Qual o teu Destino? - files.3minutos.netfiles.3minutos.net/ebook/Qual-o-teu-destino.pdf · eterna” (João 3.16). Logo, uma imensa paz expressou-se no ... em profunda meditação

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  • QUAL O TEU DESTINO?

    Ttulo do original ingls: Whither Bound? Diversos Autores Editado originalmente porA. C. Groth. Publicado tambm em outrospases, no todo ou em parte, em ingls, alemo,rabe, chins, espanhol, francs, italiano, russo,tamil, telug e vrias outras lnguas.

    Publicado no Brasil em verso impressa porVERDADES VIVAS

    Primeira Edio 1980Segunda Edio 1986Terceira Edio 1993

    VERDADES VIVAS uma Associao semfins lucrativos, com o objetivo de divulgar oevangelho e a s doutrina de nosso SenhorJesus Cristo. Algumas de nossas publicaesso gratuitas, e outras so vendidas a fim degarantir novas edies. Verdades Vivas no estvinculada e nem mantida por qualquer igreja

  • ou denominao religiosa.

    * * * * *NDICE

    Qual o teu Destino?O que sucedeu numa trincheiraOs lenhadoresDormindo na canoaA favor ou contraA volta do soldado FeridoO filho prdigoA graa de DeusNo para mim!Ganho pelo amorO avarento de MarselhaA prola inigualvelDois morreram por mimA mo cicatrizada

  • Seu Salvador ou seu Juiz?Culpado, porm perdoadoO perdo recusadoComo foi nos dias de NoEste mundo como um navio prestes aafundarCu ou Inferno?Perigo! Entrada Proibida!Livre da covaA porta assinalada com sangueFique onde o fogo j queimouSalvo!O cho da casaExemplo ou substituto?Aventais de folhas ou tnicas de peles?O que significa crer?Cinco coisas que andam juntasUm pregador da antiga escola

  • Um ltimo aviso ou por um trizBoa noite ou... adeus!Voc pode ser salvo

    * * * * *

  • QUAL O TEU DESTINO?AVANANDO, to depressa!Sim, mas que destino tens?Ser para a glria eterna

    De felicidade e bens?Avanando, to depressa,

    Sim, mas que destino tens?Avanando, to ligeiros,

    Nada o tempo pode sustar! Alguns h que esto seguindo

    Para o glorioso Lar,Avanando! Bem alegres,

    Cristo Guia pra os levar.Avanando, pra desgraa

    Muitos seguem rumo tal,Descurando o perigoDa sua alma imortal,

  • Avanando, indiferentes,Para a perdio total.

    Eis veloz, com passo certo,Breve o tempo vai findar.Pecador! Ouve o convite,

    Cristo pode a vida darVem a Cristo, sem demora;

    S Jesus pode salvar!

    * * * * *

  • O QUE SUCEDEU NUMATRINCHEIRA

    CERTA MANH, estvamosdefendendo uma trincheira, na histricaregio de Somme, bombardeados, comode costume, pelo fogo inimigo. Derepente, vimos uma nuvem negra defumaa ao explodir um projtil cujosestilhaos zuniam ao passar por nossosps. Ento o pobre companheiroBertrand caiu por terra. JamesPequeno (que tinha quase dois metrosde altura!) e outro soldado saltaram paraa cova produzida pela exploso elevantaram-no, verificando logo que seuestado era desesperador. No haviaposto de socorro perto, e alguns

  • soldados juntaram uns sacos vazios, dosque tinham estado cheios de areia, e umvelho capote, e encostaram neles oBertrand, no fundo da trincheira, paramorrer.Passado pouco tempo, James ficousurpreendido ao ouvir uma vozperguntando: Pode me dizer qual o caminho para oCu?James saltou para perto de Bertrand erespondeu: O caminho para o Cu? Sinto muito,meu amigo, mas no sei! Vou perguntaraos outros.Voltou ao banco de tiro e perguntou aocompanheiro mais prximo, mas este

  • tambm ignorava o caminho. A perguntafoi passando de um para outro: OBertrand est morrendo e quer saberqual o caminho para o Cu; voc podeinformar? A pergunta passou pordezesseis soldados naquela trincheira,sem que qualquer deles pudesse explicarao amigo moribundo como ele poderiaser salvo! Imagine! Dezesseis jovenscriados num pas que se diz cristo, enenhum deles podia prestar auxlio a umamigo na hora da morte! muito tristever um amigo morrer sem poder ajud-lo! De nada serve consol-lo com aquilose supe ou se imagina! Ah, no, o queele necessita a verdade!Quantos h como aqueles dezesseis! Evoc, o que diria? Ser que voc

  • poderia abrir o velho livro da Palavrade Deus, a Bblia, e mostrar-me o lugaronde claramente se explica o Caminhoque Deus indica para o Cu?O dcimo sexto soldado saltou do bancode tiro e foi correndo para o prximoposto, onde outro se mantinha alerta.Este sentiu uma mo batendo em suascostas e ouviu o companheiro, quegritava: H um dos nossos que foi atingido;est prestes a morrer e deseja saber ocaminho para o Cu. Voc pode dizer-lhe?Virando-se, o interrogado respondeu,com um sorriso iluminando seu rosto: Sim, eu posso!

  • Enfiando a mo no bolso da camisa,tirou um Novo Testamento e, abrindo-orapidamente, observou: V este versculo sublinhado lpis?. Coloque seu dedo nesteversculo. Diga a ele que este ocaminho.O dcimo sexto soldado voltoucorrendo, passou a mensagem e o NovoTestamento de um para outro e, logodepois, James Pequeno o tinha emsua mo. Novamente aproximou-se deBertrand, que jazia imvel. Tocou-lheno ombro e vagarosamente Bertrandabriu os olhos. Est aqui, Bertrand, querido amigo;aqui est o caminho para o Cu:

  • Porque Deus amou o mundo de talmaneira que deu o Seu FilhoUnignito, para que todo aquele quenele cr no perea, mas tenha a vidaeterna (Joo 3.16).Logo, uma imensa paz expressou-se norosto de Bertrand que, com a vozsufocada, procurava dizer: Todo aquele...Depois, mostrou-se calmo e sereno. Derepente, dando um ltimo suspiro,exclamou: TODO AQUELE! e morreu.Que grande mudana, passar de umcampo de batalha para a presena deCristo!

  • Querido amigo, eu, que tambm fuisoldado, e que tambm j encontrei oCaminho, desejo assegurar a voc queisto a verdade: JESUS ,verdadeiramente, o Salvador real;JESUS, que disse, Eu sou a Porta; sealgum entrar por Mim, salvar-se-(Joo 10.9); JESUS que morreu para noslevar a Deus; Ele prprio, que estagora assentado destra de Deus,coroado de honra e de glria; Ele onico Salvador e o nico Caminho parao Cu. Ele mesmo disse: EU SOU oCaminho, e a Verdade e a Vida.Ningum vem ao Pai, seno por Mim(Joo 14.6).E em nenhum outro h salvao,porque tambm debaixo do cu

  • nenhum outro nome h, dado entre oshomens pelo qual devamos ser salvos(Atos 4.12).

    * * * * *

  • OS LENHADORESAO AMANHECER de um dia deoutono, dois homens seguiam atravs deum pinheiral. A cada lado se erguiam ostroncos, direitos como colunas, e, muitoacima das cabeas daqueles homens, osramos formavam densa cobertura verde.O tapete de relva que pisavam amorteciao som de seus passos.Timothy era baixo e corcunda, com osbraos compridos e fortes. Apesar desua deformidade fsica, e da barba ecabelos escuros emaranhados, eraamvel. Com o rosto voltado para cimacontemplava Raymond. Este, recm-chegado ao acampamento, era maisnovo, alto e forte, e andava

  • orgulhosamente ereto. Era louro, defeies bem marcadas e olhos azuis. Raymond, voc tem muito queagradecer. Eu? Sim e Timothy recusou-sealegremente a prestar ateno no tom deescrnio na voz do companheiro. Nada sei de sua vida, dos anos queficaram para trs, nem sei o que fez vocvir para este lugar; mas alto e forte,conhece livros e deve ter tido muitasoportunidades. Os rapazes aqui sodiferentes, mas tudo demonstra que vocj teve sorte na vida, Raymond.Logo chegaram a uma clareira nobosque. Timothy atirou o casaco ao

  • cho, pegou no machado e comeou,com golpes fortes, a cortar um pinheiroalto. Raymond ficou parado, emprofunda meditao. Oportunidades?Sim, de fato no lhe tinham faltado, masno as havia aproveitado. Ningumtem o direito de se intrometer na minhavida, pensou consigo, procurandoesquecer-se dos conselhos de seu idosopai. Bem, j me encontro livre dasvelhas supersties; contudo s vezesme pergunto se esta liberdade vale opreo que paguei para a obter...O acampamento Haskin estava situadono norte de Minnesota. Havia apenastrs semanas que Raymond chegara. Oshomens eram rudes e incultos. Muitosdeles tinham o vcio da embriaguez,

  • enquanto que o praguejar e o desprezopelo dia do Senhor eram constantes eno se constitua uma exceo regra.Timothy havia sido membro do grupopor muitos anos. Apesar de sua falta deinteligncia e de sua deformidade fsica,era popular entre seus companheiros.Surpreendia a todos sua amizade peloalto Raymond, manifestando a suaadmirao por este de muitas, emboramodestas formas, assim merecendo dojovem amvel complacncia.Certo dia, quando caa forte nevasca porj ter chegado o inverno, Raymond eTimothy trabalhavam com um numerosogrupo de lenhadores. De repente, umarvore enorme tombou, caindo comgrande estrondo. Acima do barulho

  • destacou-se um grito de horror esofrimento. Era Timothy, o pobrealeijadinho. Por desgraa fora colhidopor um grande ramo da rvore, queagora o prendia ao solo. Raymond foi oprimeiro a chegar perto dele. Com todoo cuidado, os homens libertaram-no,encontrando o pobre corpo encurvadohorrivelmente mutilado. Parece que estou no fim, rapazes disse ele, esforando-se por dominar avoz. Ah, Raymond, fique perto demim. Ai! tenham cuidado!Levaram-no ao acampamento. Umhomem montou logo a cavalo, para ir aldeia mais prxima, a quase cinquentaquilmetros de distncia, a fim dechamar um mdico. Todos recearam que

  • Timothy no estaria vivo quando omdico chegasse, to intenso era o seusofrimento. Quando o deitaram numacama tosca, perto do braseiro, olhouansiosamente para os rostos dos seuscompanheiros. a morte, rapazes. Falem-me deDeus. Nunca me falaram dele.Um silncio estranho desceu sobre ogrupo de homens, silncio interrompidoapenas pelo barulho do vento l fora.Timothy tornou a falar: Raymond, fale-me dele. Com certezavoc deve saber, pois diferente detodos ns.Todos fitaram o jovem. Este inclinou-semais para Timothy, perguntando-lhe:

  • O que que voc quer ouvir? Tudo a respeito de Deus. Como podever, pouco sei. Ser que no pode falardele? Faa uma orao por mim.O rosto de Raymond tornou-se plido eaustero. Seu pai pregava o Evangelho, eele mesmo j havia estudado a Bblia.Mas, pela influncia de um colega deescola ateu, e pela leitura de livros queeste lhe emprestava, a dvida havia seintroduzido na mente de Raymond.Dominado pela ideia de superioridadedo seu intelecto, o jovem havia sefirmado nessa atitude at chegar o diaem que zombara da f de sua falecidame e negara a existncia de Deus.Resolvera desprender-se de tudo aquiloque o ligava ao lar paterno. Escreveu ao

  • pai uma carta arrogante anunciando-lhesua mudana de pensamento, e saiu parao mundo, sem deixar vestgio de seuparadeiro.Seguiram-se dias tenebrosos. Teve queaprender quo vazia a vida semesperana em Deus. Teve saudades davoz do seu querido pai; porm o orgulhono permitia que regressasse ao lar epedisse perdo. No seu desespero, fez-se contratar pelo capataz doacampamento de lenhadores de Haskin.Tudo isso voltou-lhe memria nummomento. Este pobre companheiromoribundo estava pedindo-lhe querogasse a Deus por ele. Soltou doslbios um gemido.

  • Timothy; no posso! Eu... e calou-se, incapaz de dizer que no acreditavano Deus a Quem, na hora da morte, atTimothy queria voltar-se. No pode? Ora, eu julgava que vocO conhecesse!Raymond no podia mais suportar. Saiucorrendo pela porta, em plena nevasca.Andou de um lado para o outro nafloresta, sem fazer caso do vento ou daneve. Enfrentou e lutou com o problemado relacionamento do homem com o seuDeus. Estava a ss com Deus. Naquelahora desapareceu o seu atesmo. Asteorias da cincia, nas quais haviadepositado a sua confiana,desmoronaram-se debaixo de seus ps.S ficava um alicerce inabalvel.

  • Comeava a escurecer no quarto ondeTimothy estava deitado, quando a portase abriu e Raymond entrou. Com passofirme, aproximou-se do moribundo. Timothy; estive em contato comDeus. Ele perdoou-me, apesar de todo omeu pecado. Agora venho falar a vocdo Seu amor.Com simplicidade e ternura, contou ahistria do amor de Deus, que O levou aenviar Seu Filho amado ao mundo paramorrer pelos pecadores, levando sobreSi os pecados de todos os quedepositem a sua confiana nele comoSalvador de suas almas.Deus prova o Seu amor para conosco,em que Cristo morreu por ns, sendo

  • ns ainda pecadores (Romanos 5.8).O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho,nos purifica de todo o pecado (1 Joo1.7).Outros se aproximaram, reunindo-se emvolta da cama. Poderiam eles duvidar daverdade das palavras faladas, quandocontemplavam o brilho no rosto deTimothy? Posso ver disse ele.Raymond ajoelhou-se. Um aps outro,aqueles homens rudes caram de joelhos.Nunca Raymond orara como nessa hora.Deus estava com ele. Em torno de siestavam homens que, no dizer deTimothy, nunca tiveram uma chance navida. Raymond orava com uma f

  • nascida da certeza absoluta da prontidoda boa vontade de Deus para salvar. Est tudo bem murmurou Timothy. Vou para Ele, Raymond! Conta atodo mundo... Sim, Timothy, vou passar a minhavida contando a todos. Graas Te dou, meu Deus. disse omoribundo com a voz j enfraquecida.Mais alguns momentos, e tudo estavaterminado.Raymond voltou-se, ento, para oscompanheiros: Timothy j partiu, rapazes! Vocsouviram a minha promessa a Timothy.Peo que me perdoem pelo esprito quetenho manifestado para com todos, e

  • permitam que eu inicie o meu serviopregando a vocs. Muito bem; queremos ouvir respondeu o que era capataz. Quandochegarmos aonde est o Timothy,desejaremos ter ouvido.Ento Raymond contou a histria, toantiga, mas sempre atual, de Jesus e doSeu amor.Naquela noite, antes de se deitar,Raymond escreveu uma longa carta aopai. Ficaria onde estava at receberresposta a essa carta. Na noite seguintecomeou a reunir seus companheirospara contar-lhes a histria de Cristo, daSua morte e ressurreio.Chegou a terceira noite. No fim da

  • palestra, simples mas tocante, queRaymond dirigira, a porta abriu-se eentrou um estranho, homem alto e magro,com cabelos brancos como a neve. Meu pai! exclamou Raymond. Meu querido filho! Vim aqui paraajud-lo! E Raymond foi envolto nosbraos de seu pai.O trabalho assim iniciado noacampamento de Haskin continuou, atque setenta almas foram levadas aoconhecimento do Senhor Jesus comoSalvador.

    * * * * *

  • DORMINDO NA CANOAH ALGUNS ANOS, perto dasCataratas do Nigara, havia um jovemque trabalhava como guia de turistas.Um dia, no tendo o que fazer, amarrousua canoa num lugar bem acima dascataratas e deitou-se dentro dela paradescansar. Embalado no seio das guassempre agitadas, adormeceu. Julgava teramarrado o barco com segurana, mas,com o constante balanar, a cordadesprendeu-se e, finalmente, a canoacomeou a ser levada pela correnteza,com seu tripulante inconsciente do quese passava. As pessoas que seencontravam na margem, percebendo ograve perigo em que o jovem se

  • encontrava, gritavam em alta voz, naesperana de o acordar para que sesalvasse, enquanto a correnteza nofosse forte demais. Porm, foi em voque se esforaram.Em dado momento o barco encalhou numrochedo que sobressaa no meio do rio.Ao notarem isso, os observadoresredobraram seus esforos para despertaro adormecido, gritando freneticamente: Agarre no rochedo! Salte para arocha!Porm, o pobre rapaz continuoudormindo, inconsciente do perigoiminente que o ameaava. No demoroupara que a fora da correnteza afastasseo barco do rochedo e o levasse a grande

  • velocidade para as cataratas. O infelizs foi acordado pelo estrondoensurdecedor das grandes massas degua, pelas quais foi arrastado para amorte.Que horror! Dormindo na canoa!Tranquila e inconscientementedeslizando para as garras da morte! Sde pensar nisto j nos faz estremecer.Contudo, isto serve para descrevermuito nitidamente a indiferena dasalmas em nossos dias, muitas das quaiscompletamente despreocupadas quantoao seu rumo fatal; profundamenteadormecidas nos seus pecados e, talvez,embaladas na mar dos prazeresterrestres ou encantadas por infundadaconfiana numa vida sem defeito, ou

  • numa religio professa. TODOSDORMINDO NA CANOA!O deus deste sculo cegou osentendimentos dos incrdulos, paraque lhes no resplandea a luz doevangelho da glria de Cristo, que aimagem de Deus (2 Corntios 4.4).Desperta, tu que dormes (Efsios5.14).Cr no Senhor Jesus Cristo, e serssalvo, tu e a tua casa (Atos 16.31).

    * * * * *

  • A FAVOR OU CONTRAUma Cena no Tribunal de PequenosDelitos em Manchester J DISSE que no o roubei.Comprei-o! repetia, at que por fimos magistrados se viram obrigados amandar que se calasse.Deduzia-se que Kelly fora preso,acusado de ter roubado um relgio debolso. No havia dvida alguma de queo relgio tinha sido roubado e que foraencontrado em poder de Kelly, o queconstitua, na opinio tanto dos policiaiscomo dos magistrados, prova suficientepara o condenar. Justamente no momentoem que os magistrados pareciam terchegado a uma deciso quanto pena a

  • aplicar a Kelly, pedi licena para deporcomo testemunha. O que deseja? perguntou omagistrado. Quero falar algo a respeito destecaso, senhor.Ao ouvir as minhas palavras, Kellyvirou-se para mim, encolerizado: No queiram ouvi-lo. Ele nada sabedisto. S vai mentir com o propsito deme incriminar. Quer agravar a minhapena!Foi quase intil eu dizer ao Kelly quesossegasse e que me escutasse. Pareciajulgar que, vestindo eu a farda desargento da Polcia, no podia deixar de

  • ser contra ele. Finalmente osmagistrados conseguiram faz-lo calar, eme mandaram depor. H algumas semanas, eu levava, detrem, dois presos para a cadeia deStrangeways. Eu estava sentado de umlado do vago e os dois presos estavamsentados do lado oposto. Ouvi um delesdizer ao seu companheiro: Enganei o Kelly h alguns dias! Ah! Sim? E como fez isso? perguntou o outro. Vendi a ele um relgio por trintashillings, e nem sequer cinco shillingsvalia!Como se transformaram os rostos detodos no tribunal! Quanto ao Kelly,

  • olhou para mim como se quisesse mebeijar! Logo se v que foi absolvido,apesar das provas circunstanciais quelhe eram contrrias. O meu depoimentopesou mais do que tudo quanto haviacontra ele. Porm, entenda que se eletivesse conseguido o seu desejo de meimpedir de falar, nunca teria chegado adescobrir que eu, afinal, s nutria amaior boa vontade para com ele. assim mesmo que muitos tratam aDeus. No O querem ouvir, pois julgamque contra eles, quando na verdadeDeus a favor deles. Porque Deusenviou Seu Filho ao mundo, no paraque condenasse o mundo, mas paraque o mundo fosse salvo por Ele(Joo 3.17).

  • Kelly era inocente; mas o corao deDeus pode, com toda a justia, sentirboa vontade para com o culpado,absolvendo-o e deixando-o sair emliberdade. No h nenhum tribunal quepossa assim proceder sem sacrificar seunome e carter. Porm Deus pode ser,ao mesmo tempo, um Deus Justo eSalvador (Isaas 45.21). Pode serJusto e Justificador daquele que temf em Jesus (Romanos 3.26). E podeainda ser Aquele que justifica ompio (Romanos 4.5).Na verdade, Deus, que parece sercontra o homem, como testemunha deacusao, tem por ns muito amor, oque nos leva seguinte questo: Comopode esse Deus justo, com base na

  • justia perfeita, perdoar e libertar ohomem, quando o prprio Deus jdemonstrou ser o homem culpado?A resposta : Por meio de substituio.Esta a nica resposta possvel. NaCruz de Cristo vemos evidenciado oamor de Deus para com o pecador, peladdiva do Seu Filho, o NICO capaz detomar o lugar do pecador, por ser Eleprprio isento de pecado. Cristo levouEle mesmo os pecados do pecador (1Pedro 2.24), padeceu por amor dopecador (1 Pedro 3.18), morreu pelopecador (Romanos 5,6), e, portanto, ompio pecador pode ser perdoado e sairlivre.

    * * * * *

  • A VOLTA DO SOLDADOFERIDO

    NUMA CERTA MANH, no ano de1863, chegou ao cais de Norfolk,Virgnia, Estados Unidos, um navio avapor carregado de passageiros poucocomuns. Tinha sido efetuada uma trocade prisioneiros feridos e doentes entreos exrcitos da Unio e daConfederao, e esse vapor transportavacentenas de soldados da Unio quehaviam sido feitos prisioneiros e tinhamestado internados nos hospitais daConfederao.Muitos deles estavam num deplorvelestado de misria e sofrimento. Entreeles encontrava-se um jovem de menos

  • de vinte anos de idade, cujospadecimentos de feridas e doenas ohaviam enfraquecido sobremaneira.Fora criado delicadamente em um lar defino trato na Filadlfia, mas a vida nocrcere do exrcito inimigo, e aprolongada falta de cuidados, tinhamsido para ele intolerveis, deixando seucorpo em estado lastimvel, coberto dechagas e cheio de parasitas.Um irmo mais velho, abastadonegociante em Filadlfia, mandaradizer-lhe que iria ao seu encontro emNorfolk. Ao receber esta notcia, disselogo aos companheiros: Certamenteele no vai me reconhecer. Contou-lhes como o lar de seu irmo era toelegante e limpo, e acrescentou que, com

  • a mudana que se operara nele,certamente no o desejaria receber emsua casa. Encontro-me to mudado,disse ele, que William no ir mereconhecer, e se me reconhecesse,certamente no estaria disposto areceber-me em sua casa. Terei de irpara o hospital e l morrer. Emseguida, o pobre rapaz desatou a chorar,contemplando sua roupa to suja eesfarrapada, e o corpo emagrecido.Logo que o navio atracou ao cais, umhomem forte e bem vestido saltou para oconvs. Era William, seu irmo. Haviahoras que estava ali, aguardando achegada do navio. Tinha uma carruagemmunida de boas almofadas e cobertores,para levar o irmo para o trem. Tinha

  • obtido licena de Washington para levarseu irmo para casa e, com o semblantea manifestar ansiedade, andou peloconvs em busca dele.No demorou para chegar perto de seuirmo, porm no o reconheceu. Sentiu-se mal ao contemplar aquele ser todesgraado. Tinha feridas na boca e nonariz, o rosto desfigurado, o cabelodespenteado e grudado s manchaspustulentas que trazia na testa; psdescalos e cheios de fendas causadaspelo escorbuto. Sua roupa estavareduzida a trapos imundos. Ao veraquilo, William voltou-lhe as costas,impulsionado por profundo sentimentode nojo.O corao do pobre jovem doente

  • esmoreceu. Era isto que eu receava,pensou consigo, William no mereconheceu e teve nojo de mim. Eleestava to limpo e bem vestido! Noestado em que me encontro agora,nunca poder desejar ter-me ao seulado. E assim no teve coragem dechamar por ele.Seu irmo passou pela segunda vez semque o reconhecesse; pelo que continuousem nimo de lhe dirigir palavra. Maisuma vez o irmo deu a volta por todo oconvs do navio, indo de soldado asoldado. Quase chegou concluso deque seu irmo no estava ali, e tevereceio de que tivesse morrido naviagem. No entanto, fazendo ainda maisum esforo, encontrou-se, pela terceira

  • vez, junto daquele a quem buscava.Contemplou-o com ateno, mas aindasem dar sinal de o haver reconhecido.Coitado, pensou, com profundacompaixo. Mais uma vez virou-se parase afastar, quando uma dbil voz o fezparar. William! no me reconhece? foram as palavras proferidas pelostrmulos lbios do pobre enfermo. Meu querido irmo! Por que no mechamou antes? foi a resposta aliviadadaquele homem.Tomou em seus braos aquele corpomagro, levando-o logo trapos,imundcie, feridas e tudo mais para acarruagem que os esperava. As suas

  • foras, o seu dinheiro, o seu lar, tudoquanto possua estava disposio deseu pobre irmo, e o fato de ser riconunca tivera tanto valor, aos seus olhos,como agora, quando de tudo isto sepodia valer em benefcio de seu irmo.Leitor: pode ser que a compreenso deseu estado pecaminoso, desgraado edas chagas morais de muitas espcies,faa voc sentir vergonha e receio doSenhor Jesus, assim como aquele pobresoldado sentia de seu irmo. O contrasteentre voc e Cristo bem maior, semdvida. Se voc fosse levado, tal comoest, em seus pecados, para a presenado Senhor no lugar onde Ele Seencontra, na luz, santidade e glria doCu, sentiria quo grande o contraste

  • que existe entre o seu estado e o dele, eisto encheria seu corao de desespero.Desde a planta do p at cabeano h nele cousa s, seno feridas, einchaos, e chagas podres, noespremidas, nem ligadas com leo(Isaas 1.6).Contudo, o negociante de Filadlfia, pormais contente que estivesse ao tomar oirmo nos braos, e cuidar dele comtanta ternura, quando o achou, no sentianada que se compare ao gozo imensoque o Salvador sente quando encontraum pobre pecador que confesse a suanecessidade de salvao.

    Cristo aceita o pecador,Coberto com as chagas do pecar;

  • Livra-o, e logo o transformaEm algum apto ao Cu entrar.O que vem a Mim de maneira

    nenhuma o lanarei fora (Joo 6.37).

    * * * * *

  • O FILHO PRDIGOEvangelho de Lucas 15.10-24H ALEGRIA diante dos anjos deDeus por um pecador que se arrepende.E disse: Um certo homem tinha doisfilhos; E o mais moo deles disse aopai: Pai, d-me a parte da fazenda queme pertence. E ele repartiu por eles afazenda. E, poucos dias depois, o filhomais novo, ajuntando tudo, partiu parauma terra longnqua e ali desperdioua sua fazenda, vivendo dissolutamente.E, havendo ele gastado tudo, houvenaquela terra uma grande fome, ecomeou a padecer necessidades. E foi,e chegou-se a um dos cidados daquelaterra, o qual o mandou para seus

  • campos a apascentar porcos. Edesejava encher o seu estmago com asbolotas que os porcos comiam, eningum lhe dava nada. E, tornando emsi, disse: Quantos jornaleiros de meupai tm abundncia de po, e eu aquipereo de fome! Levantar-me-ei, e ireiter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai,pequei contra o cu e perante ti; Jno sou digno de ser chamado teufilho; faze-me como um dos teusjornaleiros.E, levantando-se, foi para seu pai; e,quando ainda estava longe, viu-o seupai, e se moveu de ntima compaixo, e,correndo, lanou-se-lhe ao pescoo e obeijou. E o filho lhe disse: Pai, pequeicontra o cu e perante ti, e j no sou

  • digno de ser chamado teu filho. Mas opai disse aos seus servos: Trazeidepressa o melhor vestido, e vesti-lho,e ponde-lhe um anel na mo, e alparcasnos ps; E trazei o bezerro cevado, ematai-o; e comamos, e alegremo-nos;Porque este meu filho estava morto, ereviveu, tinha-se perdido, e foi achado.E comearam a alegrar-se.Tal como o pai recebeu com alegria ofilho h tanto tempo perdido, como contao captulo quinze do Evangelho deLucas, assim tambm Deus acolhe com omais profundo regozijo, e comhospitalidade celestial, o regresso domais vil pecador. O prprio Deusconcede uma purificao perfeita, umvesturio novo e completo, um

  • magnfico banquete e o gozo celestialque nunca ter fim.O Salvador suportou todo o sofrimento a morte para tirar o pecado tomando sobre Si todo o castigo quedeveria cair sobre ns; e agora, que tudoest pronto, convida voc a lanar-se emSeus braos, sendo bem vindo ao Seucorao; bem vindo para todo o sempreno Seu Lar.Oh! que ser com Cristo estar, longe de

    todo o mal,Na santa companhia do Pai, na glria

    divinalSeu lar ser nosso, o santo amor em que

    esse filho est;O bom quinho que Cristo tem ser

    nosso gozo l!

  • * * * * *

  • A GRAA DE DEUSCONTA-SE a seguinte histria de umapobre mulher que estava enfrentandograndes dificuldades financeiras.Um cavalheiro bondoso, sabendo da suasituao, quis visit-la, com a intenode a socorrer. Bateu porta de sua casadurante bastante tempo, e, como ninguma abrisse nem desse qualquer sinal,chegou concluso de que ela noestava, e retirou-se.Pouco tempo depois, encontrou-a econtou-lhe que tinha ido sua casa paralhe prestar auxlio. Oh! exclamou a mulher Entofoi o senhor que esteve batendo porta?

  • Peo desculpas. Julgava ser o dono dacasa que tinha vindo cobrar o aluguel etive receio de atender por no ter comopagar.Da mesma forma como esta pobremulher tratou o cavalheiro que desejavaajud-la, h hoje milhares de pessoasque tratam Deus assim. Quando Ele bate porta de seus coraes, acham que Elevem com o propsito de lhes cobraralguma coisa; mas como se enganam!Deus no vem pedir a voc o pagamentoda grande dvida que voc tem para comEle, mas vem, isto sim, oferecer tudoaquilo que voc necessita para sair damisria em que se encontra. Ele quer dara voc uma herana eterna. Porque oFilho do homem tambm no veio para

  • ser servido, mas para servir e dar aSua vida em resgate de muitos(Marcos 10.45).Eis que estou porta, e bato(Apocalipse 3.20).

    porta chamo, alma triste,Ansioso por te consolar:

    Se minha voz, enfim, ouviste,Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?

    porta, por amor levado,Procuro j teu mal sanar; pecador desalentado,

    Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?A minha graa poderosa,O teu pecado vem lavar;

    alma impura, pesarosa,Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?

  • Do Cu te trago vida e gozo,Que podes hoje desfrutar;E tudo te darei, gozoso;

    Posso Eu entrar? Posso Eu entrar?

    * * * * *

  • NO PARA MIM!SEM DINHEIRO e sem preo (Isaas55.1). Tais so as condies da oferta,que Deus faz a todos, do dom da vidaeterna. Mas, quo poucos so aquelesque a aceitam nestas condies.Um amigo dos pobres tinha por costumeencomendar, com frequncia, 250 quilosde carvo, usado nos foges e noaquecimento das casas, mandandoentreg-lo em casas de pessoas quesabia estarem em precriascircunstncias. Como o inverno erarigoroso, o frio intenso, e tudo cobria-sede neve, o gentil benfeitor ficavaradiante de alegria pelo conforto eagasalho que suas ddivas iriam causar

  • em muitos coraes e lares.A carroa do carvo parou em frente deuma casa de aspecto pobre e desolado, eo carroceiro bateu porta e disse aovelhinho, que ali morava, que traziacarvo para ele. Quem foi que mandou? No sei disse o carroceiro, mas mandaram-me entreg-lo aqui; aquiest. Deve ser engano; no para mim respondeu o velho. Eu no tenho talsorte; no tenho nenhum amigo que memande carvo de graa. Leve-o; no para mim, e no quero mais saber disso! e fechou a porta. Foi-se embora acarroa levando a ddiva que tinha sido

  • destinada ao velhinho.No dia seguinte, foi vista a mesmacarroa, parada entrada de uma outracasa pobre da cidade, e o mesmocarroceiro, com 250 quilos de carvo,batia porta. Trago-lhe carvo disse ele emtom alegre; Onde quer que o ponha? No para mim respondeu ohomem que abriu a porta, Deve serum engano. No, no h engano disse ocarroceiro. Olhe; aqui est a nota daencomenda: Casa n 24; 250 quilos decarvo. Est bem claro. No hnenhuma dvida, no mesmo? verdade que este o nmero de

  • minha casa respondeu o outro, mas este carvo no meu, e por issono o posso receber. Deve ser paraoutra pessoa! Ora essa! replicou o carroceiro,coando a cabea com ar atrapalhado. Este carvo j est me intrigando! Jchega de desencontros. At parece queestou trazendo veneno! Chega uma beladdiva de carvo e vocs recusam-se aaceit-la. Mas, seja como for, o carvovai ter que ficar aqui, pois ontem j tiveque lev-lo de volta de outra casa ondefoi rejeitado. Para mim isto est sendouma humilhao; portanto, se no abrir aporta da carvoeira, vou despejar tudoaqui, bem em frente de sua casa.Devido a tal insistncia, o homem

  • acabou abrindo a porta do depsito,dizendo: Com certeza voc ter que voltaraqui outra vez para buscar o carvo;portanto, no vou insistir nisso. Mas sefor mesmo para mim, ficarei muitoagradecido.Mais uma casa foi visitada pelocarroceiro, com a carroa carregada decarvo. Bateu porta e disse mulherque atendeu, que trazia carvo para ela. Para mim? disse ela; No podeser; deve ser para outra pessoa. No, minha senhora; aqui est onmero da sua casa bem legvel: N 8,250 quilos de carvo.

  • verdade! Ento deve ser Deus queme manda, pois mais ningum sabe que,h pouco, coloquei no fogo o resto docarvo que tinha. Faa o favor de traz-lo aqui para dentro. Tenho queagradecer a Deus. Sim, talvez assim convenha disseo homem, porm acrescentando em vozbaixa, como se falasse para si, Estamulher que tem juzo, s ela. Os outrosso uns tolos.E quantos insensatos como eles existemaqui no mundo! Apesar de Deus haverdado o Seu Filho para que TODOAQUELE que o aceitar, pela f, nose perca, mas tenha a vida eterna(Joo 3.16).

  • O carvo tinha sido pago por um homembondoso; e a nossa salvao foicomprada a preo, ou seja, o preciososangue do Filho de Deus, O qual Sedeu a Si mesmo em preo de redenopor todos (1 Timteo 2.6).Contudo, h muitos que so comoaqueles pobres que no aceitaram opresente. Alguns h que, como ovelhinho, o recusam em absoluto,dizendo: No para mim.Caro leitor: Se tu conheceras o domde Deus (Joo 4.10), e se vocaceitasse a Jesus Cristo como seuSalvador, poderia dizer: Graas aDeus pois pelo Seu dom inefvel (2Corntios 9.15).

  • * * * * *

  • GANHO PELO AMORCERTO SOLDADO estava paracomparecer perante o seu comandante.Era rebelde e muitas vezes havia sidocastigado. Aqui est outra vez o nome delesendo mencionado disse o oficial, aoler o relatrio; J foi castigado compriso, aoites e tudo mais.Nisto o sargento, pedindo licena, disse: H ainda uma coisa que nunca lhe foifeita, comandante. E o que ento? perguntou ooficial. Meu senhor disse o sargento em

  • voz hesitante, ele ainda nunca foiperdoado. Perdoado?! exclamou o coronel,atnito. Depois, havendo meditado poralguns minutos, ordenou que trouxessemo ru e perguntou-lhe se tinha algo adeclarar. Nada, meu comandante, a no ser quelamento o que fiz.Voltando-se com ar bondoso e decompaixo para o soldado, que esperavaum castigo ainda mais severo que osanteriores, o coronel dirigiu-lhe estaspalavras: Muito bem; j experimentamos dar-lhe toda espcie de castigos, e agoraestamos resolvidos a... perdo-lo!

  • Pasmado, as lgrimas saltaram-lhe dosolhos, e o homem chorava como umacriancinha. Humilhado ao mximo, eagradecendo ao comandante, retirou-se.Para voltar a ser o rebelde incorrigvel?No! Tinha sido ganho pelo amor.Aquele que narrou o caso pde observ-lo durante anos, e nunca houve militarque melhor se comportasse.Temos aqui algo que nos d umapequena ideia de como Deus trata ospecadores. O homem, tantas vezes e detantas maneiras experimentado, temsempre falhado. Ento, o que Deus devefazer? A Misericrdia deseja responder:Seja perdoado. Mas a Justia diz:No, pois o salrio do pecado amorte, e sem derramamento de

  • sangue no h remisso, ou retirada,de pecado (Hebreus 9.22). No se podecomprometer a santidade de Deus. Amorte tem que ser aplicada como castigodo pecado; embora o amor e a graa deDeus O levem a desejar a salvao dopecador, a Sua justia que toinfinita como a Sua misericrdia no pode deixar de ser satisfeita. Seja-vos pois notrio, vares irmos, quepor ESTE se vos anuncia a remissodos pecados. E... por Ele justificadotodo aquele que cr (Atos 13.38-39).Quem ser ESTE? o Senhor Jesus, obendito, santo Filho de Deus. O salriodo pecado foi pago ao nosso Salvadorna cruz. esta a base do perdo queDeus nos concede. Deus prova o Seu

  • amor para conosco, em que Cristomorreu por ns, sendo ns aindapecadores (Romanos 5.8). Abenignidade de Deus te leva aoarrependimento (Romanos 2.4).Onde o pecado abundou,superabundou a graa (Romanos5.20). Ns O amamos a Ele porqueEle nos amou primeiro (1 Joo 4.19).

    Tal como sou, Tua compaixoVenceu toda a oposio;

    Para eu pertencer somente a TiCordeiro de Deus, eis-me aqui.

    * * * * *

  • O AVARENTO DEMARSELHA

    A CIDADE DE MARSELHA e seusarredores, situada no sul da Frana,tornou-se notvel pelos seusencantadores jardins; porm no forasempre assim. Antes era uma regiorida. No existem fontes de gua nalocalidade, vindo o abastecimento paraa cidade do rio Durante, que dista unscento e sessenta quilmetros, por meiode um canal construdo no perodo de1837 a 1848.Muito antes disso, vivia na cidade umhomem de sobrenome Guizon. Andavasempre muito ocupado, trabalhavaintensamente e, tanto por suas

  • atividades, como pelo fato de nogastar, parecia ter somente o objetivo dejuntar dinheiro. O seu vesturioapresentava sinais de longo uso. A suaalimentao era da mais simples ebarata. Vivia s, privando-se de todosos luxos e at mesmo dos confortos maisvulgares da vida. Em Marselha eraconhecido como avarento, sendo portodos desprezado, embora fosse srioem todos os negcios e cumpridor deseus deveres. Ao avistar na rua a suafigura to pobremente vestida, osrapazes gritavam: L vai o velhosovina! Mas Guizon seguia sempre oseu caminho, sem fazer caso dos insultosque lhe eram dirigidos, e quando algumlhe falava, respondia sempre com

  • delicadeza e bom humor.Dia aps dia, ano aps ano, quando estepobre homem, que no tinha amigos,passava a caminho dotrabalho, ou de regresso, era-lhedirigida semelhante zombaria. Com opassar dos anos, passou a andar trpegoe amparado por uma bengala; as costasficaram bastante encurvadas, devido aoincessante esforo, e os cabelos,brancos como a neve. Foi assim que,com mais de oitenta anos de idade,faleceu Guizon.Depois de sua morte descobriram queele havia juntado, em ouro e prata, umaimensa fortuna. Entre outrosdocumentos, foi encontrado o seu

  • testamento, no qual havia o seguintepargrafo: Eu, quando ainda erapobre, reparei que o povo de Marselhasofre muito pela falta de boa gua;pelo que, como no tenho famlia,dediquei a minha vida a acumular odinheiro necessrio construo deum canal destinado a abastecer ospobres da cidade de Marselha comgua potvel, de maneira que os maisnecessitados possam t-la comabundncia. Sem amigos, desprezadoe solitrio, vivera e morrera, com o fimde dar cumprimento a este to nobrepropsito em benefcio dos que to malo souberam compreender, e omaltratavam.Houve outro Homem, num pas do

  • Oriente Mdio, que foi malcompreendido, desprezado e rejeitadopelos homens. A Sua vida tambm foi depobreza voluntria, a ponto de nemsequer ter onde reclinar a cabea.Sendo rico, por amor de vs Se fezpobre; para que pela Sua pobrezaenriquecsseis (2 Corntios 8.9).Porm, de tal maneira odiavam aqueleHomem, to manso e humilde, que atclamavam com insistncia para quefosse morto. Crucifica-O, crucifica-O! Sustando voluntariamente o Seupoder, submeteu-Se vontade deles, emos mpias O entregaram morte,crucificando-O. Vendo-O cravado sobrea cruz, escarneceram e riram-se dele,arreganhando os beios e meneando as

  • cabeas ao contempl-Lo (Salmo22.7,13,14). Por nossos pecados foientregue, e ressuscitou para nossajustificao (Romanos 4.25).O testamento de Guizon proveu o queera necessrio ao abastecimento de guapotvel para todos os pobres deMarselha; mas, o Senhor Jesus Cristo,pela Sua morte e ressurreio, proveupara todo homem, mulher e criana daraa de Ado, que se achegar a Ele ebeber, um manancial de gua da vida, aqual satisfaz, e que nunca se esgotar nodecorrer do tempo, nem na eternidade.Da Sua graa o rio, que em justiaDeus proveu,Corre pelo rido lugar onde Jesus

  • morreu.No se pode comparar abnegao de umGuizon com o custo infinito do sacrifciodo Senhor Jesus para pagar o preo. Agua da vida est hoje fluindo, epodemos beber livremente dela, semdinheiro e sem preo. vs, todosos que tendes sede, vinde s guas(Isaas 55.1). Se algum tem sede,venha a Mim, e beba (Joo 7.27).Quem cr em Mim nunca ter sede(Joo 6.35). E quem tem sede, venha;e quem quiser tome de graa da guada vida (Apocalipse 22.17).

    * * * * *

  • A PROLA INIGUALVELUM RESPINGO PESADO foi seguidopor bastante ondulao, e depois a guasob do per ficou em repouso. Omissionrio estrangeiro agachou-se epermaneceu com os olhos fitos no lugaronde uma corrente de bolhas de ar subiaat superfcie, vinda de uma grandeprofundidade debaixo dgua. Derepente surgiu uma cabea preta e umpar de olhos brilhantes que olhavampara cima; e logo o velho indiano,pescador de prolas, subia para o caissorrindo e sacudindo a gua do seucorpo, que brilhava, besuntado comleo. Nunca vi mergulho mais bonito,

  • Rambhau! gritou David Morse, omissionrio americano. Veja esta, sahib! exclamouRambhau, tirando uma grande ostra deentre os dentes. Deve ser boa!Morse pegou a ostra e, enquanto tentavaabri-la com um canivete, Rambhautirava outras ostras menores do pano quelhe cingia os lombos. Rambhau! Olhe! exclamou Morse, Que tesouro! Sim, boa. e o mergulhadorencolheu os ombros. Boa?! Acaso voc j viu prolamelhor? perfeita, no ? Morseexaminava a prola virando e tornando avir-la, entregando-a depois ao indiano.

  • Ah, sim, h prolas melhores, muitomelhores. Ora, tenho uma... einterrompeu de forma brusca. Vejaaqui estas imperfeies, pintas negrasaqui, esta pequena cavidade. At nofeitio quase oblonga; mas emcomparao com as outras prolas atque boa. como aquilo que voc dizdo seu Deus. As pessoas aos seusprprios olhos parecem muito boas, masDeus as v como de fato so.Os dois puseram-se a caminho, pelaestrada poeirenta que conduzia vila. Tens razo, Rambhau. E Deusoferece a justia perfeita a todos quantosto somente creem e aceitam a Suaoferta gratuita de salvao por meio do

  • Seu Filho amado. Porm, sahib, j lhe disse muitasvezes que, para mim, isso fcildemais. No posso aceitar tal coisa.Talvez eu seja muito orgulhoso, masquero trabalhar para merecer o meulugar no Cu. Oh, Rambhau! Voc no v que nuncapoder chegar ao Cu por esse caminho?Existe um s caminho para o Cu. Veja,Rambhau, voc j no jovem. Pode seresta a ltima temporada de pesca deprolas para voc. Se quiser ver, algumdia, as portas de prola do Cu, deveaceitar a vida nova que Deus oferece emSeu Filho. Minha ltima temporada! Voc disse

  • bem; hoje foi meu ltimo dia demergulhar. Este o ltimo ms do ano, etenho que fazer preparativos. Voc deve se preparar para a vidafutura. justamente o que pretendo fazer.Voc v aquele homem ali? umperegrino, indo provavelmente aBombaim ou Calcut. Anda descalo eescolhe sempre as pedras maispontiagudas para pisar e, veja: comfrequncia, aps dar alguns poucospassos, ele ajoelha-se e beija o cho.Isso bom. No primeiro dia do anonovo comearei minha peregrinao.Tenho planejado assim durante toda aminha vida. Desta vez quero ter acerteza de conseguir o Cu. Vou at

  • Delhi de joelhos! Homem! Voc est louco! So uns1500 quilmetros daqui a Delhi! Vocrasgar seus joelhos e morrer deinfeco antes que chegue a Bombaim. No; tenho que chegar a Delhi. Entoos imortais me daro a recompensa. Osofrimento ser doce pois me compraro Cu. Rambhau! Meu querido amigo! No possvel! Como poderei deixar que faatal coisa quando Jesus Cristo morreupara comprar o Cu para voc!Porm o velho Rambhau no se deixavaconvencer. Sahib Morse; voc meu melhoramigo neste mundo. Por todos estes anos

  • esteve sempre ao meu lado. Na doena ena necessidade voc foi, muitas vezes,meu nico amigo. Mas, mesmo assim,no poder me fazer desistir de meugrande desejo de comprar a felicidadeeterna. Devo ir a Delhi.Era intil. O velho pescador de prolasno podia compreender no podiaaceitar a salvao gratuita por meio deCristo. Certa tarde Morse ouviu bater, efoi abrir a porta a Rambhau. Meu bom amigo! exclamou, Entre, Rambhau. No respondeu o mergulhador, Peo que venha comigo minha casapor alguns momentos, sahib. Tenho algoque desejo lhe mostrar. No se recuse a

  • vir. claro que vou! respondeu omissionrio. Seu corao pulava desatisfao. Talvez Deus estivesse agindoem resposta s suas oraes. Devo partir para Delhi daqui a oitodias disse Rambhau dez minutosdepois, quando j se aproximavam desua casa. O corao do missionriodesfaleceu. Ao chegarem, Morse sentou-se na cadeira que seu amigo mandarafazer especialmente para ele; a mesmacadeira na qual sentara-se muitas vezespara explicar ao mergulhador o DivinoCaminho para o Cu. Rambhau saiu dasala e voltou logo em seguida trazendoum pequeno, porm pesado, cofre ingls.

  • Tenho este cofre h muitos anos, mash s uma coisa que guardo aqui. Voucontar-lhe tudo. Sahib Morse, j tive umfilho. Um filho?! Oh, Rambhau, voc nuncame falou dele! No, sahib; eu no podia eenquanto falava seus olhos enchiam-sede lgrimas. Mas agora tenho que lhefalar, pois em breve estarei partindo equem sabe se tornarei a voltar?... Meufilho tambm era mergulhador; o melhorque havia em todas as praias da ndia.Tinha o mergulho mais rpido, a vistamais penetrante, o brao mais forte, oflego mais prolongado que qualqueroutro pescador de prolas. Que alegriaele me dava! Meu filho sonhava sempre

  • encontrar uma prola superior a todas asque j haviam sido pescadas. Um dia elea encontrou. Porm, quando a encontrou,j tinha ficado demasiado tempodebaixo dgua, e veio a morrer poucotempo depois.O velho pescador de prolas baixou acabea e, por um momento, todo o seucorpo estremeceu. Todos estes anos guardei a prola continuou, mas agora vou-me emborapara no mais voltar... e quero oferecerminha prola ao meu melhor amigo.O velho pescador fez funcionar acombinao do cofre e tirou dele umobjeto cuidadosamente embrulhado emalgodo. Abrindo com cautela o

  • embrulho, tirou uma prola gigante ecolocou-a na mo do missionrio. Erauma das maiores prolas jamaisdescobertas nos mares da ndia, eresplandecia com um brilho nunca vistoem prolas cultivadas. Poderia servendida por uma fortuna fabulosa emqualquer lugar.Por um momento o missionrio ficoumudo, a contemplar, com certareverncia, aquela jia. Depois disse: Rambhau, esta prola maravilhosa; surpreendente. Deixe-me compr-la;dou a voc dez mil rpias por ela. Sahib disse Rambhau,endireitando o corpo, Esta prola notem preo. Ningum, em todo o mundo,

  • tem dinheiro suficiente para pagar ovalor que ela representa para mim. Noquero vend-la. Voc s poder possu-la na condio de ser uma ddiva. No, Rambhau, no posso aceitaressa condio. Embora eu esteja ansiosopor possuir a prola, no posso aceit-ladesta maneira. Talvez seja orgulho deminha parte, mas isso fcil demaispara mim. Tenho que pagar, ou trabalharpara a merec-la.O velho pescador estava abismado. Sahib, no est compreendendo.No v? Meu nico filho deu a sua vidapara conseguir esta prola, e no avenderei por dinheiro nenhum. O seuvalor est no sangue da vida do meu

  • filho. No posso vend-la, mas querooferec-la a voc como um presente.Aceite-a, pois, como prova do grandeamor que tenho por voc.O missionrio no podia falar, tal era aemoo que o sufocava. Pegou na modo velho pescador e depois, com vozbaixa, disse: Rambhau, ser que voc no v? exatamente o que voc tem estado adizer a Deus. O mergulhador olhoufixamente por muito tempo para omissionrio e ento comeou, pouco apouco, a compreender. Deus estoferecendo a vida eterna como umaddiva gratuita. to grande, e custoutanto, que no tem preo; ningum naterra a poderia comprar. Ningum a

  • poderia conquistar. Ningum a poderiamerecer. Custou a Deus o sangue davida do Seu nico Filho, para assimabrir para voc a entrada no Cu. Emmil peregrinaes voc no poderiaconseguir aquela entrada. Tudo o quepode fazer aceit-la, como prova doamor que Deus tem por um pecador.Rambhau, tenho imenso prazer emaceitar a prola com a mais profundahumildade, pedindo a Deus que eu possaser digno do amor que voc demonstrapara comigo. Rambhau, voc no queraceitar tambm, com humildade, agrande ddiva da vida eterna que Deusoferece a voc; ddiva esta que custou aDeus a morte do Seu Filho a fim depod-la oferecer de graa? O dom

  • gratuito de Deus a vida eterna, porCristo Jesus, nosso Senhor (Romanos6.23).Grandes lgrimas rolaram pela face dovelho pescador. O vu comeava a selevantar. Finalmente compreendia. Sahib, agora vejo. Creio que Jesusentregou-Se morte por mim. Eu Oaceito!Graas a Deus pois pelo Seu Dominefvel (2 Corntios 9.15).Porque Deus amou o mundo de talmaneira que deu o Seu FilhoUnignito, para que todo aquele quenele cr no perea, mas tenha a vidaeterna (Joo 3.16).

  • * * * * *

  • DOIS MORRERAM PORMIM

    NOSSOS CORAES tinham sidoatingidos pela dor, quando, acima dorudo do temporal, soaram aos nossosouvidos os apitos aflitivos, atravs dasguas turbulentas, que nos deram acompreender, sem sombra de dvida,que algum barco, ou barcos, estavamlutando com as ondas e que muitosestavam em risco de perder a vidanaquele mar bravio.Ao amanhecer dirigi-me para a praia; jcessara a tempestade e o sol brilhavareluzente; o mar cintilava e os pssaroscantavam alegremente; pelo que ofurioso temporal da noite e o horror que

  • o acompanhava, poderiam parecer tersido apenas um pesadelo medonho, seno fosse a cena que se contemplava napraia. Ali no faltavam sinais denaufrgio e de runa.Com o esprito pesaroso, contemplei acena desejosa de saber quantos homensteriam conseguido salvar-se da morteque os ameaara. Enquanto assimmeditava, percebi que havia seaproximado de mim um marinheiro.Voltei-me para ele e pedi-lheinformaes sobre os acontecimentos danoite. Contou-me de tentativas heroicaspara salvar os nufragos, que em partehaviam sido bem sucedidas; e depois, aolastimar eu a sorte dos que haviamperdido a vida, disse-me em tom de

  • sincera solicitude: Senhora, peo licena para lhe fazeruma pergunta. A senhora est salva, ouainda perdida? Quero dizer acrescentou conhece o Senhor Jesus?Muito me agradou aquela pergunta, poispodia responder-lhe que o seu Salvadorera tambm o meu Salvador. E,conversando ns um pouco acercadaquele to querido aos nossoscoraes, dei-lhe um fraternal aperto demo, e perguntei h quanto tempoconhecia o bendito Salvador, e como seconvertera a Ele. H quase cinco anos que salvou omeu corpo de morrer afogado e a minhaalma do lago de fogo disse ele.

  • Nunca poderei esquecer o que sucedeu,pois dois morreram por mim. Dois? perguntei muitosurpreendida. Sim, minha senhora, dois respondeu. O meu Salvador morreupor mim h mais de 1.800 anos, na cruzdo Calvrio, e o meu companheiromorreu por mim h cinco anos, e foi issoque me atraiu para o meu Salvador.Vendo que eu manifestava interesse,continuou: Foi uma noite tal como a noitepassada que o nosso barco encalhounuma rocha. Pedimos socorro por meiode sinais e disparando tiros. No tardoupara que homens corajosos tripulassem

  • o barco salva-vidas e se fizessem aomar. Duvidvamos que pudessemresistir ao furor das grandes ondas, masarriscaram-se, e Deus os auxiliou. Comdificuldade transferimos para o salva-vidas as mulheres e crianas, e estechegou praia. Mais uma vez, com novatripulao, o barco salva-vidas voltou eforam salvos os passageiros de nossonavio. Ento compreendemos que seriaimpossvel salvar-nos a todos, pois naterceira viagem do barco salva-vidasno caberiam todos os restantes, e onosso navio afundaria antes que o barcopudesse vir pela quarta vez. Assim,lanamos sortes, para decidir quem iriaficar. Coube a mim ficar no navioprestes a afundar. Que horrorosas as

  • trevas que se apoderaram de mim!Condenado a morrer e ir para oinferno!, murmurei, e me vi passandoem revista todos os pecados de minhavida. No dei sinal que pudesse sernotado pelos companheiros, mas o quese passava entre a minha alma e Deusera terrvel! Eu tinha um companheiro que amavao Senhor Jesus. Ele muitas vezes haviame falado do que importava para afelicidade de minha alma, mas eurespondia-lhe, zombando, que estavaresolvido a gozar a vida. Agora, porm,embora ele estivesse ao meu lado, notive a coragem de sequer lhe pedir queorasse por mim, mas, por um momento,admirei-me de que me no falasse do

  • Salvador. Fui compreender depois. Oseu semblante, quando por um momentoo contemplei, manifestava calma eserenidade, como se estivesse iluminadopor uma estranha luz. Com amargor,pensei, Ele bem pode estar satisfeito;tem a sorte de ir no salva-vidas e sersalvo. Querido James, como podia euestar to enganado a seu respeito? Bem,minha senhora, o salva-vidasaproximou-se de novo, e, um aps outro,embarcaram nele os homens a quemtocara a sorte. Chegou a vez de James,mas ao invs de ir, empurrou-me parafrente e disse: Vai voc no salva-vidasem meu lugar, Thomas, e tenha acerteza de me encontrar no Cu! Nomorra agora para ir parar no inferno;

  • quanto a mim, no se preocupe. Euno quis que ele se sacrificasse assim,mas os outros me levaram adiante deles.O que estava atrs de mim, ansioso porentrar no salva-vidas, empurrou-me.James sabia muito bem que isto iriaacontecer, e foi por esta razo que nadame havia dito do que tencionava fazer.Dentro de poucos segundos, encontrava-me no salva-vidas. Dali a momentos,mal nos havendo afastado, o navioafundou-se, e nele James, meu queridoamigo James, se foi! Sei que foi paraJesus; mas, minha senhora, ele morreuem meu lugar! Morreu por mim! Nodisse com verdade senhora, que doismorreram por mim?Thomas ficou calado por um momento,

  • os olhos molhados de lgrimas que notentou disfarar. Eram um tributo aoamor de quem sofrera a morte em seulugar. Quando consegui vencer aemoo, limitei-me a dizer: E ento? Ento, minha senhora disse-me eleem seguida, quando vi aquele navioafundar, disse a Deus de todo o meucorao: Se eu chegar terra a salvo,James no ter morrido em vo. SeDeus quiser, vou encontr-lo no Cu.Decerto que o Deus de James dignode que eu O conhea, pois Jamesmorreu para me dar mais uma chancede conhec-Lo. Demorou para voc se encontrar com

  • o Salvador? perguntei. No houve grande demora, embora amim parecesse haver ento. No sabiaqual o primeiro passo a dar. Querestivesse dormindo ou acordado, tivesempre na memria a cena do navioafundando, e de James, com o calmosorriso que havia visto em seu rosto; arecordao no me abandonava nunca. Aprincpio pensava mais em James do queno Senhor. Depois, lembrei-me de quedeveria adquirir uma Bblia, pois tinhavisto James muitas vezes lendo estelivro que ele tanto amava; e, antes decomear a ler, fiz uma pequena orao.Eu era muito ignorante, o que contei aoSenhor, e contei tambm que noconhecia o caminho para o Cu, e l

  • desejava encontrar-me com James, peloque Lhe pedi que me indicasse. E Ele assim fez? Fez, sim, minha senhora. No sabiaonde havia de comear a leitura daBblia, mas pensei que seria bom iniciarno Novo Testamento, e ler sempreseguido, at descobrir como poderia mesalvar. Mas, ai! As primeiras leiturasforam para mim terrveis. Quandocheguei aos captulos cinco, seis e setede Mateus, cada linha parecia condenar-me, e disse a mim mesmo: No vale apena, Thomas, voc no tem chance.Voc tem sido muito mau. E fechei olivro. Mas ento me voltaram memriaaquelas ltimas palavras de James:Tenha a certeza de me encontrar no

  • Cu!. E achei que evidente que Jamesjulgara ser possvel que eu fosse salvo,pois ele conhecia bem a Deus e a Bblia,bem como conhecia a minha vida e sabiamuito bem como ela tinha sido. Por issotornei a abrir o livro, e continuei a lermais e mais, e cada vez mais, sempreque podia dispor de alguns minutos. Finalmente cheguei onde se conta dedois malfeitores, um dos quais foi salvopelo Senhor, e pensei: Aqui est umhomem quase to mau como eu.Coloquei de lado a Bblia, prostrei-mede joelhos e disse: Senhor, eu sou tomau quanto aquele malfeitor; rogo-Teque me salves, tal como salvaste a ele.A minha Bblia tinha ficado aberta, e,quando abri os olhos, aps ter proferido

  • esta orao, deparei-me logo com estaspalavras: Em verdade te digo quehoje estars comigo no Paraso(Lucas 23.43). Aceitei-as como aresposta de Deus minha orao. Nojulgava estar prestes a morrer; tinhaquase esse desejo; mas pensei que Jesustinha dirigido essas palavras paracomunicar-me que havia me perdoado.Assim, ajoelhei-me novamente,agradecendo-Lhe. Claro est que aindaignorava muitas coisas, mas pouco apouco vim a conhecer o caminho desalvao: como Jesus morrera em meulugar lavando-me de todos os meuspecados no Seu precioso sangue, poiso sangue de Jesus Cristo, Seu Filho,nos purifica de todo o pecado (1 Joo

  • 1.7). Agora estou ansioso para encontraro Senhor, mas tambm para ver Jamesbrilhando l no Cu.Agora, querido leitor, permita-me fazer-lhe a mesma pergunta que aquelemarinheiro fez no princpio de suahistria: VOC J EST SALVO, OUAINDA EST PERDIDO? CONHECEO SENHOR JESUS?

    * * * * *

  • A MO CICATRIZADAWILLIAM DIXON era ateu. Ainda queDeus existisse, o que duvidava, Dixonnunca iria perdo-Lo por ter-lhe levadoa jovem esposa e seu filhinho, apenasdois anos aps o casamento. Ele sentia-se muito desolado e cheio de rancor.Dez anos aps a morte de Mary Dixon,houve um incndio na pequena aldeia deBrackenthwaite, destruindo totalmente acasa de Peggy Winslow. Enquanto aschamas consumiam a casa, os vizinhosconseguiram tirar a velhinha ainda comvida, mas quase sufocada pela fumaa.Ento todos ouviram, horrorizados, osgritos aflitos de uma criana. Era a vozdo pequeno Richard, neto da velhinha e

  • rfo. Ele havia sido acordado pelaschamas e, gritando desesperadamente,correu para a janela do segundo andar.Aflitos, todos presenciavam a perigosasituao em que a criana se encontrava,julgando ser impossvel salv-la por terj desmoronado a escada que levava aoandar superior. De repente, WilliamDixon precipitou-se em direo casaincendiada e, subindo por um cano deferro, tomou o rapazinho todo trmuloem seus braos. Segurando-o com seubrao direito, e com sua mo esquerdaagarrada ao cano de metal quente,ambos chegaram ao cho salvos e foramrecebidos com alegria por todos. Logodepois desmoronavam as paredes dacasa.

  • O pequeno Richard nada sofrera, mas amo com que Dixon havia segurado ocano de metal ficou em pssimascondies. A queimadura foi curadadeixando, porm, uma profunda cicatrizque o acompanharia at o dia de suamorte.Peggy, a velhinha, no conseguindorefazer-se do choque, faleceu poucosdias depois. Ficou para ser decidida asorte do pequeno Richard. James Lovatt,uma pessoa muito respeitvel, pediu quefosse permitido adot-lo, j que ele esua esposa muito desejavam um menino,aps a morte de seu filho. Para surpresade todos, William Dixon fez igualpedido. Por ser uma escolha difcil entreos dois, convocou-se uma reunio com o

  • pastor da igreja, o juiz e outros mais.O juiz, Sr. Haywood, disse: muito generoso, tanto da parte doLovatt, como da do Dixon, seoferecerem para adotar o rfo, masestou perplexo quanto a qual dos doisdeve ser entregue a criana. Dixon, quesalvou a vida do menino, tem direito preferncia; mas, por outro lado, Lovatttem esposa, e criana fazem falta oscuidados de uma mulher.O Sr. Lipton, que era o pastor, disse: Um homem com ideias atestas comoDixon no convm para tutor de umacriana. Por outro lado, Lovatt e suaesposa so crentes, e educariam omenino de forma conveniente. Dixon

  • salvou o corpo do menino, porm seriamuito triste, para o bem-estar futuro dopequeno, se aquele que o salvou da casaincendiada viesse a ser o causador dasua runa eterna. Ouamos o que os prpriosinteressados tm a dizer disse o Sr.Haywood, e, em seguida,submeteremos o assunto votao.Sendo convidado a falar, o Sr. Lovattrespondeu: Bem, meus senhores,ainda h pouco tempo eu e minha mulherperdemos um filhinho, e sentimos queeste menino poderia preencher seu lugar.Faremos o possvel para cri-lo notemor do Senhor. Alm do mais, umacriana de to tenra idade carece doscuidados de uma mulher.

  • Muito bem, Sr. Lovatt; agoraouamos o Sr. Dixon. Tenho apenas um argumento aapresentar, senhor, e este respondeu Dixon com calma, enquantotirava a atadura da sua mo esquerda.Depois, estendeu-a, to horrivelmenteferida e cheia de cicatrizes.Durante momentos houve silncioprofundo, e os olhos de alguns ficarammarejados de lgrimas. Naquela mocicatrizada havia algo que apelava parao sentimento de justia de cada um.Dixon tinha o direito de preferncia,para a posse do pequeno, em virtude doque tinha sofrido. Assim, tendo sido ocaso submetido votao, a maioriadecidiu a seu favor.

  • Comeou assim, para Dixon, uma vidanova. O pequeno Richard nunca sentiu afalta dos carinhos de uma me, poisWilliam foi como pai e me para orfo, dedicando ao pequeno quesalvara, toda a ternura armazenada emsua forte natureza. Richard era umacriana habilidosa, e correspondia comprontido aos ensinamentos de seu paiadotivo, a quem amava com todo ofervor de seu terno coraozinho.Lembrava-se de como o papai o tinhasalvado do incndio, e de comoconseguira que lhe entregassem, devido mo to horrivelmente queimada poramor a ele.Num certo vero, houve na cidade umagrande exposio de quadros, e Dixon

  • levou Richard para v-los. O garotoficou muito interessado nos quadros etambm nas histrias que seu pai lhecontou a respeito de alguns deles.Porm, o que mais impressionou omenino, representava o Senhor Jesusrepreendendo a Tom, e tinha em baixoas palavras: Pe aqui o teu dedo, e vas minhas mos (Joo 20.27).O pequeno Richard leu as palavras epediu: Papai quero que me conte a histriadeste quadro. No, deste no! Por que no quer contar a histriadeste, papai?

  • Porque no acredito nessa histria. Oh, mas isso no faz mal insistiuRichard, pois tambm no acredita nahistria de Jack, o Matador deGigantes, que uma de minhaspreferidas. Conte-me a histria destequadro, papai; conte-me, por favor! EDixon contou-lhe, e Richard ficoumuitssimo interessado. Faz lembrar a nossa histria, papai disse ele. Quando o casal Lovattqueria me adotar, voc mostrou a suamo. Talvez Tom, quando viu ascicatrizes nas mos do Bom Homem,sentiu que pertencia a Ele. Suponho que sim. respondeuDixon.

  • O Bom Homem parecia estar totriste disse Richard, acho quedeve ter ficado triste por Tom no teracreditado desde o incio. Foi muitoruim, no foi? Pois o Bom Homem tinhamorrido por ele.Dixon nada respondeu, e Richardcontinuou: Quando me contaram de voc e dofogo, eu tambm teria sido ingrato e mause tivesse respondido assim; se tivessedito que no acreditava naquilo quevoc fez, no verdade papai? No quero pensar nisso, filho. Mas talvez depois amasse muito oBom Homem, assim como eu amo voc.Quando vejo sua pobre mo, papai, eu o

  • amo mais do que milhes de milhes.Richard estava cansado, e adormeceuantes de poder medir o montante da suagrata afeio. Porm o sono de Dixonfoi muito perturbado naquela noite. Noconseguia afastar de seus pensamentos oquadro daquele rosto to terno e triste,que parecia estar olhando para ele l daparede da sala da exposio. Sonhouque Lovatt e ele contendiam pela possede Richard; mas que quando mostrou amo cicatrizada, o menino afastara-sedele. Surgiu-lhe no corao umsentimento amargo contra tamanhainjustia.No cedeu logo a essa influncia, mas oamor que sentia por Richard tinha-lheenternecido o corao, e a semente

  • lanada naquele dia no caiu em terrenopedregoso. Assim, passado algumtempo, o corao de Dixon tornou-secomo o de uma criancinha. Descobriu,pela leitura do Livro dos Livros, queassim como a ele lhe pertencia oRichard, tambm ele prprio pertenciaao Salvador que foi ferido tambm pelastransgresses de Dixon. Este, ento,entregou-se corpo, alma e esprito guarda daquelas benditas mos quepor amor foram traspassadas.Mos carinhosas, to maltratadas,Por mim cravadas em uma cruz!Sobre Teu corpo, os meus pecados,Levaste, todos, Senhor Jesus.Era desprezado, e no fizemos dele

  • caso algum... mas Ele foi ferido pelasnossas transgresses, e modo pelasnossas iniquidades (Isaas 53.3,5).Levando Ele mesmo em Seu corpo osnossos pecados sobre o madeiro (1Pedro 2.24).

    * * * * *

  • SEU SALVADOR OU SEUJUIZ?

    O EVANGELHO proclama o que Deusfez, antes que venha o Dia do Juzo, afim de que o homem no tenha queresponder pelos seus pecados.Se o meu credor vier exigir o pagamentode uma dvida, e eu no tiver com quepagar, estou perdido; mas se ele vierpara quit-la, fico livre.Deus no pode aprovar a iniquidade;isso impossvel; mas uma coisa insistir pelo pagamento de uma dvida, eoutra vir liquid-la. O Evangelho nosconta o que Cristo fez como Salvador,antes de Sua prxima vinda, ento como

  • Juiz.Na Cruz de Cristo vemos demonstradaao mximo a inimizade do coraohumano; o que nem sempre nos toevidente. Logo que encontram umaoportunidade, todos menosprezam oSenhor. Felizmente, pela misericrdiade Deus, Cristo veio para demonstrar agraa divina. A cruz, porm, demonstratambm a podrido e o dio que existemno fundo do corao humano. O mundocrucificou o Filho de Deus!Agora Deus pode dizer ao mundo: Oque vocs fizeram com meu Filho? Oque Ele fez a vocs? Nada seno o bem.Ento, por que cuspiram em Seu rosto eO crucificaram? Se algum tivessefeito o mesmo ontem minha me, seria

  • possvel que hoje eu estivesse dispostoa ter amizade com tal pessoa? O homemtem procedido assim, e quando se faz luzem seu esprito, confessa ter agido destemodo e reconhece ser incapaz dejustificar a si prprio, mesmo que sejade uma acusao das muitas que pairamsobre si.O mundo deve sofrer o juzo. Todos nssabemos que assim ser e, no entanto,continuamos de mos dadas com ele! Oque nos diz a lei de Deus? Declara aohomem o que ele deve ser: Amars aoSenhor teu Deus com todo o teucorao; No cobiars. Mas bemsei que no tenho amado a Deus, e tenhocobiado. Portanto, sendo ru em umponto que seja j no estou isento de

  • culpa, mesmo que no tenha cometidotodos os pecados de que o homem capaz.Muitos falam de misericrdia, mas o quequerem dizer com isto que tm odesejo de que Deus d, aos pecados quecometeram, to pouca importnciaquanto eles prprios do. Por exemplo,um homem cometeu dez pecados eespera ir para o Cu. Se tiver cometidoonze, julgar que no muito mau;quando tiver cem pecados em sua conta,ainda h de julgar que Deus odesculpar, pois no conhece asantidade de Deus. Ora, um nicopecado basta para nos separar de Deus;porm a porta no se fecha paraqualquer um que agora confessar tudo

  • com franqueza. O que o pecado?Acaso o leitor gosta de fazer a suaprpria vontade? Isto que pecado.A lei exigia pagamento da dvida. Cristoveio pag-la, e isso a graa! Deusestava em Cristo reconciliandoconsigo o mundo, no tomando emconta os seus pecados (2 Corntios5.19). Volto-me para a Cruz de Cristo: oque Ele est fazendo ali? Julgando oladro arrependido? No, mas levandoEle mesmo em Seu corpo os nossospecados sobre o madeiro, liquidando-os, para que jamais voltem a serlembrados (1 Pedro 2.24; Hebreus10.17).L est Aquele Salvador bendito, a

  • Quem tenho desprezado durante toda aminha vida, e vejo que Ele tomou sobreSi os meus pecados, carregou o meufardo. Tudo est consumado consumado com absoluta perfeio,nada podendo se acrescentar Sua obra,pelo que Cristo assentou-Se destra dotrono de Deus. Voltou glria por havercompletado a obra. O Esprito Santotorna isto claro aos nossos coraes, e,desse modo, eu posso afirmar que Cristofez tudo por mim. O qual por nossospecados foi entregue, e ressuscitoupara nossa justificao (Romanos4.25). A ressurreio a prova de queDeus aceitou a obra, e que ns, tambm,fomos aceitos ou feitos agradveis aSi no Amado (Efsios 1.6).

  • Assim, ao invs de afastar a mim, Deusafastou de mim o meu pecado. Veio aomeu encontro no dia da graa, para euno ter que comparecer perante Ele nodia do Juzo.

    * * * * *

  • CULPADO, PORMPERDOADO

    EM TODAS AS PESSOAS existe certoconhecimento do bem e do mal; mas atendncia geral da maioria a de tomarpor padro as normas que julgam estarao seu alcance. Por exemplo, o bbadoacha no fazer mal beber demais, masconsidera como um grande pecadoroubar. O avarento, que habitualmente seserve da mentira para conseguir bonsnegcios, tranquiliza-se pensando,todos tm que mentir, sem o que impossvel negociar; mas no meembriago como alguns. Outro, que setem por muito srio e moral, julga sercumpridor de todos os seus deveres e,

  • olhando ao seu redor, despreza os queso abertamente pecadores; porm nuncase lembra de quantos maus pensamentose desejos pecaminosos tem abrigado noseu ntimo, sem que outros o saibam; eque Deus julga o que se passa nocorao, embora o homem veja apenas avida exterior. Assim, cada qual sefelicita comparando-se com quem tenhafeito coisas piores.Porm existe um padro de justia, que o da justia de Deus. Quando aconscincia de algum comea adespertar e a encarar o pecado da formacomo ele visto por Deus, entocompreende que culpado e que estarruinado; no tentar justificar-seprocurando descobrir algum que seja

  • pior; antes, com toda a franqueza,confessar o seu pecado, condenando-sea si mesmo, e manifestar ansiedade porsaber se possvel que Deus lhe perdoe.Sim, o corao depravado do homemencontra alvio e consolao aodescobrir algum que seja pior do queele prprio! E, ainda mais, no podesuportar que Deus exera a Sua graa. AGRAA que significa o perdo NOMERECIDO de todo e qualquer pecado,sem que Deus exija coisa alguma pessoa assim perdoada. um princpioto contrrio a todo o pensamentohumano, to elevado acima do homem,que este o detesta, e no seu ntimo porvezes o classifica de injustia. muitohumilhante termos de confessar que

  • dependemos inteiramente da graa que nada que tenhamos feito, oupossamos fazer, nos tornar aptos paraDeus antes, que tudo aquilo quantotemos que nos recomende graa deDeus to somente a nossa misria,pecado e runa.Quando Ado se reconheceu culpado, lno jardim do den, foi se esconder;voltou as costas ao seu nico Amigo,precisamente quando mais necessitavadele. E assim ainda hoje. O homemtem medo daquele que o nicorealmente pronto a perdo-lo. Tornepara o nosso Deus, porque grandioso em perdoar (Isaas 55.7).Se voc, querido leitor, deseja possuir o

  • perdo pleno e gratuito que provm deDeus, importa que, antes de mais nada,como pecador culpado, se encontre ass com Jesus, consciente da suaculpabilidade. Isto sem que primeirovoc faa quaisquer promessas outentativas de melhorar a si mesmo. Soos seus prprios pecados que o levam presena daquele que morreu pelosmpios. Porque Cristo, estando nsainda fracos, morreu a seu tempopelos mpios (Romanos 5.6).Quando o prncipe de Gales procuravaem certa ocasio descobrir um presodigno de ser perdoado, ps de partetodos os que alegavam no seremculpados, mas escolheu um velhote que,chorando, confessou com franqueza e

  • vergonha ser culpado, e que bemmerecia ficar encarcerado. O Salvadorque nos perdoa disse: Eu no vimchamar os justos, mas, sim, ospecadores, ao arrependimento (Lucas5.32).

    * * * * *

  • O PERDO RECUSADONO ANO DE 1829, George Wilson, umhomem de Filadlfia, foi julgado peloscrimes de homicdio e roubo de malaspostais dos Estados Unidos da Amrica.Constatada a sua culpa, foi condenado forca. Os amigos obtiveram dopresidente Jackson o seu perdo, pormWilson recusou-se a aceit-lo! Ogovernador hesitou quanto a darcumprimento sentena. Como poderiamandar enforcar um perdoado?Assim foi enviado um apelo aopresidente, o qual ordenou ao SupremoTribunal que resolvesse a questo. Ojuiz respondeu: Um perdo umdocumento cuja validade depende de

  • ser aceito pela entidade qual dizrespeito. Mas pode-se compreenderque quem tenha sido sentenciado morte se recuse a aceitar o perdo;porm, se recusar, j no perdo.Importa, pois, que George Wilson sejaenforcado. Assim, ele foi executado,apesar de seu perdo estar sobre aescrivaninha do governador.Todos os que recusarem o bondosoperdo de Deus tero que sofrereternamente o castigo imposto pelajustia divina. E iro estes para otormento eterno (Mateus 25.43).Te tenho proposto a vida e a morte, abno e a maldio: escolhe pois avida (Deuteronmio 30.19). Deus

  • perdoador (Neemias 9.17); NossoDeus, porque grandioso em perdoar(Isaas 55.7). Cristo morreu pornossos pecados (1 Corntios 15.3).Por este (Jesus) se vos anuncia aremisso dos pecados (Atos 13.38).Porque clamei, e vs recusastes;porque estendi a minha mo, e nohouve quem desse ateno(Provrbios 1.24), E vos no julgaisdignos da vida eterna (Atos 13.46).No quiseram escutar, e me deram oombro rebelde, e ensurdeceram osseus ouvidos... e fizeram os seuscoraes duros como diamante(Zacarias 7.11,12).

    * * * * *

  • COMO FOI NOS DIAS DENO

    Gnesis 6 e 7AS CONDIES DO MUNDO, hoje emdia, assemelham-se quelas queprevaleciam nos dias de No, quando oshomens tinham se corrompido a ponto dese frisar que encheu-se a terra deviolncia (Gnesis 6.11), e Deus teveque lavrar sentena de condenaocontra ela.Deus avisou aos de ento: Nocontender o meu Esprito parasempre com o homem... farei choversobre a terra quarenta dias e quarentanoites; e desfarei de sobre a face da

  • terra toda a substncia que fiz(Gnesis 6.3; 7.4). Porm aqueleshomens no quiseram dar ouvidos, talcomo sucede tambm hoje em dia.Referindo-se quele caso, o SenhorJesus disse: Porquanto, assim como,nos dias anteriores ao dilvio, comiam,bebiam, casavam e davam-se emcasamento, at ao dia em que Noentrou na arca, e no o perceberam,at que veio o dilvio, e os levou atodos, assim ser tambm a vinda doFilho do Homem (Mateus 24.38,39).E olhai por vs, no acontea que...venha sobre vs de improviso aqueledia (Lucas 21.34). provvel que as pessoas de ento

  • julgassem estar vivendo numa poca deesplndido progresso. Muitos dossbios daquela poca diriam: Vocest completamente enganado, No; svoc tem essa opinio, portanto melhor deixar de trabalhar naconstruo desse navio gigante e pararde proclamar ideias to estranhas.Venha aproveitar a vida; no seja umfantico, de mentalidade to retrada.Ser que voc acha que todo o mundoest enganado e que s voc conhece averdade? E viu o Senhor que amaldade do homem se multiplicarasobre a terra (Gnesis 6.5).Igualmente, hoje em dia Deus tomaconhecimento de todas as coisas vis eferozes que se cometem.

  • Veio o dilvio, e arrebatou-os a todos,com exceo daqueles que se haviamrefugiado na arca com No. Todosquantos no estavam, com No, fechadosdentro da arca, estavam do lado de foradaquela porta fechada. Para esses tais jno havia qualquer esperana desalvao; era j demasiado tarde!De igual modo, as condies que logoho de prevalecer sero exatamentesemelhantes s dos dias de No; sim,para grande surpresa dos homens. Omundo ser apanhado desprevenido,com to grande espanto como o foiento. Apenas ho de escapar aquelesque se tenham refugiado no benditoSalvador. Deus est proclamando aoshomens em alta voz: E j est prximo

  • o fim de todas as coisas (1 Pedro 4.7).J a vinda do Senhor est prxima(Tiago 5.8).Embora terrveis, essas guerrasmundiais so apenas as afliespreliminares da grande tribulao que seaproxima, grande aflio, como nuncahouve desde o princpio do mundo atagora, nem to pouco h de haver(Mateus 24.21). No ser um dilvio,como nos dias de No, mas algoincomparavelmente pior.

    Ah! terra orgulhosa!Que angstias por ti esperam!

    Tais como nunca antes no passadoviste!

    Mais que as agonias que sempre te

  • dilaceram,Desde as mais breves at aquela que

    ainda persiste.Aquele que morreu na cruz do Calvrio,o bondoso Salvador que hoje est nagloria, vir outra vez em todo o poder emajestade da Sua eterna divindade, parajulgar aqueles que O tem rejeitado! (2Tessalonicenses 1 e 2). Aqueles que sepreocupam com o estado deste mundoesto percebendo que os dias daatualidade so deveras ameaadores. Osgovernantes esto consternados.Homens desmaiando de terror naexpectao das coisas que sobreviroao mundo (Lucas 21.26).As naes mais privilegiadas tm se

  • tornado, nestes ltimos anos,materialistas, amantes dos prazeres,agindo, em todos os sentidos, como se aexistncia de Deus nada venha a influirem sua maneira de proceder. Deus dotouo homem com uma mente, deinteligncia, da qual este se serve paraargumentar contra Ele (e hoje mais doque nunca), para inventar armas dedestruio diablicas, com as quaispossa matar os seus semelhantes!No decorrer de todos estes sculos, oshomens tm tentado em vo remendar opobre mundo, por meio de educao einstruo, da reforma, da legislao etoda a espcie de governos polticos.Porm, como o PECADO jaz no coraode todo homem, e enganoso o

  • corao, mais do que todas as coisas, eperverso (Jeremias 17.9), todos osesforos da parte dos homens serointeis nunca provero remdiopermanente para os males do mundo.Deus no Se esquece de que o mundo culpado pela morte de Seu Filho, e dissobrevemente pedir contas. E visitareisobre o mundo a maldade (Isaas13.11). O Seu sangue requerido(Gnesis 42.22). Contudo, na Sua graa,ainda apresenta Jesus, o crucificado,como o nico meio de salvao.

    * * * * *

  • ESTE MUNDO COMOUM NAVIO PRESTES A

    AFUNDARIMAGINEMOS um barco que estafundando l em alto mar, com o cascoapodrecido e enchendo de guarapidamente. Da terra enviam um barcosalva-vidas que vai atracar-se embarcao condenada. O comandantedo salva-vidas convida, em voz alta, atodos os tripulantes do velho barco aabandon-lo o quanto antes. Pormtodos se recusam obstinadamente. Umdiz: Este barco no mau; apenasprecisa de conserto e pintura. Outrodiz: Caiam fora com esse salva-vidas!Temos aqui um bom carpinteiro

  • especializado em consertar navios.Os tripulantes continuam a jogar e abeber, enquanto alguns preparamferramentas e tintas para consertar osburacos. Alguns, poucos porm,compreendem o perigo em que esto, evalem-se do nico meio de salvao. Obarco avariado acaba afundando logodepois.Prezado leitor: se todos aqueles quedesprezaram a salvao que lhes foraoferecida morreram afogados, a quemcabe a culpa? Foi enviado um barcosalva-vidas em seu socorro, masrecusaram-se a fazer uso dele! Ora,Cristo o barco salva-vidas. Veio parasalvar a todos quantos queiram se valer

  • dele. Como escaparemos ns, se noatentarmos para uma to grandesalvao? (Hebreus 2.3).Em 1912, o melhor e mais seguro naviojamais construdo, o vapor Titanic,considerado incapaz de ser afundado,bateu em um bloco de gelo e foi para ofundo. O fato mais surpreendente,comentou o editor de um jornal dapoca, no foi o barco ter afundado,mas sim, ter ido para o fundo apshoras de avisos, transmitidos pelordio por outros navios, de que haviagelo em sua rota. Ele continuouseguindo a toda a velocidade, com amsica a tocar, os passageiros adanar e, aparentemente, sem queningum ligasse a mnima importncia

  • ao fato!Uma sombra negra paira sobre o

    mundo;Coraes esto desmaiando de terror:

    Por detrs de aparente confiana,Aumenta sempre a ansiedade e horror.Esta sombra sobre o mundo nos avisa,

    Que de Deus a longanimidade vaifindar;

    A grande expiao de Cristo, oSalvador,

    Ao homem nunca mais vai seapresentar.

    * * * * *

  • CU OU INFERNO?LARGA A PORTA, e espaoso ocaminho que conduz perdio, emuitos so os que entram por ela...Estreita a porta, e apertado ocaminho que leva vida, e poucos hque a encontrem (Lucas 7.13,14).Todas as pessoas gostam de acreditarque existe o CU, mas no gostam quelhes digam que h tambm o INFERNO.Sem qualquer fundamento, muitos tentamprovar que o INFERNO no existe, ou,quando muito, negam que possa durareternamente. Porm, o nico que podiafalar com autoridade, o Filho de Deus,que conhece a fundo o assunto, disseassim: E iro estes para o tormento

  • eterno (Mateus 25.46). No temaisos que matam o corpo, e depois notm mais o que fazer. Mas eu vosmostrarei a quem deveis temer; temeiAquele que, depois de matar, tempoder para lanar no INFERNO, sim,vos digo, a Esse temei (Lucas 12.4,5).Para o INFERNO, para o fogo quenunca se apaga; onde o seu bicho nomorre, e o fogo nunca se apaga(Marcos 9.43,44). Ali haver pranto eranger de dentes (Mateus 24.51). Seno crerdes que Eu sou, morrereis emvossos pecados... Para onde eu vouno podeis vs vir (Joo 8.24,21).Aos homens est ordenado morreremuma vez, vindo depois disso o juzo(Hebreus 9.27).

  • Ao universalista, que no conhece outraautoridade seno uma conscinciauniversal, o apstolo Joo avisa:Aquele que no cr no Filho no vera vida . E quele que acredita noaniquilamento da alma, o mesmoapstolo avisa que a ira de Deussobre ele permanece (Joo 3.36).Destes o apstolo Paulo escreveu quepor castigo padecero eternaperdio (2 Tessalonicenses 1.8,9).Na cruz de Cristo vemos que Deus amor (1 Joo 4.8), mas tambm vemosque, quanto ao pecado, Deus santo.Que Ele misericordioso e longnimo,agora, manifesta-se no fato de seragora o dia da salvao (2 Corntios

  • 6.2). Aquele que cr no Filho tem avida eterna; mas aquele que no crno Filho no ver a vida; mas a ira deDeus sobre ele permanece (Joo3.36).Disse Jesus: Eu sou o caminho, e averdade e a vida (Joo 14.6). Tetenho proposto a vida e a morte, abno e a maldio: escolhe pois avida (Deuteronmio 30.1,19).

    * * * * *

  • PERIGO! ENTRADAPROIBIDA!

    NUMA TARDE DE VERO, em 1892,dois jovens, Charles e Gualter, desciamcom todo o cuidado a encosta da serraperto do monte Pike, nos EstadosUnidos. Tinham se conhecidocasualmente havia pouco tempo, emManitou, Colorado. Ao contornar umflanco da montanha, encontraram aentrada de uma caverna, que estavavedada, e por cima da qual havia umgrande letreiro que dizia: PERIGO!ENTRADA PROIBIDA!. Charlesespreitou pelas frestas do tapumetentando ver na escurido do interior dacaverna, e disse:

  • Quero explorar esta caverna. Vocvem comigo? No; de jeito nenhum respondeuGualter, rogando-lhe ainda quedesistisse de tal intento. Mas Charlesestava resoluto.Quo tpica das pessoas deste mundo foia atitude daquele jovem! Os homensamaram mais as trevas do que a luz(Joo 3.19). Contudo, Deus colocouavisos bem claros: O salrio dopecado a morte (Romanos 6.23);vindo depois disso o juzo (Hebreus9.27). Tenho proposto a vida e amorte, a bno e a maldio: escolhepois a vida (Deuteronmio 30.19);Oxal fossem sbios! que isto

  • entendessem, e atentassem para o seufim! (Deuteronmio 32.29).Ao chegar ao fim da descida do monte,Charles conseguiu uma lanterna,despediu-se do amigo e regressou caverna. Acendeu a lanterna e,arrancando algumas tbuas do tapume,penetrou com deciso na funda e escuracaverna. A princpio a fraca luz dalanterna mal penetrava a intensaescurido, mas medida que a vista iase acostumando ao ambiente, iadescobrindo os paredes, os rochedosescabrosos e um caminho, pelo qualseguia cautelosamente. H caminhoque ao homem parece direito, mas ofim dele so os caminhos de morte(Provrbios 14.12). Tudo parecia ir bem

  • por algum tempo; mas, quando menosesperava, faltou-lhe o cho debaixo dosps e caiu no fundo de um precipcio,onde ficou sem sentidos. Quantos h quese guiam pela fraca luz da inteligncia e,quando chega a morte, do um salto noescuro! Quem anda nas trevas nosabe para onde vai (Joo 12.35).Quando recuperou os sentidos,descobriu que estava ferido, comcontuses por todo o corpo. A lanterna,cada ao seu lado, estava feita empedaos, pelo que estava cercado dasmais densas trevas. Encontrou numbolso alguns fsforos, que acendeu, um aum, mas depressa se acabaram. Com aluz que deram, viu o precipcio ondehavia cado, e verificou que seria

  • impossvel subir pelo paredo.Tremendo, com frio e medo, mal seatreveu a mexer-se, receoso de novaqueda. Assim, foi se arrastandolentamente, gatinhando, at que suascalas se rasgaram e os joelhoscomearam a sangrar. Sentindo-sesepultado vivo, estava convencido deque morreria!Tomado de desespero e angstia, viupassar diante de seus olhos todos ospecados de sua vida, e pediu a Deus quetivesse misericrdia e que, se no fossesalvo o seu corpo, o que lhe pareciaimpossvel, que ao menos lhe fossesalva a alma. Lembrou-se de passagensdas Sagradas Escrituras, as quais porvezes tinha ouvido, sem que lhes tivesse

  • dado importncia, mas que agora lheinundavam a alma com podervivificador. O sangue de JesusCristo, Seu Filho, nos purifica de todoo pecado (1 Joo 1.7). Cr noSenhor Jesus Cristo, e sers salvo, tue a tua casa (Atos 16.31). Aqueleque cr no Filho tem a vida eterna(Joo 3.36). Estas preciosas verdadeslhe iluminaram o corao tenebroso efrio, qual ardente luz do sol, e aceitou oSalvador como Aquele que por elemorrera.No entanto, o seu estado fsicolastimvel no mudara, e resolveucontinuar a mexer-se enquanto as forasse lhe no esgotassem. Perdeu a noodo tempo enquanto se arrastava sobre os

  • rochedos e pedregulhos, sem qualqueresperana. Lembrou-se de sua me e,achando papel e lpis no bolso,escreveu, o melhor que pde, algumaslinhas dirigidas a ela, exortando-a a nolamentar a sua morte, antes, que sealegrasse, uma vez que esta terrvelexperincia havia sido o meio de oconduzir ao bendito Salvador, que oamava e havia Se entregado por ele,pelo que se sentia feliz, na certeza deestar dentro em breve com Ele. Colocouo endereo de sua me, pedindo que oseu cadver lhe fosse enviado.Arrastando-se debilmente, deu com umacorda, e seguiu, segurando-se nela, coma esperana renovada. Dentro em pouco,maravilhado, sentiu na face o que lhe

  • pareceu ser ar fresco. Seria verdade?Seguiu at aparecer uma tnue luz, quefoi aumentando at que pde distinguirao longe uma abertura, qual chegoupor fim, encontrando-se ento j naplena luz do dia. O sol brilhavaintensamente. Havia entrado na cavernas 16 horas, e era meio-dia do diaseguinte!Quando um grupo que o buscava oencontrou, estava em pssimo estado.Esfarrapado, ensanguentado, sujo eenfraquecido. No tardou para serestabelecer, graas ao repouso e aoscuidados que lhe foram dispensados;porm a transformao espiritual queexperimentara, essa nunca deixaria depermanecer em sua alma, pois ele havia

  • se convertido das trevas luz, e dopoder de Satans a Deus (Atos26.18).Escute, leitor! Ai deles... para os quaisest eternamente reservada a negruradas trevas (Judas 11,13). Vivo eu,diz o Senhor Jeov, que no tenhoprazer na morte do mpio, mas em queo mpio se converta do seu caminho eviva: convertei-vos, convertei-vos dosvossos maus caminhos; pois por querazo morrereis? (Ezequiel 33.11).

    * * * * *

  • LIVRE DA COVAO MARINHEIRO ENFERMO era umjovem forte e de fsico avantajado, de22 anos de idade, mas a quem umacidente havia deixado estendido numacama, inutilizado. Entre; seja bem vindo. disse tologo me viu. Meu amigo Henry disse-me que voc viria e me contaria algoque me traria conforto. Os mdicosdizem que nunca mais poderei memover; e ai! Pensar em ter que passar oresto da vida preso a um s lugar deenlouquecer! Quando minha me chegaem casa, ao fim de um dia de trabalho,no devo mostrar sinais de desnimo; jchega o que ela tem que passar todos os

  • dias trabalhando para poder mesustentar. E pensar que eu contava poderajud-la a passar o resto de seus dias emconforto, sem ter que trabalhar...Parou, sufocado por um soluo que eraquase um gemido; porm, dominandodentro em pouco a emoo, contou-meque tinha sido carpinteiro a bordo de umnavio. O mar era o seu encanto, e tinhafeito muitas viagens proveitosas, apesarde haver passado por diversastempestades. Quando, na ltima viagem,estava voltando, e j perto do porto dedestino, fazia alguns consertos nummastro. Fazia bom tempo, mas, derepente, um p de vento, vindo do ladoda costa, atingiu o navio, fazendo-oestremecer e virar-se para o alto mar,

  • afocinhando. O marinheiro foi colhidode surpresa, quando comeava a descer.No pde segurar-se, e foi atirado comviolncia para o convs, caindo decostas, de uma grande altura. Quando j no podiam fazer maisnada no hospital, trouxeram-me paracasa, e estou mais intil do que um beb,servindo s para dar trabalho e exigircuidados. Quase me faz enlouquecer verminha pobre me chegar to plida ecansada, e eu aqui deitado; no entanto,ela nunca se queixa; mas diz sempre queDeus o permitiu, e que o que Ele faz, oupermite, sempre o melhor. Ainda bemque ela pode encarar as coisas assim, jque isto a anima; mas a mim parece-meque em vez de ser Ele o Deus da viva e

  • do rfo, como ela diz que , esqueceu-Se dela e me impediu de ajud-la. Meupai morreu afogado no mar, quando euno tinha mais do que trs ou quatroanos. O Deus Todo-Poderoso nos temtratado duramente. Duramente!Senti-me impotente para tentar dar-lheuma palavra de conforto, e apenas pedia Deus que Se revelasse no Seuverdadeiro carter de Salvador a estepobre desgraado, que pensava to maldele. Decerto que a sua provao muitogrande, Andrew, e palavras humanaspouco valor podero ter no caso, bem osei, ainda que inspiradas por um sincerodesejo de ajudar: mas h Um que podeauxili-lo e consol-lo, e eu O conheo;

  • mas vejo que voc deixou que seapoderassem de si pensamentos amargosa Seu respeito. Acaso no tem nada acontar de positivo? No se lembra dequalquer misericrdia que tenharecebido? De que altura caiu? Quase 20 metros. No seria o bastante para estarmorto? Sim, de fato todos acham ter sido ummilagre eu ter ainda ficado com vida.Dois amigos meus, quando estvamos naAmrica do Sul, caram de uma altura detalvez menos de 10 metros, e nunca maisfalaram. E se voc nunca mais tivesse faladoaqui neste mundo, onde se teria tornado

  • a ouvir sua voz? Onde voc seencontraria neste momento: no Cu ouno Inferno? Certamente estaria no Inferno, pois odiabo naquele tempo me tinha bemseguro. Sim, e procurava precipit-lo nacova. Mas os olhos do Senhor no operdiam de vista; sim, os olhos daqueleque voc acusa haver Se esquecido daviva e de ter tratado com aspereza orfo. A Sua poderosa palavra demisericrdia se aplica a voc: Livra-o,que no desa cova; j acheiresgate (J 33.24). Voc diz que foium milagre: foi o amor e a misericrdiado Senhor, buscando a sua alma, e,

  • embora invlido, ainda est fora doInferno; a porta do Cu est aberta e oSenhor Jesus ainda aguarda para sermisericordioso, oferecendo-lhe asalvao mediante o Seu preciososangue, e dizendo: Vinde a mim... e euvos aliviarei (Mateus 11.28). Ele lheoferece a vida eterna. Ora, diga-me,Deus esqueceu-Se da viva e do rfo,quando o salvou da morte?No me esquecerei da mudana deexpresso manifesta no seu rosto, ouantes, de como o seu semblantemanifestou vrias mudanas deexpresso. Irromperam por fim estaspalavras: Sou o maior dos tolos aqui fora do

  • Inferno. Nada tenho feito seno caluniara Deus! Exatamente, Andrew, mas repeti, o sangue de Jesus Cristo, SeuFilho, nos purifica de TODO opecado (1 Joo 1.7). Mas decerto isto no significa osMEUS pecados... Quando Deus disse TODO o pecado,no saberia Ele o que estava dizendo?No o diria Ele com sinceridade?Decerto que sim, e, oh! Ele tambmsabe, s Ele sabe, TODO o valor dosangue do Seu Filho.Aps longa pausa, olhou de repente paracima e disse:

  • Parece demais, que Ele me perdoepor completo.Contei-lhe, ento, de cor, a