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Apostila introdutória de psicologia.
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Responsvel pelo Contedo:
Profa Ms Gisele Fernandes
Psicodinmica do Trabalho: o
estresse no ambiente organizacional
Espero que aproveitem a discusso, qualquer dificuldade entre
em contato com seu professor tutor.
Ateno
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material terico atentamente antes de realizar
as atividades. importante tambm respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
a psicodinmica do trabalho no uma psicologia do trabalho, mas uma
p (1996, p. 8)1. Ou seja, estuda os impactos do trabalho sobre a sade
do trabalhador.
Para iniciarmos o tema, convido-o a assistir dois filmes publicitrios, desenvolvidos
para um iogurte fermentado. O slogan da campanha " " pode ser
com certa dose de bom
humor, situaes estressantes do ambiente de trabalho.
Acesse os vdeos por meio dos links a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=VjGEjxB2zV0
http://www.youtube.com/watch?v=SxlPVoXw468&feature=PlayList&p=96F28B908C241EE
E&index=1
1 Dejours C. (1996) Introduction: Psychodynamique du travail, Revue internationale de psychosociologie, 5, 5-12.
Contextualizao
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21778453&caller=searchT
O trabalho pode ser visto como um mero ganha-po, ou como a parte mais
significativa da vida interior, pode ser encarado como uma expiao ou como uma expresso
exuberante de si mesmo (MILLS, 1976, p. 233).
Relao homem-Trabalho
A preocupao com a relao homem-trabalho no
recente. Presente desde os primrdios dos tempos, tal
preocupao se intensifica com o advento da
industrializao. Produtividade, melhor posicionamento da
empresa no mercado competitivo, alm da qualidade de
vida no trabalho so questes permeadas pela relao do
homem com o trabalho.
Dejours, mdico francs, com formao em
psicossomtica e psicanlise, pesquisador da
Psicodinmica do Trabalho, alerta para o que chama de
o trabalho pode ser fonte de prazer, enquanto para outros,
o trabalho visto como causa de fadiga e sofrimento
(DEJOURS, ABDOUCHELI e JAYET, 1994, p. 22).
Em um texto j bastante antigo, Mills ao analisar o
significado do Trabalho, revela que ao longo da histria da
pena, ao sofrimento, do que ao prazer.
Para os gregos antigos, o trabalho deveria ser realizado
apenas pelos escravos, j que embrutecia a alma e o esprito.
Para os hebreus o trabalho era fruto da condenao de Deus
pelos pecados. J os primeiros cristos acreditavam que o
trabalho era sim uma punio ao pecado, mas servia ao propsito
de
com Lutero, o trabalho adquire certa importncia ao ser
associado aos dons apresentados pelo apostolo Paulo, nas
Escrituras Sagradas (MILLS, 1976, p. 234).
Material Terico
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A partir da anlise da relao Homem-Trabalho, Mills formula a hiptese de que a
satisfao que o ato de trabalhar pode proporcionar ao trabalhador est mais relacionada aos
fatores extrnsecos a ele, do que aos fatores intrnsecos. O autor destaca como um das fontes
de satisfao do trabalho, a renda recebida. O salrio recebido pelo trabalho realizado, pode
ser considerado, segundo o autor, um dos motivos para se exercer atividades laborais. Alm
deste, Mills aponta tambm status e poder como prazeres oriundos do ato de trabalhar.
Para Mills o simples fato de ter um emprego, mesmo que no se goste do trabalho
executado, pode permitir ao homem algum tipo de prazer. Em nossa sociedade, o estar
empregado motivo de status. Um exemplo da importncia do emprego em nossa
sociedade pode ser o da presena, quase que constante, dele quando somos apresentados a
o nome da empresa em que trabalhamos muitas vezes ocupa o lugar do nosso sobrenome: -
Ol, eu sou o fulano, da empresa tal. As pessoas de modo geral, valorizam o estar
empregado, o ter uma ocupao.
Em contrapartida, o desempregado pode se sentir inferiorizado perante o grupo ao
qual pertence. Por isto, algumas vezes as pessoas mantm empregos, dos quais no gostam,
porque sem estes, se sentiriam inferiorizadas.
Ainda sobre os prazeres extrnsecos ao trabalho, Mills
chama a ateno tambm para o fato de que algumas pessoas
acreditam que trabalham durante a semana para viverem nos
finais de semana. O autor ressalta que trabalho e vida esto
totalmente separados.
proporciona ocorre fora dos limites do trabalho; trabalho e
(MILLS, 1976, p.
253).
Embora as anlises apresentadas por Mills datem de
1976, mais de trs dcadas, podemos afirmar que muitas delas
so bastante coerentes com situao de muitos trabalhadores
na atualidade.
Ser que o trabalho, utilizando as palavras de Mills,
- nificativa da
-
Analisar a relao homem-trabalho torna-se relevante,
med
os homens e para a sociedade retornos favorveis: pelo efeito
de um aumento do consumo domstico, e, alm disto, de uma
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prpria empresa problemas sociais e humanos que
tem, por sua vez, consequncias s vezes menos
vantajosas sobre a vida comum e a sade dos
1996, p.150).
A sade mental no trabalho, aspecto por vezes
negligenciado por empresas e profissionais, ao
contrrio do que muitos acreditam, pode resultar em
prejuzo tanto para o trabalhador quanto para a
empresa. E papel de qualquer gestor a promoo de
sade mental no ambiente organizacional.
Psicodinmica do Trabalho
Muito se tem falado sobre a importncia do capital humano nas organizaes. Sobre a
importncia do conhecimento, da vantagem competitiva, que o capital humano pode trazer s
organizaes. Utilizando as palavras de Fleury, quando se trata de competncia, necessrio
Assim ao tratar do capital humano, do indivduo na organizao, faz-se necessrio
abordar aspectos relacionados Psicodinmica do Trabalhador Moderno. Qual a relao do
homem atual com seu trabalho? Como anda a sade mental do trabalhador? Tal trabalhador
tem conscincia do significado daquilo que realiza?
Os custos com a negligncia a tais questes no
pequeno. Os transtornos mentais ocasionam desde perda da
produtividade, at conflitos interpessoais e aumento no custo
de vida. Segundo dados do Ministrio da Sade (2001)
houve um aumento de 15% do nmero de acidentes e
doenas relacionadas ao trabalho entre os anos de 1994 e
1998, sendo que os transtornos mentais so a terceira maior
incidncia nos casos de auxlio-doena por incapacidade para
o trabalho ou aposentadoria por invalidez.
Aspectos relacionados sade do trabalhador, foram
abordados no 14 Congresso Latino-Americano de Servios
de Sade, realizado em meados de 2009 (SADE MENTAL
EM FOCO, 2009).
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Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo,
apresentou dados relevantes sobre a sade mental do
trabalhador brasileiro. Segundo o Bergel, trs a cada 10
brasileiros apresentam problemas de sade devido ao
estresse no trabalho. Para o palestrante, enquanto nos
Estados Unidos, o prejuzo gerado por funcionrios
doentes chega a US$ 150 bilhes por ano, no Brasil, esse
nmero pode ser de aproximadamente 3% do PIB
(Produto Interno Bruto).
Problemas como absentesmo2 e presentesmo3,
segundo Bergel, tem origem em fatores relacionados: a
sade, a problemas pessoais, vcios com lcool ou drogas,
estresse, depresso, pessimismo, dentre outros (SADE
MENTAL EM FOCO, 2009).
Ainda no 14 Congresso Latino-Americano de
Servios de Sade, doutor Antonio Geraldo da Silva,
presidente da Associao Psiquitrica de Braslia, ao
proferir palestra sobre Depresso, Absentesmo e
Qualidade de Vida, apontou a depresso como a maior
causa de incapacitao, uma vez, que reduz a qualidade
de vida e piora o desempenho no trabalho.
Silva chamou ainda a ateno para a viso deturpada que a populao tem acerca das
doenas psicossomticas4. Segundo o palestrante 75% das pessoas acreditam que depresso
trata-se de uma forma de fraqueza emocional e 45% culpam a vtima, supondo falta de fora
de vontade. Todavia, cinco em cada 20 pessoas consideradas normais so acometidas de
depresso e na populao brasileira a prevalncia de depresso est entre 20% a 25%,
geralmente em pessoas na faixa etria dos 40 anos (SADE MENTAL EM FOCO, 2009).
2 Hbito de estar ausente do emprego. Ausncia premeditada.
3 Situao em que o empregado est presente, mas sem produzir como deveria.
4 Relativo s manifestaes somticas ou orgnicas de origem psquica.
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ADE MENTAL EM FOCO, 2009).
Sabe-se que crescente o nmero de pessoas que de alguma
maneira tem sua sade fsica e mental afetada pelo ambiente de
trabalho. Fatores como exigncias, presses, mudanas,
sobrecarga de trabalho, esto cada vez mais presentes no cotidiano
das organizaes, contribuindo para o estresse ocupacional.
afirmava que a diminuio dos empregos, resultaria na dissoluo
dos empregos convencionais, forando as organizaes a
acrescentarem novas responsabilidades aos profissionais que
pedaos deixados pelos que saem, tornando as descries de cargo
Para Lida (2001) as causas do estresse ocupacional
relacionam-se as exigncias fsicas ou mentais exageradas, podendo incidir mais fortemente
naqueles trabalhadores j afetados por outros fatores, como conflitos com a chefia ou at um
problema familiar (LIDA, 2001).
As empresas precisam voltar a sua ateno para as questes que envolvem a sade mental
dos funcionrios. Assim, compreender os transtornos relacionados ao estresse, torna-se essencial
a qualquer gestor, na medida em que lhe permite administrar de forma mais eficaz suas
consequncias.
As repercusses tanto para o profissional quanto para a organizao geradas pelo efeito do
estresse ocupacional, justificam medidas de preveno e apoio contnuos.
Para aprofundar na compreenso acerca do que estresse, de quais so as suas
consequncias e de como administr-lo, leia os tpicos5, que compem o texto
, apresentado no captulo
, do livro , de Stephen P.
Robbins.
Universidade ou acessado pela Biblioteca Virtual da Pearson (cruzeirodosul.bvirtual.com.br).
5 1 - O que estresse?;
2 - Compreendendo estresse e suas conseqncias;
3 - Fontes potenciais de estresse;
4 - Diferenas individuais;
5 - Consequncias do estresse; e
6 - Administrando o estresse.
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nlargement/Enlargement.aspx?i
d=42 -
15968601&caller=search
http://www.corbisimages.com/Enlargement/Enlargement.aspx?id=42-15968601&caller=searchhttp://www.corbisimages.com/Enlargement/Enlargement.aspx?id=42-15968601&caller=searchhttp://www.corbisimages.com/Enlargement/Enlargement.aspx?id=42-15968601&caller=searchhttp://www.corbisimages.com/Enlargement/Enlargement.aspx?id=42-15968601&caller=searchMais informaes acerca do tema podem ser encontradas nos texto abaixo.
NIEL, Marcelo Alcoolismo no trabalho. Programa de Orientao e Atendimento a
Dependentes PROAD . Disponvel on-line em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/participacao_parceria/coordenadorias/cdr/no
ticias/?p=15270 - Acessado em 11/04/2014.
Sndrome de Burnout . Disponvel on-line em:
http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htm - Acessado em 14/04/2014.
Santos, L. P. Gerenciamento do Estresse Ocupacional : Uma Nova Abordagem
Disponvel on-line em:
http://www.aedb.br/seget/artigos07/265_Gerenciamento%20do%20Estresse%20Ocupacional
%20Uma%20Nova%20Abordagem.pdf Acessado em 09 de Novembro de 2009.
Material Complementar
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/participacao_parceria/coordenadorias/cdr/noticias/?p=15270http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/participacao_parceria/coordenadorias/cdr/noticias/?p=15270http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htmhttp://www.aedb.br/seget/artigos07/265_Gerenciamento%20do%20Estresse%20Ocupacional%20Uma%20Nova%20Abordagem.pdfhttp://www.aedb.br/seget/artigos07/265_Gerenciamento%20do%20Estresse%20Ocupacional%20Uma%20Nova%20Abordagem.pdfBRIDGES, W., Job Shift: um Mundo sem Empregos. So Paulo: MB Books, 1995.
DEJOURS, Christophe. Uma viso do Sofrimento Humano nas Organizaes. Em:
CHANLAT, Jean-Franois (organizador). O indivduo na organizao : dimenses
esquecidas. Oflia de Lanna Sette Torres (organizadora); traduo e adaptao Arakey
Martins Rodrigues; reviso tcnica Carlos O. Bertero, 3 Ed. So Paulo: Atlas, 1996.
DEJOURS, C.; ABDOUCHELI, E. & JAYET, C. Psicodinmica do Trabalho -
Contribuies da Escola Dejouriana anlise da relao Prazer, Sofrimento e Trabalho. So
Paulo: Editora Atlas S.A., 1994.
LIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produo. 7ed. So Paulo: Edgar Blucher, 2001.
MILLS, Wright. A Nova Classe Mdia . Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.
MINISTRIO DA SADE. Manual De Procedimentos Para Servio Da Sa de: Doenas
Relacionadas ao Trabalho. Braslia, 2001.
SADE MENTAL EM FOCO. Em busca de novas perspectivas. Mdulo de sade mental
sucesso no Congresso Latino-Americano de Servios de Sade. SINDHOSP. Ano 02,
Boletim n 08, Jul/Ago/Set, 2009.
Referncias
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