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Proposta de LeiOrçamento do Estado para 2010
25 de Fevereiro de 2010
TAX
© 2010 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative, uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal. A KPMG e o logótipo da KPMG são marcas registadas da KPMG International Cooperative. 2
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC)
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Tributação autónoma de bónus e outras remunerações variáveis de gestores,
administradores e gerentes
Na actual redacção do artigo 88.º do Código do IRC não está prevista qualquer tributação autónoma aplicável
aos bónus e outras remunerações variáveis pagas a gestores, administradores e gerentes.
Contudo, a Proposta de Lei do OE 2010 vem criar uma regra geral de tributação autónoma, à taxa de 35%,
aplicável a gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis pagas a gestores,
administradores ou gerentes que excedam (i) 25% da sua remuneração anual e (ii) €27.500, excepto se o seu
pagamento for diferido em, pelo menos, 50% do seu valor, por um período mínimo de três anos e esteja
condicionado ao desempenho positivo da sociedade ao longo desse período.
Lembramos que, na sequência da entrada em vigor da Lei n.º 100/2009, já se encontram sujeitas a tributação
autónoma à taxa de 35% as indemnizações ou quaisquer compensações devidas, não relacionadas com a
concretização de objectivos de produtividade previamente definidos no contrato, quando se verifique a
cessação de funções de gestores, administradores ou gerentes, bem como os gastos relativos à parte que
exceda o valor das remunerações que seriam auferidas pelo exercício daqueles cargos até ao final do contrato,
quando se trate de rescisão de um contrato antes do termo, qualquer que seja a modalidade de pagamento,
quer este seja efectuado directamente pelo sujeito passivo, quer haja transferência das responsabilidades
inerentes para uma outra entidade.
IRC
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Regime do reinvestimento dos valores de realização
A anterior redacção do n.º 4 do artigo 48.º do Código do IRC permitia aos sujeitos passivos tributar em apenas
50% a diferença positiva entre mais-valias e menos-valias realizadas mediante a transmissão onerosa de
partes de capital, desde que o respectivo valor de realização fosse reinvestido, na aquisição de participações
no capital de sociedades comerciais ou civis sob forma comercial ou em títulos do Estado Português, ou na
aquisição, produção ou construção de activos fixos tangíveis, de activos biológicos que não sejam consumíveis
ou em propriedades de investimento, afectos à exploração, desde que tenham sido adquiridos em estado novo,
a entidades sem relações especiais, no exercício anterior, no próprio exercício ou no seguinte.
Com as alterações decorrentes da Proposta de Lei do OE 2010, os títulos do Estado Português deixam de
qualificar para efeitos da aplicação do regime do reinvestimento.
IRC
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Limite à dedução das depreciações de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas
Nos termos da alínea e) do artigo 34.º do Código do IRC em vigor, não são aceites como gasto do exercício, as
depreciações de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao custo de aquisição ou
ao valor de reavaliação excedente a € 40.000, bem como as depreciações de barcos de recreio e aviões de
turismo e todos os gastos com estes relacionados, desde que tais bens não estejam afectos à exploração de
serviços públicos de transportes ou não se destinem a ser alugados no exercício da actividade normal do
sujeito passivo.
Propõe-se agora alterar aquela norma, passando o limite à dedução de depreciações de viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas a ser definido por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças.
Esta alteração foi também proposta relativamente à taxa de tributação autónoma de 20% sobre os encargos
dedutíveis com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, cujo custo de aquisição era superior àquele limite,
suportados por empresas com prejuízos fiscais nos dois períodos de tributação anteriores àquele a que os
encargos digam respeito.
IRC
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Resultado da liquidação
O IRC liquidado passa a não poder ser inferior a 75% (actualmente é de 60%) daquele que seria apurado caso
o sujeito passivo não usufruísse (i) de benefícios fiscais, (ii) do regime estabelecido para as contribuições
suplementares para fundos de pensões e equiparáveis destinadas à cobertura de responsabilidades com
benefícios de reforma (prevista no n.º 13 do artigo 43.º) e (iii) do regime de transmissibilidade dos prejuízos
fiscais (prevista no artigo 75.º).
Regime simplificado de determinação do lucro tributável
Propõe-se a revogação do regime simplificado de determinação do lucro tributável, não obstante se encontre
previsto um regime transitório aplicável até ao final de 2010 para os sujeitos passivos actualmente abrangidos
por este regime.
IRC
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Benefícios Fiscais
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Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE)
Nos termos do regime até agora em vigor, com as alterações que lhe foram conferidas com a entrada em vigor
da Lei n.º 10/2009, de 10 de Março, o montante de dedução à colecta no âmbito deste incentivo calcula-se do
seguinte modo:
- taxa de base – 32,5% das despesas realizadas naquele período;
- taxa incremental – 50% do acréscimo das despesas realizadas naquele período em relação à média
aritmética simples dos dois exercícios anteriores, até ao limite de € 1.500.000.
De acordo com a Proposta de Lei do OE 2010 é aumentada para 70%, com um limite de € 1.800.000, a taxa
incremental de dedução à colecta no âmbito do SIFIDE, quando estejam em causa despesas incorridas com a
contratação de doutorados para actividades de investigação e desenvolvimento.
Na eventualidade de não se registarem despesas com a contratação de doutorados para actividades de
investigação e desenvolvimento, o montante a deduzir à colecta coincidirá com aquele que seria apurado de
acordo com as disposições em vigor até à data de produção de efeitos do OE 2010.
Benefícios Fiscais
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Reforço dos benefícios fiscais à criação de emprego em 2010
A Proposta de Lei do OE 2010 propõe um reforço do benefício fiscal à criação líquida de emprego (CLE)
permitindo que, durante o ano de 2010, se acumule este benefício com outros incentivos de apoio ao emprego
previstos noutros diplomas, quando aplicáveis ao mesmo trabalhador ou posto de trabalho, nomeadamente em
sede de Segurança Social.
Recorde-se que nos termos da actual redacção daquele artigo, a sua cumulatividade com outros benefícios
fiscais da mesma natureza não é possível.
Benefícios Fiscais
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Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI)
Mantém-se em vigor durante o ano de 2010, o Regime Fiscal de Apoio ao Investimento aprovado no âmbito da
Iniciativa para o Investimento e o Emprego.
No âmbito deste regime, as entidades que exerçam, a título principal, uma actividade nos sectores agrícola,
florestal, agro-industrial, energético e turístico ou indústria extractiva ou transformadora (com excepção dos
sectores siderúrgicos, da construção naval e das fibras sintéticas), bem como no âmbito das redes de banda
larga de nova geração, podem deduzir à colecta, até à concorrência de 25% da mesma, os seguintes
montantes:
- 20% do investimento relevante realizado em regiões elegíveis para os incentivos com finalidade regional, na
parcela do investimento inferior a € 5.000.000;
- 10% da parcela daquele investimento que exceda os € 5.000.000.
A dedução à colecta do IRC é efectuada na liquidação respeitante ao período de tributação que tenha início em
2010. Em caso de insuficiência de colecta, a importância não deduzida poderá vir a sê-lo na liquidação do IRC
dos quatro exercícios seguintes.
Este regime prevê ainda a isenção de IMT, de Imposto do Selo e de IMI (neste último caso por um período até
cinco anos) relativamente aos prédios que constituam investimentos relevantes, não sendo cumulável,
relativamente ao mesmo investimento, com quaisquer outros benefícios fiscais da mesma natureza previstos noutros diplomas legais.
Benefícios Fiscais
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Regime fiscal do fundo imobiliário especial de apoio às empresas
O regime fiscal especial aplicável aos fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional
(FIIAH) e às sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (SIIAH) é alargado ao
fundo imobiliário especial de apoio às empresas (FIEAE), criado em 2009 com vista a dotar as empresas, em
especial as PME, de recursos financeiros imediatos (objectivo que é, essencialmente, prosseguido através da
aquisição de imóveis a empresas, os quais são subsequentemente dados de arrendamento).
Em termos gerais, este regime fiscal caracteriza-se por:
- Isenção de IRC relativamente aos rendimentos de qualquer natureza obtidos pelos FIEAE, que operem de
acordo com a legislação nacional, até 31 de Dezembro de 2013;
- Isenção de IRC e de IRS relativamente aos rendimentos respeitantes a unidades de participação nos
FIEAE, pagos ou colocados à disposição dos respectivos titulares, à excepção do saldo positivo entre as
mais-valias e as menos-valias resultantes da alienação dessas unidades de participação;
- Isenção de IRC relativamente às mais-valias resultantes da transmissão de imóveis para o FIEAE, que
ocorra por força da conversão do direito de propriedade desses imóveis num direito de arrendamento
(passando as mesmas a ser tributadas caso o sujeito passivo cesse o contrato de arrendamento ou não
exerça o direito de opção);
- Isenção de IMI relativamente aos prédios que integrem o património e carteira do FIEAE;
- Isenção de IMT no que se refere às aquisições de prédios levadas a cabo pelo FIEAE e pelos arrendatários
em resultado do exercício de opção de compra, de que beneficiam e o qual podem exercer até 31 de
Dezembro de 2020;
Benefícios Fiscais
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Regime fiscal do fundo imobiliário especial de apoio às empresas (cont.)
- Isenção de Imposto do Selo em todos os actos praticados, desde que conexos com as transmissão dos
imóveis que ocorra por força da conversão do direito de propriedade desses imóveis num direito de
arrendamento sobre os mesmos, bem como com o exercício da opção de compra pelo arrendatário.
Benefícios Fiscais
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Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
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Regularização do IVA dos créditos incobráveis em processo extrajudicial de conciliação
Prevê-se o alargamento da possibilidade de regularização do IVA, a favor dos sujeitos passivos, respeitante a
créditos considerados incobráveis no âmbito de acordos obtidos em Procedimento Extrajudicial de Conciliação.
Direitos e reduções de emissão de CO2
Passa a aplicar-se a regra de inversão do sujeito passivo, competindo ao adquirente a autoliquidação do
imposto devido, nas operações que tenham por objecto direitos de emissão, reduções certificadas de emissões
ou unidades de redução de emissões de gases de efeito de estufa.
O regime em apreço visa combater o fenómeno da fraude carrossel, cujo valor estimado ascendeu, em 2009, a
M€ 1.000, afectando, em particular, os principais mercados organizados de emissões de carbono (França,
Reino Unido e Holanda).
Regime dos exportadores nacionais
É consagrada, como condição para a aplicação da isenção de IVA nas vendas de mercadorias efectuadas a
exportadores nacionais, a obrigatoriedade da saída das mercadorias do território da União Europeia no prazo
de 60 dias, bem como um limite máximo de 30 dias entre a data da factura, emitida pelo fornecedor, e a data de
aceitação da declaração aduaneira de exportação.
Adicionalmente, é alargado de 60 para 90 dias, contados da data da factura emitida pelo fornecedor, o limite
temporal para que este proceda à liquidação do imposto (no prazo de 5 dias úteis), se não estiver na posse do
certificado visado pelos serviços aduaneiros.
IVA
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Exclusão do Imposto sobre Veículos (ISV) do valor tributável do IVA
Preconiza-se a exclusão do ISV da base de incidência objectiva do IVA, eliminando o actual quadro de dupla
tributação.
Esta proposta coincide com a recente decisão de reenvio prejudicial para o Tribunal de Justiça das
Comunidades Europeias, por parte do Supremo Tribunal Administrativo português, de um processo em que se
suscita a apreciação da (des)conformidade da legislação portuguesa nesta matéria face à jurisprudência
comunitária no caso C-98/05 De Danske Bilimportører (Junho de 2006).
A perda da receita derivada da adopção desta medida é compensada através de um agravamento das taxas do
ISV no mesmo valor de 20%.
IVA – Autorizações legislativas
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Isenção de IVA na importação de bens
A aplicação da isenção de IVA na importação de bens seguida de uma transmissão intracomunitária isenta fica
sujeita à condição de o importador disponibilizar às autoridades aduaneiras as seguintes informações:
- O seu número de identificação para efeitos de IVA emitido em Portugal ou o número de identificação para efeitos de IVA do seurepresentante fiscal emitido em Portugal;
- O número de identificação fiscal para efeitos de IVA do adquirente ou destinatário dos bens, emitido no Estado-Membro para o qual os mesmos vão ser objecto de expedição ou transporte;
- A prova de que os bens importados em Portugal se destinam a ser transportados ou expedidos com destino a outro Estado-
Membro.
Revogação do regime dos combustíveis gasosos
É renovada a autorização legislativa, prevista no Orçamento do Estado para 2009, referente à revogação do
regime especial de tributação em IVA dos combustíveis gasosos.
Por forma a evitar situações de dupla tributação, fica o Governo autorizado a adoptar medidas que permitam aos
sujeitos passivos que comercializam os combustíveis gasosos deduzir o IVA incorrido com as respectivas
existências na data em que ocorrer a revogação do regime especial de tributação.
IVA – Autorizações legislativas
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Imóveis utilizados para a actividade da empresa e para fins alheios
Na sequência da jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, prevê-se que o Código do
IVA consagre expressamente que, no caso de bens imóveis integrados no património da empresa de um sujeito
passivo e por este utilizados, em simultâneo, para as actividades da empresa e para uso próprio, do seu pessoal
ou, de um modo geral, para fins alheios à empresa, o IVA incorrido nas despesas relativas a esses bens imóveis
seja dedutível apenas na devida proporção da sua afectação às actividades da empresa.
Manifestações culturais, artísticas, desportivas, científicas, educativas, recreativas e similares
No âmbito da aplicação do “Pacote IVA”, prevê-se o estabelecimento de regras específicas de localização das
prestações de serviços relativas a manifestações culturais, desportivas, científicas, educativas, recreativas e
similares, determinando-se como critério de conexão relevante o lugar onde essas prestações de serviços são
materialmente executadas, quer no caso de adquirentes sujeitos passivos, quer no de adquirentes que não
revistam essa qualidade.
IVA – Autorizações legislativas
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Procedimento e Processo Tributário
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Lei Geral Tributária
Prevê-se o alargamento do prazo máximo de contagem de juros de mora de 5 para 8 anos, nos casos em que
a dívida tributária seja paga em prestações.
Código de Procedimento e de Processo Tributário
Notificações por via postal ou telecomunicações endereçadas:
- Equipara-se a notificação efectuada por transmissão electrónica de dados à notificação por via postal registada ou registada
com aviso de recepção, consoante os casos;
- As notificações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se efectuadas no momento em que o respectivo
destinatário aceda à sua caixa postal electrónica;
- Em caso de ausência de acesso à caixa postal electrónica prevê-se que seja efectuada nova transmissão electrónica de
dados no prazo de 15 dias ao do conhecimento pelos serviços:
- Presume-se que a notificação foi efectuada no 3.º dia posterior ao da transmissão (ou no 1.º dia útil subsequente), caso
persista o não acesso à caixa postal electrónica no prazo de 10 dias.
Citações por via postal
- Nos processos de execução fiscal as citações podem ser efectuadas por transmissão electrónica de dados que equivalem,
consoante os casos, à remessa por via postal simples ou por via postal registada com aviso de recepção;
- As citações efectuadas por transmissão electrónica de dados consideram-se efectuadas no momento em que o respectivo
destinatário aceda à sua caixa postal electrónica;
- Prevê-se, ainda, que no caso de o executado não aceder à caixa postal electrónica o processo de execução fiscal prossiga
com a efectivação da penhora.
Procedimento e Processo Tributário
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Código de Procedimento e de Processo Tributário (cont.)
Regime prestacional
- Prevê-se a faculdade de alargamento do limite do pagamento do regime prestacional para o dobro, i.e., de 60 para 120
prestações mensais (de 5 para 10 anos), para as dívidas exequendas que excedam 500 unidades de conta (€ 51.000);
- O referido alargamento ocorrerá sempre que seja indispensável no âmbito de processo de recuperação económica e quando
os riscos inerentes à recuperação dos créditos o tornem recomendável;
- Esta medida pode, ainda, ser aplicada aos planos prestacionais autorizados antes da entrada em vigor do OE 2010, caso a
administração tributária verifique que a mesma é indispensável para assegurar a efectiva recuperação dos créditos tributários.
- Prevê-se que o vencimento das prestações ocorra quando se verifique a falta de pagamento a 3 prestações sucessivas (ou de
6 interpoladas) e se, no prazo de 30 dias a contar da notificação do pagamento, o sujeito passivo não proceder ao pagamento
das prestações incumpridas.
Compensação de dívidas de tributos por iniciativa da Administração Tributária
- Prevê-se que a compensação das dívidas tributárias não possa ocorrer enquanto:
• Estiverem a correr os prazos de defesa relativos aos seguintes meios procedimentais ou processuais: reclamação
graciosa, recurso hierárquico, impugnação judicial, recurso judicial ou oposição à execução, desde que a dívida
exequenda esteja garantida;
• Estiverem pendentes os referidos meios de reacção – graciosos ou judiciais – ou a dívida estiver a ser paga em
prestações, desde que seja prestada garantia adequada.
- Não obstante, a compensação com créditos tributários pode ser efectuada a pedido do contribuinte quando a administração
tributária esteja impedida de o fazer.
Procedimento e Processo Tributário
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Código de Procedimento e de Processo Tributário (cont.)
Compensação com créditos não tributários
- É autonomizada e regulamentada a possibilidade de ser efectuada a compensação com créditos do contribuinte de qualquer
natureza (não tributários) sobre a administração directa do Estado quando se verifiquem as seguintes condições cumulativas:
• A dívida tributária esteja em fase de cobrança coerciva;
• As dívidas da administração directa do Estado que o contribuinte indique para compensação sejam certas, líquidas e
exigíveis.
- A compensação em apreço deve ser requerida pelo executado ao dirigente máximo da administração tributária devendo fazer
prova dos respectivos requisitos.
Suspensão da execução
- Prevê-se a possibilidade de suspensão do processo executivo se, após o termo do prazo de pagamento voluntário, e no
decurso dos prazos de reacção correspondentes (graciosos ou judiciais), for prestada garantia acompanhada de um
requerimento em que se expresse a intenção de apresentar meio gracioso ou judicial;
- Considera-se que os contribuintes que obtenham a suspensão do processo de execução fiscal têm a situação tributária
regularizada.
Regime Geral das Infracções Tributárias
Falsidade informática e software certificado
- É considerada contra-ordenação a utilização de programas ou equipamentos informáticos de facturação que não estejam
certificados pela Direcção-Geral dos Impostos, podendo a respectiva coima pode variar entre € 250 e € 12.500.
Procedimento e Processo Tributário
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Arbitragem em matéria tributária
- Prevê-se a introdução do regime da arbitragem no domínio fiscal como meio processual alternativo à resolução jurisdicional de conflitos em matéria tributária, consagrando-se, como regra, a irrecorribilidade da sentença proferida pelo tribunal arbitral.
Harmonização do procedimento e processo tributário
- Preconiza-se a adaptação das regras do procedimento e processo tributário (LGT, do CPPT e do ETAF) às normas de
processo dos Tribunais Administrativos (CPTA), em particular no que se refere às formas de processo, à cumulação de
pedidos e aos processos cautelares.
Autorizações legislativas
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A informação contida neste documento é de natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. Apesar de fazermos todos os possíveis para fornecer informação precisa e actual, não podemos garantir que tal informação seja precisa na data em que for recebida/conhecida ou que continuará a ser precisa no futuro. Ninguém deve actuar de acordo com essa informação sem aconselhamento profissional apropriado para cada situação específica.
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