48
LEI Nº 1433/2014 DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS MAURÍCIO DE SOUZA TESSEROLLI, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Esta lei dispõe sobre a política municipal dos direitos da criança e do adolescente e estabelece normas gerais para a sua adequada aplicação. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente no município de Piraquara/PR far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais, assegurando-se a proteção integral e a prioridade absoluta, conforme preconiza a Lei Federal nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. Parágrafo Único - As ações a que se refere o caput deste artigo serão implementadas através de: I - Políticas sociais básicas de educação, saúde, esporte, cultura, lazer e trabalho; II - Serviços, programas e projetos de Assistência Social, para aqueles que deles necessitem; III - Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; IV - Serviço de identificação e localização de pais, responsáveis, crianças e adolescentes desaparecidos; V - Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente; VI - Políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o efetivo exercício do direito a convivência familiar de crianças e adolescentes. Art. 1º Art. 2º 1/48 LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

  • Upload
    dangtu

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

LEI Nº 1433/2014

DISPÕE SOBRE APOLÍTICA MUNICIPALDOS DIREITOS DACRIANÇA E DOADOLESCENTE E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUSMAURÍCIO DE SOUZA TESSEROLLI, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO IDA POLÍTICA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esta lei dispõe sobre a política municipal dos direitos da criança e do adolescente eestabelece normas gerais para a sua adequada aplicação.

A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente no município dePiraquara/PR far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e nãogovernamentais, assegurando-se a proteção integral e a prioridade absoluta, conformepreconiza a Lei Federal nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Parágrafo Único - As ações a que se refere o caput deste artigo serão implementadasatravés de:

I - Políticas sociais básicas de educação, saúde, esporte, cultura, lazer e trabalho;

II - Serviços, programas e projetos de Assistência Social, para aqueles que delesnecessitem;

III - Serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas denegligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;

IV - Serviço de identificação e localização de pais, responsáveis, crianças e adolescentesdesaparecidos;

V - Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e doadolescente;

VI - Políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento doconvívio familiar e a garantir o efetivo exercício do direito a convivência familiar de criançase adolescentes.

Art. 1º

Art. 2º

Art. 3º

1/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 2: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

A política municipal de atendimento dos direitos da criança e do adolescente seráexecutada através do Sistema de Garantia de Direitos - SGD, composto pela seguinteestrutura:

I - Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;

II - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA;

III - Fundo Municipal da Infância e Adolescência - FIA;

IV - Conselhos Tutelares;

V - Entidades de Atendimento governamentais e não-governamentais;

VI - Serviços públicos especializados no atendimento de crianças, adolescentes e famílias,a exemplo dos CREAS, CRAS, CISA, Centro da Juventude e CAPS.

Capítulo IDA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Fica instituída a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,espaço colegiado de caráter deliberativo, composta por delegados, representantes dasentidades ou movimentos da sociedade civil organizada diretamente ligados à defesa ou aoatendimento dos direitos da criança e do adolescente, e do Poder Executivo, devidamentecredenciados, que se reunirão a cada dois anos, sob a coordenação do Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, mediante regimento próprio.

Parágrafo Único - O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA poderá convocar a Conferência extraordinariamente, por decisão da maioria deseus membros.

A Conferência será convocada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança edo Adolescente - CMDCA, em período determinado pelo Conselho Nacional dos Direitos daCriança e do Adolescente - CONANDA, ou por iniciativa própria, através de edital deconvocação, publicado com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, no qual constará oRegulamento da Conferência.

§ 1º Para a realização da Conferência, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA constituirá comissão organizadora paritária, garantindo aparticipação de adolescentes.

§ 2º Em caso de não-convocação por parte do Conselho Municipal dos Direitos da Criançae do Adolescente - CMDCA dentro do prazo referido no caput deste artigo, a iniciativacaberá a 1/3 (um terço) das entidades registradas no Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA, que formarão comissão para organização ecoordenação da Conferência.

Art. 3º

Art. 4º

Art. 5º

2/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 3: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 3º Em qualquer caso, cabe ao Poder Público garantir as condições técnicas e materiaispara realização da Conferência.

A convocação da Conferência deve ser amplamente divulgada nos principais meiosde comunicação de massa, bem como através de convocação oficial às entidades,organizações e associações definidas no Regulamento da Conferência.

Serão realizadas pré-conferências com o objetivo de discutir propostas como etapapreliminar à Conferência.

§ 1º A forma de convocação e estruturação das pré-conferências, a data, o horário e oslocais de sua realização serão definidos no edital de convocação da Conferência, com aelaboração de um cronograma.

§ 2º Deverão participar crianças e adolescentes, propiciando-se metodologia apropriada àfaixa etária para a realização dos trabalhos.

Os delegados da Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescenterepresentantes dos segmentos da sociedade civil serão credenciados com antecedência,garantindo a participação dos representantes de cada segmento, com direito à voz e voto,conforme dispor o Edital de Convocação e o Regulamento da Conferência.

Os delegados do Poder Executivo na Conferência serão indicados pelos gestoresestaduais, regionais e municipais de cada política setorial de atendimento à criança e aoadolescente, mediante ofício enviado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA no prazo de até 10 (dez) dias anteriores à realização daConferência, garantindo a participação dos representantes das políticas setoriais que atuamdireta ou indiretamente na defesa dos direitos da criança e do adolescente, com direito avoz e voto.

Compete à Conferência:

I - aprovar o seu Regimento;

II - avaliar através de elaboração de diagnóstico, a realidade da criança e do adolescenteno Município;

III - fixar as diretrizes gerais da política municipal de atendimento à criança e doadolescente no biênio subseqüente ao de sua realização;

IV - eleger os segmentos não governamentais titulares e suplentes representantes dasociedade civil organizada no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA;

V - eleger os representantes do município para as Conferências realizadas com

Art. 6º

Art. 7º

Art. 8º

Art. 9º

Art. 10

3/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 4: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

abrangência regional e/ou estadual;

VI - aprovar e dar publicidade às suas deliberações, através de resolução.

A Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente possui caráterdeliberativo, e suas deliberações relativas à política de atendimento à criança e aoadolescente serão incorporadas ao Planejamento Estratégico dos órgãos públicosencarregados de sua execução e a suas propostas orçamentárias com a mais absolutaprioridade, observado o disposto no artigo 4º, caput e parágrafo único, alíneas "c" e "d", daLei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e artigo 227, caput, da Constituição Federal.

O Regulamento e o Regimento da Conferência irão dispor sobre sua organização esobre o processo eleitoral dos segmentos não governamentais representantes dasociedade civil organizada no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA, mencionados no art. 15 desta Lei.

Parágrafo Único - A eleição dos segmentos não governamentais será realizada emassembléia própria de cada segmento, durante a Conferência, sob fiscalização doMinistério Público.

Capítulo IIDO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE -

CMDCA

SEÇÃO IDA CRIAÇÃO E VINCULAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - CMDCA

Fica instituído o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, como órgão deliberativo, controlador e fiscalizador das ações da política municipalde atendimento à criança e ao adolescente, assegurada a participação popular paritária pormeio de organizações representativas, vinculado à Secretaria Municipal de AssistênciaSocial.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA serácomposto por 10 (dez) representantes governamentais e 10 (dez) representantes não-governamentais, sendo que para cada titular haverá um suplente.

Os representantes governamentais serão os Secretários Municipais das pastasabaixo relacionadas ou outros representantes indicados por estes, dentre os servidorespreferencialmente com atuação e/ou formação na área de atendimento à Criança e aoAdolescente, os quais justificadamente poderão ser substituídos a qualquer tempo, sendo:

I - 02 (dois) representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social;

Art. 11

Art. 12

Art. 13

Art. 14

Art. 15

4/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 5: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

II - 01 (um) representantes da Secretaria Municipal de Saúde;

III - 01 (um) representantes da Secretaria Municipal de Educação;

IV - 01 representante do Núcleo Regional de Educação - NRE;

V - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Finanças;

VI - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Cultura;

VII - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Administração;

VIII - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Planejamento;

IX - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Comunicação.

Parágrafo Único - Os Secretários Municipais titulares das pastas acima mencionadas sãoconsiderados membros natos e, caso não possam exercer as funções de conselheiro, ser-lhes-á facultado indicar um representante, desde que este tenha poder de decisão noâmbito da Secretaria.

Os representantes não-governamentais serão eleitos na Conferência Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente, sendo:

I - 08 (oito) representantes de entidades não-governamentais de atendimento, defesa egarantia de direitos da criança e adolescente, devidamente registrados no ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA ;

II - 02 (dois) representantes de Associações de Pais, Professores e Servidores, vinculadasa rede municipal, estadual e particular de educação e Instituições de Ensino SuperiorPrivadas.

§ 1º Os segmentos não-governamentais eleitos indicarão seus representantes, garantindoque estes tenham preferencialmente atuação e/ou formação na área de atendimento oudefesa dos direitos da Criança e do Adolescente, sendo vedada a indicação derepresentante que seja servidor público que exerça cargo em comissão na AdministraçãoPública municipal ou seja cônjuge, convivente em regime de união estável ou parente até oterceiro grau do Prefeito ou de servidores municipais ocupantes de cargos em comissão nomunicípio;

§ 2º As entidades citadas no inciso I deverão ser registradas e ter seus programas tambémregistrados no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente - CMDCA local.

§ 3º Serão participantes efetivos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança eAdolescente - CMDCA 04 (quatro) representantes adolescentes acima de 16 anos de idade,desde que organizados sob diversas formas (jurídica, política ou social) em grupos que

Art. 16

5/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 6: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

tenham como objetivo a luta por seus direitos, devendo ser eleitos dentre os delegados daConferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

§ 4º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, porintermédio da Secretaria Municipal de Educação e da representação do Núcleo Regional daSecretaria de Estado da Educação, estimulará a organização e participação dosadolescentes matriculados no ensino fundamental e médio em entidades estudantis, nosmoldes do previsto no art. 53, inciso IV, da Lei Federal nº 8.069/90.

SEÇÃO IIDA ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NO

CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O processo de eleição dos conselheiros não-governamentais do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente será realizado na ConferênciaMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O colégio eleitoral será formado por delegados indicados e/ou eleitos pelasentidades não-governamentais que tenham programas registrados no Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, organizações não-governamentais dedefesa e garantia de direitos e de apoio às entidades de atendimento da criança eadolescente, Associação de Pais, Professores e Servidores e outras entidadesrepresentativas dos diversos segmentos da sociedade previamente cadastradas, conformeprevisto em Resolução específica a ser expedida pelo Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA.

§ 1º A entidade, organização e associação que tiver interesse em pleitear uma vaga noConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA deverá apresentarsua candidatura através de ofício, até 20 (vinte) dias antes da Conferência Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente.

§ 2º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA dará amplapublicidade da relação das entidades consideradas habilitadas a concorrer a uma dasvagas da sociedade civil organizada junto ao órgão, dando ciência pessoal ao MinistérioPúblico, com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data prevista para realização daConferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A função de membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA é considerada de interesse público relevante, não sendoremunerada, e estabelecerá presunção de idoneidade moral.

§ 1º Os membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA deverão prestar informações sobre as demandas e deliberações do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA aos seus representados,garantindo assim a participação efetiva nas reuniões ordinárias, extraordinárias e decomissões temáticas.

Art. 17

Art. 18

Art. 19

6/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 7: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 2º O exercício da função de Conselheiro Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA está condicionado à participação em no mínimo uma comissãotemática, bem como nas reuniões do Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente local.

A eleição dos representantes da sociedade civil organizada junto ao ConselhoMunicipal dos Direitos de Criança e Adolescente - CMDCA será fiscalizada pelo MinistérioPúblico.

§ 1º A Assembleia de eleição será instalada em primeira chamada com 50% (cinquenta porcento) dos votantes ou em segunda chamada, após 10 (dez) minutos, com qualquernúmero de votantes.

§ 2º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA dará posseaos conselheiros eleitos no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o término daConferência, ficando as despesas com a publicação do ato administrativo respectivo àsexpensas do Município.

SEÇÃO IIIDA COMPETÊNCIA

Compete ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA:

I - Elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;

II - Formular, acompanhar, monitorar e avaliar a Política Municipal dos Direitos da Criançae do Adolescente, fixando prioridades para a consecução das ações, a captação e aaplicação de recursos;

III - Conhecer a realidade do município e elaborar o plano de ação anual;

IV - Difundir junto à sociedade local a concepção de criança e adolescente como sujeitosde direitos e pessoas em situação especial de desenvolvimento, zelando para efetivaçãodo paradigma da proteção integral como prioridade absoluta nas políticas e no orçamentopúblico;

V - Acompanhar o Orçamento Criança e Adolescente - OCA, conforme o que dispõem aLei Federal nº 8.069/90 e as Resoluções do Tribunal de Contas do Estado do Paraná;

VI - Estabelecer critérios, estratégias e meios de fiscalização das ações governamentais enão-governamentais dirigidas à infância e à adolescência no âmbito do Município quepossam afetar suas deliberações;

VII - Registrar as entidades não governamentais que executam programas destinados aoatendimento de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias, conforme previsto no

Art. 20

Art. 21

7/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 8: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

art. 91, da Lei Federal nº 8.069/90, bem como as entidades governamentais e nãogovernamentais que executam programas socioeducativos destinados ao atendimento deadolescentes autores de ato infracional, conforme previsto no art. 11, da Lei Federal nº12.594/2012;

VIII - Registrar os programas executados pelas entidades de atendimento governamentaise não-governamentais, que prestem atendimento a crianças, adolescentes e suasrespectivas famílias, de acordo com o que prevê o art. 90, da Lei Federal nº 8.069/90, bemcomo as previstas no art. 430, inciso II da Consolidação das Lei do Trabalho (conformeredação que lhe deu a Lei Federal nº 10.097/2000);

IX - Definir o número de Conselhos Tutelares a serem implantados no município,encaminhando à Câmara Municipal, sempre que necessário, Projeto de Lei Municipaldestinado à sua ampliação;

X - Regulamentar, organizar e coordenar, bem como adotar todas as providências quejulgar cabíveis, para a eleição e a posse dos membros do Conselho Municipal dos Direitosda Criança e do Adolescente - CMDCA e do Conselho Tutelar do Município;

XI - Dar posse aos membros não-governamentais do Conselho Municipal dos Direitos daCriança e Adolescente - CMDCA e do Conselho Tutelar, nos termos do respectivoregulamento e declarar vago o posto por perda de mandato, nas hipóteses previstas nestaLei;

XII - Receber petições, denúncias, representações ou queixas de qualquer pessoa pordesrespeito ou descumprimento dos direitos assegurados às crianças e adolescentes, bemcomo tomar as providências que julgar necessárias;

XIII - Instaurar, por meio de comissão específica, de composição paritária, sindicânciaadministrativa e processo administrativo disciplinar para apurar eventual falta funcionalpraticada por Conselheiro Tutelar no exercício de suas funções, assegurando ao acusado oexercício ao contraditório e à ampla defesa;

XIV - Gerir o Fundo Municipal da Infância e Adolescência - FIA, no sentido de definir autilização dos recursos alocados no Fundo, por meio de Plano de Trabalho e Aplicação,fiscalizando a respectiva execução;

XV - Participar, acompanhar e deliberar sobre a elaboração, aprovação e execução doPlano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual -LOA, no âmbito da Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, zelandopara que neles sejam previstos os recursos necessários à execução da política municipalde atendimento à criança e ao adolescente, com a prioridade absoluta preconizada no art.4º, caput e parágrafo único, da Lei Federal nº 8.069/90 e no art. 227, caput, da ConstituiçãoFederal;

XVI - Participar, acompanhar e deliberar sobre a elaboração de legislações municipais

8/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 9: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

relacionadas à infância e à adolescência, oferecendo apoio e colaborando com o PoderLegislativo;

XVII - Fixar critérios de utilização das verbas subsidiadas e demais receitas, aplicandonecessariamente percentual para o incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, decrianças e adolescentes em situação de risco, órfãos ou abandonados, na forma dodisposto no art. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal;

XVIII - Integrar-se com outros órgãos executores de políticas públicas direcionadas àcriança e ao adolescente, e demais conselhos setoriais.

XIX - Mobilizar a opinião pública no sentido da indispensável participação da comunidade,na solução dos problemas da área da criança e do adolescente;

XX - Instituir as Comissões Temáticas e/ou Intersetoriais necessárias para o melhordesempenho de suas funções, as quais tem caráter consultivo e vinculação ao ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA;

XXI - Publicar todas as suas deliberações e resoluções no Órgão Oficial do Município,seguindo os mesmos trâmites para publicação dos demais atos do Poder ExecutivoMunicipal.

§ 1º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente promoverá, nomáximo a cada 02 (dois) anos, a reavaliação dos programas destinados ao atendimento decrianças, adolescentes e famílias em execução no município, observado o disposto no art.90, § 3º, da Lei Federal nº 8.069/90;

§ 2º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente promoverá, nomáximo a cada 04 (quatro) anos, a reavaliação do registro das entidades de atendimentode crianças, adolescentes e famílias com atuação no município, observado o disposto noart. 91, §§ 1º e 2º, da Lei Federal nº 8.069/90.

§ 3º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA manteráarquivo permanente no quais serão armazenados, por meio físico e/ou eletrônico todos osseus atos e documentos a estes pertinentes.

§ 4º Constará do Regimento Interno do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA, dentre outros:

I - A forma de escolha do presidente e vice-presidente do órgão, bem como, na falta ouimpedimento de ambos, a condução dos trabalhos pelo decano dos conselheiros presentes;

II - As datas e horários das reuniões ordinárias do CMDCA, de modo que se garanta apresença de todos os membros do órgão e permita a participação da população em geral;

III - A forma de convocação das reuniões extraordinárias do CMDCA, comunicação aos

9/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 10: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

integrantes do órgão, titulares e suplentes, Juízo e Promotoria da Infância e Juventude,Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Tutelar, bem como à população em geral,inclusive via órgãos de imprensa locais;

IV - A forma de inclusão das matérias em pauta de discussão e deliberação nas reuniõesordinárias, com a obrigatoriedade de sua prévia comunicação aos conselheiros, Juízo ePromotoria da Infância e Juventude, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Tutelar e àpopulação em geral, que no caso das reuniões ordinárias deverá ter uma antecedênciamínima de 05 (cinco) dias;

V - A possibilidade da discussão de temas que não tenham sido previamente incluídos napauta, desde que relevantes e/ou urgentes, notadamente mediante provocação do Juízo ePromotoria da Infância e Juventude, representante da Ordem dos Advogados do Brasil e/oudo Conselho Tutelar;

VI - O quorum mínimo necessário à instalação das sessões ordinárias e extraordinárias doCMDCA, que não deverá ser inferior à metade mais um do número total de conselheiros,bem como o procedimento a adotar caso não seja aquele atingido;

VII - A criação de câmaras ou comissões temáticas em caráter permanente ou temporário,para análise prévia de temas específicos, como políticas básicas, proteção especial,orçamento e fundo, comunicação, articulação e mobilização, disciplinar etc., que deverãoser compostas de no mínimo 04 (quatro) conselheiros, observada a paridade entrerepresentantes do governo e da sociedade civil organizada;

VIII - A função meramente opinativa da câmara ou comissão mencionadas no item anterior,com a previsão de que, efetuada a análise da matéria, que deverá ocorrer num momentoanterior à reunião do CMDCA, a câmara ou comissão deverá apresentar um relatórioinformativo e opinativo à plenária do órgão, ao qual compete a tomada da decisãorespectiva;

IX - A forma como ocorrerá a discussão das matérias colocadas em pauta, com aapresentação do relatório pela câmara ou comissão temática e possibilidade daconvocação de representantes da administração pública e/ou especialistas no assunto,para esclarecimento dos conselheiros acerca de detalhes sobre a matéria em discussão;

X - Os impedimentos para participação das entidades e/ou dos conselheiros nas câmaras,comissões e deliberações do Órgão;

XI - O direito de os representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Ordem dosAdvogados do Brasil, Segurança Pública e Conselho Tutelar, presentes à reunião,manifestarem-se sobre as matérias em discussão, querendo;

XII - A forma como se dará a manifestação de representantes de entidades não integrantesdo CMDCA, bem como dos cidadãos em geral presentes à reunião;

10/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 11: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

XIII - A forma como será efetuada a tomada de votos, quando os membros do CMDCAestiverem aptos a deliberar sobre a matéria colocada em discussão, com a previsão daformal solução da questão no caso de empate, devendo ser assegurada sua publicidade,preservado, em qualquer caso, a identidade das crianças e adolescentes a que se refiramas deliberações respectivas;

XIV - A forma como será deflagrado e conduzido o procedimento administrativo com vista àexclusão de entidade ou de seu representante quando da reiteração de faltas injustificadase/ou prática de ato incompatível com a função, nos moldes desta Lei;

XV - A forma como será efetuada a avaliação da qualidade e eficiência dos programas eserviços destinados ao atendimento de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias,bem como conduzidos os processos de renovação periódica dos registros das entidades eprogramas, nos moldes do previsto pelo art. 90, § 3º, da Lei Federal nº 8.069/90.

SEÇÃO IVDO MANDATO DOS CONSELHEIROS MUNICIPAIS DO CMDCA

Os representantes governamentais e não-governamentais junto ao CMDCA terãomandato de 02 (dois) anos, permitida uma reeleição consecutiva.

§ 1º Em caso de vacância, a nomeação do suplente será para completar o prazo domandato do substituído.

§ 2º O mandato dos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA será considerado extinto antes do término, nos casos de:

I - Morte;

II - Renúncia;

III - Ausência injustificada a 03 (três) reuniões consecutivas ou a 05 (cinco) alternadas, noperíodo de 12 (doze) meses, a contar da primeira ausência;

IV - Doença que exija licença médica por mais de 06 (seis) meses;

V - Procedimento incompatível com a dignidade das funções ou com os princípios queregem a administração pública, estabelecidos pelo art. 4º, da Lei Federal nº 8.429/92;

VI - Condenação por crime comum ou de responsabilidade;

VII - Perda de vínculo com o Poder Executivo, com a entidade, organização ou associaçãoque representa.

§ 3º Nas hipóteses do inciso V, do parágrafo anterior, a cassação do mandato do membrodo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA será precedida

Art. 22

11/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 12: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

de procedimento administrativo a ser instaurado pelo próprio Órgão, observado o dispostonos arts. 77 a 82 desta Lei, sem prejuízo da aplicação de outras sanções administrativas epenais cabíveis.

§ 4º Perderá a vaga no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, a entidade não-governamental que perder o registro, ou o registro de seusprogramas, bem como aquelas entidades cujos representantes titular e suplente incidiremnos casos previstos no Inciso III do § 2º deste artigo.

§ 5º Em sendo cassado o mandato de conselheiro representante do governo, o ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA efetuará, no prazo de 24(vinte e quatro) horas, comunicação ao Prefeito Municipal e Ministério Público para tomadadas providências necessárias no sentido da imediata nomeação de novo membro, bemcomo apuração da responsabilidade administrativa do cassado;

§ 6º Em sendo cassado o mandato de conselheiro representante da sociedade civilorganizada, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCAconvocará seu suplente para posse imediata, sem prejuízo da comunicação do fato aoMinistério Público para a tomada das providências cabíveis em relação ao cassado.

§ 7º Em caso de substituição de conselheiro, a entidade, organização, associação e opoder público deverá comunicar oficialmente o Conselho Municipal dos Direitos da Criançae do Adolescente - CMDCA, indicando o motivo da substituição e novo representante.

§ 8º Nos casos de exclusão ou renúncia de entidade não governamental integrante doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, e não havendosuplente, será imediatamente convocada nova assembleia das entidades para que sejasuprida a vaga existente.

SEÇÃO VDA ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA reunir-se-á na forma e periodicidade estabelecidas no seu Regimento, no mínimo 01 (uma) vezpor mês, e terá a seguinte estrutura:

I - Mesa Diretiva, composta por:

a) Presidente;b) Vice-Presidente;c) 1º Secretário;d) 2º Secretário.

II - Comissões Temáticas e/ou Intersetoriais;

Art. 23

12/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 13: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

III - Plenária;

IV - Secretaria Executiva;

V - Técnicos de apoio.

§ 1º O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, porintermédio da Secretaria Municipal de Assistência Social, dará ampla divulgação de seucalendário de reuniões ordinárias e extraordinárias à comunidade, assim como aoMinistério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar.

§ 2º As pautas contendo as matérias a serem objeto de discussão e deliberação nasreuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Municipal de Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA serão previamente publicadas e comunicadas aos Conselheirostitulares e suplentes, Juízo e Promotoria da Infância e Juventude, Conselhos Tutelares,bem como à população em geral.

§ 3º As sessões serão consideradas instaladas após atingidos o horário regulamentar e oquorum regimental mínimo.

§ 4º As decisões serão tomadas por maioria de votos, conforme dispuser o regimentointerno do Órgão, salvo disposição em contrário prevista nesta Lei.

§ 5º As deliberações e resoluções do CMDCA serão publicadas nos órgãos oficiais e/ou naimprensa local, seguindo os mesmos trâmites para publicação dos demais atos doExecutivo, porém gozando de absoluta prioridade.

§ 6º As despesas decorrentes da publicação deverão ser suportadas pela administraçãopública, através de dotação orçamentária específica.

A mesa diretiva será eleita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA, dentre os seus membros, nos primeiros 30 (trinta) dias de vigênciado mandato, em reunião plenária com a presença de no mínimo 2/3 (dois terços) dosconselheiros.

§ 1º Compete à mesa diretiva dirigir os trabalhos e organizar as pautas das plenárias.

§ 2º A presidência deverá ser ocupada alternadamente por conselheiros representantes dasociedade civil organizada e do governo.

§ 3º O mandato dos membros da mesa diretiva será de 02 (dois) anos, vedada arecondução.

As comissões temáticas serão formadas pelos membros titulares e suplentes doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, sendo respeitadaa paridade, e facultada à participação de convidados, técnicos e especialistas.

Art. 24

Art. 25

13/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 14: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Parágrafo Único - As comissões intersetoriais terão caráter consultivo e serão vinculadasao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

A Plenária é composta pelo colegiado dos membros titulares e suplentes doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, sendo a instânciamáxima de deliberação e funcionará de acordo com o Regimento Interno do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

A Secretaria Executiva terá por atribuição oferecer apoio operacional eadministrativo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA,devendo para isso ser composta por, no mínimo, 01 (um) técnico de nível superiorconcursado (serviço social, psicologia, pedagogia, administração, ciências sociais e/oudireito), 01 (um) técnico administrativo e estagiários.

Serão também designados para prestar apoio técnico ao Conselho Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente - CMDCA 01 (um) assistente social e 01 (um)advogado/procurador do município.

§ 1º Para o adequado funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA, o Poder Executivo Municipal deverá oferecer estrutura física,equipamentos, materiais de expediente e funcionários do quadro do Município dePiraquara.

§ 2º Constará da Lei Orçamentária Municipal a previsão dos recursos necessários aofuncionamento regular e ininterrupto do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA, observado o princípio constitucional da prioridade absoluta àcriança e ao adolescente, nos moldes do previsto no art. 4º, caput e par. único, da LeiFederal nº 8.069/90 e art. 227, caput, da Constituição Federal.

Capítulo IIIDO FUNDO MUNICIPAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA - FIA

SEÇÃO IDAS REGRAS E PRINCÍPIOS GERAIS

Ficam estabelecidos os parâmetros para a operacionalização funcionamento doFundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA do município de Piraquara.

Parágrafo Único - Para efeitos desta Resolução, entende-se por parâmetros os referenciaisque devem nortear a operacionalização funcionamento do Fundo Municipal para a Infânciae a Adolescência - FIA em obediência às regras e princípios estabelecidos pelaConstituição Federal e Lei nº 8.069, de 1990 e legislação pertinente.

O Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA do município de

Art. 26

Art. 27

Art. 28

Art. 29

Art. 30

14/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 15: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Piraquara deve ser vinculado ao CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente, órgão formulador, deliberativo e controlador das ações de implementação dapolítica dos direitos da criança e do adolescente, responsável por gerir o fundo, fixarcritérios de utilização e o plano de aplicação dos seus recursos, conforme o disposto no §2º do art. 260 da Lei nº 8.069, de 1990. Portanto, o Fundo Municipal para a Infância e aAdolescência - FIA de Piraquara tem como gestores a Secretaria Municipal de Finanças ea Secretaria Municipal de Assistência Social, por seus secretários. As decisões quanto àaplicação dos recursos do FIA municipal de Piraquara são intransferíveis do CMDCA.

No município haverá um único Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente,sendo que a sua manutenção é vinculada ao CMDCA e é diretriz da política de atendimentoconforme estabelece o art. 88, IV, da Lei Federal nº 8.069, de 1990.

Parágrafo Único - O Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA seráconstituído em fundo especial, criado e mantido por lei, com recursos do Poder Público ede outras fontes.

Conforme estabelecem a Constituição Federal e legislação específica, o FundoMunicipal para a Infância e a Adolescência - FIA foi instituído pela mesma Lei que criou oConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente proposta pelo PoderExecutivo e aprovada pelo Poder Legislativo municipal.

Parágrafo Único - A Lei que instituiu o Fundo explicita suas fontes de receitas, seusobjetivos e finalidades, e determina sua vinculação ao Conselho dos Direitos da Criança edo Adolescente.

Caberá ao Poder Executivo, em acordo com o Conselho dos Direitos da Criança edo Adolescente, providenciar a regulamentação do Fundo dos Direitos da Criança e doAdolescente, observando-se o disposto no parágrafo único do art. 4º, detalhando o seufuncionamento por meio de Decreto ou meio legal equivalente, em conformidade com alegislação vigente e em atenção aos parâmetros propostos pela Resolução 137/2010 doCONANDA.

O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente deve possuir personalidadejurídica, utilizando CNPJ próprio. Portanto, não devendo utilizar o mesmo número base deinscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do Órgão ou da Secretaria àqual for vinculado por lei, conforme dispõe o art. 2º da presente Resolução.

§ 1º Para garantir seu status orçamentário, administrativo e contábil diferenciado do Órgãoao qual se encontrar vinculado, deve constituir unidade orçamentária própria e ser parteintegrante do orçamento público.

§ 2º Devem ser aplicadas à execução orçamentária do Fundo as mesmas normas geraisque regem a execução orçamentária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios.

Art. 31

Art. 32

Art. 33

Art. 34

15/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 16: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 3º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente deverá assegurar queestejam contempladas no ciclo orçamentário as demais condições e exigências paraalocação dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, para ofinanciamento ou co-financiamento dos programas de atendimento, executados porentidades públicas e privadas.

O Poder Executivo designará os servidores públicos que atuarão como gestor e/ouordenador de despesas do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, autoridade decujos atos resultará emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento oudispêndio de recursos do Fundo, comunicando seus nomes, cargos, e funções na primeirareunião anual do CMDCA ou sempre que houver mudança dos mesmos.

§ 1º O órgão gestor e ordenador de despesas ao qual o Fundo dos Direitos da Criança e doAdolescente for vinculado ficará responsável pela abertura, em estabelecimento oficial decrédito, de contas específicas destinadas à movimentação das receitas e despesas doFundo.

§ 2º Os recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente terá um registropróprio, de modo que a disponibilidade de caixa, receita e despesa, fique identificada deforma individualizada e transparente, através de balancete mensal encaminhando aoConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, sendo apresentado emreunião ordinária do mesmo.

§ 3º A destinação dos recursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA,em qualquer caso, dependerá de prévia deliberação plenária do Conselho Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente, e a resolução ou ato administrativo equivalente que amaterializar será à documentação respectiva, para fins de controle de legalidade eprestação de contas.

§ 4º As providências administrativas necessárias à liberação dos recursos, após adeliberação do Conselho, deverão observar o princípio constitucional da prioridade absolutaà criança e ao adolescente, sem prejuízo do efetivo e integral respeito às normas eprincípios relativos à administração dos recursos públicos.

SEÇÃO IIDAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE EM RELAÇÃO AO FUNDO MUNICIPAL PARA A INFÂNCIA E AADOLESCÊNCIA - FIA

Cabe ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em relaçãoao Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA, sem prejuízo das demaisatribuições:

I - elaborar e deliberar sobre a política de promoção, proteção, defesa e atendimento dosdireitos da criança e do adolescente no âmbito municipal;

Art. 35

Art. 36

16/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 17: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

II - promover a realização periódica de diagnósticos relativos à situação da infância e daadolescência bem como do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescenteno âmbito municipal;

III - elaborar planos de ação anuais ou plurianuais, contendo os programas a seremimplementados no âmbito da política de promoção, proteção, defesa e atendimento dosdireitos da criança e do adolescente, e as respectivas metas, considerando os resultadosdos diagnósticos realizados e observando os prazos legais do ciclo orçamentário;

IV - elaborar anualmente o plano de aplicação dos recursos do Fundo, considerando asmetas estabelecidas para o período, em conformidade com o plano de ação;

V - elaborar editais fixando os procedimentos e critérios para a aprovação de projetos aserem financiados com recursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência -FIA, em consonância com o estabelecido no plano de aplicação e obediência aos princípiosde legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade;

VI - publicizar os projetos selecionados com base nos editais a serem financiados peloFundo dos Direitos da Criança e do Adolescente;

VII - monitorar e avaliar a aplicação dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e doAdolescente, por intermédio de balancetes trimestrais, relatório financeiro e o balançoanual do fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, sem prejuízo de outras formas,garantindo a devida publicização dessas informações, em sintonia com o disposto emlegislação específica;

VIII - monitorar e fiscalizar os programas, projetos e ações financiadas com os recursos doFundo, segundo critérios e meios definidos pelo próprio Conselho, bem como solicitar aosresponsáveis, a qualquer tempo, as informações necessárias ao acompanhamento e àavaliação das atividades apoiadas pelo Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente;

IX - desenvolver atividades relacionadas à ampliação da captação de recursos para oFundo; e

X - mobilizar a sociedade para participar no processo de elaboração e implementação dapolítica de promoção, proteção, defesa e atendimento dos direitos da criança e doadolescente, bem como na fiscalização da aplicação dos recursos do Fundo dos Direitos daCriança e do Adolescente.

Parágrafo Único - Para o desempenho de suas atribuições, o Poder Executivo deverágarantir ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente o suficiente enecessário suporte organizacional, estrutura física, recursos humanos e financeiros.

SEÇÃO IIIDAS FONTES DE RECEITAS E NORMAS PARA AS CONTRIBUIÇÕES AO FUNDO DOS

DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

17/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 18: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

O Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA deve ter como receitas:

I - recursos públicos que lhes forem destinados, consignados no Orçamento da União, dosEstados, do Distrito Federal e do Município, inclusive mediante transferências do tipo "fundoa fundo" entre essas esferas de governo, desde que previsto na legislação específica;

II - doações de pessoas físicas e jurídicas sejam elas de bens materiais, imóveis ourecursos financeiros inclusive recursos provenientes de destinação de receitas dedutíveisdo imposto de renda.

III - destinações de receitas dedutíveis do Imposto de Renda, com incentivos fiscais, nostermos do Estatuto da Criança e do Adolescente e demais legislações pertinentes.

IV - contribuições de governos estrangeiros e de organismos internacionais multilaterais;

V - o resultado de aplicações no mercado financeiro, observada a legislação pertinente; e

VI - recursos provenientes de multas, concursos de prognósticos, dentre outros que lheforem destinados.

Os recursos consignados no orçamento da União, do Distrito Federal, dos Estadose dos Municípios devem compor o orçamento do Fundo Municipal para a Infância e aAdolescência - FIA, de forma a garantir a execução dos planos de ação elaborados peloConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A definição quanto à utilização dos recursos do Fundo Municipal para a Infância ea Adolescência - FIA, em conformidade com o disposto no artigo 6º, competirá única eexclusivamente ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

§ 1º Dentre as prioridades do plano de ação aprovado pelo Conselho de Direitos, seráfacultado ao doador/destinador indicar, aquela ou aquelas de sua preferência para aaplicação dos recursos doados/destinados.

§ 2º As indicações previstas acima poderão ser objeto de termo de compromisso elaboradopelo Conselho dos Direitos para formalização entre o destinador e o Conselho de Direitos.

Deve ser facultado ao Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescentechancelar projetos para futuras captações de recursos.

§ 1º Chancela deve ser entendida como a autorização para captação de recursos ao Fundodos Direitos da Criança e do Adolescente provenientes de destinação de receitasdedutíveis do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas, destinados a projeto a seraprovado pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, sempre no interessedos direitos das crianças e adolescentes.

Art. 37

Art. 38

Art. 39

Art. 40

18/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 19: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 2º A captação de recursos ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, referidano parágrafo anterior, deverá ser realizada pela instituição proponente para ofinanciamento do respectivo projeto.

§ 3º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente fixa o percentual deretenção dos recursos captados, em cada chancela, de 10% ao Fundo dos Direitos daCriança e do Adolescente.

§ 4º O tempo de duração entre a aprovação do projeto e a captação dos recursos nãodeverá ser superior a 2 (dois) anos.

§ 5º Decorrido o tempo estabelecido no parágrafo anterior, havendo interesse da instituiçãoproponente, o projeto poderá ser submetido a um novo processo de chancela podendoremanejar a utilização dos recursos captados tanto para menor quanto para maior valor.

§ 6º A chancela do projeto não obriga seu financiamento pelo Fundo dos Direitos daCriança e do Adolescente.

O nome do doador ao Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA sópoderá ser divulgado mediante sua autorização expressa, respeitado o que dispõe oCódigo Tributário Nacional.

Os procedimentos para os projetos chancelados serão os seguintes:

I - Após o recebimento do projeto chancelado pelo CMDCA, o departamento técnico daSecretaria Municipal de Assistência Social, fará a avaliação e emissão do parecer técnicopara a Secretaria Municipal de Assistência Social - SMAS.

II - A Secretaria Municipal de Assistência Social deve solicitar abertura de conta bancáriaespecífica para captação do Fundo Municipal para a Infância e Adolescência - FIAdiretamente na Secretaria Municipal de Finanças.

III - O doador deve realizar a doação identificada diretamente na conta específica paracaptação do FIA da entidade ou órgão público. Caso ocorra o depósito em outra conta quenão a especificada, caberá ao CMDCA a análise e autorização da transferência.

IV - Após o depósito nesta conta específica, mensalmente, deverá ser transferido o valorequivalente a 10% do valor doado para a conta principal do Fundo Municipal da Infância eAdolescência - FIA.

V - O doador pode solicitar o recibo ao:

a) Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, através daSecretaria Executiva dos Conselhos, o recibo nominal de doação, mediante o comprovantede depósito. A emissão do recibo ao doador se dará mediante apresentação decomprovante de depósito identificado e solicitação, via ofício, à Secretaria Executiva dos

Art. 41

Art. 42

19/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 20: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Conselhos no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.b) As entidades poderão emitir os recibos acima citados mediante apresentação de relaçãode seus doadores e respectivos valores doados, 2 (duas) cópias do recibo e cópia docomprovante de depósito identificado. Após conferência pela Secretaria Executiva dosConselhos o presidente do Conselho assinará os recibos apresentados, num prazo máximode 10 (dez) dias.

VI - A relação dos recibos emitidos pelo CMDCA com o respectivo comprovante dedepósito deve ser apresentada mensalmente na plenária do Conselho.

VII - Compete à Secretaria Municipal de Finanças cadastrar os doadores junto à ReceitaFederal, nos prazos estabelecidos em lei.

SEÇÃO IVDAS CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO

A aplicação dos recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente,deliberada pelo Conselho de Direitos, será destinada para o financiamento de açõesrelativas a/ao:

I - desenvolvimento de programas e serviços complementares ou inovadores, de acordocom o diagnóstico e plano de ação elaborado pelo CMDCA, por tempo determinado, nãoexcedendo a 3 (três) anos, da política de promoção, proteção, defesa e atendimento dosdireitos da criança e do adolescente;

II - percentual de no mínimo 1% do valor total arrecadado na conta principal do FIA duranteo ano calendário anterior para o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança e deadolescente, órfão ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, § 3º, VI, daConstituição Federal e do art. 260, § 2º da Lei nº 8.069, de 1990, observadas as diretrizesdo Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentesà Convivência Familiar e Comunitária;

III - programas e projetos de pesquisa, de estudos, elaboração de diagnósticos, sistemasde informações, monitoramento e avaliação das políticas públicas de promoção, proteção,defesa e atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

IV - programas e projetos de capacitação e formação profissional continuada dosoperadores do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente;

V - desenvolvimento de programas e projetos de comunicação, campanhas educativas,publicações, divulgação das ações de promoção, proteção, defesa e atendimento dosdireitos da criança e do adolescente; e

VI - ações de fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e doAdolescente, com ênfase na mobilização social e na articulação para a defesa dos direitosda criança e do adolescente.

Art. 43

20/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 21: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

É vedada a utilização dos recursos do Fundo Municipal para a Infância e aAdolescência - FIA para despesas que não se identifiquem diretamente com a realizaçãode seus objetivos ou serviços determinados pela lei que o instituiu, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública previstas em lei. Esses casos excepcionais devemser aprovados previamente pela plenária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança edo Adolescente.

Parágrafo Único - Além das condições estabelecidas no caput, é vedada ainda a utilizaçãodos recursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA para:

I - a transferência sem a deliberação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente;

II - pagamento, manutenção e funcionamento do Conselho Tutelar;

III - manutenção e funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente;

IV - o financiamento das políticas públicas sociais básicas, em caráter continuado, e quedisponham de fundo específico, nos termos definidos pela legislação pertinente; e

V - investimentos em aquisição, construção, reforma, manutenção e/ou aluguel de imóveispúblicos e/ou privados, ainda que de uso exclusivo da política da infância e daadolescência.

As entidades captadoras de recursos, que terão seus projetos contemplados comrecursos captados através de destinações de receitas dedutíveis do imposto de rendaconforme descrito no art. 40 desta Lei não poderão inscrever seus projetos em editais doFIA, salvo que a soma dos recursos captados para os seus projetos seja inferior a 10% dovalor total do edital.

Os representantes de entidades e de órgão públicos, membros do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, abster-se-ão do direito de voto navotação dos projetos dos quais são beneficiários.

O financiamento de projetos pelo Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência- FIA está condicionado à previsão orçamentária e à disponibilidade financeira dosrecursos.

O saldo financeiro positivo apurado no balanço do Fundo dos Direitos da Criança edo Adolescente deve ser transferido para o exercício subseqüente, a crédito do mesmofundo, conforme determina o art. 73 da Lei Federal nº 4.320 de 1964.

SEÇÃO VDA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS DO FUNDO

Art. 44

Art. 45

Art. 46

Art. 47

Art. 48

21/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 22: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

MUNICIPAL PARA A INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA - FIA

As finalidades institucionais do tomador de recursos e o objeto descrito no plano detrabalho apresentado ao CMDCA deverão ser compatíveis com as diretrizes do edital.

As entidades sociais de fins não econômicos candidatos à financiamento comrecursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA deverão apresentarPlano de Trabalho e o Projeto descritivo, conforme prazos e diretrizes estabelecidos emdeliberação prévia à apresentação.

§ 1º Os projetos deverão ser apresentados em modelo próprio do Conselho Municipal daCriança e do Adolescente - CMDCA, na forma prevista na deliberação prévia àapresentação dos projetos.

§ 2º Não serão aceitos os projetos que não apresentarem com clareza os objetivos, deacordo com as prioridades definidas na deliberação do CMDCA.

§ 3º Além dos projetos, deverão ser entregues os documentos exigidos em edital peloCMDCA.

§ 4º As entidades sociais de fins não econômicos proponentes deverão apresentar umacontrapartida mínima de 10% (dez por cento).

§ 5º O CMDCA terá até 120 dias para análise dos projetos apresentados e divulgação dalista dos projetos aprovados.

O Plano de Trabalho constituir-se-á parte do termo de transferência, devendocontemplar, no mínimo:

I - a identificação do objeto a ser executado com previsão de início e fim;

II - razões que justifiquem a formalização do ato de transferência;

III - definição e detalhamento das metas a serem atingidas, sendo que estas metas devemser quantitativas;

IV - as etapas ou fases de execução com previsão de início e fim;

V - o plano de aplicação dos recursos deve ter seus itens apresentados com especificaçõesdetalhadas;

VI - o cronograma físico financeiro de desembolso do repasse e da contrapartida;

A aplicação dos recursos de forma diversa do que houver sido originalmenteestabelecido pelo Plano de Trabalho exige a prévia alteração deste e sua aprovação peloCMDCA, observada, sempre, a compatibilidade com o objeto do convênio.

Art. 49

Art. 50

Art. 51

Art. 52

22/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 23: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Após a aprovação do projeto pelo CMDCA, o mesmo deve ser encaminhado deimediato pela Secretaria Executiva dos Conselhos, à Secretaria Municipal de AssistênciaSocial e comunicado ao proponente, para iniciar o processo de celebração do respectivotermo de transferência, cuja assinatura deverá ocorrer no prazo máximo de 30 dias a partirdo recebimento da documentação completa e atualizada.

O termo de transferência deverá conter, no mínimo:

I - o objeto;

II - as metas a serem alcançadas;

III - os valores da transferência em reais (R$), e da contrapartida;

IV - o prazo de vigência e a data da celebração;

V - a indicação da dotação orçamentária completa, a qual se ache vinculada atransferência;

VI - a indicação dos agentes públicos, integrantes do quadro pessoal efetivo doconcedente, responsáveis pelo acompanhamento e fiscalização;

VII - a forma de execução do acompanhamento e da fiscalização, que deverá ocorrer pormeio de relatórios, inspeções, visitas e a emissão de certificado ou relatórios, conformeespecificado nesta resolução.

O extrato do convênio celebrado deve ser publicado no órgão oficial de imprensado concedente.

As condições do termo de transferência originalmente celebrado entre as partessomente podem ser alteradas mediante a celebração de regular termo aditivo, o qualdeverá ser publicado no órgão oficial de imprensa do concedente.

Parágrafo Único - As alterações das condições do termo de transferência originalmentecelebrado somente poderá ser assinado após prévia aprovação pela plenária do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente com no mínimo 30 dias antes de vencero convênio.

SEÇÃO VIDO REPASSE DE RECURSOS E DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA

A liberação de recursos financeiros deverá ocorrer em parcela única.

Os recursos repassados e a contrapartida financeira prevista pelo termo detransferência deverão ser depositados e movimentados na mesma conta corrente

Art. 53

Art. 54

Art. 55

Art. 56

Art. 57

Art. 58

23/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 24: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

específica aberta em instituição financeira oficial instalada no município.

§ 1º Enquanto não empregados na sua finalidade, os recursos mencionados no caputdeverão ser aplicados financeiramente nos termos do art. 116º, § 4º, da Lei Federal nº8.666 de 21 de junho de 1993.

§ 2º As receitas auferidas na forma do parágrafo anterior serão obrigatoriamentecomputadas a crédito do termo de transferência e aplicadas exclusivamente no objeto desua finalidade, mediante assinatura de termo aditivo devendo constar demonstrativoespecífico que integrará as prestações de contas de ajuste.

§ 3º Os recursos da conta específica somente poderão ser utilizados para pagamento dedespesas previstas no plano de aplicação.

§ 4º A movimentação dos recursos somente poderá ocorrer mediante emissão de chequenominativo, cruzado e não endossável; ordem bancária; transferência eletrônica ou outramodalidade que identifique a destinação dos recursos e, no caso de pagamento, o credor.

O concedente deverá repassar ao tomador o recurso referente ao termo deconvênio, em um prazo de, no máximo, 30 dias a partir da data de assinatura do convênio.

A contrapartida, deverá ser depositada, no mínimo, proporcionalmente, conformeestabelecido no termo de transferência.

Parágrafo Único - O gestor deverá informar à instituição conveniada quando do depósito dorepasse.

No encerramento do projeto, o saldo final remanescente da conta correnteespecífica deverá ser recolhido pelo tomador dos recursos à conta de captação do FIA.

SEÇÃO VIIDA EXECUÇÃO

Salvo motivo de caso fortuito ou de força maior devidamente justificado ecomprovado ou, ainda, se expressamente estabelecido de forma diversa pelo plano detrabalho, o tomador deverá iniciar a execução do objeto do termo de transferência dentrode 30 (trinta) dias a partir do recebimento da parcela única do recurso.

No caso de entidades privadas não sujeitas a regulamento próprio para aquisiçãode bens e contratação de obras e serviços, o gestor deverá observar os princípiosinerentes à utilização de valores e bens públicos, entre os quais o da moralidade, daimpessoalidade, da economicidade, da isonomia, da eficiência e da eficácia.

§ 1º O atendimento ao princípio da economicidade deverá ser comprovado mediante préviapesquisa de preços junto a, no mínimo, 3 (três) fornecedores do ramo do bem ou do serviçoa ser adquirido, sob pena de responsabilidade pelos atos de gestão antieconômica.

Art. 59

Art. 60

Art. 61

Art. 62

Art. 63

24/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 25: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 2º Os orçamentos deverão estar datados e discriminados de maneira que permitamcomprovar que foi assegurada a isonomia aos interessados para fornecer o bem ou serviçocotado.

§ 3º É vedada a contratação de dirigentes da entidade tomadora dos recursos ou de seusrespectivos cônjuges, companheiros e parentes em linha reta, colateral ou por afinidade atéo 2º grau, ou de empresa em que estes sejam sócio cotistas, para prestação de serviços oufornecimento de bens.

SEÇÃO VIIIDAS ATRIBUIÇÕES DO GESTOR DO FUNDO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

O Gestor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, nomeado pelo PoderExecutivo conforme dispõe o art. 35º desta Lei, deve ser responsável pelos seguintesprocedimentos, dentre outros inerentes ao cargo:

I - coordenar a execução do Plano Anual de Aplicação dos recursos do Fundo Municipalpara a Infância e a Adolescência - FIA, elaborado e aprovado pelo Conselho Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente;

II - executar e acompanhar o ingresso de receitas e o pagamento das despesas do FundoMunicipal para a Infância e a Adolescência - FIA;

III - emitir empenhos, cheques e ordens de pagamento das despesas do Fundo Municipalpara a Infância e a Adolescência - FIA;

IV - fornecer o comprovante de doação/destinação ao contribuinte, contendo a identificaçãodo órgão do Poder Executivo, endereço e número de inscrição no CNPJ no cabeçalho e, nocorpo, o nº de ordem, nome completo do doador/destinador, CPF/CNPJ, endereço,identidade, valor efetivamente recebido, local e data, devidamente firmado em conjuntocom o Presidente do Conselho, para dar a quitação da operação;

V - encaminhar a relação de doadores e dos valores doados à Secretaria da ReceitaFederal através do sistema de Declaração de Benefícios Fiscais (DBF), por intermédio daInternet, até o último dia útil do mês de março, em relação ao ano calendário anterior;

VI - comunicar obrigatoriamente às entidades a efetiva apresentação da Declaração deBenefícios Fiscais (DBF), da qual conste obrigatoriamente o nome ou razão social, CPF docontribuinte ou CNPJ, data e valor destinado;

VII - repassar os respectivos recursos à conta de captação das entidades beneficiadasatravés da Doação Direta ao FIA prevista nas Declarações de Ajuste Anual do Imposto deRenda Pessoa Física, desde que as mesmas apresentem os devidos comprovantes.

Art. 64

25/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 26: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

VIII - apresentar, trimestralmente ou quando solicitada pelo Conselho dos Direitos daCriança e do Adolescente, a análise e avaliação da situação econômico-financeira doFundo dos Direitos da Criança e do Adolescente, através de balancetes e relatórios degestão;

IX - manter arquivados, pelo prazo previsto em lei, os documentos comprobatórios damovimentação das receitas e despesas do Fundo, para fins de acompanhamento efiscalização; e

X - observar, quando do desempenho de suas atribuições, o princípio da prioridadeabsoluta à criança e ao adolescente, conforme disposto no art. 4º, caput e parágrafo único,alínea b, da Lei nº 8.069 de 1990 e art. 227, caput, da Constituição Federal.

Parágrafo Único - Deverá ser emitido um comprovante para cada doador, mediante aapresentação de documento que comprove o depósito bancário em favor do Fundo, ou dedocumentação de propriedade, hábil e idônea, em se tratando de doação de bens.

SEÇÃO IXDO CONTROLE E DA FISCALIZAÇÃO

Os recursos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente utilizados para ofinanciamento, total ou parcial, de projetos desenvolvidos estão sujeitos à prestação decontas de gestão e fiscalização pelo concedente, pelo Fiscal responsável, indicado notermo de transferência, pelo Sistema de Controle interno e pelo tomador de recursos.

§ 1º O acompanhamento e a fiscalização das ações do projeto financiado e aimplementação dos programas são de competência do Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente através de visitas in loco às entidades beneficiadas e registroem relatório por escrito acompanhado de documentos comprobatórios como listas depresença, fotos,e outros.

§ 2º As instâncias fiscalizadoras citadas no caput deste artigo, diante de indícios deirregularidades, ilegalidades ou improbidades em relação ao Fundo ou suas dotações nasleis orçamentárias, dos quais tenha ciência, apresentarão por escrito junto ao MinistérioPúblico para as medidas cabíveis, além de informar o Tribunal de Contas do Estado doParaná sob pena de responsabilidade solidária de seus integrantes pelo ato irregular ouilegal.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente se utilizará dosmeios ao seu alcance para divulgar amplamente:

I - as ações prioritárias das políticas de promoção, proteção, defesa e atendimento dosdireitos da criança e do adolescente;

II - os prazos e os requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados comrecursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA;

Art. 65

Art. 66

26/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 27: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

III - a relação dos projetos aprovados em cada edital, o valor dos recursos previstos e aexecução orçamentária efetivada para implementação dos mesmos;

IV - o total das receitas previstas no orçamento do Fundo para cada exercício;

V - os mecanismos de monitoramento, de avaliação e de fiscalização dos resultados dosprojetos beneficiados com recursos do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência -FIA.

Nos materiais de divulgação das ações, projetos e programas que tenham recebidofinanciamento do Fundo Municipal para a Infância e a Adolescência - FIA deve serobrigatória a referência ao CMDCA e ao Fundo como fonte pública de financiamento.

SEÇÃO XDA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO RECURSO DO FUNDO MUNICIPAL PARA A

INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA - FIA

As entidades sociais de fins não econômicos comprovarão a utilização dosrecursos recebidos e aplicados, nos termos do convênio, no SIT - Sistema Integrado deTransferências observadas às exigências da Resolução 28/2011 do Tribunal de Contas doEstado do Paraná e das normas gerais e específicas do mesmo Tribunal, no prazo fixadono convênio.

§ 1º A prestação de contas no SIT será bimestral, sendo que são considerados bimestrespara cada exercício os períodos fixos dos meses de janeiro e fevereiro, março e abril, maioe junho, julho e agosto, setembro e outubro, novembro e dezembro.

§ 2º O registro inicial das informações no SIT deverá ser formalizado pelo concedente dosrecursos dentro do bimestre em que ocorrer a celebração do instrumento de transferência.

§ 3º Independente da realização de repasses ou despesas, em todos os bimestres haveráenvio de informações ao Tribunal de Contas pelo tomador e pelo concedente, porintermédio do SIT.

§ 4º O prazo final para o envio das informações no SIT será de 30 (trinta) dias para otomador e de 60 (sessenta) dias para o concedente, contados do encerramento dobimestre a que se referem.

§ 5º Sem prejuízo das informações e documentos solicitados pelo concedente, a prestaçãode contas da transferência ao Tribunal se dará mediante as informações constantes no SIT.

A utilização do SIT é obrigatória para todos os órgãos públicos e privados sujeitosà jurisdição do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, na condição de repassadores outomadores de recursos públicos oriundos de transferências.

Art. 67

Art. 68

Art. 69

Art. 70

27/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 28: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

A prestação de contas no SIT deverá ocorrer a partir da formalização do termo detransferência, ainda que nenhum recurso tenha sido repassado ou que não se tenhaexecutado qualquer despesa, situação em que o gestor informará os motivos de tais fatos.

Independente da apresentação da prestação de contas ou mesmo após o seujulgamento, o tomador de recursos preservará todos os documentos originais relacionadosao termo de transferência em local seguro e em bom estado de conservação, agrupadosem processos individuais para cada termo de transferência, mantendo-os à disposição doTribunal de Contas pelo prazo de 10 (dez) anos.

Parágrafo Único - Para a guarda dos documentos deverão ser observadas as regras doartigo 20º da instrução normativa 61/2011 do Tribunal de Contas do Paraná.

Para fins de instrução, acompanhamento e fiscalização, além das informações edocumentos já constantes no SIT e desta resolução, o concedente poderá exigir outrosdocumentos ou informações complementares do tomador de recursos.

SEÇÃO XIDA CELEBRAÇÃO DO CONVÊNIO

A celebração de convênios com os recursos do Fundo para a execução de projetosou a realização de eventos se sujeitará às exigências da Lei nº 8.666, de 21 de junho de1993 e legislação que regulamenta a formalização de convênios no âmbito da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Capítulo IVDA CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS TUTELARES

SEÇÃO IDA CRIAÇÃO E NATUREZA DOS CONSELHOS TUTELARES

O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e doadolescente, definidos na Lei Federal nº 8.069/1990 e complementados por esta Lei.

§ 1º Permanece instituído o Conselho Tutelar já existente, ficando autorizado o PoderExecutivo Municipal a instituir outros Conselhos Tutelares para garantir a equidade deacesso a todas as crianças e adolescentes residentes no município.

§ 2º O Conselho Tutelar em funcionamento, assim como aqueles a serem criados, sãoadministrativamente vinculados à Secretaria Municipal de Administração, atuando comoórgãos permanentes e autônomos, não jurisdicionais, encarregados de zelar pelocumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos em Lei Federal nº8.069/1990 e outras legislações correlatas.

Art. 70

Art. 71

Art. 72

Art. 73

Art. 74

28/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 29: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

SEÇÃO IIDAS ATRIBUIÇÕES, DA COMPETÊNCIA E DOS DEVERES DOS/AS

CONSELHEIROS/AS TUTELARES

Incumbe ao Conselho Tutelar o exercício das atribuições previstas nos artigos 95,136, 191 e 194, da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e arts.18, § 2º e 20, inciso IV, da Lei Federal nº 12.594/2012, devendo, em qualquer caso, zelarpelo efetivo respeito aos direitos da criança e do adolescente previstos em lei.

Parágrafo Único - A competência do Conselho Tutelar será determinada:

I - pelo domicílio dos pais ou responsável;

II - pelo lugar onde se encontra a criança ou adolescente;

§ 1º Nos casos de ato infracional praticado por criança e/ou adolescente, será competenteo Conselho Tutelares, do lugar da ação ou da omissão observadas às regras de conexão,continência e prevenção.

§ 2º O acompanhamento da execução das medidas de proteção poderá ser delegada aoConselho Tutelar do local da residência dos pais ou responsável, ou do local onde sediar-se a entidade em que a criança ou adolescente estiver acolhido.

São deveres do Conselheiro na sua condição de agente público, e conforme oprevisto na Constituição Federal de 1988, Lei Federal nº 8.069/1990, Lei Federal nº8.429/1992 e outras normas aplicáveis:

I - Desempenhar as atribuições inerentes à função, previstas no art. 136, da Lei Federal nº8.069/1990;

II - Realizar suas atribuições com eficiência, zelo, presteza, dedicação, e rendimentofuncional, sugerindo providências à melhoria e aperfeiçoamento da função;

III - Agir com probidade, moralidade e impessoalidade procedendo de modo adequado àsexigências da função, com atitudes leais, éticas e honestas, mantendo espírito decooperação e solidariedade com os colegas de trabalho, tratando a todos com urbanidade,decoro e respeito;

IV - Prestar contas apresentando relatório trimestral extraído do SIPIA CT WEB até o quintodia útil de cada mês ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, contendo síntese de dados referentes ao exercício de suas atribuições, bem comoas demandas e deficiências na implementação das políticas públicas, de modo que sejamdefinidas estratégias e deliberadas providências necessárias para solucionar os problemasexistentes.

V - Manter conduta pública e particular ilibada;

Art. 75

Art. 76

29/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 30: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

VI - Zelar pelo prestígio da instituição;

VII - Tratar com urbanidade os interessados, testemunhas, funcionários e auxiliares doConselho Tutelar e dos demais integrantes de órgãos de defesa dos direitos da criança edo adolescente;

VIII - Identificar-se em suas manifestações funcionais;

IX - Atuar exclusivamente e ilimitadamente à defesa e proteção integral dos direitosfundamentais das crianças e adolescentes, sendo exigida em sua função dedicaçãoexclusiva, vedado o exercício concomitante de qualquer outra atividade remunerada públicaou privada.

É vedado aos membros do Conselho Tutelar:

I - Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, vantagem pessoal de qualquernatureza em razão do exercício da função;

II - Exercer outra atividade remunerada;

III - Exercer atividade de fiscalização e/ou atuar em procedimentos instaurados no âmbitodo Conselho Tutelar relativos a entidades nas quais exerça atividade voluntária, no âmbitoda política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

IV - Utilizar-se do Conselho Tutelar para o exercício de propaganda e/ou atividade político-partidária;

V - Ausentar-se da sede do Conselho Tutelar durante o expediente, salvo quando noexercício da sua função;

VI - Delegar a pessoa que não seja membro do Conselho Tutelar o desempenho daatribuição que seja de sua responsabilidade;

VII - Valer-se da função para lograr proveito pessoal ou de outrem;

VIII - Receber comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão de suasatribuições;

IX - Proceder de forma desidiosa;

X - Desempenhar quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício da função;

XI - Exceder no exercício da função, abusando de suas atribuições específicas nos termosda Lei Federal nº 4.898 de 09 de dezembro de 1965;

Art. 77

30/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 31: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

XII - Deixar de submeter ao Colegiado as decisões individuais referentes à aplicação demedidas protetivas, a crianças, adolescentes, pais ou responsáveis, previstas nos artigos101 e 129, da Lei Federal nº 8.069/90;

XIII - Descumprir as atribuições e os deveres funcionais mencionados nos artigos 36 e 37desta Lei e outras normas pertinentes.

SEÇÃO IIIDO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR

Constará na Lei Orçamentária Municipal previsão dos recursos necessários aofuncionamento dos Conselhos Tutelares, incluindo a remuneração e a formação continuadados seus membros.

§ 1º Os Conselhos Tutelares funcionarão em local de fácil acesso à população, norespectivo território de abrangência, disponibilizados pela Secretaria Municipal deAdministração, e contarão com instalações físicas adequadas, com acessibilidadearquitetônica e urbanística e que garanta o atendimento individualizado e sigiloso decrianças, adolescentes e famílias.

§ 2º Compete à Secretaria Municipal de Administração disponibilizar equipamentos,materiais, veículos, servidores municipais do quadro efetivo, prevendo inclusive ajudatécnica interdisciplinar para avaliação preliminar e atendimento de crianças, adolescentes efamílias, em quantidade e qualidade suficientes para a garantia da prestação do serviçopúblico.

§ 3º Compete à Secretaria Municipal de Administração garantir atendimento eacompanhamento psicológico continuado a todos os Conselheiros Tutelares em exercício.

O Conselho Tutelar deverá elaborar, no prazo máximo de 90 (noventa) dias após apublicação desta lei, seu Regimento Interno, observado os parâmetros e as normasdefinidas na Lei Federal nº 8.069/1990, por esta Lei Municipal e demais legislaçõespertinentes.

I - O Regimento Interno de todos os Conselhos Tutelares do município será único e deveráestabelecer as normas de trabalho, de forma a atender às exigências da função.

II - O Regimento Interno dos Conselhos Tutelares será encaminhado, logo após suaelaboração, para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, e Ministério Público, a fim de oportunizar a estes órgãos a apreciação e o enviode propostas de alteração, para posterior publicação no Órgão Oficial do Município.

O Conselho Tutelar funcionará de segunda a sexta-feira, no horário das 08h00 às17h00, sendo que todos os membros deverão registrar suas entradas e saídas ao trabalhono relógio ponto digital e, na falta deste, de maneira manual em cartão ponto, ambosvistados pelo Presidente do Conselho Tutelar.

Art. 78

Art. 79

Art. 80

31/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 32: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

I - Haverá escala de sobreaviso no horário de almoço e noturno, a ser estabelecida peloPresidente do Conselho Tutelar e aprovada pelo seu Colegiado, compreendida das 12h00às 13h00 e das 17h00 às 08h00, de segunda a sexta-feira, devendo o Conselheiro Tutelarser acionado através do telefone de emergência.

II - Haverá escala de sobreaviso para atendimento especial nos finais de semana eferiados, sob a responsabilidade do Presidente do Conselho Tutelar e aprovada pelo seuColegiado.

III - O Conselheiro Tutelar estará sujeito a regime de dedicação integral e exclusiva,vedados quaisquer pagamentos a título de horas extras ou assemelhados.

§ 1º O Presidente do Conselho Tutelar encaminhará mensalmente a escala de sobreavisopara ciência do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA,Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Administração do Município dePiraquara, Ministério Público, Polícias Civil e Militar, e Escolas Municipais e Estaduais.

§ 2º Todos os membros dos Conselhos Tutelares serão submetidos à mesma carga horáriasemanal de trabalho, de 40 (quarenta) horas semanais, excluídos os períodos desobreaviso, que deverão ser distribuídos equitativamente entre seus membros, sendovedado qualquer tratamento desigual.

§ 3º Compete ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCAfiscalizar o horário de funcionamento do Conselho Tutelar.

O Conselho Tutelar, como órgão colegiado, deverá realizar, no mínimo, umareunião ordinária semanal, com a presença de todos os conselheiros para estudos,análises e deliberações sobre os casos atendidos, sendo as suas discussões lavradas emata, sem prejuízo do atendimento ao público.

§ 1º Havendo necessidade, serão realizadas tantas reuniões extraordinárias quantas foremnecessárias para assegurar o célere e eficaz atendimento da população.

§ 2º As decisões serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente, senecessário, o voto de desempate.

O Conselho Tutelar deverá participar, por meio de seus respectivos Presidentes oupelos Conselheiros indicados de acordo com seu Regimento Interno, das reuniõesordinárias e extraordinárias do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA, devendo para tanto ser prévia e oficialmente comunicados dasdatas e locais onde estas serão realizadas, bem como de suas respectivas pautas.

O Conselho Tutelar deverá ser também consultado quando da elaboração daspropostas de Plano Orçamentário Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e LeiOrçamentária Anual, participando de sua definição e apresentando sugestões para planos

Art. 81

Art. 82

Art. 83

32/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 33: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

e programas de atendimento à população infanto-juvenil, a serem contemplados noorçamento público de forma prioritária, a teor do disposto nos arts. 4º, caput e parágrafoúnico, alíneas "c" e "d" e 136, inciso IX, da Lei Federal nº 8.069/90 e art. 227, caput, daConstituição Federal.

Ao procurar o Conselho Tutelar, a pessoa será atendida pelo Conselheiro queestiver disponível, mesmo que o atendimento anterior não tenha sido feito por ele.

Parágrafo Único - Fica assegurado o direito a pessoa atendida no Conselho Tutelar àsolicitação de substituição de Conselheiro de referência, cabendo a decisão ao Colegiadodo Conselho Tutelar.

Cabe a Secretaria Municipal de Administração oferecer condições aos ConselhosTutelares para o uso do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência - SIPIA CTWEB.

§ 1º Compete aos Conselheiros Tutelares fazerem os registros dos atendimentos no SIPIACT WEB e a versão local apenas deverá ser utilizada para encerramento dos registros jáexistentes, e quando necessário, para consultas de histórico de atendimentos.

§ 2º Cabe ao Conselho Tutelar manter dados estatísticos acerca das maiores demandas deatendimento, que deverão ser levadas ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA trimestralmente, ou sempre que solicitado, de modo a permitir adefinição, por parte deste, de políticas e programas específicos que permitam oencaminhamento e eficaz solução dos casos respectivos.

§ 3º A não observância do contido nos parágrafos anteriores, poderá ensejar a abertura deSindicância ou Processo Administrativo Disciplinar pelo Conselho Municipal de Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA.

SEÇÃO IVDO PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS MEMBROS DOS CONSELHOS TUTELARES

O Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA iniciará oprocesso de eleição dos membros dos Conselhos Tutelares até 180 (cento e oitenta) diasantes do 1º domingo de outubro do ano subseqüente à eleição para Presidente daRepública, conforme Art. 139, § 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente, através dapublicação de Resolução específica e Edital de Convocação.

§ 1º O Edital de Convocação para Eleição dos Membros dos Conselhos Tutelares disporásobre:

I - A composição da Comissão do Processo Eleitoral;

II - As condições e requisitos necessários à inscrição dos candidatos a conselheiro tutelar,indicando os prazos e os documentos a serem apresentados pelos candidatos, inclusive

Art. 84

Art. 85

Art. 86

33/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 34: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

registros de impugnações;

III - As normas relativas ao processo eleitoral, indicando as regras de campanha, ascondutas permitidas e vedadas aos candidatos com as respectivas sanções;

IV - O mandato e posse dos Conselheiros Tutelares;

V - O calendário oficial, constando a síntese de todos os prazos.

§ 2º No calendário oficial deverá constar as datas e os prazos de todo o processo eleitoral,desde a publicação do Edital de Convocação até a posse dos Conselheiros Tutelareseleitos.

SEÇÃO VDA COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DO PROCESSO ELEITORAL

A Comissão do Processo Eleitoral deverá ser eleita em plenária do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, sendo composta de formaparitária por conselheiros titulares e/ou suplentes.

§ 1º A Comissão do Processo Eleitoral será presidida pelo Presidente do ConselhoMunicipal de Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA e, na ausência deste, peloVice-Presidente, devendo ser eleito um Secretário.

§ 2º Fica sob a responsabilidade da Comissão do Processo Eleitoral a elaboração daminuta do Edital de Convocação para Eleição dos Conselheiros Tutelares, a qual seráencaminhada à apreciação e deliberação do Conselho Municipal de Direitos da Criança edo Adolescente - CMDCA, sendo a Resolução publicada no Órgão Oficial do Município.

§ 3º No Edital de Convocação para Eleição dos Membros dos Conselhos Tutelares deveráconstar o nome completo dos integrantes da Comissão do Processo Eleitoral, bem comosua representação e o cargo exercido na Comissão.

SEÇÃO VIDA INSCRIÇÃO

Para se inscrever ao cargo de membro do Conselho Tutelar o candidato deverá:

I - Ser maior de 21 (vinte e um) anos de idade;

II - Ter reconhecida idoneidade moral, firmada em documento próprio, segundo critériosestipulados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA,através de Resolução;

III - Residir no município, no mínimo há 01 (um) ano e comprovar domicílio eleitoral;

Art. 87

Art. 88

34/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 35: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

IV - Estar no gozo de seus direitos políticos;

V - Apresentar cópia da Carteira de Identidade (RG) e do CPF;

VI - Apresentar no momento da inscrição, diploma, certificado ou declaração de conclusãode ensino médio;

VII - Não ter sido penalizado com a destituição de cargo de Conselheiro Tutelar nos últimos10 (dez anos).

VIII - Declaração (emitida por uma Instituição que tenha vínculos com a área da Criança edo Adolescente) de que possui "reconhecida experiência na área de defesa, garantia ouatendimento dos direitos da criança e do adolescente", segundo critérios estipulados peloConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, através deResolução.

Parágrafo Único - O membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA ou servidor municipal ocupante de cargo em comissão que pretendaconcorrer ao cargo de Conselheiro Tutelar deverá requerer o seu afastamento no ato dainscrição.

O pedido de inscrição deverá ser formulado pelo candidato em requerimentoassinado e protocolado, junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA até a data-limite prevista no Edital, devidamente instruído com osdocumentos necessários à comprovação dos requisitos estabelecidos no Edital.

Cada candidato poderá registrar, além do nome, um codinome.

Parágrafo Único - Não poderá haver registro de codinomes iguais, prevalecendo ocodinome do primeiro candidato a efetuar a sua inscrição.

A Comissão do Processo Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias úteis contados dotérmino do período de inscrição de candidaturas, homologará as inscrições que observaremtodos os requisitos do artigo 49 desta Lei, publicando edital com a relação dos nomes doscandidatos considerados habilitados e dando ciência pessoal ao Ministério Público.

Com a publicação do edital de homologação das inscrições será aberto prazo de 05(cinco) dias úteis para a impugnação dos candidatos que não atendam aos requisitosexigidos, a qual poderá ser realizada por qualquer cidadão, indicando os elementosprobatórios.

§ 1º Caso o candidato sofra impugnação, este será intimado para que, em 05 (cinco) diasúteis contados da data da intimação, apresente sua defesa.

§ 2º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, a Comissão do Processo Eleitoral decidirá em

Art. 89

Art. 90

Art. 91

Art. 92

35/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 36: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

03 (três) dias úteis, dando ciência pessoal da decisão ao impugnante, ao candidatoimpugnado e ao Ministério Público, e também a publicando na sede do CMDCA.

§ 3º Da decisão da Comissão do Processo Eleitoral caberá recurso à Plenária do ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, composta por no mínimo 2/3de seus membros, no prazo de 03 (três) dias úteis, que designará reunião extraordinária edecidirá, em igual prazo, em última instância, dando ciência pessoal da decisão aoimpugnante, ao candidato impugnado e ao Ministério Público.

Julgadas em definitivo todas as impugnações, o Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA, no prazo de 03 (três) dias úteis, publicará em Edital noÓrgão Oficial do Município, a relação dos candidatos que tiveram suas inscriçõeshomologadas.

SEÇÃO VIIDO PROCESSO ELEITORAL

Para concorrer no processo eleitoral os/as candidatos/as que tiverem suasinscrições homologadas para disputarem o pleito ao Conselho Tutelar serão submetidos/asa uma avaliação de conhecimentos Gerais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,Lei Federal nº 8069/1990 e Língua Portuguesa, somente galgando aprovação se obtiverema nota mínima de 7.0 (sete) em cada disciplina (matéria), bem como, serem aptos/as naAvaliação Psicológica.

Os/as candidatos/as aprovados/as conforme art. 94 desta Lei serão submetidos aosufrágio universal e direto, facultativo e secreto dos membros da comunidade local comdomicílio eleitoral no Município, em eleição realizada sob a coordenação da Comissão doProcesso Eleitoral do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, com apoio da Justiça Eleitoral e fiscalização do Ministério Público.

Parágrafo Único - Cabe ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA a definição dos locais de votação, zelando para que eventual agrupamento deseções eleitorais respeite as regiões de atuação dos Conselhos Tutelares e não contenhaexcesso de eleitores, que deverão ser informados com antecedência devida sobre ondeirão votar.

A eleição ocorrerá no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente aoda eleição presidencial.

A propaganda eleitoral será objeto de regulamentação específica por parte doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

§ 1º Serão previstas regras e restrições destinadas a evitar o abuso de poder econômico epolítico por parte dos candidatos ou seus prepostos.

§ 2º A propaganda eleitoral em vias e logradouros públicos observará, por analogia, os

Art. 93

Art. 94

Art. 95

Art. 96

Art. 97

36/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 37: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

limites impostos pela legislação eleitoral e o Código de Posturas do Município, garantindoigualdade de condições a todos os candidatos.

§ 3º É vedada a vinculação político-partidária das candidaturas, seja através da indicação,no material de propaganda ou inserções na mídia, de legendas de partidos políticos,símbolos, slogans, nomes ou fotografias de pessoas que, direta ou indiretamente, denotemtal vinculação.

§ 4º No dia da eleição é terminantemente proibido o transporte de eleitores e a "boca deurna" pelos candidatos e/ou seus prepostos.

§ 5º É vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ouvantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor.

§ 6º Em reunião própria, a Comissão do Processo Eleitoral dará conhecimento formal dasregras de campanha a todos os candidatos considerados habilitados ao pleito, que firmarãocompromisso de respeitá-las e que estão cientes e acordes que sua violação importará naexclusão do certame ou cassação do diploma respectivo.

A violação das regras de campanha importará na cassação do registro dacandidatura do candidato responsável, observado, no que couber, procedimentoadministrativo similar ao previsto nos arts. 77 a 80, desta Lei.

A votação deverá ocorrer preferencialmente em urnas eletrônicas cedidas pelaJustiça Eleitoral, observadas as disposições das resoluções aplicáveis expedidas peloTribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Paraná.

§ 1º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCAprovidenciará, com a antecedência devida, junto à Justiça Eleitoral, o empréstimo de urnaseletrônicas, assim como de urnas destinadas à votação manual, como medida desegurança.

§ 2º As cédulas para votação manual serão elaboradas pela Comissão do ProcessoEleitoral, adotando parâmetros similares aos empregados pela Justiça Eleitoral em suaconfecção.

§ 3º Compete ainda ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA, com apoio da Secretaria Municipal de Administração e outros órgãos públicos:

a) a seleção e treinamento de mesários, escrutinadores e seus respectivos suplentes;b) a obtenção, junto à Polícia Militar e à Guarda Municipal, de efetivos suficientes paragarantia da segurança nos locais de votação e apuração.

§ 4º Nos locais de votação de votação serão fixadas listas com relação de nomes,codinomes, fotos e número dos candidatos a Conselheiro Tutelar.

Art. 98

Art. 99

37/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 38: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 5º As mesas receptoras de votos deverão lavrar atas segundo modelo fornecido pelaComissão do Processo Eleitoral, nas quais serão registradas eventuais intercorrênciasocorridas no dia da votação, além do número de eleitores votantes em cada uma das urnas.

§ 6º As despesas com o processo eleitoral do Conselho Tutelar será custeado peloMunicípio.

O eleitor poderá votar em apenas um candidato.

Parágrafo Único - No caso de votação manual, votos em mais de um candidato ou quecontenham rasuras que não permitam aferir a vontade do eleitor serão anulados, devendoser colocados em envelope separado, conforme previsto no regulamento da eleição.

Encerrada a votação, se procederá a contagem dos votos e a apuração sob aresponsabilidade da Comissão do Processo Eleitoral, que acompanhará todo o pleito, queserá também fiscalizado pelo Ministério Público.

§ 1º Poderão ser apresentados pedidos de impugnação de votos à medida em que estesforem sendo apurados, cabendo a decisão à Comissão do Processo Eleitoral, pelo votomajoritário de seus componentes, com recurso ao Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA que decidirá em 03 (três) dias úteis, com ciência aoMinistério Público.

§ 2º Os candidatos poderão fiscalizar pessoalmente ou por intermédio de representantespreviamente cadastrados e credenciados, a recepção e apuração dos votos;

§ 3º Em cada local de votação será permitida a presença de 01 (um) único representantepor candidato ou dele próprio;

§ 4º No local da apuração dos votos será permitida a presença do representante docandidato apenas quando este tiver de se ausentar.

§ 5º A Comissão do Processo Eleitoral manterá registro de todas as intercorrências doprocesso eleitoral, lavrando ata própria, da qual será dada ciência pessoal ao MinistérioPúblico.

§ 6º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA manterá emarquivo permanente todas as resoluções, editais, atas e demais atos referentes aoprocesso de escolha do Conselho Tutelar, sendo que os votos dos eleitores deverão serconservados por 04 (quatro) anos e, após, poderão ser destruídos.

Concluída a apuração dos votos e decididos os eventuais recursos, o ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA proclamará o resultado,providenciando a publicação dos nomes dos candidatos votados, com o número de votosque cada um recebeu.

Art. 100

Art. 101

Art. 102

38/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 39: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Parágrafo Único - Havendo empate na votação, será considerado eleito o candidato commais idade.

O Conselho Tutelar será composto por 05 (cinco) conselheiros titulares e, aomenos, 05 (cinco) suplentes.

§ 1º Os candidatos eleitos como suplentes serão convocados pelo Conselho Municipal deDireitos da Criança e do Adolescente - CMDCA para assumir no caso de férias e vacância,licenças para tratamento de saúde, maternidade ou paternidade.

§ 2º Os conselheiros tutelares suplentes serão remunerados proporcionalmente ao períodode efetivo exercício da função.

SEÇÃO VIIIDO MANDATO E POSSE DOS CONSELHEIROS TUTELARES

Os Conselheiros Tutelares do Conselho Tutelar serão eleitos simultaneamentepara um mandato de 04 (quatro) anos, tomando posse no dia 10 de janeiro do anosubsequente ao da eleição.

Parágrafo Único - Para fins de cumprimento da presente Lei, no caso de criação de novosConselhos Tutelares será adequado o mandato para coincidir o período de mandato com odos atuais Conselheiros Tutelares;

Os conselheiros tutelares eleitos como titulares e suplentes, deverão participar doprocesso de capacitação/formação continuada relativa à legislação específica àsatribuições do cargo e dos demais aspectos da função, promovida pelo Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA antes da posse, com frequência de nomínimo 75% (setenta e cinco por cento).

§ 1º O conselheiro que não atingir a frequência mínima ou não participar do processo decapacitação, não poderá tomar posse, devendo ser substituído pelo suplente eleito quetenha participado da capacitação/formação continuada, respeitando-se rigorosamente aordem de classificação.

§ 2º O conselheiro reeleito ou que já tenha exercido a função de Conselheiro Tutelar emoutros mandatos, também fica obrigado a participar do processo de capacitação/formaçãocontinuada, considerando a importância do aprimoramento continuado e da atualização dalegislação e dos processos de trabalho.

§ 3º O Poder Público estimulará a participação dos membros dos Conselhos Tutelares emoutros cursos e programas de capacitação/formação continuada, custeando-lhes asdespesas necessárias.

São impedidos de servir no mesmo Conselho Tutelar, cônjuges, conviventes emunião estável, inclusive quando decorrente de união homoafetiva, ou parentes em linha

Art. 103

Art. 104

Art. 105

Art. 106

39/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 40: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

reta, colateral, ou por afinidade até o 3º grau, inclusive.

Parágrafo Único - Estende-se o impedimento ao Conselheiro, na forma deste artigo, emrelação à autoridade judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação naJustiça da Infância e da Juventude, em exercício na Comarca de Piraquara, Estado doParaná.

Os Conselheiros Tutelares eleitos serão diplomados e empossados pelo ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, com registro em ata enomeados pelo Prefeito Municipal, com publicação no Órgão Oficial do Município.

SEÇÃO IXDO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO E DA REMUNERAÇÃO DOS CONSELHEIROS

O exercício efetivo da função de Conselheiro Tutelar constituirá serviço públicorelevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral.

Se o eleito para o Conselho Tutelar for servidor público municipal ocupante decargo efetivo, poderá optar entre a remuneração do cargo de Conselheiro Tutelar ou o valorde sua remuneração, ficando-lhe garantidos:

I - Retorno ao cargo para o qual foi aprovado em concurso, quando findado o seu mandatode Conselheiro Tutelar;

II - A contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais.

Sem prejuízo de sua remuneração, o Conselheiro Tutelar fará jus a percepção dasseguintes vantagens:

I - cobertura previdenciária;

II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor daremuneração mensal;

III - licença-maternidade;

IV - licença-paternidade;

V - gratificação natalina (13º salário).

§ 1º A remuneração do Conselheiro Tutelar deverá ser reajustada anualmente, no mesmoíndice aplicado para correção do Salário Mínimo Nacional;

§ 2º A remuneração durante o período do exercício efetivo do mandato eletivo nãoconfigura vínculo empregatício.

Art. 107

Art. 108

Art. 109

Art. 110

40/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 41: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 3º As férias, adquiridas após 01 (um) ano de efetivo exercício no exercício deverão serprogramadas pelos Conselhos Tutelares, podendo gozá-las apenas um Conselheiro emcada período, devendo ser informado por escrito ao Conselho Municipal de Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência,para que seja providenciada a convocação do suplente, não podendo ser fracionadas.

§ 4º O membro do Conselho Tutelar é segurado obrigatório da Previdência Social, nacondição de contribuinte individual, na forma prevista pelo art. 9º, § 15, inciso XV, doDecreto Federal nº 3.048/1999 (Regulamento de Benefícios da Previdência Social).

SEÇÃO XDAS LICENÇAS

O Conselheiro Tutelar terá direito a licenças remuneradas para tratamento desaúde, licença maternidade por um período de 180 (cento e oitenta) dias e licençapaternidade, aplicando-se por analogia o disposto no Regulamento da Previdência Social.

§ 1º O Conselheiro Tutelar licenciado será imediatamente substituído pelo suplente eleitoque tenha participado da capacitação, conforme prevê o artigo 63 desta Lei, respeitando aordem de votação.

§ 2º Não será permitida licença para tratar de assuntos de interesse particular.

Será concedida licença sem remuneração ao Conselheiro Tutelar que pretenderse candidatar nas eleições gerais para Prefeito, Vereador, Governador, Deputado Estadual,Federal, Senador e Presidente da República.

Parágrafo Único - No caso do caput deste artigo, a licença será concedida pelo prazo de 60(sessenta) dias, sem prejuízo da convocação do suplente.

SEÇÃO XIDA VACÂNCIA DO CARGO

A vacância do cargo de Conselheiro Tutelar decorrerá de:

I - Renúncia;

II - Posse e exercício em outro cargo, emprego ou função pública ou privada remunerada;

III - Aplicação de sanção administrativa de destituição da função;

IV - Falecimento; ou

V - Condenação por sentença transitada em julgado pela prática de crime ou ato deimprobidade administrativa que comprometa a sua idoneidade moral.

Art. 111

Art. 112

Art. 113

41/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 42: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Parágrafo Único - Ocorrendo vacância o Conselheiro Tutelar será substituído pelo suplenteeleito que tenha participado da capacitação, conforme prevê o artigo 65 desta Lei,respeitando a ordem de votação.

SEÇÃO XIIDO REGIME DISCIPLINAR

Considera-se infração disciplinar, para efeito desta Lei, o ato praticado peloConselheiro Tutelar com omissão dos deveres ou violação das proibições decorrentes dafunção que exerce elencadas nesta Legislação Municipal e demais legislações pertinentes.

São sanções disciplinares aplicáveis pelo Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA, na ordem crescente de gravidade:

I - Advertência por escrito, aplicada em casos de não observância das atribuições edeveres previstos nos artigos 35 e 36 e proibições previstas no artigo 37 desta Lei, que nãotipifiquem infração sujeita à sanção de perda de mandato;

II - Suspensão disciplinar não remunerada, nos casos de reincidência da infração sujeita àsanção de advertência, com prazo não excedente a 90 (noventa dias);

III - Perda de mandato.

§ 1º A pena de suspensão disciplinar poderá ser convertida em pena de multa, desde quehaja conveniência para o Conselho Tutelar, na base de 50% (cinquenta por cento) por diada remuneração na mesma proporção de dias de suspensão, com desconto em folha depagamento.

§ 2º Ocorrendo a conversão da pena de suspensão disciplinar em pena de multa, oConselheiro Tutelar fica obrigado a comparecer em serviço.

Perderá o mandato o Conselheiro Tutelar que:

I - For condenado por sentença transitada em julgado, pela prática de crime culposo edoloso ou contravenção penal;

II - Tenha sido comprovadamente negligente, omisso, não assíduo ao cumprimento desuas funções, conforme o regime de trabalho CLT e Estatuto Municipal do Servidor.

III - Praticar ato contrário à ética, à moralidade e aos bons costumes, ou que sejaincompatível com o cargo;

IV - Não cumprir com as atribuições conferidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente;

V - Contribuir, de qualquer modo, para a exposição de crianças e adolescentes, em

Art. 114

Art. 115

Art. 116

42/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 43: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

situação de risco, em prejuízo de sua imagem, intimidade e privacidade;

VI - Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, vantagem pessoal de qualquernatureza, em razão de suas atribuições, para si ou para outrem;

VII - Transferir residência ou domicílio para outro município;

VIII - Não cumprir, reiteradamente, com os deveres relacionados no art. 37 desta Lei.

IX - Delegar a pessoa que não seja membro do Conselho Tutelar o desempenho daatribuição que seja de sua responsabilidade;

X - Exercer outra atividade pública ou privada remunerada;

§ 1º Verificada a sentença condenatória e transitada em julgado do Conselheiro Tutelar naesfera do Poder Judiciário pela prática de crime ou contravenção penal, o ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA em Reunião Ordinária,declarará vago o mandato de Conselheiro Tutelar, dando posse imediata ao suplente.

§ 2º Mediante provocação do Ministério Público ou por denúncia fundamentada, oConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, a depender dagravidade da conduta, poderá promover o afastamento temporário do Conselheiro Tutelaracusado da prática de alguma das condutas relacionadas no caput deste artigo, até que seapurem os fatos, convocando imediatamente o suplente.

§ 3º Durante o período do afastamento temporário, o conselheiro fará jus a 50% (cinquentapor cento) da remuneração.

§ 4º Para apuração dos fatos, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA designará uma Comissão Especial, de composição paritária entrerepresentantes do governo e da sociedade civil organizada, assegurado o contraditório eampla defesa ao acusado, conforme previsto na Seção XIII, desta Lei.

SEÇÃO XIIIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E SUA REVISÃO

As denúncias sobre irregularidades praticadas por Conselheiros Tutelares serãoencaminhadas e apreciadas por uma Comissão Especial, instituída pelo ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

§ 1º A Comissão Especial terá composição paritária entre representantes do governo e dasociedade civil organizada, sendo constituída por 04 (quatro) integrantes.

§ 2º A Comissão Especial receberá assessoria jurídica do advogado/procurador domunicípio designado conforme art. 28 desta Lei.

Art. 117

Art. 118

43/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 44: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

A Comissão Especial, ao tomar ciência da possível irregularidade praticada peloConselheiro Tutelar promoverá sua apuração mediante Sindicância.

§ 1º Recebida a denúncia, a Comissão Especial fará a análise preliminar da irregularidade,dando ciência por escrito da acusação ao Conselheiro investigado de apresentar suadefesa no prazo de 10 (dez) dias úteis de sua notificação, sendo facultada a indicação detestemunhas e juntada de documentos.

§ 2º Decorrido o prazo de defesa, a Comissão Especial poderá ouvir testemunhas erealizar outras diligências que entender pertinentes, dando ciência pessoal ao Conselheiroinvestigado, para que possa acompanhar os trabalhos por si ou por intermédio deprocurador habilitado.

§ 3º Concluída a apuração preliminar, a Comissão Especial deverá elaborar relatóriocircunstanciado, no prazo de 10 (dez) dias úteis, concluindo pela necessidade ou não daaplicação de sanção disciplinar.

§ 4º O relatório será encaminhado à Plenária do Conselho Municipal dos Direitos daCriança e do Adolescente - CMDCA, dando ciência pessoal ao Conselheiro acusado e aoMinistério Público.

§ 5º O prazo máximo e improrrogável para conclusão da Sindicância é de 30 (trinta) diasúteis.

Caso fique comprovado pela Comissão Especial a prática de conduta quejustifique a aplicação de sanção disciplinar, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança edo Adolescente - CMDCA dará início ao processo administrativo destinado ao julgamentodo membro do Conselho Tutelar, intimando pessoalmente o acusado para que apresentesua defesa, no prazo de 10 (dez) dias úteis e dando ciência pessoal ao Ministério Público.

§ 1º Não sendo localizado o acusado, o mesmo será intimado por Edital com prazo de 15(quinze) dias úteis, a partir da publicação para sua apresentação, nomeando-se-lhedefensor dativo, em caso de revelia.

§ 2º Em sendo o fato passível de aplicação da sanção de perda do mandato, e dependendodas circunstâncias do caso, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA poderá determinar o afastamento do Conselheiro acusado de suas funções, peloprazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta), sem prejuízo da remuneraçãoconforme Art. 116, § 3º e da imediata convocação do suplente.

§ 3º Por ocasião do julgamento, que poderá ocorrer em uma ou mais reuniõesextraordinárias convocadas especialmente para tal finalidade, será lido o relatório daComissão Especial e facultada a apresentação de defesa oral e/ou escrita pelo acusado,que poderá ser representado, no ato, por procurador habilitado, arrolar testemunhas, juntardocumentos e requerer a realização de diligências.

Art. 118

Art. 119

44/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 45: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

§ 4º A condução dos trabalhos nas sessões de instrução e julgamento administrativodisciplinar ficará a cargo do Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente ou, na falta ou impedimento deste, de seu substituto imediato, conformeprevisto no regimento interno do órgão.

§ 5º As sessões de julgamento serão públicas, devendo ser tomadas as cautelasnecessárias a evitar a exposição da intimidade, privacidade, honra e dignidade de criançase adolescentes eventualmente envolvidos com os fatos, que deverão ter suas identidadespreservadas.

§ 6º A oitiva das testemunhas eventualmente arroladas e a produção de outras provasrequeridas observará o direito ao contraditório.

§ 7º Serão indeferidas, fundamentadamente, diligência consideradas abusivas oumeramente protelatórias.

§ 8º Os atos, diligências, depoimentos e as informações técnicas ou perícias serãoreduzidas a termo, passando a constar dos autos do Processo Administrativo Disciplinar.

§ 9º Concluída a instrução, o Conselheiro tutelar acusado poderá deduzir, oralmente ou porescrito, alegações finais em sua defesa, passando-se a seguir à fase decisória pelaplenária do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

§ 10 A votação será realizada de forma nominal e aberta, sendo a decisão tomada pelamaioria absoluta dos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA.

§ 11 É facultado aos Conselheiros de Direitos do CMDCA a fundamentação de seus votos,podendo suas razões ser deduzidas de maneira oral ou por escrito, conforme dispuser oRegimento Interno do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente -CMDCA.

§ 12 Não participarão do julgamento os Conselheiros de Direitos que integraram aComissão Especial de Sindicância.

§ 13 Na hipótese do Conselheiro Tutelar acusado ser declarado inocente, ser-lhe-ágarantido o saldo remanescente não percebido.

§ 14 O prazo para a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar será de 60(sessenta) dias úteis, prorrogável por igual período, a depender da complexidade do caso edas provas a serem produzidas.

§ 15 Da decisão tomada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA serão pessoalmente intimados o acusado, seu defensor, se houver e o MinistérioPúblico, sem prejuízo de sua publicação órgão oficial do município.

Art. 120

45/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 46: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

É assegurado ao investigado a ampla defesa e o contraditório, sendo facultada aprodução de todas as provas em direito admitidas e o acesso irrestrito aos autos dasindicância e do processo administrativo disciplinar.

Parágrafo Único - A consulta e a obtenção de cópias dos autos serão feitas na sede doConselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, sempre napresença de um servidor público municipal, devidamente autorizado e observadas ascautelas referidas no art. 77, § 5º desta Lei quanto à preservação da identidade dascrianças e adolescentes eventualmente envolvidas no fato.

Se a irregularidade, objeto do Processo Administrativo Disciplinar, constituirinfração penal, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCAencaminhará cópia das peças necessárias ao Ministério Público e à autoridade policialcompetente, para a instauração de inquérito policial.

Nos casos omissos nesta Lei no tocante ao Processo Administrativo Disciplinar,aplicar-se-á subsidiariamente e no que couber, as disposições pertinentes contidas noEstatuto dos Servidores Públicos Municipais.

Procedimento semelhante será utilizado para apuração de violação de deverfuncional por parte de integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA.

Capítulo VDAS ENTIDADES DE ATENDIMENTO GOVERNAMENTAIS E NÃO-GOVERNAMENTAIS

As Entidades governamentais e não-governamentais que desenvolvem programasde atendimento a crianças, adolescentes e suas respectivas famílias, previstos no art. 90,assim como aqueles correspondentes às medidas previstas nos artigos 101, 112 e 129, daLei Federal nº 8.069/90, bem como as previstas no art. 430, inciso II, da Consolidação dasLeis do Trabalho - CLT (com a redação que lhe deu a Lei Federal nº 10.097/2000), deveminscrevê-los no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.

Parágrafo Único - O registro dos programas terá validade máxima de 02 (dois) anos,cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCApromover sua revisão periódica, observado o disposto no art. 90, § 3º, da Lei Federal nº8.069/90.

As entidades não-governamentais somente poderão funcionar depois deregistradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, oqual comunicará o registro ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e à autoridadejudiciária da respectiva localidade.

§ 1º Será negado o registro à entidade que:

I - Não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene,

Art. 120

Art. 121

Art. 122

Art. 123

Art. 124

Art. 125

46/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 47: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

salubridade e segurança;

II - Não apresente plano de trabalho compatível com os princípios desta Lei;

III - Esteja irregularmente constituída;

IV - Tenha em sua Diretoria pessoas inidôneas;

V - Não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e deliberações relativas àmodalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança edo Adolescente - CMDCA, em todos os níveis.

§ 2º O registro terá validade máxima de 04 (quatro) anos, cabendo ao Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, periodicamente, reavaliar o cabimentode sua renovação, observado o disposto no § 1º deste artigo.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCAdefinirá, mediante Resolução específica, os critérios e requisitos necessários à inscriçãodas entidades e seus respectivos programas de atendimento, estabelecendo os fluxos e osdocumentos que deverão ser apresentados pelas entidades.

§ 1º O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA terá prazode ate 60 (sessenta) dias úteis para deliberar sobre os pedidos de inscrição de entidades ede registro de programas, contados a partir da data do protocolo respectivo.

§ 2º Para realização das diligências necessárias à análise dos pedidos de inscrição eposterior renovação dos registros, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA poderá designar comissão específica, assim como requisitar oauxílio de servidores municipais com atuação nos setores da educação, saúde eassistência social, que atuarão em conjunto com os técnicos de apoio referidos nos Art. 23,inciso V e 27, desta Lei.

§ 3º Uma vez negado, cassado ou não renovado o registro da entidade ou do programa, ofato será imediatamente comunicado ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e ao PoderJudiciário.

§ 4º Chegando ao conhecimento do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente - CMDCA que determinada entidade ou programa funciona sem registro oucom o prazo de validade deste já expirado, serão imediatamente tomadas as providênciasnecessárias à apuração dos fatos e regularização da situação ou cessação da atividaderespectiva, sem prejuízo da comunicação do fato ao Conselho Tutelar, ao Ministério Públicoe ao Poder Judiciário.

As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das própriasunidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção esocioeducativos destinados a crianças, adolescentes e suas famílias.

Art. 126

Art. 127

47/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014

Page 48: PROVIDÊNCIAS. ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS CRIANÇA E … · PROVIDÊNCIAS. A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, Estado do Paraná, Aprovou e eu, MARCUS ... CMDCA constituirá comissão

Parágrafo Único - Os recursos destinados à implementação e manutenção dos programasde atendimento serão previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicosencarregados das áreas de Educação, Saúde, Assistência Social, Esporte, Cultura e Lazer,dentre outros, observando-se o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescentepreconizado pelo caput do art. 227 da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo únicodo art. 4º da Lei Federal nº 8.069/90.

As entidades que desenvolvem programas de acolhimento familiar ou institucionaldeverão cumprir com os princípios dispostos no art. 92 e 93 da Lei Federal nº 8.069/1990.

As entidades que desenvolvem programas de internação deverão cumprir com osprincípios dispostos no art. 94 da Lei Federal nº 8.069/1990, além da Lei Federal nº12.594/2012.

Capítulo VIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCApromoverá a revisão de seu regimento interno no prazo máximo de 60 (sessenta) dias úteisda publicação da presente Lei, de modo a adequá-lo às suas disposições.

As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações própriasconsignadas no orçamento vigente, podendo o Poder Executivo abrir créditossuplementares, se necessário, para a viabilização dos programas e serviços relacionadosno art. 2º desta Lei, bem como para a estruturação dos Conselhos Tutelares e de Direitosda Criança e do Adolescente- CMDCA .

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a LeiMunicipal nº 231, de 29 de Março de 1995 e outras disposições em contrário.

Edifício da Prefeitura Municipal de Piraquara, Palácio Vinte e Nove de Janeiro, PrédioPrefeito Antônio Alceu Zielonka, em 18 de dezembro de 2014.

MARCUS MAURICIO DE SOUZA TESSEROLLIPrefeito Municipal

Art. 128

Art. 129

Art. 130

Art. 131

Art. 132

48/48

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1433/2014