45

PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros
Page 2: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A PRODUÇÃO DE POLÍMEROS DE QUITOSANA COM GRAUS DE ACETILAÇÃO

CONTROLADOS

Laidson Paes Gomes

Rio de Janeiro 2009

Page 3: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

ii

LAIDSON PAES GOMES Aluno do curso de biotecnologia

Matricula 0623800021

PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A PRODUÇÃO DE POLÍMEROS DE QUITOSANA COM

GRAUS DE ACETILAÇÃO CONTROLADOS

Trabalho de conclusão de curso, TCC, apresentado ao Curso de Graduação Tecnologia em Biotecnologia, da UEZO como parte dos requisitos para a obtenção do grau de tecnólogo em Biotecnologia, sob a orientação do Dr. Eduardo Mere Del Aguila.

Rio de Janeiro 2009

Page 4: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

iii

Gomes, Laidson Paes.

Purificação da Enzima Quitinase de Uva para a Produção de Polímeros de Quitosana com

Graus de Acetilação Controlados / Laidson Paes Gomes – Rio Janeiro, 2010. Vii, 45f

Monografia (Graduação Tecnologia em Biotecnologia) – Centro Universitário Estadual

da Zona Oeste – UEZO, Colegiado de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS, 2010

Orientador: Eduardo Mere Del Aguila

Referências Bibliográficas: 12f

Quitinase de uva, purificação e caracterização, desacetilação de quitina.

Page 5: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

iv

Purificação da Enzima Quitinase de Uva para a Produção de Polímeros de Quitosana com Graus de Acetilação Controlados

Elaborado por Laidson Paes Gomes Aluno do Curso de Biotecnologia da UEZO

Este trabalho de Graduação foi analisado e aprovado com Grau: 9,0

Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 2009

_______________________________________ Tereza Cristina Jesus Rocha

Membro, Doutor (a)

_______________________________________ João Bosco de Salles

Membro, Doutor

_______________________________________ Eduardo Mere Del Aguila

Presidente, Doutor

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL DEZEMBRO DE 2009

Page 6: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

v

RESUMO

A quitinase (poli (1,4-(N-acetil-beta-D-glicosamina)) glicanohidrolase, EC 3.2.1.14) é uma

enzima produzida por uma grande variedade de plantas como mecanismo de defesa contra

ataques de insetos e fungos. Essa enzima utiliza quitina como substrato produzindo

oligossacarídeos biologicamente ativos de diferentes tamanhos, com aplicações na

indústria de alimentos, indústria farmacológica e nos processos de tratamento de água. A

quitina (um homopolímero formado por monômeros de N-acetil-D-glucosamina (GlcNAc)

ligados entre si por ligações do tipo beta-1,4) é encontrada principalmente no exoesqueleto

de artrópodes, em celenterados, nematóides, protozoários e moluscos, e na parede celular

de muitos fungos. O objetivo desse trabalho foi purificar a quitinase de uva e utilizá-la para

a produção de oligômeros de N-acetilglicosamina. A enzima foi purificada de extrato bruto

de uva, que foi tratado com sulfato de amônio a 80% de saturação, o precipitado foi

ressuspenso em tampão acetato, submetido à diálise e posteriormente filtrado. A análise da

fração purificada por SDS-PAGE 12,5% apresentou duas cadeias peptídicas principais de

24 e 31kDa, que corresponde as duas isoformas da quitinase de uva. A atividade quitinase

na preparação foi determinada com o uso do substrato sintético quitina azure, da Sigma. Os

ensaios apresentaram que a enzima possui valores ótimos de pH e temperatura de 3,0 e

42°C, respectivamente. A quitinase parcialmente purificada será testada quanto a sua

capacidade de hidrolisar quitina cristalina purificada de casca de camarão e uma

preparação comercial de quitina de carapaça de caranguejo.

Palavras chaves: Quitinase, oligômeros de quitosana, desacetilação

Page 7: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

vi

ABSTRACT

Chitinase (poly (1,4-(N-acetyl--D-glucosaminide)) glycanohydrolase, EC 3.2.1.14) is

produced by a wide variety of plants (including the grapevine) as a defense against fungal

and insect attack. Chitinases are used for the production of oligosaccharides with different

biological activity. In this work we described a simple partial purification procedure for the

enzyme chitinase from grapes. The enzyme was obtained from a crude extract by

precipitation using 80% ammonium sulfate followed by dialysis and filtration through

22μm sterile membrane. The resultant proteins showed molecular weights ranging from 24

to 31kDa as judged by SDS-PAGE 12.5%. The chitinase preparation was active against

chitin azure as a cromogenic substrate. The optimum pH and temperature of enzymatic

preparation were pH 3.0 and 50°C, respectively. Treatment of crystalline shrimp chitin

with chitinase increased the deacetylation of this substrate by yeast chitin deacetylase by

48.5 fold.

Keywords: grape chitinases, purification and characterization, chitin deacetylation

Page 8: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

vii

SUMÁRIO

Páginas

Resumo................................................................................................................................ iv

Abstract............................................................................................................................... v

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 2

1.1 Quitina........................................................................................................................ 2

1.2 Quitosana...................................................................................................................

1.2.1 Aplicação Biotecnológica..................................................................................

3

4

1.3 As quitinases.............................................................................................................

1.3.1 Quitinases em plantas.......................................................................................

1.4 Quitina desacetilase..................................................................................................

9

10

11

2. OBJETIVOS.................................................................................................................... 13

3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................ 14

3.1 Extração de proteínas totais e purificação parcial de quitinase........................... 14

3.2 Dosagem da proteína................................................................................................. 14

3.3 Conservação da proteína.......................................................................................... 14

3.4 Precipitação com ácido tricloroacético (TCA) 1M................................................. 14

3.5 Caracterização da preparação parcialmente purificada....................................... 15

3.6 Determinação da atividade enzimática da quitinase.............................................. 15

3.7 Avaliação da desacetilação da quitina de camarão................................................ 15

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 17

5. CONCLUSÔES............................................................................................................... 23

6. REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 24

Page 9: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

viii

Page 10: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros
Page 11: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

2

1. INTRODUÇÃO

1.1 QUITINA

A quitina foi primeiramente isolada por Braconnot em 1881, trinta anos antes do

isolamento da celulose, mas a falta de conhecimento básico sobre suas propriedades,

incluindo a reatividade química, limitou severamente suas aplicações industriais até o

início dos anos 1970 (ROBERTS, 1992). A partir daí surgiu um interesse em estudar as

relações estruturas/propriedades desse polímero e seu derivado.

Quitina é o segundo biopolímero mais abundante na natureza sendo o principal

polissacarídeo estrutural dos artrópodes, celenterados e alguns fungos (CAMPANA-

FILHO et al., 2007). Apresentam uma estrutura polimérica linear que consiste de unidades

de N-acetilglicosamina unidos por ligações β-1,4 (figura 1).

Figura 1. Estrutura primária de quitina, onde n é o grau de polimerização.

O fato de que a quitina pode ser extraída da biomassa, e mesmo a partir de

matérias-primas abundantes e relativamente baratas, consideradas como refugo da

atividade pesqueira voltada para exploração industrial de frutos do mar, tem sido destacado

como um fator importante em favor de sua produção, visando a utilização em larga escala.

Entretanto, deve ser reconhecido que, se tratando de um produto natural cuja biossíntese

não está sob estrito controle genético, ocorrem variações de composição e, além disso, a

quitina raramente ocorre em forma pura (CAMPANA-FILHO et al., 2007).

As principais matérias-primas para produção industrial de quitina são as carapaças

de crustáceos originadas do processamento industrial de frutos do mar (ABRAM &

HIGUERA, 2004). Em alguns países são produzidos mais de 2,5 milhões toneladas de lixo

dessa natureza (HEALEY et al., 1994 e HAKI et al., 2003).

A quitina possui três tipos de estruturas polimórficas na natureza, denominadas -,

- e - quitina. A -quitina é encontrada em estruturas rígidas e resistentes, como a

Page 12: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

3

cutícula de artrópodes, e nesses casos ocorre fortemente associada a proteínas, materiais

inorgânicos ou a ambos. As formas - e - quitina ocorrem em estruturas flexíveis

embora também resistentes. A -quitina é a forma mais abundante e é também

considerada a mais estável, visto que a conversão das duas últimas formas na primeira é

irreversível (ROBERTS, 1992).

Quanto à orientação das suas cadeias polimórficas, a α-quitina, que possui cadeias

antiparalelas, é encontrada nas carapaças de camarões e caranguejos, e apresenta grau de

cristalinidade acima de 85%. A β-quitina, que possui cadeias paralelas, é encontrada em

estruturas menos rígidas, mas resistentes, apresentando grau de cristalinidade de

aproximadamente 72% (CAMPANA-FILHO et al., 2007), é encontrada no esqueleto

calcário de alguns animais marinhos (microalga, Thalassiosira fluviatilis, por exemplo), ou

onde uma certa flexibilidade é necessária, como nos gládios dos cefalópodes

(TOLAIMATE et al., 2000; GOW et al., 1987). A γ-quitina possui cadeias paralelas e

antiparalelas e pode ser encontrada nos casulos dos insetos e ainda não é muito conhecida

(MATHUR e NARAG, 1990).

1.2 QUITOSANA

A principal aplicação da quitina é no campo da bioconverção. A modificação

estrutural da quitina leva a formação da quitosana (figura 2), que corresponde a um

copolímero de unidades 2-acetamido-2-desoxi-D-glicopiranose (GlcNAc) e 2-amino-2-

desoxi-D-glicopiranose (GlcN) unidas pelo mesmo tipo de ligação glicosídica presente em

quitina, com predomínio do segundo tipo de unidade (ROBERTS, 1992).

Essa conversão é realizada convencionalmente por meio da hidrólise dos grupos

acetamida da quitina para a produção de quitosana. Essa reação pode ser realizada tanto em

meio ácido, como alcalino, mas a primeira condição não é empregada devido à

susceptibilidade das ligações glicosídicas à hidrólise ácida. De fato, mesmo quando

realizada em meio alcalino, a desacetilação da quitina raramente é completa, pois o

processo para obtenção de quitosanas geralmente é interrompido quando o grau de

desacetilação atinge cerca de 60%. O prolongamento da reação leva a formação de

produtos completamente desacetilados e provoca uma severa degradação das cadeias

poliméricas (MATHUR, N. K., & NARANG C. K., 1990; LE DUNG, P., et al., 1994).

Este método convencional para obtenção de quitooligômeros, além de utilizar tratamentos

físicos e químicos drásticos e demorados, apresentam baixo rendimento. Entretanto, pode

Page 13: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

4

ser feita uma conversão biológica eficiente da quitina em quitosana, mediada pelas

quitinases, que hidrolisam o polímero, diminuindo seu grau de cristalinidade e formando

unidades menores que em seqüência serão desacetilados pela enzima quitina desacetilase

(TSIGOS et al., 2000). Devido a estes fatores, a produção enzimática de

quitooligossacarídeos e seus derivados têm sido estudada e a via enzimática parece ser um

método rápido e simples para obtenção destes compostos (NAKAKUKI, 1993).

O processo de desacetilação tem como objetivo a obtenção de produtos com

diferentes graus de desacetilação e de variadas utilidades. Este processo requer tratamentos

que visem à hidrólise do polímero de quitina, já que geralmente, em condições

heterogêneas, a reatividade deste polissacarídeo tende a aumentar com o decréscimo do

grau de cristalinidade e a reação de desacetilação pode se processar mais rapidamente em

regiões amorfas que em regiões cristalinas (SHIGEMASA, Y. et al., 1999).

Figura 2. Estrutura primária da quitosana, onde n é o grau de polimerização.

1.2.1 Aplicação Biotecnológica

Quitina e quitosana são biopolímeros biodegradáveis e biocompatíveis, que

apresentam baixa toxicidade e baixa alergenicidade, atividades antimicrobianas e

hemostáticas. Estas propriedades os tornam candidatos a inúmeras aplicações

biotecnológicas nas áreas médica, farmacêutica e odontológica, na agricultura, na indústria

de alimentos e de cosméticos (CAMPANA-FILHO et al., 2007). Esses polímeros também

possuem a capacidade de interagir com lipídeos, proteínas, corantes, íons metálicos,

herbicidas e pesticidas, podendo ser usados em aplicações voltadas para a concentração,

recuperação, análise e separação dessas substâncias, como a descontaminação de efluentes

industriais. Em função das propriedades e das aplicações acima mencionadas, e do fato de

quitina e quitosana serem produzidas a partir de matérias primas de baixo custo, esses

polímeros tem despertado muito interesse nas áreas acadêmica e industrial.

O crescente interesse científico e tecnológico sobre estes polímeros pode ser

medido pelo número de artigos publicados em revistas científicas e de patentes registradas

Page 14: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

5

mundialmente nos últimos trinta anos. O número de publicações sobre o assunto aumentou

em progressão exponencial nos últimos trinta anos, passando de aproximadamente 480

artigos no início dos anos 1970 para 10700 artigos no período 1998-2002. Em relação às

patentes relacionadas à quitina e quitosana, somente o United States Patent and Trademark

Office registra 7115 patentes no período 1976-2007 (Uspto.gov/patft/index.html), devendo

ainda ser levado em conta os registros de patentes na Europa, Japão, China e Coréia.

As possibilidades de aplicações são ainda aumentadas pelo fato da quitosana poder

ser preparada em diferentes formas, como soluções de viscosidade controlada, géis, filmes

e membranas, microesferas e nanopartículas (CAMPANA-FILHO et al., 2007), e

modificada quimicamente, devido à presença de grupamentos reativos em sua estrutura

(hidroxilas e grupos aminos). Assim, a quitosana pode ser derivatizada com diferentes

grupos funcionais por reações que promovam a formação de ligações covalentes cruzadas

(dentro da mesma cadeia ou entre cadeias diferentes) e complexação com outros

polímeros.

A quitosana pode ser usada para a remoção e recuperação de diferentes resíduos

(VIVEK & TORRES J.A., 2000). Ela tem sido usada como adsorvente para remoção de

metais pesados, como chumbo (NG, J.C.Y., et al., 2003), cobre (NGAH, W.S.W., et al.,

2002), níquel, zinco e cádmio (BECKER, T., et al., 2000) de águas usadas na indústria; na

biotransformação e detecção de pesticidas (DU, D., et al., 2007); na remoção de corantes,

aminoácidos e proteínas (BORDERÍAS, A.J., et al., 2005); e como agente floculante no

tratamento de efluentes aquosos (DÍAZ, E. D. A., et al, 2007). A atuação da quitosana

como agente floculante é possível devido à alta densidade de carga dos grupos amino, que

interagem com substâncias carregadas negativamente. Alguns tipos de membranas de

quitosana estão sendo desenvolvidos para clarificação e purificação de água com boas

propriedades semipermeáveis (KUMAR, R e MAJETI, N.V., 2000).

A quitosana também oferece um amplo espectro de possíveis aplicações na

indústria de alimentos (SHAHIDI, F et al., 1999; BAUTISTA-BAÑOS S et al., 2006 e LI

Y et al., 2007), conforme esquematizado na figura 3.

Page 15: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

6

Figura 3. Aplicações da quitosana na indústria de alimentos, reproduzido de CAVALCANTE et al., 2008.

Oligossacarídeos de quitosana ou quitosana de baixa massa molecular podem

apresentar efeitos benéficos seletivos sobre o crescimento e a atividade biológica de

bactérias probióticas, como Bifidobacteria e Lactobacillus (LEE, H.W., et al., 2002 e

BARRETEAU, H et al., 2006 ). Lactobacillus acidophillus, L. plantarum e Lactobacillus

sp. podem ser inseridos em filmes de quitosana conservando sua viabilidade (MARTINEZ-

CASTELLANOS G., et al., 2007). O uso de biofilmes de quitosana associado a bactérias

láticas é de grande potencialidade, visto que Lactobacillus produzem ácido lático,

bacteriocinas e outros compostos que inibem o desenvolvimento de patógenos e

deteriorantes de alimentos, além de serem importantes probióticos (SAAD, S.M.I., 2006).

Na indústria de alimentos minimamente processados, inicialmente desenvolvida

para suprir restaurantes, hotéis e instituições similares, os seguimentos de “fresh-cut” e

“ready-to-eat” requerem uma tecnologia específica para a manutenção apropriada da

qualidade nutricional dos produtos (WILEY, R.C., 1997). Essa indústria se vale de

Page 16: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

7

revestimentos comestíveis, que devem ser transparentes, terem aderência suficiente para

não serem removidos no manuseio e não introduzirem alterações no gosto. Entretanto, o

mais importante é que a cobertura comestível possa atuar como uma barreira à perda de

umidade, controlar a respiração do fruto e evitar contaminações microbiológicas e

químicas. Uma série de estudos tem investigado o uso da quitosana como cobertura ou

revestimentos protetores em frutas e legumes processados (COMA, V., et al., 2002). Esses

trabalhos enfocam, essencialmente, as propriedades antifúngicas e antibacterianas da

quitosana (NO, H.K., et al., 2002). Como quitosana não é digerido por humanos, ele não

altera o valor calórico dos alimentos, representando um atrativo a mais para a indústria

alimentícia.

Outros pesquisadores (PATERNO L.G., et al., 2001) estudaram uma alternativa

viável para obtenção de filmes poliméricos pela técnica de automontagem (self-assembly).

Considerando que a quitosana apresenta cargas positivas em meio ácido (devido ao estado

protonado dos grupamentos NH3), substratos com alta densidade de sítios negativos

imersos nessa solução servirão como suportes para atração, e subseqüente formação de um

filme homogêneo. O revestimento com biofilmes de quitosana pode aumentar a vida de

prateleira de frutas, uma vez que o biofilme modifica a atmosfera entre o filme e a fruta,

reduzindo os níveis de O2 e aumentando os níveis de CO2, o que diminui o metabolismo do

vegetal e retarda a senescência (LANA, M.M. e FINGER, F.L., 2000).

A quitosana também tem encontrado utilizações bastante versáteis nas áreas

farmacêutica e médica, como pode ser visualizado na figura 4. Ela é usada como carreador

de fármacos para liberação controlada e de DNA (PARK, J.H., et al 2004), na regeneração

de tecidos epiteliais (NIEKRASZEWICZ, A., et al., 2007), na confecção de membranas

artificiais (COSTA, T.A.C., et al., 2006), como promotor da osteogênese (HAMILTON V.

et al., 2007), como agente antibacteriano (JING, Y.J., et al 2007), como coadjuvante da

higiene oral (HAYASHI, Y., et al., 2007), na absorção de gordura e redução do colesterol

sérico (FEOFILOVA, E.P., 2007) e como componente de cosméticos (KOHEI, H. et al.,

2006).

Page 17: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

8

Figura 4. Principais aplicações de quitosana como material biomédico durante o período de 1994 a 2004

(ISSA, M.M et al., 2005).

A utilização de quitosana no desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos

via transdérmica é, atualmente, alvo de intenso estudo. A eficiência deste polímero em

promover o aumento da absorção transepitelial foi demonstrada com vários agentes

terapêuticos, como insulina (ASPDEN, T., et al., 1996), morfina (ILLUM, L., et al., 2002),

heparina (THANOU, M., et al., 2001) e hidrocortisona (SENEL, S., et al., 2001 ).

Inclusive, a eficácia terapêutica de fármacos usando esta rota de administração foi

confirmada em testes com humanos em fase I de estudo (ILLUM, L., et al., 2002). O

mecanismo pelo qual a quitosana aumenta a absorção dos fármacos e macromoléculas

permanecem desconhecidas. No entanto, dois aspectos estão associados a esta propriedade.

Primeiramente, credita-se a importância ao seu efeito ocluso sobre a pele, aumentando a

hidratação local e facilitando a absorção. Segundo, e não menos importante, seria sua ação

sobre as junções intercelulares da pele, como se “abrisse” caminho para passagem das

moléculas (SMITH, J. M. & WOOD, E. J., 2003).

O uso de sistemas coloidais como transportadores de fármacos, proteínas, antígenos

e genes é amplamente descrito na literatura. O interesse nesses sistemas ocorre,

principalmente, devido à sua baixa toxicidade e, em alguns casos, ao sinergismo sobre o

efeito terapêutico (KREUTER, J., 1994; STOLNIK, S., et al., 1995).

peptídeos e proteínas

antimicrobiano

engenharia de tecidos

cicatrização

vacinas

vacinas- DNA

genes

drogas

Page 18: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

9

A utilização de vírus atenuado continua sendo a principal metodologia de

desenvolvimento de vacinas, e cerca de 80% das vacinas antivirais são produzidas dessa

forma (WIVEL, N. A. & WILSON, J. M., 1998). Contudo, estes sistemas apresentam

limitações, como o aparecimento de reações imunológicas secundárias e oncogenes

(ANDERSON, W. F., 1998). Para solucionar esses problemas, a quitosana tem sido

utilizada como transportador de DNA em processos de transfecção com elevado percentual

de eficiência (RICHARDSON, S. C. W., et al., 1999).

1.3 AS QUITINASES

Na natureza existe uma grande diversidade de oligossacarídeos e polissacarídeos,

desempenhando os mais diversos papéis que vão desde reserva de energia até sinalização.

Da mesma forma, há também uma grande diversidade de enzimas que hidrolisam ligações

glicosídicas, pertencentes à superfamília das glicosilhidrolases, que atuam sobre a ligação

glicosídica entre dois ou mais carboidratos ou entre misturas de carboidratos e demais

biomoléculas. Essa superfamília é composta por 81 famílias de enzimas que hidrolisam os

mais variados substratos (HENRISSAT, 1991).

Dentre as glicosilhidrolases, destacam-se as quitinases (E.C. 3.2.1.14): enzimas que

hidrolisam a quitina, que podem ser divididas em duas categorias, como endoquitinase,

quando cliva as ligações internas na cadeia polimérica, ou exoquitinase quando degrada o

polímero na sua porção terminal (SUBROTO et al., 1999).

Existem duas grandes famílias de quitinases, denominadas família 18 e 19

distinguidas pelas suas seqüências de aminoácidos, em termos de estrutura e mecanismo de

ação catalítica. Família quitinases 19 é encontrada principalmente em plantas, e possui

seqüências muito homólogas, domínio catalítico constituído principalmente por α-hélice e

realiza a reação de hidrólise utilizando mecanismo de catálise ácida gerando produtos com

conformação α. Em contrapartida, a família 18 inclui representantes microbianos

(bactérias, fungos e vírus), encontrado também em plantas e animais, incluindo insetos, e

tem divergência substancial de seqüência, possui sítio catalítico (αβ)8-Barril e utilizam o

mecanismo de catálise substrato assistido, que leva a retenção do carbono anômero do

produto formando produtos com conformação β (KABIR et al., 2006).

Havendo ainda uma subclassificação dentro dessas famílias para as quitinases, que se

subdividem dentro da família 19 nas classes I, II e IV e dentro da família 18, nas classes III

e V (ISELI et al., 1996). Essas cinco classes de quitinases foram distinguidas com base em

Page 19: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

10

alinhamentos de seqüência e topologia subcelulares (MELCHERS et al., 1994) e três deles

são sempre encontrados em plantas (GRAHAM & STICKLEN, 1994; KOMBRINK &

SOMSSICH, 1995). Quitinases da classe I possuem pI básico e contem um domínio N-

terminal rico em Cys, que supostamente funciona ligado a quitina. Além disso, uma

dobradiça do domínio foi atribuída, e uma extensão C-terminal foi identificada que é

essencial e suficiente para a localização no vacúolo das células vegetais (NEUHAUS et al.,

1991). Quitinases classe II, que partilham de domínios catalíticos altamente conservadas

como da classe I, são distinguidos pelo seu pI ácido e falta de domínios ricos em Cys ou

extensão C-terminal e são excretados para o espaço extracelular. Quitinases da classe III

são caracterizadas por atividade de lisozima e possuem homologias insignificante de

seqüência com as classes I ou II das quitinases (BERNASCONI et al., 1987; BOLLER &

METRAUX, 1988). Já a classe IV é homóloga à classe I, mas mostra menor peso

molecular e a classe V é homóloga a classe III, mas apresenta menor peso molecular.

(HENRISSAT, B. & BAIROCH, A., 1993)

1.3.1 Quitinase em plantas

As quitinases em plantas estão associadas à defesa contra patógenos e fazem parte

do grupo de proteínas denominadas proteínas PR (Pathogenesis Related Proteins), que são

proteínas capazes de induzir resistência local ou sistêmica ao ataque de fungos e outros

fitopatógenos. Evidências indicam que as quitinases têm um papel direto nessa defesa por

atacar diretamente os polímeros de quitina, que é o maior componente da parede celular da

maioria dos fungos (COLLINGE et al., 1993).

Outros papéis importantes das quitinases em plantas estão ligados à resistência à

pressão osmótica ao envolvimento no processo de amadurecimento de frutos induzido por

etileno (COHEN-KUPIEC & CHET, 1998).

A maioria das plantas expressam constitutivamente níveis relativamente baixos de

quitinases e só produzem níveis mais elevados da enzima quando submetidas a ataques por

fitopatógenos. Nas uvas (Vitis vinifera) as quitinases constituem até 50% de suas proteínas

solúveis (WATERS et al., 1998). Danos mecânicos da planta por fungos ou mastigação de

insetos provocam a liberação de uma variedade de hormônios de plantas, tais como etileno

e ácido salicílico que estimulam produção de quitinase (GIANNIKIS et al., 1998;

DERCKEL et al., 1996). Supõe-se que o nível da síntese e o tempo de exposição ao etileno

afetam a expressão de quitinase induzida por ferimento. Muitos autores observaram que

Page 20: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

11

isoformas semelhantes de quitinases induzidas por etileno foram produzidas por ferimento

(HAMEL, F. & BELLEMARE, G., 1995; DERCKEL, J.P., 1996). Tal correlação não foi

observada em outros relatórios. A razão para essa contradição pode ser a diferença no

momento da ferida estimulando a síntese de etileno - alguns destes intervalos de tempo

podem não ser suficientes para a indução do gene de quitinase (AMAC, D.A., 1990).

Existe também a possibilidade de síntese de quitinases pelo ferimento não ser induzida

pelo etileno derivado dos tecidos danificados, mas sua expressão é desencadeada por outra

molécula de transdução de sinal da ferida (RAIKHEL, N.V. & LEE, H.I., 1993).

Além dos fatores descritos acima, a transcrição de genes de quitinase ou o aumento

na atividade enzimática, podem ser induzidos por outros estímulos externos como a

exposição da planta à seca ou ao frio, exposição ao gás ozônio, a metais pesados, excesso

de salinidade e luz UV (HAMEL, F. e BELLEMARE, G., 1995; HANFREY, C., et al,

1996; COHEN-KUPIEC, R. & CHET, I., 1998). Aclimatação ao frio e à desidratação

induzem a expressão do gene responsável pela produção de quitinase de classe II em

Cynodon sp (DE LOS REYES., 2001). Em Cucurbita sp, a síntese de quitinase extracelular

básica é induzida por estresse osmótico e ferimentos (ARIE, M., et al, 2000). O ferimento

também induz a expressão da quitinase classe I nas raízes de plantas do gênero Brassica

(HAMEL, F. & BELLEMARE, G., 1995), e a senescência das folhas provoca a expressão

do gene da quitinase de classe IV (HANFREY, C., et al, 1996). O tratamento com ozônio

causou um rápido aumento intracelular de quitinases em plantas de Nicotiana tabacum

(SCHRAUDNER, M., et al, 1992).

No processo de amadurecimento, as uvas produzem altas concentrações de açúcar e

suas cascas tornam-se mais suscetíveis ao ataque fúngico. Para compensar, as uvas

produzem níveis relativamente elevados de quitinase como uma defesa durante este

período. Esta é uma característica útil, pois torna as uvas mais resistentes à ação fúngica

durante safras com alta umidade (ROBINSON et al., 1997).

1.4 QUITINA DESACETILASE

Na natureza, a etapa de desacetilação da quitina é realizada pela enzima quitina

desacetilase. A aplicação do uso da quitina desacetilase é um método de desacetilação

alternativo que evita rejeitos (MARTINOU et al, 1995). Baseado nisto, foi proposta a

utilização da quitina desacetilase como método de desacetilação.

Page 21: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

12

A quitina desacetilase (CDA) é a enzima que catalisa a conversão de quitina para

quitosana através da desacetilação dos resíduos N-acetil-D-glicosamina. Estas enzimas

CDA foram isoladas dos fungos M. roxii e C. lindemuthianum (KAFETZOPOULOS, et

al., 1993; TSIGOS & BOURIOTIS, 1995), e os genes que codificam CDA foram

estudados em M. rouxii e S. cerevisiae (KAFETZOPOULOS, et al., 1993;

CHRISTODOULIDOU, et al., 1996). Para avaliar o papel destas enzimas, na formação da

parede dos esporos de levedura, foram isolados e estudados dois genes que codificam a

quitina desacetilase em levedura: CDA1 e CDA2.

Quitinas desacetilases têm sido purificadas e caracterizadas a partir de diversos

fungos. As enzimas mais bem estudadas são aquelas dos fungos M. roxii

(KAFETZOPOULOS, et al., 1993; MARTINOU et al, 1998), Absidia coerulea (GAO et

al, 1995), Aspergillus nidulans (ALFONSO et al., 1995) e de duas cepas de Colletotrichum

lindemuthianum (TSIGOS & BOURIOTIS, 1995; TOKUYASU et al, 1996).

Com o desenvolvimento de métodos de biologia molecular, novos genes para

quitina desacetilase foram encontrados em diferentes microorganismos, e é possível

expressar em grandes quantidades e de forma controlada esta enzima por estas

metodologias. Hoje, o uso da quitina desacetilase é considerado o mais apropriado para a

produção de quitosana.

Além disso, uma vez que a desacetilação enzimática não é um processo aleatório,

como a desacetilação química, novos polímeros com características físicas e químicas

diferentes podem ser produzidos (TSIGOS, et al., 1999).

As vantagens de um processo enzimático são mais evidentes na desacetilação de

oligômeros de quitina: estes compostos são solúveis em solução aquosa e são,

conseqüentemente, mais acessíveis à ação enzimática. Desta maneira, oligômeros

desacetilados enzimaticamente, podem ser facilmente produzidos e apresentam uma

diferente distribuição de resíduos N-desacetilados, resultando numa variedade de

oligômeros de quitosana bem definidos e que podem ser produzidos pela desacetilação

enzimática.

Baseado nestes estudos pode-se concluir que o desenvolvimento de um processo

controlável usando a desacetilação enzimática de substratos de quitina apresenta um

processo alternativo atrativo, que pode a princípio, resultar na preparação de novos

polímeros de quitosana e oligômeros definidos (TSIGOS, et al., 2000).

Page 22: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

13

2. OBJETIVOS:

GERAL:

Purificação da enzima quitinase de Vitis Vinifera para a produção de polímeros de

quitosana com graus de acetilação controlados.

ESPECÍFICOS:

Padronizar o processo de purificação da enzima quitinase.

Caracterizar o produto parcialmente purificado.

Estudar a sua capacidade de hidrolisar a quitina como substrato.

Otimizar o processo de produção de oligômeros de quitosana.

Page 23: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

14

3. MATERIAL E MÉTODOS:

3.1 Extração de proteínas totais e purificação parcial de quitinase

A polpa de 200g de uvas Red Globe foi homogeneizada com o tampão acetato de

sódio 50 mM (pH 5,0) (p/v de 1:2,5) em liquidificador doméstico. O homogeneizado foi

filtrado em peneira e centrifugado a 1700 x g a 4°C, durante 10 minutos.

O sobrenadante foi submetido a precipitação com sulfato de amônio (NH4)2SO4 anidro

empregando quatro intervalos de saturação: 0-20% (m/m), 0-40% (m/m), 0-60 (m/m) e

0-80% (m/m) de acordo com COELHO (1993), a reação foi incubada a 4°C overnight.

Os materiais precipitados foram centrifugados à 5500 x g a 4°C por 20 minutos, e

os sedimentos ressuspensos em 1/5 do volume inicial no mesmo tampão. O sedimento foi

dialisado contra 6L de água utilizando uma membrana FISHERBAND® Dialysis Tubing

(semipermeável 10 kDa) por 24 horas a 4°C. O dialisado foi filtrado em membrana

(MILLIPORE MILLEX®GS) com poro de 0,22µm.

3.2 Dosagem da proteína

O conteúdo de proteínas do extrato bruto e dos dialisados foi determinado

utilizando o aparelho QuibitTM fluorometer Invitrogen®, utilizando o kit Protein Assay,

fornecido pelo fabricante.

3.3 Conservação da proteína

Na amostra purificada foi adicionado 20% de glicerol.

3.4 Precipitação com ácido tricloroacético (TCA) 1M

A amostra foi submetida à precipitação com TCA (4:1) que foi incubada a 4ºC por

18 horas, após esse período de incubação foi centrifugada por 10 min a 8800 x g. O

sedimento formado foi lavado com 200 L de acetona gelada e foi centrifugado por 10 min

a 8800 x g, duas vezes. Foi retirada a acetona e deixar evaporar o restante para poder

utilizar o sedimento formado.

Page 24: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

15

3.5 Caracterização por SDS-PAGE da preparação purificada

O extrato bruto e as preparações purificadas foram concentradas com ácido

tricloroacético (TCA) (4:1), o sedimento obtido foi ressuspenso em tampão contendo β-

mercaptoetanol (v/v 1:1). As amostras foram aquecidas por 10 min a 95ºC antes de aplicá-

las no gel. Foram analisados em SDS-PAGE (12,5%) como descrito por Laemmli (1970).

O gel foi corado com CoomassieTM Brilliant Blue G-250 USB®, sendo embebido por um

período de 15h de exposição ao corante.

3.6 Determinação da atividade enzimática da quitinase

A atividade enzimática da preparação purificada foi estimada com “chitin azure”

(Sigma), como substrato cromogênico (WIRTH e WOLF, 1990). Nove microgramas da

amostra enzimatica foram adicionados a 200μg da “chitin azure®” e tampão acetato de

sódio 50mM pH 3,0 até um volume final de 700μL. A reação foi incubada a 42°C por 50

minutos e paralisada com a adição de 200 μL de HCl 4M seguida de uma incubação por 20

minutos a 4°C. A quantificação do cromóforo foi realizada a 550nm (SmartSpecTM Plus

Spectrophotometer Bio-Rad). Uma unidade de quitinase foi definida como a quantidade de

proteína capaz produzir o incremento de 1.0 de DO à 550nm, por minuto, sob as condições

descritas.

Este ensaio enzimático foi usado como modelo para determinar os parâmetros

cinéticos e a caracterização da preparação obtida.

3.7 Avaliação da desacetilação da quitina de camarão

Um miligrama da quitina de camarão foi tratado, ou não, com 45μg de quitinase

(0,6U) segundo as condições previamente descritas na reação enzimática da quitinase.

Após a incubação a reação foi paralisada e centrifugada. O sedimento foi ressuspenso em

25mM Tris-HCl, pH 8.0, 1mg de BSA (Bovine Serum Albumin) e 1μg da preparação de

quitina desacetilase. A esta mistura foram adicionadas 3U de quitina desacetilase de

levedura, purificada como descrito anteriormente (DEL AGUILA, 2006). A reação de

desacetilação foi realizada a 50ºC nos intervalos de 1 ou 2 horas em um volume final de

600L, e paralisada a 100ºC por 10 minutos.

A desacetilação da quitina foi estimada pela quantidade de grupamentos amino

livres (DORRESTEIJN et al, 1996) usando o método colorimétrico. A cada mistura da

Page 25: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

16

reação foi adicionado 1mL de uma solução contendo: 0,005% do reagente OPA (ο-

phthalaldehyde – Invitrogen Life Technologies), 0,1% de etanol absoluto, 7mM de

-mercaptanol, em um volume final de 10mL completado com tampão Na2HCO3 50mM

pH 10,5. A reação foi realizada a temperatura ambiente durante 2 minutos e a absorbância

foi determinada a 340nm em espectofotômetro (Beckman DU 640).

A quantidade de aminas livres foi estimada por comparação com soluções de glicina de

concentrações conhecidas, preparadas no mesmo tampão.

Page 26: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

17

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste trabalho foi obtida e caracterizada uma preparação de quitinase de uva. A

preparação foi a obtida por precipitação das proteínas com sulfato de amônio numa faixa

de saturação de 0-80% na qual foi obtida a maior concentração de proteínas (54,1μg/mL).

Nas faixas de saturação de 0-20, 0-40 e 0-60% foram obtidos homogeneizados com

concentrações de proteína de 13,8μg/mL, 25,4μg/mL e 17,4μg/mL, respectivamente.

A analise por SDS-PAGE 12,5% da preparação purificada mostrou duas cadeias

polipeptídicas de massas moleculares 24 e 30kDa, determinadas segundo o programa

GelQuant (DNR Bio-Imaging Systems) (fig.5 raia 2). As isoenzimas de quitinase, que

possuem peso molecular igual ou superior a 30kDa estão incluídas na família 19 das

quitinases. Já as que possuem massa molecular aproximada de 24kDa pertencem à família

18 (SHIRATA et al., 2008). Estas massas moleculares semelhantes àquelas previamente

identificadas como quitinases e proteínas semelhantes à taumatina, são as que estão

envolvidas na desestabilização de proteínas do vinho e a formação de turbidez (WATERS

et al., 1996; WATERS et al., 1998).

A preparação de quitinase apresentou melhor conservação de sua atividade quando

estabilizada com 20% de glicerol uma vez que ela se mostrou estável quanto à forma e

tempo de conservação, diferentemente da conservação com a utilização do DTT e PMSF,

os quais apresentaram interferência nas etapas posteriores. Foi observado que os processos

de congelamento e descongelamento também interferiam na estabilidade da mesma.

Para verificar se a preparação obtida apresentava atividade enzimática, a preparação

de quitinase foi ensaiada em diferentes concentrações do substrato, entre 25g e 500μg de

“chitin azure®” e estimou-se que a absorbância era crescente quando utilizadas

concentrações de até 200g de substrato, sendo esta absorbância mantida constante com

concentrações superiores a esta, sendo assim as reações posteriores foram feitas com

200g do substrato cromóforo (dados não mostrados).

Page 27: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

18

Figura 5. Análise por SDS-PAGE 12,5% da preparação de quitinase.

A preparação parcialmente purificada foi precipitada com (NH4)2SO4 80% de saturação, seguida de diálise contra água. As amostras foram precipitadas por TCA 1M, lavadas com acetona e ressuspensas no tampão de amostra e analisada em SDS-PAGE. Raia P, Padrão de peso molecular (PageRulerTM unstained protein ladder Fermentas®), raia 1, extrato bruto precipitado com TCA e raia 2, preparação de quitinase após precipitação com sulfato de amônio 80%, dialisado e filtrado com uma membrana de poro 0,22µm MILLEX®GS (Millipore) e precipitado com TCA. O gel foi corado com CoomassieTM Brilliant Blue e documentado usando o DNR Bio-Imaging Systems.

O rendimento e a atividade enzimática da preparação foi estimada nas diferentes

etapas de purificação e estão apresentados na tabela 1. Baseado no protocolo de purificação

descrito, as quitinases de uva foram purificadas 16 vezes, com uma recuperação de 87%

(tabela 1), a fração purificada apresentou uma concentração de proteína de 229mg/L com

atividade específica de 563U/g.

A enzima apresentou atividade máxima aos 50 minutos de incubação (fig. 6), sendo

este o tempo escolhido para os ensaios posteriores de atividade enzimática da quitinase,

utilizando 200g do substrato.

20kDa

30kDa

50kDa

P 1 2

30kDa

24kDa

Page 28: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

19

Tabela 1. Purificação parcial de quitinase de Vitis vinifera V. Red Globe

O extrato bruto livre de células foi obtido da homogeneização de polpas de uva e tratado com sulfato de amônia a 80%. A fração protéica precipitada foi dializada e filtrada. A atividade enzimática foi determinada incubando-se 45μg da preparação parcialmente purificada com 100μg de chitin azure, em tampão acetato de sódio 50mM pH 3,0 por 50 minutos a 42°C e mantida a 4°C por 20 minutos. A produção do cromóforo foi estimada a 550nm. Uma unidade de enzima foi definida como a quantidade capaz de produzir absorbância igual a 1.0 por minuto e por mg de proteína.

Passos de Purificação Proteína

(mg/mL)

Volume

(mL)

Proteína

(mg)

Atividade

Total (U)

Atividade

especifica

(.mg-1)

Rendimento

(%)

Purificação

Extrato Bruto

Sulfato de amônio 80%

0,101

0,231

287

7

28,9

1,6

1,03

0,9

35,6

563

100

87

1

16

Page 29: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

20

A enzima foi ensaiada em temperaturas entre 22 - 52°C, obtendo-se a maior

atividade enzimática a 42°C. Temperaturas superiores a esta provocaram uma diminuição

da atividade da enzima (fig. 7).

Figura 6. Avaliação do efeito do periodp de incubaçãosobre a atividadeda quitinase purificada.

9μg de quitinase parcialmente purificada foram incubadas com 200g de chitina azure© utilizada como substrato cromogênico. A reação foi realizada como descrito na seção de material e métodos. A absorbância foi determinada a 550nm. Efeito do tempo de incubação sobre a produção do cromóforo a 42C.

Nas reações onde se variou o pH da solução tampão foram observados dois picos de

atividade enzimática nos valores de pH 3,0 e 6,0, como observado na Figura 8. A

preparação apresentou baixa atividade em pH 1,0 e 2,0. Em estudos com quitinases da

folha de abacaxi foram encontrados pHs estáveis na faixa de 3,0 à 12,0 (TAIRA et al.,

2005). Esta estabilidade de pH nesta faixa coincide com as quitinases de plantas terrestres.

O perfil de atividade da preparação nos diferentes pHs obtidos foi diferente dos

anteriormente descritos, já que os limites máximos das atividades foram observados em pH

3,0 e 6,0. Alguns estudos relataram que várias quitinases possuem dois pHs ótimos, um pH

ácido e outro básico.

Page 30: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

21

Temperatura (°C)

20 25 30 35 40 45 50 55

Abs

orb

anci

a (

550

nm)

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

Figura 7. Avaliação do efeito da temperatura sobre a atividade da quitinase purificada.

Efeito da temperatura (22C a 52C) sobre a produção do cromóforo por 50 minutos.

A preparação parcialmente purificada de uva parece ser semelhante, onde a

atividade máxima foi obtida em dois picos. A razão pelas quais algumas quitinases

apresentam dois picos de pH não foi esclarecida ainda (KAWASE et al., 2006). No caso

deste trabalho essa característica pode estar relacionada com a possível presença de duas

famílias de quitinases distintas, onde cada pico de pH pode ser referente a cada uma das

famílias presente na amostra purificada.

pH

0 2 4 6 8 10

Abs

orb

anci

a (5

50nm

)

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

Figura 8. Avaliação do efeito da alteração do pH sobre a atividade da quitinase purificada.

Efeito da alteração do pH sobre a produção do cromóforo a 42°C por 50 minutos. A atividade enzimática foi avaliada através da hidrolise da chitin azure determinada pela absorbância a 550nm (WIRTH e WOLF, 1990).

Page 31: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

22

Para determinar se a preparação parcialmente purificada de quitinase apresenta

atividade sobre seu substrato natural, experimentos iniciais utilizando a quitina extraída de

carapaça de camarão como substrato, tiveram resultados promissores. O tratamento prévio

da quitina com a preparação purificada de quitinase favoreceu a desacetilação da quitina

quando esta foi submetida à ação da quitina desacetilase recombinante (Cda2p). Como

pode ser observado (tabela 2), foi feito um pré-tratamento com 0,6U da preparação de

quitinase a 42ºC por 50 minutos. O produto formado foi incubado com quitina desacetilase

purificada (DEL AGUILA, 2006) por 1 e 2 horas. A determinação de aminas livres pelo

método de OPA foi de 174,7 nmols, 48,5 vezes maior que sem tratamento com quitinase e

com 2 horas foi de 219,4nmols, 9,5 vezes maior que sem quitinase. A pré-hidrolise do

polímero com quitinase favoreceu a desacetilação, indicando que a desacetilação de

oligômeros menores seria mais eficiente. A diferença entre a quantidade de produto obtido

por desacetilação por 1 e 2 horas é pequena (25%), entretanto, isto ajudaria na otimização

da produção de oligômeros de quitosana desacetilados de forma controlada.

Tabela 2. Cinética de desacetilação de quitooligossacarídeos previamente tratados com

quitinase

Tempo de

desacetilação (h)

Quitina não tratada com quitinase

liberação de amina (nmol)

Quitina Hidrolisada por quitinase

Liberação de amina (nmol)

1

3,6

174,7

2 23,1 219,4

Um miligrama de quitina de camarão foi submetido à desacetilacão pela quitina desacetilase purificada, com ou sem tratamento prévio de quitinase (a quitina foi incubada com 0,6U de quitinase por 50 minutos a 42ºC em tampão acetato de sódio 50mM pH 3,0). Quitina desacetilase purificada foi utilizada em cada ensaio, o qual foi realizado em um volume de 0,15 μL de tampão 25mM Tris-HCl em pH 8,0. Após 1h e 2h a 50°C, a reação foi paralisada por aquecimento a 100°C antes da determinação de aminas. Liberação de aminas livres pela atividade da quitina desacetilase foi avaliada usando o método o-phtaldeyde.

Page 32: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

23

5. CONCLUSÕES

Utilizando os parâmetros enzimáticos determinados pela preparação purificada de

quitinase, a quitina de camarão foi tratada e foram obtidos resultados que incentivam um

pré-tratamento com quitinase antes da desacetilação pela quitina desacetilase

recombinante. Sabe-se que as interações entre as moléculas da quitina cristalina de

camarão são fortes o que dificulta o acesso da enzima desacetilase recombinante aos

grupos acetil do quitooligossacarídeo. Um pré-tratamento para destruir a estrutura

cristalina da quitina antes da reação de desacetilação parece ser desejável para melhorar o

grau de desacetilação e produzir novos polímeros e oligômeros de quitosana.

A formação de oligômeros de diferentes tamanhos parece facilitar a ação da

proteína Cda2p. Foram obtidos quitosanas com nível de desacetilação de 48,5 vezes

superiores quando a quitina é submetida a um tratamento prévio com a preparação de

quitinase antes de sofrer a ação da quitina desacetilase por uma hora, obtendo-se 174,7

nmols de aminas livres.

Com estes resultados pode-se afirmar que o uso da preparação da quitinase

aumentaria não só a eficiência da desacetilação, como diminuiria o tempo necessário para a

desacetilação, aperfeiçoando o processo de produção de oligômeros de quitosana.

Estes resultados preliminares servirão para melhorar o método de purificação das

quitinases de uvas em próximos trabalhos e identificar as classes presentes na uva para

utilizá-las no campo da bioconversão. O consumo de camarões nos países costeiros é feito

em grande escala, o que provoca um aumento do nível de rejeitos da indústria pesqueira. A

produção de quitosanas com massas moleculares e níveis de desacetilação controlados a

partir destes rejeitos, seria de grande interesse para diferentes segmentos industriais:

alimentício, farmacêutico, biomédico, etc.

O aperfeiçoamento deste processo enzimático baseado na análise da estrutura

molecular das quitosanas obtidas é necessário e desejável, porque a prévia hidrólise do

substrato aumenta a eficiência da desacetilação e o tempo da reação. Também permite a

produção de produtos com níveis de desacetilação controlados e evita a produção de

subprodutos indesejáveis. Estas características da produção de quitooligossacarídeos

servirão para que os produtos sejam utilizados nas diferentes finalidades da quitosana,

como produtos seguros para a utilização biomédica.

Page 33: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

24

6. REFERÊNCIAS

ABRAM, A. P. & HIGUERA, I. Em Quitina y quitosano: obtencion, caracterizacion y

aplicaciones; Abram, A. P., ed.; Programa Cyted 2004, - Pontificia Universidad Catolica del

Peru/Fondo Editorial: Lima, 2004, cap 1.

AMORIM, A. G. N., COSTA, K. B. S. C., CARVALHO, T. V., DIAS, F. S., CALDAS,

D., NASCIMENTO, R. F. Adsorção e pré-conc3ntração de Cu(II) e Ni(II) de soluções

aquosas com esferas de quitosana moldadas com cobre, Revevista Iberoamericana de

Polímeros, v. 8(2), p. 77-88, 2007.

ALFONSO C, NUERO A. M., SANTAMARÍA F. e REYES F. Purification of a heat

stable chitin deacetylase from Aspergillus nidulans and its role in cell wall degradation,

Current Microbiology, v. 30, p. 49-54, 1995.

ANDERSON, W.F., Human gene therapy, Nature, v. 392, p. 25–30, 1998.

ARIE, M., HIKICHI, K., TAKAHASHI, K. e ESAKA, M. Characterization of basic

chitinase which is secreted by cultured pumpkin cells. Plant Physiology, v. 110, p. 232-

239, 2000.

ASPDEN, T., ILLUM, L., SKAUGRUD, O., Chitosan as a nasal delivery system:

evaluation of insulin absorption enhancement and effect on nasal membrane integrity

using rat models. European Journal of Pharmaceutical Sciences, 4, 23,1996.

ASSIS, O. B. G., LEONI, A. M. Filmes comestíveis de quitosana: Ação biofungicida sobre

frutas fatiadas. Biotecnologia ciência e desenvolvimento, n. 30, p. 33-38, 2003.

ASSIS, ODILIO B. G., VALMIR L. da SILVA. Caracterização Estrutural e da

Capacidade de Absorção de Água em Filmes Finos de Quitosana Processados em

Diversas Concentrações. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v. 13, n. 4, p. 223-228, 2003.

Page 34: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

25

BARRETEAU H, DELATTRE C, MICHUD P. Production of Oligosaccharides as

Promising New Food Additive Generation, Food Technology and Biotechnology,

v.44(3), p.323–333, 2006.

BATTISTI, M. V. Tese de mestrado. Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Obtenção e

Caracterização de Quitina e Quitosana de Macrobrachium Rosenbergii., 2002.

BAUTISTA-BAÑOS, S., HERNÁNDEZ-LAUZARD, A. N., VELÁZQUEZ-DEL-

VALLE, M. G., HERNÁNDEZ-LÓPEZ, M., AIT BARKA E., BOSQUEZ-MOLINA E.,

WILSON, C. L., Chitosan as a potential natural compound to control pre and postharvest

diseases of horticultural commodities, Crop Protection, v. 25, p. 108, 2006.

BECKER, T., SCHLAAK, M. e STASDEIT, H. Adsorption of nickel(II), zinc(II) and

cadmium(II) by new chitosan derivatives, Reactive & Functional Polymers, v. 44,

p.289,2000.

BERGER, J., REIST, M., MAYER, J. M., FELT, O., GURNY, R. Structure and

interactions in chitosan hydrogels formed by complexation or aggregation for biomedical

applications, European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, v. 57(1),

p.35, 2004.

BERNASCONI, P., LOCHER, R., PILE, P. E., JOLLES P. Purification and N-terminal

amino-acid sequence of a basic lysozyme from Parthenocissus quinquifolia cultured in

vitro, Biochimica et Biophysica Acta, v. 915, p. 254-260, 1987.

BISHOP, J. G., DEAN; A. M., MITCHELL-OLDS, T. Rapid evolution in plant chitinases:

Molecular targets of selection in plant-pathogen coevolution, Proceedings of the National

Academy of Sciences:PNAS, v. 97, p. 5322, 2000.

BOL, J. F., CORNELISSEN, B. J. C., VAN DEN ELZEN, P. J. M., LINTHORDT, H. J.

M. A new class of tobacco chitinases homologous to bacterial exo-chitinases displays

antifungal Activity, Plant Journal, v. 5 p. 469480, (1994)

Page 35: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

26

BOLLER, T., METRAUX, J. P. Extravellular localization of chitinase in cucumber.

Physiological and Molecular Plant Pathology, v. 33, p. 145, 1988.

BORDERÍAS, A. J., SÁNCHEZ-ALONZO, I., PÉREZ-MATEOS, M., New applications

of fibres in foods: Addition to fishery products. Trends in Food Science and Technology,

v. 16, p.458, 2005.

BYRNE, N. D., DUXBURY, M. E SHARPE, N. The determination of chitinase activity of

grapes: an introductory enzyme assay, Biochemistry and Molecular Biology Education,

v. 29, p. 144, 2001.

CAMPANA-FILHO S. P., DE BRITTO, D., CURTI, E., ABREU, F. R., CARDOSO, M.

B., BATTISTI, M. V, SIM, P. C., GOY, R. C., SIGNINI R., LAVALL, R. L. Extração,

estruturas e propriedades de - e -quitina, Química Nova, v. 30, n. 3, p. 644-650, 2007.

CAMPANA-FILHO, S. P., DE BRITTO, D., CURTI, E., ABREU, F. R. CARDOSO, M.

B., BATTISTI, M. V., CAVALVANTE, F. A. E., MONTENEGRO, T. C. S. e

MONTENEGRO, T. L. S. Revista iberoamericana de polímeros, v. 9 (5), p. 435-451,

2008.

CAVALCANTE, F. A. E., MONTENEGRO, T. C. S e MONTENEGRO, T. L. S. Revista

iberoamericana de polímeros, v. 9 (5), p. 435-451, 2008.

CHRISTODOULIDOU A., BOURIOTIS V. e THIREUS G. Two sporulation-specific

chitin deacetylase-enconding genes are required for the ancospore wall rigidity of

Saccharomyces cerevisiae, Journal of Biological Chemistry, v. 271, p. 31420, 1996.

COELHO, M. A. Z. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, Brasil. Aproveitamento de resíduos agroindustriais: Produção de enzimas a partir

da casca de coco verde, 1993.

COHEN-KUPIEC, R. e CHET, I. The molecular biology of chitin digestion, Current

Opinion in Biotechnology, v. 9, p. 270-277, 1998.

Page 36: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

27

COLLINGE, D. B., KRAGH, K. M., MIKKELSEN, J. D., NIELSEN, K. K.,

RASMUSSEN, U. e VAD, K. Plant chitinases, The Plant Journal, v.3, p. 31, 1993.

COMA, V., MARTIAL-GROS, A., GARREAU, S., COPINET, A., SALIN, F. e

DESCHAMPS, A. Edible Antimicrobial Films Based on Chitosan Matrix. Journal of

Food Science, v. 67 (3), p. 1162-1169, 2002.

COSTA, T. A. C., ANDRADE, A. L., BINOTTO, T. E., PLEPSIS, A. M. G.,

BEVILACQUA L., SOUZA, W. M. Avaliações clínica e morfométrica da capacidade

angiogênica da membrana de quitosana em córneas de coelhos, Arquivos Brasileiros de

Oftalmologia, v.69(6), p.817, 2006.

DEL AGUILA, E. M. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil,

Clonagem e expressão do gene CDA2 de Saccharomyces cerevisiae na levedura

metanotrófica Pichia pastoris. Purificação e caracterização da enzima quitina

desacetilase recombinante, 2006.

DE LOS REYES, B. G., TALIAFERRO, C. M., ANDERSON, M. P., MELCHER, U. e

MCMAUGH, S. Induce expression of the class II chitinase gene during cold acclimation

and dehydration of bermudagrass (Cynodon sp.), Theoretical and Applied Genetics,

v.103 , p. 297-306, 2001.

DERCKEL, J. P., LEGENDRE, L., AUDRAN, J. C., HAYE, B. e LAMBERT, B.

Chitinases of the grapevine (Vitis vinifera L.): five isoforms induced in leaves by salicylic

acid are constitutively expressed in other tissues. Plant Science, v. 119, p. 31-37, 1996.

DÍAZ E. D. A., VELASCO M. C. V., PÉREZ, F. R., LÓPEZ, C. A. R., Ibarreta LL,

Revista iberoamericana de polímeros (2007).

DORRESTEIJN, R. C., BERWAL, L. G., ZOMER, G., DE GOOIJER, C. D., WIETEN G.

e BERVERY, E. C. Determination of amino acids using -phthalaldehyde-2-

mercaptoethanol derivatization. Effect of reaction conditions, Journal of

Chromatography, v. 724, p. 159,1996.

Page 37: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

28

DU D., DING J., CAI J., ZHANG A. Determination of carbaryl pesticide using

amperometric acetylcholinesterase sensor formed by electrochemically deposited chitosan,

Colloids Surfaces B: Biointerfaces, v. 58, p. 145, 2007.

FEOFILOVA, E. P. Chronicle of the Eighth International Conference “Modern

Perspectives in Chitin and Chitosan Studies, Applied Biochemistry and Microbiology,

v.43, n. 4, p. 473, 2007.

GAO X.D., KATSUMOTO T. e ONODERA, K. Purification and characterization of

chitin deacetylase from Absidia coerulea. Journal of Biochemistry, v. 117, p. 257,1995.

GIANNIKIS, C., BUCHELI, C. S., SKENE, K. G. M., ROBINSON, S. P., STEELE

SCOTT, N. e AUST, J. Chitinase and -1,3-glucanase in grapevine leaves: a possible

defence against powdery mildew infection, Australian Journal of Grape and Wine

Research, v. 4, p. 14, 1998.

GOW, N. A. R., GOODAY, G. W., RUSSEL, J. D., WILSON, M. J. Infrared and X-ray

diffraction data on chitins of variable structure, Carbohydrate Research,

v.165,p.105,1987.

GRAHAM, L. S. & STICKLEN M. B. Plant chitinases, Canadian Journal of Botany, v.

72, p. 1057, 1994.

HAMEL, F. e BELLEMARE, G. Characterisation of a class I chitinase gene and of

wound-inducible, root and flower-specific chitinase expression in Brassica napus,

Biochimica et Biophysica Acta, v. 1263, p. 212-220, 1995.

HAMILTON, V., YUAN, Y., RIGNEY, D. A., CHESNUTT, B. M., PUCKETT, A. D.,

ONG, J. L., YANG, Y., HAGGARD, W. O., ELDER, S. H. e BUMGARDNER, J. D.

Bone cell attachment and growth on well-characterized chitosan films, Polymer

International, v.56 (5), p. 641, 2007.

Page 38: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

29

HANFREY, C., FIFE, M. e BUCHANAN-WOLLASTON, V. Leaf senescence in Brassica

napus: expression of genes encoding pathogenesis-related protein, Plant Molecular

Biology, p. 30, v. 597-609, 1996.

HAYASHI, Y., OHARA, N., GANNO, T., YAMAGUCHI, K., ISHIZAKI, T.,

NAKAMURA, T. e SATO, M. Chewing chitosan-containing gum effectively inhibits the

growth of cariogenic bacteria, Archives of Oral Biology, v. 52, p. 290, 2007.

HENRISSAT, B., e BAIROCH, A. New families in the classification of glycosyl

hydrolases base don amino acid sequence similarities. Biochemistry Journal, v.293,

p.781, 1993.

HENRISSAT, B. A. Classification of glycosyl hydolases based on amino acid sequence

similarities, Biochemistry Journal, v. 280 p.309, 1991.

TSIGOS, I., MARTINOU, A., KAFTZOPOULOS, D. e BOURIOTIS, V. Chitin

deacetylase: new, versatile tools in biotechnology, Trends in Biotechnology, v. 18,

p.305,2000.

ILLUM, L., WATTS, P., FISHER, A., HINCHCLIFFE, M., NORBURY, H.,

JABBALGILL, I., NANKERVIS, R., DAVIS, S. Journal of Pharmacology and

Experimental Therapeutics, v. 301, p. 391, 2002.

ISELI, B., ARMAND, S., BOILER, T., NEUHAUS, J. M., HENRISSAT, B. Plant

chitinases use two different hydrolytic mechanisms, FEBS Letters, v.382, p. 186, 1996.

ISSA, M. M., KÖPING-HÖGGARD, M., ARTURSSON, P. Chitosan and the mucosal

delivery of biotechnology drugs, Drug Discovery Today: Technologies / Drug

delivery/formulation and nanotechnology, v. 2, p. 1, 2005.

JING, Y. J., HAO, Y. J., QU, H., SHAN, Y., LI, D. S e DU, R. Q. Studies on the

antibacterial activities and mechanisms of chitosan obtained from cuticles of housefly

larvae, Acta Biologica Hungarica., v. 58(1), p. 75, 2007.

Page 39: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

30

JOLLES, P., e MUZZARELLI, R. A. A. Chitin and Chitinases, Birkhauser Publishing,

1999, xi 1 340 pages, ISBN 3-764-35815-7, DM 268.00PP. 111, 1999.

KAFETZOPOULOS D., THIREOS G., VOURNAKIS J. N. e BOURIOTIS V. The

primary structure of a fungal chitin deacetylase reveals the function for two bacterial gene

products. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 90, p. 8005-8008, 1993.

KABIR, K. E., WATANABE, D. H. K., e KOGAY, D. Purification and Characterization

of a Novel Isozyme of Chitinase from Bombyx mori, Bioscience Biotechnol Biochemistry,

v. 70, p. 252-262, 2006.

KAWAZE, N., YOKOAWA, S., SATIO, A., FUJII, T., NIKAIDOU, N., MIYASHITA, K.

e WATANABE, T. Comparison of Enzymatic and Antifungal Properties between Family

18 and 19 Chitinases from S. coelicolor A3(2), Bioscience Biotechnol Biochemistry,

v.70(4), p. 988, 2006.

KHOR E., LIM L. Y. Implantable applications of chitin and chitosan, Biomaterials,

v.4(13), p. 2339, 2003.

KOHEI, H., MAKI, O. Chitin Chitosan Research., p. 12(2), v. 86, 2006.

KOMBRINK, E. & SOMSSICH, I. E. Defense responses of plants to pathogens,

Advances in Botanical Research, v. 21, p. 1-34, 1995.

KREUTER, J. Nanoparticles in colloidal drug delivery systems, p. 219-342, (ed.; Marcel

Dekker., New York) 1994.

KUMAR, R. e MAJETI, N. V. A review of chitin and chitosan applications, Reactive &

Functional Polymers, v.46 p.1-27, 2000.

LAEMMLI, U. K. Cleavage of structural proteins during the assembly of the head of

bacteriophage T4. Nature, v. 227, p. 680–685, 1970.

Page 40: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

31

LANA, M. M., FINGER, F. L. Atmosfera modificada e controlada - aplicação na

conservação de produtos hortícolas. 1. ed. Brasília: : Embrapa Comunicação para

Transferência de Tecnologia / Embrapa Hortaliças,. v. 1, p. 34, 2000

LE DUNG, P., MILAS, M., RINAUDO, M., DESBRIÈRES, J. Water soluble derivatives

obtained by controlled chemical modifications of chitosan, Carbohydrate Polymers, v.24,

p. 209, 1994.

LEE, H. W., PARK, Y.S., JUNG, J. S., SHIN, W. S. Chitosan oligosaccharides, dp 2–8,

have prebiotic effect on the Bifidobacterium bifidium and Lactobacillus sp. Anaerobe,

v.8(6), p. 319, 2002.

LI, Y., CHEN, X. G., LIU, N., LIU, C. S., LIU, C. G., MENG, X. H., YU, L. J. e

KENEDY, J. F. Physicochemical characterization and antibacterial property of chitosan

acetates Carbohydrate Polymers, v. 67, p. 227, 2007.

MARTINEZ-CASTELLANOS G., DIAZ-SOBAC R., PEREZ FLORES L., SHIRAI K.

Resumos do IV Simposio Íbero-americano de Quitina (IV SIAQ) 2007. Natal (Brasil):

Sociedade Iberoamericana de Quitina, 2007, Resumo II-11-C.

MARTINOU A., KAFETZOPOULOS D. e BOURIOTIS V. Chitin deacetylation by

enzymatic means: monitoring of deacetylation processes, Carbohydrate Research, v.

273, p. 235, 1995.

MARTINOU A., BOURIOTIS V., STOKKE B.T. e VARUM K.M. Mode of action of

chitin deacetylase from M. roxii on partially N-acetylated chitosans, Carbohydrate

Research, v. 311, p. 71-78, 1998.

MATSUMIYA, M., ARAKARE, Y., HAGA, A. Substrate Specificity of Chitinases from

Two Species of Fish, Greenling, Hexagrammos otakii, and Common Mackerel, Scomber

japonicus, and the Insect, Tobacco Hornworm, Manduca sexta. Bioscience,

Biotechnology and Biochemistry v. 70 (4), p. 971, 2006.

Page 41: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

32

MATHUR, N. K. & NARANG, C. K. J. Chitin and chitosan, versatile polysaccharides

from marine animals, Chemistry Education, v. 67(14), p.938-942, 1990.

Melchers LS, Apotheker-de Groot M, van der Knaap JA, Ponstein AS, Sela-Buurlage MB,

NAKAKUKI, T., Gordon and Breach, Switzerland. Oligosaccharides: Production,

Properties and Applications, Gordon and Breach, Switzerland v.3, n.2, p. 144, 1993.

NEUHAUS, J. M., STICHER, L., MEINS, F., BOLLER, T. A short Cterminal sequence is

necessary and sufficient for the targeting of chitinases to the plant vacuole, Proceedings of

the National Academy of Sciences, 88, p. 10362, 1991.

NG, J. C. Y., CHEUNG, W. H., e MCKAY, G. Equilibrium studies for the sorption of lead

from effluents using chitosan, Chemosphere, v. 52, p. 1021-1030, 2003.

NGAH, W. S. W., ENDUD, C. S. e MAYANAR, R. Removal of copper(II) ions from

aqueous solution onto chitosan and cross-linked chitosan beads, Reactive and Functional

Polymers, v. 50, p. 181-190, 2002.

NIEKRASZEWICZ A., LEBIODA J., KUCHARSKA M., WESOLOWSKA E. Research

into Developing Antibacterial Dressing Materials, Fibres & Textiles in Eastern Europe,

v. 15 (1), p. 101, 2007.

NO, H. K., PARJ, N. Y., LE, S. H. e MEYERS, S. P. Antibacterial activity of chitosans

and chitosan oligomers with different molecular weights, International Journal of Food

Microbiology, v. 74, p. 65-72, 2002.

PARK, J. H., KWON, S., NAM, J. O., PARK, R. W., CHUNG, H., SEO, S. B., KIM, I. S.,

KWON, I. C., JEONG, S. Y. Self-assembled nanoparticles based on glycol chitosan

bearing 5β-cholanic acid for RGD peptide delivery, Journal of Controlled Release, v. 95,

p. 579, 2004.

Page 42: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

33

PATERNO L. G., MATTOSO, L. H. C., OLIVEIRA JR, O. N. Filmes Polimétricos

Ultrafinos Produzidos pela Técnica de Automontagem: Preparação, Propriedades e

Aplicações, Química Nova, p. 24(2), v. 228, 2001.

PERRAKIS, A., TEWS, I., DAUTER, Z., OPPENHEIM, A., CHET, I., WILSON, K. S.,

VORGIAS, C. E. Crystal structure of a bacterial chitinase at 2.3 Å resolution, Structure,

v. 2, p. 1169, 1994.

RAIKHEL, N. V. e LEE, H. I. Structure and function of chitin-binding proteins, Annual

Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology, v. 44, p. 591-615, 1993.

RICHARDSON, S. C. W.; KOLBE, H. V. J.; DUNCAN, R. Potential of low molecular

mass chitosan as a DNA delivery system: biocompatibility, body distribution and ability to

complex and protect DNA, International Journal of Pharmaceutics, v. 178, p. 231,1999.

ROBERTS, G. A. F. Chitin Chemistry, McMillan Press Ltda; London, 1992, cap. 1.

ROBINSON, S. P., JACOBS, A. K., DRY I. B. A class IV chitinase is highly expressed in

grape berries during ripening , Plant Physiology, v. 114, p. 771, 1997.

SAAD, ISAY, S. M. Probióticos e prebióticos: o estado da arte, Revista Brasileira de

Ciências Farmacêuticas, v.42(1), p.1-16, 2006.

SAMAC, D. A., HIRONAKA, C. M., YALLALY, P. E. e SHAH, D. M. Isolation and

characterisation of the genes encoding basic and acidic chitinase in Arabidopsis thaliana,

Plant Physiology, v. 93, p. 907-914, 1990.

SCHRAUDNER, M., ERNST, D., LANGEBARTELS, C. e SANDERMANN, H.

Biochemical plant responses to ozone. III. Activation of the defence-related proteins β-1,3-

glucanase and chitinase in tobacco leaves. Plant Physiology, v. 99, p. 1321-1328, 1992.

Senel, S., Hincal, A., J. Drug permeation enhancement via buccal route: possibilities and

limitations, Controlled Release, v. 72, p. 133, 2001.

Page 43: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

34

SHAHIDI, F., ARACHCHI, J. K. V. e JEON, Y. J. Food applications of chitin and

chitosans, Trends in Food Science and Technology, v. 10, p. 37-51, 1999.

SHIGEMASA, Y., USUI, H., MORIMOTO, M., SAIMOTO, H., OKAMOTO,Y.,

MINAMI, S., SASHINA, H. Chemical modification of chitin and chitosan 1: preparation

of partially deacetylated chitin derivatives via a ring-opening reaction with cyclic acid

anhydrides in lithium chloride/N,N-dimethylacetamide, Carbohydrate Polymers, v. 39, p.

237, 1999.

SHIRATA, K., SATO, T., SEKIGUCHI, J., MIYAUCHI, K., MOCHIZUKI A., AMD

MATSUMIYA, M. Purification and Characterization of Chitinase Isozymes from a Red

Algae, Chondrus verrucosus, Bioscience, Biotechnology and Biochemistry, v. 72, p.

3091, 2008.

SMITH, J. M. & WOOD, E. J. Agro Food Industry Hi-Tech., v. 14, p. 46, 2003.

SINNOTT, M.L.Catalytic mechanisms of enzymic glycosyl transfer, Chemical Reviews, v.

90, p. 1171, 1990.

STOLNIK, S.; ILLUM, L.; DAVIS, S. S. Long circulating microparticulate drug carriers,

Advanced Drug Delivery Reviews, v. 16, p. 195, 1995.

SUBROTO, T., SUFIAT, S., e BEINTEMA, Papaya (carica papaya) Lisozyme is a

member of the family 19 (basic, class II) chitinase, Journal of molecular evolution, v. 49,

p. 819-821 ,1999.

TAIRA, T., TOMA, N. And Ishihara M., Purification, Characterization, and Antifungal

Activity of Chitinases from Pineapple (Ananas comosus) Leaf, Bioscience, Biotechnology

and Biochemistry, v. 69, p. 189, 2005.

Page 44: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

35

TANADA-PALMU P., PROENÇA, P. S. P., TRANI, F. A. P., GROSSO, C. R. F.

Recobrimento de sementes de brócolos e salsa com coberturas e filmes biodegradaveis,

Bragantia, v. 64(2), p. 291-297, 2005.

THANOU, M., NIHOT, M., JANSEN, M., VERHOEF, J., JUNGIGER, H. Mono-N-

carboxymethyl chitosan (MCC), a polyampholytic chitosan derivative, enhances the

intestinal absorption of low molecular weight heparin across intestinal epithelia in vitro

and in vivo, Journal of Pharmaceutical Sciences, v. 90, p. 38, 2001.

TOLAIMATE, A., DESBRIÈRES, J., RHAZI, M., ALAGUI, A., VINCENDON, M.,

VOTTERT, P. On the influence of deacetylation process on the physicochemical

characteristics of chitosan from squid chitin, Polymer , v. 41(7),p. 2463, 2000.

TOKUYASU, K., OHNISHI-KAMEYAMA, M., e HAYASHI, K. Purification an

characterization of extracellular chitin deacetylase from Colletotrichum lindemuthianum.

Bioscience, Biotechnology and Biochemistry, v.60: p. 1598-1603, 1996.

TSIGOS I. e BOURIOTIS, V. Purification and characterization of chitin deacetylase from

Colletotrichum lindemuthianum, Journal of Biological Chemistry, v.270, p. 26286-

26291, 1995.

TSIGOS, I., ZIDOWICZ N., MARTINOU, A., DOMARD, A. e BOURIOTIS, V. Mode of

action of chitin deacetylase from M. roxii on N-acetylchitooligosaccharides, European

Journal of Biochemistry, v. 261, p. 698-705, 1999.

TSIGOS, I., MARTINOU A., KAFETZOPOULOS D., e BOURIOTIS, V. Chitin

deacetylases: new, versatile tools in biotechnology. Trends in Biotechnology, v. 18 (7),

p.305, 2000.

Uspto.gov/patft/index.html, acessada em 04/10/2007.

USUI, T., NAKAKUKI, T. Oligosaccharides: Production, Properties and Applications,

Gordon and Breach, Switzerland, v.3 (2), p. 144, 1993.

Page 45: PURIFICAÇÃO DA ENZIMA QUITINASE DE UVA PARA A … · físicos e químicos ... método rápido e simples para obtenção destes compostos ... Quitina e quitosana são biopolímeros

36

VIVEK, D. S., TORRES, J. A. Chitosan-Based Coagulating Agents for Treatment of

Cheddar Cheese Whey, Biotechnology Progress v. 16, p. 1091, 2000.

WATERS, E., SHIRLEY, N. J., e WILLIAMS, P. J. Nuisance proteins of wine are grape

pathogenesis-related proteins. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 44,

p.3,1996.

WATERS, E. J., WALLACE, W., WILLIAMS, P. J. Identification of heat-unstable wine

proteins and their resistance to peptidases, Journal of Agricultural and Food

Chemistry, v. 40, p. 1514, 1992.

WATERS, E. J., HAYASAKA, Y., TATTERSALL, D. B., ADAMS K. S., WILLIAMS, P.

J. Sequence Analysis of Grape ( Vitis Vinifera) Berry Chitinases that cause haze formation

in wines, Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 46, p. 4950, 1998.

WILEY, R. C. Métodos de conservación de las frutas y hortalizas mínimamente

procesadas y refrigeradas. Frutas y hortalizas mínimamente procesadas y

refrigeradas. Zaragoza: Editorial Acribia,. p.65-129, 1997.

WIRTH, S. J. & WOLF, G. A. Dye-labelled substrates for the assay and detection of

chitinase and lysozyme activity, Journal of Microbiological Methods, v. 12, p. 197, 1990.

WIVEL, N. A. & WILSON, J. M. Methods of gene delivery, Hematology/Oncology

Clinics of North America, v. 12, p. 483, 1998.

YANG, Z. The power of phylogenetic comparison in revealing protein function, PNAS

(Proceedings of the National Academy of Sciences), v. 102 (9), p. 3179, 2005.

YVON, M., CHABANET C., PÉLISSIER, J. P. Solubility of peptides in trichloroacetic

acid (TCA) solutions. International Journal of Peptide and Protein Research,

Haguenau, v. 34 (1), p. 166-176, 1989.