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PUBLICADA NO DPL NO DIA 20 DE AGOSTO DE 2015.
SEPTUAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 12 DE AGOSTO DE 2015.
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão,
comparecem os Senhores Deputados Amaro Neto, Cacau Lorenzoni, Da Vitória, Doutor Hércules, Edson
Magalhães, Erick Musso, Euclério Sampaio, Luzia Toledo, Padre Honório, Rodrigo Coelho, Sandro
Locutor e Sergio Majeski)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a
sessão.
(A convite da Senhora Presidenta assume a 1.ª Secretaria o Senhor Deputado Cacau Lorenzoni e a
2.ª Secretaria o Senhor Deputado Padre Honório)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Convido o Senhor Deputado Padre Honório a
proceder à leitura de um versículo da Bíblia.
(O Senhor Deputado Padre Honório lê Mateus, 18: 15-16)
(Comparece o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à
leitura da ata da sexagésima nona sessão ordinária, realizada em 11 de agosto de 2015. (Pausa)
(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)
(Comparecem os Senhores Deputados Nunes, Freitas e Gilsinho Lopes)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Aprovada a ata como lida. (Pausa)
Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA,
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ENERGIA, GÁS NATURAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS
OFÍCIO N.º 107/2015
Vitória, 1.º de agosto de 2015.
Senhor Presidente:
Com fulcro no artigo 67, inciso XVI do Regimento Interno, encaminhamos a Vossa Excelência o Relatório
das atividades desta Comissão, referente ao mês de JULHO de 2015.
Atenciosamente,
SERGIO MAJESKI
Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Inclusão Digital, Biossegurança, Qualificação
Profissional, Energia, Gás Natural e Petróleo e seus Derivados
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
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A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
OFÍCIO N.º 160/2015
Vitória, 10 de agosto de 2015.
Senhor Presidente:
Cumprimentando-o cordialmente, vimos através deste, solicitar de Vossa Excelência, que conceda o uso da
Tribuna Popular desta Casa de Leis no dia nove do mês de Setembro do corrente ano, para o Senhor José Olympio
Rangel Barreto, para falar sobre o tema: “Acessibilidade das Pessoas com Deficiência”, em nome do Movimento
Organizado de Valorização da Acessibilidade - MOVA.
Sem mais para o momento, desejamos votos de elevada estima e distinta consideração.
Atenciosamente,
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Defiro.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 197/2015
Vitória, 11 de agosto de 2015.
Senhor Presidente:
Nos termos do art. 66 da Constituição Estadual, comunico a Vossa Excelência a sanção do Autógrafo de lei
n.º 61/2015, que “institui a Semana Estadual do Índio, a ser comemorada, anualmente, no período compreendido
entre os dias 12 e 19 do mês de abril”.
Para o arquivo da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, restituo, nesta oportunidade, o
autógrafo do texto ora convertido na Lei n.º 10.405 de 06 de agosto de 2015.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
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GABINETE DA MESA DIRETORA
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 48/2015
Institui a Cédula de Identidade Funcional para os Servidores do Poder Legislativo.
A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das
atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, inciso XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº
2.700, de 15 de julho de 2009, promulga a seguinte Resolução:
Art. 1º - Fica instituída a Cédula de Identidade Funcional para os servidores ativos e inativos do
Poder legislativo do espírito Santo.
Art. 2º - A Carteira instituída, além de servir como documento de identificação funcional de seu
portador, habitá-lo- á ingressar em quaisquer órgãos da administração direta e indireta do estado do
espírito Santo, mesmo sem prévio aviso, para exercício do que dispõe a Constituição do Estado do
Espírito Santo.
Art. 3º - A Cédula de identidade Funcional para os servidores efetivos não terá prazo de validade,
salvo nas hipóteses de exoneração, demissão, aposentadoria, pedido de licença ou qualquer forma
de cessação do exercício do cargo de servidor.
§ 1º - os servidores no exercício do cargo apenas em comissão a referida carteira terá prazo de
validade até o ato de sua exoneração, devendo o servidor devolver a cédula no ato da publicação de
sua exoneração, fincando vinculado os seus direitos de recebimento a devolução da mesma;
Art. 4º - Ocorrendo as ressalvas do artigo anterior, a Cédula de Identidade Funcional resta nula de
pleno direito, devendo o servidor obrigatoriamente restituí-la ao Poder Legislativo, no prazo
máximo de 05 (cinco) dias a partir da ocorrência.
§ - 1º - Os servidores já possuidores da Carteira de Identidade Funcional que se aposentarem, desde
que requeiram a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, poderá
substituir sua carteira por outra exclusiva de aposentado.
Art. 5º - para o fim de pedido de confecção de 2ª via, na hipótese de perda e extravio, furto ou
roubo da Cédula de Identidade Funcional, deverá o responsável pelo documento, obrigatoriamente,
apresentar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo, cópia do
Boletim de Ocorrência Policial.
Art. 6º - O documento de que trata a presente lei terá modelo único e de acordo com as
especificações da Assembleia Legislativa.
Art. 7º - Caberá à Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo a expedição
dos necessários à confecção do presente documento, bem como a execução do disposto neste
Projeto de Lei.
Art. 8º - esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 1.º de agosto de 2015.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente
ENIVALDO DOS ANJOS
1.º Secretário
CACAU LORENZONI
2.º Secretário
JUSTIFICATIVA
Com a presente proposição pretende instituir a identidade funcional aos servidores do poder Legislativo
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Estadual, a fim de que estes não sejam constrangidos no exercício de sua função. Com isso o proponente tenta dar
maior autonomia aos servidores do poder Legislativo Estadual, sem que seja necessário que os mesmos passem por
todo o processo burocrático de identificação junto aos órgãos que compõe os Poderes Executivos, Judiciário,
Ministério público e Tribunal de Contas de Estado do Espírito Santo.
Pelos motivos acima tratados venho pedir o apoio dos demais pares desta Casa Legislativa.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Publique-se. Após o cumprimento do artigo
120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e de Finanças e à Mesa Diretora.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO N.º 198/2015
Senhor Presidente:
Edson Magalhães, Deputado Estadual que esta subscreve, comparece à emérita presença de Vossa
Excelência, no uso de suas atribuições regimentais, requerer a Vossa Excelência, com fulcro no artigo 162 do
Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhado ao
Excelentíssimo Senhor Secretário de Obras do Estado do Espírito Santo o seguinte REQUERIMENTO:
- que seja retirado e arquivado o Requerimento de número 168/2015, lido na Sessão do dia
05/08/2015.
Sala das Sessões, 11 de agosto de 2015.
EDSON MAGALHÃES
Deputado Estadual
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Defiro. À Secretaria para providenciar a
retirada e arquivar o processo.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO N.º 199/2015
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas prerrogativas regimentais, requer a V. Exª a retirada do
Projeto de Lei nº 270/2014, do Deputado Freitas, que altera o art. 39 da lei nº 7.943/2004, que dispõe sobre o
parcelamento do solo para fins urbanos e dá outras providências.
Sala das Sessões, 11 de agosto de 2015.
FREITAS
Deputado Estadual
(Comparece o Senhor Deputado Guerino Zanon)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Defiro.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 179/2015
Senhor Presidente:
O Deputado abaixo assinado, no uso de suas prerrogativas regimentais, com base no Artigo 57, § 2º da
Constituição Estadual, requer a V. Exª, que encaminhe ao Exmº Sr. Cel. JOSÉ NIVALDO CAMPOS VIEIRA,
SECRETÁRIO CHEFE DA CASA MILITAR DA GOVERNADORIA DO ESTADO, depois de ouvido o
Plenário, o seguinte PEDIDO DE INFORMAÇÃO:
1) O governo estuda a possibilidade de alterar a forma de promoção prevista na Lei Complementar
nº 467, de 04.12.2008, DE PROCESSO SELETIVO E PROMOÇÕES POR ANTIGUIDADE E
MERECIMENTO para uma FORMA PRINCIPAL que passe a observar APENAS O PRINCÍPIO
DA ANTIGUIDADE (caso em que o Tempo de Serviço passa a ser a regra principal) como
fator para ascensão na carreira militar, disciplinada pela referida Lei Complementar;
2) Dentro de uma perspectiva econômica e financeira a ser conquistada pelo governo, indaga-se
sobre a possibilidade de criar uma FORMA ACESSÓRIA que propicie um melhor fluxo
promocional, observando a dinâmica imposta pela Lei Complementar nº 467, de 04.12.2008,
quanto á carreira já estipulada para os atuais militares.
Sala das Sessões, 10 de agosto de 2015.
DA VITÓRIA
Deputado Estadual - PDT
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Oficie-se.
Solicito aos Senhores Deputados que se encontram nas imediações ou em seus gabinetes que compareçam
ao Plenário e registrem presença nos terminais eletrônicos, já que estamos na iminência de entrar na parte do
Expediente sujeito a deliberação. (Pausa)
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1096/2015
Senhor Presidente:
A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos 141 e
174, da Resolução nº 2.700, de 15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo. Governador do Estado do
Espírito Santo, Dr. Paulo César Hartung Gomes, a seguinte
INDICAÇÃO
A Deputada signatária vem, respeitosamente, indicar a V.Exa. que o Governo do Estado determine à
Secretaria de Estado de Habitação e Desenvolvimento Urbano, elabore projeto e construa uma praça saudável ao
lado da Capela Mortuária no Bairro Honorelino Gomes de Oliveira. localizado no município de São José do
Calçado.
Senhor Governador:
Ao arguir sobre a temática “praças” não se pode perder de vista o enfoque da espacialidade a qual as praças
também estão inseridas, bem como, da nova conotação que esta representa nos dias de hoje, tendo como um dos
principais agentes as novas relações sociais.
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Uma Praça em uma comunidade é, certamente, instrumento de sociabilidade humana, o qual se relaciona
com espaço e, dessa forma, constrói espaços de influência, desempenhando um importante papel na vida cotidiana
da sociedade.
A Praça Saudável é, certamente, instrumento de sociabilidade humana, o qual se relaciona com espaço e,
dessa forma, constrói espaços de influência, desempenhando um importante papel na vida cotidiana da sociedade.
Os equipamentos podem trazer benefícios tanto para a sociedade como as crianças, adolescentes, adultos e
pessoas com mobilidade reduzida. Na sociedade pode ser um agente transformador, contribuindo para a
socialização de pessoas, inclusão social e diminuição do tempo ocioso de muito jovens e adultos que vivem à
margem da sociedade. Para o indivíduo, pode contribuir para a qualidade de vida do cidadão, trazendo melhorias na
saúde física, mental e social das pessoas.
O exercício físico exerce um papel de fundamental importância para o desenvolvimento do aluno. Através
dele podemos proporcionar-lhe condições de vida compatíveis com as da sociedade, buscando assim o caráter da
normalização, a instrução, o direito, a socialização e sua conscientização como forma de integração em seu
ambiente, respeito as suas diferenças individuais, suas necessidades, possibilidades e limites pessoais.
A praça poderá ser construída com equipamentos de lazer, podendo constar campo de bocha, academia
popular etc, vai melhorar a qualidade de vida e garantir um espaço adequado para atividades físicas e de lazer para
os munícipes do Bairro Honorelino Gomes de Oliveira,no município de São José do Calçado.
Pelo exposto, vem à presença de Vossa Excelência solicitar apoio no sentido de atender a reivindicação
contida nesta Indicação, que é uma solicitação desta Deputada e dos Vereadores Joaquim Geraldo Teixeira Muzy
(Téte) e Wagner Vieira França.
Palácio Domingos Martins, 10 de agosto de 2015.
LUZIA TOLEDO
Deputada Estadual-PMDB
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Em discussão a Indicação n.º 1096/2015, que
acaba de ser lida. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
INDICAÇÃO N.º 1097/2015
Senhor Presidente:
A Deputada Estadual LUZIA TOLEDO, no uso de suas atribuições regimentais contidas nos Artigos 141 e
174, aprovada pela Resolução nº 2.700, de 15.07.2009, requer que seja encaminhada ao Exmo. Governador do
Estado do Espírito Santo, Dr. Paulo César Hartung, a seguinte
INDICAÇÃO
A Deputada signatária vem, respeitosamente, indicar a V.Exa. que o Governo do Estado determine a
Secretaria Estadual de Saúde, que estude a criação, construção ou adaptação de um hospital Amigo do Idoso .
Senhor Governador:
O Brasil é um país em envelhecimento. A idade média do brasileiro, que era de 20 anos em 1980, terá
duplicado em 2030. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão mais de 40
milhões de idosos - pessoas acima de 60 anos - ou 19% da população. No campo da saúde pública, o Brasil ainda
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está em fase gestacional das mudanças que serão necessárias para se adequar à nova realidade. A concepção do
Hospital Amigo do Idoso é um dos projetos pioneiros da área e carrega um conceito bastante simples: adequar os
hospitais às necessidades básicas do idoso. O projeto foi um dos pontos de destaque do Congresso Internacional 'A
Saúde do Idoso', organizado pelo Hospital do Servidor Estadual, em São Paulo, de 7 a 9 de julho.
A criação e implementação do Hospital Amigo do Idoso (HAI) deve se espelhar no já existente Hospital
Amigo da Criança, uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef) de 1990 que preza pela
qualidade do atendimento das crianças e incentiva a amamentação. O programa chegou ao Brasil por uma iniciativa
do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), que administra o Hospital do Servidor
Estadual do Estado de São Paulo, com o objetivo de responder a uma necessidade interna da instituição. "Hoje,
60% das internações são de pessoas acima dos 60 anos", diz o superintendente do Iamspe.
De acordo com Alexandre Kalache, consultor internacional e ex-diretor do Departamento de
Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial de Saúde durante 14 anos, criar o Hospital não é simplesmente
transformá-lo em um centro geriátrico especializado. "É uma preparação que vai do espaço físico à abordagem
médica", diz. Em termos práticos isso significa adequar o local com rampas e iluminação, mas também treinar da
recepcionista ao médico, para que eles saibam como atender o idoso. "No envelhecimento não há uma patologia,
mas sim várias doenças que existem ao mesmo tempo. O médico não pode tratar uma hipertensão sem ter um olhar
global da saúde daquele paciente, por exemplo", diz Kalache.
No Brasil, o modelo padrão está sendo criado em dois lugares: no próprio Hospital do Servidor Estadual e
no Hospital São Mateus, localizado na periferia do Estado de São Paulo. Como o país segue o caminho inverso das
grandes potências e envelhece antes de enriquecer, é inviável que venha de fora um padrão a ser copiado. Se isso
acontecer, apenas os mais ricos terão suporte. O país precisa criar seu próprio modelo para que ele seja viável ao
maior número de pessoas possível. A expectativa é que dentro de, no máximo, três anos o Servidor Estadual já
tenha pensado nessa maneira de se fazer um HAI no Brasil, esteja preparado fisicamente e possa ainda transferir
conhecimento aos demais hospitais do país. "Temos apenas 15 anos para nos preparar. É um tempo curto, mas é
possível", diz Kalache.
Cuidados paliativos - O cuidado paliativo é uma prática que procura oferecer mais conforto ao paciente
com doença limitadora ou que esteja em estado terminal. Segundo Henrique Parsons, membro da Academia
Nacional de Cuidados Paliativos e ex-membro do Departamento de Cuidados Paliativos do MD Anderson, nos
Estados Unidos, no Brasil ainda não há programas de formação de profissionais habilitados nessa prática. Os
profissionais que trabalham com isso foram se especializar no exterior. Mas é importante que a prática vire rotina e
esteja na pauta dos cursos de medicina.
No Brasil, ainda há poucos lugares de referência em cuidados paliativos, mas destacam-se, segundo
Parsons, o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Hospital do Servidor Estadual, o Hospital do Câncer de Barretos e
o Instituto da Criança da Universidade de São Paulo. O Conselho Federal de Medicina (CFM) estuda a
possibilidade de criar uma cadeira de especialização em cuidados paliativos. Qualquer médico, após o término da
residência médica, poderia se especializar nessa área de atuação. Seria um primeiro passo.
Dados do CENSO de 2000 mostram uma população de pessoas idosas de 14.569.029 no Brasil (8,6% da
população) e há estimativas de que em 2020 serão cerca de 32 milhões (15% da população), com a sexta maior
população de pessoas idosas do mundo em número absoluto. A faixa etária dos maiores de 80 anos (os muito
idosos) é a que mais cresce em termos proporcionais. Os muito idosos passaram de 81,6 mil (0,4% da população)
em 1950 para 731 mil (1,1% da popula- ção) em 2000 e passarão para 2,46 milhões (2,7% da população), em
estimativas, até 2020. Há envelhecimento mesmo dentro da própria população idosa.
Segundo projeções para 2005 do Datasus, há no Brasil 16.907.782 pessoas idosas (9,2% da população). A
expectativa de vida ao nascer encontra-se em 72,05 anos (68,35 anos para homens e 75,93 anos para mulheres) e a
expectativa de vida aos 60 anos, isto é, o tempo de vida restante esperado ao se alcançar os 60 anos, encontra-se em
20,94 anos (19,31 anos para homens e 22,42 anos para mulheres). Segundo as mesmas projeções, no Espírito Santo
há 297.115 idosos, constituindo 8,72% da população geral. Não estamos apenas acompanhando o envelhecimento
nacional, como somos a sétima unidade da Federação em índice de envelhecimento (número de pessoas idosas para
cada cem jovens) – 33,8%. A nossa expectativa de vida ao nascer encontra-se em 73,14 anos (69,56 para homens e
76,9 para mulheres), a oitava maior do Brasil, e a expectativa de vida aos 60 anos encontra-se em 21,65 anos (20,09
para homens e 23,14 para mulheres), a quinta maior do Brasil.
Segundo o IBGE, no Espírito Santo há hoje 292.289 idosos, constituindo 9% da população geral do Estado.
Somos a oitava Unidade da Federação em índice de envelhecimento (33,9% de envelhecimento anual). A nossa
expectativa de vida ao nascer encontra-se em 70,9 anos (67,05 para homens e 75,03 para mulheres), a sexta maior
do Brasil, e a expectativa de vida aos 60 anos encontra-se em 18,9 anos (17,01 para homens e 20,72 para
mulheres), perdendo apenas para o Rio Grande do Sul.
Sugerimos ainda que entre o espaço de tempo necessário para a construção ou adaptação de um hospital,
que seja providenciada a criação de uma ala, em hospitais já existentes, para atendimento ao idoso, considerando
que a idade avançada dos mesmos, não permite esperas nos corredores ou no atendimento de maior complexidade.
Face ao exposto, apresentamos a presente Indicação para análise do Governo do Estado através da
8
Secretaria de Estado da Saúde.
Palácio Domingos Martins, 10 de agosto de 2015.
LUZIA TOLEDO
Deputada Estadual-PMDB
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Em discussão a Indicação n.º 1097/2015, que
acaba de ser lida. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1098/2015
Senhor Presidente:
Edson Magalhães, Deputado Estadual que esta subscreve, comparece à emérita presença de Vossa
Excelência, no uso de suas atribuições regimentais, requerer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso
VIII e 174, do Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhado ao
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria:
construção de cobertura para o pátio de recreação dos alunos, bem como construção de uma sala
apropriada para biblioteca e uso de recursos pedagógicos na Escola Joventina Simões, no Bairro
Coroado, em Guarapari ES, em razão da necessidade de atendimento educacionais dos alunos e
corpo docente da Escola.
Sala das Sessões, 10 de agosto de 2015.
EDSON MAGALHÃES
Deputado Estadual
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Em discussão a Indicação n.º 1098/2015, que
acaba de ser lida. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1099/2015
Senhor Presidente:
Edson Magalhães, Deputado Estadual que esta subscreve, comparece à emérita presença de Vossa
Excelência, no uso de suas atribuições regimentais, requerer a Vossa Excelência, com fulcro no artigo 162 do
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Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhado ao
Excelentíssimo Senhor Secretário de Obras do Estado do Espírito Santo o seguinte REQUERIMENTO:
que seja realizado o serviço de capina, conservação corretiva e rotineira, na Rodovia ES 060, no
trecho correspondente ao início da Praia do Riacho até Nova Guarapari, em Guarapari, ES, tendo
em vista constante solicitações dos usuários do local, bem como a necessidade de manter a
segurança da população, uma vez que a altura da plantação propicia ambientes fechados e escuros
no trajeto da ciclovia.
. Sala das Sessões, 11 de agosto de 2015.
EDSON MAGALHÃES
Deputado Estadual
(Comparecem os Senhores Deputados Dary Pagung e Eliana Dadalto)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Em discussão a Indicação n.º 1099/2015, que
acaba de ser lida. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
INDICAÇÃO N.º 1100/2015
O Deputado infra-assinado, no uso de suas prerrogativas legais e regimentais, requer a Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno, que seja encaminhada
ao Exmº. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO:
Conclusão das obras de reforma e ampliação, construção de quadra poliesportiva coberta, de
um auditório com capacidade para no mínimo 400 alunos e de um muro ao redor da escola
na E.E.E.F.M AFLORDÍZIO CARVALHO DA SILVA, localizada no Município de Vitória.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Educação – SEDU e de informações colhidas in loco, a
referida escola atende aproximadamente 1100 alunos, oferecendo os Ensinos Fundamental e Médio. Conforme
solicitação recebida por este deputado, e também através de visita realizada recentemente pelo mesmo, foram
constatadas necessidades fundamentais para o seu pleno funcionamento.
Em vista que a melhoria na estrutura física da escola tornará o ambiente propício ao desenvolvimento
dos alunos, apontamos que é primordial a conclusão das obras de reforma e ampliação da mesma. Tão
importante quanto, é a construção de uma quadra poliesportiva coberta que permita aos alunos praticar
esportes e demais atividades mesmo em dias chuvosos. Podemos ainda destacar a necessidade de um auditório
que atenda a no mínimo 400 alunos em face da necessidade constante de um espaço para a promoção de
eventos culturais e afins.
No que tange a aspectos de segurança, há a necessidade de construção de um muro no entorno da
escola, haja vista que atualmente a livre passagem possibilita a saída de estudantes e a entrada de pessoas má
intencionadas. Para reforçar ainda mais a segurança dos estudantes, indicamos que seja demolida parte do
antigo prédio que ainda está de pé. Este ocasionalmente é ocupado por usuários de droga, colocando em risco
alunos e professores.
Na certeza de relevante importância do pedido, e certos do apoio do Excelentíssimo Governador, que
tem como meta a melhoria na Educação do Estado, solicitamos que as indicações propostas sejam realizadas.
Agradecendo antecipadamente o atendimento da solicitação, renovamos protestos de elevada estima e
consideração.
10
Palácio Domingos Martins, 11 de agosto de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual – PSDB
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Em discussão a Indicação n.º 1100/2015, que
acaba de ser lida. (Pausa)
Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CACAU LORENZONI – PP) – Senhora Presidenta, informo a V. Ex.ª que
não há mais Expediente a ser lido.
(Comparece o Senhor Deputado Marcos Bruno)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Não havendo mais Expediente a ser lido, passa-
se à fase das Comunicações.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio Majeski.
* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME CÓPIAS ENVIADAS PELOS RESPECTIVOS
SETORES DE ORIGEM.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem revisão do orador) – Meus cumprimentos à Mesa, aos
colegas presentes, àqueles que nos visitam nas galerias, aos funcionários da Casa e àqueles que nos assistem pela
TV Ales.
Retornarei a uma discussão feita ontem. Eu disse ontem nesta Casa, falando sobre o Dia do Estudante, da
minha preocupação com mais de cento e vinte mil alunos da rede estadual e da precariedade da maioria das escolas
em termos de infraestrutura. Esta é a minha grande preocupação. Visitei quase setenta escolas em mais de sessenta
municípios. Realizei, na época do debate sobre a Escola Viva, cerca de nove audiências públicas. Tenho estado
atento a todas as demandas da educação. A comunidade educacional, a comunidade escolar, os alunos, as
instituições ligadas à educação, sabem do meu compromisso e da minha preocupação. Ainda assim, ontem, eu
disse que a minha preocupação não é se a Escola Viva de São Pedro dará certo ou não. A minha preocupação é tão-
somente com o restante das escolas. É claro que uma escola onde o governo está investindo esturros tem tudo para
dar certo. Essa é uma questão, pois é um projeto vitrine. Quero saber a resposta para os outros noventa e nove por
cento das escolas, que não têm a mínima sinalização de como esses problemas serão resolvidos.
O Líder do Governo, ainda assim, veio a esta tribuna e me chamou de inimigo da educação. Um disparate
sem tamanho, só pela minha história. Não bastasse isso, o Líder do Governo ainda disse que tenho feito visitas e
não tenho criticado o governo Renato Casagrande, que estou acobertando o governo Casagrande. Não fui
parlamentar na gestão passada. Critiquei muitas vezes o governo Casagrande através das redes sociais, na própria
página de S. S.ª, enviando e-mails. Mas não tenho obrigação nenhuma de esconder nada e nem tampouco de criticar
esse ou aquele governo. Não entrarei na briga de Casagrande e Hartung. Não tenho nada com isso e não tomarei
partido nisso. Mas, por exemplo, das quase setenta escolas que visitei, cerca de dez são escolas que estão em boas
condições físicas. A maioria delas foi construída ou reformada pelo governo Casagrande. Isso é verdadeiro. Mas
nunca falei sobre isso nesta Casa porque a minha questão é cobrar para a melhora daquilo que está ruim.
Espanta-me o Líder do Governo usar os argumentos mais estranhos para defender o indefensável ao ponto
de dizer assim: Você está defendendo, acobertando o governo Casagrande. Gostaria de lembrar ao líder do
governo, que ele foi aliado de Casagrande no último governo. S. Ex.ª se beneficiou imensamente daquele governo;
muito. Ninguém há de lembrar um único discurso de Gildevan Fernandes nesta Casa, criticando qualquer ato ou
qualquer projeto do governo Casagrande.
Acho que a ingratidão é um sentimento muito ruim. Se só agora o líder do governo percebeu que
Casagrande foi um governo horroroso, apesar de estar aqui como parlamentar e nada fez, não criticou, não
questionou, deveria ser comedido com suas críticas também e não tentar imputar a mim qualquer desse jogo
rasteiro de criticar esse ou aquele governo.
As minhas causas são as causas da sociedade, ao contrário do líder do governo, que como o nome está
dizendo: ele é líder do governo. Eu sou representante da sociedade. Não sou representante do governo, não sou
líder do governo ou líder de quem quer que seja. Sou o representante da sociedade e como tal executo a minha
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função: que é legislar, fiscalizar, questionar e polemizar aquilo que não está certo, tão somente!
O Sr. Sandro Locutor - (PPS) – Senhor Deputado Sergio Majeski, gostaria de felicitá-lo por sua fala. É
importante deixar muito claro que para você defender algumas posições – você está no Parlamento – esta Casa é o
Parlamento, falo sempre que divergir para o bem para convergir para o melhor, é o que buscamos nesta Casa. E
para se defender um governo, não precisa atacar o outro. Até porque quando V. Ex.ª mesmo disse, que participou
nesta Casa durante um período que antecedeu, não se teceu essas críticas com veemência, somente após o período
eleitoral, tem aí certa incoerência.
Agradeço a V. Ex.ª o aparte.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Muito obrigado, Senhor Deputado. Muito obrigado, Senhora
Presidenta. (Muito bem!)
(Comparecem os Senhores Deputados Gildevan Fernandes e Pastor Marcos Mansur)
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da
Vitória.
O SR. DA VITÓRIA – (PDT – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, em nome da Mesa Diretora cumprimento todos, a
sociedade capixaba que nos assiste ao vivo pela TV Ales, os profissionais de imprensa e todos os visitantes
presentes nas galerias.
Hoje, solicitei que exibisse no telão o convite, Senhor Deputado Freitas, Senhor Deputado Gildevan
Fernandes, V. Ex.as
que são da região do extremo norte:
A Assembleia Legislativa por meio do Presidente Deputado Theodorico Ferraço e do Presidente
da Comissão Especial do Pacto Federativo, Deputado Da Vitória convida para o seminário do
pacto federativo dia 13 de agosto – quinta-feira, às 18h, na Faculdade Vale do Cricaré, em São
Mateus.
Teremos a presença da secretária de Estado da Fazenda como palestrante, senhora Ana Paula Vescovi, a
quem de público agradeço a contribuição. S. Ex.ª é uma pessoa que tem autoridade sobre o tema de economia no
estado e no país. Também do nosso representante na Câmara Federal, que faz parte como membro da Comissão
Especial do Pacto Federativo, o Deputado Federal Sergio Vidigal, que nos orgulha muito, deputado mais votado
deste estado, com mais de cento e sessenta mil votos.
O que a Assembleia tem a ver com isso? Representamos o povo, como falou o Senhor Deputado Sergio
Majeski. E esse tema é recorrente, Senhor Deputado Nunes, e precisamos discuti-lo. Há um tempo, na época da
Ditadura, não muito tempo atrás, quase todo recurso ficava com a União, que era retornado na forma de impostos e
tributos pagos pelo cidadão.
Tivemos um avanço com o advento da Constituição de 1988, que definiu os impostos, como já falei nesta
Casa, o ISS e o IPTU, que são recolhidos pela prefeitura municipal; o IPVA e o ICMS, pelo governo do estado e o
IPI e o IR, pelo governo federal. Depois vários outros tributos foram criados.
Mas o que está acontecendo, Senhor Deputado Rodrigo Coelho,que pensa tornar-se prefeito, e vários nesta
Casa, é a atribuição de responsabilidade diretamente aos municípios, Senhor Deputado Edson Magalhães.
Antigamente, não existia o nono ano no ensino fundamental, que hoje já existe; não existia a responsabilidade das
creches para os municípios, só o ensino fundamental, mas hoje já existe. Hoje, grande parte dos recursos públicos
dos cofres dos municípios vai à União para atender o SUS, que não era assim há um tempo.
Ontem, o Senhor Deputado Padre Honório esteve com vários empresários - são legítimos, ganharam
licitação pública da região Norte e Noroeste para fazer o transporte escolar. Hoje o contrato é feito diretamente pela
prefeitura, Senhora Deputada Luzia Toledo, e não há recurso para pagar. Estamos em agosto e ainda faltam vários
meses para terminar o ano. Se o governo estadual e o governo federal não estenderem a mão, aonde chegarão
nossos munícipes, nossos cidadãos capixabas? Não há dinheiro nos cofres dos municípios.
Segundo a Frente Nacional dos Prefeitos, dezoito por cento dos recursos auferidos de tributos ficam nos
cofres do município, vinte e quatro nos cofres do governo estadual e cinquenta e oito por cento nos cofres da
União. Contesto esses números. Não sou expert nesse assunto, mas a informação que tenho é que não chega a doze
por cento. Acredito que são repasses vinculados, Senhor Deputado Guerino Zanon, que a Frente Nacional dos
Prefeitos está calculando e chega a dezoito. Como fechará essa conta daqui a alguns dias se a cada dia baixa a
receita dos municípios e aumentam as atribuições de compromissos dos nossos prefeitos?
Ninguém mora no estado ou no país, moramos sim, mas moramos mesmo no município, e as obrigações
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são dos nossos prefeitos de cumprirem esses compromissos. Queremos, com essa comissão especial, que esta
Assembleia Legislativa, e estamos motivando todas as outras, estabeleça um percentual de trinta por cento para que
nossos municípios tenham de receita. Assim os municípios pararão de ficar nesta Assembleia Legislativa e na
Câmara Federal, e os parlamentares farão seu legítimo papel de legisladores. Não ficarão com emendas
parlamentares, que temos que fazer sim, mas o pires na mão de um prefeito precisa ser mudado. Precisa haver
autossubsistência financeira para que os municípios administrem suas dificuldades e planejem seu futuro
econômico administrativo.
Para finalizar, Senhora Presidenta, convido todos, pois será muito importante a presença. O Senhor
Deputado Guerino Zanon está devendo e falou que pagará em São Mateus, amanhã, às 18h, na Faculdade do Vale
do Cricaré, para o seminário sobre o Pacto federativo. O Senhor Deputado Freitas será o nosso anfitrião. (Muito
bem!)
(Comparece o Senhor Deputado Almir Vieira)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Rodrigo Coelho, muito elegante, vindo de Cachoeiro de Itapemirim, com toda fleuma.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, bom-dia. Muito obrigado, Senhora Deputada Luzia Toledo, sempre gentil.
Agradeço enormemente a deferência.
Assomo a esta tribuna para falar de um assunto que precisa chamar mais a atenção do povo brasileiro.
Tivemos recentemente, há cerca de duas semanas, os Jogos Pan-Americanos, Senhor Deputado Amaro Neto, que
elogio por promover sessão solene e que quer indicação de um profissional de Educação Física para ser
homenageado.
Nesses Jogos Pan-Americanos, fomos terceiro lugar no quadro de medalhas, mas nos Jogos Parapan-
Americanos, Senhor Deputado Guerino Zanon, que tem pouca visibilidade da mídia, tem certa visibilidade, mas
aquém do que poderia ter, porque se celebramos aquilo que pessoas fazem de extraordinário e não conseguimos
fazer na superação pela prática esportiva, imagine aqueles que têm limitação física? Deveríamos aplaudir porque o
exemplo de vida vai adicionado de superação ainda maior. O Brasil lidera o quadro de medalhas com cinquenta e
cinco medalhas de ouro. Em segundo lugar vem o Canadá com vinte e cinco medalhas de ouro. Temos trinta
medalhas de ouro a mais do que o segundo colocado no quadro geral de medalhas dos Jogos Parapan-Americanos.
Recentemente, visitei o Ifes de Vitória, que é o lugar onde os atletas capixabas fazem seu treinamento.
Ainda existem muitas dificuldades no treinamento desses brasileiros, desses capixabas. Mas ontem, um capixaba
foi medalha prata nos quatrocentos metros, nos jogos Parapan-Americanos, mesmo com todas as dificuldades.
Apresentei, nesta Casa, uma indicação para adaptar o Centro Olímpico do Espírito Santo, que está sendo
construído, para o esporte paraolímpico. Porque se temos resultados positivos, com belíssimos exemplos, em
condições precárias, imaginem se melhorarmos essas condições.
A atleta Elba Borges, capixaba, ficou em quarto lugar no tiro com arco; Daniel Mendes é dono do recorde
mundial dos cem metros rasos, foi medalha de prata ontem e disputa os duzentos metros rasos hoje; Renata Bazoni
vai correr os mil e quinhentos metros, com expectativa de medalha; Neusimar Clemente dos Santos era medalhista
no atletismo, vai competir, por estratégia da Federação no Golbol; e o basquete feminino tem Ivanilde Cândida da
Silva, Jéssica Silva Santana e Geisiane de Souza Maia, coordenadas pelo professor Martoni Sampaio.
Minha indicação ao Senhor Deputado Amaro Neto é inspirada no professor doutor Luiz Cláudio Locatelli
Ventura, primeiro treinador de vários desses paratletas, pesquisador no Laboratório de Tecnologias Assistivas à
Saúde, Esporte e Lazer no Estado do Espírito Santo.
Esse esforço e essa iniciativa precisam ter de nós luz, para que o esporte paralímpico tenha a atenção não só
dos governos, mas também das empresas privadas. Nesse sentido, quero louvar a iniciativa da Chocolates Garoto,
que no próximo fim de semana realizará as Dez Milhas Garoto, de que participam muitos servidores da Assembleia
Legislativa.
Não sou profissional de marketing de empresas, mas imagino que o retorno a elas, Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos, seria de igual valor se patrocinassem alguns desses atletas paralímpicos, que vão aos jogos
Parapan-Americanos e que no ano que vem participarão dos jogos paralímpicos no Brasil, com chance de
medalhas, mas que precisam ascender.
Senhor Deputado Guerino Zanon, além de tudo, ofertei um Título de Cidadania Espírito-Santense a uma
atleta paralímpica Renata Bazoni e apresentei por um motivo inusitado: ao Bolsa Atleta só tem acesso o atleta
capixaba. Renata, apesar de morar no Estado há vinte anos, não nasceu aqui, portanto, ela não concorre ao Bolsa
Atleta. E apresentei esse título de cidadania para levantarmos o debate: o que é ser capixaba para merecer o Bolsa
Atleta? Morar aqui vinte anos e ter cidadania ou ter nascido aqui? Porque temos atletas que nasceram no Estado,
não moram mais e treinam até no exterior, mas podem ter acesso ao Bolsa Atleta. Mas ela, que mora aqui há mais
de vinte anos, não pode ter acesso. Eu tenho certeza que Bolsa-atleta para esporte paralímpico seria uma belíssima
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iniciativa.
Desculpe-me pelo tempo.
Muito obrigado, Senhora Presidenta. (Muito bem!)
O SR. GUERINO ZANON – (PMDB) – Senhora Presidenta, pela ordem! Senhor Deputado Rodrigo
Coelho, se aplicar as regras do SUS para o esporte, poderemos atender ao atleta baiano aqui, ao capixaba na Bahia.
É só olharmos com carinho. Não há nacionalidade ou naturalidade um atleta. Se o atleta quer competir, onde quer
que esteja o estado, o município ou o país precisa estar presente.
Belo discurso de V. Ex.ª. Parabéns.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor
Hércules.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, bom-dia.
Tenho, de vez quando, tomado lexotan, exatamente para aguentar os estresses das câmaras por onde passei
e da Assembleia Legislativa. Na verdade, nesta Casa não somos iguais, mas somos todos parecidos. O melhor do
nosso mandato, que tem dia e hora para terminar, é que saiamos daqui abraçados uns com os outros. Porque na vida
é assim: ninguém é melhor do que ninguém; ninguém é pior do que ninguém.
Sempre, em momentos difíceis e de tensão, desde a época da câmara, tenho o hábito de fazer essa pequena
leitura, que por coincidência está assinado com data de 30 de maio de 2000, por um colega, amigo e poeta de
Cachoeiro, da Academia Cachoeirense de Letras, Evandro Moreira, que fez essa dedicatória quando me deu este
livro. A dedicatória é a seguinte: Nós somos semente da vida. E a vida é a única verdade que conhecemos. Em
verdade, quem somos, cercados de tantas mentiras. (30/05/2000). Esta data, por coincidência, é a do dia do
aniversário da minha mãe, já falecida.
Existe um capítulo do livro que sempre leio para os colegas. Li em 2002, na Câmara de Vila Velha, e nesta
Assembleia em 2011, 2012, 2014. Em 2015, para os colegas deste mandato, li no dia 13 de maio, por coincidência
Dia da Abolição da Escravatura, a abolição de mentira. Diz o seguinte:
X
Às palavras de ódio ou inveja
fecha teus ouvidos.
Nos instantes de cólera ou impaciência,não abras a boca.
O que produz música nas ramas das árvores
é a brisa, não a tempestade.
(Evandro Moreira, professor, poeta, amigo cachoeirense)
Então, o apelo que queria fazer a todos os colegas, nossos pares, é que tenhamos muita tolerância uns com
os outros. Talvez eu seja o que mais tenha defeitos, o que mais tenha errado, porque sou o segundo Parlamentar
mais velho. O mais velhinho da Assembleia é o Senhor Deputado Theodorico Ferraço. Na legislatura passada o
mais velho era o ex-deputado Elcio Alvares, que deixou o bastão de herança para o Senhor Deputado Theodorico
Ferraço. Então, os mais errados nesta Casa são o Senhor Deputado Theodorico Ferraço e eu. Mas temos procurado
acertar. E a melhor coisa que fazemos para acertar é respeitar a posição de cada um e dizer que todos são valorosos.
Nesta Casa não tem nenhum bobo; o bobo ficou lá fora. Somos sabidos. Não somos sábios, somos sabidos.
Muito longe de mim querer dar conselho a tantas pessoas, tão mais jovens, mais cultas e mais experientes.
O apelo que faço é que, ao nos dirigirmos ao colega da Assembleia, que não façamos com ofensas pessoais, mas
marcando a posição e lutando pela nossa verdade, que às vezes pode ser até uma inverdade. É a nossa verdade e
acreditamos naquilo, mas ninguém é obrigado a acreditar. O mais importante é serenidade, a fé e o respeito. Com
certeza, nosso eleitor confia e espera muito de nós.
É o apelo que faço nesta manha quarta-feira, que façamos uma reflexão. O travesseiro é o melhor
conselheiro. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Padre
Honório. O SR. PADRE HONÓRIO – (PT – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras Deputadas e
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Senhores Deputados, cumprimento o Senhor Deputado Doutor Hércules, o doutor saúde, homem exemplar, e no
nome de S. Ex.ª desejo uma semana com muita alegria e principalmente com o respeito dos filhos a todos os pais.
Parabéns Doutor Hércules, a conduta de V. Ex.ª deve ser seguida como homem, pai, cristão, cidadão e profissional.
Cumprimento o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, guerreiro, que mesmo sem remuneração faz a
diferença nesta caminhada; os Senhores Deputados; os servidores desta Casa; os que nos acompanham pela
TVAles, espaço tão importante de comunicação; e o Senhor Deputado Rodrigo Coelho pela fala sobre a
importância do esporte.
Temos tido preocupação em alguns municípios, principalmente em Nova Venécia, Barra de São Francisco,
Vila Pavão, Pancas, Vila Valério, Ecoporanga e outros, pelo impasse que está acontecendo com relação à questão
do transporte escolar.
Tenho, às vezes, trombado com o Senhor Deputado Sergio Majeski. Acho que tenha passado da minha
cota, de tanto que visita escolas. E quando S. Ex.ª fala, não fala da tribuna, fala a partir do que vê nas escolas. O
trabalho de S. Ex.ª é incansável e de responsabilidade, acompanhando e ouvindo os profissionais de educação e
também os alunos. Estamos sempre trombando por aí afora, não é, Senhor Deputado Sergio Majeski? Eu olhando
as escolas do campo, da Via Campesina, e S. Ex.ª olhando todas as escolas, mas com foco nas escolas urbanas.
Gostaria de socializar. Agradeço ao secretário Aroldo Rocha por nos receber, junto aos representares do
transporte escolar, com muita cordialidade, para que pudéssemos, pelo diálogo, chegar a um consenso. Não
queremos que as empresas ganhem um absurdo em cima do dinheiro público, mas, também, Senhora Deputada
Eliana Dadalto, não podemos querer que esses empresários cheguem ao final do ano quebrados, sem recursos para
renovar sua frota, pois os alunos precisam de transporte seguro e, para isso, é necessário veículos seguros, um
monitor dentro dele, principalmente em Nova Venécia, onde a grande maioria das estradas é sem pavimentação
asfáltica e muitos trechos são íngremes, assim como em Pancas e em Vila Pavão. A situação dos municípios não é
tão favorável para que haja parceria mais efetiva.
Agradeço ao secretário por nos ter recebido e, ao mesmo tempo, peço que sempre esgotem a última gota do
diálogo e que cheguemos ao consenso, porque quem está levando prejuízo com isso são os alunos que moram no
campo. Os que moram nas cidades, a escola está perto, eles vão a pé, de bicicleta, de ônibus circular. Mas os que
moram no interior não conseguem chegar às escolas. Então, estamos tendo um desequilíbrio, pois os alunos que
moram na zona urbana estão tendo aulas regulares e os que moram na zona rural estão ficando de fora, terão um
prejuízo muito grande em relação à aprendizagem e até mesmo um desconforto, pois daqui a um pouquinho nesses
meninos será intensificado o desejo de saír da zona rural para morar na zona urbana. Isso não é bom.
Sabemos que as cidades estão inchadas, não têm estacionamento suficiente, têm mais possibilidades de
casos de violência, enfim, uma série de fatores sociais. Então, esvaziar o campo é trazer para a cidade um monte de
problemas, até porque a cidade sem o campo não tem condição de sobrevivência porque não produz alimento.
Mais uma vez agradeço o secretário por nos ter recebido e, mais uma vez, peço que intensifique o diálogo e
resolva esse impasse. Obrigado! (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
Deputado Cacau Lorenzoni. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI – PP) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento e concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB - Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento todos os funcionários da Casa, nossos companheiros de trabalho e
os telespectadores que acompanham o nosso trabalho pela TV Ales.
Na última segunda-feira estivemos no Palácio Anchieta, onde foram entregues as medalhas de ouro, de
prata e de bronze aos nossos medalhistas das Olimpíadas de Matemática.
Solicito ao Luciano Barbosa que passe o vídeo que eu trouxe, mas tem que ser rápido porque meu tempo é
curto.
(É exibido o vídeo)
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – Quero agradecer a TV Educativa, que nos forneceu esta matéria.
Iria falar sobre os medalhistas, mas vai ficar para um segundo momento. São muitas agendas positivas e
quero dizer que estivemos realmente em Portocel com os Senhores Deputados Guerino Zanon, Janete de Sá, Erick
Musso e vários outros deputados. Quem esteve lá é só levantar o dedinho que eu lembro. (Pausa)
Obrigada, Senhor Deputado Guerino Zanon.
Foi uma grande agenda. Estamos esperando por essa ordem de serviço há muitos anos. Na verdade
estivemos em Portocel quando deu a ordem de serviço. Essa agenda com o ministro Edinho Araújo... Temos que
parabenizar a bancada federal, a nossa senadora Rose de Freitas que é a coordenadora da bancada federal, do
Congresso Nacional.
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Portanto, os nossos parabéns aos deputados federais e ao nosso governador, que teve um empenho pessoal
na vinda, não só do ministro, mas da assinatura da ordem de serviço, que é uma conquista para os capixabas e para
o mundo. Porque, na verdade, o Portocel é uma abertura para o mundo.
Queremos parabenizar, Senhora Deputada Eliana Dadalto, pois foi uma bela solenidade, uma agenda
positiva para o Estado e para o Brasil.
Voltarei a falar sobre esse assunto e falarei também sobre os medalhistas de ouro, prata e bronze das
olimpíadas na próxima oportunidade. Muito obrigada. (Muito bem!)
(Comparecem os Senhores Deputados Bruno Lamas, Janete de Sá e Theodorico Ferraço)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Edson
Magalhães.
O SR. EDSON MAGALHÃES - (DEM – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, cumprimento minhas colegas e meus colegas de Parlamento, o público nas
galerias, os capixabas que nos assistem pela TV Ales e desejo um bom-dia a todos os guaraparienses.
Hoje quero me dirigir aos Senhores Deputados Sergio Majeski e Enivaldo dos Anjos. Por aqui passaram
vários conselheiros hoje e, em meio a esses conselheiros, estava um padre que é deputado, o Senhor Deputado
Padre Honório.
Quero dizer da felicidade que tenho em assistir, presenciar um debate quando é maduro, rico e de
respeitabilidade. Quero dizer ao Senhor Deputado Sergio Majeski que S. Ex.ª não é inimigo da educação. Não é
somente amigo da educação, mas é amante.
Temos que saber diferenciar e discernir as falas neste Parlamento. O Parlamento é uma Casa de autonomia.
O Poder Executivo tem seu papel, o Poder Judiciário tem seu papel, o Parlamento tem seu papel e as instituições,
aquelas que são agregadas, digamos assim, como o Tribunal de Contas, o próprio Ministério Público, instituições
auxiliares, também têm seu papel importante na sociedade.
Anteontem o jornal A Gazeta publicou um artigo muito bacana, escrito pelo frei Leonardo Boff, nosso
excelente filósofo e padre ainda, porque na Igreja quando se deixa de exercer o sacerdócio, não significa que é ex-
padre. Esse artigo muito importante falava sobre as crises da vida e a autorrealização do ser humano. Fazia uma
analogia muito importante, Senhor Deputado Padre Honório - V. Ex.ª que é padre, ex-seminarista - sobre a questão
da autorrealização.
A realização pessoal não se dá no campo somente da razão, é mais evidente no campo espiritual. E nesse
campo espiritual, exatamente é de um conceito mais abrangente da coletividade, de podermos alcançar as pessoas
por meio de um pensamento que não deixa de ser um pensamento material, mas acima de tudo passa a ser um
pensamento do amor, da compreensão e da consciência do cidadão na questão espiritual.
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, tenho orgulho de ser amigo de V. Ex.ª e este Parlamento se
enriqueceu muito com a sua chegada a esta Casa, não somente pelas suas palavras, mas, sobretudo, pela sua
independência. Isso é muito importante. Ontem, votei contra o projeto de V. Ex.ª sobre a municipalidade das
escolas. Quero que V. Ex.ª leve a compreensão deste humilde deputado. Em Guarapari há três escolas do Estado
que não têm demanda na localidade onde estão. É necessário que se faça um remanejamento. Votei contra porque
já é assegurado pela lei do Fundeb que, em se tratando de escola, tem que dar o destino a ela e assegurar, sobretudo,
que qualquer verba da educação tem que ser para a educação. Ou seja, se eu tenho escola que não atende à
demanda e tenho que fazer o remanejamento, tenho que entender que se eu abrir mão daquela escola para outra
finalidade, tenho que compensar em outro local com outra escola.
Foi por conta disso que votei contra, mas quero dizer que, a exemplo de V. Ex.ª, coloco-me à disposição de
todos os parlamentares para que possamos ter autonomia e respeitabilidade acima de tudo. Muito obrigado. (Muito
bem!)
(Comparecem os Senhores Deputados Hudson Leal e Marcelo Santos e retira-se momentaneamente
o Senhor Deputado Sandro Locutor)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Passo a presidência dos trabalhos à Senhora
Deputada Luzia Toledo. (Pausa)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Sandro Locutor. (Pausa)
Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
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Deputadas e Senhores Deputados, comunico a esta Casa que, hoje, na imprensa, tem uma entrevista do diretor-geral
do Detran dizendo que o órgão estabeleceu o prazo máximo de noventa dias para cobrança de diária de pátio. O que
já vem estabelecer o que a CPI da Máfia dos Guinchos tem lutado tanto. Recentemente o Senhor Deputado Marcelo
Santos falou sobre isso, de que o limite para essa cobrança tem que estar em noventa dias e não da forma como
antes, em que o carro, se ficasse dois anos, tinha dois anos de diária para pagar.
Isso já mostra que o trabalho da CPI, que é relatada pela Senhora Deputada Janete de Sá, e composta pelos
Senhores Deputados Marcos Bruno e Raquel Lessa, já conseguiu fazer efeito em garantir ao cidadão que, em
qualquer hipótese, ele terá que pagar no máximo noventa dias de diária, e não mais como estava anteriormente.
Então, já é um sucesso da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Quero comunicar aos membros da CPI da Sonegação, que amanhã haverá uma audiência, às 18h, com o
presidente do Tribunal de Justiça, em que levaremos em mãos o ofício pedindo que S. Ex.ª estude a possibilidade
de criar, imediatamente, uma vara especial para cobrança das dívidas que os empresários e comerciantes têm com o
Estado. E para agilizar esse processo, até porque a Procuradoria, no artigo do jornal A Gazeta publicou, como se
fosse muita vantagem, que consegue recuperar dezoito por cento de uma dívida em que oitenta e dois por cento
ficam para trás.
Se tivermos uma vara específica para apurar isso, teremos um retorno muito maior daquilo que, hoje, é
apenas dezoito por cento e ainda é comemorado como sucesso. Veja que o Estado fica imóvel e sem ação diante
dos direitos dos consumidores e da população. Estamos pedindo também, e vou entregar amanhã ao Tribunal de
Justiça, a solicitação para que seja viabilizado esse instituto do bloqueio dos bens dos devedores para facilitar o
acordo e o recebimento das ações. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Findo o tempo destinado à fase das
Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.
Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Resolução n.º 44/2015, da Mesa Diretora, que
acrescenta o § 7.º ao art. 70 da Resolução n.º 2.890, de 23.12.2010, sobre a qualificação dos ocupantes dos cargos
em comissão vinculados à Diretoria de Controle Interno. Publicado no DPL do dia 04/08/2015. Na Comissão de
Justiça, o Deputado Rodrigo Coelho se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária
do dia 05/08/2015. (Prazo até o dia 12/08/2015).
Concedo a palavra à Comissão de Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO - PT) – Convoco os membros da
Comissão de Justiça, Senhores Deputados Nunes, Janete de Sá, Eliana Dadalto, Marcelo Santos e Padre Honório.
(Pausa) Informo aos Senhores Deputados que na sessão ordinária do dia 05 de agosto de 2015 me prevaleci do
prazo regimental para relatar o projeto, o que passarei a fazer neste momento. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Justiça, passo a relatar o Projeto de Resolução n.º 44/2015, da Mesa
Diretora, que acrescenta o § 7.º ao artigo 70, da Resolução n.º 2.890, de 23.12.2010, sobre a qualificação dos
ocupantes dos cargos em comissão, vinculados à Diretoria de Controle Interno.
O projeto está assim constituído:
Art. 1.º Fica acrescido ao artigo 70 da Resolução n.º 2.890, de 23.12.2010, o § 7.º, com a seguinte
redação:
“Art. 70. (..)
(..)
§ 7º Aos ocupantes dos cargos em comissão vinculados à Diretoria de Controle Interno, além de
curso superior em direito, contabilidade, economia ou administração, será exigida a qualificação
prevista no § 1º do artigo 10 da Lei nº 9.938, de 22.11.2012, cuja comprovação se dará por
experiência profissional na área ou conclusão de curso específico em instituição legalmente
instituída ou em Escola de órgão/Poder Público.”
Na justificativa, a Mesa Diretora diz o seguinte:
Submetemos à apreciação dessa Augusta Casa o incluso Projeto de Resolução que tem por
finalidade inserir o § 7º ao artigo 70 da Resolução nº 2.890, de 23.12.2010.
Com efeito, a aludida inserção visa trazer para o bojo da norma interna da Assembleia Legislativa
do Estado do Espírito Santo – Ales – uma exigência já estabelecida pela Lei nº 9.938, de
22.11.2012, com vistas a tornar indubitável o atendimento por esta Casa aos preceitos instituídos
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pela legislação de autoria do Poder Executivo Estadual.
Assim, além de curso superior em direito, contabilidade, economia ou administração, aos
ocupantes dos cargos em comissão vinculados à Diretoria de Controle Interno da Ales – órgão
central de controle interno do Poder Legislativo Estadual – será exigida a qualificação prevista no
§ 1º do artigo 10 da Lei nº 9.938, de 22.11.2012, isto é, conhecimento em matéria orçamentária,
financeira, contábil, jurídica ou de administração pública, além de dominar os conceitos
relacionados ao controle interno e à atividade de auditoria.
No mais, salientamos que o presente Projeto atende aos ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal
e das demais normas concernentes às finanças públicas, uma vez que o presente projeto não possui
aptidão de gerar despesas para a administração.
Por todo o exposto, temos a certeza de que esta nobre Casa Legislativa, apreciando o teor do
presente projeto e as razões que o justificam, apoiará e aprovará esta iniciativa, por reconhecer o
interesse público que ela traduz.
Acrescentando à justificativa da Mesa Diretora, incluo a observação de que não há nenhum vício ou
nenhuma restrição constitucional. Portanto, sugiro aos membros da Comissão de Justiça que adotem, acatem o
parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Resolução n.º
44/2015, de autoria da Mesa Diretora.
É assim que relato. (Muito bem!) (Pausa)
Em discussão o parecer. (Pausa)
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO – PT) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Marcelo Santos.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores
membros da Comissão não estava disposto a discutir, até porque ao final do seu brilhante relatório, já me convenci
das dúvidas que tinha e devolvo a V. Ex.ª a palavra. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO – PT) – Continua em discussão o
parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com o relator.
O SR. NUNES – (PT) – Com o relator.
O SR. MARCELO SANTOS – (PMDB) – Com o relator.
O SR. PADRE HONÓRIO – (PT) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO – PT) – Senhora Presidenta, o parecer
foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Justiça.
Devolvo o projeto à Mesa.
(Comparece o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) - Concedo a palavra à Comissão Defesa da
Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (NUNES – PT) – Convoco os membros da Comissão de
Defesa da Cidadania, Senhores Deputados Padre Honório, Dary Pagung, Sergio Majeski e Marcos Bruno.
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Senhora Presidenta, avoco o projeto para relatar e me prevaleço do prazo regimental para oferecer parecer.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – É regimental.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (NUNES – PT) – Devolvo a palavra à Mesa.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Discussão única, em regime de urgência, do
Projeto de Resolução n.º 45/2015, da Mesa Diretora, que altera as Resoluções nº 2.700, de 15.7.2009, que dispõe
sobre o Regimento Interno da Assembleia Legislativa, e nº 2.890, de 23.12.2010, que dispõe sobre o Plano de
Cargos e Carreiras dos Servidores do Poder Legislativo, e dá outras providências. Publicado no DPL do dia
04/08/2015. Na Comissão de Justiça, o Deputado Rodrigo Coelho se prevaleceu do prazo regimental para relatar a
matéria na Sessão Ordinária do dia 05/08/2015.
Concedo a palavra à Comissão Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO – PT) – Informo aos Senhores
Deputados que na sessão ordinária do dia 05 de agosto de 2015 me prevaleci do prazo regimental para relatar o
projeto.
Senhora Presidenta Luzia Toledo, consultando a assessoria da Casa, tenho um Projeto de Resolução n.º
36/2015, que é matéria correlata. Portanto, solicito o apensamento da matéria ao meu projeto, e por isso, tendo sido
atendido o apensamento por V. Ex.ª, precisará a Comissão de Justiça ser assumida por outro presidente, que
designará outro relator uma vez que o projeto passa a ser de minha autoria. Então, não me é permitido,
regimentalmente, presidir e relatar o projeto.
Devolvo o projeto à Mesa.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Defiro.
Concedo novamente a palavra à Comissão Justiça, a ser presidida pelo Senhor Deputado Doutor Rafael
Favatto e passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Theodorico Ferraço. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) Convoco os
membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Janete de Sá, Luzia Toledo, Eliana Dadalto, Rodrigo
Coelho, Gildevan Fernandes e Amaro Neto.
Avoco o projeto para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Justiça, trata-se do Projeto de Resolução n.º 45/2015, de autoria da
Mesa Diretora. Gostaria de fazer duas emendas. Uma emenda para que permaneça o número máximo de cinco
comissões parlamentares de inquérito. Art. 59, § 4.º: Não se criará comissão parlamentar de inquérito, se já
estiverem cinco em funcionamento. A segunda emenda será: Não será permitido que um deputado presida duas
comissões ao mesmo tempo. Esta é a segunda emenda.
Analisando a constitucionalidade e a legalidade da matéria, relato por sua legalidade e constitucionalidade
com as duas emendas apresentadas. As demais emendas parlamentares também serão acatadas, além das minhas,
com destaque para as duas de minha autoria. (Muito bem!) (Pausa)
Em discussão o parecer. (Pausa)
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO – PT) – Concedo a palavra ao Senhor
Deputado Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB - Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores membros
da Comissão Justiça, sobre o projeto em questão, já tinha enviado três emendas para este projeto. A emenda
apresentada pelo Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto já estava anexada ao projeto, que era emenda de minha
autoria que mantinha em cinco as comissões parlamentares de inquérito.
Ontem o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos disse que precisamos investigar, entendo isso e concordo.
Ocorre que a Casa, com trinta deputados, não tem estrutura para dar conta das quinze comissões permanentes e
mais dez comissões parlamentares de inquérito. Até porque, a partir da quarta-feira, muitos deputados voltam para
suas bases. Então, com apenas dois dias da semana, fica muito difícil fazer qualquer tipo de reunião. Aqui mesmo,
das comissões, pode-se observar que as comissões permanentes não se reúnem a partir da quarta-feira por causa
dessa questão. Então a emenda que eu e o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto apresentamos, de manter as
cinco comissões, é em função da estrutura própria da Casa.
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A minha segunda emenda apresentada é que no art. 72, deste mesmo projeto, no § 2.º, falando sobre
indicações para os gabinetes, no final, diz que serão aceitas desde que aceitas pela Mesa. Quer dizer, a
responsabilidade de indicação nos gabinetes tem que ser dos deputados. Então a minha segunda emenda suprime
essa parte.
A terceira emenda que fiz é para que não se amplie o número de cargos, porque do jeito que o projeto está,
seriam ampliados em vinte e seis cargos comissionados. A justificativa é que apenas sejam ampliados dois cargos
para a comissão permanente que está sendo instalada, a Comissão de Cooperativismo. Mantém-se, então, apenas
em dois cargos a ampliação e não vinte e seis.
Estamos em um momento em que a economia, a contenção de gastos, é fundamental. Se a Casa sente a
necessidade de que se amplie o número de funcionários, que se dê prioridade aos concursados. Temos
aproximadamente dois mil concursados esperando serem chamados, então, poder-se-ia dar preferência a esses
concursados e se fazer remanejamento de funcionários dentro da Assembleia, caso realmente essa quantidade de
cargos seja necessária.
Mas como se ampliaria? Para apenas uma comissão permanente, imagino que a ampliação de dois cargos
para servirem a essa comissão, que é a Comissão de Cooperativismo, seria adequada.
Temos que ter um cuidado muito grande. Essa questão de cargos comissionados é extremamente
questionada pela sociedade, e com razão. Com todo o respeito às propostas colocadas no projeto, sou favorável ao
projeto, desde que as emendas sejam aceitas dessa forma.
Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Continua em
discussão o parecer. (Pausa)
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-
lo.
O SR. PRESIDENTA DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Concedo a
palavra ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores
membros da Comissão de Justiça, é preciso que se esclareçam as coisas para que quem vota tenha conhecimento, e
não fique apenas com medo porque esse ou aquele comentário da imprensa induz os deputados a seguirem o que
eles pensam, e não o que é a necessidade da Casa. Alguns deputados até, às vezes, ficam querendo votar com a
imprensa, e não com o projeto.
Temos que ter nesta Casa disponibilidade e coragem para enfrentar publicamente, por meio da imprensa,
através da televisão, o que queremos, e mostrarmos que não somos, nesta Casa, tolos de não assumir o que
queremos e podemos apresentar justificativa.
Qual é o problema da Casa funcionar? Esta Casa precisa ter estrutura para prestar serviço público. Temos
que esclarecer e enaltecer o que a Assembleia Legislativa tem feito em favor do Espírito Santo e em favor do
cidadão. Citei há pouco que nós, os deputados estaduais do Espírito Santo, e no Brasil somos o primeiro Estado,
conseguimos ceifar uma cobrança exagerada que existia no Espírito Santo e existe no Brasil, com pátios cobrando
um ano, dois anos, três anos do cidadão quando seu carro está apreendido. Conseguimos, por meio da pressão que a
Assembleia Legislativa fez, limitar isso ao máximo de noventa dias. Mas como funciona a Casa se não tiver
estrutura para funcionar?
Há deputados que dizem que precisamos diminuir o número de CPIs. Não discordarei, mas acho risível,
porque temos que ter poder de fiscalizar, porque essa é uma das nossas funções. Quem tem que estar preocupado
com o número de CPIs é o Poder Executivo, não é o Poder Legislativo. O Poder Legislativo deveria estar votando
CPIs ilimitadas, para que faça o Executivo, o Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, entenderem
que estamos atentos na apuração das questões.
Mas vamos estabelecer que fiquem só as cinco CPIs que a imprensa quer, já que a imprensa também não
quer que fiscalizemos ninguém. Que fiquem as cinco CPIs. Mas a Casa não funciona só por meio das CPIs. Temos,
se não me falha a memória, cinco ou seis comissões especiais. Os deputados têm necessidade de criar essas
comissões especiais para, no mínimo, inibir ações contra o consumidor e contra a população. Estamos vendo no
Brasil que, se o Parlamento não estiver enfrentando e expondo publicamente esses problemas que acontecem contra
a população, as coisas ficam como se nada estivesse acontecendo, e cada pessoa pagando. A cada dia se cria mais
uma taxa, se cria mais uma imposição contra o consumidor. O Parlamento só tem essa forma, que é fazer comissão
especial, fazer comissão de inquérito, para trazer à Assembleia Legislativa as pessoas que estão fazendo esse roubo
contra a população.
V. Ex.as
não têm ideia de como é movimentado o estado do Espírito Santo e até o Brasil quando se fala que
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será trazido a esta Casa o presidente ou o diretor de uma empresa como a Petrobras, como a Samarco, como a Vale.
Pessoas do mundo inteiro interferem dizendo: Não, não faz isso! Isso humilha a empresa, isso humilha o diretor.
Não podemos abrir mão disso. Tem que fazer sentar nesta Casa, tem que vir explicar por que joga poeira na cara de
todo mundo. Tem que vir explicar por que não recolhe ICMS. Tem que vir explicar por que pega dinheiro do banco
público e não gera os empregos comprometidos no contrato de empréstimo! E a única forma que o parlamento tem
para isso é ter todas as suas comissões, todas as suas possibilidades de mostrar para a imprensa, principalmente.
Coitada da imprensa capixaba se não tiver a Assembleia Legislativa fazendo CPI, vai viver de quê? Qual o
noticiário que vai ser plantado na Assembleia? É dizer que o deputado visitou a base, que o deputado mudou de
terno? Que o deputado mudou de gravata? É esse o assunto interessante para o nosso Espírito Santo? Não! É a
existência de CPI, as comissões especiais têm que existir na força da sua necessidade.
Precisamos sim, Senhor Deputado Sergio Majeski, criar esses cargos porque o mais comum nesta Casa é
querer trabalhar e não ter disponibilidade de pessoa. Não se coloca aqui que é necessário e a Mesa está estudando
isso, isto é, - a Mesa tem apenas seis meses de funcionamento - estuda chamar os concursados para efetivamente
preencherem a necessidade da Casa em funções permanentes. Mas isso depende de um estudo que estamos fazendo
para que não se cometa o erro do passado: chamar muita gente para um setor que não precisa e não chamar para o
outro setor.
Senhor Presidente, assomo a esta tribuna para defender que a Casa deve manter a sua posição de assumir,
perante quem quer que seja, publicamente, a sua necessidade e os cargos criados estão dentro do orçamento da
Assembleia. A Assembleia vai devolver dinheiro de novo e não está presa a esse tipo de crítica porque nós aqui já
aprovamos projeto do Executivo e o Executivo está reclamando de dificuldade? Mas aprovou aqui uma Ciretran
com um monte de cargo, aprovou um monte de cargos para a Sejus. Então, porque só a Assembleia não pode
trabalhar? Todo mundo quer que os outros órgãos trabalhem e que a Assembleia não trabalhe. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Continua em
discussão o parecer. (Pausa)
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Concedo a
palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT - Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores membros
da Comissão de Justiça, tenho uma compreensão e preciso fazer uma alusão a tudo o que foi apresentado e concluir
a minha discussão.
A primeira questão é o que foi apresentado: pedi apensamento ao Projeto de Resolução n.º 36/2015 que é o
projeto que apresentei que aumenta o prazo de instalação das CPIs para uma sessão legislativa, podendo ser
prorrogado por mais uma. Como foi relatado pela constitucionalidade o projeto com as emendas e não tem outra
discussão em relação a isso, entendo que está sendo aprovado pela constitucionalidade o que tem justiça.
Em seguida, apresento que seja criado mais o limite de seis CPIs porque se aumenta o prazo, temos todas
as CPIs ocupadas, inviabilizaríamos o Parlamento de criar uma sexta CPI, cerceando o direito dos deputados. Mas,
nesse caso, o Senhor Deputado Sergio Majeski apresenta uma emenda suprimindo o parágrafo segundo do Projeto
de Resolução n.º 45/2015 fixando em cinco CPIs o número máximo de CPI na Assembleia Legislativa. Como o
Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto relata pelo acolhimento das emendas, relata pela emenda que mantém em
cinco CPIs na Assembleia Legislativa, argumentando que os deputados se fazem necessários para o tocante das
CPIs e que temos muitas atividades legislativas, portanto não tem como aumentar o numero de CPIs.
Apesar de acreditar que seria dada aos deputados a oportunidade de criar mais uma CPI, admito acolher a
sugestão do nobre Deputado Sergio Majeski por entender que posterior a essa instalação estarão estabelecidos o
número e o prazo de CPIs adequadamente. Além disso, o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto também acolhe
emenda de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski que apenas aumenta em dois cargos para a Comissão do
Cooperativismo o número de cargos a serem criados.
O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos faz uma belíssima reflexão acerca da necessidade de trabalhadores
e de trabalho na Assembleia Legislativa e tendo a concordar com S. Ex.ª devido à prestação dos serviços que a
Assembleia Legislativa precisa fazer. Mas duas argumentações precisam ser colocadas. Quanto à primeira,
aproveito a argumentação do próprio Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, Senhor Deputado Sergio Majeski, para
contrapor nesta direção e acolher a emenda de autoria de V. Ex.ª. A primeira é a seguinte: O Senhor Deputado
Enivaldo dos Anjos disse que a Mesa Diretora está fazendo estudo para acolher servidores efetivos nesta Casa para
cumprir o seu funcionamento. Se estamos falando que a possibilidade de criação de CPIs depende do exercício
parlamentar dos deputados e que esses estão com muita atividade legislativa, portanto se mantém uma emenda para
continuar em cinco CPIs, é razoável aguardarmos o estudo da Mesa Diretora acerca dos servidores efetivos para
consolidar a criação de novos cargos comissionados ou não. Além disso, apesar da necessidade justa que o Senhor
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Deputado Enivaldo dos Anjos levanta para a criação de postos de trabalhadores para cumprir e entregar um serviço
à população, a conjuntura precisa ser observada. No ano em que estamos bradando crise por todos os lados,
discutindo a realidade econômica, com o PIB do país negativo e com as instituições públicas fazendo contenção,
seria um sinal ruim da Assembleia Legislativa, de negligência com o momento em que estamos vivendo. Não
negligenciando a necessidade de prestação de serviço, mas também atentos ao momento em que vivemos na
economia, entendo que não deveríamos, neste momento, criar novos cargos em comissão para a estrutura do Poder
Legislativo. Além do mais, é coerente com a postura que a Assembleia Legislativa, liderada pelo Senhor Presidente
Theodorico Ferraço, teve com o Governo do estado do Espírito Santo de devolver vinte e cinco milhões no início
do ano. Além disso, ainda se comprometeu a votar o orçamento reduzindo de maneira linear em vinte por cento
todas as emendas dos deputados e alterando em vinte por cento o tamanho do orçamento, o que comemora o
Governo do Estado por estar com o orçamento dentro do limite previsto. Por essas questões todas, tendo a ser
contra a criação desses novos cargos. Contudo, acolherei a emenda de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski
porque não há nenhum vício de inconstitucionalidade e o mérito é pela constitucionalidade formal. Então, S. Ex.ª
sugere a criação para a Comissão Cooperativista. Digo que, no mérito, sou contra, inclusive a essas neste momento
por conta da conjuntura, mas tendo a acolher o relatório do nobre Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto com os
esclarecimentos do relatório, que penso ter contribuído neste momento de discussão para iluminar todos os colegas,
claro que modesta e humildemente, com a permissão de todos para que tenhamos certeza do que estamos votando.
Por isso, voto com o relatório do Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto, pela constitucionalidade,
tratando-se do mérito constitucional que estamos avaliando nessas condições que me utilizei da tribuna para
discutir, agradecido ao presidente em exercício da Comissão de Constituição e Justiça, Senhor Deputado Doutor
Rafael Favatto. Devolvo a palavra ao presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Continua em
discussão o parecer. (Pausa)
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Concedo a
palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente e senhores membros
da Comissão de Justiça, na verdade não quero discutir o projeto, mas como preciso usar desse expediente para pedir
ao relator um esclarecimento e como sou membro e precisarei votar, gostaria que fosse esclarecido quais foram as
emendas e o conteúdo das emendas que foram acatadas pela relatoria. Obrigada. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Acatamos as
emendas apresentadas pelo Senhor Deputado Sergio Majeski para que permaneça o número de cinco CPIs, e a
emenda de S. Ex.ª para criação de apenas dois cargos, suprimindo a Resolução n.º 45/2015. Essa é a primeira
emenda.
A segunda emenda: o Art. 72 da Resolução n.º 1890/2010 passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 72 (...)
(...)
§ 2.º São de livre escolha e indicação do Deputado, respeitada a escolaridade, a qualificação e os
demais requisitos legais, a nomeação de servidor para o exercício de cargo comissionado no
respectivo gabinete ou em órgão que esteja sob sua presidência ou direção, passando esta a ser de
sua exclusiva responsabilidade, desde que aceita pela Mesa.
§ 3.º Excluídos os casos previstos nos parágrafos anteriores, as nomeações para o exercício dos
demais cargos comissionados da Secretaria da Assembleia Legislativa são de exclusiva
responsabilidade da Mesa, vedada a indicação por Deputado.
E a terceira emenda modifica o Anexo III, do Projeto de Resolução n.º 45/2015. O anexo justamente com a
tabela dos cargos.
Além das duas emendas que apresentei verbalmente, e para as quais pedi destaque em bloco.
Uma emenda suprime o art. 2.º do Projeto de Resolução n.º 45/2015. Com isso temos a permanência de no
máximo cinco CPIs. Portanto, não serão criadas mais CPIs, além de cinco; a outra emenda diz que um deputado
não poderá ser presidente de duas CPIs ao mesmo tempo, dando oportunidade aos demais parlamentares de serem
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presidentes.
Em votação as emendas destacadas, de minha autoria.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – A favor.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – A favor.
A SR.ª ELIANA DADALTO –(PTC) – A favor.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – A favor.
O SR. AMARO NETO – (PPS) – A favor.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Presidente da Comissão, considerando que estamos
analisando os aspectos da constitucionalidade, voto a favor das emendas.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Em face do
resultado, ficam aprovadas as emendas destacadas à unanimidade.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor Presidente da Comissão, pela ordem! Em decorrência do
imbróglio que está acontecendo, que alguns deputados não querem votar as cinco emendas, requeiro a V. Ex.ª
destaque em bloco, para as três emendas apresentadas pelo Senhor Deputado Sergio Majeski, para serem votadas a
fim de ver se serão acatadas ou não. Porque as de V. Ex.ª já foram acatadas, agora tem que ver se as emendas do
Senhor Deputado Sergio Majeski serão.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO - PEN) – Defiro o
requerimento de destaque para votação em bloco das emendas do Senhor Deputado Sergio Majeski, a pedido da
Senhora Deputada Janete de Sá.
Em votação as emendas destacadas, de autoria do Senhor Deputado Sergio Majeski.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Contra as emendas.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – A favor. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO - PEN) – Deixa-me
justificar. Votamos e aprovamos as emendas destacadas, de minha autoria. Agora estamos votando as três emendas
do Senhor Deputado Sergio Majeski, que tratam do mesmo assunto. (Pausa)
Como vota a Senhora Deputada Eliana Dadalto?
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – A favor das emendas.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO - PEN) – Como vota a
Senhora Deputada Luzia Toledo? (Pausa)
Senhor Presidente, solicito um tempo para que possamos discutir e esclarecer a respeito dessas emendas.
Está tendo um contratempo e, portanto, pedimos uns três minutos para justificarmos e realizarmos a votação de
maneira coerente.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Defiro.
Enquanto atendemos ao requerimento para interromper os trabalhos, peço ao Senhor Deputado Enivaldo
dos Anjos, junto com o Senhor Deputado Dary Pagung, para introduzir ao Plenário o Procurador da República,
Doutor Ercias Rodrigues de Souza, que está em campanha no combate à corrupção, num projeto nacional, que será
entregue ao Congresso Nacional.
Também convidamos o Senhor Paulo Pelissari, diretor da Fames, para assinar o Convênio da Faculdade de
Música. (Pausa)
(Os Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos e Dary Pagung introduzem no Plenário os
Senhores Ercias Rodrigues de Souza e Paulo Pelissari)
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Está suspensa a sessão. (Pausa)
(A sessão é suspensa às 10h39min e reaberta às 10h40min)
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Está reaberta a sessão.
Registro, com satisfação, a presença do doutor Ercias Rodrigues de Sousa, procurador da República. Peço a
todos os Senhores Deputados, inclusive os que se encontram fora do Plenário, que assistam a campanha que S. Ex.ª
vem fazendo em âmbito nacional, representando a Procuradoria da República, pedindo apoio das Assembleias
Legislativas e da população a um projeto de combate à corrupção que será apresentado ao Congresso Nacional.
Devolvo a palavra a palavra à Comissão de Justiça.
SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) – Continua em
votação.
A Senhora Deputada Janete de Sá, para esclarecer, mantendo a votação contra as emendas do Senhor
Deputado Sérgio Majeski.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – Contra.
A SR.ª ELIANA DADALTO – Contra.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – A favor.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – A favor.
O SR. AMARO NETO – (PPS) – Contra.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR RAFAEL FAVATTO – PEN) - A Presidência é
contra.
Senhor Presidente, as emendas destacadas foram rejeitadas contra cinco votos, pela Comissão de Justiça.
Em discussão o parecer, com as emendas acatadas. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Pela descaracterização, com a ausência das emendas do Senhor
Deputado Sergio Majeski, voto contra o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO – (PTC) – Com o relator.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – Com o relator.
O SR. AMARO NETO – (PPS) – Com o relator.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Contra o relator.
O SR. DOUTOR RAFAEL FAVATTO – (PEN) - A Presidência acompanha o voto do relator.
Senhor Presidente, o parecer foi aprovado pela Comissão de Justiça, contra dois votos.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Antes de convocar a Comissão de
Defesa da Cidadania, concedo a palavra ao doutor Ercias Rodrigues de Sousa, procurador da República, que nos
honra com sua presença, numa excepcionalidade desta Casa, para tratar de um projeto da maior importância para o
País.
O SR. ERCIAS RODRIGUES SOUSA – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, senhores
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membros da Mesa Diretora desta Casa, nobres deputados, é uma satisfação muito grande estar nesta Casa para
expor uma campanha nacional que o Ministério Público Federal está iniciando oficialmente nesta semana, para que
se obtenham, por meio de iniciativa popular, algumas alterações que são estruturais no combate a corrupção.
O que ocorre? A percepção, Senhor Presidente e Senhores Deputados, é a de que nós, no Brasil,
historicamente, sempre temos atacado efeitos, estruturas conjunturais. A ideia é que comecemos a pensar em
mudanças estruturais, ou seja, para que no futuro venhamos a coibir repetições sistemáticas e a cada tempo,
cíclicas, de repressão a efeitos. O Ministério Público Federal conta com a sociedade, para que ela ombreie conosco.
É sintomático, Senhor Presidente e Senhores Deputados, que eu esteja falando em uma Casa de Leis, para
V.Ex.as
. Esta Casa vocaliza - e tem vocalizado ao longo do tempo - os anseios desta sociedade. Vocalizar
adequadamente, fazer voz adequada ao que a sociedade anseia e requer, é o papel precípuo desta Casa.
A ideia do Ministério Público Federal é a de que ataquemos essa questão a partir de três grandes eixos:
preventivamente, melhor repressão e mais efetividade na nossa finalidade. Basicamente esses três eixos. Ou seja,
precisamos prevenir comportamentos ilícitos e tratar as mazelas do sistema.
Quando falo mazelas do sistema, elas são nossas também, do sistema de justiça, porque também não é
logico, jurídico e justo que um processo demore dez ou quinze anos para ser julgado. Não é justo para ninguém:
nem para a sociedade, que aguarda esse julgamento, e menos ainda para quem está sendo julgado. E isso tem
ocorrido por mazelas nossas, porque demoramos julgar e porque o sistema dá uma serie de recursos, quase infinita.
E preciso dizer que a sociedade funciona em pêndulos.
Viemos de um regime em que não se podia um monte de coisas. A próxima tendência é abrir por demais.
Precisamos fazer aquele movimento de tese, antítese e síntese. Esse movimento de síntese parece que estamos
começando a fazer agora, ou seja, precisamos rever o sistema de recursos, não pode ter tanto recurso assim;
precisamos rever o sistema de prescrições, que tem que ser um pouco mais largo. Alguns assuntos são técnicos,
mas estou em uma Casa de Leis e fico muito à vontade para falar de assuntos técnicos de lei.
A corrupção - e estou dizendo peculato, concussão, corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados
falsos do art. 303 inseridos agora - tem penas mínimas de dois anos. A ideia é passar essas penas mínimas, por
exemplo, para quatro anos. Por que isso, de dois para quatro anos? Porque temos uma cultura de pena mínima no
Brasil, nossa cultura é de pena mínima. E com dois anos a corrupção em geral dá substituição de pena e a pessoa
fica ali cumprindo com cestas básicas. Exacerbar essa pena inicial também é uma das ideias de repressão que
temos. Algumas ideias de repressão dizem respeito ao enriquecimento sem causa.
Hoje no Brasil, para que V. Ex.as
tenham ideia, se constatamos que alguém, por exemplo, tem um
enriquecimento exacerbado em um curto espaço de tempo e se a acusação não conseguir provar exatamente quais
foram os atos, dizemos que está tudo certo. A pessoa fica com o valor, embora tenhamos a certeza de que com o
que ela ganha oficialmente, que é declarado à Receita, não poderia ter esse patrimônio, porque não consegui provar
a razão.
A ideia é de que, resguardada a ampla defesa e todos os direitos de defesa possível, se no final for
constatado esse enriquecimento sem causa, ele seja um ato ilícito que possa convolar em restrição do patrimônio,
volta desse patrimônio e o ato ilícito apenado.
Pelo tempo, Senhor Presidente, não teria a pretensão de esgotar quais sejam as medidas. Elas estão, em um
sítio eletrônico, dez medidas contra a corrupção e nossa ideia é de que ela venha por iniciativa popular. Que bom
que estou em uma Casa de Leis e que com certeza o que vou falar é mais do conhecimento de V. Ex.as
que do meu.
Mas qualquer deputado federal poderia iniciar essas leis, é evidente, mas é sintomático termos a origem popular
dessas medidas. Se conseguirmos mobilizar a sociedade brasileira e a do Espírito Santo - e contamos com isso a
partir do movimento desta Casa -, mostrando que essas mudanças são necessárias, que mudanças estruturais são
necessárias, isso chega ao Congresso Nacional com outra força, do que um projeto de lei capitaneado por um
parlamentar. Nem estou desmerecendo, é só uma questão de estrutura política mesmo. É evidente que com o
clamor da sociedade, chega ao Congresso Nacional com outros olhos, com outra força. Essa é a ideia.
O que esperamos, então? Esta Casa é uma instituição de democracia, como disse, de vocalização de anseios
populares e a nossa esperança é que V. Ex.as
sejam multiplicadores disso nesta Casa, para que consigamos, então,
as adesões necessárias.
Há um sítio eletrônico, mpf.mp.br., 10 medidas contra a corrupção no Google; o primeiro link que aparece
é o da campanha.
A nossa intenção é obter um milhão e meio de assinaturas em todo o Brasil, de acordo com o art. 62 e
parágrafo da Constituição Federal que fala sobre a iniciativa popular. Que consigamos esse apoio popular e levar
isso ao Congresso Nacional como um anseio da sociedade, essas mudanças como algo da sociedade.
Se conseguirmos isso, não temos dúvida de que haverá uma legitimidade a partir dessa estrutura social para
que as mudanças sejam feitas. São iniciativas populares. Sabemos como isso funciona. E usando um jargão
bastante corriqueiro, o dono da bola é o legislador, e não temos, absolutamente, dúvida nenhuma disso.
Mas, se conseguirmos levar isso, o legislador há de dar andamento, fazer as adequações que entender
necessárias. Isso é do processo legislativo. Mas a nossa percepção, Senhor Presidente e Senhores Deputados, é de
que isso será adequadamente compreendido.
25
O Ministério Público Federal conta com V. Ex.as
como multiplicadores dessa ideia, nesse âmbito. Repito
ainda, uma vez à exaustão, como vocalizadores do anseio popular que V. Ex.as
são.
Essas eram as considerações que tinha a fazer.
Aquele tempo que está no relógio é meu tempo ou não?
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Tem ainda cinco minutos.
O SR. ERCIAS RODRIGUES DE SOUSA – Que bom, então posso entrar nos detalhes.
São várias as alterações, várias mesmo. E falei das nossas mazelas. Temos mazelas muitas. Nosso sistema
demora a decidir, mas quando decide...
Temos uma lei, por exemplo, para que V. Ex.as
tenham ideia, de prescrições muito curtas. Então, quando
decide, a condenação transita em julgado, temos, no final, uma perda do objeto do direito de punir porque
demoramos muito para julgar e o prazo de prescrição é muito curto. Aumentar esses prazos de prescrição também é
de rigor.
Senhor Presidente, essas medidas são necessárias e pretendemos que elas caminhem para frente. Também
em prevenção, temos a possibilidade, por exemplo, que as pessoas tenham a percepção da corrupção um pouco
mais forte do que temos hoje. Temos uma percepção pequena de corrupção. As pessoas convivem com a corrupção,
hoje, no Brasil, de forma mais ou menos tranquila, infelizmente. A ideia é de que tenhamos um feeling, um ouvido
mais atento, para que as pessoas não convivam, como temos até hoje na nossa história, com a corrupção, e assim
possamos dar sequencia nisso.
Senhor presidente, essas eram as ideias e fico aberto a eventuais interpelações de V. Ex.as
. O Ministério
Público Federal está aberto a que V. Ex.as
dirijam ponderações e, principalmente, segundo esperamos, o apoio a
esta campanha que é evidentemente apartidária, apolítica e pretende-se exitosa socialmente.
Obrigado, senhor Presidente e senhores Deputados.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Agradecendo ao doutor Ercias
Rodrigues de Sousa a presença. Informamos que eu e o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos já assinamos a lista,
que está aberta para aqueles que desejarem dar apoio à Procuradoria Geral da República com uma mensagem muito
importante de um projeto a ser apresentado no Congresso Nacional de combate à corrupção.
Parabéns, doutor Ercias Rodrigues de Sousa. Muito obrigado.
O SR. ERCIAS RODRIGUES DE SOUSA – Obrigado, senhor Presidente.
Cometi uma injustiça que preciso reparar a tempo e modo. Nesta Casa, contamos com a iniciativa do
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos que, prontamente, não só subscreveu, mas colocou-se à disposição, e o
Senhor Presidente que nos recebeu e pôs esta Casa, na medida das suas atribuições, à disposição para que
falássemos.
Devo esse agradecimento especificamente ao Senhor Presidente e ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos
que capitanearam essa iniciativa. O Ministério Público Federal é grato aos senhores pela iniciativa. (Muito bem!)
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Senhor Presidente, pela ordem! Parabenizo a explanação do
doutor Ercias Rodrigues de Sousa. Já tinha visto pela internet essa iniciativa.
Quando se fala de inciativa popular que tem que recolher as assinaturas para o apoio, isso já foi
formalizado ou tem que se iniciar esse processo de recolhimento de assinaturas?
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Senhor Deputado, lista já está no
Plenário, conosco, e V. Ex.ª poderá assiná-la.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Está bom. Obrigado.
O SR. ERCIAS RODRIGUES SOUSA – Senhor Deputado, contamos com o efeito até multiplicador de
V. Ex.as
, porque a assinatura de V. Ex.as
tem peso relativamente grande devido a representatividade que os senhores
carregam nesta Casa. Que sejam efeitos multiplicadores nas suas bases, na medida em que entenderem adequadas
as medidas, e que possam ser replicadores disso e capitanearem por sua vez essas colheitas de assinatura. Estamos à
disposição de V. Ex.as
, se bases representativas da sociedade civil entenderem ser adequado para comparecer e falar
também.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) – Obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Muito obrigado, senhor procurador. Se
quiser continuar na sessão, o senhor é bem-vindo.
26
Convidamos o doutor Paulo Henrique Avidos Pelissari para a assinatura do convênio da Faculdade de
Música do Espírito Santo, do maior interesse. O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos vai relatar e colher as
assinaturas.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Lerei o Termo de Cooperação Técnica n.º 003/2015:
TERMO DE COOPERAÇÃO DE TÉCNICA, QUE ENTRE SI CELEBRAM A ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – ALES, POR MEIO DA ESCOLA DO
LEGISLATIVO – EL E A FACULDADE DE MÚSICA DO ESPÍRITO SANTO “MAURÍCIO
DE OLIVEIRA” – FAMES, NA FORMA ABAIXO:
(...)
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
1.1 – O presente TERMO tem por objetivo estabelecer a cooperação técnico-científica e o
intercâmbio de conhecimento, informações, experiências e recursos humanos ligados à área
Cultural, Artística, Musical e Educacional, visando à formação, aperfeiçoamento e especialização
técnica, bem como o desenvolvimento institucional, mediante a implementação de ações,
programas, projetos e atividades conjuntas de interesse comum entre a Ales e a FAMES.
1.2 – A cooperação e o intercâmbio mútuos consistirão na transferência de conhecimentos,
informações, experiências e recursos humanos ligados à área Cultural, Artística, Musical e
Educacional, ou quaisquer outras atividades de interesse comum dos partícipes.
A Faculdade de Música está oferecendo, através do presidente Paulo Henrique Avidos Pelissari, professor
uma vez por semana ou até duas vezes por semana, gratuitamente, no 0800, para refazermos o coral do Poder
Legislativo.
Passo às mãos do Senhor Presidente para assinar.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Doutor Paulo Henrique Avidos
Pelissari, muito obrigado. Para quem não o conhece, é filho do ex-deputado estadual Setembrino Pelissari, que
muito honrou este Parlamento e, inclusive, foi meu colega e meu líder durante o governo Christiano Dias Lopes
Filho. Na verdade, foi líder e eu vice-líder. Muito obrigado, doutor Paulo Henrique Avidos Pelissari.
Concedo a palavra à Comissão de Defesa da Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (NUNES - PT) – Convoco os membros da Comissão de Defesa
da Cidadania, Senhores Deputados Dary Pagung, Marcos Bruno, Sergio Majeski e Rodrigo Coelho.
Senhor Presidente, avoco o projeto para relatar e me prevaleço do prazo regimental para oferecer parecer.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – É regimental.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (NUNES - PT) – Devolvo a palavra à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Discussão única do Projeto de Lei n.º
24/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que modifica a Lei n.º 9.500/2010, para assegurar ao consumidor o
estabelecimento de horário para montagem de móveis. Publicado no DPL do dia 23/02/2015. Pareceres n.os
31/2015, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade e legalidade, com emendas; 04/2015, da Comissão de
Defesa da Cidadania; 04/2015, da Comissão de Defesa do Consumidor e 20/2015, da Comissão de Finanças, todas
pela aprovação, com emendas, apresentadas pela Comissão de Justiça, publicados no DPL do dia 20/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Em votação o Projeto de Lei n.º 24/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
À Comissão de Justiça para redação final.
Votação adiada, com discussão prévia encerrada, do Projeto de Lei n.º 02/2015, da Senhora Deputada
Janete de Sá, fica proibido, em todo o território do Estado, o ingresso e permanência no interior de boates, cinemas,
27
teatros, clubes, estádios, escolas de samba e estabelecimentos assemelhados, de pessoas portadoras de qualquer tipo
de arma. Publicado no DPL do dia 11/02/2015. Parecer n.º 215/2015, da Comissão de Justiça, pela
inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 14/07/2015.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 215/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 02/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado o parecer, contra os votos dos Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos e Janete de Sá.
Arquive-se o projeto.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Senhor Presidente, pela ordem! Esclareço a todos que nos assistem e
também ao Plenário que enviamos uma indicação ao governo do Estado sobre a matéria do desarmamento em
locais públicos, para que se tome uma atitude com relação à questão devido à gravidade do problema.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Muito oportuno.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 23/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que veda
discriminação dos aprovados em concursos públicos estadual. Publicado no DPL do dia 23/02/2015. Parecer n.º
217/2015, da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 14/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 217/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 23/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado o parecer, contra o voto do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
Arquive-se o projeto.
O SR. GILDEVAN FERNANDES - (PV) – Senhor Presidente, pela ordem! Gostaria de registrar presença
nesta Casa do senhor Hércules Favarato, ex-prefeito do município de Montanha, uma importante liderança política
em nossa região, que muito nos honra com sua presença.
Da mesma forma, rendendo os mesmos elogios, registro a presença do senhor Robson Fernandes, Vereador
e ex-presidente da Câmara de Pinheiros; e do senhor Antônio Elpídio de Souza Gagno, mais conhecido como Chico
Gagno, ex-vereador, ex-presidente da Câmara e um político muito conceituado no município de Pinheiros, uma
referência importante para dirigir um município politica e administrativamente em outros momentos.
Registro ainda a presença dos representantes da Associação de Moradores da Comunidade Vila Fernandes,
no município de Pinheiros, os nossos amigos Willian Ferreira de Jesus e Jaime Batista da Silva. A S. S.as
os nossos
agradecimentos. Sintam-se à vontade em nossa Casa, certamente com a permissão do nosso Presidente, Senhor
Deputado Theodorico Ferraço.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Também me congratulo com a
presença de pessoas tão importantes da vida pública, principalmente do norte. Pessoalmente saúdo o ex-prefeito,
senhor Hércules Favarato, um dos homens mais honrado e honesto do estado.
O SR. EDSON MAGALHÃES – (DEM) – Senhor Presidente, pela ordem! Também registro a presença
do vereador Oziel de Souza, do município de Guarapari, que tem feito um trabalho brilhante na Câmara Municipal
de Guarapari.
O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO – DEM) – Fica registrado.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 65/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que dispõe sobre a
proibição da venda de produtos e instrumentais odontológicos para pessoas não habilitadas que não exerçam a
profissão no Estado, e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 05/03/2015. Parecer n.º 219/2015, da
Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 14/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 219/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 65/2015.
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Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado o parecer, contra o voto dos Senhores Deputados Sergio Majeski, Luzia Toledo e Enivaldo dos
Anjos.
Arquive-se o projeto.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 92/2015, do Senhor Deputado Hudson Leal, que dispõe sobre o
Ensino de Noções Básicas da Lei Maria da Penha no âmbito das Escolas Estaduais do Estado. Publicado no DPL
do dia 19/03/2015. Parecer n.º 240/2015, da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do
dia 20/07/2015. (Em anexo, por se tratar de matéria correlata, Projeto de Lei n.º 100/2015, da Senhora Deputada
Luzia Toledo, publicado no DPL do dia 20/03/2015)
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 240/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 92/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado o parecer, contra o voto do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
Arquive-se o projeto.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 99/2015, do Senhor Deputado Doutor Hércules, que dispõe sobre o
tempo máximo de espera para atendimento nas lojas operadoras de telefonia fixa e celular, e dá outras
providências. Publicado no DPL do dia 20/03/2015. Parecer n.º 210/2015, da Comissão de Justiça, pela
inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 14/07/2015.
Em discussão.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, prezados colegas, já pedi a vários colegas o apoiamento nesse Projeto de Lei n.º
99/2015, que diz em seu art. 1.º:
Art. 1º. Fica estabelecido às lojas de operadoras de telefonia fixa e celular, o tempo máximo de
espera para atendimento aos usuários, no âmbito do Estado [...].
As operadoras de telefonia fazem do usuário gato e sapato. Não nos respeitam. Você vai para lá e é
enrolado; você começa a ligar e mandam passar para outra ligação. Quando você vai à loja, também não consegue
ser atendido da maneira que espera ser atendido, com atenção.
Então, peço aos meus pares que me ajudem a derrubar o parecer da Comissão de Justiça, com o máximo de
respeito à Comissão de Justiça, mas apenas para o projeto tramitar. Peço a atenção dos Senhores Deputados Erick
Musso, Cacau Lorenzoni, Nunes, Eliana Dadalto, Hudson Leal, Marcos Bruno, Almir Vieira, Edson Magalhães,
Bruno Lamas, Janete de Sá, Gildevan Fernandes, Luzia Toledo, Guerino Zanon e Amaro Neto, para votarem contra
o parecer da Comissão de Justiça.
Na outra legislatura, sabem o que a Assembleia aprovou, Senhores Deputados Hudson Leal e Doutor
Rafael Favatto, especialmente? Com o voto contra deste deputado, aprovamos o tempo de espera nas consultas nos
consultórios médicos. Isso obviamente é uma aberração. A Assembleia aprovou isso. Quem estabelece o tempo de
espera nos consultórios nem é o médico também não. Quem estabelece é a necessidade do paciente, dependendo da
complexidade da sua patologia, da sua queixa no momento. Não é nem o médico quem estabelece o tempo. O que
estabelece é a necessidade do paciente fazer a sua queixa para que o médico possa fazer seu diagnóstico. A
Assembleia, na outra legislatura aprovou um projeto determinando o tempo de espera nos consultórios. Agora, na
loja de telefonia, onde somos tratados como ninguém, com desprezo, do jeito que eles querem.
Então peço, com o máximo de respeito à douta Comissão de Justiça, aos meus pares para me ajudarem
votar contra o parecer da Comissão para que esse projeto possa tramitar.
É o nosso pedido, Senhor Presidente, peço a V. Ex.ª que coloque em votação conforme manda o Regimento
Interno. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) - Não havendo mais oradores inscritos,
declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 210/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
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Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 99/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Senhor Presidente, pela ordem! Embora o autor do projeto
não tenha me pedido, também voto contra a inconstitucionalidade. Foi derrubado o parecer.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – O parecer teria que ter catorze votos
contra.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Até o líder do Governo desta vez concordou finalmente.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Vamos recapitular.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Senhor Deputado Bruno Lamas não retirará não?
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Fica rejeitado o parecer.
O projeto segue tramitação normal.
O SR. DOUTOR HÉRCULES - (PMDB) – Senhor Presidente, peço a palavra para justificar o voto.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Aí o pessoal votará contra novamente.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Justifique no final.
O SR. DOUTOR HÉRCULES - (PMDB) – É só para agradecer a V. Ex.ª, Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos, porque não pedi e V. Ex.ª votou comigo. É só para fazer esse agradecimento a todos os colegas, mas
especialmente a V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Senhor Deputado Doutor Hércules, V.
Ex.ª se dirigiu a todos os Senhores Deputados. O Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos não é tão mais importante
que os demais para ser distinguido pessoalmente.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS - (PSD) – Estarei a favor de V. Ex.ª, sempre que estiver contra o líder.
O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO - DEM) – Discussão prévia do Projeto de Lei n.
o
146/2015, do Deputado Sergio Majeski, que dispõe sobre a dispensa do pagamento de taxas e emolumentos e
demais despesas cartorárias referentes ao registro estatutário e suas alterações do Conselho Escolar. Publicado no
DPL do dia 23/04/2015. Parecer n.o 225/2015, da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no
DPL do dia 14/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio Majeski e passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
Deputado Bruno Lamas. (Pausa)
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) – Senhor Presidente, pela ordem! Enquanto o Senhor Deputado Sergio
Majeski se dirige à tribuna, registro a presença dos vereadores pelo Município de Mimoso, que estão ao lado, na
sala vip: Serginho, vereador e atual secretário de agricultura; do Marcelo Pessanha, presidente da Câmara de
Mimoso; do Nem Sarte, vereador e secretário de Ação Social e do ex-vereador Maurício Paiva, presidente do PV
local.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB – Sem revisão do orador) – O Projeto de Lei n.º 146/2015,
considerado inconstitucional pela Comissão de Justiça, diz:
Art. 1º - Fica o Conselho Escolar, órgão colegiado de representação da comunidade escolar sem
fins lucrativos, isento do pagamento de taxas, emolumentos e demais despesas cartorárias
referentes ao seu registro estatutário e suas alterações.
Hoje os conselhos escolares e as escolas têm pouquíssimo dinheiro. Recentemente, inclusive, foi cortado o
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Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola. Foi reduzido a trinta por cento.
As escolas já vivem em uma penúria muito grande. Seus conselhos precisam ter registro nos cartórios e
pagarem anualmente as taxas para colocarem as atas, as alterações. Quer dizer, um dinheiro, inclusive, que nem
pode sair do Programa Dinheiro Direto na Escola.
Então o que peço com esse projeto é que as escolas sejam isentas disso. Primeiro porque esse projeto não
pode ser considerado inconstitucional porque o próprio STF já tem parecer dizendo que não é inconstitucional.
Segundo, temos aprovadas nesta Casa duas leis semelhantes: a Lei n.º 8.875, da ex-deputada Aparecida Denadai,
aprovada nesta Casa, que dá isenção às instituições que cuidam da área ambiental; e a Lei n.º 7.706, da ex-deputada
Brice Bragato em relação às entidades beneficentes, quer dizer, esta mesma Casa já aprovou duas leis exatamente
semelhantes para outras instituições.
Portanto, o projeto de lei deve continuar tramitando, para que seja analisado por outras comissões e votado
em Plenário, uma vez que já existem, como eu disse, duas leis semelhantes aprovadas nesta Casa. O próprio STF
tem um parecer dizendo que não é inconstitucional e, com todo o respeito à Comissão de Justiça, foi dado um
parecer em que houve uma cópia da redação de um parecer dado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Gostaria que meus colegas votassem para derrubar o parecer da Comissão de Justiça, e que possamos
continuar discutindo esse projeto, porque, como eu disse antes, ele beneficia imensamente as escolas públicas e os
conselhos de escola, que não têm dinheiro, e precisam pagar. E todo mundo sabe que as taxas de cartório não são
baratas.
Era só isso. Eu gostaria pedir aos Senhores Deputados Nunes, Gildevan Fernandes, Erick Musso, Doutor
Rafael Favatto, Janete de Sá, Luzia Toledo, Hudson Leal, Almir Vieira e ao deputado Imperador de Baixo Guandu
que votem pela derrubada desse parecer. Peço também aos Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos, Bruno Lamas,
que agora preside a sessão, Doutor Hércules, Edson Magalhães, Eliana Dadalto e Cacau Lorenzoni. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS – PSB) – Continua em discussão o Projeto de Lei n.º
146/2015.
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 225/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 146/2015.
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – Senhor Presidente, pela ordem! Como uma forma de contribuir com o
pedido do deputado, já que possivelmente não haverá quorum para votar o projeto, que pode ser prejudicado,
solicito verificação de quorum para votação. Se não tiver quatorze votos, não passará a proposta de iniciativa de V.
Ex.ª. Por isso peço a verificação de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS – PSB) – É regimental.
Solicito aos Senhores Deputados que registrem presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)
(Procede-se ao registro das presenças)
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-se os Senhores Deputados Amaro Neto,
Cacau Lorenzoni, Da Vitória, Euclério Sampaio, Freitas, Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes,
Marcelo Santos, Marcos Bruno, Padre Honório, Pastor Marcos Mansur, Rodrigo Coelho, Sandro
Locutor e Theodorico Ferraço)
(Registram presença os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas, Dary Pagung, Doutor
Hércules, Doutor Rafael Favatto, Edson Magalhães, Eliana Dadalto, Enivaldo dos Anjos, Erick
Musso, Guerino Zanon, Hudson Leal, Janete de Sá, Luzia Toledo, Nunes e Sergio Majeski)
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS – PSB) - Registraram presença quinze Senhores Deputados.
Não há quorum para votação do parecer pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 146/2015, pelo que
fica adiada.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.o 166/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que obriga o
concessionário de veículo automotor a notificar pessoalmente o proprietário do veículo objeto de recall e a ofertar
gratuitamente o reparo do vício constatado pelo recall sempre que o proprietário do veículo automotor solicitar
qualquer serviço ao concessionário. Publicado no DPL do dia 04/05/2015. Parecer n.o 220/2015, da Comissão de
Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 14/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
31
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
(Comparece o Senhor Deputado Gildevan Fernandes)
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD - Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, em homenagem ao valor do Parlamento, protocolamos hoje um projeto que trata
de fazer com que os projetos nesta Casa, mesmo quando tiverem parecer pela inconstitucionalidade, sejam
encaminhados às outras comissões para que possam ser discutidos e votados, no final, com todos os pareceres,
mesmo que tenham parecer contra.
Gostaria de apelar aos Senhores Deputados. Mesmo sendo meu esse projeto, ninguém precisa ficar
preocupado em votar contra porque o líder do Governo ficará contra. Sei que S. Ex.ª é contra até o meu
pensamento, mas é um projeto que cria possibilidade de a matéria tramitar nesta Casa.
Consideramos um absurdo um parecer da Comissão de Justiça, com base no parecer de um procurador,
fazer um projeto ser submetido à votação, e o quorum tem que ser alto para derrubar o parecer. O projeto é
mandado para o arquivo sem a Casa apreciar, sem a Casa discutir. É como se ter uma ideia e a Comissão de Justiça
ceifá-la com aquele corte de foice que a Comissão de Justiça tem.
Nosso projeto tratará que, mesmo que o parecer da Comissão de Justiça seja pela inconstitucionalidade, o
projeto poderá receber parecer das outras comissões para ser discutido o valor da ideia. E, aí sim, no final, todos os
pareceres serem apreciados na discussão, como acontece com o projeto que recebe parecer pela
constitucionalidade.
Não podemos permitir que uma comissão da Casa mate o sonho dos parlamentares e mate a representação
popular, que cada projeto representa, sem ter uma discussão permanente. É como se estivéssemos com pressa na
Casa: Vamos matar esse projeto na Comissão de Justiça que ele não será nem discutido. Considero isso um ato
ilegal com relação à discussão das ideias. Se não me falha a memória, o Congresso Nacional também se comporta
dessa maneira. Mesmo a matéria sendo inconstitucional, vai às outras comissões, cujos pareceres são apreciados ao
final.
Estou apresentando hoje essa proposta e espero que os Senhores Deputados possam apreciá-la, quando for
colocada em votação, para permitir que façamos um processo de discussão. Que não tenhamos que ficar
preocupados com o que a imprensa fala: Ah, a Assembleia se reuniu ontem e não votou nenhum projeto. Não temos
que ter pressa e nem que atender à agenda da imprensa, temos que atender à agenda do interesse da coletividade. E
quantas vezes votamos nesta Casa, afobados, exatamente para atender a essa colocação, de que nos reunimos e não
votamos nada? Isso fere, às vezes, o direito à discussão; fere, às vezes, o direito ao questionamento, que cada
deputado tem o direito de fazer.
Então, vejo que quando um projeto vai para a comissão e o relator da comissão ou o presidente pede prazo,
acho completamente normal. Porque se você tem dúvida da matéria, você não teve tempo de analisá-la, é justo que
peça vista, e ninguém tem que se aborrecer com isso. Mas não é justo um projeto, que recebeu parecer da comissão
pela inconstitucionalidade, vir ao Plenário para dizer se é constitucional ou não e matarem o projeto na fonte. Acho
que o parecer da comissão pode vir pela inconstitucionalidade, mas a Mesa tem que mandar esse projeto às
comissões seguintes para dar parecer e, ao final, discutiremos e votaremos o parecer de todas as comissões. Essa é a
lógica legislativa.
Não podemos dar superpoder a uma comissão de dizer que o projeto do deputado tal ou dos deputados tais
não pode ser discutido pelas demais comissões e pelo Plenário, porque somos submetidos a uma camisa de força.
Veio um parecer pela inconstitucionalidade, que é a opinião de um procurador, e nós, em plenário, temos que ter de
quatorze a quinze votos para derrubar esse parecer, essa ideia do procurador. Então, no final das contas, quem
manda no Plenário? São os procuradores. E S. S as
não têm essa intenção, mas apenas de opinar e dar orientação
jurídica, que podemos acolher ou não. Nem sempre os procuradores têm razão nas opiniões, porque se se colocar
mais de um procurador para dar parecer ao mesmo projeto, poderá haver procurador que não concorda com o outro.
A opinião jurídica é de acordo com o conhecimento de cada um. Se você é especialista em Direito
Administrativo, é possível que dê parecer opinativo mais perto da lógica. Mas se você é procurador especializado
em Direito Criminal, é possível que, em sua análise, você não tenha propriedade e conhecimento profundo capaz de
dar parecer em Direito Administrativo com o mesmo cuidado e com a mesma técnica que um procurador com
formação em Direito Administrativo.
Os procuradores emitem opinião à luz da lei, mas a lei não é definitiva, é para ser interpretada. Por isso que
na constituição da Justiça existe promotor, que é o acusador e o defensor da sociedade, o advogado de defesa para
contestar o que o procurador fala, e o juiz para estudar os dois e, de acordo com a mesma lei que o promotor acusou
e que o advogado defendeu, emitir seu parecer balanceando a opinião de um e outro. É o que o Plenário tem que
fazer.
Quando a Comissão de Justiça julga pela inconstitucionalidade e dá parecer, temos que ter o projeto
tramitando para analisar o que ela colocou, se tem razão ou não. Mas nosso Regimento Interno, da forma que
existe, não permite que o parecer do procurador seja analisado e discutido. É um sistema ditatorial legislativo.
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Ninguém pode nos impedir, a não ser o Plenário em sua maioria e no quorum exigido pelo Regimento Interno, de
dizer se o projeto pode ser aprovado ou não. Não pode ser um ou dois procuradores ou a Comissão de Justiça. A
Comissão de Justiça também é composta só por sete deputados e mesmo que aprove por unanimidade a
manutenção da inconstitucionalidade, como é feito, não quer dizer que os outros vinte e três deputados não tenham
o direito a opinar, a discutir e a falar sobre aquele assunto.
Quando digo que o Estado Brasileiro precisa de reforma, precisa no Código Penal, que é atrasado; no
Código Civil, que recém-reformado não está atento à demanda e às exigências do desenvolvimento humano; e nos
regimentos internos dos Parlamentos, das Câmaras, das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional.
Estamos vendo que o presidente do Senado fez uma proposta de conciliação, colocou agenda positiva para discutir
as reformas. O Executivo, que é o executor da reforma, disse que está de acordo e o presidente da Câmara disse que
não é assim, que se não passar por lá não está conversado. Por quê? Porque o Regimento Interno das Casas submete
uma Casa à dependência da outra. Olha que absurdo!
Estamos em um período de crise. Crise reconhecida pelos setores econômicos, pelo governo da Presidenta
Dilma Rousseff e S. Ex.ª quer achar a saída, e a saída apresentada pela Câmara dos Deputados é de afastar a
Presidenta da República porque o presidente da Casa não concorda com S. Ex.ª. Ora, nós saímos de uma eleição na
qual tiveram dois turnos e o povo opinou; e por que agora o país está numa dificuldade econômica que não é
apenas dificuldade econômica do Brasil, é também uma dificuldade econômica do mundo, pois a economia é
globalizada, nós que vivemos um período bom desse modelo de governo, por que de uma hora para outra a
mudança da economia não serve, tem que se afastar o governo? Isso é antidemocrático, isso é imbecil. Temos que
aprender a respeitar o resultado democrático das decisões que tomamos. Não se trata de fazer uma guerra política
numa hora em que se precisa fazer uma guerra econômica. Estamos precisando é de resolver o problema da
economia; ou alguém acha que se tirar a Presidenta Dilma Rousseff e colocar o Senhor Aécio Neves vai resolver o
problema no outro dia, todo mundo passará a ter juros a zero por cento e está resolvido o problema? Então, esses
que pensam imbecilmente em que fazendo um processo político numa hora em que a demanda é econômica, estão
completamente fora do contexto e fora da lógica política. O que o Brasil precisa, hoje, é de uma união de forças
com o quadro eleito para buscar alternativas, porque alternativa não depende só da Presidenta da República,
Senhora Dilma Rousseff, S. Ex.ª depende do Congresso Nacional para fazer as modificações que todos os órgãos
econômicos do Brasil e do mundo cobram como necessidade. Então, quando vemos alguém usando do poder que
tem para dominar as ideias e dominar o interesse do povo, é lamentável.
Senhor Presidente, peço já o apoio antecipado para esse projeto para que possamos avaliar aqueles projetos
que são inconstitucionais da Comissão de Justiça, submetendo a todas as comissões e tramitar normalmente como
tramita o projeto que é constitucional, para que não tenhamos interferência nem da Procuradoria e nem da
Comissão de Justiça apenas na vontade dos trinta Deputados desta Casa. Tenho dito, Senhor Presidente. (Muito
bem!)
(Comparece o Senhor Deputado Cacau Lorenzoni)
O SR. PRESIDENTE – (BRUNO LAMAS – PSB) – Continua em discussão o Projeto de Lei n.º
166/2015. (Pausa)
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 220/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 166/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado, contra dois votos.
Arquive-se o projeto.
Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, pois sou o autor do Projeto de
Lei n.º 176/2015, constante no próximo item da pauta de hoje. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento para dar continuidade ao rito da sessão.
O item número dez da pauta se refere ao Projeto de Lei n.º 166/2015, de autoria do Senhor Deputado
Gilsinho Lopes, e é lógico que só teve dois votos contra. Está na lista de discriminação do Plenário.
Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 176/2015, do Deputado Bruno Lamas, que dispõe sobre a
obrigatoriedade de contratação de músicos ou grupos musicais na abertura de shows musicais nacionais e
internacionais que forem realizados no Estado. Publicado no DPL do dia 13/05/2015. Parecer n.º 218/2015, da
Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 16/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
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Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Deputado Enivaldo dos
Anjos, registro mais uma vez a importância de V. Ex.ª para este Parlamento. Senhoras Deputadas e Senhores
Deputados presentes a esta sessão, solicito com toda humildade a atenção dos colegas e, se possível, o voto de
confiança dos mesmos.
A matéria que recebe o parecer de inconstitucionalidade, no meu ponto de vista, está equivocado e vou
falar por que: ela busca incentivar a cultura, proteger e cuidar dos nossos músicos. Sabemos que nosso Estado é
palco de grandes eventos. Hoje mesmo começa uma grande festa em Aracruz, com exposição agropecuária e tem
show de Amado Batista, amanhã terá show de Victor e Leo; no sábado e no domingo passarão por lá o Irmão
Lázaro e muitos músicos renomados, com carreiras de reconhecimento internacional. Mas temos no nosso estado
muitos talentos e os programas da rede Globo e de outras emissoras que tratam esses talentos, constantemente
comprovam isso com a apresentação de músicas e apresentações de grupos musicais fantásticos em nosso estado. O
Espírito Santo possui muitos talentos e cabe a nós cuidar, preservar e legislar em benefício e proteção a esses
músicos.
Senhor Presidente, quando passei pela Câmara Municipal de Serra propus e tive aprovado um projeto de
lei, que hoje é lei na cidade e diz exatamente o que está proposto nesta matéria de hoje, que vai para apreciação dos
colegas Deputados Almir Vieira, Dary Pagung, aos quais peço esse voto de confiança.
A matéria é simples e diz que em todos os eventos que ocorram em nosso estado, com a participação de
artistas renomados, artistas famosos, que esse evento, esse show seja obrigatoriamente aberto com a participação de
um músico local como forma de proteção, incentivo a nossa cultura. Entendemos que, às vezes, é preciso cortar na
carne. Se um produtor de eventos pode pagar quinhentos ou trezentos mil reais de cachê a Ivete Sangalo ou seja o
que for, não sei exatamente o valor, ou a Zeca pagodinho ou ao Padre Fábio de Melo ou Irmão Lázaro, pode pagar
um cachê que sabemos ser bem menor, infelizmente, a um músico local para que ele possa mostrar o seu talento.
Pesquisando, esse assunto já foi motivo de algumas matérias. O ex-deputado José Carlos Gratz propôs e
aprovou a Lei n.º 7190, porém trata de que fica o Governo do estado obrigado a dar preferência à contratação de
artistas capixabas para animação de eventos custeados com verbas estaduais – não é o caso da matéria em
discussão; e, também, a Lei n.º 4.204 do vereador Max Freitas Mauro, quando o Secretário de Estado da Justiça era
Sandro Chamon do Carmo e o secretário de educação era José Eugênio Vieira, que tratava dessa mesma proteção, o
mesmo cuidado em casas teatrais. A nossa proposta visa a proteger os músicos, motivo pelo qual peço o voto de
confiança.
Antes de falar sobre a questão da constitucionalidade, concedo um aparte ao Senhor Deputado Edson
Magalhães.
O Sr. Edson Magalhães – (DEM) – Senhor Deputado Bruno Lamas, gostaria de colaborar com V. Ex.ª
neste Projeto de Lei n.º 176/2015 chamando a atenção de V. Ex.ª para que faça uma reflexão até para poder
flexibilizar o seu projeto. Veja bem que quando fui prefeito do município de Guarapari elaboramos uma lei, a
Câmara aprovou de que em toda festa da cidade teríamos a obrigação de prestigiar os cantores da terra exatamente
como V. Ex.ª está orientando. Mas tem uma particularidade e é bom que V. Ex.ª saiba. Não chegamos a tanto,
shows internacionais, mas estou falando de shows nacionais locais. Para que V. Ex.ª tome cuidado porque uma
banda ao montar toda sua estrutura de palco, em média para dar lugar a um cantor ou a uma banda local para fazer
abertura do show, leva-se entre uma hora a uma hora e meia para desmobilizar todo o palco para colocar a estrutura
de uma banda nacional ou internacional. Faço essas considerações porque aprovamos essa lei de forma
diferenciada, ou seja, ou V. Ex.ª faz isso ou tem de criar outra estrutura de palco que fica muito mais cara
exatamente para poder prestigiar as bandas locais. Acredito que V. Ex.ª esteja certo, o projeto é maravilhoso, mas
eu penso que ele pode ser flexibilizado as bandas locais. Acho que V. Ex.ª está certo, o projeto de V. Ex.ª é maravilhoso, mas penso que pode ser flexibilizado, e
melhorado nesse aspecto. Só isso.
(Comparece o Senhor Deputado Freitas)
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Estamos aceitando contribuições, porém, registro, Senhor Deputado
Edson Magalhães, que hoje existem equipamentos eletrônicos modernos nos quais várias passagens de som podem
ser feitas simultaneamente. A maior prova disso são os programas de televisão. Recentemente, num programa da
Rede Globo, uma banda saía, entrava imediatamente outra. Isso foi questionado no momento da proposta municipal
em Serra, e superamos essa dificuldade. Quem traz Paul MacCartney ou um músico dessa magnitude, como
aconteceu em nosso estado, podem ter certeza de que os equipamentos montados para esse tipo de show suportam a
passagem de som simultânea.
Em relação à constitucionalidade, a Comissão de Justiça, Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, alega duas
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questões. Primeiro, fala de competência e cita a Constituição Federal em seu art. 23, que diz:
Artigo 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
(...)
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
Então, é competência do estado. Logo, estamos legislando de forma constitucional. Cita também, a
Comissão de Justiça, o art. 24, que fala que estamos legislando beneficiando uma categoria, beneficiando uma
parte. Quantas matérias são votadas? Acho isso salutar. Propomos, e votamos as matérias para beneficiar,
realmente, categorias como deficientes físicos, artistas, músicos.
Existem legislações específicas de incentivo à cultura. Então, esse argumento, no meu ponto de vista, cai
naquilo que existe em inúmeras, dezenas de matérias propostas e aprovadas especificamente para grupos e
categorias.
Nesse sentido, respeitando a posição do Plenário, mais uma vez, de forma humilde, solicito aos Senhores
Deputados Guerino Zanon, Luzia Toledo, Freitas, Almir Vieira, Hudson Leal, Dary Pagung, Sergio Majeski,
Doutor Rafael Favatto, Erick Musso, Nunes, Janete de Sá e Cacau Lorenzoni, - o Senhor Deputado Enivaldo dos
Anjos não poderá votar, porque está na presidência -, um voto de confiança para que esta matéria continue
tramitando. Esse é o direito que peço nesta manhã. Tenho dito e muito obrigado pela oportunidade. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Aproveito, também, para pedir o apoio do
Senhor Deputado Gildevan Fernandes, dizendo apenas que essa votação é para o processo tramitar, não estamos
votando o mérito do projeto, mas se pode tramitar mesmo tendo o parecer pela inconstitucionalidade.
Continua em discussão o Projeto de Lei n.º 176/2015. (Pausa)
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 218/2015, da Comissão de Justiça, for aprovado, o
projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal.
Em votação o parecer, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 176/2015.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor Presidente, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª verificação de
quorum para efeito de votação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vou fazer verificação visual. Tem dezoito
presentes e vamos fazer a votação com dezoito senhores deputados presentes.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor Presidente, o Regimento não fala que é visual; é no painel.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – O Regimento é alterado de acordo com o
Plenário. Submeto ao Plenário a votação se podemos fazer a verificação de quorum visualmente para poder botar o
projeto em votação.
Os Senhores Deputados que forem a favor, permaneçam como estão. (Pausa)
Aprovado.
Aprovado o quorum.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Presidente, pela ordem! Isso não existe.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Submeto o projeto...
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Isso não existe nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Só existe o que V. Ex.ª pensa.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Isso não existe. Foi feito pedido de verificação de quorum e
V. Ex.ª precisa obedecer, esse é o Regimento Interno. Foi pedido e não existe esse negócio de visual, não.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – É o que vamos fazer.
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Os Senhores Deputados que estiverem com o parecer da Comissão de Justiça, permaneçam como estão; os
que estiverem contra...
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Presidente, foi pedido verificação de quorum, e
reitero o pedido de verificação de quorum antes da votação.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – A matéria foi mantida pela
inconstitucionalidade.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Isso não existe. V. Ex.ª não manda nesta Casa. V. Ex.ª está
agindo de forma errada. Verificação de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Discussão se houver recurso, na forma do
artigo 277, §§ 2.º a 5.º do Regimento Interno, do Projeto de Lei n.o 21/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo,
que declara de utilidade pública a Associação Montanhas Capixabas Turismo & Eventos.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, V. Ex.ª que está na
presidência momentaneamente, V. Ex.ª não é dono desta Casa.
Senhor Presidente Theodorico Ferraço, onde V. Ex.ª estiver, venha a esta Casa, porque, infelizmente, não
tem ordem nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Já foi mandado para o arquivo.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – O Deputado Enivaldo dos Anjos está desorganizando a
Assembleia Legislativa. Senhor Deputado Theodorico Ferraço, onde estiver.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Vamos cortar o microfone do líder do
governo.
Senhor Deputado Gildevan Fernandes, pode esbravejar o quanto quiser. A matéria já foi enviada para o
arquivo por falta de votação. Está em discussão a matéria para apreciar...
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Senhor Presidente, mantenho o pedido de verificação de quorum.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Então, faremos a verificação de quorum,
atendendo ao pedido feito pelo Senhor Deputado Dary Pagung.
Solicito aos Senhores Deputados que registrem presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)
(Procede-se ao registro das presenças)
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-se os Senhores Deputados Cacau
Lorenzoni, Doutor Hércules, Doutor Rafael Favatto, Eliana Dadalto, Gildevan Fernandes, Luzia
Toledo e Nunes)
(Registram presença os Senhores Deputados Almir Vieira, Bruno Lamas, Dary Pagung, Edson
Magalhaes, Enivaldo dos Anjos, Erick Musso, Freitas, Guerino Zanon, Hudson Leal, Janete de Sá e
Sergio Mageski)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Registraram presença onze Senhores
Deputados.
Não há quorum para votação do Parecer n.º 218/2015, ao Projeto de Lei n.º 176/2015, pelo que fica adiada.
Discussão se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º do Regimento Interno, do Projeto de Lei
n.º 21/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que declara de utilidade pública a Associação Montanhas
Capixabas Turismo & Eventos. Publicado no DPL do dia 23/02/2015. Pareceres n.os
239/2015, da Comissão de
Justiça, pela constitucionalidade e legalidade, 08/2015, da Comissão de Assistência Social, pela aprovação. Lido no
Expediente da Sessão Ordinária do dia 11/08/2015.
Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.
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Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 03/2015, da Senhora Deputada Janete de Sá, que
fica proibido o uso de marcas desenvolvidas por gestões Municipais e Estadual para fins de publicidade. Publicado
no DPL do dia 11/02/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
(Comparecem os Senhores Deputados Doutor Hércules e Eliana Dadalto)
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 127/2015, do Senhor Deputado Bruno Lamas, que
dispõe limite de tempo de atendimento ao público pelos serviços prestados pelos cartórios de registro e de notas.
Publicado no DPL do dia 06/04/2015.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, serei breve até mesmo porque a matéria ainda vai percorrer um trâmite na Casa.
O Senhor Deputado Doutor Hércules hoje pediu o voto favorável dos colegas para uma matéria semelhante,
só que esta trata dos cartórios. Gostaria de pedir a V. Ex.as
reflexão naquilo que o cidadão capixaba muitas vezes ao
chegar num cartório a fila do lado de fora do estabelecimento está fazendo caracol, e essa matéria visa a que o
primeiro contato do cartório com o cidadão seja em no máximo trinta minutos.
Não é para a solução do problema, porque sabemos que as escrituras demoram tempos e tempos, mas que o
primeiro atendimento seja em no máximo trinta minutos. Teremos condições de fazer uma reflexão maior até
mesmo porque a matéria não será apreciada hoje, Senhor Presidente.
É só para registrar aos colegas que derrubamos um parecer hoje dado pela inconstitucionalidade, de uma
matéria semelhante a esta, só que tratava de outro segmento.
Gostaria de pedir encarecidamente a V. Ex.as
o mesmo tratamento por parte dos colegas na ocasião da
votação. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Continua em discussão especial, em 2.ª
sessão, o Projeto de Lei n.º 127/2015.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.
O SR. EDSON MAGALHÃES – (DEM) – Senhor Presidente, pela ordem! Sei que a Senhora Deputada
Janete de Sá falará e terá o mesmo pensamento que eu. Estamos há três sessões sem acontecer a faze do Grande
Expediente. Ou seja, estamos abrindo mão dos grandes debates. Nesse sentido peço à Mesa Diretora para que nas
próximas sessões, possamos fazer uso do horário do Grande Expediente. Há homenagens a serem feitas, discursos,
mas não temos a palavra.
Tenho homenagens a serem feitas e discurso, mas não estou podendo fazer uso da palavra. E outros
espertalhões usam a palavra, por exemplo, para discutirem matéria para poderem sair do tema. Acho que temos que
levar isso dentro dos critérios do Regimento Interno. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Senhor Deputado, os deputados têm direito
de discutir tudo aquilo que desejarem e V. Ex.ª, até pela companhia lado a lado que está, vou indeferir o
requerimento de V. Ex.ª.
O SR. EDSON MAGALHÃES - (DEM) – Senhor Presidente, pela ordem! Não estou falando isso, estou
falando que horário do Grande Expediente tem que ser preservado, independente de matérias ficarem para ser
votadas na próxima sessão. Estamos discutindo essa questão.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Vamos lutar pela democracia.
O SR. EDSON MAGALHÃES - (DEM) – Senhor Presidente, pela ordem! A democracia está dentro do
Regimento Interno.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) – Senhor Presidente, pela ordem! Quero endossar as palavras do
Senhor Deputado Edson Magalhães.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – A palavra está com a Senhora Deputada
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Janete de Sá. Já acolhemos e indeferimos o pedido de cercear o direito de deputado se manifestar nesta Casa. E esse
expediente de discussão de matéria é dado a todos os deputados. Não podemos pedir ao deputado para não discutir.
Até por falta de discussão, aprovamos muita coisa nesta Casa de Leis na calada da noite.
Então, fica mantida a palavra dos senhores deputados.
Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, pedi para discutir essa matéria exatamente para poder levar à sociedade uma questão que
muito me preocupa. Esperei meu tempo da liderança para falar, mas, pelo avançar da hora, vi que não teria
condição e usarei desse expediente para fazê-lo.
Endossando as palavras do Senhor Deputado Bruno Lamas, de fato os cartórios extrajudiciais estabelecidos
no nosso Estado têm a obrigação de manter o número compatível de funcionários para atender à sociedade, mesmo
porque esses cartórios ganham muito com a atividade e não é justo que tenham número reduzido de funcionários
para atenderem à população. Que isso seja cobrado, que seja lei, para que realmente os cartórios, que ganham muito
com essa atividade, privilégio de poucos, tenham número compatível para atender, com decência, à sociedade.
Inscrevi-me para falar nesta discussão sobre um problema sério, que se não for falado hoje, se não
resolvermos nesta semana, um animal morrerá de fome, de inanição. É o cachorro Alemão, um animal de dois anos
de idade, que nasceu na Chácara Von Schilgen, que existe há mais de setenta anos no nosso Estado, com mais de
setenta e dois mil metros quadrados. Esse animal nasceu na chácara, junto com outro.
Quero cobrar da Prefeitura de Vitória e da Secretaria de Meio Ambiente, de proteção ao animal, do setor de
defesa ao animal, para que intercedam em favor desse animal. A bióloga responsável pela chácara está impedindo o
animal de se alimentar. E ela, para capturar o animal, colocou o alimento dentro da armadilha. O animal não é
bobo, graças a Deus é dotado também de muita inteligência, não quer comer dentro da armadilha para não ser pego.
Por conta disso, o animal está definhando, porque dentro de uma chácara não há outros tipos de animais para que
ele possa ser o predador e se alimentar.
Esse animal já ficou nessa condição há um tempo, ficou quatorze dias sem se alimentar e acabou
emagrecendo muito. Temos fotos dele, que quase morreu por inanição, e agora volta a ter esse problema. O animal
está sem poder se alimentar há dezoito dias, por conta da intolerância e da covardia de uma bióloga que se diz
profissional.
Quero pedir ao Senhor Deputado Doutor Hércules que me ajude no caminho, S. Ex.ª que é um defensor da
causa animal; quero que os protetores dos animais nos ajudem nesse caminho, para que o Ministério Público tome
uma providência imediata.
Foi aberto um inquérito policial na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, de proteção ao animal, que
fica em Jardim América, e esse inquérito policial foi enviado para o Ministério Público, está na 12.ª Promotoria,
com o promotor doutor Marcelo Lemos. Mas, essa demora em expedir uma solução acaba trazendo prejuízo, o
animal vai acabar morrendo por conta da lentidão de se tomar uma atitude.
Quero pedir, publicamente, que o prefeito do município de Vitória, que é um homem vigilante, Senhor
Luciano Rezende, nos ajude, peça que essa questão seja solucionada. Caso a promotoria demore um pouco mais,
que seja autorizado por meio da Secretaria de Meio Ambiente, do secretário Max da Mata, que o animal possa se
alimentar até que uma solução seja dada, que ele possa continuar sendo alimentado pelas pessoas que desejam, por
um protetor que, inclusive, é um agente da Guarda Civil e engenheiro de segurança e que foi meu colega na Vale,
trabalhou em Carajás e conhece como nós, da Vale, da região de Carajás, lidamos até com animais violentos. Esse
jovem, o Enio de Souza Kalic, servidor municipal, pode ser um dos tutores desse animal e pode estar o
alimentando.
Esse animal não pode ser caracterizado como um animal doméstico e nem como um animal selvagem. Ele
não foi um animal despejado em um pátio, um animal que simplesmente abandonaram no local, é um animal que
nasceu no local, onde vive há dois anos, que, portanto, tem o direito de permanecer no local. Se for determinado
que ele precisa sair e que isso passe pelas barras da Justiça e da intervenção do Ministério Público, que seja feito de
maneira decente e que não mande, simplesmente, o animal para o Centro de Zoonoses, que não é lugar para a
adoção de animais.
Quero pedir, sinceramente, uma ação dos protetores dos animais e uma ação do prefeito de Vitória. Quero
apelar, como deputada deste Estado por quatro mandatos, junto ao secretário de Meio Ambiente da Prefeitura de
Vitória, Max da Mata, que interceda nesta questão, porque é uma covardia com um animal irracional e indefeso
mantê-lo há dezoito dias sem alimento. Ele pode morrer por conta da falta de alimento, porque não conseguirá
encontrar outro na região.
Foram cortadas várias árvores do Parque Natural Municipal Von Schilgen para que aqueles edifícios
maravilhosos fossem construídos, com prejuízo inclusive para nossa sociedade, porque era um local espetacular.
Tudo bem que alguns moradores tenham contraposição a esta matéria, mas existem os que são favoráveis. Muitos
moradores, inclusive, alimentam o animal, porque em dois anos ele nunca ofereceu perigo a ninguém.
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Pode-se criar um estabelecimento e estabelecer um vínculo, que pode ser feito por meio de um tutor a ser
determinado pelo Ministério Público, e esse animal ser capturado de forma decente, para que seja vacinado e que
tenha, inclusive, uma discussão local para ver se ele pode continuar residindo onde nasceu.
O Parque Natural Municipal Von Schilgen tem setenta e dois mil metros quadrados. É uma área de mata,
com espaço tanto para o animal quanto para os moradores que residem naqueles edifícios com apartamentos de
muito boa qualidade. Não é qualquer um que consegue morar na Praia do Canto, num local privilegiado, em
grandes edificações.
Senhor Presidente, fica meu pedido de que essa covardia exercida por uma bióloga que se diz no exercício
de sua profissão, mas que está cometendo um crime contra um animal irracional que nasceu naquele ambiente. Que
seja sanada, que seja cessada por meio de atitude da Prefeitura de Vitória. Fica o meu clamor ao prefeito Luciano
Rezende para que interceda em favor do animal, do cachorro denominado Alemão. Que S. Ex.ª também entre na
causa do animal Alemão. (Muito bem!)
(Comparece o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto)
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS - PSD) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Guerino Zanon, que deseja fazer um comunicado.
O SR. GUERINO ZANON - (PMDB) – Senhor Presidente, bom-dia. O Ministro das Comunicações
estará em Linhares, amanhã, juntamente com o nosso governador e demais convidados, para a inauguração da
Record News. Parabéns ao grupo Rui Baromeu e a todos os servidores e colaboradores da Rede Sim.
O SR. PRESIDENTE – (ENIVALDO DOS ANJOS – PSD) – Lembramos aos Senhores Deputados que
amanhã, às 9h da manhã, nesta Casa de Leis, teremos uma sessão especial com os vereadores e gostaria de contar
com a presença de todos os deputados, aqueles que usarão da palavra. Os vereadores também farão uso da palavra.
Discutiremos uma Resolução sobre a criação da Casa do Vereador, um espaço novo para os legislativos municipais.
Findo o tempo destinado a presente sessão, vou encerrá-la. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados
para a próxima, especial, dia 13 de agosto de 2015, às 9h, para debater sobre a crise econômica e política atual do
Estado, conforme requerimento do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, aprovado em Plenário, para qual designo
Expediente: o que ocorrer, e comunico que haverá sessão solene, dia 13 de agosto de 2015, às 14h, em homenagem
ao produtor rural, conforme requerimento da Senhora Deputada Janete de Sá, aprovado em plenário; sessão solene,
dia 13 de agosto de 2015, às 19h, em homenagem a posse do presidente da Sindipol, conforme requerimento do
Senhor Deputado Euclério Sampaio, aprovado em plenário, e sessão ordinária, dia 17 de agosto de 2015, cuja
Ordem do Dia é a seguinte: discussão única, em regime de urgência, dos Projetos de Resolução n.os
44/2015 e
45/2015; votação adiada, com discussão prévia encerrada, dos Projetos de Lei n.os
146/2015, 176/2015 e 184/2015;
discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 03/2015, Discussão especial, em 3ª sessão, dos Projetos de
Lei n.os
127/2015 e 226/2015; discussão especial, em 2.ª sessão, das Propostas de Emenda Constitucional n.os
06/2015 e 14/2015; discussão especial, em 2.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os
212/2015 e 297/2015; discussão
especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 221/2015; discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto
Legislativo n.º 64/2015 e discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Resolução n.º 27/2015.
Está encerrada a sessão.
Encerra-se a sessão às doze horas.
*De acordo com o registrado no painel eletrônico, deixou de comparecer a presente sessão a Senhora
Deputada Raquel Lessa.