Psicofilosofia Huna

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Para se falar sobre qualquer tema referente a psicofilosofia Huna, mister se faz que coloquemos alguns dos conceitos bsicos desses ensinamentos. Tudo comeou com Max Freedom Long, psiclogo americano que em 1917, logo aps sair da faculdade, foi morar no Hava onde exerceu a profisso de professor em pequenas localidades; depois de vrios anos, mudou-se para Honolulu, onde conheceu o Dr. William T. Brigham, antroplogo e pesquisador que trabalhava no Bishop Museum de Honolulu. Sua inteno era conhecer o Dr. Brigham e conversar com ele sobre suas dvidas em relao a certos fenmenos, sobre os quais, durante todo o tempo que lecionou ouviu narrativas. Relacionavam-se a curas, mortes e andar sobre lavas vulcnicas, no sendo, no entanto, divulgados e, os nativos quando abordados sobre os mesmos calavam-se. Eram atribudos a certas pessoas que tinham um poder e conhecimento especial, mas que disso guardavam segredo e se isolavam; eram chamados de khuna[1]. Durante trs anos de convivncia com Dr. Brigham, ele lhe passou quarenta anos de pesquisas e experincias que teve com os khuna, eliminando da mente de Long a idia de que tudo no passava de superstio. Brigham no tinha a chave para explicar os fatos, mas supunha estarem ligados a trs situaes que deveriam ser desvendadas, o que daria a resposta desejada; dizia que dependiam de uma conscincia que manipulava, uma fora que exercia ao, sobre uma matria especial. M. F. Long durante longo tempo abandonou suas pesquisas por no encontrar respostas para as indagaes. Acordou numa noite com o pensamento de que se estudasse as razes das palavras havaianas usadas pelos khuna em seus rituais, iria encontrar o que vinha procurando. Foi assim, que descobriu o mecanismo desses fenmenos, passando para a prtica os resultados; fundou uma associao para pesquisas sobre Psicofilosofia Huna e formulou as teorias que colocou em seu primeiro livro sobre o assunto, publicado em 1936. Suas concluses so de que o homem espiritualmente um ser trino formado de trs espritos independentes e de um corpo fsico, quando encarnado. Em Havaiano, so denominados: unihipili, uhane, Aumakua e kino (corpo), equivalentes ao Eu Bsico ou Subconsciente, Eu Mdio ou Consciente, Eu Superior ou

Superconsciente e corpo fsico, facilitando o nosso entendimento de bons ocidentais. Possuem uma substncia etrica que chamou de aka responsvel pela formao do corpo de cada esprito; em Havaiano kino-aka, que significa corpo sombreado. Esto unidos por uma energia que denominou mana, produzida pelo unihipili e distribuda aos outros dois por meio de fios da substncia aka, que fazem a coeso do ser humano e de tudo na teia-aka (universo) que possua vida[2]. A energia mana, parte do Poder Divino Mana[3]; existe na natureza e fornecida pela alimentao e pelo ar, do qual, absorvemos pela respirao, a essncia dessa energia que sustenta a vida. No ser humano, existem sob trs formas: Mana, para o unihipili e kino, mana-mana para o uhane e kino e mana-loa para o Aumakua. O unihipili o responsvel pela concentrao e distribuio dessa energia aos outros espritos, mantendo a unidade em sua integridade. O unihipili possui as memrias e o centro da conscincia; ele fornece ao uhane as informaes pelas lembranas gravadas nas memrias, sendo levadas pelos cordes-aka ao uhane que formula os pensamentos indutivos, apangio do homem. O uhane ou eu mdio o esprito que fala e usa o pensamento indutivo, propriedade exclusiva do ser humano. Os dois esto ligados ao corpo, sendo o unihipili o modelo celular. O Aumakua est unido aos dois espritos citados e ao corpo por um cordo de substncia aka, mas no faz parte do corpo fsico. Como vemos, h alguma semelhana com a teoria de Freud com o Id, Ego, Superego e Libido. Outro modelo nos foi dado pelo psiclogo e xam Serge K. King; que ao contrrio de Max Freedom Long, que no teve contato com um kahuna, foi adotado por uma famlia havaiana aos dezessete anos. Nessa famlia, havia dois khuna, tendo um deles se tornado seu mestre, passando-lhe grande parte desse conhecimento secreto, o qual, s era transmitido at ento, de pai para filho e oralmente. Ele atualmente mora no Hava onde dirige uma Organizao chamada Aloha. Intitula-se Kahuna e pratica o Xamanismo Havaiano transmitido por Wana Kahili, seu mestre kahuna. Segundo ele, ns somos formados por trs aspectos independentes e unidos por uma fora ou poder divino, que se manifesta sob a forma de energia. Como Max Freedom Long, conservou na Lngua Havaiana; os nomes dados para o subconsciente, que denominou Ku; ao consciente, Lono e ao superconsciente, Kane. Ao Poder Divino, denominou Mana; cada um desses elementos possui um corpo prprio, denominado kino-aka. Quando h total harmonia entre eles, surge o ser perfeito que denominou de Kanaloa. Fala de um poder Supremo chamado Kumulipo que tambm o livro dos cnticos do Antigo Hava, o Livro da Criao. Enquanto Max Freedom Long concentrou a essncia de sua teoria na Prece-Ao, como maneira de se obter resultados, Serge King

trabalha com os sete princpios bsicos, onde se concentra a fora do Xamanismo havaiano. Para ambos, o pensamento o gerador das aes, e, assim, o responsvel por tudo que acontece com o ser humano, tanto para o lado bom como para o ruim da vida. No desceremos a detalhes ou maiores explicaes dos mecanismos de ao desses conhecimentos e, para os que se interessarem, h uma literatura sobre o assunto, tendo sido alguns livros traduzidos para o Portugus. Os sete princpios fazem parte da Tradio Secreta dos khuna e sintetizam grande parte da Psicofilosofia Huna e, conseqentemente, s podero ser realmente sentidos por aqueles que conseguiram uma situao interior de percepo, aceitao e conscientizao desses princpios. Creio que o estudo dos princpios, dos corolrios e de seus atributos ou talentos, de fundamental importncia no aprendizado e na prtica de qualquer situao em que entra o conhecimento Huna. Eles do o sentido psicolgico da palavra, base para se conseguir a f e o sentido do som emitido ao pronunci-las; dinamiza a situao, levando-se ao resultado desejado, que para ns hoje, o estudo da morte. A cada princpio, corresponde um atributo; representam qualidades especiais a serem desenvolvidas e so percebidas de maneira diferente da do cotidiano. Os sete princpios, segundo Serge King, so: 1. IKE - O mundo o que voc pensa que ele . Corolrio: Tudo sonho. Todos os sistemas so arbitrrios. Utilizao do poder do pensamento. 2. KALA - Seu poder ilimitado. Corolrio: Tudo est interligado. Tudo possvel. Separao apenas uma iluso til. Utilizao das ligaes energticas. 3. MAKIA - A energia segue o curso do pensamento. Corolrio: A ateno segue o fluxo energtico. Tudo energia. Utilizao do fluxo de energia. 4. MANAWA - Seu momento de poder agora. Corolrio: Tudo relativo. Utilizao do momento presente. 5. ALOHA - Amar ser feliz, compartilhar com... Corolrio: O amor aumenta quando o julgamento diminui. Tudo est vivo, perceptivo e ativo. Utilizao do poder do amor. 6. MANA - Todo poder vem de dentro. Corolrio: Tudo tem poder. O poder vem da permisso (criao). Utilizao do poder da permisso.

7. PONO - A eficcia a medida da verdade. Corolrio: Existe sempre outra forma de se fazer algo. Utilizao do poder da flexibilidade. O atributo de cada princpio : 1. IKE - Viso; uma maneira diferente de se perceber as coisas; a viso metafsica da realidade. A viso comum das coisas chama-se Ike papakahi; a viso do primeiro nvel. A viso metafsica chama-se Ike Papalua; a maneira de se perceber a realidade atuando num segundo nvel, de onde se controla o primeiro. 2. KALA - Esclarecimento; a maneira que se tem para agir fazendo com que se consiga claramente a unio de seu Eu com o universo; a transformao do homem em um ser holstico. 3. MAKIA - Focalizao; focalizar na mente as intenes, objetivos, metas e propsitos. uma maneira de se conseguir uma reviso permanente das motivaes, o que d maior eficincia s aes e uma grande capacidade de frustrao. 4. MANAWA - Presena; sendo o presente o nosso tempo, o aqui/agora e o agora/aqui, so situaes das quais se tira todo proveito para o entendimento e a compreenso e quanto mais atento se est, mais presente se faz e mais frutos se colhe das aes praticadas. 5. ALOHA - Bno; em todas intenes, atitudes e aes, se se consegue reforar o bem no presente ou em potencial, quer pela palavra, imagem ou ao, pode-se sentir a bondade, enxergar a beleza e apreciar a percia com que se age; assim, se est abenoando. O xam age de maneira diferente porque capaz de abenoar o bem potencial atravs de desejos de sucesso s pessoas a quem se dirige. 6. MANA Permisso; para que qualquer coisa tenha poder, necessrio que se lhe atribua esse poder que se quer transmitir, isto , permite-se que tenha esse poder. Isso pode ser feito com pessoas e objetos; s se consegue isso com a energizao do que se quer atribuir poder. Assim como se pode dar poder, tambm se pode tirar. O xam guerreiro personifica o mal lhe dando poder, aprendendo como conquist-lo; o xam destemido tira o poder do mal despersonificando-o e aprendendo sobre ele, conseguindo a harmonia, fazendo assim, desaparecer o mal. 7. PONO - Tecelo de sonhos; o xam tece seus prprios sonhos desenvolvendo suas habilidades e, assim, poder ajudar os outros a tecerem seus sonhos. Ele tem habilidade para fazer curas, as quais, tm um sentido diferente das curas comuns das doenas. Por exemplo, um massagista, massageando o corpo de um paciente, est usando suas mos para curar o corpo fsico. O xam massagista, massageando, estar usando o corpo fsico como ferramenta para tecer um novo sonho e curar o esprito. So duas situaes em que as aes parecem semelhantes, mas a inteno faz com que se

diferenciem. No primeiro caso, houve uma cura corporal e no segundo, ao tecer um sonho, propiciou uma cura fsica e mental; provocou uma mudana espiritual que manter o indivduo com novas intenes e atitudes de vida, criando uma nova crena. Essa situao eficaz e a eficcia est na capacidade de tecer sonhos do xam e das mudanas sofridas, que mantero o indivduo com suas novas crenas. Cremos estar ai, a diferena das duas palavras da Lngua Inglesa: cure e healing; a primeira a resposta de cura do massagista e a segunda, a resposta de cura do xam. Foram tambm sintetizados nos trabalhos de Max Freedom Long de maneira magistral, na Prece-Ao. A leitura atenta e livre dos Evangelhos nos mostra que esses princpios no foram ignorados por Jesus, o grande Aumakua. Para um melhor entendimento, recomendamos a leitura do livro Urban Shaman e Kahuna Healing de Serge Kahili King. Quando falamos de morte, estamos falando da vida; isso visto de acordo com cada um e segundo sua crena.. H uma razo forte de se falar de morte, se nossas crenas nos levam certeza de que existe algo que sobrevive vida fsica; seno, porque falar de um acontecimento que finda no momento em que o crebro deixa de funcionar? Se o sentido for esse, melhor falarmos da vida em si, do conhecimento sobre ela e de suas finalidades, at a morte. H razo para se falar de morte, se existe a crena de que algo sobrevive morte fsica e o chamaremos de esprito, para mais fcil entendimento. Na Psicofilosofia Huna, crena que o esprito est presente em tudo, em todos os reinos da natureza. Tudo no mundo possui Aumakua ou Kane, smbolo da mxima polaridade, sintetizado no Eu Superior. Segundo as teorias de Jung, poderamos cham-lo de arqutipo do deus pessoal, o que existe acompanhando-nos atravs das vidas. Para os khuna, a diferena que s o ser humano possui uhane ou Lono, o esprito que fala"; s o homem fala por pensamentos indutivos que propiciam a espontaneidade e a criatividade. Para os khuna, os espritos so formas-pensamentos individualizadas que por manterem suas energizaes conseguem a coeso que lhes d a condio de indivduos, quer encarnados (em Ao) ou vivendo em Po (mundo invisvel). Po um estado na multidimensionalidade do tempo. H uma interdependncia entre os trs, necessria para a manuteno dessa coeso, se bem que conservem suas caractersticas prprias. A harmonia entre eles essencial para o crescimento e a evoluo, rumo ao homem trino. Como vimos, tudo est baseado numa crena que segundo a Huna o que faz a realidade. Para se ter uma crena, necessrio que se tenha um pensamento dirigido; quando isso acontece e desaparece a dvida, transforma-se em f assumida (paulele); essa uma crena que pode mudar os padres da pessoa guiando-a para a realidade.

Na Psicofilosofia Huna h trs tipos de crenas, assim descritas: 1. F assumida (Paulele); a f sem dvidas. 2. Atitude (Kuana); f com dvidas; so to habituais que continuam a influenciar a experincia do cotidiano. 3. Opinio (mana'o); crena facilmente mudada quando se adquire novos conhecimentos. H mudanas quando a confiana e as idias no se contradizem. Dessas crenas, surgem trs realidades: 1. Realidade subjetiva (pono'i); significa sentido pessoal do que correto, bom, etc. 2. Objetiva (oia'i'o); realidade compartilhada; significa substncia. As realidades de seu meio ambiente lhe permitem respirar, comer, trabalhar, jogar e interagir com outras pessoas ou coisas. 3. Projeo (maoli); no conhecida na psicologia ocidental; comea como subjetiva transformando-se em objetiva atravs de projeo mental contnua; traz o desejo da condio de idia ou imagem, para a experincia fsica. "Maoli". Pode tambm significar "estado de alegria. Baseado nas premissas acima expostas pode-se falar do conceito de tempo em Huna; segundo os khuna, tempo uma energia vibratria com mltiplas freqncias, o que possibilita a multidimensionalidade do tempo, mostrando a possibilidade das existncias paralelas, em universos paralelos. O tempo presente depende dos sentidos fsicos e da sensibilidade em geral. Desse conceito, conclu-se que a Psicofilosofia Huna se interessa essencialmente pelo aqui/agora e agora/aqui, campo em que atua o ser humano; o passado ento, uma lembrana e o futuro uma possibilidade; a ao passa assim, a ser fator primordial em qualquer ensinamento Huna. O conceito de reencarnao abordado de maneira bem diferente das demais filosofias que a tm como verdade. Aps a morte fsica, as memrias das experincias vividas pelo indivduo so arquivadas no kino-aka do unihipili; so as responsveis pela produo de formaspensamentos mantenedoras da situao espiritual de cada um. O progresso se d pela intensidade das mudanas efetuadas, fruto da anlise criativa e da reflexo paralela feitas no cotidiano. De acordo com vrias palavras apresentadas adiante, conclu-se que para os khuna, a morte no existe e uma continuao da vida fora do tempo presente, com aes prprias desse estado, vivenciadas em dimenses e vibraes diferentes. Os khuna ensinam que Po um estado e no um lugar, num tempo com vibraes diferentes de quando se est em Ao e sem as limitaes causadas pela percepo sensorial corprea. Aumakua vive em Po e est unido ao corpo por um cordo-aka, quando se est encarnado. No tendo a morte como um fim, ela faz parte da vida e uma necessidade do crescimento e da evoluo, assim como o

aprendizado escolar uma necessidade na vida atual para o desenvolvimento de conhecimentos futuros. Existem dois diagramas chineses para ar. Um, do ar no sentido comum, o que leva oxignio aos pulmes, provoca ventos e vendavais e um outro, mais complexo, que tambm significa ar, mas no semelhante ao anterior; como se englobasse o anterior, mas com uma funo diferente. a essncia do ar que conduz a energia que vivifica. Sem ele, no h vida num sentido bem amplo do existir, e, sem o outro, no h vida no sentido que se tem comumente: vida fisiolgica. Cremos ser esse o sentido que os khuna do quando descrevem os significados de vrias palavras que so traduzidas como vida, quando esto falando de morte. A palavra ola significa vida, mas num sentido amplo englobando algo mais do que o viver fisiolgico e patolgico, que representado por duas palavras, ea e ha. Esto ligadas respirao que mantm vivos os seres. Ola o alento contido na respirao que surge com a primeira inspirao e vivifica o ser at seu ltimo alento na ltima expirao, quando retorna para Po. A gua em movimento, fluxo (wai), tambm simboliza vida ou energia (mana) e est em vrias palavras da Lngua Havaiana como em wailoa e Hawai. Do ponto de vista ocidental, natural olhar a morte como o oposto vida; no se pode supor que as frases havaianas para morte se referissem a uma interrupo do fluxo. Assim, a Psicofilosofia Huna considera a morte como a continuao da vida em estado e direo diferentes. Fica evidente, quando consideramos vrios termos poticos ou comuns da Lngua Havaiana com significado de morte: make loa - desejo intenso por algo. Hiamoe loa - desejo por um longo sono. Ua makukoa'e'oia - vida que continua fluindo. Ala ho'i ole mai - caminho sem volta. Waiho na iwi - deixar para trs o esqueleto. Moe kau a ho'oilo - tempo de dormir para germinar (renascer). A lele nui ka mauli - o esprito (ou a vida) voou. Ha'ule - comear a fazer algo. Como vimos, as frases usadas pela Psicofilosofia Huna relacionadas com morte, tm um significado de atividade e crescimento e nunca de um fim ou estagnao; tm um sentido de vida, de ao e de impermanncia na vida atual. No aceitam o pecado como em algumas doutrinas religiosas, que pregam o pecado contra Deus, mas sim como algo que vem de dentro e cuja responsabilidade total e exclusiva de quem o pratica. Ensinam que pode ser causado por omisso, excesso ou inteno. Colocam carma e reencarnao como conseqncia e no como causa e efeito. No h o sentido de castigo, punio, purificao, salvao, etc. Isso mostra terem uma razo muito maior, justificando as idas e vindas entre Po e Ao, at uma conscientizao total que

levar a viver sempre em Po, "onde muitas so as moradas na casa do Pai. Preocupados com o desenvolvimento no aqui/agora, os khuna no do muita importncia ao ps-vida, estando muito interessados nas experincias da vida atual. Tendo o pensamento como guia, o carma para os khuna est ligado reflexo que vai conduzir o ser humano em suas aes; ela uma condio que se adquire pelas crenas e suas modificaes; o resultado das experincias vividas e sentidas, ficando o passado como um ponto de referncia quando necessrio para libertao dos complexos e sem nenhuma preocupao com salvao, mas sim, com um viver feliz, o que d uma concepo mais realista das intenes e aes, resultando numa vida mais plena, real e simples. como se as aes vivenciadas aps uma reflexo, propiciassem uma harmonizao entre os espritos, preparando-os para uma condio de vida sadia, tanto a atual como uma posterior. Passando para o estado multidimensional em Po, tem-se a oportunidade de revises das vidas passadas, descanso e renovao de velhos conhecimentos e valores. Essas renovaes daro oportunidades de mudanas das crenas e padres, com novas reflexes, crescimento e evoluo. Nos sonhos pode-se visitar Po, assim como nos estados alterados de percepo; crem na possibilidade da comunicao entre Po e Ao (vida atual); o ser total vive nas duas condies, pois Aumakua vive permanentemente em Po e est unido ao unihipili e ao uhane e o que est envolvido, uma alterao da percepo. A mudana das crenas pela reflexo, pode colocar-nos em contato com as vidas passadas que esto na memria do kino-aka do unihipili, de onde se pode pelos estados alterados de percepo vivenciar novamente fatos acontecidos, dando condies de transformaes interiores, que sero reformulaes de padres e portanto, de vida. Isso induz a novas crenas at que se consiga uma crena assumida (paulele), que transforma as reflexes em realidades, que conduzem as aes no sentido do reto pensar, sentir e agir. Nesse conceito, os khuna no vem a vida atual como resultado ou o efeito de condies de vidas anteriores; no aceitam a idia de "dbito crmico", segundo o qual, se paga ou se compensa experincias de uma vida passada. Crem que se traz todas as experincias reencarnatrias nas memrias do unihipili, mais ou menos como dados latentes e que a vida atual dado latente para uma vida futura. O sentido de causa e efeito no existe, mas sim o de reflexo paralela; os sistemas atuais de crenas dadas pelos khuna so dirigidos para quais partes da prxima vida se quer ser conscientizado. Pode-se mudar as crenas, explorando, entendendo e permitindo que o que est influenciando no aqui/agora e que tem como causas situaes de vidas passadas guardadas nas memrias, sejam reformuladas, o que se faz desativando-se algumas, perdendo-

se outras ou criando-se novas, que influenciaro na vida atual e servem de padres para as vidas futuras. Esse conceito, s possvel, se se cr que tempo realmente uma forma de energia vibratria com mltiplas freqncias, permitindo a multidimensionalidade e vidas simultneas. Conclu-se, assim, que vida uma sucesso de mortes at que no se renasa mais, sendo a morte a parte da vida, que abre as portas para novas oportunidades de crescimento e evoluo. Futuramente poder-se- interromper esse ciclo permanecendo-se no estado de Po. No ciclo de vida e morte de onde se vem e para onde se regressa e de onde se volta, at que no mais se retorne; onde se est e se , em outras moradas na casa do Pai, como homem ideal, trino, sendo uno com o universo e em harmonia com o todo. Sebastio de Melo

[1] Khuna o plural de kahuna em havaiano [2] Na natureza, somente o homem possui Uhane. [3] Sopro de Teave, O Poder Supremo, Ra, I o, etc... Nota introdutria Dos estudos de Max Freedom Long, sobre a Prece-Ao, base de todas as prticas da Psicofilosofia Huna, Dr. Sebastio de Melo, do Grupo Pirmide de Santos desenvolveu reflexes e estudos de aprofundamento sobre o significado da Prece-Ao, sua prtica e o que ela encerra, relacionando todo esse processo com os Princpios Xamnicos. Sntese aplicada dos ensinamentos de Max Freedom Long, Serge K. King e Sebastio de Melo. A seguir a ntegra do artigo Prece-Ao de Sebastio de Melo.

Descrio da Figura: 1 - Cordes da energia mana-loa[1], irradiados de Po[2].

2 Aumakua[3] (em amarelo) com sua mana-loa, que composta de mana[4] transformada, recebida das fontes: unihipili[5] e Po. 3 - Cordo-aka[6] carregado de mana, vinda do unihipili, conduzindo a imagem cristalizada pelo uhane[7] na formulao da Prece-Ao. Essa mana-energia transformada pelo aumakua em mana-loa; a resposta uma chuva de bnos que cai sobre quem recebe os efeitos da Prece-Ao. 3A - As linhas pontilhadas so memrias vindas do unihipili e que transformadas em pensamentos vo se incorporando ao cordo-aka principal para que se consiga um s pensamento, que o pedido feito transformado numa imagem-pensamento no agora/aqui. 4 - Unihipili - sobrecarregado de mana vinda pelo cordo-aka principal, como resultado da cristalizao da imagem criada pelo pensamento dirigido, na formulao da Prece-Ao. Atravs dele, o cordo-aka da Prece-Ao penetra no aumakua, transformando a mana-prece em mana-loa. Uma vez feita essa transformao, o aumakua envi-la- ao unihipili do receptor que as grava como um novo contedo; a resposta o resultado do pedido de acordo com o sonho bsico de vida do receptor; seus efeitos podem vir para o uhane, atravs do unihipili ou diretamente do aumakua e a pessoa sente, mental e fisicamente, as sensaes em um estado diferente, se a prece foi atendida. 5 Os vrios fios-aka surgidos dos pensamentos, durante a fase preparatria da Prece-Ao, inicialmente so tnues, e s vezes, de pouca intensidade pela falta de focalizao da ateno durante o pedido. Vo se concentrando e centralizando, at se transformar em apenas um s e forte cordo-aka. Nesse momento, o uhane encerra sua funo diretiva na Prece-Ao, passando ao unihipili, a responsabilidade de exercer contato com o aumakua, a fim de que se realize o desejado. No incio pode ser uma opinio (manao), evoluindo para uma atitude (kuana), chegando-se f assumida sem dvida (paulele), que conduz a uma crena inabalvel. A intensidade do resultado depende de qual dessas situaes a responsvel pela imagem cristalizada no agora/aqui. 6 Prece-Ao - Est na base do desenho por ser a parte inicial da Prece-Ao, quando a o uhane atua elaborando o pensamento que focalizado sem dvida, forma a imagem cristalizada no agora/aqui, que ser enviada ao unihipili. As condies primordiais para formar a figura acima a importncia que se d ao pedido e a inteno com que feito. A figura pode ser a forma inicial para desenvolver um entendimento sobre o funcionamento dos fundamentos tericos da Huna[8]; a oportunidade de desenvolver a criatividade atravs de uma figura que cada um vai desenvolver de acordo com seu sonho bsico de vida e sentir que tudo possvel, desde que realmente se acredite no que est fazendo, e quando coloca seu potencial criativo em ao; isso pode lhe dar respostas surpreendentes, inclusive no sentir nada em relao figura que estamos descrevendo. Pode dar a quem se

dedica prece-Ao uma viso de que existem vrias maneiras de se fazer as coisas, e que orar uma forte forma de transformao. De acordo com seu desenvolvimento, divide-se a Prece-Ao em quatro fases: Nas condies atuais de crescimento do sonho bsico primordial que se faa antes de iniciar propriamente a Prece-Ao, um bom relaxamento usando-se a respirao num ritmo adequado. Isso facilita a realizao da primeira fase, principalmente a formao dos fiosaka, que vo surgindo e se dirigindo da periferia para o centro (veja figura acima), o que culmina com a formao do cordo-aka principal, responsvel pela conduo da imagem cristalizada carregada de mana em forma de energia fluidificada (segundo Max Freedom Long). Aps o relaxamento, ao iniciar a Prece-Ao segue-se a seguinte ordem: a - A parte inicial efetuada pelo uhane a formulao do pedido. Ser repetido at se conseguir cristalizar no agora/aqui a imagem desejada. Essa focalizao induz a um estado alterado de percepo, do qual, depender um resultado eficaz. O pensamento bsico invocado continua focalizado durante todo o tempo da formulao da prece. b - A segunda fase deve ser iniciada aps um intervalo em que se faz cerca de quatro respiraes profundas, num ritmo pessoal. Caracteriza-se pela predominncia do estado alterado de percepo; aos poucos o unihipili passa a comandar a situao e a focalizao se transforma de consciente em subconsciente, no mais havendo a interferncia do uhane. A partir desse instante a emisso dos sons vindos de palavras adequadas situao sustenta a continuidade da Prece-Ao, favorecendo o contato do unihipili com o aumakua. Pronunciam-se palavras cujos sons impressionem o unihipili, que grava o pedido pelos smbolos que elas representam nas diversas fases da prece. A focalizao, que agora fruto de uma percepo subconsciente, se mantm pela audio do som transmitido pelas palavras, que so repetidas quatro vezes, num ritual que com o tempo torna-se fcil e acaba com as dvidas e disperses. Algumas palavras requerem respirao adequada, para que se atinja os objetivos desejados, dentre eles, uma maior sobrecarga de mana pelo unihipili, o que ajuda a preparar as energias que conduziro ao aumakua, a imagem cristalizada. A palavra Ha[9] sempre acompanhada de uma respirao profunda e completa tanto na Prece-Ao, como em qualquer outra situao, assim como em outras palavras ou frases que contenham o Ha, como em Hoo i Ha i Ha[10]. Outras palavras so facilitadoras da comunicao entre unihipili e aumakua, na transmisso da energia que circula no cordo-aka de

ligao, o prolongamento do kino-aka[11] do unihipili do transmissor para o receptor. Quanto mais intenso for o relaxamento, mais facilidade haver para que se mantenha um profundo estado alterado de percepo, dificultando a interferncia do uhane, que sempre dispersivo. Para que tudo acontea, a imagem cristalizada dever estar memorizada no unihipili do transmissor, que se encarregar da ligao com aumakua, para se atingir a cura. Uma vez de posse da imagem, o aumakua a conduzir; este o objetivo da Prece-Ao. A segunda fase compe-se de quatro partes pertencentes ao unihipili, e a ltima est ligada tambm ao aumakua. c - Numa terceira fase, propriedade do aumakua, a ligao com o unihipili permanece, e d continuidade prece; estabelece-se contato com o unihipili e o aumakua do receptor, e a imagem cristalizada conduzida e transformada em fluxo de mana-loa, pelo aumakua. A f do transmissor, ao aceitar tudo que acontece sem nenhuma dvida, propicia sua permanncia no estado alterado de percepo, facilitando a ao do aumakua de ambos. A f do receptor contribui para que o uhane se conscientize da situao e possa agradecer os bons resultados, sentindo a mudana e a cura, o motivo real da Prece-Ao. Isso tambm pode se conseguir sem que o receptor tenha f, e mesmo quando no tem conhecimento do que est sendo feito. d - Numa quarta fase, os aumakuas do transmissor e do receptor atuam, distribuindo a chuva de bnos, com a ajuda de outros aumakuas (Poe aumakua[12] - assemblia de aumakuas). um estado de Aloha[13], um dos Princpios do xamanismo havaiano. Termina-se a Prece-Ao com um agradecimento, geralmente usando-se a palavra havaiana amama[14], que significa assim seja, muito obrigado, etc. A Prece-Ao pode ser feita por uma s pessoa ou por um grupo. Aps a prece, faz-se uma recarga de mana, voltando-se a respirar lentamente por algumas vezes, como foi feito no incio da fase b, para se evitar um desgaste fsico. A Prece-Ao est concretizada e seus efeitos so o resultado da fase inicial; se houve na formulao da prece, uma f sem dvida (paulele)[15], a prece ter pleno xito, e, se no houver, o resultado vir de acordo com a intensidade do cordo-aka principal e da imagem cristalizada. A falta de resultado conseqncia da no formao do cordo-aka principal, quando a crena no foi suficiente para se atingir um pensamento nico dirigido, que sasse da disperso das idias, para a ateno focalizada, que leva concentrao e ao sentir do Princpio Ike[16]. Essa uma das razes pela qual se deve fazer sempre a Prece-Ao, visando um nico objetivo, isto , formular um s pedido para cada Prece-Ao, a no ser, nos casos especiais de cura teleptica distncia. Deve-se evitar fazer uma segunda prece, logo em seguida primeira.

Consideraes: O que verdadeiramente se chama de mudana ou transformao a quebra de conceitos, valores ticos e morais, modificando ou perdendo padres, o que acontece com a reformulao das memrias que d a oportunidade de se descobrir uma nova forma de sentir, pensar, agir e sonhar. A mudana fruto da descoberta de novos padres, que de agora em diante vo orientar o indivduo em suas aes, criando novos comportamentos, retirando de sua memria gentica programada e aprendida as situaes trazidas, as quais, agora, experienciadas de forma diferente, vo desativar ou fazer desaparecer cordes-aka que transportavam lembranas que provocavam as desarmonias, causas de doenas e situaes mentais prejudiciais. Cria novos cordes ou acrescenta aos antigos agora reformulados, novos padres formados de novos valores e lembranas modificadas, interpretadas de modo diferente por uma anlise criativa e algumas vezes pela reflexo paralela. Tudo isso possvel, por crermos que a vida atual um sonho bsico e que podemos acrescentar novos sonhos a esse sonho bsico, a ponto de se ter condies de sonhar atravs de novos valores e padres. Podese conseguir essa transformao por meio da Prece-Ao contnua, quando ela j parte integrante de nossas vivncias e j se est to familiarizado com ela, que no mais existe qualquer dvida sobre seus resultados. Os padres comuns que se traz no sonho bsico de vida esto dirigidos no sentido do pensar para sentir, o que resulta em analisar criticamente as situaes surgidas procurando-se entend-las sempre com os mesmos conceitos e valores; enriquecendo-se esses padres, adquire-se mais conhecimentos, os quais so introjetados, atravs da funo intelectual. Simbolicamente, estamos dizendo que est se preparando um novo sonho bsico, para uma outra vida, baseado no acrscimo de conhecimentos, sentimentos e vivncias emocionais, dentro dos mesmos padres da memria gentica programada e aprendida; isso no mudana e sim, a soma de novos pensamentos, idias, imaginaes, conhecimentos e desenvolvimento de valores, que faro crescer os padres do sonho bsico de vida, mantendo e desenvolvendo a conserva cultural, com o enriquecimento intelectual. O padro atual estruturado no aqui/agora, Padro A[17], atende ao sonho bsico de vida e pode ser expresso da seguinte maneira: Pensar sentir agir analisar adquirir conhecimento e memorizar. Para isso, a interpretao feita por anlise crtica, com as pesquisas e julgamentos que tendem a acompanhar a cincia clssica com seus dogmas, e segue os ditames do intelecto. A mudana de padro requer reformulao, que surge do fator espontaneidade que promove a criatividade, quando a vontade

impulsionada por uma nova linguagem, a da intuio[18]. Intuio um processo diferente; uma percepo inconsciente que comea e termina na alma; a linguagem que traz a realidade para a imagem manifestada; abrange a situao em sua totalidade, desde o momento em que surge a criatividade, at a resoluo, que o aparecimento do fato de maneira diferente, reformulado num s e instantneo ato, por ao harmnica dos trs eus. A experincia mostra que, aos poucos, vai-se buscando nas memrias do sonho bsico de vida, as imagens gravadas que sero conduzidas pelos cordes-aka e transformadas em pensamentos advindos de um sentir harmonizado pela ao do aumakua, que derrama suas bnos; cria assim um novo padro adquirido pelas experincias do aqui/agora e que permite penetrar no agora/aqui e vivenciar as aes, num novo sonhar que desenvolve um novo viver. Isso tudo se d no presente, nico tempo que existe e na vivncia deste aqui/agora e agora/aqui, que acontecem as aes. A Prece-Ao possivelmente, o modo mais prtico e rpido de se conseguir essas reformulaes e transformaes, pois ela desperta a vontade firme de se permanecer num crescimento contnuo, sendo o possvel incio de um novo caminho que conduz ao crescimento espiritual que a fase de preparao para a evoluo. Passa-se do critrio analtico crtico para o da anlise criativa e uma nova avaliao; da soluo pelo pensamento, para a soluo pela reflexo, fruto da inspirao e da intuio, me da compreenso, anttese do julgamento. A forma de vivncia agora : Sentir pensar avaliar refletir agir compreender adquirir conhecimentos de maneira reformulada e memoriz-los, desativando memrias de fixaes e fazendo desaparecer memrias que no mais tm razo de continuar nos futuros sonhos bsicos de outras vidas. Assim, est se diferenciando o contedo dos valores do atual sonho bsico de vida que passa a jorrar com mais facilidade para dentro da viagem desta vida, que est reformulada pelos novos padres (Padro A1/A)[19], desenvolvendo e crescendo esse novo ser. O resultado a possibilidade de se comear a fazer a reflexo paralela, quando se pode retirar do conhecimento do sonho bsico atual, dados que permitiro aumentar um novo sonhar, um novo sentir e uma nova imaginao, ideao e pensamentos no aqui/agora; assim cresce em harmonia e tranqilidade, criando oportunidade para que se sinta e compreenda os Sete Princpios Bsicos do Xamanismo Havaiano, parte prtica da Psicofilosofia Huna. Passa-se a viver na bno de Aloha, quando se torna possvel a integral comunicao pela Prece-Ao. Agora so preces com um sentido de verdadeiras revelaes divinas vindas de um aumakua que est conduzindo de volta ao seio da teia-aka[20], a pessoa que ilusoriamente se sentia afastada dela. Em princpio, acredita-se que esse padro bsico reformulado que modificar o viver, existe na memria gentica programada em estado potencial, razo porque se torna possvel seu aparecimento e desenvolvimento. Se a vida um sonho, essa a oportunidade de

comear a sonhar de maneira diferente, desenvolvendo o padro emergente. O verde na figura da prece-ao simboliza o Princpio Aloha, indicando que uma bno criada, com condies para receber os benefcios da Prece-Ao, que ajudou a despertar e visualizar esse potencial divino que existe dentro de cada ser. Geralmente, se tem dificuldade na elaborao e concretizao da Prece-Ao por faltarem determinados requisitos, sem os quais, no se consegue o resultado desejado. O resultado depende de como se formula a prece, propriedade do uhane, responsvel pelo pensamento elaborado, e pela intensidade do mesmo, de acordo com a ateno focalizada, para a formao da imagem cristalizada que ser enviada ao receptor. Inicialmente, comum a disperso do pensamento, no se conseguindo um grau de concentrao compatvel com as necessidades, por surgirem simultaneamente vrios pensamentos, por mais que se esforce para que isso no acontea. Com a persistncia, pode-se atingir um grau de focalizao tal, que permita chegar-se a um nico pensamento, ocasio em que toda ao do uhane est realmente dirigida para a prece; o pensamento que conduz f assumida (paulele) para o unihipili e que cria uma crena sem dvida, que nada mais do que um pensamento nico, intenso e focalizado num s sentido. A repetio desta formulao faz com que se firme o pensamento, at se conseguir cristalizar a imagem, que passa a ser uma realidade no agora/aqui. Em tal condio, surge um estado alterado de percepo que permite a prtica de um ato de f. O que provocaria essa dificuldade, que faz com que no se consiga o resultado esperado, apesar de todos os conhecimentos que se possa ter sobre o assunto? Em nosso artigo Aqui/Agora e Agora/Aqui, procuramos mostrar a diferena existente entre essas duas situaes ligadas ao espao/tempo. Lembrem-se de que o cunho prtico do que formulamos no artigo, a necessidade de reformulaes internas, algo que d condies de realmente se crer no que se est pensando e falando, quando se elabora a Prece-Ao. Quando se faz um pedido nas preces, ele sempre fruto de uma necessidade, quer esteja diretamente ligada a ns ou a quem se deseja um bem e que seja importante para ns; se assim no for difcil uma motivao para se conseguir um grau de focalizao da ateno, que leve cristalizao do pensamento e formao de imagens no agora/aqui. Se o pedido se refere cura de uma doena, verdadeiramente difcil de pensar no portador da doena como uma pessoa que esteja bem, fsica, mental e espiritualmente, no mesmo instante em que se est pedindo sua cura, por ele estar doente. Isso parece ser uma situao paradoxal: pensar desejando-se algo positivamente, ao mesmo tempo em que se afirma que esse desejo j um ato consumado; isto , a pessoa por quem se est orando, j est curada. Como podem duas situaes estar acontecendo, ao mesmo tempo e no mesmo espao/tempo? Como pode algum estar doente e ao mesmo tempo, afirmar-se que est sadio? Parece

contraditria a situao, quando se usa a maneira comum de raciocinar e pensar; em relao a tempo e espao. Em Huna s se pensa no presente e o aqui/agora e o agora/aqui formam o presente, por estar no mesmo espao/tempo. Fazemos essa separao por pensar geralmente que o passado uma realidade, assim como o futuro, quando o passado no passa de uma simples lembrana e o futuro uma possibilidade, no sendo assim, realidades. Contradio existe por se estar no primeiro nvel do pensamento humano, onde se atua com o sonho bsico de vida (definio Huna para vida), que o sonho responsvel pela vida atual geneticamente programada. Muitas vezes, conseguem-se bons resultados nas preces, mesmo sem a f sem dvidas (paulele) e a convico de s existir o presente, principalmente, quando o sofrimento que leva prece, quando a situao muito intensa e sumamente angustiante o que forosamente provoca uma f que desperta uma crena. Nessas situaes, o sentimento e a sensao de dor falam mais alto que qualquer raciocnio ou teoria, at que se consiga ficar livre daquilo que est molestando. Quando se volta rotina da vida, desvaloriza-se o acontecido e busca-se novos pensamentos que justifiquem o que se conseguiu na Prece-Ao, com explicaes racionais ou pelas buscas cientficas. Tudo muito lgico e explicvel, at que outra nova e semelhante situao surja; a, apela-se novamente para qualquer tipo de f, mas geralmente, no mais se consegue resultados semelhantes ao anterior, por j estar gravado na memria, dvidas, que muitas vezes, reforam os comportamentos antigos, conservando princpios, valores, conceitos ticos, religiosos e morais, que no permitem as mudanas necessrias para a cura. Busca-se ento, na adaptao social, na conformao com o sofrimento, uma tranqilidade para as vivncias, enriquecendo os antigos padres, que so os modelos vigentes nessa viagem da vida, impedindo assim, as transformaes reais que conduzem s perdas das iluses transitrias das manifestaes da vida. Nessas situaes comum filiar-se a alguma doutrina religiosa, que no exija realmente mudanas internas profundas, mas aes filantrpicas constantes, na tentativa de diminuir as culpas e medos, o que se faz como agradecimento pelo milagre conseguido ou a se conseguir. Isso crescimento, mas no mudana. O amor, no sentido do Princpio Aloha o desapego, tnica das mudanas, que no s age no comportamento, como ainda conduz para o caminho da interiorizao, modificando o pensar, percebendo os defeitos e mostrando as culpas e medos que bloqueiam as aes para os atos reais da vida. Essa percepo favorece a Prece-Ao, proporcionando resultados efetivos, aumentando a crena e contribuindo para o desenvolvimento das prticas ensinadas pelos princpios xamnicos havaianos. A anlise leva ao sentimento de se estar livre das tentaes e dos demnios, mas as aes mostram que continuar cometendo erros semelhantes aos anteriormente praticados, conduz dvida, com a sensao de que nada melhorou e que no houve crescimento. Isso, no entanto, no quer dizer que as reformulaes no estejam

ocorrendo e no deve servir de motivo para o desnimo e a inrcia que nos faz permanecer nos padres vigentes. Deve ser um incentivo para a prtica de mais aes que ajudem a continuar caminhando rumo meta principal da vida, at se conseguir a reflexo que conduz aquisio da f sem dvida, que auxilia na mudana do pensar, agir e sentir. Apesar de persistirem falhas, devemos insistir no desejo de reformulaes, praticando aes, memorizando novas lembranas e modificando outras, atuando com julgamentos menos severos, diminuindo culpas, fugindo das preocupaes do imediatismo de nossa cultura, que busca resultados no aqui/agora e neste instante. Esse um dos pontos que parece tornar contraditria e difcil a realizao da Prece-Ao. O que fazer para no se ficar sem ao e longe das mudanas interiores? Deve-se procurar algum sistema de ensino que mostre como se pode mudar e que satisfaa com explicaes os novos conhecimentos? Isso facilita as transformaes pelas aes, perdendo-se as fixaes, que se traz geneticamente e as que se cria no aprendizado da vida, impedindo o crescimento? possvel que se consiga dessa forma, um conhecimento que conduza a uma crena que contribua para o desenvolvimento e faa sentir o valor da orao, como fator de transformao interior, facilitando o crescimento e posteriormente a evoluo? A explicao que encontramos para a Prece-Ao est na crena de existir um agora/aqui, onde e quando tudo acontece simultaneamente com o aqui/agora, usando-se os conceitos Huna de tempo e espao simultneos, para se conseguir situar no presente, onde tudo o que acontece fruto das aes. No um jogo de palavras, mas algo para se pensar com mais profundidade. O agora/aqui est fora da percepo sensorial, que capta as sensaes e estmulos do tempo presente, dando a percepo consciente, mas no a do futuro prximo, que simultneo com o presente; no entanto, depende de uma outra percepo, a intuio; ela faz parte do subconsciente; outro tipo de percepo que desperta novas maneiras de pensar e sentir; uma outra linguagem que procede do aumakua mostrando em fraes de segundos, s vezes, situaes vividas ou que podem ser vividas, o que provoca mudanas de valores e padres. Est numa freqncia vibratria temporal de outro teor, que s se consegue perceber nos estados alterados de percepo e s vezes, de conscincia, ou pela intuio (percepo subconsciente), quando entra em ao a essncia do unihipili e no sua imagem corporal kino -, seu modelo fsico, projetado geneticamente para essa viagem como um sonho bsico de vida. O agora/aqui est em Po, fazendo parte do invisvel que h em ns e no todo. Est em Po a essncia dos trs espritos o que permite o acesso direto s informaes gravadas nas memrias genticas programadas e aprendidas[21]. Quando se ouve uma msica, inicialmente concentra-se na melodia e/ou na letra ou no som dos instrumentos, com seus tons caractersticos. O pensamento vai tomando formas que penetram em

ns, at que em determinado instante, perde-se a concentrao na msica e passa-se a um estado em que se sente mais do que observa, quando est envolvido e enlevado pela situao musical; ela conduz essncia da msica, por j estar em um estado alterado de percepo; isso permite at sentir-se como sendo a prpria msica. Nesse estado, a percepo sensorial acrescida e envolvida por outra extra-sensorial (no sentido de maior profundidade interior), quando surgem as imagens que vo se desenvolvendo, cristalizando e elevando as vibraes para espaos/tempos diferentes dos comumente percebidos pelos sentidos corporais. Essa situao traz paz, aquietao e tranqilidade, ou emoes outras, bem diferentes, de acordo com a msica que se est ouvindo e sendo penetrado por ela, o que conduz s mais variadas e diversas sensaes, emoes e novos comportamentos, tanto individuais como coletivos. Enlevado pela msica, pode-se penetrar no agora/aqui, transformando-o em um aqui/agora diferente e modificado pelas sensaes sentidas por rpidos instantes, que so verdadeiras revelaes que transformam e curam ou fazem surgir novas sensaes e emoes, aumentando seu valor no aqui/agora. As sensaes, no primeiro caso, so feitas de f com Mana pura, vinda do Poder Divino, que est em cada um e pode ser despertado a qualquer instante, desde que se determine com certeza (paulele) que acontecero, pois sente e presencia um momento (insight). Essa percepo pode ser conseguida com treino e persistncia atravs da Prece-Ao; so aes harmnicas do ser em estado de Aloha, em Manawa[22] dando a medida da eficcia de Pono. A Prece-Ao um estado de graa obtido pela harmonia e alinhamento dos trs eus, no ser trino futuro, despertado no momento da percepo do agora/aqui. So s vezes, milsimos de segundos, cujas situaes e condies de vivncia provocam mudanas, com a permisso do Princpio Mana. So as ocasies em que se cura os outros e conseqentemente se auto-cura e juntos, curam o mundo. Nesse novo aqui/agora surgido, houve regenerao, seja no sentido fsico, econmico, mental, afetivo e principalmente religioso, o que d uma percepo diferente das anteriores, facilitando Makia (a energia segue o fluxo do pensamento). A experincia da percepo do agora/aqui pessoal e suas conseqncias s podem ser medidas por aquele que as vivenciou. Ela forma seu mais novo aqui/agora e pode propiciar mudanas profundas e duradouras no indivduo. A f sem dvidas (paulele), produz a crena com pensamento que a porta de entrada do agora/aqui, por ser energia e poder divinos canalizados numa ao transformadora e benfica. Como se penetrado pela msica que leva ao agora/aqui, assim tambm, podese ser penetrado pelo pensamento formulado na Prece-Ao, quando se deixa conduzir para o agora/aqui da prece. Isso ao divina dentro de cada um; o que Jesus possivelmente quis dizer na frase: Eu e o Pai somos Um, assim como vocs e Eu tambm poderemos ser um. a permisso para viso clara, talento de

Ike, na presena, talento de Manawa, que esclarecimento[23], talento de Kala[24]. na compreenso da mitologia, que se consegue perceber com mais facilidade como penetrar no agora/aqui, dando a oportunidade de se viver em Po, estando no aqui/agora que Ao[25], desde que se permita ser conduzido para estados alterados de percepo e conscincia, onde o pensamento no mais ideao e raciocnio colhidos da percepo dos sentidos corporais, mas percepo intuitiva, vinda da essncia do unihipili e aumakua que esto em Po. Na Prece-Ao s se consegue a satisfao de um desejo formulado, quando o pensamento dirigido que engloba esse desejo, no estiver mais sendo pensado no aqui/agora. O presente do aqui/agora concreto e formado pela conserva cultural[26] (todo o conhecimento do passado at o presente), que impede muitas vezes as mudanas necessrias para o crescimento individual, dentro de um novo contexto social e atrapalha o desenvolvimento da Prece-Ao; bloqueia intelectualmente a espontaneidade que estimula a focalizao, fator criador da imagem desejada. O ser humano mantido em Ao no aqui/agora, pela conserva cultural, impedindo que se vivencie naturalmente estados alterados de percepo que conduzam a novas vivncias de uma realidade diferente, no invisvel Po, onde est realmente o centro da conscincia. O presente do agora/aqui sonho de uma situao invisvel e conduz a uma nova vida, reformulada por pensamentos vindos de sensaes captadas por percepes intuitivas; esto fora dos sentidos corporais e recebemos e sentimos, quando nos entregamos integralmente ao formulado como desejo, o qual est carregado de mana, que o cristaliza e transforma em realidade, como fruto da Prece-Ao. So captadas pela percepo da essncia do unihipili e aumakua, que esto em Po, como dissemos acima. Quando se consegue sentir e pensar, focalizado no agora/aqui, j se est pronto para receber as bnos da Prece-Ao, num estado de Aloha e haver a transmisso ao receptor. Nessa situao, deixa de haver condio paradoxal na formulao da prece-ao, pois se est focalizado no agora/aqui do pedido, que um fato novo acontecendo no agora/aqui, sob os auspcios do aumakua, que transforma a situao existente em aqui/agora nascente. como pensar que o futuro agora est acontecendo sobre um presente aqui que deixou de ser realidade, por j pertencer ao passado que uma lembrana e por isso, no tem mais ao, sendo o mais novo fato da conserva cultural e o mais recente aqui/agora da pessoa; um novo Ike. A incluso dessa descrio nesse artigo tem a finalidade de provocar pensamentos novos que possam conduzir reavaliao de valores e conceitos, adquirindo-se novos padres que ajudem a chegar a uma maior compreenso de si mesmo, trazendo mais tranqilidade e paz vida de cada um; essa a razo de repetirmos alguns conceitos e sugestes neste artigo. Tudo se resume em aceitar que o mundo aquilo que voc pensa que ele Ike -, com a f de que seu poder ilimitado Kala -,

sabendo-se que o fluxo da energia segue o curso do pensamento Makia (3 Princpio: A energia segue o fluxo do pensamento) -, por ser o seu momento de poder aqui/agora Manawa -, o que contribui para o despertar de Aloha -, bno da viv;ncia do amor compartilhado, o que se tornou possvel pela permisso (atributo ou talento do Princpio Mana) que dada pelo Princpio Mana (6 Princpio:Todo poder vem de dentro), - que com sua energia divina conscientiza a realidade pela percepo intuitiva, que pode transformar todos os seres humanos em teceles de sonhos de novos sonhares, com a capacidade de buscar e realizar aes, compreendendo que s a medida da verdade pela eficcia, Princpio Pono, oferece mudanas verdadeiras, conscientizando a todos de que no h mais separao nem individualidade, mas integrao na rede universal, a teia-aka da Psicofilosofia Huna, no retorno condio de Crianas de Tane, agora repletas de experincias. Sebastio de Melo

[1] Mana-loa - Energia do Aumakua. [2] Po mundo invisvel celestial e espiritual. [3] Aumakua Eu Superior, assemelha-se ao superconsciente da Psicologia. [4] Mana Energia vital. [5] Unihipili Eu bsico, assemelha-se ao subconsciente da Psicologia. [6] Cordo-aka Condutor de mana. [7] Uhane Eu mdio; o esprito que pensa e fala; assemelha-se ao consciente da Psicologia. [8] Huna Psicofilosofia transmitida pelos mestres kahunas. Significa o segredo. [9] Ha Respirao, vida pela respirao, n 4 em havaiano. Quatro tambm o smbolo daTerra. Nba Prece-Ao a sobrecarga de mana para o transmissor. [10] Hoo i Ha i Ha Na Prece-Ao o envio de Cordes-aka pelo unihipili para o Aumakua. [11] Kino-Aka Corpo etrico, invisvel de cada esprito do ser humano. [12] Poe Aumakua Assemblia de Aumakuas. [13] Aloha 5 Princpio do Xamanismo Havaiano: AMAR COMPORTILHAR COM..... Saudao de boas vindas. [14] Amama Agradecimento: Muito obrigado, assim seja, etc.... [15] Paulele - F sem dvida. [16] Ike 1 Princpio do Xamanismo Havaiano: O mundo o que eu penso que ele . Cada instante vivido um ike.

[17] Padro A Primeiro padro do sonho bsico de vida que tem como linguagem a anlise crtica. Vide artigo Padres e seu desenvolvimento do mesmo autor [18] Intuio Linguagem inconsciente e real que comea e termina na alma no momento que surgiu. o que em psicologia poderamos chamar de insight. [19] Padro A1/A Segundo padro do sonho bsico de vida aps seu desenvolvimento pelas experincias, o que contribui para seu crescimento espiritual. A linguagem passa de anlise crtica, para anlise criativa. [20] Teia-Aka O universo em seu todo, sem separaes. [21]Memrias genticas programadas Formam-se em Po constituindo o sonho bsico de vida da prxima reencarnao. Memrias aprendidas ou experienciais - Memrias formadas pelas aes fsicas e mentais do dia a dia na atual vida. [22] Manawa 4 Princpio do Xamanismo Havaiano: Seu momento de poder agora. [23] Esclarecimento Atributo ou talento do segundo Princpio do Xamanismo Havaiano. [24] Kala 2 Princpio - No h limites. [25] Ao O mundo terrestre; mundo das manifestaes. [26] Conserva cultural Todo conhecimento humano at o aqui/agora atual. Termo empregado por Moreno em Psicodrama e sociometria. Padres e seu Desenvolvimento A psicofilosofia Huna o mtodo de ensino que desenvolve as verdades ensinadas pelos mestres kahunas atravs dos tempos, desde as remotas pocas do continente de Mu. Transmitida oralmente de gerao para gerao, mostra conceitos diferentes e desconhecidas das vrias correntes da psicologia tida como ramo da cincia. Filosoficamente, os critrios do pensar no se identificam com os aprendidos na cultura ocidental, ao se adquirir conhecimentos em geral. No desenvolvimento do indivduo, a personalidade formada pelos padres vindos da conserva cultural; esto contidos na memria gentica programada (propriedade do unihipili), que se manifestam pelo aprendizado, na vivncia das experincias do cotidiano. Formam assim, a memria aprendida que ser acrescida memria gentica programada do unihipili. A soma dessas memrias traa a conduta no desenrolar da vida, geralmente sem se ter percepo total do que realmente est acontecendo pelas atitudes e aes. Somente o uhane, pela imaginao, ideao, pensamentos e palavra capaz de perceber e formular novos critrios, usando as memrias fornecidas pelo unihipili; assim, os dois sob a proteo de aumakua marcam a trajetria do sonho bsico de vida (um dos critrios Huna para definir vida). Deve-se estar sempre atento ao desenvolvimento e crescimento do sonho bsico de vida pela reformulao das memrias. Estas acontecem quando prevalecem as aes que dinamizam os padres

herdados da conserva cultural adquirida nas diversas vidas anteriores, fornecidas pelas marcas mnmicas, geradoras das memrias genticas programadas no preparo do sonho bsico de vida em Po. A iluso dada pelos conceitos puramente intelectuais, manifestase nas vrias maneiras existentes de se adquirir conhecimento e impede a mudana dos padres antigos vigentes trazidos para a vivncia do aqui/agora, apesar de todo o desenvolvimento tecnolgico, cientfico e de religiosidade existentes. Isso contribui para um crescimento espiritual baseado nos mesmos padres do sonho bsico, mas no contribui para a evoluo do esprito, o que acontece nas mudanas reais. Nossa percepo est limitada sensibilidade dos sentidos corporais, que nada mais do que a maneira do uhane captar as imagens manifestadas no ambiente, desenvolvendo o sonho bsico de vida, apangio da memria gentica programada, propiciadora das memrias aprendidas. So imagens que refletem a realidade que invisvel. Essa realidade, somente percebida por aqueles que mudaram seus padres, como resultado de alteraes dos valores, levando aquisio de novos paradigmas, que do outras formas de se adquirir conhecimentos, possibilitando a diferenciao entre imagem e realidade. Essa uma propriedade daqueles que, com novos pensares, modificam a dinmica das sociedades, transformando os padres culturais e ento, a humanidade evolui. Fala-se muito de inconsciente, mas no lhe dado o real valor de sua atuao nos pensamentos e aes. o intelecto, o responsvel pela produo das manifestaes em geral, desde a imaginao, ideaes, pensamentos, fatos, pesquisas cientficas e outras. No entanto, nunca se atribui ao intelecto (uhane) uma condio que lhe peculiar e constante e que conduz muitas vezes a resultados diferentes dos desejados; ele dispersivo por estar voltado para o exterior, prejudicando uma focalizao mais profunda na busca do ser interior como um todo. Fica preso s condies externas ambientais, como as sociais, culturais e cientficas. O resultado depende de mudanas na percepo do uhane. Em termos Huna estamos falando de uhane, unihipili e aumakua, os trs aspectos ou espritos que formam juntamente com o corpo fsico (kino), o ser que atua, desenvolve e cresce, evoluindo rumo a Deus (Tane), o Pai que est nos cus (Reva) e em tudo (Teia-Aka). Essa a razo da existncia do ser humano. Partimos de uma definio diferente de vida: Vida uma sucesso de mortes, at que no se renasa mais, quando termina o ciclo do nascer e morrer. Resumindo, pode-se dizer que a vida um sonho bsico estruturado antes do nascer, e cuja razo de existir o crescimento e amadurecimento, que contribui para a aquisio de novos sonhos dentro dos padres trazidos na memria gentica programada e pela formao das memrias aprendidas nas

experincias. O indivduo ento conduzido ao crescimento e evoluo espiritual, atingindo o estado de aumakua, pela mudana de padres em um novo nvel (B). Aps passar pela anlise critica, as memrias podem ser reformuladas conduzindo-nos primeiramente a ns mesmos, para depois, mais tarde, aps uma mesclagem de novos meios de percepo, chegar-se individuao (auto-realizao pela anlise). Mudam-se pensamentos e aes e reformula-se ou perde-se memrias antigas adquirindo novas. Assim, comea-se a vislumbrar novas formas de viver dentro dessa grande rede que a humanidade, parte do todo (Teia-Aka). Surge ento, uma nova maneira de analisar; a anlise criativa, que conduz ao abandono da anlise crtica. No desenvolvimento, a grande iluso adquirir novos conhecimentos que vo sendo memorizados, mas sem mudanas da percepo e dos valores. Isso impede que se vislumbre o surgimento de novas idias que fazem aparecer novos pensamentos questionadores, criando a possibilidade da formao de novos padres. O grande empecilho est no uhane (consciente), e no no unihipili (subconsciente) que s registra as sensaes, pensamentos, sentimentos e conceitos fornecidos pelo uhane transformando-os em memrias. O unihipili somente devolve ao uhane sob forma de lembranas, o contedo de suas memrias, que propiciam os pensamentos das aes antigas e a formao das novas. Assim, somos conduzidos pelas emoes criadas no aqui/agora, ficando impregnados de conhecimentos e formas-pensamentos de fixao que s aumentam a intelectualizao, conservando, no entanto, os antigos valores e padres. No somos contra o pensamento racional e muito menos contra a intelectualizao, mas nosso alerta no sentido de que eles devem ser nosso servidor e no o nosso senhor e condutor. A Psicofilosofia Huna define a vida atual como: vida um sonho bsico, conforme vimos anteriormente. Ao nascermos, samos da vida fetal pela morte do feto, que chegou velhice; pelo nascimento, o nascituro vai desenvolvendo o sonho bsico de vida, sendo sustentado pela estrutura gentica programada. Ela responsvel direta pela manuteno da espcie e do ser em especial, por seus instintos como animal e por uma programao espiritual, prpria de cada um, o que nos leva concluso de que deve ser e estar no DNA, toda a programao desse sonho bsico de vida. Ele sofre transformaes de acordo com o nvel de crescimento e evoluo de cada indivduo, o que propicia em outras reencarnaes, novos DNAs. Traz suas caractersticas impressas na memria gentica programada, base do aprendizado, que contribui para a formao da memria experiencial ou aprendida, estando tudo na dependncia do corpo (kino), onde esto guardadas as caractersticas do DNA, criado pelas memrias genticas programadas. Elas trazem tambm as potencialidades que permitem as transformaes e as mudanas, de

acordo com o crescimento ou evoluo de cada ser e da espcie em geral. Cremos que o DNA no s traz as situaes fsicas do ser, como tambm as caractersticas espirituais com as possveis mudanas do sonho bsico, propiciando um crescimento e uma possvel evoluo do ser. Quando falamos de gentica programada, no estamos nos referindo ao que herdamos dos pais e parentes, mas de como foi preparada pelo prprio indivduo em Po, atravs das marcas mnmicas. Inclui-se ai, toda a rede sociomtrica, o aspecto corporal, formando desse modo o sonho bsico de vida. O fruto dessa viagem da vida ser a base para a preparao de sua prxima reencarnao, e visar modificaes desse sonho bsico vivenciado, quando as aes experienciadas em toda a trajetria da vida anterior foram realizadas. As aes acontecem nos ambientes em que se vive, formando seu lcus e sua rede sociomtrica, parte dessa enorme rede infinita, (Teia-Aka). Os pontos mais prximos dessa teia onde se desenvolve o indivduo sofrem reaes, que facultam o desenvolvimento do que est latente na memria gentica programada de cada ser. Isso se d atravs dos cordes-aka ativados pela gentica programada individual e da rede sociomtrica, que atua inconscientemente por reflexos ou estmulos, desencadeando primeiramente as aes prprias da fisiologia de cada ser, obedecendo s leis da mesma e da rede sociomtrica. A fisiologia desenvolvida no corpo que lhe d uma estrutura celular, representada pelo sonho bsico de vida de cada um; dinamizada pelos msculos lisos e constitui as funes instintivas e orgnicas prprias de todo animal, e, no caso, a do homem, de acordo com suas necessidades de crescimento e evoluo, obedecendo as caractersticas individuais gravadas no DNA. No desenvolvimento das figuras geomtricas, usaremos livremente o conhecimento sobre diversos assuntos e teorias, na crena de que elas so vislumbres da psicofilosofia Huna, captados por pioneiros encarregados de preparar o caminho futuro, desse antigo e fabuloso conhecimento. A diviso em Padro A e A1/A (Nvel 1) e Padro B (Nvel 2), torna mais compreensvel o assunto, ficando mais fcil seu aprendizado. Como vimos, podemos entender esses mistrios de uma nova maneira, com pensamentos mais simples, e, assim, continuar a vivenciar e desenvolver aes nos trs padres, conforme a evoluo de cada um, estando bem definidos e caracterizados em Huna: pelo conhecimento que se tem do unihipili (Padres A, A1/A e B), atravs de sua memria, do uhane (Padro A, A1/A e B) pela percepo e do aumakua (Padro A, A1/A e B) atravs da intuio, que a percepo divina, propriedade das Crianas de Tane. Ao se atingir o Padro B, o ser humano est praticamente desligado dos antigos padres e do sonho bsico, que inserido no Padro A serve como simples referencial, para se manter corporalmente no aqui/agora e ajudar os que esto na vivncia dos

Padres A e A1/A. H uma compreenso maior e o relacionamento compartilhado, por viver em estado de Aloha. A vivncia nesses dois primeiros padres, ligada ao e aos pensamentos analticos, aos poucos transforma o sentido de apego e posse, at que desapaream e o ser se torne realmente um transeunte. a condio ideal do homem, quando o sonhar dos novos sonhos est interligado rede sociomtrica, e, o sonhar maior vem da Teia-Aka, engrandecida pelo vislumbre da compreenso do compartilhar em Aloha. A seguir, usaremos um esquema formado por figuras geomtricas com exemplos ligados informtica. Os tringulos contm conceitos que devem ser desenvolvidos em cada fase do sonho bsico na viagem da vida e sero comentados.

Como prembulo dos comentrios do contedo dos tringulos, recapitulemos alguns tpicos dados acima como: A Psicofilosofia Huna, define vida como sendo um sonho. Relembremos que ao nascer, temos um sonho bsico de vida, sustentado por uma

estrutura gentica programada, responsvel direta pela manuteno da espcie e do ser em especial; traz suas caractersticas impressas na memria gentica programada estruturada em Po; base do aprendizado, para a formao da futura memria experiencial ou aprendida. Ambas so corporais; a gentica programada celular (essencialmente msculos lisos); inicia suas funes na concepo, e, a partir da formao do embrio, pela anatomofisiologia embrionria e seqencialmente at o final da fase fetal. Terminado o ciclo da vida fetal, quando o feto atinge sua velhice, o ser est preparado para um novo ciclo diferente de vida, o que mostra ser a morte a porta de entrada para os nascimentos, originando novos viveres, sendo parte integrante da vida. Aps o nascimento, a anatomofisiologia, atravs das funes orgnicas prprias da espcie, o guia iniciador do aprendizado. As memrias aprendidas formam-se corporalmente com o desenvolvimento muscular e amadurecimento dos Sistemas Nervosos. Desse modo, inicia e desenvolve esse grande arquivo que abrange todos os setores de atividade, seja fsica ou mental, situaes concretizadas ou no, mas vivenciadas com as sensaes e emoes sentidas por estmulos intensos. Desenvolve-se a memria gentica programada com a anatomofisiologia e formam-se as uvas e os cachos de uvas (smbolo Huna para memria) nas camadas musculares, onde o uhane busca nas lembranas o desenvolvimento da percepo, ideaes, imaginao, palavra e pensamentos, contribuindo com as aes corporais. A identificao de cada individuo caracterizada pelo DNA. No primeiro tringulo, a Tese - Morte fetal, necessita de uma Anttese - Nascimento, formando a polaridade, que a responsvel por qualquer manifestao na natureza. A nova manifestao aqui caracterizada como Sntese - Ha (Vida pela respirao)); a conseqncia das duas situaes anteriores. Esse tringulo, pelo seu contedo, d continuidade ao segundo, numa seqncia natural que tem a Sntese - Ha, como ponto de ligao. A Sntese - Ha (Vida atravs da respirao) complementa o primeiro tringulo, determinando uma rea, onde esto os contedos das experincias, desde o nascimento, at uma fase em que o desenvolvimento dos Sistemas Nervosos permite surgir sensaes e reaes, que facilitam o desenrolar do sonho bsico de vida. Essa nova vida inicia com a primeira inspirao, o alento da vida, seguindo as estruturas das memrias genticas programadas, num aprendizado constante. A Sntese - Ha, que une os dois tringulos propicia a formao da base do segundo, tringulo cuja Tese - Desenvolvimento Psicocorporal e >Anttese Anatomofisiologia so a base de formao do novo tringulo, que tem como ponto de ligao com o seguinte, a Sntese Pensamento, responsvel pelo (Sentimento, Ao). Nesse desenvolvimento do ser, forma-se o contedo do segundo tringulo. Essa dependncia est condicionada, no s parte individual, pelo anatomofisiolgico, mas engloba o psicolgico e

social. importante a atuao das pessoas do ambiente em que vive o novo ser, principalmente a da me ou de quem cuida diretamente da criana. Conforme amadurecem os sistemas nervosos, as funes fisiolgicas se diferenciam e o psiquismo se desenvolve, de acordo com as experincias adquiridas nas variadas vivncias. Este desenvolvimento depende tambm da atuao das pessoas envolvidas nesse processo de crescimento; so responsveis pelo fornecimento de certa quantidade de mana, vinda da alimentao e das situaes criadas no ambiente, que pode ser acolhedor ou no, e que, de certa maneira, vai influenciar, como facilitador ou no, no desenvolvimento do sonho bsico de vida desse ser. Os contedos dos dois tringulos somam-se, dando condies de crescimento, que depende tambm do aprendizado conseguido nas experincias vivenciadas, formando a base para uma nova fase, em um tringulo com novos contedos, como veremos adiante. At aqui, predomina a anatomofisiologia, que o guia do desenvolvimento, que permite introduzir novos sonhos e novas maneiras de sonhar (gentica programada), desde que o crebro j esteja em condies de exercer suas funes naturais de decodificao, permitindo o surgimento de outras fases, nesse desenvolvimento natural. Tudo isso ocorre geralmente at os dois anos de idade da criana. Nos contedos do primeiro tringulo, a sensao de viver afeta a criana de uma maneira intensa, pois todas as sensaes e impresses so sentidas como sendo totais e dela e so recebidas globalmente sem distinguir o fora e o dentro; a sensao de ser aqui. As sensaes se desenvolvem de acordo com a anatomofisiologia, o que permite as modificaes corporais. A intensificao e o aparecimento de novos estmulos provocam transformaes para iniciar o crescimento psicofisiolgico. grok, porque o ser est fundido com o todo e no se diferencia como um ser limitado pelo corpo fsico (kino); tudo uma extenso dele, num universo nico, indivisvel e de sensaes globais. Surgem ento, as primeiras percepes sensoriais, quando comea a perder as sensaes de totalidade e se individualiza. O sentido da viso a principal manifestao perceptiva, que com estmulos intensos, separa a criana do ambiente, que j no mais apenas ela, mas algo ainda indefinido, que cresce e lhe d as condies de percepo de seus limites corporais. medida que se desenvolvem os sentidos fsicos que a separa do meio exterior, surgem novas aes determinadas pelo amadurecimento neuronal. Aprende e forma, nas diversas camadas musculares, as memrias aprendidas. Estas traro novos e mais intensos estmulos e sensaes, conduzindo esse ser para a descoberta das emoes levadas atravs dos cordes-aka, para serem decodificadas pelo crebro, transformando em pensamentos, os ikes que se desenrolam no seu cotidiano. Inicialmente, o psiquismo que era anatomofisiolgico, adquire propriedades particulares, constituindo-se num sincretismo que possibilita aos poucos, a diferenciao dos diversos setores, onde so

guardadas as lembranas das experincias vividas, que constituem as memrias aprendidas (formam-se os primeiros cachos dessa memria), facilitando o desenvolvimento do pensamento, que de instintivo e dedutivo, acrescido do indutivo. esse fator que diferencia o ser humano dos outros animais; o uhane que desponta e cresce, tomando seu lugar na vida do ser. A vontade surge e se desenvolve, libertando o indivduo da dependncia em que vivia e mostra-lhe novos caminhos que mudam o pensar, propiciando-lhe um sentir prprio, que provoca aes. Passa a ser o nico responsvel, sem sair dos padres do sonho bsico de vida, separando-o do exterior para uma individualizao constante. O tringulo com seus contedos, que tem como Sntese Pensamento (que constri o Sentimento, Ao), o elemento de ligao do novo tringulo que tem como Tese - Analisar e como Anttese - Interpretar. Possui contedos diversificados, que do ao homem, desde as sensaes de estar aqui (diferente do ser aqui), at a capacidade de decidir, formando as caractersticas de sua personalidade, traando seu comportamento em relao a si mesmo e ao ambiente. Comeam assim, as funes do uhane. A separao sofrida pela modificao da sensao de viver, que inicialmente era um ser aqui, e agora estar aqui, feita atravs da percepo desenvolvida, que a individualiza e adapta-a ao ambiente, com condies de pesquisar pela ao; esta passa a ser uma prtica constante, at conseguir mais tarde, a capacidade de decidir, funo principal do uhane. Num concatenar contnuo, essa base vai servir de tese e anttese para o prximo tringulo, que tem como Sntese Conhecimento (Geral e Cientfico). Nesse encadeamento de vivncias e experincias, desenvolve-se o ser em busca de sua maturidade psicofsica, custa de seu sonho bsico de vida. A partir dai sofre modificaes profundas, sendo capaz de reformular o contedo de suas memrias com novos pensamentos, que agora so criaes suas, oriundos da imaginao, com decises prprias; so experincias ajuizadas por ideaes desenvolvidas atravs das emoes primrias, circulantes no corpo. Propicia ento, um crescimento psicofsico, que se traduz por um aprendizado que seu e lhe foi dado por suas experincias mentais, e pelas aes efetuadas. O conhecimento geral no est sujeito somente intelectualizao do aprendizado, mas o que poderamos chamar de aquilo que a vida ensina. O conhecimento cientfico intelectualiza o homem, propicia o desenvolvimento da tecnologia, em busca do seu aprimoramento cientfico e do seu bem estar pessoal e social. O uhane desenvolve pela criao de novas memrias e crescimento das j existentes, a anlise interpretativa crtica, favorecendo a motivao primordial do unihipili:- Buscar o prazer de acordo com o sonho bsico de vida, tentando minorar o sofrimento herdado geneticamente. Com o desenvolvimento do uhane, h um

crescimento espiritual constante, seja qual for a direo por ele tomada, e de acordo com as determinaes de sua vontade. A Sntese - Conhecimento (Geral e Cientfico) d continuidade ao esquema, e forma o novo tringulo com a Tese Produo e a Anttese - Distribuio, base doo tringulo, que traz do aprendizado e do conhecimento adquirido e memorizado, a sensao de posse do adquirido; com o tempo, torna-se cada vez maior, necessitando de uma ordenao, para que se possa trabalhar com proveito e bom resultado, o que foi produzido. Essa a motivao principal do uhane: a ordem. Sem ordem difcil haver controle, predominando os impulsos que dispersam os pensamentos, o que prejudica futuramente a evoluo e a funo principal do uhane que a deciso. Essa ordenao favorece a produo, contribuindo com a intelectualizao que exige uma anlise cada vez mais detalhada dos pensamentos e dos fatos. S assim, se consegue uma produtividade maior, dentro do mesmo padro, conduzindo o ser s preocupaes com o social. Comprometendo-se com o social, por j ter um entendimento da necessidade de se diminuir a separao causada pelo individualismo, busca um comportamento comunitrio, concretiza esse comprometimento e torna usual a prtica de aes sociais, tudo dentro dos padres herdados de seu sonho bsico de vida. A Tese - Produo e a Anttese - Distribuio, com os contedos anteriores, podem conduzir o indivduo novas percepes. Parte do individual, por ele cultivado, para o global, que adquiriu no comprometimento social. O resultado um entendimento que leva a uma aceitao dessas responsabilidades, transformando o que poderia ser penoso em termos de ao, em sentimento afetivo, mas com um sentido de posse. Est criada a possibilidade de se sentir a necessidade das mudanas dos valores e padres at agora desenvolvidos. Por querer atingir a fase final desse Padro A, cria condies para paralelamente trabalhar novos valores, contidos no sonho bsico de vida, cuja estrutura pode ser modificada, mas no perdida. Atingimos assim, o maior de todos os sonhares com todos os sonhos anteriores, que a sensao do sentimento de possibilidade de mudanas despertado pelo amor-sentimento, primeiro vislumbre do amor do Princpio Aloha; criou-se a Sntese - Grande Sntese; atingiu o que se poderia definir como: O homem um ser biolgico, psicolgico e social com vislumbres da vivncia csmica. Agora possvel fazer uma retrospectiva, e, com todas as experincias arquivadas nas memrias reformuladas pela aquisio de novos valores e reformulao dos j existentes, adquirir-se um novo padro; vivenciar novos sonhos com novas maneiras de sonhar, criar sistemas diferentes para as aes e conhecimento, deixando a espontaneidade e a criatividade comandar a formao de um novo sonho bsico que desponta, sem perder o contato com o inicial, que o que nos mantm estruturados na rede sociomtrica, e corporalmente; o suporte do novo padro que se desenvolver aos

poucos, juntamente com um novo Ike (Primeiro Princpio do xamanismo havaiano) para cada ao praticada. Infelizmente, cr-se que no so muitos os que conseguem atingir o final desse Padro A. O Nvel 1 cresce pelas experincias desenvolvidas pelos diversos contedos dos tringulos, durante as vrias fases vividas no Padro A, o que conduz ao Padro A1/A do Nvel 1. Agora, o pensamento analtico, mesmo sendo crtico, propicia uma participao social mais intensa e diferenciada, por ser essencialmente ativa, levando-nos a sentir que somente na ao conjunta, com participao ativa e partilhada, pode o pensamento estar focalizado com mais intensidade, evitando a disperso e criando condies para que as decises se tornem mais fceis e corretas. Vm de situaes em que a espontaneidade guia as aes criativas, sob influncia de Makia (terceiro Princpio do xamanismo havaiano: A energia segue o curso do pensamento) ampliando a percepo da Teia-Aka. o uhane atuando em harmonia com o unihipili, sob orientao do aumakua, formando a Sntese - Imaginao Criativa e Conhecimento Criativo. Esse tringulo inicial do (Padro A1/A), que tem como base a Tese - Analisar e a Anttese - Interpretar, oriundas do Padro A, desperta a imaginao criativa e o Conhecimento Criativo; propicia na rea desse tringulo, contedos embasados em pensamentos sem dvidas, tornando as decises mais fceis e mais suaves, sem crticas acentuadas e com julgamentos menos severos, elaborados no amor ao coletivo, que ainda uma posse, mas uma posse de jugo suave e leve. A Imaginao Criativa e o Conhecimento Criativo, sntese dos dois tringulos, atravs de seus contedos, conduz o indivduo na direo da ao interiorizada, fruto da ao conjunta, que vai conscientizando-o da sua participao individual, na Teia-Aka, vislumbrando a interligao de tudo, e cria uma situao holstica. A iluso da separao sentida, a necessidade da reviso de valores imperiosa, e, como j sabe tomar decises, o resultado uma reviso nos valores do Padro A, com mudanas no pensar e sentir. Assim, fecha-se o tringulo que tem como pice a Sntese Imaginao Criativa e Conhecimento Criativo, e, como base, a Tese - Reto Pensar e a Anttese - Sentir. O pensar est mudado; agora, um reto pensar, para um sentir ainda subordinado a analise dos pensamentos e das aes. O apego s posses ainda um empecilho nesse caminho de sonhos diferentes. A intelectualizao, que nos aprisiona ao mundo, dificulta um sentir sem o apego do conhecimento adquirido, prendendo-nos ao padro A, onde a posse intelectual um problema a ser resolvido. Aos que caminham sem medo e com os valores revistos e modificados, uma ltima etapa se delineia, baseada na tese e anttese anterior, que forma a base deste ltimo tringulo, cujos contedos esto modificados pelas vivncias anteriores. As revises do oportunidade ao surgimento do reto pensar, do desapego

intelectual, primeiro passo para se tornar um juiz flexvel, mas reto, em busca da liberdade que passa a conduzir seus sonhares, em sonhos grandiosos e cheios de desejos de transformao, em busca de um prazer que no mais tem como necessidade bsica o medo, a raiva e a culpa, que geram o sofrimento. Est estruturado na conscientizao de uma liberdade interior, que traz paz, tranqilidade e amor, levando harmonia das vibraes, motivao principal do aumakua, que pela sua funo criadora conduz Percepo Intuitiva, possibilitada pela compreenso, cuja semente surgiu na Grande Sntese do Padro A. Com a percepo intuitiva, o sentimento de que se caminha em uma outra estrada paralela primeira, mas no dependendo tanto dela. Comea-se a analisar com um pensamento reflexivo, mais tolerante e de maior amplitude, at capaz de aceitar que as coisas possam tambm ser feitas fora da cincia. com uma nova percepo, que no est subordinada aos sentidos fsicos e sensibilidade geral, que as experincias surgem e se concretizam. No h a angstia da espera, das vitrias ou derrotas, nem as frustraes, por ser o futuro prximo agora/aqui e o passado aqui/agora, ambos no presente, nico tempo realmente existente e a convico da incerteza uma verdade que impulsiona para a evoluo. Os contedos dos tringulos do (Padro A e A1/A), esto includos na descrio geral do texto. Para uma mais fcil compreenso, faremos uma analogia com um programa de computador, desenvolvendo alguns tpicos como:

Como vimos, ao se trabalhar em uma janela ordenada podemos observar, estudar, experimentar e vivenciar um padro sem perder o outro de vista, e vice-versa, o que nos mostra como acontecem as transformaes que so necessrias, para se conseguir alcanar o Nvel 2. Sentiremos as mudanas de padres, por experincias diretas e constantes e por observao, entrando ora em um, ora em outro

padro do Nvel 1, at que se perceba a existncia do Nvel 2. Agora j se vive intensamente no Padro A1/A, sem perder de vista o Padro A que continua sendo o sonho bsico da vida e que foi geneticamente programado. Pode-se copiar, ampliar ou deletar, formando aos poucos, o prprio Padro A e Padro A1/A, quando a anlise criativa favorece a imaginao criativa, tendo como resultado o Conhecimento Criativo que propicia as mudanas necessrias que conduzem ao Padro B. O Nvel 2 est ligado ao Padro B e as condies de vida so muito diferentes nesse nvel:

Os mistrios desaparecem e a compreenso desenvolve-se. No entanto, a vivncia e a evoluo promovem aes nos trs padres, bem definidos em Huna como sendo propriedades do unihipili e uhane (Padro A e Padro A1/A) e tambm do aumakua, isso no

Nvel 1. Ao se atingir o Padro B, aumakua no Nvel 2, o Padro A serve como simples referencial, para a manuteno corporal no aqui/agora. A vivncia nos dois primeiros padres conduz ao desapego e o ser se transforma em um transeunte. O sonhar est interligado e os sonhos vm da Teia-Aka, pela compreenso existente no Nvel 2. o pobre de esprito de Jesus, herdeiro do reino dos cus. Essa compreenso surge da maneira de interpretar, que passou das anlises crtica e criativa para a reflexo com a avaliao csmica; desempenha um papel preponderante como guia dos pensamentos e das aes correspondentes. Com os padres modificados e os novos adquiridos, a percepo sofre modificaes e conseqentemente, h uma reformulao das memrias, ao se desativar cordes-aka, mudar outros e ativar os que permaneciam em estado potencial espera das transformaes despertadas pela percepo intuitiva, e de uma nova forma de comunicao. O reto sentir, o reto pensar e o reto agir, esto inteiramente interligados com a Teia-Aka. o libertar-se do intelecto que passa a ser um excelente servidor, sob a tutela do aumakua. Essa situao conduz a um estado alterado de percepo, nos distancia da conserva cultural no aqui/agora e leva-nos a uma situao temporal diferente, na qual, as vibraes esto em freqncias integradoras, anulando as energias causadoras das separaes; fazem desaparecer a ignorncia, as limitaes e todos os desafios dos sete princpios do xamanismo havaiano que impedem o desenvolvimento, o crescimento e a evoluo. Passa-se a viver na plenitude que a compreenso dos Princpios do xamanismo havaiano propicia. A passagem do Padro A1/A para o Padro B, atravs da percepo intuitiva, modifica toda a estrutura at ento existente, e passa a servir como simples referencial de manuteno da vida corporal. A vivncia interior vem da Teia-Aka. Apesar da individualidade, no sente mais a separao, sente-se integrado ao todo da Teia-aka, vivendo no Princpio Aloha. difcil falar dos contedos desse Padro B, por estarmos em outro nvel, onde a ilusria separao a situao que nos mantm na viagem da vida atual. Falaremos da fase final traando um paralelo com o estado grok de ambas. Na fase inicial da vida atual, aps o nascimento, estivemos no estado de grok, no qual a criana no tinha noo do que dentro ou fora dela, atuando somente por mecanismos anatomofisiolgicos dependentes da memria gentica programada, e as sensaes eram globais. Conforme se desenvolve pelo aprendizado, forma-se a memria aprendida ou experiencial. Nesse estgio, desaparece aos poucos o estado de grok, e, concomitantemente, desenvolve-se a individualidade, dentro do contexto em que vive e atua. Aos poucos, forma sua rede sociomtrica tirada da Teia-Aka mais prxima de suas atuaes.

Por um aprendizado constante, desenvolveu pela vontade, todas as experincias na viagem da vida, por meio dos incontveis sonhos vivenciados e dos sonhares modificados pela alterao dos valores, que forma novos padres, propiciando atingir o outro estado de grok, que agora de integrao com a Teia-Aka, por meio de uma nova percepo, a intuio criativa, eliminando os limites, por no perceber mais a separao. Nessa dimenso, anulam-se as sensaes dadas pela intelectualizao das aes, entrando no estado de graa atingido por aqueles que ultrapassaram as barreiras humanas e atingiram a condio de imagem e semelhana de Tane, o Deus manifestado, que tudo criou e cria.

ndice de referncia de palavras havaianas: Huna psicofilosofia oriunda do antigo Hava. Kahuna mestre guardio dos segredos do conhecimento secreto do antigo Hava. Reva morada dos deuses. Tane Deus que existe, o Deus manifestado. Po Mundo invisvel. Ao Mundo manifestado Unihipili Subconsciente, Eu bsico, Ku. Uhane Consciente, Eu mdio, Lono. Aumakua Superconsciente, Eu Superior, Kane. Kino - corpo Aka substncia, matria que permeia o universo. Mana Poder Divino, sexto Princpio do xamanismo havaiano. mana Energia vital Ha vida atravs da respirao, respirao, sopro; o nmero quatro em havaiano. Cordo-aka prolongamentos do unihipili encarregados de transportar memrias. Teia-Aka Rede sociomtrica universal, o Todo. Ike -- Primeiro Princpio do xamanismo havaiano (o mundo o que voc pensa que ele ). Kala Segundo Princpio do xamanismo havaiano (seu poder ilimitado). Makia -- Terceiro Princpio do xamanismo havaiano (a energia segue o fluxo do pensamento). Manawa Quarto Princpio do xamanismo havaiano (seu momento de poder agora). Aloha Quinto Princpio do xamanismo havaiano (amar compartilhar com...). Mana Sexto Princpio do xamanismo havaiano (todo poder vem de dentro).

Pono -- Stimo Princpio do xamanismo havaiano (A eficcia a medida da verdade). Os Princpios do xamanismo havaiano so sete. Os deuses principais da mitologia havaiana ensinada pela Huna so doze. Os Sete Princpios Xamnicos seus Atributos e Talentos 1. Ike - O mundo o que voc pensa que . Corolrio: Tudo sonho. Todos os sistemas so arbitrrios. Utilizao do poder do pensamento. 2. Kala - No h limites.> Corolrio: Tudo est interligado. Tudo possvel. Separao apenas uma iluso til. Utilizao das ligaes energticas. 3. Makia - A energia segue o pensamento. Corolrio: A ateno segue o fluxo energtico. Tudo energia. Utilizao do fluxo de energia. 4. Manawa - Seu momento de poder agora. Corolrio: Tudo relativo. Utilizao do momento presente. 5. Aloha - Amar ser feliz com. Corolrio: o amor aumenta quando o julgamento diminui. Tudo est vivo, atento e reativo. Utilizao do poder do amor. 6. Mana - Todo poder vem de dentro. Corolrio: Tudo tem poder. O poder vem da autorizao (da criao). Utilizao do poder da autorizao (da criao). 7. Pono - A efetividade a medida da verdade. Corolrio: Existe sempre outra forma de se fazer algo. Utilizao do poder da flexibilidade. A cada princpio, corresponde um atributo; representam qualidades especiais a serem desenvolvidas e so percebidos de maneira diferente do que comumente fazemos. Os princpios e seus atributos so; 1. Ike - Viso; uma maneira diferente de se perceber as coisas; a viso metafsica da realidade. A viso comum das coisas chama-se Ike Papakahi; a viso do primeiro nvel.

A viso metafsica chama-se Ike Papalua; a maneira de se perceber a realidade atuando num segundo nvel, de onde se controla o primeiro. 2. Kala - Esclarecimento; ; a maneira que se tem para agir fazendo com que se consiga claramente a unio do seu eu com o universo; a transformao do homem em um ser holstico. 3. Makia - Focalizao; focalizar em sua mente suas intenes, objetivos, metas e propsitos uma maneira de se conseguir uma reviso permanente de suas motivaes, o que lhe d maior eficincia em suas aes e uma maior capacidade de frustraes. 4. Manawa - Presena; sendo o presente o nosso tempo, o aqui/agora e o agora/aqui so situaes das quais tiramos todo proveito para nosso entendimento e compreenso e quanto mais atentos estivermos, mais presentes nos faremos e mais frutos colheremos de nossas aes. 5. Aloha - Bno; em todas nossas intenes, atitudes e aes, se conseguirmos reforar o bem presente ou potencial, quer pela palavra, imagem ou ao, poderemos sentir a bondade, enxergar a beleza e apreciar a percia com que se age; assim, estaremos abenoando. O xam age de maneira diferente porque capaz de abenoar o bem potencial atravs de desejos de sucesso s pessoas a quem se dirige. 6. Mana - Permisso; para que qualquer coisa tenha poder, necessrio que lhe atribuamos este poder que queremos transmitir, isto , autorizamos que tenha este poder. Isto pode ser feito com pessoas e objetos; s se consegue isto com a energizao do que queremos atribuir poder. Assim como podemos dar poder, tambm podemos tirar. O xam guerreiro personifica o mal lhe dando poder, aprendendo como conquist-lo; o xam destemido tira o poder do mal despersonificando-o e aprendendo sobre ele, conseguindo a harmonia, fazendo assim, que o mal desaparea. 7. Pono - Tecelo de sonhos; o xam tece seus prprios sonhos desenvolvendo suas habilidades e assim, poder ajudar os outros a tecerem seus sonhos. Ele usa esta habilidade para fazer suas curas que tm um sentido diferente das curas comuns. Por exemplo, um massagista, massageando o corpo de um paciente est usando suas mos para curar o corpo fsico do paciente. O xam massagista, massageando, estar usando o corpo fsico como ferramenta para tecer um novo sonho e curar o esprito. So duas situaes em que as aes so semelhantes mas as intenes e atitudes so diferentes. No primeiro caso, houve uma cura corporal e no segundo, ao tecer um sonho propiciou uma cura fsica e mental; provocou uma

modificao espiritual que manter o indivduo com novas intenes e atitudes de vida criando uma nova crena. Esta situao eficiente e a eficincia est na capacidade de tecer sonhos do xam e das mudanas sofridas que mantero o indivduo com suas novas crenas. Cremos que est ai a diferena das duas palavras da Lngua Inglesa: cure e healing; a primeira, a resposta de cura do massagista