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PROVÍNCIA DA GUINÉ CÓDIGO DE POSTURAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU Aprovado pela portaria Nº 1998 de 8 de Agosto de 1968 Publicado no sup. Nº 31 da mesma data. BOLAMA IMPRENSA NACIONAL DA GUINÉ 1968

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PROVÍNCIA DA GUINÉ

CÓDIGO DE POSTURAS

DA

CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU

Aprovado pela portaria Nº 1998 de 8 de Agosto de

1968 – Publicado no sup. Nº 31 da mesma data.

BOLAMA

IMPRENSA NACIONAL DA GUINÉ

1968

Câmara Municipal de Bissau - Av. Domingos Ramos - CP 034 Bissau Digitado pelo GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento

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CAPITULO I

DISPOSIÇÕES COMUNS AS POSTURAS E REGULAMENTOS MUNICIPAIS

Art. 1º Toda a pessoa singular ou colectiva

que, por acto ou omissão, transgredir o

preceituado nas posturas e regulamentos da

Câmara Municipal de Bissau será punida com

a sanção declarada na respectiva disposição.

Art. 2º As multas cominadas nas posturas e

regulamentos camarários serão acrescidas de

vinte e cinco por cento por cada reincidência.

§1º As reincidências serão punidas nos termos

do artigo 38º do código penal, salvo o

preceituado nos regulamentos fiscais ou em

disposições especiais.

§2º Para os efeitos deste artigo haverá na

secretaria da Câmara Municipal um livro de

registo dos autos de transgressão levantados

pela fiscalização municipal, onde constará

também a data do pagamento da multa ou da

condenação ou absolvição.

Art. 3º Os transgressores cuja identidade não

possa ser, desde logo, provada ou certificada,

serão detidos e conduzidos ao posto policial

mais próximo.

§1º A fim de caucionarem o pagamentos das

multas aprender-se-ão as coisas, veículos e

animais encontrados nos lugares públicos, se

os respectivos donos não tiverem observados

as disposições respectivas ou proibitivas das

posturas e regulamentos municipais relativas

as mesmas coisas, veículos ou animais.

§2º Operar-se-á a restituição, se os

transgressores se apresentarem, dentro do

prazo de dez dias contados do levantamento

do auto de transgressão, a pagar a multa na

Secretaria da Câmara Municipal. No caso

contrário, as coisas, veículos ou animais

apreendidos terão o conveniente destino de

acordo com as Posturas e Regulamentos,

salvo se a lei dispuser outra coisa.

Art. 4º Os transgressores são obrigados a

repor os bens danificados por causa das suas

contravenções, no estado anterior às mesmas,

bem como a remover para o local conveniente

o objecto de transgressão, dentro do prazo que

lhe for marcado, ou imediatamente, consoante

a natureza dos casos.

§ 1º O Prazo referido neste artigo não poderá

ser inferior a uma hora nem superior a cinco

dias, devendo ser fixado de modo a

salvaguardar ou a reparar no mais curto

espaço de tempo o interesse público lesado.

§ 2º Sempre que o transgressor não cumpra o

mandado, poderá ordenar-se a prestação do

facto por outrem, imputando-se a respetiva

despesa ao património do contraventor. Se a

importância não for paga voluntariamente

dentro do prazo marcado, será cobrada

coercivamente.

Art. 5º Nos casos em que a transgressão

consistir na falta da licença, o pagamento da

multa não dispensa a licença.

Art. 6º Os prazos fixados nas Posturas, bem

como nos Regulamentos Municipais não

fiscais, para a realização de actos dos

particulares relacionados com o interesse

público municipal, poderão ser prorrogados

somente em casos devidamente justificados,

salvo disposições em contrário.

§ 1º O decurso do prazo que não tenha sido

oportunamente prorrogado por fato imputável

ao interessado particular implica

levantamento imediato de auto de

transgressão.

§ 2º Sempre que o notificado seja obrigado a

comparecer em dia, hora e local certos e

faltar, será levantado auto de ocorrência,

independentemente do levantamento do auto

de transgressão, se a este houver lugar, salvo

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se o local for alguma repartição municipal

caso em que o funcionário ou agente, ao qual

tenha sido distribuído o processo, prestará por

escrito, a respetiva informação.

Art. 7º As licenças municipais serão anuais,

semestrais, trimestrais ou mensais e o seu

pagamento faz-se na tesouraria da Câmara

Municipal nas primeiras quinzenas de Janeiro,

Abril, Julho e Outubro, salvo as mensais.

§ 1º Tratando-se de primeiras licenças,

solicitadas fora dos períodos normais, os

contribuintes são obrigados a efetuar o seu

pagamento dentro do prazo de oito dias a

contar da data de notificação do deferimento

do pedido nos interessados.

§ 2º Findo os prazos fixados as licenças só

poderão ser renovadas mediante o pagamento

do dobro da taxa respectiva, acrescida de três

por cento da multa por divida.

Art. 8º As licenças cujo prazo de validade

não esteja especificadamente previsto serão

tacitamente renovadas, salvo se o contribuinte

por sí ou seu representante, requerer a Câmara

Municipal, dentro do prazo de validade da

licença que possuir, o seu cancelamento.

Art. 9º As licenças não decorrentes de actos

constitutivos de direitos, terão sempre

carácter precário, podendo ser revogadas por

deliberação camararia, sempre que o

interessado público impuser a caducidade das

mesmas.

Art. 10º Se a atividade dos particulares for

licenciada por meio de alvará, nele se

transcreverão as condições em que a licença é

concedida.

§ Único. Os titulares dos alvarás e licenças,

bem como os seus representantes na posse de

quem as mesmas se encontram, são obrigados

a apresenta-los à fiscalização municipal,

sempre que esta, no exercício das suas

funções, os exigir.

Art. 11º A competência para o levantamento

de auto de transgressão às disposições das

posturas e regulamentos municipais

pertencem às autoridades municipais e seus

agentes em serviço na cidade de Bissau e aos

funcionários municipais que tenham a seu

cargo serviços de polícia ou fiscalização.

§ 1º Qualquer pessoa pode participar à

Câmara Municipal as transgressões previstas

e punidas nas posturas e regulamentos.

§ 2º Todo o funcionário municipal, que não

possua competência para levantar autos, tem

o dever de participar à Câmara Municipal

toda a transgressão de que haja conhecimento.

§ 3º Após o levantamento de qualquer auto, o

transgressor deve ser avisado ou notificado.

§ 4º Nenhuma autoridade, agente da

autoridade ou funcionário público pode anular

ou declarar sem efeito qualquer auto de

notícia, sem despacho expresso do Presidente.

§ 5º Quando, por desleixo, incúria ou favor,

algum zelador ou fiscal municipal deixar de

aplicar a multa, tendo conhecimento da

transgressão, será responsabilizado, pelo seu

pagamento independentemente de outras

sanções que a lei determinar.

Art. 12º Do produto das multas cobradas

pertencerá metade ou um terço ao primeiro

participante consoante este esteja ou não

agente da fiscalização municipal.

Art. 13º Os pais ou representantes legais dos

menores ou incapazes serão responsáveis

pelas transgressões de que estes sejam

autores.

Art. 14º Será punido com a multa de 500$00

a 1000$00, todo aquele que recusar a entrada,

desde às 8 às 17 horas aos agentes da

fiscalização municipal nos prédios

particulares para verificação do cumprimento

do disposto nas posturas e regulamentos.

CAPITULO II

Das construções e edificações

SECÇÃO I

Licença para Obras

Art. 15º Nenhuma obra de construção,

reconstrução, ampliação, transformação ou

reparação de edifícios, muros, parede, portas,

janelas ou outras aberturas que defrontem

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com via pública se poderá efetuar sem prévia

licença da Câmara Municipal, nos termos

deste código de Posturas e demais legislação

em vigor.

§1° A licença a que se refere este artigo será

sempre precedida de aprovação de projecto e

concessão de alinhamento e cota de nível,

quando a isso haja lugar.

§2° No caso de alienação ou transferência de

propriedade ou da obra em execução, a

licença não aproveita ao adquirente sem que

este, por meio de requerimento dirigido a

Câmara Municipal, declare que aceita a

responsabilidade do cedente para

cumprimento das posturas e mais efeitos

legais, sob pena de incorrer na multa dos que

fazem a obra sem licença.

Art. 16° As disposições do artigo anterior e

seus parágrafos são aplicáveis não só às obras

que se efectuarem dentro da zona urbana da

cidade, seja qual for a sua situação

relativamente à via pública e, fora daquela

área, as que confinem com a via pública ou

distem dela menos de 50 metros.

Art. 17° O proprietário que tenha obtido

licença para construir ou reconstruir qualquer

obra conforme o projecto apresentado, e

reconhecer no andamento da mesma, a

necessidade de o alterar no interior ou no

exterior, submeterá à aprovação da Câmara

Municipal um outro, indicando, com as tintas

regulamentares, as alterações que pretende

fazer e juntando-lhe a respectiva memória

descritiva.

Art. 18° O proprietário ou diretor da obra que

infringir o disposto nos artigos anteriores será

punido com a multa variável de 300$00 a

1000$00, conforme a natureza e importância

da obra.

§ 1° O proprietário ou o diretor da obra a que

se refere o presente artigo é obrigado a

paralisar imediatamente os trabalhos que

esteja executando sem licença ou em

desarmonia com ela.

§ 2° No caso de não obedecer à intimação que

lhe for feita para paralisar os trabalhos, será a

obra embargada, nos termos da Lei, e

considerado como desobediente para os

efeitos do artigo 188° do Código Penal.

§ 3° As taxas de licença que a Câmara

Municipal cobrará no caso em que as obras

tenham sido iniciadas sem a devida licença

serão sempre, e em qualquer caso, dez vezes

as taxas ordinárias, ainda mesmo que o

embargo não tenha sido levado a efeito.

§ 4° As taxas de licença que a Câmara

Municipal cobrará pelo pedido de alteração,

quando as obras tenham sido iniciadas sem a

sua autorização são também sempre, e em

qualquer caso, as que corresponderem às

alterações requeridas, multiplicadas por dez,

ainda mesmo que o embargo não tenha sido

levado a efeito.

Art. 19° Além da multa estabelecida no

artigo anterior, fica também o respetivo

proprietário ou diretor da obra obrigado a

desfazê-la e a restituir o terreno ou prédio ao

primitivo estado, a fim de ser executado o

projecto aprovado, dentro do prazo

designado pela Câmara Municipal, sob pena

de, quando assim não proceda, se elevar a

referida multa até 1500$00, e a Câmara

Municipal mandar demolir a obra por

operários seus, mas de conta do proprietário.

Art. 20° A licença para as obras referidas nos

artigos anteriores será pedida em

requerimento dirigido ao Presidente da

Câmara Municipal de Bissau, assinado pelo

proprietário ou seu procurador, e instruído

com o respectivo projeto devidamente,

assinado por técnico possuindo um curso que

habilite para a construção civil, com as

correspondentes memórias descritivas e

justificativas.

§1° Só serão recebidos e terão seguimento os

projectos assinados por técnico que, além das

habilitações exigidas no corpo do artigo se

ache inscrito na secretaria da Câmara

Municipal.

§ 2° Pela inscrição e reinscrição dos técnicos

a que se refere o parágrafo anterior serão

devidas as taxas constantes da tabela anexa.

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§ 3° A nenhum técnico será aceite a inscrição

sem que apresente o diploma final do seu

curso ou carteira profissional.

§ 4° Os projectos que não venham assinados

nos termos estabelecidos no §1° não terão

andamento e ficarão arquivados em pasta

especial na secretaria da Câmara Municipal,

a fim de serem entregues aos interessados

que assim o requeiram.

§ 5° Na elaboração dos projectos deverão ser

observadas as leis gerais e posturas

municipais em vigor.

§ 6° Quando na obra se projectem processos

especiais de fundação serão apresentados

detalhadamente os respetivos cálculos.

Art. 21° É dispensada a apresentação do

projecto e correspondente memória

descritiva, a que se refere o artigo anterior,

quando se trate:

§ 1° De obras ou trabalhos de pequena

importância que não impliquem com a

segurança pública e não alterem a estrutura,

divisão interior ou faixada dos prédios

existentes;

§ 2° De simples reparação de muros.

§ Único. Para qualquer das obras

mencionadas nos números anteriores, basta o

interessado fazer no próprio requerimento,

em que pede a licença uma descrição

minuciosa da obra que pretende construir

dando indicações necessárias para sua

perfeita identificação, acompanhando-o de

um desenho e croquis do terreno.

Art. 22° Aprovado o projecto das obras, será

o respetivo duplicado entregue, devidamente

autenticado, ao requerente ficando um

original na Câmara Municipal.

§ Único. O requerente pagará à Câmara

Municipal, pela licença para obras, as taxas

correspondentes e fixadas na tabela que

estiver em vigor.

Art.23° Os proprietários dos edifícios ou

muros de vedação junto de arruamentos

existentes ou projectados pela Câmara

Municipal dentro da zona urbana da cidade,

são obrigados a construir à sua custa o

passeio da rua correspondente à sua testada,

sujeitando-se na construção deste às

indicações da Câmara Municipal.

Art.24° As licenças para obras caducam

passados seis meses depois da sua data, se

dentro desse prazo não forem iniciadas as

obras a que as licenças se referem.

§Único. Tendo caducado as licenças,

poderão elas ser renovadas mediante simples

requerimento cobrando-se as taxas que forem

devidas.

Art. 25° A concessão das licenças para obras

e correspondente aprovação do projecto ou a

indicação dos motivos de recusa ou das

modificações e cláusulas com que as licenças

podem ser concedidas devem efectuar-se no

prazo de trinta dias.

Art. 26° Os proprietários ou diretores das

obras que, dentro de 30 dias contados da data

da respectiva deliberação e depois de

recebido o competente aviso por escrito,

enviado pela Câmara Municipal, não

solicitem na secretaria a respectiva licença,

serão punidos com a multa 300$00.

Art. 27° No caso de a Câmara municipal

recusar qualquer licença para obas, deverá

sempre, na deliberação que a este respeito

tomar, declarar os motivos de recusa e as

modificações e cláusulas com que pode ser

concedida.

SECÇÃO II

Dos projectos e a sua execução

Art. 28° Não pode ser aprovado nenhum

projeto de obras que contrarie qualquer

disposição do Regulamento Geral das

Edificações Urbanas, em vigor.

Art. 29° Tanto nas edificações como nas

reedificações, desde que os prédios não

estejam suficientemente afastados da via

pública, ficam proibidos, nos andares térreos,

os portões, janelas, balcões que abrirem para

fora e bem assim os sobrecéus ou coberturas

sobre as portas, e as grandes salientes das

ombreiras e das janelas, sob a pena de

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500$00 de multa e de se mandarem tirar à

custa do proprietário.

§ 1° Poderá, porém, ser permitida a

colocação de alpendres ou marquises na

frente de edifícios situados em praças ou ruas

onde haja passeios laterais, com a cláusula de

que esses alpendres ou marquises não

poderão ultrapassar a largura dos passeios

nem restringirão, de forma alguma, o livre

uso público dos terrenos por eles cobertos,

salvo se impedirem o trânsito normal de

veículos.

§ 2° Nenhum alpendre ou marquise poderá

ser colocado sem que o seu projecto haja sido

previamente aprovado pela Câmara

Municipal, e sem que por esta seja concedida

a competente licença. A aprovação de

projecto precederá sempre a concessão da

licença, na qual serão transcritas todas as

condições com que o projecto for aprovado.

§ 3° Na colocação dos alpendres ou

marquises observar-se-ão as condições

indicadas pela Câmara Municipal.

§ 4° Nenhuns objectos poderão ser suspensos

nos alpendres ou marquises.

§ 5° O proprietário do alpendre ou marquises

é obrigado a conservar este em perfeito estado

de limpeza.

§ 6° À infração de qualquer das disposições

dos parágrafos anteriores corresponde a multa

de 200$00, com que será punido o

contraventor por cada vez que transgredir,

podendo mesmo a Câmara Municipal retirar a

licença, no caso de reincidência, e mandar

retirar o alpendre ou marquise à custa do

contraventor.

Art. 30° Somente nos sítios de via pública em

que haja sete metros ou mais de largura

poderá haver toldos às portas dos

estabelecimentos para evitar o sol, com prévia

licença da Câmara Municipal, e nas condições

por ela indicadas, sob pena de 300$00 de

multa.

Art. 31° São proibidos os beirais livres que

lancem diretamente as águas sobre a via

pública, devendo tais águas ser captadas e

introduzidas em canos encostados às paredes

dos prédios convenientemente pintados e

dispostos de modo que venham lançar a água

acima do solo, na altura de um decímetro,

para as valetas, ou, tendo a rua passeios, por

baixo destes em aquedutos feitos à custa dos

proprietários.

§ 1° A Câmara Municipal poderá mandar

modificar o projeto dos edifícios já existentes

na parte relativa aos beirais e canos dos

telhados que despejarem as águas pluviais

sobre a via pública, com dano dos pavimentos

o incomodo para o trânsito, obrigando

proprietários a canaliza-las pela forma

prescrita neste artigo.

§ 2° Os proprietários que não fizerem nos

seus prédios a condução das águas nos termos

do artigo anterior, que mandem tirar as

devidas canalizações depois de feitas, ou que

não fizerem as reparações necessárias depois

de avisados pela Câmara Municipal, incorrem

na multa de 500$00.

Art. 32° Nenhuma edificação ou reedificação

destinada a habitação será autorizada pela

Câmara Municipal sem que no respetivo

projecto se inclua o da canalização das

materiais fecais e das águas caseiras para

fossas fixas ou esgotos públicos subterrâneos,

havendo-os.

Art. 33° A canalização das materiais fecais e

das, águas caseiras constará de tubos

impermeáveis, e será isolada à entrada da

canalização por vedações hidráulicas,

devendo as sentinas e as pias ter igual

vedação.

Art. 34° O proprietário que iniciar a

construção de algum edifício adjacente à via

pública, ou uma distância dela até 50 metros,

dentro da área da cidade, não poderá ter

suspensas as obras de construção da respetiva

frontaria e beirais dos telhados mais de seis

meses, sob pena de pagamento de uma multa

na importância de 300$00 por cada mês em

que tal facto se der além do referido prazo.

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§ Único. As obras de frontarias dos edifícios

referidos neste artigo compreendem as portas

e os caixilhos das janelas.

Art. 35° O proprietário que pretender ocupar

o terreno público para depósito de materiais

pedirá a necessária licença a Câmara

Municipal e pagará as taxas que vigorarem.

§ Único. Aquele que ocupar o terreno público

sem licença, ou que tendo-a, utilizar com

manifesta má-fé, maior porção do que aquela

que lhe houver sido concedida, pagará

500$00 de multa e o preço de arrendamento

do terreno que tiver ocupado sem licença, ou

além do que nela for designado.

Art. 36° O terreno que for ocupado para

serventia de uma obra será resguardado com

um tapume de madeira de 2 metros de altura,

pelo menos, em tábuas sobrepostas e portas

que abram para dentro, sob pena de 100$00

por cada dia em que for encontrada esta

infração. A demarcação do terreno para

depósito de materiais será sempre feita por

pessoa autorizada pela Câmara Municipal.

§ Único. Em locais de reduzida circulação,

poderá a Câmara Municipal, a requerimento

do interessado, dispensar o cumprimento da

primeira parte do corpo do artigo.

Art. 37° Quando se tratar de obras de

compostura de telhado ou de pinturas em

frontarias, deverão ser previamente colocadas

nas extremidades laterais do prédio, junto à

rua, balizas de tábuas ou barrotes compridos,

sob pena de 100$00 de multa, pela qual são

solidariamente responsáveis os donos das

casas e os empreiteiros ou encarregados de

obras.

Art. 38° Os entulhos ou materiais que

resultarem das edificações, reedificações ou

quaisquer construções, deverão ser removidos

no prazo de oito dias, sob pena de 300$00 de

multa e remoção à custa do proprietário.

Art. 39° Não é permitido sem licença da

Câmara Municipal, abrir alicerces, minas,

óculos, poços, valados ou qualquer outra

escavação nos terrenos junto às ruas, estradas,

caminhos ou terrenos públicos e numa zona

de 50 metros, sob pena de 250$00 de multa.

§ Único. Obtida a licença, devem tais obras

ser resguardadas com tapumes fortes e

suficientemente sinalizadas enquanto

estiverem abertas, para evitar quaisquer

perigos ou desastres, sob pena de 100$00 de

multa e serem tapadas à sua custa.

Art. 40º O proprietário da obra de cuja

edificação, reedificação ou construção se

tratar, fica responsável pelas multas em que

incorrerem o diretor, empreiteiro, carreteiros

ou pessoas empregadas nas obras.

SECÇÃO III

Dos alinhamentos e cotas de nível

Art. 41° A aprovação do projeto a que se

refere o artigo 15° do presente Código de

Posturas, não dispensa os proprietários das

obras da obrigação que têm de pedir

previamente à Câmara Municipal os

alinhamentos e cotas de nível, e de se

conformar com estes, avançando ou recuando

os edifícios, sob pena de multa variável entre

100$00 a 500$00 conforme a natureza e

importância da obra.

Art. 42° Além da multa estabelecida, fica

também obrigado o respetivo proprietário a

desfazer a obra e a restituir o terreno ou

prédio ao primitivo estado, a fim de edificar

no competente alinhamento, dentro de um

prazo que a Câmara Municipal lhe designar,

sob pena de, quando assim não proceder, se

elevar a multa até 1500$00, e a Câmara

Municipal mandar demolir a obra por

operários seus, mas de conta do proprietário.

Art. 43º Enquanto os proprietários não

começarem as respectivas obras, poderá a

Câmara modificar os alinhamentos e cota de

nível, se o interesse público ou a estética o

exigirem, ficando os proprietários, depois de

intimados das modificações, sujeito ao

disposto nos artigos antecedentes, quanto ao

novo alinhamento.

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Art. 44º Os alinhamentos e cotas de nível

serão pedidos em requerimento.

SECÇÃO IV

Da fiscalização das obras

Art. 45º Para a regular fiscalização das obras,

são os respectivos proprietários ou diretores

obrigados a dar conhecimento à Câmara

Municipal por escrito, do dia exato em que

começa e termina a obra, sob pena de 300$00

de multa.

§ Único. Nenhuma obra se considera

terminada sem que a comunicação a que se

refere o artigo anterior tenha sido feita.

Art. 46º A testa da obra, como seu diretor e

por ela responsável, haverá um engenheiro,

arquitecto ou construtor civil, devidamente

inscrito na Câmara Municipal.

Art. 47º A fiscalização a que se refere o

artigo 46º compete aos técnicos municipais,

ao vogal do pelouro e aos zeladores.

§ Único. Sempre que o julguem necessário,

os fiscais poderão intimar o respetivo diretor

da obra a comparecer nela em determinado

dia e hora, sob pena de 100$00 de multa,

sendo esta intimação feita com 24 horas, pelo

menos, de antecedência.

Art. 48º No local da obra estará sempre à

disposição dos fiscais o duplicado do projecto

a que se refere o artigo 22º e a licença da

Câmara Municipal que autoriza a sua

execução sob pena de ser imposta ao diretor

da mesma a multa de 300$00 por cada vez

que for verificada a infração.

Art. 49º Quando os fiscais reconhecerem que

na obra se empregam materiais de má

qualidade ou argamassa de composição

diferente da que consta no projecto, ou ainda

materiais com dimensões diferentes ou

diferentemente dispostos do que está

projectado, pagará o diretor da obra a multa

de 300$00 a 1000$00, sendo intimado a

reformar a parte respectiva da mesma,

segundo as indicações do projecto. No caso

em não cumpra a intimação dentro do prazo

que lhe for indicado, será ela embargada, nos

termos da lei, considerando-se o referido

diretor da obra desobediente para os efeitos

do artigo 188º do Código Penal.

Art. 50º Os proprietários ou diretores das

obras, segundo os casos, poderão contestar,

no prazo de 48 horas, perante a secretaria da

Câmara Municipal, a legalidade das multas

que lhe forem impostas ou das intimações que

lhes foram feitas, nos termos deste Código de

Posturas. Neste caso, será suspensa a

intimação ou pagamento da multa,

submetendo-se a reclamação a apreciação da

Câmara Municipal, que sobre ela se

pronunciará.

§ Único. Sempre que uma multa ou intimação

for contestada e definitivamente confirmada,

serão pagas pelo reclamante as despesas feitas

com as vistorias realizadas em virtude da

contestação.

Art. 51º Nenhum prédio construído,

reconstruído ou ampliado, dentro da área da

cidade, poderá ser habitado ou ocupado sem a

licença da Câmara Municipal.

Art. 52º Os proprietários das edificações a

que se refere o artigo anterior ficam

obrigados, logo que as obras tenham

terminado, a requerer a vistoria competente,

para assim se verificar se as obras estão de

facto concluídas, se elas foram executadas em

conformidade com as cláusulas das

respectivas licenças, e para se fixar a data em

que poderão ser habitadas ou ocupadas.

§ Único. Estas vistorias só serão ordenadas

depois de pagas as taxas estabelecidas nas

tabelas de licenças anexa a este Código e

serão feitas por uma comissão composta pelo

vogal do pelouro respetivo, chefe da

Repartição de Urbanização e Obras e

Delegado de Saúde.

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Art. 53º Nenhuma licença para habitação ou

ocupação de prédios poderá ser concedida

antes da vistoria a que se refere o artigo

anterior, sem que esteja concluído o passeio

referido no artigo 23º ou paga a importância a

que alude o § 2º do artigo anterior deste

Código de Posturas.

§ 1º Quando a vistoria for favorável, a licença

não será passada sem que tenha decorrido os

prazos por ela fixados não podendo exceder

dois meses na época seca e três na das chuvas,

depois de concluídos os revestimentos

interiores.

§ 2º Pela concessão de licenças para

habitação ou ocupação pagar-se-ão as taxas

que vigorarem.

Art. 54º Os proprietários que, sem a

respectiva licença, habitarem ou ocuparem ou

consentirem na habitação ou ocupação dos

prédios em qualquer andar ou parte deles,

incorrem na multa de 500$00 a 1500$00.

SECÇÃO V Da limpeza, conservação e uso dos edifícios e

construções

Art. 55º Todas as paredes, muros ou

edificações que confinem com a via pública

ou possam ver-se das ruas ou outros lugares

públicos, e que não se acharem revestidas de

cantarias ou azulejos, estucadas, pintadas a

óleo ou a fresco serão caiadas anualmente

com quaisquer cores. A Câmara Municipal

poderá, sempre que entender conveniente,

indicar a cor a empregar.

§ Único. Serão reparadas, lavadas e pintadas,

de dois em dois anos, as cantarias, azulejos e

pinturas a óleo ou a fresco.

Art. 56º As portas, janelas e respectivas

redes, grades, caixilhos, arcos e canalizações

de esgoto e de escoamento das águas pluviais

existentes nas edificações, paredes ou muros

a que se refere o artigo anterior, serão

pintadas e reparadas de dois em dois anos

podendo a Câmara Municipal ordena-las

sempre que julgar conveniente.

Art. 57º As caiações, pinturas, lavagens e

reparações referidas nos artigos antecedentes

terão lugar de 15 de Novembro a 31 de

Janeiro, independentemente de qualquer

aviso da Câmara Municipal.

Art. 58º Os proprietários que não efectuarem

as caiações, pinturas, limpezas ou reparações

dentro do prazo fixado no artigo 57º pagarão

a multa de 100$00 a 500$00 por cada prédio

ou edificação em relação ao qual se verificar

a transgressão.

Art. 59º Aplicada a multa referida no artigo

anterior, a Câmara Municipal intimará os

proprietários que forem encontrados em

transgressão, a proceder as obras,

concluindo-as no prazo de vinte dias, findo o

qual, não cumprindo, serão considerados

desobedientes para o efeito do artigo 188º do

Código Penal, podendo a Câmara Municipal

mandar executar o serviço à custa do infrator.

§ Único. Pelas licenças para obras cujos

proprietários hajam sido intimados depois de

31 de Janeiro por não terem sido executadas

até essa data, será paga, além das taxas

estabelecidas na tabela a de 100$00 por

vistoria de verificação.

Art. 60º Quando as obras, a que se referem

as disposições anteriores, não forem feitas

convenientemente, serão os referidos

proprietários intimados a faze-las novamente

e nos devidos termos, no prazo indicado no

artigo anterior, sob pena de cominação

estabelecida no mesmo artigo.

Art. 61º Poderá ser concedida a prorrogação

do prazo para as obras a que se refere os

artigos 56º e 57º, quando, a requerimento de

vistoria feito pelo interessado ou por quem

legalmente o represente, se verifique, pela

mencionada vistoria, que é regular o estado

de conservação dos prédios e seus pertences

no todo ou em parte.

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Esta vistoria deve ser requerida à Câmara

Municipal dentro do prazo das obras

determinadas no artigo 57º.

§ 1º Quando a prorrogação for concedida,

será passada a respectiva licença de isenção

temporária, mediante o pagamento das taxas

que vigorarem.

§ 2º A prorrogação concedida nos termos

deste artigo, só produz efeito depois de ter

sido satisfeito o pagamento das taxas de

isenção temporária.

Art. 62º Independentemente do prazo

estabelecido para execução das obras a que

se refere os artigos 56º e 57º, sempre que se

verifique que os prédios e quaisquer

edificações particulares não se encontram no

devido estado de conservação, afetando o

bom aspecto da cidade, a sua higiene ou

segurança, a Câmara Municipal, em qualquer

época, poderá mandar intimar os respetivos

proprietários a procederem às obras

necessárias no prazo que julgar razoável sob

pena de multa de 1000$00 e da sanção

cominada nos artigos 59º e 60º deste Código.

Art. 63º O dono da parede, muro ou

edificação onde existirem escritos, gravados,

pintados, ou por qualquer forma

representando obscenidades, à vista do

público, será obrigado, no prazo de 24 horas

a contar do aviso que receber da Câmara

Municipal, a fazer apagar, destruir ou retirar

todos esses escritos, gravuras, pinturas ou

representações obscenas, sob de 100$00 de

multa e deste serviço ser executado à sua

custa, por ordem da Câmara Municipal.

SECÇÃO VI

Da segurança dos edifícios e construções

Art. 64º Todos os prédios, edificações,

muros ou quaisquer outras construções

antigas ou modernas, ou ainda não

concluídas, que apresentarem ruínas, ou por

falta de solidez, de que resulte perigo para a

segurança pública ou particular, serão

demolidos ou reparados, conforme for

necessário.

§ Único. O proprietário que não concluir a

demolição ou reparação nos prazos que lhe

forem marcados pela Câmara Municipal, será

punido com a multa de 500$00 a 1000$00, e

a Câmara Municipal mandará proceder à

demolição ou reparação à custa daquele.

Art. 65º O proprietário de qualquer

edificação ou construção que tenha sido

destruída ou danificada por incêndio,

desabamento ou qualquer catástrofe, é

obrigado a iniciar a reconstrução ou

reparação, mediante projecto legalmente

organizado e aprovado pela Câmara

Municipal, dentro do prazo de 12 meses,

excepto sendo muro ou tapume, caso em que

o prazo para a reconstrução ou reparação será

de 60 dias, sob pena de expropriação nos

termos da lei.

§ 1º Igualmente é obrigado o proprietário das

edificações ou construções a que se refere

este artigo a demolir completamente os

escombros e restos dos edifícios ou

construções destruídas ou danificadas dentro

do prazo de seis meses.

§ 2º Havendo perigo para a segurança

pública, será o proprietário obrigado a

demolição no prazo que, por meio de

intimação, lhe for marcado pela Câmara

Municipal.

§ 3º Fica também o proprietário obrigado a

remover imediatamente da via pública os

escombros e restos de edifícios ou

construções destruídos ou danificados.

§ 4º No caso de contravenção dos parágrafos

antecedentes, a Câmara Municipal procederá

à demolição ou remoção referidas por conta

do proprietário, o qual pagará, além das

despesas a fazer, a multa de 500$00.

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§ 5º Os prazos de 12 meses e de 60 dias,

referidos neste artigo, começam no dia em

que a edificação ou construção tiver sido

destruída ou danificada.

SECÇÃO VII

Do saneamento de edifícios e construções

Art. 66º Em todos os prédios da cidade de

Bissau, construídos ou a construir, é

obrigatório estabelecer, pela forma prescrita

nos regulamentos de salubridade e higiene

em vigor, as instalações necessárias ao seu

completo saneamento.

§ Único. O estabelecimento das instalações

sanitárias interiores e as obras a que der

causa, incluindo as canalizações interiores e

o ramal de ligação para o fornecimento das

águas indispensável ao bom funcionamento

daquelas instalações, serão realizados pelos

proprietários dos prédios, a cargo de quem

ficarão as respectivas despesas.

Art.67º A Câmara Municipal mandará a fixar

editais estabelecendo prazo não inferior a 30

dias, para os proprietários dos prédios a que

se refere o artigo anterior darem

cumprimento ao que se dispõe no seu §

Único.

§ Único. Se, terminado o prazo fixado nos

editais, esses trabalhos não tiverem sido

executados, será aplicada ao proprietário a

multa de 500$00, e a Câmara Municipal

poderá tomar a iniciativa da sua execução,

por conta do proprietário.

Art. 68º Os trabalhos a que se refere o artigo

67º compreendem:

a) A instalação de aparelhos sanitários,

dos seus ramais de descarga, do tubo ou

tubos de queda, do colector ou colectores

particulares até a via pública, da câmara de

inspeção e da tubagem de ventilação.

b) O ramal ou ramais de ligação,

assentes na via pública, entre os colectores

particulares e o colector da rua ou fossa.

Art. 69º As instalações sanitárias

obrigatórias compreendem, pelo menos,

uma casa de banho, e uma retrete em cada

habitação e uma pia ou banca em cada

cozinha, obedecendo as condições

higiénicas que forem consideradas

convenientes, podendo a retrete e a casa de

banho ser instaladas na mesma

dependência, mormente quando a pequenez

da habitação o aconselhar.

Art. 70º As oficinas, estabelecimentos

comerciais e quaisquer outros edifícios

particulares onde houver grande

aglomeração de pessoas deverão ter, pelo

menos, uma retrete para cada 20 pessoas de

lotação prevista ou frequência máxima

presumível, além dos urinóis e lavatórios

que as circunstâncias aconselharem.

Art. 71º Nos hotéis, casas de hóspedes e,

duma maneira geral, nos edifícios

particulares destinados a habitação comum,

deverá haver, pelo menos, uma retrete e um

quarto de banho, que poderá ser de simples

chuveiros por cada 10 pessoas que aí

habitarem normalmente, além dos urinóis e

lavatórios que as circunstâncias

aconselharem.

Art. 72º Quando, por vistoria ordenada pela

Câmara Municipal, se reconhecer que as

obras de saneamento não poderão realizar-

se sem a transformação ou adaptação do

prédio e o proprietário não fizer tais obras

no prazo que lhe for marcado, poderá a

Câmara Municipal ordenar a desocupação

do prédio até que as obras sejam

concluídas, fazendo-se o seu despejo, se

necessário for, por intermédio da Polícia de

Segurança Pública.

§ Único. Quando houver possibilidades de

o prédio continuar habitado sem prejuízo

para a boa execução das obras, se os

respectivos inquilinos quiserem evitar

despejo referido neste artigo, poderão tomar

sobre sí a responsabilidade do pagamento

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das obras, com direito de regresso contra o

senhorio, uma vez que o requeiram a

Câmara Municipal e esta entidade aceite a

substituição.

SECÇÃO VIII

Da numeração dos prédios

Art. 73º É obrigatória para os proprietários

de prédios urbanos da cidade de Bissau a

numeração das portas dos mesmos, de

harmonia com as regras técnicas indicadas

pela Câmara Municipal.

Art. 74º À medida que se forem realizando

as necessárias condições, relativamente às

diversas zonas da cidade, a Câmara

Municipal fará publicar avisos, indicando as

avenidas, ruas, travessas, becos, largos e

praças cujos prédios devam ser numerados.

§ Único. Os avisos a que alude este artigo

indicarão o prazo, nunca inferior a 30 dias,

dentro do qual deve ser cumprida a

obrigação de numerar os prédios.

Art. 75º Decorrido os prazos a que se refere

o § único do artigo anterior, a Câmara

Municipal fará verificar quais os prédios

que ainda se não encontram numerados,

incorrendo os seus proprietários na pena de

multa de 200$00. Neste caso, a Câmara

Municipal fará numerar esses prédios à

custa dos proprietários.

Art. 76º Para os prédios em construção ou a

construir não será passada a respectiva

licença de habitação ou ocupação, senão

depois de haverem sido numeradas as suas

portas.

Art. 77º Os proprietários são obrigados a

conservar sempre legível e em bom estado a

numeração dos prédios, sob pena de multa

de 100$00.

SECÇÃO IX

Das vedações

Art. 78º Dentro da área urbana da cidade, é

obrigatória a vedação, feita com muros de

construção definitiva, de todos os terrenos

que confrontem com a via pública.

§ 1º A Câmara Municipal pode permitir que

os campos de jogos das organizações

desportivas legalmente existentes sejam

vedados com sebes vivas e bem assim,

dispensar de vedação quaisquer outros

terrenos quando a sua natureza ou o seu fim

o justifiquem.

§ 2º É expressamente proibido incrustar

pedaços de vidros e colocar arame farpado

no coroamento dos muros de vedação

confinante com a via pública sob pena de

multa de 500$00 a 1000$00.

Art. 79º Para efeitos do cumprimento do

disposto no corpo do artigo antecedente,

deverão os proprietários e foreiros requerer

à Câmara Municipal a passagem da licença

de construção, indicando a localização do

prédio com as confrontações exatas e a

extensão da vedação, e fazendo acompanhar

o seu pedido de um simples desenho do tipo

do muro a construir e dum croquis do

terreno.

§ Único. A Câmara Municipal reserva-se o

direito de não permitir a construção das

vedações em ruas cujo estudo ainda não

esteja efectuado ou noutras em que, por

qualquer motivo, a não julgue conveniente,

não sendo os proprietários ou foreiros,

nestes casos, abrangidos pelas disposições

desta secção.

Art. 80º Todo aquele que não tenha,

decorrido o prazo de seis meses, a contar da

data em que se tornou proprietário ou

foreiro, os respetivos terrenos inteiramente

numerados e não haja apresentado à

Câmara Municipal a justificação que esta

repute suficiente, incorre na multa de

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500$00 por cada 30 dias ou fração de

demora, na construção da vedação.

SECÇÃO X

Das vistorias a habitações para efeitos de

beneficiações higiénicas

Art. 81º Na cidade de Bissau, nenhuma

habitação poderá ser novamente ocupada

sem que, por meio de vistoria se haja

verificado que se encontra nas

indispensáveis condições de higiene e

salubridade.

§ Único. O disposto neste artigo aplica-se

qualquer que seja o título a que a ocupação

venha a fazer-se.

Art. 82º A vistoria a que se refere o artigo

anterior será efectuada mediante o

requerimento do proprietário, usuário ou,

em geral, daquele que concede o direito de

ocupação.

§ 1º No requerimento deverá o interessado

indicar:

a) Nome, morada, qualidade em que

requer o local da habitação a vistoriar.

b) Nome e morada do seu representante,

se pretender usar das faculdades previstas

na parte final do artigo seguinte.

c) Local onde devem ser procuradas das

nove horas e trinta minutos às désseis horas,

nos dias úteis, as chaves da habitação a

vistoriar, as quais não deverão encontrar-se

a distância superior a 100 metros da

referida habitação.

§ 2º Quando por não se encontrarem as

chaves no local indicado ou por qualquer

outro motivo imputável ao requerente não

seja possível efectuar a vistoria, será

lavrado auto de comparência e considerado

o pedido sem efeito revertendo as taxas

pagas para o cofre municipal. O facto

impeditivo da realização da vistoria será

comunicado ao interessado, com a

informação de que a mesma só poderá

realizar-se mediante novo requerimento e

pagamento das correspondentes taxas.

Art. 83º A vistoria, a efectuar no prazo de

cinco dias a contar da data em que forem

pagas as taxas dívidas, será realizada pela

comissão de vistorias, a que se alude no §

único do artigo 52º, nela podendo também

intervir um representante do requerente.

§ Único. O requerente e seu representante,

quando este deva intervir, serão avisados do

dia e hora designados para a realização da

vistoria, com antecedência mínima de 24

horas.

Art. 84º Da vistoria lavrar-se-á sempre

auto, do qual expressamente se fará constar

se a habitação necessita de obras de

beneficiação e, em caso afirmativo, quais

essas obras, se as mesmas impedem, ou

não, a ocupação imediata, bem como, nesta

última hipótese o prazo em que as obras

deverão realizar-se.

§ 1º Sempre que o julguem conveniente,

poderão os peritos propor a desinfeção total

ou parcial, ou a desinfestação da habitação

vistoriada.

§ 2º O auto a que este artigo se refere

lavrar-se-á em triplicado, destinando-se um

exemplar ao arquivo da Câmara Municipal,

outro à Delegação de Saúde e o terceiro ao

requerente, que passará recebido.

Art. 85º Quando as obras sejam

susceptíveis de realização com a moradia

habitada e o ocupante se sujeite ao

incómodo dela resultante, será o

proprietário notificado de que deverá

solicitar a licença respectiva até ao décimo

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dia posterior à data da ocupação, indicando

no requerimento, a data do auto de vistoria.

Art. 86º O prazo para a execução das obras

a que se refere o artigo 84º conta-se a partir

da data em que for passado o recibo a que

alude o § 2º do mesmo artigo. Este prazo

poderá ser prorrogado pela Câmara

Municipal, a requerimento dos interessados,

em casos devidamente justificados.

Art. 87º Sempre que a moradia a vistoriar

esteja ocupada e o requerente entenda não

lhe ser possível facultar a entrada aos

peritos na mesma, deverá comunicar esta

circunstância à secretaria da Câmara

Municipal, indicando o nome e demais

elementos de identificação do ocupante.

Neste caso, cumpre a este, depois de

devidamente avisado, facultar a entrada dos

peritos para proceder à vistoria.

§ Único. Se o ocupante concordar em que

as obras se executem antes da desocupação

não poderá embaraçar a sua realização, nem

impedir que sejam fiscalizadas.

Art. 88º Concluídas as obras a que se refere

o artigo 84º, deverá o interessado fazer a

respetiva participação na secretaria da

Câmara Municipal, para efeitos de

fiscalização.

Art. 89º Tratando-se de obras a realizar

com a habitação ocupada, findo o prazo

indicado no artigo 86º, procederão os

serviços municipais à verificação, para o

que o ocupante deverá facultar a moradia

vistoriada no dia e hora que, por escrito lhe

forem indicados.

Art. 90º As taxas devidas pela vistoria a

que se referem os artigos anteriores são as

indicadas na tabela de licenças anexa a este

código.

Art. 91º As infrações à matéria deste

capítulo serão punidas nos seguintes

termos:

a) Pelo não cumprimento do

preceituado no artigo 81º, com as multas de

500$00 a 1500$00.

b) Pela inobservância do disposto no

artigo 85º, com a multa de 1500$00.

c) Pela inobservância do artigo 86º,

com a multa de 20$00 por cada dia em que

o prazo for excedido.

d) Pela infração ao disposto no artigo

87º e o seu § Único, com a multa de

300$00.

§ Único Verificando-se as transgressões

referidas nas alíneas a) e c) será responsável

intimado, sob pena de desobediência, a

requerer a vistoria ou a concluir as obras de

beneficiação, respetivamente, nos prazos

que a Câmara Municipal fixará.

CAPÍTULO III

Dos bens do domínio público ou

destinados ao logradouro comum

Art. 92º Em terrenos do domínio público

ou destinados ao logradouro comum, não é

permitido, sem licença da Câmara

Municipal:

1. Apascentar gado;

2. Preparar materiais ou ingredientes;

3. Abrir covas ou fossos ou cravar

qualquer objecto;

4. Arrancar ou cortar quaisquer plantas

ou desbastá-las;

5. Extrair pedras, terra, cascalho, arreia,

barro ou saibro ou retirar entulhos;

6. Deitar terra, estrumes ou entulhos,

seja qual for a sua natureza ou

proveniência;

7. Fazer pocilgas;

8. Depositar quaisquer objectos ou

materiais por tempo superior ou mínimo

necessário para a carga e descarga;

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9. Construir passadiços, ramadas e

alpendres sobre a via pública;

10. Instalar para fins lícitos, condutas,

depósitos, tubos ou cabos subterrâneos,

bem como fios telegráficos ou telefónicos

pertencentes a particulares;

11. Instalar bombas fixas ou volantes

de gasolina, gasóleo, óleo e água;

12. Fixar, pintar ou reformar letreiros,

tabuletas, placas, quadros, escudos, esferas

e outros emblemas destinados a chamar a

atenção dos transeuntes;

13. Instalar quaisquer meios de

publicidade;

14. Fazer, em geral, qualquer espécie

de instalações mesmo de caráter provisório.

§ 1º Para efeitos deste artigo deverão os

requerimentos ser instruídos com memoria

descritiva dos trabalhos a realizar e, quando a

Repartição de Urbanização e Obras o julgar

necessário com projecto ou desenhos em

escala não inferior a 1 por 100, indicando-se

as cores a utilizar.

§ 2º Aquele que for autorizado mediante a

licença camarária a executar quaisquer obras

em terreno público, mormente quando

destinado ao trânsito de veículos e peões, é

obrigado a cercar as obras ou materiais com

tapume de boa construção, seguro ao solo,

com a altura mínima de 2 metros, munido

com o balanço mínimo de 1 metro e, bem

assim, a sinalizar o local durante a noite com

luz vermelha.

§ 3º As licenças para ocupação da via pública

terão caráter precário, podendo ser anuladas

ou canceladas sem que o interessado tenha

direito a qualquer indemnização, sempre que

a Câmara Municipal entender que a ocupação

embaraça o trânsito ou afecta a higiene,

limpeza e estética da cidade.

§ 4º A Câmara Municipal poderá isentar de

taxa as construções temporárias que tenham

fins exclusivamente beneficentes.

§ 5º A colocação de qualquer dos objectos

indicados neste artigo só pode permitir-se de

modo que não prejudique o efeito estético

dos edifícios, que não incomode nem ponha

em risco a segurança e o trânsito público, e

que não prejudique o serviço de segurança

em caso de incêndio.

§ 6º As vitrinas ou mostradores a construir na

frontaria dos prédios confinantes com a via

pública, destinados à exposição de objectos,

só podem ser permitidas com as cautelas

estabelecidas no parágrafo anterior e em caso

algum poderão avançar perpendicularmente

sobre o plano da via pública mais de vinte

centímetros.

§ 7º A Câmara Municipal reserva-se o direito

de caçar em qualquer altura as licenças para

tabuletas ou outros objetos referidos nesse

artigo, quando verificar que eles carecem da

solidez necessária e o seu proprietário não os

consolidar no prazo que para esse fim for

fixado, ou quando por qualquer motivo eles

constituam perigo para a manutenção da

ordem e decoro público, não tendo, nestas

hipóteses, o seu concessionário direito a

qualquer indemnização por parte da Câmara

Municipal.

Art. 93º Nos terrenos a que se refere o artigo

anterior é proibido:

1. Lançar ou abandonar latas, frascos ou

garrafas, vidros, pedras, e, em geral, objectos

cortantes ou contundentes que possam

constituir perigo para o trânsito das pessoas;

2. Efectuar despejos ou deitar

imundícies, detritos alimentares, ou

ingredientes perigosos ou tóxicos;

3. Colocar ou abandonar animais

estropiados, doentes ou mortos;

4. Acender fogueiras;

5. Danificar material afecto à

iluminação pública;

6. Desviar do seu lugar ou tombar, bem

como danificar placas de sinalização ou

trânsito, dísticos relativos ao turismo,

tabuletas, quadros e bancos;

7. Pendurar ou prender roupas e outros

objectos ou animais aos postes e candeeiros

da iluminação pública, às placas de

sinalização de trânsito e aos bancos;

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8. Estar deitado ou sentado, ou poisar

fardos no pavimento das ruas e seus passeios

laterais, bem como nas soleiras das portas

confinantes com lugares públicos;

9. Dar nova direção as serventias

públicas, bem como alargar no sentido da via

pública as frentes das construções

particulares;

10. Praticar jogos nos adros das igrejas ou

nos lugares públicos, salvo quando a estes,

tratando-se de recintos a esses fins

destinados, desde que estejam devidamente

autorizados;

11. Arrastar rolar ou descarregar

violentamente quaisquer materiais de modo

que danifiquem o pavimento das ruas ou

outros lugares públicos;

12. Estabelecer de modo que ultrapassem

alinhamento definido pela Câmara

Municipal, degraus, escadas, rampas ou

balcões junto às soleiras das portas dos

prédios urbanos confinantes com lugares

públicos, salvo quando sejam mandados

construir pela mesma nos casos em que se dê

o rebaixamento do pavimento da via pública;

13. Danificar as placas denominativas das

ruas, largos e praças públicas e, bem assim

lápides comemorativas ou votivas,

permanentemente fixadas nas paredes dos

edifícios confinando com a via pública;

14. Ter beirais e outras construções,

caixotes ou vasos com flores e semelhantes

nas janelas sacadas, telhados e muros, ou em

outras vedações ou acessórios deitando para

lugares públicos de modo que ameacem a

segurança dos transeuntes;

15. Escrever, riscar, gravar ou pintar nas

paredes, monumentos, muros, vedações

caiadas ou pintadas e nas frontarias dos

prédios urbanos, suas janelas, portas e mais

pertenças, deitando para a via pública, bem

como de qualquer modo sujá-las ou

deteriorá-las com qualquer substância, ainda

que não seja imunda;

16. Colocar ou conservar marcos ou

frades de pedras nas esquinas ou junto das

paredes dos prédios urbanos;

17. Fazer resguardos ou divisões nas

sacadas, excedendo a respectiva saliência, ou

colocar tábuas ou anteparos que tirem a vista

às janelas dos prédios contíguos;

18. Suspender mercadorias nos alpendres

dos estabelecimentos comerciais;

19. Pendurar nas janelas deitando para a

via pública roupa acabada de tingir;

20. Danificar as arestas dos passeios;

21. Ter junto das portas confinando com

as ruas, peões salientes sobre estas e, bem

assim rampas de qualquer natureza, junto das

linhas das soleiras para a parte externa,

designadamente com o fim de facilitar a

entrada ou saída de veículos. Exceptuam-se,

quanto a esta hipótese, as rampas amovíveis

de madeira, folhas ou outras de qualquer

natureza;

22. Manter por mais de 60 dias, tapumes,

estacarias ou vedações de obras particulares

paralisadas ou que ainda não tenham sido

demolidas, desde que confinem com lugares

públicos, salvo a autorização especial da

Câmara Municipal; nesta hipótese, sempre

que se verifica a falta de solidez, na

conservação ou aspecto, ou prejuízo de

natureza estética, será o proprietário intimado

para promover à substituição, pintura ou

reparação das referidas instalações;

23. Exercer a actividade de engraxador

não ambulante fora dos locais autorizados ou

estabelecidos pela Câmara Municipal, ou a

de engraxador ambulante a menos de trinta

metros dos referidos locais;

24. Exercer actividade de fotógrafo

ambulante fora dos locais estabelecidos pela

Câmara Municipal;

25. Exercer a venda ambulante de

géneros alimentícios durante o

funcionamento do mercado municipal;

26. Estender roupas, enxugá-las ou arejá-

las nos lugares públicos, ou na frente dos

prédios com aqueles confinantes;

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27. Transportar pelos lugares públicos

objectos cortantes, pontiagudos ou

inflamáveis e, designadamente, transitando

pelos passeios, quaisquer fardos, caixotes,

baús, e outros volumes incómodos ou de

modo que possam molestar os transeuntes;

28. A fixar cartazes ou outros meios de

publicidade em prédios ou edificações

possuindo placa indicadora de «afixação

proibida» bem como nos monumentos e

outras coisas públicas.

§1º Os proprietários dos prédios

relativamente aos quais se verifiquem as

hipóteses previstas nos números 14 e 17

deste artigo são obrigados a mandar proceder

aos trabalhos necessários para eliminar os

efeitos das respectivas transgressões, ainda

que delas não sejam autores.

§ 2º Não é permitido usar sem a autorização

da Câmara Municipal e o pagamento da

licença referida na tabela anexa, do brasão do

município e, em qualquer caso, as armas

municipais em anúncios, reclames ou papéis

de qualquer natureza.

§3º Não serão permitidos meios de

publicidade que colidam com a estética

urbana ou com a arquitectura das edificações,

que não obedecerem as regras da ortografia

oficial ou contiverem frases inteiras escritas

em línguas estrangeiras, ou matéria ofensiva

dos bons costumes ou inconvenientes sob os

pontos de vista moral, Social, religioso ou

político.

§4º Os letreiros, anúncios ou reclames

comerciais fixos, luminosos ou não, serão

aplicados, tanto quanto possível,

verticalmente contra as frontarias dos

edifícios, muros ou paredes, altura não

inferior a dois metros, contados do nível do

solo até à extremidade inferior do meio de

publicidade e de forma a não excederem a

largura do passeio subjacente.

§5º Carece de licença dos donos dos prédios

a fixação nestes ou nas portas, janelas,

sacadas e varanda, de tabuletas, letreiros,

cartazes, anúncios, emblemas, insígnias,

símbolos ou quaisquer escritos de

propaganda, seja de que natureza for. Não se

considera de licença a mera tolerância ou a

falta de oposição seguida.

§6º A carga ou descarga de mercadorias e

outros volumes nas vias públicas deve fazer-

se directamente do veículo ou animal para o

interior do depósito, estabelecimento ou

edifício, e vice-versa, o mais rapidamente

possível, devendo os veículos e animais

estacionar, salvo disposto no capítulo do

trânsito, junto e paralelamente aos

respectivos passeios, valetas e propriedades

adjacentes.

§7º Os vendedores ambulantes, quando no

exercício da sua actividade, só poderão

estacionar pelo indispensável ao serviço

prestado a cada cliente e serão detidos,

caçando-se as respectivas licenças, quando

forem encontrados a exercê-la em manifesto

estado de embriagues, ou perturbarem o

trânsito e a ordem pública.

Art.94º Às infrações do disposto nos artigos

92º e 93º correspondem as seguintes penas de

multa:

a) 100$00 a 200$00 – nº 8 do artigo 92º;

b) 100$00 a 300$00 – nos

1, 2, 3, 4, 5 e 6

do artigo 92º e nºs 4, 8, 10, 14, 16,23, 24, 25,

26 e 27 do artigo 93º;

c) 200$00 a 300$00 – nº 7 do artigo 92º

e nos

17, 18 e 19 do artigo 93º;

d) 300$00 a 500$00 - no 12 do artigo

92º;

e) 500$00 a 1000$00 - nos

9, 10 e 13 do

artigo 92º e nos

1, 2, 3, 7, 9, 22 e 28 do artigo

93º;

f) 1000$00 a 1500$00 - nos

11 e 14 do

artigo 92º e nos

5, 6, 11, 12, 13, 15, 20 e 21

do artigo 93º;

§ Único. Aquele que impedir ou dificultar a

quem tenha obtido a respectiva licença, o

normal aproveitamento dos terrenos citado

no artigo 92º, incorrerá na multa de 1000$00

a 1500$00, independentemente de outras

sanções mais graves que ao caso couberem.

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CAPÍTULO IV

Da higiene e limpeza da cidade

Art. 95º A limpeza das ruas, praças, largos,

avenidas e mais lugares públicos estará a

cargo da Câmara Municipal e será feita pelos

seus empregados da forma julgada mais

conveniente.

Art. 96º Nos lugares públicos é

expressamente proibido:

1. Bater couros ou crinas;

2. Preparar peles, sebos, ou despojos de

animais;

3. Colocar ou abandonar quaisquer

objectos, papéis ou detritos, fora dos locais a

isso destinados pela Câmara Municipal, ou

sem se respeitarem os termos por esta fixada

para o efeito;

4. Lançar ou abandonar latas, frascos,

garrafas, vidros e, em geral objectos

cortantes ou contundentes que possam

constituir perigo para o trânsito de pessoas,

animais ou veículos;

5. Efectuar despejos e deitar imundícies,

detritos alimentares, cascas de ovos ou de

frutos, bem como tintas, óleos ou quaisquer

substâncias perigosas ou tóxicas;

6. Lançar, nas sarjetas, imundícies,

objectos ou detritos que possam entupi-las;

7. Descarregar, partir ou joeirar carvão

nos pavimentos;

8. Colocar ou abandonar animais

estropiados, doentes ou mortos;

9. Enxugar, no chão ou nas árvores,

roupas, panos, tapetes, peles de animais,

sebos, raspas ou quaisquer objectos;

10. Limpar ou vazar barris, bem como

vasilhas ou outros recipientes;

11. Ferrar, limpar e sangrar animais, ou

fazer-lhes curativos que não apresentem

justificada urgência;

12. Joeirar ou crivar géneros ou quaisquer

mercadorias;

13. Matar, pelar chamuscar animais;

14. Preparar alimentos ou cozinhá-los,

ainda que seja junto às ombreiras das portas e

janelas;

15. Depositar e partir lenha ou pedra,

ressalvados, quanto a esta, os casos de obras

legalmente autorizadas;

16. Ascender fogueiras;

17. Remexer estrumes e lixos;

18. Lavar ou fazer barrelas;

19. Debulhar cereais ou legumes;

20. Pintar veículos;

21. Lavar ou limpar veículos, salvo nas

zonas e horas autorizadas pela Câmara

Municipal;

22. Conduzir à vista objectos

repugnantes ou que exalem mau cheiro;

23. Fazer estrumeiras;

24. Deixar quaisquer resíduos

provenientes de cargas e descargas de

materiais, ou da remoção de estrumes ou

lixos domésticos;

25. Conservar estrumes, borras de vinho e

vinagre;

26. Cuspir;

27. Urinar e defecar;

28. Ter nos pátios e quintais confinantes

com a via pública, capim, estrumeiras, lixos,

papéis, cacos, vidros, garrafas ou quaisquer

vasilhas contendo água imprópria e ainda

qualquer coisa que possa afetar a higiene e

salubridade;

29. Praticar quaisquer actos que afectem a

higiene e a limpeza da cidade.

§1º A remoção de borra de vinho, vinagre,

estrumes e quaisquer objectos e materiais,

deve fazer-se directamente dos lugares onde

se encontrarem para os meios de condução

que se utilizarem no transporte, não podendo

a sua permanência na via pública ultrapassar

o tempo indispensável para aquela operação.

§2º A remoção de estrumes líquidos,

qualquer que seja a sua quantidade, só pode

efectuar-se antes do nascer do sol ou depois

do ocaso, a partir das 22 horas, e sempre de

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maneira que aqueles não caem sobre a via

pública.

Art. 97º Não é permitido entre às 8:00 e às

22:00 horas:

1. Sacudir para a via pública tapetes,

toalhas, carpetes, passadeiras e quaisquer

utensílios;

2. Regar vasos e plantas em varandas ou

sacadas, deforma a que tombem sobre a via

pública as águas sobrantes.

Art. 98º As infrações ao disposto nos artigos

que integram este capítulo são punidas com

as seguintes penas:

a) Multa de 5$00 – nº 26 do artigo 96º;

b) Multa de 100$00 a 300$00 – nos

1 a 3,

7, 9, 10, 12, 14, 15, 18 a 23, 25 do artigo 96º,

nos

1 e 2 do artigo 97º;

c) Multa de 300$00 a 500$00 – nos

4 a 6,

8, 11, 13, 16, 17, 24, 27, 28 e 29 do artigo

96º.

CAPÍTULO V

Dos ruídos incómodos

Art. 99º Nas vias públicas e mais lugares

públicos da cidade, é proibido:

1. Disparar armas de fogo, sem motivo

legalmente justificado;

2. Produzir alarido;

3. Cantar, tocar e fazer descantes entre

às 22:00 e as 06:00 horas;

4. Arrastar pelos pavimentos latas ou

quaisquer objectos, provocando ruído;

5. Bater carpetes entre as 22:00 e as 06:

horas;

6. O uso de telefonias e gira-discos, bem

como quaisquer instrumentos musicais, a

uma intensidade de som que incomode os

transeuntes ou a vizinhança;

7. De modo geral, é proibido a

produção, sem motivos justificado, de ruídos

susceptíveis de perturbarem o repouso da

população.

Art. 100º Carecem de licença municipal:

1. A instalação de cereais ou apitos nas

instalações fabris ou obras;

2. O funcionamento, entre as 18:00 e as

06:00 horas do dia imediato, de ferramentas

ou maquinismos cujo ruído possa perturbar o

repouso da população;

3. O uso de instalações sonoras na via

pública.

Art. 101º Se algum cão incomodar com

uivos ou latidos, a vizinhança do lugar onde

pernoita, ficará o seu dono sujeito à

penalidade prevista no artigo seguinte, desde

que os vizinhos provem, com duas

testemunhas, terem-no já prevenido daquele

facto, sem resultado.

§ Único. – A punição a que este artigo se

refere só tem lugar, porém, depois de queixa

apresentada pelos interessados na secretaria

da Câmara Municipal.

Art. 102º Às transgressões das normas do

presente capítulo aplicar-se-ão as seguintes

penas:

a) Multa de 1000$00 a 1500$00 – no 1

do artigo 99º;

b) Multa de 300$00 a 500$00 – nos

2 e 4

do artigo 99º;

c) Multa de 100$00 a 300$00 – nos

3, 5,

6 e 7 do artigo 99º e artigo 101º;

d) Multa de 1000$00 – nos

1, 2 e 3 do

artigo 100º;

§ Único. As contravenções ao disposto nos

nos

1, 2, 4, 5, 6 e 7 do artigo 99º quando

praticadas de noite, serão sempre punidas

com o máximo das multas.

CAPÍTULO VI

Dos parques, jardins, árvores e flores

Art. 103º Nos jardins e parques públicos,

bem como noutros locais públicos

ajardinados, é proibido:

1. Entrar e circular de qualquer forma

que não seja a pé, excepto as crianças até aos

oito anos, bem como os inválidos;

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2. Fazer-se acompanhar de animais, com

excepção de cães amordaçados e presos por

corrente ou trela;

3. Pisar canteiros e bordaduras;

4. Colher ou retirar flores;

5. Tirar água dos lagos ou tentar apanhar

os peixes que nestes se encontrarem;

6. Utilizar os bebedouros para fins

diferentes daquele a que se destinam;

7. Entregar-se a jogos ou divertimentos

desportivos fora das condições e locais

fixados pela Câmara Municipal;

8. Conduzir volumes de tamanhos

superiores a um metro de cumprimento por

meio de largura;

9. Deitar se nos bancos ou por forma

danificar o arrelvamento;

10. Prender às grades e vedações, animais

ou quaisquer objectos;

11. Urinar e defecar fora dos locais a isso

destinado.

Art. 104º No que respeita às árvores,

arbustos e demais plantas que guarnecem os

lugares públicos, não é permitido:

1. Encostar ou apoiar veículos,

designadamente carroças e outros carros de

tração animal, velocípedes e motociclos;

2. Prender animais ou segurar quaisquer

objectos;

3. Varejar e puxar quaisquer ramos,

sacudi-los ou arrancar-lhes as folhas ou os

frutos;

4. Lançar-lhes pedras, paus ou outros

objectos;

5. Subir pelos troncos e pendurar-se nos

ramos;

6. Causar-lhes quaisquer danos.

Art. 105º As contravenções ao preceituado

nos artigos 103º e 104º serão punidas com as

multas seguintes:

a) Multa de 300$00 a 500$00 – no 11 do

artigo 103º;

b) Multa de 100$00 a 300$00 – nos 1 a

10 do artigo 103º e nos

1, 2 e 5 do artigo 104º;

c) Multa de 200$00 a 500$00 – nos 3, 4

e 6 do artigo 104º.

CAPÍTULO VII

Da remoção de lixos domésticos

Art. 106º Dentro do prazo de 180 dias, a

partir da entrada em vigor deste Código

será obrigatório o uso de recipientes

apropriados, para os lixos domésticos.

§ 1º Tais recipientes deverão ser metálicos

ou fabricado em matéria plástica, de

modelos a aprovar pela Câmara Municipal.

§ 2º Enquanto não for aprovado o modelo,

poderão utilizar-se quaisquer recipientes,

desde que:

a) Sejam sólidos e perfeitamente

vedados;

b) Tenham bom aspecto exterior;

c) Possuam tampas adequadas

capazes de ocultarem totalmente os lixos

neles contidos;

d) Não apresentem características

ou deficiências susceptíveis de causarem

ferimentos a quem lhes pegue ou os

transportes;

Art. 107º Os recipientes referidos no artigo

anterior nunca devem encher-se até ao ponto

das respectivas tampas não poderem encobrir

por completo o seu conteúdo.

Art. 108º Algum tempo antes da hora

habitual da passagem dos carros de limpeza,

devem os recipientes do lixo ser colocados, à

porta dos prédios a que respeitam, e retirados

dentro de uma hora após o seu despejo.

Art. 109º O pessoal da limpeza fica obrigado

a remover os lixos de maneira a não sujar a

via pública nem deteriorar os recipientes.

§ Único. Os encarregados da limpeza que,

por qualquer forma, danificarem os

recipientes do lixo, serão obrigados a repará-

los à sua custa.

Art. 110º Não é permitido lançar nos

recipientes destinados aos lixos domésticos:

1. Animais mortos;

2. Pedras, terras, cinzas ou entulhos;

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3. Ingredientes perigosos ou tóxicos,

bem como quaisquer líquidos.

Art. 111º É proibido a qualquer pessoa ou

entidades estranha aos serviços de limpeza da

Câmara Municipal proceder à remoção dos

lixos contidos nos recipientes, assim como

remexê-los.

§ Único. As viaturas, recipientes ou sacos

utilizados na remoção prevista neste artigo

serão apreendidos pela Câmara Municipal.

Art.112º As contravenções às normas

contidas no presente capítulo, punir-se-ão

com as seguintes multas:

a) Multa de 100$00 a 300$00 – artigos

110º, 111º e 112 e no 2 do artigo 110º;

b) Multa de 300$00 a 500$00 – nos

1 e 3

do artigo 110º e artigo 111º.

CAPÍTULO VIII

Do trânsito na cidade

Art. 113º É proibido o estacionamento dos

veículos nos seguintes arruamentos e locais:

a) Na faixa de rodagem central da

Avenida da República.

b) Nas faixas de rodagem das seguintes

artérias:

- Avenida Teixeira Pinto, Rua alferes Duque,

General Bastos, Governador Polaco,

Nosoline e Domingos Lacó.

c) Na avenida Carvalho Viegas, no

troço compreendido entre rua Lamine Injai e

a rua Administrador Gomes Pimentel (lado

do mercado municipal) das 06:00 às 13:00

horas. Na avenida Agostinho Coelho, no

troço compreendido entre a avenida da

República e a praça Infante DOM

HENRIQUE e na rua Dr. Oliveira Salazar –

lado Norte das 07:00 às 12:30 e do lado Sul

das 12:30 às 20:00 horas.

Art. 114º É proibido o trânsito de veículos

automóveis nos seguintes arruamentos, no

sentido indicado:

1. Rua Administrador Gomes Pimentel,

no troço compreendido entre as Avenidas da

República e Almirante Américo Thomaz, no

sentido Nascente – Poente;

2. Rua Lamine Injai entre as Avenidas

da República e Almirante Américo Thomaz,

no sentido Poente – Nascente;

3. Rua Honório Barreto, no sentido

Norte – Sul;

4. Rua Dr. Miguel Bombarda, no sentido

Sul – Norte;

5. Ruas Governador Polaco e General

Bastos, no sentido Nascente – Poente;

6. Ruas Domingos Lacó, Nosolini e

Alferes Duque, no sentido Poente –

Nascente.

Art. 115º Nos arruamentos e locais em que

nos termos do artigo 113º, é proibido o

estacionamento, são permitidas rápidas

paragens, não ultrapassando 15 minutos, para

tomar ou largar passageiros ou mercadorias,

desde que não provoquem interrupções de

trânsito.

Art. 116º Junto aos passeios dos edifícios

públicos ou de interesse público o Município

poderá, nos casos em que a natureza dos

edifícios o justifique, proibir o

estacionamento de veículos.

Art. 117º Quando nos locais em que, nos

termos deste capítulo, seja proibido o

estacionamento, haja necessidade de deslocar

um veículo em transgressão, fica o

proprietário responsável pelas despesas

resultantes; e outrossim quando, por motivo

de cortejos, desfiles, etc., devidamente

autorizados e com itinerário e zonas vedadas

ao estacionamento, previamente anunciados

através dos órgãos de informação, a

autoridade policial faça deslocar qualquer

veículo estacionado nas ruas do percurso,

fica do mesmo modo o proprietário

responsável pelas despesas consequentes, e,

em qualquer caso, sem direito a reclamação

de possíveis prejuízos resultantes.

Art. 118º Os veículos de transporte colectivo

de passageiros cujas carreiras tenham inicio,

termo ou desdobramento em Bissau, poderão

estacionar, por tempo não excedente a 15

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minutos, antes ou depois respectivamente da

hora da partida ou da chegada, junto aos

escritórios das respectivas empresas, ainda

que os mesmos se localizem em vias do

estacionamento proibido desde que se

observe o sentido do trânsito.

§ Único. O estacionamento deverá, porém,

fazer-se sempre que possível dentro das

paragens, se a empresa as possuir.

Art. 119º São proibidas na via pública as

reparações e pinturas de veículos, bem como

a afinação de sinais sonoros, devendo o

condutor de veículo avariado retirá-lo

imediatamente, pelos meios ao seu alcance,

para onde não prejudique o trânsito.

§ 1º Exceptuam-se as pequenas reparações

indispensáveis ao prosseguimento da marcha

do veículo avariado, mas em locais onde não

prejudiquem o trânsito e apenas pelo tempo

estritamente indispensável, que não poderá

exceder 60 minutos.

§ 2º Se o condutor do veículo avariado não o

retirar, poderá o agente da autoridade

requisitar os meios necessários para sua

remoção, sendo as respectivas despesas

pagas pelo proprietário do veículo.

Art. 120º É expressamente proibido, sob

pena de multa de 500$00 a 1500$00, o

abandono de veículo na via pública por

tempo superior a 8 dias consecutivos.

§ 1º Certificado o abandono, a Câmara

Municipal notificará o seu proprietário para o

remover no prazo de 24 horas.

§ 2º No caso de não cumprimento desta

ordem ou quando se não saiba o nome do

proprietário do veículo, a Câmara Municipal

fá-lo-á remover para local próprio, onde

depois de paga a respectiva multa poderá ser

reclamado pelo seu dono no prazo de 15 dias,

devendo este solver todas as despesas feitas

com a sua remoção, e pagar uma taxa diária

de 20$00 quando haja lugar a recolha em

local guardado.

Art. 121º São fixados os seguintes parques

de estacionamento:

a) Para automóveis ligeiros de

passageiros, de aluguer:

1º - Na rua Tomas Ribeiro – a partir do

cruzamento com a Rua Capitão Lage, na

extensão de 30 metros, do lado direito.

2º - Na praça Honório Barreto, do lado Norte

nos dois quartos de círculo compreendidos

entre a Rua Sá Carneiro e a Avenida

Carvalho Viegas.

3º - Na Rua Padre Pinheiro – no largo

compreendido entre as Ruas Eng.º Sá

Carneiro e Dr. Vieira Machado.

4º - Na Avenida da República – no troço do

lado Nascente compreendido entre a Rua

Governador Sousa Guerra e a Praça do

Império, no sentido ascendente.

5º - Na Avenida do Brasil – no troço

compreendido entre os ramais da Avenida

Teixeira Pinto.

b) Para automóveis ligeiros e pesados de

carga, de aluguer:

1º Avenida Agostinho Coelho, no troço

compreendido entre o cais de Pindjiguiti e o

cruzamento da Rua Honório Barreto.

Art. 122º É proibida a aprendizagem de

condução de veículos automóveis e

velocípedes, e realização dos respectivos

exames, nas seguintes artérias:

Praça Infante Dom Henrique, Avenida

Agostinho Coelho, Rua Dr. Oliveira Salazar,

Rua Capitão Barata Feio, Rua Dr. Miguel

Bombarda, Rua Honório Barreto, Rua Tomas

Ribeiro, Rua Capitão Lage, Rua Domingos

Lacó, Rua Governador Polaco, Rua Nosolini,

Rua General Bastos, Rua Alferes Duque,

Largo Manuel António de Oliveira e Praça

em frente ao Liceu Honório Barreto.

Art. 123º A licença de condução de

velocípedes, deverá ser pedida na secretaria

da Câmara Municipal, pelos interessados, em

requerimento onde conste o nome, estado,

profissão, data e local de nascimento e

residência, acompanhado de duas fotografias

de 3cm x 3,5cm.

Art. 124º Pela passagem da licença de

condução de velocípedes, vistorias, exames,

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a

carta de condução e sua renovação, matrícula

e circulação de velocípedes são devidas as

taxas previstas na tabela anexa, as quais

deverão ser pagas na tesouraria municipal,

mediante guias passadas pela secretaria, não

sendo devolvida a taxa de exame em caso de

reprovação.

§ 1º Se o original se extraviar, for inutilizado

ou encontrado em mau estado de

conservação, deverá o titular requerer nova

via, que lhe será passada mediante

pagamento da respectiva taxa.

§ 2º Os condutores que, embora titulares da

licença, forem encontrados a conduzir sem a

trazerem consigo serão punidos com a multa

de 30$00, se a apresentarem dentro do prazo

de oito dias à autoridade que for indicada ao

transgressor, e com a multa de 50$00, no

caso contrário.

§ 3º O proprietário do veículo é

solidariamente responsável pelo pagamento

da multa, salvo se provar que não consentiu

no uso ilícito.

Art. 125º A concessão de licença depende da

aprovação em exame que constará de uma

prova oral sobre as regras e sinais de trânsito

e de uma prova prática de condução sendo

dispensados da prova oral os portadores da

carta de condução de veículos automóveis.

§ Único. O exame realizar-se-á em dia, hora

e local a indicar pela Câmara Municipal, e do

resultado do mesmo será passada pelo

examinador uma declaração sobre a aptidão

do candidato.

Art. 126º É proibido o trânsito e

estacionamento de veículos em serviço de

propaganda, distribuição de impressos ou

exibição de reclames e vendas de rifas sem a

autorização ou licença da Câmara Municipal,

constante da tabela anexa.

Art. 127º O estacionamento de velocípedes

junto aos passeios só é permitido desde que

não perturbe o trânsito das pessoas ou

dificulte o acesso aos mesmos.

Art. 128º É proibido, dentro da cidade, a

circulação de veículos de tração animal e

carros cujos rodados não sejam guarnecidos

dos aros pneumáticos.

Art. 129º As transgressões ao disposto neste

capítulo para que não esteja prevista pena no

Código de Estrada ou no seu regulamento, ou

especificamente fixada nos artigos anteriores,

serão punidas com a multa de 100$00.

CAPITULO IX

Da divagação de animais e trânsito de

gado

Art. 130º É proibido a divagação, na via

pública e demais lugares públicos, de aves de

capoeira, cães sem açaime e sem coleiras

contendo o número de respetivo registo, bem

como quaisquer outros animais que não vão

atrelados nem conduzidos por pessoas.

Art. 131º Os animais encontrados em

contravenção ao disposto no artigo anterior

serão apreendidos e depositados nos lugares

destinados pela Câmara Municipal, onde

poderão procurar-se durante 5 dias (contados

desde a data da apreensão), sendo entregues a

quem provar pertencer-lhe, depois de pagar

as despesas feitas com a sua guarda e

manutenção e liquidada a importância da

multa.

Art. 132º Quando os animais de que trata o

artigo anterior, sendo perseguidos, se

refugiarem na casa dos donos e não poderem

ser apanhados, nem por isso deixará de ser

aplicada aos donos a respectiva multa.

Art. 133º Quando algum animal, que transite

na via pública, não possa prosseguir

caminho, é o seu dono obrigado a fazê-lo

remover dentro de uma hora, sob pena de se

proceder, a expensas suas, à necessária

remoção por pessoal da Câmara Municipal,

sem prejuízo da multa de 100$00.

Art. 134º Não é permitido conservar, dentro

da área urbana da cidade, gado de qualquer

espécie, sob pena de seguintes multas:

a) Por cada cabeça de gado vacum,

cavalar, muar ou asinino…... 200$00.

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b) Por cada cabeça de gado de qualquer

outra espécie ……………… 100$00.

§ Único. O disposto neste artigo não é

aplicável a cabritos, borregos e leitões, até ao

limite de 3 animais por residência.

Art. 135º Por cada animal de raça canina a

taxa de licença por ano civil seja qual for a

época em que tal licença for solicitada, é dos

quantitativos constantes da tabela anexa a

este Código.

Art. 136º Ficam isentos do pagamento da

taxa de licença:

a) Os cães de guarda das casas de

beneficência e os dos munícipes que

mediante atestado passado pela

administração do conselho, certifiquem a sua

qualidade de pobres;

b) Os cães guias de cegos;

c) Os cães pertencentes a grupos de

bombeiros, centros da Mocidade Portuguesa

ou organizações congéneres;

d) Os cães empregados em serviço de

polícia, busca e transporte de feridos ou

outros serviços humanitários ou, em geral, de

utilidade social;

e) Os cães das unidades e agrupamentos

militares ou militarizados.

§ Único. Nas hipóteses previstas neste artigo

devem os respectivos possuidores solicitar na

secretaria da Câmara Municipal o documento

de isenção, passado gratuitamente sobre

informação favorável da autoridade

veterinária a respeito do estado sanitário do

animal, e a respectiva chapa fornecida

gratuitamente pela Câmara Municipal.

Art. 137º Para a concessão de licenças para

cães deverão os interessados apresentar na

secretaria da Câmara Municipal:

a) Declaração feita em impresso próprio,

fornecido gratuitamente, na qual a autoridade

veterinária, certificará a não inconveniência

da concessão da licença, sob o ponto de vista

sanitário, e farão a classificação do animal;

b) Uma coleira na qual será colocada, no

acto da passagem da licença, uma chapa

metálica tendo gravadas as iniciais CMB, o

número de matrícula e a classificação do

animal, chapa essa fornecida pela Câmara

Municipal mediante o pagamento do

respectivo custo.

Art. 138º É expressamente proibido, dentro

da zona urbana da cidade o trânsito de gados,

mesmo conduzidos, os quais só em viaturas

poderão ser transportados.

Art. 139º As infrações ao disposto no

presente capítulo punir-se-ão pela forma

seguinte:

1. Divagação:

a) Aves de capoeira – Multa de

10$00 por cada uma.

b) Canídios, assim como animais

das espécies lanígeras, caprina ou suína –

Multa de 100$00 por cada animal;

c) Gado bovino, cavalar, muar ou

asinino – Multa de 200$00 por cada cabeça.

2. Trânsito – Artigo 138º - Multa de

500$00 por cada 10 cabeças ou fração.

CAPÍTULO X

Das águas

Art. 140º Carecer de licença da Câmara

Municipal, constante da tabela anexa a este

Código a pesquisa e captação de águas em

terrenos particulares.

Art. 141º É proibido:

1. Pesquisar e captar águas em terrenos

do domínio público municipal ou destinados

ao logradouro comum, bem como em

terrenos particulares abrangidos pela rede de

água;

2. Tornar as águas públicas prejudiciais

ou inúteis para aqueles que têm direito ao seu

uso, embaraçar-lhes o curso normal ou alterar

a sua direção, salvo o disposto na lei;

3. Utilizar as águas das fontes, tanques,

reservatórios e chafarizes públicos para, no

local, praticar actos de higiene corporal, lavar

quaisquer objectos ou animais, ou, ainda,

conspurcá-las por outra forma,

designadamente, bebendo-a com a aplicação

da boca nas respectivas bicas ou torneiras;

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4. Tirar águas dos tanques, chafarizes,

marcos fontenários, fontes, bocas-de-

incêndio e rega ou poços públicos para gastos

de oficinas, regas ou qualquer outro fim que

não seja doméstico sem prévia licença

municipal;

5. Fazer diminuir o caudal das fontes

públicas e pretender esvaziar os depósitos ou

reservatórios públicos;

6. Aproveitar águas públicas para fins

diferente daquele a que se destinam;

7. Recolher água dos chafarizes

públicos, sem autorização municipal, em

pipas, ou vasilhas de capacidade superior a

20 litros;

8. Tirar água dos tanques públicos

destinados a dessedentação de animais;

9. Plantar árvores a menos de Dez

metros das nascentes e fontes públicas, ou a

menos de quatro metros de canalizações de

águas, salvo os direitos adquiridos e o

disposto nas leis gerais ou especiais;

10. Urinar ou defecar junto das fontes ou

chafarizes;

11. Destruir os letreiros das fontes

públicas;

12. Tapar ou destruir os bicos dos

chafarizes e fontes públicas.

Art. 142º Dentro da zona urbanas da cidade

penas é permitido lavar roupa em instalações

existentes nos prédios ou nos seus

logradouros, ligados à rede geral de esgotos,

quando este existir, e que não se divisem da

via pública.

§ Único. A permissão estatuída no corpo do

artigo estender-se-á aos lavadouros públicos

a construir pela Câmara Municipal.

Art. 143º Nos lavadouros públicos a que se

alude no § único do artigo antecedente, será

proibido:

1. Dar vazão a águas em condições de

serem utilizadas;

2. Tomar banhos ou proceder a lavagens

corporais;

3. Lavar animais;

4. Empregar nas lavagens materiais

corrosivas;

5. Conspurcar as águas de qualquer

forma;

6. Lavar sem prévia desinfeção, roupa

de pessoas portadoras de doença contagiosa;

§ Único. De modo geral, será proibida a

utilização dos lavadouros públicos para fim

diferente daquele a que são destinados.

Art. 144º Aos utentes dos lavadouros não

será permitido:

1. Utilizá-los sem pagamento prévio da

taxa fixada pela Câmara Municipal;

2. Alterar a ordem da chegada;

3. Marcar lugares com antecedência;

4. Demorar sem necessidade ou por

acinte a sua ocupação;

5. Incomodar ou prejudicar, dentro do

recinto, os demais utentes;

6. Alterar a tranquilidade do recinto;

7. Proferir obscenidades ou, de qualquer

modo, provocar escândalo público.

Art. 145º Todo aquele que tiver poço,

cisterna, tanque, fonte ou mina com água, é

obrigado, sob pena de 1500$00 de multa, a

franqueá-lo para acudir aos incêndios,

sempre que for intimado pela autoridade

competente.

Art. 146º Dentro da área da cidade só serão

permitidos, sob pena de 500$00 de multa, os

poços cujas aberturas estejam

hermeticamente fechadas.

§ Único. Serão aterrados os poços que não

satisfizerem às condições indicadas no corpo

deste artigo.

Art. 147º Sem licença municipal e parecer

do delegado de saúde, é proibido abrir poços

e construir depósitos e cisternas para água

sob pena de 150$00 de multa e retificação ou

demolição da obra à custa do transgressor.

§ Único. Não será concedida licença para

abertura de poços a uma distância inferior a

100 metros de murro do cemitério.

Art. 148º As contravenções ao preceituado

no presente capítulo serão punidas com as

multas de 100$00 a 500$00.

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§ Único. Todo aquele que impedir ou

dificultar o normal aproveitamento de águas,

quando efectuado nos termos do disposto no

presente capítulo, incorrerá na multa de

500$00, sem prejuízo de outras sanções mais

graves que ao caso couberem.

CAPÍTILO XI

Das vendas e dos instrumentos de pesar e

medir

Art. 149º Todo aquele que dentro da área da

cidade, vender coisas que só por peso ou

medida podem ser vendidas, é obrigado não

só a pesá-las ou medi-las no próprio acto da

venda ou comprador, como também a ter os

instrumentos do sistema métrico decimal

necessário para pesar e medir.

Art. 150º Todos os objectos sujeitos a

pesagem ou medição no acto da venda

podem ser fiscalizados no decurso dela ou

logo em seguida, para se verificar o peso ou

medida.

Art. 151º Os géneros comprados ou vendidos

por grosso entre comerciantes, na forma

permitida pelo código comercial não estão

sujeitas às disposições deste capítulo.

Art. 152º Os que só venderem por grosso

não carecem de ter pesos nem medidas

inferiores a 10 kg e a 10 litros para secos e

líquidos.

§ Único. Os que só venderem por miúdo não

carecem ter pesos e medidas superiores aos

designados no corpo deste artigo.

Art. 153º Todo o vendedor é obrigado a ter

aferido, no prazo legal, os instrumentos de

pesar ou medir de que fizer uso.

§ 1º A aferição terá, lugar na secretaria da

Câmara Municipal ou no local indicado pelo

interessado no mês de Janeiro de cada ano,

sendo as taxas a pagar as estabelecidas na

tabela anexa.

§ 2º A falta de aferição, no prazo legal,

importa a apreensão dos instrumentos de

pesar ou medir não aferidos os quais

recolherão ao depósito de materiais da

Câmara Municipal, e somente serão

restituídos aos seus proprietários logo que

estes paguem a respectiva multa, bem como a

taxa devida pela aferição.

Art. 154º Fica proibido:

1. Usar instrumentos de pesar ou medir

com qualquer defeito, falta ou coisa que lhe

não deixe dar o peso devido ou medida;

2. Usar mais instrumentos de pesar ou

medir que os mencionados no respectivo

bilhete de aferição.

§ 1º Consideram-se em uso todos os

instrumentos encontrados nos

estabelecimentos, excepto os novos expostos

à venda.

§ 2º Os instrumentos usados a que se referem

os números 1 e 2 deste artigo, serão

apreendidos, nos termos do § 2º do artigo

anterior.

Art. 155º As medidas de secos serão sempre

rasouradas.

Art. 156º As medidas que servirem a algum

líquido oleoso não podem ser usadas para

outro líquido qualquer.

Art. 157º É proibida a medição de quaisquer

líquidos acidulados, por medidas de ferro,

cobre, estanho, zinco ou barro vidrado.

Art. 158º As infrações ao preceituado neste

capítulo serão punidas da seguinte forma:

a) Multa de 200$00 a 500$00 – artigo

155º, 156º e 157º;

b) Multa de 500$00 – artigo 153º;

c) Multa de 1000$00 – artigo 149º;

d) Multa de 500$00 a 1500$00 – artigo

154º.

CAPÍTULO XII

Dos mercados municipais

Art. 159º Os mercados destinam-se à venda

diária de carnes verdes, aves, caça, peixe,

carvão, lenha, ovos, frutos, legumes e demais

produtos e géneros alimentícios que

usualmente se vendem nos mercados

públicos.

Art. 160º Além dos produtos indicados no

artigo anterior, poderá a Câmara Municipal,

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quando haja locais vagos sobejantes,

autorizar neles, porém a título precário ou

transitório, a venda de quaisquer outros

artigos ou produtos, bem como a instalação

de estabelecimentos de natureza industrial.

Art. 161º Os mercados municipais

funcionarão durante os horários fixados pela

Câmara Municipal.

Art. 162º A utilização de quaisquer lugares

nos mercados para venda de produtos ou

quaisquer outros fins, depende de autorização

da Câmara Municipal.

§ 1º Nenhuma autorização será concedida

sem que o interessado apresente documento

comprovativo do cumprimento das

disposições legais respeitantes ao pagamento

das contribuições e impostos devidos pelo

exercício do comércio, indústria ou profissão.

§ 2º A base de tributação das taxas de

ocupação de lugares fixos, será o método

linear; dos lugares amovíveis será uma

percentagem sobre o valor dos produtos; no

mercado de peixe uma taxa fixa por kg de

acordo com a tabela anexa ao presente

Código.

§ 3º As autorizações são intransmissíveis por

qualquer título ou forma, pelo que só a

Câmara Municipal pode autorizar a

transferência de lugares fixos, bancas ou

mesas, salvo passagem para os herdeiros.

§ 4º As autorizações caducam

automaticamente por falta de pagamento das

taxas respetivas, e podem caducar quando se

verifique infração ao disposto neste capítulo

ou qualquer outra disposição legal ou

regulamentar a que deva corresponder esta

penalidade.

§ 5º Para se verificar se as pessoas que

ocupam os lugares fixos e as bancas são

aquelas a quem foram concedidas, ser-lhes-á

passado um cartão de identidade, para o que

terão de apresentar na secretaria da Câmara

Municipal duas fotografias.

§ 6º Quando qualquer vendedor, que por

doença ou outros motivos, não possa ocupar

o seu lugar de venda por tempo superior a 8

dias, deverá requerer à Câmara Municipal,

em papel comum, permissão para se fazer

substituir, indicando o tempo provável que

deve estar ausente e bem assim o nome e

morada da pessoa que o substitua, ficando o

ocupante responsável pelo pagamento que

lhe competir e não podendo a sua

substituição ir além de três meses, a não ser

por motivo justificado, que a Câmara

Municipal apreciará.

Art. 163º É proibido aos utentes dos

mercados sob pena de 50$00 a 1000$00 de

multa ou de suspensão de exercício por se ou

interposta pessoa pelo espaço de 2 a 30 dias:

1. Estabelecer a venda de géneros nos

mercados sem que tenham pago antes a

importância relativa ao terreno que ocupam;

2. Expor à venda géneros alimentícios

que, pelo seu estado de condições possam

prejudicar a saúde pública;

3. Lançar para os pavimentos dos

mercados quaisquer resíduos de animais,

penas de aves, folhas ou restos de hortaliças,

cascas de frutas ou legumes, lixo, água suja,

etc;

4. Colocar nos lugares qualquer

mobiliário que não seja superiormente

autorizado;

5. Deixar que quaisquer animais

destinados à venda ou em trânsito nos

mercados permaneçam em posição

incómoda;

6. Deixar abertas as torneiras da água;

7. Correr, gritar, proferir palavras

obscenas, incomodar por qualquer forma as

pessoas que frequentem o mercado;

8. Expor géneros à venda fora dos

lugares que tenham sido destinados;

9. Vender géneros diferentes daqueles

em que se encontre colectado em

contribuição industrial;

10. Ascender lume mesmo em fogão, ou

fogareiros, nos lugares, ou em qualquer sítio

do pavimento dos mercados;

11. Matar, depenar ou amanhar qualquer

espécie de criação ou mesmo tê-la presa ou

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solta, fora dos lugares para esse fim

destinados;

12. Defraudar qualquer comprador no

peso ou medida de género à venda;

13. Exercer à venda ambulante dentro do

mercado;

14. Expor à venda géneros sujeitos a peso

ou medida sem que o vendedor esteja munido

das respetivas balanças, pesos ou medidas;

15. Açambarcar ou comprar para

revender quaisquer produtos expostos à

venda.

Art. 164º O vendedor que insultar alguém ou

se lhe dirija em termos inconvenientes ou

desviar o comprador da venda de outrem,

incorre na pena estabelecida no artigo

anterior.

§ Único. Qualquer pessoa que dentro do

mercado se dirija em termos menos coretos a

outrem incorre na pena de multa de 50$00,

acrescida de ¼ por cada reincidência.

Art. 165º Fica proibida a venda, fora dos

mercados municipais ou de outros locais

devidamente autorizados, de géneros ou

produtos que no mercado devam vender-se,

sob pena de 50$00 de multa e apreensão do

que estiver exposto à venda, nos termos do

parágrafo seguinte.

§ Único. Os géneros e artigos apreendidos só

serão entregues ao transgressor se este pagar

a multa no prazo de 48 horas. No caso

contrário, serão os mesmos vendidos em

leilão no mercado, revertendo o produto a

favor do cofre municipal.

Art. 166º É expressamente proibida sob pena

de 150$00 de multa a entrada do público nos

locais reservados aos vendedores dos

mercados municipais.

Art. 167º Todos os artigos e géneros

destinados à venda no mercado darão entrada

pelas portas designadas pela Câmara

Municipal, sob pena de 50$00 de multa.

Art. 168º Os vendedores são obrigados, sob

pena de 100$00 de multa a dispor os géneros

e artigos de venda sobre as mesas e lugares

dos mercados.

Art. 169º Serão leiloados, revertendo o

produto para o cofre municipal, todos os

géneros e artigos deixados no mercado e de

que o vendedor não tome conta no prazo de

48 horas.

Art. 170º Os géneros, produtos e artigos

alimentícios expostos à venda nos mercados

municipais devem estar em prefeito estado de

conservação e só podem ser vendidos por

preços não superiores aos fixados, sob pena

de 150$00 a 500$00 de multa, se outra mais

grave não lhe couber.

§ Único. Os produtos ou géneros em mau

estado de conservação serão inutilizados pelo

fiscal, sem multa se o vendedor se conformar

com a opinião daquele. No caso contrário, os

mesmos serão presentes ao delegado de

saúde e, se forem julgados impróprios para o

consumo, serão inutilizados, aplicando-se ao

transgressor a multa fixada no artigo 163º, se

outra mais grave não lhe couber.

Art. 171º A taxa de entrada dos produtos e

géneros destinados aos mercados municipais

será paga diariamente à porta dos mercados,

por meio de senhas.

§ Único. Aquele que for encontrado a vender

dentro dos mercados, produtos ou géneros

sem a competente senha de entrada, incorrerá

na multa de 100$00.

Art. 172º Para execução do disposto neste

capítulo, haverá as necessárias espécies de

bilhetes que justificarão a ocupação dos

lugares nos mercados de conformidade com a

tabela anexa a este Código.

§ 1º Todos os volumes destinados ao

abastecimento entrarão obrigatoriamente pela

porta onde se encontra instalada a bilheteira.

§ 2º Para ocupação diária de qualquer lugar

de terrado, é necessário, além do pagamento

da taxa correspondente, que o vendedor se

sujeite à ordem de ocupação, e ao lugar que

lhe for designado pelo fiscal respetivo,

§ 3º As senhas de pagamento são

intransmissíveis.

Art. 173º Aos vendedores que ocupem

bancas ou lugares fixos, será retirada a

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a

autorização desde que deixem de pagar a taxa

fixa que os torna ocupantes certos, ou exercer

o seu negócio livremente durante mais de

oito dias consecutivos, salvo caso de doença

devidamente comprovada.

§ Único. Considera-se vago qualquer dos

lugares indicados no corpo deste artigo,

desde que o ocupante dê mais de trinta faltas

não justificadas no decorrer de um ano.

Art. 174º Todo o vendedor que desacatar ou

for menos correto para qualquer funcionário

dos mercados no exercício das suas funções

será suspenso de vender até 90 dias,

conforma a gravidade da falta, e, no caso de

reincidência em atos desta natureza, ser-lhe-á

proibida definitivamente a entrada no

mercado.

§ Único. As penalidades previstas neste

artigo são da competência da Câmara

Municipal.

Art. 175º Os casos não previstos no presente

capítulo serão resolvidos pela Câmara

Municipal.

CAPÍTULO XIII

Da inspeção sanitária de produtos

alimentares de origem animal e do

transporte e venda de carnes verdes, leite e

peixe

Art. 176º Na área da cidade de Bissau, a

ocisão de animais de talho para consumo

público, bem como a lavagem e preparação

das vísceras e miudezas respetivas, só podem

ter lugar no matadouro municipal ou em

casas de matança e matadouros particulares

legalmente autorizados, com inspeção

médico-veterinária oficial regular.

§ 1º No matadouro municipal podem também

ser abatidos animais destinados a outras

localidades, cobrando-se as taxas que forem

estabelecidas.

§ 2º Qualquer pessoa pode utilizar os

serviços de matadouro municipal para

ocasião de animais e preparação de vísceras e

miudezas, quando se destinem ao consumo

de sua casa.

Art. 177º Os animais para abate devem ser

apresentados com a marca do respetivo

proprietário ou fornecedor, cujo «fac-simile»

dará entrada previamente na secretaria da

Câmara Municipal; Porem, só serão

recebidos quando acompanhados de relação

donde constem a espécie de numero de

cabeças.

§ Único. As marcas referidas neste artigo

serão feitas à tesoura, tratando-se de bovinos

e a tinta, nos restantes casos.

Art. 178º È obrigatória a inspeção sanitária

municipal dos seguintes produtos alimentares

de origem animal com destino ao consumo

público na cidade:

a) Carnes verdes;

b) Carnes tratadas pelo frio;

c) Carnes secas, salgadas, ensacadas ou

por qualquer forma preparadas excepto as

conservas em embalagens destinadas ao

público, cuja indústria seja fiscalizada pelo

Estado;

d) Banha em rama e fundida, toucinho e

gorduras;

e) Vísceras e miudezas.

§ 1º Presume-se não ter havido inspeção

sempre que aqueles produtos não ostentem as

marcas impostas na lei.

§ 2º Ficam igualmente obrigado a mesma

inspeção os produtos indicados nas varias

alíneas deste artigo, que, embora provindo de

outras localidades e não se destinando a

consumo público em Bissau, por aqui

transitem, salvo se os seus portadores se

encontrarem munidos de iguais de trânsito,

passadas pelos serviços que tenham realizado

a inspeção.

Art. 179º A inspeção referida no artigo

anterior terá lugar no matadouro municipal.

§Único. Nos produtos que forem

considerados em boas condições apor-se-ão

as marcas regulamentares, fornecendo-se ao

apresentante, uma guia datada e assinada

pelo médico veterinário que efetuar a

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a

inspeção, donde constem os seguintes

elementos:

a) Os nomes e moradas do apresentante

e do destinatário das carnes;

b) A natureza, espécie, peso e

quantidade dos produtos inspecionados;

c) A espécie, qualidade e peso dos

invólucros utilizados;

d) A importância das taxas pagas;

e) A referência à aprovação dos

produtos.

Art. 180º As carnes verdes e vísceras

procedentes de outras localidades para

consumo na cidade de Bissau, só serão

admitidos à inspeção impostas pelo artigo

187º desde que:

1. Provenham de animais cuja ocisão se

tenha verificado em matadouros municipais,

ou em casas de matança e matadouros

particulares legalmente autorizados;

2. Ostentem as marcas

regulamentarmente estabelecidas.

§ 1º As carnes devem ser apresentadas da

seguinte forma:

a) Bovinos adultos: Metades (secção

longitudinal), ou quartos;

b) Bovinos adolescentes: Inteiros ou

Metades;

c) Suínos: Inteiros;

d) Ovinos e caprinos: Inteiros ou

Metades.

§ 2º É permitida a entrada isolada de lombos

e pernas de suínos.

§ 3º Os suínos, ovinos e caprinos abatidos

fora dos matadouros e destinados ao

consumo individual ou familiar deverão ser

apresentados inteiros, conservando presos

pelos laços naturais os pulmões, a língua, o

coração, fígado, baço e gânglios linfáticos.

§ 4º O cumprimento do disposto no nº. 1 e

aprovação das carnes e vísceras citadas no

corpo do artigo provam-se através de

documentos assinados pelos respetivos

médicos-veterinarios, onde se mencionará a

espécie animal, a data da ocisão e a natureza

das remessas e seus pesos.

Art. 181º Nenhuma peça poderá subtrair-se à

inspeção sanitária, sendo proibido extrair,

ocultar ou alterar o aspeto de quaisquer

lesões ou anomalias antes da referida

inspeção.

Art. 182º As peças impróprias para consumo

serão inutilizadas e lançadas em recipientes

apropriados, salvo em caso de recurso da

decisão que as rejeitou, ou quando o médico-

veterinário que realizar a inspeção entenda

que deve retardar-se aquela decisão.

Art. 183º Da decisão que rejeitar a totalidade

ou parte dos produtos submetidos a inspeção

cabe recurso para a presidência da Câmara

Municipal, a interpor no prazo de uma hora,

contado a partir do momento em que o

apresentante conheça aquela decisão.

§ 1º O recurso só terá seguimento se o

apresentante, logo que lhe seja comunicada a

rejeição, der a conhecer ao médico-

veterinário sua intenção de recorrer, para que

as carnes reprovadas possam manter-se em

estado de conservação conveniente e nas

condições em que se encontravam quando

foram submetidas ao exame sanitário.

§ 2º Aquele recurso será interposto através de

requerimento fundamentado, a que terá de

juntar-se prova do depósito de escudos

300$00 que serão entregues ao fiscal de

matadouro mediante recibo; em caso de

precedência, haverá lugar à restituição do

depósito desde que se verifique que 75 por

cento, pelo menos, do peso das carnes

rejeitadas ao recorrente, merecia aprovação.

§ 3º Julgará definitivamente o recurso, no

prazo de 24 horas, uma junta constituída pelo

médico-veterinário que rejeitou as carnes,

por outro designado pelos serviços de

Veterinária e por um terceiro, indicado pelo

recorrente, podendo na falta de Veterinários,

ser qualquer deles substituídos por um

médico.

Art. 184º É obrigatório o exame

triquinológico das carnes de suínos.

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Art. 185º O preceituado nos artigos 178º e

183º, aplica-se a todos os casos de

reinspeção, com as necessárias adaptações.

Art. 186º O transporte, dentro da cidade de

Bissau, de carnes verdes destinadas ao

consumo público, deve ser efetuado em

viaturas municipal afeta a esse serviço ou

veículos particulares que reúnam as seguintes

características:

a) Caixa fechada, com a boa ventilação

garantida por qualquer sistema apropriado e

que não ponha em risco a higiene das carnes.

b) Revestimento interior de caixa em

chapa de alumínio ou ferro inoxidável, de

suficiente resistência, com os cantos

arredondados e juntas soldadas ou

sobrepostas pelo menos em dois centímetros

de largura, de modo a não haver interstícios

entre elas;

c) Qualquer bom material isolante,

nomeadamente cortiça ou lã de vidro, entre a

parte interior da caixa e o revestimento

metálico interno;

d) Ganchos metálicos inoxidáveis, em

número bastante para as carnes transportadas,

fixados às paredes interiores da caixa e a uma

altura susceptível de evitar que aquelas

toquem no pavimento;

e) Exteriormente pintadas a esmalte

vermelho, com os dizeres «Transporte de

Carnes», a branco, podendo usar-se também

o branco e o alumínio, respetivamente.

§ Único. Os proprietários das viaturas

destinadas ao transporte de carnes devem

mantê-las nas melhores condições higiénicas,

não podendo utilizá-las para qualquer outro

fim.

Art. 187º Nenhum veículo poderá ser usado

em transporte de carnes para o consumo

público sem que se tenha procedido a vistoria

pelo médico-veterinário.

§ Único. A vistoria a que este artigo faz

referência deve ser requerida ao presidente

da Câmara Municipal, que, em face do

parecer do médico-veterinário, decidirá se o

veículo se encontra ou não, em condições de

ser utilizado.

Art. 188º Em caso de decisão no sentido de

se efetuarem transformações ou

beneficiações numa viatura, fica proibida a

sua utilização ao transporte de carnes para

consumo público até que a mesma venha a

ser declarada nas devidas condições.

Art. 189º A distribuição das carnes é da

responsabilidade do condutor do veículo e

será efetuada de acordo com o que for

estabelecido pela Câmara Municipal em

ordem ao abastecimento público.

Art. 190º Compete ao veterinário impedir o

acondicionamento de carnes verdes em

quaisquer recipientes que não satisfaçam aos

indispensáveis requisitos de higiene e

salubridade.

Art. 191º Só as carnes verdes aprovadas pela

inspeção sanitária podem ser vendidas para

consumo público.

§Único. Presume-se abatida

clandestinamente toda a carne que seja

exposta à venda ou vendida sem apresentar

as marcas de inspeção sanitária prevista na

lei.

Art. 192º Só é permitida a venda de carnes

bem como de peixe para consumo público

nos talhos e peixarias municipais ou nos

talhos e peixarias particulares devidamente

licenciados, sob pena de multa de 250$00 a

1000$00 para o vendedor e de 50$00 a

2500$00 para o comprador.

§ Único. Os talhos não podem expor à venda

produtos de salsicharia.

Art. 193º Designar-se-ão por talhos os

estabelecimentos destinados à venda, em

conjunto ou separadamente do seguintes

produtos:

a) Carnes verdes de bovinos, ovinos,

caprinos e acessoriamente de aves e coelhos;

b) Fressuras e miudezas alimentares de

bovinos, ovinos e suínos;

c) Carnes verdes de suínos e

acessoriamente carnes salgadas, fumadas e

ensacadas e banha.

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Art. 194º Sem prejuízo das que sejam

exigidas, para cada caso, no respetivo

regulamento, pela autoridade sanitária, os

talhos deverão satisfazer às seguintes

condições mínimas:

a) Independência em relação ao resto do

prédio em que se encontrem instalados;

b) Afastamento de locais ou

estabelecimentos insalubres ou tóxicos;

c) Capacidade necessária à sua higiénica

e cómoda utilização e presumível movimento

comercial, nunca inferior às indicadas no

respetivo regulamento;

d) Existências de instalações sanitárias,

que não abram diretamente para o

compartimento de venda;

e) Existência de Camara ou armário

frigorífico e mosquiteiro apropriado,

proporcionados ao movimento do

estabelecimento;

f) Varões ganchos metálicos polidos,

afastados das paredes e solo, para suporte das

carnes e fressuras;

g) Balcão metálico e mesas de material

compacto mas de superfície lisa ou

envidraçado com tampo de mármore, e

prateleiras de mármore ou vidro;

h) Iluminação e ventilação convenientes,

devendo as frestas e janelas ser providas de

rede de arame à prova de moscas;

i) Paredes revestidas, até dois metros de

altura, pelo menos, de azulejos brancos,

mármore ou outro material rígido, liso e

lavável, aprovado pelos peritos sanitários; a

restante extensão das paredes e o tecto

estocados e pintados a cores claras;

j) Pavimento liso e impermeável;

k) Abastecimento de água potável para

rede geral;

l) Drenagem de esgotos para rede geral

ou, quando isso não seja possível, para fossa

construída e localizada em condições

convenientes.

Art. 195º O funcionamento dos talhos

observar-se-ão as seguintes prescrições e

outras que foram consideradas necessárias

pelos peritos que intervierem na vistoria de

licenciamento:

a) Rigoroso asseio de todo o

estabelecimento, do material e utensílios;

b) Rigoroso asseio do pessoal e seu

vestuário, sendo obrigatório o uso de bata ou

avental brancos;

c) Conveniente resguardo das carnes,

fressuras e miudezas na câmara, armário

frigorifico ou mosqueiros, depois de

atendidos os compradores;

d) Remoção diária das aparas e limpezas

da carne, bem como do lixo, não sendo

permitida a varredura a seco do

estabelecimento;

e) Absoluta proibição de apresentação

das extremidades revestidas de unhas e de

insuflação ou assopradura dos pulmões.

Art. 196º A tabela de preços das carnes deve

estar permanentemente afixada em lugar bem

visível, de modo a poder ser consultado sem

dificuldade pelos compradores. A pesagem

da carne vendida será feita com o máximo

rigor, utilizando-se balanças e pesos

devidamente aferidos.

Art. 197º Não é permitido expor as carnes à

porta do estabelecimento, nem consentir,

neste, a permanência de pessoas que se saiba

serem portadoras de doenças infecto-

contagiosas, ou que não se apresentem com o

indispensável asseio.

Art. 198º A fiscalização ambulatória do

disposto o artigos 176º, 178º, 186º, a 189º,

191º, 192º, 194º e 195º, incumbe a uma

brigada (composta pelo veterinário e por um

agente de fiscalização sanitária), que deverá

dirigir-se a todos os locais onde se

pressuponha que são transgredidas as citadas

disposições bem como visitar com frequência

os estabelecimentos de preparação ou

armazenagem ou venda dos produtos citados

no segundo daqueles artigos.

Art. 199º As carnes e subprodutos

abrangidos pelos artigos anteriores serão

apreendidos sempre que se apresentem a

reinspeção sem os sinais da inspeção

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originaria determinados na lei, ou quando

sejam oferecidos ou expostos à venda sem

marcas de reinspeção e o portador não exiba

perante a fiscalização a guia indicada no §

único do artigo 179º.

§ Único. Efetuar-se-á também a apreensão

dos veículos ou recipientes onde se

encontrem as carnes ou subprodutos

apreendidos.

Art. 200º Fica expressamente proibido:

1. Vender carne ou peixe sem os pesar

ou recusar vender a quantidade pedida,

respeitando o rateio que for tido por

conveniente;

2. Recusar-se a vender carne ou peixe

com o pretexto de que se acham vendidos ou

encomendados;

3. Dar em contrapeso quantidade de

osso superior em peso à quarta parte de carne

vendida;

4. Dar sebo ou carne de uma região

inferior à da qualidade pedida;

5. Reunir num só peso carne de

quantidade diferente;

6. Praticar quaisquer actos ou empregar

quaisquer processos com o propósito de lesar

os consumidores.

Art. 201º Dentro da área da cidade a venda

do leite só pode ter lugar na Central Leiteira

da Câmara Municipal, depois de o mesmo ser

devidamente inspeccionado.

§ 1º O leite será vendido, todos os dias da

7:00 às 9:30 horas.

§ 2º Todos aqueles que, contrariamente ao

disposto no corpo deste artigo, venderem e

comprarem leite fora da Central Leiteira

serão punidos com a multa indicada na alínea

a) do artigo 203º, além da imediata apreensão

do leite.

§ 3º O leite apreendido se for julgado próprio

para o consumo será distribuído pelo hospital

e casas de caridade. No caso contrário será

inutilizado.

Art. 202º É expressamente proibido:

1. Vender leite de animais cujo parto se

tenha dado há menos de 8 dias; ou de animais

doentes, em especial dos atacados de doenças

infecciosas;

2. Usar, para conservação de leite

produtos químicos ou quaisquer outras

substâncias;

3. Adulterar, por qualquer forma, o leite;

4. Vender leite com mau sabor ou cor

anormal;

5. Empregar, na venda de leite, vasilhas

ou medidas que não estejam rigorosamente

limpas ou que estejam rolhadas com pano,

folhas ou qualquer outro objeto impróprio;

6. Utilizar para condução, venda e

medição de leite, recipientes de cobre, latão,

zinco, liga em que entre o chumbo, ou louça

esmaltada com fendas internas no esmalte.

Art. 203º As contravenções à matéria do

presente capítulo serão punidas com as

seguintes multas, além das especificadamente

previstas:

a) Com multa de 100$00 a 250$00, as

transgressões aos artigos não mencionados

nas alíneas seguintes;

b) Com multa de 250$00 a 500$00, as

contravenções ao disposto nos artigos 186º a

188º;

c) Com multa de 500$00 a 1000$00, as

infrações aos artigos 178º e 194º.

CAPÍTULO XIV

Do Cemitério Municipal

Secção I

Do funcionamento e organização

Art. 204º O Cemitério Municipal é destinado

a inumar os cadáveres de todos os habitantes

da cidade de Bissau.

Art. 205º O horário de funcionamento

normal do Cemitério é o seguinte:

Das 7 horas às 12 horas e

Das 14 horas a 17 horas.

§ 1º Este horário só poderá ser modificado

por deliberação da Câmara Municipal.

§ 2º Fora das horas regulamentares, os

cadáveres que derem entrada no cemitério,

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ficarão em depósito para serem sepultados

dentro daquelas horas. Exceptuam-se destas

disposições os cadáveres que, pelo seu estado

de decomposição, devam ser imediatamente

sepultados, por indicação do delegado de

saúde, ou em ocasião de graves epidemias.

Art. 206º A nenhum cadáver será dada

sepultura sem que sejam apresentados na

Câmara Municipal documentos que provem a

haver sido inscrito na conservatória do

Registo Civil o respetivo óbito.

§ 1º Quando o cadáver for procedente de fora

da cidade de Bissau, terá também de vir

acompanhado do alvará da autoridade

administrativa competente da respetiva área,

devendo nele constar que foram cumpridas as

disposições da Portaria de 7 de Janeiro de

1875, ou de qualquer outra disposição

regulamentar ou legal em vigor.

§ 2º Quando o cadáver tenha vindo do

estrangeiro, é necessária a apresentação, não

só dos documentos em língua estrangeira,

que o acompanharem, mas ainda a tradução

em português, devidamente legalizada no

respetivo consulado.

§ 3º Na falta ou insuficiência dos

documentos constantes deste artigo e seus §§

1º e 2º, os cadáveres ficarão depositados até

que os mesmos documentos sejam

apresentados devidamente regularizados.

§ 4º Quando o cadáver seja destinado a

coval, e a apresentação dos documentos não

for feita dentro do prazo de 24 horas, e se o

adiantado estado de putrefacção do cadáver

oferecer perigo para a saúde pública, a

Câmara Municipal dará parte as autoridades

policiais para estas providenciarem

imediatamente.

§ 5º Quando aparecer no cemitério algum

cadáver sem ter sido apresentado com as

formalidades legais, o pessoal ali empregado

dará imediato conhecimento a Câmara

Municipal, que por sua vez o comunicará às

autoridades Policiais.

Art. 207º No cemitério municipal, que será

dividido em quarteirões devidamente

numerados, haverá terrenos destinados à

construção de jazigos particulares e

sepulturas.

Art. 208º Qualquer pessoa pode adquirir, por

si ou por seu procurador, terreno para

sepulturas perpétuas mediante requerimento

à Câmara Municipal e pagamento da

respectiva taxa.

§ 1º Os interessados serão obrigados a

colocar nas covas um marco em material

indicado pela Câmara Municipal, onde serão

gravadas as letras S.P., ou mandar gravar a

preto as mesmas letras, nas lápides, se as

covas as tiverem.

§ 2º Os proprietários de terreno ocupado por

sepulturas perpétuas, podem cede-lo à

Câmara Municipal, que o receberá logo que

esteja livre de quaisquer restos mortais.

SECÇÃO II

Das inumações em sepulturas

Art. 209º As sepulturas terão as seguintes

dimensões:

1. Para cadáveres de indivíduos maiores

de 7 anos, terão 0,80 m de largura 2,15m de

comprimento e 1,40 m de profundidade e

serão separadas uma das outras de 0.40 m.

2. Para cadáveres de menores de 7 anos

terão 1,50 m de comprimento, 0.60 m de

largura e 1,40 m de profundidade, separadas

igualmente umas das outras 0,40 m.

§ Único. A abertura das sepulturas só pode

fazer-se 5 anos depois do enterramento.

Findo este prazo, serão publicados editais

para, no prazo de 90 dias, os interessados

mandarem fazer as exumações ou remoções

das ossadas para lugar próprio, sob pena de

as mesmas serem removidas por ordem da

Câmara Municipal para a vala comum.

Art. 210º Todas as sepulturas terão uma cruz

ou chapa com o número que lhe couber no

respetivo livro de registo de enterramento, de

maneira a saber-se sempre a data do mesmo.

Art. 211º Não é permitido o sepultamento

em covais dosa cadáveres que dêem entrada

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no cemitério em caixão de chumbo, salvo

rasgando-se largamente o chumbo do

mesmo.

§ 1º Nestas sepulturas, só poderão ser feitas

novas inumações ao fim de Dez anos, salvo

se, por necessidade do coval ou a pedido do

interessado, mediante o pagamento da

respectiva taxa de exumação, verificado que,

antes de terminado aquele prazo, os restos

mortais ali contidos, apresentem as partes

moles em estado de consumição completa.

§ 2º A taxa a cobrar pela inumação nos

termos do § anterior, será igual ao dobro da

taxa de renovação da sepultura.

Art. 212º Igualmente não é permitida a saída

dos cemitérios de caixões, urnas, ou

semelhantes em que foram conduzidos

cadáveres destinados a covas ou jazigos,

sendo aqueles queimados no forno de

incineração do cemitério, quando o houver,

ou enterrados com os respectivos cadáveres

ou suas ossadas.

Art. 213º Não é permitida a sobreposição de

cadáveres em covas ou valas, salvo em

circunstância excepcionais em que a Câmara

Municipal autorize, devendo nesse caso,

fazer-se a sobreposição de forma que, entre

as diferentes camadas, haja uma espessura de

terreno nunca inferior a um metro, e nunca

mais de três cadáveres sobrepostos.

§ Único. Estas covas ou valas só passados 7

anos poderão servir a novas inumações.

Art. 214º As inumações salvo as que tiverem

lugar em jazigos de família, fazem-se

indistintamente em todos os talhões, de sorte

que fiquem nos mesmos lugares e contíguos

uns aos outros, os cadáveres enterrados com

ou sem cerimonias religiosas, de

conformidade com o disposto no Código no

Registo Civil.

§ Único. As ossadas que não sejam

reclamadas pelos interessados, serão

depositadas em local reservado para esse fim

no cemitério.

Art. 215º As taxas de enterramento serão

cobradas na secretaria da Câmara Municipal

e constam da tabela anexa a este Código de

Posturas.

Art. 216º Ficam isentos do pagamento das

taxas de inumação em covais no cemitério

municipal, facto que deverá constar do

respectivo Boletim, os indivíduos que pelas

autoridades judiciais, administrativas ou

policiais forem enviados a nota de indigentes.

Art. 217º O ajardinamento das covas e a

colocação de epitáfios e de grades de ferro,

são permitidos aos interessados não

excedendo o perímetro das respectivas

sepulturas, uma vez requerido à Câmara

Municipal e paga a respectiva taxa.

SECÇÃO III

Das exumações e transladações

Art. 218º A abertura das sepulturas e

jazigos para exumações, terá de ser feita com

aviso prévio de 24 horas de antecedência,

pelo menos, e apenas poderá fazer-se depois

de paga a respectiva taxa.

§ Único. Ficam isentos desta taxa as

exumações para exames cadavéricos, que só

serão remetidas mediante ordem escrita da

competente autoridade judicial ou

administrativa.

Art. 219º Todas as despesas de exumação e

transladações serão de conta dos

interessados, salvo as exumações ordenadas

pelas autoridades judiciais.

Art. 220º Quando a transladação for de

jazigo para coval, colocar-se-á uma chapa

com as indicações necessárias para

verdadeira identificação.

Art. 221º Nenhuma transladação ou

exumação será feita sem prévio

conhecimento do vereador do pelouro do

cemitério e a presença do encarregado.

Art. 222º As transladações dentro do

cemitério carecem apenas da autorização da

Câmara Municipal, mas para fora dele,

seguir-se-ão as disposições regulamentares

policiais e sanitárias em vigor.

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Art. 223º Em todas as transladações devem

os restos mortais ser convenientemente

encerrados em caixões de chumbo sempre

que sejam transladados para jazigos, podendo

todavia ser encerrados em urnas, desde que

tenha passado o tempo necessário para que

estejam consumidas as partes moles.

SECÇÃO IV

Dos ossários municipal e particulares

Art. 224º O ossário municipal, será

destinado a receber ossadas retiradas das

sepulturas, e que não sejam reclamadas pelas

famílias interessadas.

§ Único. Os outros despojos retirados das

sepulturas como sejam restos de caixões,

calçado, roupas, etc., serão enterrados ou

queimados no forno de incineração do

cemitério, quando o houver.

Art. 225º Os ossários particulares, quanto

existirem, serão destinados a receber as

ossadas dos finados que forem pessoas de

família dos proprietários dos mesmos

ossários. Estes ossários deverão estar

fechados convenientemente por portas de

ferro ou de madeira, tampo de granito,

mármore, de alvenaria ou cimento, sendo

permitidas inscrições e termos apropriados ao

fim e ao respeito que se deve ter pelos

mortos.

SECÇÃO V

Da capela mortuária

Art. 226º A capela mortuária será utilizada

como jazigo municipal para nele serem

depositados os caixões e urnas com caixão de

chumbo até os interessados os removerem

para jazigo próprio ou para fora da cidade.

Aos referidos caixões e urnas será destinado

um número de ordem que ficará registado em

livro próprio na Secretaria da Câmara

Municipal. Este depósito será feito mediante

uma taxa constante na tabela junta.

§ Único. É isento do pagamento da referida

taxa o depósito de caixões e urnas de

militares morto na província em missão de

soberania.

Art. 227º Na capela do cemitério poderão ser

celebrados, pelos eclesiásticos escolhidos

pelos interessados, actos solenes, mediante o

pagamento da importância prevista na tabela.

SECÇÃO VI

Dos jazigos particulares

Art. 228º As pessoas que pretenderem

adquirir terreno no cemitério municipal para

construção de jazigos particulares ou

ampliações dos existentes, deverão requerer a

Câmara Municipal a porção de terreno que

necessitem, nunca podendo requerer para

jazigos de capela menos de um metro e trinta

centímetros de frente, por dois metros e trinta

centímetros de fundo.

Art. 229º Nos jazigos de capela as prateleiras

para os caixões colocados na parte superior

serão de granito, cimento ou mármore, não se

permitindo qualquer outro apoio. Nas

colocadas nos subterrâncos deverão ser

aplicadas vergalhões de ferro quadrado com

as dimensões apropriadas.

Art. 230º Os donos dos jazigos ou seus

representantes serão obrigados a mandá-los

limpar exteriormente, a vivar as letras dos

epitáfios e números de ordem e a pintar de 2

em 2 anos a contar da data conclusão do

jazigo ou quando a Câmara Municipal o

julgar necessário.

§ 1º. Na falta de cumprimento desta

disposição, são avisados diretamente, ou por

editais e anúncios nos jornais os proprietários

de jazigos ou seus representantes, para o

fazerem dentro do prazo de trinta dias a

contar da data dos mesmos avisos, editais ou

anúncios, findo este prazo será ao mesmo

aplicada a multa de 200$00 e a Câmara

Municipal mandara proceder a essas obras.

Os ditos proprietários ou seus representantes

ficam obrigados ao pagamento das despesas

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que se tiverem feito, não sendo permitida a

entrada ou saída dos cadáveres dos

respectivos jazigos sem que a importância

das despesas e multa sejam satisfeitas.

§ 2º Para se eximirem ao pagamento, os

proprietários ou representantes, não poderão

invocar a falta de recepção dos avisos

directos, porquanto devem indicar as suas

moradas na secretaria da Câmara Municipal,

sempre que mudarem de residência.

§ 3º No caso de se verificar que não residem,

ao tempo do aviso, na morada indicada,

bastarão para todos os efeitos deste artigo, os

avisos por anúncio, à sua custa, nos termos

do § 1º, em jornal onde sejam publicados os

anúncios da Câmara Municipal.

Art. 231º Quando o proprietário de um

jazigo queira fazer limpezas exteriores,

pinturas de portas, reparação de inscrições ou

retirar para fora do cemitério quaisquer

objectos que estejam dentro do jazigo, é

obrigado a participar à Câmara Municipal

esse facto, apresentando o respectivo título.

Art. 232º Quando para realização de

qualquer obra em jazigo, tenham de ser

retirados os cadáveres que ali se encontram,

o proprietário depositará o respectivo título

na secretaria da Câmara Municipal até

terminarem as obras e os cadáveres voltarem

para o jazigo.

§ 1º Quando for necessário abrir qualquer

jazigo subterrâneo ou de abóbada aberto nas

paredes, para poder dar entrada outro

cadáver, a abertura só poderá fazer-se desde

as zero horas até antes de o nascer do sol.

§ 2º Exceptuam-se desta determinação os

jazigos de abóbada abertos nas paredes que

tenham portas de ferro com vidraça e

respectiva fechadura, tal como os jazigos de

capela.

Art. 233º Todos os jazigos terão gravado na

face posterior o número do respectivo

registo.

Art. 234º A construção de jazigos deverá ser

feita no prazo de dois anos, e, não a

executando, pagará o concessionário a multa

de 1000$00 por cada ano ou fracção de ano

que decorra além daquele prazo.

§ Único. Decorridos 3 anos e desde que a

construção se não tenha concluído, o

concessionário perderá o direito ao terreno,

sem qualquer indemnização.

Art. 235º Os jazigos construídos abaixo do

nível dos arruamentos respectivos, deverão

sê-lo de modo a evitar a infiltração.

Art. 236º Os trabalhos de escavação serão

feitos sempre sob a inspecção do encarregado

do cemitério, devendo as terras deles

provenientes ser transportador para local

conveniente a expensas do proprietário do

jazigo.

Art. 237º Todos os trabalhos e aprestos de

materiais para construção de jazigos, devem

ser feitos fora dos cemitérios, e só depois de

convenientemente preparados é que poderão

ser conduzidos para dentro dos mesmos, a

fim de serem colocados.

Art. 238º O título de propriedade de jazigos

particulares, que será entregue ao

proprietário após a construção do seu jazigo,

será um documento lavrado na Câmara

Municipal, conforme modelo devidamente

aprovado pela vereação e assinado pelo

Presidente.

§ 1º O título de propriedade será só um,

ainda que o jazigo pertença a mais de um

proprietário, sendo a sua administração

regulada por acordo de todos eles.

§ 2º Nenhum jazigo ou sepultura perpétua

poderá ser alineado por qualquer título,

achando-se depositado nele algum cadáver

salvo se a alineação se fizer a favor dos

comproprietários, quando estes se obriguem

a manter no jazigo o cadáver ou cadáveres

que ali se encontrem, obrigação esta que

ficará averbada no respectivo título, e no

registo próprio da Câmara Municipal.

§ 3º É permitida a compropriedade do jazigo

por disposição testamentária, sucessão

legítima, ou qualquer outro título legal.

Art. 239º Quando tiver falecido o

proprietário ou qualquer dos

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a

comproprietários de um jazigo, os

respectivos sucessores deverão apresentar

perante a Câmara Municipal, título suficiente

e legal da sua habilitação, ou deduzi-la por

documento, juntando o respectivo título de

jazigo, e requerer o averbamento de

transmissão a seu favor, apresentando em

qualquer caso, documento comprovativo do

pagamento à Fazenda Nacional da

contribuição de registo, quando for devida,

ou de que ela não é liquidada na respectiva

Repartição de Fazenda.

§ Único. A habilitação, assim requerida, será

apreciada e decidida por deliberação da

Câmara Municipal precedendo informação

do consultor jurídico sempre que se suscitem

quaisquer dúvidas.

Art. 240º As transmissões dos jazigos

resultantes de título oneroso, nos casos

permitidos por este código, ou a título

gratuito que não seja de sucessão, serão

admitidas a averbamento em vista do

respectivo título.

§ 1º Para os averbamentos deve ser

apresentado o documento comprovativo do

pagamento da contribuição do registo que for

devido pela transmissão, ou documento que

certifique não ser divido nos termos da lei.

§ 2º As transmissões da propriedade dos

jazigos, que não sejam por título de sucessão

legítima ou testamentária, serão sempre feitas

por escritura pública.

Art. 241º Quando se verificar que, qualquer

jazigo particular se acha caído em ruínas ou

abandonado pelo seu proprietário, sem que

tenha sido comprida a obrigação de o

conservar e reparar, sendo desconhecida a

referencia do mesmo proprietário, ou quem

seja os seus herdeiros ou representantes, a

Câmara Municipal poderá ter-se por

desobrigada dando por retirada e sem efeito a

concessão do terreno ocupado pelo jazigo,

para efeito de retomar a posse dele, e dispor

livremente desse terreno.

§ Único. Para esse efeito a Câmara

Municipal, verificados estes factos e o estado

de jazigo por vistoria e informação do

respectivo vereador ou pelo encarregado,

mediante deliberação especial em sessão

pública, mandará publicar editais por espaço

de sessenta dias, com os respectivos anúncios

num jornal da cidade, chamando o

proprietário ou os seus sucessores, ou

representantes, a virem naquele prazo,

perante a Câmara Municipal, fazer

reconhecer o seu direito, e tomar conta do

jazigo, fazendo nele as reparações

necessárias para a sua restauração e

conservação, com a cominação de que, não o

fazendo, se haverá por retirada a concessão e

licença para ocupar o terreno, com a

construção do jazigo, e não comparecendo

ninguém, ou não sendo reconhecida a

habilitação de alguns herdeiros ou

sucessores, fará demolir o jazigo, removendo

os cadáveres e ossadas que nele estiverem

depositados para fossário Municipal ou para

a vala comum.

Art. 242º Não é permitida a entrada ou saída

dos cadáveres em jazigos particulares, sem

que seja bem conhecido o seu legítimo

proprietário ou a apresentação do respectivo

título.

§ 1º É proibido aos proprietários dos jazigos

o aluguer de qualquer compartimento para

depósito de cadáveres.

§ 2º O cadáver do instituidor e primitivo

proprietário do jazigo nunca dele poderá ser

retirado, salvo se o tiver permitido em

testamento, ou quando seja trasladado para

outro jazigo de valor superior pertencente à

família do finado.

§ 3º Nos jazigos particulares só é permitido o

depósito de cadáveres de pessoas de família

dos proprietários, compreendendo como

pessoas de família os ascendentes,

descendentes, irmãos e afins no mesmo grau.

§ 4º Se se pretender depositar em jazigo

particular um cadáver que não esteja nas

condições do § anterior, pagar-se-á à Câmara

Municipal a taxa que consta da respectiva

tabela.

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Art. 243º Os cadáveres destinados a serem

depositados em jazigos, quando não estejam

embalsamados, ou por outro modo

preparados para a decomposição, só o serão,

estando metidos em caixão de chumbo, e este

hermeticamente fechado por meio de

soldaduras.

Dentro dele se lançará a cal em pó

necessária, sendo depois metido num de

madeira.

§ Único. O chumbo empregado nos caixões,

terá de espessura, milímetro e meio, pelo

menos.

Art. 244º Para verificação do cumprimento

anterior, os caixões de chumbo deverão ir

abertos até ao cemitério.

§ Único. Porém, quando dentro da área da

cidade de Bissau, se queiram soldar os

caixões em casa, o interessado assim o

comunicará a Câmara Municipal para que vá

assistir a este acto um seu delegado. Para

remuneração deste serviço, o interessado

pagará à Câmara Municipal a quantia de

300$00, sendo de dia e 500$00, sendo de

noite.

Art. 245º Reconhecendo-se que de alguns

caixões saem gazes, líquidos, ou que o seu

estado de deterioração a tal possa dar lugar

com perigo para a saúde pública, será

avisado o proprietário para tomar as urgentes

providências que o caso requeira.

§ 1º Se o caixão não estiver em condições de

ser reparado, será envolvido em outro de

chumbo devidamente soldado, sob pena de

inumação.

§ 2º As reparações só podem ser feitas das 0

horas as 5 horas e nunca de dia em caso

algum.

§ 3º As colchas, coroas, urnas de madeira ou

quaisquer objectos que tenham recebido

esses líquidos serão rigorosamente

desinfectados ou queimados.

Art. 246º No caso artigo antecedente e seus

parágrafos §§, e ignorando-se a morada do

proprietário ou, quando avisado, não

comparecer no prazo indicado, a Câmara

Municipal comunicará imediatamente ao

Delegado de Saúde, que verificará se há

urgência para abrir e retirar o caixão ou

caixões para sepulturas reservadas, o que no

caso afirmativo, se fará, lavrando-se um auto

assinado pelo médico e outras pessoas que

assistirem.

§ 1º Os caixões retirados para sepulturas

reservadas poderão voltar para jazigo quando

os interessados o solicitem, e para isso os

caixões tenham sido devidamente reparados.

§ 2º Todas as despesas a que derem causa as

providências indicadas neste e no artigo

anterior, ficam a cargo dos proprietários dos

jazigos.

Art. 247º Os proprietários dos jazigos ficarão

obrigados sempre que a Câmara Municipal o

julgue necessário, a comparecer nos

cemitérios, ou a enviar um seu representante,

com a respectiva chave, a fim de se verificar,

se, interiormente, o mesmo jazigo, está nas

devidas condições.

§ 1º Esta visita será feita pelo vereador do

respectivo pelouro, pelo Delegado de Saúde,

encarregado do Cemitério e proprietário do

jazigo ou seu representante.

§ 2º Todas as reparações que haja a fazer em

caixões de chumbo, caixões de madeira, ou

urnas, Serão executadas dentro do cemitério,

em local que pelo encarregado for indicado,

quando o não possam ser dentro do próprio

jazigo.

SECÇÃO VII

Disposições gerais

Art. 248º Não é permitida nos cemitérios a

plantação de árvores de fruto ou qualquer

vegetal alimentício.

Art. 249º É proibida a entrada as pessoas que

se apresentem embriagadas, aos alienados, as

pessoas que se apresentem menos

decentemente vestidas, às que se apresentem

munidas de varapaus, ou que mostrem

irreverência ao respeito que se deve ter aos

mortos, e bem assim aquele que façam

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a

acompanhar de qualquer animal ainda que

preso por corrente.

Art. 250º Não é permitido a entrada da força

armada e bandas de música dentro do

cemitério, sem prévia autorização da Câmara

Municipal.

Art. 251º É expressamente proibido fazer

comentários menos respeitosos aos epitáfios

e inscrições, trepar aos túmulos, pisar as

sepulturas, arrancar ou colher flores e

arbustos, arrancar, alterar e deteriorar as

inscrições, e ainda mexer em qualquer

objecto colocado sobre as sepulturas.

Art. 252º É proibida a criação de aves

domésticas, ou qualquer animal dentro dos

cemitérios, e suas dependências.

Art. 253º É proibido a mendicidade dentro

dos cemitérios e na esplanada em frente.

Art. 254º Qualquer vereador ou empregado

dos cemitérios pode expulsar dos mesmos

todo o infractor ao disposto nesta Secção

requisitando o auxílio da autoridade policial,

se tanto for necessário.

Art. 255º Para os casos não previsto neste

capítulo a Câmara Municipal resolverá como

for mais conveniente, de harmonia com a

legislação em vigor.

Art. 256º As infracções ao preceituado na

presente secção serão punidas com a multa

de 100$00.

Câmara Municipal de Bissau, 8 de Agosto de

1968.

O Presidente, Luís Filipe Rosa de Oliveira

Liberato

____________________________________

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TABELAS DAS LICENÇAS A QUE SE

REFERE O PRESENTE CÓDIGO

TABELA I

Construções e Edificações

SECÇÃO I

Licenças para Obras

1. Construção ou reconstrução:

a) Taxa fixa …………………… 500$00

b) Por cada 30 dias ou fracção ... 250$00

c) Por cada m2 de superfície …….. 5$00

d) Casas de lamas cobertas de palha – taxa

única …………………………. 200$00

2. Reparações:

a) Taxa fixa …………………… 100$00

b) Por cada 30 dias ou fracção ...100$00

3. Taxas especiais independentes das

anteriores às quais acrescem:

a) Pela construção de muros de vedação

definitivos confinante com a via pública,

por metro linear ou fracção

……………………………………10$00

b) Pela construção, reconstrução ou

ampliação de pequenas casas de

arrecadação, capoeiras, telheiros e

congéneres em logradouros, jardins ou

quintais, por metro quadrado ou fracção

…………………………………… 2$50

4. Transformações:

a) Pela abertura, ampliação ou fechamento

de vão de portas e janelas, por cada

……...…………………………… 40$00

b) Pela reforma ou alteração da fachada,

por metro quadrado ou fracção … 5$00

c) Por transformações não especificadas,

por metro quadrado ou fracção de

superfície alterada ……………… 5$00

5. Demolições:

a) Pela demolição de edificações de

qualquer género quando não ordenadas

pela Câmara Municipal, por metro

quadrado ou fracção da área ocupada a

demolir …………………………... 3$00

6. Cotas de nível e alinhamentos:

a) Por metro linear …………………. 5$00

SECÇÃO II

Licenças de inscrição e responsabilidade de construtores.

7. Pela inscrição de técnicos:

a) Engenheiros e arquitectos……1000$00

b) Agentes técnicos………………750$00

c) Construtores civis e mestres de

Obras……………………………600$00

8. Pelo registo de termo de

responsabilidade de cada obra:

a) Por cada 30 dias ou fracção ….....100$00

SECÇÃO III

Licenças para habitação ou para ocupação de edificações

novas ou reconstruídas

9. Licenças para habitação:

a) Edificações, por cada metro quadrado

ou fracção de superfície e por habitação

(fogo)……………………….……..2$50

10. Licenças de ocupação:

a) Edificações, que se destinam a comercio

ou industria, por cada metro quadrado ou

fracção de superfície e por

pavimento………………………….5$00

b) Edificações destinadas a qualquer outro

fim, por cada metro quadrado e por

pavimento………………………….5$00

SECÇÃO IV

Taxas de vistoria

11. Vistorias a edificações novas ou

reconstruídas:

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a

a) Para habitação de prédios de um só

fogo…………………………...….50$00

b) Por cada fogo a mais …………….25$00

c) Para ocupação de loja, oficinas, garagens

etc., quando integradas em casa de

habitação ………………………..50$00

d) Para ocupação de edifícios totalmente

destinados a fins comerciais e

industriais, com um só

pavimento……………………….150$00

Por cada pavimento a mais………50$00

12. Vistoria para efeitos de beneficiação e

mudança de inquilinos:

a) Para prédios de um só fogo…….25$00

Por cada fogo a mais……………15$00

b) Para edifícios totalmente destinados a

fins comerciais ou industriais….75$00

13. Vistorias não especificadas, como as

necessárias para prédios em ruínas,

avaliações, etc., quando não

determinadas pela Câmara……500$00

Observações

1a – Tratando-se de um bloco de casas de renda

económica a taxa a cobrar pela de cada habitação

será reduzida a 50 por cento.

2ª – Só serão considerados prédios de renda

económica aqueles cuja renda mensal por fogo

não exceda 1200$00.

3ª – Sobre as taxas de vistorias a edificações

novas ou reconstruídas e as levadas a efeito

para efeitos de avaliação, quando não

determinadas pela Câmara Municipal, será

cobrado um adicional de 50$00 por cada

perito.

SECÇÃO V

Diversos

Pela ocupação da via pública com

resguardos, tapumes, andaimes e materiais:

14. Tapumes:

a) Por cada mês ou fracção – por metro

linear ou fracção ………………… 2$50

15. Andaimes:

a) Na parte defendida por tapume (isento

de taxa).

b) Na parte não defendida por tapume, por

cada mês ou fracção por metro linear ou

fracção …………………………. 2$50

16. Depósito de materiais:

a) Ocupando a via pública fora dos

tapumes, por mês ou fracção – por metro

quadrado ou fracção …………….. 5$00

TABELA II

Licenças para ocupação de lugares públicos ou

destinados a logradouro comum

1. Para apascentar gado, em locais para esse

fim destinados:

a) 10 cabeças ou fracção de gado bovino ou

asinino, por dia ……..…………….. 5$00

b) Por cada 10 cabeças ou fracção de gado

ovino ou caprino, por dia ………… 2$50

2. Para preparar materiais ou ingredientes,

por dia ……………………………. 5$00

3. Para abrir covas ou fossos ou cavar

qualquer coisa ……………………. 50$00

4. Para arrancar, cortar quaisquer plantas ou

desbastá-las, por cada ……………. 25$00

5. Para extrair pedra, terra cascalho, barro ou

saibro ou retirar entulhos, por cada metro

cúbico ou fracção ………………… 10$00

6. Para extrair areia por cada metro cúbico

ou fracção...……………………… 15$00

7. Para extrair materiais não especificados,

por cada metro cúbico ou fracção

……………………………………. 10$00

8. Para deitar terra, estrume, entulhos ou

outros materiais, seja qual for a sua

natureza ou proveniência, em locais

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a

indicados pela Câmara Municipal, por

cada metro cúbico ou fracção ……. 5$00

9. Para fazer exposição de jornais, revistas,

quinquilharias ou outras bugigangas, por

cada metro quadrado ou fracção e por dia

……………………………………... 1$00

10. Para depositar quaisquer objectos ou

materiais por tempo não superior ao

mínimo necessário para a carga e a

descarga por cada hora ou fracção

…………………………………….. 5$00

11. Para estabelecer carris ou outros

meios para facilitar o transporte de

materiais de construção ou outros, por

cada metro de via e por semestre … 50$00

12. Para pôr a enxugar ou estender, por

qualquer motivo sacaria, velas e outro

artigos, por metro quadrado ou fracção e

por dia …………………………….. 2$00

13. Para colocação de mesas, cadeiras,

bancos, pavilhões volantes e outros que

sejam permitidos, por metro quadrado ou

fracção por mês …………………… 5$00

14. Para depositar caixotes, bidões e

outros materiais, por metro quadrado ou

fracção por dia ……………………. 3$00

15. Para construções provisórias por

motivo de festejos ou celebrações não

oficiais, quando autorizados, por metro

quadrado ou fracção por cada período de

15 dias ou fracção ………………. 100$00

Sendo para fins exclusivos de

beneficência ……………………... Isento

16. Para montar mastros nas mesmas

condições, por cada e por dia ……. 4$00

Sendo para fins exclusivos de

beneficência ………………….… Isento

17. Para ter guindastes ou outros

instrumentos de força na via pública, por

cada e por dia ……………………. 5$00

18. Para construir passadiço, ramadas e

alpendres sobre a via pública, por metro

quadrado ou fracção e por mês ….. 5$00

19. Para colocação de tubos subterrâneos

para condução de qualquer líquido por

metro linear ou fracção ………… 10$00

20. Para colocação de fios telegráficos e

telefónicos subterrâneos (não

pertencentes ao Estado), por metro linear

………………………………….. 10$00

21. Por toldos dando para a via pública, por

metro quadrado ou fracção e por mês

……………………………………. 2$50

22. Para ter cabines telefónicas, taxa mensal

e por cada ……………………… 75$00

23. Para ter postos telefónicos, taxa mensal e

por cada ………………………… 45$00

SECÇÃO II

Licenças para ocupação de terrado

24. Pela ocupação de terrado:

a) Engraxadoria, por metro quadrado ou

fracção e por mês ………….... 30$00

b) Engraxadores, por cada caixa e por

mês ………………………….. 15$00

c) Fotógrafos, por cada máquina e por

mês ………………………….. 30$00

d) Estantes para livros, por metro

quadrado ou fracção e por mês

……...………………………... 30$00

e) Caixas para venda de gelados, por

cada e por mês ……………… 30$00

f) Balanças para pesar pessoas, por cada

e por mês …………………… 30$00

SECÇÃO III

Licenças para postos abastecedores de gasolina

25. Com deposito no subsolo – da via

pública:

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a

a) Bombas de gasolina e gasóleo, por

cada e por ano …………..… 1500$00

b) Bomba de ar e água, por cada e por

ano ……………………….... 500$00

26. Bombas volantes instaladas na via

pública, por cada e por mês ……. 75$00

Observações: - A autorização para trespasse

das instalações acima referidas, taxa igual à

liquidada anualmente.

SECÇÃO IV

Licenças para reclames de anúncios

27. Reclames a anúncios luminosos, por

cada e por mês ………………….. 20$00

Observação: - Por cada um além do primeiro

e por mês ……………………………. 15$00

28. Bandeiras de reclame por cada e por mês

…………………………………… 5$00

29. Afixação de anúncios e cartazes em

paredes, muros, tapumes, etc.,

confinantes com a via pública, por metro

quadrado ou fracção e por mês …. 5$00

30. Tabuletas com anúncios de espectáculos

e cartazes de divertimentos públicos, por

metro quadrado ou fracção e por mês

…………………………………… 5$00

Sendo para fins exclusivos de

beneficências ……………...…… Isento

31. Para montar postes e marcos

anunciadores não luminosos, por cada e

por mês …………………………. 50$00

Quando sejam anunciadores de mais de um

produto ou firma, o dobro da taxa

estabelecida.

32. Fitas anunciadoras e reclames

atravessando a via pública e painéis, por

cada e por mês …………………. 50$00

33. Placas proibindo afixar anúncios ou

cartazes, por cada e por mês …..…10$00

34. Distribuição de impressos para reclames,

taxa mensal……………………….50$00

35. Tabuletes ou placas anunciadoras, por

cada metro quadrado ou fracção e por

ano……………………………..…30$00

36. Dizeres ou letreiros, números, iniciais ou

emblemas, etc., pintados, gravados ou

em relevo, em prédios onde existem os

estabelecimentos comerciais reclamados

ou apostos em veículos, por cada letra

taxa mensal……………………….10$00

37. Exposição de fazendas, ou quaisquer

objectos, nos passeios em frente aos

estabelecimentos ou fora das ombreiras

ou padieiras, por metro quadrado ou

fracção e por mês ………….….. 100$00

38. Reclames sonoros na via pública, taxa

mensal ………………………… 150$00

39. Aparelhos de rádio, altifalantes e outros

aparelhos sonoros, fazendo emissões

para a via pública ou estabelecimentos,

ou para fins comerciais, taxa mensal e

por cada ………………………. 150$00

40. Reclames (exibição) na via pública, por

dia ………………………………... 5$00

41. Homens – reclame com anúncio por dia

……...…………………………… 20$00

42. Globos, cubos, prismas e semelhantes

não luminosos, por cada e por mês

……..…………………………… 30$00

43. Vitrines, mostradores, montras e quadros

colocados em locais confinantes com a

via pública por cada metro quadrado ou

fracção e por ano ………………. 25$00

44. Anúncios não especificados, taxa

mensal ………………………….. 50$00

45. Para afixar, pintar ou reformar letreiros,

tabuletas, placas, quadros, escudos,

esferas e outros emblemas destinados a

chamar a atenção dos transeuntes, taxa

única ……………………………. 50$00

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TABELA III

Aferição de pesos e medidas (anual)

1. Por cada medida de comprimento

…..................................................... 10$00

2. Por cada medida de massa ………… 3$00

3. Por cada medida de capacidade para secos

ou líquidos ………………………… 3$00

a) Sendo de vidro …………………. 4$00

4. Por cada medida de volume …..…. 10$00

5. Por cada medidor automático ……. 50$00

6. Bombas medidoras de gasolina e óleo,

cada ……………..………………. 150$00

7. Por cada balança de balcão ……… 30$00

8. Por cada balança automática ou

centesimal ……………………….. 50$00

9. Por cada báscula …..…………… 150$00

TABELA IV

Taxas e licenças pela ocupação dos mercados,

matadouro e talhos

SECÇÃO I

Mercados

1. Por cada vendedor e por dia a entrada:

5% Sobre o valor dos produtos.

2. Aluguer de balanças, por cada e por dia

(carne e peixe) …………………..… 2$50

3. Aluguer de balanças, por cada e por dia

(outros artigos) ……………………. 1$00

4. Aluguer de mesas, por metro linear ou

fracção e por dia …………………... 5$00

5. Aluguer de postos de venda por cada e por

mês (base de licitação) ………… 200$00

6. Terrado, por cada metro quadrado ou

fracção, além de 1 metro quadrado a que

cada vendedor tem direito ………… 1$00

7. Pela venda nos Mercados Municipais:

a) – Carne de qualquer espécie, por kg

………………………………….. $50

b) – Peixe e marisco por kg ………. $50

SECÇÃO II

Matadouro

8. Licenças para abate de gado para consumo

público:

a) – Bovinos ……………………. 30$00

b) – Vitelas e suínos ……………. 15$00

c) – Cabras e carneiros ………….. 5$00

9. Licenças para abate de gado para consumo

domestico:

a) – Bovinos ……………………. 60$00

b) – Vitelas e suínos ……………. 30$00

c) – Cabras e carneiros ……….... 10$00

10. Pela inspecção: Por cada cabeça de

gado (emolumentos para o pessoal que

intervier na inspecção):

a) – Bovino ……………………. 15$00

b) – Suíno …………. ……………. 7$00

c) – Lanígero e caça …………….. 3$00

11. Feira de Gado:

a) – Por cada bovino ………..….. 40$00

b) – Por cada suíno ……….…........5$00

c) – Por cada cabra ou carneiro..... 2$50

TABELA V

SECÇÃO I

Taxas

1. Inumação em covais:

a) Sem caixão …………………. Isento

b) Caixão de madeira, adultos …. 20$00

c) Idem de menores de 12 anos... 10$00

d) Nados mortos ………………... Grátis

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2. Inumação em sepultura perpétua, por cada

caixão, além do primeiro …….… 500$00

3. Exumação e transladação:

a) Por cada uma ………………. 500$00

b) Emolumentos a cada um dos

indivíduos que, nos termos legais tem

de assistir à exumação ……. 200$00

4. Concessão Perpétua de terrenos:

a) – Por cada metro quadrado de terreno

ou fracção destinado a colocação de

lápide simples ……………… 300$00

b) – Por cada metro quadrado de terreno

ou fracção destinado a construção de

jazigo …..…………………. 500$00

c) – Por cada metro quadrado ou fracção

de terreno para construção de

qualquer monumento ……… 400$00

5. Tratamento de sepulturas:

a) -Ajardinamento, taxa mensal

………………………………. 30$00

b) – Abaulamento, por cada período de

um ano ……………………… 50$00

6. Depósito de caixões:

a) – Na capela ou no depósito reservado

por cada mês ou fracção ……. 50$00

b) – No depósito geral – por cada mês

ou fracção …………………. 20$00

c) - No depósito geral – quando

motivado por obras em jazigos

particulares – por cada caixão e por

cada mês ou fracção ………… 30$00

SECÇÃO II

Licenças

7. Licenças Diversas:

1. Decorações fúnebres das capelas do

Cemitério:

a) – Armar tarima na capela …... 10$00

b) Armar tarima própria ………... 50$00

c) Armação da capela. …………. 50$00

2. Obras em Jazigos e Sepulturas:

a) – Construção, conservação ou

ampliação de jazigos ……..... 200$00

b) Construção de lápides simples

……...………………………. 100$00

TABELA VI

Licenças diversas

1. Por cada transmissão, endosso ou

remissão de terrenos ……………. 200$00

2. Casas ou recintos de espectáculos por

cada lugar, taxa anual (exceptuando os de

carácter desportivo) ……………… 10$00

3. Circos por cada 30 dias ou fracção …….

…………………. ………………. 500$00

4. Verbenas, quermesses ou festas similares,

por dia …………………………… 20$00

5. Bailes:

a) Sem bufete …………………. 75$00

b) Com bufete …..……………. 150$00

6. Batuques(a) ……………………… 30$00

7. Leilões em estabelecimentos próprios ou

alheios, por cada …………...…… 300$00

8. Casas de exploração de jogos lícitos, taxa

anual …………. ………………. 5000$00

9. Jogos de laranjinha e semelhantes, taxa

anual ……………………….…… 400$00

10. Para queimar fogo de artificio, por

cada dia …………………………... 50$00

11. Por cada carinho de mão para transporte

de materiais ou mercadorias, taxa anual

……………………………………. 60$00

12. Matrícula de velocípedes:

a) Com motor …………………. 200$00

b) Sem motor …………...……… 75$00

_________________________________

a) Só na zona suburbana.

Câmara Municipal de Bissau - Av. Domingos Ramos - CP 034 Bissau Digitado pelo GEP – Gabinete de Estudos e Planeamento

MAIO DE 2013

45

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21. …….

Câmara Municipal de Bissau, 8 de Agosto de 1968.

O Presidente, Luís Filipe Rosa de Oliveira

Liberato.