero possvel de

    respostas afirmativas, ou seja, para que o empreendimento tenha um grau de manutenibilidade

    maior deve ter o mnimo de respostas negativas.

    Quando a pergunta no for pertinente ao projeto, o avaliador deve preencher a coluna NA

    (No se aplica).

    Recomenda-se sempre o preenchimento da coluna de observaes, justificando as respostas

    dadas.

    Algumas perguntas somente so pertinentes para as fases mais avanadas do projeto. Para

    cada item, indicamos no check-list a orientao para as fases mais adequadas para verificao.

    Quando no necessria a avaliao na etapa, o campo de preenchimento foi pintado de cinza

    com a indicao: Item avaliado nas fases seguintes.

  • 39

    Recomenda-se que ao avaliar uma fase seguinte, sejam consultadas e confirmadas as respostas

    anteriores.

    A elaborao do Check-list de Manutenibilidade levou em considerao:

    Adequar as perguntas a cada fase do projeto, evitando-se verificaes desnecessrias

    nas fases iniciais.

    Manter o histrico das tomadas de deciso ao longo do processo.

    Identificar as necessidades de informao para as etapas seguintes, possibilitando a

    ao preventiva da equipe de projeto.

    Como o resultado da pesquisa no esgota o assunto, foram previstos espaos para que possam

    ser includos novos pontos de verificao ao longo do processo, de acordo com a

    especificidade de cada edifcio.

    O check-list final, j contemplando as contribuies da etapa de validao da aplicao

    prtica est disponvel no Anexo 4.

    3.5 VALIDAO DA APLICAO PRTICA

    Para testar sua adequao e praticidade, aplicamos o Check-list de Manutenibilidade em um

    projeto em construo na cidade de So Paulo.

    Alm de testar a ferramenta, a aplicao teve como objetivo tambm a avaliao do grau de

    preocupao com o tema Manutenibilidade no projeto.

    3.5.1 Dados do Empreendimento

    Empreendimento: Originalmente projetado a ser hotel, o edifcio objeto da aplicao prtica

    no foi totalmente concludo. Durante a construo o empreender quis dar um novo destino ao

    edifcio e definiu pela concluso somente da estrutura e vedao externa fachada. Aps

    diversos estudos optou pela explorao do local como edifcio de escritrios.

  • 40

    Caracterizao do edifcio:

    rea Total : 35.000 m2

    3 subsolos: estacionamento

    Trreo: teatro, foyer, recepo, agncia bancria;

    Mezanino: equipamentos e servios;

    Sobreloja : sala reunio, jardim descoberto;

    1 ao 22 pavimento: 2 salas comerciais com 300 m2 de rea til;

    Atio: equipamentos, casa de mquinas de elevadores, reservatrio de gua;

    Cobertura;

    Heliponto.

    Etapa: Os projetos executivos das adequaes necessrias esto em fase de concluso.

    Entrevistado: arquiteto responsvel pela execuo da obra

    3.5.2 Avaliao da aplicao prtica

    Sero apresentados a seguir os resultados obtidos na aplicao prtica da ferramenta divididos

    por sistemas. Sero avaliados dois aspectos: a anlise do projeto em estudo, ou seja, se os

    itens considerados no Check-list foram incorporados ao projeto e, principalmente, a avaliao

    da aplicabilidade da ferramenta.

  • 41

    Sistema Fundaes

    Figura 9: Aplicao Prtica da Ferramenta - FUNDAES

    Avaliao da Ferramenta:

    O entrevistado teve dificuldade de entender o contedo das perguntas. O autor complementou

    o entendimento com informaes verbais. Para a verso final da ferramenta algumas

    perguntas formam reformuladas e foi includa uma coluna com justificativas e observaes.

    A questo a respeito da disponibilidade de projetos, inclui informaes que possam orientar a

    operao futura do edifcio tais como: necessidades de monitoramento. Como contempla

    vrios itens, o entrevistador acaba considerando que o projeto executivo contempla todo o

    escopo e no d importncia questo das orientaes para operao. Para a verso final da

    ferramenta as questes relativas a projetos e informao para operao foram desmembradas.

    Avaliao do Projeto:

    No foi avaliado o item relativo ao acesso s fundaes, pois no h necessidade de

    monitoramento.

    Na avaliao das fundaes apenas um dos itens atendeu parcialmente. Apesar de existirem os

    projetos executivos completos no existem documentos relativos s necessidades de

    manuteno dos elementos.

  • 42

    Sistema Subsolos

    Figura 10: Aplicao Prtica da Ferramenta - SUBSOLOS

    Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Nos subsolos identificamos que existe vulnerabilidade de escoamento de gua ao longo do

    ltimo subsolo em caso de chuvas intensas. Apesar de existir dreno perifrico, no foi

    previsto ponto de drenagem na rea de projeo do shaft, minimizando o escoamento

    superficial no subsolo.

  • 43

    O dimensionamento das vagas de estacionamento segue a legislao municipal que vincula o

    nmero de vagas rea construda. Ainda no foram definidos critrios sobre quantas vagas

    sero rotativas para visitantes e fixas para uso dos condminos.

    Apesar de existirem os projetos executivos completos no existem documentos relativos s

    necessidades de manuteno e monitoramento dos mesmos.

    Sistema Superestrutura

    Figura 11: Aplicao Prtica da Ferramenta - SUPERESTRUTURA Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Com relao superestrutura observamos tambm que, apesar de existirem os projetos

    executivos completos no existem documentos relativos s necessidades de manuteno e

    monitoramento dos elementos estruturais.

  • 44

    Sistema Vedao Externa

    Figura 12: Aplicao Prtica da Ferramenta VEDAO EXTERNA

    Avaliao da Ferramenta:

    Alm das situaes j mencionadas anteriormente, entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto, o entrevistador no associou num primeiro momento o

    termo vedao externa fachada. Para melhor associao, na verso final da ferramenta foi

    substitudo o termo Vedao Externa por Fachada.

    Avaliao do Projeto:

    Apesar de ser previsto equipamento fixo para acesso externo s fachadas identificamos que

    haver dificuldade de acesso marquise principal em funo de suas dimenses, altura e

    fechamento vertical em policarbonato.

    possvel realizar a troca de vidro pelo lado interno em grande parte da fachada.

    No foi previsto estoque para reposio de revestimentos da fachada (vidro e granito).

  • 45

    Sistema Cobertura

    Figura 13: Aplicao Prtica da Ferramenta - COBERTURA

    Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Alm do atendimento parcial do item relativo aos projetos e informaes sobre manuteno,

    repete-se na cobertura a no previso de estoque para reposio dos elementos.

  • 46

    Sistema Construes Internas

    Figura 14: Aplicao Prtica da Ferramenta CONSTRUES INTERNAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Mais uma vez percebemos que as informaes de projeto atendem somente as necessidades da

    obra. No contemplando as informaes necessrias para manuteno futura.

  • 47

    Sistema Escadas

    Figura 15: Aplicao Prtica da Ferramenta - ESCADAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    O edifcio atendeu todos os requisitos listados para o sistema escadas.

  • 48

    Sistema Revestimentos

    Figura 16: Aplicao Prtica da Ferramenta - REVESTIMENTOS

    Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    A especificao dos revestimentos internos est sofrendo alteraes em funo da mudana de

    uso do edifcio. Apesar disso, existe a orientao do cliente para o uso de produtos disponveis

    no mercado. A formao de estoque de reposio no foi avaliada pelo cliente.

  • 49

    Sistema Transporte

    Figura 17: Aplicao Prtica da Ferramenta - TRANSPORTE

    Avaliao da Ferramenta:

    Surgiram apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e

    necessidade de desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Projetos com atendimento parcial, conforme j citado anteriormente.

  • 50

    Sistema Hidrulica

    Figura 18 Aplicao Prtica da Ferramenta - HIDRULICA

    Avaliao da Ferramenta:

    Alm dos itens: entendimento e necessidade de desmembramento do item projeto,

    percebemos que o entrevistado no possua todas as informaes. Como se trata de uma

    ferramenta que contempla todos os sistemas do edifcio, prope-se na verso final da

    ferramenta, que ela seja preenchida pelos responsveis pelos projetos ou pela execuo de

    cada um dos sistema.

    Avaliao do Projeto:

    No houve preocupao em projeto para setorizao dos registros do sistema hidrulico. No

    h previso de instalao de medidores de consumo nas diferentes situaes de uso.

    O projeto do sistema hidrulico est em fase final de concluso.

  • 51

    O entrevistador recorreu a outros profissionais envolvidos no projeto para responder algumas

    perguntas.

    Sistema Condicionamento de Ar

    Figura 19: Aplicao Prtica da Ferramenta CONDICIONAMENTO DE AR

    Avaliao da Ferramenta:

    Somente itens j citados: entendimento, necessidade de desmembramento do item projeto, e

    desconhecimento parcial do entrevistado sobre o sistema. As correes realizadas j foram

    citadas anteriormente.

    Avaliao do Projeto:

    No foi previsto ponto de gua e ar comprimido na casa de mquinas para limpeza das

    serpentinas.

  • 52

    Sistema Proteo Contra Incndio

    Figura 20: Aplicao Prtica da Ferramenta PROTEO CONTRA INCNDIO

    Avaliao da Ferramenta:

    Somente itens j citados: entendimento, necessidade de desmembramento do item projeto, e

    desconhecimento parcial do entrevistado sobre o sistema. As correes realizadas j foram

    citadas anteriormente.

    Avaliao do Projeto:

    Mesma observao quanto aos projetos.

  • 53

    Sistema Instalaes Eltricas

    Figura 21: Aplicao Prtica da Ferramenta INSTALAES ELTRICAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Somente itens j citados: entendimento, necessidade de desmembramento do item projeto, e

    desconhecimento parcial do entrevistado sobre o sistema. As correes realizadas j foram

    citadas anteriormente.

    Avaliao do Projeto:

    Excetuando-se o item projeto, pelas razes j citadas, o edifcio atendeu todos dos itens

    relativos s instalaes eltricas.

  • 54

    Sistema equipamentos e Mobilirio

    Figura 22: Aplicao Prtica da Ferramenta EQUIPAMENTOS E MOBILIRIO

    Avaliao da Ferramenta:

    A ferramenta no pde ser avaliada nestes itens em funo de que no est prevista a

    instalao de equipamentos e mobilirios, estes ficaro por conta dos futuros locatrios das

    salas. Mesmo no tendo sua validao prtica julgou-se necessrio sua permanncia no check-

    list final.

  • 55

    Sistema Construes Especiais

    Figura 23: Aplicao Prtica da Ferramenta CONSTRUES ESPECIAIS

    Avaliao da Ferramenta:

    A ferramenta no pde ser avaliada nestes itens em funo de que no est prevista a

    instalao de equipamentos e mobilirios, estes ficaro por conta dos futuros locatrios das

    salas. Mesmo no tendo sua validao prtica julgou-se necessrio sua permanncia no check-

    list final.

    Sistema Terreno

    Figura 24: Aplicao Prtica da Ferramenta - TERRENO

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Atendimento de todas as questes relativas ao terreno.

  • 56

    Sistema Melhorias

    Figura 25: Aplicao Prtica da Ferramenta - MELHORIAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    No h previso de rea de circulao exclusiva para pedestres. Ser utilizada a mesma rea

    destinada a circulao de veculos.

    H somente uma opo de acesso aos subsolos. A rampa de entrada e sada a mesma. O

    paisagismo ainda no foi definido, porm, os sistemas de impermeabilizao dos jardins j

    esto especificados.

  • 57

    Sistema Utilidades Mecnicas

    Figura 26: Aplicao Prtica da Ferramenta UTILIDADES MECNICAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    No h previso de sistema de irrigao para o edifcio.

  • 58

    Sistema Utilidades Eltricas

    Figura 27: Aplicao Prtica da Ferramenta UTILIDADES ELTRICAS

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Atendimento de todos os itens.

  • 59

    Sistema Outras Construes

    Figura 28: Aplicao Prtica da Ferramenta OUTRAS CONSTRUES

    Avaliao da Ferramenta:

    Apenas as mesmas situaes j mencionadas anteriormente: entendimento e necessidade de

    desmembramento do item projeto.

    Avaliao do Projeto:

    Atendimento de todos os itens.

    3.5.3 Principais alteraes decorrentes da aplicao

    Aps a aplicao desmembramos a responsabilidade pelo preenchimento de forma que possa

    ser feito por vrios profissionais. Como as questes contemplam todos os sistemas do edifcio,

    entendemos que possa ser preenchido pelos diversos especialistas envolvidos, seja na fase de

    projeto ou construo, cabendo ao empreendedor ou responsvel pela coordenao do projeto

    o envio, anlise das respostas e controle do processo. Por esta razo foi includo um campo

    para assinatura do coordenador do projeto, obra ou operao, conforme etapa do ciclo de vida

    do empreendimento, e tambm um campo para assinatura do representante do

    empreendimento.

    Tambm foi includa uma coluna para esclarecimentos e justificativas sobre as perguntas, para

    melhor entendimento.

    O Check-list completo e revisado est disponvel no Anexo 5.

  • 60

  • 61

    4. CONCLUSO

    4.1 CONSIDERAES FINAIS

    Conforme pde ser observado na aplicao prtica, muitos dos itens propostos no Check-list

    de Manutenibilidade foram considerados no projeto.

    Mesmo que apontasse apenas um item no atendido pode-se considerar o instrumento vlido,

    pois, conforme apontou a pesquisa, gera impacto na operao.

    Apesar do excelente desempenho nas respostas, os conceitos introduzidos foram baseados na

    experincia da equipe de projeto e nesta equipe inclui-se o representante do investidor. As

    recomendaes do investidor incorporadas ao projeto no esto estruturadas como Padres da

    Empresa, apenas so lembrados durantes a discusso dos diversos assuntos.

    Uma observao importante obtida ao longo do desenvolvimento do trabalho, seja na fase de

    pesquisa, seja na aplicao prtica quanto ao no atendimento da norma ABNT NBR 14037

    (1998) Manual de operao, uso e manuteno das edificaes Contedo e

    recomendaes para elaborao e apresentao por parte dos responsveis pela execuo das

    obras. A falta de informao impacta na manutenibilidade do edifcio.

    Na estruturao de empreendimentos imobilirios considera-se que a parcela de custos

    referentes manuteno insignificante. Ser que esto atendidos os requisitos de

    manuteno ideais? A incorporao de programas de manuteno completos requer

    investimentos em mo de obra especializada, equipamentos, estoque de reposio, etc. Hoje,

    quando existentes, os planos de manuteno atendem de forma preventiva apenas

    equipamentos crticos ou quando exigidos pela legislao. raro observar planos de

    manuteno que cubram todos os componentes do edifcio, antecipando eventuais problemas.

    Exemplos: manuteno preventiva em vlvulas do sistema de distribuio de gua,

    substituio de material vedante de juntas conforme vida til especificada pelo fabricante,

    repintura de estruturas metlicas antes da perda total da proteo superficial e incio da

    corroso. A conseqncia desta falsa economia na manuteno do edifcio ser observada

  • 62

    quando o mesmo sofrer uma atualizao. Sistemas que poderiam ser mantidos so totalmente

    substitudos, pois, sua recuperao neste momento se torna invivel.

    No estudo de viabilidade de um empreendimento admissvel a adoo de estimativas

    paramtricas para se determinar o custo de manuteno e operao do edifcio, mas, ao longo

    do desenvolvimento dos projetos e execuo das obras estes valores deveriam ser substitudos

    por informaes mais concretas considerando as premissas de projeto adotadas. Ao final da

    execuo da obra o Plano de Manuteno deveria estar concludo e os custos reais para

    operao e manuteno definidos.

    Se as despesas com manuteno ficam dentro das metas estabelecidas para o

    empreendimento, dificilmente deixaro de ser realizadas, gerando benefcios para os usurios

    do edifcio, que contam com instalaes conservadas, e tambm para os investidores que

    podem contar com uma maior vida til para o empreendimento, e menor taxa de vacncia.

    Solues executadas na fase de operao, alm de mais caras, nem sempre contam com

    equipes multidisciplinares de projeto e podem, ao optarem por solues mais econmicas,

    prejudicar aspectos estticos do edifcio.

    Muito ainda precisa ser feito para que se formalize a participao de pessoas ligadas

    operao nas fases que antecedem a operao. Essa prtica hoje no Brasil ainda muito

    pequena. Pode ser observada em projetos de empreendimentos cujo investidor controla

    diretamente a operao do edifcio.

    Num primeiro momento, a aplicao da ferramenta proposta, pode ser encarado pela equipe

    de projeto como burocracia, ou seja, mais um formulrio a ser preenchido. Quebrada essa

    barreira inicial, o uso do Check-list traz como vantagem contribuies de profissionais com

    experincia na operao de edifcios, sem a pretenso de substituir a participao dos mesmos

    na fase de concepo e projeto. Novos pontos levantados pela equipe podem ser includos,

    criando assim uma melhoria contnua da ferramenta. Alm do conhecimento incorporado, se

    devidamente preenchido, torna-se um registro das decises tomadas ao longo do processo de

    concepo, projeto e execuo da obra.

  • 63

    4.2 PESQUISAS FUTURAS

    Apesar de originalmente criada para aplicao em projetos de edifcios comerciais, utilizando-

    se a metodologia deste trabalho pode-se gerar ferramenta especficas para outros tipos de

    edificaes.

    Recomenda-se a aplicao da ferramenta em todas as etapas do ciclo de vida do edifcio, ou

    seja, desde sua concepo do empreendimento at o incio da operao de forma a avaliar a

    transio do instrumento entre equipe de projeto e obra e principalmente entre equipe de obra

    e operao do edifcio. Espera-se que, se no resolvidos, pelo menos as justificativas pelo no

    atendimento de um item estejam registradas e as solues propostas para contorno.

  • 64

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABNT. Comit Brasileiro de Construo Civil - Comisso de Estudos de Desempenho de

    Edificaes Ata da reunio 5./2007. So Paulo: 18/05/2007

    ______. NBR 5674 Manuteno de edificaes Procedimento. [S.I.]: 1999, p. 1.

    ______. NBR 13531- Elaborao de projetos de edificaes - Atividades tcnicas. [S.I.]: 1995. ______. NBR 14037 Manual de operao, uso e manuteno das edificaes Contedo e recomendao para elaborao e apresentao. [S.I.]: 1998, p. 1. ALEXANDER, Ketith. Facilities Management, Theory and Practice. E&FN SPON, London: 1999. ASTM. E1480 - Standard Terminology of Facility Management (Building-Related). [S.I.]: 1992 (Reapproved 2004), p. 3. ______. E1557 - Standard Classification for Building Elements and Related Sitework UNIFORMAT II. [S.I.]: 2005. CONSTRUCTION INDUSTRY INSTITUTE. Constructability: a primer. 2.ed. Austin: 1997. ______. Design for Maintainability: Improving Project Return on Investiment. Austin: 1999, p. 2, 8 a 10, 19. CUSHMAN & WALKEFIELD. Marketbeat Latin Amrica. [S.I.]: 2007 DUFOUR, Carlos Alvarado. Estudo do processo e das ferramentas de reprojeto de produtos industriais, como vantagem competitiva e estratgia de melhoria constante. Dissertao (Mestrado) Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina: 1996, captulo IV. HAMMARLUND, Y.; JOSEPHSON, P.E. Qualidade: cada erro tem seu preo. Traduo de Vera M. C. Fernandes Hachich. [S.I.]: Tchne, n. 1, p. 32-4, nov/dez/1992. HRMANN DO BRASIL. Conceitos de Mantenabilidade e Manutenabilidade. Disponvel em http://www.hormann.com.br/comunicacao/faq018.html#yyz e http://www.hormann.com.br/comunicacao/faq019.html#yyz. Acesso em 20 de novembro de 2007 JONES LANG LASALLE. Perfil Imobilirio So Paulo 1O. Trimestre 2007. So Paulo: 2007

  • 65

    LIMA JR., Joo da Rocha. Princpios para anlise de qualidade de empreendimentos: O caso dos empreendimentos de base imobiliria. So Paulo: BT/PCC/153, 1995, p. 8. MELHADO, Silvio Burratino e AGOPYAN, Vahan. O conceito de projeto na construo de edifcios: diretrizes para sua elaborao e controle. So Paulo: BT/PCC/139, 1995, p. 18. PMI Project Management Institute. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos. 3. ed. Pennsylvania:, 2004, p. 5 e 21. PRAZERES, P.M. Dicionrio de termos da qualidade. So Paulo: Atlas, 1995. U.S. GREEN BUILDING COUNCIL. Sistema LEED 2.0 de Avaliao de Edifcio Verde. [S.I.]: 2001, p. 23 e 25.

  • 66

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO. Diretrizes para apresentao de dissertaes e Teses. So Paulo: Diviso de Biblioteca da Escola Politcnica. 3 ed, 2006 ANTONIOLI, Paulo Eduardo. Estudo crtico sobre subsdios conceituais para suporte do planejamento de sistemas de gerenciamento de facilidades em edificaes produtivas. Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de So Paulo. Edio revisada. So Paulo: 2003 BERTEZNINI, Ana Luiza. Mtodos de Avaliao do Processo de Projeto de Arquitetura na construo de edifcios sob a tica da gesto da qualidade. Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de So Paulo. So Paulo: 2006, p. 8. CONSTRUCTION INDUSTRY INSTITUTE. Design for Maintainability Guidebook. Austin, 1999 SANTOVITO, Rogrio Fonseca. A dinmica do mercado de edifcio de escritrios e a produo de indicadores de comportamento: uma simulao do ndice de preos de locao em regies de ocupao tpica na cidade de So Paulo. Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de So Paulo. Edio Revisada. So Paulo, 2004 VERONEZI, Ana Beatriz Pli. Sistema de certificao da qualidade de edifcios de escritrio no Brasil. Dissertao (Mestrado) Escola Politcnica da Universidade de So Paulo. So Paulo, 2004

  • 67

    ANEXOS ANEXO 1 NVEIS DE CLASSIFICAO ORIGINAIS ASTM 1557

  • 68

    ANEXO 2 FORMULRIO DE PESQUISA Continua

  • 69

    ANEXO 2 FORMULRIO DE PESQUISA FINAL

  • 70

    ANEXO 3 E-MAIL ENVIADO NA PESQUISA

    Caro profissional, bom dia; Quem j no se deparou com situaes em que a manuteno de um determinado componente do edifcio se tornou impossvel ou excessivamente cara em funo da concepo do projeto? A capacidade de um elemento em ser mantido ou recolocado em condies de executar suas funes requeridas, definida como manutenibilidade. O objetivo da presente pesquisa (desenvolvida no mbito do MBA/USP como monografia para concluso de curso) formatar um instrumento para avaliao do grau de manutenibilidade dos projetos de edifcios de escritrios, de forma que possamos obter, no futuro, melhores resultados em termos de eficincia, segurana e principalmente custos, nas atividades de manuteno. Consideramos que a opinio dos profissionais fundamental para a realizao deste trabalho. Assim, solicitamos que, por favor, preencha a planilha anexa com sua experincia sobre este assunto, em cada sistema do edifcio. No necessria a contribuio em todos os sistemas; todas as sugestes individuais sero devidamente avaliadas. Deste modo, caso julgue mais adequado, sinta-se a vontade para contribuir apenas nos itens nos quais voc considera ter experincia mais relevante. Entendemos tambm que a rede de relacionamentos profissional extremamente valiosa, e assim, solicitamos que se encaminhe a pesquisa para outros profissionais da rea, os quais voc julgue possu-rem experincia no tema da pesquisa. Os nomes dos participantes/empresas no sero divulgados, e os resultados sero encaminhados a todos que contribu-ram com a pesquisa. Solicitamos por gentileza que se devolva a planilha preenchida at o dia 10 de setembro, pelo e-mail: [email protected] Desde j agradecemos a sua contribuio,

    Engenheira Leila Sobral (pesquisadora)

    Prof. M.Eng. Rogrio Santovito (orientador)

  • 71

    ANEXO 4 CHECK-LIST MANUTENIBILIDADE

    Nas folhas a seguir esto dispostas as partes do formulrio organizadas por sistema e tambm

    por fase de verificao. Foram deixados espaos para que seja possvel o preenchimento a

    mo pelos responsveis.

    Para melhor aplicao todo o contedo deste anexo deve ser impresso em formato A3 e

    encadernado, transformando-se um documento que ir acompanhar todas as etapas de

    verificao do edifcio.

    O check-list poder ser preenchido pelos responsveis por cada um dos sistemas. Recomenda-

    se que o coordenador de projeto e representante do empreendedor estejam cientes do contedo

    das respostas de cada etapa. Aps o completo preenchimento da etapa deve ser encaminhado

    aos responsveis pela aprovao indicados na pgina inicial.

    Quando a pergunta no for pertinente ao projeto, o avaliador deve preencher a coluna NA

    (No se aplica).

    Recomenda-se o preenchimento da coluna de observaes sempre que a resposta for diferente

    de SIM, justificando e indicando alternativas de contorno da situao.

    Algumas perguntas somente so pertinentes para as fases mais avanadas do projeto.

    Indicamos no check-list a orientao para as fases mais adequadas para verificao. Quando

    no necessria a avaliao na etapa, o campo de preenchimento foi pintado de cinza com a

    indicao: Item avaliado nas fases seguintes.

    Recomenda-se que ao avaliar uma fase seguinte, sejam consultadas e confirmadas as respostas

    anteriores.

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 1 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

    CHECK-LIST DE MANUTENIBILIDADE EMPREENDIMENTO: _____________________________________________________

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 2 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 3 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 4 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 5 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 6 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

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  • PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA VERIFICAO DA MANUTENIBILIDADE DE EDIFCIOS COMERCIAIS Pgina 9 de 26 Autor: Leila Sobral dos Santos

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