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Propostas da Dilma para a cultura
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PROGRAMA DE GOVERNO 2011 /2014
P R OP OSTA
para o Brasil Seguir Mudando.
Participe da formulação do Programa de Governo de Dilma Presidente. Encaminhe suas sugestões para [email protected]
e contribua com as melhores propostas para o Brasil Seguir Mudando.
5
Índice
Introdução ............................................................................................................................ 6
Os 13 Pontos da Cultura para o Brasil Seguir Mudando
1. Cidadania cultural para to dos os brasileiros .................................................................. 10
2. Valorização da nossa identidade e diversidade cultural ................................................. 10
3. Cultura como eixo estratégico para o desenvolvimento
sustentável do País ..............................................................................................................11
4. Fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura .............................................................12
5. Ampliação dos recursos para a Cultura ..........................................................................12
6. Estímulo às artes e às atividades criativas .....................................................................13
7. Valorização da Memória e do Patrimônio Cultural ..........................................................14
8. Promoção das línguas, do livro, da leitura e da literatura ...............................................14
9. Mais Cultura e mais educação para os brasileiros ........................................................15
10. A juventude como protagonista da Cultura ...................................................................15
11. Mais espaços para a Cultura nas cidades brasileiras .....................................................16
12. Difusão da Cultura com democratização da Comunicação ............................................16
13. Maior presença da Cultura brasileira no mundo .............................................................17
6
Introdução
No governo Lula, a Cultura exerceu pa-
pel de destaque, como direito social da
população brasileira e política de Estado.
Sob um conceito abrangente, que consi-
dera as dimensões simbólica, econômica
e cidadã da cultura, e com ampla partici-
pação da sociedade, o governo Lula for-
mulou políticas públicas incorporando a
cultura como parte integrante do proje-
to de desenvolvimento do País. Sua in-
clusão no Fundo do Pré-Sal é inequívoca
demonstração desse reconhecimento.
O orçamento do Ministério da Cultura
cresceu progressivamente, atingindo,
no ano de 2010, uma participação su-
perior a 1,0% do Orçamento Federal,
alcançando assim o patamar recomen-
dado pela Unesco, um marco histórico.
Atuando em todo o Brasil e em par-
ceria com Estados e municípios, o go-
verno Lula vem implementando ações
e programas, como o Mais Cultura, o
Cultura Viva e o PAC das Cidades His-
tóricas, ampliando o acesso à cultura
para milhões de brasileiros e brasilei-
ras. Este governo, deu também, início
ao processo de construção do Sistema
Nacional de Cultura, articulando Esta-
do e sociedade para estruturar a ges-
tão cultural e consolidar a democrati-
zação e a descentralização de ações,
decisões e recursos para a cultura.
O governo Lula elegeu a diversidade
como elemento central de suas políti-
cas, por ser esta a base da nossa identi-
dade. Nosso governo empreendeu mo-
vimentos no sentido de ativar todo o
tecido cultural brasileiro, potencializan-
do ações, apoiando iniciativas e mobi-
lizando artistas, intelectuais, agentes
sociais, educadores, etc. Por todo o
País, entidades culturais, mestres da
cultura popular e grupos de manifes-
tações tradicionais, como sambas de
roda, maracatus, quadrilhas juninas,
rodas de capoeira, bumbas-meu-boi e
fandangos se fortalecem e reocupam
seu espaço nas comunidades nas quais
surgiram. Na mesma batida, posses de
hip hop, circuitos LGBT, redes virtuais
na Internet e cineclubes se multiplicam,
levando a mensagem da cultura urba-
na para mais longe. Diferentemente, no
período anterior ao governo Lula, o Es-
tado transferiu ao mercado papéis que
seriam de sua responsabilidade, pri-
vatizando a gestão de equipamentos
e projetos, e não permitindo a partici-
pação dos movimentos culturais e dos
municípios no debate e na formulação
das políticas públicas.
O governo Lula criou os Pontos de Cul-
tura e garantiu recursos para três mil en-
tidades e grupos culturais, apoiando e
7
fortalecendo sua atuação. Articulou em
rede organizações de diversos segmen-
tos, propiciando o diálogo entre diferen-
tes manifestações, o protagonismo so-
cial e o fortalecimento de setores antes
alijados das políticas de cultura.
Houve uma signi? cativa ampliação das
modalidades e da abrangência das
políticas culturais, com forte valoriza-
ção da diversidade cultural por meio
de programas do estímulo a práticas e
processos culturais até então excluídos
das políticas públicas, como os grupos
de cultura tradicional, a cultura LGBT e
a cultura indígena, entre outros.
O governo Lula pôs na ordem do dia
a cultura digital, com seus softwares li-
vres e sua rede de trabalho colaborativo,
criando canais virtuais de encontro, de
acesso, de acompanhamento e de ava-
liação de políticas públicas. O Ministério
da Cultura aprimorou a gestão do fo-
mento. Aplicando de forma republicana
e democrática a Lei Rouanet, o governo
Lula possibilitou a um leque maior e mais
diversi? cado de realizadores o acesso às
fontes de ? nanciamento.
Na área audiovisual, criou a Empre-
sa Brasileira de Comunicação - EBC
e a TV Brasil. Por meio da Ancine, o
Fundo Setorial do Audiovisual, o Prê-
mio Adicional de Renda e o Programa
Cinema Perto de Você, que aumenta-
ram a produção de ? lmes e melhora-
ram a sua distribuição, também com
o objetivo de aumentar signi? cativa-
mente o número de salas de cinema.
Por meio da Secretaria do Audiovisu-
al do Ministério da Cultura, desenvol-
veu um conjunto de programas e edi-
tais que democratizou o acesso aos
recursos públicos e colaborou com o
incremento da produção nacional.
O Instituto de Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional - Iphan passou a
ocupar um papel relevante nas políti-
cas culturais, valorizando o papel do
Patrimônio Cultural como vetor do
desenvolvimento e dando maior e? ci-
ência ao programa Monumenta , cujo
êxito levou à criação do PAC das Ci-
dades Históricas. Ampliou-se o concei-
to de patrimônio, com ênfase às ações
do patrimônio imaterial, valorizando as
camadas populares, até então desa-
tendidas nas políticas governamentais
no campo do patrimônio cultural.
A Política Nacional de Museus valori-
zou o setor com ações que levaram os
museus ao centro das políticas cultu-
rais. Aumentou o número de museus, o
lançamento de editais de quali? cação
dos espaços museológicos e as ações
de capacitação e formação de pro? s-
sionais. Os investimentos cresceram
575% para o setor entre 2003 e 2010
8
e houve uma mudança de paradigma
com a implantação dos Pontos de Me-
mória - espaços museais em favelas,
áreas indígenas e quilombolas. A apro-
vação e implantação do Estatuto de
Museus garantiu proteção ao patrimô-
nio museológico nacional, fortalecido
ainda com a criação do Instituto Brasi-
leiro de Museus - Ibram.
O Programa Mais Cultura, criado em
2007, veio fortalecer a ação cultural
em Estados e municípios e melhorar
a qualidade de vida nas cidades por
meio da multiplicação de bibliotecas,
espaços culturais, cineclubes, ações de
capacitação, produção para TV, micro-
projetos e empreendimentos culturais.
No âmbito da participação da socieda-
de, o governo Lula criou e renovou fó-
runs, canais e processos de diálogo e
articulação, como as Câmaras Setoriais
- hoje colegiados -, o Conselho Nacio-
nal de Política Cultural e a nova Comis-
são Nacional de Incentivo à Cultura , e
organizou duas conferências nacionais
de cultura. A II Conferência Nacional de
Cultura, iniciada nos municípios e nos
Estados em 2009 e encerrada em mar-
ço de 2010, em Brasília, contou com a
participação dos 26 Estados brasileiros,
do Distrito Federal e de 3.216 municípios,
representando cerca de 60% do total de
cidades brasileiras. A Conferência reuniu
mais de 220 mil pessoas, entre gestores,
agentes culturais, produtores e artistas
de todo País na busca de caminhos e
formulação de políticas para a cultura.
Nesse processo de parceria e debate
foram concebidos o Plano Nacional de
Cultura e o Plano Nacional do Livro e da
Leitura , que projetam a ação cultural do
País para os próximos dez anos.
Na área de gestão e planejamento, o
governo Lula deu passos importantes.
Ao iniciar essas mudanças, em 2003,
o Governo Federal não dispunha de
qualquer instrumento de planejamen-
to ou identi? cação das demandas
da sociedade, sendo o MinC o único
ministério a não ter convênio com o
Instituto Brasileiro de Geogra? a e Es-
tatística - IBGE. A realização da par-
ceria com o IBGE, em 2006, permi-
tiu obter um quadro da realidade da
gestão cultural nos 5.564 municípios
brasileiros e culminou, em 2009, com
a publicação “Cultura em Números
- Anuário Estatísticas Culturais”, um
instrumento de reconhecimento do
estágio de desenvolvimento cultural
e de referência para a elaboração e
o planejamento das políticas públicas
de cultura no Brasil.
O governo Lula mudou o padrão de atu-
ação do Estado. O horizonte agora é re-
forçar a herança cultural brasileira e se-
9
guir mudando. O governo Dilma será um
governo de consolidação e ampliação
das conquistas do povo brasileiro na área
cultural, fortalecendo as políticas públi-
cas que combinem o pleno acesso dos
brasileiros à cultura, o fomento à produ-
ção cultural, a estruturação de uma forte
indústria cultural e a consolidação de um
amplo e diversi? cado mercado cultural,
garantindo o exercício da nossa diversi-
dade e o fortalecimento das instituições
culturais brasileiras.
O governo Dilma ampliará o investimen-
to em cultura, em suas mais diversas ma-
nifestações, porque isso nos permitirá:
1. desenvolver valores como a tolerân-
cia, a solidariedade, o respeito à diver-
sidade, aprofundando a democracia;
2. ampliar a geração de emprego e ren-
da, com quali? cação pro? ssional;
3. reforçar quantitativa e qualitativa-
mente a presença no Brasil no mundo.
A política cultural do governo Dilma
continuará o legado do presidente
Lula e fortalecerá cada vez mais a cul-
tura brasileira, ampliando seu espaço
na vida nacional. A cultura continuará
sendo formulada e implantada de for-
ma democrática e participativa, e refor-
çada por investimentos públicos e pela
ação das instituições governamentais.
A articulação entre os setores público
e privado na área cultural seguirá de
modo a contribuir para o fortalecimen-
to da nação, com a promoção de sua
diversidade cultural, das manifestações
do povo brasileiro e a garantia de seus
direitos culturais, sociais e políticos. A
política cultural seguirá estimulando a
re? exão crítica, a produção livre, a in-
venção estética, o esforço de alcance
aos mercados, a ampla circulação em
todos os cantos do País, fundamentan-
do a nação que estamos construindo
neste século XXI: um Brasil plural que
reconhece o direito à diversidade e
às diferenças, em que a cultura surge
como impulsionadora da economia e,
principalmente, da construção e da di-
fusão de novas relações sociais e no-
vos valores, como a ética, a liberdade, a
tolerância, a solidariedade, os Direitos
Humanos. Um Brasil em que a Cultura
tenha, de fato, um papel relevante no
seu processo de desenvolvimento.
10
Os 13 Pontos da Cultura
1. Cidadania cultural para todos os
brasileiros:
• assegurar o acesso progressivo de
todos os brasileiros aos bens e servi-
ços culturais, bem como sua participa-
ção na construção das políticas públi-
cas de cultura;
• implantar e regulamentar o Vale Cul-
tura, conforme Projeto de Lei que tra-
mita no Congresso, como medida de
democratização do acesso e de incre-
mento ao consumo cultural;
• apoiar a criação de Pontos de Cultu-
ra nas cidades brasileiras, estimulando
e articulando ações da sociedade civil,
escolas e equipamentos culturais;
• quali? car a discussão pública e ins-
titucionalizada sobre produção nor-
mativa e legal que proteja e garanta
os direitos culturais, considerando os
princípios da equidade e da diversi-
dade cultural;
• apoiar a realização de eventos e
ações que promovam a valorização
da diversidade, o respeito às diferen-
ças e o combate à discriminação e ao
preconceito;
• articular as políticas públicas de
cultura aos programas e projetos de
outras áreas do governo que sejam
direcionados à ampliação dos direi-
tos e da cidadania e garantam a par-
ticipação social e o aumento da ren-
da, como o Bolsa Família, Territórios
da Cidadania, entre outros.
2. Valorização da nossa identidade e
diversidade cultural:
• fortalecer o Brasil diverso, com
políticas que estimulem as ex-
pressões culturais de todas as
Regiões, em especial as inúmeras
manifestações da cultura popular,
respeitando os princípios e im-
plementando as recomendações
da Convenção da Unesco sobre a
Proteção e Promoção da Diversi-
dade das Expressões Culturais e
da Agenda 21 da Cultura;
• ampliar o Programa Cultura Viva, ga-
rantindo escala aos Pontos de Cultura
e sua teia de Pontões, Pontinhos, Pon-
tos de Leitura, Pontos de Mídia Livre e
Pontos de Memória;
• ampliar a política de bolsas a Mes-
tres dos Saberes e a Agentes Jo-
vens de Cultura;
• fortalecer as políticas culturais espe-
cí? cas para os idosos, considerando
que a troca intergeracional é a ponte
entre as memórias e o fortalecimento
de valores da sociedade.
11
• fomentar a diversidade cultural como
ativo da sociedade brasileira e esti-
mular o encontro de diferentes gru-
pos culturais, sociais e étnicos, como
ciganos e indígenas, mulheres e mo-
vimentos sociais, orquestras de frevo
e sinfônicas, constituindo espaços de
convivência e criação comum, promo-
vendo efetivos diálogos interculturais.
3. Cultura como eixo estratégico para o
desenvolvimento sustentável do País:
• tratar a cultura como um componen-
te fundamental para o desenvolvimen-
to sustentável do Brasil, articulando
sempre as suas dimensões econômica,
simbólica e cidadã;
• ampliar a presença da cultura na
agenda política nacional e no Plano
Plurianual do governo;
• fortalecer a economia criativa no
Brasil, com investimento em formação,
planejamento, regulação e fomento às
diferentes cadeias produtivas;
• executar o Programa de Desenvolvi-
mento da Economia da Cultura, mobi-
lizando e articulando agentes públicos
e privados para a implementação de
linhas de ? nanciamento e de incenti-
vos ? scais a empresas e empreendi-
mentos culturais e de fortalecimento
de cadeias produtivas e criativas;
• diversi? car a política de incremento
da economia da Cultura por meio de
editais de apoio a microempreendi-
mentos nas cinco regiões do País e de
desenvolvimento de projetos de novos
modelos de negócios em cultura;
• promover, em diálogo com o Con-
gresso Nacional, a atualização da Le-
gislação de Direito Autoral, de forma
a assegurar direitos legítimos de pro-
teção do trabalhador e do criador, a
garantia de acesso à cultura para toda
a sociedade e a dinamização e o forta-
lecimento da economia da cultura;
• fomentar a pesquisa, contribuin-
do para a geração de conhecimen-
to nas diferentes áreas da cultura e
para o desenvolvimento das indús-
trias criativas;
• fortalecer os mercados locais e as
micro, pequenas e médias empresas,
cooperativas e associações de pro-
dutores culturais brasileiros que atu-
am sob os princípios da economia
solidária, apoiando o desenvolvimen-
to local e articulado na forma de re-
des solidárias;
• estimular e multiplicar os circuitos
artísticos e culturais nas diversas Re-
giões, ampliando o mercado cultural e
as oportunidades para artistas, produ-
tores e empresas brasileiras;
12
• ampliar a presença da cultura bra-
sileira no mercado internacional por
intermédio de ações e programas de
estímulo à exportação e de promoção
de artistas e produtos culturais;
• fomentar o desenvolvimento das
cadeias produtivas da cultura e for-
talecer políticas democratizantes
para que esse mercado chegue a
todos os brasileiros;
• integrar as políticas de cultura e tu-
rismo, com vistas a fortalecer o turis-
mo solidário e baseado em experiên-
cias culturais.
4. Fortalecimento do Sistema Nacional
de Cultura:
Avançar no processo de Instituciona-
lização e implementação do Sistema
Nacional de Cultura, assegurando:
• a execução do Plano Nacional de
Cultura, considerando as priorida-
des definidas na II Conferência Na-
cional de Cultura;
• a implementação de um Sistema de
Financiamento Público à Cultura que
prossiga democratizando e descentra-
lizando os recursos;
• o fortalecimento do Ministério da
Cultura e das instituições vinculadas;
• o avanço na democratização dos
processos decisórios com o fortaleci-
mento do Conselho Nacional de Po-
lítica Cultural, a realização periódica
das conferências nacionais de cultu-
ra e a instalação da Comissão Inter-
gestores Tripartite;
• a implementação do Sistema Na-
cional de Informações e Indicado-
res Culturais, gerando informações
sobre a realidade cultural brasileira
e dados consistentes para formula-
ção, monitoramento e avaliação dos
planos de cultura;
• execução do Programa Nacional de
Formação na Área da Cultura, capacitan-
do gestores e conselheiros de cultura;
• a criação e o fortalecimento de siste-
mas setoriais de cultura;
• o estímulo e apoio aos Estados e
municípios para criação dos seus
sistemas de cultura.
5. Ampliação dos recursos para a
Cultura:
• continuar ampliando os recursos, di-
versi? car as fontes e os mecanismos
de ? nanciamento público e estimular
uma maior participação da iniciativa
privada, garantindo recursos estáveis
e crescentes para área cultural;
• modernizar o sistema de ? nancia-
mento e fomento da cultura, nos mol-
des do Projeto de Lei do Procultura,
13
fortalecendo o Fundo Nacional de
Cultura - FNC como instrumento de
política cultural e principal mecanis-
mo de ? nanciamento público à cul-
tura, com ampliação de recursos,
articulação com fundos estaduais e
municipais, processos de decisão e
gestão aperfeiçoados, fortalecimen-
to das atribuições de co-gestão do
Conselho Nacional de Política Cul-
tural - CNPC e desenvolvimento de
papéis de articulação e incentivo a
políticas culturais federativas;
• ampliar mecanismos de crédito e
empréstimo reembolsável via fundos
públicos e sistema bancário, diversi-
? cando os objetos por meio da via-
bilização de investimentos em todos
os elos das cadeias produtivas como
a circulação, a exibição, o consumo, a
formação e a pesquisa;
• estimular o co-? nanciamento com
Estados e municípios, com outros mi-
nistérios e instituições públicas, com a
sociedade civil e, no plano internacio-
nal, com outros países;
6. Estímulo às artes e às atividades
criativas:
• fortalecer a Funarte e os fundos seto-
riais visando a estimular as diversas lin-
guagens artísticas em todas as Regiões;
• investir nos processos de formação,
produção, circulação e difusão da cria-
ção artística e intelectual contemporâ-
nea como uma ação estratégica para
as políticas públicas de cultura;
• estimular e multiplicar os circuitos
artísticos, culturais e de comunicação,
efetivando uma política de circulação
e difusão por meio de festivais de mú-
sica, feiras, bienais, mostras, cineclu-
bes, construção de centros de cultura
digital e estímulo à construção de no-
vas salas de cinema;
• apoiar a pesquisa estética, contri-
buindo para a geração de conhecimen-
tos, a experimentação de linguagens e
a exploração de valores de forma am-
pla e abrangente;
• ampliar os programas de bolsas de
criação e intercâmbio cultural;
• articular com o Ministério da Educa-
ção e as universidades a presença das
diferentes expressões artísticas nas
escolas, o fortalecimento dos cursos
de nível superior e o desenvolvimento
de programa de capacitação e aper-
feiçoamento de artistas e técnicos;
• buscar, em diálogo com o Congres-
so Nacional, a aprovação de legislação
que promova a modernização, forma-
lização e regulamentação das relações
de trabalho na cultura.
14
7. Valorização da Memória e do
Patrimônio Cultural:
• fortalecer o Iphan e o Ibram, os Pontos
de Memória, a Política Nacional de Mu-
seus, o Programa do Patrimônio Imate-
rial e o PAC das Cidades Históricas com
uma visão plural e contemporânea da
relação da memória e dos patrimônios
como elementos estratégicos na cons-
trução do projeto de nação;
• fortalecer o Fundo Setorial do Patri-
mônio e Memória;
• fortalecer o Sistema Brasileiro de
Museus e o Sistema Nacional de Patri-
mônio Cultural;
• quali? car os museus brasileiros para
a Copa do Mundo de 2014 e para as
Olimpíadas de 2016, como fator de de-
senvolvimento das cidades;
• proteger e promover os patri-
mônios e as memórias locais, em
articulação com governos esta-
duais e prefeituras;
• ampliar os Pontos de Memória para
as comunidades indígenas, quilombo-
las e de populações tradicionais;
• executar as metas do Plano Se-
tor ial de Museus, especialmente
a ampl iação, em 30%, do núme-
ro de municípios brasi leiros com
museus e a modernização da
área museológica.
8. Promoção das línguas, do livro, da
leitura e da literatura:
• desenvolver política de promoção
da língua portuguesa como principal
patrimônio identitário do povo brasi-
leiro, preservando as diversidades de
falares e estimulando a apropriação de
sua modalidade escrita, sobretudo por
jovens e crianças;
• estabelecer programa de preser-
vação e difusão das línguas não-
-portuguesas faladas e cultivadas
por comunidades do território bra-
sileiro, em especial as dos indígenas
e dos quilombolas;
• promover a literatura brasileira no
País e no exterior, por meio de bolsas
de criação e de tradução, prêmios a
editoras e livrarias que promovam o
autor nacional;
• constituir o Instituto Nacional do Li-
vro, da Leitura e da Literatura e rees-
truturar o Sistema Nacional de Biblio-
tecas Públicas, transformando-o em
Sistema Nacional de Bibliotecas, do
Livro, da Leitura e da Literatura;
• ampliar os recursos e fortalecer as
ações do Programa Mais Cultura vol-
tadas para o estímulo à leitura: Biblio-
tecas Mais Cultura, Pontos de Leitura
e Agentes de Leitura, bem como o
Programa Arca das Letras em con-
15
junto com o Ministério do Desenvol-
vimento Agrário.
• articular o Plano Nacional do Livro e
Leitura com planos estaduais e muni-
cipais, induzindo a apropriação das bi-
bliotecas públicas pelas comunidades.
9. Mais Cultura e mais educação para
os brasileiros:
• transformar a escola em um am-
biente cultural vivo para que possa
atrair seus alunos e formar públicos e
atores para a cultura;
• dotar a cultura de atuação educati-
va de combate à exclusão cultural, via-
bilizando a possibilidade de criação e
acesso para todos;
• apoiar e articular, conjuntamente
com o Ministério da Educação, para
que os sistemas de ensino incorporem
em seus currículos disciplinas vincula-
das à cultura, como as diferentes lin-
guagens artísticas, a exemplo de aulas
de Música nas escolas, as diversas ex-
pressões da cultura popular, o audiovi-
sual e a cultura digital;
• ampliar as parcerias para criação de
Pontos de Cultura e Pontos de Mídia
Livre nas escolas, transformando-as
em centros de produção, promoção e
difusão da cultura brasileira para fazer
das escolas e universidades do País o
grande espaço para re? exão, produ-
ção e circulação da cultura brasileira.
• reconhecer o direito e o papel dos
mestres de cultura popular, capoeira
e dança, entre outras expressões, na
transmissão de saber no ensino formal.
10. A juventude como protagonista
da Cultura:
• expandir e criar novos programas es-
pecí? cos para os jovens, estimulando
a produção de música, poesia, teatro,
dança e conteúdos audiovisuais, e sua
disseminação por meio do uso de li-
cenças livres e em espaços públicos
em rede conectados à Internet (estú-
dios, salas de teatro, cinema etc.);
• desenvolver políticas culturais, com
efetiva participação da juventude,
para interferir diretamente na requali-
? cação dos espaços de convívio e de
trocas culturais, assegurando o direito
ao tempo livre e criando oportunida-
des de trabalho na área da cultura, no
campo e nas cidades;
• criar programas especiais de bolsas
em cultura para jovens e dar maior
escala à ação Agentes de Leitura, do
Programa Mais Cultura;
• expandir a oferta de cursos da
área cultural nos institutos técnicos
e na universidade;
16
• fortalecer as políticas culturais es-
pecí? cas para a infância, fase espe-
cial de desenvolvimento do ser hu-
mano onde o lúdico ocupa um papel
fundamental na formação;
11. Mais espaços para a Cultura nas
cidades brasileiras:
• promover a criação de espaços pú-
blicos nas cidades como pontos de
encontro e convivência, como lugares
da cidadania, dos diálogos intercultu-
rais, da sociabilidade, da criatividade,
da alegria, da paz, integrando as políti-
cas culturais com as políticas urbanas
para assegurar o direito ao espaço e à
cultura aos cidadãos;
• fortalecer nossa política de infra-
estrutura cultural, articulada com
Estados e municípios, com fontes
diversas de financiamento, para
construção de uma rede nacional
de equipamentos de qualidade e
distribuída em todo o país, princi-
palmente nas periferias urbanas;
• fortalecer programas e projetos
como o PAC das Cidades Históricas, o
Mais Cultura, o Cinema da Cidade e o
Programa Cinema Perto de Você
• assegurar espaços públicos voltados
para a cultura nas novas ocupações
urbanas com conjuntos habitacionais,
especialmente nas obras do PAC e do
programa Minha Casa, Minha Vida;
• investir na implantação de Espaços
Mais Cultura, parques ou praças mul-
tiuso, munidos de cine-teatro, bibliote-
ca, núcleos de cultura digital e outros
módulos. Ampliar o conceito das Pra-
ças da Juventude, tornando-os equi-
pamentos de lazer, cultura e cidadania,
numa ação conjunta dos Ministérios da
Cultura e do Esporte;
• tornar os equipamentos culturais das
cidades, existentes e a serem criados,
centros de referência da cultura do lu-
gar e de conexão com os circuitos cul-
turais e turísticos, promovendo a inclu-
são da produção local na dinâmica da
economia da cultura, criando oportu-
nidades, especialmente para os jovens.
12. Difusão da Cultura com democra-
tização da Comunicação:
• fortalecer a rede pública de Televisão
como estratégia de fomento da indús-
tria audiovisual brasileira e como ga-
rantia da diversidade de conteúdos e
de espaço para a produção indepen-
dente na TV aberta;
• fortalecer a TV Brasil e as TVs públi-
cas estaduais e universitárias;
• apoiar as TVs e rádios comunitárias
na produção e difusão cultural;
17
• implementar políticas de regiona-
lização da comunicação e a amplia-
ção da infraestrutura, em especial,
de salas de cinema, cineclubes e da
rede de banda larga e concessão de
rádios comunitárias;
• criar e regulamentar uma rede in-
terligada de Telecentros, fomentar a
expansão de Pontos de Mídia Livre e
articular as políticas de acesso à In-
ternet com as políticas de educação,
em alinhamento com o processo de
convergência tecnológica e a demo-
cratização das condições de produ-
ção de conteúdos;
• continuar, por meio da Ancine, a in-
vestir no fortalecimento das empresas
brasileiras e no aumento da produção,
distribuição e exibição do audiovisual
brasileiro em todas as telas;
• implantar o Canal da Cultura pre-
visto no decreto de implantação da
TV Digital Brasileira, como forma
de difundir conteúdo audiovisual
e a produção contemporânea para
toda a população;
• Inserir o Programa Banco de Conte-
údos de digitalização de acervos no
âmbito do Plano Nacional de Banda
Larga - PNBL, como forma de fran-
quear o acesso a instituições culturais,
museus, bibliotecas.
13. Maior presença da Cultura brasileira
no mundo:
• consolidar o desempenho do Brasil
no cenário internacional fortalecendo
a atual política cultural externa com
maior circulação das nossas expres-
sões artísticas, a ampliação do con-
sumo de produtos culturais brasileiros
no exterior e a implantação de novas
Casas de Cultura e Pontos de Cultura
em outros países, com ênfase na Amé-
rica do Sul, comunidade dos países de
língua portuguesa e Ibero - América;
• fortalecer políticas que viabilizem a
presença da cultura brasileira no mun-
do e a Cultura como elemento de po-
sicionamento do Brasil e construção
da imagem externa do País no cená-
rio mundial, fortalecendo a diplomacia
cultural dos ministérios das Relações
Exteriores e da Cultura;
• fortalecer o Programa de Pro-
moção e Exportações de produtos
culturais brasileiros e incentivar o
consumo de produtos culturais bra-
sileiros no exterior.
Coligação Para o Brasil Seguir MudandoDilma Roussef . Candidata a Presidente
Michel Temer. Candidato a Vice-Presidente
Partidos da Coligação:Partido dos Trabalhadores (PT). José Eduardo de Barros Dutra (Presidente)
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Michel Temer (Presidente)Partido Comunista do Brasil (PCdoB). José Renato Rabelo (Presidente)
Partido da República (PR). Alfredo Nascimento (Presidente)Partido Democrático Trabalhista (PDT). Carlos Lupi (Presidente)
Partido Republicano Brasileiro (PRB). Vitor Paulo Araujo dos Santos (Presidente)Partido Social Cristão (PSC). Victor Jorge Abdala Nosseis (Presidente)
Partido Socialista Brasileiro (PSB). Eduardo Campos (Presidente)Partido Trabalhista Cristão (PTC). Daniel S. Tourinho (Presidente)
Partido Trabalhista Nacional (PTN). José Masci de Abreu (Presidente)
Comissão de Programa de Governo:Marco Aurélio de Almeida Garcia (Coordenador)Alessandro G. Teixeira (Coordenador Executivo)
Membros:
Ângela Gomes, Cilene Antoniolli, Jackson de Toni, Laudemir Muller, Marta Coerin, Mary Célia Guirado, Telma Feher.
Caderno Temático de Proposta para o Programa de Governo:
Cultura
Colaboraram com este texto:Albino Rubim, Elder Vieira Santos, Frederico Barbosa, Glauber Piva,
Gog, João Roberto Peixe, José Nascimento Júnior, Juca Ferreira, Lia Calabre, Manoel Rangel Neto, Morgana Eneile, Pedro Amaral.
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