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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
GABRIEL OLIVEIRA NEVES
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DO HOTEL SESC CACUPÉ
FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA
São José
2008
2
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
GABRIEL OLIVEIRA NEVES
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DO HOTEL SESC CACUPÉ
FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA
São José
2008
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Turismo e Hotelaria do Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação Turismo e Lazer, da Universidade do Vale Ítajai para obtenção do título de bacharel em Turismo e Hotelaria. Orientador: Professor Antonio Savoia Assef, MSc
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GABRIEL OLIVEIRA NEVES
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE
REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DO HOTEL SESC CACUPÉ
FLORIANÓPOLIS – SANTA CATARINA
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Turismo e Hotelaria do Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação Turismo e Lazer, da Universidade do Vale Ítajai
para obtenção do título de bacharel em Turismo e Hotelaria.
________________________
Professor Antonio Savoia Assef
________________________
Professora Marli Cardoso
________________________
Professor Athos Teixeira
4
RESUMO
O trabalho de conclusão de curso intitulado Proposta de Implantação de Estratégias de Reestruturação organizacional do Hotel SESC Cacupé, tem como objetivo geral propor a implantação de estratégias para a reestruturação organizacional do Hotel SESC Cacupé, pois longo do tempo o hotel vem passando por mudanças, e percebe-se a necessidade de uma nova forma de organização setorial e funcional, visando um melhor desempenho de seus colaboradores resultando em um melhoramento considerável no seu produto final. Como objetivos específicos, foram definidos: descrever as bases teóricas que possa orientar na reestruturação organizacional do Hotel SESC Cacupé, analisar a estrutura organizacional atual do Hotel SESC Cacupé, identificar as limitações dos setores e de seus colaboradores, proporem as estratégias, definir como implantar o modelo proposto. A fundamentação teórica abordou os temas de hotelaria; hotéis: conceitos e classificações; turismo e turismo social. Diante disso, a proposta de ação apresenta estratégias de elaboração de procedimento operacional padrão, considerando também a importância do treinamento dos setores e a criação de um plano de comunicação. Contudo, a proposta de ação permite a melhoria dos setores do Hotel SESC Cacupé, atribuindo qualidade e uma maior satisfação dos clientes do hotel.
Palavra chaves: Hotelaria, Organização e Reestrutur ação
5
PRIMEIRA PARTE - PROJETO DE AÇÃO
1 APRESENTAÇÃO _______________________________________ __________7
1.1 Introdução_____________________________________ _________________7
1.2 Justificativa__________________________________ ___________________9
1.3 Objetivos______________________________________ ________________11
1.3.1 Objetivo geral _________________________________________________11
1.3.2 Objetivos específicos____________________________________________11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ____________________________ __________13
3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL ____________ ___________23
4 PROPOSTA DE AÇÃO_________________________________ ____________33
4.1 Definição da solução ___________________________ _________________33
4.2 Operacionalização __________________________________ ____________34
4.2.1 Ações/etapas__________________________________________________34
4.2.2 Cronograma __________________________________________________36
4.3 Orçamento ______________________________________ ______________36
4.4Viabilidade _________________________________________________________________ 37
5 REFERÊNCIAS___________________________________________________39
SEGUNDA PARTE - RELATÓRIO DE ESTÁGIO
1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO ALUNO__________ ___________42
1.1 Dados da empresa _______________________________ _______________42
1.2 Dados do aluno _________________________________ _______________42
2 JUSTIFICATIVA ____________________________________ ______________43
3 OBJETIVOS _____________________________________________________45
3.1 Objetivo geral _________________________________ _________________45
3.2 Objetivos específicos__________________________ __________________45
6
4 DESRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO __________________________ ___________46
4.1 Evolução histórica da organização______________ ___________________46
4.2 Infra-estrutura física atual ___________________ _____________________49
4.3 Infra-estrutura administrativa _________________ ____________________50
4.3 Organograma Setorial ___________________________ ______________ 4-51
4.4 Quadro de recursos humanos _____________________ _______________52
4.5 Serviços prestados _____________________________ ________________53
5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR _ _________54
5.1 Setor: Hospedagem (Recepção / Reserva) _________ _________________54
5.1.1 Funções do setor_______________________________________________55
5.1.2 Infra-estrutura do setor __________________________________________56
5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor ____________________57
5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos ________________________________58
5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas_______________58
5.2 Setor: Eventos _________________________________ ________________59
5.2.1 Funções do setor_______________________________________________59
5.2.2 Infra-estrutura do setor __________________________________________61
5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor ____________________62
5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos ________________________________62
5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas_______________63
5.3 Setor: Governança ______________________________ ________________63
5.3.1 Funções do setor_______________________________________________63
5.3.2 Infra-estrutura do setor __________________________________________66
5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor ____________________67
5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos ________________________________67
5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas_______________68
6 ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E CONCLUSÃO _ _________69
7 REFERÊNCIAS___________________________________________________71
7
1 APRESENTAÇÃO
1.1 Introdução
O SESC foi criado em 13 de setembro de 1946 como resultado da ação de
empresários e organizações sindicais, sob o comando de João Daudt d’Oliveira.
Nasceu a Entidade com o objetivo de atender “às necessidades sociais urgentes”
dos trabalhadores no comércio, procurando enfrentar seus problemas, reduzir ou
aliviar suas dificuldades maiores e “criar condições de seu progresso” .
Reconhecendo os problemas sociais como “problemas de massa e como problemas
de estrutura”, o idealizador do SESC definia a ação do serviço social como
instrumento de, não apenas, alívio de situações individuais desfavoráveis, mas
também de transformação e progresso social.
Instituições como o SESC, aparecem como as respostas institucionalizadas mais
efetivas frente às dinâmicas de exclusão da ordem recente, sendo uma forma
possível de hospitalidade e acolhimento daqueles que se encontram excluída. Isso,
pois atuam num “processo de desenvolvimento da motivação e consciência das
pessoas, de promoção de suas habilidades de modo que possam auxiliar a si
mesmas e, por sua vez, criar uma comunidade e uma nação auto-suficiente” e têm
um enfoque que enfatiza “a participação de todas as partes envolvidas em cada
etapa do processo de desenvolvimento”.
A característica principal do trabalho do SESC deve ser sempre a boa qualidade dos
produtos, dos serviços, das instalações, dos métodos, das técnicas e dos recursos
humanos.
É necessário sempre buscar a compreensão e o conhecimento da realidade social e
econômica, da qual o comerciário é parte, com vistas a definir ações que não sejam
meras respostas a necessidades e aspirações visíveis e imediatas, mas que, indo
além, no exercício da função propositiva, indiquem à clientela novos caminhos.
8
A Hospedagem apresenta uma diversidade muito grande de tarefas que exigem
habilidade na execução. Na medida em que a qualidade, característica intrínseca do
bom serviço e bom atendimento, deve estar presente em todas as ações e ofertas
de serviços.
Precisa-se de pessoas com conhecimentos gerais, que sejam capazes de interpretar
os problemas da sociedade atual e que saibam aprender para reciclar-se
continuamente, executando suas tarefas, da mais simples até a mais complexa, com
real eficiência.
A hospitalidade é prestação de serviços, e envolve durante todo o tempo o
relacionamento entre as pessoas – o cliente e o profissional. Portanto, a qualidade
de todo o processo, dentro de um padrão moderno de gestão, remete à questão da
mão-de-obra e da qualificação e educação dos recursos humanos para atender às
necessidades da sociedade pós-industrial.
O desempenho com qualidade na atividade turística é condição determinante do
sucesso, sobretudo no contexto atual, onde a concorrência se torna cada vez mais
acirrada e o cliente cada vez mais exigente. Dentro desse enfoque, é indispensável
que a Atividade Turismo Social seja estruturada de forma integrada, moderna e
adequada, a fim de atingir o máximo de eficiência e eficácia.
A reestruturação organização no Hotel SESC Cacupé é necessária, pois apresenta
os problemas relacionados ao acumulo e sobreposição de tarefas, improdutividade,
ociosidade, falta de interligação de setores entre outras adversidades. São dado por
meio de entrevistas, através dos quais se realiza um mapeamento acerca das
opiniões, processos, funções, tarefas e anseios dos trabalhadores e cargos. Em um
segundo momento, faz-se uma análise da atual estrutura, a fim de se verificar e
eliminar “gargalos”. Depois, faz-se uma análise de cargos (descrição e
especificação) que visa estabelecer as condições e requisitos para o atuante de
cada cargo, como conhecimento técnico, nível de instrução e formação acadêmica.
Finalmente, propõe-se realizar da reestruturação, visando adaptar a nova estrutura
aos procedimentos e processos específicos da organização, de forma mais
dinâmica.
9
1.2 Justificativa
Em setembro de 1946, a Confederação Nacional do Comércio, sob o comando de
João Daudt dOliveira, foi criado o Serviço Social do Comércio (SESC). Constitui-se
numa instituição de âmbito nacional, sem fins lucrativos e de caráter privado.
Nasceu com o objetivo de atender às necessidades sociais urgentes. Tem como
objetivos promover o desenvolvimento cultural, o bem-estar social e a qualidade de
vida dos trabalhadores do comércio e serviços e de suas famílias, assim como a
comunidade em geral, numa ação de transformação e progresso social.
Trata-se de uma entidade paraestatal, ou seja, presta serviços autônomos ao lado
do Estado, mas que não são exclusivos deste. As unidades são orientadas pelas
diretrizes do Departamento Nacional, aprovadas pelo Conselho Nacional do SESC.
Apesar de ser mantida pelo empresariado, através de contribuição compulsória
retida já na folha de pagamento dos comerciários, promove o bem-estar social, a
necessidade coletiva, sem visar lucro.
O Hotel SESC Cacupé, localizado no centro-norte da Ilha de Santa Catarina,
fazendo parte do distrito de Santo Antônio de Lisboa, é um hotel de categoria de
lazer. O hotel tem um espaço físico com uma imensa área verde, tranqüila e com
uma vista privilegiada das pontes que ligam a Ilha de Santa Catarina e com sua
parte continental.
O Hotel SESC Cacupé oferece, um bloco com 24 UHs com disponibilidade de até 3
leitos por UH. Um dos apartamentos foi especialmente equipado para pessoas
portadoras de necessidades especiais, contendo acessos, banheiro e mobiliários
adaptados. Além dos apartamentos, são 42 chalés, em meio aos jardins e árvores.
Com um ou dois quartos, que acomodam de duas a cinco pessoas, todas as casas
oferecem sala. Estão equipadas com televisão, condicionador de ar, telefone e
geladeira ou minibar. As diárias incluem café da manhã e acesso a todos os
equipamentos e programação de lazer.
Para sediar evento, seja familiar, social, pedagógico ou empresarial, o Hotel SESC
Cacupé possui auditório climatizado com capacidade para 100 pessoas, sala de
10
apoio para 30 pessoas e dois salões de eventos com capacidade para 100 e 350
pessoas sentadas, ambos climatizados e com toda estrutura de bar e
churrasqueiras.
O Turismo Social no SESC deve atender, prioritariamente, aos trabalhadores no
comércio e serviços e seus dependentes, de todas as faixas etárias. Entretanto,
seus bens, serviços e produtos turísticos podem ser disponibilizados ao público
comerciário e não comerciário, com adoção de preços diferenciados, desde que não
venha prejudicar sua demanda interna.
A partir do inicio do segundo semestre de 2007, o mesmo deixou de ser Colônia de
Férias SESC Cacupé para torna-se Hotel SESC Cacupé, mas continua sendo
administrada com mesma visão anterior.
Portanto desta forma percebeu a necessidade de uma reestruturação
organizacional, adequando-se as realidades e necessidades hoteleiras, gerando
assim uma maior qualidade nos seus serviços prestados, aproveitando melhor a
capacidade de seus colaboradores, resultando uma melhora considerável no seu
produto final.
Stoner (1985, p. 230) “entende por estrutura organizacional a forma como as
atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Segundo
ele, o processo de organização abrange a divisão da carga de trabalho em tarefas
agrupadas de forma lógica e eficiente, que são coordenadas por indivíduos, grupos
e departamentos.”
Definem Vasconcelos & Hemsley (1989) que a estrutura organizacional como o
resultado de um processo de distribuição de autoridade dentro da organização, de
definição de funções nos diversos níveis hierárquicos e de delineamento de um
sistema e comunicação que possibilite o bom desenvolvimento das atividades e o
alcance dos objetivos organizacionais.
Robbins (2000, p. 171) entende a estrutura como um instrumento que estabelece
como as tarefas dos cargos devem ser formalmente divididas, agrupadas e
coordenadas.
11
Através do estagio que está sendo realizado no Hotel SESC Cacupé, foi feita a
observação da situação atual do mesmo, e percebe-se a necessidade de uma nova
estrutura organizacional, mais dinâmica e preparada para as competições nesta
área de empresas hoteleiras.
A estrutura organizacional das organizações é um foco especial de estudo por estar
inserida em um ambiente de alta instabilidade e incerteza que afeta diretamente o
desempenho das empresas. O setor empresarial é caracterizado por uma
concorrência gigantesca em luta por conquista de novos clientes, por mudanças
constantes em velocidade cada vez maiores.
Para que haja sempre uma maior satisfação de todos os clientes é necessário que
haja qualidade nos serviços prestados. Estes serviços de qualidade têm de estar
presente em todos os setores, visto que os hóspedes utilizarão todos, ou quase
todos os serviços oferecidos pelo hotel.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
• Propor a implantação de estratégias para a reestruturação organizacional do Hotel
SESC Cacupé.
1.3.2 Objetivos específicos
• Descrever as bases teóricas que possa orientar na reestruturação organizacional
do Hotel SESC Cacupé.
• Analisar a estrutura organizacional atual do Hotel SESC Cacupé
• Identificar as limitações dos setores e de seus colaboradores
12
• Propor as estratégias
• Definir como implantar o modelo proposto.
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Turismo
Viajar para lugares distantes, conhecer novas terras, diferentes povos e culturas são
atividades que remontam à antigüidade. Segundo Barbosa (2002), a invenção da
moeda pelos sumérios (babilônia) e o desenvolvimento do comércio por volta de
4.000 a.C., marcaram provavelmente o início da era moderna das viagens.
Reforçando a idéia de que o turismo é uma atividade muita antiga, Oliveira (1998),
faz a seguinte colocação o turismo em si é mais antigo do que a própria expressão.
Os primeiros jogos Olímpicos ocorreram em 776 a.C., na Grécia Antiga, quando
foram promovidas as primeiras viagens que, tempos depois, intensificaram-se com a
descoberta das propriedades de cura das águas minerais. Os fenícios, inventores da
moeda e do comércio, deram o primeiro passo para facilitar as viagens. Os viajantes
não precisavam mais carregar ouro, prata e pedras preciosas para pagar as contas,
podiam trocar os saquinhos de ouro pelas moedas. As viagens tornaram-se então
mais fáceis e mais seguras. Como antecedentes remotos do turismo também podem
citar os romanos. Durante o Império Romano (séc. II a.C. a séc. II d.C) foram
construídas muitas estradas, o que permitiu que se viajasse mais intensamente. Os
romanos viajavam por lazer, comércio e para conquistar outras regiões. Ao longo
das estradas, instalaram hospedarias e centros de tratamento termal. Os grandiosos
espetáculos circenses e as lutas nas arenas romanas constituíram-se em grandes
atrações de entretenimento e recreação, por isso os romanos teriam sido os
primeiros a viajar por prazer.
De acordo com Andrade (2000), a civilização industrial e o ambiente tumultuado,
barulhento e desumano que as grandes cidades causam, criam um estado de tal
opressão que obriga os indivíduos, mesmo os mais equilibrados, a procurarem
durante as férias, finais de semana e feriados, lugares com belezas naturais,
pessoas e culturas diferentes, para uma reciclagem e recomposição da energia,
mesmo porque o desejo de evasão é humano, natural, freqüente e é produto
característico das grandes metrópoles. Temos que ressaltar que quando o assunto é
motivação para viagens, ou melhor, para o turismo, corremos o risco de aceitar
14
conceitos generalizadores demais, tendo em vista que vários autores valorizam
determinados aspectos em detrimento de outros, portanto abrimos vários
questionamentos sobre a conceituação rígida do autor acima citado. Segundo
RUSCHMANN (1997), a falta do verde se torna um grande incentivador das viagens,
o que faz com que o planejamento dos espaços e das atividades turísticas seja
fundamental, para evitar danos sobre o meio e com isso manter a atratividade para
futuras gerações.
Segundo TRIGO (1993), no século XIX na Europa, a população trabalhadora
começou a ter acesso ao turismo, devido às conquistas sociais, reivindicando
melhores salários, férias remuneradas, tempo livre da produção, para realizarem
atividades de sua escolha, incluindo o lazer, onde se insere o turismo, pois foi nesta
mesma época que vários movimentos sociais em busca de mais prazer, liberdade,
qualidade de vida e respeito a etnias e culturas diferentes ganharam espaço e
influenciaram a opinião pública, construindo parâmetros para investimentos e
grandes projetos empresariais. Seguindo este raciocínio Para ANDRADE (2000),
este turismo é o filho da Revolução Industrial e fruto do resumo trabalho/repouso,
necessário pelo desgaste das árduas jornadas de trabalho.
Para RUSCHMANN (1997), turismo e meio ambiente não têm se caracterizado por
um relacionamento harmonioso. Na sua primeira fase, durante o século XVIII,
caracterizada pela descoberta da natureza e das comunidades receptoras, onde a
motivação era ir onde a industrialização não havia chegado ou centros turísticos à
beira-mar. Foi à fase dos primeiros equipamentos turísticos. Já na segunda fase, no
final do século XIX e início do século XX, a fase do turismo dirigido e elitista, não
havia preocupação com a proteção do meio ambiente e a intensificação da demanda
estimulou o boom imobiliário, pois não se hesitou em construir cassinos flutuantes
ou audaciosas estradas de ferro nas montanhas, domesticando a natureza. A
terceira fase, o turismo de massa, que ocorreu a partir dos anos 50, com seu auge
no decorrer dos anos 70 e 80, caracterizaram-se por ser o período mais devastador
e do domínio brutal do turismo sobre a natureza, com excesso do crescimento
desordenado, predominância do concreto, falta de controle de efluentes de esgoto,
etc.. Os pacotes turísticos, nesse período, levavam milhares de pessoas às partes
mais remotas, e com a prosperidade de países desenvolvidos, uma grande parte da
15
população usufruiu de férias pelo menos duas vezes por ano, o que agravou os
problemas ambientais.
A indústria do turismo, hoje, vem crescendo de maneira extremamente veloz em
todo o mundo, garantindo um avanço econômico-social das mais diversas regiões e
possibilitando, assim, a expansão do mercado de trabalho. Comparado a outros
itens importantes da pauta de exportações brasileira, o crescimento da receita
gerada com o turismo é impressionante.
Turismo Social
Beni (2001) aborda a estratificação do turismo “à semelhança da pirâmide social”, ou
seja, uma estratificação sócio-econômica:
Turismo de classe alta, de elite ou alto turismo – efetuado por pessoas de nível
sócio-econômico mais alto, caracteriza-se pelo lançamento de novos pólos de
atração turística, infra-estruturas mais arrojadas e complexas, serviços turísticos
mais elaborados e dispendiosos, utilização de agências de turismo para a compra
dos serviços, utilização de transportes rápidos e de hotéis de 4 ou 5 estrelas, maior
consumo de supérfluos, e ainda, pela eleição livre de datas de saída, permanência e
retorno em diferentes alternativas de viagem.
Turismo da classe média, ou grande turismo, ou turismo de massa – destaca -se
pelo expressivo número de turistas envolvidos. São pessoas que possuem relativa
estabilidade econômica, ou seja, a classe média. Caracteriza -se por envolver
menores custos que o turismo de elite - dirigido para núcleos receptores menos
complexos, por períodos e percursos mais curtos, pacotes de viagem mais
econômicos, por determinar-se temporalmente em função das férias escolares e
consumo mais razoável de supérfluos.
Turismo social – Beni (2001, p. 421) descreve turismo social como aquele
“fomentado com o objetivo de facilitar o turismo interno das classes menos
16
favorecidas economicamente”. Sugere ainda o autor que a denominação mais
adequada seria turismo socializado, a fim de que não seja confundido com o turismo
de massa. Especificando também que este tipo de turismo é representado por 3
segmentos: jovens, idosos, deficientes e inválidos e trabalhadores que recebem até
5 salários mínimos.
Para a implantação de projetos de turismo socializado, serão necessários equipamentos e instalações especiais de baixo custo unitário, planejados em economia de escala com base na alta ocupação dos serviços durante o maior tempo possível; e programas de redução de tarifas de transporte, a serem subsidiadas pelo Estado, para facilitar o deslocamento às áreas receptoras especialmente escolhidas para este segmento social BENI (2001, p. 421).
O Bureau Internacional du Tourisme Social (BITS), conceitua o Turismo Social
como: “conjunto de relações e fenômenos resultantes da participação no turismo das
camadas sociais menos favorecidas, participação que se torna possível ou facilitada
por medidas de caráter sociais bem definidas, mas que implicam predomínio da
idéia de serviço e não de lucro”.
Com tantas perspectivas positivas com as quais o turismo acena não se deve,
contudo imaginar que ele possa ser implantado com sucesso em qualquer lugar. A
prioridade maior ou menor, com que a atividade turismo social depende da avaliação
do real valor do seu espaço quanto à sua oferta turística diferencial, das condições
de oferta turística técnica disponível ou a investir, e, principalmente, do potencial de
sua demanda turística.
Hotelaria
A hotelaria teve início com hotéis pequenos, onde os hóspedes acomodavam-se
juntamente com desconhecidos, dividiam os banheiros e faziam suas refeições junto
com a família dos anfitriões. Os estabelecimentos hoteleiros eram poucos, visto que
não haviam muitos viajantes. Nesta época também encontrava-se hospedagem com
uma maior sofisticação, mas estas estavam apenas ao dispor de classes mais
abastadas, como reis e nobres, que ficavam em palacetes e castelos. De acordo
com Vallen (2003, p.27)
17
a palavra hotel surgiu em Londres, em torno do ano de 1760, mas só começou a ser utilizada nos Estados Unidos cerca de três décadas depois. Ela foi anglicizada a partir do termo francês hotel garni, ou “mansão ampla e mobiliada”. A mudança do nome de estalagem e taverna para hotel, teve um grande marco na atividade, passando da simples hospedagem de beira de estrada, para uma hospedagem concentrada no centro das cidades.
O marco inicial da hotelaria planejada no mundo ocorreu no ano de 1870, por Cezar
Ritz, deste momento em diante os hoteleiros começaram a perceber as
necessidades dos hóspedes e começaram a qualificar os serviços prestados. O
aumento da renda pessoal e a facilidade dos transportes fizeram com que
aumentasse o número de viajantes e com isso o número de hotéis com melhores
serviços. Em muitos casos, com a ausência de formação especializadas para o setor
hoteleiro, as habilidades das pessoas envolvidas no setor, eram adquiridas através
de experiências, marcadas por tentativas de acerto. “O entusiasmo e o espírito de
dedicação em favor da arte de bem servir demonstrados pelos homens da hotelaria,
superaram muitas deficiências de formação especializada.” (CASTELLI, 1994, p.24).
Desde os tempos antigos, uma forma equivalente de que a hotelaria sempre
acompanhou aos viajantes. Os avanços tecnológicos que ocorreram durante a
Revolução Industrial, que possibilitaram o surgimento dos navios a vapor e dos
trens, trouxeram também os hotéis nestas mesmas localidades onde se desenvolvia
as indústrias.
No período entre 1910 a 1920 foi considerada época de ouro na hotelaria, pois o
número de construções foi aumentando consideravelmente, nesta época foram
construídos os principais hotéis como: o Hotel Pennsylvania, atual Statler, em Nova
York; o New Yorker, de Ralf Ritz; o Stevens Hotel, em Chicago, e este último têm a
marca Conrad Hilton, em sua maioria os hotéis eram classificados através dos tipos
de acomodação, serviços e preços, como se mantém até hoje.
Atualmente a hotelaria está crescendo em nível mundial. Com o passar do tempo
observou-se os avanços da hotelaria e o constante surgimento de novos hotéis e de
novas cadeias no mundo. Com este crescimento no mercado ampliam-se as
concorrências. Segundo Dias (2002, p.104).
Atualmente os hotéis enfrentam competições com novas formulas, como segunda residência, holliday villages, ou com os meios alternativos de hospedagem (também denominados, pela Organização Mundial de Turismo, specialist accommodations): pousadas, ecolodges, hospedarias
18
de turismo rural; e até mesmo com os condominius ou apart-hotéis – apartamentos particulares com serviços hoteleiros (conhecidos no Brasil como flats).
O desempenho com qualidade na atividade hoteleira é condição determinante do
sucesso, sobretudo no contexto atual, onde a concorrência se torna cada vez mais
acirrada e o cliente cada vez mais exigente. Dentro desse enfoque, é indispensável
que a hoteleira seja estruturada de forma integrada, moderna e adequada, a fim de
atingir o máximo de eficiência e eficácia.
Para Castelli (2000), o negócio das empresas prestadoras de serviço como o próprio
nome já diz é oferecer serviços. Inúmeros tipos deles. Uma mesma empresa, como
é o caso do hotel, pode oferecer uma gama de serviços aos hóspedes, como:
lavagem de roupa, room service, alojamento, comida, bebida, e na maior parte das
vezes, todos estes serviços são executados por pessoas. Cada pessoa nasce com
determinadas aptidões. Algumas são mais aptas que outras para executar certas
tarefas, e isto precisa ser levado em conta no processo seletivo. Através da
educação e do treinamento, pode-se agregar mais valores às pessoas, tornando-as
mais capazes e, com isso, aumentar a sua empregabilidade.
A hotelaria no Brasil não foi muito diferente com relação à história do mundo, pois
era dividida por classes que eram constituídos de viajantes comuns alojados em
ranchos e casas de engenho, e as pessoas ilustres que chegavam eram alojadas
em igrejas e em mosteiros. No Brasil o desenvolvimento da hotelaria deu proporção
também ao surgimento de cidades providas do agrupamento de ranchos que com o
passar do tempo foram se expandindo com extrema velocidade.
Já no Estado de Santa Catarina, onde possui um enorme potencial turístico, e a
procura do setor hoteleiro que cresce a cada momento, o setor está dividido em
hotéis de lazer e negócios, sendo classificado com padrões 3 e 4 estrelas, além de
um grande número de pousadas que hoje são o principal foco da maioria dos
turistas que procuram o estado e principalmente a capital Florianópolis. Na maioria
dos hotéis são famílias que administram, geralmente possuem mão de obra não
qualificada, mas permanecem durante o período de alta temporada com a taxa de
ocupação bastante elevada.
19
Esta expansão do turismo é relativamente positiva para indústria hoteleira do estado,
pois diante da concorrência os hoteleiros apostam com intensidade, na qualidade de
seus serviços e produtos, e com a qualidade, gera mercado e crescimento
competitivo no setor hoteleiro da capital. Segundo Castelli (2000, p.15) “ Um número
cada vez maior de empresas reconhece hoje que o investimento em qualidade é um
dos mais lucrativos que elas podem fazer. Não fazer nada é um dos mais caros”.
Para Beni (2003), hotel, além de ter a função básica de alojar, tem uma
característica que nenhum outro estabelecimento comercial possui, que é o fato do
consumidor deslocar-se até o hotel para poder utilizar seus serviços e não o produto
chega ao cliente. Outra característica que difere a empresa hoteleira, é o fato de o
atendimento ser o mais importante na hora de utilizar os serviços. O autor explica
detalhadamente a seguir como funciona esse processo:
O hotel é uma empresa de prestação de serviços e diferencia-se completamente de outros estabelecimentos industriais e comerciais. Enquanto na industria pode-se planejar o número certo de equipamentos, instalações e pessoal para um determinado tipo de produção, o mesmo não acontece com a hotelaria, que fica no aguardo dos clientes para pôr em funcionamento seu esquema operacional. O produto hoteleiro é estático. O consumidor deve ir até ele. Já as empresas industriais ou comerciais fazem chegar o produto até o cliente. Os custos do esquema operacional hoteleiros são fixos. A empresa hoteleira, quando comparada a outros tipos de empresa, é menos propensa à automação, pois o tratamento pessoal, o calor humano fazem parte essencial da prestação dos serviços hoteleiros.
Para o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) a “empresa hoteleira é a pessoa
jurídica que explora ou administra meio de hospedagem e que tem em seus
objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira” (CASTELLI, 2001, p. 56).
Meio de hospedagem e de turismo, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo
(EMBRATUR), é o estabelecimento que satisfaz, cumulativamente as seguintes
condições:
• é licenciado pelas autoridades competentes para prestar serviço de hospedagem;
• são administrado ou explorado comercialmente por empresa hoteleira que adota, no relacionamento com os hóspedes, contrato de hospedagem, com as características definidas pelo Regulamento mencionado e pelas demais legislações aplicáveis;
• atende os padrões classificatórios previstos pela legislação em vigor; • mantém permanentemente os padrões de classificação. Os meios de
hospedagem e de turismo. • Deverão ainda oferecer aos hóspedes, no mínimo:
20
• alojamento, para uso temporário do hóspede, Unidades Habitacionais (UH) para esta finalidade;
• serviços mínimos necessários como: recepção ou portaria que atenda e controle permanentemente às entradas e saídas; guarda bagagem e objetos de uso pessoal dos hóspedes em local apropriado; conservação, arrumação e limpeza das instalações e dos equipamentos.
Conforme Castelli (2001) os tipos de hotéis podem ser divididos conforme a
destinação dos seus serviços:
- 1º - H (Hotel): Meio de hospedagem do tipo convencional e mais comum, normalmente localizado em perímetro urbano e destinado a atender turistas, tanto em viagens de lazer, quanto em viagens de negócios. - 2º - HH (Hotel Histórico): Meio de hospedagem instalado, total ou parcialmente, em edificação de valor histórico ou de significado regional ou local reconhecido pelo Poder Público e que, em razão deste reconhecimento, está normalmente sujeito a restrições de natureza arquitetônica e construtiva. - 3º - HL (Hotel de Lazer ou Resorts – o EMBRATUR admite como tipo Resorts o hotel que esteja localizado em área de conservação e equilíbrio ambientais -) : Meio de hospedagem normalmente localizado fora dos centros urbanos, voltados para pessoas em viagens de férias ou descanso. Geralmente localizados em balneários, rios, lagos, regiões montanhosas, áreas rurais ou pólos turísticos e ecológicos. Podem ser de grande porte e menos formais que os hotéis de negócio e de luxo. Oferecem também, além do café da manhã, almoços, jantares e serviços de coffe shop livrarias, lojas de conveniência, campos de golfe, dentre outros. - 4º - P (Pousadas): Meio de hospedagem de aspectos arquitetônicos e construtivos, com instalações, equipamentos e serviços mais simplificados, normalmente limitados, apenas, ao necessário à hospedagem do turista para aproveitamento do atrativo turístico junto ao qual o estabelecimento se situa.
Em alguns casos, hotéis independentes juntam-se com redes hoteleiras com fins
comerciais. Neste caso, a administração do empreendimento continua sendo
exercida pelo proprietário adotando somente procedimentos e o nome da rede.
Estes acordos são denominados franquias comerciais e apresentam, segundo
Castelli (2003), vantagens para o franqueado (hotel) e para o franqueador (rede).
Um ponto bastante interessante para o franqueado, é o fato de que a imagem da
marca da cadeia já conquistou o mercado, e que publicidades são feitas em cenário
nacional e internacional, ajudando direta ou indiretamente todos os franqueados.
Desta forma, o hotel não necessita fazer um trabalho de afirmação dentro do
mercado. Outro fator positivo aos hotéis franqueados é a disposição de serviços que
o cadeia coloca a disposição (sistema de reservas, assistência técnica e comercial,
publicidade), oferecendo vantagens competitivas frente a outros hotéis e ajudando
na contenção de despesas.
21
Para o franqueador as vantagens estão na sua expansão. Com a franquia, as
cadeias não precisam de grandes valores para crescer territorialmente, já que os
investimentos imobiliários ficam por conta dos franqueados.
Desta forma, existem pontos positivos suficientes que fazem com que a escolha por
trabalhar em parceria adotando uma franquia entre hotel e rede seja de grande valia.
É notório também que este caminho é a tendência para os hotéis individuais ou de
administração familiar para que acompanhe e para que não seja atropelado pelas
grandes redes que chegaram e já estão consolidadas no mercado hoteleiro do país.
Estrutura Organizacional
Os estudos cujas abordagens tratam das estruturas organizacionais, critérios de
escolha entre os diversos tipos e seus modelos de funcionamento são relativamente
recentes, embora se possa constatar a existência de algum modo de estrutura
desde o surgimento da sociedade humana.
Segundo SIMERAY (1970, p.XV), "é preciso esperar o nascimento das grandes
empresas industriais do século XIX, com suas exigências de rentabilidade, para que
se comece a examinar seriamente a importância das estruturas sobre a eficácia de
seu funcionamento.
Segundo SBRAGIA (1980, p.148), "a estrutura organizacional, como um aspecto
inerente ao esforço gerencial, trata do arranjo estrutural da organização,
intencionando projetar um complexo conjunto de inter-relações que permita a
realização efetiva do trabalho".
Para VASCONCELOS e HEMSLEY (1997, p.3), a estrutura de uma organização
pode ser definida como o "resultado de processo através do qual a autoridade é
distribuída, as atividades, desde os níveis mais baixos até a Alta Administração, são
especificadas, e um sistema de comunicação é delineado, permitindo que as
pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para o
alcance dos objetivos organizacionais".
22
Na visão de BLAU e SCOTT, citados por PORTO (1998, p.56), estrutura
organizacional é definida como
as distribuições, em diversos sentidos, das pessoas, entre posições sociais que influenciam as relações de papel entre as pessoas. A estrutura contribui para a concretização de três funções básicas: 1.ª) a realização dos produtos organizacionais; 2.ª) o alcance das metas organizacionais; 3.ª) a minimização ou, pelo menos, a regulamentação da influência das variações individuais sobre a organização (...).
Em outras palavras, estruturar é agrupar recursos humanos e materiais em unidades
e definir autoridade, atividades e processos de comunicação para essas unidades,
integrando-as de forma a permitir o alcance dos objetivos da organização de forma
eficiente e eficaz.
23
3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL
O Hotel SESC Cacupé atende, prioritariamente, aos trabalhadores no comércio e
serviços e seus dependentes, de todas as faixas etárias. Entretanto, seus bens,
serviços e produtos turísticos podem ser disponibilizados ao público comerciário e
não comerciário, com adoção de preços diferenciados, desde que não venha
prejudicar sua demanda interna.
Entende-se por comerciário o empregado que estiver exercendo atividades em
empresas ou entidades enquadradas nos planos da Confederação Nacional do
Comércio ou vinculados à Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
e/ou que sejam contribuintes do SESC.
São beneficiários titulares do SESC, o comerciário e seus dependentes, os
servidores e estagiários do SESC e SENAC, os empregados de entidades sindicais
do comércio e dos comerciários e seus dependentes, em atividade ou aposentados.
A clientela preferencial do SESC é o comerciário de menor renda e seus
dependentes que terão facilitado seu acesso aos serviços/atividades oferecidos pela
Entidade, mediante o estabelecimento de critérios relativos que assegurem essa
preferência.
Durante a alta temporada (dezembro a março) o Hotel SESC Cacupé possui um
sistema pelo quais os comerciários são selecionados buscando obter vagas para
hospedagem na organização. O período médio de permanência é de sete dias
devido a enorme procura por vagas, já que a organização trabalha com uma taxa de
80% de ocupação anual. Além de receber o publico que está hospedado, o hotel
também recebe os comerciários da grande Florianópolis que procuram passar o dia
nesta unidade desfrutando de toda área de lazer que a organização dispõe
juntamente com as atividades que são realizadas ao longo do dia.
O desempenho com qualidade na atividade de hospedagem é condição
determinante do sucesso, sobretudo no contexto atual, onde a concorrência se torna
cada vez mais acirrada e o cliente cada vez mais exigente. Dentro desse enfoque, é
24
indispensável que as atividades hoteleiras sejam estruturadas de forma integrada,
moderna e adequada, a fim de atingir o máximo de eficiência e eficácia.
Surge a necessidade de requalificação ou reprofissionalização dos funcionários.
Precisa-se, hoje, de um trabalhador com visão global e responsabilidade, capaz de
“gerenciar o aleatório”, de solucionar rápida e eficazmente uma contingência que
não foi prevista pela máquina.
Capra (2002) indica a necessidade das organizações passarem por uma mudança
estrutural, tanto para se adaptarem aos novos cenários mundiais quanto para
tornarem-se sustentáveis sob diversos pontos de vista.
Atualmente, o ambiente econômico da maioria das empresas muda com incrível
rapidez. Os mercados estão sendo velozmente desregulamentados, e as
incessantes fusões e aquisições impõem radicais mudanças estruturais e culturais
às empresas envolvidas – mudanças que ultrapassam a capacidade de
compreensão das pessoas e assoberbam tanto os indivíduos quanto às próprias
organizações. “Em decorrência disso, há um sentimento profundo e difuso entre os
gerentes e administradores de que, por mais que trabalhem, não conseguem ter
controle sobre as coisas (CAPRA, 2002, p. 110)”.
Observa-se uma tendência à substituição do valor do trabalho pelo valor do lazer,
situação decorrente da constatação de que o trabalho, para a quase totalidade dos
indivíduos, pouco oferece em termos de perspectivas de realização pessoal.
O lazer é considerado uma necessidade para as pessoas recomporem suas forças
de trabalho, e tornou-se, também, um bem de consumo, na medida em que foram
criados equipamentos e serviços específicos dirigidos a um mercado em plena
expansão.
O turismo social é uma forma especial de viagem, hospedagem, alimentação,
serviços e lazer organizado por pessoas cuja renda não permite o deslocamento
sem a ajuda de terceiros, pessoas ou entidades.
O bom funcionamento da estrutura interna de uma empresa é a base para que ela
exerça as suas atividades com eficiência. Não existem estratégias de crescimento
25
sem uma estrutura capaz de atender as demandas geradas pelo mercado em
constante mudança. A Reestruturação Organizacional promove diagnósticos e
soluções que aperfeiçoam os recursos da empresa, resultando em processos mais
eficientes, funções melhor definidas, tarefas mais bem distribuídas e procedimentos
padronizados.
A Reestruturação Organizacional é um fator chave para o Hotel SESC Cacupé, pois
o mesmo almeja se destacar, obtendo um diferencial competitivo que se sobressaia
em relação aos concorrentes. Ter clareza à respeito das obrigações e tarefas a
serem executadas é fundamental, independente do tamanho do negócio. Na
atividade hoteleira, os investimentos em infra-estrutura têm, necessariamente, que
ser acompanhados de investimentos em recursos humanos.
Optou-se no Hotel SESC Cacupé, portanto pelo estudo de caso por apresentar
vários pontos de vista sobre o assunto,e descobrir novas questões que possam ser
citadas no decorrer do trabalho.
Durante o período do estagio supervisionado foi realizada uma pesquisa onde seu
objetivo era gerar dados para uma analise de uma futura proposta para a
reestruturação do Hotel SESC Cacupé. Essa pesquisa por tanto se caracterizará de
forma exploratória, pois vai possuir métodos flexíveis permitindo assim obter varias
idéias sobre a situação. A investigação se deu em universo de 10 pessoas dos
setores sendo 01 (um) de cada setor, entre eles responsáveis dos mesmos ou
colaboradores mais antigos.
A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista. Este método permitu
uma obtenção de dados mais detalhados sobre a complexidade e a abrangência do
objeto estudado. Trata-se de um método de coleta de dados que, entre outros
objetivos, possibilita captar os motivos conscientes para opiniões, sentimentos,
sistemas ou condutas (MARCONI e LAKATOS, 2002).
26
A seleção dos colaboradores levou em conta a dimensão estratégica do problema
da pesquisa. Dessa forma, o objetivo foi o de selecionar os colaboradores que
pudessem ter um conhecimento global das empresas, das suas diretrizes, bem
como dos objetivos e políticas de funcionamento e relacionamentos.
Atendendo aos desejos manifestados pela maioria destes entrevistados a fim de
preservar suas identidades, não foi citado o nome dos setores e colaboradores
entrevistados.
Além disto, considerou-se de preferência ouvir profissionais seniores de cada setor
do hotel, para capturar deles a visão do desempenho das políticas organizacionais e
estratégias do Hotel SESC Cacupé, e também se elas vinham de encontro às
demandas e necessidades dos profissionais atuantes nos setores.
Uma das possíveis limitações do estudo revelou-se durante as entrevistas: alguns
entrevistados mostravam-se, inicialmente, pouco à vontade para expor suas
opiniões sobre um tema que diz respeito às suas atividades profissionais. É possível
que isto não o tenha influenciado, na sinceridade plena de suas respostas.
Mesmo com a mudança de nomenclatura de Colônia de Férias SESC Cacupé para
Hotel SESC Cacupé, não foi percebida nenhuma mudança por todos funcionários
entrevistados.
27
Gráfico 2 – Limitações Fonte – Pesquisa de campo 2008
23% relatavam que o número inadequado de colaboradores para atender a
necessidades de seus setores, existindo uma grande sobrecarga de trabalho.
Apesar desse fato, as entrevistas mostraram que existe um clima de coleguismo
entre as equipes de trabalho e um bom relacionamento das mesmas com os seus
responsáveis diretos, como também com a gerência geral. Entretanto, a sobrecarga
de trabalho das maiores insatisfações dos colaboradores perante a empresa.
Outra limitação percebida foi necessidade de mão de obra qualificada, sendo que os
colaboradores influenciam decisivamente a rentabilidade do hotel. Assim, é
importante um gerenciamento eficiente e eficaz dos recursos humanos dentro das
estruturas hoteleiras, considerando que são inerentes a essa função administrativa
as atribuições e responsabilidades sobre os seguintes fatores: recrutamento e
seleção de pessoal, descrição e análise de cargos, treinamento e desenvolvimento
funcional, dentre outros.
2. Quais as limitações percebidas em seu setor?
0% 11%
11%
23%
11% 11%
11%
22%
Nenhuma
Sistema
Numero de colaboradores
Material de trabalho
Participação do colaboradores
Comunicação
Mão de obra qualificada
28
3. O que deve mudar para melhorar os processos no s eu setor?
9%
19%
9%
9%9%
9%
9%
9%
18%
Comunicação
Comprometimento de outrossetoresAdminisração
Informatização
Acesso aos espação físicos
Sistema
Planejamento
Valorizaçào do Setor
Treinamento
Gráfico 3 – Mudança para melhorias Fonte – Pesquisa de campo 2008
De acordo com os 19% dos entrevistados a principal mudança para melhora os seus
setores é a necessidade de comprometimento dos outros setores.
Para Bateson (2001), o comprometimento do funcionário, justamente por ser algo
que está em ascensão, torna-se cada vez mais impalpável. Vários fatores
relacionados a funcionários contribuem para o nível de critério individual exercido.
São eles:
Motivação tem um impacto direto sobre o critério individual, porque critérios
individuais criativos e divergentes exigem níveis mais altos de esforço.
Conseqüentemente, altos níveis de motivação deveriam ser associados a altos
níveis de atividade.
• Comprometimento organizacional pode ser definido como a força do envolvimento
e da identificação de um indivíduo como organização. Em geral, acredita-se que
provoque a aceitação de objetivos e valores organizacionais. À proporção que
funcionários de serviços tornam-se mais comprometidos com uma organização, é
possível para os gerentes lhes conceder mais critério individual, porque estão mais
identificados com os objetos da organização.
• Conhecimento realmente exerce impacto tanto sobre a habilidade do prestador do
serviço para lançar mão de critérios individuais quanto na autoconfiança para usar
29
altos níveis de critérios individuais. É claro que altos níveis de critérios individuais
são associados a funcionários com experiência, que têm um vasto repertório de
roteiros para servirem como base.
• Estados de espírito são sentimentos, geralmente variando de positivos para
negativos, que podem intermediar a propensão de um indivíduo para utilizar critérios
individuais, indivíduos em estados de espírito positivos tendem a ficarem mais
abertos para riscos.
Outro aspecto limitante com com 18% foi à necessidade de treinamento de seus
colaboradores.
4. O tipo de operação exercidas no seu setor condiz com sua função?
78%
11%
11%
Sim
Não
Sim, mas existem algunsdesvio de funções
Gráfico 4 – Operação condizente com a função Fonte – Pesquisa de campo 2008
Nota-se que a grande maioria dos colaboradores 78%, exerce a função que o
condiz. Sendo isso de suma importância para que não haja problemas futuros tanto
com o hotel quanto aos seus s colaboradores.
30
5. Como dar-se a comunicação entre os setores?
11%
33%56%
Boa
Regular
Ruim
Gráfico 5 – Comunicação entre setores Fonte – Pesquisa de campo 2008
A pesquisa revelou um número significativo (56%) de evidências e problemas
relacionados à comunicação interna existente na, e foi possível verificar também que
a comunicação interna não possui uma gestão eficiente, tendo em vista que devido a
vários fatores nem todos os colaboradores conseguem ter acesso a informação, ou
caso possuam, esta informação é tratada de forma ineficiente.
A comunicação interna amplia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento
sistêmico do processo. As ações do Hotel SESC Cacupé devem ter sentido para as
pessoas, sendo necessário que encontre no processo de comunicação as
justificativas para o seu posicionamento e comprometimento. Assim, o funcionário,
saberá o que seu trabalho representa no todo da organização, qual a importância
das tarefas que realiza, do que produz, o desempenhará com mais eficiência.
31
6. Existe um grau hierárquico claro entre setores e seus colaboradores?
11%
89%
Em alguns
Sim
Gráfico 6 – Grau hierárquico Fonte – Pesquisa de campo 2008
Pode-se considerar que no geral 86%, que o Hotel SESC Cacupé demonstra uma
grau hierárquico claro. Desta forma ocorre delegação de autoridades e de
responsabilidades de menor peso nos níveis de direção intermediários entre o alto
comando e os executores de tarefas, ficando bastante claro a quem se subordina
cada pessoa integrante do hotel.
32
7. Com a mudança de nomenclatura quais as expectati vas com relação ao resultado das mudanças dos setores?
14%
14%
14%
14%
44%
Esperava mais mudanças
Melhorar as definiçoes dossetores
Crie um diferencial
Ganhe qualidade
Se defina realmente como hotel
Gráfico 7 – Expectativas com a mudança de nomenclatura Fonte – Pesquisa de campo 2008
As expectativas dos colaboradores com a mudança de nomenclatura com relação ao
resultados das mudanças dos setores são todos para uma melhora do Hotel SESC
Cacupé, principalmente (44%), é que os setores se definam realmente como hotel.
33
4 PROPOSTA DE AÇÃO
4.1 Definição da solução
Para que as empresas atinjam seus objetivos, mudanças organizacionais precisam
ser frequentemente implantadas. Estas mudanças relacionam-se à competitividade,
estratégia, sistema, estrutura social, cultura, tecnologia de informação dentre outros.
Desta forma, um dos primeiros e mais importantes passos é a elaboração do Manual
de Procedimentos é a sistematização de todos os Procedimentos Operacional
Padrão (POP) de uma organização. O Procedimento Operacional Padrão (POP), é a
base para garantia da padronização de suas tarefas e assim garantirem a seus
usuários um serviço ou produto livre de variações indesejáveis na sua qualidade
final.
Outro passo que é de grande importância para atingir a qualidade nos serviços
prestados, é o treinamento do pessoal. De nada valerá ter manual de procedimentos
contendo os procedimentos das atividades, se os colaboradores que as executarão
não forem treinados. A qualidade dos serviços, provida da padronização dos
mesmos, será notada somente após todas as pessoas que participarem da atividade
estiverem aptas e treinadas para executá-las.
E por ultimo e não menos importante propõe-se a estratégia de um plano de
comunicação, pois a comunicação interna é uma ferramenta na informação,
satisfação e motivação dos colaboradores. E isso contribui e influencia imensamente
na conquista do consumidor. A opinião dos colaboradores tem grande influência nas
opiniões do público externo.
Visando, então, a melhoria dos setores do Hotel SESC Cacupé, é proposto
estratégias de reestruturação organizacional do Hotel SESC Cacupé.
34
4.2 Operacionalização
Para atingir o objetivo deste projeto de ação que é propor a implantação de
estratégias de reestruturação organizacional do Hotel SESC Cacupé, visando a
qualidade dos setores, foram definidas algumas estratégias, que são: a elaboração
de procedimento operacional nos setores, programa treinamento dos colaboradores
e, por último um plano de comunicação.
4.2.1 Ações/etapas
Estratégia A: Sugerir a elaboração de procedimento operacional padrão nos setores
(POP)
Transcrever as tarefas rotineiras que todos os colaboradores fazem mecanicamente
para uma folha de papel.
É de responsabilidade do responsável do setor (ou pessoa por ele designada) e
deverá estar completa, atualizada e revisada por pessoa capaz. Análisar críticas
(pelo menos uma vez por ano) sobre a aplicabilidade de seus procedimentos e se os
mesmos ainda estão sendo seguidos.
Deverá ter o completo entendimento e familiarização por parte dos funcionários que
tenham participação direta e/ou indireta na qualidade final daquele ensaio.
Normalmente a ingerência de supervisores, coordenadores e diretores neste ponto é
uma das causas de ineficiência na implantação de um sistema da qualidade.
Cabendo aos mesmos as responsabilidades pela revisão e aprovação do POP.
Estratégia B: Programa de Treinamento dos Colaboradores
35
O programa de treinamento tem como objetivo a capacitação de todos os
colaboradores visando a qualidade na prestação dos serviços, além de ensinar os
funcionários a maneira correta e mais eficiente de executar as tarefas.
Após a elaboração do procedimento padrão dos setores contendo todas as
atividades para concluir uma tarefa e do fluxograma operacional, os funcionários
envolvidos de cada setor, receberão um treinamento específico com a demonstração
e explicação de todas as tarefas. A o responsável de cada setor será a responsável
por este treinamento, onde haverá uma apresentação explicativa de todos os
procedimentos
Esta apresentação será realizada nos próprios setores e no salão auditório do hotel,
pois assim, estarão a disposição dos materiais necessários para os treinamentos.
Serão entregues aos colaboradores cópias do procedimento padrão e do fluxograma
operacional para que eles as executem e as consultem sempre que necessitarem.
Após a padronização dos processos ter sido aplicada no setore do Hotel SESC
Cacupé, todos os novos colaboradores do setor receberão este mesmo treinamento.
Desta forma, um novo funcionário assumirá a sua função com todas as instruções
necessárias para executar as atividades de acordo com o padrão dos procedimentos
do hotel.
Ação C: Plano de Comunicação
Sugere-se que o Hotel SESC Cacupé contrate uma empresa de consultoria
especializada em comunicação interna, com o objetivo de:
• Identificar as questões que prejudicam a comunicação interna eficaz do Hotel
SESC Cacupé.
• Definir os fatores que conduzem à eficácia dos diversos tipos de comunicação.
36
• Discutir a importância da comunicação interna estratégica e integrada à cultura e
aos negócios do hotel.
• Desenvolver estratégias de comunicação que facilitam a transmissão da
informação e o fortalecimento das relações de trabalho.
• Diferenciar os principais veículos de comunicação, analisando suas
potencialidades e restrições.
4.2.2 Cronograma
QUADRO 01 - CRONOGRAMA
CRONOGRAMA DE AÇÃO AÇÃO Abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09
Detalhamento do problema (coleta e analise de dados) X X Mapeamento da estrutura atual do Hotel SESC Cacupé X Mapeamento da situação atual dos processos X X Aplicação da estratégia A X Aplicação da estratégia B X X Aplicação da estratégia C X Supervisão das estratégias aplicadas X X X Fonte: produzido pelo autor, 2008.
4.3 Orçamento
QUADRO 02 - ORÇAMENTO
Materiais Valor Quantidade TOTAL
Estratégia A – Elaboração do POP
Impressão R$ 0,15 3150 R$ 472,50
Ação B – Treinamento dos colaboradores 0 0 0
Ação C – Plano de Comunicação
Empresa de consultoria R$ 5.000,00 1 R$ 5.000,00
TOTAL R$ 5.472,50 Fonte: produzido pelo autor, 2008.
37
Para a execução da proposta de estratégias foi feito um levantamento dos itens
necessários nas três etapas do projeto e então feitos um orçamento.
Primeiramente, com a elaboração do procedimento padrão, haverá um gasto de
R$150,00 com as impressões.
Na segunda etapa, que abrange o treinamento, onde não haverá gastos pois os
espaços, materiais e o pessoal que dará o treinamento são próprios do SESC.
E na terceira parte segue a estratégia de um plano de comunicação onde será
investido o valor de R$ 5.000,00.
4.4 Viabilidade
Novas soluções técnicas requerem o envolvimento de pessoas, em uma
organização, que estejam dispostas a alterar seus comportamentos e formas de
pensar. Para alcançar isto é preciso tempo, motivação, habilidades e prática.
Contudo, porque as mudanças de comportamento e maneiras de pensar são menos
tangíveis e geralmente consomem mais tempo do que as soluções técnicas, os
aspectos humanos acabam não recebendo a devida atenção.
A proposta de estratégias para reestruturação organizacional do Hotel SESC
Cacupé trará grandes benefícios a empresa, pois poderá gerar a diminuição de
gastos nos setores, evitando o retrabalho e custos desnecessários. Após a
implantação das estratégias o tempo para a realização de uma tarefa será menor e
será executada com uma melhor qualidade.
O investimento gerado pela implantação da padronização dos serviços do Hotel
SESC Cacupé será de R$ 5.472,50, providos de material de impressão, e com a
empresa de consultoria. Partindo do pressuposto que o valor da diária do casal no
Hotel SESC Cacupé é de R$ 59,00, teria que ser vendido somente 93 diárias, sendo
considerado um valor de investimento baixo e de fácil alcance, já que a maior
38
preocupação do SESC é manter a qualidade no atendimento de seus comerciários e
usuários.
Então, a implantação da proposta das estratégias renderá inúmeros benefícios, os
quais poderão ser percebidos. Também será notório o retorno dos clientes para
futuras hospedagens no hotel. Um cliente que é bem tratado e sai satisfeito do
estabelecimento, tende a voltar e torna-se fiel a empresa.
39
5 REFERÊNCIAS
ANDRADE, José Vicente. Turismo, fundamentos e dimensões . 8º ed. Campinas, SP: Ática, 2000.
BATESON, John E.G. e HOFFMAN, K. Douglas.Marketing de serviços . 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BENI, M. C. Análise Estrutural do Turismo. São Paulo: Editora SENAC, 2001.
BENI, Mário Carlos. Globalização do turismo: megatendências do setor e a realidade brasileira . 2. ed. São Paulo: Aleph, 2003.
Capra, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentá vel . São Paulo: Cultrix, 2002
CASTELLI, G. Administração hoteleira. 9° ed. São Paulo: Educs, 2001. 731p.
(Coleção Hotelaria)
CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 9. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2003.
CASTELLI, Geraldo Excelência em Hotelaria – Uma abordagem prática. Rio de Janeiro:
Ed. Quality Mark, 1994.
CASTELLI, Geraldo. Excelência em hotelaria: uma abordagem prática. Rio de
janeiro: Qualitymark, 2000.
40
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução
de pesquisas, amostragem e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e
interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
OLIVEIRA, Antônio Pereira. Turismo e desenvolvimento: principios básicos. Florianópolis – SC: Terceiro Milênio, 1998.
ROBBINS, Stephen. Administração : mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
RUSCHMANN, D. Turismo e planejamento sustentável. Campinas - SP: Papirus, 1997.
SIMERAY, J. P. A Estrutura da Empresa. Rio de Janeiro , Livro Técnico S. A.,1970.
STONER, James A. F..; FREEMAN Edward F. Administração . Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1985.
TRIGO, Luiz G. G. Turismo e qualidade: tendências contemporâneas. Campinas, SP: Papirus, 1993.
VALLEN, Gary K. e VALLEN, Jerome J. Check-in, check-out: gestão e prestação
de services em hotelaria. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
VASCONCELLOS, Eduardo; HEMSLEY, James R. Estrutura das Organizações. 2. Ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1989.
41
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
GABRIEL OLIVEIRA NEVES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO Hotel SESC Cacupé
São José 2008
42
1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO ALUNO
1.1 Dados da empresa
Razão Social: Serviço Social do Comércio (Hotel SESC Cacupé)
CNPJ: 03.603.595/0002-49
Inscrição Estadual: Isento
Registro na EMBRATUR: SC. 10.03.603.595/0001-68 – Agência de Turismo
Nome Fantasia: Hotel SESC Cacupé
Endereço: Estrada Haroldo Soares Glavan, Cacupé – Florianópolis, SC.
Responsável Legal: Roberto Anastácio Martins
Supervisor de Estágio:
1.2 Dados do aluno
Nome: Gabriel Oliveira Neves
RG: 4.539.312-5
CPF: 057.713.149/43
Endereço: Rua Menino Deus, 128 Centro – Florianópolis, SC.
Telefone: (48) 9135 2610
43
2 JUSTIFICATIVA
As atividades de Estágio Supervisionado estão fundamentadas na Lei n° 6.494, de
07/12/1977, regulamentada pelo Decreto n° 87.497, d e 18/08/1982, Pareceres
normativos CST no 326, de 06/05/1971, Resolução 015/CONSUN/CaEn/04 da
Universidade do Vale do Itajaí e pelas normas administrativas aprovadas pela
Coordenação do curso de Turismo e Hotelaria.
O estágio obrigatório realizado pelos acadêmicos de Turismo e Hotelaria no final do
curso, é uma oportunidade de inserção no mercado e também é uma forma do aluno
colocar em prática toda a teoria até momento de fundamental importância no
processo de formação profissional. Constitui-se em um treinamento que possibilita
ao estudante vivenciar o aprendido na Faculdade, tendo como função integrar as
inúmeras disciplinas que compõem o currículo acadêmico, dando-lhes unidade
estrutural e testando-lhes o nível de consistência e o grau de entrosamento. Por
meio dele o estudante pode perceber as diferenças do mundo organizacional e
exercitar sua adaptação ao meio empresarial.
Diante da dinâmica das mudanças tecnológicas e organizacionais, torna-se
imperativo uma familiarização do aluno com a realidade empresarial e / ou societária
mais cedo, em razão do que o aluno do Estágio Supervisionado do curso de Turismo
e Hotelaria, obrigatório para a conclusão do curso, é estimulado a realizar atividades
complementares que se caracterizem como uma oportunidade de observação da
“práxis administrativa e organizacional, como forma de adquirir uma visão crítica do
seu ambiente e, em especial, do universo em que se situa a sua profissão”, e com o
objetivo de “aprofundar os estudos acerca dos fenômenos administrativos e
organizacionais, assim como suas inter-relações com a realidade social na sua
totalidade”, quando se tem a oportunidade de verificar a aplicabilidade dos
conceitos, dos métodos, formas e técnicas gerenciais, para agir com maior
segurança, e até mesmo, competência quando nas atividades do estagio.
44
A área escolhida é um mercado que está em constante crescimento, além de ser
uma área onde sempre tive interesse em conhecer melhor e ingressar no mercado,
sendo uma das principais razões da escolha do Curso de Turismo e Hotelaria.
Pelo fato de que o acadêmico já teve a oportunidade de ter estagiado em períodos
anteriores no Hotel SESC Cacupé, e ter percebido que os meios de hospedagem e
turismo sociais é um grande mercado em potencial, além contribuir para a formação
e integração sócio-cultural do ser humano. Isto gerou fatores decisivos para a
escolha do estagio supervisionado e realizar um objeto de estudo em cima do
mesmo.
O estágio supervisionado é de grande importância, pois capacita o acadêmico para
o mercado de trabalho, auxilia na relação teoria e prática, executando com perfeição
as funções no meio de trabalho, mostrando a realidade do mercado, dá a
oportunidade de mostrar nossos conhecimentos e interesses facilitando a entrada na
área escolhida, ajudando na contratação do estagiário para um futuro funcionário.
45
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
• Desenvolver atitudes e hábitos profissionais, bem como adquirir, exercitar e
aprimorar conhecimentos técnicos nos campos da Hotelaria.
3.2 Objetivos específicos
• Identificar na literatura especializada os fundamentos teóricos da hotelaria;
• Identificar/reconhecer a estrutura funcional e organizacional do Hotel SESC
Cacupé;
• Empregar os conhecimentos teóricos nos diferentes setores a serem percorridos
durante a realização do Estágio;
• Reunir as informações observadas e vivenciadas no campo de Estágio para fins de
relatório e compreensão;
• Processar o Relatório de Estágio;
• Identificar uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser planejada no
Projeto de Ação, exigência parcial para obtenção do título de bacharel em Turismo e
Hotelaria.
46
4 DESRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
4.1 Evolução histórica da organização
Em meados da década de 40, o país passava por profundas transformações. Após a
queda do Estado Novo de Getúlio Vargas, o país ingressou numa fase de
legalização e democratização, experimentando um surto de industrialização e
desenvolvimento econômico.
Como conseqüência, os trabalhadores passaram por um processo de
conscientização acerca de sua importância, seu papel econômico e de seus direitos.
Em 1945, empresários da indústria, do comércio e serviços e da agricultura se
reuniram em Teresópolis (RJ) para a Conferência das Classes Produtoras. Foi
organizada a Carta da Paz Social que propõe a harmonia entre capital e trabalho,
conciliando crescimento econômico, justiça social e democracia. Assim, se
organizam nacionalmente a Confederação Nacional do Comércio e as Federações
do Comércio e da Indústria.
Dentro das propostas de união nacional em torno da questão social, o documento de
Teresópolis destaca a criação de um organismo singular de justiça social, a ser
mantido pela contribuição patronal e em benefício do trabalhador.
Desta forma, em setembro de 1946, sob o comando de João Daudt d´Oliveira, foi
criado o Serviço Social do Comércio (SESC). Constitui-se numa instituição de âmbito
nacional, sem fins lucrativos e de caráter privado. Nasceu com o objetivo de atender
às necessidades sociais urgentes. Tem como objetivos promover o desenvolvimento
cultural, o bem-estar social e a qualidade de vida dos trabalhadores do comércio e
serviços e de suas famílias, assim como a comunidade em geral, numa ação de
transformação e progresso social.
A trajetória do Sesc Santa Catarina principiou com a criação do Conselho Regional
em Florianópolis, em 29 de setembro de 1948, sob a presidência de Charles Edgar
Moritz. A sua ação, nessa fase embrionária, era voltada apenas à área médico-
odontológica, conforme a diretriz nacional da época. No ano seguinte, Joinville e
47
Laguna seriam as primeiras cidades a sediar os serviços do Sesc, enquanto
Blumenau desfrutaria de seus benefícios a partir de 1950. Nas décadas de 60 e 70,
outros núcleos foram sendo instalados em todas as regiões do espaço catarinense.
Hoje, o Sesc possui 16 centros de atividades, dois hotéis (Cacupé / Florianópolis e
Blumenau) e a Pousada Rural (Lages).
O surgimento do turismo, na forma que o conhecemos hoje, não foi um fato isolado;
o turismo sempre esteve ligado ao modo de produção e ao desenvolvimento
tecnológico. O modo de produção determina quem viaja, e o desenvolvimento
tecnológico como fazê-lo. Diante dessa realidade, o mercado sempre apresentou-se
segmentado em duas classes: alta – consome turismo individual − e média – turismo
de massa. Entretanto, por se tratar, de uma atividade democrática fundamental para
o lazer e uso do tempo livre do cidadão, surge a partir da própria capacidade de
organização e pressão dos trabalhadores junto ao estado, o Turismo Social.
O termo social apresenta Conceituação no sentido de expressar o bem-estar social,
ou seja, consiste na emancipação para o turismo de grupos cujo poder aquisitivo
não lhes permitiria, em condições normais, o acesso ao produto turístico. A
democratização do acesso a esse produto torna-se o elemento fundamental e de
sustentabilidade do trabalho realizado pelo SESC, nessa área.
No SESC, as atividades turísticas vêm sendo estimuladas através de sua história. A
questão do direito ao lazer pelo segmento comerciário, relacionado, principalmente,
ao uso do tempo livre e a incrementação/dinamização da taxa ocupacional dos
meios de hospedagem do SESC constituem-se em campo importante de discussão
e de implementação de linhas de ação da Entidade, que devem compreender as
modalidades de:
EMISSIVO - conjunto de ações ligadas a atividades de viagem, destinadas a
proporcionar o lazer fora da sede habitual de moradia, em busca de novas
destinações e atrações turísticas, de ordem recreativa, social e cultural.
RECEPTIVO - conjunto de serviços e programações turísticas que objetivam
proporcionar uma boa estada a turistas individuais ou grupos, oriundos de diversas
48
localidades – dentro e fora do estado, abrangendo entretenimento, diversão,
conhecimento cultural e contato com novas realidades e convivências.
HOSPEDAGEM - serviços de acomodação, alimentação e entretenimento em meios
de hospedagem do SESC, destinados a atender à clientela comerciária e não-
comerciária, procurando empregar gestão hoteleira, dentro de modernos padrões de
qualidade e de hospitalidade.
No dia 22 de Dezembro de 1969, foi inaugurado o primeiro centro de veraneio de
Santa Catarina, localizado em Florianópolis na praia de Cacupé, possuindo
alojamentos com capacidade para 80 pessoas, quadras poliesportivas iluminadas,
playground, salão de festas, churrasqueiras, bar, palco para teatro, estacionamento
para veículos, dentre outros.
Este centro de veraneio foi subordinado administradamente ao Centro de Atividades
de Florianópolis até 1974, quando se desvinculou passando a constituir-se como
uma uinidade operacional ao moldes dos outros Centros de Atividades. Em 1982, o
centro de veraneio do Serviço Social do Comércio de Cacupé, passou por diversas
mudanças na sua estrutura física, já que foram construídos neste período: duas
quadras de tênis, um campo de futebol suíço, um parque aquático, um salão de
festa e um auditório.
Já em 1996, iniciaram as reformas do restaurante do Serviço Social do Comércio de
Cacupé que visam o bem estar do comerciário e a qualidade da alimentação. A
reinauguração deste foi realizada em 30 de julho de 1998, além desta houve
mudanças no quadro funcional deste setor com a contratação de uma nutricionista
para coordenar os funcionários.
Com a necessidade de ampliar o setor de lazer, já que o Serviço Social do Comércio
de Cacupé é voltado para atividades deste porte, foi construído uma quadra coberta,
uma sala para profissionais deste setor, um salão de jogos e uma academia para
aulas de condicionamento físico.
Em 19 de dezembro de 2003, foi inaugurada um dos seus principais objetivos, que é
captar eventos para esta entidade, já que se trata de um espaço destinado para
festas, formaturas, casamentos, entre outros.
49
Pode-se perceber qoe o SESC no passado era uma simples organização sindical,
hoje é muito mais do que isso, pois trabalha diretamente com a responsabilidade
social, através da realização de projetos sociais nas áreas da saúde, educação, do
esporte, do lazer, do turismo, entre outras.
4.2 Infra-estrutura física atual
O Hotel SESC tem a disposição para seus hospedes e visitantes, sala de jogos,
parque infantil, sala de artes, parque aquático, e espaço para praticas de esportes
que oferece ginásio, quadra poli esportivas ao ar livre, campo de futebol com grama
sintética, quadra de vôlei de areia e play ground.
Na parte de hospedagem o hotel oferece, um bloco com 24 UHs com disponibilidade
de até 3 leitos por UH. Um dos apartamentos foi especialmente equipado para
pessoas portadoras de necessidades especiais, contendo acessos, banheiro e
mobiliários adaptados. Além dos apartamentos, são 42 casas com um ou dois
quartos, que acomodam de duas a cinco pessoas, todas as casas oferecem sala. E
estão equipadas com televisor, condicionador de ar, telefone e geladeira ou minibar.
Sedo que todas as casas e apartamentos disponibilizam estacionamento próximo as
suas Uhs.
Para sediar evento, seja familiar, social, pedagógico ou empresarial, o Hotel SESC
Cacupé possui auditório climatizado com capacidade para 100 pessoas, sala de
apoio para 30 pessoas e dois salões de eventos com capacidade para 100 e 350
pessoas sentadas, ambos climatizados e com toda estrutura de bar e
churrasqueiras.
O restaurante do Hotel SESC Cacupé serve almoço e jantar diariamente, num
ambiente climatizado em sistema de buffet a quilo. Servindo também café da manhã.
A lanchonete localizada próximo a piscina , deck com mesas e cadeiras, serve
porções, lanches, salgados e bebidas.
50
4.3 Infra-estrutura administrativa
O Hotel SESC Cacupé é composto por uma gerencia geral e dividido entre 8 (oito)
setores que são:
Administração – Responsável pelo financeiro, compras e artífices da manutenção.
Departamento Físico e Esportivo – responsável pelas atividades e eventos
esportivos do hotel.
Recreação – Responsáveis por organizar, preparar, criar atividades de acordo com o
público (crianças, jovens, adultos, 3ª idade, pessoas portadoras de necessidades
especiais, dentre outros), conduzir atividades, orientar e interagir com os
participantes do hotel.
Gerente - É responsável pelo gerenciamento, supervisão e controle da atividade.
Cultura – Prestar atividades recreativas, tendo como base atividades culturais.
Hospedagem – Responsável pelos serviços de hospedagem, governança e portaria.
A & B – Responsável pelo manejo da brigada de cozinha do restaurante e
lanchonete.
Saúde – Além de prestar os primeiros socorros para hospedes e passantes, caso
venha ter algum problema de saúde, realiza também atividades como palestras e
atividades de lazer de educação em saúde.
Almoxarifado – Recepcionar, conferir, armazenar e distribuir os produtos e materiais
do almoxarifado.
Meio Ambiente – Responsável pelas atividades voltadas para o meio ambiente.
4.3 Organograma Setorial
Gerência
Administração
Manutenção
DFE Recreação Cultura Enfermagem Setor A & B Turismo Social
Governança
Meio Ambiente
52
4.4 Quadro de recursos humanos
Fonte: produzido pelo autor com base nas informações do setor admistrativo, 2008.
Setor Função N. de Funcionários
Gerência Gerente Geral 1 Financeiro 1 Compras 1
Adiministração Administrativo 1 Central de Adendimento 6 Hospedagem /
Eventos Portaria 2 Cultura 1 Esporte 1 Portaria Piscina 3 Recreação 1 Emfermagem 1 Meio Ambiente 1
Lazer Aux. Lazer 1 Manutenção Artifice 3
Governanta 1 Governaça Camareira 11
Almoxarifado Almoxarife 2 Nutricionista 1 Atendente 12 Cozinheiro 3
A&B Aux. Cozinha 9
Total 63
53
4.5 Serviços prestados
O Hotel SESC Caupé é um hotel que possui um público diversificado onde na alta
temporada (dezembro a março) atende somente famílias e na baixa temporada (abril
a novembro) presta serviços para família e eventos familiar, social, pedagógico ou
empresarial e com isto suas instalações e sua estrutura física estão voltadas a
atender às suas necessidades.
• Os serviços que o hotel oferece aos hóspedes e passantes são os seguintes:
• Hospedagem
• Recepção 24 horas;
• Internet;
• Recreação;
• Enfermagem;
• Instalações de eventos;
• Serviços de bar e restaurante;
• Estacionamento;
• Alimentação para eventos (coffe break, almoço e jantar);
• Despertar
54
5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR SETOR
Responsável pelo setor: Claudia Regina Marcante
Período: 17/03/2008 a 14/04/2008
Carga Horária: 144 horas
5.1 Setor: Hospedagem (Recepção / Reserva)
No Hotel SESC Cacupé os colaboradores do setor de hospedagem tem atribuições
de dois setores e em um só. Além de fazer as funções de recepcionistas que lhe são
atribuídas, os mesmos também fazem a função do setor de reservas, muito diferente
de hotéis de médio e grande porte onde estas duas funções são destintas.
O setor de hospedagem apresenta a responsabilidade da venda direta das Uh’s do
hotel. É o primeiro contato que o hóspede terá com o hotel, seja através de telefone,
e-mail ou fax. O colaborador que atua neste setor precisa apresentar um grande
conhecimento sobre as unidades habitacionais e sobre todos os serviços oferecidos
pelo hotel, pois estas informações compõem o produto que ele estará vendendo,
durante o período da estada.
Ao efetuar uma reserva, sempre deve ficar claro algumas informações, como o nome
dos hóspedes, o período de hospedagem, o número de hóspedes, o valor da
hospedagem. Para que haja uma maior garantia, é de grande importância a
documentação desses dados, que poderá ser feita através de e-mail ou de fax.
O setor tem uma função muito importante dentro da empresa, pois, é nesse setor
onde o hóspede entrará em contato para solucionar suas dúvidas e suas
necessidades.
55
5.1.1 Funções do setor
As atribuições do setor de hospedagem são:
• E-mail: os e-mails são respondidos praticamente que diariamente sanando
duvidas, repassando informações e efetuando reservas quando necessário.
• Check-in: no momento que o hóspede chega ao hotel o mesmo preenche a Ficha
Nacional de Hospedagem com todos os dados necessários e o recepcionista
fornece a chave do apartamento em que o hóspede ficará, fornecendo todas as
informações necessárias para o período de hospedagem;
• Check out: no momento em que o hóspede deixa o hotel ele passa na recepção
para efetuar o check-out. Havendo algum consumo o recepcionista imediatamente
faz a cobrança dos mesmos e do total da hospedagem;
• Cadastro hospedes: no momento do check-in o hóspede preenche a Ficha
Nacional de Hospedagem, a qual fica na responsabilidade do recepcionista
cadastrar no sistema utilizado pelo hotel;
• Entradas e saídas: quando os colaboradores começam seus trabalhos, um dos
seus primeiros atributos é verificar a documentação necessária para agilizar os
check-in’s e check-outs’s.
• Liberação das Uhs: são verificados com a governança as Uh’s liberadas da
limpeza ou manutenção para que não haja complicação no momento do check-in.
• Informações para outros setores: no turno da manhã são repassado para outros
setores como portaria, governança, restaurante e lanchonetes informações
necessárias para melhor funcionamento dos setores (numero de hospedes,
ocupação, check-in, check-out, entre outros).
• Recados para hospedes: assim que é passado algum recado para o setor de
hospedagem é repassado os recados telefônicos, carta ou fax o mais rápido
possível.
56
• Menssageria: o hotel não oferece serviço de mensageiro, mas se necessário são
os colaboradores do setor de hospedagem que fazem esta função.
• Telefonia: é conferido tarifador telefônico esta funcionando normalmente, pois é
mais uma fonte de renda do hotel e o mesmo não pode haver falhas.
• Reservas vencidas: são reservas que a data da confirmação de reserva através de
depósito bancários aspirou. Se possível o colaborador verifica com o titular da
reserva o motivo do não pagamento ou é feito o cancelamento imediato da reserva.
• No Show e cancelar: se passando 24 horas a partir da data e horário de check-in,
o colaborador do setor de hospedagem verifica se possível o motivo do não
comparecimento do titular da reserva e cancela o mesmo, para que possa ser
vendido o quanto antes.
• Caixa de outros setores: no final de cada turno os caixas do restaurante e
lanchonete são entregues e recebidos na recepção, pois os mesmos ficam guardado
em um cofre localizado dentro do setor.
• Atendimento interno: são informações repassadas aos hóspedes que já está no
hotel, esclarecendo alguma dúvida ou prestando alguma informação.
• Conferência do caixa: o caixa é sempre conferido por cada turno ao iniciar as
operações e ao finalizar o turno.
• Leitura do livro log: todos os recepcionistas lêem o livro log para saber dos avisos
que dizem respeito à recepção e registrar qualquer informação necessária ou
discrepância.
5.1.2 Infra-estrutura do setor
• 04 computadores;
• 01 impressora;
57
• 01 impressora fiscais;
• 04 cadeiras;
• 01 balcão;
• 03 mesa;
• 01 fax;
• 03 telefones;
• 02 maquinetas de cartão de crédito;
• 02 armário;
• 03 lixeiro;
• 02 arquivo
5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor
Pelo fato do acadêmico já ter obtido a oportunidade de estagiar anteriormente
durante o período de setembro de 2006 a dezembro de 2007 no Hotel SESC
Cacupé, no setor de hospedagem dando-lhe uma boa base para o mercado de
trabalho, facilitou o processo de adaptação do setor com o mesmo para este novo
período de estagio supervisionado.
A seguir as atividades desenvolvidas pelo acadêmico:
• Recebimento de hóspedes e passantes;
• Preparação de chegada de hóspedes com reservas, verificando a relação de
reservas do dia, esclarecendo dúvidas com a chefia de reservas, antecipando
procedimentos, tais como: verificação de cadastro do hóspede;
58
• Recepção de hóspedes no check in, procedendo aos registros, preenchendo a
documentação e destinando o apartamento para a hospedagem do hóspede;
• Realização de mudança do hóspede de apartamento em conjunto com a
Supervisora de Hospedagem, quando era necessário;
• Anotações, no livro de ocorrência, as anormalidades, ocorrências e informações
importantes referentes ao setor;
• Era mantido contato direto e freqüente com a governança e/ou camareira para
utilização e conferência das Unidades Habitacionais disponíveis, interditadas,
liberadas, etc. e ocorrências sobre as mesmas;
• Realização de saídas dos hóspedes (check-out), verificando a forma de
pagamento, controlando a fatura e gastos do cliente, informando a saída aos setores
e assistindo o hóspede em todos os sentidos.
• Fornecimento de informações sobre entretenimento do local e informações
turísticas;
5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos
Com a realização do estágio obrigatório, foi possível uma melhor percepção das
atividades praticadas no setor, obrigando o acadêmico a ter um olhar mais crítico
sobre os procedimentos rotineiros dos colaboradores do setor de hospedagem. No
decorrer do período vários conhecimentos técnicos foram adquiridos. Foi verificada a
importância de uma equipe entrosada e preparada para realizar ser afazeres do dia
a dia e para resoluções de problemas futuros.
5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas
59
O setor demonstra uma equipe funcional e prestativa, com um objetivo claro que é
atender bem o hospedes, passantes e seus colaboradores. E também agem com
situações rápidas para neutralizar situações negativas.
Um dos principais fatores limitantes é falta de colaboradores no setor que gera
algumas inconformidades como: sincronia com escalas de horários e colaboradores
sobrecarregados.
Foi observado varias vezes desvio de funções como colaboradores do setor,
realizando funções administrativas ou de portaria deixando ainda mais o setor
desfalcado.
O layout não colabora para harmonia do setor de hospedagem, pois na mesma sela
estão localizadas outros setores como gerência, financeiro, compras, responsáveis
de recreação, esporte, biologia, enfermagem, cultura e eventos, tornando-se um
lugar com muito barulho e movimentação, não apropriado para sanar duvidas ou
receber os hospedes. E um treinamento constante é indispensável para manter o
espírito de equipe.
5.2 Setor: Eventos
Responsável pelo setor: Claudia Regina Marcante
Período: 13/05/2008 a 31/05/2008
Carga Horária: 114 horas
5.2.1 Funções do setor
O setor de eventos é de grande importância aos hotéis. Além de gerar divisas ao
empreendimento com o aluguel de salas, equipamentos e serviços de A&B, atrai
60
hospedagens. No caso de algumas cidades, como é o caso de Florianópolis, os
eventos são os grandes responsáveis pela diminuição da sazonalidade no setor
turístico.
O setor de eventos tem como a primeira função, a negociação do evento. Quando o
cliente entra em contato com o hotel com o interesse de realizar um evento, cabe ao
colaborador deste setor coletar algumas informações para levantar a viabilidade da
realização do mesmo. Dados como o número de participantes, horários e materiais a
serem utilizado, são de grande importância para este primeiro momento. Por
exemplo, se o cliente necessita de um espaço para quinhentas pessoas e o hotel
possui apenas para trezentas já não há como dar prosseguimento a negociação.
Fechando o evento com o cliente é feito a ordem de serviço que será enviada para
todos os outros setores do hotel, na ordem de serviço contem o que cada setor deve
fazer para este evento, como no caso da cozinha que fica responsável pela
preparação do coffee break recebe em sua ordem o tipo de refeição que deve ser
preparado e o horário.
No dia do evento o responsável pelo setor pega a chave na recepção, acende as
luzes das salas ou salões de eventos se necessário liga o ar condicionado, e confere
a ordem de serviço do dia.
Colocam-se indicativos próximos da porta para indicação do evento. E logo em
seguida e verificado se a sala está limpa e arrumada conforme o solicitado, se não
estiver limpa é comunicado ao responsável do setor de limpeza imediatamente.
Os equipamentos são verificados: se for do hotel é montado na sala, se não é
aguardado a empresa terceirizada responsável. Após a sala ou salão estando pronto
é aguardado o responsável do evento verificando se esta tudo conforme o
combinado, e sempre se demonstrando a disposição.
Após o evento terminado são desligadas as luzes e o ar condicionado, e são
trancadas as portas, principalmente se tiver material de empresas terceirizadas. É
avisado ao colaborador da recepção que o evento acabou e a chave é entregue ao
mesmo.
61
5.2.2 Infra-estrutura do setor
• 04 computadores;
• 01 impressora;
• 01 impressora fiscal;
• 04 cadeiras;
• 01 balcão;
• 03 mesa;
• 01 fax;
• 03 telefones;
• 02 maquinetas de cartão de crédito;
• 02 armário;
• 03 lixeiro;
• 02 arquivo
• 01 retroprojetor
• 01 flip-charter;
• 06 cabos de internet;
• 01 porta-bandeiras;
• 01 video cassete
• 01 dvd
62
• 01 minibar;
• 02 microfones sem fio;
• 04 microfones com fio;
• 01 televisão de 29 polegadas;
• 01 quadro branco;
5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor
As atividades desenvolvidas no setor de eventos foram às que são desenvolvidas
pelos operadores do setor e outras somente acompanhamento para melhor
visualização do setor. As atividades desenvolvidas foram:
• Cuidar da manutenção dos espaços designados para eventos;
• Cuidar da manutenção e bom funcionamento dos equipamentos de eventos;
• Cumprir os pedidos de arrumação de layout;
• Organizar e recepcionar os participantes dos Eventos;
• Realização de apoio logístico aos eventos quando necessário;
5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos
Foi percebido pelo acadêmico que além do colaborador responsável do setor de
eventos tem que dominar o assunto, também é necessário um grande espírito de
63
liderança e união, pois menor que seja o evento, o mesmo movimenta vários
colaboradores de outros setores, assim suprindo a expectativa de seus clientes.
5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas
Em algumas ocasiões foi percebida pelo acadêmico a falta de interesse de outros
setores no que corresponde a eventos sendo que eles devem estar em constante
harmonia. A sugestão é que se crie alguma maneira de motivar os colaboradores de
outros setores, como treinamentos, proporcionando assim um maior conhecimento
específico da atividade, para obter um maior grau de profissionalismo da equipe, e
com isso, transmitir ao cliente maior segurança no atendimento.
5.3 Setor: Governança
Responsável pelo setor: Maria Silvia Figueroa
Período: 15/04/2008 a 13/05/2008
Carga Horária: 174 horas
5.3.1 Funções do setor
A Uh é a principal produto vendido pelo hotel. Se a Uh estiver estragado ou
desarrumado, não é vendido. Isto repercute negativamente no faturamento da
empresa. O hospede que vai ao hotel, deseja encontrar uma excelente Uh para
poder pousar. O trabalho da camareira é dos mais importantes no hotel, pois é ela
que faz a “embalagem” final do produto.
64
Governanta
Diariamente a governanta do Hotel SESC Cacupé organiza e distribui a cada
camareira suas tarefas, vistorias e libera as Uhs para recepção. A mesma recebe e
encaminha as roupas para lavanderia, organiza e faz os pedidos de compras de
materiais de limpeza, recebe as compras e organiza seu almoxarifado e rouparia.
A mesma, mensalmente atualiza seu relatório de roupas de cama e banho
(inventario). E realiza a escala de trabalho de suas camareiras.
Camareira
Após receber o relatório, a camareira revisa e/ou abastece seu carrinho com os
materiais, equipamentos e produtos necessários para efetuar a arrumação das Uhs
de sua responsabilidade. Estes carrinhos contêm: toalhas de banho e rosto, lençóis
de casal e solteiro, fronhas, sacos plásticos grossos para colocar a roupa suja,
sabonetes, papel higiênico, shampoo, entre outros materiais. Além de produtos de
limpeza.
Procedimentos para arrumação as UH – permanência do hospede:
• A camareira dirige-se a UH, bate na porta antes de entrar para ver se o mesmo
esta sendo ocupado no momento. Ao entrar na UH a camareira deixa a porta entre
aberta durante a limpeza do mesmo, com seu material próximo dela.
• Na arrumação primeira mente deve-se abrir as janelas e cortinas para arejar a UH,
recolher as roupas de cama e banho usadas, em seguida arrumar as roupas e
demais pertences do hospede que estiverem espalhados pelo quarto.
• O próximo passo é iniciar a arrumação das camas, limpar os cestos de lixo,
cinzeiro, o banheiro: secar o box, pia e outros acessórios, repõem toalhas,
sabonetes, papel higiênico, etc.
• Finalmente verificar os equipamentos no geral para verificar se estão em perfeito
funcionamento: televisão, telefone, ar-condicionado, etc.
65
• Obs.: As roupas de camas são trocadas a cada três dias, roupas de banho são
observadas e trocadas diariamente se necessário.
• Procedimentos para Limpeza das UH – Saída do hospede:
• A camareira dirige-se a Uh, bate na porta antes de entrar no apartamento, verifica
se o mesmo não esta sendo mais ocupado. Após esses procedimentos a mesma
controla a ocorrência de eventuais fraudes, mantém higienizado o local de deposito
(frigobar).
• Em seguida recolhe as roupas de cama e banho usadas. Limpa os cestos de lixo
inclusive do banheiro e cinzeiros. Depois é limpo e retirado o pó dos equipamentos e
utensílios.
• Após disso é aspirado o banheiro e colocado de molho, retorna-se ao quarto e
aspira-se tudo: piso, cantos das janelas, cama, cortinas. Volta-se ao banheiro para
seca-lo, e inicia-se a corbetura de cama.
• Repõem as toalhas de banho, rosto, piso, sabonetes, papel higiênico, shampoo e
demais objetos.
• Verifica se todos os equipamentos (televisão, torneira, chuveiros, lâmpadas em
perfeito funcionamento). Caso tenha que consertar algum utensílio é repassado
imediatamente para manutenção.
• Por final é desligado todos os aparelhos que estiverem ligado, apagam as luzes,
fecham as janelas.
• É encaminhado as roupas usadas para lavanderia e comunicado para governanta
que a Uh esta pronto para ser vistoriada.
66
5.3.2 Infra-estrutura do setor
• 537 toalhas de banho
• 547 toalhas de rosto
• 233 piso
• 116 Lenços casal
• 804 Lençóis solteiros
• 565 Fronha
• 250 Travesseiro
• 248 Protetores de travesseiro
• 216 Protetores colchão solteiro
• 108 Protetores colchão casal
• 293 Edredons solteiros
• 122 Edredons casal
• 18 Colchas casal
• 48 Colchas solteiras
• 161 Cobertores solteiros
• 63 Cobertores casal
• 01 Mesa
• 05 cadeiras
67
• 02 portas arquivos
• 03 Armários
5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor
As atividades no setor de governança desenvolvidas pelo acadêmico foram de
observação e acompanhamento da governanta, visto que para a execução de
algumas atividades é necessário um bom conhecimento dos procedimentos
adotados pelo hotel.
Foi observada a rotina diária, escalas de folgas, inspeção do trabalho realizado
pelas camareiras, controle de chaves e de cartões magnéticos, achados e perdidos,
inventários, controle de estoque e orçamentos, preenchimento de relatórios, compra
de materiais, equipamentos de limpeza e material para colocar nos apartamentos e
casas.
5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos
Foi constatado pelo acadêmico que o responsável do setor tem que ter um grande
conhecimento técnico e teórico, pois o mesmo tem que liderar uma grande equipe
referente ao numero de colaborares, e infelizmente a maioria com ensino
fundamental incompleto.
O acadêmico aprendeu alguns procedimentos que até então sabia que existia e
outros não, como eram executados e também teve um primeiro contato direto com o
setor de governança, no qual não possuía qualquer tipo de experiência e contato.
68
5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas
Os serviços de camareiras são muito bem executados e com qualidade, dentro do
possível e limites. As limpezas e arrumações são realizadas com qualidade,
eficiência. Não gerando reclamações de hospedes e passantes.
O numero de camareiras não condiz com o recomendado, isto gerando problemas
futuros até então não vistos, como queda na qualidade do serviço, problemas com
eficiência, danos a saúde de colaboradores de setor, entre outros.
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6 ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E CONCLUSÃO
Na realização do estágio, houve grande aprendizado e troca de informações entre
todos os funcionários dos setores do hotel. Foi possível por conteúdos vistos no
período da graduação em prática e propor sugestões e melhorias em algumas
situações. O momento do estágio obrigou o acadêmico a pensar como gestor,
sugerindo sempre as melhores alternativas para problemas ou para um bom
atendimento.
Como o acadêmico já possui certa experiência no setor de hospedagem, um dos
setores que foi realizado o estágio, os outros setores (eventos e governança)
tiveram grande importância para que houvesse um complemento de informações e
conhecimentos de procedimentos adotados pelos tais setores.
Nesse período foi notado o empenho do hotel em verificar as necessidades de seus
empregados através de palestra e programas de incentivo, este é um aspecto que
merece destaque, pois, cria um bom ambiente de trabalho dentro do hotel onde o
funcionário sente-se valorizado. Percebeu-se também que existe uma necessidade
de uma comunicação melhor na empresa, com o intuito de melhorar a eficiência e
eficácia nas atividades desenvolvidas no hotel.
O estagio obrigatório proporcionou a vivência prática operacional do aluno no hotel
preparando-o tecnicamente para o exercício dos serviços de hospedagem,
governança, eventos, e estimulou a exercer a hospitalidade.
Mesmo o acadêmico já ter tido a oportunidade de ter feito estagio em período
anterior na instituição em que fez o estágio obrigatório, este período foi marcado por
uma maior observação crítica sobre os procedimentos dos setores em que atuou. A
preocupação com o tema do relatório e posteriormente com a elaboração do projeto
de ação fizeram com que sugestões de melhorias fossem elaboradas e também
repassadas às chefias dos setores.
A participação nas orientações semanais com o professor orientador foi de grande
valia para a execução do relatório de estágio, pois suas correções e opiniões
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somadas a experiência adquirida no estágio obrigatório contribuíram para um melhor
desenvolvimento do trabalho.
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7 REFERÊNCIAS
BISSOLI, Maria Angela Marques Ambrizi. Estágio em turismo e hotelaria. São
Paulo: Aleph, 2002.
CASTELLI, Geraldo. Administração hoteleira. 9. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2003.
CANDIDO, Índio e VIEIRA, Elenara. Gestão de hotéis: técnicas, operações e
serviços. Caxias do Sul; EDUCS, 2003.