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Ano 5 - Nº 19 Jan/Fev 2008 INIBIDORES DE CORROSÃO PROTEGER SEM AGREDIR INIBIDORES DE CORROSÃO PROTEGER SEM AGREDIR ENTREVISTA Gutemberg de Souza Pimenta e Neusvaldo Lira de Almeida, coordenadores do INTERCORR 2008 ENTREVISTA Gutemberg de Souza Pimenta e Neusvaldo Lira de Almeida, coordenadores do INTERCORR 2008

PROTEGER SEM AGREDIR - ABRACO€¦ · Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892 Diretoria Presidente Eng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTEC

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  • Ano 5 - Nº 19Jan/Fev 2008

    INIBIDORES DE CORROSÃO

    PROTEGER SEM AGREDIRINIBIDORES DE CORROSÃO

    PROTEGER SEM AGREDIR

    ENTREVISTA

    Gutemberg de Souza Pimenta

    e Neusvaldo Lira de Almeida,

    coordenadores

    do INTERCORR 2008

    ENTREVISTA

    Gutemberg de Souza Pimenta

    e Neusvaldo Lira de Almeida,

    coordenadores

    do INTERCORR 2008

    C&P_19_CAPA 1/1/04 1:12 AM Page 1

  • Sumário

    Capa:Intacta Design

    A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção econtrole.

    Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

    DiretoriaPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTECVice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes - IECDiretor FinanceiroM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta -PETROBRAS /CENPESGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

    Diretoria TécnicaEng. Aldo Cordeiro Dutra

    Dr. Eduardo Homem de S. Cavalcanti - INTJeferson da Silva - AKZO NOBEL Dra. Olga Baptista Ferraz - INTDra. Zehbour Panossian - IPT

    Conselho Editorial Eng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT Eng. Jorge Fernando Pereira Coelho M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEDra. Zehbour Panossian - IPT

    Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

    Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

    DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

    EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

    Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

    Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

    GráficaCopypress

    Esta edição será distribuída em março de 2008.

    As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

    28

    Sistemas de reparo de estruturasde concreto com corrosão

    de armaduras por carbonatação –Parte 2

    Por José Luis Serra Ribeiro, Sílvia M.

    S. Selmo e Zehbour Panossian

    30

    Fosfatização de Metais FerrososParte 11 - Aceleradores:Sais Metálicos e Outros

    Por Zehbour Panossian

    e Célia A. L. dos Santos

    33

    Noções Básicas sobre Processode Anodização do Alumínio

    e suas Ligas - Parte 7Por Adeval Antônio Meneghesso

    Artigos Técnicos6Entrevista

    INTERCORR, o grande evento de 2008Gutemberg de Souza Pimentae Neusvaldo Lira de Almeida

    8Matéria de CapaProteger sem agredir

    14Notícias do Mercado

    20ABRACO Informa

    24Treinamento e Desenvolvimento

    Avaliação de desempenho e análise de performanceOrlando Pavani Jr.

    34Opinião

    Escrever bem é essencialFábio Humberg

    C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 3

    Sumário/Expedient19 1/1/04 3:16 AM Page 1

  • M OUTUBRO DE 1968, DURANTE O V SEMINÁRIO DO IBP – INSTITUTO BRASILEIRO DEPetróleo, realizado no Hotel Glória, no Rio de Janeiro, um grupo de profissionais se lançou a umdesafio: criar a Associação Brasileira de Corrosão – ABRACO. O assunto era recente no País, mas

    já era notória a importância do estudo sobre a corrosão para a crescente indústria do petróleo. Pode-se ava-liar essa importância pelo próprio Seminário do IBP. Apesar de estar apenas na quinta edição do evento,pela segunda vez o tema Corrosão seria abordado.

    Assim, em uma das salas do hotel, Aldo Dutra, Aldo Maestrelli e o General Iremar redigiram a atade Fundação da entidade e durante o evento foi realizada a primeira reunião que elegeu Vicente Gentilpara a presidência. Era criada oficialmente, então, a ABRACO uma das entidades mais antigas e parti-cipativas do Brasil que desde sua fundação tem como missão ampliar e disseminar o conhecimento naárea de Corrosão e Proteção.

    Em 2008, a entidade vai celebrar seus 40 anos, com a mesmavitalidade e capacidade de mobilização de sua fundação. Afinal, aABRACO tem uma longa história de organização de cursos técni-cos, publicações, seminários, eventos internacionais, reuniões,enfim uma série de atividades que a credenciaram a ser a parceirapreferencial de empresas e entidades governamentais para debatere incentivar o desenvolvimento dos métodos e estudos para a pre-venção da corrosão.

    A organização do INTERCORR 2008, que será realizado emmaio na cidade de Recife (PE), é uma prova do vigor da associa-ção. O evento contará com a participação de especialistas do Brasile do exterior na apresentação de vários trabalhos técnicos, na

    forma de palestras e debates. O apoio das empresas patrocinadoras e participantes da exposição empre-sarial é uma demonstração da confiança do mercado na capacidade de organização e mobilização daABRACO. A expectativa é da presença de cerca de 600 congressistas.

    Profº Vicente Gentil – neste ano marcado pelas comemorações dos 40 anos da ABRACO, umanota que nos deixa entristecidos. O Profº Vicente Gentil, primeiro presidente da ABRACO, e um dosmaiores especialistas do setor, nos deixou exatamente neste momento de celebração. Empenhada emhomenageá-lo, a ABRACO criou o prêmio Profº Vicente Gentil para o melhor trabalho técnico apre-sentado no INTERCORR e demais eventos correlatos da associação.

    A próxima edição da Revista Corrosão & Proteção trará uma matéria histórica sobre a trajetóriada ABRACO nesses 40 anos de vida. Queremos resgatar para as novas gerações um pouco de toda acontribuição que a ABRACO já fez à “comunidade da corrosão”, colocando em uma perspectiva histó-rica as realizações e o impacto dessa atuação proativa para o desenvolvimento do mercado nacional.

    Boa Leitura!

    Os Editores

    ABRACO: 40 anos bem vividos

    Carta ao leitor

    Em 2008, a ABRACO comemora seus

    40 anos, com a mesma vitalidade

    e capacidade de mobilização dos

    tempos de sua fundação

    4 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    CartaLeitor19 1/1/04 1:14 AM Page 1

  • CARACTERÍSTICAS Três vezes mais duro que o Zn puro

    Excelente distribuição de camada

    Maior estabilidade do eletrólito

    Combina eletroquimicamente com o Al

    Alta resistência térmica até 160ºC

    Sem periculosidade com fragilização por hidrogênio

    Resiste a todas substâncias hidráulicas comuns

    Não libera mais níquel metal que o aço Inox 316, tipo ASTM 316, conforme ensaio Scania em 2006

    BENEFÍCIOS Melhor comportamento tribológico

    Ideal para peças de geometria complexa

    Processo de simples controle

    Enorme redução da corrosão por contato

    Ótimo para peças na região do motor

    Indicado para peças temperadas

    Alta resistência química

    Mínima periculosidade com dermatites

    SurTec do Brasil Ltda.11 4334.7316 • 11 4334.7317

    [email protected]

    PROCESSO ALCALINO DE ZINCO NÍQUELSurTec 716

  • INTERCORR, o grande evento de 2008Em maio, acontecerá em Recife (PE) um importante evento internacional de corrosão.

    O alto nível e qualidade do programa técnico são os pontos altos do INTERCORR 2008

    que deverá reunir mais de 500 profissionais

    Entrevista

    NeusvaldoLira

    NTRE OS DIAS 12 E 16 DEmaio, a comunidade técni-ca e científica nacional e

    internacional do setor da corro-são tem um encontro marcado.Durante esses dias acontecerá,em Recife (PE), o INTER-CORR 2008 que reunirá o 28ºCongresso Brasileiro de Corro-são e o 2nd. International Corro-sion Meeting. O objetivo princi-pal do evento é reunir os profis-sionais da comunidade acadêmi-ca e de centros de pesquisa como setor industrial da área. “É umambiente perfeito para a troca deconhecimentos e experiênciasque, em resumo, contribuem pa-ra disseminar o conhecimento eampliar as possibilidades dedesenvolvimento dos segmentosque são afetados pela corrosão”,comenta Neusvaldo Lira de Al-meida, presidente do ComitêTécnico do INTERCORR,mestre em Engenharia pelaPOLI-USP e pesquisador doLaboratório de Corrosão e Pro-teção do IPT São Paulo.

    O evento está sendo organi-zado pela ABRACO – Associa-ção Brasileira de Corrosão,entidade que tem uma longatradição e é referência para osgrupos que têm atividades pro-fissionais relacionadas aostemas corrosão e proteção. “Pa-ra a ABRACO será uma opor-tunidade de reunir esses profis-

    Qual o ponto forte doINTERCORR?Gutemberg – Como não poderiadeixar de ser em um evento como

    este, é sua programação técnica.Além da apresentação de traba-lhos técnicos, nas formas oral epôster, estão previstas nove confe-rências plenárias – conduzidaspor renomados pesquisadores daEspanha, Estados Unidos, Portu-gal, Bélgica e Brasil, e seis mesas-redondas (veja no box os temas),sessões que vão possibilitar deba-tes mais aprofundados, por seremtemas específicos e também por-que o tempo disponível será bem

    sionais para apresentaremseus trabalhos mais recentes,tornando-os conhecidospor um grande número detécnicos e pesquisadores”,avalia Gutemberg deSouza Pimenta, Coor-denador geral do evento,mestre em EngenhariaMetalúrgica e Ciência dosMateriais pela COPPE epesquisador na atividade decorrosão do Centro dePesquisas da PETROBRAS.

    Gutemberg explica aindaque a opção pela cidade doRecife se deve a busca pordiversificação de locais, paraaproximar estes eventos técni-

    cos de todos os centros relevan-tes de ensino e pesquisa dosetor. E a expectativa de partici-pação é excelente. “Tivemoscerca de 280 trabalhos inscritos,de praticamente todas as áreasdo conhecimento. É um forteindicador para grande presençano evento”, comenta. Acom-panhe um pouco mais dasexpectativas em torno do even-to e as possibilidades que ele vaioferecer aos participantes.

    6 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    Gutemberg deSouza

    Será instituído a partir deste ano o Prêmio

    Professor Vicente Gentil para o trabalho de maior

    contribuição técnica, apresentado no eventoNeusvaldo Lira

    “”

    Por Alberto Paz

    C&P_19_Entrevista 1/1/04 5:19 AM Page 1

  • maior. Temos certeza, que os pes-quisadores vão encontrar inú-meras possibilidades de atuali-zação do conhecimento e inter-câmbio de informação noevento.

    Neusvaldo – Complemento, ain-da, com a programação de cincominicursos (veja box com ostemas) ministrados por pesquisa-dores nacionais renomados.Paralelamente às exposições téc-nicas, em auditório reservado, asempresas patrocinadoras queatuam no mercado, apresentarãoseus produtos e serviços, trazendoaos congressistas as mais recentesinovações tecnológicas referentesao controle e à prevenção da cor-rosão. Toda essa preocupação emofertar o melhor e mais variadotemário é para que o INTER-CORR cumpra sua função de dis-seminar conhecimento e ampliaro desenvolvimento dos segmentosindustriais.

    Os cerca de 280 trabalhos en-caminhados estão focados emquais áreas?Gutemberg – Teremos trabalhosligados à indústria química, petró-leo e petroquímica, inibidores decorrosão, revestimentos metálicos eorgânicos, corrosão associada afatores mecânicos, proteção catódi-ca, construção civil, técnicas eletro-químicas, a condições atmosféricas,pelas águas (naturais e industriais),materiais resistentes à corrosão, tra-tamento de superfícies e monitora-mento da corrosão. Enfim os temassão bastante abrangentes.

    Qual é a expectativa em relaçãoao número de congressistas?Gutemberg – Estamos estimandoentre 500 e 600 congressistas,entre diretores, gerentes, especia-listas, engenheiros, técnicos, pes-quisadores ligados ao setor decorrosão e áreas correlatas, sendoalgo em torno de 20% de con-gressistas de outros países. A

    par-ticipaçãoestrangeira se deve a dois pontos.Primeiro, a notória qualidadetécnica dos profissionais e daindústria nacional no campo dacorrosão e, depois, pela maiorrelevância que o Brasil vem con-quistando gradativamente nocenário internacional do merca-do energético.

    Haverá a participação de em-presas?Neusvaldo – Sem dúvida. Todos osestandes disponibilizados para aexposição empresarial foram contra-tados, propiciando ao evento umamaior credibilidade em razão dogrande interesse das empresas peloINTERCORR. Cada vez mais asempresas têm identificado na expo-sição uma oportunidade imprescin-dível para estabelecer um contatomais próximo com os potenciaisclientes e formadores de opinião.

    O INTERCORR tem progra-mado alguma premiação?Neusvaldo – Temos o tradicionalconcurso de fotografia técnica decorrosão e degradação de material,que já está em sua décima-quintaedição, e sempre é um grande suces-so de participação, mobilizandoinúmeros pesquisadores e estudan-

    A maior participação estrangeira se deve

    à notória qualidade técnica de nossos

    profissionais e à relevância do Brasil

    no mercado energético mundialGutemberg de Souza

    “”

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    C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 7

    tes. Também será insti-tuído a partir deste anoo Prêmio ProfessorVicente Gentil, que sechamava PrêmioCO N B R A S CO R R ,

    destinado ao trabalho demaior contribuição técni-

    ca apresentado no evento. Amudança de nome é uma

    forma de perpetuar uma justahomenagem ao Professor Gentil,um dos pioneiros na área, quededicou toda a sua atividade pro-fissional ao estudo e a difusão dosmétodos de proteção e de controleda corrosão. Falecido em janeiroúltimo, foi o primeiro presidenteda ABRACO e um incansávelincentivador das atividades daassociação.

    TEMAS DAS MESAS-REDONDAS• Biocombustível: corrosão é um problema?• Biocorrosão e biofilmes• Corrosão na indústria do petróleo• Inibidores da corrosão para processos

    químicos• Nanotecnologia aplicada à proteção contra

    a corrosão• Superproteção catódica em dutos

    TEMAS MINICURSOS• Novas tecnologias de tintas anticorrosivas• Uso de inibidores de corrosão• Técnicas de avaliação da corrosão interna• Proteção catódica – princípios básicos e

    aplicação• Revestimentos metálicos para proteção

    contra a corrosão

    Para mais informações e inscrições noINTERCORR, acesse: www.abraco.org.br

    C&P_19_Entrevista 1/1/04 5:19 AM Page 2

  • MateriaCapa19 1/1/04 5:05 AM Page 1

  • Inibidores de Corrosão

    ssim como em todos ossegmentos da indústria, aquestão ambiental vem

    sendo tratada com grande im-portância no que diz respeito àsnovas tecnologias aplicadas aosinibidores de corrosão. Atépouco tempo os cromatos erammuito utilizados, uma vez quesão excelentes inibidores oxi-dantes por formarem um filmepassivo nas superfícies metáli-cas. Mas, por apresentar elevadatoxidez, foram substituídos porformulações contendo molibda-tos, por misturas que possuemcomo base inibitiva substânciasorganofosforadas e pelo zinco.

    “O zinco exerce um papelimportantíssimo nessas mistu-ras, pois diminui o potencial doaço-carbono e forma, nas áreascatódicas do metal, um hidróxi-do que bloqueia a superfície,desacelerando o processo corro-sivo. Apesar de ser bastante efi-ciente na proteção metálica,existe uma preocupação muitogrande em relação à concentra-ção do zinco nessas formula-ções, já que, por lei, o descarteatravés de purgas para o meioambiente não deve ultrapassar5ppm. Desta forma, o desafiodas novas tecnologias é traba-lhar com misturas que apresen-tem o mínimo de riscos para omeio ambiente”, explica LeilaReznik, pesquisadora da Fun-dação COPPETEC da Univer-sidade Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ).

    Especialista na área de Inibi-dores aplicados em Sistemas deRefrigeração Industrial, LeilaReznik ressalta que a principaltendência desse mercado, desde

    o segmento petroquímico até as unidades de conforto, é a economiade utilidades e insumos. Um dos exemplos dessa nova tendência é areutilização da água nos sistemas semi-abertos de recirculação. Esteprocedimento faz com que as purgas e reposições necessárias àmanutenção de seus índices na faixa de estabilidade diminuam ousejam eliminadas, dependendo do caso.

    “O mercado vem se preparando para oferecer tratamentos quí-micos que forneçam o controle de dissolução metálica, de incrusta-ções e de crescimento microbiológico em ciclos de concentraçãobastante elevados. Dentro desses tratamentos, a pesquisa e o desen-volvimento de dispersantes especiais, com até80% de eficiência, aliados à instalação de pré-tra-tamentos físicos auxiliares, com o objetivo deretenção de particulados, pode garantir uma maiorcampanha desses sistemas. É claro que, juntamen-te a um bom tratamento químico, existe uma ten-dência ao desenvolvimento do que pode ser cha-mado de ‘monitoramento inteligente’. Esta tecno-logia deve mostrar em tempo real o consumo dassubstâncias envolvidas no controle da corrosão,incrustação e microrganismos, permitindo a apli-cação de dosagens mínimas necessárias para umaproteção eficiente, resultando em uma grande eco-nomia para o comprador”, afirma Leila, que con-cluiu Mestrado e Doutorado no Laboratório de Corrosão doPrograma de Engenharia Metalúrgica e de Materiais daCOPPE/UFRJ.

    Com relação à eficácia dos inibidores de corrosão, Leila Reznikaponta o molibdato, os fosfanatos e o zinco como as melhoresopções disponíveis no mercado. “No que diz respeito à proteçãometálica, em especial do aço-carbono, o molibdato e os fosfanatos,ao lado do zinco, têm mostrado muito eficientes. Sabe-se tambémque já existem formulações isentas de zinco, feitas à base deoligômeros fosfino succínicos, que apresentam bom desempenhoanti-incrustante. Sendo assim, a escolha de uma boa mistura e suaimplementação de modo eficiente dependem de uma série defatores, como, por exemplo, as características físicas de cada sistemade refrigeração e a da qualidade da água utilizada”, explica Reznik.

    O uso de inibidores na decapagem Uma utilização bastante comum para os inibidores de corrosão

    é nos processos de “decapagem e/ou limpeza química”. A decapa-gem tem como objetivo remover a carepa de laminação, além deprodutos de corrosão. Já a limpeza química tem por finalidaderemover os produtos de corrosão, mas principalmente as incrusta-ções em tubulações, em sistemas antigos, resíduos de solda etc.Porém, as indústrias de um modo geral encontram vários problemas

    Números revelam que o Brasil gasta U$ 10 bilhões no combate à corrosão.

    Mesmo diante de cifras tão volumosas, os gastos relativos à manutenção de estruturas

    são percebidos como insuficientes

    Proteger sem agredir

    Leila Reznik,pesquisadorada FundaçãoCOPPETECda UFRJ

    C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 9

    Por Henrique Dias e Carlos Sbarai

    MateriaCapa19 1/1/04 5:05 AM Page 2

  • Para Isabel Correia Guedes, apesar dos vários estudos realizados,ainda não é possível afirmar que exista um inibidor de corrosão quetenha impacto zero no meio ambiente. “A maioria das moléculasusadas são tóxicas. Entre as várias substâncias usadas como inibido-res de corrosão podem ser citados os nitritos, cromatos, tiouréia eseus derivados. Em virtude de regulamentação ambiental, a tendên-cia é que essas substâncias tóxicas sejam banidas do mercado. Paratanto, vêm sendo investidos esforços com o objetivo de se chegar aformulações que possam substituir as substâncias tóxicas ainda usa-das como inibidores de corrosão”.

    Segundo a professora da POLI-USP, já é possível encontrar naliteratura referências que apresentam produtos obtidos da extraçãode plantas e testados como inibidores de corrosão, sempre com atentativa de se chegar a substâncias ou `a formulação de substânciasque apresentem alta eficiência e baixa toxidez. Os resultados encon-trados até o presente parecem não ser suficientes para tal substitui-ção, principalmente porque não é tão simples conseguir produtoscom tais características, já que as substâncias que inibem a corrosãode um metal “A” em um determinado meio podem não agir comoinibidor de corrosão para o metal “B”.

    O ponto de vista das empresasO superintendente de operações da Kurita, José Martins de

    Aguiar Junior, acredita que hoje em dia as empresas procuram basi-camente produtos de comprovada qualidade, suporte técnico vin-culado ao fornecimento, baixo impacto ambiental e preço compa-tível com o mercado. "Isso é uma tendência mundial, mas aindanão existe nenhum inibidor de corrosão que não cause qualquerimpacto ambiental. Eu costumo lembrar uma frase do médico ale-mão Paracelsius que afirmava: tudo pode ser tóxico. A toxicidadedepende da dose. Ele dizia que uma substância no solo ou em águassubterrâneas só exercerá efeito danoso de acordo com a sua dosa-gem e o grau de exposição a ela. Paracelsius dizia ainda que todoremédio poderia ser venenoso. Tudo dependeria da sua dose".

    A Kurita é uma das principais fornecedoras de sistemas quími-cos para tratamento de água. A empresa orienta e fornece soluçõesabrangentes, em conformidade com os avanços tecnológicos mun-diais nos segmentos químico, mecânico, eletrônico e mecatrônico,para a água e o meio ambiente. "Nós atuamos em todos os merca-dos onde a água e o meio ambiente se mostrem presentes. O fenô-meno da incrustação é comum em sistemas de resfriamento, pois aágua recirculante, ao passar pela torre de resfriamento, tem o teorde sólidos dissolvidos aumentado, havendo a saturação dos sais e aconseqüente deposição nos equipamentos. Para diminuir tal efeitoaplicam-se inibidores de incrustações juntamente com os de corro-são na água a ser tratada", diz Aguiar.

    A empresa dispõe de uma ampla gama de produtos e know-howde aplicação para oferecer a melhor solução a seus clientes. Aguiarcomenta que o tipo de tratamento a ser aplicado e os controles efe-tuados dependem fundamentalmente da utilização que será feita daágua. "Assim, no caso de água para uso industrial, a remoção deturbidez e materiais em suspensão é fundamental para evitar pro-blemas de corrosão / incrustação, enquanto no caso de água potá-vel a desinfecção assume um papel preponderante. No caso do tra-tamento de efluentes, a remoção de substâncias tóxicas e/ou deimpacto ambiental significativo sempre será o principal propósito

    decorrentes dos processos dedecapagem e limpeza química,tendo em vista que os meiosusados para remover esses pro-dutos são extremamente agres-sivos aos materiais metálicos demodo geral, mas principalmen-te às ligas ferrosas. A aplicaçãode inibidores de corrosão é umaprática muito utilizada indepen-dente do meio ser ácido ou neu-tro. "Os inibidores de corrosãosão substâncias que agem for-mando filmes protetores nas re-giões anódicas e/ou nas regiõescatódicas e assim interferindo naação eletroquímica, ou seja, ofilme formado impede o contatodo metal com o meio eletrolíti-co", revela a professora do labora-

    tório de eletro-química e cor-rosão do De-partamento deE n g e n h a r i aQuímica daEscola Poli-técnica da USP,Isabel CorreiaGuedes.

    No entan-to, ela esclare-ce que os ini-bidores de cor-

    rosão normalmente utilizadosnesses meios, embora atinjamaltas eficiências, são de elevadatoxidez, logo, são nocivos àsaúde e ao meio ambiente.Assim, a procura por alternati-vas para evitar ou reduzir esseimpacto é a grande tendênciada atualidade, alinhando a teseapresentada pela pesquisadoraLeila Reznik. “Atualmente apreocupação é trabalhar comcompostos que, além de funcio-narem como inibidores de cor-rosão sejam ambientalmentecorretos. O que mais se discuteno momento é o uso de inibi-dores de corrosão ecológicos,evitando-se, por exemplo, osnitritos sempre que possível,com aplicação de produtosmais amigos da natureza”.

    10 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    Isabel CorreiaGuedes,

    professora doDepartamentode Engenharia

    Química daEscola

    Politécnicada USP

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  • do tratamento químico a serprescrito, de forma a atender à

    l e g i s l a ç ã oa m b i e n t a laplicável".

    Para o dire-tor-presidenteda QuímicaFina, que atuano segmentode inibidoresde corrosãopara dutos ep o l i d u t o s ,Dimas de Mo-rais, o merca-

    do tem crescido muito nos últi-mos anos, principalmente coma ampliação dos dutos tratadosda PETROBRAS. “Também háuma maior qualificação quantoaos produtos a serem aplicados,visando garantir proteção aosdutos e manter a qualidade dosprodutos transportados. Os ini-bidores de corrosão para estaaplicação têm que ter compati-bilidade com diversos produtostransportados, bem como apro-vações internacionais”.

    Morais chama a atenção paraa importância do uso do inibidorde corrosão aplicado em dutos.“Vamos imaginar que um dutocusta R$ 100 milhões para ser

    construído. Senão aplicarmoso inibidor decorrosão du-rante 10 anos,teremos quegastar R$ 10milhões porano para ma-nutenção desteduto. Se nestemesmo dutoaplicarmos oinibidor ao

    custo de R$ 1 milhão por ano ocusto, durante 20 anos, cairápara R$ 6 milhões por ano. Aeconomia anual será de R$ 4milhões, resultando em umaeconomia de R$ 80 milhões em20 anos. E a vida útil do duto

    aumentará com a redução da corrosão”.Sobre a questão das tendências de mercado, Dimas de Morais

    destaca a aplicação de filme polar com grande compatibilidade comos melhoradores de fluxo. “Esta integração será importante porqueo filme deverá ter uma boa aderência na superfície do metal, vistoque os melhoradores de Fluxo ou Redutores de Friccion "FLO"aumentará em até 35% em oleodutos e em até 80% em polidutosa capacidade de transporte num tempo máximo de 24 horas”.

    Dimas explica que este mercado tem evoluído muito nos últi-mos anos e a PETROBRAS tem feito um ótimo trabalho na prote-ção dos dutos, ampliando a aplicação em vários pontos a cada ano.“A Química Fina é uma das empresas pioneiras, junto com a Nalco,na introdução dos inibidores de corrosão de dutos na PETRO-BRAS. Estamos sempre procurando junto aos nossos parceiros autilização dos laboratórios de desenvolvimento para atender àsnecessidades e novos desafios. Também é importante o trabalho dedesenvolvimento efetuado pelo CENPES, IPT, INT, ABRACO eoutros órgãos que atuam neste mercado”.

    Na visão do Consultor Técnico Industrial da Nalco, PauloSantiago, existem duas principais aplicações de inibidores: aquelesusados em sistemas de água de resfriamento e os de uso para siste-mas de geração de vapor. “No primeiro caso, o mercado mundialde inibidores de corrosão ficou estagnado durante muitos anos, uti-lizando os tradicionais inibidores anódicos (nitrito, orto-fosfatos,silicatos, molibdatos), catódicos (zinco, polifosfatos, fosfonatosAMP, HEDP, PBTC) e inibidores orgânicos para metais amarelos(mercaptobenzotiazol, benzo e tolitriazol) visto que estes têm aten-dido satisfatoriamente às distintas demandas técnicas. Somente hápouco tempo, em funções da evolução das preocupações globaiscom respeito ao meio-ambiente, inciaram-se pesquisas para a iden-tificação de alternativas aos inibidores à base de metais pesados”.

    Santiago ilustra com a experiência da Nalco. Em 2004, a empre-sa lançou inicialmente nos Estados Unidos e logo em seguida naAmérica Latina um novo tipo de inibidor catódico, o oligômero doácido fosfino succínico, o PSO, capaz de substituir inibidores à basede zinco e molibdato, visto que atua complementarmente comodispersante para o carbonato de cálcio, prevenindo a incrustaçãodeste típico componente de águas de resfriamento. “O PSO atuacomo inibidor catódico, precipitando um filme de Ca-PSO ou deFe-PSO, de forma similar aos pirofosfatos. Este filme é formado naárea catódica devido ao elevado pH localizado, gerado a partir daredução do oxigênio. Este é um filme não-condutivo, eliminando areação do oxigênio na água com elétrons produzidos a partir da rea-ção de dissolução do ferro na zona anódica da célula corrosiva.Essas e outras características técnicas do produto permitem operarsistemas de resfriamento em ciclos mais elevados que o tradicional,atendendo uma nova demanda do mercado no que concerne àredução do descarte de água. Não só para minimizar a geração deefluentes, como também para reduzir os custos com captação face àtendência de elevação do preço e escassez deste importante insumoindustrial, que é a água”, observa Santiago.

    O consultor da Nalco explica que quanto aos sistemas de gera-ção de vapor, os agentes passivantes/sequestrantes de oxigênio àbase de carbohidrazida, eritorbatos e hidrazina – em que pese o seureconhecido potencial de riscos à saúde humana – têm atendidoaos requisitos do mercado industrial. “No controle de corrosão em

    Dimas deMorais,diretor-

    presidenteda Química

    Fina

    PauloSantiago,consultor

    técnicoindustrialda Nalco

    12 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    MateriaCapa19 1/1/04 5:06 AM Page 4

  • sistemas de condensado, demaneira geral as diversas ami-nas neutralizantes (ciclohexila-mina, morfolina, metoxipropi-lamina, mono e dietanolamina,dietilamonoetanol) e fílmicastêm também atendido a estademanda. Para o mercado debebidas e alimentos, onde exis-te a necessidade de um cuidadoespecial com a saúde humana eno atendimento às regulamen-tações próprias desta indústria,a Nalco desenvolveu uma novaformulação, isenta de aminas,que provê proteção contra ata-ques corrosivos proporciona-dos pelo ácido carbônico e pelooxigênio, mesmo em condiçõesde baixo pH, através da forma-ção de uma barreira hidrofóbi-ca na superfície metálica. Estaalternativa de inibição de cor-rosão em sistemas de conden-sado, o ACT, traz muitos bene-fícios nos aspectos de seguran-ça, visto haver sido elaborado apartir de ingredientes da indús-tria de alimentos”.

    00 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

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    Na questão de inibidores atóxicos, Santiago explica que o ini-bidor de corrosão para sistemas de condensado, ACT, uma mis-tura aquosa de polioxialquilatos foi, nos últimos anos, a grandenovidade com respeito ao uso de inibidores atóxicos em sistemasde geração de vapor: possui vários certificados que atestam a suaatoxidade: do National Sanitation Foundation (NSF Interna-tional) para uso em água de caldeira na indústria de alimentos; edo FDA (Foods and Drugs Administration) para uso em sistemade vapor quando este pode contatar alimentos. Trata-se de umproduto não-tóxico e que não contém qualquer composto orgâ-nico volátil, contribuindo para a segurança individual e da plan-ta onde é aplicado. Além disso, por ser inodoro e insípido, pas-sou a ser uma alternativa “unique” para a indústria de laticínios ebebidas.

    Considerando a tendência a operar-se os sistemas de resfriamen-to com altos índices de estresse motivados por elevados ciclos deconcentração, o controle efetivo, tanto da concentração de inibido-res de corrosão, como dos dispersantes que controlam a precipita-ção dos mesmos, confirma-se como uma necessidade crucial paramanter-se o controle anti-corrosivo e anti-incrustante dos sistemasde resfriamento, Assim, o desenvolvimento de recursos tecnológicosque permitam o monitoramento e controle automático destes parâ-metros on-line e em real-time, passaram a ser uma real necessidade.“O uso deste tipo de tecnologia, desenvolvido pela empresa, permi-te o monitoramento e controle de dosagem de inibidores, biocidas,dosagem/ consumo de dispersantes, taxa de corrosão bem como amedição dos estresses a que o sistema é submetido visando rápidaresposta às demandas corrosivas, incrustantes e microbiológicas”,comenta Santiago.

    MateriaCapa19 1/1/04 5:06 AM Page 5

  • Notícias do Mercado

    14 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    A WEG Tintas patrocina apintura do veleiro Mistralis, emexposição no Iate Clube do Rio

    A operação de linhas detransporte de petróleo e gásexige especial atenção com aintegridade dos dutos. As ins-peções realizadas por ferra-mentas dotadas de sensores,os “pigs” instrumentados,geram relatórios cujo númerode informações sobre as ano-malias pode chegar à casa dosmilhares. O MOPI, sistemade gestão de dutos, organiza eestrutura a informação, tor-nando mais ágil a atuação doanalista responsável pela ope-ração da linha.

    Em constante incentivo a programas sus-tentáveis, principalmente no que diz respeito aeducação ambiental, a WEG Tintas patrocinaa pintura do veleiro Mistralis. Em exposiçãono Iate Clube do Rio de Janeiro/RJ, a embar-cação prepara-se para a Expedição Mistralis2008: projeto que pretende conscientizar alu-nos de escolas do Ensino Fundamental eMédio, comunidadesribeirinhas, costeiras,pesqueiras e ruraissobre a importânciada preservação emanutenção do meioambiente.

    Do Rio de Janei-ro, a Expedição zarpaem direção ao Ceará eretorna, fazendo a li-gação necessária entreo ecoturismo e a pre-servação ambiental para promover o desenvol-vimento sustentável e a melhoria da qualidadede vida das comunidades. Serão mais de 18meses de viagem, a partir de agosto de 2008.

    O veleiro Mistralis tem uma equipe multi-disciplinar responsável por realizar trabalhos deeducação ambiental, pesquisas científicas edocumentários sobre os efeitos do aquecimentoglobal, das mudanças climáticas e da realidade

    WEG apóia a Expedição Mistralis de educação ambiental

    local durante o percurso daExpedição.

    "Este é o segundo projetoambiental realizado pela Mis-

    tralis, subseqüente ao projeto-piloto realizado em2005 no estado da Bahia, e surgiu em função dasmudanças climáticas, do aquecimento global e dodescaso geral com o meio ambiente", explicaFelipe Caire, filósofo e educador ambiental.Felipe é comandante do veleiro Mistralis há maisde 15 anos com o qual percorreu mais de 40.000milhas, equivalentes a mais de uma volta aomundo.

    Minds at Work e PipeWay apresentam o sistemaMOPI para gestão de dutos

    O MOPI se destina tanto àsconstrutoras de dutos, que preci-sam atestar a qualidade do pro-duto, quanto aos operadores –especialmente no acompanha-mento da integridade das linhas.O sistema registra os problemasidentificados durante as inspe-ções, as intervenções e os reparosefetuados. A organização dasinformações gera um banco dedados estruturado a partir denormas internacionais para aná-lise de anomalias de dutos. Emsegundos, o MOPI é capaz defornecer ao gestor, informações e

    gráficos necessários para a esti-mativa de taxas de corrosão e oplanejamento de novas inspe-ções, reduzindo os riscos à ope-ração.

    Segundo a Minds at Work,especializada no desenvolvi-mento de sistemas de missãocrítica, e a PipeWay Engenha-ria, empresa de inspeção de du-tos de óleo e gás, que desenvol-veram o sistema MOPI, o soft-ware atua como ferramenta deaumento da produtividade dosetor e se adapta com facilidadeàs necessidades das empresas.

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  • C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 15

    Notícias do Mercado

    Entre os metais não-ferro-sos representados pelo Institutode Metais Não-Ferrosos – ICZ,o zinco foi o que mostroumelhores resultados em 2007,apoiado no desempenho positi-vo da indústria de fertilizantes eautomobilística – que cresceumais de 20% na América doSul - e do setor agropecuário,que registrou recuperação apósos resultados ruins em 2006,marcados pela febre aftosa, agripe viária etc. além de umapequena evolução na indústriade construção civil, cujo poten-cial de uso é enorme ainda.

    O zinco tem utilização es-sencial na galvanização de par-tes e peças automotivas, comosubstancial proteção à corrosão,nas formulações de fertilizantese complemento alimentício erepositor mineral na ração ani-mal, na fabricação de pneus,produtos químicos, para citaralgumas aplicações. “O merca-do do zinco cresceu, como umtodo, de 2006 para 2007, naAmérica do Sul, sendo que oBrasil representa nesse contex-to, em produção e consumo,cerca de 70%”, explica DieterRivera, Diretor do ICZ.

    A maior parte do zinco pro-duzida pelo Brasil é consumidainternamente, e as importações

    referem-se ao concentrado. Oconsumo de zinco cresce na caro-na do crescimento da economiae, no final de 2007, a galvaniza-ção trouxe um impulso, emgrande parte devido aoLatingalva. “A postura do ICZ ébastante otimista para este ano etem como um de seus desafiosimplementar ações que possamfazer crescer o consumo per capi-ta no Brasil – que hoje é de 1,2kg/hab, enquanto na Europachega a 6,0 kg/hab e chega a 2,2kg/hab no vizinho México”, afir-ma Douglas Dallemule, GerenteExecutivo do ICZ.

    O mercado de níquel temduas atuações básicas. É desti-nado à produção dos aços inoxque consome 65% do níquelem todo o mundo, e à produ-ção de ligas e superligas (sãoligas que recebem o níquel paraaumentar sua resistência a altastemperaturas, para ganharmaior dureza, maior proteção),com apoio da galvanoplastia em10%. Este mercado de aço inoxesteve sob pressão de preços oque naturalmente dificultou oposicionamento da indústria deaço inox e provocou umapequena redução nos preços. Oaço inox sofreu a volatilidadedos preços (concorre com ovidro, mármore, etc.) e o preço

    ICZ divulga desempenho em 2007 do setor

    do níquel, com patamaresmais razoáveis, deve provocara retomada.

    “O Brasil tem um númerosuficiente de produtores deaço inox e tem também os de-mais ingredientes necessários àprodução – cromo, ferro etc. -e deve tornar-se o maior pro-dutor mundial de níquel nomundo nos próximos 5 anos,tornando-se alvo de novosinvestimentos em produçãode aço inox”, explica FranciscoJesus Martins, Vice-Presiden-te do ICZ.

    Os 35% restantes da pro-dução de níquel são destina-dos às fundições, superligas,ligas não-ferrosas e galvano-plastia que tiveram um exce-lente desempenho – aqui, co-mo o preço não afeta tanto, odesempenho foi bem melhor.Diferente do zinco, o Brasilainda exporta 50% do volumeque produz de níquel.

    Com produção local pre-vista para 2009, o chumbo éhoje um metal em ascensão,embora os volume deImportação tivessem apresen-tado queda em 2007, passan-do de 79,4 mil toneladasimportadas em 2006, para62,7 mil toneladas no anopassado.

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  • A PETROBRAS assinou com a empresaSingle Buoy Mooring (SBM) contrato para cons-trução da plataforma P-57, a ser instalada noCampo de Jubarte, no mar do Espírito Santo, emprofundidade de 1.246 metros. Com capacidadepara produzir 180 mil barris de petróleo e com-primir 2 milhões de metros cúbicos de gás pordia, será uma plataforma do tipo FPSO, que alémde produzir também armazenará petróleo. Oprazo de construção é de três anos, e o valor docontrato é de US$ 1,195 bilhão.

    O projeto da P-57 integra as metas de cresci-mento estabelecidas no Planejamento Estratégico2020, que prevê chegar a 2015 com uma produ-ção no País de 3,455 milhões de barris equivalen-tes (boe) de petróleo e gás natural por dia.

    O conteúdo nacional mínimo previsto naconstrução é de 65%, excluindo conversão docasco, que será realizada em Cingapura, e a com-pra de máquinas de grande porte. A construçãodo maior número de módulos e a integração da

    plataforma (casco e módulos) será executada noestaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ).

    A empresa contratada fornecerá, para a conver-são, o navio petroleiro Island Accord e usará ummodelo básico próprio, adaptado de projetos utili-zados em embarcações afretadas. Ao final da cons-trução, a SBM executará, por três anos a operaçãoda P-57, como contratada, pelo valor de US$63,55 milhões.

    PETROBRAS bate o recorde de produção diária de óleo

    16 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    Notícias do Mercado

    A PETROBRAS registrou,no dia 25 de dezembro último,mais um recorde diário de pro-dução de óleo no Brasil. Foram2 milhões e 238 barris, marcaalcançada por poucas empresasem todo o mundo. O recordefoi resultado da entrada emoperação de seis novas platafor-mas, apenas em 2007.

    Somente em 2007, a com-panhia inaugurou cinco novasplataformas de petróleo, queacrescentaram 590 mil barrisde óleo à capacidade instalada(capacidade máxima de pro-dução para a qual as unidadesforam projetadas) nos camposnacionais. O recorde anteriorfoi alcançado no dia 23 deoutubro de 2006, com 1 mi-lhão 912 mil barris.

    A plataforma P-54, quecomeçou a operar no dia 11de dezembro, no campo deRoncador, na Bacia de Cam-

    pos (RJ), foi a última das cincounidades a entrar em operaçãoem 2007. Quando atingir opico de produção, previsto paraacontecer no segundo semestrede 2008, ela acrescentará 180mil barris por dia (bpd) à pro-dução nacional.

    Em novembro de 2007,duas outras grandes unidadesde produção entraram em ope-ração: a P-52, também nocampo de Roncador e com amesma capacidade total de pro-dução da P-54 (180 mil bpd) eo FPSO Cidade de Vitória, nocampo de Golfinho, na Baciado Espírito Santo, com capaci-dade para produzir 100 milbarris por dia.

    Além dessas três unidades,em janeiro de 2008 entraramem operação o FPSO Cidadedo Rio de Janeiro, com capaci-dade para produzir 100 milbpd no campo de Espadarte, na

    Bacia de Campos, e a platafor-ma de Manati, no campo demesmo nome, na Bahia, comcapacidade para produzir até 6milhões de m3 de gás por dia.Em outubro começou a pro-dução da plataforma doCampo de Piranema, com ca-pacidade para 30 mil barris depetróleo leve por dia, no marde Sergipe.

    PETROBRAS contrata a construção da plataforma P-57

    ESPECIFICAÇÕES DA PLATAFORMA P-57Peso total: 92 mil toneladasProfundidade: 1.246 metrosGeração de empregos no Brasil: 3.000Contratada: Single Buoy Mooring (SBM)Investimento: US$ 1,195 bilhãoInício dos serviços: Fevereiro/2008Grau API do óleo: 17ºProdução de petróleo: 180 mil barris/diaCompressão de gás: 2 milhões de m3/dia

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  • C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 17

    Notícias do Mercado

    A Tecflux apresenta a linhade produtos Swagelok. Entreeles, destaque para as cone-xões e adaptadores de médiapressão para tubos. A instala-ção é simples, pois consisteem duas peças: um corpofêmea e um cartucho pré-montado contendo a porcamacho e as anilhas dianteira etraseira, codificadas em cores,sobre um suporte plásticodescartável. O cartucho pré-montado garante aosinstaladores a correta orientação das anilhas, per-mite a confirmação visual da presença das anilhase sua instalação adequada no corpo fêmea. Oscomponentes do cartucho somente são liberados

    A Asitec está lançando nomercado brasileiro o Vedafuso.Trata-se de uma proteçãomecânica de vedação contra acorrosão de porcas e parafusos.Pode ser utilizado em diversassituações tais como construçõesde pontes, edifícios, rodovias,obras de saneamento e todo otipo de infra-estrutura que uti-lize sistemas de parafusação.

    O Vedafuso impede a entra-da do ar e a fuga de graxa reves-tida no interior, maximizando aresistência contra a corrosão e aeficiência econômica.

    Conexões e adaptadores dupla anilha de médiapressão para tubos

    O ritmo de entrada de novos sistemas de pro-dução no portfólio da PETROBRAS deverá con-tinuar acelerado em 2008. Serão instaladas trêsnovas plataformas de petróleo e uma de gás: NaBacia de Campos entrarão em produção a P-51,no campo de Marlim Sul, com capacidade paraproduzir 180 mil bpd, a P-53, em Marlim Leste,projetada, também, para produzir 180 mil bpd e o

    FPSO Cidade de Niterói, no campo de MarlimLeste, com 100 mil bpd. Na Bacia do EspíritoSanto, entrará em operação o FPSO Cidade deSão Mateus, que produzirá gás no campo deCamarupim, projetado para produzir 10 milhõesde m3 de gás por dia. É importante destacar, tam-bém, que a P-51 é a primeira plataforma inteira-mente construída no Brasil.

    Quatro novas plataformas em 2008

    depois da porca ser roscada eapertada com a mão no corpoda conexão.

    Outros aspectos a seremdestacados são: as conexõestêm baixo peso o que facilita ainstalação e o cravamento emtubo com parede grossa ouencruado 1/8 – duro. A gran-de vantagem deste sistemapara média pressão, segundo aTecflux, é o processo de mon-

    tagem: insere-se o tubo na conexão e com umaperto de uma volta ou com torque definido deaperto na porca, garante-se total estanqueidadepara sistemas de alta pressão.Mais informações pelo site: www.tecflux.com.br.

    Sistema de vedação contra a corrosão

    O sistema conta como umaopção auto-travante, possuin-do tampa superior, para prote-ger o parafuso/porca e inferior,e inferior, de modo que ambasas tampas possam ser inteira-mente seladas para cobrir per-feitamente o conjunto e prote-ger contra a corrosão. Podemser utilizadas em postes de ilu-minação, torres de transmissão,trilhos de ferrovias, entre ou-tras aplicações.

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  • ABRACO Informa

    Prestes a completar 80 anos, o ProfessorVicente Gentil nos deixou. Formado em quími-ca pela Universidade Federal do Rio de Janeiro,onde fez seu doutorado e por muito tempo pas-sou seu conhecimento e sabedoria para os alu-nos, o Professor Gentil foi um dos pioneiros noensino e na pesquisa no campo da corrosão. Édele, por exemplo, o livro Corrosão, em quintaedição, uma verdadeira bíblia do setor.

    Na área associativa, Professor Gentil tam-bém teve atuação destacada, inclusive sendo oprimeiro presidente da ABRACO – AssociaçãoBrasileira de Corrosão, destacando por traba-lhar com a diretoria para a implantação dospilares de uma sociedade ativa e sempre voltadapara o desenvolvimento dos profissionais e daindústria que atuam no segmento do combate àcorrosão. A entidade, que foi fundada em 17 deoutubro de 1968, até hoje mantém acesa essachama.

    Como forma de homenageá-lo, a ABRACOinstituiu o Prêmio Profº Vicente Gentil aosmelhores trabalhos apresentados nos congressostécnicos organizados pela entidade, iniciando-sepelo INTERCORR 2008.

    Acompanhe, a seguir, depoimentos deprofissionais, amigos e familiares.

    “Para mim, o Professor Vicente Gentil foi omaior ‘corrosionista’ brasileiro. De alguma forma,todas as pessoas que trabalham com corrosão noBrasil aprenderam alguma coisa com ele; seja assis-tindo as suas palestras envolventes nos encontros daABRACO ou folheando o seu livro ou mesmo emum simples bate-papo durante os intervalos entreuma palestra e outra. Todas as vezes que ouvia oprofessor VG aprendia algo novo sobre corrosão ouquímica geral. Ele era apaixonado por corrosão. Amaneira simples como abordava os casos de corro-são fascinava as pessoas. Além de tudo isto, amaneira respeitosa com que externava sua opiniãodurante os congressos e o modo carinhoso com quetratava qualquer pessoa que lhe procurasse mos-travam o grande ser humano que era.

    Estava sempre presente nas palestras durante oscongressos. Às vezes, contribuía com seu conheci-mento, porém quase sempre ali estava somentepara prestigiar os novos congressistas, para quemsempre tinha uma palavra de incentivo. Foi umprivilégio tê-lo conhecido e ter sido sua colega”

    Zehbour PanossianChefe do Agrupamento de Corrosão e Proteção

    IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo

    Homenagem ao Professor Vicente Gentil

    20 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    Profº Vicente Gentil, uma vida dedicada à Corrosão

    “Conheci o professor em 1968, durante um cursoda PETROBRAS e, desde então, fiquei muitoimpressionado com a dedicação dele ao estudo da cor-rosão e com a atenção que ele nos dava como apren-dizes. Durante estes quarenta anos, convivi muitocom o professor e pude observar o quanto especial erao nosso mestre. No meu livro, Fundamentos daResistência à Corrosão, lançado em 2007, fiz umahomenagem a ele com os seguintes dizeres: ‘ gostariade homenagear o Profº Vicente Gentil com quem deios primeiros passos nesta área e o qual é para todos nósum grande exemplo’. Para finalizar, gostaria de dizerque pessoas como o professor Gentil são verdadeira-mente insubstituíveis”

    Laerce de Paula NunesGerente de Projetos

    IEC – Instalação e Engenharia de Corrosão

    “…Foi durante este Seminário, realizado noauditório nobre do Hotel Gloria, do Rio de Janeiro,em 1968, que fundamos a Associação Brasileira deCorrosão – ABRACO… Na primeira reunião, estru-turamos a primeira Diretoria da ABRACO:Presidente – Vicente Gentil, Vice-Presidente – AldoCordeiro Dutra, Primeiro Secretário – AldoMaestrelli, Segundo Secretário – Guilherme CoelhoCatramby, Primeiro Tesoureiro – Fernando Servos daCruz, Segundo Tesoureiro – Vasco Gomes Moreira…

    Após todos os sucessos, e cada vez mais entusiasma-dos com esses resultados, tanto Maestrelli como o Sr.Edmo passaram para uma nova fase, incentivando oProf. Gentil a transformar sua apostila no primeirolivro brasileiro sobre a corrosão. Esse livro do grandeProfºVicente Gentil chega agora à sua 5ª edição”

    Aldo Cordeiro DutraDiretor da ABRACO

    C&P_19_Abraco Informa 1/1/04 2:52 AM Page 1

  • C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 21

    ABRACO Informa

    Para comemorar os 20 anos de implantação docurso de pintura industrial, a ABRACO e o INT– Instituto Nacional de Tecnologia, organizaramum workshop, no dia 18 de dezembro, na sede doINT, no Rio de Janeiro. É um marco a ser come-morado, pois durante esse período a ABRACOministrou 111 cursos de inspetor (sendo 95 denível 1 e 16 de nível 2), formando mais de 2500profissionais. Além dos cursos no Rio de Janeiro, aentidade estendeu esse treinamento para os estadosde São Paulo e Rio Grande do Sul, organizandotambém diversas atividades “in company”.

    O evento técnico-comemorativo contou com apresença de 86 congressistas que tiveram a oportu-nidade de atualizar conhecimento. No total, foramseis palestras técnicas e uma mesa redonda.

    “Novas tecnologias no preparo de superfíciese tintas ecologicamente corretas” foi o tema damesa-redonda, que contou com a participaçãode Fernando Fragata (CEPEL), Adauto CarlosRiva (Tintas Renner), Roberto Mariano(International Paint) e Aécio Castelo Branco(Tintas Jumbo). As palestras foram conduzidaspor profissionais ou acadêmicos de reconhecidacompetência em suas áreas. Os temas foram:Interlaboratorial de aderência e tração (OlgaFerraz – INT), Normalização (Pedro PauloBarbosa Leite, presidente da ABRACO e daPETROBRAS/Nortec), Treinamento e adequa-ção do curso de inspetor de pintura industrialpara o atendimento ao IMO (Laerce de PaulaNunes – IEC e Jéferson da Silva – Akzo Nobele José Roberto Luiz – Lloyd’s Register do BrasilLtda.). A importância da Qualificação (Gilberto

    20 anos do Curso de Pintura Industrial

    “…Sei que você sempre teve um enorme carinhopelo seu trabalho, pelos seus alunos. Sei a satisfaçãoque sentimos nós, professores, quando um ex–alunoconsegue um bom trabalho, se destaca, tem êxito. Ouquando um aluno se aproxima da gente, nos dá umabraço e nos diz um “muito obrigado, mestre”. Apele se arrepia, o coração fica pequenininho e umenorme sorriso aparece no rosto. É o momento dagrande e principal recompensa da docência: a certe-za de haver contribuído para o crescimento de outrapessoa. E se há uma certeza que você levou com você,pai, foi essa: a de ter contribuído, de maneira deci-siva, para o crescimento de uma legião de pessoas, detodos os seus ex–alunos, de todos os seus colaborado-res, de todos os seus colegas, a quem você apreciava ese dedicava tanto. Você vai viver sempre, pai, emcada um deles, no muito que você ensinou, no muito

    que você deixou com eles, na alegria, no entusiasmo ena integridade pela profissão que você transmitiu acada um desses profissionais cuja vida você marcou…

    …De você só tenho boas lembranças, pai.Lembranças de um homem cujo comportamento cor-reto e generoso pela vida foi sempre um motivo deenorme orgulho e admiração para mim. Ver você,sempre tão humilde e simples, receber tantos reconhe-cimentos profissionais e continuar sempre do seu jei-tinho tranqüilo, sem estardalhaço, o mesmo ProfessorGentil que eu e tantos ex–alunos aprendemos aadmirar, foi para mim durante toda a vida umimenso motivo de orgulho, pai.”

    Rowena GentilTrechos da carta escrita pela filha de Vicente Gentil

    e lida pela neta Bárbara na missa de sétimo dia

    Silva – PETROBRAS/ SEQUI), Certificação(Ednilton Alves – ABRACO) e 20 anos do cursode inspetor de pintura industrial (Alfredo CarlosOrphão Lobo – SEQUI/PETROBRAS e AldoCordeiro Dutra – INMETRO).

    Ao final do evento, houve um coquetel deconfraternização quando foram homenageadosos instrutores Vicente Gentil, Fernando Fragata,Eduardo Andrade e Segehal Matsumoto, ogerente financeiro/administrativo da ABRACOWalter Marques da Silva e os dois primeiros alu-nos qualificados deste curso, Patrícia França deVilhona e Edvaldo dos Santos Ferreira.

    Olga Baptista Ferraz, Pedro Paulo Barbosa Leitee Aldo Cordeiro Dutra

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    Revestimento com resinas epoxídicas, poliuretânicas,betuminosas, alquídicas e outras

    TRATAMENTO ANTICORROSIVO COM GRANALHA DE AÇO,ÓXIDO DE ALUMÍNIO E MICROESFERAS DE VIDRO

    Av. Dr. Assis Ribeiro, 586103827-000 São Paulo SP

    Tel.: (011) [email protected]

    Entre os dias 4 e 7 dedezembro de 2007, foramaplicados os exames de quali-ficação da primeira turma deinspetores de pintura indus-trial nível 1 do PROMINP –Programa de Mobilização daIndústria Nacional de Petró-leo e Gás. O treinamento des-tes profissionais havia sidofeito anteriormente pela Asso-ciação Brasileira de Corrosão– ABRACO, no âmbito doPlano de Qualificação Profis-sional do PROMINP, queprevê a realização de 580 cur-sos de diversas áreas com aformação de 3.280 turmas emvários estados brasileiros.

    A qualificação consiste naavaliação por meio de examespráticos e teóricos do conhe-

    Qualificação de inspetores de pinturaindustrial nível 1 do PROMINP

    Avaliação por exames práticos

    cimento dos trabalhadores. Nocaso de inspetores de pintura,os exames práticos são dividi-dos em duas etapas. A primeiraetapa consiste na resolução deestudos de casos e, a segunda,na realização de oito provas decampo.

    A aplicação dos exames dequalificação foi feita pelo SE-QUI/PETROBRAS, em ins-talações que foram fornecidaspela ABRACO, no Rio deJaneiro. O SEQUI/PETRO-BRAS trouxe para a cidade to-da a estrutura necessária para aqualificação, tais como provas,equipamentos e corpos-de-prova. Os examinadores res-ponsáveis pela aplicação dosexames de qualificação foramGilberto Oliveira Silva e Paulo

    ABRACO Informa

    Sérgio de Castro Santos. OSEQUI/PETROBRAS já rea-liza esses exames em suasinstalações, em São José dosCampos (SP), desde 1987.

    Programado para 21 e 22 de outubro, no Rio de Ja-neiro, o 3º ENDUTOS reúne os principais especialistasdedicados à difusão das novidades, inovações e conceitosdos ENDs e Inspeção em redes e malhas dutoviárias. Noevento, os participantes poderão ver técnicas aplicadas edutos em tamanho real numa exposição de equipamen-tos e apresentações teóricas e práticas.

    O encontro deve receber 150 pessoas, entre diretores,gerentes, engenheiros, técnicos, pesquisadores, inspetorese todos os profissionais de END e Inspeção das áreas desiderurgia, óleo e gás, petróleo e petroquímico; além derepresentantes de empresas fabricantes de tubulações eequipamentos de END e Inspeção, e usuários dessesserviços. Os interessados em divulgar marcas, idéias eprodutos contam com espaço reservado para exposição.E os interessados em apresentar trabalhos técnicospodem encaminhar as sinopses até 14 de abril de 2008(informações, acesse: http://www.abende.org.br). Oevento conta com o apoio institucional da ABRACO.

    Em 2006, o ENDUTOS foi realizado no Centro deTecnologias em Dutos Campos Elíseos (CTDUT),reunindo 85 participantes e superando as expectativas.Durante as discussões, foram apresentadas perspectivasde inspeção para um mercado que necessita cada vez maisde eficácia na construção, manutenção e inspeção demalhas e também na resolução de problemas estruturais.

    3º ENDUTOS – Semináriode END em Dutos

    C&P_19_Abraco Informa 1/1/04 12:16 AM Page 3

  • PubliEditorial Atotech

    aior e mais completaempresa fornecedora deprodutos, processos e

    equipamentos para a indústria detratamento de superfícies, aAtotech fechou o ano de 2007com muitos motivos para come-morar. Além de crescimento emvendas e inovações tecnológicas eambientais, a Atotech finalizou aaquisição da Kunz e da Sidasa,duas empresas européias, que vãocomplementar de maneira deci-siva o seu portfólio de produtos.“Teremos avanços significativosna área de revestimentos anti-corrosivos com a incorporaçãodessas marcas. A entrada no mer-cado de organo-metálicos torna aAtotech a mais completa empre-sa neste segmento, com produtose processos para zinco alcalino,ácidos, ligas, mecânico e organo-metálicos”, comenta MiltonMoraes Silveira Júnior, DiretorExecutivo da Atotech Brasil.

    A empresa, localizada emTaboão da Serra, município daGrande São Paulo, ocupa umaárea de 6,8 mil metros quadradosque abriga a produção, o labora-tório e o centro técnico. AAtotech tem como principaisdiferenciais competitivos a altaqualidade dos produtos e a exce-lência no serviço técnico, supor-tado por um laboratório muitobem equipado e com pessoaltreinado. Segundo SilveiraJúnior, a política de integraçãoglobal da Atotech – por meio desua presença direta em 30 paísese em outros 30 por meio derepresentantes – oferece a opor-tunidade de troca de conheci-mentos e experiências dos profis-sionais, o que resulta em parce-rias sempre muito fortes e durá-veis com os clientes.

    Um exemplo da busca porinovações, que permitam umaprodução mais econômica eredução de impactos ambientais,

    é o recuperador de níquel, equi-pamento desenvolvido pelaAtotech do Brasil. “Com ele con-seguimos reduzir significativa-mente os custos de produção egeração de resíduos”, observaSilveira Júnior.

    A Atotech, além de atuar nocampo de tratamento de superfí-cies e galvanoplastia convencio-nal, tem forte presença na fabri-cação de circuitos impressos e docartão telefônico indutivo.Nesses casos, a grande demandavem do mercado asiático, ondeestá concentrada boa parte daprodução de circuitos impressos.Para atender os fabricantes asiáti-cos, a Atotech fez investimentosde porte na região, possuindoatualmente um centro de pesqui-sas no Japão, cinco centros deaplicação na China, um naCoréia e um em Taiwan, e, final-mente, um centro de treinamen-to na Tailândia. Além disso, amaior unidade de produção glo-bal da Atotech está localizada naChina. “Essa presença expressiva,antes mesmo do boom econômi-

    co da região, foi decisiva para quea Atotech se tornasse na maiorempresa do mundo do setor”,comenta Silveira Júnior.

    Para o Brasil, Silveira Júnioranuncia novidades. A principaldelas é a conclusão, em 2008, dolaboratório dedicado exclusiva-mente aos processos de organo-metálicos. Foi dedicada uma áreaespecífica, com câmara cíclica,medidor de camada, medidor detorque e outros equipamentosque vão permitir aos clientes daAtotech atender todas as exigên-cias da indústria, principalmenteo setor automotivo quanto àhomologação e avaliação dosprocessos.

    Também estão em pauta no-vos investimentos na planta e nolaboratório para atuar na questãoambiental. “O desenvolvimentode processos ecológicos e menosagressivos ao meio ambiente éimportante para a sobrevivênciado nosso setor. A eliminação demetais e substâncias danosas éprioridade número um para aAtotech”, finaliza Silveira Júnior.

    Milton Moraes Silveira Junior, Diretor Executivo da Atotech Brasil

    Novas aquisições garantem vantagem

    C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 23

    C&P19_Publieditorial 1/1/04 2:37 AM Page 1

  • Treinamento & Desenvolvimento

    Avaliação de Desempenho& Análise de Performance

    o mundo corporativo, émuito comum dizer queestes assuntos consistem

    em terminologias diferentes pararepresentar a mesmíssima coisa.Talvez seja verdade. No entanto,tenho assistido uma realidade emque as diferenças entre estas abor-dagens podem ser relevantes. Epodem ainda representar umganho significativo no sucesso dasremunerações estratégicas, tam-bém chamadas de remuneraçõesvariáveis.

    Em nossos projetos de consul-toria bem como no meio acadê-mico, tenho aplicado estas dife-renças e, com sucesso, cada vezmais representativo. Pensemcomigo: a palavra avaliação cons-titui um termo utilizado quandose pretende atribuir um valor ouopinião de algo. Subentendealgum tipo de feedback ao avalia-do para que este, por decorrência,reconheça este valor ou opiniãocomo parâmetro de iniciação dealgum processo decisório pessoal.Num processo avaliativo, se nãohouver feedback, então não con-solidou-se a avaliação propria-mente dita.

    A palavra análise constitui um termo utilizado para referir-se aoprocesso de observação e interpretação individual de algo, sem necessi-tar de qualquer feedback. Conseqüentemente, esta interpretação é rea-lizada sem compartilhamento com o analisado, objetivando tambémalicerçar algum processo decisório posterior.

    Em síntese, num processo avaliativo, quem reflete e decide, comodecorrência da avaliação, é o avaliado. Mas, num processo analíticoquem reflete e decide, como decorrência da análise, é o analista.Entendeu a diferença?!

    Completando a abordagem, precisamos explicar também as pecu-liaridades das palavras Desempenho e Performance. Desempenho é acomparação entre o resultado desejado e o resultado legitimado dealguém. Pressupõe a consolidação de conceitos de eficiência e de eficá-cia, sendo sua aplicação eminentemente estática. Portanto, compreen-de um determinado espaço de tempo, normalmente com relação aopassado.

    A palavra performance também é a comparação entre o resultadodesejado com o resultado legitimado de alguém. Porém, diferentemen-te, pressupõe a consolidação do conceito de efetividade, sendo sua apli-cação mais dinâmica. Isso permite uma percepção de tempo que con-templa o agora e o futuro por meio da observação de tendências aolongo do tempo.

    Agora que sabemos as definições de cada termo relativo a este arti-go (avaliação, análise, desempenho e performance) podemos combiná-las adequadamente. Quando falamos de avaliação, nos referimos aodesempenho de alguém. Pois pretendemos que a mesma, feita poralgum avaliador, seja ele conhecido ou até desconhecido, seja formal-mente repassada ao avaliado, que deve entendê-la como uma oportu-nidade para refletir sobre os aspectos que lhe foram revelados no senti-do de alterar sua conduta.

    Em essência, a avaliação de desempenho fornece um feedbackao avaliado com relação as comparações que foram feitas entre a sua

    A diferença entre essas abordagens podem ser relevantes e trazer ganhos aos programas de remunerações variáveis

    Por Prof.Orlando Pavani

    Júnior

    Treinam19 1/1/04 2:42 AM Page 1

  • conduta real com a ideal. Pelo menos sob o ponto de vista e julga-mento do avaliador. Neste tipo de abordagem, não se espera puniro avaliado, nem tampouco recompensá-lo. O único objetivo éoportunizar ao elemento avaliado uma chance de reconhecer suasfalhas e, se concordar com elas, melhorar sua conduta. Mas tam-bém, se não concordar, procurar alternativas onde possa ser melhorreconhecido.

    Em contrapartida, quando falamos em análise, estamos nos refe-rindo a performance de alguém. Agora a intenção é completamen-te diferente da anterior. Ou seja, aqui se pretende, como resultadoda análise, uma observação (a partir de um determinado momento)que possa viabilizar algum tipo de tomada de decisão por parte doanalisador.

    Nem se imagina aqui dar algum tipo de oportunidade ao ele-mento analisado para refletir e ponderar mudanças pessoais. Oobjetivo é apenas conseguir algum tipo de subsídio para poderpunir ou recompensar o elemento analisado. Em essência, a análisede performance, configura um monitoramento periódico para pre-miar a boa performance e punir a ruim.

    O correto é utilizar ambas as abordagens, mas em momentosdistintos. Ou seja, devemos fazer primeiramente a avaliação dedesempenho do profissional, num determinado momento (utili-zando a perspectiva do seu passado recente como meio preponde-rante) para depois, e somente depois, realizar as análises de per-formance do mesmo profissional, dali em diante, como meio dediferenciação.

    Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Jr.Consultor Titulado CMC peloIBCO/ICMCI - CRA 57.398Diretor Executivo da Gauss ConsultoresAssociados Ltda.www.gaussconsulting.com.brwww.olhodetigre.com.brFone: (11) 4220.4950

    Muitas empresas depositamna avaliação de desempenho omecanismo que somente aanálise de performance seriacompetente e, inversamente,não aplicam a primeira comodeveria ser aplicada. Percebouma miopia entre alguns espe-cialistas de Recursos Humanos.Talvez, a maioria deles, poispoucos tratam deste assuntocom a cientificidade que serianecessária. Afinal de contas, sãocom estes mecanismos que amaioria dos treinamentos sãodefinidos, bem como as percep-ções salariais distribuídas.

    A Revista Corrosão& Proteção, em uma ediçãoespecial, estará presente no evento,

    encartada nas pastas dos congressistas.Uma excelente oportunidade para divulgar

    marcas, produtos e serviçosjunto a um público altamente qualificado,

    composto por profissionais formadoresde opinião, com plenos poderes para

    especificar e decidir a compra de produtose serviços para o setor.

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    Treinam19 1/1/04 2:42 AM Page 2

  • Informações e Inscrições

    Tel.:+55 (21) 2516-1962 R: 25 Fax: +55 (21) 2233-2892

    [email protected] | www.abraco.org.br/intercorr2008

    |

    Patrocínio

    Categoria PrataCategoria Diamante Categoria Bronze

    RevestimentosAnticorrosivos

    Realização

    Em homenagem ao saudoso Prof. Vicente Gentil, a ABRACO está instituindo o Prêmio Profº Vicente Gentil, que será dado ao melhor trabalho apresentado nos Congressos Brasileiros de Corrosão (CONBRASCORR) promovidos pela ABRACO a partir de 2008.

    As inscrições para o INTERCORR 2008 já estão abertas!

    Aproveite os descontos para realização de inscrições antecipadas. Para mais informações:

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    Prêm o

  • Conferências Plenárias

    AC Corrosion: Detection, Investigations and Mechanisms |Antoine Pourbaix, CEBELCOR - Bélgica

    Applications of Mathematical Models to Cathodic Protection of Pipelines and Aboveground Storage Tanks | Mark Orazem, University of Florida - EUA

    Effect of Flow on Corrosion | Cheolho Kang, DNV / CC Technologies - EUA

    Electrochemical and Analitycal Assessment of “Smart” Nanostructured thin Organic Coatings for Corrosion Protection of Metallic Substrates. Corrosion Inhibithion vs. Self - Healing Ability | Fátima Montemor, IST - Portugal

    Scanning Kelvin Probe Study on the Stability of the Steel /Coating Interfaces Contaminated by Soluble Salts | Daniel de La Fuente, CENIM/CSIC - Espanha

    Degradação de Biomateriais Metálicos |Isolda Costa, IPEN

    Desafios à Geração e Aplicação do Conhecimento para um Gerenciamento Eficaz de Processos de Corrosão e Garantia de Integridade de Dutos, Tanques de Armazenamento e Linhas de Transmissão| José Antônio Ponciano Gomes, COPPE / UFRJ

    Novas Tecnologias de Tintas de Acabamento: Ensaios Físico-químicos e Avaliação de Desempenho| Fernando Loureiro Fragata, CEPEL

    Riscos Associados à Presença de Microrganismos em Sistemas de Produção e Armazenamento de Petróleo | Cynthia de Azevedo Andrade, PETROBRAS/CENPES/TMEC

    Mesas-Redondas - Temas

    Biocombustível - Corrosão é um Problema?

    Biocorrosão e Biofilmes

    Corrosão na Indústria de Petróleo

    Inibidores de Corrosão para Processos Químicos

    Nanotecnologia Aplicada à Proteção contra Corrosão

    Superproteção Catódica em Dutos: Conseqüências e Critérios

    Mini-cursos

    Novas Tecnologias de Tintas Anticorrosivas | Celso Gnecco - Sherwin Williams do Brasil

    Uso de Inibidores de Corrosão - “Aplicação e avaliação da Eficiência” | Isabel Guedes - USP

    Técnicas de Avaliação da Corrosão Interna | Gutemberg Pimenta e Marcelo Araújo - PETROBRAS/CENPES

    Proteção Catódica - Princípios Básicos e Aplicações | Laerce Nunes - IEC Fernando Coelho - PETROBRAS/ENGENHARIA/IEDT

    Revestimentos Metálicos para Proteção Contra Corrosão | Zehbour Panossian - IPT

    Porto de Galinhas

    As Conferências Plenárias e Mesas-Redondas do evento terão tradução simultânea

    O Concurso de Fotografia Técnica de Corrosão tem por finalidade estimular a divulgação das características e aspectos visuais dos diferentes tipos de corrosão. Serão aceitas fotografias em preto e branco e coloridas, limitadas a 01 (uma) fotografia por participante.

    Durante o evento, haverá exposição das fotografias. Ao final do evento, serão premiadas as 03 (três) melhores fotografias, selecionadas através do voto dos participantes.

    Para consultar o regulamento completo, acesse: www.abraco.org.br/intercorr2008

    Expositores confirmados:

    A Qualificação do Inspetor de Pintura para Atendimento às novas exigências da IMO (International Maritime Organization)

    Exposição Técnica Industrial

    Aselco AutomaçãoChestertonCorrOceanDurotecGaiatecHita Comércio e Serviços LemasaMax Pinturas e Revestimentos

    MultialloyMunters do BrasilNova CoatingOptec TecnologiaPETROBRASRevex MetalizaçãoRust EngenhariaTecnofink

  • Artigo Técnico

    Sistemas de reparo de estruturas deconcreto com corrosão de armaduras

    por carbonatação – Parte 2

    distribuídas aleatoriamente pelasuperfície das barras.

    O comportamento de umaarmadura que corrói em decor-rência da ação de microcélulaspode ser representado por umaúnica célula de corrosão, onde areação anódica e a reação catódi-ca representam a soma das rea-ções anódicas e catódicas, respec-tivamente, de todas as micro-células existentes na superfície dometal. Assim, as curvas A1 e C1(Fig. 1(a)) representam as reaçõesanódicas e catódicas, respectiva-mente, nos trechos carbonatados(despassivados) da armadura e ascurvas A2 e C2 (Fig. 1(b)) repre-sentam as reações anódicas ecatódicas na superfície do açopassivado no interior do reparo.Estas são as representações doque ocorreria se as regiões fossemisoladas. Como a armadura écontínua, as duas regiões estãoeletricamente conectadas e ascurvas A3 e C3 representam asoma das correntes anódicas (A1+ A2) e catódicas (C1 + C2),respectivamente3 , resultando nacorrente efetiva medida (Icorr)(Fig. 1(c)).

    Nestas condições, os potenci-ais Ecorr(sb) (Fig. 1(a)) e Ecorr(rp) (Fig.1(b)) resultam em um potencialcomum, que é o potencial decorrosão da macrocélula (Ecorr)(Fig. 1(c)). A parte da armadurano interior do reparo é catodica-mente polarizada e o trecho sobo substrato é polarizado anodica-mente.

    Observando a figura 1(a),verifica-se que a intensidade de

    corrosão icorr(sb) representa a cor-rosão por microcélulas no trechocarbonatado, junto ao reparo e aintensidade icorr(rp) (Fig. 1(b)) cor-responde à taxa de corrosão daarmadura no interior do reparo,quando consideradas as regiõesde reparo e substrato isoladas.Estando as áreas eletricamenteconectadas, a intensidade icorr(Fig. 1(a)) representa a corrosãototal do aço na região do concre-to original: corrosão por micro-células agravada pela formaçãoda macrocélula. A diferençaentre a intensidade de corrosãototal e a corrosão por microcélu-las no substrato (icorr – icorr(sb)) re-presenta a corrente de corrosãodevida à macrocélula (Imac) (Fig.1(c)).

    Na superfície da armadurasob o reparo (Fig. 1(b)), a re-dução do oxigênio passa a ocor-rer com uma taxa iO2(rp), muitomaior do que ocorreria se as bar-ras das regiões do reparo e dosubstrato estivessem isoladas. Oselétrons necessários para estareação provêm, quase que total-mente, do trecho da armaduraque está no substrato. Apenasuma parcela desprezível é forne-cida pela reação anódica queocorre no trecho reparado [4].

    Assim, o aço sob o substratopode apresentar um aumentosensível de sua taxa de corrosão,após a execução do reparo (deicorr(sb) para icorr). O aumento daquantidade de elétrons produzi-dos devido a este incremento fluipela barra, para sustentar areação catódica que ocorre sob o

    Artigo colabora para ampliar o conhecimento científico sobre uma das tecnologias

    mais comuns e empíricas de recuperação de estruturas afetadas por corrosão

    de armaduras, que são os reparos localizados de argamassa

    Por ZehbourPanossian

    Por Sílvia M. S.Selmo

    Estudo teórico do efeito damacrocélula na taxa decorrosão

    intensidade de corrosãodas armaduras no con-creto devida às macro-células é controlada

    principalmente, pela diferença depotencial entre o anodo e o cato-do. Este tipo de corrosão é influ-enciado, também, pela resistên-cia ôhmica entre o anodo e o ca-todo e por fatores geométricos,como a relação entre as áreas docatodo e do anodo e suas posi-ções relativas: se as armadurasonde se encontram o anodo e ocatodo estão no mesmo plano ouem planos paralelos [1].

    Para facilidade de estudo, osgráficos a seguir estudados sãosemiquantitativos e foram adota-dos valores de intensidade de cor-rosão semelhantes às encontradasem campo, em estruturas comcorrosão de armaduras [2] e foiconsiderada a densidade de cor-rente limite (iL) do O2 na arga-massa menor que densidade decorrente limite do O2 no concre-to do substrato [3]:• icorr da ordem de 10 µA/cm

    2;• limite de passivação,icorr = (0,1 – 0,2) µA/cm

    2; e• iL do O2 no concreto da ordemde 3 vezes o iL do O2 na argamas-sa de reparo.

    Quando as armaduras sãodespassivadas por carbonataçãodo concreto de cobrimento,ocorre corrosão do tipo genera-lizada, como conseqüência doestabelecimento de inúmeras cé-lulas de ação local (microcélulas),

    Por José LuisSerra Ribeiro

    28 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    C&P19_PoliParte2 1/1/04 1:38 AM Page 1

  • cho da armadura imerso no re-paro e o que está sob o substrato.

    Espera-se que este artigo aju-de no entendimento do fenôme-no da corrosão em reparos locali-zados e contribua para a melhorseleção dos materiais de reparo epara o projeto de reparos maisduráveis.

    A seqüência deste trabalho iráanalisar dados experimentais ob-tidos em [5] à luz da interpre-tação teórica aqui apresentada.

    AgradecimentosOs autores agradecem ao

    Prof. Dr. Stephan Wolynec(EPUSP-PMT), ao Instituto dePesquisas Tecnológicas de SãoPaulo - IPT, pela participação daProfa. Dra. Zehbour Panossian,e ao Projeto Temático FAPESP03/01729-2.

    Referências bibliográficas[1] Andrade, C.; Maribona, I.; Feliú, S.

    e González, J. A. Macrocell VersusMicrocell Corrosion ofReinforcements Placed inParallel. Corrosion – 92, paper n.194, 1992.

    [2] Andrade, C.; Alonso, C. Corrosionrate monitoring in the laboratoryand on-site. Construction andBuilding Materials, v. 10, n. 5, p.315-328, 1996.

    [3] Gjorv, O. E.; Vennesland, O. and El– Busaidy, A. H. S. Diffusion ofdissolved oxygen through con-crete. Materials Performance, vol25. p. 39-44, 1986.

    [4] Ohba, M. Corrosão por aeração

    reparo. Esta corrente que passapela barra em direção ao reparo éa corrente de corrosão por ma-crocélula. Na superfície do aço,sob o substrato, a redução dooxigênio ocorre com a mesma ta-xa observada antes do reparo4

    (iO2(sb)). O aumento da taxa decorrosão no substrato é sustenta-do pelo acréscimo da redução dooxigênio na região do reparo(iO2(rp) - icorr(rp) = imac) (Fig. 1(b)).

    Considerações finaisOs reparos localizados nas es-

    truturas de concreto armado pro-tegem o trecho da armadura noseu interior, porém, a corrosão daarmadura, nas regiões adjacentesaos reparos, pode ocorrer maiscedo do que normalmente ocor-reria, por dois motivos princi-pais:

    a) a perda de sua função cató-dica, pela eliminação do anodoadjacente, reduz drasticamentesua produção de hidroxilas e per-mite o avanço da frente de car-bonatação com maior rapidez; e

    b) após o estabelecimento dacorrosão no substrato, junto aoreparo, o processo corrosivo éagravado pelo surgimento deuma macrocélula de corrosão,decorrente da diferença de po-tencial eletroquímico entre o tre-

    diferencial. São Paulo, SP: EP-USP,1997. 224 f. Originalmenteapresentada como dissertação mes-trado, Universidade de São Paulo.

    [5] RIBEIRO, J. L. S. Formação deMacrocélulas de Corrosão em Re-paro de Armaduras de Estruturasde Concreto Armado. São Paulo,SP: EP-USP, 2005. 156 f. Projetode Pesquisa (Doutorado).

    C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008 29

    3. Caso especial em que as áreas catódicassão iguais às anódicas.4. Considera-se que não haja nenhumtratamento na superfície do concreto apóso reparo.

    José Luís Serra RibeiroDoutorando em Engenharia Civil, ênfaseem Engenharia de Construção Civil eUrbana, na Escola Politécnica da USP.Graduado em Engenharia de Fortificaçãoe Construção pelo Instituto Militar deEngenharia, Rio de Janeiro – RJ. Contato: [email protected] Maria de Souza SelmoProfessora na Universidade de São Paulo,no Departamento de Engenharia deConstrução Civil. Graduada emEngenharia Civil pela UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul - UFRGS.Mestre e Doutora pela USP emEngenharia Civil, ênfase em Engenhariade Construção Civil e Urbana.Contato: [email protected] PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Contato: [email protected]

    Fig. 5. Diagrama do efeito da macrocélula na taxa de corrosão – substrato carbonatado.(a) Aço no substrato carbonatado (pH9) (b) Aço no reparo (pH13) (c) Efeito do reparo na barra de aço.

    C&P19_PoliParte2 1/1/04 1:38 AM Page 2

  • Artigo Técnico

    Fosfatização de Metais FerrososParte 11 – Aceleradores:Sais Metálicos e Outros

    • primeiramente ocorre deposição pordeslocamento galvânico do cobre, asaber:

    Fe(substrato) → Fe2+ + 2e

    Cu2+ + 2e → Cu

    • a superfície do metal a ser fosfatizadofica com inúmeros pontos com depó-sitos de cobre, que agem como micro-catodos efetivos, acelerando o processode fosfatização.

    Segundo Lainer & Kudryavtsev(1966, p.203), a ação aceleradora dosíons de cobre é efetiva numa estreitafaixa de concentração (0,16 g/L a0,24g/L). Concentrações elevadas deter-minam a cobreação de toda a superfíciedo aço a ser fosfatizada o que inibe a for-mação da camada fosfatizada. Estesautores afirmam, ainda, que a resistênciaà corrosão das camadas fosfatizadas obti-das a partir de banhos acelerados comíons de cobre é cerca de cinco a seis vezesmenor do que das camadas fosfatizadasobtidas a partir de banhos similares sema adição de íons de cobre.

    Muitas vezes, sais de cobre são uti-lizados juntamente com aceleradorescomo nitratos e nitritos (Biestek &Weber, 1976, p.141). No caso docobre, isto ocorre segundo o seguintemecanismo:• primeiramente ocorre deposição por

    deslocamento galvânico do cobre,conforme citado anteriormente;

    • o cobre depositado é dissolvido pelaação do ácido nítrico, segundo asseguintes reações:

    3Cu + 2HNO3 → 3CuO + H2O + 2NO

    3CuO + 6HNO3 → 3Cu(NO3)2 + 3H2O

    Então, a reação global será:

    3Cu + 8HNO3 → 3Cu(NO3)2 + 4H2O + 2NO

    Conforme já foi visto, a ação ace-leradora do nitrato nos banhos de fos-fatização é devida à sua redução paranitrito que por sua vez é reduzido aNO. Observando a reação global apre-sentada, é fácil verificar o efeito acele-rador dos íons de cobre sobre a ação donitrato.

    Um resultado favorável é obtidoquando se adiciona uma concentraçãode 1,5g/L de íons de cobre aos banhosde fosfatização acelerados com nitratos.Teores mais elevados determinam a for-mação de uma camada esponjosa não-aderente sobre a superfície metálica fos-fatizada constituída de óxido cúprico.

    NíquelOs íons de níquel quando adicio-

    nados aos banhos de fosfatização tam-bém aceleram a formação da camadafosfatizada. No entanto, segundoFreeman (1988, p.17), o mecanismode ação é diferente. Neste caso, tam-bém ocorre primeiramente a deposiçãodo níquel por deslocamento galvânicosob a forma de partículas microscópi-cas o que aumenta o número de sítiosativos que dão origem à formação doscristais de fosfato (Bibikoff, 1985).Além disso, o níquel depositado parti-cipa da formação dos fosfatos insolú-veis constituintes da camada. Ao con-trário dos íons de cobre, o excesso deníquel não constitui um problema e aresistência à corrosão das camadas for-madas na presença de sais de níquel ésuperior. Existem patentes que reco-mendam o uso de concentrações eleva-das de níquel (alta relação Ni2+/Zn2+),afirmando que a camada de fosfatoformada contém fosfato duplo dezinco e níquel Zn2Ni(PO4)•4H2O,que apresenta uma elevada resistênciaa álcalis (Freeman, 1988, p.62). Oníquel é muito utilizado em banhos defosfato de zinco destinados a fosfatizar

    Aceleradores à base de sais metálicos, aceleração mecânica e eletroquímica

    Por Célia A. L.

    dos Santos

    Por Zehbour

    Panossian

    Sais metálicosuitas vezes, compostos deíons metálicos são adiciona-dos aos banhos de fosfatiza-

    ção como aceleradores, a saber: sais decobre, níquel, cobalto, molibdênio,tungstênio, vanádio, zircônio e cério.Destes, os mais utilizados são os decobre e níquel. Os demais são raramen-te empregados devido ao fato de serdifícil o controle das concentraçõespresentes nos banhos e, em geral,determinarem uma redução da resis-tência à corrosão das camadas fosfatiza-das (Wick & Veilleux, 1985, p.19-7).

    Cabe citar que a primeira tentativapara acelerar o banho de fosfatizaçãoconcebida por Coslett foi a introduçãode sais de níquel e de cobre, em 1929.Com isto foi possível reduzir o tempo defosfatização (superior a uma hora) para15 minutos (Freeman, 1971).

    Cobre1Os sais de cobre, mesmo em con-

    centrações muito baixas (da ordem de0,02 g/L), têm um efeito aceleradornos banhos e fosfatização. Segundo aliteratura (Freeman, 1988, p.16), a adi-ção do cobre pode aumentar a veloci-dade de formação da camada fosfatiza-da sobre o aço em até 6 vezes. Osbanhos acelerados com íons de cobresão muito utilizados para obtenção decamadas para base de pintura.Acredita-se que a ação aceleradora sedeve ao seguinte mecanismo (Lainer &Kudryavtsev, 1966; p. 203; Freeman,1988, p.16):

    30 C & P • Janeiro/Fevereiro • 2008

    1. Muitas vezes, os processos de fosfatiza-ção que utilizam íons de cobre em seusbanhos são chamados de processo Bonder,devido aos banhos comerciais de origemalemã denominados Bonder (Lainer &Kudryavtsev, 1966, p.204, Biestek &Weber, 1976, p. 142).

    Zehbour Jan/Fev Final 1/1/04 2:29 AM Page 1

  • o aço zincado sendo adequado paraobtenção de camadas de fosfatos desti-nadas à lubrificação e deformação(Murphy, 1971, p.397) e para a obten-ção de camadas fosfatizadas sobre açoendurecido (Wick & Veilleux, 1985).Pode ser utilizado juntamente comfluoretos (Freeman, 1988, p.120).

    Além de acelerar o processo de fos-fatização, os íons de níquel melhoram auniformidade da camada obtida(Kuehner, 1985).

    O uso de íons de níquel teve umcrescimento grande com o advento dosbanhos tricátions (contendo Zn2+,Mn2+ e Ni2+). Neste tipo de banho, oteor de níquel é mantido entre 400ppm a 1000 ppm e a camada fosfatiza-da contém de 0,5% a 1,2% de níquel(Wimmer, Gottschlich, Bush &Gehmecker, 1998).

    Existe uma tendência de substituir oníquel por íons de cobre, devido às res-trições impostas ao uso do níquel porquestões ambientais. Na tentativa desubstituir os íons de Ni2+, têm sidodesenvolvidos banhos utilizando peque-nas quantidades de íons de cobre(~5ppm) e traços de hidroxilaminas(Wimmer, Gottschlich, Bush &Gehmecker, 1998).

    Vanadatos, molibdatos,hidrazina e hidroxilamina

    Vanadatos, molibdatos, hidrazina ehidroxilamina