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PROVA DELEGADO MT – CESPE – QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL:

- Questão 41:

O enunciado da questão, ao tratar de métodos de interpretação da Constituição apresenta as características

típicas do Método tópico-problemático, que se caracteriza pelo protagonismo dos aplicadores, partindo-se

da premissa de que a Constituição é um "sistema aberto" de regras e princípios, permitindo diferentes

interpretações, conforme o problema a ser solucionado. Esse método a interpretação assume uma

conotação sumamente prática, constituindo, em parte, uma oposição ao método hermenêutico clássico.

Resposta correta: C

- Questão 42:

A questão aborda a possibilidade de impetração de MS por parte de parlamentar a fim de coibir a tramitação de projeto de lei que fira o devido processo legislativo. Por diversas vezes o STF já se manifestou quanto ao "direito público subjetivo" de parlamentar não ser submetido a um processo legislativo que contrarie a Constituição. Trata-se em verdade de hipótese de controle de constitucionalidade preventivo, uma vez que ataca o projeto de lei, ainda na sua tramitação.

Conforme leciona Pedro Lenza:

Explicando, a única hipótese de controle preventivo a ser realizado pelo Judiciário sobre projeto de lei em trâmite na Casa Legislativa é para garantir ao parlamentar o devido processo legislativo, vedando a sua participação em procedimento desconforme com as regras da Constituição. Trata-se, como visto, de controle exercido, no caso concreto, pela via de exceção ou defesa, ou seja, de modo incidental.

Portanto, o direito público subjetivo de participar de um processo legislativo hígido (devido processo legislativo) pertence somente aos membros do Poder Legislativo. A jurisprudência do STF consolidou-se no sentido de negar a legitimidade ativa ad causam a terceiros, que não ostentem a condição de parlamentar, ainda que invocando a sua potencial condição de destinatários da futura lei ou emenda à Constituição, sob pena de indevida transformação em controle preventivo de constitucionalidade em abstrato, inexistente em nosso sistema constitucional”.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011, pág. 238.

Resposta: E

- Questão 43: Na situação apresentada pela questão o candidato deveria demonstrar conhecimento quanto a súmula 721 do STF posteriormente convertida na Súmula Vinculante n. 45:

A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.

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A título de exemplo quanto a esse em entendimento, vale destacar o seguinte julgado, o qual retrata justamente a situação cobrada no enunciado:

Ementa: - Habeas Corpus. 2. Procurador do Estado da Paraíba condenado por crime doloso contra a vida. 3. A Constituição do Estado da Paraíba prevê, no art. 136, XII, foro especial por prerrogativa de função, dos procuradores do Estado, no Tribunal de Justiça, onde devem ser processados e julgados nos crimes comuns e de responsabilidade. 4. O art. 136, XII, da Constituição da Paraíba, não pode prevalecer, em confronto com o art. 5º, XXXVIII, letra 'd', da Constituição Federal, porque somente regra expressa da Lei Magna da República, prevendo foro especial por prerrogativa de função, para autoridade estadual, nos crimes comuns e de responsabilidade, pode afastar a incidência do art. 5º, XXXVIII, letra 'd', da Constituição Federal, quanto à competência do Júri. 5. Em se tratando, portanto, de crimes dolosos contra a vida, os procuradores do Estado da Paraíba hão de ser processados e julgados pelo Júri. (...)". (HC 78168, Relator Ministro Néri da Silveira, Tribunal Pleno, julgamento em 18.11.1998, DJ de 29.8.2003)

Assim sendo, na situação posta, apenas o juiz de direito e o promotor de justiça seriam julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado, enquanto que o procurador do estado permanece no tribunal do juri.

Resposta: E

- Questão 44:

A questão trata de um tema que já foi abordado pelo STF quando da apreciação da ADI 3896 SE:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 32, INC. IV, DA LEI SERGIPANA N. 4.122/1999, QUE CONFERE A DELEGADO DE POLÍCIA A PRERROGATIVA DE AJUSTAR COM O JUIZ OU A AUTORIDADE COMPETENTE A DATA, A HORA E O LOCAL EM QUE SERÁ OUVIDO COMO TESTEMUNHA OU OFENDIDO EM PROCESSOS E INQUÉRITOS. PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. É competência privativa da União legislar sobre direito processual (art. 22, inc. I, da Constituição da República). 2. A persecução criminal, da qual fazem parte o inquérito policial e a ação penal, rege-se pelo direito processual penal. Apesar de caracterizar o inquérito policial uma fase preparatória e até dispensável da ação penal, por estar diretamente ligado à instrução processual que haverá de se seguir, é dotado de natureza processual, a ser cuidada, privativamente, por esse ramo do direito de competência da União. 3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.

(STF - ADI: 3896 SE, Relator: CÁRMEN LÚCIA, Data de Julgamento: 04/06/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-147 DIVULG 07-08-2008 PUBLIC 08-08-2008 EMENT VOL-02327-01 PP-00100 RT v. 97, n. 878, 2008, p. 499-504)

RESPOSTA: D

- Questão 45:

Na questão são abordadas três situações distintas, devendo o candidato demonstrar conhecimento quanto

à Justiça competente para processar e julgar cada caso.

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LUCAS: Em 09/02/2017, O STF, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, apreciando o tema 648 da

repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte tese: "Compete à Justiça

Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres,

ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo

Brasil". RE 835558 , Rel. Min. Luiz Fux

RAI: no caso, como o enunciado deixou claro que a motivação do crime foi a disputa por direitos indígenas, aplica-se o art. 109, XI da CRFB/88 e não a súmula 140 do STJ. “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: ... XI - a disputa sobre direitos indígenas”. Sum 140 STJ: “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima”

PEDRO: Sum 498 STF: “Compete à Justiça dos Estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento

dos crimes contra a economia popular”.

Resposta: D

- Questão 46: Trata de hipótese de aquisição de nacionalidade brasileira.

Art. 12, CRFB/88. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não

estejam a serviço de seu país; ... § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:... VII - de Ministro de Estado da Defesa

Resposta: B - Questão 47: Aborda a possibilidade de parlamentar federal vir a perder o cargo em razão de condenação criminal. Determinar a CRFB/88: Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (...) § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será DECIDIDA pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. A resposta adotada pela banca parece estar alinhada com a decisão adotada pelo plenário do STF em agosto de 2013 e constante no informativo 714: INFORMATIVO 714 - STF: PERDA DO MANDATO EM CASO DE CONDENAÇÃO CRIMINAL DE DEPUTADO FEDERAL E SENADOR Se uma pessoa perde ou tem suspensos seus direitos políticos, a consequência disso é que ela perderá o mandato eletivo que ocupa, já que o pleno exercício dos direitos políticos é uma condição de elegibilidade (art. 14, § 3º, II, da CF/88). A CF/88 determina que o indivíduo que sofre condenação criminal transitada em

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julgado fica com seus direitos políticos suspensos enquanto durarem os efeitos da condenação (art. 15, III). A condenação criminal transitada em julgado NÃO é suficiente, por si só, para acarretar a perda do mandato eletivo de Deputado Federal ou de Senador. O STF, ao condenar um Parlamentar federal, NÃO poderá determinar a perda do mandato eletivo. Ao ocorrer o trânsito em julgado da condenação, se o réu ainda estiver no cargo, o STF deverá oficiar à Mesa Diretiva da Câmara ou do Senado Federal para que tais Casas deliberem acerca da perda ou não do mandato, nos termos do § 2º do art. 55 da CF/88. (STF: Plenário. AP 565/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 7 e 8/8/2013 (Info 714)) No entanto, vale registrar que em 02 de maio de 2017 a 1ª Turma do STF posicionou-se de forma diferente, conforme constante no informativo 863, AP 694/MT, Rel. Min. Rosa Weber. Resposta: B - Questão 48: Vamos aos entendimentos jurisprudenciais relativos a cada assertiva, I a IV, e a conclusão se a mesma, conforme disposto na prova, estava correta ou errada. I - Súmula 693 STF: "Não cabe 'habeas corpus' contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada" - CORRETA II - O STF não admite Habeas Corpus em disputa por guarda de menor (HC 81681) Habeas corpus não é remédio processual adequado para tutela do direito de visita de menor cuja guarda se disputa judicialmente. (STF: 2ª Turma, HC 99369) - ERRADA III - Súmula 695 STF: “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade”. – CORRETA IV – Súmula 630 STF: “A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria”. - ERRADA Resposta: B - Questão 49: Para responder corretamente essa questão o candidato deveria ter conhecimento do enunciado da Súmula Vinculante n. 49 do STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. Resposta: A - Questão 50: A questão aborda o art. 3º da Constituição do Estado do Mato Grosso, a saber: Art. 3º São princípios fundamentais e constituem objetivos prioritários do Estado: ... VII - contribuir para a construção de uma sociedade livre, solidária e desenvolvida Resposta: A

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Bernardo Barbosa – Constitucional e Criminologia – Delegado de Polícia Federal

Graduado em Ciências Navais pela Escola Naval (1996) e em Direito pela

Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ (2001). Mestre em Operações

Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais-EB (2002). Pós graduado

em Criminologia pelo Instituto Superior do Ministério Público do RJ (2010).

Delegado de Polícia Federal desde 2006 (tendo obtido a 7ª colocação geral

dentre os mais de 45 mil candidatos do concurso nacional de 2004), Professor

da Academia Nacional de Polícia nos anos de 2007 e 2008. Professor

Universitário de Direito Constitucional e Direito Penal desde 2007. Professor e Coach em cursos

preparatórios para concursos com alunos aprovados para concursos de Delegado, Defensor Público,

Analista e Técnico Judiciário. Palestrante da área de Compliance e Legislação Anticorrupção (nacional e

estrangeira). Atualmente encontra-se cursando pós graduação em Direito Tributário na Fundação Getúlio

Vargas – Rio.

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