104
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO JOANA GABRIELA DA SILVA TAPADA MARÇO 2008 RELATÓRIO FINAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE, CELEBRADO AO ABRIGO DO PROTOCOLO ENTRE ESTG/CTOC

Protegido Conteúdo - Biblioteca Digital do IPG: Página Principalbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/163/3/Joana... · terem suportado os encargos dos meus estudos, ... 2.4.2

  • Upload
    ledieu

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Conte

do P

roteg

ido

INSTITUTO POLITCNICO DA GUARDA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTO

JOANA GABRIELA DA SILVA TAPADA

MARO 2008

RELATRIO FINAL PARA OBTENO DO GRAU DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE, CELEBRADO AO

ABRIGO DO PROTOCOLO ENTRE ESTG/CTOC

Conte

do P

roteg

ido

AGRADECIMENTOS

No podia deixar de agradecer minha famlia, pais, mano, pelo apoio incondicional

que sempre me deram. Sei que esto orgulhosos por ter concludo mais esta etapa, e

este trabalho em parte para vs. Especialmente quero agradecer aos meus pais por

terem suportado os encargos dos meus estudos, e pela confiana que me incutiram ao

longo dos meus anos de vida, sei que a vs que devo o facto de ser aquilo que sou

hoje.

Ao meu prncipe pelo apoio prestado e pela pacincia demonstrada ao longo destes

anos. OBRIGADO POR EXISTIRES E POR ME FAZERES SORRIR!!!!

Aos meus amigos, colegas pelos bons momentos que passmos juntos, suportaram as

minhas ausncias, bem como as minhas presenas!

Dr. Ana Lopes , que me orientou na realizao do relatrio de estgio pois procurou

sempre ensinar-me e apoiar-me, muito Obrigada.

Ao Dr. Victor Simes pela disponibilidade em me receber no seu gabinete, de forma a

tornar possivel a realizao do estgio curricular, muito Obrigada.

Durante o estgio, no s adquiri experincia tcnica e profissional, como tambm tive

oportunidade de conhecer pessoas que, em poucos meses, conquistaram a minha

admirao e me transmitiram os seus conhecimentos tratando-me com respeito e

amizade, a eles um muito Obrigada.

Agradeo a todos os que contribuiram positivamente para a

minha caminhada....

Joana

Conte

do P

roteg

ido

IDENTIFICAO DO ESTAGIRIO Nome: Joana Gabriela da Silva Tapada

N Aluno: 8054

Curso: Contabilidade

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politcnico da Guarda Escola Superior de

Tecnologias e Gesto

Professor Acompanhante: Ana Isabel Lopes

Empresa Receptora de Estgio: : Marques de Almeida, J. Nunes & Victor Simes,

SROC.

TOC Supervisor: Dr. Nuno Fragona

Periodo de Estgio: 1 de Outubro de 2007 a 31 de Dezembro de 2007

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

NDICE

NDICE ................... .......................................................................................................... I

NDICE DE ANEXOS ................................................................................................... IV

NDICE DE FIGURAS .................................................................................................... V

NDICE DE GRFICOS ............................................................................................... VI

NDICE DE QUADROS ............................................................................................... VII

GLOSSRIO DE SIGLAS ............................................................................................ IX

INTRODUO ................................................................................................................ 1

CARACTERIZAO DA EMPRESA RECEPTORA DE ESTGIO ........................... 2

1. Enquadramento genrico das rotinas da Contabilidade ............................................ 5

1.1 CONSIDERAES GERAIS ............................................................................... 5

1.2. RECEPO, ORGANIZAO E CLASSIFICAO DE DOCUMENTOS

CONTABILSTICOS ....................................................................................................... 6

1.3 LANAMENTO INFORMTICO E ARQUIVO ............................................. 10

2. Actividades desenvolvidas durante o perodo de estgio .......................................... 13

2.1. INTRODUO .................................................................................................. 13

2.2 HISTORIAL DA TRANSPORTES J&T, LDA .............................................. 13

2.3 IDENTIFICAO DA TRANSPORTES J&T, LDA .................................... 14

2.4. CLASSIFICAO DE DOCUMENTOS .......................................................... 15

2.4.1 rea do Caixa...15

2.4.1.1 Classificao de documentos da rea do Caixa......15

2.4.1.2 Controlo Interno da rea do Caixa ..17

2.4.2 rea das Contas de Depsitos Ordem ...................................................... 17

2.4.2.1 Classificao de documentos das contas de Depsitos Ordem.17

2.4.2.2 Controlo Interno referente aos Depsitos Ordem 19

2.4.3 rea de Clientes ..20

2.4.3.1 Consideraes .20

2.4.3.2 Classificao de Documentos da rea de Clientes.22

Joana Tapada I

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.4 rea de Fornecedores .24

2.4.4.1 Consideraes .....24

2.4.4.2 Classificao de documentos da rea de Fornecedores .25

2.4.4.3 Controlo Interno da rea de Clientes e de Fornecedores ...30

2.4.5 rea de Gesto de Recursos Humanos ...33

2.4.5.1 Consideraes 33

2.4.5.2 Taxa Social nica (TSU) ..34

2.4.5.3 Processamento e Pagamento dos Salrios .35

2.4.6 rea de Apuramento de Impostos e Contribuies .39

2.4.6.1 Apuramento do IVA ..39

2.4.6.2 Apuramento das Contribuies relacionadas com os Recursos

..............................Humanos44

2.4.7 Pagamentos Especiais por Conta e Pagamentos por Conta .46

2.4.7.1 Valores Pagos em 2007 ..46

2.4.7.2 Valores a Pagar em 2008 ................... 48

3. Trabalho de Fim de Exerccio ................................................................................... 49

3.1 CONSIDERAES .49

3.2 DISPONIBILIDADES......50

3.3 DVIDAS DE/A TERCEIROS..51

3.4 OUTROS DEVEDORES E CREDORES..52

3.5 ACRSCIMOS E DIFERIMENTOS ...52

3.6 AJUSTAMENTOS 57

3.7 IMOBILIZADO 57

3.8 BALANCETE RECTIFICADO (MS 13) ..60

3.9 BALANCETE DE APURAMENTO DE RESULTADOS (MS 14) ..60

3.9.1 Apuramento dos Resultados Operacionais .61

3.9.2 Apuramento dos Resultados Financeiros ...62

3.9.3 Apuramento dos Resultados Correntes ...62

3.9.4 Apuramento dos Resultados Extraordinrios .....63

3.9.5 Apuramento do Resultado Antes de Imposto 63

3.9.6 Apuramento do Imposto sobre o Rendimento 64

3.9.7 Apuramento do Resultado Liquido do Exerccio ...64

Joana Tapada II

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Joana Tapada III

3.10 BALANCETE FINAL (MS 15) 65

3.11 DOCUMENTOS DE PRESTAO SE CONTAS 65

3.11.1 Relatrio de Gesto ..66

3.11.2 Contas do Exerccio ......66

3.11.3 Demais Documentos de Prestao de Contas ...67

3.11.4 Dossier Fiscal ...68

4. Obrigaes Declarativas do Sujeito Passivo .........................................................69

4.1 Modelo 22 de IRC ......69

4.1.1 Consideraes ,,,,69

4.1.2 Apuramento do Imposto ...69

4.2 Informao Empresarial Simplificada (IES) .....74

5. Anlise Econmica Financeira ..79

5.1 TIPO DE RCIOS ...80

CONCLUSO 86

BIBLIOGRAFIA 88

ANEXOS 90

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

NDICE DE ANEXOS Anexo 1-Balancete do Ms de Dezembro de 2007 ( Ms 12 e Ms 13) ........................ 91

Anexo 2- Controlo de Caixa ......................................................................................... 105

Anexo 3- Reconciliao Bancria ................................................................................ 107

Anexo 4- Factura da PT ................................................................................................ 111

Anexo 5- Circularizao a Clientes e Fornecedores ..................................................... 113

Anexo 6- Controlo Interno do Imobilizado .................................................................. 115

Anexo 7- Controlo Interno das Contas de Clientes e Fornecedores ............................. 117

Anexo 8- Declarao Peridica de IVA ....................................................................... 120

Anexo 9- Pagamento da TSU ....................................................................................... 123

Anexo 10- Declarao de Reteno na Fonte e Montante a Entregar em Dezembro .. 125

Anexo 11- Controlo Interno dos Impostos a Entregar ao Estado ................................. 127

Anexo 12- Clculo dos PC e PEC ................................................................................ 129

Anexo 13- Controlo Interno dos Acrscimos e Diferimentos ...................................... 132

Anexo 14- Mapas de Amortizao ............................................................................... 134

Anexo 15- Abate de Algumas Viaturas ........................................................................ 140

Anexo 16- Balancete do ms 14....................................................................................142

Anexo 17- Relatrio de Gesto .................................................................................... 156

Anexo 18- Balano ....................................................................................................... 158

Anexo 19- Demonstrao dos Resultados por Natureza .............................................. 161

Anexo 20- Anexo ao Balano e Demonstrao de Resultados .................................. 163

Anexo 21- Demonstrao dos Resultados por Funes ............................................... 172

Anexo 22- Demosntrao dos Fluxos de Caixa............................................................ 174

Anexo 23- Anexo da Demonstrao dos Fluxos de Caixa ........................................... 176

Anexo 24- Certificao Legal de Contas ...................................................................... 178

Anexo 25- Relatrio Anual sobre a Fiscalizao efectuada ......................................... 180

Anexo 26- Modelo 22 ................................................................................................... 183

Anexo 27- Informao Empresarial Simplificada (IES) .............................................. 189

Joana Tapada IV

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Joana Tapada V

NDICE DE FIGURAS

Figura 1- Organograma Global da Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes,SROC .4

Figura 2- Organogrma da Delegao da Guarda .............................................................. 4

Figura 3- Classificao de Pagamentos por Caixa ......................................................... 16

Figura 4- Classificao das Despesas Bancrias da Factura da PT Comunicaes ....... 18

Figura 5- Classificao de Depsitos ............................................................................. 19

Figura 6- Classificao de Prestao de Servios .......................................................... 22

Figura 7- Classificao da Alienao de Imobilizado Corpreo .................................... 23

Figura 8- Classificao de uma Factura relativa a uma compra de Imobilizado ........... 25

Figura 9- Classificao de um Pagamento de uma Factura ............................................ 26

Figura 10- Classificao da Compra relativa ao consumo de Gasleo (viatura ligeira de

mercadorias .................................................................................................. 27

Figura 11- Classificao da Compra relativa ao consumo de Gasleo (viatura pesada de

mercadorias) ............................................................................................... 28

Figura 12- Classificao dos Trabalhos Especializados Prestados Empresa .............. 29

Figura 13- Mapas das Facturas em Vencimento ........................................................... 32

Figura 14- Esquema do Apuramento de IVA ................................................................ 42

Figura 15- Esquema das Operaes de Fim de Exerccio ............................................. 49

Figura 16- Resumo dos Documentos de Prestao de Contas ....................................... 69

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

NDICE DE GRFICOS

Grfico 1 Representao Grfica da Evoluo das Prestaes de Servios nos anos

2006 e 2007 .................................................................................................................... 21

Grfico 2 Representao Grfica da Evoluo da Conta de Fornecedores entre os anos

2006 e 2007. ................................................................................................................... 24

Joana Tapada VI

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

NDICE DE QUADROS

Quadro 1- Scios da Transportes J&T, Lda. ............................................................. . 15

Quadro 2- Lanamento Interno de Regularizao da Conta de Depsitos Ordem da

Empresa ....................................................................................................... 20

Quadro 3- Evoluo das Prestaes de Servios de 2006 a 2007 .................................. 21

Quadro 4- Evoluo da Conta de Fornecedores entre 2006 e 2007 ............................... 24

Quadro 5- Classificao relativo ao Fornecimento de Comunicaes ........................... 30

Quadro 6- TSU aplicveis aos rgos e aos Trabalhadores em Geral (Regime Geral) 35

Quadro 7- Classificao do Processamento de Remuneraes ...................................... 36

Quadro 8- Classificao do Processamento dos Encargos Patronais ........................... 37

Quadro 9-Classificao do Pagamento das Remuneraes ............................................ 37

Quadro 10-Classificao do Pagamento da TSU ........................................................... 38

Quadro 11- Classificao do Pagamento de IRS ............................................................ 39

Quadro 12- Classificao do Apuramento de IVA ......................................................... 43

Quadro 13- Classificao do IVA a Pagar ..................................................................... 43

Quadro 14- Classificao do Pagamento da TSU .......................................................... 44

Quadro 15- Classificao do Pagamento do Imposto Retido ........................................ 45

Quadro 16- Classificao da Contabilizao do Seguro 54

Quadro 17-Classificao so Subsidio de Frias de 2007 a pagar em 2008 .................... 55

Quadro 18- Classificao do Subsidio de Frias de 2008 .............................................. 56

Quadro 19- Classificao dos Outros Acrscimos e Diferimentos ................................ 56

Quadro 20- Classificao da Amortizao de uma Viatura Ligeira ............................... 60

Quadro 21- Apuramento dos Resultados Operacionais ................................................. 61

Quadro 22- Apuramento dos Resultados Financeiros .................................................... 62

Quadro 23- Apuramento dos Resultados Correntes ....................................................... 62

Quadro 24- Apuramento dos Resultados Extrardinrios .............................................. 63

Quadro 25- Apuramento do Resultado Antes de Imposto .............................................. 63

Quadro 26- Apuramento do Imposto s/ Rendimento .................................................... 64

Quadro 27- Apuramento do Resultado Lquido do Exerccio ....................................... 65

Quadro 28- Resumo dos Documentos de Prestao de Contas ..................................... 68

Joana Tapada VII

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Joana Tapada VIII

Quadro 29- Apuramento do Lucro Tributvel ...........71

Quadro 30- Apuramento das Tributaes Autnomas ................................................... 72

Quadro 31- Rcio de Rentabilidade Econmica............................................................. 80

Quadro 32- Rcio de Rentabilidade Financeira ............................................................. 81

Quadro 33- Rcio de Rentabilidade Comercial .............................................................. 81

Quadro 34- Rcio da Rotao do Activo ........................................................................ 82

Quadro 35- Rcio do Prazo Mdio de Recebimento ...................................................... 82

Quadro 36- Rcio do Prazo Mdio de Pagamento ......................................................... 83

Quadro 37- Rcio de Endividamento ............................................................................. 84

Quadro 38- Rcio de Solvabilidade ................................................................................ 84

Quadro 39- Rcio de Liquidez Geral ............................................................................. 85

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

GLOSSRIO DE SIGLAS

SIGLA DESCRIO

ABDR Anexo ao Balano e Demonstrao de Resultados

CAE Classificao de Actividade Econmica

CIRC Cdigo do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas

CIRS Cdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

CIVA Cdigo do Imposto do Valor Acrescentado

CSC Cdigo das Sociedades Comerciais

CTOC Cmara dos Tcnicos Oficiais de Contas

CTT Correio de Portugal

DGCI Direco Geral das Contribuies e Impostos

ESTG Escola Superior de Tecnologia e Gesto

IAPMEI Instituto de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas e Inovao

IES Informao Empresarial Simplificada

IRC Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas

IRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado

NIF Nmero de Identificao Fiscal

PC Pagamento por Conta

PCGA Principios Contabilsticos Geralmente Aceites

PEC Pagamento Especial por Conta

POC Plano Oficial de Contabilidade

PT Portugal Telecom

RITI Regime do Iva nos Transaes Intracomunitrias

SROC Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

TA Tributao Autnoma

TIR Transportes Internacionais Rodovirios

TSU Taxa Social nica

VN Volume de Negcios

Joana Tapada IX

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Introduo

No presente relatrio vai ser feita uma abordagem reflexiva e descritiva de um conjunto

de operaes e de procedimentos, os quais fizeram parte das actividades desenvolvidas

no estgio.

O relatrio tem por base o estgio curricular que se desenvolveu na empresa Marques de

Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC, que se iniciou em Outubro de 2007 e foi

concludo em Dezembro de 2007.

Como forma a proceder elaborao do presente relatrio de estgio, foi escolhida uma

das empresas que cliente da empresa receptora do estgio. Assim, essa sociedade vai

servir de referencial aplicao dos procedimentos contabilsticos que suportam a

realizao do Estgio. No entanto, qualquer referncia a dados que possam ser

susceptveis de identificar a empresa em anlise, em cumprimento de princpios gerais

definidos de acordo com artigo 10 do Cdigo Deontolgico dos Tcnicos Oficiais de

Contas, o dever de sigilo profissional, omitida a identificao da empresa. A

designao da respectiva empresa passa a ser Transportes J&T, Lda.. Trata-se de

uma empresa que tem como actividade principal o transporte internacional de

mercadorias em camies Transportes Internacionais Rodovirios de frota prpria.

No presente relatrio, comea-se por fazer uma apresentao da empresa onde o estgio

se desenrolou. No primeiro ponto, so apresentadas as actividades de rotina da

Contabilidade, desde a recepo dos documentos at ao lanamento informtico dos

mesmos. O segundo ponto comea com uma apresentao da empresa que vai servir de

base a este relatrio, onde se d inicio ao tratamento dos procedimentos contabilsticos

necessrios execuo das tarefas que a realizao do estgio ao abrigo do protocolo

celebrado entre a Escola Superior de Tecnologias e Gesto da Guarda e a Cmara dos

Tcnicos Oficiais de Contas obriga. No ponto trs desenvolve-se o trabalho de fim de

exerccio. No ponto quatro ocorre uma anlise econmica e financeira.

1

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Caracterizao da empresa receptora de estgio Denominao Social: Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC

Pessoa Colectiva (NIPC): 505 261 898

Estrutura Jurdica: Sociedade Civil

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas: SROC n. 176

Classificao de Actividade Econmica: 74120- Actividades de Contabilidade,

Auditoria e Consultoria Fiscal

Objecto Social: Reviso Legal de Contas

Capital Social: 5000 Euros

Scios:

Dr. Jos Joaquim Marques de Almeida, ROC n. 571

Dr. Joo Andrade Nunes, ROC n. 1062

Dr. Victor Manuel Lopes Simes, ROC n. 780

Data da Constituio da Sociedade: Empresa constituda por escritura pblica,

lavrada no cartrio notarial de Celorico da Beira, em 7 de Maro de 2001.

Endereo:

Sede: Av. Ferno de Magalhes, n. 619 Edifcio Mondego, sala 101, 3000-

178 Coimbra

2

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Contactos: Telefone: 239821777 e Fax: 239841027

E-mail: [email protected]

Delegao da Guarda: Av. Rainha D. Amlia, n 144, 6300-749 Guarda

Contactos: Telefone: 271227303 e Fax: 271 227 304

E-mail: [email protected]

Delegao de Viseu: Av. Alberto Sampaio, n. 65, 1 Posterior Esquerdo, 3510-

030 Viseu

Contactos: Telefone: 232434277 e Fax: 232435279

E-mail: [email protected]

Historial

A empresa Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC, iniciou a sua actividade

em 7 de Maro de 2001. As suas instalaes encontram-se localizadas na zona centro do

nosso pas (Coimbra, Guarda e Viseu) de maneira a alcanar uma vasta carteira de

clientes, sendo a sede localizada em Coimbra.

A actividade que a empresa desenvolve, pauta-se pelos elevados padres de qualidade e

rigor, para satisfazer as necessidades dos seus clientes.

Integram no quadro tcnico profissionais qualificados, bem como possuidores de uma

elevada competncia e aptido profissional, em vrios domnios da actividade, tais

como, Auditoria, Consultoria de Gesto, Consultoria Financeira e Consultoria Fiscal e

Contabilidade.

3

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

O organograma global da Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC o

seguinte:

Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes,

SROC

Guarda Coimbra Viseu Delegao

Dr. Joo Nunes Delegao Sede

Dr. Victor Simes Dr. Marques de Almeida

Figura 1 Organograma Global da Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC

(Fonte: Elaborao Prpria)

A estrutura organizacional na filial da empresa Marques de Almeida, J. Nunes & V.

Simes, SROC, na qual decorreu o estgio, a que de seguida se apresenta:

Guarda Delegao

Dr. Victor Simes

Dr. Manuel Rodrigues

Dra. Manuela Tenreiro (Assessora de Direco)

(Advogado)

Dr. Lus Dias Dra. Catarina Fernandes

Dr. Nuno Fragona (Economista) (Auditor)

(TOC)

Figura 2 Organograma da Delegao da Guarda

4

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

(Fonte: Elaborao Prpria)

1.Enquadramento genrico das rotinas da Contabilidade

1.1 CONSIDERAES GERAIS

O estgio curricular decorreu entre 01 de Outubro de 2007 e 31 de Dezembro de 2007, o

horrio laboral foi de segunda a sexta-feira das 9:00h s 12:30h e das 14:00h s 18:30h.

O supervisor de estgio na Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC, foi o

Dr. Nuno Filipe Furtado de Almeida Fragona, onde exerce funes de Auditor e

Tcnico Oficial de Contas (TOC) n. 50733.

De forma a cumprir o que o artigo 6 do Regulamento de Estgio da CTOC, durante o

perodo de estgio decorrido na Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC,

foram efectuadas as seguintes tarefas:

Aprendizagem relativa forma como se organiza a contabilidade, nos termos do

plano de contas oficialmente aplicvel, desde a recepo de documentos at ao

seu arquivo, classificao e registo;

Prticas de controlo interno;

Apuramento de contribuies e impostos e preenchimento das respectivas

declaraes;

Encerramento de contas e preparao das demonstraes financeiras e restantes

documentos que compem o dossier fiscal;

Preparao da informao contabilstica para relatrios e anlise de gesto;

Identificao e acompanhamento relativo resoluo de questes da

organizao, com o recurso a contactos com os servios relacionados com a

profisso;

5

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

De forma a especificar pormenorizadamente o trabalho realizado associado rea da

contabilidade, passa-se a discriminar os procedimentos e contabilizao a adoptar em

alguns casos.

1.2. RECEPO, ORGANIZAO E CLASSIFICAO DE DOCUMENTOS CONTABILSTICOS

No incio do estgio comecei por ter conhecimento de como os documentos so tratados

e trabalhados, pois estes so a base de todo o processo e registo contabilsticos.

Recepo

A recepo a primeira fase do tratamento dos documentos e consiste em receber todos

os documentos respeitantes ao desenrolar da actividade econmica da empresa. Os

documentos so entregues na Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC., com

uma periodicidade mensal, pelos clientes.

Organizao

A segunda etapa do tratamento dos documentos a sua organizao, que consiste na

separao dos mesmos por cliente, e de acordo com as suas especificidades e operaes

a que respeitem, de modo a tornar mais rpida e eficaz a sua classificao e lanamento.

Ou seja, os documentos contabilsticos so separados pelo perodo a que dizem respeito,

por ordem cronolgica, e so colocados em dossiers, de acordo com um cdigo interno.

No entanto, tambm se d importncia natureza dos documentos, nomeadamente se

so facturas de fornecedores, pagamentos de salrios, documentos bancrios e outros. A

finalidade desta separao facilitar a sua consulta.

6

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Na empresa Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC., a organizao feita

em pastas de arquivo prprio, as quais designamos de Dirios. Os Dirios que so

utilizados pela empresa so os seguintes:

Dirio de Compras;

Dirio de Bancos;

Dirio Caixa/ Vendas;

Dirio Operaes Diversas.

No Dirio de compras, ordenam-se os documentos de acordo com as suas

caractersticas e datas a que dizem respeito, tais como: facturas de fornecedores, notas

de dbito, notas de crdito, vendas a dinheiro, recibos e todo o tipo de documentos que

digam respeito a compras que so suportadas pela empresa no decorrer da sua

actividade.

Do Dirio de Bancos, constam todos os extractos bancrios e restantes documentos das

varias utilizaes das contas bancrias da empresa. So ordenados por datas e por

entidade bancria de modo a facilitar a sua consulta que se torne necessrio para

prticas de controlo interno.

No Dirio de Caixa/Vendas, organizado o caixa da empresa, contendo os mesmos,

todos os documentos relativos a despesas pagas atravs do Caixa (sempre de montantes

relativamente reduzidos) e as demais facturas e vendas a dinheiro a clientes, sempre

separadas de acordo com o ms a que dizem respeito.

No Dirio de Operaes Diversas so registadas diversas operaes, nomeadamente os

movimentos dos fornecimentos e servios externos (conta 62), as rendas suportadas

relativas aos estabelecimentos comerciais da sociedade, as amortizaes do respectivo

exerccio econmico, o processamento de salrios dos diversos meses, o apuramento do

Resultado Liquido do Exerccio econmico, entre outros.

7

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

A cada Dirio atribudo um nmero, (de 1 a 4), sendo organizado por dias, comeando

sempre do primeiro para o ltimo dia do ms. Aps estarem ordenados por datas, os

documentos so arquivados em dossiers.

Todos os documentos so numerados e, de acordo com as suas caractersticas so

organizados nos vrios dirios, isto , um documento que tem por nmero 312028, quer

dizer que este documento foi contabilizado no dirio 3, no ms 12 (Dezembro) e o

nmero interno o 028. Tudo para uma boa localizao do documento quando

necessrio.

No que se refere s facturas, temos de confirmar se esto de acordo com o artigo 35,

nmeros 4 e 5 do Cdigo do Imposto sobre Valor Acrescentado (CIVA), os quais

referem os elementos identificativos que devem constar numa factura, que so: os

nomes, firmas e denominaes sociais e a sede ou domicilio do fornecedor de bens e

prestador de servios e do destinatrio ou adquirente, bem como os correspondentes

nmeros de identificao fiscal dos sujeitos passivos de impostos; a quantidade e

denominao usual dos bens transmitidos ou dos servios prestados.

Classificao

A classificao de documentos uma das fases mais importantes de todo o processo

contabilstico logo, tendo em considerao o plano de contas que existe para cada

empresa, a realizao desta tarefa exige um elevado rigor por parte da pessoa que a

executa. Tem por finalidade, de dar uma imagem verdadeira de todos os movimentos

realizados pela empresa.

nesta fase que se aplicamos princpios contabilsticos e normas de contabilidade

estabelecidas no Plano Oficial de Contas.

8

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Princpios Contabilsticos

Com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e apropriada da realidade da situao

econmica da empresa, enumeram-se os seguintes princpios contabilsticos

fundamentais, os quais devem ser seguidos, e tidos em conta constantemente:

Princpio da especializao (ou acrscimo) segundo Arajo (2008),

torna-se necessrio proceder ao reconhecimento dos Proveitos e dos

Custos no momento em que ocorreram e no no momento em que foram

recebidos ou pagos. De forma a corresponder a esta necessidade, torna-se

necessrio identificar, sobretudo no momento do encerramento os

diversos diferimentos e acrscimos a reconhecer nas contas respectivas;

Princpios do custo histrico os registos contabilsticos devem basear-se

em custos de aquisio ou de produo, como por exemplo no clculo

das amortizaes do imobilizado;

Princpios da prudncia por exemplo, no trabalho de fim de exerccio,

quando os servios de contabilidade no possuam a documentao

respectiva, devem fazer estimativas com base nos conhecimentos que se

possuam nesse perodo, nunca esquecendo que tem que haver um grau de

preocupao ao faz-lo;

Princpio da continuidade a empresa opera continuamente no tempo,

desde 1985, ano da sua constituio. Ao longo dos anos, aquando da

preparao das demonstraes financeiras, a gerncia deve fazer uma

avaliao da capacidade de que a empresa tem de prosseguir como uma

entidade em continuidade.

Princpio de consistncia quando a empresa quiser alterar as suas

politicas contabilsticas tem que referir essa alterao no Anexo ao

Balano e Demonstrao de Resultados.

9

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Princpios da materialidade Nas demonstraes financeiras que so

obtidas ao longo do trabalho de fim de exerccio, devem-se evidenciar

todos os elementos que sejam relevantes e que possam vir a influenciar

as avaliaes e decises dos utentes.

Princpios da substncia sob a forma as operaes devem ser

contabilizados atendendo sua realidade financeira e no apenas sua

forma legal.

Contabilidade Organizada

A obrigao que os sujeitos passivos tm de ter contabilidade organizada est regulada

pelos artigos 115 do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento Colectivo e o 117, n 1

do Cdigo do Imposto sobre o Rendimento Singular.

Todas as empresas tm contabilidade organizada onde existem livros obrigatrios,

mencionados no artigo 31 do Cdigo Comercial e devem ser legalizados segundo o

artigo 32 desse mesmo cdigo, na qual a Conservatria do Registo Comercial, de

onde o sujeito passivo tiver a sua sede, a entidade que trata deste processo. No caso da

Transportes J&T, Lda. na Guarda.

Todavia, se a empresa possuir um programa de contabilidade licenciado, o nico livro

imposto o livro de actas. As funes desenvolvidas durante o estgio, estiveram

relacionadas com empresas que tm contabilidade organizada.

1.3 LANAMENTO INFORMTICO E ARQUIVO

Actualmente foi deixado de lado o registo manual dos documentos, passando a utilizar-

se o suporte informtico.

Aps ser feita uma classificao prvia dos documentos, procede-se ao seu lanamento

em suporte informtico; programa esse que permite ao utilizador extrair todo o tipo de

10

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

mapas e informaes necessrias para que o seu trabalho possa ser o mais eficaz

possvel.

Para tal o software utilizado para se proceder ao lanamento dos documentos, foi o

POCFAG 5.0, no qual introduzida toda a informao de todos os documentos que

resultem do decorrer da actividade econmica da empresa. O suporte informtico de

fcil utilizao, pois permite ao utilizador retirar todo o tipo de informao que se

necessite, sendo esta sempre actual, o que torna possvel informar o cliente, num curto

espao de tempo das mais variadas informaes que este necessite. Como exemplo,

mensalmente, extrado do programa informtico utilizado, o respectivo balancete, que

visa dar as informaes das operaes realizadas nesse ms e o respectivo acumulado

data da elaborao do mesmo. A empresa no ms de Dezembro utiliza um s balancete,

presente no anexo 1, no qual:

Movimenta o processamento normal relativo a actividade do ms de Dezembro;

Movimenta tambm os lanamentos e ajustamentos necessrios ao posterior

encerramento de contas. Nomeadamente, faz o processamento do subsdio de frias,

calcula e contabiliza as amortizaes do imobilizado, clculo de ajustamentos,

presente no ponto 3 deste relatrio.

O programa tambm suporta um grande nmero de empresas, o que o torna utilitrio e

eficiente.

No esquecendo que qualquer lanamento tem que ter suporte documental, esta

obrigao est prevista nas alneas a) e b) do artigo 115 do CIRC.

Numa ltima fase o arquivo de documentos composto pelo Dossier Corrente e o

Dossier Fiscal. No Dossier Corrente, esto presentes todos os documentos

contabilizados (do exerccio em causa), organizados por meses, natureza e contedo,

como j verificmos. No Dossier Fiscal esto presentes os documentos legais da

empresa, como actas, escritura e tambm os documentos que envolvem procedimentos

fiscais.

11

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Segundo o artigo 40 do Cdigo Comercial e o artigo 50 do Cdigo do IVA, o arquivo

torna-se obrigatrio para todos os comerciantes. Em sntese, a organizao do arquivo

fundamental, pois permite de uma forma rpida e fcil consulta dos documentos

contabilsticos.

12

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2. Actividades desenvolvidas durante o perodo de estgio 2.1. INTRODUO

De acordo com o artigo 3 do Cdigo Deontolgico, e o artigo 6 do Regulamento de

Estgios da CTOC, vo-se exemplificar as tarefas desenvolvidas durante o perodo de

estgio utilizando como exemplo a sociedade Transportes J&T, Lda..

2.2 HISTORIAL DA TRANSPORTES J&T, LDA

Segundo o histrico dos transportes rodovirios de mercadorias em Portugal,

(www.hipersuper.pt: consultado em 15/01/08), houve uma quebra registada em 2003,

mas em 2004 viveu uma nova recuperao. O estudo efectuado por uma empresa

espanhola especializada na elaborao de estudos de anlise sectorial e de concorrncia,

revela ainda que no ano de 2005 se verificou um prolongamento da tendncia crescente

do mercado, apesar da taxa de variao ser inferior registada no exerccio anterior.

Esta concluso um efeito da melhoria da actividade econmica e do crescimento das

trocas comerciais com o exterior.

Em 2005 o valor do mercado dos transportes de mercadorias rodovirios alcanou, os

3,9 mil milhes de euros, um crescimento de 4,3% face a perodo igual. O transporte

internacional representou cerca de 70% do volume total de carga transportada,

correspondendo os restantes 30% ao transporte interno. Espanha aparece como principal

origem e destino do transporte internacional portugus, reunindo aproximadamente 70%

do volume total das exportaes e importaes.

O estudo relata que funcionavam cerca de 10.000 empresas de transporte de

mercadorias rodovirio em Portugal, finalizando que cerca de metade possuam apenas

uma ou duas viaturas e que pouco mais de 10% dispunham de uma frota com mais de

13

http://www.hipersuper.pt:%20consultado

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

20 veculos. A oferta apresenta uma concentrao nos distritos de Porto e Lisboa,

recolhendo em conjunto quase 40% do total das empresas a operar no sector, seguindo-

se os distritos de Aveiro, Leiria, Setbal e Santarm.

A Transportes J&T, Lda. Tem como actividade principal ao transporte internacional

de mercadorias em camies TIR de frota prpria. Por outro lado tambm uma rea de

negcios com relevncia considervel para a empresa o transporte nacional de

mercadoria e os transportes expresso internacionais contratados "na hora" e com

garantia de servio entre 24 a 48 horas para a Europa.

A resposta pronta s solicitaes, com os recursos adequados, o cumprimento

atempado, e a qualidade indispensvel, so de facto os objectivos sempre presentes,

nesta empresa.

As fronteiras de mercado abertas pela Unio Europeia, deixaram de existir h j algum

tempo nesta empresa e, cada vez mais, elas sero esbatidas com as solicitaes que os

clientes impuserem.

2.3 IDENTIFICAO DA TRANSPORTES J&T, LDA Denominao social: Transportes J&T, Lda. Pessoa Colectiva (NIPC): 599 999 995 Estrutura Jurdica: Sociedade por Quotas Classificao de Actividade Econmica: 60240 Objecto Social: Transporte Rodovirio de Mercadorias

14

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Capital Social: 250.000,00 Scios:

Scios Montante % Capital

ManueldosSantos 72.941,71 30%

AlbertoJoodaSilva 31.174,87 10%

JosDavidMarques 72.941,71 30%

JoaquinaMariaPratas 72.941,71 30%

TOTAL 250.000,00 100%

Quadro 1 Scios da Transportes J&T, Lda..

(Fonte: Elaborao Prpria)

Data da Constituio: 28/12/1985

N. Trabalhadores: 29 Empregados

2.4 CLASSIFICAO DE DOCUMENTOS Tendo por base o cdigo de contas adoptado pela Transportes J&T, Lda. e o artigo

18 do CIVA referente s taxas de IVA a aplicar, seguidamente vo ser apresentadas

algumas classificaes de documentos referentes ao desenrolar da actividade econmica

da empresa.

2.4.1- REA DO CAIXA

2.4.1.1- Classificao de Documentos da rea do Caixa

atravs do caixa que se efectuam pequenos pagamentos, como exemplo, o

carregamento de telemveis, compra de material de escritrio. De seguida apresenta-se

a sua respectiva contabilizao, com IVA de 21%.

15

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

NIF: 599 999 995

NIF: 599 999 995Nome: Transportes J&T, LDA

Nome: Transportes J&T, LDA

Figura 3 Classificao de pagamentos por caixa. (Fonte: caixa)

16

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.1.2- Controlo Interno da rea do Caixa Consiste numa verificao das despesas apresentadas pelo Caixa, tendo em conta a sua

tipologia e limite de valor, onde h empresas que apresentam fundos fixos de baixa

importncia pelo que a contagem fsica dos fundos realizada periodicamente.

Sendo o fundo fixo de caixa reposto no final de cada ms, e nesta empresa no se

conhece o valor mnimo para ter em caixa.

A empresa Transportes J&T, Lda., apresenta uma s conta geral, Caixa - Geral

onde constam os Recebimentos e os Pagamentos, que so controlados periodicamente

pela gerncia.

Quanto a disponibilidades em moeda estrangeira, no existe nada a assinalar, uma vez

que a empresa no possui qualquer disponibilidade deste tipo em caixa.

No anexo 2 apresenta-se uma folha de caixa do ms de Dezembro de 2007, de modo a

que se perceba melhor o tipo de controlo do caixa efectuado pela empresa.

Aps o controlo de caixa, todos os documentos so encaminhados para os servios de

Contabilidade, neste caso a Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC.

2.4.2- REA DAS CONTAS DE DEPSITOS ORDEM 2.4.2.1- Classificao de documentos das contas de Depsitos Ordem O documento abaixo transcrito o comprovativo das despesas bancrias da factura da

PT Comunicaes. A sua contabilizao, com IVA de 21%, est na face do documento:

17

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

CONTABILIDADE _ DBITO CRDITO _ 68811 0,60 126 0,73 243212 0,13

Figura 4 Classificao das Despesas Bancrias da Factura da PT

Comunicaes. (Fonte: Dirio de Bancos)

O documento transcrito na pgina seguinte diz respeito a um depsito. A sua

contabilizao consta do carimbo no prprio documento:

18

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Figura 5 Classificao de depsitos. (Fonte: Dirio de Bancos)

2.4.2.2- Controlo Interno referente aos Depsitos Ordem Os depsitos bancrios so efectuados periodicamente e so controlados por uma pessoa

que est incumbida desta misso.

A informao referente a operaes bancrias encontra-se arquivada no dirio de bancos

por ordem cronolgica e por entidade bancria.

Mensalmente, so tambm realizadas reconciliaes bancrias por outra pessoa

independente e responsvel pela sua elaborao, para a verificao ou ajustamento dos

respectivos montantes verificados no extracto bancrio e na conta de depsitos da

empresa.

19

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

No anexo 3, encontramos uma reconciliao bancria do ms de Outubro de 2007,

referente a uma conta de depsitos da empresa numa instituio bancria constituda no

prprio ano, neste caso o Banco Popular. Para a elaborao da mesma, foram utilizados

os registos do ms de Outubro da conta Depsitos Ordem na empresa, e o respectivo

extracto emitido pela instituio bancria em causa, extractos disponveis no mesmo

anexo.

Assim, o objectivo da reconciliao bancria comparar os valores apresentados no

extracto da empresa com o do banco, de forma a verificar se existem diferenas. Essas

diferenas podem justificar-se pela falta de documentos na contabilidade, por exemplo,

cheques devolvidos, que originam movimentos no banco mas no na contabilidade; e

pela ausncia dos documentos emitidos pelo banco, tais como, os cheques em trnsito,

que esto registados na contabilidade e ainda no esto no banco.

Todavia, aos valores que no esto registados no banco temos que verificar no ms

seguinte, se j esto no extracto do banco; aos valores que no esto na contabilidade da

empresa, so lanados por documentos de lanamentos interno, onde anexado a

fotocpia do extracto bancrio onde consta o valor em causa, regularizando a conta de

depsitos ordem da empresa. Neste caso so feitos dois lanamentos de regularizao:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pelo Depsito

Pelo Estorno

128 111 302,50

128 688113 15,60

Quadro 2 Lanamento Interno de Regularizao da conta de Depsitos ordem da empresa.

(Fonte: Elaborao Prpria)

2.4.3 REA DE CLIENTES 2.4.3.1 Consideraes

Prestar um servio que represente um factor de competitividade para o cliente e

procurar a melhoria contnua dos processos, com a satisfao pessoal e profissional das

20

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

pessoas, aliada a uma rigorosa e eficiente gesto, definem os princpios orientadores da

misso desta empresa.

Os principais clientes da Transportes J&T, Lda. continuam a ser empresas inseridas

no mercado externo, mas tm diminudo as suas prestaes de servios, tanto no

mercado interno, como no mercado externo.

Apresenta-se de seguida, um quadro e o respectivo grfico da evoluo das prestaes

de servios nos ltimos dois anos, dividido pelos diversos mercados onde a empresa

opera.

PrestaesdeServios 2006() %(variao) 2007()

MercadoInterno 1076946,87 23,38 825140,79

MercadoExterno 1409491,36 1,32 1390832,04

TOTAL 2486438,23 2215972,83

Quadro 3 Evoluo das Prestaes se Servios de 2006 a 2007.

(Fonte: Relatrio de Gesto, 2007)

0200000400000600000800000

1000000120000014000001600000

2006 2007

Anos em Estudo

Evoluo das Prestaes de Servios

Mercado InternoMercado Externo

Grfico 1 Representao Grfica da Evoluo das Prestaes de Servios nos anos 2006 e 2007.

(Fonte: Elaborao Prpria)

Verificamos, pelo grfico, que em ambos os mercados, mercado interno e externo, as

prestaes de servios diminuram, devido a uma reduo das relaes comerciais ao

nvel do mercado interno.

21

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.3.2 Classificao de documentos na rea de Clientes Factura relativa a prestao de servios A taxa aplicada a esta prestao de servios de 21%.

Figura 6 Classificao de Prestao de Servios.

(Fonte: Dirio de Vendas/Prestao de servios)

22

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Factura de alienao de Imobilizaes corpreas A taxa aplicada a esta transmisso interna de 21%.

Figura 7 Classificao da alienao de imobilizado corpreo.

(Fonte: Dirio de Vendas/Prestao de servios)

23

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.4 REA DE FORNECEDORES

2.4.4.1 Consideraes Todos os fornecedores da Transportes J&T, Lda., so do mercado nacional ou interno,

nomeadamente ao nvel de fornecedores de veculos pesados, de reboques, outras

empresas de distribuio, fornecedores de combustveis e de peas de que mais

necessita a empresa, Transportes J&T, Lda..

Apresenta-se de seguida, um quadro e o respectivo grfico da evoluo da Conta de

Fornecedores, nos ltimos dois anos:

Fornecedores 2006() %(variao) 2007()MercadoInterno 181028,63 40,33 303376,86

TOTAL 181028,63 303376,86

Quadro 4 Evoluo da Conta de Fornecedores entre 2006 e 2007.

(Fonte: Balano, 2006/2007)

Mercado Interno

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

2006 2007

Anos em Estudo

Mercado Interno

Grfico 2 Representao Grfica da Evoluo da Conta de Fornecedores entre os anos

2006 e 2007.

(Fonte: Elaborao Prpria)

Verificamos que em 2007, a conta de fornecedores aumenta, devido a uma maior

contratao de fornecedores por parte da empresa Transportes J&T, Lda..

24

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.4.2 Classificao de documentos na rea de Fornecedores Factura de um fornecedor relativa compra de imobilizado, no

mercado nacional

A compra de imobilizado neste caso, diz respeito a equipamento de transporte. De

seguida apresenta-se a sua respectiva contabilizao, com IVA de 21%.

Figura 8 Factura relativa a uma compra de imobilizado.

(Fonte: Dirio de Compras)

25

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Verificamos, que na presente factura que se efectua a respectiva contabilizao. Existe

um carimbo, que se coloca em todos os documentos contabilizveis, para servir de base

para a contabilizao destes.

Recibo de um pagamento de uma factura

O pagamento pode-se realizar atravs de cheque ou transferncia bancria, este serve de

suporte para a sua contabilizao. Aps a chegada do recibo, colocamos o comprovativo

do seu pagamento.

Figura 9 Classificao de um pagamento de uma factura.

(Fonte: Dirio de Compras)

26

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Compra relativa ao consumo de gasleo

Em relao a custos com o gasleo, a venda a dinheiro, refere-se a uma viatura ligeira

de mercadorias que pertence empresa. Logo, o IVA suportado apenas dedutvel em

50% do seu valor, conforme o n 1 do artigo 19, n 1 do artigo 20 e n 1 alnea b) do

artigo 21 do CIVA. Assim, deste modo a contabilizao do mesmo vai ser a seguinte:

76 BU-99

Figura 10 Classificao da compra relativa ao consumo de gasleo (viaturas ligeiras de passageiros).

(Fonte: Dirio de Compras)

O clculo do IVA a deduzir obtido pela seguinte operao: multiplicamos o valor total

por 10,5 (a deduo de 50%) e ao resultado dividimos por 121 (taxa de 21%). Logo,

27

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

pelo plano de contas utilizado pela empresa em estudo, o valor a colocar na conta

2432312- IVA Dedutvel relativo a Outros Bens e Servios taxa de 21%.Para

sabermos a base tributvel, basta fazer a diferena entre o valor total e o valor do IVA

dedutvel.

Em relao a custos com o gasleo, de viaturas pesadas de mercadorias, segundo n 1

do artigo 19, n 1 do artigo 20 e n 1 alnea b) do artigo 21 do CIVA, o IVA suportado

dedutvel em 100% do seu valor. Logo, a contabilizao vai ser a seguinte:

111 50,00 622122 41,32

2432212 8,68

Figura 11 Classificao da compra relativa ao consumo de gasleo (viaturas pesadas de

mercadorias).

(Fonte: Dirio de Compras)

28

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Factura relativa a trabalhos especializados prestados empresa A taxa aplicada a prevista no artigo 18 do CIVA (21%) e o direito deduo est

previsto no n 1 do artigo 19, n 1 do artigo 20, conjugado com o artigo 35 do CIVA.

A sua contabilizao vai ser a seguinte:

Figura 12 Classificao dos trabalhos especializados prestados empresa.

(Fonte: Dirio de Operaes Diversas)

29

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Factura da PT (Portugal Telecom relativa ao fornecimento de

Comunicaes (anexo 4)

Relativamente a este custo externo (conta 62), a taxa a aplicar de 21% conforme o n1

do artigo 18 do CIVA, e em termos de direito deduo do imposto, o mesmo encontra-

se regulado pelo n1 do artigo 19 e o n1 do artigo 20 do CIVA. A contabilizao a

efectuar do documento, de acordo com o POC adoptado a seguinte:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

V/Factura

6222221 824,60

6222222 1,40

2432311 173,17

126 999,17

Quadro 5 Classificao relativo ao fornecimento de comunicaes.

(Fonte: Elaborao Prpria)

O valor que consta na conta 6222222 diz respeito taxa de difuso.

2.4.4.3 - Controlo Interno da rea de Clientes e Fornecedores

Quanto a estas rubricas, efectuado um controlo mensal dos respectivos movimentos

ocorridos no perodo e confirmados os respectivos saldos.

So realizadas tambm periodicamente, circularizaes a fornecedores e a clientes. No

anexo 5, podemos encontrar uma circularizao realizada a fornecedores e a clientes,

data de 31-12-2007.

Sempre que se detectem erros nos saldos das contas, erros esses que derivam de

duplicao de lanamentos, alterao de quantias e de contas tanto de fornecedores,

como de clientes, temos que efectuar as devidas correces, atravs de lanamentos de

estornos.

30

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Controlo das facturas relativas compra de imobilizado As facturas de compras, relativas a imobilizado, aps a sua recepo, so confirmadas e

depois vo para o arquivo para posterior contabilizao e seu pagamento.

A aquisio de imobilizado da responsabilidade do rgo de gesto. Em cada ano,

elaborado um plano de investimento. Aquando a tomada de deciso, da compra de

imobilizado, seleccionado o melhor fornecedor. Quando h a recepo do

equipamento verifica-se a factura do fornecedor.

O registo dos bens que so adquiridos feito numa ficha de imobilizado, que cumpre os

requisitos do artigo 51 do CIVA, onde consta, como exemplo, a data de aquisio ou

do inicio da utilizao, as amortizaes, o valor do imposto suportado e as

regularizaes a efectuar.

A poltica de amortizao dos bens, est perfeitamente definida, com0 vamos verificar

no ponto 3 deste relatrio.

J aps a realizao do estgio tive acesso a uma formao sobre Encerramento de

Contas a qual foi bastante til para consolidao de conhecimento. No que respeita ao

Controlo Interno, o Arajo (2008) prope a adopo de um conjunto de mapas que

consideram bastante til para anlise. Apesar do seu preenchimento no ter sido

realizado no estgio, apresentam-se em anexo, devidamente preenchido de acordo com

o que eu, como estagiria, tive percepo do que seria. No anexo 6, constam os

objectivos a atingir, bem como tarefas a sugerir do controlo interno para com o

imobilizado.

Pagamentos a fornecedores

Mensalmente, feito um mapa das facturas, com os respectivos valores, que ainda esto

em vencimento. Podemos encontrar na figura 13 algumas facturas em vencimento,

referentes ao ms de Novembro de 2007.

31

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

MAPA DE FAC TUR AS EMVE NC IMENTO:

DATA:NOVEMBRO 2007

FAC TUR A: VALOR ()N57639 1047,48N38556 1471,46N37405 1122,30N37594 1186,54N87639 1256,20N57293 922,45N234 897,25N95776 2554,21N34 245,14N88865 1589,11N6540 1258,59

Figura 13 Mapas das facturas em vencimento.

(Fonte: Fonte Prpria)

O pagamento dessas facturas, ocorre por prazos de vencimento, com base neste mapa.

Os pagamentos podem ser feitos por:

Cheques;

Transferncias bancrias;

Numerrio.

Normalmente, a utilizao do cheque reservada para o pagamento de quantias

elevadas, onde se requer duas assinaturas para obrigar o pagamento.

O pagamento ocorre em numerrio, aquando a ocorrncia de transaces de pronto

pagamento, em pequenas importncias.

32

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Recebimentos de clientes

Mensalmente, tambm feito um mapa das facturas, com os respectivos valores, que

ainda esto em dvida para com a empresa.

O recibo emitido, quando efectuado o pagamento por partes dos clientes, sendo este

comparado com o talo da transferncia bancria ou a cpia do cheque.

importante que se realizem conciliaes com as contas de fornecedores e clientes,

comparando os extractos fornecidos pelos mesmos, com os da contabilidade. Esta

prtica no muito comum, mas muito importante para que se possa verificar se todos

os lanamentos da contabilidade da empresa esto bem, de modo a existir um maior

controlo por partes dessas contas.

Para um controlo interno mais eficaz das contas de fornecedores e clientes, no anexo 7,

constam os objectivos a atingir e tarefas a sugerir.

2.4.5- REA DE GESTO DE RECURSOS HUMANOS 2.4.5.1- Consideraes

Atravs do processamento de salrios so apuradas as remuneraes e contribuies

para com a Segurana Social e Administrao Fiscal, a pagar aos rgos sociais,

restantes trabalhadores e imposto a entregar ao Estado.

Para o seu correcto processamento, necessrio muita informao relativa a cada

trabalhador, com por exemplo, o nmero de dependentes, o seu estado civil, o seu

vencimento base, as horas extraordinrias, grau de deficincia (caso exista), entre outras

que, devem ser fornecidas empresa por parte do trabalhador.

Na empresa receptora do estgio, a Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC,

utilizado um programa prprio para o processamento de salrios, designado de

SOFTFRA 2006.

33

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

O programa inclui diversas tabelas, como as tabelas de IRS, das seguradoras, dados da

empresa, dos trabalhadores, faltas, habilitaes literrias, descontos, bancos, extractos

por empregado, por processamento, entre outras, onde se torna bastante acessvel ao

processamento de salrios

Os clientes da Marques de Almeida, J. Nunes & V. Simes, SROC, mensalmente,

facilitam informaes necessrias para a elaborao dos recibos de vencimentos.

Um recibo de vencimento deve conter, entre outros, os seguintes itens:

Nome da entidade empregadora;

Nome do trabalhador;

Vencimento;

Perodo de trabalho a que respeita o vencimento;

Subsdio de alimentao;

Retenes na fonte de IRS;

Descontos para sindicatos;

Horas extraordinrias;

Subsidio frias/ Natal;

Contribuies para a Segurana Social.

Aps o processamento de salrios e da emisso dos respectivos recibos, procede-se ao

pagamento das remuneraes e contribuies, como vamos ver mais frente. So

efectuados os respectivos lanamentos e arquivados no respectivo dirio, com o

comprovativo de recebimento (duplicado do recibo de vencimento) por parte de cada

trabalhador, assinada pelo respectivo.

2.4.5.2 Taxa Social nica (TSU) Sobre o vencimento bruto de cada pessoa aplicada uma taxa de contribuio para a

Segurana Social que tambm os contribuintes so obrigados a aplicar sobre as

remuneraes pagas para posterior entrega Segurana Social, a TSU.

34

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

As taxas aplicveis do regime de Segurana Social empresa Transportes J&T, Lda.,

so as seguintes:

TAXA

DESCRIO BENEFICIRIO ENTIDADEEMPREGADORA TOTAL

rgosSociais 10% 21,25% 31,25%

RegimeGeral 11% 23,75% 34,75%

Quadro 6 TSU aplicveis aos rgos sociais e aos trabalhadores em geral (Regime Geral).

(Fonte: www.seg-social.pt)

2.4.5.3 Processamento e Pagamento dos Salrios

PROCESSAMENTO

O processamento de remuneraes realizado no ms a que diz respeito. O seu

processamento feito em duas fases, numa primeira fase onde procede-se ao

apuramento dos ordenados; numa segunda fase apuram-se os encargos sobre as

remuneraes.

1 Fase - Processamento de ordenados Os ordenados ou remuneraes, representam um custo para a empresa, sendo

contabilizados na conta 64 Custos com o Pessoal, debitando as suas subcontas e

creditando as subcontas da 26 Outros Devedores e Credores, mais propriamente a

262- Remuneraes a liquidar. No esquecendo, que temos valores de IRS e da TSU a

colocar nas subcontas da conta 24 Estado e Outros Entes Pblicos. O

processamento de salrios efectuado no ms anterior ao pagamento.

Como exemplo, a empresa Transportes J&T, Lda. processa o subsdio de Natal em

Novembro. Relativamente reteno na fonte de IRS, temos que ter em conta, para

alm dos vencimentos, a situao do agregado familiar do trabalhador. No caso deste

trabalhador, casado, so os dois titulares, e no h dependentes, logo a taxa de

35

http://www.seg-social.pt/

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

reteno na fonte de 2,5% de acordo com as tabelas de reteno na fonte para 2006,

anexas ao CIRS.

No quadro a seguir, est um exemplo da contabilizao referente ao processamento de

ordenados, com o subsdio de Natal, referente a um trabalhador:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR 6421 500,00

6422 60,00Processamento de remuneraes 6423 500,00

2421 25,00 2452 110,00

2622 925,00

Quadro 7 Classificao do processamento de remuneraes.

(Fonte: Elaborao Prpria)

O subsdio de alimentao estipulado pela empresa, neste caso o valor fixo de

60,00, pelo que est dentro dos limites de iseno de IRS; Para o clculo de IRS (conta

2421), temos que ter em conta que tanto a remunerao, como o subsdio de Natal,

incide a taxa de IRS, logo (500,00+500,00) *2,5% = 25,00 ; Para o clculo da TSU,

nesta primeira fase s temos que ter em conta a parte paga pelo trabalhador, onde a taxa

tambm incide sobre a remunerao e o subsdio de Natal, logo vem que, (500,00 +

500,00) * 11% = 110,00.

2 Fase - Processamento dos encargos sobre as remuneraes

O processamento dos encargos sobre as remuneraes faz-se aquando do processamento

de ordenados. Para o processamento destes encargos, temos que ter em conta que sobre

a entidade patronal, incide uma taxa de 23,75%, logo, no quadro a seguir, est presente

a sua contabilizao:

36

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Processamento de encargos 6451 2451 237,50

Quadro 8 Classificao do processamento dos encargos patronais. (Fonte: Elaborao Prpria)

PAGAMENTO

Aps o processamento das remuneraes, ocorre o pagamento aos trabalhadores e s

entidades.

Pagamento aos trabalhadores

O pagamento das remuneraes feito no ms a seguir ao processamento. Pelo

pagamento, debita-se a subconta da conta 262 Remuneraes a Liquidar, em

contrapartida da subconta da conta 126 Depsitos Ordem (BES) , isto , o

pagamento efectuado por transferncia bancria.

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pagamento das remuneraes 262 126 925,00

Quadro 9 Classificao do pagamento das remuneraes. (Fonte: Elaborao Prpria)

Verificamos que a contabilizao do pagamento feita pelo valor lquido.

37

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Pagamento s Entidades

TSU

Tanto a TSU suportado pelos trabalhadores, que descontado nos respectivos salrios e

entregue pela Entidade Patronal, como a suportada pela entidade patronal tem que ser

entregue at ao dia 15 do ms seguinte quele que dizem respeito.

O valor a pagar Segurana Social entregue ao Instituto de Gesto Financeira nas

Tesourarias das Instituies da Segurana Social competentes.

Como a Transportes J&T, Lda. tem mais de 10 trabalhadores ao seu servio est

obrigada a proceder entrega da declarao de Remuneraes em suporte digital,

atravs do stio da Segurana Social.

A sua contabilizao a seguinte:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pagamento de TSU 2452 126 347,50

Quadro 10 Classificao do pagamento da TSU.

(Fonte: Elaborao Prpria)

Tem-se em conta que o valor a pagar de TSU a soma da TSU suportada pela entidade

empregadora com a TSU suportada pelo trabalhador.

IRS

A reteno na fonte de IRS entregue ao Estado mediante uma guia de pagamento

ordem dos CTT, Direco Geral do Tesouro ou por transferncia bancria.

O lanamento a efectuar :

38

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pagamento de IRS Retido 2421 126 25,00

Quadro 11 Classificao do pagamento de IRS.

(Fonte: Elaborao Prpria)

2.4.6 REA DE APURAMENTO DE IMPOSTOS E

CCONTRIBUIES

2.4.6.1 - Apuramento do IVA O IVA um imposto geral indirecto sobre o consumo, pois tributa o consumo dos

contribuintes em geral, no atendendo riqueza dos mesmos, mas sim s despesas por

eles realizadas no quotidiano.

Segundo o artigo 1 do CIVA, esto sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado:

todas as transmisses de bens e servios, efectuadas a ttulo oneroso, por um sujeito

passivo agindo como tal e em territrio nacional; as importaes de bens; as operaes

intracomunitrias efectuadas em territrio nacional.

Os sujeitos passivos deste imposto, que esto regulados no n 1 do artigo 2 do CIVA,

so as pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com

regularidade, desempenham actividades obrigadas a este imposto.

Algumas operaes internas, importaes, exportaes, e outras operaes assimiladas a

exportaes e transportes internacionais, esto isentas do imposto. Estas isenes esto

previstas, ao longo, do captulo 2 do CIVA.

O Regime do IVA nas Transaces Intracomunitrias, veio ajudar na livre

circularizao de bens e servios, num mercado intracomunitrio entre vrios estados

membros.

39

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

TAXAS Para a aplicao da taxa temos que saber qual o valor tributvel. Assim, segundo o n1

do artigo 16 do CIVA, o valor tributvel das transmisses de bens e das prestaes de

servios sujeitas a imposto ser o valor da contraprestao obtida.

Relativamente s taxas a aplicar sobre o valor tributvel, o artigo 18 prev que para as

importaes, transmisses de bens e prestaes de servios, existem diferentes taxas

aplicveis s mesmas:

As taxas so:

Taxa de 5%, relativo s operaes que constam da lista I, que est anexa ao

CIVA;

Taxa de 12%, relativo s operaes que constam da lista II, que est anexa ao

CIVA;

Taxa de 21%, relativo s restantes operaes;

Segundo o mesmo artigo, no n 3, nas regies Autnomas dos Aores e da Madeira, so

aplicadas, respectivamente, as seguintes taxas, 4% 8% 15%.

O IVA, atravs das suas taxas, procura a justia social ao aplicarem-se diferentes taxas

consoante o tipo de necessidades que os produtos visem satisfazer. A taxa reduzida

aplicada a produtos essenciais, e as taxas, intermdia e normal, aplicada aos restantes

bens de consumo.

PERODOS DE TRIBUTAO Existem dois perodos de tributao:

Mensal: para os sujeitos passivos com Volume de Negcios anual superior a

498.797,90.

Trimestral: para os sujeitos passivos com Volume de Negcios VN anual

inferior a 498.797,90.

40

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Logo, Os sujeitos passivos so obrigados a proceder entrega da declarao de IVA:

Regime Trimestral: At ao dia 15 do 2. ms seguinte quele a que respeitam as

operaes.

Regime Mensal: At ao dia 10 do 2. ms seguinte quele a que respeitam as

operaes.

Assim, a empresa Transportes J&T, Lda. enquadra-se no Regime de IVA mensal,

pois o seu VN ultrapassa os limites, (VN 2006 = 2.486.438,23 ; VN 2007 =

2.215.972,83 ).

A respectiva declarao (neste caso a modelo B), deve ser entregue at ao dia 10 do

segundo ms seguinte ao perodo a que respeitam as operaes, conforme o disposto no

artigo 40, n 1, alnea a) do CIVA, pois o montante do imposto foi entregue dentro do

prazo legal.

No caso de existir algum engano no apuramento do IVA, deve-se entregar tambm a

Declarao Peridica de Substituio Modelo C, que uma declarao de correco.

(n. 2 do artigo 8 do Decreto-Lei n.229/95, de 11 de Setembro).

Quer a empresa se encontre em regime mensal ou geral, a declarao entregue

obrigatoriamente via Internet (Portaria 375/2003 de 10 de Maio) atravs do stio www.e-

financas.gov.pt.

Em cada perodo de tributao (mensal ou trimestral) feito o apuramento do IVA.

Existem, assim, diversos saldos devedores e credores, de cujo balanceamento resulta o

imposto a entregar ou a recuperar do Estado.

O saldo apurado na conta 2435 Estado e Outros Entes Pblicos IVA Apuramento,

sendo credor traduz a existncia de IVA a pagar, pelo que deve ser transferido para a

conta 2436 Estado e Outros Entes Pblicos IVA a Pagar. Sendo devedor,

41

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

representativo de um crdito de imposto, o qual deve ser transferido para a conta 2437

Estado e Outros Entes Pblicos IVA A recuperar.

De seguida apresenta-se um esquema do apuramento de IVA:

Figura 14 Esquema do Apuramento de IVA.

(Fonte: http://ressano.tripod.com/apuramento_iva.jpg; consultado a 30/01/2008)

42

http://ressano.tripod.com/apuramento_iva.jpg

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

A Transportes J&T, Lda.em Dezembro, apurou IVA a Pagar como reflecte os

lanamentos de apuramento seguintes:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pelo Apuramento de IVA

2433112 15074,87

243422 13,18

2435 15088,05

243231 7210,66

24322212 6452,37

2435 13663,03

Quadro 12 Classificao do apuramento do IVA

(Fonte: Elaborao Prpria)

Como mostra a figura 14, o valor da conta 2435 IVA Apuramento, com saldo

credor, como o caso, vai ser transferido para a conta 24361 IVA a pagar - Valores

Apurados

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pelo IVA a Pagar 2435 24361 1425,02

Quadro 13 Classificao do IVA a pagar

(Fonte: Elaborao Prpria)

A Declarao Peridica est no anexo 8. Os valores que constam no quadro 06 dizem

respeito a:

No campo 3 temos um valor de 71.784,53 relativo ao saldo da subconta 72.1.2

Prestao de servios taxa de 21%;

No campo 4 temos o imposto a favor do Estado, isto 71.784,54 * 21% =

15.074,87 ;

No campo 9 temos um valor de 101.664,65 relativo ao saldo da subconta

72.2-Servios Prestados Isentos;

No campo 20 consta o valor de 6.452,37 relativo ao saldo da subconta 24.3.2.2-

Imposto s/ Valor Acrescentado relativo a Imobilizado;

43

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

No campo 24 est um valor de 7.210,66 que diz respeito subconta 24.3.2.3 -

Imposto s/ Valor Acrescentado relativo a Outros Bens e Servios;

No campo 41, imposto a favor do Estado, temos um valor de 13,18 relativo ao

saldo da subconta 24.3.4.2.2- Regularizaes Mensais a Favor do Estado

taxa de 21%.

Quando ocorre o envio, sendo aceite pela DGCI, impresso o Comprovativo de Entrega

da Declarao e o respectivo documento para pagamento, que consta tambm no mesmo

anexo.

O pagamento pode ser efectuado por cheque (direccionado Direco Geral do

Tesouro, aos CTT, ou por transferncia bancria, dentro do prazo estabelecido na lei.

2.4.6.2 APURAMENTO DAS CONTRIBUIES RELACIONADAS COM OS RECURSOS HUMANOS

TSU

A empresa Transportes J&T, Lda. tem a seu cargo 29 empregados. No anexo 9,

podemos verificar o valor a pagar de TSU, relativo a estes empregados.

A sua contabilizao a seguinte:

DESCRIO DBITO CRDITO VALOR

Pagamento de TSU 2452 126 14.125,95

Quadro 14 Classificao do pagamento da TSU

(Fonte: Balancete de Dezembro)

44

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

IRS

A Transportes J&T, Lda. como j se verificou anteriormente, dispe de contabilidade

organizada, logo, pelo n 1 do artigo 101 do CIRS, obrigada a fazer a reteno na

fonte.

Nos termos do n. 3 do artigo 98 do CIRS, as retenes na fonte efectuadas pela

empresa devem ser pagas ao Estado, at ao 20 dia do ms seguinte ao qual as retenes

dizem respeito.

Assim, a declarao de retenes na fonte e respectivo montante a entregar relativa ao

ms de Dezembro, encontra-se disponvel no anexo 10.

A contabilizao, aquando do pagamento das mesmas, vai ser a seguinte:

Descrio Dbito Crdito Valor

Pelo pagamento da reteno na

fonte de IRS

2421 6478,01

2424 375,00

126 6853,01

Quadro 15 Classificao do pagamento do imposto retido.

(Fonte Balancete de Dezembro)

O pagamento pode ser efectuado nos CTT, nas instituies de crdito, nas Tesourarias

de Finanas, ou como foi realizado pela Transportes J&T, Lda., por transferncia

bancria, como nos diz o artigo 105 do CIRS.

No anexo 11, constam os objectivos a atingir e a sugesto de tarefas para o controlo

interno, como j referido anteriormente, sobre os impostos a entregar ao Estado.

45

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.7- PAGAMENTOS ESPECIAIS POR CONTA E PAGAMENTOS POR CONTA 2.4.7.1- Valores Pagos em 2007

Pagamentos por conta Segundo o artigo 96 do CIRC as entidades que exeram, a ttulo principal, actividade

de natureza comercial, industrial ou agrcola e as no residentes com estabelecimento

estvel em territrio nacional, devero proceder ao pagamento do imposto nos seguintes

termos:

Trs pagamentos por conta, com vencimentos nos meses de Julho, Setembro e

Dezembro do prprio ano a que respeita o lucro tributvel, ou no 7, 9, 12 ms

do perodo de tributao, quando este no coincidir com o ano civil.

Os pagamentos por conta so calculados com base no imposto liquidado relativamente

ao exerccio anterior1 quele em que se devem efectuar esses pagamentos, lquido das

dedues relativas a reteno na fonte no susceptveis de compensao ou reembolso

nos termos da legislao aplicvel. Na Transportes J&T, Lda. correspondero a 85%

do imposto atrs referido, repartido por trs montantes iguais, porque o seu volume de

negcios superior a 498 797,90, segundo o n. 1 do artigo 97 do CIRC.

Assim, sabendo que em 2006 foi apurado um IRC liquidado (que igual colecta de

2006) no montante de 50.362,73 e retenes na fonte de IRC no valor de 711,94:

50.362,73 * 85% = 42.808,3205

711,94 * 85% = 605,149

Logo, 42.808,3205 605,149 = 42.203,17 , que vai ser repartido por trs pagamentos,

de 14068 (valor aproximado) a entregar em 2007, no que diz respeito aos Pagamentos

por Conta.

1 O imposto liquidado nos termos do n.1 do artigo 83 do CIRC

46

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

No anexo 12, esto presentes, o clculo do pagamento por conta e um dos seus

pagamentos, bem como a sua contabilizao.

Pagamentos Especiais por conta

O pagamento especial por conta encontra-se regulado no artigo 98 do CIRC. No

mesmo anexo dos PC, anexo 12, consta tambm o clculo do PEC.

Relativamente ao apuramento do mesmo, de acordo com o n2 do mesmo artigo, para o

pagamento especial por conta a entregar em 2007, na Transportes J&T, Lda vo

contribuir os seguintes dados:

O volume de negcios em 2006 foi de 2.486.438,23 ;

Os pagamentos por conta efectuados em 2006 foram de 52.247,47 .

De acordo com estas informaes, procedem-se aos seguintes clculos:

1% do volume de negcios = 2.486.438,23 * 0,01 = 24.864,3823

Como o valor superior a 1250 que o limite do PEC (n2 do artigo 98 do CIRC),

logo o montante do PEC a entregar em 2007, vai ser igual a:

{ ( 1.250 + 24.864,3823) x 20% - 1250} Pagamento especial por conta efectuado em 2006

= 3972,876 - 52.247,47 < 0

Como em 2006 se efectuaram pagamentos por conta superiores ao valor esperado de

PEC em 2007 (4972,78) , logo no vai haver lugar ao pagamento em 2007 de PEC.

47

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

2.4.7.2- Valores a Pagar em 2008

Apresenta-se de seguida os valores por mim estimados para o ano seguinte.

Pagamentos por conta

O IRC Liquidado 2007 (igual colecta de 2007) = 20.796,73 e as retenes na fonte

no valor de 1095,71, logo:

20.796,73 * 85% = 17.677,22

1.095,71 * 85% = 931,35

17.677,22 - 931,87 = 16.745,87

16.745,87 / 3 Pagamentos = 5.581,957 5.582 por cada pagamento.

Pagamentos Especiais por conta

O volume de negcios em 2007 = 2.363.026,58

Os PC 2007 foram de 28.136,00

Logo:

1% do volume de negcios = 2.363.026,58 * 0,01 = 23.630,2658

Vem que:

{ ( 1.250 + 23.630,2658) x 20% - 1250} Pagamento especialpor conta efectuado em 2007

= 3726,053 28.136,00

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

3.Trabalho de Fim de Exerccio

3.1 Consideraes

No final de cada exerccio econmico necessrio efectuar vrios registos e

movimentos de regularizao contabilsticos, designados de operaes de fim de

exerccio. Estas operaes tm por base os Princpios Contabilsticos Geralmente

Aceites (PCGA), assumindo nesta fase particular o Principio da Especializao.

O objectivo apurar os resultados da empresa, a elaborao do balano e respectivas

demonstraes de resultados, a regularizao de contas, fazendo imputar todos os custos

e perdas e proveitos e ganhos ao exerccio econmico a que dizem respeito, assim como

todas as restantes demonstraes financeiras, de forma a mostrar uma imagem fiel e real

da situao da empresa no respectivo exerccio econmico, pois elas representam o

produto final da Contabilidade como sistema de informao. A durao de cada perodo

contabilstico ou exerccio econmico, coincide geralmente com o ano civil.

A figura 15, reala o procedimento do trabalho de fim de exerccio, comeando pelo

Balancete de verificao do ms de Dezembro, passando pelo Balancete Rectificado e

Balancete de Encerramento acabando no lanamento de encerramento de contas, que

conincide em saldar as contas que apresentam saldo no balancete de fecho:

Lanamentos Lanamentos (Regularizao) (Apuramento do result.) Lanamentos de Fecho de Contas

Figura 15 Esquema das operaes de Fim de Exerccio.

(Fonte: Elaborao Prpria)

Balancete de Verificao

Balancete Rectificado

Balancete de Encerramento

Trabalho de Fim de Exerccio

49

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

no Balancete Rectificado que se obtm as Demonstraes e seus anexos e no

Balancete de Encerramento conhece-se o Balano, pois o processo de encerramento

desenvolve-se nas contas de proveitos e custos, reflectindo o seu resultado na expresso

do Capital Prprio.

Para que sejam confirmados, ou corrigidos, os saldos das contas, necessrio que no

fim de cada exerccio econmico seproceder elaborao de um inventrio, o

Inventrio Anual ou Geral, quer das disponibilidades, das dvidas, das existncias e dos

bens do imobilizado.

Aps a elaborao destes inventrios, comparamos os saldos obtidos com os saldos que

constam no Balancete de Verificao.

No caso de no haver conformidade entre os saldos apurados, procede-se aos

lanamentos de rectificao.

3.2 Disponibilidades

Esta classe inclui as disponibilidades e as aplicaes de tesouraria a curto prazo. No que

diz respeito ao Caixa, que inclui os meios de pagamento, tais como notas de banco e

moedas metlicas de curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros,

deve ser objecto de verificao pois no caixa no podem constar vales postais, cheques,

senhas de almoo, entre outros, s notas e moedas metlicas.

Logo temos que, periodicamente, comparar a folha de caixa com as contagens fsicas,

para se confrontarem os saldos.

No que diz respeito Transportes J&T, Lda. esse confronto de saldos foi alvo de

verificao.

No caso dos Depsitos Ordem, como j foi referido anteriormente, periodicamente

tm que se efectuar as reconciliaes bancrias. Para o caso de poder haver depsitos de

moeda estrangeira, esta tem que ser alvo da taxa de cmbio a 31 de Dezembro.

50

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

3.3 Dividas de/a Terceiros As dividas de/a terceiros, podem ser:

De Clientes;

De Fornecedores;

De Emprstimos Bancrios;

De Estado e Outros Entes Pblicos.

No que diz respeito s dvidas dos clientes, para alm de se ter em conta se no faltam

lanamentos, por exemplo, facturas, adiantamentos que ainda no foram alvo de

contabilizao, temos que ter em conta, se h ou no a necessidade de criar

ajustamentos para os clientes de cobrana duvidosa. O ajustamento s poder ser

efectuado se o valor que consta na conta 218- Clientes de Cobrana Duvidosa estiver

reflectido na conta 28-Ajustamento para Cobrana Duvidosa.

No caso das dvidas a fornecedores, temos que confirmar os saldos e verificar se todos

os documentos e pagamentos foram alvo de contabilizao.

Na Transportes J&T, Lda. no possui emprstimos bancrios, mas para as empresas

que possuem, tem de ocorrer uma verificao nas amortizaes dos emprstimos, e

respectivos lanamentos.

No que diz respeito conta, Estado e Outros Entes Pblicos, onde se registam as

relaes com o Estado, autarquias locais e outros entes pblicos que tenham a

caracterstica de impostos e taxas, temos que comparar novamente os saldos com os

montantes que foram entregues ao Estado. Esta contas subdivide-se em:

241- Imposto Sobre o Rendimento, onde temos de verificar se os pagamentos

por conta esto lanados pelo valor que foram pagos.

242- Reteno Imposto S/Rendimento, onde verificamos que a reteno

presente nesta subconta referente ao ms de Dezembro, e se no for paga at

ao dia 20 do ms seguinte tem que ser objecto de regularizao.

51

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

243- Imposto s/Valor Acrescentado, como j foi referido anteriormente, o

IVA mensal, para alm de termos que verificar as suas subcontas, temos que

ter na 2436-IVA a pagar o valor referente aos meses de Dezembro e

Novembro.

245- Contribuies p/ Segurana Social, que se subdivide nas contribuies

dos rgos sociais e do pessoal, do ms de Dezembro.

Todavia, para se saber a fidelidade dos saldos, temos que recorrer s Certides de No

Divida, atravs dos respectivos stios na Internet.

3.4 Outros Devedores e Credores

Na Transportes J&T, Lda., na conta 26 Outros Devedores e Credores, temos que

ter particular ateno conta 262 Remuneraes a Liquidar, onde se verifica que

ainda h remuneraes para pagar, pois essa conta no se encontra saldada.

3.5 Acrscimos e Diferimentos

De acordo com o ponto 4 alnea c) do POC, e como tambm j foi referido no ponto 1

deste relatrio, os proveitos e os custos so reconhecidos quando obtidos ou

incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se

nas demonstraes financeiras dos perodos a que respeitam.

No POC, estabelece-se nas notas explicativas das contas, o seguinte:

27- Acrscimos e Diferimentos

Esta conta destina-se a permitir o registo dos custos e dos proveitos nos exerccios

a que respeitam.

52

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

A conta de Acrscimos e Diferimentos tem como finalidade diferir os custos e proveitos

associados contabilizaes j ocorridas, para o exerccio seguinte e acrescer ao exerccio

corrente os custos e proveitos que lhe dizem respeito e que ainda no foram alvo de

contabilizao.

No anexo 13, esto presentes, tambm os objectivos a atingir e sugestes de tarefas para

o controlo interno dos acrscimos e diferimentos.

A Transportes J&T, Lda. s movimenta as contas de Custos Diferidos e Acrscimos

de Custos, logo o estudo incide sobre essas rubricas.

272 Custos Diferidos Esta conta movimenta-se a dbito e compreende os custos em

que, embora as despesas tenham sido liquidadas, devam ser reconhecidos nos exerccios

seguintes, porque a sua utilizao s se vai verificar nos anos seguintes. No Balano

esta conta vem acrescida no activo.

Como exemplo, temos os seguros, que movimentam a conta 272 nesta empresa. O saldo

desta conta composto por um acumulado a dbito no valor de 50.740,42 , que diz

respeito a seguros de anos anteriores; e um valor a crdito que o total dos custos dos

seguros de 2007 j pagos em 2006, de valor 9.398,05, ou seja j foi efectuada a

regularizao.

Neste caso, no Balancete Rectificado (ms 13) no h necessidade de proceder a

regularizaes, porque j estava devidamente regularizado nos meses de vencimento de

renovao do seguro subjacente.

Tomando como exemplo, um seguro subjacente de 1.200,00 , com um prazo de um

ano (Outubro 2006 at Outubro de 2007), logo repartindo o custo pelos meses do ano

temos 100 por ms.

Em 2006 o seguro esteve em vigor 3 meses (300,00 ) e em 2007 esteve nove meses

(900,00 ), logo, a sua contabilizao seria:

53

Conte

do P

roteg

ido

Relatrio de Estgio

Descrio Dbito Crdito Valor

Pelo seguro

62223 300,00

2721 900,00

111 1.200,00