24
GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Gala da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa Colóquio. A Cité de l’Immigra- tion, em Paris, vai acolher um debate sobre comunidade portuguesa 07 Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 13 Eduardo Lourenço foi homenageado em Paris Condecorado pela Académie Française 03 AMG de Bruno Costa Empresa do ano 2016 PUB CCIFP / Jorge Marques Música. O cantor francês Charles Aznavour vai cantar em Lisboa neste mês de dezembro 14 Ministro. O Ministro dos Negócios Estrangeiros diz que os Emigrantes também contribui- ram para a eleição de Guteres 10 Livros. A Lusopress acaba de lançar a segunda edição do livro “10 nomes, 10 histórias” 15 Rádio Alfa de Paris alarga frequências em Lille, Lyon e Strasbourg 06 Fernando Lopes PUB

PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

  • Upload
    lenhi

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Gala da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa

Colóquio.A Cité de l’Immigra-tion, em Paris, vaiacolher um debatesobre comunidadeportuguesa

07

Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

13

Eduardo Lourençofoi homenageado em ParisCondecorado pela Académie Française 03

AMG de Bruno CostaEmpresa do ano 2016

PUB

CCIFP / Jorge Marqu

es

Música. O cantor francêsCharles Aznavourvai cantar em Lisboa neste mêsde dezembro

14

Ministro. O Ministro dos Negócios Estrangeiros dizque os Emigrantes também contribui-ram para a eleiçãode Guteres

10

Livros.A Lusopress acabade lançar a segundaedição do livro “10nomes, 10 histórias”

15

Rádio Alfa de Paris alargafrequências em Lille, Lyone Strasbourg 06

Fernando Lopes

PUB

Page 2: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

02 OPINIÃO Le 07 décembre 2016

Caixa Geral de Depósitos: da imprescindibilidade de um novo cicloOpinião de Cristina Semblano, dirigente nacional do Bloco de Esquerda, economista

A demissão de António Domingues daCaixa Geral de Depósitos peca por tar-dia. O melhor-banqueiro-da praça, oque fez dobrar o Governo a todas assuas exigências: abdicação em seuproveito das prerrogativas que cabemao acionista de nomeação dos gestoresda empresa pública; fim do limite dostetos salariais impostos a estes e dis-pensa da produção no Tribunal Cons-titucional das respetivas declaraçõesde rendimentos e património; aceita-ção de nomeações para o banco pú-blico de representantes dos donos dePortugal em relação de negócios coma CGD e em claro conflito de interes-ses com a empresa pública; aceitaçãosem pestanejar de um modelo de go-vernação de controlado-controlador,em que o melhor-banqueiro-da praçaera ao mesmo tempo o líder da Comis-são executiva da empresa pública e oPresidente do Conselho de administra-ção que a controla...É inaceitável que aquele que foi esco-lhido para presidir aos destinos deuma empresa que é de nós todos, setenha comportado como o dono deuma quinta, fixando as suas regras(salários, nomeações, modelo de go-vernação,...) e não como o servidoratento e altruísta de um bem comumcuja preservação é imprescindível parao povo português. Mas mais inaceitá-vel ainda é a atitude de um Governo

que após ter alterado legislação pordecreto, não permitindo que ela fosseescrutinada pela Assembleia da Repú-blica, deixou que o Presidente que in-digitou para a Banca que tutela,entrasse num braço de ferro inqualifi-cável com os órgãos de soberania dopaís, Tribunal Constitucional, Presi-dente da República, Partidos políticose até com a opinião pública, sem o de-mitir. Sabendo que a confiança numainstituição financeira é o requisito n°1da sua estabilidade. Quem quisessevoluntaria-mente afetara confiançana CGD nãoteria feito me-lhor.Hoje, com ademissão deAntónio Domingues e de seis dos seuspares (e só temos a lamentar que elanão se tenha estendido a mais) pode-mos falar numa vitória da democraciacontra a arrogância e a prepotênciados que querem contornar as suas re-gras: quem não quer acatar a lei queobriga, e bem, os titulares de altos car-gos públicos a apresentar as suas de-clarações de rendimentos e patrimónioe que teme que elas sejam do foro pú-blico, não é digno da confiança quedeve prevalecer para ocupar tais car-gos e a fortiori o de gestor máximo da

banca pública. A coligação negativa deque António Domingues não gostou eque teria precipitado a sua demissão,ou seja o voto do BE a favor de umaproposta do PSD obrigando os gesto-res públicos a entregar as suas decla-rações, preze embora não ser doagrado do melhor-banqueiro-da-praça,é uma coligação positiva como positivaserá toda a coligação que vá no sentidode uma maior transparência da vidapública.A demissão de António Domingues

não serve, todavia, só por si, para quese inicie o imprescindível novo ciclo naCaixa Geral de Depósitos, de forma aque o banco público se possa colocarrapidamente ao serviço da populaçãoportuguesa e da economia do país, se,de toda esta situação que se gerou,não forem tiradas as devidas ilações.A primeira, e mais importante, da qualdecorrem todas as outras, é que o Go-verno não se pode tornar, em qualquercircunstância, o refém da administra-dora ou do administrador que nomearpara liderar a CGD, sejam eles quem

forem. Ter-se tornado refém do melhor-banqueiro-da-praça, está já a trazercustos inaceitáveis para a banca pú-blica, o país, e o Governo, numa alturaem que o frágil sistema financeiro por-tuguês é apontado com o dedo e a for-tiori em que está em curso um planode recapitalização da banca pública.Para que o processo que agora se vaiabrir seja anunciador de um novociclo, o Governo deverá chamar a si anomeação dos homens e das mulherescapazes de assegurar a missão de ser-

viço pú-b l i c oque serác o m e -tida àCGD, norespeitoes t r i t o

pelas leis e instituições do país, e noâmbito de um modelo de governaçãoque separe de forma clara as águasentre a gestão da empresa (do foro daComissão executiva) e o controlo damesma (Conselho de administração).Na escolha dos Administradores, oGoverno deve-se pautar por crité-rios de idoneidade, ética e espíritode missão do serviço público, e ter apreocupação de assegurar a continui-dade da gestão, a sua diversidade cria-dora e a igualdade de généro. Entre osAdministradores não executivos, com

funções de fiscalização da gestão,devem estar representados interessesprimordiais da sociedade civil a saberos das pequenas e médias empresas(PME), os dos consumidores e os dostrabalhadores.Enfim, num país com salários e pen-sões de miséria, onde um quarto dapopulação vive abaixo do limiar da po-breza e se discutem aumentos de 6euros para pensões inferiores a 275 enum banco público que os contribuin-tes se aprontam para recapitalizar, nãohá concessões possíveis para saláriosmilionários. As remunerações dos ges-tores públicos não devem exceder asdos membros do Governo por que sãotutelados. O argumento do PrimeiroMinistro de que não podia arriscar aatrair incompetentes, é uma falácia.Zeinal Bava (72.382 euros ao mês),Ricardo Salgado (39.286 euros), Jar-dim Goncalves (que foi o banqueiromais bem pago da Europa) arromba-ram as empresas de que foram os mi-lionários gestores. Quanto a AntónioDomingos (35.250 euros por mês, po-dendo atingir 52.875) (e a maioria daequipa milionária por si constituida)protagonizou uma crise cujos custos jávisíveis estão ainda longe de ser ava-liados.A escolha do melhor-banqueiro-da-praça está a custar caro à banca pú-blica e ao país.

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto(Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, JorgeCampos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie de Oliveira,Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence depresse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la portede Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: décembre 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

PUB

Avec Montebourg, je soutiens le Projet FranceOpinion de Mikael Fernandes

Le 16 octobre 2011, François Hol-lande remportait les primaires ci-toyennes et peu de temps après, audébut de l’année 2012, je m’enga-geais sur le terrain à battre le pavépour faire gagner les idées de la Gau-che!Deux jours après mon adhésion auParti Socialiste, un grand événementa lieu: le Meeting du Bourget.Comme des millions de Français j’yai cru, j’ai cru en la candidature deFrançois Hollande, en l’homme pro-videntiel et j’y voyais le «change-ment», un véritable changement

après cinq années de sarkozysme.Presque cinq ans plus tard, force estde constater que ma déception estgrande. Ce virage social-libéral, ne re-flète pas mes convictions. L’arrivée deManuel Valls à Matignon est la sourcede ce virage libéral.De plus, le Traité budgétaire euro-péen, l’invention d’un pacte de res-ponsabilité et du CICE visant àsoutenir les entreprises françaises n’apermis que trop peu de créationd’emploi. Plus récemment, le feuille-ton télévisé sur la déchéance de lanationalité qui provoqua une fracture

au sein de la Gauche ou encore le re-cours désolant à l’article 49 alinéa 3pour faire adopter la loi Travail, n’ontfait qu’accroître ma déception.Arnaud Montebourg est resté, quantà lui, fidèle aux engagements pris parla Gauche devant les Français lors del’élection présidentielle de 2012.Certes il était Ministre sous Hollandemais il a porté ses convictions écono-miques et sociales contre le Gouver-nement. C’est aujourd’hui ce qui rendlégitime sa candidature. Montebourgest aujourd’hui l’homme de gauche leplus susceptible de rassembler la

gauche et l’emporter sur François Fil-lon!Défenseur de longue date d’une poli-tique économique protectrice des sa-lariés et du savoir-faire français, leMade in France; Défenseur de trèslongue date d’une VIème Républiqueoù le pouvoir ne serait plus cantonnédans les mains d’un seul homme etoù les citoyens participent activementdans le protocole législatif; Défenseurd’une politique européenne fondéesur le respect des citoyens, la démo-cratie et débarrassée des doctrines ul-tralibérales.

Arnaud Montebourg est un vrai Répu-blicain et un Socialiste convaincu.C’est un homme politique volontaireet combatif. Nous avons besoin de di-rigeants qui s’imposent sur la scèneeuropéenne, Hollande en a malheu-reusement été incapable. ArnaudMontebourg, lui, a su faire valoir sespositions lors du conflit à Florange.Pour terminer, c’est avec grand plaisirque je vous annonce par ailleurs lavenue d’Arnaud Montebourg prochai-nement à Roubaix!Rejoignez-nous en vous engageantdans le Projet France!

É inaceitável que aquele que foi escolhido para presidiraos destinos de uma empresa que é de nós todos, setenha comportado como o dono de uma quinta.

Page 3: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

HOMENAGEM 03

“Clima de desesperança” na Europa juntou filósofo, ‘cartoonista’ e Ministro da Cultura em Paris

O filósofo Eduardo Lourenço falou, nasemana passada, sobre o “clima de de-sesperança ou menor esperança em re-lação ao destino da Europa” duranteum debate sobre a Europa na Embai-xada de Portugal em Paris.A conversa juntou Eduardo Lourenço eo ‘cartoonista’ francês Plantu e foi ou-vida por meia centena de convidados,entre os quais o Ministro da Cultura,Luís Filipe de Castro Mendes.“É verdade que neste momento há umclima de desesperança ou menor es-perança em relação ao destino da Eu-ropa. Cabe à Europa de hoje fazer umexame de consciência e responder aesta crise de melancolia exacerbadaque reina sobre o nosso futuro”, disse,em francês, Eduardo Lourenço.O Ministro da Cultura, em declaraçõesà Lusa, concordou com as palavras deEduardo Lourenço e reconheceu haver“uma grande falta de esperança” naEuropa neste momento devido a “umadeterminada ideia da economia euro-peia” que “criou uma grande tensãosobre o projeto solidário da Europa”.“A Europa está numa crise muito,muito grande porque o projeto europeuera um projeto de solidariedade - era eé - e houve uma tendência para setransformar num conflito de interesses.

Isto é, os países mais ricos, os paísesendividados, os países credores e ospaíses devedores”, afirmou.Em declarações à Lusa, no final do de-bate, Eduardo Lourenço insistiu que “aEuropa nunca foi unida em coisa ne-nhuma” e que o Brexit ilustrou “o de-sencantamento europeu”.“A Inglaterra dominou a história euro-peia durante cinco séculos e de re-pente querem-se ir embora para outrosítio. Porquê? Isto é uma manifestaçãode desconfiança em relação à Europa,

pensam que a Europa está em perdi-ção, que não presta. Preferem aaliança - que o digam ou não - com afilha América”, considerou.Durante o debate, Eduardo Lourençodefendeu também uma aproximação àRússia porque “a nação mais impor-tante da Europa neste momento é aRússia” e lembrou, à Lusa, que “oaliado tradicional da França é a Rús-sia”.“Enquanto a Rússia não for um diálogoobrigatório deste diálogo europeu in-

terno a Europa não vai para lado ne-nhum”, afirmou o filósofo de 93 anos,um dia depois de ter recebido o Prémiode Divulgação da Língua e LiteraturaFrancesas na Academia Francesa.O cartoonista francês Plantu, conside-rado por Eduardo Lourenço como “ummágico”, falou sobre o projeto de rea-lização de um livro de desenhos sobreos migrantes que pretende reunir ca-ricaturistas do mundo inteiro e quegostava de ver prefaciado pelo pró-ximo Secretário-geral da ONU e ex-

Alto-Comissário das Nações Unidaspara os Refugiados, António Guterres.“António Guterres conhece muitobem o dossier dos migrantes. Encon-trei-o em Lisboa quando recebi o pré-mio Helena da Silva. Senti que eletinha muito carinho pelo trabalho quefazem os desenhadores do mundo in-teiro para tentar construir um diálogo.Nós que, em geral, ilustramos textos,seria formidável ter um texto de Antó-nio Guterres que ilustrasse os dese-nhos deste livro”, declarou Plantu àLusa.Para fazer este debate sobre a Europa,o Embaixador de Portugal em Paris,José Filipe Morais Cabral, decidiu jun-tar Eduardo Lourenço e Plantu, ouseja, os dois vencedores da edição de2016 do Prémio Europeu Helena Vazda Silva para a Divulgação do Patri-mónio Cultural.José Filipe Morais Cabral sublinhouque “os debates sobre a Europa sãoduplamente bons” e que foi “enri-quecedor” juntar “a densidade e aautoridade moral” de um “filósofo,ensaísta e historiador” que viveumuitos anos em França, no Brasil,Alemanha e Itália e um desenhador“de uma enorme criatividade que ex-pressa pelos desenhos diários todasestas angústias e todas estas espe-ranças sobre a Europa”.

Na Embaixada de Portugal em Paris

Por Carina Branco, Lusa

Eduardo Lourenço recebeu prémio da Academia Francesa como “conto de fadas”

O crítico e ensaísta português Eduar-do Lourenço foi distinguido, na se-mana passada, na Academia Fran-cesa, com o Prémio de Divulgação daLíngua e Literatura Francesas, algoque descreveu à Lusa como um“conto de fadas”.“Nunca esperava que algum dia ti-vesse um prémio por me ter interes-sado e divulgado a própria culturafrancesa, porque eles não precisamde ninguém porque a sua culturaestá espalhada no mundo inteiro ehá muitos séculos. Mas, enfim, estascoisas (…) parecem contos defadas”, afirmou o filósofo à Lusa naAcademia Francesa.Eduardo Lourenço, de 93 anos, disseque o prémio da Academia Francesafoi “em primeiro lugar uma surpresaabsoluta” porque nunca imaginou re-ceber “um prémio dado por esta fa-mosa academia que é tão velha comoo rei François I ou Luís de Camões”.

“Não tenho palavras para comentaresta coisa, é uma honra, e tambémpenso muito nos meus amigos e todaa gente que eu gostaria que estivesseaqui neste momento, enfim, para eunão ser sozinho a confrontar-me comeste tipo de fantasmas”, afirmou.Questionado sobre que tipo de “fan-tasmas”, Eduardo Lourenço - quepartiu para França em 1949 - falouno “diálogo permanente dos portu-gueses com a França” e lembrouque viveu “a maior parte do temponesta segunda pátria que é aFrança”.“Nós estamos aqui numa praça dacapital de um país que é o mais lite-rário de todos os países que eu co-nheci (…), mas a França, sobretudopara nós portugueses, foi sempreaquilo com que nós sonhámos, co-mentámos, vivemos, imitámos, de-testámos, etc. Mas é incontornável anossa relação cultural com o mundo”,considerou. Eduardo Lourenço insistiu que hoje

pensa naqueles que não estão comele “para partilhar esta espécie dehonraria”: “Sobretudo a minha mu-lher que é francesa e que não está co-migo. Curiosamente, as coisasacontecem assim tão extraordinárias,é o dia do aniversário da sua morte”.Durante a cerimónia anual de entregade prémios na Academia Francesa,Danièle Sallenave, Diretora em exer-cício da instituição, apresentouEduardo Lourenço como um “filósofoportuguês que escreveu uma parte dasua obra em francês”, acrescentandoque ele é “conhecido pelos seus tra-balhos sobre Fernando Pessoa” e que“publicou várias obras, algumas dire-tamente escritas em francês, como“Montaigne” ou “La Vie écrite””.“Ele considerou sempre a Françacomo a sua segunda pátria, nota o se-nhor Amin Maalouf. É uma das ra-zões do reconhecimento que hoje lhepresta a Academia Francesa”, afir-mou Danielle Sallenave.Na histórica sala da Academia Fran-

cesa, o anfiteatro coberto por umamonumental abóbada recebeu as de-zenas de laureados dos diferentesprémios e diferentes personalidades,como o Ministro da Cultura, Luís Fi-lipe de Castro Mendes, o Embaixadorde Portugal em Paris, José Filipe Mo-rais Cabral, o Conselheiro cultural daEmbaixada, João Pinharanda, e o Di-retor do Théâtre de la Ville, o franco-português Emmanuel Demarcy-Mota.A cerimónia começou com um rufarde tambores e o desfile dos cerca de40 membros da instituição, devida-mente trajados com o uniforme daAcademia, tendo depois a diretoraem exercício nomeado cada um doslaureados que, de pé, ouviam, um aum, uma curta biografia e uma salvade palmas no final.Seguiu-se um discurso sobre o bicen-tenário da restauração da AcademiaFrancesa lido por Hélène Carrèred’Encausse, “Secretária perpétua” dainstituição, e um “discurso sobre avirtude” lido por Xavier Darcos, Pre-

sidente da sessão e Antigo ministro.O Prémio de Divulgação da Língua eLiteratura Francesas, atribuído aEduardo Lourenço, é destinado apersonalidades francesas ou estran-geiras que tenham prestado serviçosexcecionais à divulgação da língua eda literatura francesa.A distinção, criada em 1960 e atri-buída anualmente, faz parte da ca-tegoria “Grands Prix” da AcademiaFrancesa e foi também atribuída nomesmo dia ao investigador suíço deliteratura Jean Paul Barbier-Mueller,à Alliance Française em Abu Dabi, àhistoriadora de arte italiana ElenaFumagalli e à produtora libanesa doprograma televisivo “Espaço Francó-fono” Mona Makki-Gallet.A Academia Francesa distinguiu, emdiferentes categorias, 69 pessoas,sobretudo na área da literatura, mastambém foram agraciados o cantorbelga Stromae, a cineasta franco-lu-xemburguesa Anne Fontaine e o can-tor francês Jean-Jacques Goldman.

Por Carina Branco, Lusa

Le 07 décembre 2016

PUB

Carina Branco

Page 4: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

04 COMUNIDADE

Portugal é o país convidadodo Mercado de Natal de Strasbourg 2016

Na sexta-feira dia 25 de novembro, tevelugar em Strasbourg a abertura do Mer-cado de Natal 2016, que este ano irádecorrer de 25 de novembro até dia 24de dezembro 2016.Em Strasbourg, o Mercado de Natal ce-lebra 446 anos de vida e o país convi-dado é Portugal. Pela primeira vez nahistória do mais antigo e famoso Mer-cado de Natal da Europa - e certamenteum dos mais belos e famoso - temoscomo convidado um país do sul da Eu-ropa.Portugal encontra-se representado porintermédio do município de Idanha-A-Nova, com 16 chalés. Os visitantespodem assim descobrir o artesanato, agastronomia, a cultura, as tradições esabores de Portugal. Ao percorrer os di-ferentes chalés situados na place Gu-tenberg, numa das mais emblemáticaspraças da cidade de Strasbourg - loca-lizada a dois passos da Catedral - po-demos viajar por terras lusas, de nortea sul, incluindo as ilhas da Madeira edos Açores.Esta escolha de Portugal como paísconvidado foi possível graças ao traba-lho desenvolvido pelo atual Ministo da

Cultura, Luís Castro Mendes, em par-ceria com a Conselheira municipal por-tuguesa de Strasbourg, FernandaGabriel, e com o importante apoio domunícipio de Idanha-a-Nova, represen-tado pelo seu Presidente de Câmara,Armindo Jacinto.Na cerimónia de abertura do Mercadode Natal, esteve presente o Maire deStrasbourg, Roland Ries, assim como oMinistro português da Cultura, LuísCastro Mendes e o Presidente do Mu-nícipio de Idanha-a-Nova Armindo Ja-cinto. A cerimónia teve lugar ao mesmo

tempo que o XXI Governo constitucio-nal português comemorava o primeiroaniversário de governação. No entanto,o Ministro da Cultura fez questão deestar presente e foi assim o único mem-bro do Governo que se encontrava forade Portugal. O Ministro afirmou queStrasbourg é uma cidade que conhecebem e estima particularmente, pois foiaqui diplomata durante vários anos.A presença de Portugal é uma oportu-nidade única para os empresários eprodutores portugueses que aceitaramo desafio de estarem presentes no Mer-

cado de Natal. Importa salienter, quedurante os cerca de 30 dias em que es-tará aberto o Mercado de Natal deStrasbourg, passam no total, mais de 2milhões de visitantes pelas ruas da ci-dade.Também a Comunidade portuguesa daregião de Strasbourg aproveita a opor-tunidade para estar presente e reavivarmemórias do seu país natal ou de ori-gem. Assim, milhares de Portuguesesresidentes na Alsácia, mas tambémvindos da Alemanha, Suíça, Luxem-burgo e de outras regiões de França,aproveitam para visitar Strasbourg e aomesmo tempo “matar saudades” dePortugal. É assim um orgulho enormepara os milhares de Portugueses resi-dentes no leste de França e não só,poder ver o seu país representado numacontecimento tão prestigiado e presti-giante como o mercado de natal deStrasbourg.Convidamos todos a vir visitar Stras-bourg nesta época natalícia e assim irácom certeza, ter a oportunidade de vi-sitar e conhecer Portugal, um Portugalrural, autêntico e surpreendente.Strasbourg e Portugal espera por si atéao próximo dia 24 de Dezembro.www.noel.strasbourg.eu

Ministro da cultura esteve em Strasbourg

Por Rui Ribeiro Barata

Le 07 décembre 2016

François Fillon, o improvável, vencedordas primárias da Direita e provável pró-ximo Presidente da República Fran-cesa, tem produzido declarações,propostas e promessas que nos dizemparticularmente respeito, a nós, es-trangeiros, binacionais ou franceses deorigem estrangeira em França.O ex-Primeiro Ministro de Sarkozy -inspirado, quiçá, pelo ex-patrão - lan-çou-se igualmente na caça ao “politi-camente correto”. Investiu a intrépidamissão de apregoar em voz alta o pen-samento que o medroso povo dissi-mula no conforto do seu íntimo. Eapossou-se da defesa da “direita des-complexada”, que é como quem diz,adotar as mesmas temáticas e propos-tas do Partido de extrema-direita FrontNational, sem vergonhas nem emba-raços.Passemos ideias exóticas e inovadoras(1), tais como:- não se deve ensinar que o passado éfonte de interrogação;- o fim das aulas de línguas e culturade origem (ELCO), sem propor alter-nativas, e com a infundada justifica-ção que a prioridade deve ser dada aoensino do Francês, como se a apren-dizagem de uma língua invalidasse aoutra;- a defesa do porte de uniforme comosímbolo do respeito e autoridade ecomo forma de “criar uma verdadeiracomunidade” entre os alunos.Estas medidas, no entanto, já nos dãouma ideia da ideologia da uniformiza-ção que habita o íntimo do candidatoàs Presidenciais. Instrui-nos sobre ofacto de Fillon defender que é a uni-formidade que faz o coletivo ex-cluindo, desta feita, os benefícios dadiversidade.

Esta ideia de harmonia na estrita ho-mogeneidade foi, mais claramente,enunciada quando Fillon propôs reser-var o acesso à nacionalidade francesaaos assimilados, restringindo-a no casode crianças nascidas em França depais estrangeiros à maioridade dojovem, através de um processo de re-quisição voluntária de nacionalidade,deixando esta de ser automática, eainda com a obrigação de responder acertos critérios de assimilação.Conhecemos bem o termo de “assimi-lados”, pois nas antigas colónias por-tuguesas, o “assimilado”, distinto doindígena, era o autóctone que tinhaatingido um certo nível de desenvolvi-mento, segundo critérios “civilizacio-nais” codificados, e que por issousufruía de direitos superiores aosseus conterrâneos africanos. Os Fran-ceses partilhavam, igualmente, estavisão assimilacionista da relação comas populações colonizadas. A políticade uniformização dos valores e cultu-ras era praticada pela França que uti-lizava o termo de “evolués” paradenominar uma certa elite africana, oque não deixa sombra de dúvida sobrea desconsideração pelas populaçõeslocais assim que o sentimento de su-perioridade do colonizador (2).As palavras têm a sua importância, enomeadamente nestas questões, nãosão neutras. Um termo que foi consi-derado pejorativo, em grande parte de-vido a este passado colonial, voltaalegremente às luzes da ribalta naboca de François Fillon. Verdade sejadita, o (provável) próximo Presidenteda República tem uma visão sui gene-ris da colonização francesa, consideraque se deve terminar com contriçõese penitências e que a França não tem

de pedir desculpas por ter “ambicio-nado partilhar a sua cultura com ospovos de África”, omitindo vergonho-samente a extrema violência física emoral da colonização e nomeada-mente da escravatura.A visão etno-nacionalista de Fillon, dedefesa do orgulho em ser francês, deorgulho nas suas origens, na sua His-tória não somente exclui os Francesesde origem estrangeira de uma plenapertença à terra que os viu nascer,como entra em contradição com avisão cosmopolita e universalista doIluminismo, um dos orgulhos históri-cos franceses. Porém, Fillon demons-trou pouco interesse por essa herançaao defender no seu programa a sus-pensão da Convenção Europeia dosDireitos Humanos caso as suas propo-sições entrem em contradição com oDireito Europeu.Ora, nós estrangeiros, filhos de estran-geiros ou pais de jovens nascidos emFrança, sabemos bem que é possívelemocionarmo-nos com a Marseillaise,no início de um jogo de futebol, es-tando ao mesmo tempo a comer umbom cozido à portuguesa. Nós sabe-mos que dentro de uma identidadesão possíveis várias pertenças, sabe-mos que um indivíduo não é um sermonolítico e que é a diversidade, atroca com o exterior que nos faz pro-gredir e enriquecer. A assimilação queconsiste no abandono, na alteraçãoprofunda da sua identidade e especi-ficidades socioculturais de origem éuma degradação de quem somos. Ainclusão ou a integração permitempensar um processo no qual o indiví-duo se insere progressivamente na so-ciedade, guardando as suasparticularidades sem que tal seja in-

compatível com as regras e os valoresde República, sem que isso ponha emcausa o seu sentimento de comuni-dade ou de solidariedade com os seusconcidadãos.À luz do programa de François Fillonpodemo-nos, ainda, preocupar com ofuturo das nossas associações, que po-derão ser julgadas de comunitaristas,embora saibamos que as coletividadestêm um papel importante na integra-ção dos estrangeiros ou de origem es-trangeira, através da promoção àcidadania, pelo sentimento de partici-pação na vida da polis, pela troca comos cidadãos franceses ou de outras co-munidades. Quantos Franceses ficaram a conhecerPortugal pela mão de um Português deFrança, o mesmo que dá a conhecer aFrança à família e amigos em Portu-gal?Muito resta a fazer, nomeadamente aluta contra a alienação política dosPortugueses que estão sub-represen-tados nas inscrições nas listas eleito-rais. A integração passa de facto poruma responsabilidade partilhada, porum compromisso entre o cidadão e asinstituições públicas, mas sobretudopela construção conjunta de uma co-munidade plural e cosmopolita alicer-çada em ideais humanistas e nãonuma forçada aculturação empobre-cedora tanto para o indivíduo comopara a Nação.

Notas:1. Cf. discurso de Sablé-sur-Sarthe28/08/2016 e www.fillon2017.fr2 Keese, Alexander, Living with Ambi-guity: Integrating an African Elite inFrench and Portuguese Africa, 1930-61, Stuttgart, Franz Steiner, 2007

A improvável assimilaçãoOpinião de Luísa Semedo, Conselheira das Comunidades

Ministro Luís Castro Mendes discursa em Strasbourg

Ministro daCultura emParis paramostrar “importânciaque Governodá a Eduardo Lourenço”

O Ministro da Cultura, Luís Filipe deCastro Mendes, assistiu à cerimó-nia de entrega de um prémio aEduardo Lourenço pela AcademiaFrancesa, em Paris, “para mostrara importância que o Governo por-tuguês” dá ao filósofo.“Eu vim para estar com o EduardoLourenço, para testemunhar comele, para acompanhá-lo nesta ce-rimónia e mostrar também às au-toridades francesas e à AcademiaFrancesa a importância que o Go-verno português dá ao EduardoLourenço e o agrado, a satisfaçãocom que vemos este gesto daparte da Academia Francesa”,disse o Ministro à Lusa, no final dacerimónia.Luís Filipe de Castro Mendes sa-lientou que “é muito importantever reconhecida pela AcademiaFrancesa a importância cultural doEduardo Lourenço” que descre-veu como “um pensador reconhe-cido internacionalmente”.“Esta distinção que a AcademiaFrancesa lhe concedeu mostrabem como a receção dele emFrança foi importante, profunda eo pensamento dele se inseriu nagrande corrente do pensamentomundial”, referiu.O titular da pasta da Cultura con-siderou, ainda, tratar-se de umahomenagem “ao pensamento deEduardo Lourenço em primeirolugar, a um pensador português ea alguém que pensou profunda-mente a condição portuguesa e acondição de Portugal na Europa”,nomeadamente, “o seu sentido, asua crise e a sua esperança”.A Academia Francesa distinguiuEduardo Lourenço com o Prémiode Divulgação da Língua e Litera-tura Francesas porque o filósofoportuguês “escreveu uma parte dasua obra em francês” e “conside-rou sempre a França como a suasegunda pátria”, declarou, em dis-curso durante a cerimónia, Da-nielle Sallenave, diretora emexercício da instituição.

Por Carina Branco, Lusa

PUB

Page 5: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

COMUNIDADE 05

Vila de Corucheempenhada em dinamizar parcerias com ColmarNo fim de semana do 26 e 27 de no-vembro, uma comitiva de cerca de 50pessoas deslocou-se da vila ribatejanade Coruche até à cidade de Colmar,na Alsácia.Esta deslocação surgiu a convite dorancho folclórico “O Ribatejo de Col-mar” que celebrou nesse fim de se-mana, 40 anos de existência. Estadata histórica para uma das mais an-tigas associações portuguesas na Al-sácia, teve o seu momento alto nosábado à noite, com um Festival deFolclore que contou com a participa-ção de vários grupos. Estiveram pre-sentes O Ribatejo de Colmar, Alegriados Emigrantes de Montfermeil, oCancioneiro do Alto Minho do Luxem-burgo e o Rancho Folclórico da Fa-jarda, Concelho de Coruche. A noitefoi animada pelo grupo “Segura-te”que veio da Alemanha. Cerca de 300pessoas assitiram ao Festival que tevelugar na Sala Saint-Martin em Col-mar.Um dos objetivos desta deslocaçãooriunda do Concelho de Coruche, foitambém fomentar as bases de futurasparcerias e estabelecer um protocolode cooperação com a cidade francesade Colmar.Num encontro organizado pelo Presi-

dente da Federação das AssociaçõesPortuguesas da Alsácia (FAPA), Antó-nio Sousa, conjuntamento com oCentro Português de Colmar, onde es-tiveram reunidos o Presidente doCentro português de Colmar JoséPinho, o Presidente da autarquia deCoruche Francisco Oliveira, a MaireAdjointe de Colmar Claudine Gantier,o Presidente da FAPA António Sousa,dois dirigentes do rancho O Ribatejode Colmar - Antónia Justa e JoséChora - e o Conselheiro das Comuni-dades Portuguesas em Strasbourg

Rui Ribeiro Barata.Destacamos que nesta reunião aMaire Adjointe de Colmar mostrougrande abertura em estreitar laçoscom o munícipio de Coruche. O au-tarca de Coruche Francisco Oliveira,afirmou que esta deslocação seriauma excelente oportunidade paraavançar na assinatura de vários pro-tocolos de cooperação entre os doisterritórios e deixou o convite à cidadede Colmar de visitar Coruche. O Con-selheiro das Comunidades aproveitouo momento para deixar algumas pis-

tas de trabalho e referiu que “este en-contro é um exemplo a seguir pormuitos outros municipios tanto por-tugueses como franceses, poisquando se trabalha em conjunto coma Comunidade portuguesa, com o te-cido associativo português e com asautarquias, é possível dinamizar econstruir vários projetos de coopera-ção que engrandecem os Portuguesese os Franceses”.Ficou a cargo do Presidente da Fede-ração das Associações Portuguesasda Alsácia de organizar e ser o elo de

ligação privilegiado, entre a autarquiade Coruche e as entidades públicasde Colmar.Neste fim de semana, onde a pre-sença de Portugal ficou bem patentena cidade de Colmar, foi possível ob-servar várias bandeiras portuguesasasteadas pela cidade. Podemos des-tacar que estas comemorações doquadragésimo aniversário da associa-ção folclórica O Ribatejo de Colmar,foi sem dúvida um exemplo da formacomo envolveu vários participantesoriúndos de vários países europeus.

Delegação ribatejana esteve na Alsácia

Le 07 décembre 2016

PUB

La Queue-en-Brie et Pataias: désormais villes jumelées

C’est le 3 décembre dernier que lasignature du protocole de jumelagea eu lieu entre La Queue-en-Brie(94) et la ville de Pataias, au Portu-gal, à 11h30 à l’hôtel de ville.Reçue par le Maire de la Queue-en-Brie, Jean-Paul Faure Soulet, ainsique la Maire Adjointe Ana Maria deAlmeida, en charge des RessourcesHumaines, la délégation municipaleportugaise a pu ensuite procéder à lavisite de la ville et terminer la soiréedans la capitale française.Le projet de ce jumelage remonte à2014. Ana Maria de Almeida a ex-pliqué que cela faisait partie de la

campagne électorale du Maire.«Nous avons sollicité l’aide du Dé-puté portugais Carlos Gonçalves afinde savoir quelles villes pourraient leplus correspondre à notre ville».Après plusieurs recherches etcontacts, la ville de Pataias a été re-tenue. «Bien que la ville portugaisesoit une ville industrielle et pas lanôtre, nous avons quelques simili-tudes au niveau du patrimoine et lesdeux villes restent près de leur capi-tale».Ayant une Communauté portugaiseforte et active à La Queue-en-Brie,les membres de l’association ‘AsCantarinhas’ étant originaires pour lamajorité de la région centre du Por-

tugal, le choix de cette ville portu-gaise était donc légitime.Plusieurs sujets ont déjà été abordéslors de cette première rencontre enFrance, «à savoir notamment quenos axes principaux sont orientésvers la jeunesse, les séniores et lesport. Nous allons très vite mettre enplace nos projets pour l’an prochainet définir le calendrier afin d’éclaircirles actions des uns et des autres etde pouvoir alterner entre le Portugalet la France».Un jumelage actif et dynamique cesont les mots prononcés par la MaireAdjointe d’origine portugaise qui estfière de pouvoir rapprocher les habi-tants de sa ville à son pays natal.

Par Clara Teixeira

Page 6: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

06 COMUNIDADE

Rádio Alfa agora também em Lyon, Lille e StrasbourgA rádio Alfa, que emite na região pari-siense há mais de 25 anos, acaba deter autorização do Conseil Supérieur del’Audiovisuel (CSA), para passar a emi-tir trambém em Lyon, Lille e Stras-bourg.Fernando Lopes, Diretor Geral destaestação de rádio portuguesa em Paris,explicou ao LusoJornal, como conse-guiu, enfim, atingir um sonho de hámuitos anos.

A rádio Alfa apresentou o projeto sónestas regiões?Não. Há outros projetos em esperanoutras regiões onde há muitos Portu-gueses. Pedimos nomeadamente emMarseille e Nice. Temos esperança quepossamos também ter Bordeaux.Ainda não foram divulgadas todas asautorizações.

Este era um projeto muito antigo, o dequererem fazer rádio noutras regiões.Porque é que ainda não tinham conse-guido?É muito complicado. O Governo fran-cês para entregar uma frequência queexiste é mesmo raro, há só uma de vezem quando. Há uns anos atrás fizemosuma parceria com a rádio Triunfo emTourcoing/Roubaix. Correu bem mashavia uma dificuldade em arranjarmeios financeiros. Eles eram umarádio associativa e nós uma rádio co-mercial. Em França há vários tipos derádios, há as rádios assocativa onde

praticamente não há publicidade, e háas rádios comerciais como é o caso darádio Alfa. No nosso patamar foi a pri-meira vez que conseguimos ter umanova frequência e a surpresa foi lindaporque saíram logo 3.

A rádio Alfa já vem anunciando queemite em Lyon. Porquê? Têm lá al-guma parceria local?Em Lyon foi diferente, como houve olançamento da rádio numérica emLyon, pediram-nos se não nos impor-távamos de utilizar o sinal das nossasemissões e emitirem em Lyon, sa-bendo que era provisório. No fundo, es-távamos a emitir lá. A fase de testesparou há 6 meses e a rádio Alfa deixoude emitir com a frequência que tinhada RNT, mas a surpresa que é frequên-cia voltou, com Strasbourg e Lille tam-bém.

O que muda agora em termos de pro-gramação? O CSA obriga a ter algumadelegação local nestas cidades?O CSA não obriga, mas foi uma apostaque a rádio Alfa propôs ao CSA. Agoratemos que ter algumas pessoas nessasáreas que possam ter um papel de pivôpara a Alfa também poder difundir. Porisso vai haver emissões específicaspara cada uma dessas frequências etambém interligações, porque não ficamal em Paris saber-se o que está aacontecer em Lyon, é a informaçãocruzada e eu digo muitas vezes que anossa rádio tem esse fator interessanteque é a Comunidade portuguesa toca-

lhe a ela qualquer parte de França. Esaber que vai um artista a Lille ou aLyon, é sempre bom porque há tantagente a vir de longe à festa da rádioAlfa, os de cá também podem ir paralá. Mas ainda é mais do que isso, ésaber a realidade e como vivem as Co-munidades. Vai ser algo de novo nestastrês cidades onde a rádio Alfa vai poderser apoio do mundo associativo local,do mundo político e desportivo.

Como é que se emite na RNT?

É como a televisão. Quando veio a TNTé numérico e permite ter mais frequên-cias, mais rádios num espaço maiscurto. É o que está a suceder.

E também funciona com frequências?Não é preciso procurar, basta procurarrádio Alfa e encontra. Não é como naFM. Encontra-se rápido pelo nome.

Em que data vão começar a emitir nes-tas zonas?Penso que será em maio ou junho.

Numa primeira fase a título experimen-tal. A parte definitiva será para depoisdo mês de agosto. Porque agora será afase de instalação, de preparação deemissores, temos de assinar contratos,preparar também alguns programaspara arrancar. Mas em todo o caso aprogramação em Paris continuará, aideia é de ir buscar alguns programasdaqui e a adaptar lá.

E comercialmente, é possível alargar oorçamento comercial da rádio Alfa?Sim, o objetivo é esse também. Ir bus-car alguns clientes nacionais que estãoa difundir hoje em Paris e que poderãoeventualmente ter interesse em anga-riar mais clientes noutras áreas e a Alfapode servir de spot publicitário nessaszonas. Mas há também os comércioslocais que passarão a poder fazer pu-blicidade local nas frequências da Alfa.

A CSA obriga a que alguns programassejam em francês?Não, os programas não, mas 40% damúsica deverá ser em francês. A parteda programação não, porque o nossoformato também já é bilingue. É evi-dente que vamos tentar procurar meterno máximo em português, mas tam-bém trazer mais francês do que aquiloque temos hoje. Porquê? Porque senão conseguirmos ligar a nova geraçãoao falar o francês com um toque por-tuguês, não vão ficar com a Alfa. Aofim ao cabo é fazer ping-pong com asduas línguas, misturando o francês e oportuguês.

Outras cidades podem ainda ser contempladas

Por Carlos Pereira

Le 07 décembre 2016

O nome espanhol Fidel quer dizer“fiel”. O meu pai desde os meus cincoanos, ainda sem eu saber ler, fez-mever e aprender com os olhos, ao pôr-meem contacto com o mundo através darevista Tintin. Nela, os mais diversosautores - do sério ao divertido - fizeram-me descobrir a História, as formas deser dos povos, a criatividade e, sobre-tudo, o humor e a confiança com quedevemos viver. Nunca tive em casa osimpossíveis super-heróis da Marvel, tãoem voga agora, ou os inúteis e vaziosTio Patinhas, rato Mickey e companhia.Conheci a Mafalda na juventude. Ela éuma das personagens de banda dese-nhada mais extraordinárias que co-nheci e li na minha vida. Criada porQuino (um cartoonista argentino vi-vendo sob ditadura militar) e detentoraduma profunda consciência política emilitante pela democracia, pela paz eum mundo melhor, Mafalda ajudou-me juntamente com o Evangelho, apensar a vida em sociedade de formacrítica (não quer dizer ‘falar mal dosoutros’) e responsável. Graças a Deusque assim foi. Convém acrescentar quea Mafalda detesta sopa. E faz tudopara não a comer. Um dia, em que Ma-falda está à mesa com um prato desopa à sua frente, pensa: “Se ele dis-sesse que faz bem… Aqui diriam quefaz mal e iriam proibi-la”. E saindo dosseus pensamentos, exclama: “Porqueé que o cretino do Fidel Castro não dizque a sopa faz bem!”.Fidel nunca disse bem da sopa. Mas

disse mal da democracia, da liberdadede expressão, de associação, de reu-nião, de iniciativa e de pensamento.Disse mal do voto individual, secreto euniversal, como ato básico da vida de-mocrática. Disse mal e agiu em con-formidade: perseguiu brutalmente todoe qualquer opositor, esteve décadas nopoder - nunca houve eleições emCuba, nem uma oposição livre. Man-dou prender, matar, torturar e milharesfugiram do país para escapar à opres-são, à pobreza e à morte. Fidel nãonunca foi fiel aos ideais dos direitoshumanos.Revolucionário, acabou com a ditadurade Fulgêncio Batista para estabeleceroutra, ainda mais brutal, construindoum regime à sua imagem e seme-lhança. Calcula-se que logo em 1959,tenham sido fuzilados mil cubanos.Che Guevara, seu companheiro de re-volução, idolatrizado ainda hoje por ge-rações de jovens como “herói”, sendomédico de profissão, não passou deum assassino. Tendo poder de vida emorte, matava quem queria, até osamigos, no mesmo instante se o dese-jasse, apenas porque sim ou porquenão: ou porque a pessoa não era sufi-cientemente revolucionária ou porqueera demasiadamente contra-revolucio-nária. Bem sabemos como estas defi-nições são vagas: que o digam osmilhões de vítimas de todas as revolu-ções, desde a Francesa até à Cubana,passando pelas demais, à esquerda eà direita, de cima ou de baixo, na Rús-

sia ou na China, em África ou na Ásia,na Alemanha nazi ou na Espanha re-publicana.Dos Comités de Bairro, que apedreja-vam as casas e os opositores do novoregime “libertador”, à instituição dadenúncia popular e generalizada dosdissidentes (como os ‘bufos’ no sala-zarismo), passando pelos campos deinternamento, trabalhos forçados, detortura e “reeducação” ideológica, osfamosos campos de reabilitaçãoUMAP, Fidel e seu irmão foram criati-vos no terror. Para aí foram enviados oschamados “aberrantes”, os desviadosdo “caminho novo para os amanhãsque cantam”: milhares de “margi-nais”, todo e qualquer opositor político,padres (como o futuro Arcebispo deHavana, o Cardeal D. Jaime Ortega) eaté os homossexuais denunciados(pelos bufos!)… Estes presos foramusados durante décadas como mão-de-obra forçada, para construir prisões,universidades e numerosas obras pú-blicas. Em Cuba, como nos gulags daRússia estalinista, na Alemanha naziou na China da Revolução Cultural, areceita é sempre a mesma: o trabalhoescravo liberta e corrige “defeitos”!Segundo o site Cuba Archive (registonecessário) durante os quarenta e noveanos de governo de Fidel terão sidomortas 8.190 pessoas. Muitos milha-res foram presos, e muitos ainda oestão. A repressão não acabou. A liber-dade de associação, de reunião e deexpressão de pensamento não existe.

Como não existe uma democracia real.No entanto, e este é o mistério, o “Fielditador” teve e tem grande apoio po-pular. Aliás, todos os ditadores - dosmais sanguinários aos ‘assim-assim’ -contaram com o apoio popular e até nomundo inteiro. A inexistência de umaimprensa livre e a falta de liberdade deexpressão condiciona absolutamente aformação da consciência política e so-cial: censura, instrumentalização sociale culto idolátrico da personalidade dosditadores produzem o “apoio do povo”.Mas nas sociedades livres e bem infor-madas, como se pode dizer o que sedisse deste ditador, que foi branqueadocompletamente transformando-o, ape-nas, num homem “carismático”,“marcante”, “histórico”? Pois, podeser-se isso tudo e muito mais: Hitler,Estaline, Mao, Pol-Pot também oforam.Ficámos a saber ainda outra coisa in-teressante e muito preocupante: há di-taduras boas e ditaduras más, háditadores aceitáveis e ditadores mons-tros! Ao que se sabe, a ditadura chilenade Augusto Pinochet terá feito menosvítimas. Mas ao que parece, as vítimasde um lado são menos boas que as dooutro. Pelos vistos e parafraseando ogrande escritor inglês William Shakes-peare, há sangue mais vermelho queoutro e lágrimas mais amargas que ou-tras.Não se pode chamar “ilha da liber-dade”, como o fez um dirigente polí-tico português, a um país onde durante

os 49 anos de Fidel no poder, por pen-sarem diferentemente, 5.775 pessoasforam fuziladas, 1.231 foram assassi-nadas extra-judicialmente, 984 presospolíticos morreram encarcerados (víti-mas de tortura e maus tratos), 200 de-sapareceram por ação do regime edezenas de milhares (os “balseros”) fu-giram do país-ilha paraíso (fonte: CubaAchives) através do mar, onde muitosmorreram.É precisa mais honestidade intelectuale cívica, e decência política, para aca-barmos de vez com esta duplicidadede considerar as ditaduras boas ou másconforme a ideologia que se professa.Saibam todos os camaradas, compa-nheiros, ou lá como se tratam os parti-dários das esquerdas e das direitas: ador das “Damas de Blanco” cubanas -mães e esposas, irmãs ou noivas dasvítimas de Fidel Castro - não é menorque a dor das Damas de Blanco chile-nas ou argentinas, nem as suas lágri-mas menos amargas. Saibam oscamaradas que o sangue das vítimasde Fidel, cruel ditador da “ilha da li-berdade”, não é menos vermelho queo sangue derramado das vítimas doscarrascos de Pinochet ou de Vidal. Ese pensam que sim, perguntem-no àsmães e às esposas, irmãs, avós e noi-vas das vítimas do castrismo!Como diz Jesus: “quem pratica a ver-dade aproxima-se da Luz” (Jo 3, 21),“conhecereis a verdade e a verdade vostornará livres” (Jo 8, 32). Não pode-mos ignorar!

A Mafalda tinha razão: Fidel nunca disse bem da sopaOpinião de Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima de Paris

Fernando Lopes, Diretor Geral da Rádio AlfaLusoJornal / Mário Cantarinha

Page 7: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

COMUNIDADE 07

lusojornal.com

Colloque à Paris sur le centenaire de l’immigration portugaise en FranceUn colloque sur le Centenaire de la1re Convention franco-portugaise demain-d’œuvre du 28 octobre 1916 etde la participation des Portugais à laGrande Guerre, aura lieu le samedi 10décembre, à partir de 13h30, auMusée national de l’histoire de l’im-migration, 293 avenue Daumesnil, àParis 12.Le colloque est organisé par le Collec-tif Aristides de Sousa Mendes et leRahmi, à Bordeaux, coordonné parManuel Dias. LusoJornal est parte-naire des trois colloques organisésdans ce cycle: en octobre à Hendaye,en novembre à Bordeaux et ce samedià Paris.La Présidente du Musée national del’histoire de l’immigration, MercedesErra, le Ministre français de la Dé-fense, Jean-Yves Le Drian, le Ministreportugais de la Défense, José AlbertoAzeredo Lopes, sont annoncés sousréserve par les organisateurs.Pour parler de la Convention franco-portugaise de main-d’œuvre du 28 oc-tobre 1916, vont parler Marie-ChristineVolovitch-Tavares, agrégée d’Histoire,vice-Présidente du CERMI (Centred’études sur l’exil et les migrations ibé-riques); Cristina Clímaco, historienne,maître de conférence à l’UniversitéParis8, labo LER, spécialiste des ques-tions de l’exil portugais en France; Vic-tor Pereira, historien, maître deconférence en histoire contempo-raine à l’université de Pau - Pays del’Adour, spécialiste de l’immigrationibérique, chercheur associé à «L’Ins-tituto de História Contemporânea»de l’Université Nouvelle de Lisbonneet Yvette dos Santos, docteur en his-toire contemporaine, chercheuse àl’IHC à l’Université Nouvelle de Lis-bonne.Une deuxième Table ronde, sur «Le

rôle des soldats portugais dans laGrande Guerre. L’enjeu de la mé-moire», sera modérée par Pierre Lé-glise-Costa, historien de l’art,enseignant à l’université Paris8,

Sciences Po (Paris et campus ibé-rique de Poitiers), Dartmouth College(USA). Nuno Severiano Teixeira, his-torien portugais de la Grande Guerre,ancien Ministre de la Défense a du

annuler sa participation. Mais il yaura Joaquim Chito Rodrigues, Pré-sident de la Ligue portugaise des an-ciens combattants, Maria BeatrizRocha Trindade, docteur en sociolo-gie, professeur agrégée à l’UniversitéAberta à Lisbonne, directrice duCEMRI (centre pour l’étude des mi-grations et des relations intercultu-relles) de l’Université Nouvelle deLisbonne: «La mémoire portugaisedes soldats portugais dans la GrandeGuerre».Carlos Pereira, journaliste, directeur duLusoJornal parlera de «L’importance decommémorer l’engagement des soldatsportugais en France».Uns exposition de photos de la partici-pation des Portugais à la Guerre de 14-18 sera présentée au public pendantles 15 jours qui suivent le colloque.«1916 est une année cruciale pourl’histoire des Portugais en France.C’est au cours de l’année 1916 quedeux décisions politiques, dans lecadre de l’alliance militaire entre lePortugal, la France et la Grande-Bre-tagne, ont marqué un tournant décisifdans l’histoire des Portugais enFrance. Ce fut d’une part l’envoi dessoldats du Corps expéditionnaire por-tugais dans les tranchées du Pas-de-Calais, et d’autre part la signatureentre le Portugal et la France, le 28octobre 1916, d’un accord de main-d’œuvre qui a ouvert les chemins del’émigration à des milliers de travail-leurs portugais en France. Jusqu’à lapremière guerre mondiale, on dénom-brait seulement un millier de Portu-gais en France, depuis longtemps unhorizon pour des artistes, des savants,des intellectuels et des rentiers portu-gais» écrit Marie-Christine Volovitch-Tavares, dans le document deprésentation du colloque.

Après Hendaye et Bordeaux

Remise des 12 Bourses d’études Cap Magellan – Império, au Consulat de ParisPour la troisième année consécutive,l’association Cap Magellan, en colla-boration avec Império, a remis 12bourses d’études, d’un montant de1.600 euros chacune, aux jeunes étu-diants les plus méritants lusophoneset lusophiles résidant en France. Ceprojet s’adressait aux élèves quiétaient en classe de Terminale, toutessections confondues, ou en premièreannée d’enseignement supérieur, pourl’année scolaire 2015-2016.La remise des bourses a eu lieu la se-maine dernière au Consulat Généraldu Portugal à Paris, en présence duConsul Général Adjoint.«L’attribution de ces bourses avaitpour objectif de récompenser lesétudiants les plus méritants, dontle parcours scolaire démontre à lafois un grand sérieux et un intérêtmarqué pour les études mais aussipour la lusophonie. Le jury a donceu pour tâche de sélectionner,parmi les très nombreux candidats,les plus brillants d’entre eux enprenant également en compte leursituation sociale et/ou celle deleurs parents, un milieu social mo-

deste rendant naturellement plusméritoire leur réussite scolaire» ditune note de presse de Cap Magel-lan.Le jury était composé d’un représen-tant de l’association Cap Magellan,d’un représentant de la société mé-cène, Império Assurances et Capitali-

sation, d’Adelaide Cristóvão, Coordina-trice de l’enseignement portugais enFrance et d’Anne Dominique Valières,Inspectrice générale de portugais auMinistère de l’éducation nationale.Les 12 lauréats sont aussi bien de larégion parisienne, que de Toulouse,Rennes, Saint-Brieuc et Bordeaux. Ils

font du Droit, de l’Économie, de l’In-génierie, de la Médecine, de l’Arts etAnimation, de l’Audiovisuel, quelquesclasses préparatoires,…«Le mérite des 12 lauréats doit êtred’autant plus mis en exergue que,d’après leur dossier, il est clair quechacun a consacré beaucoup detemps, d’énergie, d’assiduité etconsenti à de nombreux sacrificespour la réussite de ses études. Plu-sieurs évolutions dans le profil descandidats et lauréats étaient visibles.En effet, de plus en plus d’élèvesviennent d’établissements de pro-vince, et non seulement d’Ile-de-France. De plus, un des douzelauréats suit une filière profession-nelle, cursus souvent décrié par rap-port à la filière générale. Enfin, onremarque également le nombre crois-sant de jeunes n’étant pas lusophoned’origine parmi les candidats. Cetterécompense vient ainsi encouragerces efforts d’un succès largement mé-rité qui doit être confirmé par la conti-nuation de leurs études en persistantdans cette voie d’excellence» dit lanote de Cap Magellan.

Le 07 décembre 2016

Exposiçãofrancesa sobrealterações climáticaschega a LisboaA Exposição Clima Expo 360, cria-ção da entidade francesa Univers-cience - Science Actualités, quechega agora a Lisboa, aborda asalterações climáticas causadaspelas emissões dos gases comefeito de estufa, para contribuirpara uma melhor compreensão dosistema climático.Inaugurada na quarta-feira da se-mana passada, a exposição vai de-correr até 28 de fevereiro de 2017,no Museu Nacional de HistóriaNatural e de Ciência, e resulta deuma parceria entre a Embaixadade França, o Instituto Francês dePortugal, o Programa Doutoral emAlterações Climáticas e Políticasde Desenvolvimento Sustentável, oInstituto de Ciências Sociais e oMuseu que a recebe, ambos daUniversidade de Lisboa.Através das últimas observações,simulações e análises de várioscientistas, a iniciativa alerta para aimportância da mobilidade susten-tável, da economia de baixo car-bono e para os impactos sociaisdas alterações climáticas.Na sequência da conferência doclima (COP22) da ONU, decorridano ano passado, em Paris, a expo-sição integra também um conjuntode eventos, documentários e con-ferências que contam com a pre-sença de personalidades ecientistas franceses e portugue-ses, como a conferência que temlugar no dia da inauguração.

Missa em memória deSá CarneiroA Secção de Paris do Partido So-cial Democrata, apelou os seusmilitantes para participarem numofício religioso em memória do an-tigo Primeiro Ministro de Portugal,Francisco Sá Carneiro, no do-mingo passado, dia 4 de dezem-bro, pelas 11h00 horas, noSantuário de Nossa Senhora deFátima - Marie Médiatrice, emParis.Francisco Sá Carneiro era advo-gado e foi fundador, logo depois do25 de abril de 1974, do PartidoPopular Democrata (PPD), hojedenominado Partido Social Demo-crata (PSD).Eleito numa coligação “AliançaDemocrática”, entre o PSD e oCDS, Sá Carneiro foi nomeado Pri-meiro Ministro de Portugal em1979. Mas no dia 4 de dezembrode 1980, o avião em que viajavapara o Porto com o Ministro da De-fesa, Adelino Amaro da Costa, caiuem Camarate, nos arredores deLisboa e morreu.

Cap Magellan

Page 8: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

Empresa francesa decalçado investe emViana do CasteloUma empresa francesa de calçado,instalada há 26 anos em Viana doCastelo, vai investir seis milhões deeuros numa nova fábrica que vaicriar 50 novos postos de trabalho,anunciou a Câmara local.Em comunicado, a autarquia adian-tou que o contrato de investimentoda nova unidade foi assinado na se-mana passada entre a autarquia ea empresa francesa que atualmentejá emprega 450 trabalhadores.A Mephisto, empresa que produzcalçado e marroquinaria está insta-lada na zona industrial do Neivadesde 1990 e, com o novo investi-mento, “vai criar uma nova unidadecom mais de três mil metros qua-drados de área de implantação”.Criada em 1965, a empresa possui“mais de trezentas lojas espalhadaspor mais de cinquenta países e estáclassificada entre o ‘top ten’ nacio-nal do sector da indústria do cal-çado”.

Empresa francesa criamais empregosem MelgaçoUma empresa francesa instaladaem Melgaço, que fabrica tubos emborracha, vai aumentar a capaci-dade de produção para desenvolverum novo produto prevendo criar, aolongo de 2017, dez novos postos detrabalho, revelou a Câmara local.A autarquia situada no distrito deViana do Castelo acrescentou que aempresa, instalada no concelho há15 anos, “pretende aumentar a suacapacidade produtiva na ordem dos30% no próximo ano, para apostarno fabrico de tubos de silicone”.A Aflex Portugal, instalada desde2001 na zona industrial de Penso,tem atualmente 53 trabalhadores eproduz “tubos em borracha paravárias aplicações como aspiração,hidráulica, pneumático e para a in-dústria automóvel, agrícola, náutica,obras públicas e para unidadeshospitalares, entre outras”.Segundo a Câmara de Melgaço, oconcelho mais a norte de Portugal,a empresa “está já a trabalhar” noreforço da produção tendo adqui-rido um novo lote de terreno na-quela zona empresarial.Para a Câmara liderada por ManoelBatista, “a Aflex é uma empresaque tem contribuído para as dinâ-micas de desenvolvimento local”,tendo sido distinguida com o esta-tuto PME Excelência 2015 peloIAPMEI.A empresa francesa exporta 100%da produção, sobretudo para a Eu-ropa mas também para a América.

08 EMPRESAS

Stéphane Kenderian, Directeur de l’agenceCaixa Geral de Depósitos de Lyon 6

Stéphane Kenderian, c’est le nom duDirecteur de l’agence de Caixa Geralde Depósitos située avenue Foch, dansle 6ème arrondissement de Lyon, toutprès du parc de la Tête d’Or.«Je suis d’origine Arménienne parmon père et Italienne par ma mère.J’ai trente trois ans, je suis marié etmon épouse, Marion, est d’originePortugaise, de Porto, précisément»,voilà comment le nouveau Directeurd’agence s’es présenté à nous.«Mais je suis un Lyonnais de cœur,puisque j’y suis né et que j’ai tou-jours vécu dans la région. J’ai suiviun cursus scolaire commercial etc’est le Crédit Lyonnais qui m’a ou-vert les portes du monde de labanque. Ces dernières années,j’avais pour responsabilité la direc-

tion de deux agences du centre deLyon au sein de cet établissement.Cela représentait 5.500 clients par-ticuliers et professionnels et 12 col-laborateurs», a confié au LusojornalStéphane Kenderian.«Je suis animé par les challenges etj’accorde une importance primordialeaux contacts directs avec les clients.J’ai donc tout naturellement acceptéde relever un nouveau défi en prenantla direction de l’agence Caixa Geral deDepósitos de Lyon Tête d’Or le 15 dé-cembre 2015, il y a maintenant unan».La Communauté portugaise dans leGrand Lyon est très importante. Sur lesseules cinq dernières années, plus de8.000 personnes, familles et per-sonnes seules s’y sont installées. «Laprésence dynamique de Caixa Geral deDepósitos à Lyon est plus qu’appré-

ciée». Cette institution bancaire per-met, avec ses deux agences (Lyon 6 etLyon 8) «d’accompagner les clients,bien évidemment ceux ayant un lienavec le Portugal, particuliers et entre-prises, mais aussi les clients recher-chant une banque qui leur offre unerelation de proximité».«A l’agence de Lyon Tête d’Or, nosdeux conseillers en entreprise, Michèleet Elsa, accompagnent les entrepre-neurs individuels et les PME. Nosclients particuliers bénéficient desconseils et des services de nos conseil-lers: Nathalie, Stéphanie, Telma, José.Guillaume et André à l’accueil de notreagence réalisent les opérations cou-rantes quotidiennes avec dynamismeet convivialité».Stéphane Kenderian explique quec’est une équipe «stable et rassurante,que nous souhaitons préserver». La re-

lation que les conseillers entretiennentavec leurs clients «nous différenciedes nos confrères».«L’accueil est essentiel: nos clientspeuvent avoir leur conseiller en directpar téléphone, très rapidement en ren-dez-vous. Lors d’une visite en agence,nos clients ne sont pas face à un au-tomate, ils réalisent leurs opérationsauprès d’un conseiller d’accueil et nonà une machine» explique le directeurd’agence. «Notre accompagnementavec nos clients au quotidien fait notreforce. Enfin, notre capacité à nousadapter aux spécificités de chaquepersonne et de chaque projet, nouspermet d’obtenir la satisfaction de nosclients» a conclu Stéphane Kenderian.L’agence est ouverte au public dulundi au vendredi de 9h10 à 12h30et de 13h30 à 17h00. Le samedi de9h10 à 12h30 et 13h30 à 16h45.

En poste depuis un an

Par Jorge Campos

Portugal é o país estrangeiro com mais empresas no salão Midest em Paris

Portugal é o país estrangeiro com maisempresas a expor na feira de subcon-tratação industrial Midest, que come-çou ontem, terça-feira, até sexta-feira,no Parque de Exposições de Villepinte,a norte de Paris.De acordo com a delegação em Parisda Agência para o Investimento e Co-mércio Externo de Portugal (AICEP),89 expositores portugueses vão estarpresentes na feira, incluindo três asso-ciações do setor: a Associação Nacio-nal das Empresas Metalúrgicas eEletromecânicas, a Associação Indus-trial do Distrito de Aveiro e a Associa-ção dos Industriais MetalúrgicosMetalomecânicos e Afins de Portugal.“Após um crescimento significativo daparticipação portuguesa na feira MI-DEST desde 2008 (17 participantes)até 2014 (70 empresas) e 2015 (64entidades), 2016 é o ano em que aparticipação portuguesa é a mais im-

portante de sempre e em que Portugal,simultaneamente, tem a maior repre-sentação, depois da francesa, com umnúmero de expositores lusos na feira aascender a 89 entidades”, indica o co-municado da AICEP enviado à Lusa.As empresas portuguesas que vão par-ticipar na feira MIDEST cobrem todoo leque da subcontratação industrial,desde a mecânica, o corte a laser, otrabalho da chapa, a serralharia, as fer-ramentas, os moldes e modelos, a fun-dição, a forja, os tratamentos térmicose de superfície, a transformação deplásticos e de borracha, os estudos eos projetos.A Associação dos Industriais Metalúr-gicos Metalomecânicos e Afins de Por-tugal (AIMMAP) vai promover 53empresas do setor e há “grandes ex-pectativas” porque “Portugal temvindo a dar cartas nesta área”, indicouà Lusa Rafael Campos Pereira, Vice-Presidente executivo da AIMMAP. “Osresultados atingidos habitualmente

pelas empresas expositoras são exce-lentes, porque estabelecem contactosinteressantes a partir dos quais temsido possível desenvolver negócios epromover as vendas nos mercados emcausa, nomeadamente no mercadofrancês”, afirmou o responsável, subli-nhando que França é um dos princi-pais mercados para as exportaçõesportuguesas.Rafael Campos Pereira indicou que osetor português da metalurgia e dametalomecânica é “o mais exportadorem Portugal”, tendo as exportações,em 2015, representado 14,6 mil mi-lhões de euros “que é mais ou menos27 ou 28% das exportações globais daindústria transformadora em Portu-gal”.O Vice-Presidente executivo da asso-ciação acrescentou que a área especí-fica da subcontratação industrial“representa um volume de negóciosanual de cerca de seis mil milhões deeuros, dos quais três mil milhões

dizem respeito a exportações diretas ea parte restante são exportações indi-retas, ou seja, venda de componentespara empresas que exportam produtosfinais”.Rafael Campos Pereira destacou,ainda, que o setor está a fazer um in-vestimento para “acompanhar aquarta revolução industrial, da indús-tria 4.0”, afirmando que as empresassão cada vez mais “modernas, digita-lizadas e automatizadas sem prejuízoda manutenção de postos de traba-lho”.“Só não crescemos mais porque existedificuldade em contratar mão-de-obraqualificada. Temos alguns jovensmuito qualificados que têm vindo a serdesafiados por empresas de outrospaíses que lhes conseguem pagarmais com cargas fiscais mais leves. Acarga fiscal alta que temos em Portu-gal é uma dificuldade porque não po-demos competir com países quepagam mais”, explicou.

Por Carina Branco

Le 07 décembre 2016

LusoJornal / Jorge Campos

Page 9: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

EMPRESAS 09

Ostras portuguesas para o Natal francêsCerca de 90% da produção de os-tras portuguesas destina-se aomercado francês, cuja procura au-mentou no último mês, devido àproximidade da época natalícia,disse à Lusa o Secretário-geral daAssociação Portuguesa de Aqua-cultores (APA).“É pela altura do Natal que hámaior procura por ostras em França,mercado para o qual são exportadoscerca de 90% das mil toneladasproduzidas anualmente em Portu-gal”, disse à Lusa Fernando Gonçal-ves.De acordo com este responsável daAPA, o mercado francês “continuaa ter uma importância acrescida,principalmente em épocas como oNatal e a Páscoa” para o escoa-mento do bivalve produzido denorte a sul do país, nas exploraçõesde Aveiro, Estuário do Sado, CastroMarim, Alvor, Ria Formosa e Sa-gres. “A produção é toda dirigidaàquele mercado, ficando apenascerca de 10 por cento no mercadoportuguês”, destacou.Fernando Gonçalves prevê que coma redução da taxa de IVA nas os-tras, de 23% para 6%, prevista noOrçamento de Estado para 2017,surjam novos produtores que levemao aumento da comercialização emPortugal. “Até lá, vamos continuara exportar a quase totalidade daprodução para França”, frisou oresponsável, acrescentando que a

redução do imposto vai ser bas-tante importante, tornando o pro-duto mais competitivo para omercado nacional, perspetivando-

se um aumento de produtores”.Por seu turno, o Administrador daOstraselect, um dos maiores pro-dutores de ostras do Algarve, prevê

exportar na próxima semana cercade 30 toneladas do molusco paraFrança, país para o qual faz o es-coamento de 95% das 200 tonela-

das que produz anualmente. “Nestaaltura aumenta a procura pelas os-tras portuguesas e temos já prepa-radas 30 toneladas que vão seguirnos próximos dias para aquelepaís”, disse à Lusa o responsávelpela empresa, Rui Ferreira.De acordo com empresário, a pro-dução este ano foi a melhor desempre, sem registo de anomaliasou mortandade dos moluscos bival-ves. “Em 20 anos de exploração deostras, não me lembro de nenhumano assim, sem qualquer prejuízo,ao contrário do que sucedeu em2015, com a mortandade de todaa produção”, recordou.As explorações de ostras, nove naRia de Alvor e uma ‘off-shore’ (ex-ploração em mar aberto) em Sa-gres, foram afetadas em outubro de2015 por um vírus e por uma bac-téria, identificados nas análises doInstituto Português do Mar e da At-mosfera (IPMA) como ‘herpesvírus’ e ‘víbrio’, respetivamente,que devastou 95% da produçãoavaliada em cerca de três milhõesde euros.Para Rui Ferreira, as causas damortandade registada no ano pas-sado “não ficaram bem esclareci-das”, situação que motivou atomada de medidas preventivas porparte dos produtores. “Estamos atrabalhar com planos permanentesde monitorização, para termos cer-tezas no futuro”, concluiu.

90% da produção portuguesa vem para França

Le 07 décembre 2016

PUB

Page 10: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

10 EMPRESAS

CCIFP levou empresários ao Porto

A Câmara de comércio e indústriafranco-portuguesa (CCIFP) organizoua sua Gala anual no Porto, no fim desemana passado. “Como temosmembros em França e em Portugal,tentámos alternar entre estes doispaíses. Há dois anos a Gala realizou-se em Sintra, no ano passado, no Pa-lais de la Mutualité, em Paris, e esteano no Porto” explicou o Presidente

Carlos Vinhas Pereira.Uma centena de empresários deslo-cou-se de França com um programade encontros na Invicta, que come-çou aliás em Gaia, com um coktail deboas-vindas nas Caves Graham’s, napresença de autarcas que assinaramProtocolos de cooperação com aCCIFP. Estavam representadas as Câ-maras de Faro, Arcos de Valdevez,Paços de Ferreira, Figueira da Foz,Penafiel, Sabugal, mas também lá

estava o Secretário de Estado das Co-munidades portuguesas, José LuísCarneiro.Carlos Vinhas Pereira lançou um de-safio ao membro do Governo, paraque seja organizado um encontroentre as 308 Câmaras do país e umadelegação de empresários da Fede-ração das Câmaras de comércio por-tuguesa na Europa, atualmentepresidida pela CCIFP.José Luís Carneiro aceitou o desafio

e combinou organizar este encontroantes de maio do próximo ano, paranão fazer interferência com as elei-ções municipais. Prometeu tambémimplicar a Associação nacional demunicípios e a Associação nacionalde Juntas de freguesia, Anafre.No sábado, a Câmara de comércioassinou mais um Protocolo com aCâmara Municipal do Porto, nospaços do concelho. O Protocolo foiassinado por Carlos Vinhas Pereira e

por Rui Moreira. “Deponho grandesespetativas neste Protocolo” disse oPresidente da Câmara Municipal doPorto. “Queremos ser julgados pelosresultados” disse por sua vez o Pre-sidente da CCIFP, ao sugerir “encon-tros anuais para avaliação da nossacolaboração”.Já no domingo, os participantes fize-ram um passeio de barco no rioDouro e almoçaram no Palácio doFreixo.

Gala anual da CCIFP

Por Carlos Pereira

Le 07 décembre 2016

Augusto Santos Silva: “os emigrantes também contribuiram para a eleição de António Guterres”

No quadro da sua Gala anual, a Câ-mara de comércio e indústria franco-portuguesa (CCIFP) organizou nosábado passado, de manhã, na Casada Música, no Porto, um Café-debatecom o Ministro dos Negócios Estran-geiros, Augusto Santos Silva. Estavatambém presente o Vereador RicardoValente da Câmara Municipal doPorto.O Presidente da CCIFP, Carlos VinhasPereira, fez uma apresentação da Câ-mara de comércio e das suas ativida-des, lembrou o pedido de estatuto deutilidade pública que tinham feito aoGoverno, e que estava em vias de re-solução. “Nenhum Governo, atéagora, conseguiu dar-nos satisfação”lembrou Carlos Vinhas Pereira.Disse que a CCIFP tem quase 500membros, mais de 1,2 milhões deeuros de orçamento, mesmo se setrata de uma associação sem fins lu-crativos.O Presidente da CCIFP disse que aCâmara de comércio tem contribuído,

com as suas ações - nomeadamentecom o Salão do imobiliário e do tu-rismo português em Paris - para o de-senvolvimento do país. “Só para avitória de Portugal no Europeu e paraa eleição de António Guterres para Se-cretário Geral da ONU, é que não par-ticipámos” disse com algum humor.“Vou desmenti-lo” rematou o Minis-tro. “A eleição de António Guterres,deve-se a 90% a ele próprio. Dos ou-tros 10% eu retiro 2% para a minhagente, pelo trabalho diplomático quefizeram. Quanto aos 8%, é porque asqualidades pessoais de António Gu-terres casam perfeitamente com asqualidades dos Portugueses, em qual-quer país que estejam. A humildade,a seriedade, o empenhamento, aabordagem,...”. E o Ministro acres-centa que “por isso, as Comunidadestambém têm o seu mérito na candi-datura vitoriosa de António Guterres”.Augusto Santos Silva começou comuma abordagem pedagógica aos pro-blemas financeiros de Portugal. “Tí-nhamos um déficite orçamentalelevado e tínhamos uma balança co-

mercial desequilibrada”. Depois expli-cou que a solução dos dois problemas“implicou muitos sacrifícios aos Por-tugueses”, mas afirma que o cresci-mento chegou, que o desempregoestá a baixar, mas confessa que emPortugal “ainda temos de olhar paraos erros de gestão”.Explicou que a França é um dos prin-cipais parceiros de Portugal. “Os me-

lhores parceiros comerciais são ospaíses de quem estamos mais próxi-mos” disse o Ministro, referindo-se àEspanha, à França, à Alemanha, aoReino Unido e aos Estados Unidos daAmérica. Explicou depois quais osapoios que o Ministério tem para osemigrantes que queiram investir emPortugal.Augusto Santos Silva foi interrogado

pelo LusoJornal sobre a ausência deagências de captação de investimentoabaixo de 25 milhões de euros, já quea AICEP só capta financiamentoacima de 25 milhões de euros. O Mi-nistro reconheceu esta situação, masconsidera que essa captação de inves-timentos pequenos ou médios, devecaber às Câmaras de Comércio.Precisamente, da sala perguntavamonde estava o processo de pedido dereconhecimento público. “Há diferen-ças de apreciação, por isso agora oprocesso vem para mim, para eu de-cidir” disse o Ministro.Da sala chegaram várias outras per-guntas e durante cerca de duas horas,o Ministro dos Negócios Estrangeirosfoi respondendo a todas. “É verdadeque as associações setoriais nãofalam muito entre elas e não há umtrabalho entre as associações setoriaise as associações por mercado. Esta-mos a trabalhar para que essa aproxi-mação venha a fazer-se”.Os empresários consideraram este en-contro de “muito positivo” e de “diá-logo aberto” com o Ministro.

Por Carlos Pereira

CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques

Page 11: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Portugal MagEdições orga-nizam sessão“Preservaçãoda CulturaPortuguesa”no Consuladode ParisO Consulado Geral de Portugal emParis e a Portugal Mag Edições orga-nizam uma sessão intitulada “Preser-vação da Cultura Portuguesa emFrança”, a decorrer no dia 8 de de-zembro, pelas 18h30, no ConsuladoGeral de Portugal em Paris, no SalãoEça de Queirós, 6-8 rue Georges Ber-ger.Na prática, durante o fim de tarde vãoacontecer vários momentos e váriasintervenções, segundo uma nota en-viada às redações.A abertura da sessão vai ser feita peloCônsul Geral, António de Albuquer-que Moniz, à qual se seguirá umaapresentação da editora PortugalMag Edições, pelos seus codiretoresPedro António e Frankelim Amaral.Segue-se a apresentação da coleção“Memórias fotográficas de um Povocom Tradição em França” por Fran-kelim Amaral e Adélio Amaro.E depois vão ser apresentados 4 li-vros, começando por “BrinquedosRurais Tradicionais” de Mário Neto,apresentado por Carlos Vinhas Pe-reira, Diretor da Fidelidade, Pedro An-tónio e Adélio Amaro, Vice-Presidentedo Centro do Património da Estrema-dura. Vai ser feira a apresentação daprimeira Coletânea de Poesia Lusó-fona em Paris, por Pedro António,Frankelim Amaral e Adélio Amaro eos livros “Só eu Sei” de Inês Oliveira,apresentado por Frankelim Amaral eInês Oliveira e “Adélio Amaro, A vozda cultura lusófona” por Pedro Antó-nio e Frankelim Amaral, que vai serapresentado pelos escritores AliceMachado e Frankelim Amaral.

Cozinharte organise une Saint Sylvestre… gastronomiqueL’association Cozinharte, créée pardes femmes portugaises qui souhai-tent faire connaître la gastronomieportugaise a prévu d’organiser unpremier évènement le week-end der-nier pour financer l’achat de matérielde cuisine. Mais, pour des raisons desécurité, la salle ne leur a pas été at-tribuée.L’association a décidé d’organiser uneSoirée de la Saint Sylvestre, à Bon-neuil-sur-Marne, dans une salle pri-vée. «Les réservations sont encoreinsuffisantes, pour le moment» expli-que la Présidente Ana Maria Fernan-des.Infos: [email protected]

CULTURA 11

lusojornal.com

José Cruz met un point final sur “Olá”

Et voilà! Après 8 ans de «Olá», c’est àNeuilly-sur-Seine (92) qu’on a pu voirla dernière représentation du specta-cle de José Cruz.Avec une salle bien remplie, José Cruzévoque le «joli chemin parcouru de-puis la toute première version de ‘Olá’dans une petite salle de 20 places.Cela fait plaisir de finir dans une sallepleine. Cette soirée était particulière,le public a beaucoup ri, Mais c’étaitun peu émouvant parce que je savaisque c’était la dernière représenta-tion», a déclaré l’artiste à la fin de sareprésentation.Ainsi pendant des années des milliersde personnes ont pu voir son specta-cle qui a connu 4 différentes versions.«Avec des sketchs tiroirs, le spectaclea évolué au fur et à mesure de sacroissance. Notamment ce soir avecl’enfant, j’ai en effet crée des sketchspour les enfants et j’ai fait avec, et lepublic a bien réagi». Depuis le début,en termes de texte, il doit rester unquart d’heure seulement de sa pre-mière version qui date de 2009, uneévolution considérable donc. De toutce qui avait bien marché, «en joignantbout à bout, cela représente 3 heures,il y a eu 4 versions, ce petit rêve abeaucoup changé et moi aussi, j’aigrandi et j’avais envie de raconterd’autres choses», a-t-il avoué.Même s’il a ‘grandi’, José Cruz est

resté le même, ses fans et ses amis levoient toujours comme au début. «Iln’a pas changé, il reste toujours lemême». Comme à son habitude, à lafin de son spectacle, le showman pro-fite d’un petit moment de détentepour boire un verre avec les présentset prendre des photos. «On a installéune buvette et discuté un peu autourdu spectacle».Maintenant José Cruz compte bienprofiter et prendre quelques jourspour lui. «J’ai déjà commencé à réflé-chir sur des nouveaux sketches pourun nouveau spectacle, et à tester dansles cabarets parisiens. Je suis déjà àun quart d’heure de nouveau specta-cle. Je vais continuer à faire des vi-déos, il y a eu celle de la trottinetteportugaise et d’autres en préparation.Je vais aller vers mon rêve dont j’aiparlé dans mes spectacles: le cinéma.On verra, je laisse aussi une porte ou-verte à l’imprévu, on verra ce que lavie m’apporte et souvent cela m’aréussi».Ce spectacle était un rêve qu’il avaitdéjà pendant son école de théâtre, audépart il ne devait durer que 2 mois...et finalement il a duré des années.«Qu’il y ait 5 ou 10, ou 100 specta-teurs, il faut tout donner pendant lareprésentation. Il n’y a que comme çaque ça marche». Fier de son travail etdu chemin parcouru, le voilà repartipour des nouvelles aventures, à suivrede près.

Le spectacle était à l’affiche depuis 2009

Por Mário Cantarinha

Grande “bagunçada” em Neuilly-sur-Seine

O sucesso considerável que a “Bagun-çada à Portuguesa” conheceuaquando da primeira vez que se pro-duziu em Neuilly-sur-Seine, a conviteda Associação Cultural Portuguesalocal, incentivou esta associação a rei-terar o convite àquela Produção paranova representação, que teve lugar nosábado, dia 3 de dezembro.E pode dizer-se que em bom tempo ofez. Com efeito, se o sucesso da pri-

meira representação foi grande, destafeita não o foi menor. Muito pelo con-trário. Para além de muito numeroso- a sala estava praticamente cheia -, opúblico presente revelou-se muito en-tusiasmado, interativo e conhecedor.Ao longo das quase duas horas quedurou o espetáculo, o público reagiuentusiasticamente às piadas brejeiras,que conheceram particular sucesso,interagiu com os atores e com a fa-dista e manifestou-se conhecedor dasituação socioeconómica que se vive

em Portugal e que, no bom velho es-pírito do Teatro da Revista, foi alvo decríticas, veladas ou nem tanto, porparte de um prestigiado elenco, deque merecem destaque Natalina José- que conduziu com mestria a direçãodos atores e da encenação -, e o ex-periente Luís Mascarenhas, sem des-primor, naturalmente, para as talen-tosas atrizes Ana Paula e Filipa Gio-vanni e para a conceituada fadistaMaria Mendes, bem como para ossimpáticos e divertidos Paulo Oliveira

e Luís Viegas.Merece ainda destaque o trabalho emcenografia e desenho de guarda-roupa, de belo efeito, que arrancou aopúblico gargalhadas não contidas.Estiveram presentes, pela parte fran-cesa, Françoise Descheemaeker, Con-selheira municipal, e, pela parteportuguesa… um público anónimo,arreigado à sua cultura e desejoso denela se impregnar, mesmo que paraisso tenha sido obrigado a pagar bi-lhete de entrada.

Por Carlos Monteiro

Danse: Paulo Ribeiro au Théâtre Nationalde ChaillotDu 7 au 9 décembre, le Théâtre Natio-nal de Chaillot, à Paris, va accueillir«La Fête (de l’insignifiance)», specta-cle inédit du chorégraphe portugaisPaulo Ribeiro.«Il y a toujours un don de soi qui nousdépasse. Il y a toujours la surprise, il y

a toujours la fête! Il y a toujours une di-mension du rituel qui nous transforme,qui vivifie, qui modifie, qui nous rap-proche de l’autre» dit Paulo Ribeiro.Proposant de s’évader du quotidiendans un « carnaval de transgressions»,Paulo Ribeiro lance ici un cri explosif

de joie et de liberté. «Enfin la fête peutêtre tout, à partir du moment où c’estune manifestation de plaisir. Mêmeune simple caresse est une fête...».Celle qu’il nous offre aujourd’hui revêtdes allures de rendez-vous enchanteur.Paulo Ribeiro est un chorégraphe re-

nommé au Portugal comme en Eu-rope, il a travaillé avec certaines desplus grandes compagnies de dansecontemporaine et dirigea notammentpendant plusieurs années le BalletGulbenkian à Lisboa.Infos: 01.53.65.30.00

Le 07 décembre 2016

LusoJornal / Mário Cantarinha

Page 12: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

Le TrophéeCCIFP Membre del’annéeVise à récompenser les membres quiont soutenu la CCIFP tout au long del’année par diverses actions.

Les nominés:- Crédito Agrícola- SCP Fircowicz Badufle Monteiro- Igmasa Management Portugal

Le vainqueur: Crédito Agrícola

12 CCIFP

Gala annuel de la CCIFP - Palais de la Bourse, PortoChambre de commerce et d’industrie franco-portugaise (CCIFP)

Le 07 décembre 2016

TrophéeCCIFP CaixaGeral de Depó-sitos / JeuneEntrepriseTend à récompenser et promouvoirl’entrepreneuriat indépendammentde l’âge de l’entrepreneur.

Les nominés:- Helpianos- LXS Group- Prime Engeneering

Le vainqueur: LXS Group

TrophéeCCIFP NovoBanco / InnovationRécompense les projets innovantsqui se distinguent par la qualité deleur démarche et leurs résultats.

Les nominés:- Ahgarvegroup- Luso Conseils- Jarvis Conseils

Le vainqueur: Jarvis Conseils

TrophéeCCIFP Fideli-dade / Produitde l’annéeVise à récompenser un produit portu-gais ou franco-portugais qui a pu sedistinguer sur le marché français pen-dant l’année.

Les nominés:- Réservoir wc ecológico, Econeves- Keywords, Mediatree- Módulos habitacionais, Factor Espaço

Le vainqueur: Keywords, Mediatree

HommagesLa Chambre de commerce et d’in-dustrie franco-portugaise (CCIFP) ré-compense les membres qui fêtentleurs 5 et 10 années d’adhésion. Unprix de fidélité leur a été remis.

10 ANSCCI Luso FrançaiseCaderas Martin, SAF. Teixeira Bâtiment SarlSodival- IbéricoLes Dauphins SarlAlves Efg SarlElmo SASMRTI SAFicop EurlCarrosserie Pro-Auto - Réseau AxialCompagnie Francilienne de Maté-riauxAAC Globe ExpressSarl SaudadeGroupe SAS PrestigeMegal SASRepotelMontepio GeralMds SASBatir Construction

5 ANSEcolectaEurotorfLibertas SAPubaudio - SAS B2VC.Miguel SarlMetalongo, Metalurgica de ValongoTDSAgence Développement Val deMarneLes Halles du PortugalLes PortauvergnatsRaphael AjamianMCT Materiaux ConstructionSpapEntreprise da CostaStone Corporation FranceCândido SarlMCL AvocatsGosimatMotivation PremièreA. Baptista de Almeida SAHealth Luxembourg InvestDefi PatrimoineComputer YardReal MarbreEhrhart Francois Pharmacie de laGare

Vous avez choisi de créer votre entreprise. Bravo pour cette belle initiative!Caixa Geral de Depósitos partage avec ses clients le goût de l’innovation etc’est avec beaucoup de plaisir et de fierté que nous avons remis le TrophéeJeune Entreprise 2016 au lauréat de cette dernière édition du Gala CCIFP.Caixa Geral de Depósitos est le partenaire financier de référence pour vousaccompagner dans la réussite de votre entreprise et de son développement,en France, au Portugal et dans plus de 20 pays.Pour chacune de vos entreprises, nous avons une offre unique.

Rui Gonçalves SoaresDirecteur Général de Caixa Geral de Depósitos France

La compagnie d’assurance Fidelidade félicite la Chambre de commerce etd’industrie franco-portugaise pour l’organisation de la 11ème édition du Galade la CCIFP, cette année à Porto. Notre société, en tant que membre fondateur,a eu le plaisir et l’honneur de participer aux multiples évènements organisésen 2016 et notamment d’être associé au grand succès de la 5ème édition duSalon de l’immobilier et du tourisme portugais à Paris, ainsi qu’au premierRoad show de l’immobilier à Lyon, Lille et Nantes. Cette année encore, noussommes partenaires du Trophée CCIFP Fidelidade Produit de l’année 2016afin de récompenser le succès d’une entreprise franco-portugaise dont le pro-duit ou le service s’est démarqué des autres tout au long de cette année. Quele meilleur gagne…

Marc OliveiraDirecteur Commercial de Fidelidade

O Novo Banco saúda a CCIFP pelo seu 11º aniversário e por mais este evento.A CCIFP é um exemplo de excelência na promoção das relações comerciaisbilaterais entre países. O apoio prestado, sobretudo às PME, tem sido fulcralpara o crescente sucesso sentido nos últimos anos e que se traduz em acrés-cimos significativos das transações comerciais.Hoje a França é o 2º maior mercado de destino das exportações portugue-sas.O Novo Banco, que sempre foi uma referência no apoio ao tecido empresarialportuguês, orgulha-se de ser membro fundador desta notável associação.É para nós uma honra patrocinar o Prémio Empresa Inovadora, que tanto tema ver com a nossa identidade, pois é do “Pense Novo” que se faz inovação!

Luís SilvaDirecteur Département des Particuliers de Novo Banco

CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques

Page 13: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

La Banque BCP récompense l’excel-lence au 11° Gala de la CCIFP.Manuel de Oliveira, Responsable del’Unité des Entreprises de la BanqueBCP, a remis le Trophée CCIFP Ban-que BCP / Entreprise de l’année àAMG pour sa très belle performanceet pour les qualités de meneurd’hommes de Bruno Costa. Banquefrançaise du Groupe BPCE, la Ban-que BCP est une banque affinitaireaccompagnant la réalisation des pro-jets de ses clients en France et auPortugal. La Banque BCP a doubléses encours de crédit ces 3 dernièresannées pour permettre le développe-ment des entreprises clientes, les do-tant d’un conseiller attitré capable derépondre rapidement à leurs besoinset rémunérant leur trésorerie au jourle jour. La Banque BCP finance leursbesoins sur toutes les durées et dis-pose d’une offre incluant assurancesprofessionnelles, santé collective etgestion de l’intéressement. Ses clientsdisposent d’outils modernes pour trai-ter leurs opérations à distance et elleoffre un service de gestion de patri-moine s’adaptant à l’évolution du droitet de la fiscalité dans une vision inter-nationale. Les salariés des entreprisesclientes, ainsi que leurs enfants, bé-néficient d’une offre privilégiée.

CCIFP 13

lusojornal.com

Le Trophée CCIFPBanque BCP / Entreprise de l’annéeCe Trophée vise à distinguer la per-formance de l’entreprise. Il a étéremis au groupe AMG, dirigé par lejeune Bruno Costa, récemment ar-rivé à la tête du groupe crée parson père, José Costa, égalementprésent à Porto.«2016 a été une année très in-tense pour nous, puisque nousavons acquis une société au Portu-gal et nous sommes donc rentrésdans le marché portugais. En unan, nous avons déjà de perspecti-ves de croissance de l’ordre de30% pour 2017» explique BrunoCosta.«Nous sommes en croissance danstoutes les sociétés du groupe, maisje ne m’attendais pas à recevoir ceTrophée. Je suis très fier». Il l’adédié aux presque 2.000 collabo-rateurs du groupe.AMG est un groupe familial, créeen 1996, dans le secteur du net-toyage industriel. En 1999 le sec-teur de la surveillance et de lasécurité sur mesure a intégré legroupe et, il y a moins de deux ans,le secteur du multiservices, avecmaintenance et travaux a été crée.«Cette partie du groupe a été crééeil y a plus d’un an et demi et fac-ture déjà plus d’un million d’eu-ros».«Je suis né pratiquement dans legroupe. C’est une grande fierté de

pourvoir donner continuité à ceprojet. C’est difficile, mais avantaussi, c’était difficile. Il faut donctravailler, nous sommes très pro-ches du projet et donc les déci-sions sont prises très rapidement.Nous clients apprécient ça».L’acquisition d’Eara Services, unesociété de nettoyage industriel auPortugal s’est concrétisée en jan-vier 2016. «L’acquisition s’est trèsbien passé, la restructurationaussi, tout se passe bien». BrunoCosta explique que, «si nous pou-vons réussir en France, pourquoinous ne pourrions pas réussir auPortugal? Il y a des différencesentre les deux pays, mais nousconnaissons le métier et sommestrès présents».Eara Services existe depuis plus de20 ans et dans la liste des clientsil y a Sonae, Alves Ribeiro, VistaAlegre, Jerónimo Martins,…Bruno Costa a reçu le Trophée de-vant le regard ému de son père, lefondateur l’AMG.

Le 07 décembre 2016

Gisela João

Tem pouco mais de 30 anos, nasceuem Barcelos, estudou no Porto, co-meçou a interessar-se pelo fado comapenas 8 anos de idade.Foi para Lisboa para cantar nas casasde fado e acabour por ser “revela-ção”. Quando subiu ao palco do salãodo Palácio da Bolsa, quebrou logocom a imagem tradicional do fado,com um vestido curto, brilhante, semxaile, mas com uma voz... impressio-nante.Cantou e encantou.

TroféusVista Alegre

Os troféus entregues aos vencedorespela CCIFP, foram desenhados e fa-bricados pela Vista Alegre. Têm 28centímetros de altura, 15 de largurae pesam... cerca de 7 quilos.A Vista alegre foi fundada em 1824por José Ferreira Pinto Basto. O filho,Augusto Ferreira Pinto Basto, fez umestágio na fábrica francesa de Sèvres,de onde levou informações preciosaspara o desenvolvimento da atividadeem Portugal.

Palácio daBolsa

O Palácio da Bolsa é a sede da Asso-ciação Comercial do Porto. Um edifí-cio de estilo neoclássico, com maisde 170 anos de existência.Foi sobre as ruínas do antigo con-vento, posteriormente doadas por D.Maria II, em 1842, que os comer-ciantes do Porto construíram o Palá-cio da Bolsa para que nele seestabelecesse a praça ou bolsa do co-mércio e o tribunal de primeira ins-tância.O salão árabe é um dos monumentosmais visitados do Porto.

Ruben AlvesSónia Araújo

A Gala da Câmara de comércio e in-dústria franco-portuguesa (CCIFP) foiapresentada pelo realizador RubenAlves - lusodescendente, realizadordo filme “La Cage Dorée” - e pelaapresentadora da RTP Sónia Araújo.A descontração que os apresentado-res deram ao evento, contribuiu paraque os cerca de 300 participantes ti-vessem passado uma noite agradável.

CCIFP / Jorge Marques

CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques CCIFP / Jorge Marques

Page 14: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

Filme de João PedroRodrigues nos jornaisfranceses

O filme “Ornitólogo”, de João PedroRodrigues, teve uma chamada deprimeira página na edição do dia 30de novembro do jornal Libération,dia em que a quinta longa-metra-gem do realizador português se es-treou nas salas francesas.Sob o título “Ornitólogo ou as asasdo desejo”, o diário considera, nacapa, o filme como “prodigioso” e,nas páginas interiores, escreve queo cineasta inventa “a magia de umainterseção das inquietudes”.O texto aponta que “o ecrã apareceentão, em última instância, como asuperfície que alimenta e reflete”,na qual os espetadores se aproxi-mam “boquiabertos, procurandonos reflexos do filme algum princípiode resposta a uma questão tãocruel” como a que é levantada pelapersonagem Fernando, “amarradoà exigência inextinguível de um des-tino sedento de metamorfoses: E àforça de ir onde lhe apetece, comolhe apetece, como é que acabounestas águas negras?” O Libération publica, também, umalonga entrevista com o cineasta,lembrando que “o Centro Pompidouhomenageia João Pedro Rodrigues,de 50 anos, com uma retrospetivaintegral”, com os seus 18 filmes,entre curtas e longas-metragens,“realizados no espaço de quasetrinta anos, entre Portugal e umaChina múltipla, sempre em íntimocompanheirismo com João RuiGuerra da Mata, diretor artístico epor vezes correalizador, argumen-tista, editor ou ator dos seus filmes”.O jornal vespertino Le Monde, domesmo dia, também escreveusobre o novo filme do cineasta por-tuguês, considerando que JoãoPedro Rodrigues alia “esplendor for-mal, eflorescência simbolista, im-previsibilidade total”, desenhando“um dos mais belos passeios de ci-nema vistos há muito tempo”.A edição da semana passada da re-vista cultural Les Inrockuptibles,também menciona um “cineastaaventureiro e inspirado”, realizadorde um “cinema sensorial, muitocontrolado”, com um novo filme“magnífico, onde escava o seu sulcode cineasta, atento à mínima ima-gem que produz, sensível aos ele-mentos, aos movimentos das almase dos corpos”.Na edição de novembro da revistaCahiers du Cinéma, João Pedro Ro-drigues está igualmente em desta-que na seleção de críticas aos filmesdo mês e numa entrevista ao reali-zador, intitulada “Santo Ornitólogo”.

14 CULTURA

Colloque inquiétudes et incertitudes desutopies dans l’espace lusophoneLes 29 et 30 novembre, s’est tenu à laFondation Calouste Gulbenkian - Délé-gation en France un colloque qui aréuni plusieurs universités et qui a misen dialogue plusieurs disciplines autourdes «inquiétudes et incertitudes desutopies dans l’espace lusophone».Cette thématique centrale développéeau fil de cinq séances est aussi celle duFestival de l’incertitude, qui se poursuitet qu’on pourrait résumer en citantPaulo Pires do Vale: Qu’est-ce quel’utopie si ce n’est un autre nom pourle désir d’une autre façon d’être?Cette quête, entre aspiration et incerti-tude, a été conjuguée et présentée du-rant deux journées passionnantes quiont croisé des objets thématiques allantdes arts plastiques à la sociologie enpassant par le théâtre et le cinéma, lalinguistique et la littérature, l’histoire etl’histoire culturelle.Inquiétude et déplacements sont desthèmes appliqués aux questionne-ments autour de la traduction, et posésd’abord par Marie-Hélène Piwnik à par-tir du magnum opus de Fernando Pes-soa proposé par Teresa Rita Lopes et icimis en perspective autour de l’étymo-logie, de la traduction, de la voix. SauloNeiva et José Augusto Cardoso Ber-nardes ont quant à eux réfléchi sur lesrapports s’établissant entre incertitudeet anachronisme dans la représentationcamonienne du passé collectif. De soncôté, Vaz s’est demandé, du point devue de la traduction littéraire et en éta-blissant une analogie avec l’interpréta-tion musicale, comment interpréter unmonde fragmentaire (temps, lieux, per-sonnages) et un discours en apparencedécousu en portugais, pour le rendre enfrançais, partageant à la fois le sens

avec ses procédés d’expression et lamusicalité qui leur est sousjacente.La séance Utopie et contre utopies acommencé avec Adelaide Fins, par uneréflexion à la fois philosophique et lit-téraire sur Os Memoráveis de LídiaJorge, puis Leonardo Tonus aborde lathématique face au sujet si actuel de lamigration, en évoquant la littératurebrésilienne des 19ème et 20ème siè-cles, sous le prisme de la quête des ori-gines des romans qui témoignent d’unevolonté d’inscrire «la geste immigrantedans le flux de l’histoire».Avec Sublimer les incertitudes, EgídiaSouto et Izabella Borges ont évoquérespectivement Nuno Júdice et SérgioSant’Anna, deux écrivains dont la pro-duction approche le phénomène d’ek-phrasis et donne à voir des œuvresissues d’un champ disciplinaire autreque celui de la littérature. De son côté,Marcelo Marinho se penche sur «l’au-tobiographie irrationnelle» de João Gui-marães Rosa qui, avec son chef-d’œu-vre Grande Sertão: Veredas, conjuguebiographie et littérature.Pour développer la question de l’incer-

titude de créer face à la contrainte, Ca-tarina Firmo s’est arrêtée sur les utopiesdu corps en scène chez Almada Negrei-ros qui fait osciller le corps entre l’au-toportrait et la quête de l’altérité, allantvers la fragmentation qui devient mani-festation de l’inquiétude. A partir del’histoire du cinéma portugais pendantl’État Nouveau de Salazar, Eurydice daSilva a essayé de comprendre les arti-culations entre cinéma et politique, enparticulier en analysant les pratiques dela censure sur les scénarios de films.La séance Incertitude et utopie enOrient et en Afrique a été l’occasiond’aborder d’une part les luso-indiensdans la littérature indienne contempo-raine avec Dejanirah Couto qui a prispour exemple le statut identitaire desluso-indiens tel qu’il apparaît dans l’ou-vrage de Salman Rushdie, Le derniersoupir du Maure (1996). Puis MartinRamos s’est intéressé aux destinées in-certaines de la chrétienté japonaise(16ème-19ème siècles), prouvant que,alors que l’entreprise évangélisatricesemble avoir été un échec, de nom-breux villages portent encore au-

jourd’hui l’héritage catholique et, enquelque sorte, aussi portugais. Maria-Benedita Basto, Agnès Levécot et Ra-quel Schefer ont terminé la séanceavec un dialogue à trois voix, en croi-sant l’image, l’histoire et la littérature àpropos des incertitudes et des utopiesquant à l’Afrique lusophone. Elles ontainsi clos le colloque en tentant de dé-terminer la place et le rôle des incerti-tudes dans le travail esthétique menépar des artistes africains, avec pour ho-rizon d’analyse la relation entre l’utopie,l’art et le politique.Cet événement était organisé par la Bi-bliothèque de la Fondation CalousteGulbenkian - Délégation en France,avec les universités de Paris 8, de ParisSorbonne, Paris 3 Sorbonne Nouvelleet Paris Ouest Nanterre La Défense.Commission scientifique: Egídia Souto,Graça dos Santos, Leonardo Tonus,Maria Helena Carreira et Saulo Neiva.Finalement, ce colloque s’intègre dansle programme d’activités organisé parla Bibliothèque Gulbenkian Paris qui apour objectif de promouvoir le débat etla réflexion sur les cultures de langueportugaise en France et dans le restedu monde, à partir d’une perspectivepluridisciplinaire (littérature, linguis-tique, histoire, arts plastiques, architec-ture, photographie, cinéma, théâtre etculture contemporaine), en partenariatavec les différentes universités et cen-tres de recherche qui développent desproblématiques dans ces domainesd’étude. Ces activités visent enfin à ren-forcer les liens interinstitutionnels entreles différents partenaires mais aussi etsurtout, à créer des ponts entre lemonde lusophone et le monde franco-phone.

Na Fondation Calouste Gulbenkian - Délégation en France

“Mea Culpa”, de Carla Pais, vence PrémioLiterário Revelação Agustina Bessa-LuísO romance “Mea Culpa”, de Carla Ma-risa Pais, atualmente a viver em Paris,venceu o Prémio Literário RevelaçãoAgustina Bessa-Luís, no valor de10.000 euros, disse à Lusa fonte daEstoril Sol, que promove o galardão.“Com o romance ‘Mea Culpa’, CarlaMarisa Pais, aos 37 anos, sagrou-sevencedora da 9ª edição do Prémio Li-terário Revelação Agustina Bessa-Luís,por maioria do júri”, que foi presididopor Guilherme d’Oliveira Martins, disseà Lusa a mesma fonte.Carla Pais afirmou-se “surpreendida”com a distinção. “Nunca me passoupela cabeça arrecadar o galardão.Ainda assim precisava de tentar; saberse aquilo que escrevera podia ser apre-ciado por um júri. Foi por isso que con-corri ao Prémio Agustina Bessa-Luís”,disse.Carla Marisa Pais nasceu em Leiria ereside em Paris, onde trabalha, numCentro de Formação à Distância. “Apaixão pelos livros - porque não háoutra palavra para descrever a minhacegueira por literatura - foi-se acen-tuando, agravando, com o avançar daidade”, disse à Lusa.O júri considerou tratar-se de “um ro-

mance que transporta o leitor para umduro patamar de existência humana esocial. Miséria e decadência sob for-mas violentas, que vão do incesto a di-versos modos de servidão, [que]circunscrevem relações humanas en-venenadas por injustiças e desespe-ros”.Realçaram os jurados em ata que “alinguagem do romance é ela própriaatraentemente crua e distanciada, em-bora sem nunca perder o sentido dasua orientação literária, quer na riquezavocabular e imagística, quer no al-cance da construção narrativa, querainda no modo como a memória dapoesia acaba por ocupar uma espéciede espaço de luz em vidas dela afasta-das”.Segundo se lê na ata, “Mea Culpa” é“um romance feito de muitas doreshumanas, mas também de espe-rança”.O romance “Mea Culpa” levou novemeses a ser escrito e, “passados seismeses sem lhe tocar”, a autora decidiureescrevê-lo, “porque tinha saudades”das suas personagens.Estas, disse a escritora à Lusa, “vinga-ram e foram construídas a partir da re-

volta para com o julgamento alheio, ofacilitismo que temos em julgar o outropela aparência, pelo nome, pelo san-gue de família, pela forma como olhaou fala”.“A capacidade e o impulso que ohomem tem para condenar, espezi-nhar, humilhar, para demonstrar poder,insensibilidade, arrogância diante dosque considera, aparentemente, maisfracos, dos que não carregam nomesque os protejam”, acrescentou.Sobre o seu percurso, Carla Marisa Paisafirmou: “Terminei o 12º ano à noite,pois a vida não me permitiu fazer deoutra forma. Casei cedo. Fui mãe cedo.Tive pequenos trabalhos, fui Presidenteda Associação de Pais da freguesia deRegueira de Pontes, durante quatroanos, e responsável pelo departamentopós-venda, numa empresa de materialelétrico, até ao dia em que decidi quea educação dos meus filhos não podiatocar o incerto. Em outubro de 2012,completamente desiludida com o rumodo país, fiz as malas, carreguei um ca-mião com os restos que sobraram deuma vida e mudei-me para Paris, ondevivo até hoje e onde sou feliz”.Guilherme d’Oliveira Martins, em re-

presentação do Centro Nacional deCultura, presidiu ao júri, que foi cons-tituído também por José Manuel Men-des, pela Associação Portuguesa deEscritores, por Maria Carlos Loureiro,pela Direção Geral do Livro e das Bi-bliotecas, Manuel Frias Martins, pelaAssociação Portuguesa dos Críticos Li-terários, e, ainda, Maria Alzira Seixo eLiberto Cruz, convidados a título indi-vidual, e Nuno Lima de Carvalho eDinis de Abreu, em representação daEstoril Sol.A partir da edição deste ano, o regula-mento do Prémio Revelação deixou deestabelecer um limite de idade para osconcorrentes, mantendo a exigência deserem autores portugueses, com umromance inédito e sem qualquer obrapublicada no género.O Prémio foi instituído, pela primeiravez, em 2008, pela Estoril Sol, no qua-dro das comemorações do cinquente-nário da empresa, e conta com o apoioda Editorial Gradiva, que assegura aedição da obra vencedora.A cerimónia de entrega do galardãoserá anunciada pela Estoril Sol, e a pu-blicação do romance pela Gradiva será"muito provavelmente em 2017".

Autora mora em Paris

Le 07 décembre 2016

Page 15: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

CULTURA 15

lusojornal.com

Foi editado mais um livro sobre Aristides de Sousa Mendes

“O Cônsul desobediente”, por SóniaLouro. Mais um livro profundamenteinteressante sobre Aristides de SousaMendes, um dos nossos inesquecíveisheróis modernos.Sónia Louro nasceu em 1976, emFrança. Desde cedo apaixonada pelasCiências e pela Literatura, acabou poroptar academicamente pela primeira,mas nunca abandonou a sua outrapaixão. Licenciou-se em Biologia Ma-rinha, mas não perdeu de vista a Lite-ratura, à qual veio depois a aliar umoutro interesse: a História. Fruto dessecasamento, surgiu este segundo ro-mance histórico.Editado por Luís Corte Real, das Edi-ções Saída de Emergência, “O Cônsuldesobediente”, conta-nos a Históriade Aristides de Sousa Mendes, ohomem que, para salvar 30.000 ino-centes, desobedeceu a Salazar e porele foi perseguido, história que já co-nhecemos, mas vista e sentida deoutra maneira por outras pessoas.Aristides de Sousa Mendes nasceu nodia 19 de julho de 1885 na locali-dade de Cabanas de Viriato. Oriundode uma família com laços à aristocra-

cia, Aristides tem as oportunidadesque só a classe alta então podia ofe-recer aos filhos e é assim que se licen-cia na Faculdade de Direito deCoimbra e que se vê nomeado Cônsulem 1938 para Bordéus, no início da

Segunda Guerra Mundial.Uma vez chegado, apercebe-se ime-diatamente da capitulação da Françae sabendo do avanço das tropas nazis,Aristides de Sousa Mendes depara-secom milhares de refugiados que pro-

curam o Consulado português no sen-tido de ali conseguirem um visto paraPortugal, única salvação, para nãomorrer às mãos dos alemães, comotantos outros.Infelizmente, Salazar ordena aos côn-sules portugueses espalhados pelomundo que recusem conferir vistos apessoas com certas nacionalidades eespecificações. Era pura descrimina-ção racial, facto que desobedecia àConstituição Portuguesa. Ou seja, aordem do Governo português ia contraa Constituição da República. Sabendoisso, Aristides de Sousa Mendes, apósalguns dias de dilemas morais, resolvetomar o que o levariam à sua desgraçaao mesmo tempo que o elevariam,muitos anos depois, à galeria dosmaiores homens da Humanidade.Disse não a Salazar e começou a pas-sar centenas de vistos, salvandoassim, de uma morte certa mais de30.000 pessoas, judeus na suagrande maioria.Este livro de Sónia Louro é uma obradensa que deve ser lida devagar, por-que cheia de notas e com a curiosi-dade de, no fim, conter as cópias daDefesa de Aristides e do relatório deAcusação.

“O Cônsul desobediente”, por Sónia Louro

Por Maria Fernanda Pinto

Lusopress lança segunda edição do livro“10 Nomes, 10 Histórias

A Lusopress acaba de editar a se-gunda edição do livro “10 Nomes, 10Histórias” com os percursos de 10Portugueses que residem no estran-geiro. O lançamento foi feito no Porto,no Palácio da Bolsa, momentos antesde começar a Gala anual da Câmarade comércio e indústria franco-portu-guesa (CCIFP).“A conversa havida entre o então can-didato à Presidência da República eagora Presidente Marcelo Rebelo deSousa e Gomes de Sá, deu o motepara a 1ª edição do livro 10 Nomes10 Histórias” explica Lídia Sales, Di-retora da Lusopress no prefácio dolivro. Aliás essa primeira edição foilançada em Paris, no quadro das co-memorações do 10° aniversário daLusopress.Um ano depois da primeira edição,surge então a segunda edição do livro,com os percursos de Amândio Silva,Armindo Freire, David Fernandes,Idelberto Medina, Joaquim Barros,José Gonçalves, Laurentino Aldeia,Luís Neto Ferreira, Maria da Concei-

ção Silva e Mário Martins.Escrito por Joana Moreira, Jornalistada Lusopress, as histórias escolhidastêm muitos pontos comuns com a au-tora. “Aqui, a minha casa está maisvazia do que a de Portugal. Temmenos histórias, menos recordações,mas todos os dias construo uma me-mória nova” escreve Joana Moreiranum texto de introdução, antes decontar as 10 histórias. “Eles também

correram atrás de um sonho, atrás deuma nova oportunidade e sentiramsaudades desmedidas. Alguns vive-ram também divididos entre duascasas, duas línguas, com dois paísesno coração, mas nunca se esquece-ram de ligar para Portugal”.O prefácio é de Carlos Vinhas Pereira,Presidente da CCIFP. Comparando aemigração com o lançamento de umfogetão, Carlos Vinhas Pereira diz que

“as nossas primeiras gerações de Por-tugueses, onde quer que estejam nomundo, serviram igualmente comopropulsores para as segundas gera-ções, colocando em órbita as terceirasgerações que, por sua vez, vão permi-tir às seguintes, atingir o objetivofinal” e termina o seu texto subscre-vendo uma frase do Presidente Mar-celo Rebelo de Sousa: “Valemosmuito mais do que pensamos ou di-zemos”.Na primeira edição, lançada no anopassado, o livro contava os percursosde Mapril Batista, Armindo Gameirode Abreu, José Costa, DiamantinoMarto, Miguel Pires, Mário de Sousa,José de Oliveira, Manuel Costa de Oli-veira, Valdemar Francisco e AntónioFernandes.Como não faltam histórias para contare como é importante deixar textossobre os percursos destes homens emulheres que sairam de Portugal econstruiram “nome” no estrangeiro,os dirigentes da Lusopress já estão aprever a terceira edição, no próximoano.

Por Carlos Pereira

Livro sobre a emigração portuguesaapresentado em CoimbraNo próximo dia 10 de dezembro (sá-bado), é apresentado em Coimbra olivro “Gérald Bloncourt - O olhar decompromisso com os filhos dos Gran-des Descobridores”.A obra, concebida pelo historiador Da-niel Bastos a partir do espólio do co-nhecido fotógrafo que imortalizou a

história da emigração portuguesa paraFrança nos anos de 1960, é apresen-tada às 17h00 na Fnac Forum Coim-bra.A apresentação do livro, uma edição bi-lingue traduzida para português e fran-cês pelo docente Paulo Teixeira, queconta com prefácio do multipremiado

pensador Eduardo Lourenço, estará acargo do sociólogo Pedro Góis, profes-sor na Faculdade de Economia da Uni-versidade de Coimbra e investigador doCentro de Estudos Sociais na área dasMigrações Internacionais.Segundo Daniel Bastos, investigadorda nova geração de historiadores por-

tugueses, a edição do espólio fotográ-fico de Gérald Bloncourt, condecoradonas Comemorações oficiais do 10 dejunho em Paris pelo presidente da Re-pública Portuguesa com a Ordem doInfante D. Henrique, é “um convite auma viagem de redescoberta de umpaís e de um povo entre os povos”.

Le 07 décembre 2016

«Jogos de prazer», de Virgílio deLemos

Há trêsanos - 6de de-zembrode 2013- falecianos ar-redoresd eNantes,um dosmaiorespoetasda litera-tura lu-

sófona contemporânea, Virgílio deLemos. O volume 1 de «Jogos de pra-zer», de Virgílio de Lemos & Heteróni-mos: Bruno dos Reis, Duarte Galvãoe Lee-Li Yang, é uma antologia de 640páginas sobre a sua poesia, organi-zada por Ana Mafalda Leite e editadaem 2009 pela Imprensa Nacional -Casa da Moeda, em Lisboa. O pre-sente volume reúne poemas publica-dos, ou inéditos, escritos entre 1944e 2003.Evocar o itinerário de Virgílio de Lemose falar da sua poesia é realizar umaviagem vertiginosa desde a ilha de Ibo(Moçambique), onde nasceu em1929 e onde se constrói o seu imagi-nário, até às outras «ilhas» do exílio eda errância. Filho de portugueses, na-vegavam também no seu sangue tra-ços da cultura oriental, bem visíveis nasua obra poética que se inicia em1944, ao lado de poetas como RuiKnopfli ou Noémia de Sousa. Em1952, com Reinaldo Ferreira e Do-mingos Azevedo, Virgílio de Lemoslança a folha de poesia «Msaho», cujoprincipal objetivo era romper com oscânones literários impostos pela colo-nização. Em 1961-62 esteve presopela PIDE durante 14 meses, acu-sado de subversão. Em finais de1963, Virgílio de Lemos sai de Mo-çambique com destino à França. Co-meça então uma longa errância queo leva a percorrer o mundo, desde asilhas do Oceano Indico até à ilha deNoirmoutier. Ao chegar a França,passa a viver e a trabalhar em Paris,como jornalista na Radio France In-ternationale e como colaborador nosjornais «Le Monde», «Jornal de Le-tras», «Expresso».Numa escrita fragmentária e sintética,com imagens surrealistas, a poesia deVirgílio de Lemos aborda principal-mente as temáticas do onirismo, doerotismo e das problemáticas existen-ciais. O seu lirismo, no entanto, nãodespreza a crítica às injustiças sociaise à condição humana. Para Ana Ma-falda Leite, a poesia de Virgílio deLemos é «um confronto criador entrea vida e o sonho, entre o real e a ima-ginação, entre o social e o universal.Virgílio de Lemos é a sua poesia».

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

CCIFP / Jorge Marques

Page 16: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

lusojornal.com

Homenagemda pianistaJoana Gamaao francêsErik Satieagora com umálbumA pianista Joana Gama termina emdezembro o ciclo de concertos de ho-menagem a Erik Satie, e edita umálbum, em trio, com peças compos-tas a partir de estudos harmónicos docompositor francês.Em janeiro, Joana Gama lançou-senum projeto itinerante, de recitaismensais em várias cidades portugue-sas, a interpretar obras de Erik Satie -e de outros compositores nele filiados-, ancorado na efeméride dos 150anos do nascimento do compositor.Depois de ter atuado, por exemplo,em Guimarães, Viseu, Serpa e Faro,Joana Gama fará agora o último reci-tal, no dia 14 de dezembro, na Casade Portugal, em Paris.Durante este périplo, a pianista foi de-safiada a fazer um álbum com com-posições originais a partir do trabalhode Satie e o resultado é “Harmonies”,gravado com os músicos Luís Fer-nandes e Ricardo Jacinto, que apre-sentará ao vivo a 7 de dezembro, noTeatro Maria Matos, em Lisboa.Este “ano Satie” “foi muito interes-sante, porque foi possível mostraruma ligação do compositor a tantoscontextos diferentes - estive em tea-tros, museus, escolas -, e mostrar quea música dele é muito mais do queos ‘Gymnopedies’”, contou JoanaGama à Lusa.Ao fim de tantos meses dedicados aocompositor francês, Joana Gama dizque Satie é “uma fonte inesgotável”.“É tão interessante ver as pontes queele criou com outras artes, com JeanCocteau, com Pablo Picasso. Depoishá a ligação à religião, fundou umaigreja da qual era o único membro,portanto era assim uma figura ‘fora dobaralho’”.Na reta final da série de recitais,Joana Gama lança o álbum “Harmo-nies”, com Luís Fernandes (eletró-nica) e Ricardo Jacinto (eletrónica evioloncelo) e que ao vivo terá um dis-positivo cénico com pratos de bateria,que funcionará também como ele-mento musical.“‘Harmonies’ foi o nome dado a umconjunto de estudos harmónicos mu-sicais que Satie nunca desenvolveu.Por isso a ideia foi pegar em váriaspeças e desenvolvê-las e desconstrui-las, mantendo essa matéria-prima”,contou Joana Gama.O trio, que trabalhou o disco numa re-sidência artística nos Açores, inspi-rou-se ainda “nas componentesextramusicais de Satie, sobre a formacomo ele pensava a música e atésobre as próprias questões visuaisque eram tão importantes para ele”.Joana Gama, Luís Fernandes e Ri-cardo Jacinto farão a estreia de “Har-monies” a 7 de dezembro, emLisboa, mas para janeiro e fevereiroestão agendados mais concertos, emCoimbra, Braga e Porto.

16 CULTURA

Concert de Dan Inger au Théâtre Trévise

Dan Inger a présenté son dernier pro-jet musical, ‘Dan Inger dos Santos 20ans’ au Théâtre Trévise, à Paris, le 30novembre dernier.L’artiste a essayé de donner vie àchaque chanson. «Il s’agit d’une com-pilation de mon travail avec quelquesduos inédits, avec Lio, Rui Veloso etJúlia Ribeiro. Ce n’est pas un best of

mais plutôt les histoires qui m’onttouché de plus près, d’un parcours quireste difficile, mais le public a tou-jours été là quand je leur ai donné ren-dez-vous».L’artiste dit défendre un Portugal uni-versel, j’essaye d’ouvrir ma musiquevers d’autres cultures, d’autres genres.Les fans sont venus au rendez-vous,de plus en plus nombreux, l’artiste adonné le meilleur de soi-même sur

scène.L’artiste fête ses 30 ans de carrière en2018 et fait un bilan positif de sonparcours professionnel. Avec «deshauts et des bas» il reste confiant etpositif quant l’avenir, mais il avaitavoué récemment au LusoJornal qu’ilavait «soif de reconnaissance et qu’ilfallait bouger davantage les choses».D’autres dates sont déjà prévues pourle chanteur lusodescendant. «Je vais

continuer la promotion de cet albumet j’espère continuer à attirer plus defans avec mes musiciens de choc: Pa-trick Ara, à la basse, Red Mitchell à laguitare électrique et à l’accordéonMarie Françoise Maumy».Pour ceux qui n’ont pas pu se dépla-cer à son spectacle vous avez la pos-sibilité d’écouter sa musique online.

www.daninger.com

“Dan Inger dos Santos, 20 ans”

Par Mário Cantarinha

Le «best of» de Mísia, un beau cadeauqu’elle nous fait là

Voilà quelques semaines que Mísia achanté à Paris son hommage, trèspersonnel, à Amália. Et voilà qu’ar-rive en France son double CD (40 ti-tres et rien à jeter) retraçant 25 ansde carrière discographique (marquéepar une douzaine d’albums): Do pri-meiro fado ao último tango.On connaît l’obsession de qualité quicaractérise Mísia: qualité de la po-chette de l’album, précision des ren-seignements discographiques, texteschoisis (on y trouve Fernando Pessoa,José Saramago, António Lobo An-tunes, Agostina Bessa Luís, FlorbelaEspanca, Sérgio Godinho, Vitorino,

Vasco Graça Moura, Amália, AméliaMuge… et Mísia aussi), cadors de laguitare portugaise (António Chaínho,José Manuel Neto, Luís Guerreiro,Bernardo Couto, Ângelo Freire…),d’autres grands musiciens, CarlosManel Proença (viola), Joel Pina ouMarinho de Freitas (viola baixa), lespianistes Fabrizio Romano et MariaJoão Pires, cette dernière pour un belaccompagnement, très fado et c’estdur au piano, de Paixões Diagonais,musique du fado Miguel. Et encoredes duos, dont le Amália sempre eagora, poème d’Amélia Muge, chantéavec la grande Maria Bethânia, trèsfadiste elle aussi sur ce coup là.Peu de titres très connus, hors le Lá-

grima d’Amália et le Só nós dois im-mortalisé par Tony de Matos et queMísia traite en tango. Un titre enfrançais, deux en anglais, dont un Astime goes by, où la guitare d’AntónioChaínho devient presque jazzy, troisen espagnol (n’oublions pas queMísia est de mère espagnole et quec’est en Espagne qu’elle fit ses pre-miers pas artistiques, avant de ren-trer dans le fado).D’aucuns regretteront que tel ou teltitre ne figure pas dans le recueil,mais, contrairement à bien des «bestof» où c’est davantage la maison deproduction que l’artiste qui choisitles titres, là c’est Mísia qui a décidé:c’est sa carrière, au moins à ce jour,

et c’est son choix. Bon d’accord,mais le Fado Adivinha (poème deJosé Saramago) qui figure sur le CDsur une musique de Mário Pachecoest certes excellent, mais la premièreversion qu’elle avait enregistré, surune musique d’António Vitorino d’Al-meida, avec une délicieuse introduc-tion d’António Chaínho, est encoremeilleure. C’est en tout cas mon avisunanime, et je le partage. Mais unefois que j’ai dit ça, j’ai rien dit,puisque c’est Mísia qui a décidé etc’est très bien comme ça. Une fêtepour l’oreille et les méninges, un ca-deau que Mísia nous fait, et que vouspourriez faire à d’autres en ce tempsde l’Avent.

Par Jean-Luc Gonneau

Le 07 décembre 2016

LusoJornal / Mário Cantarinha

Page 17: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Décès ducompositeuret chanteurArlindo deCarvalho

Nous avons appris la mort d’Arlindode Carvalho compositeur (Bate o fadotrigueirinha, Fadinho Serrano, CasteloBranco,…) mais aussi chanteur, àl’âge de 86 ans. Citoyen engagé pourla liberté, il choisit l’exil en Allemagne,puis en France, dans les années1960, où il séjourna plusieurs an-nées, enseignant le portugais et seproduisant occasionnellement à laradio et à la télévision, fréquentant ré-gulièrement les maisons de fadod’alors.De retour au Portugal après le 25 avril,il revenait régulièrement en visite enFrance. Il laisse une œuvre très mar-quée par la musique du folklore por-tugais, dont certaines chansons furentinterprétées notamment par AmáliaRodrigues, Tristão da Silva, MadalenaIglésias ou António Mourão.

Jean-LoupPassek morreu aos 80 anosO investigador e historiador de ci-nema de origem francesa Jean-LoupPassek, cujo espólio esteve na baseda criação do Museu de Cinema deMelgaço, morreu no domingo pas-sado, aos 80 anos, informou a autar-quia local na sua página noFacebook.A câmara transmite o seu pesar aosfamiliares e amigos de Jean LoupPassek e salienta que o crítico de ci-nema “será para toda a eternidadelembrado como um grande amigo deMelgaço”, tendo sido recentementehomenageado com o título honoríficode Cidadão de Honra. “Foi quandofilmava, no início da década de 1970nos arredores de Paris, um docu-mentário sobre a imigração, que en-trou em contacto com váriosmembros da Comunidade portu-guesa, entre os quais se incluíam doishabitantes do concelho de Melgaçocom quem viria a estabelecer laçosde profunda amizade”, recorda a au-tarquia, explicando que este encontro“marcou o início de uma relação pro-funda com Portugal, que, com o cor-rer do tempo, se viria a tornar numasegunda pátria”.Jean-Loup Passek foi Diretor editorialdo “Dictionnaire Larousse du Ci-néma”, Conselheiro para o cinema doCentre Georges Pompidou, fundadore Diretor do Festival de la Rochelle ecoordenador da “Caméra d’Or” dofestival de Cannes.

CULTURA 17

lusojornal.com

Plus de 200 personnes pour l’hommage a Carlos Neto

Sans compter les artistes qui ont tenuà participer à l’hommage rendu, en saprésence, à Carlos Neto, un des piliersdu fado en France, ce sont plus de200 personnes qui ont tenu à lui ma-nifester leur amitié ce dimanche 4 dé-cembre dans la salle adjointe à l’égliseNossa Senhora de Fátima à Paris.Les fadistes parisiens étaient eux aussien nombre, professionnels, semi-pro-fessionnels, amateurs (les frontièressont poreuses entre ces catégories). Ci-tons, par ordre alphabétique et en nousexcusant par avance d’éventuels oublisles chanteuses et chanteurs Adriano

Dias (qui tint aussi la viola), António deFreitas, Aristides Torres, Armindo Cam-pos, Diana Santos, Gracinda Vilelas,Inês Esteves, Jenyfer Rainho, JoaquimCampos, Júlia Silva, Lúcia Araújo, Ma-nuel Miranda (co-organisateur de lasoirée et qui tint aussi, bien sur, la gui-tarra), Maria Manuela, Mário Porto,Mónica Cunha, Odete Fernandes (éga-lement présentatrice de la soirée),Paulo Manuel, Renato Figueiro, SousaSantos, Sr Ramos, Tony do Porto, TonyGama, Tony Lopes, ainsi que deuxfrançais-e-s, Lizzie et l’auteur de ceslignes, les guitaristes Filipe de Sousaet José Rodrigues, les violistes Casi-miro Silva, Flaviano Ramos, Nuno Es-

tevens et Pompeu Gomes, les violistesbasse ou contrebassistes Tony Correiaet le français Philippe Leiba. Si nousajoutons les excusés Conceição Gua-dalupe, Manuel Corgas et Vitor doCarmo, en concert à Perpignan, onconstate qu’il ne manquait pas grandmonde du fado francilien.Ajoutons que Miguel Ramos, violiste etchanteur de haute volée, fit spéciale-ment le déplacement de Lisboa pourson ami Carlos Neto, lequel, très ému,remercia l’assistance en paroles et enchantant lui aussi, recevant une vi-brante ovation. Cet hommage corres-pondait aussi, à un jour près, au22ème anniversaire de l’arrivée de

Carlos Neto en France, où il ne devaitrester, en principe, que… quelquesmois.Bien entendu, tous les artistes pré-sents se sont produits gracieusement,ce qui a permis de remettre la recettede cette après-midi très réussie à Car-los Neto, afin de l’aider à surmonter cemoment difficile de sa vie, qu’il af-fronte avec un courage remarquable.Toutes et tous, nous espérons que soncombat contre la maladie sera victo-rieux. Et sans doute son amour du fadolui est précieux. Un grand merci enfinà Manuel Miranda et Luís Gonçalves,qui ont rendu possible cet hommagechaleureux.

Fado

Par Jean-Luc Gonneau

Marta Ren percorre palcos francesesantes e depois de atuação no EurosonicA artista portuguesa Marta Ren vaipercorrer múltiplas cidades emFrança, durante os meses de feve-reiro e março do próximo ano, depoisda atuação prevista no festival holan-dês Eurosonic, anunciou a agênciade comunicação da artista.Depois de passar nos próximos diaspor Rennes, a responsável peloálbum “Stop, Look, Listen” vai can-tar em Charleville-Mézières, tambémem França, regressando a Portugalpara um concerto “que se pretende

intimista e que, de alguma forma, ce-lebra o encerramento de um ano desucesso e ascensão”, na Casa da Mú-sica, no Porto, no dia 9 de dezembro,antes de seguir para o Mónaco e paraItália, ainda durante este mês.Em 2017, depois do concerto a 12de janeiro no Eurosonic, onde Portu-gal é o país em destaque, a ex-voca-lista dos Sloppy Joe vem até à capitalfrancesa, onde inicia uma série deespetáculos neste país que se pro-longa até março, passando por cida-

des como La Rochelle, Nantes eLille.“O primeiro álbum em nome próprioda carismática Marta Ren tem cor-rido as bocas do mundo. ‘Stop, Look,Listen’, editado pela italiana RecordsKicks, com distribuição Sony Musicem Portugal, tem arrecadado exce-lentes críticas por parte da imprensaespecializada dentro e além-frontei-ras. Craig Charles, o conhecido radia-lista da BBC Radio referiu mesmo acantora como uma das artistas a ter

em linha de conta no cenário da funke soul em 2016”, pode ler-se no co-municado enviado com as datas deconcertos.A convite da Antena 3, no Eurosonicestará Marta Ren & The Groovelvets,artista portuguesa há 20 anos ligadaà música e que editou este ano o pri-meiro álbum a solo, “Stop > Look >Listen”, que descreveu à Lusa comoum mergulho nos anos 1960 e1970, nos clássicos do ‘soul’ e do‘funk’.

Coreografia “Manger” de Boris Charmatzexplora os significados do ato de comerA coreografia “Manger”, de BorisCharmatz, que explora os significa-dos do ato de comer desde a dimen-são física, social e psicológica, foiapresentada no palco da Culturgest,em Lisboa, na sexta-feira e no sá-bado passados.Pegando no tema como uma metá-fora para a criação coreográfica, ocriador francês Boris Charmatz focao espetáculo na comida que setransforma, na boca, numa misturafecunda, segundo um texto da pro-gramação sobre a peça.

O espetáculo “Manger” tem desenhode luz de Yves Godin, som de OlivierRenouf e uma seleção musical queinclui The Kills, Animal Collective,Daniel Johnston, Aesop Rock, SexySushi, Arcangelo Corelli, Ludwig vanBeethoven, Josquin des Prez, Mor-ton Feldman e György Ligeti.A interpretação é de Or Avishay,Matthieu Barbin, Alina Bilokon,Nuno Bizarro, Ashley Chen, OlgaDukhovnaya, Julien Gallée-Ferré,Christophe Ives, Maud Le Pladec, Fi-lipe Lourenço, Mark Lorimer, Mani

Mungai e Marlène Saldana.“A dança inventou a anorexia. Osmaratonistas comem enquanto cor-rem. Os prisioneiros fazem greve dafome. O ritual da refeição tende adesaparecer. Uma criança come adançar. Danço de boca cheia. Tucomes deitado. Ela dorme em pé.Digerimos as informações”, escreveo coreógrafo num texto sobre “Man-ger”.Acrescenta ainda, sobre este espetá-culo, que “a coreografia das pessoasse torna também na coreografia dos

alimentos que atravessam o espaçoe o corpo por dentro. O essencial de-sapareceu goela abaixo. Não quere-mos morrer sufocados. Engolimos amensagem sem a ler. Engolimos arealidade. Digerimos os conflitos.Eles comem em sentido lato. A rea-lidade devorada”.Estreado na Ruhrtriennale - Interna-tional Festival of the Arts, na Alema-nha, em 2014, o espetáculo éproduzido pelo Musée de ladanse/Centre chorégraphique natio-nal de Rennes et de Bretagne.

Le 07 décembre 2016

Par Jean-Luc Gonneau

Page 18: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Charles Aznavour atuaem Lisboa a 10 de dezembroO cantor Charles Aznavour, intér-prete de êxitos como “La bo-hème”, e que compôs para AmáliaRodrigues “Aïe mourrir pour toi”,atua no dia 10 de dezembro, emLisboa.Charles Aznavour, de 92 anos,atua na Meo Arena, no sábado, dia10 de dezembro, no âmbito deuma digressão que este ano já olevou a 11 palcos, de Amesterdão,na Holanda, a Tóquio e Osaka, noJapão, passando por Bucareste,Praga, Dubai ou Barcelona, Ve-rona, Marbella e Antuérpia, antesde Lisboa.O cantor, ator e compositor francêsde origem arménia, apontado pelaimprensa como uma “lenda vivada ‘chanson française’”, editou, noano passado, o álbum “Encores”,composto por inéditos de sua au-toria, entre os quais uma homena-gem a Edith Piaf e uma recriaçãode Nina Simone, tendo atuado, naaltura, em cidades como Paris,Londres, Bruxelas e São Peters-burgo, entre outras, num total de12 concertos.Todas as canções do álbum, à ex-ceção de “You’ve got to learn”,foram escritas e compostas porAznavour, que fez os arranjos paraa sua voz, sendo a orquestraçãode Jean-Pascal Beintus.Charles Aznavour atuou em 2008em Portugal, ano em que recebeua Medalha de Honra da SociedadePortuguesa de Autores. Em 2007,gravou com a caboverdiana MayraAndrade a canção “Je danse avecl’amour”.Com uma carreira com cerca de70 anos, como cantor, ator e com-positor, Aznavour escreveu maisde mil canções em francês, inglês,italiano, espanhol e alemão, ven-deu mais de 180 milhões de dis-cos, tendo partilhado o palco comcantores como Edith Piaf, CharlesTrenet, Dalida e Yves Montand,entre muitos outros.De origem arménia, o músico fun-dou a organização não-governa-mental Aznavour For Arménia,como resposta ao terramoto na-quele país, em 1988.Tanto em França, onde apoiouJacques Chirac contra Jean-Mariele Pen, nas presidencias de 2002,como no Parlamento Europeu, Az-navour “participou em várias ini-ciativas em defesa dos direitos dosartistas e da lei dos direitos deautor”.

18 CULTURA

Chœurs dirigés par Cecília Blais Manzonien la Cathédrale Sainte Marie à Oloron

Le dimanche 27 novembre les deuxchœurs MusicaVivente de Tarbes et leChœur Sol’N d’Oursebelile s’étaientdonné rendez-vous en la CathédraleSainte Marie à Oloron, autour dechants en anglais, dont le fameuxHallelujah de Leonard Cohen, quivient de disparaître. Les deux cho-rales sont dirigées par la talentueusesoliste Cecília Blais Manzoni, «lis-boeta» qui baigne dans la musique

depuis sa plus tendre enfance, quandelle accompagnait son père, le chan-teur et chef de chœur Jorge Manzoni.Cecília Blais Manzoni débuta le chantà la Chorale Luísa Tódi de Setúbal.Pour le dernier chant, magnifique-ment interprété par les deux Chœurs,Cecília nous a amené au Portugalavec «Natal de Évora» de Mário Sam-paio.Les chœurs dirigés par Cecília ont eu

beaucoup de mérite de chanter dansune cathédrale glaciale.Heureusement, à la fin du concert, lechocolat chaud, café et thé, servi parles bénévoles de l’Association FrancePortugal d’Oloron Sainte Marie, achauffé tout le monde. Les organisa-teurs ont promis organiser d’autresconcerts avec les deux chœurs «lorsd’une autre saison plus clémente».Ana Rocha, Consule du Portugal à

Bordeaux a assisté au concert et apassé une belle après midi avec l’As-sociation France Portugal Europe.La prochaine activité de l’associationprésidée par Elza da Fonseca God-frin, a été fixée au 15 janvier, pourles vœux et le partage de la Galettequi sera animée par le groupe dejeunes enfants «Galaxy» qui compteplusieurs petits portugais dans legroupe.

Chœur MusicaVivente de Tarbes et Chœur Sol’N d’Oursebelile

Grafismo de exposições e museus de Paristêm assinatura portuguesa

A identidade gráfica, os cartazes e oscatálogos de exposições em váriosmuseus na região de Paris contamcom uma assinatura portuguesa,como o Jeu de Paume, o Palais deTokyo e uma galeria do Palácio de Ver-salhes, entre outros.O açoriano José Albergaria chegou aParis em 1999 e cerca de um ano de-pois começou a trabalhar com o ho-landês Rik Bas Backer, tendo ambosfundado, em 2003, o ateliê de cria-ção gráfica Change is Good, que éhoje uma referência no circuito do‘design’ das instituições culturais pa-risienses.“Há uma experiência, há um trabalho.Depois há, de facto, uma série de ate-liês que rodam, que têm uma certacredibilidade em relação ao meio cul-tural e fazemos parte desse circuito”,contou à Lusa José Albergaria.O ateliê Change is Good faz parte daAlliance Graphique Internationale,“um grupo internacional bastante res-trito” de designers, onde se entra “porconvite e portfolio”, com 32 represen-tantes em França que “são talvez osque desenharam muitas instituiçõesculturais francesas”, explicou o artistagráfico, precisando que ele e o sócio

presidem o grupo francês.O ateliê de José Albergaria concebeu,por exemplo, as identidades gráficase os logotipos do Jeu de Paume, em2007, um museu de arte contempo-rânea e de fotografia, e do centro cul-tural “104”, em 2011, um espaço deexposições, concertos e residênciasartísticas.Os cartazes assinados pela dupla luso-holandesa aparecem, com frequência,nos corredores do metro parisiense,assim como nas ruas da capital fran-cesa, a anunciar, por exemplo, exposi-ções no Museu de Arte Moderna daCidade de Paris e no Palais de Tokyo,considerado como um dos maiorescentros de criação contemporânea naEuropa.Aos cartazes, juntam-se, muitasvezes, os catálogos e a sinalética dasexposições, como no caso de “OsUniversalistas”, uma mostra sobre aarquitetura portuguesa realizada esteano na Cité de l’Architecture et duPatrimoine, ou no caso da exposição“Pliure: La Part du Feu”, na delega-ção francesa da Fundação CalousteGulbenkian, no ano passado, ha-vendo uma colaboração recorrentecom esta instituição.No portfolio dos projetos do artistagráfico português, há outros museus,

como o Centro Pompidou, para o qualfoi feito o catálogo da exposição sobreo artista Raymond Hains, em 2001,assim como a galeria de história doPalácio de Versailles, para a qual foirealizado o grafismo nas paredes e ocatálogo da exposição em 2012.“Nós não procuramos um estilo pre-ciso, até somos bastante contra aideia que um atelier tem de ter um es-tilo para se afirmar ou para comuni-car. O nome Change is Good é porquecada projeto é uma resposta diferente,é uma nova história, toda uma novaforma que se vai criar. O prazer tam-bém é procurar terrenos diferentes”,descreveu o designer de 46 anos.O ateliê Change is Good também faz,todos os meses, o grafismo da revistafrancesa “Cahiers du Cinéma” e atéconcebeu a sinalética urbana da mar-gem esquerda do rio Sena, em 2013.Além da “mesma visão sobre o designgráfico, a mesma ética”, a música foi,desde o início, um elo de ligação entreJosé Albergaria e Rik Bas Backer quedesenharam o catálogo da exposição“Velvet Underground – New York Ex-travaganza”, na Philharmonie deParis, este ano, e fizeram a capa donovo disco do grupo francês Stupeflip,que vai ser lançado “em breve”.A dupla também concebeu o catálogo

para a exposição “Andy Warhol TV”,no museu Berardo, em 2010, refez aetiqueta da cerveja belga Vedett e ob-teve o segundo lugar da Bienal Inter-nacional de Posters de Hangzhou, naChina, com um cartaz para o NouveauThéâtre de Montreiul, ainda que nãosejam “grandes adeptos de concur-sos”, porque “muitos são pagos e éum bocado ridículo pagar para ver sese ganha”.Atualmente, José Albergaria está atrabalhar no livro “Une Histoire desCivilizations - Les Évolutions de l’Ar-cheologie Contemporaine”, que vaiser publicado em França, em 2017,pelas Éditions Découvertes e pelasÉditions Dominique Carré “e que vaiser talvez a grande referência para ospróximos dez anos na arqueologia”.José Albergaria moderou, na sexta-feira da semana passada, na Embai-xada de Portugal em Paris, umaconversa sobre a Europa, entre o filó-sofo português Eduardo Lourenço e ocartoonista francês Plantu, os doisvencedores da edição de 2016 doPrémio Europeu Helena Vaz da Silvapara a Divulgação do Património Cul-tural, um dia depois de Eduardo Lou-renço ter recebido o Prémio deDivulgação da Língua e LiteraturaFrancesas na Academia Francesa.

Por Carina Branco

Le 07 décembre 2016

PUB

Page 19: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

PUB

Page 20: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Nova Direçãona API deSainte Genne-viève-des-Bois

A associação API de Sainte Genne-viève-des-Bois (91), convocou osseus associados para uma Assem-bleia Geral no fim de semana pas-sado.A Direção cessante apresentou ascontas anuais, que foram aprovadaspor unanimidade dos sócios presen-tes e não havendo nenhuma outralista concorrente à eleição dos corposgerentes, o Presidente cessantetomou a iniciativa de apresentar novalista, que foi eleita também por una-nimidade.O Presidente de Honra da associaçãocontinua a ser António Frazão.O Presidente da Direção é FranciscoMarques e o Vice-Presidente é CarlosBatista. Os Secretários da Direção sãoAdozindo Amorim, Manuel Teixeira eMário Almeida, enquanto os Tesou-reiros são Filipe Lopes, Artur Ferreirae Tristão Amorim.

Associação deCourbevoie-la-Garenne participou noTéléthon

A Associação Cultural Portuguesa deCourbevoie-la-Garenne, presidida porJosé Sousa, animou um stand no fimde semana passado, onde vendeuprodutos portugueses, nomeada-mente Pastéis de Nata, para angariarfundos para ajudar a AFM Téléthon.

20 ASSOCIAÇÕES

Programa português da rádio Enghien com 33 anos

O programa Voz de Portugal IDFM darádio Enghien festejou os seus 33anos no domingo passado no espacelumière em Epinay-sur-Seine (93). Oaniversário contou com a colaboraçãoda associação portuguesa local queaproveitou o momento para homena-gear o trabalho do ex-Presidente Fer-nando Silva que se despediu da suaequipa associativa com alguma emo-ção. Com um elenco atrativo, MaraPedro, Papa London, Paula Soares,Virginie, Nina Tavares, Virginie, duomusical Nuno Félix e Sandra ou aindaChristophe Malheiro foram alguns dosnomes artísticos que por ali passaram.Joaquim Parente congratulou-se como êxito da tarde festiva. “Correu tudomuito bem, o resultado esperadodeste evento é essencialmente o con-vívio feito com os nossos ouvintes eamigos da rádio. Não temos benefí-cios nenhuns, é graças aos patrocina-dores que conseguimos realizar estafesta e manter o nosso programa aolongo dos anos” disse ao LusoJornal.“Comecei há 30 anos a lutar por estarádio. Sou uma pessoa que nunca bai-

xei os braços, mas sei que nem todosdão valor ao meu trabalho”.A jovem fadista Mara Pedro foi o mo-mento forte desta tarde. “Foi difíciltrazê-la cá, ela tem uma agenda muitoforte, apenas tem 17 anos, e quandoveio cá pela primeira vez tinha só 11anos. Tivemos muita gente, foi muitobom”, acrescentou o radialista.Uma programação artística intensa evariada com mais de 10 artistas ao

vivo no palco atraiu dezenas de pes-soas.Fernando Silva, ex-Presidente da as-sociação que deixa o seu cargo aosseus filhos, começou por referir queesta era a última festa que organizava.“Espero que os meus fillhos e outrosmembros da Direção continuem o tra-balho feito até aqui. Fico muito felizcom esta tarde festiva e com o su-cesso que teve, atraindo uma vez mais

muita gente”.Algumas personalidades políticas im-portantes do departamento da Seine-Saint-Denis assim como o Deputadoportuguês eleito pelo Círculo da Eu-ropa, Carlos Gonçalves, marcarampresença. “Sempre contámos com aajuda da Mairie de Epinay”, explicouao LusoJornal.O ex-responsável associativo recordoua altura em que chegou a frança em1974 e “vim para Epinay-sur Seineem 1978, foi quando comecei a fun-dar o grupo folclórico do Algarve ecriei então a associação em 1981”.A associação tem conhecido um per-curso positivo com muita dinâmica.“33 anos festejam-se e quisemos di-versificar o tipo de música, para nãoser sempre folclore. O espetáculoagradou aos presentes e isso é o maisimportante». Fernando Silva está con-ciente que o futuro da associação estánas mãos dos mais jovens que terãopor responsabilidade uma nova dinâ-mica. “As associações hoje já não sãocomo era antes, mas o principal obje-tivo mantém-se que é de continuar apromover a língua, a cultura portu-guesa e a nossas tradições”, concluiu.

Festa foi organizada em parceria com a associação de Epinay-sur-Seine

Por Mário Cantarinha

Une association en France pour aider MourisiaL’association Mourisia Amicale a vu lejour en mai 2015. À l’origine de ceprojet nous trouvons Joël et Lídia Cer-queira, Mickaël da Costa, GeorgesMoreira, David et Nathalie de JesusNeto.Cette idée a vu le jour lorsque ces per-sonnes ont vu années après annéesdépérir et se dépeupler leur village deMourisia, situé près d’Arganil dans laSerra da Estrela.Aujourd’hui, une dizaine d’habitants,assez âgés y vivent de façon perma-nente.C’est pour ne pas voir disparaître sansrien faire ce village, où tous avaientleurs plus beaux souvenirs d’enfance,ce village que tous considèrent êtreleur petit coin de paradis, que ces

jeunes de la région de Quiestède dansle département 62, ont décidé decréer cette association. Leur but? Or-ganiser des événements (repas,concerts, soirée fado). Ces derniers

permettent de collecter des fonds quiseront reversés à leur village.Un vrai projet de sauvetage, afin quene meurt jamais ce petit village deMourisia.

Bien que cette association soit ré-cente, elle a déjà pu participer aux tra-vaux de réfection de la route. Le projetactuellement en cours concerne la ré-novation de la “Casa do povo”. Ce lieuqui est dans un état de vétusté assezavancé, sert d’épicerie et de café auxvillageois.Mourisia se trouve dans les hauteurset pourrait bénéficier d’un sérieuxavantage grâce à mère nature. Eneffet, il y a des piscines naturelles quipourraient être aménagées et qui se-raient un réel pas de géant pour relan-cer le tourisme dans ce petit village sipittoresque.Pour conclure, nous souhaitonslongue vie à cette association! Si voussouhaitez aider leur honorable cause,vous pouvez les contacter:[email protected]

Par Virginie Vila Verde

Magusto português no Restaurante Vitória

Foi no passado dia 13 de novembroque em Brive-la-Gaillarde a Comuni-dade portuguesa se reuniu num dosmais emblemáticos pontos de encon-tro, o Restaurante Vitória, para a co-memoração do São Martinho.Maria José, a proprietária do Restau-rante Vitória, presenteou os convivascom “verdadeiros petiscos típicos por-tugueses”, entre os quais se destaca-ram a Sardinha assada, o Caldo verdee como não podia deixar de ser a Cas-tanha portuguesa assada nas brasas.Num final de tarde e início de noitebastante animados, com direito a con-certina, as horas foram passando emverdadeiro ambiente de festa e todos

os presentes se deliciaram com os pe-tiscos tradicionais.O Restaurante Vitória despediu-se

de todos os presentes nesta noitecom a promessa de que em brevehaverão mais eventos e novidades

com petiscos bem tradicionais, paraque todos possam “matar sauda-des” de Portugal.

Em Brive-la-Gaillarde

Por André Jorge Leite

Le 07 décembre 2016

LusoJornal / Mário Cantarinha

PUB

Page 21: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Bernardo Silva, o desejo de ser Campeão

O Monaco viveu uma semana intensa.No primeiro jogo, que decorreu napassada terça-feira, dia 29 de novem-bro, os Monegascos deslocaram-se aoterreno do Dijon e empataram a umabola, depois, no sábado 3 de dezem-bro, receberam o Bastia e vencerampor 5-0. Dois resultados que colocama equipa do português Leonardo Jar-dim no segundo lugar com 36 pontos,a três do Nice, o líder.O LusoJornal teve a oportunidade defalar com um dos dois jogadores lusosda equipa, Bernardo Silva, após o en-contro frente ao Dijon.

Como podemos analisar o jogo frenteao Dijon?Entrámos bem, fizemos um golo, masacabámos por baixo na primeira parte.Na segunda parte, acho que tivemosalgumas falhas que temos de melho-rar. Infelizmente não saímos de Dijoncom a vitória, mas agora vamos pen-sar no próximo jogo e vamos tentarganhá-lo.

O golo não foi demasiado cedo?Marcámos cedo como em muitosjogos. Tentámos jogar para marcarmais golos mas não conseguimos. As

coisas não nos saíram tão bem comonos outros jogos, mas também não éfácil jogar aqui em Dijon, é um campodifícil. A equipa do Dijon fez um bomjogo e estão de parabéns.

A equipa já começa a sentir um certocansaço?É verdade que temos tido vários jogos,mas estamos bem, sentimo-nos bem.As grandes equipas têm de estar pre-paradas para ter muitos jogos. Nósconseguimos ganhar a maior parte dosjogos. Vamos continuar a pensar emestar bem e em recuperar bem paraestarmos a 100% em todos os encon-tros que vamos realizar.

Que balanço podemos fazer da tem-porada até agora?Tem sido uma temporada bastantepositiva, em que conseguimos o apu-ramento para os oitavos da Cham-pions. Estamos nos lugares cimeirosda Ligue 1 e esperamos continuarassim. Queremos ser cada vez maisregulares para conseguirmos manter-nos lá em cima. É onde queremosestar.

São candidatos ao título?Sentimos que podemos ter uma pala-vra a dizer. Sabemos que o PSG é

sempre o favorito, mas não custa so-nhar.

Este ano, o Bernardo tem sido umlíder nesta equipa…É o meu terceiro ano no Monaco,sinto-me bem. Sinto sobretudo queestou a ajudar a equipa e isso é o maisimportante para mim.

Tem seguido a temporada do Benfica?A nível do Campeonato português, oBenfica está muito bem. Espero queconsiga continuar assim. A nível daChampions, sei que a qualificaçãonão está fácil, mas o Benfica recebeem casa o Nápoles no último jogo, eem casa, o Benfica joga sempre paraganhar.

O tetra é possível para os encarnados?Claro que é possível. Acho que o Ben-fica está no bom caminho e nós todosbenfiquistas, esperamos que o Ben-fica consiga alcançar o tetra.

O tetra para o Benfica e o MonacoCampeão, o que seria?Seria uma temporada perfeita.

Na próxima jornada, o Monaco des-loca-se ao terreno do Bordeaux no sá-bado 10 de dezembro.

Ligue 1

Por Marco Martins

DESPORTO 21Le 07 décembre 2016

Radamel Falcao, um colombiano a pensar no Brasil

Na passada semana, ocorreu umatragédia na Colômbia com umaqueda de um avião no qual estavauma equipa brasileira de futebol, oChapecoense, bem como jornalistas.Houve 71 mortos e apenas 6 sobre-viventes no que teria sido um aci-dente por causa de falta decombustível entre outros problemasque levaram a este drama. A equipa,vinda da cidade de Chapecó, ia de-frontar o clube colombiano do Atlé-tico Nacional na final da TaçaSul-Americana.Em França, um jogador colombianomuito conhecido, atua pelo Monaco,

Radamel Falcao. O internacional pelaSeleção da Colômbia, partilhou como LusoJornal o que sentiu nesse dia.

Como viveu este drama?Foi uma desgraça que nos tocou, aomundo do futebol e a todos em geral.Senti-me muito triste com o que sepassou. Foi difícil digerir durante odia. A única coisa que podemos éapresentar as nossas condolências atodas as famílias das pessoas que es-tavam nesse avião.

A equipa colombiana quer que a Taçaseja para o Chapecoense…Acho que é um grande gesto do Na-cional depois desta tragédia. Após o

que aconteceu já não interessa saberquem ganha a Taça Sul-Americana.Acho que é a maneira certa de home-nagear todas as vítimas com este atodo Nacional e espero que seja possí-vel e realizado.

Segundo tudo indica, o Chapecoenseserá declarado vencedor da Taça Sul-Americana e, além disso, irá disputara Taça Libertadores em 2017, com-petição comparada à Liga dos Cam-peões na Europa. Esta é umainformação avançada pelos meios decomunicação brasileiros, que assegu-ram que a Conmebol, ConfederaçãoSul-Americana de Futebol, já tomoua decisão nesse sentido.

Por Marco Martins

PUB PUB

@MEWJ79

Page 22: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

22 DESPORTO

Le Sporting n’est plus «lanterne rouge»

Le mois de novembre a pris fin et aveclui la série de défaites consécutive àdomicile. Pour cette dernière rencon-tre à domicile de la si particulièreannée 2016, le Sporting Club deParis a renoué avec la victoire en s’im-posant face à l’équipe de Bruguièressur le score de 7 buts à 2.Les Vert et Blanc cèdent ainsi leurplace de lanterne rouge à leur adver-saire du jour. Mais les hommes de Ro-dolphe Lopes ont joué avec les nerfsde leur fidèle public puisque en ne ca-drant pas leurs premières occasions -deux poteaux - ils permettent à leuradversaire de garder pied dans la par-tie et de marquer sur leurs premièrestentatives pour mener 2-0. Mais plu-tôt que de baisser le regard, tels deshommes déjà battus, ils relèvent lebuste et se lancent dans le combatpour recoller rapidement au score, cequi sera chose faite grâce à un doublé

d’Augusto et à la première réalisationpour sa première dans le groupe élitede Bououai.Bruguières reste à l’affût au retour desvestiaires mais le Sporting Club deParis retrouve de sa superbe et ne per-met pas au club haut-garonnais de

pouvoir espérer quelque chose de sonvoyage parisien. Les Parisiens inscri-vent quatre nouveaux buts au coursdu second acte, dont un notammentde Ndukuta, jeune espoir du Clubfondé en 1983 par José Lopes.Le Sporting Club de Paris, grâce à

cette victoire, quitte la zone rouge, sy-nonyme de relégation en fin de saison.Les joueurs Parisiens se rendront enIsère la semaine prochaine, à Echi-rolles, avant de sceller l’année à Bé-thune, le 17 décembre prochain, enmatch en retard de la 11ème journée.

Futsal / Première division

Nuno Pinheiro, o Capitão do Paris Volley

A equipa do Paris, onde atua o portu-guês Nuno Pinheiro, venceu por trêssets a zero o Tours, num jogo a contarpara a sétima jornada do Campeonatode França de Voleibol. O atleta portu-guês Nuno Pinheiro foi titular e Capi-tão do lado dos parisienses, tendoapontado dois pontos.Foi um encontro muito disputado emque cada set durou mais de 30 minu-tos. Numa sala Pierre Charpy, emCharléty, completamente cheia paraeste confronto entre duas das maioresequipas do Campeonato francês.Nuno Pinheiro foi preponderante navitória frente à… sua antiga equipa.Os Parisienses venceram o primeiroset por 27-25 com o ponto decisivo aser apontado pelo atleta luso. O se-gundo set terminou com um 25-23,enquanto o derradeiro foi o mais com-plicado a vencer para os Parisiensesvisto que acabou com um 30-28 (!).Uma vitória que permite ao Paris desubir ao quinto lugar com 12 pontos,os mesmos que o Tours e a 4 pontosdos dois líderes, o Chaumont e oMontpellier, este último sofreu a suaprimeira derrota da temporada frenteao… Chaumont (!)Em Paris, o LusoJornal assistiu ao jogoe falou com Nuno Pinheiro, muito so-licitado pelos adeptos Parisienses paradar autógrafos e fazer fotografias.

Foi uma vitória fácil por 3-0?Foi um 3-0, mas houve muita batalha.É um 3-0 de muita guerra. Não é um3-0 em que chegas, jogas e vencestranquilamente. É um resultado muitopositivo para nós. É um resultado quenós precisávamos. É importante paraa nossa equipa que está em constru-ção, é importante para a confiança epor isso estou muito contente. Estoufeliz por nós, pelo nosso grupo de tra-

balho que merece, porque perdemosalguns jogos em pequenos detalhes,aliás eu penso que devíamos ter ganhoesses jogos. Perdemos esses jogos eprecisávamos de vencer frente a umadas equipas fortes desta liga. O Toursé muito forte, mas tínhamos a vontadede alcançar um bom resultado e foi oque fizemos.

Frente ao Tours, tudo foi resolvido gra-ças aos detalhes?Sim porque a nossa equipa precisa demais lucidez e tranquilidade nos mo-mentos importantes. A nossa equipatem muita vontade de ganhar, temmuita vontade de jogar e isso porvezes, cria alguma instabilidade. Umapessoa quando está muito crispada,quer fazer as coisas muito bem emuito rápido, e às vezes não é a me-lhor das soluções. Mas quando seganha alguns jogos e que uma pessoaestá mais confortável, nos momentosimportantes, estamos mais lúcidos.

Por isso uma vitória como esta é muitoimportante para nos libertar um poucoe para estarmos à vontade. Acho quevamos estar mais preparados para osjogos importantes que vão chegar.

Como foi o seu regresso ao voleibolfrancês? Tem sido o Capitão destaequipa…É quase normal porque já jogo emFrança há alguns anos e conheçomuito bem este Campeonato, sem es-quecer a experiência que tenho com aminha idade. Para mim isso é normal.O que eu quero mesmo é construiruma equipa e ter resultados. Ser Ca-pitão é uma formalidade, o que gosta-ria é que haja vários dentro do campo.Temos de remar todos para o mesmolado e acho que estamos no bom ca-minho. Estamos a avançar.

O Campeonato francês evoluiu?Está sempre a evoluir. A realidade éesta. Este Campeonato está cada vez

melhor com grandes jogadores. Todasas equipas têm um plantel forte etodos os fins-de-semana é uma bata-lha. Tens que estar a 100% em todosos jogos, se queres ganhar.

Qual é o balanço que podemos fazerda temporada na Bélgica?Foi um ano complicado. Não foiaquele regresso que eu esperava. Oclube mudou, as pessoas mudaram epor isso a minha adaptação não foifácil. Foi uma época difícil. Tento tiraralguma coisa de positivo da minha se-gunda passagem e continuo a apren-der. Foi um ano de aprendizagem queme permitiu chegar ao Paris aindamais forte, com mais experiência ecom um outro tipo de bagagem paraesta equipa.

Na próxima jornada, o Paris Volleydesloca-se ao terreno do Nantes Rezéno sábado 10 de dezembro pelas20h00.

Voleibol

Por Marco Martins

Le 07 décembre 2016

Benfica nosquartos de finalda Euroliga feminina de hóquei em patinsA equipa feminina de hóquei em pa-tins do Benfica confirmou no fim desemana passado um lugar nos quar-tos de final da Euroliga, após bater naLuz as Francesas do SA Mérignac por7-2.Depois de se terem imposto fora por5-0, as pupilas de Paulo Almeida con-firmaram a clara superioridade, numjogo em que ao intervalo já venciampor 4-1.Marlene Sousa, com quatro golos, Ma-carena Ramos, Rita Lopes e Ana Ar-sénio foram as marcadorasportuguesas.Nos quartos de final, o Benfica vai de-frontar as também Francesas do USCoutras, com a primeira mão a 21 dejaneiro e a segunda a 18 de fevereiro.

Jogo em Metzsuspenso, após petardo lançado contraAnthony LopesO jogo de futebol entre Metz e Olym-pique de Lyon foi suspenso no segui-mento do lançamento de petardospara a zona da baliza dos visitantes, naqual se encontrava o guarda-redes in-ternacional português Anthony Lopes.Anthony Lopes foi afetado por um dospetardos, que caiu mesmo ao seulado, e foi assistido no local pelos mé-dicos da sua equipa, após o que o ár-bitro, Lionel Jaffredo, decidiu parar oencontro, que, ao não ser retomadoem 45 minutos, ficou automatica-mente suspenso.O incidente aconteceu aos 31 minutosde jogo, logo depois de o Metz ter che-gado à vantagem, com o golo de Gaut-hier Hein (29 min).O Metz arrisca-se a sofrer várias san-ções da comissão de disciplina da ligafrancesa, a começar pela derrota destejogo ‘na secretaria’.Lopes saiu pelo seu próprio pé docampo e depois foi levado por um ca-mião de bombeiros ao hospital, ondevai fazer exames médicos de controle,segundo o twitter do Olympique deLyon.O muito provável castigo com derrotado Metz confirmará o quarto lugar doLyon na prova, com 28 pontos, a setedo Paris Saint-Germain, que é terceiro.

Sporting Club de Paris 7-2 Bruguières

Buteurs: Augusto x2, Bououai x2,Amadeu, Teixeira et Ndukuta

LusoJornal / Marco Martins

PUB

Page 23: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

Jusqu’au 11 décembre Exposition de peintures de Jorge Queiroz, dansle cadre d’«Incorporated», 5ème édition desAteliers de Rennes - biennale d’art contempo-rain. Musée des beaux-arts de Rennes, 20 quaiEmile Zola, à Rennes (35). Avec le soutien del'Ambassade du Portugal en France - Centreculturel Camões I.P. à Paris.

Jusqu’au 11 décembre «Sur des territoires fluides», exposition col-lective regroupant trois artistes question-nant la notion de territoire: Didier FiuzaFaustino, Till Roeskensn et Laurent Tixador.La Maréchalerie – Centre d’art contempo-rain, 5 avenue de Sceaux ou 2 avenue deParis, à Versailles (78).

Du 12 au 15 décembre Exposition du photographe portugais Valter Vi-nagre «Regards sur le monde rural au Portu-gal», tirée de son projet «Barra das Almas».Dans le cadre de la programmation portugaisedu Marché de Noël 2016. Parlement Euro-péen, à Strasbourg (67).

Jusqu’au 24 décembre Exposition collective d’art contemporain, issuede la collection privée de Paulo Lopo. La thé-matique-phare de cette exposition est celle dela migration. L’exposition comprend notam-ment une toile de 7m intitulée «Migração» deCarlos Farinha. Dans le cadre de la program-mation portugaise du Marché de Noël 2016.Eglise Protestante Saint Pierre le Vieux, à Stras-bourg (67).

Jusqu’au 2 janvier, de 11h00 à 21h00 «Santo antónio», installation de João Pedro Ro-drigues et João Rui Guerra da Mata, au CentreGeorges Pompidou, Forum -1, Place GeorgesPompidou, à Paris 04. Entrée libre.

Jusqu’au 3 janvier Exposition qui trace le parcours de CalousteGulbenkian, de la Fondation qui porte son nomet de la Maison du Portugal. Commissaire Te-resa Nunes da Ponte. En partenariat avec laFondation Calouste Gulbenkian et la Maisond'Arménie de la CIUP. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7P boulevard Jourdan, àParis 14.

Jusqu’au 15 janvier Exposition «Un siècle en blanc et bleu: Une ex-position consacrée à la faïence portugaise duXVIIème siècle». Galerie Mendes, 36 rue dePenthièvre, à Paris 8. Infos: 01.42.89.16.71.

Jusqu’au 21 janvier «Spectres - On Birds, Skulls and Drones» del’artiste portugais Miguel Blanco, à la GalerieJeanne Bucher Jaeger, Espace Marais, 5 et 7rue de Saintonge, à Paris 3. Du mardi au sa-medi, de 10h00 à 19h00.

Jusqu’au 12 février Exposition de 40 œuvres de l’artiste portugaisMiguel Blanco dans le cadre de «Black Deer -Résonances, Enlèvements, interférences», auMusée de la Chasse et de la Nature, 62 rue desArchives, à Paris 3. Du mardi à dimanche, de11h00 à 18h00. Le mercredi jusqu’à 21h30.Fermé le lundi.

Le mercredi 7 décembre, 9h00 Conférence «Angola en paix, en route vers ledéveloppement» avec Isabelle Oliveira, l’Am-bassadeur itinérant António Luvualu de Car-valho, José Arantes, Directeur de RTP Áfica,Aldemiro Vaz da Conceição, Chef de cabinet dela Présidence de la République, Maria deBelém Roseira, ancienne Ministre l’éducationet la santé, Aguinaldo Jaime, Président del’Agence angolaise de régulation et de contrôledes assurances, Carlos Luis, ancien Député,Sindika Dokolo, Président de la Fondation Sin-dika Dokolo, l’artiste Fernando Alvim et JoãoSoares, Député. Salon Noble, Salle Bourjac, del’Université de Paris Sorbonne, 17 rue de laSorbonne, à Paris 05.

Le vendredi 9 décembre Journée d’études sur «Espagnols et portu-gais dans l’effort de guerre allemand - Tra-vailler en/pour l’Allemagne pendant laSeconde Guerre mondiale (1940-1945)»,organisé par Cristina Clímaco (UniversitéParis 8), António Muñoz Sánchez (Institutde Sciences Sociales, Lisbonne), MercedesYusta (Université Paris 8 – IUF). Casa deEspanã, Cité universitaire internationale deParis, boulevard Jourdan, à Paris 14.

Le samedi 10 décembre, 16h00 Rencontre avec le réalisateur João Pedro Ro-drigues et Antoine Barraud, coproducteur dufilm L’Ornithologue, et pour clôturer, SéverineBallon, violoncelliste, auteure de la musiqueoriginale de L’Ornithologue, donne un concert.Centre Georges Pompidou, Petite Salle, PlaceGeorges Pompidou, à Paris 04. Entrée libre.

Du 7 au 9 décembre «La Fête (de l’insignifiance)», spectacle inéditdu chorégraphe portugais Paulo Ribeiro. Théâ-

tre National de Chaillot, 1 place du Trocadéroet du 11 novembre, à Paris 16. Infos: 01.53.65.30.00

Jusqu’à fin janvier, les dimanches à 18h30 «Le pays lointain» de Jean-Luc Lagarce, adaptéet mis en scène de Joseph Fazenda, avec, entreautres, Joseph Fazenda de la Cie Tempo Théâ-tre. Théâtre Darius Milhaud, 80 allée DariusMilhaud, à Paris 19. Infos: 01.42.01.92.26.Tous les dimanches de novembre, décembreet janvier 2017, sauf le 27 novembre, le 25décembre et le 01 janvier.

Jusqu’au 13 décembre Quinzaine du cinéma portugais organisépar le Consulat Général du Portugal, avec«Gelo» de Luís Galvão Teles et Gonçalo Gal-vão Teles, «Águas Mil» d’Ivo Ferreira,«Montanha» de João Salaviza, «John From»de João Nicolau, «Cinzento e negro» deLuís Filipe Rocha, «Tudo isto é fado» deLuís Galvão Teles et «Yvone Kane» de Mar-garida Cardoso. Cinéma L’Odyssée, 3 ruedes Francs-Bourgeois, à Strasbourg (67).

Le jeudi 8 décembre, 20h00 Projection de «Odete» (2005, 101 min), pré-senté par Marie Borel, écrivaine et traductrice,auteure de la préface du livre d’entretiens avecle cinéaste, «Le Jardin des fauves», dans lecadre de la rétrospective de João Pedro Ro-drigues. Au Centre Pompidou, Cinema 1, PlaceGeorges Pompidou, à Paris 04.

Le vendredi 9 décembre, 20h00 Sélection de films du Fresnoy, proposée parJoão Pedro Rodrigues qui y était artiste invité:«Le jour où le fils de Raïner s’est noyé» (2011,15 min), d’Aurélien Vernhes-Lermusiaux, «LaBibliothèque, la nuit» (2011, 18 min), de JoãoVieira Torres, «Los diablos azules - Au pays desdiables bleus» (2016, 48 min), de CharlotteBayer-Broc, «Sheldon, le squelette humaniste»(2016, 30 min), de Tamar Hirschfeld, présen-tés par les cinéastes et João Pedro Rodrigues,dans le cadre de la rétrospective de João PedroRodrigues. Au Centre Pompidou, Cinema 2,Place Georges Pompidou, à Paris 04.

Le samedi 10 décembre, 20h00 Projection de «Camouflage Self-Portrait»(2008, 3 min) et «Mourir comme un homme»(2009, 133 min), de João Pedro Rodrigues,présentés par Olivier Cheval, vidéaste et docteuren études cinématographiques, auteur de plu-sieurs textes sur les films de João Pedro Ro-

drigues, dans le cadre de la rétrospective deJoão Pedro Rodrigues. Au Centre Pompidou,Cinema 2, Place Georges Pompidou, à Paris04.

Le dimanche 11 décembre, 15h30 Projection du film «Allegoria della pru-denza» (2013’, 1h 50 min), «Le Corps duroi» (2013, 32 min), «Matin de la Saint-Antoine» (2012, 25 min), de João PedroRodrigues, et «L’Oiseau de la nuit» (2015,20 min), de Marie Losier, dans le cadre dela rétrospective de João Pedro Rodrigues.Au Centre Pompidou, Cinema 2, PlaceGeorges Pompidou, à Paris 04.

Le dimanche 11 décembre, 17h30 Projection de «Aube rouge» (2011, 27 min) et«Iec Long» (2014, 31 min), de João Pedro Ro-drigues et João Rui Guerra da Mata, dans lecadre de la rétrospective de João Pedro Ro-drigues. Au Centre Pompidou, Cinema 2, PlaceGeorges Pompidou, à Paris 04.

Le jeudi 15 décembre, 20h00 Projection de «Joyeux anniversaire! / Parabéns!»(1997, 15 min), de João Pedro Rodrigues, «Cequi brûle guérit» (2012, 26 min), de João RuiGuerra da Mata, «Camouflage Self-Portrait»(2008, 3 min) et «Où en êtes-vous, João PedroRodrigues?» (2016, 21 min, inédit), de JoãoPedro Rodrigues, dans le cadre de la rétrospec-tive de João Pedro Rodrigues. Au Centre Pom-pidou, Cinema 2, Place Georges Pompidou, àParis 04.

Le vendredi 16 décembre, 20h00 Projection de «O Fantasma» (2000, 90 min)présenté par Luc Chessel, critique, auteur d’untexte dans le livre d’entretiens avec le cinéaste,«Le Jardin des fauves», dans le cadre de la ré-trospective de João Pedro Rodrigues. Au CentrePompidou, Cinema 2, Place Georges Pompi-dou, à Paris 04.

Le samedi 17 décembre, 17h30 Projection de «China, China» (2007, 19 min)et «Mahjong» (2013, 35 min), de João PedroRodrigues et João Rui Guerra da Mata, dans lecadre de la rétrospective de João Pedro Ro-drigues. Au Centre Pompidou, Cinema 2, PlaceGeorges Pompidou, à Paris 04.

Le samedi 17 décembre, 20h00 Projection de «Aube rouge» (2011, 27’) et «Ladernière fois que j’ai vu Macao» (2012, 82min), de João Pedro Rodrigues et João RuiGuerra da Mata, dans le cadre de la rétrospec-tive de João Pedro Rodrigues. Au Centre Pom-pidou, Cinema 2, Place Georges Pompidou, àParis 04.

Le dimanche 18 décembre, 15h30 Projection de «Le Berger» (1988, 6 min) et«Voici ma maison» (1997, 51 min), dans lecadre de la rétrospective de João Pedro Ro-drigues. Au Centre Pompidou, Cinema 2,Place Georges Pompidou, à Paris 04.

Le dimanche 18 décembre, 17h30 Projection de «Voyage à l’expo» (1999, 54min), dans le cadre de la rétrospective de JoãoPedro Rodrigues. Au Centre Pompidou, Ci-nema 2, Place Georges Pompidou, àParis 04.

Le jeudi 8 décembre, 19h45 Apéro fado avec Jenyfer Rainho, accompagnéepar Filipe de Sousa (guitarra) et Nuno Estevens(viola). La Chapelle des Lombards, 19 rue deLappe, à Paris 11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le dimanche 11 décembre, 15h00 Tertulia de Fado avec Sousa Santos, Jeny-fer Rainho, Joaquim Campos, Paulo Ma-nuel, Karine, António de Freitas et desinvités, accompagnés par Manuel Corgas(guitarra), Flaviano Ramos (viola) et TonyCorreia (viola baixa). Organisé par l’asso-ciation Le labo du fado. Théâtre de Ménil-montant, 15 rue du Retrait, à Paris 20.Infos: 06.10.74.90.93.

Le samedi 10 décembre Concert de Aurélie & Verioca (musique brési-lienne) dans le cadre du Festival Voix-là, à Gray(70).

Le dimanche 11 décembre, 12h30 Fête de Noël de l’Association Culturelle Portu-gaise de Strasbourg à la salle Bon Pasteur, 12boulevard Jean Sébastien Bach, à Strasbourg(67). Infos: 07.83.44.36.78. Déjeunerpayant, puis entrée gratuite pour tous, à partirde 15h00 (ambiance musicale avec la pré-sence du Père Noël et activités pour les en-fants).

Le samedi 17 décembre, 21h00 Rusgas avec les groupes de Clamart,Noisy-le-Sec, Draveil, Puteaux, Gonesse,Chelles et Bois d’Arcy, organisées par l’as-sociation Amicale Franco-Portugaise deClamart. Salle des Fêtes municipale, PlaceJules Hunebelle, 44 route du Pavé Blanc,à Clamart (92). Possibilité de dîner surplace. Infos: 01.46.44.78.83

Le samedi 31 décembre, 22h00 Bal de la Saint Sylvestre avec Banda Sorriso(pour la première fois en France) et Dj Aníbal,organisé par le Comité de Fêtes d’Argenteuil.Salle Jean Vilar, 9 boulevard Héloïse, à Argen-teuil (95). Infos: 01.39.81.28.70.

Le samedi 31 décembre, 20h00 Repas de la Saint Sylvestre avec une coupede bienvenue offerte comprendra: kir ousangria et leurs accompagnements. Cre-vettes et foie-gras, cochon de lait et che-vreau avec haricots verts et riz. Fromage,salade verte et salade de fruits. Vin, eau,jus de fruits et café, puis un caldo verdevers 2h00 du matin. Organisé par l’asso-ciation Amicale Franco-Portugaise de Cla-mart (92). Infos: 01.83.39.29.01.

Le samedi 31 décembre, 20h00 Repas de la Saint Sylvestre animé par Dj’s MJ-Play, organisé par l’association portugaise Co-zinharte. Salle La Caravelle, 1 route deBrétigny, à Bonneuil-sur-Marne (94). Infos: 07.81.50.65.16.

Jusqu’au 24 décembre Marché de Noël de Strasbourg avec la présenced’une délégation de Idanha-a-Nova.

FADO

SPECTACLES

DIVERS

ABONNEMENT

Mon nom et adresse complète (j’écris bien lisible)

Prénom + Nom

Adresse

Code Postal Ville

Tel.

Ma date de naissance

J’envoie ce coupon-réponse avec un chèque à l’ordre de LusoJornal, àl’adresse suivante :LusoJornal:7 avenue de la Porte de Vanves75014 Paris

o Oui, je veux recevoir chez moi,

20 numéros de LusoJornal (30 euros)50 numéros de LusoJornal (75 euros).

!

Participation aux frais

lusojornal.comLJ 288-II

TEMPO LIVRE 23

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES CINEMA

CONCERTS

THÉÂTRE

FOLKLORE

Le 07 décembre 2016

PUB

Professeur FallouGRAND MEDIUM VOYANT COMPETENT

Spécialiste des problèmes sentimentaux. Retour rapide et définitif de l’être aimé. Ré-sultats immédiats qu’elle que soit la nature de vos problèmes. Je vous aide à vous

libérer de vos difficultés dans tous les domaines.

TRAVAIL SERIEUX et EFFICACE - RESULTATS 100% - DISCRETION ASSUREE

Amour durable et sincère dans le couple, chance, succès dans tout ce que vous en-treprenez, affaires, entreprise en difficulté, travail, mariage, protection, argent, santé,permis de conduire, examen, perdre une personne qu’on aime c’est difficile: enfin la

solution. Travail sérieux et honnête.Résultat rapide dans 7 jours, paiement après résultat!

Tous les jours de 8h à 21h Langue français et portugais, créole et capverdien06.25.82.90.15 Travail par correspondance et déplacement posssible.

DANSE

SAINT SYLVESTRE

Page 24: PUB Edition nº 288 | Série II, du 07 décembre 2016 ... · a CGD e em claro conflito de interes- ... dans le protocole législatif; Défenseur ... O Ministro da Cultura, em declarações

PUB