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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Um livro da historiadora Marie-Christine Volovitch-Tavares SIAL. O Ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral, veio ao Salão do agroali- mentar de Paris 09 Edition nº 281 | Série II, du 19 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 08 Reuniu o Conselho Consultivo do Consulado de Paris Órgão de consulta do Cônsul Geral de Portugal 06 Um século de presença portuguesa em França LusoJornal / Carlos Pereira Livros. Yves Léonard apresentou livro com a história contempo- rânea de Portugal 11 Música. Estreia mundial em Athis-Mons de 10 peças de composito- res portugueses para quarteto de violas e quarteto vocal 15 20 Faleceu José Lello, ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas 03 José Lello PUB PUB Futebol. Lusitanos de Saint Maur continuam em primeiro lugar no grupo B do Campeonato CFA

PUB Edition nº 281 | Série II, du 19 septembre 2016 ... · homenagem a Amália Rodrigues no Olympia de Paris, foi o assunto mais re-levante da semana. Havia outros, claro, também

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GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Um livro da historiadora Marie-Christine Volovitch-Tavares

SIAL. O Ministro da Economia ManuelCaldeira Cabral, veioao Salão do agroali-mentar de Paris

09

Edition nº 281 | Série II, du 19 septembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

08

Reuniu o Conselho Consultivodo Consulado de ParisÓrgão de consulta do Cônsul Geral de Portugal 06

Um século de presençaportuguesa em França

LusoJornal / Carlos Pereira

Livros.Yves Léonard apresentou livro coma história contempo-rânea de Portugal

11

Música. Estreia mundial emAthis-Mons de 10peças de composito-res portugueses paraquarteto de violas equarteto vocal

15

20

Faleceu José Lello, ex-Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas

03

José Lello

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Futebol.Lusitanos de SaintMaur continuam emprimeiro lugar nogrupo B do Campeonato CFA

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02 POLÍTICA

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz(Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel doNascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Stras-bourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, TonyInácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite| 10.000 exemplaires | Dépôt légal: octobre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

Le 19 octobre 2016

Pergunta dos leitores

Pergunta:Caro Diretor,Costo do vosso jornal mas temos coisasque não percebemos. [...] Na fotografiada capa do último jornal, os fadistasestão de costas [...] isso é uma falta derespeito com o fado e com os fadistas.[...].Também acho que uma homenagema Amália Rodrigues em Paris devia terfadistas de cá e não fazerem vir fadistasde Portugal. [...]Armandina Mendes(por mail)

Resposta:Cara leitora,Obrigado pelas palavras simpáticasque diz a nosso respeito.A escolha da capa do LusoJornal ésempre um processo difícil. Acredite. Eé difícil agradar a gregos e a troianos.Primeiro temos de escolher o tema. E,sem dúvidas, na semana passada, ahomenagem a Amália Rodrigues noOlympia de Paris, foi o assunto mais re-levante da semana. Havia outros, claro,também importantes, mas, pela suaoriginalidade e pelo simbolismo (cantarAmália, num palco que ela própriapisou e onde se imortalizou), este era oassunto mais importante para a capa.Depois vem a escolha da fotografia. Detodas as que tínhamos, pensamos queesta bonita fotografia do Philippe Mar-tins, resume o concerto. Dá mais im-portância ao público do que aosfadistas? Sim. Foi de propósito. Mas osfadistas têm uma foto de destaque nointerior do jornal. Faltar respeito aos fa-distas e ao fado? Pelo contrário, mos-tra-se um grupo de fadistas unidos(porque abraçados), aplaudidos pelopúblico que encheu o Olympia. Fran-camente, eu adorei.Quanto à programação: como vê, nósjá temos de escrever artigos, escolherfotografias, ainda queria que fossemosnós a escolher os fadistas?Essa é uma tarefa dos organizadores -a Dyam e a revista Portugal Magazine- e só merecem os nossos parabénspela organização.Boa leitura.

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Intervenção por ocasião do 20º aniversárioda CPLP

Transcrevemos na integralidade odiscurso do deputado Paulo Pisco,eleito pelo círculo eleitoral da Eu-ropa, no Parlamento português, poracasião do 20° aniversário da Comu-nidade de países de língua portu-guesa (CPLP).

“A CPLP é uma organização multi-lateral original, está espalhada porvários continentes e tem uma iden-tidade própria ligada à língua e àsculturas dos seus Estados-membros.Tem já um considerável patrimóniode realizações e exerce, inegavel-mente, uma crescente atração nou-tros países e organizações quequerem ter o estatuto de observador.Ao celebrar o seu 20º aniversário, aCPLP, olha para si própria, para omundo globalizado em que se insere,mas também para o futuro, com con-fiança, como é evidente pela novavisão estratégica que será aprovadana próxima cimeira de Brasília.Como organização relativamentejovem que é, a CPLP tem ainda umimenso potencial que pode desenvol-

ver, particularmente na economia, naconcertação político-diplomática, nacooperação estratégica.Com o empenho de todos, a CPLP étanto um importante instrumento deafirmação global, como para o desen-volvimento interno de cada um dosseus membros. Basta pensar na con-cretização dos ambiciosos objetivosdos planos de Ação de Brasília e deLisboa, que definem metas comunspara a promoção da Língua, acessoao ensino e à cultura e desenvolvi-mento científico.Decididamente, a CPLP veio paraficar, porque todos compreendemque aquilo que eventualmente nospoderá separar é insignificante em re-lação à força do que nos une: a línguacomum e os afetos forjados ao longode séculos, que nos permite afirmar,sem retóricas vazias, que somospovos irmãos.E é por isso que a eleição de AntónioGuterres para Secretário-Geral daONU é também uma vitória da luso-fonia e do seu vasto universo, onde seincluem as importantes e estratégicas

diásporas dos países da CPLP quemultiplicam a nossa presença quaseà escala planetária em mais de 150países.É através da Língua e dos afetos quenos chegam os ecos do nosso univer-salismo pela escrita de Jorge Amado,de Pessoa, de Pepetela, de Mia Coutoou Germano de Almeida. É através dalíngua e dos afetos que se espalhampelo mundo os sons do fado e dabossa nova, das mornas e coladéras,a riqueza do multiculturalismo e dadiversidade cultural. A língua portu-guesa é uma janela aberta para o mare para o mundo. É parte integrante danossa história, da nossa identidadecoletiva, do nosso imaginário.Como qualquer organização multila-teral, a CPLP enfrenta em permanên-cia os desafios das suas dinâmicasinternas. Precisa de fortalecer as suasinstituições, particularmente o Insti-tuto Internacional da Língua Portu-guesa, e de ter os recursos adequadospara poder funcionar eficazmente.Precisa de estar mais enraizada nasopiniões públicas nacionais e pro-

gredir na cidadania e na mobilidadeno espaço da CPLP, criando maisoportunidades para estudantes, tra-balhadores e investidores.Mas precisa também de cuidar empermanência da sua identidade, dosseus valores e princípios constituti-vos. A defesa da Língua comum e dadiversidade cultural, a paz e a esta-bilidade política, a democracia e oEstado de direito, os Direitos Huma-nos e a justiça social, devem consti-tuir a base da nossa força coletiva.Se pensarmos nas projeções demo-gráficas para o conjunto da CPLP, fa-cilmente vislumbramos um potencialimenso para o futuro. Prevê-se queapós 2050 existam, pelo menos, 350milhões de falantes da nossa Língua.É, portanto, este rico e vasto patri-mónio que hoje aqui celebramos.Celebramos a Língua, os afetos e asolidariedade, a amizade e a capa-cidade dos povos para ultrapassa-rem as suas divergências históricas.Celebramos uma organização quequeremos forte, sempre mais forte,e que seja um orgulho para todos”.

Intervenção do Deputado Paulo Pisco

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POLÍTICA 03

PSD questionavalidade de BIque passou aser de 3meses

O Deputado do PSD José Cesárioquestionou o Governo sobre os pre-juízos causados aos cidadãos resi-dentes no estrangeiro pela introdu-ção da validade de três meses nosbilhetes de identidade e os atrasosna integração dos processos de na-cionalidade.“Num caso, trata-se do prazo de va-lidade dos bilhetes de identidade, quefoi alterado antes do verão para ape-nas três meses, o que vem colocargravíssimos inconvenientes a todosaqueles cidadãos nacionais que re-sidem longe dos postos consula-res”, declarou à Lusa o Deputadodo PSD, eleito pelo círculo fora daEuropa da Emigração.Numa questão enviada ao Ministé-rio dos Negócios Estrangeiros(MNE), José Cesário disse que pre-tende saber se o Governo “avaliouos prejuízos que causam às pes-soas” e “como e quando pretendecorrigir esta situação”.De acordo com Cesário, nos casosem que os cidadãos são servidospelas Permanências consulares,tendo em consideração que a pe-riodicidade normalmente é anual ouduas vezes por ano, “o que sepassa é que com três meses de va-lidade não conseguem obter o pas-saporte”.“O passaporte implica ter o bilhetede identidade ou o cartão do cida-dão em dia, não tendo o docu-mento em dia, automaticamentenão tem a hipótese de obter o pas-saporte e portanto, ficam na práticaindocumentados”, referiu.José Cesário, noutra questão en-viada ao MNE, pretende saber tam-bém como e quando pretendecorrigir a situação nos atrasos na in-tegração dos processos de novasnacionalidades. “É uma matériaque não é nova, é recorrente. Aolongo deste último ano, agravaram-se muito os atrasos na integraçãodos processos de novas nacionali-dades na Conservatória dos Regis-tos Centrais”, disse.José Cesário referiu que são atrasosque, em alguns casos, ultrapassamos oito meses e que estão “a criarproblemas muito sérios”.O Deputado afirmou que a situaçãoestá “a condicionar seriamente onível de serviço consular que habi-tualmente é prestado em postoscomo São Paulo (Brasil) e Caracas(Venezuela), além de muitos outrosem países de fora da Europa”.

José Lello morreu com 72 anos de idade

Morreu na semana passada, com 72anos, o antigo Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas, JoséLello.Natural do Porto e engenheiro de for-mação, integrou o Governo de AntónioGuterres, como Secretário de Estadodas Comunidades e depois como Mi-nistro da Juventude e do Desporto. Foitambém durante vários anos Deputadona Assembleia da República, tendoabandonado a bancada parlamentarsocialista no ano passado, após as le-gislativas de 2015.José Lello foi eleito em 1976, apenascom 32 anos, Deputado da Assem-bleia Municipal do Concelho do Porto,investido na décima segunda posiçãona lista do PS no distrito do Porto paraas eleições legislativas antecipadas de25 de abril de 1983, tendo sido eleitocomo Deputado para a Assembleia daRepública.Enquanto Secretário de Estado dasComunidades Portuguesa é lembradocomo um homem muito acessível. Sãomuitos os relatos que têm chegadoesta semana à redação do LusoJornalque dão conta de um homem“aberto”, bastante próximo das pes-soas, “e falava com toda a gente”.A sua passagem pela pasta das Comu-nidades fica indiscutívelmente relacio-nada com a “modernização consular”.A ele se deve o início da era da infor-matização consular, da nova imagemdos Consulados e até da formação dosfuncionários para tornar um atendi-mento mais digno. A situação quetemos hoje, resultado da intervençãodos sucessivos Governos, começoucom José Lello.Também é a ele que se deve o reativardo Conselho das Comunidades Portu-guesas. Este órgão de consulta estavaparado quando José Lello chegou aoGoverno e, com a colaboração doentão Ministro Jaime Gama, criou umanova Lei para o CCP, marcou eleiçõese pôs o órgão a funcionar.José Lello preparava-se depois parainiciar uma série de encerramentosde postos consulares, quando dei-xou a pasta para ser Ministro da Ju-ventude e dos Desportos, tendo

substituído Armando Vara, forçado adeixar o Governo.Também o antigo Secretário de Es-tado das Comunidades José Cesárioconsiderou que José Lello “marcouinquestionavelmente” a relação comas Comunidades Portuguesas nosanos em que tutelou esta pasta. Real-çou que José Lello deixou amigos“que tinham muita estima por ele”,“embora fosse uma pessoa polémica.Era um vulto que fica e do qual guar-damos uma memória, que respeita-mos”, sintetizou José Cesário.O ex-Secretário de Estado social-de-mocrata destacou ainda a “impor-tância dada por José Lello ao apoioa setores mais desfavorecidos dasComunidades. Foi no tempo deleque surgiu o programa ASIC-CP[Apoio Social a Idosos Carenciadosdas Comunidades Portuguesas, emdezembro de 1999]. Foi muito im-portante para minorar as dificulda-des de muitos Portuguesesespalhados por todo o mundo”, lem-brou.José Lello esteve depois na primeiralinha política da ascensão de José Só-crates ao cargo de Secretário-geral doPS em 2004. Durante a liderança so-

cialista de José Sócrates, entre 2004e 2011, José Lello foi sempre membrodo Secretariado Nacional com o pe-louro das finanças e das relações in-ternacionais.Nestas funções foi bastante criticadonas estruturas internacionais do Par-tido Socialista. A ele se deve, com acolaboração de Paulo Pisco, o des-membramento das Federações do Par-tido Socialista no estrangeiro. O fim daFederação do Partido Socialista Portu-guês em França ainda hoje é lamen-tado. Alguns históricos do Partidonunca perdoaram a José Lello a novaarticulação dos estruturas no estran-geiro.Cerca de duas centenas de pessoasassistiram à missa fúnebre de JoséLello, e foi recordado pelos “amigos ecamaradas” como um “homem com-bativo”, de “personalidade radiante” ecom um “grande sentido de humor”.“José Lello era uma personalidade ra-diante, de confiança, de realizaçãopessoal, otimismo, vontade e ambição.Era um político que irradiava conten-tamento e alegria e, por isso, deixa umgrupo de amigos tão vasto”, salientouJosé Sócrates. “Era um político cujabiografia se confunde com a constru-

ção do Partido Socialista. O José Lelloesteve empenhado na construção deum grande partido popular, como é oPS. E ele era também um políticomuito popular”, disse.Também o atual Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas, JoséLuís Carneiro, considerou que a mortede José Lello representa a perda deum homem leal, de afetos, que sebatia pelos seus ideais, pelos seusamigos e pela sua região. “Devo recor-dar um camarada de grandes afetos,de grande fraternidade na relação comos seus amigos e com os seus cama-radas. Depois a sua lealdade e a formacomo se batia lealmente pelas suasconvicções, na defesa dos seus ami-gos, na defesa das suas causas políti-cas, na defesa dos seus ideais, muitavezes e não rara vezes, na defesa doseu distrito e da sua região”, afirmouJosé Luís Carneiro.“Gostaria de me referir ao José Lelloem várias dimensões da nossa relação.Em primeiro lugar, a amizade que tí-nhamos um pelo outro e que resul-tou de uma camaradagem que foi seestabelecendo durante muitos anosno distrito do Porto”, sublinhou.“Na qualidade de Secretário de Es-tado das Comunidades Portugue-sas, quero testemunhar a granderelação de afeto e proximidade queele conseguiu desenvolver com asComunidades portuguesas em todoo mundo”, acrescentou.José Luís Carneiro disse que, ao passarpor várias Comunidades portuguesas,recebe testemunhos de gratidão e dereconhecimento “pelo trabalho queJosé Lello fez, pela proximidade, pelaamizade que conseguiu criar commuitos dos Portugueses que vivem,que trabalham e que tem a suas vidaspelo mundo”.“Ainda há dias, no encontro mundialdas Academias do Bacalhau váriosCompadres destas academias, de di-versas partes do mundo (…), que lheendereçavam abraços fraternos demuita saudade”, disse.José Lello era também membro doConselho Geral do Boavista e foi Pre-sidente da Assembleia Geral e do Con-selho Fiscal do clube em mandatosanteriores.

Foi Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Por Carlos Pereira

Le 19 octobre 2016

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Lusa / António Cotrim

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04 COMUNIDADE Le 19 octobre 2016

Elus d’origine portugaise

Trois questions à Manuel de Carvalho

Nom:Manuel de CarvalhoVille:BrunoyFonction: Conseiller MunicipalDélégations: Travaux et voirieParti: Les RépublicainsPremière élection:2001Autres représentations:Comité de jume-lage, de quartiers, de fêtes, etc.…Ville d’origine au Portugal:Barcelos

Comment s’est fait le déclic pourrentrer en politique?Le déclic s’est fait tout jeune, dansles années 60, quand la guerre enAngola a éclaté. Depuis cette date,je me suis toujours engagé politi-quement. En 1969, à l’âge de 18ans, je suis arrivé en France et na-turellement j’ai continué à œuvrerdans des associations et, en 2001,je suis entré comme Conseillermunicipal dans ma ville à Brunoy.Actuellement je continue mon troi-sième mandat.

Quelles ont été les principales dif-ficultés?Je n’ai jamais rencontré de difficul-tés. J’ai toujours fonctionnécomme je le souhaitais et celacontinue.

Vous êtes élue, femme engagée,mère chef d’entreprise et lusodes-cendante... Qu’est ce qui vous mo-tive?Oui, je suis heureux de faire de lapolitique, car c’est vraiment trèsintéressant. Mon grand regret c’estque nos concitoyens portugais nes’engagent pas assez en politiqueet je n’ai qu’un conseil à donner ànos jeunes: engagez-vous!

Un partenariat de LusoJornal avec Cívica

No momento em que se evocam os20 anos de existência da Comunidadede Países de Língua Portuguesa(CPLP) importa fazer um balanço doque tem sido a atuação da organiza-ção criada em Lisboa em 17 de julhode 2006 e lançar algumas ideias doque deverá ser o seu futuro.Fundada em torno da língua portu-guesa, a CPLP uniu sete estados fun-dadores, aos quais se vieram a juntarTimor-Leste, em 2002, e a Guiné-Equatorial em 2014, que apresentamo projeto comum de projetar e conso-lidar, no plano externo, os especiaislaços de amizade entre os países delíngua portuguesa, dando a essas na-ções maior capacidade para defenderos seus valores einteresses, nomea-damente a defesada democracia, apromoção do de-senvolvimento e acriação de um sis-tema internacionalmais equilibrado epacífico.Alicerçada na sua presença em quatrocontinentes e no fato de representarmais de 230 milhões de falantes, aCPLP procurou, durante estes 20anos, assumir-se como um novo pro-jeto político, alicerçado na língua por-tuguesa, na concertação política einstitucional e na cooperação entre osseus membros.O percurso da CPLP, nestes 20 anos,não tem sido fácil. Hoje são muitas asvozes que se levantam dizendo que aorganização está aquém das expetati-vas e que, por isso mesmo deve pro-

curar ir mais longe nos seus objetivose nas suas práticas. Se isto pode serverdade também não é menos evi-dente que a organização representa,de fato, uma mais-valia para os seusEstados-membros que continuam aver nela uma oportunidade e não umfardo.O problema reside exatamente nas di-ferentes expetativas e abordagens quecada um destes estados tem perantea CPLP. A necessidade de conseguirultrapassar as diferenças que aindaperduram é cada vez mais prementede forma a permitir que a organizaçãoassuma um papel ainda mais rele-vante potenciando o valor da línguaportuguesa nos diversos fóruns inter-

nacionais. Na verdade, parece-meevidente que nem todos os Estados-membros pretendem o mesmo daorganização e isso acaba por lhe re-tirar capacidade, visibilidade e apossibilidade de possuir uma verda-deira visão estratégica.Ora a apresentação da nova Visão Es-tratégica para a CPLP que deveráacontecer no final deste mês, em Bra-sília, na Cimeira de Chefes de Estadoe de Governo é uma excelente oportu-nidade para marcar o início de umnovo ciclo na vida da organização e deultrapassar estas dificuldades.

Para além do reforço dos três pilaresjá existentes (concertação, língua ecooperação) a aposta parece ser agoraa de promover a vertente económicae empresarial no espaço lusófononuma tentativa de ir ao encontro dasaspirações dos cidadãos e de respon-der afirmativamente às exigências deum Mundo globalizado onde a econo-mia desempenha um papel funda-mental na relação entre os Estados ena afirmação dos blocos regionais.É importante que os Estados-mem-bros apoiem, efetivamente, estasnovas vertentes mas que não descu-rem a dimensão política e social da or-ganização de forma a dar-lhe adinâmica necessária para uma maior

afirmação. A criação de uma cidada-nia da CPLP e a mobilidade dos cida-dãos entre os vários países de línguaportuguesa podem ser áreas a explorarneste capítulo.Parece claro hoje que a aposta deveser, tal como evidenciou o PSD na ce-rimónia de evocação dos 20 anos daCPLP, através do Deputado José Ce-sário, no desenvolvimento articuladode mecanismos que fomentem expe-riências comuns no domínio da coo-peração político-diplomática, daeducação, da aproximação entre ins-tituições universitárias e de formação,

da circulação de pessoas, particular-mente estudantes, professores, inves-tigadores e empreendedores, dacriação de redes de negócios, do de-senvolvimento de uma agenda digitalcomum e da melhoria das políticas deensino e divulgação da língua portu-guesa através da ação concertada ereforço do Instituto Internacional paraa Língua Portuguesa.Como Deputado oriundo do círculo daEuropa e desde sempre ligado às Co-munidades portuguesas espalhadaspelo Mundo não posso deixar de fazeraqui uma referência ao exemplo defácil integração e boa convivência dasdiásporas dos países que fazem parteda CPLP. Tal como as Comunidades

portuguesas são umexemplo de boa convi-vência e de sã partici-pação nas sociedadesdos países de acolhi-mento as Comunidadesdos outros países lusó-fonos espalhadas peloestrangeiro primam

pela facilidade de relacionamento ede integração.É esta capacidade conciliadora e aomesmo tempo empreendedora doMundo lusófono que deve ser poten-ciada pela CPLP e a recente eleiçãode António Guterres para o importantecargo de Secretário-Geral da ONU, éde extrema importância, sabendo-sedo envolvimento de todos os países daCPLP neste seu sucesso e da impor-tância que o seu desempenho à frentedas Nações Unidas poderá ter paraeste nosso grande projeto coletivo queé o fazer vingar a CPLP.

Os 20 anos da CPLP: balanço e desafiosOpinião de Carlos Gonçalves, Deputado (PSD) pelo círculo eleitoral da Europa

A luta dos emigrantes lesados doBES/Novo Banco está ainda longede ter terminado, não obstante oPrimeiro-Ministro, António Costa,se ter interessado pelo problema, oque não aconteceu de todo com oanterior Governo do PSD/CDS, quedeixou as coisas andar sem de-monstrar qualquer preocupaçãocom o drama que milhares de Emi-grantes viviam e ainda hoje vivem.Atualmente, parece mesmo existiruma clara convergência na com-preensão da situação injusta dosEmigrantes lesados do BES/NovoBanco por parte do Governo, doBanco de Portugal e da CMVM. Oúnico problema está na teimosiainqualificável do Novo Banco emrecusar-se sentar à mesa para ne-gociações corretas e sérias.No fundo, passado todo estetempo, pode dizer-se que a situa-ção de todos os Emigrantes lesa-dos, tenham ou não assinado aspropostas do Novo Banco, continuaà espera de uma solução justa quehonre o esforço de uma vida durade trabalho, na esperança legítimade um regresso tranquilo ao país,para gozo da reforma ou para inves-tir.Daí que seja chocante ver a displi-cência com que o Novo Banco temtratado os Emigrantes lesados, a

grande maioria pessoas humildes ecom mais de 65 anos, como se nãofossem merecedores do mesmorespeito que qualquer outro lesado,e como se a banca portuguesa nãoprecisasse de restaurar a confiançaperdida com os desmandos dos úl-timos anos.Com a recusa em encontrar umasolução justa, séria e transparente,o Novo Banco tem demonstradouma arrogância intolerável e faltade sensibilidade com o drama quemuitos hoje vivem, desfalcados dassuas posses e alguns mesmo semgrandes recursos alternativos.A verdade é que os então agentesdo BES levaram ao engano milha-res de Emigrantes que foram con-vencidos que estavam a constituirpoupanças, sem nunca suspeita-rem que afinal o seu dinheiro es-tava a ser usado em ‘off shores’para fins especulativos… E, apesarde tudo isto, continuam a agir comindiferença, como se não tivessemresponsabilidade pela destruiçãode alguns milhares de vidas.Dos cerca de 8.000 Emigrantes le-sados, uma parte já foi convencidaque não poderia recuperar o queconfiou ao BES. Outra parte, ondese incluem os que subscreveramprodutos com nomes tão apelativosquanto enganadores, como Pou-

pança Plus, Top Renda e EuroAforro, está agora encostada à pa-rede porque, com toda a legitimi-dade, se recusaram a assinarcontratos que suscitavam muitasduvidas, que agora se estão a reve-lar absolutamente pertinentes.Este grupo tem sido defendido pelaAMELP/BES-NV, que não desistede batalhar para reaver o que lhespertence.Se o comportamento do BES deentão foi reprovável por fazeremcrer aos Emigrantes que as suaspoupanças estavam em segurança,não é agora menos inaceitável quea atitude do Novo Banco seja a delevar alguns milhares de lesados aassinar contratos opacos e engana-dores. Só que, perante a chanta-gem e o medo de poderem perdertudo se não assinassem, essas pes-soas humildes acabaram por assi-nar um documento que agoracompreendem que não lhes dáquaisquer garantias para o futuro.E, como é compreensível, esta si-tuação está a gerar muita revolta,visto que, na melhor das hipóteses,apenas conseguirão reaver uma ín-fima parte daquilo que confiaramao BES, além de estarem atados depés e mãos, porque nem sequerpodem reagir judicialmente ou comdenúncias públicas, se não correm

o risco de serem processados, con-forme estão obrigados nos termosdos contratos que assinaram.Ou seja, passado quase um ano daassinatura desses contratos, per-cebe-se que as obrigações que lhesentregaram não têm valor nem ga-rantia de rentabilidade. Com aagravante de só vencerem entre2047 e 2051, quando essas pes-soas já tiverem mais de 100 anos.E também não as conseguem ven-der, porque ninguém quer comprarpapel sem valor que só vencedaqui a 35 anos e ainda para maisque já sofreu uma acentuada des-valorização num só ano. Alémdisso, foram discriminados, na me-dida em que os Portugueses quesubscreveram o mesmo tipo deprodutos, mas eram residentes emPortugal, viram o seu problema re-solvido com depósitos em dinheiro.Portanto, o que se está a passar éuma vergonha que não deve deixarninguém indiferente e será indeco-roso se o Novo Banco continuar oseu jogo do engana com cinismo efrieza perante o drama de milharesde pessoas humildes que não me-recem o que lhes está a acontecer.Como não é aceitável que o NBpossa ser vendido, sem que sejamacautelados os interesses dos Emi-grantes lesados.

Ainda os Emigrantes Lesados do BES/Novo BancoOpinião de Paulo Pisco, Deputado (PS) pelo círculo eleitoral da Europa

Tal como as Comunidades portuguesas são um exemplo de boa convi-vência e de sã participação nas sociedades dos países de acolhimentoas Comunidades dos outros países lusófonos espalhadas pelo estrangeiroprimam pela facilidade de relacionamento e de integração.

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Delegação deTerras deBouro visitaSaint Arnoult-en-Yvelines

Entre os dias 7 e 9 de outubro umacomitiva de Terras de Bouro, com-posta por cerca de 25 pessoas, efe-tuou uma visita de cortesia ecooperação a Saint Arnoult-en-Yveli-nes (78).Do programa constou uma visita emautocarro a algumas referências tu-rísticas da capital francesa como oPalais des Invalides, nomeadamente,ao Museu das Forças Armadas e àcatedral “des Invalides”, onde a co-mitiva portuguesa percorreu o Pan-teão dos Militares, onde está tambémo sarcófago de Napoleão Bonaparte.A visita ao Senado foi, igualmente, umponto alto desta jornada, onde a co-mitiva teve a oportunidade de almo-çar no restaurante dos Senadores,além da possibilidade de visitar o he-miciclo e a sala de conferências, ondeestá em exposição uma das poucascópias originais da Constituição Fran-cesa.Saint Arnoult-en-Yvelines, como é sa-bido, regista uma forte implantaçãode emigrantes portugueses, nomea-damente, terrabourenses e, assimsendo, com o desejo de fortalecerainda mais as relações amigáveis jáexistentes, realizou-se mais esta visitano âmbito do Protocolo de Gemina-ção existente entre as duas localida-des e sociedades no âmbito cultural,social e económico, tendo por obje-tivo o incremento do conhecimentode valores e costumes de ambas asComunidades, contribuindo destaforma para o fortalecimento dos laçosde intercâmbio entre os respetivosmunicípios.

DeputadoPaulo Pisco na região deParisO Deputado Paulo Pisco (PS) eleitopelo círculo eleitoral da Europa, es-teve na região parisiense entre os dias14 e 16 de outubro, para participarem várias iniciativas da Comunidadeportuguesa.No dia 14 visitou a empresa portu-guesa Real Marbre, de Manuel Soa-res. No final do dia, participou numjantar da Academia do Bacalhau deParis. No dia 15, visitou a empresaPortologia. No dia 16 foi entrevistadopelo pianista Ricardo Vieira para o seuprograma na Rádio Alfa.

06 COMUNIDADE

Conselho Consultivo do Consulado de Parisquer encurtar os prazos de marcaçãoReuniu no sábado passado, o Conse-lho Consultivo da área Consular deParis. Este é um órgão de consulta doCônsul Geral, previsto no Regulamentoconsular.À volta do Cônsul António de Albu-querque Moniz, estavam quase todosos Conselheiros nomeados, mas tam-bém a Coordenadora do ensino portu-guês em França Adelaide Cristóvão, oChanceler Lionel Rebelo, o Adido So-cial do Consulado Joaquim Rosário eo responsável pela área cultural e as-sociativa Miguel Costa.António de Albuquerque Moniz fez um“balanço positivo” deste primeiro anoda sua missão em França. “Herdeiuma casa bem organizada, com fun-cionários muito competentes e semconflitos entre funcionários. A Comu-nidade também está bem integrada, ébastante dinâmica e as relações entreinstituições portuguesas em Françasão muito boas” disse ao Cônsul Geralao LusoJornal, depois da reunião doConselho.Mesmo assim, os Conselheiros identi-ficaram problemas nos prazos de mar-cação para o Cartão do Cidadão, queé de 5 a 6 semanas e para o RegistoCivil, que é de cerca de dois meses.“Estamos a tentar encurtar estes pra-zos de espera. No Cartão do Cidadãojá conseguimos ter momentos em quea espera baixa para duas a três sema-nas” explica o Cônsul Geral ao Luso-Jornal.António de Albuquerque Moniz con-firma no entanto que “mais de 60%das marcações são feitas diretamenteno portal do Consulado e não passampelo telefone”.

Os Conselheiros identificaram tam-bém um problema no atendimentodas chamadas telefónicas. “Temosquatro pessoas em permanência noserviço de atendimento das chama-das”.O Consulado Geral de Portugal emParis carece pois de meios humanospara poder encurtar os prazos de es-pera, para responder mais eficazmenteaos utentes que ligam para o Consu-lado, e para poder fazer mais Perma-nências consulares.As Permanências consulares são im-portantes para os utentes quemoram em cidades mais afastadas,“mas cada vez que os funcionáriossaem, falta gente no atendimentoaqui no Consulado” explica AntónioMoniz. Por isso, para já, apesar dopedido dos Conselheiros, não prevêaumentar o número de Permanên-

cias fora de Paris.O Conselho é composto por membrosda região de Paris como o dirigente as-sociativo Mário Castilho, o Provedor daSanta Casa da Misericórdia JoaquimSousa, a Presidente da AgraFr AnaFurtado, o autarca de Dammarie-les-Lys Paulo Paixão, o Reitor do Santuá-rio de Nossa Senhora de Fátima emParis Nuno Aurélio, e o jornalista Car-los Pereira, mas também por membrosde outras regiões como os radialistasMário Bessa de Tourcoing, Álvaro daConceição de Orléans, Fátima Sam-paio de Soissons, os empresários Bea-triz Peixoto de Rouen e Filipe Almeidade Tours, assim como o dirigente as-sociativo Carlos Gomes de Nantes.Quase todos responderam pela posi-tiva à convocatória do Cônsul Geral.Os Conselheiros inteiraram-se aindadas alterações no sistema de ensino

francês, no seguimento da transforma-ção dos cursos ELCO em EILE, e asconsequências para os cursos de por-tuguês. Pediram mais mesas de votodescentralizadas nas eleições portu-guesas e pediram ao Cônsul Geralmais esforço no recenceamento dosutentes do Consulado.Foi também feito um ponto da si-tuação do movimento associativoportuguês em França, da sua trans-formação, da necessidade de esta-belecimento de redes e dedefinição dos critérios de atribui-ção de subsídios.“Foi uma reunião muito construtiva emuito participada” concluiu no final oCônsul Geral António de AlbuquerqueMoniz, que brevemente vai passar acontar com um Cônsul Adjunto, que jáfoi nomeado mas que só assume fun-ções no próximo dia 25 de outubro.

Conselho reuniu no fim de semana passado

Cívica leva delegação de autarcas de origem portuguesa a visitar Portugal

Quinze dias após a viagem de es-tudo da Association des Mairesd’Ile-de-France (AMIF) a Lisboa, emparceria com a Cívica, agora é a vezdos autarcas de origem portuguesade se deslocarem em visita de es-tudo a Portugal, sobre o tema da“Educação para a Cidadania Euro-peia”. A partir de amanhã, até sá-bado, a delegação da Cívica contacom 48 elementos e são acompa-nhados entre outros autarcas de ori-gem portuguesa, pelo DeputadoArnaud Richard e pelo Presidentedo “Território parisiense”, Terresd’Envol, Bruno Beschizza.No programa, a Cívica prevê um mo-mento forte: o encontro com o Pre-sidente da República Portuguesadurante a estadia. “Os autarcas sãorecebidos logo à chegada, naquinta-feira, pelo Presidente da Câ-mara Municipal de Lisboa, Fer-nando Medina, e pelo Vereador como pelouro das relações internacio-nais, Carlos Manuel Castro. Tambémestá prevista uma sessão de traba-lhos com o Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas e com oPresidente da Associação Nacionaldos Presidentes de Câmaras Muni-

cipais de Portugal, Manuel Ma-chado”, começou por referir ao Lu-soJornal, Paulo Marques, Presidenteda Cívica.O autarca sublinhou que é uma via-gem de 3 dias de trabalho denso.“Uma autêntica maratona, entre en-contros diversos, reuniões e visitasde forma a descobrir e poder com-parar entre o que se faz em Portugalem matéria de cidadania e o que sefaz em França”.

Na sexta-feira, encontro marcado naAssembleia da República, com apresença do Deputado Carlos Gon-çalves, Presidente do Grupo Parla-mentar de Amizade Portugal-Françae mais tarde será no Palácio de San-tos que serão acolhidos pelo novoEmbaixador de França em Portugal,Jean Michel Casa.No mesmo dia à noite a comitivaestá convidada pelo Presidente daCâmara Municipal de Cascais, Car-

los Carreiras, para uma receção noPalácio da Cidadela, naquela ci-dade. Finalmente, no dia seguinte acomitiva encontrar-se-á com o Pre-sidente da Junta de Freguesia lis-boeta de Campo de Ourique, PedroCegonho, antes de uma reunião e al-moço com a Associação Nacional deFreguesias, dirigida pelo Vice-Presi-dente daquela instituição, ArmandoVieira.Antes de regressar a França, os au-tarcas da Cívica têm um encontrofinal na RTP, durante o início datarde.Segundo Paulo Marques esta via-gem é muito importante. “A associa-ção Cívica tem-se empenhadobastante na educação para a cida-dania, através da aprendizagem, dainiciativa e da informação. Temosido ao encontro dos jovens estudan-tes e tentar integrá-los no seio damunicipalidade. Assim, durante umano podem usufruir de um mandatomunicipal e cumprirem diversasmissões”, explicou ao LusoJornal.Paulo Marques mostrou-se confianteacerca desta visita a Portugal, e es-pera tirar bons exemplos sobre ofuncionamento das estruturas muni-cipais ou ainda sobre as medidas deeducação para a cidadania.

Por Clara Teixeira

Le 19 octobre 2016

Paulo Marques acompanhou delegação a AMIF há duas semanasLionel Antoni

Cônsul Geral com os membros do Conselho ConsultivoDR

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lusojornal.com

EmigrantesLesados doBES reúnem-seesta semanacom a Presidência da República

A associação dos emigrantes lesadosdo BES teve uma reunião esta terça-feira, j’a depois do fecho desta ediçãodo LusoJornal, na Presidência da Re-pública, numa altura em que esperaa resposta do Novo Banco a um pe-dido de negociação com a media-ção da CMVM.Segundo disse à Lusa o Presidenteda Associação Movimento dos Emi-grantes Lesados Portugueses(AMELP), Luís Marques, a reuniãovai acontecer com o assessor eco-nómico da Presidência, HélderReis, mas ainda há a hipótese de oPresidente da República, MarceloRebelo de Sousa, também estarpresente.Recentemente, a AMELP entroucom um pedido para que o NovoBanco aceite negociar uma eventualsolução através da mediação da Co-missão do Mercado de Valores Mobi-liários (CMVM), um procedimentoque o regulador dos mercados finan-ceiros permite para conflitos sobreinstrumentos financeiros que envol-vam investidores não qualificados,caso dos emigrantes.A reunião no Palácio de Belém, emLisboa, segue-se aos encontros de 19de setembro com responsáveis doBanco de Portugal e de 3 de outubrocom a CMVM.Segundo Luís Marques, a reuniãocom o regulador e supervisor bancá-rio correu bem e este “comprometeu-se a dar orientação ao Novo Bancopara que fosse dada uma soluçãoaceitável” aos emigrantes, não sópelas preocupações com os casosparticulares dos emigrantes mas tam-bém pelos eventuais efeitos negativosno país, nomeadamente nas remes-sas de emigrantes.Já antes dos encontros com os regu-ladores, a AMELP tinha-se reunidocom o advogado Diogo Lacerda Ma-chado, representante do Governo,que terá mostrado o apoio do Execu-tivo a uma solução negociada.Luís Marques afirmou à Lusa que, demomento, a AMELP está empenhadanestas conversações, mas que se nãohouver desenvolvimentos voltarão àsmanifestações e ações de rua, alémde que continuará a dizer aos emi-grantes para não aplicarem dinheironos bancos portugueses: “Nãovamos parar por aqui. Se virmos queno próximo mês não há desenvolvi-mentos vamos continuar, mas espe-ramos que agora haja bom senso”.

08 COMUNIDADE

Livro sobre 100 anos de presença portuguesaem França foi lançado em Paris

Foi apresentado na quinta-feira da se-mana passada, na Casa de PortugalAndré de Gouveia, na Cidade Univer-sitária Internacional de Paris, o livro“100 ans d’histoire des Portugais enFrance” da autoria da historiadoraMarie-Christine Volovitch-Tavares, edi-tado pela Michel Lafon. O livro e aapresentação, tiveram o patrocínio doCIC Ibernanco.A Diretora da Casa de Portugal, AnaPaixão, deu as boas-vindas e abriu asessão que contou com a nova saladaquela instituição completamentecheia.Depois foi a vez do Cônsul Geral dePortugal em Paris, António Moniz dizerque Marie-Christine Volovitch-Tavaresé uma “autoridade” em matéria da his-tória dos Portugueses de França. “Éuma das pessoas que conhece melhora emigração portuguesa para França”.Por isso, considera que “este livro vaicertamente ajudar-me a melhor de-sempenhar as minhas funções e acompreender melhor os meus compa-

triotas que moram neste país”.O editor Michel Lafon, também pre-sente, lembrou que criou a editora há35 anos e que há 32 anos editou “Lavalise en carton” de Linda de Suza,“um livro que foi vendido em 1,5 mi-lhões de exemplares e que mudoucompletamente o destino da minhaeditora”. Disse então que “os Portu-

gueses deram-me sorte” e consideraque “os Portugueses chegaram cá sempraticamente nada, mas conseguirammuito. Conseguem ser ao mesmotempo muito discretos e muito ativos”.Marie-Christine Volovitch-Tavares lem-brou o primeiro filme que viu sobre osPortugueses - “O Salto”, de Christiande Chalonge, em 1967. “Mais tarde,

estava por acaso na Gare d’Austerlitz,quando chegou um comboio de Portu-gueses, de gente que não se pareciacom mais nenhuma gente. Gente queeu tinha visto no filme e que sabia quefugia à ditadura de Salazar”. Marie-Christine Volovitch-Tavares viveu algumtempo em Lisboa onde preparou umatese sobre o Salazarismo, depois inte-grou um grupo de trabalho em Scien-ces-Po até que mais tarde escreveu umlivro sobre a história do Bidonville deChampigny.“Não havia trabalhos históricos sobre aemigração portuguesa. Eu fui pioneiranessa área e agora estou contente por-que outros historiadores trabalham estatemática” lembrando Vítor Pereira eCristina Clímaco.O livro começa com o primeiro Acordode mão de obra entre a França e Por-tugal, que foi assinado há exatamente100 anos. Depois evoca a participa-ção dos Portugueses na I Guerramundial e na “Resistência” na IIGuerra mundial, até à geração doSalto e à história mais contemporâ-nea desta Comunidade.

Uma obra escrita por Marie-Christine Volovitch-Tavares

Por Carlos Pereira

APTECE promoveu em Paris o “melhorpeixe do mundo”

Foi apresentada na segunda-feira destasemana, no restaurante Saudade, emParis, o programa “Rota do Peixe Por-tuguês”, na presença de personalida-des da Comunidades e de jornalistasportugueses e franceses.O evento foi organizado pela APTECE,a Associação portuguesa de turismo deculinária e economia que pretende pro-mover pelo mundo fora o turismo gas-tronómico de Portugal e a qualidade dasua gastronomia.José Borralho, o Presidente da AP-TECE explicou porque razão o peixeportuguês “é o melhor do mundo”.“Há razões científicas. Os cientistassabem que a abundância de peixe nacosta portuguesa se deve a condições

favoráveis de temperatura, iluminação,quantidade de sal e exigénio daságuas”.Vítor Ferreira, ex-proprietário do restau-rante La Safrannée-sur-Mer, em La Dé-fense, e conhecedor da gastronomiaportuguesa, confirmou que o peixe por-tuguês tem características particulares,que fazem com que seja apreciado portodos os turistas que visitam o país.A APTECE promove o turismo de ex-periência culinária e a gastronomia, emPortugal, desenvolvendo ao longo dosanos, programas de promoção assentesna autenticidade da sua oferta, artes egentes.A apresentação foi acompanhada porum prato de Bacalhau com batatas amurro e uma Caldeirada de peixe cozi-nhada pelo restaurante Saudade.

Por Carlos Pereira

Casal Cruz venceu concurso da Fidelidade

Eva e Joaquim Cruz foram os ven-cedores do concurso organizadopela sucursal francesa da compa-nhia de seguros Fidelidade e ocasal, que reside a norte de Beau-vais, recebeu o prémio esta se-gunda-feira na agência daFidelidade na Ópera. Outro vence-dor foi Fernanda Catalão que rece-berá o prémio mais tarde.O concurso foi organizado entre osdias 1 de abril, data de aniversárioda Fidelidade França e 30 dejunho, em parceria com a cadeiade restaurantes Pedra Alta e o ClubMed.Durante o período do concurso, osclientes dos restaurantes PedraAlta em França podiam preenchero cupão de participação. A Fideli-

dade segura a rede de restaurantescom um seguro complementar paraos cerca de 600 colaboradores.Mas o concurso também foi orga-

nizado em vários outros eventos daComunidade portuguesa e da Co-munidade chinesa. “Nós fomos àFesta da Rádio Alfa e preenchemos

lá o cupão de participação” explicaJoaquim Cruz, empregado na in-dústria automóvel. A esposa é se-cretária na Administração francesa.“Quando recebemos o telefonemada Fidelidade pensámos que setratava de uma brincadeira, masafinal é verdade” disse ao LusoJor-nal.Carlos Vinhas Pereira, Diretor Geralda Fidelidade, entregou o prémiocom Morgane Pourchet, do ClubMed. O grupo chinês Fosun é oprincipal acionista do Club Med eé o acionista maioritário da Fideli-dade.O casal Cruz ganhou uma estadiano Algarve, «All Inclusive by ClubMed» no Village de Balaia, perto deAlbufeira, onde está o único ClubMed de Portugal, num quadro ex-plêndido dominando o Atlântico.

Por Carlos Pereira

Le 19 octobre 2016

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Carlos Pereira

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O Ministro da Economia, Manuel Cal-deira Cabral, saudou no domingo pas-sado, em Paris, “a maior presençaportuguesa de sempre” numa feira in-ternacional do agroalimentar e o “cres-cimento notável das exportações” nosetor.Cerca de uma centena de empresasportuguesas estão na SIAL, uma feirainternacional do setor agroalimentar,que começou no domingo e decorreaté amanhã, dia 20 de outubro, na ca-pital francesa, na qual participam setemil expositores e são esperados maisde 155.000 visitantes.“São estes setores que marcam a di-ferença em Portugal, estes setores jápesam 11% nas exportações totaisportuguesas. É um setor que estamosaqui para apoiar, para ver o que está afazer, os mercados em que está a en-trar e para apoiar os industriais destesetor que marcam, desta vez, a maiorpresença numa feira internacional desempre”, afirmou o Ministro da Eco-nomia aos jornalistas, depois de umavisita aos expositores lusos.Manuel Caldeira Cabral indicou tratar-se de uma “presença que reforça, defacto, a posição de Portugal no mundo

no setor agroalimentar”, que classifi-cou como “um setor em grande cres-cimento em todo o mundo” esublinhando o seu peso nas exporta-ções portuguesas. “O setor agroali-mentar é um setor que tem tido umcrescimento notável das exportações.Tem tido também um crescimento no-tável da inovação e da qualidade e étambém por esta via que se tem afir-mado em mercados mais exigentescomo é o caso do mercado francês, es-panhol ou dos Estados Unidos”, de-clarou.O titular da pasta da Economia preci-sou que “houve um crescimento de20% do número de empresas presen-tes face à última edição” e que o Go-verno apoia as empresas com ajudasao investimento, linhas de apoio à in-ternacionalização e um trabalho de“diplomacia económica, nomeada-mente na abertura de novos merca-dos”.Manuel Caldeira Cabral destacou quea SIAL é “uma montra de exportaçãopara todo o mundo” e considerou que“os produtos portugueses começam aser cada vez mais reconhecidos comode elevada qualidade” e competitivi-dade.A feira conta com 25 expositores indi-

viduais e três associações apoiam apresença portuguesa: a PortugalFoods,uma associação formada por empresasdo setor agroalimentar, com cerca de60 expositores, a ACOPE - Associaçãodos Comerciantes de Pescado, com10 expositores, e a InovCluster - Asso-ciação do Cluster Agroindustrial doCentro, também com 10 expositores.Luís Pinto Andrade, vice-Presidente daInovCluster, disse à Lusa que “o Sialacaba por ser uma mostra de todos osprodutos a nível mundial”, com impor-tadores de todo o mundo e que o ob-

jetivo é ir para além do “mercado dasaudade”.“Claramente é uma das apostas destasempresas também, não é só o mer-cado francês, mas é uma porta paraoutros mercados, havendo um lequemuito diversificado de exportadores deoutros países”, destacou Luís PintoAndrade.Luís Silvério, Presidente da Direção daACOPE, explicou que o objetivo da as-sociação é convencer os paladares dosimportadores que o pescado portuguêsé o melhor, através de um “show coo-

king” em direto em que dois “chefs”cozinham os produtos em exposição.“É tentarmos mostrar os valores dosprodutos que temos, os bons produtosque temos, e tentar mostrar aqui aosprofissionais que em Portugal temos omelhor peixe do mundo”, reforçouLuís Silvério.Amândio Santos, Presidente da Portu-galFoods, salientou que o objetivo é a“projeção da marca Portugal” e queainda que o mercado da saudade re-presente “o grande trampolim para aexportação das empresas portuguesas,agora as empresas vêm motivadaspara se apresentarem aos mercadosinternacionais”.“A SIAL Paris é um momento por ex-celência de projetar esta marca Portu-gal como produtor de qualidade, comoprodutor que pode ser uma alternativaimportante para os decisores quandonos referimos a produtos tradicionais,produtos frescos e produtos do mar emque nós nos distinguimos como osmelhores”, declarou.A feira também foi visitada na se-gunda-feira desta semana, pelo Secre-tário de Estado das Pescas, JoséApolinário e pelo Adjunto do Secretá-rio de Estado da Internacionalização,Henrique Ribeiro.

Por Carina Branco, Lusa

EMPRESAS 09

Ministro da Economia saúda maior presença portuguesade sempre no SIAL

Feira internacional do Agroalimentar em Villepinte

Le 19 octobre 2016

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Empresa acusada de explorar trabalhadores portuguesesno Luxemburgo abre falênciaO Tribunal do Luxemburgo decretoua falência da Açomonta, uma em-presa de construção várias vezesacusada de explorar trabalhadoresvindos de Portugal, mas que mora-vam em França, num esquema queo sindicato luxemburguês OGB-Lclassificou de “escravatura mo-derna”.Para o sindicato, a falência da em-presa “é o último capítulo de umalonga história” de “reiterada violaçãoda convenção coletiva” e da diretivade “destacamento de trabalhadores

estrangeiros”.A Açomonta, uma filial luxembur-guesa da empresa portuguesa com omesmo nome, empregava atualmente17 trabalhadores (16 portugueses eum francês), e o encerramento“constitui um momento de angústiaacrescido” para quem “já viveu mo-mentos funestos no passado”, diz osindicato em comunicado.Em março de 2013, o sindicato acu-sou a empresa de recrutar, através desubempreiteiros, trabalhadores portu-gueses que recebiam 300 a 700

euros por mês, um valor muito abaixodo salário legal no país, a trabalhar“sete dias por semana” e “mais dedez horas por dia”, sendo alojados em“condições desumanas” em França,na fronteira com o Luxemburgo.Em causa estavam alguns trabalha-dores portugueses, mas a maioriaeram imigrantes de antigas colóniasportuguesas, segundo a central sindi-cal, que acusou a empresa de explo-rar “trabalhadores estrangeiros” emsituação de “debilidade”, prome-tendo-lhes “salários mais elevados

que em Portugal”.Na altura, a Lusa confirmou os relatosdo sindicato junto de trabalhadores evisitou instalações da Açomonta,transformadas em local de habitaçãosem a devida autorização, segundo apolícia.Em junho de 2015, uma reportagemcom câmara oculta realizada pelocanal de televisão luxemburguês RTLrevelou novos casos de exploração detrabalhadores ao serviço de um su-bempreiteiro da Açomonta, numaobra pública da capital luxembur-

guesa. Neste caso, os trabalhadorestrabalhavam pelo menos dez horaspor dia, a ganhar 7,5 euros por hora(um valor inferior ao salário mínimono país, que rondava na altura os12,5 euros por hora), segundo a RTL.Os casos foram denunciados à Inspe-ção do Trabalho luxemburguesa, queinformou também a Autoridade paraas Condições de Trabalho (ACT) emPortugal, mas segundo o sindicato,não terá havido quaisquer sanções,disse à Lusa Hernani Gomes, secre-tário sindical.

Trabalhadores dormiam em França

Carina Branco

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Jeu-Concoursorganisé parCGD Francepour le concerten hommage à Amália Rodrigues

Dans le cadre du Jeu-Concours orga-nisé par Caixa Geral de Depósitos(CGD) France pour gagner des billetsau concert en hommage à AmáliaRodrigues, qui a eu lieu à l’Olympiade Paris, le dimanche 9 octobre, ilsuffisait d’accéder à la page d’accueildu site internet de la banquewww.cgd.fr et de compléter le formu-laire de participation, pendant la pé-riode du jeu - du 19 septembre au 2octobre inclus.Les heureux gagnants ont été tirés ausort le 3 octobre, dont Madalena deAlmeida, qui a retiré ses deux billetsà l’agence CGD Caumartin, 37 rue deCaumartin, à Paris 9.Sur la photo Madalena de Almeidaest entourée d’Henri Sala et Mário daSilva, respectivement Responsable etResponsable-Adjoint de l’Agence deCaumartin.

Exposição“Viral” do Pavilhão doConhecimentoinaugurada emParisA exposição “Viral”, do Pavilhão doConhecimento, em Lisboa, foi inau-gurada na semana passada em Paris,no Palais de la Découverte.A sessão contou com a presença daSecretária de Estado da Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior do Governoportuguês, Maria Fernanda Rollo, doseu homólogo francês, Thierry Man-don, e da Presidente da Ciência Viva,Rosalia Vargas.A exposição resulta de uma parceriaentre o Pavilhão do Conhecimento -Ciência Viva, em Lisboa, com os mu-seus Cité des Sciences et de l’Indus-trie, em Paris, e Heureka, emHelsínquia. Foi inaugurada em no-vembro do ano passado, na capitalportuguesa, e encerrou no passadodia 11 de setembro.“Viral” é uma exposição interativa queexplica o que é o contágio, comoacontece e o seu impacto, recorrendoà biologia, epidemiologia, saúde pú-blica, ciência das redes, psicologia eciências sociais.

10 EMPRESAS

Empresários portugueses do sector daconstrução à procura do mercado francêsA França apresenta-se como um dosprincipais destinos das exportaçõesportuguesas e continuará a apresentarconstantes oportunidades de negóciocom elevado retorno para as empresasportuguesas dos mais diversos setores.A ligação de França com Portugal é ex-tremamente forte estando estabelecidaneste país, uma das maiores Comuni-dades empresariais portuguesas no es-trangeiro.A estreita relação comercial entre osdois países e o aumento da procura deprodutos portugueses por parte dosFranceses são os fatores que levaramo Crédito Agrícola através da sua Re-presentação em Paris em colaboraçãocom a Câmara de Comércio e IndústriaFranco Portuguesa (CCIFP), a realizaruma missão empresarial nos passadosdias 11, 12 e 13 de outubro.Com a realização desta iniciativa em-presarial, estas duas entidades procu-raram facultar às empresas partici-pantes um conjunto de oportunidadesde contacto com empresas relevantesdo setor da construção e dos materiaisde construção. As empresas integran-tes desta comitiva atuam em diversossegmentos de mercado, nomeada-mente a “Quitério, Lda.” que comer-cializa todo o tipo de material deconstrução, que vai desde das ferra-mentas, materiais para renovação atéaos materiais de grosso, “Mestre Ra-posa, Lda.” que fabrica e comercializaportas e janelas com certificação,“Francisco Dias Lopes & Filhos, Lda.”que comercializa todo o tipo de mate-rial de construção, nomeadamente te-lhas e construção modular, e “JoãoBernardino, Lda.” que atua na cons-trução ecológica com blocos ecológi-cos, entre outros.A comitiva foi recebida nas instalaçõesda CCIFP pelo seu Presidente, CarlosVinhas Pereira, Rui Paulo Almas, novoDiretor da AICEP em Paris e GeorgesBarbosa, Administrador da CCIFP e

empresário do referido setor.Carlos Vinhas Pereira chamou a aten-ção para as oportunidades que o mer-cado francês representam para asempresas, salientando o potencial decrescimento que existe no setor dasobras e construção civil, seja no novo,como na renovação. “Existe uma es-cassez nos alojamentos onde as neces-sidades rondam os 500.000 fogosanuais e são somente construídoscerca de 350.000. Portanto existemargem de crescimento e oportunida-des para as empresas”.Por seu lado, Rui Paulo Almas salien-tou a importância do mercado francêspara as exportações portuguesas, daatratividade de Portugal como destinode investimento francês e a crescenteatratividade dos produtos portuguesesjunto do mercado francês devido a cer-tos fatores como o arrefecimento da re-lação entre França e os países do nortede África, a deslocalização de certas in-dústrias de países do oriente para a Eu-ropa e do investimento de empresasportuguesas em França.Rui Paulo Almas salientou variáveis atomar em consideração inerentes àsexportações. “As empresas que procu-

ram entrar no mercado francês podemcontar com uma diáspora portuguesamuito dinâmica, existem incentivos fis-cais por parte do Governo francês paraa construção e renovação de habita-ções, e o povo francês apresenta-secomo sendo um grande investidor noimobiliário, no entanto, têm de ter ematenção a regulamentação francesauma vez que a norma francesa NF so-brepõe-se às normas CE”.Por seu lado, Georges Barbosa eviden-ciou que as empresas portuguesasdevem apostar na diferenciação, naqualidade e no preço não esquecendoo normativo vigente em França em re-lação aos materiais de construção.Ao longo dos três dias, a comitiva teveoportunidade de reunir com seis em-presários do setor da construção, indodo grossista de materiais de constru-ção, empresas de construção e promo-tores imobiliários. Teve também aoportunidade de se encontrar com oCônsul-geral de Portugal em Paris, An-tónio Albuquerque Moniz, permitindoa troca de ideias acerca dos produtoscomercializados pelos empresários pre-sentes.Segundo Marc Jacinto, do Crédito Agrí-

cola “o objetivo deste género de inicia-tivas é abrir o mercado para os nossosclientes poderem ter a possibilidade deinicializar ou cimentar a exportação dosseus produtos para França”.A receção dos representantes das em-presas foi positiva, observando-se inte-resse por parte dos empresários emconhecer os diversos produtos.No final, observou-se junto dos empre-sários que se deslocaram de Portugal,interesse em desenvolver parceriascom as empresas visitadas.Frederico Domingues do Crédito Agrí-cola, aproveitou para agradecer “todoo apoio” por parte da CCIFP, “a genti-leza dos empresários franceses que re-ceberam nas suas instalações acomitiva, bem como da participaçãodos clientes do Crédito Agrícola”.“Acreditamos plenamente que este gé-nero de iniciativa é pertinente no apoioe ajuda às empresas para penetrarnum novo mercado. O nosso objetivo éfuncionar como elo de ligação e plata-forma de intercâmbios entre os nossosclientes e potenciais interessados nosseus produtos procurando a diferencia-ção no acompanhamento externo aosnossos clientes” disse ao LusoJornal.

Missão empresarial organizada pela CCIFP com o Crédito Agrícola

“Casa Portuguesa”: dois restaurantes portugueses em Perpignan

O restaurante “Casa Portuguesa” di-vide-se em dois pólos: um na zona in-dustrial de Perpignan norte e outro nocentro da cidade.O primeiro abriu em agosto de 2013,e é gerido por Cláudio Gonçalves (nafoto). Está vocacionado para self-ser-vice na hora de almoço e com um ser-viço de “drive” para quem prefere oserviço de take-away.Já o segundo, no centro da cidade, jáexiste desde 1988, quando GracianoGoncalves e Silvia, abriram o primeirorestaurante português em Perpignan,sendo que inicialmente começou porser um bar, e mais tarde passou aorestaurante de “sucesso” que é hoje.Graciano é natural de Tavira, no Al-garve, e chegou a França com apenas14 anos de idade. Os dois, pai e filho- Graciano e Cláudio - são responsá-veis pelos dois restaurantes, que natotalidade empregam 20 pessoas, eque têm como especialidades o frango

churrasco, o leitão e as diversas varie-dades de bacalhau. A cataplana demarisco é também uma das especia-lidades, sendo de ressalvar que o pro-prietário é originário de uma das zonasde Portugal onde este prato é umabandeira.Cláudio Gonçalves agradece aos clien-tes e salienta que Perpignan possuiuma forte comunidade portuguesa.Refere ainda que mantém “uma ex-celente relação de colaboração” coma única associação portuguesa emPerpignan, a Associação Portuguesados Pyrénées-Orientales.

Casa Portuguesa36 avenue du Palais des Expositions66000 Perpignan

Casa Portuguesa124 avenue du LanguedocPolygone Nord Perpignan66000 Perpignan

www.casa-portuguesa.fr

Por Vítor Oliveira

Le 19 octobre 2016

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CULTURA 11

Livro sobre “História do Portugal Contemporâneo” lançado em França

O historiador francês Yves Léonard lan-çou, em França, o livro “Histoire duPortugal contemporain de 1890 à nosjours”, apresentado pela editora como“o único em França que faz a síntesede uma história” do Portugal contem-porâneo.“Este é o único livro em França que faza síntese de uma história de Portugaldo século XIX aos nossos dias”, disse àLusa Anne Lima, Diretora das ÉditionsChandeigne, sublinhando que YvesLéonard é um autor pioneiro, emFrança, sobre este período da históriaportuguesa.A obra “Histoire du Portugal contem-porain de 1890 à nos jours” sintetizaem 10 capítulos, e menos de 300 pá-ginas, mais de um século de históriaque começa com o ultimato britânicode 1890 e praticamente culmina com“a busca secular de um novo Brasil” eas renovadas relações com as antigascolónias. “A crise do ultimato em 1890marcou uma quebra política que vailevar à queda da monarquia e é um mo-mento chave para compreender umaparte do seculo XX português, marcadopela emergência de um nacionalismoque tem como pedra angular a questãocolonial”, explicou Yves Léonard na

apresentação do livro, na terça-feira dasemana passada, na Embaixada dePortugal em Paris.Em declarações à Lusa, o autor expli-cou que a obra é “uma síntese histó-rica” e que tentou “fazer capítulosrelativamente curtos e relativamentepouco numerosos para que fosse facil-mente compreensível para os não es-pecialistas e, ao mesmo tempo, comsuficientes pontos referentes a debatesque os historiadores têm sobre diferen-tes períodos da História de Portugal”.

Professor em Sciences Po, Instituto deEstudos Políticos de Paris, onde ensina“Nações e Nacionalismos na EuropaModerna” e “História e geopolítica dosmundos lusófonos”, Yves Léonard“descobriu” Portugal há 35 anos, tendoficado “seduzido e intrigado pelo país”e decidido dedicar-se à história portu-guesa contemporânea.Antigo bolseiro do Instituto Camões eda Fundação Calouste Gulbenkian,Yves Léonard tornou-se num especia-lista da história contemporânea de Por-

tugal, tendo publicado, entre outros,“Le Portugal, vingt ans après la Révo-lution des oeillets” (1994), “Salaza-risme et fascisme” (1996), “Lalusophonie dans le monde” (1998) e“Mário Soares, Fotobiografia” (2006).Em 2004, durante as celebrações do30º aniversário do 25 de abril, o histo-riador foi condecorado Comendador daOrdem de Mérito pelo antigo Presidenteda República, Jorge Sampaio, que as-sinou o prefácio deste livro, apontando,nas primeiras linhas, que a obra “é umconvite à viagem e à descoberta de umpovo muito desconhecido dos parceiroseuropeus, nomeadamente em França”.Yves Léonard, que é também investiga-dor do Centro Histórico de Sciences Poe do Laboratório de Estudos Romanosda Universidade Paris 8, lamentouigualmente que a história contemporâ-nea de Portugal seja ainda muito des-conhecida em França. “Lamento que ahistória do Portugal contemporâneoseja tão pouco conhecida em Françaporque Portugal é um país amigo daFrança e inspirou-se no modelo repu-blicano francês. Depois, porque há estapresença portuguesa em França aolongo das décadas e hoje há um movi-mento quase inverso visto que há uminteresse crescente dos Franceses porPortugal”, sublinhou o autor na apre-

sentação do livro, na Embaixada dePortugal.Em declarações à Lusa, o Embaixadorde Portugal em França, José FilipeMoraes Cabral, reiterou que “essedesconhecimento advém do facto dehaver muito pouca coisa publicada,ou quase nada publicado em francês,sobre os últimos cem anos da históriaportuguesa”.“Os Franceses olhavam para Portugalcomo um país pobre, atrasado, longe,enfim, havia todas estas falsas ideiassobre o país e que só começaram a serdesvanecidas, no fundo, com o 25 deabril, com a democracia, a liberdade e,sobretudo, com a integração europeia.A partir daí, os Franceses começarama olhar de uma maneira diferente etambém porque a Comunidade portu-guesa em França evoluiu e hoje não éo que era há 40 anos”, afirmou.A obra é publicada pelas ÉditionsChandeigne, uma editora francesa fun-dada em 1992 que publicou “mais de150 livros sobre a cultura lusófona nomundo e mais de 70 sobre a culturaportuguesa”, de acordo com o co-fun-dador, Michel Chandeigne, tambémproprietário da Livraria Portuguesa eBrasileira em Paris que “existe há 30anos e que é a última livraria lusófonaa resistir em França”.

Na Embaixada de Portugal em Paris

Por Carina Branco, Lusa

Eduardo Lourenço e Plantu receberam o Prémio Helena Vaz da Silva 2016O ensaísta e filósofo português Eduar-do Lourenço, radicado há muitos anosno sul da França, e Jean Plantureux,conhecido como Plantu, famoso car-toonista do jornal “Le Monde” recebe-ram o Prémio Europeu Helena Vaz daSilva para a Divulgação do PatrimónioCultural 2016 do Presidente da Repú-blica de Portugal, numa cerimóniamemorável realizada na FundaçãoCalouste Gulbenkian.Marcelo Rebelo de Sousa destacou o“génio dos premiados”, “unidos poruma visão crítica, mas nunca negativada Europa”, “acérrimos defensores da

tolerância, da riqueza cultural e daabertura civilizacional”. O Presidenteda República sublinhou que “tal comoHelena Vaz da Silva, Eduardo Lou-renço e Plantu nos fazem olhar comesperança para o futuro e provamque vale a pena lutarmos pela cul-tura e pela Europa”. Entre as váriaspersonalidades presentes na cerimó-nia esteve António Guterres, recém-eleito Secretário-Geral das NaçõesUnidas.Guilherme d’Oliveira Martins, Presi-dente do Júri do Prémio, que foi ins-tituído em 2013 pelo Centro

Nacional de Cultura em cooperaçãocom a Europa Nostra, a principal or-ganização europeia de defesa do pa-trimónio na Europa, e o ClubePortuguês de Imprensa, enfatizouque “este Prémio, atribuído a um fi-lósofo e a um artista plástico, cons-titui um alerta contra a indiferença,um alerta pela liberdade”.No seu discurso de aceitação do Pré-mio, Eduardo Lourenço recordou comemoção Helena Vaz da Silva, “a suaserena audácia, o seu contentamentodescontente, a sua curiosidade insa-ciável, a sua notável dedicação ao pa-

trimónio, à cultura e à Europa, o seuamor pelos outros e pelo mundo”, eagradeceu este importante galardãoEuropeu criado com o seu nome.Já Plantu, mostrou uma seleção decartoons exibidos à entrada daFundação Gulbenkian e falou daEuropa, de guerras, de esperança ede crises, da necessidade de pro-mover a diálogo e o entendimentoentre povos, culturas e países. De-dicou especial atenção a Portugal,falou de fado e da nostalgia da sau-dade e desenhou, enquanto discur-sava, uma guitarra portuguesa.

Le 19 octobre 2016

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LusoJornal / Mário Cantarinha

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lusojornal.com

12 CULTURA

“Dá voz à letra”: concurso de leitura em língua portuguesa

Estando abertas as candidaturas à 3ªedição do Concurso “Dá voz à letra”,tivemos a oportunidade de entrevistarAna Paula Jorge, corresponsável doprojeto e Filipa Medeiros, coordena-dora da Biblioteca Gulbenkian Paris.O concurso destina-se a alunos da re-gião Île-de-France, com idades entreos 15 e os 18 anos e tem como obje-tivo principal incentivar, através da lei-tura em voz alta, o conhecimento detextos da literatura em língua portu-guesa.

Como nasceu este concurso e quaissão os objetivos?Ana Paula Jorge: Nasceu na sequên-cia de duas edições que foram reali-zadas em Portugal: uma 1ª edição emLisboa, uma 2ª no Porto e a 3ª agoraaqui em Paris. Este concurso pre-tende incentivar os jovens a melhorapreenderem o sentido dos textosatravés da leitura em voz alta. Os prin-cipais objetivos são: incentivar o co-nhecimento e alimentar o gosto pelostextos da literatura em língua portu-guesa; desenvolver a dicção; dar a co-nhecer traduções de textos lusófonospara a língua francesa; e divulgar oacervo da biblioteca da delegaçãoGulbenkian em França a estudantesdos liceus das academias de Île-de-France (Paris, Créteil, Versailles).

Em concreto, a quem se destina esteconcurso e em que consiste?Ana Paula Jorge: Este concurso des-tina-se a todos os alunos com idadescompreendidas entre os 15 e os 18anos e consiste em ler em voz alta umtexto à escolha do aluno (texto literá-rio, artigo de jornal, texto pessoal,etc.), em português. Para participar,basta fazer um pequeno vídeo ondeseja visível a sua imagem a ler, com aduração máxima de 3 minutos e sub-

metê-lo no formulário online disponí-vel em: www.darvozaletra.gulbenkian.pt. Para além deste formulário, é obriga-tória a autorização dos pais ou outrosrepresentantes legais.

Quais são as principais fases do con-curso e quais são os prémios?Ana Paula Jorge: Os prazos de candi-daturas e as datas importantes a retersão: de 26 de setembro a 6 de no-vembro: entrega das candidaturas eenvio dos vídeos; 21 de novembro:anúncio dos 20 melhores vídeos (se-mifinalistas); 14 de janeiro: provas deseleção para apuramento dos 10 fina-listas; 28 de janeiro: final do concursocom espetáculo dirigido por um ence-nador e seleção dos 3 melhores leito-res por um júri de especialistas.Quanto aos prémios, o 1º será umaviagem de 4 dias a Lisboa, para 2 pes-soas (vencedor e acompanhante); os2º e 3º prémios são um ipad com 6e.books incluídos.

Quais são os parceiros do projeto?Filipa Medeiros: Os parceiros são: oInstituto Camões, a ADEPBA, a Casade Portugal André de Gouveia, a

AgraFr e também, não esqueçamos,vários liceus e associações da regiãoÎle-de-France. Numa primeira expe-riência delimitámos o concurso a estaregião, o que não significa que, pos-teriormente, não se estenda a outrasacademias.

Pode-nos apresentar a Biblioteca Gul-benkian Paris?Filipa Medeiros: A Biblioteca Gul-benkian Paris é uma biblioteca es-pecializada em ciências sociais ehumanidades dos países lusófonos,portanto orientada para um públicoacadémico. No entanto, isto não sig-nifica que a Biblioteca não tenhacomo objetivo estratégico aproximar-se de um público mais jovem, pré-universitário, de que o concurso “Dávoz à letra” é disso exemplo. Relativa-mente ao acervo bibliográfico, a nossabiblioteca compreende cerca de 90mil volumes, de diversos suportes e ti-pologias. Recentemente, a bibliotecareformulou os seus espaços, no sen-tido de melhor acolher os seus leito-res, tendo sido criado uma zonainformal para leitura de imprensa cor-rente e, ainda, uma sala para mostrasdocumentais, apresentações de livros

e formação de utilizadores. Neste mo-mento, os maiores desafios que se co-locam a este serviço de informaçãosão, por um lado, a constituição deuma coleção digital; e, por outro, es-tabelecer uma parceria mais próximacom as universidades, através danossa agenda de eventos, que incluitemas pluridisciplinares e transversaisao mundo lusófono, sem esquecer acriação de pontes com o mundo fran-cófono.

Quais as atividades programadas naagenda deste 3° trimestre?Filipa Medeiros:No âmbito do Festivalda Incerteza, destacam-se: uma mos-tra documental sobre as edições car-toneras; duas conferências, umasobre Vergílio Ferreira e outra sobreCamões, Pessoa e Saramago; e,ainda, um colóquio interdisciplinardedicado às incertezas e utopias noespaço lusófono. Todas estas informa-ções encontram-se no site da Delega-ção e na sua agenda de eventos,também disponível em formato digi-tal. Por fim, referir também que aFundação acolhe atualmente, na salade exposições, a biblioteca particularde Fernando Pessoa.

Uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian

Por Dominique Stoenesco

Rencontre littéraire avec Nuno Gomes Garciaà l’institut Alter’BrasilisLa prochaine édition des rencontreslittéraires de l’institut culturel Al-ter’Brasilis aura lieu le vendredi 28octobre, à partir de 19h00, en pré-sence de l’écrivain portugais NunoGomes Garcia.En partenariat avec l’auteure et cher-cheuse Mazé Torquato Chotil, AlterBrasilis invite à chaque mois un écri-vain lusophone, qui présente sonœuvre lors d’une discussion entière-ment en portugais avec Mazé. Lesrencontres se déroulent à l’institut,tous les derniers vendredis du mois.La soirée commence à partir de19h00 pour un apéro brésilien, laprésentation commence à 20h00 ets’achève par un échange avec le pu-blic.«O dia en que o sol se apagou» deNuno Gomes Garcia est un romanqui est fondé sur un présupposé his-torique. Le 26 mars 1487, le ciel duPortugal s’éteint. Face à ce phéno-mène inexpliqué qui plonge leroyaume dans les ténèbres, le roi D.

João II envoie deux espions - Pêro daCovilhã et Afonso de Paiva - parcourirle monde à la recherche d’une solu-tion qui fera revenir le soleil. Pour lesuns, la réponse se trouve aux confinsde l’empire du mythique Prêtre Jean.Pour les autres, le remède à ce maldoit passer par la multiplication desautos-da-fé et par l’extermination detous les Non-Chrétiens, les parfaitsboucs émissaires.Ainsi commence un voyage qui va deLisboa jusqu’en Ethiopie, des Indesà l’Asie, de La Mecque à Sofala. Etc’est Pêro, un coureur de jupons, unhomme cynique - déguisé la plupartdu temps en marchand maure -, quinarre cette histoire, qui oscille entrela comédie et la tragédie, qui passedes bordels d’Alexandrie à l’exotismede Calcutta, frôlant même la mortdans la Savane africaine. Un voyagevers des mondes inconnus qui estaussi une redécouverte de soi-même.Parallèlement à cette histoire, on suitégalement le parcours de Salvador,

un ambassadeur albinos, frère deMil-Sóis, un enfant qui a des yeuxenvoûtants, qui ont le pouvoir d’aveu-gler tous ceux qui le regardent. Toutchange dans la vie de Salvadorquand Mil-Sóis est brutalement as-sassiné. C’est pour le sauver de lamort qu’il éteint le soleil après unlong périple africain, en ce jour demars. Et c’est cette extinction qui vadonner du sens à sa vie et qui va letransformer dans un homme plein decontradictions, qui donne et qui re-tire la vie. Salvador mène la résis-tance d’un groupe de Portugais, lesfaisant lutter contre l’obscurité pourleur survie.Pêro da Covilhã et Salvador ontquelque chose en commun ou plutôtquelqu’un : Benedita. La femme quePêro néglige, mais qu’aime Salvador.Un dédain qui se transformera enidolâtrie et un amour qui deviendrade la fatalité.Nuno Gomes Garcia est né à Mato-sinhos en 1978. Il a étudié l’Histoire

et l’Archéologie dans les Facultés deLettres de Porto et de Lisboa, où ils’est spécialisé en Histoire Médié-vale, de la Renaissance et de l’Ex-pansion Européenne. Après avoirexercé le métier d’Archéologue pen-dant douze ans, notamment dans ledomaine de l’Archéologie Urbaine, eten parallèle de son activité d’auteur,Nuno Gomes Garcia est actuellementconsultant pour une maison d’édi-tion.Il vit à Paris depuis quelques années,où il a été collaborateur de LusoJor-nal.«O dia en que o sol se apagou», uneœuvre qui a été finaliste du Prix Leya2014, est son deuxième roman,puisqu’il a publié en 2012 «O sol-dado Sabino», qui sera édité en fran-çais en 2017, avec traduction deDominique Stoenesco.

Institut Culturel Alter’Brasilis2 rue de Turenne75004 Paris

Le 19 octobre 2016

“Nouvelles –Brésil”

Le recueil “Nouvelles - Brésil”, paruaux éditions Reflets d’ailleurs, en2013, réunit 8 textes de 7 auteursbrésiliens contemporains, sélection-nés par Aline T.K.M. et traduits parValérie Barou et Clémence Homer.Ces auteurs sont: Ronize Aline, JoséArrabal, Pedro Bandeira, AdemirPascale, Allan Pitz, Sérgio Ro-drigues et Aline T.K.M.Il s’agit de récits proches de sujetscontemporains, comme la crimina-lité, mais également liés à l’imagi-naire et au fantastique quipermettent d’appréhender le Brésildans ses aspects culturels et so-ciaux. Grand comme quinze fois laFrance, le Brésil est le plus grandpays lusophone, avec une popula-tion composée de cultures in-dienne, africaine et européenne.Publiés dans la collection Archipel,ces textes s’adressent notammentaux adolescents et leur permettentde s’interroger sur des thèmes de laréalité sociale brésilienne. Des thé-matiques documentaires en find’ouvrage en prolongent la lecture.Les nouvelles du présent recueilsont illustrées par des gravures deJosé Costa Leite, l’un des graveursles plus renommés au Brésil. Né en1927, dans l’État de Paraíba, il vit ettravaille à Condado, dans l’État dePernambuco. Artiste de xylographieet poète populaire, il a appris à lireen épelant les brochures de la litté-rature orale dite de «cordel», ven-dues dans les foires. En 1976 il areçu le prix Leandro Gomes de Bar-ros pour l’ensemble de son œuvre,l’une des plus vastes de la littératurede «cordel».Cet extrait de la fin, tragique et poé-tique à la fois, de la nouvelle «Ie-manjá», de Ronize Aline, donneracertainement au lecteur l’envie deconnaître les faits antérieurs qui s’ydéroulent: «Bien sûr que non! Lapetite serait incapable de maltraiterquelqu’un, ou de faire cette chosehorrible à laquelle vous faites allu-sion, monsieur le commissaire.Mais pouvez-vous me dire si ce quej’ai entendu autour de moi est vrai?On dit qu’il n’y avait aucun corpssur la plage et que lorsque la petitea été retrouvée, elle appelait sonamoureux en serrant dans sa mainune fleur violette plantée dans lesable…»

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

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CULTURA 13

Cristèle Alves Meira procura atores franco-portuguesespara novo filme

A realizadora Cristèle Alves Meira, se-lecionada para a Semana da Crítica doFestival de Cinema de Cannes esteano, está à procura de atores não pro-fissionais e profissionais para o novofilme que vai rodar em Trás-os-Mon-tes.Em declarações à Lusa, a cineasta lu-sodescendente fez um apelo a “todosos franco-portugueses, de todas asidades, homens, mulheres, que que-rem viver esta experiência única do ci-nema”, para participarem no ‘casting’,cujas primeiras sessões vão ser feitasa 29 de outubro e a 5 de novembroem Paris.“O meu desejo é trabalhar, tal como jáfiz nas minhas ‘curtas’, com atores nãoprofissionais - e também com atoresprofissionais - mas, por isso, gostavade fazer um ‘casting’ a todas as pes-soas interessadas porque acho que háuma maneira mais autêntica de apa-recer e trabalhar no cinema (...). É umapelo que é dirigido a todos os franco-portugueses, de todas as idades, ho-mens, mulheres que querem viver estaexperiência única do cinema”, decla-rou.Cristèle Alves Meira quer ver no ‘cas-ting’ todo o tipo de perfis para incarnardesde a protagonista, uma jovem entre15 e 20 anos, aos membros da sua fa-mília, a avó, “os tios, as tias, todos

emigrantes e pessoas que têm de falarfrancês e português”.Para se inscrever, os interessados de-verão enviar uma mensagem de cor-reio eletrónico a:[email protected] cineasta, de 33 anos, vai contar como apoio do canal francês Arte para aprodução desta primeira longa-metra-gem, depois de a sua segunda curta-metragem de ficção, “Campo deVíboras”, ter estado presente na Se-mana da Crítica do Festival de Canneseste ano.

O novo filme vai chamar-se “AlmaViva” e as rodagens deverão ser feitas“no próximo verão ou no verão de2018”, em Trás-os-Montes, contandoa história de Salomé, uma lusodescen-dente de 15 anos que “regressa à suaaldeia trasmontana, como todos osanos, para as férias de verão”, e é con-frontada com a morte da avó e com “abrutalidade da família que não querpagar uma sepultura”.“Salomé acredita que a morte é algode sagrado, tal como na tragédia ‘An-tígona’, e vai acreditar que a alma da

avó não pode descansar ou ter paz en-quanto não tiver uma sepultura digna.É um filme que interroga a nossa rela-ção com os mortos, com a espirituali-dade, com o materialismo. É um filmede verão, muito quente, muito lumi-noso, mas também é um drama de fa-mília, mas que quero com umastonalidades mais cómicas”, descre-veu.Em dezembro, a realizadora vai estarem residência artística a preparar ofilme, num programa apoiado pela Se-mana da Crítica do Festival de Cannes,

que “tem um interesse grande emacompanhar o realizador na passagemda curta à longa metragem”.Cristèle Alves Meira, que começou atrabalhar na encenação de teatro, re-gressou às suas raízes através das ima-gens, tendo entrado no universolusófono com a realização dos docu-mentários “Som & Morabeza” (2008),rodado em Cabo Verde, e “Born inLuanda” (2012), filmado em Angola,antes de sentir uma “necessidade derepresentar Trás-os-Montes”.“O cinema para mim é uma maneirade me ligar com a minha identidade,com a minha dupla cultura e entãoTrás-os-Montes foi mesmo uma obses-são. Em 2012, há quatro anos, come-cei a reunir histórias, lendas que metinham contado. Acho que os tras-montanos têm assim uma maneira deser, uma energia que é muito espeta-cular e feita para o cinema”, contou.Às condições naturais, juntou-se a his-tória familiar da cineasta nascida emFrança, com uma mãe de Trás-os-Montes e um pai de Viana do Castelo,e que sempre regressou a Trás-os-Montes nas férias.A paixão pelas raízes portuguesas foitraduzida nas duas primeiras curtas-metragens de ficção, “Sol Branco”(2015) e “Campo de Víboras” (2016),e até na “grande paixão pela azeitonae pelo azeite”, que a levou a criar a suaprópria marca de azeite.

Filme vai ser filmado no verão, em Trás-os-Montes

Por Carina Branco, Lusa

Le 19 octobre 2016

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14 CULTURA

Viagem musical lusófona de Lúcia de Carvalho apresentada em Paris

A cantora franco-angolana Lúcia deCarvalho apresentou, na sexta-feirapassada, em Paris, um disco e um do-cumentário que resultam de uma via-gem musical entre o Brasil, Angola eFrança em busca das suas raízes.O disco chama-se “Kuzola” e o docu-mentário, do realizador Hugo Bache-let, intitula-se “Kuzola, le Chant desRacines”, acompanhando o percursoda criação de um álbum que juntoumúsicos de três continentes e ritmosque vão desde o semba angolano, aosamba brasileiro, passando por ritmosfunk, soul e rock.“Kuzola significa amar em quim-bundo [idioma banto de Angola] emreferência a essa energia do amor quenos permite ser profundamente nósmesmos e ao mesmo tempo une ascoisas em nós e nos une aos outros. Éessa energia do amor que une os hu-manos, por isso se chama Kuzola por-que esse álbum foi criado entre aFrança, o Brasil e Angola”, disse acantora à Lusa, em Paris.

O disco conta com participações dosangolanos Banda Maravilha e IrinaVasconcelos, dos brasileiros MárioPam do grupo Ilê Aiyê e Lazzo Ma-tumbi, do cubano Alexey Martinez edo francês Robert Dam, entre outros.Lúcia de Carvalho, de 36 anos, nas-ceu em Luanda, foi viver para uma al-deia de crianças em Almada com seisanos, para fugir à guerra civil ango-lana, e aos 12 foi adotada por uma fa-mília francesa da região da Alsácia,onde descobriu, mais tarde, os ritmosbrasileiros no grupo de músicas tradi-cionais brasileiras “Bia de Assis etSom Brasil”. Em 2011, lançou umprimeiro EP, intitulado “Ao Descobriro Mundo”.“O meu estilo musical mistura músi-cas do mundo com músicas maisatuais, música pop, funk, rock. Namúsica brasileira o que eu gostomuito são as coisas percussivas. Eumisturo assim esse tipo de coisas,entre música brasileira, um pouco demúsica africana e música atualdaqui”, descreveu Lúcia de Carvalho,sublinhando a importância dos arran-

jos do guitarrista Edouard Heilbronn,um francês de Strasbourg “apaixo-nado pelo Brasil e pela música brasi-leira”.As gravações de “Kuzola”, que conta-ram com a participação de cerca de30 músicos locais em França, Brasile Angola, foram acompanhadas pela

câmara de Hugo Bachelet que perce-beu que o disco “era qualquer coisamuito pessoal” e que a música era o“passaporte” da cantora para viajarem busca das suas raízes.“Seguimos a Lúcia e o Edouard emviagem nas gravações do álbum, du-rante quase um ano, entre a Alsácia,

Portugal, Brasil e Angola. Ficámoscom horas e horas e horas de imagense depois foi juntar tudo e contar a his-tória mais emocionante possível por-que a Lúcia investiu muito no disco equeríamos compreender porque eratão importante para ela esta viagem”,que “é um verdadeiro regresso às raí-zes e uma procura de identidade”,descreveu o realizador.Na sexta-feira, Lúcia de Carvalhoatuou e apresentou o disco e o docu-mentário no cinema L’Entrepôt, emParis, voltando a cantar na capitalfrancesa na festa “Queima das Fitas”da associação Cap Magellan, no sá-bado.Em novembro, o projeto Kuzola vai serapresentado em Angola, nomeada-mente em Luanda, Cabinda e Lu-bango, com o apoio da AllianceFrançaise de Luanda.Lúcia de Carvalho venceu o prémio“Prix Cap Magellan/Mikado - TraceToca da melhor revelação artística” naNoite de Gala oferecida pela autarquiaparisiense à Comunidade portuguesa,no Hôtel de Ville de Paris.

Disco e documentários foram apresentados no L’Entrepôt

Por Carina Branco, Lusa

Le 19 octobre 2016

Jazz: Maria Mendes au Sunside Paris

La chanteuse de jazz Maria Mendessera, pour la première fois en France,en concert au Sunside le samedi 29octobre prochain à 19h00 accompa-gnée par Steven Kamperman (clari-nette), Cédric Hanriot (piano), JasperSomsen (contrebasse) et André Cec-carelli (batterie).Maria Mendes, chanteuse auteure,l’un des talents du jazz européen, lavoix qui a conquis Quincy Jones, pré-sente son deuxième CD Innocentiaproduit avec la virtuose clarinettisteAnat Cohen.Ce nouvel album, paru fin 2015, estcomposé de nouvelles reprises avecdes adaptations sublimes des clas-siques du répertoire de jazz ainsi quedes compositions très personnellessur la tendre nostalgie de l’enfance,pleine d’innocence et d’espoir. Lepremier album de Maria Mendes,‘Along the road’, paru en 2012, a été

acclamé par le public. Avec ‘Innocen-tia’, Maria Mendes et son exception-nel groupe de musiciens hollandais,perpétuent la tradition des géants dujazz avec son style d'improvisation despercussions, les classiques du jazz

comme ‘Smile’ de Charlie Chaplin ouencore ‘The Summer Knows’ de Mi-chel Legrand.Innocentia reflète clairement le lan-gage musical de Maria Mendes et sacapacité à fusionner l’univers musical

portugais avec le brésilien accompa-gné de moments forts d’improvisationmusicale. La clarinettiste Anat Cohena su compléter cet album avec sonjeu unique et plein de mélancolie. Lapremière impression du style de MariaMendes qui nous captive, est la grâceet la pureté de son timbre ainsi queson phrasé lyrique. Sa voix se marieharmonieusement à son groupe, mê-lant des accents très personnels etemployant le scat dans des momentset des directions inattendues...Née à Porto, sa famille l’a éveillée auxactivités de sensibilité artistique. À lamaison elle écoutait beaucoup demusique classique - Vivaldi, Puccini,Chopin, des opéras et orchestres sym-phoniques. Sa formation artistiques’est initiée au Conservatoire de Mu-sique de Gaia au chant et au piano.Après 7 ans de cours de chant MariaMendes décide de consacrer uneannée d’études à approfondir le swinget les harmonies de jazz. Par la suite

elle entre à l’Ecole Supérieure de Mu-sique et des Arts du Spectacle dePorto (ESMAE). Avec sa licence dejazz elle décide de partir à Rotterdamet s’inscrit au Conservatoire Supérieurde Musique de Rotterdam (CO-DARTS) où elle conclut son Master enchant jazz, en 2009.Maria Mendes a vu son talent reconnupar Quincy Jones, lors du Festival deJazz de Montreux, qui lui prédit unfutur brillant et prometteur.Maria Mendes a reçu, parmi d’autresprix, le prix de meilleure chanteuse dejazz au Shure Montreux Jazz VoiceCompetition en Suisse et au Neder-lands Jazz Vocalisten Concours auPays-Bas, ou elle réside depuis 2007.De Porto et partout dans le monde, letimbre doux et la flexibilité vocale im-paires de Maria Mendes ne laissentpersonne indifférent.La tournée se poursuit au Brésil,Allemagne, Pays-Bas, Portugal etSuisse.

Par Clara Teixeira

Carina Branco

Joel Bessa

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Na sexta-feira da semana passada, opalco do Espace Lino Ventura, emAthis-Mons, na região de Paris, aco-lheu uma criação mundial intitulada“Lettres à ceux qui partent”. O quar-teto de violas “Paris Guitare Quartet”e o quarteto vocal “Ensemble VocalOlísipo” apresentaram pela primeiravez em púbico 10 obras que enco-mendaram a 10 compositores portu-gueses. A obra foi apresentada numconcerto integrado no Festival Gui-tar’Essonnes.“Os compositores portugueses, sejade que época forem, são muito malconhecidos em França” explicou aoLusoJornal Quitó de Sousa, há quase30 anos a residir em França. Quitó deSousa é o fundador do “Paris GuitareQuartet”, mas também é o organiza-dor do Festival Guitar’Essonnes.O desafio de Quitó de Sousa foiaceite pelos compositores AntónioPinho Vargas, Fernando Lapa, CarlosMarecos, Sérgio Azevedo, NunoCôrte-Real, José Carlos Sousa, Tiagode Sousa Derriça, Edward Luiz Ayresde Abreu, Daniel Davis e Anne Victo-rino de Almeida. “Alguns são muitoconhecidos, são da geração de 60anos, como é o caso de FernandoLapa, António Pinho Vargas, SérgioAzevedo ou Carlos Marecos, mas ou-tros são bem mais jovens, como é ocaso de Daniel Davis, com poucomais de 25 anos” explicou Quitó deSousa ao LusoJornal.Quitó de Sousa impôs apenas que ostextos escolhidos falassem de emigra-ção. “É uma temática específica quefaz sentido para mim. Tanto mais quea emigração volta a ser de atuali-dade”.Todos aceitaram. Escolheram textosde Álvaro de Campos (Fernando Pes-soa), Sophia de Mello Breyner, Anterode Quental, Tomás Moital, NatáliaCorreia, António Nobre, Florbela Es-panca e Herberto Helder. “Cada com-positor escolheu um texto de umautor. Eu deixei liberdade completa”reforça Quitó de Sousa.

“São poemas que falam da separa-ção, da saudade, da emigração,... porvezes de forma metafórica, outras deforma mais alegórica ou direta” ex-plica por seu lado o barítono ArmandoPossante, líder do Ensemble VocalOlísipo.Foi a primeira vez que os dois quarte-tos trabalharam juntos. Conheceram-se através do compositor CarlosMarecos.“Eu propuz aos compositores que es-crevessem para esta formação de 4guitarras e 4 vozes. É uma formaçãoinédita, o que acabou por despertarinteresse por parte dos compositores”explicou Quitó de Sousa ao LusoJor-nal.“Como é um conjunto pouco fre-quente, foi bom fazer esta enco-menda porque assim criamos coisasnovas, temos mais reportório. É im-portante começar este tipo de traba-lho” diz por seu lado ArmandoPossante.O “Paris Guitare Quartet” foi criadopor Quitó de Sousa Antunes, comThomas Baron, Sébastien Lechanoine

e Marc Salvatore. “Nasceu do factode eu ter na minha orquestra de violas- uma orquestra de amadores - a co-laboração de alguns amigos profissio-nais” explica Quitó de Sousa. “É umaformação muito rara. Aproxima-se deum quarteto de cordas. Consegue ri-valizar com grupos de música de câ-mara. É uma formação com umgrande futuro”.“Temos um reportório bastante eclé-tico. Pretendemos levar a música atodo o público possível, com a parti-cularidade de apresentar sempre al-gumas composições portuguesas emtodos os nossos espetáculos”.Quitó de Sousa lembra por exemploum tema chamado “Fado” escrito porSilvestre Fonseca, propositadamentepara este quarteto. “Temos tocado emvárias cidades em França, mas tam-bém em Espanha e noutros países,mas é sempre a peça ‘Fado’ que é amais aplaudida”.Para além de Armando Possante, o“Olísipo” integra ainda Elsa Cortez,Lucinda Gerhardt e Carlos Monteiro.“Alguns destes compositores são

muito jovens e com linguagens musi-cais difíceis. A linguagem nem sem-pre é direta. Demora algum tempo atrabalhar. É difícil e pouco acessível”explicou Armando Possante ao Luso-Jornal. “Depois há a diferença da in-tensidade da voz cantada, que paraalém de ter uma intensidade da vozmaior do que a viola, tem a possibili-dade de sustentar o som. É difícilgerir o equilíbrio entre a voz cantadae a viola, muito mais do que com umpiano ou com um quarteto de cordas.Foi necessário trabalharmos nesseequilíbrio, nessa maneira de trabalharem conjunto. Mas foi uma experiên-cia fantástica”.Em Athis-Mons, cada uma das 10composições do espetáculo, foi acom-panhada por uma projeção vídeo, rea-lizada pelo artista francês Jean-MarieGuérin.Há também um projeto de gravaçãode um CD, e tanto Quitó de Sousacomo Armando Possante, gostariamque o espetáculo fosse apresentadoem mais cidades, de França, de Por-tugal e de qualquer outro país.

Por Carlos Pereira

Valério Romãoe Gonçalo M.Tavares finalistas doprémio literárioFemina emFrançaOs escritores portugueses ValérioRomão e Gonçalo M. Tavares são fi-nalistas do prémio literário francês Fe-mina 2016, anunciou a organização.Depois de terem passado por doisprocessos de escolhas, as traduçõesfrancesas de “Autismo”, de ValérioRomão, e “Matteo perdeu o em-prego”, de Gonçalo M. Tavares, sãofinalistas daquele prémio literário, nacategoria de romance estrangeiro. Osvencedores - nas categorias de ro-mance francês, ensaio e romance es-trangeiro - serão anunciados no dia25.“Autismo” é primeira obra de ValérioRomão, foi editada em 2012, em Por-tugal, pela abysmo, e traduzida parafrancês por Elisabeth Monteiro Rodri-gues. O romance faz parte da trilogia“Paternidades Falhadas”, que tam-bém inclui “O da Joana”, inédito emFrança.Gonçalo M. Tavares, que tem já obrapublicada em França, foi finalista doprémio Femina em 2010, sendoagora selecionado por “Matteo per-deu o emprego”, que publicou em2010 pela Porto Editora, cuja tradu-ção francesa foi feita por DominiqueNédellec.O prémio Femina tem mais de cemanos, mas em 1985 passou a distin-guir romances estrangeiros. VergílioFerreira venceu o prémio em 1990,com “Manhã submersa”.

Filme francêsrecebeu oGrande Prémio da Juventude no festival CineEco de SeiaO filme “A Suplicação-Vozes paraChernobyl”, do luxemburguês PolCruchten, que aborda “o mundo deChernobyl”, foi o vencedor do 22º Ci-neEco - Festival Internacional de Ci-nema Ambiental da Serra da Estrela.Mas o Grande Prémio da Juventudefoi para “Furacão (Ouragan)”, de CyrilBarbancon, Jacqueline Farmer eAndy Byatt, de França.“A Suplicação-Vozes para Cherno-byl”, baseada no livro com o mesmotítulo da escritora Svetelana Alexie-vitch, ganhou o Grande Prémio Ci-neEco 2015, no valor de 2.000 euros,disse à Lusa Mário Jorge Branquinho,diretor do certame, na cidade de Seia,na Serra da Estrela, no distrito daGuarda. “Não é exatamente um filmesobre Chernobyl, mas sobre o mundode Chernobyl do qual já passaram 30anos e quase nada sabemos”.

CULTURA 15

lusojornal.com

Obras inéditas de 10 compositores portuguesesapresentadas em Athis-Mons

Encomenda de composições para 4 violas e 4 vozes

Crianças francesas vão fazer documentárioem português

O instituto cultural franco-brasileiroAlter'Brasilis, em Paris, está a fazerum jornal e um documentário reali-zados por crianças que estão a apren-der português.O projeto está a ser coordenado porBéata Sitarek, coordenadora dasaulas de português para as criançasno instituto, que quer desenvolver obilinguismo junto dos alunos quenasceram em França e que têm laçosfamiliares com a língua portuguesa.“Esse projeto surgiu a partir disso:dar as ferramentas para eles desco-brirem sozinhos o que é o Brasil, oque é o português, por que é que agente fala português, qual é a nossacultura, como é vista a nossa culturaaqui, como é que a gente vai crescer

com essa cultura da mãe ou do paivivendo num país que é outro”, des-creveu a franco-polaca que viveuuma temporada no Brasil e tirou umcurso, em França, de Línguas Estran-geiras Aplicadas.As crianças já criaram o jornal, inti-tulado “A Turma Franco-Brasileira”,e as filmagens começaram em se-tembro, no início do ano letivo, sendoo objetivo “incluir os pais, as profes-soras e quem sabe, um jornalista”para que as crianças possam traba-lhar “todas as competências linguís-ticas porque vão falar, vão escrever,vão ler em português”.“É um projeto em que as criançascriaram um jornal, já achámos umnome, elas já têm as carteiras de jor-nalista e vão entrevistar as outras tur-mas sobre um calendário de eventos

anuais. No final do ano letivo, o pro-jeto final é criar - a partir dessas pe-quenas entrevistas, das filmagensque eles vão fazer e das fotos que vãorealizar - um pequeno documentá-rio", explicou a professora.Béata Sitarek sublinhou que os pro-fessores vão acompanhar os alunos,mas serão as próprias crianças a fil-mar e a entrevistar-se.O instituto cultural franco-brasileiroAlter'Brasilis nasceu em 2010 e épresidido atualmente por Laura Bet-tencourt, uma francesa que se apai-xonou pelo Brasil na Austrália.“Apaixonei-me pelo Brasil quandomorava na Austrália porque lá mo-rava com amigos só brasileiros e de-pois decidi aprender a língua porqueera próximo do espanhol. Encontreia Alter’Brasilis e comecei a ter aulas

de português do Brasil. Fui morar noRio de Janeiro em 2010 e depois vol-tei para França e comecei a trabalharmais na associação”, contou LauraBettencourt.A associação Alter’Brasilis tem aulasde português para crianças e adultos,cursos de língua portuguesa em em-presas francesas, aulas de prepara-ção para a obtenção do Certificadode Proficiência em Língua Portu-guesa para Estrangeiros e, ao longodo ano, vai propondo conferências,encontros literários, exposições e es-petáculos.Na Noite de Gala oferecida pela au-tarquia parisiense à Comunidade por-tuguesa, na Mairie de Paris, aAlter’Brasilis venceu o “Prémio CapMagellan - Macif - Simão Carvalho domelhor projeto associativo”.

Por Carina Branco, Lusa

Le 19 octobre 2016

LusoJornal / Carlos Pereira

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Exposição deFrançois Jaubert à Peniche

A exposição “Beautiful.pm”, dodesigner François Jaubert, estápatente desde terça-feira, dia 18de outubro, no Centro Interpreta-tivo de Atouguia da Baleia, numaorganização da Câmara de Peni-che.François Jaubert é um jovem ar-quiteto que deixou a vida no escri-tório, depois de trabalhar mais dedez anos em empresas europeiase internacionais, incluindo na suaprópria, onde foi fundador da em-presa de arquitetura francesaCOMAC, e começou a dedicar-seem pleno à “cultura surf”.Surfar é a sua principal fonte deinspiração, expressando nas suasobras a combinação do design etrabalho manual a emoção de sur-far. Desenvolveu uma abordagembaseada na estética do surf e darelação entre o surfista e o am-biente natural. Preocupado com ainovação ecológica, desenvolveuuma prancha de surf com mate-riais reciclados para uma indústriade surf mais criativa, sustentável eecológica.

Concert deLisbonne Café à ParisLisbonne Café et Teófilo Chantre sonten concert le 28 octobre, à 21h00, àla Peniche Anako, face au 61 quai deSeine, dans le 19ème arrondisse-ment de Paris.«Le temps d'une soirée exception-nelle avec notre invité Teófilo Chantre,nous vous invitons à découvrir enavant-première les thèmes de l’EP quisortira prochainement» dit une notede presse de Lisbonne Café.Cabaret lusophone qui explore lesaffinités entre chanson française etmusiques des pays d’expressionportugaise comme le Fado, laMorna, le Choro ou la Bossa, Lis-bonne Café vous donne ce nou-veau rendez-vous à la PénicheAnako.Autour de la comédienne et chan-teuse réaliste Sylvie Sélavy, un dialo-gue s’est engagé entre le guitaristebrésilien Tarcisio Pinto Gondim, lepercussionniste Fabrice Thompson -qui a joué et enregistré avec CesáriaÉvora - et les musiciens issus de laJazzosphère, Juliano Beccari, pia-niste brésilien fraîchement débarquéde São Paulo, et Philippe Leiba con-trebassiste fin connaisseur des uni-vers musicaux brésiliens et portugais.C’est ainsi que le standard de jazz deSydney Béchet «Petite fleur» découvrel’émotion du fado ou que l’iconoclaste«Estou além» d’António Variaçõess’adoucit au rythme de la bossa. Sui-vant l’exemple de Chico Buarque dans«Joana Francesa», les thèmes inéditss’enrichissent eux aussi de ceséchanges entre francophonie et lu-sophonie.Infos: 09.53.14.90.68

16 CULTURA

Teatro: “Os Sugos” estrearam “Daddy Blues”

O grupo de teatro Os Sugos, de Fon-tenay-sous-Bois, estreou no sábadopassado, no Théâtre de Neuilly-sur-Seine (92), a sua mais recente cria-ção “Daddy Blues”, encenada porSuzana Joaquim-Maudslay, com osatores leila Abdelli, Henrique Cor-deiro, Tony Fernandes, Clara Joa-quim, Cristina Joaquim, Pascal Nicol,Charlène Pereira e Bruno Venâncio.O grupo existe há mais de 15 anos efoi criado na Associação Cultural Por-tuguesa de Fontenay-sous-Bois, as-sociação então presidida por JoséBatista de Matos, onde aliás anosmais cedo nasceu um outro grupoque entretanto se profissionalizou: acompanhia de teatro Cá & Lá, diri-gida por Graça dos Santos.Os Sugos foram criados por SuzanaJoaquim-Maudslay, jovem advogada,apaixonada por teatro. Susana é atrizem vários grupos de teatro francesese é encenadora do grupo Os Sugos.“Este é um grupo de amadores, degente que gosta de teatro, como eu”.Suzana Joaquim-Maudslay gosta deteatro, mas sublinha o facto que étambém um grupo familiar já quemetade dos elementos do grupo sãofamiliares da encenadora.Esta nova peça do grupo é uma co-média. A peça conta a história de umcasal que não consegue ter filhos.“Eu não sou impotente, sou estéril.Os meus espermatozóides são muitolentos” justifica o marido perante aspiadas da sogra! O casal decide entãoadotar uma criança, só que, depoisde quatro anos de um processo buro-crático, precisamente no dia em queo bebé chega a casa, a mulher decidelargar o marido e sai do lar.

Começa então uma longa hora de de-lírios. O marido faz tudo para que arepresentante da ‘DASS’ deixe acriança: obriga a secretária a fazer demulher, pretextando um lifting, osócio sacrifica-se e diz que é umcasal gay e até a funcionária admi-nistrativa decide ficar em casa paraguardar a criança. Só que depoisaparece novamente a mulher, que jávem grávida, mas fica por poucotempo...Não percebu tudo? O melhor mesmoé ir ver a peça que vai estar todos osdomingos no Théatre de Menilmon-tant até finais de novembro. É a pri-

meira vez que uma peça de um grupoamador está programada durantetanto tempo numa sala francesa.“Nós temos programado todos osanos espetáculos de teatro. Já por cápassaram vários grupos, alguns vin-dos de Portugal, como o Teatro daTrindade” disse ao LusoJornal JoséLeite, fundador da Associação Cultu-ral Portuguesa de Neuilly-sur-Seine.“Desta vez calhou ser uma comédiaem língua francesa, mas temos va-riado muito”, acrescentou.A escolha de ser em francês é parafacilitar a compreensão a todos.“Aliás, alguns dos atores não estão

completamente à vontade na línguade Camões” diz a encenadora. “Mastemos sempre um sinal qualquer, nasnossas peças, que faz a ligação como país dos nossos pais” explicou aatriz e encenadora Suzana Joaquim-Maudslay.Daddy Blues é uma peça de MartyneVisciano e Bruno Chapelle.

Todos os domingos até 20 de novembro, 15h00Teatro Ménilmontant15 rue du Retrait75020 ParisMétro Gambetta

Peça é programada todos os domingos no Théâtre de Ménilmontant

Por Carlos Pereira

Festa do Cinema Francês exibe 10 filmesem CoimbraA Festa do Cinema Francês decorrede 19 a 23 de outubro, em Coimbra,no Teatro Académico de Gil Vicente,com um foco na comédia para mos-trar “as coisas positivas do mundo”,após as “tragédias” que afetaramFrança em 2015.Durante cinco dias, são exibidos dezfilmes no Teatro Académico de Gil Vi-cente (TAGV), onde a comédia é o gé-nero dominante, de forma a mostrar asespecificidades do “humor francês”,disse Amina Mazouza, da AllianceFrançaise, durante a apresentação dainiciatva.Há comédias românticas e dramáti-cas, bem como animação, em filmesem que o humor é também uma fer-

ramenta para se abordarem “ques-tões sociais e familiares”, sublinhou.A Adida de cooperação cultural e au-diovisual do Institut Français du Por-tugal, Aurélie Roguin, sublinhou quea opção pelo foco na comédia fran-cesa deve-se, em parte, a um ano de2015 marcado pelas “tragédias” dosatentados no Charlie Hebdo e Bata-clan. “Foi um ano muito duro e umtempo muito pesado e era impor-tante” mostrar que “também há coi-sas lindas e positivas neste mundo”,justificou, considerando ser impor-tante “sair da realidade e ver o quese passa noutro espaço, não se foca-lizando sobre as tragédias”.Para além disso, a equipa optou pela

comédia também por Coimbra seruma cidade universitária, tendo a or-ganização desenhado uma propostade programação de acordo “com estepúblico da cidade”, explanou AurélieRoguin.A Festa do Cinema Francês emCoimbra arrancou com a comédiadramática “21 Nuits avec Pattie”,dos irmãos Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu, que aborda a históriade uma parisiense que se deparacom o desaparecimento do corpo dasua mãe morta, quando se preparavapara organizar o seu funeral.Na quinta-feira, 20 de outubro, é exi-bido o único drama do cartaz, “Toutde Suite Maintenant”, de Pascal Bo-

nitzer, que viaja por intrigas profissio-nais, histórias de família e de amor,em que “os destinos se entrelaçam”.A mostra, que vai contar com trêssessões escolares, termina com“L’Effet Aquatique”, de Solveig Ans-pach, a 23 de outubro. “La Loi de lajungle”, de Antonin Peretjako, “DesNouvelles de la Planète Mars”, deDominik Moll e “Marie et les Naufra-gés”, de Sébastien Betbeder, são ou-tras das películas que vão passar pelatela do TAGV.De acordo com o Diretor da TAGV,Fernando Matos de Oliveira, o teatrotem recebido entre “três e cinco milpessoas” na Festa do Cinema Fran-cês nas últimas quatro edições.

Vient de paraître l’édition 38 de «Sigila»L’édition n°38 de la revue «Sigila»(automne-hiver 2016) sur «Le vrai - Overdadeiro» vient de sortir.«Où réside le secret du vrai? Dans lefaux? La question est abordée à tra-vers des approches pluridisciplinairesportant sur la sémantique, l’histoiredu livre, la psychanalyse, des écrivainset poètes (Ana Hatherly, José Sara-

mago, Jean-Jacques Rousseau, YvesBonnefoy)».Ce numéro est dédié à Charles Bala-dier, qui fut membre du Comité de ré-daction depuis la création de la revue.D’ailleurs, Alain Berthoz publie un en-tretien avec Isabelle Baladier-Bloch.Myriam Benarroch a fait une brèveétymologique du mot. Carlos F. Cla-

mote Carreto a écrit sur «Verum/veri-tas: le vrai à l’épreuve de la fictionchez saint Augustin et dans la tradi-tion poétique du Moyen Âge», Cathe-rine Dumas a écrit sur «Dire vrai, fairevrai dans la poétique de Ana Ha-therly» alors qu’Agnès Levécot a tra-vaillé sur «Une vraie Histoire possibleselon José Saramago». Ce sont

quelques uns des textes publiés.Dans l’anthologie du secret nous pou-vons lire «L’Insinuant» de Paul Valéry,«Vérité, mensonge, certitude, incerti-tude...» d’Alberto Caeiro (traduit parFlorence Lévi), «Court sonnet du fauxFernando Pessoa» de Carlos Drum-mond de Andrade (traduit par Mo-nique Le Moing), entre autres.

Le 19 octobre 2016

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29° aniversáriodo grupo folclórico Violetas deToulouse

Decorreu no passado dia 15 de Ou-tubro os festejos do 29 aniversário dogrupo folclórico Violetas de Toulouse.A festa teve início pelas 19h com umjantar coletivo onde participaram asentidades oficiais da região. PauloSantos, vice-Cônsul de Portugal emToulouse, Carolina Amado em repre-sentação do Conselheiro das Comu-nidades António Capela, o Maire eMaire-Adjoint de Saint Lys, e o grupoconvidado do exterior de Toulouse, ogrupo folclórico e etnográfico de Ta-rascon-sur-Ariège que é presidido porJoão Maciel.A Direção dos Violetas de Toulouse épresidida por Marfido Dinis e ManuelAlves. Os dois dividem a Direção porforma a complementarem toda a or-ganização e aprovisionamento domaterial do grupo folclórico.A Direcção ofereceu um bolo de ani-versário a todos os presentes.A seguir às atuações dos grupos,onde se pode contar o grupo da casa,o grupo folclórico Vila Rosa, e de Ta-rascon-sur-Ariège, atuou a Escola deConcertinas de Toulouse, a cantoraFlor, e o cantor Bruno Pereira acom-panhado por Zeneta.A direcção do grupo organizadormostrava-se satisfeita e orgulhosapelo sucesso da organização.

Celebraçõesno Santuáriode N. Sra deFátima emParis

No passado dia 12 de outubro, oSantuário de Nossa Senhora de Fá-tima de Paris organizou mais uma ce-lebração de aniversário das Apariçõesde Nossa Senhora na Cova da Iría,em Fátima.Como vem sendo habituam, a ceri-mónia do Adeus teve muita participa-ção, para lembrar a aparição deoutubro, a última aparição de NossaSenhora em Fátima.Esta cerimonia foi presidida por Mon-seigneur Rimbaud.

ASSOCIAÇÕES 17

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Academia do Bacalhau de Paris bem-recebida no L’Express

A Academia do Bacalhau de Parisrealizou o seu jantar de outubro nodia 14, no restaurante L’Express, emClichy. Cerca de cem Compadres eComadres juntaram-se a um eventoque primou pela excelente receçãodo anfitrião, o português Rui Alves.Os convivas foram recebidos comum aperitivo e ‘amuse-bouches’, aosquais se seguiu uma salada do mar,um prato de bacalhau à L’Express eoutro de arroz de pato. Para sobre-mesa, houve charlotte de morangosseguida de café, acompanhado com

mignardises. O L’Express existedesde 2012 mas o seu proprietárioconta com 39 anos de experiênciana área, a maior parte dos quais emFrança.A noite foi abrilhantada por um es-petáculo de fado. Esta é, aliás, umadas bandeiras do L’Express, quetodos os domingos à noite ofereceaos seus clientes um soirée destamúsica tão portuguesa. Já a chegarao fim do evento, houve aindatempo para animação musical, le-vando os presentes a dar um passode dança.Nesta noite de amizade, houve qua-

tro elementos a juntarem-se àgrande família da Academia do Ba-calhau de Paris. Isabel da Ponte eLúcia Borges foram apadrinhadaspor Manuel Moreira, Pedro Morgadopor Luís Rocha e Chantal da Costapor Fernando Lopes. Carlos Ferreiraapresentou ainda a proposta de apa-drinhamento de Rui Soares.A vertente solidária da Academiatambém esteve presente, com a di-vulgação do quarto ano da iniciativaRoupa Sem Fronteiras, que recolheroupa, calçado e brinquedos paradistribuir a pessoas em necessi-dade. Os pontos de recolha da cam-

panha deste ano serão anunciadosem breve.Noutra campanha solidária, a Aca-demia de Paris decidiu que, até aofim do ano, doará o valor angariadonas multas dos eventos, assim como2 euros por cada pessoa presentenos jantares, às vítimas dos incên-dios que assolaram a ilha da Ma-deira este verão.O próximo jantar da ABP realizar-se-á no dia 24 de novembro, norestaurante Pedra Alta de Pontault-Combault. A gala de Natal terálugar dia 10 de dezembro no Cer-cle National des Armées, em Paris.

Quatro novos membros da Academia

Por Diana Bernardo

Celebrações em honra de Nossa Senhorade Fátima em Lyon, Feyzin e Neuville

No passado fim de semana, dias 15e 16 de outubro, as Comunidadesportuguesas de Lyon, Feyzin e Neu-ville organizaram as suas homena-gens à Virgem Maria nestas trêslocalidades.No bairro da Croix Rousse, em Lyon,no sábado dia 15, pelas 19h00, vá-rias famílias reúniram-se e organiza-ram uma procissão de velasrecitando o terço, seguida da cele-bração da Eucaristia, presidida esteano pelo Padre Matteo, Pároco deSt. Bruno, e com animação do grupocoral da Pastoral.

No final houve um encontro de con-fraternização onde se pode apreciarvárias especialidades portuguesasdas regiões do Minho, Trás-os-Mon-tes e Beiras, encontro este que játem nomeada na cidade e que reu-niu cerca de trezentas pessoas vin-das dessas regiões de Portugal.Na paróquia de Feyzin, a celebraçãoda Eucaristia dominical englobou ahomenagem a Nossa Senhora de Fá-tima, após a tradicional procissãonas ruas adjacentes da igreja, queteve início pelas 11h00 de domingo,dia 16. O pároco Jean-Marc Galauteve a ajuda do jovem padre Guil-laume, recentemente ordenado, em

julho passado. O grupo coral portu-guês animou a celebração, entoandocânticos em português e em francês.Cerca de duas centenas de fiéis, dosquais metade eram portugueses,prestaram assim homenagem à Vir-gem Maria e recordaram o aniversá-rio da última aparição de Senhora naCova da Iría, em Fátima.Ainda no domingo 16, na cidade deNeuville, a Comunidade portuguesaaqui residente, convidou o atual Ca-pelão da Comunidade portuguesa, opadre Eric Besson, o pároco de Neu-ville, Luc Biquez, o padre MathieuAppia e o diácono Pascal Lefebvre,para presidirem as celebrações. A

celebração da liturgia teve lugarpelas 10h30, e da parte da tarde -após o almoço servido pela Associa-ção portuguesa, a todo o Clero pre-sente e aos aderentes - precisamenteàs 14h30 organizou-se uma procis-são, em honra de Nossa Senhora deFátima, recitando o terço nas ruas deNeuville, onde participaram cerca dequatrocentas pessoas e no final re-ceberam a bênção do Santíssimo.O padre Capelão Eric Besson, alertoua Comunidade portuguesa de não es-quecer de recitar em família, comamigos, ou sozinho, a Avé Maria doCentenário, pelo menos uma vez pordia.

Por Jorge Campos

Le 19 octobre 2016

Por Vítor Oliveira

Por Alfredo de Lima

LusoJornal / Jorge Campos LusoJornal / Jorge Campos

Photo Lima

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David Danysoutient l’AssociationRêves et Espoirs

Le chanteur franco-portugais DavidDany était en concert a Digny (28), lesamedi 8 octobre, pour l’AssociationRêves et Espoirs, lors d’une soiréesous le signe de la maladie car l’artisteétait présent pour aider et soutenircette association qui a pour but de ré-colter des fonds afin de réaliser lesrêves de certains enfants hospitalisés.«C’est toujours très émouvant dechanter pour des personnes qui souf-frent surtout lorsqu’il s’agit d’enfants,dont certains, je tiens à le dire, sont enphase terminale. Ils savent qu’ils vontpartir, mais en même temps ils nousoffrent une véritable leçon de vie, parleur manière d’être et par leur compor-tement. Je revois encore cette petitefille de 10 ans leucémique a la fin demon concert, toute timide, recevoirmon dernier album ainsi qu’une photoet dont je garde un souvenir impéris-sable. Cette image restera pour moigravé et si cette rencontre peut lui pro-longer la vie et lui apporter le bonheur,j’aurais mis mon amour au pied de cetédifice».

Excursão àFerme de Bichette

A Associação Amizade e Cultura Por-tuguesa de Puteaux (92) organizouuma excursão à Ferme de Bichette. OPresidente António Ferreira explicouao LusoJornal que criou esta associa-ção há cerca de 9 anos, e organizadesde então várias viagens por ano.“Tentamos fazer entre 5 a 7 viagenspor ano, uma ao estrangeiro, já fomosà Madeira, Roma, entre muitos outroslugares magníficos. Estivemos em vá-rios países”.No fim de semana passada o destinofoi então a Ferme de Bichette. Costu-mamos vir uma ou duas vezes por anoa este local simpático e tradicional”,explica.Com o inverno a chegar e as festas defim de ano, a associação vai estarmenos ativa, mas já está a preparar-separa a próxima viagem, nos finais demarço, às ilhas Canárias. Mas tam-bém promete organizar mais uma ex-cursão até Nossa Senhora de Lourdes,no sul de França.Infos: 06.60.97.20.44

18 ASSOCIAÇÕES

Bombocas e Johnny cantaram em Argenteuil

Foi no sábado passado que Johnny eo grupo Bombocas subiram ao palcoda sala Jean Vilar em Argenteuil. RitaAlmeida, uma das ‘Bombocas’ come-çou por dizer ao LusoJornal que es-tava muito contente voltar à salamítica da região parisiense. “Já perdia conta de quantas vezes estivemosaqui! É difícil encher esta sala porqueé muito grande, o cartaz era aliciantee havia muitas pessoas e tivemosmuito prazer vir ao encontro do pú-blico francês”.Paula Santos também apontou paraum público que com a saudade dePortugal recebe sempre muito bem osartistas vindos de Portugal. “Rece-bem-nos de maneira diferente, commuito carinho, sempre foi assim. Éuma sala especial que até pode metermedo porque é muito grande, mas amaior parte das pessoas já nos conhe-ciam, conheciam muito bem as le-tras, até porque através das redessociais conseguimos manter algumcontacto e isso aproxima o públicodos artistas”.As Bombocas também festejaram 18anos de carreira, “e é muito normalque as Comunidades já nos conhe-çam e nos têm acompanhado. É gra-tificante ver tanta gente, temosmuitos fãs que nos seguem e que

fazem quilómetros para verem onosso espetáculo”, apontou Rita Al-meida.Johnny também contribuiu para o su-cesso do espetáculo e reconheceu terficado muito satisfeito e orgulhoso vertanta gente cantar as suas músicas.“Os anos vão passando, há cada vezmais pessoas a conhecer a minhamúsica e a acompanhar a minha car-

reira, espero que seja cada vez me-lhor, estou a trabalhar nesse sentido”.O cantor reconheceu contudo que ul-timamente não tem sido fácil enchera sala Jean Vilar mas este espetáculoconseguiu reunir muita gente, e comoéramos vários artistas, só podia trazermuitos fãs”, declarou ao LusoJornal.Também as Bombocas sublinharam opercurso exemplar de Johnny, refe-

rindo os esforços e o talento do jovemcantor. O cantor evocou a sua tournéem Portugal, onde teve recentementemuitos concertos. “Foi muito bom esaber que começo a ter algum pú-blico em Portugal, é de facto, gratifi-cante”, concluiu.Johnny vai estar em Orléans no mêsde março e na próxima festa portu-guesa de Pontault-Combault.

Muito público para os artistas portugueses

Por Mário Cantarinha

Folclore: ‘Flores do Lima’ adere à Federação

O grupo de folclore “Flor do Lima” deVilliers-le-Bel (95), que representa ofolclore do Alto Minho, acaba de inte-grar a Federação do Folclore Portu-guês. A cerimónia de adesão tevelugar durante um festival organizadopelo grupo de folclore “Esperança” deLes Ulis-Orsay (91). Foi uma festacom grande pompa e circunstânciadurante o Festival de outono da Fede-ração do Folclore Português e da suaDelegação de França, e teve lugar nodomingo passado, na Sala de Festas,

em Les Ulis.Esteve presente o Presidente da Fede-ração do Folclore Português, FernandoFerreira, assim como os ConselheirosTécnicos em França. Aliás, José Lou-renço, do Grupo de Maisons-Alfort, foioficialmente nomeado Conselheirotécnico da Delegação de França daFederação, para a região do BaixoMinho.No evento estiveram os Maires de LesUlis e de Orsay.Vários grupos de folclore e amigosmarcaram presença no evento, à voltade um “lanche típico português” e

com uma animação muito intensa du-rante a tarde de folclore, com a parti-cipação dos grupos Alegria dosEmigrantes de Montfermeil, Meu Paísde Maisons-Alfort, Roda do Alto Paivade Orsay, Terras do Minho de Kremlin-Bicêtre, todos membros da federação.Os presentes sublinharam a importân-cia de “manter uma boa dinâmica ede respeitar a etnografia portuguesa”e, segundo a Presidente da da Dele-gação de França da Federação, MariaPinto, apelaram a outros grupos a secandidatem para seguir o mesmo ca-minho.

Por Cara Teixeira

Red Star continua numa situação complicada

A equipa liderada pelo Técnico por-tuguês Rui Almeida empatou no pas-sado fim de semana frente ao Nîmesa três bolas, no Estádio Jean Bouin,em Paris, num jogo a contar para a11ª jornada da Ligue 2. O Red Staresteve a vencer por 1-0, depois estevepor duas vezes a perder, por 1-2 e 2-3, antes de chegar ao empate final.Um resultado que não ajuda muito aequipa de Rui Almeida que fica numpreocupante 15° lugar com 11 pon-tos, apenas dois de vantagem sobre o18° lugar, ocupado pelo Auxerre, eque leva a um play-off para não des-cer ao terceiro escalão francês.Uma posição pouco confortável paraa equipa do Red Star que na tempo-rada passada terminou no 5° lugar.Em entrevista ao LusoJornal, Rui Al-

meida admitiu alguns erros da suaequipa.

Como podemos analisar este empate?É dececionante. Dececionante por-que fizemos erros que não são acei-táveis. Um erro sim, dois erros não!Todos os jogadores podem errar, masum segundo erro num jogo destenível, não pode ser. Foi isso que disseaos jogadores. Temos que crescer eolhar que talvez fizemos os errostodos para esta época, os erros destenível quero eu dizer. Se olharmos parao jogo, estamos na frente do marca-dor, a vencer por 1-0, e não há moti-vos para sofrermos um golo, o Nîmesnão estava a criar situações perigosas.Eles acabaram por marcar e por viraro resultado. Admito também que con-seguimos recuperar duas vezes deduas desvantagens. Quando estamos

com o 3-3, ainda tivemos algumasoportunidades. Fica um sabor amargona boca.

Como podemos julgar a situaçãoatual?A responsabilidade é sempre do Trei-nador, neste caso é a minha respon-sabilidade em tudo o que se passa.Sem dúvida nenhuma poderíamos terfacilmente mais 3 ou 4 pontos por-que há jogos em que ficámos aquémdas expetativas. Agora o que é certoé que não temos esses pontos evamos ter de os alcançar o mais rapi-damente possível porque a estabili-dade de uma equipa vem daestabilidade na tabela classificativa.

O que nos pode dizer deste EstádioJean Bouin, visto que na temporadapassada jogavam na cidade de Beau-

vais?É pena não estar cheio porque esteestádio é fantástico. Agora vamos éolhar para nós e fazer mais, muitomais.

Na próxima jornada, o Red Star de-fronta o Amiens...Vamos jogar contra o primeiro na ta-bela classificativa. Este jogo vai-nosexigir uma grande capacidade. OAmiens está numa dinâmica muitoboa que nos obriga a estar ao nossomelhor nível para ganhar. Do primeiroao último classificado, não há umadiferença muito elevada. Vamos ir lápara tentar arrecadar os três pontos.

De referir que na 12ª jornada, o RedStar desloca-se ao terreno do atuallíder do Campeonato, o Amiens, nasegunda-feira 24 de outubro.

Futebol / Ligue 2

Por Marco Martins

Le 19 octobre 2016

Par Maria Teixeira

Johnny frente aos seus fãsLusoJornal / Mário Cantarinha

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lusojornal.com

Nuno Pinheiroperd la Supercoupede Volley-ball

Le GFC Ajaccio, vainqueur de laCoupe de France en mars dernier,a remporté samedi dernier le pre-mier grand rendez-vous de la sai-son de volley-ball, la Supercoupe,face au Paris Volley où joue actuel-lement le portugais Nuno Pinheiro.La rencontre s’est disputée dans lasalle des Corses qui ont battu lesParisiennes sur le score de 3-2,avec des sets très disputés (23-25,27-25, 21-25, 25-20 et 18-16).Face à Paris, Champion deFrance, les Corses n’ont fait aucuncomplexe et ils en ont été récom-pensés. Une première ratée pourNuno Pinheiro qui revient cettesaison dans le Championnat fran-çais où il a déjà joué sous les cou-leurs de Beauvais, Poitiers etTours. Pour la première fois il por-tera le maillot du club de la capi-tale qui est actuellement le clubChampion de France.Toutefois c’est une première dé-faite pour Nuno Pinheiro, tandisqu’Ajaccio succède à Tours au pal-marès de l'épreuve.

Peniche vai ajudar a definir campeão domundo de surfA etapa portuguesa do circuitomundial de surf, a disputar atual-mente em Peniche, até 29 de outu-bro, vai ajudar a definir o Campeãodo mundo, numa prova com dois‘wild-cards’ portugueses.Frederico Morais e Miguel Blanco,convidados pelos patrocinadores daprova, vão entrar em competiçãofrente aos dois primeiros do ‘ran-king’, casos do havaiano John JohnFlorence e o brasileiro Gabriel Me-dina. Nas suas primeiras bateriasno Meo Rip Curl Pro, quinta e sextado alinhamento, Morais vai bater-seainda com o norte-americano Con-ner Coffin e o estreante Blanco como brasileiro Jadson André.A etapa lusa, 10ª e penúltima doano, antecede o Billabong PipeMasters e vai arrancar com a lycraamarela, símbolo da liderança docircuito, na posse de John John Flo-rence, ‘presa’ por 2.700 pontossobre o Campeão do mundo de2014.Além dos embates com portugue-ses, destaque ainda para a estreiaem competição dos brasileirosAdriano de Souza, atual campeãodo mundo, frente ao compatriotaCaio Ibelli e ao australiano JackFreeston e de Filipe Toledo, cam-peão em 2015 nas ondas lusas,frente ao compatriota Wiggolly Dan-tas e o australiano Adam Melling.

20 DESPORTO

Lusitanos de Saint Maur, sur le bon chemin

Vainqueur 1-0 de l’Iris Club Croix, lesLusitanos continuent de dominer leurGroupe B de CFA. Mais pour le mo-ment, le maintien reste l’objectif pre-mier. Le National attendra…Quelques fois, un seul but peut suffireau bonheur d’une équipe. Et les Lusi-tanos ne boudent pas leur plaisir aprèsleur courte mais précieuse victoire, 1-0, face à Croix, lors de la 8ème journéede CFA. Le club de Saint Maur (94)continue sa course en tête avec 20points (sur 24!) et ne cesse de repous-ser ses limites. Pour le plus grand plai-sir de ses supporters qui jubilent devoir leurs joueurs être à la lutte pourune montée en National. Mais au mo-ment de recevoir Croix, les Lusitanossavaient que l’adversité serait l’une desplus fortes de cette saison. Face à uneformation au fort accent portugais avecdes joueurs comme Alexandre Carvalho

ou encore Amaury dos Santos, sans ou-blier son entraîneur, Jean Antunes,l’Iris Club de Croix espérait bien réussirun gros coup au Stade Louison Bobet,du Plessis-Trévise. C’était sans comptersur la confiance et la force du leadeurdu Groupe B, toujours privé de KévinDiaz, qui frappait les premiers par l’in-termédiaire de Kévin Farade dont latête cadrée, à la 3ème minute, netrompait pas l’ancien portier du RCLens, Samuel Atrous.Dans la foulée, Croix réagit grâce à Sa-muel Robail qui voit sa frappe prendrele petit filet (4 min). Mais très vite, lesdeux équipes se neutralisent et hési-tent à se livrer. Saint Maur ne tentantsa chance que sur une reprise de JonyRamos, hors cadre, ou une frappe dePedro Nova au-dessus de la barre.A la pause, le score nul et vierge étaitplus que logique. Toutefois, dès le re-tour des vestiaires, les Saint-Mauriensse montrent plus entreprenants. Ous-

mane Kanté lançant en premier leshostilités. Mais le tournant du matchse jouera à la 57ème minute quandKévin Farade hérite d’un bon ballondans le dos de la défense croisiennemais se voit bousculer dans le dos.L’arbitre n’hésite pas. Penalty! JonyRamos crucifie le portier nordiste en leprenant à contre-pied et inscrit son3ème but de la saison. La messe étaitdite.Derrière, les Lusitanos auraient pu ag-graver la marque sans les arrêts du por-tier croisien ou le manque definalisation de Farrade, Mbalanda ouencore Ramos.Pour l’entraineur Carlos Secretário, lavictoire par la plus petite marge reflé-tait bien le scénario de la rencontre.“Croix est une équipe avec une grandeexpérience en CFA. Une grosse dé-fense et une bonne attaque. Ils nousont posé de nombreux problèmes enjouant le contre. On a réussi à s’adapter

avec un but qui nous a permis de pren-dre les devants logiquement. Derrière,le match a changé de physionomie. Onaurait pu marquer un autre but maisau final, le score est assez juste. Croixest une bonne adversité et une belleéquipe. Mais on mérite amplementnotre victoire qui nous rapproche denotre premier objectif, le maintien”.Pourtant le club de Saint Maur conti-nue à dominer son Groupe B de CFAavec 20 points et peut se prendre àrêver d’une possible montée en Natio-nal, mais son dauphin, l’ACBB, conti-nue à suivre sa cadence infernale avecun petit point de retard. Dans deux se-maines, les Saint-Mauriens auront unnouveau test compliqué à gérer avecun déplacement dans le Nord, sur leterrain de la réserve du LOSC.Mais ce week-end, les Lusitanos ontprouvé qu’il faudra se montrer trèscostaud pour les faire tomber cettesaison.

Football / CFA

Par Eric Mendes

Le Créteil/Lusitanos arrache le nul aux Herbiers!

Grâce à Youssouf Touré, buteur dansles dernières minutes de jeu, l’USCréteil/Lusitanos est reparti des Her-biers avec le point du match nul! LesCiel et Bleu qui avaient pourtant ré-pondu à l’ouverture du score ven-

déenne par Sébastien Puygrenier, ontéchappé de peu à la défaite après lepenalty concédé à 5 minutes ducoup de sifflet final. Mais l’opportu-niste Youssouf Touré a remis les deuxformations à égalité et offert le nul àCréteil/Lusitanos.Avec ce sixième match sans défaite,les Val-de-Marnais gagnent une placeau classement (8ème) avant la ré-ception de Quevilly-Rouen dans deuxsemaines. Entretemps, ils se ren-dront à Drancy pour disputer le 6èmetour de la Coupe de France.L’US Créteil/Lusitanos peut dire ungrand merci à Youssouf Touré ce soir!Entré en jeu deux minutes avant lepenalty transformé par AnthonySchuster (2-1, 84 min) qui offraitaux Herbiers les trois points de la vic-toire sur un plateau, l’attaquant cris-tolien est venu jouer les trouble-fête!Face à la passivité de la défense ven-déenne au second poteau, YoussoufTouré a surgi pour glisser le ballon aufond du filet pour le plus grand bon-heur des supporters cristoliens pré-sents à Massabielle (2-2, 86 min).Car grâce à cette égalisation entoute fin de match, Créteil/Lusita-nos glane une place au classement(8ème) et reste à trois points dupodium de National.

Et pourtant, Créteil/Lusitanos pourranourrir quelques regrets… Auteursd’une bonne entame de match, lesBéliers auraient mérité de trouver lafaille par Wilfried Kanga (2 min) ouMartin Mimoun (4 min) lors des dixpremières minutes de jeu. Mais aprèsavoir balbutié son football, le VHF asorti la tête de l’eau et puni l’US Cré-teil/Lusitanos par Adama Sarr (1-0,10 min). Face à cette ouverture duscore difficile à accepter, les Cristo-liens se sont adjugés la possessiondu ballon sans toutefois vraimenttenter leur chance. A l’exception d’unbut refusé pour une charge sur le gar-dien (17 min) et de deux tirs préciset bien appuyés signés WilfriedKanga (25 min et 28 min), les Bé-liers n’auront pas réellement sur por-ter le danger sur le but adverse.Lors du premier quart d’heure aprèsla pause, les locaux ont bien faillimettre KO les Béliers mais leurs ten-tatives ont manqué de précision (46min, 53 min) quand elles n’ont pasété annihilées par les réflexes deYann Kerboriou (49 min) ou le su-perbe tacle glissé de Sébastien Puy-grenier (61 min). Le défenseur derenom ne se contentera pas de brillerdéfensivement puisqu’il sera égale-ment l’auteur du premier but de l’US

Créteil/Lusitanos (1-1, 73 min) sa3ème réalisation personnelle sous lemaillot francilien.Logique, au vu du déroulement de larencontre, ce score de 1-1 aurait puêtre le score final mais cette 10èmejournée de National n’avait pas en-core livré toute sa dramaturgie. A la84ème minute de jeu, Johann Paula vu son intervention sanctionnéed’un penalty par Sofiane Bencha-bane qu’Anthony Schuster s’est faitun plaisir de convertir (2-1, 84 min)mais la joie des Vendéens a été decourte durée puisque Youssouf Tourés’est chargé de remettre les deux for-mations à égalité.Ce match nul arraché dans les der-nières minutes de la partie permet auCréteil/Lusitanos de signer un 6èmematch sans défaite (2V, 4N), qui luipermet de progresser au classement.8ème après 10 journées de National,elle tentera de renouer avec la vic-toire pour se rapprocher du podiumdans deux semaines à l’occasion dela venue de Quevilly-Rouen à Duvau-chelle.En attendant, la formation de Lau-rent Fournier aura un 6ème tour deCoupe de France délicat à gérer faceà la Jeanne d’Arc de Drancy (CFA),dimanche prochain, à 14h30.

Football: National 16/17

Par Joël Gomes

Le 19 octobre 2016

Par Marco Martins

Les Herbiers 2-2 US Créteil/LusitanosStade MassabielleSpectateurs: 1.500 envArbitre: Sofiane BenchabaneLes Herbiers: Pichot - Phojo, Hery,Traoré, Gace - Germann (Cap.),Gbelle, Trigoudja (Makalou, 80 min),Laïdouni - Schuster (Billy, 88 min),Sarr (Ba, 70 min). Entraîneur: Frédé-ric ReculeauUS Créteil/Lusitanos: Kerboriou -Furtado, Mbow, Puygrenier, Fofana -Di Bartolomeo (Cap.) (Loriot, 88 min)- Mimoun (Touré, 82 min), Man-douki, Paul, El Hamzaoui (Esnard,88 min) - Kanga. Entraineur: Francisde PercinAvertissements: USCL: Di Bartolo-meo (40 min)Buts: Les Herbiers: Sarr (10 min),Schuster (84 min, sp); USCL: Puy-grenier (73 min), Touré (86 min)

Lusitanos de Saint Maur / EM

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Le Paris Saint-Germain s’est qualifiépour les huitièmes de finale de laLigue des Champions féminine, enbattant les Norvégiennes du LSK surle score de 4-1, lors du match retourdisputé au stade Charléty le jeudi 13octobre.Le Paris Saint-Germain a réussi à sequalifier avec une certaine difficultépour les huitièmes de finale de laLigue des Champions féminine en éli-minant le club norvégien du LSKKvinner FK. Toutefois cela n’aura pasété une partie de plaisir car le PSGétait en désavantage après le matchaller, perdu sur le score de 3-1.

Le Paris Saint-Germain refaitson retard…Dès les premières minutes, les Pari-siennes vont faire le forcing pour rat-traper leur retard au Stade Charléty àParis avec deux brésiliennes titulaires:la défenseuse Erika et l’attaquanteCristiane.A la 3ème minute de jeu, Cristiane,l’attaquante brésilienne qui était ab-sente lors du match aller, se fait fau-cher dans la surface par la milieuhollandaise Sherida Spitse et obtientun penalty. C’est l’Espagnol VerónicaBoquete qui se charge de le marqueret de tromper la gardienne norvé-gienne Lill Yvonne Karlsrud.Les Parisiennes ne vont pas lâcher

leurs adversaires et surtout Cristianeva continuer son «show». A la 20èmeminute, après un jeu en triangle entreVerónica Boquete, Marie-AntoinetteKatoto et Cristiane, c’est l’attaquantebrésilienne qui frappe pied gauche àl’entrée de la surface et enfonce leclou face aux Norvégiennes qui ontperdu leur avance dès la première pé-riode.Les joueuses du LSK Kvinner FK ontété totalement étouffées et n’ont pu àaucun moment réagir.

Les Parisiennes achèventle travailLors de la seconde période, lesjoueuses du Paris Saint-Germain vont

continuer à mettre la pression sur lesNorvégiennes pour se mettre définiti-vement à l’abri.A la 49ème minute, la Capitaine duPSG, Shirley Cruz, prend les chosesen main, mène l’attaque parisiennesur le côté droit, centre pour trouverCristiane, qui d’une tête placée,trompe à nouveau la gardienne duLSK.L’attaquante brésilienne va mêmemarquer un triplé à la 74ème minuteet clore son «show». Tout part du côtégauche, quand la latérale du PSG,Eve Périsset, remonte le ballonjusqu’à l’entrée de la surface où elledonne en retrait pour Cristiane, quid’une frappe du pied gauche, encoreune fois à l’entrée de la surface,trompe Lill Yvonne Karlsrud. Les Pa-risiennes mènent alors 4-0.

Une frayeur et une qualificationLe Paris Saint-Germain va toutefoisavoir des sueurs froides. Les Norvé-giennes qui ont été inoffensives, avecseulement deux tirs cadrés dans toutle match, vont quand même réussir àmarquer. A la 92ème minute, l’atta-quante du LSK, Emilie Haavi, centreau deuxième poteau où Marte Berget,entrée en seconde période, réussit àtoucher le ballon du pied droit, entredeux joueuses parisiennes, LauraGeorges et Sabrina Delannoy, et àmarquer l’unique but du club norvé-gien.Cette réduction du score aura toute-fois donné un peu de suspense en finde match car un deuxième but desNorvégiennes aurait qualifié le LSK.Ce scénario ne se concrétisera pas, lePSG l’emporte finalement 4-1 faceaux Norvégiennes et effacent le mau-

vais résultat du match aller, défaite 3-1, en se qualifiant pour les huitièmesde finale de la Ligue des Championsféminine. Un match qui aura permisà la brésilienne Cristiane de se mon-trer en attaque et on a également puapprécier les qualités défensivesd’Erika. Deux brésiliennes au premierplan au Paris Saint-Germain.Le PSG rejoint l’autre club français,Lyon, en huitièmes, qui a égalementbattu un club norvégien, l’AvaldsnesIdrettslag, avec un score cumulé de10-2 (5-2 à l’aller et 5-0 au retour).

Les déclarations au LusoJornal«Lors du match aller, auquel je n’aipas participé, on avait eu des occa-sions pour marquer, mais malheureu-sement on avait fait quelques erreurs.Ce match retour a été totalement dif-férent, on a montré qu’avec de la vo-lonté, avec de la solidarité et avecl’envie de marquer des buts, on y ar-rive» dit au LusoJornal Cristiane, l’at-taquante brésilienne du PSG. «Toutesles joueuses ont un talent et moi j’aisimplement utilisé le mien avec l’aidede mes coéquipières. C’est une vic-toire collective».«Quel moment de bonheur. C’est unbon moment car on a travaillé dur de-puis le début» explique Patrice Lair,l’entraîneur du PSG. «Avec beaucoupd’envie, beaucoup de motivation, etune bonne préparation, les filles ontété présentes au rendez-vous. On a euune Cristiane exceptionnelle, qui estune joueuse extraordinaire. C’est unebelle victoire. L’erreur des Norvé-giennes, c’est d’avoir fêté la qualifica-tion lors du match aller, j’ai beaucoupjoué là-dessus. On aimerait passer leprochain tour et jouer les quarts».

lusojornal.com

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Le Sporting Club de Paris n’est plus à découvert

Après sa déconvenue Corse et cematch nul 2-2 ramené de l'île deBeauté, les Sportingmen avaientcoché sur leur calendrier le déplace-ment à Nantes comme une étapepouvant lui permettre de passer entempérature positive et quitter ladernière place du classement. Ce-pendant il fallait s’imposer en LoireAtlantique et les minutes inaugu-rales ne laissaient pas présager uneaprès midi favorable. Dans un Palaisdes sports rempli et avec un maillotde couleur bleue, les hommes duPrésident José Lopes ont eu du malà se mettre en conditions. Mais ilscomblent rapidement leurs approxi-mations pour ouvrir leur score grâceà Augusto en conclusion d’un bontravail de Bilal Errahmouni.Ce dernier aura livré au cours decette après midi nantaise une pres-tation de grande classe, preuve deson aisance dans le jeu parisien.

Mais le Sporting Club de Paris, bienque dominateur, ne parvient pas àcreuser l’écart et le NEF en profitepour prendre le jeu à son compte età combler son déficit au score en

égalisant à quelques encablures duterme de la première période dansune ambiance folle et une euphoriegénérale.Bien que recadrés à la pause, les

Parisiens concèdent un deuxièmebut au retour des vestiaires, maisils réagissent d’emblée pour égali-ser. Dès lors, ils survolent les dé-bats et prennent le large à la table

de marque, grâce à des réalisationsd’Edmundo et de Chaulet, pour fi-nalement s’imposer sur le score de6-3.Le Sporting Club de Paris a soldéses comptes, à remboursé la péna-lité infligée, a réalisé son premierobjectif. Il peut désormais regarderdevant lui et envisager plus sereine-ment le deuxième objectif qui est lemaintien dans l’élite du futsal fran-çais.«On est content de la tournure prisepar ce déplacement et de sortir dela zone négative d’un point de vuecomptable. Cependant on reste re-légable malgré nos cinq victoires.Mais ainsi est fait notre début desaison. On prend les matchs les unsaprès les autres sans pression» ditau LusoJornal le coach RodolpheLopes. «Pour la première fois depuisle début de la saison, le SportingClub de Paris n’est pas favori et celanous va bien. Maintenant, le mois àvenir nous dira si cette équipe a unavenir légitime pour la saison».Le Sporting Club de Paris se présen-tera la semaine prochaine dans sonantre de Carpentier, afin d’y affron-ter le vice-Champion de France:Garges Djibson, qui est actuelle-ment 4ème au classement.

Futsal

Par Julien Milhavet

DESPORTO 21Le 19 octobre 2016

Cristiane sauve le Paris Saint-GermainFootball Féminin

Par Marco Martins

Nantes EF 3-6 Sporting Club de Paris

Buteurs du Sporting: Augusto x2, Ed-mundo x2, Chaulet et CSCPasseurs: Errahmouni x3, Chauletet Michel

Sporting Club de Paris Futsal

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22 TEMPO LIVRE Le 19 octobre 2016

lusojornal.com

Boa notícia

Santos e pecadoresA famosa parábola do fariseu e dopublicano, que escutaremos no pró-ximo domingo dia 23, normalmenteé interpretada desta forma: enquantoque no fariseu (devoto escrupuloso)vemos todos aqueles que se acredi-tam irrepreensíveis e superiores, nopublicano (pecador público) vemos apessoa que reconhece os próprioserros e pede perdão a Deus. Jesuslouva a atitude de arrependimento eensina-nos que «todo aquele que seexalta será humilhado e quem se hu-milha será exaltado».Mas para os cristãos do nosso tempoesta interpretação não estará já “forado prazo”? A nossa sociedade é tãodiferente da de Jesus… Ele contavaas suas parábolas a um mundo pro-fundamente religioso, onde a hipocri-sia consistia em ostentar uma imagemde “beatitude” e ortodoxia. Hoje emdia o que se admira é precisamente ocontrário: o aplauso vai para quemcontesta as normas religiosas e o ad-jetivo “transgressor” tornou-se um doselogios mais desejados.Provavelmente somos obrigados a al-terar os termos da parábola, se que-remos preservar o seu significadooriginal. Os publicanos de ontem sãoos novos fariseus de hoje, que dizem«Ainda bem que não sou comoaqueles crentes hipócritas, que pas-sam a vida a rezar, mas no fundo sãopiores do que os outros!».Inevitavelmente, ninguém é total-mente fariseu ou totalmente publi-cano. Já que temos de conciliar estasduas dimensões, pelo menos queseja desta forma: como o fariseu, es-forcemo-nos por não roubar, respeitaras leis e pagar os impostos. Como opublicano, reconheçamos, quandoestamos diante de Deus, que o quefizemos é sempre pouco e que ne-cessitamos da Sua misericórdia.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Basilique de Saint Denis8 rue Boulangerie93200 Saint Denis

Domingo às 8h00

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Jusqu’au 22 octobre «Emotions Photographiques - Rencontreset Passion autour du tirage photographiquetraditionnel», avec Diamantino Quintas.in)(between gallery, 39 rue Chapon, à Paris3. Du mardi au vendredi, 15h00-20h00 etle samedi, 11h00-20h00. Ouverture le sa-medi 1er octobre jusqu’à minuit dans lecadre de la Nuit Blanche. Entrée libre.

Les 22 et 23 octobre XIX Art Shopping, Salon International del’Art Contemporain, avec la participation deplusieurs artistes portugais de l’Associaçãode Arte Galego Portuguesa. Au Carrousel duLouvre, à Paris. De 11h00 à 20h00.

Jusqu’au 6 novembre Exposition «De l’intranquilité» dans le cadredu Festival de l’intranquilité, avec la biblio-thèque particulière de Fernando Pessoa,avec des œuvres de Fernando Calhau, DoraGarcia et João Onofre. Fondation CalousteGulbenkian - Délégation en France, 39 bou-levard de la Tour Maubourg, à Paris 7.

Jusqu’au 26 novembre «Observations dans le noir», expositiond’œuvres récentes de Jorge Molder, l’un desartistes portugais les plus singuliers de sa gé-nération. Galerie Bernard Bouche, 123 rueVieille-du-Temple, à Paris 3.

Jusqu’au 11 décembre Exposition de peintures de Jorge Queiroz,dans le cadre d’«Incorporated», 5ème édi-tion des Ateliers de Rennes - biennale d’artcontemporain. Musée des beaux-arts deRennes, 20 quai Emile Zola, à Rennes (35).Avec le soutien de l'Ambassade du Portugalen France - Centre culturel Camões I.P. àParis.

Jusqu’au 11 décembre «Sur des territoires fluides», exposition col-lective regroupant trois artistes questionnantla notion de territoire: Didier Fiuza Faustino,Till Roeskensn et Laurent Tixador. La Maré-chalerie – Centre d’art contemporain, 5 ave-nue de Sceaux ou 2 avenue de Paris, àVersailles (78).

Jusqu’au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de Ca-louste Gulbenkian, de la Fondation quiporte son nom et de la Maison du Portu-gal. Commissaire Teresa Nunes daPonte. En partenariat avec la FondationCalouste Gulbenkian et la Maison d'Ar-ménie de la CIUP. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Jusqu’au 26 février «Dépenses», premier volet de «La traver-sée des inquiétudes», une trilogie d’ex-positions librement inspirée de la penséede Georges Bataille. Participation des ar-tistes portugais Julião Sarmento etMarco Godinho. Labanque, 44 placeGeorges Clemenceau, à Béthune (62).

Le mardi 25 octobre, 18h00 «Vergílio Ferreira: l’inquiétude poético-phi-losophique» dans le cadre du centenaire dela naissance de Vergílio Ferreira, conférencepar Fernanda Irene Fonseca, professeur del’Université de Porto, suivie d’une rencontreavec ses éditeurs et traducteurs, dirigée parPierre Lèglise-Costa. Fondation CalousteGulbenkian/ Délégation en France, 39 bou-levard de la Tour-Maubourg, à Paris 7.

Le jeudi 27 octobre, 18h30 Rencontre avec Yves Léonard et un invitésurprise, pour une discussion autour dulivre «Histoire du Portugal contempo-rain» (ed. Chandeigne). Librairie PetiteEgypte, 35 rue des Petits Carreaux, àParis 2.

Le vendredi 28 octobre 10h00-19h00 Colloque «Centenaire de la premièreconvention franco-portugaise de main-d’œuvre civile et militaire du 28 octobre1916». Mairie d’Hendaye, place de laRépublique, à Hendaye (64).

Le vendredi 28 octobre, 19h00 Rencontre littéraire avec Nuno Gomes Gar-cia, animé par Mazé Chotil, à l’Institut cul-turel franco-brésilien Alter’Brasilis, 2 rue deTurenne, à Paris 4. Infos: 09.84.25.56.06.

Depuis le 15 octobre «Aladin» (6ème saison), avec Lionel Cecíliodans le rôle principal. Mise en scène deJean-Philippe Daguerre. Au Théâtre duPalais-Royal, angle de la rue St Honoréavec la rue Montpensier, à Paris 01. Infos: 01.42.97.40.00.

Le vendredi 11 novembre, 20h00 “Olá!”, one-man-show de José Cruz (ver-sion française). Salle des Fêtes, impassedes oisons, à Mormant (77). Infos: 01.64.42.53.00.

Le samedi 3 décembre, 20h30 Dernière représentation de “Olá!”, one-man-show de José Cruz (version fran-çaise). Espace Saint-Pierre, 121 avenueAchille Peretti, à Neuilly-sur-Seine (92).

Le vendredi 21 octobre, 20h30 Soirée Fado, concert assuré par ungroupe d'étudiants de la faculté de Mé-decine de Porto. Complexe Marcel Cer-dan, 129 avenue de la Maladrerie, àPoissy (78).

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner fado avec Sousa Santos, EugéniaMaria et Ana Paula, accompagnés parManuel Corgas (guitarra), Pompeu Gomes(viola) et Tony Carreira (viola baixa), orga-nisé par l’Association des Portugais Unisavec Tous de la Vallée de Montmorency.Salle des Fêtes de Soisy-sous-Montmo-rency, 26 avenue du Général de Gaulle, àSoisy-sous-Montmorency (95). Infos: 06.19.48.19.25.

Le samedi 22 octobre, 19h30 Soirée fado avec dîner, avec Duarte Pa-checo, Henrique Margarido, Lizzie etOdette Fernandes, accompagnés par Ma-nuel Miranda (guitarra), Nuno Estevens(viola) et Philippe Leiba (contrebasse),organisée par l’Association Drancéennedes Amis du Portugal, Espace cultureldu Parc, 120 rue Sadi Carnot, à Drancy(93). Infos: 06.09.30.10.77.

Le samedi 22 octobre, 22h30 Concert de Katia Guerreiro, dans le cadre duFestival Villes des Musiques du Monde, àL’Embarcadère, 5 rue Edouard Poisson, àAubervilliers (93). Infos: 01.48.36.34.02.

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner fado du 9ème anniversaire de l’éta-blissement avec Conceição Guadalupe, ac-compagnée par José Rodrigues (guitarra) etFlaviano Ramos (viola). Restaurant A Cara-vela, 40 avenue de Stalingrad, à Achères(78). Infos: 01.39.11.56.34.

Le samedi 22 octobre, 20h00 Soirée Fado avec Cláudia Costa (The Voice),à l’Association Portugaise Intercommunale,Place Georges Dimitrov, St. Hubert, à SainteGeneviève-des-Bois (91). Infos: 06.03.70.64.73.

Le dimanche 23 octobre Déjeuner fado en soutien pour Carlos Netoavec Conceição Guadalupe, Nina Tavares,Manuel Miranda (guitarra), Flaviano Ramos(viola) et d’autres artistes. Les Jardins deMontesson, 29 boulevard de la République,à Montesson (78). Infos: 01.30.71.59.85.

Le vendredi 28 octobre Concert de Mísia à La Cigale, 120 boulevardde Rochechouart, à Paris 18.

Le vendredi 4 novembre Soirée Fado avec António Pinto Basto, JoanaAmendoeira et Marta Pereira da Costa, or-ganisée par Radio Alfa. Salle Vasco daGama, 1 rue Vasco da Gama, à Valenton(94). Infos: 01.45.10.98.60.

Le jeudi 10 novembre, 20h30 Concert de Ricardo Ribeiro dans le cadre duFestival Villes des Musiques du Monde, auPôle Musical d’Orgemont, 1 rue de la TêteSaint Ménard, à Epinay-sur-Seine (93).Infos: 01.48.41.41.40.

Du 11 au 13 novembre Festival International de Fado avec BeatrizFelizardo, Pedro Ferreira, Liliana Martins,Francisco Galvão, Paula Cruz, ManuelGranja, Fernanda Moreira, Jorge César, IsaMar Fado, accompagnés aux guitares par

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

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FADO

THÉÂTRE

Page 23: PUB Edition nº 281 | Série II, du 19 septembre 2016 ... · homenagem a Amália Rodrigues no Olympia de Paris, foi o assunto mais re-levante da semana. Havia outros, claro, também

TEMPO LIVRE 23Le 19 octobre 2016

Jorge Silva et Miguel Monteiro. Salle BorisVian, rue de l’Abbé de l’Epée, à Clermont-Ferrand (63). Infos: 06.88.94.71.41.

Le vendredi 18 novembre, 21h00 «Hommage au Lusofolie’s... qui revivra!» or-ganisé par Le Coin du Fado, avec ConceiçãoGuadalupe, João Rufino, Daniela, Karine...accompagnés par Filipe de Sousa (guitarra),Nuno Estevens et Dominique Oguic (violas),Nella Selvagia (percussions) et PhilippeLeiba (contrebasse) avec la participation deJoão Heitor. Présenté par Jean-Luc Gon-neau. Les Affiches / Le Club, 7 place SaintMichel, à Paris 5. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 22 octobre, 22h00 Concert de Hugo Manuel pour présentationde son nouvel album. Invités: José Gipsy Fu-sion et Bruno Soares. Présentation d’IsabelAngelino (RTP). Espace Michel Simon, 36rue de la République, à Noisy-le-Grand(93). Infos: 06.11.15.10.92.

La samedi 22 octobre, 15h00 Concert du Festival de Jazz de la CIUP avecMarco Martins Quintet. En partenariat avecle Festival des Outremers. Maison du Portu-gal André de Gouveia, 7P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le samedi 29 octobre, 19h00 Concert de Maria Mendes, la nouvelle voixdu jazz européen, accompagnée par AndréCeccarelli (batterie), Philippe Baden Powell(piano), Jasper Somsen (contrebasse) et Ste-ven Kamperman (clarinettes). Au Sunside,60 rue des Lombards, à Paris 1. Infos: 01.40.26.46.60.

Le dimanche 30 octobre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne). Péniche Anako, à Paris 19.

Le vendredi 4 novembre, 20h00 Concert Contré-Ténors avec Luís Peças etJoão Paulo Ferreira (Contre-ténors) et JoãoSantos (Organiste). Organisé par l’associa-tion Culture et Loisirs, en collaboration avecla Mairie d'Aubergenville jumelée avec Alco-baça. Eglise Sainte Thérèse de l’EnfantJésus, Elisabethville - Aubergenville (78).Infos: 06.81.67.97.06.

Le dimanche 6 novembre, 17h00 Concert de Musique Barroque et Sacréeavec Luís Peças et João Paulo Ferreira(Contre-ténors) et João Santos (Organiste).

Basilique Saint Martin, à Tours (37). Infos: 06.83.27.31.15.

Le lundi 14 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne) dans le cadre du Festival JeunessesMusicales JMFrance. A Digne-les-Bains (04).

Le mardi 22 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne) dans le cadre du Festival JeunessesMusicales JMFrance. A Bourg Achard (27).

Le mardi 29 novembre Concert de Aurélie & Verioca (musique bré-silienne). Au Sunset, 60 rue des Lombards,à Paris 01.

Le samedi 22 octobre, 20h00 Dîner dansant avec Bacalhau à Min-hota, animé par José Cunha, organisépar le Centre Pastoral Portugais. SalleJean Vilar n°2, 9 boulevard Héloïse, àArgenteuil (95). Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 22 octobre, 19h00 V Fête de la Châtaigne, avec dîner(Morue au Four), spectacle (avec LauraMendes et Noites Longas) et danse.Salle Laurent Guillet, à Dompierre-sur-Besbre (03). Infos: 04.70.35.59.07.

Le samedi 29 octobre, 19h30 Repas-Bal-Tombola animé par Carlos Pireset son orchestre, ainsi que par Dj Jolyver, or-ganisé par l’Amicale Franco-Portugaise.Salle de Fêtes Municipale, place Jules Hu-nebelle, à Clamart (92). Infos: 01.83.39.29.01.

Le samedi 29 octobre, 19h30 Dîner dansant, animé par Dj Manu, organisépar l’Association des Portugais. Salle desFêtes Daniel Salvi, 2 rue de Colombes, ZACBallancourt, à Ballancourt-sur-Essonne(91). Infos: 06.15.80.70.78.

Le samedi 12 novembre, 19h00 Soirée portugaise animée par ChristopheMalheiro, organisée par Províncias de Portu-gal de Roubaix. Salle Richard Lejeune, 21rue d’Anzin, à Roubaix (59).

Le samedi 22 octobre, 21h00 Rencontre de Cavaquinhos avec Os Desafi-nados d’Argenteuil, Amigos das Cordas deSaint Cyr l’Ecole et Cavaquinhos da Casa dePortugal. Casa de Portugal, 620 rue Man-sart, à Plaisir (78). Infos: 06.61.48.02.09.

Le dimanche 23 octobre, 14h00 Festival de folklore organisé par l’Amicaledes Travailleurs sans Frontières (ATSF) avecla participation des groupes ATSF de Be-zons, Aldeias dos Sargaceiros de Pierrelaye,As Margens do Lima de Choisy-le-Roi et Uni-dos de Sartrouville. Salle Karl Marx, 14 ruede la Liberté, à Bezons (95).

Le dimanche 23 octobre, 15h00 Festival de folklore organisé par l’Asso-ciation Franco-Portugaise du KremlinBicêtre, avec les groupes Ceifeiras doMinho de Chelles, ACOP d’Ivry, Casados Arcos de Paris, Alegres do Minhode Paris 13, Flores do Lima de Ville-neuve Saint Georges et Terras do Minhodo Kremlin Bicêtre. Espace André Mai-gré, 18 bis, rue du 14 juillet, à KremlinBicêtre (94). Entrée libre.

Le dimanche 30 octobre, 12h30 Desfolhada et Festival avec 4 groupesde folklore, suivi d’une animation avecDj Jolyver, organisé par l’AmicaleFranco-Portugaise. Salle de Fêtes Mu-nicipale, place Jules Hunebelle, à Cla-mart (92).

Le samedi 19 novembre Soirée Rusgas. Casa de Portugal, 620rue Mansart, à Plaisir (78). Infos: 06.61.48.02.09.

Le dimanche 20 novembre Festival de folklore organisé par la Casade Portugal, 620 rue Mansart, à Plaisir(78). Infos: 06.61.48.02.09.

Le samedi 19 novembre, 16h00 Fête de la St. Martin, avec les groupesBate n’Avó (Cavaquinhos) et Sol de Por-tugal (Cante Alentejano). Au Soleil du Portugal, 61 rue Dupuy-tren, à Tourcoing (59). Offre de châ-taignes et Caldo Verde.

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Sonya naRádio EnghienNo próximo sábado, dia 22 de outu-bro, a convidada do programa ‘Voz dePortugal’ da rádio Enghien, é a can-tora Sonya para falar do seu trabalho.

O programa tem lugar aos sábados,das 14h00 às 16h00, e às segundas,das 19h00 às 20h00, e pode ser ou-vido na região norte de Paris em FM98,0 ou por internet em:www.idfm98.fr.

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