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Direito Comercial Propriedade Industrial

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Direito Comercial

Propriedade Industrial

Propriedade IndustrialOs Direitos Industriais são

concedidos pelo Estado, através de uma autarquia federal, o Instituo Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O direito à exploração exclusiva do objeto da patente ou registro NASCE a partir do ato concessivo correspondente.

Propriedade IndustrialPropriedade – sentido lato – é o poder

irrestrito de uma pessoa sobre um bem.Propriedade Intelectual – é o direito de uma

pessoa sobre um bem imaterial. Volta-se para o estudo das concepções inerentes aos bens intangíveis que, de modo geral, podem ser enquadrados nas categorias: artísticas, técnicas e científicas.

Propriedade IndustrialA Propriedade Intelectual procura regular as

ligações do autor, ou criador, com o bem imaterial. Estatui as regras de procedimento para a obtenção do privilégio, bem como a atuação das autoridades que intervêm nessa matéria.

A Propriedade Industrial - é um episódio da propriedade intelectual que trata dos bens imateriais aplicáveis nas indústrias.

Propriedade IndustrialAs patentes e os Registros podem

ser alienados por atos inter vivosou mortis causa.

Patente – diz respeito à Invenção ou Modelo de Utilidade.

Registro – diz respeito a Desenho Industrial ou Marca.

Propriedade IndustrialSão quatro os bens imateriais protegidos

pela Propriedade Industrial:I - A patente de InvençãoII - A patente de Modelo de

UtilidadeIII - O Registro de Desenho

IndustrialIV - O Registro de Marca

Propriedade IndustrialA Patente é o direito outorgado pelo Governo de uma nação a uma pessoa, o qual confere a exclusividade de exploração do objeto de uma invenção, ou de um modelo de utilidade, durante um determinado período em todo o território nacional.

Propriedade IndustrialA Patenteabilidade está sujeita aos

seguintes requisitos:1. Novidade 2. Atividade Inventiva3. Aplicação Industrial 4. Não-impedimentoPrazo de duração determinado e contado

do depósito do pedido de patente, sendo:

* 20 anos – Invenção* 15 anos – Modelo de Utilidade

Propriedade IndustrialI - Invenção e seu privilégioA Invenção pode ser entendida como o

bem imaterial, resultado da atividade inventiva, o qual define algo, enquadrado nos diversos campos da técnica, anteriormente não conhecido e utilizado.

Atividade Inventiva entendida como a disposição e o esforço intelectual do homem para a criação.

Propriedade IndustrialA Invenção é um conjunto de regras de

procedimento, estabelecidas por uma pessoa especial – o inventor – , as quais, utilizando-se dos meios ou elementos fornecidos pela ciência, possibilitam a obtenção de um bem material (por ex. um produto, aparelho ou processo) que venha a proporcionar um avanço em relação ao estado da técnica.

Embora possa aludir a um produto, aparelho ou processo, NÃO é a representação MATERIAL destes objetos.

Propriedade IndustrialPrincípio da Repetição – princípio

básico de uma invenção –reprodução ou repetição em escala industrial.

As Invenções podem ser de três tipos:1. Invenções de Produtos2. Invenções de Processos3. Invenções de Aparelhos

Propriedade Industrial1. Invenções de ProdutosProdutos são entendidos como o resultado

final, materializado, conseqüente àutilização das regras estabelecidas numa invenção. São as matérias, misturas, elementos e substâncias, apresentadas nos seus diferentes estados físicos ou químicos, ou num corpo certo e definido pelas suas características, como máquinas, aparelhos, utensílios, etc.

Propriedade Industrial

2. Invenções de ProcessosSão as regras que estabelecem os

meios técnicos para obtenção do produto. Em outras palavras, podemos dizer que o produto é o bem final, enquanto, o processo é o seu meio de obtenção.

Propriedade Industrial3. Invenções de AparelhosSão invenções relacionadas aos aparelhos

responsáveis pelo processo de obtenção dos produtos. Observe-se que, no conjunto de fases de produção realizadas por um único aparelho, ou no conjunto de aparelhos que geram um produto, apenas uma fase ou um aparelho – ou todos eles – podem ser aperfeiçoados, caracterizando novas invenções.

Propriedade IndustrialII - Modelo de Utilidade – é toda forma nova

conferida – envolvendo esforço intelectual criativo que não tenha sido obtido de maneira comum ou óbvia (ato inventivo, ou seja, atividade inventiva em menor grau) – a um objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, desde que com isto se proporcione um aumento de sua capacidade de utilização. (Art.9º Lei nº9.279/96)

Propriedade IndustrialExtinção da Patente – hipóteses:• Término do prazo de duração;• Caducidade;• Renúncia aos direitos industriais;• Falta de pagamento da taxa devida

ao INPI, denominada “retribuição anual”;

• Falta de representante no Brasil, quando o titular é domiciliado no exterior.

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Registro – é um ato administrativo constitutivo.O Direito de utilização exclusiva NASCE da anterioridade do Registro, não da utilização.

Propriedade IndustrialIII - Desenho Industrial ou Design – é um bem imaterial que constitui um meio de expressão da criatividade do homem e que se exterioriza pela forma, ou pela disposição de linhas e cores, de um objeto suscetível de utilização industrial. (Art.95 Lei nº9279/96)

Propriedade IndustrialRequisitos a que se sujeita o

Desenho Industrial ou Design:1. Novidade – questão técnica.2. Originalidade – questão estética.3. Desimpedimento.Registro tem prazo de duração de 10 anos,

contatos da data do depósito, e pode ser prorrogável por até 3 períodos sucessivos de 5 anos cada (Art. 108 Lei nº9.279/96).

Propriedade IndustrialIV - Marcas de Indústria e ComércioA Marca é um sinal que permite

distinguir produtos industriais, artigos comerciais e serviços profissionais de outros do mesmo gênero, da mesma atividade, semelhantes ou afins, de origem diversa.

Propriedade IndustrialA Marca pode ser aquela usada para:• De produto ou serviço – distinguir produto ou

serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa;

• De certificação – atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e

• Coletiva – identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade.

(Art.123 Lei nº9.279/96)

Propriedade IndustrialRequisitos para Registro das Marcas:1. Novidade Relativa2. Não-colidência com marca novatória3. Não-impedimento• Tem duração de 10 anos, a partir de

sua concessão, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.

• Prevervação - O seu titular poderápreservar o seu registro até quando lhe convier. (Art. 133 Lei nº9.279/96)

Propriedade Industrial• Prorrogação - deve o interessado pleiteá-la sempre no

último ano de vigência do registro.• Permite-se, como última oportunidade, requerimento

dentro de 6 meses subseqüentes à expiração do termo final de sua vigência, mediante pagamento de retribuição adicional.

CADUCIDADE – Art.143 Lei nº9.279/96• Quando o titular do registro não iniciar o uso no Brasil no

prazo de 5 anos de sua concessão; ou• Embora iniciado, o uso tiver sido interrompido por mais

de 5 anos consecutivos; ou ainda,• Se, no mesmo prazo, a marca tiver sido utilizada com

modificação que implique alteração de seu caráter distintivo original, salvo se justificado o desuso por razões legítimas apresentadas pelo seu titular.

• Qualquer pessoa poderá requerer a caducidade do registro

Propriedade IndustrialPERDA DOS DIREITOS

O registro da Marca extingue-se:I – pela expiração do prazo de vigência;II – pela renúncia, que poderá ser total ou

parcial em relação aos produtos ou serviços assinalados pela marca;

III - pela caducidade; ouIV – pela inobservância do disposto no

art.217 da Lei nº9.279/96 (referente a Procurador)

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BORBA, José Edwaldo Tavares, “Direito Societário”, 6ª ed. rev., aum. e atual. - Rio de Janeiro: Renovar, 2004.

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COELHO, Fábio Ulhôa, “Manual de Direito Comercial”, 12ª ed., São Paulo: Saraiva, 2000.

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MIRANDA JÚNIOR, Darcy Arruda, “Curso de Direito Comercial”, 1º vol., Parte Geral, 6ª ed., São Paulo: Saraiva, 1987.

REQUIÃO, Rubens, “Curso de Direito Comercial”, 1º vol., 21º ed., São Paulo: Saraiva, 1993.