Upload
others
View
3
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Quarta-fejra, 29 de Dezembro de 2004 I SERlE - NLimero 52
,
BOLETIMDA REPUBLICAPUBLICACAOOFICIALDA REPUBLICADE MOCA~BIQUE
2.° SUPLEMENTOIMPRENSA NACIONAL DE MOC;AMBIQUE
AVISO
A materia a publicar no ccBoletim da' Repubiica»deve ser remetida em c6pia devidamente autenticada,uma por cada assunto, donde conste, alem das indi-cac;oes necessarias para esse efeito, 0 averbamentoseguinte, assinado e autenticado: Para publicac;ao noccBoletim da Republica».t.................................
SUMARIO
'Conselho de Ministros:
.Decreto n." 61/2004:
Cria 0 Instituto Superior de Administra~ao Publica, abrevia-dam~nte designado' por ISAP, com sede em Maputo.
Decreto n," 62/2004:
Autoriza a Igreja Refonnada de MOCJambiquea criar 0 lnstitutoSuperior Cristao, abreviadamentedesignadoHefsiba-ISC. comsede na Vila Ulonguc. Distrito de Ang6nia,provfnda de Tete.
Decreto n.O6312004:
Aprova 0 Regulamento de Taxas Radioelectricas.
Decreto n."6412004:
Aprova 0 Regulamento de Taxas de TelecomunicaCJoes
................................
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto n.o 61/2004de 29 de Dezembro
A formacrao de quadros qualificados figura como uma dasmaiores prioridades no Program a do Govemo da Republicade Mocrambique. .
A necessidade da capacitacrao em Administracrao Publicade dirigentes e ,quadros em funcroes de direccrao e chefia ea elevacrao da qualificacrao academica e tecnico profissional
dos funcionarios em exercicio na Administracrao Publicajustificam a criacrao de uma instituicriiode ensino superior,em AdminlstracriioPublica.
Assim, ao abrigo do dispostono n.o 1 do artigo 14 daLei n.o 5/2003. de 21 de Janeiro. 0 Conselho de Ministrosdecreta:
Artigo 1.E criada a instituicriiode ensino superiorcom adesignacriiode Instituto Superior de AdministracraoPublica.com sede em Maputo, abreviadamente designado por ISAP.
Art. 2. 0 ISAP e uma pessoa colectiva de dircito publico,dotada de personalidade'jurfdica e de autonomia cientffica,pedagogica, administrativae disciplinar e rege pelos Estatutosem .anexo ao presente decreto sendo dele parte integrante.
Art. 3. Os criterios para admissiio ao ISAP siio os fixadoslegalmente para 0 ensino superior. i'ndependentemente deoutros estabelecidos pela instituicr1io,os quais niio devemcontrariar 0 disposto na lei.
Aprovado pelo Conselho de Ministros. aos 15 de No-vembro de 2004.
Publique-se.
A Primeira-Ministra. Luisa Dias Diogo.
Estatuto Organico do Instituto Superiorde Administrac;aoPLiblica
CAPITULO I
Natureza, principios e objectivos
. ARTIGOI
(Denomlna~iio e natureza)
1. 0 Instituto Superior de Administracriio Publica, abrevia-damente design ado pela sigla ISAP. e uma institui<;iio deensino superior, vocacionada para a capacitacrao em adminis-tracriio publica de dirigentes e quadros em funcrOesde direccriioe chefia e a elevacriio da capacidade de liderancra, qualifi-cacrao academica c tecnico-profissional dos funcionarios emexercfcio na administracriio publica. com vista a boa govemacrao.
578-(62) I SERlE - NUMERO 52
C . Tipo de Espectro/Canal
Su .Tipo de Servic;o/Utilizador
Qe . Quantidade de Estac;6es
Decreto n.o 64/2004de 29de Dezembro
Art. 2. Compete ao INCM cbbrar as taxas dentro dos.parametros fixados no presente decreto.
Art. 3. Siio revogadas todas as nonnas que contrariem 0presente Decreto.
Tomando-st: necessario fixar as taxas e estabelecer ospariimetros para a cobran<;aas entidades licenciadas"e regis-tadas para 0 estabelecimento, gestao e explora<;iiode redespublicas de telccomunica<;oese para a presta<;aode servi<;osde telecomunica<;oesde uso publico, ao abrigo da alfnea e)
. do n.o 1 do artigo 153 da Constitui<;iioda Republica 0 Con-. selho de Ministrosdecreta:
Artigo 1.E aprovado 0 Regulamento de Taxas de Teleco-munica<;oes,em anexo, que e parte integrante do presenteDecreto.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 15 de No- .
vembro de 2004.
. Publique-se.
A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo.
ESPECTRO OU CANAL TIPO VALORTc
Frequencias Faixa ou Frequ€mciaPartilhada 1,9
Faixa ou Frequ€mciaExclusiva 3
Difusao Sonora (AM ou FM ) 11
Televisiva 6
Amador Amador 2
Trabalhando em Faixasdo ' RedesPonto-a-Ponto 15
Servio fixo Redes Ponto-Multiponto 13. Estac;aoTerrena 60
Trabalhando em Faixasdo Estaoes terrenas moveis 20
Servic;oFixo e Movel por Estac;aoTerrenacom func;aoSatelite de HUB 70
Tipo de Servic;o Su
Tipo 1 (Defesa e Segurana ) 0
Tipo 2 (Servio de ajudas e emergencia) 1
Tipo 3 ( Operadores de Telecomunicac;oes 1
de Uso Publico)
Tipo 4 (Redes e Est. de uso privativo) . 1.9
Tipo 5 (Operadores e Prestadores de 3,,-
Redes de Satelite)
Tipo 6 (Estac;oes de Difusao) 0.2
Quantidade de Est. Qe
1 Estaao 1
entre 2 e 5 . 0.45
entre 6 e 10 " 0.4
entre 11e 15 0.39
entre 16.e 20 0.3
> 21 0.29
29 DE DEZEMBRO DE 2004
Regulamento .de Taxas de TelecomunicaCfoes
CAPITULO I
Disposic;oes gerais
ARTIGOI
Defjni~oes
Para efeitos do presente Regulamento entende-se por:a) Autoridade Reguladora - Instituto Nacional das Comu-
nica~oes de Mo~ambique, abreviadamente desig-. nado por INCM;
b) Taxa- valor fixo ou percentual cobrado pelo INCMas entidades licenciadas e registadas; -
c) Taxa de aquisi~ao da licen~a e do registo- valor fixocobrado pelo INCM as entidade licenciadas ouregistadas para 0 infcio da actividade de pres.tadorde servi~os de telecomunica~oes de usa publico;
d) Taxa anual de telecomunica~oes - valor percentual aser cobrado pelo INCM, proveniente da receitabruta das entidades licenciadas e registadas, refe-rentes ao ana fiscal 'anterior, com vista a compar-ticipar nos custos or~amentados pelo INCM parafazer face as suas fun~oes reguladoras;
e) Entidade licenciada -sociedade comercial a qual 0INCM autorizou a actividade de presta~ao de urnservi~o de telecomunica~oes de uso publico e/oupara estabelecer e gerir uma rede publica detelecomunica~oes;
j) Entidade registada - pessoa singular ou colectiva aqual 0 INCM emitiu urn registo para a presta~ao .de. urn servi~o de telecomunica~oes de uso publico;
g) Receita Bruta - receita realizada pela presta~ao doservi~o deduzindo quaisquer pagamentos apro-vados pelo INCM feitos a outros operadores. ouprestadoresde servi~ocorrespondentesa servi~os .
de interliga~aoou outros similares. .
ARTIGO2
Objecto
o presente Regulamento fixa as taxas de telecomunica~oese os parametros aplicaveis para a sua cobran~a, para 0 esta-belecimento, explora<;ao e gestao de redes publicas de teleco-inunica~oes e presta~ao de servi~os de telecomunica~oes deuso publico. .
ARTIGO 3
Ambito
o presente Regulamento e aplicavel as entidades licen-ciadas e registadas para 0 estabelecimento, explora~ao e'gestao de redes publicas de telecomunica~oese para a pres-ta~ao de servi~os de telecomunica~oes de uso publico.
ARTIGO4
ObJectivos
Sao objectivos do presente Regulamento:
a) estabelecimento de urn regime de taxas transparentee objectivo;
b) A garantia de tratamento nao discriminat6rio;
c) A dota~ao do INCM de urn instrumento para efectuarcobranc;as;
d) A efectivac;ao dos prop6sitos de regula<;1iodo sectordas comunica<;oes, porparte ~do INCM.
578-(63)
CAPiTULO II
Taxas
SECc;AOITaxa de Aquisil(aoda Licenl(ae de Registo de Telecomunic81(oes
ARTIGO5
Ambito 'de cobran~a
1. 0 estabelecimento, gestao e explorac;ao de uma redepublica de telecomunicac;oes ou a presta~ao de urn servi~o detelecomunica<;oes de uso publico esta sujeita ao pagamentode uma taxa de aquisic;ao.
2. A taxa de aquisic;ao e cobrada de forma individual paracada tipo de licert<;a ou registo de telecomunica~oes.
ARTIGO6
pagamento
1. A taxa de aquisic;ao e paga no momenta da atribuic;aoda licenc;a ou do registo de telecomunica~oes. .
2. No acto da atribui<;aoda licenc;aou registo de telecomu-nica<;oes,a entidade licenciada ou registada deve apresentaro talao de dep6sito ou de transferencia bancaria corres-pondente. :
. 3. Em caso de desistencia da entidade licenciada ou regis-tada, omontante ja 'pago ao INCM nao e reembolsavel.
4. Salvo casos a ponderar pelo INCM, 0 valor ,da taxa deaquisi<;aoda licen<;a.oudo registo deve ser pago numa unicapresta<;ao.
ARTIGO7
Flxa~ao do montante da taxa
Os montantes de taxa a cobrar pelo INCM as. entidadeslicenciadas e registadas sao os seguintes:
a) Quando nao decorrente de concurso publico, a taxa deaquisi<;ao da licen<;ae fixada em 55 000000,00 MT(cinquenta e cincomilhoes de meticais);
b) Quando decorrente de concurso publico, 0 montanteda taxa de aquisi<;ao da licenc;a sera fixado pordespacho conjunto dos Ministms que tutelam ossector das financ;ase das telecomunica<;oes; .
c) Por cada acto de registo de telecomunica<;oes efixada em 25000 000,00 MT (vinte e cinco milhoesde meticais);
d) Os prestadores de servi<;o de internet sao cobrad os porcadaacto de registo a quantia fixa 5 000 OOO,OOMT
. (cinco milh6es de meticais).
ARTIGO8
Destino das taxa de aquisi~ao da licen~a e de registode telecomunica~oes
1. Os montantes provenientes da taxa de aquisi<;ao dalicen<;a e de registo de telecomunica<;oes revertemem 45%e 55% respectivamente para 0 INCM e para 0 Estado.
2. As receitas cobradas no ambito do numero anteriorserao entregues na Recebedoria de Fazenda da area fiscalrespectiva para efeitos de contabiliza<;1io e posterior consig-na<;ao ao INCM.
SECc;AO II
Taxa Anual de Telecomunicac;;6es
ARTIGO9
Sujeitos passivos
1. Todas as entidades licenciadas e registadas para 0 esta-belecimento, explora<;ao e gestao de redes publicas de teleco-municacroes e para a prestacrao de servicros de telecomunica~oesde uso publico devem pagar a taxa anual de telecomunicacroes.
578-(64) I SERlE - NUMERO52
2. Estao isentos de pagamento de taxa anual de telecomu-nica~6es os prestadores de servi~o de i11temer.
ARTIGO 10
Periodo de pagamento
1.As entidades licenciadas e registadas devem submeter'ao INCM os seus relatorios financeiros anuais ate 0 ultimodia uti! do mes de Maio de cada ano.
2. No prazo mfnimo de 10 dias a contar da recep~ao dosrelatorios financeiros, 0 INCM debita a percentagem dareceita bruta a pagar por cada entidade licenciada e registada.
3. A taxa anual de telecomunica~6es e paga ate 0 ultimodia uti! do mes de Junho de cada ano, apos 0 INCM emitira factura correspondente.
ARTIGO 11
Forma de pagamento
o valor da ta;>(aanual de telecomunica~6es e pago numaunica presta~ao.
ARTIGO 12
LimIte de cobran~a
1.0 INCM deve cobrar a taxa anual de telecomunica~6esnum montante que nao deve exceder os tres porcento (3%)da receita bruta das entidades licenciadas e registadas. '
2. 0 INCM deve aprovar e publicar no Bo/etim daRepublica 0 seu or~amento anual referente ao ana seguinteate 31 de Dezembro de cada ano.
~. A f6rmula para 0 calculo da percentagem a cobrarconsta do Anexo.
ARTIGO 13
Proporcionalldade
o valor a ser cobrado as entidades licenciadas e regis-tadas para a presta~ao de servi~o de telecomunica~6es deuso publico sera proporcional tendo como base os custosor~amentados pelo INCM para fazer face as suns fun~6esreguladoras.
CAPITULO III
Disposic;oes finais e transi~6riasARTIGO 14
Dlreltos adqulrldos
As licen~as e registos de telecomunica~6es atribufdospermanecem em vigor nas partes em que nao contrariem 0presente Regulamento.
ARTIGO 15
Actuallza~oes
Compete aos Ministros que tutelam os sectores dascomunica~6es e finam;as procederem as actualiza~6es dosmontantes das taxas e a f6rmula constante no Anexo, respec-tivamente, sempre que se mostrar necessario.
ARTIGO 16
-Adequa~iio
1. As \icen~as e registos de telecomunica~6es emitidasdevem estar adequadas ao presente Regulamento atraves deactos complementares. '
2. Compete ao INCM promover as adequa~6esdas licen~ase registos de telecomunica~6es atribufdos.
ANEXO
FORMULA DE CALCULO DA PERCENTAGEMDA TAXAANUAL DE TELECOMUNICACOES
1. No 1.° caso:, '
Quando'a relay80 entre 0 Oryamento do INCM (OR) e a Receita Bruta Total (RBT) das entidades licen'ciadase regis.tadas e maior que 3 %, fixado como maxima a cobrar as entidades licenciaqas e registadas, isto e:
OR'1.1 Relay80 -2:3% '
RBT
, Onde:OR- Oryamentodo INCMRBT- Receita Bru,taTotal
Sendo RBT ca!culado mediante 0 somatorio das Receitas Brutas do ana anterior de todas a entidades
licericiadas e re.gistadas pelo INCM, isto e:II '
RBT = 'LRBI +RB2 +RB3 + RBnn~1
onde:
RBI= Receita Bruta da Empresa 1,RB2= Receita Bruta da Empresa 2"RB3= Receita Bruta da Empresa 3, ate n
n = numero natural, maior que 0, equivalente ao nurilero total e de empresas licenciadase registadas
RESUMO: Neste caso, significa que cada uma das empresas deve pagar a mesma proporc;aomaxima queigual a 3 % da sua receita bruta.
29 DE DEZEMBRO DE 2004 578-(6':
2. No 2.2 caso:
Quando a rela9ao entre 0 Or9amento' do INCM (OR). e a Receita Bruta Totallicenciadas e registadas e menor que 3%, fixado como maximo a cobrar ase registadas, isto e:
(RBT) das entidadeentidades licenciada
2.1 - Rela9ao OR < 3%RBT
Significa, que cada entidade licenciada e registada deve pagar um valor inferior a 3 % da SUireceita bruta. .
2:2 - Calculodo VC por cada empresa:
(RBI
)XOR
VCt = RBT
(RB2
)XOR
VC2= RBT
...............
VC =(
RB"}
ORn RBT.
Onde: VC = valor da comparticipa9ao,ou valor da TaxaAnual d~Telecomunica90es
RBT= Receita Bruta TotalOR = Or9amentodo Regulador