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CADERNO DE QUESTÕES FILOSOFIA EDITAL 47/2014 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO PEDRO II CONCURSO PÚBLICO

Prova Filosofia Concurso CP2 2015

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Provas Objetiva e Discursiva de Filosofia do Concurso para professor efetivo do Colégio Pedro II de 2015

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Page 1: Prova Filosofia Concurso CP2 2015

CADERNO DE QUESTÕES

FILOSOFIA

EDITAL 47/2014

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO PEDRO II

CONCURSO PÚBLICO

Page 2: Prova Filosofia Concurso CP2 2015

CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II 

Filosofia Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. 

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FILOSOFIA  01 “O frio torna‐se quente, o quente frio, o úmido seco, e o seco úmido.” 

(HERÁCLITO, Fragmento 126. Apud: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 17.)  

De acordo com o fragmento, é correto afirmar que Heráclito 

A) indica que as transformações se processam por meio dos contrários. 

B) defende uma concepção atomista, que supõe a continuidade da matéria.  

C) visa a desconsiderar o diverso e o múltiplo como constitutivos da realidade. 

D) observa o múltiplo, mas despreza as transformações, pois estas são contingentes. 

 

02 “Este  logos,  os  homens,  antes  ou  depois  de  o  haverem  ouvido,  jamais  o  compreendem. Ainda  que  tudo  ocorra  de 

acordo  com este  logos, eles parecem não  ter experiência,  cada vez que experimentam palavras e atos  tais  como os 

exponho, analisando cada coisa segundo a sua natureza e  interpretando‐a como é. Os demais homens  ignoram o que 

fazem quando acordados, assim como esquecem o que fazem durante o sono.” (HERÁCLITO, fragmento 1. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p.15.) 

 

“Por  isso, é preciso seguir‐se o comum. Mas, apesar de o  logos ser comum, a grande multidão vive como se cada um 

tivesse um entendimento próprio.” (HERÁCLITO, fragmento 2. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p.15.) 

 

“O cinema abriu uma exceção na antiga verdade heraclítica – segundo a qual os despertos têm uma verdade comum e 

os adormecidos possuem, cada um, seu mundo particular –, muito menos, na verdade com representações dos sonhos 

do que com a criação de figuras de sonho coletivo, como a do Mickey Mouse, que perpassa todo globo.” (BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica, XVI. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: 

Autêntica/Crisálida, 2012. p. 307.)  

De acordo com a apropriação que Benjamin faz do pensamento de Heráclito, é correto afirmar que 

A)  a  realidade  dos  adormecidos  tem  seu  paralelo  na  produção  cinematográfica,  na medida  em  que  esta  última  se 

distingue com clareza daquilo que acontece na realidade.  

B) toda produção artística – inclusive o cinema – toma parte daquilo que Heráclito nomeou como logos por indicar em 

linguagem simbólica algum aspecto fundamental do real. 

C) o  logos heraclítico pode ser vislumbrado no cinema na medida em que este último permite compreender melhor o 

real e distinguir com clareza aquilo que lhe é próprio daquilo que é parte do universo onírico. 

D) o cinema possibilita a criação de figuras semelhantes a algumas que só têm  lugar nos sonhos por não existirem na 

realidade, mas que, no entanto, passam a existir como uma espécie de sonho coletivo comum a todos. 

 

03 “Resta‐nos  assim  um  único  caminho:  o  ser  é. Neste  caminho  há  grande  número  de  indícios;  não  sendo  gerado,  é 

também imperecível; possui, com efeito, uma estrutura inteira, inabalável e sem meta; jamais foi nem será, pois é, no 

instante presente, todo inteiro, uno, contínuo. Que geração se lhe poderia encontrar? Como, de onde cresceria? Não te 

permitirei dizer nem pensar o seu crescer do não‐ser. Pois não é possível dizer nem pensar que o não‐ser é. Se viesse do 

nada,  qual  necessidade  teria  provocado  seu  surgimento  mais  cedo  ou  mais  tarde?  Assim  pois,  é  necessário  ser 

absolutamente ou não ser. E jamais a força da convicção concederá que do não‐ser possa surgir outra coisa.”  (PARMÊNIDES, fragmento 8. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 13‐14.) 

 

Sobre o trecho citado, é correto afirmar que 

A) o ser não é, pois jamais foi nem será. 

B) o não ser é, porque não sendo gerado é imperecível. 

C) o ser é e não é, pois é necessário ser absolutamente ou não ser. 

D) o não ser não é e não se pode conceder que do não ser possa surgir algo. 

    

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CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II 

Filosofia Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. 

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04 “Pois, ou bem é em  função das  intenções do acaso, das vontades dos deuses e dos decretos da necessidade que ela 

[Helena] fez o que fez, ou bem por ter sido raptada com violência, ou bem por ter sido persuadida pelos discursos.”  (GÓRGIAS. “Elogio de Helena”, 6. In: CASSIN, Barbara. O efeito sofístico: sofística, filosofia, retórica, literatura. Tradução de Ana Lúcia de 

Oliveira, Maria Cristina Franco Ferraz e Paulo Pinheiro. São Paulo: Ed. 34, 2005. p. 295.) 

 

“Qual  necessidade,  então,  de  estimar  como  justa  a  reprimenda  a  Helena:  quando  foi  ou  tomada  pelo  amor,  ou 

persuadida pelo discurso, ou  raptada pela  força, ou  constrangida pela necessidade divina que ela  fez o que  fez; em 

todos os casos, ela escapa à acusação.” (GÓRGIAS. “Elogio de Helena”, 20. In: CASSIN, Barbara. O efeito sofístico: sofística, filosofia, retórica, literatura. Tradução de Ana Lúcia de 

Oliveira, Maria Cristina Franco Ferraz e Paulo Pinheiro. São Paulo: Ed. 34, 2005. p. 301.)  

Sobre os trechos citados, é correto afirmar que 

A) ambos apresentam uma lista das razões pelas quais, segundo o autor, Helena deve ser considerada culpada. 

B) em ambos o principal motivo para considerar Helena  inocente é o fato de ela ter sido persuadida pelo discurso a  ir 

para Troia.  

C) o primeiro trecho traz a lista de razões pelas quais o autor considera Helena culpada; o segundo, as razões pelas quais 

ele a considera inocente. 

D) o segundo trecho traz um motivo para inocentar Helena que não fora explicitado no primeiro trecho, a saber, o fato 

de ela ter sido “tomada pelo amor”. 

 

05 “Mas se aquele que a persuadiu, que construiu uma ilusão em sua alma, foi o discurso, também não será difícil defendê‐

la contra a acusação, e destruir a  inculpação da seguinte  forma: o discurso é um grande soberano que, por meio do 

menor e do mais inaparente dos corpos, realiza os atos mais divinos, pois ele tem o poder de dar fim ao medo, afastar a 

dor, produzir a alegria, aumentar a piedade.” (GÓRGIAS. “Elogio de Helena”, 8. In: CASSIN, Barbara. O efeito sofístico: sofística, filosofia, retórica, literatura. Tradução de Ana Lúcia de 

Oliveira, Maria Cristina Franco Ferraz e Paulo Pinheiro. São Paulo: Ed. 34, 2005. p. 296‐297.) 

 

“Sócrates: Disse há pouco, Mênon, que você é um brincalhão. E aí está você me perguntando  se posso  instruí‐lo  [o 

escravo], quando digo  que não há  aprendizado mas  apenas  lembrança.  (...) Agora observe  como,  em  consequência 

dessa perplexidade, ele vai prosseguir e descobrir uma coisa em investigação conjunta comigo, embora eu meramente 

faça perguntas e não ensine. E fique atento para ver se em algum momento lhe ensino ou explico, em vez de questionar 

as suas opiniões.” (PLATÃO. Mênon. 81e, 84c‐d. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 36.) 

 

Sobre os trechos citados, é correto afirmar que 

A) Górgias defende a tese de que ensinar é persuadir, enquanto, de acordo com o segundo trecho, o ensino nada tem a 

ver com a persuasão. 

B) tanto o primeiro quanto o segundo trecho supõem que o máximo que o discurso pode fazer é extrair de uma alma as 

emoções e as opiniões que já estão nela. 

C) tanto o primeiro quanto o segundo trecho estabelecem que a função do discurso é produzir na alma do outro uma 

opinião ou emoção que ela não tinha previamente. 

D) enquanto Górgias indica a possibilidade de o discurso produzir algo na alma do outro, no segundo trecho argumenta‐

‐se que o diálogo serve para descobrir o que o outro já tem na alma. 

 

         

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CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II 

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06 “Sendo assim, firmemos desde logo este ponto: todos os poetas, a começar por Homero, não passam de imitadores de simulacros da virtude e de tudo o mais que constitui o objeto de suas composições, sem nunca atingirem a verdade.” 

(PLATÃO, República X, 600e. Apud MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos, de Curitiba: SEED, 2009. p. 561.) 

 

“A arte poética é a arte universal do espírito  tornado  livre em si mesmo e que não está preso ao material exterior e sensível  para  a  sua  realização,  que  se  anuncia  apenas  no  espaço  e  no  tempo  interiores  das  representações  e sentimentos.” 

(HEGEL, G.W.F. Cursos de estética, II, /123/. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p. 201.)  

De acordo com os textos citados, é correto afirmar que A) para Platão, deve‐se impedir na pólis reta e boa toda e qualquer poesia; ao passo que, para Hegel, a poesia romântica 

é, ela mesma, um signo do espírito absoluto. B) para Platão, a poesia se restringe a imitar a realidade sem dizer verdadeiramente as coisas como elas realmente são; 

ao passo que, para Hegel, a poesia é a arte universal do espírito livre. C)  ambos  concordam que  a poesia pode  educar o homem; para Platão,  este papel  é o de  indicar que  a  imitação  é 

obstáculo naquela formação, já Hegel entende que o valor da poesia está em seu papel libertador do espírito. D)  ambos  concordam  que  o  cultivo  da  arte  poética  deve  ser  restrito;  para  Platão,  tal  restrição  se  dá  por  conta  da 

natureza mimética da poesia,  já Hegel entende que a poesia deve se restringir à capacidade de representar a vida interior. 

 

07 “E se a verdade de todas as coisas que existem está sempre em nossa alma, então a alma deve ser  imortal? De modo que  é  preciso  criar  coragem  e  se  esforçar  em  procurar  e  recuperar  seja  lá  o  que  for  que  hoje  porventura desconhecemos, isto é, que não lembramos?” 

(PLATÃO, Mênon, 86a‐b. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 39.) 

 

“A filosofia é uma disciplina criativa, tão inventiva quanto qualquer outra disciplina e consiste em criar ou em inventar conceitos. E os conceitos não existem em uma espécie de céu onde eles aguardariam que os filósofos os apreendessem. Os conceitos, é necessário fabricá‐los.” 

(DELEUZE, Gilles. O que é o ato de criação? Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p. 389.)  

De acordo com os textos citados, marque a afirmação correta sobre a concepção de filosofia dos autores. A) A diferença entre os dois autores é que, para Platão, a tarefa fundamental da filosofia é tornar a alma imortal; já para 

Deleuze, a tarefa fundamental da filosofia é analisar conceitos. B) Platão e Deleuze concordam que a tarefa da filosofia é criar conceitos; discordam sobre a forma dessa tarefa: para 

Platão, criar conceitos é rememorá‐los, para Deleuze, inventar conceitos é um ato de criação. C) Platão e Deleuze concordam que a tarefa da filosofia é a reminiscência; discordam sobre a forma dessa tarefa: para 

Platão, a reminiscência se dá por meio da anamnese, para Deleuze, reminiscência é criar conceitos. D) a diferença entre os dois autores encontra‐se na defesa de que, para Platão, o conhecimento  filosófico se dá por 

meio da reminiscência; já para Deleuze, uma tarefa fundamental da filosofia é a fabricação de conceitos.  

08 “Por natureza, todos os homens desejam o conhecimento.” 

(ARISTÓTELES, Metafísica, I, 1. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 46.) 

 

“(...)  o  aprender  não  só  apraz  aos  filósofos,  mas  também,  igualmente,  aos  demais  homens,  se  bem  que  menos participam dele.” 

(ARISTÓTELES, Poética, IV, 14. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo, de Rodrigo Duarte. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p. 35.)  

De acordo com os trechos citados, a concepção de filosofia de Aristóteles é que A) há uma disposição humana natural para conhecer, mas a atividade filosófica prescinde da natureza. B) a atividade filosófica é naturalmente empreendida por todo e qualquer homem, por este ser dotado de razão. C) conhecer apraz aos homens por  ir ao encontro de uma disposição natural que  lhes é própria; tal conhecimento é o 

próprio filosofar. D) conhecer apraz aos homens por  ir ao encontro de um desejo natural que estes possuem; já filosofar é tomar parte 

em grau maior de certo aprendizado.   

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CONCURSO PÚBLICO – COLÉGIO PEDRO II 

Filosofia Prova aplicada em 01/02/2015 – Disponível no endereço eletrônico www.idecan.org.br a partir do dia 02/02/2015. 

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09 “Devemos desenvolver nossas atitudes de uma maneira predeterminada, pois nossas disposições morais correspondem 

às diferenças entre nossas atividades. Não será pequena a diferença, então, se formarmos os hábitos de uma maneira 

ou de outra desde nossa infância: ao contrário, ela será muito grande, ou melhor, ela será decisiva.” (ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, I, 2, 253a9‐253a12. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia, de Danilo Marcondes, Rio de 

Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 54.)  

Considerando o trecho citado, o hábito é importante porque 

A) a virtude é constante com ou sem o hábito. 

B) permite a virtude ou disposição moral constante nas ações. 

C) cumpre a disposição moral e o homem pode prescindir da virtude.   

D) indica que a virtude deixa de ter valor por si, pois as ações a realizam. 

 

10 “É evidente que a cidade  faz parte das coisas naturais, e que o homem é por natureza um animal político.  (...) Como 

dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter  linguagem 

(logos). (...) a  linguagem tem como objetivo a manifestação do vantajoso e do desvantajoso, e portanto do  justo e do 

injusto. Trata‐se de uma característica do homem ser ele o único que  tem o senso do bom e do mau, do  justo e do 

injusto, bem como de outras noções deste tipo.” (ARISTÓTELES, Política, 253a9‐253a12. Apud MARCONDES, Danilo.Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 57.) 

 

De acordo com o trecho citado, é correto afirmar que a linguagem exprime 

A) o senso do justo e do injusto, que está ligado ao fato de o homem ser por natureza um animal político. 

B)  interesses  ou  conveniências  da  aldeia  ou  da  família,  que  são  suficientes  para  determinar  o  senso  do  justo  e  do 

injusto. 

C) intenções sofísticas, que dizem respeito à política em seu sentido genuíno e que procuram manter o senso do justo e 

do injusto.  

D) variadas formas de representar o  indivíduo, como a família, a qual constrói o senso do justo e do  injusto conforme 

suas necessidades. 

 

11 “E o conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda escolha e toda recusa para a saúde e para a serenidade do 

espírito,  visto que esta é  a  finalidade da  vida  feliz: em  razão desse  fim praticamos  todas  as nossas  ações, para nos 

afastarmos da dor e do medo. Uma vez que tenhamos atingido esse estado, toda a tempestade da alma se aplaca, e o 

ser vivo, não tendo que ir em busca de algo que lhe falta, nem procurar outra coisa a não ser o bem da alma e do corpo, 

estará satisfeito. De fato, só sentimos necessidade do prazer quando sofremos pela sua ausência; ao contrário, quando 

não sofremos, essa necessidade não se faz sentir.” (EPICURO, Carta sobre a felicidade(a Meneceu). Tradução Alvaro Lorencini e Enzo del Carratore. São Paulo: Unesp, 2002. p. 35‐37.)  

 

De acordo com o trecho citado, para Epicuro um ser vivo estará satisfeito porque 

A) realiza completamente todos os seus desejos. 

B) desconhece qual seria a verdadeira finalidade da vida feliz. 

C) executa todas as suas ações tendo em vista um único objetivo, a felicidade. 

D) deixa de perseguir algo que lhe falta e busca apenas o bem do corpo e da alma. 

            

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12 “Vi claramente que  todas as coisas boas podem, entretanto,  se corromper, e não  se poderiam corromper  se  fossem sumamente boas, nem tampouco se não fossem boas. Se fossem absolutamente boas seriam  incorruptíveis, e se não houvesse nada de bom nelas, não poderiam se corromper. Com efeito, a corrupção é nociva e se não reduzisse o bem não seria nociva. Portanto, ou a corrupção não prejudica em nada, o que não é admissível, ou todas as coisas que se corrompem  são  privadas  de  algum  bem;  quanto  a  isso  não  há  dúvidas. Mas  se  fossem  privadas  de  todo  o  Bem, deixariam  completamente  de  existir.  Se  existissem  e  não  pudessem  ser  alteradas,  seriam  melhores  porque permaneceriam  incorruptíveis. O que  seria mais monstruoso do que afirmar que as coisas  se  tornariam melhores ao perderem  todo  o  Bem?  Por  isso,  se  privadas  de  todo  o  Bem,  deixariam  totalmente  de  existir.  Portanto,  enquanto existem, são boas.” 

(AGOSTINHO, Confissões, VII, 12, 3. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 63.)  

Sobre o argumento de Agostinho no trecho citado, é correto afirmar que A) a corrupção é própria de todas as coisas, sejam elas boas ou não. B) os sentidos exteriores indicam a condição corruptível do homem. C) somente a existência do mal explica o caráter corruptível das realidades corpóreas. D) a corrupção indica uma condição entre ser absolutamente bom e ser privado de todo bem.  

13 “A terceira via [para provar a existência de Deus] é baseada no possível e no necessário. Encontramos dentre as coisas algumas que podem ser ou não ser, já que encontramos algumas que são geradas e se corrompem, e por isso mesmo podem ser ou não ser. É impossível que todas essas coisas existam sempre, pois o que pode não ser alguma vez não é. Se todas as coisas podem não ser, alguma vez nada existiu. Se assim fosse na verdade, também agora nada existiria, pois o que não existe não começa a existir senão a partir de algo que existe; se, entretanto, nada existia, seria impossível que algo começasse a existir, e assim nada absolutamente existiria, o que é evidentemente falso. Portanto, nem todos os seres são possíveis, mas é indispensável que algum ser seja necessário. (...)” 

(TOMÁS de AQUINO. Suma teológica. I, q. 2. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 71.)  

De acordo com o trecho citado, “é indispensável que algum ser seja necessário” porque A) o possível sempre existiu; daí se segue que algo não foi criado por nenhum outro ser e, portanto, é necessário. B) o necessário é o único ser que pode fazer com que do nada algo se crie e, portanto, para que exista algo, o necessário 

tem que existir. C) o necessário pode não existir; e, como a existência de todas as coisas depende do que é necessário, é preciso supor a 

existência deste. D) o possível alguma vez não existiu; se tudo fosse apenas possível, alguma vez nada teria existido e, assim, como nada 

começa do nada, nada existiria.   

14 “Em estado vago e confuso, o conhecimento da existência [de Deus] é naturalmente inato em nós, uma vez que Deus é a  felicidade do homem. De  fato, o homem deseja naturalmente  a  felicidade,  e, o que  ele deseja naturalmente,  ele conhece naturalmente.” 

(TOMÁS de AQUINO, Suma teológica. I, q. 2. ApudMARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 69.) 

 

“Existe todavia um fim que se pode pressupor como efetivo em todos os entes racionais (desde que os imperativos se adaptem a eles, a saber, enquanto entes dependentes), e portanto um objetivo que eles não apenas por acaso possam ter, mas acerca do qual se pode pressupor com certeza que todos o têm com base numa necessidade natural, e este é o objetivo da felicidade.” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes, II. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge 

Zahar, 2007. p. 122.)  

De acordo com os textos citados, é correto afirmar que A) a felicidade é uma disposição adquirida pelo ser humano por meio da experiência. B)  a  felicidade  é  uma  disposição  natural  da  condição  humana  que  pode  ser  apreendida  com  base  na  análise  das 

condições empíricas a que todo homem está submetido. C)  para  Tomás,  todo  homem  deseja  naturalmente  a  felicidade,  já  para  Kant,  a  felicidade  é  objetivo  que  pode  ser 

pressuposto, nos homens, com base numa necessidade natural.  D) para Tomás, a felicidade coincide com Deus, que é o Sumo Bem; ao passo que para Kant, é necessário conhecer uma 

realidade transcendente para satisfazer a condição humana. 

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15 “É necessário a um príncipe que queira se conservar aprender a não ser bom e disso se valer segundo a necessidade.” 

(MAQUIAVEL, O príncipe, XV. Apud MARÇAL, Jairo. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 456.)  

Sobre o trecho citado, é correto afirmar que Maquiavel 

A) prescreve que o governante deve ser mau a qualquer custo, mesmo quando não for necessário. 

B) recomenda que o governante deve ser mau para preservar‐se no poder e por força das circunstâncias. 

C) defende que o governante precisa deixar de ser mau como orienta u’a moral ideal, mas agir por interesse próprio. 

D) alerta que o governante deve ser mau por bel prazer desconsiderando preceitos éticos, porque ser mau é o desígnio 

da natureza humana. 

 

16 “E  como poderia eu negar que estas mãos e este  corpo  sejam meus? A não  ser  talvez que eu me  compare a esses 

insensatos,  cujo  cérebro está de  tal modo perturbado e ofuscado pelos negros vapores da bile que  constantemente 

asseguram que são reis quando são muito pobres; que estão vestidos de ouro e de púrpura quando estão inteiramente 

nus; ou imaginam ser cântaros ou ter um corpo de vidro. Mas quê? São loucos e eu não seria menos extravagante se me 

guiasse por seus exemplos.” (DESCARTES, René. Meditações de Filosofia Primeira, Primeira Meditação, § 4, ApudTextos básicos de filosofia, de Danilo Marcondes. Rio de 

Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 75.)  

 

“Qualquer um está pronto a admitir que existe uma diferença considerável entre as percepções da mente, quando um 

homem sente a dor decorrente do calor excessivo, ou o prazer de um clima moderado, e quando ele traz de novo à sua 

memória, mais  tarde,  tal  sensação,  ou  a  antecipa  em  sua  imaginação.  Essas  faculdades  podem  imitar  ou  copiar  as 

percepções dos sentidos; mas elas não chegam jamais a alcançar a força e vivacidade do sentimento original. O máximo 

que podemos dizer a respeito delas, mesmo quando operam com o maior vigor, é que representam seu objeto de uma 

maneira tão viva que quase poderíamos dizer que o sentimos ou vemos. Mas, com exceção das mentes deturpadas pela 

doença ou pela loucura, elas nunca serão capazes de chegar a um tal grau de vivacidade, a ponto de tornar impossível 

distinguir as percepções.” (HUME, David. Uma investigação sobre o entendimento humano. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge 

Zahar, 2007. p. 103.)  

Sobre a noção de “loucura” nos trechos citados, é correto afirmar que 

A) tanto Hume quanto Descartes afirmam que a existência da loucura é razão suficiente para duvidar dos sentidos. 

B) Descartes afirma que a consideração da experiência sensível dos loucos é insuficiente para duvidar dos sentidos, mas 

Hume discorda disso. 

C) tanto Descartes quanto Hume consideram que a percepção sensível dos loucos é deturpada e, portanto, não pode ser 

o critério para estabelecer o que nossos sentidos de fato percebem.  

D) Descartes considera que o sonho é uma experiência que equivale à loucura, enquanto Hume afirma que a vivacidade 

das percepções sensíveis dos loucos é maior do que as percepções das mentes “não deturpadas”. 

                 

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17 “Ora, essa natureza me ensina realmente a fugir das coisas que causam em mim o sentimento da dor e a dirigir‐me para 

as que me comunicam algum sentimento de prazer; mas não vejo que, além disso, ela me ensine que, dessas diversas 

percepções dos sentidos, alguma vez devêssemos concluir algo a respeito das coisas que existem fora de nós, sem que o 

espírito as tenha examinado cuidadosa e maduramente.” (DESCARTES, René. Meditações Metafísicas, Sexta meditação, § 27. Apud MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos.  

Curitiba: SEED, 2009. p. 187.) 

 

“Agradável é o que apraz os sentidos na sensação. (...)  

Na definição dada, entendemos contudo pela palavra ‘sensação’ uma representação objetiva dos sentidos; e, para não 

corrermos sempre perigo de ser  falsamente  interpretados, queremos chamar aquilo que sempre  tem de permanecer 

simplesmente subjetivo, e que absolutamente não pode constituir nenhuma representação de um objeto, pelo nome, 

aliás, usual de  sentimento. A  cor verde dos prados pertence à  sensação objetiva,  como percepção de um objeto do 

sentido;  o  seu  agrado,  porém,  pertence  à  sensação  subjetiva,  pela  qual  nenhum  objeto  é  representado:  isto  é,  ao 

sentimento  pelo  qual  o  objeto  <Gegenstand>  é  considerado  como  objeto  <Objekt>  da  complacência  (a  qual  não  é 

nenhum conhecimento do mesmo).” (KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo, Primeira Seção, Primeiro Livro, § 3. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: 

Autêntica/Crisálida, 2012. pp. 121‐122.)  

De acordo com os textos citados, sobre a relação entre conhecimento e sensação nos autores é correto afirmar que 

A) diante da possibilidade  iminente de equívoco que os dados  sensíveis oferecem ao entendimento humano, não  se 

pode inferir nada a respeito dos objetos externos a nós. 

B) é importante distinguir dois tipos de sensação: a primeira, oriunda das coisas/objetos que se apresentam ao sujeito 

cognoscente; a segunda é a sensação que é consequência da afecção experimentada por aquele mesmo sujeito. 

C) é possível diferenciar o papel dos sentidos  tanto naquilo que é próprio das coisas/objetos, como no que  tange ao 

próprio sujeito, já que a percepção sensível não é simplesmente a afecção provocada pelas coisas/objetos no sujeito 

cognoscente. 

D) as faculdades cognitivas humanas operacionalizam o conhecimento a partir dos dados da experiência sensível, disso 

resulta que não é possível qualquer  conhecimento que não  tenha  como  referência ou ponto de partida os dados 

oriundos da sensação. 

 

18 “Durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de mantê‐los todos em temor respeitoso, eles 

se  encontram  naquela  condição  a  que  se  chama  guerra;  e  uma  guerra  que  é  de  todos  os  homens  contra  todos  os 

homens.” (HOBBES, Thomas. Leviatã, I, XIII. Apud MARÇAL, Jairo. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 349.) 

 

De acordo com o texto citado, é correto afirmar que 

A) mesmo na ausência do poder comum é possível existirem relações justas entres os homens. 

B) o poder comum estabelece as condições para que o homem viva uma situação menos conflituosa. 

C) o ser humano compreende as noções de bem e de mal mesmo antes do surgimento do poder comum. 

D) o poder comum mantém a condição de guerra de todos contra todos, já que há disputa pelo poder do soberano. 

 

           

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19 “Autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a 

condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações. Feito isto, 

à multidão assim unida numa só pessoa chama‐se República, em latim Civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, 

ou antes  (para  falar em  termos mais  reverentes) daquele Deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus  imortal, a 

nossa paz e defesa. Pois, graças a esta autoridade que lhe é dada por cada indivíduo na república, é‐lhe conferido o uso 

de  tamanho poder  e  força que o  terror  assim  inspirado o  torna  capaz de  conformar  as  vontades de  todos  eles, no 

sentido da paz no seu próprio país, e da ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros.” (HOBBES, Thomas. Leviatã, I, XVII. Apud MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 365.) 

 

“Eu tento (...) ver como, na vida cotidiana, nas relações que são aquelas entre os sexos, nas famílias, entre os doentes 

mentais e as pessoas razoáveis, entre os doentes e os médicos, enfim, em tudo isso há inflações de poder. Dito de outro 

modo,  a  inflação  de  poder,  em  uma  sociedade  como  a  nossa  não  tem  uma  única  origem  que  seria  o  Estado  e  a 

burocracia do Estado.” (FOUCAULT, Michel. Poder e saber. Apud MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 242.) 

 

De acordo com os textos citados, é correto afirmar que 

A) Hobbes  e  Foucault  partem  da  análise  das  relações  cotidianas  entre  os  indivíduos  e  acabam  por  concluir  que  as 

relações de poder se originam juntamente com o surgimento do Estado, e têm no surgimento do Estado a sua causa. 

B) Hobbes e Foucault partem da análise da condição natural do homem e da origem do Estado, e acabam por concluir 

que é a partir do surgimento do próprio Estado que o poder se instaura nas relações cotidianas entre os indivíduos. 

C) para Hobbes, somente com o surgimento do Estado  tem‐se a possibilidade de organização do poder civil entre os 

homens;  ao  passo  que,  para  Foucault,  a  análise  das  relações  de  poder  procura  ultrapassar  o  binômio  Estado‐            

‐indivíduo. 

D) a descrição do estado de natureza leva Hobbes a concluir que o poder surge concomitantemente à gênese do Estado; 

Foucault conclui que as  relações  intersubjetivas cotidianas escondem  relações de poder muito mais amplas que o 

binômio Estado‐indivíduo. 

 

20 “A Alma, enquanto racional, não pretende outra coisa senão o conhecimento e tampouco  julga que coisa alguma  lhe 

seja útil senão o que leva ao conhecimento. Mas a Alma não tem certeza a respeito das coisas senão na medida em que 

tem ideias adequadas, ou na medida em que raciocina. Logo, não existe coisa alguma que saibamos com certeza ser boa 

para nós senão o que leva realmente ao conhecimento; e coisa alguma que saibamos, ao contrário, ser má, senão o que 

impede que conheçamos. CQD.” (SPINOZA, Baruch. Ética, Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 92.) 

 

O texto citado procura demonstrar a seguinte proposição na Ética, de Spinoza: 

A) “O bem supremo da Alma é o conhecimento de Deus e a suprema virtude da Alma é conhecer Deus.” 

B) “Nenhuma coisa pode ser má pelo que tem de comum com nossa natureza, mas é má para nós na medida em que 

nos é contrário.” 

C) “Não existe coisa alguma que saibamos com certeza ser boa ou má senão o que leva realmente ao conhecimento ou 

pode impedir que conheçamos.” 

D) “Nada de contingente é dado na natureza, mas tudo nela é determinado pela necessidade de a natureza divina existir 

e produzir algum efeito de uma certa maneira.” 

 

         

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21 “(...)  se  encontrarmos uma proposição,  em  primeiro  lugar, que  for pensada  simultaneamente  com  sua  necessidade, 

então ela é um juízo a priori: se ela, além disso, não for também derivada de nenhuma que por sua vez seja ela mesma 

válida como uma proposição necessária, então ela é absolutamente a priori. Em segundo  lugar: a experiência  jamais 

fornece a seus  juízos uma universalidade verdadeira ou estrita, mas somente suposta e comparativa  (por  indução), o 

que propriamente  tem de  significar: o quanto percebemos  até  agora, não  se  encontra nenhuma  exceção  a  esta ou 

àquela  regra.  Portanto,  se  um  juízo  for  pensado  como  universalidade  estrita,  isto  é,  de modo  tal  que  não  conceda 

nenhuma exceção como possível, então ele não  será derivado da experiência, mas válido de modo absolutamente a 

priori.” (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura, B3. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 116.) 

 

Segundo o trecho citado, é correto afirmar que 

A) juízos necessários e estritamente universais são a priori. 

B) a indução é necessária para a formação de juízos universais. 

C) juízos necessários e estritamente universais dependem da experiência. 

D) todo conhecimento ocorre por generalização a partir de dados observados. 

 

22 “Em  todos os  juízos pelos quais declaramos algo belo não permitimos a ninguém ser de outra opinião, sem com  isso 

fundarmos nosso juízo sobre conceitos, mas somente sobre nosso sentimento; o qual, pois, colocamos a fundamento, 

não como sentimento privado, mas como um sentimento comunitário <gemeinschaftliches>. Ora, esse sentido comum 

não pode, para esse fim, ser fundado sobre a experiência; pois ele quer dar direitos a juízos que contem um dever; ele 

não diz que qualquer um irá concordar com nosso juízo, mas que deve concordar com ele.” (KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo, Primeira Seção, Primeiro Livro. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: 

Autêntica/Crisálida, 2012. p. 136.)  

De acordo com o texto citado, é correto afirmar que 

A) um sentido comum é fundamento de um juízo que declara algo como belo, e tal juízo compreende um dever.   

B) algo é declarado belo com base em conceitos que representam sentimentos compartilhados, exprimindo um sentido 

comum.  

C)  o  juízo  de  gosto  é  um  exemplo  objetivo  conceitual,  válido  para  constituir  um  sentido  comum  que  sustente  a 

declaração de que algo é belo. 

D) qualquer um deve  concordar  com o  juízo de gosto de alguém  se este estiver  fundado em  conceitos a priori que 

correspondam ao sentido do belo. 

 

23 “Em contraste direto com a filosofia alemã, que desce do céu para a terra, aqui nós ascendemos da terra para o céu. 

Isso quer dizer que não partimos do que o homem diz,  imagina ou concebe, nem do modo como o homem é descrito 

em narrativas, pensado,  imaginado, concebido, a fim de chegarmos ao homem de carne e osso. Partimos dos homens 

reais, ativos, e assim, baseados em seu processo  real de vida, demonstramos o desenvolvimento dos  reflexos e ecos 

ideológicos desse processo de vida.” (MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Ideologia Alemã. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia.  

Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 138.)  

A partir do trecho citado, é correto afirmar que Marx e Engels 

A) consideram a superestrutura como fundamento da vida material. 

B) sugerem a superação das condições materiais de vida pela aceitação da ideologia. 

C) partem dos homens reais, ativos e, com isso, demonstram o desenvolvimento da ideologia que permeia a vida social. 

D)  tomam  como  ponto  de  partida  o  que  os  homens  imaginam  ou  concebem  acerca  de  si  mesmos  para  então 

descreverem o homem real. 

     

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24 “O arrebatamento do estado dionisíaco, com seu aniquilamento das barreiras e limites ordinários da existência, contém, com efeito, enquanto perdura, um elemento letárgico no qual imerge tudo que foi pessoalmente vivenciado no passado. Assim, o mundo da realidade cotidiana e o mundo da realidade dionisíaca se separam por esse abismo do esquecimento. Tão logo, porém, aquela realidade cotidiana adentra a consciência, ela é, enquanto tal, sentida com nojo (...).” 

(NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia, §7. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo.  Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p. 246.) 

 

De acordo com Nietzsche, em O nascimento da tragédia, o estado dionisíaco A) implica o esquecimento da realidade como um todo. B) promove uma imersão no passado, o que potencializa o cotidiano. C) dissolve o sentimento de nojo característico da imersão no mundo da realidade cotidiana. D) acarreta em um abismo entre o mundo da realidade cotidiana e o mundo da realidade dionisíaca.  

25 “Na consciência  (Bewusstheit) da verdade uma vez contemplada, o homem vê agora, por  todos os  lados,  somente o terrível ou absurdo do ser, ele agora compreende o simbólico destino de Ofélia, ele agora  reconhece a sabedoria do deus selvagem, Sileno: ele sente náuseas.” 

(NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia, § 7. Apud DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo.  Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p. 247.) 

 

“Não  posso  dizer  que me  sinta  aliviado  nem  contente;  ao  contrário, me  sinto  esmagado.  (...)  A  Náusea  não me abandonou e não creio que me abandone tão cedo; mas já não estou submetido a ela, já não se trata de uma doença, nem de um acesso passageiro; a Náusea sou eu. (...) (...)  E  sem  formular  claramente  nada,  compreendi  que  havia  encontrado  a  chave  da  Existência,  a  chave  de minhas Náuseas, de minha própria vida. De fato, tudo o que pude captar a seguir liga‐se a esse absurdo fundamental.” 

(SARTRE, Jean‐Paul. A náusea. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 163 e p. 166.)  

Sobre os textos citados, é correto afirmar que a náusea A) está ligada à tomada de consciência da absurdidade ontológica da existência. B) rejeita toda concepção que atribui papel epistemológico e metafísico à transcendência. C) reflete uma postura radical de ateísmo que pretende instaurar outra concepção de moralidade. D) assume a  condição de um niilismo  total e  irrestrito  tanto do ponto de  vista epistêmico,  como do ponto de  vista 

moral.  

26  “A proposição é um ser para a própria coisa que é. O que se verifica através da percepção? Somente o fato de que é o próprio ente que se visava na proposição. Alcança‐se a confirmação de que o ser que propõe para o proposto é uma demonstração  daquele  ente,  o  fato  de  que  ele  descobre  o  ente  para  o  qual  ele  é. Verifica‐se  o  ser‐descobridor  da proposição. Cumprindo a verificação, o conhecimento remete unicamente ao próprio ente.” 

(HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo, § 44 a). In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 158‐159.)  

Sobre o texto citado, é correto afirmar que A) a verdade de uma proposição é dada a priori. B) a proposição é um ser‐descobridor do ente nela visado. C) a percepção é o critério para determinar a verdade em geral. D) o critério de verificação da verdade é a adequação do ente à proposição.  

27 “O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é  simplesmente estar presente; os entes  aparecem,  deixam  que  os  encontremos,  mas  nunca  podemos  deduzi‐los.  Creio  que  há  pessoas  que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de si próprio.” 

(Sartre, A náusea. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 167‐168.)  

Sobre o texto citado, é correto afirmar que A) o raciocínio dedutivo exclui a existência dos entes.   B) essência e contingência se equivalem e são necessárias. C) a contingência é superada pela evidência de um ser necessário que é causa de si próprio. D) os entes vêm ao encontro e assim estão presentes antes que possam ser deduzidos como logicamente necessários. 

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28 “Se alguém, por exemplo, diz que a proposição  ‘Isto está aqui’  (apontando para um objeto diante de si)  tem sentido para ele, então ele poderia perguntar‐se em que condições específicas se emprega realmente esta proposição.” 

(WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas, 117. Apud MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 177.) 

 

De acordo com o texto citado, a proposição “Isto está aqui” (quando é proferida apontando‐se para um objeto) A) é falsa, pois o que afirma pode ser relativo a um domínio sem sentido. B) tem um sentido relacionado às condições específicas em que ela é empregada. C) nada significa, uma vez que seu emprego pode ser relacionado a um contexto falso. D) é verdadeira na medida em que um objeto real externo à afirmação corresponde a ela. 

 29 “Na opinião dos sociólogos, a perda do apoio que a  religião objetiva  fornecia, a dissolução dos últimos  resíduos pré‐        ‐capitalistas, a diferenciação técnica e social e a extrema especialização  levaram a um caos cultural. Ora, essa opinião encontra  a  cada  dia  um  novo  desmentido.  Pois  a  cultura  contemporânea  confere  a  tudo  um  ar  de  semelhança. O cinema, o rádio e as revistas constituem um sistema. Cada setor é coerente em si mesmo e todos o são em conjunto. Até mesmo as manifestações estéticas de tendências políticas entoam o mesmo louvor do ritmo de aço. Os decorativos prédios administrativos e os centros de exposição  industriais mal se distinguem nos países autoritários e nos demais países.” (ADORNO, Theodor & HORKHEIMER, Max. “Indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”. In: Dialética do Esclarecimento. 

Tradução Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011. p. 99.)  

Segundo o  texto citado, a  tese sociológica que defende a existência de um caos cultural é desmentida pelos  fatos porque A)  todos  os  setores  se  harmonizam  em  vista  da  instauração  do  caos  garantido  pelo  consumo  desenfreado  e 

desordenado. B)  a  pura  racionalidade,  pressuposto  iluminista,  insiste  em  sustentar  o  livre mercado,  o  qual  garante  o  direito  à 

liberdade de expressão. C) a cultura contemporânea manifesta a dessemelhança própria do caos, e a vida assistemática de todos está submetida 

à desordem da comunicação de massa. D) um ar de semelhança é conferido a tudo pela cultura contemporânea, tudo constitui um sistema em que setores de 

comunicação, por exemplo, e manifestações estéticas se harmonizam entre si. 

 30 “Eu quero dizer que as relações de poder suscitam necessariamente, chamam a todo instante, abrem a possibilidade de uma resistência, e isso porque há a possibilidade de resistência real, que o poder daquele que domina tenta manter‐se com tanta força quanto possível, quanto maior a astúcia, maior a resistência. De modo que é muito mais a luta perpétua e multiforme que eu tento mostrar do que a dominação morna e estável de um aparelho uniformizador. Em todo lugar se está em luta – há a cada instante, a revolta da criança que põe o dedo no nariz à mesa para provocar seus pais, isso, pode‐se dizer que é uma rebelião.” 

(FOUCAULT, Michel. Poder e saber. Apud MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 241.)  

De acordo com o trecho citado, é correto afirmar acerca do “poder” e da “resistência” que A) quanto maior for o poder, menor será a resistência. B) a resistência se diferencia da luta por seu caráter pacífico. C) o fato de haver resistência implica que onde há poder há luta. D) o poder apresenta um caráter uniformizador e a resistência se manifesta de maneira plural.           

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QUESTÕES DISCURSIVAS  

01 Disserte sobre a relação entre ser e conhecer. (Valor: 25 pontos)  

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02 Disserte sobre a relação entre ética e bem. (Valor: 25 pontos)  

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03 Disserte sobre a relação entre política e poder. (Valor: 25 pontos)  

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04 Disserte sobre a relação entre filosofia e arte. (Valor: 25 pontos)  

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INSTRUÇÕES  

1. Material a ser utilizado: caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Não é permitido o uso de corretores. Os objetos 

restantes  devem  ser  colocados  em  local  indicado  pelo  fiscal  da  sala,  inclusive  aparelho  celular  desligado  e 

devidamente identificado. 

2. Não  é  permitido  ao  candidato  entrar  e/ou  permanecer  no  local  de  exame  com  armas  ou  utilizar  aparelhos 

eletrônicos (agenda eletrônica, bip, gravador, notebook, pager, palmtop, receptor, telefone celular, walkman, MP3 

Player,  Tablet,  Ipod,  relógio digital  e  relógio  com banco de dados)  e outros  equipamentos  similares, bem  como 

protetor auricular. 

3. Durante a prova, o candidato não deve levantar‐se, comunicar‐se com outros candidatos. 

4. A duração da prova é de 05  (cinco) horas,  já  incluindo o  tempo destinado  à entrega do Caderno de Provas e  à 

identificação  – que  será  feita no decorrer da prova  –  e  ao preenchimento do Cartão de Respostas  (Gabarito)  e 

Folhas de Texto Definitivo (Discursivas). 

5. Somente em caso de urgência pedir ao fiscal para ir ao sanitário, devendo no percurso permanecer absolutamente 

calado, podendo antes e depois da entrada sofrer revista através de detector de metais. Ao sair da sala no término 

da prova, o candidato não poderá utilizar o sanitário. Caso ocorra uma emergência, o fiscal deverá ser comunicado. 

6. O Caderno de Provas consta de 30 (trinta) questões de múltipla escolha e 04 (quatro) questões discursivas. Leia‐o 

atentamente. 

7. As  questões  das  provas  objetivas  são  do  tipo múltipla  escolha,  com  04  (quatro)  opções  (A  a D)  e  uma  única 

resposta correta. 

8. Ao receber o material de realização das provas, o candidato deverá conferir atentamente se o Caderno de Provas 

corresponde ao curso a que está concorrendo, bem como se os dados constantes no Cartão de Respostas (Gabarito) 

e  Folhas  de  Texto  Definitivo  (Discursivas)  que  lhe  foram  fornecidos  estão  corretos.  Caso  os  dados  estejam 

incorretos,  ou  o material  esteja  incompleto,  ou  tenha  qualquer  imperfeição,  o  candidato  deverá  informar  tal 

ocorrência ao fiscal. 

9. Os fiscais não estão autorizados a emitir opinião e prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe única 

e exclusivamente ao candidato interpretar e decidir. 

10. O candidato poderá retirar‐se do local de provas somente a partir de 2 (duas) horas após o início de sua realização, 

contudo, não poderá  levar  consigo o Caderno de  Provas,  sendo permitida  essa  conduta  apenas no decurso dos 

últimos 60 (sessenta) minutos anteriores ao horário previsto para o seu término. 

 

RESULTADOS E RECURSOS  

‐ As provas aplicadas, assim como os gabaritos preliminares das provas objetivas serão divulgados na  Internet, no site 

www.idecan.org.br, a partir das 16h00min do dia subsequente ao da realização das provas. 

‐ O candidato que desejar interpor recursos contra o gabarito da parte objetiva da prova escrita e o resultado provisório 

da parte discursiva da prova escrita disporá de 2  (dois) dias úteis,  a partir das  respectivas divulgações, utilizando o 

endereço eletrônico do IDECAN (www.idecan.org.br), seguindo as instruções ali contidas.