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Quadro-resumo feito por Walter Costa em julho de 2011 do blog www.entressafra89.blogspot.com baseado na tradução do artigo Teoria literária – Vince Brewton publicado na The Internet Encyclopedia of Philosophy por Bruna T. Gibson do portal www.umeoutro.net Panorama dos posicionamentos críticos - Teoria Literária I- Paralelo à prática formal da interpretação literária. II- Base teórica, corpo de ideias e método: Corpo interdisciplinar de teoria cultural. 1- Crítica literária tradicional I- Rastreava influências, esclarecia o contexto e as alusões históricas, estabelecia consenso sobre o cânone literário, objetivo e propósitos. 2- Formalismo Roman Jakobson Viktor Shklovsky I- A forma era o conteúdo (Russos) II- Base científica III- Desfamiliarização: ressaltando o cotidiano comum. 3- Nova crítica T. S. Eliot (não explícito) Cleanth Brooks John Crowe Ranson Robert Penn W. K. Winsatt I- 1930, 1940 USA II- Maior rigor estético independente do contexto- histórico todo unificado – sensibilidade unificada do artista. III- Pensamento + sentimento. 4- Marxismo e Teoria crítica Georg Lukacs (materialismo histórico e forma literária) Walter Benjamin (Estética e reprodução da arte) Terry Eagleton (popularizador da teoria - UK) Raymond Willams (Nova esquerda, materialism cultural, estudos culturais década de 1960). Frank Lentricchia (After the new criticism) Fredric Jamerson (Mais variado: Teoria marxista de cultura, pós-modernismo literário, colapso das fronteiras disciplinares transformação da cultura em comodidade). I. Preocupações estéticas subordinadas aos significados sociais políticos. II. Patrocinam escritores esquerdistas. III. Alta herança cultural europeia x cultura de massa (instrumento de dominação: estimulação sensorial e clichês repetitivos). 5- Estruturalismo Claude Lévi-Strauss Tzevan Todorov A. J. Greimas Gergard Genette Roland Barthes I. Conjunto de critérios objetivos de análise, maior rigor intelectual. II. Pode ser visto como uma extensão do “formalismo” – Forma literária. III. Base em Saussure – Signo arbitrário, significado – sistema de diferenças, significação: aquilo que significa algo. IV. Metalinguagem: Linguagem sobre linguagem decodificando sistemas de significação. V. Menos unificado. 6- Pós-estruturalismo Jacques Derrida (Desconstrução - Não há significado estável). Roland Barthes (O conhecimento é o próprio discurso). I. Semiótica II. Teoria da recepção – Stanleyfish, Jane Tompkins, sistema de significação. III. Teoria do gênero IV. Psicanálise (Lacan, eu mutante – o eu como linguagem dos outros, morte do autor, ao leitor – Aquele que tem o texto). V. Genealogias: Desconstruir o não reconhecido para revelar ideologias: dominações como algo natural. VI. Menos unificado. 7- Novo historicismo e materialismo cultural Lois Montrose (textualidade da história e historicidade dos textos) I. Corpo de práticas teóricas e interpretativas. II. Antecipado pelo materialismo cultural. III. Ambos compreendem os textos literários

Quadro-resumo da teoria literária

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Baseado na tradução feita por Bruna T. Gibson do portal www.umeoutro.net sobre o artigo Teoria Literária de Vince Brewton da The Internet Encyclopedia of Phylosophy

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Quadro-resumo feito por Walter Costa em julho de 2011 do blog www.entressafra89.blogspot.com baseado na tradução do artigo Teoria literária – Vince Brewton publicado na The Internet Encyclopedia

of Philosophy por Bruna T. Gibson do portal www.umeoutro.net

Panorama dos posicionamentos críticos - Teoria Literária

I- Paralelo à prática formal da interpretação literária. II- Base teórica, corpo de ideias e método: Corpo interdisciplinar de teoria cultural.

1- Crítica literária tradicional

I- Rastreava influências, esclarecia o contexto e as alusões históricas, estabelecia consenso sobre o cânone literário, objetivo e propósitos.

2- Formalismo Roman Jakobson Viktor Shklovsky

I- A forma era o conteúdo (Russos) II- Base científica III- Desfamiliarização: ressaltando o cotidiano comum.

3- Nova crítica T. S. Eliot (não explícito) Cleanth Brooks John Crowe Ranson Robert Penn W. K. Winsatt

I- 1930, 1940 USA II- Maior rigor estético independente do contexto-

histórico todo unificado – sensibilidade unificada do artista.

III- Pensamento + sentimento.

4- Marxismo e Teoria crítica Georg Lukacs (materialismo histórico e forma literária) Walter Benjamin (Estética e reprodução da arte) Terry Eagleton (popularizador da teoria - UK) Raymond Willams (Nova esquerda, materialism cultural, estudos culturais década de 1960). Frank Lentricchia (After the new criticism) Fredric Jamerson (Mais variado: Teoria marxista de cultura, pós-modernismo literário, colapso das fronteiras disciplinares transformação da cultura em comodidade).

I. Preocupações estéticas subordinadas aos significados sociais políticos.

II. Patrocinam escritores esquerdistas. III. Alta herança cultural europeia x cultura de massa

(instrumento de dominação: estimulação sensorial e clichês repetitivos).

5- Estruturalismo Claude Lévi-Strauss Tzevan Todorov A. J. Greimas Gergard Genette Roland Barthes

I. Conjunto de critérios objetivos de análise, maior rigor intelectual.

II. Pode ser visto como uma extensão do “formalismo” – Forma literária.

III. Base em Saussure – Signo arbitrário, significado – sistema de diferenças, significação: aquilo que significa algo.

IV. Metalinguagem: Linguagem sobre linguagem decodificando sistemas de significação.

V. Menos unificado.

6- Pós-estruturalismo Jacques Derrida (Desconstrução - Não há significado estável). Roland Barthes (O conhecimento é o próprio discurso).

I. Semiótica II. Teoria da recepção – Stanleyfish, Jane Tompkins,

sistema de significação. III. Teoria do gênero IV. Psicanálise (Lacan, eu mutante – o eu como

linguagem dos outros, morte do autor, ao leitor – Aquele que tem o texto).

V. Genealogias: Desconstruir o não reconhecido para revelar ideologias: dominações como algo natural.

VI. Menos unificado.

7- Novo historicismo e materialismo cultural Lois Montrose (textualidade da história e historicidade dos textos)

I. Corpo de práticas teóricas e interpretativas. II. Antecipado pelo materialismo cultural.

III. Ambos compreendem os textos literários

Raymond Wiliams Levi – Strauss (cultura como um sistema autorregulador) Foucault (poder onipresente) Gramsci (Hegemonia concessiva culturalmente orquestrada) Peter Stallybras Jonathan Dollino

historicamente e rejeitam influência formalizante.

IV. Relações de poder social numa cultura. V. Realiza julgamentos de valor histórico.

VI. Texto e contexto juntos. VII. Questionam dicotomias de texto bom e ruim

(literário x não-literário, “grande” literatura x literatura popular).

VIII. Análise econômica, social, cultural, ideológica de poder ou subversão.

IX. Foco nos outsiders, marginais, contracultura. X. A falta de ênfase na literariedade causou desdém

acadêmico.

8 – Estudos étnicos e crítica pós-colonial W. E. B. Dubois: Afro-americanos – Dupla consciência; americana e negra. Toni Morrison Edward Said – Orientalismo: o oriente como geografia imaginária do ocidente criada como instrumento de dominação e colonização não-ocidental. Homi Bhabha – Questiona o pensamento binário, dicotomias eurocêntricas.

I. Estudos étnicos: Estudo de minorias, marginalizados.

II. Ambos: imperialismo e colonização. Externo (império), interno (escravidão).

III. Pós-colonial: Escritores africanos e afro-caribenhos.

IV. Relação entre identidade cultural individual em circunstâncias históricas de opressão racial manifestada.

V. Crítica aos modelos teóricos derivados de paradigmas eurocêntricos.

VI. Ativista e adversativa marginais no cânone e crítica à ideologia da dominação cultural.

9- Estudos de gênero e teoria Queen Teoria feminista depois todos os gêneros e sexualidades. I. Elaine Shawalter – Ginocrítica: estudo e inclusão das

obras femininas nas críticas dos homens. II. Simone de Bevouir

III. Luce Irigaray IV. Helene Cixous (obra criativa/ crítica dicotômica,

eurocêntrica). V. Julia Kristeva (Búlgara escreve em francês, semiótico:

lacunas no sistema linguístico/simbólico de uma cultura para as mulheres. Abjeção: degradação, baixeza ).

VI. Robert Bly (Teoria de gênero masculina: “Movimento dos homens” – resposta ao feminismo. Não mais representantes universais, mas uma crítica particular).

VII. Queer – Não é teoria do gênero, não estuda gay e lésbicas, mas estuda a identidade sexual e os paradigmas cognitivos (ideologia sexual normativa – o normal).

VIII. Foucault – sexualidade – queer, poder – novo historicismo.

IX. Em favor das sexualidades e identidades sexuais não-normativas.

X. Judith Butler e Eve Sedwick – A identidade heterossexual – norma gerou supressão da possibilidade homoerótica. Temos de identidade heterossexual histórico-normativo: herança, casamento, dinastia, família, domesticidade, população.

10- Estudos culturais Stuart Hall Meaghan Morris Tony Bennet Simon During

I. Vasta ordem de perspectivas – estudo geral da cultura, olhar examinador da cultura em geral.

II. Interdisciplinar e antidisciplinar. III. Conjunto de métodos e aproximações às vezes

conflitantes, aplicados a um questionamento de categorias culturais contemporâneas.